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ETAPA 3

HISTÓRIA
Lembrete:
► Toda essa história
começou por que os
europeus
almejavam chegar
às índias...
► Ascidades italianas de
Gênova e Veneza
monopolizavam o
mediterrâneo. Navegar
era preciso...
Modelos de colonização da América
► Modelo Português ► Modelo Espanhol
► Colônia de Exploração ► Colônia de Exploração

► ► Plantation (latifúndio agro-


Plantation (latifúndio agro- exportador)
exportador)
► Mão de obra
► Mão de obra escrava
escrava (mais índio do que negro)
(mais negro do que índio)

► Sociedade mais
► hierarquizada
Sociedade menos
(livres e cativos)
hierarquizada (chapetones,
criollos, mestiços, negros e índios)
► Administração mais
simples e centralizada ► Administração mais complexa
e descentralizada
Pacto Colonial ► A vinda dos portugueses para o
Brasil atendeu a necessidades
históricas de expansão da
economia capitalista de mercado
em sua etapa de formação
(século XVI).
► O Estado garantia os lucros da
burguesia metropolitana,
simultaneamente se
fortalecendo, através da
► tributação.
A Igreja assumia o papel de
justificadora da
empreitada.
► Tripé escravismo, monocultura
e latifúndio.
► Exclusivos comercial e de
transporte, e a proibição de
manufaturas.
O PACTO COLONIAL
Envio de matéria-prima

COLÔNIA MONOPÓLIO METRÓPOLE

Consumo de manufaturas
Antecedentes
dA colonizAção
portuguesA e início
dA colonizAção
BRASIL: TERRA À VISTA
•UM DOS PRIMEIROS MITOS QUE
DEVEMOS DERRUBAR É O USO DA
EXPRESSÃO “DESCOBRIMENTO DO
BRASIL”
• DESCOBRIR É ENCONTRAR ALGO OU
LOCAL QUE NINGUÉM JAMAIS VIU
OU
TEVE CONTATO.
A CHEGADA DOS
PORTUGUESES
• A Conquista do Brasil
- 22 de abril 1500: frota portuguesa de
Cabral chega a Porto Seguro na Bahia
- 1° contato com os índios : troca de
sorrisos e presentes
- A 1ª Missa no Brasil rezada no
Brasil

 As nações indígenas em 1500


- tupi-guarani, Jê, aruaque, caríba, charrua, pano,
tucano e outros
- tupinambás: eram canibais

- Exploração, violência, escravidão (contra o


índio)
POVOS INDÍGENAS DO BRASIL
• Tupiniquim:(o grupo visto por Cabral – Sul da Bahia e em São
Paulo – 85 mil habitantes)
• Tupi:(em torno de 1 milhão de homens que viviam no atual estado
do Ceará indo até o litoral de São Paulo)
• Potiguar: (viviam no Ceará – 90 mil homens)
• Tabajara: (Pernambuco e Paraíba – 40 mil homens)
• Caeté: (Nordeste do Brasil – 75 mil homens)
• Tamoio: (Baía de Guanabara – Rio de Janeiro – 70 mil almas).
• Tupinambás, Carijós, Teminimó entre outras centenas de etnias
viviam no atual território brasileiro.
HAVIAM MAIS DE 5 MILHÕES DE
NATIVOS DE DIVERSAS ETNIAS NO
BRASIL
A conversão dos indígenas
• Os jesuítas, liderados por Manuel da Nóbrega, chegaram com o
primeiro governador geral para iniciar a conversão dos índios.
• Os índios recebiam a catequese, com prioridade na conversão
das crianças.
• Os índios eram agrupados em “reduções”, que eram uma espécie
de comunidade liderada pelos jesuítas. Foram criadas para
reformular o padrão cultural dos índios e reforçar o processo de
conversão.
- Expedições de reconhecimento e defesa

- Exploração do pau-brasil:
> monopólio real
> mão-de-obra indígena (escambo)
> instalação de feitorias

