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ANOTAÇÕES PARA O CONCURSO DE CAMPINA GRANDE (19-12):

ITENS PARA ESTUDAR:


- A Didática como prática educativa; didática e democratização do ensino; O
processo de ensino e aprendizagem: objetivos, planejamento, métodos e
avaliação: Abordagens de acordo com as tendências pedagógicas.
A construção do conhecimento e a avaliação. Concepção de Linguagem:
Linguagem como Expressão do Pensamento. Linguagem como Meio de
Comunicação. Linguagem como Processo de Interação: Dialogismo,
Enunciado/Enunciação.
4) Epilinguismo - Metalinguismo. Fenômenos Constitutivos da Linguagem.
Texto/Discurso. Gêneros do Discurso. Leitura/Compreensão e Produção Textual.
Linguística. Autoria. Conhecimentos de Literatura. Gramática. Implicações na
Prática Pedagógica.
FIGURAS DE LINGUAGEM
Educação inclusiva: marcos legais nacionais. Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Brasileira (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996). Projeto Político
Pedagógico. Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069, de 13 de
julho de 1990). Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003 e Lei nº 11.645, de 10 de
março de 2008. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Lei nº 14.113/2020
(FUNDEB). Plano Nacional de Educação – PNE, Lei nº 13.005 de 25 de junho de
2014. Constituição Federal de 5 de outubro de 1988 (arts. 205 a 214) .
- Semântica: sinonímia, antonímia, homonímia, paronímia; Polissemia
(denotação e conotação); Morfologia:
-ESTATUTO DO SERVIDOR (LEI MUNICIPAL 23.78, DE 7 DE JANEIRO DE 1992).
- História de Campina Grande
HISTÓRIA GERAL DE CAMPINA GRANDE:
(Jaula Cursos):

https://tutameia.jor.br/e-preciso-formar-uma-comissao-de-salvacao-da-memoria-
brasileira-alerta-historiador/
https://www.youtube.com/watch?v=HaMSewAOD8U

- Campina foi fundada em 1 de dezembro de 1697, sendo elevada à categoria de


cidade em 11 de outubro de 1864.
- O tropeiro, o indígena e a catadora de algodão.
- 1530: Início, de fato, da administração portuguesa no Brasil; em 1532, há a
expedição de Martim Afonso de Souza; com o início da gestão administrativa do
Brasil surge a preocupação com a ocupação do território como um todo e,
também, em como desenvolvê-lo economicamente;
- Nesse sentido, em 1534, são criadas as Capitanias Hereditárias. Através dos
contatos entre o reino português e alguns nobres, se formaram as capitanias
hereditárias. As Capitanias não deram certo, apenas 02 grandes capitanias
ganharam força: A Capitania de Pernambuco e a Capitania de São Vicente. Se
pensarmos na nossa Capitania de Itamaracá (atual estado da Paraíba), esta se
encontra muito próxima a uma capitania que teve um desenvolvimento
gigantesco. Essas capitanias vão tendo novos controles etc.
- A história da Paraíba começa no Rio Tracunhaém, que deságua em Goiana,
após um percurso de 127 Km. Às suas margens, os portugueses se
estabeleceram a partir da construção de engenhos e do plantio de cana-de-
açúcar. A Capitania de Itamaracá é reduzida e surge a Capitania Real da
Parahyba, no ano de 1574. O nome Real demonstra o interesse do Rei na
redução da Capitania de Itamaracá e a criação da específica Capitania da
Parahyba. A Capitania foi criada em 1574, mas a ocupação efetiva ocorre em
1585.
- Vamos, então, à figura de Diogo Dias, que era um colono proprietário de um
engenho chamado Tracunhaém. Existe a bacia do Rio Tracunhaém, em cujas
margens os portugueses foram plantando cana de açúcar. Um desses, foi Diogo
Dias, que era um cristão novo, um judeu convertido, em fuga da Inquisição
católica portuguesa. Diogo Dias possuía um engenho nessa região, próximo à
Goiana. O contato com os indígenas por esses colonizadores era permanente.
Relações, inclusive, de amizade, por incrível que pareça. Um aventureiro
português passou a se relacionar com a filha de um cacique, acordo que foi
estabelecido entre os dois; nesse acordo, era dito que o aventureiro não poderia
sair da região. Porém, o acordo é desfeito, e a filha do cacique é levada para
outro lugar, e, posteriormente, escondida no engenho de Diogo Dias. São
enviados, então 2 mil índios para esse engenho de Tracunhaém, com apoio
estratégico dos franceses. Há um massacre de 614 pessoas, inclusive o Diogo
Dias, que ficou conhecido como Massacre de Tracunhaém. A repercussão
chegou à Coroa Portuguesa. Tal fato foi determinante para a Capitania da
Parahyba. A fundação de Campina Grande está diretamente ligada à criação da
Capitania da Parahyba.
- Quando o rei de Portugal, juntamente com seus colonos, no sentido de impedir
novas organizações indígenas e, de criar novos aglomerados de povoamento,
houve a necessidade de se desbravar e ocupar esse território. Então, como
consequência dessa nova organização administrativa, que envolve a Capitania
da Parahyba, há a promoção do desbravamento e ocupação de novos territórios,
o que deságua na criação de Campina Grande, em 1697.
- Obs: O conceito de Sertão era diferente à época do Brasil Colonial, significava
“O lugar que não é ocupado pelos portugueses”, segundo o lexicógrafo Rafael
Bluteau, dizia respeito a esses lugares ainda não explorados pelo processo
colonizador. Campina Grande, então, nesse período, era considerada Sertão.
Nesse período, uma estratégia importante de ocupação era as Sesmarias.
- As Sesmarias eram uma doação de terras, feitas pelo Capitão donatário ou,
pelo próprio Rei. Era uma doação feita a um nobre, ou pessoa de prestígio ou
familiar. Havia algumas obrigações, como, por exemplo, evangelizar povos
nativos encontrados no interior dessas sesmarias, trabalhar com o cultivo de
algum produto, criar gado etc.
- Quando estudamos a origem, criação de vilas, aldeias e cidades, é necessário
compreender a lógica das sesmarias.
- A ocupação do sertão da Capitania da Paraíba se inicia em 1663, da segunda
metade do Sec. XVII em diante. Até esse período, apenas a faixa litorânea era
conhecida pelos portugueses.
- A primeira sesmaria foi a da Familía Oliveira Lêdo, em 1665; a instalação se deu
na região de Piancó. Essa família está intimamente ligada à fundação de
Campina Grande. Aqui, já se torna evidente o histórico brasileiro de forte
concentração de terras.
- Essa família, Oliveira Lêdo, se instala na região de Piancó; porém, essas
fronteiras eram fluidas, o território sempre se estendia para além do que era
oficialmente determinado.
Povo tapuia pertencente à família tarairiús (que incluíam
os janduís, paiacus, icós, entre outros), em 20 de setembro de 1697, foi assinado
um tratado de paz denominado «Tratado de paz feito com os tapuias pequenos»,
[4] o qual possibilitou que os Ariús se tornassem aliados do capitão-mor da
região de Piranhas e Piancó, Teodósio de Oliveira Lêdo, que decidiu transferir
boa parte desses tapuias para a Serra da Borborema, onde formariam uma aldeia
que posteriormente se transformaria em Campina Grande.
Povo tapuia pertencente à família tarairiús (que incluíam
os janduís, paiacus, icós, entre outros), em 20 de setembro de 1697 foi assinado
um tratado de paz denominado «Tratado de paz feito com os tapuias pequenos»,
[4] o qual possibilitou que os Ariús se tornassem aliados do capitão-mor da
região de Piranhas e Piancó, Teodósio de Oliveira Lêdo, que decidiu transferir
boa parte desses tapuias para a Serra da Borborema, onde formariam uma aldeia
que posteriormente se transformaria em Campina Grande.
Sobre tal povoamento tapuia, no livro Síntese histórica de Campina Grande,
1670-1963 lê-se:
O Governador Manuel Soares de Albergaria, em carta enviada para o Reino [de
Portugal], declarou que Teodósio de Oliveira Ledo trouxera das Piranhas uma
nação de Tapuias, chamados Arius, que estão aldeados junto [da região] dos
Cariris, onde chamam a Campina Grande, e queriam viver como vassalos de V.
Majestade e reduzirem-se à nossa santa fé católica, dos quais era o principal um
tapuio de muito boa troca e fiel (...).[3]
Extinção
Os Ariús eram índios nômades, que Teodósio tratou de tornar sedentários para
fins de povoamento do território da capitania. Com o fim da nomadização, a
assimilação à população geral da então capitania da Paraíba foi inevitável, e o
povo e a cultura Ariú acabaram por se extinguir por volta do fim do século XVIII.
- O desbravador, sertanista Teodósio de Oliveira Lêdo promoveu o aldeamento e
cristianização de indígenas Ariús, que ocupavam a região; posteriormente a
essa “pacificação” desse povo indígena, os mesmos foram levados para a
ocupação da região de Campina Grande.
- Há uma controvérsia sobre a criação de Campina Grande: as instâncias
políticas de Portugal só tiveram notícias sobre a fundação de Campina em 1699;
a comprovação disso é uma carta direcionada a Portugal, informando da criação
da cidade; porém, há um documento italiano de 1698, que já comenta sobre a
existência da cidade. Campina foi fundada em 1697, mas, as instâncias
superiores portuguesas só têm notícia da origem da cidade em 1698.
- Porém, de modo oficial, é Teodósio de Oliveira Lêdo que é considerado
fundador da cidade, que se inicia com a ocupação e exploração dos indígenas
Ariús (a partir da estratégia do Aldeamento, estratégia já utilizada pelos
jesuítas).
- Em 1750, Campina Grande é elevada à categoria de Freguesia Nossa Senhora
dos Milagres (na administração dos territórios, aconteciam essas mudanças, de
vila, para Freguesia e, finalmente, Cidade). 0
- Em 1787, Antônio Felipe Soares de Andrade, ouvidor-mor da Paraíba, resolve
homenagear a rainha de Portugal, D. Maria I, nomeando o local para Vila Nova da
Rainha. No entanto, a população, apesar da mudança, continua a denominá-la de
Campina Grande. Sobre o nome: Campina diz muito sobre um tipo de solo,
relevo; provavelmente é uma denominação de origem indígena.
- Em 1790, Campina alcança a categoria de Vila. A Vila então, possuía câmara
municipal, cartório e pelourinho.
- O crescimento de Campina foi lento; em 1798, possuía 100 casas e 3 mil
pessoas.
- Durante muito tempo, a Capitania da Parahyba estava subordinada à Capitania
de Pernambuco.
Campina Grande e a participação nas Revoluções do Brasil Colônia:
- A Revolução Pernambucana de 1817: Os atores centrais pernambucanos
demonstram descontentamento com o poder central do Rio de Janeiro (que
havia sido declarada nova sede do poder central em 1763 e, foi o local para onde
a Corte Portuguesa foi transferida, em 1808), pois, devido à transferência da
corte e novas demandas administrativas, houve um absurdo aumento de
impostos para todas as demais capitanias. Os pernambucanos, então,
demonstraram descontentamento com essa questão. Campina Grande envia os
padres Virginio Campelo e Gonçalves Ouriques para Recife, no período
revolucionário.
- Na Confederação do Equador, de 1824 onde Pernambuco demonstrou
descontentamento com Dom Pedro I (pois, nesse período já éramos Brasil
Império, após a Independência, em 1822), Campina também teve participação. A
cidade era lugar de travessia, de passagem e, foi hospedagem presos políticos
trazidos do Ceará, inclusive Frei Caneca.
- A Revolução Praieira, de 1848 também teve participação campinense.
(Falta comentar sobre o movimento dos Quebra-Quilos).

