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TEI!CEI~O,;AKKO DA:i~EtlMA·~~ti~A :~ · .
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: 'Élnenda .ao.projecto n. lii (matricuia dos cstúdantes Gnsta:vo En~as Ga.lvllo. Luiz Manoel da
:.,···· · · cunha e 1osé llorelra da Costa Rodrigues),: .... .......................... · 97
· ,. n ..i3i (credito ' a.o minlsterlo da guerra) ........................ ~ ........ .......... . lto .
,• n. 194 ( privl!eglos lndnstrlaes ) u~. f.US. e ......... ~. •....... ... , •• • .. ... •• • .. • .... .. ·. 37'
n. l31i ( credlto:ao mlnisterio da guerra ) ............... •. •• • . •.. • .. •.. •• • • .. .. .. .. .. . ·!9t
... n.. . 6J .(loterla.S p:l.l'a a .santa casa da mlserlcordia do RecUe ); ••.. .. •.. •.. . .. .. . .. • .. 233 ·
" n: ~M':.( credito ao minlsterlo d~ _agrlct,lltura)~.:.... ; ....... .. . ..·.... ............·.; .. , !91 ·
·• .n• .96.{m;IU:icnla de .Cbrl.stlanO J_ oaqUimdaRocba.Iunlor) Ma·e ..... ............... ,; · 3ü
, n. Jfl7:·.( credito ao .ministerio da. agricultura)., ............ . ............ :............ 456
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:. :JNDIC.3-ÇÃO .
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Indicação sullstitllindo o art. ~~- do regimento dá camara..; ....................... ........ ~~ ••.• ~70 .
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.llWTERPELLAÇÃ.O
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PA.RECEftE8
PRO.JECT08
Projecto n. 1.&8 (crimes o.e que trata. a lei n . ! 099) . . ... ,.,, •.. .-.......... ; .................... , t60
~ -:. n. !58 (mandando vigorar desde já oS '7 .0 do art. g ..• do decreto n. 7:1~7 ) . ... . • . .. •• .. 3i G
ii. 159 (mandando ma.tricnlar Augusto Cesar Mon'tenegro).. ....... •• ..•••.. .. . ... . .... 377
" n. lôll concedendo lieença ao desembargador La.distâu Japiassli de Figueir edo Mello)... &O.i
,. n. !68 (sobte naturalização de estrangeiros) •• :...... • ... ...... .. ... .... ••• .. • . •. ... ... 473
PB.OPOIITA8
Propo~tas do poder exe~tivo 9, U,82, !91, !74, 4l3 e.... . ~-~-- . ... .. .: .................. . ... ; ... &35
Reda'c çio n . 36 A.... .-•• ; •.-.·~ ... . ............... . .. .. ....:.. . •• . .. . • • .. •• ••.•• ... •. • . • •• •..• ••• 38
,. n. · 5'1_A.._.. ..... ..... . • ... . • •... • • . .• .•. . .• .. •• . ...... .• • ..... ... • .... • .. •. .. • .. . • •• . 61
• ·n. 60 A.~·:. :: ........... .. .. ~ . ... ... .. .. .. . .. ..... . ....... .... . . ..-......... ... . ...... ... ..... ... . !OS
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,. n...H3.· • ...-.• .-.. ~_; ..... . ... . ~ .... . ~-- ··· ·--· ·· .. ··· -- ~ ;.·;~;_.._~.:~ ............_......._.: ··· ·... !33
.n:·-m:-.-.;.,. ~-.... ~ ..;... ~, .. .: ... ... ·.~ .... ..................· ·· ;~-~-, . ~ .... ..... ~-.-................. ~ .. ~•...: .J33
:•••:~·:· .·· 148
-~ · · n.-:~i03 ~B.~ ••. • ~ ~- •• -• . ••.• ; •• ~. ~ ••. • •. ~· . .... . : ~·;.. ~--~ ~- :-~~~-: ~-. -;~. ~-~::-~ .~--." ::·._=._;_;·. :. ~=.
, . -. ~: !3G ...:..• .-~ ~-: .•_;;'.....;,:.<:.·: .. : '"-:...:;.-. ·'·:-;.·.·~ .-~:; ;.~~ .... ~~ -~-~ ~.-:~~ ~. ~~ ;~. ·-~ ~: :·: 15_9'_ '.
VI INDlCE.
RedacÇão n . 13~ B........... . ... .. . ..... .. ... .. .. ..... ......... .. . . .......... • .................. . IIS9
n. t:l7 ....... .... .', .. ..... ........... ................... . ... ...... . ........ . ..·......... . 159
n. 88 ••••·••••••••••• ••. ••••• ••• •••• •••• •• ~ •.••• •••••• •••••••••••••••• ······•·· •••• •••• : 18~
· n. f:J.r.·A. ••••••••••••••••••••• •-..... . ........... . .........-.·•••• , .............. ............ . !Si
n. 86 .••••_. ... ; ............... ..... .... ..... ....... ........................... : .. ···" 183
n. Jil ...... -• •••..•• -• ••..••••••. •• • • •• • •.• •·· • •. • •• • • • •. • • • ... • • •.. - • • ... · • • • • · •. • .••• . • •• 196
, n. 86-A.-................... . .. • •••• • • • •• • • •.••• • • • •• •• • • •• •• • • ••• • ·- • • •• • • • .. • •• ••• •• • ••• • •• 196
n. 135....................... ... . ........ ....... .... . . .... ........................... .. . 198
. , n. t::!O.:. ................................... . .. .... ..... .. ~ .................................. . ~us
· n. 29:)--. -.- •• .-....-. ••••• •• •••• •••• ·····•·· · · • · ·• ·•· •••• • ·· ·· · ···· ~· •• -~··· •••• ••• •• • ••••• •• • ~79.
n 61. . ...................... . . .. .. .............. ,. . . ..........~ .. . : . ......... ... ... ... . 279
.. n. !ti:.. ... . . .. ... . .... ... .. ......... ....... ...... ...........~ ••• • • ~········· ······· · · ···· · · ·· j 79
n. üts .. ....... ..... . .. ............... ........... . .... ... ..... ......... .. ... ... ... .. ~·· 280
n• !33 ......... ... ... .... ...... .. .... .. . .... ... .... .. . .................. .. ............ . ~
n. i" ··· ··~ ·-· ·· · ··· ··· · ··· · · · ·· ·· ········· · · · ·······•· ·· ···· ····· ··· ··· ··· · ·-··· · · ·· ·
n. f4.9 .. ......................... ... .. . ~ •••• •• • • •• •••• •• ••••• •.•••••_._.:.. ••• • ••••• •• •••• •• •••
!ISO
280
n. 6l A, ~80 e............ .. . .......... . ........ . ............·...... ... .... . : ... . ...... . !Sl
n. 6! ••••••.•••••••.•••••••.• . ~ ......... . .... .. . .. . .... . . .. .. .. . .......... -• •.••••.. ••• , 2133
n. 90 . ...... . .. .. ..... .. .. ... ........ .... . . .................. ~ .... ...... ... ........... ... . . . ... .. 283
n. H:l .. ............. ....... . . ...... .. ..... . . ........... .. ....................... . .. .. .. 283
n. ll6 ............. ................... .... ....... ...... ...... , .................................. . !!82
n. !5t..~ .......................... .. .... ..... . ........ ................................... . 326
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REPRE8.EI\õTA.ÇÕE8
Rli:QU.EftL'UEl"WT08
Requerimento sobre garantia de juros á estr:tda de ferro do Paraná... .. ....... . .... . ......... M7
.. » · · }Jl!dindo cóp!a .do parecer do conselho de estado sobre a condição de dhrersos africanos.. 318
·pedindo in!orni~ções sobre a ·qualillcaç!lo da parochi:!:de Itabira do campo; etc. . ... :.. 3i6
pedindo qu:e ·seja dado para ·ordem · do dia. o pa1·ceer interpretando a lel de ~de Sil~
tellibl'Ô f.&7~~ ~ ;. ~ •• ; .. ...... ....... ; •• : .. . . ..... : .... ~ .... . ~ : . ... ~ ••; .. .. ....... ... 350
pedindo :informações sobre o elemento servil .. .... ......... : ... ~.................. .. ii'!
CAIAR! DOS SRS. DEPUTADOS
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Sessão im~erial, no ~avo noSenaào, no encerramento da, 3.a sessão àa i 7.a legislatura
àa &S~emblér1 gerar B àa anertura da &~S~ãO extraordinaria COHYOGaUa p~r
Decreto, n. 7.84~ de 7 ue ~utulJro.
Em 9 de Outubro ele 1880
Ao meio dia, achando-se reunidos os Sr:s. de- Augustos e dignissimos senhores representantes
putados e senadores no paço do senado, foram da nnçiio.
nomeadas as seguintes doputaçõcs: A reunião da .nssembléa geral é sempre mo-
Para r eceber Sua Magestade o Icnperador: tivo de vivn sntisf••ção.
Deputados, os Srs. Martim .Francisco .Abdon Pm-me communicar-vos que continuam as
Millanez, Viriato de :ltl edeiros. Tava 1es Belrort, b0as relnções de autizade entre o Brnzil e as
Martim Frantlisco Filho, Florend o de Abreu, potencias estr~ngetr:•s. _Não me é dudo ainda
França Carv:~lbo, Sigismundo,Moreira Dr~ndão, ter o prazer de ann~ncw r-vos a cessação da
Freitas Coutinho, Diana, Jgsé ·na~son, Freit:ts, guer~n _entre a republ1ca <lo Cbile e as do Perú
Sinval, Ignucio Martins, · Malheiros; lo~é Cae- . e B?hvw.. ~ . .
tano, Antonio de Siqueira, Soares Jlrandão, Ne_nhuma alteraçao sofl'reu. a tranqu1lhdade
Candido de Oliveira, B~rros Pim,•nt· I, Luiz Fe- publ~cu. . . . .
Hppe Rodolpho Dantas e Moreira de Barros. Graças á Dtvma Pro":•dencw, chuvas abun-
' . _ d<mle~ puzeram termo a secca que ossolou ai·
. Senadores, os S~s - . Barao do. Ln~~na, Ja.zua- gumos provincias do norte.
nbe, Lafayette, Rtbelro da J.uz, Dm1z, -~••rana- A~trudeço-v• s a ~olicitude com que, mino-
gua, Paes d~ Mendon~;a, L!'ao V~lloso, ~ ~>conde ran do os gravam"s da nação, ad~•ptastes medi-
de Bom Rett.ro,~endes do Almetda, Lu1z Carlos da~ adequndas a pruduzir o equilibrio da despeza
e Cunha e F1gueu-edo. com a receila llUJt!ica. . .
P;:~ra receber Sua Maóest:tde a ·i mperatriz : ~. ne~es!'idnde im~eriosa de da~ solução de-
Depntados os Srs Vallad res Abreu e Silva finl.ttv_a a reforl!ln eleitoral_de~rmmon a con- .
Costa .Azevedo e Monte.· ~ ' ' vocnç., o da SL'SSi•o extraordmana .
Augustos e dignissimos senhores represen-
Senadores, os Srs. Conde de Baependy e t<~ntes da n~ ção. .
Barão de Cotegipe. De vosso patriotismo espero a decretação de
A' i hora da tarde~ annunci~ndo- se n chegada uma lei que assegure a liberdade do veto.
de Suas Mngestndes Imperines, sahiram as de- Está encerr.oda n sessão legislativa ordinaria
putações a recehel-os á porta do ediOcio, e, en· e a!Jert.I a extraordinaria.
trando Sua Mugestade o Impt>rarlor no snliio, foi D. Pe:ono 11, lMPllRADOB CoNSTITUCIONAL E
abi recebido pelos Srs. presiden\' e sP-c.re~Hios , DEF&~soa PERPETUO no BJLUIL. •
os quaP.s, reunidos aos memllros da respectiva
deputação, acompanharam o mesmo Augusto Termina :lo este acto, retiraram-re Suas Mages-
Senhor até a tllro no _ · t~ il$ lmperiaes com o mesmo ceremonial com
que foram recebidos, e immedialamente o Sr. .
. Lop;o que Sua Magestade o Imperador tomou presidente levantou n sessão. ·
. assento e m:1nilou assentarem-se os . Srs. de-
~utados .e senadores~ leu a seguinla falia: ·
Tomo VI. '-i.
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 15:54 - Pêgina 1 ae 1
() Sn. JoaQI'!DI! SEllliA:- Bem. e Sl\. AtnliiCO :- •••• que se tinha procedido
Então. 'tOmo trlio 1omel parte D'3 ~- & arS!lnssão com sorpreza. ·
por mot1vo de força maior, 11proveitarei a oee3· OS~:. JoAQUII.I SEBRA.:- En disse que fui sor-
sião para fõlzer sentir que teria 1allado nova- prebendiilo: _
mente contra o "Pro3~to; ·
Niio via 1!nf.io ldéa nova no debate, porem o SR. FIIEITA~ ComNRo:- u~s uisso uão ha
aguard~va pela apres()ntação do substitutivo. injuria alguma :iquelleS que pensam de modo
contrario. -
Con1inuarei a vol~r contr.~ o pro.iecto. Eu wmbem rui sor.p~hendido.
Enr:errada R di~cu>:siio-e procedendo-se áv.ota- O Sn. AMBlllC):~ Sr. :presidente, o projMto
~ão, é npprovado o projeeto em !.~ discussão. foi submettido á !." diseussão e teve um debate
O SR. A:M!Ult-~o rrquer e a ellmar:t approva que amplo ; nn 1. • nenhuma vot se levantou para
o referido sr:-oj~cto entre immedilltamente em impugnai-o ; portanto p11reeia que a casa es-
3.• di5cussiio, t~ndo sido a votação verificad:~ a tna su11icicntemeute esclarecida para dar o seu
requerimento do Sr. Freitas Coutinho. voto.
O Sa. loAQunt Ssan.~- Peço a palavra.
O Sr. .:Joaquim Serra (pela oráem):-
Sr. pre::;iJente, p~rece-me que ar.nba de ser O SR. FnsnAs Co1TtNUO: -Porque aguárda-
vencido que o projecto entre immedilltamente va·se a 3.• discussão.
em 3. • discussão . Eu não tenho prcsen te o ar- O SR. A:NRRrco:- Além disto, Sr. presidente,
tigo do regimento, mas eotendo que nfio se trat3 a ma teria n~o ó nuvn, já fo[ snjeita tí apreciação
de um ca$0 de interes.~e llarticn!:•r: lratn-se de do parlamento o anno passado e sofi.reu uma
um interesse publico muito grave e que preci~a brtra di!cussão no senado.
ser wudado. (Apoiados.) o sn.;- ioAQUIIl StmRA ~-Então são inu\eis as
Nós, que impugnnmos o projecto. somos neste tres discussõe,; aqui.
momento embarnç:Jdos com esta sorpreza. O SR. AltllRrco:-Parecc-me, pois, que nio se
O SR. Pn&~DEf>'TE:-0 presidente nnda tem póde dizer que ha sorvrez~.
com isso : a camara o decidiu, no uso de seu Si se tratasse de materia nova, si se trat:1sse
direito. de u.m projecto Qne tivesse passado atropellada~
O SR. JoAQUlU SEI\RA:-N5o se tr3ta de dis· mente nesta c~sa, sem que uma voz se erguesse
pensa n es tod~ntes, nem de concessão de licen· para discutil·o, eu poderia auxili:1r com o meu
ças (npoirulos}; não é uma qnest~o que vá inte- V<ltO o noure deputado e conr.orrer lHira o adia·
ressar a .um individuo; é uma questão que diz mento; mas este eertameute não é o caso. O
respeito :1 uma provincia inleíra. · n ,:bre do:puL;Jào que propõz o adiameolo tem
egtudado perfeítnmen te a questão; está hnbili,
O Sa. PRES!DEl'iTE :-Perdôe-me o nobre de· t~ do p:1ra discuril-a em qualquer occasi5o ; e si
putndo; não 11óde fallar contra o veneido: a eu quizesse_ ser_vjr-me do mesmo r~curso de
camar~ j:i decidiu que o projecto entrasse desde que . se ·v~lP.iionobre deput:ldo. poderia dizer
já em 3.• discussão. • que .o seu requerimento não e m:lis do que wn
O Sn. lOAQUnt SsrmA:-Pois então vou re· meio de protela~o. · .
quer~r o adiamento por 24 horas. Ditas estas pvlavras, \:Oto contra o adiamento.
Q Sn. PnESIDE.-."TE:-Is!o é outro caso; o noorê O @r. Joaquim Ser:-a1-A cnmara
deputndo peça a ptllavra e requeira o adia· ·foi testemunha de que eu abusei de sua 1)aciencia,
mento. ài=-cotindo de urua maneira, que reconheço
O SQ. JoAQUDt SJ:llll.-1. :- Nós somos sorpren- enfadonh:1, a materia deste proj•! ~to; e digo
didvs ; o po :·t•.l do 21-laranhiio nijo é urn estudante enfadcoba (não ap'.liudos), porque fui minucioso
remisso. (.4poi•,dos. ) e impertinente no debale; tom~ndo a palavra
O Sn. PRESI!lE~--rE:-0 nobre deputado mandn sempre gue o regimnnto m'o facultou. Não
estava prll!;Cnte quando teve lo~ar a ~. • dis·
o seu req Lt~rimenlo ~ cussão deste projeclo. Tinha amtl:t algtlma
O 5a. JoAQütlt .SEmtA:- Vou rnandnl-o. oous.1 que di1.er, mesmo porquo o ultimo orador
O S11. PRESIDE1iTB:-Sim, senhor ; porque isso que faltou foi ainda um impugn:~dor da medida.
equivale a um di,;curso. Fõra informado rte qu~ por occasião da ~. • dis-
cussão seria apresentado um projecto ·substitu-
O Sa. · IoAQUIM SERRA:- Qae- equiv,,lha a tivo para com ellc correr panlllelo o debate.
do~díscur~o~, pQuco me imporla, preciso im· Hoje pela ordem do dia fomo~ convidados
pugnar o projecto. apenas para vot:lr a discussão enrerrarla. Por-
Vem !J mesa,+! lldo e apoiado o seguinte reque- tanto, dizendo eu que sou sorprebendido com a
mento. entrada do projecto em a.• d iscuss~ o. não raça
insinua~o a nenh\lm collegs,assim como t~ mbem
• Requeiro o adiamento por !oi horas.-loa- não entendo que rne pos..c;a offender a phrase do
q«im St1TI1.~ nobre. d.:putado, dizendo que este requt>:rimento
um:~ protellac;:ão. Seju ou não sejn, o q11e
O Sr. A.merlco:- Sr. presidente, o seja
núhTe deputado que acaha dP. ~pre~entar o re· eu quero .é empregar tod.os os recursos para
querim~nlo de ndiamenlo fe7. uma fnsinu~ção
combater o projeeto. Neste momento não o posso
qu~ julgo convetüente repellir•••
fazer, porque não tenho presentes. os doeu-
mentos que possuo, e por.isso peço.o adiamento
O S!l; lJ;.xn;:- Apoiado. por.U horas.
Câ"nara dos OepLtados- tmrr-e sso em 27101/2015 15:55 - Pág ina 7 d e 4 1
V. Ex. sabe que eu não quiz nuncn protelar lnàispensavel rJo melhoramento do estado sa'iii-
a discussão. Fui e serei tal fez aborrecido á c.a- tario desta capital, mot •vou ex.cesso de dcspeza
mara, porque n~n tenho habitos de tr1buna nn verba~bras-do exercício de i879-i8BO
(não r:p 1iadns), nem o assumpto se presta a dis· em liqulda!;ão.
cursos muito iuteressantes; mas eu quero 3pe• Para occorrer ao p:ag~m ento d~ mesma des-·
nas salvar li minha responsabilidade.; O paiz não peza, proveniente· de ·fornecimento de materiaes
adianta nada · com est;. pres>a, nem o porto do para o rererido ajardina mento, ronform e consta
Pará lucra com ella. Eu sei que a minha da flemon>tração junta, torna-se preciso um
província está con 1emnada, e por issn a minha eredilo supplement3r á mencionada verbo, na
protelur:ao P- à e todo o ponto i noffensi va. O importaucia de 37:0i5~9W.
p orto do u~rannii o niio terá a esc:~ la, · mas a
IJ:!inba obrigação é •lar conta~ :i minha próvin- Venho, pois, de ordem de Su a l\I;;geslade o
Cl:l do modo como ?.elo os seus inter•~sses. Imperador, submetter á vo~sa approvação a
E' por isso (j ue insto pelo adiamento do 94: seguinte
horas.
Ninguem mais r~edindo a palavra, é encer- Proposta
rada a di~cus,;iio do requerimento do Sr. 1oa·
quim :5erra e em seguida approvado o dilo Art. i.• Fica concedido ~n minislerio dos ne-
requerimento. go~ios do .im perio .um credito suppl eml.'ntar ã
Achando-se na sala immediatn o Sr. ministro ve rba-Obr:~s-do exercido d1! 187!:1-tSSOem
do impol'io, que vinha ap resen~.ar · uma proposta liquidação, na iruportancia de 37 : 015~9~0, afim
do poder e);ecmivo, é introduzido no recinto de occorrer ao pagauiento de diver::as contas de
com as formnlid:ule~ do e~tylo,e tom3nào assento materiaes fornecidos para o Djardinamunto da
á direita <lo Sr. pres idente lê o seguinte : praça dn Acclamação. ·
Augustos e dignis.•imos senhores represen- Art. 2. ° Ficam revog-adas as disposições em
tantes da nação.- A neces:;id~de urgente de con- contrario.
clu1r·se no mmnr prazo possiv:!l o ajardína- Paço em !3 de Outubro de i8SO.-Barão Ho-
men\o da prnça da Acelam ~ ção, como medida mem de Mello.
Mll\'1STElUO DO Ili!J?ERlO
Deficit•.•....•.....•..
Terceira direcloria da secre~riu de estado dos negocias do imperio em 30 de Setembro de
1880.-0 director interino, :N. Midosi.
Demonstração de todas as despezas feitas pelo credito da, verba - Obras- do ministerio do im-
. perío com o ajardinamento da pr·at:a da Acclamação, ii.Psda o eurcicw de !872-1873, em
que a$ ~breu come_r-llram, até o corl"ellte di! l880-i8St, ~rn que terminarGm, comprel~enàida
a _qrati{icação arbitrada ao encar,.egado do dito ajardinamento.
{Sii--!873.................. ' .................................................... . 7:725 l4!l
{873-!~i.t ........................................................................ . !30: 70 .
!874--!875 ........ , ............................................................. . 2l7: 7'
!875-!876 .. ....................................................................... .. !47:
i876-!S77........................................... , ............................ . 204:!3{~
!877-!SiS...................................................._................... . U9:365J()75
t8i8-!Si9 ............................... , ..................................... ·• .. · l53:l!628SOS
18i9-i800-Ilcspezns pag~s...................................................... . i00:09G$i20
Dibs por pagar pr..-cnlentc; dos eonta~ absixo doebrad.ts ultimamente ap~os&n-
tad"' o para oujo pagamento umeredllo supplementar se torna neeos;ar1o:
Manoel Joaquim Moreira. & Gomp., ferragens.................................. 5:3õ0~f00
Johu Moore & Comp., eneanamcn\os de esgo~ e eonstrucção do privadas.......... l3:5i9o1SSO
Gonçalo do Castro &: Ccmp. , femgens o ttntas...................... .... .. .. . . • ~;586,!;780
Fig~elr~do. & Eraga, pinturas, do gradil, portões, bancos , o\e .................... · · 8:4136000
lose Rihetro dos Santos &: Comp., eal e eunonto .................... -. ........ 5:287~
M~nael Dias da Cruz, madeiras ..... ,........................................ i:857,S9l~ 37:0!5S94Q l37:106õ400
!BSO-l881 ............._. ................................. , ...................... • 39 :40ltl24:il
_!.!85:~3~43
Tcrell.ira din!etor.ia da secretaria. do estado dos nesocios do impcrio om 30 de Setembro do iSS0,-0 director i.nle·
ri.no, N. Min~sl.
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 15:55 · Página 9 Oe41
· O SR. PREsiDENTE declara que a proposta do lO, 20 e 31, em vez das tres p~ra que a lei con·
governo será tomada na devida considera~tlio. signarn fundos. •
O Sr. ministro retira-se com as mesmas for- Elevando-se desta arte a 37 as viágens eff'ectua-
malidades com que foi recebido, e á proposta foi das, resta pagar a subvenção correspondente a
remeuida á commlssão de orçamento. umn del!a;;. ·
Si toda a despeza prevista houvesse sido rea·
.Achando·se tambem presente o Sr. ministro liiada,o de~cit seria de U8:500$. Não se eff'e-
da agricultura, que vem apresentar uma pro- ctuou, porém, toda a despez~, e por esta razão o
posta ào poder executivo, é introduzido com as dl~cit é apenas de 92: 955~1.Mt
formalidades do estylo. e tomando assento á di· Prolon.qamen.to da estrada de {erro D. Pedro 11
reita do Sr. presidente lê o seguinte : ao litoral áa Gamf!áa.- O à!{içit.é de 7i.:.2!0~ã6
e explica-se pelo impulso dado âs obras.
Augn!':tos e dignissimos senhores represen• A' vista do exposto, e de ordem de Sua Ma-
tmtes da uação. gest:.lde o fmperador, venbo na fórma da lei
Além dos creditas qu~ TOS dignastes de con- apresentar-vos a seguinte
ceder para a .liquidação do exercício de 1879- PROPOSTA
!830, na parte r elativa á dcS[)(.'.Za do ministerio
a meu cargo, outros são :iinda necessarios, na Art: L • São abertos ao {;OVerno, pelo mi-
importancia de 227:t.~798,afi m deqne a mesma nisterio dos ne~ocios da agricullura, commercio
liquidação possa effectuar-se de modo regular. e ob ros publicas, os seguintes creditos, appli-
Emquanto em algumas rubricas do orça.mento caveis ao oxercicio de t879-la80, em liqui-
se verifica n ex.isteneia de sobras cujo valor não dação: · ·
poderia ser determinado desde já com rigorosa Sup[)lemetltar de 60 :000~ á rubrica-Terras
exacção, mostram-se em outras_os seg-uintes publicas e colonisaeão ;
defiGits : Supplementar de 92: 95õ,Sl&.2 ó rul>rica-Sub-
Terras publicas e cnlo1nísnc;ão..... 60:000,?000 venç:io a companhias de navegi•~ilo 1)01" vapor;
Subvenção n companhias de nnveS<S- Especial de 7~:2:1.0~ü56 á consignação desti-
. ção por vnpor... ....... ... . . . . 92;955J!iif:.;! nada ao prolongamento da estrada de ferro
Prolong;tm<·nto da estrada de ferro D. i'edrl> ll ~o litor~l d:~ Gnmbõa.
D. Pedro II ao Utoral da Gambôa. 74.:21.0~656 Art. 2. • Esta lei fará pnrte da do orçamento
do reret·ido exet•eicio.
227:i655i98 Art. 3. • Ser:i feita a .:Jespez3, na fal ta do so-
bras da rece it~ , por opet·açõcs d" (.a·edito, que o
Te1-ras publicas c colonização.-Após a vota- mioislro e sccretnrio de e~wcl o üos negocias da
ção da prrpost.n que :i. vossa c •DSideraç1io suj•·!tei fazenda é autorizado para effectu~r.
em 27 de Abril ultimo, foi mister au~nten tar de Art. IJ,.• Ficu m revogadas ll"- disp03ições em
60:00!>J os creditas concedidos á~ provineia cou tra t'io.
do Espírito Santo, á visla da dc m~nstr;tção or· Palacio do Rio de r~ n e iro em 3D de Setembro
ganizn dn pela respectiva thesourmn de fazenda de :1880. -Jf. Buarque de ll!acedo.
e abaixo transcripLa sob n . i.
As despezas que o mencionado credito m~t i 1\. L - DEliO:oi~TrtAC:•\0 t>A D ~ PEZA I'AGA E l'On
varam, rort~ m cffectnndas anies de haverem stdo r,\GAll ~A l'UOV tNCIA DO ESPIRITO SANTO, DlHUI'iTE
tomadas 3S r ecentes providP.ncias que rc$\ri ngi- O F.XERC!CtO DB i8i9-1880, Elt LIQUID.\ Ç-\0, POR
ram os set·viços da colonis.3çào; c :i p piicat•;tm - ~e C"!\T.-1. D,\ nUill\IC.t-'l'El\1\AS 1'\illLICAS E COI.O•
principuimenle á nbDrturn do cstr;tdns e c~mt· :mAÇÃO.
nhos á construcção de pontes. e pontilhUes c ao
fornecimento de genero:; alimentícios a immi· Dcspczu rcalizndA até esta dato. !.0.29:8&5;5000
grantes recem-chegnàos. Por p~:;ar uté o um do exer-
cício ............ . ......... . GO: 000;$000
Suõve?!pào a companf1ias de navc.qa.t..ão por tçzp.?l'.
-Proveiu o deficit demonstr:Jdo na t~bella Junta Total... . ............ :1..089: 8Mi,SOOO
sob n . 2:
1.-De não h~ verem as t.1bcllos cxplicaliv:1S do C r~dHo disil'ibuido . . . : . ..•...• L 029: SUir$000
orçamento cooternplado 3 de$pezo de 96:001)~000 Augrncnto de credilo ainda uc-
com o serviço 'la na vegação de vapor nos rios cessario .... . . . . ........... . !it): OOO ~O OO
Madeira, Pu&:ús c Negro, coniratJdo com a Ama-
son Steant Navegation Con~pa.11y Li1níted, na fórma DEsal•volvime'llto da
dos decretos Íls. 3898 e ll575 de 22 de Junho despe:za. Paga. Porpaga1·.
de i 867 e 2f. de Mnrc9 de i87~. Vencimentos de en-
II.-De haver o governo autoriz:Jdo a com- genheiros,empregn·
panhia brnzilein de navegação 3 vapOl' para os dos e agrimensores,
portos do norte a tr:lnsferir a s~bid~ dos pa- inclusive brnçagens ií2: 383~178
quetes {)ara ·os dias tO, 20 e 30 de cada mez, a Jornaes a trabalbauo-
começar de 30 de Julho do auno 1Jroximo p3S· res e outras despe-
sado,.resullando d'ahi que, afim de impedir q~e zas.-. . ... . .". ......
·entre a ultima viagem do mesmo mez e a prt· Cz • -
meira de Agosto mediasse o iutervallo de 20 °
ontsaçao
dias foi necess3rio ·que a companhi'l ~ lizasse Imperial colonia do
no sobrodito· mez quatro viagens, nos di~s i, . Rio Novo , Santa
Câ"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 15:55- Pág ina 10 de 41
~ti ·
Sessão ex.traordinaría. em 13 de Outubro de 1880~ 13
de 3:0008 cada uma (contrato Recapitulação
de 2.l de Novembro de 1877). 60:0008000
Navegação a vapor nos rios Despeza effeetuada. .. 3.080:855J$iü
Dila a effectuar. . . . . . H2: 500tJO(JO
Araguaya e Tocantins: sub-
. venção devida na fórma do 3.H9 : 300,Sl~
. decreto n. 5~65 de :! de No-
Velllbro de 187J) •••••••••••• 82:000~00 Credito da lei... . . . • • 3.l00: q006QOO
Amason Steam Navi::ration Com- Deficit . . . . . . • • . . . • . . 92 :955~142
p~ny, Limiled: subvenção de-
VIda pela navegação dos rios Palacio do Rio de Janeiro, 30 de Setembro de
Madeira, PurW.s e Negro, nos !880. - .Jr!anoel Buarque de Macedo.
termos dos ttecretos ns. 3898
· e 5575 de 2:! de Jnnbo de N. 3.-Demonstr~ da despeza. elfect'u.a!M por
1867 e :U de Marco de :1.87~, conta. elo credi~ esptcial CllliCPcticto pat·a as obras
tendo sido 11utorizada esta àa prolon ,ament11 da. estrada de {e,.,·o D.Pedr() Il
de~peza no co111eço do exer-
ae litoral da GamMa, pela lei n. 29ia,O de 31 de
cício, quando 11xistia ainda .na o,~ tu/ira de !879, tab~lla c' combinrtda com o
verba o saldo de ~80:000$ par-a.1rapho unico, art 7. • da lei n. 27!12 de 20
por se ach:•r pendente de de Outubro de i877.
approvaç.;o o contrato ceie· (EXBRCICIO DE :1.879-1880)
brado com a m •sma empreza
na fórmn du decr~to n. 68t8 A Despeza :
de 29 de lkzembro de i8í7). 96:0008000 Pessoal. . . . . . . . . . . 23! : 699835-1
Pagamento á acima mencionada MateriaL .. . . . . .. . 250:761~705
empreza por conta da sub- Desapropriação. . .. 5:000$000 ~7 :46!~056
venção a que tem direito,
nos termos do decreto n. Credito votado.............. {1,13:250~i00
~ .á. de 29 de Dezembro
de :1.877 e da re.~olução lef:rÍS· 7~dl08650
!ativa n. 29~9 de 21 de Ju- Palacio do Rlo de Janeiro, 30 .d e Setembro de
nho ultimo, sendo :lutorizado 1880.-M. Bua1·que de Macedo.
o pagnm ~nto !i vista da refe·
rida t"esoltu:ão ••..........• • 390: 0008000 Dlii.ECTORIA. CENTRá.L
Credito distribuído ás prnvin-
cias para serviços contratados, Projecto em e$tudo
a sal!er: Proposta des ereditos para o exercício de 1880
Maranhão ...... . t92:000li000 -1881.-A.ngustos e dignissimos senhores repre-
Pernambuco ... . i 55 : OOO,jOOO · senwntes da nação.- Além do ~ccres cimo dos
Bahia ..•....•... i20:0006000 creditas e.~peciaes vot2dos pela lei n. 29{1,0, de
Alagôas . ....... . 70 : 000~000 3i de Outubro de i~79 , tabdla C, para a con-
Piauhy ... ..... . ~:000,5000 struc.;ão dns ferro-vias de Porto-Alegre á Uru-
Goyaz . . • . . •.... 4.0:0005()00 guayan:t, Bahia ao Joazeiro, R~eife ao S. Fran-
Ser~ripe ... . . . . . . U:OOO 000 cisco, t>uulo Alfonso e ::ioi.Jral, dur:mte o aclual
Espírito Santo .•• !2:000~000 exerci cio, faz -se neecssa rio VCH digneis de con-
Paraná ••• . ...•. 12:000~000 66i:600t5000 signar verba para serviço não previsto pela
mesma lei, q unes n cons,•rvaÇiiO e o Cl.lsteio do
3.080:855!51~2 jardim do campo da Acclamaçào, e') pagamento
de tubos encommendados p ~ ra a canalisação
das aguas do rio da Prata do Mcnda:...ba, que
Despeza:~ eft'ectuar devem ab3stecer o novo mat.ado11ro o a:; machinas
empregadas no ra111al de Sapopemba a Santa.
Saldo devido á Amazon Steam Cruz, da estrada de ferro O. F~dro li.
Naveyati011 Company ·Limited São estes os creditas que venho pedlr·vos~
para pe1·rozer a subvenção de Conservação e custeio do jardim .
~80:00U~, a que tem direito, do campo da Acelamação..•.. ~:8605000
na fórma do contrato appro- Canalisação· do rio da !:'rata do
vado pela resulução legisla· Mendanha .• . ... . ...... . .. .. i 50: OOO;SOOO
tiva n . 291&9 de 21 de Junbo Con~rncç3o da ferro-via de
deste anoo. . . ..... .. ..... . 90:0008000 Porto· Alegre á Uruguayana. t .290:000"0o0
Subvenção· devida á companhia Prolongamento da rerro·Via dn
brazileiro de · navegaçiio de Ba bia ao Joazei ro •..•...•... 3~1:0{1,5~19
vapor, pela viag:em excedente Dito da fe•·ro-via do Recife ao
daS 36 eSl.ipuladas no con· S. Francisco· e construcção da
trato .• . . .. .-. . ...•.• . . . .. .. . do Reei ré a Caroaru. ....... i.~30:80i'/)'08S
Construcção 4a ferro-via de
Paulo Affonso ........... . . . 333:580/j568
Dita da ferro-via de Sobral ••.• ~OS:U86H9-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 15:55 + Pág ina 12 de 4 1
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N. 1 ~
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Demonatra~ão da deape:.m. neces11arln e1n cada um dos exeo•eiclo111 de I880-1.881. e 1.88"1-18820 po.ra occorrer 8
· ao custeio e á conservação do jul""dfm do ca01po da ~cclatnnção 3
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FOR l!EZ FOll .ANNO rn "'2l
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t_. Administrador4 •••• 4 •• , •• , , •••••••••••••• i •••• , .............. ~ •••• , ..................................... , •••••• , •••• , • 800NOOO 3:600/I(JO& Sl
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~ ' Jardineiro chefe. O tI~ 11 I I I 1 I t I t I tI~ I I I I I 1111 .. I I I I .. I , · t t I I o I I I I I l t I I 1 1 I ' I I I t t I I
4· Fe.itores jardineiros., •.• , ........................... , •••.•••••••••.••.••••..• ,,,,,., .•••• ,.' ••· •.•.•.•• ·• ••••.•••••.•.•
I I I I tI I I I tI I I I I I I I I I I I tI o I I I tI I. O o tI I I: I I I I: 200HOOO
,00/iOOO
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26- Trabalhadores a aon ca.da. um I •••• I . I I •••••• I I •• I ....... I. ' I t • • • f • • • • ' I • • I . ' • • ' • • • • t • • • • • • • • • • • ' . ' . ' • • • • I • • to • • • I~ . . . . .. l:ll60SOOO !8:?20/SOOO co
i Apontador.e escrivão.••.•••••••••••••.•••••••••••••••••.•.••.••..•••.......•.•....•.•.•• ~· .. ······~·················· l30SOOO l:ts60HOOO
s
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1 Ajudante de. apontador ••.•• ,. ••••• ,..,,.,, ••.•• ,., •••••••.•.•• , •.•• , ............. , ......................... ~ .... ~ ........... . aonooo 12onooo; ~
•=~oosooo
J
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.....
Ar~a, macadam para as· ruas o estrume para. as plantas ..... . ........................ · ..... · · .. · · · .. · • ..... · .... · .. • •I" • • ·• · ........ • 2:600bOOO 00
00
o
UtensiiJos e suas reparações ............ , ............ , ••.•••••... , ..................... J .......... ~. , , • • • • • • • • 4. , , • • • • • , •• , •••• 1. • 1 •••• ··~. • • • • • 700/)000
Acqulsf!lilo dB vegataes u teis e de ornato.......... , ..... , . , , . , . , .... , , . , ...... , . , .•.••.. , .... ·. · ............... , • • .. " • 1 • .. • .... • • .. • 200/SOOO
. '
.. •
Evontuaes.... , .•••...• I •• I ... , . 1, • • • • • • • • • • • • • • • • • • • , •• , • • • • • • i • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • , • , •••• , , ••••• ~ • , •• , ~ •••• 1 •••••••••• 11 ........... f 1., ~ iOO/SOOO
'fota1 •..••••..••.••••.••..••.•.••....•..••• ~8:860/jOOO
N.2 ....
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Demool!ltl'a.çflo da de111pezl:l DeceMnl'ln, du.-onte o ~~el'clclo •le l880-l8Sl. ús oln•os do prolongamento dn t'crro~ ~
via de Poa•tu-Alcr,;re n U•·nguu~•·u·u ..,~
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··•: -~r.-: •.• ,.. • • u ·-· ~. •
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Despoza reallsada na provlnnla do Rio Grande do Sul .ató 3 do Setembro ultimo ...... .............................. , ... ......... . ..... .. lQll:000/1()00 ~· $
Co> ~·
Nal.erlal encom~endado. á& oompanhlas Five·Lilfe o Acie~·ie~, e a Nodon, Mcgaw &. Com p ..••• •.•.• •••..••• • . •.•• • •• •••• , ••• •.••• ••• •.•.• n':!6:ooonooo
g ;;
e:
·I:!
li
~
. [lag.amt~l)to 11o amprcltofros · da prepnrn~ão do leito c !Jc obras cl'.1rto ........................................................... . .. : • •• 636: ooo,~ooo
~
Transporte ~te 1Ji3torlal 1 nos termos do contmto celebrado com .()1ruelro & Innllo, tio porto do 1110 de Janeiro para os dcposilos . . .••• .. .. . 61:000/1000 r~·
• (I)
1lorme1,11es e postes telegr.aphicos : fornecimcnlo contratado com Chaves&. Almeida, Silva Martins, c. l~crrolra Pinto ........ , ...... . .. .. 32~:000NOO!! '.i3
Dlreo~o, ~SClllisação e collS&rvação das obrns. . ...... • .. • . • .. . . • . . .... ... .......... • •••.•• ••.. •• . • ........... .... .. . ............ .. .. · . . J!SO: 000~000
.....
(A)
,A,nen!jln;l_ento da · via permanento, de superstructuràs metalllcas e girado•·cs no trecho de Tnqu:~ry ao Rio l>udo ....................... . 373:ooosooo I o$:l.
' (I)
Qonstfucçâo d!il es,taçõcs, doposltos e outros cdiOclos no mesmo trecho ... ... ... .... ..... ••· ...... ............ . .. ... .. ......... .. , . . .... . i06:0001'j()OO !o
,.,..
.:::
(\o1Jslri!OÇ40 de. parte do trapiche do Taquarr .......................................... . ............. ... ... ........ ...... ....·.......... .. tos: ooo,~ooo ,.· o'
~
~riJi(lQ~O.
d.e l.q.comotivas e carros ••.•• •• •..••• . ~ ••• . .••.•••..•...•..•..••.• .... .•• ....•.. ... ••.. • . • ..... ~ • .. ... •.. . •.•. .•.. •• , .•••• • . , •.. {8:000/1000 o'1
· P.
Estabaleclmento da Unha telegrapbica no mencionado trecho ..... . ............ ....... . ....... • ............................... ......-. .. . 8:000/íOOO ~
- ---
i.690:000JJOOO
.....
Credito conceddlo pela tabella c da lel n. 29!.0 de 91 de Outubro de 1879... ....... ; ..... . ........ , ............ .. .... ... ... , ....... .. t.4oo:ooo.mo
-- ~·
nencit •. . ... ..•..... ....... . . .. , , ..• ... - ~ . , ..... ... . . ........ . .. .... ....... . . j,2!JO:V00/1000
~·
OJ
o.
o
N. 3 ~
l Demonstra~o da de!lp6ZD. neee!learla~ no exe.-clclu de 1880 -1S81, ú& obl'all do prolongamento da .t"erro-vJo.
~
8
~ da Bahia ao .Juazeiro 3
~
ORÇAMENTO ~
~
~
I rn
(t)
"'2l
OONSTRUOÇÃO "'
V>
!>'l ~
o ~
g
Malerhll rodan!e cedluo (lllla f~rro-vJa de Paulo Alfonso, fretes, etc ............................................. · ..... ••··•··•· .... . s3: ooollooo
Material rodante pedido pelo engenhel ro-flhere em offir.lo de lO do mez ultimo ..................................................... • Jl!4; 00080VO <'+-
Material, ferramenta I apparelltos 8 utenslllos para ornei nas. linlla' ponlesl e~taçõcs e depositas .................................. .. 190: oo~aooo ~ ~
construcvao de' officinas, depositas e obt·as necessarlas á. installaçilo da ndmtnistraçi!o central, .............. ,, ...................... ·
AdrninlstraQão :0 sve.ntuaes ............... ~ ••••• , ••• , ••.• , • , • , , •• , . , ••••••.•.• , , •, •.•••••• ~ •.•.•••••.••••.•.• ~, •.•• , • , , • , , , •.•..•••. , • •. •
i 50: OOOiiOOO
i70:000/i000 a
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L6i7:ooonooo ""
Abatendo:
~3~;461t'í083
..,....~
Resliluiçllo a bnver da Jli'Ovincia da Da hin pelo material cedido á ferro-VIl\ de Santo Amaro ................... .. ro
Res~Hu~ção a haver d& ferro-via de Ila~ui'Hé pelu importán.:la de duas loeomotlvas ............................ . 3B:493~il08
!'12:gg~g68! 8
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UU:OOI/i3tll w
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TRAFEGO
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(Ds Novembro Pl'Oximo futw·o a 30 de Junho de iSSt) O'
combustlve!, graxa, etc .•.•.• ~ ·4-·······················•••a••·········· ................... ,....... ~············· ........................ IJG: OOOHOOO
!5:00011900
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Pessoal da officlnas .••••••••••••• I ........... 4 ••••••••• - •••••••• ' •• I •••••••••••• I ••• t.' ••••••••• I . •.• • • • • • ~"'.I a ••••••••• I ••••• ~ ••• ' • • • • • •
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COIJSérvação •••• I. a ••••• I • • l i • • I . . . . . . . . . . . . . I • • • • 11 • • • • •
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Opora.rlos o sorvcnies •• •••••••••...••••. ; ••• _••.•• , • •• . • • •••• • • •••••••••• • ••.•••••••.•••••••.•.••• its:39!S~iOQ ,:6{0~000 7:6&0/íOOO or::
~laterJal'do escrlptÇtrlo •..••••• , •••.•• • ·~ ,, •••• • ••• ._ ,, ••• · ~· ••• , •••• , .•.•••.•. • (••••• ,. ~·. ("":' •.,. ••.. ll:6jJH680 1:0005000 t:~QO~QOO §:
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, .de campo.............. , .• •• , •••• ~··.,•· •••··········a•••• ···· ··· ······ ······••········•········l•··········· ··· · ·· tot ·o············· l:ISQQN,QQO
Casas •• , , • , • • •,., •••••••••••••••••• , ••• '·•.•• , ...... :. , • , ••• • •• • • •• • •• • &: Oll9809&
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nespezas dlversas:••
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GONSTRUCÇXO DA
FIIRIIO•VIA DO
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ESPI!CIPIGAÇÕES D\1 RI!CI Í'E À s, nEctllk A. 'vJa• ~·
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Movimento de terra .. .. . ......... .. .................... ..... .... ......... . ................. . ....... . ........... .. . . 700:ooonooo ! 20:0001$000
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Obras d'a rte •..•• •. •• . •. • •• • •. • ..•.• •• •. •.••• ••••.••• •••• , , , •••• .•.•.• •• , ..• , •..• ••• • · •• •• •• .. · • · · • . • • •• ••. •• ••. • •-. , li~O;OOO,,OO t ISO:OOOno<JO ~
Dormentes ... ... ···>................. ,.. ,, ........•..................................,.......···· ...•....·• ·......... ·. &o:ooonooo · ·~······f · · ·· · ·,-···
~
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p..
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Ttansporte-d~- ma~orlal de ferro ... .. .. . . .. .......... ... ... ..... ..... ... ....... ......... • .. ••• • •• · ••••... •· . .• •• •. ..• ~ 30:0006000•. ' ••• ó
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Despeza efiee~uada em Alag()as no mez de Julho ultimo, a saber:
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Construcção • da Anglca•.•• • , •• , • ,t .•. , ...... , . 1 •• I •• • •• • • • • • , I , I I •• •••• • ••• • • • • • • • • • • ••• •• •• •• • • •• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • ~ • • • • •
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dos Pllombolra s .. .... . , ...... .... . .. .... . . , .. . . .. .. .. .. . ..... .. · " · · ·•· · · • • ... . . ... .. • .... . , .... ... ' ... . ' " · • · 7 :000/JOOO o~
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DepoSito do J ocomollva~ em S()IJraJ ••. •••• •••••.•• ~········~· · · ·· ~ · ·· ··········· ..••• •.. •••• •.. ····· :····-~~· · ···· · ·~· ·· ··· · ······ ······• s:ooonopo g-
Obras dn ttlvennrla para assentamen to dos tamrues de ferro c deposito de combu stivc l. • • • .... " ~ .. • · • ••" .. • • ...... · • •" ··• · "•' • · • •• .... • t2:000SOilo .....
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Muros ilo tijolo para fechar a área da. estação de Camoclm o suas ilepondenclas ........ •... • • .. .. •.. •.. " · •.. • • •" · " .. •"""""" .. ' i /) :0006000 o
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RECAPITULAÇÃO
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V-Superslruetura metalllca ............................................................................... .. .................... . . Ul: 035»2!!0 ~
VI-Vl3. perma.nante .. .•.. o, •••• •• •••••••••••• •••• • , • •• ••• • •• •••.• ••••••••••• • •.•• o•. ~·o ••• o •••••••••••• •• o. o• • •• ••
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creuuo concedido pel& tabcna c ua lei n. illto da at de outubro de ts1íl ........................................... .. .... :... .... '1111\o{)I)0/10()0
• v v•v
Finda a leitora, o Sr. presidente declara qtie são testemunho infàllivel de que a camar:t pro-
as propostas do poder executivo serão tomadas curou ottender quanto possível á boa .. marcha
na . devida consideração, e retirando-se o Sr. da administração e tambem ac ·menor dispendlo
ministro com as. mesmas formalidades com que dos dinheiros publicas_ (Apoiados.)
foi reéebido, as propostas s5o. remettidas á com-. . E quando a camara dos deputados aceitou
missão ·de orçamento. sem a menor impugnaçãc lL emenda que eu e
Discussão nnica do projecto n. -\9 B (emendas os outros collegas da commissão tivemos a hon-
do senado ao orçamento da justiça_) ra de apresentar, emenda aliás exigida, .pedida
VoZES:-Peço a palavra. · instanteniente pelo nobre ministro da justiça, a
camara contrahiu a obrigação de não abandonar
O Sr, Buarque de Macedo:~ assim a resolução que tinba tamado muito pen-
(ministro da !l,qricultura) : ~sr_ presidente, pedt sadamente, e de accôrdo com o membro do po-
a palavra para declarar apenas que o governo der execn~ivo, em cuja pasta semelhante ne-
aceita as emendas do senado. .· gocio se agitava.
o Sn. Far:.:JTAS CoUTmoo : _ E' muito máo. O senado, Sr. presidente, julgou dever rejei·
ta! a emenda da camara dos deputados, mas eu
O Sn. BUAROUE DE ~fAcEDo (miMstro da a_qri- tenho 0 direito de indagar as razões que leva-
CIIltura):- Assim procedendo, o governo não ram 0 senado a proceder desta forma.
tem outro fim senão adianwr o voto dos or~;a- Seria a coaveniencia '! Soria por espírito de
mentos, o que por fórmaalguma significa adhe- economia?
são as poutrinas que nesta materia foram sns- vozss :- Foi espírito partiilario.
lentadas por alguns membros do senado. o SR_ ZAllA :- Não o posso crer, porque o se-
Ó SR. FRE.I'l'AS CoUTJNKO: -Si não aceita as nado nugmentou algumas das--vedros·. de des-
dontrinas, niio deve :u:eitar as emendas. ]j:' uma peza que nós restringimos, e não pod.ia pensar
incoherencia. · em r~zer economias quando se tratova de preen·
O SR. Bu.AllQUE DE M.Acwo (minidro da a,qri- cller serviços competentemente decreta dos por
~ cultura): -Tal é a declaração que tinha a fazer_ aquelles que constitucionalmente têm essa fn·
culdade. (ApoillÍIOs). ·
O Sr. ZaiOa :-Sr. presidente, si antes o senado não podia proceder assim, porque
da declaração do nobre ministro da agricullura entendesse que a creação das comarcas era in-
eu sentia um certo acanhamento tendo de dis- conveniente. Eu não vi, na discussão alli havi-
cutir as emendas vindas do senado a esta cn- da,que nenhum dos nobres senadores o demon-
mara, o meu acanhamento sóbe de ponto depois strasse. (Aparte~ . ) Logo, não foi a conveniencia
dessa declarrção . do ser\'" iço publico, nem foi uma medida de
Bem sei çui o senado brazileiro é o :~reopágo economia que levou o senado brazileiro 3 rej ei-
onde estão reunidas ns notabilidades deste paiz, tar :~ emenda partida da camara. dos deputados.
e conseguintemente uma corporação cuja> deli- (Apoiados .)
berações são d~ctadas pelo mais escrupuloso seriam, como dizem os nobres deputados,
exame e pela maior sabedoria, mesmo porque, interesses partidarios q.ue levaram o senado a
Sr. presidente; nos termos do art. ~. § 3;" rejeitar a emenda? Si roi o interesse pnrlida-
da nossa Constituição, naquella casa só se podem rio- si foi 0 desejo de embaraçar o governo na
sentar os homens que se destiuguem por sua su; marcba é uma obrigação que tem a c;~mara
capacidado, por seu saber; por suas virtudes e dos deputados de sustentar a emenda que daqui
pelos serviços prestados _á pa~ria_ Nã•J o~~tante, partiu. (Apoiados.)
Sr. presidente, por mais sabtos, por ma1s P.xpe- Porque é preciso que reconquistemos aquillo
rientes que sejam os illnstres senadores elles que a constituição nos dá; não compete ã ea-
partilbam das fraquezas da humanidade, podem mara vit:llicia este papel qu11 só 03 representan-
alguma vez enganar-se, o estou convencido de tes temporarios podem executar.
que se enganaram quando rejeitaram a emenda Entretanto; senhores, não quero crer que fos·
que áquella ~sa foi remettidn pela' camara dos sem estas considern~ões de interesse partidario
Srs. deputados. que levaram o senodo a proceder assim; como
· En esperav:~ que a opinião que su~tento en- já disse, tenho a maior venernção por aquella
contrasse éco nesta cns~. e que não nau!ra- corporação, t! entendo que ella como a mulher
· gnsse,na votação; mas oonfesso á cam3fa quejã deCesar nem sequer deve sersa.speitada desses
não nutro esta esperanca de~ls da declaraç5o pequenos interesses de partido.
que acaba de fazer o nobre mmistro da agricul- Si se tratasse de intP.resses de partido ; si a
lura ; der.laração que eu como membro da re- ques_tã~ se lim~ta~ á fnculd~~e _de termos ou
presentação nacional e eomo deputado eleito pelo niio JUizes de diretto com a rejetçao da e.menda
partido líberal onvi com .o mrus '!)rotundo peur. do senado eu nem sequer me levantava para
Os Sxs. FlliUT.All CoUTINHO, Fa&.NçA CARVALHO discutir áceitava o convite do nobre ministro
- E OUTROS SBMHORES: -Apoiado. da agriéultnra e votaria pela emenda sem dizer
o Sn. Z.AMA:-0 modo por que tem procedido. nma palavra. . - .
o ramo tempora.rio dá-me o direito de esperar Mas, senhorec., pua m1m a 9uestão não htm-
que ninguem neste paiz nos julgue.menos ze-
losos do producto do imposto do que a camara.
vitalicia.
O modo porque a commis~ão de 9rçam.ento os
discutiu,·e votou a redueça.o posatvel em t;odas
I plcsmen~e. de no~~r ou de1xar o governo de
nomear JUIZes de d1reno para as c01~arcas nova·
mente crel!das ; 'Pl!ra. ~tm a q!J.eslao se .ele_v~ a
uma questã . o de prmctp!Os (ap01ados), ~nn~IJ?lOS
com. os _qnaes não _póde nem deve transigir o
as despe:;as; _não desorganizando os serVIços, partido Hlleral. (Apouzàos.)
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 15:55 • Página 26 00 41
ministerio ãa agricultura para emancipação das. Fraco de argumentação procedente, quiz lan-
colonbs do Estado .. · çar o ridi~nlo sobre um velho qavernadordeca.
.~A- dis :ussão Jica adiada. pela .hora. pitania, qut~ aliás mer~ceu sempre de S. Ex., e
com todo o direito, os maiores elogios e as mais
SI!:GONDA PARTE DA ORDEM DO DIA positivas e formaes manifestações de apreçD.
E a ~~ovi!lcia dtJ Minas que diga si esse _qover·
Entram em discuss5o as emendas do :senado nador Jn mn1s faltou aos seus deveres, qiler
ao p1·ojeeto i03 B de !880, sobre a receita geral quanto á propria dignidade, qner quanto aos
de lmperio. - legítimos interesses de seus jurisdiccionarios.
Os vestígios de sua administração na provin·
O Sr. Saldanha Marinho :-A esta cia de :rtlinas são os mais no!Jres e honrosos :
hora, Sr. presidente, ineommodado como me nada deixou aHi que o deslustre ; goza ainda
acho, venho todavia, fazendo um SMriaeio, hoje, e longos annos são passados, de summa
cumprir o meu dever. Obedeço a V. Ex:. que consideração.
só agora me dá a palavra. De tudo, pois, se esqueceu o Sr. ex-minis·
A discussão qu.e começa é importantíssima, tro da fa2:enda, · desde que lhe !allaram na sua
e eu sinto que a casa esteja deserta. triste especulação de caré.
Desejan que as considerações que tenho a E', Sr. presidente, que ns ascenções muito
fazer fossem ouvidas especialmente !lor alguns rapidas f~zem com que o individuo conserve
nobres collegas flUe de certo se interessariam antigos habitas que aliás são incompntiveis com
pelo objecto de que me vou occupar em pri· as altas posições socines, que reclamam eircum·
meiro lugar. specção e inteireza. .
Conservarei, Sr. presidente, toda a calma
. nesta discussão, mesmo ante as invectivas pes· O SR. MAR:rrM FaA,:vmsco Fn.HO : - Levam
soaes que tão gratuitamente .me foram dirigi· t:1mbem, nestas nacenções rapida>, talento e il·
das no senado. lustração que ninguem contesta.
Parece·me, Sr. presidente, que eu, como re· O Sn. GAtmJSo nAs NEVEs:- Fez, na provin·
:presentmte da naç<lo, estava em meu direito, da de Minas, q_nanto lhe foi possível, e sempre
proelirando informar-me, e fazendo reparos, nos limites do JUSto e do honesto.
acerca dD procedimento offi.cial de um ex-mi· Sn. :bL.,.RTm FnANctsco Frtao:- Eu refiro-
nistro da fazenda, e no (Jue fiz, de certo. não meO ás ascenções rapidas.
me accusa a conseieneia de haver nem de leve
molestado a individualidade do cavalheiro que O S:a. S..unANHA :!tfAmNuo:- Quero apenas
exerceu este cargo. Dirigi·me nilo ao indivi· dizer que a falta de. interstício nas ascen.ções
duo, mas ao alto funccionario publico cujos políticas, impede n conveniente educa~ão para
actos permanecem, e continuam sob a mesma as altas posições, e dahi vem que alguns
sancç1io de responsabilidade. habitos adquiridos no traquejo da vida par·
No meu primeiro discurso sobre a receita ge- ticnlar, se conservem, quando não se com·
ral do imperio não me lembrei do individuo, p~decem .m:1is com a seriedade de que sempre
que uccupava o cargo de director de nossas fi. devem estar revestidos os que se acham n.as sum·
nanças. Niio me lemLrei ent:ío e nem me !em· midades sociaes.
brarei jámais. Eu o e~queci para sempre. Um homem de Estado deve ter prudencia,
Tive,. porém, a mrdaci~ de flrOCilrar infor· calma e reflexão: são attrilmtos indispensaveis
mar·me ácerca de um mysterioso negocio de áquelles que sobem ás emineucias do poder e
cafó feito pelo governo. lnde irw l querem ter foros de homens de Estado.
Qualifiquei de erro o :Jcto do Sr. ex-ministro· O SR. 1\:L\nTm F:aA.NCrsco FILHO :-E' cara-
da f<~zenda, como continuo a qualifical·o, e puça que cabe a todos.
com tanta vantagem quanta, a minha argumen·
taçlio ficou sem resposta, a despeito de summa O Sn. SALDANHA MAnrNRO:- S. Ex. es-
habifid;1de de S. Ex., e dos sapien.tissimos e queceu a sua actual posil(lio: desceu, e veiu
energicos recur~os de que S. Ex. disprie, I! que brincar com os bentinhos do governador da ca-
em tão grande cópia foram exhibidos no se· pitania : como si a provincia de llinas·Geraes
nado. fosse Mmposta de imbecis, que pude~sem facii·
Ntio se encobre a verdade facilmente : contra mente ser iHudidos, :~pena~ com a exhibição de
ella não ha recursos de oratoria possíveis. O teté:ls de~sa ordem! A hypocrisia nunca roi par-
erro ha de ser 8empre o erro, por mais habil· tilha do meu carn~ter. A ninguem tenho illudido.
mente que seja defendido. . Nesta casa, como fóra della, proresso os prin-
De que, Sr. presidente, eu não proferi bana· cípios de sã educação, esforçando-me sempre
!idades, é prova o modo desastrado pelo qua. por manter· me com dignidade. ·
me respondeu S. Ex.• que se deixou dominar O S&. Mnm1 FRAl'!msco FILHO : - Principias
pelo rancor, pelo adio, pelo despeito de que que não são privilegio de ninguem.
se possuiu contra mim; odi_o que me orgulha O SR. SALD.ANliA M..~ll!N!Rl:- Sem duvida. Eu
porque· sempre preferi o odio ao desprezo. não os estou negando a V. Ex:., nem a nenhum
O adio de S. Ex. honra-me: apraz_cme me· outro: respeito a todos.
recel·o. ··
S. Ex. não se limitou como lhe seria facil, 0 Sa. li:All.TIM FRANCISCO FILRO:-Não ha Ob·
por sua sabedoria, a destruir as consíderações · sequio; assim como eu respeito a V. Ex.
qp.e fiz relativamente a essa desgra~ada opera- O Sn. 8.u.D.Al!IL\ M.AJUNno:-Não me aprovei-
çao. S. Ex. foi mais longe. tam admoestações que não me podem ser ap-
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 15.55- Página 29 00 41
As palavras que ba pouco referi foram es- mais amaveis e aiÍI.Ístosos.S.Ex.no senado já por
crip!:is no relatorio do Sr. Silveira Martins. mais de uma vez tem sidoaggredido e em ponto
Após estas· declarações solemlles, levantou-se de honra e de dignidade;e com ameaça de prova
nesta tribuna uma voz poderosa e autorizada, com do~nmentos, e S. Ex.. tem tido a extraor-
a do Sr. ex-ministro da fazenda, olfero::cendo dinnri prlldencia de calar-se!
á camara uma moçãó entbusiastica de planis- Tanta paciencia para uns, e tão precipitado
sima Qdhesão, e da mais ampla confiança ao despeito para ontro 1 .
Sr. Gaspar, moção que foi votadn sob estre- Alto calculo de S. Ex. que parece saber per-
pitosos ap~lausos geraes das galerias. · feitamente o jogo das paixões para applical-as
Certamente não se fatem moções de confiança convenientemente.
a um mentiroso; certamente que as proposições E só por uma tal sciencia se póde explicar a
do Sr. l!riartins eram aeeit~US por aque!les que o sua lembrança chisto$a em relação ao governa-
apoiavam,~ mais positivamente peJo arauto de dm· de certa capitania, com quem S. Ex., des-
sua probidade e inteireza de caroeter politico. cuido~o. foi brincar. A nobre província de
Como é, pois, que o mesmo Sr. ex.-ministN Minas póde rruncnmente dizer o conceito qne
da fazenda, para lançar agora o odioso sobre 1M mereceu esse governador. Dessa nobre IJro-
mim,q!lalifica de calumniosa a minha propo!lição vinei:J. só tenho recebido provas de apreço e de
sobre o thesouro? consideração, sem duvida immerecidas (não
Não é meu intento molestar de qualquer apoiados), mas que muito me honram.
modo a nenhum funcciontlrio do thesonro: o
meu interesse é nobre; Mmbalendo os abusos, Q SR. GALDINO DAs NEvEs: -Ao menos a poli·
desejo que os negocios publicas sej 3 m bem tica que Y- Ex. fe~ foi a mesma do governo
ancnminhados, e que, de uma 1·ez para sempre, daquella época.·
cesse a pratica abusiY"a, até agora em acção. O Sn. SAtnANlH. MllllNHo:- A política que fiz
contra os legitimas interesses do Estado_ na provincia de !llinas foi~ politica liberal, e sem
Não tenho inimizades a vingar~ distincçiio de pessoa; política que trouxe para
Uma quali4ade, Sr- presidente, me domina, esta cãmara, e muito merecidanlente, Ctuistitlno
que talvez me tenha feito muito m~l: na car- Ottoni, :Martinho Campos, Lima, Dnarte, Bnrão
reira que entre nós se chama politicn: es· de Prados, e outros illustres mineiros.
queço com facilidade ns offensas que me fazem O tratamento, pois, que ora recebe esse gover·
porque as despreso sempre e to ruo-as como nador do Sr. ex-ministro da fazenda não passa
donde vem. A minha arma vingadora, e que de um triste recurso de occasiào, a que S. Ex.
ainda me não fal!ou, é o lampo, com o decurso recorreu, em falta de argumento; é apenas
do qual, e acalmadns as paixões, vem a verdade, mai:> uma das :Uores de sua rhetorica. costu-
0 Sr. ex-ministro da fazenda não podia ma da, e gue eu cordialmente perdôo a S. Ex.
nllegar sorpreza pelo meu discurso. .Assim dou por findo esse incidente, e me
Eu contava com a defesa, que era muito na· occuparci, como devo, da materi:J. para que pedi
&urol, e tanto mais não o podia estranhar, a palavra.
quanto preveni com antecipação, a pessoa a Aindn é da especulação administrativa do
mais competente, do que tencionava fazer. café. que vou tratar; 'Visto que o que no senado
Dias antes de proferir o meu discurso,commu- disse o Sr. ex-ministro da fazenda sobre esse
niquei ao meu collega, disLiriclo irmão do melindroso assumptoa ninguem satisfez.
Sr. ex-ministro da fazenda, q11e estava resol· Estamos na mesma ignorancia em que nos
vido :J tr3tar da questlin do café e que pedia-lhe achavamos; o mysterio continúa, e este estado
qne se informasse de S. Ex. e se munisse de de causas deve acabar. E póde facilmente acabar
tu.do quauto fosse preciso para explicar e de· desde que se confessem as inegul~ridades ),Ira·
fender o seu acto. ticadas, e se peça ao parlamento um bill de in-
- demnidade, indispensavel JIOrque sa trata de ap-
0 SR. Cosu AzEVEDO:- Pron grande leal- plicação dos dinheiros publicas, e de uma o!fensa
dade_ (Apoiados.) da respectiva lei de orçamento.
O Sa. SALDANH.I. llfARrNBo:- Já vt3 Y. Ex_ Não se estranhe a minha insistencia. Além de
que a sorpreza que foi allegada quer aqui, quer um dJreilo, é dever de -representante da nação,
no senado, não tem razão de ser. Não sei quan- prócurar informar-se de quanto, como, e com
tos praticariam o mesmo, roas sei que cumpri que fundamento se tem gasto o dinheiro PU·
o meu dever de lealdade. blico. . · _
O discurso prof~rido por esse illustre collega Procuramos saber quantas transacçoes se
em resposta ao meu, prova exuberantemente fizeram de compra e venda de eafé por conta_
qne S. E:t. se achava pt·evcnido. do Estado; quanto se gastou com isso j e de
O que porém tem extraordinariamente sor- que ver.ba sahiu a. dese_e.za. .
prendido a mim, e a todos, é o procedimento Não t1vemos s:J.tlsf:~çao dessa nossa 1mportante
ilo Sr _ ex-ministro da fazend~, quando no se- oxigencia; por qu.anto o governo até boje,
nado tem tratado desta materia. \penas e por uma incompleta, e inconcebivel,
A irascibilidade de S. Ex. para commigo, e sem duvida, pouco exacta informncão que nos
destoa da sua paciencia jllimitada naquella casa. niu da-tomad.a.de.contas do thesonro, nos disse
do parlamento para com os que tambem aUi alg:!;!-ma causa qua~to á l)rimei~a ~essás trans-
a censuram. aecoes. Que quantidade lle cafe fot comprada 'l
-. No senado a mesma questão fl!i levantada, e QÚanto. dessa mercadoria, de espeeula~o do
com toda a energia, com todo o v1gor; e S. El:. governo, acha-se ainda em New-York on- em
respondeu nos melhores termos nos_ termos os outro qual~.;:uer .mercado estrangeiro? ·Qual a
Cãn ara dos oepllados - lmfl"eSSo em 271011201 5 15:55- Página 31 de 4 1
razão. d~ demora da venda ~ - Qual o prejuízo não. Nisto h:~ verdadeiro confiicto. entre:.C~. nii-
verificado ·ou provavel? Sobre-tudo ·isso se-tem· nlill .itlnorancia o à sabedoria de S. Ex.
guardado o mais imperturbayel silencio !. Sustente quem quízer esse asserto de. S. Ex.,
De qus verba sahiu o dinheiro empregado eu manterei a min ha opiniiio, que pelo, menos, e
nesso especulação? Seritl tirado àa consignação ? em maior garantia do Estado, é amais eonstt-
especia!ISsima para socorros ás provincias do tucional. . .•
norte 't Com pulsando-se, Sr. presidente,. tod~s as leis
Si foi nssim.• perguntarei ao nobre presidente de orçamento dos cineoentu anno~ p~ssados,
do conselho, quern loi o cumplice do ex-ministro aJ?enns na de 1831, se depara com uma disposi-
da fatenda 't Qu~l foi o ministro do: iroperio Ç:JO autorizando o governo .a comprar generos
que expediu o aviso autorizando o a lançar mão <JU letras e remeller para Londres par~ paga-
do que a esse singular objecto era posiliva- mento da nossa divícl:t externa.
mente i\estin:~do Y · E"sa mesma lei, porém, expressa e termi-
Ur.r sn. DEPUT.&DO:- s~ E;t. no senado defen- nantemente estatulu que feita a cornpra de !Je7
deu- se perfeitamente. · ·neros, ou de letra&, se publicassem p.~la unprensa
OS prefOS daquelies, e ~ cambio de.ftas.
O Sa. S,\J,DA.!'IRA M.\Rl~~o :-8ãG opiniões. E', Si 8. Ex. ~e quer prevalecer dessa lei llara
p()rém, ind~clinavel confessar que as minhas justiftCilr-se,esqueee-se de que n po~tergon. dei-
perguntas ainda não tiveram resposta satisftt· xando incoatinente de dar publicidade indis-
ctoria. .. pensnvel aos preços pelos quaes comprou o café.
O Sr. ex:-ministro da fazenda procuron .con- o segredo, o mysterio, em ll!Jeracões taes
vencer da legitimidade de seu aeto, mas não foram condemnados por es..~a mesma lei.
disse quan lo tinba gasto, e nem de que verba E nem a faculd~clo pttra a comprD de generos
do orçamen~o subJu t1 ex.traordin::ria despeza· e q11e foi dad~ em i83!, póde ninda hoje ser
q.ue fez. invoc:~àa. O Brazil de !83i niio é certamente o
·A que~tão da verba, bem como a do modo pelo de 1879 · e 1880. Então o comm ~rcio tinl1a pouco
qual. sahiu " dinheiro do thesl)uro, são impor- movimento, e o estJdo de agitaç1io polilie<J ainda
tantíssimas no systema de governo representa- mais dimcultnva as tran~a ccões com o estran-
tlvo, ant~ a minha i_gt1orancia., e de nenhum getro. Nessa época as oper:JÇ(;es de cambio er~m
..:alor, ao que parece, ante a sabedoria do Sr. ex- dHfieeis .. As eas:~s de eoromercio de ent.ãi: quasi.
ministro da fazenda. que, neste genero, se limitavam ás suas mais
Que s~hi11 dinheirG do thesouro por porta urgentes necessidades. A passagem do dinheiro
irregular e desconhecida, se llto'Va com 1\ exis- par~ a Europa era diffieil, e nesta conjunctt\l'a.
tencia .do emprego de avultada importnncia.na tendo o E:<Lado de occorrer aos seus compro-
compra de earé; comparado esse facto com a lll.· misses ew -Londres, era forçado a comprnr ge-
formacão da cGotadoria ger~l do theN>uro, na nP.ros,além das pouca;: letr:~s que acba11a no mer-
qunl se afirma que alli (onde se eseriptura toda cado,para alli desempenhar-se. Dessas cirel1m-
a receita e despeza do Estado) nada constava a stanclllS é que nasceu a autorização dn lei de
re~eito desse negocio I . 183!, mas com ~ inili!:pensavel c~utel~ , da
. St o hourado Sr. Visconde de Figueiredo immediata publicaç3o dos preços,e dos cambias.
linha em se11 poder a'V!lltadas qu.antias, como As circumstan.cias do mercado do Brazil sã(}
encarregado da remessa de generos para soe- muito diversas hoje: a f~cilidade de cambiaes é
correr as ·-victirnas d11 secca do norte, essas actualmente iuconlestavel. A cambial é multo
quantias achavam-se á disposição do ministe_rio menos arriscad:l do que o café; on, antes, desde
dG iw perio, ao qual foi aberto o creditG espectal, que da parte do governo · bonver o necessario
e p:sra essa unica. applieação. zelo· e indispensavel criterio, a eambial. não
Si o- nobre ex.- ministro da fazenda ordenou :to dar.i-prejuiz:o ao Estado; e si algum abuso e
Sr _ visconde que empregas~ essas mesmas repara-vel facilidade já se deu nessa especis, não
quantias na compra do café, e· remesss para é menos verdade que não póde isso servir de
New York, e para oo.tras prp.cas, ~andando argumento para sustentar o acto do Sr. eJ:-mi-
passar o pro dueto para Londres:; e alh empre- niatrn da fazenda. .
.gal-o ero diversos misteres, pratieoll um act~. E quando, a despeitod3scondiçõesdíverwem
sem duvida, digno de se:vera.cen-sun: Coi arb1- que sa aeb11 o Brazil, o governo compra eafé
traria, el.orbitou de suas faculda:ies lega&!, .e. para applicar a seu producto ás cxigencias do
si~m·ventura assim procedeu setxl a cu!llphct· servipo no exterior, procedendo mysteriosa-
dalle do mitiisterio do imperio, ainda mats een- mente,. guardando em segredo a sua especu-
. sura'\'el se tornará o seu acto. laçãG, se irrita o au\Qr desse acto contra que~
Expliquem-nos, porém~ tudo isso; é o que lhe pede contas r
eXigimos, e. nada mais. _- Todo isso- manifesta a desvirtuação do· :sys-
Encaremos, agora, a quessão sob outros pontos tema represeotati-ro entre nós .
· de vista. . . . Em i83l era ainda respeitado o grande prill-
.Actuolmente. podia o Sr. ex-ministro da fa- cipio de que a popula~.ão tem ~e~to _de co-
%enda OOJDprar generos, jogar assim ao azar. nbecer o m~do pelo qual são diSU'íbuidas as
pal':l: ~r fu:ndos e_ara !.Qndred · Podia.p_an r_endlls pubhcas. . . .
esse fim fazer operaçoes absolutamente alea1.0-__ Actnalmeate é esse direito grossetra.mente so-
tias t phismado. · . . · ·.
O Sr•. llli•ministro da .Juenda afit'mou qne Os ministros. rasgam a~ leis do orçament&:
sim,. e- en,. dhc~dando a:~r S. Ex. aftrmo-Lh& que e guardam segredo t E st alguem procura eba.
TOlDO 'Vl-.5,
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 15:55 - Pêgina 32 ae 41
mal-os .ás bo~s regras eoustitucionaes, exal- . En~r~ outras mercadorias mencionou 0 s
tam-se irritam-se e injuriam I ex.-nllntstro da fazenda o pau brnzíl! · . · r .
, · · Foge·se constantemente de dar no publlco Senhores, o pau bra~il er:i monopolio do · Es- _
. e até ao parbmento conbecimento exaeto do que lado~ cortava-se por co!lta do Estado, gne o re-
sé gasta, · c do que se recebe. Os trab:~lbos mett1a pnra ~er v~ndtdo na Europa, e o seú
do thesouro, que agui nas chegam, além produ~to apphcadl) as despezas no exterior, sem
de imperfeitissimos são por demais tardios, e atlenc.~o ao prer;o da venda.
sem utilidade .. Sô com demora de pelo menos o sn.. M!RTIM FuNcrsco FILHO ; _ Mas 0
dous .nnnos são apresentados por balanços, facto eccnomico équasi 0 mesmo, não ' ·
11 quando os qo:e ent;;:o estavam no governo
se acbam· fora do poder, e no goso do r~talparce O SR. SALDANHA MAniNHu: -Com a differen,ta
sepultis. de que o governo era o dono do páu brazil, nao.
Dl".sde o exercício p:~ssDdo se fizeram es- o comprava para revender, e nem especulava
peculações de c~fé, e ainda agora se ignora C?m ell~, fazia com esse genero o que póde
a quanto monta o empenho do Est:~do, re- :nnda hOJe fazer com qnaesquer objeetos que
]ativamente n tal negocio. tenha eomo metaes, que desaproveitados aqui
Pro1.:urei informar-me dis~o. e. a camara podem dar dinheiro fóra do paiz, e devem
sabe o que me resultou._ assim ser reduzidos á dinheira_
Apezar de · tudo proscguirei no cumpri- Ainda procurou o Sr·. ex.-ministro da fazenda
mento de meu dever. no in tuito de· justificar o seu acto apontar
O Sr. cx.ministro da fazenda , no plano dé factos praticados da mesma natureza.'
desvirtuar quanto e u aqui proferi, e com o ta · . O Ql}e foi ir,rogular nada autoriza, e nem o
lento que todos lhe reconhecem, disse ter eu sllcncto que porventura se guardou sobre is.,o
asseverado que uma simples remessa de c.·fé justifica a repetição do abuso. '
para Ncw York havia produzido alli abalo no ~ai_s _proe_urou S. Ex. amparar-se em tim
mereado.Altrilmiu-me a~sim uma imbecilidade. prJn~tpiO evtdentemente falso, guando disse que
Tal apreciação é inaceitavel, e nem o meu podia prCiceder como · procedeu, desde que na-
discurso a autoriza. nhum:~ . lei lh'o prohibia exp1•essnmente. ·
Niio me referi á QUantidade da mercadoria, e Operigo de um tal princi!;iO, quando se trata
sim á qunlidnde do freguez. A apparição inespe- d.o ~mprego dos dinheiros publicas, é eviden-
radn do :;roverno do Brar.il como exportador e ttSS!nlO; quanto mais que S. Ex. tinha diante
neg-ociante de café, foi que nssustou a quantos de si n lei do orçamento, que só lhe permitlia
dess~ gen~r~ de commercio fa7.cm a su:1 mer- oper:1ções de credito, e nunca especulações mer·
caneta esrecwL cautts. ·
O freguez que assim de novo appnrecia, era de Permilta a·camar a algumas considerações mais
tal força que caus:~va desequiiiLrio no mercado, sobre este ponto. Procurarei fazer-me entender
.. porque não podia ter competidor:um concorrente e isto com t:mto maior ncce~sídade quanto á
que não pa~a direitos de ex~ot·tação ; que com- minha ignorancitl encontra pel:drenle a so.bedo-
pra pelCI 'Pr~o <Jue quer ; que vende por guol- ri~ do Sr. ·ex-ministro da fa7.enda.
quer weço: que pouco se impvrl:l com pre- Desculpe-me a earnara as faltas que eu com-
juizos1 que se realizem, porque o seu unico melter , mas tlttenda-m!!. Contentror-me-hei com
fim ê razer dinheiro, ê certamente um freguez o juizo dos entendidos, ·e, si a victoría fvr de·
-perigoso. . S. Ex., tanto melhor para elle. Contenta-me a
Referi-me, port:mto ú qualidade do concur- ldé~ de ter cumprido o meu dever.
rente e não á si mples quantidade da mercadoria .S.e!lhores, colloquemos a quesliío no terreno•
iemettida _ legHlmo em que pode e de v~ ser discutida .
A incerteza de s~rem reproduzi i! as operações Não estou no _a~imo.,de sustent~r · cnpriehosa-
semelhantes, foi o que deu caus~ ás sens:~tas mente a ~roposu;ao 'lue tenh a etn ittido _ Estou
observnçiie~ transcriptas alli no Herald e aqui de bo~ fe e procuro 11penas ser convencido ou .
no Rio Nl'tt•3, e as que contêm a ca rta para esta convencer. Tambem não estou ~ispo~to a calar-·
pr3ça dirigida por uma casa importantíssima me anl6 o sophismn, venha elle de onde vier. ·
dsquella,· e de que eu ajuntei trnducção no Argumentemos desapaixonadamente.
meu ultimo discurso. Orçamento, Sr. presidente, tl a e~ tim:~tiva do
· O Sr. ex-ministro da fazenda, sempre no seu que é necessnrio a um fim determinado, e do
plano, qunliBcOl\ de pessim(t sua traducção; no quo com clle.se tem de despender. ·
que não.rne o:ffendeu, t>orque sou o· primeiro a Estima1iva é o juizo o mais approximado da
confessar que não me lisongein ~ idéa de ser verdade provavel. ·
bom traauctor do inglez_ Nessa parte posso .Aie~torio é o lermo que,npplicado ã contratos
h.em . ser comparado aos que em finanças .se determina todos aquelles ·que são de naturezá·
improvisam entre nôs da noite para o dia. . das sortes e jogo de azar ; - .
. . Entretmto ~a pessima traducção produziu o E' clnro, portanto, que nn execução de um
.!~~ultado t! que eu querm chegar, e que era !lrçaip.ento, empregar umn operaçãoaleatoria, é
· ser entendtdo por S. Ex .; e..8'. Ex. entendeu lllud;r o pensamento de quem o elaborou. No-
sat~sfactorillmente o qne continham aquelles caso presente o illudido é o legislador •.
ar,t,gos .. Basttl.-me istº. · · : Assim quando, si não ha lei positiva que in·
-.Aiilàa·s . _Ex., para jus~ilicar-se, fallou-nos em . dique o modo pelo qual deve o governo fazer
a~to~ onter tormente praticados, e de semelhante remessas de dinheiros pua Londres, ha -a lei
~a~ureza, ~conforme. pareceu ás.- Ex. 1 universal, o . senso ·, commum, que; determin~~
Câ'n ara do s Depttados- Impresso em 27/0112015 15:55- Pág ina 33 de 4 1
. -
Sessão extraórdinaria.. em 13 de Outubro de 1880. '35
pnra da~ ao Sr. ex" ministro da fazenda mais Dirijam os poderes do Estado essa r evoluçãõ
completa. reU~Qsta ~que~- Ex. me obrigou. · · ·com-o p3triotisn:o, a prudencia e a sabedoria
· Cumpr1, entrctan.to, como me foi possível, o necessarios, e os resultados serd.o os mais lison-
meu dever . geiros e não se farão esperar muito.
Antes, porém, de concluir necessito dizer Faeo·votos para que, salvos todos os interesses
alguma cous~ relativamente a um objeeto da legítimos sociaes, triumphe a grande idéa da
maior ponderaçifo, na actualidade. · emancipação.
· A questão ·que de ha. muito se agfl.3 na consci- T h 1 ·
eilcio do paiz, questiio que attrahe as mais vivas, en o cone uido. (!fuito bem; muitQ bem.)
e bem merecida;; sympathias, assume presente- {O oracrol' é comprimentado.)
menlP. o caracter mais positivo, e pede prompta, Não havendo quem pedisse a palavra, é en-
m:~s prudente solução. cerrada a d! ~cu~são. -
Qu~ndo se tem em presença, e 3 resolver ·
imprescindi volmente, um palpitante problema, O SR. PJ\ESIDEii"TE dá para ordem d'l dia i6. do
como o que envolve a honra, a prosperidade de correote:
uma uaçã ·, o descuido oa o adiamento indefi- Votação das emendns do senado ao projecto
nido constituem uma fal1.3 indesculpavel, um n. t03 B (receit3 geral do Impel'io).
crime até. · Continuoçào da discussão do projecto n. 60 A
Nenhum governo pódc- illudir ou procrnstinar (credito do min!sterio da Agricultura).
negocios de summo interesse publico e que ur- i. a discussão do de n. f.2l A (modificando a
gem ser c~nsider~dos, e promt>tamente resolvi- lei de !8 de Setembro de i856).
dos. Osilencio, muita vez uüo calcula~ o, produz 3.~ dita do de n. lO!J, A (privilegias in·
:~empre re~u lta lio inverso :íquelle que se deseja. dustriaes).
Ha uma grande idéa, summaa1ente humani- Discassiio unicn do do n. 8 .A (mandando
tarin e patriotica, que nenhum brazileiro con- s:Jnccionar leis provinciacs de S. Paufo}.
sciencioso deixa de arag:~ r com entbusinsmo: é a _Idem do de n. i20 autorizando o emprestinio
da libert2çiio dos escravos (c:p!)ia.dos), é a de da camar:1mtmicip:.~l.
apn;::ar de nossa ba ndeira es:a mancha de bar- Idem do de n. i2~, sobre o contr-<tlOda em-
barismo. preza;:da limpeza e irrigar~io da cid:Hle do Rio de
Cumpr•t: ao gorernc col!ocar-se i testa do mo- Janeiro.
Yimcuto que tende a re~lizar esse nobre com- Idem do de n. HS, concedendo licença ao
metimento. d~sembarg-.l dor Paula Pessoa.
Cumpr~·lbc, oltenJcndo á gravidade da ques- L ~ discussão do de n. 8~ A (posturas muni-
tão, dirigir os nego dos publiccs de modo a que cipnes). .
se alcance esse gra n!le desideratum, sem expor Discusslio uuica ào de n. i25 (mnndando li-
o paiz a uma terrivel C<ltilstropbe. quid~r 35 contas do almoxarife do arsenal do;Rio
O go...-crno não pódc limitar-se, em que.st.'ío Grande do Sul).
de ~ t~ordem,adizer . que não curapl· c.~mtcmente 3. 2 dita do de n. ii~ , m:md~ndo rever as
clella, c menos ainda que só se contenta com o cont~s de lirias da Sil veir~.
qU•! e~ istena. uos~a.lcgis l ar.ão.
Nunhum governo Jlrel'idente e patriolico se
conser>a :;ilencioso c inaclivo qunndo o paiz de- Rcdacrtio elo pl''ij~cto 11. 36 A de 1880
seja mlentemcme a so1Ltc;1ío que ul'ge o sobre ( Ementla do senado)
um doHcus mais scl'ios inte resse~. (.-1.poiados. )
O nolJra St·. presiden te uo con~e!bo altenlia A assemblé::l g~rill r esolve:
com o seu indi sp ut~ 1·e1 criterio n que a lei de
:JS a~ Se:emlH'O , que roi muito nn SU:l épOC3, é Al'l . i.• E' :mtorizado o governo a mandar
ac Lu~lmea te in ~ ullic i en te . :•dnátlir á matricula no L • anuo dn faculdade
A!l<:nua :1.que a grnnd~ pcdr:'l r0l.l já, e em de medicina do Rio de Janeiro, dispensada a
um pb.no pronunci<Jdamcnte inclin ~do. idade da lei, o estudante Eugeuio Julio Savard
N5o sou da opinião dos que pretendem r:tpida de S:lint-Brisson.
e immediata solução lin~ l em materia mo me- Art. 2.• 1\evog~m- se as disposições em cún-
IinJrosa, c que tanto jogn co:n grnves interesses trario.
do Estado . (.4.poi(({l;s. ) Sala d ~s commissõcs em 13 do Outubro de
!I:.;s u~o ~dmitto que o governo cruze os :lSSO. - Roldopho Dantas.-Joarzuin~ S~rl'a.-Ruy.
b r aço~. uão se colloque a testa do movi- Barboza.
mento que se m~nifesta, o nem trate já, c sem Levantou-se a sessão ás 5 lloras.
demora, da substituição do br:~ço escra\'O, nli:is
sempre menos productivo, pelo braço livre,
unico éapnz de augmentar a riquez~ publica, e
de firmar a prosperidade· real do Brazil. Aeta em :14 <J:e · Outubro ot!e i880 .,
(:Apoiados .) · ·
Guvcrno inerte, desacautelado o negligente PRESWil:li'CIA DO SR. 'i'I; CONDE DE PRADOS
em. materia aliás tão momentosa, e todos
quantos, por errado calculo de interesse mate- A's H horos .da manhii, feita ~ ch~ roada ~eha
ri:~! e de egoísmo, tenazmente se oppuzerem: ã rnm-sc presentes os Sr3. Visconde de Prado~.
realização ·desse grande desidcratum do paiz, Alves · de Araujo, .Barros Pimentel, Rodolpho
se~ão afinal esmagados pela revolucão que se Dantas, Cesario Alviro, Ignacio Martins, Mello
ag!ta. e Alvim, Costa Azevedo,· Almeida Barboza,.Je-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 15:57 +Pá gina 1 d e 1
----------~----------
YINISTEIUO DO ni.PERtO
Demonstração das dP:spezas (eitas pela. vN"ba .;_ O&ras ~ 'do _eierclcio de l879....:..t880
credito d&.resolução prorôg~tiva n •. i87i de .
•23 dfl.:Jiinho de !879. . .... ... .......... •. • !00:0006000 · ·
Idem da . lei n . 29i0 de 31 de Outubro do
·mestno anno: •• ; • ~ ..... • ... ............ iOO : OOO~OO · 3oil:OOOIQOO
.,-
Despezas feitas ~n.a cõrte :
. :Gratifieações arbitradas -:
.Ao cnge_nbeiro .Francisco Joaquim Bethen-
. · court_.da.Silva pela .direcça.o ~obras. do
. ministerio do imperio."•.... .. ·.• .• • . .-•..• _
Aó J)r. Augusto Francisco :Maria Glaziou, ,.. ,
; ·.n os"'tertrios ·'.da clausula:a-." do ccntt·ato
~_ q ue ...çefébrou .·com o me~m:o min iste_r!o
. -em = ~ue J'aneiro -de !.873 .pa.ra o ajardi-
. :: _- ·::rià~p.tO do campo-da Accla~aÇãl>••.;.... __ __
,
:::
C~ ara dos Oepltados · lm(l'"esso em 2710112015 15:57 . Página 3 de 21
Demonst!a#o de todas as dtspczas.[eitas pelo credito ·tfQ, tJtrba- Obras:_ do mi1~isteri0 do ·im-
perw com o ajardi11411161tto da praffS da ACGla1J., ll.csdc o e3:ercicio .de. 1872-!87~,. em
. .!l.~. t!_S ~br~- começaram, até c. corrente de ~8807-""lS~i, em _ g~_ tcf'!71i?illl:a~, _cqrnprehendida. ,.- .
.. ...3~ ·· :rJraM!.~f!.C«O ar"!Jf_trad~-_qg · ct~f!tregactl!_ !ft?~tltlo ·(I;Jaidmàmmto: · · · ··· ·· · ·· · ··
t81:1-i873.; ... . ................... .. . . .................. ...... . . ........... .... ..
tSis-!Si~ ...... . ............ ............ ........ ......... _..... .. .. ..... ...... .. ..
Terceira dirccto!'Ía da sccrct:Lria do estado ~os nts-ocios do irnptrio em 30 do Setombro do !SS0.-0 dire_ctor inle·
rino, N. M1wn. .
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l'l?SSOAL
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·-.IU!speia ieali.zada ·na provJncJa. do RJo Gra.ndo do Sul até ·a de Setembro u!Umo ........ ... . ... ; ... .. ..... .. ; .. ... . .. .. ............. , .. ..
Material encommendado ás companhias Fíve·UIIe .e .A.cle,rles, e a Norton, A!ogaw & Comp; ........ . .......... . ........................... .
Pagam~nto a empreltal.ros da preparação do Jeito e de obras d'arte .... ............. . , .......... .......... .. ..... .. ......... • . . ... .. .
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1136:00011000.
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Dormentes .~.postes telegraphicos : fornecimento contratado co~~ Chaves & A! molda, Silva Martins, e Ferreira Pinto ............ ,"! ... . 3~:QOI)»!Xro ã
_ Dir~cçilo, fi~l.lsaçlio· e: e.crservaçilo das obr3s. ...... : ... ~.···; . .. ........... . ...... ....... .. . .... .. .... ....... .. . ; .... .. ........ .... :: ... . . ~6p; ooo/1000
....
00
ao
Assentamento ,.'d a vta: permanente, de superstructuras metalllcas e glradores ilo trecbo de Taqunry Rio Pardo •••• •..• ,, .•• , .... ,. , , ••. 373: 000$o00 · ~
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ConSt.rncç.!iO
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dopositos o outros cdlficios no Jnes~o t reohor ••• • ~ . ....... . .. .. ....... .. ' • •••••••• • • I'. I .•..•.••. .,.
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· Coo8LflJCé~ de parte ·do trapiche do Taquary ••••••. , •. •• •, •••••••••• •• , ••••••••••• •••••. ••.• •• •••••••• , •• • , •••. • , •• •• .. •••.• ~ •• •••••• ~ •• f 9!):ooonooo .....
._· : . .· . ., .. §. .
; ~rm~~- de Ioco~~t~vaa e carros,·;••••••.•••••.••••••••• ~·••.•. .•••••••••.-••. •.•••• ••..·•····~·•··················"··~·· · ················· .. ~~:0001000 ~
'. Estabelecimento. da Unhá. teiegrapblca no mencionado trecho...... ~ ........... • ..... .. • ..·....... · .. • · · .... . .... · · .. · •.... • .... • .. .' • • .. •.•. ~:000/JOOO g-
...,;.
i. 690: ~
Credito concedido pela ·tabella c d~ lel n. UlO de 81 de . Outubro do ·1879••••••••• • ••• • •• • •• •••••••• , •••• , , •••••••• , ; , •••••••• , •••••• t.iOO IOOO • 00
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DeOclt••••~ •••••••• , ...... ............ . ... ~ •••••••• • ••••••••••••••• , •• •• ••••••• t. ~00: 000/í(lOj)'
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DeiiiOii&traçâo da ~a necee••·la, no eJtea-clelo de I880- I881. li• o.b..aa do prolongamento da rerro.vl.a
da· Bahia ao donzelro 3
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ORÇAME_r'{TO ~
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OONS'l'RUOQÃO
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Pagamento a·empreiteiros., •.•••••.••••.•••.• , .......................·., •••...••..•••...•..•• ·.· ......................·. ... .... ... . ........ . ~
Material rodante cedld() pela ferro-via de Paulo Affonso, fretes ·, etc...... ~ .. ; ....... ~.;.~.; .... ....... ... . ........... .............. . 83:000 tt>
~-
Material rodante pçdldo pelo eugcnht:lro-cbere em officlo da to do me.z ultimo......... ... • ...................................... ..... · ts&:ooo
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Jlaterlal1 Cerramenta , apparelbos e 1llens11Jos para omc.lnas , linha , ponles1 &$!ações e depOsttos .. ; ........ ...... ; ................. . t110:000 . ~
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Cónstruc~o de omclnas, ilepositos e obras necessarla& á inslallaÇâo da admmlstração central ......................... ........ . ...... . lliO:OOO
Adm.lnlslr~fjiO ·e eventuaes.............. . . . ............... ; . ; •• .-. ~ ~·• • • • • • • • • • "'
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1.64.7: 000(1000
Abatendo: .
Restllulçao a haver da provincill da Babla Jll)lo material cedido á ferJ·o-vla de Santo Amaro ................... .. !3•:.4613083 . i! .
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10
Restltul~o a baver dá ferro-via dfl BaturUó pela Jmporlancla de. duas locomotivas ••• • ; ....... ............... .. 38:493/JIS\lS
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Pessoal d.e omoina.s .•• , .. ......... ...... ....... ..... , ............... ~ .......... ~ .•••·••••
conservàQAo ........ , ..... . .... .......................... .. .. ...
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• ;tdmlnlatraça.o, trafego, estaç-Oes e telegrapho ............. ...•.....••••••• , .......... ... . , , • ,'•• , •••.• , ..•••••• , ••••••·, .. , • , • , •• ~
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11·-- J · » trafego ••••••• ~:•• ~ ••~~ ••••• · ··············· · ·-~ ·· · · ··················•·••••···········•·······•·····•···········,.···•· m:OOOllOOO
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:, êiedlto.eoiícedldo pela tabo1la C da lcl n. iii-W de 31 do outuluo ·de f879...... .. . ;'. .. .... ............ ; ............... .-... ......... ''''!' t.aoo:OOO/SOOO
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• do neclf'e a 1!11. Franc~ eco e cone~rucçiio do do fteefl'e a Car unl'íi ~
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Movimento de terra •• t • • • • • • • , ... ~ ......... , ., ........... t ••••• , •••••••••••••••••• , ••••••••••••• , • , .............. ~ ••••••• 'I'OO:ooonoooj t~o,iooonooo q;·
Obras d'nrto •...•.......•...•..•.•..•..•....•. •.•. : ... ...•....•...• . <I, • • • • • • • • • • • • • • ~ ••••••••••••••••••••••••••••••• 2rso: ooo.~ono tio:ooonooo p·!::
,_j
Do~·mentes ••. .• ,, ........ ··~ .••....•...-...•.....•. , ...•.•..... f~ ••••• , ••••••• , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , .... . &o: oooNooo ..... , . . . . . . . . . . .. ~
' >:li
Assentamento da vln·permanente ••.• , ••.••••.•.....•.• , ......................................................... . 160:000/1000 1·.' ............... . a>·!
Transporto do materlnl do forro •••• , •.••.•••.•••••• , ............................ • •·•• · · ·•• .. · .. " · • · ... · • · •• • · ·•• 30:000li0001 ...... , .... ., .. · .. ~
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Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 15:57 +Pá gina 18 de 21
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23 de Março de ! 874); 36 na li· Sergipe... ...... !2:000~000
llha fluvial d e Sa:ntaC"~tbarin~ . ~spiri!O Santo. .. !2:000~00
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(tontrato de 28 de Outubro de . ---
t><a e decreto n. 358~ de 3
de Dezembro do mesmo :mnr•) 5~0 =ooosooo
Na-;egaçlio de vapor emtre a co-
I 3.080:855~142
suspendem d11rante o exet•cicio do c:~rgo de que· O Sn. PxuismE.NTE dá para ordem do dia 19 de
trà.Ul a lei de t.3 ·de Fevereiro de !8~,~6 de Qutubro: - .
• v:~recer que seja o mesmo J.l'i'bjecto ·submettido
à apreciação da eamara. · 1..• part1 (ate ás 2 horas da-tarde)
Sala das commissões, em 16 de Outubro de Vot.açiio rlo projecto n. 103 B (rocelta':geral do
1880.-Galdino das Nev1!s.-loaguim Serra - Imperio.) . • . ·
Almeida Couto. i. • discussão dos projectos ns. i27 e U3 re-
A assembléa geral decreta : lativos á matricula de estudantes .
. Art. i.• As pensões concedid~s :10s servidores 3.• <lita do proj.ectQ n. 90 (na-.egociio de Ne1v
<lo Esl.ndo, por serviços relevante~. e os -v:enci· ·Yor.k. )· • ·
mentos provenientes de jubil~ç!io, reforma ou
aposent.ação, não se suspendem durante o exer- Discussão unica do de n . 8 A mandando
cício do cargo de que trata a lei de i3 de Fe- sanccionar uma lei provincial de S. Paulo.
vereiro de 1.8~2 . . Idem do de n. HS concedendo licença ao de·
. Art. 2. • Fico.ru revogadas os disposi ~ões em sembargador Paula Pes;ô:~. -
contrario. a.~ dita do projecto n. 88 SQbre tempo de
Paço do sen~do, em Hí de Outubro-de 188(}.- serviço no m:~jor Pires Forlun3.
Visconàe de lagv.ary, presidcnte.-1o.lé Pedro
Continua~~o !la discussão do projecto 11. 6{) A
Dtas de Curva!lw, 1.• •ecretario.-Antonio Can- (credito ao ministerio da ngricultura. )
dida da Cruz lrfuclu!d~, 2.o s~eretario.
2.~ dita dos creditas d:: agricultura us. 13;. e
:1.880.-N. 137 135.
A' commissii.o d e orçamento a quem foi pre- Idem do credito do ministerio do imperio
sente a proposta do governo pedindo um cre- n. !33. .
âito extraordinarlo de 5.000:0005, para o mi· Idem do credito do ministerio d~ marinha
. nisterio . da marin}la, •· por ser de urgente n&- n. 137.
cessidade melhorar o material tluctuo.nte da
armnda e substituir alguns navios imprestaveis L" discussão do projecto n. Bi A modificando
por outros de typos modernos • apresenta a a lei da i8 de Setembro de i850.
mesma proposta con;ertida em projecto de lei 3.• dita do projecto n. 1.0~ A sob1·e privik·
pela lórma seguinte : ~1(1!' :.ndnstriee~.
Acrescente-se no lugur competente : 2. • dit:J. do projecto 11. iOO sobre o meio soldo
A assembléa geral decreta. concedido a D. Francisca Pereira Gomes e
D. Victorino Pereira de Campos.
Arts. i.•, 2.• e 3." (Como na proposta.)
2.• dita do projecto n. 61 concedendo loterias
Sala das commissões, em de Outubro de
á santa casn de misericordia do Recife.
1880.- Andrade Pinto.-Fabio Reis.- Aragiia
Bllkâ'J i.• dita do projecto n. i07 prorogando por
cinco annos o privilegio concedido a Cyriaco A.
Augustos e dignissimos senhores reDresen- dos Santos Sllvn.
tantes da nação . !.a pa1·te ás 2 11orcts
Sendo de urgente necessidade melhorar o Discussão unfcn do projecto n. i20 antori·
material fluctuante da nossa armado. e substi· zando o cmprestimo da c~mara municipal da
tuil· alguns navios imprestaveis por outros de cõrte.
typos modernos, P- niio podendo as verbas ordi·
narias do orçameuto supportar as despezas in- Idem do de n. i29. appruvnrido.o contrato p~ra
dispensaveis par:. esse fim; venho, de ordem irrigação e limpeza d:1 cid~de do Rio de la·
de Sua Magestado o Imperador, snbmettcr á .neiro.
vossa approvaç1io a seguinte i.• dita do de n . 84 A sobre poslllTnS dn ca·
mara municip:~l da cõrte,
PROPO~TA.
Discussão rniea do de n. i25 mandando li-
Art. L • E' aberto ao ministerio da m:~rinhn, quidar as contas do :~lmoxari!e do arsenal de
parn melhoramento do material tluctuante d;~ guerra do Rio Grande do Sul. .
armada nacional e imperial, o credito extraor- 3.• dita do de n. H2 mandand9 r ever as con·
dinario de cincoJ mil contos de réis, para ser ta> de Uri~s da Silveira.
despendido nosJ exercícios de !880 a 1881 e
1881 a i882. __ a. a dita do de n,_ U6 (Iimiles de Minas e
, Art. 2.• Para occorrer á despeza decretada Goyaz.) · ·
no ' arti~o antecedente, o ministro e secrf!tario i.• dita do de n. 27.0 readmittindo no quadro
de estaao dos negocias ela fazenda· é autorizado
para fazer as operações de credito que julgar
convenientes.
Art. a•.o São revogadas as disposiçõ.es em_
-
activo o major losé Franc~sco da Silva.
~o do prqiea:o -n.. 57 A de 1880 .
leg;lS para tomar a posiç5o que vou assumir, cuja opinião precisava para resolver sobre o
nem tão pouco o meu companlteiro de depu- proj ecto em questão 'f
O honndo deputaao foi no entanto injusto
. UI~~ interesses da provincÍu que rep~~sênto, en pnra commigo. Niío me opponho á passagem
os encaro de m3neira diversa-por que encara o do requerimento. Estou prompto a mandar dar
governo. uma cópia do parecer. Desejo que todos os
0 Sn. FREITAS COOTINRO. -Encara, portanto, meus netos, por mais insignificantes, sejom pra·
melhor. ticados e discutidos á liu do dia,-!nl é a eon-
sciencia que tenho dos deveres que me são
O Sn. CoSTA A7.EvEno.- Conseguiutemente, inherentes. (Muita bem; muito bem.) ·
peço, por este facto, dispensa dn commissão de
confiança politica que exerço nesta camara; não DIVEllSOS Sns. DEPTJTA.DOs:- Peço a palavra.
posso continuar a fnzer parte da commiss1io de O Sa. PnEsiDE:•;Tl!:- Fica tJdiadn a discussão
marinha e guerra. do requerimento.
OSn. FREITAS CoUTINHo :-Muito bem. O S1•. Freitas Coutinho (pela o1·dem):
O SR. CoSTA AzEVB!lO :-Si os interesses da -Sr. presidente, pergunto a V. Ex. si não se
provincin que represento não me chamassem a p~de ob_!:er que este requerimento entre já em
assumir esta posição, a dignidade de deputado a.1scussao. ·
l!l.e. impunha que não voltasse ma,is a estas Desde que semelhante requerimento envolve
cã'deiras sem tomar uma attitudg ãe opposição ma teria tiio importante e tão grave para o go-
franca ao gabinete, desde que fallando nesta verno, pois que o digno representonte da pro-
casn, na penultima sessão, expondo ao digno vinciu do Amazonas, que até hoj..J !em acom-
ministro da marinha a neeessid~de que eu panhado com :1 maior dedicação o ministerio,
tin.ha, para sal vagua1·dar interesses da nave- se vê n:• durn contingencia de tomar um lugar
gação e do eom mtrcio, que se publicasse o entre os mem~ros da opposição, em virtude do
doc1,1mento que paço e que já havia sido dado. que occorreu acerca do que faz assuwpto desse
ao nobre L o secretat·io, n5o vi pub!ico.do o tal mesmo requerimento, me parece que a dis-
documento, cuja publicidade é da maior con· cussão respeetiva deve ser instituidn neste mo·
veniencia para os interesses da navegação. meu to.
Não tendo S. Ex:. attendido uo meu pedido O SR • MonErn.... DE Ruuws:- A discussão dos
com a cortezia de que erJ. digno um deputado, orcameutos não deve ser preterida por ques-
é fôra de duvida que este àeputndo foi descon. tiunculas pessoaes.
siderado, e nes!ns condições, eu não posso O SR. PRESIDE!-."TE: -0 ·podido de V. Ex. não
acompanhar o gabinete. póde ser attendido. O regimento positivamente
O SR. FnEITAS CouTJNuo:-Muito bem. dispõe que, pedindo gnalquer deputado a pala·
·O Sn. SALDAJ<FJ.A. MAll.INHo:-Peço :~ palavra. vra sobre nm requerJmento, fica este adiado.
Vem a mesa. é lido e apoiado o segn.inte O SR. Fn.EITAS Coummo: -0 nobre deputado
por S. Paulo não tem raz.ao quando Darece que·
RFQUER!Mil~"TO rer enxergar questões pessoaes no requerimenro
de que se tr::lta e demais nlío comprehendo como
• Requeiro q_ue se peça no governo imperial o honrado presidente da camara concedeu a pa·
por intermedio do Sr. ministro d,a marinha, lavra ao nobre mini:>tro da marinha, quando
.cópia do relatorio da commissão mandada no S. Ex. declara oppàr-se a isso o regimento.
porto de Antonina, provi nela do Paranã, afim
de alli examinar uma pedra que diz o ex-capitão O Sn. Pn.LlSIDE!iTE: - Os ministros pódem
do porto dnquella provinciQ haver descoberto. fallar sempre sobre qualquer materia.
• Paço da c3mara dos Srs. deput11dos, !9 de O Sn. FnEI~As CouTINHO:- O nol:Jre depu-
Outubro de iSSO.- I. C. Aze~eclCI. tado pelo Amazonas quer dar uma expli~ção
O Sn. LntA Dm.RTE (?ninistm da marinha):- ao honradQ ministro da marinha.
Sr. presidente, estnu complctDmente sorpren· tolher Não sei que dispo~ição do regimento possa
dido com as palavras do honrado deputado o uso da palavra em !:Ondições desta or·
IJelo Amazonas, dizendo que faltei á conside· dem.
ração devida a S. Ex. Sempre me pareceu que Não querendo -V. Ex., Sr. presidente, con •
o meu procedimento tem sido procurar con- ceder a palavra ao meu honrado collega e
siderar o mais possível a ca~a um .de meus amigo deputado pelo Amazonas, ávista do que
collegas representantes da nação: (NumerQsos determina o nosso regimento, eu requeiro que
apoiados.) se discuta desde já a materia sobre que ~ersa a
O honrndo deputado queixa-se de não lhe reclamtJção.
ter sido ministrada cópia do parecer Ela com- O SR. PllESIDENTE: - A decisão não é minha,
miss5o que foi aa··porto de Antonina, quando é do regimento. Demais, Y. Ex fez um re-
s.. Ex. não me disse causa alguma a este res- querimento a que eu não posso atteuder e por
pett o .. O honrado Lo secretariO·· disse-me·· que ·isso não tem a palavra, ··· ··· ··· ··
queria cópia desse parecer, e immediatamente
lll'a. mandei dar, cemo daria a q:ualq_uer outro O Sn. FREiTAs CoUTINHO : - Estou fallroido
nobre deputado que o exigisse. (ÂpO!ados.) pela ordem. ·
Que .necessidade tinha eu, Sr .• presidente, O SR. Pl\ESIDENTE : .....; E' preciso que essa
de occultar o parecer de uma commfssão, de ordem não tenha a elasticidade qne se lhe pro-'
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 15:58+ Pág ina 4 de 30
· :como deput<tdo que tjlm obriga('3o tie vir de- porto de Antonina, o seu movimento eomrner-
fenrl"'r o~ para que vies~e i ci31 e a >ituaçãu economiea em reJacão ás trans-
íntl're~ses pU:bli cr,~ ,
impren·~ nm docnmento, qoaildo aliás já ern acções do Paraná. · · ·
1\ever do f(overno tel-o pnlllic·ado, e quanõ.o a Qu~ndo, Sr. presidente, em um~ dns ultima~
impl'ensa já o teria lev:~do a todos os pontos do sessõ·~~_ e u requ~ri ?ognverno imr,erial cr',pla do
· p.ai?.. relattmo d:t comm1s<.ao que. prc~idida I' Cio Sr.
· ..·. O SR. LU·!A. DuAllTE (ministro da marinha) : C3pit:io rle fl'3 ~:tta Jo~qu:m -Ferreirn L~al, roi a
- Iá mandt:i pnl.olkar um o:dítal de accôrd() Antonina estudAr ns tnes pedras de que se di.z:
eom a corumissãJ. Colombo o ex-•:apitão do porto, fiz nm requeri-
mento~ cam~ra; n ~marn approvou-o, e esse
.o Sn. c..sTA AzE,'EOO:-Rec@cando .este pe- reque:u;nento a~~tm co ncl)bido:-p e~n qn e o
queno en:.wno que S. Ex:.commetteu se;u duvida Sr. mtDIStt·o daeramarmh~ mande-me o n~Ia torio
ll f g tun ~ por u:io ter presente as (JOUC<•S palavras
d:~ coutmis~ãc· que foi ao p<l"to d'l Antonina es-
que pr11ieri n·o discur~ o do 20. ~ 1.1. 1ue ~e 11 10 as- tudar a pedra que o ex-capitão do porto diz ter
. segun;ndo ~ S. Ex. que nào ob:<tant~ opposi· alli ilescoberto .
. ciouist:o quil serei d'ora em dh:1te :oo g:;biue\e
de 28 de M:Hço, pre:narei todavi~ a cada um dr> Sr. presiden te, <"Xprimi-me por esta fórmn
se11s 111.:m1Jros a.; a tte nçõe~ 1.1ue mert!ccm pelos diz ter clle dr:scoberto, t: esta phrase servi o para
grandes ser dços que têm prestado ao paiz, sen- o nt•brc colle:,ra pelo Arnazcnas vir d ias :lepJls
tindo qne com a província d•>:\ lllazon:.s ten u~m ped:r a p:'llavra e dizer: • está escripto diz ter
m'.lstr:~do menos atlençào do que alju~ll a que descoberto- is~o mostra que a p~ dra não existe:
pr.estam ~ provineias. de gT;~ ndes •leputações. si Coi mais uma mysti üea~-ão, convé!n que_ o
paiz conheça quem é o roy~ti ficador . •
O SR. PRt:~IDU"TE:- Vou pôr a votos u rll·
querimen lo d·• nobre dep uwdo o Sr . Costá Aze- Foi estabelecida ~ quest~o _ n.estes termos,. e
vedo ~oetliudo dispmsu de u•etuiJrÓ da com· nestes termos eu a aceito : snber quem mvsti-
. m!siin de m.1rinha e gnena. ticOll, qul!m com su~s inf01·m:.ções tl~uLou illu-
dir a Sua Magestad~ o Imperador e ao .:;r. mi-
Posto a vr•IO> o requerimento é approvacto. n istro da <>gricultur3, :to Sr. ministro da ma-
O Sr. Alves de Araujo:-Sr. J>fe· rinha e aos representante~ da nn~.ão , eis o em-
sid.mte, n~o !>ermitti;• o mett est:ulo de saude penho a qu~:: me proponho, e delle me dcsem-
occupar-me .:la qudtão do porto de Autonin~ p enha r,~i c~m a atLenção com que a camara dig-
na sessão de hoje ; mas havia promettido no nar-se ouv1r-me.
nobre dep nr.a.tlo pelo Atuazona~ discutir C•lm Sr. presidente, o credito ou o àescredito de
S. Ex. e8te ponto. um porto, ~ s primazias qu ~ pretendem umas
Novamente proYoc~tdo, eu nao devo deixar povoaçõ e_:~ sobre !JUtras têm s ua origem em
de acceder, e já, ~o appello do uoi.Jre deputado tempos unmemonaes, e seu fuHdameroto na
pelo Amazouas, e não o podendo fazer SO· S!J li~.: o ri.\·alld3de que existe entr~ ellos ; estas
não DO tempto destinado 30 t>.Xpedien te, nOS treS rh• al_rd ~des ta ate encontram-se nas povo~ ções
quartos de h·wa, peço 11 V:Ex. que cou ~ulte ~ brazrletras, como na,; de outros p:tizes, e dê
casa si , d~ntro desse tempo, concede- me a facul- embora o commercio preferencia ãs linhas
dade de explicar o que ha :1 res),eito do porto re~tll~, nom sempre assim procede o poder pu-
üc Antonina, e 11 falsa base em que o noàre blt•!O, que nns curv3s compromette o bem estar
dtputado fund ~mento u suas al!egações. dos povos . , :
O Sa. Pm:sioENTE :-V. Ex. pede urgencia Quando Mbva o nobre depui.:Jdo pelo Ama-
para ~manh5 't , zon:•s referi-me a t:>Sas rivalidades, como ele-
mento hisLorico a que devíamos prender a dis-
O SB.. Atn:s DI> AIIAüJO:-Não, senhor, para cussão por S. í!:x:. iniciada e com qu~ agora ure
h•)je. occupo.
OSa. PUESID<::<TE:-Y. Ex ]ióde fall~r dentro Funrlou-se a cidade d~ Antonin~ em l7U,
dos tres q1wrtos de hor~, ~"m n~ces;; i uor ur- q n:ondo jâ Paranaguá era vi !la ha ma i ~ de meio
gencia ~ · S<:!culo, abriu-~e a estrada que communica An·
O Sa. J.tVEs DE .Au..ma :-Nestas circunJstau- tonin~ com Coritiba e os emhar~ços oppostns
eias agradrr;o ; a11ro,·eitllr-me- hei da faculdade para o sE>u tr:onsito aconselhou a que el·rei
que V. Ex. me dá e ;;>roseguirei. D. Joiio VI expedisse em 1808 os seguintes
. Sr. presidente, cu re~poudo ao nobre depu- ordens:
tado pelo Aruar.onas, por uma dupla dt::ferencia Dom João,porGraça de Deus, Príncipe Regente
e qne prcnd~-se.á importancia do assumpto, que d e Portugal e dos Alg~rve~, d'áquem e d'alem
se r~fer.: á minha provincia, e pur hiJ ver S. Ex. rnar em Arrica de Go.iné e da t'Ollqhistn, nav~- ·
mostrado muito interesse pelo comrnercio e pela gaçã-o, commercio da EtbiQpia, Arabí~, Persla e
n:1vega~'ão daquclle porto do Impe rie. · l!:u, re· da India·etc.
presentante do Puranã, não podia deixar de ~er Faço saber a vós juiz ortlinario e otllci nes da
g r<~to. de vir ao encontro de S. Ex., e mostrar camara da villa de Antonina que, sendo-me
.que não tem ruzao, nem procedem as objeCl;ões presente · vela junu da minha real fa zenda
<~ as duvidas Ienntadas por S. Ex. sobre a desta capitania o ollicio que dirigi~ le ao go-
questiio que estudo e conheço ba muitos annos. verno da mesma capi~.;tnia . na data de quatro
E sinto tllnto m:.is is~. Sr. presidente, quanto do corrente em que dais · parte d~ se achar
, bmento que um ofli.cial de marinha distincto por prompU> e acabado o caminho que vai dessa
·todos· os titulas· não conheça de 11mt o que é o villa para a de · Coritiba, e do embaraço que
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 15:58 ~ Página 6 de 30
Mas fechemos o triangulo, - sondo a terceira constitue a m~rgem opposta do cannl, niio está
linha a que -une as duas boias,-pontos de par- em seu centro como annnnciou eiD.:seu-edit.ak-'
.t~d~ P3!:!.-C?-~_;;_cn_pitAo ._do"porto. ·=·.· . . . . · • 'aos nnveg:niies. ·= --·· -~ ~
. Qual a extensõo desta linha 'f E' o mappa dos Oex-capitão do·porto foi além, n mystincação
Srs. Dr. Jardim e Barão d:~ Laguna que v~ i es- continúa, pois copiotl a 9 de Junho em Parn-
clarecer-nos; tem ella eoo metros ou mais 160 do nag-uá um 3rtigo que a Gazeta de Noticias
que a somma. dos outros dons l~dos do trl~n publicára a Sncsla cõrte, dando conto. do-exame
gulo, demarcadas pelo ex-ca.pitüo do porto, o feito por Sua lllagestade o Imperado~ no porto
que é simplcsment!l absurdo. de Antonina! Ou n Gazeta sabia, para publicar
no dia 8 um offir.io que só n 9 seria feito em
Temos, pois, um tri:mgulo em que a som ma de Paranaguá, ou não é verdadeira 11 data com que
dous la<los tem menor extensão que o terc~iro;: esse ofllcial se dirige ao seu ministro; o que
pois quo !90 mais 250 dão fV-10- quando os constitue mais uma mystificaçlio.
Srs. Jardim e Barão da Laguna nos aflirmam
ter o t.erccil'o 500 metros; eis um lado do ceie· Eis as provas que o ex-capitão do porto ·or-
bre tl'l:mgulo maior de i60 metros do que a Cerece, prov3s rasteiras, provllS de incompe-
sommo dos dons outros. . tencia, provns de quem não sabe do seu
otllcio, e l1nsta -eonhecer- se que .os tres co!le"as
· Si isto não se commenta, indaguemos a 1'azão da commissão de derrotas do arsenal de
de tiio estranl1a anomalia.
ma·
· rinba, tres capitães de mar e guerra, disseram:
A •·nz:io é simples : quuuto m:~is curtas fos- • -pelas marcações offcrecidas pelo e:x:-capitão
sem as linhas, mais elle chamava a ped ra para do porto do Poraná a tal pedra estnv:~ em tres
o canal. pontos di!Terentes e podia estar n'nm quarto....•
Entrcl~nto o nobre deputado pelo Amazonas O Sn. CoS'!A. Atuvwo:- l>so não vale nada
disse : . • gu appello para o silencio do Sr. A commissilo f<1llou eru virtude de consulta ca~
ministro da ngricnltura : _elle que venha dizer villosnmentc feit~ J
si não ba t~l pedra ... .- • · ·
O Sn. Atv11s DE .Auuso:-A.consulln é estn e
O Sn. CosTA. AzEVEDo : -Apoiado; eu disse V. Ex .. v ui ver si olln é caviilosaroente .• .' ..
isso.
O Sn. Com. AzEvEoo:-Foram perguntas in-
O" Sn . .ALVES DE .An.w1o: - • •• si essa pedra decentemente feitas. ·
não foi vista por elle c por Sua :&íagestade
o Imperndor . , · O Sn . .Atns DE linAuJo:-Indeceucia é dizer
o ex-copitão do porto em officio u . 53 de 9 de
O Sn. Cos-rA AzEVEDo: - Si !oi batida; não Junho: • distancia i50 metros aoNornorosste da
se Y in u ped~a. boia que Jimit:. o rer.ifo do Itnpema debaixo .•
O Sn. ALVES DE AitAUJO:.,.-. Não podiam vel-a; Indectneia é o mesmo ex-capitão do porto
o appello devia ser este.:_a pedl':l, em que fize- dizer em officio n. 87 de !2 de Julho, que • n
ram V. Ex. e Sua Magestãde tocar com a vara, distancia era de !90 metros a 16•. noroeste da
está · no centro ou fôra do centro do canal de referida boiado Iwpema debaixo .. • .
A.ntonintl 'f Esla é q11e é a perg11nt3, porque
podinm razel-os bater ~m uma duzia de pedras, O Sn. CosTA. AzEI'EDo dá um ap1.1rte.
-visto que o canal de Antonina em frente alta-
perua é bord~do por todo es ;~ baixio que v:1i 0 Sn. ALVES DE ARAUJO:-Todos podem com ·
da ilhota lt.:lpema ã ilha do Guamiranga. :Mas prellender que dons lados.rle um triongu!o têm
Sua ?tfngestode não tocou nessa pedra no canal maior extensão do que o terceiro; e quando eu
de Antonina, e vou ainda provai-o de um modo o ignorasse não me s!lria dificil procul':lt' qu.-tl·
patente e igualmente concludente. ,'. que1·: estudanle da Polytechnica ..•
Quacs são as m3rc:.s a que devem respeitar O Sn. CosTA &BVEoo dá um aparte.
as embarcações que demandam aquellc porto?
E' a linbn recta do ltapema de Ba.ix:o ~o Fun- O Sn. AL\"ES DE ÂRAUJo:-Eu sinto que esta
dãoziriho, até <lescobrir o molhe t:mgenciando questão.... .
a parte sul do ílhote Ilapema. ·
O Sn; CosTA AzEvEoo:- E n é que silllo · ter
Desde . o momento. em que se fizer tocar na que ·entrar nesta questão com o nobre dcputodo
dec~otada pedra .que a illu5tre com missão pre- porque é matcria em que me não póde levnr de
sidida pelo Sr. capitão de fragata.Leal atira vencida. .
para a margem oppost:t do canal ou :1 ! . iliim
do . Itapema de cimo e 50S do Itapema de os~. ALVBS éE Aruuio:...:...o nobre depntad~
baixo, a linha que della tirar-se pai':! o molhe póde-me levar de venCida quando a qneslão fõr
·não t:mgenciará a parte sul do ilhote; ·mos de rtimo, mas quando. s~ tratar do porto de
passuá muito além da parte no1·te, e conse- Antonina, quando .se tratar da questão: dâs
quentementc nadn l.em com .o c:1nal. Logo., pedras deste porto, -de indicar: qual o-canal,
quem mystificoo, Sua Magestade o Imperador foi qu3es as pedras a remover, eu tenho mais 'com-
o ex-capitão do· porto e mais ninguem, pois ·a pelencia --. do que . S. Ex., , po_rquc· conheçoo
-franqueza e a lealdade exigiam que, tratando- porto,· tenho -aconrl?anbado ::os :· pareceres :~ das
se ·do :. Fundão. Grande, se ' esclarecesse a Sua commissões que latem ido, e por.conseqneneia
.:&lagestade o Imperador que semelhante _rochedo niio receie o nohre deput11do qu~ eu nelle : n_au-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 15:58+ Pág ina 9 de 30
frague;snas
j:i as indiquei.
m~rcas ~~o fnceis e tão f<Jceis que eu
·
I um maior numero de navios de
lagr·m e uJUito calado, comtudo não ha impedi-
gr~1nde tone-
. Para=mostr~r :1 V• .- Ex. que 0 capiliio,do,oorto _menta algum nas immediaçõesde ~ntonina para
não tinha outro interesse ~elião desocre-dftar 0 ·a _.. nenrage~·de ·-uu;-,~uulel:"o-sufficJente de - n~- '-·
porto de Antonina, basta que v. Ex. saih3 que v:;rs de _mais de O)il toneladas_ de arqueaçao
uo reuLro do m•nal exi5tem tres pedras Cnthari- p~rà satrsfazerem a1~1da por mmtos ann~s por
na, Lavra e Fundão, que estas tr~>s pedras se Vtr ~ r.odas as nE>eess1dade~ d_o commerc1~ que
encontram mnrcadas no mappa dro Sr. &riio de se pode esperar das provn•nas do P~trana e de
Teffé; e indo Sua ·.Magestade 0 Imperador ox:- Mau: Grosso, :r o p;rsso que o embarq?-e dos ~ro
amin~r aquelle porto, não se mo:<trarin solicito dueto ern Anton~na .crê-se que seta prefertdo.
o ex-capitão do porto, si ~s ho11vr,s::e halisado <t porque ~ econumts~ra pelo menos 8 leguas de
Entretanto a ~ommissão presidida pelo Sr. transvorte em 1:3mmho de ferro. •
commnndante Leal as encontrou sem boia~, Ainda nosso rollega o Sr. ell Dr. Jo.rdim, em
nem baliS<Js. um relorio contrario á que o porto di,;se en~
Portanto o seu interesse não era senão des· Iretanto o seguinte (lê) : ~
ncret1itar o porto de Antonina, como si já n:io
ba.;tassem os m~les a que outros forasteiros • ::li a estrada de qne e tr~ta tive.~se unica-
têm sujeitado a provinci:1 do Paraná. · mente por fim proporcionar tran.~porle mais btJ..
rato e mpido ent1·e a capital da província e o
Mas o ex-capitão do porto não se limitou a littoral, de modo a far.iiit:lr a exportaçiio dos
essa~ pcdrlls, d~scobriu mais a Taquanduba, a
Felicia e a Lage; e vem o commandnnte Leal e produrtos de sua i ndu~trin actoal a li in de
diz: E~tas p••dra~ nãn estão nu.can:ol, !ão sem poderem entrar em concurrencia com :1s de ou-
tras procedencia~, eu t:1Jve:. n1io vacill~s~e em
importaucia, aconselh~udo <1 balisameuto de dar prefercncia á de .Antonina, visto como,
algumns dellas em beneficio dos navios de vela. apezar de sua~ condições desfavoraveis, acfla.-s~
que queir;,m bordejnr. São suas palavras; o p~rto desla cidade em circumstm;cias de satis-
Lagc-fõra da canal seguido pelos praLicos, (<~Zer as nccessidad~s actuae~• do commrrciiJ da
com b~l i;::~s servirão ~os navios quando esten- prolli1Wia, e attendendo â econçmia que r~sultará
derom SU3S hl)rdudas para fora, do cana!. de sua po~içdo mais "ant~josrt em relar.ão ao in-
terior da mesma prOIJincirt. • • ·
Taqwmd11ba---!'stá {lira do canal.
Esta opini1io considera o porto de Antonina
Felicia é 8mt impartancia pe!tl ~proximidade apto a ~atisFnzer as nece$sidades aetunes do
em que se acha de taro. · comrnercio da provinci~. como sendo aquelle
que proporciona transporte mais barato e ra-
O SP.. CO>TA AZEVEDO rl:i um aparte. pido entre a capU:l e o littoral, facilidade
O Sn. ALVll~ :OB AllAmo:-Eu hei de publicar
que aproveita á exportação dos productos de
tudo. Si não put;liquei ha mais Lempo, foi por- sua industria.
que qunndo se p1·de um documento, a mesa,re- A com missão qne .dalli acaba dP. chegar sob o
cebido elle,despa~ha.-A quem fez a requisi•;ão com mando do distincto capitão de frngata Joa-
e qu~m faz a riquisição usa do documento quim Leal Ferreira, fecha o seu rel3torio com a
como' e quaodo lho parece. Quando padia segninte opinião. • Sendo o balizamento r.om-
cu ter feito uso deste documento'? Só tivemos pleto desapporecerá o re;:eio de procurar o porto
urna sessão depois disto e nessa tratám,,s de Antonina, que por soas dimensões poderá re-
das emend~s do senado aos orçamentos de cr~brr nDvios em numero a satisfazer as necessi-
diversos ministerios. Eu podia ter fallado ne~sa dades actuHcs e futuras pnra o desenvolvimento
occa~ião; ruas não o quiz, porque não devia de seu commercio e progresso da província. •
preterir m:rteria da ordew do dia e da maior im- O Sr. Lmnego em 1855 decl.1ra q ua balizadas
port:mcia, pois trnt:Jva-se de leis annuas. Es- ns pedras, nenhum outro inconv(•nieute poderá
tava no meu dirdlo de us~r ou não usar do do- impedir que qualquer navio depois do haver
cumento, e por con>equencia não po~so ser entrado a barm de Pa rauJguã suba ti &é o porto
censurado porque os aprf\sentO hoje, primei.J'a de An1onin:t.
eopportunidadc que se me offerece.
E a !9 de Setembro ultimo em uma publiea·
O Sn. Co!;TA AzEVEDo:-Nem eu o censuro_ ção 3 pedido • ~ illrma 0 Sr. Barão da Laguna
O Sn. Ar.v&s DE ARAUJO:- A hora vai adian· haver escripto essas linhas depois de hnver pru-
lada e eu preciso resumir-me. Apresentarei a rnado da c.1ixa d:ts l'()lbs, tendo a bordo um prã-
opinião rlo Sr. Loyd, a IJ1!.em o governo braz.i- tioo especial quando ern 55 demandou o porto
leiro confiou mil contos p~ra estudar o caminho de Antonina.
para M~to Grosso pelo Parnnã. O Sr. capitão de mar e guerra Luiz da Cunba
Não serei eu quem venha realçar sua compe- Moreirn deu seu parecer concluinds assim :
tencia. Diz elle: • qualquer navio que entrar a barra de Para·
_ • {luanto á deb~tida questão ~as vantagens naguá poderã ir a Antonina, correndo até me-
relattvas de Antonma a Paran~gua para estação nos risco. • ·
terminal do systema de caminhos de ferro Igual parecer emittiram o Sr. Barão da Passa-
propostos, é indispensavel do::clarar q11e, não gem, engenheiros Drs. Antonio e André Re·
obstan~_e possuir !'aranaguá vantagens sobre ( bouças, IJ. Hargreaves etc. e e~tadislas como os
Antonrna no que di.z respeito ao espa~ para cons~lheiros Zacarias e Visconde do Rio Branco.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 15:58+ Pág ina 10 de 30
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Quadro ,·asumido das emba,·caçiiés de lon,qo curso C11tradcu c 1aMdas no porto ele Anto11ina, nos cxcl·cicios de ts7o ~
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. Deixam do llgurnr grande parte do navios neste rnappa. porqua são tomadas as entradas em Paranaguá o aqui· vôm cancgar.- 0 admioistradot·,
Theophilo Soares Gomos. . . .· "'
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I gem pagem Navws lagom pagem Navros gem pagem
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'enl b!lixn mar ·no .corne~o ilo can~l. :no qu11! dP-- ll!'eado encontra-se canal, embora ele menor pro-
nom·nard-·c~n;,t ·gran~e-O,QUe 'l<'.ffi pr.iUCÍpÍO l.fundíd<1de 1.11.!6 0 _do Sll), até ~0 ·banco do Jad0
ao montar-se ;1 iilm Tetxt~im. Jlelo que a pass~- norte da l.J_al:m, na? .sendo por~~!~ ·o frequentad_o
gem de navios de ill&is :Cl!!ado, fica tl~pendente p~l~s pr:JtiC05; po1s que os nav10s por eJJes dr
de maré>. 1'11\'idos se:.ru.ern 11elo canal que e~w:Le el!tre o
- Msim eomo as ç:n,ndes sondas .do -porto·enlre· extremo do recif~ do Itapema de Baixo, m<~r-
-as ilh:,s H:l'l;:io e Curi~cn, pei'd"m toil3 vanL~~~~ c:• do por um~ b?1a, e a pedr:t de_ Q u:~ tratamos
pr11 qn:t!l!O os ·rravius vni·& :•h i fumle~re~u e d ~h1 t:•m~em asstgn::ll~<da _por nmn how que sa acha
s:1h.l ,,m, •ll•·.am <h•penrlendo -de m~r,'s~ :a~stm tlesvwdn t2 metros para o norte àella ..
·tamb,.m os n~~·ios qne navego~ rem em dem-nnila .A dirrcção do canal seguiilo pelo:s praticas
ou ~"bjda de- Itapema de haix.o-. !h:nm de- de~àe o extremo do recife do 1t.1pema de B~-ixo
pend(~udo ~e rll<lré~, no_ pnn,lo _ri e_ tres -metros c até .ao Hhote do Ita_pema,é :Jli!J-h~ . qne,pQrtindo
meio ,p,~ua, ·cer•~a tla iltui fe1Xt>tr:1. do UJ<I1b.e .da cidade tano-enCJa ~ faca sul do
As,Jm, pni~. :1lém do .nrras:1m~nto d-e dez mesmo iíllote. E~té can~l Lllm 8, 9 e 10 me-
p0dra~, ~erli mi't~ .tr"b"lhos de . e~cnvn~:iio tr.o~ de a~ua, fundo lodo_ A boia que assl-
e qua<i c"n"t.1nte no porto da_ Cid~de, e no gnala esh peilra é a collocada pelo Sr. capitão
canal g-r:mde no 'lu~ar onde h A 11penastre,; de fr:a<>-ata Antonio Ferreira .de Oliveir3, de que
IJHMM A meio à'agua. FE>ito~ tn~s trah:tlho~ trutanf as iutrucçõe·s que nos -rornm dndas.
no>_ ç~nae~ c porto de .~ntonina. PULão e -~ómente _ p,,d,.-a da La,1e. - Est~ pedr·a demora por
enla ·, >er:t ~ de Antonm:l, o meli.Jor porlO de~La 'i9' NE d~ _ponta do lt(l_pema de Baíx(l em dis-
.-gr;~nd: l·~n-1a. _ _ . .t".oci~ de 589 meLros.. E· .unt lageado ~bra.n·
Cap,tDnJ~ d'? porto da provmcm do Paran~, 'wnilo cerca de 40 metros de diametro. com ca·
em ~"r!ln~cgua,_ 11. de J unl~o- de -:!~SJ.-Atrtml1 l'eços .mnís e meno; el.;v:ados, IJ.~vondo !!"',5 do
Ferremr de .Oltve~·ra, capttao de ft·ag;~t::t e do 3gun .sobr.e .o mai« .alto.
pano. o r.(lna1 formado M nane desta e~ continua-
Officio dirig"iélo a S. 'Ex. o ·sr: conselheiro r;:ão do do norte da Fundão Granàe. l~m redor
mrni~·uo d~ marin"ha. · .da Lage encontw·se sete metros de profundi-
Cà;Jia. -Bo1·do do tr::.nsporte Madeira, ·30 d~âe que vâi gra_dativamente climinuindo :i me-
de A·•oslo d~ 1!580. · dtda _que se cammba ,para o !J-Orte a . encontrar
" - s . ·~ ~ a· a frctlda do banco que termina na altura da
ltlm._ e Exm- ..r. -:- A comm~ s~o nox;nen a ilha Guamiranga. Acha-se esta pedra cerca.de
.por aw~ do mmt~teno dn -malinha de 31 d~ ~00 mett·os do referido baneo..
Julho uh~~11o tem a ho~rn de_a~res~~T.ar n Y. Ex. . Comquanto est~ja a Larte fot·a do canal segui-
a exposr~.to de seu~ e~t~dQs e o pl.tno q~e le- .do pelos praticos, é de grande conveniencia o
v:mtou p~r::~ reore,cnt91 os _ponto~ n11tav~ts ~a ~eu balisamento em :beneficio dos navios de
co,ta s~l do llorto de Ant~nma, tJilm de refe1.1r vela q.ue não lendo vento Jeito queiram ·borde-
~ ~lles .iS fiOSI~õ~s dos pedias qne fizeram o ob- jar, pois 0 farlio com conliancn tendo ns balísas
.Jeclo destes trabolhos. . ~ . para se guiarem quando estenderem n~ borda-
Tt•ndo fundearl~ o na~10 a i<> ~o corrente 3S dn~ p7 ra, (dra do canal.
~-O·ho.r.:•s da _m:;nha pro-x:1mo ~-o r:no:e d:) Ita- Pedra ·Taquanduba. _Demora 0 _ ponto mais
pem~. na ~··~d~ do m~~m_o ~~~- d•_u comec_o ~-" elevado desta pedra por 4i• SE. da ponta de
-serviço·~".C tinha e_m ~tst:' ,..ura.d., p~los P••fl~Js ltllpema de Baixo eo1 distancia de 3.:1.67 metros.
q_u~ po~~Ula remetudos pda secretaria da ma- Aclla-se na emeada do Nkundiu.quara e para
ruHJ3. . se chen-ar a ella tem-se de enc.her as saguint~s
~~In plano :mnexo n exposiç.'i_o q.ue ~present., ffi3rca;; casn do sit1o da Boa Vi3t(t, situada e?l
ter-J V. Ex. o~ d~do> nece,sr.nns 1Jnm cnnhe- um alto·d~ -terra que lhe lica ao sul, pelo meto
eer a dir~cç~o do Ci!ntl. srns eFcr•lho~ e costa da j[b.ota das Pa!m•1S, encobrindo ao mesmo
sul do port,). O canal de que f Uamos in unir.o tempo o morr•) O. Jo~o pela i1b~. Teixeira on
Mllc .ado pehs cm~n.reaçõcs q_"e {azen. o ti·n(eJfO tangenciando .a ilba Guararema com a mesma
do p·,rto de A11tnnwa IJ~'ra f~~r:1. Os rumos a TeiXeira.
t;u~ nns rMerim"s s:1o V•·rila·~eiro5, a~ -sondas Com estas marcns encoutrámos um recife de
expre•sa~ em '"e1ro~ e reduzi,.las n b:lixa-mar mai.s de60 metros de extensão,.sobreo qual e no
da~ syzhdn• e as dblandns e~crupnlo<.amentE> cabeça mnis elevado se nch~' !.."' 5 de agu''• ten-
m•·dida~. afim de qtwato nos f <li po~sivel serem do mais fundo nos outros oeabeços; é~ este re-
exa~.t;,~ -as posirões que determitJ~mos. cife que deriio 0 nome do Taquanduba. Acha-se
:F~~t~mos ~ exposiçilo .apresentando o re<:ul-- fora. do canai que segue. ·da Telx;ei.ra pa-r~ :a ei- ·
ta do que e_ncontr8mos em cada _u.w~ <!_as pe~PS_ dade de Antonina e Jlara <~ lado sul do mes-
g_ue exammamos. · ma canaL ··
-Pedra F1tndão Gl-ande. -Esta pedra que Se~ra.indo de Paran11~á -para aquclle_ :porto,
tarubem {)enom-in<~-m João Frrnat1des, como de- depois de montar a ilha Telxeira, nav-ega-.se
d:irou o pr:.tir.o J.,nquim Cathnrina, -õ.emor::t a com prôa no quadr:1n:te de NO. ,e a -rumo de
;8~ NE d11 ponta do itapema de illlho em distRn- 4..5.• mais ou menos :de;maneir1u1 trazer sempre
-mace .'i08 metros e -a 71° SE odn :ponta. do Ha- o ·declive sul do morroD. João, descoberto pelo
pt:ma de Chua em di~u.eia de L 1.2:7 metros. extremo norte ·da Teixeira .até chegar -á :boia do
E' um lagesdo occup;~ndo uma 1lXtecsão de extremo .do recife do fiapem~t-de Bauo.
cerCll de ~O metr-os, kndo c:tbPÇos IDll1S -e m-e- Se:mindo -a direc!f,io aelmn. 'Vê-se -que .a Tg,.
nos ~l!os, en-eontrllndo-~--e :subre ornais elev.ado' 1uanduba está ;(õ.-r.ado cxnaJ, pois para -eneon-
1"',5 de ngua. Pelo ~orkl do mencionado :la- · tral-a será preciso .navegar para o sul até ·en-
C(rnara aos Dep ctaaos - lm ll'esso em 2 710112015 15:58- Página 18 ae 30
Observa que n en-mara nlio C?n~ece as. iM;l~ tum. Trata-~e de uma emenoa do semcdo a um
do nobre ministro com relaçao a m~trr1a em eredíto do mwi.•terio d:1 :cg-ricultura, o qual foi
~ di~cu,~ão;~·porq u•nto ai uda -s.;.u~oosabe- f) U• I " :"rui brg::uocnte~d'"'-!atido- mesmo.p!llo_honrado -..
pf.n~;cmento de S. E:-.:. 11 re~peito d"s em~oà~s d~putado.
dn senado a .. presente cre;!ito, no.; lermo~ em TOt!as ns objerções que eu ouvi hoje jtí as
quf. e~tâ ef'.o;a em•·nda_ redigida. re~triuginflO _n ouvi n'ontra di~cus;iio. O nobm mini~tro fez
ac:~ãn do ~nv~rno, unceamente sobre o emancl- todns os e~rorço~ para Ct •nvt,ncer o nobre depu-
·}lal·iin das coloni:cs do Esl3ào. t~do. S. Ex:. nà.. ~e deu por convenddo •.• e
l<:ra d.,ver do nohre rninisu•o e~tar presente n tev~ l~mbem n i11ft~l iddadc de n~o convencer o
esta discns•ão: entend~ lfU~ o serviço publico ::Ir. ministro du ugricul tura,- nc:m a mah,ria da
dcwe ~er ]lrefel"ido as Fes:as Ollici:ces. e l.;clllll camarn.
mais quand., tl. E~." SH h:cvia cocnprulllelticln a O credito foi votado pela ca.mnra ilog depu-
pr~~•~r (:ertas iuformaçõ~s. que julg;c o or11do•· tado,, e envi~1lo an ~enado ; impugn~do lá, foi
net,e;s:ll'ias pa··~ guiai-o no voto que tem ciP ta.ulcem V··lado com um;1 emend:~.
d3r sc .bre n 111~1eri:c. • Nós lw_je du qU<l tt!lUtJS de tr,.t.~r ~Qui é uni.-
O nobre mini<tro da ag-riculi.m·~ qunndo ex- cnm~;:nte da emenda do senudo (apoiodo3),de nada
p~ntku ~s ~uas idé<~s a ~e.~rcei!O dt' ~:oloniz,• ç;io UlfJ.!S.
era p:cra, bt~r cred1lo ~tlill de org:cn1z_:,r os tr~ Or:~, o nobre deputadl) impugna a emenda, o
b.~lllos pre,.ard,.rJO~, que tencless\!111 a em:1UCt· gnvet·no nc.·itou ·a no sen,do; e eu üeclaro ao
p~çiio da< co I· nias do E~t~d<~; ~ob_rc: i~to é que.: o cc,bre deputadll qu~ rle muito bnn \'ontade presto
nubm cuiJiistro IJ:•~~OLl o ~eu pet11•lo. o cu eu V11to á emendil do senado.
A. disru~>5 •J nu ~e.n:cdo, purém, correu em sen- !\l'lS, o nobre d~pu: ado, Sr. president~. por:
tid" O!Jpu-t •; o ~ena lo con•·e•leu o credito ma~ muctQ ii!Jaixonado que St!.ia peln colonização n:io
cc•m o fim de emijncipar desde já as colouias do pó.le de~cunllecer que Lemos feito o sacrificio.
Es1ado. de uma· som ma enorme em pura perda. (.Apoia-
ln~istindo para que o nobre ministro d3 n!:tri- d·rs.) Ab •ndonamos uos~os conddadãos na m.i-
cu.ltura v~nlla dir.er o ,eu p~ns:cmwto, nuda seria e vamos recc·ut:cr prol1~tnrios e miseraveis
mais quer senão ~al>er qu~l o alcnn~e do seu alé nus •·ade:1s de Europ~ (apoiados), para fazer-
volo nc.:stn qu~stão; quer ~aber si o nob1·e mi-- mos dell"s pensiouis:a:s tlO Estado tJOr largos
nistro ila llgriculturn, além d~;;la medida de qu~ annos, e no fim !le uma exp~<rienci~ que co-
vai l~nçar muo, em virtude da votac;:io que m..ç<~u em I.S;jO e dura ~té 1880 .nad~l temos
ba;tve no senado, ainda pr~tende pôr em pra- eonseguido. ( /l!1~ ·tf)s apoiuàos.) Desej,1vamos
tica outras. ~n··aminh:~r e provo~:1 r uma r:urrente de immi-
N~o d:'c o seu voto à emend~ do senado; o se- l!r:u;ão européa, como nos convém, roas não a
na, lo n5o podia nesta qnestiio inverter o pensa- temos cunseguido.
mento que tf!Umpllou na eamara, mas esta nüo O SR. Fm:rns Coummo: -.Niio ~poiado, as
:pM~ con~eu ti r nis,o
estatísticas e::slâo ab.i para prov~rem o contrario.
E' co:,trarin ao projer.lo do nobre depntado
pGr i'ernan1huco, porque entende que não re- o SI\. !11A'R'J:INIIO c~)[Nl~ :-E o nobre deputa-
S~tlve a IJUI'Stiio d~ emnncipa~fco, mas j:i cli~s& do dama c quer,~:omo um patriota liberali,;sirno,
quf\ o ~overno n~o podin t·errur O$ ouvidos, que tribut.,,nos o povo brazi leim por urua co-
conserv:~r-~() impossível diant~ des~a ond:1, que loniz:u::io qne ni1o n~ quer, c que ~qui não
d~ IÚll \llOIIItTilfl JJilr<l Ollt:·u ptide 3$$0bl1r!J:d ·0. ~u!1~i~le seniiu como pe11Sionista do EsL<JdO.
A '1 uc•stiio da l!lllandpaç:lo ê 1101:1 ques\;'10 (.-!po ado.~)
muil.o s.ym 11alhicn ; hasta " f:ct•lo de a;:-iral-a J~st.c é ::1 llistt•ria rJ~ tnd;IS a:> nossns colonias.
pn r:1 tjue c·m t·•rno de ~i surja um g'l'aode nu· com.rari~~im::~ ex:c·P.tlc;õc·~ Cllffi.ll "do Rio G.-ande
luci·o tl·· ;cdt!plo~. ,. n··o hão de ser ~s palavr-as tle do Sul e a C·•loniu Blumenau de Santa Catha-
illdilf·:r•!n~a tio !:OVerno, que hã1' 1\~ contribuir rin~.
p;n·~ IJ>I~'-:. 'l'wstiio 111iu S•! rr.solva. Po1·1aoto,
é ÍI•ULil en'·arecH· s•'· a iW]JPT!..1nci:. que tem a
o
P1•n.-.1 o nobre derut:•dn que nnbre ministro
da a!,!ricuitur • qnerenclo pôr termo a este sys-
orpanizafão do trab:1lho, prol>l~1na a euj:t so- t~ma de C11Junizaç~n, r~:z -Uill3 co~U•fl des~certat.la, .
!l:~;ão o nubre ministro se deve entregar com porque v~ i ~c:1bH com o s..-rviçn de coloni;.~ção,
de isào. p~nsa o n11br~ ilCI•llWlo que a cmeuda do se-
Vottl contra a em,.nda porque ella vem des- n.•d•) ê oppo~ln a opiui3o do nol,re ministro da
or,•anizur u s~rviço que, em vez de eliminado, a!!rkultura. Quand•J diz o ~en;odo: sim, voto o
precisa sc·r 111elhor~do. credito p:cra :1 em:cnci11~ção d••s colonr~s-mas ·
Vni ~entar·se àesanimndo porque~ as snil. :ccl·eseecltanrlo-•• gOI'••:tno não fuollarâ nov.,s,
red;tmac;<ies 3!) gnverno n~o prodnziram o re- o senad<l, purt~nto, ap.·nilS desen_volv~u o pen-
sultado qu~ o or;cdor espc·rava, isto é, esclare- sament<l ào noi.Jre ministro da agricultura.
eel·u sobre a tuedidij qu~ se apre~eota.va. O SR. Fnll•us CouTINHO: -Nilo apoiado; Ci
C·mclue rli~endoctue o seu fim era inquirir do ~obro minbtro da ~gril:ultura .se oppoz a essa
nobl"c ministro da agricultura QUiil o seu pen· emenda.
samf:"nto nesta import:mte .materia de coloni-
SHção. O SR. !IIAR!l'INHn CA.MPOS:-A unica accnsa ·
ção que pód~ ser reit3 á emenda do senado é de
O s~. Mart.iuho Campos :-Sr. pre- superllua, porque ê claro que lo~icamente o
sid-·nLe. muito pouco direi emros[lo~t~ ao .nobre miní~tl'o que pecle fundos M pnrlamento para
deputaclo que ac~b'' de ~(mt;cr-se ·e cJUe accu~ou emancipar n~ c,JoniM du Estado não póde fundàr
a ausenci~ do honrado Sr. ministro da agricul- novas colonias. (Apoiutlos .)
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 15:58- Página 20 de 30
Total .. ... ... . . . .. .. ..... . . . . .. , . .. .•.• . ... ..... . :l03: ilii ~i6!
Finda a leitura, o Sr. presidente declara que muito a contra I{Oslõ m ~u afó!Stei-me hoje d:s
a proposta do governo será tom~da nn devtda illustrada mai()flll e do apoio que ella conserva
consideração, retirando-se o Sr. ministro com ao gabinete !!8 de Ma~G. Infeli2mente o
as mesmas formalidades com que entrou.l!:' re· pGuco ~so que guardam os governos p~rn com
mettlda a proposta á commissao de orçamento. as pequenas províncias, encaradas no numero
Entra em 2.• discussão o projecto n. l37,con· de seus representantes, conduzira a dG Ama-
zonas a essa erítica s itua~o em que se m~ntem
cedendo um credito extraordinario aa minlsterlo contra os seus melhores mteres•es •
.da marinha para melhoramento do material da O gabinete quer vo tos compactos, e estes,
armada. elle bem o sabe, dependem das grandes repre·
O Sr. Costa A.zevedo:- Sr. pre- .sentações; as 1:[113CS merecem outro.aeolhimento.
sidente, não venho á tribuna, aproveitando-me NãG podia, pois, a representação do Amazonas
<lo ensejo de se discutir nm credito, medida de ex~epcionalmeit.te merecer essas attenções que
cGnfiança ministerial, para oceupar-me da polí- lhe têm faltado, e dahi a minha nova posiçao.
tica do gabinete em rererencia á província do Sr. presidente, "V'On limitar-me ao assumpto
Amazonas, como me seria permittido, senão do debate. Deixo as minhas queixas de parte,' e
pelo regimento, ao menos pelos babilos em ~ue ·tonto isto convém, quall\o é certo que so assim
est3mos: gc.ardo-me para ·. melhor occas1ao, darei provas ao honrado ministro que veiu ha
quando se disenta a resposta qne seja apre- pouco áqnella tribuna de que l he faço mais jus-
sentada á falla do throno. . tiça do que a que me dispensou, ao lhe dizer
· Eu1ão espero que se me ouvirá, com compla· que tao:ibem me apartava do gabinete por
.cente bond~de, e:xpôr os niotiyos pelos quaes.. cel1a descortezia ·}lai"a coznmigo, não .~andando
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 15:58 - Pêgina 23 ae 30
O SR. CosTA ÂZEV'EOO : -Mas então permit· . Esta é a verdade inteira: e, -perguntarei · :~o-
1~-~e o me~ . D:~~r~:~ollega'"' e :.·aô?-i~o·. que lhe. honrado ministro, é digno de S. Ex., do gabi-
. ---dirJ)a·um--reparo. Esta em contrad1çao. nete, votos de 131 modo expressos, emborâ
Não sei si neste anno, Olli}O rassado, em •1ma pnrtindo de amigos politicos e pessoaes 't ·
das sessões, S. Ex. aqui protlig.m de modo com- No senado não os ob\eri dessa maneira: alli
pleto a maneirn por que se o!íereeia á dis~:ussão muito mais pausad3mente estadam estas ques-
os pareceres : e o que está aqui (moatTando um tões que passam por cá atropeladas ; e dabi as
papel) é mais ou menos identico aquelles a que muitas licões que recebemos iliDriamente da-
se referia. quella casa do parlamento,
o Sa. FllElTA.S Comumo : _Apoiado ; lem- Em assumptos de marinha, cumpre confessax
bro-me bem do facto. . lá mais se os tem aprofundado, do que nesta
casa. Penso mesmo que da maiori~. de parte o
O Sn. CosTA AzEVEDO: - Recordo·me que si- nobre deputado pela Bahia, o Sr . .Almeida Couto,
lenciosamenle eu applaudi a ener~ia de tnes niio se viu ainda de Dezembro de !879 nté agora
censuras que vão tambem hoje a S. J!.;X:. (A~r- levantar-se idéas que comprovem o qnan\o o
t11.) · . paiz neces.~ita de melhorar o material ilt1Ct11ante
Precisamos discutir os pareceres com. boas que desde antes era já mau.
bases: para o parecer que está no debate quaes o SR. G.lLnJ.No DAS Nxve:s :- E' que lá na
são'l Nt<nhum3 ha. Isto é grave, quando VJmos muitos ~!mirantes.
despender 5. 000:0006000. •
Si; sr. presidente, se póde crer que estou O Sn. Cos-rA Az:evEDO :- Aqm os ha tambem.
hnbilitado pela profissuo que lenho a discutir O Sn. GAt DtNo DAS NEVES:- Aqui ó que ha
desde já o credito, POI'!jne mesmo tenho visto slio muitos aspirantes.
os estabelecimP.ntos prmcipnes de marinha d3 O SR. CosTA. AZEVEDO:-Seja assim: mas os
Europa c AmeriCll, suas forças navaes, e haja aspirantes devem começar por mostrar pelos
formado opinião sobre o material fiuctuante de seus actos que podem ir até a essa posição,
que carecemos nrefersntemente, o mPsmo não mais por meritos do que pelas cunveniencias
succederá com boa parte dos illustres membl'Os políticas.
dest:l Cllsa, embora lbes sóbre intelligeneia e E, é pelo que accentuei, que suecedeu repel-
illustração. Porque, pois, evitar que tenhamos lir-se aqui a idéa de creditos especiaes para
estas ba>es antes de discutir-se o credito 't a constilUiç.lío de nosso material .fluctuante,
Demais, não façamos injustiça á administra· sem dess11provação do governo, e ser hoje
ção, suppondo que deixa de ter estudos prepn- objecto de culto, só porque -veiu por conse-
rados, esses estudos, são as .alludidas bases ; lhos do senado.
em um ou dous dias poderão ser-nos o[cre- A diseo.ssão a\li travada parneste lim, é certo
cidos. que mostrou disto haver cogil:ldoo llonrado Sr.
Senhores, fsto qu~ peço é pouco: fêl-o melhor presidente do conselho, e seu collegt ministro
o distincti5simo Sr. Barão de Cotegipc, quando da marinha: mas nada externarnm antes, te·
ministro da marinha, om i8~, fazendo publi- roendo o desequilibrio maior dos orçamentos.
car parP.ceres offieiaes sobre reforma do nosso Louvores, pois, sejão dados ao senado por
material iluctuante, com declaração, em artigo mais e~te importantíssimo servico que pres·
de fundo do Diario 0{/icial, de haver, com esw tára.
proposlto, de abrir discussão na imprensa D'ahi evidente é que, não pretendo discutir a
mnbem. utilidade do credito: o que desejo discutir é o
Assim procedeu esse homem de estado, digno seu emprego mais de conformidade com as cir-
do. maior apreço pelo~ bons serviços que . t~m cumsl.ancias do palz. _ . ._
!e1to a seu e nosso pa1z·: porque-não segUira o-- Como fazel-o, sl nao se1 o que quer o go-
honrado ministro a mesma norma ? verno, o que disseram seus conselheiros, ore-
Não tem S. Ex. os trabalhos da commi~são ciaes e omcio~os 'l .. .
de olliciae.s generaes que nomeou para estudar Discutir minhas opiniões ? Como e porque,
a questão' O parecer della, ou antes os pare- si nem sei si são conhecidas do governo ' .
ceres, pois houve divergencia, acaso devem es- Que as lenllo, é certo, e manifestas em ma1s
capar a critica ? de uma ~~ em !irtude do_ cargo que exerço na
, o sa. FnEITAS CoUTJiiHO :-V. Ex. diga quaes alta admmtslraça~ da mannha. Mas, como re·
são esses pareceres; assim adianta a solução pr~e!ltaute do pa1z, o que ea~e-me é d~feuder
do .que pretende. as 1deas do governo, neste mter~e, s1 forem
. . _ . as que tenho ; combatel-as no caso tnvcrso.•.
O Sl\. CosiA. AzEVEDO:- Não se1 @aes . sao ; s1 . Tudo mais será adiantar tontamente a d!S·
soubesse dil-os-hia houve, segredo, me pa- cussão. ·
rece, pois que- senão alguma cousa traDS· Sr. presidente, tanto assim devo suppõr
:piraria. . . quando reeorda·me de muitas medidas aceitas
· Si não houver mconvemente, palo. menos, por !Dim, iniciadas pelos hot:rados ministr~s da
p~nso. eu, saberemos pelo honr~do mm1stro o mar 1nha eda guerra, offereetdas ~ela con~m1ssão
qll-e d1zem esses pareceres:- sera ~ avanço de que fiz parte, passadas aqu1; e ealúdas no
um para que os votos a favor do Gredlto, fiquem senailo sem defesa. .
me~os desamparados · de critica. · Si assim alli succede ás idéas ile SS. EEx:., o
· Já disse, Sr. presideo.te, que dou meu.voto que esperar das que aceitem clles, que partam
ao credito, mas confesso que vai sem." a Corça de ini.ciativa minha? . _ .
que deve t~r, como os mais que elle obuyer. Multo cara é a expenenc1a d_e tantas 1déas
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 15:58+ Pág ina 2 7 de 30
iniciadas e vencedoras agui, que não sur~<iram v;~lor não foi recebido como deveria tel·o sido,
na outra casa do parlamento para anue fot·am e contr1 os grandes intt;resses que mstentára,
buscar a sallctF9 final. .-vimos delermiu:1r-se-ess.'s construcções nnvaes,
No entret:lnto me pareci\. Sr. presidente que qu:e hoje er)!uem-se dos est:tleiros do nrsenal
o credito continuará na discu~~ão. que se lhe óa càrte, c pez,io e hão de pezar mais sobre o
abriu, ainda sem sequer ex.plic~1ções seguras, tbesouro IJublíco do que sobre esses mesmos es•
verb~es, de sua applicaçno, <lChil!luo-se pt·esen- taleiros.
tes o honrado ministro e o digoo relator do P<~· Nem sei, Sr. presidente, como isto se deu,
recer, o meu nobre amigo deputudo pelo Rio con::o rc>sullado final, de actos que, não tradu-
de hneiro, que melhor seria que tom01s~e a si a Zi:'lm e;turlos seriQs.
tarefa, pui~ assim menos compromettido 3CIWr· Já pondL>rei que a udmiois~raç1io vacilou nas
se-hin o honrado mioísLt'o nt.1 de1:idír-se a dar- sua3 deci1.ões; e que a ultima, mantendo t~es
nos as que devessem ser oiferecidas por parte construcções, a peior del!~s está sujeita iÍ cri·
do governo. tica de lt;~ver surgido por cft·!lilo antes de ]Jres-
Si evitarem i;;to, então, mais um:t vez o se- são dos empPnhos do que da- sã convic<.;ão do
n~do se mostrará como decidindo melhor dos interesso navnl.
as~Utn)Jlos que discute do que a camara, t>oi~ De um lado, os louvaveis interesses dos dis-
ob lerá aq uillo q ue aqui dispensa- se. ti netos chefes technicos do nosso arsenal, de
Nesta insistencin, Sr. presidente, eu me j11lgo mostrarem que est~1) habilitados pa•·a grandes
estar servindo com m;~is proveito do governo, obras; e do outro aquelle trabalho do con~elho
do g:dJinete de quem me afastei esta miinb~, naval, n:io com batendo a profic!eucia ddlrs ,
pelo modo por que no Am;~zollas se desenvolve mas o modo pelo qual se quer.iam fazer conbe·
a administração, e da propria maiori~l, que não cillos, por muito tempo estivet·am em jo~o : e
póde offend~r-se quando digo-lhe que [Jrecisa se mos tratam es,oes in teres~es ~té na imprensa.
de informações pnra votar o ct·P.dito. (Aparl~s do de modo ~ontrario ~ di$Ciptiun administr~Liva,
Sr. mi11i.•t!-o da ntarin!ta e outros senlto!·cs.) corno uma Yer. desta tribuna disse e me parece,
Sem e!las não nbservmó a maiúfi:'l os prereitos s''m grande apreco, no entretanto que hin in·
de nn~so systema de governo. di to ~or a!ti tluir no futt!rO. dt~ s:,strad:Hnente.
nessas geographia< s~r cMutitucional reprr•se11ta· Esse mt>nosc~bo, por p~rtc d~quelles chefes,
two, do governo do povo 1•eln povo, o 11ne tudo a quem nllutio, de deve1·e~ que cumpriam res-
não pa,sa de theorias, dos livros, e j anwis -ve- peitnr, não intervindo ''Xtra-,fficiaimente em as-
mos nos factos. sumpto que est<~va pendente d.e solução do go-
Procedimento diverso, Sr. presirlente, hon- ve•'Ilo, c Hindo de parecer do Couselbo de
raria u todos: e si o tom~sse o ~overno dar·nos- Estado, mostr:Jvn até onde era possivel chegnr
hi~ mnis um .bom e edlficante serviço jJilda- ás consequ,mcias resultantes.
mentar. Ahi ~stá uma della5, nessa denunci~, diga-se
Fol:,raria disso, pois não posso deixar de ter as~im, que fiz, cão por ter de viso examinado o
pr.azer por todos os actos digoo8 do b,;nrado farto, mas pelas informações que me offcrecem,
ministro e de um por um de seus distinctos 1:ol· de, sem autoriz<~cüo do governo, allerar-se em
legas, maximé em a>sumptos que affeet:1m 3s muito os J!lanos das referidas constrrrcções, que
rel:•çõcs, quaes devem existir entre o parlo.· progridem a ca1'richo, e niio sob o aperto de
menta e o ministerio. execrrç~o de ord~ns legitimnmPnte expedidas.
E' assi•n que, esperando ver com toda ampli- Niio sab1!rá disto o hoar~do ministro? ·
tude discutido este credito, não pela face de sua Acaso as informações que tenho serão in·
conveniencia, mas do emprego que s'~ lhe var fieis e nesta critica que far;o·estarei instrumento
dar, en ouso solicitar do ~onrudo mioistro a lei- de re(Jrovados intentos '!
lura de um bern elaborado parecer do COIISelho
naval, habilmente discutido, impre~so no Dia.rio O Sn. V.ALL..t..DARES dá um aparte.
0/ficial de U de Dezembro do . aono lindo, no O Sn. CosT.-1. AZE\'EDO :-Cimo deputadG, en-
qual S. Ex. muita causa de uut achar:i para tendo, e entendi sempre, não dever ir examinar
esclarecer·iie, e nos esclarecer aqui, qnando por mim mesmo o que se p3ssa pebs e~ta~ões
suba atribuna. publirns, m1írmente sobre uma d~s que ~qni
Po~so, Sr. presidente, para esse trabalho, da- quando em opposiçào primeiro, e depois nr mnio-
quelle cooselbo, desem~araçadnmente dirigir ria, fiz notar merecer reparos para que melhor
entbusiasticos elogio~, porque não estou nelle sirva ao pniz.
assignado, liem coparticivei de modo algum No entretanto dfrei ao nobre deputodo por ·
par~ trazel-o á essa altura que obriga-nos, a Minas, que me honrou dando o ultimo aparte.
elev~r·lfle as vistas quando se o contempla pelo que, até onde decente e c~nvenientemente
seu conjuncto de idéas, que conduzem a co· podia ir como deputado, examinando. não digo
nheeer ate da questão que v:~mós decidir agora, bem, mas intervindo na administração da
Já, Sr. presidente, nesta casa esse trabalho foi marinha o fiz. Na opposição, sempre lealmente
obj<!!)lO de justas referendas, feitas pelo nobre servio o honrado ex-ministro o Sr. con.selhdro
deputado pela Bahia, que \em discutido assam. Moura, quando, esquecido de minha incapuci-
ptos de marinha eom mais largueza, depois de, dade (nã1 apoiado~) e de ser opposicionista, me
como ba feilo, no melhor interesse de setls procura para -- pedir informações, e na mai~
estudos, pratiear com õ.istinetos olfieiaes da ~r üria, do actual honrado mioistro, sabe-o S. Ex.
mad<l que S. Ex. attrahe honrando-se e a elles, que não procedi de diverso modo. ·
ainda pelo fim a que todos míram.1; F.ranco, até mesmo rude, lbf:l respondi ás
P~s bem, Sr. presidente, um trabalho deste poucas interrogações que dignou-se de fazer-me;
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 15:58+ Pág ina 28 de 30
sas para annualmcnte invcsti~àr o que se passa dar ao credito, prote~tando assim contra :~ con-
pel:1s repartições geraes. strucção desse cruzador que eslá uo estaleiro do-
Ninguem porá em duvida as vant11gens que arsenal da côrte.
dab1 prqvlrínm em refcrenei:~ nlé aos direitos
individ....es pela maior di!liculdade de se satis- O ~n. Luu. DD'Al\TE (ministro da marinTUl): -
fazer os empenhos quasi sempre ligados li{)S Precisamos tambem de navios para instrucção.
qne menos bem servem. · OSR. Cosu AZEVEDo:- Seguramente deve·
Mas, Sr. presidente, v<~ltarei ~ questão prin· mos procurar obter alguns, · mas depois, n:ío
cipol. · ngor:~, pois ha necessidade maior de canho·
Jâ disse, não nego me11 voto ao credito ; maior n~i~3s capnzes para esses serviços qrie aceen-
que fosso, dal-o-llia. Desejo, porém, que pl'lo tuel a pouco.
voto do pnrlamrnto saiba-se o que o parlamento Par~ instruoçiío ao presen~ temos navios :
quer, d~ 11do meios para melhorarmos o material "bi estão a Gt/.(lnaba.ra, a Vital de Oli veira, a
:tluctu:mte da :~rmad:1. Nictlleroy.
Para isto urge discutir-se o seu estado pre· Que sou cnthnsiasta pela instrucçrro, e con·
sente, qual o indispensavel para o paiz, e por seguintemente peln acquisicão de meios que a
onde começar a adquiril-o. Gomo fazel·o sem po- façam manter,dizem algumas considerações qu&
sitivas informações dos technicos no assumptu, aqui expuz por varias ve1.es. Sem"[lre disse, á
e parecer especial do governo ? disciplin;~ e à iustrucção confiemos de preferen-
Urge mais , Sr. presidente, discutindo-sere- cia uossos direitos, do que ao material de que
solver o tnodo de obter o material alludido, use o nosso pessQnl de m11rinha.
attendendo, de um lado á bnratezn relaliva, si· Sem a instrucçilo e 3 disciplina o material
o procurarmos na Europa, e de outro á conside- pouco represent~ rá em quah}ner luta em que
nçQes de ordem intern~, ãe proteção :~os nrtífi- tenha;nos de nos achar
Ceti nacionaes. · Mal comprehendido, quando procurei em
Feita a conveniente luz pela discussão de Chark$ Dupin sustentar qne menos vnle o nu-
tão interessantes :~ssumptos , que jogam com mero de n~dos e suas qualidades, do que a
mult!plos interesses, o governo, emprt>~~ ndo o díseíplín~ e instrucç.ão do pessoal deu-se-me·
credtto, que vote o parlamento no senttdo pro- por ahi um artigo assiguado por al~uem alheio
nunciado, deixará de correi' o risco de menos á quest:io do alto desta tribuna rnsultando á
bem o ernpt·egar por Clllpa sua. marinha franceza I
E' necesst~rio liquidarmos isto. Não tenhamos Insultava a essa briosa marinha, lendo um
em mil'a que ac!ualmente é ministro o cava- trecho do relatorio daquelle eminente homem,
lheiro a quem a camnrâ. justamente apr~cia e inculllbido de dizer a causa da superioridade da
confia: os ministerios se succederr:, Gw nu:s::su marinha lngleza 'f
p:~iz, com maior rapidez do que talvez fosse E, Sr. presidenle, fazendo-o :1\é com o cl.is-
desejavel, e só esta raziio ba~t a para que te· o~rso aqui proferido, em !853, pelo ~ntão mi-
nhDmQs cãutel3s. nistro da noss:a marinha 1
Circnmscrevamos a ~sim os dev~res da admi· Nenhuma descortezia pratiquei com essa lei·
nistroçiio no applicar e5se credito á nossa von· tura de documento, aliás antigo.
tade, c niio á sua, sem 5ciencia de qnem o ap- Com clla quiz npenns ·soccgar o espírito do
prova nobre deput~do pela Bahia quando mais exi•
(Ha diver3os apa.rtes entre o orádor c varios gente queria desde logo, o que a~ora o governo
Srs. deputados.) deftlnde,- credito exlraordiuano pnrn acqui-
-Decrete ci · parlameato a constituição de sua sição de MVios, - afim de que a nossa mari-
força D.3 vai e, determinando pol' onde deva co- nha nlio se mantive>se tão fraca de frente de
meçur-se a conslituil·a, resolva tambem o modo qualquer de:sas dos Argentinos. dos Peruanos,
de adquirir as nova~ emb~rctlçües. dos Cbilenos.
Prceisa-se ainda que saiba o governo, si do OS&. Aun:tDA Cou-ro d:i apartes.
credito allndido alguma parte pôde ir para con-
certos do mat~:rial nuctuante existente, ou si O Sn. Cosu AZEVEDO : - Folgo de confessar
devem.. ser só mente attend1dos pela !orça do or- que o nobl'e deputado eslava em bom terreno
c:~mento ordinario esses concertos. quando defendta esta precisão, aliás combatida
A limitação do credito, em uma somma relali- pela .mniorin que hoje soffrega quer votar pelo
vamente ·'insufficienle, a elevar-se a nossa força credito.
na val á alt!.!ra imprescindível, que nos convem E o h~ ue fazer, sem nenhuma dessas caute·
manter, mas n:io assim quanto as forças da re· las que tenho offerecido para que produza me-
ceita geral, está aconselbnndo muita prudencia lhores resultados . · .
no seu emprego·. Por isto, Sr. presidente, não se me leve a mal
Penso, Sr. presidente, que urge adquirirmos insis tir em que nb deve ser esse credito em-
de prerencia, com í!SSe credito, navios que·mais pregado em concertos dos navios que temos;em
se ·prestem ao serviço interno ; á policia de acquisição de navios de instrucção, de prefe-
nossas coslns, rios e lagos que communicam-se rencis aos que mais immediatamente são exi-
com paizes límitrophe~ pelo lado. do sul. gidos para os serviçOi do paiz, 110 ptoprio paiz.
O.SB.. Luu Du.urE (mi11istroda mariwta): - Abi vem a reforma eleitoral, que póde ser
Apoiado : . · mntivo de exigir·se mobilidade de forças para
O Sll. ·. Cosu AzeVEDo :..:- Agradeço o aparte, manutenção da ordem. Ninguem póde desde já·
e isto jã. muito me tranquillisa uo voto qu.e vou dizer qua islo não terá logar. .
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 15:58 ~ Página 30 00 30
O Sa. PnESII>E!\""TE dá pa1·a ordem do dia 20: · Compurecernm depois da chamad:~ o:> Srs.
Vota!(itO do projeclo n. 60 A relativo a um D~nin, Am~rico, Fabio Reis, Franco rleS3, Ta·
credito concedido ao miilisterio du agricultura, vares Belfort , José B:ísson, Souz11 Andrade,
cuja discussão licou encerrada. }.1oreira Brandiio, Abdon Milnnez,_._Dn:orque de
~l;;oedo.·Epaminondas de :M"ellu, Saldnnha Ma-
L• discussão dos projectos Jis. U3 1!" 127 rinho, Ser~phieo, Souza C<tn•tl!ho, Es!findola,
relati"\"os a matriculas de estud:mtes. Almeidu Cotlto, Monte, Bnrros PimenteL Bulcão,
2 .• diw do de n. iOO sobre o meio soldo Ferrein• o~ !lonra, Theodoreto Souto, Rodolpllo
concedido a D. Francisca Pereira Gomes e D. D~ntas, Ruy . 13arllosa, Macedo, Pedro Luiz,
Vidot•lna Pereira de Campos. Frcit~$ Coutinho, ~'rança C:u·valho, Jo~quim
2.• dita dos projectos ns. i34 e i35 con· llreves, Martím Francist:o, Sigismnndo, G11ldino,
cedendo Cl'Cditos oo ministerio da agricultura. Lima Dunrte, )lartinho Campos, 1\lello Franeo,
Discuss:'io do ~diamenlo requerido pelo Theodomil'O, '!'heophilo Ottooi, Lemos, Antonio
S1·. ·costa Azevedo sobre o projecto n. 13i, e si Carlos. Leoncio de C•n·valho, Martim Francisco
nao passur o adiamen to, continua~ão da 2.• Filho,· Ar~ :,rão c i\I~IIo, Moreira de Barros, Ole-
discuss~o do dito projecto n. 1.3í de :1880 con· gario, Jerouymo Jardim e Diuna.
cedendo credito es.traordinario ao ministerio d:~ Comp.1receram depois de abertn n sessno os
murinho.. Srs. Augusto Fr:mça, Belfort Duarte. :Sinval,
2.• dita do de n. 133 concedendo credito Souz<.~ Liuw, José C:1etano, Frederico Ro-~go, Je-
ao mini<Lerio do i~perio. ronymo ~o, ! ré, Malheiros, Baptista Prcreira, Joa·
3.• dita do de n. 90 sobre a navegação para quim Nubuco, Felicio dos Santos e Barão Ho·
NowYork. mem de 1\Iello.
3.' dita do de n. :lO~ sobre privill3gios in· Faltaram com participação os Srs. Andrade
dustriaas. Pinto, Amc!iauo lllngalhãe>, Beltrào, Barào tla
Estancia, C:ouwrf('o, Costa Ribeiro, Esperidiiio
E us rnaterias dad:1s para a ordem do dia :1.8 Freitus, Sog'ucirn Accioly, Franco de Almeida:
do corrente. Fredcr·ico rle A!meid~, ~rauklin Daria, Fran-
Levantou-seu sessão ás~ horas d~ tn·de. cisco Sodr6, Fidelis Botelho, Horta de Araujo,
Ildcfonso tle Araujo, Joaquim Tavares. José }fá·
rianuo, Jo~o Hrigílio. Lourenço de Albuquerque,
DECL ....TlAÇÃO DE YOTO Marculino ~loura, Mal'ianno dn Silv:J, .Manoel de
Declaro que votei contra a emendtt do seM-do Magalhi'to~, l'oiJlpeu, Uodri~ues Junior, Souto,
snppressiva do § 3•. do art. 28 dos :Jdditivos Soare~ Br~ullüo, ::iilveir~• de Souza e Visconde
a]lPI'OY<~dOs pela C8ID!II'3, mandando ~pplicur <JO de Pr:tdos; c ~em elfa os Srs. Antonio de Si·
res~ate do papel moeda o saldo que no fim do queira, Azambuja Meirelles, Abreu e Silv:~,Be·
anno financeiro deixam os deposito:>. zerra de ~leuezes. Carlos All'on~o. CLJrJ"êa Ra·
Rio, 19 de Outubro de 1880 .-Affonw P~n-na. noel helio, Couto ~I;·g~Jbã!ls, Fern:~ndo· Osol"io, Ma-
C~rlos, ~lauoei Eustaquiu, Prado Pimentel,
e l'anumdarê.
Ao meio dia o Sr. p.residente declara aberta a
sess5o.
Sessão e1n ~O de Ontub..o de I880
E' lid:~ e approvada a acta da sessão antece-
PRESIDENCJA IÍO Sn. GAVIÃO PElltO-rO, 3.• VICE· dente.
PRESIDENTE O Sn. :L. • SECI\ETA.l\IO dá conta _do seguinte
SO'){MAB!O.-EuEDit,--rE.- Parecer.- Projccto.- Obser- EXl'EDU:NTE
'9&Çil~s dos Sr.. J oa~uim Serr~, Pedro L ali (ministro d•
&stran~eiros), ~larllm Francisco filho, Vallada rcs ~lar·
Reqnerimentos :
linho l.iampos, Freitas G~utinbo, Sa_ldauba ~ar!n~o't. Ruy
Barbas .. . )fartim Franc>seo, C~ud\do de Olt,·etra !luar•
De D. Marin Christina Machado Bueno, viuva
que de llbeedo (ministro d~ a~ricnltura), Au;u>Lo Fmnçn.
do capitão rerorm:1do Francisco de Assis Ma·
-O~n tu n~ ou.- V ota~-ão do pro,i_ccto n. 6u A.- Disens-
..'iodo J>rOJOtt~ n. H3.- Discus.sao do projoeto n. 1.27.
chado Bueno, pedindo remissão de uma divida _
Emenda>.- DisCussão do projccto r.. :!00.- Diseuosão do
proveniente d~ soldos recebidos.-A' commissão
T~querlmento de adiamento sobrG o projee\o n. i37 .-
de fazenda .•
D»cut-sos dos Srs. Martmho C3.mpos, Fr,ll:ls tontinho a
Costa Azevedo.- Continuação da discussão do projaclo
De José l'tlordra da Costa Rodrigues, estudan-
n_. 137. Discurso <lo Sr. Lima Dnarte (ministro da ma-
te do curso pbarmoceutioo, pedindo pBra ser
. ~1nha). EneartalDe_nto e chamada.- Discussão do pro·
admittldo á matricula do 2.0 anuo do curso me·
Jacto n. t3~. Dlscurso do Sr. Freitas Gou.tíc.ho -
l\edacçõe~. ·
dico, depois de se mostrar approvado nas mate-
A's H noras da manhã, feita a chamada, rias do !. anno pharmaceutico e em anato·
0
aeharnm-se presentes os Srs. Gavião Peixoto · mia. - A' commissão de instrucção publica.
Alves de Araujo, Prisco Paraíso, Costa Azevedo' E' lido e approvado sem discussão o seguinte
Sergio de Castro, Valladares, Affonso Penna'
Almeida Barbosa, Ribeiro de Menezes, LiberatÓ l'.AliECER
&rroso, Viriato de Medeiros, Cesario Alvim :lSSO-N. 86
llello e Alvim, Zama, Ulysses Vianna, Ign;JciÓ
ld.aru_·ns. Jo~quim Serra, Beterra Cavalcanti e A com missão de constituição e poderes, atteu-
Candido. ile Oliveira. dendo ás razões allegadas no omcio do Sr. da-
c â"nara do s oepLtados- tm rr-e sso em 2 7101/2015 15:59 - Pág ina 2 de 13
alh;~o · . . .
I
de idéas, e nem virei defender-nos da accu do Imperio_ Este pro)ecto já esteve na ordem.
saçã9 de usofructuarios do producto intellecLual do dia e foi retirado, nuo sei por q11e motivo.
o 811. ÜLEG.lluo:-Talvez por não ter pnreeer
Nao .fnret mesmo senttr que, .entre nos, o~ em- de commissão que é indlspensnveL
prezarros de theatros dr2rnattcos. e os edttores ' · ,
mais :Jfreguezados s5o portugull1.es (apoiados.) O Sn. }lAn:rm Fl\ANCI~Co FlL!iO :-Ja tem . .
Não farei sentir tau1bem que essas queixas de Eu prefena, s.r. prest~ente, que v_ Ex. desse
· faHa-de-probidade . Jllt~raria eb~gão-nos justa- para ord~Ul elo dta o project~ do nobre deputado
mente depois das queixas àe Cesnr~-cuntll por por S,. ._aulo,_ o Sr. Morem. de Barros; mas
cansa dos enxertos e da traduc~.ão de su~ HistoJ'ia esse ~rOJCCLo dorme -n<~:s-pasLaS;-de uma_ das ..
Umversal, em PortugaL Não mostrarei, igual- commtssões o SOI)ID.O da mnocenCia e do esque-
mente que, embora em numBro mais limitado, c•.mento, e por Isso ~ontento-me que V. Ex.
muitas obras brazileíras t~S de Gonçolvcs Dias, de para a ordem do d1a c do Sr. Camargo. .
Ca.>imiro de Abreu por exel!lplo) for5o eoat~- O SR. Pt.tEsmm:rE:-0 pedido do nobre depu-
fettas em Portugal; aproverlo apen.ns o euseJO tado ha de ser tomado na devidu consideração,
de se achar na Jasta de· estrange1ros o meu
illnstre amigo, um dos homens de lettras m:1is O Sr. Vall:ad:ares: - Sr. presiàente,
primorosos que possuímos, p3r& dirigir-lhe estas V. Ex. sabe que nós. os representantes da pro-
perguntas. Foi o Bra2il ·convidado eara o con- víncia de Min~s temo-nos esforçado por obter
gresso litte~ario ~"Ue teve Ioga r em Ltsbôn í' Es- d~ camara dos Srs. deputados appruvacão do
teve al!i o Brazil ollieialmente representado~ projeeto que fixa os limites entre as províncias
Recebeu·o governo alguma represeutaç5o para de ItHnas e Goya,~;. Este projecto, Sr. presidente,
entrarmos em ajustes de uma convençào litte· é da mais alt~ importnucia para os mineiros, e
rari:1? . a elle estão ligados interesses de orde·m ele-
E' isto o que desejo saber do nobre ministro vada, de ordem financeira, de garantia de pro-
de estrongeiros para que em tempo opportano priedade ; e até os de segurança publica e
possa offerecer ai guma s idéns que tenho n respeito privada, .
dJ convenção que se nos preteRde impor. (M~,~,ito Portanto, V. Ex- e a camara devem reconhe-
~em.) cer a razão que tein o representante de Minas,
insistindo pela solução deste negocio. ·
O Sr. Pedro Luiz (ministro de e.stran- Tenho necessidade, Sr. presidelite, de con-
geirQ8) :-Sr. presidente, o objecto, de que se ti!luar a estudnr a questão, a para isso requisito
oocupou o meu nobre amigo deputado pelo ~a-. de V_ Ex. a graça de mandar entregar-me os
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 15:59+ Pág ina 4 de 13
docnmcntos do que c~re~.:o. S:ío ell"s: rl'pr·esen- O nohre derutado por li:Iinns, procurando
tuções, n1ío s!• do~ povo~. como dn camltrn mu- ~ub~tituir ú Sr. minist!'o da 3griculturn, fez- me
nicipQI de Par~catú, e da ~~sembléa provinci~\ o grnnue favor, pr,lo qual lhe sou sinceramente
de ~linns, em diver·sos lcgi,;l~rLuras, t~nto no ng-l''tdecido, de res[IOildtJr ás ligeira;; observa-
domir1io comer·v:ldor, corno libr!ral , 'pDrlinclo a ções qne ent~o tomei :1 lilll't'rbde de íormuhr.
:fixa~ no dos limites ele l\linns e Goy"z, e tlc con-
O SR. l\lARTINHO CAllros dá um apnrte.
formiJnd;:~ com o que estü cslatuitiu no projcclo.
V. Ex.. c,·mprebcnde que C5$e> rlocumentos sno O Sn. Fr.Exus CourJiirrO:-S. E:~:., discutindo
de :rlla impo:·tnncia, porque e:qlt'imCIJl ~ von- os negocius da colonização, obrigou- me a pro-
tade dos poyo;; c suas conveniencias, q_uo ~m ft,t'ir um :qlnrte qu,, pnb m~~wira po~ CJU•l se
assllnrptos d estn nalurcz3 não purl.~m tldxar de ncltn roJi;iuo no Dittrio Oflic··al pnrece co ruple-
ser tomadns em tnd:t :1 conshkrJ r·ão. t,,m,;ntc de;;lot:~~<lo, e na venladc S. Ex.. n5o
Port:mlo, V. Ex. !'ar(, com que ,is docu:neutos jlOd<:ri11 fOmtrrl.'henrlcr ~ ~i:;.nific~ç~o dc>se me~
a que mo refm·i, os qu:HJ> stJ ach:.uu na com- mo npart•l, pol'qnnnt.;~ nenhuma referencio tinha
mis~:io d~ cstati;;tic,., u1c venlwm ás mãos o co:n as id,'ns que S. Ex. e:,lnYa expondo.
mais hmv-c·mcnte pos:;ivcl; c c;p~ro quo V. Ex. O SR. 1IAUTJN~Jo C,\:,tros dtt um npattc.
n~o con~id~rnri impertinente e~te pedido.
G' Sn. Fn··IT.\S Cou'l't~mo:- Dizia o nobre
O Sn. Pn:cs!DENTE:- O pedido do no!we àll· dcput;rdo, rererin,1o-se aos colonos (lê):
put,do hn de sc1· tornado e111 considernção. Os
c •••• cnd~ fregnezia que carregue com os
seus col!eg:tsua commi~s~io d() c5tatisticn iüio de seus pobres. Estn é a regra. •
mandar esses documentos.
Então, é-me attribuirlo este r.pnrte (le):
O Sr. ~Ia~·t;inilo Campos (pela o:·-
c V. Ex. enlão é refractori:J ã eru<Jncipa·
dem) :-St·. pl'esidenLe, us cloctttucntos a qlle
acaba de referir-se o uohre dcput;~do por Mi ans, ç5o '! ~
creio qu{l são os me.;mo:; ljUC achatn-se em po· I~to 5eria um absurdo, serin um verdadeiro
der de um l10nrado depul~do por S. Pnnlo, que desp~mw.
ainda buje [)roruetteu ]Jol-os i1 minha tli;posi~no O Sn. PnE>IDENTll : -As reclamoeõ~s contra
e a do nobre deputado por l\linas. a publicaç~o devem ser fcil~s pÕr escrip!o,
O Su. ÜLEGAnro : - Porqne só hoje V. Ex:. os segundo o regimento.
pediu. O Sn. FrmrTAS CrmTtNrro:- Eu pedi n pal;lvra
O Sn. 1\I.r.nrrNrro C.u1ros :-Sim, scnhor ; foi em tem;:o, c honlem, nas m~smns condi!;õcs, o
hoje que os pedi. nobre d~[lUlado pdo P3ran<r, uos;;o di;::no i.•
E' um dever para mim fazer esta decloração. secretario, disse tudo CJnanto <)Ui<~:; :.rttí occu-
O Sn. 0LECAnxo:-Est:\o á rlis[losição de V. Ex. pou-se largnmentu com as pedr~s do porto de
e do nobre de1mlado por ....iua~. · Antonina.
O Sn. PnESIDEX'l'E : - Ne>ta porte portanto, o 0 Sn. PBESIOE:>TE:-S. Ex. está rcclamanrlll
pedido do nobre- deputallo está s~tisfl.lilo. contra um ~parte, e pelo regimento ~s rectili-
cações devem ser feitas pol' escripto.
O §>.·. Freiws CouHnbo:- Sr. O Sn. l~mnl'AS CouTJ~Ho:- Eu n~o quero
pre~idente, acolhendo·me ao precedente que rectificar ~parte~, qucl'o àat• uma cxplicar.iio ao
bont~m abriu V. Ex pnra u~_o ser tolhido nn uobre deputado por ]HinDs ... _ •
liberdade dn palavra, dcclaret que a pedi em
tempo, condi~iio que nn opinião V. Ex.. au- O Sn. PRESIDENTE :-V. Ex. cst:i rGc ti fic~ndo
toriza o deputado a dizer o que quizer. ~um facto da pu!JlicDç5o, o esta é a hypotb~ sc do
O Sn.. Pnnstot;:;xTE:-V. Ex. ouça o artigo do reg-imento, que exige que isso seja feito pores-
regimento e veja o que se põdtJ dizer (lendo): cripto.
• A isto se seguirá a leiturA dos pan'ceres de 0 Sn. FREITAS COUTINHO:-•.. m::plicnt~ão que
com missões, projcctos, indicações, interpellações tanto mais sou obrigado a dar, quanto o nobre
c requerimentos dos dP.putarlos, que estiverem deputado disse- me em parlicul~r que com clfeito
sobre a mesa, não se gastando mais tempo do o aparte linba sido esse.
que os tres primeiros quartos de hora da
sess~o. • o Sr.. l\h:anxno C,u[~os dã um aparte.
O Sn. FnEtTAs CouTnmo:- Vim á tribuna, O Sn. PnE:<IDENTE:-0 regimento manda que
Sr. presidente, pora dnr uma explic~çilo ao hon- as rectilicarües sobre digcursos sejam fc1tas por
rado lea.der da maioria. e.scripto, e V. Ex:. eslá fazendo uma rectifi-
Hontem S. Ex. fez-me a graça de responder cação.
ao discur~o, que eu t)mava a liberdade de fazer
relntivamente aos negocias dn pasta do nobre O S:a. FREITAS COU'J'JKHO:-Não estou fazendo
ministro da agricultur-•.L rcctificação: estou 3penas dando uma expli-
E' verdade que o nobre minislro da agricul- cação. Si fosse rectifieação, eu declaro que obe-
tura achava-se na Capella Imperial, assi~tindo a deceria desde ja á ordem de V. Ex.., porque
uma festa, ralão pela qual não compareceu desejo muito respeitar as decisões do honrado
bontem na eam:lra afim de dar os eoel~reci presidente, porquanto sem elle, a quem secos-
mentos, que eu havia reclamado de S. Ex:., a tuma denominar regimento vivo, os direitos
respe_ito dn coloniza~-iio, assumpto que assume dn minoria ficariam entr~ues á prepoteucia da
na actualida de a maxi rna importancia. maioria.
'
Cãnara dos oepllados - lmfl"eSSo em 2710112015 15:59- Página 5 de 13
,.
98 . Sessão ex:traordinaria -em' 2o ~de · Outullro de 1880 •.
parlamentares mais illusLrados quo tem tido dito pedido. S. Ex. só por força maior não se
esta casn, ha de conceder que lh e diga não ter acha aqui; si o víssemos, estaria em meu au-
agora a rnzão de sua parte. xilio.
E' certo que todos reconhecemos a neces~i E a não ser assi m, deixaria essa coherencia
dade de melhorarmos o nosso material flu- de proceder quê forma uma de suas muis pro·
tuante,rnas poucos sustentavam desde o começo nunciadas cxcelh•ntes qualidades.
desta l e~ i s latura, que isso se deveria alcançar Tnnto mais, quando como eu estará desde
com meios fóra do orçamento ordinario. hontem certo de que não ha nuvens negras nos
0 SR. HUY BARBOZA, dá um aparte. hol'isontes que peçam pressa no apparelhamento
de nossa esquadra. e nem por i, 2 ou mais dias,
O Sn. CosTA AzEVEno:-Tanto esse nobre de- os actua cs navios de que dispomos para o ser-
llUt<ldO pl'la Bahia não foi attendido, que o credito viço ficarão incapazes, irão ao fundo.
em questão apparece depois que no senado ven-
tilou- .<r o assumpto, pcrantn o honrado ministro O Sn. FREITAS l.ouTrNHO :-Apoiado.
que dirige a pasta da marinha. O Sn. CosTA AzEvEoo:-Ao mesmo tempo com
isso ·respeitar-se-hião princípios e doutrinas
O Sn. LIMA DuARTE (rninistt·o da ma·rinha):- cons titucionaes que o partido liberal sempre de·
V. Ex. está enga nado. fendera (JUando feridos pelos conservadores.
O Sn. Cosu AzEVEno: -Póde ser, mas não o O Sn . FREITAS CouTINHO:-Apoiado ; esque-
creio: rallo pelo que li das discussões do senado cem-se desta verdade.
e pelo que assisti nas discussões d!lsta casa. O SR. Cosu AzBVEno:- O honrado ministro.
Lembro-me, é certo, que o honrado ministro seguramente tem trabalhos, que pódem ser-
da fazenda, pt·esidente do conselho disse lá, vir-nos á discussão como a desejo , pois não é
quando se fali ou da necessidade de meios ex- crivei que recorrPsse ao parl nmtJ nto som infor-
traordin arios para manter melhor marinha, ções prornptas, que justificando a proposta, fi·
que o governo cogitava disso e offereceria zessem caber-lhe votos convencidos. Pois bem,
cedo uma proposta para esse fim. o que pretende o adiamento 'l .
O honrado ministro <la marinha o mesmo N11da mais do que esses trabalhos, taes mfor-
disse então. m;. ções com tempo, de serem consultados e es·
Nem. Sr. presidente, porque assim se exter- tudados .
nara o pensamento do gabinete, merece menos Exige-se que a camara dispenso-se· desse
louvores ; porém mais seguramente deve mere- dever, para que mais depres:;a suba ao senado
cei-os o senado pelo que conseguiu. a mesma proposta 'l
O SR. RuY BAUBOZA: - A carnara não podia O resultado? E' ser ella alli mais detida : os
tomar a iniciati-va de um credito que havia illustres senadores,conselheiros Junqueira, Cor-
partido do gabinete e o gabinete já h9via an- reia o out1os, que já foram almirantes, e na-
nunciado a sua apresent<•çiio . vegaram pelo l\far de He sp a~ha, niio se despen"
O Sn. CosTA AzEVEDO: - O nobre deputado sarào disso que julgo indisoensavel obtermos
ha de convir em que o honr:Jdo ministro emta antes de votarmos o credito. i
casa nunca se pronunciou por esse meio de E. por fallar nos almirantes do senado e no
melhorarmos a esquadra . Mar de Hespanha, cumpre- 111e dizer que não
eu, mas o nobre leader, é que unindo-os
Não hu a respeito duvida . áquelle mar, di sse-nos ha pouco - almirantes do
(T1·ocam··.: vehementes apartes entre os Srs. Mar de Hespanha.
Ft·eitas Coutrnho, Ruy Barboza e out1·o& senhores.) No mtJ u dbcurso de bontem, não me referi
O Sn . Cosu AzEvEno:-Reco rdaria para mais deste modo, corno por :;er rqal entendido pen-
uma prova de sua asserção,ser a mais correcta, o sou S. Ex.
facto de haver o digno relator dn comrnissão de O SR. GALDINO DAs NEVES:- Pois olhe, ai- .
orçamento, o meu amigo o Sr. conselheiro An- guns almirantes do Mar de Hespanha têm
drade Pinto, se pronunciado sempre, aqui, e sido bem bons.
em apartes incisivos, contra esse meio. O SR. CosTA AzEVEDO :- Nã:o o contesto, nem
(Continuam o! apartes entre os Srs F1·e as jám8is contestei.
· Coutinho, Ruy Ba1·boza e outros serdwru. j Mas o adiamento, neste ca~o, não espaça a
~olução do assumpto : -por que pois impu-
O Sn. PRESIDENTE:-Attenção! Rogo ao orador gnai -o 't Talvez que pelo plano que se nos of-
que continue. l'ereça para a acquisição do novo material flu-
O Sn. CosTA AzEVEDO :-Sim, Sr. presidente, ctoante tenha-se ainda de ~ ugmentar o cre-
· vou continuar, porque quero acabar e assim dito.
ver-se que não tenho por fim protelar a dis- Acho ao credi Lo que se pede, pouco ; e ...
cussão . o,sa. ALMEIDA COUTO:-Pouço é.
Senhores, . perrnitta-se-me que diga, sor- O Sn. CosTA AzEVEDO:-, .. . ainda sórnente
prende- me a . opposi~âo que faz-se ao adiamento para começar na obra que se pretende. O go-
que proponho, quando assenta em considera- verno ha de vir pedir mais dinheiro, no mesmo
ções de g-rande peso, quaes as que expuz, ainda intento e sem que lhe çaiba censura de qualquer
tão ligeiramente, no :neu discurso de hontem. natureza.
Profunda é a minha sorpreza·; e aggrava -se, Censura lh e deve caber s.i não procurar
-po rque não vejo hoje no debate .ou presente melhor applicar os credito~ . e conservar o ma-
para elle o !ligno relator do parecer sobre o cre- terial que com elle obtenha.
Câ'n ara do s Depttados- Impresso em 27/0112015 15:59- Pág ina 10 de 13
V. Ex. não ignora , nem a cama rn, os ;;:acri- O SR . FnEJTAS CoUTINHO:- Mas essas opi-
ficios imrl!en:.:os que tivem os c], : fn 1· r p:1ra leva r niões é que deviam vir á c;tmni'a.
a no~ s:t e~q uadr~ ao pitllto de st: ~ teutar a luta O Sn. LtMA DuARTE (ministro da ma?"inha):-
quP tivcn10s eom o Paragnay. Terrninarla e~sa Censurou o honrado deputado que eu apresen-
luta , em q ur: por tantas vezes a nossa c~q uadra tasse este credito, contando eom a maioria da
pratirou aetns heroicos e prudigios tle ':alo r .a ca mant. Nes te ponto não ha itnvida nenhuma.
qw: em 1-!Tandr. pllrte clevC'mos a n o~s11 v1~: tor13 ~i eu nitu contasse com :1 111aiorin da camara ,
e o tf'iumpho da dig-nidade e h onr<~ nac10nal, certam ente n:1ri teria aprese nta do some i hante
muitos de n o~~os navi os Ocarnm estragndus proposta (ap ,iodos) ; mas ta miJem o noiJre depu-
pehts avarins que sotfreram durante ess~ pro- t<~do devia comprehentler qu o en t5o ue1u mais
lon ga d:t j 1· rn~da ; e com o andar dos ten~ po s, um minuto uu est11 ria Ot:cup;mdo este luga r.
forPm elles se deterionmdo cada vez m111S. O Devo dizer ao nobre depntado. que eu nunca
nr,sso nstndo financeiro não ern li~ ong-eiro o procurei nem des<'j ei occupar o I ugar de minis-
n~o permillia que se tr:~tasse immt~ rliatamente tro e si aqui estou é porque fui forçado a .obe-
dos reparo ~ desses lltiVios, nem tào pouco que d!'eer á vontnde dos meus chefes c amigos po-
acompanhassem os prog-ressos QUP todos os d!as líticos, e pelo respeito e coasideração que devo
fazill a I'Onst.ruc~ão naval. Preeisavamos seria- ao preclaro cidadão e distincto estadista o Sr.
mente at·udir ás nossas finant;:ts e a marinha conselheiro S<~raiva.
foi a repnrtição que mais cór t_es soffreu, j:í~dim! 7 O Sn. FREITAs CouTINHo :- Ninguem põe em
nuinrlo-se o pesso» l em mmta s repart1çoes, Ja duvida as habilitações de V. Ex. pat·a occupar
diminuindo-se a guarnição de muitos navios,
já adiando-~e os reparos urgentes para tempos um Jogar de ministro; não é essa ll questão.
que nunca chega rão. (Apoiados.) O SR. LIMA DuARTE (mátistro da mar·inha):-
Ne.<tu situarão, recoo heccndo o estndo dn Aínda acruscrmtou o hourado deputado que
nossa esquadra, entendi conveniente no- quando se disrutiu no senado eu não me linha
mear uma commiss:io de distineto- gf! neraes da mostr~tdo convencido de quaes eram os melho-
nossa armada, fl1t ra que emittissem o seu · pa- res typo:> de navio.
recer sobre o estado do nosso material fluctuante De certo, Sr. presiJente, V. Ex . sabe que
os melhorámentos quo era prec i ~o fazer, os na- todos os di;ts a construcção naval faz progressos
vios que deviam ser suLstituidos e os typos extranrd inarios, no proprio estaleiro o navio é
que se deviam adaptar. Em vista do parecer modificado . po•·que as in novações npparecem de
dessa illustrada commissão e d<~s manifestações um dia para outro. Como, pois, poderia deter·
que apparecentm nesta e na outra camara sobre minar os typos a adaptar ? .
a necessidade de melhorar a noss~a esquadra, Ainda disse o nobre deputado que eu decla-
resolv.i apresentar ao rorpo Jegisln ti v o a proposta · rara ser ainda uma questão a resolver o em-
de credito em disr.ussão. Parece· me pois que prego, na construcção dos navios, do ferro ou
não podia apresentar melhor justificação a favor da madeira.
1
do credito do que o estado em que se acha o A este respeito, Sr. presid ente, S. Ex. sabe
material de nossa armada, que, como reconhe- que as opiniões têm diven;ido; alguns opinam
cem S. E:c , esta camara e todo o paiz, não é pelas construccões de ferro; mas a_inda ultima-
lisoogeiro. mente a Franêa tem mand itdo ~·onstruir navios
de madeira . Em um pai~ como o nosso onde
Quer o nobre deputado saber o que ten- ha tanta madeira e de e){Cf'llente qualidade, ·
niono fazer com este dinheiro. Parece-me que porque havemos de despre~ar inteiramen,'e esse
a resposta a e~ta pergunta está dada desde q_ue material'? \
eu digo -gr;·nde numero dos nossos navws Não duvido que o nobre deputado tenba... opi-
acham-se em máo estado e precisam concertos, nião form11da a este respeito: S. Ex. é _profis7
e outros precisam ser substituídos por novos. sional distincto, que eu ~e mpre acatei, como
Quereria o nobre deputado que eu troxesse o parece que tenho dado provas . Mas eu não·.
plano de n·avio por navio e a descripção do estou nesse caso, respons t~ vel como sou, pelo ,
que é preciso fazer em cada um ? Era preciso di spendio dos dinheiros puplicos, pelo res ultado
suppór qu e á administracção faltava todo o tmo da construeção de qualquei' navio, não posso ·
para se dirigir em casos taes. tomar resolução alguma sr-não depois de ouvir
O SR. CosTA AzEVEno:-Não é isto; é o plano J opinião de homens competentes que me me-
da organização da armada . recerem a mt.ís plsna confiança.
Fallou tambem o honr~do deputado sobre a
O Sn. LIMA DUARTE (ministro da marinlta):- constmcção dos navios qu13 se acham nos esta-
}las nós temos na legtslação o plano da orga· leiros do arsenal da côrte.
nização da nossa armada e nesse plano estão Sr. presidente, é essa um~ questão que,quando
comprehendidos os navios que precisam melho- entrei para administração, já achei res()(vida.
ramentos e outros que não estão a par dos pro- Nv est11do em que se ocbavam as obras entendi
gressos da coustrucção naval e devem ser subs- que procederia mal si as nãu mandasse conti·
tituidos. Quereria por exemplo o nobre deputado nuar, e parece-me que o resultado da minha ·
que eu viesse dizer aqui-pretendo construir resolução será muito satisf<tctorio.
navios deste ou drtquelle typo '? Fallou ainda o nobre dl}putndo a respeito do
Não o faria, sem primeiramente ouvir a distincto relator da com11.issão, o Sr. conse·
opinião de homens competentes, de homens g_ue !beiro Eduardo de Andrade Pinto.
merecem todri a conflnnça e sem cujas opinioes Nada tenho que dizer a este proposito,sentmdo
eu não darei um passo. (Apoiados.) unicamente não ter os recu.rsos de S. Ex. não
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 15:59+ Pá gina 12 de 13
A estl'ada da Bahia ao S. Francisco por ora só cujas cl:lusulas onerosas -vão seado umn a uma
tem prodotido grandes despezns, além dojuro. dispensadas a favor do cootratador, para ter
· de 7 ·;~: Por este e Outros exemplos é ·que tem; certeza de que· na adjudicação dnquel!as -obras =
se mostrado adverso á attribuiçào dada ao go- semelhante ~bU:so não se dará. ·
nrno de conceder a garantia de juros ãs estradt\s Quanto á questão da estrada de ferro de
de ferro e outras emprezas. Paulo Affonso agradece a promptidão com que
Si o nobre ministro da agricultura não póde lhe !oram remettidos os documentos que soli-
canseguir ac~bar com ess:~ crise, procura ao citou. Ant•Jsde enunciar qualquer iMa, d~sej a
menos que o sacrlflcio seja nnico, pedindo de saber que rnedid~s tem S. Ex. empregado
um:t v~z o credito necessario á eonc!uslio da- para restabelecer os negoeios dessa estrada no
quel!a estrada. se!l estado normal. O nobre ministro cujos actos
Tr:~tando de estr~das de ferro, ;•ecle licença apptaudiu~ não se devia limitara responsabili~r
para rMerir-se a uma de que não trata a Hás a o eugeaheiro ~CCllSttdo, devia fazer um inque-
proposta do credito: a do ReeHc a S. Frau· rito com todas as cnuteln~ para descobrir os
cisco. verdaúeiros autores dos escandalo::; deounciadlls.
N:~ discussão do orçamento da av.:·icultura no Desejava ainda saber si as medidas ~doptadas
senado, o Sr. João Alfredo em um aotavel dis- -por S. Ex . em relaÇão á estrada de ferro de
cur~o. levantou accusnções muito ;:;-raves rela- Paulo AJionso, têm produzido algum effcito ~si
tiv:nn•·nte no modo por que se esLão realizando se te:n descobnrto outras irregularidades ~!em
as obr;ls do prolongamento. O nobre senador das que constam do rclatorio dDengenheiro em
denunciou ~raves escandalos que o nobre roi· chefe.
nistro da ag-ricultura, cu.fn integridnde e seve· A propost.1 de credito c-on1êm tambem uma
rid;Hle reconhece, n1io póde deixar de punir. verba para a estrndn do C)mocim n Sohral na
Impressionaram muito ao o1·ado~ 35 palavras iznpnrt;mcin de ~08:000;5. E' informado por
do !lubre ~enador r>or Pern:~mbuco e por isso cearenses conhecedores da· sua província que
peri[UD!a ao nobre miui~tro qa:1/ o plana que ess:~ estr,~da é urna ;mmde inutilidade a nunca
seguirá S. Ex. para pôr um pnradeito a essa retribuid os sacrili~ios que o Estado faz na sua
serie de r,;,lamid:~des que c6e S<Jbre os cofres constra.cc:1io. Para clln, entretanto, caneorretL
do EAado. Elias devem ser allribui das á atlvo· um pensamento g-eneroso e patriotico: · o de
cacia administrativn, que tnnto tem conttibuido soccorrer com o p3o e o ~rabülbo ~os r~tirantes
para desmoralisar os partidos no Brazil. Fol~o -victimas dn secca. c proporcionar á provinci:~ um
aliás de r econhecer que o nobre ministro não elemento rlc pro ~pel'i dnde.
se tem rodeado dos falsos amigos que prejudi- E::se desiderrttllm, porém, não poderã ser ob·
cavam e perderam ~ outros ministros, aliàs lido, pois o trncado da estrada atravessa ter·
homens honrados e dignos de respeito. renos osterôis, i·ochns, que nunca serão opro·
· Apez;1r do orndorter-se separado do ministerio, veitnd:~s pela ng-rictlltura.
por questões de principias quo n~o podia a do· Parece que na decr()t~c-iio dn estrada c1o So-
ptar, reconhece nos JlObres ministros muito brnl cn!rar;1m t;1mbem intere:.ses eleitorae;. e
patriotismo, muita vontade de acerl.a.r, muita ter sido essn e.~trada um:: c~ rt.l de recommenda-
dedie.'lç:io, muita honestidade. Por isso a sua ção. Nunca <lcnnselbará que se arrnnquern.
opposiç5o ni'io é lntolemnle e 1moorttLna, como trilhos bem ou mal assenwdos em qualquer uma
I
seria, >i estivesse convencido de nlguns netos do do Drt~zil, nu~, si a estrada de fe rro do Sobral
ministerio que sigoific{lssem irre~ ul:~ridades aincia uão es~\ co ucluida, não hesita em in-
gr3ves, prejuizos serias para o E'tndo. sinuar a suspensão das obras, até o t1·ecbo já
lílSiste portanto com o nobre míni:;tro da ag:-i· constrnído, tamanhn é n sua co nvic~üo da iJlU-
cult•nn , para que di;:-a â camara onde est5o os tilidade da estn1da.
escandn!os da comtt·ucç;io dn estmêla de ferro O mesmo não di r~ da outra eslr:~d a do Cear~.
de Pern:~mtmc:o, :~s suas cnu:;~s, e_os meios <le A estr3da •le ferro de Baturité ê urun construc-
reprimi J-,,s_ Es1fl cerf.o de qoe o nobre ministro di.o que já prf>[)orciQna vantngens ao Estado e
h a de m:~ndar proceder a um inquerito sobre inoiores darâ quando estiver terminado o r:lmn.l
tudoJsso. · que o nobre 111inl ~tro mandou construir. Tem
JiJ teve occasi:io de applaudir o neto do nobre ouvido a idén de !'er tr~nsferida .a propriedade
minisLro que indeferiu uma prctenç5o rcl:Jtiva dessa estrnda p~ra ~.lguma compauhi~ ou cm-
:i. con$trucçiio de 300 kilometros d~ estrada de preza particular. Reeeiacon•:eder semelhantes
ferro do Rio Grande do Sul pela quantia de autol."izuções ao governo, mas n5o duvidará
!0.000:0004 e coUJ vantagens illusorias para o d31-as mediaate condições. Em todo o caso é
Estllcl:J. Assim procedendo, S. Ex. colloceu o decididnmente contrario á transfer<mcia da es-
-- ·Interesse do Estado acima de todas as canve- trada com g3rantín de juros .
ni.:ncins ptH·ticulares. A propJsta inclue tambetu um credito pnra a
Eslá, pois, cel'to de que nssím como S. Ex. canalisac;.âo das a!!ur•S do rio Mendanhn. Essa
acautelún os interesses do Estado nague113 canalisação é deslinada 30 novo M~tadouro em
pr eten~o , saberá acao.tdal·os do mesmo modo constt·ucção, e assim parece-lhe que o credito
na appliMção do credito qne pede para a estrada deveria ser pedido pelo ministerio do imperio e
de ferro de Porto Alegre a Urugunyana. O não pelo da a~r.icliltura. A proposito do novo
nobre ministro ha de abrir a concurrencia com matadouro diz. que. prP.t..nde visitar as obras em
tod~ s :1s garanti~s para o Estado e p~:ra os con- andamento afim de verificar as informações que
tratantes, arasl.ando os afilbados e os padrinhos. tem lide> a respeito de!las. · -.
Confia no nobre ministro que conhece melhor Pede tambem ao nobre ministro da ngricul·
do· que ninguem os pormenores desses contralos, tura informações sobre o es tado em que se acham
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16:00- Página t de 1
P~dreg~lbo. Desde a dts~ussao do credtlo pe- so~rns d~ .rec~it~ dos meacionndos exer::icios,
.dido pa.a aquell:~. olmt,. n:~.o .tem tratado della j} c, ·na deCtclencw deslas pur meio de o;.lcracõe>
nota que a questão torn~ a ser agitada na im- de credHo. ' · · ·
prensa. · Art. 3. o Ficam revogadas as disposiçu._,s em
Nesta, como nas ontrns questões de que tem se contrario.
occ.upado, não é i~spirado por interesse ~l~um S::!a d~s com missões em 20 do Outubro de
poltttco. Qllando rccla.ma do f!OVerno med1das tSSO;--.Ruy Barbo::a.-Joaquim. Serra.
quo melllotcm o servtço publico e acnutelern
os intúresses do Estado o n fortuna publica, não Reàaccão do pt·ojecto 11. iOO-de 1880
é leva1lo JIOr cspirito de OJlposlção. I nspira-se •
no interesse da p~tria, que unico deve preva- A assembléa geral resolve ;
lccer em taes assumptos. · Artigo unico. O meio soldo qne eal!e ~ D. Frnn-
A canclisação da agua a esta capital lnteres- cisca .Pereira Gomes e D. Victorina Percw1 de
sa-o como representante da nação, especi:~l- Campos, como filhas legitimas do finildo coronel
mcnie como represcn!anle do muuicípio José dos Santos Pereira. lhes s~rá.:J tJon.ado desde
neutro. a data da morte do mesmo coronel ; rcievudas
Os incide:atcs que oecorreram no rcservJ.torio assim da }Jrescrípção em que Hnlwm incorrido ;
do Pedregulho provoca~·am desde o principio revogadas as disposições em contra1·io.
toda a suo att~'lçiio e teve o~casião de discutil-os. S:1la das com missões em 20 de OuLa!Jro de.
Hoje pede n :n•os esclarecimentos ao nobre nli· iSSO.- J . Serra- Blt!J Barboza.
nistro da .ogticultura.
Concluinclo, declara que não subiria. tão repe- Levanto u-so a sessão ás .1 f/.2 horas dn t:~rde.
tidas vezes á tribuna si não estivesse eotlven·
cido de que cumpre um dever nas recbmações
que dirige ao governo. E' guiado ness~s dis- &eta em 21. de Out~bro de iSSO
cussões pelos grandes interesses do paiz:, a sua
prosperidade e progresso. Pll.ESIDE!~CU. DO SR. GAVIlO l.'lliXO'iO, 3. 0 VIC3·
A discus~ão fica adiada pela hora.· PRESIDENTE
O Sn. Pm;sJDzruz dá para ordem do tlia 21: A's 1.:1. hotas da numhã feita a ch~mada, acha-
Votação do projeclo .n. 137, em 2.• discussão, ram-se presente os Srs. Gavilia l'ei:l:.oto, Al-
relativo ao credito concedido M ministerio da ves de Araujo, Cesario Alvim, Ignacio M~rtin.s,
marinh~ .
Lemos, Sergio de Castro, Fr,mco de S:\, Abdon
M.ilan~z. Souza Andr;~de, Almeida Barboi::~, le-
Discussão uuica do projecto n. HS concedendo ronymo Sodr é, Costa AzeV'edo, Jeronymo Jar.
licença ao desembargador Paula Pessoa. dim, Sernpbico c Tavares Belfort.
Continn~çiio da 2.'.discussão do projceto n. 13* Compareceram depo(s da chnmnda os Srs. Sal-
e discussiio do de n. 135 concedendo creditos ao dantla Marinho, Americo,Liberato Barroso, Ioa-
ministerio da agricultura. quün Serra, Sin.Yal, José Basson,'fbeodoreto Sou-
3.a dita do de n. 90 sobre a navegaçllo de to, Viria to de Iltedeiros,1loreira Brandiio, B~zerra
New York. Cavalcanti, Buarque de i\Iaccdo, Galdino das
2.• dita do de n. i33 concedendo creditos ao Neves, Ulysses Vian.ua, Souza Carvalho, Espin·
ministerio do imperio. doia, lUbelro de Menezes, Almeida Couto, Bul-
t.n di ta !lo de n. 237 sobre privilegio para
cão, Ferreira de Moura, Rodolpho D:~otas , :Mar·
um novo processo de prep3rar cat·ne ver de. colino Illonra, Znma; Prisco PHaiso, nu y Dur-
boza, llortade Araujo, Andrnde Pinto, Bnplista
:l..n dita do de n . r. A sobre desapropriação de Pereira, Bezerra C.e Menezes, Aususto França,
terrenos parn estradas de fGrro. Joaquim Breves, Martinllo Campos, Affonso
As maLerias dadas pm·a ordem do di:~. iS Penna, Lima Duarte, .Mello Franco, Theopbilo
deste mcz o :~inda niio discutid:~s, acresecodo o Ottoni, Leoncio de Carvalllo, Martim Fr:tncisco,
projecto o. !IS A ~ ulorizJ.ndo a cxploraç5o de !liartim Francisco Filho, :&foreira de Barros, Ole-
varias rios. gario, Sigismundo; Mello e Al~'im e F:~bio Reis.
Fatiaram com pnrlicipação os Srs. Ar~g:lo
c !Icllo, Aureliano Magalhães, Bellrão, Borros
ReàacFfio ào p;·ojccto n. 60 A ele iSSO Pimentel, Barão da Estancia, Bar~o Homem de
:Mello, Camargo, Candido de Oliveira, Cost~ Ri-
· (Emendas do sea<tdo) beiro, Esperidião, Freitas, Nogueira Accioly,
Fronco de Almeida, Frederico de .<\lmeida,
A asscmbléa geral decreta: Fran.klin Daria, FranciSco Sodré, Fidelis Bote-
Art. i.• E:' aberto ao governo, pelo ministerio lllo, Hdefonso de Araujo, Joaquim Tavares,
da agricultura, commercio e obras publicas, um Iosé Marinnno, João Brigido, Lourenço de Albu-
credito extraordinario dB l.3a~:4.831$~70 nos querque, Macedo, llalbeiros, Marlanno da Silva,
exercícios de iSS0-188:1. e i88i-i882, para os ~lanoel de Magalhães, Pompeu, Pedro Luiz,
tr:~balhos da em.:~ncipação da~ colonias do Esta· Rodrigues Junior, So11to, Soares Brandão, Si!·
do,.podcu.io o governo d~spender todo o l'efe- \'eira de Souza e Visconde .de Prados ; e sem
l'ido credito no pl'imeiro uos mencion:~dos cxcr- elln osSrs . .Antonio Carlos, Antonio de Siqueir~.
cicios ; Dcnndo prohibidD o. fund~ção de novas Azambujll hfcirollcs, Abreu e Silva , .Belfort
colonias civis por conta M Eslado. DU:Jrtc, Carlos A1I'onso, Corrca 1\abello, Couto
To:~~o Vl .-~4.
c â"nara do s OepLtados- tm rr-e sso em 2 7101/2015 16:00 - Pág ina 1 de 1
Sess<'io em ~~ de Outubro <le 1880 S:ío lid~s e :~pprovadas :ts ectas do dia 20 em
diante. ·
PRESiDEi~CU. DO SB. GAVIÃO PEIXOTO, 3. 0 VICE
l'BESIDE1'\TE
O Sa. t. o SECnJ;:-Únw dá conta do seguinte
Art. 30. O pedido de uma patente deve ser vencer. .Art. 37. Os acquir~ntes de uma p~tenle ~pro·
precedido rio deposito pelo prticionnrio, no ar- veitarão do pleno d•re1to dos cerLJfiCildOS de
chivo publico, em involucro fechado..e l<~crodo: complemento, 011 de redueç:io. que forem olle-
i.• Da del<cripção da invenção ou nova desco-
bertA e nperfeiçoamento; riormente d~dos ao conc~ionarío, e reciproca-
i.• Dos processos. methodos, pbntas, dese- mente este terá o mesmo direito em relação aos
nhos, modelos ou amo~tras necessarias para a :lequircntos, salvas :.s convençi:ies em eonll'ario.
inLel!igencia da · de.~criÍ)t:.lío ; · Secgiio 2.>·
3.• De uma relação exacta dos objectos depo-
sitados. · Da licença obrigntoria
.Art. 31 . No pedido deve constnr: Art. 38. Depois de dons sonos c meio nos
:i." .A qalta~ão da taxa .fixa; pri~ilegios lle cinco annos, de cinco annos DQS
Tomo VI-fS.
Cãnara d os oepllados - lmfl"eSSo em 2710112015 16:01- Página 7 de 31
privilegios de tO annos, e de sete annos c meio jornaes, cursos publícos, exposições e collecçoos
nos privi!egios de f.:S annos. o conccssionario de impr~ssa,-, de maneira a se torn:1 rem geralmen-
um~ patente póde ser obri~ado pelo governo a te conhecidos, não ~preSilntando o inven1or no-
dar uma licença :i pessoa que oli~reça serias ga· vos elementos M sua invenção, e sendo o co-
ranlias, para a exploraç3o da invenção pri· nhecimento completo nos det.alhes indispensa·
vileglada. veis p11ra a execução;
§ L• A licença obrí:ratoria não terá logar b) Si nas patente~ tle importação a publiCa·
sem a determinação p,révia de uma r•!nll3 pro- ção das e::pecificnçlies e de~e nhos não resultarem
porcional ao tempo da· expiora~ão, em favor do exclusivamente de uma prcscripção legal.
concession:1 rio. . 11. Qunnto á publicidade pratica: ·
~ 2. 0 A licença obrig:~ toria poderá ~er_ es~
belecida desde o começn do prazo do pnvJ IO~I O, a) Si a patente já tiver sido concedida para o.
si se verificar que o concessionario o explora mesmo objecw no esar~ug~:iro, sah•o o direito
tóra do paiz. de import3~ão para o inventor, e o caso de ha-
ver o eonccssionnrio estrangeiro abandonado,
Secção 3.• ou decahido <lo privilegio;
Da expropriação b) Si a t•atente j á foi concedida para o mes-
mo objecto no paiz, salvos os casos de nullidade
Art. 39. Tod~s as patentes podem ser expro · e cadncidaile passados em j ulgado;
pdailas na fórUJa dns leis vigeutes. c) Si a invençüo já.foi explurada no paiz ou
CA.PlTGLO VII no e~trangeiro.
