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I- 2-5

15 de novembro de 2023
09:25

A primeira parte da organização política de Roma foi a monárquica e terá terminado


entre 510- 509 a.c.

A partir dessa altura surge a republica romana, embora para a sua primeira fase não
tenhamos grandes fontes históricas para que possamos concluir as suas determinadas

Leis das XII tábuas- 451 A.c. - 450 A.c. ( Direito civil)
Organização política 367 a.C.

A lei foi sempre uma fonte relevante mas não central. P primeiro momento central de
Direito Civil na Républica foi a lei. De todo modo, embora as leis das XII constituía
um elemento de estranheza , não há duvida que ela era central para a identidade politica
romana, nomeadamente para republicana. Os romanos na sus representação politica,
entendia que estas XII tábuas era o seu mar, elemento fundador da sua identidade.

Cícero no século I a.C., refere que a lei das XII era aprendida de cor pelas crianças
Titio Lívio, afirma que as Leis da XII Tábuas " Fons omnis publivi privatique est iuris"
( É fonte de todo o Direito público e privado), o que pretende sublinhar para a
identidade politica romana este foi um marco definidor .

Não há dúvida, que para a auto compreensão romana ,esta lei era relevante

Porque surgiu? O que terá estado na origem das XII Tábuas, foi o conflito que
caraterizou toda a república romana entre o grupo social dos patrícios e plebeus.

Haveria resistências significativas, de parte dos membros da plebe, a respeito do modo


como os patrícios exerciam as magistraturas. Por essa razão, como forma de assegurar a
previsibilidade , imporia-der uma lei de natureza publica que serviria como parâmetro
para o exercício do poder

De acordo com a tradição, O senado romano, tinha enviado 10 homens com plenitude
de poder para redigir as leis ( Decemviri legibus scribundis - Dez homens a quem foi
confiado a tarefa de escrever as leis)

Para onde foram enviados? Para a Grécia, para se inspirarem nas redações das leis
gregas. De todo o modo, embora a tradição seja esta, as leis das XII tábuas tem um
conteúdo divergente das leis gregas. A influência não estava tanto no conteúdo mas sim
na ideia de lei.

Este redatores, 451 a.c., elaborar as primeiras X tábuas, que uma vez aprovadas pelos
comitas centituartis foram apreciadas pelo seu sentido de equilíbrio entre patrícios e
plebeus. Contudo, logo no ano seguinte foi designado um novo grupo de redatores para
completar as tábuas primitivas com mais duas, chegando assim Às XII Tábuas ( 450
a.c). A proibição de casamento das duas classes

Presentemente não temos acesso À totalidade das XII Tábuas, apenas acedemos a elas
de forma fragmentário, mediante referências que forma feitas por autores, Por isso não
podemos formular uma . Sem prejuízo estas leis não tinham a pretensão de regular o
conjunto do Direito Romano, eles intervieram para dar resposta a um determinados
questões que podia gerar polemica ou controvérsia social, sendo sempre a lógica do
Direito Romano, ou seja, nunca surge de revolução, mas sim de modificação. Contínuo
a haver muitos regimes próprios de basa consentunaria que se mantiveram para além
desta legislação. Testemunha uma regulação para um população de matriz agrária.

III. Organização do Poder político: as Leges Licinae Sextae ( 367 a.c.)

Monarquia- Rex, Senatus, Comitia


República- Magistrados, Senatus, Comitis, sendo que existe ainda no plano religioso o
Rex Sacrorum

A passagem da monarquia para a monarquia ocorre quando se elimina o Rex e ele é


substituído por magistrados. No plano religioso, o Direito Romano conservou a imagem
do rei, este perdeu as funções politicas mas manteve os poderes religiosos ( Rex
sacrorum). Os magistrados ( os maiores) eram pessoas provenientes do patriciado,
nobreza Roma. Seriam portante os pater da aristocracia romana com amplos recursos
patrimoniais, fundiários, que desempenharia as funções. Desde logo, porque estas não
era renumeradas, EM principio, haveria apenas um magistrados, a esse magistrado
chamava-se Praetor ( Maximus)

Com o desenvolvimento da Republica romana, tornou-se porem necessário ordenar o


exercício das magistraturas de forma mais complexa, por forma a travar o eventual
abuso do poder. De acordo com a tradição, essa ordenação deus -se me 367 com as
leges licinae Sextae, também estas teriam sido uma resposta ao problema permanente
que a republica se debateu com a tensão entre patrícios e plebeus.

Qual foi o modo de exercício das magistraturas que resultou destas leis?

1-A condução principal dos poderes, plenitude do poder- cabia a dois cônsules[1],
garantindo-se que um dos cônsules proviesse das plebes. Tinham igualdade de poder,
poder esse que consistia no imperium. Enquanto titulares do imperium podiam exercer
o comando militar, adotar medidas coercivas contra os cidadãos, exercer a jurisdição,
consultar o senado e podiam convocar as assembleias populares eletivas. Este direito de
agir com o Senado ou povo- ius agendi cum senatu/ populo. Para auxiliar o cônsules no
exercício das suas funções, havia um corpo de lictores( usavam uma espécie de
machados fasces), eram uma espécie de polícia.

Excecionalmente, podia o Senado designar um dictatore( aquele que dita), sobre


proposta de um dos cônsules, era alguém que concedia plenitude do poder durante dos
6 meses .Somente pessoas que era designadas para este cargo, indivíduos que tinham
grande confiança, o ditador não corresponde à figura contemporânea de ditador. Servia
para responder para estados de exceção e de não de normalidade da República.

Numa fase mais avança da república, admitiu-se que este poderes de dictates fossem
conferidos aos próprios cônsules, , libertando-os, ao que antes acontecia, foi dado na
primeira vez em 132 a.c - Senatus consultum ultimum

2-No âmbito das leges, o poder foi desdobrado por mais magistrados por mais cônsules.
Colaborando com os cônsules( ius dictare, resolução de conflito) estava o pretor, com
competências mais circunscritas. ( esta função foi especialmente confiada a este colega
menor dos cônsules, de resolução de conflitos) é assim um magistrados que regula uma
prerrogativa dos consules relativamente a respeito de jurisdição. Em princípio havia
apenas um praetor, passou a haver 242 a.c., o primitivo pretor( urbanus) ( a resolução de
conflitos entre cidadãos romanos) e depois o prateor inter perigrinus, já no
desenvolvimento da republica ( conflitos entre romanos e não romanos), foi o
responsável pelos ius gentium( a parte do direito romano que regula as relações entre os
estrangeiros ). Havia ainda outros pretores com competência de liderança militar ou de
administração das províncias

Lictores

3-
Aediles---) edilo ; eram magistrados com competência para o governo dos mercados,
tinham a jurisdição dentro deste âmbito, esta magistratura terá nascido no âmbito da
plebe, porque os mercados eram essencialmente exercidos pro membros da plebe e não
da aristocracia ( esta dedicava-se à atividade agrícola e não mercantil). No âmbito de
367 a.c. foi instituído por dois aediles, podendo ser , desempenhavam disposições
administrativas, governo de cidade

4-
Questores- matéria financeira

V. Censores

A esses outros níveis temos de acrescentar, outra magistratura, os censores, existia no


número de dois, agia colegialmente, e tinha por competência para elaborar o censo,
operavam como espécie de vigilante da moralidade romana , no âmbito do censo os
cidadão eram distúrbios pelos diferentes tribos de acordo a sua riqueza. Cada cidadãos é
identificado com todos os clientes, famílias e escravos e bens e especialmente e as res
mancipia . Contudo aqueles que não respeitavam mentalidade romana, podia excluir,
numa classe patrimoniais menos desfavorecida, de facto, basaria por um romano num
classe menos importante, para que a sua possibilidade de participar na vida politica
romana fosse reduzida. O sensores podiam aplicar sanções pecuniárias, aqueles que
violasse os padrões de moralidade própria da cultura romana.

