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Ir:. Carlos Alberto de Meio


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uminares da Ordem têm, dogma. já não ocorrem isolada e paulatina-


Lexaustivamente, escrito so- Após O cerimonial de Iniciação mente. Evoluem tal qual imensa
bre a predominância da cor azul ou na Ordem, o neófito passa a ouvir, avalanche que, pouco a pouco, so-
vermelha no avental utilizado no constante e permanentemente, que terra, sufoca e eliminará o seu cria-
REAA; sobre o uso da espada ou aqui estamos para nos aperfeiçoar dor, O homem.
do bastão, pelos Diáconos, na ritua- E nós, homens livres e de bons
e, posteriormente, através de nosso
lística do REAA; sobre a colocação
exemplo, influirmos positivamente costumes, continuamos a priorizar
correta do Altar dos Juramentos -
no meio profano. os aspectos esotéricos da nossa Su-
se no Oriente ou no Ocidente -
também no REAA; sobre a situação Meio profano que está, hodier- blime Instituição, introspectos em
de um Irmão, que por infelicidade namente, demonstrando a cada mo- nossos Templos, buscando o auto-
perde o braço direito, poder ou não mento um retorno à barbárie no aperfeiçoamento.
continuar na Ordem, já que não po- que diz respeito ao relacionamento Em alguns momentos nos pa-
derá executar alguns sinais; ou ain- social. rece que tal postura é buscada e
da, o por quê da constelação da Flagelos infindáveis podem ser mantida, devido ao hercúleo traba-
Ursa Maior estar pintada na abóba- relacionados como integrantes da lho que deve ser desenvolvido no
da celeste do Templo; ou ainda se a atual cultura da humanidade: a mi- mundo profano visando a reversão
Maçonaria teve a sua origem no Pa- das sombrias expectativas para a es-
séria, a violência, a fome, a destrui-
raíso, com Adão e Eva, ou com os
ção ecológica, o abuso do poder, o pécie humana. E por ser um hercú-
Templários, ou com as corporações
banditismo, a marginalidade, o as- leo trabalho, nos assusta enfrentá-
e guildas na Idade Média, ou ainda
em 1717, com a instituição da lª sassinato, a corrupção, o desencan- 10, razão pela qual nos desviamos
Grande Loja na Inglaterra, bem co- to, o medo, a doença, as novas do que, a nosso ver, deve ser o real
mo incontáveis outros temas. doenças, a concentração da riqueza, centro de preocupação do Maçom,
De imediato concluímos que, o extermínio de crianças, o desem- ou seja, a busca permanente, inces-
em termos esotéricos, teriamos prego, a insegurança, a contamina- sante e prioritária da felicidade do
grande dificuldade em trazer, de ção, a promiscuidade, o roubo, as homem, sem é claro, esquecermos
forma competente, para os Irmãos, diversas formas de escravidão, o da construção do templo interior e
algo que já não estivesse escrito, al- descaso aos idosos, o seqüestro, a outros aspectos esotéricos.
go que, a nosso ver, possa ser objeto guerra e inúmeras outras violações Meus Irmãos!
de reflexão para os mesmos. de direitos. Já vai longe a época em que
Definimos então elaborar algo Estas chagas, que crescem e se esses objetivos, após definidos,
que diga respeito à Ordem relacio- expandem dia a dia, fazem parte da eram buscados e alcançados pelos
nando-a com o mundo esotérico, agenda do homem moderno como Maçons, que atuando de forma in-
com o mundo além do Templo, com se a elas nada pudesse se antepor, tegrada e com uma agenda de tra-
o mundo onde os Maçons vivem e como se fossem componentes inal- balho comum, alcançavam a conse-
onde devem atuar como tal, com o teráveis da evolução da humani- cução de grandes obras visando a
mundo, enfim, que é o substrato dade. busca da felicidade da humanidade.
onde a Maçonaria, ao interagir, jus- A espécie humana, ao buscar Os registros que fazem a histó-
tifica a sua existência. "dominar a natureza" conforme seus ria da Ordem, demonstram que em
Incontáveis escritos foram ela- únicos desígnios, esquece que é me- incontáveis momentos fomos gran-
borados visando justificar, como ob- ra componente dessa mesma natu- diosos. Que em incontáveis oportu-
jetivo maior da nossa Instituição, a reza que pretende dominar, e como nidades, como Instituição, defini-
construção do "Templo Interior" de tal, tem e terá que comportar-se co- mos os destinos da comunidade
seus obreiros. mo um elo da corrente natureza, onde atuávamos, e os definíamos
Tal assertiva, "a construção do importante é óbvio, e não continuar conforme as nossas verdades, as
templo interior", tem sido exaustiva- a comportar-se como se fora a pró- quais, não custa repetir, visam prio-
mente pregada em nosso meio, a tal pria natureza. ritariamente a busca da felicidade
ponto que já não mais refletimos ra- Todas essas patologias, produ- do homem.
cionalmente sobre ela. É quase um tos da ação da sociedade humana, Surpreendentemente, com o

