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• Introdução:
O Constitucionalismo é uma história das constituições. Através deste estudo, percebe-se qual foi a
evolução histórica do direito constitucional e das constituições. É bom ressaltar que atualmente vem
sendo dito que o direito é indivisível, uno e indecomponível, pois o direito deve ser estudado como um
grande sistema, sendo essa divisão em ramos meramente didática, a fim de facilitar o entendimento da
matéria.
Aceitando essa classificação dicotômica(público e privado)apenas para fins didáticos devemos atribuí-la a
Jean Domat (afastando a idéia daqueles que a imputam ao direito romano) e saber que essa obra
influenciou na elaboração do Código de Napoleão em 1804, despertando a denominada “Era da
Codificação”, que conferiu ao Código Civil a natureza de verdadeira “constituição privada”,
disciplinando as relações particulares, as regras de família, a propriedade, a capacidade e etc. Surgia então
a idéia de dogma da completude, ou seja, de que os códigos continham toda a regulamentação das
relações privadas, devendo o juiz simplesmente aplicá-las, idéia esse que na França era traduzida pela
expressão “ La buch de la loa”, que significa o juiz é mera boca da lei.
• Conceito:
Uma frase do Rei Luis XIV ficou marcada durante esse período absolutista, é ela:
“ O Estado sou eu “ que significa o poder se confunde com o Monarca.
A limitação do poder do Estado e buscada através da repartição dos poderes, para que não haja a
concentração do poder nas mãos de uma só pessoa (como era no absolutismo). Alem disso, ha uma idéia
de garantia de direitos. Durante toda a evolução histórica do constitucionalismo, percebem-se as 3 idéias
acima relacionadas.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA:
IDADE ANTIGA: Até o século V (tomada do império romano do ocidente pelos povos bárbaros – 476 anos d.C.)
IDADE MÉDIA: século V até o fim do Império Romano do Oriente, com a queda de Constantinopla, no século XV –
1453 d.C.)
Apesar de não haver constituição escrita, essa época foi considerada como
constitucionalismo, pois nela já existiam limitações ao poder do monarca, seja através de pactos, como de
dogmas religiosos, outros documentos, etc.
Não havia, até o final do séc. XVIII, constituições escritas – apesar da existência de documentos escritos.
Contudo, é possível identificar a garantia de direitos e a separação de poderes, por isso que se fala em
constitucionalismo mesmo na antiguidade.
Constitucionalismo Hebreu
Tínhamos um Estado teocrático, criou limites ao poder politico, limites esses que eram representados
pela Lei do Senhor, que era superior a lei comum dos homens, portanto, havia uma ideia de hierarquia
das leis. Karl Loewenstein já identificava aqui a origem do constitucionalismo.
- Lei do Senhor como limite, nascendo à ideia de hierarquia entre as leis. Essa ideia de hierarquia hoje é
fundamental, transcrevendo a denominada supremacia constitucional.
Constitucionalismo Grego
Constitucionalismo Romano
Em Roma, à época do Imperador Adriano, foram editadas normas jurídicas, regramentos com valor
de lei: a constitutio.
Encontra-se aqui uma fase embrionária da ideia de separação de poderes, especificadamente, no
tocando a separação do poder entre os Cônsules, Senado e o Povo.
“Rule of Law”, esta expressão é traduzida para o português não de forma literal, a tradução é feita como
“Governo das leis”, em substituição ao “Governo dos homens”
Ideias:
1) Limitação do poder arbitrário.
2) Igualdade (dos cidadãos ingleses perante a lei).
A origem das Constituições teria fundamento na Carta Magna de 1215, a Carta de João Sem-Terra. Esse
primeiro documento teve o seguinte conteúdo: era um pacto entre o soberano e seus súditos, em que o
soberano abre mão de parcela do seu poder, que era absoluto (vinha de Deus) em detrimento de seus
súditos (ele havia sido derrotado e falido, precisava de subsídio de seus barões e por isso esse acordo).
Encontramos aqui súditos impondo ao seu soberano uma limitação de poder. De fato, não se pode
considerar a Carta Magna de 1215 como uma Constituição concreta, de fato e de direito, isso porque, é
claro, muita coisa ficou de fora para que pudesse ser considerada uma CT, mas certamente, já era
alguma coisa.
Obs.1. Foi o primeiro documento escrito, em que o Monarca reconhece limites ao seu poder.
→Cumpre salientar que a Magna Carta não foi uma constituição, foi uma espécie de contrato de
domínio firmado entre João sem Terra e os Barões do Reino, pactuado em troca da renovação do
juramento de fidelidade ao Rei.
Obs.: Novidade da Margna Charta – Cláusula 61: admitia o direito dos barões do reino atacar o reino e
sua propriedade, na eventual hipótese deste não cumprir as promessas que foram firmadas. Alguns
dispositivos dessa carta ainda estão em vigor. “39. Nenhum homem livre será detido ou sujeito à prisão,
ou privado dos seus bens, ou colocado fora da lei, ou exilado, ou de qualquer modo molestado, e nós
não procederemos nem mandaremos proceder contra ele senão mediante um julgamento regular pelos
seus pares ou de harmonia com a lei do país.”
Referido dispositivo encontra-se em vigor ainda hoje.
Due processo of law: devido processo legal.
Vincula-se a vários temas da atualidade, a questão do acesso ao Judiciário, da duração razoável do
processo. “40. Não venderemos, nem recusaremos, nem protelaremos o direito de qualquer pessoa a
obter a justiça”.
No constitucionalismo inglês ocorre ainda a transição da soberania do Monarca para o Parlamento,
ocorre com a Revolução Gloriosa.
Assim na idade média, em especial com a Magna Carta inglesa de 1215, o constitucionalismo deslancha
em direção à modernidade, ganhando novos contornos. Há uma imposição do parlamento inglês de
forma a limitar, portanto, o poder do então soberano.
A partir daí são elaborados importantes documentos constitucionais, todos com vistas a realizar o
discurso do movimento constitucionalista da época:
“Petition of Rights” de 1628;
“Habeas Corpus Act”, de 1679;
“Bill of Rights”, de 1689,
Act of Settlement, de 1701, etc.
Documentos:
– Pacto do Mayflower – 1620;
_ Fundamental Orders of Connecticut – 1639;
– Declaração da Virgínia de 12/06/1776;
– Declaração de Independência dos Estados Unidos de 04/07/1776;
– Constituição de 1787: Primeira Constituição Formal Moderna;
Destaca-se que no constitucionalismo norte-americano foi adotada uma constituição escrita/ formal,
pela primeira vez. E essa constituição é tida como uma decisão do povo.
No Constitucionalismo norte-americano temos a ideia de Democracia Dualista. É dividida em dois
grandes grupos, em espécies diferentes de decisões.
– Decisões raras do povo – são as decisões políticas mais importantes (momentos constitucionais).
→Essas decisões (decisões raras do povo) prevalecem quando em conflito com as decisões cotidianas
dos governantes/representantes do povo.
– Decisões cotidianas dos governantes – são decisões que se submente as decisões raras do povo.
