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ÁREA TÉCNICA

MANUAL DE NORMAS,
ROTINAS, PROTOCOLO E
PROCEDIMENTO
OPERACIONAL PADRÃO

COORDENADORIA DE
ATENDIMENTO AO PORTADOR DE
DEFICIÊNCIA MENTAL - CODAM
MANUAL DA ÁREA TÉCNICA
Assunto: Manual de Normas, Rotinas, Procedimento
Operacional Padrão e Protocolos Clínicos da Coordenadoria
de Atendimento ao Portador de Deficiência Mental - CODAM
Aprovação: Resolução CTA nº ______
Vigência: __/__/____.
NORMAS, ROTINAS E PROCEDIMENTO
OPERCIONAL PADRÃO DA COORDENADORIA DE
ATENDIMENTO AO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA
MENTAL-CODAM

Créditos:
Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência
Equipe Multiprofissional da Coordenadoria de Atendimento ao
Portador de Deficiência Mental (SERI/CODAM)
Unidade de Planejamento da FUNAD (USPLAN)

Presidência
Simone Jordão Almeida

Vice Presidência
Ana Carla Perazzo Leal

Diretoria Executiva
Ligia Maria de Sousa Barbosa

Diretoria Técnica

Mércia de Lourdes Medeiros de Melo


VERSIONAMENTO

Detalhamento Preparado Aprovado


Versão Data
da versão por por
Reestruturação doAlanna Gomes Não se
1.0 06.07.2020
Manual. e Laíla Gomes aplica.
Revisão doKaíla Alves e Não se
1.0 16.12.2020
documento. LhaysMartinna aplica.
Adathiane
Revisão do Farias, Kaíla Não se
1.0 15.02.2021
documento. Alves e aplica.
LhaysMartinna
Maria Luiza,,
Não se
1.0 .07.2021 Revisão do Doc. Kaíla Alves e
aplica.
LhaysMartinna
APRESENTAÇÃO

A Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de


Deficiência – FUNAD, criada nos termos da Lei nº 5.208, de 18 de
dezembro de 1989, é uma entidade de personalidade jurídica de
Direito Privado com autonomia administrativa e financeira, e
atualmente se configura enquanto um Centro Especializado em
Reabilitação do tipo IV – CER IV, referência para as quatro áreas da
deficiência (física, intelectual, auditiva e visual), além da deficiência
múltipla e do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O CER configura-se enquanto serviço de atenção


especializado em habilitação e reabilitação, realizando diagnóstico,
tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia
assistiva, visando cuidados à saúde da pessoa com deficiência no
âmbito do SUS.

Em 2008, o Brasil ratificou a Convenção da Organização das


Nações Unidas sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e em
2015, promulgou a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência - LBI, nº 13.146, de 06 de julho - conhecido como
Estatuto da Pessoa com Deficiência.

De acordo com a LBI (2015) o processo de reabilitação e


reabilitação, configura-se como um direito da pessoa com
deficiência, cujo objetivo relaciona-se ao desenvolvimento de
potencialidades, talentos, habilidades e aptidões físicas, cognitivas,
sensoriais, psicossociais, atitudinais, profissionais e artísticas que
contribuam para conquista da autonomia, favorecendo a participação
social em igualdade de condições e oportunidades com as demais
pessoas.
Desse modo, em consonância com a Convenção da ONU,
a LBI e as orientações do Instrutivo de Reabilitação
(2020),disponibilizado pelo Ministério da Saúde a Coordenadoria de
Atendimento ao Portador de Deficiência Mental – CODAM se
debruça na reformulação e atualização do Manual de Normas,
Rotinas, Protocolo e Procedimento Operacional Padrão.
Este documento traz informações sobre aorganização,
funcionamento, competências, diretrizes e ações da CODAM,
norteando as ações da equipe profissional e o acesso dos usuários,
auxiliando na tomada de decisão, complementação de diagnóstico e
utilização dos procedimentos adequados no âmbito da habilitação e
reabilitação, cumprindo papel fundamental no desenvolvimento e
monitoramento do Projeto TerapêuticoSingular (PTS), bem como,
das práticas de educação em saúde.

De acordo com o Instrutivo de Reabilitação (2020)


atualmente a deficiência deve ser compreendida como o resultado
entre o impedimento corporal e as barreiras socioambientais que
acabam por gerar uma participação social deficitária ao individuo na
sociedade.

O entendimento acerca da avaliação da deficiência embasada


em um modelo norteado por critérios médicos com base nos
Decretos 3298/99 e 5296/2004, vem sendo reconsiderado a partir de
um modelo biopsicossocial, neste considera-se o contexto que o
sujeito esta inserido, a fim de compreender até que ponto o
impedimento corporal se torna deficiência e fator limitante ao
exercício das atividades e da plena participação na sociedade, a partir
da interação com as diversas barreiras existentes e mesmo da
ausência de apoios (BRASIL, 2018).

Assim, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com


Deficiência

Art.º 2 Considera a pessoa com


deficiência aquela que tem impedimento de
longo para de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, o qual em interação
com uma ou m,ais barreiras, pode obstruir
sua participação plena e efetiva na sociedade
em igualdade de condições com as demais
pessoas (BRASIL, LBI, 2015, p.1).
Lista de Abreviaturas e Siglas

AVD – Atividades da Vida Diária


BPA - Boletim de Produção Ambulatorial
CAD – Centro de Atendimento à Pessoa com Deficiência
CER- Centro Especializado de Reabilitação
CID-10 - Classificação Internacional de Doenças
CORDI - Coordenadoria de Triagem e Diagnóstico
FUNAD – Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador com
Deficiência
PcD – Pessoa com Deficiência
POP – Procedimento Operacional Padrão
SUS – Sistema Único de Saúde
SOAF – Serviço de Orientação e Apoio à Família
CPF – Cadastro de Pessoa Física
DE - Diretoria Executiva
DT- Diretoria Técnica
DSM-IV - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
DI- Deficiência Intelectual
DM – Deficiência Mental
CODAM- Coordenadoria de Atendimento ao Portador de
Deficiência Mental-CODAM
CRAS- Centro de Referência de Assistência Social
CREAS- O Centro de Referência Especializado de Assistência
Social
PcDI- Pessoa com Deficiência Intelectual
PEcS- Sistema de Comunicação de Troca de Fotos
TEACCH – Tratamento e Educação de Crianças
ABA- Análise do Comportamento Aplicado
CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade
LBI – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência

