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O tempo em que o mundo tinha a nossa idade!

I
Contudo fomos muito felizes, onde sonhar era a nossa maior defesa, na imaginação éramos
capazes de sentir os prazeres e sensações, que tínhamos como o nosso suporte, em que
imaginávamos de como seria a nossa vida. E de como seria a fase adulta e ao olho da vida
Nós estavam cegos. Assim foi o início da infância, mas lembro-me da sentada que tivemos
com minha mãe que foi num dia desses, e tive o prazer de saber de certas realidades.

Em que nunca imaginei que disseram-me de como fui emprenhada, disse-me que foi no dia
tão normal, nas horas exactas, como um anjinho chega mundo. a quando a minha chegada
ela, recebeu-me em seus braços e exclamou dizendo que presente tão lindo que Deus me deu,
tão pura e ingénua a vida. Naquele momento percebendo que não existe o momento certo ou
a hora exacta as coisas quando acontece é porque o momento oportuno.

Lembro-me como se fosse ontem que numa tarde estávamos numa varanda, não me vem em
a mente de como ficamos reunidos, apenas do nada estávamos, como a temperatura do
Maputo que muda daqui para ai, assim estávamos nos reunidos e do nada.

No dia a temperatura auspicioso, quando para ela e escutando com muita atenção e
delicadeza, os meus irmãos muitos felizes o dia era cheio de bênçãos. E pra piorar a chuva
demasiada que não parava, meus irmãos todos mergulhados normalmente aproveitando água
da chuva que é doce e fresca.

Na nossa idade era algo normal independentemente do que água iria nos causar. Poderíamos
ficar brincando a tarde toda. Contudo só poderíamos sair com o apelo de mamã caso quisesse
mandar-nos e se dependesse de nos nunca sairíamos da água era adorávamos fazer as nossas
brincadeiras de lançamento de água um ao outro, tão comovente de referir que digo que era
um momento profundo e agradável de se sentir e viver.

Saberá do que digo se viveu e sei que é tão bom de se viver e também me dará a razão por
não saber dar uma explicação daquilo que senti naqueles momentos apenas só vivendo que se
saberá no qual riamos da desgraça doutro de lhe ver a tentar tirar a água do olho. No entanto,
imagino a brincadeira que tive com laica, numa dessas épocas em que brincávamos de se
lançar a agua e naquela brincadeira acabei por juntar com areia sem me apercebendo lancei a
ela e a brincadeira acabou mal, se zangou e paramos de brincar durante todo dia. Tentando
reconciliar-me achava que fizera de propósito.

- Amiga desculpa-me!
Em todo caso você fez de propósito, sabia que água a qual lançaste continha areia. Contudo,
não irei brincar mais contigo, não sabes brincar! Afastando-se com medo de receber uma
bofetada de mão levemente facilmente poderia.

No certo mês, sensivelmente todos os dias a chuva caia, saboreávamos a água lembrando-se
daquele dia em que avia lançado areia, que não esquecera nunca, existem coisas que fizera
em algum momento, que são eternas que por mais que tentemos explicar a outra parte não vai
entender, se não quiser. Conversa é valida quando um houver entendimento, nada valera
apenas se que as duas partes não se entendam.

-Amiga esquece!

Sabe aquilo doeu muito, meu olho quando vê a chuva caindo lembro-me daquele dia.

- Mas laica! Coisas passadas devem colocar para trás, se ficas apegada ele nunca iras
progredir.

Hum, esta bem! Respondia com ironia. De granizo mais divertido saindo com shorts sem
nenhuma vergonha apanhado os granizos e colocando na blusa, na altura nada importava se
alguém estivesse passando, apenas a diversão e aproveitar o ensejo de cada dia da inocência.

II

Nunca imaginando estar daquele jeito, não a habitual. Pois uma das formas exageradas
sedentas do saber é fazendo questões, Ao de redor da fogueira escutando os belicismos
contos do tempo em que o mundo tinha a nossa idade, a nossa rotina da volta da fogueira, o
momento recreativo de aprendizado, apelida-lo de um acervo que aprendíamos tudo menos
nada. O mais velho sendo o guia dos mais novos.

- Mano

Sim, mana! Assim retrucando com todo respeito como se fosse a mais velha, mas percebe-se
que não só os mais velhos chamados de mano, mas também os mais novos de mano sendo o
irmão mais velho exemplar e não daqueles que diz ⁚ faça o que eu digo e não faca o que eu
faço, apenas a reciprocidade é reflectida.

Como é que era a vovô musota? Assim inquiri... mano Pedro era o único que conheceu avo
maternal de mãe, mais fácil falar com ele que com a mama, Os amados são relembrados
pelas lágrimas. Com mama da avô os choro seriam internamente, as mãe deveriam ser
eternas são como a nossa espécie rara. Deste mundo difícil falar das pessoas amadas que não
estão em vida e se agente fala relembramos de coisas boas que passamos ao lado delas e que
se o génio da lâmpada viesse ate e dissesse o que tivemos um desejo acredito que será a eles
que pediríamos , apenas um fantástico numa circunstância especial falávamos de qualquer
coisa.

A insistência que tivera contando a avô musota era muito carinho, conselheira mais exigente
que a mamã, olhando para mamã e disse és bem-parecida com avo e também estes
mandamentos que não dão ouvido ela também os objectava.

Mas também era uma senhora muito idónea, quando avo veio passar connosco alguns dias em
casa e num dia dessa mãe mandou-me para comprar pão, foi comprar em casa do amigo do
papa, o filho era o meu amigo chegando fiquei a brincar e mim esqueço que me mandaram
para comparar o pão, as horas se passam do pequeno-almoço em casa do meu amigo, quando
cheguei minha sacola de pão deixei em cima da mesa, depois das horas se passarem a mãe ao
ver a sacola perguntou-me:

₋ Pedro em casa não ti mandaram?

Sim, tia me mandaram para comparar pão, hiiiimm Assim respondia, mas quando cheguei
aqui, acabei brincado e esquecendo, presentemente minha mãe ira me bater ou vovó ira fazer
esse gesto e disse-me que tinha que ir rapidamente e não irão me bater, tendo me acalmar vai
entender que és criança, faz rápido! Assim retrucava comigo a mãe do Pedro.

Tão optimismo no momento nem queria voltar para casa, tinha medo do que iria acontecer o
meu coração dizia que minha mãe iria me matar ao chegar o olhar da minha mãe não era de
bom agrado pois ela tinha razão portara mal. O mais incrível que pareça mãe acelera
ajeitando o pequeno-almoço, pães que mandaram serviriam no dia seguinte, já haviam
comprado outros, não deixou de berrar pela atitude decepciona-te.

Fátima não grita com criança! Sabe se lá o que lhe aconteceu por não ter trago a tempo
oportuno, percebendo que avo estava do lado do neto, a felicidade era intensa, as lágrimas
não paravam de cair e assustador. Desconfiei não era de defender se dependesse dela iria me
bater na hora, mas não foi o caso.

Me disse para pegar um balde de água e ir tomar banho e que depois tinha de tomar o
pequeno-almoço e já era almoço, Fiz o que ela avia me mandado, estivera a calma e não sai
de casa mas a tentação era enorme, colaram-me com se fosse cola tudo e o tudo era eu no dia,
fiquei no ombro da minha cola e que fazia carinho, sabia que a conversa iria fluir e assim foi.-
Pedro

-avô
-Porque de não ouve o que a mãe diz, Naquela hora perdeu a voz queria que fosse invisível
para ausentar-se daquele cenário, mas deixou bem claro que não iria bater-lhe então não teria
o que temer.

O dilema começa, que agente diz que é missa, quando falasse muito ou batiam no mesmo
assunto, pois designávamos missa conselho, Ai vinha uma bomba da parte do avo.

Pedro meu neto se não ouvir os teus pais que ti trouxeram ao mundo a quem iras ouvir, E se
não os respeitar a quem iras respeitar, Sabe quando você faz algo de errado fora ,Sabe O que
dizem?

-Não avô!

Que os culpados somos nós, que não investimos numa boa educação e que não sentamos com
os nossos filhos para lhes dizer que isto é errado, você é homem meu neto cresça com a
cabeça e não penas com os pés. Quando disse estas palavras veio em pensamento que a mãe
tem dito as mesmas palavras e percebendo que a vovô transmitiu os mesmos ensinamentos.
Riu-se...

-Estas a rir?

-Estou a falar de coisa seria e colocas a risos?

-Não vovô, ouço muito bem os conselhos quando falou de crescer com cabeça e não com os
pés, lembrei-me da mamã, ela sempre tem me dito quando erro.

-A sua mãe era muito rebelde e sempre eu soube endireitá-la.

-Há mamãe nem parece.

As aparecias enganam meu filhos, as pessoas nem sempre são aquilo que dizem ou que
fazem, no fundo são outra coisa. E assim sempre que falha-se, uma das frases é essa que
também herdei dos teus bisavôs, as vezes nos adultos somos muito protectores porque não
queremos que nada de errado aconteça, seja porque já tivemos a mesma fase e não se quer
que passe pelo erro, mas também talvez seja melhor assim, deixar errando para que aprenda
com os erros.

-Está bem vovô desculpa por hoje.

Já passou, agora me abraça forte.

Foi uma longa noite nos recolhemos para irmos dormir e no seguinte dia tinha de ir a escola
era o meu primeiro dia, mas eu queria ouvir mas historias a hora já não permitia.

III

O percurso escolar começou com a idade recomendável sendo primeiro dia, gostaria que a
companhia fosse da heroína, por certos acasos na pude, então tive que ir com o mano mais
velho mal conheci a estrada e que nem queria saber porquanto queria que a companhia fosse
dela. E assim foi uma curta caminhada e uma longa conversa, com a companhia não querida
que acaba sendo a melhor. Uma caminhada cheia de aprendiz e faz pensar na faz adulta de
como é cheia de responsabilidade e atitudes. E assim dizia um velho ditado: o mal corta-se
pela raiz. Partindo nisso para que tenha uma boa educação na escolar tem que saber
posicionar e lidar com as circunstancias do tempo. Que o pouco tempo que tiverdes sirva de
lembrete para fazer algo útil e divertido, pois na Pará para que volte atrás e repare o que
prejudicou e possa concertar.

- Anjinho quando cresceres qual é a que queres entidade? Sabe que os sonhos nos mate vivos
e nos fortalecem acorrer atrás de alguma coisa, os mesmos detectam dos nossos medos e
dizem vai você conseguem e se caiu saiba levantar e que dias melhores ti aguardam. E assim
é a vida, que o seu sonho é realizável se você se permitir

- Sabe mano, Aquela pessoa que pronunciar na televisão e a dada altura temos que chamar o
galo de casa. Ele mal entendia de que se referia tentava puxar a memória e não descobria. E
assim ela tentava explica-lo:

- Sabe, mano aqueles que saem na televisão a falarem de coisas que sucederam no país, será
que não esta contemplar, quando a hora chega a casa é contemplada pelo silêncio. Tem um
dia em não chamaram papá pois, estavam a ver filme. Quando apareceu na sala já tinha
encerrando. Ficou muito aborrecido, começou a gritar com mano por não ter lhe chamado e
disse que um dia pode acontecer conflitos e que tinham dito no noticiário mas por conta de
não ter visto poderemos estar mortos.
Rindo. Lembrou-se. A sua inocência pode ti causar danos um dia. O mas engraçado é que
lembras gritos que tiveram comigo, chamam-se jornalistas.

- Sim mano, puder dar a notícia para o mundo inteiro um dia e possam esperar pela hora do
noticiário não apenas para escutar, mas também para que possam ver-me e sintam o orgulho
quando me ver no jornal, diga com orgulho que sou sua irmã, isso seria bom.

Chegado a minha sala mas próxima de todas e professora, estava demasiadamente bom para
que terminasse do jeito que terminou e assim foi, coisas boas tem pouco tempo. A professora
estava bem informada, parecia que tinha feito uma investigação criminal, mas não era a
simpatia mesmo pelos alunos.

₋ Bom dia professora!

₋ Bom dia

₋ Vi somente deixar a ela.

₋ Estará em boas mãos, quem me dera se todos pais fossem desse jeito, que acompanhasse
seus filhos e que viesse os buscar assim que terminasse as aulas, não seria nada mal

-Esse anjinho aqui, é minha irmãzinha e não minha filha, ainda sou muito novo para ter
filhos, preciso cuidar das minhas irmãs, mas acho depois de duas semanas vira sozinha,
apenas por serem os primeiros dias.

-Esta bem, mesmo assim nestes primeiros dias, vejo tantas crianças a caminharem pela rua
sem nenhum controle, em algum momento levo-as para suas casas, não se leva tanto tempo
assim para vir deixar, sempre a uma desculpa para não vir deixar e por sorte ela tem um bom
irmão.

- Não digo o diferente da professora que a Paula tem. Risos….

