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UNIVESP - PEDAGOGIA - Turma 2018-2 - Fundamentos da Educação Infantil II

EXERCÍCIOS DE APOIO

SEMANA 3
O documento Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) define três conjuntos de
princípios (éticos, políticos e estéticos) que devem nortear as propostas pedagógicas das creches e
pré-escolas. Agora, leia atentamente as ações abaixo, indique os princípios envolvidos (pode ter mais
de um princípio na ação) em cada uma delas e justifique sua resposta.

1. Quando possibilitamos que os bebês e as crianças participem de momentos de rodas de observação e


de conversa sobre desenhos e as diversas criações de seus colegas, qual(is) princípio(s) está(ão)
envolvido(s)? Justifique a resposta.
Gabarito
Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes
manifestações artísticas e culturais.
Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade.
Éticos: respeito às diferentes culturas, identidades e singularidades.

2. Quando possibilitamos que os bebês e as crianças pequenas brinquem sem que haja a distinção entre
brinquedos/brincadeiras de meninos e meninas, qual(is) princípio(s) está(ão) envolvido(s)? Justifique a
resposta.
Gabarito
Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes
manifestações artísticas e culturais.
Éticos: respeito ao bem comum, às diferentes culturas, identidades e singularidades.
Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade.

3. Quando organizamos os livros infantis e brinquedos de modo que fiquem à disposição dos bebês e das
crianças em cestos e prateleiras sempre à sua altura, qual(is) princípio(s) está(ão) envolvido(s)? Justifique
a resposta.
Gabarito
Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, às identidades
e singularidades.
Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade.
Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes
manifestações artísticas e culturais.

4. Quando possibilitamos que os bebês e as crianças pequenas tenham experiências diariamente nas
áreas externas, como parques, solários, quadras, jardins, qual(is) princípio(s) está(ão) envolvido(s)?
Justifique a resposta.
Gabarito
Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio
ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.
Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes
manifestações artísticas e culturais.

5. Quando criamos, junto com as crianças, combinados para a organização do trabalho que devem ser
cumpridos por todos e chamamos a atenção delas para a importância do seu cumprimento, qual(is)
princípio(s) está(ão) envolvido(s)? Justifique a resposta.
Gabarito
Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, às identidades
e singularidades.
Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.
SEMANA 4

Leia o relato das experiências de duas professoras que trabalham na mesma instituição.
Cena 1
Bruna é professora de um grupo de 25 crianças de 4 anos. Quando chegam à escola, as crianças
sentam na quadra e ficam esperando todos os outros amigos chegarem para que possam entrar na sala
juntos, de forma organizada. Na sala, ao iniciar a rotina, fazem uma roda, em que cada criança fala por
sua vez, uma após a outra. Em seguida, a professora faz a chamada, pedindo que cada criança coloque
o seu nome no quadro de feltro. Depois, convida uma criança para preencher a “janelinha do tempo”,
perguntando se chove ou faz sol lá fora, completando o dia da semana e o dia do mês. Como é semana
da páscoa, em seguida a professora entrega um desenho mimeografado com coelhos e ovos. Enquanto
as crianças pintam, a professora está à sua mesa, preenchendo a caderneta de frequência.
Saem da sala, fazem a higiene das mãos e vão para o lanche. As crianças fazem uma fila e vão para o
refeitório. Ao chegar, cantam a música “meu lanchinho vou comer...”. O cardápio é pão com salsicha e
banana. A professora serve um lanche e uma banana para cada criança. Depois do lanche, as crianças
vão escovar os dentes, e depois vão ao parque.
Enquanto brincam, a professora fica cuidando para que não se machuquem.
Depois, voltam para a sala e Bruna conta uma história e pede para que façam um desenho da história.
Após o término, entrega massinha e depois de trinta minutos cada um pega a sua mochila e vai embora.
Fim do dia!

