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Educação infantil: a importância da iluminação e cor no desempenho e aprendizado da criança janeiro/2013

Educação infantil: a importância da iluminação e cor no desempenho e


aprendizado da criança
Mônica Janesch - monijanesch@gmail.com
Pós-graduação em Iluminação e Design de Interiores
Instituto de Pós-graduação - IPOG

Resumo

O objetivo principal do presente estudo é refletir sobre a iluminação – natural e artificial –


dos espaços de ensino da educação infantil e no que isso influencia no desenvolvimento e
aprendizado da criança baseado no pressuposto de que a criança e a luz tem uma relação
direta. A creche é o segundo lar da criança, onde ela passa grande parte do dia fazendo
várias atividades como se socializando, aprendendo, brincando, alimentando, descansando,
entre outras. A pesquisa busca saber qual iluminação é adequada para cada uma dessas
atividades desenvolvidas. O artigo tem como proposta apresentar uma pesquisa bibliográfica
e uma visita a campo numa escola que tem séries de educação infantil, localizada em Rio do
Sul, avaliando, de acordo com o uso da sala analisada, a sua iluminação e a preocupação
que a instituição tem com este assunto. O resultado desta pesquisa apresenta que a luz pode
influenciar a criança deixando-a mais relaxada ou mais atenta, por exemplo. Mostrando que
é possível aplicar esses conceitos para melhorar a qualidade de ensino e convívio.

Palavras-chave: Iluminação, Educação infantil, Sala de aula, Criança

1. Introdução

As pessoas ficam cada vez mais dentro de ambientes construídos.Vivemos em uma


residência, frequentamos mercados, lojas, restaurantes, entre outros, ou seja, são nos espaços
internos que passamos a maior parte do nosso tempo seja quando adulto ou criança. Desde
muito pequena, algumas delas, tem a rotina de frequentar parte do dia a sua casa e parte a
escola, por necessidade ou escolha dos pais. Todavia, esses espaços são importantes nessa
fase da vida, são neles que passam grande parte do tempo, contudo eles devem ser agradáveis,
confortáveis, atraentes. Segundo Dal Prá (2011), “cabe a comunidade escolar estar atenta as
necessidades de transformação e mudança e auxiliar o/a professor/a integrar alunos e espaço,
desafiando-as cognitivamente, emocionalmente, socialmente, psiquicamente”.

Um espaço que não agrada e que causa desconforto para o aluno pode trazer resultados
negativos na educação, como continua explicando Dal Prá (2011):

Se o espaço escolar não for o espaço estimulador, envolvente e que desperte o


interesse das crianças de alguma forma elas tentarão demonstrar suas insatisfações.
Essas insatisfações podem ser expressas em seus comportamentos, na forma como
se relacionam uns com os outros e com a educadora. Já sabemos que a falta de
atividades significativas, espaço e brinquedo adequados para brincar gera ansiedade
e agitação.
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Um dos elementos importantes dentro das salas é a iluminação.

No interior desse espaço o fator que influencia em como vemos ele é a iluminação.
Foi por meio da luz, que se apresentou uma nova possibilidade de expressão de uma
outra alternativa de transformação dos ambiente que se habita. Na atualidade, não se
imagina explorar a plenitude da expressividade arquitetônica sem o uso da
iluminação, seja ela artificial ou natural. (BRONDANI, 2006)

Ao observar as salas de aula de creches e pré-escolas percebe-se uma grande preocupação


com o mobiliário, proporcional a facha etária da criança em relação a média de altura, as
cores e decoração nas paredes, porém, ao identificarmos a iluminação vemos basicamente um
simples ponto de luz centralizado no espaço. A singularidade que encontramos a iluminação
desses ambientes é no que está baseado esse trabalho.

Esta pesquisa tem o objetivo demonstrar que a iluminação não é um simples ponto de luz
centralizado, e sim um complexo item indispensável num projeto para fazer do ambiente
projetado um espaço que transmita sensações, emoções e que, valorizado, permita visualizar a
decoração. No mercado hoje existem inúmeros tipos de lâmpadas com sistemas, cores,
funções, tecnologias, aplicações diferentes que podem mudar totalmente o ambiente, criar
cenários ou provocar essas sensações variadas ao indivíduo.

