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HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE

Introdução
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INTRODUÇÃO

A história do Rio Grande do Norte confunde-se com a história do Brasil. No que tange
à capitania, à província, à exploração dos indígenas, devemos compreender esse aparato
colonial imposto pelos portugueses. Por isso, essa aula consiste em uma introdução à histó-
ria brasileira e à exploração dos portugueses, para que, ao avançarmos nos estudos, possa-
mos situar o Rio Grande do Norte dentro da perspectiva histórica.
Confira quadro a seguir, que ilustra os períodos da História do Brasil.

O primeiro momento de destaque é a assinatura do Tratado de Tordesilhas, em 1494.


Anteriormente, houve a bula Inter Caetera, em 1493, que dispunha que o Meridiano não con-
templava o Brasil.
Sabe-se que o Rio Grande do Norte foi navegado pelos portugueses em período
pré-colonial.
Destaque é válido para o ano de 1517 – os franceses realizam contrabando do pau-bra-
sil. À época, os franceses fizeram alianças com os indígenas potiguares, principalmente os
da região do Rio Grande do Norte – que logo depois estabelecida como Capitania do Rio
Grande. Neste período, o Brasil não fora efetivamente colonizado, porque o interesse de Por-
tugal era nas Índias.
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A perspectiva dos franceses não respeitando o Tratado de Tordesilhas e de outros que


queriam adentrar nosso território, como os ingleses, somado ao declínio do comércio nas
Índias, fez com que Portugal efetivasse sua colonização. Então, Portugal estabelece as capi-
tanias hereditárias.
Em 1822, o Brasil torna-se independente de Portugal.
Em 1808, o Brasil teve seus portos abertos por Dom João, o que resultou economica-
mente no fim do pacto colonial. No entanto, o Brasil só deixou de ser colônia de fato quando
Dom Pedro, em 1822, proclamou a independência brasileira.
Em seguida, houve um período regencial, seguido pelo período do Segundo Reinado,
que vai de 1940 até o final do Segundo Reinado.
Ao término do Segundo Reinado, inicia-se o período republicano.

A ORIGEM DOS ESTADOS NACIONAIS

Na Idade Média, o poder dividia-se em duas esferas: havia uma fragmentação do poder
– que o distribuía em feudos – e uma centralização do poder com a Igreja. Nesta estrutura,
o rei assumia postura muito mais simbólica do que de fato efetiva. Quanto a Igreja, ela era a
detentora de uma unidade, por conta da religião, dos costumes etc.
Com o passar do declínio da Idade Média, surge uma nova classe: burguesia. A burgue-
sia precisava da unificação dessas coisas que eram fragmentadas. Ela, então, aliou-se ao
reinado, que passou a contar com um exército mercenário (financiado). Isso fez com que os
reis diminuíssem sua dependência dos senhores feudais. A partir de então, eles conseguiram
centralizar o poder. Surgem, então, países como Portugal e Espanha.
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Além disso, é fruto dessa nova nomenclatura – os estados nacionais, absolutistas ou
modernos – a política chamada mercantilismo. O mercantilismo consistia na intervenção do
Estado na economia e na vida cotidiana. Atendendo ao mercantilismo, Portugal empreen-
deu as grandes navegações, o que resultou em sua chegada ao Brasil. Ao mesmo tempo,
a Espanha também empreendeu suas navegações, chegando no continente americano em
1492. A partir de então, inicia-se toda uma era da exploração, na qual o Rio Grande do Norte
se insere.
É importante destacar a Reforma Protestante. À época, no Rio Grande do Norte, houve
a presença de religiosos católicos, uma vez que era a Igreja Católica que apoiava os dois
reinos católicos de Portugal e Espanha. A ocorrência da Reforma Protestante fez com que a
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Igreja Católica perdesse muitos fiéis. Por conta da perda, ela enviava religiosos católicos nas
expedições marítimas, justamente para que nesses novos lugares eles realizassem a cate-
quização dos indígenas. No Rio Grande do Norte, em primeiro momento, as investidas dos
portugueses sobre os indígenas foram malsucedidas, uma vez que ali já circulava a notícia
da violência empreendida pelos portugueses em áreas diversas. A notícia chegou, inclusive,
aos indígenas que lá estavam no Rio Grande do Norte – indígenas que tinham recebido tra-
tado mais diplomático pelos franceses. Por isso, fala-se em uma aliança com os franceses e
uma oposição aos portugueses. Com o passar do tempo, depois da expulsão dos franceses,
Portugal somente irá conseguir uma efetiva ocupação do Rio Grande do Norte – em que se
insere a fundação da cidade de Natal, por exemplo – a partir da relação diplomática que fora
construída pelos jesuítas com os indígenas.

A fim de recapitular, a crise feudal resultou na expansão pré-capitalista e mercantilista.


