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HISTÓRIA DO BRASIL

Governo Geral
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GOVERNO GERAL

GOVERNO GERAL (1549-1808)

Com o fracasso das capitanias hereditárias, que eram uma forma de descentralização da
Coroa Portuguesa, Portugal necessitou de uma nova medida de explorar, proteger e desen-
volver, passando com o Governo Geral para a centralização. As capitanias continuam, mas o
Governo Geral as centraliza.
Com ele, ocorreu a centralização do poder das capitanias, redução do poder dos donatá-
rios e a busca por amparar a Colônia nos aspectos financeiro, militar e administrativo.

Principais objetivos:
• Solidificar o domínio português;
• Combater estrangeiros (principalmente franceses) e
• Incentivar o processo catequizador.
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Obs.: apesar do Governo Geral, alguns capitães donatários e donos das sesmarias ainda
tinham muito poder e influência sobre suas terras.

Criação:
Com a finalidade de "dar favor e ajuda" aos donatários e centralizar administrativamente
a organização da Colônia, o rei de Portugal resolveu criar, em 1548, o Governo Geral. Res-
gatou dos herdeiros de Francisco Pereira Coutinho a capitania da Bahia de Todos os Santos,
transformando-a na primeira capitania real ou da Coroa, sede do Governo Geral.
Essa medida não implicou na extinção das capitanias hereditárias e até mesmo outras
foram implantadas, como a de Itaparica, em 1556, e a do Recôncavo Baiano, em 1566. No
século XVII, continuaram a ser criadas capitanias hereditárias para estimular a ocupação do
estado do Maranhão.
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ATENÇÃO
O Governo Geral não findou as capitanias hereditárias, apesar de reduzir o poder das
mesmas. Ele deu suporte administrativo, financeiro e político para os capitães donatários.
Além disso, novas capitanias foram surgindo e outras desaparecendo, sendo anexadas às
restantes.
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Medidas implementadas:
Tomé de Sousa, o primeiro Governador do Brasil, chegou em 1549 e fundou a cidade de
Salvador, a primeira da colônia.
• Trouxe três ajudantes para ocupar os cargos de:
– provedor-mor, encarregado das finanças;
– ouvidor-geral, a maior autoridade da Justiça;
– capitão-mor da costa, encarregado da defesa e poder de polícia no litoral.

Vieram também padres jesuítas chefiados por Manuel da Nóbrega, encarregados da


catequese dos indígenas e de consolidar, através da fé, o domínio do território pela Coroa
portuguesa.
Um regimento instituiu o Governo Geral. O documento detalhava as funções do novo
representante do Governo Português na colônia. O Governador Geral assumiu muitas fun-
ções que antes eram desempenhadas pelos donatários. A partir de 1720, os Governadores
receberam o título de vice-reis. O Governo Geral permaneceu até a vinda da Família Real
para o Brasil, em 1808.

• Tomé de Souza (1549-1553):


– Início da construção da primeira capital, Salvador, em 1549;
– Implantação do ensino jesuítico (missões/reduções), a partir da conversão de nativos
ao cristianismo (processo de reformas religiosas na Europa e necessidade de expan-
são do catolicismo);
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• Duarte da Costa (1553-1558):
– Escravismo indígena X Proteção dos jesuítas;
– Invasão francesa no Rio de Janeiro (Calvinistas – Huguenotes), formação da França
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Antártica em 1555, que durou 12 anos;


– Os conflitos tribais entre Tupiniquins (PT) e Tupinambás (FR) acabaram servindo para
alimentar os conflitos entre portugueses e franceses.

Obs.: os colonos possuíam os direitos da escravização dos indígenas. Todavia, com a vinda
dos jesuítas, se iniciou a percepção de que os nativos poderiam ser evangelizados.
O confronto entre as duas visões se deu a partir da criação das missões pelos jesuí-
tas que buscavam a conversão e doutrinação dos indígenas aos modelos europeus,
acreditando que a escravidão não era justa, enquanto os colonos buscavam utilizá-los
como mão de obra escrava, criando um conflito com a evangelização. Esse conflito
também difundiu o pensamento de trazer a mão de obra escrava africada ao Brasil,
para minimizá-lo.

• Mem de Sá e Estácio de Sá (1558 – 1572)


– Pacificação entre colonos e jesuítas;
– Maior fornecimento de escravos;
– Expansão do povoamento para o interior;
– Confederação dos Tamoios (1554 – 1567): organização de nativos revoltados contra
a dominação portuguesa;
– Fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro;
– Expulsão dos franceses do Rio de Janeiro;
– Divisão do Governo Imperial entre Salvador (do norte) e RJ (do sul).

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Obs.: a pacificação entre colonos e jesuítas ocorreu a partir do maior fornecimento de escravos.

• Administração Colonial:
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• Câmaras Municipais:
– Administrar as cidades, municípios etc., se reportando ao Governo Geral;
– Porta-voz dos habitantes da região para o Governador Geral;
– Eram compostas por no máximo 6 membros que eram escolhidos por uma assem-
bleia de proprietários, os chamados “homens bons”;
– Homens bons: proprietários de terras e escravos. Para ser um oficial da câmara (vere-
ador), além de riqueza era preciso também ter “pureza de sangue” não sendo aceitos
descendentes de negros ou de judeus.

Obs.: Boris Fausto afirma que as Câmaras Municipais eram o principal órgão político do
Brasil Colônia, pois eram as entidades mais perto das pessoas em cada município, se
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tornando as mais influenciadoras.
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• Instituições da Administração Colonial.

Entre os órgãos coloniais, as Câmaras Municipais merecem referência especial. Elas eram
compostas de membros natos, ou seja, não eleitos, e de representantes eleitos. Votavam nas
eleições, que eram geralmente indiretas, os "homens bons", ou seja, proprietários residentes
nas cidades, excluídos os artesãos e os considerados impuros pela cor e pela religião, isto é,
negros, mulatos e cristãos-novos.
O campo de atividade variou muito. Nos primeiros tempos da colônia, Câmaras como
as de São Luís, Rio de janeiro e São Paulo tornaram-se de fato a principal autoridade das
respectivas capitanias, sobrepondo-se aos Governadores e chegando mesmo, a destituí-los.
Posteriormente, seu poder diminuiu, refletindo a concentração da autoridade nas mãos dos
representantes da Coroa. Possuíam finanças e patrimônio próprios. Arrecadavam tributos,
nomeavam juízes, julgavam crimes como pequenos furtos e injúrias verbais.

Brasil: Colônia de Exploração nos Quadros da Política Econômica Mercantilista


O Governo Geral tem por obrigação também assegurar que a Colônia de exploração irá
atender a política econômica mercantilista do estado absolutista de Portugal.

• Função da colônia: enriquecer a metrópole.


• Objetivos: enriquecimento da burguesia metropolitana e o fortalecimento do poder real.

Obs.: a colônia não pode fazer relação comercial com outra metrópole e, entre colônias,
existiam diversas limitações instituídas por Portugal.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
ANOTAÇÕES

preparada e ministrada pelo professor Admilson Costa Santos.


A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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