Paula ate logo, venho ti buscar. Mal conseguia lhe responder estava habituada ao seu mundo,
de bonecos, amigas, de ficar em casa e não numa sala de orientações e obrigações que a
davam.

Ficou muda, mal falava no momento apenas caminhava assegurando a mão da professora
com a cabisbaixa, Sentando ao lado d coleguinha.
Tão assustada em primeira instância. E depois de algum tempo se tornam amiguinhos,
criança é criança mesmo e com apenas um sorriso rouba corações, se sentido melhor ao
perceber que o orlando estava tão a vontade, assim foi ganhado coragem e fazendo o mesma.

IV

Vamos sair crianças é a hora do intervalo. Saindo e pensando em ir a casa, sem saber que as
que o toque era apenas de uma descontracção, enquadra com vamos sair para o intervalo com
o sentido de ir para casa, arrumado as coisas e ido para casa, mal se despende do seu
coleguinha, e ao chegar o irmão estava a beira da porta e ao vê-la se pergunta, será que terá
largo ou fugindo, por conta da hora e que tinha dito que voltaria para busca-la.

-Saíram muito cedo, o que aconteceu?

- A professora disse que poderíamos sair, acho que iria demorar vir me buscar iniciei a
caminhada pouco aos poucos e no controle dos carros. Pelo caminho nenhum carro buzinou
para mim, vi algumas crianças que brincavam na estrada, disse para elas não brincarem na
estrada, nem me ouviram, mano não zanga comigo sai e vi directamente para casa não
brinquei nem um pouco.

Mas a professora disse mesmo vão para casa, você não inventou isso? Saíram de intervalo e
você pensou que deveria ir para casa, Tenho a certeza que foi isso que aconteceu, mas hoje já
nem podes voltares, amanha eu ti leva de volta. Meu irmão acabava de dar as últimas
considerações e a minha tia aparece.

Ela foi na escola e o que aconteceu para voltar tão cedo? Não sabe diferenciar o intervalo,
com o toque, quando tocou para o intervalo a professora disse que saíssemos, então pensou
que fosse para sair para casa, sem saber que era apenas um intervalo, assim expliquei para tia.
Mas isso é normal para uma criança, ate porque é o primeiro dia que ela foi a escola.

Então Paula conheceu pessoas novas?

Sim, tia conheci. Um menino de nome orlando que é meu colega de carteira, ele foi tão
cuidadoso e ate me chamou para sentar e também é o chefe da tua. Ficava a tentar mandar
calar outras crianças, mas elas não entendiam-no, dizia que eu sou chefe desta classe, que
quem fizer barulho eu digo a professora, mas tinha crianças que não sossegavam e corriam do
lado para outro e sentaram-se quando a professora voltou. Seja disciplinada na escola, ate
porque a indisciplina não ira te levar a lugar algum.
E tia, ele sabia ler e escrever bem e disse que foi para escolinha, e porque que não me
colocaram na escolinha? Acho que eu já iria saber ler e escrever também. Talvez seja porque
sabemos que você é muito esperta e atenciosa e não vimos a necessidade de ti colocar numa
escolinha e que também iras aprender a ler e escrever, assim retrucava ela.

Mas sabíamos que era por falta de dinheiro porque nem para refeições agente passava mal,
tem dias em que não jantávamos e sabe-se que quando se senti fome o sono não são tempos
difícil, mas de muito aprendizado, percebi que mãe é mãe, que a minha preferia dormir sem
comer nada e que por mais que sentisse a fome fazia de tudo para que não fosse notório. Mas
era porque a fome é difícil de esconder, o estômago faz aquele barulho estranho e senta uma
tutora, em que mesmo bebendo a água aparece que estava a piorar. Eu conseguia dormir,
porque ela me alimentava, mas ela não dormia, fazia de tudo para nos alimentar e para que
não dormíssemos a fome.

Mas sei porque já vi ela se afogando nas lágrimas e me braçado forte, orado fortemente, e
tem dias em que ela ficava encomendada, mas não parava de batalhar, sempre foi uma
lutadora, será sempre a minha heroína. Porque é alguém que tenho como uns exemplos além
do meu irmão.

E que ela tem uma esperança sempre viva nunca se achou convencida. Isto e, ela nunca
deixou com que as coisas viesse por cima, sempre lutou para conseguir seus objectivos. E por
isso que a considero como uma heroína, ela me pegava no colo e corria comigo do lado para
o outro. Portanto nunca a irei esquecer e sei também que ela fará o mesmo por me ate que eu
consiga alcançar os mesmos objectos.

E sempre disse para que agente fosse tão carinhosa com os nossos futuros esposos, porque
eles é quem escolhia com quem cansávamos eram quase os nossos pais. E é isso que sempre
transmitiu para mim para que eu fosse uma menina respeitosa e e muita hora.

Em que meu primo que convivia com agente, não gostava com que os outros mexe-se nas
suas coisas, era quase da minha idade, se não me falha a memoria a diferença da agente era
quase de alguns meses, em que ele era mais velho, muito cumprido e desde a sua nascença
gostou de ficar com agente quando veio passar alguns dias em casa, não quis voltar e os seus
pais moravam na África do sul meu irmão que o trouxe, só para nos conhecer, mas acabou
gostado de viver com agente, talvez pelas malandrices dele, em que os pais era muito
rigorosos, eles não toleravam isso de ele não gostar de compartilhar as coisas com os outros e
de querer coisas do outros e dele não dar. A mãe gostava de cortar o mal pela raiz, mas com
ele, ela não fazia sabia que eram coisas de criancices, mas isso não querer dizer que a minha
também gostava de maluquices, apenas tinha muita paciência e sabia que era uma criança e
que apenas era só uma fase que ele tinha de passar e que com o tempo iria mudar

O tempo faz com que agente mude, no percorrer da vida, acabamos por sendo fortes,
cedendo certas coisas e outras não. Em que percebia que algo material não e tão bom e por
isso acaba por seremos melhores por mérito e não por aquilo que agente tem mas por aquilo.
De certeza que as verdadeiras amizades iram sempre existir e que temos que saber que as
pessoas tem suas qualidades boas e defeitos, que tanto que por alguém faça-te algo de errado
o certo é perdoar e seguir em frente, porque se não perdoas nunca estarás bem consigo
mesmo, as coisas assim fazem que sejamos mas confiáveis e desconfiáveis com os outros.
Vamos percebendo com o tempo, é depois da tempestade a chuva vem, assim é também
acontece em alguns momento, depois de tanto sofrimento ou batalha vem os sucesso nos
aproxima.

A minha mãe sempre foi batalhadora, diria que ela já passou por todas as etapas da vida, mas
parece que é um exagero, todavia assim, era a nossa realidade e se depende-se dela agente
nunca, ficaríamos nem se quer um dia sem uma refeição, sem o que vestir, mas fazia de tudo,
se chegasse uma visita em casa sem visar, e agente a almoçar ela dava o seu prato. E eu com
a minha inocência fava aos visitantes que este prato era dela e que ela tinha de comer para
crescer assim como fazia comigo, quando eu não quisesse comer, sempre foi atenciosa e
muito protectora.

Agente quase passava todo tempo com ela, as vezes o meu irmão é que o ajudava quando ele
voltava da viagem e o primo nem digo, era tão teimoso, em que minha mãe também lhe dava
tanto mimo, porque não era filho dele, era mas fácil mandar agente que a ele, assim dizia ⁚
que ele mais fácil mandar meus filhos que as dos outros, porque quando as dos ouros fica tipo
um castigo.

Meu pai nem foi presente em alguns momentos, porque mas circunstancias da vida o fizeram
mudar, em que já varias vezes sempre que ele voltasse parecia que a casa perdia a paz, sai
voltava tarde e quando voltasse ficava arrumar briga e fica toda noite a falar. mas a mãe
apenas se calava não porque gostava mas pelo simples fato de ele estar fora de se ou seja
embriagado. Percebia que não valias penas discutir com alguém que mal conseguia se sentar,
em quando ele saia quem o trazia eram os seus amigos, sabe se lã se eram amigos de verdade,
porque gostavam, dele quando estive com dinheiro. Mal que sai-se salário meu pai saia ate
voltar no dia seguinte.

Meu pai era professor da primária, tinha dias em que faltava ao serviço, por não acordar bem
e minha mãe fazia de tudo para que ele não perde-se o emprego independente daquilo que ele
fizesse. Ele gastava o valor com os outros e não com a sua família, apensar de tudo isso era
para ela, ele nunca deixou de ser seu marido e ela o entendia, sabe se lá como fazia, isso mas
era perceptível que a minha mãe não tinha nenhuma maldade com o meu pai,
dependentemente daquilo que ele fazia, ela o amava e colocava esperanças, que por mais que
ele sai-se arrumava a mesa com tanto amor e carinho. Mal sabia se voltaria no mesmo dia,
isso era o de menos para ela. Apenas acreditava que aquilo iria passar com o tempo.

E em algum momento as minhas tias se perguntavam o porque de ela continuar com alguém
que mal sustenta os seus filhos, mal dorme em casa, que quando sai o salário se esquece que
tem uma família.

A tia Vânia, fazia de tudo para que a mãe e o pai pudesse se separar, ela era a irmã mas velha
da minha mãe, em que comparava a sua casa e a nossa, o seu marido era daqueles que mal
que o salário sai-se fazia a entrega a ela. Parecia que ela mandava nela, ou seja autoritária na
vida deles.

No entanto, ela queria que fosse com o meu pai, mas ela nunca percebeu que a vida é um
movimento rectilíneo uniforme, em que as coisas, acontecem de igual para igual, nada será
igual para todos, porque o que era bom para ela para a irmã poderia não ser bom.
Independentemente dos valores que o marido lhe dava ela era não era feliz, porque a via
muitas fofocas que ela tinha colocado o seu marido na garrafa para que ele fizesse tudo
quanto ela quisesse, ate tentava fingir para os demais, mas lã em casa ela não conseguia, tem
dias que vinha mal, porque nem sempre os seu esposo fazia tudo quanto ela dizia, e ela era
daquelas que tinha o habito de ser autoritária, mas chegou um certo tempo em que seu esposo
mal parava em casa, diziam que tinha encontrado uma mocinha, então isso a deixava muito
transborda.

Mas em todo caso, com agente era muito carinhosa, deixava de lado o desentendimento que
tinha o pai, com ele não se davam nem um pouco, falava sempre assim que lhe encontrasse
em casa, que ele fazia sofrer a sua irmão e não a merecia, e se dependesse dela nunca mas a
veria em sua frente, mas não tinha como fazer aquilo, porque mãe amava seu esposo,
independentemente dos seus defeitos ela o amava assim mesmo, era algo indiscutível apenas
lamentável.

Contudo independentemente das suas impicacoes com pai, nos não tínhamos culpa de nada
era tão inocentes, que ate trazia coisas para agente, as vezes comprava roupas, éramos como
se fossemos seus filhos de certeza que éramos seus filhos, tinha dias em que não tínhamos
nada para comer, em que íamos para casa dela almoçar, ou ela mesma trazia um pouco de
tudo para o jantar ou almoço, falava muito e dizia para o meu irmão que não fosse igual a
meu pai que não dava a assistência, e para mim apenas que estudasse muito para que o dia eu
fosse uma jornalista assim como eu sonhava, a minha tia tem tudo de bom, mas lhe
achávamos ma pessoa, porque ela dizia certas que as pessoas não gostavam de ouvir, era
daquelas que não levava desaforo para casa, as respostas dela sempre foram directas e as
pessoas não gostam de ouvir certas verdades porque dói, pez embora era uma era uma tia
idónea.

VI

A minha volta da escola, a professora, os meus colegas olharam-me como se tivesse feito
asneiras na sala de aulas, na última vez que os vi, eu entrava na sala com a cabeça olhado
para baixo e com vergonha, porque eles começam a murmurar que eu tinha fugido na escola.
Mas a professora tentava disfarçar e me consolar. Que não tinha problema e que apenas eu
era uma criança que mal sabia da saída e da entrada.

Bom dia professora, vinha deixar a Paula, desta fez não ira fugir ou sair tão cedo. Ela já sabe
quando é para ir para casa. Só quando a professor dizer pode sair de ir para casa, e não de sair
para o intervalo.

Iremos voltar juntos para casa, assim respondeu orlando. Tão educado e humilde. Vem sentar
aqui comigo. Era tão pequeno mas muito inteligente, mas também era o chefe da turma que
alem da professora ele colocava a ardem na classe.

Vai Paula, era tão chato estar na escola, mas quando eu não ia gostava de ver os outros
daquele uniforme, mas agora era a minha vez mal queria saber, mas com o tempo acabei me
acostumado com a nova etapa que tinha que ser. Tocou o recreio não sai, porque talvez
pudesse ir para casa, orlando tentava me chamar mas eu negava.
- Vem Paula, vamos brincar lá fora, esta na hora do intervalo, essa não é a hora de irmos para
casa, vem minha mãe me deu...se adivinhasse o que a minha mãe me deu. Assim tentava me
convencer para que eu saísse da classe, todos já estavam fora.