Arl. 4-5. Não se reputa cal1lda no tlominio
DA C()M:IfONICAç,i:o E PUBLICAÇÃO l>OS PftlVILEGIOS pulJlico uma invenção pelo facto de usal-a o
inventor re<Jl por si, ou por s~:~u s empregados.
Art. 6,0. (Como o~ IJ,.• drllxrt. 3.0 do p,·niecto.) dentro do anno que precede o pedido.
Parngrapbo unico. A publicoç:io será cumpleta Art. (1.6. A publicidade anterior, si remonta
e exacta, sendo feít.as <~S d·· St:riJ,çõ~s sepPrada- a m;âs de vinte ao nos, não il liúe o caracter de
meute e por ~e ries, gratuita~ :~s comrnunica - novidade da invenÇ;io, suho o caso de um pri •
ÇÃ'i es e muito modico o prec;o das có t·i ~s. vilegio extmc1.0.
CAPITULO Vlll Art. Q.7. O conhetimento anterior fraudulento
não priva o inventor do direi l o de pedir pateate.
DO Dll\:tl'IO DO~ E STU.\NGEll\OS Art. ~Ltl. No caso de a n11Uila~ao de uma pa-
tente pelo motivo de ser o obje.cto privilegiado
Art. 41. Os estrangeir"s que obtiven!m !la- no e.x lerior, si o peti eionari o é inventor, pôde
tentes de invcnçi•o no pai1. tlc.~m sujeitos ás revolidal-a cemo pntentc ue importaç$o.
mP.sm~s obrig~çõcs, e terão os mesmos direit.os
que CIS nacionue~. . SeC}iio 2.•
Art. 42. N,·11huma putenle poderá impedir o Niío in dustrialid;;de
uso de uma imrcnçilo em nm Davio estrangeiro,
SillVO ~i fôr de!:tinad:l á falwic.1~·1io de mcrca· Arl. 49. E' ainda nulla a patente, si o seu
dori~!;, que ten lwm de ser vendidas ou expor- obje~ito não tem ~pplica~ão pratica. industrial,
tadas para o cstl';mgeiro, na forma do art. ~5 ~ 4. o
Arl 43. u i tl\'en ror, sejo IJ::IDl fôr a sua na·
cionalidade, póde ra:r.er ~~l·nntir no paiz os Secçffo 3.a
direitos d~ sua patent.~ obti~:'l no estr5n:Firo,
depondo ~o mesmr> tempo o seu peà ido 1111 noto- Offensa á ordem publica
rid<làl~ tt' JTitorial e no cunsulado hr:~zileiro, si Art. 1)(), E' nioda nulla a paten te, si a inven-
convenções \liplomaucas tiverem e.~t:Jbclecido ção, nova descoiJerw, a}JI:rfeiçoumcnto ou appli·
reciprocidade J?ar<J <Js ~tentes ])raziJeiras. caç:io é JeC<.Jallecilla como c outJ~• ria á ordem, á
CAPITULO IX segul'auça IJU á ~aude pul.Jlicu, uos bons costu-
mes ou às leis do 11aiz.
!)AS CAUSAS DE NULLlll..Hll .il CAl>UCID.~I>8
I>AS PATENTES Secção lj,,"
Sec.cão '1.' Vicio du descripção
Da fal\11 de novidade Art. 5i. E' <~inda nulla a J)<ltente;
Art. U. S.io nullas e de nenhum elieilo as L• Si a desc rip~io junta no pedido não é
l)tltentes conce<iidas, nos seguintes casos : sulllcicnte ou é ex.ccssi va de maneira a tornar
. § L • Si a in<Jenç$o, descoberta, aperfeiço:i- impossivel a exccuçf1C1 ;
mento ~ sua aptJlic~çuo não é nova, e era isso :.!.• Em ger..l si · n descrip()~O é intencional·
sabido pelo conces~iuuario. mt~nte contrnria á Yerdadtl, occulta mataria
A ~ublicidade no p:1i:t 011 no estr:mgcit•o, c~sencinl e dí~simula ruodilicações e aperfei·
an1er1or ao !JPdido da patente, destrôe a Jtovi- çonmentos descoberlos ~o tempo da concessão da
-~tcnt.c.
dade, verificadas ~s seguintes condições:
Art. 32. SI 3 iavcnc:io é Impossível de roa-
I. Q11:mto ú publicidodo theorica: lixar ou si o pelieionario reclnmou arti~oa
a) Si especillcações completas e desenhos ex a- ou cousas de que não era realmente lU·
·ctos do objecto forem produzidos em obras, ventor, póde no primeiro caso reuunci:~r lnte·
C~ ara dos Oepltados · lm(l'"esso em 2710112015 16:01 . Página 8 de 31
li.0 O que oceultar 011 scientemente vender, no Niio t enho, ~ uhores, o babHo da injuria, nem
expuzer á vendn, 0 11 introuuzir no territorio possuo o talento de congregar no vocabulario as..
brazileiro um ou mais obj~ctos contrafeitos. p·,lavras mais uffensivas e pungentes, pato~":>.rre
Art. 68. Ser.i punido com prisão simples de me~>a l·a s ó ra~e dnqueile~ com quem disr.uto.
tres Illt'zes n uo1 anuo: Nem j;1mais hei de adquirir semeln:mte t;IIento·
l. • O qut\ dolosnm~nte imitar patente;; con~iderando·o, como considero, a menos iuve-
albeias, de modo que possa enganar o com- javel de todas as habilidades. Emb or~, como-
prador; todo hom"m d~ honra e de brio, esteja ~em~-
2. o O que no mesmo intento e uns mesmas pre pi'Ompto n aceitar todas ns lutas sem nunca
condições uMr de p3lcntes imitadas. tJrovoc~I-<Is; todavia M porfia dos conv icios e
Art. 69. Além d11S penas de que tratam os ur- dos vituparios ninc-uem jám3is me ter<í por an-
tigos antecedentes, fica, em t\Jdo o caso, ~ara•l· t:I!!;oni8t.1. Não di:oputarei, pois, a pnlma ao
tido ao,; prl\jUdicados o direito á jtts t:~ satisfação nobre clepulado, nesse terreno . E ~i para man-
do dan1no, que será etrectivo nos termos da. !e- ter-me neste proposito não existissem poderosos
gislação em vigot·. . incentivo ~ no meu proprio eoracter , n~ minha
Art. 70 . A requerimento dos mesmos 11rejn- propria indnle n un tenrlenein ~rer~lmPnte n1a~
dieados não se dará despacho nns al fandcgns nifest;ula de elevnr no nosso tem IJO as di~c ussões.
a productos estran~eiros contrafeitos om detri- pal"lamentarcs a uma altur.1, em que ~ó impe-
mento de t>atentes brazileiras, m~s não se po- rem as nobilissimas inspirações da verdade, da
der<.\ fnzer o seu confl,co, applicando·se ao caso justiça e do patl'iotisma, d1ws eircumstancias.
os nrts. ~Oie U do decreto n. 2.682 de 23 de OuM bnstariam: ~' no~~as idndes dispares, e a ausen-
tubro de i8!5 no que fôr cabivel. cia do nobre deput:~do neste momento, que eu
Art. 7L Fi com revogadas a lei de 28 ele Agosto sincer:~ mente l~m ento, ma; qua ni10 póde im-
de !830 sobre privilegios, e todas as d.isposir.ões pedir as ex:plk:~ções que ve .. ho d~r. e deviam
em contrario. · app3recer, tão depres$a me r~sse hctlfl erguer a
S· .,.
~.
palavrn neste reemto, depots do discurso de
S. Ex.
S:1la das sessões em25 de Outubr~ de 1880.- f Tambem niio vt~nbo, Sr. presidente, agitar de
Tlte~d01·eto Sm•to. novo a já tãa debatida questão da compra e
· . •.__ venda di! caf~s, como meio de efTectu:1r a re-
~ Sr .. Car~os Aft'"onl!l!o --~r· pre~t messn de funrlos pubticos para a Europa. Eu a
den.e,_ pedL a. pnlavra P.~r-a re4uerer 3 c~o!ara reputo cornpleramente elucida•la, e o Pll'Zem per·
dez mmutos de urg.e.nci<~, afim de dar expl1ca: f~ito estudo de julgal -o com pleno conhecimento
ç~es de caracte.r plllllcular, que reputo da ma1s de causa. Ella a muito pouco ~e r•·duz.
urgente n ecClssulade. V. Ex. bem o sabe, Sr. presid-·nte; a causa que·
Consul tada a ea.mara decide pela affirmntiva em nosso prejuizo detcr111iua sem,.re con$ide-
d ~pres.>ào no cambio, coot· a to;l•ls os
O Sa. PnESTilE:.XTE observa que, pelo regi- ravel principias e previ~ões da sciCncin e•onomica, é a.
mento, as urgencias são concedidas }>ara o dia uecessid11de em que se acha cooscicuiJo o go -
seguinte. verno, de elfectuar em certas e determinadas
O Sr.. CA.ntos AFFONSo declat•a que pcditt ur- épocas avultadas remessa>; de funtlos, p~ra oe-
gencia para lloje. . . correr aos compromissos do E~tado JW praça de
Londres c outrns praças dn Eurona, Mm ter pnn
O Sll. PnESIDEr>'IE á visla destn declnrarlio,con- isso outros meios alêm da acquislção de c.?m.biaes
sulla de novo a cnmara, que concede n urgen- cujo preço então lhe é imposto, :\ sombra da
gia para hoje. dura lei da necessidade.
O Sr. Carlos A.ft"ooso:-Sr. presi- manda O cambio estava a !8 ·! /8. Snhir em de-
dente insisti em que -me rosse concedid~ a ur· de c:~mbiaes nessas cil·cum st3 ocias~
gencia para hoje mesmo, por que, ao terminar er::r imFor desde 1ogo um prejulzo de cen·
as poucas pal:1vras que me julgo no dever de ten:~rPs de contos de réis :J.G the~olll"fl e den-
profe rir, terei de dirigir ã camara novo pedido tro em pouco os mais onero:sos, os mais· pe-
(!e urgencia, para q11e se possa desenvolver e sndos sao::rificios á iudustria, ao commcrcio, ao
t erntill":lr· deVIdamente a discussao ·que ··neste pniz inteiro; !lOrque a consequenda inovitnvel,. .
momento venllo provocar. infallivel, como jã tive occJsião de domouslmr,
seria ainda maior queda do cambio. Nessa ~!ter
Sr. presidente, é esta a L~ sessiio n que me nativa o ministro da fozenda lembrou-se de-
é dado comparecer depois da discurso aqui pro- effectunr a rl:'me~sa de ftmdos, qne não podia.
ferido no di:t :1.3 do corrente mez, por um dos adi~r, por meio da compr~ e venda de café por-
noilres .deputados da província do Amazonas, conlll do Estado, recurso le:!Wmo em r:~ce da,
com referencia á ailministrnção do ex-ministro lei e Iorgamente praticado por muitos de seus-
da razenda do g11binete 5 de Janeiro. Acredi- antecessores , como referem os docnmentos
10-rne, pois, em tempo perfeitnmante util, p~ra officiaes.
apresent:~r contra al~uns topicos desse discurso Senhores, o procedimento do nobre ministro
·cert.:ls reclamações e protestos, que considero foi díctadop&las melhores iatenções. (Apoiados.}
imprescindivP.is e in:tdiaveis. os meios de que S. Ex. lançou ml!o nnda têm
. Não .venho, Sr. presidente, retribuir M inve- de ccnsúrnve1s ou reprebensi~ei~. O honrado
ctivas e doestós· que o nobre deputado pelo Am:I.- Sr. Vi ~CQnde de Figueiredo merecia plenacon-
zonas, tão c:~lculada e tt·o:~balhos~mente acumu- liança do governo.
lou cantra a pessoa do ex-minístro da fazenda. O SR. !rloRBIBA DE BA.RRos : - .Apoi~do.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:01 +Pá gina 10 de 31
O Sn. CAntos AFFONso:- Cómo ~gente do tranquillamente, para nella assoprar com toda
governo na compra de generos, S. Ex. já h:wi<~ a força de seus pulmões, a tubn destinada a
pre6tado os mais importantes servi~usa diverso~ cele!Jrnr os proprios trium[lho•, ou si o jul~
gabinetes_ Tinha em seu 'POder GU recebia-as, no garem conveniente, contim1arão a dizer que
thesouro, gr~n.des quantias pertencentes ~o !!:s· não aceitam os seus con::;elhos, nem DS suas
tado. E as~im como o governo, obrig~do a f<1zer doutriO<lS nem as as suas conclu5Ões; e que o
remessn de cere~es p~ra as provineiDS assol<Jd~s ex-ministro da fazenda, acreditando ter ])J'es-
pil3 .•êec~, muito licita e le~itirnamentc pôde l:ldo serviços fP!evantes ao paiz (aptAados), não
encarregai-o de os comprar e remetter, do vem pedir bi1l de illdemnídnde, ru~s o reco·
me>mo modo, entendendo conveniente com- n het·imcnto desses serviços. Não pede indultos,
prar e remetter c:• fé para ~ Europ~, podin com- quem julga te1· t'nereciilo applamos.
melter·lhe a incumbcncia, que o honrado vis- Ponho :tssim termo á esta q11estão c passo a recla-
conde tão bellamt•nte:desempenhou. mar conlrn dous to picos do discurso do nobre de·
Mas o nobre deputado prlo Amazonas encheu- pulado, ern que S. Ex. referiu-se snrca~si\·a
se de indignaciio e de colera. Nesse pNcedi- mente á minha pesso~e ã do Sr. ex-ministro da
mento que aH:is já dou e dará os melhores fazendn. Um pede ligeiros reparos, o outro re·
re~ultados; S. Ex. vê não sõ grandes prejuízos e clijma contestação formal e completa.
immeu~os perigos, mas um e;cnnd:o!o, um Começarei pelo menos imporumte. Referindo·
crime, uma fraude, um allentadc monslmoso ft! se á millua humilde iudividuulidadc, disse o
O Sn. 'IIL\:nT:m FaANcrsco:'- No senado fize- nobre depulDdo (lê):
ram completa jnstiça ao nobre ex-ministro. • O Sr. ex-ministro da fazenda nlío podia
all~gar sorpreza pelo meu discurso.
O Sn. G.>.uLOS AFFllN>o:- Mn.• em que senhores, c Eu cont~va com ~defesa, qne era muito
e porque'i'lt P.orque o nobre deputado prelend~ natur<tl, e lunto mnis não o podia estranhar,
que o dinheiro emptegado era dBstinado á secca quanto preri\ni com vntecipaç5o, a pe~soa a
dO llOI'lC. lll<tis competente, do que tencionava fazer.
Não na, Sr. presidente, um dinheiro pora a • Dins antes de proferir o meu dis~urso .. cem-
secca d~ norte, ·e um dinbeiro ptlra a inun•laçlío muniquei ao meu collega, dístinclo inu~o do
do sul, como não ba um pora p:~gar o sóldo elo sr _ ex-1ninistro ua f~zeuda, que estava resol·
- exerci ia e outro para o ordeaado dos magi~tr<t~ vi do a tratar da questãG do café e que pedia-lb.e
dos ou o su!Jsidio dos r~presentautes dl n~çiio. que se informasse de S. Ex:. e se munisse qe
Todo elle é um só, o dinheiro d•J Estado, o di~ tudo quuntQ fosse preciso pnrn explicar e de-
nlleiro publico. A. differen~a das verb~s do fender o seu neto.
ore.amento não importa divi'iãO de maços üe O Sr. Co~ta Azct>ed&:-Pron grando leal·
notas ou à e punhados de moeda. Tem por fim dad.:. (Apoiaclns.)
unico limitur DS quan•ia5 que o :;overno é all-
toriJ.ado á despender, na sati~fação das !livers~s. • O St. Saldanlta llfa,.inlw:- Já vê V. Ex.
necessidndes, dos .diversos sel'VIÇOs previstos n~ que ::t sorprczn que foi alleg:1du quer ~~]ui, quer
lei. Or:1, dt·l:'de que o orcamento consign~vu as no sen~do, niio tP.m rnzão de ser. Não sei quan-
qu~n\!as que tinham de ser remettid~~ para o tos pr~tic~ri~m o mesmo, mas sei quo cumpri
estrangeiro, uma vez que não exced.esse o limite o meu d~ver de leald:•de, •
fixado, o governo podi:l fazer a remessa do motto Ne~te ponto o nobre deputado pelo Amazonas
porque o fez, ou pel~ Iiiün.-im commum rla en:<auou-se redondamente. Ning11~1n ullegou
eompl'a de cumbines, se ell~ nua ofl'erecesse os sorp1·eza. Nem no discurso quo aqui proferi,
maximos inconvenlP.ntes t:mL~s ve1.es not.1dos. nem no (lbcllrso proounci::~do no ~en:,do pelo
Onde pois, o delicio, o atlent.1d0 que o nobre conselheiro Affonso Celso podeni S. Ex. apon-
deput~do tiio osperamenle prufliga, onde a in- t~r um só trecho, um só p!lriodo onde di-
fracção das prescripçües da ort;amenta? recta 011 indiret.:l:uuente se cvl:!tenhn n allegaçiio
Si sineer~menle S. Ex. :>credila na culpabili- de ser preza. Pelo contrario, a maneir~ por que
dade do octo que argur;., na r•rocedencia de seus me enunciei nesta cam~ra exclui o es~n allega-
argumentos e suas provas, si é criminoso o flr~ ção. Com~cei dizendo que o discurso do nobre
cedimen!o do ex-ministro, temos leis e juizes, deputado era de bn muito esperado o que S. Ex.
estamos em presença· rlellei e sem de tença,- partt elle Ion;ramente se bavio preparado, com
cumpl'a o nobre depul:Jdo o seu dever, prvmo- grande nntici]l:Jção. O nobrü deputado, p~rtanto,
vendo o punição do culp~do nos termos re- enganou-se. Nem nesta nem na c:~mara vitali'-
@lnres. E' este mesmo o reci-nto onde se faz ci:~ se fallou de sorprec:a.
effecliv.a 3 responsobflid:1de dos ministros que . o SR.. COST..\. A.Y.EVRD0!-0 que importa saber
delin9uiram. Deixando de e:rercer esse direito é si o preveniu de que in fazer o discurso.
que e certamente um dos mais importantes, O SR. CAntos AFFoNso:-0 nohre deputado at-
que a Conslituiçiio lhe coof«re, o nobre· dep11-•. tribuiu-nos essa allegação que não fi:l!.emos, como
tado revela clllramente gue não confia nos fun- recurso de tribuna, para achar aquill\l qtle os
damentos de sua aceusação. Entretanto con- me~tres da or~toriachamam uma transi~o, afim
1intí3 a ~preg!Jar que ell~ é esmag11dora e ter- de poder referir o que entre mim e S: E:x. se
rivel, es!á cabalmente prM·ado. e colloca. o ba via passnilo. . · - .
ex-minislro sob a soncção da lei ou na necessi- De feito, Sr. presidente, eu me aebavajunto
dnde de pedir um bi!l de indemnidndeU á mesn do S1·. director da secretaria daeam:~ra,
Pois bem, senhores,n seu tnrno, o ex-ministro quando o nobre deputadQ, ~o retirar-se, linda a
da fazenda, seus defensore~ e amigos, Oll dlli- sessão, dirigiu-se ~mim e fez a communicação.
nrão que o nobro deputad• ossim empunhe de que reza o seu discurst~.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:01 +Pá gina 11 de 31
o f:Jcto, Sr. pre~ident\', é verdadeiro o para ) O SR. CARLos AFFoNso:- Nuda disto, porém
elle b~·p:ecedente na hístúri~ ou na tradi~;i\o 1 eu I!Odía di~e_r ~o n~bre depntHdo quando s. Ex::
eecle> w~uca. V. E:l'. sabe que um famoso a •••llll se dmgm. Era meu dever nno diminuir
:principe da G<•_l)adoda, que a ig:reja canon iwu illltf:lS ene;.~~ee~r a irnportancia do oiJ~eqnio quê
e 1oda a _clm~tand3de adnJ•ta . como Jlúlt·o.uo mmto e>J•Ontane:~met}le S. Ex. vinha prestar-
~n. e<~vall:' r~"' encuntr:~~do um d1a o seu ma10r me. Sou rorç:~do_a d1~:el-o :•gor••, p:1rn que não
lUIIDigO , merme e tmmerso em prMundo se supponha que, mtervindo na ili;;cussão. acei-
SOOIPO, :•rrr•mPssnn-lhe sua pmpril1 lanG:I e seu t'~i um p:1pel que S. Ex. me deslimva em vez
escudo, diz,,ndo-lhe : e1·gue-te. homem I . ar- de uesempenhar missão de· hu muito' por mim
ma-te e defende-te que \·enllo !Jater·tc. mesmo escolhida, ~em pedido ou suggestão de
Mns, senhor·es, uma vez que o nobre depu- qn~m,rrque~· que sçJa. . .
tado juii!OU conveni~nte tra.zer ao conheci- ch~"o. ::>r. pres1~ ~nte, ao ponto ma1.s l!llpor-
mento da r·am~•M "quelle racto,b~m a 111eu poz~r. tan.t:e e talvez o U.DICO que me troux~ a lrtbun~.
sou for•;aào a dizer-Jbe quo só na ~pporencia D}~'e o no_bre àeput~do com referencta aoex·mt-
tem elle allnid;J(Jes com o vrucedim~ulr> de n1.stro ilu bizenda ( le) :
S..l,rge n que ;H"~bo de r~fer!r·llle. Primeiro, • No senado n me~ma que;; ti\o foi lev:m t.ada
porqne V. Ex. ~abe qu~ o orç~rnent11-d:1 recdl3 e cotu tl•da u energia, com tlldo o vigor: e S. Ex~
esteve vnnund~clo J.lara a l.lí;:cussão durante re~pondm no;; melho1·es termos, nos tr~nuos os
alg-uns cl1a.<, sen1 que e;;~a dí>eu~sf10 se inicinsse nwis amaveís e <~mistosos. S. Ex. 110 'em• do já
e a comn1unk:•ç:io de que fa!Jou o n:.hre depu- t.•or mais de uma vez tem ,;ido aggréd ido e em
tado,1eve lug-or nu lim da :2.• ou 3." de>~n> se5- ponto de honra e dignidade. e cou1 ameaça de
sõee..SegU11do porqne para mim não crn absolu- 1 provn com docnmemos, e S Ex. tem tido a ex-
tarnezite uma n••vidade ~- inlenç::o que m"ni fes- 1 tr<~Ordinnri:l prudr·ncia de o:d~r-se I
tav:1 o nobre de,•utad~. de _accu~ar o ex-mi- , • 'l.anla p:u..:icnoia pnra uns, e tão precipitado
n1stro dv fAz;·nda. Nno ~D mUltas semana;; de5pe1to pnril outro t •
antes, eu vira S. Ex:. requerer de,:ta tribu- Senhore~, 11esta parte opponho contestação
nn os doeume11tos pnra i~so n ecess:•ri~>s. r:omo formill e terminante aG nobre deputudo. Isto é
um do~ illnstres vioe-presidentes dn camara, falso.
antel'iormente me declarara que, :1 ter de O Su. MJ. R'ilM FnA.Ncrsco : - N5o podia ser
presidir 11 inseri pção para o debal~ da verdade.
r~ceita, rat·-me·hin conomlr logo t'm ~el!llliln ao
~nhrfl !le[lnl:itltJ pelo Am<~zon~•~, Vl~lo qu~ e1·a O SR. CARLOS AFFONso : - Ning-uem ;,inda,
mtcnr;;n.• M S. Ex. oceupm·-se c11m a õidmi- Sr. presidente, no ~enado ou fórad,.lfe, allegou
nistr<~t;ão dv ex·ministro da fazenda C en IneS- posSL\ir ,!ocumentos ~Utl pudessem provar con·
IDO já me havia dirig-ido ao m.m nobre tr;• a bonr<t e dignid:~de do cons~Jhe i ro Affonso
amigo o Sr. Vi,c.mde de l'n.dos e ao illus· Ceb•• de Asi>is Figueil·edo, nem jám;1is _poderia
tre Sr. i. • ~ecretario. afim de 111e ser c<:n- faze 1- o. (Ap(Jiad"s.)
cedid:l n pMavra nessa· discn,:s:1o, caso o no- l5to é fal~o. repito. O ·nobre deputlldo não
bre deput~do tand>em a sollicit:Jsse. Tercriro póde rrovar semelhante proposição; eu o desa·
aind~, ::)r. presitlcnte, porque em n1~nh um no n razd-o. •
caso. em nenllouw hypothe>e. eu podcriu ser Na vet·dnde, Sr. pre~idenle, sô quem não
esseJlome.r.n rtue d<•rmiil de,:prec:ltarlo. Pel11 eon· conl1ece o ex-rnini~tro da fn<•.ndn; só quem a
trano, b!1V1a \lJU tto que est;•Y<t vi;!llante. Snhen- seu re5peito e:< tiver àomin,do dos otlios e ran-
do que o :ir. cr.nsellwiro Afl'onso Cel<o ncahal'il cores de qne fez o nobre deputado pelo A maz:o·
de d~ixa1· a admini~tr:q;~o,e111 uma époc:~ dillleíl n~s. tão t:strondosa m~nifestar~o em s•JU ultimo
e ng:It:Jda.que por outro lado ern \'ÍClinw de odios discurso, poder{t acreditar que a:xgrcdi·\o S. Ex.
de d•·speiLos c r~nc:ol·e~, que peln impetllosi: por serrelhmle modo, so nmettesse ao silencio,
dade _C!Illl que :'UbJt:~uJente. !rrompem. l!em de- sem bJ•adar incontinenti contr~ n c:•lurnnia,
nunctam qu:mtc er••m f3Cets de conheeer ainda sem exi~ir a realiznç~o da ame;~ç3, a pr•)mpta,
qua11d0 se di_s~imul3~.3e, na~ apparcncias da ami- a imn1ediata exbibição dos doeumentos, em
sade, eu mu1to nn1es do p•~tlido de inforuwções nome das leis do pudor ~ d1.1 honra.
do nobr~ d\-\putnuo, muito anles .~a discus:>ão da O SR. MAnTm Fli.ANcJsr.o :-O Sr. conselheiro
receita, muito nntes da abertura da nctual ses- Affonso Celso é homem feito para ~ di,;cussão, e
slio, jã h;tvi<~ aprestado todos os elementos ne- o que é, deve-o a si mesmo.
cessarios para fa7.er a sua defer.~, niio só na 0 SR. CARLOS AFFONSO :-Peço ao nobre de·
que;;tão, que se tem discntido, como em quaes- .putado queira indicnr onde, quan•lo e como
qucr oulrils que pon'entura se pode~sem a~itar, teve logar semP.lhnnte accusa~ão. Peco-o a S.
tanto quanto o perm1ttia a previsão hum3n~a e o Ex:., não em roeu nome, m~s em norne do paiz
conhedmento d"s factos principaes da admini- (apoiQd.·!s), que sem duvida se sentirin hu;nilha-
stração do ex- ministro. êlo, ante a provn de que já oc:cupou uma pasta de
. E na verdade, Sr. presidente, forte dóse ile ministro, já se sentou nos con$elhos d~ corôa o
-d d · homem. que accusadona l'tl3 honra e dignidade,
I:ng~~lll a e tera quem acreditar que para as- tPve oorno unico recurso a fuga e o silencio.
snm1r a defesa de meu irml\G, eu precisav~ do
convite, dos eslimulos daque11es qne preten- (Muito
díarn atacai-o Pda ~e~.) .
mmha. parte, S~. pr_t:,sJd~nte, devo a~-
~ • crescentar : nmguem d•sse JUillaJs que posswa
.
O Sll.. 1tfAllT!ll Fa.'u"'iCISCo:- A defesa era na- documentos contra a honra e _a dignidade do
tural. ex-ministro da fazenda e si alguem o disser,
1
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:01 - Pêgina 12 ae 31
mesmo fim de pedir dispensa de iD.terstieio parn versas daquel!as que eu sustentava; mas qu.e
o projecto ser dado p~ra ortlem do dia de :un.a· pelo quo mo dizia respeito der.l ar:~va ao senado
nhã, e portanto adhere ao requerimento fe1to niio pretendia fundar .novas col vni~s.
pelo Sr. lllartinho Campos . · Em virtude dessa minha dcclur:~çvo, que
Posto a votos o requerimento é appro- talvez se ache exp ressada por Ol\tras p;,Javra.s,
'Vado. o senado votou. a exnenda a que o nobre depn·
lado se referin . Não podia eu oppor-mP. a essa
Entra em unicn discusstlo o projecto n. H8, emenda desde qtle cJJa se :JC!Java de CD Dformi-
concedendo licença ao dezembar~Ja.dor presi- dade com o meu ptnsamen to , que era não
dente dn relação do Pará, Vicente .Pau ta Pes- crear novas colonias.
soa. Ontra observ:u;ão a que se referiu o nobre
O Sn. Pm;:stot:sT& declara que mante\'e este deputado, acreditando que o senado pela fórma
projecto na ordem do !lia, nws que o peticio- por que procedeu inverteu mEeiramenle o pen-
nario r.oi ultimamente :lposentado, como consta samento do governo, foi o facto d e se dizer
do Diario 0/!it:ial, mns que não estava em suas que o credito era destinado não à medidas pre·
- m~ os r~tír<tr o projecto ; a camara é que deve. pal'alorias mns sim ~~ em:mdpnção das ~:oloni11 s .
deliberar . Pareceu ~o nobre deputado pela prnvinci:1 dG
Rio de Janei ro que essa emenda alteravil o pen-
O :ln. !IIAnTINllO C.mPOs (pela ordem), faz ver samento do governo, por isso que esle procurava
que es!D ndo o Sr. deserub :~tgador Paul;t Pes.<Oa munir -se dos meios prepnraturios c não fazer
· aposeutndo, não bnvia utotivo vara lbe ser con. • de,;de logo a emanciPil\~O das colonias.
cedida a liceoca de que trat!l o v•·oj.:~;to . ::>r. pre~idente, a emenda doseuado em nada
O d...r.rPto de aposentadoria M publicado no a lt.;.rou o pensnmento do govetno. Quan do n<J
Diado Of!icial. pro poj:t~ o governo pediu os mdos p:wa rcnli1.ar
Entende que o projecto está prejudicado e as medidas pre p<~ratoria s da emanc ip~,ão, foi por-
~ue a caruara deve ser cunsult~da ne~te sen·
ttdo;
que tle ••utra co usa não carecia. O poder exe•:utivo
tem attribuíc;lío sufliciente parn em:•ncipor ns co·
Consolt.1d:1 a camara, é o projecto considera- loni ~s, não l'recisn vir pedir ess~ autoriz:~ ção ao .
do prejlldicodo. poder legislativo; carece si!l'l dos meios pura
f'...ontinú:• a 2.a discus->ão do pmjeeto n . !3~. re;~ lízar :Js medidas pt·eparator ins, taes como a
creditos do n~iui s terio da agricultura) para ui· construcção de estrados e outras de semelhante
ver;~s verbas. natun·za.
P(lrtanto a mudnnoa de fôrma ou :inle.s a sub-
Vem â mesa, é lida e apoiada a seguinte stitui•;5o de e\:prcssões por parte do senado em
E!IEND.:\ ADDI'l'IVA nada prt'judica o pensamento do governo; pou-
co importa que o scm:1do diga que o credi lo é
Artigo. Hca igualmente aberto um credito destinado ::ís mrdidns pre para tori;~s ou á eman·
sup pl ~mentar de 150:000;5 :i ver!Ja. do § 14 do cipnçào, porque tudo significa uma e mesma
an. 7.• do orçnmento de i880-188l p;~ra ~s cousn : o govt!rnO não precis:wa de :Jutori:l.açi:io
nova~ can~liS<•ções e melhoralllentos das 3CLuae,; espcciill pam emnocivar as colonias, IJastava ter
e esta:, el eci utent~ de novas bicas n as r•1~s desta 05 mein~ para que as medidas llreparatorias fos-
õ capiL<~l. · sem adoptndas. _ .,
· ~5 de Outubro de ·1880.-Libcrato Ba1·ros3_ Vc o lllu~ trailo dcpuli,do pela provJr!CJ:l do
Rio de .laneiro que no fundo a questiio reduz-se
.o Sr. ~uarque «!e!.Ja~edo (mi- :l Uffitl SÓ.
,_ust• o da. a,~,,·t r;u ll t•-ra) : - :sr. ·presrdcnte, o i l- Agora re5ponderei ao que S. Ex. disse em
lustre deputado pela provinda dt) Hlo de Ja- relaÇJIO ao credito que ora se discute.
neiro, que se occupon do credi to em diseus~5o , Par<>cell ao noiJre d•.;put:Jdo que era e-::o:~~erad:~o
fez alguns repnros pelo fnctu de ut~ achar an· a verba pedida para a conservaç:!o do j:trdim do
sente quando 3~llt se discutiu o credito relativo Campo da Acctam:tç5o. _
á euJUocilml(ào uns colonias. ncre,Hiando, :r rue 11 E' possivel, Sr. presidente, que o nobre de ·
.ve1·, cnm inJustiç3 que eu falt~ v~ á collsideraçi•o pulado tenha raúio; m:~s ptdi. ei licença a S. Ex.
d~vida a S. Ex., aiio me ap1essando em res- para dizer-lhe que o seu çonceito não foi :.com- ·
ponder ás s u;~s ob•ervaçêles. panhado de uma demonstraçiio.
Ouobre deputado pel~ [ll'OVincia de Minas que
re~ p onde u a S. E:c disse tudo q o;~ uto er<i ue- A ccm ~ ra eomprehen1le que o governo não
ce:;sario dizer par;l ju:;tilic~r a minba au.&!ncia . pediu u1u credito desta natureza, seuâo firmado
Neste mo:uento litnilor- m&·hei a :~crese~:n tar nos dados e informaÇÕes, que lhe tivessem sido
dua~ obsllnações sobre o; poutos de que se occtl· rumi~trados. ·
pau o noure de1>utado pelo.Riu de Jan eiro Essas informações, Sr. presidenle, foram
_·Sr • .presidente, quando diseuLi o credito a que dadas 11elo administrador do estabelecimento
~e rdiro, na ou tr:~ casa do parlamento, mio que foi o mesmo que o eonsLruiu.
disse de u:ua maneira Lerminnnte e posiliva RP.Ieva notar que tendo~se despendido uma.
que aceilav;r a emenda do senado, provondo a somma de cerca de" rnil contos de réis ·no p~r- ·
JlrObibição de erearem-sc nov:~s colollias civis que do Campo da Acclam·açàó; é dever do go-
d.o Estudo; pelo contr~rio lii ver ao sen:1do que verno procurar munir-se .de -todos os recursos
não m~ julgav3 com o direito de pedir seme· para conservar um estabdeeimento dessa natu·
lba~le medida, por isso que o meu sueeessor reza, por Isso que n5o faz mais do que ronservar ·
_podta em materia de coloniiação ter idéns di- uma propriedade do Estado de um valor crescido.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:01 +Pá gina 14 de 31
reyert~nressas ·p~oprie~ade$-pn-r~ o ~~~P ·Es; par.:i a ~trada d~ ferro d,, Ba bia é aquella que o
tado . Ei!: o que ~ll- p.PdL~ f~zer e queJa 6z: esla engilnh~LN em chere calcllla que· se aqha de
~eJ:ta ~ eo~~urrilnpin publica CO!l! ~lau~ulas harmonia com. os l'ecnrsos de que dispõe o t'.On·
especificadas no · e~!tal QUI:! maQ.Ilet pntJILc:!r. t.rat:tntê e que póde ser empregado de.ntrv deste
Dáni esP.ero qu.e oEsll~do tlfllr.átalvez Uf!ln r~nda exercício. ·
de ~ere:~ ~e ~O:<IPila. por annQ, e no firn do r.Qn· Eis as duas razõas pot: que o governo não-
trato, e&SeS edi!icios que são feL tos, nãn poe um pede destle j~ um credito maior para a execueão
plano ar.~itr-~r.io, mas por Ull! plano pur 'mim das obras até o seu 1e1·mo, acerescen.do que -este
l!P.Provado, flc:~rào per\encendo ao Estado. Creio credito refere-se J!Ure. e simplesmente ao ex.er-
q~e oào ·P.odia tomar 'QillõJ m~dida mais a~rtad01 cicio. •
em relação a este sen•iço. O no1bre deputarlo sabe que a lei e~p~qial para
. ',\ go r~. qU~TIIO a con~ervarão; conto fazel-a o a constmcçiio da estrada de ferro 4a Ba~ia ql)·
melhor ~~ssrrill e pelo menor ~reço \.1mbeu1 cretou um crf.dito de 3.00U:OOO ; annu:1es : é
póssivel; mas eom certeza nà() p ~niSO d~ixa.r tlste credito de 3.000:000S que é limitado na
u.ína propriedaqe de cerca de LOOO :0008 ao tab<~lla ~.do or~ameutt>, a •·St.a s.om:ua quCJ hoje
~bandoo o para eeonomis.1r ao ~:gtado ul;{uns 11eço. e a que jã st~ aclla decrel.lldn na mesllla
côntos"de tei&: é um. recreio publico indispen· tabt!lltl do_ orçamento vig-ente. Estns !'ommas
savél, necessado ã salubridade da ci·lade, e não pt•dida~ não sã~ scn:\o p:.rce~!:is do.""cr~~iw t.l~!l6.-
po~so deixal·o em abandonn. (Apoiados. ) cíal de :i.QOO ·OOl(S em cada anno.
~refer~ v.i:r pedir o credito, dizer ao .Paria· O nobre deputado cha,1nou a min]}a ;tll;etl,<fi~
m~nt(l tudo quanLO se ia g'ltslar, a ped•r um:~ parn (I que Il:l, ·ca,mara dos Srs. senadores expcn·
quotà insi!:rmfica,u~e on não pedir cousa alg-uron, r! eu o nol.>re so;nador pela minna pro.vinci~, Q
~ ~ !!P,o.i s faz~ç aC!ln~~ rv~"~ção pt:la verba even,uaes- -Sr .---eonsel heiro J9:io AI rred1',_ e p_
erl!_q.ytou ·me
~~e um mod,·•. serqelhante. qual ns pruvidenc1as q~e eu pretend•a t•>~ uar e
~r. pre si~e n}e, 9, iJ!uslrado depu~do pela si e:<tava disp_o~t(l a aC,:•bar CO!H es~ es aQy~o~ que
m:o.v:incill d.o. R•o de Janeiro QCCtl!JOU•se de ai , !oram qenunciados por ~.que!le iiiUSlJie se~aqo.J,' .
g'iit'nas ques.~s. dP. grande. impor~mcia para o A cn.marn conhe_r·~ ~ resvostl qu~ dei ao no \ire. .
p~i~, e é ~e f\"leg dever s ·ttlsfaze~ ~s. perg~nt:ls sr.nodorpela roin~a proviócia. Nãq p,reciso lli;r;.el,'
qv,e S. Ex. fez-m..-a honra df. d1ng1r. · que, i1ll0 ollsta nt ~ a dt>f~a que produziu, o
'A. l.• dellas foi rel<'~tiva á estrnd<~ dl! rerr~ da engenheiro em ebefe daqu,ella es~r&:da._ d~qlarei
Babia. S. Ex. perguntou quo! era o pensa- n~ scuadu que to~aria em. ~ud o a cuQsi.Q.erl\tão. o, .
men.to do l,I'O:V~tno, «!Pl relação n es•a e~trada. q11e alli tiuha r~r~ri_do o nobre senad_or·p_ela
·. O.~ensa me nto_ do gover!lll, Sr. presidente, em minh.i .provinCi:.-. Etf~~ival_ll ente ~a~~:~~:i nào só
r.e)ayao :i: estrad-a de ferrQ da Balli~ reduz-se ao que o engenheiro ·~,m c~e fe r~:spon,de.ss~ ci.r-
seguinte : constru.ir essa estrada a\é no seu ter· cunist:wf'.iadamtJote sobre cada uoi dos pontos a ·
J\1,\),, t~lé<!O. S. F~~.ncisco ;_ aci U " ItD~I:l~e c:UmJ•rir que se. referiu o no 11re senador, como recorn·
o ·eentrató que $e acha celebrado para a C(Jn• mende1 ao P.l'•~sidente: de· Pernllmb.uco que, não
strucçàQ ~tê a :\!illa Nova da R:iinha e m_ai~ tarde o1Jsian te o·eonceito que mt:rtJcia ·aqrieiJe, enge•.
pedi:i' Ó necessarió credito para 'levs,r a estrada. nbeiro, nomeasse UID<J CO~l~l.\.ssâ o d ~. inq u.eritO.
ao"'S . "Fi'àilciscO. . .. . . . . .. de pe~soas compet~ntea para_ tomar cun_l).~ci·
·S_i não fosse. este o pe.n>amento do governo, meu to, dos r~ctos ar.ludido!>.. Es,-a com missão está
senhóres, eu :~conselbaria desd~ já !In e se :~ban- nomeada, esse inque•;ito: vai cówe~ar e e~
~9.~a.s.se ~ ~s,ty.l),~~ ~e ~e~~o d~ Ba,lna, (·1p0t9do~) supp!>nho que, não podia tomarc:>o~ras pr~.Yh
J>9rqu~ s.erta u,m erro 10qa~l •fic~yel~ ·sem. JU~tl·. d.en.c~~s ~e1.t.áO. e~tas a qa,~. me tenho r~!cmdo_
fiAAQã,9, faze.l ·a p:tra. r na Se.rnn.ha. {Apn~a- Loll"o que me fôr presenttl es~e inquerito. essas,
!{é.~. ). .!s.sj,m; aco.oteeeria exa. tam~nte o . qu~ informações, ellas ,;erão publicada-; P. Mda um
previu. o nobre d~potado pelo Rio de. :Janeiro, poderá ex:tminar atil qne pu o(o eram. fund,adas as,
ísto é, seria um~ dupla ruina para a Bahia e ar~uiO(jes f~it:is pelo nobre senador 11eia minh~
})3-ta o Estado. prov íncia. .
-~.erguntou - me S. Ex.: si o g!lverno entende S. Ex." rereriu-se no seu di~urso a alg~as.
que d~:ve pr-oseguir nas obras da estr:1da de medidns. que havi:•m aiH si:do àdoptad1.1s na
!~~o - ~a ~aP,~a_, l!~rqu,e ra~ão n~o pede desde. já estr:.da de fçrrode Per_nam.~u~~- ~$Stlsm ed i das
o credito n~sw 10 para es_se. lim. ' · - ni10 ror<~m porem da mmb.a lniCJ&.tiVa e al-gumas
~.nhr,re·s,· "'n":iô. é myste~io o pen.~~mento do dellas, entendend.o com 'int_erpret~ção lle"~ coil,~.
mmlstt·o da agrleulmra em rel_M~f.o as estra_das trnctos celebrados pHra- ~ ex~cu,çao daq,uell~s
@. t~~ro ~n tra.l;ltln~· S.l as.c~mhções fi!lancerras ob1<1~, eu 11ão. me Julgav-a com_b!!s.~an_ltl · auJorl,
do. ~lllj)e.qo pe.r.m_1ULssem sa ttsra~r amm.ll.avon- dade para nvoga l·a~. oeclaret,purem,,_no ~tl n~do
~- , se con~hú•ia;m no m~1s. bre.ve. prazo que nquellas q_ue porventur-a se, achassem. n~
I)Q~.ve.l to~< ~~as_ estr:•das , eu. pediria .o minha · alç:td~ : ·e so~rtl_ ·:.s. q'u~es õi!,... pu:_!les~~
~egJto. necessat10 p:.~.ra execulal·as até. o se11 tomllr nova dehber:~çao, eu o faria. ·
ij!.rp.o.; mas ~.li ~ejo, e.. e~la é. a opiniflo do. O nohre depllrado refrrin-se 'espéêiitlmente ao
~~~r..no, q)le a~condíções. fi.u.anceiras du lll}pt~do preço. de dor.men~;e:; e. r.ecepl,iãO d~gr.ande. quan·
~ g~~:.m~~leffi;, qu.e se faça desdtl já este. t ido!le deste lll3tt>rial. Senho~es. · não eontest;o-
e~~\de.i:av.el: d~wndi9. · que.o. preço. dos dormente~ da· estrada-de: ferr~
~ll! rel;~ção, á, e:.>\)'3~, de. ferno.da, Bahia ac· t.le. Petn<~tnbuc~ sda: muito. e leva&.' ~lllva, .
c.~§Çe um~. ont~:~c:ir,cwns_tanci~ e vem. a. set que. porém, nota c-em. pti~ei r.o . lugar-que este-_preÇO:
~ ~- ~:v.e.. PQdir "QJD crediW senão, que sl'lja foi: con.tratad<~ eni- corj(o.u.r.rencia.p_ uLlic.i. quando:
C9mP~.ti:Yie!~ cç~ as for,ç~s de. q.u.e.dhipõe o. em~ se contr~o.tL a. cons,trucyào, de~ iodas a:~ . mais,.
w;~~.o. A.. ~QmOlíl, pedida, n~~. 'exercicio. obras, . e,q11e. por.tanto. o ' governo-· não. podia,
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16:01 - Página t6 de 31
·desde q~e aceltan os contra~os; fazer madilka~ ~lbo es~ de inteira. harmonia OOlll .o~ pr.inei-
-çoes neste ou_oaqnelle. preço- ; ~ em . S"e.guado 111~ que .tenbo .a"doptado na oonstrurção. de
. ]o~; qne nao é ex:Jeto que .e>ses dormentes obras pllblieas. Jrl.~s cu devo db:er a S. El:: ·
se)a~ eomJ?rados por 1•reço insignificunte 1•ara este.credito por mim pedido não é destinado- àÔ
serem vendtdos por alto preço 110 Est:•do, N~o prolool!amenlo ~~ssas ohras, ma~ Rim ao psga:.
-esses dOr!!Jentes D11S couili~ õe.~ e:ti)!"idas .pelo mento de <'~ra~ Ja Clllltrat:odas e que o fnram em
contrato nao cust~m a~ soanmas a que se referiu concurnlnC•n publ•,~a. Purtanto n•~sta par·te não
·O nobre deputado, elles custam preÇos muito JIO<So.desde já applic~r o conselbo do Mbre dê-
mais elevados. paWtd••; con~e ho •1ue eu aceito; mas prometto
Accres.te que o •m~l'nheiro em thefe•. como é a 1:); Ex., como prnmetto á camar;1, que quando
11otorio e· como con~ta dos ~eus .retatorios, tem se tratai' do prelon)!:~n:ll•nto de s~as obras, eu
rejeitado uma quantidade consideravel d~sses proce•lea·ei em. rouformidade com o sen acer-
.dormt>ntes. . tado aviro : N··Sta parte· o illustrado deputado
Outro ponto a·que se referiu o nobredepa.t:Jdo .fe7: u.ua injustiça a•> mini~\erio: &. E-x. dísre
foi a recepç.'io de cresci4o nu mero de dorment,.s. que os míni~tros ~ram i rrfensos á concurreocia·.
E' exacto qne se m.andon recebt'r um cooside- . E purg,:nt•Ht d e~ois qual era o vensamento
J"llVel numi>ro de dormente~ na estrada de fo•rro do governo em maLeria de~ta nat11rer.a;
d.e Pernambnco; devl•, porém, declarar ao nobre ·
0 SR. FBéiTÀs
dep 11 tad·o ljUA es~e crescido nulll~ro não fui CnUYrNJio:~Ea nio ine re'feri
aceito Além da rejeição de mui Los dormentPs 0 ao miuii;terio actaà!, !allE!í em get;il.
~ngenheiro em r.befe deixun dt' receb er m:1ior O Sn. BuARQU~ DE MAcsoo (mi~istro da i.!J'rt·
numero do 11.ue aqnP.lle que lhe er;l n ece~~:•rio ctlltu nr) :·";;:: A notá qu~ eu tomei foi e>L:I.
t>a.ra .~ f.• é· ~·~. sec~ão.da estrada. Esta ~n~ deli- Eu devo . dizl!r ao nobre d"putado que o pen-
berHçno em virtude da qual' ellenilo d•~n cum- sam't\nto do go.verno é contr:1tar sóm ~ nte em
pl'inilmto 1;ó aviso que· twvià sl410 expedido pelo concurrenrl:~ obrM puhlic~s. ::;. E~. $8be 11t1e ha
ni.t:U digno antecessor. r,·,i por mirn a'ppruv'ada. casos inleitament~ exrepcionaes em que não .é
~á v~ o·_nobre deputad<l que tudo. qne tem por pos>ivel ato rir concum~neiâ. E' o ca,;o.de ur-
fim:.minorar os erfcargf\s do Esta·lo, e· evít..,r g..ucin; é o caso em que o ohje~~tll a fornecer
irre~nJarida des senão abúsns couimd'tidos em c~lnst t llle .·uma es,.ecialillade l:tl quf'l só certo e
semel'ha·ntes sf'IJ'viços, eu o t••nbo feito. determinado individuo póJe fornee~l-o. Com-
Coro · reln,ção·ao pessoal da· estrail.a d!l ferro preheude o nohre depntado· q·ue o fncto de o
de· Pet'n,ambuco, dilvo· d'izer a S Ex: que, não ~ovérno l!Ceitar em regra ti' conc·urrmcia, não
pod·end··o• j;U:l g~r por mim, porque, como já di~se exclue O Cll SO int•ir>'m.mt.e espe~·ial e justiljcado
JiO' senitlO, em materi~S ilesta Orde'm, désde qúe de arfoptar Oprrncirio opposlo j tn~seu asseguro
se tP.tn c~tifi~(i,ça no· chefe do .ser'9:i~.o. e preciso ao uubre deputado t]ne, nós ministros,. nan pre-
que o m1Il1stro·se:rouve· até' certo p·•nto enr suas tendt'm IS fa zer ohras publicas, senão precedendo
informações ; com relação ao pessoal eu zião a devi tia· con1:Urreur.ia·.
jl(j~só pri><!lidel' setir qlie aS respn~ta:> do en:re- o no~re dcvutado oceupou--re·em seglüda com
nheiro eDi. ch·ere e o iríq·uerito venb•rii cüriven- a' e~trada de fo•rrn- rle· Paulo Affoil<o.
eer·me de que realm, nte 11-a alli u·m pe.~l<oal Referiu-·s·e ao· faelo da ter o governo mandado
exeessivo.· A: enusa !JOr que ~empre se acredita respou~áliilis~r a ex:-engen.beiro ·!lrn· .enefe'·i ·e ..
que·. o·pesso.,lé excess•vo, é porque ·s~ ·di z.stm·-· deu n·ent••nder que al;rumas·ouJrrnrrl!gn1a-
plesmente· qne· esse pes5onl é d~stica~o á Hscalí- ridade~ havia de'.que ell me devin· oc~upar . .
sação'das obra~; mas não é.· O· pessoal é-o p~ssoal ~r •. presidimte, o prvcedi:uento que ti ve nos
tecbníco ; é quem' rorn1111a o5' projectos;· é qn~m negoeii)S d~ e~tr·•rla de ferro' de P;1ulo Affonso
dirige ~oda á COnstt'il.CçãO;· lO t{(l· Q· pa r~ pl'Ofi~" era O' que devia·nd<Jptar qo.alquer DIÍUiotfO Jll()~
sional, e M• empt'eiteiros iliio· $âo mais do que ralizado·.· (Apo'aà<>!.) .
Yerdndeiras· roachin':lS· na- construccno d1tsobras. ReL-ebi um rt>latnrio do engeotreiro em chefe
E q111•m cocbece o que é construcção de estr.r- .qne ha .pouco .eu havia· nomeado;·eng-enhl!iro
ªas...de ~err<? .e a, varied_ade de serviços que é de minha eonfi8nça e .de grandes·eredttos,·no
mdtspensavel. ha de reconbecer qüe. si · ba qu:.l- me denu nciava· abusõ~ que por certo não
a~guns. empregn_dos . em demas!a, n~o se ~e po•Ham passar de:<apP.r eebidos: ,
dazer de um:•' díanetra' ahsolu·ta, como se teto Não podia. proreder por outra fórma senã9
querido incutir no aliiriio' da camara e elo senü- mandnn·lo: re.~ponsabilisar aquelles·q-ue haviam
d~· qu.t> aqneiie: pt-ssoal' é excessivo. Mas. ~i o eomm.ettiào tae.~ ahn s~s . . . .· ..
resultado d~s h:~r~~rilnrjões q'ue eu mnodd pedir, . Ass•m procede:ulq trr.o de mlro ~. r~~pon~1n
con_liruJat 11 opmtao do nobre· dep,ntado e·· do l~d~de.que , l'_ll~ ~~tma sa o contrarto ttvesse .pra-
nolire' sena'dcir, aos' qüaes· me tenho referido, 11ca~o. (AportJt!os_;}_, .•.... : . ,·. . · . .•.
acreditem SS. EEx.. que o governo ri5o se· de~- ...N:10 tivll em vas~ q~erer.P.!eJn,dtca~ aos cr~
morará em providenciar. • . . . . - "t11t~ .d~st~ o~· dagn•:lle. iillliVlduo·, .e ser:m~·lía.
· . Rererln-51' on: b.re deputado-á eslt'llda· de·ferro ma, to azr_a ~avel todas.as ~~·ze.~·_que. e'? _ma.n~àr
de Porto·Aieg·re, pedindo ao governo que man- responsab:h~~~- ,u!n.. fun~tO_n~no, ~.uiHtCO .9.Q.!l
·dasse-abrir concurrencia' para a: exer.uÇàfr da<>· e.~~"..; .fune~ol!-~~t,o •se J~~t1fique ,\!.~vHI~~~J?-!e
obt'llS<~·que;· parecen- a s, Ex. ,.era·destinado"esle , (a~~~ad&s ;, ~~ato bf!'i~· porque n~ roaJn~~.'·~~,O.
CJ'editc>; En;•Si tivesse de mandar prose~uir eom va•.tambem a ID!Jralldade publica. f~fuato bem;)
este~credito no priolong~mento das ohras da• ~>s- ·.· Eu não desejo.serião que todos aquellcs·gue
tra~ ~e ~erf? de Porto' Alegre a· Urngu:•y~na,· eiercel)l a aut.oridade neste·paiz ·c.om·pr~tm: com
acena na•mtetramente-. o conselho· do nobre de-· ,o seu ·dever,-seJ~m · bomtons ·dignos e·.mor:•l, zadQS,
putailo,, porque, como·So. .Ex~·sabe:,. esse· ron~· :capazes· de exercer essa•autoridade:.(Aj)(liadot;
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 16 0 1- Página 17 00 31
projecto. Entre os serviços ultimamente pre- cura justificar o seu procedimento, obriga-me
stado~ por S. Ex. ao I't1~ranhão, citnrei, com a um debate em que, confesso, vencedor ou veil.-
louvor, o aviso em que incumbe ao distincto cido, não fico crendo que sou mais ou que sou.
engenheiro Willians Mi!nor B.·:.berts o exame menos entecdido no assumpto especial e·te-
do purto da capital da provinciv, afim de chnico. ··
ser realizado o nolavel projecto de seu melho- . E' uma questão difficil e espinhosa; não temos
ramento apresentado pelo engenheiro Haw- trab:1lhos definitivos; vai um~profissional e diz
ksbaw. sim, vai outro c diz não; a camara nrida tinha
Es~e aviso traz a data de 7 do f<3Ssado. que ver neste debt:t<l de pilota"em. Entretanto,
• · Realmente, si o honrado miniS{ro 'tem em o p;~recer da nobre commisslio é hydrogr~pbico;
ml'nte realizar os projecto~ do e:1;.renlieiro Haws- elle póde figurarem uma a(Judemia de sciencías,
c!Jkaw, n minha provincia n<io terá ·~enão que póde ser discutido no Instituto Polytel:lmico. ·
prodigalizar muitos e merecidos en:con.ios a E' um parecer que, quando os futuros Mau-
S. Ex. Du escolhn do profissional, pelo ]~do de cbez e outros, forem visitar a província do !![a-
sua (Japacidade scien\il1co, nada tenho a diz;er raob~o, poderão acrescentar aos seus roteiros,
porque o Sr. Roberts Milnor goza de merecido porque elle l1aliza a barra do Maranhão. ·
conceito; todavia par~ ll caso de que se trata, Confesso que por essa pretençiio do parecer
parece que esse nome traz comsigo algumas pre- é que tomei parte nu questilo marítima, pôr
vencões. : qlle não convinha de fór(na alguma que a
Em u.m porecer, dado sobre o porto do Mnra- camara dos Srs. deputados, ~o mesmo tempo que
nhão, e ol!erecido á companhia a mericann, ver· prohibisse a companhia americana de l:i mana
dadeiro pamphlf':to contra minhR província, o dar os sells vapores, impossibilitasse a província
Sr. Robert~ deixou pairur ern meu cspüito ai- de receber navios de igual calado, porque assi-
gumas suspeitas sobre a boa vontade com que r:-na13varn -se baixios, e fazia-se, coro a força do
possa executar a inc.umllencia que agora lhe foi poder legislativo, uma carta das costas do Ma-
commettid~. ranhão para uso dos emprezarios e armadores
O SR. SERAI'Hrco:- Está em divergencia com de navios.
o Sr Barão de Teffé e ambos são empre"'aàos Eu não tra~~rei .~ois desta questão; ab-
publicos. ' " solutamente nao a discuto. O que pergunto ao
. governo é que fim teve elle enviando a esta
9 Sn. Jo~Qmllf S~llRRA:-:-Com a d1ffereu~a. que 1 casa o parecer official da commi~são hydro-
a mformacao do :sr. B:1rao de T~~é•. é ?lliCinl, e graphica 't Qne valor tem, na opinião do go-
o o.pusculo _que o Sr. Roberts d!ngm a co~pa- verno, esse parecer, ou, pot· outra, si collo·
nhta amencana nesta cõrte, nuo tem senao o borando com a camara na adopçiio das coll-
cai:acterde muito officioso. clusões do parecer, ipso focto, o Sr. ministro
O SR. SERAPHrco:-Em todo o caso cada um da agricultura está de accõrdo com as razões
emitte sua opinião. hydrographicas que impossibilitam a província
•1o ~laranhão de receber na~ios de uma certa
O SR. Jo.~QUIM SERR.I.:-Fui contrariado, Sr. tonelagem? .
presidente, a discutil· esta questão pelo la<lo por sr. pre~idente, vejo figurar na r.ommissão
que enterreiraram o debate, porque ~final de de commercio, industria e artes amigos meus;
conias. nó~, snstentadot·es d.este projecto, ou 0 Mbre relator é pe.ssoa de minha especial
so1uo~ leigos no a~SUlll!Jto. nu acabaremos por e~tima, ruas e por isso me.smo que s. Ex. ha de .
tirar carta de pilot~gem .(R110 ) E' ài~ctmàiJ oe permittir que conteste 0 ·modo como ·S; Ex. ·
todo o ponto desloead:t e qne a camara nl'io devia discute 0 porto do l\l;~r~nh5o.
adruhtir. Emprehen!lido o d~bale ne~te teueuo, Aqui tenho outro p:~ 1·ecer Javrndo pela nobre
!ui forçado, pelas razões da commi$~ão, apre~en- com missão sobre a pr~t~:;nção da companhia
tadas sob uma fórma dogmatka, a entrar no brazileira, parecer que, em deus par~graphos
llSSuruplo. · tr.:IIH, é certo, da [Jret<!nção da companhia, mas
Pretendia-se, com o apoio da sciencia, inuti- que em todos os outros renova a questii.o da
liz;ar o porto do Maranhão, dando-a como um impraticabilldade da bahia de S. Marcos! · ·
labyrintho de abrolhos. Parece que é um ~roposito do illustre re·
O Sa. SEtt.UHICO:-Para os navios como os da !ator em todas as oc(:asíões que tenha de oc-
companhia americana. cnpnr-se de naveg3ção, apresentar o porto do
M:!raohlio como um lognr infamado por nau·
O S!L JoAQUIM S&RRA.:-Não se disse isto. Apre- frngios; um canal sómente proprio para. ser
sentou·se a barra do Maranhão como um lugar cortada pela piroga do indio. · ··
tenebroso, e a ilha de S. Luiz; como uma ilha Tendo de referir-me ápropostn da comp~nhia
encantada que se oão podia abordar. (.Apartes.) braz;ileira n~o julgo escusado fazer a letlura
Pe~o que não me hwem novamente !Jura essa do ·parecer da nobre commissão. (Lê). ·.
discussão. Não mais disc.utirei os arrecifes que o nobre deput~do ainda diz á companhia
bordam a ilha do .Maranhão, nem procurarei br:Jzileira .que veja bem, que ella não ~derá
provar que o seu porto tem profundidade pa~a frequentar 0 Marnnhãosi mandar constrmr na·
estes· ou para aquelles navios. Discutirei a vios de ·uma certa capacidade, .. : ·
qne~tão no panto de vista e·m que pode ser de- Porque 3 commlssão vem afth'mnr que navi~s
cjdída por nós outros. . 1hquella c:1pacid:Jde não têm entrada no porto
E' de~eabido o proposito de dar a esta proposta do Maranhão, e que isto j:i foi approvado pela
o car:J_cter de ttm~ thPse ~<obre hydrographia. camara?
A honrada crimmiss~o. no pare-cer com que pro- O Sa. SEIW>mco dá um aparte.
c â"nara do s OepLtados- tm rr-e sso em 2 7101/2015 16:01- Pá gina 22 de 31
• ftla~ com o v~ por Bil!ernirl de u-se uma r,ar. assim arrastando os ferros foi mais em cima da
ticularidade, o na ~·io fundeou mal, o capitão do corõ:~ , pardeu-se .
. porto mandou prevenir o commandunte do ~Não quero pedir a <Jceitaçiío de V. Ev . a esta
v-:.rpor, que e~tava sobre a corôa t!o vrôa, não or11ni:io~ n.em desejo (entrar em argumentos
todo o navio, poi~ se agsim fosse ficaria ap ~nus :ieerca a:~ vcrdadPira causa do sinistro; m~ s de-
encalhado, mas, parte soure a corôa e parte no sejava tornar saliente, que a entrnda do vapor
canaL e o sinis tro tevo Jogar dentro dos limites da
• O comm:mdante do Yapor roi avt~ado em vas:lntc da mesmn marê e logo uo principio da
tempo c esse ~inistro succederia no porto mais en.ch ente, portanto n'um espaço de cinco para;
amplo pnrque foi devido á imperícia . • se1s horas.
· Do r econhecido espírito de ;cctidão e jus- • Perm i t1indo- mc V. J<:x.. q uc faça de suas
t iça que cnracteri;:.'\ V_ Ex. espero su:t l'es- r espo_stas sobre este assumpto o u so que m e
posta. convier.
De u s g uardil a V. Ex.-lllm. e E xm. Sr . • Deus guarde a V. Ex.-lllm. e Exm. Sr.
Darão d ~ S . .!lf arcos , dignh,simo capitão úo porto Bnrão de S . .M<Jr cos, dignissimocapilão do porto
desta pro v íncia -Bmr y Airlie. • deSi3 prll'l"i n<:in .-Maranhão, 28 de Setembro de
1 S80 .-H~,.,- y A irlie, consignatario do va{IOr
• 111m. e Ex. Sr. - ÀCCU>;Oa r ocecçãodooffi - ing lez Hiheniia . •
do qu e v. Ex. se dignou <lir üd r -me n•:s\a
-da\.a c agradeeo a attenção que mereceu o oficio • N. 227. Capitania do porto do M:1ranhão, em
qne tlio ;,e m d !rig i a V_ Ex. 23 de S~te mbN de i SSO. lllm. St· . - R~ccbi o
• Comtudo peço venia u V . Ex. pa r:~ obser- officío tlc V. S . t<em data, pediudo-me ~scla re
var-l he que tendo o E:tm. Sr. dr put.:Jdo Joa- cirnentos a r esp eito do tópico do disellrso pro·
-quim Ser ra dito no seu discurso ciwdo, o se- nuncia;Jo na camDra dos deputados, pelo uepu-
gui nte: t~do ~xm . Sr. Joaquim MariDSerta, sobre a
• !l[~s com o vapor Hil1Pr11ic1. deu-se uma rar- perda do Ya(lOr inglez Ifilxmzia ua entrada
ticu laridadn, o nuvio fundeou mal o c:.p itão do deste vorto ; em res ~Josta dechn'O a V . S . que o
porto m:~u dou prevenir o co:nmandante do mencionado vapor Hlbernia no chegar deu
va pot· que eswva sobre o corôa de arêa, n~o ruutlo em lugar .seg-uro e conveniente, ·C qu~
todo o nnYio, pois si ~ssim fosse fic::tria ;,penas posteriormente Lendo-se rebenLndo llllla d as
. en calb~do , mas parte soLre a corôa e pnrle n o amarras, a de enchente, a mais importante, c
9 0~. . não tendo sido lançada ao m~r imm~diutoroentc
~ O commandaute do vapor foi avi$Ddo em que bto se dt:u, outra amarra por n5o ha\•er
tempo e esse sinistro succederí~ no porto mais prompta (re•postn do oftlcíal de ~ervi ço ao de·
amplo p ol'IJUe foi devido .a imperícia .• ci mo quinto w1esito do processo feito na ca pi·
·. • Ap:or~, porém, rogo a V_ Ex. que se digne t.~ n ia do porto), roi que deu lugar a que o vapor
dec!ar~r-me ~i o commanuantc do vapor B1ller· Ilibernia fosse encnlh3r em h1 g<Jr distante da-
nia. foi avisado em temp') de poder tomar DS quelle onde déra ftmdo. Declaro mais n V. S.
prov iden cia p fecisns p:;ra evilat' o sinistro. que observando das janellas d:t eal)itan ia do
• E, s i foi lo;;o depois de fandcado, que por to, que o v:~por Hibt!rnia nã) obedecia á
V. E x . mandou pr evenir o commandautc, de força da correnteza e a v ir~ç::io fresca, e que
qu e o Vllpor se ach:tva sJbre a cor oa o ou l'i, por con<eq ueucia, n llo podi:t deixar de estar
depois de vel-o enc~llw do. en calh ado ma udd disto d:~r iwmeditttamente
• Dens gu~rde a V. E x.-lllm . e Exm . Sr. eonhecimemo ao }>ratico-ruõr, c ao comman·
Bar1io de S. Marcos, dignissimo capitão do po ~to d:m tc do n avio, q11e se ~ehav:~ em tc•·ra. -Deus
desta provin cia.-Henry AirUe, consignat.1r io guardo a V. S .. -lllm. Sr. Hen ry Airlie . -
do vapor i n~:rlez Hibtrnia.-Maranbão, 23 de Se- O capitão do portt>, Barão· dr: S.Marcos . •
t embr o de i SSO. c C:l 11itania do porto do M:mmhiio, em 24. de
• lllm. c Exm. Sr .-Accuso-o a recepção do Setem ilro de i SSO. Illm. Sr. - Accu so a r ec e-
-cfficio de V. Ex. datado de 2~ do corrente, cuja p~iio do o.ffi.cio de V. S. datado de hontem , em
r esposta agr:~d~N- · o qual me pede ainda que declare si o comm:m-
. • Desculpe-me v.
Ex. ~i jul,"O n ecessnrio dante do V;~pot· inglez Jfiberni a foi por mim
avisado om tempo de l)ode1· tornar as pr ovide n ·
vo ltar aind~ á su:~ presença, afim d e ped ir· 1he cias para evitar o sinistro ; e si foi logo depoís
mais esclnrecirnenlos sobre um ponto d'onde de fundeado que eu mandei preveail-o qlle 0
pôde nascer equivocas e más illterprctações . v:~por se Mha,rn sobrll a corôa, ou si depo·:s
• Concluindo V. Ex. diz: • O acontecimento dclle eac.~lhado; em resposta declaro a V . S.
se deu muit:ls horDs depois de ler o n:wio fun- que quando mandei avisar ao comzmndailte do
d eado no ancoradouro. • Hibernia foi depois de ter observada de terra
• Agora, peço a llttenç.'io de V. Ex. p:tra o se- que o vapot· n?io obedecia :i correnteza da maré
guinte: o v:~por fundeou mais ou meDos :is o fo r ça do vento, e ach~ndo -se entiioo commnn·
·nove horas da m:mllii, o ca pitão immediatamente dante em terra. não podia tomar promptas pro-
veiu p ar a t er,·a afim de trat.1r do desembarque v iu t:n ci:.s p:~ ra evif.àr o sinistro, as quaes com-
do ~bo; á uma hora par a as duas da t:lrde fo i petiam ao oaJcbl de serviço a bordo. O aconte-
elle 3Visado de que o v apur no acto de virar cimento se deu muitas horas depois de ter o
tinha pegado na corõa, os entendidos deduz;em n nv io fu udt:ado no ancoradour o.-Dt:us ~uarde
des te facto qne o vapor tinha sido fundeado a V. s.-Illm. Sr . Henry Air1ie. -O cnpttão do
perto de mais da corôa, na baiu m ar pegou e 11 porto, Barão dt S. .M11rcos. •
C!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 16:01 ·Página 24 ae 31
O Ss~ FliF.:ITAs CounNJIO: -Muito bem. A questão t.1nto não lic:~va decidida com o pa-
O Sn. VALLAD!RJIS; -Está fallando peb recer dn Sr. B~riio de Teffé, que outr11 p~recer
erdem 1 de um engenheiro distincto, o Sr. Roberts, de-
clara que a companhia têm razão no que allegt
O Sa. CosTA AzE'I':Ioo:-Sim, senhor, pela quanto ao porto do Maranb.íio. ·
ordem; porque·desPj~va ouvir a S. Ex:., e isto A's insinuaçõ~s que lhe fizeram, de sar con-
facillita a solutio do assumpto. trario áquelle porto, responde o orador, qu•
O SR. PnE~IDENTB:-Estou esper~ndo que o nunca dis~e ser elle imprestavel. O que disse .
nobre deputado conclua a sua expn~iç:io para foi que es~e porto não se prestava aos v:1porei
saber o que pretende. Niio posso interrompel·Ó. de capaeidndc e do calado dos da companhia
norte-american~, fazendo a escala nas condit:ões
O Sn. CosTA. AzEvF.:no:-E' um convite ao de tempo e velocidade que rnarc~ o contrato.
li.Obrll relator da commissâo para honrar a .tri· Quanto á propo3ta da companbia brazileira
bnna, promettendo eu tornar :~ ella para dis- para f~zer a navegação entr~ este porto e New-
cutir o assumpto sob outro ponto de vista. York, com escala pelo porto do M:•ranhão, di!
O SR. PnB~IDENTE:-Mns o nobre relator da que tl commi~são considerou essa prnposta ex-
eommissllo não é obrigado a tomDr a palavra. tempor~nea porqne não caducava nem fõra res-
O SR. FREITAS CoUTINHO (pela ordem) mostra a cmdido o contrato com n compunhia norte ame-
11.~cessidade do nobre deputado por Goyaz ex- ricann para aq(l'!lle serviço.
plicar o seu voto divergente. Entrel<ll'lto, g parecer opina que si, re$Cin-
dido esse contrato, a companhia bru.ileira G
O Sr. Seraphico :-Não eSJlerava TOl· aceitar em todas as suas condições, induindo a
tar á discnss~o, por.1uanto nas duas que já teve oscab contestada, ella deve ser preftJriàa.
o projeclo, nenhum dos arg-umentos com que o Nisso não ha má vontade no porto do Mara-
combateram, destruiu z materia do parecer da nhão. como disse o nobre deputado por essll
com missão, tnnto n~ parte que o orador que o província.
procedeu chamull hydrograpllic1l, como nv.s ou· O orador não contesta tambem qne no Mara-
tns razões que justificam o projecto. nllão poss~m entrar navios de grande calado, o
Tambem nlio desej~va vo!Lar á tribuna para ~ue contesta é que possam alli entmr e sahir a
niío demorar a solução de um negocio, já demo· tod~1 hora do dia e rl.a no i te.
rado, e que interessa muito á sua provincia e a · Conclue ditendo que as razões ~presentadas,
outros porl11S do lmperio. longede abalnr o seu espírito contra o parecer,
i\. companhia que contratou o serviço da na· antes o robusteceram na O!}inião que enunciou.
vegução enLre este porto e o de New·York tem
eontinuado a fazeJ.o sem perceber~ subvenção A discussão fi!la adi3da pela hora.
estipulada, 3gu3rdando a decisão da assembléa 0 Sn. PRESIDENTE dá para ordem da dia 26 :
g{lra! na ~lteraç~o pedida. A demura pois da
passagem do projerto 11óde constrnnger a com· Votação dos pro.tectos ns. !3t e i35 (2.•• dis-
panhia de suspender a navegação. com prejuizo cussões enceJ·raJas).
de cidades importantes, como o Rio de Janeiro. · 3. • discussão do projecto n. 137 abrindo ere-
Babia, Pernambuco e Pará. dito M minislerio d~ marinha.
Nao tem má vont3de á província do M~rn- L a ditn da de n. lU concedendo licença ao
nhão e antes de~<>ja proporcionar-lhe Lodos os L• escripLurario Francisco Antonio de Sou1.a
meios de prosperid~de. O que niio pód~ é es- Castro.
quecer os seus senti111entos de pernambucano L• dita do de n. 121 .A modificando a lei de
pua attender aos intcre;;ses de outra província J.S de Setembro de !850.
com prejuizo dos da ma .
.A. .emenda que 0 anno passado allerou 0 con· 3. • dit:1 do de n. 10~ A sobre privilegias
industriaes.
trato celeor:1dO pelo governo com a companbin
DliO teve~ sua as~iguatura, e não se r<!corda de L• dita do n. r., A sobre desapropriações de
ter tom~do parte na sua votação. Essa emenda terrenos pnra obras de estradas de !'erro.
passou de~apercellid~ até do governo. Discussão uniea do projecto n. !36 relativo a
Passando a responder ao nobre deputado pelo pensões concedidas ~os servidores do estado.
Maranhão, diz que o governo não era obrigado 3.• ditn do projP.cto n. 86 concedentlojubi·
a aceitar a opinião do Sr. Barão de Teffê sobre laçilo ao conego Henrique Souza Brandão.
o ,porto daquell~ província. Não duvidaria acei- 2.• dita do n. !33 (credito ao ministorio do
tar entretanto o p~r1•cer da com missão hydro· imperío).
grapbica si ella se lilllitasse a a.ffil'mar que os Discussão unica do projecto n. !20 autori-
vapores da companhin nor~e-<:~me.ricana podiam z<:~ndo um emprestimo á camara municipal da
entrar no porto; mas ~ comrois~o precedeu o côrte.
parecer com considerações tão contradictorias,
qne o. convenceram do contrario do que ella Idem do de n. i2~, approvando o contrato
a11i.rmava. p3ra a irrigação da ddade do Rio de Janeiro.
Entendeu além disso que, desde que. a com.- C~ntinn~ção. da 3.• discussão do. proje~to n.
panhia,parte eontratan.t(l,declarava.que não podia ~ A, rela\I~O a navegação para New,. Yor~.
mandar os seus "Vapores ao porto do Mnranhão, As mater1as constantes da ordem do dw. U,
tleviam ter sido nome:,dos peritos por" ambas as J ainda não discutidas.
partes, e não só mente por parte do :;o.verno. -
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:03+ Pág ina 1 de 47
-
142 Sessão extraordinaria em 26 de Outubro de 1880,
2.0 A indiC<Içiio da dur;lÇãv do privilegio, es- privilegias de lO a.nnos, e de sete annos e meio
colhida pelo peticionaria. · nos privilegias de :15 annos. o conccssionario de
.Art. J2 .. Na$ patentes de importaÇ:io é neces- uma patente póde sar obrigado pelo governo a
sario produzir o titulo original ou cópia au- dar ~ma licença á pessoa· queoffereva serias ga-
theutica legalísudu. ranLJas, para a e.xpluracão da invencão pri-
Art. 33. Um pedido n!ío pódc ser C<:'mplexo vilegiadn. •
ou ~b1•anger varias invençõ'"s distinct~s, de- § L• A licença obrigalorin n1ío terá logar
vendo limitar-se a um só objecto pl'incipnl, com sem a determi11~~o prévia de uma r1mda pro·
os de!a.ltle.~ que o constHuem e as appli<:ações porciCll?l ao .tempo da exploraçiio, em favor do
que forem indicadas. concesswn:mo.
Os pedidos serão dirigidos ao ministro da § 2. • A licença obri g~toria poderá ser esta-
agrir.ullura, CCHnmercio e obms puhHcas ou aos belecida desde o começo do prazo do privi!e~io,
presidentes nas proviocias, para ~erem :iquelle si se ve1'ificar que o concessiol'l:.lrio o explora
submettidos, e ns pntentes firmndas por carta fóra do paiz.
imperial. Secfào 3.•
A sua mqJediç3o, terá Jogar dentro de um
mez, contado da apresentação do pedido na Da expropriação
secreta ri~ da ngrie~l~ura, á qual os presidentes.
remetter:1o .'tS pet1çoes e documentos que M art. 39. Todas as patent~s podem ser expro·
instru.irem d~nLro do prazo de !ti dias da data priadas na fórrna dns leis l'ig-ell.tes.
do seu recebimento. CAPITULO VIT
CAPITULO VI D.o\. CO:õWUNIC.!.ÇÃO ll ['01lLlCAÇ1o DOS 1?1\IVILECtOS_
DAS UUT!ÇÕES E RllSTR!CÇÕES .Art. 40. (Como o§ {!..o do art. 3,odo projecto.)
Secção La Paragraplio unico. A publicação será completa
e exacta, sendo feitos as d~.;;cril.•Cões separada~
Da transmissão e cessão da> patent~s mente e por" series, gratuitas os commuuica-
.Art. 3q,. O privilegio de qualquer classe pódo ~ões e muitG rnodico o pr~o das có1Jias.
ser transmiltido por todos os mt1dos de direito CAPITuLO VIII
corumum, no todo ou em parte, mas sempn
por escriptura publica ou instrumento equi· DO DIREITO DOS ESTMNGEIEOS
vulente.
§ i. o A primeira pntente póde ser logo pas· Art. U. Os estrang!liros que obtiverem pa-
sada ~ um ces~ionado, si o proprietario tizer tentes de invenção no paíz ficam sujeitos :ís
um pedld<J esveci;J] para es-se effeito. mesmas obrigações, e terão os mesmos direitos·
_~ ::l. o O titul<;r de uma ptttente póde conceder que os nacionnes.
uma licença ou uutorizaçüo pat'a a exploração Art. 42. Nmhuma patente poderá impedi!• o
da iuvendio. uso de uma invenção em um navio estrongeiro,
Art. 35. Todas os cessões, ou rout;~ções <la s:llvo ~i Côr destinada á fab"ric~çlio de mcrea.-
propriedade de uma patente devem. ~er notifi· dori:~s, que tenbam d~ ser vendidas ou expor-
cadas ao ministerio da ng·ricullur~, comnlereio tadas para o cstr~ngeiro.
c ob1·n>; publicas, ~OL' acto outheulico que será . Art 4,3. O inventor, sejn qn~l fõr a su~ na·
registrado na secrctõJrin e publicado na· fórma. cionalidade, póde fnzer p;:1rantir no pa1z os
pre.;:criptn ilm regul~mento. Antes disso as ces- direitos da sua P<'tente obli<ln no estr~ngeiro,
sões niio íJroduzir-Jo effeito contra teJ'ceiro:;. A depondo ao n1esmo tempo o seu pedido na I!Uto-
notiD•·aç5o e re~istro podllrão ser feitos pelas se· ridade teriilol'ial e no eansulado brn:l.ileiro, si
crer.arias do governo aas provindas, sendo trans- convenç1ies diptomatic~s tiverem estabelecido
mittidos ti secretaria da :~grictlltura n<J prazo reciprocidade para us patentes brazileiras.
de i5 dias. CAPITULO IX
Art. 3ô. A transmissão total feita a uma só
-pessoa ou a as~oeiados obri~u os aequirentes ao DAS C.l.USA.S D€ NULLmAêl: E CA.DUCIOA.DE
pngamento da tala nas condições ordinarins ; DAS PA'l'Bm'ES
sendo a transmissão parcial ou feita a divems Secção :t.•
pes~oas distinetameo.te, o registro deve ser pre-
cedido do p~gameo.to de todas as annuidade~ a Da falta de novidade
vencer.
~rt:. 3i. Os acquir~n~es de uma patente :~proArt. 4~. São nu1las e de nenhum effeito ns
venarao do pleno dtreJto dos certificados de patentes collcedidas, nos seguintes casos :
c~mplemento, ou de reàucç;1o, que forem nlle- § L • Si a invencão, descoberta, aperfeiçoa-
rLormente d:1dos ao concessionario, e reeiproca-mento e s!la ap[}licsção não é nova, e era isso
lllen~e este terá o mesmo direito em. relação aos
sabido pelo concessionnrio. .
acquuentes, salvas as convenções em contrario, A Ifu.blicidade no paiz on no estrangeiro,
Secção 2.~ an.tertor ao pE'idido da ~atente, destróe a novi~
dade, verificadas 3ssegaiutes condições:
Da licença obrigaloria I. Quanto á pu.blieidadê lheori ca: .
Art. 38. Depois de dons annos e rneió nos a) Si eopecificacões completas.e desenhos exa·
privil~gios de cinco annos, de einco aunos nos ctos do objecto · forem produz1dos em obras,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 16:03+ Pág ina 11 de 47
sentando-as debaixo de outra race, e comple- . irrecnsavel que todas as questões sobre os di·
tando-as sob diversos pontos de vista. reitos de propriedade, sóbre os direitos civis
o legislAdor, tratando- da materia de privile- individuaes, pertencem ã alçada do poder judi-
gios induslriaes, deve ter em vista em primeiro eiario.
lugar, o aspecto jurídico do problema, em se- A Constituição repelle essa desclassillca~o
gundo, o aspecto economico, político e social. qne o honrado ministro quer fazer de matenas
Um artigo do nosso pacto flllldamenW aonsa- que são judiciarias, para convertel-a.S em mate·
gra de modo claro e positivo como propriedade rias contenciosas.
a invenção industriaL O {lrivilegio industrinl é uma transact.ão equi-
Não se póde dei:,;:ar de reconhecer que na tativa entre o Individuo e a sociedade ; isto
propriedade do genero, ba carncterietico pessool, não significa o contrato de que fallam os pu-
de indiclinavel personal.idade, d:~quelle a quem blicistas para sujeital-o li competencia adminis-
a idéa pertence.
áquelles que trazem grandes melhoramentos. I
trativa.
E' necess:~rio que se protejn emcazmente i O acto do governo concedendo nma patente,
nem sequer póde ser classificado como acro de
E' do direito escripto de todos os povos cul- administração graciosa, é simplesmente um
tos o reconh&cimento do direito de .propriedade acto do governo para registrar passivamente
do inventor; mas, como este direito tem um ca· um pedido, que lhe é feHo, depois de examinar
racter eminentemente social, uni-versal, como as condições e:x:trinsecas do mesmo pedido.
muitos dizem, deve ser restringido, deve ser H- Acha ainda incompleto o projecto do honrado
mitado em tempo, não deve te1· <l perpetuidade. ministro n:a cl:assilic~ção das patentes ; o pro-
Assim concede-se ao inventor o direilo de jceto só reconhece em rigor tres especies de
propriedade durante um certo tempo, e li~ elle patentes: a de invenção ou nova descoberta, a de
obrigado á restituição. - aperfeiçoamento e a de importação.
E' o s ~·stema ~doptado em· todas as Jegis- O projecto é incompleto, não eomprehende
!ações. de um modo cla ro, em ordem loglcn, as patentes
A internaclonalisação das patentes de inven- de invenção, de aperfeiçoamento, os certifi-
ção deve ser um objeetivo capital em toda a !e- cados de reducçlio e complemento, as patentes
gislaclio destinada a regular esta ma teria, so- provisor ias de ensaio e as patentes de exposição.
bre tudo depois que os congressos internacionaes A lei deve classificar tanto quanto p ossivel as
de Vienna e P~riz se occuparam largamente 1patentes, e de modo que na pratica não offe-
I
deste assumplo, procurando por todos os modos reçam dimculdades as questões que se susci-
uniformisar a lo{:'isl~ção dos diversos povos em tarem a respeito de cada uma dellas. Foi por
relaç.'io Ms privilegio~ industriaes. i isso que no projeeto substituti-vo classificou o
Não quer o sacrifieio da industria n~cion~l. e 1 orador as patentes, em principau, ac:ceuorias e
pelo contrario no sen projecto cons:~gra princi- 1pravisorün, sendo de invenção us primeiras, de
pios, que são uma necessidade indcclinavel das ; complemento ou reducção as segundas, e de en-
nos:>as oircumsta.ncias economieas. i saias as terceiras.
Entre as variadas questões, que envolve o 1 Ila nessa classiaca~:ão uma categoria que o
assnmplo dos privilegias iudustriaes, surge em nobr~ ministro olvidou n o seu projecto e que
·1
prime1ro lug-ar a da classifieaçiio das patente~ e deve ser tomada em consideração: a categoria
o exame prévio; este constitue, por ~ssim dizer, i das patentes de exposição. No estado actual das
o ~ixo, r, ]lOnto central de toun iei. i industrias e da eivilisação essas patentes são
O nobre ministro da agricultura no seu pro- I necess&rias, como reconheceu o governo aus-
jecto reconhece o exame pré'l'io .
I
I tro-hungaro por occaei5o da exposição de
Em face dos princípios que devem reger a Vienna d'Austria ·em 1872, e o governo france.r.
materh, o ex:Jrue !Jrévio não póde ser :.doptado; em i866. Elias protegem os inventores-expo-
o exame prévio dns invenções privileginveis sitores de quaesquer contrafações.
equivale a cen sura prévia em relação ás produc- 1 O honrado ministro no art. ::!.• de seu pro-
ções lilter~ri~ s. e si no estado actual da ci<'ili- 1jecto pareceu estabelecer uma elassiílcaçiio de
saçiio e de adiantamento de idéas na organiza- , industrias, concedeudo patentes de invenção
c;ão geral j)rcdominante da propriedade littera- i para todos os nomes de indusLria. Sendo mui
ria, a censura prévia tem Sido condenlnnda ., difficil a elassificaçõo de industrias, parece-lhe
como um absurdo c um ~bsolulismo impossivet, melhor a fórma que adoptou no substitutivo,
o exame pr~vio tambem deve s~r condemnado I fórma synthetica geral, que abrange todos o;
pelos mesmos motivos. ramos da actlvidade humana.
O projecto fere de f Me o art. 9. • da Constitui- i Antes de passar a outra questão, o · orador
çã.o, o artigo da separal/ãO dos paderes, :.:aran-1 dará breve resposta ao honrado deput:1do por
tia suprema de todos os direitos sociaes. , Minas, o Sr. Felicio dos S~ntos IJ.Ue lhe dirigiu
As qnesú3es, que suscitam-~ a respeito de j um aparte sobr e a nullidade e a eaducidade das
um privilegio referem-se á propriedade; são • patentes.
questões que prendem-se a direitos civis~ a di- !
Ha sobr e esta questão diversos systemas que
reílos individuses. 1se apresentarnm nos congressos lndnstriaes d
Estas questões pela nossa orga~ção con- , Paris e de Vienna. No primeiro entendeu-se
stitucionat, a;;sim como por todos os principias, .• que as questões de c~dueidade e nullidade dos
qne devem dirigir-nos n esta mnterfa, perten- 1 privilegias deviam ser decididas por syndicatos
cem á alç3da ~xclusiva do poder ju.diciario. j industri:~es. As legislaçõ~s da França, da AHe·
A Constituição considera o direito do inventor I manhA, da Italia, da Belgica, da Austrla e dos
como:·.u m direito de propriedade ; é principio Esta.1os·Unidos dão ao poder judiciario a com-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:03+ Pág ina 15 de 47
remelte ao direito comtnum, como deve fazer, nEDACÇ-\0 DO :PROIECTO N. i03 B DE 188()
os 3ctos neeessnrios para n transrerencia _do
privilegio. O projeeto snhstituHvo estabelece (R.eceita geral do Imperio)
qne o privilegio póde ser transferido por todos A assembléa geral decreta: .
os modos da legislnc;ão commnm.
· A materia do p:~gamento das taxas das trans· C.APITBW I
missões e cessões de privilegios deve ser tam-
bem regulada do melhor modo )JOSSivel. . RECEITA GEnAL
Deve-se ainda estabelecer as licenç:~s obri8'a·
torias como uma especie de desapropriação ae- ArL. L 0 A receita geral do" Imperio para o
termfnada por motivo de ordem publica, exercício de 1881-!882 é orçada na quantia:de
qu~ndo o privilegiado não .Prejudique a acti- U.6.:S92 :000~000, e será realizada com o producto-
>iaade industrial. do que se arrecadar dentro do exercício da pre-
Cumpre que fiquem bem especificadas as sente lei, sob os titu.Ios abaixo designados :
causas de nullidade e cadaeidade. Nisso o pro·
jeeto do nobre ministro não é bast:~nte claro. OilOINABIA
No substitutivo, o orador distinguiu a nnlli· L D.i r e i tos de importação
dade da caducidade e fez um calculo diiferen· p~ra consumo._ ...... .
· eial para a declarnção da nullidade dos privi·
lc~ios. O nobrtl ministro marcou o prazo de 2. Ex~ediente dos generos
dons annos, e o subsLilutivo estabelece qnea não llvres de direitos decon -
exploração ou a interrupção de exploração sumo............ .. .. ..
durante um anno faz caducar o privilegio de 3. Armazenagem .......•.•.
cinco annos, durante dons os de privilegias de 4. Imposto de pharões ..... .
iO, e durante quatro os privilegias de :1.5 annos. 5. Imposto de dóca .......... .
Assim, parece qne licam satisfeitas todas as
con(lições. 6. Direitos de exportação dos
generos nacionaes .•••.•
Concluindo,diz o orador quG o projecto satisfaz 7. ·Direitos de 2 !;2 "lo da pol-
a uma grande necessidade publica e o nobre
ministro presta assignalado serviço activando -vora fabricada por conta
a sua passagem. do governo e dos metaes
preciosos em pó, pinha,
A discuS'sJo .fica ndi~da pela hora. barra ou em obra .....
8. Direitos de i i/2 •;. sobre
O Sn. PRESIDENTE dá parn ordem do din 29: o ouro em barra ftm·
Votação do projecto n. 86 concedendo jubi· di do: na c:1sa da moeda.
loção ao conego Henrique de Souza Brandão, 9. Direitos de i •;o dos dia·
encerrada em 3 _• discus:>ão. mantes .............. ..
3.• discussão da de n. 13~ (credito -ao minis- iO. Expediente das capatazias.
teria da agaicultura). H. J'aros das accões das es-
2.• diLa do de n. !33 (credito 110 ministerio tradas de ferro da Bahia
e Pernambuco ....... ..
do imperio).
i.• dita do projecto
terio d:l justit;a).
i" .
(credito ao minis- ·u . Renda do correio. geral...
!3. Renda da estrada de ferro
Discuss:io nnica do projecto !2(), autorizando D. Pedro n........... .
eruprestimo :í camara municipal da cõrte. u.. Renda da casa da moeda .•
Continuação da 3.• dita do do n. 90 relativo !5. Renda du lithograpbia rui·
~navegação de New·York. litar ................. .
Discussão unica do dé n. tU approvando o !6. Renda da typographia na-
conlrato da limpeza e irrigação da cidade do cional. .. ; .............. ..
I\lo de Janeiro. 1.7. Renda do Diario O(ficial..
3." dita da de n. 2915 autorizando o governo !8. Renda da casa de correc·
~vender terras devolutas. ção ..................... .
·.a.a dita do de n. SB sollre o tempo de ser-. :19. Renda do instituto dos me-
. viço de major Pires Fortuna. ninos cegos . .... . .... ....
.i! .. dita do de n. q,· A sobre desapropriaçãc ~O. Renda do instituto dos
de terrenos para obras de estradas de ferro. . surdos-mudos ...... ... . .
2." dita do n . !36 rel!ltivo às pensões con~ U. Rerida da fabrica dá pol-
cedidas aos servidores do ~s~do. -vora .... ..... ... ... .·.- ...
. Continuação da3." dita do 10~ .A., relativo
~ priYi.legios indnstriaes.
de 2!. Retida da fabrica de feri'o
do Ypanem:t ........ _•..•
E as maLerias da ordem do dia !6 ainda não ~3. ,Rend:. dOs telegraphos ele-
diseutidas, · ·ctrieos ........... ~
0• ••••••
Art. õ.• Ficam isentas do imposto da doca as Art. !3. Continn:~rá em vigor no anuo fin.an-
embarcações miudas e ·as que perwncerem aos ceiro~da presente lei a disposição do arl.i7 n. 5
. navios. da let n. 29~0 de 3! de Outubro de !879.
Art. 6. • Fica revog11rio o art. ~O da lei n. 29~0 Art. i4. Continúa em vigor a disposição do
de 3! de Outubro de 1879, sujeitando ao impo~to 1art. i8 da lei n, 2792 de 20 de Outubro de 1877,
de 5 •;. os fóros cobrados sobre as propriedades 1 que manda vender as razendas de criar. sitas
urbanas na côrte, e ruraes em todo o Imperio. nas pravincias do Piauby, Jtfaranhão e Pará;
Esta disposição vigorará desde jn. podendo o governo, si o julgar mais couve-
Art. 7 .• Os impostos sobre o tot<~l d3s lo- niente, arrendal-~s em lotes a quem maiores
terias e sobre os Jll'emios.odas mesmns, que pelo >antagens oJI'erecer, preferidos, quando seja '
. art. 18 n. 7, da lei n. ~9~0 de 3! de Outubro· pl)ssivel, l)s actuaes oecupan.tes.
de 1879, foram elevados a 30 •J~ o primeiro e Art. Ui. Fica revogado o art. 22 da lei n. 29lí.O
20 •;. o segundo, Jl.C:Jm reduzidos, a um só de 31 de Outubro de 1879, devendo as porcenta·
sobre o total do plano das loterias, na razão de 1 gens que percebem os empregndos de arreca-
25 •;., podendo o govel'!lo <lHerar este -plano dação ser contadas do total da renda liquida.
todas as -vezes que julgar con'l"eniente, com- ·I arrecadada, Ob$ervando-se desde já. o que se
tanto que nlio hDja diminuição no ·producto do ficha disposto no 11rt. 69 do Decreto n. 627~. de
imposto. 12deAgosto de 1876.
Esb disposição terá vigor desde já. Art. i6. Fica desde já abolido o imposto de l
!
Paragrapho unico. _4.s loterias concedidas por l/2 •;. sobre os generos estrangeiros navegr.dos
leis provlnciaes em fa;or das e~sas de caridade, por cabotagem, que já tenham snti~feito os direi-
estabelecimentos pios e d:~ instrucçiio publica, tos à e consumo, crendo pelo art. 9. • n. 2 da lei
e que nas províncias rorem extrahidas, eonti- n. 294o0, de :H de Outubro de i879.
nuam sómentc sujeitas M imposto do sello, nos 1 Art. 17. Fica desde jâ >em vigor a disposição
termos do crt. !8 n. 7 ila lei de 31 de Outubro, do art. i8 n. 4 da lei n. 29~0 , de 3i de Outubro
de i879. l de 1879, que elevou ao dobro a legua além da
Art. 8.' Fica revogado o art. !8 n. H, 2.•, da 1 demarcaç5o. ·
lei n. 29~0 de 3i de Outubro de i879, que man-1 Art. :1.8. O pa~ramonto ~.credores de e!ereieios
dou cobmr a taxa de ~()réis porpa~sageiro, que' findO$ será feito sómenfe· dentro dos creditas
circular nas ferro-via~ da ddade do Rio de Ia- I votados nas differentes verbas das leis de orça-
neiro e sens suburbios, tramways ou carris
banas, de tr~cção auimada ou a vapor. Esta dis-
ur-1
menta dos re~pectivos exercicios.
.Art. 19. O governo não póde, sem autorização
pGsição terá vigor desde já. · -:-- - expressa do poder lcgishilivo, fazer contratos
Art. 9.• Ficam isentas da taxa de-transporte po~ tempo excedente elo nnno_finan_ceiro, que
as passagens inferiores a :ll') nns estradas de estiver corr.;_ndo, nem para s~rv1ços nao contem-
ferro detr~cção a -vapor construídas pelo Estado piados ~a le1 do orça ~?lento v1gente. .
ou por cornpanhias pal'ticulare.s, que tenham Art. ~0. As rubncas da propos~n de l~t de
subvençãG, g;1rantia ou fi 3nça de g~rantia de orçamento que c~mprehen~erem despez~s com
juros; e inferiores aiO~ nas barcas a vapor das o pessoal ~ mnterwl, conterao separadameu~ as
companhias suhvcncicnadas pelo Estr.ào. Esta sommas <l.ess~s 1~e~p~.zas, e ~s duas. respcct1yas
disposiçno terá vigor desde já. . tab~ll~s d~scnmtn3r~o, com ~ mawr 1$pectfi·
Art iO Fica de•do 'á revon- d t :lS caçao possrvel, .ns·à~pezns, ev1tando o engloba-
• • • • ·, J ..,a o .o nr · mento das cons1gnaçoes. . . ....... _..........
~-}0, - da le1 n. i9~0 d.e 3l_de..Outubro.de . ·Arr: 2L -os -empregadós· --~.ddiuôs ·serão de
t 819, q~e !_lland~u cobra1 anl?-ualmcnte ~elos preferencía nomeados para os empregos que
err~no. nao ed1fica~~s na ct~~de do Uw. de vagarem nas respectivas rcparti~:ões; entre-
Janeiro, actual;nente t.ent~ do ImpGsto pred~l, tanLo, em quanto nflo forem enf:ar.tados nos
; co~prehend1~os nn le.,ua de demarcaçao, qua~ros, poderá 0 governo uomeal-os, com os
O re•s por I~euo qnndr~~o. mesmos vencimento~. pnro empregos de cate·
.-\rt. H. F1cam desde Ja revogadas as tabellas "oria inferior.
annexas ~o Decreto n. 75119 àe 20 de Novembro o • -
de :1871t, para a arrecadação do imposto sobre Ar&. 22. Ftca o governo autorizndo:
o fumo, esem effeito a autorização conferida § L • Para substituir a actu~l t.1rifn geral das
ao governo pelo o art. iS, ll. 3, § L•, da lei alfandegas por outl'a sob as· seguintes bases_:
n. 29~0 de ai de Outubro de .1.879 pnra rever :1.." Não serão elevadas as razões dus dire1tos
as tabellas a que estavam sujeitos os fabricantes estabelecidos na tarifa actual;
·e mercadores de preparados de fumo as quaes . 2. • Os v~lores ·ofliciaes das mercadorias, que
continuam em vigor. . · ' .. _ . differirem notavelmente dos preços .correntes
Art.. H._Farão desde jã parte do furi"do de "dós · mercados importadores, serão ele-vn.dos . ou
emanc1pacao: . reduzidos a. um !ermo médio razoavel; faze!ldo·
• .. se nas class1ficaçoes as alterações neoessar1as e
i .. A la:x~ .addJtlonal de escr~:--os, que for- seguindo-se, quanto fôr posstvol, o plano da
mara nm so I.IDposto con:' a gne Ja pertence so tarifa promulgada com o Decreto n. 5580 de
mes~o !ando de emanc1paçao. . · j3i de ]larço de !874., ... · . .. . . ·.
· -2. · o tmposto sobre os consignatarios.de es· § .2. • A elevar até meio por cento malll a eom·
·.. das tabellas annexas ao Decreto n. 6!180, de ~O I
1
·craves pornnderou alugar, não só o constante missão do thesonreiro· das loterias.
Art. ~3. Ficam isentos de· qu:~esquer direit.ç.s
de Jnl ho d!l ! 878, como o creado pelo o arl !8 de imporlação os · jornaes e revis~s brazileiras,
n. 8 da let n. 29.\0, de 3! de Outubro de t879. publicados nos paizt!s ·e&IJ'angeiros. .
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Reposições 11 !'esUtuições :
:i\IEnii!terio do guerra
Pelos pagn.mentos reclamados, quando a ioopor-
COIJlO de saude e hospitaes : tancia <Jesles excetkr á oon~ignaçuo,
Pelos medicamentos, dicta.s e utensis.
Praças de prtt : TABELLA-D
Pelas gl'!ltifica.çiles de YOlUnlari os e Cn.(::ajados, C C R EDITOS ESPECIAES PARA OS
premias para os n;,.s:nv; . ·
Etapas e {a1'd(l;mento etc. : QUAESPODER..4.. O GOVERNO FAZER
Pelas etapas. OPERAÇÕES DE CREDITO. .
Despe::as dos COl'PfiS e 2uartei3 : Leis ns. 2.3~ de 25 de Agosto do 1873, art. !8,
Pelas forragen s e ferra~en~. e n. J2.i92 de 20 de Outubro de 1877, :lrt. 20.
Classes il!attil!as : lllXISTEiUO DA. .AG~ICULTUlU.
Pelas etapas das prat;:as invall~~~ e soldo de
otnclaes e pra~as r eformadas, Lei n, !.91!3 de U de Julho de 187!, art. 2.0 § _i . •
Ajuda.$ de eusco : .Prolongamento das estradas de ferro do RecUe
Pelas q\le ~ e a~onare~ aos officiaes que viajam a S. Fr:mcisco, com a parte snbstilu1da na e$lrada
em comm1ssao ao ser\'JÇO. da Victorla, e da estrada de !erro da . Bahia,
Fabricas : · sendo 2.000 : ~: parn cada uma e :Ca!endo-se
a. despeza por meio de opera{ues de cre-
Pelas dietas. medicameo.tos, utensis e etapaS . ditO ••. • ... . .... ........ . . ... .... ~.000:000/l(XIO
diarias a colonos.
Desp~a s e~entl!4es : R11$0lUÇàa legislo.tiva fi. i397 dt 1.9; d8 Setembro
d8 !873. .
Pelo transporte de tropas.
Construcção da. estrnda de !erro de Por lo Aiegre
lUJnieterlo da agricultura a Uruguaynna, autorizadas as operações de cre-
dit o preci5a...................... a.ooo:oooaooo
llluminaçao publica .
Lri· n. 2670 d.e iO d.e OUfzWTO de !875, art. !8.
Garantia de juros ás e&tradas d8 {erro, c()'fl{orme
o contrato : . Prolongamento da estrada de ferro D. Pedro n,
Pelo que exceder ao decretado. auLOrizadas as opera~s de credHo .necessa-
rias • . ••• . .••...• •.•_.... • • • . • • .. . i.000. OOOISOOO
.Corrsw ger~l.
Re~~>lução legislativtJ n. ~ de .li lU &tembro
MtoheterJo cia razenda - de 1873. . . ·= '''· '
Juros da dii:ida inscripla anfe.J . da emissàc das ás Garantia de juros, na:o e:x.eedentes de · 7 "/1>•
_r 6$pectivas apolices: . companhias que já cons_truem ou· constrUI·
rem vias ferreas. ficando o iOverno · aulorl·
. l'elos . que ·forem. reclamados além· do alga· zado a eflectuar as operações de creditn neeassa-
rlsmo or~do, . rias ........ ... . ...... . ........ ;.. i.ll.ü:H3li6&7
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 16:03+ Pág ina 2 7 de 47
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gens re,;ult:mtes do seu pedido, que importava immed1amente ·tri:ton de dar e:x:plicaçõ'es que .
o adiamento da discussão de uma materia tãn devo trazer ao conhecimento do meu p:~i~ e da
importante: _ minha provin.eia. S.Ex. rctrahindo·se ao silen-
0 Sn. PRE~IDENTE :-Eu não posso consentir cio, como disse, e não ac!ldindo ~o appe!l{)
que o nobre deputAdo continue neste terreno. que lhe fiz, deu-se contudo pressa em, com
E> mate ria vencida sobra que 0 nobre deputado o cavalheirismo que o distingu~, dirigir-me,
não póde fallar. · da b3ncaila em que se achava sentallo, a se-
OSn. SEt:GIO DE ". ST.llo:-N•o estou !aliando guinte carta, que passo a lêr ipsis veráis (!e) :
~ '-'""- ~ <Sergio. Eu ia <lar a exp)icação, quando apres-.
sobre ;nateria vencida, estau usando da facul- saram ·avoLaçiio~ mas ;omente parn .declarar
dade que me eoneede o art. 9~ do regimento. a que eu não podia dizer o que se tinha passado
prevalecendo-me dos precedentes que i -mesa no conselbo de esLado. Não houve intenção de
~em estabelecido a ·respeito de quem tem a pala- deixar de attendel-o. Buartp~e. • ·
vra em tempo. E, em acto continuado, S. Ex:. levou além o
O f:11. VALLADAREs E euT!Ios Sns. DEPUTADOS: seu cavalheiris!Ilo e dirigiu-se ~o lagar em que
- Apoiado. Muilo ·bem. tlU estava, e, .sentando-se á minha esquerda,
o SR. PRESIDENTE :-Perdoe-me. V. E:x:. está deu-me a IDõ'lis amphi explicaçiio do seu proee-
fallan·do contra o vencido, e me parece que to- dimento; sobre o nppello •JUe lhe fiz não por
dos os meus eollegns têm o dever de attender ás amor de interesses particulares, mM por amor
observações da mesa quando ellas se confor- de interesses que devo e sei ~dvogar com~ .re-
mam com o regimento da casa. presentante da nação. (.Apoiados.)
O SR. SERGIO DE CASTRO:- Costumo obedecer O Sn. FREITAS CouTINHO:- Nem outro in-'
ás observações da mesa qu~ndo são feitas de tuito podia ter V. Ex. senão este.
accôrdo com o qo.e o regimento preceitua ; mas O Sn. SERGIO DE CASTRo:- Terminando
V_ Ex. concedeo.-me a palavrn, e na !órma do ~proveito o ensejo para decl:trar que, eomo
regimento hei de usar della conforme ma simples particular me resignarei a que os
aprouver. nobres ministros um~ ou outra vez deixem de
o Sn.--PRE~TDEN:rE :-v. Ex. não póde con- att~nder aos meus reclamos; mas como repre·
tinuar o fall"r sobre o vencido, nem qualificar sent.ante d~ nnção, eu serei sempre severo para
0 requerimento do seu coUega pelo Rio de Ja. com SS. EEx., tomando-lhes contas, porque.
neiro-de tJrotelatorio. SS. EEx. as devem á augusta camara dos Srs.
deputados, que é representada por cada um
O Sn. SERGIO DE CASTRO :-V. Ex. está inter- dos seus membros. (Apo1culos.)
:pretando mal o regimento,eaomesmo tenp? não .t.starei sempre ao lado dos membros da
:pracura comprehender o alcance das mmhas augusta camara dos Srs. deputados, quer
:palavras. Nilo estou discutindo o vencido, por- pertençam á -~pposição, quer perLençaiU á
que conheço e respeil.o o regimento da casa. maioria, sempre que lrat3rem de reivindicar as
(Apoiados.) suas prerogativas, que não devem ser esque-
0 SR. PBXSIDENTE :_:0 que pretende o nobre cidas, · principalmente pelo partido liberal.
deputado, pedindo a palavra"! Desejo ljUe me (Muito bem.)
diga para que pediu a palavra. o Sr. Bnarqne de Macedo ( mi-
O Sa .. SERG!O DE CASTRO ; - __Para__dar uma nistro da agricultura):- Sr. presidente, o nobre
explicação ao meu paiz _e á minha. província, deputado fez o méu elogio.
do meu procedimento em frente ao do nobre
ministro da agricultura,emrelação a um pedido 0 Sa. sEt\G!O DE ".- N d. d ·
I..>Al>>RO:- em po 18 et:x:ar
meu. como represent.ante da n_açào. de fazel·o, porque V. Ex. o merece.
O SR. BIIAliQUE DE MA-csoo (ministro da. a,q'l':i·
O Sa~ PBBSIDB!ttlil :-As explicações, V. Ex. cultura):- Muito obrigado.
sabe que devem ser breves. s. Ex. disse que o r&qnerimento Qo nobre
o sn.·SEBGIO DE CAsTRo:- v. Ex. não p6de deputado pelo !Uo.de Jaoeir11, a _que se !tJf~riu,
bitolar os ·terinos ila minha explicação, porque era dispensnel, p<!tque eu podia re!em a ca-
. 1 · mara o gue se tmha passado no conselho de
ncm·eu mesmo-posso · inütal-o~ em 1l.m a!sum· estado. Ilasta declarar isto para que a camara
p1o_ c-CfO,e me. jlarece ·assás delicado. - a. . !
. Proseguindo;~di'rei .gue, embora seja o pri· ~:f:~foe_nda que eu nao po •a VIr azer essa
meiro a render p'reito -ãs_ nobllissimas qualida· Aconteceu que a vota cão tivesse lo~o lo~ar,
des.que·ex<irnllm o caract~r do nopre m:inis~ro estando eu distrabido, e não pude dizer 1sro
ao-qual;p~esto:o .meu 'dedü_?Jdo e_ swcero llpoio, mesmo que estou dizendo agora ao nobre depu-
como-representante da -,naçao, :nao J?OSso con, tado; mas cumpri .o dever de delicadeza, que
'c sentir :um ' .só·<momento ,que. as mrnhas pre- muito merece-me o nobre deputado.;... ·
rogali:vas e regalia~ seja'!_ll. des~onsi_deradas po~ -0 'sa. SE_RGIO.DE CASTRO:- Obrigada.
, quem -quer,que seJa:(a_pouJdo~~. manme por .um ·o SB. BtrAliQ~ DE MACEDo (ministro dri o.gri-
Diinistro ·da_'corõ_a (CJP.oiados) ~ e cujos attos so.u. cultura):- •.. - explieando particularmente .a
tisc&l.- (A1Jotallo~. :Mtnto bi!m.) ·.M~ o 1?0 :e ~n- S. E•. o m_oti""' porque não tomei a ·pala-vra
liistro, cconvencülo de·~ehaVJa ~tn~gtdo_m- ... •v
VDlnntariament~ .-iJ.m <dever , abas tmper1oso no -debate. . · . ·
pmi -com '111In"epr-ésentante da nação,~e ·simn:Ha- · - . {) meu -p~oprio silencio deveria Jazer com-
neamente irideclinavel para .comnm seu~nngo, pr.ehender a S. .E:x. que eu, ·minis~ro de estado,
_- -:~Tomo vi.;-!1. ·
-·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:05+ Pág ina 3 de 23
tendo assistido a uma conferencia do conselho Santa Clar3 Antunes ~e A~reu. O. projeeto e a:
de estado pleno, nlio podia vir á Cllmara revdar emenda foram remeLtldos a cornmtssão de re-
o que alli se tinh3 passado (apoiados), conferen- daeçlio. - ·· ·
cia que por sua nntur~za é secreta a~é ao ruo- Entra em 3." discussão, e é approv~~o sem
menta em que seja publicada n respectiva debate,? projecto n. 88 de !880 sobre o tempo.
acta. de serv1ço que se deve contar no m~jor "ra-
O Sn.. SE'l\GIO DE CASTM :-Logo foi inutil o du::~do re~orm:tdo Cypriano José Pires [cortÜna.
requerimento d.:; nobre deputado. Neste projecto torn~-se extensivo o mesmo favor
O Sn. BrrA.nQrrE DE JtiACE:oo (ministro da agl'i- concedidtl M m~jor Cypriano 11 todos o~ officiaes
c~ltura):- Perdão ; desde que a cam:n•a vota
e pL'aças do exercito e armada que prestHram
uw requerimento semelhante, desapparece a serviços na campnnha do Paragnay il foram
razão de ser do segredo. reformados ~ntes da promulgação da lei de 1875.
Foi remettido á commissão de redacção.
O SR. SERGIO DE c,, smo:- Mas, si é materia Enh'a em 3. ~ discus5ão e é sem debate anpro·
rtlservada, a ~ela não póde vir. vado o projecto n. i3i A. de 1880 no qnal fieam
0 SR. Bm..RQUE DE MACEDO (ministra da a_qri- abertos diversos Cl·editos ao ministerio da ~gri
culttn·a) :-Não, senhor ; desde que a camara cu.lturn nos exercícios de 1880-1881 e !88:1.-
vota, a ~ct:1 deve ser remeLtidu, 3 menos que o !882. E' remettido â commissão de redacção _
~o;erno não venha dec!:1r~r que moti\•os de
Estodo impedem que se dê conhecimento dess~ Entra em 2 .• discussão o projecto u. !33 de
act<t, cnso em que não nos achamos; mas eu, :1.880.. :~brindo um credito supDlementar de
sem o >olo da cama r~, não podia >ir dizer â casa 37: 0Hí§96,Q p~Ha. o pagaroellt'l de di":,r~ós mute·
ri~1~ par~ ~ .?.jarãi.tlnm~nto du praça da Accla·-
o qur. se tinha passado no conselho de estado. m~çuo.
(Apoiados.) . ·
Não hou\~e falta de consideração ; dirigi im· O §r. Freitas Vout.inho (pela ordem)
mediatnmeute um bililete ao nobre deputado, pedo a palavra pela ordem p:~ra perguntar si,
dando-lhe este motivo ... quando ~e tr~ta à e. um credito, niio é o presi·
· O Sa. SmGIO DE CHTRO:-- Pelo que lhe fiquei dente do cam~ra obrigado pelo regimento a con-
summameute obrig~do. víd3r o respectivo miuistro para assistir á dis-
O Sn. BrrARQU"E nt UACEDO (~dj1istj·o da a(/ri- cussão;
C~Iltura):- . • .
e pessoalmente fui ratifical' o"qne O Sn. Jost CAETANo : -Não; é preciso que a
havia escrilJtO. O que ba de censuravel ~o mett cam~ra o vote. .· ·. ""'' ""'~ :.
procedimento '1 Só v~jo motivo po1·a ser lou- O SR. FnmTAS ComiNHO crê '~~ isso i~do
vado. re~imPnlo. Vai dizer :Js razões por que é lev'ado
O Sn. SEnGIO Dll C.I.STno: -Eu não censurei a fnzer e~t~s perguntas.
c procedi menta de V. Ex. ; ao contrario. Observa qui!, qll.ando o Sr. ministro da fazcndD
O Sn.. Dtr~RQUE DE 1\L\CEDO (ministro da a_qri-
veiu aqui com um credito rela1ivo a certas verbas
dn sua pfl~ta, tomou a liberdade de pedir ao Sr.
cultul'a):- A recl~ma1'ão do nobre. deputado p1·esi dente que m~nda sse convi dar o nobre minis-
parecin M principio importar censum ~o mi- tra para assistir ú discussão, e S. Ex. entendeu
nistro que se tin!w ·conservado silencioso. '-que o seu pedido era perfeit~mente fundado.
··o Sn. SERGIO DE CAsTno:- Não, senhor. Agora desejava occupat'·se de v:~rios 3ssumptos
O Sn. BüARQUE DE l!L\CEOO (ministro da a_qd· re!Mivos ao mini~terío do Imperio;·inas não póde
culturu) :- Y. Ex:., como qualquer de meus discutir sem que estej~ presente o nobre minis·
collegas, merece-me n. maior cousideração ... tro. Si elle nlio foi convidado, ped(; aoSr. pre-
sidente que o con:vidc a que venlw. .
O Sn. SEnGto nE CASTRo:- Obrigado.
0 Sn. RODOLPllO DANTAS:-Estã no senado.
0 Slt BUARQUE DE bfACEDO (minis!!·o da ag?'i·
cultw·a):- . ... já pelo men dever como mi- O SR. Faraus CouTtNHD diz que por isso mesmo
nistro.já como cavalb.eiro, llUe !Jreso-me de ser_ entende que devia serconvidndo. Umn de duas:
(llluito bem.) ou o nol:Jre ministro vai ~er convidado, ou então
O Sa. ALVES DE AnAUJü (pela ord•m) pede a adifl-se esta questão até que elle compareça. .
inversão dn ordem do di~, afim de que seja .o Sa. PRESIDENTE:-0 nobre ministro do im-
discutido em primeiro lugar o projecto n. 88, perio foi convidado, na fórma do regimento;
que trata da pretenção do major reformado por isso pergunto ao nobre deputado si quer
Cypriano José Pires Fortuna. mandnr o seu requerimento de adiamento.
. Consultada a cnmara, decide )Je\a affirmativa. OSR. Far;:tTAS Cor;TJN!Jo não manda requeri-
mento de adiamento, porque sabe_que cáe. .
ORDEM DO DIA O SR. Z.\)rA:-Disso não tenha duvida. ·
·Procede-se á votnçiio do projeeto n. 86 de OSn. FREITAS CoUTrnl!o observa. que desde que
1880, autorizando o governo n conceder jubi- S.Ex. declara qne o nobre ministro foi con-vidado,
lação no couego Henrique de Souzn Brandão, desistira do seu pedido, como desiste. de tomar
lente de lithurgin na provincin dn Bahi:~ .. a palavra sobre o crtldito,. v!sto que o nobre
E' approvada em 3. 2 discussão, hem como a ministro pretende e~tar no seuado; em vez . de
emenda qne fõra apresent::~d~ relativa ao tempo 'vir dar :i camara as eKplicações que lhe forem
de servi!;o c do professor Frei Sato.rnino de pedidas. . .
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 16:05 • Página 4 de 23
O St·. Ma.rtim F.ra.neieeo (pela or- regimento determina que se convide o ministro,
dem):- Duas palavras a11enas. N;1vida commum si não é porque desse convir.e resulta o seu com-
vê·se get'l.llment~;~ que qnando se tem ILm con- parecimento ? O regimento niio partia oonsignar
vite e que ;;e o ~ celta , n~o é possível preteríl-o um absurdo. Ou o nobre mini~t.ro do imtJerio
parn aceitar ontro. E' sabido que o nobre mi- está impedido de vir ã c.amnra e portanto . não
n!stro do imperio está no senado assistindo á podia ser con1•idado, ou S. Ex:. nl!c está impe-
disenssão tia lei eletloral. dido de vir á eamaro e o convite tem toda a razão
(Ha a~'JUI!$ apcwtes.)
o Sn. FnnrrAs CoUTINHo:- Mas o no bre pre- de0ser. .
nobre deputado pela Bahia, 0 Sr. z3 m3,
sidente do conselho dis~~ que não era noees- quo $6 mostra profundamente versndo llliS dis-
saria a presença do nobre ministro do imperio. posições do regimento, diz em aparle que 0 pre-
0 SR. MARTI.M F.IIANcrsco:- Porém o senado shlente da eamara não tem limite algum na
insistiu e votou de modo diverso. E' evidente maneira J)Or que pôde (}istribuir ns materins da.
pois ·que o nobre ministro deve Ler toda a de- ordem. do dia. Afas ha um limite raciono!, de
fercncia porn com o senado, cor!JOI'.1Çilo impor- seuso, diunt.e do qual devem curvar·se todos as
tan.tissimn, cujo couvHe precede.u o que se quer autoridade~ constlluiaas, inclusivnmente o pre-
fazer agora. .Entretanto o nobre presidenle da si dente da eama.ra. o nobre presidente do con-
earoara diz que o eonvite foi feito; mas .não selbo já declarou no scnnrlo que a pre>en~a do
tendo o nobre ministro o dom de estar em dous nobre ministro lo ímperlo não er~ allí essen-
lu"ares ao mesmo tempo, é claro que não podia eial.
compnrecer aqui. Além disso 3 C:lmara sabe
perf.,ittl mente quo ·S. Ex:. está muito bem re-
o .Sa. C.o~.NDlDO DE OLIV"F.!RA :-l\Icts o sen:J.do
present~do 3qui por diversos ministros que são exigm·a.
deputados e sem duvida tem os esclarceimento; OSn. Fnl!ITJ\.s CoUTE\"110 pondera tJue c!esde que
precisos para responder a qu.u !quer perguuta no senado está o nobre presidente do eonselbo,que
que lhe seja dirigida pelos poucos, mns sem é por as~im dizer. o autor dessa gran~e rerormo,
duvida valiosos e iruporllln.tes membros da op· . entende que não ha\"ia necessidade da presença
posição nest:l casa, o~ C[tues multiplicam :~s alli do nobre mi nistro do imperio, principal-
suas vozes por fórma - tal, que, em vez de pn- mente quando nl"sta c:uu:Jra se tr~ta de roDterin
recerem um ou <lous, parecem ser vinte ou attinente :í. sua pnsta. Não tem saudades do
trinta. nobre ministro do imperio, deseja_m~smo que
Eu nois entendi que devin trazer á cnmara el!c se _conserve por lá e até mesmo que ~eja
,. d d senador.
est.~ explir3çiio n a (lUsencia o meu co 11 ega e A qucst5o não é essa. Si a presenç:~ do nobre
dep nt~~:5o e 3ntigo ami:;o, o nobre ministro do ministro do iml)etio nlio fosse ncccs!'&ria oo
f~ptJrio . ren-ular andamento dos no>sos trabalhos, o
Entra em discussão o art. L o do projecto. Sr~ presidente u:to lho mand:Jria o. convite; e,
si o m~ndou, é porque está convenetd'' .de que Cl
O ®J<-. l[<'reiaas Cout.il~bo pede a honrado ministro devia assistir <t esln di scussão.
palavra t5o >óments pora f:ll er sciente :i camara Não sabe si no regimento ha disposição expres-
o seu m•tdo de ver rela\ivamente ao methodo sa a este respeito ; ha, em todo o caso, nos
adopt~do pelo honrado presiden te com réspeilo -estylos do parlamento : desde que na can1ara se
ás ma~crias que dó para 3 ordem do dia. 8up- tratava de um negocio de alta importancia e n.c
pnulla que, vi~to u facto àe ncllar·sO o nobr0 s~nado de uma lei politka, para a. ~i~us>ão da
ministro no senado, <!Ssistinrlo i• disenssi'ío d:~ qual são coiDpetenLes todos os mmtstros, qu~l
re forma eleitoral, S. Ex. não podia por fórma devo preferir-a c~mara ou o senado?
~~~~:. iucluil· ua ordem do dia o prl!senle Declara que nfio tem em vista seniío salva~
<1 autonomia da camarn. E, sem querer fazer
O Sn. PnB>IDENTE diz qne um credito é de stia olfensa nos dignos uwmbros da cnmara vitaliciu,
natureza ur::ente e o no tira min istro do imporia, deve dizer que 0 nobre ministro do. impe~io só
embora e:;tcja no scn:~do, niio está impedido de foi alli ch:mwdo par3 se protelar a dtscuss)!J.
pedi.r dispensa áqnella camora e comparecer 0 Sn. 1\:i>.n.Tm · FnANCtsco FILHO:- o nobre
aqut. _ . d<lpntado entenda-sa com o sen~do.
O Sn. F REITAS CoUTIXHo n~o s:~be por que '
razão S. Ex. diz que este credito ã ur..ente.
. e •. ._
I ,
O Sn. l•nEITAS Ço!i~!:JO nada tem que ~or
com o senodo ; n:10 c tão abs urd~ a doutnna
o Sn. PRESIDENTE d1z que todos os cremtos sao que sustenta p3r 11 merecer esse aparte.
urgentes de su:1 natureza. Trata-se dG uma despeza feita, para a qual o
O Sn. FREITAS CmrriNR~. ob~~rvv. 9ue a.despez::t honr;1do · ministro do imperio pede um cre(}ito
a qrie .se refere este crechto Ja est:~ reahzada. O sup~lemeatar; é despeza jã. effectuada sem
que se pede é 3peuas a verba p~ra que .a . des- intc1ativa do parlamento, e nos que represou·
peza seja legalJsada. Portanto nao ern um .ne- tomos 0 povo mais im.medíaLamente do que o
.· gocio tão urgente que nlio pu~esse ser ad1ado senado... . . .. ·
até á po~sibi lidade do eomparectmento do nobre · , • . E' d .
. mini:>tr o para dm· as explicações que lbe fossem O Sn. MA~TJM FaA.Nctsco FILHO .- . e.;pe_
za.
-pedid~s e de que porventura carecesse a. camara \do anno passado. ..
para votar o projecto. · O Sn. FllBI~As CourrNliO JJ.ota. que.o nobr.e ~e-
Continúa .portanto a censurar a auseneia do put.ado ~ertlba_ estes nego.ctos; liga mrus Jm-
-. nobre ministro e pergunta para que é que o portancta a questao de doutrma. · .
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:05 - Pêgina 5 ae 23
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· Desde que se trata de uma despeza realizada 'OSll. Bt_r.utQUE DE M!.CEOO (ministro da agri-
que precisa ser Ie~alizada e p~ra a qual se vem culturn) d1z que todos os seus cclle.,.as do mi-
pedir um credito supplement:tr, . que outra nisterio responderão por elle. O nobre deputado
cousa não é senão um bíH de indemnidade, por- .póde discuttr largamente o credito.
que o poder executivo não vem perante a ca· O S.ll. FR&rr.As CoUTINKO sabe que o nobre mi-
mara dar cont~s de seus actos 'f · nistro tem muito t:Jlento, muita llabi1idade para
Julg-a queoé preciso que o poder execut.ivo conhecer, não só os negocios de sua pasta, como
se convença do papel que representa no nosso os das pastas de seus collegns.
systema: •parece que com estas manifestações
inlntetrompidas por parte do poder executivo O Sn. FnEDEmc;) ReGo:-·A questão é do re·
~?m todos os tempos, na nctua.lidade <:()IDO de glmento: póde-se discutir um credito sem a
prose nç t~ do ministro ? · .
hontem, o que se quer significar é que nós
uacla mnis somos do qae uml chanceilaria dos O Sn. FREITA.~ COUTINHO diz que não se póde ,
actos do governo. e o honrado presid~atc s~be que não.
Quando aqui se dí::cutiu largamente qual o O Sa. PaESillENTE.- Pelo regimento pôde- se.
-··methodo :1 ~dopt;lr par:~ o debate dos credito~, O regimento manda convidar o minislro, mas
o no~so cotlega mnito distincto "deputado por não manda retirar da ordem do dia o que nella
:Mina~, o honrado Visconde de Prados, que en- estiver, si o ministro n:io comparecer .
tão pre~idia esta eamara, decbrou que a unica
hypotb e~e em que elle admittiria discussão
0 Sa. FREITAS COUTINHO tem que dar uma
ampl:i seria· quando se 1r:r1asse de cr&dilo do explicação ao honrado ministro da agricul·
ministerio do imperio, apezor de que a tura. S. Ex. como que tomou á má parte as
doutrina contraria fosse da maiori~t da ca· suas Jlalavras _
war•. O Sa. BuAnQuE De MACEDO (miuistro da aqri·
P<lrtanto vê o nobre deputado que,· insistindo c;t!tttl'a) diz que não tomou á má parte , npfinas
pela presença do honr:~do ministro do imperio, deol;'lrn que todos os ministros são ·solidarios
está de accõrilo com o;; estylos, embora saiba com os actos do honrado ministro do imperio .
qne o nobre min.istro gosta de estar no senado, . O SR . FnEtTAS Corm~rro não _quer que
llnde faz um figurão. S. Ex. ô tome como homem irretlectldo.
O Sn. }lu\mt FnANc!sco : - Em todo o caso Qu~ndo perguntou a S. Ex:_ si podia responder
faz uma figura digna de s! e do seu pniz. V_ Ex. por seu colle!;'a, foi porque oindu hontem, per·
nàü'..~e m preferencia stJbre elle. guo.tando a S. Ex. si queria responder ao me·
nos em aparte sobre um negoeio itilportanle,
O 8B.. FREITAS CouTINHO observa que é justa- S. Ex:. apenas fez deslisar nos lnbios um riso de
mente por isso que diz que fn um figurão_ prorunda amabilidade, mas conservou-se em
O Sn _1\IAnTD! Fru.Nmsco : - 1\tas como a pa- profundo silencio que traduziu-o como signi-
lnv-ra flgurão se presta a diversos sentidos, re- ll,:ando que S. Ex. não queria tomar a res·
clamei, como costumo fazer quando se tr:ua ponsnbilidade. _
de meus amigos. _· Eis a questão_
O S R. IGl"ACIO JtiAn'riNS : - Pó de requerer a Como os seus honrados amigos aqui da es·
presença do o.~<hre ministro, que lhe darei o meu querd:s. insi;tem pa.rn que formule o seu. re.-
querimento de ad iamento .. _
voto a favor.
o sn·. FnEIUS Cou-mmo estima que al· O Sn. Cosu AzEVEDO:-E' melhor, embora
guns deputados d~ maioria o acompanhem, e si seja rejeitado.
o voto de SS.EEx.podesse decidir do seu reque- O SR. FREITAs Courumo vai fazel · o por conta
rimenlo, immediatamente o formularia. delles, não pela sua, e é o caso d.e dizer-se-que
Mas é preciso que declare ao seu collega e apresenta o requerimento por conta do seu
amigo. deputado por S. Pau!o, que o interrom- dono. (Ri1o.)
peu em tom nervoso, que S. Ex. não o com- Declara que si não for adiada a discussão
pre~endeu. . . deste credito, não tomará parte nella, reservan·
l'arece-llle que S. Ex. estabeleceu uma ques- do- seseja J?Bra a 3.• discussão, a qua 1 pede_ a S. Ex.
de tal maneira espaçud3, que habilite o
tão de preferencia; declara que não é esse o seu que nobre. ministro do imperio a vir discutir coin·
pensamento. nosco. (Trocam -se apm·tes.) -
O Sn- MA.BTIM FRA.."i'Cisco : - Não estabeleci Ol:lserva que relativamente á estrada de ferro
<JUestiio de preferencia; colloquei·os em posição do Sobral ~ssim não pensava o nobre ministro;
1gual. = , o senado não deu verba para isso, entretanto o
O Sll.. FREITAs CoUTINHO observa que quando que fez o nobre ministro? (Trocam-~e apartes.)
disse-figuxiio foi para usar de um substantivo Si . qnizesse protela; a discussão, podia fa.
augm~tatívo: onde é que está a injuria 't Só zel-o, e snbem lodos que não é dos mais pêcos
poderao eneontr:•l-a aquelle~ que sobrelinbarcm quando quer faHar; podia occupar a atle~cão
·a palavra: disse-a em tom verd;.deiromeute na· da enmnra umn ou dU3S horas com questões_
tural. (I?!terr~pções.) . · de a-eneralidades, mas nio deseja fazer ·isto, e
Si o honrado ministro da agricultura que ui· pol'tllnto limita-te n mondar á. mesa o seu re·
timamente tem acudido ásrecla.mações que lbe querimento.
tem.feito da \ribuna estivesse dispos\o a repre· Vem i me&:~, 6 llclo, apoiado e em dilcassão
sentu o honrado ministro do imperio ... o segutnu
c â"nara dos oepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 16:05- Pá gina 6 d e 23
. _
REQUEIUMBN'IO
. • · _
!binação
do dia não põde deixar de ser dada de com-
com o governo, e que os ministros não
• Requerro_ que, attenta a_ dtspostção do. regt- podem deixar de comiJarecer.
rnen~o, se _n~te a P,resente d1~ c~ssão ,.elattva _ao Si nós hoje em maioria ou qunsi em una ni·
cred1t0 soh cttado pelo Sr . mtntstro do lm perto, midade na eamar~, podemos dispensar esses
até que S. Ex . possa compareeer ás ses;ões da· pontos do regimento, amanb.ã poderemos estar
camar:L em opposição e devemos lembrar-nos qae sem·
!7 de Outubro de iBBO.-Freitas Coutinho. , pre temos pugnado pela ob ~ervanch do regi-
mento, porque elle ê a gar~ utiD. tanto da maio·
O Sr. MartiDI Franei~eo Filho: ria como da minoria.
-Sr. presidente, si o nobre deputado pelo Kio O regimenlO : manda que se deve convidar
de Janeiro se tivesse d~do ao trabalho de ler os min istros, e, DIJrlanto, elles niio pCldem deixar
um dos llrilhantes discursos com que S. Ex:. de comparecer, p~rque é convi te da c.1mn ra a
tem -deleitado ~ attenç5o da· casa, teria respon- que não podem deixar de attender. (A.•;aJ·tes .)
dido a si meomo e explicadu o motlvo da au- Si o nobre .ministro do imperio n5o llMe
senc\a dll Sr . ro\uis\ro. Ha dous dins qne S. comparecer agor~. porqu<l se acha no senado,
Ex. nos disse saber o motivo de tal .nnsencia. onde n5o póde tleixar de estor 3 con.vite da~
Opponht)· me ao requerimento rle adinment.:>. qnl'lla COfl}Cfa!i'I O, S.. Ex. tem um ffi~< IO de at-
:Nos 11apeis 4}Ue foram presentes á consideração tender á camara, que é ndiur a discnss>iio deste
da cam:ira está perfeilamente exp licad~ a des- credito para depois das tres horas, porque nós.
pezo que obrigou o ministro a pedir o credilO temo.> sessão até às quatro, e ~ reforma eleitoral
em discnssão. no senr•do discute-se at.! ás du~s e meia horas ;
Trata-se de um credito de 37 contos e tonto, e assim observa-se o regimento. (Ap1:u-Us . )
cuja utilid3de .o nobre deputado não contest.o11 EnLende que o Sr. prtlsidente cumpriu a let-
e - de uma despeza que j á está feita ; da modo tra do rc3gimento, tn3s o espírito, uno.
que:-s: Ex.. votando contra o credito ou deseJa Abi a sua opinião discord:. dn de S. Ex. ; o
que o governo caloteie o credor ou que p~gu e convite ao ministro é obrigalldo-o ~o compare· ·
sem aut<Jrizaçiío legislaU-va•. . cimento.
O SR. FREITAS ColTrtNBO dá um aparte. {Cruz,lm-se muitos apartes.}
O Sa. M.A.RTIH F rtANClSCO FttHO : - Des.:jarin ·Desde que o regimento m~nd:• que o minis-
que o n o~re deputado discutisse o creLit~ ,j á que tro seja convidado,é obrigaçlio delle co m pa re,~et· .
se ac h~ m dous ou tres dos Srs. mlttlstros pre· (Apartes.)
sentes, qne declarat'am estar promptos a debu- Si o nobre deput~ulo pela provincia do Rio de
ter qu3lquer questão que o nobre deput:tdo Janeiro r•ermitti~se um adit.~.mento ao seu re-
susciwsse, mas S. Ex. por um capriebinho, querimento de 3diamento, M-o-hia pnra que
insi~ te em querer discutir com o nobre ministro o credito se discutis5e copois àas tres horas,
do imperio, de quem diz niio ter saudades. porque assi m satisfazia- se o desejo do nobre de-
Si 8. Ex. estivesse na posição do nobre mi- putado e resalvav3.-se a prerog-.1tiva da camara
nistro do iln ptlrio, deixaria de ir no seMdo? cios Srs. deputados.
(Apartes.)
Nós não queremos s3ber si o senado fez bem Vem a mesa, é lido e apoiado o seguinte
ou si tez m3l ; o que nús importa s~ ber é que o Additamento
senado cenvidou o nobre ministro do imperio e
que eue· tem de estar presente á discussiio da Que a diseussã() do credito do ministerio do
reforma eleitoral. imperio tenha Ioga r na seguni1a p~rt c da ordem
Si o nobro depnt~do -visse a tabclla explicativa do dia, · dep•lis dus tres horas, am presença do
que acompmba n credito, a comparasse com as. respectivo ministro.
verbas ettcon tradas a pags. 79 do · rlllntorio do 27 de Outubro de 1880.-IgiUlr.io Martins.
ministro, teria encontrado uma pequena diffe-
rença nas parcellas, e esta pequena diJferença o 8r. 8erdo de Ca;jatro dique em
S. Ex. explical -a-hia qunndo soubesse, como apHr~e ao nobrP. deputado peln província do Rio
sem duvida sabe, que algumas quanlias :foram de Janeiro bavill bypotheeado o seu·voto ao
~agas, não por int.:lrmedio do admini~tr3dor, mns requerimento de adiamento e ainda ha pouco
élirectamente pelo ministerio do im perio. di!;;c ú llngusta camara dos Srs. deputndi)S que
Acho inutil, Sr. presidente, o adiamento .. sempre estoria ao lado de qu!ll9uer membro
s. El. não pede explicação, n1io deseja dis- deHa 9ue pugnosse pela eJJectlVIdade de suas
cutir, quer o adiamenlo só como meio prote- garauttas.
Iat<lrio, como caprichinbo unicamente, por isso Ora , procurando os nobres deputados ~a
voto contra o seu req_uerímento. questão vertente sustentar ur~a. das garanti~ _
desta eamara qual a de mqumr de nm. 1111·
O Sr. I~o Hartloa declara que nistro de estado ·sobre o modo como ~eve des-
vota pelo proJeCt.o em discussão; . pender OS dinheiros publico~, nãO podt.a deixar
A questão pr incipal, porém, para St é o cnm· de estar ao lado _ de SS. EE~. . . _ ·
pri.mento do regimento. o regimento manda q~e Ob.serva, porem, qu~ amm~ deste prmctpto,
par" a·di~c:ussão dos ereditos devem ser eonVI. que JUlga necessu~o e mquesuon:~vel, ~orque é
dados os respectivos ministros, mas ~~e que naturaJmente acetto em todos. os.par amentos
o legislador emprega a palavra connte e por- que tem o systema de governo semelhonte ao
que entende que pelo nosso systema a ortlem• no~so, colloca· a da confiança da camara que
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:05 - Pêgina 7 ae 23
não . póde ser _U!ll só morrien_to int~rrom pida O Sn. FnEir.\s Cou-rrNIIo ·· pel:lS palat·ras de
para com os mtnt>tros que apara; asstm como o justiça que dispen.sou e:n juslitica.ç:io do sen
respeitil e considercção qnc deve ao chefe de r.:<JUcrimcuto, pclll m.e~mo motii'"O· por que o
sua maiorin. sorprenderam as p~lavrns do ltonraclo d:epu-
Gonseguintemente, não obstante haver hypo· tndo por S. P11uro.
tbecndo seu voto em aparte ao nobre deputndo, S. E~. nos cullocou entre as pontas de um'
não duvidará lovnnt~r essa hypothese. dilemm~. declarando que s~ a camara niio vo-
Tem ~l,lm disso serias du~idas s11brc o modo ta ss~ o credito, estabelecia o rcgímen do calote
por que deve ser interpretada a disposição do on do arbítrio.
regimento commentado pelos illu,lrcs dcput::dos.. Do enlate. não estfl.!Jclecia com certeza, pot·-
pero Rio de Janeiro e ~Iinns G~raes. que er.~ preci5o que a importancia do credito
O regimento servé-se da expressão C<Jnvidar; nfio tivcs>e sido d~spendida; rnas a despeu foi
não ha duvü.la n!gum:1 que a ~m:n·a, ex:igindo f~ i ta e j;\ roi png<
L O dinheiro foi gasto e tanto
por meio da mesa a pre :;cnç:~ de um mittistro de que não slio os credores qlle vem aqui exigir o
estado, não pod ,~rá usar de outra cxpr ~s~i.io .liras, pagamento _ A•·bitrio, esse ha em todo· o caso
~rg-unto , o ministro tem obr iga~.5o rcstricta de desde q11o o ao to rlo governo esliver di v ore!~ do
vir comparecer perante o parlam<Jnto para res- d:1s llo:~s prali::ns de legalidade ; o arbi •r io, pois,
ponder ás considt!rações <jUC fot•em (~ i t;~;; em su bsi~le e, em vez de ser clwneellado por nós
questão de credito em ~vi rtude da disposição do com a oppro ,·a<;ão do um credil{) qae apenas si·
regimento 'l Esta é a questão. g uilica dc~pt:za rPalizada, e!!c deve Gear como
Si percorrermos os .1nnae.s do parlamento um documento vivo da [Jrapotencia do governo.
(Apoia.tlos e a.parte&.)
brazileiro ahi eneontraremos nos US<Is e co3- Onobre depu!ado por S. Paulo insiste em .
tumcs prós e contras; enco ntr:~remos muitas mnnifeshr :1 :ma dcdi<A~çào gove r n:tme nt~l. -
vezes os miaistros aceit~ ndo o convite e comp;~
receudo, e outras vezes não comp;; recendo por O Sn. l\fARTrn FR..\.Ncrsco F1LBo:-JJas since-ra
circumstanci<ts de força maiot· _ Logo os no- p:>rque não dependo dos ministros.
bres dep ubdos não podem estribar-se em pre· OSn. FREITAS CoUTINHO não diz o contrario ;
cedentes, de,:de que os ba, tanto u f3vor, como nm o nobre dc~mado quer toli.J.er o direito
contra a opinilio por SS. EEx.~ su5tentada. daquei!es que nno são fa>oraveis ao governo.
O!Jscna aiutla que o;;; nobres deputados ue':em Isto tudo pode!á ser, meno~ tlleOl'ia lí uera!.
notar o seguinte, o é qne a tliscussilo rrn e se Quem é nccusado. não l)ód.e deixar de usnr do
vai abrir, esl~ opportunidode qne so offerecc direito de defeso." O nobre deputado tem cstra-
aos membros da oppo~ição p~ra discutir pela nhodo que o orador, que nlio tem cntl!usiasmo
se~undu \-ez um cred1lo ao governo, se póde p el~ governo, venha pCldir esclarecimentos, não
offe t·e ~ er em outras dbcllssões imvortmte:; em só para votar como pa:·01 disnutir; e diz niilda
muiros e var i;1Jos assoru(Jto:> que ~inda podem Qlle sublinha as palavras. O aol:Jre deputado,
ser sutHncttidos ao ex~ me d:t camal"a. Canse· que está dando jlrovas de VClrdadeira :tmizade no
guintcmente os uobrcs deputados por roouo al· goveruo, não tem o direito de censurar u op-
gum pod ~ m llc:n· prcjudica•los. plls!ção emprcg;' ndo estas expre;:sões : que só
O Sn. lG:SAClo MAn:ri NS : - :Não 6 questão de temos em 'r!sta satisfazer um C«pricMnlto. Não
opportnnidade, é qneslão de regimento. sahe o que quer dizer. (Ap artes. )
Tem o or:~dor ner.essit.laile de ver cumprida a
(Ha oulros apartes). disposição do regimento,de ver mantid<l a auto no·
O Sn. S ERGIO DE C:\s-zno sabe que não póde mia da camara, expressões crue vão sendo con·
tocne o cor.~ção dos nobres deputado>, mas está $Ítle rada~ como cha pas, mas_que en!rctanto não
sendo org.õu de sentimentos quo lhu pnreccm dão ~ e:xact:~ sig-nificação dos fac~os. · Quiz:era
ele todo o ponto res[Jei!aveis. que as prerogativ<IS da camara fossem respel·
O SR. FnuDr::nJCo REuo :-Não deve abaf:~r .o tndas, e a sua iniciativn exercida com energia
c~ pu de lhe dar forças p:.r:~ Iatar eom o senado,
seu primeiro impulso. a quem todos os-di:1s nos e;;tamos submettendo.
O Sn. SEttow DE C,mno, concluin~o ns suas . o ·goveruo devia ser o primeiro :1 collocar-se
observaçl'es, mesmo porque desej:~ que, sem acima de>t ns condições prec~ricts o lutar franca~
demorn, t<mha t~rmo estR questão, dirá co m toda mente contra ess:t especi<J de prepot!!ncia que-o
a ffDll_quuzn, pedl!ldO desculpa á nooreoppos.iç<iO. seu:~do quer c.tercer sobre nós, que temns ig"llaes
]mnc•palmeute ao nobre deputado pelo R10 de direitos, seo.ão o de sermos mais ouvidos do que
. Janeiro, 3 quem ingenua e lenlmenl!l tlypothe· elle. (A.p:t.t'(as.)
c~ra o s~u voto, que, si o honraJo leader da
m<~loria nzcr íl!"ual declnra~üo, votará com clle, O nobre dep111arlo por l!rin.as declarou muito
levantando :1 hypotheca que roi al iás feita com ben1 que o r,•gimento consigna a ohrJgaçuo ..•:.
a maior sinceridade. O Sr.. C\Nomo oe OtJYEIIU:- O reg-imento
nlio falia nis!o; s5o esLylos. Está na Constl-
O Sr. Freltaa Coutinho <leve tui~1io . ·
umn ligeira rc"ll'lsla aos illustrcs colte,..as que
O Sll. Furr.\~ Coummo aiz que é
se occur>:~ram do seu requerimento, co come~:~
agra~ooeudo ao nobre deputado o Sr. Ignaclo quanto b:tsta. Já uma vez o nobre dcput:ldo foi"-
ltfurtiDS•• • . lbe favoravel. Di.z o nobre deputado que esta
na Constitui~'Õo, e m:~is uma vez, com o melhor
· ·O Sn~ JEBOiU"Mo SonRl!:- Não pôde declinar direito, in~istc no pedido que fez ã camara; e o
nomes pelo regimento. b.onrado leadcr da m~ioriajá uma -vez, . qaando
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 16:05 • Página 8 de 23
o senndo, tendo começado a discussão da. ~e-~ M~s ha neees~i~a~e da pre_sença_do ministr~
ftlrm~ eleitoral, exigiu a presençn do Sr. mlntS· do .'mp1mo 1 O mtmstro do 1mpeTlo. 9ue es~a
tn do imperio:... obr1gado a achar-se no senado por d_eltb~raçao
o. SR
. ·
CunHno DE ÜLIVEIRA.:-E exio-iu muito daquella enmara, tem a me~ma olmgac;ao pe·
., rante a cnmara dos dei•Utados ? Não a. tem, por-
leglltmamente. que ninguem é obrig:tdo ao imposgivel (apoiaMs),
O SR. MAR'IINRO CAMPOS:- ...e estava no seu e o serviço publko nada tem n snJ!'rer. porque
direito. (A.poiados.) Este respeito que ~s nobres o ministro do i;operio é membro de um miniS·
deputados querem e com mutla razao par~~ terio solidario. Os seus collegas declararam
cam:•ra niio põde ~er negado a~ sena~o.(Apola- aqui em vor. alta que estão promptos a respon-
dos.) O honradc. ministro do rmper10 ~H:)la~se der pelo credito. .
imped1tfo absolutamente de compnrecer a. dts· A c3mara dos dcpul.'ldas, si nãCJ julgn os mi·
cussão na C<~mara dos deplll<ld~s.{Nào apo1a~o.) nistros j)re~entes com sufiici5ncia para a dis·
O honrado deputado .P?r .'1hnas: meu. amt~, cnssiio, decrete-o por uma votação, e nomeará
disse que o honrado mwtstro do tmperto. p(ldra mjnistrog a seu gosto. Esta é a cousequencia da
comp_arecer á e~mara _dos deputados de~ots Q~e exigenci~. pois o~ ministros presentes dizem :
1ermmasse a drseussno no sennd_o. A dtscussao ·E~tamos promptos a responder pelo credito, a·
no sPnado começn uma hora ma1s cedo do qne dar as informaçiles qu~ no~ forem pedidas.)
na camara dos d_eputados, o senado encerra:se O nobre deputado sahe como a cousa se passon
um~ !lora pruMH'O !J:Ue 3. >;affiara dv5 depma· no sen~do, que a !Jresença forçarla do.nobre
dos. E' CX!lctc;; mai\ a qu.e horas .lem t~rmlnado mini:<tro do imperio fui votada contra a vontade
, sessão d~ senado dur_anle !- d1scussao dare· do mini~terio. Obtenham os nobres deputados
forma elertora_l ~ A d1scussao desta reforma aqui desUI c~~a ~ mesm~ votação j esta deve ser
conforme a mmha lembrança tem. sempre sx- a consequencia do ;1ili~mento; porque o adia-
cedido das tres horas. (.Apoiados.) menta votado pela camara que resultado nos
Nem no sen~do, netp na camara dos deputa- dará? Adi<:r-se o projecCo até que termine no
dos. ha o C<)stume de mterromper o orador que sen~do a discussão da reforma eleitoral. Ora, os
faUa no fim da nora; o orador falia 3té a hora credites são urcrentes · a sessão só devi! durar
que lhe parece nesta occasião. . o tempo indispP.nsavel para a reformn eleitoral;
Terminlld~ a. se~são do senndo depots da_s 3 foi para e~<te fim convocada a sessão extraordi-
horas, eu de$eJarta que o meu honrado arn1go. naria.
deputad_o por !lli.nas Ger~es, ~os dissesse por· 0 s11• FnErr.ls C~UTINHo: _ E quando 0 mi-
q_ue me•os o mm~stro do lmpmo se transporta- nistro tiver de fazor uma proposta ao poder
na. ilp senadQ a camaro _dos depumdos para legisl~tivo deve fazeJ.o por meio de procura·
assiStir a um resto de sessao, que deve encer· ão ~ ' · .
rar-se ás (l horas. ç . . . .
Que tempo ficaria para isso'! _O SR. M~ttmmo WMPO~ :-De1xara de a fa2er;
o SR. CosTA AzEVEDO:- Mas a sessão póde ir nao llie ve;o outra soluçao.
além póde proro"ar-se. Têm os ~wbr~s depu~dos, porlanto, ~e esc!l·
' " . . Iher: ou dr~cutlr o cred1to cu adtar a dtscussao
. O _l:IR. FnEr~As C.oV'l'tNHO : ·- Temos tido aqm para continuar não sei quando, porgue é neces·
·sessao até me1a no,1te" sarío que a camara não perca de vista que. os
O SR. !IARTINIIO CA.'IlPOs :-Os nobres deputa· eredilos que est~mos votando têm necessam·.
dos dizem: r A sessão póde ir nlém, pôde ser mente de ser sU:bmettidos á deliberaçfio e ao
prorogada. • Os nobres deputados só podem voto do seoado. E' esta e só esla a r.tzão por
apresentar estl argumentação depois da .camara que alguns delles têm sido discutidos na ausen•
dos deputados ter votado que se proroguem as cia dos ministros.
sessões. A camara não as prorogou (apoiados), o precedenle alle~ado pelo nobre deputado
nem. creio que as proro.(!ue, porque não ha para de não ter comparectdo o nobre presidente do
isto nenhum motivo justilicadl:l~ conselbo no começo da discUl>são do orÇ<Jmento
O Sa. !G~Acro lliRTINS : - A primeira parte da fazenda (e note-se qu~ era m~teria mais im.·
da ordem do dia no senado é até ãs 2 1;2. . JJOrtante do que um cre~1to parCJal), este prece-
O Sa. MARTINHO CA.MPos: _Tem excedido dente em nad~ ~os ob~ga,_ nada prova no_ caso
constantemente ; isso é 0 que é marC:Jdo, mas presente. O ~tmstro nao tmba ~tdo convtdado
não é o que acontece. . p_or um equtvoco, por ~ deseu1do da secreta·
Seria, pois, necessario que 0 minil!tro do im· na ou por qualquer mottvo.
perio tivesse o dom da ubiqnidade. Nem o ta· (Ha. 1tm aparte.)
lento da opposição pod~ria adquirir esta grande Eu :"lio -~nerG 11bsoiutamente !nzer rewrda-
raculdade para a especre humana... çi'!es de p'i-ecedentes do ministcrlo passado.
O Sn. l<'REtTA~ CoUTII'ino : -
~mprestando argumentos que nio formulei.
v:
Ex. está me Muitos dos nobres deputados que crltic~m hoje
: 1aes precedentes aeharam·os então excellentes;
O Sa. MAI\TINRO C.WPOs :-,-••• ·não seria pos- eu não os achei. Mas n1ío quero fazer essas re-
sivel que a mesma opposiçiio :fizesse esta in- cord3Ções, gue não vêm ao caso ;i e nem ~ntra
venç:io: seria sempre impossivel a um ministro no men plano de vida nesta sessao_legis]ativ~ a
assistir no senado a uma discussão que tem de recriminação, e lltmca entrou. Na o .veJO, pot~,
ir ás vezes até ás 3 horas, e achar-se J_~resente . motivo para o adinmento, que não 1mpo11ana
na camara dos deputados para uma diScussão. senão a rejeição do credido (noo apoiados), de
.qne tem de terminar ás 4.. faeto, ~ra a mesma cousa. Provem <ls nobres de·
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 16:05 • Página 1O00 23
O Sa. SERGIO DE CAs:rRo diz que neste c:~so , O Sr.Freit.as Cout.inbo (peltL ordem):.
parri prevenir todo c qualquer incidente que -0 no~ r~ leader d~ ~ioria nos_diz que o hon-
possa haver nesta qnes~ão, pede.a palavra para rado mwr_:; tro d_!l JUStiça não põde comparecer,.
umn explieaçiio . . mas eu nao OllVL o moLLVO;
OSn. Pm:sronNTE :-Na occasi::io em que se O Sn. liL~nTINHO CAlfi'Os:-Participou-me que··
vni votat· não lh'a posso conceder_ lhe era impo:<sivel com parecer l:toje e encarre·
gou-me de participai-o ã camaru. A carta está·
OS!!. SEUGIO DE CAsmo insiste sust ~ntnndo até em poder do Sr _ L0 secretario.
que nuncn se negou a palavra a um ~~~uta~o
qu~udo se põe em vot~ção algumt~ tndJcaçao O Sn . FREITA~ CouTrNim:-Niío quero pôr em.
ou requerimento. duv idn a palavra do meu hom·ado ami"'O mas-
me paroce que desde qu!l dá-se este factó, e O·
OSu. Pt\E$JDENTE :-O regimento determina nubre deputado dechn·a que o Sr. ·u1Iilistro da
os casos em gue se pôde conceder a palavt':l justi~a IJóae campare::er ama uh~ , o Sr. presi-
pela ordem: on parn detet·min:rr a marcba da dente da camara tem a faculdade de adiar esta
diseussão ou pnra indicar o modo de se votar. discussão para amanhã.
No cnso presente V_ Ex. teve a p:~lavra pel~
ordem no presupposto de que é pedida para in· O Sa. PnESIDENtE:-Não posso. O regimento
dietJr o modo da vot:ldio. l'arn 1raLar de outro manda que não sendo votado o adiamento con.
assumpto não lb'n posso conceder. , tio.ue ;r materia ein discussão.
OSn. SERGIO DB w sTno diz que o honrado O Sa._ FnsrTAs CoüTI:VRo:-V. Ex. póde fazer
presiden te engana-se e per~unta si n1lo póde com qnc esta mnteria se retire da ordem dó
deelar~r- lhCl e justifi~r na triiluna o seu voto. dia .
O SR . Pr'..E>IDE~TE :-Na occasião opportnna O Sn. l?nESIDENTE:-A camara si entendesse
o nobre deputndo poder:l 1nandar i mesa uma é que podia requemr que a m~teria fosse reti-
dedal clt ão esaripta--do s~n voto~ r:.da da ordem do dia, mas niio o tendo feito,
o·Sn. SERGIO DE C.\STilO di?- que querendo vai eu. n5o posso .retir~l-a da discusS;io.
m~ is uma vez dal' ao Sr. IJre~ídente prova ca- O Ss. FRElTA.S Cou-ttNHO:-Isto não é assumpto
hnl de que é pressw·oso em obedecet· á3 prescrip- que possa ser submettido á deliberação da cn-
~tí~s de S. E~. V~i sentar-se c ~gu:u·da occa- ro~ r~. é as~umpto para que V. Ex. tem toda a
sino opportun:~.de man.d~r á mesa a dcclt~roç5o competenc•~ .
do sou voto. O Sn. PnESII>El'\TE:-Mas o nobre deputodo at-
O Slt. l ERONntoSooti: - Ha. de ser po1· cs- tendu que ~té para inverter a ordem do clia eu
cri[llo. não o posso fazer, só ll. eamora; quanto mais re-
O Sn . SERGIO DE C.;.sTv.o di:.: que isto não está tirar uma mnterla. da ordem do dia ? · ·
no rf.giroenlo. O Sr. . FI\Err.A.s CoumniÓ:- Mas veja Y. Ex.
Vo;:Es : - Esl:í. as consequencias: na qunlidade de deputndo op-
O Sn. SERGIO DB C.\Sl'RO vota contra o reque- posieionista cu po ~so en1ender que devo formu-
rimento do nobre deputado pelo Rio de Janeiro, I~r uma interpellação no ~overnll, mas pelas
depois· de ter ourido o .. nobre .deputado por.. m. doutrinas que v~>jo hoje apre,!!o~dn ~ os minis-
nas, seu illustre amigo_ · . . tros se podiam · rurtan1o comparecimento para
darem os escl~t·ecimentos~ue se exigem .
O SR. PnE.,IoE:;n: : - Para isso o nobre de- Relolivamente ao credllo em discussão as
}lntado não tem a palaVJ':l_ · razões são as mesmas.
Encerrada a discus~o e procedendo-se ã vo-
taciio··.do requerimento do Sr. Freitas C.outinlw, O Sa. PnE$mENTs: - Em uma palavra: eu não
. reconhece-se não haver c~sa par:~ se votar, pelo posso retirar •
que procede -se á chamada, 11a . fôrm~ do regi· O Sn. Fnmus CootJNHO!- Me parece que V.
tnento, e ficam prejudicados o requerimento·e o E:s:. pôde retirai' em virtude do r eg-imento. .
lddita111ento _
·Proseguindo n <liscuss~o do projecto c não O Sn. Pm.>SII>EKTE: - ·Entendo por outro
havendo .ll.13is quem pedisse ~ p~lavra fica cn- modo . .
uerrado e a -votação adiada. . O Sa. FREITAs Corrmmo:- Uas desde que V.
Entra em 2.• di~wssão o projerlo n. !M àe Ex. assim. o declara, eu submeuo-me á sua de·
1880, <~brindo um credito supplcmentar no roi· cisão. ·
nisterio· da jusliça da quantia de i03:l.5l~i60 . Entra, por tanto, em discussiío o eredito.
O .s~. Mru_"ttnbo CaJDpos (pela Ol'· o ;St·. Freita!i Cout.inho sente a
4e7ll):"':""Sr_. pre:;Jdente, lev:into- me apenas parn ausencia dl\ honrado ministro da justiça. pois
~ecl_arnr n·C?J:?araque o nobre Sr. ministro da . linha ·diVCr$~S observações 3 razer sobre aSSUm•
J~L1ça _p:~rllc•pau-me qne não pojiia comparecer pios daquella ·pasta, e queria saber çomo. S. Ex. ·
liOJe; n~o podendo eomparer,er• . llroport:l o adia- pens~ sobre v;~ rias questões de que tem de tra-
mento da discn.Ssão p!ll'3 amanhã si bouvesse tar ; fa1·â todnvia pergi:mtás e espera qúe algOJll
numero para votar-se, mas não ha numero, e dos honrodos: ministros presenteS àê as·respos-
nada · podemos f:u:er, por conseguinte tem este tas de que carece·o orndor. ·· · . . . ·
:ldiamento a sorte qne 1iveram os dos nobres de- - O Sr. chefe de·policiá <h. córte, em uma peça
putados. . . . · · · officiàl, gualificoú de · cérto mOdo a guarda
: ..
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 2710 1/2015 16:05 - Pág ina 12 de 23
Depois da execu.;ão do programma do go- vez de ser nutori2açlío para contrahir o empres-·
verno, na p:mc d~ eleição d~rect<1, e cla_ro que timo, é auturiza~~o para a camara municipal
o partido ltlleral não tem drante de Sl outro entrar em arranJo com os saus eredore;:, p~gan·
servi~o, outro pGnto mais momentoso do seu do,lhes umn c~rta porcentagem.
progr~mma do que a desccntralisaçUo _ P::ssando a tratar do art. 3. 0 , entende que
Habilitar as camaras a exercer as mullipliees contem elle uma clausuln inteiramente ociosa.
fnncções quo liles cabem deve sei' o proximo Ficttudo a ctHnara municÍJlal obrigada a pagar
~lvo do partido liberaL __ uma certa' amortização annual de sua dhida, o
Si as~im é, desejario o orador qu.e o mmrs· governo não precisa dizer á mesma cnm~ra que
terio aclunl começasse desde jú a mostrar e~tn poderã pngar umu quota maior, si assim enten-
tendencia; nm, longe disto, aindn hoje, a ea- der, purquo ella, pela lei da sua orgnnização,
mara npprvvou um credito do ministeno da não o poderá fazer, caso queira. sem licença do
ngricultnra entregando tamTJem· 30 ~:overno a governo_ .
horLicultura do municipio neutro, a jardinagem Uo que tem dito -vê-se que, sendo approvada
do Rio de J~neiro. a emenda do senado, Qea a lei peior do que
o governo n~o vai fazer isto Larato; vai g~s aquella que foi votada pela cam~r:~ dos depu-
tar 4S:OOO$ por anno para entreter o j~rdim tados. Si a camara municipnl eom os 1,700:000!$
publico. quo ncrn 30 menos pódeofferccer mudas agora concedidos, ficn habilitada a pagar a
e sementes aas agricultores. Desejaria que o seus credores, não póde entretllnto satisfazer as
nobre ministro da agricnltura, a quem por t:L!l- despezas que tinbn em mira qu;1ndo pretendia
tos títulos o pniz deve ser ~m1to, mostrasse Msta contra hir o em!Jrcstimo de r.:,OOO:GOO~; e o
quest:io do jnrdim do campo de Sant'Ann:t ten- orador votario mesmo para que esta cifra fosse-
dencías de;:centralisadoras; desejaria que fizesse maior, a não set· a desccnuança que poir~ no
JH"esente :\ cnmnra, deste jardim, em vez de espírito de todos os deputailos quanto á adroi-
exigir ntais eslrt sommn de (18:000;i, ::tssim como nis!r~ção millliCipal.
rleseiHia t:tmbem que fizes~e pr~~entc ã provia· Portanto, vot:1rá contra a emenda do seuado,
eia do Ceará dessas es'r~das construídas por si não ouvir rn~ões em contr;u·io ós que apre-
occasi:'io ela secca: sentou.
A emer:d3 do ~enado revela uma desconfiança Encerrada a discussão, fica adiada a yotaçllo
qu:1si olTensi1•n á c~mttra municipal do Rio de por falta de numero para votar_
·Janeiro. Nãu só reduz a quota, tornnndo quasi
ridículo o empresLimo que nutorizn, como esta- Entra em 3.' discussão o projccto n. 90, de
belece clnnsulas lilnitatiYns no modo dn emis~ão. iSSO, 1·ela~ivo á navegação de New·York.
Na emenda dn senndo ha a5 pnlnvrns-mediDn!c
approYn•;:io do governo. E' um verdadeiro luxo O St~. Costa Azevedo :-Sr. pre-
de tutela, por•jUe ns camnras municitjnes c ainda sidente; o meu mal cst~r de alguns dias,
mais a do Hio tle Janeiro. Mdu podem filzcr fez-me suppôr não poder tomnr parte mstn dis-
sem :1 pprovnção do govl'rno _ cnss1io, como tencJOnci desde ante- bontem.
· Por que rnzuo est~ outrtt cbusuln·~ne o;; juros Temendo issv, e~crcvi algnmus comidernções a
nDo ~ejnrn excedcnt~~ a 5% •? Opt•ojccto da r.a- respeito do a~mmpto em debate, no intento de
mara autoriz~va n cmi~sf10 de coupo11s ao par c rcmetter :is mesm:1s considerações, o meu nubre
no juro de G"/... Kão sei como n_c;,awru pod,•rú cullcgQ c anrfgo rcpresenlilllte pela Ria de Ja·
efTectu;tr este cmprcstimo. Pttre~e inteir~menta neiro; para flUe tomasse el!e o meu posto,
illusoria n conc~~~são; mas como os titu!os v:io sabendo de minltns idéas, e si as nUo rcp~llisse,
ser ntir:H'Ios :'1 circulaono, nntur:drncnte ~cn:i· fizessc-ns correr por sua nutorizada pahvrn_
rão pn ru p~ ;:nr os cre!lores da coma nr.. Isto é Fdizm~utc, aiuda que com maior sncrilicio,
cl~ri$simo pela emenda do senado. pude vir á sessão de hoje, e :1ssim dis~cnsnndo
E' uma \'erdndeira concordntn. Os ct•edorcs s. Ex. do cn~arg-o de ottl.ro, assumo por mim,
dn carn;~ra, urgidos pelas circumst:mcias e <!esta tribuna, toda a responsabilidade que pro-
vendo a dc>conlianca cem que a camara muni- vcniHI de combater o parecer da commissão de
cip~I é Lr:tt~d:1 pelo poder legislativo, rec!lberão commercio, índustria e ~rtes. Vou pois, bem
os titulas IJ~ra nDo perderem integralmente a ~ proposito, tomar o resto de tempo que temos
divida. da sessão de hoJe, apezar de meus incommodos,
O oradoJ", portanto, não úeeitn de boa von- afim de cumprir a p~Iavra hypotiJecadn 3nte·
tade c~ ta emendo. O projecto da cam~ra, autori· hontem.
.zando a emi>s~o ::to par e ao juro de 6 °/ esta· 0
, Senhores, o parerer que se debate tem alcance
beleda uma operação razonvel. Os titulas deste immenso, Ancarado por dh•ersas faces_ Niío
emprestimo n~o. s~riam sômento procurados mer11ciu pttssar em primaara discussã() ouvit\do-
pelos credores da c:tmara, teriam ovalor de apo· se apenas os nobres depul3dos polo 1\laranhão,
lices da divida publica, porque a c;1ruara não os Srs. Fabio dos Reis c 2'oaquim Serra, com·
está em peiores circumstuncia do que o Brazil. batendo o ; e o digno 1elator da commissão,
E, demni::, no caso de insolvabilidade da ca- sustentando esse parecAr, auxiliado d~ nohre
mam, o E~tndo tomaria a respon;abilidnde, mas depatado pe!o Pará, que, logo após, e ~credi·
o emprestiruo, _como autoriza a emenda do se- t:mdo ter dado o tiro ae honrJ., ~. seus adver-
.- nado, é illusorio e só representa um p:~gamento sarios, se retirou destn casa ~~uindo para sua
por concordata e com- rebate_ · · provincia, certo do triumpbo da cau5n que es-
O orador resume a critica que faz á emenda posãra: tia se!Ju11da sem qne unm ~ó voz Jbe
do senado nestes dous pontos: em 1. a logar é honrasse, se quer para os seus mer1tos serem
uma lei de desconllallça; em ~-o logar, em mais re:tlfiados : e nesta n terceira discussão; se
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 16:05 + Pág ina 16 de 23
A' opinião olllciosa do Sr. Roberts, unica ai- ncnbu m direito terá a em preza á referida sub·
legada, além da cQmpetencia que aà~uirir<.~ 11elo ven~iio ou a qualq uer outra indemnisação. '
estudo d~ qneslfio, o nobre relator d:1 cem missão, Não é, porem , este facto o uuico abuso que
a quem já considero um bom piloto, upe~:or da tal serviço provocou; roi-se muito . além
sua pouc.1 pralica, . opporei : ;linda, uo declive das iiJega fi d;~des, offendendo-
i. • As d11s quatro membros da eommissão hy- se d(lutrinas que por tantos annos serviram de
drogr:lphiea que foram ao ~loranhõo estud~r o melhores fundamentos da~ censuras dos liberaes
a$sumpto; contra o~ ronservado re~, nesses seus quosi dE1Z
· 2. • As de autoridades que o conselllo elo al- aonos de domínio absoluto,
mirantado aceita, e faz publico nos roteiros que Sim, Sr. pre~ ideu te, o prim<>iro gabinete d,o
correm im presso~ ; nosso partido, que subiu ao poder, depois rtesse
3. • A do illu~tre almirante froncez o Sr. acto, e pouco tempo depoi~ llelle, em vez de o
Tardy de Mont1·avel que esteve no Maranhão por derognr ·de prompto, mmirestllndo áquelles
vezes ·e seguitlm11ente por mezes, esludando n COlllrittaD tes a incapacidade do governo no
respectiva hydL'~gtap bia; e 1\u;.~lmente, sancclonal-o, deu-lhes mais ~ cer tezn do quant!J
4.• A do melhor prntico ~e tem a costa do tudo é neste paiz o executivo e nada o (>oder
norte, e que visita o Maranb:ao duas vezes por leg-islntivo; ns leis que fruwm .os representantes
mez, vai para uns trinta :~nnns. do povo, quando assim convem aos interesses
Antes, porém, Sr. presidente, eu. desejo en- qu•: sustenta. .
C.1rar o assumpto por outr~ face, pnra mini a Queira V. Ex. mand11r·me o relDtorio do bop·
principal que dP-veria vir á discussão. r:1do ministro dn agrícu.ltur::. (E' salis(~ito. )
Isto é :-n~o c~nviria ontes determinar a ccs- Este reJa torio accusa outro abu~o, grande
saç?.o do servi~o da companhia pelo modo illegal violação de direitos e de d~veres; a ~i está (lendo):
por,1ue começou 't ·pelo modo por que tem vi- PAG. 2i4. : - • Calle ainda informar-vos que,
vido r considerando não se 11ehar hubilitallo o governo
Creio que seria a delibera~ão mais conforme para tomar sobre o assumpto d•~c:isã •> definitiva
com as pl'erog~livas do parl~m ento, assim con- (re(ere-se a wio -querer a companl;ia sujeilar-~e
demnando a otrens:~ que sotrreram. á let de 20 de .Maio) ordenou o meu antecessor,
O governo · não àeyia, não podia no domínio por aviso. de i8 de Ju_nho do anno proximo pas-
de suas attribui~ões provocu o contrato de lO sado, continuasse a Sl:r pag3 n s~bv~;nçlio . de
de Novembro de i877 : era para tanto incompe- que trnta o acima mencionado decreto.>
tente. Fel-o, e foi além, offendendo mfl~mo O honrado ex-min!$tro !la agricultura, illus·
aqu.illo · que, como sã doutdna, consignára tre presidente do gabinete de 5 de Janeíro, es-
nesse contrato, eomo adi:~nte exporei. queceu-se de que contra este pagamento tambem
E, Sr. presidente, i~to tudo scientemente; o se oppunha o decrelo n. 6 i ~9 de JO de Novem-
que de certo aggrava o acto praticado, arbitra- de t877, e •.• dispoz sem poder, dos dinbeiros
rio, invadindo .lttribuições dos c~mnras lc;!i$1a· do t!Jesouro publico J, ..
tivas, do terMíro rmno do poàer Je:.:i~lativo. Como qualiHcar-se este procedimento'
embora como chefe do execuUvo sanccionnsse o Os nobre~ deputados sal>eriio melhor do que
mesmo acto. ea; mas o que sei á quo tudo islll b•~lll denota
Sdentemente, porque havi:~ sido aconselhado a deertdeneia de nos."-a ndmínistr:u:ão, que só
dous mczes e sete dias ante~>, para não ter esse 5abe :.:yrar fóra dos normas que a devh1m honrar.
procedime!lto, pelos conselbciros de estaao, àn Nem o poder e_xecutivo tinha direito de con-
secção do imperin, em consulta e purecel' sobre trat~r o serviço de qlle se iDcumbirn n cusn John
materia i dentico. · l\ot~ch & Son, nem ainda 1.:rir a dispo~i~.iio, no
· Disseram elles : oontr.1to contida, .de que n~o receb~ria su.bven-
_ ç:·~o antes do mesmo contralo approvado ~lo
·• O recurso á celebração de contrato depen- poder legislativo. (Apartes.) ·
dente de approvação do poder legislativo é um Tudo isto, porém, serviu paro que nos Esta-
abuso, um expediente iojustilicavel, exorbi!ant~ dos-Unidos se ficasse sei ente de que nesto paiz
das attribuições do executivo, violador de 1lJll nada é esLe poder,.e o nnico de tudo capaz é o
preceito constitucional. ~ executivo.
~iio obstante, Sr. presiq{\nte, o q~eJez _o_go- Começando, pois, mal o estabelecimento 4a
verno da época·? · · · empreza, a que nos referimos, Sr. preside~te,
· Em !O de Novembro de 1877, contratava com sob o domínio · d,o .ultimo gabinete conserva·
a casa cornmercial de Job.n .Rose h· & Son, ·de dor•..
New-York,_o serviço deuma .linha regutarde O Sa. JOAQUJM SBRBA. :-Que foi co.mbatido
:paquetes a,vapor entre o Rio·e aquella cidade, pela imprensa liberal da eõ~te·.
com algumas ascalas, medianlc uma .subvenção
po~ ~(l a~nlos; declarando .a c)~usula XlV .o . se- ..o Sa . .CoS'I'.\ Aunno =~- .. que .offendera
8.1Unte (.e : · · ,assim, preceitos e doutrinns · constitucionaes, .s.e-
· •O co1Úrato, qne durarà·:f.(l>ann()s-.a·contar da guiu el!a logo.que !poz-se"em acção os seuuex;v.i ·
..d~ta da ass_ignal~,,lica ~te da approvà- ços na carretra .das exigeneias, dando.logar ao
~ do poder.leglslalivo,.nso (lO:dendo.a empreza acto illegal que .venho de })(>r. em lembranca,
eXIgir ·a importancia da sn1Jvençào corÍ'e~poiÍ con!r& o qual, po~p!, não ç.oinbatemos,.a6s;,e Íl
.de_nte ~o serviço. que prestar .· .emquanto não ror imprensa liberal I,. · ·
.c~~eedtda a·mesma .approv:açãq ..Fica ,e:Q.ten- .lJm governo;oorisci() dos,deveres que.lhe, ~t
·giJ!o _IJ\!8 .D,o _~o ·d.e :.:~o ..s.~r ,_es~. e.~need(~, . ;J;~~•."em ,materi.à. ® gr_a:v~,,Dão ll()dia{p~r
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:05 - Pêgina 18 ae 23
como p•·ocederam os dous ultimos gabinetes, e de i Si7, e isto só bastava para el}sinar ~~~
acabamos de <~ccenlua.r. governo seus deveres, e ã oompaobin a· não-
As exigenci~s da companhin americ_nna, por- cootr:•t9r com quem não tem direitos para o
tanto, para que sejn ou continue a ser· desres- fuZel'. ·
peitado o p·• rlamento, niiu nos deveDl sorprcnder: l.i~-ão }lroveitosa para ambos, e para o piilz
está p~rfeitamente no seu direito de vroceder principalm!!nte; pois que entendo podermós,
como !'êl-o, de continnar :~ impor- nos sua von- obter <le melhor mllneira outro colitrato para
tade. o mesmo serviço ...
E admira ·me, senhores, não ter ella alcan- E, porque as-im entendo e vejo que estamos
çndo do b.onrndo ministro da agricultura a con- ~m~a~ :•dos pel:t eomponl1ia americana da ces-
linuacãó do pagamento que se lhe faz itt, mau- sação desse s~ rviço ....
· dado !)ustar por S.Ex. :~té resolvermos-a questão· 0 Sr. JoAQUIM SEIU\A. : _ No seu 1llti,
que lemo.> com elta I matum.· ·
O 811. lOA.Qm:.l SEnn.\:- Honra ao nobre mi-
nistro da ~g-ricultura que mandou suspender a deroga;·mQs o Sn. CosTA A:~:EVlloo:- . .• si nes1.1 ~ess5o não
subvenção. a lei d~ 2() de Maio de f879, eu dc-
Slljo concorrer p ~ r:. que ~ g l dero:,:nçti;o uão lenlla
O Sn. Cosu AzBvEoo:-Sem duvid~ algum~; Jogar,. rindo-me do tal v rtím!ltwn que se of·
mas esse era o seu dever, como é ugora o de !Prece .. .
snsteutar a lei de 20 de Maio do ullimo anoo, o sn: JO.A.QUIX SEIIllA.:-Tambem-mc rio e dis-
pondo de banda as pressõe~ que surjam por cuto í ndep~ndente delle. -
tantos inter.:s~~s contrariados. ·
Si mal começou a emp1·eza, si te m assim O SR. CoSTA AZEVEDO:-••• '[):Ira amedron-
~i vido ille~almenle, como cheg:~r:i a seu termo 't tar-no~ sem que se cogrte de lrazel -o n e!-
Teremo• de ver esse termo, levan t:~do sobre fei to.
o s1ygma da reprovaçiio publien, pelo noss" N:';o uos achamos assim, Sr. presi rl ente, tfio
proceder '! desvrcrenidos p:1ra remetli~•· a falta da coro·
Sr. !'residente, eu não sou, nem pod~rei ser panhin nmcl'icana, e provermos á permuta
suspeito pelo mudo por que encaro o nosso dever de nu.<sos c.. res, de•ses tantos protiut;tos da c!:
actu<~l. . J!OrL<~~5o que ruzeutos. Nt•S v;;pOrB:I de outra~
Eu entendo, como entendiüantes, que o p~r e wpre~ilS, ttos bnrco~: de yda qu~ dintintnentc
lamento não devi;1 impôr novas condições ao nus Jlro~ur;~m eucuiltranamos desde log-o o
contr~to de !O t!e Novembro de l877, porque, preciso auxilio .
bilateral, qutllquer lnncv .. ção só plldia ter as - Demais nt\o p~1ssamos, de!lois de alguns au·
sento por ;Jccôrdo dos contr:~tanLe s . nos nG habito de lmma linha re~ular d•~ pa.
<JUBt~s dtllJUÍ p11ra New- York, sem esses pa-
O Sn. JQAQUUI SEnn.-1.:- Divirjo tle V. Ex.; quP-tes ? Ocom mcrcio parou suas transacções ou
e ahi está o contrato do gaz. llc.á ra es ll'e mecido ~
O Sn. SRtu.Pmco :-0 nobre depu tado recon- Não impugnart:i que com essas Jinbas r e:
sidera o seu voto nessa questuo. ~ulnr e• o preço !lo transport1!, lll'i u c ip:,~mente
ao ca ré, dim inua ltm pouco : mas isto loÕ nos
O Sn.CoST.\ At-evEoo:-Niio, do~ eerto : quando deve huje dominar [~ara irmos coro o p~ recer 't
passou :oqui a em end~ que tanta poeira levnnl:l, Não o ureio; · •1ue at:(Hl.kcerá isso, talvez, mas.
era nind:~ cu candidato ~ uma de~ta:s cadeiras ; por o utro~ cJreilos.
não Unha tido :.wrovação o diploma coro que Senhores, :tinda recordarei que o controlO
3 província do Amazonas me di~tinguira E, s! de lO de Novemuro de i87i uão 1oi obtido (\rn
aqui estive~;s e, então cheio de entbusia~mo e concurrencía, o que, não me parece regular,
esperanças, pensando ser cou!ia dilliei l ir contra nem se d~:ixa de preslar a mui ws cen !'ur~s que
n lei constitucional, sustentar d~ ntrinas a que seriam ed_tatl~.s :i luz d~sse ~;· i nc ipio que
sempre se oppuzer :•m os nus;;o; cheres, votar até a lei Jlrmar:1 como indí~ pensavel.
sem inteira certeza de produzir os melhores outra illejp lidade,SI': pr•,:sldentel. ..
intere~:;e~. eu teria dito o que hoje bei mnnifes· : E porque se t;·ti<~ d:tdo esse conLrato assim ao
tndo, ~>m referenei_a n es~a maneira com QUP. se prirr1eiro americano que atJui se apresentara
attend_era ao sernço que C?ntraton: >e- para este lim?
Terra perguntado : podw ser fe11o este con-
trato sem :mtoriwção do poder legislativo '!
Si não; eu lhe neguria o meu voto.
I Con~i d eraodo tudo isto, meus seniiroentos
siio nlnàc cu mo seui!Ú'e for~m,. contr11 tal c9n·
t rato . Sou, pois, cob.erente procurando :1 sua
Neg~l -o-hiu tambem ;í_approvariio delln, ainda qucd:r emtJora logo se seguisse a e.~te s uccess.o
_com maiores modificações ravoraveis para o paiz, umn dutoriz::çiio vara •1ue o honr:;do ministro
porque entendoria,como entendo uusrno a:;tora, da ll'"rieU!tura conll'lltasse o mesmo ~ erviço . .
que fallavn-nos competencia para tanto, sem o se~ur~meute S. E,.. si desobrigaria do err·
assentimento da outra parte. cDr"'o do mOtlu melhor aos intere sse.~ geraes e_
A f~ dos contratos n:;o se m~mt~ve e. . .
0
nâo :•os cspeeiaes de tres ou quatro províncias.
u31 Sn DEPUTADO ·-Não apoiado. Porqne,pui:;,n_ão procurarmos cs1e re.~ultadoY
• · · · O m ~ l ,ntendtdo :teto de ·to de Novembro de
O Sn . <:o!;'l'.l. Al.EVlmO:- • •• t1. com~nllia 1877 lllereco-n\ls e>te d~rorço l~giti mo, uníco
desdo cntiio se tcri~ alnrm:.do. comp:~ tivcl c:on1 :JS no!.'sas prcrogntiras.
O que a cam:tl<l ·aeveri:~ f:azcr er~t:io· era ne- lnf~lizmcnle cslà em desnccôrdo o nobre de-
gar seu voto 30 contr:~to de 10 de Novembro pulado por Pernamb1J_oo, rdatur dn commis~o
TomG VJ. - 13.
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16:05 - Página 19 de 23
Diz a eol!lmiss:io {lendo): • Feito o contrato de t·anllào. e diz:-' pi>rto mariLimo c nu via! de uma
10 de Nov~ mbro de 1877 com a C<lsa de John cidade sempre so con~iderando o to:rar á borda
RG3r~ h & Son para a navegação regular e men- do mar ou do rio, onda as embe ·e11çõ>s anc?ra.m
st~l c;>ntre New York e o Ri", cam e~calas _ polos para ca•·•·e.iar· e descarre,qar (azl!nd 1s, e não os
~Ol'Los da Balliu, de Pernaml.tuco, do Para e de oatros seus ~ncoradouro5, onrlc tae;; serviços uão
~-Thomaz; - COI)let.lldo o gerviço, o poder Je- s,; fatem c dada esta interpretação procurada, c
gislalfv!) •) ,,pprovott. pelo decr·ero n. :285:~ de rle;de que em referenci:J ao MDranhiio só no an-
'lO de Maio de {879, com alter<~p·7a daç clausulas · coradouro ilo S. Luiz t~es serviços têm loga1·
~.>e 3." no S"lltido de se i11clurr 11a rscala o por· Ucn ent"ndido o que seja o porto do lllar;~nhào.
to do 111m·auhrib, e anplli!ntM- ~·e o tl'f!I-PO lias • Si o d~creto legisl:ttivo tives~e em vista
'tilcqOils dos vr1pores na mzclo de tttn dr a para ampliar (•·en1·1ta} a ~ccepçiio da palavra, po1·to, o
carla ida 6 v"l'a _ . devera t11r dcchtrado expre~s~mente. •
Comm11nicadaa a!tcraçiio ao superiatendea.&e, Sr. presidente, ve11ho protestar contra este
contiuún, respondeu elle que, tendo cumiJ;rdo modo de discutir; na cxt~ress5o 7Jorto, 1echni~
ocoutrato durante llnl anno t~Jm plena .satr;ra. camente tOtlsider;:da, a con11uissão não tem
dio 1!0 ~ov~l'n<l ticou su1·prenrlido ~o r~ceber a11oio. ~;>orto é todo o logar, mais ou menos ab:-i-
·i3l commanic • ~ão, pois ~e h!tubr:•va do fucto gnd •, em que um n~v i o de commcreio póde
·d& ter o ,(!OVtJrno indicado, como hase do ·cou - achar ancortldouro para seu tralico, no recebJU:
uato. o .cmpre.!.'\l de va pores 1le ;J.OOO touel~d:ts, e · dar mercadorias, no transporle de passa-
_ll(to m··no.~ , e LaJ.:ativamentc n escala pelos IJDr- geiros.
tos da B;·hi~. Pernaurl.lueo o P:trá : c por L-;so Não me alongo com cit<Jções, com o inten to
na:o poli ra cs.:a lws~ ser aller~da {:101' um:r p;~rte de isto prova1·, porque não tenho tempo e pre-
eontr<~tan te sem annuencia d;1 outr,,, taltlo mai~ ciso sal lar pela rnma de todos os argumentos ..•
guant .-1 11 porto do !Jiarrm ' /ill n!io rrod.ia d.ctl' elllra-
da, a capon•s rtl' tlifl _
qrandf: dimer~.~ão. qu<>, quau<!_o O Sn. lO.tQum SERlu. : ·- Y. E)t. tem fallado
Cili'I'C 'IaAos, calam 2~ pelf, par a os qua~s, sao como ~rande mestre. (Apouidos ; muito bem.j
iilsti!Jici~'Ltrs a$ a.IJuaS do d1to . po. to • - _ e O Sn. CoSTA ' A.7.EVEno: - ... e por isto neste
encruiu. soJicHaudo qw~ se reconsidera-'.SO na ponto g;j dimi, alem do que dei como definiç.1o
dito ~ ! teração, li qual !Ufa podia dar o Sé" assen- rle porto, que nos :mcorndonros dn porto do Ma~
limcuto. )l runhão, ban;a de S. Marco$, ha sempl\l navios
Du que !kJ-e:\po~to vê-s~ que os de,ejos da no lra!'ego, e de•de que por seu c:.~h1•1o n:lo po·
eom••anhi<• encontram apillO da c.omm1ssào, 'dcm ~ntrar no ancor~douro di.l S. 'Luiz.
'pois' seu tn1recer é pnrn 4ue Lt1do voltf! M es· A pr~liminnr da commissão, Sr. presidente,
to.do do decr<!to de iO de Novembro d<.: 1!!77. n1io 11óde rormar o raminlJo para :1 suluçãa que
rorque 't . . se pretende dar : si isto é certo. não m~nos o é
Porque, segtmdo o rclatono que precede, e Cl o que fl torla (lvidenci~ já demonstrei.
que sobr'c a qacst.lo nos diz o discurso de 20 Nos ancor<~doaros d11 bahia à~ S. :Marcos,
rle A:;usto do nobre relator representante por por to a.-, Mar1míão, accentuo, ha l~zeirn e capn-
Pern:rmhuco · cidade de fundo par3 nnvios maiores do que
L • .Sendn Ópot·to do UarMth~o i-lwccestiwl a esses paquétes da comp.1nbia americana.
c·ss r.~ Jlflqllcte.l, a condiç~o des~a escala é l!u.ma- Sendo assim, n1o pôde esta comp:mhia fu\·-
namenlu itl\tllls~ivel de verificar-~e: _ tar-se a t:~l esc:tla, !'i acaso aceita ~omo t-scusa
E, ••o1no ~~condições impo>sivcis se can•l· ~un, sómente, :ts dimensfus dos sens paquetes,
'dorHm ··o,nn não es1~ri1Jtas (impos~ílii!i.j CIJ••d :t i a que, digMnos de passa~cm, podi~m ser de mnis
pro 1J.Oil ICrip!a, l:alictur). ?r!:ri.< ;dnrln, qunndo dr ~ 3.000 tonelad~s, sem ler ~~ pés d'agua e 376
um conlral:lute nlio pó•lc preencher 3 condir:iio de comprimento.
fie:1 i:;u1110 delta (n·•n 1:idetur difec!us Clllldrti•me
i8 que p111'DriL c•>ttdi!WIU n· •l~ JOIC$t), 11ÜO pÓM: -~e O Sa. S.ett.t.PHrco dá um aparte.
ter cc.Huo 1rbri~ada a cOrtJIJanh i:r á mt!sma CSt'd:r, 0 Sn. COSTA AZJ!WEDO :-D<>scui(}O•IDC, 3 ta-
~e· a lei d•! 20 di! 1\t ..i() de Um!, n:1o vro.:ede, nel;•gl!m não ~ só funcç~o do cnlado c compri-
d~v-c ser ra~~nda. re~tando oeuntt·~ro de 10 de mento :-dependo de outros elementos, buea,
'i'{ovew!.lro, qu··por es.~a lei e.•·tri, ap_pr(Jv.1do. forma da casco, etc., er~ .
. 2.• H~l'eadoo a-ovér:ro dete•·m1rwdo n capa·
·cidade dus paquet~s- em :!.()()0 tondt•das, fi- O Sn.. Mon.A.Es lA.Rom dá um :l[Jarte.
xou-Ih~ o c:•lad<l de 2?!, pé~ e o eomprimenlr> de O Sa. C'osu Az.ev.eon:-E' certo qne infittc
:376, o que os tornár;r arjucll'a escda impossiveis, muito um e outro daquelles elementos.
e'temos rle ceder a este facto. :Mas, Sr. pre,idente, si a intcrpret·ação dn lei,
Sr. r•rcsiduutc, par~ cheg;•r a taes conclusões com0 quer a nollre.relawr da commissão, excln_e
'foi forçoso :<o nobre ri·lalol' da commi~s:lo esta- do porto de Maranhão ~s ancoradouros, de llnqu~,
1lelecer uma [Jrt•liminar interp1·e1a1iva do sen - da ilha do Mêd, , da Ena, e outros. da bub.1a
·"tido do que s•'i~ port~> do .Ma.ran!.ão, de que fulla de S . .Marcos, ella v:ti direito ~ - excluir da por· .
aq u•~ fla t-.i, e db;- nos : . ·· to de l:'ern~mbuco o ancoradouro de Lrioo.eirão.
Como tal deve-se considerar o :mcoradonro ( Apatados _)
que serve llalliinalmente ~o commercio du ca-
IJ.Ítal_ ou. qualquer outro anc.oL.ldouro que esteja o Sll. lo.\~tn'li..SnRA:-~ão resta duvida.
no htorat't - · · ·o Sn. ·COSTA AZEVBoo:..;..Desd.e então, força é
:usur)ó:lnJo.attribuições do parl~m•!Dto de in- convir que, a compnnhin · nmericana tem dei-
lerprAtar ns · lcis, n commissã.o decide qual o xado dc·observara clau.:mla ~ ... do seu contrato
sentido quo a lei citada dá â pbrase-par todo Ma- de 10 de Novembro de l877.
c !mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 16:05 • Página 22 ae 23
O S1L CosTA AZEVEDO : - .•• o qne todavin tantes, desobrig:Jndo-~e da tarefa ardna de
não é cousa séria, pois a sciencia com li pra- prover ao bem ''st~lr gemi.
tica indic;~ h•-je o modo seguro, os desvios .biga-o de coração aberto, fr3nco, desnpaix()-
d~ qualquer agolhn, em c~da um gráo de sua n:•do; o meJho1· oe tudo é d:1r-se de mão
rosa de vento. com o contrato de tO de i'ôov~rnhro de tB77.
Sr _ presidente, niio tenbo individualmente ConvidPmo~ nos nossos C~llitali:<Las a eDtrar
interPs~e em quP. esta quesWo ~e decida por este nesta indu~tria que o estran;!eiro espdrto
ou por aquelle modo : mtu 111Lercsse é o de ver DO$ quer explorar, com enfr~qnecimPnto nN,,o
o p:.izmeltwr servido. e mn1s do que isso com grande de;dnuro dest~
Creio que o nãú será approvando-~e o proje- cnnwra. do senado, do terceiro ramo do poder
cto que e~tá no_gebate, opp11nho-me, 3 elle. legi:olativo.
_Accresce que, ainda razõ.!! de ordl'm política Pela dignidade _destes repre~entantes, _desta
ensinam a sermlls ftg:ora cautelosos. Pa1·ece-me no~a patri~, senhores-;-pelus i ntere~ses vilaes--
que chegn o ensejo de levantarmos a marinha q_uc ella exige que lhes gunrd~mos,-um voto,
nacional da prostração em que estã : ella deli- di! cada um de nós contra o pare~er; só assim
nba e vai morrer_ acab~mos cnm a pres~ão que nn..~ a~phixia.
Sou protcecionista em certos casos. Este e Tenho eoncluidu. (.llllito bem; mutto bem.)
um delles. Os SM. J.D.AQUnl SEnDA E .~NDtiADI!. PrN:ro:--o
Precisamos de marinha de guerra, esta não
serã JlO~ivel :1inda eom enormes sacrillcios sem di se uno que ouvimos e irre pondivel.
a ;nariuba merc~nt~; urge kvantar esta que (O orador é cnmpl"im•ntad? por todos os Srs. de·
manterá com tuais economia a de g11erra. putado.~ prl'stntes, ínctustve o Sr. mintstnJ à:a
Não tmsta-nos os 5. ooo :OOOn vot:ldo~, e nem a.~~·icultura.)
o decuplo, p<~rn oblen~5o do materi~l : prec.isn· A diseu;:são flca ~diada pela hora.
IllO• de rnaruj:! para termos marinha.
M.J.ito~ s:•crificios temus feito, e .aíndn f~ remosO SR. PM~IDEr>T:S dá para ordem do dia ZS ;
sem res.sar muitos outros, não re~olvendo devi- Vot3!'iio dos projectos ns. :133 e a,q., cujas
damente o Jlroblema. E' diiHcil de obter orphãos disr:u-<sões tlcar<•m encerradas, o primeiro con-
e filhos entregues pelos p:lis e l11tores, em nu· cedeo.clo credito ao ministerio do imJlerio e o
me:ro de f•zer nm nucleo de marinhagem, segundo ao ministerio da j ustic:~.
c~pnz de nos olferecer em respeitosa distancia Vota«;.ão do projecto n. UO que nuwiza um
de quem no.~ q11eira ::~ggredir. emprestimo â c:1m:lra muni~ipal da côrte.
Para ;1 vnz que são nos~os de~ejos, prepare- Continmçllo da 3.a di~ussiio do projeeto n.
mos o paiz p:1ra a guerra de modo ec,momico. 90, relativo :i nJvegnçiio para New· York.
A' marinha de it·uerra confiemos este reslllt;1dO, As materias éla ordem do dio 27, ainda não
e portnnto venha a prolecção :i marinha mer· dis~utid~s. e m~is, si houver tt-mpo, U dis~
cante,. e..• c11ssão do~ proje<·tO$ ns. H3 aut•)riznndo o go-
O Sa. FREITAS COUTINHO:- Tem falia do bri· Vi'.J'uo a mandar :~dmmir um e.•tud;mte ã ma-
lhanlemente. triculn ; Wi e 1~6 sollre jubil~çlio de lentes.
O Sn. CoSTA A1EVEDO : - comecemos dando Steele e 1~7 approv,ndo o ~1rivilegio concedido a John
impulso lis companhias nacionae~. e, desde que e Cllarles Stcel~. -
teliiOS recursos, pa1·a que mGis cedo pos~amos_ ir
á alta ra que nos cu be.
Senbor~s. é tempo de pôr cr:~vo a tantos des· lledatgão do projecto n. 88 de 1880
:resptitos (lara com o parlnmento. A assembléa ger3l resolve:
MnntP.nlla o pnr'lamento seu vnto t>U ne~ue-se
de ve.z n a[>provar esse cotlLI'lllO de ih77, ftlilo Art. 1." Fk.a o governll autorizado a com-.
com olfen~a grave de preceitos constituciouaes. putar, de conformidade ~ lei n. 265;; de 29 de
Niio ba rnziiu pHn vivermos nessa Ojlj)ressiio St•tembro de iS'i:i. o !empo de serviço militar
em que e~ ta mos: p~rece- me até que se nos dá do m:•jor grnduado rt~formado Cypriano José
como policiados, diante desta discussão. Pires Fortuna.
Si não nos achamos eschm~cidos para deciflir Paragr~pbo onico. Estn autorizaçãa fica ex·
da questii(l, neste unieo C8minbo digno a tomar, tens i v~ a todos os officiMs e praça,; do exercilo
procuremos estudal·a. Fnça o p~rlam~nto uma e da armada que prest.aram serviços na carnp:r-
commi!\~ão especial, e de~ejaria a I'lia pertencer, nha do P~raJ<U:ly, e se houverem reformado
para que tudo se resolva sem duvidas. antes da pt'omulgoção da referida lei.
Mais mez, menos mez, é nada diante da Art. 2_o Revogam·5e as disposições em
aff1·ont<1 qt>e percebo . aontrario.
O ultimatum que ahi veiu é digno de re- Sal~ dns commi~sões em 27 de Outubro de
pulsa. 1880--lluy .Barboza, Rodolpho Dautas, J. Se'f'!'a• .
Comecem<1s a nos elevar a nõs mesmos diante Redacção .do p~ojecto ,._ !311, .A de i880
dos socrificios de amigos, para nos en:trand~cer
peranLe o~ -Que estranhos parecem crer ser pouco Emend~l'- feitas e 11pprovadas pela camaTa
~tê urna estatura medrana. ·dos deputados ã proposta do poder executivo
Olhemos para os nossos vizinhos sul-ameri- abrinõo ao mimsterio4a.agricullur.a, commercio
canos, e a elles oifereçamos a forçn deste paiz e .obros pnbli~s, nos exercieios de i8ilO-i88l
na grandeza de nosso povo pelos seus -represen. e 1881-!882 · credilos para diversas .despezas
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:06 - Pêgina 1 ae 1
julna coro direito cc.mo vi uva do c~pil5o refor- A doutrina de nosso r egimento a>sim <leve
mado do exercito João José de Brito, nào ob•t:m· ser comprehendida qn.~ndo principalmcnle não·
te já perceber umn p~nsão que lhe foi conce- ha possibilidade de sc:;sõcs nos sabbados. · .
dida em r.;milnern~uo dos ~ervi~os prestados No Diar·io Official de hontem, hoje distribuido,
pelo me&mo seu fa!iec i!lo marido como tenente· leio as seguiLHes p:.!avr~s postus :i JJoca de ..
coronel de C{lmmis>ão dar-ante a guerra do Para· 'l. Ex. : Pód.e {tlll4r-sc cl~ntro dos tres quartos
guay; e sobre scm_e lhaat~ qnest..'ío é a commissão áe Fwrâ se1n necessita.I· urgt-ncía.
de parece r que seJa ouvtdo o governo. Esta doo.trio.a vai só para quem n~o ê como
Sala (1~s commissões em 29 de O~tubro de o humilde orador 011 para este tambam fjz
1880.- J el"OIIim? R. de ~fon:.es Jardim.- Mello regra 'l ·
e Alvim. ·
O Sa. PmmDENTE : - O nobre degutado a
__ Ehl_lida_..ju4lruJb. obj.elll.O.• dc d~~ em·v.-Ex:-w-re!é1'l'f!itiài.U nesse ta a pa-
mandado a imprimir o seguinte prOJCCto prece- lavra cru tempo sem dizer pat'a que, de con-
dido de p:~recer : formidade com o reg im :~nto Cui- lh 'a dada c della
uso11. E' verdnd~ que o art. i35 não pcrmitto
!880-N. i-19 que no cnso de que se trat:1va l'allosse por mais
A' coo1miss:'ío de rnzenda a q•1em foi.pL·esente ll:~cmnara meia hora; mas, nilc obs tante esta d i~po si~ãc;
o requerimento da mes:~ da Santa Cnsu da l\1ise- acontinuem tem permitüdo que al:m ns de~ntados·
seus discur:;o:; por mnis te:npo que:
ricordia da côrlc, pedindo a conr:e.•são de ctaco o marcado naquelie :lrtigo, e até para coucluil-o
· Iote r-i~s. sob as mesm<lS condições.das que tor:~ m com vreteri;:âo das mat~rias dad11s para a ordem
concedid~s pelo decreto n . iu9J, de H> de Se- do di<J.
tcmbt·o de :1869, par:• conclns5o do ~dlncio de>· Niio innovei ; s~g ui estylos. du C3sa.
tinado ao recolitituento das orpbãs da mesma
S3nui Casa, t!Jndo em v bl.:l as rnzõe> allc:gadas O Su. Cos:r.t Azt:vEoo:- ~f11 i to bem: e.)mo
pela mesma mesa, ~ elo parecer q11e s~ adopte o eu ta~nb em pedi a palavra em tempo.
seguinte projecto: O Sa . PuEsloENT<: .-:..o nobre dP.(mtndo fallou
A :issembl~:l geral resolve : sobre o nssumplo qu:~ agor:: chama a attcnçfio
Art. :1.. o E' ;mtorizndo o governo a conceder :i de V. E1t. : e11 não podi:t ved~r q11c o fizesse.
Santa Casa de Misericordia da eôrte, cince lote· . O Sn. Cosn AzE'Í'-:::Do:- Justamente; é o que
rias, ~o.b as v.s tu~::smas cundições dos qu.e forum qttero qúe me f:•~a . VeráY. Ex. 'lue vou·cou-
conced idas· pelo d ec r ~ to · o. i 69.3, de .15 dt: Se- siderar a mesma questãu ru~s at!·avez dtl outro
tembr.:> de i So9, cujo prorlucto ser:i applica Jo prl~m::~, que actualment.e tem maior pon dera-
para co ncl usão do _edificio destinado ao reco- ~üo.
lhim,mto d3S orphas !lu me'l!l~ s~nto Casa.
Art. 2. o Revogam-~e as disposições em con· O Sa. PneswEN'!E:- Emflm, o nobre deDU·
tr3rio. tado vai falha· sobre materia nov:~ 'I
Snla das com missões em . 29 de Outubro de O Sn. CoSTA Azr::vBoo: - Sem duviu<l, pnr:~
1880~ -Soares Bl'andiio . - Saldanha .il[llrilt!w. prevall!cer-me da bo:o doutrinu Jirm~du tão bem
per V. E~. Entro na questão. . .
Foram approvadas :~s redacções dos projectos
ns . 88 e {31. A de i SSO, e bem assim. o de O.Sn . CANnroo llZ OtrVEm.L:- iüas já o nobre
n. 85 publicados no Diario de 29 cl;o c~r~nt~ ; deputauo não póde te1· t l'I}S qu:u·!os de hora.
o primeia·o so b~e o lemp ~ ~c ser v1ço co m~jor O Sn. Cos1'A Azz'I'EDO :-Si o nobre drpntado
ref01·mado Cypn~no. Jose P1re:"' f or~~na, o se_- me não .interrom!1er ae<~barei o qua telt ho de
gundo ~brind' • cred1tos ao mm1 ~teno da agn- dizer um tJOUCO ~ nte:> : e permilla·me dizer- lllc
culturn e o terceiro sobre juhílação de um co- que n mniori!l oão te ~ia ra~~o . si isso ~ão fosso
nego. ' · · · possivel, reltranào-mc a pa lavr:~ 3 me1o do re·
o Sn.. llnE~IDEl'TE noQJ.eia pura preencher as codo que venho dnr ao ho nrar!o ministro da ma-
vagns da commis~ão de poder<ls os Srs. Valla - rinl:!a norquanto não per ~n rbe i-n re::lamando
darils e França C;lrvall!o . \'erifién~3o do numero com que ahri11-s~ a ~s:
s::o, vislo como 11o:io via pre~entes no recmto
o §1•. Costa Azevedo:-sr. pres~ mais dtl 5:! collegas.
dcille, u_ma ·excellente estre11a :JPP?rece~ hoJe o SR. Pn1:siDEi\"l'E : - Perdõe-me o nobre de- ·
para· gUJar-me em u m:~ q uesLa~ que Jplg~ Impo!· pulado; havia 6~ mem llros p r~senta~. _E peço a
tanto expô r :; casa, sem que seJn n•~ce;sarlO ped!r V. Ex. que, sempre que em seu e.•pmta appa-
urgencia desde que n5.o exe~da os t_res prt- recer . qu~lquer duvida n este .rL>Speíto reclame
meiros quartos de bora do sessao ~e hOJe. em tempo, porque eu lerei todo o prazl'.r em
Coro o v. E~ . esteve sem cuvtr:_me, e eu attender á suu recl::~ma~iio; ·mas ~ejo ~enero so c
desejo eaminhnr .:í sun vontade, prectso qne :me niio faca esta:s censuras na occasiào em ql!_e não·
infnrmé ~i posso utilis:~r-me tamb2m do pnn· se póde mais -verific-ar o fncto. E' o que nao lb.e
cipio por v. Ex. ma~Hdo, q_u:~ndo o nobre e poss~ pllrdoat•. · ·
di:.mo Sr. L• secret:mo; 11~ d1~ !9 do . corrente
falluu, nesses mesmcs prunetros q~~t:tos de O SR. C.osu Az"Evii:.no: -R ele re -ma que o diga, ·
h~rn, isto é, si tenho os mesmos dtre1tos de n:lo houve censura no que d is~e . · O f~cto que
S: Ex•.ao qilerer agora fallar,_ eomo ellc o fizera :~ssi~ nnlei é . outro, e foi que a~bavalli:·S~. s_en-
enbo, - $Bin. reqr.u:rer 11-r,qenc~a. t:~dcs 5:! Srs. deputados · quando se· aõnu a
Tomo VI-!4.
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:06 - Pêgina 3 ae 12
sessão: poderia na casa baTer muitos m~is, Capncidade desse ill ustre ollieial da nossa
mns no rPcinto não. armud~, profissional distinc~o,· com& os ·mais
-
O Sn. PIIE~IOENTE:-Peço ao nobre deputado distinctos.
um momento de atten\~ão, vou. ler a lista dos que O Sn.. ALVES DE M.l.UIO : - O ~rollsslonal,
se achavam presentes, pedindo ao nobre dep u- abi, já é o adyogado•.Iâ ba um. tratado de pro·
tado que me diga qoaes os qne não estavam e vas na quest~o. ·
cujcs nomes se achavam CJnsignados aqui· O Sn. CoSTA AzEI'Imo: - Sobre estas pontos t
O S11. CosTA. AzEvFOoo:-E'erdôe·me.J{. Ex .: Vel-o-llemos. A.gora o assumpto il outra.
a minha questão é diversa; e assim não podia · Dit:ijQ~m~ ao lwnr~do Sr. causelheíro minís-
--e\1-fa.zer.reel:unaçõ.e.s. _. ._ _ __ .. _ ... .•.!E.O d:1 marmha..
O Sa. PnEstoENTE:-E sinto que V. Ex. não L~UY'~_a·-s:-~: pmo ~;reto ~d-e ur.tntfur-uma····
bouve~se feito, porque en teria o pr:~zer de res- ~0011115~ 30 ex., lUJDar a e~IIStl'ncta ~a Iage sub-
pender corno agora respondo com a lista nomi - tersa-_ que em 5 de l!lnho foz tocada por
nal d,.8 presentes. etam~s d_,e Sua _M~_gesta.de ~ _Imper~dor, pr~-
Tenh~ pacit•ncia o nobre depu~do : ou. re- s;n~e .•~s :Srs- m!ntstro <la :!>nc111 Lura _e . ahlll·
tira a sna censur:\ ou me obrign a ler a lista r. n e Ia mandare, ,e l!~n:nnc.t:~d~ ~?_elo ex-capitão
pedindo que me aponte os uomes dos que não se ~o porto de Pan na" un C()TnO nao ~slcmào l!"o--
ch vam presentes · 3eclada na planta. ~o por-to de Antormw, . de vida
a a - essa plant.'l ~os rworosos trabalhos que fez alli
O SR. CasTA AzEVE[)(l:-Eu disse bem clua- o Sr. Tetre, e por elle proprio desenbada.
mente, que ao abrir-se a sessão achavam-se nas A contestação ollicial e afficiosa da existencia
suas cadeiras 52 Srs. deputados; podendo por dessa lD!.:e, promn\Tida pelo chefe da repartição
isso hnrer na ca:;~ os 6~ annunciJdQS. bydrograpfl•ca, ainda depois t8 dias de ter sido
O SR. GJ.LDINO DAS NE<ES:_-Islo é outra causa. eU:~ avisada aos ·naveg~ntes, pedia essa delibe-
rai-ãO do honrado míuistró. ·
O SR. CosTA. AzEVEoo:-E' jnst~ru e nte o qtte S::>guiu es~a commissão para Antonina no
disse, nem mais nem menos. · · transp()rte Madeira ; lá fe~ trabalhos ; voltou e
O Sa. Pl\E~IDENTE:-l"ica, poi~ consignado o deu seu relntori!l que hoje vê-se na imprens~
seguinte:-que na lista havia o uuméro annun- com o _discurso do meu nobre amigo o Sr. L•
ciado, e que V. Ex. n5o protcsla contril a secretarto.
lista. Publienndo·o S. E·x:. fez um grande s~rviço:
O Sn. CoSTA AzEVEDO:-Não só não protel!to, den11ncia a inexactidão do edilal hontem publi·
coma nem ha\'ia protestado. eu do no JoJ'11lll do Commercio e na Gazeta de
Noticia3 r emettido da repartição bydrograpbíca,
O Sa. JlaE>IDEiiTE:-Bem; :~g radeço a V. Ex. a si é quo não houve erro da imprensa.
jusli~a qu•: faz a seus colleg~s. Venho, pois, e;n bem da navegação, denun-
O SR. Cos~.-1. Au:vsoo: -Já vejo que fui mal ciar tal inexaclidão, accentuaudo o meu pensar
comprehend:do, quando . . . sabre o facto.
O SR. PRE~IDENTE : - O nobre deputado ati- · Si, como dizem-me, o honrado ministro man-
rou Ullla censura contra a mesa: C()nsciente de dou fazer o aviso da existencia des!Xl lage ou pe-
sua. inj ustlça nilo podia deixai-a passar, ficando dra, de conformidade com aquelle relatorio,
em pê. · (o Sr. mi,•istro (<IZ .sigMl aflirmativo) a coase-
O Sa. CoSTA. ÁZE\-"'EOO:-• •• sómenta me dirigia quencia é:
aO:nobre deputado por Minas para que se mnnti· i.• Que o ex-capitão do porto prestou excel·
vesse, caru,_a maioria benevolente, oois preci· lente serviço, pois, por seu proceder provocou
sando de tempo para expõr a queslão qne me ~se aviso, aliás por elle feito, e r egul:>rmeote,
trouxe á tribuna, careço desse favor. no edital de fi de Julho, que publiquei em o
.-Mas emfim, está termfnado o inctdente. me11 discurso de 19 ou 20 de Setem!Jro, e li
8enllores, folgo immeruamente _por !all:~r em uma folha de Paran~ gua , o Eco diJ Paraná;
ouvindo-me o Sr. L" secretario, e vendo na sua eonsequentemente que, a5 seguranças que déra
cadeil'a o digno Sr. min~tró d~ marinlla, a repartição l!ydrogr;1phica ser essa !age uma
porque Vn~?- trotar d~ um assumpto que atice· ficÇ<Jo,· desse ex-capitão do porto, pi-rposto meu
tando a !1vre pranca _do porto de AnLonina,. ~o.ra encommendal-a, eram apenas. disfarces, pela
tamhem :lfl'ecta a manerra pela qual f oi cumpri- tn~erteza dos faltas da plnnta Tetfé, do porto
da nma ordem da administroção. dtJ Anlonina..
Do discurso do honrado Sr. i. • secretaria, 2.• Q.ue o aviso aos navegantes a que aUudo
a que jâ me rereri, eu vejo não ter S. Ex. con- não esLá de conformidade com o mesmo rela· .
t~stado co~ segur~n~a uma unica das proposi· torio; e consequentemente a oràem do honrado
coes por·m1m ~qu1 3ventadas, um mcz, bntes e ministro não foi observ-ada, como devía e con-
co~ fundnmen~os em peças officiaes que publl.· vinha sêl·a. ·
quet uo meu disc-urso. Este segundo ponto é o que me· traz á tl'ilmn.a .
Não .venho á minha vez. tentar <:am.bater as Não paira no meu espírito paixão pequena; e
:proposiç9es de S. Ex., que não tere:m a dous qna!lqo a tiveose, pelo resultado e fim a que fere,
pontos: · · devena ser relevada. .
Exi!tencia contestad~, de começo, da !age. O interesse da verdade: que se liga ao assum~
.F.utulão-Grande, ara bal~d<J, peJo ex-capitão do pto, aos interesses· da llllvegação do ·canal
perto de Paranaguã ; e · àe Antonina, provocam-me a_denunciar da- tri•
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16:06- Página4 de 12
Nem f, s6 isso. O Sr. Leal tamb~rn diz: segtwdo as m~rc3t.ões do relatorio. tive em res-
(lmdo): po~ta Mr is~o impossivel pelo erro da planta
,o cuud de que ral!amos {o do sul M pc~ra Teffi, de~ta mesmn plnnta (n~o$traudo) l ...
· · d 1 br Chasqueou-se, coma se diz no sul, o procedi.
qttestà•J) ( o unteo navega 0 P~ as e:u .a caçoes mento do ex-cnpilão do portll, no publii~ar que
que fnzc-.m o tr:>fllgo do porto de Anto_um• pa.m a pedra Fnndà' G•·,mde estava nos :f.6° NO (ma!l".)
tom , : não a~sim, .é o que quer Isto dtzer, ~
qumdo fõr :(Ír.m dentro. da boia do ea::trm~q do rcoi{r, do Itapflma de baix:o,
Demais, senhores, eu vos a>Scguro que ao em cer\a i!ist~ncia ; e fez-se publico que ella
norte dessn pedt·a ba c~na!, 0 •.• tl qllanlo bns!a estava aos 15'' .NO {verd.) ilrsse ex;remn (flue é
. n boh•), tambem em certa distancia; e isto para
para 11uc assim seJ~. se occultar UJais um erro ele que se accusa a
' - o··SR."· A.t."'i'ES" D~ An.=o-:-~{ttl()-m· issa-a"-SC- tat-plnnllr·motle/of-;-:-.·· - .. - . --·-· - ... -· ·
gUrD. e CJ S!'. :~api!.ã~ de frag-at~, lliiO sou e<r A süua~ão \'erdi!deirn !l(l.:g~ pcdt'll, só díff~re
Es!on co:n a p:1l:t\'ftl e llei de ruostral-o nOI'a· da CJUC lhe d.~n o~itão !lo porto, na dis· -~
mmte rt Y. Ex. tnnDi~ em que es<á uessa ·hoia ; ma~ a direcção
o Sr.:. co~tA AmVE!>o:- A:;>eguro_ ao n~bre ea rne~ma ;-isto é, :1.')" NO verdadeiro . .
uéput:1do que n~o t~nho nesta quest3o. senao o Note-se que aquelle funccionurio não dispoz
ioteresse da Yerd~lde: a Yerdade e~tu no. que de [!!Strumento; [mra G ttubnlllo :-ll11enns teve
dil!il; e non precistJ ir 3 Antonina p:;ra o d•zer, uma al!nlnn de mure:11 do pnqu,t'te Rio Gmnde
desd~ que tenho o rclàtorioa ~ue~!Jude.S. Ex., ç1ue lh'a empres~ou, e u~na l1?-ha d~ bnrcn
e ~ego.ndo elle tracei as HnlJas qlie p~oJeCt~m a (Cord!l fina) para ~xm· ~~ disl:1nc:as . .
padrn, n:; mes.nu carta ot: plantn Teffe. Par&c~- 1 Sr. pres1dente," JSto._s~ bnsta pa.~a que se veJa
me que G meu nobre am1go a Sr. i:" secretnno quantQ merece e.~e dl~ttncto offi;,wL
esquece-s~ de tJUe falla ~om quem. e, e tet:l ou v Su. ALVES D~ ARAUJO (L• secretaril)) 1M um
]lóde ter orgu!ho d~ dtzet·, que e profi~s2onal anarte.
(ap·;i·1dos. niuito br-m) sem te:n(:r suspe:ç.~o àe • S C . A~ . h õ ~
ne,·lmmi, só ne:;sua entendido uo nssumi>lo e 0 R. o.•TA z~ve:?O --:-dlrd e-me, no "t-
. ·: · ' tender a esta parte m<ll5 det:d:Jmente.
se'T~;ÚJ.O COll5Ciencia Uoi mtn dt;V()i'; para não o o.•~igno Sr. Antonio Ferr~ír:l de Oliveira; ~X·
hal·at.. nr d'pois tlc l11Dis de :30 nnno5 de conLinno ca~l.~O do porto ~e Pa,r_at}~~o.:• fie())l ycr,el!a:
W''i'ir.o at\lnente a esse ~~sumr,to: a~segmo qlle ~cote recompeusa~.iO pe,u llJ2 1lorlu~tls 1mo s~r
n pe!lr~ est:i no l'anal, e minha palavra qu~ndo 1 vtço que pres:~ll a navega ;ao, ~.stgn~lnndo 2s
•s•im di•- .;. ·1utoriza,b. (.4.poi(tdos.) 1 erros d~s trab.•.hos de sen coUc 0 a o ~r. Darao
" ' · '" ~ ' . ,. , de Tefi'tl, nes~es actos do governo de que vou
O Srr. ALVS'" o:;: AR,~trro (1.• sec.•·etan;) ua um dar conhecimento :
apL!rte.. i.• Aviso n. 23í de 23 d:! Julho elo minist~rio
O Sn. CosTA AZEVEDO:- ?assar~i ao ponto (le da a,.ricultum, dec1al'audo que PI'O>tãra clle
que me des:iou o nobre deputada. . . um 1m por tanta servi (lo no m~d,) por qua fez
Sr. Jtre~!d~nte, o honi";1do_ mmlstr•> den j saber-se da ex_i>.tcncia des.:<~.pcdra, que c~n;pre
mandar o.uVJ.r pes~ous enteud1d~s , l arn qne 1 rememorar, d;z1a o Sr. Tl'ife ser uma fi!l~Ç:!o.
rcconhe~a com cau~~. que.~ _~VISO aos D?_Ve_- ~.c Ordem rlo ministerio d~ marinha purn que
gaute> publtc ~:1o por ~un Pro em, e ql}-c J.:• h, o mesmo seu colleg-:-~ publique a exi•tencia da
n~o est:' uos .tet·mos dc~sa Ol'ilem .. Mm~ ~mda t ped1·~. que c!IG dizia existir e c r~ objccto de
naiJ sat1~f~z n rwve:;n~~o, esse nnso so p~ra ·1 serias e termin:•nles contestn('õt•s do colle~a.
clla c pn~a ella pulliiCado . · 3." Nome:1eão para um cargo de imporl~o.cia,
Prec!s() é tr~z~;l-o. a_ expressn.r-sc r.onrot•mo o om Penlambllr.O, pt~ra onde segt1r. amanhfi.
r~btür:o qa comm1ss~o que e~tl:!\"e l1a pouco Qtle mais precisa?
em Antonll;\:1_· . tle\ir:~do dn l':lrvn:í, a pedido, o ~x-cnpitão <lo
A r~lm:t•9ao ~1ydro~rapb.tcn sabe o que fez, porto scgur. p~r:l melhol' scrviç~, sob o triumpllo
ma~ uao üetxarel qnc ltque I>M occnlto: to,lo 0 mais completo desses outros quo prestou
~eu ~m foi 1il~dir_aos m~spBrlos: Porque niio a!Ji. . .
refer:u ~, pr~JCC~ao d;.l ~~edra, <~s pontas d~ .-\o honraJo tninistro felicito· pot· bover deste
rtapN~In ~t./uu;ro e de Itapw.ll3 de c~ma, como fa .. , modo recompensado a umoffieial que bem 0 me·
o rela.orto ~
Porque referiu-a .
sóme:lle, d pedra submers~, réce. que é u:" i!.os m,~.Is d"tsrmc.os •f
pr·ofi ssionoes
- ~
extremo da nstiO""a oa recife do Itnpem~ de de nossa mnrmha-
B:1ixo? ... e ~u~nd'~ critic:J.va qne o ox-capitiio O 811. ALvEs DE Aru:mo d:i. um ap~rte.
do pol'\O d~ .Parana~~ó, no seu edit<~l de H de o Sn. Cosn AzEVEDO: -Desculpe-me o no-
llllh?• tsso t1v~:;~c fe::t~o f'. _.. bre deputndo: pela verdad9 e pela jusLiça
Sa:b~ o hnnmdo mmts,ro que n ..rnao ll Stru- ~.empre me cmpc11ho; e d'ahi as cousequen·
nles: somente por•lUC aquellns pontas do Itapo- cias ·
ma, m planta Te1II.i, estiío deslc•cadas de US 1
mEtros, isto é, na dist::ncía qae ns se11ara, de
·~ · .·
O ::;u. PnESIDEKTE : - Lembro ao J!Obre d~~
a essa dilferencD !. . .
