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A Lei das XII Tábuas, consistiu não apenas em um documento jurídico de

sensível expressão jurídica, a qual marcaria o desenvolvimento futuro do


próprio Direito Civil. O ambiente histórico que considerou a publicação do
documento, traz em verdade uma disputa política e o direito das distintas
classes ou estamentos sociais em Roma de cultuarem seus deuses e garantirem
a proteção jurídica e a representação de seus interesses.

A presente atividade consiste na proposta de uma atividade na


modalidade DISCUSSÕES. Nela, o(a) aluno(a) deverá elaborar um
comentário de, no máximo 10 linhas indicando quais eram os grupos
sociais colocados em lados opostos neste período, comentando
brevemente qual das tábuas comentadas pelo texto de apoio mais se
aproxima, na opinião do(a) aluno(a) ao direito civil previsto em nossa legislação
brasileira.
Cabe lembrar que os comentários deverão refletir o texto elaborado pelo
próprio aluno, atribuindo preferência às suas palavras, evitando o uso da ideia
de outros autores que não aqueles mencionados ou sugeridos nesta atividade.
Para possibilitar ao aluno o desenvolvimento de seu comentário, recomenda-se

a leitura do texto de apoio clicando aqui 

As 12 tábuas da lei, assim como as antigas e conhecidas regras militares tipicamente


romanas sempre de forma imediatista, prática e objetiva.
Com o objetivo de amenizar os conflitos entre patrícios e plebeus sobre pressão da
proposta de um Plebeu, após a forçada saída dos plebeus de Roma para o monte
Sacro, os patrícios se viram em situação delicada devido sua dependência.
Foi eleito tribuno Telentílio, em 451 A.C. foi criado um decenvirato( um grupo de 10
homens) contribuindo para a primeira Lex rogata em comissão, que foi evoluindo de
acordo com a necessidade do povo, regulamentando o poder consular em uma
comissão mista de plebeus e patrícios criando a legislação decenviral.

Associação às leis brasileiras

Fazendo um comparativo entre leis, a Oitava tábua é a que mais se assemelha às leis
brasileiras. Os direitos prediais, estabelecem conforme as atuais normas estabelecidas
pelas atuais prefeituras, pois existem as chamadas "Informações básicas" que
delimitam espaçamento entre construções e vizinhos, respeitando a arquitetura e bem
estar.

Trago para discussão um parecer que eu gostaria de apresentar, é o que atualmente o


Brasil encontra-se mais arcaico que a própria Roma antiga em suas leis. A nona
tábua, refere-se a "Não estabelecer privilégios em leis" o que INFELIZMENTE não
acontece.
Meu comentário

A Lei das 12 Tabuas constitui a origem do Direito Romano. Essas leis eram aplicadas
na República Romana pelos pontífices e representantes das classes dos patrícios que
as guardavam em segredo. Em especial eram aplicadas contra os plebeus. Os
plebeus eram um grupo social composto por artesãos, comerciantes e camponeses,
que constituíam, assim, a imensa maioria da população romana.

Divisão da sociedade: Patrícios: grandes proprietários de terras, formando uma aristocracia


detentora de privilégios. Plebeus: homens livre que não possuíam direitos políticos, sendo
assim marginalizados. Clientes: indivíduos que prestavam serviços aos patrícios e eram
seus dependentes ou agregados. Escravos: endividados ou vencidos em guerras.

Foi elaborada a Lei das Doze Tábuas, foi um marco na história do Direito Romano, um “divisor de águas”,
pois pela primeira vez as leis passaram a ser escritas, e o mais importante, passaram a valer também
para os plebeus, da mesma forma que para os patrícios (estes, os cidadãos romanos, a quem até então
o mundo do Direito era restrito).

HÁ Divisão da sociedade entre: Patrícios: grandes proprietários de terras, formando uma


aristocracia detentora de privilégios. Plebeus: homens livres que não possuíam direitos
políticos, sendo assim marginalizados.

A Lei das XII Tábuas, foi um marco na história do Direito Romano, um “divisor de águas”,
pois pela primeira vez as leis passaram a ser escritas, e o mais importante, passaram a
valer também para os plebeus, da mesma forma que para os patrícios (estes, os cidadãos
romanos, a quem até então o mundo do Direito era restrito).

A República Romana tem sua origem no ano de 509 a. Sua primeira forma de governo
adota pelos romanos foi a Realeza. Em 510 a.C., em reação ao domínio monárquico, funda-
se a República que se sustenta sobre uma constituição política tripartida: Magistraturas,
Senado e Comícios. No entanto, a estrutura, a fonte e o conteúdo do poder consular têm
essência monárquica.

Neste momento aparecem os privilégios do novo patriciado e o "nascimento da plebe. O


acesso ao consulado e às demais magistraturas republicanas, inicialmente, é reservado aos
patrícios. Delas estão excluídos os demais membros do povo, que ignoram por meio de
quais regras e costumes o direito é constituído e aplicado. O direito, mantido, em segredo, é
de conhecimento exclusivo dos pontífices, também eles patrícios.

Devido às graves dificuldades econômicas que proporcionavam o endividamento de grande


parte da população, foi responsável pelo "nascimento da plebe" enquanto grupo coeso e
consciente de suas reivindicações
A plebe, no dizer de HUMBERT', é uma “realidade política rigorosamente definida" e
representa uma "fração da Cidade que se colocou em oposição duradoura contra a
organização oficial ou patrícia da Cidade".

