24/09/22 Filosofia

Críticas ao conhecimento
tradicional

Submetido por Apresentado a

Magda Cardoso nº12 Disciplina : Filosofia

11ºA Professor: Victor
Gonçalves
 Resumo
Possíveis Críticas ao
conhecimento
tradicional
De acordo com o manual, Platão no seu diálogo
“Teeteto”, apresenta a definição tradicional ou
clássica do conhecimento. Nesta obra o autor
afirma que para ser possível obter o
conhecimento é necessária a existência
simultânea de três de condições: a crença , a
verdade da crença e a justificação da crença.
Contundo em 1963 Edmund Gettier um filósofo
norte-americano refutou esta definição
tripartida ao apresentar diversos
contraexemplos dizendo que é possível a
existência de uma crença que seja verdadeira
justificada, mas que não é conhecimento.
Porém a crença não significa que haja
conhecimento, uma vez que podem existir
crenças verdadeiras justificadas acidentalmente,
ou seja, nestes casos é por pura
sorte/coincidência pois na realidade o sujeito
não possui conhecimento sobre o objeto.
Gettier provou que a CVJ (Conhecimento é uma
Crença, Verdadeira, Justificada). não é suficiente
para haver conhecimento.
Ex do futebol- “Dinis acredita em algo
verdadeiro, sem saber que realmente é
verdadeiro”
Definição tradicional- há conhecimento desde que
estejam satisfeitos cumulativamente 3 condições:
--> A proposição P é verdadeira;
--> O sujeito A acredita que P é verdade;
--> O sujeito A tem uma justificação para a sua crença
em P.
Segundo esta definição, ter uma crença verdadeira
justificada é condição suficiente para que haja
conhecimento.
Gettier arranja um contraexemplo que prova que
podemos ter uma crença verdadeira justificada e
mesmo assim não ter conhecimento.
Exemplo:
Maria sai de casa e vê o relógio a marcar 8h (hora de
saída de casa para a escola).
Tem uma crença: viu o relógio a marcar 8h;
A crença é verdadeira: são realmente 8h;
Tem justificação: ao longo de 12 anos o relógio
nunca falhou.
Parece que Maria tem conhecimento.
Contraexemplo:
A mãe de Maria não deu corda ao relógio e este
parou nas 8h e Maria olhou para o relógio e por
sorte a hora marcada coincidia. Afinal Maria tinha
uma crença que era verdadeira e tinha
justificação, mas, porém, ela pensava que tinha
conhecimento e não tinha, pois foi um mero
acaso.
Não é conhecimento porque a crença é verdadeira
por mera coincidência. A justificação não estava
correta.
Não teve conhecimento, teve sorte.
página 02
 Resumo
Contraexemplos

Gettier coloca em causa o CVJ pelas

Contraexemplos
Gettier sugeriu 2 contraexemplos que pretendem
mostrar que podemos ter uma CVJ sem que a
crença seja conhecimento.
Logo, a crença não é condição suficiente para o
conhecimento.
-Gettier ataca as justificações, utilizando
contraexemplos- muitas vezes temos uma CVJ e
não há conhecimento.
CJV
Justificações
Fortes Fracas
Apresentam boas razões
para a credibilidade da proposição (não
Não colocam em causa o
são infalíveis podem ser refutadas)
conhecimento Podem ter contraexemplos que colocam
em causa a definição de conhecimento
As justificações fracas colocam em causa o
conhecimento, mas não deitam todo o
conhecimento fora.
Os contraexemplos colocam em causa o CVJ,
admitindo que estas nem sempre são condições
suficientes para que haja conhecimento, pois, em
alguns casos, são apenas condições necessárias
para que haja conhecimento.
justificações fracas.
O nosso conhecimento não se apoia em razões
infalíveis pois estas vão se alternado por vários
motivos, adquirindo, assim, novos
conhecimentos sem ter conhecimentos
absolutos.
Nós vamos apenas diminuindo a margem de
erro, mas nunca temos conhecimentos
absolutos. O nosso conhecimento apoia-se em
boas razões que o justificam.
Conclusões a partir do
contraexemplo de Gettier:
É possível acreditar em verdades plenamente
justificadas pelo sujeito sem que se esteja na
posse de verdadeiro conhecimento.
As 3 condições da definição tradicional de
conhecimento não são suficientes para assegurar
que estamos na posse de conhecimentos
verdadeiros;
Conhecer uma verdade, a ignorar os seus
verdadeiros motivos/explicações pode iludir o
sujeito no ato de conhecer;
Devemos assumir uma postura critica constante
quando justificamos as nossas crenças.
Deve notar-se que, ao criticar a definição tripartida do
conhecimento (CVJ), Gettier não cai no ceticismo, ou
seja, não defende que o conhecimento não é possível.
Unicamente argumenta que a definição tradicional não
estabelece as condições suficientes para haver
conhecimento.

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 Possiveís críticas ao
conhecimento tradicional
Trabalho de pesquisa Página 04

Bibliografia/webgrafia

Dúvida Metódica 11 - Filosofia 11º

ano
https://criticanarede.com/conhec
imento.html
http://problemasfilosoficos.blogsp
ot.com/2010/06/definicao-
tradicional-de-conhecimento.html