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Por volta do século VII, a Cordilheira dos Andes foi palco do desenvolvimento das
civilizações chimu, tiahuanaco e huari. Quase quinhentos anos depois, a reunião desses
povos que ocupavam a região seria correspondente ao vasto Império Inca, administrado
na cidade de Cuzco. Antes da chegada dos espanhóis, os incas formaram um Estado de
caráter expansionista, que alcançou regiões que iam do Equador até o Chile, e abrigava
cerca de seis milhões de pessoas.
Estes três povos eram sedentários e viviam em cidades onde havia templos, palácios,
mercados e casas. Embora sejam muito diferentes entre si, podemos destacar algumas
características comuns das sociedades pré-colombianas.
A agricultura era a base de sua economia e plantavam milho, batata e abóbora, entre
outros. Praticavam o artesanato, especialmente a cerâmica, mas também faziam peças
de metais.
Igualmente, davam importância à vestimenta, na qual existia uma distinção muito clara
entre as roupas dos nobres e as das pessoas comuns.
Maias
No entanto, o que mais nos chama atenção nos maias é sua impressionante arquitetura.
Até hoje sobrevivem pirâmides onde se ofereciam sacrifícios humanos e de animais.
Estas construções eram ricamente decoradas com estátuas de animais e símbolos
diversos.
Como eram excelentes astrônomos, criaram calendários onde podiam conhecer as datas
dos eclipses e estações do ano. Tudo isso era fundamental para a realização das
atividades agrícolas e dos rituais aos seus deuses.
Astecas
Os astecas viviam, originalmente, no norte do atual México.
Imigraram para o centro deste território e foram submetendo vários povos e, em 1325,
se estabeleceram no meio do planalto mexicano onde construíram sua capital,
Tenochtitlan, no centro de um lago. Esta cidade se tornou o centro do grande império e
impressionou aos espanhóis com suas ruas largas e limpas.
O povo asteca se organizava como um verdadeiro império e cobrava tributos dos povos
subjugados. Cultivavam amendoim, milho, tomate, cacau (para fazer chocolate), feijão,
abóbora, pimenta, melão, abacate e comercializavam artesanato com as populações
vizinhas.
Incas
Viveram na região onde estão os atuais Peru, Equador, parte do Chile e da Argentina.
Plantavam milho, bata e coca, e domesticaram animais como a lhana da qual obtinha lã,
leite, carne, além de ajudar na carga de mercadorias.
Tanto os incas como os astecas também cobravam impostos dos povos que haviam
conquistado. Igualmente, as famílias deveriam mandar os filhos (ou as filhas) para
servir ao imperador.
mão de obra africana também foi utilizada nos EUA, na América do Norte, sobretudo
nas plantações de algodão, nos séculos XVIII e XIX, sendo abolida em 1863.
Dessa forma, principalmente entre 1540 até por volta de 1570, a população indígena foi
subjugada e escravizada, sendo utilizada na extração do pau-brasil, no trabalho agrícola
e em demais tarefas.
Entretanto, diversos fatores contribuíram para que essa força de trabalho fosse
substituída. Dentre eles a intensa mortalidade em decorrência de epidemias adquiridas
dos brancos e o fato dessas populações serem difíceis de dominar por conhecerem o
território e as florestas.
A escravidão da população africana foi uma maneira lucrativa que Portugal encontrou
de suprir a mão de obra no Brasil.
Desse modo, indivíduos de diversas etnias foram trazidos ao Brasil através do tráfico
negreiro, em navios abarrotados de pessoas em condições desumanas.
Chegando aqui, essas pessoas eram vendidas com o objetivo de trabalharem nas mais
variadas funções.
escravidão no Brasil teve início a partir de 1530, época em que os portugueses iniciaram
o processo de colonização do país. A escravização pelos portugueses se deu como
solução para atender a demanda de mão de obra na lavoura.
Nesse sentido, em um primeiro momento foram escravizados os povos indígenas
(séculos XVI e XVII), que foram substituídos pelos africanos, que chegavam ao Brasil
em grandes navios negreiros.
A saída encontrada pelos europeus foi escravizar primeiramente os povos indígenas, que
já habitavam o Brasil antes da chegada dos portugueses e suas embarcações. A
escravidão acabou se tornando um negócio lucrativo para as nações europeias, que
encheram navios negreiros da África.
O uso de escravos africanos aconteceu por mais de 300 anos, em um número total de
quase 5 milhões de africanos desembarcaram no Brasil para trabalhar em lavouras de
cana-de-açúcar. A jornada de trabalho chegava às 20 horas diárias em condições
precárias e com muita violência.
Era bastante comum que durante o trabalho, os escravos perdessem mãos e braços, além
de queimaduras. Sua alimentação era muito pobre e, para complementá-la, eles
cuidavam de pequenas plantações cultivadas por eles.
Durante a escravidão no Brasil, cada engenho chegava a ter cerca de 100 escravos.
Nesse sentido, após o trabalho eles eram reunidos na senzala, lugar de onde não
poderiam escapar. O tratamento violento que recebiam incluía o uso de correntes (para
que não fugissem) e de máscaras.
Todavia, escravos que fugissem acabavam presos e chicoteados em troncos (às vezes
até a morte). Como forma de punição, muitos eram condenados à morte por
envenenamento, queimados e, também, enforcados.
Nesse sentido, o fim da escravidão no Brasil foi uma conquista possível por protestos
populares e engajamento da sociedade, além da resistência dos escravos e não uma
vontade da monarquia.