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Essa pedagogia já nos foi passada por ocasião da Primeira Instrução, denominada “O Trabalho
do Aprendiz”, onde tivemos a oportunidade de estudar a simbologia da Marcha.
Nessa ocasião foi-nos passado que os 03 (três) passos da Marcha, individualmente, tem seu
próprio significado:
- Já o terceiro passo simboliza a consciência do ideal coletivo e sua identificação com o Ideal
Iniciático. É o desabrochar do terceiro atributo do Espírito Maçônico – o Espírito Fraterno.
As três viagens que o Ap.·. realiza no cerimonial de sua iniciação, além de trazer a baila esse
conceito do caminho a ser percorrido do Ocidente em direção ao Oriente, tem inteira
identificação com esses significados.
São chamadas também de provas de purificação pelo ar, pela água e pelo fogo.
No final da 10ª Instrução, na última fala do V.·.M.·., é dado o conceito exato das três viagens:
“As três viagens simbolizam a Ascensão Iniciática, sintetizam admiravelmente todo o progresso
maçônico nos graus simbólicos. Cada viagem REPRESENTA UM NOVO ESTADO DE
CONSCIÊNCIA, UM PERÍODO DISTINTO, UMA NOVA ETAPA DE PROGRESSO.” (Grifado em
maiúsculas).
Uma análise um pouco mais acurada do conceito acima transcrito, especialmente da parte do
texto grifado em letras maiúsculas, nos leva à conclusão de que as três viagens simbolizam as
três etapas da vida: infância, adolescência e velhice.
É a vida do maçom, porquanto, a partir de sua iniciação passa ele a conviver com um
componente extremamente relevante, a “Ascensão Iniciática”.
Antes do início da Sessão Magna de Iniciação, o Ap.·. passa pela Prova da Terra que simboliza a
morte do homem velho e o renascimento de um novo, pronto para receber os conhecimentos
que o levarão à construção de seu Templo interior e, posteriormente, do Templo Social da
Humanidade.
A Primeira Viagem, a purificação pelo Ar simboliza o início do caminho do Ap.·. pela senda
iniciática.
É na infância que a pessoa dá seus primeiros passos e pronuncia suas primeiras palavras.
• O primeiro deles é a figura do guia que vela por aquele que vai fazer a viagem.
Cabe aqui, também, levar em conta o caminho a ser percorrido pelo iniciando, não só na
primeira, mas nas três viagens.
Elas sempre iniciam no Ocidente, pelo Setentrião, a parte mais escura do Templo, em direção
ao Oriente.
Lá, no Oriente, pouco se demora, voltando pelo Sul, a parte mais iluminada do Templo.
Esse caminho simboliza a “Ascensão Iniciática” pois no 1º Grau, o Ap.·. inicia sua busca por
conhecimento a partir de sua situação de plena escuridão.
Em cada ida sua ao Oriente o maçom pouco se demorará, porque precisa voltar ao Ocidente
de seu ser, para aplicar o conhecimento adquirido em seu cotidiano.
Somente dessa maneira é possível a construção de seu Templo interior e do Templo Social da
Humanidade.
De nada vale o conhecimento adquirido, se não houver sua aplicação no mundo material.
Por fim, em relação à Primeira Viagem, faz-se necessário esclarecer os pontos cardeais.
O Instrucional usa uma linguagem mais filosófica para defini-los, como é possível ver na
penúltima fala do Irm.·. Orador.
Contudo, num linguajar mais simples, podemos definir o Ocidente como o mundo material,
associado às trevas e à falta de conhecimento.
A 11ª instrução termina mostrando que a Prova do Ar ensina como o iniciado deverá
desempenhar-se, no plano individual e coletivo.
A simbologia da Prova do Ar evidencia que o Iniciado tem que empenhar-se no árduo caminho
do progresso, tanto individual quanto coletivo.
Tem que procurar a verdade e, de posse dela, esforçar-se por sua aplicação em seu dia a dia,
tanto no mundo profano quanto no mundo maçônico.
O conhecimento da verdade sem sua aplicação no plano concreto é o mesmo que nada!