- A Bandeira do município de Campina Grande foi instituída de acordo a Lei


Municipal nº54, de 26 de agosto de 1974, juntamente com seu Brasão, durante a
administração do prefeito Evaldo Cavalcanti da Cruz.
- O triângulo que aparece na bandeira faz referência a um objeto utilizado pelos
tropeiros. E, as três espadas que aparecem dizem respeito à participação
campinense na Revolução Pernambucana, na Confederação do Equador e na
Revolução Praieira.

CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS:
- Em 1828, foi construído um açude na Vila Nova da Rainha, pois, esta possuía
apenas riachos. Sobre o Riacho das Piabas foi construído o açude, hoje
conhecido por Açude Velho, cartão postal de Campina. O Açude Velho começou
pequeno, mas, então, foi sendo ampliado até adquirir as proporções atuais. Dois
anos depois em 1830, foi construído outro açude, conhecido como Açude Novo.
Ambos os açudes ajudaram à população a resistir à desastrosa seca que
ocorreu em 1848.

IMIGRAÇÃO EM CAMPINA GRANDE:


- Em 1871 chegam, em Campina Grande, os primeiros imigrantes: árabes,
ingleses, italianos, americanos, turcos, alemães, franceses, indianos e,
principalmente os dinamarqueses.
- Em 11 de outubro de 1864, de acordo com a Lei Provincial nº 127, Campina
Grande é elevada à categoria de Município ou Cidade.
- Com o tempo, a cidade foi se desenvolvendo, mas, somente no início do
Século XX é que mudanças econômicas e mudanças nas condições de vida
vieram a de fato acontecer de modo mais significativo.
- Campina cresce bastante a partir de fins do Século XIX.
- O Algodão, no início do século XX foi, para Campina Grande, a principal
atividade responsável pelo crescimento da cidade, atraindo comerciantes de
todo o estado da Paraíba e, também, de todo o Nordeste. Até a década de 1940,
Campina Grande foi a segunda maior exportadora de algodão do mundo, atrás
apenas de Liverpool, na Inglaterra. A economia do Algodão chega a representar
15% do PIB do estado da Paraíba.
- A Partir daí, Campina se torna importante Polo Tecnológico e Centro
Universitário, além de destacado crescimento industrial. Tornou-se uma região
metropolitana com 19 municípios.
- A Tragédia de 1856: A Cólera tomou conta da cidade de Campina,
exterminando cerca de dez por cento da população.
OBS: PODE SER COBRADO NA PROVA: DATA DE FUNDAÇÃO DA CIDADE DE
CAMPINA: 11/10/1864.
A história da urbanização da cidade de Campina Grande tem um forte vínculo
com suas atividades comerciais desde os primórdios até os dias atuais.
Primeiramente, a cidade foi lugar de repouso para tropeiros, em seguida se
formou uma feira de artesanato e uma grande feira geral (grande destaque
no Nordeste). Posteriormente, a cidade deu um grande salto de desenvolvimento
devido à cultura do algodão, quando Campina Grande chegou a ser a segundo
maior produtora de algodão do mundo. Atualmente, a cidade tem grande
destaque no setor de informática e desenvolvimento de softwares. Abaixo,
seguem-se as etapas da urbanização da cidade de Campina Grande, passando
pelos estados de aldeia, povoamento, vila e cidade.
Fundação de Campina Grande
Normalmente, a origem de Campina Grande é creditada à ocupação pelos
índios Ariús na aldeia de Campina Grande, liderado por Teodósio de Oliveira
Lêdoque era conhecido por capitão-mor do Sertão brasileiro “Sertão”, em 1º de
dezembro de 1697. O capitão-mor fez a consolidação do povoado e seu
desenvolvimento, integrando o sertão com o litoral, levando em consideração
que o posicionamento geográfico de Campina Grande é privilegiado, sendo
passagem dos viajantes do oeste para o litoral paraibano.

Monumento da Praça Clementino Procópio feito em homenagem a Teodósio de


Oliveira Lêdo.
Controvérsia
No entanto, a fundação de Campina Grande ainda gera controvérsias, pois a
localidade podia já estar ocupada quando Teodósio chegou com os índios Ariús.
O principal indício é de que Campina Grande é mais antiga do que se pensa, é a
presença de seu nome em um mapa italiano, elaborado por Andreas Antonius
Horatiy, que se encontra no livro “Istoria delle Guerre del Regno del Brasile
Accadute tra la Corona de Portogallo e la Republica de Olanda“, de autoria do
frei Giuseppe Santa Teresa. Este livro italiano foi publicado em Roma no ano
de 1698, que foi um ano após a fundação de Campina Grande. O problema reside
no fato de que, apesar de Campina Grande ter sido fundada em 1697, somente
no dia 14 de maio de 1699 o governador da Paraíba Manuel Soares de
Albergaria escreveu uma carta ao Rei de Portugal notificando sobre as
descobertas de Teodósio de Oliveira Lêdo, o que gera o impasse. Como a Itália
pôde ter conhecimento de Campina Grande, constando esta como povoação no
mapa de Horatiy, já em 1698.
Os Oliveira Lêdo
A história do surgimento de Campina Grande, assim como de várias cidades do
interior paraibano, foi trilhada a partir dos feitos da família dos “Oliveira
Lêdo”, portugueses que residiam na região da Bahia próxima ao Rio São
Francisco, que hoje integra o estado de Sergipe, e que partiram de lá, em 1664,
para explorar uma sesmaria que lhe havia sido concedida ao longo do Rio
Paraíba.
Inicialmente, os personagens importantes dentre os Oliveira Lêdo para o
aldeamento de Campina Grande foram quatro: Custódio de Oliveira Lêdo, seu
irmão Antônio de Oliveira Lêdo, e seus dois filhos, Constantino de Oliveira
Lêdo e Teodósio de Oliveira Lêdo. Foi Teodósio de Oliveira Lêdo a quem se
credita o título de “fundador de Campina Grande”.
Dos quatro “Oliveira Lêdo”, a princípio apenas Teodósio não participava dos
desbravamentos junto com seu irmão, pai e tio, continuando a ser criador de
gado na Bahia. Antônio Oliveira Lêdo era desbravador das terras da Capitania da
Paraíba, ainda ocupadas por indígenas, que eram chamados de “gentios“.
Antônio foi o primeiro capitão-mor da Infantaria de Ordenanças a Pé do Sertão
da Paraíba. Junto com Custódio, seu irmão, e Constantino, seu filho,
atravessaram várias regiões da Paraíba, encontrando os índios e fundando
povoações, até chegarem na Serra da Borborema.
Nesse tempo, Teodósio de Oliveira Lêdo recebeu convite de seu irmão,
Constantino, para trazer gado e mais gente para a Paraíba. Assim, Teodósio
trouxe várias espécies de gado e gente de confiança, capaz de criar o gado e
lutar contra os índios. Depois de alguns anos, Antônio de Oliveira Lêdo morreu,
e foi Constantino que assumiu o seu lugar de capitão-mor, segundo a Lei.
Depois da morte de Constantino, Teodósio foi nomeado capitão-mor das
Fronteiras das Piranhas, Cariri e Piancó em 1694. Explorando a sesmaria,
Teodósio lutou contra os índios Tapuias, estendendo seus limites até o Rio
Piranhas, fundando um povoado.
Em 1694, as notícias sobre a atuação de Teodósio de Oliveira Lêdo na ocupação
da Capitania da Paraíba e na luta contra os gentios chegaram até o governador-
geral D. João de Lencastre, que o chamou até a capital da capitania, onde
o governador Manuel Nunes Leitão assinou a patente garantindo a
Teodósio munição, pólvora, farinha, alimentação e especiaria.
Depois de receber a patente, Teodósio voltou ao arraial formado no Rio
Piranhas. Com mais pólvora e munição, continuou a desbravar novas
terras, arrendando propriedades, fazendo novos povoamentos e aumentando a
criação de gado da Paraíba. O povoado do Rio Piranhas cresceu e virou uma
povoação maior.

Aldeiamento pelos índios Ariús


Indígenas tapuias dançando. Os índios Ariús são descendentes dos tapuias.
Depois de algum tempo, Teodósio foi chamado pelo governador-geral D. João de
Lencastre para falar com o governador da capitania. Em sua viagem até
à Capital, onde deveria falar com o governador da capitania, Teodósio de
Oliveira Lêdo levava consigo um grupo de índios Ariús, povo indígena
descendente dos Tapuias. Os Ariús foram “domesticados” por Teodósio, sendo
seus aliados.
Na ida para a Capital, Teodósio passou pela Borborema, por um caminho
diferente, numa chapada espaçosa, uma campina verde. Foi este local que
Teodósio escolheu para demorar um pouco e descansar sua gente. Gostando do
lugar, Teodósio decidiu aldear os índiosariús aldeados naquela localização, em 1
de dezembro de 1697. Depois, partiu para a Capital.
O aldeamento dos Ariús teve importância política, tendo até sido citado
na carta de maio de 1699 do capitão-mor ao rei de Portugal. A partir de então a
localidade passa a ser conhecida formalmente.
Chegando à capital, foi falar com o governador que já não era o mesmo da outra
visita: Manuel Nunes Leitão fora substituído por Manuel Soares de Albergaria.
Lá, expôs a situação atual do Sertão, de como os índios estavam fazendo
devastações e queimadas em suas propriedades e em todo o sertão. Teodósio
então pediu munição, armas e soldados, para contornar o problema com os
índios do Sertão. Com esta conversa, Teodósio de Oliveira Lêdo
conseguiu pólvora, balas e armamentos, quarenta alqueires de farinha, sal,
assim como índios mansos e soldados.
No dia 1 de janeiro do ano seguinte, o capitão-mor Teodósio volta ao Rio
Piranhas novamente, com a munição e soldados para lutar contra os índios.
Nesse momento, a povoação às margens do Rio Piranhas já era chamada de
Bom Sucesso, que mais tarde virou cidade com o mesmo nome: Bom Sucesso –
PB. Usando tudo o que recebera do Governador, conseguiu reconquistar as
terras o Sertão.
Os Ariús formaram a primeira rua do lugar, com casas de taipa, nas
proximidades do Riacho das Piabas. Mais tarde a rua foi chamada de Rua do
Oriente, que hoje é a rua Vila Nova da Rainha. A economia do povoado era
sustentada pela feira das Barrocas, por onde passavam
vários boiadeiros e tropeiros.

Crescimento do povoamento
Um ano mais tarde, voltou onde havia aldeado os índios Ariús já a algum tempo.
Com um ano, a aldeia já era povoação e se chamava Campina Grande. Devido à
ótima localização do povoamento, pois ficava no ponto de passagem do litoral
para o sertão, Teodósio incentivava fortemente o crescimento da população e o
desenvolvimento do lugar.
O capitão-mor trouxe da capital um padre italiano da ordem de Santo
Antônio para realizar um trabalho de batismo nos índios do povoamento. Nessa
época, para exercer suas atividades, o padre construiu uma casinha, feita
de taipa, para servir de igreja, realizando missas e batismos. Tempos mais tarde,
um decreto real mandado pela Coroa concedia 25 mil réis para cada Aldeia ou
Capela, em forma de ajuda. O padre utilizou estes poucos recursos para
melhorar um pouco a igreja do lugar. Esta igreja continuou existindo, com
melhorias graduais. Em 1753 foi reformada e aumentada e somente em 1793,
depois de outra reforma, conseguiu seu aspecto de hoje: a antiga igreja de taipa
se tornou a ”Catedral Nossa Senhora da Conceição, Catedral de Campina
Grande. bv
A igreja construída pelo padre trazido por Teodósio de Oliveira Lêdo se situava
no alto da ladeira da Rua do Oriente (atual Rua Vila Nova da Rainha). A igreja
influenciou a construção de várias casas na região, que hoje constitui
a avenida mais importante de Campina Grande, a Avenida Floriano Peixoto.
Campina Grande teve desenvolvimento muito lento e pouco mudou por todo
o século XVIII. Outra aldeia, a de Cariri, mais recente que Campina Grande,
tomou a dianteira, progrediu muito rapidamente e se tornou Freguesia já
em 1750, fazendo Campina Grande depender desta. A freguesia formada pela
aldeia de Cariri foi chamada Freguesia de Milagres, já que sua padroeira era
a Nossa Senhora dos Milagres. Apenas em 1769, 19 anos depois, foi que
Campina Grande se torna também Freguesia, libertando-se de dependências
com a Freguesia de Milagres. Depois de virar freguesia, Campina Grande teve
maior desenvolvimento.