 A colonização necessária
- ameaça de invasões estrangeiras
(piratas holandeses, ingleses e
franceses ameaçavam o litoral)
Período Pré-Colonial
• Caracterização do período: desinteresse de Portugal em ocupar o Brasil
após a chegada de Cabral.
• Motivo do desinteresse: ausência de metais e pedras • preciosas no litoral e
comércio lucrativo de especiarias das Índias, estabelecido pelo Périplo
Africano.
• Entre 1500 e 1530, Portugal realizou no Brasil: expe• dições de
reconhecimento (Gonçalo Coelho), extração de pau-brasil e expedições
guarda-costas (Cristóvão Jacques) – estas com a finalidade de proteger o
litoral brasileiro contra as incursões de franceses que, não respeitando o
Tratado de Tordesilhas, extraíam pau-brasil.
Extração de pau-

brasil
Madeira usada para tingir tecidos
manufaturados na • Europa – valor
comercial
• Construção de feitorias para o
armazenamento da madeira até ser
embarcada para a Europa
• RAZÕES

- investidas estrangeiras

- decadência do comércio com Oriente

- economia portuguesa em péssimo


estado

- esperança de encontrar ouro no Brasil


• A primeira expedição colonizadora ocorreu em
1530, sob a chefia de Martim Afonso de Souza, que
veio para o Brasil com as seguintes atribuições:

- expulsar piratas das costas brasileiras

- organizar expedições em busca de ouro

- iniciar o povoamento da colônia

- criar organizações administrativas


- Sistema através do qual o território foi dividido
em faixas invendáveis e doadas a homens de
confiança do rei, denominados donatários, cujas
principais funções eram:
. Administrar as terras e protegê-las
. Exercer a justiça e cobrar impostos
. Fundar vilas
. Incentivar a produção de artigos lucrativos
. Distribuir grandes lotes de terras
chamados “sesmarias”, a outros
portugueses que quisessem vir para o
Brasil.
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
No geral, o sistema de Capitanias Hereditárias fracassou, em função da
grande distância da Metrópole, da falta de recursos e dos ataques de
indígenas e piratas. As capitanias de São Vicente e Pernambuco foram
as únicas que apresentaram resultados satisfatórios.
Criadas para viabilizar a
empresa açucareira e,
portanto, a colonização
do Brasil.

Território dividido em
15 faixas de terra

Donatários  administradores
(12 administradores)

Documentos: ● Carta de doação


Motivo da falência dos donatários:

• Ataques indígenas
•Índios não aceitavam ser escravizados
• Falta de dinheiro
• Falta de apoio do governo português
• Falência dos donatários antes da primeira colheita
• Descentralização política

Capitanias que deram certo: São Vicente e Pernambuco

● Devido à essa descentralização do poder, foi adotado o Governo Geral.



OS GOVERNOS GERAIS
 Após a tentativa fracassada de estabelecer as
Capitanias Hereditárias, a coroa portuguesa
estabeleceu no Brasil o Governo-Geral. Era uma
forma de centralizar e ter mais controle da
colônia.
• Também existiam as Câmaras Municipais que
eram órgãos políticos compostos pelos "homens-
bons". Estes eram os ricos proprietários que
definiam os rumos políticos das vilas e cidades.

A capital do Brasil neste período


foi Salvador.
GOVERNOS GERAIS
O Governador Geral executava, na colônia, as ordens do rei
de Portugal

CARGOS AUXILIARES:
• Provedor- mor (responsável pela cobrança de impostos)
• Capitão-mor (responsável pela defesa)
• Ouvidor-mor (responsável pela justiça)

• As Câmaras Municipais:
–Instâncias de poder local.
–Homens bons (proprietários de terras e escravos)
O AÇÚCAR E OS ENGENHOS
• A base da economia colonial era o engenho de açúcar. O senhor de
engenho era um fazendeiro proprietário da unidade de produção de
açúcar. Além do açúcar destacou-se também a produção de tabaco e
algodão.
 As plantações ocorriam no
sistema de plantation, ou seja,
eram grandes fazendas
produtoras de um único produto,
utilizando mão-de-obra escrava
e visando o comércio exterior.