Democracia formatada em dois tipos de decisões, decisões raras do povo, que formam a constituição
escrita, decisões que o próprio titular tomam, e, de outro lado, as decisões cotidiana.
É por isso que podemos falar de supremacia da constituição, pois elas são derivadas de decisões raras
do povo. É uma defesa do povo contra um abuso dos demais poderes, governantes.
No constitucionalismo norte-americano a constituição possui princípios intocáveis que protegem o povo
de uma eventual tirania da maioria, especialmente a maioria parlamentar.
Nesse constitucionalismo temos a ideia que não há poder absoluto. Eles derivam da Constituição. Temos
aqui os freios e contrapesos. A constituição tem objetivo garantir direitos e limitar poderes (Constituição
Garantia). Ela não dirige para o futuro como a nossa (Constituição programática/dirigente).
O federalismo moderno nasce no bojo do constitucionalismo norte-americano. O presidencialismo
também nasce aqui. Federalismo e modelo presidencialista, prevista na Constituição de 1967.
Ela privilegia também a liberdade e igualdade.
A Constituição tona nula qualquer lei inferior que a contrarie, e nesse sentido, nasce o controle de
constitucionalidade.
CONSTITUCIONALISMO FRANCÊS
* Essa era uma constituição concisa, trazendo poucos dispositivos e tratando apenas de
termas gerais.
* Fortalecimento do poder judiciário, para Alexandre Hamilton nesse momento o Judiciário não está
muito forte, também não está fraco.
*República, Presidencialismo, Forma federativa de Estado. A maioria da doutrina aponta os EUA como o
1o Estado a adotar o federalismo – responder isso na prova objetiva. Mas, segundo Karl Lowenstein,
outros estados adotaram o federalismo antes dos EUA.
*Declarações de direitos formulados a partir de 1776 (Declaração do Bom Povo de Virgínia, que
traduzida para o inglês significa “Virgínia Bill of Rigths”). A constituição americana inicialmente não
tinha direitos fundamentais, foram acrescentados depois por emendas.
* Garantia dos Direitos e separação dos poderes – A separação dos poderes e a garantia dos
direitos estavam previstas na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (art.16 -
1789), o que foi um marco para a proteção dos direitos fundamentais. Esse dispositivo deixa
claro que esses temas são considerados temas intrínsecos a Constituição, isto e, que a
Constituição que não trata da separação dos poderes ou de garantia de direitos não e
Constituição. Por isso, a garantia dos direitos, a separação dos poderes e a estrutura do
Estado são as matérias constitucionais.
A declaração universal dos direitos do homem e do cidadão foi o preâmbulo da constituição francesa.
O francês Montesquieu para desenvolver a teoria da separação dos poderes observou a experiência
inglesa. Na Inglaterra o sistema era Comon Law e na França era o Civil Law. Os Americanos que
também adotava o sistema comon Law, através da obra de Montesquieu estabeleceram o sistema da
separação dos Poderes e com isso os Franceses pegaram inspiração na constituição Norte-Americana ,
pois a mesma já era escrita e mais fácil para os franceses verificar como se dava aquela separação de
poderes criada por Aristóteles e desenvolvida por Montesquieu.
* Supremacia do Parlamento (essa foi uma idéia que prevaleceu ate 2010) . O controle repressivo de
constitucionalidade surge na frança em março de 2010 e mesmo assim com efeito prospectivo.
Aqui valia a idéia de Russeau “A lei era a expressão da vontade geral”
Nesse momento surge a escola da Exegese que teve como base para o seu surgimento o Código de
Napoleão de 1804, a mesma teve seu augi por volta de 1830 e sua decadência em 1880.
Para a Exegese a interpretação era uma atividade meramente mecânica onde para ela o Juiz deve apenas
revelar o sentido que a lei já possui em si, ou seja, La buch de la loa ( o juis era mera boca da lei).
Diferentemente dos EUA, onde o legislativo era alvo de desconfiança, a França tinha como esse alvo o
Poder Judiciário, tanto que em uma constituinte francesa o Deputado francês Bergassi disse o seguinte “
O poder judiciário estará muito mal organizado se os juízes gozarem do perigoso privilégio de
interpretarem as leis”. E quando tentaram interpretar o Código de Napoleão, ele disse que estavam
tentando destruir seu código.
Essa classificação indica o período em que determinados direitos foram consagrados nas
Constituições. Não e exatamente o momento em cada direito surgiu.
A divisão entre gerações de direitos fundamentais foi criada por Karl Vazak em uma palestra. Nessa
época, o autor tchecoslovaco fez a seguinte divisão:
Essa divisão foi divulgada pelo mundo a partir das idéias de Norberto Bebeu em seu livro “ A era dos
direitos”, e, com o passar do tempo, a doutrina começou a fazer suas próprias classificações, de modo
que, hoje, essa
classificação varia muito de autor para autor, principalmente da terceira geração em diante.
No Brasil, quem melhor escreve sobre este tema e tem a idéia mais difundida e o professor
Paulo Bonavides.
Aqui nesse Estado liberal as constituições se classificam como de “ garantia” quanto ao critério da
finalidade.
Corresponde ao surgimento das primeiras constituições escritas até o fim da primeira GM.
Concretizou-se com as experiências do Rule of Law (Inglaterra), Rechtsstaa (Rússia) e État Légal (França).
No entanto, o Estado de Direito, como conhecido hoje, apenas ocorreu com o fim do antigo regime e
após as revoluções liberais - État du Droit = Verfassungsstaat
Características:
a) Abstencionista: é um Estado que não intervém nas relações sociais, econômicas e laborais. É
chamado de Estado Mínimo. O Estado Mínimo preocupa-se apenas com: proteção contra invasões
estrangeiras; administração da justiça; implementação de bens e instituições que não geram lucros.
b) Direitos fundamentais correspondem aos direitos da burguesia (liberdade e propriedade)
c) Limitação do soberano: a limitação do estado pelo direito estende-se ao soberano. Ou seja, todos
estão limitados pelo ordenamento jurídico, o soberano não está mais acima da lei.
d) Princípio da legalidade: a atuação da administração pública depende de expressa autorização legal.
Considerada uma atividade sublegal.
É na primeira fase do constitucionalismo moderno que surgem os direitos de primeira geração ou
dimensão (forma mais correta), teoria desenvolvida por Karel Vazak (1979), difundida por Norberto
Bobbio mundialmente. No Brasil, seu expoente foi Paulo Bonavides, que ampliou as gerações de direitos
fundamentais.
Direitos de primeira geração:
Consagravam os valores relacionados à liberdade.
Abrangem os direitos civis e os direitos políticos.
Por direitos civis, também chamados de direitos de defesa, entende-se o direito à vida, o direito à
liberdade, o direito à igualdade e o direito à propriedade, como se percebe são os direitos liberais
clássicos. Possuem um caráter negativo, pois exigem do Estado uma abstenção (um não fazer). Surgem
para proteger o indivíduo contra o arbítrio do estado.
