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OLIVEIRA, Érica
BLOISE, Denise
RESUMO
Ao se pensar sobre os benefícios da música na aprendizagem, a contribuição que
traz muitos autores é que a ela pode ser vista como facilitadora da criatividade e das
habilidades de socialização da criança, aumentando o nível de interação e
cooperação, bem como moldando comportamentos sociais. Á vista disso, a
finalidade deste estudo é analisar as contribuições da música para o processo de
ensino e aprendizagem dos alunos. Optou-se pela metodologia de pesquisa
bibliográfica no intuito de verificar e refletir sobre ideias e pensamentos de autores
acerca desta temática em materiais como livros físicos e eletrônicos e artigos
cientifícos. Sabe-se que implementar atividades lúdicas oportuniza as crianças
muitos benefícios, visto que a exposição à música pode melhorar o aprendizado
aumentando a atmosfera positiva da sala de aula. Portanto, a partir deste estudo foi
possível comprender a importância da música no contexto escolar, visto que o lúdico
envolve o ato de imaginar, brincar e fantasiar como parte do mundo das crianças,
assim, a música como elemento da ludicidade é de suma importância no
desenvolvimento e na aprendizagem. Esta é uma consideração importante para a
sala de aula, pois ensinar as crianças a gerenciar as emoções de maneiras mais
positivas através da música pode aumentar seu potencial de aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
Não se pode negar que a música é uma arte universal que está presente em
diversas situações da vida humana, em todas as culturas, em todas as regiões, em
todas as épocas, a presença da música é incontestável na vida das pessoas, e os
benefícios dela no desenvolvimento humano também. Quando se fala em educação
e infância esses benefícios parecem ainda mais importantes, uma vez que a música
pode ser uma grande aliada no processo de ensino-aprendizagem.
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Dificuldade de Aprendizagem.
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No século XVII, a música popular ganhou força no Brasil por meio de uma
dança Africana, lundo ou lando, conforme comenta o autor:
O autor explica que os africanos trazidos como escravos ao Brasil, boa parte
da formação musical foi por eles, pois trouxeram suas experiências musicais.
Através do contato com o povo africano que deu riquezas às partes rítmicas das
músicas brasileiras, levando, assim, nossa riqueza musical.
Até medos do século XX, a música não tinha conotação educativa, era usada
no ensinar a manusear e tocar instrumento. Em 1954, por decreto real e
regulamentado o ensino da música no Brasil, porém não havia formação compatível,
em relação professores, e a música era usada para controle dos alunos. Nessa fase
não era dada muita ênfase aos aspectos musicais para a escola. A visão de
trabalhar na educação musical, conhecendo os meios, experiências e culturas dos
alunos com elementos de interação com outras disciplinas escolares se deu na
metade do século XX. (LOUREIRO, 2003).
Através dessa breve colocação sobre a trajetória da música é possível
afirmar que a mesma é algo constantemente presente na vida da humanidade, por
isso e por outros diversos motivos que a musicalização se faz tão importante no
ensino-aprendizagem. O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil
(RCNEI) nos diz que:
A música é uma das poucas atividades que está traz benefícios para o
processo de desenvolvimento das crianças. Isso é confirmado por Jeandot (1997,)
que relata que a criança por volta dos dois anos começa a cantar versos soltos e
fragmentos de canções, geralmente fora do tom. Uma criança inicia seu processo
musical desde muito cedo, ela capta sons que ela ouve desde as canções de ninar,
aos sons do cotidiano. Como consequência a mente musical passa a se moldar e se
constituir através dos sons em que captou, instigando a capacidade da mente de
ouvir e perceber as mais variadas nuances musicais.
No trabalho infantil a música tem um papel fundamental, contribuindo para o
seu desenvolvimento social e emocional, podendo levar a um melhor autocontrole e
comportamento. Segundo Ilari (2003, p. 15), “O fazer musical na infância traz
inúmeros benefícios e desenvolve o controle de atenção, memória, comportamento
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Desse modo, esse autor compreende que um bom trabalho musical aliado a
uma educação de base na infância, só tem a colaborar ainda mais para um bom
desenvolvimento. Ajudando e fortalecendo a união entre corpo, mente e alma, o que
certamente pode vir a ser um adulto mais saudável nos aspectos físico e psíquico.
