Você está na página 1de 25

M•STARDA

EDITORA
. ':

;
·,

,._·
.t.
~ir
:;,.~"'

.j

..~-:;. ...
.•
'"' .•
•,.

.. , • ,,_...-:-\-
1:0, •

?~:~/ ..-~
. ..
~1:!,ffl,tt:1®-
t•i/U:ilili.l
• N•;.;i
• • • e• •

Dados Internacionais de Cata1ogação na Pub1icação (CIP)


(Câmara Brasi1eira do Livro, SP, Brasi1)

Carvalho, Flávia Martins de


Meninas sonhadoras, mulheres cientistas :
matemática e ciências da natureza/ Flávia Martins de
Carvalho. -- 1. ed. -- Campinas, SP: Editora
Mostarda, 2022.

ISBN 978-65-88183-75-5

1. Mulheres - Biografia - Literatura


infantojuvenil 2. Mulheres - História - Literatura
infantojuvenil 3. Personalidades - Biografia -
Literatura infantojuvenil I. Titulo.

22-114587 CDD-028.5
Índices para catá1ogo sistemático:

J. Mulheres Biografia Literatura infantil 028.5


2. Mulheres Biografia Literatura infanto1uvenil
028.5

Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427


.;'•·. '
e_.,,,y

.... : •.•.. ,:, ,


. : ,<
.'_,., :..~.
_i_;. -·_ •.;.. -~ -.

-~"':
z~_:·
-••.•\' ;
.;·:,~,

·!I,
•.~fl·~f--·
.~.:
)_··

~ru •
..,.
.

~,
•s •

,n1~_eI1t2·:. • ';.~<i-:~9 aqu,) empenbado?°.êtfü@aJ.~ç_()r;r,i
• ,

gari , ~il'il-
•.,. ' ...... ~. , .. . . -111&.\ ,-.,.....,: ... ·,-,__ :.E,".• ...

it?i'. •rir.le: ,i~gopt~ri't_ê~}2 i_à'~- ,~- _e~tãntas il'ilí\H,'·h~r~s~ ~o:e_n~es? E-.~l f2erce -e 0s -
est
• :~,.;:;;-~= ;_oriltar:190!{,_~~ alpu~ de r:nul_her~?,que\nw,_~_rcaram a sua vida, sera. o ela
...
-
~.;
. ~-;
.......:
•'

• -~-· • ·._. , .sr.ma


l!Jrilíl~i~,'-:JJ' ~r talentosa e_ i~?pjrad~;f~a,~--/r"'. sim como Flávia, a ma~pJiia aa mc.1-
.

j:/i;,'. - - " }:1das é.negra e br~,ª!1~_f.a;;.~asi~]i9~?taqq~também para tjjl~lffi, res il'ilãí-


,ç ·- • ·--- o

~•iíilíii•~~:~,~s e es~r?,,~~i~iE~f~~E.1)~~-atua~-~lfü),diver:sas>~r~as, mas tod • ·em se1as


• ' . ~g~gfissionais·êom'·ações afirmativas e socia_is: ---~,
••• ; ·- . . .,,,...
·.•,_-~-ii. •
·ce.ito de ciência aqui envolv;j_90-é amplo, algo.próx,ifr.lo;da ias ã ij ~- . -~~-- , .
..
__

:;.:~;
·:':f(,· ••••/_e, ••••• ão~·e trq[;)Sform:ação, ·po'is acqntêce nestas pág1_has'Lf:·, . . it ,. es-
•. ' _j-:· . ;:~- . - • •. • . •• ,•,r,_..... . • - , ,· -:--., '·.:..p

"""N•llilli~ ,.,,rnalisfas, filósofas,1.ad~qg~das, enger.iheiras, químicas, entre',qe1tr;as es~-


'.,--,.

..,~, . q-.. t-- ~-- _{. •l,c=.:,o.