Para isto é preciso ter conhecimento dessa variedade de lâmpadas e luminárias, assim como
saber aplicá-las, conhecer o efeito que elas proporcionam e o resultado que se quer atingir no
espaço. Tudo isso é definido num projeto de iluminação de autoria do profissional capacitado,
o lithing designer.

O projeto pode ser feito tanto para ambientes internos como externos, dentre eles as salas de
aula que são o assunto deste estudo. Aos dizeres de Brondani (2006), “considerar as
características das lâmpadas e luminárias é requisito para obter-se uma boa iluminação
artificial. Bem explorada, pode transformar os ambientes, criando um clima diferenciado aos
usuários”.

Não é só a luz que pode proporcionar esses estímulos e sensações ao usuário do ambiente, as
cores também podem interferir. Esses dois fatores, aliados, dão ao projeto uma solução
completa e mais eficaz sobre o aluno.

A preferência pelas salas de aula da educação infantil para estudo desse trabalho justifica-se
em função de serem os primeiros anos em que a criança frequenta a escola, onde não há
somente a obrigação de estudar, mas o brincar e o socializar são o mais relevante entre a
estrutura pedagógica da maioria das escolas.

2. A educação infantil e o espaço

No passado, quem era responsável pela inserção da criança no meio cultural e social era a
família. Hoje, a família tem um perfil diferenciado onde todos trabalham, fazendo com que
grande parte desse compromisso fique com a creche.

É importante dizer que a grande maioria das crianças pequenas que freqüentam esta
instituição passa nela, aproximadamente, doze horas diária. O tempo de convívio
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com outras pessoas, outros objetos, outros espaços e outros tempos torna-se muito
reduzido. Este dado revela que o tempo-espaço da creche exerce na vida da criança
um papel fundamental e distinto dos demais tempos e espaços (escola, família, rua,
entre outros), exigindo que seja pensado, discutido e refletido. (BATISTA, 2008)

Isso faz com que a escola tenha um papel importante para a criança tanto na parte educacional
como na social onde se aprende a conviver em grupo, a brincar, a se expressar, a conversar.

Lugar de socialização, de convivência, de trocas e iterações, de afetos, de ampliação


e inserção sociocultural, de constituição de identidades e de subjetividades; neste
lugar, partilham situações, experiências, culturas, rotinas, cerimônias institucionais,
regras de convivência; estão sujeitas a tempos e espaços coletivos bem como a graus
diferentes de restrições e controles dos adultos. (CORSINO, 2003)

Esse espaço físico exige um conjunto de fatores que, juntos, contribuirão para o
desenvolvimento infantil, como profissionais com boa formação, materiais educativos,
equipamentos. Dentro disso deve-se lembrar de que o espaço físico de uma escola de ensino
fundamental e de uma creche podem ser semelhantes, mas o conteúdo deles é totalmente
diferente.

Um trabalho de qualidade para as crianças pequenas exige ambientes aconchegantes,


seguros, estimulantes, desafiadores, criativos, alegres e divertidos, onde as
atividades elevem sua auto estima, valorizem e ampliem as suas experiências e seu
universo cultural, agucem a curiosidade, a capacidade de pensar, de decidir, de
atuar, de criar, de imaginar, de expressar. Ambientes que se abram à brincadeira, que
é o modo como as crianças dão sentido ao mundo, produzem história, criam cultura,
experimentam e fazem arte. (CORSINO, 2003)

O espaço é importante para ajudar a atender todas essas expectativas voltadas para a educação
infantil onde este deve estimular a criança, favorecer no aprendizado. Ele deve ser
compreendido aos seus olhos, como ela vivencia e não como um projeto executado. Como
colocou Guimarães(s.d.), “o espaço é algo projetado, o lugar é construído nas
relações.Portanto o espaço e o lugar devem ser aliados, o espaço deve ser transformado para
estimular a criança a vê-lo como um lugar”.

O planejamento dentro desses espaços geralmente segue uma rotina, como exemplo é citada a
pesquisa feita por Batista (2008):

O roteiro obedeceu à sequencia cronológica da rotina, seguindo todos os passos que


ocorrem ao longo do dia: entrada das crianças; espera de entrar na sala; entrada na
sala; atividade livre; lanche; roda; atividade pedagógica; parque; higiene; almoço;
higiene; roda; descanso; lanche; roda; atividade pedagógica; parque; higiene; janta;
higiene; atividade livre; espera pelos pais.

