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Disciplina de História - Professor Fábio Oliveira

Resumo da História do Brasil: principais eventos e contextos históricos

Kauane Elias (https://vestibulares.estrategia.com/portal/materias/historia/historia-do-brasil/)

A História do Brasil pode ser dividida em vários momentos:

Desde a presença dos indígenas, o descobrimento europeu do território, a colonização, o


reinado dos portugueses, além das diversas fases que aconteceram na república, com
períodos democráticos e épocas ditatoriais. Acompanhe agora um panorama histórico brasileiro
geral com suas nuances e principais acontecimentos.

• Início da História do Brasil: indígenas


• Descobrimento da América
• Período Pré-Colonial
• Período Colonial
• Governo Geral
• Cana de açúcar no período colonial
• Invasões estrangeiras
• Ouro no período colonial
• Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana
• Chegada da Família Real
• Independência do Brasil
• Primeiro Reinado
• Período Regencial
• Segundo Reinado
• Abolição da Escravidão
• Primeira República
• Era Vargas
• República Nova
• Ditadura Militar
• República atual

Início da História do Brasil: indígenas

Embora, por muito tempo, os livros didáticos tenham abordado a História do Brasil a partir do
momento em que os colonizadores portugueses adentram nossas terras, mas é importante que
tais paradigmas sejam quebrados. Afinal, antes mesmo da chegada de europeus, diversas
comunidades indígenas desenvolviam suas atividades em território brasileiro.
Então, a história brasileira inicia-se com o povoamento de indígenas que se organizavam em
tribos, com forte ligação com a natureza. Inclusive, toda a sua alimentação, religião, cultura,
arte, comportamentos e atividades provinham de substratos naturais. Na região Sul, por
exemplo, são encontrados sambaquis que demonstram a presença de humanos no território.
Descobrimento da América
A história do Brasil, então, se conectará com os acontecimentos europeus a partir do momento
em que se iniciam as Grandes Navegações — quando ocorreu o Descobrimento da América.
Nessa ocasião, os portugueses e espanhóis, principalmente, se dedicaram à busca de novas
terras e materiais preciosos — em um momento de grande influência do mercantilismo na
Europa..
O primeiro navegador a encontrar territórios novos foi Américo Vespúcio, de onde vem o nome
do continente americano. Posteriormente Cristóvão Colombo e os espanhóis se deparam com
as civilizações pré-colombianas. Além disso, Pedro Álvares Cabral encontra o Brasil e envia
relatos para a nação portuguesa, descrevendo as terras descobertas — aqui inicia-se uma
nova fase da história brasileira.

Período Pré-Colonial
Por certo período de tempo, os portugueses admitiram o Brasil como um alvo de pouco
interesse, uma vez que toda a Europa estava concentrada nas relações comerciais com as
Índias e suas especiarias. Entre 1500, quando o território foi descoberto, e 1530, o país não foi
explorado de uma maneira sistemática pelos lusitanos.
Apesar disso, para que a posse das terras estivesse garantida, foram criados pontos de
armazenamento de mercadorias que seguiriam para a Europa: as feitorias. A partir disso,
observou-se o valor do pau-brasil como madeira e corante, quando iniciou-se uma exploração
dessa matéria prima, por meio da troca de especiarias com os indígenas, prática conhecida
como escambo.

Período Colonial
Com a percepção de que a exploração do território brasileiro estava garantindo lucros para
Portugal, os governantes decidem estabelecer uma organização para a colonização do país.
Tal atitude também protegeria as terras de invasões estrangeiras e é considerada o marco
inicial do período colonial brasileiro.
Diante disso, foi criado o sistema de capitanias hereditárias, quando europeus ficavam
responsáveis por regiões coloniais e deveriam cuidar, povoar, administrar e explorar tais zonas.
Em 1534 foram estabelecidas 15 capitanias, que estavam sob a tutela de 15 nobres (capitães)
portugueses.

Governo Geral
Depois de alguns anos em que as capitanias hereditárias foram o principal foco da colonização
portuguesa, o modelo já não se mostrava tão eficiente. Diante disso, uma nova forma de
organização foi estabelecida: o Governo Geral, com a figura do governador Tomé de Souza,
muito importante para a história do Brasil.
Nesse momento, o domínio sobre a colônia foi reforçado, o Estado do Brasil foi criado e a
economia ascendeu de maneira significativa. Além disso, a presença de padres jesuítas no
território foi importante para a catequização dos indígenas, um dos objetivos religiosos da
exploração e colonização. Entre os padres que trabalham na ocasião, podemos citar o escritor
barroco Pe. Antônio Vieira.

O mapa abaixo demonstra a divisão do território de maneira esquemática:


Governo Geral
Depois de alguns anos em que as capitanias hereditárias foram o principal foco da colonização
portuguesa, o modelo já não se mostrava tão eficiente. Diante disso, uma nova forma de
organização foi estabelecida: o Governo Geral, com a figura do governador Tomé de Souza,
muito importante para a história do Brasil.
Nesse momento, o domínio sobre a colônia foi reforçado, o Estado do Brasil foi criado e a
economia ascendeu de maneira significativa. Além disso, a presença de padres jesuítas no
território foi importante para a catequização dos indígenas, um dos objetivos religiosos da
exploração e colonização. Entre os padres que trabalham na ocasião, podemos citar o escritor
barroco Pe. Antônio Vieira.