. .-."Cifl!t<"F.=-" • - ~ ~ ' r~:· .-·"""·•.
"" ):{r,::,.t; ' ,. ·-,.- '. . , -'I
.,

eia 1. a .,; • ,· av~f>~Q.qr um inesperado cordel que brinca com-,a ~ataVsra e


-t:·
- t:5o •
-~~i.· faz -~:asl?~graf.i~s ppgti_zadas. -
~\!Ja, .-.~-~li• --~-~tamQ?_._quritJa,g~(ª~-dê:ciramg_~,de m~9_s__ •• • m l'iTilCJ=-
lt:iere :,~~ü~1~~~~do·m ~--~_ais.jus- \_,; arl~:~(jú~:J?.i~_~t~ j

udáve1I·- ··- '"s~'.bonito


,~..,•f~-- . ,,
r;mais
' ....
derif.\ocráti_ç_o,
,•.,,,..__ .
m .-~
......
.......... _ dante, 1

. t'riarir.f :. • •• ::. ;~~- a~~Úd.imo$_:es5:~.s m~J~i~; ,t ·_ damos


•orat-a §t ar , fa ·~,erm·entrarado ma1s-e~l'ili'tª§1l'i1'\~j]lJ~res nela .
."
º·· \~ge ~ocê tafrlilt5élílíl faz • • •• •
•• ADOSO; escritora, ~toutor •• ,~- J:eoJ.ié!,,Ute!ária e
• ' . •..• · •• • • 'da PUC-SP.

,,-

,t .•., . 1;_

, ·.; ~-·· -=~iiif-. :" i ...;,,..

-_,;}Y/?~;·.:; .;;, ~:~: ..:·~-~ ...


Taneska, quando nasceu, já começ ou a falar.
Era uma menina esperta que gostava de brincar .
Seus brinque dos preferid os não eram boneca ou fogão,
Ela gostava mesmo era de girar pião.
Desde bem pequen ininha, ela queria entend er
Como é que o pião girava e girava pra valer.
Seria por causa do vento? Qual seria a explicação?
Como é que o pião girava, fosse na mão ou no chão?
Curiosa como era, começo u a investig ar
E descob riu movimer-';tc • •. :·.: jr1 parte e lugar.
Rotaçã o e translaçàc:.. , , :· -_. 0 propuls ão,
Quanta coisa exi~t::• ·- r-,-n uma lição.
Gira a Te;·,--~, ·..., ...,,.,,. ., • .. •• l

A Terra em torno de si, a Terra em torno do Sol.


A Terra como um pião, o pião que estava ali.
De tanto querer saber, descob riu tudo na Física,
Uma ciência importa nte que nos traz conhec imento
E que ajudou a menina a entend er o movim ento.
Taneska estudo u bastan te antes mesmo de saber ler,
Quand o olhava para tudo e queria compre ender.
Hoje nossa menina não faz qualqu er confusã o,
Conseg ue explica r pião, rotação e translaç ão.
Depois de estuda r a Física e as respostas encont rar,
Explica com suas palavras a quem quiser escutar .
Gira, gira pelo mundo ensina ndo o que aprend eu,
É uma grande cientist a que o mundo recebeu !

• • • •• • • •.• - ·.:'. ./~; .., ;_ • ,., .,·~-.,fJ:''~~~•;_-F~ff~.:-. >. /~--:..,~.... :{~t~::,,:·J-~~ ·>-~ 1' ; / ,

Taneska Santana Cal se formou em Física, que é a ciência. que e~.~g~ls·t~nôrn~~~~s-~fi~a


tur~~~;f elo >1•· .
Universo. Ela atua como professora qe Física nas escolas de Salyqdç,r' e coôrc;lfnâ~·óJiçojet
o '"Yabá{ftç i .·~.
Ciência", que reflete sobre a atuação d~ rn~lh~i!s ~~\~J~?ªs
-- - - - __ . ·-··-· - - - ~---
t.~ffftff~-~:_.-. : J[:· .'>
. ···- • - ·- - .. • • •• _;...:,._ --~ . ··•-·· _,·. . - -· .. -- .. - - ·----- .

