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HISTÓRIA

HISTÓRIA GLOBAL
Gilberto Cotrim – 2ª série do Ensino Médio
1º Bimestre – Trabalho e sociedade

NESSA UNIDADE:

• Mercantilismo e colonização
• Estado e religião
• Sociedade açucareira
• Escravidão e resistência
• Holandeses no Brasil
• Expansão territorial
• Sociedade mineradora

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CAPÍTULO 1 – MERCANTILISMO E COLONIZAÇÃO

Mercantilismo – metalismo;
balança comercial favorável;

Selma Caparroz
protecionismo e monopólio
Colonialismo – metrópoles (países
europeus) controlavam colônias
(territórios dominados) para
garantir vantagens econômicas
exclusivas
Sistema de exploração colonial –
economia da colônia era organizada
em função dos interesses da
Fonte: McEVEDY, Colin. Atlas da história moderna. São Paulo:
metrópole; metrópole impunha o Verbo/Edusp, 1979. p. 53.
direito exclusivo de fazer comércio
com a colônia

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CAPÍTULO 1 – MERCANTILISMO E COLONIZAÇÃO

Newberry, Chicago, Eua.


Sebastião Lopes. Carta Do Brasil C. 1565/Biblioteca
Reconhecimento das terras (1500-1530) – maior interesse pelo
comércio com as Índias; expedições portuguesas: Gaspar de Lemos,
Gonçalo Coelho e Cristóvão Jacques
Exploração do pau-brasil – primeira riqueza explorada; monopólio da
coroa portuguesa; escambo com indígenas; feitorias
Colonização – expedição de Martim Afonso de Souza (ocupar terra,
combater corsários, procurar metais preciosos e conhecer melhor
geografia do litoral);
• empresa açucareira (engenhos em partes do litoral);
• monopólio comercial português;
• escravidão indígena;
• guerras justas

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CAPÍTULO 2 – ESTADO E RELIGIÃO

Capitanias hereditárias – principais documentos: carta de

Sidnei Moura
doação e carta foral; lucro apenas em Pernambuco e São
Vicente
Governo geral – funcionário do governo português nomeado
com o objetivo de ajudar os donatários e interferir no processo
de colonização;
• primeira capital: Salvador;
• Câmaras municipais: administração local;
• Jesuítas: catequese indígena e escolas

Fonte: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de et al. Atlas histórico


escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: MEC/Fename, 1986. p. 14.

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CAPÍTULO 2 – ESTADO E RELIGIÃO

Centralização política - adotada quando a metrópole queria fiscalizar e controlar melhor a colônia

Descentralização política - adotada quando a metrópole pretendia ocupar regiões, impulsionar desenvolvimento
local e adaptar governo às necessidades dos colonos.
Padroado – estabelecia série de direitos e deveres: expandir catolicismo, construir Igrejas e remunerar sacerdotes;
nomear bispos e recolher dízimo
Inquisição no Brasil –

• inibir práticas religiosas que não fossem católicas;


• controlar o comportamento e moral dos colonos;

• perseguição aos cristãos-novos e pessoas acusadas de feitiçaria, blasfêmia e práticas sexuais proibidas.

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CAPÍTULO 3 – SOCIEDADE AÇUCAREIRA

Açúcar – condições naturais favoráveis (clima e solo do

Frans Post. Engenho. Século Xvii/Palácio Do Itamaraty –


Ministério Das Relações Exteriores, Brasília
nordeste) e portugueses já dominavam a produção do açúcar
(Ilha da Madeira e Açores); holandeses refinavam e vendiam o
açúcar
Engenho – estabelecimento onde se produzia o açúcar
(latifúndio exportador)
Senhores de engenho – proprietários do engenho, com
autoridade em territórios vizinhos
Mão de obra – escravos; trabalhadores livres (comerciante,
pescador, ferreiro, carpinteiro, mestre de açúcar, purgador,
agregados, padres, funcionários da rei e profissionais liberais)
Construções dentro do Engenho – casa-grande; senzala; casa do Engenho (detalhe), pintura criada pelo artista holandês Frans
engenho; casa de purgar; galpões; capela Post (1612-1680), que representou diversas paisagens
brasileiras.

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CAPÍTULO 3 – SOCIEDADE AÇUCAREIRA

Jean-baptiste Debret. Carro De Boi Transportando


Carne. 1822/Museus Castro Maya, Rio De Janeiro
Mercado interno na colônia – pecuária (Piauí,
Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio
Grande do Sul); cultivo de mandioca, milho, feijão e
arroz; utilização do boi como força motriz e meio de
transporte
Motivos para o predomínio da escravidão africana
• barreira cultural (homens indígenas não estavam
adaptados ao trabalho na lavoura);
• epidemias (doenças europeias dizimavam os
indígenas);
• domínio de certas técnicas pelos povos da África;
• setores da Igreja e da Coroa se opunham à escravidão
indígena; Carro de boi transportando carne, Debret (1822).