SUMÁRIO:
Lista de Abreviaturas e Siglas ...................................................... 7
1.INTRODUÇÃO ........................................................................... 9
2.1 Gestão ................................................................................... 13
2.2 Equipe multiprofissional de Reabilitação............................. 13
2.2.1. Competências comuns aos profissionais de reabilitação
................................................................................................ 14
2.3. Acesso e inserção dos usuários ........................................... 16
2.4 Serviços de habilitação/reabilitação ..................................... 17
Serviços de Orientação e Apoio à Família – SOAF ............... 18
Serviço de Atividade de Vida Diária – AVD ......................... 19
Serviço de Habilidades Básicas de Aprendizagem ................. 19
Serviço de Atendimento Psicológico Infantil ......................... 20
Serviço de Atendimento Psicológico Adolescente: ................ 21
Serviço de Atendimento Psicológico Adulto .......................... 22
Serviço de Atendimento Fonoaudiólogico ............................. 23
c) Integração Sensorial ...................................................... 23
Serviço de Estimulação Sensorial ........................................... 24
Serviço de Atendimento Psicopedagógico Infantil................. 25
Serviço de Atendimento Psicopedagógico Adolescente......... 26
Serviço de Atendimento Psicopedagógico Adulto ................. 27
Serviço de Brinquedoteca ....................................................... 27
2.PROCESSOS DE DESLIGAMENTO DE USUÁRIOS ........ 28
3.1 Desligamento por falta ......................................................... 28
3.2 Desligamento a pedido ......................................................... 29
3.3 Desligamento por alta........................................................... 30
3.4 Desligamento por perfil ........................................................ 31
4. DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................ 31
Referências: .................................................................................. 33
APÊNDICES ................................................................................ 35
9
1. INTRODUÇÃO

O conceito de Deficiência Intelectual direciona-se às pessoas


com funcionamento intelectual significativamente inferior à média,
cujas manifestações podem ocorrer antes dos 18 anos, porém não se
limita a esta, apresentando limitações associadas a duas ou mais
habilidades adaptativas, tais como: comunicação, cuidado pessoal;
habilidades sociais; utilização de recursos da comunidade; saúde e
segurança; habilidades acadêmicas; lazer e trabalho (BRASIL,
DECRETO n°5296, 2004).

De acordo com o Instrutivo de Reabilitação (2020) devemos


considerar que esta deficiência de natureza intelectual, apresenta
impedimentos que podem ocorrer de forma temporária ou
permanente; de modo progressivo, regressivo ou ainda, manter-se de
forma estável, intermitente ou contínuo.

O DiagnosticandStatistical Manual of Mental Disorders–


DSM/IV (2010), define pessoa com deficiência intelectual como
alguém que está significativamente limitada em pelo menos duas
áreas referente as habilidades adaptativas (comunicação; cuidados
pessoais; habilidades sociais; utilização dos recursos da
comunidade; saúde e segurança; habilidades academicas; lazer e
trabalho) (BRASIL, DECRETO, 2004) e classifica seus diferentes
níveis de severidade em: leve, moderada, grave, profunda ou severa
e não especificada.

Para compreenssão dos níveis de Deficiência Intelectual


tomaremos como referência o Manual de Diagnóstico e Estatística
das Pertubações mentais –DSM-IV-TR (2002), segue abaixo:

✓ A Deficiência Intelectual Leve


Trata-se de um nível equivalente a categoria pedagógica dos
"educáveis". Em seu conjunto, os indivíduos que apresentam esta
deficiência, tipicamente desenvolvem habilidades sociais e de
comunicação durante os anos pré-escolares, comprometimentos
mínimos nas áreas sensório-motoras e com frequência não são
10
facilmente diferenciados de crianças sem DI até uma idade mais
tardia.

Ao final do período da adolescência, podem adquirir


conhecimentos e habilidades acadêmicas equivalentes. Durante a
idade adulta, podem desenvolver competências sociais e
profissionais adequadas para sua autonomia, e mesmo custeio
mínimo das próprias despesas, porém podem precisar de supervisão,
orientação e assistência, especialmente quando sob estresse social ou
situação econômica incomum ou desfavoravel.

✓ Deficiência Intelectual Moderado:


A maioria dos indivíduos com este nível de DI adquire
habilidades de comunicação durante os primeiros anos da infância.
Eles beneficiam-se de treinamento profissional e, com moderada
supervisão, podem cuidar de si mesmos. Eles também podem
beneficiar-se do treinamento em habilidades sociais e ocupacionais.

Estas pessoas podem aprender a viajar independentemente, em


locais que lhes sejam familiares.

Durante a adolescência, suas dificuldades no reconhecimento


de convenções sociais podem interferir no relacionamento com seus
pares. Na idade adulta, a maioria é capaz de executar trabalhos não
qualificados ou semiqualificados sob supervisão, em oficinas
protegidas ou no mercado de trabalho geral, e adaptam-se bem à vida
na comunidade, geralmente em contextos supervisionados.

✓ Deficiência Intelectual Grave:


Durante os primeiros anos da infância, estes indivíduos
adquirem pouca ou nenhuma linguagem comunicativa. Durante o
período da idade escolar, podem aprender a falar e ser treinados em
habilidades elementares de higiene, mas se beneficiam apenas em
um grau limitado da instrução em matérias pré-escolares, tais como
familiaridade com o alfabeto e contagem simples, embora possam
dominar habilidades tais como reconhecimento visual de algumas
palavras fundamentais à "sobrevivência".
11
Na idade adulta, podem ser capazes de executar tarefas
simples sob estreita supervisão. A maioria adapta-se bem à vida em
comunidade, em pensões ou com suas famílias, a menos que tenham
uma deficiência associada que exija cuidados especializados de
enfermagem ou outra espécie de atenção.

✓ Deficiência Intelectual Profunda:


A maioria dos indivíduos com este diagnóstico tem uma
condição neurológica identificada como responsável por seu déficit
Mental. Durante os primeiros anos da infância, apresentam prejuízos
consideráveis no funcionamento sensório-motor. Um
desenvolvimento mais favorável pode ocorrer em um ambiente
altamente estruturado, com constante auxílio e supervisão e no
relacionamento individualizado com alguém responsável por seus
cuidados.

O desenvolvimento motor e as habilidades de higiene e


comunicação podem melhorar com treinamento apropriado. Alguns
desses indivíduos conseguem executar tarefas simples, em contextos
abrigados e estritamente supervisionados.

✓ Deficiência Intelectual Não Especificada:


Aplica-se quando existe uma forte suspeita de Deficiência
Intelectual-DI, contudo, ainda indetectável por meio dos teste
habituais de medição da inteligência. Isto pode ocorrer no caso de
crianças, adolescentes ou adultos que apresentam demasiado
prejuízo ou falta de cooperação para serem testados, ou com bebês,
quando existe um julgamento clínico de funcionamento intelectual
significativamente abaixo da média.

Em geral, quanto menor a idade, mais difícil é a avaliação


que possibilite a identificação da presença de Deficiência
Intelectual-DI, exceto nos casos com prejuízo profundo.