,
+
Você conhece Enedina, uma incrível brasileira,
Que cursou Engenharia e nisso foi pioneira?
Se sobre Enedina você quase nada ouviu,
É hora de descobrir o que ela construiu!
Escute com atenção para poder entender
E descobrir que Enedina tinha muito a fazer.
Nascida no Paraná, filha de uma lavadeira,
Formou-se em Engenharia e nisso foi a primeira.
No tempo de Enedina, que era negra e mulher,
Estudar Engenharia não era para "uma qualquer".
Era coisa de elite. De gente preta,jamais!
Mas Enedina seguiu sem achar nada demais.
De cabeça erguida ela conseguiu mostrar
Que mulher preta e sabida também podia estudar.
Foi exemplo de coragem e de força de vontade
ao estudar Engenharia numa Universidade.
E assim foi que Enedina se tornou a pioneira
Mulher preta e brasileira a se formar engenheira!
Com nome e sobrenome, fez obras de relevância
Mostrando sua grandeza e também sua importância.
E hoje agradecemos a essa grande mulher
Que fez obra construída ainda hoje de pé
E mostrou que a mulher
Pode estar onde quiser!

Enedina Alves Marques nasceu na cidade de Curitiba, no Paraná, e cresceu em unw tc1rnília pobre. Apesar das
dificuldades, ela entrou na Universidade Federal do Paraná para cursar Engenharia. A tui nll t?ra f ,~rmada somente
l :·
1
por homens brancos, além de Enedina, que se tornou a primeira mulher negra formll,lL1
-,·:
E r:,Jt' • 1·1l1 no Brasil.
,'1):

l -~--~ • .:. Trabalhou no Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica do Paraná e fez rn u I t ,·, ~. ,.-it1: " • :\1íl res
'

••f __ _._'.r.:...f.-;;c _::_•- -

6
Você conhece o Kevlar? Parece coisa difícil,
Sabe quem o descobriu? , -~ião é tanto assim, não.
Foi uma grande cientista . .,ender como Stephanie,
Bem de longe do Brasil. r::studar com atenção.
Era Stephanie Kwolek ,,:.- que ela inventou
O nome dessa mulher. Você pode não saber.
E guarde bem o seu nome, Mas, olhando a sua volta,
Não é um nome qualquer. Está perto de você!
Foi ela quem descobriu O Kevlar está nas botas
Um polímero diferente E em nossas luvas também,
Que aguentava muito calor Nos barcos, nos aviões,
Por ser bem mais resistente. Até no celular tem!
Mais forte até que o aço, A ciência evoluiu
Dizem cinco vezes mais, Com o que ela descobriu.
Por isso da sua invenção E hoje com essa química
Não esqueceremos jamais. Fazemos criações mil.

Stephanie loulse Kwolek nasceu nos Estados Unidos. Ela estudou Qufmica e fota lnventora de uma
fibra muito resistente, conhecida como Kevlar. A sua invenção passou a s~r 4~ada no mundo inteiro.
Hoje o Kevlar é utilizado principalmente na fabricação de equipamentos de segurança.

<
.. .

.
·· •" j .•
•••
. . . .
•••••••••••••••••••••••••
•••• . . . .
.......... ... ...
. .•.•.•.•••••••.•.•.•.•.•. ..
. •,•.•.•. . . . . . . . .
..
. .••.•.•.•.•.•.•.••.••.••..••.••.••.••••••••••
..
•.••.•.•.•.•.•.•.•. .··.·•ª'"6••• ••
··
·· ··
.•.··
1~
·· ··
·· ···· ··
·· ····
.··.··
.··.··.····. ··
•.··


~
··
!
Q
··
.•. .
•· .
·~.
.•. . . . . . . ...
··. .
·
······
. . .
············~·- •:,i''e•••••••
..•....•··..•...•.··..•...•··...•..~..
•.,.-. . . . .

. .··
•••••
. .··. .··. ·· . .··
• • • • • • •• . .
•••
··
.·.··
··:···
.~.··
X :( • • ••• •· •• ••·•
. .•
••••; "1J1••
..~···· . .6. . . . . .
.. .. . ·· ·· ·· ··
-••..~..··.··...··.··...··.··...··,•....··.··.··.··.····..····..··..····.··...····.··...······....······....····..·.....··.·......···....••...···....·...···...·..··.·.•..·•..·..
. ..
....
.. ... . . . . .
:\-"S ••
"?i ..
·· ·· ··.
..
. ,. . .