Sei disto porque, Hlantlanõo esta pl~nta (m.tJs-
· dos.I
uma milha quando muito, 0 erro da plnnta sõbe pntado que os tres quartus·de h.ora estao excedi·.
. .
O Su. CossAÀ2EVEDD :-Releve-me mais algu-
·
tra, e é posta na balaustrada) a um dos membro3 1mns pal~vras paro evitar gue apresente alguma
da commissiio Lelll, p;~ru que n~llu project~ssc I interpella<;~o am:mltã, pois preciso acabar o
esm pedra ')Ue fa:r, objecto 'de t~nta questão, i que pretendo dizer. · · ·
câ-nara dos oepltados -lm~esso em 2710112015 16 06 - Página 6 de 12
Ulndo 50 0>{)0 de ~ão e 7,o(J'J • vê-5e obrigado ::t per~;un !::t r ao Sr. presidente si
do allurá. ... . •.•• 9:5!10SJOO 1 este :HhlhiYt~ pttdü t~Dtr~r em distussão com o
Ponto :!í,oOOa do
-co:n sobre ribeiri•o ~a 11;:~,
eompnmeato, _1
,l credito, independenlo de ser publicado. F:tlla-se
7tuUO do aliur~ o 3,'"00 ,!o 1 ctn tali<>ll:!s e:s:plica!fv~s.
\'Íi:o••• . ••• •·•· • ••• ~:Hlil.l\lOO
13
:óOObQOG i (I Sn. BtrAI\QUI:: "DE MACEDO (minist,·o ciiJ agri·
Reparos d:. estra~la uo Oe;tc, 11a 1 Cllitura): -Demon$lra ~ilo corre:>ponden~ ao ad-
parw da cotou•~ por G!l!ao_Gt· · dTvo
par, desdo _Aqnlda ban. ate ' i 11 •
mar~cm duOl!a000do ltaJabl" 40 i o Sn. FnEITA.S CoUTINRO entende que este
Sul,
são, !.~ "~· .....
corns~cçao "' .do.. ....
•~t•n-
,._. 15 : 038~0 I addl.tl-''0
, ·• demotJst~";;O
·•' .. , ~,.... na·nu J"oram
' dt',,trl··
!\.oparos d$ estrau.~ do CortU· 3 5000 J buidos nn c.,s:~; gne não tem conhe:;lmento _
ll~oo& ......... ··•· ·-- ... ......__::: , 1 disto, c achava m:us regular que se mandasse
St:3MJI~J ,., pub!i>·;~r parn entrar depois em diseussiJo .
ETo~tua(l.l JO )·0•.• ... . .. .. . •...• $: 1~1~619 SD:H:i,._,H : • . . •
---'---- ~-s-~G-~..11 ' O Sri. B crAr.QUE DE iUACllDO (mmutro da a.'F'·
' · ,.,... eult•wa): - Si .eu· não C:.llosse, V. E!e. não
Pahcio do Rio de Janeiro, 2S de Outubro . impugrtu\'3.
de i Si:iO .-blanoel Buatq((e d~ Macedo. \ o Sr•. r'l\ElT.A.S COUTtNRO diz que o hourado
Fiada .1 leitura, o SJ". prc~ld,·llte .del"lMa que mini~tru fa flou no interessa de ju>~tificar o..
a propos:a de roder e:;ecutrvo seru tomadu n:1 to•lditivo ; r~z o sctt dever, mas o oradoJ· quor
devida cousídera~ã.o. l ~impleslllente o cumprimento do regimento .
Retinlndo-se o Sr. mi?-i~ tro _com n,s me~mas · o sn. Buo~r.QtrE DE ~lACEDO.(Ininistr~ da agl·i -
fol· malid:;des com qu_e fot r·ecwb.do, é ·1pro!Josta cultura ):- o re•· imento niio diz n:tda a respeito.
remottida ó. commis,ao de or~amento. o que cstit ::a nHlS3 e uma compil:l~ilo do qne
Eutr:t em 3.~ discussã., o projecto n. !35,_de já foi tmblic<ido. .
! 880 ~ IJ_riud_<J credita~ S<1 flplecuepv•~es e csr1e?tacs
ao tumtst·mo da agncu1tura, na lt:lpurt:meta ~e
o ~n PRESitl:Ei'tE:- Pôde ser otrerccídl) como·
,~ ~
22i: l uti;}7\JS part~ oc~orrcr ;.~o p:~g:uwmto lle UI· , em~ud... .. . ..
vers:ts ved.ws. i O Sn. Fns:rn~ CoUTL~EH'> · (J;eàe o ad~1ttvo e a
Vem iJ mesa, é lido e apoi:lliO 0 ctlti'à con. · de~JlOitStrac<io IJtW. o acomp1nlra e àepo<s de cxa-
juncH~:ncute llm discussã.o o seguinte 1 mtnal-os ,t,v:Jlve <' mesa) .
. \ Não ha\•eudo quem pedisse a palavr~ . c on -
.t.llD:TI\O I cerrada~ discusstio.
Arti!!!l. E' i<>t~nlmente concGdi.!o ao g-t~verno : Posto a votos. o C!'edito é ap-prov~do, bem
pelo ÜliD.í>lel~o dos negocias d~ Dgricultura~ como 0 ~dditil'o npre.-;c.ntudo pdo S1'. Liberato
conHuercio e obras J)UI:llictiS, Ulll cl'~dlLu sup- Barroso e tudo romcttido i1co1n miss~o llc re-
plem~ nl:Jr d<1 quan tia de ~i9: 4i:his1li~8, :Jlim de dacçiio.'
occorrer 5.$ despczas c por p:.gar com o pro- d . ,., · e omc·ar
lOD 0"<Illl~uto d~ csLr:,da ele Je;-ro t.l. Pedro li, . O SI:. PREj:IOENTE ee1~ra qu.e "V u i ·~ 1
· • •- 1s·~ n "'"O · · · · ·· ao "OVI'l'l'O para snbcr-se o dr3, lu~;nr e 110 r a
duraule o ex.erewo"" · J,.;-:z.oo •
Q9 d o 1 d •ou 0 ·L -11 , i " • · · ~~ ,~~·ade
em (J1te 5ua 1.• ~ .. ~.. 0 Im v• rador t•ecelle a
1v , •
_ e utu H"O ~ >oo . - i ero.t~ L>u.n·oso. drpUht~i":o que lt>Ol dl! ::pre.sentar ao !Uesmo Ac.-
0 Sr.. !II.I.RTI~Ho Cuwos (pl'la ordt·m) requer ' gusto Senhor os on:~men tos da 1·_ccella gera~ do
dispam., de inlersticio par~ q tre O$ t:rc,Jitus que I:upe1·io. o da_ dc~p~z:n. ~ tre; cred1tos .con~edldos
p <tS>~ ram á 3.• di~cu>~ão, Sl~jam dndos p:Jra or· . aos m ílu~tertos d:l _ngt'l Ct\ [LI~r:J, d:• J U~t• ça e d:~.
dem do di:t de amunhâ . : g u~ rra. E em so:ru:da Jv•met~ par:t n dlt3 dep_u ·
, • ~ .· , ! taç.ão os Srs. Znm:t, l\tarcoltno !IttU!':t, J?amn,
E npp,ovado o requ. u me.tto. : Ulys;e; Vianna, Vlll!:•dores, Freitas CoutiUho e
O §r . BnaJ:>que de ~laeedo (m i- Ser:~pbico.
~li$!!:o. dt:\ <IIfl"icultur(I.~ : - .Pcdi a il"lavra .. Sr. 1i Conlinúô1 a discussiio elo projcc:o it?"llO s~bre
prc~• .. eute, para e);phcar a camara os lllfl ltvos 11 u• verração cutre New-Yorke l"\<0 do Inne1ro.
que d cl~ rrn i nnram :t a prcsenta~~ill do lldditi-vo : ~ o '
que ac~ba de ser lido. Trat<l·Sedeliq~thl:~r uma i o §1~ . Jer.::.nyn1o Ja.rdlim:- Sr.
despeza do exerci cio pas~ado, rel~tív<~ :t sernçvs ' pre,identc, nf\o pretendia nem Linha ·desejo de
da estradn oe !erro D. Pt>dfo rr, pnrll o que n tomar parte neste debate, e, si o f:!~·o, é em con •
comrnissrto de orçamento o!T·~r~c-eu est\J ad,!itivo, sider;~ç5o ao ·nobre di!pulado pe!a provincia do
tenuo ca apros~nlado ó mesm~ commí$s5"o "MarJn l1ão, o Sr. Joaquim SerrJ, qne tem tomado
dcmoustraçiio comflrOb:~toria de semelhDnte àes- parte tão conspi~;un ne~ta QUestão, c ao 11obre
pe2_!1. Dest<l fórmn proc~rn-se l':Vitar" <lpresen· . ae.puLado pe[a provi nci:l ,do_.~mazpnas, que no-
jcc1o ora em di::_cnssii~ .
.A. d(!mons\raç:•o esla so\Jre a mesa e pode ser
c~ul.~ult:1d~ por qu~iq u er dos deputados qt\O pre·
. I
t:l~ao de um uovo credito addttaudo-sc o pro- , minulmente me chamou a dJ:;enss:to.
o.5.,... Cosu AnVEoo:-A••
. . ",
r adeço:. attenção •
d
O Sr.. JEROl\'l"liO 1ARDI~ . -Er a J?eU_ .ever..•s
0
·
Os vapores podem ter maior tonelagem e menor Antune~ de Abreu, o tempo em que serviu como
cnll~do do que uquelle que all~ga a commiss;lo. professor da c~deira de direito natnral no se-
Os apbori:<mos do direito romano, que citou o m1n:trio da Bahia; e bem :lssim todo o teu1po em
nobre relutúr da. commissiio em defesa da Cllusa que exBn·eu a cadeirn de proressor interino de
que su~teuta, não se applicam a clli), !Jhilosopbb do internato e extern~to do mesmo
Insi~t~ o orador na que~tiio constitucional Imperial Collegio.
que se prende no modo por que foi feito o con~ .A~t. 2." Revogam·~e as disposições em con·
Ira ti) pelo ministerio conserndor; e lembra os trano.
lli"tigos que ne~sa época appnreceram na Re- Sala d3s commissões, em 29 de Outul:lt'<J de
[ol'ma, ~trtigos de que muitos dos r> obres d('jlO.· 1880.-Ruy Barboza.-Rodolpho Da11ttl$.
tado~ não devem estar esquecidos . O poder exe-
cntivo não podi3 executar esse contrato, e
ainda mais pagar a subvenção sem elle. No
em tanto i~so fez- se e CfSe abuso é apresent3do A.cta eJD. 30 de Outubro de I880
como argumento para a caUJ8ra ~pprovaro con-
traio ! A carnara devia pelo contra1·io ach3r nisso PRllS!DENCIA DO SR. GA'I'IÃO PEIXO'l'O, 3. 0 VICE·
motivo para chamar á sua banca o ministro ).'RESIDENTE
que exorbitou de suas al\tibuiç.'ões ; devia
responsal.lllisal-o. A's H horas da m~nbã, feita a cham3da acha·
O p3rtido liberal não deve olv-idar·se de tudo ram·se presentes os Srs. Guvião Peixoto, Alves
quanto en:;inou, da propagand~ que fez na de Araujo, Buleão. M~rtinbo Campus, IgnMio
opposição. Martins, Serapbico, Ferreira rle Moura, .Marco·
<.:oneluindo,declnra o orador que vota contra liuo Moura, Ribeiro de l\1euezes, Tl1eodoreto
opor~cer porque a qúest;io da pratic11bilidndc Souto, Barão Homem de .\Udlo, Camargo, Diana,
do porto du Muranhiio está vencida a favor dellc, José Basson e Sinval.
port)Ue a sub1•en~ão é importante e não lh~ Compareceram !lPpois da ch~mada os Srs.
parece ser indispeasavel a liuba cre~da; e fi- Costu Biheiro, Snldao.hn J.larinho. Danin, F~bio
nal tu ente, si ;1ssim não [o,;se, para salvar a co- Reis, Viriato de Medeiros, Abdon Milanez, Som;a
ller•~ncia da camara e repe!Hr o u!!imatum da Andrade, Am~rico, at:moel de Mag~lhfles, Buar-
colllt;(lnhia. que de :Macedo, Joaquim Tavares, So!!res Bran-
A dí~cuss~o fica adiada pela hora. diio, Souza r.arvalho, Ulysses Viaun~, Espindüla 3
Orçamt'1!f9 a que SP- r~fere a proposea Art. 2.• (addilivo.) E' ig-unlmente concedido
Colonia> hajaby o Príncipe D. l'odro. ao governo, p..to mini~terio ela agricultura,
Roparoo da.s eslradls do {.o comrnrrdo e obras publie~s. um credito sup-
itistricto : plt>mrnlilr dtl quanti~ de 279:~59J5898, Rfim de
Obros d'ortc c desmoro··o.montos. 6:5!3.\000 occorrt'r ás desprzas pagas e por pagar com o
d-a.~ estra.da.:; do 3.o dís-
Rep:;li'OS prol<,ngaruento dn estr:Jda ee ferro D. Pedro li,
tr\cto.... .. .. .........•... ... . 31;60SE(){){) durante o exercido ile :1.879-1880.
Reparos .Us obr~ ~·~no n:~.s t:!
linhas do 4.• dt<\r~elo. .. . •.• . L:26:'!$)00 .Art. :J.u (E' o 2. 0 da proposta).
Conslrucçio de um> ponte de
madcir3.~ eom enc<Jntros de a} ... Art. 4. o (E' o 3.o da proposts).
TSIJHia. n.n. e5tr.:trl:l. das Agna.s
Cloros. no 4. o clístricto. • . . . • . 2:436tuoo Art. 5.~ (E' o~-· d~· propo~t<J).
Construe•;ã'o de UDl-:1 poJLte com Sala das cornmi~sões, 30 de Outubro d~ iSSO.
~n~c:1tro:; dG ah•ona.r1a. na .os·
tno" que liga a siJe da colo- -J. Se1·ra.-R. Dantas-Ruy.Ba.rbo~a·. .
nL' ao Po~ro Grando no 4.• O SR. P!lEs!DEl'iTE dá p~rn ordem do dia 3 de
di~trido ......... . , . . . ... . • • . . . . • 2:{38.~~
RBparo• das obr~s J'arte nas li- Novembro de 1880 o sE"guinte:
nhas da. Lintoira, !rolstcín ô
llntlio s. . ... . . . . . . .... . . . . .. .. . 2!:!1"..8,)')30 Discussão unietl do projt•eto n. "-24 approvan-
Rap~ro' na estrada quo lig:. a do o contrato par~ a irrigação e limpeza da ci -·
séJe ,. ~i dado d& lt:Ljaby, a. dnde do Rio de .Janeiro.
sabor:
~ ~onlilhõe~ .......... 1:610.~
3.• rlitn do projecto n. i33, concedendo cre-
3 llociros........... •• • 75EOOJ dilo no mini~terlo"do imperio.
Desmoronn:mento e 65-- 3.• dita do ]lrojecto n. Hü, concedendo cre-
lmso' no leito da
o5lra.ol:t ............. 1:!91\)000 dito &o ministerio da justi\~n.
Conce·to do eineo pon- 2.• dita do projecto n. :1.36, relativo a pensões
t.Os com paradões do
"'''CU"ri"-........... >:200D(l00 8:0;'5.\1}00 concedidas :~os servidores do Esta do.
llop~ros na linha Brilhante ...._•=3i0$000
2.• dita do de n. 61, concedendo !oLerias á
s~nta casa do Recife.
Sl:R8-!/!3W Di>eus$ão uuica do deu. !25, mandando li-
EHnLua.c• !O o/o......... .. ...... S:t38,)1:lS 89:5l98"~
quidar 11>: contns do almoxarife do. arsenul de
Colc.n:i.3. 'Rlnmcm:m ~· guerra do Rio Grande do Sul. .
1\opa7os dos cstrad~ na. parte
.:wti~a da C()lonin., i11clushe os
Cnnlinuação ~t~ 3.a discu~são do projecto n. 9(J
Uii q a c :;.e tlidgb para a chl:L 40
relativo ó. naveg-aç5o p:•ra New- York.
ue 1e I t oj•hr o para a colo·
nia. do mesmo nome.
3." dita do projecto n. 29ti, autorizando o go:
Ro~:u-os da e~trad~ do Oeste,
L . . . . . . . . ..
.. ___ _
rizado pela lei n.
291!0 de 31 de Ou- ·
_
tubro de :1879 ....• !55:~99$100
Deftcit.. ... .•..
Ficaria deste mono reduzido o supplemento·
de r.redito 11 2i: fJiô589í.
'Totll do credito or-
diuario ........... .. 2~:063 ~008 . lias a commissão entendeu que, já tendo de-
11 corrido alguns mezes do semestre· addicional,
De.speza conhecida ..• 215:8231)192 não era licito calcular por probabilidades a des,
Idem provavel...... ~I:SJ8~2 peza a pag'ar, mórmente quando se póde dispOr
de elementos seguros de r,ali:ulo. Por isso pediu
á contndoria da marinha nota de todas as refor-
Tot~l ua despeza co- mas concedidas após a organjzavão ~a t,"Jbella,
nhecida e provn:vel 257 :%:05{$5~/j, que ser-viu de baSt~para determinaçãoda quan\i.a:
fixada no orçamento vigente, da ímportancia das
De~ c {t no fim do respectivas penwes e dos obitos_ o renunc_ias
-· 3'-· 3 • 2tt.xasj dos reformados desde a apresentaçao da rerer.tda
exerctmo · · · · · · · · · · "'· ... li"' t:tbella, l)llla ~ontrabal~nçar o augmento de d~-
A commissão não aceit.l o qu-antum do credito· pe_z.1 _p_rovenJenae de nov:~s reformas ~om a dl-
ordinarío fixado n~ demonstração, composto mmu_,çao de despezn resultante dos obtlos e re--
de 1/3 do eredito da lei n. 2792 de 20 de Ou- nuncms.
tubro · de !877 (orç~mento parn i877-i878 e Dessas notas, que vão ju.n.tas a este parecer.
!878-!879 proro.z~do p.,ra o L • semestre de colhe-se em resumo o seguinte:
l879-l880 pela lei n. 2887 de 23 de Junho
de 1879) equival,'nte aos primeíros quatro me- Soldo dos officiaes refor-
zes do anno finnnceiro, e de ~;3 do credito da m~dos no exerr,ielo de
l ei n. ~9~0 de 31 de Ou.tubro de i8i9 (orca- ~878-1879 depois de
mento para l879-i880), porque a leí n. ~990 .i de DezeuJbro de 1878 !0: 72~0U
de 20 de Setembro proximo possado em seu art. Idem das praças, idem. ~6ir5(l~
3.• dispõe o seguinte: U.:i86$067
: • A liquida~o do exercício de !.879-!880 Idem dos officiaes refor- .
será feit., de conformidade com oo creditos vo- mados no exercício de
tados m r espectiva lei, salvo si em <~lgnma i8í9--i880 . . . . . .. . •. 15:896$186
rubrica tiver sido supprimido ou reduzido qual· Idem de praçr.s, iilem.. l : ~~908
quer servi~o ou emprego, rel!'Uinndo neste caao
o credito autorizado até á promulgação da lei _ - - 17:MI5091i.
do orçamento. O mesmo systema se obsPrvarã A deduzir: !8:527t$l6l
sempre que um exercício tiver sido regido em
seu começo por prorogaçiio da lei do orçamento Soldo dos offieiaos o pra-·
anterior. • - · · ças falleeidos... . . • • • 4.: 773r$5~9
E' obvio que não houve suppress;o ou
ducção de serviço ou omprego relativamente á
re·
Idem das pr~ ça$ que de-
sistiram do reforma.. iUliHl6
rubrica de quo se trata, port:Jnto o creditO é o ---------- ~:918~015
da lei n. %940 de 31 de Ontubro de 1879 c nio
o d~ lei n. 279~ de 20 de Outubro de !877 23:609~146
. combinado com o daquella, E', portanto, de .23;609~!46 a qu~n tia supple·
• Quando o governo apresentou a sna· proposta mentar n ecessaria para pagamento integral aos
amda prevalecia a intelligaucia de qu.e se de- reformados,.
vêru computar o credito com um tnrço da im· Determioada a quantia do credito supplemen-·
portancíl! comtnnLe da lei prorogada e dous ter- tar, a commissiio se dispensa de j Qslilicar o ex-·
ços <la importancia con~tante da lei posterior,. cesso de·despeza, 11orque o governo não póde re-·
mas actualmeute não póde continuar a prevale-
cer tal intelligeneia. cusar â concesJ:ão de reforma ~os officiaes e·
pr~ças que estno nas condições da lei para o'D·
Assim tomando-se n base da lei do orçamento tel-a, e não consta que. deixassem de ser guar·
para :1.879-iSSO ter-se- h!a o re.sultado seguinte: dadas as leis qne regulam a materia, havendo
Credito se~undo a lei antes razão para .crer que foram respeitadas. .
n. 29%:0 de 31 de Ou- g
bro de 1879. • . . . . . . • 233:2Wti50
Despe1a conhecida se- Muniçiii'.s de bOCC4
gundo a demonstra- E' de 2!U:66!~867 o pMido de credito supple·
ção annexa á proposta .2!5: 823~19% mentar. · - · '
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16:08- Página4 de 20
§ M. MUNIÇÕES DE BOCCA
Outubro de 1879. . . ..... .. ... ; . •• ......... ... . ... .. .. • • . .. •.. . ... ..... .... i.M!9: f.07,t\7~
Despeza paga
Conforme o Despr~a
quanro np- Posteriormente provavel. Total
provndo em
3l de Agosto. conbecida
J
Thesouro nacionaL ............ 223:07:1.8685 ~ : 6Ql!~!O ~ • a • • o • • • • • ~ • • ~25:76118095
Pagadoria da marinb~ ......... 12:07~~!136 90!1$000 ................ !2 : 98:JQ~36
Londres ..••...••.....• . .... •.. i0 :l:!()l16ti7 H.9,:11:153 3l:55086i0 ~i:8ii,si30
Rio da Prata .. . ....... .. .... .. . ss.sooo . ... . .. . .. . .. ... ~5~000
Aloo Uruguay . .... .... .. . . ... . 2:567ê703 """"i;37iji3ô 989$i66 lU• 3 ~999
Lada rio ... . ... . ... .. .. . . . .... . iS.919n38i 3: H6i)i9:! ........ ...... 19:0:l5,$õ73
Amnonas .•. ... .. . •.•• . • .. . •.• 7: fliá6347 i : 3t~llU 9 :!,7\l, 788
.Ala ~õas ...... . .. . .. -... . .. .. . . 61066.80 i :3578<HO . ..... ' 363~~98 ~ :3 60~988
:Bahia.•••.•. . ..•...• - . •. . .• ; . - 37 : o~~n 3:881 ,SS73 1():2:!56608 ãJ : t:f88()t.3
Ceará.. .•. .•. . •..• -· . . · ··· · ·- . !QS$)00 . ..... . . .... . . 29i.>!<oO 50064.00
Espirilo Santo . ............... . 858t5840 i7i~7ti8 ! : 030.,5608
~ranhão . . .. ... ......... . . . .. . 3 :0i6;52i7 .. . .. ! ; 636~67 ...... ' ... -.. ~ ~ : 65:!ó784
MaiO GrltSSO ...... .. ..... .. . . .. 7~06()00 • A O . O. • • • ..... ................ . .
• o o. o o
750.'!000
Pernambuco: ............ . .... 6:382,$8H 156$575 o • ' o I . .. o 1 . o o o o 6:5396386
Pa rá .... .. . ........... . ....... 2~: 896-SU-2 ~i866U . .................. ~5:;;4~60:!3
Paranã. .. ......... ; .......... .. 395§080 8 ~00 403,5680
Pnr<~ hrllà ................... .. .. 2 : ~065~70 8~~tj500 ·..... "29~s99õ 3: .?Dl~~tiO
Piaullv ... ................. ,.,. ~05§:!00 9 >S'!ií0 !66S,$5U 6668066
Rio Grande do S'ul. ............ 2:6~!668~ f.:U9$ H:2 ................ ,:0818178
Rio Grnnde do Norle .. ,-......... 3 Ht828~ 8:!6400 .. ............. 3966ti86.
..' ... .........
~
3M: 36&,%68
---
~i7: 1856791$
Ml : ~79.6in
~ .,.,.
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EXERCICIO DE i879 A -1880.- MJNlSTERIO DA MARINHA ~
~
õ
Dmnon•traQiio do· c.tado do "Werbn • Munlçôee nnvaes • do exerclelo neima Ir
...,
~ o
t/3 do çred_ito votado pela lei n , 171ll d e iD do Outubro d& f877 ........... . ..... ............. .,. . ... .. .. .. .. ....... .. 88 :32&/1500 ;::!.
11>
'1/3 do cred•to votado pois lei n. 2940 de 3! de Outubro de !879 ............ ..... . .... . ... ...... ................. ... . . l!IS3:333BJ33 3.U : M?~33
m
DESPEZA C~.'
j:l.o
Pelo thesouro nnclonal, conforme os processos remettidos até esta data, a saber: 11>
.Azeite doce nart.t maahlnns .••.• ~··············· ~ ·······• ··· ·•·••• 4•• •········ ~· ·· ····· ··'•'• ·· ······· • *• &1:9~8~89! zo
Dito para luzes •.••• • ••• •• , •. • , ............................ . ...... .... ...... ............... ...... .. .. ...... . i:8iíljj4G2 .q
Alcatt"ao• ••.• • ••. ••••. • ••.••. ••• , ......... .. . ... . .. .. . .. . ..... ... .... ..... .. ... . . .... _., ... . ... .. . .. ... . .. .. t : &3MtiOo
Drlm de vel::ts •••• • •• •••••••••••.••••• • ••• , • , •• •••••.••• ••• ••••
nroxas surtidas ..• I t t f 0 I O I I f f I I t f I I l t i I I f o O tO t I f O I I ... fi I t I I I• t
I ••••••• ,
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17: Mlo/i92ll
g~à ·dõl ~i8ó'.ia·~:::::::~·::/::::::::.·: :::::::::::::::::::::~: ::::::::::::::::::::::::: .·::::::::::::::::: lO : Gl!Qll030 ~
Lor111 8 . ...... •. • ••••• f •• • , , •• , , •• • , •••• , , , , , •• • •• , , , . , •••• 1, •••••• • • , ••••••••• • ••• 1 . . . . . . . . . . . . . •. I . . . . . . . . . . . .
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varlos outros artigos como: sab<lo, snccos da conducçll.o, lixa, sebo em p:io, fio de algodão, Blc.•.. , .••• 3:308~76 223: 0718681.1
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I t f I t tI I O t I I I I I I t t I I t I t I I I I 1 '1 f I f I tI I I f .t f f I t f I I I t t f I f I tI 4 I t t tI f tI I f f I I I I O
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Graxa •••• , , ... .. . . .... , •••••••••••.•• , •••• , ..... , ••••• • , , , ... , • , ••• , • ..... . , •• , ••••• , ... . .. , , • , •• , • , • , • , • , .... ,
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LOna . ........................ ... ... .... . ~- •••• ••••• _.; • ••• •• •• •••••• • •••• •• ••• •••.•••••••• • • o ••••••• , ..... .
TI nlas................... , •. , ..... , • , . , •••.•.••• , •.•• .•• .•••••• , ••.•..• t •• • • I • • • 111 • • • • • • • • • • • • • , •••• , •••• • •• t9:t7'l! 84.6
lJtenslllos~ ..... ,, . . . .. . . , , .......... .. .. o o •••••••••• , , , •••• •••••• , •••••••••• , ••••••• I •••• •• • , ••••••••• I •••• 3:283 ~O'J .....
Varloa outros nrll«os como: sabllo. colla, piassava, cal, vidros, lixa, agulhas de lona c brim, etc ...... 3:76il 7!~ 409:309115~6 00
DevSpeP a annllllar .•••••••• I ••••• • •••••••• " ••• • •••••••• : ••• I •••••••••• •••••••••• • • o ••• ••• • •• + .................... a •• ' •••
390:WN090
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377:1l9l8•91
Addiclona·se a despcza p1·ovavcl até o Om do cxercicioI •••.•••.• . •. .••••• , ...•..•••• ..•••• .• , . •••.••••••.•
•
••. . ••• ..•.•.. 39:637,Si9 .:17:228/lõt3
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1
DeOcit no llm do exerclclo.. .... • .... .. .. •• ........ ..... ..... . ••• • 911:1170/!690
,Primeira secção dn contadoria da marinha em 3i de Agosto de !880,- o contador, .Attgusto Cesar de Ca&,ro /lftmez-~.-o cbeto de. secçllo, Francisco
IMI Fwrelra. . · :I . .
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EXERCICIO DE 1879 - 1880.- MINIS'fERIO D Á. . MARINHA.· §
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g Demonetraçiio do catado da verbo cReformadOS) do ex.erCiclo ocluu\ 3
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• I{ do credito votado pela lei n. %711:1 do liO de outubro do f877.... ... . .•. ....... .... . . . ...... .... .•• ... .. .. .. . .. . 1 67:U63/$10S "'ã
~ do credUo yo\adu pBia lei n. tOlO do at do Outubro de 1879 .. . ..... . ............. , .... , • , , ..... , , .. . . ... , . .. , .. ~ll9fl l00
'i3:083~08 11 f :s9
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DESPEZA ~ oQ)
Pel o t hesom·o nacional corn o pago.ine ntn •los offtelaos da a rmada e classes nnuex as roformados. ........... .. . .. .. .. US3: 8!Í8/)U7
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Pela pagadorla da ruarJn,lla Jdem dos maeldnfstas, olllclae5 ma l·lnllelros o praçus de pn>t a tú Ju nho de teso. !3:1l~9!1~ao ~
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A.ddlclona-se a despeza provavel até o llm do exeretcto.. ....... ...... .. . . . . ....... , , ....... . .. .. •· . . .... ~-87/Jõ91í
lll>;617/107õ
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PROVINCIAS "'
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Amazonas a té Na lo do 1880 .. . ...... . .. .. ..... ..... .... ... . .. ... ...... .... .. .... . . . .. • · •• • .. ;, • .. .... • • 1:31Hn004 ~
Alagoas ate Favoref ~o dito ... . . .... . . . ... ; . .. ............. ... ............ . ... ....... . .. ....... ......... . f :672il337 ;·
Bahltl ató Afarço dito . ..... .. ....... . .. . . ........... .. ... ,., ... , .. . .. , .... , .. .... ,, .... ... ..... .... .. .. . . 6 :i&<;fí:il\:i
Ceará até Dezembro de l 819 .. ....... .. .. ...... .. .......... .. .... , ~.... .............. . .. · • · • • ...... .. · • .. • 3ãU336 "'
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HspJrJ to-:o;anto ntê Maio do !880 ••• . ••. •• , . . , ••••••...••• • , .•••. •. .•.•. • .•• . ~ . . , .. , •• . •• • · • · • • · · • · • • . •• • • 378$731 Clj
Maranhão até Maio dllo •• . •• ; . ... .. . .. ..... .. .. .... ..... . .... .. .. ... . .. ....... . ..... . ..... .. .... ...... . 4:40881100
A!alto-Grosso até Novémbro do 1879... . .... . . . .. .... . ... , .. . . ....... ; .. .. . . ....... .. . .. . .. .. .. • ... . . .. . ! :088j}í3ts
Pernambuco até Maio de t880 .... .. ..... ................................... .. ..... ... .. · .. .. •• .. · .. •.. • 4o: f OIS,$69~ ~
l'nrá a té · Ata.r ço dito .. ... .. .. . ... . ; .. . . .. ........ . . .. ... . ........ .. .... ..... .... ... . ........ ......... : • . 3:779/1208
Para1iâ a té Abril dito .. . . . .. .. .. ... ... ... ... . . . .................. .. .. .......... ; ... .. .. . .. . . ... .. ..... .
Parabyba até Janolro d ito . . .. , ... ......... .... , ........... .. , .. ... . . ...... ..... ..... . ..... , ...... .. . .. .. .
40111000
IS821l000 ...ct>~
· l\lo OratJde do Sul até l~Gvereiro d ito ... . • .... .. . ; . . .... .. .. .. ............ .. ........... .. .... • · .. • .. • · · 3:9~3~328
i3
Rio Grànde do Norte até Dezembro do ! 870 ...... ... .. ... ....... . .. .. ....... . .. . ............. .. ... .... ... .
Sergipe até AbrH de 1880................ .. ......... .. ...... , .. ... , .. . .......... . ....... • ~ .... •.. ... ... .. f ::~g~~~ o<
s. Paulo até Nov embro de i879 ...... .•.. .••. ·· · · ·~ ····· · ··"'········· ·· ···· ·· · 467dOOO ~
J • •• • •• ••• , •• • ••••••• ••••
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Santa Oatharina até Janeiro de !880...... . ..................... .. ............. . .... •.• ....... • .... . .. · ••. !:ts208Mii.
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3B:õUH639 ct>
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1117. 99Bgf a ! 00
Despeza. a annullnr ..•...•.•....•..•.•..••••• •. •••..•.•••• ..•.•• .•..• .. , •........••..••.. ..•.. .• . •• ••. • · · · ··~ ····· .···· ···· 871J3ii ~
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2:17 :0IOb781
Addlclon:i- s& a dospeza prov.11vel at& o .iJm do exercleio .. . . . . , .................. .. . ... .......... ....... , ..... . .. .. .. ... , , .. 39 :6.94~767 11
21l7: 4011Hr>U .
--~
3';3'~~36
Deacltno finl do exerciclo ....•..•.••• . ••.•.••. . •• •••••.•.•..•.•• , •.•..•. . ••... . .. . .. ,. .. ..... . ... : ·~ · · ·· · · · ······ .· · ·· · · ·· · •· · · · • ··· ·· ·····
!. • secçno da conladorin. da marinha em Sl de Agosto de 1880 - O cllOfo de secção, Fl'ancisco Jo:i FcN'eira. - O contador, Augusto Ce$Qf dl jj M
Ca•lro Meneze•· · ' otO
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EXJmCICIO .Dg t87fl . A. 1880 - l\llNIS'l'ElUO DA MAHINHJ\ w
II)CUlOUab•nçii.. d o eof.n<lo da -..·ca•l>n- mr.aulot•c7c.. do hocc.-
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~ .. ~__,_--·---, ... ·~- ~.!".-.·-~...!.õ:~~~
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i tor·ço · do crclli!o .-otndo pela Jcl 2102 <lo 20 ti~ Onlubi·o elo f877 .. .. ................ .
11. aa~j:onv:noo
~
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2 toJ•ços do orcclllo votado 11cln Jcl n. :!.010 tln 31 <lo Onlullt'O do l.87Q, ................. ;,;;; .' .' .'; .';;;;;; .';; .';;;:;; !lfl2 :ll38n~so ~
L326:o~o.~oao
~
Dl~Sl'Er.A
Pelo thcsouJ·o nncional, sc(lttmlo os pmccssos l'omotUdos ató esta data, a su!Jct·:
igl "'~
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Rnçno no maclllnisla <la. i_nlcndcnnia ,1:\ côrlc . ............ , .. . , .......••.......... ....... : . ..... , ,
Idem :ls (lt·.,~ns do bn lrtllwo nnval ........ . .... , .. . .......... .. , . ............... ... ............ . .. .
Jdérn tiS praças do coqm 11 ~ IJnpct·i:,cs •: da .:ompanh la <lo n ru·andi?. l~s mal'iu!Jciros !la r.ôl'l.c . . •
rm~o[;
IJ.\.:2W/!061
7U: BI0/)72'1
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Idem :1~ r•rnçns !las eml.'n•·cn<;úes ao sct·vrço do nr·souaf da côl'W o !las COIIIJlMlltltts de lli>I'C1Hli7.us .
nl'll!lce~ c al'l1fices rrulrtun:s .. . .. .............................. ... .................. ... .... . .... . t:l0 :2:19tJiW3 ::l
ltlcm 1\S tn·n~~s do vapor o laneha <lo soccorro tia c~ ()l tania .. . . .. . .. ,. . ........................ .. o:2i-í()2flü ~
Idem aos olllelaos da nrmn lla o c/nsscs :tn ncxns cml~'lrcn•los tíos na \'lOS da nrmncla, Jmpcrincs ~
l.Jntathão uavnl, fogulsl.1s, c:n,·oei ros, marinheiros o gi'Umctcs criafios ..... .... ...... . ..... . . : 300:082b'IJ.t2 r;·
Idem áS {lr.1ÇII:I emiJ.1rCadns no:~ navius d cs:ll'tnado5 •... : .... . ... .. .. , .. .,, ........ .. .. .. . ...... .. . 8:8!!õMOH
Jtlom pnra os docntos do hllspital. da cf>rlc ....... ............ ........................... , ....... . (I)
~s
Idem Jdem .tis praças do corpo da 11nper·laC.'1 .......... ................ ......... .. ~:8HJl837
[rlorn Jdem ás praçns da companhia do aprendizes mal'illheiros .•.•..•..•........ l:~i.ii.,~378
Idem Idem :\s r•·nçns da comtlanhla de :l(lrondízcs m'tiflces .. ..... . ...... .. ..... . i:.tO.i8879
Ide in idem ás pmÇ:t8 ela comt'anllia de aJ'tlllccs ml lltarM ...... ................ .. 7 :!0~~030
Idem !liem as PL'aÇAS doS diques, cabl'CRS C gnJco!I!.So .. , .... ,. ... , ... ,,.., .... .,. sool!~ <:>"
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Jrlem Idem ~s JII'I\Çlls do s·occoro-o d:l c~píl.~nia ...... ... ... ,. , .. ... .. ....... · .. ,. %~JI$i~O o
liloru Jdo111 aos ontclacs cln armada c classes anncxas embarcados nos navios g.
!ln armndn, lmperiaes, bal~!Mo mwal, foguistns,.c.ll'Voclros c grumotl's c!'l:ulos. 20 ;fJ3~.~8~3
Idcm.1 1dcm lls prnças !los na. vlos dcs:u·mados ..... ,, ........ , ...... ,, , .. , ..•.••••. 38\l;H?(j 1-'
lúom Jdcm ás pr·aças :~o scr·viÇ"o da d~cola ............. . ....................... , . 003N83íl 00
00
Id em Idem aos n~plr~.ntes .. : ...................... ...................... ........ . !3:7738\1~0 o
IMm Jdcm a trcs officlaes do collcglo naval o alumnos . .................... .. 14:0ililfi81
Dlotas pnJ·a. o llo3pilal.~ . ....... ··········· ·····•t••··· ··· .... ., ... ....... ,#~···· 1:300~622 77 : Jil21~H!ll
----- ~
Ad<llcloni\-SC n despe7~'\ provava! aló o nm do ()XCI'clclo ........ ....... . ........ ........ ·.... . .. . !43J10IJO 77::il9Sfi202
Pcln. dclegncín. do thesouro em Lolllhes :
Crodlto concedido por nvtso de 8 de Junho tle tSSO, para tmgnmcnlo un !lcg..
pcza com o sustento de duns prnçns que descmiJaJ·cnr·am em ll:u-sellla ... ... , ....... ... .. ........ . ,.,. ..... , ... . l.l81J'7ll
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Pelo Rio ela Pro la aló Maio de !88(1! '§
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na~õc8 aos officlacs da armada o cJ:isscs annexas omba1·cados nos navios da ·
S:68!!618õ 3
nrm:uln o dos COI'pos dB mnrlnlla ... , ..... , ..•....•..... , .•. .. . ....• ... •••• .. •. • •. • •• · • · · • · · • • · · ~
Addleloun-se 'a dCSJlC~a Pl'OVI\VO! uté o nm do cx.erciclo.~ ..... ................ ... ...... .... .. . !:oao,,ooo i:6SII${86 lil
...~
Amazomts, até 1llaio d" !BSO. I o
~s·
.,
llaçocs ás p~aç.1s u.1 compan hia de aprenrJ!zes mnrlnhcil·os........ : ......... . 6:26fXII~O
ldclll aos OfiJclaeS da armada o classes :mncxas cmh:u·cados ........ ........ .. ____,_
25:ill9fiG73 ____ Sf:76J819S ~
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nações ás praças da companhia de aprendizes 11\nt'lnhelros•• ' ... ......... .. . .. ' ... ' .. ...... .... . &:mno3i ~
Espiri!o sauto, aló Maio elo tsso.
1\açii<!s ás praças da cornpanllh\ de nprcncllzcs marlnllelros . ......... ........ .. .. .... .. •.... .... • o:saano92 I
I
lllal·au/uio, ato A/aio de !SSO.
ll:tçõés tis pra~ns da companh in ilc nprcndlles marinheiros;,. ........ .......... , :~;gflS~~!
Jdmn tLOS ofllctacs o prar.,.'ls c mlmrcatlos~·· •• , • .• , , •••.• •• • • , • , , • •• , • , , ••. , • . • • • • •
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. Gl)tJru l ():OaB/13DO ....t-:>
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llfato Grosso at~ Novcm~ro d6 tS79, ~ ~
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Rações ás pra~as do corpo de lmperlaes ............... ,....................... !li lltHn3BI 8
Idem aos officlacs e praças embarcados.......................................... 3tJ 876nB23 3
Dlelas para a nnfermn~la ..... , ••••.• , ••••• ,, ..................... •. ...... .• .. •.. ..
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Seroipn até Aftrll d8 1880 ~
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Raç:lo ás praças da companhia dE) aprendizes marinheiros ........ ; .. , ••••• , •• ,.,, .................. . 9:791/!707 3
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s. PaUlo a'c Novembro do ~879 ~
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Rl\~ão ás praças rta companbla de aprendizes marlnbeiros,,. ....... ... •• • .. . .. .. .. i:t&nmn
Idem aos offiolaes e praças em barCildos .••••••• , • , .................. , ............ , 893J;&l!i, "'2l
3:0U/l365
Srmta Calharlna al6 laJielro · de l8BO
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1. ~~~2~~~==
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Dospcza a annullar .................................................. , ...... , , ................. , ,, .............. , li)'
l.I93:603N40j s"'
Addlelona-se a despeza provavel até o fim do exerciclo .................. , ................... • ....... , •.•• ••.. .. . •.. . 3~B:Oõ8/1'\IS co
Ulõf:66l/liWT
~
De.Oelt 110 fim do E:JX:eroioio •••• ............ ~ ...... ~ .................................................................... ~. •, ................. , , ............... ~ .... , .... , 2i&: 66!8867 z
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L' sec~ão da contadoria. da mnrlnba em 31 de Agosto de 1880.-0 cbofe de secçao~ Fl'an~isco José Fen·efm,-o conlador, Augu$lo Cemr de Castro
Menezes. &
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C(rnara aos Depctaaos - lmiJ'esso em 2710112015 16:08- Página 17 ae 20
:)
c â"nara dos oepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 16:08 - Pá gina 18 de 20
A commissão dará á camnra conta da saa in- O Sn. PasswE:rrs :-Devo observar no uobre
cumbencia. deputndo que alg11ns Sr~. deputados tio.liam pe-
dido a palavra.
o Sr. Mart.inb.oC3.1llpO!!':-A com- O Sa. !\l!."RTJNHO CAlt?os:- V. Ex. deliberará
missão que foi honrada com a ordettl ds mesa como entender. ·
para, por parte desta camara, acompnnhar o
fin3dO Exm. Visconde do Rio Branco á su~ O Sr. Joaquim Nabueo (pela nr-
ultima morada, desempenhou a sua !llissão e dem);-V. Ex. comprellende que o unico inte-
vem disto dar conta ã camara. Peço hcen~,a a resse da camara, ne~tes dias, e render aos ho-
- _V:. Ex. e á camura para dízeralguma~ palavras mens illustres que fallecetna LDaior homenagem
em relação ao mustre morto, que_ t1vemos .. a_ possível. O congresso americano costuma,
honra de acompanhar. ·quando se dá uma grand1l perda para __ o paiz,
senbores, uós os oontempor.aneos iiO iHustre marcar uma sessão solemne em que lodos que
Visconde do Rio Br~nco, seus aJversarios ou queiram pronunciar o elogio du Ulorto, possam
seus co-religionarios nasaetivas lutas politicas r~zel-o. Nós kmos o systllma de l)rooõr que se
que absorv-eram toda a sua vida desde a mocid~- levante a se~~ão, o que é um:1 gracde defereucia, -
de, certamente não somos competente~ pnrD jul- fi qtwl nús todos nos :1ssoclamos; mas acho, como
gal-o: a bisloria o fará, pois seu nome está unido acabn de dizer o chefe da. ll\aioria, que a camara
a todo o movimento po!itieo e soei~] do uosso sô deve ter este procedi:1teu.to. depois de ouvir
paiz, durante os ulttruos trinta. anuos, pela p;1rte todos aquelles qae quize1·em dizer, cada um na
ilirecta, sempre importnnte e muitas rozes ~ua capacidade especiul, ~lgum~ palavras sobre
principal que teve nD governo, mas, 1h sun o finado. (.Apoiados.)
probidade e da amenidode c do~ura de seu ca- O Sl\. PR.ESitlE~--r~;: :-Neste c~so vo11 consultar
raeter benevolo· e generoso qu<J realçavam as u cam;n•n si quer que se levante a sessão já on
maneiras mais eavalheirosas, dos ~en> !Çtsndes d·~p.;is de terem usa!lo tla palavra os nobres
e cultivados talentos e dotes orlltoríos, que o deptltados que quizerem fallar.
torn~ram um dos nossos. parlamen.tal'es mais Consultnd~, n camara resolve dar a palavra
}loderosos e mais b•·m aceitos da tribuna bra- aos srs_ depatados que a pedirem.
zileira, destas e de tantas outr~s grandes qut~-
lidades, que o uzeram sempre estimadn e res- O St•. Ua.Uteil'os :-E' aiuda debtJ.ixo
:peitado dos seus adversaríos e alllig-os, nnanime da dalorosa impressão, àa wais profundo pez;n•,
testemunho a geração presente transmHtirã á pelo infMBto RC•mt"cim~nto qae ac~ba de en·
bi~toria que o tem de jul:;ur, aquilata [IdO seus luta.t' esta cn~it:ll iateir~ e qlle dentro em breve
feitos com 2. justiça e imparcialidade que nos irá confranger o cor~ção de todo~ os habita ates
IJÓde faltsr. do lmperi:J, que eu, um dos mais ardentes nd-
Seus ultimos dias de vida repass~dos de tan- miradores do illustre linado, me le'i':~nto, não
tos solfrímentos e nmar~uras, como t!e tão he- pat'11 pedir-qua fôra inatH-tun,; para a-soeíar-
Joica e varonil resignação no infortunio, redo- me a esta au::u~ta c~mara em uma manifestação
hraram as sympathias qae cet"cavam ~ sua 'Pes- so!etnne da profunda lllagua que a compunge
SO<l, e o pezar indizivel que uoiversalm~nte p 'la perda immeusa .que o ~a[T. acab~ de soffrer
. causou a sua morte. Foi immensa sua perda com o l)assamento do muito illustre dtlndão,
para o pau un idade do mator vigor e amadure· bouemorito.da patria, oVíscoo.Je do Rio Branco.
cimento do seu beiHssimo ·talento, e em que, E$~riptor ameuo e elegante, professor distin-
amestrado por sua gtande ex:.períencia dos oe- cli~simo, publicista brill1ante, orndor d~ mais
gocios pub!ico!', os m~iores servíços podia e eorredu c dassica escahl ingleza, :tdministt·ador
teria de prestar á nos;o. patrta. fecl.l.Ddo, diplom·•ta Ono e sagaz, estadista de
Seu nome viverá nn historia e na mcmoria alta~ vista;, espiritó eleva1lissimo, alma superior
dos braziletros de par cor:u. os •le t;Jntos e tão e am cornçã() tão grnntle eom.\1 a sun. alma-a·
gr~ndes cidadãos qu~> a morte inexoravel nos nobre Viscond~ do Rio Branco reuniu em si
tem ~rrebalado em todo o vig<;~r e ~phindor de todas ~s gloria~ que u1u homem pôde 3mbicio·
talentos em que o p:•íz descansava e contiava o na r p~ra s~r ch<lmado-~rJud,~ !
seu futuro t. .. · Eutre ~s.1s glorit1s, porém, ha uma que sobre-
le>'a a.todas e que nlça o vulto do nobre Visconde
(Durante a leitu:ra deste di~curso a Camara deu d11 Rio Branco ás ,1!tu 1·as Anditul~· é a de ter sido
constunt• s si_qnae1 de asstmtimen!o e aprO"Da~ão ás 0 propugnatl.or indefesso e acerrimo dessa gr:mde
palavras do ~~·ruim·.) . e imm~nsa idéa huraanitaria-:t libertação do
O Sa. Jo.I.Qum 'N.A.lluca:- Peço a p~l:~vra. ve11tre escravo !
A..-;sim como nas illuminuras dos velhos livros
O Sa. ~wrrnao CA.MPOS : - Se~undo os 1le r~ligi5o ou nos vidros das ogivas das cathe·
- estylo~ desta c~sa, eu pedia a· V. Ex:_ que draes g-otllicas, nós admiramos essas figuras dos.
consult~sse ~ camara sobre si quer depois s:llltos varõas, C!erc~dos de urua aureol3 que
de _ouvir o honrado deputndo que ;caba de signí fica os grnndes serviços qne prestaram à
pedtr a palavra, proceder, como tern feito, rt!!ígião e li humanidade; assim tambem no fundo
Jl_ara honrar n memor'ia dus lJrazileiros mnis dis- ere.p~scular, nn fundo da mPia lu:r do pas~ado,
tmctos que têm !~lle~id·~ dur;mte a reunião do os v1nÜollrCs eontempltniio () vulto e1nmente e
'P~rlameuto, e ~sshn consignH na <~cta am vot<) rna~estoso do nobre Visconde do Rio Branco,
de :pezar, 5U.S_pepder a sessiio e eD•!~rregar a dest:lrnndo-se illllminado pel:t aureola em que
mdesm~ comuuS$<.tO ou. outra de assistir ãs missal\ ae lt!râ em l~ttras de ouro n sempre memoravel
o setuno dia. data-28 àe Sete.mllro de 18'1! l
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 16:08 ~ Página 20 00 20
A1·aujo, Prisco Pa raiS<~, Costa .Azev!!dO, Almeida Miguel de Frl:1s e Vasconcellos, que se lhes Iaç:~.
Barboza, Qlega rio, Abdon Milanez, lfanoel Car· extensiva a disposição dól.lei de 6 de Novembro.
los, Sergio de Castro, Prado Pimentel, ?.Iacedo, de i8~7 de accõrdo com ~ de 2 de Setembro de
Salilonha Marinho, Barão da Estoncia, Cesario 18~7. quanto ao meio soldo que lhes deve caber
Alvim, Candido de Oliveira, Manoel (le àl:lga- .por lallecimento do dito seu pai, attendendo á
lbães, Lemos, Joaquim Breves, Pedro Lniz, José .qne os fil hos naturaes, re<:"onhecidos pelos pais
:Basson, Viriato de Medeiros, Jeronymo Sodré, em testamento ou por escriptura pullliea, são
:Balcão c Tavares Belfort. equiparados aos legitimas em todos os direitos
Compareceram depois da chamada os Srs. ci\'isi considerando que as'supplican\es se ach am
Americo, Danin, Belfort Duarte, Joaquim Serra, leg itimadas por carta de pcrlilhação e por testa-
Sinval, Tlleodoreto Souto, Bezerra Cavalcunti, mento, é de parecer que : ejam ellas ~ttendidas.
Bilarque de :&lacedo,- looquiln Tavares, Souza En~ret:tnt~ cumprind9 estabelecer re~ ra geral
Carvalho, Ulysses Vianna, Ribeiro dE: Menezes, nes~a matena, offerece a cnmnra o segumte pro· -
Barros Pimen~l , Monle, Jeronymo Jardim, AI· jecto:
meida Couto, Soares Brandão, Souza Andrade, A assembléa geralidecreta ·
Ferreira de. ftloura, Ildefonso de Araujo, Zaroa, Art: t.ó. As filhas naturacs de officines do
Ro!lolpbo Dantas, Andrade Pinto, Baptista Pe· exereilo, ou da marinha, legitimados na fórxna
reirD, Freitas Coutinho, Camargo, Abreu e Silva, da lei de 2 de Sllfembro de !8~7, ou outra qual-
Affonso Pennn, Carlos Affonso, Theodomiro, quer disposição legislativa, ficam equi~radas ás
Galdino, Fabio Reis, Seraphico, Lima Duarte, legitimas para a percepção do meio soldo, ou
Mar tinho Campos, Mello Franco, Va!ladares, montepio. .
José Caetano, Antonio Carlos, Bnrlio Homem de Art. 2 .• Revogam-se as ·disposições em con-
Mello_,. Martim Francisco, Tamandaré, Sigis· trario .
......IIlllnClo.,....Mello..e-Alvim e-Silveira de SoUUl. Sala das commissõe3, &. de Novembro de
compareceram depois de aberta n sessão os !880 .--satdalõha MarinJto.-Barros Pimeutel.-
Srs. Ignaeio 1\lartins, Espindola, Diana, AU· Soa.rcs Brand!Xo.
~sto França, Azambuja :Metrelles, Felicio dos
:santos, Malbeiros, Souza Lima, Pompeu, França O Sr. Zalna (pel!t ordelll) :...:...sr. presidente,
Carvalho e Frederico Rogo. tomei ·a palavra para commnuicar a V. Ex. e ã
Faltaram com participnção os Srs. An.Lonlà da casa que a commissão,encarregada de apresen-
Siqueira, AurcliDno Magnlhães, Aragão e .Mello, tar a Sua Magestade Imperial as resoluções da
Beltrão, Costa Ribeiro, Esperidlão, Freitas, No· assembléa ger~l rela1ivas aos orçamentos de
rueira · Aceioli Franco dA Almeida, Franco de despeza e receica do i.mperio e v-arias creditos de
Sá, Frederico de Almeida, Frauklin Doria, Fran· dUieremes ministerios, dirigiu-se hontem, á
l hora da tarde, ao paço imperial e cumpriu a
cisco Sodré, Horta de AraujQ, Fidelis Botelho, sua tarefa,nos termos do ort, 62 da Constituição
José Marianno, João Brigldo, Liberato Barroso,
Lourenço de Albuquerque, Mariano da Silva, do Imperio, ao qne Sua Magestade o Imperador
·Moreira Brandão, Rodrigues Junior Souto, Mar· se dignou de responder que examinaria.
tim Francisco Filllo, Tbeophilo Óttoni e Vis· E' isto que me cumpria eolllmunkar a V. Ex.
conde dePr~Jdos ; e sem elln os Srs. Bezerra de c a casa .
Menezes, Corrêa Rabello , Couto Magalhães, O Sn. Pm~smEN'l'&:- A respostn de Sua Ma·
Epâminondas de ·Mello, Fernando Osorio, Jo::t· ge:;tade-é recebida com muito espeeia.l ngrado.- -·
quim Nnbuco, Leoncio de Carvalho, Marcolino O Sn.. lERON\'liO lARDllll (pela ordem) pede que
Moura, Moreira de Barros, Manoel Eustaquio e seja dado pnra a ord&m do dia o projcetoautorl·
Ruy Barbosa. zando o governo a mandar fazer as exploracões
Ao meio-dia, o Sr. presidente declara aberta. a dos rios Paran ahyb~ , Ar~gu.ay:~, Tocantins e seus
sessão. amuentes. .
E' lida e approvadn a actà da sessão ante- O Sa. Pal:stDENTE declara que ser·á tomado
cedente. . em consid~ração o pedido do uobre depu-
O Sa. i . • SECRETARIO declara não haver expc. tado.
diente. · · O Sr. Uartbn Fraucleeo :-sr.
Foi lida e approvada a redacçiio do pr ojecto presidente, á mais firme tençiio de não carre·
n. !20 de !880 (<!mendü do senado) sobre um gar com a responsabilidade de idéas que ·não
emprestimo pedido pela camara mnnieipal da são mfnbas e que francamente eonte;to, obriga·
cor te. me a abusar da pacieneia da eamara, ~penas por
Fei1ido, j11lgado objeeto de deliberação e mnn- dons on tres minutos, para dirigir á · me~ma
dado imprimir o seguinte projecto precedido de camara e ao paiz algum3s brevE:s reflexões.
.parecer: · No ultimo dia de nossas sessões, um distincto
deputado pela província de Pernambuco. apro-
1880.-N. 153 veitando a oceasião solemne, em que consagrà-
vamos á reminisceneia de um dos mais notaveis
A commissüo de fazenda, a (J.uein foi presen1.e hratileiros as demonstrações de sincera sau-
o requerimento de D. Aqelaide de Frias 6 Vas. dade e da consideração que lhe -vo~ n eamnra
concellos Carriêre 6 D. Ovidia de Frias e Vas· ·dos Srs. depuu-dos, externou. opiniões que eram
concellos Pereira em que pedem como fil has na· suas, mas que não eram. não podiam ser ·as
lunes Jegl!imadas, que são do finado brigadeiro opiniões da CQmara dos Srs. :deputados (apoia-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 16:09+ Pág ina 3 d e 15
dos) que em relação no importante problema d~ O Sn. MAaru.r Fn,lNCrsco : - Continúo a de-
solu'ção · do facto da escravntura, tem_ e~ernado clarnr que não é exacto.
tranca e enBr!)'icamente as suas opmwes ~m A camara nüo prJsenci,ou C{lle o nobre depu-
sentido conwnrio áquelle que apresenta o dg. tado por Pernambuco fosse abr~çado por quasi
tine to deputado por Pernambuco. (Apo1ados.) todc,s os deputados presentes.
Creio, Sr. presidente, ser o orgão ... c a. oc: O Sa. JOAQOlll SER'lu:-Abrnç~d!>, não sei, foi
casião é solemne, e V. Ex. me pordoa~a . sr comprimentado.
insisto por momento~ simplesmente nesta r_dea;
creio ser o org~o. não exclusivamentt: ela mmha O Sn. ~Lu!Tm Fn.wcrsco: -Mas a imprensa
opinião, mas da opinião da mnioria da cama:t:a publicou-abraçado-.
dos Srs. deputados (apoiados), contestando m O Sa. JOAQUIM SelUU.: - Nós não somos res-
limine que as opiniões do distincto depu~do ponsuveis por isso.
pela provin~ia de_ P~rnambu_co tivessem stdo O Sa. M.ul.TIM Fn<~.Ncrsco : - .A questão-é si
aceil<l,; por esta wmona. (Apo1ados.) foi ou não. A camam presenciou o contrario_
O Src JoAQU!lf SRRRA.:-Nem eile disse isto: ninguem póde attribuir-me o intuito de depri-
fallou em seu nome e em nome de poucos. mir o nobre deputado por Pernambuco, cujo
O Sa. II[Al\TJ~r Fu.Nctsco :-Vou responder caracter respeito (r1poiados), e cujo talento admi-
&o nobre deputado. Parte dn imprensa, porém, ro, mas cujas opiniões combato definitivamente,
publíeando os factos, e eu prestu hó menagem como costumo fuzar, sem reserva, porque ellas
á imprensa como um vebicu!o muito respeitavel importariam a rui na do paíz. {Apoiodos .)
dn. opintiio,. declnro:U.J!!!!LQ_nobre deputado .V._9 Ex.-·
Sa .. J~IIO!\"Dro Sool\É:-Isto na opinião de
· ·· ···· ······ ·--·---· - ···--·-.. ·--- .
linha sido muito applaudido e tfiifia sido i'riU:ito·
abraçado por q:uasi todos os deputados -pre- O Sa. MAIITIM FM~crsco:-Na opinião do paiz,
sente$. Isto é complet~mente falso. · que não é opinião de meia duzia de indivíduos
O SR. loA.Qum SERBA dá am aparte. enthusiast:'.ls, mas pouco reflectidos.
0 SR. UAI\Tm FRANCISCO :-Oito OU dez muito O SR. JJrnoNYMo Soo;•E::-Ainda não se votou
distinctos membrns da camar~ dos Srs. deputa- cousa alguma sobre este assumpto.
dos, ~uando muito podem ter opiniões ultra-
abolicwniiltas ; mas ellas não são aceitas por O SR. MA.aTm Faa:i\ClSCO:- Sr. presidente,
esta camara. pedi a palavra, n~o para fazer uma rectificacão,
·o SR. JEno~>.-nto S::mr.u1:- 38 deputadüs : foi porq11e não tenho direito de fazel-a... ·
uma votação solemne. OSn. lsRoNYMo Sooru: dá um aparte.
O SR. M.UlTIM FR~'\Ctsco :-Ora, pelo arnor de O SR. MAiimr FRAN"crsco : -Peço ao nobre
Deus! Não é e,;Mto. A votação a que V. Ex. deputado-pela Bahia que me responda por sua
se refere foi perfeiWJmente explicadn: deferen- vez. Não admitto que faça nm discurso no
cias para com o colleg-a, sem duvida distineto, meu.
mns cujas apiniões não aceitamos, ao contrario
repeliimos i1~ limine, fizer.1m com que alguns O S!l·. lEnoNYMo Sonní: :-Pe~ a palavra ; não
do~. senhores dQI)Utados votnssem uma urgencia. tenllo medo de ennncinr as minhas idées.
Os Sll.s. Jo.A.Q1WIC'SER.RA. e JEROII<l'MO SODRÉ con- O Stt. PliESIDm.'TE (cro orador):- O nobre de·
testam. pntado, nos termos de uma explicação, não de-
O Sn. MAnTIM Flu.:•;crsco:- Eu peço que não ve-se alongar.
~e repita que por duas reclamações que appare· O Sn. MAll.TIM FRANCisco :-Vou abreviar a
cem ao men discurso, foi a lll3ioria que recla- el.plicação; V. Ex:. vai ver. Como porém não
mou,_ que a_ss_!m uiio se publique novamente reclamei bonlem contra as opiniões do nobre
uma llle~ac\ldao. E para que este facto se niío deputado por Pernambuco,venbo ex:plícar o men
reprodllla, illudindo a opinião, desde já declaro silencio.
que os reclamantes s1io onobre deputado pelo .A occasião era solemne ....
M3Iauhfio B o no \Ire de11utado pela Bahio. Prestavamos homenagem de respeito a um dos
(Cr-uzam·$~ apartes.) .. caracteres... f!l_ais distinctos, a um · dos talentos
mais primorosos que o Brazn···tem· tido ..r e
O Sn. PRESIDENTE:- Si V. Ex. qo.er fazer não IJOdiamos perturb:~r nessa occasião aqnelle
uma reclamação contra a publicação de debates que, embora externasse opiniões diversas das
deve razel·a por escripto, na fôrma do relrl~ ~ossas, queria tmnbem acompanhar-nos na~lla
mento. " demonstração. Hoje porém que vejo a opmllio
O Sa. ~I.Ul.Tur F.lU.Ncrsco: -Obedeço já a do nobre deputado por Pernambuco elevada á
V. Ex. categoria, que não é possivel aceitar, de opinião
~o êJlropriamente uma reclama çio é uma da maioria da camara, eu veubo reclamar contra
exphcaçao de minha opinião e do meu evmpor- a inexactidão com que os factos foram expostos
tamenlu hontem, como V. EL vai ouvir- é um e venho explicar ao paiz, com a minha franqueza
facto pessoal. ' habitual. a razão por que hontem não reclamei.
JOAQUTM SERa&. :-Mnis de um deputado Ainda mais: ~enho dizer que quand<l o notavel
que não pensa como o nab!e representante dê espirito que abandonou a terra para snhil' ao
Pernambuco, foi hontem compr1mental-o. céo, reclama;ra, nos. ultimas - Jiromentos, contra
( lia outros apart~s. ) a precipitação com .que se queria resolver o
problema da escravidão,. não é licito a outros
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 16 09- Página• ~e 15
Entm em unica discussão o projecto n. !24 Nilo póde dar o seu voto á emenda do se-
de 1880, emendas do srnado 30 projecto u. 225 nndo ; prefere que se ctlnceda plena liberdade
de l8i9, sobre a limpeza e irrigação dn cidade ~o go-verno para approvnr ou rescindir o con-
do Rio deJaneiro. trato feito.
Acr~dita CJ.!!e o contrato, tal qual se acha
o Sr. Freitas Coutinho congratu- orgamzado, nao offerece vnntogem alguma em
la-se com a caroara dos Srs. õepulados por ver relação ao saneamento da cidade.
restituído 30 seu seio o nobre Sr. ministro do ReplWJ. assaz escandaloso o con!rnto Gary ~
impcrio, cuja presen~a julga necfssaria neste entende que a boa fé do ministro que o assignou
recinto, quando se disctttem assuruptos atlinen- foi illaqueada por certos manejos occultos.
tes ã :posta que.S. Ex. com lanto talento diri- Des(lja saber si o nobre ministro do imperio
ge.1\epresent~nte do mumc1p1o
· · · neutro, corre- lh e se julga habilitado a .pagar a índemnísação de
6;0~0;5, caso ella seja exigida pelo empre·
strícta obrigãçiio de occupar-se àos assumptos zano.
relativos á c~pital do Iroperio, qual é o de que
tratn o presente projecto em discussão. Yo!.a,pois, contra a emenda do senado, porque
Extl'nnha que o governo Lenha querido cha- prefere nrmat· o governo da attribuicão de
mar a si um~ questão que não é d3 sua com- fDzer ou desfazer o contrato' Garv, a sujeitar os
petencia, J)Ol' isso que o serviço de limpeza e cofres publicas a tão grande desfalque, em sua
irriga~o iias cidades devem correr por conta opiniiio se.m proveito algum para o fim que se
àas respeciins ·municipalidades. E' mais uma tem em vista. ·
u.surpa~ão contra a qMl protesta e admira-se Aguarda, portanto, a Tesposta do nobre minis-
·que com o orador não faça côro o partido libe- tro, qu~ foi o que teve em vista occupando a
ral, unanimemente repre~entado nesta cam~ra. tribrrna.
Observa que partiu do g~~binete de 7 de llla.rço
esse ~taque f,s attribuições da. cam~ra munici- O Sr. Darão HoiDem de Mello
_pal d~ c()rte, o qual não teria sido levado a (mi!listro do impeJ·io):-Vou satisf:tzer ao hon-
eJreito ~i entre nós houvesse espirito publico e rado deputado pelo Rio de Janeiro, dando-lhe
ini cialiV3 de opinião nacional. . as explicar.õos·que S. Ex. deseja sobre as emendas
Lcmbr~ que o honmdo ministro do imperio do senado que estão em discus~üo.
do gabinete de 25 de Junho decl~roll ao senado O governo nceila os ·emendas que aquella
que, nssoberlJ~do diante das circumstancias cri· illustr~da corpora~o fez a este projecto. Essas
ticns qu~ o!let'ecia est01 cid3de, ·flage11ad~ então ~mendns cons:~gram duas .vantagens: uma, a
pela febre amarel!n, foi obrigDdq a lnnçnr mão de que o serviço é melhorado, conforme vem
do primeiro contrato que então se lbe apresE>n· indicado nessa$ mesmas emendas; a outra a de
t~u ~om o fim .il~ ;nelhorar as condições hy- que o sorviço r.om a irrigação é separado e
gtemcas do mumorpw neutro. passa a ser feito pel~ administração publica,
Abriu•se uma primeira concurrencia, que foi visto que a prox.imn terminn~ão dos trabalhos
annulladn sem moHva algum r~zonvel, o mesmo da canalisação das aguas nesta cidade habilita
aconteccn a uma outra, lan~ando tlnalwente o o governo a razer esse serviço.
governo mão de um propoueut~ que dentro em O ucbre depulado julga que nã~ deve dar-se
pouco tempo abandonou o serviço. approvnçiio a essas emendas e que o contrato
Urgillo pela necessidade, fez 8quelle gnbi:u.ete .de i Ode Outubro importo uma usurp:~ção d~s
um novo contrato com o Sr .Gary, sob as mesmas atlribuir;ões da Illmo. C3mar3 municipal da
condições do rescindido cl.m o Sr. Richord : e corte. lias o honrado àeputado, como repre·
releYa aqui notar que o honrado ministro de- sent.:mt.e do municipio neutro, é <1 primeiro que
clnrotl que somente o pôde re~lizar d!lpois reconhece a de!iciencia de recursos, a escassez
~e muit? es!orço, ~uJeft:mdo-seo governo a uma de meics com que Juta a Illrna. camara para
mdemmza~ao, cxi_gi_da pelo emprez~rio (fa(lto poder satisf~zet as multi pias necessidades que
este que reputa orrgmall,p~ra o c~so de não ser que cst~o a seu cargo. Ha uma desproporção
o ~ontrato approvado pelos poderes competentes 1 enorme entre as rendas que tew. a lllma. ca-
Semelhante clau5ulü arranc~u. do illustrado mara e o grande numero de necessidades que
seuudor pelo Rio de Janeiro, oSr. Teixeira Jrr- ella tem a satisfazer. Basta dizer gue o artigc-
nior a frisante phr3se de que-m1 um attentado calçnmento- por si só vai muito além dos meios
ao decoro da repre~entação nacim~al. que ~ Illmn. camara tem á sna disposiçiio p~ra
occorrer o. este ramo de serviço .
. Obs~rv_:a que a camara municipal da côrte tem
s1do VIct~ma de muitas acusações injU.Stas: essa E' assim que a Illma. camara vê~se sempre
c;orporaçao cont~atou em.lempo esse serviço de alcançada e ainda ultimamente teve de recorrer
limpeta em cond1ções mu1tovautajos~s. a um empr!lstimo para satisrazer, não todas,
mas parte das necessidades do municipio neu.-
Basta o fa~to da declaracão do contratante 1ro, ficando muitas e as mais importantes des-
Gar}' de que abrirá mão da" inilemnisação si fõr sas necessidades ainda adiadas para outros tem-
~- seu contrato approvado, para que o orador
pos. Entretanto o serviço de asseio desta ci-
Jlllg~e_ da tn1>ralidade de seu eoutrato -em laes dade é um ponto c~pit:Jl para o seneament()
cond1çoes.
desta cõrte; não é cousa que se possa adiar·
Deseja saber P<;>r que verba tem sido pa<ra a e assim pois, o ministcrio de ~5 de Junbo pres:
despeza _cpm.! ll.mpeza do bnirro de s. Cbris. toU: um servi~o, procuran<!o por todos os meios
tovao, ahas nao lncluido no contrato de que se s~t1sfazer es!e ponto c~pital do saneamento'da
trnta. · Cidade do Rio de Janeiro. · .
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 16:09 . Página 6 ae 15
O governo concorda portanto plenamente com F1>f isto rei to em 3 de Março Jl elo J]leu nobre
as em~nd!l s do senado ao contuto de :1.0 de antecessor, o Sr . conselheiro Sodré. :
Outu: ;·o. O nobre deputado estranhou que não fosse
O uliiU'lldo deputado . aventou a questão da trazida ao poder legislativo. mo tenho aqui o
obrigatoriedade da multa de 6:0006 mensaes em relatorio, mas ereio que abi está o contraio e
que incorreria o governo, si porventura o con- tndo o que lhe é inberente, sujeito à delibera-
trato provisorio ile lO de Ülltubro niío conti· ção do corpo lé~islati-vo. ···
nuasse em vigor ou fosse pelo poder legislativo O nobre deput ~do perg-unta por onde se tem
repudiado. feito estas despezas . Pelos recursos normnes do
orçamento. Sabe S. Ex. que exisie a rubrica
. O SR. FREif~'!CODTINHO:- V · Ex. considera -Saneamenlo e melhoramento do estaào s:.nitD·
ISSO como mu ta r i:-J- ; por conta desta verb~ tem corrido a des-
0 Sn. Bwo P.oMEll»E MELLO (minutro do im· . peza, que aliás é pequena com relação á magni-
perio):-No contr11to vem estipulado como uma t ttde dos serviços; é de 6:000~ por mei. O
indemniZ3ção. O nobre de!}lllado tem muito boas ~otivo determinativo e justificativo desla me-
razões pora a intelli,.encia de qnc niio ex:istisse d1da está nas mesmas razões que acons&lbararn
ahi uma obrigação "'perfeito por p:~rte dos po- o conH:>to õe lO de Outubro, o qual, uma vez
deres publicas; . mas entretant~ pergunto eu permanente, tem de ser melhorado.
ao no~re deput~do : que~ tinha lie decidir a Si ·porventura nós Cossemos acabar com o que
questan, no ~so de desaccordo ~ntr~ o governo est<i. organizado, teriamos de nos arriscar a ficar
e o emprezarlO do contrato p~ovt~rw? Q!lan~o durante_um Jar~o periodo de tea1po com esse
o go-verno en~ndess~ qu~ nno _tmha obr1gacao serviço desorganizado, o que não póde ser, se-
de pagsr essa mdernmzaçao estlpul~da no_con· llretudo na entrada do verão, dando-se a immi-
trato c o empreznr!o entcn_des5_e qu~c havza , da nencia da epidemia, quDndo é nos3o dever pro -·
pnrte do goverJ?O eSSD ol!r~~~~ao, IUJO era~ g~- eurnr minorar seus eft'~ito3. E', pois, muito
vprl!-o qu~ I:l,n•~a de decJdrl', er.1o poder JUdr- mais conveniente aproveit~r do contrato actual
m~no, uutco comp~tente _neste cnso. O sena~o o que elle tllm de bom, melhorar as suas condi-
pOis_ cntend~u ID:ll!to ~vJs:~dam~nte que nao ções e dotar desde logo a capilal do Imperio com
p~d1a p~r s_ I ~ec1d1r o ~overno es_ta q!lesti'io! um serviço completo a este respeito. Digo com-
~~o p~du dize! por ~~tondade prnprm-tslo fot pleto, porque paio novo e()ntrato obrign-se 0
lllegll~mo, ~ão se podra ter CQU!ral:.~.d~, e eu o ernprez~rio :1 introduzir todos os melhoramentos
r ep)ldlo. r; ece.ssllnnmente o cmprezaru> recor- que nas grandes capittl Cs são empregados nesta
rer1a 30 poder competente tlara re.solver esi~ ordem de serviços, e bem a:ssim outros que a.
quest~o. experiencia de (:lturo acomelhar, como a()Ontcce
Mas, disse o honrado deputado: o governo sempre.
fez um contrato addicional para n rregutJzia de Assim, pois, o governo está de accõrdo com
S. Cbristovão, afim do serviçe de asseio ser as emead~s do senado, julga que ellas consultam
estendido a. dift'et·en!es bair!'os daquella fregue· uma necessi ~nde de set'viço publico, o neste
zia, mediante a prestoção monsal de 6:000;5 : sentido é o seu voto. (!Iuito bem.)
tem-sa fello pugnmentos e o contrato nlio foi O Sr . Freitas Coutinho diz que as
trazido ~o conhecimento do corpo Jugislativo.
Eu creio que o honrado deputado nno d eix~ rit obser-va(iiies que formulo u relati vam~.nL<I ás
de reconhecer qnc foi este um ·bom serviço emend~:; do senado parcccm-lllc qne têm todo
prestado Jlelo meu i!lustro antecesS()r, o honra- o fund~menlo.
do conselheiro Ft·a.ncisco Sodré. O serviço do O aviso que m~ndou po~ar ao emprezario
sane~me nto d:I c~pít~l, como eu disse, é essen· Gary 6:000;S mensaes pelo augmGnto de ser-
cial c niío .póde ser odi:JdO. O contrato de :tO de. viço de lim~z:~ e il'rig,lçlio, está Ndigido de
Ou~ubro consultou esta necessidade publicn 111odo quo fnz tnl de~peza dofinitiva nlé certa
com relação n uma parte da ãre~ do Rio de l:l· époc~. e da hi por dbnte n f:Jz depender da as-.
neiro; ficou, porém, excluída desse beneficio n sembléa gernl.
fregnczia de S. Christovlío. Mas por que razão A verba-Soccorros publioos - tem d~ tíno
havia de da-r-se esta desigualdade 't Por que m.uito diver~o. ·
ta:~;ão o asseio da cidade do Rio de Janeiro havia · O honrado ministro do imperio devia vir á
de ser feito sómente em uma porte da cidade e ~mara pedir autorização par~ esta despeza.
a outra parte devia ficar desassistida desse be- A camara municip~l não tem recarsos para
neficio, neutr,~lisando-se mesmo os elfeilos do satisfazer ns condições para quE' foi creada, pois
asseio com .r elação a ess:1 parte da cidade? O taes r0eursos lhe foram arrancados pela adm~
meu illustrado antecessor, completando, pois, nístt;ação.
esse serviço e estendendo o eonirato á freguezia Constitua-se n cam:tra municip:tl no pé em
tle S. Christovão, consultou uma necessidade que devtl estar, .restitu8·lhe o Estado o di·
nheiro que tem tirado de seus corres, e ella lla
:pub!íca.
ter recursos para r~alizar melb.oramentos
' Não· são simplesmente al gumas ruas. Não de indispensaveis ao municipio. · .
tenho aqui o mappa da área comprehendida no
conlr:lto, mas ·posso assegu.rar . ao nobre depu· Quanto ao· contrato Gary sent e que as emen".
tado que Q. meu illustrado ·:lnt~sor procurou. das do senado tenham de ser approvadas e que
fazer uma revisã~ per!eila do serviço, verili· o nobre ,m!nislro se veja obrigado a realizal·o}
cando a pro~rczonahdade entre· a. despeza a As quei~as · são diarias. A . impr~osa elama
f:Jzer e o beneficio recebido do saneamento~ . conslantemente contra a execução deste C?n~:
c â"nara dos OepLtados- tmrr-e sso em 2710 1/2015 16: 09- Página 7 d e 15
trato, c no senado o boo.rado ministro teve oc- O Sa. lBilO~l'Mo J.unw:- .. . não só como re-
easião de ouvir declarar que o serviço era mal presentantes da nação, mas tambem como bra- ..
feito. zileiros, os assunlp!os que dizem respeito á
Tal servi ~o cnsta por anno 580:000~, e a ruu- cidade, em que por assim dizer se congregam
niei palidade ja teve serviço identico por cento os interesses de todo o paiz e ·que é como o
e tantos contos. . e~pelho em que se retleete o estado de nossa
O Sênado lixou o prozo de oito annos. civilisayiio e progresso, e por onde o estran·
No caso de ser feito o contrato por oito annos, geiro nos póde julgar, devem necessariamente
o emprezarlo ficará com direito ás multas por merecer esp~cial attenção de todos quantqs aqui
es$a dilferença de tempo, pois o contrato mar- se acham.
cava iO annos ~ Aoimado por esl<l consider ação, vou submetter
Aceitando o honrado ministro as emendas do ao judicioso- criterio do honrado ministro do
senado, ha de approvar u.m contrato que nenhu- imperio algumas reflexões, que, si mer ecerem a
m:~ vantagem traz para 3 municipalidade e para adhesão de S. Ex., não serão sem algum pro-
os cofres publicas. veito, assim presumo, em relação ao fim que se
Sente, portanto, que S. Ex. concorde com as tem ern vista com o presente projt>cto de lei.
emendas do senado. V. Ex. sabe, Sr. presidente, que eu ainda
VoL~ contra elias .
não tinha a honra de sentar-me nesta casa,
O Sr. Felicio dos Santos 5113- quando foi aqui discutido o contrato, que foi
tenta que em materin de contrato o poder le- objeeto desse projecto, o qual emendado pelo
gislativo só póde approva.r ou reprovar ; é sen~do volta de novo a ser considerado por esta
como se explica ter o cnmnra approvado o con· augusta camara : que não se me leve, pois, a
trato Gary. Era preferível para o tbe>our ó mal si, aproveitando este ensejo, ouso occupar
approvnr o <lon!r:~to e tazer ·l he modificações. a tribunu neste momento para justificar o meu
No senado o governo e~tendeu diver5;1mente; voto, abu.s:~ ndo d., benevola attenção qa.e me
queixa-se disso o orador. prestam oc; collegas presentes ...
Desta fórma a camara dos deputados andará O Sn. VALLAD,\.1\ES:-Não apoiado; V. Ex.
sempre a reboque do senado ; aqui se fará a po- é sempre ouvido com muita satisfação.
litir,a e a administração; a camara terá o Jogar
que o senado quizer. O SR. lEROi.\l.'l!O IARniM : - ••• tanto mais,
O que sente mais é que se n5o collecionem os quanto as modilicações introduzidas pelo senado,
aresto:> do senado e se lhes dê força de lei, por- no proj ~c to de lei approvado nesta casa, dão mo-
qu~ ao menos ficava-se sabe ndo sobre que re- tivo para largas considerações em relação á ma-
gimen vi"ve-se. teria,
Mostra que as alterações feitas pelo senado Sr. ])residente, a primeira questão, que le-
não attendem bem ás net:essídades publicas. vantou o nobre deputado pela província do Rio
Em mui:as das alteracões só domina o espirito de Janeiro, que encetou o debate, versou sobre o
regulamentar, .doutrinaria e pedagogico. modo por que devem ser entendidas as cmen·
O nobre mmtstro proeura defender o senado das do sen:~do em relação ao que foi aqui vo-
fazendo ver que esle procedeu por in formações tado.
de profissionaes enviados pelo governo. Quanto a mim essas emendas constituem um
O emprezario 3Ceitav~ uma modificação n:~ projecto substitutivo. (Apoiados. ) A camara
. clansuJa que Ih~ impunha multas, multas um dos Srs. de putados autor•zou o (;Overno a fir·
pouco discricionarial', e dizin que não desejava mar definitivamente o contrato em questão,
es!ar á mercê dos inspeclores da limpeza pu.· reve:ldo·o, de accurdo, sem duvida, com o em·
bhca. prezaria com quem elle foi fei to, tendo em vista
Elle aceitava uma mGdiflcação p:~ra que fosse utilisar os conselhos da experiencia já adqui-
illtimado ~ntcs de ser mu.llado. · rida ; mas o senado dá esse contrato por 3p.
'l 'ermina dizendo que está convencido de que provado, apenas introduzindo nelle, r:& proprio
marte, certns e determinadas modificnções.
as correcções que o senado apresentou ao pare· Portanto
cer approvado pela eamara não melhoraram o projectodo toenado deve ser encarado
ab~olutamente o contrato, e que nio attenderam co100 .substitu.tivo do que foi votado pela ca-
ellàs ~os princípios do direito que re"em esta mara dos Srs. deputados, pois que o altera pro-
mater1a. " . fundamente. ( ApoiaiWs. )
O parecer da camara é melhor do que o do E si não fossem as circnmstancias especiaes
senado. em que. nos achamos e que fazem com que
deva ser considerada urgente a solução desta .
O S.-:_Jeron~moJardlm:-Sr.pre questão, en não teria -.duvida em votar contra
dente, nao tenho a honra de representar nesta esse substitutivo,· dando minha preferencia ao
c~sa o municipio neutro, como o nobre deputado projecto votado pela camara dos Sra. deputa-
gue encetou este debate, mas nem por isso me dos, pela simples razão de que este deixa ao
.JUlgo_menos ~briga~o a examiiiar e discutir as governo certa liberdade para introduzir no
q ue~toes aqUI. suscitadas e que interessem ex- contrato os melhoramentos que a experíencia
c1 nstvamente a capital do lmperio .. • tenha aconselhaho até hoje, conforme mesmo
0 . Sll. BUAI!.QUE DE MAcEDo (ministro da fol previsto no proprio cont.rato •..
if~~u,.a):- E é muito competente para OSa. FEI.rcto Dos Sü.-Tos·: -Justamente está
no .contrato.
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16:09- Página B de 15
car"'O do mini,tcrio d0 irnperio. P.•r:e"e.-~e que uma pr<~v;• dis~o ~. Eu vou di.zel" e~ p~ue~~ pa·
cabed~ mais naturJlmetite na5 attnburço~~ do bvras o qne se ela em uma ria~ _prmclp3~s. ca-
ministerio d;1 agricultur~. ftlle j:í se orc.upa de pil.aes da Europ:1, ond~ o servtço m_unlc!pal
outl'(ls c.·ah:dltos de nnurez:1 analo!("n: Dtr·se-ha p.'•de ser tom~uo como mr ~lelo - n ':!da de de
que pert.-nce ao minister!o do i!upe~1o,. porque l'oriz. Alli o .~ervi<;o de limpeza diiS rmts e
interessa a llY::tien~ pu!J/jca; por~ nao_mt•·n~sa praças publicas _tem wereddo a. maior a~te~JçãQ
tamuem n hy:;iene puullea o aiJa:;.ectm<~lllo de dos poderes publrcos, desde o remado de I· el •ppe
a:tuas, o esgu.to das mate1:i~s fec;lt>, e das ~gu:•s o Atre"ido. e1'eio que nu ~eoul o XIII. As pri-
pluvi<J··~, os J<trditls publteo~, a conseryaçao do m,·ir:ts· uispoSÍÇUI~'< IOIU;l'!:ts •l1!W m dessa époea,
canal do M~n!.me, etc? Si a fiscahsaç:to deste mlls nestes ui Li rnos tempos. a parti r de :1.859,
novo ~erl'iço ficasse tamhern a c~r:!O do mini$ - r•sse -~erviço tomon uma ÍllltJurtau.,ia excepc_io-
terlo dn ao-1·icuJtura resultaria dahi a l'antagem naí de modo que actuulm~nte a resll''CltVa
da coneentrav<iO de serviços que lOdOS se ligam ver'ba de despeza monta n c~rca de 5.000:000
entre si pelos seus fins. de fraucr·~, proxímatuente 2.000.000.S000 da
E aiud" m:1is. V. Ex. sabe, Sr. 1.1re8illente,que no>~8 moeda. C.•mpar<! o nobr., deputado e5sa
no ministerio da agricuHura ha um3 rep<l rt;ção dl'speza r·oru a quanti;• com que deve ~er remU·
espe<'ir.l inr;umbida d_a ex~•:uçno. das obr,,s .e _d~-· nrr~do idemico'Ser·yiço em nossa e~pit:ll e ha de
vet'>'O~ serVl\'0~ que dtzem respet to ao mumc1~10 reconhecer a procr:deuci:l do meu n~serto
neutro; nãc poderia inCllmbir-se esta repH- a es,-e respeito. . .. .
tiçüo dro 5sc:disação de mai,- ~;~te servigc, IDG- · .~ prov:J lia import~ncm.quo se da <ti!J a esse
diante :,lguma pequena alterHçi,o no despc<~a, ramo de ~er:iço municipal est:i na Qll:didade e
díspens:~ndo·~e assim a Cl'eaçiio de um~ repar- quantidnd•l do pesso~J a 4 ue e~tá con!iad(l. As:<im
tiçào esp·.. cial par:J esse mi~ter 't e que, além <.la sup;mnl~ndeucia do ~irecto,r
0 Sn. FELICro DOS SAN'!OS :-V. EX. eslâ de- ger:d dos trnbal~os da cJcl~de de ~am, a dt·
momtrandoqne este s~>rviço não cabe nem a recrão e fi~cnlt~açao ~lo allud1do serv1ço occupa
um n·~m a outro mio.'sterío, porqne IJertence á dous engenheiros cheres, auxiliaJus ~or oito
engenheiro~ ser,cionarios ou residentes, tendo
canwra n1uni~ipal. as ~uas Mden~ H::l :.g-ent~s, ~e11do Si conducto·
(i Sn ..TEROxnm Junm :-F.n con.. ordo qne res munici~aes c 6f apontadores. E p~r quem
os St>rd•·os <le illaminação publica, de esgoto, é feito nqui entre nós o m('lslllo servtco? Por
de litnj)ét;L, etc. pert,mçam :i. rnunicip~tid~de; bomen>, .. s mais das vezes, sem competenc:ia e
ruas por qllc razão a municipalidade nao os tem aue não estão no ca~o, já n~o digo de fazer me·
feito até buje? fao•·amentos, n:ws d~ eomprehenderem o que
O SR. FELICIO nos SAN:ros :-Porque o go· está estabel~cido.
verno não deixa. Accrescentsrei ainda alg-um;JS paluvr~s sobre
o serviço munidpal de Pariz. Eu julgo que
O Sn. JEROX1llíO JARDni :-Si o gov,~rno cb.a- i~to não ser:i inteiramente inutil, pot·que po-
mou a si estes differentes serviços, que por ma derá. ser lüurndo em coasidera~iio, m..is tarde
natur<~za s~n da co;npetenci~ municipal, é por- pelo uohre ministro do imperio, quer durante
que se convenceu de que não os poderia oi.Jter n ex.ecução do contrato, ~or ijualquer ~ccôrdo
:por outro IDGdo. - com o empreznrio, r.JU•·r quando o coutJ-ato
O SR. FELICro oos SNATO~ :-J\Ias si o governo tiver d(l ser inn,•vado. Os da· i os que vou citar
tomou .a si lo elas as rendas m uuici paes '! ·· ;\ C<lmar;J ~ão dig;IOs d1~ to~n a <'OIIIiançu,tturque .
O 5\\. J'ERO~"YMo JARDil[ :-Até r.ert.o ponto foram extral;idos de um:1 excellente memoria
a~sim é; mn~ não desejo a~ora entr~r no ex:~ me puhlie;<da !lOS .ann11es de Po11teS e Calçadas em
desta QUP.>liio e permHtn o nobre d'~Ptlt~d<l que lBi6, redig-ida pur um dos en~enheirus em
eu Jlrosig;o em minhas con~idera~ões. chefe in1mmbidos do ~·~rviço-!llr. Vni~siere,
Da di~pers~o de servi~os, que n:•lur:~lmente
inspector geral de :pontes e calçad<JS.
deveriam e~tar reunidüs sob n mesma rlireccão, u serviço wunk1pal, de que e~tou tl'<ltaado,
só :>e podem colher desvant~gens; ent; et<into
com1}rehvntle ••lli as se~uinles partes: vurred1ara
sch~m-se a cargo do mini~terio do imperio
da> rua~, remoção de hxo, latna, etc., P' oveni-
certos S·'rYit;os;· que · dcYia In antes competir ao ente dessa limp~za; l'trnoção do lixo o.la; C3S:IS ;
da agricultura, que já tem a Beu cargo outros limpeza dos depositos e mercados puulico~; la-.
vagem e desinf,•cção do$ micLorios pulilicos,
serviços de n~turez11 inteiramente an~[og3; e os )a\•agem da; sargetas das ruas, (do que não
inconvenilmtes gue i!ahi resultnm n5o se re- se faz men,:~o uo no.<so conlrnto e é, aliás, de
fc"em sômence á execuc:ão dos proprius ser- gr:1nde importanci:;~); irrig~ção das calçnnus; e,
viços, mas l.ambem afl'ectam a economia dos !inalmcnte remoção do gelo e neve accumulados
cofres publicos. ·
uas ruas uurante o i.nnrno. Esta ultim;• p;rr!e,
Eu tomo a liberdade de ch:~mar a attençiío felizmente; n~o tem applicação entre nós e ad-
do nobre míni~Lro do irnperio para este ponto, quire al.i 3\gumas ve;;:es grande importancia.
que me p~rece t.apital, o do systema de fisca- No serviçodevnrreduru a cidade de Pariztem
llsa~,:ão do contrato e do serviço a que elle se experimenl:ldo, parn chegar a um resultado sa·
·refere. Eu entendo que si o contrilto fôr bem tisfactorio,totlos os systeruas, durante muitos an-
ex~::cutado,-...produz.ira bon.s fruetos, embora nos; ora deixando a cargo dos proprietarlo~ f<J:z.er·
seus de[eitl.ls. E digo mais : não me par-<ce a limper.a em frente dos respectl'Vos pr~dios ; ora
e~gera<la a despeza, conforme notou o nobre permittindo a organização de C{)Ínpauhias, que
deJ)utado pelo PJ.o de Janeiro, si o contrato por eonta dos proprietarios e medianto nbonos
fõr executado convenientemente. Quer V. Ex. estipulados,se incumbiam de fazer o trabal_bo da
c!mara dos Depl.lados. lm~esso em 27/011201 5 16 09- Pagina 10 de 15
limpeza em frente a eada predio, e finalmente O Sa. FEucto nos 3.\IITOs : -Eu não censurei
cham~ndo D. si O servi1:0 e sajeit.1ntlo OS pro· a indicação dos dcsinr~ctantes em si, mas si el!es
prlctnrios ao pagamento de tax1>s variaveis, se- •es:<em al g un~ livros americanos. indicariam
~udo 3 importaocia dM r ...tas, desd~ 0,70 (r. até ouLros: apresentam essell porque lcra .-n um livro
0,1. rr. pnr metro quadrado e por anuo. 1rancllz. ·
E' e:>La 11ltima disposiçiio que actualmente O Sa. Bu.ARQUE DE hCEno (m1nÜITO ela a.rrri·
vi:JOra. O serviço correspondente à L• p~rte cultura):- Porque s~• os melbo:es.
é feito por a~entes da mu_nicipalidade,_que ~~~te
occup<~m naa.a menos de 3.000 operar1os d1ana· O Sa. Fsr..rcro nos SANTos : - Pôde haver
mente e i90 varr edor;lS mecanic:as do ;;ystema oní.ros mais apropriados ao nosso climn, e com
Sohv e de um outro systemu 11ri~Heg ia::lo; fa- certeza ba.
zeniio c:;da um destes <Jpparellios o serviço de O Stt. 1E:&ONYMO hannc-Prosegnindo, direi
iO hum~us, póde-se computar o pessoal empre· co.,lo DliC(ueHa grande c~pital é Feita a lavug-em
gado 11:1 limpeza lh ddade em 4..900 homens. e ir ri' Jçào das rlllls. ·
l~to qu;;nto á v a rr~<dura; m~: s a reruoç5o do Ba,"' de àlst<I•Jcia em dist<lncia, ~m todas ou
cisco, f,m.:, etc., accumuh• dos nas ruas depois qna~ i todas as rua; de Pariz, boccas d'agua ou.
que s~o varridas é ordlnari<Jmente contratada reg' ~L ro ;, como &qui st: os llenorninn, que per-
por empreitada. As ru:~s $iiO p31·a isso divididn_s m'uem lava· as sargeLns dia1·iamente du:os vezes,
em grupos ; c~ da ·gru!)O couslilue o que se uma pela m~nhã e outra á tarde. Isto é de
cbama um itinerario; esses itinerarios são em- grande v~ntagem, n~rque V. Ex. ~~be , Sr. pre·
-preitados por meio de adjudkação llUblfca, al- sidente, qoe, varrenúo-se as ruas, nas sargetas
gum<~~ vezes até com vantagem para os corres se ac•:U•ilulam detrictos da materia.; organicas,
muuicipae:<, pela razão dr· que-as varreduras dn~ que não tar·dariio a entrar em decomposição
ruas con,ti tuem um excellente estro.me, qü.e é no nos;o clima ardente, produziudo as~ im mias-
aprovei t~do velos lavradores dos arredores da ma• , oue d <~yem concorrer par·a o m~u estado
ctdat.!e de .l?ariz. sanitario d~ nossa c:d~de .
Port:mto, o trabalho d a remOí)ão, in:teiu· Seria, poi~, demutla ntilidade a adopção de um
mentil separado do de varrer, constitue uo1 tal uso enu·e nó~_ e eu tenho a s~tis !'ac;ão de
serviço apa(te. . . . poder inforrnnr á casa de que is!'O foi tomado em
A lirnt1eza , desm fecção dos mereados pubhcos eon·.;ideraçã() no proj eeto de aba~leci rn ento
merecem alli CUidados especiaes, que siio minLL- d';•gun, se:;undo o qual, hão de ser collocados
cíosamente desoriptos na memorin a que alludi. nas nossas mas registros do mesmo tvpo dos da
Este serviço é feiLO por admin istra~.:.ào e para cidade il.e Pa-ri:~. : poderemo:;, asFim, dentro em
a remoçio dos resíduos o emprezario do respe- pouco tempo fazer o mesmo que alll se faz-----:-
ctivo itiner:1rio tem a fornêt,er vehicu1os pro- la v:~r as sa rgeta~. ao menos duas vezes por lUa
prios, segundo as fl€cessid<~des do servi~o e ~s com agua abundante e limpa .
ordens dadas pelo engen hciro que o superinten · Nã<J sou bygienista, não sou medico, mas tenho
de. Não e:1trarei nos detalhes de.~se serviço, ouvifio repetir por tod•.ls os nossos b:rgienistas
que entretanto seria conveniente dar a couhc· que a irrigação das calçadas das mas é uma
cer, p;~ra bem julgar-~e da imperfeição. com que medida que terá benefica influenoia sobre o
é elle fei to nestR r-:~pi t:. l. Está no mesmo caso a est:H!o s:mHario de nossa capital, si fõr ella
tavagem e desinrecção dos roictorios pu.!>licos. conve-nientemente feiL, e empregaudo-se a g-uas ..
·· Sr. pres id~:nte; n~o desejo abu~ar da attenç~o pu.ra$. .. . -
da c a~a. mas não devo prescindir de tocar ern 0 SB. f"ELICI O DOS :iU\TOS :-Aliás Será peior,
um a:<sumpto, de que cum tanta proficiencia antes não faz~::r ..
occnpou-se o .nobre deput:•do pela província de
Minas, que rue tem houraJ.o com · seus r.partes: O SR. lElloNYKo lAROtM:~omprehende V. Ex.
refiro·111e ã desinfecção. que, disso informado, na o11anização do projActo
Observarei a tal respeito que os ingredientes cuidadode abastecimento d'n~mll , nao me podia ter des-
indicados pelo senado para sere1n empregados de hygiene; de Lomar em consideração essa medida
na desinfecção e limpeza dos rnos e mictorios assPnlamentoe de facto to i incluido no projecto o
.são cxact.amente os· adopt·ados na cld3de de [llll"ll que esse dos apparelhos mais aperfeiçoados
serviço possa ser feito do modo
Pariz, a~ós detidas expt.riencias. Portanto a este mais proveitoso para a população da c:~pilal do
respeito nada ha que censurar. imperio. ·
O Sa; BUARQUE DE M.A.CEDO (mbustr·o da agri- Empregam -se dous systemas principaes de
cultura):- Nem ha ou\ros desinfectantes Íllo· irriga~ão, não só na cidade de Pariz, como em
lbores. outras capitaes da Europa : ha o systema de ir·
O SR; JEI\ONnlO l~>. n DIM : -Eu qui%er:1 $Cimente r igação á mão ou ã lança e o systema de irriga-
que se deixasse um pouco màis de liberdade ao gatãO por meio de toneis transportados ·em
governo na designaç:io dos ingredientes, paro vebicDios. Cada um destes systemas tem suas ·
atte nd ~r- se_ ás descobertas que appareçam no fn· vantap-ens, conforme as eircumstancias em que
tnro. l'orem 11pplic:.dos. _\cbo que teremos de empre-
gnr ambos no Rio de Janeiro : o syst~ma de .
· O SR. B.A..AÃO BoMEIIl DB MELLO (fllitl.iatro fio lrrlifo~çio á 'IIUÇI para a parte onõe a população
tu&perio): - Mas_ não se trata de produe~ a ~>e ach• 111~i11 coocealrada, onde 8$ rllll~ são mais
àes.:ilúrir. e~U'ei~a e concorridu ; o systema d~ toneis
O Sa. JERONYMO lA.IUllll.:- Neste ponto aoom- tubre •~llicuiOI, para os ttrrabaldtl$_; parn as
panho ae~ nobre· depntado por Minas. pra~~a. ruas largas, etc,
Càna ra dos Oepli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 16:09 + Pág ina 11 de 15
Si 0 projeeto do allostecimeo lo d'~gun f?r quivel, é indispensavel que essa medi<la seja
ron.cl uidu como entendo e tal CJ ua I fot orgam- acomp~nbad;~ de uma certa desccntraHsação; o
iodo, e creio que silo _es!aS ~s inLenç~es do &:?· que importa em dizer : que a repartição a cujo
verno, o sen·i~o da 1rrrg~çao pt de1a ser fe~<o cargo ficar-d:o rodos esses serviços, deve ser do·
entre nós, senão em mel_hol'l'lS,. ao menos /m toda de uma cert~ autonom1;1, que torne effe·
ci1cumstancias i<lentic~.s a_s d-._ ctd_ade de J'a. rz. cthm sna rl'sponsD!Jilid::~de. Uma vez que o go·
Aind<J ~ prO[)O.>ito de ungaç.ao, S_r: pre~Jdent~, v-crno se viu forçorlo o ch3rnar u si dilferentes
occon-eu-me nmn idêa que vou sujel_ta.r a const- servírM, que siio d:~ competencin IDllnicipal,
deraç~o do no!Jre minisiro do irnperro. convinha reunil-os sob um ~ó minis•erio, e n
Pareci~·me tlelas emendas elo s_t;n:Jdo ter de
cargo dt: uma rue.'ffi<t r eparti!)ãO a elle sub?r-
ser sep~rado este sei <iço desde Ja do contrato dillad~, mas com ;~llribui~ões tacs que lhe de1x~
da liillJJe.ta da cidnde ... n conv~niente liberdade de acçlío, porque so
assim se lhe poderá imputar a indi~pensavel
O Sn. B.uXo Hmn:u DE l\IÚLO (ministro do respo!l.lnbilidade pel~ execuç~o de hes ser-
imperio): -Deve .ser sepDrado. viç~·s.
OSn. JEncNrMo .TARDI:\1. : - ... ficando desàe O Sn. B.ti!ÃO Ho.amM DE Mimo (mini~tro áo
então reduzido nesta parte o p11gamento ~o em- imperia):- O serviço de ~gu~s pertence ao
prezaria, creio q11e na r:não d.o terço. mioister io d~ agricu!turo.. ·
o Sn. FELtciO nos S.u.;ros : - Mas qual é a O Sn. JERO.NDro J.Annn.r: - Pela mesma razão
vaniagem da separaçffo 'i' que o serviço das aguas está n cargo do n;i·
O Sn. JEn0:1"1"?,!0 JARDDI: -Eu a_demonstr;arei. nisterio da a7ricultura, deveria estar o serVIÇO
Orn. parecia-me que esse serv1ço poderw ser d~ Jim;>ezt~ da cidnde. (Apartes.)
desenípenllndo com ecooomia e vuntagens no· A confmão a este respeito é tal, que mesmo
tavei5, semlo incumbido no corpo de bom- agor~ se observa que, nos tr~balhos do c.,nal do
beiros. '· Mangue, uma parte estn n cargo do ministerlo
E' uma id~n que prasumo ser não só pratic~vel, dn agricuJtura e outra M do imperio.
coJUo vantajosa; eis a razão: com um pequeno OSn. FEt!CIO uos SAmos:- E' bom haver
augmeuco (/o IJessoal ~o corpo de_ .bombeiros, concun-en,·in .
elle padilrh p1·estar mms este serv1co llilS me-
lhores comlições .•. (Ha cutros apm·teJ.)
O Su. BG,;nQF!l DE JU.1,csno {ministro àa a.fJri- O Sn. JERoliDIO J.\.nom :-Não era mais eco-
cultura):-Foi [lOr esta razão que ~eparou-se o nomito e mais regular que tanto o serviço de
serviço. recon~trucção do- canal na p~rte que foi des-
truidn, como o dn conservaç:lio do resto corres-
O Sn. JEno:\'1'Mo J.UODt:-Estimo muito saber sem sol:r uma só adro in istrnç1ío?
que a minlw idéa foi anticip:td:~ pelo ~-overno,
c enliio julgo inutil insistir $Obre isto. 0 SR. FEL!CIO DOS SANTOS:- Tudo iSto [lrQVa
que e umn usurpação t~e: eseandalosn feita á
O Sr.. FELrcto nos SA.!\Tos:-E' praciso ligar municipalidade, que niio se acba onde acQm·
est::ts uu~s em prezus. Irrigar as ruas sem varrer modal-a.
ti inc<>nvenieute.
O SI?.. JERO:Síl!O J.\r.om : - Não farei outras
O SII • .Tr.ao:;<:.ro hiiDI:IL:-~iio ha ineompati- consider:trõ~s. que terí:~m entretanto p~rfeito
lJili<lade entre os dous serviços ; um succede aq cabimEn tõ aqui, porque mel c'lariam m~is longe
outro. do que está em miuba~ intencões; apeuos ~Crfs
H3 uma rnz5o de g'r~nàe peso que 3Conselha cent~rei umn observação.
;J adoiJ~:io desta idéa-eYitar abu;;os que possam
Drejuvícar o ser'\"iço'da distrilmíçiiu d'agua. Existindo nesta curte uma repartição especial
paro n cxecucão de obras publicas, ê de notar-se
o S:a.. BliAUQf'E DE M.\CEIJO (ministro da agri- que cada minisletio pãr,~ cxecut:~r as respecti-
cultura):-!;:\ foi adopt~d~ na emenda do se- vas obrns, tl)nha a seu ser'liço um pessoal es-
nado. pecial, ou faça executar ta.es obras inde11en.-
O Sn. IERONTIIO IAlUJllll:-1\:I:~s a emenda não dentemente dessa repartição. .
diz positivamente •. , Não seria cvnveniente a todos os respeitos
O .Sn. BliAllQt.-.E DE MACl:DO :(ministrç da aql'i- que todas as obras, que correm ~or conta
cultul'a) :- P3ra .ficar a cargo ~o cnrpo de b'om- do est:~do, fossem executadas peia repartição-
beiros foi que se fez a separação. }lara cs~e fim crea da ?
O Sn. Fz;;w:w nos SAr;Tos:-Já 'l'êque o no-. Para isso bastaria dar á repartição de obras
bre ministro da ~gricnl!ura r.bsorve Indo. publicas uma organi1:~ção 3dequad~, de modo
qup, pudesse attender conveulentemente aos
O Sa. BUAIIQtiE 'DE llfAcEno (ministro da agri- tr~b3l hos de todos os ministerios, excepçiio feita
cultura):- Não ha tal. Foi apresen\ada a. Í.déa dos da guerra e marinlm, que tend<J a seu cargo
sepnr~ndo os serviços; a mim cum}lre exe- tnbalhos espcciaes não p~dem prescindir de .
cuta!' a part~ que diz respeito ao meu minis- ter engenhetros proprios e com os conheci·
terlo. mentos especiaes, que esses trabalhos exigem.
q Sil. JER?m"Mo JA!l~W :-Entendo que seria O SR. FELicto nos SA.mos :-Este fseto, que o
ma1s -van~joso reu.n1r os serviços que visam nobre deputado assignala, existiu antes da
o. m_esm~ fim, sobre uma só adm1nistração creação do ministerio d~ agricUltura, .mas a
ou c1uecçao; mas para qne se torne isso e:x:e- cousa não se concertou até hoje.
c â"nara dos OepLtados- tmrr-e sso em 27101/2015 16:09 - Pág ina 12 de 15
I
O Sn. JEnONnlo !ARDil! :-Assim, porém, não sérios para éuja solução todos os esrorços não
acontece; cada nm dos ministros tem enge- são demasiados.
nheiros especiaes para obras publicas: são Recorda que discutindo com o nobre mi·
obvios os inconvenientes deste systema, e nistro do imperio . a pro po~ ito de avisos elei-
estot< conveacido que, além de outras vanta- toraes, ouviu dizer a S. Ex. qae n censura fc! ta
gens, a concentra{"ão de tudo <i serviço sob .uma no parlamento er11 o \'erdadeiro cr ysol dos
só <ldministração geral dari:l lugar a notavel actos administrativos. Concorda com essa dou-
economõa p~r3 os cofres publicas. . trina e é por ella que dirige a S. ~x: . algl1mn5
Não é 3 primeirn vez que externo este pen- pergunt~s relativas a negocias da r eportição
sarnento, e minnas idé:.s a respeito constam dos q11e dirige.
relutarias ent que annualmente tenho dndo A camara loca aos nltimos di3s de sessão, e
conta dos trabalhos incumbidos á alludida re- entretanto lan ~:nndo-se a vista sobre o caminho
parti~ão. Limito-me, por isso, a convidar a percorrido pelo· governo, não se encontra cousa
attenvão dos honrados ministros para este al<fuma de util para o poiz: apenas se vê a
ponLo. ag1t açâ'l da reforma eleitoral, de que se não
O Sn . DI1AIIQUB DE IIIACEOO (mmi1t ro da agri- pó~e es~ern_r resultados mefl!o_re;;. .
Cll!tum):- Ha proposito da owosiçiio em arrns- ~ Na ,Prtroc:ra v~z que se dtrJgtu oo ga;l>m~te
lal-o para m3Js longe Tenha medo da taclioo .8 de Março, dtsse o. orodor que a prt,m~tra
· _ • tarefa do governo dev1a ser a que eons1st1sse
o Sn. lEUONYN'? JAnDm: - ~ao posso dar-lhe em uma boa org:.tnização ad ministrativa.
esse gosto, e por ISso von termmar. Nada sem feito o governo; e mui principal-
O Sn. FELicro nos SA:sTos:- Eu não sou mente o nobr.e .ministro do im\)erio, em .cuja
opposicionist~, e desejava ver o nobre deputado pasta hn umo 1den nova, con verttda em proJC~to
prosC"'Uir nus suas consideraeões de lef. Hn p:wa o o1·ador um~ gr~nde q ueslao,
"' - ,· . que devia absorver toda 3 attenção do governo,
.o Sn. lEROJI!IlO lAli~IM: -E o· que tm~a a ll da cnruar~ muaicipal da cõrte. Ha pour~o o
d1zer , Sr. prestdente, n.10 sendo meu proposito nobre ministro do imperio e 0 nobre ministro
outro que concorrer C?lll ..o meu fraco contln- da agricullurn t ivaram de ver as torturas por
gente Ptl~a que o serv rço,qua deu lngar ~ este que passnram os que se occupar~m da emenda
d~bate,seJa e.tecutado _nn~ melhor.es co!ldtções. do senado ao contrato J?~rn a limpeza e irri-
SI JJOr ventura estns ltgcm-as cous~deraçues ~e- gnçfio d~ capital. Tnl r01 3 violencia da usur-
rcccrem n !!dlt~sií~ do b.onrado ~cn! stro do Iffi · pação dn~ altribuições d:l camara feita pelo
perio, terei atLtngtdo o meu dmde1·atum. governo, na phrase do nobre deputa da por
O Sn: B.UlÃo Ho.MEll DE MELLO (mi?list,·o do Minas, que ainda não se s~be por que minísterío
intperio): -1\ecebo-as com muita eonsideraçiio. deve correr aque!l~ serviço:
N:io ·havendo mois quem pedisse a palan•a, é A. cnmara mun1c~ptll precrsa ~e uma. f!O~a ar-
encerrada n di ·cussão. ganmção ..A me~tda q~e con tem o PlOJecto de
' ló . reforma eleitoJ'<ll e defictente . Deve-se cstabe·
. Nlio havendo D!J.mero para voUlr, procede-se Jecer nm sy:;tema de descen trnlisação vosto,
a chnmada! e vertfic:~-se terem-se ausentado ~s completo, 8 convencer-se a camara de que ale·
Srs. Almetda Barb~za, Mnnoel Carlos, Serg1o "'islacão que re,.ulnrn s funcções dn camar~ mu-
de 9nstro, Pra~o Pu~ ente!, :!r{~ICedo, Sal_daJ?-hD nicípal da côrte nüo póde sel' a mesma que VÍ•
Yanut1o, Ces3:r10 Al vuu, Can~tdo de Oltve!ra, gora para as ouLras municip:~lidades do Impe~io.
Lemos, ~oaqUlm Breve$, Jos~ Bnss~n, Ymato E' i~to uma evidencia ; niio preciSil demonstrn·
de Medetros, Jeronymo Sodr.e, Bulcno, Belfort ção. Essa reforma deve set· reali7.oda pelo par·
Duarte, Smvol, Thcodoreto Souto, Bezerra C~- tido liberal que a pedi u nos dez annos de op·
valt:anti, , Iooquim Ta_yares, S~uza Carvalho, po~içiio.
Monte, Soares Br~ndno, Ferre1ra de Mourn, Confes53 0 or~dor o seu pezur pelo modo {lfJt
lldefóllSO d~ Ar:tnJO, _Zama, H~dolpho Dan~as, que o nobre ministro do imperio tem tr:l!ado da
Andrnde Pmto, ~ptlsta Peretra, Se_rnp~lc.o, instrucç5o publica. o decreto de 19 de Abril do
VaH••dares, Antomo . Carlo~. T~mondare, S1g1s- anno passado não satisfai ás necessidades deste
mundo, l\lello e Alv1m e Stlveua de Souza. importante ramo do serviço .publico. Uma par.te
Fica adiada a v otação. d:1s suas disposições está sendo excclltada, em·
Entra em a.•. discussão o projecto n. 133 de quanto qu~ outra •. a que depende de .jctos l~-
1.880, concedendo um credito suppleruentar de gislativos amdn esta snspenso . A ca~a1:n dev1a
37 :0:l5$9Ml ao ministerio do imperlo. ~ratar~ desse. a ~sump!o, e o nobre ~lll_!stro do
· 1mper1o devul mterv1r com a ·commiS$10 espe·
O Sr. Freitas -Coutinho na pri. cial para que concluisse o seu tr.tbalho sobre o
mcir:.t discussão. desta propost11, teve occasiffo decreto do Sr. Leoncio de Carvalho.
de rep;1rar na nusencia do nobre minbtro do Durnnte o tempo em que o seMdo diseute a
imperio, e o seu reparo não crc• impertinente reformn cleitor~l . a camara podia resolver esta
como enkmdenm ulguus nobros deputados, importante questão. Dos inconvenientes do de-
porqua precisava de eselarecimoutos quo só ereto de .19 de A~ril não é hoje culpado o S~.
S. Ex:. !:JOddrill dar. Apezar d:J fndiga que do. conse!he1ro Leonc1o da C:.trvalbo! mas o ~abJ ·
mina a eamnrn, apez:~r de disctuir na oltimo. Bete 28 de Março, que o tem de1xado muttlado
pbase desta sessão, tem energin bas~nte parn em sUM principaes disposições. . .
Clllllprir o sen dever :1té o fim. Sente não ser Passando a occupar-se do novo matadouro,
agrada~el aos nobres deputados que querem a diz o orador .que teve oceasião de vis~tar as
onclusao dO.l!iebate, mas trata•se.de assilmptos abras.que a!h se fazem e de :notar certas Jmper-
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:09 - Pêgina 13 ae 15
feições qoe assig-nala no _nohre ministro _do im- -rnto. Creio que o juizo da rasa est:í sufficiente-
perio : a conl'-trucçiio niio lhe pare1,eu sol! da, e 11 mente escfa•·eeido ; mvs pelo dever de dercroncia
linha tle trilhos para os carros de tran$porte de que guardo sempre p:m1 com os meus col\egas,
c:.rne deviu ser prole;!ida d:~ s intemperie~ . ~ eu consUlto a v .. Ex. ~i posso referir-me 3 ou-
carne por. ell;o tr;r!lspor!ada, &XP<•~l~ ao sol e a tros topicos em que tocou o nobre deputado e
chuv:1, pode detenon•r-~e com pro•JUIZO .do$ seus ~ue estão fón do assurnplo propriamente~ em
po~suidores e da >ande do~ consumidores. discu,;são.
A qu~stão m:ds import;mte que se pren de ao O Sn: PnllSIDE.!'OTl! :-V. Ex. póde dar as ex-
m~tadouro é" õo ramal da estrada de ferro para plicações quejulg<•r convenientes.
Santa Cruz. Na disc1Não de um cndito do mi-
nisll:río dn a"ricullura Leve a OPI>Mtanid;•d~ de O· SR . BABÃO HOMEM: DE ~IELLO ( miní.vtro do
· lliostrnr a inooíivêoienliia de ser sin~Jel/3 11 Jinba imperio ):-0 nobre depur..~do. pedi.u .ex.pliCJç~es ..... . .
do r.amal. Insiste neste ponto, con1 o nobre minis· a r ·speito dns obrRS do novo matudouro, ~at e- ·
tro do imperio, t;;mbem inter~~sndo oa que~tão. cendo-lbe qu,: ellas e~tjo construidns com p<'uca
s. Ex. ha de av;diar as eonsequencias !!taves. sulidf.\z e que o r11mal da estrada de rerro para
wlvez. pcr\arbaçõ~:s da o rd~m publica, SI por alli feilu não é sufticientc para sõJLisfa2.er as ne ·
qualquer interruvção~ies>a linbn, n;lo puder a cessidades do serviço.
cidade ser ab:1stecidn de carne verde com a re· Com tlfeioo, em algumas das obras <lo novo ma-
ll'Uinridade e impr•'Scin~i vel: Lemhra cju .: nin4a ta~ouro ,·crilico?--se, depois de concl~idas! que
não ha multo for:nn fellos ;mporl.<ln!AlS reparos uao estavam reahz••dascom a necessana soltdet;;
nessa linha , pÕr ter ab.1tido um aterro. :)i o in- pelo que o ~ngenheiro encarregado ria.-;uef la obra
cidenle se repetir, o que d. possível, durante o P,•:lo meu !Ilustre- a ~tt:cessor .o Sr:_. Leoncio. de
serviço do novo W:'l~1do u ro, o it~aslre ha de . Carvalho procedeu a reconsLru~.au de . UlUilaS
sP.r das mais sérias consequencias. d es~s obras, sendo que nada menos de i f casas
O serviço do ab:rsteeimenlo de t!~ rne verde à 1 fora111 quasi int.e:.nalments reconstruídas aba-
capit<tl. que dev ia ~star sob a di!·ec:çiio do noúre t endo-se os 1elh~ dos e coostraindo-se outros com
mi nistro do imperio, depende entretanto tam- m~deiralllento int~iramente novo. As· o~ras
bem do mioisterio d~ a;!ricultura, pelo tr3fe::ro prm cipnes, que são as que se referem j ustamente
nc•·e~saria d(J r~ mal. Entende que cs~a duali- ao .;erviço du cvrte de g~do, foram igu11lmP.nte
\~~de póde trazer um conflicto prej udicial ao reformadas de modo consideravel. Tenho eon-
serviço. fianca no eug~::u beiro que e.~ tá encarreglldO da-
Aiuda outro ~ssumpto referente ao rnntndouro, que lias obras; e uo exame qU:e fiz de todos oa
depende1o nobre rniu1~tro da agriculto.ra. Re· trabaihos de reconstrucção alli r ealizados, · vejo
fere-se a c~nalisaçü~ das aguas a~ rio d~t ·Prata que esse _eng~nheiro confirmou o bom j uizo que
do l\Iendnnl•a desunadas ao asse10 e trabalhos delle f"zw. .
daqu elle estabelt·cimento. Con~la 9.ue os mate· Qu:•nto ao ramal da c:;tradn de ferro, que o
riaes precisos par a aquella cam•llsação foram nobre d~ pu\3do julga que devia ser de via d u.pla
eneommendados em Londres, m~s ainda não e n ão de 'Via siog:ela, as exigencias do >erv1ço
f?rom embarcadus. Onobr~ ministro do impe. f!ii'O acon~elbavam po_r e~quanto sen;io que se
no deve apn:s>ar a cunclus;•o dessas obras, por lizesse um ramal da via ~m~ela, como se fez.
que delta!' dt:pencie a i nn n gura~.,.Jo do mal:~ douro, Qu:mlo :i con~ervação d•J~ jardins pnblicos,
e, por\3nt<~, a prntk3 de um melhoramento qae é ma teria regulada por lei, que a paz a cargo do
ba tilnto ~empo é ~sperado por es\a capital. ministerio da agrícnllul'õ•; o jardim du e~mpo da
O r:rrdlfo que ~e discute na i111portanci a ·de da Accbm~çào foi f~ito por conta do minister1o
3?:ilí9~0 é u..stin~do ao pa~ramento ele máie- do im perio, pur ter sido a~a obra de~rminada
naes empreg:•do~ nas obras do aja rdinamento por motivos de saneamento d~ capital ; mas uma
do c.,mpo da Acclama(!ão. AetHI louvavel o acto vez conoluido, entrou no quadro dos serviço do
do gover110 não despendendo essa quantia sem o ministerio da agricnlturn. .
yoto do_parlnme~to, e por isso approvará o pro- E por isso, apenas o j;•rdim foi dado por ter•
Ject~. Nota, poreru, .guea supednte.ndencllul.o.s_ .mi.nado e solenemente i·n8ngurado, dei cnmprf-
Jar~ms P"!lbltco~ dev1a perte_ncer a() m_iuisteri~ Ille_nto á~ pr~ser_ipr;ões da lei, fazendo eó.~ega
do tm_peno e nao ao da agncultnra. St ba let do t•eferJdO Jardim ao meu collega da agnljal·
que 1sso determine, essa lei deve ser revo· tnra .
gada. .
E. soa opinião entretanto que serviços co-mo Não havendo mais quem pedisse a palavra. é
estes devram perterwer á c~m<~ra mantcipal encerrada n discussiio e ~diada a votação. ·
muitO mais COID(IeleDIP. dO qne O :ZCJVerDO em Entl'a em 3. • di>s<;ussão o projecio n. !.~~ de
zelar_ ~s. emb!!llezamentos e as obras nteis ao i880, abrindo um credito su~plementar ao mi·
DIUOIC!plO. :ni:;ter i() da jus ti\:a da quantia de 103: l~l,i60 .
Concluindo, pede oorador ao nobre ministro N5o bavendo quem pedisse a palavr ~, é en· .
~o IIJ!I~l'io qne niio ~tr3:nhe os reparos .que fez cerrada a discussão e adiada a votat;f•o.
a ~l.tllca de ~; Ex., pots cumpre o seu dever,
so!icrtando as tnformaçÕl'S que solicitou. Entra em 2_2 di<eussiio o projecto n. f:l6 de
1880 sobre pensões concedidas aos servidores
~. Sr-· Darã~ Ho~nem de Mello do Estado.
(tm~as!ro do imptrio): - 0 hoorado deputado E' enc~rrada sem debate e adiada a votaçã~.
pelo Rto de Janeiro; concluindo.as considerarões Entra em ~-"- di.~ussão o ·projeclo o. 61 de
que· fe! ~ respeito dtste cred ito, declarou qne 1880, concedendo Joterías á santa casa da mi·
~nlteeta a procedcneia delle e dava-lbeo seu serieordia da cida!le do Reeife.
c â"nara do s OepLtados- tm rr-e sso em 2 7101/2015 16:09 - Pág ina 14 de 15
l
n ~sdl! ~ue a quest~o dn impratieabilidade do -~ josa do - quP. a da corupanbia hrazileira, já
porto de :s. Luiz não põde ser levantl1da com porque, nacionali~ndo os navios; fu ~ s~rviço
vautagem, e. principalmente pelo governo, que da navegação pela costa do Norte, tocando em
·niío ~de invocar essa :razão depois do parecer ' todos· os portos da a~tual escala dos paquetes da
de uma oommissão composta dos profissionaes companhia brazileira, já porque faz; uma viagem
os mnis distinctos, que pnra o estudo dessa mensal do Rio a New-York, tocando nos portos
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 16:09+ Pág ina 15 de 15
das capitaes d~ Bahia, Pe~~mbuco e Pará com 1 interesses; ~1nto mai~ quanlo o governo _consi·
vapon>s de grande callada, Ja porque fiualmente dera que, 11te certo ponto, o seu proced1mento
faz f1i11da com vapores de menor cnll~do uma annullando ou concorrendo para que se annul-
viagcm mensal do Rio a New- Yorlc, tocando J~sse o contr~to com a comp~1uhia de naveg:1ção
nos portos àas c~pitaes da B;•hi:t, Peruambuco, de New York, poderi<~ significar certa de~leai
Illar:mhão c Par;í e tudo isto, tres ·!iohas, me- dade que o governo jamais seria capaz de tn·a-
diaulc sub~·enções, que, somm3das, perfaz~m lícar, e desde que os interesses da pro\'ineia do
quantia aindainferior ci que quer fr comptmbitl Mnranhiio são uevid~mente attendidos não me
Jmzileira. parece que seja mais oppnrtuno discutir si os
Ora, já vê V. Ex., Sr. presidente, q11e o ser- naviM podem ou não fundear n~quellc porto_
viço pôde ser f{lilo e muito bem, ~chnndo~s~ o Eis a opini~odo gabinete, eis o compromisso
governo, ca~c queira, verfeit;~mente h~IJil•tado que por mim e em nome do governo t~ssumo
a rEJ;lliza opportuuameute um bom contrato. desla tribuna.
Em nome de l?inh:l provin~ia, peço e ~spero 0 SR. CosTA AzEVEDO : _ E' si 0 senado ap-
q~le o go-verno, st pa~~ar o proJecto em dlsr.us- provar o contrato d·l Jinlla do Cana~à
suo, estabeleça pelo menos e por ora como com· _ ' . . · .
pens3!{ilo no contr3to ~nm a linha do Can~dá, O ~n. Bp,\HQ~lWE A!ACEDO (mm!stroàa agr·zcul-
que esses paquetes toquem no porto de S. Luiz. tum):-Ja é let. .
O Sr. Buarõ""que de 1\:iacedo (mi- _O Sr. Cos'ta Azevedo (pela!J!'rle1n),
1tistro da a.gl·icaltura) :-Sr. presidente, não nao se furta a f<11lar. Asseg-ura que tem r:artas
houve proposito de minha parte em demorar a hyrlrograpbí~IS do porto do Maranhiio desde
resposta que eru do meu tiever dar aos nob•·es i810 e pôde lorgamente di::cutir a questão.
deputtldos que me precederam. Dese.i3Va ouvir Receia, pOi'ém, que tomnndo a pnl~vra em hora:
o maior numero possilrel das opiniões que se tão ndiant;1du, faça prolongar a ses~~o, encom-
tinh;Hn de uurnifestm· sobre este assumpto, e modnndo aos nobres deput:Jdos que o ouvem.
:por isso não uccedi desde logo o convite que so Faltam. apca~-.2Q..,~.ninntos...para .:Lhorareginten~
me fez. Lal e seguramente precis~ de muito mais tempo,
_Niiu tenho que emittir um parecer individual, já par:1 dar no assumpto o desenvolvimento de
mt? venho neste momenl~ faUar em meu pro- que é susceptível, já para tomar em considera·
prwnome. ção as razões exposta. pelo nobre ministro que
Os nobres deputados desej:nn snber o que fnllou em nome do governo, quando, par!lce no
penso o governo a re>peito da nuvegação entte orador que o mesmo governo · na questão ver-
esta capital eNew-Xorlc tente nf•o consultou bem os interesses do 11aiz .
.Não. mu parece nccessar.io _nmn opportuno Espera que o Sr. presidente attendendo aos mo-
dJs(·ul!r o parecer da commiSSao hvdro:.:raphicn tiYos ox[lostos, de por adi<td'' a discus3ão, pou-
e o d~ commissão da c:~maJ·~ dos sis. deput~dos, pando o orad~r de c~u~ar incommodo aos seus
parn que o governo pos~a dar os motivos que collegas prolong-3ndo em muito ~ sessão, pois a
pre,;eniemente o determinam a nceitor o proje· isto serà obrig-adu se tiver de occupar a tri-
elo em discussão. buna quando j11lga que o assumpto não tem
O Sn. Cosu AzEVEoo :-Oh! enio das nuvens· sido suffi.cientemente debatido.
O Sn. BuAnQIJE o~;: ::IIAcr:no (minist1·o da ayri~ o Sn., PnESll).E..I\"i'E:- O nobre deput;1do col-
culttt_:'a) : -.Sr. presillenle, o projecto em· dis· loe.a., ,mé enVúma pusiç1io dolorosa.
cussao consigna a a(Jprovação de um contrato Tenho sempre desejos de condescender com
a q~e cstiío presos mteresses de alta impor- os meus collegas; mas sobe o nobre depu tudo
1aucw. que devo, antes de tudo, obedlencia á 1ei e a
O governo entende que :não lhe é dado vir nosso lei é o regimento.
hoje perturbar e~~cs interesses aconscl har u O Sn. Com. Auv:e:oo:- Os precedentes auto·
nnnuJ!ação de;;se contrato. ' rizam o meu pedido.
_. Trntando·se d3 celebração que j:i está pro- O Sn. ·PnESIDEr..'TE: -V. Ex. tem !'ilzão, mas
JGctada de u~ no\'o contrato de naveg3vã.o para é preciso que se tivessem dado ~gora os motivos
o~ Esmdos Untdos, o governo, desde que se acha que em Olltrus o~casiões determinaram os pre-
d1~posto a firmar esse cDntrnto com n condição ~edentes que V. Ex. invoca e que eu já não
d~ se. cstnbelecer escala pelo porto do Mnranhão lhe tivesse concedido a palavra. _- ·
?ao Julga que seja de boa politica, ha•end~
mteresses creados ·em virtude do contrato O Sa. Cosu. AzEVEDO:- Mas pela ordem.·
celebrado pela comp_anbiu de Nova York, fazer 0 Srt. FREITAS COUTINHO (pela ordem), dcclata
de~app~recer tudo 1sto em prej uiw dos pro- que vai usnr de um expediente aconselh:~do por
prm_s mter~s~s commerciaes da capital e de muitos .membros da maioria, afim de quP. o nobre
ou\! as provm.c1as do Imperio. deputado pelo Amazonas não tenha de fallar em·
Nestas condições, Sr. presidente, sati~faço o hora tão acliantada.
appello dos nobr~ deputt~dos, declarando-lhes Requer o adiamento da discussão·.
q_EI.e o e;overnl:!• aceltando o projecto da commis-
sao de mdrutr~::1, compromette-se todavia a fazer O SR. PnEStDENT;;: : - Não ha numero pata
com q~e a linha da na.v~gaçiío do Canadá, que é votar.
ao me~mo tempo uma Imha de nave,.ação para O SR. FIU:tTAS Cotrrnmo, observa que por não
osEs~llo·Unídos, toque no porto d~ S. Luiz. Por
0
esta forma parece que ficam attendidos todos os hav_er nume:o é que otrerece o ·requerimento. O
projeeto esta em 3.• discussão, e não havendo '
Cfrnara aos oep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:10 - Pêgina 1 ae 12
H<lnte, 11arcolino Moura, Moreira de Barros, no paço de S. Christoviío, afim de ser ouvido
Ruy Barbosa, Sinval, Saldanha lllarinlto, Sour.a ácerca do incluso projeeto de lei sobre terras,
Andrade, Souza Lima, Theodorico, Tav~res assim o communico a Y. Ex. para seu conheci·
-Delfort, Ulysses Vianna e Silveira d:1 Sonza. mento.
Ao meio-dia o Sr. presidente declara não Deus !!"uarde a V. Ex.-Barão Ho'fMfrl. de Mello.
ltav-er sessão por.falta de numero. -Sr. VISConde de Dom Retiro .•
O Sa. 1." SECRET.&RIO dá conta do segmnte Obtida a imperiol venia, o conselheiro de es-
tado Visconde de Abaeté len o seguinte voto.-
EXPEC'IE.N'I'E No projecto sujeito ao exame do conselho de es-
tado está refnndida, com algumas alterações, a
Officios: lei n. 601 de !8 de Setembro de !850 sobre
Do ministerio da marinha, de 29 de Ontubr~ terras devolutas.
u.ltimo, remettenuo o rel)ucrimento e n cópia d~. Apontarei ~lgumas dessas alterações.
consulta do conselho naval concernentes ao ro· Segundo o art. !. 0 do projeclo o governo
gulamento da união operaria, quo sua directorta pôde dispõr das terras devolutas, vendendo-as,
pede se reforme de~de o art. i 54 até :1.60 in· aforando-ns ou concedendo-as a titulo gra·
., clusive.- A quem fez a requisição. tnito.
Do ministerio da fazenda, de 3 de Novembro Conforme a lei de !850, são prohibidas as
corrGnte, devolvendo informado orequerimento acquisicões rle terras devolutns por outro ti· ·
em que a dire~toria do banco predial pede um~ tulo, que não sejl"l o de compra, com ex:cepção
resolução no sentido de ficar o mesmo banr.o das terras situadas nos limites do Imperio com
isento àe p•gamento d:t decima dllpla. -A p~izes estrangeiros, que podem ser concedidas.
quem fez a reqnlsfção. gratnitamehte.
Do ministerio do impcrio, de 4 de Novembro Assim, segundo o novo projecto, o goYerno
correnLe, remettendo, em virtud e dl'l requisiçtro poderá tru:nbem ~Corar as terras devolutas.
da eamttrll dos Srs: daputuàos, a seguinte cópio A faculd;~de concedida ao governo pela lei de
da acLa do conselho de estado pleno em que foi. i81i0 de conceder gratuitamente nos limites do
discutido o projer:to sobre terras devolutas: Imperio com paizes estrangeiros, terras devo·
lutas em umn zona de i O leguas, é conservada
Acta da con{erc1~cia de !6 de Setembro de 1880, no t>rojecto, mas em uma zon~ de 20 kilometros,
A's 7 i/2 horns da noit~ do dia t6 de Setembro e é ontrosim estendida em condições excepcio·
do anno do nascimento de No~so senhor !e~us naes ás que se ac!Jnrem ao longo dos rios, cuja
Clnisto de 1880, na Imperial Quinla da Bo~ navegação ttmbn de ser melhoradn, ou de es·
-
VLsta, b · d s Cl · t - d "d d tr~das de ferro, c do rodagem, que tiverem de
nlrro e · n·Js ov~o. esta Cl a e, ser cous1ruidns .por tl~ruculares. c bem assim
reuniu-se o conselho de estado, sob n presi· ·
dencia do muito altv e muito poderoso Senhor ns que aprov~itnrem ãs fazendas modelos, es-
D. Pedro II, Imperador Constitucional e De· colas agricolas, engenhos ccntraes, estabeleci·
fensor Perpetno llo Brazil, estando presentes os mentos provinciaes e municipaes c fundação de
conselheiros de estado Vi:::condes de Abneté, de povoados.
Muritiba. de Jaguary e de Bom ReLiL"O, José Esta ultima disposição não é sen1io o comp!e-
Pedro Dias de t:nrv;alho, Jeronymo José Teixeira menta do art. l2 da lei de :1.850.
Junjor, Jonquim Baymundo de Lamnrc c Jono Conror~1~ o art. 1.4 ~ 2 .o da lei de i850, o preço
Lustoza d~ Cunha Pnranaguá. - da vendn das terr;~s devolutas é, por cada lote,
Estiveram tambem pl'esentes os ministros e de meio real, um real,· t'e::~l e meio, e dous réis
secretaries àe estndo, B~rão Hom~m de Mello, por br;~ça quadrada (pago ã vista), segundo ror
ministro e secretario de estado dos negoc.ios do a qualidade e situação dos lotes.
imperio ~ l\fanoel Pinto de Souza Dantas, mi· O projecto diz que o preço minimo da venda
nistro e secret~rio de estudo dos negocias da ser!Í de f;5 por bect•ro, conrorrne a situação e
justiça; Pedro Luiz Pereira de Souw, ministro qualidade das terra~, c o fõro de 50 réis por
e secretano · ·• d d
~e esta o os negocios estrangeiros;
hectaro.
Na-··· foll"re 1• em outras alteJ·a,.ões, menos t'm·
los é Rodrigues de Lirn a DuarLe, ministro· e s~- v " v "
cretario de estndo dos negocias da lllarinha; Ma· portantes, que são o desenvolvimento de dispo·
noel Buarque de l\!acedo. ministro e· secretario sições do projecto, ou complernent:Jres da lei de
de estado dos negocias· da agricultura. com- :lS de Setembro de iSSO; mencionando apenas
mercio e ob~s publie3s. · em .ultimo lagar<~ autorizaçao, que o art. 19 do
Faltaram com p3 rticipação, par enfermos os proJecto confere ao governo, para iropôr, nos
conselheiros de estudo Visconde do mo Branco regulamentos que e:.::pedir; penas de prisão até
Paulino José so~re5 de Souz~. José Caetano d~ seis mezes, c de multa até 400/JO{)O.
Andr.:tdc Pinto e Visconde de Prados_ Estas penus são precisamente o dobro das que.
.Sua !llagetlade o Iower:~dor declarou aberta a ~o governo permitte impô r o art. ~:2 ' da lei de
conferencia do conselho. de estado convocado !8 de Setembro de f850_
po~ aviso de!3 do corrente mez, do teor se- Das ligeir<~s.considerações que acabo de fazer,
gumte;-< LQ directori<~.-Mini~te'rio dos ne- vê-se que nenhuma objecção se me otrerece
gocios do imperio.-N 5.il~.-Rio de Janeiro, contra o projecto apresentado, parecendo"-me'
13 de Setembro de 1880.-l!lm. eExm. Sr.- qne as disposições nelle conLidassão em parte
H:vendo ,Por hem Sua 1rlagestade o_lmper.ador as ~esma~ que as da lei de !850, e,, em parte:
~~e o con~ell10 de estado ple~o se reuna qUll~la· modifiençoes que a 6Xperiencia deve ter acon-
elJ'a, 16 do corrente rnez, as 7 horas !la llotte, · selbndo ao governo IJara que a lei produza todo~:
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16: 10- Página 3 de 12
os bons resultados que o legislador ·t eve em Concordo inteiramente· com .3 disposição· que
vista, parecendo-me, portanto, estar no caso de marca novo prazo (iO annos) para· medição das
ser approvado. · terras adquir.das por posses, sesmarias-e outras
E' este o meu vot.o. concessões. E' uma medida prudente para pur-
O conselheiro de estado Visconde de Muritiba gar o comroisso proveniente· do regulamento ile
leu tambem o seu voto, concebido nestes \ermos: :1.85~ c af~sta os inconvenientes gr~ves qu.e tra~
'O.:projecto sujeito ao exame do conselho re- ria a effeetivid:tde daquella pena. ·
produz a maxima parte das disposições da lei de Tambem estou de accôrdo com a transfereneia
iB de Setembro de i850, estabelecendo, porém, do registro das terras possuidas par1\ os escri-
novos preceitos sobre qne versam as succintas vões de p3z, posto que não tenha rundada espe-
observações que passo a e:xpor. ra.nça 'de bom exito, mas, não descubro melhor
A red11cção do preço das terras é, sem du- alvitre sem onus do .Estado ou dos particulares
vida, um melo excelleute para attrablr compra- interessados . ·
dores, mas receio que essa redur.ção não com· .Adhiro, finalmente, á -autorização ampla dada
pensa as despezas d:t medição que ficasse ~ ao governo a respeito do cadastro das terras
cargo do adquirénte, obrigado ao deposito de cultivadas e não cultivadas. · · ·.
uma caução correspondente. PrincJpalmente Parece-me desneeessnrio augment:~r o poder
nas vendas feitas aos colonos, não é provavel de impõr penas nos regulumentos em mai.or
que elles 'pos3am dispOr das quantias necessa·. grau do que as autorizadas nn lei actual.
rias para tal fim, ainda mesmo nas compras a E por esta occasião declaro-me contra a parte
prazo. . . do art. 3.• do projecto, gue far. extensiv{ls as
A lei actual comprehende no preço das terras penas ahi esta belecidas aos ~ctos praticados em
as despez;~s da demarcação, c foi talvez este o terras do domínio pnrticular. .
motivo de fi xai-o mais alto. Penso que taes actos devem ser regidos pelas
.Este systema parece mais praticnvel, desde disposições ·do direito commum. ·
que se -permitte a venda a prazo, repartindo m Com e1tas alt~rações, mais ou menos, sou de
despezas d:J medição na razão respectiva. voto que·póde ser proposto o projeoto á.'consi-
No caso do aforamento, não succederia o mes· deração dos camaras legislativas. ·
mo: entiío é possivel que o foreiro supporte O conselheiro de estado Visconde de Jaguary,
taes despezas, comqnanto, por isso fiqo.e diffi. disse:
cultado· este meio de acquisição e cultura das ·senhor.-0 as5umpto é da maior importancia,
terrus, meio vantajoso, npe1:ar de algumas ob· considerodo em relação á lavour~ e ainda a ou-
j~cções que soffre. tros respeitos.
Convi r i:~, porlanto, autorizar n graduação do · Sinlo não tor sido sufficiente o curto espaço
preço, segundo correr a medição por conta do de~ horas, de que dispuz pnra f~zer um estu- ·
Estado ou dos ttdquirenteS~ á escolba destes e do aturado do projecto sujeito a nosso exmne, e
aprazimento da administração. pois, limitarei aos pontos principnes as obser-
Para segurança do p:~g:~mento a prazo, exige-se vações que me oecorrem.
a hypothcca do lo~ vendido e suas bem feitorias. O pro]ecto não vemacomp::mbado de uma ex-
Si entender-se que assim deve ser, cumpre ree- posição de motivos. Pa1'a bem comprebender o
tifiear a palavra-previlegiada ; porque na lei seu pensamento e nlcauce tive de recorrer ao
hypotflei:aria P. desconhecida tal bypotheca: nlio relnt~Jrio do nobro ministro da agricultura . ..
ba outra além da l&gal e eonvenc1onnl. O relutaria falia d~ conveniencia de ampli~1·
Entretanto, parece que aquelln segurança póde as concessões gratuitns, até agor~ só permittid~s
ser obtida estipula!ldO·S~ a não entrega de titulo nos limlles do Imperio, como meio que, discro·
definitivo de r ropriedade, seniio depois de inte- tamenle empregado, mv.ito poderá .concorrer
grado o preco, cnducando a vendo na falla de para augmento da riqueza publica, e reguladas
pagamento de duas ou mais prestações, salvo os taes concessões por clausulas, que as s~ urem a
casos de força · maior que se expressarem, e cultura efft.>ctivn, estn compensará sobeJamente
sendo inalienavel o terreno antes da entrega do o CJ?.Sto dn terra. -
titulo. Falia tambein da >antagem de taes concessões
Assim vem proposto no relatorio do ministe- ás emprezas de vlação1 de engenhos · centraes e·
rio da agricultura de 1878 e me parece o muis outras, que poderão preferir este favor aos mais
conveniente e já em pratica nas .colonias do custosos que o Estado lhes liberalisa.
Estado. · . Por ultimo recommenda a venda a prazo,
Sinto alguma repugnancia em alterar alei de como maio de facilitar a aequisiçã~ das terras
:1.850, que probibe a doação de terre.aos nacio· publicas e de foméntar a pequena lavoura.
naes,· ainda nos casos restrictt>s do projccto. As S~o e;tas as idéas cnpitaes enunciadas nesta
emprezas partieular~.s a que allude n:io ficarão rillatorio. .
oner~dns em demasia aforando os terrenos de Examinando ·o projecto vê-se que, compondo·'·'
que necessitarem; e podem bem recorrer ao se de i9 artigos, estão contidas, no primeiro .
poder legislativo, quando o favor da doação lhes delles, todus estas idéas e-assim msis a trans- .
!ôr indispensavel, demonstrando que não podem missão por nfor:1mento, de que aliós niio se oe-
supportar o ·ligeiro onus dO''fôro ; · .. · · ·· cupára o relatorio. · . · · · ·
O art . t2 da lei de !850 e o de igual numero Quasi lodos os 1'1 artigos restantes siío trans-
do projecLo providenciam convenientemente cripQ(íes fieis. da lei de i8 de Setembro de iSiíO,
quanto á fundação de povoações, abertura de na maior parte dos casos, com algumas altera-
estradas e quaesquer outras servidões e assento ções sobre qne oferecerei os rep,, ros que me
de estabelecimentos publicas, ete . . occorrem.
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:10 - Pêgina• ae 12
Assim 0 art. 2. • com os seus quatro par~gra- mittir o projecto a legitimação de pos>es esta-
phos é a transeripção do art. a_ • com os seus belecidas contra o preceito expresso daquel la lei:
uatro par3grapbos, desta lei, supprimida no Estas considerações convencem-me qu.e .o
§41 2. o 3 pnlnvra-confirmação-- aliás mdispensa- P.rojecto, apezar da proliciencia e reconhecida
vel, porque a-confirmação-é o titulo authen- J!lustrnção de seu nobre autor, precisa ser mais
1ico da concesslio da sesnwria. estud~do .
o nrt. 3." é o· 2.o da lei com alteração sóqtente As disposições capitaes novas (das secundarias
quanto ti mUlta. · tr:ltarei summariamente depois) são:
O paragrapho unico deste artigo é o me~mo i.• Ampliarão das concessões gt'al:titas dos
do art. 2.• d:~ lei, supprimida a mull~ pela Sim· terrenos devolulosa particulares, e a emprezas
·ples ·negligencia , de modo que_ si a penil ~ra de viação, de engenhos centraes e ontras ;
insufficicnte, como pensn o proJeCto, m:us tn· 2."' Venda a prazos ;
suiDciente fica sendo.
O 3rt. õ. o com seus qu:~tro_ paragraphos é o 3 ·" Aforamento.
mesmo art. 5. o dl lei com os seus quatro para· A conr.essão gratnüa a p:ll'ticulares me po.-
gr:~ph os, com pequen~ Diodificação no§ i.• ' rece altamente inconveniente, desde que é di·
o nrt. 6. • é o mesmo art. 6. • da lei. minutissimo o preço da compra, e ainda se vni
O 3:-t. 7. u é diver;~~ do arl. 7. o da lei. ~ermittir o aforamento . O raciocínio não j usti·
Diz o arL 7." do projecto: • Fien mm·cado o !ica eslll medida e a experienda a condemna.
prazo de iO annos, dentro do qunl <leverio ser E' snbido o modo como passarám do Estado
medidas ~s terras adquiridas por posses, ou por 1para particnlares todos os terrenos do dominio
sesmarias ou outrns concessões_ • daq uelle, de sorte quo nas províncias mais po·
o ~rt. 7. • da rei diz; • O g-overno marc.1rá pulosas o Estado niio diõ-poe hoje de terreno.
prazos dentro dos qrmes deveriio ser med_id:~s as algum, sendo obrigado _a comprar ~o! altos
terras Adquiridas por posses, ou sesmanas, ou preços, os de que necessita para scrndues pu-
outras concessões; que estejJm por medir, assim blicas.
como designará e instruirá as pessoas que devam No regimen c_olonial o Vi~e-Rei 0 os governa-
fazer :1 medição, attendendu ás circumstan- dores, no intutto de promover-se o augmeilto
cias do cada provinci~. comarca e municiplo e da população e em ben.eüci() da lavoura, esta-
.... Po.dendo prorog<l_T os prazos ma~cndos, quando vnm autorizados para conceder ?- mediç~o de
··-o"J tilgat' convemente, por medtda geral, que terras devolutlls aos que as requerwm, med1ante
eomprehcnda todos os possuidores, onde a pro· 3 il,lfurmação das camaras dos districtos respe-
rogaciio convier. • ctivos, sobre a e:xistencia de taes terrenos e capa-
O iirt. 8." complemento do art. 7. o é o mesmo cidade dos Impetrantes parn cultivai-os no prazo
:~rt. 8.0 da lei com o nccrescimo de uma medida de dous nnnos.
de maiar severidade para com os JlOsseiros. Feita a medição judicial e provado o começo
_h) diversldadl) das disposições do art. 7.' do da cultura seguia-se a confirmação reservada ao
proje~to, comparado com o art. 7.• da lei, sng· Rei.
l!crc muito,. reparos, algw1s dos quaes enten- Não obstante taes cautelas accumularam·se
aem com todo o projecto. (fallo das provincias do Rio de Janeiro, S.Paulo
A primeira duvida que se me oferece é-si o e Minas, de que tenho mais particular conbeci·
projocto que põe de Indo a lei de !85il; não -se mento; -as . concessões. das ter~s devolutas em
referind~ a elln,_ q_Mndo transcreve alguns ~e po_ucas fan!ilias. quasi todas de emp~ados pu~ ··
seus aTl1gos, rt:Jtll\a ou revoga outros que nao biiCOs, restdentes na eôr&e, qae as 11ao cultiva·
lhe sendo oppostos foram todavia omittidos, ram e as guardaram para vender. depois.
como o urt. ill que contem importmles provi· Não vejo no projeeto ~lansula que assegure
dencias sobre a medição, demarcação e di visiTo melhor 3 effectividade da cultura, e é muito
das ~n-as de-votuws e modo pratico da venda e para notar que as leis que então vigoravam re-
eond,ções desta. ·· salvando as posses estabelecidas com elfectivas
Segu~dn duvida. Si os artirros do projecto .culturas, ainda dentro das terras concedidas
transcnpto!': com alterações estabelecem direito _po.- sesmnria antes de medidas e cultivadas
novo e revogam os artigos da ld relativos ao continham um con·ectivo contra a ne!Sligencia
mesmo assumpto. dos sesmeiros e concessionarios, discrnninadas
Resta ainda saber como devem ser considera- as terras do dominio publico em que é prohibido
dos os actos praticados e os effeitos da antiga semelhante meio de adqnirir _
lei de i85~. . . As concessões para emprezas de vi~ção, enge·
Enwnd1do l111eralmente o pro)ecto parece que nhos centraes e outras podem contmuar a ser
pretende eslabeleeer um direito novo, fioando feitas pelo poder legislativo, que não cos1uma
revogadas as disposições não comprehendidas, e escasseai-as, qnando l!em fundadas, como ha
as que lbe s~o oppostas, assim como sem elfeito pouco se deu Cl?m a empreza de um caminho
os a~tos pralle:Jdos . . de fe.rro encre Pbdadelphia e Caravellas .
Nao llÕde, porém, ser esta a intenção de seti Ofôro é um desmembramento da propriedade
· i)I ust~do autor. . . que não satisfaz o senhorio nem contenta o fo-
S!lr_J~ il!iquo deixar _suj~~\3s.á_nova medi~ e teito, e no caso de que se 'trata poderá ser um
revalid~çao as sesmar1as Ja ~edit!_as e revalid~: ~toT\'O ao melhoramento da propriedade e uma
d.as1 ~ a novos actos 4e leglttmaçao as posses 1a di.tllculdade para a transmissão pelo onus do
legttí~adas, como se~a inconveniente annnllar laudemio.
os effettos da lei, quan!O. ao. registro e.antigni- A venda a :prazos é a uniea providencia. que
dade das posses; adnuttmdo, como parece ad. não offerece inconvenientes,e já foi iniciada com
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 16: 1o~ Página 5 de 12
rsto não quer dizer que eu . desconheça que terras de domínio particular, · ·mais proximas
no fim de t~ntos annos decorridos-forçosamente dos mercados; n fàlta de braços por preço lucra~
ha de ter-se notado deficiencia em algumas de tivo; a dillicnldade de ineics de communicação;
suas disposições. ·. • . . :1 falta de perfeita discriminação e segurança do
Embora entlmsiast~ da let de iS:SO, tUJa 1n· domínio, e difl'erentes c:lnsas que, pnr muito
teressantissimu discussão no sen:~do pal'i pass1' conbecidas, dei:to de enumerar. Vejo, com
acompanhei; e convencido aind:~ hoje_ dr?-_ que prazer, que. nesta parte harmonisa-se a minha
ello constitue um do:, mono.mentos le~~~lat•vEs, opi11ião eom o que está disposto no primeiro
que mais bonram nossas luzes e ctvtl!saçao, artigo do projecto.
nlio deixo com tudo de reconhecer que o seu Ni!o duvido convir tambem no systema·de
systema exclusivo de venda de krr:ts, com pa- aforamentos perpetuas. Embora não confie in·
gamento sempre á vista, tem dcm~nstrado na tciramente na sun emcacia, sobretudo com
praticn. inconvenientes, filho~ de ~cmumston- relação a immigrnntes estrangeiros, e princi-
cias esoooiaes, que cumpre remedtar. Sol!, por ]JJlmente do norte da Europa, parece-me com-
isso, dÕ5 primeiros a concordar na necess1dade tudo, que pelo menos niio virá mal de tentar-se
de modificar-se o seu rigor, relativamente nos este meio, havendo a alternativa, fJDC em favor
nacionaes ou estrangeiros, que pretendem íl- do pretendente, o projecto indiea, com as clau·
xnr-se como· colonos, comprando terras do Es· suJas do art. L•
tndo. . izm.entc....JruD.~este lado, o projecto
.Nossos legisladores adopt ' limitou este meio de aequisiçito das terras
~e trata as doutrinBs mais sãs seguidas na ma· devoltllas aos colonos ; pelas razões especiaes
teria por escrlptores de melhor nota, c dei· que militam a seu favor; pois, si a medida
xaram-se levar pelos excellentes rc~ultados, por tiresse de ser geral, e, portanto, comprehen·
ellas. produzidos nos Estados- Umd~_:; e outros de~se quaesquer pessoas que preferi,;sem aforar
paize~. Nào lhes occ?rre~, na o_ccaswo, qae 05 terras I>Ublicas, encontraria ell:~ sério objecção
irumi,.rontes, no B~z1I, nao podtam encontrar, nos inconvenientes inberentes a tal systema,
durante muitos annos, os mesmos elementos e S(Jbretudo pertencendo á nnçlio o dominio di·
faculdades, que naq'lella nação fnl·o:ecem a reclo, taes são a di.fficuldade e despez:~s pora a .
~cquisição dos lotes de terrns, expostos a venda, cobrança dos fõros pela necessidilde de nume-
já medidas e demar~das, e com todo~ os es~ roso pessonl parn effecmal·n, e ~s questões
clarecimentos necessarios pnrn cnleular-se de resultantes de ordinario, do direito de prefe·
ante-mão o seu valor no presente e ~sua pro· rencin. nas alienações do domínio util, dos com·
gressiv~ importancia. Refiro-me, entre outros, mlssos para n consolidação dos dous domlnios,
:10 grande numel'o de bancos e C3 pilalislas des· e dos budemio~, especi:tlmente si pua o calculo
seminados por quasi todos os pontos da Uniiio do preço·que o deve constituir se computar,
Norte-American3, os quacs sob a gnrn.ntia da como acontece, o valor das bemfeitorias.
propria ter.~ que tem de ser co to~rada, adian-
tam ;~os 11nmlgrantes a~ quanttns que lhe~ Quanto a doações de terrns do Estado, ·minha
t 31tam para realizarem a compra do~ terrenos opiniiio em contrario acha-se manifestada desde
que desejam, m~diante o paRamento n lll':lliO~ lll~B. quando consul!ado pelo entiio ministro
rn~is ou menos longos c Juros razoavt:i$, o do imp~t·io, o finado Vi~conde de Macnhê, sobre
tempo te1n, na verdade, rello senlir SPmclllnnto a convenhmcia de doar-se po•· acto legislativo
inconveniente entre nós; c já em :18~ quando um:~ porç5o de lerrns devolutas ::1 cad<I pro-
honrado por uma consulln sobre este )lC)ULO d:l viocia para disp~r dellas, _t.am!Jem grami~
parte do então ministro da vgricultur~, e hoje -Jl!Cnl~, era b~ueOe!O da coloDJzaçuo. Como então
di:<no ministro da justiça, tive occasiiio de, com nt~da l~?Je so admttlo. uma e~ceJ>Ção p e~ teres-
tada a !J'llnquezo, manifestar minbos idéus a tal ~etto. E a que per_~1tle a let de :1850 por mo-
respeito, por occasiiio de orgoniznr-sc o muito ttvo~ ~e ordem pohttcn, no to~nt_l!e ás terras dM
bem elaborado regulamento das coloni~s, J.lUbli- fronte1~as para os fins restrtcttvos, declaraqos
ca~o naquellc ano o, regulamento que cons 1 dero.~ , no capttulo 7.• do regulamento .de 31 de Jane1ro
ainda hoje, um dos primeiros no seu gcnero. ~- ·de 183~.
Enou, pois, inteiramente de accôrdo·em que E' fundado nestes IJrineipios que ainda, pelo
o governo peça :~utorização ao poder legislativo que concerne a taes doações a companhias em·
para a Yenda de terras devolutas, a pratos mais prezarias de construcções de estradas e de
ou menos curtos de pagamento; ficando consi- melhoramenlos da navegação fluvial, confesso
derados os respectivos lote~ com ~s suas bem- que prefiro o systema de garantia de juro. e
feitorias como garantia do Estado até o completo até o de subsidio pecuniario por kilometro,
pagamento, e vencendo a divida modieos juros, uma -vez que se concedam sómente a emprezas
delXJis dos cinco primeiros annos, uma vez que cujas probabilidades de >antagens tenbam sido ·
o;; compradores sej_am colonos (nacionaes ou reconhecidas, depois de prévio e mnduro
estrangeiros) e prefiram pn~rar por semelhante exame. Bem averiguada est3 condição, dentro
modo. Est.e favor~ porém, só deve :~lm.nger os em poucos annos, o Estado ha de vêr larga·
qne pretenderem estabelecer-se como colonos, mente comPEnsados os sacrificios que fizer~ e
comprando terras ao Es!:tdo i porque os outros que não passarão de avanços ao futuro, sem.
compradores, ~m geral, nao lutam com as entretanto desfalcar-se de terras. que por causa
mesmas di!D.cu1dade$, e si tem deixado de pro- dos melboromentos fei~ ])elas proprias em·
curar adquirir por meio de compra \.errenos 11rezas subsidiadas, hão de vir a ser muito pro·
d~volutos, é isto devido a obstaeulos de diversa curadas c tornarem-se import:tnte fonte de
natureza; e<omo sejam a concurrencia. de ou~ras renda.
Cãnara dos oepllados - lmfl"eSSo em 2710112015 16:10- Página 7 de 12
Póde-s&, é verdade, dizer, que ~ puniçüo.das l tureia. ~ daqrielles casos em que julgo neces-
dilas r~ lr.a s está incluída nas expressões - I sario dar-se arbítrio ao governo. Prefiro, por
e fa n10 e:ffecliva n sua rcsponsabiliclade,-mas isso, o artigo da lei. .· ·
aindu assim vem sempre n fallar a desi:::na~ão Deixo de"nl)tar com partieularid~de que no
da multo, que jul:,'O a !Jena mais apropriad11para ar•igo do project.o, com referencia ás terras
os casos de negligencia. adqairidas por posses. sesmarias on outras con-
Os 3rts. 4.0 , 5.• e6. o do projecto são ipsiuerbis cessoes omittem-se as. palavras que estejam por
os ~rligos de iguaeõ numeros da lei de !SõO, c medir, porque considero qu& este foi sómente
onde o § i. • do art. S. • no fim apeoas duas lapso ou descuido de redacçrío ou de cópia, não
linhas em 5Ubstitrrição das palavras i!a lei a teoao sido, por certo, na mente do illustrado
sabor: diz-se n:~ lei,-C()mttJnto gtJ.e em nclll1tcm autor do projecto, obrigai', como aliás se poderia
càsó a e:zt m.são total à" poasc excedu a de ttma suppõr, a nova medição terrenos já medidos e ·
sesmaria para culttu·a ol!-creação i qual ás ultimas demarcados, e cuja legitimidade não é mais
na
CI>Mididas na tw•sma comarca, ou mais visinlta; si)Sceptivel de contestação. ,
e uo projccto fi,;:a-sc desde já a e~ tensão esto- Oart. 8. o do projeeto é o da lei com o acres-
tuindo que e!la não e:z;ceàa de 500 lt-t•ctat·os para Céntamen t~ das palavra_s-Desü(avorr ent,:etanto,
Cl l ltUI'a e 3.000 para creapão. E no § 2. • onde fica excl?J.tdo o 1li>BSe1ro que per.fiera o di1'e1to · a
a di>.Posicão de igual parngrapho nD .l~i se todo o te1'·rarw occupaào. Talvez por defeito de
acrescentam as p~lavras.-Ebem ass1:masgttese minha intelligeneia ou falta de clareza· na re-
acharan~ em outras do dominio particular, pot dacGâO não comprehendo o fundamento desta
gualquer título (jlle seja. · excepção,que á primeir~ vista, ao menos, parece
Talvez por não ter comprehendido bem o it:justa, desde que o posseiro, a quem, aliás,
alcance, ou antes o fim deste additameuto, não tanlo se procura favorecer, t iver parte do ter-
descubro a sua necessidade, porque, si as reno, cGm effeetiva cultura, ou morada. A
terl'ns onde estiveram enc!'<lvnd~s ns posses em omissão nesta hypothese, é a mesm<J, e por isso
circumst_ancias de serem legitimadas, já são do a pena contra elln, deve ser igual.
dominio partie.nlar, nada tem o governo que An. 9." A. disposição ·deste artigo não contém
ver nisto. · E' questão p~ra o fôro judicial. Em differença essencial do que a lei determina nG
todo o taso, penso que só por causa uesws duas de igual numero, e a que se póde nolar é lllba
allerações nos dons paragraphos, de que estou da necessidade de llarmonisar-se a sli~ .redaeçio
tratando,niío vule a pena suiJmetterem-se ~nova com o que se estabeleceu no art. 7. • E' por
discu~são tantos para~rnphos, pondo·se ~m esse tuotivo, que dizendo-se na lei • Não ob-
duvida a sua doutrina. ~tantc os prazos que [orem marcados, substi-
Art. 7 .• J\. differença entre este artigo do tuem-se no projecto estns palavras pelas se-
projecto e o dn lei consiste em dei:t:~r a lei ao guintes: Para ex ~cução da pre$enee lei e sempre
goveruo marcar os prazos dentro dos quaes qus (õr 1lBCI'ssa,lio, visto· como no citado artigo
devem ser medidas as terras adquiridas vor pos- tir:He ao goferao a. faculdade de marcnr e pro-
se, sesmarias ou oatras concessões, que estejam rogar o prazo para as medições, e fixa...e este
por medit·, em mandnr que o mesmo governo desde logo.
designe e íostroa as pesso~s que devam r3zer ns O art. iO diíl'ere da disposição correspondente
meclições, attendendo :ís eircumstancia~ decnda da lei sómenle na rnud;tnça da~ palavras, a.-uto-
provincia, comarca· ou muoiciJ)iO, e !inalmellle riàa.lte8 ou commiss.1rios e&J!eciaet, por est~s. ell.-
em autorizar n proroga~o de taes· prazJs, genllei1·os detJidamento luúJtlilcullls e esptcialu~ente
quando fõr conveniente por medida geral, ao oommi$sionadc8.
passo, que o nrt. 7. • do projesJ?. ...marca termi- Niio acho necessidade de formular-se paro.
nantemente o prazo de lO ann_o~.. Occorre-me isto novo artigo de lei, porque na de :18lS 1 .d ei-·
-~obre este ponto observar que ~1_0 li~ do pro- xon-se ao governo alternativa para inellmbir a
Jecto é fazer ogovern') cumpn.r a let, e o go- c:liscrimlnAÇiiO do dominio naCJonal e portanto
yerno acba que esse j CO!fl etfet~, o prazo ql!e as medições a autoridades oa. a commissarios
deve ser_ marcad~, na~ e para 1s~ necessarto &speciaes, e em n!.da obsta 3 que prefira estes
n~vo art1.~0 .4e lez, pozs pel~ ~ropr10. art. 7.• d~ e nomeie par~ desempenhar o encargo a onge-
le• ~e iBaO l! tem lato_arb!L~to e pode, 'JIOr SI nheiros habilitados, independente de no-va me·
mesmo, desJ Dal-o. 81, porem, tem m:nor al- dida }ealslativa.
0
0
cance, qual o de tornar unprorogavel o prazo, • • · •
fixando-o por acto legislativo, então póde dar -se ~o art. H ha n~_so ponto ~e düferença do
na medida grande inconveniente, qual 0 de artzgo d9 mesmo numero da le•, qual é, ~arcar
pre_nder. a ·aecào do goy;J!JJlO. EmiJora á pri- ao p~sse1ro o prazo de ~o~ annos para ttrar o
mam1 v1sta pareça Jo:::go 0·~espaço de iO annos, seu tz.t~lo, quando _a le1_nao prescreveu prazo
é ainda as~im de recear, que na vasta extensão definlllvo. A provtdeneta é boa, mas entendo
do Imperio, em grande parte cheio de sertões, Q?-e p~r~ tom~l-a ~ governo não carece de nova
com a e:!Mncia de pessoal habilitado e de outros disposiçao Jegtslallva. : -
recursos, haja logan~s, onde as cireumstancias O art. U é o .mesmo da lei, accrescentando
e lalvez circums_!ancias de força maior; exijam.. _el!:tre _as terras que se deva_m r~semr as que -.
prorog.1ção: e nao me parece prudente · tor-- forem. destinadas para patnmon1o · de eamaras ..
D3r-se esta, para eada caso, dependente dê nova Dlllllicipaes. Nadã se me o.!ferece contra o lld-
concessão legislativa, sabendo-se qubl a demora dltamento, mas considero-o tambem já com~re
co~ qne as camaras. occnpadas cum tantos e lão hendido na !ei~ Pelo menos, penso que está ISSO
vartados assumptos de grande importaneia tra- na aua mente,
Iam de providenciar sobre negooios destà na- o arl. 13 difrere do artigo de . igual numero
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 16:10- Pág ina 9 de 12
an1l!adO numero de lotes, medidos e.~emnr Em conclusão, soa de parecer que o governo
cados mn muiws das melhores reg10P.s do deve limitar-se no projecto de reforma que
.Brazil: Est3 oircumstancia unida :10 melhor:~ tem de submetter, á approvaç:.io do poder !e-
mento que temos tido dos me1os de co~mum gislati"o, sómente ás alleracões que a e:tpe-
c~cão ter-nos-hia feito conseguir mmt3s dos riencia tem aeonselhauo, o que não compre-
vanta'n-ens colhidas em outros paizes. benderá mais d~ ~ a 5 at•Ligos como procurei
Antes de concluir peço liellnca para obJer":ar, demonstrar, cotejando o projecto com os 3rtigos
que no nrt. 2~ do re;!ulamento de 185i, w se da lei, uelle transcriptos. ·..
consideram legitimnveis as posses, quo achan- Parece-me isto melhor não só pela,: razões
do-se em poder do primeiro occupante até a já dadas, c afim de que possa Q respectivo
data d:t publicnção do mesmo rcg:ularoe.n~o ~hou projecto ser mais prompto e mais fielmente
nssem sido ~Ji enadas contra a prohJblt~a!> do adoptail.o, mas tambem para evitar :JS duvidas
art. H da lei de 185(), e no nrt. 26 CJliC so se que natural men te ~e h5o de suscitar sobre o·
houvessem por titulas legitimas os escriptos vigor d<Js disposições da lei, que não sendo
particulares ac. compr:~ e Yenda ou doação, nos rcvogadus, por não serem contrarias âs do pt·o-
cnsos em que fosseffi aptos, por direito para jecto que for approvado não são comtudo
transferir <lominio do b~ns de t·niz, si o paga- n-elle mencionadas, tendo, entretanto, o mesmo
mento do respe~tivo imposto tivesse sido veri- projecto por fin~ a consolida<;fio do que c con-
ficado antes da dita public~~ão. cernente a materta, e portanto podendo se at-
Occorreu:-me esta observação, porque, usan- tl"ibuir até certo ponto coro fundnmonto á na.-
oo-se em alg-uns artigos do projecto d:.s ex- turcz;"J de ·subsLitutivo. ·
}lressues-da data desta lei-da. presente lei, etc. E' este, ::;enhor, o meu voto. .
com relação ~ posses, podem os interess:Jdos O consel beiro de estado Ieronymo José Tei-
pretender o reconhecimento das que houverem xeira Junior: Ponderou que aexposição dos dou-
om:~d o depois da dat:J do regnl:11oento de 185-i , los pareceres, já proferido~, fOra tão satisfaclo-
ou a sua legitimaçfio. Penso lfU C não está isto rin, que i mpunha-lhe o dever de não nbusnr da
JL1 intençrto do illlL~tre nntor do projecto , e nuenr;ão de Sun i\fogestadc o Imperador, e por
si o controrio se entende>se, fõ rn isto alta- isso resumiria ns considerações com que pre-
me.nte prejudi~ ir. l c 1njusliüc~vel em minha tendia fllniltment,u· seu voto.
opin ião. Considerando a importancia do assumpto snb-
· Por tod~s ns razões de interesse publico perrso mettido ~consulta do cou~elho de estodo, reco-
que deve S':r mantido em stt~ p!enilude oart. 20 nhece a coo.veníencia de alterar-se a l ei n. üOi,
do regubmcnto, já por vr:zes citndo, o qual de 18 de Setembro do i850, de modo o. foeUitar
deUrrnina do modo o mnis peremptol'i o • qw: as as concessüe:S d~s terras devolutas, e "promover
posses estabe l~cidas depoi$ da stut publicacão mais ctllcazmente o seu aproveitamento.
9Uio detem Ml" 1·espeiladas e qum1do os inspêc- Mas as :.ltCl;ações exigidas p.ua este fim, não
twcs o a.qrimonsores cnco~atra.rcm semel/lantes importam ll reyogação rla rr·ferida lei, que nliás
posJes o porticipem aos juizes mu11icipues para foi result.ado de profundo e.~tudo, o é nintla boje
pr(Jtideuciaren~ 11a con{ormida.tú: do art . 2. •. um dos melhores trabalhos da legislação p:~lria.
:ii 11cste pon:o não houver n eonven i~ nte cner- Por isso, sem duvida, o projecto de lei sabre
sio em sustentar a disposiQiio do dito ::rLig-o, terras que o governo pretende propor ao poder
s~ m aliás s~ excluírem as re~rns dn prudencia, legislnttvo, alterando apen~s algumas diS)lOSi-
receio que nuncu mais consigumos impedir çõcs da lei >lgen:e, limila·se na maior porte dos
:t devostaçiio do pntrimonio nncional por meio seus nrti~os :i cópia d~ mesma lei. O !lxame
de po$SCs iltdevid:~s e já classitlcndas como Y<lr- com p~ra tivo dns respecti vns disposiçõe5, assim
dadeiros crimes com :~ CODifJCtenle commin;~r.iio o dllmonstra, c isto reconheceram os i!lustrados
de penas. Si hoje t·c lel'~nnos tudo quanto-de conselhei ros ouvidos anteriormente.
abu~ivo, ou.nntes, dtl . Crimiu o~o se ho pralicado A reforma projcct:Jd:J poderia, portanto, res-
em nssuropto tle po~ses, podemos COnl31" que tringir-se :~os seguintes pontos:
o exemplo l~a de continu~r ~ ser imit:Jdo, fiados Reduzir os preços das terras dt!\'Olutas;
os qu~ assun proct:derem, uo que aconteceu Permittir quo n sua venda po.sso sor feita a
aos que violaram tão :~bcrtam cute a; dispo- prazos;
siçi")es proli ibi tivas da lei de !..850 e do recru- Facult-ar o seu aforamento quando frlr prefe.
lamento de IBM,, quando esses ussim fnv~re rido; . ·.
cidos n1io )lOdem \l)r por excu.sa, e nem aindn Facilitar as medições simplillcaodo o seu pro-
por 01ttenuante, z jgnurancia da prohioição cesso. .
formal de se apoderarem de tel"ras devolutas, A lei de 18 de Seteml>rO de f8M cerceou os
como sendo ·primo. ca.~ icnte.!, pois que talvez meios de alienaç;io do~~ terras devolutas; probi-
nem um acto . legislativo tivesse sido até arrora hindo a s ua acquisição por outro titulo que não ·
promul:?ado com tamaalln !JuDiicidade, alnda seja o-de compra, salva a excepção concernente
nos ma•s. longinguos pontos C.o lmpcrio, como ãs terras situadas nos limites do lmperio com
for~m. :.qnella let o o seu. regulamento . .Não pMzes estran~eiros em llma zona de -tO leguas. ·
estao · se:;urnmente taes posoeiros no ~so . dos Esta disposiçao é uma das principaes c:msns da
que .antes da referida . data se estab~leceram dilliculdade que tem · havidCI na alien~r.lio ,das
em -terrenos devo lutos, com cultura e mor::tda refet'id~s terras, como reconheceram os gover-:
effectivn._Isto mesmo já ~ secção dos negocias nos que se Lem succedido dnrante·o longo pe-
do lmper10 do conselho de estado teve ensejo ríodo decorrido di!Sde a data da lei.
de . ponderar em consulta M . que me coube Ampliar, portanto, aquclla . disposiiJão per-
:1 hpnra de ser relator. miltindo outros meios de alieMção. eomo sej3.m.
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 16 10- Página 11 00 12
as vendas n prazo e os ~foramentos, é -facilitar Estes C:J.SOS ex:cepcionaes devem ser aprecia-
o aproveitamento do vasto territorio que conti- dos, segundo as circumstnncias occurrentes· de
nua improductivo, quando pôde ser explorado ·de cada um, aueudendo-stl não só á imporlan-
vantajosamente e concorrer para-a riqueza pu- ela do serviço e dos onus a quo os pretendeu~ .·
blica. tes se obrigarem, mas lambem a situação das
A redncção do preço dns terras, a simplifica. terras, e a outras condi(Xle~ que só podem ser
ção do processo das medições e outras disposi- bem avaliadas na occasifio.de verificar-se cada
ções complement,nes destas nlterações da lei um dos casos previstos. .
vigente, são providt'ilcins_da...ma.ior utilidade e Nenhum inconveniente h:~, portanto, em que
conveniencia para o alludido fim . o poder legislattvo continue a apreciar e nu tori-
Eslas modificações eslão comprchendidas no zar cada uma dessns ·concessões a titulo .rrra-
projecto e com ellas concorda o mesmo conse- tuito. E quando o governo não J?Óde conceder
lheiro, nem mesmo uma isenção de dire1to~, sem pré-
Pensa, )X)rém, e de nccõrdo com os conselbei- vi:~ aui..Jrizaçã.o legislativa, como lembrou um
ros ouvidos anteriormente, que tr.'ltando·se de dos conselheiros ouvidos anteriormente, pnrece
alterar apenas algumas disposições d:t lei de i8 que não sa d eve conferir-lhe a attribilição de
de Setembro de !850, fõra mais conveniente doar uma parte qualquer da propriedade ao Es-.
limü:~r-~e o projecto a estipular sómente as re· tado, sem que para cada caso tenhn obtidi) a
feridas nlterações da lei vigente, sem transcre· necessaria autorização.
ver a maior parte dos ortigos da mesma lei que Entreton.to, ao passo que não adbere a essa
não se pretende alterar. ampliação da lei vigente, a qual só admitte :1
Além -das duvidas e apprebensões que, por ooncessão gratuit:l. das terra;; devolubS quando
tal motivo, podem suscitar-se, como demonstrou situadas nos limitP-s do Imperlo, tambem não
o conselheiro Ví$Conde de Jaguary, releva no- reconhece nenhuma convenieucia no liroitnção
tar-se a inutilidade e inconveniencia que resul· da zona tlc dez le_quas, determinada por esta ex.-
ta de semel hante alvitre. cepção no nrl. i . • da mcsn1a lei. e que o pro-
Inulil é prescrever-se regras e condi~ões j:i jeeto de reforma reduz n 20 kilometros ou
estabelecidas por lei. cerca de 3 e meinleguas.
Inconveniente é provocar discussão nas cn- As terras sHundas nas fronteiras do Imperio
mar:~s sobre disposi~es que nüo se pretende não offerecem outro :~proveitamento mais -vanta-
alterar e que expostas aos azares das votações jt>so do· que o da indnstria p~ storil, e 3 ost~ não·
do parlamento, podem ser modificadas em sen· pôde convir a reducç~o da zon ~ jú permitticla
tido contrario ao pens am~nto que ogoverno de· pela lei l'igente, porquc inhiblndo de esta bele·
seja manter. cer grandes pastagens, n5o compensa os sacri •
Semelhante ·procedimento cnusnria mnior de· freios c privaçi:;es a que \ilm de sujeitarem-se os
mora e difftculdade na ~dopeão do projccto, por- exploradores. Para que se possa nttrahir o tra- ·
que tornaria necessnria a discussão det:Jlh ~da bnlho a essas longínquas p~H"agcns,tão afast..1das _
dos seus 20 artigos, sem proveito para a mate- dos centros dn popnlarão, sero mercados pnta ·
ria principa) do mesmo projecto,que consiste em os productos e qunsi ·sempre som os recursos
poucas alterações da lei de 181>0, como já foi de· indis!Jensaveis ti vida, ó necessario que os ex-
monstrado. _ plorndor2s possam, ao men os, encontrnr na
Outrosim, declt~ra o mesmo conselheiro que vastidão da zona concedid;~, uma compensação
adherlndo t\s ponderações feilas pelo conselheiro da falta O.bsolul~ das outras condições que dão
Visconde de .Bom Retiro, em relnção ós outr:~s valor n terra, e que podem remunerar o traba-
disposiçõcs do projcclo, prescinde de insistir lho .da sua ex.ploraçiio.
na~ mesmas considcrnções, porque j ulgn sntis· Attendendo a estas consider~ções, parece que,
factoria a demonstr~çãe> j:i subme.tida á nlln longe ·de reduzir-se n zona permittidn pela lei
aprcclnc:ão do Sua Mngestnde. vin-ente, .convém manter o que já está estnbele-
Entende, .J.><m!m, que é do seu dever declnr:~r eido a este respeito, ~até mesmo :~dditar alguns
mnis explict~mente o seu voto, quanto á facul- outros f~vores quo contribuam · para activar
d:~de que o projeeto confere oo governo para mais e.mcazmente o aprovoil.<lmento dessas vas-
di.~por clns terras a tilulo grat1-'ito. -- · tas regiões, onde não chegou ··ainda · nenhum ...
Estn faculdnde, comprebendlda na disposiQão dos beneficios da civilis;~ção . ·
do art. l 6 e detalhad:.ntente regulada no § a.t Feitos estes reparos ao projecto, conclue o re- .
do mesmo artigo, parece, ao mesmo conselheiro, ferido conse!beiro, con<~ordando com as obser- .:
exorbitante das altribuições do poder executivo, vaçõcs ndduzidas pelos conselheiros que o pre-
e a annuencia do poder Jegislativoa semelhante cederain. • ..
disposiç5o, importaria uma delegação tanto O conselheiro de estado · Joaquim Raymundo· .
menos justificavel, quanto nenhuma urganci:r de Lamare leu o seguinte voto: Senhor. A_res~ :·
ha em·'ocorrer préviamente a hypotheses ex- peito do projecto· de lei sobre terras, . submet:- :-
cepcionaes, como :~s .previstas ·na referida dis· tido á apreciação deste conselbo, enuncio o se-· ·
:poslçlio: - •quando as terras devolutas se acha- guinte voto, qnc a Vossa llagestade Imperial '
rem no longo dos rios, cuja navegação tenlla· de peço p~rmissão de 'lêr: . . . · . ~- :
ser melhorada, ou de es tr~das de ferrp ou de E' mmha opinião que, consttLrundo o proj e~to ·
rodagem, ·que tiverem de·ser constrnidas· por em questão uma ampliação á lei n·. 601,. de 18 .
emprezas particul:~res, ou guanao aproveitarem de Setembro de 1850, e facilitando mai~. do que·:
-- -ás fC!Ze_ndas modelos, escolas '·agrieolniÇéiige- essa llii;-tanto nos· nacionaes como -á emigração';
nbos centraes, estabelecimentos pravlnciaes e estrangeira,- a aeq.uisição de terras· devolutas; :
municipaes e fnn(l8çi? de povoados. • quer por-compra, qu.er já por aforamento· é -
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 10+ Pág ina 12 de 12
PllESIDBNOtA DO 'SR. GAVIÃO PmoTO, (3.• VICB• PB.ESIDS!<CIA DO. SR. G!.VIÃO PElXOTO,
· PliESIDENrE) . · (3.• VICE- PBE'iiDE!\"T.E)
A's U horas da manhã feita a ebamad6, SU.\IMARIO.- EOll>IL'<TJ:.-Parceorcs.-Projccto.-B.eque-
rimonto.-obsenaçüos dos Sra. A.!ID.tida Gonlo, Liberaw
acharam-se presentes os Srs. Gavião Peixoto, Btrroso, Vallad>ro&, Bu,.rque do M3.cedo (ministro da
Alvos de Araujo, Costa Azevedo, Iosé Basson, agricultnr3..)- Obsci"V<>~õos do• Srs. Fr~ Coutinho o
Prado Pimentel, A1 meida Couto~ Ribeiro dê Vo Podro L nu (mlnisl ro de estro•J•iros)-Onn&" DO Dt&.-
La~ão dos projeelo' l>S. l 'M,l!õ, i33, l44, m,l3ô o 61.
)fen&zes, Barão da Estancia, Prisco Paniso, · - &triondos.- Observ,.ções dos Srs. Freitas Coutinho o
.Alfoaso · Pennll, Ribas, Bezerra Cavalcanti e presideate.-Continutlção da disc11ssão Jo projfcto n. 90.
Ignncio !!larti.ns. -Dlscur•o do Sr. Costa A•ovodo.-Roquorimoulo.-Du-
euso do Sr. Joaquim Serra.
Compareceram depois da chamada os Srs.
rieo, Danin, Fabio Reis, Sinval, Tbeodoreto
Ame·
A.'s :H-hor:~s da manhã feita a chamada acha-
Souto, Viriato de Medeiros, Pompeu, Abdon ram-se presente~ os Srs: Gavião Peixoto, Alves
.Mil o ne~, .Manoel Carlos, Manoel de Magalhães, de Araujo, Sergio de Cas\ro, Btllcão, Moreira
Buarque de M:~eedo, Soares Brondão, Souza de B:lrros, Prado Pimentel, Mell<l e Alvim,
.Andrade, Espindola, Barros .Pimentel, !!lonte, :M~cedo, Barão da Estancia, .Malheiros. Joaquim
Augusto ·França, Ildefonso de Araujo, Rodolpbo Breves, Martinho Campos, Cesario Alvim, Be·
Dantas, Andrade Pinto, Baplist:l Pereira, Pedro zerra cavalcanti, Horta de Araujo, ·. Almeida
Lniz, Freüas Coutinho, José Caerono, Aureliano Barbosa, Costa Azevedo, Ribeiro de Menezes,
Magalhães, Candido de Oliveira, Cesario Alvim, · Marlim Francisco fillío, Andrade Pinto, Lemos,
llanoel Eustaquio, llello Frnneo, Lemos, Mar· e Seraphico.
tinho Campos, Barão Homem de :Mello, Marliru Comp:Jreceram depois da chamada o> Srs:
Franeisco, T31llandaré, Jeronvmo Jardim, Sergio Saldanha Marinho, Americo, Danin, José Bas-
de Caslro, Mello e Alvim, Qunar:.t"O, Galdino das son, Belfort Duarte, Sinval, Joaquim Serra,
Neves, Ulysses Vianna e Frederico Rego. Tavares Belfort, Pompeu, Liberato . Barroso,
Faltaram oom participnção os Srs. Antonio Soua Andrade, Tbeodoreto ·Souto, Virfato de
de Siqueira, Almeid~ Barboza, Aragiio e Mello, Medeiros, Abdon Millanez, t.llliloel de Magalhães,
Abreu e Silva, Deltl'ão, . Costa · Ribeiro, Es· Manoel Carlos, SO:rres Brandão, Buarqne de
perid~o, Freitas, Ruy Bar})oza, :Nogueira Macedo; Ulysses Vianna, So~a Carvalho, Es-
:Aeeioly, Franco de Almei~a1 Franco de Sá, pindola, Monte, Almeida Couto, Ildefon.so de
Frederico de Almeida, FranJUin Doria, Fran· Araujo, 1eronymo Sodré, Prisco Parnizo, Ro-
cisco Sodré, Fidelis Botelho, Horta de Araujo, dolptio Dantas, Ruy Barbo ~a., Zama, A~ambuja
José Marianno, João Brigido, Jeronymo Sodi'é, :Meirelles, Baptista Pereira, Pedro Luiz, Freitas
Liberato Barroso, Lourenço de Albuqnerqne, Coutinho, José Caetano, Jcaqnim Tavares, Abreu
Lima Duarte, )tacedo, :M~lheiros, Marinnno da e Silva, Affonso Pcmna, Aureliano Magalhães,
Silva, Moreira Brandão, Olegario, Rodrigues Candidode Oliveira, Manoel Eu.staquio, Galdino,
Jn.nior, Souto, Tbeophi!o Ottoni e Visconde de Ignacio :Martins, Franco de Sã, Mello Franco,
Prados ; e sem ella os Srs. Antonio Carlos; Valladares, Antonio Carlos, Leonei11 de Carva~
Azambuja M.eirelles, ·Bnlcão, Belfort Duarte, lh(), Tamandaté, Jeronymo Jardim, Segism.undo.
Bezerra ·de .Menezes, Cnrlos Affonso, Corrêa Camargó, Ribas, Silveira de SOuza,· Ferreira de
Rabello, Coulo Magalhães, Diana, Epaminondas Moura, Theodomiro 15 Carlos Affonso. ·
de Mello, Ferreira de Moura, França Carvalho, r.ompareeeram depois de aberta a sessão ·os
Felicio dos San10s., Fernando Osorio, Joaqtp.m Srs. SollZa Lima, Frederico Rego, Epaminon-
Breves, Joaquim Serra, JoaqUim ·Nabueo, Joa- das de llello, Barão Homem de .Mello, Felicio
qnim Tav:~res, Leoncio de CU'valho, MarooliD() dos Santos, Diana e Lima J)U3.úe. ·
Monra, .Martim Franelsco Filho, Moreira de
Barros, 'Serapbico, Siglsmu!ldo, saldanba Ma- Faltaram com participação . os Srs. Antonio
rinho, Souza Carvalho, Soma Lima~ Silveira de de Siqueira, Aragão e Mello,. Beltrão, Barros
Souza, Theodomiro, Tavares' Belfort, Zama e Pimentel, Costa Ribeiro, Esperidiãol Freítas,
Val!adares. · • .Nogueira Aceioly, Franeo de Almeiaa, Frede·
rico de Almeida, F.1bio Reis, Pranklin Doria,
Ao ·meio dia o Sr. presidenJe declara niÕ Francisco Sodré, Fidelis Botelho, José .Marianno,
haver ·sessão por falla de .nlllll.el'O. João Brigido, LonrenÇt> de Albuquerque, Ma· ·
rimno da. Silva, Moreira Brandão, Oiegario, .Bo-
OSR. i." SECilE'Ulllo dec~ra. nio haver expe- dri~ lunior.. p.omo, Tbeopbilo OUOni e VJS· .
diente ~, · ~onífe de Prados ; e sem ella os Srs..: AugoslO,
OSa.Pusm~:dá para ordem do dias.deN~ França, Bezerra de Menezes. Corrêa Rabello,
vembro a mesma dada para odia.~mais, depOis Couto Magalhães,. França Carvalho,.-Fern.ando .•
das votações e ::precedendo as out:ras matetias, G ()sorio, Joaquim Nnbnco, Martim Francisco · e
projecto n. J~~ abrindo um credito ao .minis- llmoüno·'Mou:ra.. · ·. .
lerio da mariua para supprimen1o á verba· Ao meio dia o Sr. ju-esidenle ..4eclara .~. ·
-&fermadDs•.:...e G projecto n~ J30, proll.Windo a sessão. · · ·
fuar exca~es e abtir v.allas nas mas da ci-
dade. . . . .. . . .8io lidas e approvac)as:_as. aetas- &s dia€ anie~
~ .
· O Sa. i.• Sli:émE'rARIO dã conta do 5egnlnte
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 10+ Pág ina 2 de 25
. 248-
::·
-~ Se~sa:o ,extrao!'cimaria<.em s
I - .· ~ • . • -· - . • .
de Nov~mbro. 'ae
' .' . '.
isso:::
-. .
·. o'sn.' Pli:ÉsmENTE:;o nollre deputado niío o Sn'. VALLA.DAIU:s:~ ~[as ; v. Ex. p~rmitti'.
põde continuar a discutir a materia; · - que antes disso .eu .refira_com __nüi.is clareza o
· o s y ... , .:,~~ · · Po 0 -.<r - E v31·· - · · facto,. já qne as interrupções da !Ilesa e de algun.-s_ ·"'·
porqu~-- ~n.us.s:-,. ss ' _l • . X; · ouvlr Srs·. deputados tanto prejudicaram a- minha-
· · · · exposição. . ·. · .· - -
··.o SR ..PRESIDENTE:-:.,... Nãopódé. v~ Ex. pediu o presidente de Goyaz dirigiu~se no de~Hnas,
a palavra parii que fosse inclnidtúia ,ordei:n do dizeudo: •R.econheceucse que o. territorio niio -
diaum projecto; a mesa jã ouviu a sua recla· pertence· a Goyaz .• !>- autoridade mineira cru-
mação._e tomal-a-ha_na devida consideração . zou os llraços, porque:tambem se tem posto em
.. O SR. VALLA.DARES:---:Pedi a-palavra emtempo,- duvida.' a sua competencia; a de Goyãz cruzou
e possofallar sobre o que quize_r e o tenipo que os brá~os, porque se -lhe disse que o territorio
quizer, porque. V. Ex.; já firnüni. jurisprudencia não lhe pertencia; E assim amlam impunes
que consta-dojornal da casa. V. Ex.. declarall naquellu zontl os assassinos e ladrões, por·
positivamente, em consequen:cia de re~lamações que, senhores, as áutoridades mineiras hesitam,
de algnns srs. deputados, que pedmdo-se a em razão .da contestação infundada que se tem.
palnra"'Cm tempo, é licito fallar sobre o que f~ito â legHimidade de sua 'j urisdicção; as nuto~
bem p~recer ao deputado e durante o tempo r1dades de Goyaz,.por sua yez, tambem encon-
que ll13m lhe parecer tambem.:E con:sentiu que tram duvidas, --encontram· diffi.culdndes, duvi-
rallasse durante mais de tres quartos de hora dam da sun competeDeia e jurisdicçlio. · · ··.
. um membro da mes:~, emvirtude de sua deci· O Sn. JE:Ro:~rnm JAnDnt:- Não é ex.acto: ha
:são. c- ha alli autoridades constituídas pela provincia
. O SR. PRESlDENrE:- A unica lei por que me de Goyaz; e eu hei de , provar isto. .
regulo é o regimento. ·. o Sn. CEsARro ALvnr :-Mas essas autoridades
. O Sa. VA.LLADA.D.Es.:~Regirnento interpretado não se podem julgar legalmente eOnstiluidas:
conforme as circumstnnc~as e pessoas. _ (Ha cv.tros apa?'tf!$,) '
o SR; PRli:SIDENTB:~'V. Ex.. está di:;cutindo O Sn. V.!LLADlliES : -Eu não posso fallar;
uma materia que não se acha em ·discussão e col)l tamanha celeumo,.que obriga-me a fallar
isso o regimento não permitte. · m:u,ito'allo, o que fatiga-me .muito, ILtnntos
. -.0sn: VlLLADA.D.Es:c-.'Tàinbem.-o" rc.:rimento apartes obrigam-me a to_mar mais 'tempo á ca•
.. mara, do que eu desejav<t ..
não -permi\te. que se interrompa o orad_or;:e si · 0 Sn.· P.REsmE~, TE :--'v. E~. "•ta" tr. "tando:
V •. Ex. não me estivesse ainterroml)er, eu já " "' "Vv u
teria termi:l]ado a minh~ reclan::ação. · de uma questão~ que não está na ordem do dia, ·
. ; ósn: PRÍilsiDENTE:-.Oregiment.o'obrio"t!. a mesa.· tmpedir é sobré a qual muitos querem fallar, nãó-.hei-de..:.
aos outros que ~êm apart~s. (Apoiados;)
a observar aos oradores ql!_e discutirem assump~ . - o nobre f),epntago esta vendo que não llóde
tos que nã_o estejam·postos~eüfdiscussão, que não fali ar na _matei'ia • .(Apoiados.) .·
pódem continuar neste terreno. · - · '· · ()SR. 'V.ALLADAR~S : _Principalmente ten:d~
. O Sn. VALUDAllES:-Ha espidtos defeituosos, a mesa eontra,e com opinião manifestada. . : ··
o meu é um delles; sou prolixo. (Não a.pfJia.de>s.) . O Sa. J~:noNYMO SoDnt .· -. -g,· es•l-cm· ~t-s"u~-
0 que os e::piritos lucidos ·exprimem com ela- ... " ... ~
reza em poucas palavras, eu ·,tenho nec_essidade são o assnm]lto, pe~o n palavra.
de fazer um discurso para externar, por isso (Ha outros apartes.)
cumpre.interpretar o regimento em termos; do o SR. VÁLLADA.ti.Es:-Sr. presidente, 0 segundo
con~rario; _sr. presidente,Y; Ex_. ~mpedirá a objecto que ms traz :i tribuna é dirigir um·n
mmtos deputados o uso deseu dtreno de fiillar pergunta ao hourDdo Sr. ministro da· ngricul-
nest;I casa.". . .. . .- . . . ,turii, qne se acha. presente. S. Ex. rar-me-ha
,-A falta de·mtelhgencta !lrodi!Z u p~oltxtdade ;_ a gr~ca de decl:~rar á camara. e ao pai:l:, si o V'ice-
el.l acbo-me neste caso •. ·- (Nao apo1ados.) - , presidente de minba provinoin é orgiio do go·
O Sn. Pusm&r."TE:.;....Perdõe~me o nob're depu~ verno !la intérpFetaçlio ~ue d:i, em: ~eu , u_lti~o
tado ,; 3 materia sobre q11e V. Ex:. esl:í fallando re!at~rJO, aprilset;t!_d~ a · assemblea J!fOVmCJal ,
não se acha em discussão; · · ·. _nunelra,ao deerelo ·n~,~-~07-i de 3.Cde_- Outubro
.. ··. ·. : .: , ..· . .. . .. - de ,i878, telativamentl!·aYpropriedade da estrada
OS!!.. VALL!.D.&}lES:~Ta~bem amatenasob!e ,Leopoldin:a. · .· _ .. . .
que, durant~ marsde tres·qnartos de ll_ora, drs- ·· . Y..Ex.creeorda-se de que dnra!l!:; ILpat-I_'rotiça
cursou ha dtas:,um membro_da mesa, nao estaYa~ administração do honEado Sr.- Silv~!ra Lobo, ~e
na or4em do -dia. . .,, .. · .... . vantou"se ·uma questao entre duas companhias .·
.:' Nurica me' ,~oD.Jorm~rei com a . idéa de que . de minh;lpro.vincia.,-a cO~panhia União M.ineira ...
,nesta: casa aJe1 nao se]a: a. mesma para todos.· e a companh1a da Leopoldtna-:.- . · :
·•'TétmirieL- a 'min~a reel~ação <perante V. EX:.·. ~ -Esta questlio, Sr•. presiden~e~·wm.inou-se pot•
Sr. presidente. ·, -- ~- : .• . ,'UU1 4ecretoL~o •nobre sr, Strurpb~ declaran~o
. -~•·. ·• ~n o,·;·p~r .•:.. 1 _i . . . . - .:.- ,, _ . a estTada defe1:N da·Leopoldina ~r~·aesf:!~
lenJioa fazer um-a per.gunta que :encerra um· . nada.es~cume~te-~() sery1ço ·.... ,·.····· .·.· .· ,
·· · - íle,'M~?.~~~noli,r~·m~ni~tr?•~-~.ag~ienl:~urà;;. ;· : ...:;:. ,~~ffn~~~~~:g;~htehder~.mn.i~s;;ptiréiii,íiÍí~
· . O Sn. PRESIDENTE:-:-Néste easo peço ao nobre\ eu)quo-'esse-deereto importava jiara miáha·prõ~_
dep!lta.~o, qn._e-trate da ·outra·materiac para· que' -vinCill; a perda d,o -.direito á indemnizaç$ ~u_·ã-
. . pediu a palavra. · . . -- : ·· · propnedade da-estrada deJerro da l:.eppoldma,
·· -.•.ro~o:Vl.,;;.s,,_/ . - ... .. -- . .,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 10+ Pág ina 6 de 25
. ··c. .
SessãO erlraordinaria em 8 de· Novelitbro. 'de :1880~
·findo o·pr:~zo d.ei().annos,,~na.c~nrormidade de ·o s~~..·VALLAD~RES:-Dizia e.ii,Sl". :presidente:-
uma Iet mineira e de um contrato celebrado · que sempre entendi que o direito de minba pro-
ptil~t administração de. minha provinei~ com a . vincia estava salvo pela.força . .do nosso. direito .
companhl~, da. Leopoldina :_ · ·. · politi co e. qp.e p_or mai5 ~orte ·CJU~ fosse o braç~
·' · ·· · ao.Sr. S1mmbu, elle , na o poderia . arrebatar a
Nun~a. Sr. presidente, tive tal opiniã(). . provincia.deMiD.as'a prop.riedade dessa.estradã
.{l S:a. CARtns .AFFoNso:-Nem niriguempodia de. ferro, ou supprimir o seu direito,,á indem~
t~l". ... . . . niz:tÇãO,'lla fórma do COntrato:, 'que -Vincula a
O SR. y ALL.A.DA.IIES :...-. E' certO que . !Duitos ·companhia, si elh1, no fim do prazo, tiveqe-
iiveram e têm. Sempre, porém, entendt qua o • cursos para indemnizar á pro:vineia de Minas.
direito de minha provinda estava garantido o SR. CA.P.tos AFJ'oNso:-E nsm , pretendeu
pelo .:\cto Addicional, pela Constituição do Im~. arrebatar. """'. . ·
perio e pelas' leis regulamen~res; e P 0 ~ um ô sa .. VAr.r.AnAnis:-Não ·sei.si pretendeu,·
, con.lr.ato, que· ha de. prodnz1r seus effetr.os . Sei ·apenas que, Sr •.. presidente, semelhante;
Cultór sincero do direito, confio muito na sua effeito attribmdo.ao de"creto de 1878,. importaria
força, Sr · presidente l golpe de morte á~ autonomia .. das provi~ci~s•. e
O· SR. CEsi.RIO ·À.LnM:..;;...Apoiado ; nunca pe-. uma tralisfurmaçao completa em nossa· formn
riclilou o. direito ·da província de Minas. . . de governo,concentrando-se no poder executivo
O SR. CARLoS;- AFFONso:- Ninguem contesta ou ministerial, Sr-. presidente; todM as facul·
este direito. dades: a.legigJativa, a jl}diciaria e a executiva.
· e n1io sei hoje quem terá arrojo e forca para
O SR. VALLADARis:~Na ·conformidade da pretender oper~r essa transformação; tão radi-
Gonstituição; do Aeto Addicional, das nos~s leis cadas. acham-se as instituições democraticas nos
ordlnal'ias. e seus regulamentos, a desapro- .corações dos.,brazíleiros. (Apoiados.) . _
·priação· por utiEdade publica, só ~;: opóde veri- . Mas, Sr. presidente. sendo esta a opini~o· de
ficar,. sendo .o desapropriado ' in.demnizado todos, ou quasi .lodos os dep.utados. mtnelros,
. pr&'Vi.tt~e·nte. e co~ os i'ecul"Sos legaes ;. salvo' como V~ Ex. ·acaba de ouvir.de. suas manifes.-
os casos de· n·ecess1dades · urgentes de· gue~ra e - ·· · L di - d ·
-,de-commoçõenociaes, em que a desapropriação taçoesem apar es,.eu. spsnso-me e mats con-
·se· pód.e·ve.rificar'sem'imdem:D.izaPão pré:via, p·a.r.:a siderações ·em prol dos direitos ·de Minas; .e
" leio· este trecho dú .relatorio do ,hooudo presl-
.ter log;if pósteriotmente. · · ·· · dente de minha· provincla,transcripto com toda
Tal é o nosso direito positivo; resultante, não . a "fidelidade DO jornal Proo~ncia d.e'Jfi1/)),8, que
' só da Co:p.stituição e doe Acto. Addicional;· como .se publica no Ouro Preto". · ·
deJei<J or.dinarias;_ como !ejam, entre ~outrac;;:· as O treoh~:do relalorio,..relativo á questão,: faz
leis de 9_de S:etembro de' i8!6,, de iO_de Julho obj_ee.to de um importante artigo da P~ovú~ia
;·de i815a ·ereguJ·àm~nto ao mesmo an:nõ,.de 12 .. de. Minas que não.obslante:suas idéa&eonserv:a·-.
•de Julho de iSi.'i. reg.ulamento n. 4.505 de 1876,.. doras, eu tenho. a satisfação de declarar que, é
e ontrns_disposiçõeslcíue•a illustração da camara um jornal magnificamente redigido; .nota-se
me dispensa de citar:. • · ·. · • ' • . · em seus artigos grap.de jllu~tração ~e seu reda-
-"Não.obstaúte,l\egrtndo.a opinii\o. que sé levan· ctor, e uma elevsçao de ·Vlstas nao commum.
ton; qtiaudo se promulgou o. decrew n~ r>.07t,. em nossa imprensa•.
· Sr. presidente, v. Ex. deve lembrar-se,. a Diz o trecho do-relatoriq,.refe:rindo·se ás clau~
Jninha provincia .se .achavn ,esbulhada do seu sulas. do. contratá celebrado pela companhia
direito. de propriedade futura á e~trada de ferro L.eopoldina coui~ o .go.·verno de minha _província
· da L.eopoldinà· oU: á:-indemniza~ão, · · (lé·J, ·. ·
Q. SR.. ciaLos AFFclNso::...:Não apoiado; peço a ; 'Determinôu aq~eUaJ!li (n, !.8~6), no ar,t.i..•,
palayra -.. · _ · que orawal ferreo. passar.ia. em IJerCeito e~tado·
. o -SR • . VALLADARES:-Eu não snsteÍltn· essa de ·oonservwffio,_ á provincia,. sem, .m11is, onns
opinião, jã declarei, por isso. não· comprebendo o algu01 para ~sta, findo 0 · pr~o de õhlm.os,_
não apoiado do.. nobre .depwadoc , . dentro do qual. a . empreza tena o uso e fmeto ;
Estou;de, accõrdo com o. meu illm;tre atnigo,. e o decreto (n. -t9U); na,clausnla' %8·.~· .annen,
digno. deput.adó. pela. :prov.incio. de Minas, 0 estipulou que, decorridos os primeiros f5 annos
Sr. Ca:rlos Affonso~ que pelo seu talento· consti:.. de. d.ur~~ão. do privileg-io,. pode~ia o. governo.
....... ~I·or.es.. !!3" J'3Jlti~s ás re.....
e nma.das.'-....,
.t u .
5 ""''i.as.e di- t:e5gatâr ·a c:onceScSão, paganAo, ~ pi:.éi(O ahi •·te,-
gnJado. · · ·.-· · .
reitos da no sa· pro.v:incia~
3
' ·> · · ê • Na clausula ~9·.• estava estip:oJa.do, ~··
6 S11. MollinU.. DE BARROs:....,-ltfuilO ap.oiado.. .terliúnado·o J.ltaZO; do• •priv.il~gio, a _companllia
ÓSR. GAiú.os .i\:RF~NSIJ:;_~I"Q;i!.!l agrad~do a contin!!aria. na: :eosse e go:r.o; da: estrada, ~de
~.i Ex..' < . ~: • suas de11eudencias,. pagando, d~eclogo, ao, go..
verno im erial o. ue !oSStl fixado.· ló,a tora
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 16 10- Página 7 ~e 25
nndo
,..,. uró_s ' d_·ei;ta. ~iiantlll,··
· j·_ , ..nri.e_·•• · a_té... _fins·_, de_ · . ·· O ..,,·_ " ·. ~~..:.. .·A.;;~roN&a
= ·:·.·_,\,AA.lUNs . - • : -·
N
. ã. ao·-:.apOla.d·o.;-.... o-.>.
· . --:
!8791 eons_tttnia adiVlda dll provzncza para com direito da_, nossa provincia está Iierfeitamente ·
.:' a Ca.1xa ecoltomica desta eapital, na·imporUlneia firmado. :. . · .·: - · ,, :' _,.:;;: .: · .
. · de~t.%J5:i83;'J39t.. . ·· - . -· . ' · . · · · 'Ú :Si\•.. _ VALUDA~BS:~Sem duvidá; m~n ··
. : • J4sa$ _~làusula' dos cinitmtos ,periÍei'am tUa declaração âominlstro-virá; desrazer.esse , em~
· forpa.-jJd,a nov~ . que Ia _odecret<ni.l'i.01t de buste, essa arma de g11erra, de'que se tem fan-- ·.
31 de · Outubi'O de i8í8; · declarando 'a r e{erill2 çado Dião·em Minai!. _Os adver$arios ·da sitUação~
6Strada_especialmente destinadii. ao sei-,iço da Sr. presidente, sáiba o nobre ministro, preten- ·
aãministraçtlq !}Bf~l -dri"Eitado,'o -ifUe ·importou dem, como disse, implan\ar nos espiritos_a ~n·
Jlam estu f, 'amf~encia dapcs&tJ e oozo da linha; vicção de que o uni co irocto que a provincia·
1m tBt--renog e ~ oora.s •.• .. . . _· · . tem auferido da situação' liberal, é a perda.d_e '
· Pur conseqo.encia, o presidente da provincia seus direitos ·em rt~lação á companhia e á es-·
:·de M:~s ·entende que o decreto de 1878, ·operou trada Leopoldina, estrada que, saiba a camara, -
nma \..ardadeira desapropriação; sem que pre-~ ,tem cust-ado â minha próvincia sacrificios lm-
eedeS:>em. anormalidades legaes, desapropriação meusos., A sua divida, de cérea de ·{_.300:0008,
que, em Ç!so . algum, na minbá opinião, podia foi contrahídã para a construeção desta estrada:
:te~ lugar; porque tratava-se de=uma o~rn pu- . Portanto, p,eçp_ao nobre ministro daagricul·
• hb~;· de urna estrada provincial, sobre a qual ~ura que -venha á tribuna declarar si o _prési.•
· ,tinha e.:J.erD.odirdtas-fmporrames aprovincia.de dente da ·-província de Minas, considerando a
Minas;'e ~ nossa legislação não conhece senão estrada de ferro da Leopoldina perdida para
. ·_de~~l.lrop_riaçiio_de propriedades particulare~ p~r sempre par~ ami~ba provmeia, é.ounão orgão·,
. u.tihdade_ pnbhca, ~ao conhe~·desnpro~naçao do governtnmpertal. · · '
· - de propoedade publica por·uhhdade parttcular. ,.;; · .. · .· · . .
·A proviricia não é outra consa rriais do que uma . O li!tJ:" · -DI:'~qne de Mac~o (m'·
: das mui las manifestações do Estado; a proprie- rustro da agrJ!ullura):-0 gov~rno Jase oe·
da(i~ da ·pro-víncia é prQpriedade do Estado; e · cupou da q1;1es1ão ~.que se refenu" nollr~ de-
portanto~ em face <!o nosso direito pnblic() eon- putado;<~- ate ha Jll. pareper . do . conselbG~ de
stittteional . não é admissivel semelhante des- estado e por estes dias será resolviâo este .-ne-
·apropiaÇà'o: Mas.o presidente da província de- go_eio. _Portanto' o ~obre depu~ado ba .de:..co.~v~r
. · Minas ,:en~eude que'! d~reto._de .!878 impo~~on q u.~, nao es~do ~Inda tesolv1da -a-questão, n:ao· -
· .,:para a .· nnnha pronncra a per.:Ia ·· dos~. direttos .· seria,_ converuente·!JU.~ , neste momentç.eu .di,s-
: qrie ' te'll;\ ém -relação.';á estrada e:ã companhia. sesse ~.qu~leraa ~pmla? ~~ governo a· re~p~1Lo
~ . Leopoldma. . . · _. · _ -. . ' · . ._ _ . de~Le assu~pto. .· . ·
~- :· o Sli. ~CESAlU~ ALVIli:~Não, . abs<ilutainentti
·: não. - : ,._. . - ' · . · ·_· · ··· . .· · . ---
o Sr; crista ..i.zevedo :~Eu cedo
da palavra; que·tfutia pedido em .tempo, por_q)le
·.. : o· SR •.~ALLADWS :-Estou. de accôrdo com o nop_re ! . o secretario ja ~e pr~venil! no ·que
·:v. Ex.; a#nas r·efiro- m:~ ao trecho do.relatorio:· en tmha · d~ Jlpre~esn!-ar a -cvnsrderaçao da .· ca-
dQ ~ president~ da pro-víncia, cuja opi~ião não mara, ~elntivamepte a estrada de ferro do Pa-
._,. aceito..... . _, ; , . .. · .. .· . .. . . . raná. ·.. · . . .. . .
·. U:r.s: Sn .. Dl:PliTADo :--:- E' iüna opitiião_erroriB!l, . o Sr: FreJiafj ~uÍinlio:--:Eu tinha
. :.a do pr~1dente, ; .·• · _ · . . . .. . .- . . pedido a, palavra n~ supp!lsição_de que estivesse
. O Sn • .Y.u.uDu:Es:- Portanto :-venho ped1r- all{uma cousa em .discusAao, .pots o nobre depu"
.'· ao:bonrado ministro da agricultura que:deelare (ado -pela provinaià de Minlls oecupou por tanto
· si'nest& PQilto o presidente da . ,provinela de tempo a .tribuna, _qu.e foi essa a mlOba crença,
Minas - é ot:gão· do' governo· imperial: · Creia no,entretãnto uso da palavra' que V. Ex;, Sr.
S. ~ E_x. _qne ·a sila declar~ç~o tem m~ta impor- presidente, .mtl . oferece 'llara dirigir al~mas
t411Cla, não S6 porque 'Vtra dar ~a1s torça ao {>ergunt.as ao ·nobt:e mirustro de estrangetrl)s. ·
dil"6ito·da nünba l)ro\'incia;porque ella-se .ha ,de acer<E4 de negocio que r eputo importante ·p~
t?ns!llrm~ ~m afgum aa_to, ~O- gove~no, gann- o pau. . . · · . · . •,' •
tmdo O. direito. da ; __proVIIICla dll Mmas,.· como Desejo Sllber o que pretende o governo : ra~er
porque,_creia s:. Ex~ redundará em proveito do . eoni o Sr; coronel La torre· qu~, o segundo
propriõ · gov~rno, que _JiaqueUa: província vai algumas .tolha;; da;repJ?ll_lica O~iental,· constitue .
.~dendo ·força na· ·opmfão. . . .' , _,. , uma ameaça a tra:nquillidade mterna Jlaquelle ·
· .O, .J)a;tido . contrarid 1em , fei1o . arma desta ·P9VO? . ·; • . ••·. . · · ,,,. J. · -_. · .- .
. . qu~~o- da- ~OP?ldinarproenrand? pl~nt~·nos ·. ,Aque~tão egrave e.sobre ella já Co~ pro-
. esprruos a; eonvicçao,de·gue da SJtna~o 'liberal· ·feridas· algumas palaVJ'3s,no .s~nado; .mas, J!essa
,·a minha provfneia só tem-auferido esse•.gra~de . occásiâo/ o I}~bre presidenté d? conselho_ nao se
~- ~sbnlh~ da- estrada de fe!ro: da.J,eo.~ldi!uz:~: .. • Julgou, bab1l~ta~~ a p~~tar os esç-larec~me~l'to~
_- · :0 sa.·C.UU.Os ·A.iroMso~:_;;;Não apoiado. '= . qne delle entao . se e~IgtU:_ ar esi_lei_to. d~le liS .·
· · ··. ·----·.· ""' · · · ... · ...; · -- - · : · .-... ·· · · ,., · sumpto ·._;·, ·.. ·,·. ·· · ' · · ·. : .. ,.:. ..- - :···· .•· .-·
.:.·. :o. Slk.CKi.&liiO 'ALV!if:.:.... :Não' :J!,oilve ~~~~lho •.. ·. . Mas os':~mpo's ; inudaiaui: e J!Ort:i.Üto ;~ 'póS(çãg .:.
-~- ,. -'O' sa·"-VA.Lt4DABE!i'".,- n es - _.. · ·· · i é bo e,ditrerente. : '"?-, .
~ ~tep.ho _;e}ietid(). m~s-~as ;;e!to.t(4e~~~roo -~ uln:jorn.~ qn~ S&· .P~h~ ~ :P._ • • : : . ..
,:·,::co_m · os :~obres -: deputad!!s': ·(rqn~ -~Kl!:~. 9P.B'a : ;.}!.loG~de}o~S.~Li!Iz~?J!l.~ · q~~-<r -Sr::._~~nel; _: ,
so
: ··dec~aracao ' :do:: ~ob~~dmntStro: 'VIrá_ na_o, dar-, . L~~r~' ye•n, por-,;. ~rãem ._ão. gover~o,, !!·~~~e, :: ,
-, ~s.}orça .ao, dn:e1to da n~Jll'O'Vlll.ola_::_~-~o- .de, Por_!o -A),e~ e v~J((i~go et_n__segUJ.~;P,atll <-
.•· --~;~~,d~~~~~r ess.e e~~~~~::/ ~ '. _' .' , : ~ :: := <:·,/aguar.!,O, p~ . .f?J19~úa, ~ -~~rt~r·_y·'' ..- ~ --; .
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:10 - Pêgina B ae 25
..... ·
. . ~::,~,~~~•Pmro.- ~;os. mi:Jos. pn'"'f!,ím: ~:' sec~tari~ di fac~aad_e ' ªe~direttó dO:;B_e~ü&;.- ~ .
. Q::S~---~~<1~ snitt.:-:.EU~ ~io tem .intuito·
de eQllS\rlUT: arcas de N'oé~ •• (RUo: ) ·. "
ta:o;;:~~- g~~~!~:.cf!~::=~~~~~f~
_ . : -
~
.·. .- ~ . -· .
·
- O·" S "' ' ; n.f . · d • ' ' _ Con\inuaÇ!ID d:t dtscussâo do req_uenm~nto.de
::;~. ~mco,,-=_m '~n o nano& ~m-a ad'iarnento da ·:r.• 'dísell!!são· dO'-projeeto_n.:90.
_--: C!~CltY~~: ~e~r~ ~.- -·.. :-~ p:; : re!ilCivo.á nave~o· de New~York:. ' , .,__ · ,
_, , O Sa•.·104QllDl~!'BllllA:::,- ~··.e n~-.pedtrâ 3 ~ · · :t:.;.,:-àuA 4o de n •.-15L ábrind'o-~wn- credito 10
_- _~go'tllJ.'JlO que;lb~.marque,uma .~po~Slvel ton~__ mUüsteti!\>d~iiiã't~Tlffiãl\ira:-a~prime.n~-:-: da
.\a)tem ~. eaUaOO:. dem.e~ medil:.' Cónheeedora;.· -Y'erba:.;;.:.aeiorniadoS: . ' - ·.,-__, ·: ·-.- :·. '· ... ·- -
·com6.6, dos pll!tos; quMem. de· ~mar,- a. . . .· _ _, , · ·-- · ·;; . ·-< .·:-'~ ·> - .-
·~ companbla-C:tnuilaense-: ha:,de; !. constr~Ut . seus- .· ''·· ··!.~ ªtta;.cfo:,~~-D';.. •.!30;.prolii~~, ~~a.-:-•
. '~mv.ios::··é_om:, ~~idadf}é'~ emrat~~-- ~•D8$:tu&S ,~ ~~~~,:~.·:<:'\'·-:·~· · ~"::' ~~- ~
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 11 +Pá gina 1 de 10
. ;-_,.::·
. SesSão.e:x.:ka.órdfuà~ia em· ·9 de .Novembro' d~c· lSSO•.
:.~:·.-
. . --:.. ·+ • • -- -~·." >- . -- .. - - - ·. -.
... i/dita do dê D.; I48•A;re1ativo a~s ffi.imes de. Theóphilo Ottotii·e,Visconde'. de Prados ;~Úetn >
>'· • ·que·trata a lêí de,:I.Sde' Setembro'de·.,tSGO. eHaos Srs, Bezerrii ·ile . Menêzes, Corrêa Ra~
~ , ' . 2:~ dita~do . de n> .150, abrindo um ·eredito · ·helio, 'Couto Magalhães, .Fernando Osorio, Joá-
eitraóidinario ao rilinisterio da agricultura da quim Nabueo; lfartim Francisco e Silveira ·de: '
qunntia de :l78:967"33L. ... : ,: ~--- _, __ :~ _. _ ' Souza. ·· · ·. .. ; . .
As .outm mnteriàs dn· ordem . do dia 5 dõ: ·· :Ao~·meio-dla o Sr.- -presidente declara abertá
corrente e mais 3." discussão do projecto H6 ~r sessão. · · · · · · .· · · · ·· · · '
de':t.879, relati-vo aos limites-de Mi_nas e Goyaz. E' lida e flpprovada ri acta·da antecederiteO
Levantou. se a. sessão ás 4 horas- o SR.' i .• SECRETAB.ro dá oont~' do saguhite
;;_·.-.-.-.;.:::.- - _· ;
EXPEDIENTE
Sessão· em 9 de Novembro de 1880 Officios :
PIIESID~NCJA. DO s.a.· G..\vlÃ:o PEIXoto 3. o vtcE- Do nilnisterio do ímperio, de 8 de Novembro
· PRESIDENTE corrente, participando que naquella · data com-·
· municou ao presidente do Rio Grande do Sul
SUMMARIO~ -·EIPmrz~"i~. - Obsor;ações dos. srs. Joa- as decisões da eamar:~. dos Srs. deJ.))ltados rela7
quim Sen-a, Zama, Ma~tinho Gmpos c Presideoto. -Oa· • • 1 · - 11' f · d d
Dn:J>a J>u.-, Eleição d11 mesa.- a.• disctmili d<l projocto ttvamente _a e e1çao a 1 ·. etta p~ra · ous epu-
.n. !36.• - Gha.m~da.. -!.:~dito. do deu. i4G. Observações tados.-Ill1eirado. ·'
dos·stS. Bolf~rtDuarte, Froitas cou\inho, A.lmcída Cauto,, Do ministeT'io da D"ricúltura de 8 de No ·
. Freitas Coutinho, Joaqnim Serra o Belforl Duarte;-'· 3.a · · · "' '· ·· · . ~
··, dita do dou. 6~. Obsarnçcros das St-s. Frait:..s Coatinbo e vembro corronte,_remettendo .o ·_autographo da
. Pt~sidónte. macursn ·do Sr. Freitas coatinho. -3;~ dis- resolução da assembléa gerat·, que autorizou
cnssã~ dq de n. H6. Discurso do Sr. Froilas Coutinho. o governo a conceder di:versas -vantagens . ~ em.-: -
'A.'s :1..! hora.s da mahliã.-Jeita a chamada a.eha~ -preza.para o arrasamento do m·orro do Senado.
· , ·- - k arcllivar, officiando"sc'ao senado. ·. .
ram~se IJreserttes os srs. Gavião Peixotó;_ Alves· .. .uo ministei'io da filzenda de.~ ~e.Novernllro,,
·- <le'Araujó, BuJeão; Prisco' Paràiso~ ·· Barão da corrente, remettendo 0 antographo _saucci_()~
Estancia/Costa Aze_vedo, .lldefonso··de A,raujo; nad.o do · deer~to da a.ssemh . lé.a· geral que. orça
Baptista Pereira, Barros .Pimentel~· Ignacio Mar-. · ral d · · - · · -· ·d·
tins,•AUg~slo: Penna, Joaquim serra, Cesario a receita _ge . · o 1mperJOpara.' oex~rewH~... e•
.ANim, Poml)eó;Almeida Couto, Almeida: Bar- i881:;...1882.-A,.archivar, .officiando-se ao se-.
lloza, Abreu e. Silva,-BeHort Duurtê, Candidõ de nado.
Oliveir~; Jeronymo Jardim, Saldanlla Marinho, _' Ii.eq'uerimentos : " · · :' · · .· ·. ··.·...
