Você está na página 1de 5

Os povos pré-colombianos impressionam pela riqueza de suas culturas.

O processo de descoberta do continente americano representou para os europeus o


contato com um mosaico de culturas bastante peculiar. Mais do que se encantaram com
o passível exotismo dos nativos, as tripulações do Velho Mundo deram de frente com
civilizações complexas. Muitas dessas sociedades conheciam a escrita, desenvolveram
sistemas matemáticos, possuíam calendários de enorme precisão e construíram centros
urbanos mais amplos que as cidades da Espanha.

Por volta do século VII, a Cordilheira dos Andes foi palco do desenvolvimento das
civilizações chimu, tiahuanaco e huari. Quase quinhentos anos depois, a reunião desses
povos que ocupavam a região seria correspondente ao vasto Império Inca, administrado
na cidade de Cuzco. Antes da chegada dos espanhóis, os incas formaram um Estado de
caráter expansionista, que alcançou regiões que iam do Equador até o Chile, e abrigava
cerca de seis milhões de pessoas.

Estes três povos eram sedentários e viviam em cidades onde havia templos, palácios,
mercados e casas. Embora sejam muito diferentes entre si, podemos destacar algumas
características comuns das sociedades pré-colombianas.

As sociedade pré-colombianas eram extremamente hierarquizadas com o imperador no


topo da hierarquia, seguido pelos sacerdotes, chefes militares, guerreiros e camponeses
que cultivavam a terra.

A agricultura era a base de sua economia e plantavam milho, batata e abóbora, entre
outros. Praticavam o artesanato, especialmente a cerâmica, mas também faziam peças
de metais.

Igualmente, davam importância à vestimenta, na qual existia uma distinção muito clara
entre as roupas dos nobres e as das pessoas comuns.

Por fim, outra característica das sociedades pré-colombianas é o politeísmo. Vários


deuses ligados ao ciclo da vida eram cultuados em cerimônias que incluíam procissões e
sacrifícios de humanos e animais.

Maias

Os maias se estabeleceram onde atualmente é o sul do México, Guatemala, Belize e


Honduras. Cultivavam algodão, milho, tabaco e desenvolveram um sofisticado sistema
numérico.

No entanto, o que mais nos chama atenção nos maias é sua impressionante arquitetura.
Até hoje sobrevivem pirâmides onde se ofereciam sacrifícios humanos e de animais.
Estas construções eram ricamente decoradas com estátuas de animais e símbolos
diversos.

Como eram excelentes astrônomos, criaram calendários onde podiam conhecer as datas
dos eclipses e estações do ano. Tudo isso era fundamental para a realização das
atividades agrícolas e dos rituais aos seus deuses.

Astecas
Os astecas viviam, originalmente, no norte do atual México.

Imigraram para o centro deste território e foram submetendo vários povos e, em 1325,
se estabeleceram no meio do planalto mexicano onde construíram sua capital,
Tenochtitlan, no centro de um lago. Esta cidade se tornou o centro do grande império e
impressionou aos espanhóis com suas ruas largas e limpas.

O povo asteca se organizava como um verdadeiro império e cobrava tributos dos povos
subjugados. Cultivavam amendoim, milho, tomate, cacau (para fazer chocolate), feijão,
abóbora, pimenta, melão, abacate e comercializavam artesanato com as populações
vizinhas.

Os astecas também aproveitavam as guerras para capturar bravos guerreiros e assim


oferecê-los aos deuses em rituais religiosos.

Incas

Viveram na região onde estão os atuais Peru, Equador, parte do Chile e da Argentina.

Os incas submeteram vários povos e estabeleceram uma rede de impostos e


contribuições de trabalho que atingia todo império. Registravam a cobrança de tributos
e acontecimentos num sistema denominado quipo. Este consistia em uma série de fios
coloridos onde eram feitos nós de 1 até 9.

Plantavam milho, bata e coca, e domesticaram animais como a lhana da qual obtinha lã,
leite, carne, além de ajudar na carga de mercadorias.

Assim como os demais povos pré-colombianos, os incas eram politeístas e honravam a


natureza. Para isso realizavam cerimônias grandiosas a cada mudança de estação que
incluíam procissões, músicas, sacrifícios de animais e humanos.

Economia dos povos pré-colombianos


A base da economia dos povos pré-colombianos era a agricultura. Para isso, no caso dos
incas, desenvolveram um sofisticado sistema de irrigação e de cultivo por “andares” .
Os astecas, por sua vez, aprenderam a aterrar e fazer locais de plantios em pleno lago,
em locais que recebiam o nome de "chinampas".

Tanto os incas como os astecas também cobravam impostos dos povos que haviam
conquistado. Igualmente, as famílias deveriam mandar os filhos (ou as filhas) para
servir ao imperador.

Em contrapartida, os camponeses tinham direito a um terreno de acordo com o tamanho


de sua família. Na época de fome ou peste, podiam servir-se das reservas de grãos
fornecidas pelo imperador. Por isso, estas sociedades não conheceram a fome ou a
miséria.

Escravidão nas Américas e no Brasil


O sistema escravista estendeu-se para além da antiguidade e se desenvolveu em diversas
regiões.

A escravidão moderna se inicia com a descoberta das Américas e colonização deste


continente por portugueses, espanhóis, ingleses, franceses, holandeses e suecos. Foi a
primeira vez na história em que a justificativa para a dominação de pessoas foi a
motivação racial.