✓ Deficiência Múltipla:
Associação de duas ou mais deficiências.
12
2. COORDENADORIA DE ATENDIMENTO AO PORTADOR
DE DEFICIÊNCIA MENTAL ( SERI/CODAM)

A Coordenadoria de Atendimento ao Portador de Deficiência


Mental – CODAM, garante atendimento e linhas de cuidado em
saúde á pessoa com DI, as quais são desenvolvidas ações voltadas a
funcionalidade, cognição, linguagem, sociabilidade e o desempenho
de habilidades.

A CODAM presta serviços de habilitação e reabilitação junto


à pessoas com deficiência que tem impedimentos temporários ou
permanentes; progressivos, regresivos ou estáveis; intermitentes e
contínuos de natureza intelectual, os quais em interação com
diversas barreiras podem obstruir sua participação plena e fetiva na
sociedade em condições de igualdade com as demais pessoas.

Segundo o relatório Mundial sobre Deficiência (2012) a


reabilitação realiza ações ligadas as funções e estruturas corporais,
atividades e participação, fatores ambientais e pessoais, visando
contribuir para que os individuos atinjam e mantenham a
funcionalidade ideal na interação junto ao seu ambiente. Assim, os
resultados configuram a melhora e modificação da funcionalidade
do usuário (a) ao longo do tempo que podem ser consideras de forma
isolada ou relacionada a um conjunto de medidas, garantindo
progressos nas atividades e em suas formas de participação.

A reabilitação envolve a identificação dos problemas,


necessidades, fatores relevantes do usuário e do ambiente, define
metas, realiza o planejamento, implantação de medidas e avaliação
dos seus efeitos para o desenvolvimento de conhecimentos e
habilidades.

É necessário considerar que as estratégias de ação devem ser


executadas mediante necessidades particulares de cada individuo, é
importante destacar que, tais ações não podem ser desenvolvidas a
partir de uma única área do saber específico e sim, por equipes
multiprofissionais e interdisciplinares, na perspectiva de
compreensão do individuo em sua complexidade, incluindo
13
dispositivos e tecnologias assistivas (INSTRUTIVO DE
REABILITAÇÃO, 2020).

A equipe profissional da CODAM é composta por setores de


reabilitação, atendimento à família e gestão, estando estruturada da
seguinte forma:

Figura 2 – Organograma da CODAM

2.1 Gestão
A equipe gestora da Coordenadoria é responsável
pela condução dos processos de trabalho, visando garantir a
operacionalização dos atendimentos de forma humanizada, bem
como monitorar e avaliar o cumprimento das premissas expressas
neste Manual de Normas, Rotinas, Protocolo e Procedimento
Operacional Padrão da Coordenadoria. Além da equipe gestora, a
coordenadoria conta com profissionais que atuam no setor
administrativo e recepção.

2.2 Equipe multiprofissional de Reabilitação


A equipe multiprofissional configura-se como referência na
manutenção do cuidado e desempenho da capacidade funcional
desenvolvendo ações de intervenção apoiada no PTS direcionadas a:
funcionalidade, cognição, linguagem, sociabilidade e ao
desempenho de habilidades necessárias para deficiência intelectual.
Em seu corpo técnico, a Coordenadoria conta com
profissionais com formações específicas na área do DI, tais como:
Especialização,Princípios da Terapia ABA, Integração Sensorial,
Sistema de Comunicação Alternativa por Troca de Figuras PECS®.
14
A equipe multiprofissional realiza atendimento individual ou em
grupo, a depender do serviço e necessidade.

Considerando as especificidades de cada usuário, a


Coordenadoria compreende a necessidade de realizar intervenções
diversificadas na atenção à saúde da pessoa com Deficiência
Intelectual. Por isso, a construção de um PTSpromove a inclusão,
junto ao processo terapêutico, da equipe multiprofissional, do
usuário e dos familiares, seguindo parâmetros biopsicossociais.

2.2.1. Competências comuns aos profissionais de


reabilitação

• Realizar acolhimento multiprofissional de usuários e


familiares;
• Realizar anamnese;
• Construir e reavaliar periodicamente o PT e o PTS, junto com
a família/responsável;
• O profissional realizará o processo complementar de
diagnóstico, quando solicitado pela CORDI e CAD, bem
como avaliará a funcionalidade. Em casos de: atualização de
laudos para aqueles usuários que estão em reabilitação e
especificação de grau para aqueles em acompanhamento no
serviço;
• Atender individualmente ou em grupo;
• Registrar, rigorosamente, a cada trimestre a evolução do
usuário no Sistema de E-Prontuário;
• Compete ao reabilitador o registro mensal de presenças e
faltas dos usuários (as) no SISATENDIMENTO;
• Realizar a evolução dos usuários no Sistema E-Prontuário em
casos de alta ou desligamento, obrigatoriamente;
• Registrar a produção SUS (BPA-I, BPA-C) diariamente e
encaminhar para o administrativo do SUS no período
programado;
• Criar e revisar protocolos internos de atendimento;
15

• Realizar e participar de reuniões periódicas de equipe para


estudos e discussões de casos;
• Realizar estudos e pesquisas na área da deficiência, em
parceria com instituições de ensino e pesquisa;
• Realizar escuta qualificada dos usuários e
família/responsável, garantindo o sigilo das informações;
• Orientar sobre direitos e deveres;
• Reabilitar usuários com deficiência Intelectual;
• Desenvolver relatórios de atendimento dos usuários ou de
serviço sempre que solicitado;
• Atualizar quadro de horários de atendimento com nome, CPF
e contato telefônico do usuário/familiar/responsável, em
tempo hábil para conferência da equipe administrativa;
• Manter informações periódicas aos familiares responsáveis
sobre a evolução terapêutica do usuário;
• Informar procedimentos SUS na frequência atualizada em
data acordada previamente;
• Informar ausências no serviço previamente, bem como
apresentar documentos conforme legislação para abono de
faltas;
• Agendar suas folgas Eleitorais junto à gestão local com prazo
de antecedência de 15 (quinze) dias;
• Supervisionar estágios curriculares, conforme legislação de
Conselhos;
• Entregar relatório mensalmente (faltas contabilizadas dos
usuários) para a coordenação;
• Acompanhar e monitorar diariamente os usuários inseridos
no serviço através do diário de inserção locado no SOAF;
• Participar da Educação Permanente;
• Realizar orientações às escolas, quando solicitado;
• Notificar ao SOAF sobre os casos de suspeita ou
confirmação de violência para os devidos encaminhamentos
junto a Rede.
• Realizar práticas e técnicas terapêuticas que auxiliem os
usuários nas estratégias do desenvolvimento mnemônico,
16
habilidades comunicativas, funções cognitivas e organização
das atividades de vida diária (AVD), bem como, promover a
autonomia e participação na sociedade em igualdades de
condições;
• Assegurar o desenvolvimento de potencialidades,
habilidades cognitivas, sensoriais, psicossociais, atitudinais,
profissionais e artísticas que contribuam para a conquista da
autonomia;
• Considerar as necessidades de cada indivíduo no contexto da
funcionalidade, como: promover e garantir melhor
adaptação, qualidade de vida, autonomia e empoderamento
para o desempenho de atividades e habilidades de forma
integral e independente, participação do indivíduo na
sociedade, comunidade e família;
• Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e
técnicos da funcionalidade da Pessoa com Deficiência;
• Desenvolver e manter relações profissionais pautadas pela
ética e respeito, pela atitude crítica e pela cooperação com os
outros profissionais;
• Registrar rigorosamente as ausências dos usuários nos
atendimentos;
• Orientações aos usuários, familiares/responsáveis e
cuidadores(as) visando garantir participação ativa no
processo de inclusão social.