Em resultado da vontade dos censures, passou se a identificar uma espécie de terceira


categoria, uma vez que o sensores tinham no âmbito do censo de identificar todos os
bens que pertenciam a cada cidadão, importante para a organização politica e militar,
surge integrada por aqueles que estavam capazes de servir como cavaleiros devido a
serem abastados para o poderio militar ( ordo equester). No ponto de vista social,
devido aos censores temos uma estratificação tripartida da sociedade , os patrícios,
plebeus e a ordo equester

Os censores tinham grande importância pela sociedade ficando conhecidos como


Sanctissimus magistratus

No senado, o seu membro que tivesse já exercido as funções de censor de forma mais
avançada eram chamados de principes senatus

Princípios de organização da magistratura

I. Anuidade- cada magistrado exerce funções por um ano, tem plenitude do poder,
mas temporalmente limitado. Não se admitia de mesma forma que o cidadão
fosse imediatamente reeleito para o mesmo cargo e ter várias funções ao mesmo
tempo.
No caso de censor há particularidades:
I. Só há designação de cinco anos, para exercer funções de um ano
II. Nunca podia haver uma nova designação de censor, só podia ser censor uma
vez na vida

No caso do console, a partir de Sula, ficou previsto como nova designação de consule
tivesse de aguardar 10 anos, pode ser reeleito mas afim de 10 anos

II. Colegialidade- cada nível de magistraturas romanas exige uma comunidade de


pessoas, no caso do prator havia em principio apenas um, este de todo o modo
como este exerce uma parte dos consules, é assim um órgão colegial. Embora a
s magistraturas sejam colegiais, com exceção dos censures, cada magistrado
tem plenitude do poder.

III. Intercessão, uma vez que magistrados tem plenitude do poder, podendo
interceder de um ato de um em conjunto com todo. Cada magistrado pode
bloquear a ação do outro, o sistema colegial permite uma instancia de
impugnação dos interessados . Decorrido o cargo de magistratura devem prestar
contas de como exerceram as suas funções

IV. Progressividade, cursus honorum( 180 a.c) uma magistratura superior só pode
ser desempenhada por quem previamente exerceu uma magistratura inferir. De
acordo com cursus honorum , a idade mínima era de 33 para questor, 37 aedilio
409 preator, 43 e console. Exigia-se a diferença mínima de dois anos para cada
magistratura. Estas normas não eram absolutamente subscrita, ou seja, podia
exercer uma função antes da sua idade, como forma de controlar o poder.

Umberto Eco " O grande problema a partir dos anos 60, as pessoas chegaram cedo de
mais, para ser general tem de ser passar por vários órgãos

V. Eletividade e carácter aristocrático

Todas as magistraturas são eleitas e na sua origem tem um caracter aristocrático, e só é ,


são exercidas por membros dos patrícios, com a legis a 367 a.c as magistraturas forma
abertas para plebes, De todo modo, apenas uma elite social podiam exercer a
magistratura, pois estas não era renumeradas.

VI. Dever de procura conselho, um principio muito pratico do direito, é que o


magistrado antes de agir, deverá procurar um conselho de um outro órgão ou
um conselho de magistrados, como por exemplo Consilium, neste caso era o
Senado. Ou seja, um grupo de pessoas, para tomar decisões relevantes

Senado

é o órgão da Republica romana que porventura tem em si o centro do poder. Não por
gozar de especiais competências especificas, mas por causa da respetiva autoridade .
Em principio chegavam a integrar o senado aqueles que tivessem previamente exercido
as principais magistrados, isto é , aqueles que só tinham exercitados no poder politico
em Roma é que podia vir integrar este centro do poder.
Em principio, dentro dos membros dos senado, estavam só patrícios, contudo quando se
admitiu que as mais altas magistraturas exercidas pelas plebes, ficaram fraqueadas as
portas do cidadão para estes cidadãos romanos. Na última parte da republica, a distinção
não era patrícios e plebes, mas sim a distinção os membros que desempenhavam as altas
magistraturas

O senado tinham 100 membros, depois passou a ter 300 membros, numa fase mais
avança e de decadências de republica, o numero foi acrescentado para 600 com Sulla,
César 900. Este aumento diminui o seu poder, sendo uma estratégia aplicada para lhe
tirar relevâncias

Os poderes deste:

I. Qualquer deliberação por parte de uma assembleia fosse ela respeitante a uma
lei, fosse ela uma respeitante a uma designação do magistrado, esta apenas
podia ser edificada com o consentimento do senado, a isto chamava-se de
auctoritas patrum ( autoridade dos pais senadores)

A partir das duas leis , do século IV e II a,c, esta autoridade foi pedida antes da
assembleia

II. Na ausência de magistrados ordinários, por exemplo os cônsules, era o Senado


que diretamente assumira o poder ( Interregnum)

As deliberações do Senado designa-se Senátus-consulto, são dados estes pareceres na


sequencia da presença dos côsules ius agendi cum senatu. Na Republica os
senatuconsultum não são vinculativos, porque não precisam, pois tema autoridade do
Senado, mostrando o seu excesso de poder, que não precisa de vinculação para ser
respeitado

Com base deste elemento, que o centro do poder estava no Senado

Magistraturas- Imperiurm ( plenitude de poder) mas está sujeito a dependências ;


temporário, tem um percurso anterior, sendo esta eleita pela Assembleias

Assembleias

São os Comitia centuriata, organização da população em centúrias , que eram


agrupados de acordo com os respetivos bens
No conjunto, a população romana era garupada em 18 centúrias de cavaleiros e 175
centúrias de soldados a pé, estas últimas estavam por sua vez agrupadas em várias
classes [ 1º- 80 centúrias- mais relevante no ponto de vista militar, 2º e 3º e 4 º20
centúrias , 5º 30 centúrias, e a isto acrescentava-se de 5 centúrias ( os incapacitados, 2
trabalhadores de madeira e de metal, 2 de músicos, 1- a cabeça], esta graduação era feita
de acordo com as decisões do censor e os bens das pessoas.

Porque é que isto é importante, do ponto de vista eletivo:


Quando se procedia a uma eleição, o voto era feito por centúrias, se a primeiras classes
concordassem com a solução, não era necessário que as classes, quando o censor
desgrudava lhe as cenuturias tirava lhe de facto a possibilidade de assembleias

Estes comitas centuriatsis, designavam os pretores, questores, e censores, fazendo sobre


proposta dos magistrados em funções:

 Assembleias de votação e não de discussão

Uma lei dos comitas centutiaitas, designa--se lex, podendo ter duas modalidades: lex
regata[ lei pedida, o magistrado presidindo à assembleia pede que a assembleia aprove
uma lei] e data [ assembleia concede poderes ao magistrado, que depois este próprio dá
a lei, no exercício desta competência]. Terminado o processo legislativo, as leges eram
afixadas no fórum. A atividade legislativa deste comitas não foi significativa.

Este sistemas de organização romana , que claramente faz prevalecer os interesses de


patrícios ou de membros de plebes, que conseguiram a ascender às mais altas
magistraturas , não é um sistema porém que conseguia dar devida conta dos interesses
normais da plebe. Desta forma, de modo inicialmente , revolucionário e posteriormente
adotado, desenvolveu-se um conjunto de magistraturas e órgãos da plebe, tribunos de
plebe ( modalidade de magistrado) e o cocilim plebis( assembleia da própria plebe sem
estar sujeitas as comitas ] na origem portanto este órgãos eram revolucionário, este foi
resultante da revolução da plebe, em relação ao modos como os patrícios tomavam para
sim as funções mais importantes das magistraturas de Roma.

Com efeito, com a decorrência de um importante momento, 494 a.c. secessio plevnis,
designa para a sua represnetação num grupo de 10, sendo os poderes deste:
 ius auxilii, o tribuno podia proteger qualquer membro da plebe, intercedendo
por eles, se um lictor( acompanhavam os consules) ameaçasse um membro da
plebe.