Cena 2
Juliana trabalha na mesma escola de Bruna e também com um grupo de 25 crianças de 4 anos. Quando
chegam, as crianças penduram a mochila nos ganchos do corredor e podem entrar na sala. Juliana
organiza a cada semana diferentes materiais em cantinhos da sala para que as crianças possam
explorar nesse momento. Os cantinhos são organizados, por exemplo, com livros; outro com
maquiagem, espelho, escovas, secador (salão de cabeleireiro); outro com diferentes papéis, pincéis,
canetinhas, tintas; outro com muita sucata, tesouras, colas; outro com baralho, papéis e lápis; e um
último com muitos brinquedos para construção.
Também no corredor (para aproveitar o espaço que é pequeno na sala), ela colocou uma prateleira com
alguns jogos de percursos e de regras que podem ser usados nesses momentos. As crianças se
distribuem livremente nessas atividades até que todas cheguem. Então, ela faz uma roda, em que cada
uma conta sobre o que fez em casa. Juliana incentiva para que todos participem, mas não é obrigatório
falar todos os dias. Em seguida, ainda na roda, ela lembra às crianças o que tinham combinado para
terminar naquele dia: a confecção de brinquedos com sucata, fruto de uma pesquisa que fizeram juntos
sobre construção de brinquedos. Assim estão há vários dias pesquisando, separando materiais,
construindo e brincando com os brinquedos construídos.
Saem da sala, fazem a higiene das mãos e vão para o lanche. Na hora do lanche, foram juntas para o
refeitório (a regra é ninguém se separar, mas não precisa fazer fila). Juliana diz o que tem de lanche e
serve uma bandeja, para que cada criança se sirva, se assim o desejar.
Depois do lanche, as crianças vão escovar os dentes e depois vão ao parque. Juliana leva giz de lousa
para fazer amarelinha no chão, além de papéis e canetinhas. As crianças podem escolher onde e com o
que desejam brincar. Juliana brinca junto.
Depois, voltam para a sala. Uma história é contada por uma das crianças; eles fazem combinações para
o dia seguinte, cada um pega a sua mochila e vai embora. Fim do dia!

Como você provavelmente constatou, há distinções nos trabalhos das duas professoras. Valendo-se do
que estudamos neste módulo, responda:

​1- Quais as concepções de criança presentes nas cenas 1 e 2?

No dia a dia da Educação Infantil, o planejamento pode ser vivido basicamente de duas formas: ou ele é
rígido, isto é, tudo (ou quase tudo) o que é previsto é vivido exatamente como foi pensado; ou ele é
flexível, aberto à contribuição das crianças, aos acontecimentos imprevistos e significativos para o grupo.
É importante considerarmos que cada uma dessas visões tem concepções diferentes de criança. Ou seja,
a forma como planejamos relaciona-se com o que pensamos sobre o papel da criança no cotidiano.
A professora Bruna (cena 1) apresenta um planejamento rígido; as práticas são formuladas somente a
partir das definições dela mesma. É ela quem estabelece os temas, as atividades e as rotinas, sem a
participação das crianças. Nesse tipo de situação, está em jogo uma ideia de criança incompleta, cujo
crescimento depende das ações dos adultos sobre ela. A criança deve apenas assimilar ou repetir,
desconsiderando sua capacidade de ser produtora de cultura e de conhecimento; não há espaço para a
imaginação e a fantasia.
Na cena 2, a professora Juliana parece conceber a criança como protagonista, sem, no entanto, abrir mão
de seu papel de adulto. Numa visão de planejamento aberto à participação das crianças, o cotidiano se
define de modo vivo, construído pelos adultos no diálogo com as crianças. Neste cenário, considera-se a
criança um sujeito social, com ideias e movimentos que contribuem na organização da vida coletiva,
participante de relacionamentos de troca com adultos e outras crianças. As criações, perguntas, hipóteses
da criança são valorizadas, abrindo espaço para a diferenciação, ao invés de somente repetição de que o
adulto espera dela.

​2- Qual tipo de planejamento parece prevalecer na cena 1?