2.3. Acesso e inserção dos usuários

O acesso dos usuários aos serviços da CODAM se realizara


mediante encaminhamento feito pela Coordenadoria de Triagem e
Diagnóstico (CORDI). São considerados usuários elegíveis para o
atendimento em reabilitação/habilitação os indivíduos com hipótese
diagnóstica e/ou diagnóstico de deficiência Intelectual nos referidos
graus: não especificado, leve, moderado, grave ou profundo;
associada a Síndromes e Microcefalia.
17
Será realizada de forma imediata uma avaliação tomando
como parâmetro os critérios referentes à funcionalidade. Com base
na avaliação será produzido um PTS, este irá sinalizar necessidades
e utilização de tecnologias assistivas as Pcd, com foco na produção
de maior autonomia e o máximo de independência nos diferentes
aspectos da vida.
A disponibilidade de vagas será verificada nas agendas dos
profissionais junto aos serviços indicados. No caso dos usuários
egressos, estes poderão acessar os serviços da CODAM, conforme
encaminhamento do Centro de atendimento à Pessoa com
Deficiência (CAD).

A partir da identificação da disponibilidade de vagas, é


elaborada a programação terapêutica do usuário, elegendo os
serviços de reabilitação que mais se adéquam às demandas clínicas
apresentadas, considerando a funcionalidade do usuário e o nível
hierárquico dos serviços, de acordo com os fluxos da CODAM, da
FUNAD e da Rede SUS.

Os critérios de acesso prioritário aos serviços são:

• Usuários(as) com parentes de primeiro grau que tenha


deficiência/Deficiência Intelectual;

•Usuários(as) em situação de extrema vulnerabilidade social;

• Usuários que residam municípios que não ofertem serviços de


reabilitaçãopara pessoas com DI em seu território;

• Usuários com alto grau de severidade;

• Crianças menores que 6 anos de idade.

2.4 Serviços de habilitação/reabilitação

Os serviços de reabilitação buscam acolher e direcionar


respostas às necessidades das pessoas atendidas, dispondo de
estrutura física e funcional e de equipes multiprofissionais
qualificadas e capacitadas na prestação da assistência especializada
as pessoas com DI.
18
Assim, os serviços da CODAM são operacionalizados em
conformidade com o Instrutivo de Reabilitação, parâmetro
disponibilizado pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2020), visando
garantir linhas de cuidado, para assegurar uma participação plena e
efetiva das pessoas com deficiência de natureza intelectual na
sociedade em condições de igualdade com as demais pessoas.
A equipe multiprofissional configura-se como referência na
manutenção do cuidado e desempenho da capacidade funcional
desenvolvendo ações de intervenção apoiada no PTS direcionadas a:
funcionalidade, cognição, linguagem, sociabilidade e ao
desempenho de habilidades necessárias para deficiência intelectual.
Segue abaixo os serviços:

Serviços de Orientação e Apoio à Família – SOAF

O Serviço de Orientação e Apoio à Família – SOAF caracteriza-


se como um serviço porta de entrada para os Serviços de
habilitação/reabilitação Intelectual. O serviço tem por objetivo
acolher e orientar usuários (as), familiares/responsáveis e cuidadores
(as), articulando e encaminhando demandas referentes aos demais
serviços da Instituição. Bem como, viabilizando o acesso as Políticas
e a Rede Atenção Básica e Especializada a Pessoa com Deficiência.

• Profissionais envolvidos: Psicólogos, Assistentes Sociais e


Pedagogos.
• Estratégias de intervenção:Acolher usuários e familiares;Realizar
escuta qualificada dos usuários garantindo o sigilo das
informações;Realizar encaminhamento para as outras coordenações
e setores da FUNAD;Articular com os outros componentes de
atenção da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (Atenção
Básica, hospitalar, e de urgência e emergência);Orientar sobre
direitos e deveres da Pessoa com Deficiência;Agendar avaliação de
indicação ao serviço de reabilitação.

• Critérios de inclusão:Pessoas diagnosticadas com Deficiência


Intelectual pela FUNAD e seus familiares.
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Serviço de Atividade de Vida Diária – AVD

O serviço de Atividade de Vida Diária - AVD tem como


finalidade desenvolver habilidades em crianças, adolescentes e
adultos que possibilitem independência e autonomia nasatividades
de vida diária e atividades instrumentais de vida diária – AIVD. O
serviço visa ainda, instruir e orientar os familiares/responsáveis
pelos usuários(as) acerca da melhor maneira de promover
essashabilidades e acesso a tecnologias assistivas adequadas na
execução das atividades do cotidiano garantindo autonomia e
independência.

• Profissionais envolvidos:Terapeuta Ocupacional


• Estratégias de intervenção:Tem por objetivo oferecer aos
usuários(as) e familiares condições e habilidades para independência
e funcionalidade pessoal, social e familiar, por meio de vivências e
experiências lúdicas potencializando o desenvolvimento de
competências adaptativas que propiciem momentos de satisfação
pessoal no fazer e lidar com a própria vida.
O serviço executa atividades de treinamento de AVD e
AIVD, individuais e/ou grupais de acordo com a necessidade
terapêutica de cada usuário/a, através de jogos que estimulem a parte
cognitiva, sensorial e motora para um melhor desempenho junto à
organização da rotina e ritmo diário do usuário(a).
• Critérios de inserção:Indivíduos com diagnóstico de deficiência
Intelectual de grau não especificado, leve, moderado, grave ou
profundo;Prejuízos nas áreas de habilidades adaptativas para a
execução das atividades de vida diária;Indicado a partir dos seis (06)
anos.

• Critérios de alta:Aquisição de autonomia satisfatória na execução


de atividades da sua rotina.

Serviço de Habilidades Básicas de Aprendizagem

O Serviço de Habilidades Básicas de Aprendizagem é


responsável por habilitar e estimular adequadamente
20
comportamentos ou pré-requisitos ao processo de aprendizagem
da leitura, escrita e raciocínio lógico matemático. Abrangendo
aspectos ligados a lateralidade, orientação espacial e temporal,
ritmo, coordenação motora fina e grossa, desenvolvimento
lógico-matemático, desenvolvimento afetivo, imagem corporal,
habilidades preditoras da leitura e habilidades da pré- escrita para
uma melhor funcionalidade em condições de igualdade.