26 o PRUMO NQ89
surgimento e a agudização doa fla- termos, egoisticamente, um "mundo de que urge voltarmos a, interna-
gelos sociais, a nossa Ordem, cada interior" melhorado ou evoluído se, mente, analisar e definir objetivos
vez mais, vem se recolhendo em externamente, estamos caminhando para a comunidade e, externa-
seus Templos e, introspectivamente, entre destroços humanos. mente, de forma organizada,
vem buscando erigir o templo inte- Toda a filosofia que reveste os conjunta, direcionada e dirigida,
rior de seus membros. trabalhos maçônicos só terá signifi- pugnarmos pela implementação dos
O esfacelamento social que es- cado quando nós, Obreiros da Arte objetivos estabelecidos e conduzir-
tá a ocorrer, imediatamente após a Real, nos transmudarmos em mos a sociedade conforme os nos-
porta do Templo, parece que não Obreiros no mundo profano, onde, sos princípios filosóficos.
diz respeito à nossa Instituição. municiados por aquela filosofia, Que a busca da satisfação de
Com a consciência embotada, atuemos concreta e positivamente vaidades pessoais, deformação tão
estamos a desenvolver uma cultura para a melhoria da sociedade hu- comum em nosso meio, seja, corajo-
do "faz de conta" de que não somos mana, na qual, ao dela fazermos sa e definitivamente, banida da nos-
membros partícipes daquela socie- parte, somos por ela influenciados e sa agente de trabalho. Não nos é lí-
dade, que está ali fora, e que está nela influenciamos. cito, e que a Instituição seja usada,
em dissolução. Enfim, de que aqui que busca- para dar vazão a instintos pouco no-
Ilusória é a pretensão que hoje mos, e alcançamos, na magnífica fi- bres e que visam apenas a satisfação
alimentamos, a qual seja, que bus- losofia de nossa Ordem, não seja de sentimentos de vaidosos.
cando a construção do templo inte- transformado em mera bagagem es- Enfim, por definição, somos
rior, estaremos melhorando signifi- téril, urge que a utilizemos no meio "livres pensadores" que abomina-
cativamente a sociedade humana. profano, em busca do bem-estar do mos o dogmatismo, que adotamos o
A história está a nos demons- referido meio. método dialético para a pesquisa da
trar, cabalmente, que a nossa atual Meus Irmãos! verdade, que temos na democracia
postura não está contribuindo para O escopo deste trabalho é su- a forma única de nos relacionar e,
a melhoria daquela sociedade. gerirmos, para reflexão dos Obrei- por conseqüência, devemos respei-
O "nos melhorar" e o "crescer in- ros, ser necessário não nos tornar to à vontade e engajamento
ternamente" só terá sentido quando VÍtimas do nosso próprio silêncio. consciente na decisão da maioria.
estas conquistas se refletirem na bus- Silêncio de palavras e de comporta- Reflitamos, pois, meus Irmãos,
ca da felicidade do nosso semelhante, mentos. se nós, Maçons, com a nossa atual
do nosso irmão não iniciado, da espé- É propormos à análise racional prática, estamos justificando a exis-
cie humana, enfim. De nada valerá de cada um de nós, maçons, a tese tência de nossa Sublime Ordem. •

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