– Irão tocar para entrada daqui a pouco, e não quero vocês rindo ou me olhando como me
olharam quando cheguei. Parecia que eu era um lobisomem, que vinha vos comer.

- Esqueci aquilo, veja o que minha mãe me deu, a amendoim e maçaroca, colocou duas
maçarocas para mim e para marcos, mas já que ele não veio hoje vai comer conta dele,
também não passei de casa dele hoje. Porque não queria atrasar, sempre que passo da casa
dela chego a dormir, tem que tomar banho eu a espera e como demora.

- Marcos vai zangar, quando ouvir que eu comi maçaroca dele, apensar dele não estar hoje.

Se zangar não tem razão, não poderia guardar maçaroca para alguém que não esta, alem do
mais você veio e ele não. Então vamos comer daqui a pouco é entrada e não quero voltar com
isso para casa, não gosto tanto de maçaroca cozida gosto daquela torada, que você mastiga
ate dentes doer, meu irmão que mastigou ate dentes dor e também teve dores de estômago,
nos estávamos a brincar se lançarmos a engolir sem mastigar e dificilmente falha cair na boca
dele. Mas quando era minha vez caíram vários, ele ficava toa hora a pedir que o
acompanhasse para a casa de banho e nem dormiu, chorava por causa de dente e dores de
estômago... no dia seguinte lhe rimos. Então é melhor mastigar bem mesmo, porque si não
amanha não vira a escola kkkk.

Hum isso não vai acontecer comigo, não vou engolir, vou mastigar bem ate ficar tipo farinha,
tenho dentes suficientes apesar de minha mãe dizer que daqui anos meus dentes irão cair por
causa de doces, mas não vou deixar nem pouco.

Vamos a sala de aulas, já tocou vamos antes de a professora nos chamar. Porque estado na
sala poderia ver os carros passar, as pessoas, qualquer coisa poderia nos distrair. Em que as
nossas salas eram de pau a pique e era matucado, as carteiras era ajeitadas a nossa maneira de
pau e também maturadas, os paus não irão ate ao encostar das chapas, tinha aquele formato
de maltesa, ate vai nos que tínhamos pelo menos esse tipo de sala com chapas e tal, a via
outros que mal tinham as mesmas, tinham de estudar por baixo da mangueira.

Em qualquer a trapalhice ou o travar de carro mal, nos deparávamos todos lá, a olharmos o
que tinha acontecido, porque a nossa escola esta na berma da estrada. Por isso que era difícil
estarmos concertados classe. Sabe-se que na nossa idade mal ouvíamos razão, um e outro a
cantava, mas a curiosidade era maior, penso naquele acidente, em que uma viatura sai do
outro lado mas com uma velocidade inexplicável, mas o condutor estava mesmo embriagado,
e da outra margem saia um senhor com uma caixinha enorme de frango que ia a caminho do
mercado para revender os mesmos, com uma velocidade aturável mas o outro já não, ate era
assustador, em que naquela velocidade toda acabou encontrado com aquele senhor, que vinha
do outro lado, mas já que os senhor de mota esta naquela velocidade aturável acabou se
escrivando e entrado na escola e caixa ficou totalmente desgastada e as galinhas saíram e o
outro mal se apercebeu do dano que causou, as galinhas quase todas saíram da caixa e
começaram a dar voltas pelo paio da escola. E nos com todo aquele barulho saímos para ver o
que tinha acontecido, a professora tentou na mater na sala que mal tinha uma porta, disse ao
chefe para que ninguém saísse, mas ninguém queria ficar na sala a curiosidade era
demasiadamente ate do próprio chefe. Então tentava na mater ali e tentava mater a ansiedade
dele, mas também com a nossa forca de interesse acabamos por sair.

VII

O senhor estava todo sujo, sua mota toda estragada e as galinhas dando voltas pelo pátio da
escola, era um dia de azar para com ele. Graças a deus que da outra margem da escola tinha
lã um posto policial e tinha visto aquele todo cenário, fizeram uma perseguição criminal
assim como acontece nos filmes ate o pegarem. Mas não foi fácil estava mesmo a numa
velocidade inadmissível e com a embriagues dele pioro a situação. Então o chata e teve que
pagar ao senhor e também teve uma multa. Mas depois daquele cenário que os olhos
comeram, e é assim como os olhos se alimentam vendo.

Então os nossos estavam satisfeitos e os pés também que deram corrido as galinhas para a
junta-los. Mas a desobediência contou para uma só menina apenas que foi a única que ouviu
aquilo que professora disse, não sei se ela não era curiosa, medrosa ou entendera daquilo que
a professora dizia, mas foi a única que não se mexeu da sala e nem não foi tomada pela
curiosidade, em nos tomou. Era tão calma e na dela, mal falava com os outros e diante
daquilo apenas vimos as suas lágrimas cair.

Não estudamos mais, as coisas não estavam no bom ambiente então tivemos que ir para casa
e professora teve que acompanhar a Fernanda para sua casa, porque mal conseguia falar de
tanto chorar. Quando a professora chega a casa da Fernanda lhe explica o que tinha
acontecido na estrada e na volta encontrou ela toda transtornada, e também quis saber se era o
jeito dela de ser tão calma ou apenas era na escola por causa dos meninos novos que ela
conhecia, mãe disse que não, a Fernanda sempre foi de falar, brincar mas quando perdemos
um pai num acidente de viação, ela ficou toda assim tão, só e solitária, mesmo para comer é
trabalho, ir a escola pior ainda, tem dias em que acorda mal dispostas que apenas só chama
pelo pai e diz que Deus é mau por irar ele de nos. As lágrimas da mãe da Fernanda não se
continham mas, Caim de tanta dor e desgosto, porque a filha era tão apegada ao seu pai. Sem
ele voltar do serviço ou de outros a fazer a filha no comia esperava o pai ate chegar para
poder jantar mal importava a hora o importante era jantar como seu pai. As vezes ele voltava
no dia seguinte e tentava tirar a Fernanda da cadeira de espera bastava ela acordar perguntava
se o pai já estivesse chego. E dolorosa a perda dele e que por mais que ele fosse malvado pelo
menos estava aqui com agente, ria e brincávamos era tão boa.

₋ Só deus sabe o porque de tudo isso ter acontecido, só deus mesmo, sinto muito! Assim
respondia a professora.

₋ Só Deus mesmo senhora professora.

Eu sinto muito, qualquer coisa que precisar não tenham medo de me chamar ou me falar me
tenham em vossas vidas não como apenas como a professora da Fernanda, mas também como
a vossa conhecida, tia, amiga ou qualquer coisa, mas como uma estranha não e não e tenha
medo de mim chamar para qualquer coisa.

Muito obrigada professora, não só por ser s professora da Fernanda mas também por seres tão
amável para connosco.

Ate na segunda fé, assim despendia-se da Fernanda e ela apenas abanava a cabeça. Dizia ate
segunda-feira porque o acontecido foi numa sexta-feira mal sabia se iriam a vistas pelo final de
semana. Posto que mal sai da escola com o orlando, e pelo caminho andamos a brincar, que
por mais que a professora tivesse recomendado que agente fosse directamente para casa,
agente andou a brincar pelo caminho. Até chegarmos tarde em nossas casas e sujas. Mal que
cheguei já estavam quase preocupados, mãe já começava a chorar e mano nem estava indo a
minha procura, meu pai era daqueles que mal parava em casa, então mal sabia da
preocupação que outros sentiam. Ao chegar a em casa pude sentir o alívio que a mãe teve só
de me ver, pelo caminho pude sentir a alegria, mal sabia o que a via acontecido daquele todo
abraço e conforto, mal cheguei e suja já ouvia gritos demasiados pela casa. Meu irmão
também estava a chegar minutos depois de mim.
A final andaste a passear por onde? Assim inqueriu, lhe disse assim que sair da escola me
espera que nem uma estátua na escola que eu viria ti buscar, não tens idade suficiente para
andar a brincar de um lado para o outro, não foi assim que combinamos que eu iria ti deixar e
iria te buscar de volta para a casa. Mas hoje pareceu que não querias que eu viesse lhe buscar
e decidiu andar a brincar. Alem de vir directamente para casa nada. Tinha andar a brincar
como se fosse o fim do mundo hoje.

Esta a me ouvir, amanha quando ires a escola, se queres vir sozinha não ande a brincar pelo
caminho venha directamente para casa. E se tens novos amigos iras depois da agente ti
vermos que voltaste da escola, então vens o primeiro se apresentar que voltou e depois vai
brincar.

- Mas mano amanhã é sábado para eu ir a escola, assim respondi.

E quem disse que amanhã tens que ir a escola. Se eu disse se queres voltar amanha da escola
eu não pensei que amanha fosse sábado, apenas disse, que se passares a ir a escola e quiseres
voltar sozinha e não com a minha companhia volte directamente para casa e não ficar a
brincar, viu como mãe ficou ate por pouco já queríamos ir ao posto policial para que nos
ajudasse a procurar por ti. Mas você estava numa boa a caminhar e brincar e tenho certeza
que vocês saíram muito cedo da escola, porque liguei para a tua professora a procura de saber
de ti, mas ela disse que liberou-vos mas cedo por causa da tua coleguinha que passou mal,
depois do acidente de frango que ouvi.

Mas mano ate para professora ligaram, na escola vai me falar que eu não volto directamente
para casa, e que ando a brincar pelo caminho, eu juro não irei mas vos provocar este tipo de
susto. Estive com orlando e Isabel. Nos fomos em casa da Isabel brincamos ate perder a
noção da hora, nem a fome sentimos porque a mãe da Isabel deu-nos de comer e também
orlando trouxe amendoim e maçaroca na escola, então não morri a fome hoje. Sei também
que mama não gosta quando como em casa dos outros, mas a mãe da Isabel insistiu que eu
comece, ate provou o prato que ela me dava só para eu ter certeza que não tinha nada. E não
tinha mesmo, aqui estou eu ainda em pé. Então não se preocupe eu sou pequena pelos
números mas sou grande pela mente, não se preocupe e quando volto da escola nos não
andamos no meio da estrada. Faço aqueles gestos que mano me ensinou de sempre olhar para
o lado direito e esquerdo só para ver se não vem carro para que eu possa atravessar, eu sou
muito esperta e sigo vossos ensinamentos, não é por acaso que mãe me chama de coelhinha, e
porque a minha esperteza não se compara a do coelho, a minha é demasiadamente e não se
esqueça mãe que faço valer a pena o meu apelido.

Me desculpa se vos passar por um medo ou tristeza que sentiram hoje, pude perceber que me
amam muito, mas também como não sou a ultima. E o meu primo diante daquele todo
cenário de falar que nem eu parava e mal conseguia perceber de onde saia aquele todo
falatório, sentiu ciúmes, mas já que ele sempre gostou de se fazer de machismo, não quis nos
fazer perceber que estava sentido ciúmes, fica espertado pela porta e olha com carência.

VIII

- Vem Elias, esta com ciúmes e esse olhar tão carente o que, nos nunca ti vimos assim, tão
calmo!

- Nada mãe, assim chamava a minha mãe, alem de tia ele dizia que também era mãe dele.
Mas mãe nunca tiveram tanta atenção, sempre com a Paula, as vezes apareço invisível nesta
casa, mal me abraçam como faz com ela, ate as vezes quando tia sai do mercado, chama
Paula em primeiro e depois eu ate as vezes nem me chama, só estou em primeiro quando a
minha mãe liga para falar comigo, mas as restantes coisas nada. Era espantoso ver uma
criança falar daquela forma e sem parar, e dizendo certas verdades.

- Não filho você também e importante, talvez eu não tenha preste atenção se dou mas em
Paula que em ti, pensei que vos trata-se da mesma forma, mas estive enganada me desculpa
meu filho, eu digo que irei melhorar. Assim era a ladainha da mãe. Não digo que vou mudar
porque promessas são feitas para serem cumpridas, então se perceber que tia trata-te menos
bem, diga assim como disseste hoje, sou adulta sim mas também estou sujeita a erros. Mas
também você não faz muita das vezes coisas erradas, por isso que não fico a falar toda hora
para ti.

Mas se faço boas coisas, porque que mãe não me elogia?

Talvez este seja o nosso erro como humanos, quando fazemos coisas boas dificilmente
alguém vira e dirá wau, isso que fizeste é de bem e que gostei, um e outro é que pode dizer,
mas são raras as pessoas que faz isso e com sinceridade, e também quando éramos diante
delas, as criticas não param, as mil coisas que fizemos vão para a lata de lixo. Esse foi um dos
meus erros de não poder dizer das suas qualidades e do quanto me orgulho de ti., você não é
invisível nesta casa, pelo contrario és visível, você brilha, tens um espírito de autónomo, em
que não gostas de depender dos outros. Ate então ainda não nos trouxesse problemas em
momento algum. E não pense em fazer coisas erradas para que possas chamar a tenção, e se
for para chamar atenção, chame com as suas qualidades. Então meus queridos filhos, vão
lavar as mãos para o almoço, assim íamos tão contentes com uma criança que lhe deram
doce.