Talvez a professora Bruna, da cena 1, sinta-se sem motivação diante das dificuldades, achando que é
preciso ter todas as crianças fazendo as mesmas coisas ao mesmo tempo como estratégia para controlar
um grupo grande num espaço pequeno.
Talvez a professora pense que as crianças não sejam capazes de escolher, de decidir, e que não tenham
vontades e desejos, por isso define tudo o tempo inteiro.
Dessa forma, o cotidiano pode ganhar um tom enfadonho, repetitivo, arrastando-se de forma sempre igual,
sem favorecer o contato da professora com as expressões das crianças e com as diferenças que
compõem o grupo. O planejamento poderia ajudá-la a organizar atividades significativas, que pudessem
favorecer a autonomia das crianças, valorizando a identidade delas, desviando-se de atropelos e
confusões.
O planejamento parece um mix de lista de atividades e de datas comemorativas.

​ - O planejamento da professora Juliana busca garantir qualidade para as práticas cotidianas. Por
3
quê? Explique.

Na cena 2, o planejamento serve para garantir a qualidade de vida e o calor do encontro entre as crianças
e delas com os adultos, mesmo numa sala apertada. Esta cena mostra a possibilidade que as crianças têm
de escolherem atividades, pesquisarem e criarem brinquedos com sucata, tendo suas ações, ideias e
expressões valorizadas. Isto faz com que as experiências sejam significativas, alegres e ricas. A
professora Juliana usa o planejamento para diversificar as propostas por meio de cantinhos, oferecendo
opção de escolha para as crianças e buscando alternativas para a falta de espaço. Há respeito pelas
singularidades das crianças.
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SEMANA 5

Vamos planejar uma sala para crianças de 2 a 3 anos. É muito importante que você seja muito detalhista e
saiba justificar suas escolhas.

E nunca se esqueça: a criança ingressa na creche ou na pré-escola, cresce e vai embora, sua infância é
passageira, mas as marcas das vivências serão levadas talvez para a vida toda. Nosso dever como
profissional é garantir experiências de qualidade, de modo a respeitarmos os princípios éticos, estéticos e
políticos da Educação Infantil.

1) Elabore uma lista de 2 brinquedos (para cada item) que serão adquiridos ou confeccionados:
a) O favorecimento do conhecimento de si e do mundo;
○ Brinquedos que favoreçam:
○ Experiências com cores;
○ Experiências com sons;
○ Experiências corporais e afetivas;
○ Exploração e conhecimento do mundo.
b) As linguagens e as formas de expressão;

Brinquedos que favoreçam:


■ Expressão gestual e verbal;
■ Expressão dramática;
■ Expressão artística;
■ Expressão musical.

Exemplos: brinquedos e materiais que favoreçam danças e músicas (cds, dvds), desenhos e
grafismos (papéis, giz, canetinhas, lápis etc.); recontar histórias (livros); expressão de poesias (livros),
parlendas (livros), adivinhas (livros), cantigas de roda (livros).

c) As narrativas e os gêneros textuais;


Ouvir músicas (cds, dvds), cantar (cds, dvds), contar e ouvir histórias (livros).

d) A brincadeira e o conhecimento do mundo matemático;


Materiais para desenhar os móveis e objetos dentro da sala (lápis, canetinha, giz, papéis); criar
símbolos para indicar quantidades; boliche, dança das cadeiras; brincar de medir as crianças; fazer
compras em supermercado da sala/escola, pagando com dinheiro feito pelas crianças (materiais
variados, sucatas).

e) Brincadeiras e manifestações culturais brasileiras.


Livros, cds, dvds.

Prezado(a) tutor,
É muito importante levar em consideração as ponderações abaixo:
■ Presença de diversidade de materiais (não só plástico, não só
produtos industrializados);
■ Ser desafiador, sem frustrar;
■ Permitir que a criança de fato brinque;
■ Adequado a uma variedade de grupos étnicos;
■ Não apresentar estereótipos;
■ Não incluir armas;
■ Valorizar a criatividade.

2) Escreva um texto de 10 linhas justificando a relevância desses brinquedos e materiais


para esta turma de crianças.

