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História Enem: A causa principal do fracasso inicial das Capitanias Hereditárias foi a

reduzida participação da Coroa na colonização do Brasil entre 1534 e 1548.

Charge abordando a importâ ncia do Governo Geral na missã o de colonizar o Brasil.


O contexto era de grave crise econô mica. A Coroa limitava-se a doar terras e cobrar
impostos. Faltavam investimentos, infraestrutura e segurança em um sistema
administrativo descentralizado, ficando os donatá rios e colonos isolados da metró pole e
do mercado europeu.

O Brasil ainda sofria com a forte presença francesa, o que levou a Coroa a ampliar sua
participaçã o na colonizaçã o do territó rio para nã o perder a posse sobre o mesmo.
Contudo, o sistema de Capitanias Hereditá rias foi preservado, sendo complementado com
a criaçã o em 1548 do Governo Geral e das Câ maras Municipais. Vamos ver como
funcionavam essas instituiçõ es!

O Governo Geral

 O Governo Geral passou a centralizar a administraçã o colonial, reduzindo a autoridade e a


responsabilidade dos donatá rios, agora amparados pela metró pole. O Governador Geral
chefiava o governo, mas contava com o auxílio de três autoridades:

 Provedor-Mor: responsá vel pelas finanças (arrecadaçã o de impostos, contas do


governo etc);
 Ouvidor-Mor: responsá vel pela justiça;
 Capitão-Mor: responsá vel pela segurança (apoio a donatá rios e colonos no
combate a índios e franceses).

Primeiros e principais Governadores Gerais

 Tomé de Souza (1549-1553)

 Fundaçã o da primeira capital do Brasil (Salvador) para instalaçã o do Governo-


Geral;
 Criaçã o do cargo de Primeiro-Bispo do Brasil (chefe do catolicismo na colô nia),
ocupado inicialmente pelo Bispo Dom Pero Fernandez Sardinha;
 Vinda dos primeiros padres jesuítas (Companhia de Jesus ou Ordem dos Jesuítas),
liderados pelo Padre Manoel da Nó brega e encarregados da catequese indígena e
da educaçã o colonial.
Duarte da Costa (1553-1557)

 Segunda leva de padres jesuítas sob a chefia do Padre José de Anchieta, o


“Apóstolo do Brasil”, canonizado em 2014 pelo Papa Francisco, primeiro jesuíta a
chegar ao pontificado;
 Fundaçã o do “Colégio de São Paulo” pelos padres jesuítas Manoel da Nó brega e
José de Anchieta: o colégio, fundado em 25 de janeiro de 1554, deu origem à atual
cidade de Sã o Paulo;
 Conflito entre o Governador Geral, defensor da escravidã o indígena, e o Primeiro
Bispo, defensor da catequese: chamado a Portugal, o Bispo Sardinha naufragou no
litoral de Alagoas, onde foi devorado pelos índios caetés em um ritual
antropofá gico;
 Confederação dos Tamoios: maior revolta indígena contra a escravidã o e a
ocupaçã o territorial promovida pelos portugueses;
 Início da invasã o francesa à Baía da Guanabara (1555-1567).

1ª Invasão Francesa (1555-1567)

 Invasores: huguenotes (calvinistas franceses);


 Causas da invasã o: perseguiçã o político-religiosa da maioria cató lica; expansã o
mercantil apoiada pelo rei francês;
 Líder da invasã o: Villegaignon;
 Colô nia fundada na Baía da Guanabara: “França Antá rtica”;
 Aliados militares: índios tamoios.

Mem de Sá (1557-1572)

 Pacificação da Confederação dos Tamoios: apó s grande massacre aos tamoios,


Mem de Sá se aproxima da Igreja, estabelecendo uma parceria com os padres
jesuítas Manoel da Nó brega e José de Anchieta, ameaçados com a presença
calvinista na colô nia. Anchieta e Nó brega promoveram a Paz de Iperoig, onde os
tamoios desfazem a aliança com os franceses.
 Expulsão dos franceses: Estácio de Sá, sobrinho do Governador Geral, foi
nomeado donatá rio da recém criada Capitania do Rio de Janeiro, onde fundou a
atual cidade do Rio de Janeiro, que serviu de base militar para a expulsã o dos
franceses do Brasil.

Câmaras Municipais (1549)

 As câ maras municipais funcionavam como ramificaçõ es do Governo Geral em toda a


colô nia. Seus vereadores eram eleitos pelo voto censitá rio, ou seja, pelas elites agrá rias
locais, os “senhores de engenho”, chamados de “homens bons”. Cada “vila” (como era
chamado o município no Período Colonial) elegia de 3 a 5 vereadores, tendo todos eles,
além das funçõ es legislativas, funçõ es judiciá rias e executivas específicas.

Duas das funçõ es primordiais das câmaras municipais eram a cobrança de impostos e o
repasse de parte da tributaçã o ao Governo Geral, representante da metró pole. O curioso
era que aqueles que cobravam e repassavam à metró pole os impostos, ou seja, os
vereadores, eram os mesmos que pagavam tal tributaçã o: os senhores de engenho.

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