Surgimento da vila
No fim do século XVIII, a Coroa pretendia criar novas vilas na capitania. Nesta
época, a capitania da Paraíba era sujeita à de capitania de Pernambuco,
cujo governador era D. Tomás José de Melo. Em 1787, o ouvidor da capitania da
Paraíba, Antônio F. Soares, pediu ao governador de Pernambuco a criação de
três vilas na capitania. Duas dessas vilas o ouvidor criaria em Caicó e em Açu,
onde já havia povoamentos e nesta época faziam parte da Capitania da Paraíba.
A outra, pretendia criar na região do Cariri, que compreendia parte do que hoje
são a Microrregião do Cariri Oriental e do Cariri Ocidental. Campina
Grande e Milagres eram as duas freguesias candidatas à virarem Vila que
estavam naquela região.
Assim, em abril de 1790, Campina Grande foi escolhida pelo Ouvidor Brederodes
para se tornar Vila, devido à suas terras cultivadas produzirem mais riquezas e
principalmente devido à sua melhor localização, estando entre a capital no litoral
e o sertão.
No dia 6 de abril, Campina Grande passou a ser chamada oficialmente de Vila
Nova da Rainha, em homenagem à Rainha Dona Maria I. Apesar da mudança de
nome, os habitantes locais continuaram a chamar o lugar de Campina Grande, e
somente em textos oficiais e formais o nome Vila Nova da Rainha era utilizado.
No dia 20 de abril de 1790, o Pelourinho foi criado na nova vila. Em relação
à administração da vila, ela era dada por 2 vereadores e 2 juízes ordinários. Os
dois primeiros vereadores da Vila Nova da Rainha foram: Joaquim Gomes
Correia e Luiz Pereira Pinto e os dois primeiros juízes, Pedro Francisco
Macedo e Paulo Araújo Soares. Destes quatro, três eram descendentes
da família Oliveira Lêdo: Paulo Soares, Luiz Pinto e Joaquim Gomes. A Cadeia
de Campina Grande foi contraída em 1814, no largo da Matriz (atual
Avenida Floriano Peixoto). Este prédio hoje em dia é o Museu Histórico e
Geográfico de Campina Grande.
A vila então possuía câmara municipal, cartório e pelourinho. Entretanto, a Vila
Nova da Rainha não despertou grande interesse da capitania e crescia ainda
muito lentamente: depois de 8 anos criada a vila, possuía pouco mais de
cem casas com apenas 3 mil habitantes.
O território ocupado pelo município era bastante abrangente: compreendia
o Cariri (a não ser por Serra do Teixeira), parte do Agreste, parte do Brejo,
abrangendo os povoados
de Fagundes, Boqueirão, Cabaceiras, Milagres, Timbaúba do Gurjão, Alagoa
Nova, Marinho, e outros, ao todo somando um território de mais de 900 km².
A criação da Vila de Cabaceiras, em 1835, e a Vila de Alagoa Nova, em 1850,
justamente com outros desmembramentos, fez a área da cidade reduzir-se
consideravelmente. Além de reduzir muitas terras férteis que em Campina havia.
Em 1871, chegam em Campina Grande os primeiros
imigrantes: árabes, ingleses, italianos, americanos, turcos, alemães, franceses, i
ndianos e principalmente os dinamarqueses.

A tragédia de 1856
Em 1852 a população da Vila já era de 17.900 pessoas. Mas em 1856, uma
epidemia de cólera-morbo matou cerca de 1.550 pessoas do lugar, diminuindo
quase 10% de sua população. A epidemia retorna em 1862, desta vez vitimando
318 campinenses.
O Cemitério das Boninas, que ficava nos fundos do Colégio Alfredo Dantas
(antigo “Grêmio de Instrução Campina-Grandense”), foi um dos lugares
improvisados para o sepultamento desses mortos. Só em 1895 é construído
o Cemitério Nossa Senhora do Carmo, no alto da Rua da Areia (atual
cidade João Pessoa). Até o ano de 1897, os mortos eram sepultados no
Cemitério das Boninas (o “Cemitério Velho”).

Participação em revoluções
Em 1817, tem início a Revolução Pernambucana e a Vila Nova da Rainha
participou com Padre Virgínio Campêlo e Padre Golçalves Ouriques, que não
lutaram com armas, mas participaram com falas e como padres. Com a derrota
do movimento, foram presos por 3 anos na Bahia. Sete anos depois, em 1824, a
Vila Nova da Rainha participou da Confederação do Equador, dando auxílio com
a “hospedagem” de presos trazidos do Ceará, dentre eles Frei Caneca, que ficou
preso onde hoje existe o Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande.
Em 1848, a Vila também tem participação na Revolução Praieira. A participação
de Campina Grande nessas três revoluções foi representada na Bandeira de
Campina Grande na forma de três espadas.
Construção das barragens
O Açude Novo, inaugurado em 1830.
Em 1828, foi construído um açude na Vila Nova da Rainha, pois esta possuía
apenas riachos. Sobre o Riacho das Piabas foi construído o açude que hoje é
conhecido como o Açude Velho, cartão postal de Campina Grande. O Açude
Velho começou pequeno, mas então foi ampliado até adquirir as proporções que
têm hoje, com uma área de 250 m². Dois anos depois, em 1830, outro açude foi
construído para auxiliar o primeiro, este ficou conhecido como Açude Novo.
Ambos os açudes ajudaram à população a melhor resistir a uma desastrosa
seca ocorrida em 1848. Um terceiro açude ainda foi criado, desta vez sobre
o Riacho de Bodocongó. O nome do terceiro açude foi “Açude de Bodocongó“,
entregue à população no dia 15 de janeiro de 1917. Este açude propiciou o
desenvolvimento da região, onde surgiu um bairro com o nome do
açude, Bodocongó.
A cidade
Em 11 de outubro de 1864, de acordo com a Lei Provincial nº 137, Campina
Grande se eleva à categoria de Cidade. Neste momento, a Paraíba tinha
dezesseis vilas e mais
seiscidades: Parahyba (atual JoãoPessoa), Mamanguape, Areia, Sousa e Pombal
.
A cidade de Areia, que se tornou cidade já em 1846, havia se tornado a mais
destacada da Paraíba, fora a capital, tanto econômica, social e politicamente.
Além disso, Areia tinha grande influência cultural e intelectual. Embora Campina
Grande não fosse tão bem edificada quanto Areia, não era menor que ela. Na
época, a cidade de Campina Grande tinha três largos e cerca de
trezentas casasdistribuídas em quatro ruas: a rua de origem, a Rua da
Matriz (hoje Avenida Floriano Peixoto), a Rua do Meio (Afonso Campos), a Rua
Grande (Maciel Pinheiro), a Rua do Seridó (Barão do Abiaí) e a Rua do
Emboca (Peregrino de Carvalho). Possuía, ainda, duas igrejas: a da Matriz (hoje
a Catedral) e a Igreja Nossa Senhora do Rosário, que veio a ser destruída mais
tarde pelo prefeito Vergniaud Wanderley (hoje existe outra igreja com o mesmo
nome). Possuia também uma cadeia e uma Câmara Municipal, entre outras
construções.
Apesar de todo o desenvolvimento comercial que a cidade obteve, o aspecto
urbano da mesma não mudava praticamente nada. Em alguns anos, apenas os
prédios da Cadeia Nova, da Casa de Caridade, do Grêmio de Instrução e Paço
Municipal foram construídos. Porém, em se tratando de casas, muitas foram
construídas fazendo com que, no fim do século XIX, Campina Grande tivesse
cerca de 500 casas.
No ano de 1864 foi construído um prédio onde se faria o mercado. Este lugar
teve vários nomes, dentre os quais: “Largo do Comércio Novo”, “Praça da
Uruguaiana”, “Praça das Gameleiras”, “Praça da Independência” e, por fim,
“Praça Epitácio Pessoa”. Em 1870 uma lei (Lei Provincial n.º 381) proibia que se
fizesse banhos ou lavagem de roupas e de animais no Açude Novo, assim como
ficou proibido vaquejadas nas ruas da cidade.
Em 1872, conforme o Decreto Imperial do dia 18 de setembro de 1865, faz padrão
o sistema métrico decimal francês em Campina Grande.