Cana de açúcar no período colonial


O período colonial brasileiro foi marcado pela exploração comercial das matérias primas
encontradas em território brasileiro. Depois do pau-brasil, a descoberta da cana-de-açúcar na
região nordeste foi de suma importância para a continuidade da colonização portuguesa.
Para a realização do trabalho de plantio e colheita, os indígenas foram escravizados.
Posteriormente, com a agricultura de cana nas colônias africanas, foi favorecida uma relação
entre o continente africano e o Brasil: estabeleceu-se, por essa razão, a escravização de
indivíduos africanos.

Invasões estrangeiras
Mesmo com o estabelecimento de políticas e organizações, a colônia brasileira foi invadida por
povos estrangeiros, como holandeses e franceses. Um grupo de franceses se instalou no Rio
de Janeiro, situação que ficou conhecida como França Antártica e durou cerca de 5 anos,
quando foi derrotada por tropas portuguesas.
A ocupação holandesa foi mais significativa, com cerca de 10 anos de duração, nas regiões do
nordeste. O nome mais citado da ocasião foi Maurício de Nassau. O objetivo principal das
invasões era o comércio açucareiro e as rivalidades entre Portugal, Espanha e Holanda.

Ouro no período colonial


Com a descoberta do ouro e metais preciosos na região Sudeste, a organização colonial passa
por uma nova transformação. Como o comércio de cana de açúcar estava enfraquecido e as
pedras preciosas conferiam maior poder lucrativo, a capital da colônia foi transferida do
Nordeste (Salvador) para o Sudeste, no Rio de Janeiro.
Isso permitiu que a região fosse povoada e garantiu um maior controle dos governantes sobre
o fluxo de ouro e lucros que ocorria na atividade mineradora.

Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana


Diante do declínio das organizações coloniais, os indivíduos observaram que muitos direitos
poderiam ser modificados e adquiridos. A cobrança de impostos era considerada indevida por
muitos e o sentimento de indignação crescia. Isso culminou em movimentos revolucionários,
que se apoiavam em ideais liberalistas para propor a independência de certas regiões.
Os principais protestos foram:
• A Inconfidência Mineira, que tinha caráter elitista, mas buscava a independência das Minas
Gerais como uma região autônoma. Além de ser a causa da morte do inconfidente Tiradentes;
e
• A Conjuração Baiana, um movimento mais popular, que também lutava pela liberdade dos
humanos escravizados, para além dos ideais separatistas.

Chegada da Família Real


Enquanto a colonização portuguesa fervilhava nas regiões brasileiras, a corte portuguesa
estava sofrendo fortes pressões no ambiente europeu. Durante a Era Napoleônica, Napoleão
Bonaparte instituiu um bloqueio continental, que proibia as nações europeias de
relacionarem-se com a Inglaterra, sob pena de invasão.
Entretanto, os portugueses tinham um acordo com os ingleses e não tinham muita escapatória.
Foi nessa ocasião que ocorreu a vinda da família real portuguesa para o Brasil — como uma
fuga das retaliações napoleônicas. Eles se fixaram na região do Rio de Janeiro, dando início ao
período Imperial da história brasileira, quando o rei tornou-se imperador das terras coloniais.

Independência do Brasil
Com a família real em território brasileiro e a elevação do Brasil ao Reino Unido de Portugal, os
brasileiros ganham mais força de revolução. Movimento que culminou na proclamação da
Independência do Brasil no ano de 1822.
A nova organização política proposta era uma monarquia constitucional, que ficou conhecida
como “período imperial”, que é subdividido em 3 fases: Primeiro Reinado, Regências e
Segundo Reinado. Além disso, houveram mudanças estruturais: construção do Jardim
Botânico do Rio de Janeiro, criação de palácios de verão e inverno, desenvolvimento de
bibliotecas e centros intelectuais.

Primeiro Reinado
O Primeiro Reinado representa o momento em que Dom Pedro I era líder dos territórios e
institui grandes transformações, principalmente no campo político. Ele criou o poder moderador,
que fortalecia sua posição de imperador, com certo teor de autoritarismo, algo que não agradou
a população.
Pedro I tem seu poder enfraquecido conforme os seus interesses não se adequam à
necessidade do povo. Conflitos como a Revolução Pernambucana, a Guerra da Cisplatina, a
Confederação do Equador e outras revoltas marcam esse período. Por fim, Dom Pedro I cede
às pressões sociais e abdica do trono em favor de seu filho Pedro de Alcântara, com apenas 5
anos de idade.