Obs.: todo direito fundamental possui aspecto negativo (abstenção por parte do Estado) e um aspecto
positivo (o Estado possui a obrigação de atuar), o que diferencia é o grau de cada aspecto.
Por direitos políticos, também chamados de direitos de participação, permitem que o indivíduo participe
da vida do estado. Possui um aspecto positivo (realização de eleições) e negativo (atendidos os
requisitos, não pode o estado impedir a participação).
Alguns autores não tratam dessa etapa do Constitucionalismo. Essa fase é a do período entre
guerras – Fim da 1a guerra mundial ate o fim da 2a guerra mundial.
No Século XIX, houve uma grande crise econômica, que se agravou com a guerra. E essa
crise econômica acabou gerando grandes desigualdades que tornou inviável o liberalismo, pois para se
estabelecer verdadeiramente o liberalismo é preciso ter uma proximidade de igualdade e devido essa
grande desigualdade o liberalismo entrou em crise. A partir daí começa a surgir um novo modelo de
Estado e um novo modelo de constituição.
4.3.1) Experiências que influenciaram o direito Constitucional desta Fase que foram paradigmas
para o surgimento do Estado Social:
OBS: No Estado social temos o surgimento dos direitos de 2ª geração, que é característica da constituição
“balanço”, quanto ao critério da finalidade.
OBS2: Isso não significa que só com essas constituições é que se começa a falar em direitos sociais, por
exemplo a constituição da França em 1791 já falava e consagrava alguns direitos sociais, só que isso não
era uma tradição dentro do constitucionalismo. A partir dessas 2 constituições é que se consagra de forma
sistemática os direitos sociais.
Esses direitos de segunda dimensão estão ligados aos valores da igualdade, mas não
somente a igualdade formal (que já existia), e sim a igualdade material. A igualdade material preza pela
redução das desigualdades fáticas.
Os direitos utilizados para reduzir as desigualdades são os direitos sociais, econômicos e
culturais.
Os direitos de segunda dimensão são essencialmente direitos prestacionais, exigindo uma
atuação positiva do Estado. Nesse período, surgem as chamadas garantias institucionais. Existem na CF
as garantias individuais (do individuo contra o Estado, como, p.ex., HC, MS, Habeas Data ,devido
processo legal) e as garantias institucionais, que são garantias de determinadas instituições consideradas
importantes para uma determinada sociedade e que a protegem sobretudo contra o poder legislativo (ex.
De instituições protegidas: família, funcionalismo publico – regime de servidores públicos, imprensa
livre).
Nesta fase por volta de 1850 surgem os caminos interpretativos desenvolvidos por Savigny , mas só no
fim do século XIX e início do século XX que começa mais a usar e aí tem-se a evolução da escola da
Exegese.
Depois da Exegese surgem esses caminos de Savigny, que são os seguintes elementos:
Gramatical
Histórico
Lógico
Sistemático
Depois a Doutrina cria o elemento teleológico ( busca a finalidade da lei- ver Art. 5º da LINDB)
• Postura intervencionista,
• Papel decisivo na produção e distribuição de bens.
• Garantia de um mínimo de bem-estar social (welfare state).
O mínimo de bem estar social significa o auxilio para as pessoas mais necessitadas. Ex. disso no
Brasil é o beneficio do LOAS ( Lei Orgânica de assistência Social), renda básica/mínima da cidadania
que não exige contribuição, ele é assistencial, por exemplo se for idoso ou incapaz, ou se a renda per
capita da família for de 1/4 do salário mínimo ou se a pessoa vive em extrema pobreza, receberá então
esse benefício do governo que é um salário mínimo.( Ideia baseada no Estado Liberal). No mesmo
sentido temos a renda básica da cidadania consagrada numa Lei proposta por Eduardo Supricy e que
depende de regulamentação. Essa renda básica é inspirada numa obra de um Belga chamado Van Parijs
que tinha seu fundamento relacionado ao liberalismo e não ao assistencialismo, pois sua idéia era de que
o Estado deveria dar uma renda para todos ( rico ou pobre) para que pudessem fazer suas escolhas
livremente.
CONSTITUCIONALISMO CONTEMPORÂNEO OU
CONSTITUCIONALISMO PÓS-MODERNO OU “
NEOCONSTITUCIONALISMO COMO MODELO DE ESTADO
"(ESTADO CONSTITUCIONAL DE DIREITO) – ( durante a idade
contemporânea, mas antenado com a ideia de constitucionalismo globalizado)
CONCEITO
é uma doutrina do Direito que coloca a Constituição no centro do ordenamento
jurídico e que interpreta o direito a partir dos Direitos Fundamentais.
Essa fase surge apos 2ª guerra mundial. Esta nova etapa é caracterizada como um
amalgama das experiências norte-americana e francesa.
Tem-se o surgimento de novas constituições e a partir da 2ª GM, as experiências do nazismo, da própria
guerra, as barbáries, todos esses fatores levaram ao surgimento de uma nova preocupação que tem como
idéia central a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, que passou a ser a idéia central das constituições
do pós guerra. Dessa forma o nazismo foi o principal responsável pela grande importância que foi dada ao
princípio da dignidade da pessoa humana.
Na época do nazismo existia na Alemanha as leis mais avançadas do mundo com relação à experiência
com seres humanos, eram leis que não permitiam que seres humanos fossem submetidos a essas
experiências sem sua vontade. Entretanto essas leis não se aplicavam aos Judeus, Ciganos e etc, pois eram
considerados seres humanos inferiores, seres de 2º Grau.
A dignidade da pessoa humana é absoluta; não existe hierarquia de dignidade humana entre seres
humanos.
Essa idéia de dignidade da pessoa humana volta à tona hoje em razão de alguns fatores, como por
exemplo O direito penal do inimigo, O terrorismo nos EUA e etc, pois em razão desses fatores,
atualmente, para algumas pessoas existe a gradação da dignidade da pessoa humana.
OBS: aqui nesse momento pós 2ª G.M. temos o surgimento da 3ª geração de direitos, que é característica
da constituição dirigente, quanto ao critério da finalidade.
Registra-se aqui, no que diz respeito ás constituiçoes dirigentes, que elas originam o chamado
totalitarismo constitucional, nesse sentido Lamêgo Bulos).
• Autodeterminação dos povos – princípio que ergue o Brasil nas relações internacionais
(art.4º, CF);
• Direito de comunicação.
Direito do consumidor;
Direito dos idosos;
Direito das crianças.
DECORAR: ARTIGOS 1º, 3º e 4º DA CF.
Essa 3ª geração não são nem direitos individuais e nem coletivos, na verdade são basicamente
transindividuais.
Informativo: “A constituição da Inglaterra sempre foi flexível e costumeira, porém a partir do ano 2000, a
Inglaterra assumiu um tratado de direitos humanos e esse Estatuto passou a ser norma superior e hoje não
mais é flexível e sim semi-rígida.”
França: Constituição rígida
EUA: constituição escrita e rígida
E no Brasil essa perspectiva está consagrada no texto de 1988, embora já esboçad nos textos de 1946 e
1967 e E.C nº 1/69.