Revolta de Quebra-Quilos
Antigo Paço Municipal, que foi demolido em 1942, deixando o espaço usado hoje
como estacionamento da Catedral.
Em 1874, foi deflagrada a insurreição dos Quebra-Quilos, liderada por João
Vieira (João Carga d’Água). Descendo a serra de Bodopitá, João Vieira e os
demais revoltos invadiram a feira da cidade, quebrando as medidas (caixas de
um e cinco litros) que eram concedidas pelo município aos feirantes e jogaram
os pesos no Açude Velho. A revolta foi tão generalizada, que não somente se
alongou para outras cidades do Brejo e do Cariri, como também extrapolou as
fronteiras do estado, chegando a Pernambuco e até Alagoas.
Depois de algum tempo os revoltosos já se encontravam em bom número e
armados. Eram liderados por Manuel de Barros Sousa, conhecido como Neco de
Barros, e também por Alexandre de Viveiros. Um dos objetivos de Alexandre de
Viveiros era se livrar das provas de crime que lhe denunciava, daí, juntos,
Manuel de Barros e Alexandre de Viveiros, invadiram a cadeia da cidade e
libertaram todos os presidiários (que incluíam o pai de Manuel) e tocaram fogo
nos cartórios e no arquivo municipal. Demais de alguns meses, a revolta de
Quebra-Quilos foi impedida pelas forças policiais. Alexandre de Viveiros foi
preso, mas João Carga d’Água ficou desaparecido.
Após o incidente, os policiais abusaram da população sem motivo, prendendo
ou espancando campinenses inocentes e até ilustres. Assim, os campinenses
sofreram por conta de João Carga d’Água e seus Quebra-Quilos. Sofreram
novamente com os cangaceiros de Neco de Barros e Alexandre Viveiros e, por
fim, sofreram com a própria polícia.
Desenvolvimento urbano
Em termos de desenvolvimento urbano, no final do século XIX, podemos
destacar a construção do primeiro sobrado da cidade, um dos mais elegantes do
estado, e o surgimento das primeiras residências no bairro de São José e nas
ruas da Lapa (hoje Rua 15 de Novembro), Serrotão e do Emboca (hoje Peregrino
de Carvalho). O Paço Municipal, iniciada em 25 de março de 1877 e inaugurada
no dia 2 de dezembro de 1879, ficava ao lado da Catedral, e foi demolida no ano
de 1942, deixando o espaço usado hoje como estacionamento da igreja.
Em maio de 1891, um prédio foi construído com o intuito de ensinar e exibir
o teatro, assim surge o Colégio Alfredo Dantas. Mas antes do Colégio Afredo
Dantas existia o Grupo Solon de Lucena que funcionava no antigo prédio da
reitoria da Universidade Estadual da Paraíba, atualmente, Escola de Ensino
Fundamental Solon de Lucena, Colégio Clementino Procópio e o Campinense.
Em julho de 1900, surge a primeira escola de Belas Artes. Em março de 1904,
chegam em Campina os primeiros carros e ônibus.
Crescimento com o ouro branco
Com o tempo a cidade ia se desenvolvendo, mas somente no início do século
XX foi que mudanças econômicas e mudanças nas condições de vida vieram a
realmente acontecer significativamente.
O algodão no início do século XX foi para Campina Grande a principal atividade
responsável pelo crescimento da cidade, atraindo comerciantes de todas as
regiões da Paraíba e de todo o Nordeste. Até a década de 1940, Campina Grande
era a segunda maior exportadora de algodão do mundo, atrás somente
de Liverpool, na Inglaterra. Por isto, Campina Grande já foi chamada de a
“Liverpool brasileira”. Devido ao algodão, nesses anos Campina viu crescer sua
população de 20 mil habitantes, em 1907, para 130.000 habitantes, em 1939, o
que representa um crescimento de 650% em 32 anos. No ano de 1936,
o município tinha 14.575 prédios, além de 15 indústrias, cinco
estabelecimentos bancários, colégios, cinemas, clubes, etc.
A produção de algodão teve um impulso importante com a chegada das linhas
ferroviárias para a cidade, trazidas durante a administração do prefeito Cristiano
Lauritzen, por estas consistirem de um tipo de transporte barato e de larga
escala. Com o uso do trem, houve uma grande mudança na economia local:
Campina pôde mais facilmente exportar sua produção de algodão (o “ouro
branco“), assim como outros produtos para os portos mais próximos,
principalmente o de Recife.
Foi o prefeito Cristiano Lauritzen que trouxe as ferrovias para a cidade.
Até 1931, a Paraíba foi o maior produtor de algodão do Brasil, com produção de
23 milhões de quilos de algodão em caroço. Com a crise do café em São Paulo,
este passou a produzir algodão como alternativa. Em 1933, São Paulo já
produzia 105 milhões de quilos em comparações com seus 3,9 milhões em 1929.
Vários fatores foram responsáveis para o decadência de Campina Grande no
ramo do algodão, as principais foram: 1) inexistência de um porto na Paraíba
para grandes navios, pois João Pessoa não possuia tal porto, fazendo com que
Campina Grande tivesse que usar o porto de Recife, mais distante, para o
transporte do algodão); 2) preço em comparação ao produto de São Paulo; 3)
Ingresso de outras empresas estrangeiras no mercado do algodão.
Se João Pessoa, na época, tivesse um porto pelo menos do tamanho do de
Recife, a história poderia ter sido diferente, Campina Grande continuaria por
mais alguns anos a possuir o crescimento anormal que estava tendo e hoje seria
uma cidade muito maior.

Estação Ferroviária Great Western, inaugurada em 1907.


No decorrer do Século XX, a capital da Paraíba, João Pessoa, perdeu
importância e viu a ascensão de Campina Grande, cidade do interior do estado.
A economia pessoense, na primeira metade do século, praticamente se
estagnou. Até os anos 60, era praticamente uma capital administrativa, pois
Campina Grande aproximou-se do posto de cidade mais importante do estado, já
que, nesse período, Campina Grande despontava como importante
pólo comercial e industrial não só do estado, mas também da Região Nordeste,
passando a arrecadar mais impostos do que a Capital. João Pessoa, naquela
época, tinha poucas indústrias e apenas desempenhava funções administrativas
e comerciais. A partir dos anos 1960, após grandes
investimentos privados e governamentais, tanto do governo estadual quanto
do governo federal, João Pessoa ganhou novas indústrias e importância,
reafirmando sua importância de cidade principal do estado, no que concerne à
economia e à população.
Tech City
Há muito tempo, o município apresenta forte participação na área tecnológica.
Nos anos 40, Campina Grande era a segunda exportadora de algodão do mundo,
sendo o primeiro lugar o Liverpool, na Grã-Bretanha. Em 1967, a cidade recebe o
primeiro computador de toda a região Nordeste do Brasil, que ficou no Núcleo
de Processamento de Dados da Universidade Federal da Paraíba, Campus II
(hoje Universidade Federal de Campina Grande). Hoje, tantos anos depois,
Campina Grande é referência em se tratando de desenvolvimento de Software e
de indústrias de informática e eletrônica.
A revista americada Newsweek escolheu, na edição de abril de 2001, 9 cidades
de destaque no mundo que representam um novo modelo de Centro
Tecnológico. O Brasil está presente na lista com Campina Grande, que foi a
única cidade escolhida da América Latina. Em 2003, mais uma menção foi feita à
cidade: desta vez referenciada como o “Vale do Silício brasileiro”, graças, além
da high tech, às pesquisas envolvendo o algodão colorido ecologicamente
correto.

Núcleo de Processamento de Dados da Universidade Federal de Campina


Grande. O primeiro computador de todo o Nordeste foi instalado aqui, ocupando
todo o primeiro andar do prédio.
Segundo a revista, o motivo para o sucesso foi a Universidade Federal da
Paraíba, Campus II (que em 2002 tornou-se a Universidade Federal de Campina
Grande). Desde 1967, quando os acadêmicos conseguiram apoio para comprar o
primeiro computador do nordeste, um mainframe IBM de US$ 500 mil, criou-se
uma tradição na área de computação que hoje tem reconhecimento em todo o
mundo.
Campina Grande possui cerca de setenta e seis empresas produtoras
de software, o que representa mais de 500 pessoas de nível superior faturando,
ao todo, 25 milhões de reais por ano, o que representa 20% da receita total
do município.
Ultimamente, o mais importante vínculo no setor de Informática criado na cidade
foi com o TecOut Center, em 2004, que fez aliança com a Fundação Parque
Tecnológico da Paraíba, que desde 1984, em sua fundação em Campina Grande,
deu origem a mais de 60 empresas de tecnologia.
- A História de Campina pode ser dividida em: Campina Colonial; campina
Imperial: Campina Republicana:
- Abordagens favoritas da Banca Idecan: Fundação do Município; Formação
territorial de Campina Grande; surgimento como aldeia; depois missão,
povoação, vila e depois cidade.
- Há escassez de fontes históricas sobre Campina Grande.
- Campina se inicia Aldeia, em 1697; depois, Missão, em 1698; posteriormente,
Povoação (tudo isso, no período Colonial), em 1758; depois, se torna vila, em
1790, a Vila Nova da Rainha; posteriormente, em 11 de outubro1864, se torna
cidade.
- A dependência em relação à Capitania de Pernambuco nos faz entender a
vinculação a Movimentos Liberais como o de 1817, 1824 e 1848. IMPORTANTE: A
participação da população campinense foi indireta.
- O interior do Nordeste foi ocupado, principalmente, a partir da Pecuária (ver o
historiador Capistrano de Abreu). E, na sequência, a economia açucareira.
- Marques de Pombal expulsa os jesuítas, ao chegar ao poder, em 1750, devido à
sua inspiração iluminista.

- Idecan trabalha muito com questões incorretas.


- Cariris também são Tapuias, onde se encontra os Tarairiús, ou Ariús
(ou, ainda, Ariás), povo indígena que povou inicialmente Campina a partir
de uma aldeia (há, també, a defesa de que foram os Bulltrins, e não os
Ariús).
- Hierarquia governamental no Brasil do Século XVIII: Governo-Geral; O
Governo Geral era distribuído entre o ouvidor-mor, o provedor-mor e o
capitão-mor; Capitania Hereditária; Vila: Pelourinho e Câmara Municipal
( o Pelourinho não era apenas o local de maus-tratos aos escravizados, o
pelourinho simbolizava a autonomia de um determinado local enquanto
Vila, quando era erigido em um local o pelourinho possuía esse
significado).

GRAMÁTICA BANCA IDECAN (Prof. Edson):


INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A BANCA IDECAN:
- A banca Idecan cobra muito significação de palavras, metáfora,
metonímia, propósitos comunicativos etc.
- É comum textos tratando sobre temas subjetivos;
- É comum a presença de charges, quadrinhos, crônicas e poemas;
- Questões de texto e compreensão avançadas; trabalha muito com
interpretação, mais do que compreensão de texto;
- A Gramática aplicada ao texto é uma das principais características da
banca;
- A Banca costuma pedir, também, reescritura de frases, coesão e
coerência. A Gramática aplicada ao texto é uma das principais
características da banca.
- Morfologia, sintaxe do período simples, uso das conjunções, regência
verbal, pontuação e acentuação gráfica.
- Trabalha com questões onde um termo se diferencia dos demais.
- ATENÇÃO: A Idecan trabalha muito a organização do texto:
Compreensão e interpretação; Tipologia textual; Significação de palavras:
Centrar estudos nessas questões;
Confrontos em morfologia: Substantivo versus adjetivo.
Adjetivo versus advérbio.
Pronome Relativo versus Conjunção Integrante.
A Idecan usa esses tipos de questão.

Questões Idecan: Sobre o uso do “que” e suas classificações


morfológicas:
Pronome Relativo versus Conjunção Integrante

O “que” como Pronome Relativo vai retomar uma expressão “x” já


mencionada. Já a Conjunção Integrante, em geral, é relacionada a um
verbo. É necessário entender a quem o “que” se liga. Se o “que” se liga a
uma expressão “x” já mencionada, seja um substantivo ou pronome, ele
vai ser um pronome relativo, e você vai conseguir trocar o “que” por: O
QUAL, A QUAL, OS QUAIS. Já o “que” como Conjunção integrante, será
substituído por “isso”.
- Quando o “que” for relativo, pegue o verbo à frente do “que” e faça a
pergunta ao verbo, ele vai te lançar ao termo retomado:
Ex: As pessoas que afirmaram que vão passar. Nessa frase, o primeiro
“que” vai ser pronome relativo, por retomar “pessoas”. Nesse caso, fica
comprovado o pronome relativo, pois o “que” pode ser substituído por
“as quais”, Ex: “As pessoas (que) as quais”....; por sua vez, o segundo
que, “afirmaram que vão passar”, o “que” é ligado ao verbo afirmar, e que
pode ser substituída por “isso” : “As pessoas que afirmaram isso”

Questão de exemplo prova Idecan:


O termo “que”, dos segmentos em destaque apresentam classificação
morfológica DIFERENTE em:
A) Não é a observação que produz: que pode ser substituído por “a
qual”: “a observação a qual” O que, então, é pronome relativo.
B) Já a droga que a curou não cura: que pode ser substituído por “a
qual”: “a droga a qual” O que, então, é pronome relativo.
C) Há de haver uma razão que explique tamanha ruína: que pode ser
substituído por “a qual”: uma razão a qual: O que, então, é
pronome relativo.
D) Não se pode compreender que drogas eficazes: “que” pode ser
substituído por “isso”: Não se pode compreender isso. O que,
então, é Conjunção Integrante.
A resposta, então, é a letra D, a única que apresenta classificação
morfológica diferente, pois, se trata de conjunção integrante, ao
invés de pronome relativo.