 O Pacto Colonial imposto por


Portugal estabelecia que o
Brasil só podia fazer comércio
com a metrópole.
A SOCIEDADE AÇUCAREIRA
• A sociedade açucareira era patriarcal, pois o senhor de engenho
exercia um grande poder familiar, social e político. As mulheres tinham
poucos poderes e nenhuma participação política, deviam apenas
cuidar do lar e dos filhos. Era também imobilista e estratificada.
Símbolo de status e poder, a Casa-grande representava o domínio dos senhores de
engenho sobre a população local. É em quase toda a colônia, em torno da
grande propriedade rural, como a que você vê abaixo, que se desenvolve a vida
social. Os povoados e as vilas têm papel secundário, limitado a funções
administrativas e religiosas.

Igreja

Casa -grande

Engenho

Senzala
ESCRAVIDÃO
• A Vida do escravo
- Muito trabalho sem remuneração (coisificação)
- Castigos físicos e tratamento desumano
- Preconceito
- Fugas, revoltas e formação dos quilombos
- Quilombo dos Palmares – líder Zumbi
GALERIA - Cenas do cotidiano:
Pau para andar na linha, um pedaço de pano para se vestir e um pedaço de pão para
sobreviver.
Do escravo, a sociedade branca esperava fidelidade, obediência e humildade: "Essas
três qualidades especiais conformam a personalidade do bom escravo".
(Kátia Matoso, 1982).

Pode-se imaginar o tamanho do desespero, da depressão e da insegurança que acometiam muitos escravos.
Os que sobreviviam precisavam se adaptar às duras condições de trabalho, às longas jornadas, à
alimentação precária, aos maus tratos e castigos. Essas eram as condições objetivas em que viviam. As
regras básicas de sobrevivência implicavam trabalhar e obedecer. Não necessariamente sem resistência.
(Guillen/Couceiro, adaptado)
► União Ibérica (1580-1640) : período
em que Portugal foi administrado
Invasões
pelo rei da Espanha...
Holandesas
► Por determinação do novo rei,
rompe-se a parceria luso-
flamenga.
► Os holandeses invadem a Bahia -
1621 (1 ano) e, depois,
Pernambuco - 1630 (8 anos) =
“Nova Holanda”
► Administrador: Maurício de
Nassau
► Tolerância religiosa, empréstimos aos latifundiários,
estudiosos e artistas de renome na Europa vieram ao
Brasil, investimentos em infra-estrutura (urbanização de
Recife, pontes, jardins, palácios etc)
► A expulsão dos holandeses (Insurreição Pernambucana)
AS MISSÕES
As missões jesuíticas na América, também chamadas de reduções,
foram os aldeamentos indígenas organizados e administrados pelos
padres jesuítas. O objetivo principal das missões jesuíticas foi o de
evangelizar e catequizar os nativos.
BANDEIRISMO
As bandeiras eram expedições particulares que partiam de São Paulo durante os
séculos XVI, XVII e XVIII. Geralmente ultrapassavam a linha do Meridiano de
Tordesilhas o que contribuiu para aumentar consideravelmente território
o brasileiro. Utilizavam os rios Tietê, Paraná, São
Francisco e os meridionais do Amazonas. afluentes

De apresamento: captura de índios

De prospecção: busca de metais preciosos

Sertanismo de contrato: captura de escravos


fugitivos

Monções: bandeirismo de comércio por vias


fluviais

Ex: Borba Gato, Raposo Tavares, Fernão


Dias, Domingos Jorge Velho.
EXPANSÃO E
FRONTEIRAS
O Tratado de Tordesilhas, na realidade, nunca foi respeitado. A situação se
agravou com a União Ibérica.