Deste modo a criança precisa se adaptar a rotina. Em muitos casos todas essas atividades são
realizadas em um único espaço, todavia este deve ser atrativo e mutável para que em cada
atividade ele seja adequado, que estimule a criança de acordo com o momento. Quando a
instituição possui espaços diferentes para cada uso, onde um está preenchido com berços,
outros com mesas e cadeiras também não deixam de ter a necessidade de estar de acordo com
a atividade exercida para que estes estimulem a criança da forma desejada.
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Assim, dar maior atenção às características sócio-físicas dos ambientes e às relações


entre estes e a criança, garantindo a ela oportunidades de contato com espaços
variados, tanto construídos pelo homem quanto naturais, é uma maneira de
proporcionar à infância condições plenas de desenvolvimento, gerando a consciência
de si e do entorno que são provenientes da riqueza experiencial (ELALI,2003).

3. A percepção da luz artificial em crianças

Conhecemos o mundo pela percepção dos nossos sentidos. É por meio do tato, olfato, paladar
e visão que conhecemos, sentimos e vemos os objetos.

“A percepção é o mecanismo mais importante, pois relaciona o homem com seu espaço
interno. As pessoas observam e percebem o meio ambiente através dos sentidos, e qualquer
informação vem a nós pela percepção, ou da percepção de alguma pessoa” (BRONDANI,
2006).

A forma e as cores percebemos com a ajuda da visão. Nossa visão é a primeira referencia que
temos de uma comida, por exemplo, e depois vem o olfato e por último o paladar. Segundo
Dondis (1997), “praticamente desde nossa primeira experiência no mundo, passamos a
organizar nossas necessidades e nossos prazeres, nossas preferências e nossos temores, com
base naquilo que vemos”.

É pelo olhar que classificamos muitas coisas, que sabemos se gostamos ou não de
determinado objeto. Mas para isso o sentido da visão precisa do auxílio da luz, pois sem ela
não vemos as cores ou a forma do objeto. Aos dizeres de Nakayama (2007)

As ondas eletromagnéticas (visíveis e não visíveis) atuam nos seres humanos


desencadeando vários estímulos. Através da pele, ele viabiliza a produção de
vitaminas e outros processos químicos e, através dos olhos, onde a radiação visível
penetra mais incisivamente, ela estimula reações no corpo e o processo da visão.

Vemos por que há luz, de acordo com Bormio (2008), “a ocorrência da visão é condicionada à
presença de um único elemento – a luz, seja natural ou artificial, e que sem esta, o olho
humano não pode observar formas, cores, espaços ou movimentos”. Ela atua tanto no sistema
psicológico quanto no sistema nervoso do ser humano.

Ao nascermos temos percepções visuais, capacidade de analisar um objeto e seus detalhes


inatas. e com o passar dos anos vamos evoluindo e tornando essa percepção mais elaborada.
As crianças veem com mais nitidez, pois, diferente dos adultos, elas tem seu campo visual
para todas as direções. Conforme uma pesquisa realizada com adultos e crianças Brondani
(2006), chegou a conclusão de que a cor da luz tem um apelo muito mais significativo para a
criança do que para o adulto.

Pois é por meio dela que vemos e conhecemos tudo, num ambiente sem luz tudo perde vida,
não se conhece nada, nada tem forma.

Segundo Dondis (1997), “a experiência visual humana é fundamental no aprendizado para


que possamos compreender o meio ambiente e reagir a ele(...)”.
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“O espaço é o resultado da totalidade do sistema de percepção. Uma mudança nas condições


de iluminação de um ambiente significa uma mudança na nossa percepção” (TRAPANO,
BASTOS; 2006).

4. A luz nos espaços internos

A luz da forma e cor ao espaço. Essa luz que clareia e traz sensações ao usuário pode ser de
duas formas: a luz natural por meio de janelas e aberturas em geral e/ou a luz artificial
disposta no ambiente alimentada pela energia elétrica. Como Trapano e Bastos (2006) expõe,
“a luz pode definir espaços dentro de uma grande área. A hierarquia de ambos os tipos de luz
– natural e artificial – e a organização da iluminação acentuam a identificação de tarefas
distintas”.