OBS: O “QUE” QUE RETOMA TERMO É SEMPRE O PRONOME


RELATIVO (A QUAL ETC.) NUNCA É A CONJUNÇÃO INTEGRANTE

A banca Idecan, quanto às questões sintáticas, gosta de cobrar o


seguinte:
Sujeito versus Objeto Direto;
Objeto Direto Versus Predicativo
Adj. Adnominal versus Complemento nominal

Essa questão 02 cobra a diferença entre Sujeito e Objeto Direto


- Dentro de sintaxe, sempre vai existir uma hierarquia. O Sujeito sempre
deve ser classificado em primeiro lugar. Por sua vez, o Objeto direto virá
em segundo lugar. A busca deve ser sempre primeiramente pelo sujeito.
Há um processo onde se encontra o sujeito e objeto direto ao mesmo
tempo: pega-se o verbo e, encontra o sujeito do verbo, onde fazemos a
pergunta ‘quem’ ou, ‘o quê’ mais verbo, se encontra o sujeito. Aí, depois,
se pergunta “o quê”, ou “quem” e encontramos o Objeto direto.
EX: Chegaram os produtos.
Nessa oração, ocorre o seguinte: se o sujeito não aparece antes, a
tendência é que o mesmo apareça depois. O que é que chegaram? Os
produtos. O sujeito “os produtos”. Agora, se fosse “Entregaram os
produtos”, o sujeito seria (eles), e “os produtos” é objeto direto. A ideia,
então, é essa: primeiro, se encontra o sujeito e, depois, o objeto.

QUESTÃO 02 IDECAN: Considerando as funções sintáticas dos termos


em destaque, marque o único que se DIFERENCIA dos demais quanto à
função exercida:
A) Que sentimos a força criadora: Sujeito: sentimos (nós). Quem sente?
Nós (sujeito oculto). Sentimos o quê? A força criadora. O quê? Objeto
direto.
B) Ainda bem que a natureza sabe escolher: Quem sabe escolher? A
natureza: sujeito
C) Quando o homem está inspirado, nada o detém: Quem o detém? Nada:
Sujeito.
D) O desejo começará a fazer as pazes com o coração: O que começa a
fazer as pazes? O Desejo: Sujeito.

Resposta da questão: letra A, pois é a única alternativa em que se


diferencia a função sintática, pois o seu sujeito é oculto (‘nós), ao
contrário das outras questões.

QUESTÃO 03 IDECAN: “E a humildade está nisso: saber, não com a


cabeça, mas com o coração, que é possível que o outro veja mundos que
nós não vemos”. O período anterior é composto de orações cuja
classificação sintática as distingue umas das outras. A oração “que o outro
veja mundos” possui a mesma classificação sintática da oração destacada
em:
A) É indiscutível que sua situação seja lastimável. O que é indiscutível?
que sua situação seja lastimável. “Isso” é indiscutível. Oração
Subordinada Substantiva Subjetiva
B) Espero apenas isto: que mudes teus conceitos. Quando temos
orações com dois pontos seguidos de “que”, dispomos de uma Oração
Substantiva Apositiva, pois é bem evidente: dois pontos mais o “que”.
C) Desejo que sua recuperação seja breve e satisfatória. Quem deseja?
Eu (sujeito oculto) deseja o quê que a sua.... Objeto direto.
D) Creio que sua regeneração está mais próxima do que pensam. Quem
crê? Eu (sujeito oculto): crê o que? Que sua..... Objeto Direto.
RESPOSTA: LETRA A, POIS É UMA ORAÇÃO SUBORDINADA
SUBSTANTIVA SUBJETIVA, TAL QUAL A DO EXEMPLO.
Nas orações C e D, o “o quê” introduz as orações. Ambas são
objetivas diretas.

OBS: Quando o “que” for Conjunção Integrante, ele vai introduzir uma
oração chamada de Oração Subordinada Substantiva (tipo de oração
muito explorada pela Idecan). Essas orações possuem função
sintática: então, quando vocês forem pesquisar, irão observar que
existem a Oração Subordinada Substantiva Subjetiva, Oração
Subordinada Subjetiva Direta, Indireta, Predicativa etc. Há duas que
são sempre comuns em provas: a Oração Subordinada Substantiva
Subjetiva e a Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta.
- A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta é introduzida por
Verbo mais o que (ou se), no caso por Conjunção Integrante. Nesse
tipo de oração, encontra-se o sujeito. Depois, pergunto ao verbo o quê
ou quem, e encontro, aí, a resposta será a oração, o que ou se.
Ex: Disse que vou passar. Quem disse? Eu (suj. oculto). Disse o quê?
Que vou passar: Objeto direto; então a oração é Subordinada
Substantiva Objetiva Direta.
Ex 2: Perguntou se eu iria. Quem perguntou? Ele (suj. oculto).
Perguntou o quê? Se eu iria: objeto direto. então a oração é
Subordinada Substantiva Objetiva Direta.
- A Oração Subordinada Substantiva Subjetiva é a oração que tem a
função de Sujeito.
Nessa oração, perguntamos ao verbo quem ou é que e, a resposta será
a oração introduzida por que/se.
- A diferença central de uma em relação à outra é a ordem: primeiro o
sujeito, depois o objeto. Pergunto que, ou o quê, mais verbo é oração
subjetiva: pra confirmar, tenta ler com “isso” antes do verbo.
EX: É necessário que revise. O que é necessário? Que revise. Se eu
colocar “isso” antes do “É” (verbo ser), teremos “isso é necessário”,
que cabe bem à ocasião.
Ex 2: É possível que o outro veja mundos. O que é possível? Que o
outro veja mundos. “Isso” é possível. Então, aqui, também temos uma
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva.
Ex 3: É indiscutível que sua situação seja lastimável. O que é
indiscutível? que sua situação seja lastimável. “Isso” é indiscutível.
Oração Subordinada Substantiva Subjetiva.

QUESTÃO 04 IDECAN: Em “O problema, entretanto, é a falta de consciência


crítica a respeito, ou seja, não se utilizar da cidade é considerado algo normal”.
A conjunção destacada pode ser corretamente substituída por:
A) Todavia.
B) Portanto.
C) Porquanto.
D) Senão também.
E) Por conseguinte.
RESPOSTA: LETRA A.
- Temos, nessa situação, uma conjunção adversativa, entretanto, que
indica oposição, indica uma quebra de expectativa no período.
Temos, como principais conjunções adversativas: Mas, porém, contudo,
todavia, entretanto, no entanto, mesmo assim.
- Por que não seria portanto? Porque, portanto indica CONCLUSÃO.
Portanto seria substitutivo de logo, por isso, que indicam conclusão.
- Porquanto, por sua vez, é EXPLICATIVO. Pode indicar substituição por
pois, porque.
- Senão também indica soma.
- Por conseguinte indica conclusão.

QUESTÃO 05 IDECAN: Em “Júnior, hoje jantaremos fora!”, a presença da


vírgula é obrigatória porque serve para:
A) Isolar o vocativo
B) Isolar o adjunto adverbial deslocado (Adjunto Adverbial representa ideia
de tempo, ideia de modo e lugar: exs: Hoje, ontem, rapidamente,
lentamente, em Campina Grande)
C) Separar orações coordenadas (As orações coordenadas são de 05
tipos: Aditivas; adversativas; alternativas; conclusivas; explicativas.
D) Intercalar expressões explicativas (Aposto, oração adjetiva explicativa)

RESPOSTA: LETRA A; isolar o vocativo, pois o vocativo serve para


chamar pessoas, apelidos, profissões, ex: Fulano, qual é local? Vocativo
sempre indica conversa direta, o suo da vírgula indica, aí, um
chamamento.

Assistir esse segundo vídeo sobre questões de Português (em 18-12):


https://www.youtube.com/watch?v=YNefp6V_ahE

ESTATUTO DO SERVIDOR DE CAMPINA GRANDE (LEI 23.78,


DE 1992):
POSSÍVEL “ESTRATÉGIA” DA BANCA PARA TORNAR UMA QUESTÃO
ERRADA: INSERIR OS “MILITARES” NOS SERVIDORES PÚBLICOS DO
ESTATUTO.

Disposições preliminares do Estatuto:


- Art 1º- Esta Lei institui o Estatuto dos Servidores Públicos do Município
de Campina Grande, bem como de suas autarquias, bem como de suas
autarquias e das fundações públicas municipais.
- Art 2º- Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoal legalmente
investida em cargo público da Administração direta, autárquica ou
fundacional do município.
- Art 3º- Cargo Público é o conjunto de atribuições e responsabilidades da
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
Parágrafo único: Os Cargos Públicos, acessíveis a todos os brasileiros
por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres
públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
- Art 4º- É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos
previstos em lei.
Possível questão de prova: A administração pública direta é relacionada
ao estado, município e a União. Por sua vez, a administração pública
indireta compõe as fundações, sociedades de economia mista, institutos.
De acordo com o Estatuto, este irá reger, pela ADMINISTRAÇÃO DIRETA
do Município as autarquias do Município, as fundações do município.
Pode ser elaborada uma questão dizendo que Sociedades de Economia
Mista ou Empresa Pública são regidas por esse Estatuto, o que é FALSO.
Os cargos públicos em Campina são acessíveis a todos os brasileiros por
lei.
- A banca pode elaborar uma questão afirmando que os cargos estão
disponíveis aos brasileiros natos, nativos, o que será falso. E, os cargos
são criados por Leis, e não por Decretos. Os cargos estão em cargo
efetivo e, também, comissionado.
- É Proibida a prestação de serviços públicos gratuitos. A banca pode
elaborar uma questão dizendo que é permitido.

DO PROVIMENTO E INVESTIDURA DO CARGO PÚBLICO


Art 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante autoridade
competente de cada Poder.
Art 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse, a nomeação.
A Banca pode, também, elaborar questão afirmando que o indivíduo que
não tomou posse será demitido, isso é falso, pois, na verdade, ele será
exonerado. É PERMITIDA A POSSE POR PROCURAÇÃO.
A nomeação acontecerá ATÉ 30 dias, prorrogável por mais 30 dias.
O prazo para Exercício do cargo é de ATÉ 30 DIAS. A posse do servidor
que não for tomada no prazo de 30 dias será tornada sem efeito.
DA POSSE
Art 13º A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual
deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os
direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados
unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício
previstos em Lei.
- No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores
que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não
de outra função pública.
- A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.

FORMAS DE PROVIMENTO (Investidura em cargo público):


- Art 8º - São formas de provimento de cargo público:
I- Nomeação;
II- Promoção;
III- Ascensão; Lei 8.112 Tornou inconstitucional, por ocorrer investidura
em cargo público sem concurso (porém, se a banca perguntar, o que vale
é a lei do Estatuto, ou seja, não é inconstitucional);
IV- Transferência; Lei 8.112 Tornou inconstitucional, por ocorrer
investidura em cargo público sem concurso (porém, se a banca
perguntar, o que vale é a lei do Estatuto, ou seja, não é inconstitucional);
V- Readaptação; Doença, relocado a outro cargo.
VI- Reversão; doença, não pôde ser readaptado, foi aposentado por
invalidez, porém, houve melhora da situação e, o servidor voltou à sua
função.
VII- Aproveitamento; servidor em disponibilidade; órgão extinto, se surgir
novo cargo o servidor será aproveitado.
VIII- Reintegração; Servidor que foi demitido, mas, posteriormente, a
demissão é revista e, volta ao cargo.
IX-Recondução; Servidor reprovado em estágio probatório de outro
cargo; o servidor retorna ao cargo anterior.
OS ITENS EM AMARELO LOGO ACIMA TÊM GRANDES CHANCES DE
CAÍREM NA PROVA.
FORMAS DE VACÂNCIA:
Art 34- A Vacância do cargo público decorrerá em:
- Exoneração: vacância
- Demissão: vacância
- Promoção: provimento ou vacância
- Ascensão: provimento ou vacância
- Transferência: provimento ou vacância
- Readaptação: provimento ou vacância
- Aposentadoria: vacância
- Posse em outro cargo inacumulável: vacância
- Falecimento: vacância

Diferença entre sindicância e processo administrativo disciplinar: na


sindicância, há uma investigação para averiguar quem cometeu infração;
já no Processo Administrativo Disciplinar, já se sabe o autor; uma das
consequências poderá ser a suspensão.