• Quarta Dimensão:
Não ha um valor especifico sobre essa dimensão. Paulo Bonavides fala nos seguintes direitos:
direito a democracia (nas dimensões formal – vontade da maioria – e material – proteção dos
direitos da minoria), direito a informação (o direito a informação decorre diretamente da democracia e do
principio republicano.
No Brasil, são exemplos: art.5o, XXXIII, CF (habeas data) e o respeito ao pluralismo (art.1º, V, CF –
fundamento da Republica Federativa do Brasil.)
Obs: Pluralismo político - conteúdo → O pluralismo político não se restringe apenas a diversidade de
concepções políticas ou de partidos políticos. Abrange, também, o respeito a diversidade artística,
cultural, religiosa, e de concepções de vida. Esse direito e chamado, também, de direito a diferença. Esta
intimamente ligado ao principio da dignidade humana.
Art.5o, XXXIII, CF - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado;
Art. 1º, CF - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º, CF - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário.
Segundo Boaventura de Souza Santos, no livro “Reconhecer para Libertar”, “... temos o
direito de ser iguais quando a diferença nos inferioriza; temos o direito de ser diferentes quando a
igualdade nos descaracteriza”.
Obs: Direito a Paz → Para Paulo Bonavides, o direito a paz e considerado um direito de 5a
dimensão, que deve ser buscado pela sociedade. Nas edições mais antigas de seu livro, o direito a paz era
visto como um direito de 3ª dimensão.
O principal motivo que faz com que alguns autores prefiram o nome “Estado Constitucional
Democrático” ao nome “Estado Democrático de Direito” e porque a idéia de Estado de Direito esta
relacionada ao “império” da lei. Ocorre que a concepção de “império da lei” vem sendo substituída pela
idéia de “supremacia e normatividade da constituição” que está ligado ao termo Estado contitucional
de direito.
A Constituiçãopassa a ser o centro do sistema, marcada por uma intensa carga valorativa. A lei e, de
modo geral, os Poderes Públicos, então, devem não só observar a forma prescrita na Constituição, mas,
acima de tudo, estar em consonância com o seu espírito, o seu caráter axiológico e os seus valores
destacados. A Constituição, assim, adquire, de vez, o caráter de norma jurídica, dotada de
imperatividade, superioridade (dentro do sistema) e centralidade, vale dizer, tudo deve ser interpretado
a partir da Constituição.
O objetivo principal dessa mudança de nome é fazer com que aquela noção de império da lei
seja substituída por uma idéia mais moderna, mais condizente com o Estado atual, que confere
supremacia a Constituição. O Estado democrático de direito e uma tentativa de sintetizar as conquistas e
superar as deficiências dos modelos anteriores (a primeira teoria de Estado contempla um modelo de
estado extremamente abstencionista; a segunda teoria, por sua vez, adota um Estado totalmente
intervencionista. Por isso, busca-se um meio-termo, um ponto médio entre essas extremidades).
Conteúdo axiológico da Constituição: para Barcellos, do ponto de vista material, sobressai o seguinte
elemento dentro da noção de constitucionalismo: “(i) a incorporação explícita de valores e opções
políticas nos textos constitucionais, sobretudo no que diz respeito à promoção da dignidade humana e
dos direitos fundamentais”.
Como importante marca das Constituições contemporâneas, além de realçar seus valores
(especialmente após a Segunda Guerra Mundial), associados, particularmente, à ideia da dignidade da
pessoa humana e direitos fundamentais, Barcellos identifica a previsão de opções políticas gerais (como
a redução de desigualdades sociais — art. 3.º, III) e específicas (como a prestação, por parte do Estado,
de serviços de educação — arts. 23, V, e 205).
Nesse contexto, a partir do momento que os valores são constitucionalizados, o grande desafio do
neoconstitucionalismo passa a ser encontrar mecanismos para sua efetiva concretização.
Concretização dos valores constitucionais e garantia de condições dignas mínimas: de acordo com a
lição de Barcellos, completando, do ponto de vista material, destaca-se um outro elemento na
concepção de constitucionalismo: “(ii) a expansão de conflitos específicos e gerais entre as opções
normativas e filosóficas existentes dentro do próprio sistema constitucional”.
Sem dúvida, os valores constitucionalizados poderão entrar em choque, seja de modo específico (por
exemplo, a liberdade de informação e de expressão e a intimidade, honra e vida privada), seja de modo
geral, no que, conforme afirma, diz respeito “ao próprio papel da Constituição”.
Em uma visão substancialista (a Constituição deveria impor “um conjunto de decisões valorativas que se
consideram essenciais e consensuais”), ou mesmo designada de procedimentalismo (a Constituição
deve “garantir o funcionamento adequado do sistema de participação democrático, ficando a cargo da
maioria, em cada momento histórico, a definição de seus valores e de suas próprias convicções
materiais”), em relação a qualquer das posições que se filie, mesmo no “procedimentalismo” deverão
ser resguardadas as condições de dignidade e dos direitos dentro, ao menos, de patamares mínimos.
Ainda, segundo Dirley da Cunha Júnior, “... foi marcadamente decisivo para o delineamento desse novo
Direito Constitucional, a reaproximação entre o Direito e a Ética, o Direito e a Moral, o Direito e a
Justiça e demais valores substantivos, a revelar a importância do homem e a sua ascendência a filtro
axiológico de todo o sistema político e jurídico, com a consequente proteção dos direitos fundamentais e
da dignidade da pessoa humana”.
Teórico
Força normativa – Konrad Hesse
Supremacia da Constituição (constitucionalização dos direitos fundamentais)
Nova dogmática da interpretação constitucional
Expansão da jurisdição constitucional
Características desse modelo de Estado (Essas características do modelo de Estado também são as
características do constitucionalismo dessa etapa):
* Universalização do sufrágio e ampliação dos mecanismos de participação democrática direta, não basta
o império da lei.
→ O modelo de “Estado Democrático” ganhou esse nome, pois foi caracterizado pela
universalização do sufrágio. Hoje, o sufrágio atingiu tal grau de universalização, que dificilmente teremos
como avançar nessa liberdade. Hoje, praticamente toda a população com capacidade vota e, alem disso,
existem, também, mecanismos de democracia direta, como, p.ex., plebiscitos, referendos, iniciativa
popular de leis, ação popular.
Obs: “Recall” → Alguns países adotam o mecanismo de democracia direta do “recall”, que e uma
consulta feita a população a respeito da manutenção ou não de um governante no cargo. O “recall” não
existe no Brasil. A Constituição Venezuelana adota esse mecanismo no seu art. 223.
Dimensão formal da democracia – se confunde com a premissa majoritária que é a vontade da maioria.
Mas a vontade da maioria encontra restrições substanciais nos direitos fundamentais. A dimensão formal é
o aspecto essencial da democracia e não interessa qual seja essa vontade, pois se a maioria quer algo,
então esse algo é formalmente democrático.
