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LONGE DE TUDO E DE TODOS

Quando era criança posso até ter viajado para outro lugar que não seja minha terra natal, mas só
tenho memórias das viagens para passar férias em Maputo ou Chókwè a partir dos meus 8 anos
de idade. O que nunca me faltou é o contacto com as pessoas de outras cidades e diversos pontos
do país. Felizmente Chicualacuala faz fronteira com dois países, África do Sul e Zimbabwe, com
isso sempre serviu de um centro de trocas de produtos onde zimbabwianos faziam suas vendas e
compras com os moçambicanos muitos deles vindos de Maputo e Chókwè. Faz muito sentido,
porque o que liga esses pontos é a linha férrea que liga Maputo e Chicualacuala. Daí que, a maior
parte da minha infância cresci ouvindo palavras como “aqui no mato” se referindo a
Chicualacuala, “pessoas do mato” se referindo aos nativos, mas talvez as pessoas não faziam por
maldade era como eram ou são contadas pelos que visitaram este lugar.

Creio que para quem conheceu Chicualacuala em 2007 e de lá para cá nunca mais visitou, não
tem o direito de se pronunciar a respeito daquele lugar. Muita coisa mudou. Agora se é para o
melhor ou…isso depende da janela pela qual olha.

Infelizmente até hoje os célebres ilustres memeiros nas redes sociais ainda usam esse bom nome
o reduzindo a uma simples mata.

Não sei se realmente chamaríamos de mata, mas vivem pessoas, e tem boas florestas que
fornecem um bom carvão (não é a toa que cá no Maputo os clientes perguntam “esse carvão é de
Chicualacuala” sabem que é o melhor), uma madeira de qualidade, uma boa carne, e um gado
bem alimentado entre outras coisas que só os que vão para lá degustam.

As oportunidades são muito limitadas. O ensino é limitado, mas como dizem a espécie que não
se adapta morre. Os jovens têm se adaptando ou correndo atrás das coisas. Eu sou um desses
jovens e essa é a minha terra, a terra que me viu a nascer, a terra que me ralou os joelhos, que
testemunha as minhas primeiras quedas ao gatinhar para dar os meus primeiros passos.
O CALOR FAMILIAR

Nós podemos ler todos os livros da biblioteca de Alexandria, ter passado pelas melhores
universidades do mundo, nada substitui ou supera a educação que uma família pode conceder a
um ser humano. Quando falo de família, me refiro a minha primeira família, pois ao longo dos
próximos capítulos poderá compreender que tive três famílias. A primeira composta por meus
pais e meus irmãos. A segunda composta por minha esposa e minha única filha e a terceira e a
última, mas não menos importante a família que ganhei com a ironia do destino, os meus
queridos e amados colegas de serviço.

Falando em primeira, nasci numa família de (9) nove irmãos, dentre eles (6) seis homens e
desses perdemos (1) um, que Deus te tenha na Sua santa glória irmão Alex e (3) três mulheres.
Eu sou o quarto filho dos nove.

Meus pais são meus heróis. Sempre foram verdadeiros batalhadores. Meu pai trabalhava para
uma das empresas que bem paga dependendo do cargo e especialidade para ser mais concreto. E
minha mãe é uma dedicada camponesa. Com o pouco que poderiam dar tendo em conta o
número dos filhos que possuíam, sempre puderam trazer o pão á mesa, garantir o mínimo dos
estudos exigido para ingressar no mercado emprego.

Não só pelo número, mas os pais sempre precisam de trazer o que é melhor para os filhos, da
mesma forma que não consultam ao bebé por esse ser incapaz de responder por si, se quer ou não
tomar a vacina contra sarampo ou contra a gripe sazonal. Eles apenas decidem pelo bebé, porque
creem que fará bem ao filho. Também o fazem inocentemente na decisão de que o filho dever ir
para escola.

Os meus também decidiram por nós, além da educação que recebíamos em casa acreditavam que
precisaríamos de outra para nos tornarmos o que hoje somos de acordo com as escolhas que cada
um tomou. Quanto ás minhas poderei partilhar aqui contigo, infelizmente nem tudo forma mares
de rosas, mas também serviram de escola, a melhor de todas, escola da vida.
ENCANTOS DA INOCÊNCIA (1ª a 12ª classe)

O AMANHECER PREMATURO

Desafios dessa transição Chicualacuala Mapai, (um na fora e o outro dentro)

O SABOR DAS ESCOLHAS

Sugeriram ir para polícia, mas o sonho era fazer faculdade medicina, mas olhando a realidade de
Chicualacuala achei que pudesse ajudar na Engenharia florestal.

ESCOLHAS QUE NÃO FIZ (faculdade)

Desafios: enfrentar a vida, o cota tendo muitos filhos e tinha que se beneficiar de todo o salário
dele. O sacrifício dum pai e dum filho. No caso de ele me dar mesada eu é que dava a mesada ao
resto da família.

Batalhei com Baptista Milione que ajudou em termos sociais, na academia, no 2º ano as coisas
não andavam bem por causa das mensalidades ajudou a concorrer numa bolsa interna e não
consegui e no terceiro ano IBE graças a Deus consegui pagavam mensalidades e com
remuneração mensal de 2000. A vida tomou o novo rumo, o que deixou surpreso aos pais porque
os pedidos frequentes não eram mais feitos.

O FIM AMARGO (preocupação pelo emprego)

No quarto ano começo a ver o mundo doutra forma. O professor John Perry (docente amigo)
Aconselhava-me a concorrer em qualquer concurso de vaga de emprego.

GRADUADO COM SUCESSO, E DEPOIS?

Com o projecto um distrito um banco ao ver as infraestruturas, me interessei, mas também


olhava o banco como uma instituição seria e de responsabilidade. Não esperava ser chamado
pelo curso e o teor da instituição.
Fui chamado a entrevista e consegui a batalha e muita coisa mudo. Eu trabalhando como
assistente comercial e tive uma pequena formação de inserção como fazem muitas das
instituições, apesar de ter feito estágio no curso o qual me formei.

A TERCEIRA FAMÍLIA (Desafios como empregado)

No emprego tive uma terceira família, levava muito tempo no banco, entrei numa equipa jovem,
mas com experiência na área e na vida.

O que eu sou hoje não é só fruto dos livros e estágios, mas também graças ao tipo de trabalho
que inspira liberdade e confiança.

Aprendi que toda ideia é válida apenas requere uma análise.

Também tem dificuldades. Por exemplo, os colegas poderiam ter pensado que eu estava a me
desviar um pouco em 2019 quando a minha filha ficou doente raquitismo, que necessita de um
acompanhamento médico, mas tive que lidar com a parte profissional e social. Mesmo com a dor
tinha que gerir a situação.

OBJECTIVOS

Desafios para se inserir no mercado de emprego

Depois de conseguir o que vem?

Desafios na gerência de boa amizade com os colegas (no caso de passar por alguma coisa e
não poder partilhá-la aos de mais)

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