Assim, nos territórios colonizados do continente americano, a escravidão foi uma


realidade independente do país europeu que o ocupou. Inicialmente com a escravização
dos povos originários e, posteriormente, com a vinda de milhares de africanos, que
foram arrancados à força de seus locais de origem.

mão de obra africana também foi utilizada nos EUA, na América do Norte, sobretudo
nas plantações de algodão, nos séculos XVIII e XIX, sendo abolida em 1863.

Escravidão indígena em território brasileiro

No Brasil, quando os portugueses desembarcaram, em 1500, iniciou-se um movimento


de aproximação e dominação dos povos indígenas que aqui viviam.

Dessa forma, principalmente entre 1540 até por volta de 1570, a população indígena foi
subjugada e escravizada, sendo utilizada na extração do pau-brasil, no trabalho agrícola
e em demais tarefas.

Entretanto, diversos fatores contribuíram para que essa força de trabalho fosse
substituída. Dentre eles a intensa mortalidade em decorrência de epidemias adquiridas
dos brancos e o fato dessas populações serem difíceis de dominar por conhecerem o
território e as florestas.

Escravidão africana no Brasil Colônia

A escravidão da população africana foi uma maneira lucrativa que Portugal encontrou
de suprir a mão de obra no Brasil.

Desse modo, indivíduos de diversas etnias foram trazidos ao Brasil através do tráfico
negreiro, em navios abarrotados de pessoas em condições desumanas.

Chegando aqui, essas pessoas eram vendidas com o objetivo de trabalharem nas mais
variadas funções.

Eles trabalhavam tanto nas lavouras de cana-de-açúcar e café, quanto na mineração,


construções, serviços domésticos e urbanos. Além disso, os castigos eram frequentes e
faziam parte da estrutura de dominação.

escravidão no Brasil teve início a partir de 1530, época em que os portugueses iniciaram
o processo de colonização do país. A escravização pelos portugueses se deu como
solução para atender a demanda de mão de obra na lavoura.
Nesse sentido, em um primeiro momento foram escravizados os povos indígenas
(séculos XVI e XVII), que foram substituídos pelos africanos, que chegavam ao Brasil
em grandes navios negreiros.

O processo de escravidão no Brasil acabou em 1888, quando a Lei Áurea aboliu a


prática em território brasileiro. Após 130 anos da abolição da escravatura, nosso país
ainda lida com situações que nos remontam a escravidão, como o preconceito, o
racismo e a violência contra os negros.

Origem da escravidão no Brasil


A escravidão no Brasil se inicia em 1530, época em que os portugueses decidiram
colonizar de fato o novo território na América. No período pré-colonial, a principal
atividade por aqui era a exploração do pau-brasil, feita por indígenas (por escambo).

Nesse sentido, em 1534 os portugueses criaram o sistema das capitanias hereditárias e


impulsionaram o cultivo de cana-de-açúcar e a criação de engenhos. Os portugueses
precisavam de mão de obra, uma vez que não estavam interessados no trabalho pesado.

A saída encontrada pelos europeus foi escravizar primeiramente os povos indígenas, que
já habitavam o Brasil antes da chegada dos portugueses e suas embarcações. A
escravidão acabou se tornando um negócio lucrativo para as nações europeias, que
encheram navios negreiros da África.

Mão de obra indígena


Até meados do século XVII, a principal fonte de mão de obra usada pelos portugueses
vinha dos indígenas. Essa escravização era mais barata para os bolsos do colonizador,
entretanto se mostrou cheia de problemas e bastante tumultuada.

Os indígenas não estavam acostumados ao trabalho contínuo e, por isso, se mostraram


bastante arredios. Outro ponto que atrapalhou o processo de escravização dos indígenas
foram os conflitos com os jesuítas, contrários à escravização.

O uso de escravos africanos aconteceu por mais de 300 anos, em um número total de
quase 5 milhões de africanos desembarcaram no Brasil para trabalhar em lavouras de
cana-de-açúcar. A jornada de trabalho chegava às 20 horas diárias em condições
precárias e com muita violência.

Era bastante comum que durante o trabalho, os escravos perdessem mãos e braços, além
de queimaduras. Sua alimentação era muito pobre e, para complementá-la, eles
cuidavam de pequenas plantações cultivadas por eles.

Durante a escravidão no Brasil, cada engenho chegava a ter cerca de 100 escravos.
Nesse sentido, após o trabalho eles eram reunidos na senzala, lugar de onde não
poderiam escapar. O tratamento violento que recebiam incluía o uso de correntes (para
que não fugissem) e de máscaras.
Todavia, escravos que fugissem acabavam presos e chicoteados em troncos (às vezes
até a morte). Como forma de punição, muitos eram condenados à morte por
envenenamento, queimados e, também, enforcados.

Como forma de resistência à escravidão no Brasil, os escravos agiam com


desobediência e alguns tramavam fugas individuais e coletivas. Eles também
começaram a se organizar em comunidades, conhecidas como quilombos.

Fim da escravidão no Brasil


O Brasil foi o último país do continente americano a abolir a escravidão. Por aqui, essa
prática acabou somente com a aprovação da Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel,
em 13 de maio de 1888.

Nesse sentido, o fim da escravidão no Brasil foi uma conquista possível por protestos
populares e engajamento da sociedade, além da resistência dos escravos e não uma
vontade da monarquia.

Você também pode gostar