* A limitação do poder legislativo passa a abranger, também, o conteúdo das leis e as hipóteses
de omissões inconstitucionais → Na teoria pura do direito, Kelsen já falava em supremacia da
constituição. Contudo, na teoria positivista de Kelsen, a supremacia constitucional era
basicamente formal, determinando o modo de produção do direito, com a CF estabelecendo
apenas a sua forma de produção (iniciativa, quorum, deliberações, etc).
Kelsen dizia que conceitos vagos como “justiça” não deveriam fazer parte da constituição, porque se
permitir que o poder judiciário declare uma lei inconstitucional porque violou um conceito de justiça,
acaba se dando muito poder ao judiciário em detrimento do legislador.
Hoje, alehm desse aspecto formal, ha também o aspecto material, relacionado ao conteúdo das
leis, de modo que os princípios de direitos fundamentais vinculam o legislador; as constituições tem
caráter jurídico, e não só político.
Alem disso, ha um ponto extremamente relevante, que é o controle das omissões
constitucionais. A primeira constituição a consagrar esse tipo de controle de omissão é de 1974,
que e a Constituição Iugoslava. Hoje, no Brasil, temos 2 mecanismos de controle neste sentido:
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão e Mandado de Injunção.
E portanto, essas características necessariamente vão ser características do constitucionalismo
contemporâneo, pois não tem como separar o modelo de constituição do modelo de Estado.
TOTALITARISMO CONSTITUCIONAL
O constitucionalismo contemporâneo está centrado naquilo que Uadi Lammêgo Bulos chamou de
“totalitarismo constitucional, consectário da noção de Constituição programática” - DIRIGENTE, e
que tem como bom exemplo a Constituição brasileira de 1988.
Fala-se em “totalitarismo constitucional” na medida em que os textos sedimentam um importante
conteúdo social, estabelecendo normas programáticas (metas a serem atingidas pelo Estado, programas
de governo) e realçando o sentido de Constituição dirigente defendido por Canotilho.
Contudo, partindo dessa concepção de normas programáticas, André Ramos Tavares, apoiado no
pensamento de Dromi, enaltece o constitucionalismo da verdade e, assim, em relação às normas
programáticas, identifica duas categorias:
■ “normas que jamais passam de programáticas e são praticamente inalcançáveis pela maioria dos
Estados”;
■ “normas que não são implementadas por simples falta de motivação política dos administradores e
governantes responsáveis”.
Consoante alerta Tavares, “as primeiras precisam ser erradicadas dos corpos constitucionais, podendo
figurar, no máximo, apenas como objetivos a serem alcançados a longo prazo, e não como declarações
de realidades utópicas, como se bastasse a mera declaração jurídica para transformar-se o ferro em
ouro. As segundas precisam ser cobradas do Poder Público com mais força, o que envolve, em muitos
casos, a participação da sociedade na gestão das verbas públicas e a atuação de organismos de controle
e cobrança, como o Ministério Público, na preservação da ordem jurídica e consecução do interesse
público vertido nas cláusulas constitucionais”.18
Essa concepção de dirigismo estatal (de o texto fixar regras para dirigir as ações governamentais) tende
a evoluir para uma perspectiva de dirigismo comunitário, ideia também vislumbrada por André Ramos
Tavares ao falar em uma fase atual do constitucionalismo globalizado, que busca difundir a perspectiva
de proteção aos direitos humanos e de propagação para todas as nações.
Destacamos, ainda, uma concepção de proteção aos direitos de fraternidade ou solidariedade, que são
identificados pela doutrina como direitos de terceira dimensão ou geração.
No Brasil, conforme já apontado, essa perspectiva está consagrada no texto de 1988, embora esboçada
nos textos de 1946 e 1967 (e EC n. 1/69).
OBS: O pós-positivismo é considerado uma terceira via entre o Jusnaturalismo e o Juspositivismo. O pós-
positivismo não é contra o positivismo, e sim superior, ele tenta ir além, porém sem abandonar suas
contribuições.
* Positivismo Jurídico:
Para esta concepção, não existe uma conexão necessária entre direito e moral (principio
da autonomia – autonomia entre direito e moral). O que caracteriza o positivismo jurídico e que
para os positivistas não existe uma conexão entre direito e moral. O direito e uma ciência
autônoma em relação a esfera moral, especialmente a ética e a política(princípio da autonomia). Por isso
Kelsen falava em Teoria Pura do Direito (se esta na lei e direito, não importando se e justo ou injusto).
Hoje, o positivismo jurídico se subdivide em 2 concepções:
HEBERT HART: Diz que pode haver relação entre direito e moral, mas não é necessária, entretanto é
possível, para ele só irá incorporar a moral se o direito criar uma norma de caráter moral.
Ex. CF fala em dignidade da pessoa humana. No exemplo, a dignidade humana e um argumento
moral que poderia ser invocado, pois esta prevista na lei. Mas, nesse exemplo, a Constituição
não precisaria prever valores morais, pois a relação não e necessária (e uma relação apenas
contingente). E mais próximo do pos-positivismo.
* Não Positivismo:
1ª Corrente) “Tese-Forte” (Nao-positivismo exclusivo) → Sustenta que os defeitos morais sempre tem
como efeito a perda da validade jurídica. O direito não vale se não tiver validade moral (se for injusto) ,
devendo, então, ser excluído. A validade das leis depende da sua compatibilidade com os valores morais.
Essa tese-forte e chamada no Brasil de jusnaturalismo (se o direito não corresponder aos valores morais,
ao direito natural, ele será invalido).
Informativo:
A tese-fraca é conhecida no Brasil como pos-positivismo.
O pós-positivismo adota a tese fraca.
A tese fraca do não positivismo é tanto uma tese jusnaturalista, quanto pós-positivista.
OBS: O jusnaturalismo não se confunde com o pós-positivismo, pois além dessa relação direito e moral
têm outras questões que o positivismo trata e que o jusnaturalismo não menciona.
Quando se fala que a teoria neoconstitucionalista tem tanto um caráter descritivo quanto
prescritivo, fala-se em neoconstitucionalismo metodológico ou pos-positivismo metodológico.
A teoria do direito deve ter tanto um caráter descritivo (dizendo como o direito e), quanto um
caráter prescritivo (dizer como o direito deve ser).
Para o positivismo jurídico, a teoria do direito deve apenas descrever como o direito é. O
neoconstitucionalismo metodológico e o pos-positivismo metodológico deve dizer como o direito é, mas
também dizer como o direito deve ser.
Então, a teoria neoconstitucionalista diferencia-se da concepção positivista justamente em razão disso,
pois segundo esta teoria positivista o direito deve ter um caráter meramente descritivo (principio da
neutralidade – a teoria deve ser neutra, não devendo ter juízos de valor; não podendo dizer se o direito
esta certo ou errado, se deve ser assim ou de outra maneira), pois o cientista do direito deve ser neutro,
não pode colocar seus valores pessoais.
Já os pos-positivistas e os neoconstitucionalistas dizem que não se pode apenas dizer o que o direito e,
mas também como o direito deve ser, tendo o caráter descritivo (dizer o que e) e também prescritivo
(dizer como o direito deve ser). . Dworkin diz que não tem como deixar de fora os argumentos
morais.