DAS PENALIDADES
Art-130- São penalidades disciplinares:
I Advertência: deve ser por escrito
II Suspensão: reincidência de advertência ou negação de submissão à
junta médica;
III Demissão; Essas três são para servidores na ativa.
IV Cassação da aposentadoria ou disponibilidade; para servidores
inativos ou aposentados;
V Destituição de cargo em comissão;
VI Destituição de função comissionada.

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR


Art 146 – A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço
público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante
sindicância ou processo administrativo disciplinar assegurada ao
acusado ampla defesa.
Art 147 – As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração,
desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e
sejam formulados por escrito, confirmada a autenticidade. Não cabe, aqui
a chamada “denúncia anônima”.
Parágrafo Único – Quando o fato narrado não configurar evidente
infração, disciplinar ou ilícito ilegal, a denúncia será arquivada, por falta
de objeto.
DAS PROIBIÇÕES:
A BANCA IDECAN GOSTA DESSE ITEM
Art 120 – Ao servidor é proibido:
I- Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem rpévia
autorização do chefe imediato.
II- Retirar, sem a anuência da autoridade competente, qualquer
documento ou objeto da repartição
III- Recusar fé à documentos públicos;
IV- Opor resistência injustificada ao andamento de documentos de
execução de serviço;
V- Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da
repartição;
VI- Cometer à pessoa estranha à, fora dos casos previstos em lei, o
desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou
de seu subordinado;
VII- Coagir ou aliciar subordinados no sentido de se filiarem à
associação profissional ou sindical, ou a partido político.
OBS: OS ITENS I A VII GERAM ADVERTÊNCIA
VIII- Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem em
detrimento da dignidade da função pública;
IX- Participar de gerência ou administração de empresa privada, de
sociedade civil, ou exercer o comércio, exceto na qualidade de
acionista, cotista ou comanditário;
X- Atuar como procurador ou intermediário junto à repartição
pública, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou
assistenciais de parentes até o segundo grau e, de cônjuge ou
companheiro;
XI- Receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer
razão de suas atribuições;
XII- Aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
XIII- Praticar usura sob qualquer uma de suas formas.
OBS: OS ITENS VIII A XIII GERAM DEMISSÃO

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)


(Professor Adenilton)
- Aspectos do Estatuto da Criança e do Adolescente que mais são
recorrentes em concursos:
EDUCAÇÃO (Art. 53 ao 59):
TEMA MAIS COBRADO EM PROVAS DE PROFESSORES: Art. 56
O Artigo 56:
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental
comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os
recursos escolares;
Art. 12 – LDB: As Faltas que excederem 30% do permitido, devem ser
comunicadas ao Conselho Tutelar.
Os Dias Letivos, no Ensino Fundamental, devem ser de no mínimo 200; a
frequência deve ser de 75% sobre estes; pode-se ter 25% de faltas.
III - elevados níveis de repetência.
ATENÇÃO: O ECA POSSUI DIVERSOS POSTULADOS QUE SE
DIFERENCIAM DA LDB; POR EXEMPLO, A QUESTÃO DO ENSINO
OBIRGATÓTIO E GRATUITO; A LDB DIZ QUE A EDUCAÇÃO BÁSICA, DOS
04 AOS 17 ANOS, DEVE SER OBRIGATÓRIA; POR SUA VEZ, O ECA FALA
APENAS EM ENSINO FUNDAMENTAL OBRIGATÓRIO E GRATUITO.
HAVERÁ PROGRESSIVA EXTENSÃO PARA A OBRIGATORIEDADE E
GRATUIDADE DO ENSINO MÉDIO. NÃO HÁ NADA A RESPEITO SOBRE O
ENSINO SUPERIOR.
O ECA FALA EM 0 A 05 ANOS DA CIRANÇA NA PRÉ=ESCOLA;
DIFERENTEMENTE DA LDB, ONDE SE TEM QUE DE 0 A 03 NA CRECHE E
04 E 05 NA PRÉ-ESCOLA.
RESUMO ART. 53 A 59 SOBRE EDUCAÇÃO:
- O acesso à escola, pública e gratuita, próxima da residência, garantindo-
se vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentam etapa ou
ciclo de ensino da educação básica; o acesso ao Ensino Obrigatório e
gratuito é direito público subjetivo.
- O Ensino Obrigatório e gratuito é o do Ensino Fundamental, inclusive
para aqueles que a ele não tiveram acesso na idade própria; há a
progressiva extensão dessas medidas ao Ensino Médio;
A não oferta de vagas ou sua disponibilização irregular é
responsabilidade da autoridade competente.
- A creche e Pré-escola serão oferecidas às crianças entre zero e cinco
anos de idade.
- A matrícula deve ser realizada por pais ou responsáveis, em caráter
obrigatório, na rede regular de ensino.
- Deve ocorrer atendimento especializado aos alunos portadores de
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.
- Deve haver oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do
adolescente trabalhador.

CONSELHO TUTELAR (Art. 131 ao 140, com as atualizações de 2019,


reconduções ilimitadas, cai muito em provas).
- O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não-jurisdicional,
encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos das
crianças e adolescentes.
Art. 132: Deve haver o mínimo de Um Conselho Tutelar para cada Região
Administrativa, composto por 05 membros, eleitos pela população local,
com um mandato de 04 anos, com recondução ilimitada.
SOBRE O CONSELHO TUTELAR: Requisitos para membros:
- É NECESSÁRIO IDONEIDADE MORAL;
- É NECESSÁRIO RESIDIR NO MUNICÍPIO;
- É NECESSÁRIO IDADE SUPERIO A 21 ANOS.
MAUS TRATOS (Art. 18-A e 18-B: O que é Castigo Físico e Tratamento
cruel e degradante):
- Quem aplica sanções referentes a Maus Tratos é o próprio Conselho
Tutelar (Art. 18-B, Parágrafo único), não é a Autoridade Judicial nem a
autoridade policial.
- Se há suspeitas de Maus Tratos em crianças e adolescentes, devem ser
comunicadas obrigatoriamente, ao Conselho Tutelar.
- A aplicação de sanção, em confirmação de maus tratos, será pelo
próprio Conselho Tutelar.
-

CONCEITOS INICIAIS (Art 1 ao 6: o que é criança, o que é adolescente)

CONVIVÊNCIA FAMILIAR (ART. 19 AO 52: o que é Guarda, Tutela, Adoção,


Acolhimento Familiar, Apadrinhamento):
Art. 19: Sobre reclusão e acolhimento institucional.
- A ideia do Eca é que a criança e o adolescente conviva prioritariamente
em sua Família Natural (entre seus pais e descendentes);
excepcionalmente, caso não consiga se estabelecer em sua “família
natural”, será pensada a convivência com os parentes na Família
Ampliada (conhecida pela sigla CAA: Convivência; Afinidade:
Afetividade). Caso ainda esta não seja possível, excepcionalmente se
partirá para a Família Substituta, que é conhecida pela sigla GAA (Guarda;
Tutela; Adoção). Como medida de proteção, essa criança pode ser
retirada de sua família natural e encaminhada ao acolhimento;
Acolhimento Familiar: A Natureza Jurídica é a Medida de Proteção.
Destinado a Crianças e Adolescentes; Não há prazo máximo; A
Reavaliação é feita a cada 03 meses, no máximo; A Reserva jurisdicional
não caberá ao Conselho Tutelar).
Acolhimento Institucional: A Natureza Jurídica é a Medida de Proteção;
Destinado a Crianças e Adolescentes.
O Prazo máximo é de 18 meses, salvo autorização judicial. A Reavaliação
é feita a cada 18 meses, salvo autorização judicial; A Reavaliação é feita a
cada 03 meses; A Reserva Jurisdicional não caberá ao Conselho Tutelar.
Internação: A Natureza Jurídica é a Medida Socioeducativa; Destinada
somente a Adolescentes; Não comporta prazo determinado, mas não
poderá exceder 03 anos; A Reavaliação deve ser, no máximo, a cada 06
meses; A Reserva Jurisdicional não caberá ao Conselho Tutelar.
- O Acolhimento Familiar é realizado a partir de uma família pré-
cadastrada pelo Estado, que tem por objetivo receber crianças e
adolescentes para realizar a Guarda. O Acolhimento Institucional será
realizado por alguma Instituição (Abrigo, orfanato etc), por, no máximo 18
meses, salvo autorização judicial.

SOBRE A ADOÇÃO:
Existem 03 tipos de adoção:
Adoção individual, em que o indivíduo, sozinho, adota uma criança ou
adolescente; é necessário o adotante ter 18 anos e ser, no mínimo, 16
anos mais velho para realizar a adoção.
Adoção Unilateral: é a adoção do enteado(a).
Adoção Conjunta: é a adoção realizada por duas pessoas. Não pode ser
uma adoção aleatória. O Eca diz que, essas duas pessoas devem ser
casadas ou estar em união estável. Ex-cônjuges podem adotar
conjuntamente desde que estivessem em união estável durante o
processo de adoção ou do Estágio de Convivência com o adotado (O
estágio de convivência deve ser de, no mínimo, 90 dias, e prorrogado uma
única vez por igual período de 90 dias).
- Os Ascendentes (avós) não podem adotar; eles podem ter Guarda, ou
Tutela, mas não realizar o processo de adoção. Da mesma forma, os
irmãos, mesmos pré-requisitos.

ITENS A PARTIR DE QUESTÕES DE CONCURSOS:


CRIANÇA: DE 0 A 12 ANOS INCOMPLETOS
ADOLESCENTE: 12 A 18 ANOS DE IDADE
APLICAÇÃO EXCEPCIONAL DO ECA: 18 ANOS INCOMPLETOS ATÉ OS
21 ANOS. Posso aplicar o Eca ao maior de 18 anos ao adotado mas,
apenas quando este já estiver anteriormente sob a tutela do adotante. Por
exemplo: um menor de 17, que já está sob minha tutela; quando ele
completar 18, é possível entrar com pedido de adoção, por ele já estar
sob minha tutela.
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS: Aplicáveis àqueles que cometeram atos
infracionais com menos de 18 anos. Menores de 12 anos receberão
medidas de proteção; aos adolescentes, serão aplicadas medidas
socioeducativas, o que inclui reclusão. Excepcionalmente, até os 21, é
possível aplicar a medida socioeducativa.
A Gestante, que manifestar desejo de entregar sua filha(o) à adoção, deve
entregá-la, sem receber constrangimentos, à Justiça da Infância e da
Juventude. Não será encaminhada a psicólogo, concelho tutelar etc., a
entrega será à Justiça da Infância e da Juventude, é obrigação médica,
caso contrário, o médico cometerá uma infração administrativa. Caso a
mãe desista da adoção, o que é possível, a mesma será acompanhada
pela Justiça da Infância e da Juventude por 180 dias. (Art. 19-A).

