ALUSÕES HISTÓRICAS

Copyright 2020 Poxa Lulu

Categoria: Educação
Primeira Edição - 2020

Todos os direitos reservados.

É proibida a reprodução total ou
parcial sem a permissão escrita
dos editores.
 Fala, poxinhas!
Tudo bem com vocês?
Esse é o nosso segundo e-book da nossa
coleção de repertório coringa, para Redação
ENEM. Estão preparados?!
Aqui, vamos passear mais um pouco
pela Antiguidade, mas agora desvendando
a história da Roma Antiga. Essa será uma
viagem longa e cheia de aventuras, pois a
história dos romanos é cheia de mudanças
e tem um forte peso na historia do mundo
ocidental.
Além disso, ao começar a sua leitura, você
irá perceber que há muitas semelhanças
entre a sociedade romana e a nossa
sociedade brasileira, desse modo, vocês
estarão preparados para aprofundar
diversas possibilidades de temas.
Vamos lá?!
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#CORINGA2: ROMA ANTIGA

Roma é nosso segundo local de passagem, na

Antiguidade. Aqui, estamos diante de uma história muito
interessante e importante, principalmente para temas
sociais e políticos, assuntos esses que muito contribuem,
para um bom repertório em sua Redação ENEM.

Roma é uma cidade situada na Península Itálica,

originada por diversos povos e que, naquele tempo, era
o centro da vida política e econômica daquela região. A
origem desse povo tem versões diversas, devido à ausência
de registros, e a mais conhecida é contada através de
uma lenda, dos irmãos Rômulo e Remo.

A história de sua origem foi compartilhada, através de

literatura oral e escrita. A obra mais conhecida, dentre
as muitas narrativas, é o poema chamado Eneida. Nele,
o homem romano é representado através de um Herói,
pessoa com caráter excepcional e exemplar, um modelo.
Por fora do olhar mitológico, e se voltando à fundação
da cidade, estima-se que tenha ocorrido por volta de 753
a.C.. Através da junção de duas aldeias, as latinas e as
sabinas, que passaram a viver em volta do rio Tibre, pois
ali tinham solo fértil e possibilidade de deslocamento.
Desse modo, conseguiam plantar e garantir seu sustento,
e viajar e garantir seu expansionismo.

Roma possuía uma política expansionista, ou seja,

buscava estabelecer trocas comerciais e conquistar
outros povos. Diante desse contato, por negócio ou por
dominação, com outras culturas, Roma ia assimilando

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essa diversidade cultural e propondo transformações.

Isso resultou em um forte poder de influência e domínio
sobre muitos povos.

Roma Antiga possui uma divisão de três grandes

momentos histórico-político: monarquia, república
e império. Ao mergulharmos nesse passado, vamos
descobrir a criação de inúmeros conceitos, estruturas,
comportamentos, que existiram na organização social
do povo romano, e que podem ser encontradas também
na atualidade, mesmo que em outra roupagem.

Qual a consequência de tudo isso, poxinhas?

Roma Antiga é uma enorme fonte de alusão histórica,
para a Redação ENEM. Existem inúmeros temas que são
presentes em ambos os momentos e sociedades, e que,
se bem explorados, podem garantir uma linda avaliação
de repertório sociocultural.
Por isso, nesse ebook vamos navegar pela história
desse povo nesse período, analisando esses três grandes
momentos políticos – monarquia, república e império – e
identificar o que cada um deles nos oferece de relevante,
ao nosso objetivo.

Apertem os cintos e vamos viajar pelo tempo,

diretamente à 753 a.C., para nossa primeira parada: a
Monarquia Romana.

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MONARQUIA ROMANA

A Monarquia existiu em Roma entre 753 a.C. e 509

a. C.. É o período mais antigo e, por isso, o de menor
registro histórico e informações materiais do seu tempo.
Entretanto, as informações disponíveis já são de muito
valor, para possíveis temas do ENEM.

Nesse modelo político, caracterizado pela centralização

do poder, que controlava o executivo, judicial e religioso,
havia um Rei, um Senado e uma Assembleia das Centúrias.
Desse modo, o Rei não possuía todo o poder, pois estava
sujeito ao Senado, para votar, aprovar ou vetar, as leis.

Vamos compreender essa divisão? Observe:

SENADO: O senado reunia os anciãos e proprietários

de terra de Roma, ou seja, uma pequena parcela de
maior prestígio e poder. Nesse momento, o Senado
atua principalmente como um aconselhamento das
ações do Rei, podendo limitar ou não suas escolhas,
mas atuando sempre como uma resposta a uma
decisão real.

ASSEMBLEIA DAS CENTÚRIAS: Essa assembleia era

formada por dois grupos de pessoas – um composto
por proprietários de terra e outro composto por
plebeus – que podiam discutir os temas políticos.

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Além dessa estrutura política, havia também a divisão

das classes sociais, destacadas a seguir:

Patrícios: Representava a alta classe dessa

sociedade, os proprietários de terra, detentores
de poder econômico e político, tendo em vista que
podiam participar e interferir nas escolhas reais.