A concepção filosófica trata de uma metateoria do direito (significa que é uma teoria sobre a
teoria jurídica), integrando o direito e a moral.
3.1) Neoconstitucionalismo Teórico ( como uma concepção teórica do direito, não como uma filosofia
do direito) – PARTE 1:
Se opõe basicamente ao positivismo jurídico teórico(séc.XIX), onde o juiz era mera boca da lei, ou seja,
critica as teorias positivistas, ele esta criticando as teorias positivistas do século XIX. Hoje as teorias
positivistas são mais elaboradas.
3.2) Neoconstitucionalismo Teórico – (caráter descritivo) PARTE 2 :
O Neoconstitucionalismo vai dizer: o novo modelo tem essas características aqui e com isso não dá para
usar as teorias do positivismo.
Teorias que o Neoconstitucionalismo prescreve como teorias adequadas para lidar com as
transformações e fenômenos ocorridas nos Estados Constitucionalistas (quais são as fontes, as
normas e as formas de interpretações adequadas para os novos modelos de Estado).
Teoria das Fontes do Direito → (Quais são as principais mudanças que devem ocorrer na
teoria das fontes para que as teorias se adéqüem ao novo modelo de Estado Constitucionalista) →
Substituição do legicentrismo juspositivista pela centralidade da constituição. A lei (antiga principal fonte
do direito), como centro do ordenamento, é substituída pela Constituição como centro. Por isso, alguns
falam em Estado Constitucional Democrático, isto e, para destacar essa mudança de paradigma.
Teoria das Normas → (principal alteração proposta na teoria das normas) → Na principal
teoria das normas tradicional, era feita uma distinção entre norma e principio. Na visão positivista
tradicional princípio e norma eram tratados como algo distinto. Os
princípios gerais do direito eram antes aplicados em ultimo caso (quando não fosse possível
aplicar a lei, analogia ou costumes) fato esse que pode ser visto expressamente na própria LINDB. Já
agora eles estão no topo do ordenamento jurídico e tanto é que o novo Código Civil expressa “ No caso
de omissão o juiz vai aplicar a constituição”
(Paulo Bonavides fala: “Dos Princípios Gerais do Direito aos Princípios Constitucionais”).
Então, essa distinção entre princípios e normas foi reformulada: hoje ha o gênero NORMA,
com as espécies PRINCIPIOS e REGRAS, de modo que tanto as regras como princípios
possuem normatividade.
Os principais autores que falaram sobre essa reformulação das teorias das normas foram Ronald Dworkin
(pos-positivista e neoconstitucionalista) e Robert Alexy (pos-positivista e neoconstitucionalista).
Obs: Ponderação – Pode ser utilizada de varias formas, inclusive de formas equivocadas. Alexy, quando
trata da ponderação, não fala que ela implica em ativismo judicial ou que leva a uma decisão conforme o
pensamento pessoal do juiz. A ponderação não pode servir para resolver tudo, nem pode ser considerada
uma coisa inaceitável.
3.3) Neoconstitucionalismo como modelo de Estado e de Constituição
Atualmente, tudo que está consagrado no texto constitucional é norma, podendo ser normaprincípio ou
norma-regra. No constitucionalismo moderno a diferença traçada entre normas e princípios era apenas
de grau; no neoconstitucionalismo, a diferença é axiológica. “A constituição como valor em si”: o
caráter ideológico do constitucionalismo moderno era limitar o poder, o do neoconstitucionalismo é
concretizar os direitos fundamentais.
Os princípios eram tratados como algo diferente de norma, como se fossem coisas distintas, norma é
obrigatória, o princípio era visto apenas como diretriz. Nós trabalharemos com a concepção em que a
norma é considerada um gênero e dentro deste gênero teremos duas espécies:
• Regras (subsunção) – as regras podem ser aplicadas de forma automática. Exemplo: aposentadoria
compulsória aos 75 anos, aplicação automática.
• Princípio (ponderação) – diferentemente das regras, não pode ser aplicado por subsunção. Exemplo:
CF fala que violar a intimidade gera dano moral.
Toda vez que a intimidade for violada necessariamente será paga indenização automaticamente? NÃO,
porque no caso concreto terão outros princípios que poderão aparecer, ocasionando uma colisão, como
por exemplo, conflito direito de privacidade x direito de informação, no caso de informação legítima,
devida. Deve ser ponderado, analisado caso concreto, e só depois das etapas é que se chegará a um
resultado. Neoconstitucionalistas: “mais ponderação do que subsunção”.
ATENÇÃO! No entanto, é importante ressaltar que há vozes na doutrina que criticam a ênfase dada pelo
neoconstitucionalismo à aplicação dos princípios constitucionais e à ponderação, em detrimento das
regras e da subsunção. Segundo parte da doutrina, tal medida fomentaria uma anarquia metodológica,
também conhecida como panprincipiologismo ou “carnavalização dos princípios”, que ocasionaria, por
conseguinte um alto grau de decisionismo judicial e de insegurança no ordenamento jurídico.
* Superioridade da constituição (Supremacia Formal e Material) → As constituições na Europa eram
vistas como documento vinculante para o legislador apenas no aspecto formal (do ponto de vista do
processo legislativo), já as declarações de direitos não eram vinculantes. Hoje, com a força normativa da
constituição reconhecida passa a abranger também essas declarações, ou seja, atualmente a constituição é
vista como documento vinculante também no aspecto material (em relação ao conteúdo das leis).
OBS: Canotilho fala em seu livro que foi decretada a “morte” das normas programáticas, pois norma
programática traz a idéia de um programa que o legislador pode ou não cumprir e atualmente é
inconcebível que um dispositivo da constituição não seja vinculante e obrigatório (ligado a força
normativa da constituição). A constituição não aconselha ninguém, ela não tem exortações morais, ela
obriga o Legislativo, Executivo e Judiciário.
Dignidade da pessoa humana passa a estar expresso, consagrada em todas as constituições, após a 2ª
GM. A D.P.H. passou a ser considerada um Valor Constitucional Supremo. Após experiências nazistas
cruéis. O indivíduo não é um meio para o Estado atingir seus fins, mas sim o ESTADO é um meio para que
a SOCIEDADE atinja seus fins. O indivíduo é um fim em si mesmo.
*As constituições passam a ocupar o centro do ordenamento jurídico, antes ocupado pelos códigos,
pelas leis, surgindo então a constitucionalização de diversos ramos do direito. Ou seja, a CF passa a
regulamentar outros ramos do direito, tais como o direito civil, o direito tributário, o direito
previdenciário.
* Se a CF serve de fundamento de validade para todos outros ramos do direito, quando eu vou
interpretar uma lei, para esta interpretação ser adequada, devo interpretar a lei de acordo com seu
fundamento de validade, Princípio da interpretação conforme a CF! Barroso: toda interpretação jurídica
é uma interpretação constitucional. Se a lei for inconstitucional não há o que interpretar. No que tange a
interpretação constitucional, temos hoje: Métodos de interpretação – Evolução da Hermenêutica
Constitucional (métodos ultrapassados são deixados de lado). O Juiz pode fazer aplicação direta da
constituição. Todavia, para aplicar a lei pronta, tem de ser verificado se ela é compatível com a
constituição, esta nada mais é do que uma aplicação indireta negativa.