:Bezerra Càvtilcanti, Sergio de • Cnstro .e :Tavares . :_De.~ D. ·Julia. .Ámalia Plnto Coelh'o da. Cunha;
Belfort. · ' •· · · viuva, illba do tenente-coronelreforoiado :Ba;~:-
.·· 'Cb~arecemn · depois âa chamada os Srs; rão .de Casaes, pcdind~ ser relevada da pre- ·
DaninÇi!'a_!>ioRei·s··, Sinval; Jo~é.Basson{_!.ib.e.ràto scripção em~que incorreu, afim de poder rece~er
:Barroso, :;;ouza:.Andrade, Vmato de !lledetros, o meio soldo de seu. .finadopai.-A' commissão
Theodoreto ·sóuto, Abdon ·:!tlilanez, Manoel de de marinha e guerra. . · · · . · .' · .
·. Magâlbães, Manoel Cnrios, Buarqúe de Macedo, ·.De Joaquim. Gonçalves da Cunlla, pediJJ.do _que· -.
_.Souza Car-valho, Franco .dn Sá, Espindola, Rl-. se lb(l mande contar e juntar ali seu tempo de
-~ 15Riro de Menezes,- Prado Pimentel, nuv Bar- serviço . como .macbinistn da armada nncional o
' bosa,Zama,AzambujnMeireiles, Horta de Ãnmjo, serviço prestado conio operario nos navios de'
-França Carvalho, Freitas, Joaquim Dreves,Souza guerra.-A' oommissão de.: marinha e .guerra:.
LJ.ma; Sigis}llundo, :Monte, Carlos AiTonso, Gal~
dino,• Martmho Campos, Lemos, Mello e Alvim,
O ""'r...· ..Toaqu.. fni
~
("ela.·
..
ser..:a.. m·tkm. .)·:'
Yalla(l!ll'es, Theodomiro · Manoel Eustaqúio, -Sr. presidente, amigo do governo cômo)1cu,
_Loon~10 de Carvalho, Martim Fr-JnciscoFilho, julgo de.minha.obrigação:chaniar3 attenõ;ão:dos
M_orena·deBarros, Tamandaré, ?!Ialheiros,Mello . nobres'ministrospara um e_dit'al. que:vem pu•
Franco, Camargo, Rillas .e soares Brandão. : blicadó nas' ·ff>)has ·diariM . desta capital; refe._ '
. . . . ' ..· .. . ,• . . rente â praça ile hlguns africanos •. . : . =. ' '. . .
· Compareceram depois de aberta a sessão os ~Na longa· reJa!(lio :dos eseravps que yão sel'· .
Srs: •Ferreir.a:de lfour3, Aureliano l!Iaga.lhães, · vendidos ·figuram, · coni .' declaraçãô ·authenticli
lose Çaetano; Je~onymo Sodré, "Ulysses Yiailua, e ofliéialdo juiz· qu& assignou o" ·edital,-africa- .,
_Ep~mmo]ld:<s de Mello~ . Joaquim Tavares, Fre: · nos menores de M annos. O honrado·Sr: minis-
derJCo Rego~·.Fclicio.dos Santos, Americo~ : Ro~ _tro dajustiça cujo caracter -venero, ~ujas, opi-• ···
_dolpho ', Dant~s,~ :Diana, Andrade Pi~to, ·Lima. lliõescco·nhe~, Jogo. ·que ao .seu_ conbeCi:J?en_!O:
· Du;rrte • Barao.~Homelll, li~. !leU,o, ._:Augusto_ çh.egue. qualqu ..er. 3)).·uso . ou.. falta.•~e .fisll···ahz.:~ça.Q
F1'3;nça, .Serapbxco.:.. ·Marcplm~ · M()ura, · Pedro em·. ma:teria·de tão grande .·.monta, ha~de .põ.r em- ·. -,
~mz e A~t~mo Carl~~- .->.< . · - _. , _·. ....·
~ co~tr_illniç~o os. re~ursós, ~-e ~na :lcti~da_d!l ,e_
Fa~taram-c_om~<~rtfurpa~oz.os_._Srs_. Antonto .philantrop1a •. · > .''"·· ,·· ----:• ~-· '' •: - • '.< :~: :" :· ,
·•··· · .d~.~N11eira; ~agao e.Jd:ello;.:Beltrão,- Cõsta.::'JU::; -.. ~~o •honrado ·' ·.ministro , seni duvi~ '· âceitará, -~,
: :.·.. ' ~C!ro; Esp(l~}~ão;:- },"rei~s; ·:N:ógueí~a: :·:A:~eioly; ..··c<)nio uni aín:llig:amiga:veJ~·util; ,pa,IavrasJjjtte;;
:·: ;·· : ~ ~ueo: de , ~merda; -. !l're.~_cr•co ·· ..de ;:Almeida; :venho'deproferil''D~ta;tnbuna.·.~-· , -:y.' :>'·:'~·-.'•:'·:'
o. ~· :·.~ .Frankhn por1a1 · Fr11nc~co -~o~é•.. Fiaclis':i:B.ô:-.c :.•• E~:·_à' 2"~·ou· 3.--a;Iertu['3que~des.agr<ld,~yelmen~, .. ·
..c.:.·..·.' -.-.·.'.:.telh._o, Iose:·:M:. . ariano,~Joao ~.r.l. g.1d..O~·. ~ourenço....·d~.·.·t.e;faço. '~.e: ed..~t:;.es;c. om.o·:e~~;... -..,,.•.,. ·:·'.·-. _:: •.-:.<~: -.· . :,;,_~\.!.é'c.~. '
p~B:Al~udqE-erque;'Ma_eedo;-Ma~lano>da;Sl~Vaj.~oreir, _, ·· ·Jio.nté~:cr8.i e_m':.C3Jlo:~-ii~~; depois. ~~m :o~t~os.<.
. .'·'- r~ ao, ~legaria, Rodr1gues, Jun1or,· Souto, l.llllllleipros~- finiilin:ente
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Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 11 +Pá gina 2 de 10
.__-_. .:_:praÇas do ,,êscfa~os_ qne:'r~pu;t9 : )llegae.s/ pÔis·' .· Osi: B.\alo. Ho3uf~ ~E .:}fEl.ú) (fnin~strinlo _ ·
· ·. · ....._fere~< ·da: 1r~~te ·· a'clei.'_de ,?de:··Nov.-ém.br(,) de, imper.i[))'i ~ - Tomarei eri1 consi!lerri~ão ·o-pedido _
... . ~~n_·_._-·-_·M--_-·~~.nu:_·
__l_••_sa
__'.o_ _ :n.·_-- ~- - ·A_·_~\_o_·~- ;_• ·_•_-~---~o_~_-·. - -~-p\,~-~~,0,_ ._' _·.·-_·_-. , ~do n~bre ilep~lãdô: <: -_-~- :·· , ;: : =~--::;;..-,--"~"'- . _
B_
·-· ·' · ··• o Sr '· M~tinbo campos· (pela-or• -• _
:· . -'O Sa.:JoiQUm SÉRni::._'; H:i. ~9 anucis foi de~. lk?n). ::-~r:· presidente_, V,:, Jl:x·~ sabe, e;~e;pe.i:~ · ·-.
. ·clarado. qU:e. ,os afriCanoS imporlados"jlara ' o IDlthra. dtzer ~lhe da lrabu.na . o·que' particular~ ' ,,
,. ,. -:--IIIiJ)erio seriam livres~ Estalei santa está em mente jã tive , a honra de ponderar, qlieiiã01é . ·
' :: perfeita-õppos~~ãó com·o~triste%H:umento· que • ·regular-.•:pedir qualqueLdeputado~a -R~l~vra~
-·-_ citei e . que ·sem ; dlivida,.:algUm.a. humilha o para usar emtempó-::e- fallar. dei que quer, .e'ao:-'-
earãcter naeionaL.(Apoiados.):Africanos.de M; qne Jlie p~rece,_ sem Q)l.C;::a nt:nhnm .ministro
· · de i5:e de 4,6 .annos, _. são vendidos. posterior- ~esta camara fique o dtre1Lo de responder , on ·
. men•e á decretação 'da lei de !83:!.; esses es- contestaLAApoiados.)·.,Não podem -ficar, assim
.·. cravos · são annunciados <Como naturae3 , de sem· resposta ns observacões do.: orador que ~e
· Angola, de Loanda _e 'Mo_çarilbique~ · Não são· levanta por ter pedi~o a. palavra ~enr telllpO:•.•- ·
-1lscravos nascidos no Brázil; si fossem outra. ·· Esta casa é ca~a de debatei todos'õsiis·sumpws·~
-seria a naturalidade -qne aeompanbaria seus estão sujeitos á dí:;cnssão aados _para a'ordem
nomes.~ Assim, pois, tomo aliberdade de chamar do dia, . • ·• · ·. · · ·
~a n~tenção do. governo para este facto que julgo Bem sei q_ue ·não·é esta'.aescola de um grupo; -
:a1msi~o. felizment!l ·pequeno, que não é esta a escola dos
. E' }lreciso que se procéda a uma fiscalizãção socialistas, dos reformadores modernos, dos re-
multo_ rigorosa na matricula destés africanos; fo~madores do rriundo, 'que não: admitte[\1 re·
afim de que .officilllmente, em. pres~nça da auto- p!1on, que querem subverter o mundo, trans- ·
-· ridade jndiciaria não se, procüre inutilisar tornar toda a ordem de·cousas sem que fique ãs .·
aquillo que.tão sabiamente foi ,decretado por victimas o direito -de se fazer ouvir;;_(Apaia-::
uma lei que é verdadeiro · pàdrão _de glorio. do Jlos.) Isto. que se tem dado em toda a pat'te do -
nosso pal'lamento, ·por isso que -foi um a.ctú de mundo em nossos ·dias não s'e ha -de-· dar no
ju~tiça e rep~ração. · :. , . Brazil, mas a tentativa é cwidente; felizmente~
. ··· · ost-:,zam&i:(veld~o~dtm):-"-'Tom.o~ n. pa- -~{~t~~~2~e~~~teci~~~~ofS~~:'!·.embora__~l1d~~·.
'Jâvra, ·Sr ,,, presidente ;Jiara,;.dirigi.i" nm· ·pedidn -•. CQIUo ·diz i~,. •esta_ pratica de pedir- a plilavra
iló ni;)bre ministro ~do, imperi9;:.Ao ·en\ra_r hoje -em :tempo- não, m~ .par.ece conforme ao r e~~ :
neste edificio·. fui dolõtosamente sorprendido gimento ; eiltret3nto. eH:l: está es_tabelecida~e hri: ..
com um .cartão em que appellava para a.c~ri·, muitas semanas que na.;Primeira parte da ordem-
dade dos membros desta casa em, fa:vor< da do di~uitos membros destü camara pedem
t:unilia de. um ·.homem: ·~que .~ilrant~ ' vida:Joi a palavra e fazem discursos sob r e os-assumptos
notavel. por;-~~a~alllos 1!uerau9s:.- por serv~ços que muito bem lhes· parecem. Muitos ·destes
n~:~agtsteno .o po_r.. ,outros•._~ltu)o• q~e ~em assu:mptos e:ürremresposta~ _._ --.. _._-·· ... _ . -~ ·
duv·~~ ·o -re!lammendam a· estu:nr Pllbhca.~ ->'Eii'-não tent1o'até h9je u~ado· do~ dfrêito: no-vo.,--~
-·- (J.ruz~s.) ... . , · -· . ~ .. ;' ··. · ··.. · que -_.a~sim me compete como. membro desta.
·. . -· : _condade· IndiVIdual -n~o pode cur_ar certos casa;-· mas o ·.discurso .do .nobre deputado pelo
males, e, comquanto e_n nao. me · qna1~a -apre· Maranhão ·foi 'do tatordém respeita tão..poiJcó
_sent~r dtspondo com_ genero~t.d~de:dos di!J-h~uos · .a; vida · e ~a propriedade ...daqneHes qne .sã,, .as
P)lbh~os· em- favor da -fam1l1a desse· dlstmcto -verdadeiras hest_as ':.de carga•· .deste paiz; da~
- ,, Cld~dao., . . .. _ f . _,... _ - , . _ . , quelles qué têm a iufelic'idade 4e serem pro,
_o. Sn.. BEzrian.&. ·CA.VALCANTE':;_Qúe CoLmem_~ priet~rios -~~- -~scrnvos_,..(~ui_tos a.poi~dos) ;-d~~
bro des!a camara. . . __ . _ _ _ . "quelles,, que .. nao pertence_m. •a essa anstocracm
-···o·&: ZAi.i\.·=-·-'~comtu~o tomo à ~ibe-rdadé. -privilegiad~;.. quc11 ---~iv& cxe~usivar.ne11te . do th~-
drr~dirigir~me no. nobre: ministro •do: imperio :sou_ro -P.~bltc_o ( ~U.!t~s aJJDt'lilos), -Su~ eu :nao
.•-pedindo-lb.e _.que não se . esqn~~.da f~milin -~e -_ P?Sso- deax~r: de- oli~recer um,pr~,c:;_!o .ao qlte
.
um homem que- prestou serv1ços no _;pruz, d!sse_ o nobre deputado.· · _ -_ .· . - .· • •.
porque · os: cofr\IS , JlUblicos, _não ~• se esvasiani< : -~a - um _gru,?o.,.,_que .se ~re?e~ta~D?e~~.a~or e
-.. · ando 0 Estado estende a mao para· amporar:·a , ms1s_te:nte, sob. a ..capa. d:l--Pbilantro~m _-.a custa:
qu ·· . · ·d · · · _ ...... ·a · a· riiZ -·. - .• . :· ' .allie1a, }Iorque tem segura :a sua -vtda :~o the-
famllut. e.um servi 0! ·.0 "P -· -· . _· __ • · - . :.souro ·•-pub!ico· ·q· ue ·raz face >á-s··. necessidade~;
·Não tenho .procuraçao .da .•eamara, -.ma~)ulgo_ d - . b . · '- . . · · -·- ,. . ,- -. : '• . ·c
.ser ·éeo. dn -·nolire maioria (_muitos. a.wia.dos), , _e su?i~ __s•st~n~•~: .• , :; , . , --:-· -. _ : .. ·
.;;c-_ interpondo ·: 0 .men.-:ped_id_?;;,para que· o-nob~~ . _;,Elles :naQ~ prec1samde vw~r ~o•st:or do ~ev..
-f.oinistro _·auenda ·á;· pet1çao -que me consta-·. ffll, !rost_o,como,v~vexn ~quelles propnetarlOs.(Mu~tos, __.•.
...
9
·~~r~~ ;~~:~;?o .Wi4~;~~~ri~:::~;i~i~~t~~;gg: a-i~:;)~Í{~mar su~r-<~ó- se_~ .- ~0·~~0 ~;~r-; _p
.· qne não·•_b.avera'. UJIIO;.SÓ . m~adão . ~razale.•to; ~ alheiO; ;pnrqM. ~o dR1a,vou~a.· e d,o c~n:nr~ercur.é.
.. e_m_ P_ m;_e_ç_~- l)lalem
___IP_ .r_eg_"'_a_d_ a_ ,_:~_ qu~m_ u_. a deslma_da_.-. •_:__qu_ _ e :·p·o-de_:-~_.e _-,_ d~z-~r._ _ -;;q_n_ e _ ~_v_•_ve_m_Ao_ _ ,su.·o_r,_d.o_ _ s-~-1,1--
. ,_ ._,,... _.•.·:_qu.
· a_uma pen~o:I9~Concedidft;Destes)ermo~ . (:Aplll!'_- crostO;•: (;ápOIO.dQS e-11.00 ap11la4as~)i , , , ., _ .- ,, _, ~, 7
-~-~.· ,·-.::····de•tettras
A~!~grf~?~ó~~f!\~~fiJ~t:~~::_éq~~~lf~e~~- - ~~~~~~~~~~l:~~~~:t~~ ~~~t:~~?-
· comiY roeuanllga como meu·eollega ,_ . .. , , ·.· · . --, 7 ..-
;~j~~~:-;;
-., -.-. -· •. c-- - . - .,.._-
1
:~
~';,;;:~!~\1~~l~~r~~~\~~~,~~~~~~~~~~r~~~~~
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:11 - Pêgina 3 ae 10
-258. - .
- •' .... ....:. .- -- - _ . ~~ -- ._.: · _- _- - . -_-. '--~- · - ·.
.particulares~ dai:·. qua.es a lâv~ura e o cõiiinfe·r- · ·esél:~vo,~ ~il~tod~s=::dit~s~.e""'-reuete!Ji_n,~J~~
· ei~ fo_rma~- a,s .classe§ mazs numero~ _do. per1o (apouJd~s); em toda~ parte e tOilos ~is~dià!r
pa12... - · ·. . ·. · · ·. . . ·. . · . . · · : e qne sao adrede promoVIdos.eomo mruor de-.
·..· .lfas :. permita·-~e o, nobre deputado que lhe_ sembnraço e sem· rebuço por pessoasque_:ilão
diga; que a maneira porque se procede de certo têm que perder e CJ!!e pretendem fundàr ~ sua
, tempo.,,~!J-esta.. ~a~,~preten.ª~ndo-~e trazer,_ de fo~tuna e engrandee1mento na , subversão..deste
. gazetns mcendiarw.s, para o mter.or do•· parla- : palz._.... . ... . .. .. .,. . . . ..
mento certas prétenções, não _pód_e merecer o · Sr. presidente; tí'ntou-se o .•·anno·-·· passado
· apoio: da c~maro. (Apoiaoos). · · .,. ; · ne$1~ casa de um questão de liberdade de.es~
· • O nobre· deputado· pela Maranhão é um. ho· craves de uma companhia àe minet.,ção da pro-
mem de muito.talento e de longa pratica dos. vinc!a de Minas. , As palavras ditas na camai-a
negoeios publieos, para ·que ~ão çomprehenda não aproveitara~ a esse~ escravos em cousa
que a eamara d~s deputado~ nao pode receber.o alg?-ma ; _mas a . !ntervençao de ·· outras pessqas
impulso e pressao que de fora se lbe quer dar. ma1s . phllantrop1cas; e que pens:~vam mais no
{Apoiados). Acamara dos deputados só p'óde bem desses infelizes do que em fazer borulho·
receber impulso do corpo eleitoral _que a elegeu com o seu nome, approveiLOu a esses escravos,
(apaiados), não póde receb~r i!OPUISO de '. pe~ • pois ~ez .çom q~e o poder judieiario désse a
soas que_ absolutamente nao têm · eompetenc1a esses mfelues .a liberdade de que elles se ach:l-
algnma,e nãomostranrojuizo-necessario e que vam prindos. . · · · · · .. ,
nem ao menos,, pela maior parte, são talvez Os Slls. 'IGNAcro MA.n'llNs E CA.iu.os .AFFoNso:-
votantes. (Apouufo~) . ·· , . · . · . . Intervenção mni!C:anterior ao discurso que aqui
· Peço _portanto a-V~ Es:.~ Sr. pr~s1dente, h- se pronunciou~ . .. .· ·
e.ença .para fazer algumas ·observnçoes.ao nobre ' · .· . .· . . _ - ·
·depu~do que acaba de ·rallar. . · · Q Sn. Mu-rtll<liO ~s: -- . Agttaçao (!Ue se
· O nobre deputado trouxe-nos aqui um edital qutz fazer, que se quu: produzu- no parlàm~nto
de praça ·de escravos·~ Creio que s . Ex: .. niío é com ·essas pal~vr11s....
advogado nem . bom em dn lei,.como-eu tambem .· o.Sn. IGNACiiJ MAB.orw:-Foram só para . m•
não sou. · · ·· · .. .glez:vêr. · · .. .
o'sn. lOAQ1!W SERRA:-Não sou udvogado;sou . o Sn.. M.&tt'riNHO c..wros:-.- - .~ •.só ser:vjrani .
,.homem de let ; sou um _desses_ àe que o nobre para par_turbar _os outros escravo~ que existiam
deputado fallou que v1vem. " custa .do the- nessa roma,ohrzgando a companhia a pedir soe·
· soUl·o. . _ ... · . .corro 110 governo e sendo a este preciso,.manàar.
·. o SR. MAIITINHO ClllPos:--.-- Eu tambem não uma forca afim de manter na ordem _aquelles
_so_u advogado, mas o nobi:e deputado sabe per· ~abalhadores. . .· _ . . · · · ·.
feitamente como .· todo o mundo o sabe neste · O,facto qne se deu _nessa mma esta-se re,pro-
_puiz que em uma ,execução que corre emjuiio d.uzrç.do- todos os dtas em torno da_cnpttal . .
sobram meios para qualquer contestar o direito (Apo~t<dos.). · _ · . ··
3 venda desses escravos. .. .Os ~SS3SSlllatos horrorosos Vllo-se tornando por
" Ha uma phalange abolicionista tão enthusias-- dem_at~ frequentes. . · '
·inada~- esses pbilantropos que promovam sub- Atnda no _pre~nte en po~ ~everar a-V.~.
scriPÇQes e vão em juizo conte>tar o direito dos · q~c um-dos !ll:tlores;proprtetanos . e_ dos mrus
-pretendidos senhores~ vão defender .a liberdade d1gnos de Jwz ~e Fora se a,cha homzslado·den•
ilos pretendidos escravos. (.Apoiados.) . . . t!_o da S}la propne~ade,reeezoso de escravos. que
O nobre deputado apezar de todo o ~seu libe- ,sa_o ~poiados ~ a:tcttados pela propaganda ure·
- . - d ·a ftect1da. (ApotaàOI.) .
ralismo.nao querera que o governo ect a.essns . -Peco lieençB ao nobre deputado p:~ra lhe di-
questõe~ por ~reto· . . . ter · que . isto . niio . é licito. O nol:ire deputo~ do
o s~. JoAQUUI S!llUl.-\ ;-A C!lm~t:,a IÍ fiscal do pretende sacrftlcai á l,lleia duzia de·_africanos ..
çumpnmento da Iet e da._Constítmçao. . . . . bru~s - e· selvagens a população & Imperio 'l .
.. O&. :M.u\TINJIO CA.liU'os :-com relação a este . {A~Iados.) . . ·•. . ,.: . · .. : - .
assnmpto · a .camara não tem competencià al- ., . sr.p.r.estdent~, essa:questão ému.ito grave; e
guma, e: est<~u certo que nunca no Brazil che·.' d(l'VO di~er.a V. Ex.,-vi~t~ que o '!J-Oh~e depil~do
garemos a tal grau de auarchia e despotismo appella })arao_ 11.o_!}re mrnistrodaJn~ttrarque-v~u
que a camara dos deputados avoque para 0 seu tendo apprehens?Jls de que_ o nobremm.J~t~:o nao
recinto processos. judic:iarios e aqui decida lhe : d~u toda a llllportancia . que .,eUa·' :tem, na,.
questões de propnedade.particular. . aclnahdade:. _ · , .. .. •. " · · .
,.. 0 · : • · -- · · . · .. os que ta~ Imprttden1emente .Jmpunbam ar.~.
~ Sa. Rr~.- Mas o governo deCide. m~tas ma~ tãot-.erJgosa~ : á s~gllrnnça e á; prç>priedade '
vezes.~or aviso· . . . _· .. dos . nossos conc1dadãos e .•menosprezam:ate ·. a.
. · o:SR·. ~T!:t'nlo CA.Mros: ""':'A~camara satJe que _dignida~e ~9 noss~pAiz, ~~cen4~fd~safiar in-·
esta ' questao :de lrafieo de afrscanos está ~gu- -: ter~e~c»o e~trange~. nacr devem contar .com.
la!ia_; entre, nós. ·o , nobre deputado ou a ·seita· as : sympathi~·- do pau· e desta camara. · =· :.
: dos.~~!)Iici9nistas i aunliém ;esses . escravos pe~ . <,.:Estes·phÜalitliropóS'8Jiusam~·fiadOs no· cmetii.
.ran•e ~ t~1b~aes -e p~o~ovam a sua liberdade.·. ·paci~eo· e' cõrd_ura do~g~xeino ' e :-(la, J)opulaçã~~
.. Em.• con~no~- a9 ~do ~o nobre depu,tado il?--Ri~~e-Iane.~: :(!JlO~·;}_,-- ·: ;. : :.'', ·-::·
:~o ~u maiS-diretto.;de p~r ~o. gover.no iZ;U· .. · Dem)ab:enios _ que:nsque:.-cno l._• ;_ae:~J'~eiro~
perta! -que · to~e ,.ali ·· pr?VIdenclé_IS ne~n~s não puderam arrastar.: a;população=a desordentr:
_~ ~r:éôbf<? àsj "tentattvas de. msnrreição de mais- graves não,serão mais félliés no caminho ·
.. .. . ·
···.:._~-:: · . -.- .. · : ~ . • .- _:: -.· -.: _-:; · --. ·. :" ·.- : ::.-.·->.-·-·.-.-.· .. : .· .. ·....
·-~· · ~·· "'
C~ ara dos Oepltados • lm(l'"esso em 2710112015 16: 11 . Página 4 de 10
. ELWÇÃO J)A -~ . . · ..
~;tidente- '
n ~dlllas (3.em li~)
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 16:11 • Página 5 ae 1o
te, n5o tert\1 dnvida algnmn em offerecebi hon· 'dD faculdade de:medicina da . Bahia, eu q-Ue rur:
r~da '•comniissão · <le cpensões . e ordenados o 'meu seu discipnlo 'e que.o conheço de perto; apreci;··-
ollscuro apoio â(:l'.projecto em discusSão; iuas de· au'do.as razões apresentailas e·valor. dos · doéu- '·
'"sejafia~qlle a}gunide-seus respe~taveis::m,e~llros_. mentos,dc accôrdo éoin. os· meus companheiri>s, :
mo désse esclarecimentos a respeito, :porquànto· elaboramos o- ..,par~r cnos. _termos em .q ue se
:· penso que o · pàrece~.é _ol!l.is~o e -não· ~nbo a, · acha .e que sujeitámo·sá'considimiÇão' d:rcamara"·
. honra de conhecer o rndrnduo de ·que ~e trata, · ~os Sr.s. deputndos. . . ,.. _ . . :....
· Peço esses escl~r~cimentos, que· reputo 11eces- · · · · .,. .: · , . · · · ·· ·• ..; · .· · ~- · ·
, mio:, p;Jra ]loder dar o men voto com a fir· . O~·- F .. elt~~ <;f)_i!tiuhotem tomado-
. :meza com queit.enbo àireito.. . · soll.:e SI a tarefa de.v':! a trrbuna ·oppôr ~ontes_-
São é:ltas ns obse'r·y:~~oog que por ora me otfe· taçao a estas pretençoes, que a ~eu ver t~!ll
recc f~zer o projceto em discussão. .• caracter merame!lte pessool. - · ·_
· · A aposentadoria deve regular-se por pre·
O SR. FREITAS .CoonNH? :-Peço a palavra. eeitos geraes, mas dinriaroente a c.!mara está
O Sn. Pl\Esr.Dli:uE :-Tem a p~lavra. sendo assaltada por peticionarias .nus cóndt· ,
. . cões deste. . .. . . . . .
O Sr. Freitas Coutlnbo:-Decl~ro Não emprega a palavra-assaltar-em má
a Y. Ex. qne 'niio occnparei agor:.~ a trjbun!l si conta; é em consequencia .d<1s chusmas de pre-
alguns dos membros · da commiss:io quizerem tendentes, que V!)m perturbar a ordem dos tr'a·
fornecer . os · esclarecimentos tão · justamente· balbos da camara: .. · ·
reclamados· pelo nobre deputado . pelo ~Jara- · l'odos o~ dias os nobres deputados se Jevan-
. nbiio. · tam par~ reclamar do · governo economias
o §r. Almeida cout6 :-Sr. presi.
.. dente,,como. relator da cOmmissiio .que deu 0
severns, no . intuito de' estabelecer o:verâadeiro
equilibrio orcnménlario, e portanto não podem .
parecer sobre a:jubílllç.io'sclicitada ·pelo conse- . de mane(rn alguma estar fazendo todos os . dias
lheiro Elias Jos'é·'Pedrosa, profeSSOl' da .facUldade generosidades desta: ordem, que pofterão mui
de medicina d:t Bahia, veilho &r !\S informn~ .·directamcnte concorrer para desequilibra~ o
· ç.ões pedidas pelo honrado dep]lt31lo ' pelo i\Ia·. ·orf:d}~~l~ ·do prof~s~o; e~tá ·~-~~ - ~Ía4o I!~r ~eÚ ·
ntn)l(io'. . . - · . · e t ·q d ·
: -A commissão cxuminaurlo cs oapeí$ e doeu~ . se uan se en.regou ao ag _ "" ° r
mcntos _que instruem a pcti~üo; ver ificou ,quo as condições detia:ixo das quaes. ia viver,. por- .
m tAflQ J" "- •
"saum
· .este professo_!' tem .~o ~unos de bons senri_ç~ tanto as condições, marcadas. -para. elle gozar da
prest:Jdos CQ!Jl a m:nor a~sidqldade, e verdicou.. apose!!_t~dori;~ já eram por ellc conbecidas n~ss~
tr•mbem aue . os est:~tutos que b~ixaram ·com o oc~~0511eanod.e ·u· a r. grll·:;.,.,er-.a.·l .se pód.e ~a··... l·m · e.nte
'(lt•creto ·. d.e 28. de . Abl'il de 185~ da faculiinde .. -"•
e~tabelecér;
q e -e
. " .
, · · ·I vi _. ·
.dctermin:ún · <l~e os prore~soro~ qtte tiverem 215 cSusteuta ·<rue 0 .(iat~icer é incompleto, e carece
nnuos de sel'VIÇO podem ser jnbilados, co:n o h d · r õ · ~
ordenado p.or · int.cii'o, que t~ndo 30 <lnnos de a so1utamente e 1n,o~maç es; a camara n~o
. sorvico, conforrr.e 0 nl'l. 53 do' tn!!smo decreto, · póde votar nm parecer destes sem todos os es·
·JlO_ilerão ser !"ubilodos com 0 ordcna_· ao e mll_-tade clarecimentos a respeito dos serviços e direitos
d11 gratifica<;ao. quo tem o pelicion:~rio . · _~ · .
· · · Diz que nos·part:uuentos ·de·outros ' paizes, os
·. 1â vê, portanto, o nobre deputado que 0 peti: p~r~ccres das com missões são mui minllciosos, ·
cionario tendo tO annos de bons serviços esta ro 1·necem 110 repro~enta:ritc todos os d:~dos pre·
n_o caso de~se1·; até pelos precedentes. ·. · .clsos para' julgnreilus questões.sobra ns quoa$
O Sa. FREITAS Courn-mo:-Mns isto é um mal · Mm de se pronunciar; o ílluslre deputado pcln
,c,ontrs o qual·nos dovemos Jeva_ntar. · provineia do 'Rio de Janeiro, que occupou a ·
·. .osn. ALMEIDA Como : ~ que é verdade é pasta da marinha no g:~bil!ele de,5 de-Janeiro,
-que nem ·pre~isa recorrer aos pre'eedeiltes ·p3ra . apresenta pareceres,-que sao apres~ntados para
justif:<furu pretencão desse professor; até: por· : modelos; · · :- - . , , . ·. . :,. ;·~-
que o decreto. de_!9 de_ Abril de !879 detcrmin:~ Declara que· sL: <1 camar!J o ·JUlgasse h~hllt~_ .
: ~mito positivamente que os professores que t:~~o p~rll r~~er parte de qoalquel"· commtssao, ' ..
tivessem 30 annos ._de serviços ._pudessem ser .nao se J ul_g~na· des~o.nrado por.S\lrem ~eus tra~
jubilados coro-todos os vencimentos. · ·balhos suJmtos á Crlttea. .·. , :
: · ... · · · . . . · .. _ O nobre relator da commissão .é verdade que·
g,sa, l':af!!As C()üTtNHo.-M.as :Hnda naJ .é deu explicações, . mas s: .Ex.--!e%' rt)fereneln a.,
let:·, . •• .__., , . ,, . -'. i!ocumenl!is·_que não rorainp~l!ell:aos: . :·i :. :·
. ;0_-'Sti.-..U.lWt>A. ~ll'f.O:....,;.p IJ<!l" IS_to qne o m- .. Espera :que ·o seu eo1lêo-a (fnoiire depÔ:tado :
· d!Vl~UO,!CJ:Çrre 30 ;pod~r leg~slatrVO, do ~0~· 'pelo ~!annbão: diga quaes os·fun!}yrieJitOS, além .
trartonuo-tt~ba necessldade_d~so, -recorrena ao dos que· for<~m, expostos peJo·Jíonrado relator,·
poder. execu_ttV() quellleila~ta. · . . ·- sobre· os quaes o-parecer --baseou• a snacon~ .~
~- !.Ias desd~- que o individuo; tem~ mais temT?o <. c_lusão. . • . . : _ .. , ~. _ ,_ .-'~<-· ·. __... ..· .- ·. ·. >o , .
do que :13e1 exige, entendoque,_cs'tã tiO· ~s~ de. · ,Conforme o que S~- Ex .- disser,;po_d~ra o_ora• -'~
. recor.rer cll asserubl~a e ·ser _por ella auenduio_. dorjulgar-sa ·. na'obrig2~~o .dl! vulfar{ ou:não á' ,'
(.A]XJwàDs;} . . . .• , _;· • ..:.... .. .. - '· ,~ ·. tribuna c . . _. .. . •··.. .. . . - ~ : .. ... , ·.: ·:. ·•. "· .-· , ..,
<: amdn m~ts á asstduidMe e a~ . ~con.anrso m&ral ·_sidnte, son ~nouun,Imen!e:·conv~d.adQ para>d!lr,:;:
'~ •• · ::- # ' , ;..; · '. •".,' • • : . -~ : •• • .. • • •
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:11 - Pêgina 6 ae 10
~62~'"--·-·-·
.... Sessão extraordinaria em 9 de Nevembro de 1880~
---~~ ~ ~--~---.-......--- ----~~-==~~~-~---~- --------- : . .
: :paridade os empregados de'um estabelecimento, um di~tinct~ ~~;;r;;of'~rr;Ul~de~mediCã-do _ _:_
· regulando-se por lei que rege estabelecimentos Rio, o Sr. conselheiril Pàrtenee, e ainda a favor
iguaes, vem solicitar Javores que ·não pódem d~ outro'proj_ec~o. que ia favorecer um professor
ser indeferidos sem grande iniqnidade. Quando nao menos dtstmeto da faculdade .do Recife o
estes .favores .têm por si os prec<ldentes legisla- sr~ conselheiro Paula Baptista .. Foram exeepç'ões,
tivos· quasi que se toru:J. ohrigatorio á camara o abertas, foram , prec~den~es, .· q\l~ _até aqui não
llOncedel-os ; por isso que; tendo-se rellonhecido soffreram Impugnaçao, ném mesmlfno senado ····
a um funccionario cllrtos direitos, a outro que donde nos tem v~ndo devolvidas outras petições:
se apresenta conidireitos iguaes não·é possível, com a declaraçao de serem meros favot:es
sem motivos muito. pessoaes, indeferir aquillo pensões individuaes que a camara não tem com! ·
qne fôra antes. cOncedido. petencia .P~ra conceder. Nada disto se oppoz ás
·Nesta mesma sessão legislativa já nós eonce- duas pet1çoes a que me.acabo de referir, e en-
demos favores id.entícos a este que solicita o tretanto essas petições não vieram · melhor
illustre professor da faculdade de medicina da docu~entat!_as do que a que motivou o projecto
Bahia. . em discucsao. , ·
O parecer da commissão poderia dar . um O nobre deputado pelo Amazonas perguntou
res111lJO dos documentos em que se has~ o porque antes não damos uma pensii&. ,
peticionaria. Tornaria assim mais concludente o SR~ C_OSTA. AzEVEDO:- 0 uoverno: a ca-
o seu arrazoado e sem duvida alguma esclare- - ód d õ" ·
ceria a opinião da camara. Mas, não tendo sido mara nao P e conce er pens es: ·
este o costume e sim· deixar sobre a mesa os · O SR. JOJ..QUIM SEllBA :-Bem; é o que eu ia
documentos para nna!yse e estudo dos Srs. de- dizer. Acresce que primeiramente o governo
putados, nós não podiamos =seguir o modelo não póde dar pensões a quem ilão as pede, e em
guetão sensatamente nos apontou o honrado segundo Jogar esse professor julgou-se atitori-
deputado pelo Rio de Janeiro. z~do a peclli a jubilação nos termos em que já
Par:i o peticionaria seria muito honroao que ~mha S!do dada a outros seus pares, de ser:viços
se divulgasse tndo quanto a bem de seus me· 1gnaes ·aos seus. .·· .. · ..
ritos e serviços consUldesses do~:umentos. Sr~ presidente, posso fazer a a~ologia ,do
Por elles se vê que esse professor é de uma Sr. conselheiro Elias José Pedrosa; ja diss~;~ que
rara assiduidade e de uma capacidade incontes- me falta competencia .para adiantar qualqtier
tada. . · causa sobre a sua capacidade profissional, mas
o Sa. furTAS COUTINRO dá um aparte. o que sei de_ pessoas colilpetentíssímas, o que
nos for dito no commissão por testemunbas. da
O Sa. JoAQtml SERRA: ,__Isso é o que eu não melhor. fé é que esse distincto prOfes~or· faz
poderia dizer, porque me falta competeucia para .honraa faculdade, e que elle tem fiO .aunos de
tanto ; ma~ o que posso af!iancar a S. Ex. é que serviços muito valiosos, · .. ·
este.proressor goza do ma1s alto conceito. A opposicão feita ao projecto tem-se reduzido
Bastava ]lllrn isso appellar para o testemunho a estes d~us pontos.: omissão dos documentos
de um profissional do $3ber do nosso amigo re- eomprobatorios-do direito e meritos do peticio· ·
lator da comissão,· que foi.--seu discípulo, e que nario, e incoii:rpetencia do p_oder legislativo :para
dn testemunho do modo por que elle rege a sua fazer um3 excepção na lei. ·
cadeira. ~ntre os documentos apresenlados fi. · .Tá fiz sentir que não se trata de umaexcepção,
gura a informação do director da faculdade de mas de. corrigir uma omissão da lei ; e quanto
médioina da Bahia, informação que é muito bon- aos meritos do peticionaria, pelo rapido resumo
rosa. Acompanham a petição documentos de que fiz do conteúdo dõs documentos annexos ã
.·grande valia, como seja:a nomeação para cargos ·sua petição; a camara está perfeitamente in1eí-
gratuitos •. ~ . _ · · rada para, compulsando esses mesmos doeu-
·. O. _peticionaria esteve em varias commissões .mentos,.veriticar si elles provam ou Iião a capa·
de soccorros1 quando a Bahia foi aeomniettida do cidade do peticionaria,' · ·
,cholera-mornus e outras epidemias, serviu. . o SR. FllEITAS eoUTINBo :-V .• Ei:-fez uma
não só na capiLal como no interior;· serviu :no Ieitnra tiio r8pida•..,.
corpo de permanentes, e em muitos outros oSl\. loA.ouiM SÊluu.: .....; Perdoe-me v. Ex..~
ea~~todas. essas. conuntSs~~ e corpos :presto_u estou mUito fatigado, do contrario leria ~dos os
· · docum,entos, que são muitos. .· ·.... · ....
serviços da mais ·81ta reIel'aucía. · · _.Assim, pois, depositando .sobre lrffu'esa todos
· Vem.elle hoje requerer sua jubilação no lagar o5 papeis1 creio h8.ver ditO quanto· é neeesw:io
de ·lente· da faculilade de .medicina da Bahia, pemara_·.) u_s_tifi_car. o voto. que pret_ _endo_. .·. d_ar,·_•. (Mmlo_
onde tem de ·efi'ectivo. exercicio 40 annos de bj 1 _ _
uma assiduidade nnncà iJ!,terrompida, ·ColllO
prova o attestado da thesou.raria de iazeuila. o· S.. ·Belf'ort.· J:)u.arte :~ Elitro j]o...
. ·. .or~. qual é o 'funeionario publieô iple, 1eD.do' debale duplamente acanhado ; ·. em..priDíeiro Jo-
·. ; · .&D;; .mnc~ de_ serv.içrut : r~ere:ndo a sup apo~. gar pelo rooei_o de ter_·_ineorrid. o_ d. . esagrâ41)
__ ·
no_ .
-:senlad0l1a1 .nao • tem 1>btido ~Nem um so~ de V. Ex., como ..aeon1eoeu.ao nobre deputa4o
-() Sa. cós·n. .A'Zlmoo!- Peça i jubilação nos _:peln Iüo de Jane~• e em segnn~o logar, por
:1$tmos da lllí. . .. , . . ter :provocado·-a cliScuss'io a T~pe1to do parecer
· · de que .se 1rata.· ' .. · , .
• _ÓSB. · J~tlUI ~:-Pede-a coin :ama pe:: E o meu -reee'io;-Tesulla, prineipalmenle~ -do.
. ,qn~:~ excepção. V. Ex .. esteanno voton..si me facto de havermos,1olllado hlgnm_leiDllO:a ea-'
· não· engano, por~a 1ei.igual quEda favorecer-. mara•-aos .
Srs. deputados,
~ ..
- . ..
.tempo"que.podia
' ; . . .
' ., ..
- ~ --- -
ser
... ·.
·. : - - ~-
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:11 - Pêgina B ae 10
moral. . E' •esta a b~re das, aposentadorias. me de servir á minha província, .na defesa do's ·
"TApal'tes-;c) ·· ·-· . -c . . ~·. , .. . . - . - seus direitos. ·. · ·· , .>
Si, pois,· tal;·próva não existe instruindo a· ··- .. Não llaven~o· .ma!s ..quem ·pedisse a pal~vra; é
petição· do aposentando, elle' não .tem direito ao llncerrada adlscussao • .:• . . . ..
que pede. (Apartes.) , ··
·Si á questão·muda de face, sio aposentando :, Fica a vota~ adiada.por falta de numero..
, vem pedir aoparlamento, não o.'reoonhéeimento Entra em a> discUssão o ptoje~to n•. '62
de t:n direito, ruas a concessão de um favor, (aJioseDtadoria do pharoleiro do Rio Grande d~..
convem. aíuda' saber 'Si t~l favor . é merecido .. SUl.) . $ . .. · ·
Quero crer .que o aposentando está no caso de · · · ·
merecer o favor que soHeita, .mas não devemos O Sa. FREt'l:As Coll"l"INHO (pela ordem) reqUer
por isto confnndir o fay0r com 0 , direito. Si para que em vez deste IJrojecto, seja dado para
pretende ·um . favor, dirigindo-se .á assemblêa discussão o credito do ministerio da marinha.
geral, porque si tivesse direito. ao que pretende, O Sn:'::J>nssmEm'E : -E' uma inversão que
tei'·se-l:ria dirigido ao poder- executivo,. a ~em V. Ex. propõe nà ordem do dia c o seu reque-
compete a applica\ãO da lei ; a ~sseveracao do rimento não póde ser votado por falta de nu-
-nobre deput~do sobre o merecimento do pedido mero,
é m3is que .suffieiente para que eu lhe . dê o meu o SR. FREITAS Com:umo, pergunta si já está
voto; mas dahi não se deve tirar outra conclusão vermcada a flllta de numero. . . ·, .
que não sej~ a' que enunciei; isto é, convem que
os pareceres de.commissãv, em materia de apo· ·.O SR. Pro:sznl!NTE observa que já ·se fez a
se~.tado~ia e jubilação, sejam mais completos. chama·da, mas pódeser feita de novo, si o nobre
Se!IJU:e o nobre deputado encontrou- na camara · .dt!putado ·julga necessario. ·· ·
precedentes, pois que _temos -visto pnreceres O SR. Frii'l'.A.s· CoUTINAO não qiler causar in-
formula_dos co.. m duns palavras., concluindo ~ela c?mmo~o e,pede a palavra sobre o projecto em
concessao do.favor. Oncbre·deputsdo, porem, -diseussao. · · · · ··
crearia·unt precedente muitissimo honroso e de .. · . ~
_ 9ne é capaz por sua intelligeneia, }Jatriotismo e O. Sr .. Freit.ns. çout~Dh~ 'observa
illustraçao, proced·endo 4e modo di:lferente.;isto guo .aparecer da comm1ssao d~. pensoes e or-
é, d!Jndo um parecer ma~s desenvolvido. · · 4enados que !lCOIDP_!lnha o proJecto, provoca as
. Em.~.resumo, Sr. prestdente, trata·se_de-nma mesmas cons1deraçoes quefez sobre o parecer,
qú.estão de·dinheiros publicas:- · . .· - ,... .· cuja discussão acabou de ser encerrada. Não
,Uru, deus, tres contos de: réis distribuidos (le; con1em o parecer esclarecimP.ntos que justi~
c~da vez, avultam. A respeito das licenças, fiquem as suas conclusões, pois não indica os
da-se a mesma causa, reduzindo-se a camnra a documentos-em que ellas foram baseadas. En-
uuia cbancellaria de licenças, passando afinal tende portanto que algum dos honrados ·mem- ·
pala buinilhação de ver as snas deliberações bros d_a eommissão deve dar á camara esses· es-
et)le~dadas no senador outr~s repellidas, e o que clarecm~entos. .. . · · . . . .·
é ma1s, votar sem distus$aO as emendas que o O pro}ecto .•aU.tOrlZa• o· governo a conceder a
sen~do envia. E' istooqlie eupret~ndo_evilar, aposentado!ia,_masoa1cance dessa form)lla é
pedmdo ~o nobre relator da comm1ssãoJ os es- U.!Oa qnestaoJunda controversa, tendo ja ou·.
ela;r~címento~ que o caso. requer. . · . ·.. • v1do ~ustgnt~r por um nobre deputado qne a
Nao me SJrvo, para a questão, dos argumen- autonzaçao obngava·ao governo. .
tos pessoaes a~resentados por alguns dos mem- Nos relatorios do ministrerio da íazeilda, nos
hros da comm1ssão. Nesta seãra não desejo eu- balanços do thesouro,nosorcamentgs, v~-se qu~
. trar; Costumo arred:~r da discnssão toda a a. verba dos aposentados.e classes 1nactivas va1
·q:uestão pessoal, salvo.: quando a procuro propo~ .avultandotodos os an:r;tos de modo'~ssusta~or
s!tallJ!.ente. A <J.l:lestao pessoal red~-se a com- .p~r~ a". for_tup.a publica. -E' . preciso _prm-
paraçao rlos menlos de um e de out~:o professor. c•prar a resistir a ~sas tende~Cl&S, a_nun~rar
(Apartes.) . · . . .• · · . . . esses encargos, ~nJa aggravaçao o partido libe-
E' direito nosso, sei ; mas não estou habilitado ral assignalou e combateu na opposlçlio.:E' pre-
para ex.ercel-o. Desconheço a pe5soa do aposen- ciso que ?s li~eracs não ouçam u.m dia o~ ~eus~.'
tando. Creio .que possue todas as .virtudes, adver~anos exprobrar-lhes es~a mcoberencta. , .
, como o nobre deput<tdo !'ela Bahia nos diz. , ~sta ~erto de que os nobres. ·deputados-'9ue
. os 'ÂL ·· ·'c · . F · d· · ui d ll ·· hoJe se mcommodam com as suas llbservaç.:~es~
• ·. n. . MBIDA. ou:ro:-;- UI ISClp o e e. um '!ialhefarlio a justiça qué merec~. ,As P.tO·.
. . P~n.. BELPon:r Du.uT.& =~o. nQbre deputado telaçoes de, 'P.le ac~usam? orador., .sao, ·mu1tas'
fo1 dtscrpulo desse proressot:,; 1~Corma o .·.modo vezes .um meiO de l~J:led.Lr uma lDJUStt ça, q~e
. ·por qn.e exerceu_ elle o mag1sumo, e fique con- salva mteresses do palZ ."Quantas vezes 'o ,, adm-
v.en!). •d.O··. o .n··o. -.t.r.e d·e.pu.tado que ..es.t.a p.ri.n.eip. al ~. . .m.. en.to .. ~. e.. ?IDaú. :·ausa. . , n.ã·o.· o..tr•.I_um.
m~nte a razao por qn.e lhe d~u o, meu voto~ ' · .principlO JUsto·t ; , · .. ,.. · .':·:·= . ' i. ·
é. · . p. h·o. . .·. de' ..·. ·.,U.ll.l.·
é·.
- . ·...
Creio q~e ~o preciso alongar~me mais_ para. ' · Por e.;emplo~;
.. dar plena sat~sfação ao nobre depu~ado e _a ca- tenh& s1do~ a~ discnssao~no sentido ,de, mostrar.
por
~aior e uia!s 'oompleta.Cirie
: mara JlOI'.lb~ haver tom.ado ? tempo; especial-· :1 iniquida"de qne consagra·o proj ecto de na~e;:-
.' Illente porque tenho·me absttdo-de tomar. parte · gação ·para 'New-York; a; oppl,)si~ão; n~da 'c?1l-:
.
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:11 - Pêgina 1o ae 10
.
·. -Sessã:Ó extraordill_aria ·em.9..d~.~ Novronb~. áej8§1h:: :... ·. - .
), ~
''265: '
·:rosa, ~ra ~o-de faiêr: eila~Ílaredepara que-não---·_ :·Faitanim eo~. ;a~tici-;cão-osSrS.~- - AnioniÕCi-e="
bonvesse sessão: ,_· ..' .. · ·. - . . : -. • · · . : , Siquein, Aragã9 e Mello;Anreliano Mágalhães,.
Vota: contra-o proiecto, p<~rque . no seu con~ · BeltrãQ;·Costa Ribeiro, Esperidlão; Freitas; _ No~
..... o~i1~ todas êssas .llrelenções ~devem ~~;r ' att.eii· ~eira ~ccioly, Fra!lc;o de.·: Almeida! -_ Jfi'ederico _
didas por uma le1 'geral-e nao:-por )e1s .P~!'ll~ll~ ,ae AIJ!leida, Franklm Dóna, .Francisco · Sodré;,.
lares a cada caso. · · -:- - - -~ · Fer.re1ra~ de·cMoura, .:Fidelis". BOtelho; -Ignacio
· Não htiv~nd6 mais- quein pedisse a palàv-ra é Martins; JoséM!Irianno, Ioão·Brigido;- lero~ymo
. encerrada a discussão ficando adiada a votàção. So~ré, Lourenço de Al~uquerque, :Macedo, _Ma·
- - - . '. · · .: lh!)lros, :Mello e Alnm, .:tfarltmno. da . S1lva,
_: .9 .,Sn ~ PREStoENTE da para 9rdem do .dia i O:. Mello Franco, l\loreira Brandão, Olegario,. ·Ruy
· .· · - 1;~ P<irie (~ 3 ltor~ d~ tcirtie) . ~~~r~ v~~~~:~ p:~~0!'e ~~toéni~~P~~
-Votação dos projectos ns_. !36, H6, 6:t, . 1:1.5 Antonio Carlos, Azãínbnja · keireiles·, Auglisto
·e-H6 cujas discussões ficaram _encerradas. : Franca, &lfort Duarte, , Bezerra de Mene~es,
· Diseussã() do requerimento de adiamento do Carlos A_tfo~so, • Co~rêa Rabello, Couto Maga-.
~
roiecto n. 90 relativo á nave"a~>ão para New l~ru, DJa!!••, EpamJpoml~s. de_Me~lo, Franco de
. -· . • ~ - - ·~: Y- > • a· - S~, FrederiCO Rego; Fehcto dos Santos, Fer·
_ or~, e s1 cahtr, . eontw:uaçao Qa rderlda JS· nando Osorio, Galdino das Neve~;, Joaqnim Serra,
cussao._ _ · . · . · . Joaquim Tavares, -Josê Cãetano~ MartimFrancisco
_2,a dua_d~ Pt1!Jecto n. ~51, abrmdo ·ull?- cre· Filho, Moreira de Barros, Saldanta· Marinho,
~to ao mmt~:terJO da marmha pnra SUP.prtmento Silveira . de Souza, Tavares . Belfort, ·zama e
a verba-Reformados ;. _. ·· . Abreu e Silva. · · "' - . · --- · '
. . '!.~ dita do .de n ..150, abrindo um credito ao - .
·ministeric:ida agricultura de 178:967~31. ' Ao n:ieio dia 0 Sr .. presidente declara não
- - haver.sessão por falta de numero • -
· _:L• dita do:de n.l30, prohibindo fazer esea-
vações nas ru:as da cidade. _ · ··- · · .. O ~R. 1.• SEC!t:E'T!l\IO dá coiÚa do segUinte
. Continuação .da 3.' ·aiscussiíG do .proiectó
.- · n . i O~; sobre privilegias industriaes. . · _-.
· L • dita dô de n. -tu .A, modificaniir:~ a lei :~e · o.m.cios :
~~$ _de Setembro de iBõO. · · · .. - 'norhinisterio da .agriciiltu.ra, de 9 . de No-
sta parte vembro corrente, . remettendo óati.togt·apho da.
-- - -. As .' materias .. ·da: o_rdem do dia g ainda -.niiÔ :-resolução da assembléa,geral abrindo ao governo-
·_discutidas e não menclonada-s-mz-ta--parte.. >. um credito extraol'(}inario de 1.~:483~70
para ··os trabalhos da emancipação das colonias
. Levantoú-se .a sessão ~s 4..Ú4 da tárde. ao Estado.- A archivar, ·omeiando~se ao se-
·nado.· :
~:.- .. Do Íninisterio da suerra, de 8 de Novembro
corrente remeltendo mformado o requ.erimento
A.eta em 10 de No~embro de ~~~o ·em que o capitão do .corpo de estado-major ·de
. artilharia, Augo.~_to Guanabara Ferreira da ;'·
1'1\BSIDEi:I:CIA DO sa. GAVIÃo' I'ElXO"rO, (3." VICB· Silva,_pede sertransf~r~do -pa_ra I) corpo de en-
- -'0.= PRESlDEN"rE) ._ genhetros.-A com1n1ssao de mannba e guerra,
_ . _ - _ _ · ~" ~-- Do seere'-'rio do senadó, de 9 de Novembro
J2s U horas da manhã, fei~~a cb~mada, _acha· cori'eD:t&1rem.e~t,eJ!~O a p~oposiçiio~ que c~ncede ·
ram-se presentfls os Srs. GavJao·Peaoto, Alves· ao . mmtster!o da-- mannba.um credito . de
de AraUJO, Almeidn BRrboso, Pompeu; ·Manoel !!10 : 07~677 - para occorrer ás .'despezasJndis·
Carlos, Costa Azevedo, Cesario Alvim, Barão pensave1s ãs verbas-'Força naval e reformad4ls
Horilem de Mello, Bnlcã.o, Candido de Oliveira,~ .· ilo __exercicio -de . !878 -1879, ·á qual o senado
seraphico, Vtriato de Medeiros, Manoel de Ma-!01 não pôde 'dar o ·seu consentimento.~ Inlei.-
g~hlies, Ildefonso de Araujo, Prisco 1'aniso, ·rada. . · ·. -- · · , ·· . ·· · · ·
B.arãoda Esta11cia e Sergio de Castro. · : _ .-. . . Dó mesmo, de igual data, remettendo -apropo-
. Compareceram depois da ebamada os·Srs. Da· sição que abre _· nm credito ao ministeriG da
nin; Americo, Fabio -Reis; José Basson, J~iberoto agriculturn; da quantia de .6 .910:1091909;·: .á
_· Bar~. Souza~drade, Th~od.oreto SOuto, Be~ qual o senado; não pôde , d;!! o .seu consentt-
- "zerra' Cavalca!lt'!,- ~bdon Afda~ez, Bttnrque de. mento, '-lnte1rad~~ ___ · _ _
___ Macedo, UJ~ses · V~anna,loaqm!ll~abueo; Soa7 RequerimenÍo-deMorlz. Weitirieh~ de: Vianna
._· res Br!ndao: '~ouza Ca_rva_lho,,Rtbetr(l_d_~Mene· d'Alistrla; • ped~ndo-.pri.vilegio_ eJ:clusiV() ~:por.
.. .zes, ,~wrros P1mentel, ~onte, Prado Ptmenlel, _.,H, annos, para.-:.usar- ll,G Impeno.o procesSG _de
. ·_Almet_da . CQu~o•. .Mar.~olmo -_ ~ollra, . ~dolp1l_o sua intenção d~nom.inado , :JurbÍJlas: de ~Wetn~
•~ Dantas, f!orta de A!aUJO, Dàpmt;a Pe~e>.B~; Fre1- :rich· parafatiricação de: il~ucar.~A,.commissão:
_,l;is __Cou~nh~, Espmdola, Pedro I.un,_ Afonso 'de eommercio ' indilstria.e artes;; "'<'., · : .·.· _ ..
-Pe~a,.Joa_<rmm1lreves,Ma~Gel;Enstaquto;'rhe~~ ·· . . _.- ~· ·• . . ;: ..... -· : >. - _
, ·,domrro, Llm~_Dn.arte, Marhnbo.Campl:is;,Taman-. . · O:SR, PB~:siDBNT.E·dá pa~ o_rdem do dia U de
,~daré,. Lemos; Leoncio de Carvalho; leron:ymo··. Novembro a -:mesma ,do_)iia 10. -.· :: ·
·~ ··· Jardimt. ~igism~ndo~ ~ibas,- C8margojtVallada~-. ::· _~. . ·_:··-.·- ~ . ···..; . --~. · .·..·..
l"es, Aadi"ade ~111to;Smval e França .~alho~ . · , ·- ~-
Càna ra dos Oepli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 12+ Pág ina 1 de 19
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·SrThse.oMdoemllo.roe.AJ;;:Uq~i!o~~J;:.aF~~~~~~:ng~;. A commissão;:;de comm~réio, industria e nrte,
tendo examinado o projectG n. ilSi oiferooido
-·· Seraphico; Jerouymo.Sodré, Malheiros e FeJiaio pelo deputado Buarque de Macedo, afim de que
dos santos~ - · - · se autorize_ o·governo a contratar a exploração~
Faltarnm com Jlarlicipa~ão os Srs~ Antonio de exlraeção e venda dos phosphatos e outras sub·
Siqueira; Ara~ão e Mello, Beltrão, Costa Ribeiro, · stancias fertilisadoras, encontrados e· que se en-
Esperidi~o_. ·Freitas, .Nogueira AC!Jioly, Fran~o contrarem na costa e ilhas do Imperio; entende
_de ·Almeuxa, FrederiCO de AlmeHla, Fraukbn -que o dito projecto é de 'tlta convenieneia por
:nona, Francisco Sodré, _Fide1is Bote~o,. .losé suggerir uma medida, · qile.póde proporcionar_' -
:Marinnno, João .Brígida, Lourenço de Albuquer~ .muitas vantagens ao paiz, abrinão nma. nova
qne;-:Marianno:daSilva.• Moreira. -.Brandão.,·Ro- fonte de riqueza para o augmento da·receisa_..•
·.- drigu_es Junior, Souto, Theopbilo OUoni-'éVis· publica.·· · · - ·· _ ·--
conde. de Prad~s; e .sem elfa os:Srs: .Augusto E :na verdade, estando verificado que nâilb&
França,-.,Belfo~ -Duarte,, Bezerra da_Menezes, de Fernando de Noronha aliste grande quantl·- _
: ·Carlos .Aft'on~o; . torrêa . Rabe!Io, · -Co:n,to Maga- · pa.de de phos_Phato d~ c3;1;· sem.q~?.~ a1é =!g?ra ,se .·..
·: lb&es, EJ)ammondas- 4e Mello,._LeoneJO, de Car-,< tenha delle tirado proveito. nem f~tto ~:t:~Plt~ção -- ·
,:- valho, F~x;n,ando ~rono; loaq~IDl Nah~cs, lfl}l'- alguma, e não_sendo regolar.que c~nt1nu~ Ull,~ -
, --.·~ Franms~o lun10rs PradG P1men~l, ~ Silyerrn productiva para as rendas do Impsrm uma ~~--
:;;~,:SO.~~ ; ;c.'- ·······.-·-·-.· ··.·. ---. ~' ,.~ : i_:.-. ..· staneia;qne:dev!) _ prestar~'VIll!tagema,;m~·
·o
_-\ _.;AO :meio~aia sr~ presidente: dêélàia ~ena- :-dustri!l->" não,{'ód~'a . co~sao.-: ~~;:de'a~-:
- -.A.Se!liião, .:sio lidau approvadls as actas ~te~ pla~ o. alvltre: le!llli~do_no, ditq proJecto. e
· eedealel• - - -_ .. ···.' '... - - -por~~ e de.Pare<Jer que SeJa o mesmo ]~gado ·
. . . . . . . . . ··. , .:_
. " .
..,..... -
. ' .. '
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 12+ Pág ina 2 de 19
=e:-::pedie~te;=;o~_dJr..a:.llala.v.ra_e..:.:_della usar par~~ :,o Sr•' Za.ma', (pela ordem) :.:_·sr: preai•
apresentar rêqueriiiiêucos:-lr~~S;-sr~presrliente;= "'den:a;=eu~uv.:b.Y.-=E.t:.-,=Ae~A~deirL.llr_esi· '
se~ embargo dos-estylos e preeedentes estabê-. dencial, ex:põ~ a doutrina . que pretende:seguir"~
lec1dos nesta augusta camara ;. . de ora em d1ante .: Eu sou :um dos ma1s obe·
. ' . ' · .. · dientes membros· desta ·Casa áS prescripcõas da
O SR. l GNACIO MARTms:~ -ultimamente_. mesa mas eritendó·que, para que a obeaiencl4
·s . c··. . .
.. __ _O.. S1\.. ERGIO DE ASTRO:- . .. eu 6VO J»il· ·
d. . possa 'ser autOrizada·
d e-·comple~,
· · · · ·.é hnecessario'd ·
.. derâf a 'V. · EX::- qúe;-~p(isto:·qu.ê~não ·conteste:ns ' .q)!e~_ ella_ s~ __ ~~r~~~- - pe1os metos con ee1 os no
ra2ões muito plausiveis que teve para estabe· nosso parlamento. · · '"' ,..,....,.•.,...~_,,......,.,~. ... - ~--- -- - -;.,.,
)ecer semelhante doutrina, todavia essa doutrina o·-SR; BEZERRA -c:~vA.LcAin:~ Apoiado. .
·não -d será
d por cer\0 d á consequeucia
d levada d" A' de ·ser·-=· o <>~ · zAMA.:~
· Se'1, ·s·r.·· presr
· · ··den
· ·t·e, porque:
··-
ve a o a um eputa o o pe 1r · a p....nvra nos tenho esttidado o reginlent6, ·· qne coni atreito:
... tres _quartos de hora, depo1s da leftura do ex- nelle n5o ha nada que autorite o uso da palavra ·
pediente/ ·para 'fazer· ·uma·•·simples·reclamação · nos dias ordinarios. pnra . discursos ",sobx:(q__uaJ,~~
e.m termos muito bre'\'es~ · quer assumpto. (Apoiados:) . . ..
O·Sa. PaESIDENTE:-8em duvida -; é o que o Isto é fóra de duvida, mas é igualmente in- ·
regimento perm.itte . . · ·.· . contestaV:cl que-neste parlamento tem-se ndo,
. o SR. SEP.iiro DE CAsorno:-Por consequencia, ptado a · pratic.~ de conceder~.se a pala vr;~ em
Sl.ém da faculdade de fundamentar em poucas t<:_~po. • ·
}lalavras um requerimento. .. O SR•. IGNACIO l!lAllTINS:- Não npoiado ; é só
O S11. P!\EsiDENTI::-Fundamentar,V. Ex. não ultimamente. ·
}lóde. · O Sn. JoA.QtílAl SERRA :.;_ Sempre assim se
O SR. SEI\Glo DE CAsTRo:- • •. V. Ex. tam- fez. ·.
·hêm dá a f:teuldade =de fazer um:1 reclamação (Ha outros oparte.s.j
em termos igualmente simplicíssimos. o Sll. PusrDENT.e:-Attenção!
AtO de Fevereiro da onno proximo passado, )
Sr. presidente, cu e ·o meu illustre amigo o Sr. . . (Continuam 0 i apartes·
Ruy Darbosa, digno -depo.lado pela provineia da O Sn. Z.u.u:'- DeiX.em-iue eómpletar o pen· ·
:Sabia·; apresentãtnOS um projeclo sob o· séguinte sarnento; :lSsim 11ã0 pOSSO COntinuar ; lOtnar~i ·
. titulo;.:.,.Monte·pio creado para os empregndos á casa o tempo.
IJUblicos geraes. A uLilidadc dcs->e projecto eu o sa. PRESmENT.B:- .A.ítenç3o 1
. _escns.~ demonstrllr, em primeiro lugar por- · .
que.elle não estó. cm ·discusstio, e ·em segundo · O Sn.· Z~?tA:.:...Tem-se concedido :1 pala· ·
lugar..por julgal·a sobremo·~o manifesta. vra em tempo, par() que ' se profiram discursos
· ·· · sObre moteria eslrlln!ia á ordem do di~ , e que
·_· Esse:..projecto garante aos ÍUilCCionarios dá nãe> versam -.sobre os reqMri meotos de que
· administração , do Estado, ofuturo, que actual- trata 0 regimento.. . · ·
. menté não . !hcs está g3rantido pele legislação . Ora, est3 .praticu não póde ser ·suspensa _de .
vigente, e a_o mcsmD tenipo o futuro. de· suas fa- um dia para outro. .•
· milias; contendo uma medida ha muilo lampo
. reclamada, paUl que, como ha di~s disse u:m O Sn. JoSÉ CAETANo:- ·si é contraria ao re-.
-!digno representao tê dn proviueia do .-Mnranhão, gimento,- póde. · . ·· · .
: ~o : sevá engrossando o numero dos pensionis- o Sn.. Z.&.MA: - . .. por -simples deliber~çio
tas _do::Estado. ~ . ·· · · . · · do Pl;esidente; que tem em . suas .mão$ o.meio
. · • O .s:ft,. PaÉs!DENT.E : - O nobre · deputado · effi.caz de restaurar a forca do regimento ...
. ·nãO]JreeisaJazer essa exposição; declar.e' o que O Sn. Cunmo ·ns Ouv:ttnA·: :..,.-E' o que estü
~ ·:·:quer,-por_ q_ue.,é o que o regiQ}ento permllte. ·rázendo:· · ,. __. · - · . - ·' · · · =
: : :.- ·ÔS1L SEÍI.Gxo:nE CA.stao : - ... que ccinstim: ·· O s!l. 'ZÁm:::_:_.• • .!em que pueça · haver de
· , 1eiiieil.te vêm ao parlamento pedir pensões e sua parte uma arbilrariedade; sem qu13 a su~
. :.. · ap_os~ntadcíria s q~e nem sempre são deferidas. resolução possa . pareeer dictada-,pela circum-
. ·'-fav.ornvelDl.e_nte. . staucia de momento . (Apoiados. ) : . .· · . .
- o SR. Pl!ESIDENTE:
· · ·
_ Pet;o no nobre deputado .E' preciso, Sr. presidente;.que a camara.dos ' ·
Srs._ deputados nt~s. deliberações que toJna .
qlle se em1a a mnteria. ' não seja nunca suspeitada de ler este ou_aqnelle . ·.
. . osn: ~EUGIO pl: CAs-rno .: - Pois bem j que-. inleresse que nlio possa parocer a ntnguem ..
· ·~n~o ma1s :uma v.et _dar um exemplo eloguen- que as·resoluções de nm:1 me5;1 liberal,'. !JOSSa
· .. · , ~Is~uno á_,augusta camara dos Srs. depu1a4os do ter por fim _embaraçar . o ·. uso ~a- ~al~;vr_n,
·. ; ,qunnto ~esf~r<;o~m~ - por_ o~edec~ras prescnpç..õ~s ~ind:l ao ·mais uimivel de nossonnlJ:!llg_os • ..
. .. >d!)~l)u.ypresldente, quesem duv1da_é o derosJt~rlo (Apoiailo$ .) • . · . • . . _ . : . '--, >·:':'::~
. ;,da; confiança.de to~ a camara(a~ado~)~von ~rm.- . .ASsi.:n pyH, Sr. -pres1den~,- par,a que ;t~~~ ~e_.-·•
. ,..l>A~~r o'J!leU ped.tdo; peço a V. Ex. que" at- Jaça conforme enteo.d? que .~eve ser Ieno,-_~ dl~-;_',
: ..·.·. ten.de~aq as razões qn~ :venho de expor para qu_e. , riglrei a ·V.. Ex . . mmto,hru.xnldem.e:nte. um :P~·> :.::
' llo~;o_~_~upemos do pro]ecto a quem~ refiro, d!· dido::V:. Ex..' é o cbefe da cozmmssão•àe poh"- t~:
_:.~e~se~deinelui~~!) ~Da ~ordem: do dia doS:noss,os_. ?(:ia,; ap}·e~eute.aiD~1p.l:li llm:l j~4ic~çà~ no~ ~~! ..:
t_raba1bo~ . .-:(Apo&ad~s.) · ·. -·_·. · _• · ' . .tido'de su3: ·dou.tnn<~; · e a- camara ·:v,otal~a~lia;· "'
, · 'ufsi\t uiEsmENT-s: ~o pedido do nobre de-. para gue.llunc:i po~samos ·s~r::suspeiiado~'dé:dar ·
· ,putaa:o;. s~r_!i~~Uendfdo. . : ,. -· ·· · · . . ·. azo a um:r arbltramdadl}•:. ·· · ·' · · · ···
~ ~.}~-~i·t:~\"~;:.-:~ ~:~~< : ·~ . . _:-.. :.~':· .. ~ ~.
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U112015 16:12 - Pêgina• ae 19
::210~
. . .-. .·_...,.-~ o_-
:· __ .. -__ . ---_érlraordin;ia.
- .. --= ...'em·- Ü de : Novembro_._de lsSO~
. . _.. .
,..,,-=----~ -
.· o Sa. M:u.rili: F'B.iliasoo :--A· dou1rina estã ·o SB •. :Bmu· ~~~·~pfel:ts'o-·=.-o·-
noregimento. - · · _voto da ~ara_ ··. _ . ,>·;,;: . ·.··. .
(Cruzam:se outros aJiaries.}_ (Gruzam·re cnztros apartes.) '
. ·· · ·
·- ..ci.s8. PnEsiDENTE:-Attenção l EU: aitenderià . 'o sit; PRESIDtNTi~~ Attenção I :E'-
eom a melhor boa vo:,.tade; como- sempre .. faço .. que__ ,_en. apresentava o motivo pelo qual.não
iss~ por
··em relação aos desejos da camara~ ao pedido da _I>ôdiã · àt~nilêr.- ·ao·-pedido :-do--~obre:.<fej)u~a,ªo,. __
V. _.Ex., si a doutrilla que estabeleci não fosse a pela Bah1a, porque S. Ex. ped1a que se fizesse ·
expressão da lei. · · . ..: aquillo .que já é dispo~i cão de lei. . . . .. ·
o sn . BEZERJU CÃv.u.c.um:-Mas lambem 0~ ·Portanto, em -vez de attender ao pe~ido de _·
··_precedentes estabeleceram o contrario disso_ . S.· Ex.' cumpro-a nesta parte. . ·--, ·
prehende... · - - - ___ - .
v.
o S:a. PRESIDENTll:-Bem; mas' Ex: .. com~-- c :..U~ Sli.~. DEPtiT~:: Fica ~ntão ,averiguado
· que até hontem .nao se cumprm ale1~ .
o 811.. FREITAS CoUTINl!o:_:E ~:- Ex .· tem-se~ · . ; !r-sa-:-i'nESI~efM:·T-'---Cl!IDPri.il..:Se, . m~~: _fa·
guido esse precedente. ztam·se demaSiadas concessoes-.---- - . . , ~-,
o Sn . . P.RBSlDEN'l'E:-J"á dei a razão por qÚe 0 . Ux ~R. D:BPUT~ :-Não ba razão para o não
fiz e por que de agora em diante o deixo de· enmtmment~ da let. · . :
fazer. • ~~:__"'~-o..:.- ~- . . O SR. FREttAs COOTooro: -Amanbã póde
A disposição do regimento é a -sega.inte... vir uma decisão contraria á qne V. Ex. es1á
O SR. M.&RcotiNo Mouu:-E y_ Ex. não ser·á tomando. .· ·. . ... _ · • ·
obedecido neste ponto. · O Sn. P.RESIDENTB; -Osno.bre5 depulad!)Snão .
o ·sa. PaEsiDENTE:-Attençãf> l _ ~C:~~~m de ouvir a leitura do artigo d? regi-
o SR. MARCOLlNO MOUBA:-Ha de levant3r ' o SR F
todos os dias a sessão, e até arrastar alguiri de-
c tl'r •• s· ' ' t é
. ·. BEttA~ 0 nmo · - t o regu~en o
. pntado fóra deste recinto. (Reclamações.) Neste lei, ~OJe a !e• é_ a -vontade _do: presldente . .
ponto rungnem oode. (Apo,ados e nao a~,CJ1ado8.) ·. .
o Sn. PUSIDEN'l'E:-Attenção l (Gruzam-1e muttas apartes;)
, A disposição do regimento é a seguinte... O Sl\. PIIES!DEN'l'E.: -. Attenção 1·· Attenção I
· o SR. ?II.A.ItCOLJNO ·lll:oUP....,:- Eu não cederei· i~~:.paiavia o nobredepu~ado o Sr. ~arcolino ·
nnnca:_empenho a minha palavra de honra .si
é -preciso, t~orque acima de Y. Ex. está o regi- . . O ti!i~. Marcolil:lo Molira ( pela ar-.
·mento, _estaa lei. - . · · dem): .;_Sr. presidente; inscrevi~me. com -~
·; O SR. Pru;:siDENTE: -E eu não quero senão.o palavra em tempo : não a pe~i sob~ o incidente
regimento. V- Ex. engana·se si persuade-se ·de que acaba de dar-se, e. como .ouVI. alguns dos_
que posso querer· alguma causa fóra da lei. Eu nobres deputados pedire~ a: palavra pela ·or:- .
só queria fazer a voncade aos meus collegas dem . • •_ · · _ _ · -
{apbzados), e é eom Jietar que sou obrigado . O Sti. Pm:smENTB:..;;.. Na - inscri~o . o- nome -
a d.izer~ lhes que o regimento não consente que se segue é o de V•. Ex. . · ·
que eu continue a dirigir esta -casa com os O Sa. MA.Bcotmo MoURA:- ••• SllSCitou -se uma
bons desejos com que até hoje o tenho feitQ, questão de ordem; e dil'er5os hoiuado5deputàdos ·
de condescender em tudo com_a vontade dos :Pediram a palavra por causa da no:va interpre-
nobres ·deputados_ tação quê V: Ex. acaba de dar . ao .· regimento. ·_
() Sa. BBZERaA:-CnwuNTI:- Os precedentes · O SR. PusÍDENTK: ;__Uni nobl'8 dêpntado ·
- fazem ]!arte, do regimento~ e não podem· ser fez um.pedido á me$a e eu disse que.não o ~odia
.·· revogados sem o voto da eamara: é preeisovóto attenl!,er, porq~e me parecia estar resol\'l~a:· a .
expresso da camara. . · . ·. · questão pela Jet. . _ _ · -- . . -_, . ·
' .o sà. Pus!DENTE: -Perdoe-me; não po!lem . o SR: MAllCOLINO Molllt&.:-.começo, Sr. -pre•
fazer parte quando são contra a expressa dis~ -sidente, djzendo quao comprehendi as e~lica".
Jlosição do regimento. Si V. Ex:; tivesse ouvido .·ções que V. E1. acaba de dar á camara do seu
a leitura, @e eu ia, fazer, havia de reconhecer novo modo de entender. o regimento. ·assim, ·
~- inj-ustiça . da sua accusação. (U): · pois, peí-mitta.V. Ex. qne lhe pergunte ,sLessa. .
• Já v~ os n~bres depu,tado~ que a doutr}na . novaipterpretação, si .essa: no-vajustiça qu.&,:eu
. do regtmentoé JUStamente aquillo que eu disse a{lpe~tdava hapoueo. em ap~~e offe.ns•ya ~ ,
·. que·.ia ser _de -agoi'ai)Or diante a m.inha regra· -digDJ,dade _do p~lam~nto" e a,l_ilierda~~L da .;tri~:'
- invária'Vel · · · _ __ , · -buna (aJl(nadase !Ufa·.aptnados), _é ~h_a,d_asluz~
. . . ' :
9
. . · · ' - - qo.edev~m .~wnmar:lhea ~nscJencja;- .o~· - st.
-.- · O:Sa, BKZilllU. , GAY.~l:~ lfas não . póde ella é Sómente mov~da_, por, um ; ~nsam!>llf:O -
:·:~~~~g10h~á~i;~:n;~e;v~~{~io~. _e~é, - ~~~:;o~;m~ ;~ . -::f~~~i~~~~~iilâ:~::
· ' .0 Si~ ·PúSüin:-:-V: .Ex: . sabe.-melhor..do ·tranb.o alglll!l. OJ!leU ~~JO ;6-~~_lllente o-re•
· que eu qúe a violação da Ici·não'tii'a-lbeaforça, __gul~do m,elhot J!l~~ - po&SlJ~::,;l~~::,lr~_:
~~~~ . s~is~ir preudentes:contra s~___ : 1~~:eri~Ii~~t:~§/~J~~;~~·- ·
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 16:12 • Página 5 ae 19
=:- O.;SL-eM.UIÇ_QttNO .MOUliA ; .;_ RespelÍador' da_. fender a 'dígmdade e d~ meus Illinha a amigos; •..
lei, porque-ãll~~re8el}ta""a-;;dlfseienda=puh1iea.- ~~ecaj~.....l:t_!.ultimt.sessão de lll:!l· modo violento ·
· a.vont~de _e ·a ruao ·n~c10nal, eu deelaro a.V~- Ex. e msohto pe1o Ii<)lirCãepütãd'ó""'={iõr~in~~:,
. fine nao-posso, sem mcorrer. · em.-.uma . degt:a· . raes. , . · . . · . · · . . . ·. . · ·· ·
d~ção _civil, ~r espectador i~difrerente deSsa : voiEs;-Peça urge~rila.. :Peça.nrgencia.
Vlalaçao . da liberdade da .tnbuna, .que .nes\a.- . · . .. . . . . , .
questão re.,.imental tem emsen favor .os e5tyh)$ O Sa. lúaoo-!-INO llomu.:~O~ço :llguns n.o~~· .·
· e ·as tradiçÕes p~rlamentares .s~':Üdas neste p~i~... hres collegas dtterem-me que . pe~. u;-_genCJ!i, ·. ·
desde que ha pal'lamento constttrudo> assim como maHlL que.~ estQn-A~nt.r~Ld~-llF! . ~ret~o, na o
a autoridade de. tal!-tos ~omens eminentes, que ap~ello ~ra <?utro dii'ett:o, porqu~ sr tal ~esse---·
-l~m honrado .a prestdencta des!a camara, e que sena o.pnmeuoa negar esse dtreit.o •.,_(Apo~aàos ·
jámais se lembraram de uma semelhante inno- ·e aJl4rtes .} . . . · . ·
· vação; contra a qual protesta a · bfstoria ainda Agradeço a_s boas disposições dn .eam:1ra. De~.
creeentec da.. opposição .liberal ha tres annos fende~me-hel dentro dosJres_qlJ.artos de hora.do .
nestas bancadas defendendo com. a·m:iis plena exped1ente,.o que.eraum ·Atr.eito nt6 _hontem. ·
~~S-..Alire~~àos e · fià/1 OS11.. FnsrTA.S Coumra11 dá um. alíãrle. · ·. · · ,.
apoiado::_.}' . .·• ·. --.-- ·· • ·oBR:--l!IARoouN~- Mouu :'--R~:spondendo ..ao. ·
ÇO~o contestar, Sl amda ho~uem a camara nobre leaàer dn maioria. e procurando em men
assJstm o .no!ire deputado po!' Mmas~!!eraes co~ ·animo attenuar a impressão que me causou as
·a Jlalavra em tempo, de açoite na mao, protli- palavras, que eu creio ofiensivas á minha di·
. g~do atroz~e~te;um grupo, _que S . ~~ dano- gnidade e à de alguns de meus colle<>as •. ·. · ·
mma de a.bohcJODlstas, que v1vem do tbesouro . · · . o ·
eq~e ~ão gap.ham o pão com ~ swtr de seu rostrâ - O Sa. F~zTA.s .CoUTLNEO: -:- Não. conheço
Pois so vivem do suor de ssu rosto aquelles que _lea&e-r com. lmmuntdades sup~t:tores as de qo.al• .
.comem como s.·.Ex. o pao amassado oom o suor quer outro deputado. . · ·-
do escravo~ · ·· o Sa. ·pRESJ.riENTE~..:....chamo .o Sr. deputado
(Crozam-u muieosapartes.) Freitas Coutinho á ordem. · ·
· J)eclaro a v . . Ex.~- Sr. preside~~.&. que estou O Sn. Fru:1us CoUTlNJ!o:-V. Ex. é que está
agora zia tribul'Pa com ã. palavra em tempo e·que fóra da ordem. - . . . . ·· ·
de.ntro dos tres. quartos de hora· :!!Sarei delia. em · o Sa. PâEsroENTE :"'-:-Perdôe·me o nobre de/'-
nun~a 1\efesa . e dos meus am1gosJ sem. dlZer .. ptitado· si não aceito a:· sua eenslirn. · ·· ·
}JreviamP.nte·a V. Ex... do.que me vou occnpar. · ' ·. -- . . . . , .. ·
Tenha paciencia; ouviu hontem . a accnsaçã() e . O ~R. Fl\Et~As CotrrlNEo;:...:COlloca-se acuna
. applaudiu-a, -dê h()je uma__prova de su3 justiça ·4a ler e está vtolando"a' .
consentindo na defesa do-meu " direito; V.~ Ex. o sn·. -PRssmE~-n:: ..O..O nobre .deputado não
· ao lado do regimento é , o arb_itt:o suprem() ~os tem direito de usar dessas :e;tpressões em tela-
nossos trabalhos e eu,o·t respetW e obedeço, fora .çãó ao presidente, principalmente quando -v~
delle tem.1anto direito ou menos ·dõ que guill- que elle ~ão·ll!ê póde dar li respostlt que a sna
quer outro. Ha nma linha até onde se prolonga provocaçao e:nge.
a sombra. do direito colleotivo; de que se acha ·_o SR.. FPJU _r_ s c. OUTINHO dá um . .-~parte. . ..
V, Ex. revestido, fóra della é meu .dever Te·
.A .
sistir-lhe! Não ·ba direito contra direito. . O SB• . -Piu:siDllNTE~ - Atteução I AUenção I
. 0 Sl\,PIU:smENTB :_:Perdoe-me o nobre depu- Quem está eom 8..pala'vra é o· bºnndodeputado
tado~ V. · Ex.~ ha de conformar-se com:a dispo- pela Bahia. · ·· ·
sição .do regill_!ento, com'? ·eíl me conformo~ · O SR. Fam:A.S CoOTlNIIO~-Mas V. Ex. não
O re1pmento nao lhe perm1tte fundamentar um póde cham~r a ordem ~ommalmante qualquer
requerimento. , . · ' ·. · · deputado sem ter parusso itin.dameuto. ,
O Sn; ·MÀIICOLINO MoURA. : - Eston co in! a pa- : .O Sn. PliESlDENT;&:-:-Atten~oJ..Pdço ao nof?re
l~vra· em te~po1 :V- Ex. não sabe d.e ~memão deputado pela Bahia qua conllilu1v o ~n di.s·
s1 eu vou funaamentar algnnneqnenmen\0. clll'l>o. . .· . . · .
Ouça-me: . para_que uma tal_pressão 1 _A _q~m . o sa: FRErrAS CoUTINliO' ::._ Tenho indepen· .
.qo.er v.-,Ex. _fenrcom semelhante procedimento' ·déneia e energia ·bastante para·saber de5empe- .
~- . O SR. F!l.lii&S Col7l"~o :dá um aparte. nhar o meu: dever Jndependentemente de eha- ·
· · _O SR~ P.RBSmiiNm:--()uça 0:.nobre 'deJ!utado~o :_ mados á or~em de V. Ex. . , _ ·
·gne. diz o regimento -e verá que não tem ,r awo: O: SR'; 1\wti:.X lmo MOlJlú.:~•• : cumpro neste .
8i tem de apte_sent)r algu~ requerimeD,to ·~.- . mol!len~; Si·. preSid~nte; · o· pencso dever_que
O Sa~ MABcoLINo Moru :-v:. Ex> me-.'deu me unpoem.-aq~lles que me e!egeram. oJ?ede~
a::paiavra em tempo; porque, pois• nã()-medei· . eendo _aos sentunentos de estt!lla e digiU4ade.
xa.fd!ar., . · · .· · .·. .: ·· · · ·· · · . pessoal que todo o homem pu.bli~ dev:e.·zei:u::ao
. -s,.,_, ·, ..:_o . 0·ra·dar ráz- part" _ mes~o .tef!lpo_ comoum:~reservatlvocontra
. ··--·--o_s. 11·• 4T 0. "', 0·.;.,;.,_· _ ,~a,a ·
~- • = · · . . . - · "' •a accao baJU e menos digna.- (Apoiados.)· : ::-
, dessa lla~~o- ~orrtv~l , da _soc~{llJstas e. nao .o. dei-. '.. ·_A-prendi nesta·escola~ _e.'éi>or is5o que~riollieio :·: .
.,X<l!ll_ expli~r. se I JS:ionao é .parl:pnento, é uma ·de tantas dimculdades eii. veilho: defender~me ·
· -~~~~o:S 3!l~·.t?lfi:ll1.0•·..··. , ·.- ~ ·: · - . - ::-::' :-·," ,""' ;da. ip.just~ a~_gressã~ · feita ~pe_l9__nollre d~p~ta~o. ·.
. .0 _8R>, ~AS Co~O da 11m apar~ . ·· : · -.. -pel:LprOVUI.Clli~de·Minas 'Geta~ aos- aboli~IDS· .
. ·.: o·SB.}lWteoti:mdlOOliÂ..:~ Levan.tei~nie; Sr~ .ttts. do ~ii, chamando~osde soti8listas'e,pei'nlr__,. ..
. 'présideli~e/pàr~r~ uma explicação. Quero de- :,_badores da ordem pnbli~; qu~ :Vi~ ~ -r.uin~;ao .
:--·' . ; <_: '·.. ·__,·_.. -~~.....f?·:~·;-.(: ~. ';-' .. ·. - ..•.. ·.. .. : . .. ·. . . . .:· -- . : :· .. . ._ ·: ':_;.
Càna ra dos Oepli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 12+ Pág ina 6 de 19
-;..,
. .
-~rete~o-~oas!~·l~Õe~ co;n o ~resi~en~ que me minha patente qiié só~Údó não cbe,.,.áva tah·e •·.
· ..,_elJ?IttlU, que_ e':"P<~l'?dnrro_;;mt~s:eld.!~o=..llon.~s2.o .a..40.0r1.0.QQ. .. •.. . _ . .· · : ~-"' :. .~
t!Ssnno ~ che•o de vlfludes. . . . ·.· ~tFvé?não~cÕli.se-,,.u:in:du"""ainda~m· 1. ·._···~·
· Receb1 1)or. algum t~mpo o dmhe1ro do .tlle· exonera cão ·segui ·com. ficen: a ara conciUÍD;~a~.
·fso~ro quando voluntar10 da patria, posi_çã~a que meus estudos em Pernambu2o ~briodo mãLr~ ·
~ como_tantos outros levadopor. patriotismo e todos os vencimentos. . ' · · ·- ·
:. nao P()_r lD.tOresse; Era m~oeardente, Mabava · A · · .. · · ·- ·· ·.- ' ,· • ·· · , ·
· •da·~lll'5ar o 3.!' ~nno.({e di~cito ~_faculdade do mim po~tanto nao P,od1a refem-se o n~lire
. R_ee1fe, .e a~redHem- me. que.·· nêsso. tenfpo· via• .M3\l~a=do, J?O~ ,que· ten..10 consagràdo. a mmha
dia~te de rn1m copstantemente a imagem.ensan· .VJ a e~ mm a pequ~na , ou llenhum_a, fo.tt.\ln~
. guentn~a ~ap atp3: ~.?pellando para os sentímen..: ao serVJço de meu_Jlau: e de m~u parMo.. . . ·.
.tos patrwtw1~s àe seu_s filhos, comprimindo com Mas a Q}lem entao .s~ r~fererta o nobre depu-
uma. das.· ·m· .. aos . a fer1da. que san.'crava e com a tado? Ser.Ia aos abolJCwmsta~ que ~slãofóra dQ
.,;~-apo!).tando para hS ba~das do sul. (Muito ~:f~~~~~~-~~ 2~~a~eir~)- den9mrna ~e de~or~
···· · Nesse tempo..entãQ _:yiyi dqs vencimentos qut: O SR: JERONrMÕ SãpRl::~ No ·numero doo·
ma~ cbe_ga.vam para sustensar-me; ·Recebi eu tão qnaes nao estavamos nos. :
o dmhe1ro à o thesouro;.. ·. OSn. l,l.uco_LINO M~un.\:- Mas o nobre de~
O SR. Cosu AzEVEDO:- Honrando mUito o putado por Mmas Geraes foi o primeiro a en•
seu ~ruz. . dflOoS_!Il-os, a dar-lhes toda a ra.ião, dizendo que,
.. o,s:a.. .l'ffARCOLIN"O MouRA :- ... ruas 3 ezal' st nao fosse depu~do, quereria achar-se entre
·disto, eu me visem um só boliviano' ·laudo. elles. Entre~ant_o e .som~nte agora. que os ac-.
de volta da campanha, doente aiad5, ~ive dê ~us;l ~ue maiOS JUSttfiçavu,o parao honrado chefe
saltar em B!lenos-Ayres a conselho do medico 0 .,.a mete 5 e Janeiro· . ..
de _bordo,· o que nã_o faria, si não fosse a gene" O SR. MARTii'\KOC.\MPOS du um aparte:
rostdade .de um =:~m•go q!le emharco_u commigo O Sn. PnEsrn&\'TR:~ _O nobre deputado· já,
.. oe~n Comentes co~ des~mo ao Braz1l e que· me excedeu. o tempo deterni.mado·. • · · .,.,.
v1u entregar ·a ult1ma libra 9ue me. restava ao . .
OSR. M.A.nCOLillW . Moua,o~..~Lompletnre! .a mt:~
T · • , • • . • : ; • • •••
wre ell&s o Dr. Nicolari Moreira, cujos estudos o SR. MA!tcOLINO Mouru.;- Não são pois esses
e aUos merecimentos o paiz conileee. os perturbadores, nem seri nenhum membro
O.SR. PaESiDENT:s:-Isso não é Uma explieação; desta eamara. Discutam., combutam-nos, mas
- ~ã.o posso ,deixar , continuar 0 nobre_ deputado não nos-odeiem, não nos insultem. Um homem
ness~ 1erreno. = de merecimento, como é o' nobre deputado por
Minas Geraes, niio tem o direito de appellar para
O Sa. lrLUtcoLINO ltlotraA:-Cedo :i observação _esse recu_rso.
deV:. E:t.. . · ·- . - -concluirei com algnmas palavras de um
{) S!t. MARTIM FRANcrsco:-Façam uma in· grande historiador que escreveu a historia
1erpellaçãoao governo. dos Estados.;;Unidos dor3nte a guerra da
O SI\. MARcOLINO MoUliA.:_.!.E' isso que os no· separação, e que,apeza1· a~ emancipador,ente:ndia
..... :llres depulad~ _querezu. ?.nós ~!?____desejamos, que o norte não podia intervir na questão da
apen~s dir-lhes-hemos que não pertü"rbém a escravtdito---des-Est~dos do Sul, ques~ão que era
lllarDha tl':\nqrinla e patriotiea do governo. peculiar a ·cada Estado, con-forme era expres~c
Esse 1ilieril1ismo que ~ccusa o governo por na constituição. Esse homem, que era abon.-
1er impedido que a forca se levante no paiz e cionista, mas que inclinava-se á emancipação
gue na questão do elêmento servil quer qui! se gradual dos Estados do Sul,veudo restabelecida
man1enha com ferocidade a escravidão por amor a escravidão no rexas, territorio ·cedido pelo
dos-proprios esoravos, tem sido a causa dessas Mexico á Republica Americana, nssim-expri·
pequenas perturbações na m~reha do governo miu-se: • Espectaculo sorprendente foi esse que
e dos .trabalhos do parlamento. M:oderem-su e :presenciou o seculo XIX em :IJ:l4,8, -vendo res-
deixem-lios em paz. · tabelecer-se a escr:~vidâo em umEstado oude ella
o SR.. JOA.QUlM s_EaRA. : - Qs perturbadores tinha sido abolida! • E fazendo UlU uppello á
democracia, concluía com estas blnlavras, que
· 1ã0 outros· eu quizera applicar a esses democratas da es"
o:.sn. MAll.COLrNO. MoUBA.:-:- Vou terminar, era-vidão; .
Sr. presidente, mas antes de o fazer permitta
V. Ex:. que eu relote -um facto presenciado por •Pobre e infeliz democr8Cia que não tem an·
mim ~m uma,dessas conferencias. tranhas para·os fracos e desgraçados e que pesa
os sens sentimentos -na balança dos interesses
A entrada. da porta princtpal estava deserta, menos eonfessaveis ! ·
apenos uma. senhOra recebia as esmolas daqliel-
. les q_tle iam entrando para o ~lão, que nessa (Muito bem; muiro bem. O orador é ccnnpri-
~ccas1ão estava ~;epleto de espectadores atlentos mentado pcw _muitos_.Srs. deputaàos.) _
a palavra· inspirada do orador. Nessa o~casião
não _ouvi uma só palavrn olfeusiva a uinguem,
discutiam-se principias e appello para o nobre PRIMEIRA PARTS DA ORDEM DIA
deputado pelo Amazonas. .
O Sn. CosTA. AZEVEDO :-Apoiado. Achando-se na an.te-sala o Sr. ministro da
O 8ft. 1.úacoLINO 1\louaA. :-=. Nas tribunas fazenda, presidente do conselho, que vem apre·
es\avam__ senhoras distinctas e homens de todas sentar umn proposta do poder executivo, é in-
as cl3sses da--sõciedãae-~ -A.m diseutia-se e fat- troduzido no recinto com as formalidades do
lava·se de emancipa~:ío, immígraçiíD, leis prote- estylo,-e tomando assento á direito do Sr. pre-.
ctoras do trabalho livre, etc. Os intervallos s!dente, lê o seguinte :. _
eram preenehidos agradavelmente por alguns
moços que vinham trazer as inspira~ões do seu Augustos e dignissimos Srs. representantes
genio musical em favor da causa santa da da nação. _
_emancipacão. De orde~ de Sua ~;estade oImperador, e
Ora, pergunto ~u : é a estes __.!lomens que se em cnmpnmento dos··$$ 4.• e 9,• do art. 4.•
quer coarctar o direrto de reumao 'i' Felizmente da lei n. 589, de 9 de Setembro de !850, venho
o pa~ tem um. homem qu(l vêla pelos seus apresentar·vos a seguinte
destmos, o chefe do Estado, e que não consen~ -
'irà que se toque nessa ~rca santa depositaria
~essa~ duas grandes liberdades: _a liberdade da Propos~a
unprensa ~ a liberdade de reunião ; e si não
!ôra elle, -quem sabe a que especie de tyrannia Art. L o Além das despezas autorizadas _pela
·e ~e servifis!llo'--'teri~,, -sid?'' arrojado -este ·pobre ' ·1eLdeorçamento. n.:""~-c9M\Fde3_UII,0Utll):l~_o=-de=
pruz·! 'f (.Apozaàos e nao apoiados;) :1..87S, para o ~xercJeJo de. !87.9-1880, é aberto-
Hónra pois ao soberano deste grande IIDperio ao gpverno~ pélo ministerio _ d~ f~enda, uni.
. IJU~ ha de ter na llistoria de sua- patria u:m nome C!edlto supplementar e extra!>rd~w d~ q uan·
mrus du_radouro_ q.u u1e o..bronzé, e. que descerá ao tu de 7~.66tij667,_ que seraappltcadoa.s des.~
mmulo cercado _âas bencãos e das lag-nmas de pezas ~a ve_rba: n. :l~. do.arL 8.~ _da m~smn le~
.seus cqncidadão~ sem distinc~o de, cren~as _e. de coliforw~ade com a demonstr.ação Junta.
de parttdos. {Ntnto bem.) Art.. - 2.• Ficam revogadas \l.S disposições em
. "- - ·u;~. · F · · ' · comrario~ .. -. . . ·.. •. _· - . · ---- -
-·-O-- ...... ·JilAHTI!L RANCisco:- Havemos de -. .
·.- .opp~r"nos·en~gicamerite;.nio·:hão de_ eserever . Palaeio . .do-'Rio delaneiro,.6 ÚNovembro• de
3.~il~_1)axz. · · - · -· _ __ tsso,~o.sécAntonioSaraiva. ' · ··
c amara do s DepLtados - lml)"esso em 27/0112015 16: 12· Pág ina 9 de 19
dição•d?s. ter:.. _
Cfrnara aos oep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:12 - Pêgina 10 ae 19
:zi6 . - :_-sessãO'e~rlnnafia-=ém';H=d~·:,.~cv.embr.o~e'":l880~~~
· renos devolu- Con.tinúa, p<)rtanto, a -discussão do . P!ojecto
. tO$, 11. contar do . com-o subslilo.tivo :apresentado na sessao.de Q
i , • de 'Novem- ·do corr_ente. . .. · · .
h\'O de 1879, a ·' . o Sr. Fr-~oo de sã não vem ·tomar
31 de Janeiro tempo á camara: entende ··gü<f~.:~ mataria· eatá
' da i 880,o ehere por demuis elucidada e julga decidida a sorte
a :1.:000~. '()Or do projecto; que provavelmente será a mesma
mez;e os outros que já teve- na 1.~ e 2.~ discussão . . .
a .0600~, e do Deseja apenas exp[lcara sun attltude nestA
i. de Feve- questlio, á qual não tem sido indifferente, si
hem -seja- estaa primeira vez quo occupe a at-
·· ···· ·· reiro ··-a -30 · de- · · ·· -·· .. · ·· - -- ------ - - ·· . .......
Junbo de 1880, tenção da c3sa sobre o assumpto. -.
o chefe a 2:000~ Lembra que em !8'77 antes da celebração do ·
·por mcz e os contrato que se tra~ de approvar, teve occa-
o:•trus a 1:600$. ~2:4.-fl0$00~ sião de entender-se já com o agente da com-
Im.portanr.ia por pagar: p_,nhia ameriC:Jna nesta côrta, já com () ministro
A' compo.n !lia dos da agricnltura de . então, afim de que fosse
t c I e g r apho~. contemplado o porto do Maranh::lo nas escalas
cowo se vê de dos poqnetes, que era uma a:ntiga pretenção da
suas contas. . .. 1: HSS600 · provincia que representa . _
.A A.merican Bank Debalde empregou esfor~os nesse· sentido:
Note Company, não foi attendido. · .
pelo fabrico das "Eneerrada·s ns cinn.aras, fez-se o contrato,
apolices o cou- torn:mc1o 3 sun approvação definitiva depen·
·pon$ do em pres- dente das camaras. . .
· timo de i8i9... M;:25~~%22 In~istindo na justa pretenç~o dessa provinda, .
Qua_utia que s~ t1!ve ten1brança de apresentar umn ~menda por ·
presume sera occasião da discussão do -contrato na sessão pa~-
a.índa. despen- $ 3 dt. : ami~o do gabinet~ 5 de _Janeiro, pOis
dfda ttê ao fim julg.ou rnn1s acertado ouvir previamente o · no-
. do e-s.ercicio.-- 5:9~7~i9a 206:000;)000 bre ex:·minístro da ngricultura, que declarou
Torn~-se neeess~- ser isso nllsolutninente impossivel vi~to a reltl·
·rio '' augmmito....,_ ·c-tnn.-cia da companhia, que apresen1a-va obsta_·
de .. . .• ...•. ·.. - ----1.2_:·666~66i cuJos serios á tealitação desse deselo do_ presi·
' Rio de Janeiro, efn 6 uc Novembro- de !880. den te elo Maranhão, o qual tambem.parlllhava o
-José Ailtonio Saraiva. . nobre ex-ministro.
Absteve-se, pois, do seu~ intento á ;vist~ das
Finua n leitura o"Sr- presidente <leeltlra que razões adduzidas e desistiu d3 apresentar a
a proposta do poder executivo será tomada t;a emenda que projectou . .
devid:t considerar·1io. Retirsnclo-se o Sr. Inl·
n!stro com . ~s ...mêsmts.. form:~lidades com que Sem embargo, porém, foi elia apresentada.por
entrou, o prop.:.sta é remeut"d a· a· com-- · - 0 de viu
nus~:' um-collega-
do a ter d!Hleputação.sem..conheeimento
conhecimento dall:~, depois do seu, li'la
or~amento: na mesa.
Posto a· votos, em .3.~ dí~cusslío cn.cerrada, Nüo dei:tou todavia de acompanhar Cl>m in-
o projeeto n. 6~ de !880, é approvado_ e be_!ll teresse a sua mar~lla . e · de prestar· lhe o seu
:tSStm tambem são approvados em 3." discusSl!o voto em todas ns discussões. Vencida a questão
os projectos ns. H-5. H6 c 136 de iSSO . .o Prt· sem difficuldade nesta casa, _o mesmo :Qão aeon-
meiro sobre aposentadoria do pharoletro da teceu no senado, onde a emenda dn_ camarn
barra do Rio Grande do Sul, .e os outros con· solfreu· ·um largo ·e ·caloroso debate, ficando
c~de.ndo licen~~. ~o ~ecretttrip da facul~3.de de plêname"ilte ·demonstrada a pr~ticabilidnde do
_drretiO .do . Recde Jose Honorr~ Beze:ra de ~e- porto do ?1-faranhão, e consequentemente $/!·
nezes; aposentadoria ao CO!J.ttnuo Ioao.Bap_ttsta . hindo victoriosa a emenda da camara.
da SHv:n l\fanguinb.o! e o ultrmo sobre as pensões A' vista da gr:tnde controversia que ninda
concedtdas aos sery1dores do estado. _ permaneci& a esse respeito, continuanâ_o a c9m·
__ .... Posto_,cvotos em :L• disc!J.ssão' o Pl'Oject0 panllia a recusar·s~ a fazet a es~la mclutdn,
·· ']i. · J~6 -dé ' .i8SO;coneeâendif ~iubilaciio"'M"con·.'· 'J ulgo!l-- ~eJJom. , a.vJs~,, =e, com-=-.J;!l~l!~.=-·o.. n9,br~-=
. selh!)iro Eli~s José Pedro~a, ê :1pprovado,; e a ex-mmtstro da .a~ncultur:~,. ~!lv1ar ao. Mara-
. req uerimento do Sr: Jeronymo Sodt;é_ dts_p~n- nb_1'ío uma c.omm1ss:~o_de protisstonaes,HJual,de-
. sado do interstício pr~ta entrar em j,",d•scnssao, p01s dBdeltdo ~x~me e sonda.gcns repeltdns. do
na primeira sessii.o~ · port~,, d~clarou mfuadadas as t~llegações da
ÇonÍinú:t a di,;.~ussii::~ . do reqtierlmeri~o -de' .co:a~:C~;-~ortanto,~ero:in~da: a questão ·e que o
adt~e~to do P~OJeCt!) .!1· -~ ~. sohre ~, :~ave· decreto dévia ser i~mediatainente . execulado.
~ç.,o p.. ~~ew~York,-.~re.enlado na ~e ••ao _de
8 dq correDte.- . - _ . -
/·.-·.. 'E'. encemda a diseussiio, sem debate, e [l\IS!O
IFoi, poi!;; com · so_rpre~~para os representantes
do Atara o. hão a rcsolnçao de :submeLtcr o go-
.verno a. QUest~O ~O ~arlnmellto; _ e no caso· de
--.. ~_-v_oto3; é r~jeitado o requerime~~o. . · . dever fnzel;o,eramdispenS:Jve1 qu~_apresentasse
: ~ ~. ~ ~.... . . .. . ·. . ..
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 16: 12- Pá gina 11 de 19
.. ·.,
..
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. elementOs novo5 que apOiassem ti pre~~~~i~ d;;--·
o -p~~jécto -éreme~iido á . co~m~~ãóde~re---~
-emJ::~a~~am, q~~ o un,ico ~~~n~ent~ np~~se~- ~a:t~: em V- diséussão .o projécto n, !5!
tado Colantes em favor do escala_p~o Maranhao. de 18801 .abrindo. un1 credito supplementar
__ -~efe_re-se ao parecer da COJX!mtssao llydrogra- ao ministetio · da· marinba da quantia de
pluea .· PoqJarte da . compaD:hta-,apenas. se-apre-. .35-i:573MJ93..-- . __ ._,
sentou um documento offielOso, uma carta do
Sr. Roberts, que perde todo o valor, . desde gue E' encerrada. a discussão sem·debate, e posto ·
fallav11m-lhe ·absolutamente os conhecimentos a' votos tipprovado o art. i. o do proiecto. :
11ra1icos da localidade, pnis que nunca fôra ao Entro em discussão o art. - !. •, e é sem -de~'
Maranhão. · · . . bate encerrado . . . · .
Entendo, porém, (IUe ainda maior sorpreza PrGcedendo-se á votar.ào, reconheéeu-se não
causou o parecar - da ·mesma ·commiss~o.- -de. h ~
comn1ereio, industria e nrtes, que partindo das rtver·numero para·se--votar-.-- ·.. --H- · ·--· - ·· .
premi$SilS apresentt~das pela eommtssão hydre- O Sr. Pa:EsiDE!n'E manda proceder á cnamada,
graphlea, qniz cht>gor a uma conclusão inteir:~- na fórma do regimento e verifica·se terem se
mente op~osta. ausent:ldo os Srs. Lemos, ?.lacedo,-c.;.l\fo~eira de
, Estranham que o nobre ministro da agrlcul~ Barros, Ignacio hlartíns; -Olega-rio, Prisco Pa·
tura, depois de por- muitas vezes ínterpellado raiso, Manoel Carlos, Buleão, Joaquim Breves,
sobre este assumpto, se tiv-&Sse expressado tão Saldanha Marinho, Liberato Barroso, Viriato de
concisamente; desfocando í.nleiramenle a questão. Medeiros, Bezerta Cavalcanti, SQuza Carvalho,
Affastou-se da principal questlio,-a pratieabi- Espindola, Ferreira de .Uoura, ?rlonte, Baptista
li~ad~ do porto,..:-pa.raseoccupar dos interesses Pereira; Lima Duarte, Mello Franco, .Mello Al·
que a S. Ex. parecem ligados á ernpr~za de na- vim,Theodomiro etFrederico Rego. . .
vegação ameriC8n~. esquecendo-se,porem, de nos Fica adiada a votação do art. 2. •.
declarar. quaes sejain elles e de que ordem. ·
Não colhe oargumento àpresen.tado pela com· · Entra em 2. • discussão o.Projecto n. {50 de.
panbia de rescis:iG do contrato. E, caso se désse iSSO, tíbrindo um credilo de i78:91.lM33fao mi·
isso, em falta della, outras tiniam de appare- nislerio d:r agricultura para occorrer. ás despe~
cer e talvez com Ill1liores vantàgens. zas com as estradas e diversas obrâE com as co·
Si os interesses da companhia é ,que vêem_a loD.ias de Santa Catharina .
..soffrer ;.não vê.rszão ~ara ·que se o}?rigu~ a.ca- O Sr. Frei~ c_~utinbo ·antes de
·mara a Uffi.à retractaçao só para não preJUd•car · ~omeçar a dis(;ulír com O' !ionrado Sr ; ministro
a companb•a. . . · . da agricultor-d, pede licença para dar uma ex-
.. Como .quer, po_rem; que SeJa_, melbo~ se!la plíeação a respeito ·do modo porque .entéil.deu_a___
que o U?llre1rnmstro dés~e aqm as expllcaçoes applicoç-Jo do regimento feita pelo hoorDilo pre-
necessar•as, porque prec1~amente terá de pr_e. sidento da camnrn, rebtiv~mente ao procedi-
stal·a~ no senado, onde fo1 esla · questão mmto mento que o orador teve ·hoje no recinto. . .
. debaudll. .. 1 Protesta por ter sido ch3mado nominal mente
'Si o Sr. ministro deseja mostrar a ~ua boa á ordem, sem ter sido advertido tres vezes
.vontade em relação á província do ?llar;:nbão .e · conio determina o re~imeuto com a p a lavra~
dar-l.he uma re:~l compensação; é mandar fazer attençâo.· . ··
os estudos e trabalhos precisos paru a navega- Reclama pela applicação estricta do regimento
bilidade dos seus rios. · . não vem pedir favores ao honrado presidente ;
Esta ~em discussão um projecto· para estudos só quer o cu_rnprimenlo d~ lei. .
· ···emalguns rios da provincia .de Goyaz; neste . Com que tltulos e autortdnde vem .o Sr. p~e
projecto · aut:>riza-se o governo· are a realizar s1dente estab~le~er ·precedenl.eS .~esta c:~derra
opera~ões de credito para fazer.tai:serv-iço. , .· em que S. Ex: nao se.each~ delinitr_v:~rucnte as-
Declara que liga mais importaneia 305 me• sentado, porque é apenas VICe-prestdente'i' .
Ih · d ,. ~ fi. ·- 1 d M h:- Não é dado ao .deputado · que se occupa da .
. .oram~ntos .. a nave._,açao. u.vu 0 a_ran. ao discussão do. um creilito tratar da .politica rela- ··
do .que ,1 ~sa escala üos paqu.etes ,amencanos. tiva ao ministerio •r . . ·
. A~- palavras qne proferilt ~o apenas uma Acha muito irregúlar que . o honrado : presi-
. ·expl~caçã!J do seu voto, afim ~e que o seu sl· dente cada dia dê uma interpellação. nov~ aó
JencJO .na_o I?Udesse ser mal mterpretttd?lJel~ regimento. · · ·· - . · . .
SJ!a provmcw; afim d~ testemunhar dn.tr1bu.n . . Estranb3: que até _agora o goyerno, .a petar
qu.~ ·.tem · s_empre se_ 1~tcressado Pllf.~Lque esse das declarações formaes do honrado ministro
-·"'"an~!_g9-.~~~J9:.d.!!...P~~Y!J!Cl~~o ~_l!r_anli_!o po.desse _ da agricultura, nãO' tenha feito esforços .cpara
ser satrsfetto~e-::q?-anno--na.o'~Ja,-"lhe""conceda . o alcançar do _seu~ do :qu.e_o seu substilntivo ao.
$OVerno: a~uma COJ:!lpensaçno reaL· ·. .· . . · projecto·de.contr.Jt_o com .Q c~mpanhia :do gaz :
. , Não·h:ivendo mais-·nenhum :Sr. depo.tado in~ .entrliSSe em discusSão. . . < ·
. §Cripk), t;:Ucerra~S~ a ·discussão. . 0 contrato_ do- gaz como.Ó nobre ministro .
. . : · ·.. , . :·· · · .. · · . ,, . - ·· · · . .:· pretende reahzar :vem trazer economia .para os ·.
. O~r._C()ti~Az~v~d.oo:re~erque a corresopubUcos-e.~ll.ivia~ ..a populaçiio de ·u.~ :
: votaçao seJa nomlllaL .· . . · _ . . : grnve onus, q~~ ate hoJe' sobre ella t_em 'pe-:._
E' rejoit:ldo o. requerimento. · . . . . . sado~ . . · • · · : : ' .: · :,~_:.
· :·Posto o votos.o ~rojecto,.é approvadÓ, e rejei: o.:honrad.o ministro .diz que está. -~erfeitá~ ··1.:
·.tado 0 substitutivo. . · · , · : .lpente babilUado a fazer . o CQ!l~at<t~:.ne~t~:~' ;-;
c â"nara do s OepLtados- tm rr-e sso em 2 7101/2015 16: 12- Pá gina 12 de 19
I
condições e chego~ a declarar que o l.la de governo-to~am-s~ obrigal;ões: para ·O:.Esl.ado.,.
Jazer independentemente de -quafquer emba- Essas condições estão definidas no direito admi-
: raço que. ~urja ; entret3nto até hoi.e nada nistratiro~ que S" Ex.. não tem poder-. para obli-
fem feito .-para que o. seu sul:lstit:utivo entre em ' ter.il-as•. · · - · ·.· · ·. ·
· ·discussiio.' . ,_. ,., -·-··· · ··'·'·'· ,.. · :.·· -·- .-, -. ··· No ..de.creto.c..da,_, eonc&.Jsão . não encontrou. o
; · Deste modo no orçnmento ba de se- consi- nobre ministr-o disposição" obrigando õ··Esi:ãdõ.-a. ·
gnar verba p:m. ,pa.g~mento da ilhiminação pu- garantir o juro dé todo o capital realizado, fosse
blica nos termos do ·antigo contrato, e portanto on não empregado na construcção · da estrada;,
por um _preço exc.essivo, quando na opinião do na. seeretaria da agricultura ·lambem não en.-
honrado minístro,tal ílluminação póde ser paga controu S. Ex. documento que o esclarecesse
.por preço muito inferior. sobre as obrigações allegadas pelos concessio-
lnsiste pelo nccessidode qu~ ha de se tomar narios. O .unico el~mento que teve para esela·
qualquer medid<t sobre :1 questão do trabalho, recer a questão foi o ajuste verbal do chefe dG
assump!o que boje mais interessa ao paiz, pois gabinete de S de Janeiro com os c oncess~-
. a-idéa ~maneipadora vai fazendo seu caminho e narios .
o far·á a despeito da má vontade e dos embara- · O nobre minis~ro não devta dizer que o seu
eos que se lbe queira oppôr-. _ . alvitre era o unico a seguir, porque o· palavra
. A questão da estrada de.ferro do Paraná é do govérno estava empenhada. Não houve · tal
uma questão grave, uma questão financeira: os empenno; porquanto as obrigações contrahidas
32.500.000_francos, que constituem n quantia pelo Estaflo eram sómente as que constavam do
marcada para a construcção da estrada, foram decreto. Tanto isso é assim, que si não esLivesse
na sua totalidade levantados em virtude de or- presente o Sr. conselheiro Slniml.ni, o nobre
dem do governo. Passaram a fazer parte da for- ministro da agricultura, teriD- de commetter
tuna do Estado, isto é, passaram para os seus uma grande iiliquidade por falta de esclareci~
cofres, e o Estado .ficou r.om o direito de poder mentos que só elle poderi3: dar.
levantar a ~quantia que entender necessaria, ape· · Si ~e admittir- esse systema novo na. adminis-
IUlS com obrigação ae ir satisfazendo os saques tração, quaes serão , as garantias · d(). Estado 1
QJ.!e contra o mes~o gqverno tiverem de ser O n~bre ministro est:lbeleceu um precedEm'&
fe.ttos·pelos coneessronartos da estrada. · ·· ternvel. ·
.?>- ~nsaeção collo~ada neste ponto de vi~ta, Não sabe: o orador si a estrada de ferro do
. fm. altamente vantaJOSa para o .Estado,.pots é Paraná dará os Jo.cros que delta se esperam.
Mb_1do que o g_over.no luta .com d•ffi.cu.ld3des na o capitnl primitivamente fixado pelo governo
re~essa de _dtnhetros para a Europa, afim. de em 5.000:000$ foi elevado depois a 7.000:0008
sattsfner ~11! os encargo;; ~o. tbesouro. . · pela garantia-de m.ais ~;000:000$ -do governa
'· 9 ~r: mmtstro no domtnto das ~regra~ ~ dos provincial. o Esr.ado concedendo fiança de·ssa
-- prmetp~egnl.am..e.Sl;J~IJe§t1!.QJOhÇJ.t!.~o . OllJPf~metteu-se pelo juro de todo
pelos emprez.ariOS> afim. de lhes pngnr os JurOs aquelle capital. s-coricesslOnarii:lr,-purém, re• ·
corres_POndent~s ao ~ap1ta! levantado, declarou clamaram a suulevação a tL000:0006 e sobre
que nao pagana: senao o JU!O correspa!ldente.á ella o governo principiou o. pagar o juro de
ll!etade d_o. Cllpttal ~onomtsado, e assun de~l· 1 "/o. Qner portanto saber do nobre ministro
dmdo, .d1z1a-se ap013do. por uma doutrma da agrlcultnra emrtermos clares e precisos, qual
expres~a em decreto promulgado pelo poder 0 systema que adopta para tornar effecti..vas
execut1vo. . • . as ganntias da lei de !873, se ga-rante os júrO&
. ~ _concesstonartos reclamaram contra essa do capital r ealiSlldo ou d6 quo fôr effectiva.·
· de_m~ao, nllegando.!Jlle o an~cessor ..do honrado mente empregado nas obras'; .
mmtstro· na occas1ao de real1sar o con"trato, de- . - ··d· . . . · , · ~tn. .
claro\l qlie a garantia de juros se .tEJrnaria .A fixaçao . ~ capt1a1 par~ t:les oh r~ .etta ..,~.,
effectiva para tOilo 0 eapit<•l subscripto ..- ~tado .é a ongem desses mconv~n}entes e por
o antecessor de- s. Ex. póder.i.a ter razões 1sso o, o-raoor louvou ? nobr-e. lillnJstr~ por ter
muito valio•as para resolver : o negocil> como supprimtdo I) 31JPe!l'!_ICe de eng~nhet.ros 9ue
0 fez. . - · h:ma na. sua rep~r~1çao. Sem ~ta:be~ecer difll.·
o nobre honrado ministro..entendia ou en· c~ldades. que o aru'?encem os· caprtaes, o ~tado.
tende que i> seu antecessor ·podia resol-ver 0 pode adaptar medidas que. garant~m os seus
negocio pela nianeiu por qtie a· fez 'f . · ln,tere~es. . ~ . . __
Si · este .é o pensamento de S. Ex ... porque Cb.ama &Inda a attençao 49 Mbr~ ._m_l.Wstro
não tem._:~, eóragem de de~dir de conformiàãde para um pon~o sobre:.o q~al Ja. tem dJflgidf? ~·
com as suas eonvi~s? . . . _ clamaç006 a.:;: Ex.. ~eJava saber a oplJ?-Wl
· '"' Quer:salier"'qual=é--~=pensame&~·de S-;-cEx;• , dO:cnoóre.,mnustro•.sob~llo o.modo_jie=!!tl..-.~~ga_m~,"'
qnal _a. ·sua, d9ul.tina ·e I}.Uaes- t)S motive&, que a.S: eslradas ~e ferro; S;_ Ex.. proroetten. ifeseC?.f·
actu:u:am. no· seu. espiri.to -para: ·decidir ·como tmar da.poe1ra do arth1vo-da camara um pioJe-
- decidiu~ · · · :·· · .. -· · . . cto de Sr. f.erreira Vianna~ e disse qne .em·
· . :-Fazendo essas- considerações~ ·o._ orador , não. ~ra n_io estives96 de~~rdo com'todU. as .mas
·· p-retende. eensw:at. ao Mbre . ex~míliistro. da disP?sições, procnrana ~Uzar algumu- daa
~riculmra,. cuja. opiruã~ ar~speito .da exe&il.- ~~s nelJe «~nsi~. . •
, ~o do decreto. de: !878 e mwto dí1ferente àa do . ··. Ltmita·se o orador a essas obeentoZiea sobre
actuaL· .~ · . . . · .' o assumpto mas promelte_iDSislireom o nobre
c A: eç_nve~ do Sr. S~nimbú . eom . os conrias~ mi~stro para ~e cumpra a IDI promea&a~ •
siq~os n~o aay.a dírettos a·estes, pofs o,nobre .estr. certo· que, i assim proeec!en®, coutrilnliri,
~ mllllStr? da agncultura sabe como . os- âctos du . para.os trlumpbos de S. Ex. ·
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:12 - Pêgina 13 ae 19
PasStlrá a tratar da estação marítima, da és- j_ • dita do de n. 150 abrindo nin crêdi1o· a-o .
t~à~a de ferro D. Pedro }1. que teve· oc~asião de ministerio da ·agricultura de f78;96'Í~33L ·
'flSltar co~~ nobre mm1stro da agr1cultura. · t..• ·dita do de n; i3B prohlbindo fazer exea-
Nt>ta o x~JU!ZO ~e- .resulta para o Bs ta~o dessa vações nas roàs da cidade. . .. . . . ....
~:i~res -~~~~?;58v~~3:s ~~P~z::~~~a~~~~: ··- · 2.• "dita d_o_ 'de ~- !11.6 autorizando aJubilaÇão
·s er prolongada de modo a perm'ittir a carga de do con~elbet~o Ehas José Pe~osa. . ·. .
navios de cert1) ~aliado, inutilizaram qu.asi Coo.tm_u~çao_ da_ 3.• di~cussão .:do de :n. 104.
aqu~lla ~bra. Senttu com· o Mllre ministro que sobre P~tvtleg10s mdustr1aes.
os dmh.etro~ do Est~do fossem mal applicados, 2.~ dtta do de n. 121 .A modificando a lei de
e que aq uella obra que custara mais.de 3.000:000,$ 18 de Setembro de i850.
não satisfaÇa_ o fim para qn.e foi feila: · l.' dita do de n. S6instituindo um monte-pio
.A. ~ropostto_ da estr~da ·de ferro D. Pedro 11 obriga·torio .
l!.otn amrla o~ mconvementes queresulta~n para. 2.• do de n . "o
~s lavrad!!r~s, da demora do -eefé nas e~-~~es , mandar readmiLLir 110 qnadro do exercito o ma-
autoriz~ndo 0 gover11 o a
tnte~m.e<har~as. Censura tamhem_ a prattca da jor J. F. da Silva. ·
admmtstraçao dessa estrada em nao dar trans- • . ; · ·
porte aos _generos recebidos nas estações, em- 3.d dtta do de n .. 98 antortzando o governo a
quanto não chegam á lotação de um carro. Desse man ar ~xplorar ·d1versos rtos. .
modo os generos são demorados muitos dias Levantou-se -a sesSão ãs !j hóras da 1arde
com prejuízo dos_seus possuidores... · · ·
Qnanto ao contrato . feito com a· companhia
Locomotora para o transporte do café da estação São mandadas imprimir as s~guintes
marilim~, observa que -a eoncurrencio ·para
esse. serviço era illusoria, porquanto nenhuma B~dacçôes
_ outra empreza de transporte poderi.; lul.ar eom . Redaéfão lklproj~cJo n. !!95 ~ i879.
aquella companhia . .As carroças, entretanto,con-.
tinuam nesse serviço; mas é possivel senão A assembléa geral decre.ta :
certo . qu.e tenham de abandonar-o pela supe- ··
rioridade .dos elementos .de .que dü:põe a .Loco- .Ait. L o Fica o governo autorizado a vender .
motora . Nesse caso lembro ao nobre ministro a José Joaquim de Castro, pelo .pr~C!l .da lei, ;seis
que, -para evita-r prejuízos com que·emonopolio lotes de terras -devolut~s do· mumelpto de J>on~
de facto possa no futuro aggrwvar 0 commercio, ta-Nova, .previ !:leia de Minas ·Geraes; que para ·
-tOORe· precauções-linffialldo :ataxa-efll--lHit-Con-· esse.fim •e demarcarão. ·-- .. .
trato por maior prazo, e com toda a segurança .Art. .2. • O 'compr~dor'pagará em prestações de
· n:t exactidão do serviço. •. um a. dez annos, ass1m -o valor das -terras adqui,:
A dis_cússão fica addiada pela·hora. · ridas.z como ~s despez:~s de medição, ,prestando
cau~ao suffic1eute. ·
SEGUNDA PARTE DA ORDEM DO DIA Art. _3.< Ficam revogadas as d.isposi~es em
contrano. . · ...
Entra em L • discussao, e é sem debate en · Sala -àas eommiSJõõss, ~m '9 de Setembro
cerrada, o projecto n·. ~~de :1.880, concedendo de !879:-Ruy .Barbo.«~.-.Rodolplt{J Dantas .
·a .Augustin Henry Hamon ,privilegio. para fa- ..
hr.ic.\t' tubos de chumbo·revertidos .de estanllo. Bedacpão da projecto N. 6i de 1880.
Fica adiada n vot.ação. ·. · · ··
·Entra- em 1.• discussão. ·e 'e sem debate en- A assembl.éà _geral resolve ;
cerrada, o projeeto n. US A de iSSO sobre o 'Art. l.• São.concedidas á S'cliit.a ·casa ·da·· mi-·
julg~mento dos crimes de quetrata .a lei n. Ul99 serieor~ia da cidade do Recifeduas.loteriasTe-
de !S de Setembro de 1860. Fica adiada avo- · guiadas pelo plano =adoptado para as · da ·san1a ·
tação. .. · .· .. . . casa da· misericordia da Côrte,. e uma de .iguàl.
· ~.Entra eul2> discussão 0 projecto n. 270 de .plano. ao ·recolhimento ·de N. S . .da Glória ~
. !879 autorizando.o governo n admittir no.
gua- dnquelln cidade. :.,:
dro do exercito o inajor José Francisco da Silvs. .Art.: ~·" F.icam xev.ogadas ·as. diaposiçi}es · <Bin
· · Tan<)o pedid-o a palavra o Sr. Costa Azevedo, conW.Irllíl. - · ·
o ·estando a hora muito adiantada, é .adiada . a Sala .das commissões~ em .9 ile .Novembro de
_ discussão. ' 1880.-Ruy Barbosa.-Roàolpho Dantas.
::...--~.O~Sir;eoP;;:;;s,uru."T:E ~dá~'-].)ara''<l:rdemodo< dia"!i': ·. '";_~~~-.i/J.edtu!_pà.IJ .do prfjeao :tl-1~ ~e 188{) ·~ .
V.otaçã!J do art. _2:_' do _project,!!,J?.-.l:lLabrindo ·· · XEmendas ·do senado}
\llll. credito M m1rusteno da'lllamiba, -para su- · · . · . · ·
}ltimento á verba ..:::.Reformados, .. e continuação· .A: assem111éa ~eral resolve : . . . .. . , .
. da ~Ydiseussão dosm~is .artigos d? _me!!m'o · Art. L~ ~ica approvado .a conti'a\G'.del_q_-_d{"
proJecto; . .. . · .. Ou.tnbro de 1876; celebrado entre o go-rerno' e·. ·
-,Vo't:lção dos pro]ectos ·ns-.l~~ e UB' .!. , . Ãleixo Gary: para~~nm~~ eirrl~ · da"9i· ..
.!'.•;disCussão do projecto n•.!ii~ - 1 ae· iSSO , dade~de S; ge~astta2. d~ B1o ,(}e Jane~ro;· 001D .as~
autorizando~ ministerio da :~gricullU!'a·~ con~ segmntes m~dificaçoes: . : : .-. . . . . . _:.,..
t.ratar a exploração .e venda dos ~ pho~pha~ ·. e J..• Nn_clausu1a L' d~!lllllllem.~se .os d1s_~1~~
outras-substancw na eosta .e ilhas ~o- .Im_pe.rio . ctos pel~uuas qne~sJiniitam,1aze_nd(hse meu-_·
...
Cãnara dos oepllados - lmfl"eSSo em 2710112015 16:12- Página 14 de 19
ção destas, como se pra;íciJ~ ·no contrato ante- .Re'daé#o do projicto 1L IM de .1880.
riôr, celebrado com Julio R1chard. .
" '· • O emorezario será obrigado não só a iu- Emenda feita e approvada pela cama~a dos
tfoduzir, pãra, .a Lnpezada cidade, os carros deputados á proposta do governo que abra um
meca.nicos..do systema Sohy, de ·qne trata :1 clan~ ·credito.' iUppl~mentarcc.par~. :tS verb~s::-~q~Ji窷
· sula ~.... roas tambem .a adopLar todos os pro~ de L• ms1ancia,-cor}Jo ·mtlitar dê pohc1a,-·
cessas :rperfeiçoados, que s·e usarem nas .p nnci- Condncção de presos de justiça: ·
paes cidades da Europa, c os que se inventa- Acrescente no lugar competente :
rem. · . A nssembléa geral decreta :
a:oo emprezarlo será igualmente obrigado a Art. i .• (Como ila proposta:)
apresentar trimensalmente á junta de hygiene
relação do material e pessoal, com designação Art. ~.o (Como na proposta.)
dos depositas onde aquelte existir e dos distri- Art.· 3. • (Como na proposta.)
etos a que ~mbos pertencerem. . · ,. Saln das sessões, em 9 de Novembro dê 1880.
q_a Na·clausula q_a acrescentem-:e .. ás pala- -Ruy Barbosa.-Rodolplio Dantas.
vr:Js micla!'ios publicos as setiuintes-e quaes-
quer dep:~sitos on Jogares ae onde se remo- Redacção do proJecto.n. i~9-de 1880
vam materias em decomposição.
5.• Fai;a-se menção, em clausula especial, dos A nssembléa ·geral-resolve :
productos cbimicos que convem ser applicaàos ~s Art. L 0 E' autorizado o governo a conceder
aeslnfecçõe3, a saber-chlorureto de cal, sul- á santa casa da Iiüsericordia da côrte ciuco lo•
pbato de zinco, àcido pbenieo, aeido chlorhy- terias, decreto n . 1.693 de !5 de Setembro de
drico e nitro benzina, sendo os dous ultimos !869, para conclusão do.edificio destinado ao seu
como agentes de as5eio. recolhimento de orphãs,sob as mesmas condições
·6. Na clnusula 12.• eliminem-se as palavrM das do . decreto n. 1.693 de 15 de Setembro de
ftn ,es desde-poderá o contratante. ·. !869 . .
V Reduza-se a oito annos 6 prazo da dura- · Art. 2.0 Revogam-se as disposições em con-
ção do contrato. . .
trario. ·
8.• O serviço .da irrigação s_erá inteiramente Sala das commissão ·em !O de Novembro de
separado do da limpeza, logo que fôr approvado :i880 . ..;...Roà.olplto Danta$.-lluy Barboza. ·
o contrato, de conformidade ·com a .clausula
25.• do de iO de Outubro de 1876. RúliicÇão da emenda. do S2·. Galdíno da.s Neves ao
:: 9.3 'Na clausula 3~.· ·aspeeiffquem~se as mui" c · projecto n. 61 de 1.880 .
tas em que tiver de .incorrer o contratante nos A nssembléa gernl resolve :
·casos de falta de desinfecção.
,.-. Art.. ~.• Ficam revogadas as disposições em Art. L" São concedidas á sonta casa de mlse •
contrGrio. . ricordia da cidade de S. João d'.El Rei, provin·
Sala d~s commissões em 9 de Novembro cia de !llinns Geraes, cincõ loterias reguladas
éle i880;:...:.Ruy Barbosa.-RodOlplto Dantas. pelo plano adoptndo para as dn san!~ casa-de
misericordia desta eõrte.. ··
Redacçãc do projeo'o n. t.i5 de 1880 Art. ~.• Ficam revogadas aa dispoiições em
contrario. · .
(l~mendas do senado)
Sala das commissões, em 9 de Novembro de
... -'~ asseml>léa geral resolve : !880·. -Ruy Barbosa. -Rodolp!w Dantas,
· . Art. · L 0 E; o governo autorizado a dar por Reiltlcféio da emenda do Sr. Canàido de Oliveira
liquidadas as contas do finado almoxarire do : ao projecto 1l. 61 ~iSSO. '
·: :arsenal de guerra da provincil! de S. Pedro do · A assemblêa geral resolve:
JU(I Grande do Sul; Firmino Luiz Gomes de
· .Abreu. 'Al't. L • São concedid~s ao hospitaL da cari-
. -Art. 2."·l\evogam·se as-disposições em con- dade da cidade da Ponte Nova em Minas Geraes
trario. . ·duas loterias segundo o mesmo plano adaptado
,: Sala das commissões, em U de ·Novembro de para as da santa casa de misericordia desta
!880.-Rodo!pho Dantas.-.Ruy Barbosa. côrte. .
Art. 2'. ~ Ficam :revogadas as disposições em·
Redacção do proiecto n. 133 de 1880 contrario. . ·
Emendas feitas e approvadas peJa c:~mar:~ dos · Saio das commissões, em H de Novembro de
deputado ã prOJlOSta do jloder executivo, abrindo i880'.-Buy Barbosa.;-Rodolpho Da.nta.s. ·-
ao ministerio do imperio um credito snpple-
mentar para a verba-Obras-do exercicio de· Redacção da eme11da do SI' ... Alves de Araujo .e·
J87~~l880. ' . " outro ao proiecto ~~. Cli dê i880 • .
Acor'escente-se ·no lugar competente: . .A. aSsembléa geral restilve: . . ..
~ ·A ossembléa geral-decreta: · Art. l. •· São· concedidas ás easas de miseri·
' . Art.~ L" ·(Como na -proposta.). cordia da próvjncia do Paranii quatro loterias,
de cujo prodliet9liq11ido 8Ji_p1iear,se-ha:ametade
. Art'2.~ (Com'? :.na propos~a-.)' . . á.santa casa de misericordia ·de Coritiba ·; ·a)ne-
· Sala das commissOO$, em : de Outnhro de· tade, em partes._ignacs, ás-demais casas de ":mie ,
.. 1880.-Ruy Ba,rbO.~a~...:...Rodolp/tÍJ Danta$ • . serieóidia·da inesma-provincia·" · · ··
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 12+ Pág ina 15 de 19
A'ro H horas da manhã, fei\<~ a cllamad~. acha~ · · A's· H horas.dã manhã feita .a chamada 'aeha;
nm-se presente$ os Sr,;. Ga\•ião . P~i:coto, Alves ram-se presentes os Srs. Gàvião. Peixoh> Alves,
de Araujo, lerori-ymo l<~rdim, Almeida B{lrboza, de Araujo, Sinval, losé Caetano; · Affonso Penna,
Manoel de Magalhães, Abdon ~Iilanez, Ignacio José Basson, Camargo, Riba.~, Barão da Estancia;
·Martins, Affonso Penn~. O!cgal'io, Ft!rt'eira -de Manoel _Eastaquio, . :àforeira BrandD'o, Freitns
Moura. Rib~s. Mncedo, Seraphico, Bin'ão !li!-Es- · Coutinho, Ulysses Vianna, _Mano~l - ·de ltlag'~
tanci ~: Sergio de C~stro, Joaqnim Brev 1~s. lli· lbães; Seraphico, Souza Andrade, Sergio de
beiro ·de ]fenezes, Valladares c Tavares Bel- Cnsfro, Candido de Oliveir8, Cesario Alvim e
fort . 'Barros Pimentel.
: Compareceram <~:e pois_ da ch~l!ladn ?S Sr&. Bar- Compàrecei'am depois da chamada o& ·Srs·.
ros Pimenta!, Fab1o Rets, Danm, Smval, Joa· Prisco. Paraíso, Costa Azevedo, Saldanha lla-
quiru Serra, Theo~oreto Souto, Souza Andrade, riubo, Fabio Reis, Liberato B::~rrino, Theodo-
Bezerra Cavalc•mt,, Costa ·Azeverlo, Manoel Car- reto Souto, Virialo de Medeiros, AbUon Milanez,
los, Bnnrque de Macedo, SOues Brantl5o, \Ti - Bu~rque -de 1tlacedo~ Ribeiro de Menezes, Al-
ri~to- de .ltfedeiros, BeUort Duarte, Espiudoln, meida Couto, Ferreira de Moura, Jeronymo
Afonte. Almeida Ccn!o, I idefonso de· Ara ujo, Sodré, Ruy Barbozà, ·. Roilolpho Daul<is; · Ilde-
·Z&.ma; Prisco -Paraíso, Rodolpho D:lntas. Aznm· fon.so ·de Aralljo, Andrade Pinto, Bnptista Pe·
buja Meirelles, Andrade Pinto, Freitas Coutinho, reirn, Aur_elianQ Jtlagalbã~s, Soares :-Brandão,
'Abreu. e Silva, Aureliano Mag:~lhães, Cesorio .lgntwio lfartins, Mello Franco, D:~rão Homem
·Aivilll, !lànoel Enstnqnio, Lima Dunrte, Marli- !le. Mello, Antonio C<Jrlo~>, M~rtim Francisco,
. nllo can1pos; Ba-rão Homem de llello, Ulysses Olegar.io, leronymo lardiin, Moreira. de B~rros,
Vianna, .·M:lJ'Iim Fran.cisco, Ilforeim .de Barros, ·rneodomiro, Diana e Malbeiros. ·
Sigismundo, Jerollymo Sodré, Lemos e Mello e Faltamm com participação o~ SrB. Anlónio de
Alvirn, Siguetra, Almeida Barbosa, Aragão e Mello, Bel-
Faltaram com p~rticipação os Sr~. Antonio de. tr~o; Costa Ribeiro, Es~~ridíão, Frei tos, Franco
· Siqueira, Aragão c :Mello, Beltrão, Carnp._r~o, de Sá, Nogueira Acioly,: FI"anco de Almeida, ·
. _Costa Ribeiro, Esperidião, Frei! as, Nofíueirn . Fred~.-ico de Almeida, Franklim Dorin, . Fran·
Acci<lly, Franco de Almeida, Frederico ue Al· cisco Sodré, Fídelis Botelho, Horta de Arnujo,
. me ida, Fr·anklin Doria, Francisco Sodré, Fidel!s Joaquim Breves, Jose Marianno, João ..Brlgido,
.·Botelho, Horta de :trauju, José M:~ri:mno , João Lourenço de Albuquerque, Lima Duarte, 1\la·
Brigido, Lourenço de Albuquerque, Malhciros, Cedo, Mello e Alvim, llariauno da Silvo, Pom,
!f~<rianno da Silva. Mello Franco. Moreil'll Bran- peu,- Pedro. Luiz, Rourigues Iunior, Souto,
dão, Pomp~u_,_Pedro Luiz, Ruy Ba1·boz~, Rodri- Theophilo Ottoni, e·Viscor.de de Prados; e sem
gues Jilnhw,' Theopbil:J Ottoni e Visconde de ella os Srs. Americo, .AzambujaMcirelles, Abreu
Pr~dos ; e sem el!a os ·Srs. Americo, Antonio c Sil\'a, Augusto França, Bule5o, Belfort.Duar-
Carlos, Augusto França. Bulcão, Baptista Pe- te, Bezerra -. Cavalcanti, -Bezerra do M P.n~es,
. reirá, Bezerra de Menezes, Candido de Oliveira; Crirlos Affonso, Corrê:~ 1\abello, Couto Moga-
. Corlos Affonso, Corrêa Rabello, Couto Maga- -Ihães, Danin, Epaminondas de Mello, Esplndola,
lhães, Diana, Epaminondas de Mello, Franco de Freilorico Rego, Françn Garvalllo, .Felielo dos
Sã, Frederico Rego,F~an ça Carvalho, F~liciodos Santos, ·Fern:1ndo .Ozorio, Galdino, Joaquim
· ~ntos. Fernondo Osorio, G:tlclíno das Neves, Io8- Serra -, Joaquim _Nabuco, Joaquim . Tavares-,
·~tiim Nalluco, Joêlqu·im Tavm·es,·Jos6 Ba~son,José Leoncio.de Carvalho, Monte, .Marcolino·-Moura,
. :ca·etano; Libera to Barroso, Leoncio de Cnrvalbo, MarLim Francisco Filho, J.lartinho Cnmpos, .)In·
. .&far-eolíno Moura, Prado Pimentel; . ::ialdanha no_el Carlos, Prado Pfroentcl, Sig1smundo; Sóiua
Marinho, Souza CarvallJO; Souza Lill!a, Silveira Lima; · Sil reira de Souza,. Taroandaré, T~va res
de Souza, Tamandarú e Tbeodomiro. · · Delfort, Zama, Lemos e V:J.lladares. : .· .
: Ao ·meio dia o sr. prcsid~Ilte deehra não . Ao. meio-dia o Sr. presidente dec~ara não
hnver sessão por falt" de nnmero. . haver scss:!o por falta de numero. • .
6 Si. v SECUETARIO dá conta do seguinte · O SR. L• Sl!lcRETAlUO dá eonta _do seguinte
EXPEDIÉNTE
. . . . em~.15 de
Sessrí.o emaordínaria . . ·. de
. Novembro . . 1880...
_.-, · , _":' ' --· -
283:
um ~~e~pl~~ d.o_;;l,at~~~~-;~~~e)he foi -P.as--.c.. Vitaç.ITo 'ílos,projéc'tos_To8 eli~~Á~~eaJa~E:.::-
·sada ,~rpresldenciada dtta provmc1a pelo v1ce- cussoe_s ficaram-encerradas. .. . -
presidente Mano'e! Pinto de Lemos.- _A arehi- L~ discussão do projooti> n'•.15i.A) 'dé iSSO~-
var• _ _ .. ·. _ sobre a exploração e venda. dos · pbosphAtos. dll· .
São m:~ndadas imprimir as seguintes costa.e ilhas do :Imperio" .·. . , ·. • ._ ··
· -- · -·-----~ ... -·- -- --.- -c -2-.•-,dila. -do ,de_,ndf!O, . abrindo um . credito _
n&oAci;õEs ao ministeriCJ da 3gricuHurâ. da . qúaulia ~de_·
i-78:967 6331. - . . ..
~cçãodo proieto i<. 62 àe i880 f.a dita• n. !30, prohil.Jindo excavações_lias.
-• A assembléa geral resolve : rnas da cidàde. · · ...
Art . . i. o E' . autoriza-do o governo a conceder ! ;• dita do de n , U6, autorizando a -jllbilaçiío
aposentadoria ao L o pharoleiro da barra do Rio de Coudido Elias J'osé Pedrosa. _. .· .· -
Grande do Sul, João Antonio .Braz, eom_u ven- -Continuação da 3. • dit:t do projeoto n . · 104,
cimento correspondente . ao · tempo de serviço sobre privilegias industriaes. _ _ . · ·-
que contar na(iuellc logar. · · 2.• ·dita de n. Ui A, modificando a lei de {8
Art. 2. e Revogam-se as disposições em con~ de Setembro de .i850.
lrari(). · . _ . L• dita de n. 86, instituindo montepio .
. Sala das commissões, em 12 'de Novembro de 2~. · .dita de 'n. 270,autorizando a man~arread~
:1880; -Rodolpho Dantas.--:-Ruy Barboza.. miuir no quadro do ~xercito o major- J. F. da
Redacção do projeclo n. 90 de i .880 Silva•..· . , , . . . .·.
3.• dita de n. 98, nutorizímdo a exploração de
A assembléa geral resolve: . diversos rios. · ·· . · -
Art . .l.° Fica serri,êffeiloa alteração faita pelo . L• dita de n. 06. sobre mafricula de esiU~ -.
decreto o. 2.853 de iO de Maio de i879, uas dante. · · - · ···
clausulas~ -· e 3.• do r.ontrato celebrado com ! .• dita de n; ·uo,- jubil3t:Ãi(nio padre ~Vás·_
a casa corome1·cial John Roach &·Son, por força concellos. . - - · . · .
_do decreto do poder executivo n . 6.729 de ,10 _J..a dita de .il. 128, autorizando 0 privilegio
de Novembro de !877,-para a navegação entre
o· porto do -Rio- de. Janeiro e 0 de New~ York, do ;tpparelho denominodo-Motor Brazileiro,
considera,ndo.~se assim em inteiro vigor todas as
clausulas· do .dito contrato. · -. -·- ·
Art. i , o Fi~ m revogadas as disposições em
codtraria • ·· .·· "· . .. · ~o em 1~ de Novembro de, 18.8 0
~- Sala das commissões, em f.2 de NoTeinliro de
l880.-.RIIOO_lpho Dantas.-Ruy BaTboza; Pl\BSil>B:\ClA DO sn: GAVIÃO l'lmO:OTO (3.ÕTJCE·P.:ÍB·
~- _ ._ .,' - ~!DENTE) -_ . . _- _ ,-
R_(claépiio M projecto n. 115 ' de 1880 SUMMARJO:-·:m~l)!ÍI~"7z.- Proj OM:..:..Approvaç3o do r e-·
daççil'c, .-Obaorva.çõo_s dos Srs. loa.quim Nabuco c pre~
A assembléa-geral resolve: aident.e.- alo!;)! no nt ...- Votação do's projoetos os. 15i,
• o E' · d iOS o !48 A.-! .• discussão ~o projocto n. i:W. A. Ob"
Art. · .. . - autorizado o governo a eonce er servaçifn do Srs.froiu• caulinb.o- o Bon.rquo do Yae<~do
ao bacua·rel José Honorio Bezerrn de Meneze~, (ministro da. ~gt•ieultut'lli· Discurso o ~oquowocnso ~~Sr.
secretario dn fnculdnde de direito do Recife, .FrellnS Coultobo. Cbnmadn.-~.~ dtscrusSo do Jlr<IJCCIO
. ·' d n.- utl. Emenda..; 0\>sorvaçücs ilo Sr. l1arlinho C~tupos.
um nnno de ·IJCGnça, com o respeet1vo oruena o, Discorsos . do~ Sr>. Ribas. Zlllll~, J'o3gním Serra, Ce.>a.-io
. para trntar. de sua sailde onde lbe convier. , AhiJn, lh.rt.izll Fr:~.n ei~o Filho e .Feltcio· d os_·san~o~.
Art . .'2.° Ficam revogadas _as di~posições em · -· ·· · .
contrarto. · · A's H hor:ts -d~ m:10hã fei ro: riehamnda acha-
Sala·.das commiS.sões em t::l de Novembro de ram-se presentes os Srs. Gavião Peixoto, .tUves .
· d~ Araujo, Manoel Carlos, M~llo e Alvim, Zama.
·. · ts80.:-:-Rodolpko .Dantas. -_R~it Barboza. · Serapbico, Barão da Estancia~ Almeida ~arbotll,.
Redacfiio do projecto n. U6 de. !~O Costa Azevedo; Cesario Alvilil, ,Viriato. de ·Me· .
· · deiros, Manoel de Magalhães, Bezerra. ('av-al-.
A assembléa.geral resolve: canti, .Abdón Milanez; !rl~rtim Francisco·, Sal~
Ari. ( o E',o governo aulori~~do a~p~sénr.ar danlia .Mariribi:l, Martinho Campos, Sergio de
o eôntinuo da .faculdade de direito do . Recife, Castro.'e C3rlos Affonso. ·· '. ·
J'Qão Baptista dâ S}Iv:~ Manguinho, no legar que c~mparecei-am depois da cb~màda ·.os Srs~
occupa, com todos os vencimentos-. _ . . . Poinpeu; Prisco Paraizo, Danin; Americo/ iJel-- ·
- , . •\rt. ~-o· Ficam _revogadas . a_s_disposições-;em tort-Duarte; Fabio Reis;-Sinvat, Jo:~quim· Serra;.
contrario.: · . · .' .. · · ·. . · Tàvili·ea Belfort, 1os·é &.sson, -. Sowa··- Andrade; :
. . :sáía·das sessoos:ení · i1 .da Novembro.- de !880 · Theodoreto Sóuto, -'?lioreira : Bra"Qdlio·~ ; .Bu~-rque :-..
-,~O,i.lolpfto J)antiu.-:;-Jluy.BariJo:ia. ·. ·. ·· · · .de Macedo, Joaquim Nabneo; .Lib~rato,'·Ba:rroso;
· : () Sn~ •·Pll·~smEÍI~E dá·pnà ~~rdem_ do dia· us. ·Soares ·Brandii.o, Espiridola; -Ribelro ·.de:'Menezes;,-,
Monte, '.A.lnieida. Conto, Balcão~:- p4eíoi:J.~o':+4e' •.
de Novembro::: ·. · · · · : · · · · · · · - .Ar~llj!), _Rodolpho Dan:tas;· ~uy'JBarb.o~;" :M~" .
. 'Viiiâ~() do-~i:t~ i-n dÔ-projecto.~.;iõf., nbrÍndõ •collno. Monra, AzamlJuJa :Metr!!lles~ .Baptlsta:P.e- .
· um:. credito-ao ministerio da maririha na verba reira, :A:udrade Pinto; Freita.s Cotitlnho;•17-raJ:iÇ:C
~Reformado~. · · · · · Cai'vtil.ho;·1osé Caet3no, Souza . Limli,/. ...Abreu e
. _:.·.· .· -~ . :. . . . -. . . _- . ·· ·-: .
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:13 - Pêgina 2 ae 24
Ses~o- extraordi.Ii.aria. em
• • • • · - · - ·• o -.:. •
l5 de Novembro ·d~ ISsO.
~ o o • - • • • • • A~ o
C'
se~ 'extraordi.n.aria em ~5__ d.{~civeinbro de lg8o~ .· -~ '285
• t.
A assemhÚa geral resolve: ·. . · . ·o Sa:PliEsmENTE diz qu:é <f~obre d~pn~d6
.. At:t. ~·· Fi~ ó gover!lo autorizado a pagar -a~s póde pedir · urgencia:· e)ê o arL '{35 .do regi~ .
omc-taes lnfertores matnculados ou que se matn- .mente. .,. _ . -_ -_ :.. . ,: . : •:-·
cularem em qualquer dos ·cnr~s das escol;~s mi- c o Sa. l OAQUIM NABUCO pergunta ·por qtie' esse . _.·
--lltares·os··-vencimentos · dos---respectivo~stos,~ -regimento.só começa uer.Jnterprelado..dOJl19do ., .-
restituindo-se as differenças que deixaram de por que.é, quando se quel'Caz.er .calar os aboli-
Teceber no exercício vigente. · , ·. · ··: .·· ·cioni·stas. · · · : · · ·-·; .
~t. 2. • Para fazer face a essa despeza na de· _ O S11.. PREsiDENTE ·diz que o·nobre .deputadci
ficiCncla. da respectiva yerba do or~me?to.~erá sabe. que não póde ter arbitrio nestas questões.
submetttdo .a approvaçao do : ~rpo leg-tslahvo, O regimento é es1e'e ba de. curupr.il-o. . -
em tempo opportuno, um credtto supplement.ar 1 . · .
da importilncia precisa. _ · .. O Sn. O.l.QUI.ll NAliU<!~ quer. faz~r uma. con-
Art. 3. • Ficam revogadas as disposições em stderaçlio qnll ?rê calara noanup.o rmparcral do
contrario. _ · Sr. I_>resi~ente . Desde a 3seençao ao j)OOer do
· . _ parttdo·bberal os membros da ·camara ·têm-se, . ·
Sal3 das commtssoes,:l5 de ~ovembro de !8_80. prevalecido desta liberdade. Este direito·pásson.
-Jeronymo R. de Moraes lardtm.-Meilo Alvtm. para os precedentes. Ninguem se serviu mais
-A· E· Camargo· largamente do direito dê fallar nos tres.quartos
Foram lidas e approvadas ás redacções do de hora do que o actual chefe da maioria • .
projecto n. 61, e de todas as emendas a esse OSa. M.UriNHO CAMPos:- Não apoiado.
projecto apresentadas, redacções apresentadas o .Sn. JoAQmM NABOco pergunta si. os prece-
e mandadas publicar na sessão de· n. do corrente dentes creados pela coroara podem ficar.na de~
concedendo diversas loterias. pend.encia da boa vontade do Sr. presidente.
Foram tambem lidas e approvadas- as re- . o Sa. PREsiDENTE diz que o nobre deputado
· dacções dos projectos ns. 62, H6,-!U, H5, .:1.25:. póde fazer de um requerimeuto objecto de..mo~
!33, H4 e ~5 mandadas publicar nas sessões ção de confiança~ S. Ex.-·dev~ estar conveil.~ill~ ·.
de H. e 13 do corrente. __- - · . · · _,de que o qne o prende a cadetra é o .respe1to a ·
· ·· · · vontade dos seus · collegas. : ·Faça S. .Ex-. · um
O Sr . .Joaqui~n Nabueo mandou· á apell~ á camara, qúe o orador 'lhe beijarâ -:-as
mesa o auno.possado uma indicação;para a r
forma .do regimento, no sentido de garantir os di- deira.. .
e- mãos no momento .em que puder 'deixar a ca-
· ·
reitos individuaes dos membros da cnmara: Si é 0 Sa. JoAQÜtM NABo.co .d. eclar" · q'ue a:ques·•:<o
verdade que se quer r eduzir o parlamento a ~ "'
uma ·mér~ chancellari~, para dizer....;.sim ou.cnão _ nada tem de pessoal; trata de mostrar q11e·o re- .
-ás propostas do &overno, 0 Jogar de membro gimento está sendo agorn interpretado' d'e modo -
.desta camara não aave ser ambicionado. ·. . diverso do que· sempre o roi. · -
Os ~direitos dos membros do. 'pal'lamento 'ae o'sa. PRBSIDBNTB observa qúe o regimentO
aventar as. questões que interessam a ·opinião tem sido regularmente cumprido; Llnto agora.
'publica deve ser mantido sem restrieçoes,porque como pelos ·presidentes anteriores. Occupa a
quando !lSia cnmara não passar de uma chan- c::~deira ha pouco tempo ; com a pratica que
cellarl<~ o paiz poderá pass~~ sem esta fórma · encontrou tem. proçurailo condescender com os
dispendiosa e inutil de governo de,-eeremonia. :• collcgas·. : · '/
Por jsso .sentiu não estar preseÕte quando e O SR. JoAQUIM NABUco recorda que em umases-
Sr. Marcohn()' Moura protestou contra a decisão são.presididape1o Sr. Vi~conde de Prados, tendo
do Sr. presidente; de limitar o exercício dos di- a .eamara negado ursencia ao orador para fun-
reiiOs individti.aes dos deput8dos.. : · · : damentar o- sen::projecto sobre' emancipação, o
O SR . e.,.,BSm..;,.;,- lemb._ra ao n..obre · ~e·p.ut·-'o-.·._ =Si. presidente con5enlin que, pela ordem, fal-
n ....... <~ ""' -lasse Jongamente_.sobre:o assumpto, respondei:t.-
.qiie, si pediu a palavra para apresentar · algn.m. do ao orador o chefe da maiori_a e seguindo-se
requerimento, não póde fundamental~. · - uma votação nominal. . .· ..
Sr.
o Sr. JoAQUIM Nuuco diz que o presidenie O que desejá saber é si oseu· dir~ito de hoje
sabe·orespeito. que o oradorlhs dedica; mas que· é· menor .. que O' de hontem,e em nome de que ..
não: póde deixar os direitos individuaes d.os principio. .· · · · ·· · · ·
lllembros da camara ã_marcê da-deliberação de· O SR. PRESIDENTE diz que· noartigo-do reo-i~
quaJ.quer .vice· P.residen!e ou secretario que .se mento, .que ··leu, está .consignado o.direito. 'àô
Ellcced~ na. ~de•~·- · _ _ "' ;; ~ •. .·. · .· _ nobre depnl.ldo . ··• ·· · ·. .· , ,... · . .. -
.- ,ti~o s~ãte~~ r::;~to~~~ .r~:~:it~ilc~~- ;iiiferspa~~o CAM:Pos : ~~lnda '_ tém'-:~o. ~-
mas ·que acima disso está o,respeilo..qae, deve·ao ·. ..
regim,ento~ .por.isso compí-ofWldo pezat:. se~v:erá- O Sa. l oAQUill Nuuco. pergnnta si esse -di-
obrigadô·a contrariar. os desàjós do.nobre-depu- ·rei to. não ·.tem,_sido· sémpre·. vJoladó. ;d_e~l_llodo,
lado não lhe,permittindo larg-ura.-na exposição. . abus1~o. C9meçon-~e annunc~ando a .sua .llll~-.
.~ - .. ; ... . . , . · .. .: . . ~ - .pellaçao .p~a o dia em que não bonve sessao.,
.. osm ..,JoiQ-utiiNABuco pergnnta .as~ Ex. StD()i Marco"Q,-se depois para. as tres horas. dLtarde~
reg!Xo.!!n:do actual regimento nã:o ·se Ievnn.taram ··faz~ndo . ll~~ceder . discnsi>ões ~mpor~nle~''IF.le·
· mmt.os :d~:~pntados _pe~~ a' {lalavra pela or~eiU obr!ga.ram ~s oradores a o.ccupar. a tri~un~a por.
; :para'ataear:at\()s·do nuntster1o tr~cto ~~· ·, . mais· .tem~ do qne .· devum; · ficando ..oanter~
- . . . .~: . ---~ . - '
: . ; . .
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:13 - Pêgina• ae 24
,Se.SS;ã<l=extraordinar:ia._em
.. --- --- .. __,; . .,. . 15 .._- ;;:--Novembro de 1880.
,__ _;,_ ..de
- - --- +~..,............. ~ . ·-- -
;;;.·.;,,.;:--- -~ -:::---:-" ~--:~ ------------:-...::-~
287
--~-----·.:::-
cla.rar quaes ·as condiçõe; dest~ negocio que pelo poder legislativo, por . isso que se trata de.~ ,
S. Ex. pretende fazer com o pho$phato de cal, um proprio n:.cionaldjue não está nas mesmas
~ual a quantidade desse phosphato e qual" a cçndições daquelles de que o tJOverno póde
Import3ncia que póde provir para o Estado. dispõr. .. . · ··
·O_paiz sabe, pelo que tem Jido nas folhas qu.e .·.·. Creio que o m_aneira por que procede : O go-
aqw se pu!Jlicnm que nos Estados Unidos se verno é antes dtgna de louvor do nobre··depu-
levantou uma grnve questão relativa a este tado do que da censura que por ventura S. Ex.
negocio.. Um. cidadão ameri~ano dizendo -se possa fazer. ·
armado de um privilegio concedido pelo go-
verno já lançou mão dos meio~ j udiciaes ·afim O Sr. Freitas .. Coutinho:- Sr.
de fazer nler o seu direito. presidente, a ·minhu posição ·hoj6, na tribuna,
·· Quer portanto saber qual a posição do !W pedindo informações ao nobre ministro da agri·
verno dinnte deste pretendentê, quet saber do cultura ácerca do projecto em discussão está
nobre ministro àn agricultura quaes são as mais que justificada. •
condicões desse pretendido priYilegio em vir· · No ultimo dia de sessão foi· me forcoso tr~var
tud~ do qu~l nos Estados Unido~ já se ten1 feito um largo debate eorn S. Ex. a respeito de ·uma
·obra. celebr~ e importante concessão feita para se
Deseja tambem sa11er si por.intermedio de al- coustruir a estraüu de ferro da provinda do Pa-
guem soube o governo da existencia àesse pbos· raná, concessão· que importa para o Est:.1do o
phato e das consequencias .que dell~ podem onus dn garantia de juros ·sobre o capital de
resultar si porventura a camam der ao governo onze mil quatrocentos~e tantos contos de·· réis.
autor~zac5o pnra poder executar este projccto O honrado ministro -pediu a palavra ; aguardo
de Ie1. . · a sua resposta .
. Aguard~; pois, a ·resposta do nobre ministro O SR. BUAllQIJE DE MAceoo (minist,·o da agri-
da agricultura para saber si deve dar o seu cu!t~.:ra) : - Não se está agora discutindo o.
voto ou uão á autorizaÇão que S. Ex. Yern credito. ·· :,._ . .
pedir. · · · ·
OSa. FREITAs CoUTINHO:-:- Mas v~fo-me obri•
O Sr. Buarque de Macedo (mi- gar a fazer esta refEirencia, para justificar are-
ni$tro drt agricultura): .:- Sr. presidente, o clamação que·agora formulo. . . •: ·
prin~iJlal ponto do discurso do nobre,.d~p_ntado ·Certamente nãc viria pedfr inCorma~<ões ao
refere- se a· uma flretensa Cll ncessão feita a um nobre ministro da agricultur3 solJre o modo por·
subdito americano. que S. El':. pretende fazer: a conccs>ão a que
Já declarei nesta camara e repito que não se refere o projecto,sí não ·tivesse duvida :ícerca
existe c~ncessão do cspecic ~lguma. Esse indlvi· das doutrinas que .-S. Ex. aceita em materia
duo pediu permissüo para retirar da ilha Rata de administração. · _·
em Fernando do Noronhn uma certa quantidade · ·O nobre ministro, quando eil discutia a con-
de plwsphnto de caJ.p~ra experiencias. cessão da eslrada de ferro do Paranâ, demons-
Foi n unicu cou~a quo salhe permiltiu; elle trando não se achar ella de·. accõrdo com o
niio está nn posse d~ documento~ de csJ)cr.ie a.l- decreto de i873, que ê a disposição vigente por
gumn em virtud!l dos quaes exista semelhnnte onde se devem modelar as relações jurídicas
conccs~lio.· • • . . entre o governo c os concessiona rios, S • Ex~
O Sn. Ga.tnz.x-o DAS Nsn::s: -Não haverja por amrmou qne se via na dura contingencia de
ahi nlguma conversa? · , proferir uma decisão contraria ãqUelle mesmo
decreto para não Quebrar a palavra do governo,
0 Sn. }[ontun! DR BARROS dâ Ulll aparte. , empenhada, na O}Jinião dõ" nobre ministro, pelo
· .O SR. BuAnQuE ril!. MACEDO (ministro tla agt·i· si111ple;.. facto de uma promessa feita durante
culturaj: -Preciso a indo ponderllr que o governo a.conversa havida entre o 3ntecessor de S. Ex.
não está·obrigado u-cous-a.a!guma; a autorizao5o e o· feliz em prezari o incumbido da construccão
·pedida para. se explorar. e vender .esse phosphato dsqueHa e$trada. . : .·. :·' · .
tem por fim habilitar o governo a ntilisar-"se.de o decreto em yirtude do qual foi feita .a con-
uma. fortunn publica, da qual.. pó de auferir cessão não estipula · para Q Estado obrigação'
grandes vantagens. para o Estado·. igual á· que foi ·creada pela 'decisão · do nobre
·. (Troca~~sc apart~~ entre os Sr's. Galdino das ministro. ·• · · ·
Neves e Moreira deBarros .) t · · : •(Haum aparte do ·st·~ nlim'stra da agricul~
tu~a~) .. · . . . · . · _ ..•.
~ Direi ao nobre deputado •qu.c_. reconhecendo a
ilnportancia desses déposito~ pelas informa~ões ·' Nestas condições, p·ois, j ulguei"n~e obrigado a
que ~em o governo; votimandar unia eommissl!o vir perguntar ao nobre ministro du agrfcll.llnra
afim ·de proceder aos' estudos .preliminares, qual era a -doutritw,. qu~l o pensameulo .·a ·.·que .
Feitos esses. estudos é pensamento .do governo K Ex'.: procuraria dar venci!Uento nesta-.ques•
abrir um~ concurrencia . publica . para vender t:io.depllospbato de cal.: . ..... . :-.:.:::;
esse pliospható, ·o-q. fazer uma éóncéssão a: uma. · Osojori:t:tes del'amniltioi:(dlrquc ·um · cidadão
empreza particular' mediante vantagens reaes ·~merieano,. que se julgava.com· direito·. á. explo-
; Jlara.!l paiz. . ': .··.·. ·.... . .. · , . . .. .. ração : do· :Pll.Ospbato de : c~l em :'Virtude .de :
~"Eis as informações qne tenho que der ao no· Uma promessa identica á que foiJeita com re~
1ire. deputado; Entendeu O·· governo que .n?io laçiío á estrada de ferro.do·Ponná; tem'; posto'
}lod.ia proceder. pela forma por que eu 't:eabo de em pratica todos os :mêiOS"que lheJaculta:a"lei'
expõr sem se ach3r devidamente autorizado _para salrar esse pretendido· direito; · · · · : ·
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:13 - Pêgina 6 ae 24
as suas imposições, para moralmente suppri· O Sn. FREITAS CoUTrNIIo:- Mas essa faculdade
mil-a. é que ea não lhe dou. Por mais sympatbia que
Já não falia na coacção com que o presidente me mereça o nobre ministro, não tenho enthu·
desta camara pretende tolher o exercício da si:~smo nenhum por S. Ex. e por isso não lhe
palavra doquelles poucos que não têm enthu- dou esta faculdade. · .
~siasmo. pela ..vidn. do. governo ••...(Nào .a.paiados.) .. 'Nós ~ estam()s ..{leos~U;raad.os a tratar sem o de-
E, senhores, qu~ndo vejo e~ta usurpação.sysie· ·vmo cuidaM questões gravescómo ·esta~· - · · ~--.
matica de tod~s as nossas regalias, não posso Basta, como por exemplo agora, vir o gover-
deixare de sentir-me impellido a vir ·sempre no dizer á eamara que o, projeclo deye passar
quo fõr possível bater·m() pela ·liberdade pam que todos o ~pptaudam e votem nl) sentido
da:tribuna, pelos direitos desta camara que, de semelhante exigencia. ·
segundo·o nosso systema politico, deve ter uma Não tratamos de fiscalizar como nos cumpre
decisiva preponderancia na marcha dos negocias estas r.ousas.
publicas. Eu nlio comprebendo governament.~1ismo
Eu não ilou a autorl:i.:ação ao nobre ·ministro desta natureza; nem os honrados ministros se
nos termos em que S. E". a vem pedir. devem orgulhur com est.as votaç~cs systemnticas
O nobre ministrü, quando se tratou do pro- a favor de tudo quanto P'retendetn o querem.
jecto de illuminação publica desta cidude, en- Isto não é digno nem do ministerio, nem da
tendeu que devia trazer ao parlamento um sub- cnmnra. ·
stitutivo com clausulus expressas e positiva- Eu dev-eria eomeçar censurando a com missão
mente definidas, afim de qu.e soubesse mos o pé\o parecer ílaconico, com _que pede 11 appro-
que iamos votar. vacão deste projecto. . .
Porque não procede boje da mesma ma- A commissão não estáhabilitada,segundacreio,
neira ? form u.lar um parecer nmis fund~menta!\o porque
Póde S. Ex:. saber qu~es s:io os seus dias de não po~sue os dados precisos para dnr-nos os es-
vida no ministerio 'l clarecimentos, de que carecemos paro votar.
·Não sabe que isso depende ~penas de uma só o Su. JEnONYAIO SaoaÉ:-'- v. Ex:. é injusto
vontade, da "V(Intade da corôa? . . · - D 1
. Quem sabe si por um capricho a·corõa nfio com a comm•ssuo. esde que e! a tem cou-
precipitani num mo!,llento, de s(n·preza, a V. Ex. fi<~nca no governo é inutil isso.
e os seus collegas que se julgam tão forLes- O Sa. Fn&tTA.S CoUTtNRO:-A questão não :lfde
das alturas. em que s~ acham? . confiança no governo-. ·· · · ·
·For isso me admiro que o llonr~do ministro A coromissãotem tllmbem deveres a cumprir;
dà agricultura, qne tanto tem primndo pelo seu a ella incumbe elucidar os assu.mptos que são
senso pratico, que tatito tein batalhado nesta. comrnetUdos no seu euma, .
nossa política, venho pedir-nos uma autorização Para que servem os trabalhçs das commissões,
tão ampla para resolter um net;ocio que ó de senão p.m1 que possamos discutir com methodo,
smnmn grnvídade e de conseqneneias muito com regularidade ' ·
sérias para a fortunn do Estudo. :)i bnsta l1aver eonDança no governo, então
· Estou convencido de que 1Hempo perdido vir suvprimnm·se ns cotnmissões, dispeusem-se os
á.tribuna fuzcr estas considerações. pat•eeeres e diga-se rranll:lmente: a governa
o SR. Z.'t.M:A:-Então porque rn~? quer, vote-se.
Era mnis conciso e mnis prc[und·.),
.
O. Sn. F.ium.As Coummo:-Faço-ns em cum· (H" um 0 .,arte.)
primento do meu dever; sel".l um protesto quo "
ahi fiea 3tírado como uma nota dissonnute no A minho questão nlí'> é só de saber como ha-
meio dessa geral harmonin .Se applausos com v~mos de utllizor o pàosphato de Clll, que pDre·
que nesta cama:ra. vni o governo proseguindo .ee constituir uma grande riquer..:~ para o Es-
a seu caminho. (Ha um aparte.) ·tado. Eu desejava conhecer o valor· .dessa
Neste sentido; declaro a v. E:x:., já que me riqueza paro poder saber a importanci~ desta
interxompe, que não bei de recuar uma só linha autoritação, que ora nos . pMe . o governo;
d'aquillo que acredito ser o meu dever.. _ mas n commissão não nos. diz a. esse respeito -
o sn.. ZAM:!:~az-o~seU.-Ilever-.-~~----·· · ·-· --Eu uma só palavra. . -' .
·não di};o-qu.e· pl'lssamos ·obter-um-calculo'-:--
· O Sn.~ Fmnus CoutrNHo:-... e isso apezar exacto, matbematico do valor real do pliosphato
das violcncias com que aqui diariamente mi· de cal, que se pretende entregar f exploração. ·
moseia-me ·o presidente da camara. mas o goYerno deve estar b3bi1itado a dizer- ·
Senhores, o nobre ministro não disse ainda nos qual a quantidade mais ou .menos approxi·
ao :Parlamento qual é o -valor deJ;sa riqueza que · mada dessa ·subsroncia e quo! Iiortanto o. valor
. pretende cntre~r á exploração de 3.0 ; . como que ella representa. ·. . -. .
parece-me devra s_ Ex. fazer, .tratando-se.·,de . {Ha-wn apa!'te.) . ·
Ulnâ Operação tão importante como E)Sta. ..
o nobre deputado dá-me mais um argn.mento ~ ·
OSR._ JEaoNns:o SoDRÉ:~Juàs si · os estudos Desde que o governo não póde saber·o valor .
não estão. :ainda feitos, .. eamo. havia o ministro dessa Tiqueza eom.o é qne a vafvend~~? . : ...
darcontas delle? .· · . ,· . . ·
O Sa. BuaciuE DE MACEDO (ministro da agri· .Sr. .(Trocam-se varios apartes entre o orador e o
Ca~irlo ile Oliveira.) · . · _. ..
cultura):~ Desde que a :mtorização é faculta-
tiva~·. desde que 6 governo entender que .não O governo quer contr:itar: p6r par\es · ou·. em,..~
The .convém· contratar não contrata~ . , ., · globo ? · . ·' · · •· .. :· . ~
Torno VI_..;;..a7_ • · ~.
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:13 - Pêgina B ae 24
;;=,;:;.~~~::::~--~-· ~-:::
Sessão extraoi'dina.ria em
-~-~---~
15 de Novembro de 1880. .291
de-minisLro da' agricultura ou no caracter de ~oje viv& sujeita apezar ~ suppressão de :alguns
deputado. - JDl!;lostos e de alteração -de outros, .aos onu.s·os .
: (o orador petk 0 projecto e é satisfeito .) ma1s graves, e·que reclama dos,poderes publí-
cos medidas . que _;ltlgmentem a sua prosperi-
. Eis aqui está o projecto ; é apresentado pelo da de e diminuam a somma de sacriticios com
--- nllbre deputudo'· oSr ~- Bm:rque de Macedo e não que-luta.- _ ... -.. ___ _ .. ....". ,__ _,_.,_ ~"""" --~
pelo Sr. ministro ~a :.gricultura. v. Ex., Sr. presidente, dará ao meu reque-
0 Sa. JfLutTINBO CAMPOS :-E' a praiica con- rii:nento 6 destino que lhe marca o regimento.
stante. Vem á mes~, é_lido e apoiado e entra em dis-
0 Sn. FRElTAS CoUTINHO : --':Mas entre nós cu~são o seguinte
V. Ex.. vê que nem sempre é essa a pratica. Requerimento
VOZES~-E·.
· Requeiro que se adie a presente discuss:io até
O SR. FP.Etns Gm:n:LN"IlO : -Quando se trata que sejam trazidos á camara dos Srs. deputados
de am projecto que-não affecLa grandes questões os documentos relativos ao projecto,n. i52 A,
-do Estado o mini;;tro póde 3presentar o proje- docnm~ntos em que se firmou a commissão para
cto na qualidade de deputado, mas trat:l'lldo-se dar o seu parecer.
de uma concessão oomo esta, concessão impor- . Ui de Novembro de !880.-FreUas Coutin!1o.
tantissima, porque póde referir-se o uma grande
fonte da fortuna publica, me tmrecia mais re-- Não h.avendo <I._Uem pedisse a palnvrn, é. en-
gular ser apresenLado o projecH.J em nome do cerrada a d!scussao, e posto a voto~ ·reconhece-
governo ~ ( Apa1'tes. ) se não haver numero para se votar.
Sr. presideate, não insistirei mais em pedir Prooedenilo-se á chamada verificou· se terem-
esclarecimentos á commissilo, porqn.anto ella se ausentado os Srs. Manoel Carlos, Mello e
declaro pelo orgill do nobro relator que nada Alvim, Virialo de :Medeiros, Abdon ?siilnnez,
mais lem Se dizer vorque o min is~ro fnllou, &lld:mba· Marinho, Sergio . de Casti,'O, Sinvnl,
e o p:trecer-' que ella lavr<itt e offereceu para- -sauza. Andrade~ Theodoretu Souto, Joaquim Na-.
base da nossa discussão foiiuspirado nas in for- buco, Libera lo Barrozo, Espindom, .Mont,e, -·
mações-do go-verno. · · Azambuja Meirelles, Baptista Pereira, Theodo-
:Mas àpezar de tudo sempre direi _que o nobre miro, Mello Franco, Souza Carvalho, Antonio
relator não nos declara em que consistem Carlos, C.andido de Oliveira, Leoncio de Cnrva-
essiis Informações. Jbo; Olegario, Macedo e Silveira de Souza.
O Sn. - SERAPRtco:-E' uma fonte de riqueza O Sn. PnszoENTE declara que ficll pre,iuili-
publiea que póde angmentar as nossas·rendas. eado o requerimento e contin.úa a discussão do
O SR. FnlliTAs CoUTINHO:-Issc não é infor- projecto. ·
· mação, que .sirva e demais ninguem diz ocon- Ninguem mais pedindo a palavra sobre o
trario,; e1s ahi a razão por que e11 affi.rmo não ser projecto, encerrou-se a discussão, e ficou adia:da
completo o parecer da commissão que limitou- a votação. _
se a oil'crecer á camara nm trabalho tão laconico. Entra em 2. a dis.:ussão 0 projecto n. 150
O nobre relator devia comprebender que o abrindo um credito 110 ministerio <la agricul-
governo;é uma entidade dilferente, dislineta da -
da C3mara" dos Srs. deputados, e q11e as com- t_ur:~ •.
missões aqui devem ter toda a iniciativa sobre . E' lido e npoiada e entra conjunc_tamente em
os seus trabDlbos _e niio podem viver sob a in- discnssi!o a seguinte , ··
spiração exclusiva do governo. O nobre relator.
jura nas pnlav'ras do ministro,-tem grande con· -~ E!IUJ!ldrJ
fiança na sua .capacidade, e é es~ o motiN" No · art. !.•-diga-se : 198:9678831, inclusive
por gue.se julgou desobrigado de dar um parecer ~0:0006 paro a recoastrneção e reparos das obrns
fund~mentndo a respeito de lão importante as· da cidade de Hajahy damnificadas pela inttn·
__s_ump_to_.____ . · ·_ dação Buar;r~" de Maced()
. ;M~s nÇs que_ não téro.os a mesma co.nfiaJ?.ça ~o ' :- :r- • .· .· .
m1nlster10, nos que represent~mos a mmotla, o sr. 1\lartinho . CQJilpO!i (Pela
temos o direito de exigir que os assumptos que cn·dmz)" :-Pedi ·a palavra, Sr. presidente, para
que aqUi são. trazidos para a discussão venham . in-formar · á camara que o nobre ministro da
suffi.cientemetite esclarecidos· pelas com missões agricllitura foí: obrigado a ir para -o senado, -por
incumbidas· de esiudál- os. . . .· . ter .sido alli c-hamado.
Sr. preSideme, .eu declaro a V. Ex.. que vou · · - ·
fazer um requerimento, muito ·embofl!..·conven- Esta.' é a:razão par~ que S.' Ex.' não· se -ach'a
cido de que eue·não será:acceito pela ~Diai'a. presente: ·· · .
. Requeiro o adiamento desta discussão; até que · · S•. Ex. exigiu '<i.mr eu próimzesse o adiame~to
.os papeis _aninentes ao assurnpto, que .se eontr-o- da discussão do credito afi"m de-·· assistir a' ella·
,verte;venllam ·f camnra·bom · como . o.relawrio aqui e responder .ao .nobre de)}utndo ·pelo'' ruo.
que deverá apresentar a ~ommissão nomeada pelo -de Jarieiro; mas a carnara.é testemun~a. d,e qu.e-
governo. . · o adiamento na fórma do requerinwnto ;,nãq .
· . Nesta , qtiestão, senhores, -· eu' não . pretendo pódo 'ser· aeGito ·porque acabamos :_ de v~rtfiear·
·jogar' uma arma:d() opposição, pr.rque·· .não·:vejo. que não ha numero. ,. · ·
· diante·de mim tY governo,- vejo~·nação·'q:Ue' l!lé -~eiXo· pois~ de· propol·o. ·
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:13 - Pêgina 10 ae 24
pai'ec~r, como _representante da nação e tendo venham declarar-se .. aposto los de uma idéa.
receb1do ~m d1ploJJ?.a dos meus committentes, aquelles que, apregoando-a, no dia· seguinte
devo cons1derar mmto até onde esses commit-. declaram ~ue. abrem mão. della, :porque 0
tentes querem que eu chegue; de"o respeitar o governo ·nuo Julga convemente n votnção de .
roeu mandato e hei de respeita-lo. No ti!a em uml urgencia. Eu não comprehendo um
que, prégando a abolição immediata da escrava- ap?sto.Io, cuj~s ·convicções se . dlssolvem,~. e sec.
tura, eu rece~er um diploma de' deputado I· virei an1qullam dtante das conveniencias· do rno-
tambem aqu1 defendei-a com a minha pa avra, mento. O apostolo de uma idéa marcha direito
com o meu voto e com os meus esforços. Antes ao fim que tem em vista,· embora encontre no
disso nlio. (Apoiados.) , seu c::~minho um Calvario. Si eu professasse .
O gouerno aturefado com ·reformas in teres· ·com o enthusiasiD:O _ c~m qu_e se apregoam o~
santes, uiz muito bem que por emquanto nílo defensoresdaabollc:~o 1mmed1ata da escravaturà
cogita dessa questiio. Quando resolvidas as di[- es\a idéa, não havia considerações, não bavi~
ficuldades que temos a resolver, fõr neeessario govemo que l!le demovesse de apresentar e de
tratar desl:l questão de modo efficDz contem fundamentar qualquer projecto nos termos do
commigo para tratar della ;. agitai-a se'm resol- _t·egmento.
vel~a, 5\lrá. perturbar a sociedade e produzir Ditas estas palavras, que eu sinto ter dito em
maiores males do que os actuaes. (Muitos h · · ·
apoiados.) Para que me interesse pela sorte dos ora em que a camara Já esta pou~o concorrida
escravos, não devo sacrith:ar a sorte dos mesmos mas que hão de repercutir· fóra_ d'aqui, eli
e~cravos. (A:pniados.) Os abolicionistas imme- e~pe~o que esta balela cl.e escravaglstas e aboli-
dJatos como se apreg-oam aqui; os amigos da CIODistas cesse de surgir neste recinto e que
humanidade, si seri~mente pretendem resolver cada um procure defender as suas idéas na
a questão do elemento servil, devem primeira- altura e no terreno em que devem ser defen-
mente estudar todas as outras .questões, sem didas. ·
cuja solução esta não póde ser resolvida. Resta-me dar uma satisfação ao nobre depu-
Quaes foram os estudos que já appareceram tado pelo Rio Grande. Quando S. Ex:. fallava
nesta casa, por meio dos qur.es possamos esperar no maior dos bravo! evalent~s do ·Rio Grande
que ~e estabeleça uma corrente iwmediata e es- eu dei-ll1e um aparte, não por ciumes, mas po~
pontanea de immig-raçãopara 0 paiz? E póde zelo pela reputação de bravura de muitos rio·
porventura o paíz, nus condições em que se granden:;es que conheço pessoalmente. Nin-
acba,dispensarobraçoescravo, quando nenhum guem proclama mais alto de; que eu as virtu·
oU:tro instrumento de producç5o tem para lanrar tulies militares e cívicas do nobre Visconde de
mão? Não é. Não é uma auestão que se possa de Pelotns ; mas e.u lem~ro~me sempre de que a
resolver simplesmente por j1hilantropia; é uma· terra que produzm o VIsconde de Pelotas pro-
questão em que se deve pesar todos os interesses duziu os Osorios, os Porto Alegre, os Jofio Ma-
d.n sociedade, e em que 0 coração nii.o tem 0 di. noel e tantos outros que foram e são tão .bravos,
reito de supplantar a razão. como aquelle distincto general. ·
Não vim aqui aprender n ser abolicionista. :Quanto á provincia de Pernambuco, V. Ex:.,
Desconhe~o em quem quer que seja o direito ..Sr. presidente, não podia agora tomar a defesa
que se arroga de crear no partido liberal 'uma -della; mas eu só direi que o Pernambuco de
consclcncia abolicionista, que já existia antes de hoje não é inferior no Pernambuco do tempo de
S. Ex. pensar em ser politico. Antes de S: Ex. Nunes Machado, que teu~ mürchado de par
ter significação no partido liberal a consciencia com os progressos da sociedade, e onde o libe-
abolicionista existia, produzida em factos repe- ralismo tem tantos defensores como teve na-
tidos, como na manifestação do min.isterio de 3 quellas épocas, verdadeiramente triste pmt o
de Agosto, na falia do tbrono, tr:msformada· nosso partido, porque então o san::ue dos bra-
depois na lei do ministerio Paranbos, com o nome .zileiros correu por <L\ãos de bruzileiros. (Muito
de lei de 28 de Setembro. O que eu :u~bo incon- ·bem.) ·
veniente, o que não me parece na. altura de
homens que defendem seriamente uma idéa,é O Sr. Joaquim. Serra.- Sr. presi-
supporem que aquelles que nos ~companham dente, não tenho em. mente discutir o credito
não estão animados de sentimentos tão nobres pedido pelo nobre ministro. da agricultura. Não
.como elles proprios; .é "Vir dizer-se que nesta discuto !lCID tenho discutido nenhum dOS cre-
Camara se representa uma .comedia miseravel/ ditos solicitados pelo governo: voto symboliea-
quando cada um-de nós deVI\ estar convencido mente, porque, como ~migo que sou do minis-
de que o procedimento de todos os membros terió, não procuro de fórma alguma retardar a
desta camaru é dit~do sõmente _pela eonsciencia passagem das medidas que elle julga necessarias.
do dever; é querer fazer suppor a essa popula- Mas S. Ex. viu o camin1lo que tomou este de-
cão da côrte, que niio constitue a maioria. do bate. · .
paiz,deque.nesta cnmaraexistem escravocratas O honrado depufudo pelo Rio Grande" do Sul,
que querem a todo o trrinse manter o· escravo que tão eloquentemente se faz . hnje ouvir pela
.debaixo do azorrâgue do senhor: é estapropa- primeira vez, e que eu de corsção saudo dando-
gauda sediciosa que se estã fazendo nas praças~ lhe a boa vinda a este reciutQ, como grande
nos thcatros e 11:1 imprensa, propag3nda que só democrata que é,- tratando· das thelles·do nosso .
. . tem tido por alcance collocar os senhores e os programma cpel~s quaes o . portido libefal tanto
escravos em :posição ainda mais desvantajosa. se hnvia ·comprcimettido .em opposição, disse
(Apoiados.) ,· · algumas palavras com referencia> ao elementO
,Doutrinem como _devem doutr~nar; mas não servil, questão que~ queiram ou não queiram,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 13+ Pág ina 12 de 24
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é a primeira aspiração do paiz; como já foi dito . V. Ex; conh.ece o historico desLa questão ; a
no senado por um orgão conservador.· urgencia votada foi retirada no dia seguinte, e
O SR.. CEsAlllO.ALVL'J.:- A unica f.l nunc.1 mais·se tratou disso. Por occasiiloda dis·
. c··sssão da lei de orçamento foram offereeidas
O Sn. JoAQUIM SElUL~ : - A maior de toda~ ; algumas emendaii á n~r!e taxativa' do mesmo
e sendo a mator, cessam as outras. ·projecto, emendas que se r~feriam á proprie-
0 SR. CEsAmO ALVIM: -Por onde conhece dade servil. Nessa àccasião não houve debate
V. Ex.. que é a maior? que tives$e pot• objectivo um prc.jecto de eman- _
cipação. Dur:~nte a discussão do orÇ:~mento da
O Sa. JoA.Qum SERRA : - Por onde conhec~ agricultura alguns ol'l!dores, tratando da sub·
V. Ex. que não é? stiluiçãodo trabalho escravo, proferir~m certas
Os Sns. C~-:sAnro ÁLY!~i E M.lli'I:Dt FR.\i'lctsco palavras que lambem não era a sustent~ção de
FILHO ; - Pe~o a palavra. medidas assentadas S!lbre o assumpto.
o sn. JoAqum SEnnA: - sr. presidente, 0 O orador que neste momento falla, em muito
nobre deputado pela Bahia, a·quem tanto prezo, breves palavras chamou ha dias a ~ttenç5o da
fazendo rl!ferrlncia a algumns expressões e a casa para um objecto que eUe suppunha estar
ale-uns aetos gue abunhou de abolicionistas,~em dentro da nossa competencia, como fiscaes que
~ d h somos àa exaera observanei~ da lei. .
duvi a alguma que n:io se dirigiu ao u- · Ora bem, si esLa tem sido a marcha dns nossas
milde. orador que neste momento occupa a
tribuna. ,, id~as aqui n<~ camara ; si não temos podido dis-
culir a questão, si nem mesmo o comeguimos no
O Sn. ZA~v.. :-N5o, senhor. dia em . que foi p&.dida urna urgeucia para a
O Sn. JoAQum SEnnA :-A minha collabora~ão apresentação do projecto do Sr. Nabuco, como
na causa abolicionista- tem sido tão obsctll'tl> sono~ pó de arguir de falta de discus,;ão, e de
como foisempreelln durante doze annos em prol estudo do problema de que queremos tratar,
de !uào quanto o partido-libel'<ll .tem dito na
quando ao simples pedido da palavr:~ pela 01.'-
dem, ou em tempo, surgem diante de nós emba-
imprensa.
O Sn. C.ur..1.RGO : -Não" npoiado; trabalhou Iaços insuperaveis ?t
Não vejo, pois, razão nenhuma para que se
muito. nos venha dizer: no da tendes -estudado, não
O SR. JoA(1UlMSE1\RA. :-·Mas estão :~usentes
discuti& a moterin_ com prollcíencia, e quereis
aquelles a quem: mais de perto se referiam as sím[!lesmente agitar as questõer.. ·
palavras do nobre depulado, e, soldado da mes· o SR. FELlClO nos S.A.J.~tos : - ~Ias àn esse
ma causa, amigo particular das pessoas a quem estudo 'i'
alludiu, nãCl posso deixar, embora com grande
constrangimento de minha paJ.•te, pois vejo 0 O 811. Jo.o~.om>t SEnu. :-V. Ex. não tem o di-
despr~zer da mesa, de tocar neste assumpto rei to de duvidar, porque, desde que se assenta
que. incidentemente, é certo, se liga ao minis- nessa cn.ieir3, eu. o. presun1o preparado para
terio da agricultura. discutir tod~s as questões que forem sujeitas a
o sn. ZAJJA: _ Da minha parte não houve seu exame do legislador; não póde duvidar, por·
oliensapessoal. t:lnto, .do estudo e capacidade dos seus cot!eg38,
com excepção do orador que está na tribuna.
O S!l. JOAQUIM SERRA:-Peràão; V. E:t. disse Não sei si V. Ex. ou algum de seus eollegas
que os nbolicionist~s ou. aquelles que taes se têm estudos ·mais espeoiaes, mais completos da
apregoavam, querendo dar a esta cnmara um mater:ia d·o que os meus caHegas. ,_
matiz que S. Ex. não aceitava, nada Ille tinham o sn.. F:tLicto 005 SANTOS :- Per::)"Unto apenas
vindo ensinar... si ha esse estudo; não o faço ir~rucamente.
O Sn. ZAYA:- Lá isso é verdade. o sn. SElUU. :-Ha, sim, senhor:-E' uma per·
O .Sn. JOAQUIM SERRA.:- ... que, niio tendo .gunta ocios.1, porquanto ê de acreditare deveis
scrinmente estudado n questão, levt~ntavam fal· acreditar.quc aquclles que agitaol uma questão
sas balelas de que se·lbes tolbia a·p~lavra neste desta monta lêrn·na estudado com u mesma de• ·
recinto, qu:~ndo, entretanto, S. Ex. disse que dicação e interesse com que vó(ontros ofarieis.
poderia em ca~o identico discutir e tratar do Podeis supp_or que cslamos em mau terreno,
assumpto. mas não que não tenhamos sondado o terreno
Ora, Sr. presidente, o no.bre deputado por em que pil:amos. ··
Pernambnc<r, que' foi nesta sessão o primeiro a o sn·. FEucro DDS S.Ufros dá. um aparte.
· discutir a questão servil... .
U~! SR. DEPOTA-llo:-Foio nobre deputado pela O Sr., JO!Qum SERI\à. :-Qiie arguição ~ e$Sa Y
Bahia. . . ., . Nada e.;sinamos:? Mas vós é que nada apren-
, · O Sn. .. UnssEs VW<N.A.:- Nesta · sessão foi o d~io temos, Sr. presidente, o· direito de ensi~
}lonrado deputado por Pernambuco •.. · nar co usa alguDJ.a ;.. temos apenas o, direito de
.OSn. JoA.QUIM.SERIIA:~Não faç~queslão disso; ·exteruar o .nosso pensamento; e · havemos· de
quero: apenas dizer que,.o Sr. 1oaquint.Nabuco~ · fazel•o com toda a inteireza. (;,lpoladus;) ·.
com· umá . g:rande prudeneia, . merecedora de . Eu nlió,;rejo.qüe'haja a libe~d~de pa~a q~ali·
muito louvor,,.depois,qu~ cessou. neswiecilito. o ·ficar. estes. ou aquelles · com· dir&llO de ensmar
· deba~ , sobre-_ :l reforma., eleitoral,- aiüiunciou ou serein easinadós·; desconheço esse direito de
,qu~; Unha u~, projec!o. ~a..cuja ·ap.resen.tagão dividireme~Lca.mara em um .!ll:UP.P. de homens
pedia urgencJa em dra determinado. .. . 'de eslado capazes de resol-ver-todas as questões; .
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 16 13- Página 13 00 24
--:·-=··~-· - - . -..;,-:-:.:::·:· ~- --··- -····· ~ --· ....-- ' ... .. ·-
Sessão extraordinaria -em -:J5 ·de' Nove.zribro de 1880. · 295-
e outro, de homens qu~' ~ão são comp6teutes e Confesso a v. Et: .. qué não presiÍmo es-
meros agitadores. . · leja dizeudo novidade, qu~ndo trato da nbolição
· Com· exeepção da minha pessoa, eu reputo do captiveiro, porque estou àcostumado a ler
todos ·os··membros desta casa igualmente pre· os discursos dos ·nos5os ch~fes; durante os an-
párados para resolver todos os problemas. nos em que olhava mos parb esta questão como ·
Osti. FaÉri:As coúTIÍ.Iw:.:_Aqui ha talvez os uma: lia:; inmiptas no no;so programma poll•
- d G · (H t · te ) tico, como uma das aspirações. mais instnntes da
sete sablOS a recm. a. ouros apar s. · opiniiio _publiéa. · Si é este um dos lemns do
O Sn. PnESlDENTE:-Peco aos nobres deputa· nosso programma~ eu não posso ter a presum-
dos'que deixem aontinuar o · orador.. pção ile dizer novidades aos nobres deputados
· O Sa. JOAQUil( SElUU.:-Disse o nobre· depll· . Jiberaes, os quaes, assim como eu; estudaram
tado pela Bahia, e disse muito bem, que- não é pelo mesmo codigo de doQtrinns. . ' .
esta uma questão de philr.otbropin; nunca aen- O que eu digo é que estn quesliío foi rlisculioa·
carei por:este Indo. Seria simplesmente pue- com a m:~ior liberdade durante o domínio dos
:ril a ar;::-u iç1ío rei ta a qunlquer.dos nobres·depu· nossos advers3rios. Y. E:r. snbe como · fo1Pssa
tados de que era mos mais ou menos philantbro· imrilortal campanh:~, que o nobre e benemerito
picos do que elies. Ninguem ainda aqui veiu Visconde do Rio Branco deu nesta· cnsn, afim
'lazer praça de sentlmeutalismo; isso ê uma de- de que fosse lei do pniz a idéa da emancipação
elamação contra nós. -. do ventre da mulher escrava. O partido conset·
O objecto que nos preoecupa é de ordem mu1to vador estava dividido de meio o meio, e como
elevada, póde o erro estar comnosco; mas epor não desejo que fique dividido o partido liberal
isto mesmo que desejamos ·o ponto discutido e neste importante assun1pto ; todavia a dis ·
elucidado. . cnssão, e era tempestuosa. f~zia-se com a mais.
· Estn casa,como disse o nobre laader da maiq, âmpla liberdade.
ria, é uma casa de discussão, mas para que se Será crivei, quando estão no governo demo·
torne effeetiva tal àesignnção, é que pedimos crallts emioentes,que auconsidero tão adiantado&
o debate sobre esta .e outras questões . ·· como eU: nesta questão, será crivei que em runa
F~ !la-se tanto dDs' conferencias populares, que camara de unanimidade liberal, esta questãG
parece ,termos com ellas alguma ntD.nidade. não seja digna de prender a ·attenção do paria·
. Nes~as. conferencias, que est.ão sob a alçada menta, e .que se ·a considere prejudici:ll por-
polici:~l, ·si são reuniões .i!llcl~as, como quer-se incendiaria? Serâ crivel que esta idéa soffra da~
fazer crer, póde-se dizer tudo que parece licito nossa par.te taes restricções, .quando n() tempo~·
em relaçiio á aboliçüo, ao passo que não se póde de nossos adversarios, que se dizem bomens do .
trazer para esta casa uma idéa desta ordem, e statu quo, foi ella discutida com a maior am-
proaurar discutil•a.no sentido da . sua melhor :plilude 't .
resolução I (Apartes.) · Tem .havido da parte dos meus companheiros
Como poderemos, senhores, tratar deste as· de idéas:queixas contra esta restricção de direi-
sumpto ao bel prazer dos nobres deputados que tos .quanto ao medo de discutir o assumpto
nos accusnm de !alta de,seriedade, SI não se póde nesta c·asa, e a controversia que se tem estahe·
obter uma lirgencla, e, si a P~1 la:vra )ela ordem leeido não se basêa na pratenção de querermos
ou em tempo já nüo é concedida por interpretn • ensinar qualquer causa aos illustres deputados
ção estranha aos precedentes' E' necessario que são OJlposicionistas da idéa. Porque o
nproveitar um assumpto qualquer para trazer, problema é' complexo, porqueha muitos meios
a medo este negocio pora o debnte. E chama-se de resolvei-o, porque é de tal naturtlza que
a Isto liberdade de tribuna ; obrigando-se o de- não póde' dispensar 0 auxilio e 0 _concUl'SO de
putado o manejQs estrategicos para· poder usat" tOdos os homens de. boa vontade, é que se pede
de um direito sen 't ~ode remos vir, com .a pre- : que venha á tela do ·debakpara que, do c.boque
cisa calma, com trabalhos espeehaes e baseados das ·opiliiões encontradas, res:tlte a faisca ·da
em ·documentos,. abrir ·um ·. deiJate sobre ·esUf verdaje. .o que ha aqui de ·J!Brigoso para o
Importante assumpto, com.animo delibe.;ado de }iaiz ~. ·Estamos porve!ltura aqw ·aómente .Para
legislar sobre elle ? : . discutir as questões dos subdelegados da nossa
Não. Temos. apenas tempo para.desabafos co- fragu~zia? · Onde encontrar. congr~sso mai~
mo estamos fazendo. (Apoiado.H:apartes.) -digno para a.discussão deste assumpto:t .· ·
Eu não sei e não quéro saber quaes são es- · ·' Sr: _presidente, quando o·nobre deputado pela
ses abolicionistas immediato> e perturbadores, .Bahia (permilta Y. ;Ex. que o designe .pelo seu;
a· que .se ·referiu:o nobre deputado pela Bahia.- nome) o.Sr.llarcolmo Moura deu um aparte a
Do·queacamara.tem conhecimento é.:de um pro- que se .referiu o. Sr . .ZaDla; eu diss~:.d.o m,eu.
jeeto do Sr deputado Nabuco, ,que·· representa· · logar que rião ouvira as pal_avras a.rgmdas, por- . .
· verdadeira lransacção. Longe de sermm projecto · . que estou certo ·M q~e. s1 ·taE!S palavras Coram. .
de abolição ·immediata, era nm projeei.Q.: com proferid3S, sahiram ellas em toro de conversa·e ., · >:
demarca~o de prazo, com pallia1jv:o· e medida~! ·uão como ·causa ·.qne:pudesse)igurar:no d~bate; .
parallelas. · · · . ·. O..nobre:deputado, Sr; .Zama, :melbor do .qo e eu . , ·
' ·'OS· abolicionistas .immedia!os, entretanw;.não . conliecil'o~·earacter. e..a·,eleva9iO,.de'vislas:do·seu-o · .:
são mais perigosos que o~ abolicionistas do per- dign.o ooííiprovincialio. . . • ' . ·..· ·..·. :. ;_ :, ;; .· .
p~tn!l silencio, - . ·EIIe seria:incapaz, ainda m~smo qne eomjsso
· Eú' uão sei porque.-Sr. presidente, se quer désse maior brllbo ao p~pelquerepreseQta;neste·
'r6sponsabilisar est(tribuna.por .tudo quanto se . recinto,.de-querer desâourarseus,illnstres.com- .
.diz fóra daqui em relaç~o ao-asswnpto. . . pauheiros de deputação. ; · · · · -
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 13+ Pág ina 14 de 24
.?96. Sessão
. . . extraordinaria
. . . . . . em. 15
. de. ...
Novembro
- . . de..··18SO
....•
O Sr. Cesarfo Alvim : ....:. Venho, preoccnpação pelo estado de nossas rclaçõés com
Sr. presidente; de sorpreia :Uribuna; estando, os paizes vizinllos.pnra osqilaese apa7: trimbem
ha:poucos minutos ainda, n\uito longe do pen· de absoluta necessidade. (Muitos apoiados.•)
sarnento de occupal-a. · . Si cslã, porém, o illustre deputado eonveu-
-N~o teria ·~·'Ex. Consentido que ·:rdiscus'>ào cido·do ·contrario; · permiLta•me que llle diga
corresse com a amplitndc que temos observado, que m~l. muito mal ir~mos em quadra· tão me-
si niio fõra forçoso permittlr ao nosso i!lustre lindr!)sa para o Imperio, perseverando nessa
e honraM collega, deputado pelo lHo Grande do agitação indefinida d:1 qneslão que lhe mereceu
Sul que l'C estreiav~ , a tal ou qual largueza que hoje as -primeh·:~s palnvrus-n do elamen\o ser-
é de mister em semelhantes circumstanci~s. vil. (Apoiados.) Pois .quc! Temosaote nós, como
.Ap'roveitando a monção, seguiram nas pensa S. Ex. e outl'os, o Córmidavel poder de
mesmas aguas os illustrados oradores que o um vizinho. suspeitoso e que se acba· uriido, a
succederam, não sendo muito, po rl~nto, que and:llilos a agitar uma questão encondescente
eu invoque a mesma .condcscendencia em meu que, sobre poder separar-nos em. dous campos
favor,já que, não sendo meu pruposilo impugnar cheios de odios e ranr.ores, est.-í. perturbando-já
o credito solicitado pelo digno Sr. ministro da e grandemente a principal Conte dos nossos re-
. a~rieultura para ·ncudir.aos es tragos por que se cursos pecc.niarios Y
v1ram tlagelladas algumas colo oias nn proviu· o nosso dever é bem outro!
cia de Santa Catharln:l,. não oavi uma. só palavra Au..,·r·ando
.,1 1
-
0 ~ove rno com os nossos conse-
que Ihe fosse eontrarJa e qae me Im puzesse 0 · lhos e solicitude, para que evitada sejl) a eon-
dever 1:le sustentai-o como ministera.lista que tingencia de qualquer rompimento, cnso sej a
sou. elle possivel, ou servindo-o e :i nnr.ão, todos
O SR. FREITAS CoUTINHO: - A discnssão de unidos, na hy\)othese de uma luta quê não pro-
creditas pedidos pelo governo c ampla. vocaremos. tnl. deve ser o nos;;o proeedim(•nto
. O SR. CESA.RIO ALYU[: - .Tanto melhor. Antes de brazileiros, pttra.quem a patria eski sempre
de ir ao encontro do nobre deputado pelo Ma· superior a qoanlas questões po~am -ventilar os
ranbão que me chamou no debate . : . partidos. (Muito$ apoiados.)
o SR. Jo.~QUill SEnJU:- Eu ? Não, senhor. Consinia o nten illuslre collega que IM fnça
O SR. CESA.IUO ALVBI:_; Chamou-me com a uma observação. . •
d . Não ejusto quando nos reJ.).uta cium<ln.t()s das
S. Ex. orava. .
rt
resposta que deu .. a · um. npa e men: qunn
•
°
grandezas e heroicidade dos nossos caros ii:'niã<is
rio-grandenses . (.Apoiado8. ) Cinmes ! . .. Pu.de·
Antes, como dizfal de ir ao encontro do bon- raroo.s alimentar, talvez,· um outril se·n.timento, .
r:~ilo membro, permttta·me V. E:t. que eu faça
nlgnmas observações ao gne ouvimos ao nosso embora inconfessavel, o d~ invejo, pelos seus
collega, representante do Rio Grande do Sul. triumphos na guerrn e união . partldaria . nos
.Quando s. Ex .• vivamente im pressionado comi cios eleitoraes, o que no; levãrin ao pro-
pela attitude, que lhe p~reçe hostil, assumid.a posito de proeur~r imil:tl-os. Ch~mes, j :imnis ·!
pela Republica Argentina, pedia ao governo Si, o que não espero, fõr n heroica p~vhícia_ do
'd 1 11 · - d nobre deputado novamente illvadtda, dete·
provt enc as que ·nos co ocassem.em posJçao e nbam os valentes rio-grandenses o insnno in-
bem defendermos e. zelarmos' a bonr~ nacional,
caso ultrajada, lembrando como medida urgents vasor, nté que, como em Uru:;uayan:~,tenbamos
o proseguimento da nossa estrada .de ferro com tempo de ir em soccorro dos nossos nmictos.
díreecão ã fronteira, dei-lhe o seguinte apsrte: 'irmãos, (Apoiaáos.} .
• .Si é como diz o nobre deputado, 3. êstrada de ·· Voltando•me agora·p:mJ. o illnstrc collega que.
.ferro não cbegarli a tempo... . ma fica. á direita, digno represento ote do M!lra-
: Sim, sr: presidente. Como rios pintam ·as nhão, começo !JOr pedir-lht> desculpa, . sr pór-
coasas os Gspiritos preoceu~!ldos com esse eon-· ventura,.ali perguntnr-lheem que fonte haurira
fllcto, cuj 3 probabilídcde não i9brigo absoluta- S. Ex.;~ convicção, de que a aboli~o, como a
mente 't . - · , . .. . . querem, do elemento servil era a unica ou ao
Considerom a Rapublica Argentina com o for- menos a primeira aspiração nneional,offendr por.
midnvel exercir.o de' 80.000 homens, bem :~rma· qualquer mlmeirn o melindre do S. Ex .. · ·
dos e equipados e proroptos ·ao,primeiro -gríto '· 0 Sn: ,Jo.AQUUlSBIUIA :- Não, senltor; absolu~·
de alarma. · · · . · · lamente.. · · ·
Dão"lhe uma marinha dotada de pode.rosos o SR. CEsAl\Io ALVUl : -Não pudera ser o
vasos , de· guerra, as li!!an~:as r elativamente men proposito•• Procuro· sempre arred:ir .todo o
prozperos, .. e; o quo mais impor tante· é, um' :1e- :~zedume dos o~bates em que me empenbo;prin~
Côrdo .un:lllime no pensamento de hostilidade cipalmente tendo. ~ de tratar:.: com um compa-
, c9ntra o Imperio. . · . · ·. · ·· . nhciro de lutas, como as· que tivemoscle o1ferc-
. Si assim ê, e o meio de conjurar tão medonha · cer juntos <1CS nossos adversnrios, em :quasi dez ·
· quanto:imminente tormenta, é a ·construcção da annos dejornalismo. . . · . _ , . -.'.. ·
estráda de ferro estrategica,e liem·eérto que nãõ 0 sn. Io.\QutM. SÍiiaJU.:...;.. v, Ex.. sabe tiúnbeiii.. _
.seria· maiS .tt:mpo, -porque.estradas não Se COD.~. quan!o_O aprecio. ·',.
s~ruem .com a rapidez_~om que se_movcin exer~ . O Sn. Cts.wo :ALVI_u :....:.. Inieion o illllStre de-~ .
CIW -promptos. (#Viad~s .) . . : . ·· .·.
Já tiv.e occàsi5o de dizer e folgo em r~petil-o; putàdo o debate dizendo que não vinlla,dis·cu.tir
hoj&: que>pnira. .na atmospb.era '. tanto. enthu· 0 credito.·,.- · · · ' · · · · ·:'
·siasmo .- bellicoso, que ·. não Lenb.o a minirtia - O Sa•..Jo.\ou~M SERliA :~omecei com&
.t:omo..Y.I;;.:.ss• .
v: Ex::·
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:13 - Pêgina 16 ae 24
==29.8~-=="-<;e__~.,;,eitraordfnawa~m.....-:l5-:de=Novem'bF~e=1880c!:'.======~'--i'
O SR: CesAmo ALVIM:-• . . pois que, em casos E _si .a ~ama_ra ·dos deputados não r epresenta
tàes·, como ministerialista, limitava-se a votar o pa1z, nao se1 que outro orgão tenha. presen-
symbolicamente. tem~nte, a navilo·para exprimir o séu pensa-·
· (Crozam-se mu1:tos outros apartes; o Sr.pr6st- Jne~to . (!fuit~s apoiados.) · ·
.... - dente reclama attenção.) . . .. . . EIS a _llri_metra fonte onde h:mri opinião -em:·-· .
Pe.rdile-me, porém. o meu illustre colle..,.a. contrario~ do nobre deputado. Póde não ser a .
. .. mais hmp1da, mas é com certeza a unica que
Como ami:.ro tambem do mini~terio, ou prere- temos. (Apoiados.) .
ria, ·para desassombro do governo, ouvil·o an- . E pudera ser aspiração de outra mais de legi-
1es criticar e mesmG impugnar um ou outro 11mo ~anda to ? oestudo colmo e a observali·ão
detalhe de sua administração... · des3potxonada das nossas cousns, si nos dizem
. O SR. JOAQUIM S&ruu.:- Para que V. Ex. dá que o lroperio não deve manter; não · manterá
pan mim uma pragmatica que não segueY Como perpetuamente a escravidão, ~CI\nselha~nos •
amigo do governo V. Ex. vota. sem discutir. entreta_nto, em nome dos mais vitaes e palpi~
OSa. CEsAruo A.Lv1111 :-Onça-me ; eu preferia t.antes mteresses publicos a não preci!)itar a re-
observal- o :1ssim a vel-o erguer continuameule solução de Lão complexo proble.m_a, ou golpean-
obstaculos um pouco mais ~oerios em seu cami- do-o de chofre, ou, o que constdero peior tixan-
nho, como é, certamente, esse do elemenlo do·se um prazo part~ o desapparecimento'de tão
servil. . bedion~a chaga, porque, senhores, não ha ·
Creio que o governo pensará pela mesma e~emplo em _I)aiz algum que a sotrresse, onde o
fórma . · . dta da fixaçao do prazo não fosse a vespera
da p~ecipitação da anarchia e da ·desoraem.
O Sa. i oAQUW: SERRA:-Não sei; elle não lhe (.Apo1ad0s. ) . -
deu procuração para isso. O SR. UussBs VIANNA. :-Isso é verdade.
O SR. CEiiARiô ALV!M :-Desculpe-me o hon-
. rado membro. O Sa . CESARro ALvm:-Por consequericia
Interpdlado a re.~!leito deste tão magno quanto senho!es, a não_ se~ por meios i~directos qu~
encandescente assumpto-=pronun.eiou-se clara. ·poderao e deverao 1r em progressao, oper~ndo
e categoricamente o honrado Sr. presidente do COf:llO depurativos sobre o nosso or:;~n1s~o
conselh.o. declarando que o governo· não cogi- · ev1de~te. me_!) te enfermo. e depauperado, o.ao veJO
tava de resolvei-o e que a sua agitação tendia .. O)lt.r a solu_çao qu~ consulte a um t~mpo os P!in-
a abalar os niais serios e respeitaveis interesses · ···ClpiOs P~tlos~phicos e_ os economicos e soc1aes
do Estado. · · da...nossa patn.a .. (Apatados.) ·
. _ , . u_>mo precipitar semelhante questão 't .
~ S:a.. BEL"FOn'l' Du.un.-E nr~ade, dtsse po- D1ga-me o nobre deputado podemos devemos
sihvamente:-0 governe. nem coglta. fazel-o ? ' ' .
. O .SB ; CEs.A.Rto Atvm:-or~, si assim ·é, é·· · Si" se tratasse, uni~amente, da f'lrtuna parti-
evidente que mais rude e afanosa torna a marcha cular de alguns milhares de brazileiros, a causa
do governo, seriamente · preocenpado com as- da abolição immediata, como a mais no1lre e
sumptos de grande magnitude, o deputado, santa, em principio, o:ie ·veria alistado ·sob a
quando abolicionista intransigente, do que o sua"larga h:~ndeira. Quem se deteria ante oim-
esmerilhador de verbas orçamentarias.' perioso dever de fazer cidlldãos livres; de uma
. O SR. ·VALLADAB~:-E si eu reputasse' op- patria livre a lll:lis de um mi~hào de· homens,
po~na e urgente· a resolução de um problema pa_ra _consultar a fortuna particular de outro
· não·eonsiderada tal pelo governo, o meu Jo~ m~hao 'l · • . · ..
seria na opposição. (Apoiados.) · , gue. nos detém a _todos q~ 1~pu,gnamos as-
. ·. . . . . . vo~sas _1déas ·e arrOJadas asptraçoes, -mas que
. (Cruzam-se mu1tos apertes.) . vo~ nao cedemos um passo~~ sentimeD to que
O S11.. C:ESAlUo AI.vrn;-IIa de o nobre.depu- . ·amma a _!Odo o. homem _de llspmto bem formado.
&ado_con~u no. seguinte: si é verdade que a em relaçao no 1nfortumo dos seus semelhantes 'l
aholtção Immediata do trabalho escravo consti- ~ ~onra do Estado. a sua segurança e tran- .
tuiu-se exig~neia imperiosa.da opiniii? nocional, qul.}üdnde. . . . .- . . _
manda a log1ca que reputemos o gabmete com.- . _Não posso hOJ~. nem de_vo encarar a qo.estão
plet3mente divorciado da nação e como tal in.- .·sob ~s ~uas mult1plas faces. . ·
dig:no do nosso apoio, uma vez que se entretém .Limito-me a perguntar a.o nobre deputado:
- un1camen~e com a rerorrna eleitoral - não co· -não é certo que o lmpeno tem no exterior
gitando, .sequer, da outra. (.Apoiados .} : grandes compromfssos~pecJJliariosYNão é certo
Perguntei ao nobre deputado em que.se run~ que a nossa . moeda nao vale pelo que é, mas .
dava S. EL para, dizer-nos que a resolução do ·pelo qu_e rep_re>enta 't Onde iria o valor desse ·
pNblema -.servil eonstituia, presentemente a pa,p~l . SI snb1to fosse golpeada ou anarchisada
primeira aspiração d.o. paiz. ,Retorquiu-me ' s~ : a nossa · uniea instituição de trabalho?. Terá
Ex. querendo saber em·que me fundava eu para. es~p3~o ao_ nobre :deputado o que ha de con-
. asseverar o contrario. . · . · ·· . · stfitador para o nosso credito nessas o5cillaç'ões
Respondo : na o·pinião cb.ramente · manires~ quasi perma~entes do eambio, ã mercê, como
~d<lporesta ·augustacamaraquando, naques.tã_ o·, temos, mfeJ.i!;men~, ··~bsen:ado;: d«: um b_anco·
. ' da ~n~,nça levantada pelo gabinete, . affi.rmou de. someno~ unpo11anc1a ou '.de. f!leJa duua de
po_r estrondosa,maioria 9_ue_não havia.nrgencia,." agiotas eol~gados'l · · .·: · . -.
- P~~teD?-ente, de ampliar .o que: estabe.Iecido . -rois bem, a fortuna_p~blica, ri credito,a honra
f0tpebJe1 de~ de Setembro~ (Mmtos apoaaclos.) do Estado zepousam ·amda, desgraçadamente-,
..;· . . . . . - : . .. .
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um grande e bem orgnnizndo partido nacionru conferencias publi<'.as, onde objurgatorías tão
que nos ouve, nos attende e nos encoraja. violentas q aanLO iuj ustas são :~tiradas á infeliz;
E vós ? Com os mesmos vieios de origem classe dos lavradores que tr:Jbalham e que pro-
que nós, sois uma· pequen:1 minoria que rc.pre · duzem. ,
senta a si mesma ... }linisterinHsta como entendo. dever ser, v Dto
. o sn. JoAQUll[ SEiuü;- v ..Ex. honra-me ·sem impugna.;ão · este e outras creditas pedidos
sobremam:ira, dizendo que eu me inspiro no por quem está com a minha acquiescencia e
meu pensamento. Effectivamente a verd;.de é applaru;os na suprema administrnçiio do Estado,
como fnjo c fugirei de agitar questões que o
que eu me inspiro sempre em minhas ídéas. gabinete julgue imprud~ntes e das quaes, disse-o
Não imponho, não estou dizendo : Ci~ ou morre,. e.ategari'~~menle, não cogita sequer! ·
digo que se discuta.
O Sn. CESAIHO Atvm : -De accôrdo, mas, . Tenho concluído'. (Muito ben>; muito bem. O
por mais respeilave1 que seja a opinião do _orado!' é (elicitado.) .
nobre deputado e dos seus illustres comp::.- O Sx-. ~lartim Francisco Filho
nheíros, que são poucos, nlio pode ser ella pr()nuncia . .um. discurso. . que se .. <1cha · nos·
considerada a expressão da primeira · senão· annexos.
unica 3Spiração do paiz.
Fóra do pnrlamento, onde buscar a manífes- O §r. Felieio àlo@ §:antos limi-
. tação do pensamento nacional Y . tar-se-hna dar uma ligeira expllcllçiío ::H> nobre
Uma parte da imprensa nestn c.apital acom- deputado pelo·M~ranhâo. Quando S. Ex. orava,
panha e anima é c~rto essa ~gitação que se ob- deu-Ihe um ~parte (jue foi m:~l comprehêndído,
serva. ·pois mereceu uma resposta um pouco acre.
Por m~is respeitaveís, porém, que sejam essas Não vní discutir o questão àa emancipação,
orgãos de publicidade, represent:un, no estndo porque para ella não se :leha. preparado. O
pouco ~diant~do do nosso jornalismo .em geral, nobre deputado pelo Maranhiío, r~o~ excessiva
a roera opinião de seu ou de seus redactores. ·bondade, disse que supprinha o orador c~paz de
(.4.poiarlqs .) . tratar do ~ssumpto. Discorda e nâo. por falsa
Todos sentimos que é um grande mal não modestía, mas por achn· a questiio ~<rave e
termos uma pedra de toque segura para nfe· dilficil. ~ ella se prende a rela~ões socines tão
rir o estado da consciencia nacional , sobre diversas, tão susceptiveis âe perturbar a nossu
-este e outros assumptos da mesma maguitude. evolução que, sem estudos e~peciaes, nüo pôde
e por isso devemos todoe concorrer v~ra ra: diSCutil-a.
eilitar ao illustre. homem de estado, a quem O honrado deputado pelo Maranhão disse que
está actualmentc confiada a ingente tarefa de S. Ex. e os poucos· companheiros qae seguem
reformar a lei eleitoral, o que vai conseguindo a mesma bandeira, nãó têm podido apresen·
com o patriotíco concurso de ill ustre5 adversa. tar seus estudos a respeito. PerguntDU en\ão o
rios nossos, a ardua missão de que se incumbiu. orador àO llrmrado deputado si thrha estudos ; e
(Muitos apoiados.) perguntou com soffreguidão de quem deseja
Por que .não esper:1rmos, si é tão pouco tempo, aproveitar-se desses estudos, da quBm procuro
que a nação diga o que quer 'l . esclarec.imentos, de quem fuz esforços por achar
ulguma luz, de (luem quer aprender eom os
O Sn. lrr~nTINI!O CAMPos :-E cumpre que cada· nobres
um diga previamente aos seus concidadãos que argume!ltas dcputndo~: de quem quer aprecinr os
pensamento o anim~. (.3luitos a_poiacks.) de SS. EExs,; emfim, de qüem pre-
cisa de tod~s estns fontes· de informa~ão gue. a
. O Stt. CEsA.IUo ALvm:-·Cumpre·nle terminnr resoluçno de semelhante problema exige.·
as ligeiras considerações que entendi dever Acredita que os nobre~ 'deputndos. tenham
offerecer ~o nobre deputado pelo Maranb.Uo. estes estudos, mas são muttó insufficientes.
Si não fôra arrastado ao debate, eu me con· E os nobres deput~dos são até contradictorios •.
servaria te~temunha muda, si bem qne :l.ltenl:J, Pedem á c:~mn~ qu.e. roarcbe sdiante da lei de .
do que se passa a respeito destn grave qnestãl3,. 28 de Setembro, entret:mto op_põem-se a medidas ·
limitando-me a votar symbolieamente. de con· que podem apressar o regimem da email.cipacão
formidade com os dictames de minha rãzão e completa. Assim é que o nobre deput~do por
consciencia. . Pern<Jmbuco, que mais n~ frente so tem collo-
Conheço-me.sufficientemente para s~ber que cado para a resolução deste problema, o ari.no
não devo alimentar a miníma prctenção de m- passado, ao lado do orador, bateu com todo o
.tlu.ir com a min.lla palavra em deliberações de seu talenlo e sua eloquencia~ a pretenção do
certa ordem. (Não apoiados.) · governo de introdnzir a emigração chineza.
O sii. JoAounr. SÉRRA (rindo•u):-Niio arme Ou o omdcir ou o nobre deputado por Per~
aos _não apoiados. . nambnco não é logico. ..
