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História

Feudalismo Por Lara Alecrim


Turma: 101

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O fim das conquistas territoriais romanas resultou na falta de mão de obra
escrava e assim houve uma substituição e se instaurou uma nova relação de
servidão que se baseava na distribuição de lotes de terra aos servos (escravizados
“libertados”). Denominado colonato, um rendeiro deveria pagar uma renda
periódica pela área de terra que recebia. Os agricultores mesmo não escravizados
eram ligados ao trabalho no campo.
Então o colonato se fundiu aos costumes dos germânicos, surgindo o Feudalismo,
fundamentado na propriedade de terra e na vassalagem e servidão:
A servidão consistia na relação entre o senhor e o servo que ao receber o pedaço
de terra poderia gozar dela, mas deveria reconhecer que a terra era do seu
senhor, já a vassalagem consistia em uma dependência política que ligava um
nobre ao seu senhor por meio de uma homenagem a qual o nobre comprometia a
ser fiel ao seu senhor e sempre combater ao lado dele e prestar qualquer tipo de
ajuda, e um ritual chamado investidura (o senhor entregava simbolicamente a
terra ao vassalo).
As sociedades não eram socialmente igualitárias e as propriedades de terra eram
o principal fator para essa desigualdade; elas definiam a organização social.
Três ordens formavam a sociedade feudal o que definiu a sua hierarquia. Eram os:
bellatores eram os cavaleiros e senhores, que lutavam, participavam de duelos e
eram do âmbito militar, estes defendiam os oratores e laboratores que eram
servos camponeses, pastores e agricultores ou servos, que faziam o trabalho
braçal e compunham a maioria da sociedade feudal, estes trabalhavam tanto
para bellatores quanto oratores que por sua vez rezavam pelos bellatores e
laboratores, são religiosos, constituído por uma hierarquia: papa e bispos no topo
que eram bastante influentes politicamente.
- O feudo era composto por:
Castelo: moravam o senhor feudal e sua família.
Manso sensorial: terra do senhor feudal a qual os servos trabalhavam e a faziam
produzir. Os servos deveriam trabalhar entre dois e quatro dias da semana.
Casa dos servos: Formavam pequenas aldeias e geralmente eram construídas
próximo a rios para consumo próprio e dos rebanhos de animais.
Manso servil: terra que os servos plantavam alimentos para si, mas deveriam
entregar parte da produção ao senhor.
Terras comunais: áreas de florestas para coletar alimentos, criar animais, caçar e
etc.
Igreja: os habitantes do feudo participavam de cerimônias religiosas como missas.
Os habitantes de alguns feudos tinham a obrigação de pagar o dízimo.
Existiam obrigações e dependências também:
Banalidade: pagamento feito pelo servo para utilizar itens que pertenciam ao
senhor feudal.
Corveia: trabalho obrigatório que o servo prestava ao senhor.
Capitação: importo cobrado por servo habitante do feudo.
Talha: parte da produção do servo que era entregue ao senhor.
Taxa da mão-morta: quando o servo de uma porção de terra morria, seus filhos
pagavam uma taxa para morar no feudo.
Os senhores deveriam garantir a segurança do servo ao qual era obrigado a
prestar serviço militar e hospitalidade ao seu senhor.
Algumas características do antigo Império perderam sua importância, como as
cidades que com sua decadência, por alguns fatores, como a chegada dos
“bárbaros”, abandono dos centros urbanos e fragmentação do poder político fez
com que essas cidades perdessem sua importância, sendo convertidas em centros
religiosos. A moeda também não havia necessidade de ser usada, já que os feudos
eram praticamente autossuficientes com trocas diretas ou escambo, que
correspondiam à permuta de grãos, carnes defumadas, diversas matérias primas e
etc.

Igreja Católica.
A aproximação entre os francos e a Igreja Católica fortaleceu o poder dessa
instituição, pois a conquista de territórios aumentou o número de fiéis,
consequentemente as doações e terras da Igreja aumentaram. Portanto o poder
espiritual da Igreja estava ligado ao seu poder material, se tornando uma das
instituições mais poderosas.
Por muito tempo o catolicismo conviveu com o paganismo germânico (com feitiços
e oferendas a demônios), mas em busca de hegemonia, as práticas pagãs foram
consideradas heresias (contrariavam os dogmas cristãos), então os hereges (quem
ia contra - pagãos por exemplo-) foram perseguidos durante a Idade Média. Os
clérigos assumiram destaque social, logo a Igreja podia recolher impostos, tinham
autoridade para conduzir certos julgamentos e excomungar cristãos
desobedientes.

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