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1 INTRODUÇÃO
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2 DESENVOLVIMENTO
2.1 O Companheiro
2.3 A Letra G
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a mesma mas o símbolo mudava de significado. Por isso houve a necessidade de
restabelecer a letra gamma, tomando porem como símbolo a letra G, equivalente do
gamma grego que tinha inclusive a mesma consonância. Significa Geometria, Geração,
Gravidade Genio e Gnose.
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3 CONCLUSÃO
“Mais uma vez, venho expor-vos um conjunto de reflexões. Estas têm por base e
fundamento apenas a parca experiência dos meus cinco anos simbólicos de vida
maçônica.
Para aqui chegar, viajei por locais que muitos de vós, por certo, conheceis,
observei e muito me ficou para refletir e trabalhar. É, precisamente destas viagens e do
que nelas recolhi que vos venho falar.
Foram cinco as minhas viagens. Uma por cada ano. De bagagem, somente as
ferramentas que necessitaria para poder concluir os trabalhos que a Augusta Ordem me
destinou. Deste modo, nas minhas mãos levei, ora o malhete e o cinzel, ora a régua quer
com o compasso, com a alavanca ou com o esquadro. Por fim, viajei de mãos vazias
para melhor refletir sobre as viagens anteriores. Enfim, "consolidar" toda a
aprendizagem obtida e sentir nela o seu propósito.
Era um verdadeiro principiante quando parti pela primeira vez. Rude, áspero e
mal preparado tive grandes dificuldades em reconhecer o meu caminho. Comecei,
então, a sentir que, se quisesse avançar na direção correta, deveria ter um muito maior
conhecimento de mim próprio e das minhas reais capacidades. Era no domínio da moral
que o meu esforço seria mais determinante e foi-me de grande utilidade o cinzel que
levava comigo. Nele exerci a minha vontade e pouco a pouco, batendo com o malhete,
eliminei as asperezas originais, pelo menos as mais evidentes, o que me veio a facilitar a
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caminhada e me fez chegar ao destino. Foi uma longa viagem na qual ainda muito
reflito, mas que me deu a força e o prazer de viajar.
No segundo ano, pouco menos que principiante, mas com vontade férrea de
conhecer novas paragens, preparei-me para partir. Desta vez fiz-me acompanhar de
novos utensílios, pois, sem perder de vista o meu auto conhecimento, procurava atingir
objetivos mais amplos.
Pelo terceiro ano encetei uma viagem interminável. À dita régua somei a
alavanca, que tanta utilidade tem. Pleno de entusiasmo e enriquecido pelos
conhecimentos já obtidos, sentia cada vez melhor o benéfico contributo daquilo que até
então tinha atingido.
Foi com esse espírito que parti ao encontro das sete artes liberais. As primeiras
três estavam próximas umas das outras e todas elas reforçavam o sentido da verdade.
Uma após outra, complementando-se, ensinavam-me transmitindo novos
conteúdos que se centravam na utilização da palavra como instrumento para a verdade.
A gramática corrigia-me a comunicação; a retórica indicava a eloqüência,
enquanto a lógica pautaria o meu discurso, mostrando-me o método adequado. Com elas
vivi momentos de intensidade que me incutiram o maior repúdio pela mentira.
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também o número de ouro e símbolo da vida. Sentia agora o verdadeiro vigor de estar
no caminho certo e de que tudo faria pela justa harmonia que a todos os seres é devida.
Foi neste estado algo contemplativo e grato que mais profundamente apreciei a
grandeza da Obra do Grande Arquiteto do Universo. Dali parti pleno de prazer pelo
todo ordenado, que se me deparava, e a Música era a sua expressão mais transparente e
fiel.
Quando me fiz à quarta viagem, na minha alma já era notório o desejo de aplicar
os meus conhecimentos geométricos, no sentido de contribuir de algum modo, mesmo
que singelo, para o aperfeiçoamento das irregularidades com que deparamos no nosso
quotidiano profano. Durante a viagem, esse meu desejo foi sendo reforçado com um
cada vez mais amplo conhecimento da Obra do Criador. Com o esquadro e com a régua
trabalhei afincadamente e alguns resultados consegui, agindo sobre aqueles que me
rodeavam. O trabalho constante e a grandeza reconhecida do Grande Arquiteto Do
Universo potencializaram a minha capacidade de observação e os próprios símbolos
maçônicos ganharam outra dimensão e significado. Regressei então para me preparar
para a quinta e última jornada deste meu grau.
Desta vez ficou decidido não levar bagagem alguma. As minhas ferramentas
seriam as já interiorizadas. Desse modo, mais leve e despreocupado materialmente, teria
o tempo e a disposição adequada para realizar o percurso de reflexão meditativa, sobre a
moral e os princípios que iriam determinar a minha postura posterior. O caminho era
longo e sinuoso, mas assim se foi fazendo luz em mim. Já não era mais quem fora. Tudo
aquilo que observei e tudo o mais que me foi dado contemplar, nestes cinco anos,
enriqueceram-me o suficiente para tomar consciência e, sobretudo sentir que daquelas
viagens tinha recolhido as pedras mestras que irão possibilitar a verdadeira construção
do meu templo interior. Como tal, se há algum tempo me tinha iniciado maçom e
procurado, desde então, compreender esse ato, agora, parece-me ter encontrado o meu
caminho, que como e com todos vós confirma a existência e a permanência magnífica
da Maçonaria.
Enfim, terminadas estas cinco viagens, deverá a minha conduta futura sofrer a
geometrização necessária para que a justiça, a retidão, a prudência e a sabedoria se lhe
tornarem inerentes. Deverá também a minha palavra ser o veículo determinado da
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verdade, de acordo com as artes liberais. Deverá o meu espírito demonstrar o amor
daqueles que sentiram o calor da estrela flamejante. Só assim, poderei também eu,
companheiro, tornar-me digno e ser exemplo para aqueles que nesta Augusta Ordem me
seguirão.
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BIBLIOGRAFIA
www.brasilmacom.com.br
BOUCHER, Jules. A Simbólica Maçônica. 11ª ed. São Paulo: Pensamento, 2006
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Ir:. C:.M:. Cristiano Nocetti Lunardelli
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