Pode ter-se também uma aplicação indireta finalística, é quando utilizamos o famoso princípio da
interpretação conforme a constituição, quando se interpreta a lei de acordo com a constituição, e assim
é aplicada. Um exemplo dda aplicação desse princípio é a ADI que tratou da relação homoafetiva, que
interpretou o art. 1773 do código civil à luz da CF ( Princípio da dignidade da pessoa humana, isonomia e
etc.)
*Tem -se também a Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais, isto é, a aplicação dos direitos
fundamentais às relações privadas, entre particulares, e não apenas em uma relação vertical ( Proteger o
indivíduo em face do Estado).
Hoje, o juiz é o principal protagonista, e NÃO MAIS o legislador. Por exemplo: se o legislador faz uma lei
contrária à constituição, o judiciário irá afastar essa lei. Mas o ideal é que não existam protagonistas,
deve existir o equilíbrio entre todos os poderes. Aqui se faz pertinente a análise de dois pontos:
Primeiro ponto: Ativismo judicial. Quando o Legislativo e Executivo não cumprem seu papel, o judiciário
acaba assumindo uma postura mais ativa, se fortalece, que é o que tem acontecido no Brasil atualmente
e isso está diretamente ligado à força normativa da Constituição e em razão de o poder Judiciário dar a
última palavra sobre como a Cf deve ser interpretada.
Obs.: Objeto de questionamento na segunda fase da DPE/RN (banca CESPE). PADRÃO DE RESPOSTA: O
Poder Judiciário realiza a constitucionalização do direito, ao interpretar a norma infraconstitucional da
forma que melhor realize o sentido e o alcance dos valores e fins constitucionais. Tal atuação pode ser
identificada como decorrência do chamado ativismo judicial que consiste na escolha, pelo Poder
Judiciário, de um modo específico e proativo de interpretar e aplicar a Constituição, expandindo o seu
sentido e alcance. A ideia de ativismo judicial está, assim, associada a uma participação mais ampla e
intensa do Poder Judiciário na concretização dos valores e dos fins constitucionais, promovendo a
aplicação direta da Constituição a situações não expressamente contempladas em seu texto,
independentemente de manifestação do legislador ordinário.
Segundo ponto: Judicialização das relações políticas e sociais. Está diretamente ligada ao ativismo.
Temos temas, atualmente, que são tratados pelo Poder Judiciário que antes eram assuntos do Poder
Legislativo, assuntos que são de cunho político, como por exemplo, a fidelidade dos partidos, direitos de
minorias que não são observados em debates políticos e que são questionados no STF via ADI por algum
partido político, decisões sobre CPI.
Falando de relações sociais: estas em outro tempo eram resolvidas em âmbito de direito individual,
como união sobre pessoas do mesmo sexo, células tronco, obtenção de medicamentos pela via judiacial.
CONSTITUCIONALISMO DO FUTURO
Seria a fase subsequente ao neoconstitucionalismo, a qual buscaria um equilíbrio entre o
constitucionalismo moderno e o neoconstitucionalismo. O constitucionalismo do futuro consiste numa
perspectiva de direito constitucional a ser implementada após o neoconstitucionalismo. Prega a
consolidação dos direitos humanos de terceira dimensão, fazendo prevalecer a noção de fraternidade e
solidariedade.
Trata-se da “constituição do porvir”, calcada na esperança de dias melhores, um verdadeiro
constitucionalismo altruístico. Sobre o tema destacam-se as ideias de José Roberto Dromi que prega um
equilíbrio entre os atributos do constitucionalismo moderno e os excessos do constitucionalismo
contemporâneo. Segundo José Roberto Dromi, as constituições serão guiadas por determinados valores
fundamentais:
• Verdade;
• Solidariedade;
• Consenso
• Continuidade: aqui podemos inserir a ideia de vedação ao retrocesso da sociedade;
• Participação;
• Integração;
• Universalização.
Por verdade, “entende-se a preocupação com a necessidade de promessas factíveis pelo Constituinte
(LAZARI, 2011, p. 99)”. Ou seja, o texto constitucional não irá veicular o que não for possível. As
constituições não consagrarão promessas impossíveis ou mentiras. Deve-se ponderar o que o Estado
realmente necessita e o que se pode constitucionalizar.
Por solidariedade, deve-se entender a solidariedade entre os povos, a necessidade de implementação
dessa dimensão fraternal explicitamente na constituição. Liga-se à noção de justiça social, cooperação e
tolerância. Solidariedade entre os povos, os grupos.
O consenso relaciona-se à solidariedade. - Constitucionalismo fraternal; A elaboração normativa será
fruto do consenso democrático. Esse consenso não significa maioria, como erroneamente se possa
pensar, mas “pressupõe a manutenção da inquebrantabilidade da ordem democrática, com a adesão
solidária da parte que consentiu, consensualmente, em prol de um interesse maior (LAZARI, 2011, p.
101)”.
Por continuidade devemos entender que as reformas constitucionais deverão levar em consideração os
avanços já conquistados, ou seja, deverão ocorrer com ponderação e equilíbrio, sem subverter a lógica
do sistema, mas adaptando-a as exigências do progresso.
A participação refere-se “à efetiva participação dos corpos intermediários da sociedade, consagrando-se
a ideias de democracia participativa e de Estado de Direito Democrático (LENZA, 2010, p. 54)”. “O povo
será convocado a participar de forma ativa, integral equilibrada e responsável nos negócios do Estado
(BULOS, 2010, p. 62)”.
Pela integração, as constituições deverão integrar o plano interno e externo, mediante a previsão de
órgãos supranacionais. Trata da integração espiritual, moral, ética e institucional entre os povos.
Através da universalidade, a constituição do futuro dará primazia aos direitos fundamentais
internacionais, confirmando o princípio da dignidade da pessoa humana e banindo todas as formas de
desumanização.
OBS: O que é constitucionalismo WHIG ou TERMIDORIANO?
No pensamento constitucional, tende-se a chamar de constitucionalismo whig (ou para alguns
termidoriano) o processo de mudança de regime político-constitucional lento e evolutivo, mais que
revolucionário e radical. É o mote das chamadas transições constitucionais de nossos dias. Não é preciso
derramamento de sangue para que haja mudanças, nascendo os regimes políticos gradualmente de
dentro dos regimes caducos.
CONSTITUCIONALISMO GLOBALIZADO
Atualmente, a despeito dos variados movimentos constitucionalistas nacionais, defende-se a existência
de constitucionalismo global ou globalizado, cuja pretensão é unificar e consagrar juridicamente os
ideais humanos conforme os seguintes objetivos:
(a) o fortalecimento do sistema jurídico-político internacional embasado não somente nas relações
horizontais entre Estados nacionais, mas também nas relações Estado/povo;
(b) a primazia, em face do direito nacional, do direito internacional fundado em valores e normas
universais; e
(c) a elevação da dignidade da pessoa humana a pressuposto não-limitável de todos os
constitucionalismos.