A luz natural incide pelas janelas e demais aberturas existentes no ambiente. Um ambiente
que recebe sua luz traz motivação, energia a quem está dentro dele, além de trazer benefícios
à saúde. Ela pode ser desagradável quando em excesso causando ofuscamento e calor
excessivo, mas contra isso temos elementos que a controlam como persianas, prateleiras de
luz na parte interna, brises na parte externa, entre outros. Há situações em que somente a luz
natural não é suficiente. Para atender a necessidade do uso do espaço, então, como alternativa
temos a luz artificial.

Segundo a Osram (s.d.), “para a iluminação, tanto natural quanto artificial, a função é o
primeiro e mais importante parâmetro para a definição de um projeto. Ela irá determinar o
tipo de luz que o ambiente precisa”. A luz artificial pode nos trazer diferentes sensações e
estímulos de acordo com sua temperatura de cor, índice de reprodução de cor,
fonte,localização, intensidade sempre seguindo o mínimo exigido pela norma técnica. Ela
pode somente complementar a luz natural, como pode ser a única fonte de luz do local. Vários
detalhes influenciam para que a luz cause o efeito desejado ao usuário.

Na NBR 5413 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) trás recomendações


para os níveis de iluminação de salas de aula que devem ser seguidos na elaboração dos
projetos.

A localização, ou seja, a disposição das luminárias é determinada pelo profissional, lighting


designer, no projeto. Após um estudo do projeto identificando suas necessidades e objetivos
dentro dos resultados e com a escolha da luminária e lâmpada que atendam aos requisitos são
locadas no ambiente. Aos dizeres de Osram (s.d.), são detalhadas três perguntas básicas que
devemos fazer antes de iniciar um projeto de iluminação: Como a luz deverá ser distribuída
no ambiente? Como a luminária irá distribuir a luz? Qual é a ambientação que queremos dar,
com a luz, a este espaço?

Um ambiente é percebido pela iluminação que ele apresenta. Como afirmam Fonseca e Porto
(2007), “só percebemos cor porque há luz e sua qualidade é essencial para a percepção da cor,
que é o resultado da reflexão da luz incidente sobre a matéria.(...) Desta forma, devemos
conhecer bem as características das fontes de luz artificial”.
Cada tipo de lâmpada possui classificações que interferem no resultado final do projeto. Uma
delas é a temperatura que cor, que, aos dizeres de Silva (2004), “é a grandeza que define a cor
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da luz emitida pela lâmpada, pois existem várias tonalidades de cor. (...) Quanto mais alta for
a temperatura, mais branca será a luz e quanto mais baixa, mais amarela e avermelhada será”.
Ou seja, a Temperatura de Cor é a aparência da luz, que podem ser quente, neutra e fria.

Os termos “luz quente” e “luz fria”, portanto, referem-se a sensação visual de uma
luz mais aconchegante ou mais branca, respectivamente. Um dos requisitos para o
conforto visual á a utilização da iluminação para dar ao ambiente o aspecto
desejado. Sensações de aconchego ou estímulos podem ser provocadas quando
combinam a tonalidade de cor correta da fonte de luz ao nível de iluminância
pretendido. (OSRAM, s.d.)

O mau uso da cor da luz artificial em um ambiente pode causar desconforto e mal estar
interferindo na atividade realizada nesse espaço. Segundo Nakayama (2007), “a percepção da
cor de um objeto pode sofrer variações, dependendo da fonte de luz ou mesmo da superfície
refletora”. Por exemplo, uma luz de cor amarela num ambiente de trabalho faz com que a
pessoa renda menos, pois ela da a sensação de aconchego, tranqüilidade. Já a luz branca no
ambiente faz o funcionário ter mais produtividade, pois deixa a pessoa as agitada, atenta.

Essa influência da cor interfere bastante no organismo do ser humano como explica
Nakayama (2007): “Recentes estudos mostram que as ondas de cor azul reduzem a produção
de melatonina no homem, ajudando-o a despertar e até a ver melhor”.

Outra classificação importante é o índice de reprodução de cores (sigla IRC) que também
influencia em como vemos o ambiente pois, de acordo com Silva (2004), “serve para medir o
quanto a luz artificial consegue imitar a luz natural”. Ou seja, quanto maior o IRC emitido por
uma lâmpada, mais fiel é a reprodução da cor do objeto iluminado.

Como, por exemplo, iluminações de avenidas não requerem uma reprodução de cor fiel, já
uma loja de roupas exige um ótimo IRC, pois o cliente precisa ter a visão real do objeto para
decidir se quer compra-lo ou não.