Acredita que ê o nobre deputado por Per·
. O SR. !tlA.RTINHO G.u[pos:-i<'alla sem[)ro com nambuco ~ que pecca contra a logica, ·que é
muito talento e. ,muito aproveitamento para a S. Ex. que desetta±:das bandeiras em que lllilic
causa publica. · · · ~taram ambos, olliândo. para Q futuro do türiz,
. O slt. CssÁnw ALYlll:-0 que· peço no con· social.· para chegai' a: P.edír uma verdadeira c~romoção
cluir é paz para a lavoura, onde' eohoam de · · · ,. · , _;_:: __, · ~
um mo1o terrível as pnl<'lvra.~, embora genero- O oiador · quando cOmb'ntteu a ímmigrnçiio
sas; porém imprudentes, proferid:~s. desta ele- chineza, disse.: • nós tiuhamos o gran1e .IJro-
vada tribuna, com ~nem marcha de p~r a das blema. da transf~rmação do tl':tbalho; os con-
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========Sessã:o::eX:~ao~dincia=ém..::;.ls..d~=No:v:~mb~o~~lS80,.==.,...~01~
. servadore~ resolveram-o com a lei ·de 28 de tropia particular libertou niais de 30.000 isto, é
· Setembro, tendo o perigo de que nos achavamos o triplo do que ·calculavnm os nutores da lei.
ame11çados, em uma transforruariio gradual de · O fundo de em.. ncipaçiio. vai crescendo;. e si
assimil4çilo lenta. O que quer o gove.rno? Snb- tiver de diminuir pelo nnmero de escravos que
stiluir o negro pelo cbim;--.Yoll.1mos atraz-; por- ·-forem,libertados·ou-follecerem,--tambem-,-dimi-.. -
que d~qui a pou(l9 teremos de vomifa1· o chim.• nuirá o numero dos que tiverem de -ser li·
Pergunta-va-se na camarn como att.ender aos bertos. · . · · ·
ela !Dores da grande ravotirn 't .O or~tdo:- e o no- Outro elemento que tem de entrar, ~ . o da
bre deputado por Pernambuco diziam no go· mortalidade. Calculando-se essa rnortnlidade em
vcrno : c não deis ouvidos aos clamores .da ~ •/o, o que não exagerado,.·pois que podja exi-
grande lavoura, que · esquecida do futuro do gir-se mais, durante iO anno3 vem a ser 40.000
paiz, só pensa no presente. • . escravos. Essa mortalidado porém ha de crescer
O nobré deputado por Pernambuco nessa sempre.
occasião olhava para o ruturo do paiz receiando No fim de !O annos por consequencia, póde-se
essa substitui~ão do negro pelo cbím. . dizer que haverá pelo n1eoos 50 a 60 % de ·
·- .Não -s e~ coroprehende portanto que queira hoje;' -menos pela-simples-mortalidade dos escnvos.
pura e simvlesmente supprimir o negro escravo, Já se teve 110 % pela beneficencia porticnlar,
sem substHuil-o por outro. que b.a de crescer constantemente, mesmo por-
. ,Comprehende-se aquelles que votavam pela que cada dia a- libcrtacão do -escravo custará
immígraçlio chineza e que hoje querem a aboli- menos, po_rque elle si!rá. m:~ls velho. .
ção do elemento servil. Então seria uma sub- · Assim, no fim de 1.1) annos, fica a emancipação
stituição; mas o que se quer hoje? feita, segundo estea algarismGs, pela morte e
Quando o orador pedia medidas de. protecção pela ' benellcencia particular, jogando com os
para o de~en;-olvímento da nossn industria, dados.
quando dizia que é preciso niio estar o Brazil a E' nessa occasião que os nobres deputados·
fabricar materias primas sómente par:l remetter podem pedir a emnncip3ção immediata; isto é
ás fabrica_s da Europa, viu os nobres .deputados (]UOndo o numero de escravos e o valor delles
levantarem-se livre-cambistas, sustentando que permittam o res:rate.
este paiz deve ser essencialmente agrícola_ Essa argumen taç:io re_pousa toda em ·dados
: P01s o Brazil n5o póde tratar da substituição existentes; neUa nada . ha de i:magin:~rio •. ·
do trailalhó escravo sem ao mesmó tempo pro- Certamente esses elementos de calculo não são
teger a indusiria do paiz. - · · :para ser ~tirados definitivamente em umo.
Em nome da logica os nobres depulados eman- discussão de improYiso,nem os nobres deputados
cipadores devem t~mbem pedir prótecção pnra podem tambem ;rpi'ecial-os de momento. Mais
a indastria nttcional e para o seu desenvolvi- \arde a questão voltará á· téla do debate; e a
mento, camara os apreciará mais detidamente. ·
Os nobres deput~dos snbem que na União Tem ninda uma reflexão a faze1·. Ao illustre
Norte Aínerie:mà, os Estados do Sul tinllam.n depulado · por Pernambuco causou estra-
liaudeira do livre conibio, e eram os aboEeio- nheta o não ver o orador a() seu. ladp. ·Iã jus-
nístnsdo norte qne qneriam ·a protecção á in- tificou essasepara~;lio: . ·
du~tria do .p~iz. Mos o nobre deputado disse : Espe~v~ en-
Si o orador não élogieo .tambem os norte- contrai -o a meu l~do, porque o ouvl d1zer o
americanos não o siío, porque o elemento servil af!_nO pa_ss~do. c considero o escrayo como ato mo
vai des.apparecer, não como os nobres deputados nao ~ss1mtlado.• _ . ·
querem ;faz-lhe justiça. Talvez os nobres de- _F_ontma comparaçao de momento de· que ser- ·
putados não eogllem do principiá a que tendem 'VIU•se o o~a.dor, e que ·naturalmente occorre_u
as idéas que apresentam - ro:~s o nobre dep!ltado ao s~u e~pm!o pelos estudos. a ·que com mms
:por Mmas dómonstrou perfeitamente, que mar- predllecç~o e por dever s~ entreg~ . M~s acl!a a
car um_pr~zo é peior do que decretar desde jã a comparaçao exacta, e por 1sso respondeu ao no-
emancipação. · · bra dep_n~do, que .p oner..o escravo o. ntoli!O
· d' · d não asstmtlado .1em rece1o de uma 1nvasuo
· !lias quando pe 1a aos nobres ~eputa os que de atamos não assimilados no organismo sociaL
apresentassem çs seus estudos, nao er~ porq~e E por isso queria que se seguiSse nesta questão o
o orador duvtdasse . de que SS. EEx. ·nao · ocesso physiologieo qu11 ~e imitasse a natu-
tinbam al_ll"~s estudos para a reforma que em- ~;zu a qual absorve 'rentnmen~e humores ma-
prehendem; m32 p~r p3rec~r-lhe qne os n_o- .JirrnÓs sem prejudicar 0 organismo. Eis a razão
bre_s deputados }lao tm_h_am o:. estudos a respeJIÇ . p~r qne receia a Jnvasão mongolica; eis.a_razão
da conscque:t:J.CUI da .le1 de ~S de Setembro. s;
por que receia .a intrçducção re_pentina nes~e ~or• .
SS. Jl!Ex. t!vessem. attend1do a_ essas conse . gariis_ mo, , que· eoostuue a socteda_de braz 1Je1ra, .
quen_c!as -:er1am !J.UC o seu prazo de !O annos e deste milhão e taritos mil atomos . uã(l ~ssimila"
quasunuul. :' :.· . . _ _ . · ·· . · . dos. ·E' .porissoque, .como _homempo_litico, -e.;_-
. _O,orador disse qu~ n~~ tu1ha: _estudos snffi- tudando . um problema soe1al, e desvJa~do com :
' ci~ntes sobre: a: matem~ mas de momento relle-· grande c pezar, com grande ~dor de sen.·coração; ,
ctmdo n~ tr.I~Ulla e sem Q)le possa_apresentar é apologista da emancipação gradual. •· . . ·.. ·,. . .·
· algari~mos. exactos, chamara a,attençao donobre c Esta questi\o não pócle ser. discutida pelo lado ·
dP.pulado pelo "llàranbão Sóplent.e · para este ·sentimentaL Os .nobres deputados .(e o·seu~~s
ponto. · •· . ' · . _ .. .· . ; . . _ bello titolo nisto talvez. SeJa e5te)- <>nt~egam~se.
· 0 ·ruudo de... emancipaÇão líb;irtou em. um ta!lto ao sentimentalismo, ~e!xam~se ·-tanto· :do~ .
anno qu ~tr~ ~ e, úJntos escravos ; a :pbilan- . ~ mtnar pelas f:tculdodes etuoClonaes,, qne pro cu-
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ram resolver simplesmente ouvindo a· ellas, o Em primeiro lagar, como sabe a camara, e -o -·
problema. Os nobres deputados inseientemente, nobre deputado por Pernambuco, na Russia não
íncon~cientemente deix~m-se levar nesta.ques- havia escravos, havia s~rvos; e a diJferença entre
tno pelo col':ltão_ Fóra da camara, nas ncade- o servo e o escravo é enorme.
. mias·;·· nas ·sociedades Jitterarias, em-qualquer ' O-servo· é o verdadeiro explorador do solo,
outro terreno, ni1o se póde responder aos nobres não póde ser alienado senão com a terra; de ma-
deputados com vantagem ; mas na camara como neira que-a emancipação dos servos na Russia
os de pulados representnm outros interesses _e deu em resultado que·na dia immediato os ex-
como esses inleresses hão de justamente dominar servos eram proprietaríos ·do solo. Nenbuoi
na sociedade, porQue é de!Jes principalmente abalo se deu no paiz, e quem soft'reu com isto? ·
que se forma o progresso dlls sociedades, os de- O imperador da Russia tinha mais de metade
putados respondem vantajosamente a SS. EEx.. dos servos, o resto pertencia a uma meia duzia
As sociedades hum~nas siio creaçües imper- de familias.
feitas ; eli3S não se podem reger por theorias Quem eram os servos da Russia ? Eram ha·
de philüsophia :~bsoluta. mens tão adiantados e civilisados como os se·
Não -é sü !leio problema ua ·escr~vidão ;-a· Md:r nbores: Eram a rvça conqn:tstada, mas~ a· ~ con
passo encontr~·se problemas iguaes em que os quista tinba sido exercida!lobre elles e o solo
principias pbllosopbicos são contrariados de que o::cur1ava.
frente peJas exigencia;; do seeulo. No Brazil o que ê o .escravo "! E' uma raça
O que é a prr.priedade territori~l? Um mono· a.trazad~, seLvagem, trausplantada de outro paiz:
polia eterno, transmissivel por hereditariedade, para o nosso.
excluindo a todos. As herancas podem ser sus- O escravo no BI':Izil se divide em duas classes
tentadas em. f;~ce de princípios philosophicos muito distincias: o escr:avo trabalhador de [a•
absolutos ~ . zendu e o escravo das cidade~; como os pagens
Com que direito um individuo nasce pat-a etc, Estes são muito mais adiantados do que
trabalhar toda a sua viela como besta de carga e aquelles, porque a estes é que se póde da~ uma
morre . sem nunca poder enconlrar um futuro cert~ aptidão, aos outros J;5o. Destes póde-se
diante de si, e outro que n:osce nos palacios al- dizer que estão quasi t~o atrazados como os seus
catífados de ricos t~petes, passa toda sua vida avós africanos.
na ociosidade, des[rueta o suor do rostL> de seus Pede desculpa ao nobre deputado pelo .Mara·
pais, ou muitas vezes, o que ainda é mais es- nbão si incidentemente toca neste ponto: si o
candaloso, o fructo das rapinas paternas e dos nobre depu tudo reconhece que os .· africanos
avós? er3m selvagens _como se apresenta na camara
Ha nada mnis escandaloso do que isto ? Por· tratando da questão do direito á ·Jinerdade dos
que esse sentimento que se condóe diante da africanos de ....
sorte dos escravos não apparece tamb~m recla. o Sa. Jo.a.QtrlM SEaRA.:-Porque é da lei..
mando, pedindo a communidade dos bans ~
Por outro lado vê-se o capital dominando o_ O Sa. FELrcro oos SANTos :-Pe"to lado da le-
operaria, enla~ando-o ·em eadêas inquebranta- galidade já respondeu ao nobre deputado ter-
veis. Vê-se o rico fabríC<Jnte, o nababo da civilí- minantemente; na legalidade absoluta o nobre_
saoão moderna passei~ndo, divertindo-se . em depu.tado não tem razão. '
quanlo o operaria sua e morre na macbina. E' preciso que isso tenha um termo. Sempre
Tem-~e clamado sempre, por isso hn de se se considerou como um dos mniores beneficios
clamar ainda, mas não se ha de resolver tão da lei de 28 -de Setembro o estabelecer um re-
cedo a questiio. gimen definitivo. Portanto não se trata dn ques-
Mascamo é que na Europa os homens sen- tão da leg~lidooe, mas da questão de uli11dade.
satos procuram resolver essas queslões que lá Qual é a utilidade de atirar :i liberdade homens
são m~is irrilontes do que no Brazil? E' por negros de mais de 50 anuo$, selv:~gens africanos?
medidas indireclas, taxando o capital, augmen- Si semelhante disposição fosse convertida em
tanüo o direito do operttrio. A philantropia por lei seria uma grande difficuldade para os se-
toda a parte emfim pedindo a diminuição das nhores de fazenda o enxotar essas vel b.os, por-
hor;.~s .do trabalho, .pedindo que se ~faste ·a que a maior parte delles, depois de gozarem
criança da ofiicina,pedindo que se dê á mulher aJ11:nns rnezes da liberdade, vollariam â fazenda
uma sorte· melhor. _ dizendo: quem comeu a carne·. que roa o osso.
Portanto, quando na Europa essas questões A questão é pois muito complexa. Acredita o
D1io.se tem resolvido até hoje a camara pôde orador que para muitos escravos a emaneipação
resolver a questão do elemento servil repenti- seria um mal. .
O nobre deputado Jallon em quarta geração.
namente~ 1•••
Ora, o qua tem melhor~ do realmente a r3ça afri-
Terminando, o orador apresenta ao nobre de- e<tnl! tem sido o cruzamento com a raça brauea._
putado mais um:~ fonte de -esclarecimentos -a·
que dev-e att~nder: é !1 quesLão etnographica de Os cruzamentos. é que hão de resolver a
que amda nao se tratou, e que ao contrario é questão, .porque. ainda. feita a emancipação ím-
p<lstergada de uma maneira censuravel pelo mediata e l"e~olvido assim o problewa econo-
nobre deput:Jdo por Pernambuco. . - mieo, embora de :uma m11neira detestavel,con-
tinúa "·o ·problema. ethnograpbieo. de dissolver,
S. Ex:. comparou o problema da emancipaÇão .'lbsorvt!r_e assimilá'r o !,200,000 .libertos. Eis um.
do Br:u.il com a dos escravos na Russia. lado da:questão p3ra que os nobres depu~dos
Não ha parallelo, ha quasi opposi~o nestas JJ1ío olharam; é o meio de assimilar, que deve.
quest~. · · ser em _pequeaas dóses, ponco :a.Pouoo. O que
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 16:14 ~ Página 1 de 1
. . .
. l'RESIDEJ.\"'IE ·
e solicita lieença:para retirar-se para. o .
Ceará.-A' com missão de _. coostituicão e · po-
. ·· ' :A.'s ·u llor!iS ·an manllã~ feita a cbamnda · ncha· ·deres. ··· · · · : · · .:. ' · ···' -·---~-- · :.· ·
. ram-se presentes os Srs: Gavião Peixoto: Alves o SR. PRESIDENTE -dá par~ orde~ do dia is .
de Ara11jo, Pompeu, Bnlcão, Mello e Alvi_m, Se- de Novembro a mesma desig-nada pan o di:t i7.
nphico,. Sergio de Cnstro, . .Almeida Ba rbosa~
Manoel Carlos,. lldi!l'Onso de Araujo, Virinto de
·liedelros, Costa Azevedo, Ignacio .Uartins, Frei-
tas Coutinho, Jeronymo hrdim, Ribeiro de A.eto. e111 I8 de :rwoveDlbro de :asso
:Menezes, Mncedo, Dnriio Homem M Mello, ?!fa-
. noel de ?tfagalbães é AffoDSO Penna. PRESIDENCJA DO SB.. GAVIÃO PElXOTO,
Comp~receram depois da chamada os Srs. 2. 0 VICE·PBESIDilNtE
José Caetano, França Carvalho, .Tavares Bel· _ A's H horas da ·manhu, · feitá a·cli:i.mãdii',- · ·
fOrt, José ruisson; Sinval, Liberáto Barroso, Theo·
dorP.to Souto, Danin, Bezerra cavalcanti,Moreira achnram~se presentes os Srs. G::tviao Peixoto,
Brandão, Joaquim Serra, Epaminondas de Mello, Alves de Araujo, Sar:~pbico, Ba1•ão da Estancia,
Souza Carv~lbo, So:ires Brandão, Buarque de Ma~ Cesnrío A!vim, Almeida Barbosa, .'favares
cedo, Ulysses Viannn, Espindola,Barüo dn Estan· Belfort, .. Martinllo Campos, Sergio de Cnstro,
cia, Monte, Almeida Couto, Barros Pimentel, Costa Azevedo, Borão Homem de ?tlello, Mnnoel
Azambuja Meirelles, Andrade Pinto, Abreu e Euslaquio, AurelianoMa~;alhãoo, Almeida Couto,
Silva, Aureliano ?tl:tg:~lh5es, c 3 ndidode01iveir:~, !tiartim Francisco, Vallaaares, Bnlcão, Ildefonso
Cesario Alvim, Goldino, :ManoelEstaquio,Souza _de Araujo, Ribei::o · de Menezes, Moreira de
·Andrada, vau 3dares, Anton io Carlos, Leoncio Barros, 'l'heodorcto Souto e Ignacio :Martins. · ·
de Carvalho, ~~~rtim Fruncisco, 1\lartim Fran- Comr>areceram depois da . chamnda os . Srs.
cisco Filbo, :Moreira de Barros, Sigismundo, Barro,; Pimentel, Souza AndradA, ·S iuv~l, Buar·
Camargo, Ribas e Baptista Pe•·eira. · que de Macedo, Soares Brandão, Danin, Souià
Faltaram com participaçüo os Srs. Antonio de CarvaHfo, Prisco P~raiso, Ulysses Vianna, Ro-
Siqndrn, Ara~ão e l'!lcllo, Beltrão, Costa Ribeiro, dolpho Dantas, Azambuja :Meirelles, Haptista
Esperidião, Freitas, Nogueira Accioly-, Franco Pereira, Abreu e Silva, Antonio Carlos, Leoncio
de Almeida, Franco de S:í, Frederico de Almci- de ·~arv~lho, Jeronymo Jardim, José Caetano,
da, Fabio Reis, l'ranklin Doria, Francisco Sodré, França Carvalho, Pompeu, 'Viriato de Medeil·os,
. Fidelis Botelho, Horta de Ara ajo,.Joaquim Bre- .Espindola e C~rlos Affonso. . · ..
ves, José Marianno, Ioão Brigido, Jeronymo Faltaram com participação os Srs. Abdon
Sodré, Lourenço de,.Aibuquerque, Limn Duarte, Milnncz, Antonio de Siqueira, .Aragão e ?.1ello,
M~lheiros, Abdon Milanez, Mnrianno da Silva, Andrade Pinto, Beltriío, Belfort Duarte, Cnmar-
?ti~IIo Franc~, . Belfort Duarte, Frederico Rego, go, Costa Ribeiro, Esperidiüo, Freitas, Noguei-
Pnsco P~ratso, Pe~ro Lui~, .Rodolpho Dantas, ra ·Accioly, Franco de .Alllleida, Franco de Sá,
Ru_y Dorbos_a, U~dr1gues Juntor, SVuto, Thco- Frederico de Almei(}a, Frederico Rego, Fabio
phlio Ot1om e_ V•sc-.onde de Prados; e sem ella. ·neis Franklin Daria Francisco Sodré Fidelis
os Srs • .Amerrco, .Aug_usto Franca, . Bezerra de Boteiho, Horta de Âr~ujo, Joaquim' Breves;
Meneze~, Carl.~s Aff~n>o, .Corrêa Ral.iello, ~OU!O JoEé A!arianno, João Brigido, Jeronymo Sodr~.
Magalbaes, Dt.. n~. FerreJr~ de Mo~ra, F .lrcto Lillerato Barroso, J.ourenço de Albuquerque;
dos S~nlos, Fernnndo Oso!·to, Joaqmm Nab_uco, _Lima Duarte, Mac~do, Mnlheiros, Mello e .Alvim,
Joaqtum Tavnre~, ~Iarcohno. Moura, liartlnhu Marianno da Silva :Mello Franco :Moreira Dran-
Cam_pos, OlegnrJO, __Pnd~ PJ.ment':ll, Suldanha dão, Mnnuel de 'Mngalbãcs, rédro Luiz, Ruy
lbr1nho, Souztt J,•ma, Silve1ra de Souzo, Ta- Barbosa, nodrigues Junior, 'S outo, Theopbilo
mandaré, Lemos c Zama. Ottoni e Visconde de Prados · e sem ella o~
.Ao nieio·dia o Sr: presidente declara não Srs . Americo, AU~usto França,'.Affonso Penna,
baver >esslio por fali~ de numero. · Bezerra C"valcant1, Bezerra de Meneze3, Can-
O s11 • i • SECnu.uuo dá conta do se.,.uinte dido de _Olivei~a. C?rrêa Rabello; Couto M_ag_a-
• o Ihnes, D1ana, Epammondas de ftlello, Ferrerra
E>.:PEDIEl\"TE de Moura, Freitas CoUtinho, Felicio dos Santos,
Fernando Osorio, Il.ibas, Galdino das Neves,
Otlicios: . Joa:;uim Serra, Joaquim Nabuco,Joaquim · .Ta-
rio .ministerio do imperio de 13 de Novembro vares, José Bassón,-Monte, M:moel Carlos, Mar.,-
·corrente, communicando que ~Sua Magestadeo colina Moura, Martim Franci~o .Filho, Olcga-
_, Ioiperador ficou.in.teirado das pessoas .que com- rio, Pradó Pimentel, Sigismundo,Saiclanlla 1tf:t·
poema mesa d_a camara dos Srs:'aeputndos no rinbo, Souza Lima, Silveira de Souza, .Tcruan-
presente mez. .· . ·' . . daré, Lem~s~ e Z~~a., _·.. . . -· . , •-.
- · Do mínisterio da :~gricultura de 13 de Novem- _ . Ao meio dia. 0 Sr. presidente declarn não
bro corrente, devolvendo.informado o requeri· h - · · .,;.,ta d ·· ... ·
mento em que diversos negocianles cómniiss:i.. av:er sess~o por '"'· , .e n~ero. · :: · · ·· ..
rios e en:saccadores ae café reclamam contra os o ~n. L 0 SECruiT.Al\10 lê 'llli{officio ,minis-
processos empregados n~ estrada de ferro D. Pe· teri~ do imperio,· de i9. de Novembro corrente,
do
. dro li em suas relações com o commercio.-A declar:tndo que nessa data·communicou ao mi- . .
·_ · cjuem lezA requ;s·ção~ · ·· · ilisterio dli fazenda
.
o. ...fillecimeuto~de
. .
Ssturnino
- .
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 16: 15 + Pág ina 1 d e 1
do Amaral Gurgel, guarda d:i$ galerias da ca: :ciano Antênio Benjamiii e Belarmino Augusto
mara dos Srti. deputados.-Inteirada. . · de. Mendonça Lobo pedem transferencia para o
··. O SR. Prui.smBNTE dá para :ordem do ciia 19.de c~rpo de engenheiros.- .A' commissão de ma.-
Novembro a mesma do dia·:1.8 e mais o projecto rmha e guerra. ,
n: 84. .A sobre·p!lsturas da"camara miinicipat ··· · ·· ·Do presidente da província· de ·Santa Clltha-
rina,. da lO de Novembro corrente, remettendo
dous exemplares da collecção das leis daquella ·
província promulgadas no corrente anno.- A
Acta do dia 19de No-vembl"o de 1.880
archivar. ·
O Sa. PliESIDENTE dá para a ordem do dia 20
PRESIDE..li(CI.A. DO SR.·GAVIÃO PEIXOTO (2. o·VICE•l'llE· a do regimento.
. SlDENTE)
300
~ cisco SQdré Fidelis Botelho~. Horta de Âranjo,- Aragão Bul~o, lllartinho Campos, Bàrros P~~
Ddefonso de·
Araujo, .Joaquim .Breves, Souz.a:._ -me~tel, Joaq';ltm Breves, Affo.~o Penna, r~1o
Andrade, José Marianno, João Brigidc, Lour~uço · Alvtm, ~lormra de Barros, ymato de Med~1ros; .
· de' Albuquerque ~[acedo Mamnno da Silva, · r~st\ Uibelro, Mello e Alnm, Macedo, Smval,-
!Iello Franco._Pompeu, Rr{y B_o,rbo?a, Rodrigues. "C.osta ... Azevedo,.Ser.aphico "e Espindola. ··· · · , , ·- ·.
Junior, SOutó, -Theophilo ·ouoni e Visconde -de Compareceram depois da chamada os Srs. Ame-
Prados.; e· sem ell:t os Srs. Augusto França, rico, Danin, BelforL Duarte, . Ftnrico de Sá,
Abreu e' Silva, Bo.lcão, Bezerra de 1\le~eze;:, C:l.~- Jo~quim Serra , Tavares ~ Belfort.,. Lillerato
valho Rabello, Couto Mag~lhiies, Damn, Epa~~- Barroso, Theodorelo Souto, Moreira Hraudão, .
nondas de Mello, Ferretra _de Mour~, FellCIO Abdon Milanez,_Manoel de Magalllães, Aragão·
dos Santos, Fernando ~sono, . Joaqu:m S~rra, ~ Mello Buarque da M:-tcedo, Ulysses Vianna,
Joaquim Nabuco, Joaqu1m Tav:~res, Leonr.to ~e Soares Brand5o, Souza Carvalho, Ribeiro de lle-
Carvulho, :Marcolino Moura, :Mnnoel Eust~qmo, nezes Monte Almeida Couto Fel'reira de Moura
Prado Pimentel, Si!lval, ~igi~mundo, Saldanha Prise~ Paraíso, lldefonso Araujo, RodolphÓ
llarinho, Souz.a L11l!.a, Sll:vetr~ de Sou7.a, Ta· Dantas·, Jeronymo Sodré,HQrl:l de Araujo, Aznm·
de
manda ré e Theodom1ro. bnja :Meirelles, França Carvalho,Andrade Pinto,
Ao meio-dia o Sr. presidonte declara não Bap~ist~ ~ereira, Souz~ Lima, Fr:eitns C"~tin~o,
· . haver ses3ão por falta de numero. ~abr~ ReJ >, Abreu e Silva, Ca;nd•do ~a Ohverra~
o ~ i • SECRETAIUO dá conta do se..,uinte Galdmo, .Mello Fr~nco, Ignac10 lla~tms, Lemos,
::IR. • . 0
·Bezerra Cav~lcantt, Valladares, Lima Duarte,
EXPi:DIENT& Tlieodomiro, Antonio Carlos; Le01icio de Car-
vnlho, Barão Homem de Mello, Olegario, Martim
OJllcio do ministerio da agricultura, de 18 de Francisco Junior, leronymo Jardim, Ribas, Sil·
Novembro corrente, tran ~ mittindo cs papeis veira de Souza, Camargo, José Caetano e Carlos
relativos á liquidação final das comas de Savino . Affonso. . . . . -. . ··
Tripoti, emprezario da colonia Alex:andra na - Compareceram, depois de aberta a sessão os
província do Paraná, 3.fim de que a camàra srs. zama, Frederico Rego, José Basson, Joa.- .
tomando-os na- consideração que merecerem quim .Nabuco,- Sigismundo, ·Malheiros, Dian-a,
conceda o credito nee.essano ao pagamento da Pelicio dos San\os, Mànoel Carlos, Ruy Barboza.
quantia fixadR pelo arbitràmento a que se pro- Joaquim Ta-vàres, Saldanha Marinho, Epami~
cedeu para indemnisação do referido empre· nondas de Mello e Pedro Luiz.- :
zario.-A's commissões de colonização, fazenda
e orçamento. · - Faltaram .com participação os Srs. Antonio
. Requerimento de Ha\tzweissig &: Comp., ne_- de Siqueira, Aureliano Magalhães, Bellrlio, Es·
gociantes estabelecidos em Porto Alegre, pro- peridião, ·Freitas, ·Nogueira Accyllli, Franco
vincía do Rio Grande do Sul, conces~ionarios de Almeida, Frederico de Almeida, Franklim.
das·min~s de carvão de Arroios dos Ratos, pe- Daria, 'Francisco Sodré, Fidelis Bolelho, J:.-.sé
dindo n garanlia ele 6 o;. de jm·os sobre 0 ca- Mariauno,João Brigido, Lourenço de A.lbuquer-
pital ruoximo de 2:5{)05 para a explor:~ção das que, Marianno da Silva, llartim Francisco,
jazidas carbonireras .....;.A' commissão de fazenda. Pompeu, Rodrigues Juni01:, Sonto, Souza An·
o Sn. PRESIDB~TE dá a seguinte ordem do. dia drade e.Theophilo Ottoni;e tiem el\a os Srs. Au·
~ ·gusto ·França , Bezerra de Menezee, Corrêa
·-de Novembro: - · Rabello, Couto · M:~galhães, Fernando Osorio,
• . A mcsm~ llo dia 19 e mais, depois dos___!!re- _Marcolill.oJf.oura,..!1.anoeLEustaquio, ,P.r.ado~Fi--.
- .··-attos·e-sntes-das-outra-sm·atenas; -oPfõ.jêcto· n. mentel e Tamandaré. · ·
93 A, discussã9 unica das emendas do ~na~o Ao meio·dia 0 Sr presidente ·decl-ata aberta
sobre um credtto supplemenlar e extraord1nar1o -11 ;gegsão • ·
ao ministerio da fazenda. · ._ • • . . - . .
São lidas e approvadas -as actas dos dias an·
tecedentes. . - .
8e&Siio en:1 ~~de -Novembro de UUIO
oSR, l. o SECRETAlllO -dá conta do segtlinte .
·' , PilE>tOENCIA. DO Sil- VISCONDE DE ~RADOS
S~IMAPJO.- EJ<uorE:~·u.-Juramento do dopulado Fr.-.n·
etSeo Antunas ~beial-.-Pareeeros.~Proj i.>eto~ .-Obsern.- ·
Officios:
· ··ç .- · ·· ·
.
·
çile$ do Sr ..um. de Araujo (! .o ~rotario).~Obscna-· Do ·nlll!-Isi_erio.-da-guerra,· ile .i8 de Navem'bro
~õcs :e requerimento do Sr. Looncio de Cal"\-alho.-{)bS<Jr· oiorren)é,:reSti·tUiD.dO 'informado O teiJlletimento
v:oçõe• i reqnerimento do Sr. J.toroi"ra de Barro$ ..:.,..0bsor· _,;m_·m_•_ e o_l .o ·cirurgião da armada· Dr ..'Eu_c_lides
Tn~Uea o requerimento do Sr.·-Ioacruim: Nahuco .-Osena: v ..,__-
- çõe.-e roqnerimen:o do Sr. &lfort Duarte:-oann: ..,o Alves_: ·Ferreira da Rocha p~de ser transferido no ·
_n~--:-Votação do p1ojceto n.l3:t A:'-.,--R~quorimeoto do Sr· JO~o'.post() :pa'ra O car-pO ~e saUdé'(}o -~Xetcilo . .
_Yar tinho ~t:ampos.'-3.• diScussão ao 'p"rojc~o -'! '· tSJ · A• __.·. • quem-fez a' re~n·t·sl·";_O .. _ __-__..··... ·.·._·_. -_ · .
Çbse~a~e• ·dO• Srs._"B<>lfort Dnute :e p r0Sldónl8,...-·eoo• . "' ,. ..-
tínl!áção d3.·3,a 4isoussão-do projoeto tS'K-•Diseussão ·do -·__ no ·--s_·a_
cretiiriÕ- do·;i;enlldQ; 'lie17 -de Nové'mbro
_prOJectO n. UiO.llliCnrw• do>Sn .llnarqne de Macedo{mi- · t ·d · dad · -
nisno·dn agricultura) ·o Freitu· 'Cout.inllo;...-.Reilu~o-: . · '~:urrente, •remet en o emen a a p.roposiÇ~~Q,
._ - · _ • _,, . . . _- - . . · '<thrindo; pelo miil.no"terio i.(la razendíi, um cre-
: '~s Uhor~:~a ;manhã, fci_tui. chi~ada, acha- •Jitu suppl~menlar e exlraordina!iO da ·~'nlia . ..
. r~,m_.._se pre:;entes
_ :()~ Srs~ V1sçond~ _de Prados,. iltl J.360:.5í.98!166; ,paru ser apphcadt~.:a, 9tver.sas -. ··.
GavuJO. Pen:ot~~ Alv-es de AraUJo, -naroo :aa -Y-er~ do :u-~~-~ ~;" da-lei-do , or&amento de i879. ·
EstancJa,.-'l.lmetoa Barboza; -Serg1o 'de Castro;· -:-.A :1tnpr1mrr~ ·' · ·· ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 15+ Pág ina 2 de 28
. .Requerimento de_ Francisca de Paula Martins Que, desta fórma, a sua maior antiguidade, e
e Silva, i~ã (vi uva) do fallecido L• tenente do a maior som:ma de serviços· prestados ao paii ·
armada .naéional e imperial Joaquim de Paula em lugar de conslitnirem-lhe vantagem sobre
Martins e Silv;,, pedindo que se lhe faça exten- seus. camaradas o collocaram em inferioridade
sivoo art. 8.0 do plano do montepio da armada· de condições ; · . .
dtl 1795.-'-A' com.missão de marinha e guerra. qu~, nãP podendo eonforma_r-se com a pre•. .
São lidos e approvados os seguintes : teriçao que JUlgou haver soffndo, requereu com- ._,,.
outros ao corpo ·legislativo que autoriznsse o_ .
·Pareceres governo a fazer transferencias de officiaes de. ;.
artilharia para os corpos especiaes, pettção qne
!880·.-N, 9~ foi attendida dando o corpo legislativo a .re-
A' ·commissão de peB.sões e ordenados foi pre- Querida autorização pela lei n. 2. 790 de 20 de
sente o requerimento de D. Eduviges Rosa do Outubro de ,!877; ·
Que o suppiicante ainda niio aproveitou dessa
Nascimento, pedindo a revers~o da pensão que
percebia seu finado marido, Ho:norio José-No·· l~iQue, ~-11.d!> o govern() lhe deu_execuÇão;. . .. :.... '--··
requerendo então sua transfercncia na
gueira e-attendendo a que só ao governo com- fórma lei, foi-lhe concedida p~ra o estado
:pete conceder taes favores, é ·de parecer que maior dessa
seja o requerimento e documentos a elle anue· esfor~osdeartilharia o que não compensou seus
para habilitar-se, como habilitou-se,
xos remettidos ao governo para resolver o que com um longo curso scientificg aspirando per~
llntender. tencer a algum dos corpos especiaes do exer~
Sala das commissões, em 12 de Novembro de cito;
!880.:-Almeida C<mto.- Galàino das Neves. Que desde 1876 tem· estado no exercicio de
i88o-N. 95 importantes commissões como as àe . professor
de diversas cadeiras da escola militar do Rio
A commissão de constituição ·e poderes, tendo Grande dó Sul, e na de trabalhos deerigenhariá ·
presente os officios dos deputados Joaquim Bento da mesma província em cuja commissão pre- ·
de Souza Andrade .e Thomaz Pompeu de Souza _sentemente serv'e e que exige hsbilitacõesscien~
Brazil solicitando licen~a para retirarem· se para tificas que são inherentes aó corpo a que deseja . ·
a província do Ceará, é de pare\ler que na fórma pertencer. . . . · _·
dos estylos se lhes conceda arespect.iva licença, Que, .finalmente, sendo bacharel em mathe-
Sala d:~s commissões em i8 de Novembro maticae sciencias physicas e naturaes,prova com
de !880.-,-Bezerra.-Sinval. isso ter satisfeito a todas as exigencia do ragu-
E' lido, julgado'objecto de deliberação e·man- com lamento da escola militar, o que n"iio succede
dado imprimir o seguinte grande numero dos ac1uaes capitiles do
corpo de engenheiros.
Pll.OJEOfO
A secção de exame da secretariada guerra
a quem cumpria informar sobre a pretenção
i88o-N.:l57 deste official, depois de extractar n peli~ão, con.
cluiu:
Foi presente á commissão de marinha e guerra Que, sendo o snpplicante bacharel em mathe-
o requerimento em que o ~pitão do cor_po de maticas e sciencias physicas e naturaes, tendo o
estado-maior de artilharia, Augusto Guanabara curso de engenharia militar além de $erviços de
Ferreira da Silva,péde trans!erencia para o corpo. cawpanha,~~xercicio de .. commissões--impor-,··-
de engenheiios, sem ·prejuizo de sua antigni· tantes, como a em que se acha, seria dig-no de
dade. · · · occupar um lugar no corpo de engenheiros.
Alleg-a o peticionaria: Mas observa:.
Que peln Iei n. !U6i de 2~ de Maio de :1.873 Que as· vagas do posto de capitão, nesse corpo;
. foi o governo autorizado a reorganisar os corpos pertencem aos tenentes do estado-maior de L._
de engenheiros e do estado maior de i_Q classe, classe e t.o• tenentes de artilharia," e que por·
de1erminando que, ao posto de capitão, p_ara tanto a. transferencia do snpplicante, tendo de
qualquer daquelles · corpos foss'em P.romovidos prejudicar os direitos desses offi.ciaes, só por
os tenentes de estado maior e de arL!Iharia, que uma excepção na lei; póde ter .lugar, não se
tivessem além de tod_gsos re!J.!lesitos legaes, achando na.alçada do poder executivo.
o. curso .completo· de.. engenhar111 ou de estado ·N0 mesmo. sentido, .quanto ã. ultima parte in~
·maior.;· formou o' ajudante-general do exurcito: .
~ Que, tendo concluido em 1875 o curso de..en- ·· ·· . ·.
ganharia quando já tinha completado 0 inters- No officio em que S . Ex. o Sr~ ministro dos
ticio exigi do pela lei, e sendo 0 _mais antigo dos· negocias da. guerra; .enviou. á camara dos Srs .
. L~· tenentes de artilharia, com aquelle curso, deputados;·esta petição, diz S. Ex·.' que ajulga
· · ·8 d nh nocaso de ser deferida, , • , .. . •
· · -· ~ p~:~~;;(c~rTi:ig ob:J:i~r1~~:/!:J~ re~ ·: E'- este tãirilieiri. ô-~ái:ecer ·da·· coriirnissão _d~
0
querido:, -~a -forma da ·-lei, promoção a; capitão, marinha· e guerra, porque si ás hab.ilitações scien~ . .
· · para ·o ·corpo · de engenhel.l'os; promoVJdo para tificas reune o supplieante serviços.;.de . e_nge-:- _
'artilberia, ao passo·que os J..o•. tenentes muito· nharia constantememe prestados; nao é .J~t~ .
mais modernos aos. quaes tocon . posteriormente· que ao r~spectiv~ aorpo. ~ão P?ssa- Jlertencer, ·
prolli~ção ativera.~ para os mencionados corpos__ tan1o mais qne fo1 o petiClonano um dos · qull,
espectaes;- · · · · por sua supplica ao corpo legislativo. motivou a
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16: 15 - Página 3 de 28
: leLn~ !! .7~0 de 20 de Outubro de tsn dn qual, Cotno o nobre senador amrmou: o ·- cé)]itrario~,
·'·::..no entretan10, não. auferiu as -v:mUlgen.s a que em relação ao projecto que .sn])venciona a·eom-·.
·' '·tinha.dlreito . . : panlilil :~merieana, desb cadeira .eu digo que é
· Sóbre direitos de-tenentes do estado· maior -e inexacb a informação que df'rarn a S. Ex·:
·. ··. !.0 "'tenentes·de artilharia, que possam fiearpre~· ., (.Milito b•m.)' --· -
judicndos, a que se refere a informação do ajn-
dante~general, observa a commissão de mnrinha Sr·Q Leone1o de carvalho: -
e guert:,a' qne o corpo de engenheiros não tem Sr. ·pres!d~nte, respeitador do regimento, venho
tenentes, sendo os capitães tirados pela pro- requerer a esttr augusta- camara urgeneia por
moção_de . tenentes do eslado-msior e i."' te- meia hora para, na primeira sessão, tratar de
nentes de artilharia, e que, portanto, si a trans- assumptos relativos .as faculdades de direito e
ferencia de que se-trata preencher uma vaga no de medicina, escola polytechnica, escola normal
quadro dos capitães do corpo . de engenheiros, e exames de preparatorios. , . -
abrirá em compensação outra nó quadro dos Venho tratar destes :issumptos porque, tendo
__capitã~_s do__ estado-maior. de artilharia a que o Sr. ministro do imperio, por muitos actos di~ ·
pertence o supplicante que, tendo as habilita-~ gnos "de· iouvor;--manifestado--suas · favoraveis--
ções -scientificas exigidas, e sendo eft'ectivamente disposições á instrucção publica, assumpto em:
nomeado pelo governo para o exercício de tra· que S. E_x:. é ~ui to. competente> eu acre~ito que
balhos de engenharia, com toda razão .solicita S. Ex. nao de1xara de tomar em eonstderacão
sua transferencia para o respectivo,corpo, cujos algumas obs~rvaç~es que pretendo fazer, pedin~
serviços especiaes tem desempenhado, como do-lhe pr:ovJdenc1as que me parecem ·urgente~
ainda presentemente desempenha na commissão ~ente reclamadas pelas necessidades do en •
de engenharia em que se acha. smo. ·
. 'Pelo que deixa exposto é a.coli!missão de ma- Nilo peço a urgencia para hoje, porque sei gue
rinha e guerra de parecer que seja adaptado 0 um nobre deputado deseja fazer igual pedido.
seguinte projecto de lei: - - . _ _- Co_usu;ltada a camara, approvan urgeneia para
a pr1meua sessão. · · -
' _A assembléa geral resolve: o Sn. -Morunru. DE BAimos requer, e a camara
·Art. :L.• Fica o governo alito.r izado a trans- approva~ urgencia para fundamentar um reque·
feri!· para o COJ,'PO de engenheiros, sení prejuizo rimenlo sobre ma teria urgente. · ·
de sua antiguidade, o capitão do estado-maior · o s.n. PrmSJDENT.E:- Tem a palavra 0Sr.' Mo·
de .artílhuria;'- Augusto Guanabua Ferreira da niira de Barros. . . . ..
Silva. . ·
Ari. ~-· Revogam-se as disposições em con· ~ Sr. 1\loreira de Barros:....: Sr.·
traria. ·. . ._ presidente, o requerimento que pretendo enviar
'· .Sala das commissões em 20 de No..,.embro de :í mesa é 0 seguinte, (lê): • Requeiro que se
• peça com urgeneia ao governo, por intermedio
! 880.-A. E. de Ca.margo.-Mello c Alnim. . dei Sr. ministro da justiça, cópia do parecer
consulta da secção de justiça do conselho de
O Sr.AivesdeA.raujo{i.• secretario) e_§tado sobre a condição de diversos africanos
..-sr.. presidente, o nobre senador o Sr. Mendes· pertencentes. ao acer,vo do . finado Ignacio de
do Almeida, fundamentando um requerimento Albuquerque ·Maranhão, senhor do engeuho
que fez ao senado a respeito da subvenção ã Belém, do termo de Papary, comarca dei s. José
comp<~nhia :tmericana, disse o seguinte em rela· de Mipibús, de que. tratou _o presidente do Rio
ção aos P~~eis que, foram ·desta camar_a para o Grande do . Norte ein offieio de i.2 de Agosto
senado (le) •• _ . - de !8i4. » ·· · ·
. • ... segundo me cónstn, o projecto chegou Julgo da waior urgéncia . irotar deste as-
ao ssuado não pelos eanaes lcgitlmos. Pódo ser snmpto, não· obstante a opinião em contrario
que não seja exaclo, mas pessoa que me merece de.alguns amigos, . ainda :hoje . manifestada em ·
conceito.assegurou-me que 0 omcio que veiu particular, sobre a eonvenienci:t de discutirmos
para o senado não foi remettído pelo canal com- nesta camara assumptos attinentes ao estado
petente. Entregou-se a uma pessoa que se tem servil no ~razil, opinião esta :que eu partilhei
interessado neste Degocio, que o conduziu fiel· durante algum tempo por duas razões sobretudo:.
mente para aqui, naturolmante com ·vistas de i. 3 .porque não via ..da -parte dos cavalheiros
apressar a solt?-çã~_daquestão, etc:• . ... que se acham. á frente da propaganda desta
Tenho ndeclarar :i cama- ·dos Srs. deputados·. iqéa desaccôrdo sobre os dons pontos princi· -
.... paes.: - um delles sobre a legitimidade do laclo;
que a informação que deram , ao .nobre.senador ninguem, e elles .pódem ser disto testemunhas,
· é.:completamente inexacta. Os papeis . relativos pr~tende j ustificar _perante o_direito, perante.a
á;subvenção_da companhia-.-de navegação~ame·.· J;IIOral , este faet~-- Iegalisado (apoiados); i.•
r1cana f()ram,como todos .os papeis desta camara:; . porque elles,~com _e~cepção apenas de um, .estão
.Pelos,canaes tampe tentes·dirigidos· -ao senado : ainda ..de· .a~cõrdo ·comnosco ·sobre. um ponto
'P!lssoa _al~uma paiticillar. os . conduziu, porém importantissimo; .é\ sobre a nerie~idade . de
sun a ora.enança. desla, cimara .encarregada de· -transigir com:o:mesmo. _facto, .. tratar ;.de extii'-.
leyartaes pap_eisao porteiro do·~nado'. ·· .-· " pal~·o , leritamen,~. ·.ilem abalo .p~a a fortuna e
;- Este ·é o estylci da:camara ~ _6ontra e~te .estylo para.aordem·.putHica. Um uuico que eu conheço
nunca cQnsenti que.papel a1gum sahisse desta se destacou d~ta phalang~: é o illustre depu- .
·eamara para o sen~do. • ·· .. · · , tado pela Babta. · · . · ·
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16: 15 - Página4 de 28
,· ... •'
~•.=.= =···=·~=.Sessãô_,éxtr4ol!dinaria=em~dê~No.v.ew.hro"'"d~l880.~.~~-=""·=·=-'=~~~ _
. Nestas<éondfções,· para <JUe aceitarmos dis- meio esci>lhido não é o melhor. '.f:~i~P.aS'llhdâ. :·
cussiio sobre.·um assumpto de sua natn.reza esca- tem por ·fim a convicção,· mas não ·se convenee··.. · .-·.
broso, qi:l.ando ella não vem .a proposito de a quem se insulta·e a quem. se ·prov~: ' . · , ·, :,:~
medidas attinentes a resolver immediatamente _o _s:a. JoAQuw ~.ABuco :-·Não apoiado; 'nos~-':.·
- o problema? (Apoiados.)- .". -c · · · ··· · · · nao. msultamos a ·nmguem.- · · , :. .. -- ·. · .
O uníco resultado, senhores, além do aze- · · · ~· ·
dume· manifestado nesta caman e pela im- O Sll. lloRE~ DE BAlll\OS: -Eu rião me r.e- · . ·
prensa, é produíir o facto .altamente inconve- firo ao procedimento da camara; mas eXIste:
niente, que está igualmente no esplrito de todos, uma sohdariednd!l m~r~l entr~ aquelles !JUe
istQ. é, despertar esperanças· prematura~ . por apregoam as mesma~ 1de~s. aq_ut e fôra, soltda~.
parte dos escravos, difficultar ainda mais as r1e~ade que foi aqnt autbenttcada, do mo.do _o
relações já di.fficeis-emre elles e os senhores,·e ma1s formal, pe1o nobre ,deputado pela ~ah1_a,_ ·
que se traduzem em actos de insubordina cão, O Sn. lERONYMo. SonRi:- Então · os nobres.
senão de attentados e até de mortes. (Apoiador:). deputad~ tam~Il! são responsaveis pelos · in~
-- .Mas· devo-declarar à camara· que ·mudei -radk .saltos-que nos dl-rJgem.todos-os-dias•. ·--: : : .
-- ·calmente de opinião.- O mutismo-proposital que · O·SR.·:MomRA: DE ·B.ÚIROs :-Nós· não-temos-.--·
observavamos não tem mais razão de ser. Não ainda as nossas associayões; não temos ainda a. · :
se \r~ ta de uma propaganda~ que tenda a per· nossa imprensa organtzada; não nos reunimos-~ · ··
sua<lir-nos, qae tenda modificar o :a.osso modo para tratar deste assumpto; e, por corisequen-r · .
de -ver. . . . cia, ainda não existe entre nós, como no partido
o Sn.. IE:aoNn!o Sonú:-E' este 0 nosso 'prin- que se levanta, a. soJidariedade moral q~e · eu-
cipal intenta. . · a~bo de apontar. N~o p~omovemos manlfestl!-·
· · · . çoes e banquetes no mtu1to de firmar esta soli ,.
O .~R. Mol!EtllA.DEBABRos:-Eu demonstrarei dari~dade e que se traduz na mutua defesa que·
que não é. . ·· · - se.ve em toda parte
--Precisamos combater pari passu essa aggressão s.
oontinua á classe agricola, aquelles que pensam • 0 R. 1E;QONYMO DRE . - O}S parece~- ma1s
~ .. . p · · .·
de diverso modo, como si uma longa divergen- bem arregtmentados do que ~o~. · . . ._. - . ·..
cia de opiniões existisse ·entre nós e . ha longo _O_Sa. ~fOREIRA DE B.uaos :.,--Sera p~la}on:. .
tempo. . VIC~o, ~s não por accõrdo expresso, o que é
· 'Entretanto, não existe mais nem nm dos bra- mu1to dtffere.nte. . .. . • . .
zileiros que concorreram para a introdução da 1\~as a p~opaga~da, r~p1to; não fol:.fcltz ",llO.
es<iravidiio no Brazil (apoiailos); nenhum de nós D?et? escol~tdo. S1 pr~tende convenoe_r.os_~r~~
é por ella responsavel. Esses mesmos que hoje z~le1ros : ~· _enle!lde . que neste _pa!z esta 1dea
nos combatem com tanta acrimonia; o fazem ha amda P!ec1sa ser JUSttfi~ad~ e apre~o~da?· o que
mezes <lpenas, pois .fomos juntos aos comicios qu~r , d1zer _o ~ppello cont!nno ao ~ui.JI;o estran-
eleitornes sem CO"ttnrmos desta qnesLão e na ge1ro para as nossas questões ? · · ·· . .
mais p~r!e!ta harmonia de vistas. Ella é, por- O Sn. ÜLEG_Ailto :,-Falta de patliotistrio~ · .~ .
tanto, lllUiran;tente_nova. . . O Sn. IoAoons:N.umO) :-Fnlle do seu patrio-
. ~ontem lutamos !untos ~as mesmas fil~tras ; tismo e deixe o -meu de lado~ Peço \l palavra~
~OJe no_s achamos tao radic:~!mentc sepn!ados, (Cruzam-se di/Tc,.ent-.;s apartes.) , ,: ··
como s1 um {acto novo e 1mprevisto, t1vesse 0 SR. PRESIO!NtE :-Peço _nos nobres depn-
~ado oaUSll a 1550
• '· · tados que _não dêm apartes; não tornem ca1o~
O Sa. JEno:rrno SoDRE:- Scp_aramo·nos ape- rosa uma discussão que póde contin-uar placi-
nas. neste,ponto. · , • - damente. · · · ;·. '· ·· ·
• O Sn • .CAM>U>O DE ÜLIVEiaa.:,;...; E neha pouco O Sn. 11loREtRA. DE BAllROS :;.;.. Mas, senhores,
este ponto? l. · ·· si é aosBrazileiros que se quer.persuadir;·o que
:o SR. JEaoNnto · SoollÉ:-Perdoe·me; mas si~ifica q~e os manifest~s dessas associações
por isso não deixamos de ser libernes. s~J<.L<? traduzidos em outras h.y.guas e. de preferen-
. . . . cta . espalhados no estrangeiro? Depots, ba um
VoZES:- ~e?i.dUVl\}a. outro fa_éto arespeito d() qual; si eu não _!llltendes~
· (Ha outt·os ·apartes.) dever não . estor,var., a .murcha,do governo, eu
.· :. o·. sn. }IOREIRA
_- ··· ·_!}E· BA~Os.- . · N- di h ·d . teria . !ormul;:~<l.o · uma peJ::!nl,nta ; .o . que quer·
. ao spon O- e dizer·l! in.tervençãó clara e manifesta de . repi'e~
multo tempo e_nao deseJo abusar da attençao ientatite de-uma naçãoestràna-eira em uma qU:es,,
dn. C!D:la!a- ·Nao pretendo t~azer :zmenÇJr re- tão nossa inteirluil.ente dome~tica? . · r ·
crmunaçao .. ao debate. As d1scussoes acerbas_ · ·. . .. · · .• · · . · ... ; .. · . ·,
não ·•'aproveit.am aninguem, nem resolvem a O St~.;: 1~A.QUJM -NA.Buco: -1\fandem·lhe os .
questão.-. (Apoi~s;).·V~u.apenas .profe!ir ~lgn- passaportes: . -_ . _ .. . · . :
· mas palavras para· JUSttlicar a conv~mencw de :-O···Sn. 0LEGA.Rt9 :· ~ ·Nadatem que ver. o es-
de~~r:se ·~sta gu~tão ::9 nQSSo .mutis~o ·hoje trangeiro nesta questã?.: . '·. · ' . ' .,_ .. ,-
.. S8l'la_ll. J~~llicaçao 1mp_h_tnta ~ mvecu:v;as q.ue ' o.Sn. ~ERON)"MO Sói>RÉ:~A. opinião do·Sr: ·HiH
· ae'nos dmgem e• traduz1r~~e-lua mesm~ em.co-, liard'éuma' opiJ!ião}rid~~dil.al>_, _... .: / ' ·_: / .
.. . nrdla •. Não . podemos. &Cjlltar •a q:nestao . neste . .•. 0 ,si ..)oAQ~ ·N,uméô_:~Esta",acêusá_ção ~~.~ , . .
'erreoo{ _a nossa pruden_cla é mal_,znte_rpre~da . bêm foi feita aô-. ·gabiriete ·Zacarias •.Nã_o qnerem·-
Além d&&o ba um facto lfrove e que me. 1m-. · ··· • · . .. · - · · d · • ·, · ·-- · ·
l!relalontl"nn.oceasliio. Si é a propaganda, como ~aber_ do ~stran~etro_._,_m_ _ as, qwn . o,,e _o _.,.oy~r__n_o_
dtl~ o nobre deputado pela Bahia, que . se. tem ~glez qu~ V.~ fali~ ~to, sabem çalar se. ~ :· .. ,
em v&te, .e11 dfroi que ella é ociosa e que o (Aparce~_ e redan!afOe$.) ..\ , . , . i·. <.:~:>..· .v
c â"nara do s o epLtados- tm rr-e sso em 2 7101/2015 16: 15- Pág ina 5 de 28
: 310
.3.12
no
do que_ Brazil, como. consta de .d~cu~enios .. o SR. )[!)REmA DE BARROS : - Aque!]es ·que
publicados pelo -propno governo · m.glez, se com~ V. E'l. entendem que se póãe abolir de .
Iembr:~ram os abolicionistas deste ineio de ex- ~m.Jacto a escravatura, põdem encarar a '{Ues-
tingnir a escravidão, que·acabou alli por outro tao por esse modo ; mas aquelles qo.e trans1gem ·
modo, como ha de acabar no Brazil por ·meio com o facto~ então prohihiilos de acompatlhal-o.
da lei de 'de 28 de Setembro de i87i, ou outra (Apartes.) · ··
que Jõr snggerida pela sabedoria do póder le- _Perante o direito e a moral, a· qnestão-·não
gislalivo. · · pode ser outra. Os qo.e ·seguem a opinião ·do
A syndicancia inquisitorial, quo a doutrina nobre deputado são logicos, os outros não.
contraria autoriza, teria além disso gravíssimos .<~ Sn. 1EBo~o SODJIÉ:- o meu processo é
inconvenientes. · molS summano. _
Entre outros, assignalarei alguns mais sa-
lientes, ·e para isto foi que estabeleci a proposi· O SR. ÜL'EGA.RIO:-Ao menos tem o merito da
ção prévia de que a declaração da idade, embora logica. . .
_ não fosse verdãdeira,- não podia -vir.a qu~tão. ···- O SR:· MoREuu. DE Bunos:-Mas os gue que-
D~ que m_ eio a al}t~_!"idad~ jJ!qiciari-ª __l~~ç.aria ..rem_ a emancipação- dentro -'de-um· prazo, ·que ·
-· --mao-para·proeeder a synd1canc1a 'i [nvndJndo o transigem com o facto pela necessidade de não
lar domestico e os estabelecimentos ruraes para desorganizar o· trabalho e de não sacrificar os
exercei_-a, oulança~do mão do unico documento enormes capitaes nelle empregados bona. fide; n:a
que exiSte-a matrrcnla? confiança àas leis do paiz com igual ra:Gão são,
Devemos, _senhores, fallar com a maior fr<~n- pois, otirigados a não indagar do tempo em que
qu~, porque ~ questão é grave. C~mp!e que foram impoEtados os africanos.. .
~e d1ga :-a ma.tor part~ dos propr1etanos, no ? sta opmt.ao deve ser i nsuspe1ta a SS. EEx.,
mteresse de evrtar duv1das que de futuro se p01s devo confessar com certa sor.Qreza e· não
pudessem dar a respeito, tratara_m .de dar os menor satisfar-ão· oue eUa tem em seu abono a.
escrnvos á matricula como tendo sido importa- opinião de rim dÔS jornaes que lhes merece
dos antes da lei de i831.lá se v6,que este meio, maior predi!ecção. · ·
além de di.flicil, é injusto. . · . , · A G t de ,.~ ti · d" h t •
·. Demais a proceder a opinião dos nobres depu- aze a ~,o elas Isse on em.·
tados, pÓis, que o feto, que segundo o direito .. ·~a questão fosse est!ld~da só pelo lado h uma- ,
romano transplantado para o nosso, segu.e a D!tano _e_pelo 1<!-d.? d_o d1Te1to natural, a conclu-
condição do ventre, serão livres não só .os es~ sao sem. a abohç?o 1mme_dtata; o estudo puro·e
·. cravos importados depois daquella data, como simple~ da_ p~r~elta . legahd~de do estado actual
10da a sua descendencia. (Apartes.) dessa . mstltmçao .acarr~taria .um .golpe de . ~I
· Colloquemos. a questão no seu -verdndeiro orde~.. que quas1 . eqtuvaler1a a uma soluçao
terreno; Si, como demonstrei sómente no período delin.Ittva; ha, porem, dous factores que devem
de 10 annos; de 18~!-1852 como col:lSta de pesar consideravelmente na balança no jnlga-
do~nmentos officiaes, foram importados 326,3i7 ,pento do~ meios a _empregar : a questão social
afneanos, e não sabendo nós quautos teriai:n e a questao ~onoll?-1ca. · . . ..
srdo importad~s no periodo anterior de H annos, . • A que.stao soc1al é l!-tní!a dtvm.vel em duas
depois da lei de 1831, pergunto, quantos dos ord~ns de Hlteress.es:_ pn meira, o IJ?.leresse da
actu~es escravos poderiam rigorosamente ser socteda~e Ja constttu!da,. que _poderia ser çom-
consJderndos como taes a prevalecer. a opinião promettldo pela sub1ta 1nclusao em seu seio de
que combato? · ' ,um mi!llão e meio de homens sem educação :
·-o :h S.egnnda,o interesse desses mesmos homens que.,
. OS
. a. 1OAQUili_.1:N.ABUCO. , que mostra que a .não estando preparados . para bem utilisar a li-
mnnos. _ ·· berdade, poderiam Jazer della mau uso. . "
O Sa. MoREIRA DE BA.l\llOS:-A questão é esta. • A questão economica é de subid:~ impor-
· '
de
. o sa. JoAQUJll N.uuco:-E' uma prova que t~:nciaj porque o~ ~etuaes · trabalhadore~ não
a escravidão é illerra! podem ser substrtnidos com a urgenCJa re-
..:.-. · · F o • · .F · d- querida pelas necessidades permanentes do
G S1\. ;tJ.ARTW llll'íCISCO n.HO E OUTltOS ao ~abalho~ : . . . · ·: '
a_partes. · c Estes dons as-pectM ~a qnestão,.·o social e o
• o SR. .MoREI1U DE I!AlUios:-0 aparte .do nobre economico;; repellem absolutamente a idé& da
· deputlldo por Pernambuco vem em meu aux.i- _abolição. ilil.medi.ata; repelletii tambem a idéa do
Jio.• _Si a il!ega]idade é o titUlo com que preten· prazo ~arcado, por_que este tem os !!lesmos. in- ·
de1s a reallznçao de V()SSa propaganda, porque conven\entes, e malS o da prolongaçao da cr1se:~
em fllce d~ssa mesma le! não p~oc~ais garantir : o sn. -AA.I.GÃo BOLclo..:-Este jornal já pe-nSa
os nossos·1uteresses 1 Pois, a lei nno serve para comnosco • quer a: emancipaçã1fg raduat · e in-
garantir-nos .um patrimoino que foi eonsti- demiD~w: .~ .
1Uld~? bona. fiàe na. confiança das leis, e só ha de , · . · .._
.semr para as .· expoliacões desse patrimonia 0 SR .. MoREIJU; _DE ~os. , r?.11cas -v:ezes o
. _C~lp,O. _s i a es;cravidão fosse mais· ou menos le- tenho. VlSto co!D _tao Mas 1déas. ·., .. ' · _ . ·
. g1tlma-IIOr ter sido o escravo importado depois · O._Sa: JoAQ~ NAliUCO:"'::- Não . defe~demos
. - da lei de I83t 1 _ · . . . -. · · este]lr'OJ6Cto. Nao tomamo.s ao s.er10 o .-~prpjecto .
· .d. .9.S_ R. ~~orno. soollii ::-Ên tenho 0 verda- ~v~~us co~~~te;-~()S:f~en~e~~ ~om o~ os-
eiro. me1o· de·. solver
-
a- crtse.
··
. 0 .8.,"'·· -U,..~.;,. -· D
lllv.........,. _. E
'· ---BAnROS
·-- ':!,.,:-- Nã.80-: me referi
. J?~:-0~.-é't ao ptojeclO e 'ne!Il :á~elle lornalneslá· parté.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 15+ Pág ina 8 de 28
_Além des~ · questão,. Sr. presidente, _outra quiri~s e transmitid3s bona (ide por Útulos i71.·
nao menos Importante se xelaciona com o facto ter vtvos ou cousa morta e seria uma medida re-
de' qu~ jáse occnpou comtan1a profieienr.ia o volucionaria"arrancal-os sem indenmisação dos
.m.eu 1llusl~e collega e amig:o; deputado pelo seus senhores. · . ·
··· B10 de Jane1ro, o Sr. Souza LJIDa. Estas palavras i A verdade é qo.e essa. preseripção si- não
lambem devem ser insuspeitas ao nobre depu- re.sum~ra dessas _pall!vras, a:drede escriptas na
lado por Pernambuco : eu as vou ler · não Sii(\ lei, esta na consc1enc!a de todos, está t~m uma
minhas, entretanto aceito-as como si fossem' pratica de mais de 30 11.nnos, depois que eo-
p_roprias. Ella~ siio suhscriptas por uma auto- meçou a· época dá repressão.
ndade de maiOr nota. Trata-se -da questão de • Surge agora essa idéa, que, si fôr infe1a·
competencia. Diz essa autoridade: mente apoiada pela .autoridade publica envolverá
• O negoci_o, pois, é muito· grave e de funestas uma propag~nda de insurreição e pôde ser fn·
consequencias; importa o mesmo que uma pro· ues!a nas províncias onde ha grandes agglome-
paganda offi.cial. de insurrei~o. ' racoes de escravos. • · · · · ·
... ··.Depois de mais. de 30 annos é que nos-lelll.· O SR.· JERONYMO SoDBÉ:~uem é o signatario' ·
braremos de entender a lei por tnl modo! '
• "Vejamos agora a quem é dada pela lei
o s~. MonErEA DE B..uui.os:- 'V. Ex. ve...: ·, eu
"Q
do . que OS.. outros para O·insulto, não ; mas é p3rle: o repUblicano, o liberal e o conservador,
porque estão intimamente convencidos de qtie e. todos estiio de perfeito·accõrdo nesta questiio. ·
esses ataques não têm ecl:io na opimao séria do Si o nobre deputado duvida; eu posso ler as
paiz e, ainda _mais, de que na maior parte das opiruões de todos os jornaes, até dos republiea"
-· vezes ·. os·propnos·autores desses ·apodos, desses· nos;· que são menos suspeitos. ·
insultos não_estão convencidos delles• (Apoiados). O SR. JEilONYl!lO SonM:-Eu conheço os re·
E as transicções rapidas que se dão na opinião e publicanos do Brazil. · ,
no procedimento dos homens da imprensa,mostra
-·- que-no- ·dia---que- esses indivíduos, hoje aggre~ O SR. G.u.niNO us NEVE~:-Eu tambem co·
didos,estiverem, como já têm estado no pass_ado, nheço os monarchicos. .
de harmonia com as su:ts idéas ou com os seus UM. S11. DEPUTADO:- Todos nós nos conhe-
interesses, esses apodos e esses fnsultos con • cemos.
vertem-se em pomposos elogios. · O Sa. ZAw.:-E' o caso de dizer: nós somos
OSR. JERONYlli.O ScDR.É: -Mas ,y . · Ex. · encara todos cabõCios da mesma aldêa.
ca-medalha,só por. uma.!ace; esqu·ece.os apodos,.
insultos de que todos nós somos victimas. 0 SR. :aiORElnA. DE BARROS:-Mas notem O&
nobres deputados : o partido. republicano pro·
O SR. ltloREnu DEB.umos:-E é por isso qne cede nisto com muita argucia. Qual é a primeira
peço que desterremos das discussões. norma que deve ter em Vista qualquer partido ?·
OSR. JEao?.-nlO ScnliÊ:-Temos sido insulta· E' procurar· a opinião do paiz em seu ravor:
dos aqui, na imprensa . e em todos os logares. mas ene ·está convencido de que a propaganda
(Ba oulros apartes.) não t:Slá com o]laiz •·
Diz este jornal republicano que aqui tenh(}
O Sn. MoREiRA DE RutRos : -Eu peço que (lt): . -
eotabeleçamos n discussão verdadeira, a dis·
cu5são leal, a discussão franca; e, servindo-me • Quando muito a questão pôde . ser estahele·
das palavras do nobre deputado por Minas que cida nestes termos: opartido republicano quer
com tanta proficiencia -discutill. este assumpto, já, de cholre, a emancipação dos escravos?
direi - convencei-nos e nos tereis de vosso • Suppomos. poder responder que o. par.tldo
.lado -, sobretudo com a perspectiva que vejo republicano não se pronuacia pela affirmattva .
nesta propaganda, que ê mais productivo o ... - .... ' .....
·............................. .
t.r~bnlho escravo, que é u'leri.os incomniodo, que · · • Assim, sómos abolicionistas, porque somos
elle converte os escravos em amigos dedicados republicanos ; mas não cabe ao partido·republi·
do senhor, que os escravos ficnm maisale~res~ cano a missão~ de presente, de assumir a res·
que elles produzem mais, etc. A perspecttva e ponsabilidade da emancipação: não está isto n::t
brilhante,. convençam-nos disso, nós não que· possibilidade de suas forças, como não está tam~
remos outra cousa, n~o somos feitos de massa bem· o realizar a .republica democratica já.
di.fl'erente. E a prova.disto têm-n'a no.nobre de- • Si por uma revolução o paiz passasse a ter
putado por Minas, o. honrado lea.det da. maioria, uma constituição política republicana, esta não·
S. Ex. ainda neste anno era apregoado como corresponderia desde Jogo á constituição social,
um dos talentos mais notaveis do paiz e como o que quer dizer que n fórma politica niio qua-
um dos que mnis serviços lhe tinha prestado. :draria perfeitamente com a organização da so·
.AiGmrs Sns. DEPUTADOS :-Ninguem contesta ciedade actual. ·
isto. · • Neste caso pó4e-se affirmar que não seriam
os ·republicanos de hoje os .responsaveis do
_·O ·sa. ManEIRA. DE B.\Rnos : -Esta eám.ara em facto, contradicção qne existiria entre a consti-
sua maioria fez-lhe até uma manifestnçiio por
.miM de · um banquele; e entretanto S. Ex. tuição ·politica e a' t<.'nstituição social. ·.
•Dahi yem «{_Ue. a escravidão, apezar ãe ser
.é hoje aggredido,. não obstante serem as suas uma institu.i~ao de~es~ave!_, talvez · tivesse - _de
· . . opiniões -antiquissimas. .
Observarerainda que, pelo que me diz res- edesapparecer
prudente. ·
pela ebmmaçao, trabalho parc1al . ·
·
peito, me são indilferentes os apodos que ·me
atiram, e cte que eu não defendo causa proprie- •Parece-nos, pois, que opartido republicano.
vão convencer-se os nobres deputados pelo que composto embora· de abolicionistas, -não deve .ter
vou dizer. Si eu quizei' continuar na vida po- no presente a pretenção . de fazer vingar· um
litién, pois declaro solemnemente que .não pre- plano de emancipacão da escravatura. ·
tendo ·viver no estrangeiro, com quem devo • Com a questãQ. pratica~ a émancipação en· ,
estar de aecôrdo 't . .. . volve ·a questão importantíssima do.· trabalho; e
Com aquelles q_ue me-podem .mandar aqui. portanto do desequilíbrio imrilediato da receita
·Ora, .· ningoem dira,que eu possa ser eleito pela e despeza, e a prolongar-se por· unia dezena de
· propaganda das gazetas ; nem ellas me podem· aini.os. Ora istO só aos partidõs · govemamenta~s
· prejudicar, pelo . _contrario. Os apodos que ·eu. na actil.alidade cumpre. rasolver~ :. · ··
·recebq nesta questllo·sa!!.!Delhores títulos de re· • Si antes do .advento 'da: 'repnblica 11 abOlição
commendação para .os meus eleitores. · da escravatura ·não· eStiver realizáda; os repu·
. 0 SR.:)EB.Ol\'"tilQS0DRÉ;:..:..:..UUem sabe 't blicanos ' 110 governo · proeêderão ·conforme :a
· ·. O SB.. MollÊIIÚ. . DE - Billlos:.,.,.O nobre depu· força determinante:dasidéasoe! . ·· · . ·'
\i tadO põe em: duvida:'!Jiois~eil declaro que a pro• ·E;
isto ·o::que ~ós' ,queremas.:Eunão a cito
~ vin_cia ~e~- Paulo acha-se dividid_a emtresgrupos opinião dó partido liberal nema :doconservador, ·
malS dtscrtminados do que em qualquer outra porque .
· estes·. pensam:
.. -.
'do_mesmo.·modo
. ·.
•.
Càna ra dos Depli:ados + Impre sso em 27/01/2015 16: 15+ Pág ina 10 de 28
·O Sn. FlmrrAS CoUTnmo:--Quem ha de re- ·9 se_gundo -motivo ainda mais grave que .o
solver o problema é a corôa. . · pnmeuo, e por isso combato com todas -as
O Sn. MoREIRA DE_ BARB.os:-Permitta-me o força~ seme_lhantc idéa, é que, sem resolver a
no~re d~putado que lhe observe, em pri· questao, va1 despertar nos: escravos esperanças
ID:etro log!-r, que no· nosso systema a corôa não -!?remataras por uma liberdade;- que não lhes
· pode senao acompanhar a opinião do pai.z e de _facto concedida, aviv~r-lhes a ímpaciencia
livremente manifestada • e em serrundo logar' e fazer com que as relações entre elles e os se··
que, si a nação · não quizer, eu não reconheçÓ nh~res tornem-se ainda mais defficeis do que
nenh~m poder neste pai.z com direito nem com h~e. ·
capacidade _da resolver esta questão. (Apoiados ) .Não quero attribuir á prepagao.da o incita~
Eu tenho razões para dizer que o nobre dé- mento ao odio, .ao assassinato, mas devemos ver
put~do !1-ão eslá com a verdade, que a sua decla- q~e e be~ difficil que o individuo, que tem
raçao n~o pó~e s.er a~eita, que o chefe do Estado dta?-te dt:: Sl Um prazo para sua libertavlio, :ilão
tem mwto crrter10 para pensar desta: maneira - se ImpaCiente pelo termo desse prazo ; é um
__ mas ~-q_IIl.g _eu.~n_te.~r!o_que o facto .da. defesa:. d~ b~m de q:ue elle não cogitava, a que não po-
dta- almeJar--e que-lhe tornará-infeliz e insup-- -
Imper~nte da dt~etto_ par_!~ as a~gressões·, - ãcliõ
da mawr convamencta nao acertar n discussão portavel o presente_ ·_
neste terreno. (Apoiados.) O nobre deputado por Pernambuco instou
c?m l!. maior força para que o fundo de eman-
-o·sa. PRESIDENTE:- E v. Ex.· ficaria fóra da c1paçao .fosse augmentado, o que daria em re-
ordem. · · · sultado augmentar tambem o numero de ui.a-
O S:a.· MOREIRA. DE BARRo~:-Exactamente i numissões, sem estrepito e com indemnização
mas di~o. ao n?bre_ deputado que estamos em aos senhores. -
um pan constltuc10nel em que deve predomi- _ 1\las digo ao !lohre deputado : si S_ Ex_ quer
nar a vont~de do paiz manifestada legalmente ; xslo, quer mUJto pouco. Desde i87i até hoje
nem tem:s1~o de ~utra fórma até hoje. e~tas manumissões feitas pele fundo de eman~
_Tem-s~ dtl_? mut~s vezes a governos e maio- c1pação sobem a l@atro mil e tantas, e as ql1e
nas ::-:_Vos nao e.stats ~om o paiz porque lizestes são devidas_ á philantropia particular dos sec
a ele1çao com vLGlenma e sem maioria a vosso nhores de escravos chegaram a perto d.e 50.000:
favor.-Mas nestas qn~stões, dado por averigua-
d_!l o facto, em q~a eutambem não quero entrar,
9 SR •.JEliONnw SODI\É:..:...Isso só prova que o
JlOiz está comn.osco_, _ __ _
-Sl as cam3ras tem ou não sido a leiYitima re~
presentaç'ão do paiz, o facto é que ellastêm êl.ado 0 SR. MOREIB.A DE BARROS:-Cada um de nós-
o caracter de legalidade ~ todas as medidas que tirara as suas conclusões e veremos quaes são
se tem aventado neste pa1z. as mais verdadeiras.
· ·
E si elle n~o .quizer ou não tolerar que se Mas eom esse projecto estancareis essa fonte
resolva questões desta ordem, não hn poder de libertaçõ~s. (Alloiados.)
nenh~m co~n: _força para isso. Mas eu acredito
Ainda digo que não se procede nesta questão
que ~ao prectsa:emos chegar a esse extremo. com o devido criterio, porque o propagandisla
_- De1xemos, pms, essa questão. americano e todos os do Brazil repetem -uma
J~mbem nã~ acredito que a intervenção do
proposição que não é verdadeira e que é muito
mmrstro americano em uma. questão dómesticn impo,rlante para a .resolução do problema; eu
e oom offensa de todas as conveniencias signifi- ainda hoje li que temos um milhão e meio de
que que se queira pedir o auxilio dos Estados- homens no estado de escravidão" Um milhão e
Unidos para a resofn~;iío desse -problema. meio 1 repetiu-se himtem no banquete; diz-se
~o a~redito que uril.só brnzileiro possa con-
-·pela imprensa e reproduzem aqui ~s -nobres
Selillr msso; nessa occa.s1ão todos se levantariam depuUJdos .- - _ . · : -
como um só homem p3ra salvar a autonomia i'llas, senhores, em 1872 foram matriculados
do .s~lo da patr_!a. Seria uma offensa. essa sup-, :l,510. 000 escravos. Ora, esLudai a estatística de
pos1çao, e eu nao ·quero offimder _a ningn.em _ todos os paizes e vereis que é só. entre os espes-
Mas o que pretendo deduzir das c·onsideracões sos nevoeiros da sympathiea ~-\lbion e dospaizes-
que acabo de fazer é- que, na discussão leal dos frigidos, que a vida se prolonga por mais tempo-
factos, temos. toda a vantag~m, chegaremos· ao do que nos paizes tropicaes ; ella nos mostra
mesmo r~surtado que quer a :propaganda; ·que .que nestes a, proporçiio das mortes é JD_uito maior'
parece nao ter estudado.oonvenientemente esta que lâ ; eu tenho presente aqui a estatística de
questão, v!stl) os meios de solução por ella suo:r- diversos paizes: nos meridionaes a proporção
geridos. o apresentado çooio melhor pelo 'nobre da mortahdade é no minimo de 3%, e no maxi~
depu~do por Pernam~ueo, do prazo de J.O ab.·
-mo superior a 5 %. Mas,- pois que estamoa em
relações intimas com os Estados-Unidos, .não
nos, nao podr.mos aceitar :por dons' motivos; procuremos outro padrão.O ministro americàno
I.~, porque ell~ não_ res~lve a questão, ad~a sim-
.disse em_sua carta ao ~obre depu tado por _Per:• - .
~1~tWei~ó foo~~~p~~~rporta _,guardai,a_ para nambuco (lé) : _ - • · • _· . . ·
< Os-negro~ trabalham,bém~ ,com'piii;iencia ~
_O_SR. lERoNmo Somü::~Neste ponto ie~' fidelidade, não só nas cidades- como nas planta~ -
razao_ . · · - , ções. Elles são mais intelligentes e dignos_-~ de
:O S:a. Mommu DE BAltllos:.:..... Seria uma lei cr_edito do que .ant1,1s da emancipa~;ão, . e; ·quer
que não se adaptaria ás Cireumstaneias de' mo~ engajados -por contrato, quer •.- _traballlatido _p()r '
mento e aos factos que. ella pretendesse,regnlar ; partido. na colheita,. os.resultados são. muito ma1s
como todas devem ter por fim; - satisfaetorios do .que sob _o velho sy!tema -~o
c !mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 16:15 • Página 11 ae 28
317
O Si. OLEGAJUO : - .Envolve-se eni ·questões OSR. MoREiRA. DE Buaos :-Então tenha pa~- ·
qne não são de sua alçada. . ciencia o nobre , deputado, não . adianta idéa,
·(Trocam-se putros muitos "piJrtes.) ~~~~ttá com~ a ~ama~----t~~~-~(_~p~iad~s e .
.. .
·o Sa; MoREm~." DE B.Ali.Ros:-PreSide banque~ EntãÓ d~i~~~ei de pane este incideu\e. Refe.
tes ; discute pela imprensa ; é a autoridade in· ri·me a e!le porqau essas declarações tinham
· vocada todos os dias ; é um homem qne priva um certo écho na imprensa,chegon"se atá a de-
com os eavalheiros da propaganda, co~o ne· elinar nomes; fa\l()u-se D I) do honrado ministro
nhum representante das nações estrangeiras tem do imperlo, qtte é representante da provincia
fei1o ou tem o dire~to de .fazer. de S. Paulo. (Apartes.)
A\é ba po11co nmguem delle se lembrava : Senhores, es~ assnmpto precisa ser discutido
· entretanto qu~ agora é apresentado por tod.os os á luz do dia; era, pois, de toda a cenvenieneia
lados sympatb1cos. g:ue ss. EEx. contestassem aguella asse.v.ernção.
Observai_s ajnda que no paiz póde-se alimen- (Ap~rtes. ) · - __ __
tar a col!_vu:çao ~e qu~ ~ll~,.. _pr~(\_~~~9'--_deste_ -um"ilutro meio· d·e- que-stf temlátiÇãdo mão é
- -modo;-n~o-o ~aç.1. eom q~ebra dos. seus dever~ propagar-se ã surdina que certas pessoas são
e converne~cm dip lomat1ca,mas em observ:ancla sympatbicas á emancipação, mas que por dever
de instrnçoes do . seu governo, o que sena um da. posição ,não o podem dizer .
facto contra o qual era do nosso dever protestar •
com todas as forças. (Muitos apoiados.) Si con- O Sn. JOAQmat N.uuco dá um aparte.
testamos que haja um governo que possa imJ>ôr OSa. Mo!lElliA. »& BAIUI.os:-:-~Onobre deputa~o
uma medida destas ao pniz, cúntra sua vontade, chama em abono da sua OplDiao uma deel3raçao
com maior razão devemos protestar contra a que nos :pertence. Pois, esse fundo de emanei-
intervenção estrangeira .nos nossos negocias. pação de quem é? E' des ta camara (apoiados),
(.Muitos apoiado,.) · foi com o_no~o vf!IO ; mas o q!le vDI&~~ fu!lqo '
.. o sa·. l".EM"l\1'140 So"Dl\É :-Ninguetn nceita 11. de em.an~_lpaçao_drmtec da·-P.hllantrop!a IndlVI·
· - d - - · - . é r a - iã dual~ Nao vale nada. (Apo•ados ..) ·
"!Jll~f'!ençao e naçao a- naçao • um 0 PIIl 0 Tratam emfim de pintar os proprietarlos de es-
IndiV"ldual. __ cra"Vo~ como lllls ilespotas, como uns verdadei-
0 SR. MOREIRADl! B.AlUlos :- Os factos alle- ros potentados, possui dos de ousadia.
gados n:l sua carta de 11ropaganda fo ra~ con- En~anam-se, a classe :~grlcola não está onsada,
=
testados. Elle tinha,. pois, o dever de VIr de- está suu reeeiosa e muito receiosa desses boatos
fender·se. . __ . que crescem á proporçã~ que sii.o transmittidos
Estõ_asseveração de mex~ct1d~o _é, além disso, e que produzem o gravissimo perigo de pôrem
snbsc.r1pta por um cavalheiro d1stmcto qu~ me· em riW> a vida dos. senhores i!.e escravos, snas
xece da parte de S. Ex. esse acto de polidez. mulheres e 1ilhos. (Apoiadol .) . ·
Refiro-me.ao Sr. Paes Leme, que com seu teste- El1es estão lonse de querer provocar dis·
. munho · indi vidnal, Mima de tod:i. ~ e~cepção cUit~lies n tll\ respe1to, e, aceitando-a com timidez,
(111tii:Otapoiados), como ·homem muJtlSSI ~O Jn· o rnzem pola necessidade. ·
telligente(apoia®s). e sobretudoverdadeiro, _re· Elles não podem comprebender que irmãos,
prodtu ·dailos colhidos nas esta.ti~liCIIS ;~~enca• parentes., co-religioMrtos ou patricios Jhes
nas, que mostram que o Sr. H1lbard esta enga· laçam responsavels p·or um facto do qual~ quer
nado ou "l!busa de nós. queiram, quer não, todos p~rtieipamos directa
o Sn. lsaomato Sc:mú: -Sou ·o primeiro n ou indireo\am~nte, pelo menos das van1agens
recoobecer os meritos do" Sr.· Paes Leme. de sua existenCla, ·
o Sn ~ CESAl\Jo ALVlM:-E' muito distincto. Elles rtlceiam que o vosso modo de exprimir
o SR. BAPl'ISTA PEnnRA:-Honra a a&i8mbléa e as e~peran~s 'qne ~espertaes, al.é~ de porem • ·
· vincial. do Rio de Janeiro. e_!ll .riSCO a vida de. mnocentes -ytctimas, como
pro . . .· · . sao soas mulheres e filhos (apoúulo') ; ponha
O Sn. MoaE.nu. ~E- BA.ll'B.OS:-: Logo, merecia em rJsco o seu patrimonio, a sna .fortuna que
uma resposta -do nnntstro amertcano; e por~e constituiu-se ne$te elemento ·de trabalho e fllll•
não a deu ! _ . d :n.• dado _na confiança elas leis do paiz. (.Apoiados.)
Não prectso, Sr · -pres\dente, 11' alé~ ~ eo Neise ' pa•riroonio ·. em que elles·fundaram o
siderações que fica!Jl expostas pa ~a Jtt~t1ficar :a • · . . ..
gr.ande conv·enienCia que ha em discullr-se esta bem estar .Para ~seu presente, o .amparo para
uestão. Não traduzo estas poucas obs~rya· . os seus nlttmo.s _,dias e o f.ntuto ,dos sellS .filho:.
~ qü.e fi% em tela~ ao múiistro amertcano ou de sna. 1amilul.l. . . .
em pergnnlas. ao governo, porque aclto da. -.Por u!llmo'll~ ·caPII!tl eo~ Q!'-e.contaffi ~ .
maior eonveniencia não interessai -o nesta qnes~ . manter .illesa a sua :probidade mdi-Vldnal(Apota:
tão. 'Sómente a ·este .t:_espeito ~n pedirei ao go~ cloa.r ': . · . . . . . . ·. .·· . . . ·
verno ·que nos tranqmlise nespe1to de uma -õas •. F ·por"IDew desses ele1Qen~os do trab~JhQ. qne
as.,~ve~ções do nob~e d~p'9-~d~ ~r Pernambnco ell!IS. ·esper-am :~s;ttisr~r. , os O!)Jllpronussos q11e
senão VIr inconvemencta russo• ..Além das po; . .oonlrahtram em ·grande. _parte para - empr~gar
teric.ias estrangeiras ·mter~~das, ~s~ S. ;Ex., nesses mesmos . agllntes ~de_ trabalho, nníc~ qae.~
elle1em a. seu "favor. a 10a10na ·do nun1sterto ~ •. dispunham.· :p~ .explorar nossas 1erras me~·
<f sii; JoÁ:om:K NABrrco:_.;..Dis:;e .apénas qu_e a · tas; • . ~ .. . . · · · . : . .. · - ' , . . . •·
maioria .dos membros ·~o gabinete 'tinha opinião · .l ias -pa.Ssemos .do indi'õ'jdn~ -ao E$tado ~-~mo .
· sym .... pathiC<l á é~ãncipa~o .- · cidadãos, e~les . :Pe!l!am ee~sttm .• _ao que·.temps: ·.·
.i
.~ VoZEs :~Isso 'tOdos ·nõs.: no-esttange1ro diVldas que pr~mamos pagar, n.o
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 16:15- Pág ina 13 de 28
O SR. BEt.FORT DuAliTE: - Eu não votei; a O Sa. DELFORT DUAliTE: ...:..:Perdã~; rillo quero ·
· camara tem consciencia de não ·. ter votado o nesta oecasião senão·mandai-a á;mesa e· é.oqué
requerimento. do . nobre deputado, chefe da . se me recusa, não desejo fundamental ~a. ·
maioria, pedindo dispen~a de intersticio para · sr. presidente, o .que está em discussão '! .
. •·
~;r: 5~e~~J~c!~tr~ued~~~~OJá6~m 2 a~~is::f!~ 0 Si. PWIDÉNTB·:-E• Um prÔjectoqiié
pois, não foi votada a dispensa do interstício, tem com a interp.elta~ão. . · · .
nada·
como o regimento exige. O Sa~ ..BEÚoaT DullTE ~- V. Ex. não sabe
O SR. PRESIDENTE:- Não tenho culpa de que qual é ô objecto da interpéllação, à sua im~
os nobres deputados não se levantem, quando pu~nação é .apenas uma presupposi~ão ; e está
vota-se. antlCipando um juizo sobre cousa que não co-
nhece. .
O Sa. !tú.RTINBO CAMPos:- Votou-se o meu.
requerimento. O Sa. IGN"Amo M.ulTINS: - .V. Ex. já disse
. . que é sobre o elemento serv1L . . .
r~u~~i~~f~lliã~-~~T~õ~doi~Í1êif:i~~~~~~õ~- ·-o-sa-:-PBEs~nEN_TE·~·n:õ_?redeputãdo~Ii're;
. vado o·foi tão sómente pela mesa. . sente amanha a mterpella~o, nos tres prtmet-
• · ros quartos de hora. ·
O Sa. PRESIDENTE : - Tem a palavra o nobre .
deputado. · O SR . BELFoRT Du.utTE:- St V. Ex. me pro-
~ o Sa. BEL:FORT DO'ARTE:-lá estou com ella ha mette . . .
muito tempo(riso); e depois d&s observações que O S.R. PRESIDENTE: -Não. prometto. sou abri-
precedem, e que não foram senão uma como que gado a.fazel-o. . · . ·· ·
razão de ordem, direi, Sr; presidente, que tendo o Sn.. BELFORT DUARTE : - • •• si me bypo-
de interpellar o honrado presidente· do conselho, lheca a sua honrad~ palavra de a receber (riso )
a respeito de alg11ns pontos, que entendem com sentar-me-hei ·agradecido. ·
a propB;~~nda llmancipa'!_ora, para osó intuito ~e o s11 • PllESIDENTE : _Está hypotbecada.
tranqu11hzar a populacao, abalada pela voz SI-:
nistra e descompassada do abolicionismo iiltrans- O Sn.. BELFORT DuARTE : '-Beijo~ lhe as mãos,
ige~te. e não · me tendo sido concedida a pala- mas não exultO ante a ridícula attito.de de um
vra; contra o regimento desta casa, na hora p3rlamento, onde um membro d·a r epresentação
marcada para esse fim. e em que eo1 esperava nacional precisa pedir .l\0 presidente da cam~ra
apresentar á mesa a minha interpellação, afim dos senhores deputados a hypotheca de SilO
de que V. Ex. -se servisse de marcQl' dia ebora palavra de .honra, para que lhe ~reja recebida
para ella, aproveito a opportunidade que se me uma interpellaçiio :linda amigavel ao ministerio.
offerece nesta discussão para mandar á mesa a . O Sa. PaESIDENTE:- E' o regÍman\o que
seguinttl interpellação. .. ·· faz-me hypothecar a minha pnlavra .
OSn. P.aESJDENTR:- Não posso aceital-a. o Sa.. BBLFOBT DD'ABTE :-Seja como fõr,
O Sa. DELFORT DuARTE :- V. Ex:. não póde ella será a minha suprema garantia.
aceitai-a, no entretanto, eu a lerei, contrapondo Senhores, eu só queria mandar 11 m!za a
tal leitura á sua peremptoria declaração, que minha interpeU~ção, e els·ahi o que exncta·
aliás muito respeito. · mente me fot recusado.
· Slijeitarei a minha intenção-:<'~ a de V. Ex. ao Mas, para mostnr-me obediente ás · pre-
jui:>:o da camara, afim de que possa ella avaliar seripções do honrado ~ presidente da camara; e,
o apreço. em que é tida neste J!aiz a mais irn- _para provar- que S. Ex., assim ' como todas as
porta_nte de 1odas as prerogat1vas do paria· snas ordens, merecem-me o maior respeito,
mento. • · ;· contento-me com a· hypotbeca · expressa da sua
o
. o Sl\. Plu:siDENTE : - nobre deputado manfe
a sua interpeUação amanhã na hora. do expe-
palavra de que amanhã receberá a interpellaçio
em questão, e declaro-me satisfeito. ·
diente. · ·. · .· o SR. P11EoiDENTE :-O nobre deputado venha
o SR. ])ELFoRt DuARTE :-Mas ninguem.J)óde á mesa· amànhã e deixe a sua interpell~ção . ...
privar-me de a ler hoje. ·
. O SI\. BEÚOa'l' IÍIJARTE :-Quero annunció.l-a
' O SR; PRESIDENTE .:-. Priva o. regimento. e peço desde j a a palavra para esse fim.
Nada mais tenho a dizer ao nobre deputado.
O SR. B.ELFORT Du.Allri: :- JJem, uma .:vez re-
v. Ex.. ,hypoibecou a sua palavra, e · eu; con-
scio de que a cumprirá, como de eostnme, sen-
geitada pelo honrado Sr. presidente da camara to-me agora sem mandar· a · interpellação. Não · .
·dos Srs. depo.tados a interpellaçãó em questão, preciso .inais do. regimento,- não ; tenho a Pll~·
direi como desejaria, na hypotbese .de haver lav-ra de V. Ex. , é . quanto me ~asta,. \)Orl@e-· a · .
sido ella aceita, interpellar o· governo : em pri.· }lalavra de V. Ex •.vale para m1m .mais..do q~e
meiro Jogar, si o presidente do ~;Qnselllo~•• ,.(Re- o regimen~- · Como V:. ~- ~a~, jálã ~vão ..ann,os ···
clatMcões. ) ·. . · ~ · · · · ·.· . · q)le não .sao garant1dos·os dire~()S _ parlamen~
0. Si. PRBSIDEZ..'TE :- .·0'. nobré •deputado não
póde lll~ a interpellação ; póéle apresentai-a
tàres~dos representantes da nac;w; .os . estylos .
valem hoje tanto quanto . as formulas e.: o regi-
am~a._ :~ ,.· me~\0; , .. • .· · .· · . , •. ·.: ·. , >.,. ·
. Nãp é, wis, estranho, que valha em.,meu .con-
, O:S11. lGNACIO MÜ-m"S: - -Não póde funda.:-
inental-a •. ceito mais do ·que tudo 1sso a p~lavra deY."Ex~
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/01120 15 16:15 - Página t5 de 28
----3.20-~---··
---~--. -
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·.·- -
_8essão.;_erlr:am.:dina.l{i.a.;"'em;-22=-de.ilio~emb:to::;dEbl880.
.. -- .·· -.-. . ... . . .... :.'
' : .. · -·. . ... . .. . .. '.
'. =,.--
•'. . .
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Ninguem mais pedindo a palavra, é approyado que regula as -horas de· trabalho, como em-~ .
o projecto em 3.• discussão e remettido ã,com· outros paizes, o que.são cousas muito distinetas.
missão de red:lcção. · Mas pelo aparte do nobre deputndo e pelo que· .
Continua a 3.3 discussão do projecto n . 151 de · presumo ter sido' o pensamento d~"S. Ex., devo ·
· ·· · f.880;'abrindo ·ao'ministerio~da ·marinha um cre~ · ainda.-acrescentar· que, si o nobre deput~do ·teve · ·
ditosuplem_entar para os-reforma_dos-. . em vista censurar o governo, porque.ainda não
se occupou, no entender do nobre deputado, da
Não havendo quem peça a palavra, é appro- questão de colonização, eu ainda mais uma vez
vado o projecto, e remetlido á commissão de re- declaro á qamara que nada mais tenho a acres-
dacção. ·cantar sobre este assumpto, além . do quejá
Entra em discussão o projecto iiíO de !880, tenho dito numerosas vezes. Em resumo: o
concedendo um credito ao ministerio da agri- "overno niio aceita o systema de colonisação
cultura~ · ~irectamente snbvencionada ; empreg:~rá todos
os meios indirectos, como tem feil~ sté hoje; e
qu,!l. as..~anç_D...§.-ªº _p_aj~_~:_!!ej~~JaremJJ!.g~- - __
m~o~~:·a~'f:~~ ~~!ij~-~~~- logº devo esperar acontecera no pr01nmo exercJcto,
ao nobre deputado pelo Ri"o de Janeiro, que se o governo apresentará-um plano mais completo
occupou da discussão deste credito. de medidas mdirectas para realizar o seu sys-
E' certo que uma grande parte.ao que eu ti- tema de . colonisação. Além dist(), nada mais.
nha a dizer ao illustrado deputado, já o disse tenho a acrescentar em resposta ao . nobre de·
no senado; e é muito provavel que·S. . Ex. ti- putadll pelo Rio de Janeiro.
vesse lido os discursos que alli proferi . Não Quanto á estrada do Paraná," é este o ponto
obstnnte, sei bem queino não me -exime do que me ocuupou làrgamente no senado. A mi-
. dever que tenho de responder uesta casa a nha resposta nesta camara não póde ser diversa
S. Ex. ; por · consequenc1a a ·minha resposta_ daquella que dei no senado e apenas teria de
será ao meMs mais resumida do ·que eu a teria repetir as palavras que alli proferi. Entretanto
dado, si houvesse occupado a tribuna sobre ha um _ponto de que não posso . deix.'lr de
·este ·assumpto antes de o haver feito -no se- tratar e· tornar bem, saliente, porque o nobre
nado, · · · deputado, apezar do seu grande talento, ar•ezar
0 nobre deputado pi!IO Ri~ de Janeiro conli· da sua facilidade de expressão, nilo convenceu
. nuou a fazer ~Jgumas censuras ao actual mi- a esta·camara de um facto verdadeir11mente ori-
nistro da agricultu111, por parecer a S. Ex." ginal. S. Ex. disse: o ex-ministro da 11gricultura
que esse ministro não se havia occUpado de e presidente do conselho procedeu muito bem
-,·'UIIla maneira tão profieua, como seria para de- promul~'~'ando o decreto de !i de Agosto de !879;
. sejar da questão do . ~balho. Ao nobre de- o actuaf minh-tro da agricultura, porém, proce·
putado pareeeu que o governo. devia ter apre- deu muito mal, sustentando esse acto do seu
sentndo ao parlamento uma lei ·sobre traball\o, ~ntecessor I
além das idéas que_ por mais de uma vez tem o Senhores, confesso que nio me roi possível
mesmo governo externado. Si bam eomprebendi descobrir a verdadeira filagrana de semelbante
o pensamento do illustrado deputado,devo diz.er distincção.
a s. Ex. que nio só o governo não apresentou; O Sn. FruiiTAS CouTII'iliO:- Da maneira 9ue
como não Dpresentará ao parlamento uma lei V. Ex. traduziu o meu pensamento niio adm1ra.
sobre o trabalho. 0 SR • .BUARQllE DB .MACEDO (ministro da O.,f]ri.
Senhores, o regular o' trabalho, como vnl- cuUura) ;- Eu não traduzo; estou apenas ex-
garmente ·. se diz, por uma lei é uma questão pondo as palavras do nobre deputado. Si neto
que já não pertence ao seeulo XIX. do ex-ministro da agricuUura foi regular, se
O Sa. Fun.As CoUTINHo :~ Não é essa a esse acto foi interpretado como elle havia sido
qúeslão. · praticado pelo mesmo ex-ministro, pergunto eu:
. · · ·· . . . . como ~ que procedeu m:ll.O ministro que sus-
.· O Sa. _BuARQUE n_E ~~AcEDo (nnmstro dtJ agn.- tentou esse acto? E' um ponto.para mim muito
cultum).- Não se1_ que outra cou~a se pos~a dilllcil de explicação. ·
chamar uma uma·let sobre o trabalho. En nao . .. ·· · .
podia entender a ex:pressãG do nobre deputado Eu d1sse no senado quae~ os m.oüvos que o
senão no verdadeiro sentido economico e, repito, ,governo !eve para _dar ao decreto ~e i! de
uma lei sobre o trabalho nio será apr esentada Agosto~ mterpretacao constante do av1so a que
pelo . actual governo, nem . c.reio que seja mais se referm o deputado. Lendo o decreto de i! de·
assumpto de estndos nem de preoccupações de Agosto vê-se. · • . .. . , .
governo algum no seculo XIX. : . · , O S:a. 'FJWTAS Co'O'l'OOio dá um ~pa rte. . .
·
~- sa~ FRirrAS · Comnmo:-·N!~ apoiado ;liõ
.:·l-Q:Sa. BuARQtis I>i:lúCEI>O (mm~trq tLl agriCtiJ; .
·seto ·.da .lnglaterra se · estuda .detidamente este f~~):-Vê-se que a çlausula t;•.a qne por !3nlaa
asslJ.!Dpto. _ . _ . ~ ... .. , ..!e:esme~enho·refendones~díscussõeadiz(lof):
o
.. o Sa. l3UAllQUE JIB l:IA.cimo .(ministro 44 a;ri.; ' 'capital de !! mil.e tantos contos 6st.á sujeito .
__cultur")~-Jsso nao é.l!:Dla le1 sobre o trabalho. ao que pr~revia a ela~uJa .!.•, d?.d~reLo de
.E.~ vou t~laJ' da questão. que presumo :ter sido !O de Agosto de1.878.. HaVIa eu pr1memmen1e
a 1déa de s, E_x., porque s,EL serviu-se de uma entendido que o capital de 3!,SOO.OOO fr.aneos
expressio que eu nlio podia deixar de tradtl%ir , em que haviam. sido convertidos ·os n :ooo e
,no sen.tido. -em que . todos a winam . .N11Ingla: : lantos . estaria.. sujeito á mesma preseri~ção 'do'·
~n.. Dio lta lei sobre o trabuho; ha umaJm citado decreto de!O:de .Agosto . Tal : f<M; como
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 16 15- Página 16 00 28
disse no senado, o 'fundamento da decisãó que troto da estrnda de fÚr~ do Paraná. ·esúv~~se
proferi a 17 .de Setembro . ._. Reclamando-se. subordinado a: approva~;ão do poder legislativo,
porém, contra essa interpretação por·-mim d3da, au procederia da mesma .fórma; ·não o ~ceitaria,
e não existindo'na secretaria a me.u. eargo do· cporque asseguro-ao nobre deputado,,com. toda~ --
. c·um:ento ·. qne justificasse i:I-IüipugnãÇãõ- q·ue 'fói · franqueza; que;~emquanto tôr ministro; n12nea.
feita, _o governo julgou a'certado consultar o hei de eelebrar um contrato desta ordem. (l!fuito
nobre ex-ministro da agricaltura, e o ex-mi· f18m.) Mas não se trata disto. No caso do con-
. nistro em uma exposição que me dirigiu .acom- trato de illuminação a gaz não existia um aeto~
panhada de numerosos documentos declarou acabado; era um contrato que dependia do
que.o decreto de 12 ~ de Agosto de -:!.879 havia pode•· leg:slativo, que podia aceitar ou rejeitar
fixado de modo. definitivo o capital de 3~,500.000 o mesmo contrato..sem quebra de qualquer
francos. · compromisso. Foi por dar-se precisamente este
· Essa interpretoção dada pelo ex-ministro da caso que entendi melhor servir aos interesses
. .ugricultura, que não havia sido por mim :pri- desta grande capital propondo um substitutivo
.. .. mitiv.amenle- aceita,..:acbava- todavia -apoio -na- -ao-mesmo-contrato-. -""?"- - - ·•· - -- - - - - · · -,-- --
clausula 3.~ d? mesmo decreto_que dizll(lél : •o · o Sa. FREITAS Cou-riNHo:-Perdoe-me, v. Ex.
gaverno pagara 7% sobre o cap1tal de 3...500.000 Estn proposição, que me attribue não tem rerc-
franeos. ' · · renci~ á questão da estrada de ferro do Paraná,
Yll-se, por~nl\to, qu~ esta clau~ula presta-se mas ao contrato do phosphato de cal. .
evtdentemente · a ~-" mterpretuçao a que se . ·· . . . · · ·.
referiu o ex- presidente do conselho. O SR. BUARQUE DE }f...I.CEDO (mzntstro. da a_qn-·
Eu . na minha·· primeira decisão· não a tinha cultura)_:-:- V. ~x. tratou de ambas as co usas;:
considerado, porq~e desde que o deCJ:Cto de iO chegaret·a questao do phosphato. ·
de Agosto n.ão se achava expressamente rev~- O Sn. F)\EITA.S CoUTINHO:- E' ao que V. E.x.•
ga,do, o_.Cl!P!tal de 32.5_00:000 francos estar1a está respondendo.. . ._· ·
tambem SUJeito a redu~~~o . E~ inlerpretnçao · . o SR.• B u ARQÔE DE M.\CEDO (mi 11iJtTO do. agri-
dada .pelo -nobre ex~m1n1stro fo1 approvadn por cultura) :-:-Eu tenho notas relativamente ó.
todos os seus colleg~s, q~ declarara~ sem que questã.o do phosphato de cal; lá irei, e V; Ei.
houvess~ obs.ervaç_ao ai, uma,_ CJUO tmha srdo não tem razão para interroroper"me . . :· ·
essa a mtelhgencta que pres1d1u o decreto de . . . ·_ _ · ..
li de Agosto de 1879; intelli"encia ·aceita e OSR. FREITAs CoUTI:'iHO:- A questao. do gaz
resolvida em despAcho imperial. o ·· póde ser compnrada á do · pbospbato de cal;
A' vista deslas razões, Sr. presidente, o go- mas. co_m o contr~to da es~rada de ·fen:o,do Pa-
verno entendeu que o que havia sido conside- rana. nao tem paridade. V. Ex. me -está.em.pres-
rado era, que O capital de 3~.500:000 francos tando argumentO> para ter a vangloriá de CO!Íl··
despendido ou que se tinha de despender na batel-o~. . .
estrada de ferro do Para~á linha a g:trantia de O Sn. 'B u.u.ouE DE :M.ü:EDO (ministi·o da a-gt·i-
7 "/o,. quer . s~ despe!J.des~ essa somma, qç.er cu.ltura):-Ha paridade no que e3toU dizendo.
quant1a supertor ou mfer1or; e nesse sentido En até tinha perdido as notas do discurso de
pareceu ao ~overno que. era da .sua Ica d~~;de v. Ex. que ainda niio foi publicaclo, mas achei-tis,
manter aqurllo que considerou ser verdade1ro e aqui estão (nw.st!'ando). . .
con~ato . . . . E tanto mais razão tenho para trazer este ar-
Ets, senhores, os ~oh vos que &!ve para re· gumento, quanto é certo que V. Ex.- só teve em
solver ~~ conform1dt1de com ~ _avtsa exp~àtdo vista mostrar que eu não tinha sid~_coherente;
em 7 de Novem~ro corrente. St esse selo nao era que eu; para manter um compromt$0. tilmndo
conforme ao c1tado decreto .que precedeu ao por meu anteCessor, tinhaprocedidodilfei:ehfe-
de i2 d~ Agosto de _!879,_ como d~clarou mente quanto. ~o. contrato do gaz e quanto ao·
.· o ex,mimstro . da agncul!urn_, e sr este phosphato de cal.· .
bem procedeu, devo eu confessar, Sr. pre· .. . .
slden~, que o ·governo. nlio procedeu diver- O SR._Fn_EITAs CoUTINHO.- Qll8nto ao pb,os~
samente mantendo esse_ neto do· ex~ministro. phatll, s1m , mas não ha parallelo com a estrada
·Já eu tive occil.sião de dizer que aqui não se tra- de ferro· · _ ·
tava· maiS do que mant.er ,aquillo que o go- . ' o SR. BUAB.QUE DE MACEDO (ministro d<J• agri~·
·v:erno considerou ser um contrato, que não se. cultura):- Não ha parallelo pGrque são ·-dnas
procurava · examinar uma questão que por mais causas distinctas: uma regeitada o outra aceita.
ile uma vez tem sido Ievant:~da quando no se~ A minha coherencia não ·podia ser in~ ocada.
nad~ue tratou do decreto em relação á lei que (Aparte:t do Sr., Fuitas _ Coutinko.) Abandono a ·
lhe serviu ~e base; A questão da legalidade deve questão do contrato do gaz, mas : co.ntinuo a.
ser post:fd.e parte. Nesta questão o governo ab- dizer, não -p~ra o nobre dcputsdo,-''mas . para
strabiu "de .todas as suas. idéas e principias aquelles que po~sam ter ninda duvidas-a,i'es-
para considerar simplesmente o que é (>lira clle peito: em um c:~só,' h:~via. nm ci:lntrato ·perfeito
a.-lei, · is!O .é, o c!)ntrato· celebrado pelo ex-roi· ·e aCil.bt~do; em outro, :havin:um ·. contrato de·
nislro da agricultara . ~nden\e de approvaÇu(l. Mlls yamos.ao p\los-
•' · Pareceu ao nobre deputado. pelo Rio de Ja· phnto para nli_o perder a Ollportunidade; u quo
neiro queo ministro' da · :~griealtura não ~ crn houve n respe1to do pbospboto_7 . . · _._.
eohereote qnando;sustentando eSte contrato, não · Onobre deputado l:~llol'a em um· engano. ·Pelos
fez.o-.mesmo com relação ao coiurato da illumi- argumentos de que se ~~rviu .pareee' acreditar ·
~ação· a ·gaz ~ São questões . -perfeita~ente dis- _ que existe uma:concessüo feita ao americano . ~e
tínctas.·.Eu ·declaro ao ,senado que, Sl este.con- weu para a explo!'~~.ão, de phosph~to ~m'1l~a. da;~.
tomo VI• .:. 4!. · · · · · · ·
Cãnara dos oepllados - lmfl"eSSo em 2710112015 16:15- Página 17 de 28
. . ~
Ühas de Fernando de Noronha. Si existisse a · O SR. Btr.l.B~tTR DE: M.a.cwo {mi'lli.rtrO. dá ·af/7'~;
concessão, e eu a tivesse revogado,=o.onobre da- cultu:-a):-Com os argumelilos ·de·que V. Ex. ·se
putado podia invocar 11 minbacontradicção; mas serve, não posso·.- . ~" ·
não se tra1a absolut~mente disto.. A. questão de No caso do contràtó da ~>.strada . d!l ferro . .do . .
phosphato; ·como por muil<ls vezes tein sido re·. ·Parau:i tràtava-se apenaf·da siul interpretação~
ferida, reduz-se a pouco. Um individuo dirigiu- Quul a. verdadeira intelligencia do decreto, eis do
se ao ex-ministro da agricultura pedindo per- que se tratava. No caso da questão do phos-
missfio· p3ra retirar da ilha de Fernando uma 'phato apenas ha.vi:a 11ma earto do ministro, as-
certa quantidade de phosphato que alli fõra segurando ao pretendente que o assumpto. seria
encontr3da, afim de proceder ·a ex:periencias. examinado. · Or:~ , ha alguma 'un-idade nestas
Por esta mesma OCC<lsião, requer~u o preten· duas· pretenções? Absolot.a.mente nenhuma.
dente um privile~io para esta expioração. O (:Apoiadll&. ) , ·
ex-ministro .da agrmultnra escreveu particular-. No primeiro caso, h:~ via a interpret:~çi)o da
mente ao presidente de Pernambuco conce· um decreto; no segnndo, não existia -mais -do
___den.@_ªJ.l!9.tis_t!_Ç~o__ p_a,~:.a _qp.~_o_ pr.e.tendente_pJc. _que ..um..ac.to__gr:.>.cioso_Qb.cl,!!a~este..c.acto_a._
desse f11zer a experieneia que reclamava e em, governo a fazer a concessão? Não. Foi o- que
~uid:t dirigia uma carta ao mesmo preten· já declarei. O pretendente, perante o direito e
dente dechlrando positivamente que -o governo perante as leis que · regem o assnmpto,. não
tratava de ex:;minar u pretenç.'io. Nada mais obteve uma concessão e nem ao menos pro-
existe nos documentos que foram presentes ao messa. São quesll:les perfeitamente distinctas; e
governo ; nada existe em relação a este as- tanto em uma como em outra, o governo pro-
swnpto na nossa collecção de leis. . · cedeu perfeitamente. ·· .
O SR. FR~ITAS Co[;'l'INHO:- E' a ~~ma ques- Quanto_á questão ~e le_gali~ade que o nobre
tão com a estrada de ferro do Paraná. d~putado le.van.ta, e!!- a dtscutt no seoad_? e acr~
· dito que com gr11nde vantagem. En nao .podta
· · 0 Sa, BUARQT.ill: DE ::\[ACEDO (ministro da . a,qri· aveotar a questão de leg"llliil:tde em relação ao
cultura).:--:- Como a mesma questão ? Pois uma contrato da estrada de -ferro do ilaraná, quando
· simples.· carta dirigida :~o preten·iente-, em que . 0 ~arlameato não . tinha mais acção sobre ·taL
diL .que o governo examinará a preteu~o, póde contrato; quando pelo decreto de C de A.(tosto
constituir direito ? O exame da pretenção pó de -não podi~ correr du.vi!la a-respeito ; qnan~o o
constitnir um:J promessa de concessão? parlamento; por mais de um acto seu,· ttnha
Nem isso, senhores. aceílo a intelligencia dada pelo Sr. conselheiro
O Sn. FREITAS CotTtNao:- O concessionario Sinimbú ao contrato da estrada de ferro do Pa-
tem tão bom direito como o da estrada de ferro raná. · . .
do_Paraná.· · o Su. FBElT.AS CoDTL.mo dá apartes.
o sn·. BUARQUE DE MACEDO (tniliistro cia . agi-i· . 6 S:a. BuARQUE Dll " MACEDO (mznistro da agri~
cultura): - V. Ex., jurisconsulto abalisado cultum):-Podia o Sr. Sinilllbú ter comme.ttido
como é, não póde consentir que o taehygrnpbo· as maiores Hlegalidades; desde que o parlamento
tome semelhante aparte. · as·s.nccionou, não podiam mais ser invocadas
· · O Sa. FRBrus CourrNao : - Por mais habili- par;~ destrui.r ·um contrato ·regulado e perfeita-
dade que tenha, nno póde sustenta• o seu ar· mente acnblido, segundo os princípios de direito.
gumento. la pedi n palavra e responderei. Posteriormente o ministro veiu pedir fundos
ao parlamento, dando essa intelligencia, que o
O S11·~ Bu..utguE DE MAcEDO (ministro da a_qri- parlamento aceitou concedendo-os. . • .
cultu-r a) :-Nao perturbemos a questão. Em nm .O p:lrJÍlmento·votou fundos para essa estrada;
caso o que ha 'l A estrada de ferro do Paraná e sendo o acto do poder lél!islativo uma amplia-
com um contrato perfeito e acabado. ção daquelle decreto, é obvio qnll !oi ac9itn a.
O SR. FREITAS CoUT!li""HO :-Contra a .lei e·o intelligcncia .dada· pelo ministro . . -.._
decreto. · · Co:no podia o governo· declarar illegal esse
contrnto? Seria falliJr · aos mais eomesinbO$
O SR. BuABQüE DE .MACEDO :'minisÚo da agri- · principios de dir_eilo em materia de contratos~
, cultura) :-E como elogiou V.. Ex. o neto do
Sr. Sinimbú 'i OSn. FuzrAs CotmNllo:-Pa·ra que v. Ex:.
soccorreu-se de conversas.
O SR. Fl1EtTA.S CvtTTINHO :-:-Eu .responderei.. 0 SR. BUARQ!IE DK M.ACED!) (m~ni.qro da agri;
O Sli. BuAaQUE DE MACBDO (miniStro ela a.gt'i- · culrura): - Nio soccorri~me. V.· Ex:-parece que
cultw·a) :-:-Nã~ podia elogiar o acto de um . mi- .nãó leu a exposição do Sr. conselheiro:Si_ nimbú.
nistro si elle procedera contra a lei; não podia · soccorri-me dos documentos, que ~eniram--de
diLer que elle procedeu hem_; devja ter a c~ra- . base ã celebncão do contraiC?.
gero, d!! que_ é capaz, .~e ~azer-a censura queJ~l- •.. .Essas conferencias; que Blio são.mais ·do que;
gasse ~ereetda ._ E~ 1a dt~e n_o senadO c reptto · esta m~ma ~:q)cs\ção do Sr'.. Sinimbú,utlio oon~
que o, meus pnnctpros sao dtversos daquelles lirma'das pelos documentos;. pelas cax:tas e : ou•
~~r:~ram sustentados ·pelo honrado · ex:~mi~ ' tros·papeis que 'o -Sr. Sinlmbt!:ex.hibiu; e,_de:--
, claro. ao nobre, deputado que :nao-·-procodeM!l-·O
O Sa. FnEtTAS · Coummo :-V. Ex. não se governo regularmeme st , p~se · em..d_!lY-Ida. .
póde justificar por mais rbetoric:J, que · empre- taes· doeumentos ·~de que o' eontrato nêiO< os
gue. · : co!ltrariava.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 15+ Pág ina 18 de 28
0 paiz inleiro sabe que nesta questão llãO 1JTO- Q!le tenha de que outro :pudesse ser O meu COnl.;.
cedi .por forca dos meus principiiJS, das minhas portamentq. · ·· ·
,·outrinas; mas era meu dever respeitare aquillo o 811:. FliEITAS Ce>.·tiortNHO : _ Não apo.iado.
que se havia tratado. . . .. · .A. - -
Eu não podia por uma simplesintel'Jlretà~o qut nao 9\!cro jogar a arma de opposiçãt?
... , . h . l co_nlra o. mm!Stro; qnero sómenteo respeito a
de um contrato, devtua sõmente a mm a rnte- le1, e bet de mos\rar q11e -v. Ex. a feritL . .
ligeneia, pôr em dnvida a palavra do ex-presi-
dente do conselho c de todo o ministerío, em O SR. BululouE DF.: MAcEDO (mini&tro da ~r~Ji-
uma ron!etencia, em um despacho imperiaL cultura.) :-Disse o nobre' deputado: c .Esta' de-··
· Eu repito nesta camara o qne disse 110 se- cisão não foi de .aeeôrdo com a: (ionsci(mcia:do
nado. Todas 11s ve:zes qne a companhia de es- nobre ministrõ. • . · . •
trsda d.e ferro bruileira fosse fóra de~te vai.z Senp.or~s, em ruaterJa de eontra-r.o _a minha
-dizer-:~aqui-tendes um contrato que foi fdto conJ;cr_enCJa é o me~mo contrato. Eu pos~o pen-
_p{)r_esta.fór.macomo.attesta.a-decl~rJJção ~ do-ex:... _sar_d.IY.ersamente,-.mas.. esse...con.tr.ato.-..é-Jei,-e,-
.presidente do conselho e de todos os seus com- fosse ~le dez. v~zes mais: o_neroso, ~i o é, ao
panbeiros: 1JOis bem o actoal ~overno do Bra- meu pruz, eu havu de eumprll-o.
zil o repudia ! E;sa declaraç.-~o só feria· o nosso O S11. FREITAS ComiNHo dã um aparte.
crediro. ·Esse contrato não póde deixar de con- · . . .
siderar-.se eomo subsistente e le"al; e eu a des- O.Sa. 'BuARQUE DE_MACEDO (mt!UStrod~ a,qnc~-
pei1o nas minhas doutrinas, do ~eu aviso de :17 tura) :-~sta quesmo de legalidade V. J}:x. ~ao
de-Setembro, ·entendo que pratiquei um acto de pode ~atslevant~l-a, porque o poder leg-1slatryo
honra que me ennobrece. sujeitando-me a uma sanccwnon·a. P~ra qu_e vot_ou V. _Ex..~ ·credJto
dellisão que foi tamliem tomada por. todos os para se pag~Jr a garan!ta de.Jnros ~ es1.r~das de
. maus coflegas em despacho imperial. (Apoiados,) ferro conced1das em VIrtude des~a tllegaltdade '!
·. Si eu não. fosse· governo, si fosse opposi- O SR. Fl\EITAS CouTINHO :-He1 de responder
-ei<JDi~ta, si fosse um simples deputado de ban- a V.. Ex.
eada, procederia como no contrato de gaz, por· . o SR. 13uaBQUE llE MAm:no (ministro da a.gri-
que apOi~ndo o governo com toda~ dedicação, cultura);- Não póde Y. Ex. responder; e boje
tive :a_ coragem de levantar·me n'este lugar e ainda quando v. Ex. mostrasse ao estrangeiro
comba~er esse contrato (apoiados).; mas como go- a infr3cção patente, clara, da celebração des5e
verno, si esse contrato estivesse findo~ aeabado contrato e clle visse o poder legislativo votando
eu seria~ primeiro a respeital~o, e si propuz a o credito para a execução desse contrato illegal,
sua derogação é porque estava ainda pendente não havia ning11em que acreditasse em tal me- ·
de -solução. · galidade, todo o mundo diria que o poder legis··
O meu procedimento nesta matería _não póde lativo liiiDCcionou o contrato. ·
portórmaalgumnerguiadopelomesmoespirito Senhores, eu não tenbo nas minhas notas ne-
da opposição; eo. faço bastante justiçà ao pa- nhuma outra observação que houvesse sido feita;
triotismo e illustracão do nobre deput~do, para pelo mustrado deputado pela provincia do Rio
ae~editar que si anobredeputado fOsse ministro Janeiro, e por isso vou s~ntar-me. ·
não teria conducta divers:t da que'teve o actual Mas t~ntes de concluir satisrarei um compro•
ministro dli agricultura. · missa que tomei em um aparte.que dei aqti.i,
Mas, senhores, mppanhamos que o ministro ·relativamente ·a esta questão que tem sido de-
da agricultura, o governo, entendesse que devia batida e que todos comprehendem que a muitos
desprezar todos esses elementos que serviam ·respeitos é da maior incanveniencia. . . · ·
para· a verdadeira interpre~ão ·deste contrato, o nobre deput.ado pela minha província, insis·
qual seri-a a consequeneia 7 · . · tio. ·em saber ,qual era . a posição que o governo
Essa companhia. declarou no . ttoverno, não teria nessas questões .de liberdade, si o governo
como ameaça, iDas como simples infol'IDaçào que coruidera em vigor a lei de !83L · · . ·
havendo levantado capitaes eni vfrtude de um Seubor~, a resposta de alguma maneira está
contrato; tinha necessidade de suspender as prejudicada. Tem·se dito, e esta. é a ver.dade,
obras e -consultar os accionistas 11an -ver si que a lei de !!8 de Setembro considera como .ti·
rati.fieavam a promessa que na viam feito. tulo de propriedade do escrnvo ·a . matricula. '
Mas qual seri:t 0 resultado '! Estâ questão ·com Todas as questões relativas a: legitimidttde desse ·
todos os. -.elementos .a que me tenho referido, titulo, coino · a. mesma a lei oprescreve, estão
teria·. de vir:,a um tribunal·; e é de. crer que um afi'ec tas aos tribunaes, e o governo ·uão intervem
tribunal.·diante de todas estas pr.ov.as julgasse nem pretende intervir :Jbsolutamente D3 ac!{ão
con·tra a ,compa •. N_ao.· - , , ..
· .. ·nh·1a ... · · dos tribunaes .. (.Mciíto d.d bem.L
· · ~-..· : · · . . ··• .
o..,,·g-ov.erno, portanto, ·
.enteo4en -que.d.
·evi.a
· an- •dTén.(·v hoas.sim
~-1
res_p_on.
....
1 o ao~ue. uav_._ Ia.P.rllm
~- 1
.. e.t:-...
- ... ;. · · .,ft
te~ uar esta se1uçao uu que SUJBhc•f.- wn 8C1o seu
· ti o•. mUitO..QfW•. . m....o -~~ ..
· · ..
atadas essas.duvjdas,.a··. . tod:IS~: esStls : qnesJões, .. . o s~~ Frelta.-.CO~tlnh~já
pondo, talvez, em pe-r.igõ 9 pioprfu :credito' n.a'".· '•estranho 11. mau·humor,. oom que o -nobre .mi~ ·.· .
não '
· eional. . ·· .·· ·. . . · . ·.· · nistro da agríenltnra cosluma 11_ Tesponder á~·
.. .sr:. Í)residen te, eu. 'talvez me ~eSteja-.esrorçari.d{) arguições~elhe fazem~e lembra que na occasião.
·demais <.para trat:ir desta questão; ]Ior-que. o ~o--- : em: que explicou a·· sua -posi~o na·camara, -de-
bre· deput~do;é nm .espirito muito· esclarecido e elarou.. que • não :pouparia applal1Sos -ao ·_g!lverno
· conllece p~r!eitaine_nte as ques~ões.• Onobre d~- ,quando elle bel;rl, prOOed~e . . ·A eamar_a>e:teste... ·
. puta do esta argumentando .ma1s. nesta: .matena munha ·que. tem.· sido fiet'a.essa.:declaração. ; O
.·por .espirit~'de oj.lposição ~õ q~e pela co~vicção ·~obre :minis!l'O, da agrtcnltura,JlOrtan~~-assega• .· ··
c â"nara do s OepLtados- tm rr-e sso em 2 7101/2015 16: 15- Pág ina 19 de 28
~24~---=Sessão~ex.traoNllDa'Í-.la--em:22~âe'~Nove"mbrô:· Ciê:~188o ~
·. ·-:-
-rando que essa altitude· tem pÓr ~oti~o:unieo o··. ~ã'o tem Iimites _pá;i-:6s suas · attribuições e que
espirito . de opposição, não assevero~ uni:I.;Ver-.. . tndo._quanto .elle:conlratar-é legiLimo e justo •.
: dada. • ,. . . '· · -. . . -. - . ··~ · · . -'.L, . >··:.
. . Censurando o .·aVlSO de 7 de No~emnro, O· ter coragem eeosurar o seu antecessor, gelo·
Disse o nobre ministro ·que o orado r devia
ae
"'·orador-"'o··'faz ··pon·sr.a.r cóilvencido de que &lei facto de" h~var expedido o regulam~n to de! de
de 1873 e o regulamento de !87~ _forllm . offen- Agos~o di! 1878, esquecendo-~ , S. Ex. de que
did~s por. eSse aeto do nobre min~stro. ~ntes si esse regu_la!Jlento é co'utrorio á lei de i874:,
-_- -por(lm, de:_· oecupar-se desta_qne!!tiio, dara um:\.. como acred1ta que__ é, o se~ dever era revogai-o•
. breve ·.}·esposta a S. Ex. qual!.to as reclamações S. Ex. que .fez appello .a coragem_do orador
_queJe:r; acerca da·orgamzaçao t\olrabalbo em para censurar o seu antecessor,. dev1a ter ·tam-
. nosso paiz . • · . . ·. Mm·a coragem de resistir ás pressões imperiaes,
. · S:- Ex.1 dizendo qne neste seculo :nin_guem fazendo respeitar a lei. O minist:o íere a lei
maiS cog1tava do leis_ sobre a or~amz açao do . em favor ~e um díl~ses estrangeiros, que-; na ·
traJialho, ou .procurava empre.~tar as pnl~vras do . pbrase do dlustre senador Mendes de Alme1da,
orador um:pensamento_Ai_:vç_~s_Q_o_u_quiz .dardhe· -podem-tudo-neste-iJaiz-,-1'-depois-:nindn-.:enslira- -
-unra-líi;ãõ,-que nToãCeita. Referindo-se á orga- o deputado que reclama contra a violação da :
nizaçlio do trabalho, q_uiz apenas cbamur a at- lei. · . _ · · ·,. ·..
tençao do ncbre . minis.tro .para a immi~ração . A questão não consiste em o ministro quebrar ·
· europea·; que cumpre encaminhar para o Brazil, mil contrato celebrado pelo seu antecessor, .eomo
e para a questão de locação de sorviços·. disse S. Ex., mas eni conhecer si o ministro é
· _E' sabido que :1. lei promulgada ultiniament<~ obrigado a respeitar netos contrarios á lei. . -·
não satisfaz ~s necessidades d:1 grando proprie· A. applieaçiio d~i doutrina do nobre ministro . · ·
dade, =porque não garante . aos proprietarios e traria por effeitcr~de que ' qu~lquer govern-o é · ·
lnvrndores o reembolso de adiantamentos maio· forçado a cumprir · todas · as concessões O\ltot.-: --
res que·precisem fazér w.ra obter br~ços livres. . gadas pelo seU: antecessor, ainda que .fossem .
a
O. nobre . ministro ila n-ric~ltura, _querendo feitas eo~tra a Cons_tit~tçã~; ~in_da quando ·fos~ ·
apurar os .absurdos do ~iseurso em que o se?l ces~oea, de terr1~orro p~llerro. Essa dou-._'' ..
orãdor criticou o aviso de 7 <1e Novembro es- tr1na. ahás e tanto m:ns smgúJar quanto o nobre -- •·
tranhou _que se estz.belecesse um simik da ~~nistro reconl,lece ~ue o aeto de que _s~ ~~a\a·. <'
· questão da - garantia de juros á t>Stradá de ferro e illegal, mas sancerona-o. I
_do :Paraná com o contrato du goz. Parece que 0 - Para mostrar quaD:to-a emprez11 da ~strada de ·-
- · _ · ·. _. •· _. · ;,,;-~
. .nobre·ministro -não leu o dis~:urso a que se re- fer.rodo Parana tem s1do e~c~n~alosamente p~~- ·
feriu. Alludin.do â questão do contrato do gaz, g!da, expõe ao or~dor a _h•s&oria. delJa, ~ .prmci· ·. >
quã11.do tratava da estrada de ferro do Pnraná o p10 foram as obras avahadas emi);OOO:~~ Jl&los · · ·
orador o fo;;z .pela sorpreza que lhe causou · a poderes gera~s. pelo governo provmc1al em.• -
inercia do nollre ministro na ultima _.questão, 2.000:qOOI) CUJOS juros a . final f~ra;n ta~bem... :
quando tão soffrego se mostrou na do serviço .da garantidos pelo ~stado. Não sattsfettos ~mdn, . -
· illuminaçijo desL~ capital, que chegou a fazer os _concess10norws :requere~am a. eleva~ do ·.
por ella questão de gabinete. Acrescentou a capttal- que lhes fot coneed1da n a quant1n de .
ísso que.S. Ex. deveria insistir com a mesa do H. 6.96: OOOS,. sob a. qual começou ~ corror l~go .- ·
senado, para que o projecto que o autoriza a o JUro.:.de 7 °/ o: Fo1 somente depOl!!, da ultima
fazer- novo controio coro :r companhia do gnz:, eleyaç:~o que a empreza passou a uma compa·
entrasse quanto antes em discussão. nh•~ !rnncez.a. . . _ _ . . ,_.
_ Niio·lla nessa rMerencia 0 menor _símile com Amda ass•m o_nobre. m1~1.stro nao pot!_e hOJ~ _
a questão dn ~trada de ferro do Pamnti.
- ... , --Es · - .. é . - •~ d
nffirmar .que ~sse capll~l Ja el~vado n~o_ sera
elevado a maror qnantta até a conclusuo da
·;;: sn !lllestuo a11as · ma 1s unpor ...-nt& o que obra. . - -~ _·
· parece.- q mau humor com _qp.e r~pondeu o ·-- Do que expoz 0 orador, vê-se que nas su-as
npbre _m1n1stro revela a pos•~ao·cr•t•ca em que rel:tç~es com os concessionarios da estrada de
.: S. Ex. se acha. -~·.o ]mmem~ :1 honrar oca- ferro, a_acção do. governo é limitada pela Jei.o
· r:tctor. do nobre ID!D]Stro_· para d1zer que S. E~ . 0 regulamento que citou. . . ·
._.pro$erro. _a_ sua _dec1sao com grando constrang1- . Mas.·ci Mbre ministro; es_tremecendó·_pela ·
,-~~n,t?.: _. .. · : ,, . ·.. . . -- · - . · . honra ·:ao paiz, .e receioso _de que se attribuisse .
;; i.i_::~·g_u~s~o;)lorém,_é _grn"e. _-Ha ..l~is 9ue na ao governo do Bra.zil a deslealdade de_:nin.ullar
-?:ºPID·Ja~( :do ·nobre mmrstro nao ma1s v1goram, um con_ trato celebrado com o· seu llll.t~_cessor, ·
:_" ma~{g_úe reií_lniente deviam regul~r a concessão· sanccionou. um àcto; que eonsidera-iUegaL ._, :·
<a~cgarrintiaM.e:juros c ás estrad:~s · de fei:r(}. Os · S. Ex. esquece-se de que em,outx:os paizes·e
? ~rm·~s :~i!éi{_ªe. t.873~~ão- niuiló claros, quan~o parti~ula_rmentel?-a União ~orte Americana,con·
' .;auto_~rzam•'>Q -:-goyerno a-:_conceder :J.· suBven~~ao vençoes mte.rnac1onaes celebrlldas pelo governo--
;r819m~tr:!ca,;:_na_ci,~,Xeeâ.endo: o-juro· de '1 % do-ca: forani rejeitadas.pelo:senad2t. sem que _por is:>o
~:fllí!:!K~ mpr~gado :· OAecr,etQ•regu_ laruentar de 28 _a .. _ho"Qra e..a .. l_ealdad~~dos - ~stlldos-Untd!JS sof·
~-:;o.e<:F~v..e.rel.f.O_•d~- i87&:.. estabelee_ e que, • •o-gover- lmssem ,no co_ncci to~dos estrangeiros. -_ :. :~ --:
~- ·-i~'<(p~derâ;' ab()nnr a-garan,il( dejuro: de 7% so:· . • O 'que !llo~iva -)sSa.s cé:nsu~as : acrimori.io5as_· ·
__ )jt:~; q., cap1~Lempregaõo:1xma.fidc •. Tanto·alet- _contra o :.Bra~II;:n~o ~ o·~umpr!mento p~r parte
~-ço~\IiCl.:;r~~mentoestabele~em do·modo mais do .seu-' governo.· da~ disposiçges:legaes,-:.DJas o .
~tc!~~;gye~~n~:ro·.-de: 7.:~rga_rantidos \)elo :g<lver~ - a~resp'eito ã~ leis, ' llOr parte.":d~~ poderes_JlU· _ _
. - no~sa~ "..dG-<c;IP~tai~ despeudtdo na constrncçao .da, bhcos. - ___ . - .. ... . -,.,_ . •. . _. • •. _ .: - _- · - -._ ·. -·.
estrada :(~s"(OJ, rrobre~:ministro dispensou todas . O ~decreto. de concessão·d.a:iestrada de•Jerro do:.:i .
~ essas :di5poSi@.es;. éiltenªéndo que o gover:rl6:. ~araná .·é de: data ' :mterior· ao 'oregulam~nto• d~: ;~,
:~.f~t~::-.:~ . . . :~ .:-;~: ·. -~;-~.: ~-~~ ~ . .. ·:~ ·-,:~-< - . : ··_· .: ~:.. .. ~ -- . . ~- ~ ..- --:. - '.· :_>"-:.: · -- . _- -. _. ..:. ·. : _:~.;·t;
c!mara dos Depl.lados- lm~esso em 27/011201 5 16 15- Pagina 20 de 26
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rém, que S. Ex. a obtenha do senado que se O S:a. IGNACto MAnrrKs reguer o a.camara
tem mantido. intransigente, e isso desde longa app('ova que depois , de .se dtscutirem os pro.
dat<t ' durnnte o proprio dominio dos conser- jectos relütivos a creditas,. entre de preferencia
vadores;· não podendo então os ill•lstrddos mie em discussão o proj ecto n. H2.
nistros como Joã.o Alfredo e Paulino conseguir Continúaa 2. ~ discussão do proj ec to n. i 50 e ·'
que os seus ex.cellen~s projectos sobre o en- da emenda apoiada concedendo um credito ao
sino, merecessem sequer as !Jo!lras de um pa- minis!erio da agricultura par:1 reparos e recon--
recer das comniissões daquelle ramo do poder strucções das estradas e -obras destruldas nas
legislativo. .· . _ . colonias da provincia de Santa Catharina.
Outras providencias contém ainda que cumpre
attimder quanto antes, refere-se ás substituições O Sr. Sergio de Castro é cham~do
nas faculdades •de direito e medicina, onde os á tribuna não tanto pelo seu dever de represen-
substitutos são obrigados a ser verdadeiros en- tante da nação, como principalmente pelo dever
cyclopedicos. Quanto aos exames de dentistas e: de representante da província do Paraná.
parteiras observa que convém fazer alguma 1\espeita as decisões do gt>verno na questão do
causa no sentido de torn~l-os mais rigorosos, ·capital destinado á construcc.'io da· estrada do
de modo que os qUe a elles ~e prestam, possam- Paraná, mas não se conforma com ellas.
ser revestidos de maiore5 garantias para a hu- _ O principio da solidariedade governamental
manidade soffredora. não deve ser estendido n ponto de um ministe-
Chama a attenclio do nobre ministro para o rio, só por amor delln, sustentar um acto que é
edificio da faculdade de medicina da côrte, cujo um erro do gobinete tJrecedente.
estado é deplorava!, quer quantv ás accommo- A lei de i813 é clara; para o governo contra.-
daçõés,- quer quanto ao nccio, que não existe tar a construc~ão de uma estrada de ferro duas
nenhum absolutamente. condições se tornaBl nece~sarías: 1. o que a com-
Relativamente a Jaboratorios e gabinetes, só panbia demonstre qile essa estrada de ferro,
têm quartos escuros, sem ar; nem luz e sem que se propõe a construir,· ha de produzir ne-
os precisos instrumentos e apparelhos·. · cessariamente a renda liquida de q,·% sobre o
Cumpre que o nobre ministro atlenda muito -capital empregado; 2. 0 que a garantia de 7 nJo
accuradamente para o modo por que se fazem tenha por base o capital empregado na cons-
actualmente os exames de preparatorios, que trucção. ··
são objecto de vivas e constantes reclamações. Nem_ a L • nem a ·2 ." condição .foram devida-
Entende que talvez fosse mais conveniente mente respeitadas pelo antecessor do nctual Sr.
·c rear um corpo de examinadores ·gor.andô do ministro da agricult nra
privilegio da vitaliciedade que assegur:isse ao Nem a companhia provou perante o governo
publico _a sua aptidão moral e intellectnal. imperial que a estrada -de ferro do Paranã pro-
Vai terminar cbamando a attenção do nobre duziria necessariamente a renda liquida de~ •!••
ministro para o ensino obrigatorio, o qual en:- nem tão pouco no contrato ficou exrUcita a clau-
tende qne é tempo de ser instituído entre nós, sula de que seria garantido o juro d~ 7 %
pelo menos, no municlpio da côrte. - sobre o capital empregado. ·
Precisámos convenêer~nos -de que neste paiz, _ Si pelos melhores dados se demonstrou que
com a população de !O milhões, emquanto oito e.5Sa estrada não póde produzir mais de 3 •1. de
milhões não. saberem ler e escrever, o BrazU ha renda liquida, ' pergunto ao nobre ministro;
de ser. ~empre pobre, pGrque a sua igli.orancia: qual é o juro _que garante o governo sobre o ca-
nãoJhe permi_ttirá aproveitar as immensas fi- pítal empregado nessa estrada .de ferro?
quezas que a natureza lbe concedeu; ns ínstiili.i- "E'-llorventura o juro de 7 -·;., estabelecido
ções democraticas niio hão de prosperar, porque na lei de i873? . . •
mais do que os exercitas estrangeiros, nós deve- ·Si-a estrada de ferro não póde produzir-senão
mos temer essa grande massa de analphábetos, 3 %de renda liquida, é evidente que o juro, em
· qne ignorando'· seus direitos e deveres, podem- vez de 7 %, será del2 ou U %.
com muita facilidade tornar-se de um momento Diante do procedimento do governo passado,
para outro o melllor alliado da tyrannia contra procedimento contrario á lei; a camal'a tem de
o direito e a liberdade. · curvar~se, porque é um facto irremedinvel;
Assim,- pai~. p~ra combatermos esse inimigo, mas o silencio da parte de um _representante do
devemos empre.,!!ar todos os esforços, e só conta Paraná não po~ia .ser _j as ti&~ do, e é por isso
dbil,~~~g;:· · 1 .que_ o orador ve tu a trtbuna. . .
Slmp es, mas ~íficazes-a es~o18 e a· · · Pelo éontracto toda a quantia economisada
pela companhia reverterá em seu béneficio.
Vem á::-mesa, :é lida e, a reql!erimento .do · ·.<Quanto maior fôr a economia feita pela com-.-
Sr. Alves de Araujo, dispensada da impressão, panhia~ quarito mais mal construída fôr a es- ..
e p[IS\Il em discussão é approvada it redac~ão:do Jrada, tanto >maior será o lucro da einpreza; ·
projecto autorizando o -governo a contratar_~ mas com ·:isto perd~m.o.}laíz, e especialmente a
expl(!nção e extracçãl} dos phasphatos encon- provincia do -Paranã~ · : . -> · .· · ·
. trados e que se encontrarem- nas ilhas e costa _ .·Que gdrantias de solidez. e segurança pôde of,
do Imperio~ · · · - ·· · ferecer .uma:'es tradá construida. em semelhantes
condiÇões·? · · .' - - . · ··· . ·.· · . .
ORDEM DO DIA. A construcção da estrada está .sendo feita. de
modo "que em vez de trazer para a :província
. Occupa_ a cadeira da presideneia o, Sr. 3. 0 _engrandecimento, progresso ~e prosperidade, ao
Vlce·Jlresldente Soares Brandiio. contrario tem creado no espirito p~blieo .-de
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uma~ das provincias mais esperançosas do Im- Reconheeendo a gt·ande profieieneía do nobre
perio o desanimo. . . . · deputado parD. discutir o projecto de· reforma da
: Pelo contrato feito entre a companhia e o lei dos privilegios·industriaes, ·pedirei todavia
seu. engenheiro em chefe,. quanto .maior Jôr a licença,p:m.: dizer que ~preciei mais o·disclli'so ·
economia que este fizer, tánto maior será o d_o no.bre. deputado do que o se11 sul:istitutiv:o.;
seu lucro. . tive ma1s que aprender com. essa interessante
Sustenta qne não é · exacta a informação do oração do que com as medidas que ao nobre
engenheiro . liscal do governo, qu:mdo diz que deputado pareceu serem indispensaveís . [}ara
os trabalhos da (l8trada vão muito bem; tudo complemento do projecto, que tive aJ1onra (!.e
vai pessim~!mente. ·· offereccr á camara dos Srs. deputados.
Si· o eng(lnbeiro fiscal a.ftl.rmou ao g-overno O projecto do nobre deputado contém, é ccr.to,
que os traballlos vão bem, deve tal fu.nccionnril'l algumas disposições de merito. Ellas, porém, em
ser demittido, pois deu ao governo informação sua maxima parte ou já estão attendi~ils no pro·,
. inexacta.. . jecto que ora discutimos, ou constituem por
D!lSde que o Sr. ministro, pela força das cir· assim dizer ma teria puramonLe regulamentai·.
cumstancius, viu-se obrigado a sustentar o com- O e~pirilo que dominou ao illustrado depu-
promisso verbal do seu digno antecoss:n, deve tado na confecção do seu substitutivo !oi até
esforçtlr-se para que não fique firmado um prece-. certo ponto o mesmo que me guiou neste pro~
dente tão fatal a interesses d::~ mais alta impor- jecto. S. Ex~ procurou obter da moderna
táncia em nosso pair.. legislação sobre esta materia o que ern de
E' preciso cuidado.com o precedente estabele· essencial e de utíl e que pudesse set· ndavtado
cido -pelo Sr. ministro, aliás nas melhores in- ás condições do nosso pa iz.
tenções; · Eu; porém, acredito que fo.i mais feliz do que
Conclue dizendo : cuidado com o interes~e o i!lustrado deputado a quem respondo, por
particular; elle póde ser tão prejudidal ao isso que o projecto que ~e dis~ute contém
governo como á nossa.patria. aquillo que alJso!utamente é pratico e appli-
. Cuidado, Sr. ministro. da agricultura l cavei ao nosm p~íz _ O projecto sub: litutivo do.
A discussão ficou encerrada porninguem mais nobre deputado contém mesmo algumas dispo-
pedir a palavra, e indo proceder-se á votação sições, que revelam que S. Ex. não attendea
reconheceu-~e não haver C3Sa, . talvez absolutamente ás condições praticas do
· nosso -paiz, e até mesmo á nossa legislação. Para
Prócedendo·:ill á ch3mâdn, verificou-se terem que não se me tenha por superficial neste mell
se ~usentado osSrs. Visconde de Prados, Bulcão, repnro, que nada. tem de desagradavel ao nobre
Guvião Pelxotr!;Lemos, Manoel Cnrlos, Affonso deputado... .
Pennn, Horra de Arnujo, Caridido de Oliveira, 0 Sn. THEOiioiu:To Somo_:- Ning·uem ._....oderá
Mello Franco, Costa Azeve~o, Danin, Belfort -"
Duarte, Sinval, Tavares Belfort, José Ba>son, ter a 'V. Ex.· pGr superficial; a sua alta capa-
Viriato de Medeiros, Abdon .Mil!nnez;. Joactuim cidade c illustração não o permittem. ·
Nabuco, Souza Carvalho, Moura, Ruy Barboz:~, O Sn. BuAliQUE oE MAcsoo (ministrD d~ agri:
Zam~1; Azambujn 11eirelies, Monte,. Baplista cuttura):- Não apoiado, muito obrigado.
Pereira, Macedo, Antonio . Carlos, Leoncio de Eu direi apenas, para cHar um exemplo, que
Carvalho, 01eg~rio, Joaquim. Serra, Rodolpho o nobre deputado incluiu no seu-projecto entre
DJntas, Costa Ribeiro e Augusto Franqa. outros o -nrt. 6. •, que não ;;6 não é ma teria de
A vótação fica adiad~. . disposiçãolegislativa, como mesmo pnra nossa
Entra. em 3."- discussão e é encerr~da sem legislação não seria tambem materia· .reguht-
mentar. . _ ..
debate o projecto n. H2, de i8B~. nutGrizando o E' assim, senhores, que diz 0 illustrado de-
governo a mandar rever as contas de Urias putado (lê) : , .. ·
Antonio da Silveira.
A.vota~•o flci.adlada. • Art. 6.• O eoncessionario de uma. :patente
r- póde funàar esLabelecimentos e coutratar ope-
Entra em Ú ·discussão · e {encerrada-sem: rarios para explorar a sua · invénção e exercer
debate o projecto n. 96, de i880, autorizando a todos o; direitos de propriedade, striclame.o.te
matricula do estudante Christiano Joaquim da ligados ao objecto do privilegio. , c ·
<Rocha 1unior. . · Ninguem, senhores, jámais acreditaria que
Fica adiada a votação. . no BraziJ, ::egundo os nossos preceitos Iegaes,.
Entra em unica discussão e é encerrada sem hou~esse necessTdade de um& disposição desta·
debate ..o proJ·ecton. 9.,_ .- de :1S8_0, em_enda do ordem, para quem quer que seja crªar um es-
"' .a . tabelecimento, chamar operarias, exercer uma ·
senado, abrindo .credito para a construcção do.. induslria. da qual é privilegi_ado, ou que o não
·cruzador para a alfandeg~. foss~: E' certo que esta disposição, mais ext.ensn, ;
A votação .fica adiada. mnis completa, existe em outras legUi1ações·,na
Entra. em 3~'". discussãoo projecto n~ .:1.0~. so~ ]P.i austríaca, por e;emplo; mas ell~_não-seria
· ·1 · · d ·· nbsoin tamente apphcavel ao nos~o pa.tz,. porque
··· b!e preVI eg105 m us1naes. ·. · · esse direito acha-se consagrado .pela nossa·con-
0 Sr.'Buarque de 1\:laced~ (mi· stittiição. . · · . •. · .. · · : , . =. ·• ..
nigtro da·<lgl·icttltura);-Onotavel discurEO que Citeiapell3S este facto, para nwstrar C()IDO. o~
, sobre. esta ma teria proferiu o illu.~trudo depu-. espirilo cscl~recido do nobre deputado desceu a··
.tado pela provinda do Ceará, não póàe passar minudencias de tal ordem que até sacrificou
sem algumas ohserva~ões da ininha parto. 1 aqnUio· qile se podia chamar o verdadeir~~o- ·
Tomo 'V'I-4~.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 16+ Pág ina 5 de 49
· nhecimento da nossa legislação, conhecimento O SR. BuuQUE DE. 'MAcEDO (ministro da agri-
que,. sei perfeitamente, tem o. illnstrado,depu· cultul"a) :....:.Perdõe-me ; cito-lbe uma · duziá de
tado: (Apoiados.) legislações . _Não se ach_a na legislação dalngla·
. Senhores, o nobre deputado em um· bel!o ar- terra, não. se acha na legislação . daHespanha,
rouho de sllll inte1ligencia, enthusiasmando-se, não se acha na legislação da Italia, nem da Bel-
eom justo -fundamento, por uma medida, que gica, não se acha na legislação americana...
por certo virá a ser umn d3s mais notaveis da O SR. FELrcro DOS SA:NTOS : - Na franceza
nossa. legislação, disse : • O projeoto do mi- existe.
-~nistro da agricultUra devia, antes de tudo, at· o Sa. BuARQUE 'DE MACEDo (ministro da agri·
tender aos interesses internncionaes : um pro- cultura) :-ExiSte na franceza, mas eu garànto
jecto sohre privilegias indnstriaes dev'e ser que não existe em seis ôn oito das modernas
organizado de maneira que comprehenda todos .
1egis
os grandes principias que interessam a commo.· 1ações.
nidade dos povos. • Mas, senbores, o illustrado O Sa. THEODORETO Souro :- Mas auenda V.
deputado, que na verdade, proferindo esta ex- Ex. á razão fundamental: eu quero o privile-
pressão, deu um passo avançado na senda dos gio industrial, e não o commereial.
principias llberaes que regulam materias desta O Sn. BuAnQuE DE MACEDO (ministt"o da a.qf"i·
ordem, não se recordou que logo em seguida cultura):- Perdôe-me; esta distincção não é
elle commettia uma das mais flagrantes infrac- inteiramente cabível para o caso, por isso que o
ções, -qma das mais deploraveis excepções a privilegio industrial nada tom na hypCJtbese
esse grnnde principio que S. Ex.. sustentou. com 0 privilegio commercial. Mas eu por ora
Senhores, si o illustrado deputado pela pro- estou me referindo aos :principias; depois desce-
vincia do Ceará quiz que o seu projecto substi- rei ás disposicões.
tutivo attendesse a todo"s os grandes intere<;ses . o SR. FEucro DOS SA)).'TOS : - Deus nos livre
da communb.ão dos povos, quiz que, por assim d 1· · ··
dizer~ esse projecto fosse internacional e não essa. po ztica cosmopo1tta ·
exclusivamente brazi}eiro, não se comprehende O SB.. BUARQUE DE !11.-~ocEDo (ministro da agri-
CGmo S. Ex; trancou ex3etamente com uma cu!lt~ra) :-Perdão; o que, eu quiz mostrar 'com
. medida de proteeç1io a importação de todos os esta observação foi apenas que o nobre deputado, ·
objectos, que no paiz houvessem sido privi· para que apresentasse um projecto attendendo
legiados. · · ás condições a que se referia, precisava antes
o SR. FELICto 005 SaN:ros:-E co.m toda a de tndo não incluir nesse projecto uma só me-
razão. dida, protectora, por isso que neste caso não se
concilia a proteeção com esses princípios inter-
. O Sa. BUAliQlJE DE MAcEDO (minist1·o da a,qri- naeionaes.
cultura):-Não se póde sustentar os princípios 0 SR. FELICIO DOS SA.NTos:-0 seu argumento
que o illustrv.do deputado pelo Ceará sustentou, é att ltominum. Eu notei que 0 ar,.,.umento do
aceitando logo em seguida .uma medida desta
ordem. I~ to, Sr. ·presidente, não é mo.is do que nobre deputado pelo Ceará foi contradictorio
.uma medida protector:~. · neste ponto.
. O Sa. THEODOit.ETO Somo:- Que aliás. se acha
o Sn. THEonouro SoUTo : -Eu disse. que
não podia levar o principio ás ultimas canse-
em mnitas legislações. quencias; que abria certas exeepções determt·
O Sn. BUA.RQÚE n:diACEDO (ministro da "gricul- nadas pela necessidade, _
tura):-Não ha medida protectora que se possa
conciliar coma idéa que tem o nobre deputado, . O SR. FELICIO nos SÃN'ros:-Para mim·o de-
de. fazer. votar pelo parlamento um projecto que feito Ctl.Pital do projecto é não conter a medida
encerra em si os interesses internaeionaes. que esta na legislação franceza ~ O nobre mi-
o Sa; FELrcro DOS SANTos;-Sem,·essa medida nistro neste ponto copiou perfeitamen:re a Iegis-
protectora o projecto seria um desastre para o laçãD franeeza. · ·
paiz; antes não fosse appro-vado. O SB.. BUARQUE DE MA.c~~:oo (ministro da agri-
O Sn. BuAIIQOE Dli MAcEDo (ministro daagricul- cultura);-Não, senhor; aftJstei~me completa-
tlira):-Senbores, não seria um desastre. O,pro- mente.
jeeto que. tive a honra de apresentar á camara OSR. FELicro oos SANTos:-._ .sómente ras-
dos deputlld.os, não contém. nem póde conter pando essa disposição.
essa medida protectora, por isso que, si é ver~
dade queella se acbaen:i algumaslegislações,. O SR. BüuonE DE MA.csoo {minutroda agri"
é certo que nas legislações modernas, naquellas. cultura): -Perdoe-me V. Ex., compare o pro-
hoje mais aceitas pelos povos civilisados, ta~~ jecto_. em discussão com a le~islação franceza e·
medida, acha-se inteiramente abollda. - ba de áchar uma grande aül'erenca, não só·
oSR. FELIClQ nas Sil<"TOS : - Não a:poiado. ~este ponto, que é capital, com(} em. outros. ·,.;:
. 'O Sa~ BuAliQUE DE MACE~o (ministro da, agri~ O Sa. FELIClO. oos SANtos: -Neste ponto
cultura) :-É'nina.questãode facto~ v. Ex. não ris~!)U sómente estap~rte;
acha essa medida na· legislação da. Inglater'fâ, 0 Sa; BuuQUE DE-lb.CEDo (ministro da agri, .
:por exemplo: · · . cultura) :-Não podia dehar·de riscai-a, desde·
OS:a.. l<'ELicro llos SANTos.:'"'":'Y. Ex.; citaju5ta- que não tenho essaidéa': .o governo absoluta...•. ·
men\e.a Inglaterra, a na~ão liw~·cambista. , · . men~ não tem-idéas.protectoras; "
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O SR. nos SANTOS : - A palavra
FELICIO O SR. BUA!\QUE DE MACEDO (ministro da a_qri-
afJsolutamente parece-me um absurdo, que cultura):-Se!lbores, o ·~ :1.. • do art. 3.• diz o
nenhum governo pó de sustentar. - seguinte (lê): · · -
O Sn .. THEODORETO - Souto:-'-'- Esse absoluta-- • A patente será expedida sem -exame prévio
mente é demais. do governo•.• •
O SR. BuABQUE DE MACEDO (ministro àa agri- Vê a eamara qne está consignado neste para.
cultura) : - Bem ; as . idéas- protectoras, pór<- grapbo que apatente será concedida sem exa-
exemplo, em relação á navegação, as subven- me prévio; portanto o pensamento do nobre
ções consideradas como medidas protectoras .•. deputado ou antes~ sua censura é inteiramente
O SR. FEr.ICIO DOs SANtos: -Eis ahi. infundada. Disse S.Ex. que o projecto era contra-
dictorio nesta parte, porque não aceitava o aviso
O SI\. BuA.RQUE DE MACEDO (ministro da agra- prévio. Mas, senhores, o que é o av.iso prévio?
cultul'a): - ... o governo as tem. Ha duas disposições que absolutamente não se
O Sa. FELIClO DOS SANTos :-E! é a:peior das podem conciliar, é a ausencia do exame prévio
protecções. e o aviso prévio, por isso que :não se póde dar
aviso prévio, sem um exame prévio mais ou
O SR. BUARQUE DE MACEDO (ministro da agri. menos completo. -
cultura):- Ao contrario; é onde os povos 'mo- Algumas legislações, é certo, a da A1!emanha,
dernos m~is adiantados fazem excepção. por exemplo, est~belece a existencia do aviso
O Sn. FELrcxo DOS SANTOS :-Eu não olho para prévio; mas ahi não se proscreve, de uma ma-
os povos mais adiantados; olho para o nosso neira tão absoluta o exame prévio; 3hi o aviso
paiz. prévio vem a ser um aviso da repartição compe-
tente ao petü:ionario, dizendo-lhe que se levan-
- 0 SB. BUARQUE DE }IA CEDO (ministro da aqri- tam duvidMsobre o seu previlegio. 1\fas si uma
·cultura) :-Si V. Ex. olha para o nosso paiz, das. grandes gar~Iitias nesta inateria é exacta-
deve reconhecer g·r.-e· este projecto é inteira- mente o segredo, é a exigencia de que a des·
mente peculiar ás suas condições, como vou cripç~o do invento seja depositada em condições
demonstrar. taes que ninguem absolutamente, a não ser com
O SR. _E:Eticro DOS SANTOs dá um aparte. o consenso do inventor, possa ter conhecimento -
do invento; como exigir o aviso prévio; e para
O SR. BuARQUE DE MACEDO (ministro da aqti- que? .
cu!tura) :-0 projecto contém disposicões como O aviso prévio tem sido sujeito a mil in-
contém o substitutivo, como contêm todas as le- convenientes em todos os paizes onde tem sido
gislações do mundo,disposições que são communs estabelecido ; e por mais rig-oroso, por mais
a todos os povos. O nobre deputado sabe que ém moralisado que se tenha de o estabelecer,.é
niateria desta ordem n.ão se improvisa. Todas as certo que elle jamais produzirá o desejado eC-
vezes que em uma legislação. estrangeira ha .uma feito. Eis porque eu entendi que o projecto
disposição perfeitamente applicavel ao nosso devia consignar positivamente a dispensa do
paiz, eu aceito-a. Eu a-ceitei disposições da le- exame prévio, ·sem nenhuma outra condição.
gislação franceza, mas muitas outras não aeeitei. O Est:Jdo não deve ter interesse nenhum em
Nem podia proceder de outra fórma. Eu não conhecer prêviamente qual é a invenção do pe-
podia aceitar uma medida que contrariasse os ticionario,nem saber si essa invenção se acha ou_
meus· principias. não já prejudicada. Tudo isso sefará posterior-
O S:a. FELrcio DOS SANTos dá um aparte. mente com a publicidade, com o conhecimento
inteiro. e eompleto do ohjecto da invenção.
·o Sn. BUAIIQUE nE MA.cEoo (ministro da aqri- Nenhum inconveniente ha em que assim se pro-
cultura):- O nobre deputado só póde dem'on- ceda, e ha lnnumeros, procedendo-se pela ma-
strar-~ue o projeeto é um desastre, sustentando neira. por que o nobre deputado pelo Ceará
que nos temos necessidàde da escola proteetora. _propõe á camara que se proceda.
Nós não ha-vemos de prohibir que um producto o Sn. FELICIQ DOS S.u."Tos:- Apoiado; e com
privilegiado no paiz possa ser fabricado .no es- os abusos que se dão em nosso paiz.
trangeiro, quando não o possa ser no paiz. · · 0 Sn. BuA.l\QtiE DE MACEDO (ministro da ag_ri~
O SI\. FELICIO nos SA.:."Tos dá um aparte. cultura):- E• por isso que pedirei ao meu ilis-
. . · . . . . tinctõ:amigo licenca para 'dizer que poder-se~ ha
O Sn. BuARgUE nE ltf!;CliDO (muustr? àa a.q~- antes considerar que o art. 8, 0 do sen subslitu.ti~
~l~ra):--:Ahl é qu~ .esta~~ e~o. A le1 de _prlVl- . vo, exigindo o aviso prévioe prescrevendoa ais··
legt~s é uma g~ra~t1a do d~re1to de pr~pnedade: pensa do exame ·prévio, é que ,é eontradictorio_.
do mventor,naoe mna le_t de protecçao. . Como-devo acompanhar aoHlnstrado deputado
· O nobre deputado pêlo Ceará 'disse que o .pro~ em todas as suas observações~ e desde que.trat.,
a
jecto, adaptando o exame "prévio, foi deficiente do ar.t 8.0 , passarei referir;me ao .paragrapho
e ~cintradictoJ'io;; mas eU: confesso que :não vi a- .illiico -do subs~it)ltivo, quil".diz (lê): · : -- ·· : ····
demonstraça'"'_o< dest~ prop~sição. Em pri~J!e~ro· • .Para!JTapho unicG. Todas as questões·aiíte;·
l~gar -o. projecto . -Mo · :1~1 ta () . exame P!evw; ri ores •á .·cone essão de uma pale:nte são. da· com"" : ..
c1íz ~xactam~te o contrario. · · peteneia dministrativa: D:S '!ll~er_iores á ·côn- · ··
~o:SR/rln:ovomo soirro:-Eu:schei deficiente cessão-são da compete~Cia JUdlciarta;. • · .
.o~ .projecto, ·emq1lanto~ ao aviso prévio ... Não ; ..··:0 .projecto estabeleceu que o govcrno;ouvirido
· qil-ero .o .exame ,prévio; mas.- admitto o· aviso. • o conselho ..de estado e o procurador da corõª;,:é· ·
· .-· --·.. . . . ~ . - - .' +•• .:.':'!' ;"'~' .
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:16 - Pêgina 7 ae 49
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compete~t~ 1)ara fa:r.er cessar_a patente nos ca~ paiz a.experieocia' recilmmenda_de prefereilcia
· · sos· prescr1pEo.i no mesmo projecto; E' esta por·. o que se.acba consts-nado no pruJecto. · · . .,
ventUI'(I a questão mais importante do projeeto, Não ·sei, si·é perfeitamente exacto dizer·se·que
-l~-q~e provavelmcu!e:cncontrat'á •maior. nume.ro ·.. e_ntre.nós n~o_;.ex.ist~. o contencioso administra·
de 1o:ipugnadores. · . t1vo. As deClsoes dos recursos para o conselho
_·___1\la$_!:) grande argumento que se tem levantado ;ae estado, principalmente sobre aS decisões que .
"ê(lntrã-ês:ã=arspôsi•:ã~! e que ~ã~ é o~tro senão ein . ma teria d~ ~ontr~tos; emanão dos presi-
a ausenci~ do contenciOso tJdmimstrauvo. como dentes de provJncJas, tem absolutamente for11a
supplinbam alguns dos illustres deputados, pa- de se~tença; o conselho de estado nestes casos·
rece-me não dever prevalecer. E ~qui poder,a. funcClon~ como verdadeiro tribunal. Nilo se
dizer que o que predominou no meu esplrilo, pó~e, portanto, dizer inteiramente que já .não
prira preferir semelhante disposição no subsli· c:mt:t nesLc paiz cousa semelb.anLe a isto, qu·e
tutivó do honrado deputado pelo Cenr~, foi exn· aliás se acha de conformidade com a pratica
ctàmcnte· ~ pratie.:~, foi a experiencia·de 50 annos se1ruida pelo governo.
neste pni.z. . . . . . . , 0 Sn. TBEODORETO SoUTo:- V. Ex. tein ·tal-
Senhores, é prtn9IP.10 ~orrente q'l!e ~Estado, lado brilh:~uteinente; m3s lamento que per·
concedendo u~ _Jlrm!egiO, tem o d•rc•t~ de f3· sist3 neshs idéas. . .
zel-<' nas condi!;oes que lhe parecem ma1s ll\~er· . . .
tadas com 3s neccssarias restricções. Oque rcsl.a O Sn. BuARQUE DE MACEDo (nums_ tro_ dif. a_qrJ-
sa!ier ê qu~es são as Iimitac;õ.:s mais c.onven!eu- cultura_}:-;-Estou sustentan_do os pnnc1pJos ~lt?
te<, mais ~dequad11s 11os lú•bHos· e aos costu- &'ov;erno ynsert~s no p~OJ~~t_o que o!ferec• a
més da popnlação. . aelíb~raçao d~ casa; · prmc1p~os dedtuJdos da~
· Ninguem contesta que em nosw paiz, ~o~o condiyõ~ pratiCas do .nosso pa~. sem attender a
em ·_gcr31 . em jada a parte, os processos JUdJ- especlt~hdade qu.c eXIge materta de semelhante
ciarios são altamente dispendiosos~ Além de nal)ll'eza. .- . . , . .. .
trazerem delongas; exigem um dispendio que; ~em sempre ostrdmna~ se aella!fi pr_ apa-
U3 -m:~ior . parte dos casos, nlio se acha ao at·· rados, nem seml?re é poss1yel reuntr os ele-
cnn'cc da rrrande maioria dos inventores. menlos necessanos para JUlgamentos desta .
· . ·. . "' _ _ _ . .. . ordem . (Apartas.) O governo tem reparLições
.o Sn: VA.LLUARES · - Nao sao es~enctaes · creadas e com os· neo::essarios elemeulos para:-
.. · pode_ e~tabdecer um processo espec1al. juliTar questões de;ta natureza. Comprehenó.o a ·
O SR. B:JAnQUE DE fucEno (1ninistro d•.&·a.qri· Iegfslàçiio aceita em p~izes qU:e nãv se acham
cultura) :-Além disto, é sabido que em ·.nosso nas condições do nosso. . ·. .
paiz a m~il)f parte do;; inventores são opera· Quando se trata de fazer valer o direito do
rario:; que d1spõem de pequenos recursos, e inventor contra aquellos que usurpam, que ·cal-
que -difficilmente p:~doriam lutar com ~quelles sillcam, ou que imitam os seus productos, e5ta
que quizes~am apossar-se de sua invenção.· questão fica para a alçada dos tribunaes; como
lt' t:lmbem eerto,-devo dizer toda a ver- o projecto · · ccmsigua; ·mas quando se tem de
dnde-que em nO$SO · ptliz, em geral, se · pre· fazer cessar a patente por causas previstas e ex- . ·
fere pleitear urna cnusa perante o. governo n cepcionaes, é mais simples, mais cQnforme aos ·
pleiLeal·n perante os tribuu:~es judieiarios. interesses da população e á patrica do noSs()
· Os Sns. THE:Jooano soll'io E VAtLADAII.Bs :- · p~iz, que este caso seja_julgado pelo governo;
Infelizmente . - · ' · n~o p~lo governo exclusrvamente, mas co~ra~·
- -· . . ... dienc1a-do procurador da corõa, com audtencJA
. O Sa~. BUA«QUE D& A!.\CJIDO (mm1stro ~ agn._· do conselho de estado, e finalmente com .o cor-
cr.dtttra):~ E_sta questa!l de delonga~ e d1sp_ end•o re~tivo._qlie !ale mais que tudo, o correc_ tivoda
é. d~ ~ande •mpor~nc1u para o a~sumpto que. opmião pu.bhea. · . · .
. ~lscutrmos. D!fficclmente um !>PerarJO_. um Este systGma do projccto é mai!r--pratico e
tn~entor ~odr.ra despen~cr quantta~ constdcra ~ . mais conforme com os nossos habitos de cincoen·
v~ •s. para n· perante os tr1bun~es plettear os seus ta annos. · ·
d!rettos. Perante o governo ~enbum:~ despezn. . . . . , . ·
ha absolntamcnte a fntcr, e o JUlgamento, como O Su. TRIZJODOB.ETO Sotrro ·.-E o mator de·.
se acha prescrípto no projecto de lei; é racilli- .feito .do ~proJecto, c_ eu. c~derra tudo por _:~mor .da
mo: limita-se á andiencia- do ·procurador d3 .t·evogaçno dP.Ste prmciplo. · '. .
corôa, do conselho de es.tado e á deeisão ..final d" O SR. Bu.uQuE DE ~IA.CEDO (ministro da a_qri-
ministro. . . . cultura) ; - Ha um p.liz que n1i.o é menos·líbe-
. · Até:hoj~. não temo~ tido questões · de c.erto r~l-~ ~o que o. DO!lSO, a Belgica, ond~ os ·pri_vile.·
1mportanc~a em ·relaçaoa esta materia E'. certo gtos · cessa:m por um decr~til do poder e'lí.ec~- .
que .o governo tem cassado alguns privilegio~/ ,tlvo. . ·· .· . .· . - , .· . . . . ..
tem feito cessar. algumas patentes; mas ·em ca·a·os ·• OSn.,: Tm:oooa-BTo Souro : - Em candições·
.-.inteiramente excepcionaes, porque Jienhwi:dn~. muito ·especivéS. ::· .. ·. . . . .- :.·.
·teres~temc elle de 'sacrificar odir~H9~ M:inven~. ,:·':o·sn •.BuAiiQtrE ·.j)E !w:EDo (niilii3tt;i{ da a,qr&.:.
tor, ~O! que perante o poder executtvo ·recla· cultura):- Não quero _dizer . qll.e, .si as condi-
. mam ona? :eD:CGnt_ram_~bsolutame~te ~ e~raço: ções do.!Jra~i_!';:10t:nássem . pr~feriv!lr:o syst~IJ!a· .
.._alg~- ~ ficam - llerlettam~te · satlsfettos ~~m-a· ·do -s~bstJtuttvo;nao,o nd9P.las:Se ;:mas: o 'I'!e veJ~
JUStiça _.que s~Jh~ !az~ :: ·. · :· ·.·,. c. - . ·. . é que . não estando .o Brazil em.. condições eom-
• • •
. f;' cer.:to.: tãmbem •qne a ~3ção ;dos privt-' pativ_êis com·~mclha~te.systemá~' o;noliie _dep!l~ '.
leg•os e·aás p~tentes~m -~w~l~g,slações · .fica· tado; com o·prilbant~:~eJ?-l~:•que•. poossue·e :com·
a. .cargo dos·.. tribllllaes JUdtctarJos
• .___ ..
~_,. ;, -=-· ~..:.:- • .
; mas
-·
em
-
nosso:
• :_
su3-,grande:illustraçao
.. ~
Jnndica,;@lZ, antes· con-~...
·- _-__-. . . . .
c !mara aos DepLiaO os - lm"esso em 2710112015 16:16 • Página 6 ae 49
uma bon dispasição; si porventura ~na já não No art. · a.• diz-se (le}: c .Q d_ireitó do in- .
se . acbasse . consignada no projecto do ministro ventor, desc_obridor, aperfei.iXJ(Jilõr-sefà firmado .
da agricultura. · · por uma patente .. _, ·. · . · ·. . ..
... -· o ·sn :-THEODORETO SouTO:- Eu -demonstrarei ·. .Or..a, ~enho:es, si~ pr_ojecto_concede ao aper·
que n5.o está . .· fe1çoador da mdustm uma patente nas mesmas
condições que a do proprío inventor, como se ·
O Sa. BU.A'RQUE DF. }[AcEDo (ministro da agri- póde dizer, segundo se expressou o nobre de-
ett!tura) :~Temos, pois, senhore~, que a· pa· puta do, que o direito do, aperfeiçoado r não se
tente de invenção, como a patente de ensaio ou vê devidamente garantido?
de exposição;· ·já estão no projecto do ministro . Si ha outras razões, eu não as· conheço. O
da Dgricultura, quando diz (lé): · facto ê que estas duas disposições, o direito ·
• §.8. 0 -Ao descobridor ou inventor que pre- que tem o aperfeiçoador·:~o privil~gio e n con-
cisar de fazer mais ou menos publica sua de's- sagração desse privilegio em uma patente,
coberta ou invenção, antes de ob_ter a patente, são as verdadeiras garantias, são mesmo · as
concederá o ministro da agricultura, paro sal- unícas que o projeclO dá ao proprio inventor.
vaguarda ~de sua propriedade, um titulo que vi· Disse o illustrado deputado pela província. do
~orará pelo prszo de um ~nno. Este prazo po- Ceará, que o pi'Ojeeto não devm ter especilleado
aerá ser prorogado até mais um anno ... • no § 1.• as industrías-manufactnreira e ~gri-
Sl ba uma disposicão uo projecto em virtude cola .. Não sei, Sr. presidente, qual a -razão
da qual o direito daquelle que expõe o seu pro- deste reparo. As duas expressões comprehen-
ducto està ganmtido, para que crear uma es- dem por cxcellencia as grandes manifestações
pecie nova de patente cbamada de-exposição, da.inCl.ustria; ' ·
como existe, ê certo, em 3lgumas legislações Manuf2cturar é trabalhar as producções, dan-
estrangeiras ? do-lhes fó rma acommodada aos nossos usos. A
. Nas; eu que tratei de a~eitar da legislação lndustria agrícola ê a que se occupa da pro-
estrangeira aquillo que houvesse de melbor,.e ducção a dos fructos; 'da terra. .
de fazer uma applic:Jção peculiar ao meu paiz, São as duas grandes manifestaçõe~ como eu
não entendi necessario estabelecer uma· patente figurei.
de invenção, outra de aperfeiçoamento, -outra Além disso acrescenta-se no projecto - • e
de en,:aio, outra de exposição; não havia ne- quaesquer applicaçõ~s scienti6cas •.• por':(Ue
, cessidade disto, desde que um simples eertifi~ não se trata senão daquillo que Lem appbca- . ·
cada, como se acha no projecto, satisfaz perfei· çiío. ·• ··
tamente o fim da patente de exposição. . · Não sei que outras razões áddluiu o nobre de·.
Porque existem em muitas das legislações putado neste ponto para combater o emprego
. est~an~eiras essn patente . de expQ.siçlio 'I A destas expressões, que, ainda quando fossem
razao e porque em nenhuma dellas se acha con- deficientes, -que, ainda quando dessem lug:~r a
signada a disposição como se acha no projecto alguma censura. encontravam o seu comple·
que se discute; nellas se diz especialmente que menta nas expressões.....: e quaesqUP.r outras ap··
- é-pau--um--ensaio,-q:ua.ndj)-0.-p.rodueto-nlío.s _plicaçüeu.c.ien.t.ifi.c.a.s,.:.qll.e_tu.llo compr&l.l.[)_n_d~_rp,_
acba acabado, quando precisa de outro aperfei- Agora, o illustrado deputado pelo Ceará cen-
çoa·mento. . - surou a definiçilo dada no § i.• do :trt. L•. e
Nestes casos se tem cre~do a patente de -ex- pareceu preferivel entrar em outros pormeno-
posição. ·· res que se acham. é certo, consignlldos na :Je·
Não existia esta patente na primitiva legisla- gislação franceza e principalmente na legisla·
ção franceza ; foi mais tarde creada creio que ção üaliana, que desce a muitos det:llhes ; mas,
pela lei de !868, mas pela razão de não existir senhores. o nobre deputado não se recordou de
na legislação disposição desta natúreza. - que aqui trata-~e propriamente de uma dispo·
Porém a.disposicão do projecto comprehende sição Iegi$laliva, e que nada·inhibe. a__gue o r~
tanto a patente de .ensaio eomo a de exposição, e gulameDto, conforme a ~ossa manetr!l de legtS•
era inutil estabelecer uma nova classificação; Iar,entre. em desenvolvimento, defimndo o que
hoje, que todos os J)ovos que legislam sobre esta v~m a ser esses novos elcm~ntos ou nova ap-
materia tratam princip~Imente de considerar pbcaçãode elementos conhe~1dos., S. Ex.: fez·
uma só especie de patente e acabar com todas as no~ nesta parte !!ma verdad~1ra _d1~sertaçao ~e
outras dando a ·tudo mais verdadeiros certiJi.- pbdosopho e pbilosopho mu1to d!StiDcto que e.
dos.' A S.l!:x. pareceu que ~ta ~pphcnção ~a pa· .
ca .. . . . _ . · la:vra elemento; era aqUI mmto mal'cabtda, e
O.nobre deJn~ta~o d.1sse que_ o prOJBCtonao sªl- c'onfesso ao .nobre deputado que acreditei q~ a
'Vll:gusrdon .o dtrmto de prop_ned~depara o aper- .razão princip~l . por que s. EL . assim pen_5ava,
reu;oa~ento, ~as o con_:tl'af10 disso se ach~ no :.era por9 ue !lao_achou.emuenhum_dos ~rEJectos
art. ~~: · e ~ 8. do art. .3- • : : das 1e~ulaçoes estrangeiras uma dispos1çao com.
·Nl)art.·Lo;russe-o seguinte(lê): , . . · .• :.:·.esta forma• . · .. . .·.' .• "- ' ·:. .· .. < : .· .... :.-
.. · · . · · . · · · •·. · · - · ·• .; . Con.(esso .qtte é· Inlell'al)lente espoola,l•.-N"'ao ·
« ~t. , ~:.: .A.lel _gara!lte, ~ela .eoncessao de quii exactamente .cingir-Di.e.áquellas d.ifterentes
~a pa!_f-'ll~~ o desco~rtdor~ ~ventor ou.. aper-. .eli!Ssi.fieações~ delioi!ÜD.aÇões .6 _ detalh~·"!Iue ·~ .
fe~o~d\>r de q~a1quer·mdustrra, a prop~Iedade encontramnessas;Je1s·· e a razao é bem s1mples,
· e_o uso ex~lus1vo de$Ua_ deseo~erta ,ou ,mven-· ·O.nobre· de~ut,8do_;d6;J,ec.etmm que_a _e;pr~o
çao._~ · ·. .. . . .· • -~-- ~ : · . _ e1~m~n.~ · s~gnllica.:;t.aml>Sm o JlnneJplo.:c_o;':' .
· -Eis.a_qru neste a.rngo o ·ãíre1to do aperfruçoa- Slitnti:v.o· de ~um~~ecto;.Jsto · é uma · de~o
do~te.ctiDhe.cido. · · uíuito commum· e , m~ applieavel ~ à:··tud.o-.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 16+ Pág ina 10 de 49
quanto é industri~L Os meios, a~ prites com- porque dizer que é invenção uma machina
ponentes constituem verdadeiros elementos;
Eis, portanto, a verdadeira signific.ílcão que
mais isto e mais aquillo; são disposições
renlm~nte não se coadl!llam com o nosso systema
que
a palavra elemento tem em materiadeindutltrla. de.legzslar. Vamos adiante, . . ·
(Ha diversos apartes;) Disse o nobre de~utado que o proJecto não~
Quando, senhores, .isto trouxesse duvida, ahi comprehende o certrficado de complemento ou
está a parte complementar do paragrapho que de reducção. ·
acrescenta; « Nestes casos compreb.ende·se a Senhores, o que 'é o complemento de uma
industria monufactU:reira ou agrícola e quaes- invenção ? Não é senão o seu aperfeiçoamento.
quer applieações scientifieas.. Ora, ~i complemento é aperfeiçoamento e si
Isto quer dizer: todos os productos indus- aperfeiçoamento é uma invenção, tem direito
triaes, os seU3 elementos e applícações. a uma nova patente. Eis o que dispõe o§ 2. •
Demais, isto não tem a importaneia que o· (lê):
nobre deputado lhe quer dar. Quando se tratar • Quem melhorar uma invcntão ou descoberta
de regulamentar, entrar·Se·b.a nessa série de tem, no melhoramento, os mesmos direitos que
pormenores que contém as outras legislações. cabem ao inventor ou descobridor. •
A nossa maneira de legislar em materia dessa Como diz o nobre deputado que o projecto
natureza não é se~elhante á dos outros povos. não comprehcnde o certificado de complemento
Nós temos o habito de estabelecer na nossa ou de reducçlío?
legislação os princípios geraes com aapplicação O SR. THEODOREto SoUTo:- Não fallei nesses
que devem te1·,e ªe pois o regulamento lhes dá o termos. ·
necessario desenvolvimento.
0 SR. BUARQUE DE MACEDO (ministro da a,qri-
0 Sa. FELICIO nos SJ.NTOS :-E' um pessimo cultura):- Foi o que ouvi; V. Ex. corrigirá
system:L _ tudo quanto· houver de inexacto~ ·
O Sa. BuAnQUE DE MAcEDO (ministro da agri- Qual~ o privile.gio'de rerlucção que devesse
cultura) ;..,...E' o systema da nossa legislação. · ser aqUI estabelectdo expressamente? E' certo
que ha legislações em que vem um certificado
O Sa. TuononETo SoUTo dá um aparle. de.reducção, mos este certificado se acha con-
0 SR. BuARQUE DE MA.CEDO (ministro da agri- signado tambem no projecto.
cultura):- Eu não faÇo questão disto. O que Demais é hoje uma idéa que e~tá inteiramente
estou dizendo é a maneira de expressar o abandonada, porque na· prati~ nã1.1 ha neces-
que vem a ser de$COberta,o que aliás é multo dif- sidade de certificado algum de redu.c~ão. O in-
fiei!, porque todas as definições que se acham nas dividuú, que tem um prh'ilegio, si não póde
legislações estrangeiras,todasellassão deficientes. exercitai-o no todo, póde perfeitamente com a
Era a razão por que.convinha ·antes ·que ore- sua patente exercilal·O em parte. O certificado
gulamento entrasse nesse desenvolvimento, por- de reduc~ão não é mais do que uma cessão, e o
que, para detalllarmos na lei tudo .que vem a individuo que faz cessão de uma varte de sen
--Ser--descober,.ta-ouc..in.v:ençiio;,-encher-iam:os,.peitr- -i-n:v:e.nto...a-tereei-ro,pMe-registrar-isso-na--repar"'-
menos, duas paginas do project.o que se discute. tição competente,como o projecto estipula. Para.
E' muito mais acertado que o regulamento que uma P!Jtente ou certificado de reducção ?
entre nesses pormenores. -OJ-Sil. THEODOB.ETo SoUTo : - Perdôe-me · o
Mas é esta uma questão em que não vale a cerLifiClJdo de reducção não é esse. · · ' ·
pena empe!lhar-me para vencer· , O Sn •. Bu.utQUE DE MAcEDO (nlinistro da a.qri-
(Cruzam·se alguns apartes.) · cultura):-Então o que é'l O que se acha esti-
O meu pensamento é este: é achar uma defi, pulado nas legislaç'ões estran~eiras como privi-
nição geuerica, deixando o mais ao .regulamen- Jegio de redução é isto: é um •ndivitluo que tem
to. Si esta definição não-está Mstanie clara eri- um privilegio para uma certa indu.~tria,determi~
tão aceitarei_aquellà. que par~ça preferível; mas n~da, que abr_e mão ?e uma _parte ~a su:~ indus-.
penso que nao ê mmto propno de uma lei d~sta· trta por.~u.e n~o Jhe e proveltOsa, !111:0 a_ qq.er ter-
ordem entrar em ~xemplos, eni discriminações, como pnv!Iegrada, redt~z o se~ prtviieg~o a parte
como f~ o subslltutivo. E' exacto · que assim- que. cons1dera essenc~al. E es~~- o cas~ .do.
se tew fe1to nas outras legislações, inas isto des- cert:.ficado de reducçao. Mas Ja figurar_ a~
tôa do nosso systema de legislar. hypCitheses que se podem dar com . relaçao a.
. . . .. . . _ reducção do invento. Porlanto o projecto con."
O. S~.. V:J.L~ADAREs . ....,... As leis casmstwas sao signa a idéa do aperfeiçoaroento·ou complemento
prejudrcraliSsima~~ estou de _ac.cõrdo com V.~x; . da .. industria, e qna_nto á . reducção. era uma
quero ~a deflniçao que attmJa o todo definrdo. medida que não valiaapena .adoptar·sob a fórma.
0 Sn,·Bu.A.RQUJli DE ?úCBDO (mini$tro :(ia agri- · de uma patente; quando muito O regulamento·
· cu_ltura):,..:..Bem; 'orn:emosadellniçãomais clara. poderá prescrever que o individuo. que faz uma
Já 4ei ~s-moUvos que; t!.ve para ~presa.ntal-a n~ 'reduc~o pa,,sç.a_ indust.ria priv .. ilegia.da· ..P.ós_§a.~
P!,OJectoi n~ meu· espmto J?ar~eu-me:· clara;. st obtei:' da r~part1çao eompet~nte uma dee1araça~
. nao. está; nao. quero que a mmha autondade pre- neste senlldo. Entret.anto s1 se .entender que. e
valeça; aceitarei uma, outra .. Fica V. ·Ex. ::ou o· necessario·· consignar isto na·. _lai,: e ·não. -faço .
. nobre autor·do suhstito.tivoimcumbido de apre- questão. · ' . . ··< : '·
sentaruma-:de.finição-mais completa. Omenpe:ó.- ··. Disse,o nobre deputado que o defeito, deste-
sam~nto é este: generalizar e deixar.que o re- projeeto está.em não fazer: do ~ertifi·cado" enti;;..
. ·gnlllffiento.exe!Dplifiqne.>Eis-aqui o que desejo. dajb diversa~. Eu não com.preh~Ji~?:',;a censura;: ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 16+ Pág ina 11 de 49
o· Sn. TEJEDo.EtETo SolJTO :-'-A minha idéa é vi duo privilegiado no estrangeiro d6 via ip,qo
. que a ~i deve ·considerar direito de proprle~ . (acto considerar~ se pri_yilegiado no ImpE'rio."e
dade nao sócca patente, como o certificado. q~e para.este fim se dev1a estaLeleeerconvenções
O Sn. BliARQUE ol! 1\fA.cEoo (ministro da agri· ~IJ>lomatleas. Senh~res, nuo ha duvida. que essa
cultura): -E' exa.ctamente o que está no pro· Idéa se acha. mais conforme. com . as que o
jeeto. Qnaes são os casos em que a lei concede n?bre deputado sustentou no principio do sen
·certificados? O projecto restringe 0 mais pos 5j. fhscnrso. Com effcilo, •admittir·se a reCiproci-·
vel,- e neste caso;· conforme os estados·mals aàian- àade nag convenções, embora nós não .fossemos
tad~s, a concess5o de p~tentes; concede patente os ~~elhor aq.uinhoados, é· um principio vá-
ao mventor e ao·apcrfeiçondor, e não foi além· dadetro e ace1tavel; mas eu, nesta materia
no mais concede cerLi~eaJo. Conccae aquill~ embora acrite neste ponto a doutrina donobrê
que~- E.x. cham;1 certtficado de ensaio, isto é, c}eputndo, não me deixo levar sómente pelos
um tttulo-dado ao. individuo que por qu:11quer principias in ·oca dos por S. Ex.
motivo não quer d~dt:\ logo fazer publica a ~na Não teria duvida e!p. aceita.r a medida si ella
descoberLa e precisa de uma garantia - nws n~.o esquecesse o que e proprwmonte fi se~ I. :;:ão
e~se tít~lo, qu~ é ~ uni co certifi.cado que
a sct, senhore~, porque o individuo privilegiado
leJ. cons1gnn, e~se tttulo firma para 0 -iuven- 1 no estrnngetro, que se estabelece em nosso paiz
toro direito de PY?Priellade;_ como, pois, diz J q?~ .é igunlmente privileg~a~o ~lei:x:e de _pagar
S_ Ex .. que o c~rLrlicado aqUI não garante 0 dae!Los, no passo que os pr1vilegwdos nactonaes
direito de propriedade? Neste caso o cerlificadn .têm de fa.zel-o. E' por isso que o projecto es~
durante um anno e mais uma llrorogação de t~beleceu de um modo positivo que os privile-
um :mno, garante perfeitnmente 0 direito do gwdt:s estr~ngeirCls têm t~mbem direito a serem
inventor; d'~hi por diante elle terá de tirar a sua privilegiados em nosso_ p~iz,121as pagando-os 1m-
patente,_porq!le d{!sJe que o projecto consignn po~t? e~penas comn hm1t.1çno no prazo dos seus
·o qne.:,nao exrste em out!'a~ 16gislaç9es;· ·a· pro· pnvJlegJ!ldos. Mas o nobre depnwdo quer que se-.
rogaçao de pr~zo rnra casos_ deõt~. natureza; J~mcons1deradosem nosso ~ai~ se_m onus algum.
desde q~e no fi.m <la prorogaç~o o individuo não lle.alme~te se o~ nu_.>s_os prlVllcgJOs ros~em gra ~
!enba amda tirado a sua pntenLe, por certo 0 t~IL(lS, ~~. nad_a st _ex1g1sse ~os nossos inventores,'
mteresse ~ublico exige que,não se garanUJ mais nao bavta n1":5íl m~miyemente nenbn~; mas,
essa propnedade incubada que tem o inventor. desde que assJDl nao e, devem estar suJeit)S ao
Nesta parte é, pois, improcedente a censura do ~esm? ~nns que os privilegindo; .na!liEn:~;cs. A
nobre deput~do. d1~pos1çvo que b:~ n estíl l'espetto nuo e outra
· Quanto :10 pririlcgi'l de importação, creio que senão ~sta (lê) : . . _ ·
o npbt·e deputado _nchou boa a disposiçiio do •_§ 3.• ..P~d~m obt~r patente de lll<r~nç:'loou
pro~ecto. Ma_s po_rque procedi desta fórma no d_e Imporwçao os _n::cJOn~es ou estranrre1ros, re-
proJecto ~ Ju o d1sse no meu relatorio e em sulentesno lmiJerw ou fora delle, desde que sa-
•um aviso que expedi a rcs peilo desta mnte 1·in ; ti~fizerem as prescriptões desta lei e do r:espe-
_el}tendo. que não devemos consignar privile· cllvo regulamento. • . . . ·
~nnttnl:tu-c~·atrn-u--oeíln[Rn'tll~'o- Híall.-s-0-s:" D~-!O~W<tta--:l.iJ&l-e-15t·mj)l~sm-ente--d·e--u-ma-·-
porem, em qne uma industria SÓ poderá
1m~ortada c:om grandes sacrificios e dispendio
ser
lliOd!da dO lg~~~d~dC: · . _ .
E' ape~as, _~r. presJdc~le, _S~jellar o InVentor
elo lmportudor; e neste CliSO ninguem virá es- cs~r:~ngea·o a. mesma d~spos1~ao a que se. acha
. tabelecer no paiz uma industri:t de semelbanLe SUJCito o nr.CIOJwl. Ass1m nao ha necess1d~do
·natureza sem ter cert:ts s-nr(,nLins. . des.sas con-venções, nem da meilida com agene·.
t~'Pa!:t estes c~so? exoeJlCionaes, é que eu en· ra~1dado q.~l~ quo~ o nobre deputado.~~nlmcnt~
tendt que ucv:~a mt~ri'Jr 0 poder legislativo; ai., uns escrJ!)torc, S)lStentam·n~, .cvn~o ~11sten·
el.J~ ~ne aprecie, como ·pode L· supremo, as con- lam até em. nosso p:ll~ que os, puvJlegJOs devem
d•.cues, em que so ~óde fne~ ~ma_ exc.:pção :í ser concedidos gratull.~mentt_. . .
le1 para conceder, n~o um pnvllegio de inven- O nobre.• àepu~ado tl!z que o proJecto _exclUIU
ção, mas um Yerdadeiro privilegio úe indn •. os.planos ~nanqnrMz os meUwdos de ensmo, etc..
tria, um priviiegio <Jlé certo ponto nocivo a~s ~ss~ é uma queswo um p~uc_o semelhan!e
consumidores. Sem i:ito, . embora este princi- aquella: de _que ba p~uco t~ate1, e UI_lla qu~stao.
pio do privilegio de importac~o se ache con· de ap!lhc~çno. O.proJetto d1z o segumte (lê): .. ·
sign~do em·muitaslegishtçõe~·estr 3 ngeiras, cn- ,- • Ft_e~m ex.clUJdos_.?s methodos ou processos
tendt que, coru as grandes i:~cilidadcs que le· cxclusnanwnte LheO!lCOS. • . . .
mos,.como ttle"'rapho e a nave/l'acão a vap Bnsta que o regulamen_to ~1ga : COUS1~era~se
·
n~o 11.recisava.mo~ absolutau1entti':cõnceder Jl~l: processo a meLhodo theonco 1sto ou aqp!llo. o
VI1eg10 de semelhante natureza.; sobretudo 0 nobre depu~ado .c~mpr~hende ferre1tamente
poder e.x.ecutivo .nTio o. deve fazer, allendendo porq1.1:e o pr~JEC_to.. nao .tratou des-e ?ssump~o.
que sen~ uma arm:~ poderosissima para se· abu· O pro~e~to nao.Ie':ul~ senao . o que. ~ p~opr1a~ .
s~. para_. se sacrificar m~itns .~ezes os verda· n;ent., mdustrral .• n~o ~rata de prlV!legl~ para:· ..
detra~ .mteresses da cl~sse ~consumidora 1~.ethod.o de ensmo, pt acesso on proprtedade .
( Apowdos. ) ... · . · htteran?• como melhor nome tenha- . .
··A' ' .· . : ·. . ·. > _ · . Paree1a ao nobre deputadoque, a semelhança ·
• m.dn . o n~bre deputado ms1stru.nos princi, ' do qne existe nas•outras \ecrislações: .a• taxa de-' :
p1os mternacw_naes para tra~r do~ privilegio~ via ·ser proporcional. Esbt · niedidà não iem
. ~o~cedldos aos mventores res1den~es no _estran. grande, imllortancia ,Limita-me a dizer. que ado-
.,etro. A ·S_ Ex:•. pareceuque.·~ao ·dev1a,.:para ptei o que se r.ehava estabelecido no]laiz o que •·
este caso, haver nenhuma·condJçao; que·o indi- , é mais conveniente-aos interesses do fisco; Niío
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 16+ Pág ina 12 de 49
tenho nenh!J-ma razão capital pará impugnar a que seja obrigatorio raquerel ~o na côrte. Ore-
medida a nao ser a da melbot fiscalisação e co, gulamento prevenirá _este ponto; mas não faço
I;Jrnnça da taxa. Parece-me preferível ser a taxa questão que o ponto fique esclarecido no corpo
fixa,comoj:i exist~em nossa legislação fiscal e dopr 1jecto. Como a disposição se acha consi-
coruo se determma annualmente eni nossos gnada, os presidentes de província· não ficnriio
orçamentos.- · inhibidos de receberem as petições que lhes
Tratando do processo, o projecto deixou-o ao forem apresentadàs, para remetter ao governo.
regulamento. Creio que o nobre deputado esto- o· que elles n1io podem é conceder o privilegio·.
belece no seu substitutivo algumas bases.Discn· E os presidentes de província estão na posse
tir desdej:i o processo e ~stabelecer mesmo algu- desta ~ttribuição. ·
mas bases não teria inconveniente, mas devo crer .Qualquer individuo póde requerer nas pro-
que a camara pensará como eu, que é preferí-vel vincias, vindo o requerimento ao governo ge-
deixar esta materia ao regnlamento, que o fará ral. .
com o. maior desenvolvimento e em todas os • o privilegio .deve ser cedido por todos ($
seus pormenores. meios• lembra o nohre deputado.
O Sa."TaEooonETO Souro : - E a parte pe- E' jusLamentl.l o que está no§ 6.• do art. J.•
nul ~ do projecto (lii): ·
O SR. Bu.ARQUE DE MACEDO (ministro da • § 6.• O concessionario da patente póde dis~
agl'icultura) : - A parte penal fot até tirada de pôr della por qualqu.er dos modos permittidos
nossa I~gislação, da lei das marc~s. .-. na legislação, cedendo os seus direitos, no todo
Disse o nobre <leputado que o peticionaria de ou em parte, a um ou mais indivíduos. O con·
um privilegio dere indicar o prazo por que o cessiouario, porém, "não poderá gozar dos di-
requer. Ha de-o fazer; não é preciso que a .reitos do patenM, emqu.anto não registror G
lei disponha. E' materia inteiramente r-egu- acto da cessão na secretaria de estado dos ne·
lamentar; o regulamento deve dizer: o peticio-- ·gocios da agricultum, ccmmercio e ·obr~s pu-
nario terá de preencher ta~s e taes condições. blic~s.
Demais, ninguem vai pedir um privilegio sem < Fica entendido que a desapropriaç5"o por
dizer por que tempo. utilidade publica abrange as concésões de que
O nobre deputado quer tambem que as proro- trata a presente lei. , ·
gações·sejam dt1das por lei. :M:a~,senhores;não ha Creio que não póde haver nada mais ampl[}.
nenhum inconveniente em que as prorogações
sejam concedidas .dentro do pr3zo m~ximo pelo O SR. THEoDORETO Soaro :-Parece-me que
governo. Qual a razão por que 0 governo não não objectei esta disposição. •
~s ha de conceder~ Desde que o não puder O SR. BUARQUE DE "!\IACEDO (min"ístro d·:t aJI'i-
fazer, e a essa tarefa se incumbir o poder legisla- cultuta) :-Pareceu-me que V. Ex:. accusava
tivo, o primeiro inconveniente que se ofrereco uma lacuna neste ponto; mas p~ssarei adiante.
é que, na maior parte dos cosos, o governo só Disse o nobre deputado que se deve provar a
considerará o rnuximo dos pra1os, e os peticio- cessão antes do privilegio.
---narios-sú-reclamariío- e~se maximo, ao passo :Irias, senhores, não ha nada absolutamente
que industrias se podem npresentar para cujo que cllame para este ponto ~ intervenção do
privilegio se póde dar um prazo pequeno que goV'Iirno. O individuo que vai ter um privi-
depois de justa reclamação será alargado. legio : que tem uma in>encão, mas que nno
Industrins ha que reclamam um prno.peque· está ainda na. posse .de uma patente, nada tem
no para seu desenvolvimento, mas, pela·uecessi- com o governo. Não vt>jo nec~ssid~de de dis-
àade .que têm de fazer grande emprego de ca- posicão especial em lei. E' questão ile esori-
pital;pódc ~contecer que esse pr~zo primitivo p~urapublica ou de contrato particular. A in-
não sej~ sul!iciente, ·obrigando o interessado 3 lervenção do governo começa com n concessão
pedir nugmento. da patente ou certificado da gamntia (lê):
Para que sujeitar ás delongas do poder legis· < Reciprocidade d~ direitos; cessàa por partes. '
I ativo urna proroga~o .de prazo, quando o go"
verno póde ser·j uiz nesta materia ? E' ussim que E' simplesmente uma questão do clirúito com-
dispoem todas ns legislações relativamente a este mum, que niio tem necessidade ·r1e ser regtllada
assumpto~ O go-verno concede essa prorogação por esta lei. . .
dentro do maximo _que a lei consigna; sómente Sobre a indivisibilidade de direitos Jo cedente
em casos excepcionae;;, quando é preciso exce· o cessionarios, o projecto nada diz ; mns ~ res-
der aquelle maximo, é que 0 inventor prlvíle- peito de todas ns disposições de projecto qua
gi3do devó recorrer· ao poder legjsbtivo. não suo contrarias ao direito commu.m, rege o
E a disposição do projecto é cousequenciu mesmo direito ; não ·podia éstabelecer exce-.
da faculdade que tem o governo de conceder o peões. ·_
maxiruo dn llrorogação, Si o governo es:i na' O nobre deput:Jdo tr:~tou das licenças obriga·
posse de~ ta altribuição, a p1·orogação. dentro do torius .. Pareceu-!be que esta materi:~ .era. de
maximo ·é · con.sequencia .·do ilire.ito . reconhe- gJ'ande alcance e qu~ ·devia ser consignada no
tido (lé): · · · .. · projecto. ·
•Reqv,erer o p1·ifJile_qio per·ante os pásidenles O qua' iem a ser licença obt:igatori:i '!
de provincias,• lembrao nobre· deputado. Umindividuo exerca uma industria privile· , ·
Não tenho duvidaa oppõr, élembrnnç,a acei· giada. Entende o governo,. por ~eu. unico
tavel; mas quando o projecto consigna • re- arbitrio, (aqui parcce·:'que~ o· nobré depu.tado
querer privilegio ao_:_ governo•, D_ão se segue não quer a intcrvenç"Dó~dó·poder,.judiciario) que
Càna ra dos Oepli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 16+ Pág ina 13 de 49
essa industria: não é exercida de .;uma maneira Confesso qUI! o nobre deputado não me con-
util e conveniente, e impõe aobrig'áç:1o de ser· a venceu de que não honvesse clareza no:> casos
exploração ou:.parte della commettida a terceiro. de nul1idade estipulados pélo projecto. _
E' certo que disposição desta ordem figura em Não áchei onde a sua censura fosse justificada
algumas legislações , :por exemplo na Alie-- quanto á publicidade. Eu tambem me contento
manha; mas o caso é mteiramento diverso do com o que está no§~- • do art.• 3.0 ('lê)_: ·
que se passa entre nós .. Desde que h:~ um < Tres mezes depois de expedida a patente,
direito de propriedade garantido, como nós será publicada no Diario Otfioial a descrip~o
garantimos em materia de privilegio, desde que do processo ou dos meios inventados para obter~
o -projecto, r~sp~itando o preceito_ CO,!I-Stitucion_a!, se o product<i industrial. Antes dessa publiqa·
consign'a ~ du·eito de desap~opTiaçao vor ut~ h- ção não é licito ao concessionario fazer· uso',
dade pul!hca, a que vem a- hcença obngatorra? commerciar ou applicar o pro dueto privilegiado.
Ella figura na legislação d3 Allemanha como • Os modelos, plantas, desenhos ou amostras,
citei; mas alli, não ha o- direito de desapropria- serão no fim deste prazo remenidos para algum
ção senão em ·cer'los e determinados casos. Ha dos estabelecimentos publicas mais apropria~
esse direito, por exemplo, quando se trata de dos, emquanto não fõr creado museu especial,
privilegoios para exploração de substancias explo- onde serão expostos ao estudo dos intere~sados,
sivas; de materiaes de guerra, armamento etc., que poderão tirar ou obter a respectiva cópia. •
para c-ertos e determinados casos especialisados Creio que não é possi vel exigir mais na lei para.
na propria legislação_ -
a publicldade ; e portanto, o mais que houver
:Mas aqui o cnso muda de figura ; e o que poderá ser desenvolvido no regulamento. ·
- ácontccera.? Póde !!ar-se o· caso em que além Censurou o nobre deputado a uniformidade
das condições prescriptas na lei para desapro- dos prazos, dentro dos quaes o concessionario
prinção por utilidade publica, outro h:•ja em deverá usar a' sua industria~ sob pena de perda
que o governo tenha a necessidade de obrigar do privi!eg io. .·. -
o individuo a explorar melhor a sua industria; O nobre deputado entende que deve haver
mas isto é, sem duvida nenhuma, uma limita- uma gradação. ·-
ção injustificavel ao direito de propriedaàe.
0 SR. THEODORETO Souro .-Justamente.
Que importa ao governo e ao paiz que um in~
dividuo explore bem ou mal a sua industria 'l O SR'• Bu.A.RQUE DE 1rlACEDO (ministro dO, agri-
cultura) :-0 fim que S. Ex. teve em vista fica
Si o fizer de maneira nociva aos interesses preenchido desde que é livre ao governo atten-
geraes, ba o direito de desapropriação a que der -ás condições de força maior, aos motivos que
recorrerà o governo. Obrigar a co-participação fizeram com que o inventor não explora~se a
àe terceiro nas vantagens do privilegio, é uma sua industria dentro de certo e determmado
excepção injusti.ficjivel ao direito de propriedade. prazo.
Portanto, esta licença obrigatoria, qcte figura-na
legislação oilemã, não tem razão de ser entre nós. Quizera, attendendo a outras not~s que tenho
Seria um verdadeiro attentado. aqui, fazer um estudo restrospectrvo do pro·
jecto substitutivo do nobre de~utado ; mas! do
O SR. Tm:ononETO So'OTO dã um aparte_ que tenho dito, a camara tera comprehenelido
O SR. Bu.A.RQUE DE MACEDO (ministro t!,_o a,qri· qual o meu modo de pensar a este respeito.
cultura) :-Senhores, .todas estas questoes são c Portanto, só me resta agradecer a benevo-
muito graves, mui_to importantes, e o nobre de- lencio. cJm que fui ouvido, e pedir miL des·
putado_ pó de flear cerLo- de que si estou ex- culpas ao meu distincto amigo deputado pelo
pondo todo o meu pensamento em relaç1io á ma· Ce.mi, cujas idéas tive _nescessidade de impu-
teria, não só o faço pela imporwncia do -pr:oje· gnar. (Muito bem! Muito bem! O orador écompri·
cto, eomo;porque o nobre deputado fez um no· mentado.)
tavel_discurso que merecia uma resposta muito
mais completa do que a minha .•. A discussão fica adiada pela hora.
O Sn. THEonomo Sotrro :-Não· apoiado. O SR. PRESIDE!'i'TE dá para ordem do dia 2~:
O SB. BuAE.QUE DE l\IAcJ1:DO (minis_tro da a,r;ri- :VotaÇão dos projectos ns. !50, H2, 96, e 93 A~
cultnra-) :- . _- mas faca tanLo quanto as minhas de !880, cujas discussões ficllram encerradas,-so·
forças D,)e permittem. • bre CI"edito ao ministerio da agricultura, contas
Não podia deix:arpassar o discurso do _nobre de Urias Antonio da Silveira,. matricula de.estn-
deputado sem resposta, porque S. Ex. estudou dante, e credito ao ~inisterio da.fazenda.
muito a questão, consultou a legislaÇão estran- Discussão unica .do p:irecer da commissãi> de
geira, procurou ver o que melhor se podia policia sobre a -publicação dos Annaes de :1.835 a
adaplar ao ·nosso paiz, e tratando-se de uma -!8(1JS e mais a de 1833 ~ ··· ·
materia desta ordem não podiaconservar-me .Continuâcão da3.• discussão do_ projecto iM
· ·silimc_ioso, e é só por isso que abuso,. com uma sobre privilegias indri.striaes_ ·
desap1edade sem exemplo, daquelles que me
ouvem. (Não apoiados.) · _· - . _E as. deinais.m:iterias uão discutidas das . Gr·
.dens d_o dia !2 e.23 do corrente.
. Mas vali concluir j )á -v ejoque rião -posso ir
além, porque a hora está dada,. emesmo preciso Levàntou-se a sessão ás.i horas.
dar uns pequenos saltos nas minhas notas, sem
o que não acabarei. , . ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 17 +Pá gina 1 de 15
oecorridcs na cidade de S. João d'El-Rei, onde O-Sn. PnESIDENTE :-V~ Ex. está expondo os
sou morador. · factos ; interrogue o Sr. ministro.
O SR. PRESroBNTE:-0 nobre deputado o póde O Sa. GALDINO DAS NEvEs :- Estou expondo
fazer em muito breves palavras. . .. . ....... . _muito perf~nctori~mente: .·
o SR. -GA~~JNO ~AS NEVES::..:..Sim; seii.liõr'"i-eti r··--o.. sii; ··PRES~ENTE :-~ras não P.~sso consentir
que ass1m contmue; deve apenas 111terrogar•
mesmo quero ser muito breve.
. . " 0 Sn:iln:E$iDE!\TE:_;;,Não sei si o Sr; ministro f 0
quert:rá responder.
s:.
aze_n o. .
GALDINO DAS NEVEs :-E' O que estou .
.
· . • . .. . .Dias depo1s _appareceu um grupo de portu-
0 Sn-: ~ALDI:iO DAS. NEVEs.-N.;,turalnlente gnezes armados, que andavam pelas runs a fazer
_respo_!ldera, porq_ue cre1o que o pode fazer em aggressões . Esse grupo foi notificado pelo de-
relaçllo aos nego_ClOS de que vou tratar. Desde le••a do de policia pnra que se retirasse e nessa
Já declaro que nao quero tom8r tempo á casa. occasião foi. preso um que se achava armado.
Si Y: Ex., porém, julgar que eu o nõo posso Dahi « pouco apresentou-~e uma porção delles
fazer sem requerer ur~enci~, en:1 pedirei, como na cadeia da cidade, reclam:mdo a entrega do
fez o metl nobre coJlega, que acaba de sen- pre:so, e, como o delegado não o quizesse fazer,
lar-se. o grupo a a ~mentou, se, a ponto de reunirem-se
o Sn. PnsstDEliTE:- v. Ex. formule as ~uas perto de ~00 portll:l{Uezes armados. Compare-
peq;untas. Si o nobre ministro responder, eu ceram alu as autO!I_aades, .o pr?~otor PU;b!ico,
deixarei v. Ex. ir com a palavra por diante; o dele~ do de pol•c1~ e o d1gno ]Utz "O;lUlllCJ_p~l,
mas, si o nobre ministro eulender que nãGdeve que nltlmam~nte fcn no~~do a 8pra~\mento de
r~sponder, não ·posso consentir que v. Ex. t~d~s os partldo~ e que !a se ach~; e um moço
cont;nue. diStl;ncto que nao tem hgação nenhuma com os
. , _ . · partidos que se debatem naquella cidade.
O Sr._. GALDINO DAS NEVES.- S1m, sen!1or · Creio que o nobre ministro deve ter conhe-
As m1nhas pergun~a~ resu~em-se no s~gumte: cimento destes factos, porque consta-mil.que
saber ~o nobre mmtstr~ SI tem n~ttcla dos essas a!llo~idades já offici~ram ::.o digno minis-
~contewuentos d_eplorave1s, q:!e ulL\ma!llente tro da JUStiça e tambem ao nobre ministro da
se t~m dado na mdadc de S. Joao d'EI·Be1... m:~rinha. Quero, pois, perguntar ao nobre mi-
OSn. FnEITAS Coll'l'tNHo:-São ·publicas e no- 1 nistro si tem conhecimento ...
tonos . O Sn. FnEITAS CoUTJNHo:-Conheclmento tem,
o sn. GALt>INO DAS NEVES--.•. e que são pu- porque os ractos foram publicados nos jornaes;
blicos e._notorios. o que deve perguntar é:-"- Quaes ·coram as
Ha multes dia~, Sr. presidente, que estou medidas tomadas _!~elo governo?
com a palavn, mas aconteceu não ter havido .O StL G.u.DINO llAs N:&vES:-Não posso.pôr
ses>ão e ter depois a casa votado urgencin para em duvida, Sr. presidente, o interesse que o
os nobres deputados que occuparam a sua at- nobre ministro da marinha, mP.u digno t•migo
t~nçilo, não podendo eu ainda occupar-me deste e conterraneo, tem não só por aquella localidade
negocio, que é importante. como por todos os lugares deste Imperio (upoia-
OSa. PnESmENTE:- Peço 3 v. Ex. que for- dos): deposito plenn confiança no cavalheiro
m 1 · 1 · · que gere a importante p3sta da justiça e sei
u e Slmp esmcnte as su~s psrguntas. qu,e S. Ex.., logo que tiver conhecimento desses
O Sn. GALnrxo oAs Nsvss : - Sim, senhor. disturbios, ba de ·dar as providencias que o
Pergunto ao nobre min·istro, que é nosso con- caso exige. (ApoiatLJs.) . . · :
terraneo e vizinho daquella, cidade, onde tem Não faço com isto, Sr. presidonte,-nenhuma
uma parte de sua familia, si tem noticia do~ censura ás autoridades da província, porque
graves :tcontecimcntos que ultimamente ahi se ellas, tendo eonbecimenlo desses factos, que
têm dado, tendo apparecido na praça publica lhes fornm communicados de S. João de El-Rei,- .
portuguczes armados, em numero de mais de- ma!!daram dizer que não tinham Iorça e que já
~00. · · ha·vram remettJdo a pouca força de que dispu-
O nobré ministro da marinha sabe que depois nham, isto ~. cerca de 22 praças no mando de ·
que esses porrugcezes tiveram intervenção in- ·um offici;Jl, mas que evidentenHmte não cbegil
debita na eleiçiio a que alli se procedeu para a para impõr o devido respeito e conter em seus
ca m:ll'a municipal ficaram de braço alçado, e desmandos um grupo de 300 ou -iOO homens
hoje não querem obedecer ás autoridades legal· armados. ·
mente constituídas. . Sr •. presidente, si o incidente fosse de effeitos
·. S. Ex:. deve talvez . saber que~ ha pouco sdias, passageiros, eu~ão recbmaria; mas a esh·ada de
~presentando-se um delles a fazer desordens ferro·acba-se :unda a quatro leguas da cidade,
em um - 1 d - -11 - h- · 'd d .e por um ou dous annos· ainda teremos a ·per-··
. Clrcu o e cava m os, a autorJ a e in· manencia . daquelles . trabalhadores que·trazem
tJmou-lh~ que_ SI! retirasse, e logo, immediata· em sobresalto a população, gue aão ·so jUlga-se- .
-mento,_COID!IIIJ;ecen O presidente da directoria gura em ·SWIS Vidas e na honra de suas.fami•
d~ estrada de ferro, o Sr. Dr. Ametinno Mourão, lias. . - _. · .__ , .. .
d1zend~ que s_ e !espon~abiliSilva pelo .preso, o
' qual levoo. coms!go. D1ante de um grupo de O SR; PaEsti>ENTE : .- "V. Ex. já formulou suas
portuguezes armados, o delegado de policia perguntas '1 · ··· · · · . .-· ·
d1sp~udo de ·uma força diminuta, não teve re~ O Sa. GALDINO D_# NEVES : -:- Sim,. senbor,
mecho senão ceder; cedeu á força bruta~ e espero a resposta do nobre ministro. .
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 17 +Pá gina 3 de 15
O Sr. Lilna Duarte (ministro àa ma- Com éffeito,o bonradq ministro de estrangeiros
rinlia) :-Sr. presidente, entre varias cartas que nos declarou que a reclama!}ão .feita pelo go-
recebi de S. João d'Elrei, existe uma do digno verno . dest3 republica no sentido de arastar .da
promotor_publico da comarca, dizendo que ti· fronteira. do Imperio o Sr. coronel . Latorre,
nha alli apparecido um grupo de 300 portuguezes tinha sido retirada e após uma tal déclaração a~-··
armados. em frente á cadeia e resistindo ás or- todos pareceu que semelhante negocio termina·ra
" __dens_d:Úut.oriilade policial. Esta carta veiu para ambas as nações.. do modo o mais lison-
acompanhada de um o.fficio dirigido ao no.· geiro.
bre ministro rJa justiça, dando conta desse Lendo hoje, porém, a Gazeta de Noticias, vi
acontecimento. Immediatamente dirigi-me ao que o discurso que o nobre ministro de estran-
presidente da provincia de Minas e ao respecti- geiros aqui proferill em resposta ao que lhe
vo chefe de policia, chamando a attenção dessas dirigi, offereceu ensejo a se publicar uma carta,
autoridades rnra o facto, e reMmmendando a que,no~ redactores de uma folba de l\Iontevidéo,
expedição de ordens as mais terminantes, para endereçou o Sr. Requena y Garcia, ministro
·que cessasse aquelle esuid~ de causas. Ao mes· das relações exteriores ; peço licenç:~ para
mo tem~JO o honrado Sr. ministro da justiça, lel-a:
solicito em tudo quonto póde influir parn n • Meus senhores.- Li o artigo que hoje pu~
manutençiio da ordem publica e respeito á lei, blica El Plata, sob o titulo-Sobre a interna vão
expe.J.in offictos nos· juizes de' direito e munici- do coronel Lutorre-, e devo observar-lhes que
·pal de S. J'oão, recommendando-Jhes que dessem é irn!(J)acto que esse assumpto esteja terminado,
toda a forç::t moral ã autoridade policial, auxi- nem que o governo orientnl tenha à~sistido,
liando-a em tudo quanto fosse conveniente. quando, ?elo contrario, em nota de 9 do cor-
Além disso S. Ex. providenciou desde logo rente se replicou á resposta do Sr. ministro dos
sobre a J~artida de uma força capaz de mailter negocias estrangeiros do Imp~rio, insistit~do na
:1 ordem publka ame\.'ada. .
São estas informacões que posso dar ao nobre internação. Despacllo, Novembro, i6 de :1.880.
deputado. . -(Assignado) Requena y Gar~n'a. •
O SR. PmmDEN:rll (ao Sr. Galdino das Neves): Sí nenbum inconveniente ha para o paiz,
-0 nobre deputado esta satisfeito? desejaria conhecer com exactidão os disposi-
ções do governo, relativamente a esta questão, e -
O Sn. G!LDINO DAS NEVES:- Estou muito sa- que se me declarasse o que ha de verdadeiro na
tisfeito. asseveração feita pelo Sr. Reqnena y Garcia na
O Sr. Je;:onyDio JardiDI (pela
carta que acabo de ler.
Aguardo a resposta do hOnrado mini$tro de
ordem) renova o pedido que já fez em sessão . estrangeiros, para depois voltar á tribun~ si
anterior para que seja dado-. para ordem do dia assim o julgar necessario.
um projccto que trato da exploração de·algullS Creio que é isso permittido pelo regimento.
rios do Brazil.
· Si não estivesse convencido da importaneia O Sn. PRESIDE~TE:-Em breves termos. (Ris,l.)
dn materi~ e do alcanM·do projecto em relação O Sr. Pedro Luiz (ministro tle cstran-
. ao paiz e especialmente á provincia que tem n geiros):-Eu pudera deixar de responder desde
· honra de represen,ar, não insistiria no seu pe-
dido. já ao nobre deputado ~obre este ilssumDtO: n
negociação travada n respeito·da internação do
O Sn. PRESIDENTE :•-0 nobre deputado serã coronel Latorre está pendente, e assim não estou
satisfeito. · -· · · · habilitado para satisfazer completan1ente a S. Ex.,
O Sr. Freit.a.s Cout.lnbo (pela Ol"· apezar"dos meus bons desejos. .
dem ):-Sr. presidente, estDmos hoje em maré Entretanto, tal é o respeito que voto á camara
de pergunt.as dirigidas aos .nobres mintstt'os. e ao meu amigo. e colle"ga, tal a intportancia que
· Cabe~ me, como no honrndo deputado, que me a imprensa do Rio da Prata, e sobretudo a de
antecedeu na tribuna, fazer urna perguntn ao Moutevidéo, tem ligado a esta · materia, que eu
governo, na pessoa do nobre ministro de estran- não·quPro eximir-me do dever q_ue me eorre :de
geiros, ácercn de assumpto que já. aqui foi de- esclarecer quanto possa as questoes que me con-.
batido: peço á V. Ex., Sr. presidente, que me cernem, ossim como não desejo privar-me do-
.diga si nos termos do regimento encontro apoio prazer de corresponder ás vislJs do nobre de-
para o desempenho deste meu dever. putado pela minha proviilcia. . .
, Sr. presidente, quando interpellado por S. EX:~
O SR. PnnsioENTE :-Em termos breves. a respeito da internaÇão do coronel La torre, fiz
· Em unr.:dos ultimos dias de· sessão solicitei a narração, embora summaria,. de todas as
do nobre ministro de estrangeiros informações occur1·encins havid3S, que se reduzem ao se-
sobre o que havia de real n respeito da interna· guinte : ogoverno oriental reclamou a iD;ter-
ção do' Sr. coronel La torre. · . nação do coronel La torre, que se ~chn na crda~
S. Ex., em respost:l dignou-se desenv,olver de de Jaguarão, e o governo hrnzileiro,·em ul-
os prinCipias :1. que n<\ sua opiuião deveria se tima. analyse, cCJnsiderando os fundamentos . e
subordinar essa delicada hypothes·e e entre outros documentos da reclamação, deliberou respon::
argumentos, que produziu, accentuou exacta- 'der negando-se a tomar estamediila, -po_r .iss~
mente um, que a meu ver deveria cortar pela raiz que rião se achava. demonstrado que_ o coro-
qualquer pendencia, que a-respeito daquelle co- nel La torre consprrava . ou perturbav?< a paz
ronel. porventura existisse entre o Brazil e a publica, quer da província ·em que se acha,
Republica OrientaL · quer do .Estado Oriental. ' · ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 17 + Pág ina 4 de 15
_-\o terminar o· meu discurso, disse eu então conspirando. nem .o g<t:v.erno oriental dá.CQD.ta
que me parecia, à vista da~ razões dadas, jã por de movimentos aggressivos de _La torre eont,::a 1'
meio de notas, já em conferencias co~ o_ Sr. Sa- Estado Oriental. .
gastume,que·mc parecia que o Sr. m1mstro das oSR. CAMARGo.:_ Apoiado.
:relações exteriores· do Estado Oriental nâiJ in·
.sistia no pedido de internação, e $Ómente de· O SR .. PEDRo.Lmz ~ministro de estran.qeiros~ _:
sej;rva que o nosso governo impedisse qualquer -0 governo 1mperlnl acha-se por emguanto,
movimento por parte do coronel Latorre ten- neste-ponto, .~omesmo proposito que~ já teve .a
dente a ·perturbar a paz. no estado vizinho. ·honra de m~n1festar a esta augusta carilara·; não
Tenho dados que poderei apresentar e SU· quer isto, .porém, .dizer que deixe de tomar em
jeitar á apreciação da camara, nos quaes me subida. ~onsíderação a nota recem-cbegada, que,
.fundei para alimentar a idéa de que ·O governo desde Ja o declaro, nada .contém que possa de
oriental n5o insistia nesse pedido de internação. leve sequer ofiender o nosso Illelindre.