E de fato, parece ser mesmo necessária uma nova modalidade de constitucionalismo supranacional a
contrapartida viável para elidir a impotência dos Estados nacionais frente às relações assimétricas de
poder e aos demais efeitos nocivos da “globalização”.
CONSTITUCIONALISMO E INTERNACIONALIZAÇÃO
Há varias nações e vários povos em um só Estado, ocorrendo um abalo da Soberania. Não é mais o
Estado soberano típico, decide os problemas a luz dos compromissos assumidos no âmbito
internacional.
Na realidade atual, em decorrência da internacionalização das relações jurídica e sociais, há um
fenômeno no sentido de levar a ideia de constitucionalização para além das fronteiras internacionais,
internacionalizando a Constituição, enquadrando-se questões como direitos humanos no âmbito das
relações unidas, e Lex Mercatória (lei do comércio e do mercado internacional). Todas essas trazem a
ideia de um documento maior de âmbito internacional, que extrapola as fronteiras. Por um lado, temos
a ideia da Constituição Nacional extrapolando para o âmbito internacional. Por outro lado, temos regras
internacionais que vem se integrar ao direito interno, por exemplo, tratados e convenções de D.
Internacional (com uma posição supralegal, constitucional ou legal). - Fenômeno da acoplagem do D.
Internacional (tratado internacional sendo acoplado ao Ordenamento Jurídico com diferentes status a
depender da matéria e forma de ingresso do Tratado ao Ordenamento Jurídico).
- Controle de Constitucionalidade e Controle de Convencionalidade A lei brasileira deve respeito não
somente a Constituição (controle de constitucionalidade), mas também respeito aos Tratados e
Convenções de D. Internacional (controle de convencionalidade). É O CHAMADO DUPLO CONTROLE DE
VERTICALIDADE.
- Constituição Privada As Constituições Privadas são aquelas desvinculadas das Constituições do Estado,
por exemplo, As Comunicações Digitais, no bojo da internet teriam sido criadas normas superiores em
determinadas matérias privadas, que não tem origem no Estado e nem nas relações internacionais.
Países:
■ Canadá — 1982
■ Guatemala — 1985
■ Nicarágua — 1987
■ Brasil — 1988
Documentos normativos ( internacionais):
■ Revisão da Convenção 107/OIT
Países:
■ Colômbia — 1991
■ México — 1992
■ Paraguai — 1992
■ Peru — 1993
■ Bolívia — 1994
■ Argentina — 1994
■ Equador — 1996/1998
■ Venezuela — 1999
Países:
■ Equador — 2008
■ Bolívia — 2009
CROSS-CONSTITUCIONALISMO / CONSTITUCIONALISMO
CRUZADO
Significa a utilização dos argumentos de determinado Estado no contexto de outro Estado, visa a troca
de experiência.
CONSTITUCIONALISMO ABUSIVO
CONSTITUCIONALISMO DEMOCRÁTICO
engajamento público, segundo o constitucionalismo democrático, desempenha papel relevante
na orientação e legitimação dos julgamentos constitucionais, em que as razões técnicas
jurídicas adquirem legitimidade democrática se seus motivos estiverem enraizados em valores e
ideais populares. Mesmo considerando o papel essencial das Cortes, o constitucionalismo
democrático reconhece que a ordem constitucional apresenta um regular intercâmbio entre
cidadãos e julgadores sobre questões de significado constitucional.
CONSTITUCIONALISMO POPUPAR
O constitucionalismo popupar, na verdade, propugna o uso estratégico do backlash, que passa
a ser compreendido como uma poderosa ferramenta de pressão sobre os tribunais, cujo
objetivo é inibir, na arena judicial, e principalmente nos casos que envolvem desacordos morais
razoáveis, iniciativas progressistas que não se conformam com os valores do corpo social.
Recomenda uma atuação minimalista dos tribunais, os quais devem se afastar de temas
polêmicos, ou seja, as matérias que integram círculos de conflito ideológico, caracterizados por
entendimentos antagônicos ou diametralmente opostos, devem ser retiradas dos tribunais e
levadas para uma arena mais adequada, no caso, o parlamento.
Efeito Backlash
A EC 96/2017 é um exemplo do que a doutrina constitucionalista denomina de “efeito backlash”.
Em palavras muito simples, efeito backlash consiste em uma reação conservadora de parcela da
sociedade ou das forças políticas (em geral, do parlamento) diante de uma decisão liberal do Poder
Judiciário em um tema polêmico.
George Marmelstein resume a lógica do efeito backlash ao ativismo judicial:
“(1) Em uma matéria que divide a opinião pública, o Judiciário profere uma decisão liberal,
assumindo uma posição de vanguarda na defesa dos direitos fundamentais. (2) Como a consciência
social ainda não está bem consolidada, a decisão judicial é bombardeada com discursos
conservadores inflamados, recheados de falácias com forte apelo emocional. (3) A crítica massiva e
politicamente orquestrada à decisão judicial acarreta uma mudança na opinião pública, capaz de
influenciar as escolhas eleitorais de grande parcela da população. (4) Com isso, os candidatos que
aderem ao discurso conservador costumam conquistar maior espaço político, sendo, muitas vezes,
campeões de votos. (5) Ao vencer as eleições e assumir o controle do poder político, o grupo
conservador consegue aprovar leis e outras medidas que correspondam à sua visão de mundo. (6)
Como o poder político também influencia a composição do Judiciário, já que os membros dos órgãos
de cúpula são indicados politicamente, abre-se um espaço para mudança de entendimento dentro
do próprio poder judicial. (7) Ao fim e ao cabo, pode haver um retrocesso jurídico capaz de criar
uma situação normativa ainda pior do que a que havia antes da decisão judicial, prejudicando os
grupos que, supostamente, seriam beneficiados com aquela decisão.” (Disponível em:
https://direitosfundamentais.net/2015/09/05/efeito-backlash-da-jurisdicao-constitucional-reacoes-
politicas-a-atuacao-judicial/).
O termo backlash pode ser traduzido como reação, resposta contrária, repercussão. Dentro da
teoria constitucional, vem sendo concebido como a reação contrária e contundente a decisões
judiciais que buscam outorgar sentido às normas constitucionais. Seriam, então, reações que
acontecem desde a sociedade e questionam a interpretação da Constituição realizada no âmbito do
Poder Judiciário. No Brasil, penso ser o caso, especialmente, das reações populares às decisões do
Supremo Tribunal Federal proferidas em sede de controle concentrado/abstrato de
constitucionalidade. O engajamento popular na discussão de questões constitucionais não apenas é
legítimo dentro dessa perspectiva, mas pode contribuir, também, para o próprio fortalecimento do
princípio democrático (KOZICKI, 2015, p. 194).
Os princípios materiais estabelecem um estado ideal de coisas a ser realizadas ex: isonomia,, liberdade,
dignidade humana, etc.). Já os princípios instrumentais são aqueles utilizados na interpretação e aplicação
de outras normas, na interpretação de princípios materiais.
• Princípios
• Regras