Portanto no dia seguinte, foi no sábado fomos a catequese para a preparação da missa,
normalmente entravamos de tarde na catequese e que depois dela tínhamos de ter o ensaio
para a missa do domingo. Assim era frequente, mas naquele dia era diferente porque o
domingo que se preparava era o dia do meu aniversário, os preparativos eram com muito
carinho e dedicação porque não era só o meu aniversário, mas também era dia da infância
missionaria. Na infância missionária fazíamos a propagação da fé, em que as crianças
católicas são protagonistas, em as crianças prestavam auxílio espiritual e material para com as
crianças que vivem em vulnerabilidade. Em que ensinava-nos a orar ao acordar, ao
adormecer, a respeitar os outros.

Sou de seis de Abril que por pouco seria do dia sete de Abril, mas assim deus não quis, deus
quis que eu fosse de dia antes. Mas sou grata por me conceberem um dia antes. Apensar dos
prémios que perdi por não ser do dia da mulher moçambicana. Mas não faria tanto sentido em
que por mais que desse uma festa em conta do meu aniversário, não só daria porque era
apenas o meu aniversário mas também por ser o dia da mulher. Estive tão animada que não
parava de ser irrequieta, e sonhava em acordar logo na igreja, toda plena e toda a tenção
virada para mim, e vinha com uma anjinha com asinhas vestida toda de branco. Acapela
estava magnifica, tudo certinho, aquele domingo foi tudo diferente, quem tínhamos
dançarinas crianças, leitores crianças, a primeira e a ultima canção foi precedidas por uma
criança, os a colitos então éramos nos crianças flores que nuncam. Só faltava com que a
missa fosse precedida por uma criança.

Na procissão eram tudo lindo. Só crianças, deixando de lado apenas o sacerdote, a foram um
esplendor. Quando o Elias faz a primeira leitura era de arrepiar, uma leitura já mais ouvida
naquele dia, tão suavel. E na hora em que me chamaram então, para cantarem os parabéns,
tinha de ir ao altar e dizer o lema da infância missionária" de todas as crianças missionarias,
sempre amigos! sempre amigos! " assim tinha que dizer antes de o padre me dar bênção no
altar. Assim fiz e as outras crianças respondiam. Mas não foi exactamente como eu sonhei
vestida de branca, porque mal tinha a roupa branca, mais o meu coração estava todo branco e
sereno. Estava vestida duma túnica branca como um pombinha branca porque estava acolitar
no dia do meu aniversário. Então não foi exactamente um vestido que eu estava vestido mas
uma túnica, assim como os anjinhos vestem.

O padre fez bênção para mim e o espírito santo parecia que descia, depois da bênção
cantaram para mim, e eu não conseguia me conter, comecei a dançar a alegria que sentia era
indisfarçável. Padre veio me presentear com uma bíblia e um terço. Disse que eu tinha de
aprender a orar sempre e a fazer terço. E assim tinha que ser, sempre teve esperanças de um
dia ser irmã da igreja, não só ele o meu pai também queria que eu fosse uma irmã, talvez seja
porque já estavam habituados a me ver enfrente ao altar e da forma como os padres me
tratavam, como se eu fosse a irmã mas nova. E a minha mãe esses pensamentos de me ver a
um dia a ser irmã não era com ela, tinha outros propósito com a minha pessoa ela queria ter
netos, então preferia eu fosse uma policial, e eu então nem digo o meu sonho longe dos dois.
Mas fazer o que em algum momento temos de fazer o que os pais querem, mas nem sempre é
aconselhável, porque acabámos por fazer só porque o pai quer ou mãe por eles apenas serem
os nossos progenitores, mas também eu tenho a liberdade de expressão, em que fazer aquilo
que eles querem este não seria a solução, apenas seria um cargo não querido. O melhor a
fazer e conversar com eles e dizer pai, mãe eu não quero isto, eu quero isto. Não é fácil mas é
o melhor que se pode fazer. Eu gostava de servir ao altar mas não era necessariamente o que
eu quis. E sempre sonhei com crianças em algum dia ser em ser mãe de casa.

IX

Depois de o padre ter terminado com a oração, os coristas continuavam a cantar e me davam
presentes, como a mais nova acolita, o domingo foi antecipado do que haveria então os
crentes vieram bem preparados e como não a mais nova acolita e missionária completava
mais um anito. Então era algo programado, recebi tantos presentes e depois da missa então
nem digo, as pessoas vinham me abraçado de novo como se na capela não tivesse feito o
mesmo, era tão querida e perceptível.

Ao chegar a casa, mal sabia que tinham preparado um almoço, foi a surpresa em que a tia
Vânia era a promotora, minha mãe tinha feito seis baldes de maweyo, em que na igreja ela
convidou para que passassem de casa a para tomar um copo. E assim viera depois da missa,
porque o pequeno-almoço foi depois da missa, ai estava eu me sentido rainha na minha
própria festa. Dificilmente tínhamos estes tipos de convivo em casa. O normal era de
conviver nas casas dos outros. Quase sempre assim era. Mas naquele dia não, era a minha
festa e na minha casa. Era tantas coisas acontecendo no mesmo dia e eu tão pequena e já me
sentia tão incrível e naquele dia pude sentir a paixão, as vibrações do meu coração em minhas
mãos.

Peço a vossa atenção por favor! Assim minha tia dava o inicio do seu ser tia e miss da festa.
Sabemos o porque de estaremos reunidos aqui, pois não.

-Sim, certamente que sim, tia chata, assim respondia o Elias, todo embriagado pelo mayo.
Minha brincadeira tia você não é chata e sabes que também amo-te e estamos aqui porque a
minha querida irmã Paula completa mais um ano de vida, e aqui estamos nos para celebrar
com ela este dia tão especial.

- Wauu!! como és esperto e inteligente, estas de parabéns, pois meus queridos irmão em
Cristos é exactamente o que o pequeno discípulo Elias.

Eu não sou esperto tia, eu sou inteligente, alias muito inteligente e um grande discípulo.
Todos colocaram-se a sorrir com a intervenção dele.

Então nosso génio vem ate aqui ficar perto da sua irmã e para que juntos possamos desfrutar
desse momento único neste momento. Depois da bênção do padre, o passo a seguir era o para
corte de bolo, assim o fizeram os dois pombinhos. Meu pai mal se pões presente, mal
procuraram por ele, mesmo na missa não se pois presente, apenas chegou na última instancia,
que mal sabia que era meu aniversário. Chegou cantado mas desta vez, não com as horas de
sempre tarde, voltou mais sendo que imaginas, estavam com os brancos nos ombros dos
amigos mal conseguia ficar em pé. Levaram-no para o quarto, saia para procurar satisfações
daquilo que estava a conter em sua casa. Não queres imaginar a casa da minha mãe, tão
envergonhada e cabisbaixo. Mal conseguia olhar para os convidados que ali estavam
reunidos.

O meu irmão tentava mate-lo no quarto, mas não conseguia e ele não sentia vergonha em
algum momento. Por ter um pai alcoólatra, assim posso designa-lo, pelo contrário ele tinha
orgulho de ter um pai, não o orgulho daquilo que tinha feito nos últimos tempos, mas porque
nos víamos uma luz no fundo do túnel, tínhamos esperanças de vê-lo mudando e diferente
daquilo que tinha se tornado, um pai ausente, incompreensível e inacreditável. ele pai mal
conseguia ficar em casa, por um dia sem beber, ficar em casa serio a conversar com agente,
excepto nos dias em que avo vinha passar alguns dias com agente.
Ele ficava só para mater as aparências, parecia que estava possuído pela bebida brincava,
ficava a tremer como se estivesse doente, e ali saia do serviço e ficava em casa todo dia, ate
sorria com agente, tinha tempo para brincar e também perguntava de como fomos na escola. e
dava-nos uma mãozinha sobre os trabalhos que a professora dava-nos.

Mas isso só acontecia quando avo vinha passar alguns dias com agente, e ele mal sabia do
que o seu gero fazia, ate o elogiava, mas o que ela não entendia era o porque de mãe estar tão
magra e pálida, ate pensava que o marido cuidava tão bem dela, não sei o porque da minha
mãe nunca ter dito a minha avo, mas a tia Vânia sempre deu relatos a avá mas ela não

Muito embora eu acreditava porque pensava que ela fala muito e que era apenas mas das
suas falatórios, e que também mal gostava do pai, então ela nunca imaginou que a mãe estava
naqueles extremos por causa de pai, mas já era demasiado vê-lo daquele jeito e a chamar
atenção, pensava em outras coisas mas não que a influência fosse aquela.

Mas também pai mostrava outros comportamentos perante ela. Mas quando ela voltava em
seu lar, ele voltava a sua rotina de sempre, e que a bebida mal lhe fazia bem ficava todo
pálido, sem forcas, dava trabalho a minha mãe antes de ele ir ao serviço tinha que fazer
papinha e lhe dar na boca como se fosse uma criancinha, mal conseguia pegar na colher de
tanto tremer. Ela é demais, ate em algum momento quando se zangava falava para ele, que se
um dia se satura-se iria voltar para casa da sua mãe, mas sabia muito bem que não tinha volta,
minha avo sempre foi de princípios em se foi para o lar é porque sabia que estava pronta para
o que der e vier. Mas também por mas que a prepara-se de varias formas aquilo que ele fazia
era demasiadamente.

Me desculpa minha esposa, sei que tenho sido um mau esposo, mais eu prometo que não vou
mais beber, vou passar mais tempo convosco, deixarei de ser um esposo ausente e pai
também. Sempre era a mesma ladainha, falava quando estivesse com fome ou doente, porque
precisava dos cuidados dela. Mas a minha mãe sempre foi daquelas que tem coração grande e
estômago pequeno, mal sabia que tudo aquilo que ele prometia não iria cumprir, eram apenas
coisas daquele momento e que depois de as suas dores passarem iria vacilar.

Tentavam mate-lo no quarto, mas é sabido que quando a pessoa esta embriagada fica
totalmente fora de sim e é difícil mate-lo onde não quer, eu ate tinha medo dele. Mas este dia
não, tinha muita gente em casa e vendo o estado da minha mãe.
- Pai olha irmão das igreja como ti olham e padre também esta aqui, esta a chamar tanta
tenção e é meu aniversario, alem de festejar com agente, esta quase a estragar tudo, as
pessoas estão a sair uma por uma, como se aqui em casa não tivemos paz ou se chegasse
alguém que vinha tirar a nossa felicidade.

- Porque não senta tio e festeja com agente, assim inqueriu Elias, antes de ele mesmo
responder a Paula, mas quando comecei a falara e Elias também vi meu pai de cabisbaixo, tão
mal.

- Esta bem não quis estragar a sua festa filha, me desculpa a penas nem eu sei no que estive a
fazer, me perdoe irmão, padre me perdoe, não quis vos ofender, vocês sabem muito bem que
quando alguém bebe perde o total controlo. Sei que alguns podem não entender. Mas peco
minhas sinceras desculpas irmão em Cristo. Esta tudo bem senhor nos entendemos
perfeitamente ate porque ninguém e perfeito, ate aqui podemos passar que nas nossas casas
não temos problemas, mas também temos com certeza, por mais que não seja este mas temos
outros tipos de problemas.

Pai vem sentar aqui, assim chamava o seu pai para a cadeira que sempre lhe esperou, e que
sempre ficou vazia, porque ele sempre se pões ausente. Mas as esperanças sempre
fortaleceram nos. E ai festejávamos como se fizéssemos sempre aquela actividade, era tão
divertido e incrível, dançávamos e ate chorávamos de tanta alegria. Mas coisas boas duram
pouco mesmo nem. Em chega uma hora em que as pessoas precisavam tomar o rumo das
suas casas, ver as suas famílias e cuidar dela, então começam a se despender um por um. A
casa começava a ficar vazia Pouco a pouco e assim a festa também terminava.

Mas foi demais e muito incrível e que não via a hora de abrir os presentes e que não
imaginava que a mãe do Elias, aquela que esta na África de sul, tinha comprado algo e que
tivesse mandado. Mal sabia, a minha mãe guardou o presente acho por duas semanas.
Quando abri pensei que ela tivesse comprado, mas depois ela disse que não era ela. Era a tia
Ana. Mas percebi um pouco de vergonha e tristeza, quando ela respondia-me, mas também
não eu que eu não adoraria ganhar um presente da parte da minha mãe entendia que ela não
poderia me dar um porque talvez eu não precisa-se porque ela era o meu presente todos os
dias, era a minha inspiram, eu a amava tanto mais que qualquer coisa neste mundo e que não
conseguiria viver sem ela. Era o vestido dos sonhos todo branco e lindo, coloquei-o e fiquei
parecida com a menina dos sonhos que era eu tão linda e inacreditável. O meu sonho tornou-
se real.
XI

Como esta linda, ate parece um anjinho!