E as sim, como reação à revolução aristocrática que houvera dado início à república, os ple
beus deram início a uma segunda revolução. É bem verdade que a imensa massa de traba
lhadores, artesãos e pequenos comerciantes que compunham a plebe já era considerada,
durante a monarquia etrusca cúrias, do exército e dos comicios centuriatos''. Mas isso não
havia lhes trazido de fato nenhuma prerrogativa. 

Quanto ao primeiro aspecto, pleiteavam os ple beus participação na distribuição de terras.


Do ponto de vista social, almejavam a igualdade de direitos e a abolição das distinções
jurídicas de classe. No que diz respeito aos aspectos político e jurídico, requeriam
participação no poder e a conquista da certeza do direito a ser-lhes aplicado.  

E de se ressaltar que o endividamento da plebe, na época em que vigorava ainda o principio


da responsabilidade pessoal do devedor, provocava a submissão de diversos de seus
membros aos credores e este foi um dos fatores que mais contribuiu para sua revolta!?. 

Os plebeus saem de Roma em 494 a.C. e se instalam no Monte Sagrado, a alguns


quilômetros de Roma, onde votam as leges sacratae, cuja observância juram impor com
força revolucionária. Seu retorno à Roma foi condicionado ao reconhecimento da primeira
magistra tura plebéia: o Tribunato da Plebe. 

Eleitos anualmente pelos plebeus nos concilia plebis, inicialmente em número de dois, eram
os tribunos da plebe titulares de poderes extraordinários: auxilium e intercessio. Pelo
auxilium, qualquer plebeu poderia solicitar a intervenção do Tribuno para que este o
protegesse contra o ato do titular de imperium que houvesse ameaçado sua pessoa ou seus
bens. Como conseqüência necessária do auxilium, a intercessio é o direito de veto com o
qual poderiam os tribunos afastar decisões dos consules ou do Senado desfavoráveis à
plebe'. Por fim, são os tribunos sacrosancti, ou seja, a eles está garantida a inviolabilidade
física de sua pessoa e de sua autoridade. Quem quer que atentasse contra ele ou suas
decisões era conside rado sacer, ou seja, destinado a morrer.

Os plebeus deram início a uma revolução aristocrática, com reivindicações nos mais
variados campos: econômico, social, político e jurídico. Eles almejavam a igualdade de
direitos e a abolição das distinções jurídicas de classe. Nos aspectos políticos e jurídicos,
requeriam a participação no poder e a conquista da certeza do direito a ser-lhes aplicado.
Os plebeus saem de Roma em 494 a.C. e se instalam no Monte Sagrado, a alguns
quilômetros de Roma, onde votam as leges sacratae, cuja observância juram impor com
força revolucionária. Seu retorno à Roma foi condicionado ao reconhecimento da primeira
magistra tura plebéia: o Tribunato da Plebe.

O poder dos cônsules mostrava-se "excessivo e intolerável numa


cidade livre. Cerca de cinco anos mais tarde, os tribunos fizeram
uma proposta mais moderada aos patricios. Tal proposta consistia
na "designação de uma comissão mista de patrícios e plebeus com o
encargo de redigir leis úteis às duas ordens e capazes de assegurar a
igualdade e a liberdade". Os patricios concordaram, mas declararam
que somente os patricios poderiam ser legisladores.
Foi então que, em 454 a.C., como decorrência de um acordo entre
os patrícios e plebeus, enviou-se a Atenas alguns senadores
encarregados de estudar as célebres Leis de Sólon".
como os tribunos insistissem cada vez mais para que finalmente
fosse iniciada a elaboração das leis, foi eleito para tanto um colégio
de dez legisladores (decemviri legibus scribundis), todos patrícios".
Deteve o decenvirato poderes militares e civis. Durante sua existência,
ocorreu a suspensão de todas as magistraturas patrícias e plebéia e
proibiu-se a instituição da provocatio.
O acesso ao consulado e às demais magistraturas republicanas,
inicialmente, é reservado aos patrícios. Delas estão excluídos os
demais membros do povo, que ignoram por meio de quais regras e
costumes o direito é constituído e aplicado. O direito, mantido, em
segredo, é de conhecimento exclusivo dos pontifices, também eles
patricios. 

Preparam dez tábuas de lei e as submeteram ao povo para


estudarem juntos o que deveria ser suprimido ou acrescentado"
O conteúdo original da Lei das XII Tábuas não nos é conhecido. Uma das
possíveis explicações deste fato relaciona-se à aludida destruição de seu texto
original em 390 a.C, por ocasião do incêndio gálico*l. Sabe-se, entretanto, que
nos primeiros decênios do II século a.C, o jurista Sexto Elio Peto Cato", nas
Tripertitat, elaborou uma recensão do código decenviral acrescida de
interpretações acerca de seu conteúdo. Esta obra parece ter se tornado
referência à época romana republicana e do Alto Império.
De qualquer forma, o texto das XII Tábuas de que dispunham os romanos nos
últi mos dois séculos da República e no Principado era substancialmente
autêntico ao original", embora com ligeiras alterações na ortografia e na
morfologia de certas palavras.

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