A cobiça dos portugueses pela área do Prata é comprovada pela fundação da


Colônia do Sacramento em 1680, defronte a Buenos Aires, centro da disputa
entre espanhóis e portugueses.

O contrabando, facilitado pela presença da Colônia do Sacramento provocou


intensos choques entre portugueses e espanhóis, levando-os a assinarem
diversos tratados a respeito da região.
TRATADOS E FRONTEIRAS
•Primeiro Tratado de Utrecht (1713) Firmado entre Portugal e a França para
estabelecer os limites entre os dois paises na costa norte do Brasil. Defendia a
posição brasileira na questão do Amapá.

•Segundo Tratado de Utrecht (1715) Firmado entre Portugal e a Espanha,


garantindo a posse da Colônia de Sacramento para Portugal.
TRATADOS E FRONTEIRAS
•Tratado de Madri (1750) Estabeleceu os limites respeitando o princípio do uti
posseditis e abandonando inteiramente a "linha de Tordesilhas". A Colônia de
Sacramento passaria para o domínio da Espanha e o Brasil teria a posse da região
de Sete Povos das Missões.

Os padres jesuítas espanhóis,


juntamente com os comerciantes
da região não se conformaram
com as decisões do Tratado de
passar a região dos Sete Povos
das Missões para o domínio
português: instigaram os índios a
uma luta, ocasionando a "Guerra
Guaranítica”.
TRATADOS E FRONTEIRAS
•Tratado de Santo Ildefonso (1777) Seguiu em linhas gerais os limites
estabelecidos pelo Tratado de Madri, embora com prejuizo para Portugal no
extremo sul do Brasil.
MINERAÇÃO
A descoberta de ouro nos séculos XVII e XVIII vai provocar uma
profunda mudança na estrutura do Brasil colonial.

Para administrar a região mineradora foi


criada, em 1702, a Intendência das Minas,
órgão responsável pela fiscalização e
exploração das minas. Realizava a
distribuição de datas-lotes a serem
explorados, e pela cobrança do quinto ( 20%
do ouro encontrado).

Em1720, foram criadas as Casas de


Fundição- transformavam o ouro bruto ( pó
ou pepita ) em barras já quintadas.

Quando ocorre o esgotamento da


exploração aurífera, o governo português
fixa uma nova forma de arrecadar o quinto:
100 arrobas anuais de ouro por município.
CONSEQUÊNCIAS DA
MINERAÇÃO
A mineração mudou o eixo econômico da vida colonial -do litoral nordestino para a
região Centro-Sul; incentivou o comércio interno, garantindo a interligação da
região das minas com outras regiões do Brasil.
Houve também um grande aumento populacional na região das minas.
A sociedade passa a ter um caráter urbano
e multiplica-se o número de comerciantes,
intelectuais, pequenos proprietários,
funcionários públicos, artesãos. A sociedade
mineradora passa a apresentar uma certa
flexibilidade e mobilidade.
► Lavras Mineração ► Faisqueir

as
Fixas ► Itinerantes
(nas (nos rios)
datas)
► Livre
► Escra
vo
► Téc.
Rudimentares
► Técnica (batéia)
s
sofisticada
s ► Ouro de
► Ouro de aluvião
mina
A Arte Barroca no Brasil A cultura colonial baseou-
O estilo barroco chegou ao Brasil pelas mãos dos se nos princípios
colonizadores, sobretudo portugueses. Seu universais do
desenvolvimento pleno se deu no século XVIII,
cem anos cristianismo.
após o surgimento do Barroco na Europa, estendendo-se
até as duas primeiras décadas do século XIX.
As primeiras manifestações do espírito barroco foram
presenciadas não só em fachadas e frontões, mas
também, principalmente, na decoração de
algumas
igrejas em meados do século XVII. A talha barroca
dourada em ouro, de estilo português, espalhou-se pelas
regiões do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco.
Com a perda da força econômica e política, iniciou-se um
período de certa estagnação no nordeste, com exceção
de Pernambuco que conheceu o estilo rococó na
segunda metade do século. O foco então voltou-se para
o Rio de Janeiro, transformada em capital da Colônia em
1763, e a região de Minas Gerais, desenvolvida às
custas da descoberta de minas de ouro (1695) e
diamante (1730). Não por acaso, dois dos maiores
artistas barrocos brasileiros trabalharam exatamente
neste período: Mestre Valentim (1745-1813), no Rio de
Janeiro e o Aleijadinho, em Ouro Preto e adjacências.
E foi na suavidade do estilo rococó mineiro (a partir de
1760) que encontrou-se a expressão mais original do
Barroco Brasileiro. “Crucificação de Cristo – Obra
de Aleijadinho- Século XVIII”
Consequências da Mineração
(Resumo)
► Corrida para a região das minas ► Aumentou o
(rush) fiscalismo
português: Casa de
► Crise de desabastecimento Fundição,
Intendência das
► Urbanização e fixação do homem Minas, Quinto,
no interior Derrama,
Capitação...