Todavia, num mesmo ambiente podemos criar cenários diferentes, estimular ou não o usuário,
alterar as cores do que está nele, tudo isso de acordo com o uso e objetivo do projeto. A luz
tem grande importância para estimular os sentidos, assim como o som, a textura. Efeitos de
luz e sombras, faixas de luz, dimerização deixam o espaço com cenários diferentes.

Segundo Dalvite (s.d.), “a iluminação tem papel fundamental para o desempenho das
atividades, pois é através dela que se tem a percepção visual dos espaços e do objeto foco da
atenção”.

5. A relação entre a cor e a luz

Perceber, transmitir, recordar, e muitos outros fatores estão ligados aos efeitos psicológicos
que a cor tem sobre o ser humano. Como relata Brondani (2006), “as cores constituem
estímulos psicológicos para a sensibilidade humana, influindo no indivíduo, para gostar ou
não de algo, para negar ou afirmar, para abster-se ou agir”.
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A cor, assim como a luz, pode interferir em como o indivíduo que frequenta o espaço se sente.
E esta pode ser valorizada com um bom projeto de iluminação, pois a qualidade e a
quantidade de luz alteram a percepção das cores e vice-versa.

Aos dizeres de Fonseca e Porto (2007):

A cor é um fator de estímulo num ambiente e as pessoas buscam estímulos o tempo


todo. Para as pessoas sem deficiência visual, cerca de 80% do que percebem é
através da visão e a cor é um atributo importante nesta relação. Tem influência na
percepção da harmonia dos espaços e no bem estar do usuário. Podemos utilizá-la
com diversos fins, para favorecer desempenho, relaxamento, atividade, etc.

Voltando o assunto para a educação infantil, que é o momento em que a criança está
ingressando no ambiente escolar, conhecendo pessoas que estão fora do seu meio de convívio
explica Lacy (1996) que, “tons quentes de rosa, pêssego e damasco ajudarão a proporcionar a
sensação de segurança que é tão importante para as crianças.(...) Os tons claros de verde
combinam bem com essas cores quentes e ajudam a criar uma atmosfera calma e relaxante”.

A respeito do laranja e do amarelo Lacy (1996) afirma: “O laranja é benéfico para as crianças
tímidas, mas também para as extrovertidas, porque canaliza suas energias para a criatividade.
(...) Não use o amarelo na decoração, uma vez que essa cor só faria deixar a criança insegura e
perdida”.

Lacy (1996), cita em seu livro uma experiência aplicada pelo professor Wohlfarth no Canadá
onde ele analisou quatro escolas primárias semelhantes:

O professor Wohlfrarth usou um tom quente de amarelo com azul-claro na pintura


das paredes (...) Também substituiu as frias lâmpadas fluorescentes por uma
iluminação de espectro total. Cada escola foi reformada de maneira diferente. A
primeira escola permaneceu com suas cores e iluminação originais para servir de
controle. Na segunda escola, tanto as cores como a iluminação foram alteradas. Na
terceira escola, só a iluminação foi alterada; na quarta, foram mudadas apenas as
cores.

Os resultados dessa pesquisa, segundo Lacy (1996), revelam que a segunda alteração foi mais
marcante:

Esse resultado demonstra a diferença que fizeram, juntas, as cores e a iluminação


para os alunos da segunda escola. Os resultados dos exames e testes de QI também
melhoraram muito; os alunos melhoraram de humor e reduziram-se as faltas por
motivos de saúde. (...) Usando-se duas cores, uma de espectro quente e outra de
espectro frio, cria-se o equilíbrio necessário para a psique.

Portanto, a cor influencia no comportamento da criança onde cada uma pode gerar um
estímulo ou até mesmo um desconforto no aluno. A associação das cores adequadas para o
uso do ambiente com a iluminação certa são, comprovadamente, ideais para um resultado
satisfatório tanto em se tratando de estética como no comportamento e bem estar da criança.

6. Metodologia
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A proposta deste trabalho foi, por meio de pesquisas em revistas, artigos, teses, dissertações e
livros, compreender os parâmetros que determinam a qualidade da iluminação. Os requisitos
necessários à iluminação natural e artificial para salas de educação infantil.

