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Plano de aula - 7º ano

Data: 20/03/2023
Conteúdo: Feudalismo, aspectos sociais
Tema: Os primórdios da sociedade de cortes
Duração: Dois tempos de cinquenta minutos (1:40hs).

Objetivos Gerais
Compreender a dinâmica das relações sociais durante o período no qual o feudalismo esteve vigente;
Refletir acerca de como essas relações levaram à ascensão da chamada sociedade de cortes.
Conteúdo
Definição: Feudalismo é o conjunto de laços pessoais que unem entre si, em uma hierarquia, os membros
das camadas sociais dominantes da sociedade. Esses laços giram em torno da sessão do benefícium (uso da
terra, cobrança de taxas) sobre o feudo.
Elementos constitutivos
O Feudalismo é um tipo de organização social que uniu elementos romanos e germânicos.
Entre os elementos romanos temos:
- Colonato – sistema de trabalho servil em que os plebeus trabalhavam como colonos na terra e um nobre
(Senhor Feudal). Era uma relação de troca, onde o Senhor cedia a terra e, em troca, o colono cedia parte de
sua produção agrícola.
- Fragmentação do poder político - Com o fim do império romano e, posteriormente, do carolíngio, os
nobres passaram a exercer um maior poder local.
Entre os elementos germânicos temos:
- Economia agropastoril – A base da economia germânica era rural e de subsistência. Esse modelo se
tornou o principal durante esse período da Idade Média.
- Comitatus – instituição social que estabelecia laços de fidelidade entre o chefe militar e seus guerreiros.
- Beneficium – Os chefes militares germânicos costumavam recompensar seus guerreiros com o beneficium
(posse de uma terra para seu uso). Essa prática foi adotada pelo Império Carolíngio e, posteriormente, essas
terras passaram a se chamar feudos.
Características do Feudalismo
Embora o Feudalismo não tenha sido igual em todos os lugares, e tenha se limitado à Europa Ocidental,
havia alguns elementos comuns nesse modelo de sociedade:
- Enfraquecimento do poder central e fortalecimento dos poderes locais;
- Existência de vínculos pessoais de obediência e proteção entre os mais poderosos e os mais fracos
(suserania e vassalagem; pacto de servidão);
- Uso generalizado do trabalho servil no campo;
- Declínio das atividades comerciais urbanas e fortalecimento da vida rural.

Poder político no Feudalismo


Durante o período feudal, o poder político estava nas mãos dos nobres. Eles estabeleciam laços de fidelidade
através da concessão de feudos. O feudo poderia ser uma extensão de terra, um castelo, uma quantia em
dinheiro ou o direito de cobrar taxas sobre uma região. Havia duas categorias principais de nobres nesse
arranjo político:
- Suserano (ou senhor) – Era o nobre que concedia o feudo; Ele tinha o dever de proteger seus
vassalos de invasões. Podia reaver o feudo, caso o vassalo não deixasse herdeiros.
- Vassalo – Era o que recebia o feudo em troca de fidelidade e prestação de serviços (geralmente
militares). Devia prestar serviço militar ao suserano, integrando suas tropas.
Sociedade Feudal
A sociedade feudal era dividida em três ordens: Nobres, Clero e Servos. Cada uma dessas camadas da
sociedade possuía um papel específico na mesma.
- Nobres (os que guerreiam) – Donos de terras e guerreiros. Em tempos de paz, dedicavam-se à
caça e aos torneios esportivos que serviam de treino para a guerra. A “alta nobreza” eram os
príncipes marqueses e condes e a “baixa nobreza” era formada por viscondes, barões e cavaleiros.
- Clero (os que oram) – eram os dirigentes da Igreja Católica que possuíam grande influência na
sociedade, funcionando como elemento cultural de coesão entre as partes.
- Camponeses (os que trabalham) – eram a maioria da população, que não possuíam vínculos com
a nobreza (plebeus). Eram os colonos que trabalhavam de modo a abastecer a sociedade com
alimentos. Poderiam ser servos, que estavam presos à terra do senhor feudal, escravos que podiam
ser comprados e vendidos e vilões, que eram livres e podiam migrar entre os feudos para buscar
trabalho ou fazer um comercio incipiente.
Economia Feudal
A economia feudal era basicamente agrária. Era uma produção de subsistência, feita no senhorio (terras do
senhor feudal). O trabalho, em si era feito pelo camponês que, quando era um servo, tinha uma relação de
dependência e fidelidade com o Senhor Feudal.
Senhorio
O Senhorio era uma posse de um Senhor Feudal que produzia o necessário para a sobrevivência dos seus
moradores e, em alguns casos, poderia fazer trocas com outros senhorios. Dividia-se da seguinte forma:
- Terras Comunais – bosques e pastos de uso comum, para extração de madeira, coleta de frutos e
pastoreio. Era o local onde os nobres caçavam.
- Terras Senhoriais – terras exclusivas do Senhor Feudal, onde toda a produção era exclusivamente
dele.
- Mansos Servis – Terras utilizadas pelos servos, onde cultivavam sua alimentação e retiravam
recursos para seu trabalho.
Servidão
Quando o camponês se tornava um servo, ele passava a ter algumas responsabilidades para com o senhor
feudal, em troca de sua proteção e uso da terra. Eram as principais:
- A corveia – obrigação do servo de trabalhar alguns dias na semana nas terras senhoriais;
- A talha – era a parte que eles deviam entregar de sua produção pessoal para o senhor feudal;
- A banalidade – era um pagamento de uma taxa pelo uso das ferramentas e equipamentos do
senhorio (fornos, celeiros, moinhos etc.).

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