► Deslocamento do eixo econômico


do nordeste para o sudeste

► Maior mobilidade ►
Barroco social
O GADO E O TROPEIRISMO
Nos séculos XVII e XVIII, os tropeiros eram partes da vida da zona rural e cidades
pequenas dentro do sul do Brasil.

Os tropeiros conduziam o gado e levaram


mercadorias para serem comercializadas
na feira de Sorocaba. De São Paulo
seguiam para os estados de Minas Gerais,
Goiás e Mato Grosso.

Em direção às minas, o transporte feito no


lombo de animais foi fundamental devido aos
acidentes geográficos da região, que
dificultavam o transporte. O tropeiro passou a
ser o principal abastecedor do mercado das
Minas Gerais.
Rebeliões Nativistas

Contestavam aspectos específicos do Pacto Colonial, não


propriamente falando em independência, possuindo
caráter regionalista.
Revolta de Beckman (Maranhão -
1648)
Latifundiários do Maranhão revoltaram-se porque
faltavam escravos e os jesuítas condenavam a
escravidão indígena.

O governo português criou a Companhia de


Comércio do Maranhão para controlar o comércio na
região.
Chefiados por Manuel e Tomas Beckman, os colonos
se rebelaram, expulsando os jesuítas do Maranhão,
abolindo o monopólio da Companhia e constituindo
um novo governo, que durou quase um ano

Com a intervenção da Coroa Portuguesa, foi


nomeado um novo governador para a região que
puniu os revoltosos com a condenação à prisão ou
ao exílio. Manuel Beckman e Jorge Sampaio foram
condenados à morte.
Pelo fato de terem sido os primeiros a descobrir, os
paulistas queriam ter mais direitos e benefícios sobre o ouro
que haviam encontrado.

Entretanto, os forasteiros, chamados emboabas, formaram


suas próprias comunidades, dentro da região de exploração
aurífera. Formaram-se asiim, dois grupos rivais. Os
paulistas eram chefiados pelo bandeirante Manuel de Borba
Gato e o líder dos emboabas era o português Manuel
Nunes Viana.

Entre as lutas mais intensas, o combate desenvolvido no


Capão da Traição ficou conhecido pela morte de 300
paulistas pela mão dos emboabas. No ano de 1709, a Coroa
Portuguesa determinou a imediata separação territorial das
capitanias de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Ao
fim da guerra, os bandeirantes buscaram outras jazidas nas
regiões de Mato Grosso e Goiás
Guerra dos Mascates (1710-1714)
Conflito ocorrido em Pernambuco, resultado do choque entre a aristocracia rural de
Olinda e os comerciantes ("Mascates") de Recife.

A principal causa do confronto foi a decadência da lavoura açucareira devido a


concorrência antilhana que levou os senhores de engenho de Olinda a endividar-se
com os comerciantes de Recife.

q
A elevação de Recife a categoria de vila pelo rei de Portugal no final de 1709, por
pressão dos "mascates" separando-a de Olinda precipitou a guerra.