Quando a criança ouve uma música ela começa a trabalhar um conjunto de
informações. Conforme aborda Brito (2001) mais uma vez a música entra para
colaborar no desenvolvimento das crianças desta vez favorecendo para que as
crianças memorizem determinada coisa e passam a avançar mais e mais. Tem
função de desenvolver a personalidade como um todo, despertar e desenvolver
comunicação e percepção do trabalho em equipe. Desenvolvimento do senso crítico,
memorização e principalmente o processo de conscientização com um todo.
Desse modo, é possível perceber os inúmeros benefícios que a música
possibilita para o desenvolver das crianças. Segundo Rosa (1990) a música
colabora para que o indivíduo seja alguém capaz de trabalhar em equipe, ouvindo as
opiniões ao seu redor. Saber ouvir as opiniões alheias é muito valioso, além de
compartilhar seus conhecimentos, está ganhando mais conhecimento ainda ouvindo
outras experiências, outros saberes.
Um ser com senso crítico é um ser pensante que expressa suas opiniões,
seus conhecimentos, no processo de aprendizagem também é importante que os
alunos estejam livres para experimentar as próprias experiências. Diante disso,
Chiarelli (2005 p. 6) afirmam que “A música pode melhorar o desempenho e a
concentração, além de ter um impacto positivo na aprendizagem de matemática,
leitura e outras habilidades linguísticas nas crianças”. Compreende-se, assim, que
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ter opinião própria é uma grandeza, pois os alunos não se calam mais, passando a
expressar o que sabem, sentem e, também o que fazem.
Portanto, compreende-se que os trabalhos musicais realizados nas salas de
aulas não objetivam apenas à formação do indivíduo, mas sim, o contato, vivência
musica contribuindo para a formação integral da criança, especialmente, na escola.
Um exemplo que se podem usar é que se um professor de Língua Portuguesa que
está trabalhando sobre verbos com seus alunos, ele poderá levar diversas músicas
para ouvirem juntos e destacar os verbos encontrados nas letras das músicas e
assim sugerir várias atividades e exercícios a partir disso.
É notório que muitos são os autores que dão destaque para a importância da
ludicidade na sala de aula. Para Silva e Junior (2020) o mundo infantil não pode ser
descrito, investigado, sem que se faça referência ao brincar e, neste caso, também
aos seus respectivos objetos, os jogos e as brincadeiras. A sua presença é tão
constante em todas as culturas que nos faz reconhecer a existência de
predisposições biológicos para esta atividade.
A importância do brincar é tamanha que mesmo a Convenção das Nações
Unidas sobre os Direitos da Criança e do Adolescente de (1989) que reconhece,
com seu artigo 31, o direito da criança não apenas ao descanso e lazer, mas
também a atividades lúdicas e recreativas. A ludicidade pode enriquecer o
aprendizado e ajudar a desenvolver habilidades essenciais para a vida, como a
criança vive a brincadeira, o aprendizado pode ser facilitado.
Todos conhecem o potencial do brincar na escola, contudo, é necessário
refletir sobre os resultados favoráveis que podem ser alcançados graças às
atividades lúdicas, jogos sérios, isto é, aqueles que têm uma clara intenção
educativa, que estão subjacentes ao empenho, à diligência e ao progresso no
alcance dos objetivos. Na metodologia de ensino de língua portuguesa, por exemplo,
o ensino lúdico pode ser flexível e adaptável, pode ser usado para qualquer nível de
conhecimento da criança. (SANTOS; GALEMBECK, 2017)
Ao utilizar o caráter lúdico das brincadeiras na aprendizagem, é importante
que se tenha ciência dos seus objetivos de educação, conforme aponta os autores:
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Outro conjunto de desafios diz respeito ao modo como o brincar tem sido
concebido pelos profissionais que atuam com as crianças e as práticas
educativas de caráter lúdico implementadas para elas, o que interefer
significamente nas condições de seu desenvolvimento. Para dar sequência
a essa discussão analisaremos o desenvolvimento das funções ciulturais
das crianças para nos aproximarmos dos objetivos da educação infantil no
que se refere ao brincar. (SILVA; ABREU, 2001, p, 17).
currículos consiste não apenas em uma formação com intuito de ensinar música e
instrumentação musical.
3 METODOLOGIA
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Martins. Como usar a música na sala de aula.7. ed. São Paulo:
contexto, 2010.