À época, a burguesia precisava de mais espaço, uma vez que a Igreja proibia a burgue-
sia do lucro, acusando-a de lucrar de forma injusta com a usura. Criou-se, então, a aliança
entre o rei e a burguesia. Em seguida, criou-se a burocracia estatal, que estruturou e man-
teve um exército. Isso fez com que as leis fossem unificadas, que fossem criadas unidades
monetárias dentro dos reinos, que fosse criado o sistema de pesos e medidas unificados,
que fossem contratados funcionários públicos e, por fim, que fossem criadas as monarquias
nacionais (hereditárias, por conta da linhagem sanguínea). Dentro da ideia de absolutismo
monárquico, ocorreu o poder concentrado: real, hereditário, divino, absoluto e centralizado.
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São teóricos temporais Maquiavel – que escreveu O Príncipe, obra que discorria como
um monarca deveria agir –, Jean Bodin, Jacques Bossuet – que trataram do direito divino dos
reis – e Thomas Hobbes – que aborda em sua obra Leviatã o poder central para organizar o
homem que era por ele considerado naturalmente rebelde.
Outros pontos de destaques são a intolerância religiosa – “a religião do rei é a religião do
povo”, em que as demais eram descartadas em sentido amplo – e o controle sobre os pode-
res representativos locais. Sobre o controle, por exemplo, tenha em mente que as capitanias
hereditárias foram doadas pelo rei e que as administrações eram regidas por cartas régias.
O mercantilismo consistia na política intervencionista do Estado no dia a dia. Mais espe-
cificamente sobre a economia, o mercantilismo objetivava aplicar ações para que o Estado
enriquecesse. É o caso da balança comercial favorável na Inglaterra, que propunha diminuir
as compras e aumentar as vendas – daí origina-se o ditado inglês “sempre vender, talvez
emprestar e nunca comprar”.
Há também que se falar em metalismo – a busca por metais preciosos –, que foi muito
empreendido pelos espanhóis. Entendia-se que acumular metal precioso constituiria a
riqueza daquela nação.
Em seguida, temos o colonialismo, em que Portugal tem destaque dentre os demais. Por-
tugal expande-se tanto pelas navegações que chega ao Japão. Portugal, então, foi visionário
e pioneiro no que tange às navegações marítimas e ao colonialismo.
Já o colbertismo dizia respeito a uma manufatura luxuosa, que era uma forma esplendo-
rosa para tentar alcançar a riqueza.
Atendendo ao mercantilismo, Portugal e Espanha vão empreender as suas navegações.
Em 1942, a Espanha chega até a América liderada por Cristóvão Colombo, que na ocasião
acreditou ter chegado às Índias. Esse continente, posteriormente, foi reconhecido por Amé-
rico Vespúcio, de onde se extraiu o batismo de América.
Empreendendo as viagens marítimas, buscando novas especiarias lá nas Índias, uma
vez que o Mar Mediterrâneo estava dominado por Gênova e Veneza e que o norte da África
estava dominado pelos islâmicos, então deveria-se buscar pelo mar a chegada até às Índias.
Em 1498, Vasco da Gama chega às Índias, representado pelos portugueses. Então, Por-
tugal estava muito interessado nas especiarias das Índias, que eram muito mais lucrativas
em relação às do Brasil. Por isso, houve uma omissão da colonização das terras brasileiras.
Quando Portugal chegou ao Brasil, não foram encontrados imediatamente ouro e outros
metais preciosos que se esperava encontrar. Então, Portugal realizou uma espécie de feito-
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ria, de que resultou em uma negociação com os indígenas para extração do pau-brasil, o que
ocorreu com sucesso em algumas regiões, mas em outras não.
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Quando os Países Baixos se tornaram independentes, eles passaram a empreender o
comércio. A Holanda, por exemplo, começou a fazer frente ao domínio português nas Índias,
o que resulta na decadência do comércio português nas Índias. À época, o território brasileiro
estava sendo comumente atacado pelos estrangeiros, que contrabandeavam o pau-brasil.
Daí a necessidade de Portugal iniciar sua colonização.


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O quadro a seguir organiza as informações postas acima, além de tecer informações


adicionais.

