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Curso: Pedagogia para licenciados – EAD

Instituição: Campus Virtual Cruzeiro do Sul


Curso: Estágio Supervisionado em Educação Infantil
Nome: Luanna Burgos de Siqueira
RGM: 31663320
2º Semestre/2023

I - CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

Nome da Escola: Creche Municipal Tia Aurora


Endereço: Av. Juscelino Kubitschek, 06 , Bairro são Cristóvão
Cep: 37.443-000
Dependência administrativa: Pública
Diretoria/Secretaria de ensino: Municipal
Anos e níveis escolares observados: Ensino Infantil

II - ESTRUTURA DA ESCOLA:
A estrutura física da escola é ampla e bem dividida, são vários ambientes para o auxílio da prática
docente. As salas de aula são amplas, arejadas, conservadas e limpas. Os bebedouros
adaptados tanto para crianças quanto para adultos.
A escola possui um prédio amplo, sendo realizada a divisão por segmentos. Um prédio somente
para a Educação Infantil.Salas para atendimentos diversos, sala multimídia, cantina, auditório,
sala de música, sala dos professores, refeitório, parque infantil descoberto, jardim, horta, depósito
de materiais, sala dos materiais de educação física e banheiros.
O prédio da Educação Infantil é totalmente adequado para crianças da faixa etária de 0 a 3 anos,
possui rampas, escadas, tem janelas amplas com vidros, trazendo iluminação natural, não
precisando utilizar a luz elétrica durante o dia. A sala do conto é um espaço com almofadas, bem
decorado, onde os alunos e professores podem utilizar os fantoches e pelúcias para criar histórias
e apresentá-las. O refeitório é amplo, com mesas grandes e bancos.
Sua estrutura física é boa, e contribui para a aprendizagem e o lazer das crianças.

III - INTRODUÇÃO
Foi realizado o estágio de 100 horas, sendo elas divididas em: 50 horas de observação e 50 horas
de docência na Educação Infantil.

A Creche Municipal Tia Aurora, pretende formar crianças capazes de se relacionar consigo
mesma, e com outras, tendo uma autonomia positiva, valorizando o bom relacionamento com o
outro, respeitando normas, regras para assim crescerem cognitivamente, culturalmente e
socialmente.
As professoras possuem domínio de sala e expunham o conteúdo com clareza. Utilizavam um
vocabulário adequado, apresentavam planejar muito bem suas aulas. No decorrer das aulas
assistidas utilizavam diversos recursos didáticos como: massinha, livros de histórias, DVDs,
músicas, etc.. Sempre trabalhando atitudes e valores com seus alunos, relacionavam a atividades
com o dia-a-dia dos alunos. Trabalhavam seus alunos igualmente, sem discriminação, e resolviam
os conflitos entre eles de forma adequada. Solicitava sempre a participação de todos os alunos,
ninguém podia ficar de fora.
Os alunos demonstravam interesse pelas aulas, prestavam atenção e participavam ativamente
das atividades, indagavam quando não sabiam, contavam histórias, cantavam músicas, etc. Alguns
conflitos entre eles aconteciam, uma vez que estão naquela idade egocêntrica, mas nada que
fugisse ao controle da professora. Os brinquedos que usavam, por exemplo, era de todo mundo,
então a professora aproveitava para ensinar a dividir. São alunos disciplinados e caprichosos.
Apresentam independência em relação à idade que possuem, cada um tomava conta do seu
pertence guardando adequadamente e no coletivo ajudavam a professora a guardar os brinquedos.
Possuíam uma relação de afeto e carinho com a professora, chegando a ter ciúmes uns dos outros.
Sua prática cotidiana consiste em:
 Entrada/oração
 lanche
 Parquinho
 Aula de Educação Física
 Merenda
 Recreação
 Atividades psicomotoras
 jantar
 Organização do material, despedida, cantigas.