 Invioláveis, mediante um juramento da plebe, caso algo fosse feito ao tribuno


da plebe, a pena seria a morte
 Os tribunos da plebe podiam convocar a assembleia do povo, cuja as decisões
eram chamadas de plebiscita. Assim da mesmo forma, que os cônsules tinham
delegação com o senado e com os comitas, os tribunos, tinha o direito de
convocar a própria assembleias. Normalmente este plebiscito não tinha poder
de lei, mas a partir de 287 / 286 a.c. Lex hortensia de plebiscitos, passaram a
ter o valor formal de lei, que equiparável à dos comitas centuristis. Ao contrário
do que acontecia, o comitas centuris , os votos não era feita em centurias, mas
em tribos,

Mommsen
Quando vimos os órgãos normais da republica, nós concluirmos que o poder nele está
sujeito a muitos limitações, no tribuno da lei, assembleias desta não estão limitadas a
nada, mas o que garantia um controlo, ou seja, que não punha em causa a republica
romana, estão dependentes de patrícios, ou seja, nas relações privadas deste há relação
de dependência e influências, as clientelas . A parti de 102 A.C. os membros da plebe
passaram poder ser demitidos no próprio Senado, ou seja, estão perfeitamente
integrados no sistema.

Nome oficial da República- SPQR ( Senatus popusque romanus)- senado e povo


romano, para o romano da republica, não existia a republica abstrato existia num cetro
equilíbrio ente a plebe e os magistrados, através destes órgãos políticas que tentava
compensar o poder com o poder.
O desenvolvimento do Direito Romano a partir da atividade do Pretor

Bem antes do período republica o desenvolvimento, o direito romano já tinha as suas


bases desenvolvias ( machipatio, estipulatio) Na sequência do desenvolvimento de
republica romana se constituiu um magistrado para atividade da jurisdição, o pretor.
Assim do ponto vista gráfico, o direito romano tinha um certo substrato, o ius ciuile/
iius quirirum. Base romana que formavam se através da religião e servia para todosos
cidadãos romanos.

Com o inicio da atividade do pretor, o direito romano via conhecer um novo estrato, o
direito pretoriano , isto é o pretor através dos poderesq eu lhe são concedidos pela a
organização politica da republica interferá o direito romano, substituindo e
modificando-o.

Será e facto na sequencia da atividade do pretor que se dará um forte desenvolvimento


do Direito Romano? Nós podemos dizer que na origem do direito romano é o direito
privado dos pontífices, mas num segundo momento será o direito criado dos pretores.

A função própria do pretor era com o recurso ao imperium , próprios dos cônsules ,
desempenhavam a atividade de garantir do direito, a essa atividade chama-se jurisdição/
, o pretor é aquele que tem o imperirum para finalidade de iurisdictio. É justamente no
exercício destes poderes concedidos pela organização política. Romana que
desenvolverá um conjunto de expedientes jurídicos destinados Á garantia de posição
jurídicas, daqueles sujeitos aquela magistratura.

Qual a designação técnica deste tipo de direito desenvolvido pelo Pretor? Podemos
chamar ius honorarium, porque é o direito desenvolvido por alguém que exerce essa
magistratura. Sendo que este ius honurum não pertencia somente do pretor mas
também dos aediles. Mas a magistatura mais importante para o desenvolvimento do
direito é o pretor.

No âmbito republicano, introduziram-se modificação ao processo civil, isto é, o


processo civil romano foi remodelado no sentido de permitir um mais adequado
exercício jurisdicional do pretor. No desenvolvimento do processo civil no âmbito da
republica, que o pretor exercer as suas funções, chamava-se processo formulário, é este
que concretamente devemos grande parte ao desenvolvimento do direito romano da
Republica. Chama-se assim porque se assentava em formulas. O processo
formálio( modo de exercício de função de julgar) tem por característica a distinção de
duas fases ( numa primeira fase convive com as legis actiones, e numa segunda fase
substitui):

1º in iure ( fase de ocorre a quem tem poder de jurisdição, ou seja, na presença do


pretor); Apenas a primeira fase decorria junto do pretor.. Nesta fase o autor, aquele que
pretendia uma certa proteção jurídica, conduzia o réu à presença do pretor e expunha a
controvérsia. O pretor, por sua vez, limitava -se a analisar se aquela controvérsia
merecia alguma proteção. Se admitisse a discussão daquela concreta causa, concedia
uma actio. E ia para a segunda fase.

2º apud iudicem ( junto do juíz) : Portanto o pretor não é quem julga mas sim analisa o
que é ou não direito. A regra é que a decisão era decidida por um juiz, este juiz a
princípio era um senador, numa fase mais avançada, admitiu-se que as funções fossem
exercidas por outras pessoas, mas sempre por estratos sociais muitos elevados. Ser juiz
era em Roma, era um cargo que se exercia gratituimente. Sobre o que é que incide a
atividade do juiz? O juiz tinha por incumbência apurar/ julgar se os factos alegados pelo
autor eram ou não verdadeiros, se fossem verdadeiros condenava o réu, se não fosse
absolvia. O resultado do entendimento do juiz é panteado na sentença, sentetia ( sentire-
pensar), é o pensamento do juiz dos factos alegados ao autor. No caso do D.R o juiz
tinha a possibilidade não decidir, quando este não decidia, quando não conseguia chegar
a uma conclusão dos factos alegados pelo autor, isto é chamado non liquet. Se para o
juiz não fosse liquido / concluir o caso, este devolvia o caso ao pretor, que podia
designar outro juiz.

No âmbito de todo este processo quer o pretor, quer o juízes podiam pedir pareceres
( responsa), esses pareceres numa primeira fase eram dados pelos pontífices, mas com
a autonomização de uma classe jurídicas passaram a ser dados por juristas, ou seja
apesar de o pretor de exercer as suas funções por um ano, garantia-se uma certa
continuidade de interpretação do direito através dos jurista que o acessavam . Assim,
quem tem o capital de conhecimento, é a comunidade dos juristas, não tendo poder--
sendo assim uma forma de limitação de poder.

O pretor à semelhança dos demasiados magistrados, devia no principio do ano, na altura


da sua designação, publicar um édito ( edictum). O édito era uma comunicação publica
feita pelo pretor dando conta qual seria o seu programa de atividade, portanto, o pretor
anunciava previamente quais seria as ações / posições jurídicas a que daria proteção
mediante a concessão de ações, ius edicendi ( direito de editar, de pubicar editos). Em
principio, cada pretor não elaborava o seu édito de base, considerava o edito anterior e
ponderava se este justificava ou não um desenvolvimento ou modificação. Por essa
razão, começoiu-.se a falar do DR como edictum tralaticcium ( o edito vai se
transferindo de ano para ano). O edito condensava o acumulado de intervenções dos
pretores sobre o Direito, O facto de o pretor apresentar o edicto no principio de cada
ano, não o impedia que no decurso do ano, introduzisse novas formas ao edito.

Na língua latina este processo formulário, tinha as seguintes formulações, ordo


iudiciorum ( ordem dos juízos, ordem como se julga) agir per formulas ( agora através
de formas), temporalmente esta forma de processo iluminou por completo as leges
actione, de 17 a.c, na altura do Imperador Augusto.

A primeira fase do processo era a fase in iure, na qual o autor conduzia o réu à presença
do pretor. Diante da apresentação da contervérsia pelo autor, o pretor tinha de tomar
uma decisão, ou seja, a decisão de oferecer tutela mediante a concessão de uma actio ou
a decisão de recusar qualquer proteção. Se este rejeitasse tudo terminaria. Na
eventualidade do pretor optar pro conceder uma ação, ela constava de um acerta
fórmula adaptada Às circunstâncias dos caso, havia no desenvolvimento do processo
formulário, dezenas de fórmulas , havendo duas mais importantes, a ação de
revindicação, ação para pedir uma quantia pecuniária, que esteja em divida

I. Fórmulas processuais

I. Reivindicação
Rei vindicatio. Chamar uma certa coisa para si próprio

Nominatio iudicis Titius iudex esto.


Seja Titius o juiz.
Intentio Si paret rem, quae de agitur, ex iure
quiritium Auli Agerii esse, neque ea
Finalidade da atividade do juiz, para que res arbitrio iudicis Aulo Agerio
é que concedido o poder de julgar, para restituetur,
este avaliar se a coisa pertence ao autor Se resultar que a coisa sobre que se
litiga pertence, pelo Direito Civil, ao
Autor,
Clausula arbitraria neque ea res arbitrio iudicis Aulo
Agerio restituetur,
Espaço de decisão
e não foi, em apreciação do juiz,
restituída ao Autor,
Condemnatio Quanti ea res erit, tantam pecuniam
iudex Numerium Negidium Aulo
É parte da fórmula que indica o que o Agerio condemna, si non paret,
juiz deve fazer caso conclua para a absolve.
verificação dos factos, Condena, juiz, o Réu a pagar tanto
dinheiro quanto for o valor da coisa.
Se não resultar, absolve.