• Profissional envolvido:Psicopedagogo.
• Estratégias de intervenção:Tem como objetivo mediar às
habilidades e estimular as competências direcionadas ao
aprendizado da leitura e processo de escrita utilizando-se de
estratégias de intervenção psicopedagógicas direcionadas às funções
cognitivas (percepção, atenção, memória e linguagem) considerando
a dinâmica familiar e escolar.

• Critérios de inserção:Indivíduos com diagnostico de deficiência


Intelectual de grau não especificado, leve, moderado, grave ou
profundo;Prejuízos nas habilidades básicas de aprendizagem
(lateralidade, orientação espacial e temporal, coordenação motora,
imagem corporal); Indicado dos três (3) anos aos sete (7) de idade.

• Critério de alta: A aquisição de nível satisfatório de autonomia na


execução das atividades que envolvem habilidades básicas de
aprendizagem.

Serviço de Atendimento Psicológico Infantil

O serviço de Psicologia é responsável por investigar e


intervir nas manifestações psíquicas da criança, incluindo
características cognitivas, funcionais, perceptivas, linguísticas,
físicas, emocionais, sociais e comportamentais.

• Profissional envolvido:Psicológo.
• Estratégias de intervenção:Utiliza técnicas e abordagens
terapêuticas baseadas na Ludoterapia, Terapia Cognitiva e
Comportamental (em especial através da Psicoeducação);Faz uso de
21
técnicas que estimulem as funções cognitivas superiores (atenção,
memória, funções executivas, orientação temporal e
espacial);Fazem uso de técnicas que auxiliem usuários a utilizar e
criar recursos e estratégias no desenvolvimento mnemônico, para o
desempenho de habilidades e organização de rotina para manutenção
de vida independente;Utilizarmtécnicas que estimulem as funções
cognitivas, em seus aspectos sensoriais, motores, visuais, de
orientação temporal-espacial potencializando o conhecimento do
próprio corpo, bem como possibilitar situações de relações
interpessoais, de reconhecimento e contato com as pessoas que
compõe o convívio familiar e social.
• Critério de inserção:Indivíduos com diagnostico de deficiência
Intelectual de grau não especificado, leve, moderado, grave ou
profundo;Usuários/as com dificuldades comportamentais,
emocionais e cognitivas;Usuários/as com dificuldade de interagir
socialmente, apresentando comportamentos agressivos e ou
inibição;Indicado a partir dos sete (06) anos de idade.

• Critério de alta:Cumprir os objetivos traçados no plano


terapêuticos, diminuição dos comportamentos disruptivos, o
aumento da autoestima e autoconfiança, compreensão das emoções
e uma melhor interação nas relações interpessoais e convívio social.

Serviço de Atendimento Psicológico Adolescente:

O serviço visa promover atividades para o desenvolvimento


de habilidades sociais de cooperação, autocontrole,
expressividade emocional, assertividade e solução de problemas
interpessoais. Habilidades interpessoais básicas como: sorriso,
contato ocular, adequação comportamental e interpretação de
dicas sociais, estimulando as funções cognitivas superiores
(atenção, memória, funções executivas, orientação temporal e
espacial).

• Profissional envolvido:Psicológa
22
• Estratégias de intervenção:Trabalhar autonomia, realizar oficinas
de formação de hábitos de casa e de escola, rotina, condutas.
Melhorar o estabelecimento de comunicação eficaz para
socialização, aplicação da prática para busca do conhecimento.
Adaptação de atividades, foco na autonomia, AVD e orientação
familiar.

• Critério de inserção:Indivíduos com diagnostico de deficiência


Intelectual de grau não especificado, leve, moderado, grave ou
profundo;Usuários/as com dificuldades comportamentais,
emocionais e cognitivas;Usuários/as com dificuldade de interagir
socialmente, apresentando comportamentos agressivos e ou
inibição;Indicação a partir dos doze (12) anos de idade.
• Critérios de alta:Cumprir os objetivos traçados no plano
terapêuticos, aumento da sociabilidade, autonomia, diminuição de
comportamentos disruptivos e compreeção das emoções e
sentimentos.

Serviço de Atendimento Psicológico Adulto

O serviço busca estimular habilidades e competências que


auxiliem na interação social e desenvolvimento das funções
cognitivas superiores (atenção, memória, funções executivas,
orientação temporal e espacial) favorecendo o estabelecimento e
manutenção de relações interpessoais básicas e o manejo
comportamental.

• Profissional envolvido: Professora de Musica


• Estratégias de interveção: Busca estimular habilidades e
competências que auxiliem na interação social e desenvolvimento
das funções cognitivas superiores (atenção, memória, funções
executivas, orientação temporal e espacial) favorecendo o
estabelecimento e manutenção de relações interpessoais básicas e o
manejo comportamental.
Buscar direitos, cidadania, documentação. Orientações e
encaminhamentos para oficinas de preparação para o trabalho
quando necessário. Adaptações de atividades com foco na
autonomia, AVD, AIVD e rotina.
23
• Critérios de inserção: Indivíduos com diagnostico de deficiência
Intelectual de grau não especificado, leve, moderado, grave ou
profundo;Usuários/as com dificuldades comportamentais,
emocionais e cognitivas;Usuários/as com dificuldade de interagir
socialmente, apresentando comportamentos agressivos e ou
inibição;Indicação a partir dos dezenove (19) anos de idade.

• Critérios de alta: Cumprir os objetivos traçados no plano


terapêuticos, melhora significativa na interação social e
desenvolvimento das funções cognitivas superiores.

Serviço de Atendimento Fonoaudiólogico

O Serviço de Atendimento de Fonoaudiologia visa assegurar o


desenvolvimento dos aspectos relacionados à comunicação e
independência do usuário (a), a partir da avaliação e formulação do
PTS, elementos essenciais para intervenção.