Clientes: Representava a classe de pessoas que não

eram proprietários de terra, entretanto prestavam
serviços a eles. Ou seja, os clientes eram funcionários
dos patrícios, estabelecendo uma relação de
dependência com eles.

Plebeus: Representava a uma classe baixa,

dessa sociedade, composta pelos trabalhadores,
comerciantes, artesãos e lavradores, que eram
também a massa mais numerosa dessa organização
social.

Escravos: As pessoas escravizadas, nessa época,

chegavam a essa posição ou pela conquista e
dominação do seu povo, sendo nesse caso escravo
de guerra, ou por situação de dívida não paga, sendo
nesse caso escravo de dívida. Nesse período histórico,
essa classe social ainda não é tão numerosa, mas
é responsável por garantir o enriquecimento das
classes dominantes.

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Ainda dentro dessa organização, é possível afirmar

que a divisão de direitos está distribuída de forma
desigual. Isso mesmo, poxinhas, na Roma Antiga temos
uma noção de direito, mas este não é universal, pelo
contrário, está restrito somente à aristrocracia.

Desse modo, os elementos mais importantes desse

período são a ideia de Senado, que embora diferente
da atual já indica o nascimento de uma instituição,
com poder para limitar ou não a criação de leis e, sendo
esse Senado composto por uma parcela pequena da
sociedade, acaba por privilegiar somente o interesse
deles.

O outro fator muito relevante é a divisão de direitos,

que novamente aponta para uma desigualdade
social, já que os direitos não eram universais e apenas
mantinham as desigualdades entre as classes.

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COMO POSSO UTILIZAR ISSO

NO ENEM?
Para fechar esse primeiro bloco, vamos apontar
alguns temas que podem ser relacionados a esse
período histórico e suas características.

- Trabalho escravo

- Classes Sociais

- Desigualdade de direitos

- Direitos Humanos

- Centralização de poder

- Política e Religião

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REPÚBLICA ROMANA

Agora chegamos ao nosso segundo bloco, na fase

da República Romana, de 509 a.C. à 27 a.C.. A palavra
“República” significa “coisa pública” e representou o
novo governo de Roma, que não mais contava com um
Rei, e sim com instituições que reorganizaram o poder
dos patrícios.

Esse novo modelo de governo se instituiu com a

queda do Rei, devido a problemas políticos entre ele e
os patrícios, que decidiram, com isso, aplicar um Golpe
de Estado. O Senado se fortalece e o poder executivo,
antes no monopólio real, é transferido para o encargo
dos magistrados. Desse modo, a estrutura política dessa
época é dividida em:
Agora chegamos ao nosso segundo bloco, na fase
da República Romana, de 509 a.C. à 27 a.C.. A palavra
Senadores: encarregados de aconselhar os
magistrados e aprovar as decisões tomadas pelo
comício.

Magistrados: encarregados de convocar os comícios,

presidir o senado e elaborar a proposta de novas leis.

Comício: encarregados da eleição dos magistrados

e da votação das leis

Tribuna da Plebe: encarregados de vetar as decisões

relativas aos interesses dos plebeus (era formada
por membros eleitos anualmente).

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Nesse período, com o modelo de “coisa pública”,

começa a se instituir, em Roma, políticas voltadas
a todos, ou seja, serviços públicos. Inicia-se uma
definição e separação entre o que é público e o que é
privado, conceitos esses que ressoam até hoje em nossa
sociedade.

Com essa nova organização, Roma inicia seu

processo de expansão, que vai resultar no futuro
império. É nesse período que Roma começa a crescer,
deixando de ser aquela pequena ilha inicial. Essa
expansão aumenta não só o número de terras, mas
também o número de plebeus e escravos.

Diante desse aumento, começam a ocorrer diversos

conflitos entre patrícios e plebeus, já que a classe
dominante, agora com maior poder, explorava a classe
de plebeus e lutava para manter seu poder, enquanto
plebeus resistiam e reivindicavam melhores condições.
Entre 449 a.C. e 287 a.C., eles organizaram 5 revoltas que
trouxeram conquistas a essa classe.

Uma dessas conquistas foi a lei das 12 tábuas – que

instaurou o conceito de isonomia, ou seja, que os juízes
deveriam julgar todos os cidadãos com igualdade na
lei. Através dessa conquista, os plebeus conseguiram
amenizar a desigualdade de poder entre eles e patrícios.
Por outro lado, os patrícios se sentiam ameaçados
com essas conquistas, e resolveram instituir um novo
mecanismo político, no intuito de conter esse avanço
popular. Foi construído o Trio Viratum que era a escolha
de três patrícios que receberiam poder executivo para
atuar na República Romana e barrar esse avanço dos
plebeus.

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O primeiro Trio Viratum acabou devido à ascensão

de Júlio Cezar, que, dentre os três patrícios escolhidos,
foi o que mais desempenhou poder de expansão e
domínio, se tornando ditador de Roma. Entretanto,
ainda precisando resolver o conflito entre plebeus e
patrícios.