Imaginemos que o autor chega a presença do pretor e dá conta da seguinte informação " o
réu prometeu mediante uma stipulate pagar uma quantia de 10 mil". Se este decidir dar a
proteção chama-se ato pedir quantia pecuniária
II.
Actio certae creditae pecuniae
(-» stipulatio certae pecuniae)
Nominatio iudicis Designação Titius iudex esto.
do juíz Seja Titius o juiz.
Intentio Si paret Numerium Negidium Aulo Agerio
sestertium X milia dare oportere
Se resultar que o Réu deve dar ao Autor dez
mil sestércios
Condemnatio Iudex Numerium Negidium Aulo Agerio
sestertium X milia condemnato. Si non
paret, absolvito.
Condena, juiz, o Réu a pagar dez mil
sestércios. Se não resultar, absolve.

Da mesma forma que o autor podia apresentar uma controvérsia, o réu também podia
introduzir novos factos, que caso verificados, impedia a ação de proceder-se, por exemplo:
imaginemos que o autor afirma que decorreu uma promessa, mas posteramente houve um
acordo que a modificou, introduzindo novos elementos que obstam da ação-- expeptio
pacti. Assim o pretor concede ao autor ações e ao réu exceções. Se este concedesse tal, o
juiz tinha de considerar a actio e a expetio, assim o programa processual é aumentado, não
é penas para inferir se as afirmações do autor são verdadeiras e do réu também. Assim o
processo formulário está presente e assentado pelas actiones e as exceções

1. Except
io
pacti
2. Except
io doli
Nominatio iudicis Titius iudex esto.
Seja Titius o juiz.
Intentio Si paret Numerium Negidium Aulo Agerio sestertium
X milia dare oportere
Se resultar que o Réu deve dar ao Autor dez mil
sestércios

Exceptio Ne ea pecunia intra quinquenium peteretur


E tal quantia não deva ser pedida no espaço de cinco anos

Si in ea re nihil dolo malo Auli Agerii factum sit neque fiat


Se neste assunto o Autor não agiu nem age com dolo
Condemnat Iudex Numerium Negidium Aulo Agerio sestertium X milia
io condemnato. Si non paret, absolvito.
Condena, juiz, o Réu a pagar dez mil sestércios. Se não resultar,
absolve.

O pretor urbano tinha a competência de administrar a justiça sobre os litígios dos


cidadãos romanos. Naturalmente para um pretor urbano não havia qualquer dificuldade
em decorrer aos institutos jurídicos que tinham sido desenvolvidos pelas instituições
religiosas. Não obstante, 242 a.c , a criação de o pretor peririgrus, cuja a competência
respeito com o execercío de jurisdição de resolução de conflitos mistos, entre os
cidadãos romanos e não romano. Se a dificuldade surge se um litigio é misto então não
vale para as duas partes, a legitimidade que podia provir da religião romana, num litigio
dos dois romanos pode se apelar à religião, mas se for um estrangeiro não existe um
quando de valores comuns que conhecido por todos vinculantes. Sendo assim , a
solução para extrair soluções jurídicas- considerar dentro da cultura romana quais seria
aqueles concretos valores passiveis de ser universalizados, ou seja, dentro daquilo que
tudo era característico da religião e da pratica romana, identificar o que porventura se
conseguiria destacar da singularidade do povo romano, e desta forma, valer igualmente
para as relações com terceiros. O valor especificamente utilizado pelo pretor perigriu
para subtrair soluções jurídicas que valesse a terceiro foi, de modo especial, o valor da
fides[ manter a palavra dada, horar a palavra dada, assumir o que se prometer ], este
valor romano que é próprio da cultura romana naturalmente pode servir para terceiros
bona fides [ boa fé]. Assim a fides tornou-se um fundamento/ sustentáculo para o ius
gentium ( direito da gente). Iudicia bonar fidei ( juízes de boa fé) sendo formulas para
caracterizar a boa fé.

Mediante tal, gradualmente formas atípicas de constituição de obrigações que passaram


a ser reconhecidas, em especial: a compra e venda ( troca de um bem por dinheiro); a
locação ( troca de atividade por dinheiro),; a sociedade ( atividade realizada em
conjunto); e o mandato ( atividade realizado por conta de outro). Graças à atividade o
pretor perigrinus, o processo formulário romano desenvolveu-se e corresponde ao
sistema contemporâneo.

II- Desenvolvimento do sistema negocial

Obligationes consensu (iudicia bonae Obligationes re


fidei) [mediante a entrega de uma coisa:
[de acordo com o acordo consensual das surge obrigação de restituir]
partes, surge obrigação de honrar a fides]
Compra e venda (emptio venditio) Mútuo (mutuum)

Locação (locatio conductio) Comodato (commodatum)

Sociedade (societas)

Mandato (mandatum)
Supletivamente: Obligationes verbis [mediante o
uso de certas palavras]
Stipulatio Outras possibilidades:
obligationes litteris; pacta;
nuncupata.

Junto do Pretor, dos juízes podiam desenvolver a sua atividade juristas, estes
eram aqueles romanos que continuaram a atividade de pontífices caracterizada
por dar pareceres( é a resposta a uma determinada questão jurídica submetida
alguém; consulta jurídica). Sendo que o parecer não é uma decisão vinculativa,
mas o entendimento que é partilhado que pode ou não ser o seguinte: quem
exercia a atividade parcerística? Era exercida por membros da elite romana a
quem era solicitada a respetiva opinião em razão do prestígio social que obtiam
na sua pronúncia sobre temas de direito. De acordo com a tradição, esta classe
de jurisconsultos terá começado a formar pro altura do século III a.C. , esta
classe formou-se em desenvolvimento da jurisprudência de pontífices, uma das
criações mais característica da cultura romano, foi a classe desta magistratura,
grupo de pessoas vocacionadas para dar o seu entendimento em matéria de
Direito, No corpus iuris civil, no digesto, assenta sobre este cargo.

A estrutura de um parecer é:
I. Narrada
II. Questão
III. Resposta dos Juízes

III- Responsum
Alfenus Varus, Dig. 9, 2, 52, 4:

Estando vários a brincar com uma bola, um de entre eles, ao tentar apanhar
a bola, atingiu um escravo e partiu-lhe um osso. [Narratio]
Pergunta-se se o proprietário do escravo pode agir contra aquele por cujo
impulso se atingiu o escravo. [Quaestio]
Respondi que não pode, porque parece que se deveu mais ao acaso do que
à culpa. [Responsum]

Os juristas apesar de escreverem pareceres tão pequenos, isto mostrava os eu


poder na medida de reconhecer a autoridade pública que se conhece, os pretores
podiam ter certas dúvidas sobre casos, perguntado aos juízes

A primeira função do juristas é responder in iure, responder sobre casos que


surgem no Direito Romano. A segunda função de cauere( cavere) consistindo
em aconselhar determinar dados, enquanto na responder in iure, numa resposta
dá-se qual no entendimento do juristia um melhor entendimento jurídico para
resolver uma controvérsia, na cavere aconselha-se como se deve dar um
determinado ato. Terceira finalidade docere ( ensinar), o jurista romano não só
respo donde , aconselha mas também ensina aquele quer aprender a lógica
prórpia do Direito romano, junto de juristas romanos, encontrava-se um
conjunto de jovens aprendizes que gradualmente eram intriduzidos ao exercício
do pensamento.

Questões sociais
No período a republica romana, foi um período extraordinariamente conseguido
no ponto de vista do desenvolvimento to poder. No principio de Roma, esta era
apenas uma cidade, no final da republica é o principal poder do Mediterrâneo.
Par mostrar este desenvolvimento politico de Roma podemos ver nos seguintes
mapas:

Quais as consequências deste expansionismo


Neste caso, sociais, o desenvolvimento do espaço do poder de Roma trouxe
consigo naturalmente o aumento das assimetrias económicas, isto é, a distinção
de poder económica entre as demais diferentes classes socais, acentuando-se, por
um lado, de se encontrar grandes senadores e membros de equestre a dominar a
propriedade agrícola e por outro lado uma máxima da população a dedicar-se a
pequenas atividades económicas. Esta agudização tornou a ponto de tão
importante do que a distinção entre patrícios e plebeus tornou-se a distinção
entre grandes proprietários e os que não tem recurso económico.

