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História – Ensino Fundamental

Aula 6 – O Brasil Colonial, A emergência do


Capitalismo e as Independências na América

Prof. Pedro Gonçalves


Relembrando as Grandes Navegações
Pero Vaz de Caminha escreve ao rei D. Manoel

“E neste dia, a horas de véspera, houvemos


vista de terra, seja primeiramente dum grande
monte, mui alto e redondo, e doutras serras
mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com
grandes arvoredos; ao qual monte alto o capitão
pôs nome – o Monte Pascoal, e à terra – a Terra
de Vera Cruz.”

Por esta carta, o capitão Pedro Álvares Cabral


comunicava à Europa a existência de terras a
oeste do Atlântico Sul, que, de acordo com o
Tratado de Tordesilhas eram, de direito,
pertencentes a Portugal. Estava oficialmente
“descoberto” o Brasil pelos portugueses.
1ª Missa na Terra de Vera Cruz – 26 de abril de 1500
Tratado de Tordesilhas

Instituído em 1494, o Tratado de


Tordesilhas foi um acordo para
delimitar quais eram as áreas que
Portugal e Espanha cuidariam a
partir das novas descobertas no
continente americano.
Período Pré-colonial
(1500-1530)

ORGANIZAÇÃO DO BRASIL Capitanias Hereditárias


COLÔNIA (1500 A 1759) (1531-1759)

Governo Geral (1549-


1759)
Capitanias Hereditárias

As Capitanias Hereditárias foram um


sistema administrativo implementado
pela Coroa Portuguesa no Brasil em
1534. O território do Brasil,
pertencente a Portugal, foi dividido
em 15 faixas de terras e concedidas
aos nobres de confiança do rei D.
João III (1502-1557) a fim de povoar
as regiões que pretensamente
estavam inabitadas, protege-las e,
acima de tudo, gerar riquezas.
O Governo Geral
A Coroa estabelecia as funções que caberiam ao Governador-Geral, dentre elas:
governar a colônia e fundar povoação-sede; combater povos indígenas
rebelados; explorar a colônia a fim de buscar riquezas e para isso teriam o direito
de fazer expedições ao interior – Entradas e Bandeiras –; estimular a catequese;
organizar a defesa da colônia e desenvolver a construção naval.

Tomé de Souza Duarte da Costa Mem de Sá


(1549 – 1543) (1553 – 1558) (1558 – 1572)
Bandeirantes
Entradas e bandeiras foram expedições
realizadas no século XVIII, em direção ao
interior do Brasil, com o objetivo de
encontrar metais preciosos e aprisionar
índios para serem mão de obra escrava.

Assim se consolidava uma das principais


características do Brasil: a exploração de
suas riquezas e commodities. Num
primeiro momento, o Pau Brasil foi alvo
das explorações. Em seguida, os metais
preciosos e a cana de açúcar tornaram-
se o motor da economia do período,
demandando mão de obra escravizada
indígena e negra para a manutenção do
sistema exploratório.
A emergência do Capitalismo

A emergência do capitalismo como


sistema econômico e social teve suas
origens na Europa entre os séculos
XIV e XVI.
O capitalismo é caracterizado pela
propriedade privada dos meios de
produção, pela busca do lucro e pela
alocação dos recursos com base nas
leis de oferta e demanda.
Fatores que contribuíram para a
consolidação do Capitalismo
1. Declínio do feudalismo: O
feudalismo, que predominava na
Europa medieval, baseava-se em
relações de servidão e no controle da
terra pela aristocracia. Com o tempo,
as relações feudais começaram a
entrar em crise devido a mudanças
demográficas, avanços tecnológicos e
pressões sociais.
Fatores que contribuíram para a
consolidação do Capitalismo
2. Revolução Comercial: Durante os
séculos XV e XVI, ocorreu um
aumento significativo do comércio,
impulsionado pelas navegações
marítimas e pela descoberta de novas
rotas comerciais. Isso levou ao
surgimento de uma classe mercantil
que buscava lucro por meio do
comércio e da expansão das
atividades econômicas.
Fatores que contribuíram para a
consolidação do Capitalismo
3. Expansão colonial: A expansão
colonial europeia nos séculos XVI e
XVII desempenhou um papel
significativo no desenvolvimento do
capitalismo. As potências coloniais
exploraram recursos naturais e
estabeleceram colônias para o
fornecimento de matérias-primas,
mercados consumidores e mão de
obra barata.
Capitalismo hoje
O capitalismo hoje é um sistema econômico
global dominante, caracterizado pela
propriedade privada dos meios de
produção, busca de lucro e mercado
competitivo.
As principais características incluem a
expansão do livre comércio, o papel central
das corporações multinacionais e a
financeirização da economia.
Desigualdades socioeconômicas e questões
ambientais são desafios enfrentados pelo
sistema.
Os processos de Independência na
América Espanhola
Os processos de independência
na América Espanhola referem-
se ao conjunto de movimentos e
revoltas que ocorreram nas
colônias espanholas da América
Latina no início do século XIX,
resultando na conquista da
independência em relação à
Espanha.
Contexto Histórico
Os ideais de liberdade, igualdade
e independência que surgiram
com a Revolução Francesa
(1789) e o Iluminismo
influenciaram a América Latina.
Além disso, as Guerras
Napoleônicas e a ocupação
francesa da Espanha levaram a
um enfraquecimento do poder
espanhol na região.
Principais Líderes
Diversos líderes e movimentos
emergiram durante os processos de
independência.
Simon Bolívar na Venezuela e José
de San Martín na Argentina foram
algumas das figuras chave.
Os movimentos variavam em suas
ideologias, desde os que buscavam
uma independência completa até os
que defendiam uma autonomia
dentro de uma monarquia
constitucional.
Declarações de Independência
A independência foi proclamada em
várias colônias espanholas ao longo
do início do século XIX.
A Argentina declarou sua
independência em 1816, seguida
por Chile, Colômbia, Equador, Peru,
Venezuela, México e outros países
nas décadas seguintes.
Cada nação teve seus próprios
processos e batalhas para conquistar
a independência.
Legado
Os processos de independência na
América Espanhola tiveram um
impacto duradouro na história e na
identidade dos países latino-
americanos.
Muitos desses países foram
influenciados por ideais de
igualdade e justiça social, assim
como enfrentaram desafios como a
desigualdade econômica,
instabilidade política e questões de
identidade nacional.
Atenção: é hora da revisão!

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