Obrigada mãe, tudo isso graças a ti mãe que me trouxeste ao mundo, se mãe não tivesse me
escolhido em me ter como sua filha, acho que hoje não estaria aqui, em pé ti olhado e vestida

do vestido todo branco, talvez imaginemos que este dia mal existiria. Então meu anjo e você
mãe, e me desculpa se em algum dia não tenhamos valorizar seu esforço ou não tenhamos
dito o quanto es nossa heroína e que se não fosses nossa mãe não sei o que seria de nos. E
tem mas nos ti amos com suas qualidades e defeitos.

De certeza que o ser humano não é perfeito. Tem de ter as duas partes que o compõe, em que
imagino alguém apenas só com as qualidades e não com defeitos, o que seria para este ser,
iríamos olhar para ele e dizer que nada aqui alguma coisa esta em falta, seja as qualidades ou
os defeitos. Ti amo mãe independentemente das suas condições financeiras ou nossas
condições, mas um dia mãe as coisas vão mudar em sua totalidade, farei de ti a minha deusa
mãe, comprarei tudo o que precisares. Vamos poder entrar nas lojas e comprar tudo o que
quiser. Sei que ate lã a senhora estará meio que velha e se algum dia alguém me perguntar
quem és para mim não irei excitar em responder nem se quer por um minuto. Que és a minha.
Antes de eu terminar a minha declaração a minha tia entra aquela falona, mas muito boa por
acaso e a ornamentadora da festa.

Hiiimm deram a aniversariante um vestido lindo! Não precisa me responder quem foi que lhe
deu porque eu sei quem foi e você nem imagina como eu mim segurei para não lhe dizer que
tinha um presente antes do seu aniversário já guardado, percebi que falo quando quero, e que
se eu não quero consigo me conter, mas acho o que nunca irei conseguir é levar desaforo para
casa. Isso nunca, mas talvez com o tempo. Há duvido muito mesmo, espero ate lã então.

E também quero agradecer a tia pela festa, mas não só pela festa, também por sempre estares
presente com agente em quase todos os momentos bons e ruim, digo que és a nossa salvação
e que em algum momento ti sobrecarregas. Mas acredite em uma coisa se algum dia eu for a
subir nesta vida ser aquilo que almejo, lhe darei o maior presente desta vida, podes anotar
naquela tua agenda. E também coloque a data de hoje para que se algum dia eu não faca isso
volte a me recordar com um puxão de orelhas. Mas ti garanto que minhas raízes não deixarei
nunca.
O que seria de vos sem mim! Olha só para ela se achado, mas é apenas uma forma que achei
só para me elevar, um coisa é certa minha querida, você nunca estará sossegada quando veres
alguém que amamos muito sofrendo e a nunca coisa que se pode fazer nestas situações é
conforta-la e dizer a ela se quer que algum dia isso mude tens que batalhar, porque não vai
adiantar em nada ficar a reclamar da ma vida que levas e não fazes nada para que haja uma
mudança, então reclame e faço algo que possa sair daquela situação. Porque vendo-te alguém
que sentes um carinho enorme na sofrearia, ate a comida não passa, se passa parece que estas
a engolir pedras. Então as únicas formas que eu encontro são estas, apesar de algum momento
me colocar longe da minha família mas vocês também é, apenas deixado de lado aquele
bêbado, que é o teu pai, mas não vamos desistir dele, tenho esperanças que algum dia ele ira
mudar só espero que não seja tarde demais.

- Cunhada Vânia eu ouvi, o que você disse, me chamaste de bêbado. Mal me desconheço
quando dizes que sou bêbado. Eu não fico bêbado, apenas fico fora de mim em algumas
circunstâncias, e também sei que não gostas de mim, porque achas que maltrato sua irmã.

- Haaa! cunhado Você sabe mas quem ninguém que és um bêbado e que precisas de
tratamento e ajuda, que também não é que não ficas bêbado e ficas fora de si, isso é apenas
uma forma que achaste para que não ti chames de bêbado. Sabes muito bem que maltratas
minha irmã e muito mal mesmo, olha só para ela, esta a ficar com ossos, esta muito magra
tipo uma cadela sem tecto e desnutrida, trabalha muito, comi mal e ate as vezes não comi, e
você sabe isso, mal conversas com ela, sabes como ela passou um dia de ontem e o de hoje
sabes, das coisas maravilhosas que ela tem feito ou das coisas ruins que tem lhe acontecido
sabes de algo, ate pelo menos dos pratos que ela gosta.

Talvez eu tenha me desligado um pouco da minha família, mas eles sabes que os amo muito
mesmo e que podem contar comigo a qualquer momento e sempre serei o homem desta casa,
apensar de colocares coisas na minha esposa e filho.

Cunha mal sabes o que tem acontecido com a sua família, e ainda enches a boca para dizer
que os amam, e que tem feito para demonstrar que os amam, acredito eu nada, a não ser com
desgosto apenas. E que sabes cunha a vida é uma vida e única, e o amor não é silvestre. O
mesmo precisa de cultivo. Não basta dizer que amas e não demonstrar. Porque dizer é apenas
uma teoria e na prática o que tens feito nada, absolutamente nada pai.
De tanto bêbado que estava o meu pai, as últimas considerações da minha tia mal ouviu, já
estava dormido, mas ela nem se apercebeu que já não estava mas com ela, quando mãe
começava a falar, olhos cheios de lágrimas e mal conseguia se expressar de tantas verdades
que ouviu naquela hora e mal tentava parar aquela conversa mais não conseguia. Só o assunto
termina quando o inimigo da tia adormece.

- Irmã eu sei que se importas tanto comigo e de verdade eu peco meus sinceros
agradecimentos por sempre se importares e demonstrares quem es, e isso nunca conseguirei
pagar, sabes nem. Mas você sabe muito bem sobre o meu marido, que desde que ele começou
a trabalhar mudou muito, e eu não sei o que fazer, tento falar com ele mas não muda, ate em
algum momento digo a Deus que se o meu marido não trabalhasse, ainda continuaria sendo
um homem presente com a sua família, mas não sei mais o que fazer, talvez esse lado dele
mal sabia eu.

XII

Mas o que posso fazer, nada mais apenas orar para que algum dia ele possa mudar, mas
também parece que Deus também esta contra mim, apenas coloco minhas orações contado
com aquele provérbio ⁚ Deus tarde-se mas não falha. Então minha irmã me diz você o que
fazer, porque eu já não sei, cheguei ao meu auge, por favor me diz que mal fiz ou faço para
ser merecedora de tanto sofrimento, que pecado comente. Me diz você minha irmã mais velha
eu não sei de mais nada.

Não se culpe de nada minha. Você não faz nada de errando, trabalhas incansavelmente, tens
suas qualidades que invejo, de tanta paciência, bondade que tens e muitas outras coisas
incrível que tens e que as vezes digo de onde tiraste isso, porque a nossa mãe tem as mesmas
mas as suas chegam ate a sustar de tanto serem demasiadamente querida.

Nem digo da sua esperanças de que algum dia as coisas vão mudar e que você batalha
sozinha com que as coisas mudem. Minha irmã a tua forca de vontade de ver essas crianças
crescer e ter uma vida melhorada que esta, então digo que não falhaste em nada, tens dando o
seu melhor apensar de não valorizamos mas fazes de tudo para que um dia possamos olhar
para trás e dizer, não ti largo nunca és minha para sempre, sempre serás e me orgulho de ti.
Então querida não desista você pode muito mais que isso, apensar que se fosse eu já teria
desistindo a bom tempo, você sabe que a paciência não é para mim. Mesmo em coisas que eu
quero, quando vejo que estão a demorar desisto, lembras daquela vez que pedi a mãe de Elias
para comparar um vestido que eu morri na África, mas pela demora e voltas que ela me dava
que não tinha tempo e que estava a fazer isso mais aquilo, acabei por dizer a ela que deixasse
e não só por isso e muitas outras coisas que perdi por não ter essa maldita paciência. Não
desista querida porque a errada não é você que por mais que tente se der, saiba que não és,
coloque isso em sua mente.

Obrigada mãe velha dos meus pequenotes, nem sei o que seria de mim senti, apensar das
gritarias que tens dado me minha casa e com seu cunhado. Não sabes como as suas palavras
me confrontaram e me deixaram muito melhor, ate já tinha perco a vontade de viver e a única
coisa que me mantém em pé são esses pombinhos que os adoro tanto, e ele também apensar
de não ser mais o tal, mas em meu coração sempre será ele, jurei respeita-lo e ama-lo sempre.
Então isso não se volta atrás, podemos mandar na nossa mente, mas em nosso coração não,
que por mas que agente tente não iremos conseguir apenas iremos bagunçar o que esta
arrumando, se dependesse da minha mente acredite minha irmã já não estaria que estaria
talvez em minha casa com os meus filhos porque para casa da mama não ira lhe dar mas
trabalho, então procuraria um lugar para eu me instalar. Porque aqui tanto faz, e ficaria te
envelhecer se calhar ate morrer sem mais ninguém na minha vida.

Nem sei o que lhe dizer, de certeza que já tive problemas e tenho tido, mas o teu não sabe,
nunca tive o mesmo. Então eu não ti jugo, tens os seus motivos e razoes, o que posso fazer é
conforta-te e apoiar-te em todas as suas depressões e circunstâncias.

Já via percebido que aqueles choros não iriam terminar nunca, tinha que arranjar uma forma
de como tira-lo dai, mais não sabia o que fazer. Elas choravam tanto que em algum momento
me contagiava, mas eu era durinha nos choras dificilmente as minhas lágrimas Caim, estava
tão farta de ver a minha tia a minha mãe naquele mi mi mi todo, e justamente no dia do meu
aniversario que maldade senhor. Meu irmão mal estava, sei lã onde ele a via sem mentido era
o único que poderia me ajudar. Não se fala no dia, mal pensava nele e ele chegava e com um
plástico nas mãos. E sabem o que era..

- Maninha, adivinha de quem é este plástico e o que tem lã dentro, assim inqueria. Mal sabia
de quem era, para mim não me passou em mente que o plástico era para mime o que continha
lã, ate por um instante me desliguei de ser a aniversariante do dia. Pensei que fosse as suas
coisas que apenas quisesse que eu adivinhasse.
- Mas mano, é sua coisa, não da para ver neste plástico, mas também ele é raiva do vizinho
mesmo, de tanto ser preto. Eu não sei o que tem ai mano, me mostra. Por favor.

-E minha coisa ainda porque esta em minhas mão, mas basta você querer isso pode vir a ser
tua coisa, basta você me pegar, eu lhe dou , só se você me pegar.

- Mas eu não vou conseguir te alcançar, você corri muito, alem do mais eu sou criança e hoje
é meu aniversário, a mente já tinha voltando ao seu lugar. O que mano pode fazer é mano me
dar o presente de bons modos e de boa educação, sem que eu faca muitos esforços em ti dar
corrida ate suar. Então me passa o plástico com muita calma e carinha.

- Hooom de onde tiras tanta esperteza, assim esta tentar levar o presente com muita
facilidade, esqueceu do que eu tenho lhe ensinado, que não confie nas coisas que vem com
muita facilidade porque os mesmas pode ser tiradas de ti com muita facilidade, mas isso não
quer dizer que eu lhe tire o presente, mas tens que aprender a seres merecedora das coisas que
tiveres ou que lhe dão.

Mas mano, sabes que este presente sou merecedora, e que também tens que me dar com
muita rapidez porque a mãe e a tia não saem. E desde que entrar só ouço choros que não
param, conselhos e agradecimento. E tinham que se contar justamente hoje, apensar de que o
momento certo é aquele que as coisas acontecem, mas disso eu não acho que seja o momento
certo não hoje. Mas não tive como mesmo nem de lhes impedir, porque tia Vânia começou
com papa ate ele adormecer quando eu estava a experimentar vestido que mãe de Elias
comprou. E estava a espera justamente de mano que me ajudasse a tirar as duas ou a separa-
las.

Tia estava a implicar com pai de novo, mas estes dois perseguem ate parece irmãos gémeos,
que não largam. Mas eu também nem sei o que fazer.