E com effeilo, Sr. presidente, essa confinnça, Reservarei ,para occasião azada quaasquer
'qUe eu demonstrei estribado em .declarações observações que entenda convenientes _e neces·
positivas () não em simples presumpções, foi sarias sobre as declarações que possa ter ft>ilo o
comprovada pelos factos que occorreram, Sr. Requena Y.Garcia no congresso oriental,
:Porque desde então até hontem nenhuma recla· qunndo, tratando do coronel Latorre, referiu-se
mação, verbal ou por escripto,me foi dirigida .ao que eu disse nesta cawara. ·
insistindo na internaçiio do coronel Latorre. Nada avançarei nessa ma teria sem eahal co-
Apreciarei a carta do Sr. Requena -y Garcia, nbecimento do occorrido. -
publie<tda hoje na Gazeta de Noticias, e que o Sento-me, Sr. presidente, com a firme crenca
nobre deputado acaba d~ .ler. Comquanto não de ter.desvanecido do espirilo do nobre deJ?U·
seja,r)eça o:fficial dirigida a este governo, estimo tado a idéa de ter eu, quando respondi aqm ás
ter occasião de explicar· me sobre a sua materia, suas perguntas, affirmado sem base (não apoiados)
em bem da verdade e de minha dignidade qualquer proposição relativa a um gra1re ;as-
tambem_ sumpto, como este. Não levo em mira Jazer.o
Vejo pela notiCJa publicada que o honrado maisJevereparo ao Sr. Requena y Garcia, que
ministro das rel<lções exteriores do Estado' na sua carta evidentemente não referiu-se ás
.Orientalleu perante o congresso o meu discurso,, minhas palavras.
··ao q_u~l me referi ba ·pouco, •e mandou em: Assim respondendo ·ao nobre deputado,· dou
segmda ao diario El Plata uma carta, em que, · satisfação de mim, e julgo tambem ter prestado
referindo-se ~ um artigo do mesmo diario sobre a um governo amigo, como é o do Estado Oriental
:a internação de La torre, diz qne é ine:tacto qn.e do ·qruguay, a ·homenagem que lhe é devida.
·tenham terminado as negociações sobre aquella ·(Mu1to bem; muito bem.)
i~ternação, e annuncia que nessa da.ta.me diri· ; o Sr Freitas Coutinho;- Corre·
grra um~ nota reclamando. essa medida. · d · d d 1"'
,Assim pois, o Sr. Requé:Ja y.Garcia contesta w~ 9 ever e ar~"' umas exp waçoes ao no re
r -· b
uma asserção do diario El Piata. ml~~tro dos estr~D;oe1.ros.. .. . . •
Devo entretanto eu, ,envolvido no debnte, af- ri hora ~ppostclonlSta ~ polittca ~o ~mmste
firmar, como:affirmo agora,que nas palavras por 0 • e~tendJ sempre que na~ ~ra patr1011co çrear
,mim proferidas nesta casa não se CO!lti!.m as emba~aços aos honra.dos mm_1stros por l!leto.de
Jl.Sserções aLtribuidas ãquelle diarici, .nem pode· questoes de carac~r mt~rnactOnal, questoes q~e
-:riam el!as soffrer .contestação por :parte :.do po~~arn n~ !eu ultJ.rnO u.e$~nlace. trazer co~ph-
.Sr. Requena y Garcia. · ca~oes de.a.,_!'adav.elS ~o pa1z e_ por ept pert.,o as
o qne disse então repito agora. nos~as relaço~s. com _as pote~c1as am1gas.
Parecia-me, quando•fallei em princípios dest~ 'O nobre 'mm1stro Já tem dtsso a proya.
mez, que o governo oriental.não desejavain· No dia em que appareceu publicada em .uma
sistir no pedido de-intP.rnaçào de.Latorre. das folhas de maior circulacão desta capital a
Podia e,posso, para justificar.esse .meujuízq, carta assignada pelo digno ministro dos Estados
-addnzir elementos e provas irrecusaveis. Si. o ·Unidos o Sr. Hilliard, qneofferecia no seu enten-
.meu nobre collega não .confiasse na minha_pa- der a melhor: solução para o assumpto o mais
Javra. ... . grave,queneste.momento.se agita em nosso.paiz,.
o Sn. FREITAS ComiNHo:-Tenho ·toda a con.· dirigi c me ._{lessoalmente ao honrado minísti'o
fiança na sua palav:ra. de estr11ngezros e ponderei· 1he a grande incon-
. • .: . veniencia, que ·haveria, si porventura se trou·
·OSn. PEORO .LUIZ (nunutro àeestran.qe~ros):-•••. xesse :para o nosso parlamento a questão atti·
.euapresentan~_os daa?s em que me.firmei. ~as: ,nente ã. eompeleneia.ouincompetencia de cxter-
_em outra occasmo, por tss~ ql?-e sou ag:ora}olh1do; Jl~~ . esse .. ~idadão americano .as suas opiniõ~, '
.de,so~pr~,evenho dar bge1ras expiicaçoes,peln 1_ ahas solicitadas .por :UII['aml.~o,,_sobré materüt
~esp_e1to_ qne .me merece .o_ nobre.deputado e a; que ~o inlimameute.afiecta:á.econ_omin interna.
JIDporta:nCia.que..tem:o.assnmpto. . ·- .do -Brazil.; nessa .occa.Sião, ,s_i -não .me ,engano,
O_.qne ,ha_.em resumo? . _ . • [ Jlat:eceu.,.me,,gue.S.• Ex.. concordou commigo ..·
. ;;zve~~es par~_presu~r,~ue ,nao .baveria; ..Nesse ,terrenQ,,pois, ,esper.o gue nunca 1me
.,Iru!stenc•a ,~;~a_ra ,a, m_t~rD,a,çao .de Lator.re,; ,pelas~ ~encontrarão,- ~salv~ , ;circumstancias altamente
-.ulhm!I;S :notlctas ;v-;J.? ·que o ,go.verno .or1entali ,!mperiosas,assestando,as IIiinbas,baterias ·_con~
· \Y<O.lta a sua ,recla!Da,çao_ , . . .. \ .Jr~-.o ;ministerio,qn,e . .combato.
~o .-coronel !Latorre:acba-se .em Jaguarão:; .Jlão i .Sendo:este,o . meu,modo .de ,IJensa~ ,étcl.aro
consta ao governo .imperial que,eue abi esteja : que, quando me levantei para .pedir ·e81àmni-
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 16 17- Página 5 ~e 15
Me'!_tos ao nobre ministro, a respeito -da inter· . O Sn. PKDao Lmz (mi~~tro· de eitrangeiros) ;
naçao do Sr. coronel Latorre, não tive em vista - Eu não affirmei isso ; referi-me a uma pro-
e~b:n:açar como opposicionista a vida do . mi- posição do Sr. Requena y Garcia. Eu não sei
.· nuteno. · .. · .· . si o eoronel ·Latorre intlue ou não ; digo que ·
· O Sn. PEDRO Lurz (ministro de estrang6iro$) : o governo oriental basêa-se nesse pre-supposto
-Eu fnço justiça ás intenções patriot1cas _do para reclamar a internação do Sr. corona1 · La- .
nobre deputado. torre. ·
O Sn. Furus CouTllUIO :-Devo dizer ainda O Sn. FliEITA.S CoUTL~o:- Senhores, o no-
que não me é licito pôr em duvida· a ve- bre ministro. de estrang~iros declara-nos que
racidade dos f3ctos que S. Ex. aqui narrou existem negociações pendentes entre o nosso
por ocC3sião do ultimo discD.rso que proferiu .governo e o daquclla republica; é quanto basta
·ãcerca deste mesmo negocio. ,. par~ que aqui termine as explicações que jul-
·E', com effeito, exacto o que diz o nobre mi- gue• do meu dever dar a S. Ex.; e. antes de
nistro ; naquella data a pendencia entre· o lerminar applaudirei mais uma vez as suas
Brazil e a Repnblica Oriental est:iva terminnda; palavras, que ·traduzem de um modo claro o
o governo deste paiz nno IWiis insistia pela in· pensamento 1odo de paz em que se inspira n
ternaçiío do Sr. coronel La torre. · política do uosso governo com··relação ás repu-
O que hoje me suggere a carta escripta pelo blicas do Rio da Prata.. · ·
ministro das relações exteriores do governo Não tive, Sr. presidente, outro fim com as
oriental é que o .facto controvertido adquiriu observações que tomei a liberdade de expõr.
novo dese!lvolvimento. (Muito bem.)
Quem sabe si surgiu alguma nova circum·
stancia, que até certo ponto pelo menos justifique ORDEM DO.DIA
as appreb.ensões da Repub!iea Oriental com a
permanencia do coronel Latorre na. fronteira Posto a votos o projecto n. J50 de iSSO abrindo
do Bra:til. um credit.o extraordinario da quantia de
· Entretanto o que me alegra é ter proporcio· 178:967833l, ao ministerio da agricultura des-
nado ao nobre !Dlnistro oceasiiio para mais uma tinados á despêza dos reparos e construcções
vez affir.mar a politica de paz, de que está ani· das estradas e obras nas colonias de . Itajaby,
..mado oc.i;UO~SO governo em relal}ãO ás republiCDS Blumenau e D. Pedro, em Santa Catbarina, é
do Rio ila Prata. · é approvado em 2.• discussão, e a requerimento
E' preciso que isto se repita do alto da tri· do Sr. Marlinbo Campos, entra logo em 3. ~
bnna, porque vejo que se ·procura condensar discussão.
sobre nossas cabeças uma nuvem negra e amea- Não lwvendo quem pedisse a palavra é encer-
çadora, prophetisando-se um proximo contlicto rada a diseussão,e posto a votos é approvado, bem
entre o Imperio e as nações vizinhas. assim a emenda do Sr. Buarque de Mncedo
E' mister que se desvanee.am as sombras com augmentando mais ~0:000~ ao credito pe-
IJUe tentam escurecer o brilho das nossas re- dido,
lações diplomatioas. · · Oprojecto e a emenda são adoptados e rtlmet-
O Sa. PEDRO LUIZ (ministro de estrangeiros) : tidos á commissão de redacção. ·
- Semelh~nte nuvem nüo B'Xiste. Posto a votos o projtcto n·. - H~ de 1880, en·
O SR. JERONYMO SaD:aÉ =~ As nossas intenções cerrado em 3.• discussiio, sobre as contas de
são ·pacificas. · Urias Antonio da Silveira, é approvado, adop·
· O Sn. FaEins CoUTINno:-E' por este motivo tado e remettido á eommissão de redacção.
que acredito que o honrado ministro de estran • Posto a votos o.projecto n. ·93 A de i880,emen-
geiros não se deixará dominar senão da maior das do senado, a ·um eredido de 3.360:549/>966,
benevolencia e justiça no que tiver de resolver to ministerio da fazenda, é approvado e remet·
sobre· as reclamações a ·que alludo, evitando, aido â commissão de redacção.
sem quebra da dignida.de nacional; tudo o Posto a votos o- projecto n .. 96 de i880 encer-
que possa directamente concorrer para produzir rado em L• ·discussão, autori:tandó a matri-
qualquer irritação ·.por Jlarte de uma nação. cula dó estudante Christiano Joaquim da Rocha
aiDiga. · · Junior, é approvado. ·
O Sa. PEDno Lu·u: (ministro de estrângeirosj : O SR. GAX.DINO DAs Ni:VES requer que o pro~
-As possas relações c~m aqnelle estado são je~to entre :immediatamente em i.~ e 3.• dis·
perfeitas. · _ . . cussões; consideradas estas duas como o.nica dis-
.· O Sa. FRErrAS CoUTINHO .: - Onobre ministro ·cu.ssãa.
oonhece melhor do que eu a historia da presi- E? approvado o reqnerimento e" entra em unica-
dencla do coronel'Latorre e recorda -se da ener- diSCussâ() o projeelo. . . · . _.
gia com que elle procnrou fundar e desenvolver
o goyerno que até certo ponto nasceu. das cir· .Vêm á mesa, são lidas, apoiadas. e entram em
eumstancias criticas eni que· se · achou aquella discussão as seguintes . ·- " · · · ·.
repnhlica. . . . .· · · · · Emendai
. .•o nobre ministro acatia. mesmo de affirmar· Dispensado da .idade Francisco .Izidoro Bar~
que na Republica Oriental. existem ·esperanQas
de que o coronel Latorre virá a occupar- ·ainda boza.Lage, para se mat*ular.na ·famil.dadad&
.alli o cargo de presioonte. : .. . direito de S. Paulo.-Mar1itJJ.1uJ&ior_ 1i ,~:.;
. .~ i. -~·
c â"nara dos oepLtados- tmrr-e sso em 2710 1/2015 16: 17- Pá gina 6 d e 15
--3H .
. Silveira . de Souza,·· Frederico ·Re~;:o, · .A~gusto ·
. .._;·"'-·nt/a;·.ao. .,r,.ecta.n :·9.6 de !880 .
. ~u: . ,L'~..~ . . .·França e Epa.minondas . de · :M~llo.
: . ...· · · .
o
.Fica governo..'lut~r.izado para man~. ma· . Fica adi3da a vo~çãó do parece,r. . ..
tricular no L • anno da' facul~~de de dlreno de o Sn. Pn.!lSIDENTE:- Tem a palavra 'o Sr. ·
S. Paulo,.mostrnndo,se babtlltado em todos os. Carlos Affonso_ ..
preparatorios, a Ioão Augusto de ~ouza Fl~u~.. . .· , . . . ..
dispensando-se-lhe uni~mente a tdade e1ag1da o ~r. carlos Atronso, . co~torme
por lei. . . . . ann~nc zou, vem a p~esenta r um : l'equertmento
·s313 das 5 essões em 16 de Outubro de !880. destmado:to esclaremmento de factos, sobre os
_ 8 R -Mart'm'Fra.r.cisco .-Ma1·tim Junim·. quaes ..nn outra casa d_9 parlamento_ se leyan-
taram accrl•~s accusaçoes contr:l a ass!lmblea de.
1
• • •
Emmum ao projecto 11. 96 de ! 880 suá província e contra o venerando conego
S:JUt'Anna, seu amigo particular, a quem o
FiC<l o governo :mtorizado para mandar .~a· orador ·considera um caracter, utn modelo,
tricult~r no 1.• anno da faculdade de m~dtcma digno de irilitaçãó como sacerdote, como cidadão
da cõrte t~ João A1Tonso de To!edo Figueiredo e o si mpl('s p~uti cular .
Henrique d() Toledo D:;dsworth, J.!lOStral;ldO-se Refere-se ás proposições emittidas no senado
• hnbi!Uao!os em todos os }lrepa~~tortos ~ ~I S[)en . nn sessão de i5 do corrente, que profundamente
sando-so-lhcs un!cnmente a tdade e:ug1da por o sorprenderam e magoaram, j á pela acrimonia
lei. da linguagem e injustiça àos cor;.ceitos, já por. .
p:~rt_irem:de dous-mineiros eminentes, os Srs.
Sala das sessões em :lo de Novembro de Ribeiro da Luz e Cruz Machado, que o orador
!BSO.:..:...ccsario Alvim. tumbem respeita e considera em subido gra.u e
l"'ual favor ao estudante TJl'éopbilo ela Cunha de quem ·estava longe di! esperar os tristes exem-
e SÕuza , pr. rn que pos~a m~ tricul~r -se no i:" plos dn intolerancia e paixào partidarla_. _
anno da facnldude de direito do Recite, depots : O discurso do nobre senadot• e as 1ntençoes
de approv~ do no cx~me de hlstori\1. que o dictaram só se explicam pelas t~ndencias
S:1la das sessões. 23 de Novembro de iSSO_ - olvgarchh'as que cada vez mais ~ c~en l uoda·..
Abreu e Silva. · mente manifesta o senado e sua eomtante as-
piração a constituir-se o unico poder real deste
i SBO-N . li-9 paiz, subordinando tndo á ' 'ontude e ~os inte·
resses de seu~ membros privilegiados.
Olfereço este tJrojecto como cmen.ea M de Nlío indaga o · orador a ycrdadeira origem
n. 96 ueslc :>nno. Em de Novembro ele i SSO. dess:~ grave anomalia ·politica, nem a$ cau!'as
- Almeida Couto. complexas qrie a vão perpetuando, enLre as
A assembléa ger3 l resolve: qu~es se inclue sem duvida ccrt:1 impreviden·
· cia com que rem· procedi do o governo com re-
Artigo uuico. Fica :mtorizndo o governo a ferencia a reforma eleitor~ !. . . •
mandar admiltir 3 e~õJmc das ma teri~s do 2.• o mioisterio, por um lado reeonllecendo nq
!\nno de l!lcdicin~, depois ·de ~pprovado em'ana- senado o direito de nrc ~:ivar sem discutil-os
tonti3, o cstud3olc ~~ faculdade da Bahi:t AnlO- os projectos que esta e:~mnra lhe envi~ ssc sobre o
nio Serapif1o Fr~nco Lobo; revogad:~s as dispo- assumpto, depoi~; de r~jeitadü o pl'imeiro, o que
-siçZíes em c<intr.~rio.-..llmcida Coutt1. seria _clamoroso att()nl:Hlo contra nCon$tituiçlio
Este projccto é t~ ll JlL'ov~do e ndoptado- bcm do. Imperio.c os.principio;; .mais.Jund:•meutae5 __
como as emendas o tudo rcmettido. á comruissão de nosso rcgimen, JlOr antro lado fn2ndo de- ·
.de rcdacçlio. pender a sua permaneneio nu poder da realiza-
Occupa 3 ~dcirã da presidencia · o Sr. 2.o ção immediata eprompta liacruella "refgrn~:t;para
o que é essencial o .r.oucurso do seMdo,•mpen.
vice-presidente G~vião Peixoto. sad:l e irregularmente chamou-o n exercer
Entra em un ica discussão o parec~r n. 96 de na politicú do paiz o ast:endeutc, o predomínio,
!880, ·autorizando á niesa a cuntratar a compil- que só ·cabe li c:~mara terr,por aria, accendendo~
lação dos "Annaes da Camara desde 1.835 ~ns~ lhe desejos e pretenções ainda m<tis exage-
·.a mais o anuo de 1.833 - . . ~ radas. . ·
E' encerr3da a discussão sem debate. Indo vo- Osenado preteu.de no.II\ear e de_m.illir magis-
tar-se ·1·econheeeu-se não hilver numero. trados, delegados de pohct:t c o1llc1aes da guarda
. 1 nacional ; pretende superintender os det:1lhes
O ~n. PRESlD~TE manda P!~oceder a ehamada,_ m:M iosil,"lliliéantes ·<la administração, avocar
~forma do rcgtmento. r; .. em uma palavra as attribuições . do poder
. Procedendo-se á chnmnda, verificou-se terem· executivo , reduiiiido os mtnistl'o5 ao in r ·.
se ausentado os. Srs. Visconde de Prados, Ribas, glorio papel de ·,doccis inslrumentos do seU,S ..
Ar:~@o e hle!lo, Mello e Alvim, Viri::~to de· Me- planos, idéas e. interesses, que IW aetualidade
. d~!fOS, ?Jore1ra .de Barros; Costil Azevedo, AI- . são .precisamente o. conlf:lrio dos . que 09 . go- .
m~td~ B~rboza, ll~rlio da ;Estancia, C~odido de. vcrn6 cabe represent3r e .áefender. . ·.· · .. ·
Ohv~m, Manoel Cnrlos, SmvaL, Joaqru m Serra, · Si fosse mister ainda al guma'pro_va das ten.~.
José Basso~, lllorma Brandno, Souza Cor- ;iencJas avassal1adoras· do":senado, tcl·a·~ iamps ·
valb~, Esptndola, l~quim Nabuco/ Montc. Je- · irrerragavel e cOmpleta. no discurso do· uobre .
r onymo ~odré, ~uy Barboz~, Rodolpho Dantas, , Sr. Ribeiro , da Lui, <1 · (}llem·o ot:ador :1Jiás...
_ Azam~oJa Mcretlles, Bapt1sta Pereir\1, Macedo, .sente profundamente ter rlc contrapor•se pel'o'
_Antomu C~rlos, Leoncio de Carvalho; Olegario, respeito e sympathia que lhe ,consagra. ·· ..•· ·
Cânara dos Dept.tados - lm17esso em 2710112015 16· 17- Pâgina 7 de 15
§ 3.o para a bypothese d~ não se t~r p~edi~o á tar um requerimento de adiamento á 3.• dis-
eleição em uma ou mats parocb1as, Isto e, a cussão deste projecto .
nullidade, proferida quanto a uma ou mais pa- Pela apresentação do substitutivo do nobre
rochias, importa, segundo a lei, nova eleição, deputado pelo Ceará e pela importante discussão,
quando os votos dessas parochias podem alterar que se tem travado a este respeito, vê-se que
o primitivo resultado. razão tinha o orador quando requereu o adia-
O.ra os votos das duas rreguezias annulla- mento e não o nobre deput4do :pela Bahia, que
das sobem a 400 e addicionados aos candidatos o combateu.
derrotados operam uma inversão completa no O nobre deJ?ulado pelo Ceará, agitou a ques-
resultado da apuração geral. Nada menos de tão de saber s1 nas patentes de invenção reco-
cinco vereadores passam a ser supplentes e nhece-se o direito, ou si !Dz-se uma concessão
vicê-versa. cinco supplentes entram para o nu- ao descobridor, em razão de utilidade publica.
mero dos nov~ eleitos. A camara, que segundo a Ainda não foi dnda uma definição exacta do
apuração actaal fica composta de seis conser- que é -propriedade.
vadores e tres liberaes, contará inversamente Não acredita que a legislação se deva bal;õear
seis liberaes e Jres conservadores. Não é isto nesses principias absolutos, pois, por este não
uma alteração completa do resultado da elei- se rege a sociedade; e, si esta se rege por factos,
~0? I Sem. duvida alguma. O no~re senad~r pelo relativo, é inteiramente escusado estabele-
so conse~um apparentar o contrano por me10 cer nas legislações principies absolutos.
de uma fals:~ interpretação do citado § 3. • do Dizem os nobres deputados, que a questão
art. 14.2. está resolvida pela Constituiç5o do Imperio.
Ahi se trata evidente:l:ente dos votos cor- Isso não é motivo para o orador aceitar a idéa
respondenlês ao numero total dos votantes qua- de que qualquer invenção seja um:. propriedade;
lífica dos, visto que a lei figura a hypothese de e além disso a nossa Constituiçiio ou é perfecti-
eleictão não efi'ectuada, e o nobre senador para vel ou não é.
conhecer os effeitos da nullidade, proferida pelo No proprio artigo constitucional está a limita-
poder judiciario, só computou os votos effecti- ção dessa propriedade.
vamente d"dos na eleição que elle invalidou. Quereria 3ntes o reconhecimento do direito
Cumpre niio perder de vista que a lei equipara de um autor á obra literaria, do que a do indus·
eleicão annullada á eleicão que não existiu, trial ao seu processo. Na propriedade industrial
applicando a uma e a outra o mesmo principio ha monopolio completo com exclusão do resto
do § 3.• da sociedade.
O acto do respeitava! Sr. conego Sant'Anna Todos os melhoramentos, todas as vantagens
nada mais foi do que o cumprimento da lei. sociaes resultantes da exploração de qualquer
Praticando· o, S. Ex. não se deixou levar p ela industrin, vão aproveitar em primeiro logar e
pnixlío p:1rtidaria que domina os que o accusam muitas vezes exclusivamente ao possuidor do
sem fundamento e sem justiça, buscando al;'gra- priv ileg io.
v~ntes no seu caracter sacerdotal, que dev1a ser Não aceita em absoluto as idéas de Chevalier.
mais um titulo á consideração e r espeito que Neste caso, como em tudo mais, é necessario
por tantos outros m erece. procnrarn.m terreno de conciliação, e este eccle-
Nas excepcioMes provas de apreço que de tismo não se baseia como na philosophia em
seus comprovincianos tem recebido, ninda re- phrases vãs, mas na utilidade social.
centemente, por occasião da enfermidade que O Estado não sabe avaliar uma descoberta,
ameaçou sua existencia, o illustre mineiro en- um processo industrial ; só a exploração do pri-
contrara antidoto seguro contra os desgostos vilegio industrial póde fixar o valor.
que tente causar-lhe a tribuna do senado. N:io é justo que se faça pagar uma desco-
Vem á mesa, é lido, apoiado e adiado, pGr berta por toda a masSa de cidadãos de um paiz •.
~ pedido a p~lavra o Sr. I:,"llacio Martins, o quando ella só póde aproveitar a certas classes;
seguinte é mais razoavel que estas classes pa~uem;
assim justifica-se a idéa do privilegio Indus-
Requerimento trial.
A utilidade resulta de acoroçoar o espirito
Requeiro que por intermedio do Sr. mmiS· da invenção. ·
tro do !mperio se peça no governo ns seguin- Si os- in>entores pude~sem guardar o segre-
tes informacoos : do de sua invenção, como poderia o Estado ser
Qual o numero total dos votantes qualifica- juiz nesla materia Y
dos na parocbia de ltabira do Campo, provincia Devemos f.uer uma legislação de simples
de Minas. · utilil!_ade publica aceroçoando o esplrito de in-
Qual a dala da qualificação actual 'f vençao.
Nega a propriedade como ~era.Imente se en-
Si por meio de recursos, interpostos contra tende; e~te espírito da Cons\1tuição deriva-se
os actos da respectiva junta de qnalifieação, da pr1IDe1ra le1 franceza. · A lei de :1.79i reco-
foram ou não eliminados votantes, e qnal o sen nheceu a propriedade no seu preamllnlo, mas
numero 't-Carlo.s .Affonso. immediatamente estabeleceu a. limitação, qne
Continúa a discussão do projecto n. !Oi so- a nossa Constituição tambem estabelece.
bre privileg;ios industriaes. ·· Sustenta que a. argumentação baseada na
nossa Constituição não procede,
o Sr. Fellclo d011 S..Utos, comeva A vantagem principal do projecto do nobre
congratnlaudo-se pela idéa que teve de ~presen- ministro é ser conçiso, e a critica principal
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 17 +Pá gina 9 de 15
j
que fará ao autor do substitutivo é ter incor- narios. Lembra que na Inglaterra o jury julga
porado na lei muita cousa que é puramente muitas vezes em maleria civil.
regulamentar, Constan temenle sur~em,nos paizes mais adian-
l
Sí o nobre ministro reconhece no seu pro· tados na industria, demandas sobre privilegias
jecto que os privilegias d~ introducçãodevem ser industriaes, que tl~ juizes não podem resolver
concedidos pelo poder legislativo,porque não ha sem auJ~:ilio de peritos e de pessonl teehnico, e
de consignar na lei o direito dos in-ventores n proposito lembra 3 demanda suscitada pelo
serem tambem retribuídos pelo poder legis- fabrico do barometro de Bourd6n, que se ba·
livo '! seava no mesmo principio da pres~ão do ar sobre
Não vem inconV'eniente algum em determi· uma lamina metallicn, que servia de objecto a
nar a lei que nos casos não priv-ile:;:iaveis are- uma pntente anterior para o primeiro barometro
muneração s~ja o direito a um pr~mio pecu- metallico.
niario. O nobre ministro tem razão, excluindo Deixando de ·p:~rte- essas questões, o orador
os productos alimentares e pharmaceuticos passa a tratar llaquella que o foi com m:lis vehe-
porque podem ser de utilidade publica consi- meneia pelo ministro da agricultura . .Já teve
deravel, e ainda assim seria preferível a con- oec:~sião de reclamar contra as palavras de
cessã1• do privilegio e a desapropriação. S. Ex., que disse não ser este projecto uma lei
Dizem que não ha legislação alguma que con- proteccionista, e que o governo não admittia a
signe premio pecuniario para casos taes, mas politica proteccionista.
esse arp-umento não lhe incute terror- Si toda a & 1be 0 orador qu~l é a esse respeito a opinião
legislação do mundo não reconhecer uma ver- do nobre presidente do conselho, e, portanto, a
da de, nem por isso ella deixa de o ser. As le- · -- d b. E ·- · d
gisla~<ões de outros paizes não concedem premios opmwo 0 ga mete. m outra orcasmo tera e
a es~as invenNies, poriTTle nesses paizes não se tratar lar~amente desse assumpto, e neste pro-
vv -.- jecto limita-se a reclamar contra o artigo qne
considera a invenção uma propriedade. conserva a patente ao privilegiado que explora
O § 4. o do art. 3. o estallelece a publicidade sua industria UI) exterior.
das patentes, mas não permitte li concessão de
certidões de::;sas patentes a quem as requerer. Mostra em como essa disposição traus forma o
1á que não ha livro de registro de privilegios, privilegio de inven~ão em privilegio de impor-
que ali<is é necessarío crear, cumpre suppril-o ta.;ão, com .Prejuízo dos consumidores e da in-
de alguma maneira. dustria nac1onal. A lei franceza é mais justa.
Como ba de um individuo saber que um in- porque f~z cessar o privilegio si o seu objecto
àrutrial privilegiado está err.pregando um pro- não é explorado no pau;.
cesso igual ao da sua patente '! Na falta de um Assim o projecto do nobre ministro, em vez
livro de registro ha de recorrer a uma certidão. de animar a industria nacional, vai dar-lhe o
A publicidade no Diario OfficiaZ não é suffi- garrote.
ciente, porque póde ser antiga e ignorada. Conclue, demonstrnnd'o a Iiecessidnde de pro- •
Quanto ao § 6.0 do mesmo artigo tem a fazer teger-se a industria nacional, afim de que nel!a
UJI:a critica de redac{:ão. Entende que a sua ma· encontrem emprego os braços dispensados na-
leria merece artigo separado. lavoura, si outras ra2.ões economicas e políticas
Outras duvidas que·tinha estão respondidas não tornassem já imperiosa essa protecção.
no discurso do nobre ministro que prometteu
providenciar sobre e lias no regulamento. A discussão fiel\ adiada pela hora.
No § 2. • do art. 5. o o nobre ministro estabe- O Sa. PRESIDENTE dá para ordem do dia ~:
Ieee mais um caso em que a patente fica sem
nenhum elf~ito, e é aquelle em que u objecto da L• parte (até 3 horas)
patente não tem appli<:ação pratica. Seria pre· - d . - ...
ferivel 0 texto do artigo correspondente da Votaçao d~ pa~ecer a comm1ssao de po!rc1a
legislação france:w. Fígnra diversas hypotheses sobre a _pllbh~çao dos ~nnaes. · _.
par& provar os inconvenientes praticas do texto L• D1scuss~o do pro)ecto n. 130 proh1bmdo
que critica. - · fazer excavações nas ruas- da cidade.
Sobre o pagamento do imposto das patentes, é Continuação ~a. 3 .." ~iscussã~ do projeeto
da opinião do nobFe deputado pelo Ceará que no n. 104 sobre privileg!Os mdustrJaes.
substitutivo consignou o pagamentB annual e 1.• dita do de n. 4 A sobre desapro·priações
pr:ogressivo. E' ~s!a aliás a opinião dos indas- de terrenos para obras de estradas de ferro.
tr1~es e dos pub1zCistas que tem.lratado da ma- l!.• dita do de n. iOS que eoncede privilegio
ter1a. a H. Hamon para fabricar tubos de chumbo.
Qnanto ao. pr~eesso sobre _frusitlcações e ou- L• dita do de n. :!37 de 1879 sobre privilegi~
tros, nada tem. a· acrescentar ao que expenden de preparar e conservar carne -verde.
o nobre deputado pelo Ceara. Observa, porém, • . . ,
qne o nobre ministro é seetm:io do conten- 3-. d1ta do de n-,_ 98 au~nzando o ~verno:
cioso. admiilistra~ivo, e o nobre deputado pelo a mandar explorar ~ve17os ~~o!. _ _ .. _...
Ceara prefere o Julgamenlo das justiças ordi·· . L,. d}la d~ de n, 86 iliStimindo um mon~
narias. piO obnga-runo.
Vê o orad'or vantagens e inconvenientes em ~.•' dita da de 11. f!!! A modificando a: lei de
ambas as opiniões,, e por isso pretere um tri. !8· de Setembro de 1850; _ .
bnnal·arbitral, Otf o exame por. jleritos obri- L•· dita do de- n.- 147 sobre o privilegio
gatorros· Jfal'"~f o julgamentO dos trillunaes ordi- concedido a John Steel.
c â"nara do s OepLtados- tm rr-e sso em 2 7101/2015 16: 18- Pág ina 1 de 47
curou demonstrar a regularidade do procedi- O Sn. Fa&!TA.s CoUTII>.'Íio :-Si é esta a dou-
mento, que teve o presidente do Rio Grande; trina que segue o governo, Isto é, a de manter
mns ss. EEx., que me interrompem, digam-me o presidente da província do ruo Grande do Sul,
si, t~lém do facto citado pelo Sr. ministro do im· porque os seus representantes o apoiam, por
perio, outro existe que lhe seja igual ~ · que razão assim não procede com as outras pro·
Munos Sas. DEl'U'rADOs:- O n:obrc ministro vincias do Imperio 't
eitou um . O Sn. CosTA AzEVEDO :-Apoiado. .
O SR. FREITAS CotrrrNH(} :-Estabelecer pole· O Sa. Fn:EITAS CouTINHo :-Em umas, os pre-
micas D3 imprensa e por meio de artigos assi- sidentes são mantidos a despeito da má vontade
gnados? t do ministerio, que se esquece dos seus catonis·
0 SR. hfARTut FRANCISCO FILHO :-Até mi-
mos para nfto incorrer nas iras de alguns de-
puta~os; em outras, embora exerçam os dele·
nistros. ga dos dfl governo toda a sorte de violencias e
O Sn. Fn.E ius ComiNHO:- Muito póde o go· levantem contra si as r eclamações :tS mais
verno t Mas creiam que o paiz não aceita a j ustas por p:!Tte da deputação, encontram junt o
defesa articulnda pefo mintstro e applaudida aos h.mr~dos ministros o mais dedicado apoio.
pela sua numerosa maioria. VozEs :-Onde 'i
Vemos, senhores, um presidente de província
iniciando com o sen nome na imprensa uma 0 SR. FREITAS COUTINHO: - Os nobres depu-
discusslio, que póJe trazer consequencias do- tados têm uma prova brilhante do que digo no
lorosas para o paiz,colloca n;Jo o governo imperial meu companheiro de opposiçiío, o Sr. Costa
em posir;ão realmente difficil. Azevedo, o qual dirigiu-se repetidas vezes e
sem rGsuiLado ;;~lgum ao chefe do gabinete pe-
A questffo, sobre que esse fun ccionario, agora dindo pro v idenci ~s contra o presidente de sua
apadrinbad.o pelo Sr. ministro do imperio, dis- provinciu.
eutiu sob sua assignatura na imprensa, póde
envolver a dignidade nacional, pois que tem O Sn. Cosu. AzEvsno:- E ao nobre ministro
ligação immecliata com as republicas do Prata. co imperio, de quem não ti ve resposta a res-
(Apar~es.) peito da a n~rcbia que faz o presidente do
Ku sei, Sr. prc;sidenle, que os aclos daquelle Amazon:~s.
funccionario t~m causado amarguras ao mi- O SR. FREITAS CouTIJmo:-Os nobres mi·
nisterio; mas ao gabínet~ falt~ a coragem, a nistros deixaram de 3Ltender ás constantes
iniciativa, que aliás !em sido prompta em reclamações do meu amig-o, formuladas com o
relação 3 outras províncias, para tomar as fim de resta belccer o cquilibrio, profundamente
medidas in1periosamente exigidas no séntido de alterado nas relações governamentaes claquella
alli salvar-se a dignidade do governo. província.
o Sa. BAUÃO HoMEM DE l'tiELLo (ministro do Attcndeu~ porventura, o governo ã deputação
imperio) :- Não é exacto que o procedimento do Amazonus?
do presidente da província do S. Pedro do § ui- .- O Sn. Cosu AZEVEDo: - Não deu uma palavra.
tenha causado ao governo qualquer cont·rârie- ·o sn. l~.aEr-r~s CouTINHO:- o gover no não
dade. se dignou sequ~r dar a mais ligeira resposta
O Sn. FREITAS CoUTINHO :-0 ministerio, que :íqucllell dignos repreeent~nles, e creiam, :~e·
s e :~presenh aqui como Catão, d izendo que Diio nhores, que o nobre deputado pP-lo Amazonas
se dei:~:a inspirar pelos sentimen tos de partido, n:io se levantaria nesta tribuna em oppos ição ao
está fazendo constantemente barretadas ao;; ministerío, si a issCl não fôra impellido por mo-
seus ndversarios , para delles obter uma com· tivo tão iUJportante.
placencia que tanto concorre par:~. o descredilo Senhores, o governo neste assum plo procede
dos seus amigos. (Ofll O}t !) como o negociante chinez, tem duas balanças :
o Sn. YAIIT!lll FnA;çcrsco: _Chama barre· uma par:1 vender e outra para comp~;,r. (Ris? .)
tadas ao que é sómente ju$tíça. O Sn. MAnTm FttANcrsco:- Neste genero ha
O Sn. FBElT...S CouTINHo:-Oh I oh I dizem os muitos chinezes.
nobres depnt."ldos, e re:~ Imente, senhores, IÜio O Sn. FREITAS CoUTilliHO: - En poderi:., Sr.
conheço o mo\ivo que po,;s., j ustifi car~ poshio presidente, citar a provincia do Ceará, onde o
do governo, quando se aventura n defender e..~se presiden•e não tem apoio da deputação, e que,
presidente, que tem anarchis~do uma provin- como um verdadeiro pachá, julga talvez ser
eia, cujos destinos, confesso. em má hora lhe uma desllonra parn o seu alto cargo receber em
foram cqnfiados. palaeío os representantes da província.
O Sn. ll.~CIEL; -Não apoiado. O Sn. PR.EsmEr.-u:- Peço ao n obre deputado
O Sa. HoRTA DE ABA.IilO: _Não dizem isto que se cinja á materia em discussão.
os npresentantes do ruo Grande do Sul. lhi SR. DEPUTADo: - Está viajando.
O SR. BARÃO Ho»~m D'B MELLO (ministro do O Sn. FllEITAS Cotrm:uo:- Os nobres depu-
imperio): -O pres!dente tem 11 confianca do ~a dos n5o desejam que eu emprehenda viagens
governo e o llpoio da deputação da província. com~ cst~, e que traga para ;~qui a~ impressões
qne ellas exercem em meu espírito, :pois que
O SR. liAciEL:- E de todos os partidos, á são eous.1s qne des3gradnm profundam:ente ·ao.:
excepçio de um pequeno grupo. go~erno .
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 18+ Pág ina 6 de 47
. Eu creio, Sr. presidente, que, em vista do inspi_ra? governó emrelação aos presidentes de
regimento, me épermittido continuar.· . provmcta •
. SinguJ~r ~inisterio o de 28 de Março·! Para 0 sn. PI!ESIDENTE ;-Falte a ·respeito do Rio
uns prod1gallsa favores de toda a especie; para Grande, sobre isso é que versa 3 sua interpel··
outros finge empregar os principias da mais la~'ão.
alta e severa justiça. "
E;ntrego a província do Ceará ás cogitações do O SR. FREITAS CouTINliO :-Si o nobre minis-
nobre ministro do imperio. tro do imperio não tivesse vindo á tribun:t, eu
Aprello para S. Ex., afim de que indague si embora hostil ao gabJnete, daria um conselho~
<>presidente dessa província tem o apoio d:t S. Ex.,eera não sero nobre ministroprecipita-
deputacão e si governa de accôrdo com a do, vindo defender o presidente do Rio Grande
politica do Sr. presidente do conselho. do Sul de um neto, que póde' trazer consequen-
O SR. PRI!SIDENTE : _ Cinja-se 0 nobre ile- cias fcitaes ao ministerio; seria melhor qne s. Ex·.
puta.do á materia em discussão_ pedisse tempo·para ao. menos, combinando com •
os seus collegas, dar uma resposta mais retle-
UM SR. DEPUTADO : . - P~ssou-se do. sul ao ctida e consentanea com as boas normns da
norte. administração.
O Sa. FRixu~ COUTINHO : - Sr. presidente, O SR. MACIEL dá um aparte.
desde que um deputado dirige perguntas e o 0 Sa. FREITAS COUTINHO :-Tendo-se em vista
ministro as aceita respondendo, a discussão por 0 apoio da deputação, não estaria longe de con-
essa fórma suscitada toma o caractGr de uma cordar até certo ponto com 0 nobre deputodo,
verdadeira interpellilção. . que agora me interrompe; não e:xcluindo,porém
O Sr.. PnESIDENTE:-Mas a interpellação tem essa minha opinião o direito de c~nsur:\ que
o objecto definido, e V. Ex. não interpellou o me cabe na qualidade de OPllO~icionista. '
governo sobro outras provincias. - · o Sa. MA.ciEr. dá um aparte. ..
o Sa. FnE.tTA.S Cóorumo;- E' materia con· O SR. FaEIT..I.S Cou-rrNHo:-~Ias,senhot·e,;,serül
nexa.
.
Parece- me qne posso con tmuar bom que o nobre miuistro do imperio não fosse
,comtanto que tão avaro em suas sympatllia;: governamentaes ·e
não falle da China. (Riso.) que as estendesse a todas as províncias, muito
O SR. RoDOLPHO DANTAS: - Mss já fallou do embora os nobres deputados pelo Rio Grande
negociante chinez. - do Sul com isso tivessem ciume3. .
· o' Sa. Fl.\ElTAS Coummo: -O nobre ministro Senhores, um presidenta de província, além
do imperio me interrompeu, declarando que o de ser otgão do governo, é obrigado a zelar os
_presidente d') Rio Grande era mantido porque interesses publicos e não se converter oro ins-
tinha o apoio decidido da deputação desta pro· trumento de odios e de vinganças, não proceder
:vincia; e em res~ostaaffirmeí que semelhante como procede o pachá da província do Ceará,
doutrina não era invariavelmente applicada a. que nem sequer se digna offercccl· uma cadeira
todas as províncias do Imperio. aos deputados·quc o procuram.
Avançando, Sr. presidente, uma propusição ~~e parecia, senhores, que neste systema o
desta, corria-me o dever de dar a prova, e nesse povo dt~via ser soher~no, e seus represen-
intuito citei a província do Ceará, p~ra dizer tantes acatados pelos delegados do governo,
que ·não tem ella a fortuna de abrigar·S!l á e n:io como acontece nesta província, em
sombra desse generoso principio de que tnnto 'que o presidente se acredita com o dit"eito d~
alarde fez o no!:Jre ministro do impcrio, para attentnr contrt~ principiõs que até lloje se mP,
impõr o governo á admiração dos seus amigos_ antolhavnm acima de qualquer atnque. .
. O Sa. PRESIDENTE:- Eu não posso deixar (Cruzam· se divors~s apartes.)
que V. · Ex. coutinue a fal!ar do Ceará. Peço
que obedeça ao regimento dà casa. Os nobres deputados que me interrompem
não ~ão as victimas; por isso pensam. que tudo
O .SR. FREITAS COUTINHO:- Não qnero incor- c:1.minha do. modo 0 mais ~dmiravel.
rer no desagrado dê V. Ex.; mas direi sómente
que ba uma provinda, e a camara r.ertamente UM Sn. DEPUTADO:-,- Mas esses representan-
compl'ehende a que provincia me refiro... tes conservum-so mudos?
O SR. PREsiDENTE;- Si cu não tivesse per- O Sl\. F.REITAS CouTINKO :~O nobre de~u-
mittidó que os.nobres deputados fizessem inter- lado sabe que ha um motivo, que muito directa-
. pellações · verbaes, já V. Ex. não estava abu- mente concorre p.ara que aqui nãoiaç;tm expio·
sando. .. são as jtistas queixas, que alguns. amigos do
· o_sn. Fl.\EIT.\s CooTINllO: _Como abnsan'do; governo naturalmente :1rticularíam. .
. Si .discuto com a maior calma e dentro do regi- Senhores, a reforma eleitoral tem ate. ho.je
menta? ·· · sido o escudo com que o governo tem sabido
O SR-. PREsiDE~ "'"
·.·-Abusa qu'ando di seu·te. ferir o combate~ praticando violencias contra os
·seus melhoreii amigos; que;illudidospela espec
questões fõra da'sllá interpella.ção. · ·· rança de vêr este paiz erguido por meió. da
·o Sn. FIIEITAs CouTJNKO :~Estou pronndo eleição -directa á altura dos destinos a que foi
que a·nobre ministro do imperio n5o aceitn. as fadado, abafam o grito de desespero_, que des·
coi!Sequencias do ·principio que aventou na perta. n fatal polilicil. .deste !llinisterio. (Não
. · li:i~una. principio em que S~ E>:- diz que. se apoiados.) . .
Tomo Vl.--'45.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 18+ Pág ina 7 de 47
· senhOres, quando se organizou o .gabinete àe' . Contin.ú~ a. disellSSãO .do projecto n. lO~ A, .
!8 de M:~rço, resolvi. pelo conhectmento que sobre prlVllegtos industnaes.
'tive de sna politica, occupar nesta e~rnara Vêm á mesa, slío lidas e apoiadas e entrnm
uma posição de co~pl~ta liberdi!de ~ qmz que conjunetamente em discussão as seguintes ·
os meus actos se msptrassem tao soJ?ente n~ ·
bem publico, e achei que o melhor mew de aqm EMENDAS
cmnprir o meu dever seria a:fl'routando os inte- Ao art .. L• § L• substitua-se:
resses exc!usil'amente partidarios, que m~itas
vezes obrigam um representante da nacao a § L • Considera-se descoberta ou invenção. a
encampar os ~busos do governo. ereação de novos productos industriaes, de
o facto, pois, de se conservarem mudos os novos meios de obtel-os 011 a applicação non
representantes dessas províncias a que alludo ·dos meios communs e conhecidos para a pro-
não constitue prova de qualquer natureza a ducção de qualquer resultado ou preducto
favor da poliuca do ministerio. industrial.
· · Ao § :!. • Dê pois das palavras · • que cabem ao
Não quero incommodar a V.Ex., Sr. presi- inventor ou descobridor., acrescente-se:
dente.·· Em igualdade de cireumstancias o inventor
o SR. PIIESIDENTE:-A mim, não; estã incom- primitivo terá preferencia na concessão. .
mod:mdo nm poueo o regimento. Ao§ t,o Depois de •exclusivamentetheoricas•
... O'Sn. FREITAS CounNHo:- o regimento pa- ajunte-se: Nos casos de descobertas ou inven-
rece-me que não soffre com a minha presença ções não privi!egiaveis os seus autores poderão
na tribuna; mas em todo 0 caso peço desculpa requerer ao corpo legislativo a concessão de
a V. Ex. por ter feito estas ligeiras obser- um premio pecuniario.
vações. Ao art. 3. • § 6. •:
Declaro aV.Ex. que, si não tivesse incorrido Separe-se, para fazer arti~o separado a dispo-
na desgraça de não ser um dos enthusiasmados- sição contida no ultimo per10do. ·
pel3 vida do governo,não viria perturbar o so- Ao art. ií. • §.i .• · Supprima-se a palavra
cego dos metts no!Jres co!legas abusando da sua • sem , antes de verdadâro descobridor~
pacien~ia; mas represento um principio nesta - o§ 2. o Substitua-se pelo seguinte:
casa.·· . Que a patente referecsea princípios, methódo,
q_ SR. Pm:siDE.'1ltE:-Os tres quartos de hora systemas ou con~epcções. theoricas cuja appli·
estao passados. ca~âo industriol não se acha claramente indi-
0 SR. FllEltAS CouTINHO:-V. Ex. acaba de cada ...
lançar ag11a fria na fervura ... (Riso.) Acrescente-se mais este paragrapho:
Não posso acabar o meu discurso com um pe- Que o concessionario importe de fóra do
riodo mais eloquente; sou forçad,o a concluir, pniz os objectos fabricados on semelhantes aos
pois não pretendo incorrer nas antipathias de que são garantidos pela patente.
V. Ex. · Sala das sessões, ~5 de Novembro de i880.-
OSn. PRESIDEN:u:-Não posso consentir que Felicürdos Sant<!s.
a interpellw;ão,desde que·é verbal, vá além dos o sr. Afronso Penna, não tomaria
tres quartos de hor11. parte no presente debate si não tivesse ne-
0 Sn. FnmtAS CoUTumo:-Sento-me, Sr. pre- cessidade de justificar algumas emendas que
~idente, satisfeito por ter a eonsciencia de haver oiiereceli.
cumprido o meu dever. (Muito bem, muito bem.). Folga de reconhecer que o nobre ministro da·
·agricultura se tem mostrado digno d11s altas
ORDEM DO DfA funcções que lhe foram confiadas, pelo modo
porque tem coroprehimdido a necessidade de in-
· · ~osto a vôtos o projecto n. 96 de -:L880, au- troduzir na nossa legislaçãe medidas que a
torlzando a mesa a contratar a compillaçlio dos ponham de accôrdo oom .a dos paizes mais
· annaes da cam~ra desde i835 a !845 e mais o adiantados em mataria de privilegias indus-
anno de i833, é appro"Vado. , triaes. ·
Entra em V discussão, e é sem debate ap- • bradas Discorda em alguns pontos dM.medidas lem·
provado! o projecto n. f30de !880, approvando tas daspelo nobre ministro ; bem como de mui·
suggeridas pelo nobre deputado por
um projeeto de posturas da eamora municipal· .Minas, que o precedeu na tribuna. · . .·
sobre excavações de ruas. . Entende que o privilegio industrial é creada;
O SR. A&.&s DE ÀRAUJO pede e a camara tão sómente para recompensar os esforços da
cou~ede dispen~a de intersticio para que e~se iD.telligencia humana e nunca coni vistas áquelle
P!OJecto entre 1mmediatamente em 2. a disllus- ·que apenas se.utilisa do qnejáex:íste na natn•
sao: · · · · reza e que ella offerece á alimentação do homem
. Entrando em i.a discussão, é approvado sem ·como pareceu ao nobre deputado a quem .suecede ..
debate. . na tribuna,referindo-se aos prodnctos alimenta-
res. Um tal monopolio 'seria contrario ás· leis
O .S!J.. UtYsSJ:s Yuli"NA. pede dispensa de in· geraes, porquanto ahi não· se trata senão da
terst1.c1o pa.ra que este projecto entre na ordem excepção de um phenomeno naturaL ' ,. . .
do dia segmnte. , . · Quanto ao § ~: • d(} art. ·!.• observa . que 'Di!!
E" approvado o requerimento. lhe parece muito clara. a disposição CJ!le se
C~ara dosOepltados-lmp-esso em 271011201 51616 - PáginaS de47
A·<di~a.e -~aai_~Jle}a'bota; .. ' gra~!l _·os · desvariOS . ~essà . pb.ill\JllrOpi8. ~ais ..··
c!mara aos DepLiaOos - lm"esso em 2710112015 16:18· Página 9 Oe47
sentimental do quo razoavel, que parece prece-.. g:~m perante a :justiça :aquel\es que tr.ans-
cupar actualmentc o~ espíritos, não ~esc~n~e~e gridem os principias do ·nosso Codigo Crimi-
os eOlinentes serviços. que esta mstttmçao nnl Y ·· .
prestou á civilisação e ao i:lesenvolvimenlo do Cumpre, portanto, que o governo procurepre·
paiz. _. . ._ _.. .. . . . ..... . ..:. .. __·.. · . . venir o mal antes que elle se torne irremediavel~
Falira em declarnr qne nessa opmtao nao esta Observa que; como si não. fossem bastantes-
só: 05° grandes pensadores da Ing !aterro e de toilos os perigos -po: que fazem passar a ordem·
tod.os os paizes que se aprove~~~~aro da coloni- publica, surge no fundo do quadro uma nova
so.ç:io _partilham da mesma opm•ao. . complicação, que sem duvida affecta um senti~
Entende que o trafico dos negros de Africa mento mais poderoso e mais vivo, que é o sen-
foi o crime dos colonizadores desta terra. Oge- timento da digtiidade e da honra nacional. Re-
nio da r3":~, o climtJ destas regiões tropicaes fere-se á intervenção, talvez sem reflexão ma~
qua e!les tinll~m explorado-e descoberto, os pro- dura, por parte do honrado ministro dosEs·
prios preconceitos religiosos, tudo se oppunha tados Unidos, nesta cõrte, o Sr. Hilliard. S. Ex.
a outra especic · de colonização differen\e da- não se limitou a expender as grandes vanta-
quella que lbe podiam offerecer os mercados. geus que resultaram parao seu paizpor occasiãe>
A propria Inglaterra, todos os povos da raca do, phenomeno social alli realizado, foi mais
sax.onia, povos esses sempre dispostos a emigrar, adiante: lembrou-se de indicar ao nosso _Paiz
todos elles imit:~r:~m o exemplo dos portuguezes e nos seus representantes que seria possivel,
e abasteceram-se nos mercados de Guiné p~ra talvez dentro de7 ann9s; extinguir a escravidão;
fundarem a.colonização da America . opinião que fez depois · mais aeeentnada no ban-
A Inglaterra, gui3da mais pelo proprio intc- quete politico que o joven partido abolicionista
resset do que pelos sentimentos philantropicos otrereceu no dia !O do corrente .
que lne tem attri.bnido, depois de bav.er intro- Lembra-se que por occosião de, pela primeira
duzido a escravid5o em suas colomas e de vez, aventar-se no :parlamento-a questão do el~
haver feito pesar toda a sua .influencia marili- menlo servil, em i867, aquillo que mais feriu
ma para :J :~boliç;io do trafico, continuou suppor- o melindre da fracção m:us adiantada do·par·
t::ndo e~1.e· odioso monopolio, elln w, gover-. tido liberal, en\ão em opposição, foi o. provocação
nando os mares e abastecendo os mercados de de uma sociedade-esLrangeira, em virtude· da
suas colonias. Mais tarde, sob representa~ão dos qual, entendia · aqnella ·rracção liberal que o
povos das Indiasüccidentacs, nomeou uma com- -imperador tinha obtido do ministerio a decla·
missão, a qual. foi de parecer que se deviam ração importantissim~ que foi incluida na falia
mandnr agentes officia\'s p~ra a costa d'Afriea e do throno. ·: -..... ,. '
pora a Serra Leõa, onde se fundavarograndes Cumpre . observar que não desejava então o
eslabelêcimenLO:; para conduzirem, n~o escra- winisterio ir além do ·que depois fei realizado
,-os, mas negros, que ermn transportados· nos na·lei de 28 de Setembro; para os liberaes bis-
navios inglezes,- sem liscalis:~ção de ninguow, toricos, . porém, .ti quesl.ão capitnl era a inter·
para abastecerem aquelles mercados. -venção estrangeira.
A$sim, pois, referindo-se ao Brazil e ás suas Si assim fez então, agora o caso muda muito
condi~õcs peculiares, pen ~a, que neste meio de de figur~, attenta a. origem; qunsi official, da
vida soci;1l em que vivemos, qunsi idenlica ao provocação, quando ella parte do representante
da antiga (\Oioni<~, é ·sem duvida venturoso, ar- ae uma uação aooiga, a qual, mais do que ne-
riscar um ~alto morlal.no infinito pora uma nhu.f!!3 outra, defende o principio da não inter·
abolição prompta ou com prazo, que não possn vençuo. .
prejudicar os interesses publicas. Protesta conlrn a doutrinn que se pretende
..Considerando :~gora o caracter rebril e sedi- razer correr, de que o honrado ministro ameri- .
cioso da prop~ganda a:bolicionista, observa que cano :~penas expendeu a suo opiniiio individual,
nno· é cbimt:rico o temor que traduz a inlerpel- e o faz porque o sua intelligencia não pôde ad-
lação. . millir a divisão da individualidade do homem,
Enehe.se de verdadeira admiração pelas con- daquella do ministro ; e, força é -declarar, que
ceSEões 11m pias da nossa Constituição quanto ao ness ~ opinião não se··acba só, della partilham
direito de reunifio e da livre manifestação do distlnctos publicist:is ;de direito internacional:
_pensamento ; enmpre porém attender que essa :Não qoizera que o honrado ministro . tivesse
mesma garantia tem sna limitação, que é tido tal comportamento, dando dest'~rte oce:t··
aquella que se refereao direito commum, e vê sião a que tenhamos mo&ivos de queixas contra
no ·coàigo Criminal medidas repressivas da ac- . o representante. d~ nma na~ão amiga. Diante,
çã~ da imprensa; e que não é.permittido a p_orém, do sentimento nacional, que precisa de-
nenhnro 'ciàadão incitar ã insurreição a escr~- ser aflirmado nesta eam.ara; · que é o· ~de
vos. . . . con,cilio da nação,esqaecdodas as considériições;
· Pergunta pois aonobre presidente. do con- todas. as que'stües, esquece ' a emancipação, es·
selho, ·que' providencias .pretende'tomar sobre· qnece tlid.o;. pOrque nada sé pP_de salvar' no seio .
este>faetos. O governo dsve.ter conhecimento de um povo que não tem_'Vivo.o aeri_timerito:dti . ...
das idéas subversivas. da or:lem pUblica, que sua· digD,idade '. , • · -·· •· ... · · ' · . . • :•; ·
.têm sido prégadas por alguns.dos orad~res des. . . 'Vai ténlli~àr ; .antes, wrem, âe .Jazel~o .: dirá ···..
s~s. conCereneias,reali~adás nos th~tros publieós _que está' convencido de~ qne··_,este · ·paiz .precisa: ;·_·
desto cidade. Si o governo· tem r~ursos ·para a1Jlrmar todas as suas liberdades, ,ãesde as .: li· . · ·
. f3Zer .extinguir uma proptJganda, que ·não está herdades civis até' ·á's'liberdádês.. politieas, desde .
dentro da }ei, por que não ordena aos. promo· as liberdades_p()Iitfeas~até áS liberilades': parlâ-
to~et pubhcos que cumpram o seu dever e tr:J.· mentare~ . e P.royincia.~, _ ,. ~ : <le$ae :::e&tas:. aJ,é,. _á · ·
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U112015 16:18 - Pêgina 10 ae 47
grande liberdade da alma; a libeldade : da ·con· que providencias pretende elle ·. tomar?. Olltro-
sciencio, .que ·é o primeiro reducto da persona· sim-qual o procedimento do governo-ante as .
lldade humana; mas todas estas cb.imeras huma- r~u!liões illegaes relativas á abolição da esera·
nitarias não podem trazer senão aruína, a dis· vulão 'r • .· · .·
soluçào e a morte para a patria. O orador niio Esta interpellação está respondida · pelo .@&
as quer. disse em relnção á L~ e 2.a . :
. O .!!lit•. Saraiva (presidente do conselho): considerilrai Satisfeito o nobre deputado pelo Maranhão,
um topico do seu discurso.
-As· interpcllaçõM referem-se a negocios in- Não tenha S.~penas- Ex. receio ile que .nenhum go-
ternos c externos. _
• Respo'ndei'ei ·a tudo quanto ellas eonteril. em verno estrangeiro procure intervir em no"ssos
negocios internos. Si isso acontecesse, tem o
deferencia á camara dos Srs. deputados. ifpverno a seguranca de se ver rodeado por
. Primeira interpellação todos .os brazileiros, sem exeeptuar os seus com--
patriotas que divergem quanto ao modo de re-
cApprova o governo imp.erial a propaganda solver-se a questiio do elemento serviL (Jfui tos
emancipadora em geral, e em especiulaquella apoiados; muito b~m.} --. ·- ,_ ·
que se tem cxhibido em reuniões publica~. por ·
meio de b:uiquetes~politicos, e manifesto -de· um,. - O Sr. Prado Pim.eutel:.;... Sr. pre·
ministro estrangeiro 'i• · sidente, não me proponho a Ca.zer um discurso;
J
O Sn. PnESIDE!n'E:- Attenção! Peço aos n~ · voto não lhe pesasse absolutnmen1e na ecm:·
. bres deput:;dos que deixem o orador prosegmr. sciencia .
.Quem estâ com a palavra é o Sr. Prado .PimenteL .aV.
o snEL
. .B~nnos PNENtEL:-Hei
.
de responder
.
o SR. PRADO PJ3WitEL:...;oe maneira, Sr. pre-
sidente, quo, si, em vez de 18, fos~em 6.S os de- . O Sll.. PilADO PI?.IENTEL : - Não ba aqui offensa;
pulados que vowram cootra o gabmete••.. repito, estou rallando de todos, estou fniendo re-
UM SR. DEPUuno:- Os a.1r.i,qos. paros $Obre o procedimento d~ t8, em cujo nu-
0 Sll. PRADO PIMBNTEL:- •• • OS amig~s, a esta mero estâ V. Ex-. · .
bora o ministerio estaria eadaver (apowdos), e o SB. JoAQUIM NABoco : - O cargo ·de~- • se-
sobre n sua sepultun se poderia escrever este cretario é de co~fiança . da camara, mas não do
epitapbio:- Aqui j~z um min~ste!io morto ~ governo.
·seus excellentes.amJgos.- (Hilar1dude: mu1to O SR. BARnos PJMEl'!TEL dá um aparte.
bem.) • (Ha, Otitf'OS apartes.)
o Sn. JrnoNrMO SooRÉ :-A nenia está um O Sn. PR.wo PrmNT~ : -Si o nobr~ depu-
pouco sentida. ·
tado tomou como offensa o que eu disse, afian·
o Sn. PRADo PIME~'TEL:-Peló contrario, fez ço-lhe que ~e engana. Not:Jr inCQherencia em
rir. (Riso.) · alguem niio é offensa ao seu caracter; assumpto
O Sa. JERONYl\10 SooBi:-Eu senti não poder de que não se trata absolutnmente nesta occa-
·rir, porque acho o negocio sério. sião. ..
O Sn. JoAQUIM NAnoco:-Nós sabemos que ba · (Cruzam-se inuito3 apartes.)
ministeriali~tas que querem augmentar a oppo- · O ·sn. PREs~otNrE:-Atfunção I Auenç.:ro I Peço
sição, mas islO -aão nos faz m~l. · aos nobres deputados que de~m o orador con-
O SR. PRADO PnmNTEL:-Não creio que h~ja tinuar. . -
ministerialistas que queiram sugmenlar a oppo- O Sn. Pnioo PDilil\'TEL:-Não se trata de uma
sição, porque acredito que lodos os membros questão de dignidade; não qt;ero irritar a dis..
da maiori3 têm franqueza bastante para mani- cns.,.c:ão, nem quiz offender a mnguem.
"!estar as suas opiniões. (.Muito& apoiados.) ·Entretanto, sí o nobre · deputado se julga
0 St\. MoaEmA. DE BARB.OS:--:Aqui não ba Sub· offendido, retiro o que disse, porque não quero
· terfugios. · · irritar o debate . · ·
O Sa. PuDO PiliiDTEL :-Aqui não ha pensa· (Crozam·se muitos apartes. )
menws reservados. (Apoiados.) . O SB. PRESIDENTE : - Attençlo I Attenção I
OSR. JEI\oNYMo SonnÉ:-E houve alguns que Peço outra vez aos nobres deputados que dei-
não votnram contra o gabinete porque sabiam xem continuar o orador. I Ao Sr.Jeronymo Sotlrel
que não cabia. e,
v. Ex. estâ inscripto, si lhe tocar a vez de
fallar, farâ o que entender; mas não posso to-
VozEs :- Oh I oh I oh I
, lerar que éontinue com esses apar1es, que cor-
OS-a. PnADO Plllltt\'TEL : - Lembro-mb, Sr. respondemn um discurso.
presidente, de, no tempo em que me dedicava · -
ás leituras amenas, ter lido em um espirituoso O S11. lEIIONYMO_SoDBÉ dá um apárte.
])Oema do disUncto voeta allemão Henri Heine. o SR. PRBSIDE:t."l'E: -Mas o nobre ·deputado
o caso de uma ursa, que, lambendo um dia o .em cada aparte faz um discurso. (Riso.) Peço-
1ilbo, devorou-lhe a orelha por pura afi'eição .. ~ lhe que deixe o orBdor. continuar. ·
(Hilaridade.) . 'i! O Sa. JERONnio Sol>~ :_- .Quando .eu fallo
fazem a mesma cousa.
De maneira que, senbores, si, em vez, como: · ·
eu diss(!, de uma minoria insignificante, não'. O SR. JoA.QlJDl NAl!uco : -Apoiado; _
pelos talentos,maspelonumero, fosseuma maio-. O Sr. PRA.llo PniENrEL: -'-Sr. presidente,
ria, o .ministerio a esta bora estaria morto pelo estabelecerei agora uma questão, que diz res.. ·
. ~xeesso à~ .amizade dos nobres deputados. peito ás.norm;,s pru-l.amentares· e as regras do
o St\. ·GAWDro DAS NEVES ;-'Não .ia :s6 li. 'Ore: systema ·representativo. . _'
lba; ia ~udo. E' a ·seguinte : o que const1toe, Sr. pres1den•
te, a belleza do sy.steina :parlameatar na Ingla-
0 SR. PuDo Pnm!rm.:-E até, Sr. presi- .terrat E'..qn~•.qw.ndo é .eleito .o _depUlado, o
· dente, um facto sorprendeu·me : -o uollr~ eleitor. sabe quaes são .as.s uas.idéas, sabe ~s
depu.~ do .por Sergipe; que .occupa o logar. de sã& o.s pcojcctos .qize .terá de apresen'at .e. ,s:a&-
i .0 secretario e que voton· contra o gabinete.. . tentar ;na. .camar.a dos eommune... ·
. O ~ll. BARRO~ P..IQlm:I.;-Já .tardava .a per~ . o&:
fuamim SQD:d : - - o a miol;7a
~n.áltdade 1 · . . · : · !ll'Ovineia e· o ··preaideD.1e··do conselho já sabidl ·
O Sa~. PRÁ!lo Pu.a:lolnL~~ P~r4ôe-lne-.; não ha <as minhas idéas an1es dul~içlo. ... . .
_.oibsai .eston 1allalldo _da ,inlracção .das ..11or~ o SR. Pwo.:P.D~Jui.rEL;~~ .·- ·o ~ndlda&o, au-
.lllas "Parlamentares. tes. de ser el.eWJ. •4:Sel1Ja.· llliDilest.a da ma·
· . O ·11óbre · i'lepnta.do 'POr &lrgi,pe cont'itiiiou i .neira a mais eloqnente .as sn:aa ..oplnmes. quer
~ceupar o. cargo . de 'i .• secrenrio, que é ·um · t1a ®:~pransa,guer.nos,e!Db~.e.quer uou~W.tiJtgl. ·.
· cargo .da confiança da umara,. eomo 'Si o ~eli . De maneira, :&:;.:presiàeu;te, :quti.<estabclece-:18
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:18 - Pêgina 12 ae 47
'Qma affinidade, uma especie de faço indissolu- cebi planos a resPeito d~ emancipação; \am.bem.
,-el entre o l'leitor e o deputado. · já· propuz soluções que me parecinm as mais
, Pergunto agora, Sr. presidente; ·itos:=nobres plausíveis; porém, depois da discussão lumi- ·
deputados que fazem actualmente a propa·ganda 'llosa que hottve por oeeasião da passagem da Jei
abolicionista nesta camara: porventura nas suas de 28 de Setembro, vi · que o problema niio era
circulares, nos seus discursos, quando se diri- tão facil como me parecia e tive, ainda com
giram ao eleitora dó, disseram que. 'l'inbam para prejuizo do meu amor proprio, de conhecer
eMa camara sustentar a questão da abolição1 ue as minhas soluções não eram as melhores.
q.
O Sn. JERONYMO Sonai:-Eu 0 disse na im- - Senhores, considero o problema tão grave,
.Prens11, n:t tribuna e na assembléa provincial. tão complexo, de tantas eonsequencias para 0
paiz, que entendo que para resolvei-o não se-
(Ha outros 'apartes.) riam de mais a il!ustração vasta, a prudencia
O SR . PRADO PIMENTEL:-Eu n:io conheço.as consummada de um José .Thomaz Nal.mco de
tirculares e os discursos de v. Ex. ; mns, Sr. Araujo ; a admiravel -penetraç.ão, a intelligencia
presidente, refiro-me particularmente ao meu brilhante de um Zncarias de Góes e Vasconcel·
•obre ami~o, deputado pelo Maranhão, cuja cir- los; a elevação de idéas e a magnanimidade.de
11llar eu h . . _ · coração de um José Maria · d:~ Silva Paranhos.
· O que nós vemos a respeito desta ·questão é
· -0 SR. JoAQUIM NABouo:- A circular do nobre que, quando os nobres deputados aHolicionistas
deputado era a Re{orrM. (].escem do terreno do ~entimentalismo para o
O SR. PRADo Plli&NTEL.:-.. . e nella vejo que terreno da pratica, dão uma cópia dep!oravel dos
I. Ex. não fallou absolutamente na questão da seus conhecimentos pratieos.
tm.aucipação. .ALGUNs Sns. DEPll'l'ADos: -Oh I Oh!
O Sn. 1oAQUIK SBRRA:-r-A minha circular é o Sn. PR-U>O PIHENT.BL: -Os nobres depUta-
a mesma de V. Ex., é a R~formJJ. dos são muito susceptíveis. Fallei dos se~U eo-
ú Sn·. PRADO PnmNTEL:-Perdôe·me.; quando .nltecitlientos pmticos, o que não quer dizer que
.:le dirigi aos meus eleitores não faltei em desconheça a illustraç1io dos nobre~ deputados.
emancipação, e é. por isso que a não sustento Eu ·tambem não tinh~ pratica e dei a jleior
hctje. cópia dos meus conhecimentos praticas.' .E, si
o sn.. JoAQUIM SEauA. dá um aparte. eu attribuo aos nobre~ dej;mtados o que.attribuo
·o· Sn. PnADo PnúllNTEL:- Mas, si o nobre a mim, não lhes faço offensa. .
depo.tado nessa oceasião tivesse declarado as O Sn. JoAQUJIII N.umco:-EO:tretanto a ex-
suas opiniões, eu.estou ,convencido de gue 11s pressão é um pouco dura.
influencias eleitoraes do Maranhão vacillari3m O Sn. PnADo PtMENTEL:-0 nobre deputado
em mandai-o para esta camara, porque quasi o Sr. Joaquim Nabuco apresentou um proje;;to·
1odas ellas são grandes possuidoras de escravos; 9.ue, devo dizer com pezar a S. Ex., {o1 repel-
vacillariam em mandar para aqui um represen- hdo com enthusiasmo geral. (Riso.)
taute que iria atacar, não só a sua propriedade, o.sá. JOAQUW. NABuco:-Por todos os pro:
a sua fortuna, mas ainda a sua vida e a vida prietarios de escravos. .
de sua~ famílias._(Muitcs apoiados.)
Si se tratasse de discutir prefereucia~ a respeito o·Sa. P.RAoo PunrnrEL :-Não houve um dos
de -opinões abolicionistas, eu.'creio que leria o seus amigos que ousasse defender o projecto de
direi to de o faze'r nesta.camara. Perdoem-me os S. Ex. O nobre deputado, e es la é a synthese do
nobrlll) deputados que falle de mim neste mo - seu projec~o, qniz CllUSttuir um templo á li-
menta. Eu era simples estudante da-academia herdade e deu-1he por colnmnas a ociosidade, o
de direito e, fizparte- da sociedade abolicionista ro!lbo e 0 assassinato. Nunca a liberdade'seviu
- h d rb 1 em tão má companhia r (Apoiados.)
de que era presidente o sempre c ~ra 0 1 era Ha pouco 11 imprensa ~ub . lioou um outro pro-
Antonio Viceute.do Nascimento Fettosa . Pouco d
depois de .despedir-me dos·bancos àcademicos· jecto, acompanhau o-o os maior-es elogios, e:
·escrevi artigos a respeit.0 _ da .ab.olição; e quando o pro,prio nobre deputado disse que· esse .proJe· .
cto nno podia ser tomado n serio _· , .
o ülustrado conselheiro losé de A Iencar escreveu E' preciso, senhores, que os nobres· d= utados.
as suas celebres cartas. de Erasmo•. .em qU:e d -~r
austentava a. le0<>itimidade d.a eseravidno, eu saht.· se convençam e que estas questões nao ·se 'po·
dem resolver pelo sentiment<~Jismo.
no lorrlill ·do Commercio~ sob .o pseudonymo o nobre deputado pela Bahia, _o Sr. Marco-
Gracclw, combatendo essas theor1as. - lino Mqura, que fez aqui· nm discurso tilo sen-
O Sll . lEB.ONYMO SODRÉ: '-.E' pena que ·não: ctinien\al, tamllem·nada propoz. .. . . . •
continue com tiio boas. idéas. -
. ~ . . :I o s11 • MAB.coimoJrlouB..(
. . .
dá um ·apa~ie.
OSa. Pwo Primli'TEL :__:;;Logo, .respo!ldcrei:ao j o Sa.. PRADo PL.ENTEL:-0 nobre· deputado,
aparte do nobre deputado., 1deixou-se impr~ionar pelo espect:J.culo tristis·
. lfas Sr; presidente, o que' eu vi depois ·é,quC:· fsimo, que.disse ler v:isto; de uma Caiavana dfl!
as.mhthas idéas da mocidade ·· deviam· cede1:=·á· lescravos,caminbando.debaixo de um sol ardente;.
e:x:periencia... - ~ : .. ... _ · · ·. · · . \famintos; nús,_que 'Vinham "p_ara o lliercado·.
· ' ' - -- .. _ . . .- . _ Ora, o quadro -de-_escravos_. trazJdos. par.a.o mer-
- :0 Sa. lEB.O!íDIO SooliÉ =~ Ab I , . ·. ead~ jã. écde si- bastante triste; e. não- e:ta preei:--
0 Sn. PllADO paW,"''Bi. :-Responderei agora ao, so que o,nob.re.deputado.I!te· carregasse.as cõtes..
aparte d.o nobre: ~-ept~tad o~ Taínbem eu .já eo~-.- -En,_qu.e la~m tenho' VISto. esses' espe<:~ulos,_
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 16: 18- Pá gina 13 de 47
poss<i·afiaDçar que_o generoso cora~ãO do'nobte . nos Est:JdOS· Unido1, e:d;{f.itervençlío,·Jios DOsSSo
_deputado superexcttou -se sem mol1vo. . · . negocios e· a -re5posta:.:,do ·nobre"ministro. 'Res-
. . Sa ...... ·ncoLINO 1llouJU. : _ 0 no.br_e depntad_ 0 · ponde a essas accusaç~esJembrando _a~:palavras .
0 JU.A que acabava de profenr ~o nobre ~re~Idente do
quer que continue o trafico. conselho, que tao : perfeitamente hmttou, o de· ..
o Sn';"'PriA.oo PutEMTF..L:_. Não quero:·'llas o ·bate;· que-tao ·perfeitamente1> restringiu ao-eixo
nobre deputado viu. esse quad~o doloroso na sua em qué.devia gyrar. . _ · .. · . -·.
imaginação, porque,_ abstr3:h1~do mes~o dos Na cart~ que diri~iu ao S·r. Hilliard,-carta qne
princípios de lmm:~mdade, e fora de duvtda que foi impressa· e distrtbuida. profusamente, .pedia
antigamente, quando o esr.ravo custav~ lOOll ou o orador ~ sua OJllnião sobre os. resultados da
2005, er.a poss1vel . que os se~~res lhes b~ra· cmanélpação ·nos- -.EstaJos Unidos, não por-ser
teassem :.ssim as vrdas; mas hoJ~, que o ~CHI.VO elle o repre:;entante desse paiz; mas por ser alli
custa ~:000~ e 3:000~, eu não ercro que haJa pro~ um dos homens "91ais importantes e mais co·
prietario de escravos tão }louco zeloso de seus nhecedores da questão. O Sr:Hilliard, é desco-
interesses, que barat~e a vida delles ~est~ nhecido no Drazil, mas a sua autoridade .não
fôrma. Pelo contrario, o que eu tenho vtsto e poderá ser recusada quando se souber que é
que, ness~ transiçiío. de um lJara. outro senhor, elle um antigo p:~rlamentar norte-americano,
os e~eravos são sempre especialmente bem tra.- . illustre pelo seu caracter, pela sua intelligen~ia,
tados. . . pelo seu patriotismo, pelos grandes $etviços
• Mas ha mo meio de não se darem ma.JS esses prestados â Uni~o. O que earactcrisa o sen po!ler
espectacukls, qu·e tanto o~cndem o senttwenta- para dar opinião sobré 'a"m~teria é~ sua ~de
lismo do nobre deputado. Da-se andamento ao experiencia nos ·negocios e nos acontecimentos
projecto apresentado pelo nobre deputad? por da abolição da escravid5o nos Estados Unidos.' ·
s. Paulo (apoiadO$); acabe-se o_ c~mmcrcto de Elle cGmbateu pela confederução do sul, mas
escr:r~os de uma p_ara o_u~ra pr~vmeta, e o D?bre assim como Jefferson · Davis _reconheceu .afinal
deputado não tera mais debau.:o de suas VIstas· os grnncles resultados do trabalho livre, no
estes tristes espectnculos. aug-meil.to da produ'cciio e da pro~peridud~ 110s
o Sn. JoAQUIM NABuco : ....,. Porque tlraràm Estados do Sul, ' ..
esse projecto da ordem do dia? • , · Consultando a_opinião do· Sr. Hilliard, .riio
o Sn. MonEIBA. DE BABBos: _E' indifferente procurou o orador a interferencia do .ministro .
isso porque nós nos arranjaremos em s. Paulo, norte ~améric.1no nos negócios do paiz. -o par·
n_a âssembh!a provincial. · · tido abolicionista não é tão louco nem tãopoucó .
patriol..3 que chamasse em _seu :mxilio in1er-
O Sn. PRADO PlME!\TEL:-Sr. presidente, fui e_ vençlio e.-strangeira, sabendo que por ;sso Ievan-
éontinúo a ser inimigo da escravidão; nBda I'J!~ taria contra si a nação intei ra. Conhece; diz·
dirão os nol.Jres deputados contra ella que cuJa : o or:Jdor, o povo norte-americano para saber que
· rião tenha repetido muitas v ~zes;m~s não mej~~- scmelhante-inter.venção em negocios estranhos·
go ba!Jilitndo para resolver o problema; e deseJa· seria repellid(l _por todos os partidos. ·.
ria que, emqnanto os no~res de~utados não. se - Na opinião' do. Sr. Hilliard, procurou elle a
entendessem sobre os me1os prattcos ·do extm- · ·opinião de um estrangeiro distincto; · da makr
guir essa instituição ·condemur.d~- tivessem a es:r.erienc-ia na questão. Rer.orda que essas sus-
prndencia de conservar-se silenciosos para não ceptibilidades contra 0 conceito dos esLr:Jngeiros
concitar 1>ai-x'ües.
Senhores,eu não quero abusar .da.· attençã;:, da na questao - d0 e1emento serVi·1•-,-em Sl·do exp1~-
radas de ba multo contra os ~ove rnos que repri-
camara; c, si me competisse dar um conselho.ao miam 0 trafico, coutl'a 0 gabinete de. 3 de Agosto
gabinete, cu lhe diria que se .firm::~ sse sobre · b' t 1 1 · d :!8
a maioria destfL camara,qne representa a vorda· . e contra 0 ga me e que promu gon a el e .
de SeteDi.bro. Os nobres depillados que defen-
deira opfnião nacional. .A nação agorn tem um dem ·as ideas- contrarias li O dó orãdor aceitam,
grande desideratum: é fazer ouvir afinal a sua entretnnto,que os estrangeirp_s possuam escrnv~s
grande v~ z; e espera que o ministerio,atordoado · d d · d l'b t d
~
ela propa!!'3nda llbolicioniste, não se desviará br3zilelros, que .. po em. epols, ·. e... I era os,
.. ser represent<lnUs da nação. Si. o orador e .,os
esse graude intui!o, cuja realização o cobrirá seus :amigos tivessem de ,raLar de estrangeiros
das bençiíos da patria. (Muito OOn;) · na camara; -seria·.para propor uma lei que lhes _
O SR; Jo.~Q:;m NAauco (pela ordem) peda a prohibisse possuir escra-vos.
prorogaçlio da sessão por uma hora aQ,m de con· Essas accnsaçõesdeappelloaoe:strnngeirofo,ram_
tinU:ar a iriterpellação. · dirigidas a Euzeblo de Queiroz, ao Visconde do
Posto a votos 9 requerimento, é. approvado. Rio Branco, ao ·I.mperador, contra todosaquelles, .
que,querendo fazer o p11 iz maior do que é, foram
O Sr. JoaquiDl Nábuco comec:~, e são :~ccnsados de que, não achando ponto de
agrade~en do ao nobre deputado p<;~r Sergipe o apoio na opinião do seu paiz, recorrem ã opinião
vo~o que deu con\ra a prorogação da sessão, de· de·Europa; á·_ opinião do .estrange(ro, que aliás
:poiS q~s grandes accusações que lhe fez e aos, •não a conbe~e. · · ·
' se1,1s. amigos, já que S. Ex introdutiu o systemn . · · Cita em 'seguida o orador.a' carta que o··conde
das mterpellações pessoaes. · .. · . d'Eu, quando . general em chefe do exercito
. ··Em_ uma da;; s_essões ant.eri~res qualificaram brazileiro; did_g~u ao · gover.il.t?: · .PTOyi~orio: do
de vouco patrJOttco o procedimento que teve; Paragu~y; podmdo-Ihe ·.:1 emancrp3çao dos es~ .
pedmdo :ao honrado ministro : nor te--':~meoricano: cravos~-- Foi esse.:acto uma verdadeira interven---
. a: sua opin1âl sobre os resultados da emancipação · ção. ' '
Sessão extraordinaria em 25 de Novembro de 1880. 361
Nos outros pontos das inlerpellações do nobre 1 Senhores, desgraçado seria o paiz em que as re·
deputado pelo Maranhão, entende o orador que !ações de sangue ou de affinidade ptidessem des-
não precisa tocar. O nobre presidente do con- via r e torcer o modo de pensar de cada cidadão.
selho podia responder : approvo ou reprovo a E tanto isto é verdade, que mesmo o nobre de-
propaganda; mas, por maior que sejn. o valor de putad9 pelo Maranhão,autor da interpellação,em·
sua opinião individual, a sua reprovação não bora h gado por laços de parentesco com outro
causaria muito pezar aos abolicionistas, porque da mesma provinci~. acha-se em diametral
S. Ex. nesse caso arvorar~se-hia em mesa de opposição nesta camara, na província, em tuda
consciencia e ordens. Os manifestos, as cartas a parte a este seu parente. Recordo-me ainda
dos abolicionistas podiam ser collocados no que o ministerio de 3 de Agosto ao qual refe-
Jndex, mas nem por isso a sua causa deixaria riu-se, ha pouco o nobre deputado, não encim~
de caminhar. trou mais rude adversa rio, do que o eminente
Tambem não está nas forças do nobre presi- tribuno Sr, José Bonifacio, que o co mbate ~ sem
dente do conselho coarctar a liberdade de im- treguas ~com todas. as arma~, r.!!ibora est1ves_se
prensa, porque e!la ha de ser li vre e continuar ness~ gabmete seu I Ilustre 1rmao. Co~:nc_J, _ pois,
na sua propaganda, ou contra a escravidão, ou admira-se o nobre _d~ putado que eu dLVI!'Ja em
contra os abolicionistas. algu_ns pontos do mmLsterw1_só. porque a lu conto
um 1llustre parente por ammdade ? E em que
Em seguida responde o orador ás observações divergi? Em uma questão milindrosa, para mim,
do nobre deputado por Sergipe, sobre a inverção ha muito julgada, e com a qnal n1ío posso transi-
das fórmulas parlamentares. A sua posiç1ío gir ! . .
perante o gabinete foi definida desde o primeiro Senhores, nas conversas .particulares, e eu.
dià, e sente ter causado as trcs questões de con- appello para o venerando presidente conselho,
fiança que o nobre pre3idente do conselho for- nos comícios e na assembléa legislativa da mi -
mulou perante a camara. nha briosa província, nn imprensa, combati
Conclue o orador, respondendo ás conside- sempre por esta idéa ; podia agora, sem quebra
ra ções do nobre deputado pelo Maranhão, quan- da minha dignidade, renegai-a ?
to ao clima do Brazil tornar imprescindível o
trabalho escravo. O SR. ZAMA:~ Na assembléa provincial, não;
V. Ex. não discutiu lá a ques tão do el emen to
O Sr. Jeronymo Sodré:- Não servil .
contava dirigir-me hoj e a esta ougusta assem- O Sa. JERONYMO SoonÉ: -Está enga nado;
])léa, quando fui ch amado a campo pelo nobre S. Ex. occupava a cadeira ua presicl encia,
deputado pelo Maranhão, autor da interpellação quando enunciei· me sobre o eleruen to servil,
que se discute. condemnando a lei de 28 de Setembro, por
Deixarei de lado as idéas com que S. Ex. achai-a manca e defeituosa. V. Ex. parece um
fundamentou a sua interpell ação, porque contra pouco esquecido. · (Apoütdos da deputacil1 da
ellas manifestou-se a camara inteira; protes- Bahia.) · •
taram todos os liberaes, que não j>odem aceitar O SR. SARAIVA (presidente do conselllo):-
semelhantes doutrinas. (Apoiados".) Pareceu-me Sempre teve essa opinião. . .
ao ouvir a S. Ex. que longe de ser um dos
liberaes dos velhos fempos, como se apregô~, O SR. JERONYMO SoilRÉ :- Eu registro o aparte
um daquelles aggressores do ministcrio de 3 de do nobre presidente do conselho. · ·
Agosto, que militaram nas fileiras do Sr. Mar- Antes de ser eleito deputado, quando orga-
tinha Campos, Tavares Bastos c outros, e de que nizaram-se as li stas, qmmdo tratou-se das can -
hoje tanto se ufana, · é ao contrario disso o ID<Jis didaturas nas reuniões do partido libert1l , eu
avesso ás idéas liberaes; o nobre deputado disse, por vezes, ao nobre ministro da justiç a e
acabou aqui de sustentar proposições, que não ao nobre presidente do conselho quo, si era in-
tê.11 coragem de f'azel·o os mais ferrenhos con- tento, proposito dos libet·aes opporem-se á eman-
servadores, e ainda mesmo :~quelles que talvez cipação; si _em ainda idéa canleal supprirnir a
lastimem os tempos coloniaes. S. Ex. queria religião do Estado, que nestes dous pontos não
que o nobre presidente do con~elho, rasgando a podia transigir; que havia liiJeraes eminentes
Constituição e as leis, renegando as tradições e alguns de serviços importantes, e que, nesta
do paiz, de que é fidelíssimo depositaria, to- hypothese, em meu lagar, incluíssem qualquer
lhesse á sociedade brRzíleira o direito de livre ·desses que viessem representar as idéas do par-
associação e a liberdade de imprensa I ! tido, caso fossem essas. Chegando mai s tarde á
.O SR. BELFOIIT DuARTE: -Não disse isso; o camara e diante de um ministerio de amigos, o
que eu disse é que o governo devia oppôr-se á primeiro discurso que fiz foi interpellando o
nobre ex-presidente do conselho sobre o ele -
propaganda illegal.
mento servil. LembrÇlm-se todos ainda de que
O Sn. JERONYMo SonnE:- Os meios de que nós .fui verberado pelos meus amigos, -poisjulganim-
abolicionistas temos nos servido são todos Ie- me inconveniente nessa occasião. Mais tarde
gaes; rião continuarei a censurar as opiniões de ainda, em resposta ao nobre deputadà por
S .Ex., que foram condemnadas summariamente S. Paulo, na discu ;são do orçamento da agri-
por esta camara, sómente peço licença para oc- cultura, eu sustentei os mesmos principias.
cupar-mede minha humilde pessoa,'o que me Sahindo do poder o ministerio do 5 de Ja-
pesa , não podendo deixar de fazel-o, porque a neiro, e organizando o novo gabinete o· vene-
isso fui compeli ido por · dous illustres collegas rando presidente do conselllo,embora a nmizade
que me precederam. que me prende a: S. Ex., apezar do respeito
T urno VI. - 46.
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:18 - Pêgina 15 ae 47
362
que lbetenhcye nã? olista~te a, estima gue·lhe Mais .do· .que. isto,:;porémi''e 'O ·~e-.Dão podia
1ributll, eU: .nao -llle ..lmportei ·ne~a· questao · ~m esperari-fQi' a, amarga-_eeusu.ra'oféita. por S. .Ex.
com.S. Ex., nem .eom o, me~· .mustre.·chefe. de aos:. dozoito:.- qu&, :v.otaram; contra,o gabinete·:de
partido~ :o S~.: conselheiro D~tas, ~eu velho: ;e i8 . de ,l(arço. ~o. nobre deputado: argiUilentou
sincero ainrgo, e . que. por uma Cll'~ll.III.stanma com o direito parlamentar da Inglaterra; S. Ex.
aecidental é meu parente,: ppr allimdade: In-.: entretanto; ··ou- não-leu a:lüstoria parlamentar ·
terrognei o nobre, presidente .do _co~elho sobro da Inglaterra pelos . grandes· autores. por onde
as SUllS idéas ácerca.da emanc1paça~, CotOdOS ella se. modclll; ou a não ·qnfz.comprebenàer.
ouviram aqui. a. resposta .franca e smcera do o s~ - P1tAno Pnol\'T~ ; :.i.. Li. " .., .·· ·
nobre ministro. .. ' - · . ..
. :S;:. ·Ex': 'não ..condemnon a ·propaganda; · .h- . .·o.sn. 1ERO!\"YJJ{O SooRÉ: ;...:sneu, )·utou con~
bernl,:.como :- é, não .PDdia censurar as yozes de· · clusões inversas. O nobre deputadcf·b·tr:o.e per..:
amigos se11s que se lev~ntavam na camara : mittir.7me. que lhe diga que no. parlamento
. para propag;r . um~ idéa, que,_~i· ,hoje nã~ está · inglei nunca s.e louvaram as opposicões dos
no todo • amadurec1da, ·amanha o estara com · Tierney,,ou lord Bath; d~quellas systematiéDs,
toda a certeza_ ·· · que. negam luz; .a r, pão e agua ;·isto · com ad-
Taes eram as condições em que mo ach:~va, versarias, quanto mais com amigos; : do~ mesmo
quando aventou-se · uma, qriestão, que .tómou .lado, e que. destacam-se em um ou ouu-o. ponto
enormes proporções; nós abolicionistas ha- que _'n.ão formam program~a ou bandeira -do
víamos vencido uma urgeneia para -apresentar parttdo . · · . . . ~ .~ · . .. . . ·-
um projecto, com o voto de um min!stro da·
riórOa; nem eu, nem nenhum dos dezoito, que
o Sn. ~o PnmÍn'EL. dá 'um ,aparte. - . ",
. · .. . · . . .. .
votaram, ao 'depois, podia . soppôr,'' que no -o Sll.' 1ERONnrO 'SonR.E ~: ~Aqui entre. nós
antro :dia -se transformasse isto . em voto de· faz-se questão de _gabinete , de úma urgeilcia ; -na
confiança po1itica·. Chegado, porém a este ex· Inglaterra, não. Ha mníta diversidade, . . -
tremo, a minha dignidade e conseiencia me im: .• ·.o sà: SA~A (presidente dÕ,eon,elit6)':' ~-Yas .
pediram de roouar, doi por isso que, ao votar ' a uigélicia naquelle caso ~ra questão.do governo.
contra o gabinete, disse-sim-; • porque pre- (Apoiados e outros apartes.) . .. . _. · . ·
:firo perder a confiança politicn dos meus am.,i'- ·. o
SJ\ _ l'ERONYMO SonRF: : _ sr _ presidente,
gos, ao que a estima eu consideração que me ·tomado 'de ·-sorpreza,-niio contando raUar hoje
têm individualmente I , · .· ·· para: combater ao ·nobre· .deputado e mostrar
· Não · podia n~ssa occasião . rÚudar,' ·porque que o. direito ·parlamentar inglez não ·. está de
acima do venerando t1tesidente do. conselho, da aeeôrdo-com. o que aqui'affirmou, eu, em .todo
amizade que lhe dedico, superior aos earact<ii-.es caso, lbe recordarei um facto, que me vem· á
elevados que compoem o ministerio 28 de·Março, memoria .: . mesmo a _proposito do b1ll; sobre a
acima de meu illustre sogro, estão as minhas: escravidiío, quando o illustre Pitt se levantou ,
cónvicçõe~. está o bem estar de meu . pàiz,. e ·o' ·parà .combater os.escravagistas, acabando o seu
engrandecimento moral desta paLria, que tOdos .discurso ao raiar da aurora; e.recitnndo os me-
2mam I · · '' moraveis· versos-do <poeta latino, os melhores.
Depois de dar estas ligeiras ex.plicações, "cai:J.:;: dos seus amigos votaram contra; o bin cahiu
çando .a atten~o ·d:l camara com a minha . hu- ·nessa occasião por uma grande maioria, sabida
mild~ persoualid.ade (não apoiados), não dei· das .banudas do governo, e ·nem por isso o pri-
xarei de razer alguns reparos uo zelo extrordi. . meiro ministro reputou-se desconsiderado e
nai-io .manifestado pelo noi.Jre deputado· por ·menos ficou ·despeitadocom seus amigos. _
Sergipe em favor do gabinete- · . · . · . o SI\. PJUDO PlliENTEL::....J.sso era:uma questão
O Sa.. ·?.IUDo. P~"TEL:-ü q].le e.u qu~ró é especiaL _ ·· ·· - · ' · ~ · · .· ·. · . ' .
coherenc1a. - ·- · · · ; ~ O SR. lElONnlO SoDRÉ :....;;E riâo é idenlica,
- o sa lERO~iYAio Son!lÉ·-O nobre deputtid0 : 1mu~uàis !ll.utalillis~_invertenâoaQ:uestão, ·á nos$a
·- t i ' h · · • ill · - ' . · postção; e até sobre-o mesmo assumpto 'r ..
cu~o ~ ento recon eço, CUJa . ustraçao _sou o. ·. '!' Demais~ Sr. presiden.te, não era 0 nobre de·
pru~etro a confessar, e 9ue fo1 um dos mcan· puta do pela provincia d,e Sergipe 0 mais talhado.-
save1~ traballlador~s-na Imprensa, durante os ·para accusar•nos de semelhante proceder; .nós os ·
iO ann~s de _opp_osiçao, ~rprendeu-me, ID:OS· ·abolicionistas .divergimos em·. uma questão
tr~n~o se l!_oJe tao contra~10 a ~a causa ·~~ m... social, de al~a importancia,. ~~·obre a qua.l !'!lilitó..
P.~ h_~a, nao só ao Brat1l)· mas a- humamdad.e. tampo antes· de constituir-se 0 actual ga~nnete,
mtela.,.. _ .. . · ~ . ,.. .. havíamos nosnternado: . mas:o.que.duerda
0. SR. PRADO PniEÍIT.EL:-E in6n a mesmo:-'
po$lção de S. Ex..,. já em rela~ão ao minist.eri()·
A. minhfquestão edos meios praticas. . . : .. ~·: de 5 de Janeiro, ao qualaggrediuaqui, .votai!do; .
· · ·. · - '• _ - / · -. · '··· ··:'~ em~ pouco, moções de_conJian.ça, ea~ei~~~~ .em
.o, Sa. -· ~~llONDlO· Sonro:._- .-. . sorpr~Dd~u.'"' ·segu.i'da' ~rgos de àdmintstração·'t" ~·. ·· ··,: _..
~e•. vendo o ret_rQgrad~ das suas :•pruneu:as. .•., ,-.,.•;. ·-·- : .. .· -- - . .,_ ' .;,. · - ·' -· . ·--___,
I~éas; S. Ex. vem. aqu1. fazer ·. uma•.. confissão. . · ,0,._~-r~~ P.IUII~::~l!a~ ~:-~~~to-- ~S$0. .
P!ena d~ queprinci[liou: abolieiGmsta.; ; ~.. : .. - ~~-~~()~~~~!ll!C.~VO~l@tt;~!l;!!!J~.~~r~.,o .ode
. _9 .~1l·})liAno ~~!~\- ;~;~da o~:~~11: ·,.. ::?)e Sil2iit!~-G~vAÍ.Íió_: ;~" '.:A~ià:fu;~:,'- ~~;·:·._).
. Q. Sa. : lER9:sntO,~:~.SOOá~lf'ao ~ foi ·o ·•-ctue' ' o..sa. ~ J'Éaomo'·· Se:&aih~();··prlmeiro . ou:·0-
Y;,J~x·.- dtsse,,mas,:si.~e~.e~nei;ii estimo.,que seguiído disén!'SOuesía·caliià~fót•'de'·'V. ·~Ex';: ·
~onünue a:·sel~:- . -· ·-. :::J. ___-_ ~- _~,:~; ··: :. ~·· :, ·, . . censurando:o ministerio5 de>lt:i:l'eirc,:;-r-1) ~;r; :-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 16: 19+ Pá gina 1 d e 1
- O Sli. PIIADo.-•PJMEl(TEL.:'-·Não •.apoiado ;- .fiz. -:e So. .. JEB.oNYM:o . SonnÉ :-d!istou 'apenas na.
algumas.observações contra o' Sr.~·~ SHveira-Mar~ tando.as incohereneias•:•e .·o ,proéed.imento ·do
tins;:-mas spoi~i o ministerio~ · .: .. n_o~re êdepo.tado que se collocasempre na pó-
·o Sa. IBaoNY-Mo So'ônt:•::...·v.:Ex.·iánou:ccintra SlQ30 de fazer a~res censuras, a ,outros, qúá
o· ministerJ<r: .'í ·· de ·:Janeiro •., e: nom'êadàliierlle não:, estão .aliá~ :110 ~so:. de S ·Ex: · nem ·em'
contra o Si:\ ex~ministro da fazendi'corisélheiro· pô~içep tão,, meiindrosa ;' .a --<>ntrps q~e ·si. di•:
Gaspar Martins, · _ . · _· .. vergem.' em,. a,lgllffia questão transcendente.
como a do elemento. servil, não fazem. eriwe ~
O Sa~. PEWlO Pnamiu. :-Censurei alg~s· de- tanto~ crit'iiiaii".,\)- .eimsuras, coino S. Ex.: ein
seus actos: e. applaudi outro~. : . .. .• · · . outrosjlontos. ,: ; ·
o SB.. JEnoNYMo 'SoDa:Fi:-llas vôtóu a ni.o(ião OSB. Puno PIMENTEL':.~· eilgallo de Y. Ex. •
de- eonfiança;.-embóra as censuras; e, tão li dó ,nas
doutrinas parlamentar.es, sabe que um gabiiieté o •SR.I~ao1m1o SonBÊ:...:.:. Creio, sr.-presidente,'
de governo ·parlamentar é· homoseneo, não ter .respondido no que me tocava iminediata-
admilte seler.ções. não· se póde apmar um: mi• mente, aos nobre,s deputados pelo Maranhão ·e:
nistro e atacar outro .(apoiados) ; porque· ·todos por. Ssrgipe ; e agora, quanto ao il!ustre gabi-
os . ministros · são solidarios; a opposição, ·pois, nete presidido pelo .Sr... conselheiro s~raiva,.
a um; .quer aizer ao gabinete inteiro. ·(ApaiatfoH.) só tenho a dizer o que 'não" aceitando a dou-
trina do nobre, presidente de Minas, eu ·oon.
o·sa. PR.UlO PIMENTEL:- .Cens'urej algmi.s de tinuarei a apoial·O .$!lm que , solicite peça . o~.
seus actos e applaudi .O!J-1rOs. . , · deseje cargos de confiança; não é esta a minha
o si\. JERONYMo Sonld::-:Mas, ·:senhores; é amQ~çã:o. : , ,. · ·
uma com moda posição·a daquene. que 'censura, Tenho colicluido. ·
e inai.S tarde aceita .cargos -de confiança dos
aggreª'idoyr- ·' .' · · ... · ~-: i ·. ' · .
Vozis::_ ·Muitó liem; mUito bemJ -
O SR. Pni»o .PWENfEL :-.Quando a~_itei . 0 A discussão ficaadiadapel,a h_ora. .·
cargo de confiança já ·o . Sr. .Sil'veil'a . Martins. O SR. PR);)~DENTi dri para orde~ ··do':.~ª~it
não era, mais ministro, E e11. apotava com todas . ,2,a discussão do, projecto n, {48 A interpre-
as forças O.~inisteriO.• ·. ·'· . '• :· · . . ; :- tandO a Jei penal SObre loteria~. . . ·.. : ... ,1
0 SR. MoREIRA. DE BAIU\OS : -E O nobre: de- . _~.:.n dita ~.~ d.~.n~.J~R pro,h_ibindo.: fazer exca~··.
pntado. deve recordar-se· de que ..contra o .Sr. vaçoes a abi'1r valf'âs ·n:as ruas· d·a c1dade.
Silveira Martins· muitos Srs. deputados se pro-. Continuação da ·3.• .discussão do projecto
nunciaram ll{l sentido do· Sr.. Dr. ·Prado Pimen- O' · · · ·· ..a· ·
teL ,Depois q.U:e éllé se ret"irqu.do.Ininisterio:as, n. i "'sobre privilegws m ustrJaes.
attitudes mudaram,_•. Esu,. ~ que,é a.verdade. (Ha; do2~à1~~c~~~ •d.~os1~~- •~~Os~bre !I pretenção
outros,apartes •j; ... · ,. ._......;·, . >:-, .• :•. ,, , ,,-. :'!
· · · · · · · .A:s · materias da ordem ·do dia ~5, ainda não·
. ·O Sa:' Jii:ao:Nnri:rSoDRt: ~:1Ia' poúco · após·''ií' discutidas, e mais em 3.• discussão o projeeto
qíiéda do mínisteriir 5 de Janeíro. e á asee~ãcr fAS t · d "ub ·1 ~ · ·d0 Ih · '
d_o..-actu_a_l,· cõntinUOU"O._noli~e
- . _de~n. ta_ Cl_ó xo. r_ "Ser:_· Pedrosa
n; aulente
orizan
da o·•a• J 1 açao
!ac:.lildade ·
da.Bahia~
conse elrO-
· :·
gipe c.om o ·c·argo·dé confian~a · e presi ent~}:e, ·1 . · .· . . -· ., , . · ...
Minas. ,_. • ·-;- Levantou~se a sessão ás lí horas e !5 Íninniós
Candido de Oliveíra, Seraph ico, Lemog, Barão Almeida Couto, Buarque de Macedo, 1\lonte,
Homem de Mello, França Carvalho, Olegario, Baptista Pereira, Freitas Coutinho, Souza Lima,
Tav an.~' Belfort, Leoncio de Carvalho, Mello e Abreu e Silva, Ildefonso de Araujo, Candido de
Alvim , Lima Duarte c Jeronymo Jardim. Oliveira, Galdino das Neve$, Valladares, Carlos
Faltarnm com partipação os Srs. Antonio Affonso,Giysses Vianna, Martim Francisco Filho,
Carlos, Antonio de Siqueira, Aragão e Mello, Aureliano Magalhães, Camargo, Ribas, Prisco
Andrade Pinto, Beltt·ão, Barão da Estancia, Paraíso, Rodolpho D:mtas, 1\lanoel Eustaquio,
Carlos Affonso, Costa Hibeiro, Esperidião, Frei- Moreira de Barros- e Ruy Barboza.
tas, Lour~nço de Albuquerque, Acci~ly, Franco Faltaram com participação os Srs, Antonoi
de AlnH•tda, Franco de Sá, Fredenco de Al- Carlos, Antonio de -Siqueira, Almeida Bnrboza,
meida, Franklin Doria, Francisco Sodré, Fi- Aragão e Mello, Andrade Pinto, Beltrão, Franco
delis 13otelho, Horta de Araujo, Ildefonso de de ~á, Barão da Estancia,_ Esperidião, Freitas,
Araujo, Joaquim Breves, José Marianno, João Accwly, Franco de Alme1da, Frederico de Al-
Brigido, Macedo, ?tfalheiros, Marianno da Silva, meida, Franklin -Doria, Francisco Sodré, Fidelis
Mello Franco, Pomp eu, Rodrigues Junior, Souto, Botelho, Joaquim Breves, José Marianno, João.
Souza Andrade e Theophilo Ottoni; e sem ella Brigido, Jeronymo Sodré, Lourenço de Albu-
os Srs. Americo, ·Azambuja Meirellcs, Au- querque, Lima Duarte, Macedo, 1\lello e Alvim,
gusto França, Buleão, Belfort Duarte, Bezerra Marianno da Silva, Mello Franco, Pompeu, Ro-
Cava lcanti, Bezerra de Menezes, Camargo, Cor· drigues Junior, Souto, Souza Andrade e Theo-
reia Rabello, Couto Magalhães, Diana, Epami- phllo Ottoni e sem.ella os Srs. Americo, Azam-
nondas de Mello, Espindola, Frederico Rego, buja Meirelles, Augusto França, Bulcão, Belfort
Felicio dos Santos, Fernando Osorio, Ribas, Gal- Duarte, Bezerra de Menezes, Corrêa Rabello,
dino das Neves, Joaquim Nahuco, Freitas Cou- Couto Magalhães, Diana, Epaminondas de MelltJ~
tinho, Joaquim Tavares, José Basson, José Fredeçico Rego, Ferreira de Moura, França Car-
Caetano, Marcolino Moura, Maciel, Moreira de valho, FeJicio dos Santos, Fernando Osorio, Joa-
llarros, Marlinho Campos, Milnoel Carlos, Prado quim Serra, Joaquim Nabuco, Joaquim Tavares
Pirnr.ntel, Souza Lima, Silveira de Souza, Ta- Leoncio de Carvalho, Marcolino Moura, ?tfaciel;
mandaré, Theodomiro e Valladares . Martinho Campos, Manoel ·Carlos, Saldanha Ma-
rinho, Souza Carvalho, Silveira de Souza, Ta-
Ao meio dia o Sr · presidente declara não maudaré, Theodomiro, Theodoreto·.souto, Lemos.
haver se~são por ·ralta de numero. 1 e Zama.
o Sn. v SECRETARIO, dá conta . do seguinte A; o meio-dia o Sr o presidente declara . não
haver sessão por falta de numero. D •
áqniilo que ~ais iznperio tem s(lbre:nós, a 'àigni~. .sempre vedaram ao:;: membros desia' casa oc-
dade, pedi ·a .· palavra para,.· uma :explicação. eupa~em-se ·de llSsumptõs ou ?e pessoas à· êiijõ·
pessoaL-Desde~que·tive'eiJ,trada nesta casa; pro· respeito. pndessem -- sel".suspertos. de· se. inspi-
curel • sempre ·ser contado no-numero dos··paci.-· ·rarem em odios pessoaes ;-_e é,por .-isso· que; .. sL
.ficos :e dos modesto~; e S<lbretlido evitar, :iqüi alg-um .membro desta camara-era inviolav.elpara
mais · ainda do que fóra' ,d'n'qui, essa!; questões !flllll, esse era o. nobre dep1ilado, dé ~ quem · en
pessoa'es que' à' camara sempré ouve com':deS'- Julg~va poder_. espet,ar. a -~reciprocidade _desses.
prazer· -e ·que· em ·':riã'dl\' i.li)roveitam aripalz:- ·sentimentos.-. .. , , ,_ _ J,~>;~ ,_ ·
(Apoiados.) A earoara, p'orém, vhf que no úl:
limo dia de 'Sessão,uo d:.ebaté' qjíe se travou a
osn.
PRA.no P~1ENTEL; ~}leço ·â· _pai:avra •.
-
proposito •da iüterilE~Jla~ão ·do;"Iiobre :deputado O ':SR.· B.utaos ·-PllllENTEL-_: ~"Mas efn ·Íiiatiiria
pelo Maranhão,. deb~te -,em (J,_tiê 'tanto eon" de delicadeza de sentimentos S. "Ex. ·:procede
, o' seg-uiram . elevar.~ se, ' g"raÇâS- · âo talento,-. os· s_emprl) com~- proeede_u, outro 4ia, conserv-ando-
oradores que neUe, s~ envolveràm; · e inesmo~ se sentado quando se pedia a prorogaÇão . de.
o nobre. deputado. pelo :l!l"a~nhão, . apezar das ~~Fa para se r~sponder ao ~eu,pr~prio.discurso.
o'dios"i~simas theoria~ que :parà aqui nos t-.roúxe~ o-- ~- -·· JJÍa.oNYMO Soo1tÉ:. ·_: Apdbdo-)' éc·um·
levantou-se o nobre deputado por Sergipe, não f - 1·...,,.;: A
para fazer um · discursai mas --para fazer··· dos acto.• que nao· tem -~ 1""-11-"0;: tacou:e·.não
discursos anteriores uma -re~_enha, cuja .. mo- quiz ouvir lk'l'lefezn.dos ;,l.t.aeados. . ·~ . . . ... .· .
notonia foi apenas quebrada pelos ataques pes~ O SR. BAllilos PiMENTEL: -O nobre depu~:
soaes e directos a 8lgunsomembros desta eamara, tado como que preseD,ti-_a._a_réplica: esmagadora
entre os quaes S. Ex. me fez a honra de dar o do· nobre úe_putado por ·Pernambuco e o sty-
primeiro klgar: .. . ' g111a que "ev)a l.a~çar JPbr~. o, seu,pro.Qedimen_to.
o Sn.. P~Ano · Purs.~TEL :-Não •têD.bo iiada a··-·p!!-lavrà ··vigor'ôsa- •o.o nollre· ·aepula'dcf pera·
com isso. Foi :uma apreci:içãó. do nobre depu- Bahta. · ..·: .. <·.-_ .H · ;~ . ~ ~ · :'·. - ,.
ta do. . • . • . . . .· . , •- . ?!las, qua_es J~rn.~ ~s .d~~s. ~rgn,iç~es "que ,o
o SR. B.u!ROS PIMEl\"TEL :-Só >uma cousa me·- nobre deputado .entende:U ..dev.er.-~âzer· aos.:~Je~-·
sorprendeu ·:.fo~ que; ·•acos~mado aos·ataqoes zqit-o qu,e aq-q:i v.otaram pela U:rg-ei:u;:ial))isse
anonymos pela 1_mprensa ·e ~s aceusações ~gas• S:;E~/ 'que·era inexplicavel'o ' 11osso .Jl'r.ocedi·
nesta ca~a, depms das quaes fica·lbe 0 dir5 ito. m:eiltO~.Iiorqu'e·nãOlinbamps d,!llegàcão·Ms·no~·
de-dizer que :se \efe~in; ora-a és te,. ora a_· quelle, _ sos'·ele•tores; os. ~aes.·por.-·certo· -nãivlevariam
S . :Ex . · pela pnme1ra --vez ·ttbandonasse esses: aisso a bém;. assim•·como ó ~l'llpor ·contfnuarm.os
_hallilos adquiridos. · , • . · ·. · apoiar _0_·. in'mis_te_ tio, _· .. _~---- ',_·".' .·_,·-··.·· ·::· o~. · ·
Nun_ca me preoccupei• ém responder áquelles . Respondo'·ao nobre· deputado· que-, en· não ·
que ntlo tem a coragem dos seus awqnes -,e ao· trOtLX;e,,.não;trari~, pariL~~ui um. Il,l3I!-d~~o im-
nobre depu~do por'-;Sergipe,,particular~~n_te, peratlvo.}'~ .~oss1vel qu_e S..E.:x.•.-ach~ ~,f~r.7 . _
])_arque S, Ex. c;reou-se um triste direito, 0 ma . plesllJcltana um regunen mais. admntalfu;
· d1re1to de offender impunemente... do .qúá; o ''nosso; mas é certo que ,i:J.o,reg-imed:
_0 ~n. PRADO fnr~E~ :...Jss~ é uma diatribe, represênta"ti,vo;,onde aliás.nm.a grandéicôrn:inti~
nao e uma expJ 100 ,.00 _
v
nbão de
idéas~ devê existir entre' ii. nação e
seus representantes, não é preciso que ·tenhamôs
ós;
O SR. BAnnos PJU..'ITEL .·: ....... '.:.deSde ·fi ·dia ém um- man~to Jmpere~v~ para nos pronunciarmos:
qne, rec11s:mdo um 'desafio, '·deixôn'··aoa seus· sobre toêias -as· questi'íes•. ·E, senão; sopponha
comp:mliei~os dil'rSldacÇão o encarg~ de gene-= o luibre depu.~doque;$e_levanta neste. recinto a
rosa e coraJosamente respo!lder~m -- ~?.!'. elfe. . ques.tiio mais grave sobre que podem:ones\llver~
O SR. PriÀDq PJM~N'l'EL:....:... Isso é uma falsidad~- ·a. qúestão. d11, -paz. ou. da guerra; -Não s~ndn _po~ ..
protesto. O flfOprJO t~st~unho do sr. Affonso srvetouv.•r. -~s_p_..ectal_llle.IJ.te o_s_-noss.os e_ te1 tores,~ __
Celso póde dü;er.que Jsso e uma calumnia. ..· .taremps mh1b~iios de_dar aqui o no.sso voto?
· o Snc-. CBgARIÕ,~:Aiym:'-,-.Não é..e:Íàeto: ~sse.' !llas':eu t~~go.Jsto:JI!_r!'; i:J:tostUr,~ca~en~:as:
ponto d9 desafio_. • . _ • _' _. _< _ , estranh~ ®ns~q~~llCUl~ a que.Jeva~· ~~eor1a de;
· · : • ·"· - .,_~ ·· -- · --: • :~· ·•. -----~- ·". :S.. Ei ....Von, déSccr,_a hy~o_these 1,_.aO: fáetQ.-
. ..0. Sa. Io.tQm;ac,S~IlA..:~Ap_ot~~o; ~ao _e e~~lo,, ;Acre'ditô'~ @e;:lias: yplitipes ãbolicíón.iS1âs .que'
. o. 8}!.,; G.HDINO, DAS_ NBV.E~ :...... ! Si é faisidade.'-Cl; ; a~~- ~P.r!fm_; c~ótflp;-;~às; . ~J:prí~; :,sQti:àcei~{la~:
_espalha~a-pelO)';•seuspropnos .am.Jg.os<Eu -ouv.ii ~~acl~ :P~P.~ ·çl~~ç~·:'!!;.que~\ dç_v,o }l)llaior,"
~~o,mrutas vezes, -_ · · .. :; ._, : .. : , , .. , . > i:rg·•J th~~ ·qn~;--~hl,l;o""r~c.e~~M•. !!;.~ p-rora,vou,ditr1 - .·
o SR ] p - E tá · •<' •·• ' •a Y'- Ex:.: .l!nlte :-• ~stes ele1fores .,posso· .dizer
d é · ~~~os !11[~~--:-- • • 8 nos·Jornaes· lqu'e'té:iih'o:liã.ó',só··eo:rêligiónât.ios~eomo·inni~o~~
. a. poca. !:".::Desde. e!;Se-~Ia;. ~rto ~que em IJ\::Opinião':d-Os 'sl'm.p'165 . ch~reli ioiiari.~-· poo:6;
~õin1·~~;;.-r;;iJ~~,~:i=::~=!:t~~~~~~::r;· t!~J~~hamJ:!~~~!~~o~a:e~:t~~nspa•'gg~~~er.~"-
n)j.a... ~ r~_po~s~v.~.~.Pe.~& ~d.e]l~d:,.,laqlJ.~t ~~- .tall!-- nti'u1ros··~, ê ·-~si.i'itE·Y~' E±> •;-esf'PaíitilFá!( p·ro-
eiD,. e.~or1I~so mesmo,. es e.ess~-. ui)~~- se~ ~ ....--·····. "-lo...' ---~~ •• -- ·. .o· -·,~:..~ """". .....,.,.
-de~--··'·s·· .. ·""
..,.x·:_.. ,...,.;,;
,. · ,..;·-~~-:'+[. ..:;'·····
......... am,p, ·. 'é'-di'du , v -: :'d""-~j'f!' · , ..: . HL·,,tJ V'lllCl11'<7nllllDBI)'•ew'a11Jigos n.,m vçuueeuaeu .......;.
OJlO o::t:· e· m'll' - .·· "-~·.__ ·~...;;o;;~· -=:···.:.. •._ .. -.,.... .,., .~- -~·---··_·•-' _·
:.:.~·,f'"·~:il··~ (..:,... _.~.,.;;tJ- •. ~-. ~1 -~ _!_._,~}] tJir·~t. 'tO~!- aul!!":!~r ~ .noa.re··~ses·J~aess-. .. '~~-l- ··: ;_. --.- -.u,-
.. O Sa. rltAJ)O PDIE~L:.;.;;. Isso é um idiscu.nor 1· .,,c,;:s , ,<,1-.rifr-:. ·>•)t•·.;Hf<l:~- , .-,_· .:r~~'.._."~-.:: y~~ -"'-'·t~. ,•:,;
decorado que não pode.~ffezuler~a ••• . _ ·. ,,_. · ,_Os Sas. BARA.o DAESTAJJWIAi:~U!Jto~kP.Im:Nll'Bio;
·~~~~~?&aK~r~~~:~?:J: ·~~r-~·--~:!;~--·
·~ite:m~sd'éêtas~U.·~-~•~=~""
.. ._ . •··· .. -
:; r~~;~';~~~~·.:~_~,;~~~;.
'"....," ·.:.~;·;;. •' ·t1 "-;;......'<;.;;,;;..'- ·'-'""'1"''·~ -·._.' .. ._,,
t""'~"WCJJ.Wire5, 1 wnO "U<l'J! TlDClJt, .. '2JIIWUUU;.'·"'··:·. ,.,
,_,~>il .·
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 16:20- Pág ina 3 d e 32
...~o.saL
.
B.uuios -'PIIIIEN'!Etí:~Jsso:~-.i-'um-:':arre-·
. .
co'mo úat·.lacto":legal;:que :não-era '.possiveldes• ·
medo : d.a::accusação : qu~o Sr ;/ Alfonso :CelSo.· está elin.hecer;···~· esta' consideração aetuara ·tão::tor~
fazendo ao Sr. Silveir;1 Lobo... _·_,:;·,,•, ::·:··.:' .:.·,. ~mente· n'O tmeti' :espirito,- q·~,'- m:e·.. sep~rando :·
...,.'O -s:a:·MA.Rmf:"FiANcxsco~dá :tim npa'rte: , de. todos ··os:; abolicionistas· :da cama-ra;:· votei
por. uma emenda:. do nobre ·deputa·do por-Minas,
. O Sn. .l:eRONl.'\!0 Son:aÉ: -0 nobre deputâ~o ·por o·Sr: Ig_n~cio: ~-r.tin~. _para' que: se ·considerasse·
s.::Paulo, nasceu- em;..rariz:;,• não . é -paulista a·propnedade:eserava, como :-prova--de ·:renda.
' (Ri5o.) :t.:- .. : · · ·' '" :- , , · ' ·.>:· · · , Pergunto: deixariio ·:de;:pensar odeste·. mod"66s
~,{) Sll·: 11.-I.RTnt · Fru:Nctsco ' Fn.11o: ..;;... Nem · ao proprietarios da provincia de; S~l'gipe 'l
menos:-16m··o.mei'ito da nirvidade~·~· · . lApoia_àçls.) , ... . .· '". .. . . . .
· · ·:Faz parte dê ·sua.dcputaçao um grande pro-
O Sr. . Ilinormso SoDlffi :-Não digo isto para prietario; 0· nobie ·Baiãó. da· ~laúcia;· e: eu
molestar o·nobre deputàdo; sei que não ha me- pergunto as. Ex.: si um· dia os''le'gi~ladores
lhor po.ulista do que S. Ex. · · desLe paiz quizerem fazer passar ~propriedade
. ··{) Sit. 'M.rn'TIM .FRANcrsco:..;_Seí que V. Ex. não por essa transformação,· :roas, gradualJr!ente e
me dirige u:ma ..arguição, e .eu · a este respeito respeitados os · direitos de todos, pergunto :-
teJi.ho opiniões· conhecidas. oppor:se-ha S•: Ex. ·? (Depois.de algu'/Tlll pausa .)
(Ha muitos outros apartes.) No• silencio de -s. :Ex. tem'· o.nobre deputado a
· · · resposta .
o Sn~ ·BAIU.l()SPIMENTEL:',-Eu peço a V. Ex.,
· Sr: presidente, que me mantenha·a palavra.
S "-·-- p· · E'
··0 · a. · "'.MVI.I · tMENTEL:- uma. pergunta
·
capciosa. · · · ·
OSa. PÍlESIDE.NTE·reelama a attenção. 0 Sa. ·JERON'n(O ·SoDRÉ:.- ·Nãó ha nada mais
O Sa. B.A.Rnos PlliiENTEL:- Eu vou responder claro: é a emancipaç_ãorespeitando o direito de
ao aparte do nobre deputado, apezar de trazer propriedade. . .. · .. ·
para aqqi um discurso decorado. .• o sn. RliY BAJ~aozÁ:~N~da :menos .capcioso:
·.Respondo. a s: Ex., declarando que, st não d · ·
nascina província que me elegeu, represento é a emancip~ção com a in emmsação~ ·
. vastas relações de família, de amigos 'e de co~ o SR. Bunos PntENTEL:~Voú'~io~a;'sr. pre~
religio narios(apoiados),. e a prov~A que quando sidente, :i questão da Urgencla .. · · . .
entrei para esta ·.casa. si ~ minh:t..}lessoa era aqni · ·Na occasião em·que se tratou dessa urgencia,
desoonb'eeida,..não era novo.o n'om~. qú~. me. or~ levantou-se o nobre ministro da ugricullura
gillho de.li'az.er .; (AjJoiados.•) · · para fazer questão de gabinete, mas uma questão
.Os sas. JEB.ONn!Õ sonn:& E RUY BAitOOZA:- E de gabinetel!Osta·em termos.singulares, porque ·
V. Ex. tem serviços ao partido liberal e na im- era a uegnção de uma urgeneia que a camára ..
prensa· de,sua provincia. . havia concedido com o V\)to .de S. Ex.
O SR. BARÃo DA EsTANcrA:-Na provincia, não O Sn. J~or-."YM:o SonliÊ:- Apoiado.
consto. (Ha O!'tro$ apartes.}
'' ·O SI\. RODOLPBODÁNTAS:- Como não consta. 'i. . o SB. . .BAIIROS Pll(ENTBL :- S. Ex.levantou,se
Ninguem lá os tem maiore.s nem tão bons. para fazer questiio.de gllbinete, sem referir-se
· (Ha outros· apartes.) ao'objecto-mésmo da urgencia, e. me pareceu
. · que a.expressão. dessa 'Votação seria buscada no
· O.Sn ..llARilOS PIMEN'J:.EL:-Entre os amigos, discurso . do illustre chefe da maioria, o·qual,
~êilho mUitos que são p~rentes, e, portanlo, [?O· com o sinceridade e o. franqu~za (!roprias d_ o seu"".::·
dendo fallar com dupla ttutoridado. . Asseguro bello caracter, maniCestóU"se. contra a propria
·ãlll!m.araqi:ie, ~àpezar de gnndes . pr~prietario.s lei' de 28 de Setembro. Votei contra o minis-
alguns, não r~provaram o meu procedimento;_· a terio nesta:questão; e;: permitta·se-me dizel-o,
devo dizer ao nobre depuLado : tu ;:rande era preciso que certas noções moraes esti.vessem
mjustiça aos pr.oprietariOS esclarecidOS da pro~ muito _per~ertida~ no esp~ri.~..do D,ObJ:~ deputa~Ô
vincia, pensando que elles podem ver outra para que v1es~e dJZer que-esse. vo~o :me· . deVia
eo~a que não ~a defeza dos seus_proprios in.te- pesar na·. conscielicia. , . . · ·
r~~s n~s pal~vras eom ~ueaqut m~ enunciei. 0 Ss. PllADÓ·PJMsm'BL;-A delicadeza; é: pro-
. . Q!le diSse _eu, Sr- pr~tdente, _no d1sc~o ~u.e pria de .V. Ex . . -. .. . . , . ;. . ·
aqu1 profen . e que nao lere1 para nao !a- ~ . • . . , .
tigar -a camara 1 uisse.que era digno do partido , -0 ~n: - BARnos·~E!IT.EL:- -V:.
liberal dar completa execução á lei de 28 de Se· e~e voto me ~avta de pezar na conscteDeia 'e_
Ex: ·di_s~e ~~e
tembro,.obra dos' nosiics adversarios, e tainbem nao quer ouVIr o resposta. ~De~d,e qo~ndo, ·~·
algnm. passo além·.: (Apoiados.) . . . . . . ·- .... nhores, um vo,to. de _opposiclio, gue, a~nal, O·
. . . . · . . · que póde expnmir-é tndependencJa e altivez' de .
~1sse gue no patz ensti_ a·uma optD:'.ão com·que. t~araeter, ~deve;pez~r na·· eonsciencia _como ;si_ .
-era pr,ee1so C!lndescender,-e queol\o In!eresse de fôra: um desses apotos que, por move1s .multo
. todos,· do,.pruz.: . eom~ . d~s ,.:p_rop~etarros~: -fõra ~ ~d.i!l:~entes;.~.W:IiS!fl~-.a.o ~er, ~imple~men~ ·-
. melho~ q~e -:. os.esla~st:l!s:.d!),parn~o, 1105 ~s · 'porque é o poder.~.-Na!J me":Qeza::'abs~lumen.te
eu !az~a -nm app~llo, diqgtssem a.c~nente, ~o · na consciencia o·voto que ·dei ~ ·. ; : · • -
-que·oppor-lhe.d•que!!,qu_e .ell:t~ d1a:.ro::erui, · ... 0 ·Sti ·RuY"BlABBó!l'':i:..·Nem '=1ia:riazã0~ ~
•lnd:>: - inundan~o. DISSe ••~a~,-: ~r ...pre e~te, : isto . • ,;;.J;:< '' ·~;· • . ;;; > .· , . -· v .
.. :E!i~tr;~~~- ~:@~~:;~~dr~ : ~. ~~sa~"~m.P~N-rBE.~~~ ;·~~elo:~~io, · .
'rian:ios.partlr:do::reoonhecimentodla:-::escravidão · eu me <tPPlaudo pot: ler, em homeua~ao .
~ ' • ,. , . . . ' ' . • I• • ' . . • ' . • ..
368 Sessão extraordinaria em 29 de Novembro de 1880,
deputado por S. Paulo~ osr: Marlim Franeisoo, .·o Sa. JEn~NIMO SoDIIÉ:..:.:. Masy. Ex. dJSse·qtie<
o procedi!Jlento do. n~bre deputado' por Minas.. o· era~ primezro homem deste pau. . · . ,_ , ·
Sr. Cand1do de Ohvezra, e· de outros, que aqui os B · ·· ·· · ·· · · ·
fazendo opposição ao ministerio e atacando n ;~ AIU!os .PIHENT~ :~em, vai isso ,por
especialmente qs actos do ministro da fazenda, conla da mlnhn zgnoranc~a; .a camara jnlgar_á;
mas dando seu veto contra todo o ministerio, Mudam-se as scenas, suceede ao mtnisterio.
passnram a apoiar o 5 de Janeiro . depo_ is que de 5 de Janeiro o .d~~~B de Março~ .A cawara dos .
llelle retirou-se aquelle mmistro. . . Srs. depu~dos, em sua un~ni!Jlidnde, procurou.
dar ao dlstm~to. chefe da Diatorta, ao veterano be-
lias o qt1e absolutamente não se r.ompre· ll;E'm~rito ~estas lides parlamentares, uma gran~e
hende é que se venha 3qui ·impugnar o significaçao de apreço, um banquete. Nesse
programma e os actos de um mlnisterio e na banquete, a que fofllm convidados illustres
mesma orcasião votar-lhe motões de confiança. adversarios nossos, formulou-se, hilprimi 11-ss
Mas, s~nllores, no procedimento do nobre um pr~gramma, pelo qual ninguem podia fazer .
deputado, em relnção á refarma eleitoral, . ha OO!IIP~tmen~os \)es~o{les. O nobre deputa.do Ioi 0
ainda algtlDla oousa mais digna de ser comme- p_rimeJro n t~Cnngzl-o para, affiigindo a coube-
morada. S. Ex., depois de · se ter enunciado Clda modesua do Sr. conselheiro Saraiv~ di ri- .
contra·as idé3s do proj~cto de reforma eleitoral gir-lbe uma edição emendada dos comprimentos
do mini:;terio 5 de Janeiro pelo modo por que a que aqui tinha feito ao Sr. conselheiro Sínimbú.
camora sabe, não sóveiu depois.a vot~r por eS$e o SR. P.nADO Paml'ln:t:- Quem escreveu
projecto, mas, convidado a assígnal-o, S. Ex. esto- programmn? . ..
não teve a coragem de recusar o seu nome e
figura aq11i (apontarulo para os Annaes) entre os .o Sn . . BA.nnos Pn.IEI'I'TEL :- Estav:! e~czipto
seus signatarios. e tmpresso . ·
O SR. Piu.oo ·pnfEl'fTEL dá um aparte. . . O·Sa. PaADo PwENT.EI.:- Não com a minha
~utorização. ·
OSn. BAJ\aos PU!E..'\TEL : - Eslou nie defen~
dàndo de ataques pessoae5·'do nobre deputado; · O Sn. BARROS Pnt:RNTEL :- Pergunto á eamará
eu não seri_~ capaz de provocai-o. . · . si .quem sempr!l se achou em posições com 0 ..'.'
.Senhores, com o minister.io actual não tem estas, o?cil~ntes e mul segures, póde vir intimar
sido outro o procedimento do nobre deputado ; a quem.,quer que seja pnra se definir perante a·
S. Ex. fez um discurso na questão da reforma camara e perante o governo? · : .... ·' .
eleitOr!ll, que não publicou,. para -poder depois o Sn. lEi\O!ffitO SODRÉ : - Peço :i v.' Ex. qne
prest3r·~e a todas as interpr~tações. não acabe sem ler o que pedi, o trech-o do dis~
o SR. PRADO PnrEI\'l'EL :-Mas cstã ahi 0 re- curso .do nobre deputado sobre a emanei-
sumo. · pação~ ·
O Sn. JEBÓNY~fO SoonÉ :-0 resumo não me- O Sn. BAIIRos PIMENTEL:- Sr. presideiue,
rooa· fé, é a tactica S""'Uíila qt1ando não se quer queria conclnir, não porque ·não tivesse ainda
10mar a responsabilidade. muila cousa a dizer... ·
o Sn. Pa.wo PIMENTEL; _ 0 resumo é offi-. O Sn. PRADO PnmNTEL :- Põde dizer tudo.
eial. O Sn. BAnaos PIMEmEt:-•.. si quizesse fazer
rel:l!ioções. Eu não responderia mesmo .ao
o SR. lEnONYMO SDDRÉ :-~lns não merece fé, nobre deput9do, si n1io fosse este o centesirilo
-porque dizem que foi mal tomado, etc. · ntaque <rue . me dirige, e para que s. _Ex. não
· · O Sn. BAIU\Os PIME~EL:- Mns, senhores, o· pensasse que era por outros motivos e não por
posição do nobre deput:.do nllnca é definida certa delicadeza de meus sentimentos· que eu
nesta camara · exactamente porque, si nos dias ·niio teribo lev~ntado suas provocações.
de mou.humor e de dece~S . Ex. vem aqui . Ao 'terminar, .vou satisfazer .ao ·meu nobre
Jazer ·essas guerrilttas aos . ministerios, depois, mestre e a~igo deputado pela · Bahia, lendo o
nos dia; de . :trrcpendimenlo, S. Ex. faz ouvir- trecho· do discurso do nobre. deputado por Ser-
aos ministros cortejos como alé hoje ainda nio gipe relativo á emancipação, quando aqui fal~
se nzer;1m ~ . · lava o anno pass:~do, vivamente contrariado
Discutl_a;sé uma interpellaçlio solemne como pelos nobres .deputados por. S. Paulo, os Srs.
a de bontcm, e o nobre deputado ahi intervinha, Martiru r'rancisco c· ~loreíra de Barros, que no
como bontem .tambem, com suns· questões pe- ultimo dia · o.applnudiam com o mesmo calor.
queninas. . · . ·· · .. O Sn: bRoNnio S<iDRÊ:'-Loin·essc pedacinlut,
Nessa occasião, . procurando significar ··ao que én regTa, que é·n norma p111'11 os fazendei-
Sr•. conselheiro Sini!nhú toda asua · <ledicação ros. (Riso.) · . · ·
sem Iimiies, S. Ex, disse uma c:.usa que n5o OSn. BAilllos P!iiEli'TEL.(lê): · · ·
. _,se_póde ·dizer. a um homem 9ue.está no poder, c. o S1·• . Prado·:Pi1lie?itd::-Tenho · mrobcm a .
· · que não se diz mesmo dos v1vos. S.· Ex,, vol- .honra de pertencer ·ã classe ngricola, e.peln ob<
• .lando-se para o Sr.-conselheiro Sinimbú,'di8se: · ·servililcin rllStrict:i. da morali_d:tde e por meu
~-V / EX. é o primeiro homem deste _paiz depóis éspirito de jttsti~;à, consegui .ter-nie feito amar
do ~r. D. Pedro U~ . · . ·. >. . · por meus .escravos antes· coll,lo pai:do que como
a
. o Sa. PitADO PiliENTEL:-Isto provo· ig-no- senhor.. . ·. . . . •. '. . :·- .: . . .·.·
rancía do V. Ex. Esti ·nos livros, n pbrase não . • /o Sr. Martim FI·IJ.nciscQ :~ Ent5o V. Ex.
é miilha, o primeiro ministro é a ]llimeira pes- deve ter compnixiío dos fazendeiros que são
soa : ~aixo do impera:lor. · .·· · · . assassinados. · .. ·· · · · ·· ·· ·.
· Tomo n.~7. ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:20+ Pág ina 6 de 32
. . ' .
• O Sr. Prado Pilllentel :-Tenham ell&s com- á camara alguns··ractos .·que o nobre depulado
paixão de si, tratando bem a seus escravos, fa- ·allegou e que são desairosos ao meu caracter.
zendo-se amar: Eu estou uo rneio daquelles Por consequencia requeiro que n eamara con-
que possuo, com tanta seguranca como no meio cedã-me urgeucia, pelo menos, por !5 minutos.
uos meus mais intimas amigos. • . · p_ SR:.. S~aaro ~E CAsTao:.-Para urna expli·
S. Ex. nesse dia, como que lembrando-se dos caçao n~o e prectso urgeuma.
seus primeiros tcru(los, dizia . ainda alguma O Sn. PRADo Pt~mi'ITEL:-E? uma exp!iC3Çâo
dessas couslis que lloje repetem os abolicionistas pessoal. .
desla camara, levantandll tão gr1.1ndes contesta-
ções. Consultada a camara, approva a urgencia pe-
Tenho concluido. dida pelo Sr. Prado Pimentel.
F.' tambem approv«da a u.rgencia ·pedidll pelo
O SR. PJUno PrMENTEt:-Pe~o a palavr:~ pela Sr. Illartim Francisco, declarando o Sr. presi.
ordem. .
dente que dará a palavra ao nobre depu.tado na
o sn·. P.RESillENTE:-Não posso d~r a palRvra sessão seguinle.
;~o nobre deputn:lo, porque n~da está em dis·
cussão. · O Sr. rrado Plment.el : -Sr. pre-
sidente, quem ouviu o meu discurso proferido
"\"OZES:-Mns é pela Ol'dem. na sessõo de quinta-feira e acaba de ouvir a res·
O Sa. PRESIDE..'frE:-Ra CIUtros inscriptos,que posta proferida pelo nobre deJ?utado, v~rá que,
tamhem pediram. a palavra 11ela ordem. si algum de nõs af:tstou-se mteirt~mente das
Tem a palnvra o Sr. Joaquim Serra. regras da prudencia e da civilidade, não fui eu
com certeza.
(Reclamações ào Sr. Prad·1 Pimente~ e outros.) Naqudle discurso fiz uma censura rapida a
O Sr. Joaquim Serra:-Sr. presi- respei,.to de incoherencia parlamentar ; o nobre
dente, acho justa a rec!ama~ão do meu nobre ~ deputado, em aparte, mostrou-se magoado, e
~migo, o nobre ~eputa~o por Sergipe (apoia!io.t); immediatamente dei~lhe satisfação~ di.zeado-llte
t: eomo ou querw sohmtar da camnr:t me c.once-
que, si :tomava como offeu~a pessoal o· que eu
desse urgencia para tambem dizer alguma cousa havia dito; retirt~.va-o promptamente.
em re!er:enci 01 a miu.l!a pe~soâ, trazida tambem O Sa~ BARR.o~ PWENTEL : - Islo é uma figura
~ ;.:o -debate, eu- pediria a V. Ex. que essa ur- de rhetorica, que se chama preteriçãrJ.
gencia fosse :por 20 minutos afim de que S. Ex. O SR. PnADO PtMHNTEL:- Eu. não podia ser
fallasse, mesmo antes de mim. · mais delicado na occasião. Eritt·etbnto V. Ex:•
. Consultada, a cnmart~ decide pela atnrma· vê qne o nobre deputaüo, revolvendo factos pas·
ttva. : . saàos, adulterando-os e inventando outro3 por
sua conla .,. • . · ··
O Sr. Mru.:tJm Franclseo (pela
<Jràem ):-Sr. presidente, vou apenas subordi~ O Sr. BARaos Pnnill'rEL!- V. Ex:. tambem
nar uma urgencia á outra urgeneia. Peço a disse que eu tinha inventado e eu li o seu dis·
'V. Ex:. que consulle ti camara si, cs"otada a curso.
urgencia votada,. concede-me ~ tambem ti'ma ur- O Sn. PRA.DO PtMEN'rEt:-: .. acaba de atirar-
gencia po_r 20 minutos, não só para fazer algu· me a diatribe mais violenta que tal vez se tenha
mus c_ons1deraç~es. sobre negocias importantes ouvido nesta camara. . ..
~e çunha provrnct~, c.omo especialmenle para Responderei .ao nobre deputado ponto por
JUSttficar·me e•. Justtlkar o gabinete 3. de ponto.· ' · · ·
Agosto, a que ttve n honra de pertencer· das O primeiro facto, a que se referiu o nobre de-
c~ntin_u~s:argui~~es de incoberencia que' nos putado, foi nmo questão de duello, calnmnia
sao dmgtdas, Ja no recinto desta comara em ~ntiga, levantada por S. ·Ex.. em Sergipe,
relação á questão da escravidão, já pela im- propalada em conversas particulares, e. que eu
}lrensa. .· . estimo ver lambem reproduzida nesta casa para
O Sa. P.RESmEJ.~E :~Perdõe-mé nobre de- o esmagai-a de uma·~ vez por todas,confunãiitdo o
calumniador. ·
}lutado; _são ~assados os t~es quartos de hora;
a urge~ma, amda que se) a .concedi di, só tem O' Sn. B. umos PJMENTst:-Isto é qtie.é uma
por e1fmto fazer com que na sessão de amanhã folsidnde de V. Ex:., li uma calumnia. · ·
:~e dise.uta o que o nobre deputa~o quer de pre- OSa. PnA.Do PIMENTEL:- E a prova eslà em
1erencla :~ outra qualquer mater1n .. _. que V. Ex. acaba de repeti!- a aqui. .
O Sa. MA.Rtw. Fu.Ncrsco ':-Aceito-a assim o_sa.BARB.OS PtME.l'iTEL:- Li nit Reforma, que
mesmo. nqw teobo. . ·
O Sa_. PnESIDENTE :~Portanto, ainda que seja O SR. PRESIDENTE: -Peço aos. nobres deputadGS
concedtda a urgencia, não poss~ r.onse.!ltir que q~e. se _mantenha!ll . dentro dos limites da um~
o nobre deputado discuta hoje; · ··. · · dtscussao convelllen te~ .. . · . .. · . . . .· . .
O.SR. P~o Pnulli:rBL: ~Existem :-tqui ~iills
O -.Sr. ~rado P1m~nCel{pel.l m·dem): ·. redactores a:r Be(orma, o Sr~ Dr; Cesario Alvim
-Sr. prestdente. Y. Ex. e ·a camara vêm !l oSr. Joaquim Serra.... · · · · · · ...
q~e .eu nuo posso ficar debaixo da pressão da
drn.tnbe, q_ne ~cab~ de p~oferir o nobre dcpu-
· o ~n. OCEs.uuo ·A.tvm :_:Perdão; en já de-·
clarer que o nobre deputado estava malinfor·
,tt~do por Sergtpe, ll prer.tso qu.e eu explique mado a tal respeito. · :. . ,, · · · · ··
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. -O Sa. PilADO P~r.:-Qnal mal informado! amizade para que eu nãÔ !aliasse em. semelhante
Está bem informado; mas inventa por siia conta co_ usa_ E_st~va pre$ente n·essa oce:is1"ão 0 Sr.·
como é seu costume. ·. ' · pmto Peixoto, que viu a minha agitação e tam·
· . O. Sa. f.I;SAB.IO ÀLV!il : - Tt!mbem não ~reio bem o meu nobre collega o Sr: Carlos Affonso.
que o nobre deputado o faça. J Esse duello afinal de contas n5o teve lugar.
(H11 outro! apartes.) p Sn. BARROS Pl.MEJTIEL: -Quem re$pondeu
O Sn. PnESIDENTE:.:._Atlenção 1 Deixem 0 no" ÍOl·O Sr. conselhe1ro Affonso Celso.
bre· deputado explicar-se. . O ~n. P11Aoo PnlBNTEL :-Já vê V. Ex., Sr.
O Sn. Pa.Ano PIALENTEr. :-Mas ninguem avança presldCJ!-te, q~~ o nobre deputado rep~oduz um[(
uma accusação destns. sem prova sob pena de ealu.mma ant1.,a, vor el\e l;llesmo forJada, por·
ser muito Ievi3no. ' · qu~ nenhuma 9utra P.essoá que me conhecesse
_Sr..: presi_dénte, o facto é _este. Em umn dis- ser~ a capaz de 1nvental-a. .
cussaCJ aqu1 havida entre um ex-deputado e 0 Eu pergunto aas me~s nobres am1g~s, a
nobre kader da maioria, 0 Sr. :MarlinhoCampos qualq'!ler_ pessoa,_ por. ma1s zelosa. que se1a de
houve uma troca de palávl':ls um pouco :~s~ · sua _d1gn~dade, Sl pod}a fazer ma1s do que fiz.·
peras. Ch-egou-me esta notícia quando eu es- E1s. ah1, Sr. pres1dente, o_prlmeiro ponto.
tava. e.scrsvendo U!'ll ortign da Jl.eforma; e im- Mas Já' estou acostumado as calumnias do
med1atamente, porque costumo apaixonar-me nobre deputado.
por meus am!gos e sou leva.do ao ponto de'es· O Sn. BAnaos Pr»ENTEL:- E' falso; nunca
p~sa! as questoes,_ em que ~sta empenhada :1 sun pronunciei o nome de V. Ex., nem escr<lvendo,
d1gmdade, escrev1 um art1~0 um pouco vehe- nem faltando, nem .:;onversmdo; é fa!~o.
mento censurando o proced1mento desse ex-de-
putado, contr<l .o qual não tinha aliás moLivo
o Sn.IEao~ro SonRE:-· Nao - é parlall!entar
· a
algum de re~entimento pessoal. palavra cal~mnta empregada em relaçao a um
Esse ex-deput~do declnroa que, si soubesse membro desta casn.
qu~m era a _pess?a. que havia escriptoaquelle _0-Sn: Plwl? PI~ENTEL:- O nobre deputado
:~ttJgo, :1 cbanJarla a responsabilidade· ou havia naQ vemaqm senao censurar-me: ha de ouvir
de exigi~ della satisfa~ão.Incontinente nós, os a resposta _nos mesmos t~rmos. ·
redncLores da Reforma, com a solidariedmle in· Sr. presidente, lw muitos annos que o nobre
quei:Jrantavel que sempre. nos distinguiu em l de_putado por Sergipe vota-me um odio que não
qualquer parte e até em juizo, declaramo~'que se1 explicar,;. nunca o provoquei, nem a pessoa
os redacrores eram os Srs. conselheiros Affonso da sua fawha. No em\anto, desde que sabida
Celso, Cesario AI vim, Joaquim Serra eu e 0 minha província que me acompanham os ata-
Dr. Frederico Rego, e que e1Ie escolhes~e qual-· ques do nobre deputado.
quer desses re!laetores porque, acharia pessoa E, Sr. presidente, o que é mais dolorcso,
com quem se entendesse. emqu::mto eu aqui com o meu trabalho
Esse ex-deputado escreveu então uma carta ganhava o pão da minha subsistencia e consa·
ao Sr. conselheiro Affonso Celso. . •. gr~va. ~ que _me restava de tempo á defesa dos
. 0 s .r . . . pnnmp1os hberaes na Reforma, de Sergipe o
~- OAQUIM SERR.A.._:- Que era o pnme1ro nobre deputado, qne vivia de accôrdo com os
mencJOnadocna declaraçuo. . adversarios, escrevia eorrespondencias parn o
O SR. PRADO. PI11ENTEL :-•.. qlle era o pri· Jornal do Commercio, atac~ndo-me desabrida-
meiro mencionado. mente .
. O Sa. B.uaos PWENTEL :-Rsta é uma cir- O SE. Bmos PIMeNTEL:- E'· falso I Nunca
cumstancía muito uotavei •.'. ataquei liberal nenhum, fosse elle meu ini-
·0 Sn. JoMlUIM SEÍIM:-Erao mais graduado· migo.
foi uma deferencia que sempre tivemos par~ O Sa. Pao~.no PIMENTEL:-Parece que o espec~
com esse distíncto collega. · .taculo de nm bomem levanl.'lnda-se por seu
O Sa. BARROS PmiáriE.L ·._ Mas não era 0 esforço, sem protccção e sem formns fazia som:
·autor · · ' bra ao nobre deputado; e, emqunnto en aqUI
· .· . . de!endia os princlpios liberaes com toda a dedi·
O S:a .. PRADO ~L :-:-Perdoe-me ; en onv1 cação e interesse de que era capaz, o nobre de·
:1 V. Ex.; ba.de ouv1r-me agora. . putado aceitava em Sergipe dos conservador~s e·
· Logo que.ehegou isso ;lO meu conhecimento, sem concurso, o emprego de professor de ph1lo·
dirigi-me:.ao Sr. conselheiro· Aifonso Celso e sopbia, oseu digno pai tinha um· contrato de
.dis~e~ lhe, até éom grande paixão, como elle te~- navegação 1luviD! que nuncn cumpriu e pelo
temunhani, que nflo podia consentir que s. Ex. qual pcreebtn pingue subvenção.
tomasse a _responsabilidade de um artigo eecri· o $A. BARRos Pnlii:NT.EL:- E' umn calumnin.
pto por m1m. . _. • Peço 3 palavra para responder. .·
. OSa. JoAQUrM.SE!llL\ :-E' verdade... o sn. PnAno PlM&NTEL:-Mos, Sr; presidente,
· OSn_ PRADO PWENTEL ·::c_Elle; com a nobreza ·o nobre dep11tado é philosopho, e mesmo grande
de s.entimeuto que o caraterisa, declarou~me que philosotJhQ éXperi:nental. Emqnanto e!-L parma-
. no ponto em que estava a •questão, não podia neço nessas idéas obsoletas. de de~1eaçã_o _aos.
recnnr, porque scr~lhe·hia)anç3da a pecha de amigos; d_e lealdade· ao 11DI'ltdo, de s•ncer1dade .
:cobardia e a vista da minha insistencia, dis• nas .convicções, o nobre deputado tem um:faro ·
se-II!e que. empritihava 1.té ..a riam. reeiproea admiravel,.sabe ·bordejar ~onforme o -ven\oog)l!J
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16:20- Página B de 32
- --~pra na occasião; e nisso acompanha muito bem Vê V. Ex., Sr. presidente; que niio se póde
o systema de seu pai. · ser mais eS'crupuloso em materia de diguldade.
o SR. B.Annos PrWENTEL:-Nào Caca acco.sações E devo dizer :>gora ao nobre deput3do que
vag3s, faça-as eomo eu as fiz. - nunca sahi da minha casa lllra mendigar presi-
dencias de província.
o Sa. Puoo PIMENTEL:- V. Ex. só disse fal- O Sa. BAaBos PrnENTEL : - Responda-lhe o
sidadeJ. Sr. presidente, o nobre depuUldo disse conselheiro Sinimbú; é uma calumnia torpe.
que eu era delegado do ~inisterio 5 .de Ja-
neiro, e que· no entnnto vnn para aqm fazer· o SR. PnEstiJE110TE:- .Auenção I .A palavra
lhe censuras. Quand() cheguei do Maranhão não é parlamentar.
immediatamente pedi a minha demissão de pre- O Sn. PJU.DO PmENTEL: -A '{lalavra é pro-
sidente da11uella província. prío da educação do nobre deputado ; não me
o Sn. B.utnos PIMENTEL : - Nas circumstan· admira.
cias em quo se aehava o nobre deputado, não O SR. BARRos PIMENTEL : - Seria interes-
bastava pedir, era preciso querer. sante que V. Ex. quizesse fazer um pareo co-
O Sn. Puoo PrnENTEL:- Isso é futil. Em migo em materia de educação.
conversa, iosisti no pedido de exoneração pe· O S11. Pluno PIMENTEL: -Nem pretendo.
rante o meu nobre amigo o Sr. Leoncio de V. Ex. es~;i tão longe I
Carvalho ...
(Ha varios apartes.)
O Sa. LTOONCIO DE C.A.l\'>"-LHO : -E' verdade.
O Sn. PllA.Do PIME.r\TEL : -Durante esta si-
O Sn . PRADO PJM:F!NTBL: ..:_ ••• e depois escre· tuavão, Sr. presidente, tenho occupado duas
vi-lhe uma carta reiteirando o meu pedido. presidencias de provin cia: a do Maranhão e a de
O Sn . LEoNcro Cll\vatHo: -Apoiado . Minas. -
OSa. PB.'JJO PJHENTEL :-Não podia ser outro Para a primeira vieram procurar-me em mi-
o meu procedimento. Iá vê V. Ex., Sr. presi· nba casa, e rejeitei-a ; dirigi uma CArta ao Sr.
dento, que estou extreme de qu:rlquer sus- ·conselheiro Affonso Celso, autorizando-o a
~eita de querer oonserv-ar um cargo de con· apresentar ao ministerio a minha recusa. S.F.x.
nança e ao mesmo tempo de guerrear o não -entregou essa carta e lembrou-me que eu.
ministerio, de que eu era delegado. De· não podiu recu>nr os meus serviços, quando
mais, si algumas censuras dirigi 3.0 clistincto eram exigidos em nome do partido.
Sr. couselheiro Silveira Martins, foram sobre O Sn. loAQtriM SEnR.A. ; - E' exacto.
'POntos lão secuudarios que não affectavam abso- O Sn. P.aA.DO PIHENTEL: ~- CÓm a presidencia
lutamente a marcha geral do ministerio, que eu de Minas, deu-se n mesma cousa.
apoiava e continuei a apoiar;contra o qual nunca
votei em questões de confiança ; e mesmo depois O Sa. B.a.naos Pnr8NTEL : - Isto é o que se
declarei, em diversal! occasiões que desejava dá com todos ; ninguem anda pedindo presi-
tanto a eleição directa, programma desse me- deneias. ·
nisterio, . que, para conseguil-a, prescindiria O Sa. PRADO Pm:&t-,TEL:- V. Ex., que nada
de quaesqucr idéas secundarias. tinha a fazer na corte, andava pelas ante-ca-
O Sa. BARRos PrMENT.EL: - Nunca; disse maras dos ministros pedindo a presidencia do
V. Ex. duas vezes. Piauby.
O SI\. PRADO PmEN't'EL:-Por conse~ueucia, O SR. BA!Inos PIMENTEL:- Isto é calumnia;
Sr. presidenLe,-si votei a favor do projecto apre- appello para o ministerio passado. Viro pro-
sentado ·pelo ministe rio 5 de J~neiro, fõi por~ pôr-me á cadeira de philosopbia do collegio Pe-
que vi n e~te projecto a idév. capHal d~ eleição di~ dro fi. . ·
.r ecta e estava certo de que depois na discussão O Sn. PRADO PrMENTEL:-Isto foi um pre-
qualquer ot;nissão ou lacuna seria reparada. textO ...V. Ex. não sabe pbilosophia para leo-
Disse ainda o nobre deputado que eu tinha cion:~r em Sergipe, quanto mais para ensinar no
censurado o actual ministerio, e, no 0ntanto, collegio de Pedro I[ ; V. E-x. nunca pretendeu
conservava um cargo de confiança. . ir a concurso. · - . ·
N:io é ex:~eta, como não é exacta cousa al&:n· O que V. Ex. s~be é philosophia pratica, sabe
ma do que acaba de dizer o nobre deputado. para onde corre o .vento e. segue-o CQ~ u.ma
, . Nunca censurei o actual minislerio, que apoiei llabillàade rara; e msso é d1gno filho do seu
é continuo apoiar, apezar das intrigas do nobre digno pai, do ,homem da e:cpectatitJasympatllica.
deputad~- ltns tão escrupuloso sou em relação o Sa. B.AJUtos Pno:NTBL:- E' ·digno de V: EL
a questões de confim~, que m0Snlo de Minas, para m~ a\acar. aceuaar meu pai, que sempre
_, logo que se organizou o ministerio, dirigi uma esteve muito superior a V. 'Ex., a quem nunea
carta ao nobre presidente do conselho pedindo deixou ~e desprezar. ·
a minha demissãó. _ Os SBS. JERONYHo Sonú, · RVY BAllBOu s Ro-
• O.nobre presidente do conselho não respondeu. DOLPHo DANTAS _dão apartes. · .
a mtnha carta, porque poucos · tUas mediaram O Sa. PRA.DO PI!iENTiu.:-Nunca me despre-
entre a expedição della e a minha chegada a esta zará tanto como eu a eUe. . . · -
·· côrte,, onde S. · Ex. me declarou com todc o ca· Em respeito á eamara, Sr. presidente~ acabo ,
valhe1rismo, que nüo satisfazia o meu pedido com esta questão pessoal. Não é depois de U
"_ ,~~rque eu merecia a confiança do gabinete. ' annos de serviços, de dedicação provada ao_meu
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 16 20- Página 9 ~e 32
partido ; depois de ter oceupado com toda a acompanham a alis!enção do gabinete; e, si são
àignidade cargos da administração superior, que da minoria, esperam que chegue a sua vez de
minha reputação J)Óde estar á mercê de quem. gov~rnar, para realizar as S!Jas idéas. . ~ .
quer que seja. Passo, porlanto, adiante. ,, la vê, pois, V. Ex. que a discussão limitava-se
Em attenção aos nobres deputados pela Bahia a esse ponto; censurava os nobres deputados
que se mostram magoados, e não ao nobre de-. por embaraçarem a: marcha do gabinete, que-
·putado por Sergipe, ·vou fazer ainda ligeiras rendo-o arrastar para um terreno a que elle não
considerações. . · pretende chegar, e Isto nunca foioffensa aoca-
0 nobre depu lado pela Bahia, o Sr. Jeronymo racter de ninguem.
Sodre, ficou sentido e sem razão. O que eu Vou concluir, esperando que a camara me
· disse aqui, -a respeito do procedimen\o do nobre fará a justiça de acreditar que, fallando por
deputado e dos que como elle votaram na esta fórma , não oft'endi ao nobre deputado pela
questão de gabinete, é o que ae tem dito em Bahia, nem aos seus collegas de votação. E' esta
todos os parlamentos e mesmo no Brazil ; tem· a explicação que e~tendo dever dar aos i7
$e censurado ministros. deputados, por sua Srs_. deputados. entre os quaes conto distinctos
falta de eoherencia parlamentar,·sem que algum am1gos.
delles se mostre por isso olfendido em seu ca- ·Quanto .ao nobre deput~do por Sergipe, ter-
racter e pelo contrario todos respondem nos mino declarando que voto á sua recente explosão
termos os mais lhanos e mais cheios de urba- de odio o mesmo desprezo que costumo dar
nidade. a todas. as suas palavras e ássuas anteriores
Oque eu disse foi ~ seguinte: calumnias · · ·
• Ou os nobres deput:~dos entendem que a O Sn . PBESIDENTB annuncia que se vai passar
questão do elemento servil é urgente ou á ordem do dia.
não entendem. Si .entendem que é uma questão O Sr. Joa.qÚ.bn Serra (pelâordetn)
urgente, não podem apoiar o ministerio gue lembra q_uc, 9-nando p~u a urgencia de 20 mi-
diz não cogitar dessa . questão; e si entendem nutos, nao fo1 com preJuizo d~ palavra que tinha ·
que não é urgente, como demonstra o seu pro- pedido; foi para que o nobre deputado púr Ser-
cedimento posterior, niio deviam ter votado por gipe pudesse dizer algumas palavras, mas sem
aquella fôrma, cren.ndo embaraços ao gabinete declinar do direito que lhe cabia na inseripção.
e dando um grande incremento á o.paixonada Não solicitou urgencia · para si só ·e a camara
propaganda :~bolicionista, que vai perturbando votou no sentido do pedido que fez. '
a ordem e o \rabalho e que ·-val ameaçando a
. vida de muitos fazendeiros. • Foi o que eu disse O SR. PRESIDENTE:-Mas dentro dos tres
e mais nada. quartos de hora.
Quem enxergar nestas palavras uma offensa, O SR. JoAQUIM SERRA quando pediu os iO
vê as questões por uma lente, que não é a da minutos já não era possiver ser dentro dos tres
imparcialidade e sim a lente das paixões e dos quartos de hora.
odios IJessoaes. · O Sa. PBESioENTB:- o.nobre deputado sabe
O SR. lEROII"illlO SonRÊ : - Eu não tenho perfeitamente que as urgeneias nunca podem
motivos nenhuns para odiar o nobre deputado, prejudicar a ordem do dia. ·
_pnlo contrario. Estimei-o sempre e sempre o O SR. loAQUW SEaRA pondera que, quando a
tratei como um cavalheiro a quem prezava camara votou os 20 minutos de urgencia fal-,
muito de perto ; mas senti-me offendido, mór- tavam !O m!nutos para concluir os tres quartos
mente quando o nobre deputado -peJo Maranhão de hora. . ·
appellava para as minhas relações de parentesco
com um membro do gabinete. · O SR. P-RESIDENTE:- Faltava mais de meia
hora ; e eu entendo que não posso dar a palavra
O Sa. PBAJ>O PDIENTEL : - Nada tenho que ao nobre deputado. · · ·
ver com isto.
. Senhores, ninguem traz Jlara esta camara O SR. ·JoAQUIM SERIIA entende qne deve ser
mandato imperativo, eu o sei perfeitamenle ; consultada a camara.
i:D.ns vimos representar idéas do~ nossos com- · O SR. PllESIDENTE:- Não posso consultar a
mittentes, de que não podemos afastar-nos, e camara. Neste caso sou eu quem interpreta o
meus commit~ntes ·nunca se pronunciaram regimento. A urgencia foi pedida dentro Idos
a respeito da questão do elemento servil. tres quartos de ho~a. Eu assim o entendi e !!S3lim
Demais, o procedimento dos nobres deputados submetti o reqnerwento á casa. Tenho deculido, .
suggere-me outra rellexão. E' uma pratica parla- e entra-se na ordem do dia.
mentar muito salutar, observado. em Inglaterra ; ORDEM DO DIA
e é que os deputados, quer da muioria, quer da
minoria,abdicam em grande parte·o seu direito de Occupa a cadeira da presidencia o Sr. Gavião
iniciativa para não crear.embaraços ao governo Peixoto. .
naquellas questões que dlzemrespeitoáeconomia 0 SR. PUSIDE"NTE anuuneia que entra em~-·
geral do paiz. Isto nio qtier diier que qualquer discussão 0 projecto n. U8 _A de t880 relativo
deputado· não posSà usar- do seu direito. de d t ta 1 d t8 d s t mb
iniciativa ; mas .elles .comprebendem qne sem aos crimes e que ra 1 et: e . e e a ro
a inger.encia do governo não podem fuer valer dei860. .
os seus projectos, nã? podem -v:en~r as resi_ste}l- . _0 Sa. _1EB01MIO lARDDl (pela ordem) requer
eias· que elles sUSCitarem; s1 sao da m&ona, a mversao da ordem do dia para que entre
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A :~rp;umentnção de duvida- dn Consliluição a ser. O que mais assusta ao orador são, aUás,
não pôde deixar de ser procedente. as opiniões do nobre ministro a. esse respeito •. .
Reconhecendo a Constituição que a invenção· Desse modo não-existe o direito, mas o Cacto
é ·uma J>ropriedade, o nobre ministro não podia da propriedade da invenção . ..
deixar dnpendente do poder ex:ec.utivo a · t:On· Si o contencioso administrativo existisse re-
cessão ou a negação de privilegias, _ garnntias gularmeate organizado, Oll seus inconvenientes
·leg~~s ao exercieio ~e~a propriedade. , seriam menores, J)orque então o ministro proce-
- Nao se deve permmu· -tambem, que um mt·· deria como magistrado, applir.ando a lei conror~
nistro menos apto possa restringir ou ampliar me a questão que lhe fosse sujeita. Pela divisão
a liberd:tde de commercio, em proveito de certos dos poderes a nossa Consti lllição estabeleceu o
indivíduos, aos qnaes · cot:i.ced:f privilegio de principio de que ninguem põ4e tndo, e definindo
introducçlio . Essa nttribui~:ão deve pertencer á as attríbuições de cad3 um, deu ao poder judi-
assembléll geral, que resolverá qnondo a ·utili- ciario a de applicar as leis aos casos oecurrentes.
dade i>Ublica c.o bem gera! exigir um pt·ivilegio Ora, promulgada uma lei que garante o d•reito
semelhante. · ·- -:, -:- do inventor, quando se·tra lll da callucidade do
Está tambem em desaccôrdo . érJDi o nobre privilegio, Veutil<l•SC 'Uma quest50 emrespeitO
deputa:do por Min~s, o Sr. Fe!ici~ dos Santos, ás relações jurídicas res ultantes da existcncin
na censur~ que S. ~:x. fez ao proJecto por não do privilegio. E' um neto do magistrado e não
consentir privilegio para as substnncias alimen- do governo. . .
tlcias. e pruductos pbarmaceuticos. O projecto O nobre ministro, portanto, attenta contra a
autoriza a concessão do privilegio aos novos Conslituição no seu projecto, attenta contra
proceSW$, que forem empregados para a pro- )IS princípios do direito ndministr~tivo e atê
ducção de laes substancias, .e quanto á desco- contra os princípios consi:mados pelos susten·
berta de uma subslnncia natural, a propriedade tadores do contencioso administrativo, que esta·
della entra no direito commum. A elabor~ção belecem a competencia do poder ludiciario para .
artificial autoriza o pr1vilegio, e a el11boraçào conhecer das questões relativas a propriedade.
natural, perleneendo a todos, nlio\'é propried:lde O argumen!o principal apresentado contr~ <i
exclusiva de ninguem. - processo civil é a des~eza enorme que elle
Passa ao ponto mais importante do projeeto exige. Com e!Ieito, depots do novo regimento
do nobre ministro; á parte em ~ue elle esta- de custas, promulgado aliás sem autorizoção
belece a competencia do governo para .con- legislativa, em proveito sómente dos escrivães,
.. tenciosamente resolver as questões relativas á e que deve ser revogado, as despezas de um
cessação do privilegio. Pronuncia-se contra essa processo são excessivas. Isso; porém, póde ser
disposição .. remediado pela lei_, -estlbelecendo-l'e um pro-
O nobre ministro não exhibiu argumento cesso summàrio. e dispensando· se as custas. A
·algum a sen favor, limitando-se a consignar o dispensa de custas já existe nos processos de
contencioso administrativo, em co.ntraaicção libert<tção . ·
Com essas providencias o nobre ministro
comsigo mesmo, pois S. Ex. .reconhece a eom- protegerá · os inventores, respeitando o nosso
petencia dos tribunaes ordinarios para resolver direito publico constitucional, não usurpan~o as
as contestações sobre privilegios. Assim, dando attribuições do poder judiciario.
:.o governo a faculdade de decidir nos casos de Não está: convencido de qne o governo offe.
cessação do privilegio, S• Ex. erea sobre o repa mais ganntias do que a magistratul':l .
.mesmo objecto duas...competencias. A pratica de A responsabilidade moral e o conectivo da opi·
50 annos aHegada por S. Ex. é argumento qne nil!o os mesmos tanto para o ministro como
não procede, porque sempre é tempo de se voltar para são o magistrado. Si. assim não fôr, o abati·
á pralica legal. As circumstancias do paiz são mento
aindn argumentos contraproducentes, pois acon- dita quedoopaiz é grande, m3s.o orador não aere·
selham ao nobre ministro um co~portamento decahiú ao seja. O povo braiileiro ainda nio
ponto de prererir :t garantia do · go-
inteiramcote contrario. - verno á que lhe offerece a magistratura. Tem
· Em outro. tempo, disso no senado o nobre pre- questões com as de que trata . .-
do
sidente conselho, a ordem- perlgeu no Brnil, Outros pontos do projecto exigem o seu exame,
mas aclualmente diz o orador, o que periga não mas sabendo que outros oradores estão in·
é a orl.lem, é a liherdado pela engernçã'o · do scriptos, deixa que elles os considrrem. Foi
principio de nutoridade. As eireumstan.ci!ls do apenas a sna intenção . manifestar a sua opinião
paiz, portanto, aconselhavam ao nobre .mn~t~t~~. e protestar contra o contencioso administrativo.
que é liberal, a·reslituiçã'1 ao poder JUdHlJ3~J9 Não terminará, porém, sem pedir ao nobre
daguillo que inconstilucionalmente-, e por av1so ministro-que
e decreto t!o governo, lhe roi arrebatado. 9 depu!ados pelo::tcelte as emendas· dos mustres
Ceará e por MlJ!as, o.s Srs. Felieio
contencioso administrativo, que S. Ex:. ' tanto dcs Santos e Affonso Penna, nao so as que se
preconisa; não foi creado por lei, IJ;las Coi,-se for-
m~ndo aos poucos, por·ovisos e decretos. · rererem ao contencioso admillistrativo como as
que são relativas á faeuldadê qne se dá oo go·
· Desde q~e a ~Conslituif/~O ~onaidera a i~v~n~o verno de definir os crimes em materia.de privi·
uma propnedade, que dJTcito ~m ·o. DUnastro, 'légiOs.. . . ..
:violando a Constituiçã~ de coustgnar o ~onten·
·cioso adminisLrativo 't Na França onde o con- , Não havendo mais quem pedisse a palavra e.
tencioso administrativo !oi.creado por-lei e de· aeha:n:do-se ausente alguns Srs . depntados.que
,.idamente regulamentado, não é elle n~a u.meaça se achavam inscriptos, é .encerrada . a discussão
aos direilos individnaes, ·ma'S'no Brazll pode Vll' do projeeto e adiada a 1-otação~
Càna ra dos Depli:ados · Impresso em 27/01/2015 16:20· Pág ina 12 de 32
376 Sessão
.... ___ ~·:···-·-
extraordinaria em ::.-29 de Novembro
..
de 1880.
-.._-~·-· ; ·;·.~· -·. ~- ---- -~.- -...~: :
--·. _··- .. .. .. .. ... ·:: -:-.~.- ~~- ::-::-::c. -·- --: · - - - ·-=·~· _·_• _· :: · · · .----:--·:-:-:~ ~----:-:;:--:-:- ~ ':-
~ .-:-~--~ -.-::.::-"".7 :
r.onttnúa a 2.• discussão do projecto n. 270 0 SR. FELIClO DOS SANTOS diz que sim, mas é
de t879 mandandil readmittir no quadro activo bom que o honrado relator se informe desta cir·
do exerêito ao m~jor José Francisco da Siiva. cumstancia.
Não havendo quem pedisse a palavra, é en· Tem muito prazer em discutir esta questão
com o nobre relator da commissão, porque c·o·
eerradu a discussão, e fie::~ adiad~ a votação. nhece a sua boa fé, sabe que não é pyrrbonico,
Entr::~ em 2." discussão o projecto n. !08 de não é daquelles que dizem-quod scripsi, scri-
iSSO, concedendo privilegio a Augustin Henry psi-, não se altera, qu~esquer que sejam as
H3mon, para fabricar no paiz tubos de chumbo razões da discussio. Acredita que essa discus.
revestidos de estanho. são ha de ser proveitosa, em relação ao ora.d.or
e ao nobre relator, porque 11.m ha de con-
O Sr. Felieio dos Santos re- vencer.
corda-se de que o anno passado a camara Além desta razão ha outra. A camara está
rejeitou 11m privilegio identico ao que se trata discutindo uma lei sobre privilegios indus-
e pergunta á illustre com missão si o projeeto é triaes, e como o nobre ministro da agricultura
·o mesmo. mostra o maior empenho em fnzer·pass3r esta
O Su. JERONYMO JARDIM ; - O privilegio que lei, é muito prov~Yel que até ao proximo anno,
cahiu o anno passado é diverso deste. na proxima sessão, seja ella approvada pelo se-
0 Sn. FEWl!O DOS SANTOS lê O pnrecer da nado. Sendo assim, seria muito melhor que a
commissão. camata adiasse estas pretenções para depois de
Inc1ue o projecto a mesma questão que foi approvada a lei. Poderá mesmo parecer que os
rlíscut'da na camara, a proposito do sulpllureto peticionarias procuram Fazer passar quanto antes
de carbono. essas l)retencões pnra evitar os onus, as difli-
culdades que a nova lei lhes estabelece.
Diz a commissi'io (lê.)
O Sn: JERONn!O lAnnm :-Não; a nova lei
Ch~ma para este ponto a auençiio dos mem-
bros da com missão que lhe inspira toda a con·
a este respeilo é mais favoravel do que ::1 antiga.
fiança e o seu relator, o nobre deputado por O S11., FELICIO nos SAKTOS ob.serva que, como
Goyaz, tem uma coropetencia especial ua ma· o nobre miuistro da agricultur-u apresentou o
teria. seu projecto justamente para corrigir o vicio
Si o concessionario tem privilegias de diver· dess~s concessões pelo poder Iegislativo,entrando
sos paizes da Europa, torna·se inteiramente neste modo de ver do nobre ministro, entende
illusoria esta clausula • sem prejuízo da im· que taes pretenções deviam ser adiadas.
portação e venda do material ideutico a este, Como já disse, o orador considera o projecto
fabricado em outros paizes.• De mane!ra que, de lei do nobre ministro como um presente
ficando o Sr. Hamann com o privilegio de fa· grego :i io.dustria do paiz, como uma verda-
~ricar n~ paiz, é um verdadeiro privilegio de deira desgraça ; mas não se julga infallivel.
unportaçuo. Estã quasi só na camam, pensandfl ~ssim, e
por isso, nceilando a opinião da quasi totulidade
O SR. JEROJ:>"YMO JAUPIM : - Supponho que o dos membros da camara, da lei do nobre mi-
privile.gio na Europa termina este anno.
nistro ser um beneficio~ que v:d regular per-
O Sn. FELiciO nos SA.N-ros diz que o nobre feitamente a materia, vai estabelecer a5 boas
relator não ~abe quando acabam essBS privi- relações entre as necessidades do paiz, prO!JÕe o
Jegios dosoutros paizes. adiamento des~as pretcnções como de outros que
O SR. JEl\ONYMO J.A.l\Dut da um aparte. pendem ila decisão desta camaro.
· Aguarda as informações do nobre relot~r da
0 Sn. FELICIO DOS S.&l."TOS pondera que a com missão.
camara ~oncede privilegio por dez an.nos
par_a fabncar no paiz sem prejuizo da impor· O Sa. JERO!\'YMO .JA.IIDlld, desejando du escla-
taçao de producto igual do estrangeiro, m11s si recimentos ~o nobm deputado por .Minas Geraes,
no estrangeir~ não hn produeto igual se~ão e não podendo fazel-o nos cinco minutos que
o quo é fabnc.1do pelo mcsmu individuo a faltam Nra completar-se a hora, lembra a con-
camara. vai conceder privile.,.io niio só' de veniencia de ser ~diada a discussão. ·
fabrico, como de iutroducção. o · O Sn. GAL'DINO Dll..s NEVES (pela ordem) pede
t:orna-se muito mais odioso do que o privi· que seja d~do em primeiro Jog-ar para a ordem
legro C3panema, porque neste Hcou salva a do <iia o projeeto u. 86, creando um montepio
importação de sulpb..ureto de carbono, e como o para os empregados geraes.
sulphureto de carbono na Europa não é feliz·
~ente matcria privilegiada, ha o correctivo da O Sn. F.11E~IDENTE promette attender, no que
d_l!llortação paro o mono~olio industri:tl eoiJce- estivet· ao sou 11lcance, ao pedida do nol:Jre de·
t ~<oS~. conselheiro Capanemn.
putado.
N~ pro]ecto, porém, em discussão não ba cor- A discussão ficn adiada pela hora.
rec_!!Vo. a~::cum ap monopolio, porque a imPQr- O Sa. PaESIDENTE dá para ordem. do 30:
taça~ e 1llusona, visto que só elle é qu.em
fabl!C~ ~o estrangeiro. Cbama a attençào da "Votação dos projectos cujas discussões .tl.car.~m
com..rmssno para este pont(,). encerradas; sendo em 2.~ discussão o de
n. Hl8 A, interpretando a lei penal sobre lote-
o_ Sn. J~:RONYAIO JARDIM :-o privilegio já rias ; em 3. • discussâo o de n. f30 prohibindo
es~a a termmar em França e creio que já ter- fazer excavações e abrir vallas n:>.s ruas da
miilou em algUl.ls outros pai:zes. · cidade ; em 3 .a discussão o de n. !Oq, A· sobre
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:21 - Pêgina 1 ae 1
Souto, Prado Pimentel, ~lonte, ~lmeida Cou~o, á 1 hora da tarde, e compõe-se dos seguintes.
Azambuja -r.Ieirelles, Fre1tns Coutmho, Fre~er!Co Srs. :
Rego, Baptista_Pereirn,_Ahreu. e Silra,Candzdo de Almeida Couto, Daniu, Sinval, José Basson,
Oliveira Galdmo das Neves, L~mos, V:~lladarcs, Manoel Carlos, Espiudola, Souza Lima, Soares
l\larlim Francisco, .Martim Francisco Filho. Ole • Brttudão, I!defonso de Araujo, Theodoreto Souto,
gario, Jeronymo Jardim, Camargo jiaJhe"iros e José Caetmo, Frederico Hego, Carlos Afforiso,
Sigismnndo. l\Iello Franco, Leoncio de Can·alho, ~Iartim
Faltal.'am :com .rmrtieipação os Srs. Augusto Francisco Filho, ~rallleiros, Jeronymo Jardim,
Franca, Bulclio,- Ilcliort Duarte, Bezerra de Me- Silveira de Souza, Camargo, llfaciel, Sergio de
nezes, Ai.ltonio Cnrlt:;.; --Antonio de_ SiqueirE, Castro, Prado l)imentel e Ri!Jeiro de Menezes.
Andrade Pinto, Aí!onso Pcnn~. Bcltrao, Aragao
c Zliello, Esperidiiio, Freitas, Nogueira Accioli,
Franco de Almeida, Franco de Sá, Franklin
Daria, Francisco Sodre, Fidelis Botelho, Hortn Sessão e111 3 de De.zemhro de 1880
de Araujo, lldcfonso do Araujo, Joaquim Breves, PRESXOENCT.A DO SR. GAVIÃO PEIXOTO, .2. • V'rCE·
José Marianno, João Drigido, Jeronymo Sodré, I'nESIDEli"Tll
Lourenço de Albuquerque, Lima Duarte, Barão
Homem de :Mello, ~larbnno da Silva, Pompeu, Sffi\IMA.R!O .-E:.:PEDinn .-Parecer.-Projeetos. Rcqa cri·
Pedro Luiz, Ruy Barbaza, Rodrigues Junior, monto do Sr. Ah·cs d~ Araujo. Obscn"çl1cs do Sr. Al·
mcida Couto .-Vot.:lç5o dos projcetns os. HS A, 10~ Ae
Souto, Souza Andrade, Thce>philo Oltoni e Vis- !30, de iSSO c 270 do !.679 Ohsorvar.iics do Sr. l\IarLim
conde de Prados; e sem ella os Sr5. Cnrlos Af. ~·ranciseo. O~~crmçoes d0s Srs. llforêira de B.].rros. Pro•
fonso, Com~n Habcllo, Co:.Ito de l\Iag-alhães, si'ionto o Joaquim Scrra.-OncE~ DO DI.~o.-Discussão de
Diana, Epuminond:ts de Mello, Ci:spindola, Ftr· cmoodns do senado. Observações do S1·. Freitas Couti·
nl!o. Discursos <los S~5. Z~rno , Joaquim Serra, l\IOI'oira do
reir~ do !\loura, Frunça Carvalho, Felicio dos Ba;ros, Jcronymo Jardim c t'rciLas Coutinho.
San~os. Fern:mdo Osorio, Joaquim N<1buco, Joa-
quim Tavares, José Caetano, Leoncio de CJrvn- A's H horas da manb.ã, feita o cham~da, :~cba
lho, Marcolino l'tfoura, nicHo Frtmco, l'tfnrLinho ram-se presentes os Srs.Gavião Peixoto. Alves
Campos, Rodolphn D:mtn~. S~ldaulla 1\i~rinb.o, de Arnujo. Cesnrio Alvim, Almeidrt Barboza,
S-;c17.:1 Carvalho, Soma Lima, Silveira de Souza, AureEano 1\ragalhães, Mano~l Eustaouio, Costa
Tamandaré a 'rlleodomiro. Azevedo, Lemos, Seraphico, Abdou Milanez,
Ao meio di~, nlio havendo mlmorcl legal, o Virinto de Medeiros, Freitas Coulinho, Sinval,
Sr. presidente dcclom nflo haver sessão. l 1rndo l 1imentel, Galdino dns Neves, l\fanoel
Carlos, Prisco Paraiso, Cotllo, Barão da Es·
O Sn. L o SECRllTAmo dú cont~ do seguinte t:mcia e José l3asson.
Compareceram depois da chamada, os Srs.
Americo, P:min, Jo~qnim Serr3, Ta,·ares Bel-
fort, Liberato Barroso, Tbccdorcto S~uto, Fabio
Oilleios: Reis, Bclfori Duarte, Sigis~mmlo, i\Ioreira
Do ministerio do imperio, communicnntlo quo 131'andão, Ulysses Yionnn, Ribeim de Menezes,
Su.~ !\In~;·estndc o Imperador dignn-~e receber no Barros Piment>J!, Monte, Rodolr:IJO Dantas
~a~o tla dundc, á 1 hora ela to.rdo, n tlcpatnç:uo Aznmlmjn Meirelles, Soares Drand~o, Horta d~
un c(lmnrn (los Sr:::. deputados quo tem do fc· Ar:JU.io, Buplistnl'ercim, :ur.ct!do, Frr.nça Car·
lici!ar o meõtno _-\.ugusto Senhor 11 2 de Dezem- vnlho, Pcd:·o Luiz, Abrcll !l Silv~. Carrdhlo de
bro \lrax.imo, por ser o (\ia uo seu anniwrsario Olivcil•:;~, C~rl4ls Affonso, Buarque de :Macedo,
n~tn. icio.-IJllcirad~. lgn~,cio 1!~r:ins, .Martinho Campos, Mello
Do minioterio ea fazend~, em resposta c.o de Franco, Bczcrr.1. Cavafeantr, Vallndaros, Bor1io
9 do p~ssodo, rcmcnendo n dcmonstrnr.ão dns Homém de Mclio, O!cgario, ~I:lrtim Francisco,
quantins recolhidns á ~gencia finnnccirn ·do Br:~ ?\Iartim Fnmci:;co Filho, Aioreira de Barros,
zil, em Londres, peln Comp~gnie Géaéra!e de
Jeronymo Jardim, Camargn, liaciel, Ribas,
Cil~I]lips de Fcr Erésiliens.-A quenr f2z are-
Souza Carvalho c Silveira de Souza.
qulslçao. Compareceram depois t1e nbr;rtn n sessão os
R~queri~CJ?-tO qc C!JarlcsDicl,subdito frnnccz,
Srs: :1\Inrcolino .M~ura, Frederico Rego, !Ia-
pedmdo prrl"Jleg-w p:,ru o appnrelllo que in- lheu·cs, Costa R1be1ro, Zam3, Souza Limn, Je·
ronymo Sndré, Joaquim 'favares, Felicio dos
ventou p:n·n vc<lar instant:menmcnte os tubos Santos c Dlan~.
art'Gbentados dus c:\ldeit·as n vnpor .- A' com-
missão dt' commercio, industria c artes. Fnlt~ram com partica~ão os Srs. Antonio Car-
los, Antonio de Slqueir8, Aragão c nlello, An·
E' rcmeLt ua :i commissiio rle poderes a cópia drade Pinto, Beltrão, AíTonso Penna, Esperidião,
~uthentica dns aelas da eleir.ües de eleitores a }'rei tas, Augusto França, Accioly, Franco· de
que se procedeu em Porto-Seg-uro, nn '[)rovincia Almeida, Franco de Sú, Frederico de Almeida,
da Bab1a, no dia 31 de Ouluhro ullimo. Frnnk!im Daria, Francisco Sodré, Fidelis Bo-
- O Srr. PrmsiDm-"TE dá {lara ord~m uo d:e 3 de tell<o, Ildefonso de Araujo, Jolquim Breves,
DezemlJro a mesma designada pmt o ui:J. i•. José 1\ír.rim:mo, João Brigidci, Lourenço de Albu-
quer, Lima Dnnrte, Mello c Alvim, I!larianno da
Siiva, lifurroel de I\Iag3lllães, Pompeu, Ruy Bar·
:::: A tlcpul:3ç:io que tem de compriluúnl:tr a Su.a boza, Uodrigucs Iuuior, Souto, Sergio de Castro,
.l\rag~t~dc o ,Imper~dor pelo Eeu annh:ersario Theopllilo Oltoui, Souza Addrade e Visconde de
IHltahclO sera reeeiJtda no paco da cidade, hoje Prados; sem ·ella os Srs. Bezerra de lllenezes,
C!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 16:22· Página 2 ae 24
Corrên RalJello, Couto Magnlh~es, EQaminondas estado secco, á. ncç1ío do vapor sob pressão e
-de 1\Iello, Espindola, Ferreira de 1\Ioura Fer- temperatura convenientes;-2.• O emprego dG
nando. OsorioJ.. Joaquim N?buco, .José Caetano, apparelhos centrifugas, de conslrucção peculiar
Leonc1o de ~,;arvttlho, Satdanha Marinho Ta· como ~ostra o desenho junto, para execução
m:mdnré e Tlleodomiro. ' do refendo processo.
A2 meio-dia o St. pre5idente declara aberta a A commissão de commercio, induslria e artes,
sessao. examinando a dita pretenç:io, entende que
tratando-se de um processo, respectivos appare:
São lidas e npprovadas as netas antecedentes lho~•. não _conhecidos no paiz, como <J.Jlirma o
O Sn. i.• SECIIETA.IUO dá conta do seguinte detiCwnarJo, e cujo emprego póde proporcionar
ao fabrrco de assucar novos melhoramentos,
deve ser acol~ida a mesma pretonção, da qual
podem sobrevir vantagens a um dos principaes
. Officios: generos de nossa exportação, e conseguinte-
Do Sr . deputado Lima Duarte participando mente á riqueza publica.
:nã~ poõer compa~ecer á sessão por achar-se de · t; por isso a. mesma commissão offerece á de-
nOJO, pelo fallemmento de uma sua tia.-~Ian ~iberaç5o desta ougusta camnra o seguinte pro-
·dou-se desanojar . Jecto:
Do Sr. depuwdo Sergio de Castro participan- A assembléa geral resolve:
·do não p~der compar ecer ás sessões por achar· Art. L• F ica outorgada a iiioriz Weinrich
se de nOJO pelo fallecimento de seu irmüo o um privilegio exclusivo pelo tempo de H annos
major Francisco Antonio de Souzn Castro .- para empregar neste Imperio o processo de sua
Mandou- se desanoj ar. invenção destin~do para purificação de assucar,e
Requerimento de D. Florindn Themira os npllarclhos apropriados á exccuçiio do m e~mo
Jacques Ourlqne, viuva do capitão de cn"'e- processo denomlnado.-Tutbillas de Weinrick.
nheiros José JDcques du Costa Ouriquc, peclil1do
se lhe mande pagar a differença do soldo que Art. ~-o Ficam revogndas as disposi~õcs em
tem deixado de receber.-A' commissão de contrano.
fazenda. Sala das commissões, 25 de No-v~mbro de
E' lido o approvado o seguinte 1880.-llmocencio Serap/~ico t'le Assü Cat·vallto.
-Jercmymo R, de ~fo 1·aes Jardim.
P..l.nECER
:1880-N. Hlt
1880-N. 99 A commísslio do pcn5'õe3 c ordenados, tendo
.A commisslío de pensões e m·d.mados, a quem cxnminado a cópia do decreLo de 25 de Novem-
fot presente o requerimento de D. Julia Amnlin bro de t880 rcctific:mdo a pensão concedida n
Pinto Coelho da Cuuha, viuva, filha do fnllc- Marionno Josó de 1\!cllo, ó de parecer que Si)
cido tenente-coronel reformado do exercito adapte o seguinte projecto :
Bariio de Cocnes, José 1•\!líciano Pinto Coelho da .A asscmbléa geral resolve :
Cunha, pMindo ser relcvni.la dn prcscripoão Art. :t. o A pen~lio de 400 rs. diarios concc·
em que incorreu, anm de poilet· receber o nicio didn por decreto de 21 de Agosto de iS67 ao
sol.:lo de seu finado p3i, é de parecer que o dito soldado do t,t• r.orpo de yoluntarics da patria
requerimento o llocumentos a ello nnnexos Marinnno José de Mello c npproí ndn pelo de
s~jam remettil.los á commissüo de fazenda, :1 n. LS70 do iO de Junho de :1.868, dcye enten-
quem compete dar parecer sobre semelhante der-se conferida. :~o solt!ado reformado do mes-
materi3. mo corpo 1\Inr:nnno José de !1-Ie\lo, conforme
Sala rl;ls eommissucs, em :L. o de Dezembro declara o decr ~to de 2õ de Novembro de :L880.
da l 88().-.4lm.!ida Couto.-Ioaquim Serra.- Art. 2. • Esta pensão dever á ser paga desde a
Galdino das Neves. data da primeiro concessão.
Siio lidos, julgados objecto de deliberociio c Art. 3.o R~vogam-se as di sposi~.ões em con-
mandados imprimir os seguintcs projectos 'pre- lrario. ·
cedidos de parecer. Sala das commissões em J.. o de Dezembro de
!880-N. !60 !880.- Ameida, Couto.-loaguim Serra .- Gal-
di1io das Neves•
. Moriz Wcinrick, de Vienna,lmperio d'Austria•
requer a concessãt> de privilegio exclusivo pelo OSR. ALVES DE AuuJo requer a inversão da
tempo de i q annos para nsar nestelmperio do ordem do d!a, pfim de que se . proceda em i."
processo de sua invençãe> para purifi~açãode as- logar ás vota~ões adiadas.
sue-ar e dos app;~:elhos apropnados a execução Consnltad3 a camara, decide pela nllirmallva.
do mesmo processo denominado.-Turbinas de
Weim·ick~ O Sr. Almeida Couto (pela ordcm):-
· Di~ o mesmo peticionaria que sua invenção Sr. _presidente,a deputação encarregada de felici·
tem ·por objecto :-1 . • Refinar o assucar e pre- tara Sua li:Jgestade o Imperador eru noine da ca-
parar as qualidades inferiores de assncar para m~ dos Srs. deputados, pelo seu anniversario
serem .refinadas com facilidade e economia, natalicio, cumpriu seu dever, e, como orador
· consistindo isso em suhmelter o assncar qne della, coube-me a llonra de dirigir a Sua Ma-.
contém materins colorantes e impurezas, no gestude o Imperador DS seguintes palavras (l~):
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:22+ Pág ina 3 de 24
380
• Senhor. -0 aniversario natalicio d~ Vossa Posto a votos o projeoto n. !Oi A de :1.880
":Magestade Imperial assigllllla um aconteCimento, sobre privilegias industriaes, o Sr. Theodoreto
I{Ue enche de vivo_regosij_o ~ de plenissima sa- Souto requer para retirar o seu substitutivo e
tJsfacão n toda naçao braz!li:llra . a camara con-cede • ·
• Cada anuo da vida de Vossa Magestade que o projecto é approvado em a.• discussão bem
perpassa pela ampulheta do t~mpo. é,.Senhor,, como as emandas que abaixo se seCTuem, e re·
mais um favor da Divina Prov1dencm a establ· jeitadas todas as outras emendas. Õ projecto e
!idade de nossas livres instituições, á fir_meza d~ as emendas approvadas e ndojltadas são remet·
moi:larchia constitucional representatlVa e a tidas á commissão de redacçao.
prosperidn.de do Imperio da Santa Cruz .
• A sabedoria e a experiencia de Vossa l~a EMENDAS APPl\OVADAS
gestade, adquiridas_ no. est~do e exsme .de~1d0
dos publicas negoc1~s, mspJran:do ·se patriO l!Ca- Ao art. 3. • § 6. •
mente nas tendenc1as razoave1s e progressiVas Separe-se para fazer artigo separado a dispo-
do seculo. são penhores seguros, são garantia sição contida no ultimo pcriodo.- Felicio dos
eloquentâ dos altos destinos reservados a este Santos.
vasto Imperio:
• o anniversnrio natalicio de Vossa Magestade EMENDAS
e sua commemoracão, não podem deixar de
provocar grandes effu.sões de jubilo,. as qu_!es, O §'~!.· do art. i.•, substitua-se pelo se-
irr~diando-se em todas as classes soe1aes, sno a guinte ;
expressão do quanto eelle caro ás affeições de • São considerados descoberta ou invenção os
todos os brazileiros . novos productos indll.striaes, os novos meios,
• A camara dos deputados, Senhor,interprete processos emethodosou applicação nova da meios
genuína dos sentimentos nacionaes por este conhecidos, que tcub.am por fim obter um re-
faeto providenúilll, enviou-nos em deputação a sultado oo. producto industrial.
Vossa Augusta presença para felicitar a Vossa c Estes casos abranr;rem quaesquer applicações
Magestnde e á patria por tão faustoso motivo. scientifieas, não se comprehendendo do mesmo
' A eamara dos deputados, Senhor, inspiran- modo os productos pharmnceuticos e os alimen-
do-se ainda nos sentimentos de dedicação e tares ssnão 9:uanto nos processos de fabricação
fidelidade a Vossa Magestade, faz fervorosos e sendo apphca.veis aos llitos processos, no que
votos pela felicidade da Augusta Familia Im- lhes fôr cabiv~l, os arts. 67 a 76 cb decreto
perial. • n. 828 de 29 de Setembro de i85i.
Sua Magestade o lmperJdor dignou-se de • Ficam excluidos os methodos ou processos
responder: • Muito me penhoram as congra· exclusivamente theoricos.
tulações da camar11 dos Srs. deputados pelo meu • Na 2.• 111inea-nrL. !."onde se diz:
~mnivers~riu uatalicio. ,
-Sómente por lei especial poderá o governo
O Sn. PnE>JDENTE :-A resposta de Sua Ma- conceder patente aos im~ortadores-em lagar de
gestade o ImtJerador ê recebida com mui\o es- importadores diga-se : mtroductores.
pecial agrado. • Do parllgrapliCI unico, art. 5.• supprimam-se
O SR. PRESillE~TE declara que vai se proceder na linhn l).o ns palnvras-ou a este apresen-
á votação do projooto n. USA, de iSSO, encer· \lldas.
rado em 2. • discussão na sesBão de 29 do mez c No art. 6.• depois das palavras damno cau-
prox.imo passado. sado, in fine-acrescente-se: ficando nesta parte
0 Sn. FnEITAS COUTINKO requer que se VC· dependente de approvacão do poder legislativo.
rifique si ha numero para se votar, porque lhe • Sala d:~s sessões, i9 de Novembro de l88D.-
parece não haver. Buarque de Macedo • .
O SR. :1.. o SECRETARIO, procedendo á. con- Posto a votos !;o projecto n. 130 de 1880, en-
tagem, declara que ha no recinto 6~ Srs. depu- cerrado em 3,• discussão approvando as postu-
tados. - ras municipaes de H. de Jo.lho de :1.878 que pro-
bibem fazer ex:cavação e abrir valias nas ruas
Procede-se ã votação e é approvado o sub· da cidade, é approvado e adaptado e remettido
s&itutivo que abaixo se segue, ficando prejudi- á com.missão de redacção. ·
cado o projecto.
Posto a votos o projecto n. 270 de i879, en-
Projecto substitutivo cerrado om 2.~ discussão, autorizando o gover-
no a readmittir no quadro activo do exercito ao
• A assembléa geral resolve : .major José Francisco da Silva, é approvado, e a
requerimento do Sr. Jeronymo Iardim entra
· • Art. l.• O julgamen\o dos crimes de que immediatamente em 3 a discussão e é approvado
trata a lei n. L099 de !B de Setembro de !860 sem debate e remettidol commissão de redacçlio.
está comprehendido na disposição do ,\.o art.
O S11.. PusmENTE:-Tem a pala.vra o Sr. Mar-
dalei n. 2,i}J3 de 20 de Setembro de 187!.
• Art; 2." Ficam revogadas as !lisposições=em ;tim Francisco, na fórma do vencido na ultima
~ntrar1o. · ·: sessão.
• Sala das sessões em-29 de Outubro de 1880. - O S•~ Mftftlm Franci8Co ;-Tomei
-0. H. de Aquino e~Ca$tro.-Theôdoreto Souto. o compromisso, em um dos dias anteriores,- de
-lg'll.aCio Martins. • • · :VIr ã lril:iuna:para discutiralguns assumptos=rela-
Càna ra dos Oepli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:22+ Pág ina 4 de 24
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tivos á minha província, já defender-me e de- ções de parentesco que me impediam de dirigir-
fender o gabinete 3 de Agosto da pecha de me a S. Ex., com excepçã:J do nobre dgpntado
incoherente que, na mataria relativa á abolição que se acha oollocado diante de mim, somos
da escravatura, continuamente lhe é atirada da obrigados a discordar; refiro-me á declaração
tribuna e da imprensa. feita por S. Ex de que não era aceitavel a di·
Comecarei dizendo que um di "DO senador pela recção dada aos negocias da província de S.
província do Paraná, sem duvida impellido por Paulo, q;uer pelo governo geral e quer pelo
um zelo louvavel, mas que em suas manifesta· provinCial.
~ões ãs vezes se demasia, tem-se encarregado Guardada a independencia necessaria e feita
de externar na tribuna do senado reclamações e desde já a raserva em relação a algum incidente
queixas que são levadas á sua prt>.sença e de que que se possa dar e que eu não possa· prever,
S. Ex. se toma eco. Entre essas queixas, desta- declaro que o gabinete de 28 de :Marco tem pro-
ca-se uma evidentemente injusta e que se funda cedido com toda a solicitude em relação aos in-
em um telegramma transmittido a S. Ex., no teresses publicos e particularmente aos interes-
qual lhe eommunicavam que em uma das fre- ses da província que represento.
guezias do município de Cunha, província de O nosso digno collega de deputação que faz
S. Paulo, se havia praticado um assassinato com parte do mesmo gabinete, merece o nosso apoio
intuito politico, e para facilitar a victoria do e sempre que eu, e outros membros da deputa-
partido liberal na eleição municipal. ção lhe dirigimos reclamações no desempenho
Não desejo alongar-me, antes quero ser o do nosso dever, nroos satisreitas as necessidades
mais bre.ve possível na minha exposição. Não de nossa província.
apresentei as peças officiaes concernentes ao 0 SR. MOREIRA DE BARROS :-Peço a palavra
assumpto, mas resumirei o seu teor chamando para responder.
para isto a attenção da camara e do paiz, e O S:n. 1\lAP.TIM FllÀI'l"C!sco :-Estou firme e de·
muito especialmente do nobre senador a quem cidido
me refiro. A affirmação que imprudentemente seguir neste proposi.to, e em quanto o governo
esta trilha, lhe prestarei o mais decidido
lhe fôra feita, por telegramma,acha-se contestada
in limine pelas communicações officiaes do juiz ap~~- relacão á administração provincial, á
de direito e do juiz municipalde Cunha, ambos
insuspeitos, porque, como elles o confessam, qual me pareceu que S. Ex. tambem se referiu,
porque disse que sobretudo os negocias da pro·
pertencem á opinião conservadora. Nestas com- vincia é que determinariam a sua divergencia,
municsções offi.ciaes que foram inseridas na si interesses mais altos, e tal é o da passagem
•Tribuna Liberal> jornal que publica os actos da reforma eleitoral, o não obrigassem a por
officiaes da presideneia dn província, estes dous ora não external-.a , em relação a administra·
distinctos runccionarios declaram-sa conserva- çiio d11 provincia, a deputação de S. Paulo está
dores,e ao mesm0 tempo,dizem terminantemente no melher accõrdo com o presidente .•.
'l!le ntio têm o menor fUndamento as accusa-
Ç()es feitas ao partido liberal de Cunha, porque Os Sas. ÜLEGAB.Jo E MARTm FRANCISCO Frtao:-
a eleição corria o mais pacificamente possível. Apoiados.
Dizem ainda mais que os liberaes tinhnm 0 SR. MARTIM FRANCISOO!-•••que permanece
uma maioria notaria ; que tinha havido neutra- na administração da província hn mais de anno
lidade dos conservadores importantes ; e que, que conhece-a perfeit.:Jmeute que attende aos
finalmente, a pessoa que transmittira o tele- reclamos do todas as influencias locaes .•.
gramma ao honrado senador não era chefe do O Sa. BARÃo HoMEM DE MELLO (ministro do
partido conservador. •E' um individuo consi- imperio):-E' um delegado digno de toda a con·
ilerado naquelle partido m1s, como se diz, de sideravão do gov-erno. .
~.a classe em importancia politicn, sendo que
os chefes proeminentes do partido conservador marcha O SR. MAl\TIY F!Lio.NC!sco: - •••• porque a nossa
estavam arredados da luta. Estas declarações minhar de e a do governo não é outra senão ca-
accôrdo com os nossos amigos das
feitas pelas autoridades judiciarias de Cnnha a diversas localidades
que pertencem ao partido que me é adverso, resses do partido, aosobre os legitimas inte-
tempo fazendo
evidentemente fazem desappareeer qualquer justiça aos adversarios,mesmo porque elle_s são t~o
supposição de que os .Iiberaes des~a locali.dade brazileiros como nós e nunca deseJamos d1·
lançaram .mão do meiO reprovado do assassmato vidir o ·paiz em vencedores e vencidos.
para conquistar a victoria das urnas. Assim sendo, Sr. pr~sidente, v~-~~ que, res-
Todos conhecem os chefes liberaes daquell11 a independenma das opmroes e.acre-
localidade. Os Srs. conego Serqueira e Gonvêa peitandoditando mesmo que S. Ex. póde ter d.e SI para
Veiga são mui!o considerados na provineia, e: si motivos para .. adoptar conducta diversa,_:a ·
qualquer delles está acima de semelhante sus- deputação de S. Paulo absolutamente ·o nao
peita • são homens moralisados e estimaveis por quer acompanhar nesse caminho, porque está
t6dos ·os titulas. (Apoiados.) . satisfeita com o governo geral e com o gove.mo
Sr. presidente, o nobre deputado !esidente e~ provinciaL
Taubaté, em uma das nl~imas sessoe!, profenu O Sa. Bllio Hol~Q1 DE MELLO (~nutro do
um discurso cuja generalidade euac&to; e sem imperio):-ü governo honra-se mutto com o
duvida S. Ex. defendeo. uma ·boa causa. No · apoio da deputação paulista ~ seu .digno che.te.
emtanto houve um incidente em relaçio ao qual
sou obrigado a dizer ·que, não só . eu co~o toda O Sa. MoREIRA. DE EÂBB.os :-Mas isso é muito·
a deputação de S. Paulo a CJ!I-6 OOI!sulte•, apenas inopportuno ; .nem procuro que ningnem me
com excepcão, por motivos da delieadeza,e rela- acompanhe.
c â"nara do s oepLtados- tm rr-e sso em 2 7101/2015 16: 22- Pág ina 5 d e 24
o SR. ~úm·I~I F.MNmsco:- Mas perdôe-me; pela. Bahia, um dos chefes desse movimento
porventura olfende a V. E:s:. assever:tr eu que abnlicionista, com a max.Ima franqueza, decla~
ba quem tenha opinião diversa da sua 't rando que-não iria além da lei de %8 de Setem-
O Sn. MonEIII..>. DE BA.l\ROS:-Peço a palavra.. bro, que é a npplicnção do fundo de emancipnção
que ell e ~ceita va ••.
O Sn. li.urrrn FnANcisco:- E' admira.yel ~stll O Sn. FnElTAS CouriNHO: -Mas <{uem accu-
susceptibilidade do nobre depuLado I Po1s, s~m sou aqui o Sr. ministro do imperio 'I
plesmente porque eu e os meus companheiros
ac depulneão temos o. ousadia de declarar que a (Ha outros apartes.)
noss~ opiÍlião é differente da de S. Ex., sem O Sn. 1\rAnTnt FnANCISC() : - Perdôe·me;
ao menos dirigir-lhe a mais l~ve cen~uro, estou me referindo a um topieo do discurso do
S. Ex. se magôa ? E' de uma cutlS demasmda· nobre deputado. Nom o hooradodeputado por
mente tenra ! S. Paulo accmou propriamente o Sr. ministro
o Sn . MonEtn.\ DE n...uos dá um aparte. do imperio; S. Ex. declarou que, como se havia
O Sn. !hnmr F.nAr;msco:-Stm, senhor; cslá dito isso, era conveniente que se fizessem decla-
direito. rações expressas. Estlls -declarações, que aliás,
'las, Sr. presidente, noto mais que o nobre na minha opinião, já tinham sido todns feitas,
deputa1o refere-se tem um dos top1cos do seu foram reforçadas pelas palavras francas do Sr.
discurso á necessidade de que os ministros mn- presi:iente do conselho, qne devem ter satisteito
nires:em a sua oplnmo, uma vez que os c11efes completamente á lavoura,. d.e ~odo que es!a
da propn.ganda abolicionista declaravam que comprehcnda que com o mrn ·sterlO nctual nao
tll...,.uns dos ministros caminhavam de accôrdo se dará um passo além da lei de 28 de Setem-
co'tn essa propag:mda ; e nessa occasião S. Ex. bro. (Apoiados.) E' preciso que isto fique bem
lembrou o nome do Sr. ministro do im}}erio. claro c é o que me parece quo se deduz perfeita-
mente d~s declarações feitas pelo Sr. presidente
O Sn. JoAQur~x SBiuu. : - Q11erem visivel; do conselho.
mente dar· nos pass3portes. Pnsso, Sr. ~residente, á ultima parte do meu
O Sn. UAmm FRA.Kcrsco : - Eu direi CJ..Ue discurso. Prome\ti ser breve c niío auero r.ancar
não me p:1recc mais necessaria essa decluroçao, a attenção da carnam dos Sr$. deputados (não
não só depois das repetidos declarações que apoict.dos); quero simplesmente defender-me da
têm feito os nobres ministros.•• accusação de inooherente em minha conducta
O Sn. BEt"Fonr DuAnTE:- Apoiado, o Sr. polilica.
Saraiva .... Em l866, faze11do cu parte do gabinete de 3
de Agosto, dil:cutiu-se no conselho de estado e
O Sn. ?!IAn"Inr Fn.I.Ncrsco : - •.. como por- em conferencias ministerines, a conveniencia
que o Sr. presidente do conselho manifestou de alguma cousa fazer- se em favor da abolição
com a maior clareza, de modo a não deixar cs- da escravatura. - - - -· ..
peranc;a alguma aos cheres da propaganda nbo· Ella bavia desapparecldo de qunsi todus os
licionista ( apoiados ). qll!l elle niio sahia da lei pontos do globo, c subsistia nesse tempo, ua
de 28 de Setembro de i87t, lei que todos nós America, apenas em Cuba.
aceitamos, não só em seus princípios, m~s Ilfas dctermin~mos proceder com o maiot• pru-
tambem em suas deducções ( apoiados ), porque dencia: as idéas quo o gabinete de 3 de Agosto
essa ba1le!a que continuamente se espalha de pretendia põr em tu·atica, não eram outras seuão
que sJmos inimigos radicacs da :lboliçfio, é as da lei de 28 ele Setembro, como a camara v:~i
completamente destituída de fundamento. ver pelos diversos t1·echos, que pusso 11 ler, dos
( Apoiados.) · discursos do Sr. conselh~1ro Zacarins e dos
A abolição, senhores, não tem adeptos mais meus discursos, então proferidos. ·
dedi~dos do que os lavradores (apoiad9s), por· Ora,·a lei de 28 de Setembro todos nós a acei-
que mostram veios factos que almejam en· tanios. Eu digo mesmo que, si fosse o governo,
cam~nhar a questão á sua solução pacifica não temeria tomar responsabilidade de, quando
(apozados}... · · avultasse a ronda do -Estado, qunndo ella fosse
O Sn. FRANÇA. CAIWAtHo :-Apoiadissimo. superior á despeza, si algumas quantias hou·
vesse disponiveis, reforçar eom ellas o fundo de
O Sn. M..urm FAIINcrsco :-••• e esse movi- emancipação.
mento que se apresenta, !onze de favorecer os
escravos, pelo contrario, enttbia, demora, res· O Sn. JoA.Qiint Smill.<~.: - E f<lzia muito bem.
tringe :tté o numero das abolicões parciaes. O Ss. MARTIM Fnuctsco : - lias devo dizer
(Apoiad!la.) • q11e, além disto, niio dou um passo. Na lei de %8
0 Sn. }URCOLINO MOURA :-Não apoiado. de Setembro está .estancada a fonte da escravi·
dão, estiío estabelecidos meios diversos para at·
o. SB. lliR'I'l)[ FRA.NCtSCO : -A declar.neão do tender razoavelmente ás aspirações da escrava·
Sr. presidente do conselho foi formal, e ·o mi- tura acmal, já peln creação do peculio, já pela
nisterio á solida:rio em suas opiniões ; ns de· applicaçiio do fundo de emancipação, e -em
clarações do Sr. presidente do conselho sã.o por outras disposições q11o ahi existem c que esta·
consequcncin obrigatorins para todos os minis· tuem em certos casos determinados o direito á
tros que comprehendem perfeitamente o dever liberdade por p~rte dos escravos. (Apoiados.)
dessa solidariedade. Eu acredito que alé o fim do seculo a escra·
Al~m dislo, o meu amigo o Sr. ministro do vatura estará extincta por si mesmo, com o em·
imperio. respondeu a um dos Srs. deputados prego desses meios ; e quando não esteja total·
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m:entc, será tão pequeno o numero dos escravos • • Aqui farei a seguinte observação. Uma folha
no tlm do seculo, que então tornar-se-ha possí- diaria dosta côrte jlllgou que o governo desmen-
vel alforri~l-os porindemnisação. (Apoiados.) tiu com relnção ao elemento servil uma noticia
. Ora, dado e>tc facto, como, senhores, havemos por elle dada e que depois confirmou·: enga·
nós de outo:gar repentinamente a libcruade a nou-se. O que essn follia havia dito foi que se
um milhiio e fiOO,OOO individues, que não têm tinha apresentado ao conselho de estado um pro-
educ.açllo de q_ualidacle alguma, que não podem jecto sobre emancipnção, e que estava adaptado
r eger-se por SI mesmo? lllolb.or é deixo r :í. ini- em certo c determinado sentido. Contestou-se
ciativ~ particulnr os factos das alforrias, por- isso no Dia1·io Officia!, sendo certo que não se
que nesta iniciativa particular ordinariamente podiam considerar aceitas bases de um projecto,
.se ~ttende :i maior intelligeneia e á maior que dependem ainda de discussão no seio do
somma de scrvicos prestodos pelos escrn,·os. conselho do estado. O que afianço á camara e ao
Por outro lado, a grande questão da substi- paiz é que o projccto ha de respeitar a proprie-
tui~o do trabalho, como se realiza ella? Diz·se: dade, procurar eviLar profundo abalo na agri-
• Nos Estados· Unido~ se realizou repentina- cullur:~, ~primeira de nossas industrias.
mente. ~ Não é exacto : deram-se muitos anuos • O governo procedendo assim . nssnmiu
de guerra nesse paiz; houve. uma luta ntroz a iniciativa que lhe toca . nesta materi~,
entre os indivíduos que tinham sido senhores em que, conforme declarou um conselheiro
de escravo:; no sul, c os proprios cscr:~vos : ~s de estado que não é su~peito · aos nobres de-
tendencins do norte er:~n1 dar mais força aos tados.
antigos cscra>os, o os habitantes do sul arregi· As minhas declarações ainda são mais ex-
mentavam-se em nssocinçõcs secretas pura. ex- press3s. Em um discursos que proferi na sessão
terminar os rcccm-forrl)s. assim como tamhem de 18 de Jlllho de 1867, quando era ministro da
estes rcngiam violentmíenLe contra os seus da justiça,encontram-se estes trechos em que se
anti:;os cominadores. cx.plicam as restricções que o governo punhn á
Só depois de mui~os nonos de rivalidndc, e nbolição da escravatura:· Dizia eu (lê):
em u:u paiz em condicõcs muito m~is favora- • O Sr. Uinistl'o da J ustiça: - . .'.havia um
e
veis dO que O nosso, I]UC o problema pude pensm~1ento mais alto que me dominan, ha-
resolvo.;r-so complctamento. v am c~rtas id~s que desejava rc~lizar, que o
De[lois, senhores, comp:m.r os Est:.úlo;-Unidos, paiz reclama, e que, embora devam ser reali-
em rel~ ~ ão a supprimcnto de braços, co::n o zadas com toda a prudeneia e discriçlio com
Brazil, c DI"Clcurnr sustentar uma tbos~ com- que as comprc11enciem aqucllcs que ás vistas
llletamcntc inaceilavcl. dos philosopho> querom unir as dos estadistas,
O Sn. DELFO;;\T DUAilTE:- E' uma loucura. eu entendi que crn conveniente habi1itnr o paiz
c preparar o terreno para que tivessem sua
O Sn. ~I.U'.TI~! Fru~.Ncrsco:-Os Estados·Unidos cffectiva realizaç;ão. (Mui tos apoiados .)
têm uma immigr:u;ão que oscilla entre 300.000 • Jt"ozcs :-'à!uito bem. •
c 500.000 almas por anno; têm o r ecurso do
tl'nball!o el1im pnra os c3tados 1la costa do Pa- . Esta era n idêa da abolição. Agora outro tre-
cifico, p3r:l a C~lifornia. A \i~gc.m da Cllinn cho (U) ; ·
para cá é trcs vezes mois di!Iici! do quo l):Jra a • E' o que o governo diz com as formulas
Californio. Po1· outro lado n immi:;:rac1ío é quasi mais éliscrctns que era possivcl im agin~r, dil()la·
nulla entre nós; lemos gasto..33.000:000:5 com rando que ba de attendcr ao objccto, se~undo
isso, e não temos qnasi colonos. As condi'"õcs, as condições de tempo e opportuuidade c rcs-
portanto, slio complct:lmeu~ diversas. Si os no· .Jle1tundo .a :pro]Jriedãde oscrnn. (Jl!uito3 apoia-
bres deputados· que se encarregaram do dirigir dos ; mmto bem.) • ·
n propagonda abolicionist.,, nos apresentassem
já a sUhslituição de brnços, cu estou certo de E (linda outro (lc1):
que a lavoura aceitaria ~em grande reluclnncia, • Pois, senhores, os deveres d:~ cortezia não
si o governo a indemnisasse convcnientemontc, devem ser desempenhados por todo o homem
tal substituiçiio de brnç~s, depois de verificada polido ? I>ois quando uma associaÇlio respeitavel,
a sun efficacia ; mas uao é este o facto quo em que se contam os primeiros tnlentos da Frnn-
se dá. · . ca, se dirigiu :-~o cherc do Estado, não devia o
Assim eu declaro : eslnYa então c .~inda hoje seu ministro r csponsavcl, com toda a discrição o
estou no mesmo terreno ; quero a applicn(;ãO prudencia, responder a essa associac5o ? (Apoi a-
leal da lei de 28 fie Setembro de :187:1.. . dos.) Porventura a r esposta que dei" não tem to-
das essas condi!(ões? (Apoiados .) Não declarei
Màs, dizem os nobres deputado~, ns pbrascs terminantemente
dos varios discursos 8lio incomiasticas da :Jboli- dependin de tempoque a questão da abolição
ciio da esornvatur~. Kiío !la duvitla algunw; verno do paiz c· os eseus opportunidadó, sendo o go-
representantes os legí-
ellns têm sido 1ranscript:ls; mas eu vou mos- timos juizes dessas condições? (Mztftos apoia-
trar que meus discur:;os de~se tempo e no dis- dos ; muito bem .) • .
curso do Sr. conselheiro Zttcarias cstit mani-
feslnda a restricç5o qu:mlo ã IJTOpriodnde cs- . o Sn. lOA.QUIU SElll\A.:-Apoindo. Nessa occa-
c•·ava, que en11ío oxistia c que ainda hoje exist(', sii!o o Sr. Sayão Lob3to :~ccusnva a V. Ex. de
seria rcspeitnda. ceder á pre55llo cslr.mgeira ; donde se · vê que
Entre os \recltos do discurso "prol'llrido em esh accusaç.~o n"io é nova. .
1867, no dia 7 de Junl.Jo, pelo conselheiro Za- O Sn. :M.uTr~r Fr.ANcrsco :-Eu you considen•r
carias, 18-se o se~uinte (le}: esse topieo.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:22+ Pág ina 7 de 24
uma associação importnnte tinha-se dirigido ao suas reei amações e requisilorios não póde ficar
chefe -do f;stado, solicitando a sua c.ollabornção pr-eteri do.
para a abolição d:~ escravatura. A' c-arta dessa O Sn. PRESIDENTE :-Os tres primeiros qnar·
associação respondeu-se que a questão da aboli· tos de hora foram esgotados na urgencia c<m·
ç."io da escravntura era questão de tempo e de cedida ao nobre deputado por S. Paulo, e o
opportunidade e que a inlênção do governo regimento determina que a ordem do dia não
nessa occasião era fá de apl'esentar alguma seja prejudicada.
cousa nesse sentido. Que pressão podia exercer
sobre o governo brazileiro um~ associação par- O Sn. JOAQUIM SEnll.~ (pela ordem) observa que,
ticular~ Nenhuma absolutamente. Por canse· si effectivamente em reclamações e requerimentos
quencia respondeu-se a essa associação com ple· os·tres primeiros quartos de hor:1 tivessem si<U>
na liberdade; e si não fosse int1,1.ito do ~abinete de ocenpados, bem, o seu direito e o de alguns dai
3 de Agosto propôr alguma causa em relação á abo- seus collegas estaria prejudicado : mas isso Dão
lição da escravafl!lra, teria respondido-não, sem se deu. Em todo..o caso aguarda e acata qualquer
a menor dtiliculdade, e diria-nós não estamos 4ecisão do Sr:. presidente.
nes~as idéas e nl:o a& aceiLamos. Mas a intenção O Sn MoREIRA 'DE BARROS insiste em pedir a
do governo era de solicitDr do corpo legislativo (lalavra para uma explicação pessoaL
idéo.s iguaes á da lei de 28 de Setembro, e, por- O Sn. PnEsroENTE:-Si o nobre deputado quer
tanto, respondeu de conformidade ás suas in· pedir uma urgencia, concedo-lhe a palavra:
tenções. d'outra fórma não posso.-Demais, o nobre depu·
Senhores, eu espero que, lidos perante esta tado vai ter occasião de dar qualquer expli·
camara e publicados para conhecimento do paiz c:Jção que deseje apresentar á camara.
estes diversos trechos do discurso do chefe do
gabinete e dos discursos de um dos ministros, ORDEM DO DI!.
que era respon~avel pelas opiniões solidarias do
ministerio, esta insistencia em julgarem-me Entra em unica discussão . as emendas do
incoherente n1h será repetida mais nem nesta senado ao projecto n. !.57 concedendo um cre·
tribuna, nem na imprensa: porque, si o für, e dito de 5.000:000~ ao ministerio da marinha
isto não me magoara, sel-o-ha sem fundamento para o m:1terial da armada.
alQ"UUl. Eu quero hoje o que quiz quando fui O Sn. PRESIDENTE procede á leitura dos Srs.
mmistro do g-abinete de 3 de Agosto. Sustento deputados inscriptos.
que a libertação do ventre deve ser mantida e
q:ne o fuudo de emancipação deve ser applicado O Sr. Freitas Coutinho ( pe/4
a alforria dos escravos actuaes. Fóra da lei de ordem) reclama contra a declara~ão-do Sr. pre·
28 de Setembro não dou mais passo algum, sidente que annunciou achar-se inscripto para
porque a proprin applicnção de maiores fundos, o debate um Sr. deputado antes do credito ter
si os tiver~mos, me parece, seria acompanhar o sido posto em discussão.
pensamento da lei de 28 de Setembro. Entendo
que com aquella lei, em um prazo não muito O SR. PRESIDElo""TE :-Tendo diversos Srs. de-
apartado, a es·ravatura terá àesapparecido do putados pedido conjunctamente a palavra, o
Brazil sem I:J.niores sacrificios !?ara ::1 lavoura, nobre deputado pela Bnhia veiu logo á mesa
que adheriu ao que foi pela le1 determinado. inscrever-se. Essa inscripção não obriga a
Bastn que a observemos para quP- o problema cousa alguma, demais, V. Ex. sabe que, pelo
seja resolvido sem sacrificio do paiz e da sua re~imento, é o presidente quem determina a
prosperidade. (Muito bem; muito bem,} oraem da inscripção.
0 Sn. AIOREIRA DE BARROS :-Peço a palavra Prosegue·se na ordem do dia,
para uma explicação pessoal. O Sr. Za10a :-V. Ex. e a casa, Sr. pre-
O Sn. PRESIDE~TE :-Não posso dar o. palavra sidente, hão de fazer-me a justiça d8 reconhe·
ao nobre deputado, porque não está nada em cer que só occupo esta tribuna quando a ella
discussão. O nobre deputado por S. Paulo me impelle o meu. dever de deputado, e depu-
pediu-me urgencia; fallou sobre ella, concluiu tado libero!.
já além dos tres quartos de hora e portanto, Antes de entrar na materia em discussão,
não estando nada em discus~ão, não posso dar julgo necessario dizer .ao meil·-illustre eollega
a palavra ao nobre deputado. · por Maranhão que não reputo causa de pouca
O Sn. MoREIRA DE B.o~.nnos :-Peço a palavra importancin o modo por que cada deputado se
para uma explicação pessoaL . inscreve para o debate.
Jámais me inscrevo contra porque este on
O SR. PnEsiD~"\TE :-Si V. Ex. requer ur- aquelle deputado tenha pedido a palavra a fa·
gencia, bem ; do contrario, não lhe posso dar a ·vor, ou vice-versa; Inscrevo-me, segundo mi-
palavra. · nhas convicções, para combatar ou apoiar á ma-
teria que se discute ...