• escravidão africana gerou altos lucros com o tráfico


negreiro (lucros ficavam na metrópole)

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CAPÍTULO 4 – ESCRAVIDÃO E RESISTÊNCIA

Mary Evans/Diomedia
Tráfico negreiro – portugueses dominaram
várias regiões do litoral da África,
estabelecendo alianças com comerciantes
e soberanos locais; comércio triangular a
partir do século XVI
Impactos do comércio de escravos –
milhões de africanos foram escravizados,
retirados à força da África e parte da
população morreu, atingida por epidemias;
comércio de escravos desorganizou
sociedades africanas, afetou produção,
corrompeu tradições, partiu linhagens e Antes de serem embarcados nos navios negreiros, os africanos escravizados eram
mantidos em barracões, como se vê nessa gravura anônima do século XIX.
famílias, disseminou insegurança e medo

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CAPÍTULO 4 – ESCRAVIDÃO E RESISTÊNCIA

TRÁFICO NEGREIRO NO BRASIL

• Século XVI: primeiras capitanias que receberam escravos africanos foram Bahia e Pernambuco;

• Século XVII: tráfico negreiro era atividade mais lucrativa para portugueses;

• Século XVIII: descoberta do ouro e diversidade na produção aumentaram demanda por mão de obra;

• Século XIX: intensidade aumentou com lavoura de café

Viagem nos navios negreiros – africanos eram aprisionados, acorrentados, marcados com ferro e levados ao litoral da
África, onde embarcavam nos navios negreiros (tumbeiros) para a América; viagem em péssimas condições: porões
escuros, calor, pouca ventilação, água suja, alimento insuficiente, maus-tratos e doenças; 5 a 25% dos africanos
morriam durante a viagem

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CAPÍTULO 4 – ESCRAVIDÃO E RESISTÊNCIA

Diversidade cultural dos povos escravizados –

Sidnei Moura
principais grupos africanos trazidos para o Brasil:
bantos e sudaneses

Escravos africanos no Brasil – leiloados no porto,


para desempenhar diversas atividades; eram
diferenciados pelos colonos de acordo com a
atividade que desempenhavam, origem cultural e
linguística: escravos de ganho; escravos do eito;
escravos domésticos; boçal e ladino

Fonte: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de et al. Atlas histórico


escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: MEC/Fename, 1986. p. 36.

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CAPÍTULO 4 – ESCRAVIDÃO E RESISTÊNCIA

Diversas formas de resistência à escravidão


• violência contra si mesmo;
• fugas individuais e coletivas (quilombo);
• confrontação, boicote e sabotagem;
• negociações
Resistência quilombola: quilombo dos Palmares – mais importante quilombo da história brasileira; ocupou a atual
região de Alagoas; resistiu por 65 anos (1629-1694); lideranças de Zumba e Zumbi se destacaram; bandeirante
Domingos Jorge Velho liderou expedições que massacraram a comunidade; 1695: Zumbi foi preso e morto, dando
origem a atual data comemorativa de 20 de novembro – Consciência Negra (luta contínua dos movimentos negros por
conquistas sociais)

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CAPÍTULO 5 – HOLANDESES NO BRASIL

União Ibérica (1580-1640) – fim da dinastia de Avis,

Frans Post. Forte Ceulen No Rio Grande. Século XVII.


Museu Do Louvre, Paris, França
em Portugal, levou rei espanhol a assumir o trono
português
Consequências – autonomia portuguesa na
administração das colônias; flexibilização das
fronteiras e visitas da Inquisição ao Brasil; embargo
espanhol (proibição de comércio com os
holandeses) foi aplicado para colônias portuguesas,
prejudicando comércio de açúcar entre portugueses
e holandeses; invasão holandesa na região nordeste
(Companhia das Índias Ocidentais)
Frans Post viveu no nordeste brasileiro entre 1637 e 1644. Em sua pintura Forte
Primeira invasão holandesa – 1624, Bahia Ceulen, ele representa o primeiro contato entre holandeses e indígenas tapuias. Ao
fundo da imagem, pode-se observar o Forte Reis Magos, em Natal (RN). Esse forte é,
Segunda invasão holandesa – 1630, Pernambuco atualmente, Patrimônio Histórico Nacional registrado pelo Iphan.