IV - REFLEXÕES SOBRE O ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO E PARTICIPAÇÃO

PERFIL DA PROFESSORA:
Nome: Aline Vasconcelos
Graduada em Pedagogia há 10 anos, atua como professora da educação infantil nesta escola
desde 2022.
Realizei 50 horas de estágio de observação e 50 horas de estágio de docência
PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES

FOCO 1: Jogos e Brincadeiras


Como vimos neste semestre de estudos a criança aprende brincando, de forma divertida e lúdica,
pois o brincar faz parte principalmente nesta fase onde acontecem às imitações, as invenções, a
magia e o encanto do faz de conta.
“A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é o
“não-brincar”. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que
aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica.” (RCNEI, vol. 1 pág. 27)
A escola oferece para seus alunos da educação infantil dois parques adequados para a faixa
etária. No parque as brincadeiras são livres, percebi que a professora procurava propor desafios
às crianças encorajando-os a explorarem diversos lugares e brinquedos, para desenvolverem a
autonomia, movimentar-se, explorarem outras maneiras de brincar. Também, circulava pelo
parque, conversava com as crianças, balançava-as, cuidando, intervindo e intermediando-as,
quando necessário.
“Brincar de forma livre e prazerosa permite que a criança seja conduzida a uma esfera
imaginária, um mundo de faz de conta consciente, porém capaz de reproduzir as relações que
observa em seu cotidiano, vivenciando simbolicamente diferentes papéis, exercitando sua
capacidade de generalizar e abstrair” (MELO & VALLE, 2005, pág. 45).
Durante o brincar na sala de aula, sempre foi respeitado à faixa etária da criança e trabalharam-se
jogos de exercício, jogos de construção e jogos simbólicos, utilizaram à bola, o bambolê,
instrumentos musicais, blocos, bonecas e bonecos de super-heróis, carrinhos, bichos de pelúcia,
dominó, jogos de contar, jogos de memória, jogos de letras e números, motocas, fantasias, entre
outros.
O professor como gestor da sala de aula tem a responsabilidade de adequar esses jogos e
brincadeiras a qualquer tipo de criança, observando as suas limitações, dificuldades, entre outros.
“É o adulto, na figura do professor, portanto, que, na instituição infantil, ajuda a estruturar o campo
das brincadeiras na vida das crianças. Consequentemente é ele que organiza sua base estrutural,
por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e
arranjo dos espaços e do tempo para brincar. (RCNEI, 1998, vol. 1 pág. 28)
O brincar faz parte do processo de aprendizado das crianças desde o momento em que entram
na escola e durante o estágio percebi que a professora se preocupava em organizar os
“cantinhos” de diversas formas, com brinquedos, jogos, quebra-cabeça, brinquedos pedagógicos,
fantasias diversas (princesas, super-heróis, etc), e ao final, para que as crianças pudessem se
apropriar das experiências adquiridas nos cantinhos, por exemplo, às vezes montava um espaço
de apresentações, as crianças vestiam as fantasias, escolhiam os brinquedos e se apresentam
para a turma, contando uma história, ou como se fossem o personagem, entre outros.
A interação entre as crianças e a professora ficou muito evidente nestes momentos.
“O professor também pode brincar com as crianças, principalmente se elas o convidarem,
solicitando sua participação ou intervenção. (Brincadeira e Desenvolvimento Infantil: Um Olhar
Sociocultural Construtivista¹, pág. 177).