·· . ·~
. . . ··
. .·· . . . . . . . •
.··
'\ >
,
··•.··•.•··.•··.··•.·~.··..,.1i •..··....··...,·....·,....·..··.·...·..·.·..·..·..·...·...·...·..·..·..·..·..·..·....·..·....·..·....·..·....·.. .
.•··.-...~'....
,

.··
,

. ...··
··
• • • • • • •••••• •
...
1
·· . ..
·· ·· ...
.····...··.··.··...··...,·~,,.. .....................................~... .....................
. . . . ................... ... .... .... ... .
-
. . . . . .
......................··....··...··......··......··......··...·,....··....··.........•....•......•....•............/................•....•...•.....•...•.....•...•..
.
~,

, .
. .
~-\~
,
.,._, {
; -; :~." ~.--,
!'

..{·-.·...
.
.•·.-·. .
.
............................................ .. , ,

.
·...··....··.............................., ( .
• ·~ •,e i'

?;(>f,0.f:;~;. ,
•••••
. . .
................
.ia;:,

••••••••••••
-
••q,,.;./-"\5:
\•' ·~·-.....-
.,.i

'-~~-~-1"··.•,·:
•__·:-, •1.._
• ~~.
'_.,-
- ·1

.. ..•..• •..• •..•.


• ••••••
•••
......
~···••~·~•:. ,~...··..-..····..·....
\~ ·
,•••••
~,.....
..............
\

:~ ~ \~ ~ .
•••
•••••••.__•_.,•••••••
••••••••••••••••

' •• • •••
••••••
• •••
":~.aqueline e a Biomedi cina

A pele da cor da noite, o cabelo enrolado,


Assim era Jaqueline, com seu jeito comportado,
Nos bancos de sua escola, lá por perto do Cerrado.
Tão bonita ela era, tão diferente também.
E tamanha a inteligência, que não tinha para ninguém.
Olhando para sua pele não sabia o porquê
De ter gente de toda cor, ficava sem entender.
Foi então que Jaqueline começou a estudar
E logo se deparou com um tal de DNA.
Parece que essa coisinha que está em todos nós
É que diz como seremos: cabelo, pele e até a voz.

Pesquisando descobriu que é tudo misturado,


E que os genes do Brasil indicam diversidade.
Mas é possível fazer um recorte separado
Para poder entender como é que foi formado
Tudo o que hoje existe e o que já foi criado.
Jaqueline pesquisou dentro e fora do Brasil
E ajudou muita gente com tudo o que descobriu
Sobre zika, dengue, AIOS e outras doenças mil.
• Até que, em 2020, quando veio o isolamento,
Foi ela quem nos brindou com seu enorme talento.
Sequenciou o genoma do vírus da pandemia
E mostrou que a solução logo, logo viria.
Por mais mulheres assim, como nossa Jaqueline,
Mostrando que mulher preta é gente de papo firme!

JaqueUne Goes de Jesus é uma biomédica e pesquisadora brasileira. Ela estudou Biomedicina, que é a ciência -Mi
que investiga as doenças causadas por seres vivos, como as bactérias. Jaqueline integrou a equipe que fez o
sequenciamento genético do vírus causador da Covid-19, ou seja, revelou as características mais profundas do vírus.
E isso apenas dois dias depois da confirmação do primeiro caso da doença no Brasil!

'•·· -.··
. ;: '•'.i.. '· • " .

<~~}', .·-,Katherine e a Ma tem áti ca da Lua

Dois mais dois, dizem , são quatro . Calcu lava trajetó rias,
Essa todo mund o sabe. Fosse em casa ou na rua,
Mas Kathe rine fazia conta Tanto que as suas conta s
Que na memó ria não cabe. Levar am o fogue te à Lua.
Pois o pensa mento dela Enfre ntou os preco nceito s
Era muito do veloz Por ser negra e mulhe r,
E fazia cada conta Mas vence u a todos eles
De pasm ar a todos nós. Como quem sabe o que quer!
Tama nho o seu racioc ínio Por isso hoje lembr amos
E a sua intelig ência , Do nome de Kathe rine,
Que fez muito pelo mund o Que nos deixo u um legad o
E para toda a ciênci a. Para segui rmos bem firmes !

