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1) Introdução:
O Constitucionalismo é uma história das constituições. Através deste estudo, percebe-se qual foi
a evolução histórica do direito constitucional e das constituições. É bom ressaltar que
atualmente vem sendo dito que o direito é indivisível, uno e indecomponível, pois o direito deve
ser estudado como um grande sistema, sendo essa divisão em ramos meramente didática, a fim
de facilitar o entendimento da matéria.
Aceitando essa classificação dicotômica(público e privado)apenas para fins didáticos devemos
atribuí-la a Jean Domat (afastando a idéia daqueles que a imputam ao direito romano) e saber
que essa obra influenciou na elaboração do Código de Napoleão em 1804, despertando a
denominada “Era da Codificação”, que conferiu ao Código Civil a natureza de verdadeira
“constituição privada”, disciplinando as relações particulares, as regras de família, a
propriedade, a capacidade e etc. Surgia então a idéia de dogma da completude, ou seja, de que
os códigos continham toda a regulamentação das relações privadas, devendo o juiz
simplesmente aplicá-las, idéia esse que na França era traduzida pela expressão “ La buch de la
loa”, que significa o juiz é mera boca da lei.
2) Conceito:
Uma frase do Rei Luis XIV ficou marcada durante esse período absolutista, é ela:
“ O Estado sou eu “ que significa o poder se confunde com o Monarca.
A limitação do poder do Estado e buscada através da repartição dos poderes, para que não haja a
concentração do poder nas mãos de uma só pessoa (como era no absolutismo). Alem disso, ha
uma idéia de garantia de direitos. Durante toda a evolução histórica do constitucionalismo,
percebem-se as 3 idéias acima relacionadas.
* Antiga Grécia;
* Roma;
* Inglaterra (Rule of law)
Apesar de não haver constituição escrita, essa época foi considerada como
constitucionalismo, pois nela já existiam limitações ao poder do monarca, seja através de
pactos, como de dogmas religiosos, outros documentos, etc.
* Essa era uma constituição concisa, trazendo poucos dispositivos e tratando apenas de
termas gerais.
* Fortalecimento do poder judiciário, para Alexandre Hamilton nesse momento o Judiciário não
está muito forte, também não está fraco.
* Garantia dos Direitos e separação dos poderes – A separação dos poderes e a garantia dos
direitos estavam previstas na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (art.16 -
1789), o que foi um marco para a proteção dos direitos fundamentais. Esse dispositivo deixa
claro que esses temas são considerados temas intrínsecos a Constituição, isto e, que a
Constituição que não trata da separação dos poderes ou de garantia de direitos não e
Constituição. Por isso, a garantia dos direitos, a separação dos poderes e a estrutura do
Estado são as matérias constitucionais.
A declaração universal dos direitos do homem e do cidadão foi o preâmbulo da constituição
francesa.
O francês Montesquieu para desenvolver a teoria da separação dos poderes observou a
experiência inglesa. Na Inglaterra o sistema era Comon Law e na França era o Civil Law. Os
Americanos que também adotava o sistema comon Law, através da obra de Montesquieu
estabeleceram o sistema da separação dos Poderes e com isso os Franceses pegaram inspiração
na constituição Norte-Americana , pois a mesma já era escrita e mais fácil para os franceses
verificar como se dava aquela separação de poderes criada por Aristóteles e desenvolvida por
Montesquieu.
* Supremacia do Parlamento (essa foi uma idéia que prevaleceu ate 2010) . O controle
repressivo de constitucionalidade surge na frança em março de 2010 e mesmo assim com
efeito prospectivo.
Aqui valia a idéia de Russeau “A lei era a expressão da vontade geral”
Nesse momento surge a escola da Exegese que teve como base para o seu surgimento o Código
de Napoleão de 1804, a mesma teve seu augi por volta de 1830 e sua decadência em 1880.
Para a Exegese a interpretação era uma atividade meramente mecânica onde para ela o Juiz
deve apenas revelar o sentido que a lei já possui em si, ou seja, La buch de la loa ( o juis era
mera boca da lei).
Diferentemente dos EUA, onde o legislativo era alvo de desconfiança, a França tinha como esse
alvo o Poder Judiciário, tanto que em uma constituinte francesa o Deputado francês Bergassi
disse o seguinte “ O poder judiciário estará muito mal organizado se os juízes gozarem do
perigoso privilégio de interpretarem as leis”. E quando tentaram interpretar o Código de
Napoleão, ele disse que estavam tentando destruir seu código.