FOCO 2: Cuidar
A higiene das crianças é realizada antes e após as refeições, após a realização de atividades
com tintas, após o uso do banheiro, tais como: Lavar as mãos e escovar os dentes, decorrentes
de músicas que incentivam o ato e disciplina das crianças.
“O desenvolvimento integral depende dos cuidados relacionais, que envolvem a dimensão afetiva
e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo, como a qualidade da alimentação e dos
cuidados com a saúde, quanto da forma como esses cuidados são oferecidos e das
oportunidades de acesso e conhecimento variados”. (RCNEI, 1998, vol. 1, pág.24).
Os horários são sempre respeitados assim como as regras de comportamento que são cobradas
pelas professoras e auxiliares.
A rotina incentiva à autonomia das crianças e o respeito às regras, respeitando suas vontades e
limitações. Lembrando que as crianças se desenvolvem em momentos de imitações, os auxiliares
além de acompanhar, realizam as atividades juntamente com as crianças para que possam
aprender de forma adequada.
Nesse processo de aprendizado, as crianças são lembradas e incentivadas a darem continuidade
dos hábitos em sua rotina fora da escola. A professora elabora atividades que as crianças levam
pra casa como lição de casa, para que essa rotina seja realizada principalmente pela família.
A estrutura dos espaços disponíveis para a higiene e nutrição das crianças é compatível com
seus tamanhos e idades, tais como: lavatórios, vasos sanitários, mesas e cadeiras para as
refeições que são adaptados e facilitados para a realização das tarefas.
Percebi que na Educação Infantil, no geral, não utiliza por muito tempo seguido as mesas e
cadeiras, praticando o cuidado em utilizar mais o chão como rodas e outras formas de se
trabalhar os cantinhos.
A escolha do foco foi baseada na percepção de que a saúde e o bem-estar das crianças
contribuem para o desenvolvimento do aprendizado escolar e o professor é responsável por essa
contribuição.
A escola e os educadores são responsáveis pelos cuidados individuais de cada criança, zelar por
esses cuidados e mantê-las saudáveis estão integrados em seus direitos como crianças e
cidadãos.
“As capacidades de interação, porém, são também desenvolvidas quando as crianças podem ficar
sozinhas, quando elaboram suas descobertas e sentimentos e constroem um sentido de
propriedade para as ações e pensamentos já compartilhados com outras crianças e com os
adultos, o que vai potencializar novas interações. Nas situações de troca, podem desenvolver os
conhecimentos e recursos de que dispõem, confrontando-os e reformulando--os”. (RCNEI, 1998,
vol. 1 pág. 30)

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio é o primeiro contato que o aluno-professor tem com seu futuro campo de
atuação, é onde ele vivência a realidade em sala de aula, procurando entendê-la fazendo uma
leitura do ambiente.
A formação do Professor se dá na troca de experiências e na prática da teoria, onde a teoria
é colocada em prática.
A teoria é a base que o professor tem para o ensino e aprendizagem, mas de nada serve se
não souber levar essa teoria na prática e essa prática só pode ser bem desenvolvida realizando-a
no dia-a-dia. O olhar sobre o ensino e as observações feitas nos leva a fazermos reflexões
críticas, criando nossa identidade como futuros professores.
A realização do estágio representou uma investigação da realidade, pude apropriar-se da
prática educativa pedagógica, vivenciar novas experiências, serviu para me preparar para mais
uma etapa da minha vida profissional, e pude perceber a diferença entre o meu trabalho de
docente. Possibilitou compreender que a prática e a teoria estão interligadas e indissociáveis, que
o meio e a cultura influenciam no desenvolvimento da criança.
A realização do estágio esteve pautada em todo o embasamento teórico visto até o
momento, a oportunidade de vivenciar a realidade escolar, além de reafirmar a minha escolha por
está área, apesar de muitas conquistas, ainda tenho uma longa jornada a percorrer. Desta forma
para oferecer uma educação com qualidade e para obter novas conquistas se faz necessário que
o professor se torne um eterno aluno, pesquisando, atualizando, especializando.

VI – REFERENCIAS

BRASIL, RCNEI, 1998, volume 1


MELLO, L.; VALLE, E. O brinquedo e Brincar no Desenvolvimento Infantil. Psicologia Argumento,
Curitiba, V.23, nº 40, p.43 – 48, Janeiro/Março 2005.
QUEIROZ, Norma Lúcia Neris, MACIEL, Diva Albuquerque¹, BRANCO, Angela Uchôa,
Universidade Brasília Paideia, 2006, 16 (34), pág. 169-179, www.sielo.br, visualizada em
25.05.2018 às 20h30.

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