Os senhores de engenho de Olinda, liderados por Bernardo Vieira de Melo,


invadiram Recife em 1710, derrubando o pelourinho (símbolo de autonomia
administrativa) e obrigando o governador a fugir para a Bahia.

Logo em seguida, os recifenses conseguiram retomar o controle de sua cidade em


uma reação militar apoiada por autoridades políticas de outras capitanias.

Em 1711, Félix José de Mendonça foi nomeado


governador da província com a missão de pacificar o
conflito.

O novo governador apoiou os mascates portugueses e


estipulou a prisão de todos os latifundiários olindenses
envolvidos com a guerra. Determinou também a
administração semestral para cada uma das cidades
garantindo autonomia política de Recife.
Revolta de Felipe dos Santos
(1720)

O principal motivo dessa revolta foi a instalação, pelo governo português, das
Casas de Fundição para controlar a cobrança do quinto.

Os mineiros, chefiados por Filipe dos Santos, revoltaram-se, exigindo que o


governo português acabasse com as Casas de Fundição e diminuísse o valor dos
impostos cobrados.

A revolta foi denunciada ao governo de


Minas Gerais, que mandou prender Filipe
dos Santos. Condenando à morte, ele foi
enforcado e esquartejado em praça
pública, em Vila Rica.
Era pombalina - Marquês de
Pombal
 reconstruiu Lisboa após o terremoto de 1755 ; criou diversas companhias de
comércio.
garantiu o controle da Amazônia ; criou o Banco Real , organizou a arrecadação de
impostos (estabeleceu a derrama)

organizou alfândegas, tribunais e outras instituições do Estado ;


procurou reaquecer a lavoura açucareira do nordeste .

tentou diminuir a dependência econômica de Portugal


com a Inglaterra; expulsou os jesuítas de Portugal e suas
colônias, confiscando seus bens (Terror Pombalino)

mudou a capital pro RJ; incentivou manufaturas na


colônia
Inconfidência Mineira (1789)
O grupo composto pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por
Tiradentes, pelos poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, pelo
dono de mina Inácio de Alvarenga e pelo padre Rolim, entre outros representantes
da elite mineira decidiu lutar contra os abusivos impostos cobrados pela Coroa
portuguesa na região de Minas Gerais.

Influenciados pelos ideais iluministas e pela


Guerra de Independência dos Estados Unidos, o
objetivo do grupo era conquistar a liberdade
definitiva e implantar o sistema de governo
republicano em nosso país.

Sobre a questão da escravidão, o grupo não


possuía uma posição definida. Estes
inconfidentes chegaram a definir até mesmo uma
nova bandeira para o Brasil. Ela seria composta
por um triangulo vermelho num fundo branco,
com a inscrição em latim : Libertas Quae Sera
Tamen (Liberdade ainda que Tardia).
Através da delação de Joaquim Silvério dos Reis, que entregou seus
companheiros em troca do perdão de suas dívidas, várias pessoas foram presas
pelas autoridades de Portugal.
O governador da província, Visconde de
Barbacena iniciou o processo da devassa. Num
primeiro momento, onze foram os condenados à
morte pela forca, os outros eram condenados ao
degredo perpétuo na África.

Ao fim da devassa,
somente Tiradentes foi
condenado a morte: foi
enforcado na cidade do
Rio de Janeiro no dia 21
de abril de 1792. Logo
depois foi esquartejado,
e seus quartos foram
espalhados pela estrada
real, sendo a cabeça
exposta na praça central
de Vila Rica
Conjuração Baiana – Revolta dos
Alfaiates (1798)
Foi um movimento separatista que contou com a participação de sapateiros,
alfaiates, bordadores, ex-escravos e escravos. Em alguns momentos, teve o
apoio de padres, médicos e advogados.

A transferência da capital para o Rio de Janeiro, em 1763 fez com que


privilégios fossem retirados de Salvador e os recursos destinados à cidade
foram reduzidos. O aumento de impostos prejudicou sensivelmente as
condições de vida da população local.