O espaço de uma instituição de Educação Infantil nunca é neutro. Ele poderá ser estimulante ou
limitador de aprendizagens, dependendo das estruturas espaciais que estão postas, da oferta de
materiais e brinquedos e das linguagens que estão representadas.
Um espaço planejado e organizado com materiais e brinquedos adequados proporcionará
interações entre as crianças e delas com os adultos. À medida que o adulto, neste caso o parceiro
mais experiente, alia-se a um espaço que promova a descentralização de sua figura e que incentive
as iniciativas infantis, abrem-se grandes possibilidades de aprendizagens sem sua intermediação
direta. O espaço não é, portanto, algo dado, natural, mas sim, construído. Pode-se dizer que o espaço
é uma construção social que tem estreita relação com as atividades desempenhadas por pessoas nas
instituições.
Para esta faixa etária, o jogo simbólico é muito importante. Em razão disso, o canto do
faz-de-conta ou da casinha é indispensável. A necessidade de se fantasiar e fazer teatro faz parte do
processo de construção das representações e simbolizações da criança nesta faixa etária, importante
estrutura cognitiva. Pensar num espaço onde se possa colocar um baú ou uma arara com roupas de
homens, mulheres, fantasias, máscaras, acessórios e espelho é uma alternativa interessante, que
poderá ser “incrementada” por um camarim com espelho, pinturas, perucas etc.
Esconder-se continua a ser a atividade favorita das crianças. Pensar em locais para ter
momentos de privacidade é fundamental em espaços prioritariamente coletivos, como é o caso dos
espaços de Educação Infantil. Montar barracas com panos e lençóis poderá ser uma alternativa para o
atendimento dessa premissa.
Um ambiente alfabetizador é fundamental para as crianças de 3 a 6 anos, bem como alimentar
sua fantasia. A interação com diferentes portadores de texto pode ser conseguida por meio de um
canto de biblioteca. O aconchego e o convite a ler poderão ser oferecidos por um tapete gostoso, por
almofadas coloridas, por um pano que rebaixará o teto da sala como se fosse um toldo, pelo modo
organizado de dispor livros, fantoches, cartões, um pequeno teatrinho de janela.
Não podemos nos esquecer de um espaço destinado para desenhar, pintar, recortar, montar
sucatas. Neste ambiente, é importante ter mesas e cadeiras confortáveis, materiais classificados em
caixas ou prateleiras, em que as crianças poderão ter acesso aos materiais sem a mediação do
adulto.

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SEMANA 6

Leia o planejamento e o registro abaixo de uma professora de um grupo de crianças de 3 e 4 anos.


Planejamento da rotina
Das 7h às 7h30 – entrada e organização da sala (escolher brinquedos, arrumar os cantos).
Das 7h30 às 8h30 – as crianças chegam (brincam e conversam – estar atenta ao que falam, do
que brincam).
Às 8h30 – lanche (quais comentários as crianças fazem nessa hora?).
Das 9h às 10h20 – roda de conversas e atividade combinada coletivamente (em geral, dentro de
algum projeto vivido).
Das 10h20 às 11h20 – se for necessário, enquanto uma professora acompanha algumas
crianças para o banho (de três em três), a outra conta história, brinca de roda, ouve música com
os que já tomaram ou ainda tomarão banho.
Às 11h20 – almoço (anotações e registros no planejamento).
Às 12h20 – repouso (mudança de turno de professoras – anotações e registros no
planejamento).
Às 13h – algumas crianças acordam (se estiver sol, vão para a área externa brincar, se não,
ficam na sala – organizar o espaço de leitura e fantoches para esse momento).
Das 13h30 às 15h – conversa em roda sobre o que fizeram de manhã e atividade combinada
coletivamente (podem brincar lá fora, dramatizar, fazer modelagem, ouvir histórias).
Às 15h – lanche.
Às 15h30 – banhos (a mesma dinâmica do momento do banho pela manhã acontece agora).
Às 17h – saída.

Agora, vamos observar o seguinte trecho dos registros da mesma professora.