Antes mesmo de o irmão terminar de falar, ela tira o plástico do irmão e começa a correr em
direcção da mãe e tia, Mãe e tia vejam o que mano comprou para mim e vocês estão a muito
tempo a que no quarto. Porque não fazermos algo mais dinâmico, salta corda ou cheia de bola
nas mãos. Mas melhor é cheia, quero ver-vos a tentar se fitar da bola. Vamos jogar então, se
papa estivesse acordado bem que poderia jogar com agente, estou com saudades de vê-lo a
correr do lado para outro. Mas sei que ele mal tem tempo para nos. Vou procurar Elias para
jogaremos.
XIII

Sabe que Elias ate parecia o homem das cavernas, que poderia dizer que é o homem mais
procurado e menos encontrado. Era muito desligado da agente, para conversar tinha que ser
chamado, só lhe encontrava enfrente a TV sorrido com uma tela. Em ficava ali todo o dia,
pior nos sábados que mal ia a escola e nos domingos depois da missa era casa televisão,
dificilmente lhe vejo com amigos. Quando lhe encontre estava sentado a ver os seus animais
na televisão e a comer. Adorava comer, mas amava ver boneco que quando estivesse em
frente da tv se esquecia da comida. Só se apercebia que tinha de comer quando sentisse fome.
Caso não ficava na mesma sem se quer mover os seus dedinhos. Tinha que encontrar uma
forma de tirar ele daquele TV, tentava procurar outra coisa que gostava de fazer, então foi
lembrado que ele adora aquelas reuniões ao redor da fogueira, e historias. Amava ser contado
histórias, porque ate era o primeiro a sugerir e ate a procurar lenha. Era a ideia prefeita que
não falharia jamais, iria conseguir tira-lo da TV e ate vou lhe chamar de mano.

Mano Elias, não me olhe assim então, sei que não estas habituadas com o meu tratamento de
mano para com a tua pessoa, mas saiba que é só por hoje por ser meu aniversário e que
também quero que o dia seja marcante para ti, assim como foi para mim. Então me mandaram
para lhe tirar dessa TV porque não é saudável. Vamos tentar fazer algo mais dinâmico ou
alguns exercícios lã fora em que o grupo que ganhar terá numa primeira fase uma fatia de
bolo bem gigante e mais longo teremos um círculo gigante e ao meio uma fogueira que quase
pode vir a chegar ao céu. As vezes não me reconheço com minhas hipérboles, elas são
demasiadamente, será possível uma fogueira chegar ao céu, talvez nos sonhos. Mas para teres
tudo isso tens que jogar primeiro cheia.

Mano disse que tens que passar a me chamar de mano e eu a ti de mana, e ele não disse que
tens que me chamar no dia do teu aniversario ou a apenas em ocasiões especiais, mas todos
os dias devem ser marcantes, mas a cerca do jogo, se eu não quiser já, não vou poder comer
bolo porque não quis jogar, não vou poder usufruir dos ensinamentos ao redor da fogueira e
historias só porque não quis, jogar cheia, não achas injustiça, ou estas são as formas que
encontraste para que eu não possa negar. Fala a verdade, estas ideias são suas nem.

Não estou a dizer que me falaram lã fora para que eu viesse lhe chamar, sobre as ideias achas
eu tão pequena, teria tantas ideias assim, só para que venhas brincar. Mas as ideias são
minhas e não precisas me dizer sei que fui muito esperta ou sou esperta, mas sabes é da
nascença mesmo. Mas mano não me leve a serio, se não vai crescer com cabeça grande e
frustrado, eu vou crescer muito feliz, e sabes porque vou roubar a sua felicidade todinha.
Vamos mano Elias, tem chamei de mano da terceira vez, agradeça porque hoje é teu dia da
sorte.

Ele mal sabia, o que lhe responder, porque ela era tão fofa e simpática e acima de tudo prima
maravilhosa que presente esta presente em suas maluquices, ate poderia exagera em dizer
cúmplice, assim éramos nos cúmplices. Porque tem certas coisas que agente faz a mãe e o pai
não sabe com medo deles gritarem com agente, como no dia em que estávamos na igreja e
neste dia tínhamos infância missionária e que normalmente a infância missionaria acontece
depois da missa. Mas naquele dia decidimos depois de terminar a infância missionária ir,
apanhar mangas, lã daqueles lados das casas antigas que os portugueses tinham construído e
que quando eles se foram deram ao meu falecido avo. Mas a casa passou a ser designada loja
por porque era enorme e que tinha uma parte de frente para comércio. Normalmente quase
todas as casas tinham o mesmo formato e para qualquer um que quisesse saber onde era
agente dizia nas lojas e tem uma macaniqueira jingante. Meu avo tinha loja lã daqueles lados
e tinha uma quinta tão enorme que mal sabíamos onde era o começo e o término. Nos já
tínhamos indo com mãe e pai para o cultivo algumas vezes mas eles nunca tinham dito onde
era o começo e fim. Ate que o começo era da própria loja ate sei la onde e ultrapassado a de
avo tinha também a da mãe seguido a estrada por 10 km.

Seria uma aventura louca se agente fosse ate a machamba de mãe, acho que ate não teríamos
tempo de voltar pela longitude. Mas não era daquela vez, daquela era para a do avo, mais
próxima de casa, Entramos na machamba, já que era tão grande mal dava para ver a divisão, e
as mangueiras então poderia ate exagerar em dizer que tinha quase todo tipo de mangueiras,
em nelas poderíamos ver as suas variedades em que tínhamos aquelas que chamávamos de
manga aberrados, manga com o formato de banana e foi exactamente esta que nos atraiu a
irmos a outra margem que não nos pertencia, ela era tão doce e ate com um pouco de cheiro
de banana. Ai partíamos nos como donos da mangueira com a nossa tamanha inocência,
começamos a fazer acção de lanchar mangas. E ate de brincar com as mesmas afinal
pesávamos nos que estávamos em nossa propriedade e poderíamos fazer o abuso de poder.
Como sempre felicidade de pobre dura pouco, só nos apercebemos que estávamos a ser
observados quando a verdadeira dona chega e pega a mão da Paula, porque que estava a tirar
as mangas era eu e naquele momento esta encima da árvore, mal poderia saltar, também
sentia medo da por aquele avo. Paula começou a gritar e ate avozinha ficou assustada de tanto
grito era tão baixinha ate aprecia uma menininha de treze anos, dava para ver que era uma
velha de idade pela e já não tinha quase todos os seus dentes. E também comecou a ficar
assustada com aquele cenário todo e tentou a calma-la e tentando me convencer para que eu
descesse com cuidado.

XIV

- Não chora! esta avozinha não ira fazer-te nada, quero saber de onde vocês vivem, porque
eu vivo aqui nesta machamba que vocês invadiram, a minha casa é aquela, e vocês quem são
vossos pais.

- De tanto medo que sentíamos ninguém conseguiam responder a suas inquirições, a Paula
pior ainda estava a tentar respirar, a pegaram de surpresa, mas que eu ate, porque com ela foi
de tu para tu.

Onde vocês vivem, quem são vossos pais? E porque vieram invadir minha machamba, assim
inquiri sem parar com tantas perguntas, parecia que ficou cega por um instante, mas não
estava a ver que éramos tão pequenos para tantas questões.

Acham que não mereço as vossas respostas, vocês invadem minha machamba e roubam as
minhas mangas, alias a melhor mangueira e as melhores mangas que tenho, se não me
responder ninguém sai daqui hoje, ou irei vos amarrar sobre a mangueira ate amanha e que os
mochos virão cantar para vocês toda a noite, é isso que vocês querem ouvirem uma canção de
corvo por toda a noite, e caso não me respondam eu deixo-vos ir.

Nos somos netos do dono daquela loja, mas não vivemos aqui, vivemos no mercado, minha
tia tem outra casa lã no mercado, eles só vem aqui as vezes para o cultivo ou quando é só
para fazer vistoria de ver a casa. Porque meu tio é que ficou nos cuidados da casa, mas nos
últimos anos mas viemos aqui, por falta de tempo da parte dele. Talvez seja por isso que vovô
não nos conhece.

Haaa vocês são netos do falecido senhor mavique, ate nem é senhor mavique é mavique, foi
um grande amigo meu, eram tão boa gente e muito humilde, acho que nunca terei um amigo
como aquele, sempre apto para minhas perturbações e tudo mas, era boa gente.

Me pego a pensar será que ela não diz isso só pela vergonha que sente, pelos medos que
colocou sobre a gente ou apenas e como quem diz, nunca se uniram para falar de mim assim
que estou vivo, nunca se uniram para orar por mim assim que estou vivo, sempre é assim
nunca o contrário, sem uniram assim que eu morrer. Ai estava nos a falar de vovô mavique.
Da bondade dele do quanto era tão bom, não sei dizer se quando estava em vida assim ela
também fazia. Mas era o de menos que eu queria naquele momento. Apenas queria que
aquela conversa terminasse o quanto antes, já estava a ficar tarde, e que em casa também se
demorássemos teríamos outra broca. Não que não estivesse a gostar da conversa, era tão
fascinante de como ela falava dele, dava para ver que se orgulhava de ser amiga dele. Ao alar
dele Caim algumas lágrimas e eu que pensava que as avozinhas já não tinham mas forcas de
deixar cair lágrimas, porque chorar muito na sua adolescência. Mas aquele cenário era o
contrário daquilo que eu pensava, cada qualidade bem detalhada dele era uma lágrima sincera
e profunda. Em que as lágrimas nos plagia o oceano, ela fazem com regressemos ao inicio,
reflectimos bastante daquilo que vivo com a pessoa. Assim era com a avozinha.

Nossas sinceras desculpas pela invasão, vovô mal sabíamos nos que deste outro lado já não
nos pertencia, mas também fomos levados pela emoção e estas mangas nos atraíram muito
mesmo e também precisamos ir para casa, esta a ficar tarde. Nossa mãe tem problemas de
tensão, acho que já entrou em pânico neste momento, agradecemos pela compreensão e por
falar-nos um pouco da nossa avo.

Me desculpa se vos assustei é que estas mangas acabam mesmo verde, tem umas crianças não
sei donde elas saem, apenas tiram sem pedir e quando me vem a falar começam fugir e a
sorrir, não sei porque, mas talvez seja porque sabe que não consigo correr, e ultimamente
nem chupo esta mangueira mal sei qual é o seu cheiro, as mangas acabam verdes e se elas
caísse poderia levar eu para minha casa guardar. E ela verde não consigo como vem meus
netos estou sem dentes para comer mangas verdes.

Mas podes levar estas que tiramos, acho que para nos é o bastante já vamos, se tivermos
tempo virmos ver-te mais vezes, a visita não passara a ser por causa de mangas, mas por
mérito. Tínhamos que sair dai a correr, mal queria deixar-nos falava sem parar e tínhamos
medo de chegarmos em casa tarde, saindo das lojas para casa era quase dois kilometro e olha
que nos saímos da igreja e directamente para uma aventura de mangas, em que me casa mãe
pensava que estávamos na igreja. Começamos a correr para casa como aquelas crianças que
roubavam mangas, tínhamos medo que nos gritasse, tem um dilema que dizem que para que
não ti insulta em casa amarra capim que estiver mais próximo, o marrar aquele capim acho
não se difere tanto de amarrar a boca da pessoa que estas a temer ou que achas que ira lhe
gritar. Não sei se funcionava mas sempre que amarrávamos não nos insultavam, aquilo me
confortava. Mas naquele dia não chegamos tão tarde, e também inventamos uma desculpa
que ficamos a ver filme de nascimento de Jesus e que depois andamos a brincar na volta e
que tivemos muitas paragens. Se falássemos que estávamos nas lojas não cairia bem para ela,
atendendo e considerado que ela sofre de tensão. Mãe ao custava chatear-se então decidimos
omitir que ficamos na igreja.

XV

Deste modo, éramos cúmplices em quase todas as nossas andanças e se o outro erra-se o
outro seria a sua salvação. Não éramos apenas primos eram mais que isso, parecíamos
gémeos. Então se a minha gémea queria que agente fossemos brincar cheia naquele momento
tinha que ir e em especial era o seu aniversario e atendendo que via certas condições que ela
mesma impõem para que eu fosse. Brincamos muito e também na noite foi exactamente
como a Paula tinha dito, que iríamos fazer uma rodela e uma fogueira, como de sempre isso
acontecia em dias especiais em que ficávamos ate tarde, a conversarmos a contar-nos de
estoiras e muita mais de bom. Foi tudo tão lindo e perfeito, mas na madruga mãe começou a
passar mal, tiveram que eleva-la ao hospital.

E nos soubemos apenas no dia seguinte, quando acordei percebi que ela fazia falta, e que
nunca tinha deparado com aquela situação ou ausência de acordar e minha mãe não estar por
perto, mais naquele dia foi tão chato acordar e não sentir a sua presença. Estava eu e Elias e
avo acabava de chegar saindo de casa dela, também não sabia o que estava a acontecer,
ligaram para que ela viesse em casa. Quando ela chegou fui a correr para saber se ela sabia
onde mãe, estava mas ela também não sabia e disse-me que tinham ligado para ela que viesse
e que os motivos não disseram. Perguntou por mano mais também não sabia onde estava e
suspeitamos que pai não estivesse com ele, mal ficava em casa, pior nos finais de semana.