Fruto deste desenvolvimento de índole económica, também se vê a degradação


da condição dos escravos, o estatuto real estava sujeito o escravo podia ser muito
diversificado, havia escravos que tinham grande conhecimento social,
especialmente considerados objeto de estima dos suies proprietários, sendo
posteriamente libertados pelos os sues donos.

O período da republica, com o agudiza das diferenças, também degradação as


condições de escravos, com efeito onde há grandes propriedades agrícolas que
necessitam de força de trabalho, os escravos serão uma boa hipótese. Havendo
assim um interesse elevado de explorar as pessoas.

É interessante ver esta degradação do escravo, através do regime jurídico


respeitante ao reexecimentos das perdas sofridas pelos seus proprietários. EM
430 a.c, caso se mata-se ume escravo a indemnização por metade do valor que
valia por um homem livre. Cerca de dois séculos depois, com uma lei importante
para o processo civil, que é a lex aquilia ( aprovada pro forma de plecibitos ) de
286 a.C. caso se provocasse a morte de um escarvo a indemnização era de
acordo com o mercado; ou seja uma visão mais mercantilizada, como uma coisa.

Finalmente, esta fase final da República, constituí um período de certa


degradação da moral romana.

Podemos dizer que o período da republica romana, foi um período bem


sucedido, do ponto de vista politico, bem sucedido a ponto de , no seu tempo, da
comunidade politica romana cresceu tanto, que a organização politica de Roma
não era suficiente para governar aquele espaço politico, isto mé a republica foi
tão bem sucessiva que já não consegui responder aos níveis de expansão. Sobre
este ponto de vista, a republica romana acabará uma vítima do seu próprio
sucesso, que passou a não ser governada pelas instituições que a desenvolveu.

Qual a índole romana? A republica romana é um regime aristocrático em que o


centro do poder esta no senado, e que assenta claramente no balanceamento do
poder. O senado tem toda a autoridade, mas não tem imperium, o cônsul tem
imperium, mas não autoridade e só exerce. Dr apresenta soluções lapidárias
mas está imitada pela moral romana. A plebe tem os seus próprios mecanismo
de representação, tem a sua propria assembleia e magistrados, mas ao mesmo
tempo está dependente dos patrícios na via económica. Cada magistratura pode
ter plenitude de poder, mas previamente tem de ter conselho. Assim, podemos
ver que o poder está limitado pelo poder.

Não surpreende que a partir do renascimento que se começa a organizar o poder


medieval e pretende-se limitar poder tem se buscado esta linha de limitação
romana, ou seja, regimes de constituição kista, regime que equilibra o pode
refazendo com que diferentes grupos sociais nele participem.
Contemporiaramente, não existe classes sociais, somos todos subtidos  mesma
ordem. É através portanto dessa realidade romana que se limita e se separa o
poder.

A republica termina quando deixou de conseguir oferecer estabilidade no


sentido politico, a fase final da republica romana, a partir de 150 a.c é altamente
conturbada, é um período de grandes convulsões que só seria resolvidas com um
novo equilíbrio, quando a republica de tal o modo dos principados. Com o
crescimento do espaço territorial sujeito ao poder de Roma, aumentaram-se as
assistirias económicas, socias, culturais, a republica tinha o modelo
desorganização politica que assentava em ter uma coesão em todos os estratos,
que os magistrados se comprometem À s republicas.

Durante a republica tínhamos como o centro o senado e a sua aristocracia, mas


com o crescimento de Roma surge um novo sujeito que adquire mais relevância ,
o exercito, passa a operar como protagonista muito relevante que contudo não
tem qualquer espelho, representação nos órgãos de governo de republica. A
própria aristocracia romana enfrenta doravante as suas próprias fissuras, no
período final da republica, a aristocracia romana cinde-se me duas fações
( partidos): uma fação é constituído por optimates -- a solução para os problemas
da republica seria manter o senado como centro do poder; partido popular- a
solução seria reforçar o papel das assembleia populares. A aristocracia romana
dividiu-se assim em duas funções, agora, não devemos incorrer em erro por
essas designações, qualquer uma das fações eram integrada por aristocratas, o
partido popular não era só constituído perlo proletariado, esta decisão constitui-
se no campo da elite romana.
O desenvolvimento das magistraturas tentou resolver este problemas, tentando
reequilibrar a estabilidade de Roma.

Como é que foi superada da organização politica da Republica?

O primeiro passo foi dado com Júlio César, é uma figura nasceu em 100 a,c. e é
um figura do período republicano, mas que alguma maneira, antecipa formas e
governo posterior. Este tinha origem patrícia e fez todo o curso honorum até À
magistratura de pretor. César no momento conturbando antes de cristo I teria
sido apoiante de Catilina, que foi um romano que tentou fazer um golpe de
estado, mas foi descoberto antes do tempo. Cícero tem discursos de Catilinárias
" quoesque tandem catilina, abutere patientia nostra ?" [ até quando Catilina
abusarás da nossa paciência]

César tinha sido apoiante de Catilina, e por essa razão era olhado por suspeita
com Senado, como alguém com simpatias para a destruição. Para reagir a essa
pressão colocada sobre si, César constitui uma aliança informal com outras duas
figuras da historia romana, Pompeius Crassus, esta aliança " Triunvirato", que
aproveitou sobretudo à figura de César que consegui que lhe foi concedido ao
poder de imperium na qualidade de procônsul, sobre sucessivas províncias
romanas. Este imperium foi concedido a César no período de 5 anos durante os
quais teve o seu dispor legiões romana, o exército, estando com ligação direta de
uma personalidade política. Do ponto de vista, militar, este é notavelmente
sucedido, tendo pacificado a zona da Galia, sendo isto uma conquista militar.
César irá regressar a Roma para a conquista da mesma.

César portanto teve grande sucesso fora de Roma, ora a certa altura, a própria
cidade de Roma nesta em convulsou, que conduziu ao seu tempo que eclodisse
uma guerra civil, tal período foi de tensão entre César e Pompeu. César decide
tomar parte dessa guerra civil, regressando a Itália, e na sequência dessa ação,
fazer campanhas militares por todo o território romano. Nessas campanhas,
consegui derrotar todos os seus antepassado, esta campanha dura entre 11 de
janeiro de 49 a 45 a.c. " alea iact est" ( os dardos estão lançados). Durante o
período da guerra civil, César foi eleito dicatatore, de 10 anos e cônsul até que
finalmente me 46 a.c, por tempo indeterminado. César ao mesmo tempo
promoveu a organização do Senado para 300 membros, mostrando assim uma
diluição da sua capacidade.

Esta ação não deve ser interpretada apenas como um projeto de ambição pessoal,
mas também igualmente como uma tentativa de introduzir alguma estabilidade
num espaço politico que se torna ingovernável . A sua ação pode ser interpretada
de uma tentativa de transformar a republica num império.
Nota-se que este ideal de governo de grande espaço através de um poder forte,
teve efeitos a longo prazo, o ideal cesarista de facto revelou-se em diferentes
momentos históricos atrativo, como meio de inspiração para governos com
grandes espaços políticos.

César procurou estabilizar o poder mediante várias estratégias:

I. O seu próprio sucesso militar


II. Mostra clemência para com os seus adversários
III. Usa de diferentes expedientes propagandísticos ( usando o título de
imperador, designado o seu nascimento pelo seu nome, determina das
moedas romanas passe a constar o sue próprio retrato)
IV. Procura se legitimar através da suas obras literárias

Aquilo que César se proponha é uma reformulação da Republica Romana, esta


se baseava no equilíbrio, na limitação do poder, na centralidade do Senado, este
era o imaginário politico em que os romanos cresciam, ele já não funcionava,
contudo representava se como ainda um ideal. César por mais oportuna ter sido a
sua análise, isto é uma reorganização do poder politico, em termos radicalmente
confrontativos. César foi por muitos interpretado por alguém que pervertia a
República Romana, um tirano. A partir do momento em que César, é designado
como Dictatoire por tempo indeterminada, era claro que não haveria restauração
da Republica Romana. Por siso conspirando contra César assassinaram o em 44
no Senado. Tal não permitiu a estabilização da República, uma vez que as causa
destas eram longas, por isso à morte de César seguirem-se 14 anos graves de
conflitos, mostrando assim que a lógica da republica estava esgotava.

