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O aparelho burocrático

– Nos séculos XVII e XVIII, os reis portugueses criaram uma nova organização do


aparelho do Estado, tendo como base a centralização do poder.
– O regime absolutista fez uma reforma na estrutura administrativa, com a criação de
novos órgãos e a redefinição de funções nos órgãos existentes;
– Em Portugal, a reestruturação burocrática ficou dividida da seguinte forma:
• No Século XVII, após o domínio filipino, D. João IV teve a necessidade
de reestruturar os órgãos da administração central:
→ Secretário de Estado;
→ Secretarias das Mercês e expediente, da Assinatura;
→ Conselhos: da Guerra, de Estado, da Fazenda, Ultramarino;
→ Junta dos três Estados;
→ Tribunais: do Desembargo do paço, Casa da Suplicação, Relação do Porto, Mesa da
Consciência e Ordens.
• No Século XVIII, o absolutismo estava no seu auge e o Rei D. João V remodelou as
secretarias criadas por D. João IV e rodeou-se de colaboradores de confiança:
→ Secretários de estado do reino da confiança pessoal do monarca;
→ Reforma das secretarias: Secretaria de Estado dos Negócios Interiores do Reino,
Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, Secretaria de estado da
Marinha e dos Domínios Ultramarinos;
→ Conselhos, juntas e tribunais, mantêm-se os mesmos.

Sociedade e poder em Portugal: preponderância da nobreza fundiária e


mercantilizada

– Com a restauração da independência, em 1640, por iniciativa da nobreza, foi


concedida a esta ordem um papel importante na sociedade com o reforço dos cargos de
governação, na administração ultramarina e no comércio;
– Com a passagem do comércio para a nobreza, a burguesia fica debilitada e vai perder
importância na sociedade da época. Desta forma, a burguesia começa a mostrar algumas
debilidades pois as atividades mercantis ficam concentradas nas mãos da coroa e da
nobreza e tem início a perseguição aos judeus e cristãos-novos pela Inquisição (os
judeus eram comerciantes muito importantes na época, devido ao poder económico e as
ligações com o Norte da Europa);
– A organização do império colonial e do comércio colonial ficou entregue aos nobres
que desempenhavam altos cargos administrativo-militares, o que levou um aumento da
riqueza da nobreza;
– Cavaleiro-mercador: figura que surge com a nobreza mercantilista e que tem como
função investir os lucros do comércio, não em atividades ligadas ao comércio, na
aquisição de terras e bens para proveito próprio;
– No período absolutista, o rei e a nobreza foram um grande entrave à entrada da
iniciativa privada no comércio e teve como consequência o atraso económico e social
do reino.

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