Essa classificação indica o período em que determinados direitos foram consagrados nas
Constituições. Não e exatamente o momento em cada direito surgiu.
A divisão entre gerações de direitos fundamentais foi criada por Karl Vazak em uma palestra.
Nessa época, o autor tchecoslovaco fez a seguinte divisão:
Essa divisão foi divulgada pelo mundo a partir das idéias de Norberto Bebeu em seu livro “ A
era dos direitos”, e, com o passar do tempo, a doutrina começou a fazer suas próprias
classificações, de modo que, hoje, essa
classificação varia muito de autor para autor, principalmente da terceira geração em diante.
No Brasil, quem melhor escreve sobre este tema e tem a idéia mais difundida e o professor
Paulo Bonavides.
Os direitos não caem do céu e nem são dados pelo Estado, e sim são conquistados pela
sociedade através de lutas históricas.
Essa primeira geração foi ligada ao valor liberdade, pois na revolução liberal francesa o
objetivo primordial era a conquista de maior liberdade frente ao Estado.
Os direitos de 1º geração eram basicamente com caráter negativo e exigiam do Estado uma
abstenção. Esses direitos são considerados individuais e assegurados ao indivíduo em face do
Estado e apenas em relação a ele eram opináveis. Os direitos fundamentais nessa época tinha
somente eficácia vertical e não horizontal como se tem hoje; O Estado era o único destinatário
desses direitos.
Esses direitos de liberdade frente ao Estado são chamados de Direitos Civis ( Ligados a
liberdade, liberdade religiosa, de manifestação do pensamento, propriedade, etc.) e Direitos
Políticos (votar, ser votado, etc).
Esses são conhecidos como direitos de defesa (direitos civis) e direitos de participação
(direitos políticos). Os direitos civis tem como característica principal o fato de exigirem uma
abstenção estatal (não intervenção, não interferência do Estado perante direitos).
4.3.1) Experiências que influenciaram o direito Constitucional desta Fase que foram
paradigmas para o surgimento do Estado Social:
OBS2: Isso não significa que só com essas constituições é que se começa a falar em direitos
sociais, por exemplo a constituição da França em 1791 já falava e consagrava alguns direitos
sociais, só que isso não era uma tradição dentro do constitucionalismo. A partir dessas 2
constituições é que se consagra de forma sistemática os direitos sociais.
Esses direitos de segunda dimensão estão ligados aos valores da igualdade, mas não
somente a igualdade formal (que já existia), e sim a igualdade material. A igualdade material
preza pela redução das desigualdades fáticas.
Os direitos utilizados para reduzir as desigualdades são os direitos sociais, econômicos e
culturais.
Os direitos de segunda dimensão são essencialmente direitos prestacionais, exigindo uma
atuação positiva do Estado. Nesse período, surgem as chamadas garantias institucionais.
Existem na CF as garantias individuais (do individuo contra o Estado, como, p.ex., HC, MS,
Habeas Data ,devido processo legal) e as garantias institucionais, que são garantias de
determinadas instituições consideradas importantes para uma determinada sociedade e que a
protegem sobretudo contra o poder legislativo (ex. De instituições protegidas: família,
funcionalismo publico – regime de servidores públicos, imprensa livre).
Nesta fase por volta de 1850 surgem os caminos interpretativos desenvolvidos por Savigny ,
mas só no fim do século XIX e início do século XX que começa mais a usar e aí tem-se a
evolução da escola da Exegese.
Depois da Exegese surgem esses caminos de Savigny, que são os seguintes elementos:
Gramatical
Histórico
Lógico
Sistemático
Depois a Doutrina cria o elemento teleológico ( busca a finalidade da lei- ver Art. 5º da LINDB)
1- Postura intervencionista,
2- Papel decisivo na produção e distribuição de bens.
3- Garantia de um mínimo de bem-estar social (welfare state).