O novo protagonista de organização chamada Gaio Júlio César Octaviano, era


sobrinho neto de Júlio César e foi por ele adotado por testamento. Após a morte
de César. Constitui uma aliança com Marco António e Lépido é chamado de
"Trvinviariato" em 43 a.c. era uma repartidação do poder, a estes três foi lhes
concedidos por cinco anos, e consequentemente. Todavia a aliança torna-se
instável, só se resolvendo com a luta militar entre Octaviano e Marco António, e
a abstenção de Lépido. No ano de 30 a.c o poder consolida-se no poder de
Octaviano. Ocativano conseguirá operar uma concentração do poder com as
mãos, só que equilibrando esta concentração com o respeito por algumas das
lógicas da Republica romana. " vinho novo em odres velhos".

Para reorganizar a Republica:


I. Mostrando um grande respeito formal pelo imaginário da Republica
recusará o termo monarquia e o título de rei, preferindo outras
designações. " Octaviano é um imperador na República" Winterling.
II. Octaviano designa-se preferencialmente, desde 27 a.c de Princeps
senatus ( 27 a.c)ou Princeps Ciuium. Mais tarde, receberá um título
honorífireico de Augusto ( consagrado Santo Venerado)
III. Dissociação entre o poder e as magistraturas na organização política
republicana só tinha poder quem exercia a magistratura. O poder era uma
prerrogativa de magistraturas. Augusto começa a gozar de perrogyovas
dos magistrados sem porem estar a exercer a -- Assim foram transferidos
para Augusto o poder de miliar permanente sobre algumas províncias,
gradualmente chamou a si outras prerrogativas, o de ser acompanhado
pelos que podiam exercer a força pública, ter os poderes dos censores, a
partir de 12 .a.c será assinalado como sumo pontífices, ser intitulado pelo
Senado como pai da Pátria. A dinâmica do principado passa a ser em
base com a republica romana, caminhando-se assim para a sua
concentração politca, sem porém haver uma rotura manifesta. Há medida
que Augusto vai consolidado o seu poder, usa igualmente de títulos que
permitem apresentar com essa nova posição única. ( imperator, caesar,
princeps) Imperator Caesar diui filius Augustus
IV. É interessante que no principado não ficaram definidas regras precisas de
sucessão, para não estar associado à monarquia. Em termos práticos foi
pelo menos uma primeira fase a corregência, a adoção, em vida o
imperador associava a si uma outra pessoa, devendo adicionalmente a
aclamação do exercito e a concordância do senado. Gradualmente
começou a demitir-se a sucessão biológica.

Lógica:

 Foi de modificação gradual da medida do necessário procurando manter


os órgãos políticos anteriores:
I. Tribunal da plebe: o principes chamou a si as prerrogativas do
TRIBUNO, este tribunal pode desparecer, O mesmo ocorreu com o
Censor. Assim quem passou designar novos membros para o Senado foi
o imperador. As restantes magistraturas mantiveram-se, só que doravante
estas são outorgadas por cidadãos romanos na dependência do
imperador. Portanto as magistraturas são utilizadas pelo imperador como
meio de distribuição do poder por aqueles que pretende favorecer, ou
seja, projetam o poder do imperador. De todo em resultado desta ação
pode separar-se na alguma medida o poder potestas da auctoritas.

II. O senado deixa de ser o centro de gravidade do poder, que deslocou-se


para o principes, mas manteu algumas competências, o senado
administrava algumas províncias, por outro lado passou a ter
competência legislativa.

III. Assembleias populares forma perdendo a sua relevância, de facto a


ultima a assembleia popular que promulgou uma lei, data de 96 d.C..
Órgão que passou a ter mais relevância na atividade legislativa foi o
Senado.

Em resultado destas alterações vemos que nitidamente o centro do poder esta


agora na simples inteligência de associar a si o poder. E por outro lado de não
exaltar excessivamente a sua posição dentre dos demais.

A república Romana por ventura não era vista de modo tão favorável nas
províncias, porque as republica romana era essencialmente olhada como uma
organização política provinha do exterior, que dedicava-se à extração da riqueza
e aí exercendo o poder, de modo injusto e desequilibrado, sendo as magistraturas
locais vista como o meio de enriquecimento de património de quem as exerceria
ao serviço dos próprios interesses pessoais. Justamente nas províncias, Augusto
foi visto como alguém ao contrario deste governadores romano, que garantia paz
e a justiça. Portanto nessa parcela do território romano, o principado foi recebido
como uma organização politica que garantia paz, e um equilíbrio que erra
próprio da Republica PAX ROMANA, PAX AUGUSTA.

Propaganda de Augusto, assentou-se como:

 Estilizar a si próprio com uma garantia de paz e ordem


 Como alguém que restitui a grandeza da republica romana, chamando a
si alguns dos grandes nomes da cultura romana para colocar as sua
capacidades artísticas para a legitimação do poder, nomeadamente os
poetas Horácio, Virgílio e historiador Tito Lívio.
 Augusto compôs um texto que foi elaborado exatamente para justificar a
sua própria ação politica " Res gestae diui Augusti"
 Nas província passa a ser venerado como um Deus ( províncias
orientais)
 Assim como, o mês resignado a Augusto
 O principado pode pensar do produto do génio politico de Augusto,
alguém que compreendeu a Republica Romana e as suas limitações, e
pro isso ao contrário do seu pai, introduziu novas políticas sem ruturas
extensivas. Augusto fez para o direito público o que já era característico
para o direito privado romano. O resultado da sua ação política foi ter
propiciado a transição de um modelo de cidade, de uma ciuitas , para um
império romano. Associando a si os principais protagonistas do poder.
Na republica romana equilibrava-se ao ser distribuído pelos diversos
órgãos, doravante o centro do poder está no principes, e a aristocracia
participa no senado e a população romana no exército. Constitui assim a
primeira forma de império, que chegou ao seu esplendor [ 27 a.c -
principado » império; 27 a.c. - 284 d.c; » y476- 1452. Augusto conciliou
um imaginário politico que teve grande preponderância na Europa.
Nesta fase, foi de esplendor vários níveis: civilizacional , político, económico

No principio do Século II, com a dinastia de Antonions( Nerva, Trajano,


Adriano, Antononio Pio, Márculo Aurelo) que distinguiram-se pelas suas
qualidades romanas, artísticas e filosóficas.

Repercussões do Direito Romano

I- Repercurddões nas fontes de Direito

De que modo que a reorganização do poder político repercutiu no modo como se


estruturava o direito Romano?

Como o Principado, o principes assume aquelas que eras as prerrogativas dos


tribunos, pro conseguinte, os plesucitas perderão a sua preponderância. De igual
modo, a leges aprovadas pelas assembleias populares forma gradualmente
perdendo a sua relevância, em lugar a que foi o valor das leges e dos plecibitos
ficarão o senatus consulto que na republica não tinha valor vinculativo, mas
gozavam de especial, perderão agora…..

O senado no período do principado passa a ser controlado +elo principes, por


conseguinte, este modo de produção de regras de implantes ps senatusconsultos
ainda traduzem a influencia dos principes sobre as fontes do direito porque
domina a composição do órgão que tem competência de os elaborar.