Katherine Coleman Goble Johnson foi uma matemática, flsica e cientist


a espacial norte-americana. Katherine •
trabalhou na Nasa, a Agência Espacial dos Estados Unidos, e foi a
primeir a mulher negra a ter seus artigos científicos
reconhecidos por lá. Os seus cálculos ajudaram a espaçonave Apollo
11 a fazer a primeir a viagem de astronautas para
a Lua. Katherine foi tão importante, que sua história foi contada no
filme "Estrelas além do tempo", lançado em 2016.
r
J,11.
i
No berço do mundo nasceu Também estudou insetos,
Uma grande cientista, Sendo muito premiada
Que cresceu e floresceu Por ter descoberto coisas
Para o mundo da pesquisa. Que previnem as pragas.
Menina da Etiópia, . ,~,,: ":nnho era melhorar
Não quis se casar bem cedo. =- •-:ultura do país,
Resolveu seguir a vida , .,· ;,Je, em todo lugar,
E descobrir seus segredos. -·:1:da e mesa farta,
Queria fazer do mundo ;--'c-..ivesse gente feliz.
Um lugar sensacional, Segenet Kelemu é seu nome de batismo,
Onde houvesse para todos E hoje lhe agradecemo s
Comida de forma igual. Por seu senso de humanismo!
Para isso estudou
1 Dentro e fora do país,
Fez pesquisas sobre plantas,
Da folha até a raiz.

Segenet Kelemu estudou Biociência, que é a ciência que estuda os seres vivos. Segenet ficou
conhecida por sua pesquisa sobre doenças que afetam as plantas. Ela e sua equipe têm contribuído
para melhorar as condições agrícolas no mundo todo.

1
1\

14
..
••
.•..
.
•••••
.

15
•••••
•••••
-:•:•
•••••:
·••••
...•••••.
·•·••
. ,tv1arinalva e o es tu do da vi da

Brasil,
Na alde ia Pak uera , no mei o do noss o
sorr iso gen til
Nas ceu uma men inin ha com um
s não se viu.
Que veio mud ar o mun do com o ante
um céu anil,
Indí gen a da cor do fogo , de um sol e
il.
Que ria sair da alde ia e con hec er o Bras
para o alta r,
Men ina da sua gen te, ia logo
ro aind casar".
a
Mas a nossa indí gen a disse: "Nã o que
o des afio ,
Con hec er a cida de gran de foi um outr
frio.
Tem ia pass ar peri gos, vive r a fom e e o
ôs a enfr enta r
Mas cria da na alde ia, se disp
estu dar.
E con hec er outr as terra s para a Biol ogia
cora gem ,
Na bag age m ela traz ia, além de mui ta
ho verd ade .
A fé e a esp eran ça de faze r do son
dific ulda de,
Sua estr ada não foi fácil e enfr ento u
ta von tade .
Che gou a não ter o pão e pas sou mui
idad e,
Teve que ser mui to fort e dian te da real
uaç ão
Mas ven ceu e con quis tou a sua grad
em ação .
E hoje ela con tinu a com o seu son ho
dua ção
Mar inal va seg ue ago ra rum o à pós -gra
ulho da naç ão!
Para, em mai s uma ave ntur a, ser org
na mão ,
Hoje ela nos acen a, com seu dipl oma
ista dele não !".
Dize ndo : "Se tem um son ho, não des

Marlnalva Kalana Randon se tornou a primeira


indígena a se formar no curso de Ciências
Biológicas da Universidade
à etnia Kur4-Bakairi e

significa "estudo da vida". Marlnalva pertence
Federal de Mato Grosso. A palavra "Biologia" do Mato Grosso.
izada na cidade de Paranatinga, no estado
passou sua infância na aldeia Pakuera, local

16
o

• • •• • •
• • • • • • • •
• • • • • • • • •
• • • • • • • • •
• • • • • • •
• • • • • • • •
• • •• • • • •• •• •
•• •••• •••
• • •• • • • • • • •
• ••••• ••
• •• • • • • •• • •
• o• •• •• •• • •• ••
• •• •• •• • •

• •••••• ••
• ••••
••••••••
•••
••••••
---
-----
•• J .- •• ,.. • ·- ;. v; • ••••• , •. . "· .•. , • . ... .. . •• "'~' ·.,..;_ -_· ..