O Sn. MonEiltA DE RARnos :-Em todo o caso O SR. Jo.&.QUW. SElmA:·- E' o que todos nós
d~sejo autbenticnr que, si não respondo imme:
.:hatamente ao nobre deputado por S. P:mlo, é fazemos .
porque nao se me concede ~ palavra. O SR. Z..wA :- ••• e, pois, excita o meu re·
paro declarar S. Ex. que fallará a favor desde
O Sa. BELFORT DuARTE (pela ordem) observa que eu fnllo contra. Ignoro qne influencia póde
que1 tendo-se concedido a inversão da ordem ·ter sobre as opiniões do meu illtl.Stre amigo o
.do aia, o direito de cada deputad~ apresentaras meu modo de pronunciar-me sobre o assumpto;
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:22+ Pág ina 8 de 24
o que lhe posso asseverar é que, sem me preoc- entretanto, uma tenuissi:ma esperança, por
cupar da sua opinião, ou da de outro qualquer que hoje não se trata já das regalias e attri-
collega, inscrevi·me contra,porque entendi que buições das :issembléas provinciaes, mas sim
a isso me obrigavam os prinCipias que, em desta camara, cujas prerog~tivas temos o dever
toda a minlla vida, tenho defendido em nom~ de defender a todo o transe. B.es no$tra agitur.
do partido liberal. A nossa preponderancia na marcha dos negocias
Votei o credito de cinco mil contos, pedido poli ticos do Imperio provém, senhores, das
pelo honrado Sr. ministro da marinha parare· attribuições que nos são conferidas uo cup. 2.0
paro do material tluctuante da armada, sem o da Constituição do Imperio pelos arts. 36 e 37.
menor escrupulo, e até com prazer. Entendo, Si consentirmos que t~es attribuicões sejam in·
porém, que contra a emenda do senado a esse vadidas e usurpadas pela camara vilalicio, per-
credito não podem deixar de levantar· se todos gunto eu aos meus illustres collegas, aos nobres
os que zelam e prezam as prerog~tivns da ca- ministros : a que fica reduzido o ramo tem.
mara dos Srs. deputados. porario da representação nacional ? Não passa-
Tenho-me, Sr. presidente, conservado quasi remos de chanccllaria onde se registram os
sempre silencioso neste recinto, limitando·me netos do senado. ·
a prestar sincero e leal apoio aos g~binetes de Este papel não podem, não devem aceitar os
meu partido, afim de que elles realizem o grande irnmetliatos representantes do povo, sobretudo
desideratum nacional-a reforma eleiloral di· aquelles que foram eleitos em nome da~ idêas
recta-que, segundo a opinião g~ral, trará com- liberaes.
siao a regeneração do systema represent.~tivo A iniciativa privativa. sobre impostos e recru-
nõ Brazil ; mas como estou convencido que a tamento de um lado, e de outro a condição de
pureza e a perfeição deste systema de governo por aqui começar a discussão das propostas
não depende unicamente. de uma lei eleitoral, feitos pelo poder executivo, são sem duvida a
que proporcione ao·eieitor meios de manifestar origem c fonte (1,; nessa for~a no regimen. poli-
maü ou menos livremente a sua vontade, mas líco sob o qual vivemos. llluit:~s e repetidas
ainda de outr~s condiçõe~, que reputo esscn· vezes tem o senado usurpado altribuiçiles, que
cines, toda a vez que se pratica, ou se pretende só á camara competem, já applicando orça·
praticar qualquer acto que possa perturbar, ou mentos votados para um exercício a outro muito
falsear este systema; julgo um dever sahir das diverso, jã os prorogando, como em 1873 e i879.
sombras de minha obscuridad!l individual, para Este anno, porém, foi além, pois que impostos,
procurar impedir esse acto, e quando não o E[Ue nós não votamos, íot'am sujeitos á sua deli-
consiga, ao menos par~ protestar contra ellc, beração, e dentro em pouco terá sem dnvido. a
unico recurso dos fracos, como eu, neste pniz. IJOpulnção de pa~ar nlguns nestas condições. A
·Não ha muito tempo viu-me esto augusta cama- toleruncia c bonnomia da camara :mimou-o, e
ralevantar-rne neste mesmo Iugar p~ra impu~uur agora nos euxerta n'uma proposta de ciuco mil
uma emenda do senado ao orçamento da jus- contos de rrlis, para rep8ros do mnteri;ll fluctu-
tiça, a qual recusava os fundos votados por nós anle da ~rm3da, uma emenda applicando mais
para o preenchimento dos termos e comarc~s no· 4,000:000~ <JO armamento do exercito. ·
vamente creadas pelas assembléas legislativas (C?·uzam -se muitos arepetidos apa1·tes que intet'-
provinciaes, no legitimo uso das attribuiçües rmnpem o oraàor.)
gue lhe slío conferidas pelo Acto Addicional Peco a V. Ex_ demanter-meousodapaluvra.
a Constituiçõo do Imperio.
Tratava-se então das reg-nlios e franquezas O Sn. PnESIDE.,T.Il:-Atteu~ão t AttençiTo!
provinciaes, que o nosso partido, em todos os O Sn. FnEITAS Comrr."'w:-E' um ministerio,
tempos, tem promettido manter, zelar e res· que não respeita a caman ; faz della o que quer
peitar. Esta augusta cnmara, digo-o com certo o entande. ~
orgulho, partilhava em grande maioria as idéas O Srr. PnEsmENTE:-Peço M nobre deputado
que eu defendia ; mas a declaração do honrado q_ue não dê apartes des~a ordem, que siTo offen-
ministro da agricultura, feita. em nome do go- stvos quer ao governo, quer <i dignidaue da ca-
verno, de que este aceitava a emenda do sena~~ mara, de que faz parte.
por amor a conveuiencias do momento, que Ja
me não lembr3, posto que reputasse erronea e 0 Sn. ~iARTni FRANCISCO : -Estas palavras
má a doutrina da emenda, foi bastante para que não fazem mal a ninguem.
os meus esforcos fossem perdidos. Foram com O Srr. FREITAS Comri\"HO:-De certo; entre-
effeito sac:rificãdos os direitos das assernbleas tanto digo uma veràade que está na conscieucia
proviuciaes, porque, digam o que disserem, a publica.
approvação daquella emenda importa, sem a
meno:r duvid~, n revo~ação de facto do~ :L" do O Sn. !rl.A.RTDI FnAKcrsco: - São palavras
v~gas.
art. 10 do Acto Addic10naL
Como, porém, pertenço ao numero daquelles, O Srr- FREITAS CounNHO:-V. Ex- não pôde
que uma vez sectarios convencidos de uma. idéa ser juiz.
combatem por ella, qualquer que seja o resul- 0 Sn. ~lARTIM FRANCISCO:-Posso ser tav.to
tado de sens esforços, tomo hoje a defesa de quanto o nobre deputado. (Cruzam-se muitos e
uma cansa !lne julgo tão sagrada, como a que t·epetidos apartes ; o Sr. presidente reclama ·at-
defendi ho dws. tenção.)
Nada ha que desanime tanto a q~em falia
em uma assembléa politicn ·como o rece1o de que O Sn; ZA~IA.:-Senhorcs, esta questão não é
a causa, que se sustenta, será ,perdid3. Nutro, da ordem dnquellas que costumam exacerbar 03
Tomo Vl.-49.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:22+ Pág ina 9 de 24
~nimos nesta casa; é uma questão importani:is- por aqui, trazendo-nos o ministro da guerra a
simn, que deve ser discutida com a maior cal- sua proposto, como preceitua a nossa Consti-
__ mu (apoiaclos), não é uma questão entre a oppo- tituição, proposta n que daríamos todo o apoio
siç~o e o governo, entre a camara e os minis- . como temos dado a todas as outras que nos
tros. Niio será irritados que melhor interpreta- têm sido apresent~das. (.Apoiados.)
remos r-.s disposições constitucionues.(Apoiados.) Si assim tivessem procedido os nossos chefes,
SllStento de bou fG um:~ opinião, que nem eu, o mais obscuro dos soldados das fileiras li·
todos aceit~rão ; devo snppõr que, os que bernes, não estaria hoje nn tribuna fazendo a
não pensarem commigo, procedem com a reclamação que faço.
me~ma lealdade.Posso estar em erro, porque não O Sn. JEaoxnro SooRÉ:- E' contra n disci-
tenho a presump1:llo de ser infallivel ; mas plina. .
peço que n1io me interomp~m t~o _conti!lua-
!lnmente, porque todas as C<lnV!CÇoes smce- O Sn. CosTA •.UEYEDO : - Pelo contra.ríu.
ras são dignas de respeito. (Apoiad~s.) O Sn. ZAMA : -Não deve ser o meu illustro
N5o encDro a questiio como o nobre depu- amigo quem invoque a disciplina em mes
tado pelo Rio de Janeiro. Opposicionist8, S. cases. (Apoiados.)
Ex. em todas as occnsiões procura aggradir Todos nós sabemos qM V. Ex. não ti enthu-
o ministerio. Faço a rlevidn justiça aos mi- siasta delia, e que a infringe sem repuguancia,
nistros. O ministerio ue 28 de Março ainda desde que julga que é esse o seu dever.
n~o praticou, mm praticará, eu es11ero, 3ClO
algum de desrespeito ou desprezo pela cama- O SR. JERONnto Soon:E:- Ha muito tempo <le-
ra dos Srs. deputados. (tipoiar:Ws .) Nlio enxergo seja\'3 V· Ex. dizer-me isso. Disso-o; deve
na aceitação de~ta emend~ :~ intençiio que . estar satisfeito.
lhe quer :lttribuir o i!lustre opposicionista. O SR. ZA.MA:- Foi V. Ex. quem fali ou em
(Apoiado.) disciplina, o que me obrigou a responder-lhe
O partrdu liberal tem preceitos e regras, como respondi.
princípios e dogmas, que não podem jámais
ser s~cri!lcados ás conveniencias do momento.
o sR •JEIIO!\'Y~IO sODI\E· : __•,_s mm · has posrçoes
·-
Foi sem du~ido grande o meu qu:m- ~~e dâmd;s~c~~;ie~;~~~à~~ ~~cl~~c;l~.dc V.~-·
pez:tr
do ou'l"i o nol:Jre ministro du ngricultura,
condemnanclo ·como falsa e má a doutrina da O. SR. ZAJu.:-Ora, para que lia de dizer-me
emenda do senado ao orçamento da jo.stiço, isso V. Ex. quando nas minhas palavras não
declarar entretanto , em nome do governo, póde haver oífensa ~
que a aceitava, e pedir á cam:lra que n Para que faltar em posições definidas ? Nós
votasse. nos conhecemos tanto ...
O 3n. FnEil'As CoUTJNHÓ E oUTn.os Sns. DEPu- O Sn. JERONniO Sonn:E:- E' verdade.
TADos:-Apoi8do. o sn. ZAn:-... que não temos o direito de
O Sn. Z.uu.:-Si crronea e mâ era :t dou-] fazer um ao outro ::rccu~>ações de certa ordem.
trina do senado, a conclusão de S. Ex. devia Não posso ser accusado por ninguem de posi-
ser exactamente coutrnria da que tirou·. c?e~ dubia_?; e q_uando taes accusacões se me
o SR. Cosu AzBVEI>O E OUTROS SIIS. DEPVTA- diriJam, nu? sere! eu qUBJ?l responda. !lespon·
llOS: _ Apoiüdo dem por mtm tod~ a provtDCJa da Bahia, qne
· me tem sempre VIsto no mesmo posto.
O Sn. ZAMA:- Penalisa-me igualmente terr>m •.
0 _Sn.}J!l\ONY~oSooRE · ·
os ministros Jiberaes aceito uma emenda no se· da um aparte.
nado, que inva~e sem duvidn nl.gumas attri- O Sn . .ZAMA : - Tenho sempre marclwdo n•l
l.Juiçõe~ que s~o desta camara, attribuições im- mesmo terreno, desde que apparcci em politica,
portantissimas, que tão sagradas devem ser para e sempre convencido de que n ft•anqueza e a Ie-
nós, como as regalias e franquezas provinciaes. nldade pnra com os amigos e adversa rios é um
(Apoiados; aparteJ.) dever; aindn não senti a necessidade,nem com-
Sem duvidn nos é lisongeiro ver que n oppo- prebendi a !lonveniencia de proceder por modo
siçlio no senado dá provas de confianca aos mi· il.iverso, e por isso minha posição tem sido em
ni~t~os ~e noss~. partido. Não pr~tendo que o todos os te~pos a. mesm:r. __Demais, sou um
mtntstem os re]ettasse, mas os meios de acei- ponto perdtdo no espaço pol!ttco, tenho nelle
tal-as deviam ser outros. tão pouca importançia que não preciso mos-
O SR. FREITAS Courr:~mo :-Apoiado. E' uma trar:me, senão como realmente sou. ( Nãa
espe&ie de censura. apo~aqos ; aparte~. ) _ .
. ._ . Sr trvesse prev1sto que o meu illustre collega
.o SR~, ZAMA.- Eu nao censurú o nobre mt- se espinh3ria com a resposta que dei oo seu
S!S~tO <Hl guerr11:, p_orque, afinal de. CODtO?, aparlt', não lhe teria respondidO, porque não
. - x., que é a pnmetra espada do Braz~l, o mats estava na minha intenção molestai-o.
111uslre de nossos generaes, póde nao ter-se , . • .
d~do ao estudo de certas questões constitu- _O :SR. lEaonMo SooRE : - De1-o sem tnten·
CJOu~es, que para nós Sli'l de maxima impor- çaQ de offender o nobre deputado.
tancl3. Reparo, entretanto, que o nobre prcsi- O Sn. Z.ulA : -Nem me dou por offendido.
~ente do. conselbo, o honrado ministro da jus- Senti apenas que um amigo da infancia, em
· hça o os Illustres senaqore_s )iberaes, qne sempre um-.momento de mau humor, se lembrasse de
defende~m os bons prmerpros, se esquecessem accusar-me de tomar posições dubias quando
que podmm chegar ao mesmo fim, começando toda a minha vida lhe é conhecida.' os ho-
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 16:22· Página 10 ae 24
tem razão de ser, é Ietr.1 morta, e que é inteira- vernos de meu partido estas provas de confiança.
mente indift'erent!l que as propostas do goyerno A eamara viu que, sem dizer uma só palaYra,
comecem a ser discutidas nesta ou na outra votei o credito pedido pelo nobre ministro da
camara. marinha-
Além disso, Sr. presidente, si aceitarmos EntretantQ, não sou daquelles que vivem ap-
sem protestos, ao menos, o precedente que se prehensivo.s e receiosos de uma guerra com a
quer fandar, não o duvidem, amanhã veremos Repnblica Argentina.
enxertado em um credito do ministerio da Nações sensatas não se guerreiam senão por
n!ITicullara ou da fazenda um credito para o questões de honrn ou de alto interesse. E' tonto
ministerio do imperio ou de estr~ngei_ro_s, e t~ do interesse de nossos visinhos, quunto do nosso
remos n anarchia e a desordem na adnumstraçuo montei' a poz e esLreitar as nossas relações de
public.t. (Apoiados) ~á é m)li~o. que o senado ~e amizade com todos os povos da America.
tenha arrogado o dtre1to de mlCI:lr a prorogaçao Si entre os argentinos houve prevenções
de orçamentos. contra o Imperio, a lhaneza. e lealdade do nosso
Nem se dig:~ que as nossas attrilmíções não procedimento deve ter desvonecído tacs pre-
são invadidas, como se di;;se no senado, porque venções. A nossa alliança com aquelle povo,
fica-nos o direito de rejeitar a sua emenda. Tal durante os cinco annos da guerra do Parnguay,
argumento mda prova, porque prova de mais. foi m:lis do que sufficiente para demonstrar-lhe
Com semelhante fundamento chegnriamo:dncil- que o Brazil é um amigo, que os seus proprios
mente ú annullação de toda a iniciativa desLa interesses lhe aconselham de conserYar.
camara, e o capitulo 2. 0 da Constituição setor- Estou convencido que os armamentos da RP.·
naria, todo elle, uma completa inutilidade. Não publica Argentina não têm por objectivo o
nos devemos deixar arrasl<lr pela logica fatal Brazil; e si assim fosse, seria eu o primeiro a
dos factos consummados. Emquanto é tempo dizer ao governo que os meios pedidos são in-
demos ao nosso Pacto Fundamental a verdadeira sufficientes, e não podem conjurar os perigos
int erpretacão que pó de e deve ter. de que alguns nos suppõem ameaçados.
Já seria digno de reparo que o senado augmen- VoLarei de iguol modo qualquer proposta que
tasse para 9.000:000.~ a proposta de cinco mil. o honrado Sr. Visconde de l'clotus nos vcuha
seria digno de reparo, porque nenhuma des- apresentar em nom!l do governo, nem rega-
peza pôde ser autorizada sem que se decretem os tearei a quantia, qualquer que seja c!lu.
fundos correspondentes para ella; membro da Não posso, porém; votar a emenda do Sr.
commissü.o de orçamento, posso assegurar que Junqueira, porque viola manifesUJ.mente a Con· '
a receita ordinaria, por mais elevado que seja o stituição do lmperto, usurpa attribuições im·
seu calculo, não deixa sobras para cobrir taes po_!"tantes de que esta camara nlio 11ôde :~brir
despeza>. mao.
Assim, teria o senado de iniciar autorização Nü.o receie o illustre vencedor de Aquidaban
para emprestimos, e quem. autoriza empres1imos que uma camara. liberal lhe recuse os meios de
tem de cuidar dos meios para pagamento de tornar a sua gerencia da pasta da guen·a tão
juros e amortização, e o meio unico pelo qual brilhante, quanto é a sua vida militar. Ainda
se enchem as nrcas do thesouro publico é o não veiu a esta camara ministro algum, que não
imposto; o senado teria, pois, de iniciar impostos encontrasse n'ella o mais cordiol npoio. Porque
para fazer face ao seu acto. pois não se ha de chegar ao fim, que todos dese·
Senhores, ha em todas as cousas nm meio jam por meios, que contentem a todos, de modo
termo razoavel, que ninguem deve transpor. que ninguem tenha o direito de dizer que se
Qualquer que seja o direito de emendar, que pretende fazer n camnra passar por uma hu·
tenha o senado, é incontestavel que ha. abuso milllação?
desse direito na elevação de 5 pnra 9 mil contos, ALGuNs Sns. DEI?UTAoos:-Não ha humithacão.
e sobretudo quando a elevação é destinada a um O Sn. JEROl\IJIO SooRÉ:-Não se deixem hn·
fim da que se urro preoccupou esta camara.
Atargado por esta fórma o direito de emenda, milhar, si é humilhar-ão.
o result:ldo inevi!~v' el será o desarranjo, a per- O Sn.. ZA.'IA:-_Agradeço cordialmente ao no-
turbação de todo o mec:mismo politico ideado bre deputado o generoso conselho ; com certeza
pela Constituição. não me humilharei. ·
Si nno admitio que o direito de emenda chegue O Sn.. F REITAS COUT!Nl!o:-Muito bem.
ao ponto de quasi elevar ao dobro a verba para O Sn. VALLADAP..Es:-Ninguem se humilha.
uma e a mesma despeza, porque, como já disse,
O Sa. ZAM.A:-De certo nenhum deputado se
constrange a iniciativa sobre os impostos, muito humilha
menos possv 3dmittir que se altere, como se al- dece ás suas individualmente; cada um de nós obe-
terou, a proposta do governo approvada por esta convicções, e em nome das que
camara. Entendo ·que o procedimento do senado nutro, como liberal e amigo do ministerio,desejo
não se póde justificar, qualquer que seja a face que se mantenham os bons principias e as pre-
por que se o encare. (Apoiados ; apartes.) rogativas da can1ara temporaria.
Não pretendo de fórma alguma recusar ao O Sll. FREITAS CourrNilo:-. A oppo si~ilo Ji.
nobre ministro .da guerra meios de põr em bom beral, no tempo dos conservadores, combateu
pé o material do exercito. Comq}lanto seja por pela doutrina que o orador sustenta_ (Ha outros
mdole avesso a todas as despezas 1mproductivas, apaJ:tes.)
como são as que se fazem com exercites perma- o·sn. Z.Üu.:-Haveriaapenas demora de ai·
nentes, e que tanto retardam o progresso da hu- guns dias ·mnis, mas esta demora em nada pre-
·manidade, comtudo jámais recusarei aos go- judicaria :lS vista$ do governo. (Apoiados,)
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:22 - Pêgina 12 ae 24
";·•.:. .....
390 -·· ... -.f?~o e.:x:traor~~~~~~-- ?.- ~~- Dezembro de 1880.
que, affectando a dignidade do membro da re- clarações do nobre ministro da agricultura_Esse
presentação nacional, atrectam a dignidade desta voto tropunha, sob_ ~ena de f:llta de dignidade,
aug-usta c:~m:tra. um lugar na oppostçao. ·
N5o pude ter :1 pal:~vra no primeiro dia em Procurarei em primeiro Jogar referir-me á
que a solicitei, porque cs tres quartos da scssuo minha posição ante os meus eleitores.
tinham sido esgotndcs, hoje, V. Ex. vi o qae na O nobre deputado por Sergipe fallou na minha
i .• parte dn ordem do dia rue foi vedado usar circular, e com verdade disse que nes;e docu-
do meu direito, es!sndo eu, ali ás, inseri pto. mento eu não hnvia declarado ao eleitorado da
Na di~cussão destas emendas do senado, que, minha província que era sectario, como sou,
por encerrar em si ma teria de confiança politica, da em~.mcipacão,. e que de quulqu~t· modo tra-
dá maior latitude ao debate da comara, pro- taria della no parlamento.
curti immeditnmentt> ser contemplado entre os. E' verdade que nada disse em minha cir-
que usassem da palavrn Jogo, receioso de que, cular, a qual consta de poucas palavras, sobre
peln necessidade que tem o };Ovcrno do credito este a~u mpt o-; mas disse uo eleitorado de minha
em dlscus5iio, o debate não se prolonaassc, nobre província que, si em ~lguma conta pu-
dando opportunidade 3 varias oradores. ~ dess~m ser tidos os serviços que :~ hem do
Dahi a insistencia por minha parte na ma· partrdo ha i~ annos presl~va , eu solicitava um
neira de ser inscripto; por isso quo, com Jogar na represenmçilo naCional.
rererenc.ía ao assumpto tenho de sobra meu No\'o, sem outros serviços (t:ão apoiaáos), a
juizo formado e dispensava bcllamcnte a li- não serem aquelles que linha na imprensa
cão que me qniz dar o nobre deputado pela liberal ...
Bahia, lição que nem recebo e nem ngradeço, MARCOLrNo MounA :-E com muiíadistincção.
porque sei mo bem como S. Ex. considerar a O Sn. JoAQUm SElillA:- •. . eu não podia
gravidade dos debat'lS. O nobre deputado perde
commígo o ~eu tempo ; .;ci perfe:tamen te o que apontar no eleitorado da min!1a província
tenllo a dizer sobre as emendas e de que modo ~enão esses tituJog. . • Quaes eram, pois, os
hei de vo tar.O des~jo de tomat· a palavra !o:;ro era meus serviços? A Retimna.
porque, achando-se em queslão a minha digni- Sr. presidente, tendo de me referi!· ü.Re{orm.a,
dade, era essa uma questão urgente para mim. onde o nobre deput~do por Sergipe occupou tão
Não discuto o credito. Estou convencido, e distinclo papel (apoiados), l!u creio que os meus
com algum fundamanto, de que não se trata de eleitores nffo lcr<lDl com sorpr<:za quanto tenho
burlar uma iniciativa da camara dos Srs. de- aqui dito sobre n abolição, por isso que foi essa
putados, e, fazendo ogoverno questão desta me- uma questão culminante no orgão de Itosso par·
dida, voto com elle como até agora tenho feilo. tido.
.Todavi_a como este ~eu voto haja dado lugar Lembro-me com orgulho que, estando au·
a unpertmentes allusoes nesta tribuna · e como sente desta oôrte no mesmo anno da fundação
estas allusões ainda. hoje mesmo fossém repe- da Reforma, fui chamndu, a convite do honrado
tidns, occuparei a auencão d:! camara por al,uns Sr. senador Oct:J.viano, por intermedio do ge-
minutos, embora não ·deseje tom:~ r tempo"com renle da folb~, para comparticipar dos trabalhos
questões conc~rnenles â minha pessoa. na re da~ão do orgão democratico.
Senbores,fot com sorpreza e magua que vi for- . .u~ feliz ace3so fez com que no dia, que
mul;~d~ éon~ra mim a aCGnsação que pretendo truciava os meus trabalhos. na Refwma, um d.is·
desLnur por uma voz que não devi:~ suspeitar de tincto liberal, que nós nunca teremos pran-
meus bnos no assnmp\o em questão. teado assaz, exhibia com a sua assignatura
Doeu-me ver essa inftmdada censura partir de esle ~rUgo edito~ial (mostra), qne parecia ser
um l~gar d~nde eu suppunha que ella jámajs o roterro pn a gu1ar os meus passos na senda
glorio~a da demo~racia.
poderta pari! r .•. . Refir~ -me ao Sr. Tavares Bastos, e peço li-
O Sn. Pa.>.Do PL,IENTEL:-V. Ex.. salie que eu cença a camara para ler alguns trechos do
sempre fui seu amigo e não podia querer olfen- artigo onde se vê de que modo é affirmada a
dcl-o. qué'stuo. da emancipação, c de. que modo era
O Sn. JO.\QUm SE!Ill :-V. Ex. é meu amigo, ei!a tra tad:1 no dia em q11e eu ·me estrciava na
r~dar.ção da Reforma.
h": lO annos hon.r~-me E:om a sua estima e inti-
mrdade, e deve pots .conhecer o meu caracter ••. O Sn. Cosu AzEVEDo:-E' bom transcrever
no seu discurso o artigo que honra esse dis·
OSa. PRAnn PIME..l\TEL:-Sem duvida_ tincto caracter. .
O~R•• _JoAQUI."\1 SrnRA:-• •• para attestar a im- O Sa. JoAQUIM SEnRÀ:-Sím, Sr., hei do tran·
J!OSSlb!ltdade do.praliear eu os dous graves de- screver .
llctos de que íu1 por V. El'. accusado. O_ministerio de i 6 de Julho, Sr. presidente,
O SR. P.::u:oo PtliE:.)TEL:-Apoiado. ha~ta r eluctado com a corô~, e deixara de in-
clUir na f:~!la do throno qualquer menção com
O Sa. JoA.Quw: SE!U!.A:- O nobre deputado referencia ao elemcnt:.J servil.
e::tranllou nad~ men.os do que a minha lealdade Depois dos dêbntes luminosos no conselho de
par~ oom os ~le1tores que me enviaram á esta casa estado, na imprensa e no parlamenlo; depDis
na Ignoranci!l de que eu Tiessc a"'it:lr a questiio desta idéa ter sido lançada ·na téla parlamentar
do elemento servil; e esLranllou tolnbem a minha pelo partido liberal, o orgão desse partido jo.lgou
pr~n~ nas votações da maioria depois do voto CX>nveniente reclam:~r contra n lacun:~, assigna-
que, com iS Srs. deputados, dei pel:t urgencia lando a capitnlação do chefe do gabinete con-
do Sr. depu.tado Joaquim .l';abuoo apezar das de- servador.
c!mara aos DepLiaOos - lm"esso em 2710112015 16:22· Página 14 ae 24
Foi por isso que, depois de algumas considera- festa, onde vem exarado" esteperioào que tambem
ções histcricas, <lisse o honrado Sr. Tavares honra ao centro liberal:
Bastos (lê) : · • A ema.nCipação dos escravos não tem intima
• O governo interrompeu o movimento das relação com o objec to principal do programma
idéas no sentido abolicionista : o governo im- limitado a uma certa ordem de abusos; é, porém,
perial retrocede. uma grande questão da actualidnde, uma e:t·
• Retrocede diante da Europa, onde mnitos igencin imperiosa e urgente de civili;;ação desde
homens eminente>, depois da correspond~ncia que todos os estados ab)liram a escravidão, e o
trocada entre o ncsso ministro de estrangeiros Brazll é o unico !)aiz cbristão que a mantem,
e a sociedade abolicionista !rauceza, llgunrda- sendo que na Hespanha esta questão é uma
vamo desem{lenbo de um nobre compromisso questão de dias .
tomado diante do mundo. • Certo é um dever inherente ã missão do
• "Retrocede quando nos Estados-Unidos fe- partido libtlrnl c uma grande gloria p3ra elle a
chou-se para sempre o funesto periodo da hi;;- reivindicação da liberdnde de tantos milhares de
tori:t da oppres;;iio de uma roça pelo triumpll.o homens, que vivem na oppressão e na lmmi-
do prineiJ!io da igualdade àns raç~s. da frater- lhação. • .
nidade human~~. Senhores, fc.i sempre esta a bandeira <lo par-
• Retrocedo quando a Hespanba, que p.:recia tido liberal.
ficar isolada, acaba, libert.lndo-se àos Bourbons, Quando se tratou da emancipação do ventre
de compromettcr-se a :.~bolit· a csera;idãn de da mulltcr eserova, nós consideramos essa me-
"Cuba dentro de brevíssimo prozo. dida como o primeiro passo para o grande deside-
' Retrocede quando, ao revogar o bilt Aber· rat-um ria abolição completa do captiveiro.
deen, a In~laterra ainda receia que a existencin Demos ao mtnislerio pre~ididCI pelo grnnde
da escroviaõo no Braúl poss<~ de novo excitar o cidadão, o Visconde do Rio Brnnco, o maiCir
trafico àe negros. apoio quando elle tratou dostn medido ...
• Certo, nessa interrupção de idéas, ou antes
nesse allivo reputlio das doutrinas humanito- O Sr: PnA.no PtMENT.&L :-.Apoiado.
rias não ê o ministcrio que fie.'\ em peior si- O S!'.. JOAQunt SEIUI.á. :- ••. sem excluir a
tuação. maior opposição aos demais actos da sua admi.
• Diante do mundo, ex_Piou-se hontem a pena nistração.
do desacerto r:ommettido a i6 de lunho,qnando, o SR. PnAno PL'liENTEL E OllTIIOS SENHORES:-
em nome da prt>rogativa real, restaurou-se no Apoiado.
poder a escola retrograda dos conservadores.
• A$ falias do throno de !867 e i868, a carta O Sn. JOAQUIM SERRA :-E quando dias depois
dirigida á sociedade abolicionista franceztl, os de S. Ex. ter arrancado desta camara para levar
· deeretós, que emanciparam escravos da nação ao senado o projecto, que foi convertido em lei,
para servirem D3 trnerra, os titulos de conde· a Re(ol"ffW. publicou um artig-o, men: (para o
corações distriliuidos pela alforria de escravos Sr . Prado Pimentel) ou de V. Ex., em que se
com o mesmo destino, todo o trabalho secreto saudav:~ esse nobre commcttimcnto,niio como um
do conselho de estado, coincidindo com esses termo da jornada mas como um primeiro pnsso
actos publicas, acabam de ser virtualmente au· no grande caminho da emancipação.
nnllados on condemnados jlelo silencio da falla Peço licença á camara para lei' esse artigo.
guc o imperador leu hontem perante a assem· D Sn. MARcoLtrNo MouRA :- De quem é o
l>léa geral. artigo ?
•Damos o parabem aos retrogrados, que ainda
muito esperam da civilisa~ão que nos -veio da ·
o Sa · JOAQUIM SERB.A :-Não sei.
Cosla d'A!rica . O Sa. P.Moo PrMENrEL :-E' de nós todos
• Damos o parabem aos ministros que logra· porque eramos solidarios.
ram conferir honras de príncipe ao general que o SR. JOAQUU! SEBRA (lê):
deixára ob exerciLto emd abandono, c pud~rar , A lo~ica úos interessados tem certas regras
apagar so re a ca eça a raça escrava 0 50 a in.tlexivetS, que nem sempre se condunam com
1iberdade,que lhes sorria. · · · · " d t h m
f Ao paiz, porém, damos pezames: cubra-se os prmc1p10s m:us no..,res .a na ur:eza u .ana .
. elle de lucto ; está perdida toda a esperança. A questão dCI elemento sernl, constd~rada a l~z
Mas acautele-se 0 povo: em !SlíO 05 conser; 8• dos interesses, póde soifrer e tem sotrndo os ma1s
dores reprimiram 0 trafico quando os canhõ~s disparatados desenvolvimentos; vista. porém ã
inglezes violavam o territorio e a soberanta luz da jusliça, ella não apresenta mais do que
d uma face, e uma ordem de idéas magestosa em
nacional ; só então quebraram os conserva ores sua inquebrantnvel uniformidade.=E' qne se·
os laços que os prendiam .aos chef~ _do con~ra- melbante questão, atrectando directame~te o
bando . .Dessa vergonha tiremos l•çao ; veJa o attributo mais elevado do homem-a hber-·
povo que no mundo civilisado só ha um go· dade-, não póde ser mediàn pela mesma bi-
verno escravagista. : é !l actua! governo do tól a em que .são aforidos os interes~es tra)l·
Brazil. • · sitorios da soctedade. O grande coraçao naClO·
Este artigo occupava a columna de honra da nal palpita enthusiasmado,considerando que em .
Re{or'llliJ. · era a Jlalavra de ordem para o novel proximo futuro seria extincta a mancha, que de·
combatente na 1mprensa do partido liberal. prime D nosso ~!~c ter e que nos humilha. dian-
Em senuida a esse edilOrial reprodnzia-se,COID:O te das nações cmhsadas. Perante as mantfesl n·
por multotempo reproduziu-se, o nosso Mant- ções estrondosas, que de toda parte surgirão,
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:22 - Pêgina 15 ae 24
Ex .• o Sr. ministro da agricultura, pela conces· O Sa. PRESIDENTE :-Si V. Ex. sabe o.que
são dessa urgencia ..• diz o regimento, sabe taniliem que está fóra.da
O SR. Fcm~.\s CoUTJJ:\1lo:- Apoiado. ordem.
O Sn. JoAQUIM SEaaA.:-. .• estando disposto, · · O SR. JoA.Qtrnl SEnaA. :-Perdôe-me V. Ex ;
qualquer que fosse o pedido, qualquer que fosse não estou. fóra da ordem.
a maneira de reconsiderarem o caso, a não des- O S:a. PRtsiDEi'ITE :-Está fórn. da ordem. Nas
mentir o mell voto da vespera; e ami~o do go· emendas do senado não se diseul.e política geral:
verno, como sou, porque não aceito Intimação isso tem logar; por estylos dn casa, (jllAndn se
de quem quer que seja para ir para a opposição discute o art. ~-o do projecto de fixação de
(apoiados), porquanto estou aqui porque quero forças de mar e terra e o orçamento do minis·
estar ... terio do imperio.
o Sn. FlllmAs CoUTINHo: -Faz.muito- bem, O nobre deputado, portanto, me fará o favor
mas sempre sinto que não venha para cá. de tomar isto em consideração e resumir o mais
O S:a.loAQUIIIl Sruuu:-•.. dei o meu voto á rapidamente pos&ivel o.s s'llas explicações.
urgencia a_ssim como já havia dado o -anno pas- O Sn. JoAQUIM SERRA:-Eu vou resumir o
sado o meu voto na questão dos aca\holicos, em mais que puder; mas V. Ex. deyia-me ter logo,
votação nominal, quando o gabinete de 5 de advertido, quando eu no principio do discurso
Jaue1ro não l)ueria a p:J.ssagem da emenda do deelarei que não diria muitas palavras sobre o
Sr. Silveira Martins. · credito. ·
Tendo o ministerio de 5 de laneiro consi· O Sn. PnMIDENTE: -Eu não ouvi isso. Si
derado este assumpto uma questão tão grave ·tivesse ouvido, diria logo ao nobre deputado
que motivou a retirada de dou~ de seus que não lh'o podia permittir. O que está em
membros; era evidente que desejaria ter por si discussão é a emendtl do senado.
o voto de todos os amigos.
O Sn. 10AQUUI SERJu:-0 que ~lá en1 dis-
Eu. apoiei o · ministerio de 5 de Janeiro com cussão é uma emenda, que se annunciou nindn
lealdade, mas neste ponto votei como votou ha pouco, como podendo produzir questão de
o nobre ministro da agricultura. confiança ; e · eu, que tenho de votar com o go.
E aproveito a occasião para, r eferindo-me á verno, mau graào as insinuações que se di.
injusta org1li.ção que o nobre deputado por rigem, devo explicar a razão por que o faço.
Sergipe fez. ao seu collega de deputação .•. Eu não dou valor e nem me . importo com as
O Sa. Puoo PIIIIENTEL :-Não foi arguição. emendas do senado.
O Sa. JoAQtJUl SEaRA :- • •• dizer que S. Ex. O Sn. PnESIDENTE :-Si o nobre deputado não
o:Sr mio.istro da agricultura, quando eommigo se importa com as emendas do senado, não póde
divergiu do gabinete de 5 de Janeiro na vo· fallar.
tação nominal sobre os acatbolicos, era membro OSn. JoAQUt.l! S.&RIU:- Eu es tou fttllnndo
muito importante da maioria, relator da com· sobre o credito.
missãp de orçamento, e sustent:tculo valente dD O Sn. PnEsiDEl\"l'E :-O nobre deputado nflo
gabinete nesta c:l.Sa.
Continuou a apoiai-o e não julgou uecessario está fallando sobre o eredilo, até porque acaba
de dizer qne logo no principio do seu discurso
pedir a sua exoneração de um cargo de tanta o.nnunciou que não fallaria sobre o credito.
confi:uu;a, como era esse de membro relator da
eommissão de orçamento. O Su. lOA.Qtml SBIIRA. : - O nobre depntado
pela
O Sn. CosTA A2EVEoo:- E' poq11e o gover· prerogativas :anhia referiu -se a todas as questões de
; discutiu factos do orçamento do
no precisava mui to delle. anno passado, e V. Ex. não o impediu de fallar.
O Sa. PIIESIIlENTE : - Peço ao orador que O SR. Pru:siDEl\'TE: -Essas questões todas
resu-injn as suas observaçws. referiam-se ao credito.
O Sa. JoAQUIM SEIUU :-Perdoe-me Y. Ex. ; O SR. !O.A.QUI~I SERRA : ...:... O nobre deputado
trata·se de um credito M governo e eu posso por S. Paulo annunciou que a seu discurso era
dar cslaS explicações. uma explicação ao que se bavia dito na primeira
O SR. PRz:.:sroENTE :-V. J.~x:. esl.i inteiramente pai·te da ordem do dia.
enganado ; os credites do governo não permit- O Sn. PREsiDEI<"TE : - Si o nobre deputado
tem essa dis~ussão. · por S. Paulo quizer apartar-se da discru;são
O Sn. JoA.QUtl\1 SEI!RA. : -E' uwa quest~o sobre o credito, eu niín lh'o consentirei.
muito grave •.. O Sa. JoAQOIH SKRRA : - Estamos a perder
. . o Sa. FREITAS Coü'ill'UIO dá um ~parte. um tempo precioso. Eu ia já terminar quando
O Sa. PRESIDENTE :-0 nobre deputado está v. Ex. nesta me interrompeu. Creio .que ha duns
compl&tamente énganado : eu não disse isso, justiças casa, e oresultndo é esw.irritação,
nem posso ·:~nnnnciar maior latitude do que que nos obriga a ficar na tribuna vozeando sem
aquella que está consignada no regimento, que proposito. ··
vou ler. O Sa. Pl>.ESillEt..,.E : - Quem é que está vo-
o Sa. JoAQom SEI\BA :-V. Ex. perde o seu zeando~ ·
tempo em ler, porque eu sei muito bem o que O Stt. Jo.A.QUI?J SEnu :-Refiro-me . •. a mim .
diz o artigo do regimento. mesmo.
Temo VI.- so.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:22+ Pág ina 17 de 24
O Sn. Pl!EsmENTE : - Como o nobre depu- uma aspiração que é democratica ém toda parte
tado insistia que estava na ordem do dia, eu fui do mundo.
obrigado a mostrar-lhe que não estava. _Em Nós sabemos como o partido liberal su-
conclusão peço-lhe que resuma suas expltca- biu. Dizia-se por todo o paiz que o partido
ções. _ conservador, recuzando-se a realizar a reforma
O Sa. JoAQUIM SERRA:- Pois eu resumo-as servil, o Imperador havia chamado o partido
por este modo: Digo que este credito que vem liberal para fazêl-a.
do senado, motiva uma questão de confianç~, F'oi preciso que o presidente do senado e o
determina a gualificação de deputados oppost- ex-presidente aacamara dos deputados viessem
cionistas e mmisteriaes. Tendo elle de receber o relatar a conferencia havida em S. Christovão.
meu voto, como amigo que sou do governo, pre- Dizia-se que essa era a missão do partido
ciso fazer calarem-se aque!Jcs que repetem as in· liberal. Desmentiu-se oftlcíalmente a versão,
sinuações, que por mais de uma vez me têm si~o mas o f~cto do desment~do importa a existencia
fdtns, e ainila hoje nesta tribuna, de que nao de uma opinião em c6útrario.
podem votar com o ministerio os deputados que Loi"O o espírito publico agitou-se, logo o par-
'I"Ot:íra.m pela ~geneia, aqui levantada ~ alturp. lido iberal não está tomado de surpreza em
de uma questao de confiança. E contmuare1, frente dessa agitação.
dizendo : o nobre ministro, relator que foi do Sr. presidente, eu vou satisfazer a V. Ex.
orçamento o anno passado, votou contra o go- sentando-me. Não vim fazer propaganda nesta
verno em uma questão importante; o mesmo fez o casa, nem quero fazel-a. Os nobres deputados
actual ministro da marinha, então amigo dedica- que nos accusam de propagandist~s, que cha-
do do gabinete Sinirnbú. E eu pergunto a V. Ex. mam-nos de declamadores, porque nada pro-
o que é que significaria o vencimento daquella pomos, dão entretanto uma prova negativa de
idéa dos acatholicos. si-porventura, como disse suas vistas de homens praticos. O que dizem
o nobre deputado pot· $ergipe, .a camara-nrso elles nessa contra-propaganda que não seja
tivesse lambido de tal modo o gabinete de o de tambem declamação? .
Janeiro que a emenda dos acatholicos passasse Acrescentarei, porém, que a reforma eleitoral
por grande maioria de votos? D'aria em resul- que se estã. discutindo agora,nlinca foi discutida
tado a chamada dos ministros demissionarios, em suas menores bases, em seus minimos por-
porque esses é qu!l estlinm com o pensamento menores pelo partido liberal qWlndo a agitou.
da camara. Isso seria uma questão tão grave, O partido liberal falava desta questão em globo,
que não reputo mais- grave aquella que venti- em solido, para impol-a aos seus chefes, afim
Iou·se este anno nesta casa. Pois, muito bem, o destes a resolverem como estadistas. Quando na
nobre ministro da ~gricultura quando votou camara, na imprensa, ou em conferencias tra-
comi~o pela emenda dos acatholicos não dei- tava alguem de discutir pormenores, dizia-se
xou ae ser amigo do o-abinete de 5 de Janeiro; que puzessemos de lado os detalhes, que
continuou a prestar-ib.e releotantissimos servi- não nos dividissemos previamente sahindo do
ços como membro qae foi da commissão de or- vago- e indeterminado. A agitação,a propaganda
camento. fez-se por assim dizer abstractamente,e quando
· Portanto, permittam-me os ncbres deputados a corôa chamou o partido liberal para reã:Iizar a
que lhes diga: que quando SS. EEx. pergun- eleição directa ignorava completamente o modo
tnm·nos si estamos de conformidade com o como esse partido a queria.
nosso eleitorado, tomam uma procuração que
não lhes Yi o governo pos$~r. Pois bem, a agitação abolicionista não é outra
cousa mais do que nma chamada incessante da
Não se dirigem ao . eleitorado, assiga.alam attenção dos chefes para este problema momen-
nossos nomes :ts :~!tas justiças policiaes. Isso é toso, atim de que elles como estadistas o estu-
umaexhorbítancia,e ogoverno não encarrilgou-os dem e resolvam.
de açular elementos o.IJieiaes contra abolicionis-
tas. E' um appello ao areabuzamento de candida- Declamem na contra-propagandft os que nada
turas, e ape!lo sem garantia do governo. Nin- querem ; elles só acham para oppôr a o que cha-
~uem os encarregou de dar-nos passaportes. mam o sentimentalismo as estafadas formulas
1~ão conseguiram que fossem dados os do mi- de que trata-se de uma grande questão, muito
nistro americano ; fizeram escaramucas contra complicada, cheia d..e perigos e ameaças funestas.
parte do ministerio, e quízeram dar "passapor- Uma serie de exclamações sem nada de posi-
tes a al~uns ministros, como abolicionistas , tivo. Quaes são as vossas idéas !
agora dirigem-se <J nós que não os queremos
re~eber, porque seremos da maioria emquan.to Como nos responde? oppondo-se simples-
qmzermo.s e emquanto entendermos que o go- mente com palavras e so palavras YE' po r
.verno va1 bem. nas outras questões que inte- isso que eu, não tomando o papel de agitador,
ressam ao partida liberal c ao paiz. contenho-me no de libera adiantado, que
Era isto simplesmente o que eu queria dizer
quer ver resolvidas as grandes questões sociaes.
E por isso que venho nesta tribuna afilrmar
a~s Df~bre~ deputados. Neste assumpto de eman- mais uma vez que, mostrando-me abolicionista,
C!paçao n!llguem w.m direito de saber si pen!a não me apartei do prof$tamma do partido libe-
c~m ~ elettorado aquelle que diz sim, ou o qn.e ral. E sou ministerialista, porque vejo no ga-
d1z nao. binete liberaes da melhor tempera, capazes de
, A questão _não foi agitada em plebiscito • levar a bom porto esta e mwtas outras ques-
E uma questao 9)le estã no nosso programma tões que são theses do nosso programma. (Apoia-
e os deputados hberaes têm o dever de acata; dos ; muito bem.)
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16:22- Página tB de 24
U., SB.. DEPUT.u>O : -Estó explic.ando a sua meira,_pouco d.irei; . apenas lamenta~ei que a~é
•• I! hoje nao esteja ~ inda o nosso e:tercJto orgaru-
posição perante os seus co egas. zado por modo tni que, si fôr necessario, em·
o SR. PREsiDENTE : -E' o qne não póde fazer curto tempo possa adqu!rir um gráu ~e força
nesta discussão. snfficiente afim de oppor prompta e msupe-
0 sn. MomnRA DE BARB.os :·- Neste caso de- r~vel bar~eira aos nossos vizinhos, quando-
sisto da Jl3lavra. (Sentu-se.) queiram provocar-nos a uma guerra. .
E na verdade, sen.do o nosso exercito diminu-
O Sa. PliEsroBNTE :-Agradeço a V . Ex. 0 res- tissimo em nnmero, era preciso que ~e achasse
peito que mostra ao regiment~. (Pausa. ) Tem montado de tal modo que em um momento·
~ palavra o Sr. Jeronymo Jardlm. dado pudesse ampliar-se o seu qnadro eft'ectivo,
o SR. JoAQOJll SER'RA:- Votos, votos: Depois pelo meuo!> até o limite que na lei de orçamento
doque acaba de suceeder, quem querera.falln.r ~ se prevenira, sem·que pa.ra Isso foss~ m~ster re-
0 sn. PnESID:ENTE : - Attenção, attenção ! correr-se n qualquer me•o extraordutarJO.
Ora e.u vejo que nas circumstancias acluaes,
O Sr Jeronymo Jardim : - S~ · Isso não se poderia conseguir sem alguma dif-
presidente, não trilharei o caminho que segu1- ficuldade, porque não temos uma reserva onde
ram os honrados deputados que me precederam possamos ir buscar o contingente preciso para
nesta discussão; não costumo tomar parte nas o augmento do nosso exercito.-
questões politicas qu~ se levantam n~sta. casa, e A lei da conscripção militor, é certo, previu
o meu fim tomando a palavra, fo1 stmples- isto· mas essa lei não está em execução. Até·
mente :rprÓveitar o ensejo que ma offe!e~ ~ boje' tem -se procurado completar o nosso M:er-
d1scussffo da emenda do senadi!, ora SUJelta a cíto pela ndmissão de volunturios, que nas
nos~a apreciac'iio, pDra olferecer a camara, e e;- circumstancias de }laz, em que nos achnmos,
lJecialmenta ao nobre mmtslro da guerra, algu- poderão bastar ; não bastarão, porém, na even-
mas considerações concernentes aos melhora- tualidade de uma guerra estrangeil'll. .
mentos do exercito, começando por declarar que Dado 0 caso, comprehende-se IJer!eitamente
• emenda do senado vciu satisfazer uma neces- que esse meio serin insuf!iciente, e ~ gue!r~ ~o
. ~idade urgente c que por isso nfio devia ter sido· Parnguoy devi:l. ter· nos _S!do, mas nao fOI hçao
r~'jeitada pelo governo . proveitosa a esse reSlleito . ·
·Considerando a questão debaixo do pon~ de Em . uma emergencia qualquer poderíamos
Yistu da utilidade, o que entendo dever exammnr recorrer como já aconteceu por occasifio dess~
& o modo pelo qual ~eve ser applicado eom.-e· guerra á que acnbo de referir-me, 'l)ara. nu-
nientemente este credtto votado pelo senado. As "'menta r a força do exercito a organiznção de
minhas consideraçõe,' a isso se limitarão.. batalbües do volunl.:lrios; m:~S esses baW.lhões
Q'l.e o credito vem satisf~zer uma necess•dade nunca 'POderão ser considerados nas condíções
ur~'~"ente, creio que está na convicçlio fle tnd_os, de uma forca de linha, habituada aos :1rduos
porque, si não ha, como g-e~olmente se acred1ta, deveres da vida militar . .
uma nuvem negra no homonte, ameaçando a Não se forma hoje, eomo em tempo algum
segurança do pai~, nem por isso pbdemos consi- se forDJou, um soldado da noi~e pora o ~ia
derar-nos em circumstancins taes que devamos (apoiad~•); o . soldado t~m necess1dad~ ,.de tn-
abnndonar t1 occasião, que se offercec de collocnr mucçiío prat1ca, que nao póde a dq~1~ 1r-. em
o nosso IJCqueno c:tcrcito em estado de, dnda dias nem mesmo em mezes de exerctclO ; tem
qualquer emergencia, poder oppor uma bnrrcira necessidade de adquirir o hnbito da disciplino,
ao estrangeiro ousado que se lembrar de olfen- sem o quel será in.capa:& de prestar os serviços
der· nossa dignidade. que delle se exigem na guerra.
Que o nos~o exercito c:~recc de melltort'lmen- A prova disto nós tivemos na guerra do
tos tambem é incontestavel. . . . Paraguay . Qual o motivo por que essa guerra
V. Ex. sabe, Sr. presidente, qo.a~to a sctencia foi tão prolon"ada 't A que se póde attribuir o
d:>. guerra tem marchado nestes ulttm~s te}upos, f:~eto de terenr sido tão extraordinnr ios os sa-
e Ql).e grandes n~:clh~ramentos ~êm std~ u1:lro- crificios ~ne tivemos a supportar, j ã e!ll vidas,
àuztdos na ~rgamza~ao dos exermtos, prtnc1pal- jâ em dmheiro, senão á crrcumstanc!a .de ser
mente depo1s dn guerra · da Allemnnba com a j 0 nosso exercito composto de voluntanos, na
Frapça. . _ . . . verdade cheios de enthusiasmp e de amor _â
.il<anter o nosso exerctto, nao d1re1 no mesmo patria, e ambiciosos de glona, mas que nao
pe que os grandes exer911os europ~us, mas de possuíam ns indispsnsaveis condições do verda-
modo. a achar-se em c1rcumsta)lCI~s de lutar aeiro soldado. ·
T:lDtaJosnmente Cl)m outro exerc1to tgnalmente Posso asseverar a v. Ex., como testemunha
numeroso e .mont.a~o pel~ systema m~~erno, é ocular, que foi daquella memoravel campanha,
um<;t necesstdade !ndechn:1vel que, Ja des.de que não foi outra a razão por g:ue aquella guer ra
muitO tempo, devtamos ter procurado sat1s- roi tão demorada e porguc h vemos a lamentar
fazer. tantas perdas de 'Vidas, enio numero talvez não
Bem, portnnt.o, fez o honrado ministro da fosse inferior a iOO,OOO.
guerra aceitando n emenda do senado que con- Elltendo, pórtanto, dever chamar muito espe-
signa rima quanti:~, em verdade pequena, pnra cialm~nte a nttençãodo nobre ministro da guerra
~a.tisfazer este fim. para es.te ponto: é. necessario que pensemos
Duas CJUestões se oíferecem a considerar em nos meiOs de. orgnmzar uma. res~rvn, com a
rela!)ão a reorganização do exercito: a questão Q.Illll possamos contar n:l orgnwz31çao dos corpos
do pessoal e a do material. Em relação á pri- do exercito, dada uma. emergencta. Talvez fosse
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 16:22 ~ Página 20 00 24
mesmo conveniente que experimentassemos o foram talvez snspensos e por falta de verba no
que já é lei do Estado, a conscripção, que não orçamento. . · .
sei por que até hoje não se tratou de pôr em exe- Empregando-se os officiaes scientificos nesse
cução ; nio sei si ha algum motivo para isso ; serviço, tiraríamos dnas utilidades: obteríamos
mas eom a execução dessa lei ficaria, pelo me- esse elemento indispensavel de campanha, uma
nos, satisfeita esta urgente necessidnde do nosso carta tão ex:aeta quanto possível do territorio elll
exercito. que as opera~ões de guerra se 11odem desenvul·
Feitas estas considerações em relação ao pes- ver no paiz, habilitar o nosso peasonl scientifico
soal, passarei a outros pontos que dizem res· pela prntica a prestar os mais relevantes serviços,
peito ao materiaL ilada qualquer emergencia.
Considerando os casos possíveis de guerra Na lei de fixação de forças de terra proviu-se
com o Brazil, nós devemos ter em vist:l qual o a applicação dos corp()s scientificos do exercito
campo em que as operações de guerra podem em mballlos dessa natureza; infelizmente,
.desenvolver-se entre nós. porém, o artigo additivo consignado naquella
Evidentemente, Sr. presidente, o unico lado lei foi separado do projecto, e lá se acha no
ameaçado ou ~e póde sel-o pelos nossos vizi· senado, condemnado, talvez, a nunca mais volfa1·
unos 1\ o Rio Grande do Snl. E, para aquelle á discussão.
ponto que convem convergir nossas vistas. · Ora, o senado que mostrou-se tão solicito
O Rio Grande serâ necessarinmenle o theatro em auxiliar o governo dando-lhe os meios in·
das nossas futuras operações de guerra defen- dispensaveis para dotar o nosso exercito dos
siva, si _uma tal gue~:ra tivermos a snstentar; melhoramentos çtue carece, deve attender que
é praciso que se ache essa província em estado esse artigo addttivo, que hoje é um projecto
de evitar um golpe de mão (apoiados da depl+· am separado, é uma das medidas que dete
ta;ão rio-granden$8), e é disto que parece·m~ merecer desde já sua attenção; eu pois, lem·
que não
lioje. . ·
se
tem cuidndo suftie-ientemente até brarei ao nobre ministro da guerra a conve-
. niencia de empr(Jgar a sua influenci:t para que
Eu entendo, Sr. presidente, que, já que não consiga que a alludida disposição se converta
podemos sustentar um exercito bastante nume- quanto antes em lei.
roso, com o qual pudessemos accu.dir de prorn- Sr. presidente, ha uma outra questão que,
pto a um ponto qualquer ameaçado, tratasse-- quando se trata de prever a eventualidade de
mos de estabelecer pontos de apoio nas nossas uma guerra com os nossos vizinhos, considero
fronteiras (apoiados da 1nesma d~putacão), cre • de grande importanoia, e que roe parece não ter
ando nellas praças depositas, a exemplo de. merecido até hoje toda a attenção do governo.
outros paizes, onde aliás existem exercitas per- Não me refiro ao actu:J, mas a todos os minis-
feitamente aguerridos e bastante numerosos terias que se tBm succedido nestes ultimos
para accudir de prompto aos pontos ameaçadQS. tempos. E' a questão de nossas communica~ões
(Apoitldos.) com a provincia de Mato Grosso. (Apoiados.)
Isto, entendo eu, que é uma das maiores ne- Creio que no caso de umn guerr~ ~ :~quella
cessidades que temos a satisfazer ; e a segunda província uma das que mnis terá a solirar.
é a do levantamento da ear({l daquella provin • Nós vimos durante a guerra do Paraguay, e
eia~ porque não se póde conceber um plano de nott~velmente no começo desta guerra, com que
campanha, nem org~nizar um systema de ope- ditliculdades tivemos o lutar para ir em soe-
rações de guerra regn.lar sem conhecimento corro daqnella provincia (apoiados ; entretanto
perfeito do terreno em que essas operações têm mesmo depois disso pouco ou Mda se fez com
de desenvolver-se. o .fim de evitar que o Illlll se reproduza.
Ora, Sr. presidente, si as nossas _operações de V. Ex. aabo que no seculo passado o go"erno
guerra t6m de so concentrar, repito, na pro· portuguez, pois que entiio o Drazil era colonia
vinein do Rio Grande do Sul; por que r~zãon1io de Portugal, pensll.ll. seriamente nesta quest5o:
b1n•emos, pois, de tratar de organizar desde já communicações fórnm eslrulelecidos pelos rios
uma carta rigorosamente exacta dessa provin • entre :t J>rovincia de S. P:tulo e a de Jrfatto
cia ? Que elemento precioso não será essa carta Grosso, OTieté, o Paraná, o Rio Pardo e o Tn-
no caso de uma guerra defensiva ? quary foram explorados e navegados; e creio
Que dülicnldades se oppõé a isso "'Faltam-nos mesmo que se chegou a estabelecer por esses
os meios? Aproveite-se o nosso corpo scienti- rios um serviço regular de communicação entre
tleo nesse mister, e conseguir· se-ha esse deside· aquellas províncias; mas estes rios fornm depois
ratum com despeza relativamente insignificante. abandonados, e até hoj<~ não se pensou mois em
Temos officiaes de engenheiros e do estt~do restabelecer essas communicações, que con •
maior, que hoje não têm occupação correspon· venientemente me-lhoradas , podiam ser de
dente as suas habilitações e se acham ahi nos muita utilidade no caso de .uma guerra, isto
archivos militares co·piando desenhos e fazendo é, no caso em que tivessemos _necessidade de
serviços de somenos in:iportancia, e que entre- estabelecer tommnnicações interiores entre a
tanto poderiam ser convenientemente utilisa- capital do Imperio e n província de :Mato ~rosso,
dos neste serviço. , . . _ interrompidas as commnnicações pelo Rio da
Empreguem-se estes oific1aes na · organu;a~o Prata.
da carla ge~al do Imperio, começansto pela pro- O Sn.. CESABJO Atmr:-Apoiado.
víncia do Rio Grande do Snl ; e st nao pudermos
desde já obter uma ~rta geode~i~, pr~curemo~ O Sa. lEnoNYMo J.UU>l?.!:-Ha dous ou ,.tres
ao menos completar •essa carta ·tlmerarla, qne ja annos o governo julgou conveniente mandar de
foi começada, htt algum tempo, cujos trabalhos novo explorar aquelles rios_: foi um engenheiro
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...
I
~- _~_· ~.- :~
Jher-me no exercício dos meus direitos como O Sa. · PRESIDENTE:- qontrapon_!lo a es~
representanle. da nação. . palavras de V. E..t. os elogtos que nao ba mwto
os p NTE' Convença a camara me fez. ·
I\. FBESIDEC .- N- se tra•a de.mt·m· J ·o Sn. FREITAS CotrriNHo:-Quando elogiei a
0 SR. llE!TAS OUTINHO:- ao • V E 'I
trata-sê do principio que represento nesta casa • x. · .
e que v. Ex. deve respeitar para poder merecer O Sn. PnESIDBNTE:- Recorr_il aos seus d~s-
a· consideração até dos seus proprios amig~s ; c_ursos,_e ha de verqu_e profena palavras. mmto
mas creia que, independentemente das v1o- hsongetras e talvez InJUStas a meu r espeito.
lencias coro que se me pretende afugentar da o Sn. FREI'tl.S CotrriNHO :-Seria na verdade
tribuna e impedir a liberdade, que devo ter, tarefa bem difficil reco'rrer neste momento aos
nada hão de conseguir, pois que não me falta a discursos que aqui tenho proferido, pois são
energia precisa para bem saber desempenhar o tantos tão numerosos que não me sobraria tempo
mandato que me foi confiado. . para isso ; em todo o ca~o direi a V. Ex. que
Senhores, faço estes reparos, para que os dl· poderia muito bem ter acontecido o que a meu
rei tos .do. mino_!'ia, que são. ~o sagrados como os respeito :tcabo de asseverar, mas note-se que
da ruaJorra, n,o seJam v•ctlmas dos attenta.dos isso sómente poderia ter tido Jogar antes da-
que, coro sorpreza de todo~ quon.tos conhecem o quelle celebre chamado :i ordem, com que
o systema parlamentar, vao aqu1 tomando pro- aprouve a v. Ex. brindar-me em um dos ui·
porções assustadoras. timos dias desta sessão.
Venho boj~ á tribuna apenas formular um Dessa vez não foi cumprido o regimento; o
protesto e nao expôr argumentos, que de- chamado á ordem com que distinguiu-me V.Ex.
monstrem o quagto é lamentavel a atlltude do roi violento, foi injusto · não tinham, . portanto,
governo ~a questao que s~ controverte._ mais razão de ser os eloaios a que, mterrom·
Por maiOr que fosse a mmba eloquenc~1. e por pendo-me, acaba v. Ex.. de se referir.
mais .Poderosa qu~ _foss~ a argumentaçno, !fUC . Bem: y. Ex:. não quer que eu empregu~ a pa •
addu_zt_sse, nem. o .mmtsterto, nem os seus amt~os lavra -humilhações- não a empregarei; mas
s~g:u.mam o ca~m_ho que lhe apo~ta~ os pnn- direi que é deploravel, e me~ mo tri~te q~e _o
mptos, ~s tradJCçoes ~ os compiOmls~s, que rroverno se julgue com o dlretto de vtr ex1~1r
contrahm o partido llberal ness~ quaura para aos seus amigos o repudio das idéas, dos prm·
sempre memoravel de um~ opposu;;ão, que dn: cipios por que se bateram durante todo o
~ante dez longos annos nao arrefeceu um so tempo em que viveram fõra do poder. .
mstante. Lembro-me bem de que na sessão de 1872,
Senhores, a emenda que nos é remettida do si nlio. me engnno, quando dominava o partido
senado, além de si~nificar uma triste usurpação conservador, nesta camara se levantava nma
de nossas prerogattVasz constitue !Dais_ uma pro- opposiç.ão. brilbant~, _dirigida pelo actual leader
va de que o governo nao quer ttbnr mao de suas da ma1<ma, oppos1çaa que se tornou celebre
violenr.ias contra ? cam_:u-a dos Srs. deputa~os; pela energia com que se oppoz ãs . inya~~es _do
de que pretende :unda tmpõr aos seus· nmtgos senado em materias de despeza, cuJa mtctallva
humilhações que não quadram, quenlio podem affi.rroavam pertencer exclusivamente a estaca·
qu3drl!r com os principias, por onde os seus mara.
actos se devem modelar. . Hoje, senl10res, tudo ll!Udou; 3'}Uellas dOI!·
O SR. PREStDENTE:-0 nobre deputado não trinas verdadeirnmente hberoes vao ser sacri-
deve se servir desta linguagem em relação a ficadas pelo governo, que deseja, que quer que
seus collegas: o regimento prohibe-o. O go- aqui passe triumphante a emenda do senado.
.. · verno não pretende humilhar a camara, e si o Já não é licito appellar-sêpara a Constituição
pretendesse, não o conseguiria. · do Imperio.
O Sn. FnEius Coun::mo:-Escusado é V. E~. tesEssa arvore, a cuja sombra, dizem os aman-
das instituições, medraram as liberdades.
vir com essa detesa, que denominarei extem- ·publicas, já tombou aos golpes do machado
poranea, porquanto a minha aecus:~ç1io não ó governamental. .
(lirigida á camara. mas ao governo. Esta Constituição, que o nobre leader o anno
O nobre deputado pela Bahia, que me antece- passado chamou defuncta não tem perante
deu na triliUna, declarou que o govemo pre- este governo mais razão de ser.
tendia impõr humilhações ao parlamento. Si assim não fõn eu me dafia ao trabalho de
O Sn. PllESIDE~TE:-Não o disse; si o dissesse ler os artigos, em que ella estatue a iniciativa
eu o teria chamado á ordem, eomo agora faço da cam3ra para os asso.mptos da ordem do que
ao nobre deputado. se discute.
O Sn. FI\ElTAS COii'ItNHo. - A~radeço :i V. Ex:. A não ser o senado e o gabinete 28 de llarço
n. honra que me faz ehamanào-me á ordem; ainda ninguem se lembrou de contestar a esta
mas permitia-me que lhe diga que essas pal:lvra5 camara a in.icintiva sobre impostos, sobre despe·
do honrndo orador foram duas vezes em aparte zas,.que não poderão ~er feitas senão com o pro•
por mim repetidas o em voz bem alta; uo dueto daquelles. ·
entretanto V. Ex. nonhuma ob~ervarão fez; O que neste, como em outras assumpJos, tem
ouviu-as em complt!to o profundo silencio. concorrido para quebrar-se a autonomta desta
Emfim está na tribuna um dotiUtado !lo Ollpl)· eaDlllra é a vontade sempre invencível dos nos-
sição ; e é preciso que V. Ex. dõ mais uma vez sos governos, que não encontram resistencia
provas do seu exagi!rado ministerinllsmo. paro os seus cnprlcbos, pois que, senhores, em
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vez de s~rem por nós fiscalisados, são elle3 que co~bater a emenda-do senado, são os proprios
se constituem nosso_s !iscaes. am1gos do governo que -vêm fnzer o mesmo.
o~ nobres deputados frequentemente se SOC· o nobre senador pelo Paraná, o Sr. Correia,
correm dos ~xe_mplos da Inglaterra para esta?e· membro no parLido conservador, procurou com
lecer os prJncJpJos que devem reger a VIda 1 as su~s palavras e com o seu voto salvar as
dos par~amentos . . . . . prerogativas da cnmara dos Srs. deputados.
O gabmete,_nosew do quaL veJo mmzstros que Re~ordo-me a"'ora de um discurso elo.quente
conhecem as normas estatu~d~s no livro ingle~, qu~ proferiu o jto!)re senador pelo ruo de Ja-
eertamente sabe qual a pl)slçao que em materm ne1ro, o Sr. Tetxetrn Junior, protli!!ando o pro-
de dcspezn occupl a como.ru dos communs. cedimento da commissão de ra~end'à pelo facto
Agora me_tembro de uma phrase que na tri· de haver augmentado varins verbas do orça-
buna profertu um notavel orador inglez:-o im- mento do ministerio do marinha.
posto nada mois é do que uma liberalidade do Nessa occasião, Sr. presidente senti que o
poYo; portanto, só o representante immediato da nobre ministro da marinha n&o a'ceitasse nest~
naçã? ú que tem compctencia para u fazer. C?mara o augmento de verba qu~ lhe ofl'ere·
Pots bem, este systema que adoptou o p~rla- C1am os seus amirros par~ finalmente aceitai-o
mento ingler. e que é verdadeiro, e que sempre elo senado. "
foi defendido pelo partido liberal, nüo é hoje Estes nbusos que vejo praticados pelo ""overno
aceito pelo gabin.ete de 28 de !II~rço. vão constituir um t1·iste prece,uente par'lt o par~
Como já disse, nfío venho fazer um disr.urso, tido liberal, que quando voltar a occupar n po·
venho apanas lavrar um protesto, me>mo por- sição, que lho tem assignado n coroá. hc de >e
que os principias que regem o assum1Jto :>iio achaL·em condições bem difficeís. ·
geralmente conhecidos c provam a improceden· Nilo se diga guc n questão é de somenos im- ·
cin ~bsolut::l dos que pensam, que com a omend:1 portan<:ia, nem, como affirmou o nobre deoutado
em di~cu~siio não se trata do imposto. mas de por S. Paulo, r1ue não devemos f~zer que5t:;o·
despez:1, como se esta n~o se resolvesse nn- de prioridade.
qnelle. . . . . . Senhores, a fôrma aqui é a esseuoia ; a prio·
Se11hores, o p;:rt1do liberal tem sempre vrVtdo ndude é tndo, porque s1 p<Jssar este precedente,
em opposiçiio, p~r~ ~ qual brevemente ha de abriremos uma porta lar·ga a todos os abuso> e
voltar; por isso é da larnent~r que no poder esta camara desappnrcccrá anuo) diante U.a pre-
:-:b~ndonc e~se p~rtir.lo os princípios por que ttm\o · poteucia do s~naào.
1
combateu c ha de combater 3inrla, '.'isto eomo E' lnstim~vel que o ~ennuo seja, por a~5 i m
não mais podcn\ conquistnr a couflançn pu- dizer, o unico r:nno vivo do t)Odcr J·)gtsbtivo,
blica, sem a qnnllhe s.er:í. impossível vencer. o senado, que é vitnlicio e limitt1dv e que n~o
Lemhro-m~, senhores, ele que ao nobre mi- retira dos urnos :1 forç::~, que 3li<\s tem e deve
nistro da guerro, qn~ndo V. Ex. veiu n esta ca- ter a camara. dos Rrs. deputadtlS.
m:~ra r-or occasi:io de discuHr-se o seu orçarnen· Estas observações que faço n~da poderão
to, ponderei ~ue era nffiictivo o estaria do nos>o v:~ ter diante do governo e de sua maioria, m~s
exercito, o ~n<~l otem de ser pouco numeroso c hiía de nchar éco 1111 opinião scns~ta do pniz.
nliO ter disr.ipliDD, carecia dos melhoramentos Dlzem os nobres deputndos que nBo flncrern
inulspens~vcis ao fim a que elle se destina. crear CJmbaraços ~o governo.
Roguei então a S. Ex. qtle turlo fizesse JMra ~las, senhores, a qucstt<o de confinnçn niio
que o exerci to obtivesse todos os melbommentos vai oo ponto de se ~ceitnr e de se opprovartndo
introduzidos pera arte moderna nos paiz~s os quanto o governo quer que se aceite e se upprove.
mois nclínnt:~dos, Iledindo ás cnmarr.s a verba Apoiamos os ministros não porque sCj(lm bo·
correspondente á dcspezn qno com isso so nitos, nem porque mereçam as nossas sympa·
tivesse de fazer. tbia,, mas sim porque são orgãos de princípios
0 nobre ministro e os seus nmigos respon· e de ià~ns que constituem o pntrimonio de
deram qur. não ha~ia dinheiro e c~eio até que um partido. "' . _
achnrtun do todo mfundadas as mmhas obser· Ora, desde_q~eentre o Qove_wo e os repre.en-
vacões a esse respeito. tn.ntes . dns Jde~s desse pllrlid? ~c l'stabelece o
• . . . . _ _, dtvorcio, qu~l deve ser a pos1çao do deputado
No entretanto fOI o propr10 nobre mim~Lro. ua qne aqui representa esse mesmo purtido ?
guerra que no senado se appressou em acce11~r r- . , ,. . . . ••
de um illustre senador, pcrtcucenle ao 11ar· Nno pode 5ei outro senao ~de oppostctonl-.~-
tido contrario :~o de S. EY., o presente do Hontem era. o governo ped1ndo-nos qu~ ncel-
9,.000:000,$, que S. Ex. não quiz, niío sei por tassemos uma e-!Ilendn rlo.se_n:~do que 11:1 _ImgnD.·.
quo ra.z5o, vir Dedir, como era seu dever, a gcm. do pro_pr10 S~. nnnistro da agncll;lt":ra
esta camara de amigos. ·• conttl!ba uma doutr!ll<l errad~ e fa,tal; boJe e o
Eu, no caso de s. Ex., nlio teria aceitado 0 p~opno governo que~ ':'e!ll ~uer a C(lm~ra que
presente; L•, porque o senado não é com~s- nau faça vnler a sua .m•~·~tl'va, que detxe que
tente paradal-o; 2. 0 , porque semelhante dad1va usurpem as suas :ltt!'JlJUtçoes.
·importa u_ma cspecíe de cens~ra ~o nobre mi- Esse sys~~a que segue o gov~rno deren-
nistro que assim demonstra na o saber acautelar dendo prmCIPIOS como os que ~ontllm .a tlmenda
os interesses que lhe forttm confiados, interessses em questão, · acabará uma vez por todas com :l
que para serem defendidos pl'ecisam da poderosa inicwtiva da c:1mara dos Srs. deputados.
iniciativa do senado. · Em que importa a emenda do -;;ena:do? I~_.
Sen!Jores, já não é só o orador, que neste mo- porta na autorização de uma. despeza não cogt·_
mento oecupa a att~n~o da. camara, que vem tada pela camara dos Srs. deputados.
Tomo Vl. -líi.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:23 + Pág ina 1 de 1
""'~ ~,essã9.",-~!tra_or__di;IHiP.._
.
.. ~~ .
7_<le. Dezembro
. .. -- ·-·
-- ~ ..
dé ·::.::1880.
-.-
'.":':: ·.· ::.;______
- - .-:... -403
f. a _discussão do PfOjecto n. 4.A, sobre desa- tano, ~eoncio d~ Carvalho, Marthn Francisco
proprulções de pred10s e terrenos necessarios M~rcohno ~oura, Maciel, Martim FranciscÓ
para as obras da estrada de ferro. . F!l~o, Marunbo Campos, Olegario, Seraphico,
.~-a dita do projecto n. !!!! A, modificando a Stg1smundo, Sahlnnha Marinho, Souza Carva-
ler de !8 de Setembro de !8ãfJ. lho, Sou_za Lima, Silveira de Souza, Tamandaré
La dita do projecto n. 86, instituindo um Prado P1mentel e Zama. '
montepio obrigatorio. Ao meLo dia o Sr. p;esidente declara não ha·
~-~ di~a de n. !08, qne concede a II. Hamon ver sessao por falia de nu mero . ·
pnvrlegJO por l.O annos para fabricar no paiz
· tubos de chumbo. ? SR.. L o SECRETARIO lê o seguinte
3. • dita dil n.. 98, autorizando o governo & l;:XPEOIEl\'TE
mand:~r explorar diversos rios.
i. a dita de n. !02,approvando uma pensão.
O~~io do Sr. ' dJ3puLado ~;ogueira A.ccioly,
partlcJpando que t-endo continuado o seu mau
L • ditn de n. i59·, dispensando a condição ~stado j e saude, não póde por is:>o comparecer
legal sobre a idade dó estudante Augusto Cesar as sessoes da camQra. - A' com missão de po-
l't1onteneg-ro. deres.
i .• ditn dos projectos i2B, i/fi, ! 56 e 97. Req!lerimento de João de Menezes Doria. ilS·
l!. " dita do n. :L46 ; todos já incluidos na tudante do 2. 0 anno medtc<> da facul1ade da
ordem do dia. cõrte, pedindo para prestar exame do dito anno
ern Marco futuro. -A' eommissão de instruc-
ção publica.
E' lida e mandada publioar a seguinte
.&.eta em. 8 de Dezembro de 1880
RED.lCÇÃO
PRESIOENCIA DO SR. \'ISCONDE DE PR.\DOS
RedacpàiJ do projecto 1!. 27(), de :l8i9
As i:1 horas da manhã feita a chamada acha- A assembléa geral resolve:
ram-se presentes ps Srs. Visconde de Prados
Alves de Araujo, Gavião Peixoto, lifanoel Carlos' Art. L ° Fica o governo autorizado á read-
João Brig-ido, Almeida Barboza, Esperidião, José mittir no quadro aclivo do exercito ~o rn~jo r
Basson, lgn~cio Martins, Macedo, :Moreir;~ de José Francisco da Silva, tornado sem effeilo o
Barros, Lemo5, Cezario Alvim. Costa Ribeiro decreto de ~ de Dezembro de i875 que o re -
Candido de Oliveira, Barros Pimentel, Manoei formou, mostrando-se porém em nova inspecçüo
Eustaquio, Mello e Alvim. Horta de Araujo, Ta- de saude quf. se achn prompto para todo o
vares BelfGrl, Virlato de Medeiros, Ribas, Barão serviço de paz e guerra.
da Estancia. .A.rt. 2. 0 Revogadas as disposições em con-
. Compareceram depois da chamada os Srs . trario. .
Danin, Ulysses Vianna, Bezerra Cavalcanti, Sala das commissues em 3 de Dézembro de
Abdon ?rlilanez, Mnnoel de Ma::ralhães, Fabio !880.-Joaquim Sm·a.-Rodolplw Dantas.
Reis, Liberato Barrozo, Espindola, Ribeiro de O SR. P.Ri1SIDE>-:TE di para ordem do dia 7 do
:Menezes, Galdino das Neves, Monte, Soares Bran- Dezembro a mesma designada para o dia 6.
dão, Augusto Franca, Fr~nchco Sodré, Prisco
Pnraiso, Rodolpho Dantas, Joaquim Serr:~, 1\fo.
reira Brandão, Baptista Pereir:J., Pedro Luiz, Aeta em 'J' de Dezer:abr-o de 1880
Jeronymo Jardim, Valladares, Aureliano Ma-
galh5es, Couto, Sergio de Ca~tro, Buarque de Ma- Pl!ESIOENCIA DO SR. 'I'ISC0111>E DE P11ADtlS
cedo, Barão Homem de :Mello, Costa Azevedo,
. Theodoreto Souto, Garlos Aifonso, Tlieodomiro A's H horas da manh:i feita a chnmod~ acha·
e Sinval. raro-se presentes os Srs. Visconde de Prados,
Faltaram com participação os Srs. Antonio Gavi:io Peixoto, Alves de .A.raujo, João Brigido,
Carlos, ·Antonio de Siqueira, Aragão e Mello, Jeronymo Sodré, Çamarf(o, M:moel Carlos, Ole-
Andrade Pinto, Affonso Penna, Camargo, Bel- gario, Ce..~ rio AI vim, Almeida Barboza, Balcão,
trão, Freitas, Accioly, Franco de Almeida, ll!ello Alvim, Ignaeio l\iartins, .Macedo, L!!mos, .
Franco de Sá, Ft•ederico de Almeida, Franklin lllurtim Francisco Filho, José Bas·son, i\lartinbo
Doria, Fidclis Botelho, Joaquim Breves, José Campos, deIlderonso de Araojo, Souza Carvalho,
Magalbãcs, Abdon Jlilanez, Si~S·
)farianno, Jeronymo Sodré, Lourenço de Albu· 1\Ianoel
querque, Lim:. Duarte, 1\ialbeiros, Ildefonso de mundo, Serapllico, Prado Pimentel, Belrort
Araujo, Marianno d~ Silva, Mello Franco, Duarte, l'beodoreto Souto e Jeronymo Jardim.
Pompêu, Ruy Bnrbosa, Ro~rigues Junior, Souto, Compareceram depois da chamada os Srs.
Souza Andrnde e Theophdo Ottoni; e·sem ella Prisco Paroiso, Barros Pimentel, Danin, Ame-
os Srs. Amerlco, Abreu e Silva, Azambuja rico, Fabio Reis, Joaquim Serra, Tavares Bel-
. .Meirel1es, .llulcão, Belfort . Duarte, Bezerra de tort, Theodomiro,. Moreira Brandão, Ribeiro de
Menezes. Corrêa Rabello, Couto Magalhães, Menezes, Costa Ribeiro, Costa Azevedo, Soares
'Diana, Epaminondas de MeUo, Frederic~ Rego, ·Brandão, MonLe, Almeida Couto, . Francisco
Ferreira de Moura, França Carvalho, Freitas Sodré, Rodolpho Dantas, Sinval, Freitas. Couti-
Coutinho, Felicio-dos Santos, Fernando Osorio, nho, Joaquim Breves, Abreu e Silva. Aureliano
Ioliqnim .Nabuco, JOaquim Tavares,. José Cae- Mngalhães, Candido de Olivein, Caríos .Affonso,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:28+ Pág ina 1 de 20
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mais pàpeis em que o tenente do 9.0 batalhão de !Hescri pta no § 2. • do art. ~. • da lei de 28 de
infantaria, Leoncio Luiz Pinto Ribeiro, pede Agosto de 1830.
dispensa dê idade para· no anno proximo futuro A commissão, tendo attentamente conside-
matdcular-se uo curso prcparatorio da escola rndo a questão, reconhece que se verifica.no
de arlilharia.-A' commissuo de instrucção pu- caso actual a hypothese do art. 2.• da Jei su-
blica. , praciwda, e nessa conformidade . entende que
E' lido e_ approvndo o seguinte ao supplicante cabe o direito ile descobridor ou
lnv_entor, que a mesma lei garante pelo prlvi-
Parecer .egw.
Ao _poder executivo, pois, cumpria fazcl-o
!880-N. 100 eJieciJVO, si pelo artigo 5. • da dita lei não ti-
A eommi>são de prmsões e ordenados, tendo res~e sidopode prescripto que sómente por ~cto le-
llnminado o requerimento do ffi()jor Affonso <le gislativo rã ter lugar a concessão de prívi·
por prazu maior àe vinte annos, como
Paula Albuquergü.e Maranhão, conferente da IDgio
alfandega do Para, pedindo um anno de licença, requer o (Jretendcnte:
A.' camara, pois, dos Srs. deputados cabe re-
com ordenado, para trotar de sun saude onde solver a este respeito ; e como base para sua
- lhe convier, é de parecer que, a re~pcito, si deliberação olferecc a eommissão o seguinte pro-
GuÇa o governo. i ecto de lei:
Sala das comtnissões em 9 de Novembro de
1880.-Alm~ida Couto.-Dr. Galdi~w àas Neves. A assembléa geral resolve:
-Joaqui-m Serm. Art. :l.. • Fica concedido a Joiio Er.lmrt, cida-
São lidos, julgados objecto de deliberação e dão allemão, privilegio pur 3{) a11nos, p~ra ef-
mandados. imprimir os seguintes fcctuar no paiz os melhoramentos que introdu.-
ziu. no processo de sua invençiio para a conger~
PROJECTOS vnção de carne, peixe, ov-os e outros generos
alimentícios de natureza animal, de conformi-
t880-N. :1.6~ A dade com a descripção pelo mesmo deoositada
A commissãv de pensões e ordenados a quem noArt. archivo publico do lmperio. •
foi pre5ente o projecto ~presentado pelos depu- jeitar-se- 2. 0 O concession<lrio destu privilegio su-
tados Jeronymo Sodré e Prisco Paraiso, autori- ha ás C()ndicões estatuídas na lei de 28
zando o governo a concede; um anno de licenc~. de Agosto de i830; revogadas as di> posições em
coro orden:ldo, a.o Dr. LRdislau J::~piassú de Fi· conirario. -
gueiredo 1t1ello, é de paracer que o mesmo pro- Sala d~s commissões, 1 de Dezembro de i880.
jecto seja adopta'do, pelo que offerece-o á con- -Jeronymo R. de hforats Jardim.-Innocenaio
sideração da cnmara. Serap!âca d~ Ass is Car~auw.
Sala das commissões em 9 de Dezembro de ISSO- N. :164
!880.- Almeida Couto.-J. Serra.
A assernb!éa geral resolve: A commissiTo do marinha c guerra, tendo
e~inado o requerimento c mais_informo.çues
Art. :1. o E' o governo autorizado n conceder relativas :í preten~ão do capitão reform~do do
um anno de licen~.:a. com ordem do, ao .Dr. La- exercjto Anto_nio _<\.!!@~~º __Sarmento e Mello
di_.s!au Japiassú de Figueiredo .ltleHo, desembar- para que se llie conte em dobro o .tempo qu.e
gador da relaç..'io d() Belém, na provincia do serviu nas campanhas do Uruguay e Paraguay,
Pará. · · e tendo em consideração :
Ãrt. 2.• Revogam-se as disposições em cen-
traria. Lo
Paço da canma dos deputados em 7 de Dec Qne a reparticuo do ajudante general informa
zero.bro de :1.880.- Dr. leroil.ymo Sodrtf.-Prisco · favoravelmente, jà pelos llqn:>-serviços de guerra
Paraíso. do suppliconte, já porque entende que o fa-vor
:1.880 -N. :1.63 da lei n . .2.665 de 29 de Setembro de 187.) deve
ser ampliada aos otliciaes que se distinguiram nas
A' commissão de commercio, industria e artes su"[lrac'itailas campanhas, embora, como o .sup-
f0i de novo presente, com informação prestada pl!ca.nte, reformados antes de promulgada aquella
pelo minist~rio da agrieullura, commereio e lei.
obras publicas em llVISo n. 13 de 23 do mez
, passado, o reqMrimento em que João Eckart,
cidadão allemão estabelecido em .lllunicb, pede Que assim lambem entendendo esta commis·-
pri"ilegio }lelo prazo de 30 nnnos para os melbo. são, tem émittido parecer fa-vora-vel em outras
ramentos pelo mesmo introduzidos no processo pretenções identicas.
de sua invenção e denominado-Processo Eckart 3.•
-para a conservDçüo da carne, peixe, ovos e
outros generos alimenticios de natureza animal. Que d<Js papeis referentes á pretenção dos·up-
Com documento, que se acha annexo ao re- p)icanle consta : ter assentado .praça como vo·
querimento, pro"Vou o requerente ter depositado luntario a :1.8 de Julho.de !848 e prestado serviços··
no arcbivo público a. descripÇão do alludido in- relevantes, pelos quaes foi mais de uma vez·
vento. constante de 11m envoluero fechado e elogiado e distinguido pelo governo imperial>
lacrado, ficando assim preenchida·a formalid1de sendo-lhe conferidas não só_~s medalhas das cam-
câ'nara dos oepLLados - Impresso em 2710112015 16:28 ~ Página 3 de 20
·pa-~h;;g ·d_õ=ur;gnay de :1852 e de 1865, como consequencias que dohi possam provir em um
tambem a do Paraguay. futuro mais ou menos prox:imo. E' muito para
ponderar-se que, com este facto coincide visi-
~-· velmente o desenvolvimento do sen\imento abo-
Que o pensamento do legislador outorgando licionista nas províncias do norte.
o citado deerelo n . 2695 de 29 de Setembro_ ~e Sí bem que não devamos aurí.buit: aos nossos
i8iií foi losücamente favorecer a todos os m11l· irmãos do norte os reprovados mtmtos de uma
tares ·que tivessem serviços de campanha . desle:.ldade fria e an.ticip~damente caleo.Iada
para abrirem comnosco um commercio, que só
5.• terá termo no dia em que pudermos ~er as
unicas victimas de umá catastrophe, porventur3,
Que a intelligencia contraria importaria. em planejada ; é certo, to~avia, que n~o devemos
·revoltou te iujustiça contra os que se aobam re- collaiJOrar com a nossa Imprevidencta para que
formadas por motivo de moiestia :~dquirida na recaiam exclusivamente sobre os agricultores
guerr:t ou resultante delln. do sul todas as conseqnencias, que possD,m re-
6 ..• sultar da soluçâo desse assustador problema.
Applandindo, portanto, o _peusamenr.o que .
Que da applicaçiio r~troactiva no caso .vel'!-ente presidiu · a confecção do proJecto, c tendo em
nenhum direito é fer1do e p(llo cou trar10 e ga· vista que elle é tão util quanto é urgente, o
rantido. club .da lavoura tem a satísfncção de ~sperar
E' de parecer que se adapte o seguinte pro- que os representantes desta provincia empe-
jecto: nharão os mais decididos esforços afim de ser
conver,ida em lei, desde já, es~o. medida, a
A assembléa ger:Jl resolve : respeito da · qtial póde·se com segurança pre·
Art. i. • O governo fica autorizado a mandar sao-iar os mais fecundos e beneficos resultados.
contar pelo dobro ao capiLlio reformado, Antonio
Augusto s~rment o e Mello, o tempo que serviu
Uma praxe, que bem dev-era ter sido de ba
muito desterrada, ba feito com que o parlamen-
nas campanh::s •lJ Un::;;t1av e Par~~tuay. to ordinariamente descuide-se dà.s questõ~s pu-
Art. 2. o Rev:Jgadas as 'disposi~ões em con · ramente sociaes e economicas, por maior que
trario. seja :1 sua importancia, _p~ra cons~grar toda a.
Sala das com::lissões, ~ de Dezembro de iR81L atten~ão a assumptos pohllcos, senuo meramen.
-Mello e Alvim.-A. E. de Can~argo. te partidario·s, ainda qu~ de al ca~ce somenos
E' lida e approvada a redaeeão do projecto em relaç~o aos altos destmos do patz.
n. ~iO de i879, autorisando a' real1missão JlO Esle funestíssimo precedente fa ria receiar
quadro activo do exercito ao major José Frau· pela sorte do aUudldo projeeto, talvc& prévia-
cisco da Silva. mente condemnado, como tantos IJutros, ao
E' mandada publicar no Diario Oflicíal o re- simples archivo da camara. si não devesse con-
querimento do Sr. !foreira de Barros a seguinte ta!' com a sincera dedicação dos representantes
desta p rovin c i:~ dos q11~ es aliás, é licito espe·
ItEPRESEZ.."rA.ÇÃO rar-se boa vontade e patriotismo na defr.sa dos
avul~dos interesses, que lhes rornm confiados.
lllm. e Exm . Sr.-O elub da lavoura de Extemando o seu pensamento por esl3 fórma,
Campinas vem manifestar a V. Ex. a sua plena acredita o Clnh da Lavoura que V. Ex. contri-
e inteira ndhesiio ao projecto de lei aprese ntado buir:i J!sforcndamt'lnte, pelo patriotismo e pela
na camara dos SrL deputados pelos represen· "i:oti'~cie ocia do dever, p:ml a prosperidade da
... tante.s desta provincia, para o fim de ficar desde primeira industria nncion3l.
• j á abolido o lraOco de escravos de umas p3ra Deus guarde a V. Ex. como convem.-Illm .
outras províncias do lmpet·io. c Exm. Sr. conselheiro- Anlonio Moreira de
Q projeeto, tal como foi concebido, ;Jlêm de Barros, dign.issimo deputado á assembléa. geral
conter um priJlcipio essencialmente humanita- I egislativ<l. ·
rlo-qual o de evitar os desmembramentos das Campinas, 29 de Agosto de 1880.-Francisco
familias oom tod&s as suas funestas e deplora- Glyurio.-losé Be11to dos Santos.-Candido Rodri-
veis consequcnclas, encerra lambem uma me· gues de Souza Camargo.-Manoel Elpidio Pe- .
dida de salvação para a lavoura das províncias t·eira de Queiroz.
do suL
As ultimas estatisticas demonstram que a es· ";'o Sr. 1\l:oreira de · Darroe (pela
cravatnra de algumas províncias tem cre~cido, or!Utnl:- Sr . presidente, peço a V._Ex. que
dentro de um curto perfodo, na mesma propor- eil·usulte a casa si ;ne concede urgenc1a por dez
ção avultada que elia vai decrescendo em outras minutos ou um quarto ãe hora para apresentar
provineías. Para prova desta verdade basta ve· um requerimento. que tenho, de-alguns lavra-
rificar que em i873 era calculada em ~8.000 dores de minha provincia e dar uma ligeL111.
almas a população escrav:t da Bahia, e em 7õ.OOO exyll9ção pessoal. ·
-a dest.~ provincia : no emtanto que o ultimo
. teeeD$eamento dá para esta f.68.950 e para Consultada a camara, decide pela afllrma·
. aguella t6lí.{l07 escravos. ti-v a•
. Ha, \)Or eerto, nisto movimento emigratorio. O Sa. PaESIDENTB declara que será concedida
uma cnrcumstnncia que muito deve preoccupar a palavra ao nobre deputado ná sessão $e•
-o espirito daquelles que penwn e medil:lm nas guW,te. ·
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16:28- Página4 de 20
O_ SR. ~'Mo11~1U. DE BAlll\os r eclama que 1qne. entan6.en deverillusttar o meu discurso
· pedtn a,u rgencta para a presente sessão. . · I aqtn proferido na sessao de H de Novembro.
O Sn. Plu:smEKTE diz que con5ultará de novo E_m_ consequencia sómente disto deixaria de di- .
a cam~ra. . rlglt·IUC llO. nobre deputado, apezar de lOdO O
respeíLo qne lhe tribnto, quando mesmo eonsi·
O Sn. MA!lorr~ FaANcJsco (pela ordem) requer dera.ções de outra ordem nio me aconselhassem
tam~em urgenct~ por dez mmutos, par~ u~a estaconducta. ·
exphração, .depots que o nobre deputado tenm- Dirijo-me, pois, a v. Ex:., sr. ministro, mas
nar o seu discurso· darei outra direcção no meu discurso" desde que
Consultada a ca~ara, decide aflirrnativa- V. Ex. me declare que não autorizou, não soli-
mente em rclaçãoa ambos os requerimentos. citou ou nã<? pr~stou a sua.approvação ás cen-
suras.que dtr•glu-me o nobre deputado.
O S•·- Galdíno -das Neves (pela ·
órdem):- sr. presidente, ha muitos dias en estou O SR. ?tiARTm Fr.ANCisco:-Eu resolvi com-
ahi in~cri_pto com a palavra para occupar-me de migo que devia entender-me com os deputados
negociOs tmporwntes, quo se passam no logar de S. Paulo, e entendi-me·. O tLCto é meu; as-
onde habito . . Em vistá das urgencias votadas. sumo toda a r esponsabilidade delle .
. fica prejudicada a minha inscripção. ·Peço, pois, (Ha outros apartes.)
á caruarn que, depois dos nobres deputados, si O S:a . llloREIRA. DE BARROs :-Bem; eu acre-
ainda houv:er tempo, me sej~ concedido igual ditava que assim não fosse. Neste c~so dirigirei
fav9r Ot!, st tsto _nao fór poss1vel, para ·o pri- ~o nobre ministro do imperio e a meus collegas
metro d1a de sessao. de deputação apenas algumas perguntas.-
Consu!tada, n camara decide pela affirmativa. ç. SR . l\Lutmt Fa!.Nctsco : - Si ha cu.lpa, é
O Sa. PaESIDENTE:-:-Tem a palavra o Sr. Mo- mmlla. ,
reira 'de Barros. O Sa . M OREIRA m: BARROs:- Pó de V. Ex. ver
O Sr. Moreira de Barros.:-Sr. algumavenha conveniencia em que um depu.tado seu
· presidente, V. Ex. póde dar testemunho do es· am1go amplificar e aooentuar pr(,)posições
forço que ..tenho empregado para que tenba an- v~g~ s de um collega, para obrigai-o a nrticuJar
os factos que motivnm as restricções, com que
. __ damento o projccto que tive a honra de apre- apoia
-- sentar, prohibindo o trafico ele escravos de umas querero governo e q<<e elle é o primeiro a não
referil-os por conveniencias políticas ~
para outras províncias.
Tenho recebido de nossa provincia continuas . Ora .comerebende-se qne ~ nobre ministro do
reclamações pun que seja elle convertido em 1mper10 nao llrocure apo1o na cam~ra por
lei, e prer,iso dar uma solução n ellas. E, meios illegilimos, por concessões de~nrrazoadas;
em sat1Sf<~çiío disso que faço esta declaração seu que procure se reoommendar unicamente pelo
e rogo a V. Ex. g:ue se digne mandar Pll· zelo pelos negocios publioos. Isso é nobre
blicar no jornal dá casa e remetter á respe- o elevado.
ctiva commissão a seguinte represent.~ção que Acompanho a S. Ex. neste procedimento,
mando á mesa e qtie me foi dirigida pelo club si é esse o seu pensamento. Co'llvirá, porém,
da lavoura de Campinas. (Lê.) S. Ex. commigo que é de má lJOli\ica, senãr,
Passando á segunda parte do mett requeri- indiscrição· fmpropria de um estadista, provocar
monto, serei muito breve; tanto mn·Is q11anto o queremos deputndos a. manifestações que elles não
Sr. ministro do imperio,a quem pretendia diri· a não desejam ía11er.
gir·me, não se nclla presente. . Isto mais se nggr~va qu:mdo se r efere áquel·
· Ptetendo completar as explicaoões que iniciei les que como eu procuram auxiliar o governo
na ultima sessão, e prescindiria dellas, si por- oom todos os sacrifieios, já sendo dos mais fre-
ven~a.ra o modo por que t.erminou-se o incidente quentes ás sessões e já prestando o apoio do
não me obrigasse a proseguir boje. seu voto e palavra em todas as questões que in-
· Não vejo offensa nas palavras que me foram teressam a vid.1 c força do gabinete. ·
.então dirigidas e, si insisto nestas explicações, é Não obstante isto, é bem visto que posso não
porque supponho que o nobre deputado por estar de aecôrdo sobre todos os aci.Os ~o gover .-
S. Paulo, amestrado e. antigo parlamentnr, de no, porque no regimen dos partidos não póde
uma prudencin e conhecimento perfeito de todas ninguem pretender ou sustentar que só deve·
as convenlencias soci~es e po!iticas, não viria se apoiar nos pontos em que se estiver de ac-
fazer declarações daqnella oraem e provocar-me côrdo perfeito com o .governo que se sustenta~
a dizer o .sentido das ·expressões vagas que Ou duvida-se que eu possa articular e com a :
aqui .pro!e~i, sem articular factos, a não estar de maior franqueza os mo1ivos ' das minhas ·r&-
perfeito aecõrdo com o nobre ministro ·do im- stricções ? · .
perio, que felizmente agora vejo presente e a
quem S. Ex. procura servir: · . · 0 SR. MAÍ\tl)( FRA.Nctsco FILHO : ·- .NiUguem
. OS. ·Ei:. escuta-me; isto obriga-me a nm pouco provocou. . .
maii de desenvolVimento. . 0 SR. MOBEIR1 DE BARROS ·: -E' pois, :1'8flÍ-
~izia ·eu, repito, que prescindiria del'esponder to, um desserviçoao ~overno, a que se pretende .
ao llObre deputado, si não visse no seu procedi- alloiar, provocar a dignidade do mais · m<ldeslÚ' ·
mento o resultado de-um aceõrdo, aeqUiescencia dos . deputados a formular · ~s restricções ·,rp1e,
ou pelo menos condescendeneia com o illustre tem uo ~poio que presta .ao mesmo ·gov.er.ria;,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:28+ Pág ina 5 de 20
forma. eleitoral prestaria todo o meu apoio ao delieudeza pessoal. do· nobre deputadCI que sé.
governo que della se encarregasse, fosse· ellc de acha em face; ·
adversarios .•. Referiu·se ao Sr. conselheiro Ólegarlo.
• O Sr. Souza Carvall~o :-Apoiado. Podia consultar; elle lhe diria a mesma cousa.
.• O Sr. Moreira de Barros:-... com mais S. Ex. ta~bem não me póde ar-ampanhar,
raz~o_, por. consequencia, a um composta de co· porque, debaiXO do ponto de vista desht justa
rett,rywnal'los, entre. os quaes conto amigos que precedencia que os talentos e serviços têm em
mu~to prezo e rtJspezto. toda a socied3de em geral, V. Ex.. comprehende
• OSr. Carlos Affo·nso : - Nestn pnte não que o nobre deputado, mais do que qualquer
outro, .linha precedencia ·sobre mim.
apoi~do; de adversa rios nunca. •
Pergunto. o que ha' aqui de censura e de 0 Sn. ÚLEG.\RIO: -Não apoíodo.
hostilidade? Ha apenas uma resalva de opinião O Su. MoaEIM DE B.A.ntlOs:- E' um juizo que
indívi·àual. ·
posso en~uci~r sem ~uspeir:\io, porque fnnda·se
Pergunt~rei a todos, uinda os mais melin- na notoriedade publica.
drosos, si e~tá ou não bem accentuado que fallei Tenho demonstrndo. do modo m~is forma1 .
em meu nome? que não seria avisado o procedimento do nobre
Está ; logo, si fallei em meu nome,esta decla- ministro do imperio, si e!le quizesse provocar
raçã'o do ,nobre deputôdo,que se diz in autorizado declaracões de hostilidade ~o gabinete, de que
plllos nosso~ collegns de deputnçiio, de que elleR faz parle, de querit não tem sido pesado a S. Ex:.,
não queriam acompanhar-me, revela a intenção de quem quer avoinr o governo, não por S. Ex.,
de magoar-me, ou de fazer-me pelo menos mas por seus companheiros, pelo principio que ·
uma desautoração quo não mereço. (Apoiados.) representn, pelo parUdo, pela ·reformo, pela se·
Acresce que ~óbe de importancia o facto, gurançn da situação, emfim.
sendo pralicado por um deputado ao qual o A prova tem S. Ex. em qne não me dirijo a
nobre ministro do imperio produmou o chefe elle para nada. Si tenho alguma reclamação a
da · depuLaçiío paulista. Embora não seja fazer no governo, prMuro sempre qualquer
meu ... ontro ministro de preferencia a S. Ex. ·
.o nohre deputado fez outra declaração para
O Sa. OLEGARIO~- Meu lo.mbam não é. ~ qual chamo a attenção dos illustres depu-
o Sn. JllonErnA. DE BAnRos:-... e ehefe do tados, dos quaes se diz S. Ex. delegado.
nobre Sr. ministro do imperio e talvez de V. província Pe~o licença para Iêl-a e recommeudal-a á
Ex., Sr. presidente •.. (li): ·
• O nosso digno collega de deputa~:ío que faz
0 SJI. ?!hll.Tlll FRANCISCO:- Obrigado. parte do mesmo gllbinete, merece o no~so apoio,
o Sn. Jt.lonErn.\ DE lllnnos:- Or3, um homem e sempre que eu e outros membros da depu-
desta calegOl'h' não póde dizer causas indiffo. lação lhe dirigimos reclarn~ções no desempenl1o
rentes nestu camara. do nosso dever, vern!ls satisfeitas as necessidbdes
de nossa provincia. •
O Sn . OL!loAmo:- Eu nuo ouvi o d eclaraçiio Esln declnrnçiio do nobre deput3do nomeado
do noiJre ministro do irnrerio, senão teria recla- chefe da de~utação paulist~ quer dizer que, sr
m:tdo. o nobre mtnistro do imperio não attende ás
O S11. llonEtn<~. DE D.~onnos:- Até hoje nlio re- reclamações que de lá se fazem, a eulpa não é
conhecia entre os ·deputados de S. Paulo de S. Ex., mas da desidia dos deputados que
outras precedencias além daquellas a que os ta. estão debDixo da cl.Jella do nobre deputado. ·
lentos c serviços de cado um dão direito em O Sn. LEor;cro DE CAaYAtHO dá um oparte.
qualquer communhão politica ou na sociedade
eln ger~l. · 0 Sn. MOREIRA. DE BAIIROS :-V. Ex. Sabe que
eu sou incapaz de dirigir-lhe qualquer offensa.
O Sn. LEONCIO DE CAnV.ALHO:-Mas o Sr. Eu estou fazendo uma resalva pessoal e ~ccen·
Martim Fran6sco tem relcvantissimos serviços tuando estas declarações~ não pura magoar a
prestados á província. (Ap~iados.) V. Ex., mas para m{}strar até onde os leV'd o
o SR. OuGARIO:- Como todos os outros. seu chefe.
Eu, em vez de diz~r que o nobre ministro
(Ha outros apartes.) attende a todas ~s reclamações, diria que não
O Srt. Mort"RmA DE BAlUI.OS :-Eu peço aos no- attende a nenhuma!
bres depu1ados que me dAixem continuar. Si obtendes alguma cousa,deveis isso a outros
.Mas. Sr. presidente, todos sabem que mesmo. ministros, ·a S. Ex. nada. Não lhe podeis
debaixo deste pol)to de vista eu sempre reeo." agradecer, pois, nem. os actos de justiça.
nheci que me competia o ultimo lagar. (Niio O Sn. MARTU! FuNcrsc:o:-N1io se póàe des-.
apoiados;) · . ·. · tacar um ministro dos outros.
O Sn. L!roNmo · DE CAavALHO : - Ninguem oSn.MoREinA DE B.umos:-E'por isso que tolero
di5se 1sto~ · · ludo qttanto~ o nobre ministro do imperio tem·
feito ou possa· fazer: obed~o assim a um dever
o'sn. 1\I~REÜI.A. DE BARROS: -Nunca-revelei a politico, e just~mente' por não poder isolai-:-o· de
menor pretenÇiio a tal respeito.· seo.S co!legas. · , .· ·. .
Dizia ·o· nobre deputado: Eri consnl!ei a·.tooos : Comg di~e,. parece que se quer por for~ que
os. presentes, eoin e:x-cepção,·por um motivo de eu e o nobre deputado, o Sr; Olegario, sejamos.,
'l'omn Vl•. - 52.·"'
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:28 - Pêgina 7 ae 20
op'J)Ósicionistas. Eu já disse ao nobre ministro Para bem do partido e do paiz desejo que
e forno a repetir-lhe: carrego too1 todos os S. Ex. ·continue ne!le por mais tempo, não por
encargos de OP.posidtonista; o que não quero si; mas p8'ra que o illnstre chefe do gabinete
é a responsabilidade; não quero crear embaraços e mais alguem fiquem avaltando S. Ex. pelo
á marcha do ·governo, por menos valor que elles que S. Ex. realmente vale.
possam ter. Devo por ultimo dar uma prova de · publico
Carregue quem quizer com esta responsabi- reconhecimento do esforço, que eertameRte fel.
lidade. Esta situação não pertence nem ao l!obre o nobre deputado para discutir com um col·
ministro do _imperio, nem ao nobre deputndo le@'a com qnem não mantem relações pessoaes.
por S. Paulo, chefe nomeado para a deputação Se1 qne S. Ex. o fez no intuito de dar força ao
paulista ; pertence a todos. Todos nós 5omos nobre ministro do imperio e só porque deu mais
liberaes e ningnem tem·o direito de nos deter- valor do que merecem as proposições vagas que
minar est:l ou aquella posição. enunciei no meu discurso.
Por \lllimo-o nobre <leputado fez uma defesa E' uma distincção pela qual lhe sou reconhe·
ao Sr. ministro que me pareceu fóra de propo- eido.
&ito. -Aprecio e louvo a dedicação e fervor que o
Dis~e elle que eram prescindíveis as declara· nobre deputado mostra pelo nobre ministro do
ções de S. Ex. em relação á propaganda aboli- imperio ; fervor que não é de boje, e do qual
cionista, porque o pensamento do govsrno era tem dado proV'as muitas V'ezes. Espero que con•
conhecido. tinnará a ·alimentar pelo nobre ministro no fu·
E' elnro que isto não póde ser resposta a mim turo 05 mesmos sentimen\os e a prestar-lhe
que nã!l podi:• duvidar da opinião do governo, os mesmos serviços, que já lbe prestamos juntos.
cujo c!tere cllama-se José Antonio Sar:ri.va, que
aqui q 1t:1lifieou do modo mais completo taes ten- 0 Sa. M.A.atrM FRANctsco :- Por minha parte
tativas,tlir.endo estas immorredouras palavras:- continuarei. - _
0 assumi•to é sério e com elle nao se deve O SR. PRESIDENTE:- Pondero ao nobre de-
brincar. putado que_está esgotado o prazo concedido para
_O quo ~u disse foi outra cousa. Pedi aos mi· sua urgenc1a. _
nistros que nos tranqUillisassem, si não vissem
nisso mconveniente, sobre a asseveração do O Sa. MoREIRA DE BARROS : - You sentar-me
nobre deputado por Pernambuco, de que Linha em obediencia á ohservnçâo de V Ex.
por si a maioria do ministerio; e particular· Para. terminar direi sómente que prestaria
mente :~o nobre ministro do imperio que se ex- talvez um servic;o á reforma si pretendesse ou
plicasse sobre a aLtitude que a imprensa lhe em- pudesse derrubar S. Ex. do gabinete; mas
prestava. Qu:~nto á primeira parte, logo que o não o aggrido porque, neste paiz, seria farta·
nobl'e deputado disse que a su3 IIS$erção ruu- lecel-o. No emtanto ninguem contesta a impor-
dnvn·se no voto d~do para auf?mento do fundo tancia e significação que tem para o futuro da
de etl.lancipação, eu não insmi mais, dizen· r eforma a sua primeira execução que vai ser .
do-lhe : -Isso niío é do governo, é da eamara. entregue a S. Ex.
Pelo que se •·ercre ao nobre mioistt·o, essas O paiz tem serias preoccupações deste facto.
palavras tabellioas de que o pensamento do go- Elle temê com justa razão· que o nohre mi·
verno é conhecido, não o aproveitom . nisLro tente applicar a e>ta im porl.an te medida
Ninguem póde duvidar do modo de pensar a sua theoria empírica de go\·eroo, que consiste
de um governo presidido pelo conselheiro Sa- em experiment.1r si uma decisão é bem aceita
raiva, e do q11e fnem parte alem de outros os pelos ínteress:~dos, antes do que se consolt:~r a
deputados presentes conselheiros Pedro Luiz, justiça della para fazel-a prevalecer;- ou que
Lima Duarte e Buarque de .Macedo. commell3 em relação á reforma desgraçados (é
A insinuação dos jomaes ao nobre ministro um pouco dura a expressão eu a modifico);
do imperio é mui grave. eommetta, repito> inexplicaveis lapsos de re-
Elles deram a entender que S. Ex; atrai. daeção, iguaes ao do seu aviso de 26. de No-
çoava os seus collegas animando o movimento vembro proximo passado. ·
abolicionista á surdina. O Sr. Martbn Frauciseo:;...Quasi
0 SR. LEONCIO DE CARVALHO:-Era uma SUS· não precisava fallar, Sr. presidente. A leitura
peita gratuita. que fez o nohre deputado JIOr S. Paulo de al·
gnn,s. trechos do seu discurso justifica per!eita·
O SR. MoREIRA DE BA.RRos:-Eu estou repe- .manie.o passo qne a deputação de S. Paulo en·
tindo o que os jarnaes diziam. Uma das gaze- tendeu dever dar separando-se da opinião de
1as chegou a dizer que o nobre ministro do S. Ex. Evidtmcia-se e se descortina sem grande
imperio não devia responder-me. Que eu o que labor, ao ler o seu discurso, só um alto motivo
· pretendia era fazer ama intriga cabalistica, e de interesse pnblico, a votação da -lei da re-
comprometter S. Ex.. com elles abolicionia~s rorma e a conveniencia da sua 113-ssagem, lhe
OU-GOm a provincia. Que e\le se calasse. final· impedia-de fazer reparos já ao governo geral,
.men~. porque e!Jes bem sabiam que contavam sobrttu®, principalmente {são palavras de S.Ex.),
-~m S. Ex. Não insisti pelas deel:~raçtíes indi- á administração provincial pelo. modo por f!Ue
-.tdnaes de S. Ex.• ~~- não posao isolar o correm os negocios na provincia. LoBO, sa a
p nobre IDÍJ!-istro do 1mperio dos sens co! legas. logicn nlio mente, cessándo o - impednneu.~,
· mo se creia que tenho vontade -que S. Xx. passando-·t lei -da reforma, nós e .o governo &e·
sáía do ministeno. remos o -desprazer de ver separ.1do das fileiras
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16:28- Página B de 20
.413
e a soUduriedade ministeri:ll impunha-lhe a Proposta
responsabilidade . pelas opiniões do ministerio.
Creio ter re~poudido ao nobre deputado, sem A.rt. 1.• ~ica e~ncedido 110 ministerio do3 'ne-
de leve tel-o nggra'i'ndo, porque não foi esto. goci9S do Imperto um credito supplement~r
:1 minha inlf;nçfio. na JIDP,~rta~ciu de ·143:50~~83:l-sendo mais
Tenho t~rmin~do. (Muito bem.) . 87:766,-~839 a verbn-Soceorros publicos e me-
lh~rnmento de estndg sanitario, do exercicio de
Achando-se ua s:;Ja immerlis.ta o Sr . mi- !819-1880 para ool:lrir as d•.spezas feitas até á
nistro do imperio, que vem apresentar uma presente data~ ~ceorrer-se ao pagamento das
propo~ta uo poder executivo, é iuLroduzido no que se tenham .:~mda de fazer ~t~ á liquidação
reCinto co.m as formaliclades d.o estylo e, to- flnu l do n:esmo ex~rçieio; e. 1i5:739S á verbn-
IDJni!o ossento á direita do Sr. ·presidente, Mo FaculdacJc~ de medJCrna, dos exercícios de !878
11eguint e: -187~, 1879-1880 e i 8BO-i88.1., afim de in-
~emutz.ar-_se a tyj)ograpbia naeional de igual
Augusios e dign.issimos senhores represen- ID!-portancta, proyenientc da impressão alli
tantes da nação. fe1ta _dos compendias de botanica e clinicn ci-
O credito supplementu de iOO:OOO$, conce- rurg_lcn, çomp~stos pelos Drs. Joaquim:l!fonteiro
dido peJalei.n. 3,005 deU de Outubro. ultimo, Cn!Umho:í e . Vzccnte Candido Figuoira de_Sa-·
ainda não roi sulllciente para cobrir todas as bo1a,_ lentes da faculdade de medicina do Rio de
dtspezas que se tem feito ai~ á presente data Jaue1ro.
pela verlJa-Soccorros publicós e melhoramento Art. 2.• Revogam-se as disposições ei:n con·
do estado sanHario-do exercicio de 1879-!880, trano. _
conforme vereis da demonstra~ão junta, sob Paço, em g de Dezembro de i880. -.Barão Ho·
n. l., por i sso que. depois da proposta que, par~ mem de Mello. ·
a concessão do referido ·credito, tive a houra de
apresentar-vos em 6 de Julho do corrente anno, lll!NISTERIO DO II1P.Eli!O.
occorr ert~ m as constantes da demonstração sob
n. 2, na somma de 67:766~39, além d8S que Demonstração d~s àespaa.s feitas pelp, verba-
foram pugas por conta da de 32:332~83~, in- S~cco~ro: publ!cos ~ !f!elltoramento do estado sa-
cluída naquelle credito para despezas impre- mtano-do exercww dt~ !~79-1880 e do au-
vistas na corte e províncias. ,gmento ele credito quo ainda &e toma preciso
Torna-se, poís, nscessario mais um credito .2'Cira .fJ.astos da m~sma 1Jer_ba até a liquida-cão
supplementar á dita verba, o qual deverá ser defin~ tiVa do r~fendo eurcwio. •
de 87:766,:;839, visto que calcul~m-se em
i0:0008 tiS despezas que ainda possnm apparecer Credito da lei n. 2.911.0
sobretudo nas províncias, alé á liquid(lção final de 3i de Outubro
desse exercício. . de }.879 ............ 800:0008(}01)
Outrosim, tendo sido :mtorizada por avisos de CreditO supplementar
~3 e ~4 '!e Julho de i877 e 30 de Janeiro do concedido pela lei
corrente anno1 nos termos do art. Mt do regu- de n. 3.005 de i2
lamento r.omptemontar dos I!Statutos das facul- de Outubro de !880. 100:000$000 900:0008000
dades de medillina, approvndo pelo deerelo n.
! .í61, de U de Maio de i856, a impressão, na Despezas feitas na côr-
typograpbia nacional, dos compendias de bota- te c províncias se~
n!C3 e clínica eirurgica, compostos, o L • pelo gundo a demonstra-
Dr. Joaquim Monteiro ·caminhoá e o i .• pelo ção junta sob n.L. 9ô7:766!S839
Dr. Vicente Candido Figueira de Saboin, lentes Para occorrer a des-
da·raculdnde do Rio de Janeiro, import:~ a des· pezas que a i n d a
]Jeza com essa impressão na s<imma de 55:739;S, poss~m apparecer
conforme se vê do o.ffi.cio junto, por cópia, n. até a liquidação fi-
885 de 12 de Novembro findo do administrador nal do eter cicio ... )O:OOODOOO 987:766~39
da referida typographia, sendo, com. o com· Credito preciso. . 87:7666839
:pendi o do Dr . Caminho:i 38:676$700e com o do Terceira directoria da s-ecretaria de estado dos
Dr. Saboia 17:062~300, Jlartl cujo pagamento, negocios do lmperio, em !8 de Novembro ·de
porém, não dispõe o .governo de fundos na i880.-o director interino, N.·Midoli. .
verba-Faculdade de medicina.
E', portanto, tambem preciso um ered(tO sup- DEHONSTRAçio DAS DESPEZAs l'Err.\s. PELAVEl\ll.l:
IJiementar- á dita verba na indicada quantia de - SOCCORB.OS l'UBLICOS E MELHOILU!ENTO 1>0
55:739H, da qual será levada :to exercício de ESTADO SANIT.UUO - DO EXERCICIO DE ! 879 -
1878-1879 a despeza já ~nhecida dei7~0~~700, 1880 .
relativa á impressão da_ primeirn parte .do com, Grõltilleaçõos daranlt~ o oxer·
pendio de botanica e aos de !879-!880 e 1880 cicio :
- iSSl a düierença. classificada· em eatla um
destes. a pllrte das despezas' que lhes pertencer, Ao seer ct:uio Ih ja.nta do hy•
. _6, vista das contas que a mesma typographia siono •• : ........ . . .. , ....... 600,100)
apresentar. A nm ~ju dante do l nsJ'ee\lr
· Venho, portanto, de ordem de Sua Magestade do JUdo do pol\1.......... i:6 l0,1000
. o·ImlJerador, submetter á vosS3 consideração a A. dollt dUoa .. ..............·•• i:!OOSOOO ~:900:,VOO . ·
segwnle
Cfrnara aos Dep<.laOos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:28 - Pêgina 11 ae 20
~·
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o.
o
o
{':
N. 2~- MINISTERIO DO IMPERIO•.:..... Demonstração· das despezas que occorreram depois de solicitado o credito ~
8
· supplementar de 100:000,000 concedido pela Lei n. 3005 de f2 de Setembro de 1880 á verba «Soccorros
3
publicas e melhoramento do estado sanitario » do exorcicio de 1879-1880 · ~
~
~
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~
PROVRICIAS DATA DOS AYISOS
E
~
D!TAS DAS REOUISICilES NATUREZA DAS DESPEZAS OBSERV.LÇ(!ii.S
IIONJCIPIO DA DOS PAGAMENTOS :ilo " ~
201 Tratamon\o ~
~
IJplrllo Sanlo .. IOfllelo da prosidonela n. do lndlgonto• aeommot\idoal ...................... 18 do Julho do f88Q.. .. !:0008000
do 113 do Junho do lSBQ. <lo dy•ontorin no mu ntelplo do nono· Sl
vonto.- Grntlneoç~o o ajuda do· cnsto
ao 1ncdieo nn~arrogado do ll6.1'l"fi!O o .. "'~
QCI[ Ub!çã~ do mo~1 coruonto!.
S, Pedro, • .,," [Toloaramma• de' ~8 tio Abril,jSuatoolo o condacçilo do lmmigrantos .... \ ...................... ~5 do Jnlbo o 6 do
3 o· D do Maio o officio da
prosldoncia n. 666 do !O do
Jnlho do l880.
· Afooto do t880,
20:000,1000
f:....
"'li
.
"'o
Ballla ..... , .... OJBelo d.a prooidoncia n. 73jGonoroo alimentfelu a modleamnnlo• ror-ll3 do Ago11o de 1880•• ,
doU de Soto,;,hro da t880, nooidos por JoJÓ da Silva Mondon~o ao
t:G99~~70[Alnda nlío rol approudo. ~llI·
hospital do Mo,horrato nos mo••• do
Abril a Junho do 1880. o:d!
Sanla Catbarlnalldom ns. ~~ o " do Í9
Mato o ~7 do Sotombro o da
doiGratlfica~ffes vone!das polo po u oal ompre·l3 do Jnnho o oonfid"n-[ ............. , •••• ,, •. I tG:53~&!Idoru,
gado 110 sorri~· do ob•orva~ão o lua-
~~
thotourarb. do f:lunda n~ 8 rllto o eorn ontru medido.1 no iDtuHo
ela I do i3 do Agosto
de 1880. t:;t,. 'i
do i4 do Sotombro do l880, do eombalor a epidemia da f obro ama·
~;:
~li
rollo na copilat o prevonl r sua pr opa·
gaçilo a ontros ponto• d& provineJa.
C6r....... ·~·4·~ Idem da lnspeclorla gora\ d~o~COmodorlas fornacldas polo eommondontoli7 do Junho do ISSO... I6do Julho do UISO..... ~:655,5840 ""1;j
torras e eolonisaçSo n. m do lron•porLo Pwrtl.s a 53~ lmmlgra >to• O j:
.do 3! de Maio do 1880. inalorOJ do dous annos quo eondnzlu
Fara os portos do Santa Cot!Jorino o g-i:
S. Podro a 4 do moJmo moz.
.....
00
Idem........ ,, .IA•bo do Dllnistorlo damarinhalCombmtlvol cnnsnrnldo pelo roforldo1 ...................... j7 do Agosto do 1880.. . 0:439Ni153
n. · tliD9 do 23 de Jnlho do transporto M Tiagorn acima Indicado.
i880. ?
Idem ........... . 018. olo• da junta doltygl.ODO ru·,Groti~cav6os VDolcidas polo• medico•
hlle" do tO o !.6 do Abri , 8 pbarmoconlieo o maio dospozas felt.s .
"I· .. o ............ o ..... ·127!ombro
do Agosto o~ doSo.
do lSSO.
4:9!48$16[S. Ex. o Sr. miublro, ubondo
qno a o~odomb. na f rogo oda
de Maloj %1 dtt Junh.o, 8 do eom o trat:lmonto de iudigoutes aeom- da GuaratJha, ha1iaeossa.do,
Julbo, ll, 7 o 17 do A.goslo do motUd"" do fol1ro• ~·•••lros o dyson• ~ quo as do•pma> na impor•
t880. tnrfn n:u. lr.oguo:zl~8 dl!l .faeitrópag"& a tancia. d4 t.530.,000 1111nsaasJ
Gu~ra\lba. ~om um modlco e nm pb.ar·
maeonlieo eonUnnaT~m or-
denou, om 31 do Julho, a
~xtlncp1io da eommluão em
quo •o aehnam 01 referido•
IJledioo • pbarmacou\lco. ~
,(R
(')
:• ~·
õl
ld&m....... ..... ,Idcm de õ de Jnlbo· o til dojllodlt3mo~tos fornocido• pala e11u Silva lll do :rnlho o ~·<lo So- I:GS01\1t0 i! a
o
Agosto de 1680. & Toltol m !'"''a oeu rotl"' dos doontos lomhro do f880.
das fuguoa: as Acima moneiouudaa.
~
Rio do bnolro • Oll!clo da prO!lldooela do 30 do,TrAiaiiiOPIO do índlgontos acommo llldo• l·,. . .. , .......... ; , .. ·j l~ do Fovorolro o ~5 do ~:07SfiúiO o · !:i
1
Julho do t680. · do tobros iulorlllitlontos no mualclplo AgoUo do ISSO, ~ ~
' de l!angaraliiJa. Esla t111Spou foi folia · ,Q)
· pot" rc~tootUva G.1111>r.O lla nlclpal,_;! 3
<ruat om' olllcio do ·~~ do Mofo do l !R!U
~o~ulsltau o porao1onlo 4. pro~idoneia ~
d• ptori"oi~. e prov6m do foraoclrnqnlo ~
. . do diolr;s, ntodicamotltas, ol.C.
l1l
IdOIR ...... ".','" rdo1n da jlro•ído.noi~ o dall;nll\ 14om do fol>ros do ll!au cMao\ot• ,;.. cid•do~~ do Jull1o d 80 .... (t8 tld Soto••hro o ~G da 5;0)0,)000 >O
do hyglond do '9 o .:H elo do :V•ssaouas. E'''" do~ I'•'" foi roita Oul~tn·o do l8Stl. 21
M:tlo,. o n tlo Juuho, lO do j>oln fO!JlOCtivn OnDIOro l\luul~lriOI.
Solombro o 9 do Oululm:J do
1881!. . . ..... ·~
f€1 ~
~
a,
Cõrte., ......... !Idom do ínspool~r o1o Concorlo .i~ lnncltO dns vi!ilas do saúdo oj· ,. , ........ o. . . . . .
do aou!}o jG do Mao·ço o 2~ do ·. ~·
, .. 3:~ ~0$000 ! A dolpo•a to ta l com o•to eo~· ~
· Jl Orlo do l3 do Agos!O da !)()llel,, do por!O l!ola comltliuhia om- . ACO>Io do i SSO.
~
COriO roi do 6:!!00$000 jiOI'·
cluns do mocnnoca III~u olrlo •·
1880. . . toueondô JIU!hul'c OOmcmle
~
m Ct:11l o a astt tnfnistorlo o
:\ outr::a. :10 d:;L ju.sUç-:1. · ~.r ~-
~·
J.Jom, .• , , ••• . . ,f ,lvl•o do JBinfahrio da. asrie-,tl· P3Ssagott~ concodhloa a innuig r~tntes uaJ .. .• , ............ . ... .IJ8 do Outubro do 1tJSG. Otilb()OO "'
li
luro n. 3J do 5 do Outubro vro vintla do Parooã pola resrootím · ~
~:
>O
do ISSU. · •souob offioiol do oolonlncão. o
ldono ..... . , .. ,.lldont do IIIÍilislerío do Bkríeul· MO<IIoamon\o• forno~i<los a imonlgl'aulosl ...................... 1211 do Outu bro do !880.
lur.\ ns. G n 3j 'do u; o 20 '"' bospodal'l• do govotJIO o ,, ••,,.... 838750il!sl~ " "'''"' ' ror ouloria(a
por. avjsa Ao minis(orfq da
!· ~·;
do Outubro do f380. . eom cn1barquoda• mosmoslrnmiMr·'"'"'· n:;:l'ieultura do iG do Junbo . : (I;
do !SilO. r a·
Uem , ..... , .... U,lom n. 28 do 16 do Agosto aolPas.,~oni a lmllliBrantos pam Sanl~ Cn· l ......... .... o . . . . ,, . . ]H o! o So\oll>hro olo 1880.
J880. \hnl'lna o !•orlo .\logro 1•ola comjlonllia
l 2:6GJ.)!UO l <Q~
· lJI'a>ll&lrn do naroga~iio ~ '"l'or da
llt•ba do oul. I~
!\' «>
~.
loo1n., .. , ...... ,Ido'" nt;' jJ;~~. ~a o 3% do t&,,ldom p~ra l'oronasua o Rio GranJo do Odo Acosto, H doSo· 8;8Õilh1JOO
. i8 o 30 d u 1u111o o~ do Ou- Sntr•ola comr>Mioia do Pa<JUOLo• l>rall · IOB!hro ~ 00 do On· 1, ~
· ·• · •· IMbto do 1880, . lelro• ~~~ liubn do sul. l'!hro do !880. 13 :
..... ' .......... ...... . 15lotnbra
I
l ~om •.-, ..... ... jldotn n. :!X! o ~~do lO do Julboll•lom pora Santos, Paranosuó, 'Santa Ca· de .Julho D doSo· ~O 7 : ~74/i()OO
i' . .,..
1-j
. o GdO Sotcnllro doi 11181. lh>rl&:> o mo
Graudo do Sul poln COm •
~
do iSSO. · '•O
.:::.
•I .
paultia naelonal do n>vogaçft o. 1
ldom ...... ,,, • ·)Jdom ns. \tio 21! doi? o SO d~ Jdom •In eidodo do RíoGrando pnl'' P ot·lo 23 <lo Jul110 O!4 da SO· l :25DJO(IO
:;:i
· . , Julf1o do (880. Alogro pola <OIDjlanhi~ Jn\lmiolado, lom ~ro do iSSO. "•
l00:11!19AG73
l.~ ·: .'
lroporlaaela JA tonoodida· no. ti'C4ílo •l!Jlplomontor da oilod:> L oi n. 3005 parn ll ..tiozu impr~vi41as na cdrlo o pro~inoías ....... . .... . 3~ :83~},834
417
Demonstra~ da.s despezas feitas, M typogra· - -Retirando~ se .o Sr. ministro com as ·mesmas
phi" Mclonal, com à impressão dos comp_r.ndios formalidades com que entrou,é reweuida.ã com-
de botanica do Dr. Camin/1oá e de cltimica ci- missão de orçamento a proposta apresentada.
rW'fll'ca do Dr. Saboia, de conformidade com O$
atJi&os de 23 e !&. de Jul4o IZ~ i877 8 30 de ORDEM DO DL\
Janeiro do corrente anno.
cELE!.ÇÃO DA. MESA.
Com o compendio !la botuica :
No 6J:ereíelo de.. f8i8-fS79.. 17:M•,)'ioo
Presidente
ldam de..... . . ... !879-lSSO\ •t ·S5i,500() 38:67118700 63 cedulas C3 em brauco)
ldem de.......... !88()-!SSil" - •
Com o compendio de ehimica cirnrgica : Visconde de Prados. . • . . . . . . • . ~ .votos
No osercioío de . .. i879-l.880\ l7:06!~ Gavião Peixoto. . . . . .. . .. • . • .. . IS
ldem de.. . .. • • • .. !8B0-!.8Sl ' .. ·" ·" · .. "
Saldanha Marinho........ •. •• • lf. •
Crodílo prm:iSII.. ... .. .. . .. .. 5ã:7:!9b{IOO Andrade Pinto.. .. . ...... . ..... 2 •
Terceira directoria da secretaria de estado .M.artim Franctsco. ~ .. . • . .. •. .. • 1
dos negocios do imperio em de Dezembro de l. 0 . vice-presidente
!880.-0 director interino, N. Midosi. . 66 eedulas ( 2 em branco)
N. 885.-Typograpllia nacional, i! de No- Frederico de Almeida.... ... ~.. ~6 votos
vembro de 1880. . Cosw Azevedo.. .. . .. • . • • . .. . • .
• lllm. Sr. -Satisfazendo a re@.isição constante Otegario.... .. . . .. ....• .. . • . • ••
i7
..5
•
. do olllcio que se serviu dirigir-me em 8 do Gavião Peixoto................ 5
correu te, tran~mitto a V. S. cópias das contas .Malheiros.. . • . . • . .. . • • . .. . • .. • . I
de diversas impr~:ssões feilas no ex.ereicío de
!878 a i879, por conta das verbas-Secretaria 2. • vice-presidente
( 63 ceduias )
..
de estado, Camarn dos senãdores e Camara dos
.deputados, a que faz rererencia. Gavião Peixoto. .......•......•. !).'). votos
Por esta occ·asi.io cuUJpre-me declarar a V. S. Marcolino Moura ............. . 8
-que por aquella p~imeira verba devem ser p~~:;as Moreira. de Barros •.•.•.....•. 3
á typographia nactonal, no corrente e:eretclo, Costa Azevedo ............... . j_
conforme as contas que em tempo. serao ~Jlre•. 3 •.• více· presidente .
sentadas, as se~ntintes obr11s, cUJa 1mpressao f01
devhlau;en·e autorizada. · 6'2 cedulas (l em branco)
., 2.• parte da uura do Dr. 1. M. Caminhoá,
eompr.,hendendo o 5.•, 6. , 7." e 8. fasciculos,
0 0
~- '
dend;l eonsidera~o. · . · Manim· .Franeiseo
. - - . .Filho
' ...
.-
.-•••• • . l
Tomo VI ~-53._
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 16 28- Página 15 00 20
418
Além dos argumentos decisivos que lhe ·dão O ·!8r. Iguaelo Marti'Da : -Sr. · pre-
a Constituição do Imperio e os precedentes da sidente, não pretendo cançar por muito tempa
eamara, é o orador tambem do parecer do eeo- a a\tenção da eamara. Em poucas pal ~ vras . jtl3-
nomista fra11cez Ie Roy Beaulien, quando disse · ti ficarei o voto que darei contra o projéclo ·. qae
que o regimen parlamentar é uma sueeessio de .veiu do scn~do, sob a falsa. denominação de _
compromissos e de traasacções e que esse re- emendn (apowdo~).abrindo um credito de ~-000
gimen era de tal mndo ]lreeioso, que em hon- con1os ao ministerío da guerra. -
ra delle se devia fazer algum sacrificio de opi· · Em primeiro logar, V. Ex., Sr. presiden\i>.,
niões t de paeiencia. Eutre nós, apezar do seu permittirá que eu me dirija á mesa; a V. l!."x.
falseamento, a pratic.1 do regimen parlamentar mesmo, como pres~denta de nossos tnbalbos,
tem exigido os mesmos sáerificios. O partido para perguntllr qual o moúvo por que vai ter
liberal, por exemplo, desde qu~ subiu ao poder, uma só discussão este projeeto. (Apoiados.) Tra--
tem sido obrigado a aceitar compromis.<Os e ta-se de um projecto novo e.não de emenda, em-
transacções, a principiar pela reforma cou~ti· hora tenha elle nos vindo com· esta denomí-
tueional para f~zer a eleição dir~ta . na(;ão. O nome pouéo importa, o que importa é
Entende, portanto, que a camara não deve a materia que é inteiramente nova, que consli-
ter essa susceptibilidade constitucional serodia, tue um credito differente, e para ministerkl .
tanto mais quanto não ha tempo para ' alterar- t:tmbem düferente, e, portanto, na fórma do.re-
se 0 projecto de m;tneira que 0 - governo fique ~timento,devia ter duas di~cussões como próposia.
habilitado a providenciar em rela~o á defesa do governo .ou como projecto vindo do senado.
do paiz. O senado aliás não in.vadiu, como jul- (Apoiados.) ·
•. d - V. Ex. comprehende, Sr. presidente, -que
ga t er demonsI rado, as preroga.Ivas a c9 mara. um creditQ de 4.000 contos ao ministerio da
AuteF. de concluir, -volta a uma questão que gnerra,para melflorar eaugmentar o armamento
na sessão anterior foi perfeitamente tratada pelo e equipa manto do ex.ercitu, credito que não !oi
_J!llbre depntatlo por Goyaz. E' de ha muito a pedido pelo governo, ·nem votado· pela camara ·
---opinião do orador que a melhor garantia que dos de'putados,é inteiramen\e differeule do cre-
póde ter o governo de contlictos futuros dito que foi pedido pelo nobre ministro da ma-
está evidentemente na segurançu e rapidez rinha e concedido por esta eamara para melhMa-
das communieações para o interior. Ouni· meoto do material tluctuante da nossa armah.
co ponto de discordia possivel entre o lmperio (Apoiadcs.) ·
e as republicas do Prala é a via commum dos -
rios, de que ellas se servem, aS!i.m como 0- lm- - O SR. F:sucto nos SAt~Tos : -E~ um addili-vo
perio para oommunicar com as províncias-. Odi- e não emenda.
reito do Brazil á navega~,--io desses rios é inoon- · O Sn. IGNACioMAl\i'INs :-Não acompanharei e
testavel e continuará a existir; mas. asse~urada meu intelligente umi~o e distineto eomp;~nheire
a communlcação interior com ?flato. Grosso, de deput!l.ção no bonito pa~seio que fez ·pel'es
diminnida a necessidade delles, desa.ppareeerão paizes estrangeiros, nem tão poueu o aeomFa-
pelo menos os ve-'t:~mes que soffre o seu com· · nharel no de:<envolvimento das questões que
mercio, ql.le tem de servir-se daqueHas aguas.· possamos ter ou evitar com a Republica .Argen-
S~;rio então os Esta elos do PrMa os mais inte- tina. · Em f. • lugar, eu poderia. 1ev3r vantag.em
ressados em chamar esse oommerci() pa-n_li. a s: Ex. em algumas apreciações que fez, em-
Sente que o nobre ministro da agricnltnra bora a sua reconhecida superioridade inleflê-_
Dio procure realizar&i.Sa obra,tanto.ml!.i.<> quanto etual e illustração·. -- . . - -
lhe consta não exfg1r ella avultado dispendio. O S:a.cCESAlltO ALV'Ill dá' um aparw.
Diz,se que. a-companhia paulista levará S&DII, dif- o Sa. !GNACIO MARTINS :-Em 2. o logar, não
fieuldadils. maiores os seus trilhos. ao. Pllraná posso concordar com apreciaçõés qne pOS$3m
medianteumasubvencão.de cerca. de t1S:009'$.por JUStificar qualquer probabilidade ou possibirt-
kil{)metrG. , W- uma àespeza insignific:mte_em_ dade de guerra,_JlOTQ.Ue estou intimatpente coa-
relaç~ aos- gJandes resultados t}Ue. trarâ tau~ vencido de qne depots das declaraçõé~ ea~
para a segurauça. oomo ·para a. pros-Peridade rf~mente- feitas pelo nosso governo, depois- (in
eom.mercíal' e in-d:nswial. do paiz. declaracões rraneas, CAtegorieas e não provocam~
'Ir essa prosperidade qn&faz a forçao dos Esta~ do governo argentino ; não banem póde baftl!"
dos Unidos e permitte-thesque,dispondo.apen:as actnalmente a menor ]lrobabilidadeoupo~"bü
de um insignificante exercito_e uma pequ~ dade de uma. guerra, e eertamente, de_pois·'llle
mariaha· d& ~rra,_ não ~ · MID: SUSJM!Ite taes declarações, não é lil)ito duvidar de qua as
WBpggressãe de qnalqu~ poteeeia. nossas rela~t-ões sejam as ·melhores e· as Jll'ais
. CbJU:luin.da, di&_ o. orador que.não e d:iq,u.ell'as allli:stGSas com os estados do Prata. (~)
~e, eu.&ende,lll. que, o, governe.não_ :se de:v.e; pr_e:v.e~sendo: assim~ ta..<ia e qu.alquer discussão .a.este
. :ilú,. mas. 1aDlbem. Dão.'é. <laq,u1!lle$,QU~ entend"em respeito. não me. panece. ser. conveniente.. , -
4exe:. o, go:v:"llO.- aonar-se. lOr' .uurag,eus: ~ @: sa €Bs.un~ ABvnt:-Ao. contrarkl..
~Qefta.. Illsiste. n~~es. pontos :_ si: ~ -~xe~ 'roda· a di'seussão .asseglg-a_tÍ<fu que-~~· ~tett..
- quer manter pe$jj&u).e~ QcJlut., lil. nao. ~r - .... · ·-
ter motivos pata ftitnras di'ssidenclas ·com os paz, c-convemen.., :. n1o- acet a. .P.
tQ re rl!!Jenê
:·
}l3izeS plátm~, aflora as eemmuni~çies OOIJÍ: o . 0- SB... IGiw::lO !IA.&tms~-- Não: so.U:.. capaz; à
iD.ItfiOr @)pajl,. t:eelil.&.&.proiee~& àa ealnad:l dirigir reprimenda a quem- q_uet qne ·sel:J,.,
~o: KaM!~ eQBclaa. a; ~ts\iaok ~fa~· ·.CJ_WIJI.te.. mais,- ao aobr&. de[l>l\ado_a.qnelll talltO
'e*"6fita dQ,Iijo Gnnàlb-Sul.. . . . ~.eito" li c.QllSi~ro,; o:que:djg,o, é qq.e trata..
c â"nara dos o epLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 16: 28- Pág ina 17 de 20
meu espírito páira~se alguma duvida,ainda assim privativa desta camara {apoiados), e neste ponto
eu vot.~ria pela compeLencia da camar8 dos de · o artigo da Constitnição ·a que se soct'orreu o
putados, negando nm voto ao credilo, porqu~ o nnbre deputado n~ll fa vorece a sua opiniiio, por-
n()sso .primeiro dever é zelar as prerugativas da quanro esse artigo diz (lê) :
camara a que pertencemos. (ApoiadO$.)
• E' attribuição da assembléa geral : :fixar an~
O SR. Jo.t..()UIM NA»uco:-V. Ex. é coherente ; nualmente as despezas publicas. ~
a camara; n:io. . . Sobre isso não ha questão alguma, o·projecto
o Sa. IGxAcro lliBTiNs : ~Sr. presidente, é do orçamonto sem ter passado primeiro nesta
constante a luta entre os dons ramos do poder eamara e no senado não poderá ser lei, qualquer
legislativo, o vilalicio e o temporario, tentBndo · projecto precisa ser approvado pelos dous rJ~mos .
aqnelle sempre uzurpar as prerogativas que a do poder legislativG, para tornar-se uma lei.
nossa Consti1uição conferiu a este, como o unico mas a iniciativa sobre impostos, e das dhcu~sões .
immediato representante do pGvo, e agora mes- das propos1.1s do poder executivo, é que pelos
mo o que vemos é o ~enad o . sobre ma teria dP. im- art.~. 36 § ~- • e 37 § ~.· da Const.ituiç8o, ~er
postos, iliand.:.r· no», cvm a falsa de!}OmlD.açllo tenc;;m J.;rivativamente ã camara dus de{lutados.
·de emenda~ um projecto inteiramente novo, não (Apoiados.)
iniciado nesta camara . (AptJiadiJs. ) Eu, Sr. presidente, sigo a opinião de que o.
Não é questão de goveroo, porque o governo sen~ do póde ~Iterar os projectos da camara.dos
não. póde ·fazer questão de confi:1nca . qu:~nclo deputadGs relatinmente a despezas, mas para
trata·se de prero~ativas da cam3ra (apowdos); · diminuir e nunca para augmentar as despezas,
porque, neste ponto, entendo que n~3 deputados porquanto, o senado augmentando a despe.za,
não podemos eeder Causa alguma. (..tpoi ados.) augmentará ip$11 facw o imposto, porque a des~
o aeputado, em qualquer questão ministerial peza ba de ser fe1ta como resultado do imposto
e de cnnfianÇD, póde e deve mesmo, quando é e a iniciativa do imposto compete,· só e unica·
ministeri~lista, ceder de opiniões snas, mas em mente, ácamara·dos deputados. ·
questào·de . prerogativas aa· camarn não póde,
porque não póde sacrificar aquillo que não é O Sa. CEsA.BIO .AtVIM dá nin apar:te." .
seu . O poiadoa.} · · · . . , O SR. IGNÁCIO MAllTms : - O . senado· póde
iá ilisse, Sr. presidente~ que si eu tivesse du- legislar sobre despezas que esti-verem. compre~
vidas a respeito da incompetencia do ~enado, bendldas no orçamento, mas note V. Ex:, que o.
c!mara aos DepLiaOos - lm"esso em 271011201 5 16:28· Página 18 ae 20
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caso é differente, trata -se de um credito ex:Lraor- Approvado este projeeto, qual dos ministros
dinario para despezas que serão .pagas com o referendará? O nobre ministro d:l .marinha ou o
resultado de impostos e a iniciativa sobre im· nobre ministro da guerra·Y .
·postos é priva\!-. a da camara dos deputados. o Sa. ·CESAaJo AI.vi•:- Ahi é que pôde haver
.-() Sa. CssA.nio ALvrv : - Eutão o senado não al~uma irregularidade. • · ·.
póde iniciar certas reformas que aug·mentem os O Su. IGN~cui l'úRTINs:- Bem; já o nobre
encargos publicas 'l depntado recon heee que ha irregularid.1de; mas,
O Sa. !GNA.Cto MARTINs:- Não póde iniciar si nós podemos fazer a lei sem irregularidades,
desde que ellas tragam como consequencia a porque a fazermos irregular ? · ·
creação de impostos. . O Sa. CBSARro ALVI!i :-Mas é de facil re-
. Senhores, eu su;tento uma opinião verdadei-
ramente constitucional e liberal, de que o se- medio.
nado póde alterar para menos as propostas de 0 SR. lGNAClO .MARTINS : - Di~se O nobre de·
orçament.o de dt~speza e nunca para mais. pulado que esto facto não constituirá um aresto
O Sa. CESA.RIO ALvm:- Pergu11tarei ainda ao ou precedente que possa Eer invocado para o
nobre deputado : o senado póde ou não iniciar futurg ; inas o nobre deputado mesmo, e logo
reformas sobre qualquer ramü de administração, depois de assim t,llar invocou, como prece-
dentes, factos que foram por nós condemnados, ·
que tragam encargos publicos ? como. ros...~em as prorogaeões de orçamento pro .
. o SR. rGNACIO M.uTJNS:- o senado póde !a- postas pelo senado. .
zel-o, porque é um ramo do poder legislativo, O SR. CESARIO ALviM dá um aparte.
mas applicando o resultado de impostos ja
creados por iniciativa da camara dos deputados, O SR. IGNA.CIO MA.RTIN~ : - lma vez votado
ou então a rerorllla por elle iniciada .fic;trâ sem este credita, o precedeute ficará estabelecido e
execução, até que, por iniciativa desta camara será invovado sempre ·que preciso fõr.
seja creado o imposto preciso. O nobre deputado não encontrou em todos os
. Est3 é a doutrina sã e liberal, que aprendi precedentes que citou um igual a este; en-
com os meus mestres e que tenho visto coustan. controu o da pro rogação do orçamento, iniciada
temente sustentada nesta casa por todos os Ji. no senado, e que provocou forte opposição do
heraes, e creio que mesmo pelo nobre deputado. nobre deputndo e de todos nós; encontrou o da
crea~;ão do batalhão naval, que llão tem pnridade
O nobre deputado tanto reconheceu o terreno alguma cDm este credito, na nossa histeria do
pouco firme e mesmo falso em qne pisava; que parlamento o nobre depnlado não encontra ne·
disse:-·E ~te unlco facto não poderá constituir nhum facto como este. (ApoiadO.f ~apartei.)
aresto, niio se poderá inveear como precedente, Senhores, é preciso notar-se que o senado
attentas as circumstancias em qub nos achamos• . t~stá habituado a razer política, e para conseguir
Mas, senhores, não ha circumstaneias que au- seus fins poiiUcos alguns senadores t~m abusa·
toriz~m e~ te llttentadõ.
da du vus1ção t!lll qu~ o governu se uciw, d!l pre-
Si o nobre ministro da, guerra, depois de ter cisar de seus votos para fazer pnssar fi rerorma
declarado . n~sUl camnra que não precisava de eleitoral. V. Ex. sabe, Sr. presidente, que alli,
mais dinheiro no seu orçamento, conveneeu-se na camara "l'italicia, aindn b:J pon ~o. um illnstre
da necessidade, embora mesmo essa precisão senador oproveitou·se da sua posição até para
fosse lembrada por um · adversario politico, exigir a demissão de um delegado de policia,
viesse a esta camara e pedis~eo credito, a camara qucixnndo-se ·depois da demissio ter sido dada
não lh'o negaria, e :1 prerogativa constitucional a pedido (op.?iad.ll), e não con1ente com isto
ficaria salva. Ainda est~mo~ em tempo de re· tenta ainda, ameaçando com o seu voto, conse-
geítar este proje~to do senado e iniciar nqui ou· guir a demissão do distindo vice-presidente da
tro dando ao nobre ministro da guerra igual minha província, o iflustrado e virtuoso Sr. co·
quantia ou maior, si S. Ex. jnJ~ar preciso, em nego Sant•A.nna . (Apoiados .)
poucos dias esse projecto passara,e aprerogativa Mas esse mesmo illustre senador, tenta emen-
da camara será respeitada. dar o projecto de reforma eleitoral, para que
Not" :1ind~ V. Ex., Sr. presidE>nle, que tra- pllS<am ~e r elPilos m~mbros d~!: AS~I'm!IJjSns pro-
la·se de urna proposta do poder executi\'o.Quem vinda~:s us qull tiver~:m n~s.;ido na proviucia,
é o mais competente para conhecer das neeessi· ainda que nella n3o residam, notando-se que
dades de uma repartição do que o ebefe da mesma esse illustre senador tem parente muito proxi·
repartição 'I Quem é o ma1s competente para mo que já tem sido depulado provincial, na pro·
·conhecer da netessidade do serviço da guerra, vincia que S. Ex. representa, mas que nella
do que o proprio ministro da guerra 'I Quando actualmente não reside. ·-. , .-- :
no senado foi otrereeida ao nobre ministro, pelos 0 SR. Fl\ErTAS COUTINHO:-Estão brincaildl>
seus adversarios politieos; um l:redito que S, Ex. eom o senado. ·
não havia pedidr,, S. Ex. devia dosconfiar de
que a<juelles adversarios tinham em vista al· O SR. IGN.A.ctO MA.Rms:-Diz o nobre deputa-
· gúm fim vu prilcurav~m · co~ isso _desmoJ;"alisâr do que o sy~tema p~rlamentar é uma snccess_ão
e oJI'ender esta camara,· nnan1me liberal, usur- de compromissos e de transacções . contiUUl!.$.
pando nm3 de suas mais imponantes attribuições, Senhores, qualquer que seja a autoridade com
·ou enião faziam ·uma censura ao nobre ministro, quem o nobre deputado teuba.' aprendido essa
por não ter pedido credito para uma despeza ·doutrina; peço áS ; Ex; licença para discordar
que era urgenle. completamente della. .
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 16 28- Página 19 00 20
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,_,_.._..,.15goveroopa~a-i:iieil~---nã~ póde ser_ con· çoador de qnalqner industría,. a propriedade e
siderado uma sér1e ooD&mna de eomprom1ssos e o uso exclusivo do seu desoobrimentJ ou in~
transacções; os compromissos e transacções -venção. · .
podem dar·;<e q~ando não oii.:u_dam a dig_n i· § L • Considera-se descobrimento ou inven·
dadeoo a existenc1a ilo parlnmento, mas ·naqUIIIQ cão a ereação de novos productos industriaes,
que ~tfecta a dignidade_ do parla~en~o.! como bem corno a de novos meios, processos, metbo-
sejam ~ suas prerogat1vas e allrJbwçoes,_ ~s dos ou a applicação nova de meios conhecidos,
membros do parlamento não podem trans1g1r que tenham por finí obter um resultado on pro-
de fôrm~ alguma. (Apoiados.) dueto indu$trial, já existentes.
O sn. Fl\EI'l'AS CounNRO : - Apoiado; muito Estes casos abrangem quaesquer applicaçÕAs
bem. - seientillcas, mas não os produckls pbarmaceutl-
cos e os alimentares, :>enão quanto aos processos
O Sn. fGNAcio lliRTlNS:-Não posso. portanto, do fabrico, sendo applica-veis aos ditos proces·
concoràar com a opinião do nobre depulado. sos, no que lhes rõr cabi:vel, os arts.·67 a 76 do
Sr. pre~idente, como já disse, entendo que decreto n. 8!8 de 29 de Setembro de t 85i.
o gove1·no-de fór)l)a alguma fará da passagem Ficam excluídos os metbodos ou proeessos
deste, projecto uma questllo de gabinete. Não exclusivamente theoricos. ·
póde nem deve fazer, porque· niio se trata de ~ 2 .• O melborador de uma invenção ou das-
factos referentes ao governo, trata se de uma coó1·imento terá, guantl) ao .melhoramento de
import<>nte prerogativa da camara. (Apoiados). que fôr autor, os mesmos direitos que o
O nobre deputado di~se que devemos re- inventor ou desc.obridor, quanto ao descobri-
mover todo e qualquer embaraço, para que o mento ou invenção. · -
governo po;;sa realizar a reforma eleitoral. Durante o anno, ·porém, que decorrer da
· Senbore::. Dós não devemos, é verdade, crear data da p·atente, já obtida pelo inventor ou des·
emb~r~ços ~o g(\verno Da realiznç.1o da reforma cobridor, só nestes ou aos seus llerdeiros e re-
eleitoral, ·mas tam bem não pr.demos sacrificar prcsenta.ntes se concederá patente de melhora·
uma t~o impor!~nt~ prerogativa desta camara, mento, a qual, entretanto, poderá ser requerida
quo temos o deYer e obrig~ção de zelar. dentro desse prazo, com o unico intuito de fir-
(Apoiadoa.) mar direito.
Sr. presídento, em polilica só tenho aspirado § 3. • A descripção · do :tescobrimenLo ou in-
áqnillo que por mois de uma vez tenho conse· veDção, sens melhoramentos e proeessos, assim
guido, um ú$Setllo nesta c;imara, e este eu es])ero como as plnntas, desenhos, modelos ou amos-
que hP.i de d.eh.sr sE-m ter, !lem uma só -vez, con- tras destinados a itlustrar a mate ria, _serão pré·
corridQ c.om o meu voto para o sacrificio 4e viamente depositados_ pelo petlciGoario no
qualquer d~s suas prerogativas. archivo publico, soh envoluero !eehado e la·
O Sa. FnEIT.'I.S CouTINHO :-M.uito bem. erado. ·
O Sn . lGNACJO Ilú.P.TI.~s :-Esta camara está a § 4-. o Ao coneessionario da patente de melbo-
t.errni~ar as suas se:~sões, e mesmo a sua exis· ramento.! probibido usar da industria principal
tencia, brevtlm~nte a p~iz terá 1xma nov~ cam~ra assim mellwrada, sem consentimento do inven-
eleita pela eleição. direcla ; pois bem, ao menos tor, que tambtlm não poderá empregar o melbo-
J;~estes ultimas dia~ de eU.stencia que nos resta, ramenlo applicado ao seu descobrimento ou
n~o sacrifiquemos ainrla. mais uma vez, prero- invenção, sem autorir.nção do autor.
gativa tão importante como esta que o senado Em caso de desaccôrdo se arbítrará,na fórma
nós quer usurpar_ preFcripta li O regulamento, uma eompensação
• São es~'IS, Sr. presidente, a~ poucas observa· á parte reclamante.
ções que tinha a fazer. · Art .. i .• O governo poderá conceder paten~
· Qu8~squ,er qu.e sejam as circumstanci~s, voto aos lnventorl's privilegiados fóra do Imperio
çontra o,~rojecto,emenda, que iniciada no senado por prazo que, dentro do maximo estabelecido
abre ~o ministerio da guerra um credito de no art. 3.•,§· ~-·· n3o exceda, em cas"o-nenllum
!.OOrJ:0006liOO. · · · ·· · · ·· o da patente primitiva.
· (.b{l((~o bem; ~!,(íto Õ.etrl.l Sómente mediante lei e~pecial, po1·ém, poderá
o governo conceder pntente aos introduetores
TeijàO desistido, da pala1'ra. o_ Sr. Sergio. de de ind.t+SLria reco.nhecidamente van\<ljosa e ~ão -
Castro. e, nã.o. se. achando presentes os oradores exerçida no. Imperio.. A patente, neste. caso.
i,n.scriptos, é, encenada a di.seussã().. salvo. disposições legislativas em contrario, ser~
O S.a. PllES.IDEN'IB dá p&~ ordem do dia !0:- concedida sob. a oo.ndição de habi l-itar-se o.co.aC*.
V~tl!ç~p da. emenda d.o ~en~d,o ao projec\0 n.. sionario a fabrioar no ll:Fazil.em:.u.m prazo im.jlro.:..
!37 A(credi!o ao minislerio ~a I_ll.Sd$.~:). - rogàvel que se, rhe. marcarã~os: I~rodo.~tos. i;.Qdus,
A~ matems dadas para 0 dia 6 do corrente. ttiaes. de ·que se tratar·. .
•J:.~••cliscassão: do projeell? n. K!Q. sobre; 0 pri· A~:t. 3.. ~ 0; direiI(} do. inv.~~~pr-, ~bdli~.
V1leg1o concedido a Moms Wuinricb.. aperteioo,ad:or-ou im.poi•P. de. ~a: i~dv.sma
E l:il. · n.dad u.til, ~Eá- fil'mado. por um~. ~ paten.&.e. a~i~
· . o.r-'j!JI, 'l'ffl'!i e. IRfl,. ..a.~ ~iü a~seg~iJ;J..tes gnada pelo.1ropetildor ,. de-pol& que G.peticiOD4.:-
RJiDA.c~. rio. Sl!tisfeitas, as. disposições.~~ lei e ~u ~
· {Pritli!e_qios inàusttiaes) guJa,Ul.eat.Q,. p>~gat· a~ desp.e~ W.. 00~~
· -: · ' ··
~ ~~)®., g,~~~~ r~l~ ·.
~ · · · ·-- ··: · ·-·
An. 1.•. A. ~ei-A'&~ _pela. co~o.da~ -~, porém, ~lljeilaa
I ·Estas, liespe-za.s. co~~ir~, e&. Gmcpeat11·_1Jlij;
réis~ po~> ood:I:.<Wll.O Qille d:n~at·
8j),
l\ ®nee~~•. &-.
d~ à,essa ltQI.D..IM.
patente, ao descobridor, m:vento11- oo. ape*.t·. as patentes de introducção.
Càna ra do s Depli:ados + Impre sso em 27/01/2015 16:28 + Pág ina 20 de 20
!li l.• A patente será expedida sem exame além de perder em favilr da coneessioaario .os
previo do governo, que deelarará nella não se instrumentos empregados na fabricação dos pro-
responsabilisar pela utilidade ou realidade <la duetos da indU$tl'ia privilegiada :e a J)C('çâo
invenção ou. descobrimento, fidelidade ou eu· destes que fôr apprebendida, pagar·Jhe-ha a
etidão das deseripções e prioridade do invento. multa que t'õr imposta· pelo juiz, a ~terá por
§:!.o Os prazos de duração da _patente são de limite o valor dos productos reoonoocidarneut~
5, lO, i5 e 20 annos no caso de mvenção, não falsificados. ·
))Od<lndo as de menor. de 20ao.nos ser proroga- ~ 1. 0 O governo, no regulamen-to qu.e expe-
õ.as serão até esse maxímo. dir para execucão desta lei, estabelecerá as re·
• Só ao poder legislativo cabe conceder prazos gras do processo, que será sn.mmario.
além des~e limite. § !.• A condemnação do infractor dos -direitos
§ 3. • Pu.dem obter patente de invenção ou de conferidos peln patente não prejudioa a acçãO
introducção os nacionaes ou estrangeiros re- civil de ind~mnização·porperdas edamnos eau-
sidentes ou não no lmperio, desde que 11atistize- sados ao concessionario. · · ·
rem as prescripçõesdesta lei e seu regulamento Art. 5.~ A paten\e cessa e fica de .nenh1ml
~ 4.• Tres rnezes depois de expedida a patente, effeito, provando·se:
será publieada no Diarw Official a descripção do V Que o invento ou ·O descobrimento não~
proc~so ou. dos meios iuven:ados para obter-se novo;
o prodar:to industrial. Antes dessa publicação Não é novo o iavento ou descobrimento, cn5a
não é licito ao concessionario fazer nso do in- existencia, no Imperio ou fóra delle, tiver tido
-vento ou descobrimento privilegiado, oommer- publi~idade que a torne geralmeute conhecida
riarido com elle ou applleando-o. antes do dia d:1 entrega da petição de patente
Os modelos, plantas, desenhos e amostras, nas competentes r~partições, <;>u aquelle .do .q:ual
serão, no :fim deste prazo, remettidos para al· outrem provar ser o verdadeiro descobridor ou
gnm dos estabelecimentos publicas mais. apro- inventor. ·
priados, emqo.anto se não erear muS&u especial, 2.• Qoe o objecto da pa1en,te não tem appli~
e alli ficarão expostos ao eslndo dos interessados, cação pratica indnstdal;
aq_uem sel}i permittido tirar o~ receber cóp~a. i!.• Que a industria a que se refere a ·patente
~ 5. 0 O 1nventor ou descobndor, concessto- é nociva á saude ou. segurança publica, -ou ,con-
Dario de uma patenle, que melflorar a sua in· traria á lei oa á moral; · -
vertçio o!l descobrimento, terá o direito de es- 4. 0 Que o concessionfl.ti!l.J alton á ver~ade ~ ·
colher novo titulo ou simples certificado de occultou mataria esseneial na exposiçãG do.prD,
melhoramento, o qual se ~postillar.á na mesma . cesso da su-a inven~o oa.descobrimento;
lJatt>nte. . 5.0 Que a denominação do objecto da pat&ntA3
A despeza com a apostilla do cerlific.ado do pedida é fraudulentamente diversa~ objecw
melhoramento será metade da fixada para a ex- real da invenção .ou desooblimento ; ·
pedição da patente. · &-Q Que o agraci&do deixou de usar da~
~ 6. o O coucessionario da patente póde dispor invenção on descobrimento por mais de dous
dell.a por qualquer dos mod0s permittidos na annos, contados de.sde a da\a .da patente, on que,
legislaçlo, cedendo os seus direitos, no todo ou por igual prazo, Interrompeu o aso e .gozo . da
em parte, a um ou mais iodividn.os. O ees· concessão; :Sem lerem.qualquer das bypolb~
siom1rio, porém. não poderá gozar dos dir.eitos 1us.tHicado .8 falta perante o govern~.
4a patenle, emqnanto não registrar o acto dll Esta disposição é applicavel :ãs patentes ~on-
.cel'São na secretaria .de estado dos negocios da cedidas até á daUt da ptesente-lei. : ·
agricultura, commereio e obras publicas. Parllgrapho unico. As provas de qu)lquer das
! '1. a Si dous ou mais individuas requerer-em ; h:ypotlleses descri pias nes1e artig~ sarão .®lU~
ao mesmo 'empo privilegio para a. mesma in- ; .gidas, .mediante exames, ;por ordem 6o mi_nisltl)
ven~ào, melhoramento ou des~oberta, a patente · da .agnerutura, commermo .e -obras i)lublteas, ,o ,
será concedida .a todos, salvo aos .prej.udicadrJs · .qual, ouvindo .a secção dos negoéios ~o impe-
D recurso par.a os tribu.naes, atim de liquidar rio do conselho de estado e o conselheiro pr~
o seu respectiv,o direiso. Si por .sentença judi- eurador .da corõa, .soberania e fazenda nll.ciona1,
cial sadeelara-r q.ne algnm:On nlguns doseoaees· deliberara sobre .a manuten~ã.o ou .revoga~
siooarills ~ecem de díreiio? · ceadnearão. ipsp da patente. _ . ·
f!J,tto .as pa\entes que 1bes •tiverem sido expe- ATt. ,6;° Frca. en1end.-1 do que ~ cou-ceiSÕes a
didas. . · que se refere esta lei estão sujeilas á desappro-
§ 8.<> Ao d~)}l'idor-oa inven.torque precise priação por nece~de .ou ut~lidade publica,
-dar ~s ,on ·menos p.uhlicidade prLÍ'V'ia ao :sau nos termos da legJsla_ç~o respectiva.
descobrimento ou· invenção. Mtes 4e '()bler.a. . Art .. 7.~ Na ex:~d~~.d011 ·:regnla'}lentoe.~-
_patente, .concederá o m~llistro da agr.icnltara, '. :eeasatlOil:a..execuçao .da_p:esente lel,.émúolt:._. •
commercw e obras pu:bl!<:as, JW:a s.a:l:v.;uru.ardar • M.o .o ;governo. a 1'lOBU8lnar .l)en.s ·de lfll~São •
aso.a propriedade, nm titulo que vigorará pe1o · 11lE.-:aseis mezes <~Lmuita:St.é .JOPj..,..do.damao,
pl'm)4e;utn3U90, cEele f}1!3ZQ 'i)Oieri ser ~O··· teaUsadO,,· .,il&penden1ln, -~-ém,.o :11egul~~ •
1'9gado até mais um anno, ·a juizo do governo. .nesaa~-parte, ~-~all!IO clo;P04~r. ~~~..s~o"' ·
Pela expedição desm-... o peticionaria .pa- ..Mlt: ~;" F:aeam. m:ogatlas .:4l.s,dtspOS.IvQel!em.
gará préviamente a quantia de 508, gue lbe conlrano. · • ·. . · · -· .
será. levada em conta na cobrança 'ela ··'18n ~- . .sala ·das· •CQJD.IWSsões., ,g_ id.e · ~~ l4e
· -. ~ .. · ·' .a~verte!lde, ~Pf)r~~. ,paA.>K~«irest~u~. .JliBO.~ lJD,~~-~- ... · -
~ si essa !Íi.e J<lr seliobad•..on ~a. .· • :LeVJ~D&cm.-e&Sl!MISio ü~ ida~
Art. ti.• tO ~llR',JlQi direim·•·~· · · · -~ ·
C~ara dosOepltados-lmp-esso em 271011201516 29- Página 1 de 1
· de infantaria Gersino Martins de Oliveira Cruz Bezerra Cavalcanti, Bezerra de Menezes, Cor-
IJ~de dispensa de idade anm de se poder ma- rêa Rabello, Couto Magalhães, Diana Epami-
tncular na escola militar .-A' commissão de
instrucção publica. nondas de ~~~llo, Fre~erico Rego, Frànça Car·
·valho, Fehc1o dos Santos, Fernando Osorio
Do_presidente de S. Paulo,de ~de Novembro Joaquim Breves, Joaquim Serra, Joaquim Ta:
prox1mo passado,remettendo duas co!lecções dos vares, José . Basson, José Caetano, Itfarcolino
actos Jeg1slativos dllquella provh1cia promul· Moura, Martmbo Campos, Moreira de Barros
gados na sessão õo corrente anno.- A ar- Saldanha ~arinho, Souza Carvalho, Souza Lima;
ehivar. Tamandaré, Theodomiro e Olysses Vianna.
Do presidente da eamara municipal da Villa
de Cnbaceiras, província da Parabyba, repre· Ao meio-dia o Sr. presiden\e declara não
sentando contra a eleição procedida no dia i8 haver sessão por falta de numero.
de Julho do corrente anno naquella villa .- O Sa. 1.• SECIIETAruo dá conta do seguinte
A' commissão de constituiç3o e poderes.
EXPEDIENTE
O Sll. PREsiDENTE dá para ordem do dia 1.3 Ollicios:
a mesma do dia iO do corrente e mais os
pmjectos em L • discussão, n. i4~ au~orízando Do ministerio. do imperio, de 13 de Dezem-
o governo a mandar contar ao Dr. Antonio bro corrente, pedindo designação de dia e hora
Ferreirn Franca o tempo que serviu gt'ntu[ta- para _apresentar uma proposta para concessão de
mente o Jogar de preparador de anatomia credito afim de oocorrer ao pagamento das des·-
descriptiva. pezas qne se estão fazendo na rresente . sessão
L• discussão do .de n. i07,prorogaado o privi- extraordinaria da assembléa gera com o snllsidio
legio concedido a Cyriaco dos Santos Silva; dos_Srs. deputad9s e senadores e com a publi·
:L• dita uo de n. i50, autorizando o governo a caçao dos respectivos dehates.-.Marcou-se o dia
:PDssar p~ra o corpo demgenh!!iros o caph~o de H: á J. bora da tarde.
· estado maior de artilharia Augusto Guanabara Do míni~terio da fazenda, de 7 da Dezembro
Ferreira da Si! va corrente, remettendo informado o requerimento ·
em que o cscripturario da tilesourarin de fa •
..zenda do Rio Grande :ia Sui,Luiz Pereira Marques,
A.cta eiD 13 de De:;p:;e~ro de 1880 pede para ser relevado do pagamentu dos juros
PRESIDENCU. DO Sll. GAVIÃO PEIXOTO 2. 0 VICE·
do alcanee em que está para com a fazenda na·
PRBSIDENTE
cional.- A' commissão de fazenda.
A's H horas da manhã feita .a chamada,acba· 0 Sa. PRESIDENTE dá pnra ordGm do dia U .
Tam-se presentes os Srs. G::~viiio Peixóto, Alves de Dezembro a mesma designada para o dia !3. ·
de Araujo, Ce~ario Alviro, Costa Azevedo, Vi-
rialo de A-ledeiros, Bulcão, AlmeidaBarboza,
Valladares, Lemos, Abdon Milanez, Couto, João A.c~ em 14 de Dezembro de :1880
:Brigido, Espindola, Sínval, Prisco Paraiso, 1'1\ESIDENCU. DO SR. GAVIÃO PBIIOTO 2. o VICE•
Nao.oel Carlos, Horta de Araujo, Sergio de Cas· PRESIDEN1'E
tro, Borros Pimentei,RodolpbD uantas, Ildefonso
da Araujo a lgnacio Martins. A's H horas da manhã feita a chamada
Comparecer:~m depois da chamada os Srs. achar.am-se presentes os Srs. Gavião Peixoto,
Dnnin, Felieio' dos Santos, Tavares. Belfort, .Alves de Araujo, João Brigido, V1riato de Ma~·
Liberato Barroso, Theodoreto Souto;: Moreira d~iros, Bulcão, Costa Azevedo, Almeida Bar·
Brandão, Arag~o e Mello, ],lanoel de Magalhães, boza, Martim Francisco Filho, rgnacio Martins,
Cosl3 Ribeiro, Joaqa.imNabuco, Soares Brandão, Le nos, Abdon Milanez, Mello e AI vim, Cesario
Esperidião, Ribeiro de Menezes, -~[onle, Fran· Alvim, Camargo • . Vall;~dares, Sinval, F:J.bio
cisco SOdré,. Zama, Baptista Pereira, Freitns Reis, Baptista Pereira, lldefvnso de Aránjo,
C<Jntinho, .Macedo, Seraphico, Jeronyrno Jar- Ribas e Sergio de C~stro. .
dim, Carlos Affonso, Mello Franco, Ga!dino das Compareceram depois da chamada os Srs.
Neves, Azambuja Meire.lles, Antonio Carlos, Tavares Belfort, Jo~quim Serr:1, Tbeodoreto
Martim Froncisco, Leoncio de Carvalho, Mar- Souto, Liberuto Bat·roso, Danin, Americo; 1\{a-
lim Francisco Filho, Olegarío, Mello e Alvim, ntiel de 1\rap:alhães, Costa Ribeiro, Soares Bran-
Silveira de Souza, Camargo. Ribas, Sigismundo, dão, Esperidíão, Espindolo, Seraphieo, Almeida
Buarque de Macedo .e Barão Homem de Mello. Coulo, Il.odolpho D3ntas; Uuy Barboaa, Fran-
Faltaram com participação os Srs. Antonio cisco Sodré, Prisco Paraizo, · Freita:; Coutinho,
de Siqueírn, Andr,:lile Pinto, Affonso Penna, Candido de Oliveira, Carlos Affonso, Mello
Aureliano Mag:~lhães, Beltrão, Barão da Estan· Franc:. •, Antonio Carlos, Barão Homem de -:Mel- .
cia, Freitas, Candldo ue Oliveira, Accioly, lo, Leoncio de Carvalho, Olegario, Martim Fran·
Franco de Almeida, Franco de Sá, Frederico cisco, Jeronymo Jardim, Sigismundo, Silveira .
de Almeidu, Fr:mklin Daria, Ferreira de Moura, de Souza, Jeronymo Sodré, Buarque de Ma-
Fidelis Bot~lho, José Marianno, loronymo Sodré, cedo, Limo Duarte, Zama .e Aragão e Mello.
Lourenço de Albuquerque, Lima Duarte, M3· Fallaram com participacão.os Srs. Antonio de ..
lheiro's, Maciel, Mariano da Silva, Manoel Eus- Siqueira, Andrade Pinto, Aureliano de Magn-.
taquio, Pompeu, Pedro Luiz, Ruy. B~rboza, l bães, Beltrão, Affonso Penna, Barros Pimentel;'.
Rodrigues Junior, Souto, Sonza Andrade e Vis· Barão da EsLanci~, Freitas, Horta de Aranjo,
f!Onde .de P,rndos; e sem ella os Srs .. .Americo, Aeeioly, Franco d&.Almeid11, Franco de Sá, F r~·.·
Augusto França, Abreu e Silva, Belfort Iluarte, derico de Almeid~. Franklin Ooria, Ferreira de·
TomoVl.~'·
C(rnara aos Depctaaos - lmll'esso em 2710112015 16:29- Página 2 ae 5
.. 427
!UNIST.ElUO DO IMPERIO. Alug-uel da lancha ao soniÇO
do hospital m:u-iti.mo de
Denwn!tra{iio dos despezas feitas pela verba- Sa.nla lubol...... ...... .... 9:000$000
Soccor' Ds prd;liws e m.-lliDrommto do ~stado ~a Idem da C:IS~ onde esueionam
os encarregados das visitas
nil(m"o-do t•xercicio dt1 i ·'79-i880 e do au- do porto .. • ..... • .... . .. . • • 475/PJ(J
gmento de credito qui! ainda, se torna preciso Dlar!as dA Lriptllação da Jan~
pnra !f~Stos da m~sma ve':bi(. csté a liquidas;ão cba.s ~ns \'iSiU1s do portil. ••• 4 :500SOOO
For·aeelmontos ao bosgital m&
âefimtiva do rlf/eruJo e:cercJclo.
Id ~~~o 1:~.~~ ~a!z;i:/t:iS dà
0 21 59
Cre.dito da lei n. 2.CJq,o · ' ~;13
porto.................... ... t:853~
de 3t de Outubro Idorn •os ouomrrcgados das dos·.
de ~879 .. ......•.. 800:000$000 · infoeçries do ca:~as.. .... .. • • 3US006 59!:970~
Credito supplemenlar Despozas cxtraordiuarias:
concedido 11ela lei P~>uarona a dou• IDedieos o
de n. 3.005 de 1~ UID ph~rmaceulic<> da ex·
de Outubro de 1880. iOO:OOO,SOOO !100:0006000 tiuc\a cornmissão ·do Co~tá.. m~ooo
l uem ·a alien&do• ~indos de
diYersas pro>ioeias.. .. .... . ~i!,;OOO
Despezas feitas na eór- l dom a immígran\es para di·
te e províncias ~ ver&3S proYine.i.as. .. .. •.. H•. 37:S~,si:IO
gtmdo ademonslr:l· Concorl<> das Jancb.M das "ri·
~\las do porto............ . . ~:!la3l00()
ção juota s"b n. i .. 967; 766$839 Idem da dóca da praça do Mor·
Para occorrer a des- caJo . ......... . ........... . 14:~
.Assc.!ltamcoto do mictorioo
pezas que a i n d a :nas rua• do Reu.ndo e do
possam appnecer Santa Reza........... . ... .. 4t58G50
até a liquidatfiio fi· Construcçao do Wll cercado de
.madojra no çomHerio d ~
na! do exercicio... 20:0006000 987:766,$839
Credito preciso.. 87:76~;J9 ~::c~:~.~~~~~-~-~-~~
ao relalorlo c plaala '9L84GG
Terceira directoria da secretaria de estado dos l mpresslo
negocias do lmperio, em !8 de Novembro de relalivos á lagóa do Rodtigo
de Frei\as ................. . 46i$)50
i880.-0 director interino, N. Midosi. A.u ~ilio
á co.mara municipal da ·..
tsttella para despezas com
DEMONSTRAÇ..".\0 DAS DESPEZAS F.EIT.I.S PELA V.EB.8A. o \ralam eoto de i udigenlcs
- SOCCORB'lS PUBLICOS E MELHORJ.MENTO DO acollllllettidos da. epidemia
quo ai! i reinou ........... . . 2:!3~60
Ef>'rADO SANITAll.IO - DO EXERCI CIO DE !879- Idem á do .Magd idem idem.. 94i~90
!880 Idem :1 dB Vassouras idorn
idem................... ... . 5:030~60
Graljfica.çõos•dnr~ll~C o oxór· lcl em ~ do M;u~garatfl>a Idem
.çjci o: idem................. . .... . 2:07~~
..Ao secreta.rio da janta dB b:r- I dom -~ provincia do ruo de
(liono....... ... ..... , ...... . Jaoefi'Q idem i do111 .na f.-e·
..A um ajuda.nte do iusreclor guetia do l~pu .. . . ....... . 2:5455660
do •audo do porto ......... . !:100/JXl() Idem :i çam;r.ra. municipal dL
.A doas dilOs ................. . 7:~ 9:!001100 e~ riO pa.r& limpeza do~ miolo·
raos.. ....... .. ; ..... . ..... .. .. 1:7508000
GrallGc~çi>os por llllla. só lftdical!leolos p3ra ~ureliTo
Tez : • d05 iDdi~IIIIIM da& freaue·
A \lm medico o 1t. um pharma· ti• $ dG Jacarepagu;l. o Gna·
couU'o da extincta eom~- .... mn......................·• l.:680S!IIO
sio do Coari ... ............ 7491676 llldo!llai.iaç;io ao mt niitorío
A um aman11c11So da 1nnla de dr. marinha do t;astoa com
hy<icno e111 rotribwção d~ as laJ~chas da1 llotllbu do
ser,iÇOs qnc prestou 11:1. rotu• Paraná e Allli1Zonaa .o eDlD
missão do illq ueriiO sobre aa 01 tr.ursporto& do gnorra
carnes verde~ ... ....... .. .. occopados no ser>"içc ela
A um medico o um pbarm3· tommis!ào de interoa~lo de
ceutico quo wolhenm na immlgrantcs.............. . .
tre ~ue>i3 da ilha do. Gover-
nador onc&rrepdoa do tra·
Id~m. 'oB:u-lo .de Mesquita
Idem com. a internação de
tamon\o dos indlgente.s acom- illll!ligrantu ............... ,
mo\\idos da epidemia. q~e
alll grassou............... . Creditas 21 ·prorinoias :
A um mooieo idom idorn na de AlllUonu .. ................ ..
J ~carepa"ua idem idem .... · Parl • .-................ . ..... .
A urn modlco B um pbarma. Mara.nhão ••.• -..... ~ ..... .... • .,. ...... ~ ..
ecnlieo idem idem na de Cur~ ....................... .
Gua.raUb:.. idem idem ...... . Perna~~~buco ..... .. ....... • ••••
Dospotu orJinarJa:s: . ~!;~;::: : :::::::·.:;::::::::::
Limpeza e irri«açio da ei<kda. 36L: S'-91300 Balli~. ; . •• ; ........... ...... .
ldow. da-s pra.U. .... . ........ . . LU: tlOO,íOOO Eipiriio Santo ............... .
. . . · · I dom da lagoa do l\rooirigo de -<!!!! S. Paulo ......... ....... . ... .
Froíta.l......... ........ ....· 7:3~6000 Parauã• ••••••••••• • : ........ .
G111.titi~~On do$ Jis~es dilS .>;anta Calharioa............. .
li<Dpo.taS.... ........... ••••• 7:~!8 S. Pedro do 1\io Grande c~
hlOID dos ~aetinadoret &Ujltt• Sul ... .................... .
numera'r'io& . .. .. ......... ...... . 6:UOIJOO .uin~ Goraof . ...... , • ••••.•••
Idern dos aus.iliar~s da jllnbr.
{:599&18'
14~hJr:.~~;,j- ·,j~-h.;;pitd SOlllm~ . .. ........... .
N. 2.- MINISTERIO DO IMPERIO•...- D~mo~straçl1o d~s despezas que occorl'el'am depois de solicitado o m•editd , Jl ~
1
i
nc~ui!i.l~io do modicamont••·
"
~
ro
P~dro, ...... 'l'élogrammaa do 28 do Abril, Sustento o conducção do lnunl.~canlos, ••. .. , .... ;lo • ,.., ~ ~ I t' t ' ". • l ~ t t 6 do Julho o 6 do ~o :0001)000 ~
1hla .......... 0ffiefo da prosJdoUCÍa D,73 Goncros allmonlfclos e ruo dieomontos for· f3 do Asoalo de f8SO,_••
do lt do So Iombro do fOOQ. llocido• por Josó da SIIYa Mondonça ao
...................... t:099lj470 Aind,. niTo foi appronao.
í3
bOSJiital do Monlsorralo nos moz~s do
AbrU a Junho do t880.
i
~
S. nla. Calharlnn Jdonl os. 515 o 44 do t9 do Grat!ncoç8os von cldos polo pano a\ ompro- 3 do Junho o confidon·
Maio o 27 do Solombro o da godo no snr.t~o do obsor~açâ"o o ~~~a- oial do tS do Agosto
f I o f f I o O• ~ ~ I 'lo f o o f t 1 • o o t6:1S38869' ldom, g-
thuouraria do fazonda n. 8 •·oto o com outras modldas no Jnlmto do !880.
do 2~ dl) S&\()Jllbro à o i880, do combator a opldomln da fobro ama- t:1
mlla na eapilal o preronlr sua f:ropa-
gnçio a outro5 pontos da prodnc a. '
Gil rte •• ••• , •••· ~ ldam da inopoctorla geral das Comodorlas Ioroocldps polo commandanto f7 do Junho do iSOO ... 6 do ~nlho do iSSO..... Sl:65tl68~0
I
torra• ·e colonlsal~o n. 244 do transporto Purú• a 634 immlgranlo•
dn 31 do Mala do 680. :maioro.s do daus o.nnos quo conduziu
8
~ara os portos do Santa Oatbarina o
• Podro a i. do IDOimo moE. ~
un,. •••••~· .. A'liso do mlnlsterio da marinl1a Oombnatirol consumido polo roforido
n. UO'.I do ta do Julho do transporto na. vlagom achn.l indicada.
........ , ......... ,... 7 do Agosto do f8BO... 0:43!162~3
......
C1J
.
()')
1880. :o
'
1m, •••••••••• omdos d:ljunta do ~glono
bllt:l do 10 o~~ o A.hrl, 8
ru·
Gratlflcaçffos vencidas pelos modico• o
pbatmacoulloo o mais dospezas feHas
. ...... ..... ' .......
~. ~ 27 do Al)'ostoo2l!do So•
lembro do!BOO.
4>:9U8U6 S,.Ex, o Sr. rninhtro, sabendo
~UO a OpGdemia Dll freguo!la
<le Maio, 2a do Junho,- 8 do eom o tralamoolo ao i ndigontos acom- o Guarnliba, JJa1ia.eosaa.do,
Julho, li, 7 o i7 do Agoslo do mottidos do. fobr08 palustres o dyson• e q no a& dosG{:za.J na Impor-
!880. teria nas rreruozhu tle Jaearolpaguâ o !anelo de i .a lJXJ(J monsaos,
Guarallba. com um modleo o um phar-
macoulieo eontinuaY.flm or-
i donou,· om 31 do Julho, a
oxtíncgito da ·eommiss!o em
quo eo acb:ll'am 09 rolorldos
modleo o pharmacoulleo.
()
~·
OJ
ld~.............. uaem deIS de~lulho o ilS de,Hediearn~ntos fornecidos polae!l!a.SIITa)"'"'""''".'"'''")i:ldolullooe' doSo· t:GSOQill> o"-
Agoalo da tSBO. & Teixeira para o curai! ro doi doentos . to wbro do iBSO.
·das frOBuezla• a~itoa mon&lonadas. ~
i :il de Fororeiro e 25 do ~
Rio do Janeiro • Offieio da proaldoncia do 30 dejTralam&nlo do lndig~n\115 aeommollihs Agosto do t880.
11:075,1'6~0
8
Sulho do 1880, de fobros intormillontes ne munlelplo
de ~bn8araliba. B •la dosp_oza lol Mta
pala respoel!m Camara Municipal~,_ a 3
•n
qual om officio do do Maio do !lii!O ~
. roquioitou o 'pagamonlo a prosidoneia ~
da prGvlncl:l, e provdm do ~orcoc:im~nlo
. do âlot&•, modlcamontos, ote, ~
'"~
Cdrlo ........... lld•m do lns poclor do saudo doiCóneorto diLJaneha das ~!sito& do .núdo •!··"""' ............ ;\G do Marçil o 2i do 3:,50fíOOOjA dospou total oorn dito oon· ~
q;'
ftl'JA~ do ta do Ago.to d~ . ~f~~~~~od~.ra'~~a ~=~·u.~~J!r.~nbi& o,m- Agosto do l88~.
corto foi do 6:9008000 por. ~
· toneendo ml!l~da sómonto
roótade a esto minlslerlo o
a. ontra ~· da jnsll~a.
a
~~
\ Sl
~
"-
ro
~=
ld•m .... , ...... jAvlso di> ministarlo da agrleul~ P~o sagons concedidas a lmmigranle• na I...................... Ita de Outubrll do fBBO. 6:1õMJOO ....~· ~
67:766/)839
431
Gavião Peixoto, Alças de Araujo, Cesario Alvim, Compareceram depois da ebarn:~da· os . Srs.
Co$la Azevedo, Ildefonso de Araujo, Camargo, Fabio RP-is, Tavares Belfort, Tbeodorelo Souto,
Almeida Barbosa, Viriato de Medeiros, Sergio .Abdon Milanez, Ar••gão e Mello, Sérapblco,
de Castro, Prisco Paraiso, Almeida Coulo, Bulci.io, Espindola, Buarque de Macedo, Almeida Cou~
Candldo de Olinira, Bal'ros Pimentel Ribeiro to, Ildefonso de Ar:tujo, Prisco Paraiso, Fre~
de ·:MenPzes, Sinval, Lemos, Martim Francisco, derico Rego, Americo, Felicio dos Santos, Souza
Francisco Sodré e seraptlico·. · Carvalho, Bnptisla Pereira, Mello Franco, Theo-
Comp:mceram depois da chamada os Srs. philo Ottoni, Libera\0 B~rroso, Barão Homem
DnninJ Fabio Reis, Tavares Bel ror\, Abdon Mi~ de Mello, M~tlim Frandsco, M~rtim Francisco
lanez, Manoel Carlos, Manoel de Mag3lhães, Filho, Manoel Carlos, Sig-ismundo, Jeronymo
Bunrque de Macedo, Costa Ribeiro, Souza Car~ Jardim, .Ruy Barboza, Sergio de Castro, Augusto
valb.o, Rodolpho Dan\·as, Ruy Barbos~, Azam· França, Francisco Sodre e Malbeiros.
buja Meirelles, França Carvnlho, Freitas Cou- Fallnram com participação os Srs. Antonio
tinbo, Macedo, Abreu e SUva,. Bnp\ista Pereira, de Siqueira, Andrade Pinto, Affonso Penna, Au-
Carlo~ Affonso, Lima Duarte, Galdino das Neves, relia no Yagalhiies, Beltrâo, Barros Pimentel,
Mello Franco, Joaquim Breves, Barão Homem de Barão da Estancia,· Carlos Alfonso, Comargo
Mell~, Sah!a!J-ha Mar~nb.o, J<:::Speridião, Jeronymo D3nin, Diana, Freitas, Accioli, Franco de AI:
lnrd1m, S1g•smnndo. Theodomiro, O!egario e meida, Franco de Sá, Frederico de Almeida
Martim Francisco Filho. Franklin Doria, Ferreira de Mo ura, Fidelis
Faltaram com parlicipação os Srs. .AÚtonio Botelho, Gavião Peixoto, Hor'<l de Araujo, Ig-
de Siqueira, Aragão e Mello, Andrade Pinto, nacio Martins, Joaqniru Nabneo, José Marianno,
Affonso Penna, Aureliano Magalhães, Bel!r~o, JP.ronymo Sodré, LourenÇG de Alboquerque,
Barão da Eslaocia, Freitas, Aceioly, Franco de Lima Duarte, Jllonte, Azsmbuja Meirelles, .Mn-
Aimeida, Franeo ~e Sá. Horta de Araujo, Fre- cedo, Souto, Maciel, Mariann'1 da Silva, Mereirn
derico de Almeida, Franklin Doria, Ferreira d.: de Barros, Moreira Brandiio, M;•noel Eustaquio,
Moura, Fidelis Botelho, Ignacio Martins, Joa- Oleg-ario,Pompeu, Pedro Luiz, Rodolpbo Dant~s.
qnim N~bnco, José Marianno, leronymo Sodré, B.odrigncs Junior e Smua.Andrade; e sem ella
.Lourenço de Albuquerque, ~fonte, Rodrigues os Srs. Antonio Carlos, Bélfort Duarte, Bezerra
Junior, Malhcir.ts, Maciel, Mello e Alvim, 1tb- Cavnlc:mti, Bezerrn de ~1enezes,Corrêa Rabello,
rianno da Silva, Moreira de Barros,Moreira Bran. Couto Magalllães, Epaminondas de Mell.CW:.r.ança_
dão, M~noel Eustaquio, Pompeu, Pedro Luiz, Carvalbo,""Frmãn:;oüt1uho, Fernando Osorlo,
Souto, Souza Andrade e TbeopbiloOttoni; e sem B.ibns, Joaquim Breves, Joaquim Serra, Joaquim
ella os Srs. Americo, .Antonio CBr!os, Augusto 1'avilres, losé C<Jewno, Leoncio da Carvalho,
França, Be1fort !:uarte, Bezerra Cavalcanti, He- llareolino Moura, Martinho Campos, Prado Pi·
zerra de Menezes, Corrêa Rabello, Couto Ma· roentel, Saldanha Marinho, Soares Brandão,
galbães, Diana; Espindola, Epaminondas de Souza Lima, . Silveira de Souza, Tamandaré,
Mello, Frederico Rego, l''elieio dos Santos. Fer· Theoàomiro, UlyssesVianna e Zama .
nando Osorio, Ribas, Joaquim Serra, Joaquim Ao meio-dia o Sr. presidente declara não
Tavares, José Basson, Jose Cnetano, Liherato haver sessão PQr !alta de numero.
Bar~so, Leoncio de Carva!bo, .Mareolil:lo Mo_~-- .. - G-Stt t o SECRBT.UUO dá conta do seguinte
Mart!Dbo Campo.q, Prado Pimentel, Soare,; 'Bran- • · . .
dão, .3ouza Lima, Silveira de Souza, Tam~ndaré, BXPEI).I]Um: '
Tlleodoreto Souto, Ulysses Vianna, Valladares e -
Zama. . O.ID.cios:
Ao meio dia o Sr. presidente declara não ha- Do ministerio do imperio, de i6 de De- ·
ver sessão por falta de nnmero. zembro' corrente, transmittind& um officio da
o sn: i. o SECDE'l'ABIO ]ê nm t>1Hcio do Sr. minis- camar:~ municipal da . vil/a de c~b:tceira, do
tro de e ~trangeiros,dei5 de Dezembro corren\e, proviucia da Parabyba, relativo :10 processo da
remettendo o 8.• e 9.• volumes dos discursos eleição primaria alli eliectuaàa em l8 de Julho
parlamentares de Mr. Thiers, offerecidos á ca~ ultimo.- A' commissão depoderes. .
mara dos Srs. deputados pela viuva daqnelle Do ministerio da guerra, de i5 de Dezembro
estadista.-Recebido com agrado. corrente, rem etten do o requerimen ~o e mais
O Sa. P:B:&smENrB da pdra ordem do dia !7 de papeis em que o alferes doU. .• batalhão de in-
Dezembro a mesmD do dia lô. · fantãria Bernardino de Senna Duarte pede contar
a antiguidade do posto de 6 de Outubro de
!S70 .-A.' cammissão de marinha e guerra.
.&cta em 1,. de Deze~nbro de t 880 Dos Srs. deputados Camargo e Diana, parti•
cipando que por moti'!os. de mol~stia precisam
PRilSIDE.'I'CU. DO SR:. VISCONDE DB P.IU.DOS retirar· se para a provmeta do Rto Grande .do
Sul, e · por. isso -pedem a neeessaria licença;-
A's H. horas da manhã feita a cbàmadu, eha- A' commissão de poderes. ·. .
ram·se presentes os Srs. 'Visconde de Prado!!, Requerimentos :
Alves ile Araujo, Cesario Alvim, Viria \O de Me·
déiros, Mello e Alvim, Almeida Barbou, Valia· • Do tenente coronel João Evangelista Nery da
dares, João Briltido, 'José .Basron, Sinval, Lemos, FonS8C3, pedindo f8Verter para ;~. -arma de arti-
Buleão, Esperidiio, Costa Azevedo, Ribeiro de lharia a que pertencia,.e bem assim.- que seja
Menezes, Galdino.das I{eves. Abreu e Silva, Ma· relevado do pagamento das despeus feitas ua
noel de Magalhães e Candido de_Oliveira. quarentena a. que foi 1>brigado no -porto de
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:30 - Pêgina 1 ae 1
:Manoel Eustaqnio, Pompeu, Prisco Paraiso, Ruy Peixoto, lgliacio Abrtins, 1oaquim: Nabnco, Jósé
Barbosa, Rodrigues Junior, Souto e Sour.a Jtlarianno, leronymo Sodré, Lourenço de .Albu-
Andrade; e sem ella os Srs. Au~nsto "França, querque, Malheiros, Maciel, Marianno .·da Silva~
-:B~lfGl-t-Du:u-te,-iezerra Covalcanti, Bezerrn de Mello Franco, Moreira de Barros, Moreira Bran-
l.lenez.es, Corrêa Rabello, Couto Mngalhães, duo, M::mocl E~staquio, O_legario, Pompeu, Ruy
Diana, Epaminond~s de Mello, França Carvalho, Barbosa, · Rodrrgues Iun10r, Souto, Souza An~
Freitas Coutinho, Fernando Osorio, Ribas, Joa- drade, Silveira ~e Souza, Augusto Frànça, Be· .
quim Serra, José Basson, José Caetano, Liberato zerrn Cavalcanti, Bezerra de Menezes, Corrêa
Barroso, Marcolino Moura, Maninho Campos, Rsbello, Couto Magalhães, Diana, Epaminondas.
Manoel Carlos, Prado Pimentel. Sergio de Castro, de Mello, Frederico Rego, Freitas Coutinho, Fe-·
Tamandaré, Ulysses Vianna, Valladares e Zama. licio dos Santos, Fernando Osorio, ·Ribas, Joa~
Ao meio dia o Sr. presidente declara não quim Serra, Joaquim Tavares, ·José .Caetano,
haver sessão por falta de numero. · Joiio Brigido, Liberato Barroso, Monte, Marcollno
Moura, Prado Pimentel, Saldanful Marinho, ·
O Sn. 2. o SECRETARio, servindo de L", d:i conta Ser:tio de Castro, Souia Lima, Tamandaré, Ulys-
do seguinte ses Vianna e Lemos.
EXPEDIENTE Ao meio dia o Sr. presidente declara não ha-
ver sessão por falia de numero. · ·
. Officiodo ministerio da fazenda, de 17 de De- O Sn. Lo SBCRBTAluo dá conta do seguinte
zembro corrente,devoh"endo informado o reque-
rimento em que D. Marcellinda Clara de Mello EXPEDIENTE
Carvalho, viuva do Lo tenente da armada Al- Olll.cios: .
varo Augusto de Carvalllo pede que sem pre-
juízo do monte-pio que percebe, reveria para · Do.ministerio do imperio, de 20 de Dezembro·
suas filhas o monte-pio formado por seu fallecido corrénte, remettendo, em virtude de requisição,
filho o ~. •· tenente loao Francisco de Mello a inform~ção prestada pelo juiz . de direito da
Carvalho.- A quem fez: a requisição. comarca de Jaguary;em !llinas Geraes, :i cerca do .
requerimento de José Luiz de Alme.ida Fle-
· ·O SR. PREstDEN'rE dã para ordem M dia 21. de liiiig ..:.:..;A ~que~ fez a requisição.
Dezembro a mesma do di3 20 e mais ares-· Do mmrsterro da agricultura, de 1.7 de De-
posta á falia do throno, na 2-a J)arte ás 2 horas. zembro eorr~nte, remetteudo n consulta da
secção do conselho de estado sobre as J~is pro-
vlnctaes da província do Espírito Santo.- A'
com missão de assembléns provinciaes.
Aeta em 21 de Dezelnbro de 1880 O SR _ PRESIDENTE dá para ordem do dia U de
Dezembro a mesma designada para o dia %f. •
l'liESIDE..~CIA. DO SR. YISC9NDE DE PRADOS
--.,:&-~---~:.f-~~,.:~.,.,ii.....~~wr4.m<:~aé~~r88~-
t~~~~r~::~Or..r- . ~- ..,. . -J·· .. --
---- - ----- "--· .. ,....., __ _,_,,.... ," ~ ···- -- 1880.-N •. :f.O!
,.,.~,o·,compareceram~ ~eii?fS- da :eliamad~, os s~s.
Tavares Belfort, Jose llas~on, Amer1co, DamJ?, A commissão de pensões e ordenados, tendo
Virialo . de .Medeiros, Aragao e ~eUo, Costa Rt· ex:J.minado o requerimento em que Bernardo
beiro, Soares Brandão, Seraph1co, B~rque d:e 1osé da Afotta, encarregado da tribuna impe~ial
Macedo Souza Carvalho, Bezerra •,avalcantl, na capella imperial, pede augmento da gratifi·
Monte 'Almeida Couto, Ruy Barbosa, Rodolp~o eação que percebe pelo exercício daquelle lugar,
Dantas, Z:~ma, Almeida Barbosa, .Azam~UJa é de parecer que a respeito .da preten~;ão do sup-
:Meirelles, Baptista _Pereira, Andrade Pm.to, plicaate seja ouvido o governo. .
José Caetano, JoaqUim Brev~s, Ma_cedo, Pedro Sala das eommissões em ~O de Dezembro de
Martinho Campos, Felicio dos Santos, Tlleo~htlo . . .
Luiz, Souza Lima, Abreu e Stlva, Ltm~ Duar!e, !880.- ..ilmetda Cov.to .- Ga!dino dlu Neves •
Ottoni Tbeodomiro, Antonio Carlos, LeonciO de i880.- N. i03
GarvliÍb.o, Olegario, Sigismundo, Jeronymo Jar-
dim e Barão Homem de 'Mello. A commissão de marinha e ·guerra, a quem
foi presente o re11,uerimento de D._Francisca <!-e
Compareceram depois de aberta a sessão os Paula Martins e silva, viuva, irma do 1allect·
Srs. Sinvol, Frederico Rego. Malbeiros e Au· do l . • tenente da armada Joa.q uim de Paula
gusto França. lfartins e Silva, em qlle pede se lhe conceda o
Faltaram com . participação ·os S~s . Antonio montepio do referido L o tenente, :t ex.e~plo
de Siqueira. Affonso Penna, Aureliano Maga· . do que j:i a outros tem sido concedido, e de
lhães; Bellrão, Bal'iio da Estancia, C<lma~go, pareC6r que o dito requerimeniO seja remettido_
Diana, Freit:Js, Accioly. Franco _de Almeld?, á commissão de pensões e ordenados, n quem
Fr~nco de Sã. Frederico de Almetd~. Frankhn ce>mpete trat~r do assnmpto. .
Doria Ferreira de l!foura Fidelis Botelho, Ga· Sala dns coromissões, i3 de Dezembro de
vião Peix.oto In-nacio Mar tins. Joaquim Nabuco, !880 .-.A. E. tk Ccm~r.qo.-'-leronymo R. de
José ?tlariamÍo,"João Brigido, Liberato Barroso, Moraes Jardim.
Lfilureoço de Albuquerq,ne, :\fac ie!; .Ltlmos, M~llo Foi lido, julgado objeeto de deliber~ção e
e Alvim Mari~nno da :SJ!v~. Mart1m FranCisco maadado imprimi! o projectQ precedido de
Filho, M'ello Franco, More!ra de B~rros, Mor~ira parecer. · · · ·
Brandão, Jilnnoel Eu.'laqu,o. Rodngues Jomor,
Souto Pompeu. Souza Androde e Silveira de -- l88tf.~ N. Úi6
Souta'· e sem ellá os Sts. Bezerra de Menezes, Cor· A' commissão de fazenda foi :Presente o re-
r8a Ràbello, Couto !IJagalMes, EpaminOQdas de em que D. Ju1ia Amalia Pinto .Coe-
Mello. Freitas Coutinbo, Fernando Osorío, lo:~ · querimento
Ih(} da Cnnha, vmva, filha do fallecido tenente·
quim "Serra, loaquimTavares, !\laroolino Moura, coronel Bariio do Cocaes, p&de ser relevada da
Pr~do Pimentel, Saldanha Marinho, Tnmandaré
e Volladares. · prescripçiío em que incorreu; afim de que possa
receber o meio soldo de seu pai, a contar de 9
Ao meio-di~ o Sr. presidente declara aberta a de Julho de !86~ :~té i 5 de Jane~r.o do corrente
;es$ão. anno ; tendo a commissão em consideração as
S3o lidas e appro-vadas as nelas do dia 9 em razões ponderad~s pela supplicante, j_lllga ~e
diante. equidade que se lhe mande pagax· o dito meiO
soldo desde a daiS do rnllecimento de seu finado
O 811. L• SECilETAllto dá cou~ do seguinte pai, e por isso é de parecer qne seja adaptada
a ~guinte resolu~o : ,.
EXPEDIENTE A ass~mbtéa geral TeSÇllve :
.Gmcio do presidente da provincia do Panná, Artigo unieo. Fica relevada da prescripção,
de -10 de Dezembl'ú corrente. remettendo o re- da em gue incor reu, D. Julia Amalia Pinto Coelho
1:-torio com que o seu antecêssor , o Dr. ~!anoel ronel Cunha, viuva, filha do fallecido tenente-co-
Pinto de Souza Dantas,. passou-lhe a administra- para receberreformado do ex:.ereilo Barão de Cocaes,
ção daquella provincia. - A archivar. o meio soldo de seu referido pai,
desde fl data do fallecimento deste; revogadas
Foram lidos e approvados o~ seguintes as .d posiçõe,; em contrario.
Sala das commissões, 2~ de Dezembr o de
Pareceres !88().- Satàanha Marinho.- Soares· Brandão.
l880~ N. !Oi Foi lida e approvada a redacção.. do projecto
A commissão de !aze11d~,
a quem. roi presente n. i04. A, de i 88(), sobre privilegias indus7
a petição de D. Florinéll:-.!hemira Iacques Ou.- . triaes, .apresentada na sessão ·de 9 do corrente.
rique, viuva do eapik~o do corpo de engenhei- O Sr. Galdlno das Neve&:{pela ~r·
ros José Jacques da Cos\3 Ourique, reclamando àem) recorda que, te:rido pedido a pal_
avra pela
sobre o .Pllgamento de parte do soldo de seu ordem, o Sr~Gavião Peixoto, que enlão se acha'!ll
marido•. qne allega ser·lbe devida, precisa para na presideneí11; garantiu-lhe ·o uso desse·di·
dai:' ·sen parecer que sobre o objeeto da mesma. reito :no prim~iro dia de s~ssão, deP?~ da yota-
peti~o lbe sejam fornecidas informações pelo ção dos ered•tos concedidos ao mtn1ster1o da
minJSterio da fazenda. . tna\'inlla e ao mlnis\erio da. guerra. Não ~e
Sala das commissões, l\de Dezembro de !880. rendo.prejndicar a vc.ta~ dos mes~os.credi·
- Soares Bratuliio. _.... Sttldanha · .MlU'inlto. - tos, pergn1:1ta si o Sr._ pres1den~e lhe dara a pa·
Barros Pimentel. lavr~ d eiJQlS da r eferula --votaçao.
c!mara aos DepLiaOos - lm"esso em 2710112015 16:31 ·Página 3 ae 24
f:J~~~~~-fiií\~'m.ãfiã--:--em~2~;t'e'DêZemõro .- ae ISSO.
dos denntados e...senndor--""-como:;::pnblie&Ç":io- ,.-,_ Tê-riíl5s,=·põis,- ne~esslda:d;--~g--;~bta,- Sdr_ presi-
----=-'-"-,··.· · ·· "· a·-b tes -- ··· ~ . . dente de codificar o que temos so re : esapro-
·:aol r:s~~tR~~o;a~-se
~· • '"
as
disposiçõeS em con- priação por u~ili~de publicfi. fazendo lllal res-
p~ito uma so le1 e estabelecendo para -a sua
trarJO. - ex:eeu.ção uma só fórma .do processo.
P~ço em .22 de Dezembro de iSBO . - Bllrao A materia é, como Y. Ex. sabe, das mais
. Homem de Mello. difficeis. ·
Finda a leitura, o Sr. presidente. declilra que P)deria nesta eccasiuo levantnr todas as que~-
a proposta do poder executivo sera tomad:~ c.a tõe.s, que ell~ subleva e· entre eutras as relat1~
devida consideração. vas aos se~0;1ntes assur:nptos : quem deva de-
O Sr. ministro retiro-se com as mes~as for· clarar a ut1l.1dade_ puiJ~Ie<~-ca~os em . que ~st~
malidades com que en trou, e aproposta e remet- deva_ ~utor!z3r a. de~a~r~~rtac1io- mquertto.:.
t'd · mm·15são de orçamento. tidnllntstrattyos ~obre a utl~tdade da obra, me-
1 a a co • _ • rito, convemencta ,e propnedad~ dus plantas-
En.trt1 61)1 L• d1scus~ao_ o proJect~ n. ~A de qual o juiz; que deva- :pr'O'nunctar a desa pro-
1880 sobre a de.~~proprmçao de predtO> e terre~ pria~ão por utilidade publiea-fórma de regular
nos para obras de estrad3s de ferro. as indemnisações e ·o qu.e ellas devem abra_nger,
Occupn a cadeira da pre5ideneia o Sr. 3. • isto é, quaes os ~lemen~os, 9ne devem entrar
vice-presiden.te soares Brandão. no calculo das mdemnrsaçoes-~ra~os dentro
·- dos quaes se deva fazer uso do dJret!o de des-
.o Sr. Tavares Beit"'ort:-:-~-4.ttell{-iiO.)
1
3propriuçiio - indemnisação pelas oecnp~çOOs
O proj~cto. em discu~S~1o_~- Sr- pres~deute_.~~~~o temporartos e ex~racção de mnteriaes_-_limites
d~ mats ser1a atteuçao, Jll por s1 me~J:!IO. J~ pOt· assianado5 ao d1reito de desaproprtaç;~o com
que provoca imperlos3~enteu:ntl sertede ]US~as 1od~s os recursos c rrar~•ntias, que o direito de
CODSider~ções a propOSltO de uma das m~terws propriedaoe eXÍ""é • OOnS SOU obrio-ado a CÍD"ÍT•
mais interessante~. que po4em preoccup~r o me ao projecto en{ di~us.~âo. " "'
le~slador, matem _que _tem s1~0 trat"da ddie- Si 0 nobre mini*mo da agricultura, em
rentemente .. nos d•versos rmzes, o!Ter~cendo cujo wlento confio, quizer, re>endo a legislação,
sempre duv1das, embaraQos e gra\ldes dlilleul- que te11os sobre n desapropria1;iio por utilidade
d3des o melhor lypo leg-al para bem resol· publica apresen~ar um. projecto de lei completo,
-vel:~ _. • . organiw :;obre a materia, t~rei muito prnzenlm
Nos. Sr. 1Jre3Hlcn,e, p:nz novo, que temos c·ntribuir se,.undo as mmb.ns fracas força~
pr_ec~são. ur:;eatc ~o maigr c do mclhor' cleseD:- p~rn esse re$u(t:tdo _ '
volvtmento ~1at~r1~l; nao podemo~ por . m:lls Antes de di~cutir o projecto V. Ex. me {let··
tempo t>r·escmdir de nttcndcr pnr mero de rnittir-J. Sr nre.~iàente. que dalle foçu o !listo·
disposiçüe5 retlcctid:ls e j ustas a _um assn;.JPtO, rico. • · • · ·
que tem e continu:t ~ tcr r~r,ctula, quotld!:Jn~l .· . a· .
applicaç:':o, qu~l 0 ua de$aprop 1ia~uo por utili· _Sem quererJ nem prete~der Clthcsr_ a~ ecr·
dade [lllhtic:1 ; mormente r1n:mdo a tnl rP.speito ~oes de um tnbu.nal suP.erwr, 9.ev~- dtz~r que
lln confusão nn nossn J::gisl:•':ão; t,l1nos lei, der:m1 ellvs c~usa ao proJecto em ,l!.eus,tlo .
obscuras, omiss~<, contrndicl•1:-ins c inju~ta~ ; Cum effeito, Sr. presidente. tratnndo-se d:~
:~te me>tuo re~ulame11los . quo :•ltcr;m1. mndi· desapropriação pelo Estado para as obras da
llc~m c re,·o~~:11 tr.xto's lr~ai'S o :í.~ ,-ezes ostriuia de ferro de D. Pedro ll, est•·a~l-. boje
nos mdhons princípios, •JUC c~t.,be lecem; pertencente, como se :<abe, ao Estado, a relação
tin~lmente tnmbem temo ~ :•ind:• vut'ictlurh: n:t do distrl~lo pror~ríu nos autos, que ~seu ju!-
fótm3 e no proce:;soda dc~~lli'OPri:H;lio. garnenlo ~llbiram, 11 seguinte dé~:is:io: -·
Entre nós, Sr. presitlcntc, vnn1 c;ula Sf:l·viço , Acúrd~o tem relaçiiÕ. que julgDm nullo todo
r.ovo se tem ~stabtllecido um processo esp~cial 0 proces~ado por inobservancia, de formulas
de desapropriat;iío : si se tr:Jta de desa1•ropria· su bstanci:~~s: porqu:•nto, tr:•tnndo-se de desa-
~ões p~ra estradas de !erro, o processo _é urn; sl prO[>riaçliü por parte da fazeudu nacional õe
para defesn do Esl.<ldo, segurança (JUbltt:J, soe- terrenos panicularas, ne~;essarios pnr;1 o ramal
corro:> p~bliços e.m t~mpo de fo~e, , on Ot~Lrn da estação mnritimn da G_?mbôa_, na estrada d_e
extraordmarJa calamtdade, salubnilaue pulJl1ca, ferro de u_ Pedro II, nao podcn ~·, como fot.
é outro; si para instituições de caridade, ron- applic~da ao caso a disposi(!ão do dect·eto n. 816
dações ~e casas- de instru~ção de,mociiladc, de iO de Julho ae l8a5 e. do respectivo regula·
commodtd3de geral, decorCJÇao publcc::, outro ; mento de 27 de Outubro 'do mesmo :~nno.
-~ i'par:1 casos de utilidade publica ç:et·al e rnu- , o decreto e o regulamento ex:prcssa e exctu-
nieípal na côrte, o~tro; si \)~r~. ab~stecimentn si v~ mente se ref.!re:n á d~propriuçõo requerida
de afl'ua para a cap1tal do ImperJO, amda outriJ: no juizo civil ou municipal contra _os prop!ie·
as le1s se referem a cases ~pec1aes, regulamen· ta rios por companhias ou emprezartos, e nao á
l.:ldos por dlfferentes fórm~s. que é promovida, como aqui foi, no juiw dos
TeroiJs cheg-ado ao ponto de que nté em uma feitos pela f:~zen.da nacional, como parte directa·
: lei de fundos para uma ob•a achn-se :~bi esta· mente interessada ua causa, sem o c•'ll'Mter
belecido o processo para a desapropriaçiio, que official. que repr~s~nta n:1 pendcncia entre os
lbe fôr precisa dos immovets; ~ d~ b:~-v~r cer- mesmos proprietarios e cmprezarios_ ·
tamente mais. -garantias para o proprietario. . • De outro modo dar-se- hia .o grave ineouve-
quando soO:re um~ desnpropri~cão eni caso de niente de concorrer a -propria parte litigante, .
necessidade pnblic~, do . que (]uautlo para em· em vista do art. 6:. o do citado regulamento. com
prez:is Iucra:.ivas, offici~es ou partic-ulares. tres arbitros para a determinaç!o do valor da
Câmara dos Deputado s- Impresso em 27/0 1/20 15 16 31 - Págtna 5 de 24
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irid!~I!Jnização pedida, o que tornaria desigual a 1 i855, que só pó de ter execução quanto ~o juízl'l
posJçao dos eont~ndo~e~ em ju_iliO. d~ desapropriação, quando as em prezas forem
.c ~enhnma d!Sf~OSJçaa je Je1 ou regulam.e~to exploradas por particulares; pois, entJo o pro-
autoriza.. a n~meaçao do :>.• arbttro pelo JUIZ! cesso entre os cmprezarios, como desaproprian-
como !01 ~ratícad<! a fls. 27~ e ~0, sendo que so tese os proprietarios, como desf.propri8dos, não
por esse racto seria nullo o arb1tramento,quando póde de1xar de correr pelo juizo do cível como
fosse appli::avel a legislação de 1.855. o competente; mas tambe:n é evidente que
•4 nomea~_ão é .reJta pelo g_ovP-rnc,em foce de quando a fazenda_publ~c~ é parte, co!Lto na hy~
ternun~ute d1spostçao da le1 art. l..u e do re- potllese em questao, o JlltJ:O.P~sem.pre o do~ rei·
galamento nrts. -11.• e 5.• · tos da fazenda, como privàtivo, sem precisar
c lbs a nomeação do5.• arbit1·o é feita pelo declarai-o de novo expressamente.
gov~rno só e justamente quando não é a fazenda A disposição contida na 2.• parte desse § V do
nacJOnal parte no processo, então regulado pe- art. -1.• olferece materia para serias duvidas.
l3s disposições citadas. · E' certo que a citada lei de 1.0 de J•Ilho de
cAhypothese, que orn se dá, foi previstape!o !.835 e o seu regulamento de 27 de Outubro do
decret? n. 2539 de 2~ d_e Setembro. d!: :!tl75, mesm~ anno só se pódem referir a emprezas,
mas somente em relacao~sdesa-proprmçoes para que nuo pertençam ao governo, porquanto, si
as obras do abastecimento de agua á capital do se seguisse o juizo arbitral, nb.i estabe'e~ido
Imperio; e n~o podendo ser ampliada :t intelli- t~r!amos que o governo, qne é o emprezurio;
gencia ou npplicação do decreto, visto os terJDos se louvaria em do11s arbitros e nome~udo o
em qu" se acha eHe concebido, força é applic~r terceiro, a sorte do proprietario ficaria a mercê
:í especie do~ autos o r:~enerica dispos10:io dü do mesmo governo, de um dos interessndos ; é
decreto n. 353 do 1.2 de Julho de 1.811-5 relativo eerlo que o decreto n. 26:)9 de .22- de s~tembro
ás desaprúpriações p~r utilidade gora! ou mn- de 1875 só se ·refere ~sobras p~rn o abusteci-
nicipnl da côrte, e de conformidade com o qual mento d'agua nesta côrte; é finalmente certo
o processo e o julgamento dns rlesapropria~õés que o decreto n. 353 de iz de Junho de :l841i só
são regidos pelos art-s. H e seguintes, que t1·nt~ da desaproprincão par~· utilidade publica
deixaram de ser observados no presente caso ; geral e municipal na côrte; mas tmnbem é
resultando dahi a insana1·e1 nul!iàade do pro- certo que, quando a desapropriação 6 por. utili-
cesso. dade publica ger<tl, em que a fazenda n:wionu I
·E assim julgado, mando que sejam as cus~. é p3rle, o juito arbitral se acha regulado, j~
pagas pela fnzenda nucional.- J. B. Lisbôa, pela lei de 9 de Setembro de -1826, art. 11. •,
presidente interino.-A.quino e Castm.-Leal. já por outr;lS disposiçiíes express:•s de no,sns
-CarneiN'de Campos.- Pol' outro fundamento leis; convindo notnr qlle, al~m dn int ·rjlrcta~5o
votei pela nullidatle. Pen~o que fez -se applic~- poder ser extensiva, i:;to é, padcr ~pp!il::tr-sc o
çfto ela lei, que rt~ge a espccío dtts uutüs, des~· texto da lei a ca~os n<io compreltondidos na
propriacãa par:< cst~ada de ferm; mas que na lMtr:t da lei, ma~ no seu e>l>irito. tlevc-se
norn<~ação tios arbitros se não ouservam o que. considerar a lei ilc 22 do Selem!Jro tleiS7ü, inda
dia delermin". , que o ctlso niTo cnroca tlé intcrprclnciiO, comú
Como vê Sr. presidente, o projet:to foi jul· int~r~reto~ão nuthenticn na hy[lothese em
gado nul!o pelos motivos ncima ditos. questuo. .
Esse ~ceord5o, embargado pelo procU1'll1lor d,, M~~ Sr. pr~~~~ento, com<) V. Ex. sn~e: ha
corôa, foi reformado, mmtdando o tribunal qnc questõe~, que suo neeessa~tamente d~cttllc.lus
se avpli~s>e á hypothese a dispr,si~5ll da lei por orbllros: ~utras que .o s:to voluntarJament~
n. 816 de l.O de Julho dtl t855, isto é, q<le de la_mbem dcetd!das por o~bttros, ql}andll as pDrtes
entre cinto arbitras, tres fo>sem nomeados pelo nisso concurdom e ns_l~ts o yerl!lmcm; ~ qnt1·as,
governo! Jin_alm.ente, q~e o JUIZ nao pod~ dêe1~1r se_!ll
A outra parte; o des~pr0priado, embnrgon primeiro ou~zr louvados, ou arbitradores, n<tO
esta decisão, pois só se póde applic~r a citada tendo o arbitramento neste cu~o for;;a, de seu·
disposição, qu:mdo a estrada perteneer a campa- teuça, sendo apenas provu substdntSia ao far-to.
nhias e não ao Estado, e assim os arbitcos serão A Ord. do Li v. 3.• Tit. 17 iu pr. diz:
dons nomeados pelo desaproprio do, outros dous
pelo desaprop<iante e o quinto pelo governo. • Entre os jnizes arbitl"OS e os arbitradores,
Apezar das decisões supra referidas e do que que quer tnntoclizer como avalbdore~, ha dife-
occorre a respeito, posso considerar o projecLo rença; porque os juizes arbitras, não sómente ·
como inutil a certos respeitos e por outro lado conhecem das e<1usas e rnzões, que consistem
inj as to e inj uridico. em feí Lo, mas ~in da das qne e.stão em rigor de
direito e guardarão os actos judiciaes, como são
Diz o projecto : obrigodos de os guarda r os juize~ ordinarios e
. · • § f._o O proces~o dn indemnizaçiio será pro- dele:;3dos. E os arbitr~dores conll.ecerão sómente
movido-perante o juiz dos reitos da fnzenàa, n.os das causas, que consistem .em feito; e quando
termos da legis1ação em vigor; sendo os nrbi- perante e!les for allegada alguma co usa em quB
tros, para avaliaç5o dos ditos predios e terrenos, caiba duvida de direito, remettel-a·hiio ~os juizes
nome.1dos: dous pelo proprietario, dous pelo da terra, que ~ despachem e determinem. como
procurador dos feitos e o quinto pelo juiz. • acharem por direito; e dnhi por di~nte, havida
Quanto á primeira parte do § L • do art. :1.. • sua determinação, procederão .em seu arbitra-
é evidente que, ~ratando-l'e de emprezas per- mento, segundo lhes bem parecer, guardando
tencentes ao Estado, não póde ter ~JJPiicação ao sempre o costume gero! da terra, que ~o tempo
caso o decreto regul3men tar de 27 de Outubro de de seu 3rbitramen.to fôr costumndo_ •
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:31 - Pêgina 6 ae 24
-=~·--=-sro~refeiido-decrei(i iéiúlame~ta;de ouiu:··· dÍ~do -~- j~;ti·~ - q~e no caso de, pendente o
bro de !855 só se rerere a em prezas exploradas recurso, querer dar o · desapropriante exeeu-
por comp~nhias, como mesm:~ se evidencia do ção á sentença appellada,deva, si !ôr recorrente,
proprio art. L • do citado decreto, certamente, detx>sitar a importanci:t d~ ·avaliação julgada,
si par~ instruir o requerimento de desapropria- c H fôr recorrido, não só essa importancia; como
çiie é preciso, como nessa hypothese; um attes- tambem -mais um terço della até a sentença pas-
tado de um engenheiro designado pelo governo, s:~r em julgado.
certificando ser o immovel eomprel:.endido no Uma outra providencia deve ser tomada a
plano approvàdo e ser exaeta a planta,que delle bem da justiçà. ·
se apresentar, não tem mais razão do ser essa Como V. Ex. sabe, ás vezes o desapropriado
exigencia,quando é o proprio governo quem se não póde receber a importancia da avaliação,
apresenta em juizo, pois o procurador dos rei- porque a iS!O haja qnem se opponha.
tos tern caracter officia1 ; bastando apenas neste Neste caso para obviar abusos e despeitos de-
ultimo caso para instruir a petição a cópia da ve-se exigir: ·
planta especial do terreno,ou do predio, confor- i .• que 0 valor seja depositado perante 0 juiz:
me seex:ige no n.2 do art.4.• do citado regula- contencios() e só depois de lide contestada, e
mento.