O discurso que o imperador fizesse perante o senado também tinha valor


vinculativo( oratio principis)

Edictum

Todos os magistrados romanos no inicio das suas funções apresentavam um


édito. O é dito do pretor é aquele que inclui especificamente quais os meios de
tutela jurídica que se propunha a conceder durante o exercício da magistratura.
Com a passagem para o principado, está fora. Uma atividade de pretores passara
a ser desempenhada por magistrados imperiais. O édito como função de período.
Republica desparece, quando muito traduz o poder do imperador sobre o direito.
130 d.c--- Adriano confiou a um jurista ( Julianis Slviunis) a redigir uma versão
definitiva do dedito do pretor ( edictumm perpetuum) versão consolidade os
editos que foram desenvolvidas até então que passou avaler como ato imperial
vinculante. Este foi objeto de comentário por parte dos juristas romanos. Ato
imperial que reúne elementos elaborados no repeirodo republicano.

Com o principado surge uma nova forma de processo ( as leges actiones e o


processo formulário que surgiu no âmbito republicana), começará s ea formar
um novo tipo de processo, das prerrogativas que o imperador dispunha. A forma
de processo formularia decorria na sua primeira fase perante o pretor, que tinha
ius dictae. Como o principado, o imperador chama -se a si a prerrogativas,
( direito de interseção, qualquer membro da plebe poida interceder para alguém
os defender) Esta possibilidade passada para o Imperador foi utilizada para ter
tutela jurídica no poder, por isso, mediante cada caso que merecia proteção
judicial podia -se apelar diretamente ao Imperador.-- cognitio extra ordinária.

Esta nova forma de processo superava a distinção entre as duas fases, surgindo
inicialmente com extraordinária, numa fase mais avançada tornar-se-á a única
forma de processo.

O imperador pode intervir sobre o direito através de rescripta ( resposta dada


pelo imperador a uma questão que lhe é submetida). Do mesmo modo que o
jurista dá o responsum este pode dar rescripta. O imperador poderá igualmente
elaborar Constituição, é um ato de autoridade que expressa a vontade do
imperador, podendo ter várias modalidades:

 Decreta- decisões que toma sobre determinados casos


 Edicta- estabelece uma regulação
 Epistolae ( cartas)

Juristas: Por uma lado, com o desenvolvimento do Imperio, adquire com grande
relevância a brocracia a serviço do imperador ( a burocracia e integradapor jum
corpo de funcionários especializados aos quais os imperadores recorre pra
auxiliar na administração do império, dentre deles com formação jurídica.)

Ao mesmo tempo mantem-se a figura do jurisconsulto. No período imperial dá-


se porem uma mudança relevantes, a partir de Augusto dando um poder especial
a alguns jurisconsultos, o direito de responder ( ius respondedi) a partir da
autoridade do príncipe ( a usa pronuncia beneficia da própria autoridade do
imperador, +e vinculante.

Se houvesse pareceres contraditórios o iudex tinha de escolher


A partir de Adriano, se havia dois pareceres convergentes este tinham valor de
lex. Este ius respomdi ex auctoritate principes uma diminuição dos juristias,
pois, dornavante carecem deste empréstimo de atividade pública para que sejam
observados os seus pareceres.
É no período do principado que se desenvolve a fase clássica do direito romano,
decorrendo do século I D.C até metade do século III D.C. A partir de 235 deixa
de haver mais nenhum jurista revelante. Podemos dividir este período em três
fases: clássico inicial, clássico central [ século II até marcus aurelio], clássico
tardio.

O que é característico dos clássicos romanos é de gradual aplicação do direito


romano a novas hipóteses práticas, concretizando com cada vez maior pormenor
qual o critério de decisão que deve valer para as mais diferentes nuances de cada
problema.

Desenvolvem uma casuística com grande coerência.

Estes juristas romanos agrupavam-se me diferentes escolas:

 Escola proculiana
 Escola sabiniana

Expões o direito romano de uma perspetiva histórica, mas humana, mas de todo
modo, no termo podemos sistemizar as fontes que identificamos:

 Uma primeira fonte de fonte de direito seria resultante da atuação dos


pontifiqueis que teriam consequências jurídicas do uso da religião
humana «Direito Consuetudinário»
 Leges
 Plebiscita
 Edicta
 Senatusconsulta
 Responsa
 Constituições imperiais
 Institutiones- manuais de introdução ao direito romano

Estratos
a. Ius civile
b. Ius honorarium
c. Ius gentium a que apelava o pretor perigrinus
d. Ius naturale- a que na alguns momentos fazem referência os
juristas romanos

 A ação de juristas
identificar um determinado sentido coerente a partir da diversidade contributos
que concorrem para definir quais as regras que balizam o agora em sociedade.
Sem esta atividade interpretava todas essas fones conduziriam a uma confusão
total

Uma forma politica que se adequa a uma certa período de historia, não tem
adiabilidade quando as características dessa comunidade se modificam, isto
aconteceu da Republica para o Principado. Sendo que acontecerá igualmente ao
período do Principado, que apesar de apelar a cultura latina e reconstituição da
Republica, três séculos apos já não conseguia constituir num império que se
encontrava menos coeso, mais heterogéneo.

O principado nunca definiu com clareza as regras de sucessão, para não se


aproximar às características da monarquia, uma vez que no imaginário romano
era uma forma politica abusiva. Não havendo um processo sucessório definido
confundiu que a período de instabilidade o império tinha dificuldades de manter
o seu estatuto, pois cada sucessão era ocasião de novos conflitos. A fase final do
Principado caracteriza se de absoluta falência. Devido a esta plano de fundo,
podemos compreender o Dominado ( nome que provém da historiografia
contemporânea, por Mommsen, com sentido negativo, outras designações para
esta época Império Tardio. Embora Dominado seja uma criação do século XIX
esta é construída a partir de um título DOMUNIS ET DEUS), à forte critica
começada pela o imperador Opiciano. Esta época é caracterizada pela tendencial
concentração de todo o poder no imperador.

O dominado surge para reagir o que era a sentir num período de decadência,
como em Roma a força da tradição é um valor grande, também a reforma de
Opciano procurou se legitimar como uma restauração dos antigos costumes
romanos bem como da religião romana mos maiorum. É por isso que no século
III haja uma maior perseguição do cristianismo. Não obstante esta revolução não
foi uma consagração do passado mas sim a criação de novas instituições, ou
seja, uma nova realidade que se constitui.

Opciano divide o pode numa tretarquia ( em quatro) teríamos dois augustos; dois
césares, sendo que em caso de morte os dois césares sucessiam aos dois augustos
resolvendo assim o problema de sucessão, tentava se acabar com as crises que
surgiam com a morte dos augustos. Este mecanismo mostrou-se muito instável.
Depois de Opiciano teremos dois imperadores que unirão todo o império
Constantino e Teodósio ( final do século IV) Depois da morte Teodósio, nunca
mais o império se verificou.

Opiciano procurou promover o valor da romanidade e das antigas virtudes


romana, é nesta vertente que este promove igualmente a antiga religião romana.
Estes todos elementos Opliciano determina que a língua oficial de Roma passa a
ser o latim. De todo modo com Constantino, os elementos orientais voltam a
prevalecer, bizantinismo . De todo modo pelo menos numa primeira fase, a
atividade jurídica continuou se a exercer em língua latina, sem prejuízo esta fase
do Dominado já é caracterizado pro um cisão da parte romana e a parte
bizantina, em longo prazo serria esta separação continuaria.

No plano administrativo dá-se uma forte concentração do poder nas mãos do


imperados , estamos agora numa forma de organização politica que constitui o
rigor o inverso da republica o principado republica é a distribuição do poder
evitando a concatenação para que o poder seja contido. O principio do
Dominado é que todo o poder é expressão do imperador, e que governa
mediante.. Assim unto do imperador funciona uma burocracia, na verdade
funciona duas burocracias, a militar e a administrativa, ambas organizadas
hierarquicamente. Procura o imperador que cada uma destas organizações e
vigie uma a outra, para proteger o próprio imperador de um possível golpe de
estado Direide et impera. Um exemplo são as circunscrições administrativas e
militares não era comuns, assim todos vigiavam reciprocamente.

As Magistraturas romanas antigas substituíram-se com sonoridades. À cidade


de Roma foi oferecida um titulo nomo a Cidade eterna, mas outra cidade gozou
de sede de império de Bizanzia / Constantinopla na qual se chamou Roma Nova.