,_}~· . . N,is·e e·o cuidado corn.·á . ,~,, · . . . .. • ••••__\-• .,.,,


ffi'iê~tê}i::'• •
._.·,.~.;·.·;T •. ,;,/"':.•;,'· ·:· •r ·... •
. 1'
!
'

Filha de um professor Fez uso também da arte


E de uma pianista, Para trazer sanidade,
Nise da Silveira foi E hoje o seu trabalho
Uma grande futurista. Encontra-se em toda parte.
Inovou na Medicina - . com o seu talento,
Ao tratar o corpo e a mente. , 11Tnou a sua área,
Sabia como lidar ,,.u rnuito tormento
Com todo tipo de gente. r.·uisa desnecessária.
Foi na Psiquiatria Por isso hoje ela tem
Que ela se destacou Muito reconhecimento,
Livrando os pacientes E aqui nós lhe deixamos
De todo tipo de horror. Nosso agradecimento!
Trouxe a humanização
Mudando o tratamento.
Sabia que o coração
Era um bom instrumento.

Nise da SUveira foi uma médica brasileira que estudou Psiquiatria, a ciência que trata de problemas da mente. Nise era -Mi
contra tratar os pacientes com força ou violência e preferia o uso de tratamentos mais leves, como a arte e a pintura.
O seu amor pela ciência e pelos pacientes fez o seu trabalho ser reconhecido no mundo todo.

18
1 e e a. E_~~i';ffl'll~9. , •
~· . ..
. ., . - ...• l ·
'. •\ . ·•.·
,

Muita gente a conhece Diziam que a mulher


Pelo samba que cantou, Não podia fazer samba,
Mas além da bela voz Mas Ivone só vivia
Em Enfermag em se formou. No meio de gente bamba.
Yvonne Lara da Costa Compôs um samba de quadra
Trabalhou em hospital, Para o Império Serrano,
Mas o mundo a conhece E dizer que não podia
Por causa do Carnaval. Era um terrível engano.
Era Dona Ivone Lara Desafiou o seu tempo
Uma grande enfermeira , Provando com sapiência
Nascida em Botafogo Que a mulher pode sim
E "cria" de Madureira . Fazer samba e ciência.
Através da Enfermag em Cantora e composito ra
Cuidava dos pacientes. Ivone nos fez feliz,
E quando Lara cantava E hoje o seu legado
Alegrava toda a gente. É orgulho do país!

: Yvonne L~ra c1a Costa, mais c~nhecida como Dona Ivone Lara, formou-se em Enfermagem e Serviço Social e trabalhou
rr como enf~rmelra·p~':}! mais diinta anos. Ela atuou ao lado da médica brasileira Nise da Silveira. Além disso. Ivone
era

!l_uma verdadeira artlsta;e fez s~f.efso como cantora e compositora de grandes sambas, como ·sonho meu· e ·Acreditar·.
!-,! . •·'· '
, • "'t:t I ..,;.

20
Vem de Duque de Caxias, Em um lugar bem profun do,
Na Baixad a Flumin ense, Mas teve que aparec er.
Cidade de tanta gente O nome era racism o,
Que ficou muito conten te Que Nina vem comba ter.

Quand o viu que a menin a Mostra ndo que algorit mo


De um sorriso diferen te É o que faz aconte cer
Saiu em uma revista De gente de pele preta
De gente grande e impon ente. Não ter o mesm o poder
E nem sempr e ter espaço
Forbes era o nome
Onde deveria ter.
Onde Nina aparec eu,
E ela estava numa lista Revela ndo os segred os
Por um poder todo seu. De um mundo desigu al,
Nina vem comba tendo
O motivo bem se viu,
O racism o digital.
Teve grande fundam ento,
Na área de uma ciência Ela mostra para o mundo
Que requer conhe ciment o. O que todos devem ver:
Que o racism o é um mal
Ela faz compu tação
E não pode prevale cer
E, com todo o seu saber,
Passou a mostra r ao mundo Nina faz da sua ciência
O que queria m escond er. Ferram enta do saber!

da Hora. estuda Ciências da Computação.