Grandes Navegações
Expansão marítima europeia.
Fatores da Expansão Marítimo-Comercial
- Desorganização econômica;
- Escassez de moedas e metais;
- Monopólio comercial e marítimo das cidades italianas no Mar Mediterrâneo e no Oriente;
- Avanços técnicos e científicos: caravela, bússola, cartografia, astrolábio.
Objetivos da Expansão Marítimo-Comercial
- Conquistar regiões produtoras de matérias primas e metais preciosos;
- Expandir o mercado consumidor;
- Descobrir novas rotas marítimas;
- Dinamizar o setor comercial e produtivo.
Empreendedores
Burguesia e Estado Nacional
Pioneirismo Português
- Tradição marítima;
- Localização geográfica privilegiada;
- Portos estratégicos para as atividades comerciais;
Estado Católico
- Incentivo aos estudos náuticos;
- Precoce formação do Estado (séc. XII);
- Revolução de Avis (séc. XIV).
Périplo Africano
Navegação ao redor do
Estabelecer feitorias e fortificações
continente africano
Navegadores
Diogo Cão, Bartolomeu Dias, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral.
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Observe a figura abaixo.

A linha verde representa o limite estabelecido pela Bula Inter Caetera, que distribuía
territórios de navegação entre Portugal e Espanha. À esquerda da linha verde consistia no
território permitido aos espanhóis explorar; à direita da linha verde, no território permitido
aos portugueses explorar. Essa aliança surgiu por conta de conflitos de interesses – ambos
os países desejavam expandir seus territórios. Observe, então, que a costa brasileira deve-
ria ser explorada pelos espanhóis em vez de ser explorada pelos portugueses. A Bula Inter
Caetera não foi levada à rigor: Portugal negociou com a Igreja para que pudesse explorar a
região costeira onde hoje é integrante do Brasil.
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Daí surgiu o debate de que os espanhóis teriam chegado antes do que os portugue-
ses ao Rio Grande do Norte. Esse conceito é, na verdade, inconcluso e revolto de revisões
históricas.
A partir de renegociação, Portugal e Espanha, em 1494, assinam o Tratado de Tordesi-
lhas, que redistribuiu os limites de exploração de cada um desses países. Na figura acima, a
linha vermelha representa essa nova redistribuição.
Observe, ainda, que vários países fortes foram ignorados na divisão do Tratado de Tor-
desilhas – é o caso da França, da Holanda e da Inglaterra. Eles, contudo, não aceitaram a
condição. À época, a França impôs maior risco à dominação portuguesa.
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Até 1580, Portugal teve grande domínio na costa brasileira, na costa do continente Afri-
cano e na costa asiática (conferir manchas vermelhas na figura acima); por sua vez, a Espa-
nha teve grande domínio no território americano (conferir manchas verdes na figura acima).
Especificamente sobre o território da América do Sul, observe que à época havia uma grande
área inocupada. Com o passar do tempo, Portugal foi expandindo seu domínio na direção do
Oceano Pacífico, o que resultou no formato geográfico atual do Brasil.
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NAVEGAÇÕES PORTUGUESAS E OS DESCOBRIMENTOS

Em 1498, Portugal chega às Índias, liderado por Vasco da Gama. Outro feito importante
das navegações portuguesas foi a chegada das caravelas de Pedro Álvares Cabral ao litoral
brasileiro em 1500.
Ao chegar ao Brasil em 1500, os portugueses iniciaram expedições de reconhecimento,
a fim de identificar o que poderia ser explorado na nova terra. No que tange ao Rio Grande
do Norte, merece destaque Gaspar de Lemos.
Nas expedições, não foram encontrados metais preciosos. Logo, não houve efetiva explo-
ração imediata. No entanto, o pau-brasil chamou atenção dos portugueses.
Em primeiro momento, houve de modo geral uma relação mais amistosa entre indígenas
e portugueses – exceção feita à relação entre os portugueses e os indígenas potiguares, que
imediatamente se voltaram contra os europeus.
Ainda neste momento, Portugal empreendeu esforços para realizar reconhecimento
geográfico, pacificar o litoral, expulsar os invasores etc. Nisso consistiu o período colonial
(1500-1530).
A região em verde na figura a seguir ilustra o limite de exploração português na costa
brasileira à época.
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Merecem destaques os navegadores Gaspar de Lemos (1501), Gonçalo Coelho (1503) –


que marcam o primeiro momento do período colonial, descrito acima – e Cristóvão Jacques
(1516-1526) – que marca o segundo momento.
O segundo momento do período colonial é marcado pelo policiamento do litoral e pelo
empreendimento por expulsar contrabandistas da terra.
Tenha em mente que à época, na região do Rio Grande do Norte, os franceses fizeram
aliança com os indígenas. Concentrados acima da feitoria de Pernambuco, os franceses
eventualmente atacavam as regiões próximas.
Sérgio Buarque de Holanda descreve que a região onde atualmente é o Rio Grande do
Norte não era tão fértil e rica; no entanto, tratava-se de uma região estrategicamente privile-
giada, com o intuito de invadir outras regiões. Daí muitos ataques efetuados pelos franceses
terem partido dessa região.
O medo da ascensão burguesa fez com que a coroa portuguesa empreendesse mais
o comércio das especiarias no Brasil. Esse comércio de especiarias fortaleceu a Holanda,
tanto que ela chegou a fazer frente a Portugal na exploração.
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Sérgio Luiz Bezerra Trindado (2010) é a grande referência para o estudo da História do
Rio Grande Norte. Confira, a seguir, algumas de suas disposições, seguidas de comentários
(quando houver):
30m