• Profissional envolvido:Fonoaudiólogo.
• Estratégias de intervenção: O serviço busca aprimorar a aquisição e
o desenvolvimento da Linguagem Oral e Comunicação Alternativa,
por meio da ampliação do repertório lexical e aprimoramento do
nível das habilidades pragmáticas e funções comunicativas, bem
como dos sistemas fonológico, morfológico, sintático, semântico e
de vocabulário para um melhor desenvolvimento da inteligibilidade
da fala, comunicação e linguagem.
• Critérios de inserção: Indivíduos com diagnostico de deficiência
Intelectual de grau não especificado, leve, moderado, grave ou
profundo;Prejuízos no comprometimento da linguagem e da
fala;Indicação dos três (3) aos quinze (15) anos de idade.
• Critérios de alta: Cumprir os objetivos traçados no plano
terapêuticos,aprimorar o nível das habilidades pragmáticas e funções
comunicativas e de vocabulário, melhorar o desenvolvimento da
inteligibilidade da fala, comunicação e linguagem.

c) Integração Sensorial
24
O Serviço de Integração Sensorial realiza um trabalho que visa
integrar todos os sistemas sensoriais: visual, auditivo, gustativos,
olfativos, tátil, sendo direcionada maior ênfase no vestibular e
proprioceptivo.
O serviço busca estimular o usuário (a) ao reconhecimento do
seu próprio corpo e aprimoramento da percepção do esquema
corporal, suas funções, sensações, visando fortalecer a musculatura
e controle da extremidade superior, melhorar a hipotonia,
movimento, orientação e equilíbrio. Desenvolvendo a percepção
sensorial favorecendo uma melhor interação social e respostas
adaptativas de níveis complexos, junto às diversas barreiras
presentes em seu cotidiano.
• Profissional envolvido: Terapeuta Ocupacional
• Estratégias de intervenção: Atividades lúdicas e sensoriais com
equipamentos e materiais didáticos e sensoriais: bola suíça, prancha,
rede elástica, parede escalada, aparelho proprioceptivo, brinquedos
educativos, materiais com texturas diferenciadas e etc.
• Critério de inserção:Indivíduos com diagnostico de deficiência
Intelectual de grau não especificado, leve, moderado, grave ou
profundo;Prejuízos nos canais sensoriais de forma integrada
(vestibular e propriocetivo);Indicação a partir de três (3) anos de
idade.
• Critério de alta: Alcance significativo de uma organização
satisfatória dos estímulos sensoriais.

Serviço de Estimulação Sensorial

O Serviço de Estimulação Sensorial visa estimular os sentidos


primários, para organização cognitiva e aprimoramento da
motricidade fina, equilíbrio, esquema corporal, organização espacial
e temporal. Trabalhando a partir da psicomotricidade e estimulação
das áreas sensório-perceptivas (visual, auditiva, gustativa, olfativa e
tátil) cognição, linguagem e socialização.
O serviço utiliza-se de estratégias e técnicas que visam
compreensão da função da visão, sendo capaz de perceber e
distinguir as informações e imagens recebidas do ambiente;
25
reconhecimento do paladar como um dos sentidos o qual
percebemos e identificamos os sabores (azedo, doce, amargo e
salgado); identificação do nariz como órgão capaz de identificar os
odores com a possibilidade de ampliação do vocabulário descritivo
referente ao olfato; desenvolver a percepção tátil acerca das
diferentes superfícies (lisa, crespa, áspera e macia); e por fim,
desenvolver e estimular a percepção auditiva através da variedade de
sons.
• Profissionalenvolvido: Psicólogo.

• Estratégias de intervenção: Jogos para treinos de motricidade,


atividades de regulação sensorial com texturas, prancha de
equilíbrio, bola suíça e instrumentos musicais,atividades de
construção de recursos com material reciclado, jogos de quebra-
cabeça, dominó, damas, pega-vareta, jogos de encaixe, bonecos(as),
prancha de equilíbrio, tapetes sensoriais construídos com material
reciclado.
• Critério de inserção:Indivíduos com diagnostico de deficiência
Intelectual de grau não especificado, leve, moderado, grave ou
profundo;Prejuízos nas áreas sensório-perceptivas (visual, auditiva,
gustativa, olfativa e tátil), cognição, linguagem e socialização;
Indicação dos três (3) aos sete (7) anos de idade.

• Critérios de alta:Alcance do aprimoramento da motricidade,


equilíbrio, esquema corporal, organização espacial e temporal.

Serviço de Atendimento Psicopedagógico Infantil

O Serviço de Atendimento Psicopedagógico Infantil busca


investigar as possíveis dificuldades no processo educacional,
observando os aspectos sociais, emocionais e cognitivos.
O tratamento deve ser o mais próximo á realidade da criança,
relacionando com o contexto de vida e de família. Estimular os
aspectos cognitivos e intensificar a aquisição da aprendizagem.
Desenvolver atividades concretas de acordo com o
desenvolvimento, idade e realidade da criança. Fazer uso de
atividades reais e de rotina.
26

• Profissional envolvido: Psicopedagogo.

• Estratégias de intervenção:Busca de estratégias que visam motivar


os usuários (as) as atividades ligadas à aprendizagem (leitura,
escrita, aritmética), por meio de estímulos ligados: a atenção,
coordenação motora, memória, percepção, concentração, raciocínio
lógico. Desse modo, a intervenção visa distanciar e/ou minimizar as
barreiras que impedem ou dificultam a aprendizagem.

• Critérios de inserção: Indivíduos com diagnostico de deficiência


Intelectual de grau não especificado, leve, moderado, grave ou
profundo;Sujeitos com prejuízos e/ou dificuldades nos processos da
aprendizagem de leitura, estrita e aritmética;Indicação a partir dos
sete (07) anos de idade.

• Critérios de alta: Melhoria significativa da à aprendizagem


(leitura, escrita, aritmética).

Serviço de Atendimento Psicopedagógico Adolescente

O serviço visa compreender e intervir nas dificuldades de


aprendizagem e promover a inclusão, tendo em vista, distanciar e/ou
minimizar as barreiras que impedem ou dificultam a aprendizagem.
Utilizando-se de estratégias que motivem e estimulem a
concentração, coordenação motora, memória, percepção e atenção.

• Profissional envolvidos: Psicopedagogo.

• Estratégias de intervenção:Trabalhar com o concreto usando da


rotina e contexto do adolescente. Estimular o raciocínio funcional e
adaptativo, trazendo hábitos/condutas familiares e escolares. Aplicar
a pratica o senso de responsabilidade e de cumprir metas e objetivos.
• Critério de inserção:Indivíduos com diagnostico de deficiência
Intelectual de grau não especificado, leve, moderado, grave ou
27
profundo;Sujeitos com prejuízos e/ou dificuldades nos processos da
aprendizagem de leitura, estrita e aritmética;Indicação a partir dos
treze (13) anos de idade.

• Critérios de alta:Melhoria significativa da à aprendizagem


(leitura, escrita, aritmética) e senso de responsabilidade.

Serviço de Atendimento Psicopedagógico Adulto

O serviço tem como objetivo compreender e intervir nas


dificuldades de aprendizagem e promover a inclusão,buscando
estimular habilidades e competências que auxiliem na interação
social, possibilitando os processos de aprendizagem (leitura, escrita
e aritmética). Visando minimizar as barreiras que impedem,
dificultam e/ou atrasam a aprendizagem efetiva.

• Profissional envolvido: Psicopedagogo.

• Estratégias de intervenção:Trabalhar a funcionalidade para


preparação e inserção no mercado de trabalho e renda. Orientações
e formações sobre autonomia, direitos, deveres, cidadania e
documentação. Adaptações de atividades com foco em AVD,
socialização e autonomia.