AS 10 COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC (Fabiana Firmino):


- A BNCC tenta consolidar um padrão de qualidade educacional no país;
- Competência, na BNCC, é como é definida a mobilização de
conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas,
cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas
complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo
do trabalho.
- A Educação não é mais concebida como mera “transmissão” de
conhecimentos.
- Compreende o aluno não mais como ser passivo, mas sim protagonista
do processo de ensino.
- O Ensino deve atuar no desenvolvimento dessas competências, ao
pensar o aluno como atuante de forma reflexiva, crítica, vivenciando, na
prática, tudo o que está sendo colocado, ensino dinâmico, respeitando a
especificidade de cada aluno(a).
- Na Educação Infantil, essas competências irão se desdobrar em Direitos
e Objetivos de aprendizagem, em cinco campos de experiência.
- No Ensino Fundamental, as Competências estão presentes em Unidades
Temáticas, objetos de conhecimento e habilidades, a serem trabalhadas
em cada área de conhecimento, em seus componentes curriculares.
- No Ensino Médio, há as Habilidades, a serem trabalhadas em cada Área
do Conhecimento.
Agora, as 10 Competências:
1: Conhecimento;
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o
mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade,
continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade
democrática e inclusiva.
2: Pensamento científico, crítico e criativo;
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das
ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a
criatividade para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e
resolver problemas para criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos
conhecimentos das diferentes áreas.
3: Repertório Cultural;
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das
locais às mundiais e, também, participar de práticas diversificadas da produção
artístico-cultural.
4: Comunicação;
Utilizar diferentes linguagens – Verbal (Oral ou visual-motora, como
Libras e escrita), corporal, visual, sonora e digital – bem como conhecimentos
das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos, e
produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5: Cultura Digital;
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas
práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6: Trabalho e Projeto de vida;
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se
de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações
próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e
responsabilidade.
7: Argumentação;
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8: Autoconhecimento e autocuidado;
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,
compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e
as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9: Empatia e cooperação;
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,
fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos,
com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, sues saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de qualquer natureza.
10: Responsabilidade e cidadania
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade,
flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em
princípios democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

PNE – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO


A Lei N° 13.005, de 25 de Junho de 2014, diz respeito ao Plano Nacional de
Educação, que é uma lei brasileira que estabelece diretrizes e 20 metas
para o desenvolvimento nacional, estadual e municipal da educação. O
Plano vincula os entes federativos às suas medidas e, os obriga a tomar
medidas próprias para alcançar as metas previstas.
- É um plano que irá unificar metas com vistas à educação, integradas por
todos entes federativos, municipais, estaduais e federais.

Art. 1: É aprovado o Plano Nacional de Educação – PNE, com vigência por


10 anos, a contar da publicação desta Lei (2014-2024), na forma de Anexo,
com vistas ao cumprimento do disposto no Art. 214 da Constituição
Federal.
O Artigo 214:
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração
decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime
de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de
implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em
seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos
poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em
educação como proporção do produto interno bruto. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 59, de 2009).

Art. 2: São Diretrizes do PNE (IMPORTANTE, COSTUMA CAIR NAS


PROVAS DE CONCURSOS):
I- Erradicação do analfabetismo;
II- Universalização do atendimento escolar;
III- Superação das desigualdades educacionais, com ênfase nos
valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;
IV- Melhoria da qualidade da educação;
V- Formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos
valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;
VI- Promoção do princípio da Gestão Democrática e da Educação
Pública;
VII- Promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
VIII- Estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em
educação como proporção do Produto Interno Bruto – PIB, que
assegure atendimento às necessidades de expansão, com
padrão de qualidade e equidade;
IX- Valorização dos Profissionais da Educação;
X- Promoção dos princípios de respeito aos Direitos Humanos, à
diversidade e sustentabilidade socioambiental.
Art 3- As metas prevista no Anexo desta Lei serão cumpridas no prazo de
vigência deste PNE, desde que não haja prazo inferior definida para metas
e estratégias específicas.

ART. 5: (IMPORTANTE: COSTUMA CAIR EM CONCURSOS!)


A execução do PNE e o cumprimento de suas metas serão objeto de
monitoramento contínuo e avaliações periódicas, realizados pelas
seguintes 04 instâncias:
I- Ministério da Educação – MEC;
II- Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e Comissão
de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal;
III- Comissão Nacional de Educação-CNE
IV- Fórum Nacional de Educação

Inciso 1: Compete, ainda, às instâncias referidas no caput:


I- Divulgar os resuktados de monitoramento e das avaliações
nos respectivos sítios institucionais;
II- Analisar e propor políticas públicas para assegurar a
implementação das estratégias e o cumprimento das metas;
III- Analisar e propor a revisão do percentual de investimento em
educação.

Inciso 2: (IMPORTANTE!) A cada dois anos, ao longo do período de


vigência deste PNE, o INEP publicará estudos para aferir a evolução
no cumprimento das metas estabelecidas no Anexo desta lei, com
informações organizadas por entes federados e consolidadas em
âmbito nacional, tendo como referência os estudos e as pesquisas
de que trata o Art.4, sem prejuízo de outras fontes ou informações
importantes.

IMPORTANTE: OS ESTADOS, O DSITRITO FEDERAL E OS


MUNICÍPIOS DEVERÃO ELABORAR SEUS CORRESPONDENTES
PLANOS DE EDUCAÇÃO, OU, ADEQUAR OS PLANOS JÁ
APROVADOS EMLEI, EM CONSONÂNCIA COM AS DIRETRIZES,
METAS E ESTRATÉGIAS PREVISTAS NESTE PNE, NO PRAZO DE
UM ANO, A CONTAR DA DATA DE PUBLICAÇÃO DESTA LEI.
- AS CONFERÊNCIAS NACIONAIS DE EDUCAÇÃO SERÃO
REALIZADAS A CADA 04 ANOS.
ANOTAÇÕES NOVO FUNDEB (2020):
- Fundo de Manutenção e desenvolvimento e valorização da
Educação Básica;
- Possui natureza permanente; contempla a Educação Básica
- Objetivos: Aumentar contratação de professores; Melhorar
qualificação; Reduzir número de alunos por turma; Aumentar
frequência escolar dos alunos;
- 20% da Receita vem de Impostos Federais, estaduais e
municipais: Fundo de Participação Estadual, Fundo de Participação
Municipal, ICMS, IPI exp., ITCM, IPVA, ITR ( ESTE, A PARTE É DE
50%), Dívida Ativa Média dos últimos 3 exercícios;
- Transferência periódica para os municípios (BB ou CEF); os
valores vão para a conta do Município, a Prefeitura, e não
diretamente para as escola;
- O FUNDEB é gerido por pessoas ligadas ao MEC, através de uma
Comissão Intragovernamental;
- Fiscalização do TCU, TCE, TCM e outros órgãos.
- O INEP realiza e divulga estudos a cada 2 anos sobre o Fundeb,
calcula o VAAT (Valor Aluno Total) e o VAAT-EI (Valor Aluno Total –
Educação Infantil);
- 10% do pagamento vai para os profissionais da Educação.

LDB (LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO):

Vídeo comentando LDB e exercícios da Fabiana Firmino:


- Prestar atenção nas atualizações da LDB; A LDB trata da Educação escolar,
apesar dos processos educativos abrangerem os processos formativos de
diversos aspectos;
- No Inciso VII do artigo 3, sobre a gestão democrática do Ensino Público, na
forma da lei e da legislação dos sistemas de ensino, há bancas de concurso que
elaboram questões comentando que essa gestão democrática inclui o ensino
privado, o que não é correto;
- É Dever do Estado ofertar educação gratuita dos 04 aos 17 anos;
- Mudança em 2019, Lei 13.796: Atendimento a alunos por questão religiosa,
mudança no dia, especialmente aos adventistas, que guardam os sábados; O
Enem passou a ser aplicado aos domingos; em caso de atividades escolares aos
sábados os alunos podem faltar às atividades;
- A Educação Escolar é composta por dois níveis: Educação Básica e Educação
Superior;
- A LDB estabelece que a matrícula obrigatória das crianças a partir dos 04 anos
de idade deve ocorrer na escola em menor distância de suas casas;
- O Estado tem obrigatoriedade da oferta de educação gratuita dos 04 aos 17
anos, ou seja, obrigatoriedade do nível da Educação Básica, não abrange o
Ensino Superior;
- O princípio da Gestão democrática é apenas para o Ensino Público;
- Art.14: O Conselho escolar é formado pelos três órgãos colegiados que a
escola dispõe: Conselho Escolar, Conselho de classe e Grêmio estudantil;
envolvem a participação democrática na comunidade escolar;
- O Conselho escolar representa a Gestão democrática dentro de uma escola;
- Valorização da experiência extra-escolar: valorização das vivências do aluno,
do que se aprende fora da escola, o que o aluno traz enquanto conhecimento,
experiências, costumes;
-

TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS (PROFESSOR DAVI):

- Tendência é um comportamento ou ideia adotada por um grupo de pessoas;


quando falamos em “tendência pedagógica” falamos em um comportamento
adotado por um grupo pedagógico; no Brasil, as tendências pedagógicas se
comportaram de formas diferentes, ora mais progressistas, ora mais
conservadoras, ora transformadoras; as tendências pedagógicas que iremos
estudar são tendência da Educação Brasileira; as tendências pedagógicas se
dividem em dois grupos: Tendências Liberais e Tendências Progressistas;
- As Tendências Liberais, aqui nesse contexto, tem a ver com processos
educativos que visavam atender ao contexto econômico-social do período;
“Liberal”, aqui, diz respeito ao atendimento dos interesses das classes
dominantes, dos detentores de capital; atendia aos interesses do Liberalismo
econômico; as pedagogias liberais visam preparar o sujeito para a vida em
sociedade, adaptando-o ao modelo da sociedade dividida em classes, pensando
numa formação tecnicista, voltada para a exploração da força de trabalho;
- As tendências progressistas, por sua vez, propõe uma visão crítica da
sociedade, das desigualdades sociais, dar condições de mudanças e
transformação;
- A diferença mais evidente, então, entre essas duas tendências é que as
tendências liberais buscam moldar, preparar o sujeito para a sociedade dividida
em classes, a sociedade de mercado, busca adequar, adaptar os sujeitos; já as
tendências progressistas buscam a educação transformadora, o sujeito ciente
de sua conjuntura, com uma visão crítica e perspectiva transformadora da
sociedade;

TENDÊNCIAS LIBERAIS:
- Nessas tendências, existem quatro principais:
Tradicional; Renovada Progressivista; Renovada não diretiva; Tecnicista;

TENDÊNCIAS PROGRESSISTAS:
- Existem três principais:
Libertadora; Libertária; Crítico-social dos conteúdos;

Agora, será feito um breve esboço de cada uma dessas pedagogias


(tendências):
TRADICIONAL:
A pedagogia tradicional é a oriunda dos primeiros processos educativos; desde
a educação dos jesuítas, a educação buscou a “transmissão” do
Conhecimento a partir de pessoas que detinham o conhecimento, para outras
que não possuíam esse conhecimento, que “nada” sabiam; ao longo dos anos
essa pedagogia foi disseminada no Brasil; essa pedagogia se refere a um
método tradicional, que remete a métodos um tanto arcaicos, que tem uma
concepção de educação em que o professor é o centro do processo
educacional, ele detém todo o conhecimento, e, o aluno é mero receptor, ele irá
apenas receber o conhecimento; algumas características dessa pedagogia: a
pedagogia tradicional não se preocupa com o que o aluno precisa aprender,
entende que o professor está em posição hierarquicamente superior, é o
transmissor de conhecimento ao aluno, que é uma “tábula rasa”, valoriza os
saberes necessários à adequação social, à adaptação do sujeitos; o conteúdo é
ensinado sem questionamentos, sem problematização dos conteúdos, a
transmissão sem criticidade, verdades epistemológicas absolutas; as relações
entre professores e alunos é vertical, hierarquizada, o professor é o centro do
processo educacional; este processo é homogeneizado, os alunos “aprendem
da mesma forma”; não se considera os tempos e tipos heterogêneos de
educação e a diversidade subjetiva e cognitiva dos aprendizes;
Palavras-chave dessa tendência: professor transmissor de conhecimento; aluno
receptor passivo; autoridade; relação vertical/hierarquizada professor/aluno;