Ana Carolina das Neves Sllva da Hora, mais conhecid a como Nina
Ela é pe,sqy_(s_q_dora na área de tecnolog ia e tem contribu ído para o
combate ao racismo e para a

_;i(I:, transparência das eleições no país.

22
j
.. "'_,.

:, •
o
0,

0
0 ru •
ru 1
0 .0
0 . (l
0 0 ru
·a
ru ru 0
l
.. 0
ru ru 0
0 1 t
0 0 ill 0
e e ··0
0ru 0 ru
'
,L
0 0 0·0 0
·1 0
ru
e ei
,
ill
l
0
0 1• .
, 0
0 00
0 0
1
- 0
1
f?.

,• '.;--"·:"

.,.à~::~:::~ L_.,•,~....: : '::'{"'1 __;, ...


Para quem não me conhece Respeito e dignidade
Minha história vou contar. Falando sempre a verd~de
Sou juíza de direito E sem fazer a maldade.
E gosto de exercitar Procuro ao final do dia
'
A palavra e o verbo Em forma de oração,
Aqui, ali e acolá! Somente agradecer
Vim do Rio de Janeiro, Pela saúde e o pão.
Da Baixada Fluminen se, É isso o que eu tento
Mas hoje moro distante, No meu simples proceder.
Em um Iuga r diferente . Não me meter em apuros
Estudei muito na vida, E consegui r bem viver.
Cursei duas faculdade s, E se há um dia mais duro,
• . r,• .- Mas sei que não é diploma Virá um novo amanhecer.
Que nos traz felicidade ! É essa a minha fé
@) @f av1amcarvalho202
O importan te é ter Que ofereço a você!

Flávia Martins de Carvalho é juíza de direito no Tribunal de Justiça de São Paulo e juíza auxiliar no Supremo Tribunal •
Federal. Mul her preta e pobre da Baixada Fluminense, região periférica do Rio de Janeiro, além de juíza, to~o~-se

escritora, pesquisadora, professora e palestrante nas áreas• de Direito e Literatura, Raç<;i,· Genero e Teoria . .
Jund1ca.

Atuou como coordenadora adjunta do Fórum de Grupos de Pesquisa em Direito Ctinstitµci(?!lOf e Teoria,~o Direito
2011 2014
de ª • É conselheira consultiva do Instituto Brasileiro de.DÍrêito:dêifC.tl;ça e d~ Adolescelndte
(no período
IBD , •• , ·M'.l"~~
. CRIA-ABMP). Formada em Comunicação Social e em Pireito)'é'.m_e~tra~em Direito ~ela [!navers . a
~.\. ~ - id de F.edera
- '" o.
• (UFRJ) e doutorando em Filosofia e Teoria Geral .do
R'º.de Janeiro • •~'
• Ol_r'e1to,~ela . .
, l!Jnlv,ers,11!1,d e de Sã f
·J?aúlo ,.
(US!'I'.
lho .
Part1c1pou do Grupo de Trabalho sobre Questões Raciais no âmblt~ )1ó'/,~11er. ~utlkiârlà, instituído peliº:'1;LJ Nt
I s Negros (Eruv.
Nacional de Justiça 'CNJ) I t
r
O
• negra coletivo que organiza o Encontro Nacional
,
ae
- :: . "'·
Juízas e Ju ze
- (FONAJURD).
-• i

Foi ,~
.

e o Fórum Na • 1d • • ''r,',,
Clona e Juízas e Juízes contra o Racismo e todas !IS ti/rmas de,!)l~çriminaçao • o1>er ..
xx1• (2011) e Os ....
coordenadora ad,unta d Ob " .....,,.,-~ 1sa-.P.'.õ:J" r.

• as ras Desaf1os da Constituição: DemocràêÚ i e Estaão no Século ,,. ,.


·-·. ---~--•MI;:- . de l
como res1stên •• I 1 • 97 "t,

cta. co etanea ENAJUN/FONAJURD" (2022). Nasceu no.,,,.Rl~'âe Janeiro em 11 de mato -

24
,1
t
l t


•• •

•• • •
•• • •
Q
.• • .
••

• • • • •
e G

e • • • • •

• • • •
• •
• • •

• • •


•• •
•• •

Você também pode gostar