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América Portuguesa, passaram a ser cada vez mais frequentes. Dentro desse período, diversos
grupos se embrenharam nas matas ainda não exploradas pelo europeu, fosse para apresar (capturar
Índios), procurar pedras e metais preciosos ou para espalhar a fé cristã. No território que na época
bandeirantes e os jesuítas.
Bandeiras e bandeirantes
Uma das poucas povoações originárias, da época de 1530, que prosperaram, São Paulo, ao
contrário do Nordeste açucareiro, não possuía aptidão para a produção de açúcar. Isso levou a uma
situação que era lida à época, como de extrema pobreza. Para contornar essa situação, os então
chamados paulistas, passaram a organizar expedições para o sertão inexplorado, com objetivos
Uma característica interessante da população da Vila de São Paulo era um pouco diferente de boa
parte das posses portuguesas da época, por conta da pobreza em que viviam, os habitantes da
região viviam em um contato extremamente próximo dos indígenas. E, embora a maioria desses
nativos fossem escravos, muitos dos paulistas se casavam com índias e geravam os mestiços, à
época chamados de mamelucos, que eram ensinados na cultura portuguesa, mas também que
conheciam as tradições e hábitos indígenas. Os paulistas também eram conhecidos por mais falar a
As bandeiras foram expedições que entravam na mata ainda por ser ocupada se utilizando,
principalmente, dos conhecimentos dos indígenas a respeito de como se locomover na floresta, bem
como a forma de se marcar o caminho. Como mão de obra, os índios eram utilizados como
atual estado de São Paulo em direção a região centro-oeste do Brasil. Tinha como principal objetivo
– Bandeira de Raposo Tavares: ocorrida entre 1598 e 1658, partiu da cidade de São Paulo em
direção às regiões sul e centro-oeste do Brasil. Tinha como principal objetivo a captura de indígenas.
– Bandeira de Domingos Jorge Velho: ocorrida entre 1615 e 1703, partiu da região litorânea do
Nordeste em direção ao sertão e litoral paulista. Tinha como principal o sertanismo de contrato, onde
os bandeirantes eram contratados por fazendeiros para combater quilombos e tribos indígenas que
Devemos mencionar também a bandeira de Fernão Dias, no ano de 1674. Embora não tenha
encontrado nada de grande valor econômico, os caminhos abertos por eles proporcionaram a
descoberta do ouro no interior do Brasil em Sabará (Minas), em 1693; Cuiabá (Mato Grosso), em
As bandeiras abriram espaço para diversas outras atividades comerciais, principalmente após a
descoberta do ouro no sertão. Com as expedições indo cada vez mais longe no território, houve a
necessidade da criação de entrepostos comerciais (as vendas) a beira das estradas, dotadas de
Os jesuítas são religiosos da Igreja Católica que fazem parte da Companhia de Jesus. Esta ordem
religiosa foi fundada em 1534 por Inácio de Loiola. A Companhia de Jesus foi criada logo após a
Reforma Protestante (século XVI), como uma forma de barrar o avanço do protestantismo no mundo.
Portanto, esta ordem religiosa foi criada no contexto da Contrarreforma Católica. Os primeiros
– Difundir o catolicismo na Índia, China e África, evitando o avanço do protestantismo nestas regiões;
Portuguesa. Por conta do Padroado, que dentre outras coisas colocava sob a responsabilidade do rei
o avanço da fé católica, os padres dessa ordem católica possuam livre passagem no território,
Quando encontravam uma aldeia, os jesuítas organizavam uma missão (ou aldeamento), que
possuía um duplo sentido: cristianizar os índios e civilizá-los. Por conta disso, além da catequese, os
índios cultivavam cereais, frutas e erva mate; extraíam materiais da floresta, produziam tecidos,
objetos de couro, esculturas etc. Vários desses produtos eram vendidos para a Europa. Eles também
combateram firmemente a escravidão indígena, até que em 1680, conseguiram do rei de Portugal a
lei que proibia o uso da mão de obra escrava indígena em todo o território da América Portuguesa.
Colonizadores em conflito
Como os indígenas ainda eram largamente utilizados como mão de obra, a vitória dos jesuítas não
foi vista com bons olhos pelos colonos. E mesmo antes da sanção da lei de 1680, já havia conflitos
Um episódio interessante foi a chamada Revolta de Beckman, que também ficou conhecida como
Revolta de Bequimão, eclodiu em 1684 justamente por conta da proibição do uso da mão de obra
escrava indígena na região do Pará. Descontentes com a perda da principal mão de obra da região,
e com a Companhia de Comércio do Maranhão que não levava escravos negros para lá, os colonos
do lugar planejaram uma insurreição contra a Companhia e os Jesuítas. Liderados por Manoel
A revolta foi prontamente suprimida por tropas Portuguesas, mas em troca, a mão de obra escrava
processo, o fim da União Ibérica, viu-se a necessidade de rever os antigos acordos de fronteira
estabelecidos. Assim, houve a dissolução do Tratado de Tordesilhas e sua substituição pelo Tratado
de Madri (1750). Nesse tratado, que expandia de forma grandiosa os territórios dominados pelos
Portugal receberia a área dos Sete Povos das Missões, situadas onde hoje fica a área do Rio Grande
do Sul.
O grande problema nessa “troca”, fora a presença dos jesuítas espanhóis na região, junto a cerca de
30 mil índios guaranis aldeados. Pelo acordo, os jesuítas e índios deveriam deixar suas terras e
migrar para a região dominada pela Espanha. Entretanto, os índios não aceitaram essa condição e
se rebelaram contra a ordem dos estados Espanhol e Português, deflagrando a chamada Guerra
Guaranítica, que durou cerca de dois anos (1754-1756). Não sem dificuldade portugueses e
espanhóis venceram os índios, visto que estavam em vantagem de terreno e de recursos, entretanto,
Tratado de Idelfonso (1777): Dava aos espanhóis a região de Sacramento e dos Sete Povos das
Assim, no Tratado de Badajós, os portugueses ficavam com o território dos Sete Povos das Missões