“Os historiadores, de modo geral, defendem a tese que dá a primazia aos espanhóis de terem
visitado o Rio Grande do Norte antes dos portugueses. Admite-se que espanhóis, como Alonso
de Hojeda, Diogo de Lepe e Vicente Yáñez Pinzón, navegaram pelo litoral brasileiro, em latitudes
próximas ao Rio Grande do Norte, antes que os portugueses aqui chegassem em abril de 1500.”

Trata-se das versões historiográficas já comentadas anteriormente.

“Dos três navegadores acima citados, existe hoje a certeza de que Alonso de Hojeda não esteve
em território brasileiro. José Moreira Brandão Castelo Branco (apud MEDEIROS, 1985, p. 146-
147) contesta a tese segundo a qual Alonso de Hojeda tenha estado no Brasil. Para ele, Hojeda
teria navegado por ‘mares setentrionais, não se aproximando sequer do delta amazônico, de sorte
que, de forma alguma, poderia ter avistado o litoral riograndense (...).’”

Note que não há nenhuma garantia material da presença de Pinzón e de Diogo de Lepe
na região do Rio Grande do Norte.

“Gaspar de Lemos avançou ‘em direção ao noroeste, acompanhando a costa brasileira prova-
velmente até o cabo de São Roque, no Rio Grande do Norte’, de onde mudou o curso seguindo
direto para Lisboa, onde chegou em junho de 1500 (BUENO, 1998b, p. 34-35). O rei D. Manuel
imediatamente enviou uma expedição exploradora para tomar posse da terra, confirmando a sua
soberania, e iniciar a exploração do litoral.”

Assim, quando chegaram a Porto Seguro, Gaspar de Lemos e seus subordinados nave-
garam pela costa até o Cabo de São Roque e, em seguida, rumaram a Portugal para notificar
sobre o que reconheceram.

“Chegava ao Brasil, em 1501, a expedição de Gaspar de Lemos,11 da qual participou o navegador


italiano Américo Vespúcio, que tomou posse do Brasil no Rio Grande do Norte, mais exatamente
em Touros, onde foi chantado, na “praia dos marcos”, o marco de posse – o Marco de Touros, as-
segurando a terra para os portugueses.”

Então, em 1501 as tropas marítimas portuguesas retornam ao Brasil a mando de Portu-


gal. Por já terem reconhecimento da costa marítima brasileira, convencionou-se entre os por-
tugueses que a região do Cabo de São Roque seria o lugar de repouso e de abastecimento
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dos recursos das navegações. Tenha em mente que até então a exploração era unicamente
voltada para o litoral – isto é, os portugueses não adentravam as áreas adiante das praias.
Estabelecida a importância do Cabo de São Roque, é importante notar que a exploração de
fato das áreas brasileiras por Portugal teve seu ponto inicial no Rio Grande do Norte. Prova
disso é o Marco de Touro (conferir figura seguinte), que inicialmente foi construído e posi-
cionado na praia do Marco, que simboliza o domínio português – trata-se de uma escultura
estratégia que objetivava mostrar às navegações de outros países que aquela terra já estava
dominada.
35m

Para Lenine Pinto e outros historiadores, o Brasil foi descoberto a partir da praia do
Marco, litoral norte do Rio Grande do Norte, localizada na divisa dos municípios de São
Miguel do Gostoso e Pedra Grande. Não é uma versão historiográfica oficializada.

“Logo acima da praia de Muriú, em Maxaranguape (51 km de Natal), fica o Cabo de São Roque.
Este é o ponto da costa brasileira mais próximo da costa africana, com exceção de Fernando
de Noronha.”
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Consistia em uma região cujo domínio era importante para os acessos da navegação.”

“A Carta de Lisboa e Mundus Novus apontam 7 de agosto de 1501 como o dia em que a expedição
chegou ao Rio Grande do Norte. A Lettera indica o dia como sendo 17 de agosto. A data provável
da chegada dos portugueses ao Rio Grande do Norte é 7 de agosto de 1501.”
“Se qualquer ponto do território poderia servir de escala para reabastecimento dos navios da ‘car-
reira das Índias’, o Rio Grande do Norte, pela privilegiada posição geográfica, pronunciada no oce-
ano Atlântico, seria um dos principais pontos para reabastecimento das expedições portuguesas
que se dirigiam às Índias.”

Portugal, então, sabia que deveria dominar esta região. O grande entrave era a aliança
entre franceses e os indígenas locais.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Admilson Costa Santos.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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