O mínimo de bem estar social significa o auxilio para as pessoas mais necessitadas. Ex. disso no
Brasil é o beneficio do LOAS ( Lei Orgânica de assistência Social), renda básica/mínima da
cidadania que não exige contribuição, ele é assistencial, por exemplo se for idoso ou incapaz, ou
se a renda per capita da família for de 1/4 do salário mínimo ou se a pessoa vive em extrema
pobreza, receberá então esse benefício do governo que é um salário mínimo.( Ideia baseada no
Estado Liberal). No mesmo sentido temos a renda básica da cidadania consagrada numa Lei
proposta por Eduardo Supricy e que depende de regulamentação. Essa renda básica é inspirada
numa obra de um Belga chamado Van Parijs que tinha seu fundamento relacionado ao
liberalismo e não ao assistencialismo, pois sua idéia era de que o Estado deveria dar uma renda
para todos ( rico ou pobre) para que pudessem fazer suas escolhas livremente.
OBS: aqui nesse momento pós 2ª G.M. temos o surgimento da 3ª geração de direitos, que é
característica da constituição dirigente, quanto ao critério da finalidade.
V) Direito de comunicação.
Direito do consumidor;
Direito dos idosos;
Direito das crianças.
DECORAR: ARTIGOS 1º, 3º e 4º DA CF.
Essa 3ª geração não são nem direitos individuais e nem coletivos, na verdade são basicamente
transindividuais.
b) Quarta Dimensão:
Não ha um valor especifico sobre essa dimensão. Paulo Bonavides fala nos seguintes direitos:
direito a democracia (nas dimensões formal – vontade da maioria – e material – proteção dos
direitos da minoria), direito a informação (o direito a informação decorre diretamente da
democracia e do principio republicano.
No Brasil, são exemplos: art.5o, XXXIII, CF (habeas data) e o respeito ao pluralismo (art.1º, V,
CF – fundamento da Republica Federativa do Brasil.)
Art.5o, XXXIII, CF - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado;
Art. 1º, CF - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º, CF - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário.
Segundo Boaventura de Souza Santos, no livro “Reconhecer para Libertar”, “... temos o
direito de ser iguais quando a diferença nos inferioriza; temos o direito de ser diferentes
quando a igualdade nos descaracteriza”.
Obs: Direito a Paz → Para Paulo Bonavides, o direito a paz e considerado um direito de 5a
dimensão, que deve ser buscado pela sociedade. Nas edições mais antigas de seu livro, o direito
a paz era visto como um direito de 3ª dimensão.
O principal motivo que faz com que alguns autores prefiram o nome “Estado Constitucional
Democrático” ao nome “Estado Democrático de Direito” e porque a idéia de Estado de Direito
esta relacionada ao “império” da lei. Ocorre que a concepção de “império da lei” vem sendo
substituída pela idéia de “supremacia e normatividade da constituição” que está ligado ao
termo Estado contitucional de direito..
O objetivo principal dessa mudança de nome é fazer com que aquela noção de império da lei
seja substituída por uma idéia mais moderna, mais condizente com o Estado atual, que confere
supremacia a Constituição. O Estado democrático de direito e uma tentativa de sintetizar as
conquistas e superar as deficiências dos modelos anteriores (a primeira teoria de Estado
contempla um modelo de estado extremamente abstencionista; a segunda teoria, por sua vez,
adota um Estado totalmente intervencionista. Por isso, busca-se um meio-termo, um ponto
médio entre essas extremidades).
Obs: “Recall” → Alguns países adotam o mecanismo de democracia direta do “recall”, que e
uma consulta feita a população a respeito da manutenção ou não de um governante no cargo.
O “recall” não existe no Brasil. A Constituição Venezuelana adota esse mecanismo no seu art.
223.
OBS: Só que do ponto de vista substancial do conteúdo, nem toda vontade da maioria pode ser
considerada democrática. A dimensão material da democracia impõe o respeito aos direitos
fundamentais de todos, inclusive das minorias. Quando se fala em democracia substancial, não
se está preocupado com a vontade da maioria, mas em saber se o conteúdo dessa vontade
majoritária respeita os direitos fundamentais dos indivíduos ainda que sejam a minoria. Não é
porque a maioria deseja algo é que pode se privar pessoas de seus direitos, como por exemplo,
casamento homo afetivo, pois nem tudo que a maioria quer pode ser considerado democrático.
* A limitação do poder legislativo passa a abranger, também, o conteúdo das leis e as hipóteses
de omissões inconstitucionais → Na teoria pura do direito, Kelsen já falava em supremacia da
constituição. Contudo, na teoria positivista de Kelsen, a supremacia constitucional era
basicamente formal, determinando o modo de produção do direito, com a CF estabelecendo
apenas a sua forma de produção (iniciativa, quorum, deliberações, etc).