Realizou-se uma pesquisa de campo no estabelecimento que atende também a educação


infantil Colégio Dom Bosco, localizado na cidade de Rio do Sul, Santa Catarina. A visita foi
realizada no dia 11 de abril de 2012 juntamente com a administradora da escola Riolanda
Cavilha a quem foi aplicado um questionário e posteriormente um levantamento fotográfico
para futuras análises onde os resultados de toda a pesquisa foram transcritos neste artigo.

O questionário aplicado foi elaborado para conhecer a rotina das crianças na escola assim
como saber dos conhecimentos que a entrevistada tem quanto à iluminação. De acordo com as
resposta da entrevistada foi escolhida a turma em que será aprofundado o estudo e onde foi
realizado um levantamento fotográfico.

Através desta pesquisa aplicada visou-se tomar conhecimento de como a iluminação é usada
em ambientes de ensino infantil e o conhecimento que o profissional que dirige o
estabelecimento possui a respeito dos efeitos que a iluminação e a cor tem no
desenvolvimento e estado da criança.

7. Resultado da Visita

O objeto de estudo deste artigo é o Colégio Dom Bosco que atende crianças de 04 meses até o
ensino médio. O foco na educação infantil deste trabalho direciona a visita onde, por meio da
entrevista, é informado seu sistema e rotina. Todos os dados informados são resultados da
entrevista feita a administradora Riolanda Cavilha e da análise do levantamento fotográfico
realizado.

As crianças passam somente o período vespertino na escola, onde o horário de chegada é as


13:00 horas e saída as 18:00 horas. As turmas estão divididas da seguinte forma:

 Berçário 01 – de 04 meses a 02 anos;


 Berçário 02 – de 02 a 03 anos;
 Infantil 01 – de 03 a 04 anos;
 Infantil 02 – de 04 a 05 anos;
 Infantil 03 – de 05 até próximo de seis.

O objeto de estudo e análise será a sala do Berçário 02. Essas crianças tem uma rotina que
varia de acordo com programação pedagógica para cada dia, mas durante o tempo em que
passam na escola elas tem o período de acolhimento na chegada, de descanso, de alimentação,
de atividades em sala de aula e atividades extras.

Os espaços físicos que agregam a essa rotina envolvem, além da sala de aula, a sala de vídeo,
a sala de informática, o parque na área externa, as quadras de esporte e o ginásio onde o uso e
o tempo de permanência desses espaços variam conforme o planejamento da professora.
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Figura 01 – Sala do berçário 02


Fonte: A Autora
Na análise feita na sala de aula, onde a criança passa a maior parte do dia, conforme dados
colhidos na visita e na entrevista, há uma grande preocupação com a iluminação natural e
ventilação dos ambientes. Há a ciência da importância que esta tem no desenvolvimento da
criança, tanto que a entrevista fez a sugestão de que os peitoris das janelas fossem mais baixos
para que as crianças tivessem mais contato com o exterior. Ela levanta o problema da falta de
sincronismo entre a iluminação natural e a ventilação, onde consegue possibilitar um, mas
abrindo mão do outro, não conseguindo conciliar ambos. Um exemplo de problema dado por
ela é o ofuscamento nas telas dos computadores nas salas de informática. Como também
comenta a autora Elali (2003):

As aberturas, especialmente as janelas, constituem um problema quase generalizado:


suas dimensões são insuficientes tanto para ventilação quanto para iluminação das
salas de aula, (...), e seu peitoril geralmente é alto demais para a estatura das
crianças, não permitindo que a maioria das mesmas visualize adequadamente a área
externa.

Quanto ao controle da iluminação, conforme evidencia a figura 01, é feita por cortinas de
tecido fino que não bloqueiam ou desviam essa iluminação. Em contrapartida a orientação
solar é um fator positivo desta sala, pois tem duas aberturas voltadas para o sul e uma para
leste, como as aulas só ocorrem no período vespertino não a incidência direta do sol que
poderia causar maior ofuscamento nas crianças.

Outro fator, além da iluminação natural, que deixa o ambiente agradável é a pintura. As cores
claras e consideradas tranquilizadoras do ambiente analisado ampliam o espaço e transmitem
a sensação de limpeza e bem estar.

