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É possível conhecer?
O que é conhecer?
A definição tradicional
de conhecimento
A definição tradicional de conhecimento
2 P é verdadeira. Conhecimento
A crença é uma condição necessária O conhecimento é factivo. A A justificação é uma condição necessária para
para o conhecimento, mas não é verdade é uma condição necessária o conhecimento, mas não é uma condição
uma condição suficiente. Saber e para o conhecimento, mas não é suficiente. Ter boas razões para acreditar em
acreditar são coisas distintas. uma condição suficiente. algo não garante que a crença seja verdadeira.
Edmund Gettier
1 P é verdadeira.
Uma crença verdadeira só pode
Crença Verdade
constituir conhecimento se
2 S acredita que P.
estiver justificada e tiver sido
adquirida através de uma
relação causal entre o sujeito S tem uma justificação para Conhecimento
que conhece e os aspetos da 3
acreditar em P.
realidade que tornam a sua
crença verdadeira. S está justificado a acreditar
4 Justificação Fiabilidade
que P porque P foi obtida por
um processo fiável de
obtenção de crenças.
Timothy Williamson:
O conhecimento é um estado inteiramente mental
Conhecimento
Razão
a priori
Como justificamos as
Problema nossas crenças?
Conhecimento
Experiência
a posteriori
Conhecimento a priori e conhecimento a posteriori
Racionalismo
Qual é a origem do
Problema conhecimento?
Empirismo
Racionalismo
A experiência é a principal
Tese fonte/origem de conhecimento.
Racionalismo e Empirismo
Racionalismo
Qual é a principal
Problema fonte de justificação
das nossas crenças?
Empirismo
Racionalismo
O conhecimento tem um
fundamento empírico: as crenças
Tese básicas provêm da experiência.
O conhecimento a priori não é
substancial (sobre o mundo).
Fundacionalismo
Crença
Crença que é justificada por outra crença.
não básica
É possível conhecer?
A resposta cética
Análise comparativa
Ceticismo
Racionalismo
Problema É possível conhecer? de
Descartes
Empirismo
de
Hume
A resposta cética
A resposta cética
Argumento da divergência
de opiniões
Se fosse possível justificar as nossas crenças, não haveria lugar para divergências de opinião.
Há divergências de opinião.
Logo, é impossível justificar as nossas crenças.
Ceticismo: argumentos
Argumento da ilusão
O conhecimento é possível.
Tese
A razão é a principal fonte de justificação das nossas crenças.
Dúvida
Os sentidos já Não
nos enganaram Hipótese da existência de um
conseguimos Deus enganador, que se
algumas vezes distinguir, com
e já nos fizeram diverte em manipular
assumir como certeza, o sonho sistematicamente os nossos
verdadeiro algo da vigília. Tudo pensamentos e leva-nos a
que depois pode não acreditar que são verdadeiras
verificamos ser passar de uma proposições que podem ser
falso. ilusão. falsas.
Cogito, ergo sum
A existência está
Ideia de um ser contida
Deus existe.
perfeito. necessariamente
na essência.
«[…] lembrei-me de ver donde me tinha vindo o pensamento de qualquer coisa de mais perfeito
que eu […] só restava que ela tivesse sido posta em mim por uma natureza que fosse
verdadeiramente mais perfeita do que eu […] E, certamente, não é de admirar que Deus,
criando-me, tenha posto em mim esta ideia, para que fosse como a marca do artista impressa
na sua obra.»
Ideias que já
nascem
Ideias Ideias que têm
connosco e que
fabricadas pela origem na
são descobertas
imaginação. experiência
racionalmente.
sensível.
Exemplos:
Exemplos: ideia
sereia, Exemplos:
de existência,
centauro, oceano, cavalo,
de verdade,
lobisomem. árvore.
ideias da
matemática.
Deus existe: argumento da causa da existência do cogito
Deus é a causa
Imperfeito, Não pode ser a
criadora e Deus existe e é
Cogito finito e causa de si
conservadora causa sui.
contingente. próprio.
do cogito.
Deus como princípio fundante da verdade e da realidade
Deus
Cogito
Só podemos concluir
“Há pensamentos.”
Crítica O argumento do cogito não é convincente.
Do facto de haver pensamentos não
se conclui que tem de haver um
pensador.
É duvidoso concluir
“Eu penso, logo eu existo.”
Críticas ao racionalismo de Descartes
O conhecimento é possível.
Tese
A experiência é a principal fonte de justificação das nossas crenças.
As perceções Conteúdos da mente
Perceções
Conhecimento Conhecimento
a posteriori a priori
Expressa verdades
Dão-nos Decorre da Expressa verdades
contingentes: Nada nos
Decorre da conhecimento relação necessárias:
nega-las não dizem sobre o
experiência. sobre o estabelecida nega-las implica
implica mundo.
mundo. entre ideias. contradição.
contradição.
Princípio da causalidade
Causa Efeito
Conexão necessária
Conjunção constante
Acontecimentos
Conjunção Costume/ futuros assemelham-se
constante Hábito aos acontecimentos do
passado.
Problema da indução
Circularidade
Crítica Baseamos a indução no princípio da uniformidade da natureza e a
nossa crença de que a natureza é uniforme baseia-se no que temos
observado até aqui, ou seja, baseia-se num raciocínio indutivo.
Princípio
Indução da uniformidade
da natureza
EU
Resulta de um conjunto de
impressões particulares que Não temos acesso a um núcleo É uma ideia
EU nunca experimentamos de personalidade inalterável (a complexa, produto
simultaneamente e que não um eu imutável e permanente). da imaginação.
permanecem.
Deus
«A ideia de Deus enquanto um Ser
infinitamente inteligente, sábio e bom,
promana da reflexão sobre as operações da
nossa própria mente e eleva sem limites
essas qualidades da bondade e sabedoria.»
Não podemos
Ideia complexa assumir que os
Não devemos É uma ideia
que advém da objetos que Só temos acesso
confundir a complexa,
Mundo coerência e percecionamos aos conteúdos da
perceção de um produto da
Exterior constância de têm uma mente.
objeto com esse imaginação.
certas perceções. existência
objeto.
independente da
nossa perceção.
Ceticismo de David Hume
Ceticismo
Fenomenismo
Mundo
Eu Deus
exterior
Princípio da causalidade
Ceticismo e irracionalismo
Não há limites para o conhecimento. Pela razão Há limites para o conhecimento: só podemos
podemos atingir os atributos essenciais de três conhecer o que pode ser reconduzido às
Quais são os limites
tipos de substâncias: impressões. Não encontramos impressões:
do conhecimento?
• a substância pensante; • do eu pensante;
• a substância divina; • de Deus;
• a substância extensa. • de uma realidade exterior.
O que é a filosofia?