Ao contrário do esperado pelo Senado, Júlio Cezar

cedeu direitos que permitiram cidadania a povos
estrangeiros conquistados por Roma e aumentaram
obras públicas. Por conta dessa atitude, Júlio Cezar
acaba sendo assassinado pelo próprio Senado, que não
aceitava as conquistas da plebe.

Assim, surge o segundo Trio Viratum que, a princípio,

tem o mesmo objetivo do primeiro, conter os avanços da
plebe. Dessa segunda trindade, fica somente Otaviano,
que se proclama Otaviano Augusto (Augusto significa
divino), desse modo, ele se coloca como um superior e
determina-se como Imperador de Roma.

Assim termina o período Republicano de Roma!

Uau, poxinhas! Fizemos uma longa viagem na República
Romana, tenho certeza que você já conseguiu
relacionar muitos tópicos, com possíveis temas, para o
ENEM, correto?

Pois é, como eu disse, Roma Antiga é uma história

que tem muita influência ainda hoje em nossa
sociedade, por isso é um repertório muito útil aos nossos
estudos. Então, vamos conferir algumas sugestões de
temas que podem ser relacionados a esse bloco.

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COMO POSSO UTILIZAR ISSO

NO ENEM?
- Luta de classes

- Imperialismo

- Imperialismo Cultural

- Exploração humana

- Diretos Humanos

- ISONOMIA (conceito de igualdade de julgamento

para todos os cidadãos)

- Propriedade pública x privada

- Ditadura

- Diversidade política

- Representatividade na política

- Participação política

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Império Romano

Chegamos ao fim da nossa viagem, aqui vamos

conhecer nosso último período da Roma Antiga, que
marca sua ascensão e sua queda. Como vimos no bloco
anterior, Otaviano Augusto se proclamou Imperador
de Roma, e aqui começam a ocorrer a mudanças na
organização social e política desse povo, que marcam o
Império (27 a.C. – 476 d.C.).

A primeira atitude de destaque de Otaviano é a

busca pela paz romana, já que, diante da expansão
territorial, vinha também o aumento da plebe e
escravos, ele decide dar uma pausa a essa expansão,
para organizar e resolver os conflitos entre as classes.

Em segundo lugar, ele resolve instituir um modelo de

política que ficou conhecido como a política do “Pão
e Circo”, no qual o Imperador investia em alimento e
entretenimento para a plebe, visando acalmá-los e, com
isso, reduzir os níveis de insatisfação e de reivindicação.

Essa foi uma política de manipulação e enganação,

que tinha como intuito enganar a plebe, fazendo-os se
sentirem satisfeitos e, com isso, evitando que os mesmos
questionassem o poder exclusivo dos patrícios.

Já no aspecto cultural, um fato muito importante

sobre o aumento do cristianismo. Roma Antiga não era
cristã, até porque recebeu muita influência da Grécia e
possuía deuses, semideuses e outros seres divinos que
compunham uma espiritualidade politeísta.

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Porém, diante o aumento territorial de Roma e de

toda a mescla de povos, começam a chegar diversos
cristãos em Roma, e, com isso, boa parte da plebe
começa a se converter ao cristianismo. Esse movimento
faz o Império Romano decretar a proibição do
cristianismo e iniciar uma caça aos cristãos.

Essa perseguição só acaba em 313 d.C., quando o

Imperador Constantino criou uma lei, chamada Edito de
Milão, decretando a proibição da perseguição contra o
cristianismo.

Em 380, o Imperador Teodósio, cria outra lei,

chamada Edito de Teddalônico, que não só proíbe a
perseguição aos cristãos como declara oficialmente
Roma como cristã. Abandona-se o politeísmo e
instaura-se o Cristianismo.

Com a diminuição do movimento de expansão

territorial, para a garantia da paz romana, há uma
queda do número de escravos e, com isso, Roma vai
perdendo seu poder econômico e político. Além disso,
começam a ocorrer uma série de invasões a terras
romanas.

Em 395, o Império Romano é dividido em dois: Império

Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente.
Cada parte fica sob cuidados de um dos filhos do
Imperador Teodósio, último líder do império unificado.
Em 476, o Império Romano do Ocidente desintegra-se e,
para a maioria dos historiadores, esse é o marco do fim
da Antiguidade e início da Idade Média.

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Eae, poxinhas!! Gostaram?!

Roma Antiga é realmente uma história cheia de
reviravoltas! Agora que passeamos por todas essas
aventuras, estamos muito mais preparados para a
nossa Redação, não é mesmo?! Então, vamos ver a
aplicabilidade desse bloco, em possíveis temas de
redação:

COMO POSSO UTILIZAR ISSO

NO ENEM?
- Manipulação política

- Política e religião

- Intolerância religiosa

- Preconceito cultural

- Consciência de classe

Eae, poxinhas?!

Gostaram de nosso segundo coringa? Não deixem de

aprofundar seus estudos e treinar o uso das alusões! Até
a próxima!

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