Já a iluminação artificial é padrão, todos os ambientes utilizados por elas tem uma iluminação
feita por luminárias onde a fluorescente fica aparente, sem qualquer proteção contra o
ofuscamento, conforme se observa na figura 01. E, sobre este assunto, a entrevistada não
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possui conhecimento profundo sobre os efeitos que os tipos diferentes de luz existentes e no
que eles interferem no comportamento do aluno. Há uma preocupação em ter todas as
lâmpadas com a mesma temperatura de cor, no caso das salas de aula: branca, mas não há
uma movimentação dessa iluminação ou mudança deste padrão de acordo com o uso da sala,
ela é fixa.

Figura 02 – Sala de troca de fraldas


Fonte: A Autora
Outro ambiente que mostra o padrão da iluminação é a sala de troca de fraldas que possui o
mesmo sistema com fluorescentes aparentes onde a criança, deitada, visualiza diretamente
aquela luminária, sem algum artifício quanto ao ofuscamento conforme observa-se na figura
02. Outro detalhe observado neste ambiente é a falta de um controle de incidência da luz
natural, já que a iluminação vinda da janela também pode causar ofuscamento ao usuário do
espaço.

Um sistema diferenciado existente na creche é a dimerização da luz artificial, somente no


Berçário 01, que é utilizada no controle da intensidade da luz na hora de dormir deixando o
ambiente não totalmente escuro, mas com uma luz ambiente confortável ao sono do bebê.

Percebe-se, com esta entrevista, que há pontos positivos e outros passíveis de melhoras. Já
que as aulas acontecem a tarde e que a orientação solar da sala analisada favorece, é
importante priorizar a luz natural no ambiente conforme a instituição faz, só tomando cuidado
com o seu controle para evitar o ofuscamento. Mas como as crianças usam a mesma sala para
usos diferentes é interessante estimula-las com outros efeitos de luz, nesse caso artificial.

Segundo Goulart, Dias e Barros (1989), “em uma pesquisa feita com alunos entre 6 e 13 anos
o resultado foi que a luz natural é associada a claridade, ao sol. Já a luz artificial é vista como
energia, luz para ler”. As crianças não unem os dois conceitos. Como é o caso da escola
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estudada, o aluno percebe as janelas sempre abertas quando eles estão em sala, as vezes a
cortina é fechada para controle mas, neste caso, a iluminação artificial passa despercebida.

8. Proposta de Iluminação

De acordo com os estudos feitos a respeito dos efeitos da iluminação natural e artificial no ser
humano e dos sistemas analisados nos ambientes visitados do estabelecimento de ensino
infantil propõe-se uma melhoria que fará da luz um aliado no desenvolvimento e aprendizado
dessas crianças.

O fator primordial a se considerar é a luz natural, pois ela tem o efeito de estimular, dar
energia além de fazer bem a saúde do indivíduo. Nos ambiente e momentos onde as crianças
desenvolvem atividades e/ou brincadeiras, sempre que possível permitir a iluminação deste
por meio da luz natural, mas com cautela. Um cuidado a ser tomado é quanto ao ofuscamento,
já que pode trazer incômodo á criança. O ofuscamento pode ser solucionado por meio de
artifícios que controlam essa luz como, por exemplo, persianas.

As persianas são elementos que controlam a iluminação natural, flexíveis, conforme é a


incidência da luz nas salas de aula podem ser reguladas. A escolha das formas horizontais ou
verticais deve ser determinada de acordo com a posição de entrada do sol na sala da abertura
em questão. Além de permitir a ventilação, é de fácil instalação, limpeza e não interferem na
parte estrutural da edificação.

A sala de aula analisada tem basicamente três usos: atividades, descanso e alimentação. São
usos diferentes que pedem variadas aparências ao ambiente.

Nas atividades em geral é importante, se possível a luz natural para estimular as crianças. Mas
a luz artificial pode criar cenários que mudam a aparência da sala, como por exemplo, luzes
coloridas mudando o cenário da sala conforme a história que a professora está contando, ou
luminárias focando objetos e trabalhos dos alunos valorizando-os, luminárias fazendo o jogo
de luz e sombra, entre outros. Se a atividade é de desenho ou leitura, a luz branca tem grande
eficiência.

Já na hora de descanso esse mesmo ambiente deve se transformar em um espaço tranquilo,


calmo, onde, com as persianas fechadas e a luz amarela dimerizada traz este sentimento a
quem está nele.