Meu irmão mal estava eu nem sabia o que fazer, minha mãe não estava por algumas horas
mas aqui me aparecia uma eternidade, ficava com a vovo e ela tentando me convencer de ir
brincar, mais mal queria saber, queria apenas a minha mãe e porque que ela saiu sem me
despedir, nunca tinha feito isso comigo. Pensei que se ela saiu sem me despedir é porque eu
gosto tanto de ir com ela em todos os lugares e por conta do meu hábito ela não quis me
acordar para caminharmos juntos e mal que saímos pedia que ela compra-se coisas para mim
e para Elias, mais a mal tinha dinheiro, ate quando eu pedi já sabia que não teria sucesso, uma
e outra vez ela comprava, mas na maioria minha mãe não tinha dinheiro para comprar roupa
para gente, nos só nos compravam roupas em tempos de festas ou em outras ocasiões, porque
a prioridade lã em casa era a comida. Naquele dia eu promete a mim mesma de quando
agentes saíssemos eu não iria pedir nada a ela, sentia pela forma como me respondia que iria
comprar mas não comprava, ela não falava que não tinha dinheiro, mas eu percebi que ela
não tinha. Se brincasse com dinheiro ou se comprasse tudo que eu pedisse todas vezes, acho
que em algumas vezes não irias comer por conta daquilo que eu pedisse. Minha mãe como de
sempre era o nosso pilar, quando ela estivesse em casa perdia toda graça, estar em casa,
sentíamos um total silencio e tudo era com ela e tinha como o segundo o mano e por último a
tia falona mas acima de tudo humilde e atenciosa. Pensei em muitas coisas, a minha criancice
não era de normalidade, eu era muito curiosa e pensava muita e dava várias questões mas ela
fica mas preocupada, também estava tão assustada, e com as minhas questões a deixava mais
ainda. Já não aguentava mais esperar, desde de manha e nem mano nem pelo menos pai
voltou, será que aconteceu algo com mãe ou mano. Não era falta de preocupação com pai
mas ficámos desligado por um tempo, nos tínhamos certeza de que com ele não tinha
acontecido nada, não sei porque mas nosso pensamento estava tranquilo sobre ele mas sobre
os outros dois nada. Não se passou muito tempo meu pai chegou todo bêbado e sujo.
Chamava pela minha mãe como de sempre quando chegasse fazia esse chamamento, era com
se fosse um alarme de que já tinha chegado.

- Luísa, Luísa, cadê minha esposa, assim falava. Pedro Pedro! Cadê todo mundo? Só para
perceber de com estes dois faziam falta, apenas ele chamou pela sua esposa e filho mais
velho já era todo mundo. Eles eram nossos representantes, sem eles em casa não tinha
nenhuma graça, nunca pensei que ele soubesse que aqueles dois eram uma maravilha.
Percebeu que nenhum dos dois lhe respondeu, foi como se jogasse na piscina para mergulhar,
mas se deu mal, porque na piscina em ele se jogou não tinha água então decidiu ir para outra
piscina e nesta tinha agua.

XVI

- Será que estas crianças também não estão ou todos estão e hoje não querem mim responder,
será que se cansaram de mim. E antes de obter as respostas ele chamava repetidamente.

- Filha, Paula Paula ! cadê todo mundo, desde que eu comecei a chamar você não ouviu
estavas aonde ate você filha não gosta mais de mim!

- Estava ai com vovô, também não sabemos onde mãe e mano estão, pensei que papa
estivesse com eles, mas pelos vistos também mal sabe onde eles estão, mas já imaginávamos
que não estarias com eles. Assim tirava um sorriso sínico, porque sabia que era um sermão
logo da chegada.

Filha não faca isso com seu pai, mas se papa mal esta presente em nossas vidas, mal sabe
onde esta a sua esposa, mal vive nesta casa e na semana passada fiquei doente pai sabia disso,
mal voltas do trabalho falas com agente, apenas comi e depois disso sais, pai nem sabes o que
tem acontecido com agente. Ê sempre mesma rotina para ti pai, não cansa de ver mãe chorado
enquanto poderia ajudar em alguma coisa, não existe nem se quer um dia em que ela não
sofre, mal pai sente isso porque nem conversas com ela. Mas também não vem se quando isso
acontece não estas presentes, pai mal soube que na semana passada estive doente. Não soube
não estavas muito ocupado, com coisas mais importantes que com a sua família, Eu nem
pude sentir o calor do meu pai o vai ficar tudo filha. E agora mal sabe da tua esposa e nem de
onde ela esta e nem do seu filho. Nos sentimos a sua falta pai, nos ti queremos de volta e que
sabemos que não serás o mesmo mais pelo menos seja o mínimo daquilo que eras nos lhe
pedimos.

-Mas filha estou quase sempre aqui. E vocês parecem estarem muito bem.

Parecer não ê ser pai, nos não estamos nada bem, as aparências enganam muito bem, mas
também não podemos ficar com cara amarrada ou mostrar a fraqueza. Não ira adiantar em
nada, apenas procuramos meios de como sair desta situação. Porque a zanga não ira resolver
a nossa pobreza, mas a nossa garra, a nossa forca vontade de algum dia estarmos numa vida
melhor, que por mais não tenha todas condições necessárias, mas o basilar é que juntos
somos mais fortes como quem diz, que a união faz a forca.

Mal terminava de dar um sermão ao meu pai, o meu irmão acabava de chegar. Todo
transtornado e cansado.

Mano onde esta mãe, vovô esta aqui desde, mano não voltou mais cedo porque, onde estava,
saíste com mãe, sabes o que ouve com ela e porque sairão tão cedo e me deixaram, não me
acordaram porque, assim inquiria...

Vem cá, senta aqui no colo de mano, irei ti responder tudo isso, que perguntas. Mãe esta no
hospital e esta muito mal. Saímos muito cedo porque ela começou a passar na madrugada de
hoje e por isso não ti acordamos, mal ela conseguia parar e tinha de leva-la ate ao hospital no
colo. E se acordássemos acho que não irias conseguir caminhar de tanto sono. Mãe esta com
anemia e tensão. Quando a levei estava muito mal, agora estava bem melhor. Por isso não vi
mais cedo porque tinha que saber o que ela tinha, lhe fizeram um montão de exames e eu
estive a espera para saber o que era. Nos sabemos que mãe não come vovô, mãe mal dorme,
esta sempre a cuidar da gente e dela não. São várias noites que ela prefere com que ela durma
a fome, para que não durmamos, pai mal esta aqui, mãe esta nas esperanças de que algum dia
pai mude, mas desde que pai começou a trabalhar ele já não é a mesma pessoa, o mesmo pai,
o mesmo amigo. Se assim acontece quando as pessoas começam a trabalhar sem esquecem
das suas próprias famílias então eu não quero nunca trabalhar para que nunca chegue nestes
extremos. Sei que vovô mal sabe destas situações mas a sua filha esta sofrer e o pior disso
mãe já não fala, pai mal lhe da tempo, assim que estas a lhe ver quase sempre isso acontece
aqui em casa, e se não é dia seguinte chega na madrugada, e começa a cantar nossos nomes e
quando ele chega todos nos devemos ficar acordados para lhe ouvir, mas saiba vovô
independentemente do que ele faz ou deixa de fazer sempre será o nosso pai, sempre vovô
nunca teremos vergonha de tê-lo como pai e tem mais sempre sentiremos orgulho por aquilo
que algum dia fizeste por nos, estamos na esperança e entregamos tudo nas mãos de Deus
que algum dia ele possa nos devolver o nosso amável, carinhoso e atencioso pai, porque nos o
amamos e sentimos falta dele.

XVII

Sabe-se que vovô não sabia que o seu genro era outro que mal parva em casa, acredito eu que
mãe tem coração grande e estômago pequeno e de sapo, ela engolia tudo se roía e a cada dia
ficava tão pequena. Mas não contava para sua mãe porque tinha esperanças de algum dia ver
o seu marido transformado e que não queria que ela fica-se contra ou tivesse uma discussões
assim como tem tido com a tia Vânia, então ela não queria que todo fica-se contra ele o
amava tanto e demasiadamente, quando dizem que o amor suporta tudo aquilo sim era
suporte pelo amor e não por outra coisa. Mas naquele momento a preocupação não era aquela
para ele de saber das suas artimanhas, apenas queria saber da sua filha e de como estava.

Quando mano chegou ficamos apenas alguns minutos e depois nos direccionamos ao
hospital, já não aguentava mais ficar sem vê-la por tantas horas. Tentaram me impedir para
que eu não fosse, logo que começaram as lágrimas começaram a cair, queria tanto ve-la se
sentir o seu calor e nele encontrava o conforto.

Chegamos. E ela se assustou ao me ver. Eu corri logo para os seus brancos, estava deitada
numa cama de hospital e com uma ligadura nas mãos.
Mãe, o que faz aqui, você nem precisavam vir e se preocupar comigo, eu estou bem,
acreditem.

- Minha filha, se estou aqui é pelo motivo que você sabe, que sou sua mãe e que amo-te
muito e que me preocupo contigo, mas eu não entendo ate agora o porque de não teres me
contado o que estava acontecer em casa, sou sua mãe, pelo menos tinhas que dizer que as
coisas não iam bem. Talvez poderíamos sentar e tentar resolver o problema, mas não você
não quis com que assim fosse, quis ficar com os seus problemas e veja no que deu filha veio
parar aqui nessa cama de hospital coisa que não poderia a conter se houvesse diálogo. Eu vou
cuidar de ti como se fosses uma criancinha, ate porque para nas mães os nossos filhos nunca
serão grandes o suficiente, assim é somos nos protectoras.

- Mãe ainda é uma criancinha para vovô, assim como sou eu para ti. Vai ficar tudo bem. Não
e mãe logo logo agente volta para casa e a braçava.

- Sim eu irei ficar bem. E logo logo voltarei a casa para ficar junto de vocês e o Elias como
ela esta e porque não vieram com ele? Assim inqueria ela querendo saber do seu filho mais
novo.

Quando mano chegou estava a dormir, então não quis lhe acordar, como tem dito mãe, que
quando alguém esta a dormir, não se pode acordar. Ficou todo tempo comigo antes d a vovô
chegar, tentamos brincar mas não conseguíamos apenas pensávamos em ti, e porque de não
teres nos acordado quando saíram, e pensando sairão sem mim porque talvez seja quando
saímos eu peco coisas para mãe e prometi a mim mesma e prometo a ti e a todos vocês que
não irei mais pedir nada quando estivermos a caminhar ou quando formos ao mercado.

XVIII

- Não foi por isso minha filha, mas se desta forma pensaste é porque estas a crescer e muito
bem, me sinto orgulhosa de ti. Percebendo dos seus erros e aprendendo com eles. Sei que um
tinha termos uma vida muito mais melhorada que esta que agente, mais acima de tudo
devemos agradecer pelo dom da vida, e que por mais que difícil seja. Deus sempre soube
como agradar os seus filhos independentemente da pressa que ele tem para com ele, sabe o
que é melhor em nossas vidas.

Estávamos nos conversando e sorrindo e por algum momento esqueci-me que estava dentro
de um hospital, parecia estar em casa, com a minha mãe, apenas ela sentada na esteira e me
contando de como era quando tinha a minha idade. Foi quando o doctor chegou para medica-
la e saber como ela estava. Só nos apercebemos quando saúdo-a

Boa noite melhor doente que tenho!. Pude perceber que com a mesma saudação ele fez a
outra doente que estava do lado dela, acho que aquela era a forma que ele usava com todos os
pacientes, assim os alegravam e muito. Em ganhavam uma forca e vontade de poder sair do
hospital, porque ele fazia de tudo para que se sentisse confortável.

Boa noite doctor!

Como se sentes esta noite, vejo que estas muito melhor, mas também como não estar ao lado
dessa anjinha maravilhosa, deixa eu adivinhar, ela é sua filha.

- Olá mocinha doce, como ti chamas?

- Olá melhor doctor do mundo inteiro. Quando o responde deste jeito tirei um sorriso da fase
dele. Chamo-me Paula.

- que lindo nome que tens assim como você é, Sou o melhor doctor heeemm! eu não acho. És
muito fofa e inteligente.

- Pois se eu fosse doctor não duvidaria, e também és o melhor porque cuidou de mãe. Muito
obrigada pelos elogios.

- Vem cá, tem alguma coisa por detrás da sua orelha, aproxima que vou retirar. Pensei eu que
fosse uma formiga, um capim ou outra coisa de género, mas não pensei que fosse um doce.

- Veja o que eu tirei.

- Um doce, por detrás da minha orelha, obrigada doctor, mas doctor sempre tem doces por
detrás da minha orelha, se assim for direi ao meu irmão para que todos os dias ele me tire.
Não é mano, colocaram-se a sorrir,

- Kkkk, apenas o melhor doctor é que pode tirar.

