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No século XIV, a Europa Ocidental foi afetada por uma crise generalizada,
que trouxe fome, epidemias, revoltas e guerras, no campo e nas cidades,
abalando profundamente o sistema feudal.
Durante séculos, os diversos reinos cristãos que ocupavam o território espanhol (reinos
de Leão, Castela, Navarra e Aragão) lutaram pela expulsão dos muçulmanos da
península Ibérica. A partir do século XIII, só havia na Espanha dois grandes reinos
fortes e em condições de disputar a liderança cristã da região:O de Castela e o de
Aragão.Em 1469, a rainha Isabel, de Castela, casou-se com o rei Fernando, de Aragão.
O casamento de Fernando e Isabel unificou politicamente a Espanha. A partir desse
momento, os espanhóis intensificaram as lutas contra os árabes, que ainda ocupavam a
cidade de Granada, na parte sul do país. Após a completa expulsão dos árabes, o poder
real se fortaleceu e, com a ajuda da burguesia, a Espanha também se lançou às grandes
navegações marítimas pelo Atlântico.
com a crise do feudalismo e a reforma protestante,favorreceu na Europa o início do
fortalecimento do poder central por meio das monarquias nacionais, apontando para a
organização do Estado moderno, O processo de formação desse Estado foi bastante
contraditório, tornando difícil sua definição. Na realidade ele refletia um longo período
de transição, em que forças políticas e sociais renovadoras (como a burguesia) pro-
curavam seu espaço político e outras lutavam para manter o poder e seus privilégios
(nobreza).O poder centralizado também interessava ao rei, que procurava contra-por-se
aos poderes locais e fortalecer-se politicamente para não se submeter à autoridade da
Igreja e sua tendência universalista (que impõe sua autoridade considerando o conjunto
de suas idéias, convicções e valores como universais, não aceitando outros). Por isso,
estabeleceu-se uma aliança entre reis e burguesia, direcionada para a formação das
monarquias nacionais. Para concretizá-la era preciso organizar uma burocracia política e
administrativa e um exército nacional, tarefa que seria financiada, por meio de
impostos, pelos ricos banqueiros e comerciantes. Eles se tornaram, na prática, patronos
do Estado e, em troca, receberam concessões comerciais alfandegárias; sobretudo,
através das monarquias nacionais, obtinham a legitimação e o zelo da nova ordem
sócio-econômica.