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CAMPO GRANDE – 03 DE NOVEMBRO DE 2016

AURORA II Nº 2017

11ª INSTRUÇÃO

A GLORIA DO GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO

A PROVA DO AR

Eduardo Marques de Souza Costa

CIM 297497

APRENDIZ
PREFÁCIO

Este trabalho foi elaborado para apresentação em Loja no momento de estudo dos
aprendizes, voltado para expressar os pensamentos e opiniões de um aprendiz com o tema
“A PROVA DO AR”.
INTRODUÇÃO

Exponho de forma simples e objetiva o primeiro contato, a primeira “viagem”, as primeiras


reflexões e curiosidades de um aprendiz Maçom durante sua iniciação, querendo desvendar
as simbologias, no caso específico, A PROVA DO AR.

.
DESENVOLVIMENTO

Quando colocado no banco das reflexões, refleti sobre as consequências dos


propósitos que me animavam e manifestei-me decidido a entrar para a Maçonaria. Então
vós Venerável Mestre, autorizou o Irmão Primeiro Esperto a fazer-me praticar a minha
Primeira Viagem. Ele me fez percorrer caminhos difíceis e cheios de obstáculos. Trovões,
tempestades eólicas repetiam-se desordenadamente. Segui dócil, porém com um certo
receio, medo, mais CONFIANTE e corajosamente sob as orientações do meu guia, já que a
escuridão me impedia a independência no caminhar. Este primeiro momento que é o de
aprendizagem, a REFLEXÃO SOBRE A VIDA, SOBRE FAZER E SER DIFERENTE DURANTE NOSSA
VIDA, É ALGO QUE SIMPLESMENTE ACREDITO QUE NENHUM IRMÃO DEIXOU DE REFLETIR.
Pois deixar algo de positivo nesta vida, é algo (ou tudo) que todo ser Humano quer.

O roteiro dessa viagem foi descoberto com o passar do tempo, pois durante a
condução, imaginava estar em um local com muitos obstáculos, pois o som que escutava
conduzia meus pensamentos a diversos locais com muitos obstáculos, mais... na verdade,
Partindo do Ocidente, o meu guia levou-me pelos caminhos escuros e tortuosos do
Setentrião em direção ao Oriente, onde me demorei pouco, regressando em seguida pelos
caminhos mais iluminados do Meio-dia, de volta ao Ocidente, pelo Sul. Chegando à Coluna
do Sul, o Irmão Primeiro Esperto respondeu por mim, pelo que o Irmão Segundo Vigilante
me autorizou a passar.

Queria interpretar a simbologia da Primeira Viagem, O ar. O Ar simboliza a vida, o


folego, a respiração, o oxigênio que nutre a vida. Desde as antigas iniciações, este estágio é
reconhecido como A PROVA DO AR.

É difícil achar algo simbólico, algumas impressões nessa simbologia, pois o título A
PROVA DO AR, pra um iniciante é algo vago, AR O SENTIMOS MAIS NÃO O VEMOS E
TAMBÉM NÃO O TOCAMOS, ELE NOS TOCA, mais na verdade senti três expressões
simbólicas que me impressionaram com sublime significado:

- O guia que me orientava no caminhar claudicante.

- A minha confiança na orientação do guia invisível.

- A tempestade eólica que desafiava a firmeza de meu propósito.

A Prova do Ar, tem vários significados e expressões simbólicas, A TEMPESTADE, OS


OBSTÁCULOS E A TORTUOSIDADE do caminho, representam toda a espécie de óbices que
encontramos ou manifestamos em nossa caminhada maçônica. A docilidade e a confiança
com que o Iniciado se deixa orientar pelo seu guia simbolizam a sensibilidade ao bem e a
humildade intelectual, que o tornam receptivo a novas idéias. Guia dedicado e paciente
representa a faculdade interna com que o Grande Arquiteto nos presenteou e que nos
orienta para o bem, o Bom, o Belo, o Justo e o verdadeiro. É o nosso guia invisível e
silencioso, o único que nos pode conduzir até ao Oriente para conquistarmos, a um só
tempo, a verdade e a Liberdade.

O Ocidente representa o mundo sensível, o campo dos efeitos, a realidade que


constitui a dimensão objetiva do Universo. O Oriente, por outro lado, simboliza a Essência
ou Realidade Absoluta, Imanente, Transcendente. É a dimensão cósmica de onde nos vem a
luz. É o campo das causas, Leis e Princípios que governam o Universo, a Matéria, a Vida e a
Consciência.

No Oriente permanecemos por pouco tempo e logo voltamos ao Ocidente. Isso é a


busca da Luz, que é um contínuo processo de aprendizagem por meio da busca e da
aplicação da verdade. A ascensão iniciática é essencialmente especulativo-operativa. A cada
fragmento da verdade conquistada no Oriente corresponde a obrigação de sua imediata
aplicação construtiva no Ocidente.