- Esta bem doctor obrigada.

- De nada mocinha, continue cuidado da mãe para que ela se recupere logo logo.

- Sempre cuidarei dela e logo logo a levaremos para casa. E assim ele se foi, atender outros
pacientes, tão doce e amável, me deu uma forca de vontade de deixar de fazer jornalismo para
seguir com a medicina. Mas não sempre sonhei em fazer jornalismo. Mas ninguém tinha me
deixado daquele jeito tão indecisa, com aquilo que eu queria, porque para mim parecia que eu
vinha cantado desde do ventre da minha mãe, que o meu sonho era jornalismo, mas naquela
hora fiquei totalmente apaixonada, e olha para ele como se estivesse bem satisfeita, mas já
que a comida esta tão boa queria mais ainda e que não parava de comer. Assim fiquei com o
doctor. Mas a hora já não nos permitia ficar ai, só apenas uma e única pessoa tinha de ficar
passar a noite com ele. E ficou a vovô, também queria mas não poderia.

XIX

Já estava na hora de irmos para casa, mal queria eu sair perto dela. Mas não tive como,
procurei formas de como ficar mas não poderia. A vovô ficou sozinha, e mano foi buscar o
cobertor para que ela.

Quando cheguei em casa, mal não via a hora de amanhecer para voltar ao hospital ficar com
ele. Pai mal consegui-a ir ao hospital vê-la, não gostava de ver as pessoa que ele amava
hospitalizado tremia só de saber e se refugiava na bebida.

No dia seguinte, fomos ao hospital pensando que voltaríamos com ela, mais era antes de a
darem alta, meu primo era o meu melhor amigo, ele ficava comigo em todas as
circunstancias, não o contei do episodio que tinha acontecido no dia anterior com o doctor
que tirou um doce por detrás da minha orelha, quando chegamos em casa ele já estava a
dormir e estava sozinho ate deu pena e não tive como o contar acabei me esquecendo do
sucedido.

Os dias foram se passado e eu mal conseguia ficar em casa sem a mãe, fazia tanta falta o
nosso pilar não estava, a saudade era demasiadamente, mas não tinha como, só poderia
esperar, em que quando meu irmão fosse para lã, lhe seguia sem ele se aperceber, mais mal
que me visse, tinha que voltar de imediato.

- Paula, eu disse para você ficar, não estas a me obedecer porque, logo eu seu mano querido,
Pedro.

- Eu quero ver a mãe, sinto tanta falta dela, e já não aguento ficar longe, a saudade mano a
cada dia aumenta e esta sendo demasiadamente e já não consigo, mano sabe que sou muito
obediente mas só quero ver a mamae.
Sei maninha, mas logo iras matar a saudade. Meu irmão não me falou que ela estava no
estado avançado, e que não poderia entrar crianças. Não me contou porque não queria me
deixar mais assustada ainda, mas do que eu estava.

- Fique aqui, direi a mãe que mandaste muitos beijos e que sentes saudades dela, melhor
assim nem. Então volta para casa brincar com seu primo.

Este bem mano, também manda saudações para vovô.

Tchau, agora deixem-me ir antes que a papa fique seca ou fria.

Ate logo, ele caminhava e eu ficava ai olhado por ele e na sua forma de caminhar, estava tão
apressado, que não se passaram algumas horas para não o ver na estrada.

Ela tinha piorado e ele não queria que eu a visse daquele jeito. Mal tinha vontade de comer e
Pedia ao senhor que me trouxesse resultados positivos, mas a saúde dele dia a pois dia se
parecia com uma balança, sem equilíbrio, como se agente coloca-se uma pedra gigante do
lado e do outro, uma pequena. Perdia as esperanças de que ela volta-se, mas também alguma
coisa me dizia que não, meu deus não faria isso comigo, eu ainda a preciso. Mas também eu
confiava nele e deixava tudo em suas mãos, porque ele é boa e independentemente das suas
escolhas.

XX

Sem passaram semanas e a minha mãe ainda estava naquele hospital, apenas as coisas iam de
mal a pior e a saudade de ver o meu pilar em casa era demasiadamente, meu primo tentava
me distrair fazendo suas gracinhas mas me fazia sorrir apenas por alguns minutos mas o meu
estado voltava ao normal. E ele também ficava muito triste e que também percebia ao olhos
dele que ela era o nosso pilar.

Mas com o andar do tempo as coisas não saíram como eu pensei, a ela não resistiu, os
anjinhos, para o lugarzinho melhor que este. Antes dela nos deixaram o meu pai fez uma
visita a ela, ate parecia que ela sabia que estaria com os anjos e pediu ao meu irmão que fosse
dizer ao meu pai que o precisava, sabia ela que meu pai não aguentaria de a ver naquele
estado e que por mas que nos últimos tempos ele não tem se dedicado a sua esposa, mas a
amava apenas tinha se esquecido que o amor não é silvestre, tende ser cultivado a cada dia
que passa, é como uma planta que você coloca na terra e tem de controlar dia a pois dia.
E depois de ela me deixar, não sabia que era o meu suporte alem de mano, o meu pai estava
cada vez mais pior nas suas bebedeiras e se culpava de não poder ser um pai maravilhoso e
atencioso. Ele soube que fez de tudo para que não nos deixa-se mas a doença foi mais forte
que ela, não apenas tinha anemia e tensão, mas também teve uma outra que não consegui
reter o nome da mesma.

Dia a pois dia ele se culpava pelo seu desaparecimento e o seu refugio era a bebida que ele
não percebia que aquilo a consumia mal mente, mas pensava ele que bebendo esquecia tudo,
mas talvez esquecesse que o agua derramada no chão não se pode apanhar. Depois das
cerimónias tive que me mudar de vila para uma cidade. Se continua-se na mesma as coisas
não sairiam bem e pela idade que tinha, posso dizer que era muito apegada a ela. Quiseram
que eu fosse ficar com a vovô, mas a escola estava tão distante de casa e pensaram na
possibilidade de eu ir ficar com a tia Vânia, recusei na hora, não que ela fosse uma ma pessoa
mais ela gritava por qualquer coisa e eu não gosto quando gritam comigo. E normalmente não
ouço o que a pessoa quer dizer ou o que quer que eu faca, ouvia mas quando conversam-se
comigo com calma e cautela.

E finalmente tiveram a ideia de que tínhamos que ir vir viver com a mãe do meu primo, na
África do sul, não foi ma ideia, ate queria bom eu estar longe daquele ambiente que também
era desgastante para mim, pensava toda hora nela e a saudade era imensamente. Mal a
conhecia e tinha medo de que de que ela não gostasse de mim, mas o meu irmão convenceu-
me de que ela iria me amar, porque sou tão especial e não teria como não amar.

Mas prometia que nunca iria me esquecer dela e que independentemente do lugar em que
fosse a levaria comigo sempre.

XXI

Despedia a todos e ate a minha professora veio me ver, a minha avo sempre com os seus
discursos que era para que eu me comportar-se porque ia para casa de dono, mas ela sabia eu
era uma mocinha muito comportada e que estudasse muito e realizasse o meu sonho.

Fui ao encontro do meu pai, estava cabisbaixo e muito pior e eu disse a ele

Sabe o que eu quero pai, eu quero que vivas intensamente ou seja que saiba viver, porque isso
que fazes não ira resultar em nada, pior ainda agora que dizes ter um motivo mas este não é,
sabe muito bem que não estou gostado de o ver assim, foi muito triste a partida dela e muito
rápida, não digo que a esquecia ate porque a levarei sempre em meu coração, mas
sinceramente pai mude por mim ou por ela que tanto quis ver-te mudando e que nunca em
algum dia perdeu as esperanças.

Eu ti peco meu pai, que eu estado do outro lado quero poder ouvir-te bem. E que vai levando
a vida na normalidade, todos nos queremos o seu bem e que esperamos que o dia mude, não
só por nos mas também por ti meu pai, E saiba que amo-te muito e espero que mude e nunca
mas faca promessas e não cumpras, elas são feitas para serem cumpridas.

Não se culpe meu pai, acontece estamos de passagem cá na terra, o mais importante é saber
aproveitar as pessoas que amamos enquanto as temos em vida, porque quando elas sem vão
não termos como, sabe quando agua se despeja pelo chão, dificilmente ela poderá voltar ao
copo. És o meu pai e sempre será independentemente das suas escolhas, sabia que sempre
sentirei orgulho de tê-lo. Assim como mãe tinha de ti, ela sempre confiou e acreditou, não
ouve nem se quer um dia que não teve esperanças na sua mudança, hoje faço o mesmo por ti,
sei que podes e consegues, basta querer e fazer algo para que haja a mesma. Tenho que ir pai.

Esta bem minha filha, se cuida, não prometo nada, apenas farei de tudo para que isso
aconteça. E assim será.

E bom ouvir-lhe a falar assim, mostra que realmente vera uma mudança, animo pai que me
vera logo logo, o tempo passa rápido, num piscar de olhos estarei aqui na sua frente, talvez eu
volte grande, mas para ti sempre serei a sua menina, para os pais os filhos nunca crescem.

Faca uma boa viagem.

Obrigada pai, antes de eu sair de perto dele dei-lhe um beijinho na nesta, e depois me
direccionei ao mano, ao dar o segundo passo, ouvia meu pai chorar, se sentido culpado
daquilo tudo estar acontecer. Foi doloroso ouvir-lhe a chorar, mas não tinha muitas escolhas,
se eu voltasse acho que não conseguiria viajar, tomei a coragem e dei os meus passos firmes.

XXII

Era o começo de uma nova vida, a verdade tudo era novo, sai de uma vila para uma cidade e
era minha primeira viagem. Pelo caminho tudo era novo para mim, estava no banco de três
em sentei com o meu primo e o meu irmão, vi um macaco pelo mato pulado elas arvores, era
novidade para mim, apenas conhecia macaco pelos livros.
Mano, aquilo é macaco de verdade, aquele que vejo apenas nos livros, tinha criado uma
imaginação do animal, era tal igualzinha a que eu tinha criado, foi espantoso e incrível vê-lo,
aquilo era uma realidade.

Sim, é macaco mana, sei que nunca tinha visto um assim, apenas nos livros, nesta zona em
que agente esta tem vários animais…antes dele terminar

Mano olha elefante, tão gigante e forte, com os seus filhotes caminhado pelo parque. Fiquei
tão emocionada ao ver os animais que apenas víamos do livro. Estava tão ansiosa para
chegar, mas também tinha medo de que ele não gostasse de mim, mas tinha fe que não teriam
como não gostarem sou tão especial e comportada. Pelo caminho o carro teve avarias, mas foi
algo não grave e concertaram logo. ao chegarmos já estavam a nossa espera, o meu irmão
comunicava com eles quando estávamos no caminho, mal que chegamos furão abraços e bons
tratamentos.

Fomos para casa era filha para cã e para lã, me tratava tão bem, que ate pensei que seria do
dia para noite ou fazia aquilo porque era os primeiros dias ou porque mano estava ai, mas
com o tempo fui percebendo que não, mas não entendia o porque do meu primo não gostar de
viver com eles, pude entender ele era irrequieto e eles não gostavam mas também teve um
outro motivo que o levou a viver com agente, na escola lhe gozavam, mal tinha amigos e
ninguém gostava dele. Disse a ele que isso não iria acontecer mais, porque agente estudaria
na mesma escola e que não permitiria que alguém fizesse algo de novo de género.

No dia seguinte, mano e tia foram as escolas a procura de vaga, para que não perdêssemos o
ano, graças que encontram o nosso percurso começou numa segunda-feira.

A rotina era esta nunca perdi o meu foco, sempre com sonho em mente, de algo dia ter as
mínimas condições de vida e de meu pai sentisse o orgulhosamente de mim, estudava
incansavelmente, tirava as melhores notas e era a melhor da classe.

Em casa nunca deixei de ser menina obediente e acima de tudo amiga da minha tia, ela me
ensinava com tudo, de como deveria me comportar e tenta superar a minha mãe, mas isso e
algo que não se supera, sempre senti a presença dela, o seu abraço e calor, e sempre senti que
estava presente. Mano voltou aos seus negócios e de vezes em quando voltava para casa so
para ver pai, vovô e tia, e sempre vinha com novidades de como as coisas estavam indo la do
outro lado.
Pai com o tempo foi mudando se foi percebendo que ele era capaz de controlar a bebida, tudo
dependia da forca de vontade dele. Fiquei feliz por saber que o meu pai tinha mudado e
muito, era algo de se louvar, já sem passaram de anos que não o via e desta vez não tinha
como escapar e também estava de férias. Então cá estou em de volta a minha terá natal para
uma vista. Acredito eu que serão as melhores ferias de toda a minha vida e sem deixar de
lado o meu melhor amigo, primo e irmão Elias.

Contudo fomos muito felizes.!

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