• Critérios de inserção:Indivíduos com diagnostico de deficiência


Intelectual de grau não especificado, leve, moderado, grave ou
profundo; Sujeitos com prejuízos e/ou dificuldades nos processos da
aprendizagem de leitura, escrita e aritmética; Indicação a partir dos
dezenove (19) anos de idade.

• Critério de alta:Melhoria significativa da à aprendizagem (leitura,


escrita, aritmética) e autonomia.

Serviço de Brinquedoteca
28
O Serviço da Brinquedoteca é um espaço que visa possibilitar a
evolução do usuário (a) em seus aspectos mental, psicológico, social
e físico por meio do lúdico.
Dispõe de um ambiente apropriado onde a criança pode
brincar e acessar uma variedade de brinquedos de forma lúdica,
possibilitando-os explorar, sentir, experimentar e fantasiar.

• Profissional envolvido:Psicológos e Pedagogos.

• Estratégias de intervenção:Estimular a criança por meio de jogos,


brincadeiras e brinquedos que auxiliem no desenvolvimento das
habilidades de se comunicar, compreender as emoções (desejos,
sentimentos, frustrações), despertar a criatividade e adquirir novos
conhecimentos para construção e fortalecimento de sua autoestima,
autonomia e formas de socialização.

• Critérios de inserção:Indivíduos com diagnostico de deficiência


Intelectual de grau não especificado, leve, moderado, grave ou
profundo;Sujeitos com prejuízos e/ou dificuldades no brincar,
socialização e criatividade.Indicação dos seis (6) aos doze (12) anos
de idade.

• Critério de alta:Alcancenos processos de interação, diálogo,


criatividade e o brincar funcional.

2. PROCESSOS DE DESLIGAMENTO DE
USUÁRIOS

3.1 Desligamento por falta

O usuário será desligado do Serviço quando atingir cinco


(05) faltas consecutivas sem apresentar justificativa. Os familiares
e/ou cuidadores devem ser informados previamente sobre os
critérios de desligamento por falta e assinar Termo de Compromisso
que dispõe de tais informações.
29
É função do reabilitador identificar, por meio da frequência
mensal, os usuários faltosos e relatar o absenteísmo em seu relatório
mensal, realizando registro de tal fato no prontuário eletrônico do
usuário. Além disso, o reabilitador deve buscar informações sobre o
usuário faltoso junto aos demais profissionais que atendem tal
usuário na reabilitação.

É importante destacar que a partir de três (03) faltas, o SOAF


entrará em contato com a família com o intuito de constatar em que
contexto se deu o absenteísmo do usuário e os motivos para tal e
passar as devidas orientações acerca do limite máximo de faltas e, se
necessário, realizará os encaminhamentos assistenciais.

Nos casos recorrentes, o usuário(a) completadas cinco (05)


faltas consecutivas.Caso não haja retorno dos familiares, a
Coordenadoria compreende que houve desistência voluntária do(s)
serviço(s), o que culminará no desligamento do usuário.

O desligamento só poderá ser efetivado mediante registro das


evoluções do usuário em prontuário eletrônico.

3.2 Desligamento a pedido

O desligamento por desistência voluntária/pedido ocorrerá


quando o usuário, mediante expressão da própria vontade, e estando
a família de acordo, solicitar afastamento do serviço.

O desligamento a pedido também ocorre quando o


responsável legal do usuário solicitar tal desligamento. Em ambos os
casos, tais solicitações serão registradas em prontuário. O
desligamento só poderá ser concluído a partir do registro das
evoluções do usuário em prontuário eletrônico.

O processo de desligamento obedecerá necessariamente às


seguintes fases:
• Identificação do usuário(a);
30

• Na terceira ausência consecutiva o reabilitador(a)


informará através de relatório mensal a
coordenadoria para devidas providências;
• Será realizado contato junto à família e/ou cuidador
pelo o SOAF.
Os responsáveis deverão assinar o Termo de Desistência,
sendo registrado em prontuário. Em caso de retorno após desistência,
o mesmo deverá procurar o SOAF e ser incluído na lista de espera
para ser reinserido nos serviços mediante nova avaliação, em seguida
seguirá o fluxo normal de admissão.

3.3 Desligamento por alta

O desligamento por alta ocorre quando o(s) profissional(is)


que atendem tal usuário identificam que o mesmo alcançou os
objetivos terapêuticos traçados no início do atendimento.

O desligamento por alta terapêutica será desenvolvido


através do planejamento de “desmame” e seguirá três fases
consecutivas, a saber: Fase I, Fase II, Fase III.
• Fase I: Comunicado ao responsável legal e ao usuário de
previsão de alta (Indica-se um prazo de mínimo de ao menos
quatro (04) atendimentos antecedentes), equivalente a (01)
um mês;
• Fase II: Redução do número de sessões e ampliação do
espaço ente os atendimentos (atendimento quinzenal), no
mês posterior;
• Fase III: Encaminhamento para outras coordenações ou
instituições externas (se necessário) após assinatura do
Termo de Desligamento.
Cabe ressaltar, que cada profissional poderá estipular alta do
serviço a qual atende, mediante critérios pré-estabelecidos,
conforme os objetivos do plano terapêutico sejam alcançados.
Contudo, a alta em um serviço não consiste em seu desligamento
total, podendo o mesmo usuário permanecer em outros serviços da
coordenadoria.
31
Em caso de alta total, cabe aos profissionais seguirem o fluxo
de desligamento e registrarem em prontuário, assim como informar
ao SOAF e a Coordenação do Serviço (através do relatório mensal)
para demais procedimentos.

Caso o responsável pelo usuário consinta, o Termo de


Desligamento por Alta é assinado. Além disso, deve-se priorizar que,
no ato do desligamento, a equipe do SOAF realize encaminhamento
seguro deste usuário, referenciando algum serviço da Rede de Saúde
que possa atender o usuário. O desligamento só poderá ser concluído
a partir do registro das evoluções do usuário em prontuário
eletrônico.

3.4 Desligamento por perfil

O desligamento por perfil ocorre quando o(s) profissional(is)


que atendem tal usuário identificam que o mesmo não apresenta
perfil clínico para o serviço. O reabilitador deve sinalizar a situação
para a gestão local. A gestão local avaliará junto ao reabilitador a
viabilidade do desligamento e encaminhará o caso ao SOAF. O
SOAF é responsável por realizar o contato com os familiares,
convocando-os para um momento de diálogo, onde será sinalizada a
proposta de desligamento.

Após o diálogo com o responsável, deve-se priorizar que, no


ato do desligamento, a equipe do SOAF realize encaminhamento
seguro deste usuário, referenciando algum serviço da Rede de Saúde
que atenda usuários com o perfil apresentado. O desligamento só
poderá ser concluído a partir do registro das evoluções do usuário
em prontuário eletrônico.