E o que são essas verdades conquistadas no Ocidente? Ao iniciar nossa caminhada


do Ocidente para o Oriente, percebemos uma realidade sensível, rica de dados concretos e
singulares que nos permite um processo mental a partir do qual o espírito vai atingindo
níveis cada vez mais elevados de abstração e generalização caracterizadas pelas verdades
gerais esclarecedoras das causas primeiras da realidade sensível vivenciada no Ocidente.

Uma vez esclarecido com a Verdade, porque a pressa de voltar? Porque a busca da
verdade é só a metade do caminho para o Maçom dedicado. A consolidação do seu
progresso maçônico está relacionada com o nível de excelência na aplicação moral e
operativa da verdade conquistada. Por isso, uma vez identificadas as causas que regem os
efeitos do mundo visível, deve o Maçom completar o esforço do mundo indutivo de busca
da verdade com um esforço dedutivo de aplicação dessa verdade que o capacita a
operacionalizar e fazer a utilização fecunda, altruística e construtiva da verdade conseguida
no Oriente.

E porque o regresso do Oriente para o Ocidente é feito através do Meio-Dia? É


porque o regresso pelo caminho mais luminoso do Meio-Dia demonstra que uma vez
chegado a uma primeira percepção da verdade, o Maçom se encontra com a sua
consciência mais iluminada pelo reflexo dessa aquisição.

Esse regresso é ainda acompanhado de tempestades e obstáculos, e isso demonstra


que a dedução não é mais fácil que a indução. A aplicação da verdade apresenta mais
dificuldade que a busca. A conclusão satisfatória da PROVA DO AR representa a Ascenção
Iniciática no Plano Moral e a evidente consolidação do Espirito de Busca.

Os Ensinamentos da Prova do Ar com o Iniciado deverá desempenhar-se,


enfrentando as provas da vida individual e o árduo caminho do progresso de seu Povo, sua
família e de sua Pátria. No Plano Individual, representa as provas que cada iniciado tem de
enfrentar na busca e na aplicação da verdade, principalmente nos seus primeiros passos
quando terá que se desbastar e polir-se de vícios, paixões, instintos e desejos destrutivos.
No Plano coletivo, representa a luta pela família, a luta de um povo na conquista do
progresso, da liberdade, da justiça social, da auto-determinação.

Com a evolução do progresso, as nações se aproximam cada vez mais umas das
outras, pela eliminação das barreiras da comunicação e pelo aperfeiçoamento dos
transportes intercontinentais. Assim como a individualidade e o livre-arbítrio não se
maculam com a união fraterna, também a comunidade das nações livres não violenta e
soberania, a cultura, o território e o ideal permanente de cada um de seus povos. Cada
Maçom livre é um experto, um guia, um líder em sua pátria, que anônima ou
institucionalmente administra conflitos, promove a paz, engendra a ordem fundamentada
na justiça social em sua área de responsabilidade comunitária.

Por tanto conseguir esse resultado e ajudar a sua pátria-pelo trabalho


construtivo, pela liderança social e pelo exemplo de virtude-, eis o verdadeiro papel do
Maçom. Para isso ele necessita, sobretudo, de CONSTÂNCIA E CORAGEM.

VOLTO A REPETIR O QUE JÁ DISSE UMA VEZ NO MEU PRIMEIRO TRABALHO EM LOJA.

O INICIADO DEVE SENTIR QUE REALMENTE ESTÁ DE CORAÇÃO ABERTO, E ASSIM ESTARÁ
PRONTO PARA RECEBER E ABSORVER TODOS OS ENSINAMENTOS, E SE TORNAR DIGNO DA
MAÇONARIA.
CONCLUSÃO

Tudo aqui mencionado, é imprescindível para nos conscientizar, que os estudos que
fazemos são fatores primordiais para nosso crescimento, crescimento esse que com o
tempo percebemos que podemos colocar em prática, não podemos mais discutir uns com
os outros, as vezes as pequenas palavras que dizemos em uma discussão, leva um irmão a
ficar ofendido e muitas vezes tomar decisões que pode prejudicar todo um coletivo. Nossas
ações, nossas palavras, nossas atitudes devem ser constantemente vigiadas, pois o que não
queremos pra nós, não podemos querer e nem fazer para o próximo, e, o maior vigilante de
nossas ações,

SOMOS NÓS MESMOS.

DEIXO AQUI UMA PERGUNTA EM LOJA PARA REFLEXÃO:

Como podemos ser pessoas voltadas a ajudar o processo de transformação da nossa


sociedade, se muitas vezes nossas ações e palavras ofende a nós mesmos?

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