Kelsen dizia que conceitos vagos como “justiça” não deveriam fazer parte da constituição,
porque se permitir que o poder judiciário declare uma lei inconstitucional porque violou um
conceito de justiça, acaba se dando muito poder ao judiciário em detrimento do legislador.
Hoje, alem desse aspecto formal, ha também o aspecto material, relacionado ao conteúdo das
leis, de modo que os princípios de direitos fundamentais vinculam o legislador; as constituições
tem caráter jurídico, e não só político.
Alem disso, ha um ponto extremamente relevante, que é o controle das omissões
constitucionais. A primeira constituição a consagrar esse tipo de controle de omissão é de 1974,
que e a Constituição Iugoslava. Hoje, no Brasil, temos 2 mecanismos de controle neste sentido:
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão e Mandado de Injunção.
E portanto, essas características necessariamente vão ser características do constitucionalismo
contemporâneo, pois não tem como separar o modelo de constituição do modelo de Estado.
* Positivismo Jurídico:
Para esta concepção, não existe uma conexão necessária entre direito e moral (principio
da autonomia – autonomia entre direito e moral). O que caracteriza o positivismo jurídico e que
para os positivistas não existe uma conexão entre direito e moral. O direito e uma ciência
autônoma em relação a esfera moral, especialmente a ética e a política(princípio da autonomia).
Por isso Kelsen falava em Teoria Pura do Direito (se esta na lei e direito, não importando se e
justo ou injusto). Hoje, o positivismo jurídico se subdivide em 2 concepções:
HEBERT HART: Diz que pode haver relação entre direito e moral, mas não é necessária,
entretanto é possível, para ele só irá incorporar a moral se o direito criar uma norma de caráter
moral.
* Não Positivismo:
Informativo:
A tese-fraca é conhecida no Brasil como pos-positivismo.
O pós-positivismo adota a tese fraca.
A tese fraca do não positivismo é tanto uma tese jusnaturalista, quanto pós-positivista.
OBS: O jusnaturalismo não se confunde com o pós-positivismo, pois além dessa relação direito
e moral têm outras questões que o positivismo trata e que o jusnaturalismo não menciona.
Quando se fala que a teoria neoconstitucionalista tem tanto um caráter descritivo quanto
prescritivo, fala-se em neoconstitucionalismo metodológico ou pos-positivismo metodológico.
A teoria do direito deve ter tanto um caráter descritivo (dizendo como o direito e), quanto um
caráter prescritivo (dizer como o direito deve ser).
Para o positivismo jurídico, a teoria do direito deve apenas descrever como o direito é. O
neoconstitucionalismo metodológico e o pos-positivismo metodológico deve dizer como o
direito é, mas também dizer como o direito deve ser.
Então, a teoria neoconstitucionalista diferencia-se da concepção positivista justamente em razão
disso, pois segundo esta teoria positivista o direito deve ter um caráter meramente descritivo
(principio da neutralidade – a teoria deve ser neutra, não devendo ter juízos de valor; não
podendo dizer se o direito esta certo ou errado, se deve ser assim ou de outra maneira), pois o
cientista do direito deve ser neutro, não pode colocar seus valores pessoais.
Já os pos-positivistas e os neoconstitucionalistas dizem que não se pode apenas dizer o que o
direito e, mas também como o direito deve ser, tendo o caráter descritivo (dizer o que e) e
também prescritivo (dizer como o direito deve ser). . Dworkin diz que não tem como deixar
de fora os argumentos morais.
Se opõe basicamente ao positivismo jurídico teórico(séc.XIX), onde o juiz era mera boca da lei,
ou seja, critica as teorias positivistas, ele esta criticando as teorias positivistas do século XIX.
Hoje as teorias positivistas são mais elaboradas.
OBS: Canotilho fala em seu livro que foi decretada a “morte” das normas programáticas, pois
norma programática traz a idéia de um programa que o legislador pode ou não cumprir e
atualmente é inconcebível que um dispositivo da constituição não seja vinculante e obrigatório
(ligado a força normativa da constituição). A constituição não aconselha ninguém, ela não tem
exortações morais, ela obriga o Legislativo, Executivo e Judiciário.