O movimento foi fortemente influenciados pelos ideais iluministas propagados


pela Revolução francesa, pela luta de independência do Haiti e dos Estados
Unidos e pela maçonaria. Formou-se então a sociedade secrete “Cavaleiros da
Luz”.

Alguns dos participantes do movimento distribuíam


panfletos convocando a população a se posicionar contra
o domínio de Portugal. Passaram a difundir propostas e
ideais radicais entre os regimentos de soldados e a
população em geral.
O médico Cipriano Barata foi um ativo
propagandista do movimento, atuando
principalmente entre a população mais
humilde e junto aos escravos. Desse modo,
a Conjuração baiana foi assumindo feições
revolucionárias, tendo em vista a defesa
dos interesses das camadas sociais mais
pobres, dos humildes e dos escravos.

Os membros da elite que estavam


envolvidos no movimento foram
condenados a penas mais leves ou
tiveram suas acusações retiradas.
Em contrapartida, os populares que
encabeçaram o movimento
conspiratório foram presos,
torturados e, ainda outros, mortos
Cipriano Barata e esquartejados.
A vinda da Família Real para o Brasil
Paisagem e temporalidade social

Fotos do Largo da Carioca


Largo da Carioca 1608
Largo da Carioca 1650
Largo da Carioca 1723
Largo da Carioca 1824
Largo da Carioca 1910
Largo da Carioca 1955
Largo da Carioca 1999
Influência portuguesa
Dentre os diversos povos que formaram o Brasil, foram os europeus aqueles que
exerceram maior influência na formação da cultura brasileira, principalmente os
de origem portuguesa. Durante 322 anos o País foi colônia de Portugal, e houve
uma transplantação da cultura da metrópole para as terras sul-americanas. Os
colonos portugueses chegaram em maior número à colônia à partir do século
XVIII, sendo que já neste século o Brasil era um país católico e de língua
dominante portuguesa.
Influência indígena
As primeiras décadas de colonização possibilitaram uma rica fusão entre a
cultura dos europeus e a dos indígenas, dando margem à formação de
elementos como a língua geral, que influenciou o português falado no Brasil e
diversos aspectos da cultura indígena herdadas pela atual civilização brasileira.
Além da dizimação dos povos autóctones, houve a ação da catequese e a
intensa miscigenação, o que contribuiu para que muitos desses aspectos
culturais fossem perdidos. A influência indígena se faz mais forte em certas
regiões do país, em que esses grupos conseguiram se manter mais distantes da
ação colonizadora e em zonas povoadas recentemente, principalmente em
porções da região norte do Brasil.
Influência africana
A cultura africana chegou através dos povos escravizados trazidos para o Brasil em
um longo período que durou de 1550 à 1850. A diversidade cultural da África
refletiu na diversidade trazida pelos escravos, sendo eles pertencentes à
diversas etnias, falando idiomas diferentes e de tradições distintas. Assim como
a indígena, a cultura africana fora subjugada pelos colonizadores, sendo os
escravos batizados antes de chegarem ao Brasil. Na colônia, aprendiam o
português e eram batizados com nomes portugueses e obrigados a se converter
ao catolicismo. Alguns grupos, como os escravos das etnias hauçá e nagô, de
religião islâmica, já traziam uma herança cultural e sabiam escrever em árabe, e
outros, como os bantos, eram monoteístas. Através do sincretismo religioso, os
escravos adoravam seus orixás através de santos católicos, dando origem à
religiões afro-brasileiras como o candomblé.
Os negros legaram para a cultura brasileira uma enormidade de elementos na
dança, música, religião, cozinha e no idioma. Essa influência se faz notar em
praticamente todo o país, embora em certas porções (nomeadamente em
estados do nordeste como Bahia e Maranhão) a cultura afro-brasileira é mais
presente.
Filmes, séries e
vídeos

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