4. DISPOSIÇÕES GERAIS

Todos os profissionais que integram o setor devem estar


cientes de que as situações de excepcionalidade deverão ser
informadas e mediadas via coordenação com o objetivo de trazer
maior resolutividade às demandas trazidas pelas pessoas com
32
deficiência. Para isso, reforçar-se a articulação interna entre demais
coordenadorias, diretoria e núcleos, e externamente, com a rede de
atenção à saúde.
33

Referências:

AMERICAN PHYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-IV-TR:


manual de diagnóstico e estatística das pertubações mentais. Lisboa:
Climepsi, 2002.

BRASIL. DECRETO Nº 6.949, de 25 de Agosto de 2009.


Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas
com Deficiência. Disponível em:
www.palnalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2009/decreto/d6949.htm. Acesso em: 30 de setembro de 2020.

_______. DECRETO Nº 5.296, de 02 de Dezembro de 2004.


Estabelece normas e critérios básicos para promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida. Disponível em:
<www.portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/decreto%205296-
2004.pdf>. Acesso em: 25 de Julho de 2020.

_______. Diretrizes para Atenção à Saúde da Pessoa com


Deficiência Intelectual na Rede de Reabilitação do SUS-BH. Belo
Horizonte: SUS, 2019.

_______. Instrutivos de Reabilitação Auditiva, Física, Intelectual


e Visual. Centros Especializados em Reabilitação - CER e Oficinas
Ortopédicas. Ministério da Saúde, 2020. Disponível em:
www.cosemssp.org.br/download/instrutivoportaria-deficienets.pdf.
Acesso em: 14 de julho de 2020.

_______. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.


Lei Nº 13.146. Estatuto da Pessoa com Deficiência (2015).
Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato 2015-
2018/lei/l13146.htm>. Acesso em: 20 de julho de 2020.

_______. Política Nacional de Humanização. Brasília, 2013.

_______. Política Nacional de Saúde da Pessoa da Pessoa com


Deficiência. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.

FUNAD. Estatuto da Fundação Centro Integrado de Apoio ao


Portador de Deficiência. Lei nº. 5.262 de 17 de Abril de 1990.
34
MINITÉRIO DE TRABALHO. Caracterização das Deficiências:
orientações para fins de cumprimento do art.93 da Lei nº8.213/91.
Brasília, 2019.

OMS (org.). CIF: classificação internacional de funcionalidade,


incapacidade e saúde. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2015.

________. Classificação dos Transtornos Mentais e de


Comportamento– CID-10. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

PAPAIA, Diane E. Desenvolvimento Humano. Porto Alegre:


AMGH, 2013.

REGIMENTO JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS


DO ESTADO DA PARAÍBA. Lei Complemetar nº58 de 30 de
dezembro de 2003. Disponível em:
www.sefaz.pb.gov.br.images/docs/downloads/corregedoriafiscal/Es
tatuto_dos_Servidores_da_PB_LC_58.pdf. Acesso em: 20 de
Agosto de 2020.

SECRETÁRIA DOS DIREITOS DA PESSOA COM


DEFICIÊNCIA. Relatório Mundial sobre a Deficiência. São
Paulo: SEDPcD, 2012.
Lei nº 5.262, de 17 de abril de 1990 (Estatuto da FUNAD)

Norma de Elaboração de Instrumentos Normativos da FUNAD


35
APÊNDICES

1. Organograma da CODAM
36

2. Macrofluxo da CODAM

CODAM

Rede externa de saúde


e/ou NVA e NED
(FUNAD)
37

3. Lista dos Procedimentos do SUS realizados

Código Tipo de procedimento Profissionais

03.01.07.002-4 ACOMP. PAC. REABILITAÇÃO Médico


COMUNICAÇÃO Enfermeiro
ALTERNATIVA Fisioterapeuta
Fonoaudiólogo
Terapeuta Ocupacional
Pedagogo
Psicólogo
Assistente Social
03.01.07.004-0 ACOMP. NEUROPSICOLÓGICO Médico
PCT EM REABILITAÇÃO Fisioterapeuta
Fonoaudiólogo
Terapeuta Ocupacional
Pedagogo
Psicólogo
Assistente Social
03.01.07.005-9 ACOMP. PSICOPEDAGÓGICO Médico
PACT EM REABILITAÇÃO Fisioterapeuta
Fonoaudiólogo
Terapeuta Ocupacional
Pedagogo
Psicólogo
Assistente Social

03.01.07.006-7 ATEND./ACOMP. Médico


REABILITAÇÃO MULTIPLAS Enfermeiro
DEFICIÊNCIAS Fisioterapeuta
Fonoaudiólogo
Terapeuta Ocupacional
Pedagogo
Psicólogo
Assistente Social
03.01.07.007-5 ATEND./ACOMP. Médico
REABILITAÇÃO SIST. Enfermeiro
NEUROPSICOMOTOR Fisioterapeuta
Fonoaudiólogo
Terapeuta Ocupacional
Pedagogo
Psicólogo
Assistente Social
03.01.07.009-1 ATEND. OFICINA Médico
TERAPEUTICA II PARA PORT. Fisioterapeuta
NECES. ESPECIAIS Fonoaudiólogo
Terapeuta Ocupacional
Educador Físico
Psicólogo
38
03.01.08.015-1 ATEND. OFICINA Enfermeiro
TERAPEUTICA II SAÚDE Educador Físico na Saúde e
MENTAL - MAC Profissional de Educação Física
Pedagogo
Psicólogo

30.10.10.04-8 CONSULTA PROFISSIONAL DE Exceto Médico e Pedagogo


NÍVEL SUPERIOR ATENÇÃO
ESPECIALIZADA

30.10.40.003-6 TERAPIA EM GRUPO Fonoaudiólogo


Terapeuta Ocupacional
Psicólogo
Assistente Social
30.10.40.04-4 TERAPIA INDIVIDUAL Fonoaudiólogo
Terapeuta Ocupacional
Psicólogo
Assistente Social
Médico-Psiquiatra
30.10.80.16-0 ATENDIMENTO EM Médico
PSICOPETRAPIA DE GRUPO Psicólogo
39

1 - ANAMINESE TERAPIA OCUPACIONAL – ATIVIDADE DE


VIDA DIÁRIA:
40
41
42
43
44
45
46

2 - ANAMNESE TERAPIA OCUPACIONAL- INTEGRAÇAO


SENSORIAL 2021
47
48
49
50
51
52
53
54

3- ANAMNESE PSICOPEDAGÓGICA 2021


55
56
57
58
59
60

4- ANAMNESE PSICOLÓGICA – 2021


61
62
63
64
65
5- ANAMNESE PSICOLÓGICA 2021 - ESTIMULAÇÃO
SENSORIAL
66
67
68
69
70
71

6- ANAMNESE FONOAUDIOLÓGICA
72
73
74
75
76
7- ENVAMINHAMENTO INTERNO
77
78

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