Com a CF/88, qualquer partido político de representação nacional pode propor ADIN. Então, e
muito comum observar que os partidos, quando perdem o debate político, acabam recorrendo a
seara judicial para tentar fazer valer o direito das minorias. Então, as relações que antes ficavam
restritas ao âmbito político, acabam sendo levadas ao judiciário. Isso
também ocorre com as relações sociais . Ex. Obtenção de medicamentos pela via judicial;
julgamento da constitucionalidade das uniões homo afetivas. Isso significa que questões que
antes se resolviam no âmbito social, hoje é levada ao judiciário.
O Neoconstitucionalismo vai dizer: o novo modelo tem essas características aqui e com isso não
dá para usar as teorias do positivismo.
Teorias que o Neoconstitucionalismo prescreve como teorias adequadas para lidar com as
transformações e fenômenos ocorridas nos Estados Constitucionalistas (quais são as fontes, as
normas e as formas de interpretações adequadas para os novos modelos de Estado).
Teoria das Fontes do Direito → (Quais são as principais mudanças que devem ocorrer na
teoria das fontes para que as teorias se adéqüem ao novo modelo de Estado Constitucionalista)
→ Substituição do legicentrismo juspositivista pela centralidade da constituição. A lei (antiga
principal fonte do direito), como centro do ordenamento, é substituída pela Constituição como
centro. Por isso, alguns falam em Estado Constitucional Democrático, isto e, para destacar essa
mudança de paradigma.
Teoria das Normas → (principal alteração proposta na teoria das normas) → Na principal
teoria das normas tradicional, era feita uma distinção entre norma e principio. Na visão
positivista tradicional princípio e norma eram tratados como algo distinto. Os
princípios gerais do direito eram antes aplicados em ultimo caso (quando não fosse possível
aplicar a lei, analogia ou costumes) fato esse que pode ser visto expressamente na própria
LINDB. Já agora eles estão no topo do ordenamento jurídico e tanto é que o novo Código Civil
expressa “ No caso de omissão o juiz vai aplicar a constituição”
(Paulo Bonavides fala: “Dos Princípios Gerais do Direito aos Princípios Constitucionais”).
Então, essa distinção entre princípios e normas foi reformulada: hoje ha o gênero NORMA,
com as espécies PRINCIPIOS e REGRAS, de modo que tanto as regras como princípios
possuem normatividade.
Os principais autores que falaram sobre essa reformulação das teorias das normas foram Ronald
Dworkin (pos-positivista e neoconstitucionalista) e Robert Alexy (pos-positivista e
neoconstitucionalista).
Obs: Ponderação – Pode ser utilizada de varias formas, inclusive de formas equivocadas.
Alexy, quando trata da ponderação, não fala que ela implica em ativismo judicial ou que leva a
uma decisão conforme o pensamento pessoal do juiz. A ponderação não pode servir para
resolver tudo, nem pode ser considerada uma coisa inaceitável.
Constituições normativas
Constituições nominais
A não existência dos pressupostos que levam uma Constituição a ser classificada como
normativa acarreta a falta de êxito das Constituições nominais na adaptação dos fatores reais de
poder[iv] às suas normas ou dominação destes ao seu ordenamento.
Coloca o professor que a falta dos pressupostos sociais e econômicos, quais sejam, a
educação em geral, em especial a política, a falta de independência da classe média e, ao nosso
ver, a falta de participação democrática e a falta de incorporação das forças produtivas de
interpretação na realidade do processo hermenêutico da Lei Fundamental, como assinala Peter
Häberle[v], entre outros, que serão analisados no decorrer do presente trabalho, impede:
1. Constituições semânticas
1. Considerações finais
Expostas as três classificações propostas por Karl Loewenstein, muito embora sua obra
tenha sido escrita no final da década de cinqüenta do século passado, sua proposição de
classificar as Constituições em normativas, nominais e semânticas permanece atual, haja vista
que a realidade em que se baseia, apesar da velocidade de transformação que a modernidade
imprime às circunstâncias sociais, não foi capaz de alcançar, na maioria dos países,
Constituições classificadas como normativas.
Os princípios materiais estabelecem um estado ideal de coisas a ser realizadas ex: isonomia,,
liberdade, dignidade humana, etc.). Já os princípios instrumentais são aqueles utilizados na
interpretação e aplicação de outras normas, na interpretação de princípios materiais.
2) Princípios
3) Regras