Período Regencial
Enquanto o verdadeiro herdeiro do trono, Pedro de Alcântara, não poderia assumir o trono,
ficou definido que os regentes seriam responsáveis pela governabilidade do território brasileiro.
Os nomes mais famosos dessa ocasião são Regente Feijó e Regente Araújo Lima.
Essa situação deu abertura política para diversos partidos se posicionarem, contrária ou
favoravelmente ao governo. Com isso, a instabilidade do governo ficava cada vez mais
pronunciada, de maneira que diversos movimentos revolucionários se desenvolveram por
quase todo o território brasileiro, como a Balaiada, a Cabanagem, a Revolução Farroupilha, a
Revolta dos Malês e a Sabinada.

Segundo Reinado
A partir de manipulações políticas, o partido que era favorável ao poder monárquico aplicou um
golpe que colocou Dom Pedro II no poder. Essa articulação política é historicamente conhecida
como Golpe da Maioridade, pois conferiu poder a Pedro de Alcântara com apenas 14 anos de
idade.
Durante o Segundo Reinado, instalou-se uma ideia de parlamentarismo, quando os
parlamentares teriam maior influência política do que o próprio imperador. Entretanto, houve
um “parlamentarismo às avessas”, porque Dom Pedro II regia direta e indiretamente as
decisões políticas.
O declínio de Dom Pedro II e do imperialismo se somam, quando houve uma instabilidade
política e fragilização econômica decorrente das consequências da Guerra do Paraguai.

Abolição da Escravidão
A escravidão fez parte da história do Brasil desde o momento em que os indígenas passaram a
trabalhar compulsoriamente com o pau-brasil, e se estendeu como prática legal até o Segundo
Reinado.
Somente nesse período que as revoltas sociais e as lutas em prol da abolição da escravidão
foram ouvidas. Tudo isso somado à pressão da Inglaterra que procurava mercado consumidor,
no desenvolvimento de sua Revolução Industrial.

Primeira República
Em 15 de novembro de 1889 foi instituída a Primeira República Brasileira. Embora todo o
regime político tenha mudado suas formas, os indivíduos com maior poder de influência
continuavam sendo os mesmos do período colonial: elite possuidora de terras.Por isso esse
período pode ser chamado de “República das Oligarquias”.
Por isso, o processo de consolidação da República no Brasil custou esforços. Um dos
principais objetivos era a constituição de um sentimento de nacionalismo e unidade entre os
cidadãos. Além disso, a presença maciça de manipulações políticas era feita a partir de
estratégias de “voto de cabresto” e “política do café com leite”, de maneira que o poder era
forçadamente decidido, embora houvesse eleições.

Era Vargas
Em uma das eleições de voto indireto da Primeira República, o gaúcho Getúlio Vargas foi eleito
presidente do país. Seus primeiros anos de governo foram marcados por atitudes mais
voltadas para as necessidades populares, o que não atraiu o apoio elitista.
Diante disso, ele mudou sua postura governamental, instigando revoltas por parte dos grupos
de esquerda. Foi então que Vargas instituiu um regime mais ditatorial, conhecido na história do
Brasil como o Estado Novo.
Durante o governo varguista, consolidava-se o êxodo rural, a urbanização das regiões
brasileiras e a industrialização deu seus primeiros passos, com o nascimento de algumas
empresas estatais como a Petrobras. Além disso, a primeira constituição trabalhista foi criada
durante o governo Vargas.

República Nova
Depois de grandes balanços no governo republicano brasileiro, a República Nova é o primeiro
período em que as eleições presidenciais e sucessões acontecem de maneira linear e sem
grandes intervenções, até que ocorre o golpe que iniciou a ditadura militar em 1964.
Nesse momento, presidentes como Jânio Quadros, João Goulart, Eurico Gaspar Dutra
assumiram o governo. Um dos mais marcantes líderes da época foi Juscelino Kubitschek, que
propôs um plano de melhorias econômicas para o Brasil e fomentou a industrialização do país,
na ideia de evoluir nossas tecnologias rapidamente.
Ditadura Militar
A ditadura militar foi um período da História do Brasil em que as liberdades individuais foram
reprimidas em prol da manutenção de uma boa imagem para o governo. Ela se inicia com o
golpe militar que destituiu o presidente João Goulart de seu cargo.
Relatórios posteriores a esse período demonstram que ocorreram torturas e intenso controle da
imprensa, o que selecionava quais informações seriam ou não transmitidas para a população,
por exemplo.

República atual
A ditadura militar acabou no ano de 1985, depois de grandes movimentações políticas, como
as manifestações por eleições diretas, conhecidas historicamente como “Diretas Já”. O
processo de redemocratização do Brasil aconteceu de maneira gradual, sem grandes rupturas
nas estruturas e privilégios da elite.
Depois disso, foi promulgada a Constituição Federal de 1988, que é conhecida como
“Constituição Cidadã”, já que garante diversos direitos aos indivíduos. A república, agora passa
por diversos presidentes, dentre os quais podemos citar: Fernando Henrique Cardoso,
Fernando Collor, Luís Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro.

2013
Toma posse da Presidência do Brasil, pelo 3° mandato, Luís Inácio Lula da Silva.

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