Quando for servida a comida é importante fazer com que esse espaço seja agradável, tranquilo
para que a criança coma com calma, sem pressa. Diminuir a incidência da luz natural e ligar
um sistema de luz amarela na luz artificial vai passar essa sensação de aconchego ao
ambiente.

Em espaço de uso específico, como a sala de vídeo, as luzes na cor branca deixam a criança
atenta, assim como a sala de informática. As luminárias devem estar dispostas no forro de
modo a não causar reflexo nos monitores e/ou televisão assim como as janelas devem ter uma
proteção que evite esse mesmo problema.
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Todas as luminárias instaladas devem possuir aletas ou proporcionar uma luz indireta para
que estas não causem ofuscamento ao aluno, citado muitas vezes neste artigo, é o problema
que mais causa desconforto e desatenção.

Quanto ao uso das cores, o verde encontrado nas paredes do espaço analisado trás calma e
tranquilidade a quem esta nele. Mas é possível complementar com outras cores para não
deixar ele monótono como, por exemplo, detalhes em laranja, pois, segundo Lacy (1996), essa
cor estimula a criatividade da criança.

9. Conclusão

Este estudo revelou que a iluminação em ambientes de educação infantil, em sua maioria, é
básica. Havendo a ausência do projeto de iluminação e, consequentemente, dos seus
benefícios.

A pré-escola e a creche são ambientes de ensino que possuem vários momentos, usos que
devem entreter a criança, seja na hora de aprender, brincar ou dormir. Para isto a decoração é
um fator importante, mas junto com ela deve estar a iluminação que, de forma adequada, pode
contribuir no desempenho do aluno. Portanto, avaliar o espaço da educação infantil e
relacionar com os efeitos da iluminação e da cor em crianças de 0 a 6 anos pode trazer
soluções possíveis para proporcionar maior conforto. Dentro desta avaliação pode-se citar:

 Conforto visual, uma iluminação adequada faz com que a criança não tenha a necessidade
de “forçar” a visão causando desconforto ou ofuscamento;
 Estímulos, iluminação com diferenciadas cores, intensidades, ou focos diferentes criam
vários cenários num mesmo ambiente proporcionando, portanto, estímulos para
desempenhar determinada atividade;
 Elementos decorativos no espaço, com uma iluminação de trabalho ou iluminação
decorativa podem chamar a atenção para espaços diferentes do ambiente;
 Cores, o uso de cores específicas de acordo com a atividade desenvolvida no espaço
contribui no desempenho do aluno;
 Efeitos psicológicos, a luz e a cor podem não fazer a criança dormir, mas a ajuda a relaxar;
 Contato com a área externa, grande aberturas que permitam a entrada da luz natural
assim como a visualização com a área externa é essencial para o bem estar do aluno, assim
como sua sensação de liberdade.

Um projeto de iluminação pode tornar o ambiente mais confortável aos olhos da criança. Esse
projeto deve partir da premissa de como a iluminação natural age no ambiente e
complementar, se necesário, com a luz artificial. A luz natural é considerada uma iluminação
geral, usada para a maior parte das atividades em sala.

Mas a iluminação artificial deve ser explorada criando cenários, com o uso das mais variadas
lâmpadas e luminárias e os efeitos que proporcionam para em determinados momentos das
aulas mudar o espaço e assim proporcionar ao aluno uma dinâmica, um estímulo, uma
novidade.

E, aliado com a iluminação devem estar as cores do ambiente que também influenciam no
Educação infantil: a importância da iluminação e cor no desempenho e aprendizado da criança janeiro/2013

comportamento do ser humano. Os dois aliados trazem um resultado melhor ao projeto.

10. Referências

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Anexo

Anexo – Entrevista base para diálogo com entrevistada:

1. Como é denominada cada turma e, respectivamente, quais as idades das crianças?


2. Como é a rotina das crianças na creche da turma escolhida?
3. Quantos ambientes elas usam durante o período que estão na creche?
4. Como você avalia a iluminação dos ambientes?
5. Há alguma preocupação com a forma em que eles são iluminados?
Educação infantil: a importância da iluminação e cor no desempenho e aprendizado da criança janeiro/2013

6. Nos ambientes, é utilizada a iluminação natural, artificiais ou ambas?


7. As salas tem seu sistema de iluminação projetado por um profissional da área?
8. Você considera importante a iluminação para o aprendizado da criança?

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