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Algumas literaturas retratam que Diogo Cão ( navegador português do século XV)
e sua frota foi mandado por Dom João II em 1482,dando seguimento a sua política
de expansão, com o objetivo de continuar o descobrimento da costa africana.
Diogo Cão chegou ao Congo, e estabeleceu as primeiras relações com este Reino.
Os enviados do Rei português estavam acompanhados por alguns intérpretes
conhecedores das línguas africanas e foram até a cidade real que se encontrava
no interior do continente, onde a corte congolesa ficou muito interessada nas
histórias que os portugueses contavam.
O Rei do Congo também fez pedidos para que enviassem ao Congo artesãos,
carpinteiros, trabalhadores em geral e sacerdotes.
Em 1491, o Rei do Congo Nzinga Nkuwu desejou ser batizado junto com sua
família e passou a se chamar João I.
Após a morte de Nzinga Nkuwu, seu filho, que se chamava Nzinga Mvemba se
tornou o governante do Congo.
Ele reinou sobre o império Congo de 1509 ao final de 1543 e adotou o nome de
Afonso I. Nzinga Mvemba , que matinha fortes contatos com Portugal, aumentou o
comércio com os portugueses, aumentando a riqueza do reino e estabeleceu o
cristianismo como a religião oficial do reino, destruindo símbolos religiosos
tradicionais e construindo igrejas e escolas.
Neste período, tanto a nobreza local quanto grande parte dos camponeses
aceitaram a catequização, mas não abandonaram algumas de suas práticas
tradicionais, ocorreram muitas analogias entre o culto local e o cristianismo.
Um dos principais objetivos dos portugueses desde a chegada de Diogo Cão era
desenvolver o comércio de escravos, eles precisavam de mão de obra barata e em
grande quantidade.
Nesse tempo foram formados dois grupos; os negros e os índios que aceitaram a
catequização e aceitaram o sincretismo com o catolicismo; sendo estes as raízes
do culto chamado Umbanda, e os negros e os índios que não aceitaram o
catolicismo e através dessa revolta começaram a se identificar com a figura do
Diabo, e assim todos aqueles que eram reprimidos pela sociedade dominante, mas
que não aceitaram as normas, a submissão e as leis impostas pelos
escravocratas, reuniram elementos de todas essas tradições (do branco, do negro
e do índio), elementos estes que são uma síntese de um sistema tribal de bruxaria,
feitiçaria, necromancia, e culto aos ancestrais, este foi então o ponto de partida
para o surgimento da Quimbanda.
Devemos saber que não foram somente os negros e os índios que passaram por
situações de dificuldades no Brasil, mas também houveram europeus que viajaram
para o Brasil em busca de melhores condições de trabalho e passaram por
dificuldades.
Os Exus que muitas vezes são chamados de “povos das ruas” representam estes
ancestrais que formaram a história do Brasil, sendo eles principalmente de origens
europeia ,africana e indígena( ou a mistura entre eles) o que explica como os
europeus também foram importantes para a formação da Quimbanda no Brasil,
além das formas de bruxaria e feitiçaria européia que se uniram aos cultos
africanos e indígenas formando a Quimbanda.
DIFERENÇAS ENTRE Umbanda E Quimbanda
Uma das maiores confusões que existem está relacionado à confusão entre
Umbanda e Quimbanda. Muitas pessoas acreditam que Quimbanda é uma
ramificação da umbanda ou que ela é “o lado negro da umbanda” e isto é de
fato uma afirmativa falsa, pois a Quimbanda é um culto que tem seus próprios
fundamentos e eles são muito diferentes da Umbanda, que é um culto que
possui uma forte influência cristã.
Devido ao fato de terem que disfarçar seus cultos com imagens e elementos
católicos, e também ao fato de que alguns negros catequizados não tinham
abandonado totalmente algumas de suas práticas tradicionais, com o passar do
tempo o sincretismo se tornou tão forte que ocorreu uma simbiose entre os
santos católicos e os Orixás.
Algum tempo depois outros terreiros foram criados por iniciativa do “Caboclo
das Sete Encruzilhadas”. Esses terreiros serviram de referência para
posteriormente vários outros terreiros umbandistas que seguiram as
orientações de Zélio. Com todos estes acontecimentos podemos dizer que hoje
a Umbanda é cultuada de diferentes formas, sendo algumas casas praticando
os ensinamentos de Zélio, outras mais influenciadas pelas práticas antes de
Zélio, e outras que acabaram se sincretizando mais tarde com mais algumas
outras tradições.
Todos estes pontos de vistas diferentes dentro da umbanda também
acabaram influenciando o modo deles verem a manifestação e o culto a Exu.
Na Umbanda existem duas Linhas.