RENOVADA PROGRESSIVISTA:
- No início do século XX, alguns pensadores passaram a questionar a educação;
o que era prioridade no ensino, a forma como o conteúdo era apenas transmitido
e repassado aos alunos; iniciou-se um movimento de renovação da educação; o
movimento de renovação que ocorreu por volta de 1930, trouxe o
questionamento do processo educacional vigente; esse movimento, no Brasil,
foi denominado de “Escola Nova”; a Escola Nova teve como marco principal o
“Manifesto dos pioneiros da educação”, de 1932, assinado por diferentes
pensadores daquele momento: Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Tarsila do
Amaral etc. A Pedagogia Renovada Progressivista propunha um
redirecionamento do olhar para o que o estudante precisava aprender; alguns
autores a chamam de Pragmatista (John Dewey); essa pedagogia entende que a
necessidade de aprendizagem deve atender a necessidade de aprender do
estudante; o estudante precisa se desenvolver, “aprender a aprender”, ou seja,
como aprender; um dos principais autores é o John Dewey; a pedagogia
renovada propõe uma autoaprendizagem, o professor é auxiliar do
desenvolvimento do estudante, ele vai auxiliar o estudante no processo de sua
aprendizagem;. Nesse sentido, o ambiente onde o aluno está inserido com o
professor deve ser um ambiente que estimule o aluno aprender a aprender;
porém, embora as necessidades individuais do estudante sejam valorizadas, a a
sua aprendizagem, assim como na pedagogia tradicional, deve estra alinhada à
adequação social do aprendiz, deve ser conformado nos ditames da sociedade
mercantil, de classes;
Palavras-chave da Tendência Renovada Progressivista: Aprender a aprender;
aprender fazendo; autoaprendizagem; John Dewey;

PEDAGOGIA RENOVADA NÃO-DIRETIVA:


- No contexto de pedagogias e tendências, diretivo e não-diretivo refere-se ao
contato do professor com o aluno; se a tendência ou pedagogia for diretiva o
contato do professor-aluno é fundamental, constante; nas renovadas, já há um
afastamento do professor, este mais auxilia do que propriamente ensina; a
Pedagogia Renovada não-diretiva se diferencia da Pedagogia renovada
Progressivista por ser maior o seu foco na questão psicológica, nas emoções,
subjetividade do estudante; há uma preocupação com a formação dos valores,
atitudes, sentimentos dos estudantes, entendendo que a aula que se dá é mais
uma terapia do que uma aula, tratando das questões psicológicas do
estudantes; essa psicologia, inclusive, se forma com um psicólogo clínico, Carl
Rogers; quando se fala em “Pedagogia Renovada”, sempre vai dizer respeito a
uma necessidade de aprender do estudante, aperfeiçoamento; na Renovada não-
diretiva, temos a preocupação com o psicológico e o emocional; quanto mais o
professor se afastar, melhor para a aprendizagem do aluno; o processo
educativo, na Pedagogia renovada não diretiva é entendido como um “ato
interno”, um ato pessoal do aluno; a avaliação perde foco, dá lugar a uma
“autoavaliação”; não-diretiva: valorização de sentimentos;
Palavras-chave da Pedagogia Renovada não-diretiva: Psicológico; Carl Rogers;
emoções, sentimentos; terapia; ambiente facilitador;

Pedagogia Tecnicista:
- A pedagogia tecnicista é a que mais é colocada em concursos; no período da
Ditadura Militar, para atender aos interesses econômicos, políticos e sociais
daquele período, na década de 1960/70, a educação precisou ser reestruturada,
para atender aos interesses conjunturais da época; para a tendência tecnicista, a
educação deve organizar um processo, para que o aluno desenvolva
habilidades, atitudes e conhecimentos, que facilitem e propiciem o
desenvolvimento da máquina social; ou seja, o aluno precisa se desenvolver
para atender aos interesses do capital, do mercado, da exploração da força de
trabalho; então, por isso, a tecnicista tem como foco central a qualificação da
mão de obra para ser explorada no mercado de trabalho; o foco é em processos
de aprendizagem orientados, ou seja, o professor vai estabelecer um processo
de ensino predeterminado e, o aluno vai seguir passo-a-passo o que foi
determinado, e o professor não pode perder o controle do processo, ele é o
condutor de um processo predefinido (por tal motivo, o professor é
compreendido, nessa pedagogia, como um administrador); o docente não pode
abrir mão fazer passo a passo as determinações; o foco da aprendizagem é na
técnica; o aprendizado do aluno é a partir do treinamento; os professores são
profissionais, especialistas.
Palavras-chave da Pedagogia Tecnicista: Treinamento; Skinner (principal autor);
professor administrador, controlador, especialista; controle/operacionalização
do processo; eficiência/eficácia do processo de ensino.
Todas as tendências pedagógicas explanadas até aqui visam o atendimento dos
interesses da sociedade de mercado, a adequação social para o modelo de
sociedade vigente capitalista, portanto, são pedagogias liberais.

PEDAGOGIAS PROGRESSISTAS: Se dividem em três: Pedagogia libertadora,


Libertária e Crítico-social;

TENDÊNCIA PEDAGÓGICA LIBERTADORA (OU FREIREANA):


- É a pedagogia de Paulo Freire, que propõe uma reflexão crítica sobre a
realidade. O indivíduo deve conhecer a sua realidade, ler a sua realidade;
conhecer o seu contexto; o indivíduo inserido em determinado contexto deve
conhecê-lo, para transformar o seu contexto; há forte valorização do aluno e seu
meio, traz consigo uma bagagem epistemológica, traz conhecimentos, vivências,
saberes; valoriza o aluno, o estudante; o aluno não chega em branco, vazio, na
escola; o seu conhecimento é o ponto de partida para a construção do
conhecimento pedagógico; se o conhecimento pedagógico visa atender a
necessidade de aprendizagem do estudante, precisa estar vinculado ao que o
aluno vive, o que ele é; há a valorização do ato O Ato Educativo é um ato
político, fundamentalmente vinculada à sociedade e à política; tem a ver com o
social; o Ensino deve se dar de maneira horizontal, professor e estudante em
condições de igualdade, sem hierarquias; além disso, os saberes são
compartilhados, professor e aluno aprendem no processo educativo; o
professor deve desenvolver uma importante ferramenta pedagógica, o diálogo
(sendo esta uma palavra-chave da tendência pedagógica libertadora ou
freireana); o processo deve ser construído valorizando o estudante e o seu
meio;
Palavras-chave da Pedagogia Libertadora: Paulo Freire; Ato educativo/ato
político; diálogo; valorização dos saberes do educando;

PEDAGOGIA LIBERTÁRIA;
- A pedagogia libertária tem por princípio fundamental o fator de que nem
sempre se faz necessária uma autoridade na educação, eles defendem a
autogestão, a educação deve ser gerenciada por ela mesma; quem faz a
educação precisa se gerenciar; na autogestão se exerce a educação; há a
valorização de tudo o que é coletivo e democrático; por exemplo, o conselho de
escola deve ser democrático, formado por quem faz a escola;
É associada ao anarquismo a pedagogia libertária; a autoridade deve ser abolida
do processo de aprendizagem, o aluno aprende na autogestão e em processos
democráticos de ensino;
Palavras-chave da Pedagogia Libertária: Autogestão; democracia;
horizontalidade; anarquismo;

PEDAGOGIA CRÍTICO-SOCIAL DOS CONTEÚDOS (SOCIOCRÍTICA,


SOCIOCULTURAL, SOCIO-HISTÓRICO-CULTURAL):
- É a pedagogia trabalhada e defendida por José Carlos Libâneo; o foco central
dessa pedagogia é o trabalho com os conteúdos; ela entende que os conteúdos
devem ser uma arma de transformação da sociedade; as pedagogias de caráter
progressista libertária e libertadora pretendem transformação social; a crítico-
social também, sendo que o seu enfoque é nos conteúdos; o conteúdo ensinado
precisa ser uma arma que permita ao indivíduo transformar a sua realidade; essa
pedagogia dá mais importância ao conteúdo do que, propriamente, à
metodologia adotada para o ensino; há uma crítica severa sobre a aplicabilidade
e viabilidade de determinado conteúdo; não se deve ensinar conteúdos que não
possam ser úteis na possibilidade de transformação social pelo alunos; As
pedagogias Libertadora e Libertária criticam formas de autoridade; já a crítico-
social não possui esse viés; as pedagogias freireana e anarquista questionam
fortemente o autoritarismo, as formas de autoridade, e, uma liderança; a crítico-
social é muito utilizada nos tempos atuais, é a pedagogia progressista mais
utilizada e viabilidade nos espaços institucionais de aprendizagem (tendo em
vista o confrontamento com o capitalismo que tendências como a Libertadora e
a libertária ocasionam); sobre essas tendências progressistas mais radicais, o
que encontramos, são alguns preceitos, alguns postulados, diluídos em
propostas e documentos educacionais, principalmente a pedagogia libertadora.
Palavras-chave da Pedagogia Crítico-social: Conteúdo como arma de mudança;
Crítica dos conteúdos;

CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 (Arts. 205 a 2014, que tratam sobre a Educação):
..............................................................................................................................
TÍTULO VIII
Da Ordem Social
...............................................................................................................................
...................
CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
Seção I
DA EDUCAÇÃO
 

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será


promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
 

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a
arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
.......................................................................................................................
...................
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade.
.......................................................................................................................
...................
 

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a


garantia de:
.......................................................................................................................
...................
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica,
por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte,
alimentação e assistência à saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 59, de 2009)
.......................................................................................................................
...................
§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino
fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis,
pela freqüência à escola.
.......................................................................................................................
..................
 

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os


Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo,
da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos
respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto
neste artigo, receita do governo que a transferir.
§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão
considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos
aplicados na forma do art. 213.
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao
atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a
universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do
plano nacional de educação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
59, de 2009)
§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde
previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de
contribuições sociais e outros recursos orçamentários.
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de
financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas
empresas na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53,
de 2006)
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição
social do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de
alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de
ensino. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
.......................................................................................................................
...............
 

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração


decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime
de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de
implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em
seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos
poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em
educação como proporção do produto interno bruto. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 59, de 2009).

LDB (LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO):

Vídeo comentando LDB e exercícios da Fabiana Firmino:

- Prestar atenção nas atualizações da LDB; A LDB trata da Educação escolar,


apesar dos processos educativos abrangerem os processos formativos de
diversos aspectos;
- No Inciso VII do artigo 3, sobre a gestão democrática do Ensino Público, na
forma da lei e da legislação dos sistemas de ensino, há bancas de concurso que
elaboram questões comentando que essa gestão democrática inclui o ensino
privado, o que não é correto;
- É Dever do Estado ofertar educação gratuita dos 04 aos 17 anos;
- Mudança em 2019, Lei 13.796: Atendimento a alunos por questão religiosa,
mudança no dia, especialmente aos adventistas, que guardam os sábados; O
Enem passou a ser aplicado aos domingos; em caso de atividades escolares aos
sábados os alunos podem faltar às atividades;
- A Educação Escolar é composta por dois níveis: Educação Básica e Educação
Superior;
- A LDB estabelece que a matrícula obrigatória das crianças a partir dos 04 anos
de idade deve ocorrer na escola em menor distância de suas casas;
- O Estado tem obrigatoriedade da oferta de educação gratuita dos 04 aos 17
anos, ou seja, obrigatoriedade do nível da Educação Básica, não abrange o
Ensino Superior;
- O princípio da Gestão democrática é apenas para o Ensino Público;
- Art.14: O Conselho escolar é formado pelos três órgãos colegiados que a
escola dispõe: Conselho Escolar, Conselho de classe e Grêmio estudantil;
envolvem a participação democrática na comunidade escolar;
- O Conselho escolar representa a Gestão democrática dentro de uma escola;
- Valorização da experiência extra-escolar: valorização das vivências do aluno,
do que se aprende fora da escola, o que o aluno traz enquanto conhecimento,
experiências, costumes;
-

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