Ela registrou acontecimentos do período entre 9h e 10h20:
Papelões e cavernas: um novo rumo
Dia 12/03 – Hoje, trouxe para a roda papelões bem grandes, como tinha combinado com as crianças
ontem. A minha ideia era pintarmos o papelão de azul para fazermos juntos um céu. Quando o abri no
meio da roda, Joana (uma das meninas do grupo) o pegou, jogou para o alto e disse: “Parece o teto
de uma caverna. Vamos fazer uma caverna, lá tem morcegos...”. Fiquei paralisada. E agora?
Abandono a ideia das tintas e da pintura? Respondi: “Podemos cortar um pedaço para fazermos o céu
e outro para a caverna...”. Pareceu que todos adoraram a ideia. Meu planejamento agora é o seguinte:
dividir o grupão em dois ou mais subgrupos, trazer alguns livros que mostrem cavernas e os animais
que ali vivem (morcegos, aranhas etc.), pesquisar sobre a vida desses bichos. Depois, alguns vão
fazer a caverna e outros o céu (amanhã trarei outro papelão grande). Eu tinha pensado em fazer isso
num tom de azul que já escolhi, mas também vou compartilhar essa escolha com o grupo; só agora
pensei nisso.
(Trecho retirado do Livro de estudo: Módulo IV / Karina Rizek Lopes, Roseana Pereira Mendes, Vitória
Líbia Barreto de Faria, organizadoras. – Brasília: MEC. Secretaria de Educação Básica. Secretaria de
Educação a Distância, 2006, p. 26-28.)
Após sua leitura atenta e valendo-se do que estudamos neste módulo, responda:
​ Qual a concepção de criança presente no planejamento e no registro?
​ A professora elaborou um planejamento flexível, apresentando a concepção de criança como
um sujeito social, com ideias e movimentos que contribuem na organização da vida coletiva,
participante de relacionamentos de troca com adultos e outras crianças. As criações, perguntas,
hipóteses da criança são valorizadas, abrindo espaço para a diferenciação, ao invés de somente
repetição de que o adulto espera dela.

Qual a concepção de conhecimento presente no planejamento e no registro?


​ O conhecimento é construído nas relações, espaço privilegiado de imaginação e criação.

Cite dois aspectos positivos do planejamento da professora no que se refere à organização do tempo
e do espaço.
​ No planejamento da professora, podemos ver a preocupação em estabelecer uma
organização: variedade de espaços para circulação das crianças (dentro e fora das salas), tempo para
necessidades das crianças e também da professora (registro, lanche), atividades com a participação
mais direta da professora e outras em que ela mais observa do que intervém, entre outras situações
que mostram uma tentativa de equilibrar fechamentos e aberturas, além de situações múltiplas.
Os registros em forma de texto são interessantes porque envolvem o relato do que aconteceu (o
passado), as reflexões da professora sobre a experiência e as possibilidades para o futuro. Podemos
concluir que é importante considerar a continuidade entre as experiências, ou seja, a fala das crianças
e o interesse maior por uma história ou brincadeira que gera pesquisas, desenhos e outras atividades
ligadas a esse interesse.
​ É possível ver como a professora lida com o imprevisto, integrando no trabalho a opinião e as
observações vindas das crianças. Ao mesmo tempo, é possível constatar a intenção da professora no
sentido de potencializar as atividades das crianças, quando planeja pesquisar e ampliar o
conhecimento delas sobre os objetos que lhes interessam (neste caso, as cavernas e os morcegos).

Agora, planeje você o próximo dia com esta turma. Lembre-se dos princípios muito importantes
descritos abaixo:
​ As crianças e as interações devem estar no centro do seu planejamento;
​ Promova diversos momentos e ritmos, que favoreçam múltiplas interações das crianças, o
sentimento de bem-estar e o desenvolvimento da autonomia da criança;
​ Planeje a disponibilização do espaço e dos materiais de modo a contribuir com a formação de
crianças curiosas, questionadoras e que se interessem pela exploração, investigação e
experimentação.
​ No planejamento do próximo dia é importante que:

As crianças e as interações estejam no centro do planejamento;


​Haja opções de escolhas, possibilidades de desenvolvimento da autonomia da criança;
​Haja várias opções de espaço e dos materiais de modo a contribuir com a formação de crianças
curiosas, questionadoras e que se interessem pela exploração, investigação e experimentação;
​Dê continuidade ao projeto.

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