Você está na página 1de 2

HISTÓRIA DO BRASIL

A História do Brasil é compreendida desde o Período Pré-Cabralino, ou seja, antes da chegada dos portugueses, até
a Nova República. É permeada por revoltas, golpes e outros graves acontecimentos, com breves hiatos
democráticos. O país passou por três regimes: colônia, império e república.

Resumo sobre a História do Brasil

 Pré-Cabralino: para estudos do Brasil antes de Cabral, as principais fontes são arqueológicas. São
observados diversos povos habitando o Brasil antes dos portugueses, vindos da Oceania, Ásia e África,
principalmente.
 Período Pré-Colonial (1500-1530): o Brasil pré-colonial (1500 a 1530) foi marcado pela chegada dos
portugueses e uma economia pautada na exploração do pau-brasil, com uso de mão de obra indígena.
 Brasil Colônia (1530-1815): corresponde aos anos de 1500 (chegada de Cabral) a 1822 (independência).
Foi marcado pelas capitanias hereditárias, ocupações holandesas e de outras nações estrangeiras. A
economia era voltada para a monocultura da cana-de-açúcar e para o ciclo do ouro.
 Brasil Império: Se inicia em 7 de setembro de 1822, com a independência, e acaba em 15 de novembro de
1889. É dividido em Primeiro Reinado, Período Regencial e Segundo Reinado.
 Brasil República: Desde 1889 aos dias atuais, o Brasil vive em um regime republicano, que passou por
diversas fases, como República Velha, Era Vargas, Quarta República, Ditadura Militar e Nova República.

Pré-Cabralino
Todas essas teorias existem porque pôde-se verificar, na Arqueologia, dois grandes grupos: um com características
negroides (provavelmente vindo da África), que teria chegado antes, e outro que se assemelha a aborígenes da
Oceania. Há ainda um terceiro grupo, que chegou bem depois, com aparência asiática, e seria o responsável pelo
povoamento de boa parte da América Latina e originário de grupos étnicos atuais.

O fóssil mais antigo descoberto no Brasil é o de Luzia, que data de, possivelmente, 11 mil anos atrás. Foi encontrado
na década de 1970, em Minas Gerais. Existem ainda pinturas rupestres de 3 a 10 mil anos localizadas no Rio Grande
do Norte e de 12 mil anos no Piauí.

Sabe-se que esses povos foram capazes de desenvolver agricultura, escrita, arte, engenharia e organizações sociais
e políticas em toda a América, dividida entre Mesoamérica e região andina. Porém, antes desse desenvolvimento,
viviam da subsistência, ou seja, caça, coleta e pesca. Tais coletores-caçadores teriam habitado quase todo o
território brasileiro, caçavam grandes animais (de acordo com evidências encontradas de artefatos específicos para
a atividade) e viviam em grupos dentro de cavernas.

No entanto, na região Sul, nos estados onde hoje são Rio Grande do Sul e Santa Catarina, foram encontrados
vestígios (de cerca de 4 mil anos) de plantações de milho, indicando uma possível sedentarização e organização
social. Foram descobertas também marcas de casas subterrâneas e cerâmicas das populações Xokleng.

Já os tupis-guaranis têm vestígios arqueológicos registrados de 900 anos atrás. Possivelmente, migraram da
Amazônia e se fixaram em regiões banhadas pelo mar.

Na região amazônica, há sinais, de pelo menos 5 mil anos atrás, de objetos feitos de pedra e cerâmica, que deram
origem à cultura Santarém e Marajoara (hoje, cidades e regiões do estado do Pará). De São Paulo, Mato Grosso,
Goiás, litoral da Bahia até o Rio Grande do Norte, foram descobertos objetos para preparo de alimentos anteriores
ao século VIII.

Antes da chegada europeia, os povos tupis-guaranis estavam se expandindo, derrotando os agrupamentos nômades
e ocupando quase todo o litoral. Embora ainda mantenham suas tradições e cultura resistentes, boa parte dessas
etnias começou a ser dizimada após a chegada dos portugueses.

Período Pré-Colonial (1500-1530)


O Brasil pré-colonial, ou seja, de 1500 a 1530, foi marcado pela chegada dos portugueses e uma economia pautada
na exploração do pau-brasil, com uso de mão de obra indígena.

Portugal não tinha, nos primeiros 30 anos, uma política efetiva para a colonização e ocupação brasileira. Foram
instaladas feitorias (locais fortificados em portos que serviam como entrepostos comerciais para escoamento do
que era retirado nas colônias) apenas em alguns pontos do litoral — onde hoje estão os estados do Rio de Janeiro,
Bahia e Pernambuco —, assim como já era feito na África.

Pedro Álvares Cabral chegou aqui com 13 caravelas. Inicialmente, dizia-se que pretendia chegar às Índias, mas
desviou, vindo parar no Brasil. Essa hipótese tem sido refutada por muitos historiadores, que afirmam que havia
intencionalidade na expedição cabralina, afinal portugueses e espanhóis estavam em plena disputa pelas expansões
marítimas no período.

No entanto, os interesses econômicos de Portugal no Brasil não eram grandes. O pau-brasil aqui coletado era
utilizado somente para fabricação de tintas e correspondia a menos que 3% de todas as atividades comerciais
portuguesas.

Os indígenas retiravam a madeira e levavam até os portos. Em troca, recebiam objetos variados sem muito valor.
Essa prática era chamada de escambo.

Apenas a ameaça de invasões de outros países em território brasileiro fez com que Portugal começasse a despender
maiores atenções ao Brasil. Assim, em 1534, foram criadas as capitanias hereditárias.

Brasil Colônia (1530-1815)


O período colonial brasileiro corresponde aos anos de 1500 (chegada de Cabral) a 1822 (independência) e é o maior
da história do país. A partir de 1534, foram instaladas no Brasil as capitanias hereditárias, porções de terra dadas a
nobres portugueses pelo próprio rei Dom João VI. Esse sistema foi implantado por Martim Afonso de Souza, que
montou a primeira expedição com esse intuito ao Brasil. Economicamente, marca-se, também nesta data, o fim do
ciclo de exploração do pau-brasil, que foi substituído pela cana-de-açúcar como modelo exploratório da colônia.

As capitanias que prosperaram foram apenas as de Pernambuco e São Vicente (atual São Paulo). As demais não
deram certo, o que levou a Coroa portuguesa a pensar em uma nova forma de administração, o Governo-Geral,
comandado inicialmente por Tomé de Sousa, depois Duarte da Costa e, por fim, Mém de Sá.

O principal objetivo desse governo era conter as revoltas indígenas, principalmente dos tamoios, que, aliados aos
franceses — que não tinham reconhecido o Tratado de Tordesilhas, firmado entre Portugal e Espanha —,
promoveram grandes levantes contra o poder colonial. A França, posteriormente, ainda tentou outras ocupações,
como a do Maranhão, na década de 1590, da qual saiu derrotada quase um século depois, em 1695.

Houve ainda a ocupação holandesa no território de Olinda, Pernambuco, que gerou batalhas, como a dos
Guararapes, e guerras, como a dos Mascates. Essas invasões de outras nações estrangeiras, além das portuguesas,
marcaram todo o período colonial, sendo uma de suas principais características.

O Governo-Geral, que tinha como alvo o controle das insurreições internas e externas, contou, para tal missão, com
o apoio da Companhia de Jesus, grupos de religiosos conhecidos como jesuítas que vinham para catequizar
indígenas, tornando-os mais adaptados à cultura e ao trabalho imposto por Portugal. Essa forma de governo durou
até 1808, com a vinda da família real para o Brasil.

Você também pode gostar