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CAPÍTULO 5 – HOLANDESES NO BRASIL

Victor Meireles. Batalha De Guararapes. 1879.


Governo de Nassau (1637-1644) – objetivo de
pacificar e retomar a produção de açúcar
Características do governo de Nassau
• Reativação econômica
• Tolerância religiosa
• Reforma urbanística
• Estímulo à vida cultural
Expulsão dos holandeses – Nassau foi retirado do
cargo e as mudanças no governo holandês causaram
insatisfações entre os senhores de engenho; fim da Batalha dos Guararapes (1879) detalhe, Victor Meirelles.
União Ibérica com início da dinastia de Bragança em
Portugal; Insurreição Pernambucana (1645-54)

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CAPÍTULO 5 – HOLANDESES NO BRASIL

Portugal após a União Ibérica – grave crise econômica em função da perda de colônias, gastos militares e queda do
preço do açúcar no mercado internacional
Tratados com Inglaterra – Portugal recebia proteção político-militar; comerciantes portugueses compravam produtos
ingleses em troca de vantagens;

Tratado de Methuen (1703) – Portugal comprava tecidos da Inglaterra e vendia vinho para os ingleses

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CAPÍTULO 6 – EXPANSÃO TERRITORIAL

Povoamento – povoamento litorâneo; a partir do século XVII,


ações que levaram a interiorização do povoamento: exploradores

Sidnei Moura
em expedições militares; bandeirantes; jesuítas; criadores de
gado
Bandeirismo – expedições patrocinadas por particulares,
compostas por brancos, mestiços e indígenas, partindo de São
Paulo, com o objetivo de:
• Apresamento
• Sertanismo de contrato
• Prospecção

Fonte: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de et al. Atlas histórico


escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: MEC/Fename, 1986. p. 22.

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CAPÍTULO 6 – EXPANSÃO TERRITORIAL

Jesuítas – aldeamentos ou missões com o objetivo de promover a catequese indígena; impunham doutrina católica,
língua portuguesa e aspectos da cultura europeia; missões do Norte: exploração das drogas do sertão; missões eram
principal alvo das bandeiras de apresamento
Pecuária Nordestina – primeiras criações de gado; carne seca; expansão da pecuário para interior levou a conflito
com indígenas
Pecuária Sulina – atividade mais importante da região; estâncias eram as propriedades rurais dedicadas à criação
de gado, com o emprego do trabalho de capatazes e peões; produção do couro e, no século XVIII, a produção do
charque

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CAPÍTULO 6 – EXPANSÃO TERRITORIAL

Tratados e fronteiras – renegociações para fixar novas fronteiras


coloniais na América

Sidnei Moura
• Tratados de Utrecht (1713 e 1715)
• Tratado de Madri (1750)
• Tratado de Santo Ildefonso (1777)
• Tratado de Badajós (1801)

Fonte: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de et al. Atlas histórico


escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: MEC/Fename, 1986. p. 26.

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CAPÍTULO 7 – SOCIEDADE MINERADORA

Ocupação do sertão

Sidnei Moura
• descoberta do ouro atraiu inúmeras pessoas para a região
das minas;
• além da população colonial, houve emigração portuguesa;
• várias vilas foram fundadas;
• Guerra dos Emboabas
Administração das minas – Coroa concedia datas aos
mineradores para exploração do ouro; principal mão de obra era
escrava; Intendência das Minas (distribuição de datas,
fiscalização, julgamento e cobrança de impostos – quinto); Casas
de fundição (diminuir o contrabando, ouro fundido em barras
com selo real); Revolta de Vila Rica; Intendência dos diamantes

Fonte: ALBUQUERQUE, Manoel Maurício de et al. Atlas histórico


escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: MEC/ Fename, 1986. p. 32.

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CAPÍTULO 7 – SOCIEDADE MINERADORA

Andre Dib/Pulsar Imagens


Sociedade do ouro – núcleos urbanos; sociedade com
trabalhos livres (comerciantes, mineradores, carpinteiros,
quiteturas, ferreiros, militares, padres, funcionários da
Coroa, advogados e outros profissionais liberais) e
escravos;
Crise – esgotamento das reservas e aumento dos impostos
cobrados por Portugal (cota mínima annual e derrama)
Consequências da exploração do ouro – desenvolvimento
das artes (Barroco), expansão territorial e populacional,
mudança da capital (Rio de Janeiro) e revoltas coloniais

Fachada da Igreja de São Francisco, em Ouro Preto (MG). Construída no


século XVIII, com projeto arquitetônico e diversos elementos
ornamentais criados por Aleijadinho. Fotografia de 2015.

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