Quanto ao Direito romano este período é de enorme decadência, neste período já


não nos deparamos com a figura do jurista, a figura do romano dedicado ao
direito quanto muito temos magistrados imperiais sem muita relevância
As leis de citação, leis que determinam os escritores clássicos , incapacidade de
valorar o respetivo corpo politico, deixa de haver uma comunidade politica
capaz de o valorar.

Sobre Constantino, o escritor Papinianus . Cerca de um seculo depois, em 426,


por Teodósio II, podem ser citados Papiano, Paulo, Ulpiano, Modestino, Gaio.
Na dúvida vale a maioria, não havendo assim uma ponderação politica.

Nesta fase evidentemente, não havendo jurista o dinamismo do direito está


reduzido ao impulso do imperador, através da compilação de constituições,
acabando por assumir o nome de coleções de leis, é o exemplo de Codex
Gregorianus, Hermigenianus e Tehodosiuanus

CRISTIANISMO

Na origem um movimento religioso surgido numa zona periférica do Império,


Israel, mas espalha-se para o centro. Nesta primeira fase pouco mais do que
relevante, as vivência próprias não se repercutem na sede do Império. Ocorre
simplesmente embora surgindo na zona periférica do império, o cristianismo
consegui especialmente difundir, devido a coincidir com o Principado, criando
pequenas comunidades. Assim, nos primeiros séculos numa posição secundárias,
estas pequenas comunidades cristãs, formaram uma rede.

Sobretudo no século III e II aumentam as tensões entre as comunidades cristã e o


poder imperais, devido a duas razões: a comunidade antiga a religião pagã era
um meio de legitimação do poder politico, ora no período imperial mantinha-se
obrigatoriedade de participar nos ritos religioso que tinham não apenas um
dimensão religiosa, mas também politica, manifestando a lealdade ao imperador.
Tal dever de participar nestes ritos religioso, conduziu naturalmente atritos,
porque a participação desses ritos eram incompatível com a crença monista
cristã, ao divinizar o imperador. O problema agravou-se quando o poder
imperial tentou a restaurar a religião romana, agravando a incompatibilidade
com o quadro religiosa desta religião cristã.

O terceiro momento dá se no século IV de irrelevante e perseguido, passa para


tolerável e religião oficial. No ano de 301 o imperador Galego publica um édito
de tolerância, com Constantino é publicado o célebre édito de Milão dando ao
cristianismo tolerância oficial, mas também favorecimento, devendo ser
interpretado como um ato politico. A lógia politica do o dominado procurou
oferecer uma certa estabilidade, ora a conversão de Constantino pode se
interpretar como uma forma de unir o povo, usar o fator religioso de coesão
humana. De todo o modo a sua influência na legislação desde de Constantino.

Porque este acontecimentos são importantes para a história politica?

Por um lado porque conduziu a uma certa síntese de coesão entre os valores
cristãos e antigo, a religião "geral " passa veicular valores próprios da religião
cristã. Há uma certa cristianização.

Por outro lado, a circunstância do cristianismo ter se tornado a religião oficial


teve efeitos no ocidente ( quando o império romano cai em 486 passando para o
espaço europeu o domínio dos germânicos, foi a igreja romana que serviu de
transmissão dos valores antigos " Eclesia veivit lege romam", esta influência fez
sentir na elite social até ao século XVIII, na população comum no século XX ) e
oriente( passou se exatamente o mesmo, a igreja católica do Oriente também
transmitiu os valores romanos como era compreendida no seu espaço, ou seja,
não é a cultura latina mas sim bizantina " é a sinfonia entre a dimensão politica e
eclesiástica". Quando caiu o Império do Oriente, os membros da igreja ortodoxa
tiveram-se de dispersar para o Norte, levando assim para a Rússia o ideal do
império romano, a terceira Roma.)
Fim do Império Romano

Ocidente

Depois de Teodósio, já nos finais do século IV a tendência é claramente de


declínio no plano cultural, politico, demográfico, social. Nas províncias
essencialmente a condição politica estava fortemente degrada pela completa
falência das instituições politicas , a esta crise temos de acrescentar um
fenómeno demográfico, que foi a emigração dos povos germânicos( Gogos,
Francos, Bormbardios, Vandos, Suevos). Numa primeira fase criavam uma
pressão do lado de fora das fronteiras romanas. Numa segunda fase entravam no
território romano para operações de saque. Numa terceira fase instalavam-se no
território romano. Mostrando assim uma grande decadência do império. A partir
daqui no Ocidente o poder politico reorganizar-se-ia com bases novas, sãos os
dois doravante agentes políticos: as monarquias germânicas e a igreja romana.
Reunindo assim os fatores que vão consolidar o ocidente; o fator romano, grego,
germânico e cristão. Por um lado persistiu a versão vulgar de algumas línguas
latinas de onde derivado o Português etc.. Por outro lado substituíram algumas
práticas jurídicas herdadas da prática romano de uma forma vulgar.

No oriente o Imperio romano, ainda substitui sobre um milénio, de facto ainda


atravessaria alguns períodos de esplendor o que repercutiu igualmente no direito.
Um desses período de esplendor corresponde ao império de Justiniano, que
apela a melhoria do império através tradição romana. Justiniano foi um
imperador que obteve grandes sucessos militares, tentando restaurar a grandeza
da cultura romana, em que este procurou fazer reviver o direito romano. Um dos
elementos que compõe o corupus ius civile, um livro chamado Instituições, no
prefácio deste livro diz:

Projeto de restauração: Justiniano confiou a uma personalidade Triboniano. Era


membro de uma escola jurídica de Constantinopla , sendo alguém que o
imperador confia a direção da política jurídica. O projeto de Justiniano assenta
em três pilares fundamentais:

 Digesto: aprovados por uma constituição ( m ato que exprime a vontade


imperial) a constituição tanta integrada por 50 livros, cada um divido em
títulos. As pandecta constituem uma compilação de excertos de juristas
do período clássico. Cada uma indica proveniência e pode encontrar.se
dividida em parágrafos. É a principal fonte histórica para acedermos aos
pensamentos dos juristas romanos do século I-III. Não foi realizada de
modo exaustivo. Encontrando-se fragmentos de cerco 40 juristas
romanos, o jurista mais representado Ulpiano seguido de Paulo , sendo
retiradas sobre 200 obras. Fazendo uma soma entre as fontes e o
resultado final, os compiladores teria reduzido três milhões a 150 mil de
linhas . Debruçando sobre o Direito Privado.
 Instituições: são um manual introdutório do direito romano, e forma
elaborados e inspirados num texto anterior de Gaius.
 Codex: consituições imperiais de Adriano e Justiano, teve um a primeira
versão em 529 e depois em 534.

A estes três pilares da obra codificada de Justiniano, acrescentou-se


posteriormente as Novellae, esta obra foi intitulada de corupus iuris civilis.
Assim no fim da idade média tínhamos duas grandes compilações o canonici,
para o direito canónico e para o direito romano o corpus iuris civilis.

Grande parte desta obra encontra-se redigida em latim, De todo modo a língua
imperial já era o grego. Justiniano proibiu que se fizessem comentários ao
digesto De todo modo, a necessidade e a prática conduziu em que no âmbito do
Oriente se fizesse alguns comentários explicativos do respetivo conteúdo.
 Teófilo, Paraphrasis Instituionum
 Século VIII, Ecloga Legum
 Basílicos

Importância:

Restaurar a grandeza do Império do Oriente., ou seja, a restauração do Império


Romano, mas este acaba por cair. Razão de extrema de relevância este em que a
partir do século XI esta obra, no Ocidente, será sistematicamente estudada.
Assim, o Direito Romano está uma dupla importância para o Direito Europeu:
 Ele persistiu como substrato sobre forma vulgar eu se manteve +para
além da queda do império, e após da tomada do poder do povos
germânicos
 O direito romano importou e continua a importar para o Direito europeu
em razão de sucessivos movimentos intelectuais de sua recessão
intencional que ocorreram entre o século XI e XIX, houve sucessivas
escolas intelectuais que procuram adotá-la à atualidade: escola dos
comentadores, humanista, pandectística ( código civil alemão 1896),
histórica, usu modernius pandectarum
Sendo que se não houvesse fórmulas, este podia inventar ou seja o elenco de formulas
não era fechado

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