'lambem 0 § 3.• do art. L• é inutil. não a requerimento de qualquer parte perante
o juiz da desapropriação ;
Diz elle : 2. • que, feito o embargo e deposito, possa o
• § a.• Uma vez homologada a sentença ar- proprietario levantnr a quantia depositada, me-
bitrd pelo jui; mandará e.~te dar posse dn diante fiança.
propried~de ao r;stado, que pagará a ímportan· Diz ainda o projecto:
ci~ avaliada. ou a depositará, no caso de haver
appel!ação da sentença., . § &.• O rendimento do predio a que se refere
Si o projecto em discussão manda observar 0 o art. !3 do mesmo decreto, será o liquido, de-
decreto regulamentar de 't.7 de Outubro de l8ã5, pois de deduzidas a importancía da decima e a
a disposi~o contida no§ 3." do art. L• se acha de outros onus a que o predio estiver sujeito.
contida expressa e textualmente nos arts. 7.• e O § 4.• do art. L• estabelece uma restricção
9. • do citado regnlttmento, sendo apenas que, odiosa, injus~. além de uma flall'rante desigual-
e d · · d · 1 · 0 d # • 1 d d~de, que ex1ste,. comparada a forma de regular
"'
·· ·· ,.m.. v z. O.JUIZ ° CJve • sera. os .et os a a avaliação do predio pelo decreto de 8 de
fazenda, pois a competencia deste juizo nascerá
immediata e naturalmente pelo facto de ser a Outubro0 de 1855 com a que é determinada por
1azende public2, na hypothese em questão, parte esse~ ~- do nrt. L•.
no..J&íto, o que; como já dissemos, não é preciso O decreto regulamentar de Outubro de i85õ;
declarar expressamente. diz no ut. !3:
Diz o art. 7.0 do decreto· de i85li: · • L• Ne~hurna indemnisação poderá ser me-
• Si 0 otrerecimento do emprezario ou com- nor do qne o V3lor de 20 annos do rendimento
p~nhia ou pedido do proprieLario fôr aceito, do predio, devendo ser calculado est.e rendi·
recebida por este a quanti:: ou depositada, se mento pel~ ~ecima que houver pago no ultimo
recusar ou n5o puder recebei-a, 0 juiz do cível semestre 1mmediato áquelle em que houver
ou municipnl mandará passar, em r~vor do em- de verificar-se 11 desapropriação; e, no caso de
prezario ou éompanhia, mandado de posse, que nf•o ter pago deeima neste semestre, pela cer-
será executado, sem embugo de qunesq uer tidilo da que pagou no semestre anterior.
omb:lrgos e servira de titulo ao emprezario ou • Si não houver pago deeima no.referido !le-
companbi{l. mestre, ~egular -se-ha o preço somente pela ui-
E noart. 9.•dizocitadoregulamen\odei855 : tima dec1ma paga, salvo o caso de se haver
• Feita ~ avaliação e recebida pelo proprie· feito no predio obras importantes dopoi9 desse
tario a su:~ importaneia, ou depositada, sere- pagamento.
cusar, on não poder recebei-a, m~ndará 0 juiz • Nenhuma indemnisação serâ elevada á
passar mandado de posse na fórma doilt't'. 7.~, •. maior quantia no que imporLarem os ditos
si as idemnízações não excederem ás otrertas do 2P onnos de rendimento, calculado pela decima
empresario, ou companhia. , e mais iO % dessa importancia, si o referido
:Mas observo: predlo estiver alu~ado e os proprietarios forem
moradores; si,~orem, forem moradores ou mo-
. Tratando-se de appellação em um juizg ar· rarem nos predios, que tiverem de ser inde-
l>itral necessario, como o do projeeto a appel· mnisndos, ou forem corporacões de mão morta,
la!i_ão só é por ~ullidade substancial,. ou os predios estiverem no ultimo caso da
Desde que nao se trata de arbitr 'dores, em regra para a indemnisação, poderá ser elevada
_que se t~odia, oppondo-5e ã a-valiação, conseguir até 20 •/o acima dos 20 annos do rendimento,
uma seg'!ln?~_; d~sde que as _p~rtes na forma calculado pela decima. ·
da Conshtmçao _so podem no JUl%0 arbitral re- • Si os predios forem de. corporações, qu~
nunciar vo!n~tar!amenie os recursos e un by- nlío paguem deoima, ou pertencerem oo Estado
pothese o )ut:o e nece~sario, sezue-se que a e não estiverem comprehendidos na dísoosição .
ap_pellação deve ser, já por nullidnde.i_ já quando da ~. • parte do § L • do arl. L • do decreto de~
a p·arte se não conforma com a decisao arbitral. deJnnbo de i852,a avaliação se fara no primeiro ·
· Póde essa · appellação não ser ·recebida em caso sobre a base do aluguel do predio com a por_.,
ambos os etfeitos; mas em todo o caso ser por centagem devida a jmes arbitros,não excedendo
motiv-o lambem de iDju;;tiça da · avaliação; pe- a 20 ofO; e em segundo caso será a avaliação feita.
Câmara dos Deputados -Impresso em 2710112015 16 :31- Página 9 de 24
por estimativa, precedendo informações de dous que a indemnisação no sentido, que lhe àamo_s,
· engenb.eiros e. de dons mestres de obras desi- deve abranger o que lhe é proprio. · :
gnados pelo juiz do civel. , Já a nossa antiga legislação, principio que foi
.· : ~go o projecto estabelece uma restricção reproduzido no regul:~mento de !855, onde se
od1osa; porquanto, segundo o art. i3 do citado trat3 de estradas exploradas por companhias
decreto de ! 855, a indemnisação terá como regra e descoDhecido no projecto em discussão, man-
o rendimento, e calculado este pela decima e dava CJUe nas vendas coactas se désse ao pro-
nunca menor do que a importancia, ~ue se ve- prietnr10 ·uma porcentagem, além da avaliação,
rificar no valor de 20 annos do rendimento do como compensação da· coacção ; no .entanto o
predi<l, podendo ser elevado a iO •;., até mesmo projecto reduz tudo a calculos sobre impostos e
a 20 •;, sc.bre essa imporlaneia ; no entanto que ouus, e ainda deduzidos estes do rendimento !
o proj ccto faz deduzir para :t indemnisuclio desse E que base é o rendimento do predio ?
rendimento de 20 annos o valor da decima e o A decima é cobrada, é certo, sobre o rendi·
de oulros onus a que o predio estiver sujeito. mento, mas este é arbitrado por lançadores ;
Alem da desiguald:td& que existe, como já segue-se, pois, que,além de não ser precisamente
vimos, em grande prejuizo do proprietario, verdadeira, comn ncontece, não é uma base
9uaodo a des3propriação fôr, segundo o, pro- fixa: hn.alterações no valor do_s alugueis por cau-
Jecto, po.rn o Estado ; alem de se confundir, sas accidentaes e economicas; e essas causas oc-
quando s0 trata de avaliar um predio o con- casionaes não podem servir de base a um valór
tribuinte com o proprietnrio, entidad•s distin- certo.
ctas, para considerai-as em uma só pessoa e Porque não adoptou o projecto,quer quanto aos
sobre o m~smo objecto; acresce que com o nosso terrenos, quer quanto ás casas, o mesmo prlncl·
systema fiscal e c~m os onus, que pesam sobre pio consagrado na lei de 1826 de que o v alor da
a propriedade urbana, o rendimento liquido propriedade será calculada, não sd pelo intrín-
ficará muito reduzido e a dasapropria~.ão pol." seco da mesma propriedade, c.:>mo à a sua loca-
esse meio e sem respeitar além disso os princí- !idade e interesse, tomando-se por limites desse
pios de uma justa indemnisação tomará. qnasi o valor o que se acha estabelecido na lei de fR45 e
caracter de um verdadeiro confisco : as leis in- reproduzido no regnlamento de i855 quanto aos
flexíveis e certas do valor são· preteridas parn t:errenos, isto é, que as indemnisações não po-
dar -apenas Jugu -a-calculos fundados na per- aerão em cnso. algum ser inferiores ás off'ertas.
-cepção de contribuições e impostos, calculas dos agentes da desapropriação, nem superiores
verdadeiramente iníquos ; e como si fossem em ás exigencins das partes? .
tal caso necessarios juizes arbllros para uma Só ossip1 . baverá justiça e, o que mais é, sú
-conta, que o thesouro poderá fazer. assim póde haver juízo arbitral ; ao contrario
Entende-se que a desapropriação é um con- Gs arbitros, como quer o projecto em discussão,
tracto de compra e venda; mas ba engano: a são apenas contadores do thesouro.
desapropriaç~ão completa-se pela indemnisação e E', Sr. presidente, o que por ora tenho a
a venda pela preço; aquella é mais eXtensiva do di~er sobre o projeeto em discussão.
que o preço; é imposta, forçada, e este volun-
tari() e ajustado. O Sr. Olegario, oomG um dos signa~
E' principio consagrado em todas as legisla- tarios do projecto em discussão, defende-o d&E-
ções que a indemnisação peln desapropriação 3rguiÇ5es ~ppost.~s pelo nobre lieputado pelo
para ser equitativamente regul3da deve com- Maranhão e attribue a injustiça de que usou o
prehender, além·· do valor venal do ímmovel nobre deputado na apreciação das disposições ahi
occupndo, uma somma representa ti vn de todos contidas á posição falsa em qu~ se collocou, en·
·OS prej uizos accessorios, que são a eonseqnenciacaraudo o projecto sob uma face diversa da
da desapropriação. que verdadeiramente tem. ·
A lei prussiana, diz: Nilo se trata de reformar a legislação em
vigor sobre desapropriações, e sõmente . de
Art. i O, 2 ... pule: prover de remedio sobre inconvenientes resul-
• O proprietario deve com ·a indemtiisação tantes na pratica da .Jitteral observancia da !e-.
poder procurar Iim ontro immovel do mesmo .gislação de 1855. ·
valor e do qual possa utilisar·se da mesma ma· Não é possível ~e a f:~zendn nacional, sendo ·
neira como daquellede que ficou desai>~opriado. parte no processo de desnpropriação, entre em
jui~o em posição desigual da que cabe ao. pi'o-
. Ale~ hespanhola diz: prietario,tendo tres arbitradores de sua escolha, :
Art. ~~: . quando .a parte litigante só tem dous ; ·estaria
a questão prejulgada. · · · · ··· ·
• A administração deve offcrecer uma in- Esse é o inconveniente que se procurou rê:
demnlsa(}ão elevada. • mediar, dando ao juiz a attribmção qUe hoje·
Certo~ a regra justa é a seguinte: o reem- eabe ao governo. · · ·
bolso, a indemnis~ção, não deve comprehen- · A legislação de !855 não previne a hypothéül
der senão o da11mt&m emtrgens e não o da ser a desapropr.bç5.o requerida pelo procu•.
lucrum ces.mns, easo. cbamado em 'direito de radar da fazenda.
plena satisfa~o : o prejp.~o eventual é diffi.eil O decreto de i8i5, sobre desapropri~·çlío para ·
de ser apree1ado; os d1rettos puramente pes- o :tbastecimento de aguas tambem se refere a ·
soaes nã~ po~em ser avaliad~s em dinheiro; e a·l um·easo especial; n5o póde'ser applicado ao caso.
pJena sallsfaça~ só .deve ser 1mposta como pe11:1 do desapropriaçõo de terrenos para as obras da
80S . .terceirOS de. má fé ; inàS tambem é certo estr:tch fiA fP.rrn . ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:3 1 +Pá gina 10 de 24
pareee_qne .é preferível, ~e s.e C?ad~na"'mals E' um grande meiocàec' evitàr estas grandes
com os interesses da propr1a colomza.çao •.. questões, que têm um grande .alcance no pah:.
E basta dizer á , camara que uma parte, on
O Sn. ~ÍAR-rrNHo CAMPOs :-E até com a natu- mlll!lor, u.m<~ gr:mde parte «a cidaàe de Cori-
reza das proprias instituições. tyba, no Paraná, se acha hoje· illegalmente na
O Sn.BrrA!IQU& ndlAcEoO (minístro d11 agri- posse daquellas que alli estão estabelecldns ; o
cultura):- •.. que os colonos sejam desde Jo- Estado terá necessariamente de provocar uma
go proprietarios da terra. . . luta terrivel, e de tristissimoe resultados.
Mas, .senllores, nem sempre 1sto ~!Ode ac\lnte· E devo dizer ã eamara, porque isto . já não é
cer. A venda a prazo, como se acha estipulado hoje mysterio, está consignado no projecto que
J>:lr.a o caso especiali ssimo, só pó de ter l ogar offe rer.i ao conselho de estado: eu havia con-
aproveitando ao eolonoestranJreiro ot; nacronal, signado no meu projecto que essas terras se
isto para evitlr todo o mal que pode trazer devessem considerar legitimadas até e~ta· data,
semelhante medida de todo o ·mundo só querer isto é, aquellas posses indevidas de !850 para
comprar !erras a prazo. cá desde a ·votação deste projeeto.
Essa medida é simplesmente .apresen~da Esse artigo foi, como viram os nobres depu·
ao colono que se quer constituir proprie- tados da acta dG conselho de estado, altamente
tario, ou por meio do !ôro, ou por meio de ·por elle· combatido sob o fu.ndamento de que
venda a prazo. úutro qualquer individuo que acoroçoaria a novas usurpar;ões ; ·hoje outro
se Dche em condições diver~as será obrigado ou meio não ha senão esquecer, feebar os olhos, por
a aforar a terrn, ou a compral-n ã vista. assim dizer, ao não comprimento da.lei. O fõro
Portanto, a '\Tenda a prazo só aproveita ao co- incontestavelmente tem o grande recurso de
lono ; e ninguem .contestará que é est~ _um meio offerecer um meio pelu qU:!l póde o governo de
de grande vantagem, um grande aux!lro que se alguma fórma observar a lei e auferir certas
prestará ao emigrante que procurar ~os~o palz. vank~gens dessas propriedades que se acham
Si nlio tivermDs a venda a prazo, dtllietlmente i ndevidamettl'l em poder de particul11res.
poderemos esperar . que_ no nosso paiz o eo-
Iono se torne proprtetano. , O SR •. ANTONIO CARLos:- Esse argumento
Ainda mais: a camara sabe,é uma medida por- prova de mais.
veniura irregular, diga-se a verdadeira pbrase, O Sa. BuAilQUE DE-MACEDO (ministro da agri·
mas é medidn que desde já se acha consagrada cultura):-Esta é a verdade; uma parte não pe-·
em actos do poder executivo; a vonda a prazo já quena do domínio publico se acha indevida-
existe ll.Q pait para a colouitaçào. O w~<ml} mente em.· ?~>der de múitos proprietarios, e o
recebe o seu lote de terras com um tituiG governo não tem meio facil de readquiril-a.
provisorio, e vai pa~ando uma certa $Omm~:~ ao E, neste caso, para evitar um processo, não
Estado nté que, tendo ~mortizado toda a sua di- convem ao posseiro pagar uma quantia modica
vida, receba o titulo definitivo. por anno até que· possa remir a propriedade de
Islc que está no projecto não é mais do qur que está de posse, de prerereneia a despander
a consagração daquillo que já existe no pniz. desde logo uma certa somma para acquisição das
Com rel~ção ao foro, direi ao nobre deputado terras\'· · ·
qual roi o moti'Vo, qual foi a razão que princi· Eu praticamente pr.s~o dar testemunho de
palmente fez peso no meu espirito para aceitar que innumeras pretenções se tem apresentado
esta idé:l. ao governo por parte de colonos, que querem
Não foram tanto.as vantag.ens que podem re- comprar as terr;os a prazo oú aforai-as, quer
sultar incontestavolmente dG estabelecimento p8ra estabelecimentos publicas de certa ordem,
do fôro; foi l'Obretudo um meio que me pareceu quer para estabelecimentos particulares como
excellente par:~ evíl.:lr as. grondes eon1estações, f:tbdcas, para a exploração de diversa~ 'i'ndus-
as lutas que têm surgido, que continuarão a trias, quer mesmo para a agricultura. Enlre·
surgir entre o Estado e aque!les que já se acbam tanto, o gGverno não se acha habilitado, nem a
na posse de propried:1des que !oram por assim v~nder essas terras a prazo, nem· tão pouco a
dizer usnrpudas ao proprio Estado. afotal,as, o que só póde fazer em relação a
O fõro modico, como se acha estabelecido, terras, quando estas. se acham em nucleos co-
tem esta grande vantagem. Joniaes. ··
o govefllo dífficilmente poderã executar hoje Não vejo, Sr. presidente, que do projeeto
a lei de 1850, com o rigor como ella o exige· possn resultar , senão vantagem. O projecto
com aquclle rigor que ainda ullimamente te~ mGdifica o regimen da lei de !850 apenas nestes
aconsel bado o cansei bo de estadr, ; o resultado d,ous pontos, modificações que . foram aceitas
será que o proprietario, não tendo r~cursos para pela maioria ou quasi unanimidade do conselho
tndemnizar ao Estado da propriedade que usur- de estado.
-pou., o Estado terá de commetter as maiores O eonselhG de estado não aceitou a idéa da
vio!encias para "xpeiiU·o do terrena que até legitimação da~ poS$eS de !850 para cá ; e en,
então .elle navia occupado, ou ba de Jltlrder a desej<~lldo conrormar-me eo(ll a opinião do
propriedade. · , , conselh.o de estado, de ace~o com os meus
Ora,- parece um meio termo o fôro modico jecto coilegas, não puz duvida ·em mOililicar o pro-
com o qual o proprletarió se conformasse e dis. nesta parte~ . . -
sesse ao Estado: -pois bem, eu não luto eüm- O SR • .ANroNio. CAtu.os-:-Isso· é:o que eu.c·~n-
vosco. estou na posse desta propriedade, que snro _ .
oon8Wer() illegifuaa~ .mas vos paga o !ôro até O'Sn:BuARQUll Dlt IIA:CKDo (mínütrQ da a_qrical...
que possa pagar a propriedade. · tur~) ; - E11. eouve:atur em que é possivel que
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 16 3 1- Página 15 00 24
~~~~~e$~fu:sa3:t~~~r~~''!e~~f.~I~-S~~J:.~~~~~~q~v~~~I~~~;· ~~:!~~:,~~~
a~im dizer, absolvidos sejam tentados a faz'3r fórma de venda, si quizerem, tem a grande vau-
novas usurpações com a esperança de que estas tagem de constituir com maior facilidade a
1hes sejam mais tarde legilimadas; é possível reunião de grande nu~ero de braços em pontos
que isto seja um estimulo; mas eontinúo a peo- determinados. E' mais !3cil, como disse o nobre
.sar, embora nesta parte tenha sido vencido, minist·ro da agricultura, para 3quelles que dei-
q_ue os inconvenientes, qne resnltarão neeessa- xam (principalmente sob o ponto de vista da
namente da intervenção que o governo terá ·de colonisação ou antes da povoação do Brazil) a
empregar p:~.ra haver essas propriedades usur- terra em que nnseeram, que rompem os vin-
padas, serão muito maiores. , cuJos que os prendem ao lugar do nascimento,
O{>rojecto, além destas duas idéas C8pitaes, que abandonam o seu paiz para virem encetar
CQnstgna medidas que são de verdadeira uti.li- vida nova em um lugar a que não estão habi-
dadG como a do começo de uma carta cadastra\, toados, é mais facil para aquelles que offerece-
onde se possa pouco a pouco · il' de~criminando rem todas as condições de aptidão, porque estou
o que é.do· dominio publico e do dominio par- longe de querer chamar · para o nosso paiz ho-
tieil.lar.. mens cujos antecedentes dêm motivos para
·Sei que isso é un;~ trabalho dispendiosissimo e delles afastarmo-nos, é mais facil contei-os
Ir!Uito prolongado ; mas não será isso r-Jzão para prendendo os ao solo. Devo !aliar com toda a
quG deixemos de alguma _cousa ir fazendo. Por franqueza. Eu desejaria até que viessem para o
isso com grande peUU' divirjo da opinião do nosso paiz os socialistas allemães, porque trans-
meo illustre amigo deputado por Minas, e sup- portad~ para o. nosso paiz em condic;õe~ rego-
ponho que tanto o aforamento como n vendá a lares elles poderiam. trazer-nos todos os bene-
pra.zo são medidas que pódem ser adoptadns pela fiei os que podem fazer, sem que ti vassemos de
camara dos Srs. deputallos, eomo das mais uteis, soffrer os males que elles podem cansar no seu
das mais. protlcuas e das que mais fDcilitam a paiz. Naquellas regiões, organizada a proprie-
execução da propria lei de !850. dade como se acha, sab!!m todos que o operaria,
por melhores que sejam as suas condições, não
O Sr. Antonio Carlos:- Sr. presi- podem as mal~ das vezes satisfazer as SUDs ne-
dente, sou naturalmente teimoso, e esta quali· cessidades com o labor de todos os dias, e por
dade prende-se sem duvida â terra dond~ isto· são muitas vezes presa dos especuladores
provenho. O paulista teil) a infelicidade, si infe· . de toda -a -espeeie;· o· que se nã<Ydaria ··em: ·lUD: -
licidade á, de ser teimoso . ou antes perseve- paiz como o nosso· em que dentro .de pouco
rante.em excesso. E' por· isto que C•Jm perigo tempo elles se tornariam proprietarios, e, uma
embora de desagradar aos nobres .deputados, vez proprietarios, por força· seria amainado o
consumindo ·.o seu precioso tempo, nilo posso ardor. primiUvo de seus desejos.
deixa~: de trazer a minba ó!linião, expondo-a Entendamo-nos, Sr. presidente. Eu costumo
rapidamente, sobre ·um projeeto que contém ser mnito franco. Quando assim falto dos socia-
materia inteiramente presa á. maior·das ques- listas, me retiro aos abusos praticados em nome
tões actuaes, como é· a questão da substituição de um pretenso socialismo, mas não ao socia-
de braços. · . _ lismo considerado seientificamente, porq ile a
Discutindo o orçamento da agricultura, tive critica social da organização, quer da pro·
oceasi~o de· apresentar o resultado dos meus priedade, qner da sociedade em geral, é cousa
pe.quenos tn.balbos em relsção a esta magna muito diversa daquella especie de .socialismo a
q-tJ.estão. Encarei o foro perpetuo, .a emphy~ · que me refiri; ê co usa que me re~e o nosso es-
teU:Sis especialmente quanto ás relações pm:-. tudo e em grande parte a nossa approvacão.
ti~.nlares contratnaes ; no presente proje.clo O colono, dizia eu, o homem que vem buscar
encontro o ·coro ~rpetuo rererindo-se ás rela- uma. nova palrla e· crear um estnbelecimento
f:~es contratuáes do · go.~erno ·c.om os. particu-. para sua familia,nem sempre póde estar munido
~S. . ' dos. h:~veres nec8Ssarios para fazer acquisição
O grande desejo, a maior asl)iraçâo que de.· completa e. immediata da sua propriedade. E'
vemos ter é estabelecer uma população nume- mais conveniente, porttlnto, ligai-o ao solo por.
rosa,sã de oorpo e de espirito, que venba tom3·t meio do e:!lpra~:~mento,que lhe dá um proprie- .
a si o aproveitamento das riquezas sE;m conta dade indiscutível, isto é, o ()ominio util que não
cpae llncernm as entranhas . desta terra d"O póde ser tirado, domínio transferiTel, segundo o
Bratil; isto de-ve se dar, par.ece ~~e, ·. nlio só le- direito~ fie:~.ndo as poucas economias que O· es-
nutando · estabelecimentos., d·e· · cu:l~ura, mas trangeiro houver trazído para serem · empre- ·
organizando a propriedade de modo ta1 que gadas nas despezas da producçiO, na {ructill.,
seF~-licHo- esp&rar-a ereação de !(randes vivei- cação, w lote lé.rritocial que.lbe tiYer ·sido. alo-
ros de tnba.lbadores, que preencham as neces- · rado. ·
sí®des ele nossos. estabelecimentos de, e.u.ltura, E~ por istD qne c9"'ª pezar de ooração não posso.
que possa~ ~restar-se ás dh:~rsas.D.ecess.idades aceitar-.a·idéa do n®.ri!Jdàputado por M:inas. ·:· · -
de.·Bossa agrtc.Ultnra:.. E~ -por 1sto q!le UQ p~ ·- " .._ -.._ T d · • ·
j~to actual a me.dida de . maior- importancia · O SR. :M.mtlNHO- ~- ~ ~ 0 0· o ptopne· -.
pata mim ~ aquella que: 11utoriza o. gov~rn() a: · lario pref~re o dominio absoluto e inteiro sobre ..
aroru- per_petuamen.te, 11 dar em empwawento a propriedade ;.é só isto que. .satisfu a ambiÇão .
as ter~ de"tolUlaS áquelles que. llS qnizer~m .do h"omem. . · · ·· · . · . ' •;_:
eultivaJ: é, · es&abelec.er~ _ n~II.as. E~..me. P.~-. O-S.., À.NTONIO C&llLOS_:.- .·Não..dU.vido,,mas, ba. .
ntm.cili e~ntta.., a:·::r.~rida: _~- : prazo;. :Prefil'Q . dQ, mria cousa a attend~r ~ ._
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:3 1 +Pág ina 16 de 24
-~- riitil~7sí poive~ãtura -essâ'posse~iiãó tivesse· sido.-~istci- · é, ~ooiar;~c; ~·tiiô ·-sóineD.i~ --ã-sit~ãçã~- ilos' -~'-
teita. . · terrenos publicas e dos terrenos. parliculares,
Tenho tambem pezar em que a idéa do· nobre mas um cadastro que, determinando a ditie-
minislro da concessão gratuita de terr.as ás rença da propriedaae publica da particular;
companhias que se encarregarem de construir trag:~ ao mesmo tempo a descripção completa .e
estradas de ferro ou de rodagem, conforme as perfeita, ao menos ~ mais aproximada possível
necessidades, concorrendo assim para o desen- aa natureza dos terrenos, do seu aproveita"
volvimento e prosperidade do paiz, não !osse mento em relação a certas e determinadas' cul·
consignada, porque sem duvida e~ta concessão turas, a certas e determinadas industrias, em
de terras devolutas, de terras que não são apro- relação á propriedade particular; á consignação
veitadas pelo governo a estascompnnhiasémuito das vantagens calculadas, aproximadamente,
superior á pratica para mim perigosa da conces- que dellas se podem obt6r, dos onus que sobre
são de gara-ntias de juros. . . · ellas pesam, de modo aue se possa então orga,
Sinto, portanto, já ·qu~ o n_ob~ :Qlini~.m>Jm ~ _n_i ~ílr .no~llrazi! o credito territorial,. qne.tama·---
pugnou lão"acrem·ente, quando eu discuti o seu nba prosperidade tem tido principalmente· na
orçamento, aquillo que eu chamava garantia de Escossia e em geral na Europa, porque o era-
renda, isto é, a fixação de uma tarifa-que garan- dito .territorial n~o se ha de poder estabelecer
tisse uns tantos por cento de renda, de prefe- com justiça emquanlo n o bonver uin meio
rencia. á concessão de garantias .de juros, não insuspeito de conhecer perfeitamente a pro·
pudesse ao menos consignar esta disposição que pr:iedade, sobre a qual o emprestimo deve .ser
viria retirar do nosso thesouro o encargo que fe1to . ·
ha de pesar longo tempo das grantias de juros, Portanto peço ao nobre ministro da agricul-
qnan.do a conce:s.~lio da terra traria as mesroas tura que envide todos os seus esforços para qu.;
ou antes melhores vantagens. . . esta aspiração se possa realizar, porque, uma
Sr. presidente,não posso ter a pretenção de di~- v~z organizado o cadastro da propried3de pu-
cutiruma materia da importancia dest~. embora blica e particular do Brazil, teremos dado um
só havendo de· considerar o art. t. •, ma ~ art. passo tiio gigonteseo, que se póde dizer que
i. • que abrange em sua -larga vastidão todas as estará attingida a prosperidade nacional.
questões, porque elle determina autorização ao Niio se arreeeie o nobre ministro da despeza
governo para a organização da propriedade na- 'neste caso. Est, é uma despeza altamente pro-
cional das terras devolutas: não posso, digo, ter ducti>a,e nõ.o é licito ao legislador recuar diante
a pretenção de diseutil-a com a lllrguez:l e a de uma despeza imp_orlante ~mbora, quando
profundczà; qué" deinandarià. ·as·sum:pto desra ·esta:·ror ptod tiéli-va, tiver como consequencia o
ordem. levantamento da industria nacional, da prodne-
V. Ex:. sabe melhor do que eu como cada ção .e da riqueza do paiz.
uma destas.disposiçiies contidas no art. i . • o.lfe- Feitas estas ligeiras oiJservacõe.s, para que não
reee assurupto para considerações da maior iw· . seja dito 1ue, tratando-se da questão .de afora•
portaneia. Urnn lei de terras, a organitação da mentos. eu deixei de comparecer Hrme no meu
prol)riedade naeioual, é uma das leis· de maior posto, de espingardo ao bombro,. seropre dis-
momento senão a precípua de nm paiz qual- po,;to a combater pela idéa que escolhi, sento-
quer; desde que se diz-organização da pro· me·. (Muito bem.)
priedade nacional, porque nada :nais, nada me- Não havendo mais quem pedisse a palavra, e
nos é um projecto sobre lei de terras devolutas, •· é d d' ~
tem-se necessariamente suscitado os mois im~ nem numero para vo ..,r, encerra a a tscussao
portantes assumptos, tem-se chamado á baila do art. i• ·
os certames de maior in.Ouição. Portanto eu Entra em discussão o art." 2•.
peço a V. Ex. e aos nobr6$ de pulados que te-
nham bastante indu.lgenc~a par,a .não exi~irem os.-. A.lve8 de Ara~o:-sr.' pre-
de mais daquelle que apenas veiu·trazer á ·casa sidente, da discussão hoje encetada sobre a lei
algumas observações para s ust~utar a idéa, a das terras ficou bem patente que não deve con-
que dá mais importancia e a que está preso com tinuar a vigorar em todas as suas disposições a ·
maior força do .que e!teve preso Hercules á ce- lei .n . 60! de !8 ds Setemil r o de i$50.
lebre tunica dos centauros. Esta opinião enunciada pelo nobre -deputa!J()
:Antes, Sr. presidente, de terminar este prin- por Minas Geraes, pelo nobre ·ministro da agri.
cipio de discussão, que eu me t:eservo renovàr cuUura e o !Ilustrado deputado por S. Paulo, é
na continuação dos nossos ·trab~hos, em reta- a que igualmente dimaoa da leitura dos ·par~ee-·
ção 11 esse principio, quero . dizer de relance res ~e distinctos conselheiros ,de estado, ~u.vi-
dnas pnlavras s.obre -uma providencia compre- dos sobre o projecto em .diseussão.. . .
he~dida no projeeto .e q.ue .está contida intrin- ·
secamente no art: .i..•, porque :sem duvida um Nein pensam diversamente, Sr. presidellie;
dos ,6ns capi1.aes ,do nobre ministro com este todos aquelles que têm acompanHado o de5envol:.
projecti:f, foi o .destrinçamenlo do dominio pu--· vJmento Qll~ a Jei de 50 ,imP.ri:miu n.o n.~to
.!)lico .do dom.iu.io ;particular . . Quero referir"'me campo do ·tra_pªlhp,~-e !le~sa pratica abusiva q~
á dispos!ção,que.,U...m em .,vjs_&a s. Ex. .no :pre-. permittia as iniils~ 'l'.xtensas P9S~ que ella ,ga.
sente .projeciO ·.,com ·.a or~~ção do .cadastro rm.tiu legalisando.-~s.. . ·. · . . : .·
da.pr.opriedade, jsto é., a distincção .perfeita -da · Todas essas posses :mansas e paci6cas,,~uer de
propriedade :publica :e da :,proptiedade particn- oceupação primaria, quer havidas -do ~p'iimeir'o
lar.ma~ :D.Dl .ca.dastro,não_)!~p.o.ndo ;U;D.~eamen.te . o.ccupa;nte, · r_eceb~do . em.:terras11~vo~utas;rpü;lto
a. propriedade :-em.:·~açao .a .sua pxoeedencia, maior ,extensão,.c)l!lJp,ri.das,que !~m :as · l!.r~
c!mara aos DepLiaOos - lm"esso em 271011201 5 16:31 ·Página 16 ae 24
=--'~=~~~t~~~f;:·~~~erZ:~b~jep;:~~~~;;i~;:ndas-I·:J~n~~:seu~~ear-do'·:··conforme~õ""põiüit· ·âevlstà.
Entretanto~ grande é o numero dos pequenos I A si~u~ção em que se encontram as diversas
agdcul\.ores, daquelles c\lj~s diminutas sobrss 1províncias do lmperio, a aggtomeração das po-
.levam ao mercado, que com n decretação da lei puln~ões, o._preso relativ_!) . das.terras, pode!U-
df.50 nada aproveitaram de snas concessões e snstentar objecçoes qae nao ' desconheço modt-
beneficios. fica r o plano . que me parece mais proprio ao
Que tP.rras contíguas e devolutas podiam estabelecimento de colonias nacionues, sem en·
acrescer âs suns posses quando a fraqueza dás tretanto negar-se su~ utilirlndc e V<mtagens.
forças de que então dispunham os obrigava á A venda é o principio dn lei vigente, para que
estabelecerem-se em pequenos nncleo:;, aperta- as terras de dominio publico passem ao parti-
dos e cireumscriptos Jh:IOs que dispunham de cnlar; mas não seria de V.?ntagem · publica o
maiores forças e eapitaes 'f concurso de braços destinados a cultura pessoal
Esta é a verdade dos factos e apreciarei boje em nossos ~ertões ?
_ _ as Ãl~~~~rr:s;-~~:~ielhante faravanea.oppos· ·· ·-e-f:~a~fof:~:lf~!f.
ta ao cylindro dentado qn.e destruía imprudente- fossem gratuitamente distribuídos 'f
mente nossas melhores florestas, produziu seus Destinados a uma extstencia rude e de traba-
effeitos, mas já se passaram 30 aunos e nos en- lho, defende~do-se dos perigos que os cercam,
contramos com a gera~.ão nov~. cuja virilidade, em luta pela auseneia de recursos, não terão
esses pequenos lavradores offerecem ao traba· taes colonos compensado a gt'avidade da terra
lho que constitue a riqueza da na~5:o. onde fundllrão pequenas povonções, augmen·
O augmeuto da família impouao ao pequeno taudo o valor d3s terras que cercam a colonia,
palrirnonio maiore~ exi:::enci~s . a ignorancia de gnrantindo n segnr11nça dos vinjantes?
novos processos que re.~taurass e m tiS forças per- Reconheço, ::ir. presidente. que estes principias
didas da terra cultivada não tardon a quebrar não terão plena applicação nnquellas províncias
o equilibrio no movimento que J~va a socie- po)pnlos:Js, ricas, e onde é elllVado o preço
dade. Óil terra, e pouca~ as de patrimonio nacional,
Fez-se o appello ao>. grandes proprietarios, mas bem limitadas são tiS provincitts nestas
que, bonrando o caracter nacional, não nen-a. condições.
ram-se a conce;sões de córtes de roçasá quefles Ainda firm·ei-me, Sr. presidente, em pugnar
que nec eso:itados os procur:~vúm . pelo estabelecimento de colooins nacionaes, pelo
O natural acrescimo de taes pedidos tem ulti· que observei em minlll• província e nas do sul
.ma mente acon5elbado :~os que os at!endiam :1 do Imperio ; ao lado de colono;; estran:;eiros nlli
retrt~birem-se em :~ctos de mera benevoleoei~. chegados :.is centenns ~ mil horas, recebendo !o-
E nctualmente possoallirmar, que nes encon- dos os ravores, com faculda•1e de escolher ter-
tramos em frente de . muitas forç~ ~ pt~raly- ras publir.ne ou de domlnio ~articular; Yia·se
s::odas, multa t~ctividade S(lm emprego, muita o pequeno agricultor br3zilA1ro cubi-si.Jaixo e
pobreza no lndo das mnis uberrimus terra< humilhado, servindo de trnbalhadores n esses
cujo percurso offerece p~rip;o~ pelos animaes recem-che:;ados, que além do rn3is eram os pr~·
ferozes qu!! as infestam e pelo gentio que nelbs feridos nos trabalhos publico;;.
habita. Emquanto proporciona-se 110 colono o~tran·
As Ms do trnbalho, Sr. presidente, offerecem gei ro farilidade de eslltbelecimento junto :is
um flresentc sombrio por qualquer face p~>rqne povcaeões, mar~em de estr:~das, dando· se-lhe
as encnrCLJlOS, c é minha opini5o, que entre as om.:~dieo,a escola e aigreja,impedealei que os
medidns que gnrnntam melhor ruturo é da;; u~cionaes lancem em nossos sertües os alicerces
mais urgentes o P.staltelecimento de colonins na- de novas ~ovonçõe~. que se tornarão pelo trn-
cion~e.~. peln~ maiores rn~ ilidnrles que a modiO- balho, prO$peras e florescentes. · :
C3ção da lei das terras deve oiTerecer aos filhos Niio (Jretend11 que o uwcbado devaste como
do paiz, que 5iio os donos desta terra. outr'ora e sem limnes as nossas matas, mas pa-
Si a lei de t8 de Setemb_ro de i8ã0 reservou rece-me ser tempo de proporcionar-se o aug-
terras dcvolnt~s para colon~sa~li~ dos indígena~. m~nto da produc~ão pelas l';~cilidades que deve
para a fandaçao do povoaçoes; st em seu arL. 2i offerecer a rerorma da lei de 50.
foi o ~rove~o i~vesti~o il~ faculdade de promo- _Si o eolooo estrangeiro tem de pagar a terra
ver~ colon.tsaç_ao nactonal, o 9ue repre>enta na que escolhe para seu e~tabelecimento, o fisco
prattca o preeetto decretado a ao annos ' não o vexn, e quando o f~z encontra-se muitas
Si a lei pre1•eniu o ~proveit~mento de todas vezes com ura a,·iso que o obriga a ~etrabir-~e;
essas forç.as, e si nu! lo é o resultado que obser· e que este. é o .facto, teste":Jlnnh?ra o procedi·
r:1mos, não se. patcntei:~ que ba um vicio que me~ Lo havr~o, ba set~ ou 011.0 ~nn.os, rom a co--
convem remover? . loma Argelina em nnnlla provrnc1a.
· . . Não é isto· que proponlio, não é :~ illusão de
Quando, Sr. pres1dent~, trve a honra de apre- um credito escripturado, e que nã() tem reali-
sen.tar á camara. dos Sr:.. deputlldo~, no ann~ dade que eu desejo, mas uma conducta franca.
.. ult~mo, um proJec_Lode colom:~s nac1onaes, fut e leal, que dig:~ ao brazileirQ---rmltivai um tér~
levudo pelo _conhec~me:nto que tenho do que ~e ritorio_circumscrip\o no limite.da ro~.a de vossa
passa no parz, -~ _pnncrp~l'!'eD:te pelo q~c havia familia, e elle será vosso sl a co'ilstaneia no
. observaio em mmha provmcta. · trabalho por-éerto tempo que a lei detenninará;
. P?<te a modific.a.;ão que tnl projecto impunha dem~nstrar a persi~tencia e o animo de .adquirir
.a- le1 de 50 .ser Impugnado, mas. os argumentos para seus . .
filhos·.. UIJl patrimonio seguro; · ·. ·
c â"nara dos oepLtados- tm rr-esso em 2710 1/2015 16: 31- Pá gina 19 de 24
Sess!l:o emaordiWU'ia
.
ém'·22 cie··,r·iezembro
.. .
: ..
de 1880. ,. 451
·- ··--···· .. ~ ..··-·
imaginemo~ que se fimdem pilr:este módõ condúeta', riildirse .faz'por :elles, parecé sér.uma
varias povoacoes ann11al~ente; se~o novos een- raça qn.e pfêtendemos extinguir pelo cómpleto
ti'os de ordem e de res1stenc1a.a Jdéas subv~r- desprezo; . ' · ~"· ·
sivas que tentem quebrar a harmonia, a:abun- Entretanto,.Sr ..pre;idente, os indí gena~ timí-
dancia que os cercnrá e o bem ê~r .9"ue pro• damente nos procuram, e a_o governo pertence
porcionar-lhes nma protectora leg•slaÇ;Jo: aproveitar:essas boas d1spos1ções. .
As· colonias de que ll'ato se fundarão; apro- Eis. o trecho · de uma carta ·que receb1 do
veitando-se do que concedeu-nos a natureza, Paraná, . ba poucos dias· e .de pessoa da maior
conjurando os elementos contraries, colherão competencia:
todos os fructos semeados com· profusão, e .o • Um fazendeiro abastado de GUHapuava •. e •
aprove11amento de tantos braços criados na cuja faz enda eotã na orla do sertão, .consegmn
peq)lena bvonra, e peados actoalmentente pela captar a benevr.lencia dos indlos, e, a convite
tnsuftlciencia das poucas terras, com que~ !e_':.. ..destes,..fai.com !4 . homens visi~l·~~
-- ·~de-:1856-~os-encun:trou;-··e··on:dr,entrelanto, Pü· toldos que são tres ou quatro. Vm alb maiS de
derain criar uma ge~ação que boje co~~;ta 30 LOOO'indios, inclusive alglllls que vieram em
annos, offerecem á SOCiedade uma perspectiva.de com missão das Sete Quedas, que, demorn a tr~
pr05perida,de que impõe-se ã cogitação de quem ·dias de viagem daqnelles t~ldos, ,sitos no e~mpo
govern3. . . llloron, entre o Ivaby, no Pa1quêrê e no da
Terra uberrima, certeza do t1tnlo de pro- Villa· lUca. E5te homem inltepldo · é um ,·er·
priedade são garantias .de segunmça que tran• dadeiro chefe de bnndeira · .paulista. Esteve
quilliza o braço e o trabalho. '. hoje commigo e vem solicitar do gorerno meios
Um dos dislinctos presidentes qne ~dm1- de aIdear aquelles índios. Conta elle que andou
nistrou a minhaprovincm,abraÇllndo estas 1déas, sertão dentro vinte e tantas Jegnas; foi abrindo
. e convencido de sua proficuidade, encarregou picodas e levou ,nove cargueiro$ eom monti-
a elllad~os lmportmtes do Paran~, em diverso; mentos e presentes. O campo Jrforon é de cerca
municipios, de colllgir assignaturas dos qu~ _se de uma }(lgna. As terras alli são de fertilidade
dispuzessem 11 transportar-se com suas fa~1has admiravel terras de bt:ira mar, diz elle, com
nos i.nvios sertões da província, e o~aeolh11D;en- laranjaes, 'perobas e si pós do littorol.. Os índios
to pressuroso. por parte da po.pulaçao labor1osa declaram que querem 1inr-se aos rtugnezes p
. o
· não se fez esper~r ·: . da mannba ao extremo· por que têm .sido acossados por urna maloea de
oeste da provmc1a, em ~ua parte su~, ~e todos sujeitos que habitam o.Paraná, junto da embo·
os pontos o concurso ammo~ ~ admiUJStração, cadurn do [jmessú. ·
·que dnigiu-se .ao Exm. IIUnlstrO· da agr1cul- , Estes inâividuos JW'&eem ser destroçados da
tura. ee~ca de .600 pessoas dos municipios da "Uerra para"naya e compoem-se de correntinos',
Lapa e l\io Negro, de ~00 no litt~ral, de ~rezen - paraguayos,"e talvez brazileiros.
tas e tantas em Goarapuava e !'almas so espe· • Este homem. veiu encantado dos terrenos e
ram o momento em: que. o governo determ1ne das boas intenções d9s ·in~ios. E' homem serio,
o local de suas novas hab1taç1les. · abastado cojo un1co mteresse é amansu
E algumas leguas de terra.assim concedidas os indios' para viver em tranquillidade com. a
augmentarã o valor das devolu!as que ficarem sua ramilia. En o julgo capaz ile desemllenhar
contíguas, que pelo preço da le1 de :l~ espe- bem qualquer commissão que lhe que1ra dar
rarão Indefinidamente quem a .ellas se propo· 0 governo nnguelles ser&ões. Esses indios,
nha e as enltive. . . _ com ferramenta dada pelo Visconde de Guara-
0 que en digo do Parana tem plena apphcaçao pnava já estiio fazendo estrada para Moron. A
a Mato Grosso, Goyaz, Amazonas e a toda~ essas comarêa de Guarapuava tem o espírito_das des-
provinclas onde encontramos a popnlaçao sem cobertas, c entrará lo""o em commere1o para o
.correspondencia com sua oxtensão. Prata seja promovido ~por elles ou pela confe-
0 eapirito de exploração, Sr. presidente, é der:.c~o. o governo deve olhar muito seria-
ainda assaz vivaz em minh~ província! e Stm a mente para isto, e muito conviri3 que mnndass&
lei das terras todo o seu terntorio estaria conhe· ·estabelecer uma · colonia no I~rnassú., em sna
e~do, eJiproximando~~~s dess~ boriso~tes cuja Józ com o Paraná. · .· .
distanc1n actual; faCitrtam d1vergeu~1a~ que ,• o sertanejo Norberto }[endes de Araujo fot
podem a1f_eel3r tOda a eoml!lunhão brazlle!I'a ·. . ao presidente, ele. •
..Aprove1tandO·!De da tr1buna me ~rmlt!ra Eis aqui 85· informações fidedignas· que, sem
V; .Ell.., ~r. prestd~nte,. uma pequena d•o.n:ssao. commentarios eu entre.-o á apreciação do go-
En tenho mfonnaçues a prestar aos Srs.mmtstros . • o
da.agrlcultnra e da guerra, informnções que verno · . . ~ .
se.prendem á eatecbese e relacionam-~e com as Voltando ao proJecto em .d1seussao,_ direi, Sr~
eoloniàs militares do ·paranã, presidente, que D!o devemos mod1fic~r_ a let
~ · · · ·di · h · das terras sem ter o pensamento. definulo. de
· : Nao ennme~e•. as versas ~ ases por c,l~ ro reionarin:ósaos·nacionaes facilidades amplas
tem . passado o_ ~d1g~na no Br~il, ~s resUJillrel P rfo estabeieelinento de eoloxiias, proporcionar
en!retanto, dizendo foe na SCl6J!Cia de.ca!h~- r bem estar e a felicidade ao .maior numero,
qn_rsta te~os sujeita o o bugre a persegnlçao auguientando·a producção; estendendqa.~;.troc~s
ate o tr'!cld~mento,on ao seu aldeamen.to pelos é animando ao comme_reio. E' pelo engran~-
padres Jesw:tas. . . men.to. do individuo ·e nio. por sua .destrmçao
OSR: M.u:!IEillos : - Apota.do.. que o~ estados ,pro~peram. · , . ·.. ·.
O·sa . .ALm:DB Aiu.mo:- Aet.ndmcnte ·é a ·A hvre oecupaçao de terras-: reg~men an~-
inercia e). indifferénça completa i:J typo de nóssa ·rior·á lei de :1850; dei1:ou de existir; a occupaçao
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:3 1 +Pág ina 1 de 1
.. ······-····-' ·----:-::
ri~: Rab~llo, CoutO·Magalhães, Epaminondas de para cobrir: -as já efl'ec1uadas· desde·9 de ·Outu-
llello , Espindola, Frederico Rego, F~rnan~o bro, em que foi aberta a mésma , .sessão, .até ·
OSorio, Joaquim T11vares, l'osé Caetano, Leonmo hoje, mas tambem para occorrer ás que se têm
de Carvalho, .Monte, Marcolino <Moura, Prado de fazer até ao seu encerramento.
Pimentel;Sigismundo, Souza Lima, Tamandaré, Venho, portanto, de ordem de Sua Mages-
Tbeodomiro, Ulysses Vianna e Valladares. tade o Imperador, su.hmetter á vossa apreciação
Ao meio-dia o Sr. presidente declara não haver a seguinte
sessão por falta de numero.
Proposta
() Sli. i.• SECI\ETJ.llto dá .eonta do seguinte
Art. L° Fica concedido ao ministerio dos
EXPEDIENTE
negocias do imperio o credito que fôr preciso;
não só ara ·cobrir as . despezas jâ realiza!}as
a p~ente sessão extraordlnaria . da assembléa
Do ministerio da justiça de · f.6 de Dezembro geral, até á presente data, mas tambem para
corrente, transmittindo, em additamento, cópia oceorrer ás que se têm ainda de fazer até ao
da informação do presidente do Ceará, com refe- encerramento da mesma sessão, com o subsidio
rencia aos factos criminosos commeuidos em dos depu~dos e senadores e com a publicação
1878, no sitio Tabatinga, termo de Villa Vi-. dos respecti-vos debates.
çosa. -A quem fez a requisiçlio. Art. 2. • Revogam-se as disposições em con-
Do mesmo, em igual data, transmittindo, em trario.
additamento, cópia do relatorio do juiz de direito Paço .em 22 de Dezembro de 1.880.- Barão
da comarca de ltajubá, sobre o processo eleitoral
na eidade do Paraíso, em l de Julho pro:ximo Homem de Mello. .
passado. -A quem fez a requisição. O Sa. PRESIDENTE dá para ordem do dia 2~ a
Do Sr . deputado Libera to Barroso, partici · mesma do dia 23 do corrente.
pando q_ue por incommodos de sua saude não
tem podido comparecer ás sessões.- Inteirada. . ~
E' lido e mandado imprimir o projecto pre- Acta ern 24 de Dezembro de I880
cedido do pareeer seguinte: ·
PllESIDENCI.A DO SR. VISCONDE DE PRADO~
. 1880-N. 167
A's H horas da manhã , fei ta a chamada
. A ()(lmmissão de orçamento examinou a pro- acharnm-se presentes os Srs. Visconde dePra·
posta do poder executivo, apresentada pelo mi· dos, Barros Pimentel, Cesario A! vim, .Moreira
niStro e secretario de estado dos negocios do de Barros, Sinval, Ildefonso de Araujo, José
imperio, para o. fim de ser concedido ao gôverno Bassou, Costa Azevedo, Jeronymo Jardim, Mar-
o credito, que fõr preciso, para cobrir as des - tim Francisco, Frauça Carvalho, Francisco
pezas feitas e por fazer com o subsidio dos de· Sodré, Esperidião, Manoel ~rios, Abdon .Mila-
putados e senadores, e com a publicação dos nez Almeida Couto • Manoel de Magalhães ,
respectivos debates, na presente sessão extraor· Barão Homem de MeJJo, Prisco Paraiso, Alves
dinaria ·da assembléa geral; e, reconhecendo a de Araujo, Souza Carvalho, Sigismundo, Ri·
uecessidade de se prover os meios para paga· beiro de .Menezes e Baptista Pereira.
mento desses serviços, é de parecer que seja Compareceram depois da chamada os Srs.
convertida a rererida proposta no seguinte pro- Fabio Reis, Viriato de Medeiros, Soares Brandão,
j·ecto de lei. .Abreu e Silva, AzambuJa Merrelles, Americo,
Acrescente-se no Jogar competente Buarque de Macedo, Danin, Silveira de SOuza,
A assembléa geral decreta~ Monte, Ruy Barboza, Tavares Belíort, Olegario,
Costa Ribeiro, Matbeiros, Bezerra Gavalcanti,
Art. i . • (Como na proposta.) Galdino e Aragão e .Mello.
Art. ~:· (Additivo.) Fica igualmente conce· Faltaram com participação os Srs. A..ntonio de
dido ao mesmo ministerio um credito supple - Siqueira, Almeida Barbosa, Andrade Pinto,
mentar de f.%:800/$, á verba-Camara dos depu- Affonso .Penna, Aureliano Magalhães, Beltrão,
tados-do exercicio de i 88G-f.88l, para paga- Barão da Estancia, Camargo, Candido de Oli-
mento dos empregados da res,pectiva secretaria. veira. Carlos .Affonso, Diana, Freitas, Accioly,
Art. 3. " (E' 'O art. ~ -·da proposta.) • Franco de Almeida, Franco de Sá, Frederico .de
Sala das commissões em 22 de Dezemhro de Almeida, Franklin Doria,. Ferreira de.Monra,
!880.- Cesar zama . ....:..Fabio Beis.-Moreira ·àe Freitas Coutinho, Fidelis Botelho, · Gavião
IJrJrf"~t.- Aragão Bulcão .- &lrlos .A/fomo. Peuoto, Horta~i çltl t.Aràujo, Ign-acio llartif}s,
Joaquim Breves; Joaquim . ~essa, l'9aqmm
Augustos e dignissimos senhores represen'- Nabuco, Jose 'Marlanno, 'João Brigido; Jero-
tantes ~ nacão.. ·. . nJIDO Sodté, t~mto ' Barroso, Lour~n~ •de
hra pagamento das despezas, . u• .present~ Albuquerque, 'Llma Duarte, Macedo, Mamei,
sessão extraordinaria da assembléa gerai, com() Mello e Alvím, llarianno da Silva, MarLim Fnn-
subsid.io dos ·Srs. deputados e senadores e cisco . Filho, :Mello· Fr.aneo. Jlor.eira Bl:andão,
eom.a publicação (los r.espectivos debates, >tor· llanoel Eustaquio P<>mpeu, Pedro Luiz, &-
~e cnecessaria a concessão de eredito• .não M . dotnhn llinllls. R~riP"nA~ Jnninr Qnntn lln••a
Cfrnara aos Dep<.lados- lmiJ'esso em 271U11201 5 16:32 - Pêgina 1 ae 1
~~~~~~f.;;;~;;,~.-~G:·::~;z~r.;~.~·~'""~~~~~
. . 0 SR•. FREITAS CoUTINHO :-Si _ell_declarasse:.~ ==-0$R'" ,_BEZERB.L:::DE-,MzN.ZZES7 :-.,-=EslOu_,discú::=·-- .
·""0'"·''êiue""os"'nuilres-=deptit~<ís-;''deféii~étidóT -põsturátind~ a. Q!lestão e'm geral ; esto-p. mostraJ!.dO que
em:discussão defend1am conscientemente uma o prmCipio de que se trata está nos codrgos de
pretencão individual, uma pretenção hostil aos todas as c~aras ·municipaes das nações civi-
interes.ses do municipio, então ?em ; tinh-am · lisadas. __ • _ ...
r:~zão de levantar.em-se contra m1m. A camara mumcrpal da corte nao teve mtcra-
Os Sns JosÉ CAETANO BEZERRA DE MENEZES E tiya P!opria na confecção desta postura. 9 mi-
. - ' · • msteriO atrazado vendo que se davam na ctdade
SERGIO DE CASTRO dao apartes. do Rio de Janeiro, e chamo para isto a attenção-
0 Sn. FREITAS CoUTINHo:- Venham os nobres da nobre commissão, varios incendios reco-
deputado~ á tribuna, e convençam-me de que nbecidamente .devidos á fuligem das cba'(Ilinés,.
estou em erro, mas não affirmem que as minhas diriaiu á camara municipal uma portaria exi-
observações importam uma injuria a SS . EEx. gindo-lbe, á reclamaÇão do Sr. chefe de policia,
(A~artes ~s mesmos s_enlwres_.) . _ uma postura preventiva .
. Sr. presidente, termmo aq!fi DS observaçoes que
__J~IJ.J'!.~_a(a~er_contra este _projecto; meSJl!9 porqne
o SR.. FREITAS CoUTINHO .-dá--um
.
aparte.
_
- .. está elle em 1.a discussuo; mas desde Ja declaro O ~R: BEZERRA DE MENEZES. - Nao tenho .as
que, si pnssar para a 2.a me comprometto a com- estat!sticas, nem estava preps.ra_do para esta dls·
batel-o em todos os seus artio-os. . cussao, mas tenho as portanas do _gover_no
o que.comprometto a npresentar em2.a d1scussao,
O Sr. Bezerra de Menezes:...;. ou mesmo nesta si ella se prolongar.
Sr. presidente, não posso deixar de responder . O governo; pelo ministerio do imperio,. exigiu
ao meu collega que se occupou com a materia da camara :1 postura; a camara tratou de estudllr
em discussão, porqne em primeiro lagar sou, a questlio convenientemente para não toma!'
um dos membros da enmara municipal que precipilad<~mente uma providencia.
tomaram parte na confecção da postura, e em :::iubí:U ao poder o minist~rio do Sr. Sinimbú.
segundo Iogar faco parte du commissií.o desta Repetiram-se os mesmos factos durante aqueHe-
casa que deu tambem parecer sobre ella ministerio. Varias íncendios se deram devidos.
Não é a questão de personalidades que me á fuligem das chaminés.
traz á tribuna nesta occasião. Diante destes factos, o Sr. presidente do con-
0 nobre deputado pelo Rio de Janeiro que selho do ministerio 5 de Janeiro, officiou· á ca-
acaba de occupar a atlenção da camara começou mara exigindo que ella cumprisse aqnillo .que
por dizer que não se tratava de uma questão lhe tinha sido recommendado pelo seu anteee~
de interesse publico, ma$ sim particular, por gor, isto é, que fizesse uma postura preventiva
que um individuo, chefe de uma empreza de dos incendios. (.Apartes.)
limpezn de chaminés, o tinha procurado para Satisfazendo a exigencia do governo imperial,
1he pedir o voto. a camara cumpriu um dever que lhe é imposto
Julgo que expor simplesmente o argumento do · pela lei de :1. de Outubro de :1.828, que manda
meu collega é mostrar que não tem o maior fazer postura para a prevenção de incendios
fun.damento . O facto de um individuo, que tem pela fuligem das chaminés.
int.eresse nn possagem de um projecto que so E' uma imposição da lei ás c.amaras muniei-
discute no parlamento, ir pedir a um deputado, paes, e o governo estava perfeitamente no seu
julgando-se com direito de fazcl·o, o voto a favor, dir~ito de exigir que a camara municipal cum-
não prova que o projecto seja exclusivamente prisse aqu.illo que lhe impunha o rigor da sua
de interesse individual, e não comprehenda o lei orgamca. ·
interesse geral; quando muito o nobre depu· · Portanto, Sr. presidente, fazendo uma pos·
tado podia dizer que o projecto, attendendo ao turn, não entro por emquanto na ·apree_iação si
interesse pnblico, favorece todavia á pessoa que boa ou má, para preveij.ir os incendios por fu-
procurou o colJega. (Apartes.) Não entro na ligem das chaminés, a ea.mara não só cumpriu
questão de saber os molivos porque o individuo um dever, não sómente obedeceu á ordem -do
que .procurou o collega pediu . o seu voto ; é governo imperial, duas vezes communieada,
questão entre S. Ex. e elle. Venbo unicamente uma pelo ministerio do imperio e outr.a pelo
defender a camara municipal e a comruissão ministerio da .. agricultura, como ainda fez
desta· casa, mostrando que procedeu com con- . aquillo que fazem todas as municipalidades das
sciencia no cumprimento do seu dever. · primeiras cidades. do mundo.
· ·O Sn~ FREITAS ·couTINBO dá um aparte. . Está é a historia da postura. ·
o sn. BEZERltA DE MENEZES :_Não sei si esse' : Vamos agora ao exame ~a mei'ma postura,
ip.dividuo tinha .ou não direito de pedir ao depu- que o meu !JObre colleB"a d1s_se attender ao m-
tadq 0 seu voto, mas ninguem certamente vai teresse p_art1c~ar_ ~ nao ~o ~n~ressse g_~ral
})edu favores a um individuo com quem não dar ao feliZ empreiteiro o drr~to . de .e~tro.r por
tem relações. . . uma ~asa_e obrigar a populaçao da corte a uma
. Sr. presidente não entro nessas questões pes- fiscalrs~ç~o, COll1 ~m de prestar contas • ~ um
soaes; '· · . empreiteiro autoriZado pela camara mun1e~pal.
· Em' pri~~iro log~r devo dizer, e a camara QSR~ SERGIO. DE CAsno:-Isto ·é uma phan:.
~~b~ _perrenament~, qu~ não ba cid~de alguma · tasta. _ ·
CI.v~hs~da on~e na_?.;_existam 119r pn11~ da ID:U- O Sa. BEZERRA. DE MENEZES:-Tudo isto ,eomo
mctp~lldade dtsposiçoe_s ~reventlvas de mcend10s · .a camara . vai ..ver, pela .}eitúra.a-qu~ vou pro-
pela limpeza ~as ehammes. ·: céder,.é um_ aphantasia, .não existe.na postura~
O Sn. FRErrAs CoUTINHO dá um aparte. : (Apartes.) · · ·· ·
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. O Sa. BBZEIUlA DE MENEZEs:- O nobre depu- mara& q)le mais curou dol5 interesses do muni•
tado póde pensar: o que. quizer; mas nunca .po- cipio, e o au.estam esses edifieios de pedra e cal,
derá convencer. a ninguém que ·dando-se. ao onde se dá instrucção a mais. de !.~00 crianÇas
cidadão, faculdade de escolher um de dous meios pobres~ · .· ·
estabelecidos, seja esta medida mais oppressora O Sr . .Ferreira Vianna para levantar esses
do que determinando-se um unico meio. Me monumentos, que hão de sempre lembrar o se11
parece que não ha logica que o leve a provar nome aos habitantes do município neutro, pre-
semélhante eousa. (Apa,.tes.) cisou -visto ·que a camara munici{>al do Rio de
Desd~ que ~- fac~tativo,, que im_Porta que ~m Janeiro é pobre,recorrer aos expedientes de que
dos metos · seJa mau! Da lugar a especulaçao, então se lançava mão, por que as emprezas for-
-pód.e ser - -prejudicado o cidadão 'f O recurso é mavam·se ern todas as esquinas da cidade, para
não lançar mão d'~ste segundo meio, é·não re.. levantar grossas sommas~ centenas de contos de
correr á empreza; mas o que não se póde con- réis, com que . construísse estes___e_düicios_pa.ra-
__ ____--testat -é-que-ha-vantagem-na-indicação-de -aous · :prestarem os· grandes serviços. que estão pres~
alvitres. · lando hoje á pqbreza do. Rio de Janef~o ..
O SR. GALDINO DAS NEn:s: -Havemos de Entre -as emprezas. que então ·procuraram a
discutir isto, e o nobre ·deputado sabe que bandeira da camara para se. organizar, con-..
muitas medidas, vindas da camara municipal, tribuindo para àquelle fim, estàva uma de lim-
. aqui têm sido discutidas por mim e rejeitadas peza de cllaminés, p_or uma tabella modica. A
pela camara. . . . em preza entrou com dez ou vinte contos de réis
, para o cofre municfpal, para as despezas de
O SR. BEZERRA DE MENEZES:- O nobre de- construcção da:; escolas munieipaes, e a eamar.a
p:utado é bem fadado ; mas eu estou tranquillo app.rovou a sr1a tabella, .quenão. era obrigatoria,
com a minha consciencia. Póde passar ou não e fez um contrato garantindo~Jhe não dar
passar a idéa da camara municipaL . licença a outra qualquer para o mesmofi.m,
Pou'co me interessa a: decisão· da- camara dos . durante .9 ou tO annos, . . ·
Srs. deputados, desde que· eu cumpri o. meu E' tudo quanto ha sobre a empreza muni-
dever. Que a camara approve ou reprove, me cipat _ . . . ·
éindifferente,. porque .pelo merito ou demeritll · Essa empreza estabeleceu-se, fez os seus.. an~
de sua resolução só ella é responsavel.. Cada . nuncios e depende só e unicamente do. favor
um carrega com a responsabilidade dos seu.s publico. A camara não lhe deu nenhuma forç~, ·
actos.. Eu estou satisfàtto. de ter a responsabl- nem nenhum poder até hoje. Recebeu.-lhe>os
lida de, como membro da camara municipal,ua dez ou vinte. contos de. réis e não lhe deu o di.· ·
organização da postura,. por~tue attendi a uma reito de impôr~se a ninguem, . tendo. essa
necessidade publica do modo o mais liberal quantia sido applicada muito vantaJosamente
por que M podia fazer no caso verlente.. -para o municipio, porque eslá: empregada nas
O Sn .. FREITAs COUTINHO: - Não apoiado·. escolas q:ue educam a infancia pobre.
o SR . SERGIO DE CAsTao : _ São modos de As eamaras que succederam a do Sr. Dr. Fer-
reira, Vianna, nenhum favor fizeram a essa. em-
ver· preza.. A questão está no pé em. que ficou
O Sa. FREITAS CouTINHO : -Cada. um pen~a quando aquelle doutor fez o contrato, apenas a
·como pensa~ camara actu.al fez esta. postura ~ue, eomo iá se
·o Sn. BEZERRA DB MENEZÊS:- O nobre. de- sabe,, foi solicitada pelo-.governo 1mperial.
putado por Minas pediu que lhe informasse si Entendo qu.e a camara foi máis liberal esta·
existia organizada alguma empreza ·pa·ra lim- . belecendo que o particular. optasse P.Qf um a·os
peza das chaminés. Vou satisfazel-o. Pelare- dons :meios, .. do que os nobres deputados que
dacção. da postura se--evidencia que existe, por- .querem.obrigaroparticulara fazer por simesmo
que a redacção é a seguinte • attesta<lo da em- o. ser..-iço, sujei\audo.-se.ao; exa~e do .fiscal.
,preza mu·nicipal'on· 'Cle~·o'iitra, » (Apartes.)· · Julgo ter esclarecido convenientemente a ca~
O nobre deputado por Minas não rne entende.· mar.a ácerca.. da ·medidà qne está em. dis-
Desde·que· fui determtnado-da empreza muni- éussão.•.
cipal ou de outra que se possa crear,- vê o 0 Sr~ Freit;as Contlnbo (pela. <n"dem)
nobre~dep:ntado, que .já existe uma•. · · pede ao Sr·. presidenw o obsequio a·e·mandaT
: ~O·'S~. G:ALDlN~ DAs ~~vEs.: ~A ·postura._ ai~,c:Ta buscar· á secrétaria os papeis relativos· 80 pro-
nao··está.-approvada, e Ja. ·existe a 'em~teza' E, o . jecto·que se discute·.
·qu~ eu. pergunto:. AP,pli'(l)le a-gora alog~~a:.. ·
.. ·Q.sR,•. a~zE~.DEll~ES,.:~Lá,vaiaJogica;. ' : . o , Sr .. ~rgto, . ~.· ~~tr.o' ?bserva ·
. ~o •ex~rcicil):mnniciJ!al .~e; !86§, a~ l87:~~- ·. a ca:- (q:ne: O;· -'Mbre, depu'!d~, pslo.~~o. de.J~neu!o,,que
mata•..(~,· fallo,· com 'to.da.a. IS(lD.4}ao d6$Se,~tempo, . :·enc~~ou 9,-d~b~te!... nao ,-logro:oc o.. seu .1ntento' .no
porque não ·rui vereador: .nesse.q:natrienniQ·;.:no; ç{!:run~o ~e,.optJ~t.o.se _aos .'J!ar.eceres·: de: t~das~ :.as_,
se~inte fui vereador. em, unidád~, c_ ontra oito'\ :co~mtssoes,-da:;eama~.. Si 10sse~<ac~t~ve_~l:~ ~don·
ad-v-ersarios ·~. 'tive 3 r,e;sponsabHi(lade ·ae:toifos·; \ty~a de.S. Ex. o tn\eresse· mdi'Vld~aLuO:Dca
o~, ·d~atinps ·1p1e tflll'an~ -ell'e se,. praticara'm;;. lVIr_Ia,, ao:~P.a!Iam~nta,; .e _desse mo,~_o!$_~Ja:~»::ul,.
não:tive, pois;_ assento:na.'cilmara·m:unicipat dll;- ~ :;l.à~o..o·;..~relto. .de..petic!l~ .garantido; pelat: pon..-
nnte.aquelle ·exereiciole,m.:que• fOilJresidente)Ol\su~~-Q-., . . ·- · . · ; , ·• '::
&!\ J!~. ~eiT.ei,a~ V.ianna;_..cuj9S:~r;Viços : ao:.m~- ; ~ -:A, :~~oi~ i ;J~b~a\ 1C<t!J.demml' .a~-·ra~ilida!le: : ·~
ll:I,CtpJ(f :llJlO <P~®JJL eom:Just~se.r· Cl>ntestad~~ ,~conees~o de. 'pnvtlegtos . e mon.o:pelms,; ·ISt())e,
Jf,n-..,.:JiiJ~a"'t·; n.ft~h. .~#~: - :....t....;.:.·. . . ,.. ~ ~~·~~~""' ..-~;,. .. ~ _ .; :·,.,\_;,,.. __ .__ - · -'1..- - - -- - -· - · ·- -
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 16 33- Página 1 ~e 1
Vou lem'Qrar á ·casa mais alguns factos para tem . feito pelas idéas democraticas, ~.· seja todÕs
prova disto. Quan(}o em i876 eu interpuz um os dias victimado pelos seus energumenos
recurso perante a relação de Ouro Preto contra ~nn~~- · · ·
a fraudulenta e acintosa qualificação que e!les · Sr. presidente, tenho dito estas palavras que
fizeram, foi elle provido por aquelle egregio julgo suffi.cientes para explicar os factos que
tribunal, e, apresentando-me eu com a sen- alli se têm dado, justificando os meus amigos
tença para ser executada, fui recebido debaixo e o meu partido: cabe-me agora agradecer á
de grande apupada, negando-se a mesa a dar camara o ter-me dado mais esta occasião de
cumprimento á sentença, sob o capcioso pre- cumprir ·com o meu dever. (Apoiados ; muito
texto de que eu não era canal competente. bem.) .
Eu, Sr. presidente, que era o recorrente e 0 SR. :1. 0 SECRETARIO lê Oseguinte OffiCÍO
o mais legitimo interessado na execução da do secretario do senado:
sentença, vi assim burlado o nosso sagrado
direito, qual o exercício do voto. • Passo ás mãos de V. Ex:., para ser pre-
No entretanto, Sr. presidente, quando elles sente á camara dos Srs. deputados, com as
obti'l'eram ultimamente a decisão do mesmó emendas juntas, a proposição do poder ex-
tribunal, confirmando o despacho do Sr. Dr. ecutivo sobre a reforma eleitoral.-José Pedro
Belém, que não tomou conbec.imento do nosso Dias de Carvalho. • ,
recurso, por · julgai-o fóra de tempo, percor- O SR. PRESIDENTE declara que as emendas
reram as ruas da cidade fazendo subir aos do senado vão a imprimir para entrar na
ares centenas de foguetes, e insultando a ordem dgs trabalhos.
todos os liberaes, sem distincção, até em suas
proprias casas. O Sn. l\iAnTINHO CAMPos ( pela ordem )
Os conservadores dizem que os liberaes .em requer que as emendas da reforma eleito-
S. Joiío estão na razão de um p~ra dAz conser- ral que acabam de ser recebidas sejam dadas
vadores; si assim é, porque razão apresentam- par:• a ordem do dia da primeira sessão, sendo
se elles com 200 portuguezes para disputarem distribui das pelos membros da . cam~ra logo
uma eleição? Porque .razão fazem essas qua- que estej am impressns. ·
lificações fraudulentas, de homens mortos e Posto a votos, este:reliUerimento [é appro-
mendigos? . vado.
·- · ··-··uii sR~ nÊ·;n:r~;ü ~=E;-cõsiüffie- · <l~iies:· ····· O §r. Martim Francisco : -
O S:R. GÂ.LDINO DAS NEvEs: -E' costtlme gr. presidente, V. Ex. e a camara verão que
delles, sim, e alli inveterado ha muitos annos. não hei de abusar da sua paciencia e que hei
O SR. PRESIDENTE:·-Peço ao nobre deputado de ser o mais bre\'e que me fôr possível.
que resuma o seu discurso. Incommodos de pessoa de minha família
impediram-mede usar da urg~ncia_ que ha!ia
0 SR. GALDINO DAS NEVES: -Eu SÓ queria, solicitado desta camara para discutir negocros
Sr~ presidente, .que não passassem desaperce- de Botúcatú, trazidos ao pnrlamento pelo dis-
bidos esses faetos. tiricto senador'pela província de Pernambuco,
Tenho, porém, de accrescentar o seguinte : o conselheiro João Alfredo.
O Sr. Dr. Aureliano Mourão escreveu de Hoje, porém, não preciso insistir no pedido
Ouro Preto a seus co-reli~ionarios que, con- de urgeucia, nem pretendo discutir mais taes
forme tinha prornettido, navia conseguido a assurnptos, porque os telegrammas recebidos
demissão do delegado de policia de S. João pelo gGverno demonstram á evidencia que o
d'El 1\ei, o tenente Paixão, e que o governo delegado de Botucatú limitou-se a cumprir o
tinha capitulado, compromettendo-se elle seu dever, realizando, em virtude de uma
Mourão a fazer retirar p;,rte da sua gente. denuncia recebida relativamente a crime in-
para áquem do rio Elvas. Noticia esta que afiançavel, um corpo de delicto, um exame na
communiquei logo ao meu amigo o Sr. ministro pessoa offendida.
da marinha, que julgou impossível, mas que O governo deve ter já em seu poder o a11to
infelizmente realizou-se. de corpo de delicto a que se procedeu na mu-
Agora acontece o mesmo com o ajudante do lher offendida, filha do finado chefe conser-
correio,_moço intelligente _e honesto, ~orno se vador o tenente-coronel Cananéa. ·
vê do:.: attestados que aqm tenho, porem, tem
tambem o grande crime de ser liberal dis- Está, pois, demonstrado pelos acontecimen-
. tineto. tos que se deram que o juiz munici~al de
Botucatú sahiu evidentemente da ram dos ·
Não quero culpar as autoridades superiores seus deveres, oppondo-se a que se realizas~e
da província, cuja ·boa fé foi _illaqueada, ma~ uma diligencia judiciaria de exclusiva attn-
ellas se ponham de sobre-av1so, porque se1 buição do delegado de polici!l, maxim~ alle-
que o .Sr. A. Mourão é muito insinuante e. gando que, como simples particular; nao. con-
é capaz · de se abaixar a tudo para ~esmo sentiria que em sua casa qualquer autorrdade
ralisar o partido liberal daquella localtdade. procedesse a corpos de:·delicto. . .
· lá fallei a esterespeito ao nobre ministro . OSn. }fARTIM FBANc.Isco FtLHO :-Afastou-se
da marinha, e de novo peço. a S. Ex. ~ aos da lei e do bom senso.
meus nobres amigos da província de Mmas,
mais iiúluentes do que eu, que me auxiliem 0 SR ~ MARTil\1 FRANCISCO :-Além disso sabe;.. ·
no empenho de evitar que o partido liberal_de se pela diligencia realizada que o facto apon-
minha cidade natál, e que tantos sacrific10s tado era verdadeiro. · ·
Câmara dos Deputados- Impresso em 27/01/2015 14:18- Página 5 de 5
brazileira, os- estrenuos defensores da nossa a primeira e nnica civilisadora desta terra de
santa religião catholica vivam, cresçam, Santa Cruz, não acharia defensores entre os
floresçam I _ filhos de Santa Cruz? Nossa sant~ fé seria
Vi!la de Santa Cruz, aos 7 de Novembro de abandonada neste veneravel recinto. como o
1880.- De VY. EEx. criados humildes.-Au- fund<tdur da nossa religião o foi na sala de
9'Usto Sflltmann.- Boaventura Kolberg .- Be1·- Pilatos ? Não, is~o não er:a possível. Isso não
naràr1 Hacltenliaar.-Jorge Schuck. · Segu.em acontt:'cerá emquanto houver brazilciros di-
mais 369 assignaturas. gnos filhos de seus antepassados.
Nós abaixo assignados declaramos (f'Je as Não estranheis semelhante franqueza de
assignaturas retro são dos proprios signata· no~sa p:~rte, porque não sois estranhos á força
rio>'.-Villa de Santa Cruz, 7 de Novembro irrt>sistive! de seu movei que não é outro senão
de 1880.-AntOJtio Wolffenbuttel.-Matilias Mel· a convicção de que •Ja· conservação da- nossa
cfttor. (Acham-se competentemente reconhe- religiiio não só dependem os nossos interesses
cidas pelo tabellião Braulio da Costa Corrêa.) individuaes, mas tarnbem os da nossa nova
Illms. Exms. Srs. Representantes da nação; patria. Está gravado nos annaes da historia
inclytos defensores da liberdade da religião do dam
mundo civilisado que os males ·que inun-
pre!'entemente a Europa têm sua origem-
do Estado. daquelle momento em que começou a ag!!res-
Não pMe sorprender ou necessitar de des- são c:ontra a religião catholica. Portanto,
culpa a acclam .. ção e;:ponlanea re:;oando nté quão venLurosos nos tornou esta nova patria,
dos ultimos angulos de terra" ha pouco cul- euja Constituição no~ garantia o livre exercício
tivad:~s e mesmo da matta virgem da pt·ovincia da nossa fé e o ministerio dos nossos padres e
do Rio Grande do Sul, dirigida aos nobre::; re- fervorosos missionarios I Cultivando sem des-
presentantes da naç~o por comp11triotas em- canso as terras incultas, concedidas pelo go-
bora bastante novos c muito di:;tantes, mas verno, já pago largamente o suor do nosso
comtudo não menos zelosos da gloria e pros- rosto e já segura assim a nossa existencia ma-
perid;~de do no~so c:trissimo Brazil, dedicada terial e espirilual, sonbavamos um futuro
á sublimidade das idéas, á superioridade da pacifico, quando começou a perturbar os nos-
argumentação, á dt>streza triumpbante na re- sos espíritos a questão religiosa, essa guerra
futação e em particular á coragem altamente fanatiea contra a religião catholica, essa per~
cavalheir:r com que VV. EEx. na arena par- seguição de incredulos que exigindo liberdade
lamentar, em defesa dos direitos os ma!s an- para o erro querem escravisar a verd.ode, a
tigos e da liberdade e livre exercício da re- fé, a religião. Mas, graças a Deus e ao espi·
ligião do Estado desta nova patria t8o amllda rito catholico da nação brazileira, vós, Exms.
por vós; levantaram,quaes outros heróes intr~ Srs., arvorando a b:mdeira catholica .em
pidos, a luva lançada contra _os sag~ados. di- frente de tamanha hostilidade. apparecestes
reitos de tantos bons c:~tboltcos e VIctor1osos em taes circumstancias, e logo ficamos conso-
repelliram uma aggressiio tão _sa~rileg-a _c~_!DO lados, vendo afinal protectores e advogados
injusta contra a nossa augnsti!'Sima rehgu1o. sinceros da nossa mais precio~a joia. Dignai-
Exms. Srs. Ante!> de ouvir a voss11 voz v.os, pois, aceitar os protestos do mais profundo
eloquente e animadora, nó~ nos achavamos agradecimento e da ma.s alta admiração.
bem tri:-tes e affiictos, sabendo que mesmo no Sej1tm nbençoadas as voso:as palavrag, cujo echo
sagrado recinto da augusta assem!Jié:J era ata- p!lssando a todas .as nações civilisadas apregóe
cada a no5sa religião, nosso maior be~! e .llD· vossa g·loria no orbe catbolico. Nf•o para vos
ciosos esperavamos qne contra U!e~ mtmt.gos supplicar a continm•r negta carreira tão
surgi~se quasi do sepulchro o espmto do un- honrosa e gloriosa temos manifestado estes
mortal Zacarias de Góes e Vasconcellos, que . sentimentos ·' mas para significar a VV.
durante todos os annos de sua preciosa exis- EEx. que no Rio Grande.do Sul entre os co-
tencia,pelejando e~ prol da nossa ~i.tgustiss!ma lonos allemães vivem milhares de admirado-
relig-ião, nos parema ter t:'_§.tabelemdo he~ae1ros res enthusia~tas de VV. EEx. e para ·deixar·
qua~i ab intestato dest<! nobre ~u.ssao . em á-nossa posteridade por herança este docu-
primeiro logar os propr10s ~o~re!J~wnarw:>. mento do nosso reconhecimento.
Nó~. colonos ~llemaes, nao . IniCiados nas Freguezia de S. José do Hortencio, No-
questões de alta politicn, todavia comj.lrehen- vembro de 1~80. - De VV. E~:x. servos
demos bem, que, tratando-se da religião se humildes.- Dario P. Pinto. - Peter Schnei-
trata:dos nossos interesses vitaes e mais es- dtr.- Felippe Ody_- Carl Backi·s. Seguem-
senci<•es. Foi a nossa religião catbolica apos- se mais 19:! assigdaturas reconhecidas pelo
toli«-a romana· que nos acompanh~u · da · n~ssa tabellião.
antiga patria a esta .nova, ella nos mdemm~a
va a c11rencia de outros bens, e, sendo a unlCa O Sr~ Freitas Coitlnbo ·(pela or-
autorizada, em breve nos fez · desvanecer as dem)::-Sr.· prrsident'e, ~e~ejava dirig_ir algu-
saudades do sólo natal. Ora, quando esta mas p~rguntas ·ao SI'. ~nmstro t!a ágnc~ltura,
mesma religião era vilipendiada nos jornae~, mas; como não o veJo no salao, deststo da
atacada nos clubs. blasphemados os seus mt- palavra.
nistros e o·seu culto e mesmo ameaeada !la
sua:exisLencia legal no areopago do Imper1o, VozEs:-Está presente.
este asylo e refugio ultimos·de quem soffre
injusticas, ·a· heresia achava s.eus proteetores. (O Sr. Buarque de Macedo, •ministro da a.qri·
e defensores. Só nossa augustissima religi~o~ cultura,.entra; 110 salão.)·
Câmara dos Deputados- Impresso em 27/01/201 5 14:18 - Página 6 de 23
obter um transporte por conta do ministerio O SR. SALDANHA MARINHO :-Não tenho tempo
do imperio, para que o serviço se faÇa nas para entr3rem minucioso exame das emend,as
J
condições rigorosas de hygiene, que neste as- . vindas do sen:1do, e apenas farei uma apre-
sumpto se deve guardar. eiação dos pontos cap:taes do prejecto. .
Assim pois, subsiste a ordem para a inter- · Serei breve, e peço á cam(1ra que me at-
nação ser feita em S. Paulo; e esperamos que tenda.
em breve seja removida a difficuldade de mo- O senado; Sr. presidente, felizmente res-
mento. peitou um grande principio consagrado no
0 SR~ FREITAS COUTINHO dti. um aparte. projecto e adaptado já por esta camara.
Não foi completo, porém; não foi logico,
O SR. BARÃO HoMEM DE MELLO (minist1·o do desde que deixou de approvar tambem o que
imperio):-Os que vierem serão enviados para é annexo a e~se principio e a elle . imprescin-
S. Paulo. Aquelles que trazem destino certo dível.
para outros pontos este distincto empregado Consentir que o acatholico possa ser re-
enviará immediatamente para esses pontos. presentante da. nação e legislado; no Impe-
O nobre deputado igualmente perguntou rio, e nilo supprimir desde logo o jurame)lto
quaes os resultados que tem dado a interna- que se acha estabelecido, é na verdade digno
ção em S. P<tulo. · .de seria repar:o; não é coherente.
O SR. MARTIM FRANCisco FILHO:-Só os colo- Entretanto, o grande principio da igualda-
nos que tinh~1m contrato anterior retiraram- de de direitos aos acatholicos é. n maior vi-
se da provincin de S. Paulo; todos os outros ctoria que, nos tempos que correm, podiam
lã ficaram de motu proprio. oJ:iter as idéas, que constantemente tenho de-
fendido. ,
OSR. BARÃO Hol\IE~I DE i'IIELLO (ministro do im- A verdade triumphará afinaL
perio):-Posso informar que o primeiro trans-
porte de.colonos para S. Paulo foi de 678; mui- Na minha opinião, como na de todos· quantos
tos delles tinham destino especial para Santa admittem esse principio, ·sem · sujeitarem-se
.Catharina e. Rio Grande do Sul, para onde effe- .ás suas con~equencias, a admissão . que tão
.ctivamente seguiram; outros, que n~o traziam aeertadamente vai ser decretada dos acatho-
destino certo, ficaram localisadosem S. Paulo, Jicos aos grandes poderes políticos do Estado
sendo que a procura por parte dos fazendeiros, resolve por si só o magno empenho nocional
conforme communkou o digno presidente da separação da Igreja e do Estado.
daquella província, o Sr. Dr. Laurindo Abe- O Sn ~ JERONYMO SoDRÉ :.:. . . .; Não apoiado.
lardo de Brito, é instnnte e continun; e todos . O SR. SALDANHA MARINHO :-Desde qu.e as
quantos immigrantes para alli foram sem des- consequencias do art. 5. 0 ticam prejudicadas
tino o digno presidente julga que .encontra- pór essa ·grande medida da admissã.J dos aca-
·rão localisação prompta, como já encontraram tholicos no parlamento, eu digo a V. Ex.com
aquelles que se apresentaram nas mesmas ta da a convicção. que isto que se chama hoje
condições. Igreja do Estado ficou reduzido a um sim_ples
. Sf1o as explicações que tenho a dar ao nobre espantalho- sem merito, sem razão .de ser e
deputado. . · sem fundamento.
ORDEI\i DO DIA UI\i SR. DEPUTADO:-:- Não apoiado, não póde
prejudicar uma disposição constitucional.
O SR. P'lmsiDENTE declara que estão em . (Apoiados.)
discussão as emendas do senado sob n. 2·O de 0 SR. SALDANHA MARINHO :-Engano .de
i88i sobre a reforma eleitornl. V. Ex. A medida de qne nos occupàmos, ap-
·O SR. ·MARTINHO CAMPOs (pclrt ordem):- provada como está por ambas as ca~as do
Sr. presidente, requeiro que a discuss1io p::rlamento, destroe a constitucionnlidadc que
das emendas do sen1:1do seja feita engloba- V.Ex. :lttribue a esse art. 5. o Desrfe que por
damente. lei ordinaria se destroe a prohibição na 11esma
Posto a votos~ é approvado o requerimento. Constituição estabelecida no art. 95 § a.o,
fica prejudicado esse art. 5. 0 Si não ha Igreja
O Sr. Saldanha 1\t:arinho:~Sr. do Estado para o. representante da nação,
presidente, comprehendo a necessidade que cessa ella de ser uma instituição vigorosa:
tem esta augustn camara de votar, e ·quanto perdeu a efficacia, a· firmeza, ·e se reduziu a
antes, a lei de que ora nos occupamos. uma simples recordação·_ ·
Nãe protelarei a discussão e me: limitarei a Admittiram o principio'! Sujeitem-se ás con-
dizer algumas palavras em desempenho de sequencias .. (Apartes.)
meus deveres, e quando me persuado de que Não me interrompam; disponho de muito
será esta a ultima vez que me farei ouvir pouco tempo. ·
neste recinto. .
Pouco· tempo, portanto, tomarei á casa~ O senado, como todos· os nossos poderes pu-
Farei apenas ligeiras ·considerações, das blicas, nada faz completo.
quaes não devó, nem posso prescindir; e peço Desde que admittiu os acatholicos á re-
aos meús dignos collegas que me desculpem presentação nacional, devia ter respeitado ·a
si (linda. esta vez ouso abusar de sua benevo- decisão desta caínara sobre a suppressão do
lencia~ · · · · juramento.
o SR. ÍEnomo SonnÉ :-Não apoiado. U:M SR. DEPUTADo: -E' medida regimental.
Câmara dos Deputados- Impresso em 27/01/2015 14:18- Página 8 de 23
~'*-t~s;~~~jiif~~~*~&Íb'r~~~~~f~~~~~:~~~,~~~r~s~'·~~-<~·~::~~,,~';=:~:_::
--ocs:a.-SA.LriÁNH.i=~fA.í.úN'Iio':==E"umn=q~tão 'po~tai\to."'eu dÓu os pal'abens ao paiz pelo
importantissirr•a, por ser de dta I?Ora)Jda~e. grande triumpbo que obteve.
O que vt•le qu.e o senado man.1vrs~e ~ JU- O SR. FR.EITAS CoUTINHo:- Era preciso alli-
ramento. ac mesmo tPmpo em que adnlltttm os viar o o:r:çamento da:' cong-ruas, como conse-
acatbolicos á represPntação do Estado, revo- quencia. (Ha outros apartes.)
gando o citado :1rt. 95 §:i."~ O SR. SALDANHA MARINHo:- Senhores, a
o que conseguiu com i~so ~ . . 1
Apenas perpetuou. uma violencu1, uma admissão dos naturulil'ados no par amflnto era
institui~>iio sem merlto, uma burla que se um:• da:-o g-randes medidas reclamadas pelo
-r paiz. {Apoiados:)
appellida juramento. E' a~sim. Sr. presidente, que havemos de
O SR. JERONYMO SoDRÉ :-~ão apoiado. chanwr o estrang:ei1·o util, o estrangeiro labo·
o SR. SALDANHA MARINHO:- ·conseguiu fir- rirso e honesto ao nosso gremio (apoiados);
mar uma immoralidadP,. ê dando uwa posição condigna áquelle que
Desde que 3 prc•pria Constituitão em um de queira ser brazileiro, que conseguiremos as
seus artigos e~tabelece _l'aeul~~ade ~e rt>fnr- vantag-t'ns d::t proveitosa naturalisação.
mal-a e em todo ~entldo, mclu:-tvamente Eu me con~rratulo tamhem ~~om o paiz pela
qu:n.tl"l ~ in~tiluição monarchica, o jur3mento admissiio dos naturalis:1dos. (Apniodos.)
de manteJ-11 em sua integridade e de manter as A outra rueilida tll.mbem importantissima,
in~;.titui~ões adoptadag é um acto irrisorio, é a relativa aos libertos, é sem duvida de um
uma perfeita bu.da. (Apoiadus.) alcance extraordinario; eu me congratulo com
. o paiz pot· mais este passo dado para o uosso
Desejava que o ~enado fosse rnats co~se- futuro engrandecimento. (Apoiados.)
quente, e que a le1 actual fo~se menos rm- A admissão do liber·to ás funcções legisla-
perfeita. tivas, Sr. presi•iente, P. um grande e muito
A verdade, porém, é que, na pratica, essa efficaz incentivo á educaç~o moral dos
formula será extincta (não apoiados) ; veremos escravos que infdizmente ainda temos. Nem
os aeat.holicos nesta c11mara não prestar ju- é só isso: a admissiio do liberto no parlamento
ramento, e não serão por isso repeHidos. ba de actuar poderosamente em favor da eman-
UM SR. DEPUTADO :-Mas podem prestai-o cipação do elemento servil.
segundo sua religião. . O SR. lERONtMo SoDRÉ:- Deviamos começar
OutRO SR. DEPU'l'ADo:-Que tem a com missão pelo principio, abolindo o elemento servil.
verificadora de poderes de saber da religião Isto é que era logico.
de alguem Y · O Sn. SALDANHA MARINHO:- Senhores, o es-
(Ha troca de apartes entre alguns Srs. de- cravo actual que esteja bem convencido de que
putades.) um dia, emancipando-:;e,.póde ser igual a CJUal-
O SR. SALDANHA MARINHO: _Peço que me quer outro cid<Jdão, tr11tará de nioralisar-se,
d d- h tratará de proceder de modo que lhe garanta o
não interromp:•m · O tempo e que rspon
e que me foi concedido, é muito limitado. A
°t
futuro que lhe está promeltido, proeu·rará sem
.
1iberd:1de plena de cultos está de facto esta- duvifla libertar-SI', e, salvos os infelize~, cuJa
helecida no paiz com a admissíio dos ncatho- ignorancia invencível os prive de eom!Jre-
- d 1 · bender e~sa Vllntagem, todos procnrarão os
1icos. Pela mesma razão a Sf•par:1çao a greJa meios lícitos da liuet·t:~çiio, cumprindo aos ~o
do Estado est~ tambPm de facto admittid<~.
Aonde o acatbolico legisla, a religi~o catho- der~·s do l<:stado não abandonai-o,;, e col o-
lica apostolica rom::na não domina. (Apoiados.) cnr-se prudentemente á te~t:1 do movimento
que st> opera. (Apoiado.ç e apartes.) ·
O Sn,. JERONYMO SoDRÉ ;-E' preciso que E desde que ~u fallo nesta especie, e como
V. Ex. prove isto. malet·b connexa a egsas dispot:li1;ões do proje-
(Ha nutras apartes.) cto, rogo á camara que, nos poucos imtautes
que tenl:o de fallar, me permitta uma solemne
O SR. SALDANHA M,\RINHO:- E' o que egtou decluração, ou antes um protesto em nome do
demonstrando. Admira que os illustres ultrll- partido a que eu pertenço, do partido repn-
montanos venham ainda sostent;lr esse r.on- blicano. ·
sorcio hybriclo e absurdo da 1~-reja C'Om o Sr. presidente, cumpre que o palz fique
E~<tndo, quando elles propr ios têm manifestado bf'm inteirado da differença que ha entre os
desejos pela separação dessas distinctissimas abolicionista$ e os republicanos. o grupo aba-
entidades. licionista, não é synonymo do partido repu-
UM SR. DEPUTADO:- A qnegtão agora é blicano. O primeiro é de natureza social e
com o thesouro nacional; é de congTuas. economiea, o segundo é essencialmeute poli-
O SR. SALDANHA MARINHO:- A port:l para tico. '
a grande reforma $OCial, pela qual tanto tenho O SR. FREITAS CoUTINHO : - Apoiado.
pu~nado, está de par em par aberta no Brazil. · o SR. lEBO~-mo SOD'RÉ: - Essa incon-
E' marchar sljm receio para a obtençã·o de grueneia é que eu não comprehendo.
todas as outras medidas connexas. Ninguem
ou.-:ará, de hoje em diante, dar um passor~Hro- (Ha outros aparte.)
grado. Aquillo que não me quizeram d:~.r O S:a.- SALDANHA MARINHO:--:- Não bn tal
franca e le:1lmente, está conseguido, póde-se incongruencía, desde que V. Ex. attender a
dizer, ~or esse modo indirecto .. Neste ponto, que no partido republicano só se admitte l'A-
c â"nara dos oepLtados- tm rr-esso em 27101/2015 14:18- Pá gina 9 d e 23
Pit
----~~ -pu"blicano~-;·-uo-grnp<l--aliuih:ioúisra-são~<fó7~
- o-SB.--:-l)U.DKÍ\'IU-~.MÃlt!NBO"':~SiiiÇeolllqiíé'
mi:tidos indistinct~:nente reprrblic:~nos, libe- proveito f ·
raes e cGnservnd~res. (Apoiado&.) o SR. IsRONYMO SonaÉ :-Alguns são até
O grupo .c_o:npoe-se d~ llomens de t<ldos os ministros dn corôn.
credos pohtloos do p;nz. que ~e empenbam 1
pela solnçã'l a mais prompta da magna qnes-~ (Ha mttro& aparte.!.)
tão sueial e eminent.:meute t:COnomu:a, a da r· 0 SR. PR ESIDENTE ;-Quem ~eiD a palavra é
_emancipação dus escravos_. õ Sr. Saldanb.a !llarinho. ·
O Sa. JE!lONYMO SnDRÉ: - Que honra I Já
constituimts um p~rtido. .
I O SR. lEao~nro SooRÉ :-E~te programma
não serve, porque alguns republicanos ~m
o Sn. SALD..I.NHA MARINHO :_o p~rtido re- feito parte dos podcr~s do Estado.
publicano, entidade euj a ex.istt•ncia reni no O Sn. SALDANHA MARrrmo :-Vá a quem
lmperio j~ n_ão é licito n-,gar, tem oseu plano toca: nós estamos salvos de resp~nsabili-
assent:ldo. d:tdP..
Sem que obste a que qualquer republi· · O grupCI abolicionislll do Brazil, este que se
cano seJa aboli<:ionista, os re_pnblic., nos, -.omo enc.arrega da solução prMica . de um grande
partido.Lêm assentndo nas ideas constante~ de probl<!ma socinl, será um ~artido , mas "penos
seu manife~to publicado ~m S. Paulo . social e erooomico c não um pal'lido pol<tico.
O Sn. lERuNY~to SoonÉ : -Obtivemos um. O SR. JOAQUIM Sr.I\11..1. : -M~s os pnrtirlos IJO·
grande lriumpho; formamos um p~ rtido. liticos têm oLrignção d~ resolver as quesiÕeS
O Sr.. SAL..ANIIA MARrNIIO : -A ~era ração sociaes.
da Il!rejn do Est:Jdo, o c;•s~ment" civil, a li· O Sa. SALDANHA MARINIIO: -Aquelles que
herdade plena de cul1os, idéas alt;1mente so- são gvveruo: ai:tualmente os monarchiSLas.
ciaes, lambem tem serrs ;:rupos de s e~tn rio_s e 1 UM Sn. DEPUTADO:-A distinq:ão é•real.
de defensores, senrlo 4ue desses grupos mn- ,. •
guem é repellido r;or motivo d.a politi~,a qae O Sa. FnErTAs f~UTINf!O: -No~ queremos
professe. governar com a n;~çao e nao com a corôa.
Nes~ occasiiio, porém, limi t<1r-me:~ei ao (Ha outros llpartes.)
cumprlmen_to de_meu dever, e a reSá·~araa 0 Sa. SALDANHA ~J.uuNHo:-Fique bem claro,
respons:~~lhdade que m!) cabe em relaçao O ~ontret:tnl·•,, quc •·u uiio rc.pillo e, ao contrar!o,
meu partidO. · . - adopto a·illéa daquellcs que tratam pelos metos
.Tem elle assentado ll~ segumte; que vou legaes de at,nba!' com ~ste elemento de nossa
ler, para que fique cons1gDado nos snnaes do eterna vergonha. (Apoiados.)
parlamento ( lé): . . . Não pos.<o demornr·me Da tribuna ; e por
• Sendo certo que o partido repuphcano isso não dHei a e>ta discussão o desenvolvi·
não póde ser indifl'erente a uma questuo alta · menta que ella e:x:i~ia. Apen"s direi qne paute
!!lento social, cuja solo.cão ,ffecta todos os c.ada. um o seu procedimento conforme en-
tnteres~es, é mister entr~tanto pondera_r. que tender <un sua consciencia. Assim contenta·
elle não te_!ll ne.rn terc1 . a responsabJl~d;,de - me o men proeedimento. . _
de tal soluçao, pots que antes de ser governo :;r. presidente feita n acettaçao <JUe eu
estará ella _definida por um dos partidos mo- snlemnemente r;ço pernnte o parl"mento,
narchicos. . das o-rnndes i<léa~ éom cuja realização o pniz
• ~ qua~do porventura ao partt~o. re- vai s"er agor~ dotado, cumt•re-me todavi2 dei·
p11bhcano 1'11'\~se a .tocar a responsa~1hdade xar tambem restabelecidos e confirmados nesta
d~ u~ aeto. táo imt.orl<!nt~. a stta vropr1e o~a- occasiiio todos os protfl"tos que fiz. qliando na
ntzaçao •l!n~ ~ma g~rnnt1u efticat_ duque slle discussão deste pmje~to f;ol!ei nesta casa cou-
não se :1fastai·Ja dlls vtsl: ~ da n~çao, qu~ ~este tra a descommunal eltclusão, qu" o projecto,
caso sena chamada a pron tmcwr-se 11vre e como vai ser adopt8flo, e~t.obelec•·• · de uma
soberanamente. .avultada mnioria de brazileiros do ooncurro
• Fique, p<ll'lanto, bem firtnndo ~ue o par· . eleitor:ol (apoiados " tt:!'o aP"i"do•) ; não pooso
tido republicano, .t~l con!O coa~ideramos , 1 deix~r de proltesl.:tr, e o faço :~i~d · esta vez e
capaz de fazer a fehc!dade do Brnrl, <JU&nto r.om a mHIS firmA t'onvicçãn t~ Jenld~de.
á questão do e~tado servil. lita demsombr~,do Nínguem dir:i. no Brazil que- com o meu
o r~turo, con6an_do na mdole do . povo e ·nos voto ficou nenhum cid~dfio esbulhudo do sa •
me1os de educaço1o, os quaes, nn1dos ao todo grado dirllilo politico de que ::ozava.
barmouic~ de ~uas ~~form3s e do sei! mo~o Cumpre-me, entr~t.anto. faz;ndo justiça· ao
de ser, bao de rac!l!t.1r·lhe a soluç~o ma1s nobre presid<mte do consdbo, dar a S. Ex. os
justa, m~is pratica e ~oderada, sellada com o devidos par~ bens pelo seu a~sig~aladt. _lrium-
cunho da vontade uac1onal. pbo no ~rnadn. aonde conse!!utu babllmente ·
•. Em res,•efto. ao. l'rin c.i_pio.~a união fede· converter os cun<ervadonsa villéa$ altamente
rat1va, cada prnv:tn~la reanzara -a reforma d_e lib~raes·. (Apoiados.) . . .
accôrdo com seus mteresses pecullare.<:. m:ns , U S D · 0
, , .:... Reveloli o-rande ha-
ou =:~Denos lentam~nte, cunfurme a ma1or ou 1 _ . lll n.. EPVI:A.D . • . "
menor facilid;ode na ~~1bstituição do trabalho ll.nhd~de. . . .
escravo pe-lo tr~ball!o livre. • O Sa. SALDAJIHA M.~RIN!Kl : - Re ••elou .J.o~
. O Sn. -JsaoNYMo SoDIIÉ: -Era preciSo· que vavel solicitud., Jlll]O ~el~oramento ponttco
não 6ze$sem parte dos 11oderes do Estado. do pa1z. Jnst1ca lhe seJa feita .
Câmara dos Deputados -Impresso em 27/01 /201 5 14:18 - Página 10 de 23
Não sou partida do_de __S. __Ex., )Üi_O~P --_a_com,:: '""o"ultimo~Ai~ ," em-c~que-tenha , a.ohcn.ra'-de ,fallar=-'-=
""'~---pari:lf<tnapõlit1c"ã":es-to·u- contei:it3
obscuridade e até acostumei-me já, e ~into
I
com a minha nesta casa. .
A camara,por_tanto, tera a bondade de atten-
- ·
prazer n·1 O!'tracismo a que me atostumeL der-me. . . . .
Um grande serviço se deve a S. Ex:., o_Sr. ~<\.ntes de tudo sa_1o como entrei. Repot1re1
presidente do conselho : mostrou pratiCa- h~Je, e co~ o _maiO~ contentamen_to, quanto
mente que a corôa tambem tem_e e recua. . d1sse ~o tmme1ro d1scurso profendo apenas
A vontade suprema que snhjugou o antmo m~ fo1 dado :Jssento nesta casa, ao começar a
do ministerio de 5 de Janeiro, obrigando-o 3 presente legislatura (lê):
fazer dept'ndente de constituinte a reforma • Fui relator do manifesto de 3 de Dezem-
eleitor:~l, aliás muito-mais acnnlwdtt .do que ll bro de i870: é documento politico muito co-
actual~ teve azora de submetter-se a vontade nhecido já no Brazil. -
nacional. . . < Esse manifesto foi escripto com o maior
Fique o pn~z sabendo que s~mpre que t1ver· criterio, acurado estudo, max:ima prudencia_, e
mos no BrnztJ um homem ~erto e honrado que attendendo reflectidamente ás circumstanc1as
qmira f<lzer effectivn uma 1déa, e pro?e?a com e necessidades do nosso oaiz.
a_ indJspensavel_hombridade~ consegmra a rea- • Os partidos .com seus erros e falta de c~-
llzaç·ao do seu mtento. . herencia a coroa com seus desn1andm;, ensl-
Sinto que não fosse com_PJ~to o proJecto,ma:; naram-nie que o ca~inho indicado nesse do-
affirmo qu~ as grandes_ 1~ea~ 9ue nelle se cumento é o unico que nos póde levar á feli-
achnm consignadas ser~o mfalhvelmente se· cidade.
guidns de seus c~rollnr10_s. • o m:mifesto de 3 de Dezembro contém a
~e.mos con~egmdo mUlto do _a_canhamento doutrina politica que eu adopto, que observa:
poht1co d9s nossos homens d~ est,t_dç · _ rei sem reserv}JS, plenamente, e como nelle e
Os defettos _com que est~ lei s~hmt do pa~- claramente expendida. •
htmPnto, serao em proxtmo 1uturo corri· M1~ntenho-me nestes princípios e continua-
gidos. . rei nelles. intimnmente convencido de que
A: ~emocra_cia c:Jmmha : ha de chegar a seu marcho pelo melhor caminho, embora não
legitimo deszderatun~. agr:~de is'o a quem quer que seja. _
. Peço a V_. Ex.. licença para. demorar-m~ Fe;ta esta declaração, ou antes a confir!Daçao
am~a na tnbuna, por poucos mmutos . .· Sere1 do que disse 30 entra 1• ~esta casa, re_tJ~o-me
mmto breve. . . . á -minha honrosa obscurtdade e sem tdea al-
Sr . p~e~ideD:te, a c~nsequencta mmto }_o;;~a guma de volt:1r ao parlamento. Si tenho hoje
desta le1 ~ a dissoluçao ~a camara (apo~~ ... ..,~ú- um a~'ento n-esta camara, veiu elle da espon-
desmor:lhz~dn como foi, l?go nn_ sua o:I,rrem, taneidade de uma nobre província.
pelo propno governo. (]ftntos nao apozados e . E d
apartPs.) O _Sn. JERONY.MO_ Son:aB:- 'm nome ., o seu
Tenho razão para assim exprimir-me. Basta· part1do V. Ex. nao volta.
Tia recordar o que aqui ousou dizer um o sn. SALDANHA MARlNHo :-Não lhe pedir~i
ministro do gabinete passado. um voto, não lh'o pedi, não necessi_to _delle: nao
U:111 Sn. DEPUuoo:-Mas a ca.mara o repelliu trnnsigirei l?ara obter fav~res;e va~ tao longe e
e o ministerio cahiu diante da camara. tão sinrero e o m.eu proposito que,amda fJUando
·- . o partido republicano tenha de dominar em al-
q SR. SALD~H.A M.~RI!'-n~o:-Na~ fq1 t:nto gum circulo eleitoral,só po_r muita espontanea
assim. E.~se mm!steno nao cahm d1ant.... da deliberação sua, terei um diploma dereprese!_l-
camara que o a~mav~ sem _reserva~ .. A q~éda tante da nncüo; mas, fiquem todos certos,_ n_ao
dev_eu-a elle a s1 me::.mo. Alnc!_a mats, ~edmdo pedirei votos nem mesm·o aos meus co-rellglo·
e!J-.IDStantei:neJ?.te a decretaçao do casCJmento narios. Sejam todos livres em sua escolha.
ClVll, me foi dito p~lo governo q~e es~erass~~ Sr. pre~idente, curn pre-me _ai~da dirigir
mos, porque convmha que o ~mz fo:-se mar:s alrTumns palavras á nobre provmc1a do Ama-
regularmen~e consultado. E s1 tem!'s ag~ra zo'Las.'-'
graves medrdas a ton~wr, ~rave~ provrdenc1as, Como sabe a camara, não solicitei diploma
mesmo de ~rdem soc13l, nece~sttamos de uma de deputado. Aceitei-o como de~ia. Deram-
nova cam .. ra que venha armada de toda a me por companheiro um dos mais nobres ca-
força moral. racteres que têm tido . assento nesta casa.
O Sn. MoNTE:-Si quer a dissolução da ca- (Apoiados.) Elle, mais senhor do que eu dos
marn, não póde votar .pelas emendas do se- negocio;; da província, tem feito quant~ é pos-
nado. sivel no desempenho do seu mandato.
(Ha outros apartes.) O Sn. Co-STA AzEVEDO:- E porque lá vai
O SR. SALDANHA MARI:-<Ho:-Eu entendo p_elas muito mal a administração, é que estou em
razões que acabo de dar; sejam ou não aceitas opposit;ão ao gabinete.
pela camara, m:1s ditas em consciencia~ qne a o SR. SAL~ANHA MARINHO : -Não enganei,
camara deve infallivelmente ser dissolvida , Sr. presidente, a essa nohr~ -provinda, que,ao
~doptada es\a lei. _ · conferir·me os poderes de seu represent'lnte,
Aeredit:mdo que assim se praticar;í, não conhecia os meus principias e o meu af11sta- .
pretendendo empregar nenhum esforço ou di- mento do governo. Não podia, nem devia es-
ligencia , directa ou indirectamente, para perar favores do ministerio por empenbo
voltar ao parlamento, considero que hoje será meu. ·
Câmara dos Deputados- Impresso em 27/01/2015 14:18- Página 11 de 23
\~~~; e~rndas daquella camara versaram exclusi· 1pelo ~~~se ~xp:"~ssa _de;~~l_~Ç!~~~~~..JJJ:_eço"'doo,.-_
vamente so~ntos_de.seg_un_da._,_or_dem-; . U!'ll!. • -~rre~uo ouonto-~u ~luguel. . .
-~: vez;-"élil"fiiD~-que ·:cp·ane.o~ ~osso substitunvo ~ 2.• Qu~nto. a reada provemenle de IndllS·
respeitada pela casa Vll<lllCla do parlamento trta ou profiss~o: ·
constituia, ainda roodifir3dA assim, o, mais as- I. Com certidão que mostre estar o cidadão -
sombroS(I trilllllpbo obtido-entr(. nós pela cansa inseripto desde um·auno_ antes; no registro do
liberal, pela idéa popular, a commissiio deredae· commercio, como negociante, eocret()r, a.rónte
ção, em cujo nume tenM a honra de·fallar;pre· de leilões, administrador de trapiche, capitão de
-param com aotecedencia, pdra esse caso, o s~u navio, piloto de carta, ou como ~narda-livros
trabalho, q!le e-nvia ã mw, de ultima redaeçao ou !.• caixeiro de casa commercllll, ou admi·
dessa mogoalei, qo.e o paiz ha dP. ticar co!lhe· nistrador de fabrico· industrial; uma vez que a
cen~o comQ a ca.rta do syslema repl"PSenrattfln e casa commercial ou a fabrica tenha o fundo ca·
daliberdackreligiOSa oo BrazU. (Apoiados ; muito piL, I de 6:8()0,$ pelo menos.
bem.) . . li. Com certidão, pamda pela respectiva re-
.Vem ó. mesa é lida e approv~da a seguinte part!ção lls~al, de possuir o cidadão fab!"ica,
' offinua ou outro estabelecimento mdustrlal ou
Redaccão do projecto n. 2 D de 1881 rural. cujo fundo capital :reja, pelo menos, de
• --- 3:WO(J, ou. com certtdão ou talão de .pagamento
(Reforma eleitoral j · de imposto de industria nu profiss.1o ou de
qualquer outro impo~to baseado no v~lor locati-v:o
A assembléa geral decreta : do immovel urbano on rum!, em 1mponancta.
Art. l.• As nomeações dos senadores e depu- annual não inferior o~~ no municivio da eõrte,
ta dos parna a~sembléa geral,membros das assem- a i2~ dentro das cidades e a 6/i. nos demais
bleas legislativ ,s prov.inclaes, quae>quer antori, Jogares do Imp~rio . ..
dadcselectivas, serilofeilaspor eleições direcl<ls, lli. Com certulão, passada pela respectiva
nas qoae~ ton1arão parte todos O> cidadios ali$- ·repartição fiscal, de possuir o cidadão est~bele·
tados eleitores, de conformidade com esta lei. cimento comrnercial, cujo fundo capital seja de
A elcit~o do Reger..te do fm\)erio continúa a ser 3:4110,, pelo menos, e pelo qual 1ami.Jem pague
feita na fórma do Acw Addictonal â Conslituição o imposto declarado no numero antecedente.
Politica pelos eleitores de que trata a presente IV. Os impostos acque se referem os dons
lei. nltimos numeros só conferem a capacidaile
Dos eleitllres eleitoral, havendo sido pagos pelo-menos um
anno antes do alistamento. · ·
Art. 2. • E' eleitor todo o cidadão-brazilelro, Não servirão para pr~va. da renda quaesquer.
nos termos dos arts 6.•; 91 e 9~ ela Constituição outros ImpostoS não mencionados nesta lei.
do Imperio, que tiver renda liquicla annn-:~i não ~ 3. • Quan.to á renda provéniente de em·
inferior n ~00,5 por bens de raiz, industria, prego pliblico : ·
eommereio ou emprego. · - · 1. Com certidão do thesonro nacioDlll e1das
Nus exclusões do referido art. 92 comprehen· thesourarias de r8zenda geraes e provinciaes:
dem-se as praças';de pret do-exereíto, da armada que mostre perceber anntl:llmeúte o cidadão
e dos corjíOs policia e~. e os serventes das repar· ordenado·não inferior a 2008, por emprego que
tições e estabelecimentos publieos. dê direito il aposentução, não· S<:ndo, porém,
Arl. 3. • A prova _da renda de que· trata o esta ul~ima condição applicavel aos empregados
arti~ro 3nteeedenlc far-se-ba: do. senaüo, dti camara dos deputados e das as·
§ i. o Quanto á renda provenientú de lmmo- sémbléas legb:ativas provinciaes, comtanto qne
veis: tenham nomeação ell'ectiva. ·
I. Si> o immo.veL se achar na demarcação do n. Com igual certidão das eamaras munlci·
imposto predial ou deelma urbana-com cer- paes, quanto aos que ne\las exercerem empre~
tidão de repartição Jiscal de estar o immovel gos que dêm direito á aposont4ção.
averbado com valor locatiVo niio inferior a !001$ m. A mesma prova servirá para os empre·
.on com recit•o dnquelle ím!XJsto passado pela gados aposentndos ou jubilados e p~ra .os.o11l·
m·esma repartição. · ' ciaes reform2dos do exercito, dJl ftrmada e dos
n. Si o immovel não se achar na demarcação corpos policiaes, comprebendidos !JS . ofticiaes
do imposto predial ou deeíma- urbana ou ·não honormos que percebam soldo ou pensão.
estiver sujeito a este imposto, ou si consistir em IV. Os servcntuarios·.providos" vitaliciamente
terreno de lavoura· ou de criação, on em quaes- em. offieiO$ de justiça, _cuja lotaçllo não lõr· !n·
qner outros estabelecimentos agrioolas on ·r t'" . fenor a !!00,5 por anuo, provarà~> a respectiva
raes: : renda com ct~rtidão da lotação dos· mesmos -or-
Quando o occupar o yroprio dono-pela com - ficios, passada pela repartiçã:> competente~ · : ·
putação du renda ã razao de 6 o;. sobre o valor do § !o.• Quanto &renda proveniente de titu!os•de
immovel, verificado por titulo legitimo de pro- dívida pllbliea-p;enl on provincial- com· cer--
priednde. on posse, ou por sentença judicial que tidão authentica de· possuir o eid:tdão, no· pro· ·
as reconheça-. · - ·prio :nome ou,- si !ôr casado, no ila- mulher,
Quando não o -oceupar ·o proprio don~ pela ·desde um anuo anles do- alistamento; tliulll$·
computaçãc -d:t· renda íeitll do mesmo modo · qne _produzam annualmeote qunntia ·não•.infe"
ou pela· exliibição de -contrato !lo arrenda- ,rJorirenda exigida. . ·· ··
mento·: ou ·aluguel do· immovel, lançado em §:5~· Quanto· á:renda:.pr~veniente:'de acções•de
livro-de . DOiaS· COIÍI· IIUtecedeJ!.cia de .tlm aJino: bancos e companbias,:Oiegalmente autoriladGS,
Câmara dos Deputados -Impresso em 27/01/201514:18- Página 13 de 23
e de depositas em caixas economieas do ~ro- I. Pelo valor locativo do predio em que hou-
vemo- t•om certidão authentica de possuir o ver residitlo desde um anno ~·ntes, ·pelo menos,
cidadão, desde um anno antes do alistamento, com economia propria, sendo o valor locativo
no proprio nome ou, si fõr casado, no damu- annual por elle pago, de 4008 na cidade do Rio·
lher, tilulc.s que produzam quantia não inferior de Janeiro, de 300~ nas da Bahia, Recife,S. Luiz
á mP-ncionada rendn. . do Maranhão, Belém do Par·á, ·NicLherl)y, S.
Art. 4. o São considerados como tendo a Paulo e Porto Alegre, de 200/; nas demais ci-
renda Ieg:.l, independer1tement~ de prova : da!les, e de 100{$ nas villas e outras povoações.
I. Os. ministros e os conselheiros de estado, os 11. Pelo valor locativo annual de 2001$, pelo
bi~poí', e o8 presidentes .de provincias e seus se- menos, de terrenos de lavoura ou de criação,
cretarios. ou de quaesquer outros estabelecimentos agri-
n. Os senadores, os deputados :í assernbléa cnla~ ou ruaes que o cidadão hllja tomada por
geral e os·membros das assembléaslegislativas arrendamento desde um anno antes.
_provinciaes. . § !. 0 A prova será dada em processo sum-
JII. Os magistrados perpetuas ou tempora- mario perante o jaiz de direito da comarca; e
rios, o secretario do supremo tribunal de justiça n:•s que tiverem mais de um juiz de direito,
e os das relações, os promotores publicas, os per:.nte qualquer delles, e será a seguiute:
curadores g~raes de orphãos, os chefes de po- L Quanto aos predios sujeitos ao impoc::to pre-
licia e seus secreta rios, os delegados e subde- dia f ou decima urbana-certidão de repartição
legados de policia. • fis(·~tl, de que conste estarem averbados com o
IV_ Os clerigos de ordens sacras. referido valor locativo annual.
V. Os directores do thesouro nacional e das 11. Quanto aos predios niio sujeitos ao dito
thesourarias dt fazenda geraes e provinciaes, os imposto ou decima-contr~1to de arrendamento·
procuradores fiscaes e os dos feitos da fazenda, ou aluguel, celebrado por escriptura publica •
os inspectores dns alfandegas e os chefes. de ou- com a data de um anno antes, pelo menos, ou
tras repartic:;ões de arreeadação ·. . . . por escripto particular Jflnçado com igU<!l ante-
VI. Os directores das secretar1as de estado, o cedencia em livro de notas, havendo expressa
inspeetor das terras publicas e colonização, o d1- declr~ração do preço do arrendr.mento 011 alu-
rector geral e os ·administradores dos correios, o guel·; e, em falt~ destes documentos-o titulo
directorgeral e vice-director dos telegraphos, legitimo ou sentença pass:Jda em julgado, que
os in.<;pectores ou directores das obras publicas prove ter 0 ultimo dono do predio .adquirido a
geraes ou provinciaes, os directores das estr.a- propriedade ou posse deste por valJr ·sobre o
das de ferro pertencentes ao Estado, e os .chefes qu:Jl, á razão de 6 o(o, se compute a renda an-
. de quaesquer outras repartições ou estabeleci- nual,.na importanrm declarada no n. i deste
mantos publicos. · artigo. .
VII. Os empregados do corpo diplomatico ou m. Quanto aos terrenos de lavoura ou cna.;.
consular. cão ou outros estabelecimentos agrícolas ou
Vlli. Os officiaes do exercito, da armada e do~ rur'aes-c(mtrato de arrendamento por escri-
corpos policraes. ptura publica com a data de um anno ~tnte~. pelo
IX. Os directores, lentes e proressores das menos, havendo expressa declaração. do preço.
faculdades, academias e escolas de instrucção IV. A's provas que ficam df\sign::rrlas se
supeJ:ior; os inspectores geraes ou_ oi~ectores ~a addicionará sempre o recibo do proprietario do
instrucção publica na cõrte"'6'provmcJas; os di- predio. terreno ou estabelecimento~ com data
rectore~ ou • reitores de institutos, colle~ios, ou não anterior a um mez, provando estar pago
outros estnbelecimentos publicas de instrucção, até então do preço do arrendamento ou aluguel.
e os respectivns professores; os professores pu- - § :2.o o juiz de direito julgará, á :vista das
blicos dP instrucção primaria por titulo de no- provas estabelecidas no paragrllpho antecedente,
meação eff,·ctiva ou vitalicia. por sentença próferida no prnzo de t5 dias,
X. Os habilitados com diplomas scientificos ouvindo o promotor publico,· que responderá
ou litterarios dê. qualq"!ler faculdade,, ac~demia, dentro do de 5 dias. .
escola ou instituto naciOnal ou estrangeiro, le- Nenhum processo eompreb.enderá mais de
galmente r~conhecidos. . .· . um cidadão, e nelle não· terá logar pagamento
Será titulo comprobatoriO o. propriO diploma de sello nem de custas, excepto ·as dos escri-
ou documento autbentico que o suppra. v:ães, que serão cobradas -peht metade;
XI. Os que desde mais de um anno antes do . · § ·:3.o A sentença ~o· jlliz de· dir.eito será
alistamento dirigirem casas de ed.ucaeão ou en- ··fundamentada e defla haverá· ·recurso voJ.Un-
sin:o frequentad:1s por 20 ou mars alu.mnos, ou tario para a relação do di~tricto; intêrposto
leccion~r~m nas mesmas c~s~s. . . . dentro do prazo de lO dias·· pelo ·propri~· ~~~~- ·
Ser~1ra de prova- certidao passada pelo m- ·ressado ou por seu procurador· especial, no
spector ou. director da. instrucção .publica na caso de exclusão;··. e:. por qual(t:ner: eleitor •da
eõr.te ou nas proviDeias. . . . ·.. . : par.ochia ou _districto~·no casoí_de'admissã6·.
~~Os jniz~,d~ paz e. os vereadores effe· ~ . l4..o As e.e~tidões e· ouvos: d~eumen_!OS-~exig~
etivos do,q;natr1enmo de· 1877 a 1881 e do ·se- dos para· o alistamento .dos ele1tores,sao· 1sentos
guinte, e {lS cidadãos qualifi~dos jnra_dos .na 'de sello.e de quaesquer'outros direi~s~
revisão feita- no ·!IJ.lllO ·de 1~79. _ _- 1i ·5. o . Em caso de falta on impedimento o
Art., 5.~ (Add1tivo.) O Cidadã._o.que na~ puder
provar a. renda legal por algum dos.mews .de-
:J·uiz- de direito será~substitu.ido: ·. ·- '· ·
. ...... - . . . ·.. · . . · . · ; • , •
terminados; nos artigos. precedentes, será admit- . Nas. comarcas. qp.e tive':"e!D um só, JUIZ lfe. di- ,
udo- a .fàzei·o~. · · · · reito : i.o pelo Jruz· municipal efieetivo da sêde
camara aos Dept.taaos- lm!J"esso em 2710112015 14:18- Página 14 ae 23
o juiz municipal poderá mandar fazer o registro cias mandarão por despacho, dentro de 24.
por dons ou mais, quando julgar conveniente horas, que o juiz recorrido responda ; o que
esta divisão do trabalho á vista do numero das este deverá fazer dentro de igual prazo, contado
parochias ou dos districtos de paz, designando da hora ~m que houver recebido o requeri-
quaes os municípios, parochias ou districtos de menta, e que será certificada pelo agente do
paz que ficarão a cargo de cada um. correio ou pelo official .de justiça encarregado
§ i2. O registro será feito em livro fornecido da entrega.
pela respectiva camara municipal, aberto e~n ::__ O recurso será decidido dentro do prazo de cinco
c~rrado pelo juiz de direito ou pelo juiz muni- dias~ contados do recebimento da resposta do
c1pal, os quaes tambem numerarão e rubricarão juiz recorrido; . ou da data em que deveria ter
as folhas do mesmo livro. sido dada:·
§ i3. O registro ficai-á concluído no prazo de No caso de recusa ou demora na entrega do
q,o dias, contados do em qne o respectivo tabel- titulo pelo tabellião que o tiver sob sua guarda~
lião houver recebido a cópia do alistamento. havera ·recurso, pelo modo acima estabelecido,
Esta cópia será devolvida ao juiz competente para o juiz de direito, na cabeça da comarca, e
com declaração da data do registro. fóra desta, para o respectivo juiz municipal. .
O trabalho do registro terá preferencia a qual- § 18. No caso de perda de titulo poderá o elei-
quer outro. to r requerer ao competente juiz de direito novo
§ 14. Os títulos de eleitor, extrahidos . de li- titulo, á vista de justificação daquella perda com
vros de talões impressos, serão assignados pelos citação do promotor publico . e de certidão· do
juizes de direito _que tiverem feito o alista- seu alistamento.
menta. o· despacho será prorerido no prazo de q,s
Estes títulos conterão, além da indicação da horas ; e, si fôr negativo, haverá ·recurso para o
p~ovincia, comarca, município, purcichia, dis- ministro do imperio na côrte, ou nas províncias
tr1cto de paz e quarteirão, o nome~ idade, filia- para os presidentes destas.
ção, estado, profissão, ·domicilio . e renda do No novo titulo e no respectivo talão se fará
eleitor, salvas as excepçõ&s do art. ~.o, a. cir· declaração da circumstancia de ser segunda via
cnmstancia de saber ou não ler e escrever, e ·o e · do motivo pelo qual foi passado.
numero e data do alistamento. . Do mesmo modo se procederá quando se
Os titulas serão extrahidos e remettidos aos passar novo titulo no caso de verificar-se erro
juizes municipaes dentro do prazo de 30 dias, no primeiro.
contados . do em que se tiver concluido o alis- Art. 7. o Para o primeiro alistamento que se
menta geral. . · fizer, em virtude desta lei~ ficam reduzidos a 4:
Quarenta e oito horas depois de terem rece- mezes os prazos de que se trata nos ·arts. 3.0
bido os titulas, os juizes municipaes convidarão § 1.0 n ; II ; § 2. 0 .ns. I e IV, ~ 4:.o e§ 5. o, art. 4. o
por edital os eleitores comprehendidos nos alis· n. XI; e art. 5.0 ns. I e li e§ Lo ns. II eJII re-
. tamentos dos respectivos municipios para os !ativamente . ás provns de renda. - ·
irem receber dentro de {lO dias, nos lagares que Art. 8. 0 No primeiro dia util do mez de Se-
para este fim designarem, desde as :1.0 horas da tembro de :1882, e de então em diante todos os
manhã até ás 4: da tarde. annos em · igual dia, se procederá á revisão do
Nas comarcas especiaes a entrega dos titulas alistamento geral dos eleitores, em todo o Impe-
será feita pelos juizes de direito que tiverem rio, sómente para os seguintes fins :
organizado o alistamenJ.o. I. De serem eliminados: os eleitores que tive-
§ Ui. Os titulas serão entregues aos propríos rem fallecido ou mudado de domicilio para fóra
eleitores, os quaes os assignarão á margem pe- da· comarca, os •fallidos não rehabilitados, os ·
rante o juiz municipal ou juiz de direito; e em que estiverem interdictos da .administração de
livro especial passarão recibo com sua assigna- seus bens, e os que, nos termos.dos arts. 7. 0 e
tura, sendo admiltido a assignar pelo eleitor.. 8. o da Constituição, houverem perdido os direi-
que niio souber ou não puder escrever, outro tos dP. cidadão .brazileiro ou não estiverem no
por elle indicado. gozo de seus direitos politicos .
. § :16. Os títulos dos ·eleitores, que . os . não II. De ser-em inclui dos no dito alistamento os
tiverem procurado dentro do prnzo designado cidadãos que re«fuererem e provarem ter adqui-
. para sua. entrega, serão remettidos . pelo juiz rido as qualidades de eleitor, de conformidade
. competente ao tabellião . que houver feito o com esta lei, e souberem ler e escrever.
registro do respectivo alistamento, o qual os § L o A prova de haver o cidadão attingido a
conservará sob sua guarda, afim de entregai-os idade legal' será feita por meio da . competente ·
quando forem solicitados , pelos proprios elei- certidão ;·e a de saber ler ou escrever pela letra
tores, satisfeitapor estes; a exigencia do para- e assignatnra do cidadão que requerer a sua in-
grapho antecedente~ · sendo ·. assignados o titulo . clusão no alistamento~ uma vez que a letra e
e recibo. deste perante··o .mesmo tabellião. · firma estejam reconhecidas por tabellião no re-
§ i7. Quando o juiz municipal ou juiz de queriinento que_para est~. fim d.iri~ir. _ . . .
direito recusar ou demorar por qrialquer::mo.: : ' :§ 2. o Para qu~· se ~ons1dere o c1dadao 4om1c1-
.·ti.v o a entrega do titulo, poder:í. .o · pr,oprio elei- ·nado na paroch1a extge-se . que nella restda um
.. tor, ,por simples requerimento,recor~er do juiz anno antes da revisão· do alist3mento geral dos
municipal par;a o juiz de .direito, e d~.s~e para o eleitores, ··l)alva .a dispol)iÇão do§ 6.: o ·. · · .'.
mi.nístro do imperio na cÇlrte, ou nas'provincias § 3;0 O eleitor eliminado :do alistamento de
para os presidentes destas. ·. · . ·· uma comarca, por ter mudado '· para ·.outra seu
·. ·. Nestes casos o juiz de direito ou o ministrado .domicilio, será inéluido no· alistamento desta,
imperio na eõrte e os<presidBntes nas proviu- bastando para este fi.ni que perante o juiz de di-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 14: 18 + Página 16 de 23
---·reitó~di{uitima-Côrii;reã !ií-úvé-o- novo iioinici~-- Dellns porém ~r;;~i~- recurso para ~--~;x;~,ã~ d~~, ,__
li o e ~;:hib~ sen titulo de cleit~r com a decla- districto, sem effeil'' susp~;nsivo: 1.• os cidúdãos--
-raçiio da mo~ança, nelle poslll pelo _juiz de di:- não incluídos e os excluídos, r~quer~ndr1 cada
reito rel'pe('ttvo, ou, em falw deste titulo, cert1- um de per si; !.• qt1alquer eleitor da com~rea
. d5o de sua elimínsçãü, por_ ~quelle motivo, do no caso de inclusão indevida de outro. refe-
alistawento em que se ach~.v~ o seu nome. r,ndo-se cad8 reem·,o a um só índi~ iduo.
§ 4." Si n mutlança tle domicilio Jôr para pa· Estes recursos serão interpus!os no prazo de
rocbia, dístrieto de pvz ou ::ecçiio coropreben- 30 dias, quanto ág inelnsões ou não i nclusões,
di dos na me~ma .comar~a. o juiz de direito e em lOdo <Hempo, quonlO ás exclusões.
destn, requerendo o eleitor," fará no alíslámento § t. • Interpondo estesrecursos, os recorreu·
as nece~snrias declarações. . tes allegarão as rnões e j •miarão os doeumen-
$ 5.• A t'limina(·~o do eleitor terá Jogar ~ó- tos que enkuuerere ser a bem de seu di1·eito.
meote nc.s se~uint0s caso>:- de morte,ávista .da No pr~fo de :10 dias, contad<•S d~ re~eLimento
certid3o de obt!o;-de mud><nça de domicili1> p><ra dos recursos, os juiz~s d~ rJi reito·J·erurma rã o ou.
fóra da com.:rea, em virtude de requerimento eonfmnarão as sua;; decisõe~, e no ultimo caso
do proprio eleitot· ou de itifimna~·ões ~ com· ~ recorrente fará seguir o processo p~•ru a l'&la-
petente ~utoridade, precedendo annuneio por ção, ~em acrescentar razões nem jaJJtilr novos
edital affixado com antecP.d~ncia de 30 dias Bm documentos.
Jogar pul:!!ico na séde.da comare3 e d3 parocbia, . ~ 2.• Os recursos interpostos para a rela9ão
districto da paz on ;ecção de sua residencia. ou de ded$õeS proreridas sobre alistamenlü de eleí-
dc certid~o nuthentica de emr o eleililr alistado tores serão julgados, no _prazo de ·ao dias, _por
em outra parocbia de com~rc•• diversa, onde todos os seu.< membros presentes.
teoha est"belecido novo domicilio, sendo apre· § :1.• Não é admissivel suspeição de j uizes no
rentada esta certidão por meio de requerimento jufg~mento dos :recursos, salvos sómente os
a~signado por pessoa competente nos terlllos do casos do arl. 6l do Codigo do Processo Criminal;
-~ 7.•, e no de perd~· dos direilOs de cidadão nc•m se in terrnm perâo os prazos por moti:vo
.br;•zileiro ou suspens5'o do exercício dos,direitos de férias judiriaes.
po ' itico~, de ffillenci~ ou interdieção da ge- ~ li.• .Serão óbsarvadns as disposições do de•
reHcia d~ s~us bem, :í vista das provas eJ;:igidas ereto legislntivo n. 2675 de 20 de Outubro de
no A22 do nrt. L• cto detreto legislntivo n. 2675 i~<75 e dns rPspectivns _instrueções de U de
de 20 de Outubro de 1875. Janeiro de !816, sobre os recursos, na parte não
~ 6.• "o~ Lr~balhns d~s . :revisões dos alista- allerada por esta lei.
mo:.lL~S ,serão ,observadas as disposições desta lei
.r-e; ativas ~o processo estabelecido para o .pri- Dos elegiveis
.meiro alistamen-to geral, rilduzidos, :porém, a lO
dias os prazos dos {§ 7.• e 8.0, a 3() o .do _§ 9. •, .Art. Hl. E' elegível para os car::os àe se-
a 1() o dt1 § !.0 e a 30 os dos §§ !3 e H. todos "nador, deputado á assembléa geral, ruemhro de
do art. 6 _' assem bléa legislativa provincial, vereador e
§ 7.• -A elilll'il:Iação d<~ eleitor, em qualquer juiz de paz todo o cidadã~ que fõr eleitor, nos·
dos casos do n. I deste artigo, será requerida termos do art. 2.• desta Jei, não se a~han r1o pro-
pelo proruoror publico o.u pelo sen .adjunto, nuncindo em processo criminal, e salvns as
ou pur tl'es eleitores da respectivn parochia, por disposições especiaes que se seguem.
meio de ~etiçào documentada nos termos · da § L • Requer-se:
Para seDndnr:- a idade de ~O annos para
0
§3·
Os docnmeDtos serão fornecidos gratuit:l· cima e a renda annunl de :1.:6006 por bens de
mente pela repar~ição ou pelo fllllcclonario raiz, indu~tria, commereio ou emprego.
publico competent~s. Para :leputado á assembléa geral:- a re11da
§ 8." .4.s e li ro inações, inclusões e alterações annual de ~01)6· por bens de raiz, ·industria,
que se fizerem 110salistamentos, ~uando se pro- commereio ou empr_ego. ·
ceder á sua revisão, serão pubheadas, com a l'a1 a membro de assembléa legislativa pro·
declat'açiio dos motivos, púr editaes affi1ados vincial :- u domicílio na provincía por mais-
nas pnrtas das matrizes e capellas ou em outros de dous annos.
logar~s publicas . Para vere:ldor e juiz de paz :-o domicilio no
§ 9.• r:oncluidos os trliballws -êla revisão e muuicipio e distrícto por mais de dous annos.
extrahida. ~s necess~rias cópias, o juiz de di- § ~-· Os cida!lãos naturalísados nãD são, po-
reito passará os titulos de eleitor que compe- . réin, el~give is para {) cargo de 'deputado á
tirem ~os novos alistados, Sfguindo-se para sua assembléa ·geral sem terem seis annos de resi·
expedicão e entrega as_ disposições dos '8§ n dencia no Imperio depois da naturalizaçãl>.
e l6 do art. 6.• - '· · _
§ 16. No caso _de- dissilluçiio da camara dOS D<u- t~mp~tib ilidlldes eleitorau ~
depu.tados, s~virã para a eleição o alista~nto parlamelltares _ ·
-ultimamente revisto, ruo se procedendo a nova
-lli!Vi_são entre · a d:ifsoluçio e .a. eleição que se Art: i{., Niio·pooem -ser "V()tadas para sen~dor,
fiJ;er em eonsequencia della . · , dep-ut~dõ~ : ·ác asoombtéa_ geral :ou mtimbro -de
A11. 9.• Ás decisõe.> dos juizes de direíto assembléa' legislativa provinci~l:
sobre .a-incln.~o .dos ,cidadãos no ali~tamento I. Em todo o Imperio:
dos eleitores ou a sua exclusão deSte serào 4e-.. ú~ directores . geraes do tbesouro nacional e
Jlnilivas- . tls direotores -das seetetarias de- estado.
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 14:18 - Pêgina 11 ae 23
o:. F
Yi"entc, ser.í lavrada -~-!.l~~!gpa_d<q~el? .,!D~~a, .e, "d?_r~, ,d_o,dia~dll~J?ub_!icaçil'c- d;:=respect!Ya· leflia
-peloseifitofé:fqilc··q !Hzerenr,:lacta da ele1~o, na corte ou na provmc1a a que se refenr.
qual serão mencionados o~ nomes dos eii'Itores II. C.,dn eleitor votará em tres nnmes, eon-
que nii~ t~verem ~omp~recido, os qu11es por ess:~ stitufadri a lista tríplice os tres cidadliu que
falta nao mcorrera1J na pena d~ multa. maior numero de votos obtiverem
A ma.~ma aeta será transcripta no livro de § 1..; A apurnrão geral das aU:th~nticas das as.
notas do tabeliião ou do escriv~o de paz, e assi- sembléas eleitoraes e a formação da li<Ja lriplice
gnada pela mesa e pelos eleitore~ que ·qui· serão feitas pela camara municipal da eórLe,
ze~eU.. E' permittido 3 qualquer eleitor da paro- qu~nto ás eleiçües desta e da provínc ia do Rio
chla, distritto ou secção apresentar por escripto de J<meiro, e pelas eamaras das Cllpit;oes das ou-
e com sua a.•si~tnatura prote.to relativo a acto;; ·tras províncias, quanto ás tlleições nellns feitas.
do proeesro eleitoral, devendo este protrsto, ru- A estes netos se procederá dentro dl\ prato
bricndo pela m~ ~ s e com o contr~-protesto de > til~ . de 60 dias, contados do em que so houver !eito a
si julg·ar convenie:Jte fatel-o. ser app~n:;ado a eleição.
cópi~ da acta que, segundo a di~posição do para- J. nev em in\ervir nos referidos actos ainda
gr~pho seguinte, fõr remettidn ao presidente os vereadores que se nfio acha rem em exercício
do senado. da camara dos deput.,do~. da as - ou estiverem suspensos por acto do gor erno ou
sernbléa lcgi>l~ tiva provincial ou á eamara por pronuncia em crime de respon~abilid~·de.
municipn!. Na ~ cto se mencionará simplesmente
a apre~ntaç~o do pro~ts\o. li. Na apuraç1io a camara municipal se limi-
~ 2:!. Ame,:a rar.íextra hir tres cópias da refe· tará a sommar os vo1os men<'ionallo1s nas diffe-
rida acta e du assign:~turas dos elcitore~ no rentes auth~nt ic:1s, ~ tiendendo só mente ás das
livro dt• que trotn o§ i9, sendo as ditas cópi~s elei~·ões f~it~s p~ ronte mesas org:1nizadas pela
assignadas por ella e concertadns por tabellião fórma determinada nos ~!i 7." a H do art. U..
ou escrivão de p112 . m. Finda a dit.a apuração, · se lavrará uma
Dest3s cópias $erno enviadas- uma ao rni • acta na qual se mtlncionuào os nomPs dos
uistro do.im~erio na cõrte, ou ~o presidente U:l S cidadiio~ votados e o numero de voto:; que tive-
provincias ; outro no presiden!rl do senado, da rem obtido paro ~enador, desde o rnaximo até ao
eamara dos deputados ou da assembléa leg-isla· minimo; as ocr·urrencins que se tiverem dado
tiva provincinl, conforme a eleição a que ~ e durante os trabalhos da a:1uração ; e as-repre- -
pr_gc!lder;. e..a..lerceirn .ao.}uiz.-de direito- de que sentações ··que~ · por escri pto e assignadas por
trata o art. f8, si a eleiçiio fór de deputado á qualqutr cidad:io elegível, sejam pre~'' ntes ã
assembléa ger~l ou de membro de assembléa cnmara municipal relativ<~s á me~ma apuração.
legislativa !ll"ovincial. -
Na eleição I!e vereadores, a ultimn das ditas CÓ· IV. Desta acta, depois de devidnmen te assi-
pi~s será envladu á camara municipal respectiva. gnada,a camara municip;JI remetterá-uma cópia
authenLica ao ministro e secretario de estndo dos
Quando~ eleição fôr p~ra senador, ser;i esta neg-ociQs do imperio, acompanh~ndo n. lista
ultim;~ cópia enviada á camara municipal da tripiJee, assign~odn ·pela mesma camara, p.óra ser
eõrte, si a elei\·5o pertencer ~ ella e á provinci.:. presente ao poder moderador;- outra cópia da
do Rio de Janeiro e ás cnrnnras das capilaes das mesma acta ~o pres idente do senado-e outra ao
outras provincias, si a eleição ~e fi,;er ne~tas. presidente da respecliva província .
.Acompanharão ás referid~s cópias M dos netos § 2 _. Na verificação dos poderes 3 que pro-
da formaljto d~s respectivas mésas eleiloraes. ceder 0 senado, nos tetmos do art. ~l da Con-
D.,a eleifÕlJ de senador· >tltuiç5o. si resulwr a exclus<io d1\ lista tríplice
do cidadão nomeado, far-se-ha nova eleiçito em
Art. t6. .A eleição de senador continún a sl\r toda 3 província: no caso da exclusão recahir
feita por provinda, ma~ sempre em lista tri• em qualc1uer dos outros dous cidadãos contem·
plice, :~inda qu~ ndo tenham de ser preenchidos piados na li>'la tripl ice, será organizada pelo
itous ou muis Jogares: nesta bypolhe>e pi'bce- sé~ado nova list3 e sujeita ao poder muderador.
der-sc-h:J. á ~egunda eleiçlio logo depois da es· . I. Si o sen~do reconhecer que algum ou algunS
colha de sen~dor em l"irtude da primeira, e assim do·; tres cidadã,•s incluídos na lista triplice se
por diante. · ~ cham compreheudidos em qualquer das·incom.-
1. O governo na_côrte e província do Rio de patibilidndes especi licad~s no art. H, serão
Janeiro, e os pre~identes nas outras províncias dedaradus nullos- os votos que llles tiverem
designarão dis para a elei~ão, devendo proce- sido dndos, e o ci"~adiio ou cidadãos que se se·
der-se a esta dentro do pr~tzo de tres mezes. guircm completarão :~ lista tríplice.
Este prazo serã oootado: · H. Prooeder-se-ha t~ oi~m á novo eleição em
No cuso de mcorte do senador, do dia em que todn a província, quHndo, antes da f',sc<>lba do
11:a càrlb o gover,no,e nas províncias o presidente, eid:1dão, falleeer algum dos tres cidadãos que
hverem couhecJOtento certo da va!r:~, ou em que compuzerem a lista t•iplice..
receb~rem commuoicação desta, fei18 ao p:o- o~mesmo se observara no caso de morte "do
"Vern<:> -pelo presidenLe do sanado, ou ao presi· cidadão nomeado•. cujos poderes não tenham
dente da r~specliva província pelo governo ou sido ainda verificados Otl- quando al&rnm dos
pelo pr~sioente do senado. Estas cowrnunica· cidRdãos incluídos na list:l tril'liee care•:a de
çií+!s serão dirigidas pelo correio sob regi:<tro. qnnlquer das ·condições de·elegibilidade exigidas
· No caso de ou:;mento do nnmero de seuado· u.os- ns ~· I, li e IV do &l't : ~ da ConstitUição.
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No processo desta eleição e em todos os seus nesta lei, proceder-se-ha tambem á eleicão das
ter~os .serão observadas as disposições da le~~"is- .
camaras municipaes e dos juizes de pa7. em todo
l:lçao vtgente, com as alterações feitas nesta Íei. o Imperio no primeiro dia util do mez de · Julho
§ :L o Quando se ti ver deixado de proceder á que se seguir, começando a correr o quatrien-
eleição ~m parochias, districtos de paz ou sec- nio no dia 7 de Janeiro subsequente.
çoes, CUJO numero de eleitores exceder á metade categoria Art. 26. Quando alguma villa fôr elevada á
d_ps de todo o municipio, ou quando- nas elei- de cidade, a respectiva camara muni-
çoes annulladas houver concorrido maior nu- cipal eontinnará a funccionar com o numero de
vereadores que tiver, até á· posse dos que forem
merç_ de eleilor~s do que nas julgadas válidag, nom~ados na eleição geral para o quatriennio
fi~arao sem effe1to as _gas outras parochias, dis-
triCtos de paz e secçoes, e se procederá á nova segumte.
eleição geral no município. Art. 27. A disposicão · da ultima parte do
. _Em nenhum outro caso se fará nova eleição n.IV de
do§ L 0 do art. :17 não impede a eleição
camaras e juizes de paz, n·os IIiunicipios, pa- ~
geral.
§ 2. o Na côrte, nas capitaes das província~ e rochias e districtos de paz, que forem novamen-
nas dema}s cidades os vereadores só . pode;ão te. creados, com tanto que o sPjam dentro dos li-
ser reeleitos quatro . annos depois de findar o m1tes marc:~dos para os districtos eleilor;~es.
quatriennio em que servirem. . Art. 28. O juiz de direito da comarca con;
tmúa a ser o funccionario competente para co-
·§ 3. o No caso .de morte; escusa ou mudança nhecer da validade . ou nullidade, não só da
de d~Il!icilio de algum vereador proceder-se-ha eleição de vereadores e juizes' de paz, mas
á-. ele1çao para preenchimento da vaga. . · tambem da apnra~ão dos votos, e decidindo todas
· . -~ (a.. o Quando1 em - razã~ de vagas · ou de fal- as questões concernentes a estes assumptos,
ta· de compnrec1mento, nao puderem reunir-se pela fórma que dispõe a legislação vigente.
vereadores em . numero · necessario ' para cele- § :t.o Nas comarcas que tiverem mais de um
brarem-se as ' s~ss~es, serão · chamados para juiz de direito _competirão essasattribuições ao
perfazerem ·a ma10na -dos . membros da camara juiz de direito do :1. o districto criminal, e, nn
9_s ,pre~isos immediatos em votos aos vereado- .sua _falta;aos que deverem snbstituil-o.
res~ SI; no caso da ' u~tima · parte do' § 3.o do § 2. 0 Das decisões do jüiz de direito sobre as
3rt; :1.8, houver se procedido · a duas eleições eleições de vereadores e juizes de paz, em con-
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formidade deste artigo; haverá recurso para a § 8. 0 Violar de_ qualquer maneira o escrutí-
relação do districto. O recurso será julgado, no nio, rasgar ou inutilisar livros e papeis relati-
prazo de 30 dias, por todos os seus membros vos ao processo da eleição : ·
presentes. Penas : prisão com trabalho . por um a tres
Parte penal annos e multa de :1:000!5 a :3:000~, além das pe-
nas em que incorrer por outros crimes. ·
:Art. ~9_. Além - ~os_crimes ~~ntra o livre g:>zo § 9. o Occultar, extraviar ou subtrahir alguem
e ·exerci cio dos d1re1tos poht1cos do cidadão o titulo ele eleitor : ·
m~n~ionados _p.os arts. !00, t~:l e 102 do CodigÓ Penas: prisão por um a seis mezes e multa
Cr1m mal, serao tambem constderados crimes os de 100~ a 3001$000.
definidos nos paragraphos seguintes e punidos § :lO. Deixar a mesa eleitoral de receber o
com as penas nelle estabelP-cidas. voto do eleitor que se apresentar com o res-
· § 1. 0 Apresentar-se ~lgum individuo com pectivo titnlo : -
titulo eleitoral de outrem, votando ou preten- Penas : privaçfío do voto activo e passivo
dendo votar : por dons a qti<:Lro annos e multa de (1.00~ a
Penas : prisão de um a nove mezes e multa 1:2008000.
de 1001$ a 300~000. § H. Reunir-se a mesa eleitoral ou a junta
Nas mesmas penas incorrerá o eleitor que apuradora fóra do logar designado para a elei-
concorrer para esta fraude, fornecendo o seu ção ou apuração : .
titulo. Penas : prisão por seis a dezoito mezes e multa
§ 2. o .Votar o eleitor por mais de uma vez na de 5oon a i: 500$000.
mesma eleição, aproveitando-se de alistamento § i2. Alterarem o . presidente e os membros
multiplo: · da mesa eleitoral ou_.]unta apuradora o dia e a
·Penas : privação do direito de 'Voto activo e hora da eleição, induzirem por outro-qualquer
passivo por quatro a oito annos e multa de,iOO~ meio os eleitores em erro a este respeito :
a 3001000. !mJPenas: privação do direito· do voto activo e
§ 3~ 0 Deixar a autoridade competente de in- passivo por quatro a oito ::mnos e multa de 5008
cluir no alistamento dos eleitores cidadão que, a 1:5001$000. · · ·
nos termos desta lei, tenha provado estar nas § !3 . Fazer parte ou concorrer para a for-
condições de eleitor, incluir o que não estiver mnção da mesa eleitoral ou da junta apuradora
em taes condições ou excluir o que não se achar illegitimas :
comprehendido em alg~ns dos casos do§ 5.0 do Penas : privação do voto activo e , passivo
art. 8. 0 ; por quatro a oito annos e multa . de· 300~ a
· Demorar a extracçlio. expeditão e entrega dos :1:0008000.
ti tulos ou· documentos, de modo que o eleitor § U. Deixar de comparecer, sem causa par-
não possa votar ou instruir o recurso por elle ticipada, para a formação da . mesa eleitoral,
interposto : conforme determina o§ iO do art. 15 :
Penas : suspensão do emprego por seis a Penas : privação do voto activo e passivo
dezoito mezes e multa de 2001 a 6008000. por dous a quatro annos e multa de 200~ a
§ 4. o Deixar a autoridade competente de pre- 600SOOO. ' ·
parar e enviar ao jniz de direito, nos termos do Si por esta falta não se puder formar a
§ 8.0 do art. 6. 0 , os requerimentos dos cidadãos mesa:
que pretenderem ser alistados e as relações que
os devem acompanhar: Penas : privação do voto activo e. passivo
. Penas : suspensão do emprego por um a tres por quatro a oito annos e multa de (100~ a
annos e multa de 300~ a :l:OOO~OOO. . :1:200~000.
. Nas mesmas , penas incorrerá o empregado · § :15. O presidente da provincia que, por de-
que oecultar ou extraviar títulos de' eleitor e mora na !expedição das ordens, der causa a se
documentos, que lhe forem entregues, relativos não concluírem em tempo as eleições :
ao alistamento. Penas :=suspensão do emprego por seis me-
§. 5. o Passar certidão, attestado ou documento zes a um anno.
falsos, que induza a inclusão no alistamento § :16. A omissão ou negligencia dos promo-
ou a exclusão: · tores publicos no cumprimento das obrigações,
· ·.Penas : as do art. 129 § 8. 0 do Codigo Cri- que lhes são impostas por esta lei, será punida
minal. - · com suspensão do emprego por um utres annos
Ao que se servir de certidão, attestado .ou do- e multa de 300~ a :1:000$000. ·
cumentos falsos para se fazer alistar : · § :17. As disposições dos arts. 56 e 57 do Co-
Penas : as do art. 167 do Codigo Criminal. digo Criminal são appliftaveis aos multados que
§ 6. 0 Impedir ou obstar de qualquer maneira não tiverem meios ou não quizerem satisfazer
a reunião da mesa eleitoral ou da junta apura- as multas~ ·
dora no ·Jogar designado : Art. 30; No .processo e julgamento dos · cri-
Pénas : prisão por um a tres annos e . multa mes previstos .no artigo antecedente, ainda
.de 5001$ a·!:5001$000. quando commettidos por pessoas que não são ·
. §'7. 0 Apresentar-se alguem munido de ar- empregados publicos, se observarão as disposi-
. mas de qualquer natureza : · · ' · ções do art. 25 §§' :l. o e 5. o da lei n. 261 de 3 ·•
· ·: Penas : prisão por seis mezes a um anno e 'de Dezembro de :l8U e respectivos regula-
multa de 1008 a 3008000. · - mentos. · · . · ·
·Si as armas estiverem occultas : ' § :l. 0 Nestes processos observar-se-ha o · dis-
Penas dobradas. posto nos arts . 98 e :100 da dita lei, quanto ao
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-~·oí!fhCil!!·tó~P-~~ê~~Có~Péi@qb."fi~~~d~~~ri;-;7erm:·~--;nto final_da
~coffillatlâm~~Pfõpõsta. escrav1dao n(! pa1z, como peço que o seJa.
Nestas condições, apezar do honrado chefe (Apartes.) .. . . :_ ----- -- --·-------"'·" ~ .. :"'"=·'
__ do..gabinet.e ode_-_3 - d!bA.gost~,~o, Sr-.~ J::).eariasr'ter·· =c· :A=-este··J'espe_:to·permlfta·a·camara·· que eu faça
· ··votado contra a lei, e apezar de, notavelmente, a uma observaçao.
imprensa liberal da provio.cia da Bab.ia ter-se ma- Nós nos queixamos, e _com. toda a razão appa-
nifestado de aceõrdo, não com a opini5o dos rentemente, mas só a htstorta, pesando· bem o
chefes liberaes, que tinhám sustentado a lei, vnlor dos homens políticos do nosso tempo,
mas com o voto dado pelo Sr. Zacarias, o que pe&ando bem a força dos caracteres, a sinceri-
nes•e tempo causou a meu pai profun4o J~- dade das convicções, a rela{:~o que ha em cada
uosto e grande vontade de abandonar~ d1recçao um e!ltre o qn.e-fie.~o-pal't·ul.~--~- -o- -que:~eve
do partido, por causa da reprehens<~o que lhe ao pruz, podera Julgar esta questao defimtiV8·
vinha de uma província, da qual elle era filho e mente. . ·
cuja opinião sobre este problema parecia-lhe Nós nos queixamos de que o Imperador,
dever ser adiantada; nestas condições, di2ia eu, quando o par.tido liberal tinha sido durante a
apeza1· do voto do Sr. Zacarias em contrario, guerra do Paraguay, em circumstancias muito
npezar do desaccôrdo do partido liberal em mais melindrosas, muito mais difficeis do que
relação ao que convinha fazer, a lei de 28 de as actuaes; quando o partido liberal tinha sido, .
Setembro foi votada pelo senado e deveu a sua dizia eu, o primeiro que inesper~damente, de
passagem ao apoio franco e enthusiastico dos chofre, causando a maior sorpreza que suppo-
chefes do no~so partido. nho ter havido alé hoje na nossa politica, an-
A minha questão hoje é saber : pretende o nunciara na falia do throno como necessaria s
governo que essa lei de 28 dll Setembro de _f87i r~forma de umn instituição em que até en~o
seia as columnas de Hercu~es. da questao da nmguem pens~va em tocar; quando elle hav1a
emancipação? pensa elle que não é conveniente tido essa iniciativa no tempo em que Humaytá
ir além da libertação do ventre, e encarar de ainda estava de pé uo caminho do nosso e:xer-
frente o problema já não simplesmente da es- cito, em que a direeção das nossas forças era
cravidiío, mas da emancipnção 1 todos os dias atacada, em que não víamos pro-
Senhores, já tive occasião de mostrará camara ximo o fi.m da campanha, llm que tlfa preciso
que, quando $e discutia a lei de 28 àe Setembro levantar os voluntarios para com elles orga"
no senail.o, o honrado senador por Goyaz· o Sr. nizar um novo exercito; nós nos queixamos,
Silveirà da·J!r[otta propunha, como propnnham dizia eu, de que o Imperador, qnanil.o o partido
alguns fazendeiros e alguns municípios agrico- liberal havia emprehendido ao memo tempo
las, estes com a e:x:cl usão da medida do ventre terminar a guerra e começar. a em3neipação,
livre, o prazo de 20 annos para ·a ex.tineção ·da entendesse que devia pertencer aos con~erva~
escravidão, o que a levaria até a mesma fron~ dores a gloria de realizar uma reforma que
teíra que lhe marco, de 1890. elles repelliam como . :ruinosa e subversiTa.
_ __Si a_l~i_de 28 de Setembro tivesse sido feita Entretanto parece que o Imperador adivinhava
pelo partidq liberal, e não _creio que o partido as divisões intes.tinas do partido liberal, e ~obre
liberal a podesse ter reahzado sem encontrar tudo as tendencra~, ou antes a fraqueza, que se .
grandes difficuldades partidarias no senado, e tem rev~Ia.do ·u nova situac;ão inaugurada a
sem que no seu proprio seio surgissem as mes- 5 de l"aneiro,de tornar um partido que deve ser
mas diffi.cul~a~s, os_ mesmos rec~ios_ de sepa- democratico o cliente da grande propriedade em
rar-se da opmwo agncola das provmmas do sul, todas as suas ex.igencias.
a que hoje estamos assistindo. (Apartes.) Senhorés, nessa oecasião discutindo-se como
Mas, si a lei tivesse sido feita, não só com o o Imperador tinha entregue a realiza"ção da .re·
apoío delles, mas de accôrdo com os chefes li- ·forma do elemento servil ao partido conservador,
berees que nesse tempo estavam no senado, ter- dizia o senador Nabuco: o Imperador f~z: muito
se-hia uella seg11ram~n1e inscripto o prazo de mal, a grande propriedade territorial é a pri·
'!O anno~ roarca·lo pelo Sr. ·silveira da .Motta. meira, é a mais so!ida base da moru~rchia, não.
Senão vejamos: convém desligar a monarcbia das. instituições
Como ·se manifestava o honrado Sr_ Octaviano conservador:ls e dos gr:~nd~s interesses de pro- ·
a reSpe!tb deste prazo 't Elle o aceitava. E como prie.dade ql!e ha no pa}~- A nM pa'tti.do liberal,
se mamfestava o honrado Sr. Souza Fl':incó Y a nos partido de op1mao, a nós parttdo de fn-
Dizia que •1 prazo devi3 ser marcado dez annos tnro, a nós partMo das idéas novas, ·é que o
depois da lei de 28 de Sete~bro ter tido plena Imperador, no interesse .exactàmerite da monar-
execneão, mas qne a escravidão nlio poderia ir chi:r, devia ·t8r entregne a 'realização dessa
além de 20 annos ; ist1) é~ "indicava exacta- reforma que ahal:~ o alicerce da . grande pro-
Ulente que se propuzesse o l!razo no momento priedade. · · · -
em que me lev~1ntei nesta tribuna para funda- Assim rallava-se em i87l.
mental-ú. · ·· . · Mas· quão· div:erso é o p"onto de vista tomado
·Como se manifestava ainda o senador Na- pela situa~ão liberal desdé 5 dé Janeiro I Hoje
buco? Ell<:! dizi:t que niio aceitava a' medid-a do pnece·que somos otÍs que·devemos'fi.car·tigados,
pra~o como substit~tiva de pz:_oiee,to, mas· que a anfeudados, á grande pr~priedade_ · · - · ·
õlcettaya C?tuo medtda oo~plementar~ · · .·. :Entregu~ a.;reforma aos.'conserv~dores.~ qUe
·Esta ah1 u.rua prova evtdente, clara, palpavel nmos ~ VImos que fi<>pOls das reststen.etas-aos~
d~ ~e si a opinião liberal tivesse pert<:ncido chefes do j}artillll, ·e que "depois das silas decla~
r~allzara re!orma do eleme"D.to ·servil, nós esta- rações solemnes; o V.íscoude do' Rio do Branco
r1amos camlnhandoexactamente para es!e·ann.o achou-se ·enctamente na mesma· ~ição em.
I • .. ~
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 15:41 +Pá gina 24 de 31
que a revogação da lei dos cereaes collooou ~ Sir I A condição do ~ervo da gleba é sem d11viàa
Robert· Peel quando teve de se separar do sen nenhuma muito dura, muito dolorosa mas
o:Par~~4-2J!~~J~i~a_I;__~!D~J~~~~ l~b!lE!t. E_!l~~i. _nelln_ ~a uma ee~ta _dignidade, _um cepo bem
~mto calu mn1ado, mmtõ msultado, a mffamnçao- e~tar e·uwa ''SUJiei'iUrJdade;=que··n~c,se--pcdecm~-=
11ao o poupotl, e, entretanto, ha pouco, unica· dir, sobre o estado de escravidão.•
mente pela força e r;elo pre_s~igio dai~éa, aP.ezar Quando tanto se discutiu e aventou .h<1 dez
d?s e~os da sua vtda pohtlM: o \!tsconde d · ~os, ninguem nieleva!'á a mal 0 vir eu. prOj.H)r
Rio B.anco ag ei_ltrD~ nesta ~ap1tal_fot acclamado a camara algumas medtdas que não e-x.tin.,uem
Jle~a llOpu\açao m.teml e hoJe as ~~~tas todas do por certo a 'escravidão mas que podem toJ1.ar o
patz voltam-se para o seu lmto de doença, ·
-co:ifsf<terando aquella vida preciosa- ·.....natr· . terreno ma1S proprw para as muutda~ radwaes
· ' A... . . .
. . ) . .. . a 1! Hl. . que-pod~Hl-tar~..,..rnas qusne~a.:._
(.Apo_lado~. E :por qu~ fm Isto 't_ Umcamen!e P~la riamente bão de ser impostas peltJ paiz á es·
gl~rw que l~e P!:OV81U de ass1gnar a pnmem1 cravidãtJ
le1 deemanc1paçao. · . .
Peço perdão á camara vor estar entrando em Senll~res, no _ontr':' dia ~rVI-~e de uma
considerações de ordem po!lLica tão elevada, em expressao que fo1. muito_ ~al >lntendtd:J po_r ai-
hora. tão a•U:mtàda, mas, digo eu: 0 qtle prova g!!-~~ deputados da, OfPOsi_yao, e que 'l~ r~ctltico.
o facto de a reforma do demento servil ter sido Disse q~.e a oppo<>.ça? nao represen_tava na,da,
realizada nesta:; condições~ Prova pelo :nenos ~a~ S~. E Ex:. devwm ter entendido. q~ue ~u
que as mãos do parttdo lii 1 e:-~! não estão presas; drz.ra com essas yatavras gt~.e a opposi~a~J ~ao
prova que a responsabilidade do partido liberal represe~tava nada na _questao de em~nct~<~t;ao,
está intacta ; prova que nós não contrahimos e peço l1ce!lça pant d1zer que o partido hbe_!'al
compromisso nenb.um .soiemn~ e muito menos tambem nao _represe~t~ n~d~ ne~ta . questao,
um compromisso de honra que nos oi:Jrigue a porq~~ n~~ nao sabemo:~ tJU:•e~ as tdé,IS, q~ae~
parar diante das barreiras lev~nta&s ~ 2S ·de as a~p~ra~,~es do part1do ltberal em relaçao 11
Setembro de i87L A lei de~sa da1a não fol um emanctpaçao.
contrato feito entre du3s soberani~s. o \!:stado e O SR. MAR-riM FRANcrsco FILHo:- Nem do
a escrnvidão (apoiaàos); não foi a sujeição da conservador.
nnt~de do parlamento a~ plebiscito dos pos-
suidores de escravos; foi um acto· da soberania ú SR. JoAQil1M N.ABUco:- Mas o ·partido con-
11aeiimaltão completo como outrogualquer, q11e servador póde ter em·relação á emancipação um
não dependeu do consentimento das partes· Que bello programma, que é não a q11crer, e reunir
pudessem ser lesadas nos. seus interesses. Ero em torno de si \oda a clientella que o partida
lima lei á qual todos tinham que subnietter·se. liberal afastar; arvorando a bandeira da eman-
cipação.
Mas foi uma lei, senhores, qüe tratou de rf'.s·
peitar ef.crupulosamente todos o:; interesses Creio que ha no partido conservador muito
fundados sobre a escravidão, por tal fórma que homem de estado t;ue poderá adiantar a em.a.n.-
chegou :~o ponto de conceder uma.iodemni.zação, cipação, si isto convier ao p:~rtido, como lhe
de um titulo de 600:5,áquelle que atirasse á roda conveiu em i87L Fallo porém dos partidos como
do Estado uma crianea de 8 annos, parn índem· orgãos da opinião.
nizal-o dos trabalhos da crlação supportados pela Na opposição é gue se formam as idéas dos
mãi. E o que diziam a este respeito os Jiberaes partidos entre nós; desde que um delles sobe
no senado ? Dizí:.m que esta indemnização não ao poder supprime todos os meios de doutri-
era devida. O Sr. Visconde de Jas-p.ary conten- nar a opinião, renuncia á imprensa, abandona a
1ava-se. com um:l indemnizacão de 3006. Para tribuno, em uma palavra dispensa todos o.s or·
que ir'11lém das exigencias do Sr. Viseonde de gãos ~e el~bor_ação do pensamento. Essa. !acui.
Jaguary, que devia conhecer perfeitamente bem dade Imagmattva e creadora, que reflecte o m~I'
qual era a indemuização razoavel e justa, e que estar da opinião e a~pira a um futuro melhor,
nunca pediria menos do que aquillo que esse que esboça as reformas, desperta as :~spirações e
trab"alho de criação tivesse custado ao proprie- faz apparece>:"" a. necessidade de um progresso
tario 't · · · · qualquer. essa faculdade fica sopilJlda, inerte,
Nessa occasião tambem surgiram de todos. os atropbiada dur~nte o temPQ qut- o p8rtido está
lados idéas emaneipadoras, por. fórms qua.o no poder.
proprio peusautento . de vineular. o escravo ao ' o SR. FELlCIO DOS.,SA.NTos: ......,.Isto sô.se refere
solo, depois de. certo tempo, e de acabar com ao partido liberal.
esta escravidãQ domestica, que. é 3 vergonha
das nos~as casas e das no~sas cidades (apoiados), , O SR. lOJ.Qurn . NAOOco .:~Tem talvez lllZlíQ o
e de fazer, pelo menos 0 Estad n ,servil, passar nobre deputado.; .n~.o ar.ontece. assim. aP.. PJti'lido.
pela primeiradasl)uas.traxisformaçõel),.pelapri- conser~ador, é por-uma raz,ão: porquulle sabe .
Jlieita..da~gradaçõesq1letêm . ·existi.d.o entre . o que_a s~a, missã!) é realizar:as. raf1>rma~ ~o .
. estado. de escr<.v:idão ·e o .estadQ. de:liberdade · part1do l~bera_l; a nessa forÇa,. a. nossa, wssao
aidéa de. converter 8.,.escravidão , no ~ colona~ ~ a no~s;~.. gloria tambem:,~rece que ..llão d~vem:
romano, na servid&Q_russa, digo eu, ~,propr.ía n_aJé!Jljl~. fazerm!)s~_realizar,: as nossas: Jdéas._
id,éad,e vincular O~e$cr~•o ao-soló app~r~cia em pe!os .no~sos.ad!ersanQS. Elles sabem: d1SS() e·
um.· ..a-.~Pl'O.po·.s.ta..·.do-8·.~-::·."'.•lSconde:d.~''.Murl11ba,.qu~. de!~~~..:nDs.? .tl'3blllho,. d·e. ~pa·n· sar·.p~r. ·eHes.c.. ..
·I
d.~ ce_rt~ ~est11.- 9.nestao.,estava mmto-longe :de ,ser () SR. FBL!cro. DOS. S.<Uff9s:- E5tao em . opp_o~ .
~esJ>mto,a~:hanta~O. siçãó-e não CUidam de -agitar. a opinião: cO~
o_ s~~ _G.u..nrno nAS N~.dâ, um aparte~ nheoom a porta P9r oude nevem entrar;
c â"nara do s OepLtados- tm rr-e sso em 2 7101/2015 15:4 1- Pá gina 2 5 de 31
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o sn. Jo!QUIM NABuco:- A questão da eman· As. est~tistic:as são tão imperfeitas, que !oi
ciP.ação· não é uma qn~stiio que P?ssa ser re- poss1yel a um JO~~!ll. est~\l.'ig~!:Q...q"U~ .s~_pu~_Ju:a:,- ....,
pri'niida. EHa paira_a!;lma.do~~Qa~udos.=-,. -= -.no"P.1o da,Sanairv~ulzer qu_e a escravamra tmha
'"·'"··- ··'··..:==,;::=....-~--=F·--- - F
0 .Sll. .!IIA.J\rm •RA.Ncrsco
,
d. · "parte • augmentado depo1s dn le1 de 28. de
rLHO a u01 "
. E' b di 0 . O Sa. Bo.o~.nQUE, DE lW.CEDO (muustro da a,qr~-
. Sete:n.bro••
O SR. JOAQUIM :NABUco.-: ' como em z cultura) :- Podtn dar-se o facto, porque a lista
nobre deputado, uma questão que tran~forma 05 das matriculas não tinb:~m sido remettidas em
partidos, que quebra O molde ilos par11dos,_ por- tem~ .
que é uma questão maior do f;llle cs Pilrttdos ; ·
é uma questão do paiz inteuo. Foi sel?pre (Ha outros ap(wtes.)
assim. Todas as questões gue se r - -~.~lo""A=-=o"'u,;lll:-:-.N:r-AJJ:-:=:11::co::-:-:-On.n::o:-;:b:::re=-presidente
-ganir.rção · territorial .dos estados , tornam-se do conselho comprehende bem o que eu quero
grancles questões soc1~e~. . . dizer. Não lemos o que já havia no tempo dos ·
Nlio se lutava com ruats força nem ~a1s pa~- Normandos -o domes day book-, de fórma que,
xão no tem!lo dos Gracehos contra _a le1 agram1 quando se ''ni escrever a historia da conquista
do que na !n.glaterra contra as le1s 9u~ ~ffec- da Inglaterra, recorre-se ao grande livro da
tam o_domm10 da? t~n-as e a constnwçao da propriedade territorial, em ql?-e os stlrvos estão
propriedade terntor1aL Temos um facto recen- todos designados pel:~s suas diversas profissões
·te dado no mini~terio Gl~dstone. Ainda que um e pela nomenclatura da. época.
certo grupo dos whigs t1ves~e ficado firme ao Não temos arrolamentos, arrolamentos pu-
lado do primeiro ministro da ~glate~ra, lorà blicos, como tem a Allemanba dos seus dous
Lansdowne abandon~o.-o por nma medtda que, milhões da soldados.
sem modificar por forma alguma o e::tado ter- - . ul -
ritorial dn Irlanda, attenuava ·o que o direito .de U:uA voz:-Entao a matnc a nao vale de
propriedade pó de ter de excessivo nas relações cousa olguma?
entre proprietarios e rendeiros. OSn. J OAQUIM N.\BUco:-A ma1ricola tem em
A cmo ncipa~iio entre nós é a questão agraria si alguma co usa de brlltnl ; é nua e imperfeita,
por excellencia ; mas, ao passo que nas outr~s não tem os s!gnaes, as averbações que possam
lutas dos proprietarios contr:> as leis innovado- fgzer reconhecer o escravo, que possam fazer
raso que apparecia era o direito de propriedade, differençar um do outro; não é urna propriedade,
o que apparece neste caso é :1 posse do homem um direito do esernvo ; o escravo não tem eer-
pelo homem. tificado da sua mntricula, e como documento
Sinto dizer: faltam-nos todos os elementós es- para o estudo da physionomia, da distribuição,
tatisticos par a expor a questão nos seus infinitos da legalidade e do futuro da escravidão, é tão
detalhes. . incompleto que não merece fé .
J,.. Allem::mha póde t~r um exercito de dous Senhores, eu desejava neste sentido tornar a
milhões de homens. Todo~ elles são conhecidos; matriculn mais completa, por fórma que sobre
não são meros nomes; não são anonymos. a matricula dos nossos escravos se podesse, ·por
Elles têm uma fé de offi.cio com a.s tradições assi~ dizer, escrever a historia ~a escravidão do
da vida militar, os seus actos de bravura, assim Brazd no nosso telJlpO, o que nmguem poderá
como suas deserções; são conhecidos de seus Ca~e~ sobre a I!lntrsctll:l e~1stente. . _
camaradas, conhecidos do paiz. Nó$ temo.; A Importanma <l:l que&tao de emanCip.açao so-
L4.00,000 escravos e não ba autoridade que bre tod~s :1.~ outras reformm; em um p81Z ~e es-
conheça o pessonl, :~repartição, o estado desse ~nvos e em toda n parte a mesma. Peço licença
exercito nnony~o, entregue ~o arbitrio de a ~amar:~ pnra ler-lhe as palavras ~e um es-
senhores igua!mtnte desconhecidos. criptor, o Sr.. Walloee, sopre a Russ1.a. .
Silo verdadeiros r!lbanhos conâados 30 co!- Elle rererw-se a um pa1z em co!ldiç~es pet?-
leetor para a matricula, mas entregues fntei- res. que ns nossas para a eman_mpaÇllo_, m~to
ramente 30 senhor territorinl. ma~s povoado, com um~ populaçao servil mwto
·_ _ m~Ior, mas em que :unda a produc~ã.o era re-
. O ~stado nao os.couhece; o Estado nao quer sultado de leis ae eoacçiio, em que o trabalho
1r_ alem das porte1ras das faze!ldas. O. Estado não era um voluntariado mas uma conscripção,
nao tem força para. penetrar alh, para dtrer a<?s que passou de ·pais a filhos c que achava-se su-
seohores : •E_9.ucal estes h_omens, porque o d1a jeita a leis mais duras do que ns leis do codigo
da eman:.:1p~çao se approx1ma.• militar; referia-se á uma situação, política que
F:1zei, J!elo menos, senhores, com que estes acho ser exaetamente a situação polilica do
homens tenham um valor certo, pelo -qual pos- Bratil n~ actualidade, porque, por mais · que
saro guiar· se com ·algum interesse na vida, e queiramos pensar que as . reformas políticas de-
resgatar-se a si mesmos, si os seus calculos não vem absorver toda a attenção dos nossos ho-
fa1harem j fazei, que pelo menos cada familia mens de estado, e que as questões soc1aes devem
tenh<1 um re~istro e scjá uma unidade ; que o ser deixadas fóra das .bandeiras do partido, a
casamento exi.c;ta para elles sob as condições e verd~ de e 'lue a primeira questão pàra nós· é a
garantias da lei ; introduzi para protecção destes do trabalho livre e voluntario.
escravos ':lledidas de humanidade que hoje, em O escriptor a qne me refiro descr eve a ebu-
on~os pa1.zes, tem-se in:roduzido em fa-vor dos lição das idéas polilicas, a aspiração pelas r~r~r
_ammaes. Ha.s oEstado.naotem força, não çonbe- mas· necessarias, o esladi> emfim da op1ruao
ce nada. O nobre ministro da agricultura não . publica na Russia antes do neto da emancipação
sabe, n~o conhece o numero dos nossos escra· dos servos, o qual inscreveu o nome de Ale·
vos ; nmguem o sabe. (Aparte&.) xandre ll nas paginas deste seculo no lado de
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 15:4 1 - Página 26 de 31
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I
Abraham Lincoln; quando o czar dizia á nobreza lei de .28 de Setembro de :1.87:1, e por outro lado
=i~:~~~~ é"'~:~~~u-~--~ -~~~~~~~::~:a= =~;~n-~?/ga7.~g;~~ ~~~~~~s!'::,~r~~~n~~:
• Qllllndo as classes educadas primeiro coll'l· quando a-a~çoo-'du ~Es ....do~;il.tcr-ner~-..,~ra::res"';"'
prehenderam a necessidade de grandes reformo:s ~tar os ulttmos escravos, estes sejam eneon-
não havia uma concepção clara quanto ao tr~dos em m_enor numero, e em numero que
ponto onde a gra'nde obra devia começar. nao sobrepUJe como aetnalmente as forças do
Havia t.anto que fazer que niio era. facil de· Estado. .
cidir o que devia ser feito primeiro. Reformas Faço-o com tanta mms confiança qu:~nto neste
.. administrntivas, judiciaes, socíaes, economil!lls, momento devo reconhecer que. o orçamento
financeiras e politicasparec1am i~ualmcnt e _tado elo meu nobre amtgo, d~putado
gentes. Gradualmente,' todavia, tornou-se evi- pelo 1;1!0 de anetro, o· . · _ 'de· Pmto; é,
dente que devia-se dar a precedencia á questão quanto ao f}lndo de emanc1paçao, um melhora-
dos servos. Era absurdo rallar de progresso, de me;DIO sens1vel compar~do ao orçament_o. nn-
humanidade, de educação, de governo livre, de terJOr ~o meu nobre amigo, ? actual mtmstro
igualdade perante a lei, e materias semelhantes, da llgnenltura.
emquanto um terço da populnção e::ttvesse su- O Sn. FELICJO oos SANTOS: - Apoiado isto é
jeita á vontade arbitrnria dos proprietarios ter- verdade. '
ritoriaes. Emquanto existia a servidão era mero O Sn. !OAQUtM NA:Suco:-No orçamenío vi·
escarneo fallar-se em reorganizar n Rnssia de gente dobrou.se pelas precisões do Estado a
accõrdo com os ultimos resultados da sciencia taxa dos escravos, mas retirou-se o excesso da
,l)Oiitica e social. Como podia um systema de taxa existente anteriormente, desviou-se-o do
JUStiça igual para todos ser introduzido quando
vinte milhões de habitantes estavam fóra da es- patrimonio da emanei pação ; deste pequeno
phera da lei? Como realizar progressos na agri- fundo que devia ser um fundo sagrado...
eultnro ou n:1 industria sem o trabalho livre 't O Sn. Cos:rA RmEil\0:-Apoiado.
Como podi.a o governo tomar medidas para dis· . O Sn. lOAQtrrM NAliUco:- ... tão sagrado como
seminar a instrucção publica quando ello não o fundo militar de Spandan, ereado e aecnmu.
tinha llCçàG direc1a sobre metade dos campo- lado pela Allernanha para os grandes dias de
nezes1 Mais de rue tudo, como esperar uma guerra nacional; retirou-se desse fundo, que
grande regeneração moral emquanto· a nação devia ser augmentado, accumulado todos os
voluntllriamente ronseryasse o estigma da es- dias, para todos os annos fazerem-se as maiores
crnvidão ? • festas que .ha em nosso paiz-as !estas daeman·
Estas bellas palavras referem-se não só aos cipação. .
Estados sujeitos ao despotismo,que possam que- Levantei-me rarissimas vezes desta tribuna
rer iniciar grandes reformas, mas que não sai- par3 protestar, e já disse á camara que fiz disso
bam por onde come~ r, como tambem á Estados uma questão pessoal. Fui ao senado e fallei aos
que se supponham porventura mais adiantados homens de estado que tinham feito a lei de ~8 de
do que aquelles, mais livres e representativos. Setembro de i87i, e nenhum delles disse uma
Onde quer que , exista a escravidão, seja a palavra em favor do fundo de emancipação.
fórma do governo a monarchia absoluta da Este anno o nobre presidente do.conselho, de
Russía, seja a democracia dos Estados do Sul accõrdo com as declarações que fez nes\a tribuna,
da União, a primeira reforma liberal deve ser a deu o seu t~leno assentimento á idéa do meu
mesma : a emancipação. honrado am1go.
O Sit. lliRco'LINO MounA.:-E eram a,pp1icadas o Sn. ÁN!lUDE rtNTO :-A idéa é tambem ido
a um estado de servidão. Sr. presidente do conselho.
O Sa. ·MARTni E'lv.!fciSCO FILHo:-Nesta phrase osa. JOAQUIM N.AJl{TCO :-A i!léa é de ··ambos,
está a resposta. isto honra tanlo á commissão como ao governo,
: O SR. FBLlCIO oos SAN'rOS ·dá um aparte. e o orçamento . da receita nos appareee com o
fundo de emancipação augmentado.
· O Sa •. Jo!QmM NABuco (ao .Sr. Felicio dos Infelizmente os meus desejos não foram todos
Salitos):-Não ba felizmente entre nós questões satisfeitos ;· o fÍobre relator (fu. com missão de or·
de raças, e seria nm. erro da nossa partê çamento pôde restituir o excesso da taxa dos
creal-as agora. . · escravos ao· fundo. de emancipação, mas não
O SB. FELtcto oos SA.NTos:- Perdão, o · que alcançou transformar em dinheiro o cifrão- qu~
digo é que. a raça escrava não tem o adianta- no seu orçamento é tudo o que o Esta.do offereee
men_to que tinha a raça dos 5ervos. como contribuição sua para o fundo ; quando,
como o.nobre deputado sabe, elle tem nm com-
. O SR. JOAQunt: N.umco:-A situação dos servos, promisso,tomado pela lei de 28 de Sete~ro, de
sobretudo em certas pro-vincias, er:1 semelhante votar todos.os annos uma som ma, além das taxas
á dos nossos escra>os. Iegaes pertencentes ao fnudo, para ·auxiliar a
emancipação. ·
O SR. Ftucro Dos SANTos dá um ~parte.
.· Ó Sa. Jo.úium NABico : - Senhores, as medi- o sa: .ANDRADE PINTO dá um aparle, .
das que vou agora apresentar ao parlamento não . O Sa. loA.QUIY Nuuco :~ Ep. desejava 1am·
têm.por .fim abolirimmediatamente a escravidão, bem qne o nobre presidente.do conselho, ~ndo
· 1~m por tlm, como já dil!se e repito, auxiliar a a1.é ao extremo limite das suas palavras, hon-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 15:41 +Pá gina 27 de 31
""'-8=
rando todos os seus compromissos, fizesse pas~ 1 está com os paiz;es vizinhos, de ser oprimeiro
· · --- ~~~~~e;r:;n~~e~!l..~~:~~::d_~~~!E:~~~=~~~~~~~J,i :~i!s':~f:0~1gi~:::o~a~~~K~~Xe~-~~a~~~~:~
----to-·cta-lfgncliltura, rna3 que mfehzmente cahm, laçao serv1!, para augmentar. a rmm1graçao
a qu~l mandava que o fundo de emancipação ! européa, o Rio Grande do Sul é hoje um mer-
não fosse desfalcado dos 25 %, uma ·uarta par-j cado importador de escravos. .. . -- ~
te, que são dMviados para fins inteir·~mente di· . Mas, senhores, cnmo o transporte de escravos
versos; como é a edura~ão dos ingennos. I não se faz ~ómente por mar; e. como, si por
(Apartes ) . . i acaS•1 fo.~se predso fazer àesapparecer .inteira-
Não bagta não desviar do fundo de ~manci-j mente do mar as embarcações de cabotagem
pação a;; fontes de rend<l. com que~ let o for- que transportam escravos, como em outro
mou: é preciso não desviar tambem somma ai- i tempo fizemo~ desappnrecer as embarcações ne-
·gmna d~ss~ fundo para outro qualquer serviço,! greiras, o tra!lco· tioderia tomara fôrmaporqúe'·
que niio seja <l alforr]a dos libertalidos. · 1 se faz na ,Arrica eentral, onde, como tad!)s os
· Senhores, uma das emendas qne apresento , exploradot·e~ allirmam, são encontradas enormes
tem por fim impedir o transporte de escravos car~vauas de escravos ; eu acompanho a minlia
das : rovincias do norte Ilara as províncias do emenda de outro additivo,- declarando ()ne todo
suL {Apoiadas.) o escravo tmnsportado depois da lei de uma
Yoz!ls·__..: E' um "rande melhoramento provi~cia para outra será ipso facto conside~
· " · rado lrne:
O Sa. 'JoAQmM N.wuco:- Como já disse uma , Outra mtldida que proponllo tem por fim pr·o-. ·
vez nesta cas~. quilndo. a_llei pela _prim.eir.a v.ez.· :~·- hibi\ o. com. mercio de escrav..os mesmo. nas,
f.
sobre a questao de emaneip3.ça_l): s1 é exaeto que provmc1as. fechar de uma vez para sempre
o homem soffre tanto mais quanto é mais edu- . esses merc~dtls de car·ue humana, que infelii.:.
cado, si é exaeto que a: dôr é uma faculdade mente ainda existem na capital do Iinperio e
intellectual , o n.osso escravo~ radicado por que não existern :ria Turqúia e na Europa; estes·
um milhão de assuciações de idéas e senti- mercados, onde o cynismo mais revoltante, onde
mentos á terra onde nasceu, á família no seio a immoralidade á mais· iii.qualificavel e a mais
da qual !?i criado, _á prov~ncia a que perte~ce, abjecta, acouladas fóra .do alcance da .autori~
sente mais do que o· africano póde sentir a . dade, sem fiscalisação de estJecie alguma, ex-
captura e o transporte para outras terras; sente- : poem á venda crentu.ras humanas,. , augmell~
a ameaça, a incerteza que pesa sobre elle, a es- tando·lhes o soffrimcnto e d()shonrando a nossà
pectativa em que está de ser vendido para fóra, civilizaciío. (Apoiados.)
para longe de tudo e ~e todos que ama, quan.do Eu vi; por exemplo, no relatorio de um secre-
os credores bate~em a porta do en~enbo ou da . tario ingle.i que aqui esteve, . o Sr. ·O' Conor.
cas~ onde elle ':1ve, e ~or elle a ultima merca- :que estudou a escravidão de perto, paginas
dor1a de que SeJa pr~Cis~ ao s,eu seub_?r desf&· ·contra o commercio de todos o m&Is infnme.:
zer-se para escapar a rwna e a execuçao... , contra otráfico feito por alguns senhores que
VozEs:-Qua.Si sempre é a-primeira. entregavam.as suas e~cravas á pr~stituição nas
'ruas desta cidade, e V1 que realmente os foros e
O Sa. loAQUIH N.ABnco :-'Senhores,. o trans- eis creditas de unia nação civilizada pódem ser
porte de eseravos do norte para o sul deshonra , muitils vezes .compromettidos pelo cynismo · de
a bandeira debaixo da qual é'feito, é um trafico :uma c.lasse, que devia ser sujeita a todo o rigor
costeiro igualmente.cruel. . . ,' das 1e1s.
O transporte é foJto a bordo de navios que : · · . ·
têm as. honras de nnvios de guerra, a bordo dos ; No. antto ~assado propuz á. camara. o_tmpost()
paquetes. Não se póde víajar mais sem ser·se :de ::!.000$ ~obre as ~asa~ ~e c_omw~sao de _es-
a.compan~ado de carga de homens, que são des· ,, crav?s- A camara ace1t~u _es1e 1mp~sto. HoJe o
1inado~ a venda no· sul. Por outro ladO 0 : nobr_e re_Iator da commJssaoAe o~çam.en!P quer
equililirio das pro'Vincias em relação ã emanei- ,apphcal-o ao fund? de eman~lpaçBo. Po_1s bem.,:
paçiio·estã se·altetandode modo muito'sensivel. o qu~ peco agora e que este 1~pos_to seJa ~J;I.:P·
(Apoiados.) · ,pr1m1do, a~s1m · como as· casas sobre as quaes
A provineia de s·. Paulo que tudo deverfou- : ell~ recall~, eu peço que de uma. ve_z. se s~p
tr~ora á !niciati!a dó tralialho livre, á perie-· ;Pl'lmam e:;sas ~asas de t~afico m1seravel em~
ver:mca. a audama·dos SBilS filh-os, a província Jame, q!le ~ 1~1 m:mde fechar ~sses _foco.s de_
de S. Paulo que tem espantado 0 Brazil coiiro ,corrupçao, mdLgnos da nossa capttal,·e que. de
seu desenvolvimento material e moral com o· i~ma ve.z paras~mpre se acabe co~~ commer-
prodigio da ;1,sociação dos· capita'es, rea'!izando ; c~o ~e creaturas hu~an~s; ond~ se lhesvende a
g~ndes· emprezas de commuoicação;- eStá·pe-· 1!VIda e a hOn?ao.pn~euo comprador.~ .. , ·.
ngosamente coueentrando nestês. nltlmos annos \;: Proponho 1~ua1~ente, senhores, um Imposto
no seu solo nrlill população·extranha,lmportada :,novo·sobre alugue1s. de e~eravo.s;:de·50;$ $O_bre
rapi_damente·~ se_ui'e~colha, ~ ·ass~ ap_isca·se \!cada esc_ravo alugado. Nao cr.e1o que este Im-
aos mconvenum,es·de uma Immtgraçao negra Iposto seJa penoso, nem vexatono,-
fóra- ·da proporção com a popUla<;ão b'rancâ dos . i A carnara sabe que ha in.dividuos que não
centros agricolas. __ . . .. !!vivem sétiãode ~1tigarescràvoS, que· os trâris-
Por OJ?.l!_l) lado uma provínCia qtiê.devetia pela 'I iPortam · para as'cid~des parâ os' alugar'. E' justo
sua:pos•çao geo~raph1ca não ~m]!Ortar:'escra>:os, \que ao m~nos·. esses e~crayos:·Vêja~ u~ pouç()_
o -Rto G!11nde uo ·Sul, proV1ncw 'da fronteira; 1•do :seu ,trabalho empregado ·em favor da sua 'li·
qlie :devuf lembrar;. se, -pela' associaçãó em que:: berdade·;- · ·
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 15:41 - Página 28 de 31
-11~
· · OSR.liAatrmro C.un>os:-Pois o Estado si.l proxlmo, o dia de amanhã, 'estou certo de que ·
,=P:r;~J1~-o~~ ,P~~p~~e~-~~~~~~~-~~:_i:-1~~.,~-) desde já e~le está se formando, ~~o~o. a·te!Dpe~
. O SR. JoAQUIM NABuco:..:...:O Estado pól1e·O.esa•' ,t;l~~ono"'_se~,g,da.§__Ull.!.~~\ ~~,-~'?:~~~~~actflca .a
· propriar desde já. que estamos actualmeme as~lilti.uuv·--~-:-- _--..~-~
_ . Em toda a. parte, em todos os cantos do paiz
O SR. FELrcw DOS S..urros:- Póde, mderont- vemos os signaes da boa nova;: a commuDicaéão
zando. das idéas e das esperanças quejá despontam nos
O Sa. VALL.\DARRS :-A desapropriação é com pontos mais elevados da opinião, como; os fogos
indemnização, diz a Constituição. . que se· aceadiam nas montanhas da Grecia· para
n·ansmittir por toda a parte a noticia da vi·
()SR. -JOAQUIM NABUCO: -Senhores. a ultima ctoria .
. mediJ.a que proponho é a seguinte (w"') : E' por isso, senhores, que desejamos que
• O governo fica .autorir.ado a crear nas eapi- quanto mais cedo no recinto desta eamara, e no
taes das provincias caixas economicas, chamadas seio desta mesma assembléa, entre as bençãos
caia:as Jo$é Boni[aclo, para o fim de ser nelL,s da população e Iagrim.os de alegria dos escravos,
deposit:~dos o peeuliú dos escravos e as liber-dli- seja marcado ã escravidão um prazo, uma du-
dailes de terceiros em favor dos mesmos. O di- ração limitada e fatal, que ella não possa e-s:.ce-
nbeiro depositado só sahirá da caixa quando o der. (Muito bem; muito bem.)
es~ravo req11erer a :sua liberdade. . d ·· ·d 1
, Por morte do escravo o deposito passará para .A drtlvo ao orç<Jmento apresenta o pe o
os seus herdeiros e, em falta destes, para a pro- Sr. deputado Jonquim Nabuco:
pria caixa. O Estado garante aos escravos os ju- • Otransporte de escravos de uma para outra
ros de 8 •;. sobre os depositas que fizerem p:tra provineia fica prohibido, devendo se proceder
a sua 1iber.dáde. A cnixa poderá completar com contra os que importarem,exportarem ou trans-
um11 quarta p~rre a sotnma precisa para a Hbet- porlnrem escravos nessas condições, de ~ccôrdo
dade do escravo, mediante contrato feito com com a lei de !l de Setembro de !850, rendo para
este e approvado pelo juiz de orphãos. • esse fim o commercio iuterprovinci;~l de escravos
.A razão pela qual eu dou· a essa inMituição o considerado como pirataria e a importação de
nome de c:~ixas de piedade de José Bonifacio, é escravos em cada provincla equiparada ao tra-
porque em i825 no seu celebre projecto, redi- fico de africanos. ,
gido para-a assembléa constituinte, o eminente c Os escravos transportados depois desta lei
patriarcha da independencia, qne seria hoje cha- para fóra da provincia onde tiverem sido ma-
mado socialista, ·. communista e snltendor, o triculados serão considerados livres. Além do
~onrado patr!arch·à ~a independeil.c~a,--- cui~ . procedim.ea\Q ~-o~~~ contra os ii!lpor?~dores a
rdéas eram tao transtgentes como sno as me- exportadores, negoeran:res e commrssanos de es-
. nha,s... cravos, pagarão elles i :OO(},S de multa por carla
O SI\. FBLtCIO oos SA..N-ros:-Eu acho que elle escravo. ' ·
era o Tiradentes da emancipa~o. . ' Fica prohibido negociar em escravos, ter casa
de commissões para compra, venda, alugnel on
O SR. JoAQuut NABUco :- . •. propunha a fun· deposito-de escravos, ficando sujeitos os que vio·
dat;ão de caixas semelhantes de resgate. la rem esta probibição á multa de !0:000~ e âs
O Sn. MARTINHO C.wros:-'Mas V. Ex. tem:~ }lenas impos!as aos importadores. . ·
fortuna de j:i existirem hoje ~sas caixas; aqui . , Nas cidades serâ pago o imposto de ãO~ sobre
em b:~ixo ha a caixa eeonomica, que recebe cada escravo alugado . .
todos os dias esse dinheiro. - • A liberdade de qualquer escravo póde ser
O Sn. JoAQUIM N.A.Buco:-Não silo caixas de requerida por terceiro a titulo de liberalidade.
piedade . •. • Quando fôr requerida a Jiberdada de um
O Sa. lú.aTr:-~ao C.\XPOs : - São a mesma escravo mediante deposito de ama certa quan-
c ousa. tia, o juiz não poderá declar~r insU:fficiente e~sa
quantia para não ordenar o tmmedtalo depos1to
O Sa. JoAQum NABUCO :- ... ·que tenham por do escravo.
fim auxiliar o escravo na formação do seu pe- • Serão considerados livres :
eulio e ajudai-o a resgatar-se.
.A'[:>resentando estas medidas destacadas~ devo • Os escrav-os de todas as successoos oJJ ia·
ainda uma vez dizel-o, procurei a autor-idade não testMI;
só de homens insuspeitos na questão da emanci- • Os escravos das successões em que não hou-
pação, como José de Alencar, Cllristiano Ottoni, ver herdeiros necessqrios na ordem descendente,
Perdigão Malheiros,.como a dos autores e eolla- haja ou nio testamento, si a morte do senhor ou
boradorea da lei de 28 de Setembro e a do pri- do seu descendente não tiver sido resultado de
meiro Jose Boni!acio. · um crime.
Quanto ao dia de hoje, nenhum . de nós tem • Ficam: pertencendo ao fundo de emancipação,
esperança. · - · além das taxas .existentes : ·
O Sll.ll.&.l\coLmo Moüu :-Deve alimental·a. , Todos as multas e impostos desta lei; . .
O S:a. loAQUlll N!Buco : -Fallando de hoje nã9 • Um im}loslO de 2 "I 9 sobre · a. renda prove-
creio que a solUção legal da emancipação d6 um. niente de tttulos da divtda publica ;
}lasso, mas quanto ao futuro e um futuro bem c O dinheiro que prescrever a bem do Estado.
Cãnara dos oepllados - lmfl"eSSo em 2710112015 15:41- Página 31 de 31
-:12~
· . c j
A taxa dos esert~vos será cobrada sobre \odos dinheiro depositado só sahirá da 'caiu quando o
. os escravGs existentes no Imperio e será de f% esctavo requerer a sua Iiber~e. . _ __ _------
""_#fl41Qr-tf!!:aJhre~s~rovcs·rmatricmados"e-=re;~ '~Pür""motúf''-àb -eseí:ãvo~ ·- deposito· · ·pa-ssarr
sidentes fóra das cidades, e de llfi o;. atl t~alo- para os seus herdeiios, e, em falta destes, para
Tem sobre os escravos das cidades. apropria caixa. OEstado garante aos escravos
• O governo fica autorizado a crear nas capi- os juros de 8 °/o sobre os depositos que fizerem
taes das provincb.s caixas economicas, chamadas para a sua liberdade. A caixa podara completar
caizas 10$1 Banifaâo, para o fim de serem nel- com uma quarta parte a somma precisa para a
Ias depositados o ~ecnlio dos escravos P. as libe- liberdade do escravo, mediante contrato feito
ralídades de terce1ros em favor dos mesmos. O com este e approvado pelo juiz de orpbãos. •
·: =
-------<•~i~~t=>-------
-SESSÃO EM 15 DE OUTUBRO DE 1880
-i4-
Assim sendo, acredito que o saldo que as O Sa. FRI!.ITAS COUTINHo:- Não; o serviço
~-=·:-tfs·perán·ças···de·.-s·~::--Er~'"·,- auuuuf~iar.u-;-ha~de- forço-·:=·publico·.·não~offria~·eom.-:a~~demcra-do-::-credito:;~~==
samente ser muito maior do 1ue aquelle que com o que elle soffre é com a postergação
foi calculado. quotidian~ de nossas crenças, com o abandono
Nestas condições, pois, pergWlto: onde está a constante de nossas idéas.
incoherencia de que me argue o honrado mi- Convença-se o governo de que, si em vez
nistro, si os elementos que hoje predominam. desta condemnnvel fraqueza que ostenta pe-
nlio são os mesmos que predominavam bontem? rante os seus adversarios, tivesse a firmeza e a
Ainda mais, o -ª!'ll:.Umento ad !wmi1lem, a cuja coragem do zelar a:' dignidade do partido, os
sombra se qu1z··· ~colliêr"S-:Ex., quando mesmo seus esforços seriam coroados de melhor exito,
prevalecesse, não o salvava da deploravel con· a opinião publica circumdal-o-hia ~om a su!l
tingencia em que se collocou. · . confiança. . ·
Diz-nos o Sr. ministro da agricultura ser Pedir-se ao senado, como por esmola, um
imprescindivel a aceitação desta emenda, pois sor..riso, um acto de benevolencia que sirva para
que de outro modo a votação do orçamento se alentar a esperança de uma vida já tão cheia de
retardará com prejuízo do serviço publico. dolorosos e tristes acontecimentos, não é digno
E' improcedente o argumento de S. Ex., por- das ambições daquelle que aspira a governar
quanto o orçamento de que se trata é para o pelos principias, a dar á sua patria dias de glo-
exerciclo de 188i-i882; e demais, quando ria e de g-randeza. .
lSsim ~eontecesse, um principio, que n maioria E, senhores, si hoje venho eonàemnar o pro-
destrr c3mara julga ser de ordem elevada e fi- cedimento do governo, creiam que o faço com a
gurar entre os dogmas do partido liberal, não mesma indignação com que o fez o nobre de-
póde, não deve ser sacrificado por uma couve- putado pela Bahia, um dos amigos os mais fieis
niencia de momento, tanto mais quanto seme- e decididos que tem esta situacão.
Jhante conveniencia não resulta da um inte- A questão sobre que versa a emenda do se-
resse geral urgente e inadiavef nado , pelo modo por que caminhou, assumiu
Os nobres ministros na alta posição em que proporções graves ; nella se envolveu um prin-
se acham não representam interesses de occasião, cipio altamente politico, por cuja victoria pare-
são depositarias das idéas, dos princípios, dos cia que os nobres ministros estavam dispostos a
compromissos de um partido, sem o qual não tudo fazer-.
lhes é licito se conservarem um só dia no fJOder. Acompanhei a discussão que a esse respeito
·· - é se travou no senado ; os Srs. presidente do con-
Felizmente, senh ores, Ja nao s6 a opposição selho, ministro da guerra e ministro da J·usLi"a
que se levanta para vituperar o procedimento "
do governo, são os seus amigos, os mais dedi- colligaram-se e apresentaram uma emenda, que
cadas, são aquelles que maior somma de saeri- consagrava o pensamento qile áeerca do assum-
fieios têm feito para ar.omp:mhal-o no caminho pto triumphou nesta camara.
tortuoso que capricho~amente vai seguindo. Com semelhante procedimento é evidente que
os ministros queriam significar de um mi>do
Ainda hontem o nobre ministro de estran· -cla1o0 e positivo que a idéa aqui v~ncedora era
geiros, por procuração do Sr. ministro da agri- do partido liberal, e não seria abandonada ainda
cultura, que não !S dignara comparecer neste quando lhe fosse contraria a maioria do senado.
recinto, vinha exigir o voto de sua dedicada Msim pois, os amigos do governo dispuze-
maioria :1 faviir de uma emenda do senado re- ram-se a vir combater esta emenda D.a convicção
lativa ás estradas de ferro de Paulo Affonso e de que 0 ministerio francamente cooperaria
Sobral, emenda que consagrava uma profunda para sua rejeição, pondo em pratica o meio ra-
eontradiccão. ., · cultado no art. 6:1 da Constituição do Imperio.
Tratava-se de se obter do poder legislativo ... Como é, pois, que o nobre ministro da agri-
verba para legalizar-se a despezafeita com aquel- cultura nos vem hoje dizer que a doutrina con-
las duas estradas; n cnm~ra dos Srs. deputado~ traria á emenda do senado é boa, mas qne é
. votou a medida reclamada pelo governo~ não se mister rejeital-a?
verificando o mesmo com o senado, que apenas Então a logica do nobre ministro da ngricul·
deu a verba concernente a Paulo Affonso, re- tura não é aquella que aprendemos na escola,
cusando a que dl_zia respeito ã estrada de Sobral. aquella que nos obriga a concluir de modo can-
As rawes que miUtnm a favor de uma verba traria no que conclue S: Ex. ?
são exactamente as mesmas·que militam a favor Si a doutrina é do partido liberal, e si além
da outra, e, portanto, o que queria o governo 'l disto é boa, porque se vota contra ella 't
Collocar-se em posição humilde perante o se- (Cruzam•se dive~·sas apartes.)
nado, fazer-lhe mais uma barretada, afim de
conquistar-lhe a boa graça, muito embora com Os nobres deputados que me interrompem
isso o partido liberal, bem ou mal representado agora, interrompiam-me do mesmo modo na
nesta camara, tivesse de. passar por mais nma occasião em que eu n5o me manifestava nesta
tortura. · · ,::,. . · materia tão radical como SS. EE:x:. (Apa,.tes.)
Porque não tratou 0 governo de conseguir a Eram tantas as interrupções e de tal ordem
fusão. 't O sev:~.do; estou certo, tel-a-hia conce- que hoje, quando me levantei para discutir esta
di~o, porque só assim_lh! seria possivel corrigir questão, acreditava que seria acompanhado por
a mesperada contrad1cçao em quecahira. grande numero dos nobres deputados; mas
vejo que me enganei ; as fileiras dos que
· UM SR. DEPtrrAno:- O serviço publico soffria hontem defendiam a dontriaa. que o Sr. minis-
com ·a demora do credito. tro da agricultura aílirma. ser boa, rarearam de
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 15:55 - Pêgina 38 ae 41
_; 15-
nm modo que sorprende até aos· mais prn-~ ap!lrles - pensam e~- sentido · d!ametr_almente
dentes. '" . · opposto ao nobre nnms&r~ da agrwaltura.
. . Insisto em perguntar aos nobres deputados O q'ue e~. d~eiavll, pois, é que SS. _EEx.
=qunl~=r~~· POl';qU!.I s~_coppun~!!l-~m, __ ta~t!_ ~os:em l~g~cos. que vota~sem eontra o governo
expor,eom relação á prerogativa das assembléí!S
-·-
energ:~a ás 1déas qne en tomara a líllerdadi( ãe· --e.tth.qn~~tão.JI.Z!t~~P.fO!S ,r=~ -,~0 :-===-~- ___.: =
~e~Imente nao comp!ehe~do, s~nfiores, o que
provinciaes quan.õo veJO , pareee-me que nao es\a aqw o parlamento, .
. .. -~ . . ··· mas uma aula de theologia ; as distincções as
o SR. ~~~o DE ÜLIVEJIU:-Combaliamos snbtilezas, as hypotJleses .as mais caprichoSas,
por nm prmctpto. os argumentos os mms eapc1Dsos sio formulados
O Sn. Fl!EITAS Comnmo:-Agora esse prin· pelos nobres deputados com o fim de apagar
cipio estã em causa, e por que motivo os nobres os. traços que ainda estão vivos da doutrina
deputados o abandonam? Sejam logieps, salvem que hontem sustentavam-; (Interruwães.) · - ·
o principio e calquem. aos pés as conveniencias Mas, senhores, <Ui observacões dos nobres de·
do nobre ministro da ag-ricultura. putados provam que SS. EEx:. não me qnize·
~ nm comprebender. .
(Ha diversos apartes.) Não contestei e nem podia contestar . ás
" Cada vez mais me entristeço, senhores, quan- assembléas provinciaes o direito de crear· co·
marcas ; mas semelhante direito não póde ·ser
do me con'l'enço da inutilidade do esforço entendido maneira a obrigar os poderes se·
concebido no intuito de ver plantada a colle· rnes a votardecega
rencia na vida dQS govern<ls, coherencia reve- sarios para fazer efac-e fatalmente os fundos neces-
ás despezas eom as co·
lll;da pela realizaçã? dos compromissos c~ntra marcas novamente creadas.
btdos perante o· pau nos tempos da adverstdade,
nos tempos do ostn~cismo . UK Sn. DEPU'l'Aoo :-E' a consequencia.
Creia o nobre ministro da agriculturn que a OSn. FnEJTAS ·Cou•m.-11o:- A assembléa pro·
abdicação que hoje nos aconselha S. Ex., não vineial crêa a comarca; o poder executivo vem
é só Catai aos que compoem o actual ministerio ; para esse fim pedir verba áassembléa'geral, que
é nm capitulo de accusaçã~> que ahi fica escripto noderá concedel-a on não. ·
contra ·os seus co-religionarios, qae nada de • Nessa occasião institue-se o debate, que não
razoavel poderão articular ~m sua defesa. poderá ter por objecto senão a conveniencia ou
. O governo e os honrados d~putados têm em a inconveniencia da verba pedida. .
suas mãos o depo&ito das tradições gloriosas de . Nós que represen!amos o paiz: e niío a proviu•
um partido, deposito gue deveria viver sob a c1a, que votamos o 1mpostD geral; que devemos
gu~rda vigilante de todos e de cada um dos· fiscal1zar com snmmo cuidado a applieação dos
membros desta casa, õe modo ~ nâD ser assnltndo dínhetros -publicos, não podemos, não devemos
pelo primeiro interesse que surgisse. abrir ·mão _del!es para qualquer fim que seja,
O governo, exigindo que seus amigos votem sem que prtmeiro estudemos a nallll'eza do ser.
pela emenda do .senado, insurge-se contra o viço n que elles se destinam; doutrina esta in·
partido que representa, porquanto elle, bem teiramente applica~el á hypothese em questão.
como a maioria desta camara, asseveram q_ue-a O Sa. CA.Nomo DE OLJ.VEIRA: -Essa é que
idéa que no senado :não venceu, é exactamente não é idéa liberal.
aquella por que nos devemos batel'.
O SR. FRErl'As CouT.INllo :-Neste assumpw
o Sl\. CANntoo DE OuvBtRA. dã um aparte. não sei o qu~ ·o nobre depntsdo entende ser
O s!l. F.u:rTA.S ConnNHo :-V. Ex. VGta' com idéa liberal. . ·
o governo nesta questã() 't E' principio politico e d11 verd:~deira eseoln
liberal «J.Ue só decrêta n despeza aquelle que a
O Sn. CANDJDO_I>E OLIVEIRA:- V. Ex. já tem pagn ; e1s o systema que adopto.
omeu voto declarado. Os nobres deputados querem manter ille·
prerogativas das assem bléos provinci~es,
O Sn. FREtT.lS CoUTINHO :-Pois o men voto é, comasprejuízo
zas
até certo ponto, no sentido dn doutrina que V. portantes. de prerogativas não menos im·
Ex. adoptava, quando se me oppunba por occa- Segundo a doutrina que aqui vejo tão bri-
sião de di!;eUtir-se o orçamento do ministerio lhantemente sustentada, mas n5o seguida com
da justiça. relação á emenda que ora se discute, as pro-
Asseverando eu então que os poderes ge· víncias poderiam fnzer de cada aldêa uma co-
raes tinham toda a competencia para apreciar a marca e · oberar os cofres geraes com enc:irgos
despeza reclamada pela creação de novas comar- imprevistos ·e totalmente contrarias no e41uili-
cas.~. brio dos orçamentos, o que aliás não seria dlfficil
O SR. CA.ro>Ino DE 0LlV&JU: -Isto é que não é desde que a província não se acha obrigada a
nada liberal (apoiados); é corcundismo. salisfazer a despeza que decreta. ·
Senhores, para mim a questão é outra ; o que
O SR. F.RBJTAS CoUTINHo:-coreundismoé vo· devemos querer é uma distribuição eqaitativa da
tar·se com o governo em tudo e "PQr mdo. riqneza publica, de maneir:l que as províncias
(Ha ·muitcs aparta.) não só tenham o dir~íto de nomear os juízes de
primeir3 instancia, como de p3~aJ-os; mas,
A Providencia vem em meu auxilio demons· desde que, a nossa organização aaillinisl.ratiya
trando que os nobres . deputado3 com os seus nlío satisfaz -Gs intuitos dessa descentralização,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 15:55 + Pág ina 39 de 4 1
pela qual t~nho sempre combatido, a iniciativa J é o me~o aconselhado pela ConstituiçãJ'para que
da assemblea geral em assumpto desta ordem o conthcto se possa resolver.
n~=o~~::f:.~~!~n~ 1
~~::d~ede~~;:~~i:~êrso_I_~_O
''"'ílo~poi.-qUiJ'VOI<fhiije~·naomoommâ·contradicçao
-~~·- 1~~~~~--~~N;~"~'~-'~-~~~.~~.,~~~~L- ,_
·o s:s;·Fw'i.o,.s-counmw:- Porventura a fa..-
qne me argue o Sr. ministro da agricultura. são embaraçará a passagem da lei de meios ~
As._ condicções financeiras nesse tempo: não 0 .SR. lG.NAcro
, ·
eram tão favoraveis como hoje. . MARTINs: -Sem 'dtmda al·
Dos impostos que aqui passaram· na ultima guma ·
sessão, foram alguns supprimidos e outros sof- O Sn. FaEITAS CoUTINHO: -Pois, quando isso
freram consideravel redueção, sem que a re- acontecesse, ainda assim eq__não_dundal:ia..M..-
ceita geral ficasse por semelhante motivo votar contra o governo-~ (Oh./ Oh/)
áquem dos encargos a que ella tem de satis-
fazer. o sR. PRD~o Lwz (ministro de estrangeiros):
Assim pois, não rue é licito recusar a verba -V. Ex. ij51a só, nesta opinião. ·
que o senado não deu ao governo, para paga- (Ha outros apartes.) _
mento das despezas que se terá de fazer com as
comarcas novamente creadas, verba essa que O Sn. FREITAS COUTINHO:- N8.turalmente
s~ aJ~ha dentro do saldo com que 0 honrado pre- ~stou só; o governo pronunciou-se contra ella,
sJdente
cicio.
doconselho conta encerrar exer- o
quanto basta. e ·
. O nobre deputado por 11rinas, que tanto ma
mterrompe, assevera ser obrigação do governo
O SR. C..~u'IDmo DE OLIVEIR.A.:- A questão é prover as comarcas novamente ereadas, muito
só de 80 e tantos contos ; o senado aceitou .a embora. -.
proposta do governo, deu H8:0006000. OSa. CANnmo DE OLIVEIRA. : - Está claro : é
0 SR. FREITAS COUTINHO ( depoü de ler a emenda a doutrina liberal ; a doutrina de V. Ex. é que
do semzdo):-M3s para que os nobres deputados não é litJeral.
querem lançar a confusão onde ella não é pos- (Ha outros apartes.)
sível? ·
OSn. FREITAs Courn."Ho : -Os nobres de.
O Sa. RoDOLPS:O DA.NTAS :-V. Ex. é quem putados têm, ·é verdade, muito enthusiasmo
está confundindo. pelos principias, sómente emCJ_uanto permane-
(Ha outros apartes.) cem elles na região da theona; mas, quando
O Sn. Fll.EIT!.s CoOTINHO :-Melhor ainda; si com trata-se de sua applicação, recuam, e fazem-no /
a quantia. é,como dí1-em QS nobres deputados,de ordem tanto mais decisão quanto a palavra de
80:000t:l, e_,portanto,menor do que eu suppunha, sou do governo a isso os obriga. Eu não
o que se segue é que será esse mais um motivo dessa escola. .
para que dê o meu voto contra a emenda do O SR. RooOLPHO DANrAs : - V. Ex. é uma
senado. · excepção uniea nesta camara : tem mais cora. ·
Como é que os nobres deputados, que são gem, tem mais dignidade •..
nesta questão inteiramente radicaes; que en-
tendem que, ainda quando não haja saldo, os cepção 0 SR. FREITAS COUTINHO:-Não sei si SOU ex.-
puderes geraes são obrigados a consignar fundos unica;_ o que sei é que as circumstancias
afim de poderem ser providas as comarcas no- effeito, me vão danao essa posição excepcionall Com
vamente creadas; como é que os nobres depu- os nobre~ deputados interrompendo-me
tados não vêm em meu auxilio, não votam a para affi.rmar 9:ue eu defendo o principio con-
favor das minhas id<?as e não combatem o go- tr~río á escol:t liberal, pois que pretendo desco-
verno que as contraria ? nhec~r ~ma f~~uld~de importante das assembléas
provmcwes, nno set como se abalançam a quebrar
São as t:l!l5 _conveníenci~s que a isso se oppoem; nguella
o nobre mmtstro da agricultura faz bem em ir mesma faculdade, sómente porque sur·
prégando tal doutrina; realmente, nos tempos gm ess3 conveniencia, cujo alcance ninguem
~:1be qual é, mas que tornou-se immenso, por-
que correm, os princípios nenhum valor têm que o governo assim o quer I
perante as conveniencias .•.
O SR. PEDRO Ltrrz (ministro de estranqeiros): O SR. M!.llCOLINo MoURA : -0 Sr. Bard:o de
- _Ha conncienoias politicas muito respeita- Cotegipe declarou que em materia de orça-
mento o senado não póde negar a fusão.
veJs.
O SR. FREitAS Com:11m:o :-Ora 1 A conve- O !:iR. ~B.Elus CounNno :-0 nobre deputado
niencia politica nesta questão- é caminhar-se que me mterrompe e que não é suspeito por-
atrás do senado. · que_ faz parte da maioria, affirma que o Sr. ·
Então para que os Mbres l!linistros que têm Barao d~ Cotegipe, que é chefe do partido con-
asse~to no senado, assignmm uma emenda que serva_gor, entende não poder o senado recusar
consignava o· princípio ~11sten~do nesta ea- a fusao em assumpto desta ordem· e com effeito
mara'l ·. o Sr. Barão. de Cotegipe, que se'tem revelado
UM Sa. DEPUTADO:.- C~prirn'm o seu de-
um verdadlllro homem de· estado pelos seus
ver. - talentos e sagacidade politica não collocaria
eslou certo, a questão que orá se controverté
_ D SB.. FRElTAS COtl'rTh"HO: -Cumpramos, pois, no terreno em qu~ a collocou o nobre ministro
o nosso tambem : appellemos. para a fusão, que da agricultura.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 15:55 + Pág ina 40 de 4 1
~ 1'1- •. ·
O Sll. Ru(J3lilBOSA:-y. ;Ex. está exaltando ~·· Si entre os membros do senado brazileiro não
~~-a~versano para depr1m1r ,o~- seu. amigos. ' ha u~ q~e ',pelt;>s ·seus. ta!e~tos e fo~c.a· morri!
--v.SA';,~RE.a>;.;s=CaUTINno;-Como~depl"imir~os~ . eo~~~~.~mo,:tecer . a hOl!tllidade PD!ltlea· que.
meus amtgos ? ! ·. · . ·· · . ·u(!SLil:s-w ..mu;,-:-te~pos..Ut""tem·~surg!do.:.~JJntra"'
Demais, senhores, não sei que impedimento os gov~rn!ls !JU~ nao representam as .idéas ds
possa haver para que se reeU:se ao Sr. Barão de sua mruor1a, 1m1temos n eam~ra dos c0mmuns,
COtegipe a 8dmíràção a que elle tem direito: mostremos .Pela nossa energia I? constancia.que
a!l! está o seu procedimento moderad~ e coii.- ·o q~e aqru passou e nnceu e o que o paiz
e.Il.ador, demoastrnndo que não é elle um ad- dese1a e quer· ; _ . .: ,
ver satio ~yst:e.matjw e a tal l_lOnto intransigente, . Re_c~rramos. a. fll.Sao ; po1s so~re ~. camara
que concne os seus amigos a rebelllão, á resis- Vltahcia reçahtra a eensm-a publica; Sl·porven:-
tencia em tudo .e por tudo contra os actos do tura nos for ne,gado semelhante recurso, .do,
mínisterío actu.al. . . qual _usaremos, e cert?, em condiçõ~ taes, que·
E' preciso que nos convençamos de que nada o pa.JZ em sua sab~Orla nos l~uvara ·{lBlo. facto
ganha a politica nem 0 paiz com essas lutas· de põrmos em pratica oosemeJ.O constxtucu~naL
pessoaes, em que os caracteres os mais respei- . Na_ hypoth~se vertente, ~nhores, a fusao é
taveis são victimas dos ataques os mais gros- meVItavel; é dev~r nosso propol-a ao senado,
seiros. que c~rtamentc :nuo querera collocar-se em an-
Contribuamos com os nossos actos para que tag~mSI,llO_Profundo e sy~tematic_o com as aspi·
os partidos se organizem fortemente combata- raçoes nac1onaes, que terao por s1 força bastante
mos com energia os nossos advers~rios, mas para qu.ebrar qualquer embaraço que porven- ·
respeitemos as suas pessoas. tur9: dmnte del!as se levante. . .
. Ftrmemos a nossa autonomta ; smamos deste
(lia um aparte. ) systema de transacções, que tiio directamente
Isso será política de aldêa, mas não po- conco~rem . para nos enf~aquecer e pa~ Gxpôr
1itica de nm grande centro de população civi- o partld_!l liberal a u-:na JUsta e meremda con-
lis:~da. .. de:unaçno.
Entendi; senhores, que me cabia fnzer um li· Os governos passam, mas d~ixam apo~ si ~s
geiro protesto contra o procedimento do go- fac~o~ que _e~che1·am n sua vida, e. a .h1stona
verno relativamente á em.enda do senodo~ po_h~u~a s~ra. L.ne~or~vel em s_eu jurz~ ~ a sua
Em vez de aeompanbnr o ministerio neste cntica,. n~o .Ira tao .soll!ent~ ate nos mtmstros ;
assumpto, deveriam os honrados deputados · ubran.,era um part_Ido m~1ro. .
·acomp:mhar o partido que se compõe daquelles Ora, senhores, s1 o gabmete .a~tnal pret~nde
que trabalharam e que ccmcilrreram com os regenerar o nosso systema po~1~1co pela liber-
seus votos para qae tivessemos um assento dade de voto, comece desde Ja a fazer tudo
...:.nesta camur11, e que nos conferiram ~eu man· q_nant? ~ossa afim de que estn eamara, que tem
dato na convicção de que 0 desempenharia mo~ SidO vzct1ma de tantas cen_surt~s e ataques, salve
com toda a lealdade e firmeza. aoii!enos ago~ as su~s 1deas no assumpto que
_ se discute, po1s que o mteresse moral que nelle
( Ha um· aparte.) se envolve é de um grande alcauce para o p~r-
tido liberal. , ··
Desconheço essas conveniencias a que se
apega o nobre deputado, e demais, não ha con· Desejava qne o nobre ministro da agricultura
-veniencias superiores aos eompromissos que e o governo tivessem a coragem de se collo- .
contrahiu o partido durante a ad11ersidade, car antes ao lado dos s·eus .amigos, do que ao
·Compromissos que só poderão constituir a rozâo lado dos seus adversarios; · e que uma vez por
. de ser de uma situação politica, · tod3S se convencessem de que um minlsterio é
Deveriamos ao menos uma vez ter· a cora.gem forte, não pela imposição que poss~ fazer de seus
de defender e s~lvar a autonomia da camara eapricbo.s, mas pelo facto de ser o orgão fie.I e
dos senhores deputados. · constanle das idéas_que o seu partido repre·
Desde que temos um senado vitalício, de nu- se:nta.
mero limitado, sem eorrectivo de qualquer lias, senhores, é infelizmente o contr:lrio disto
especie, a camara temporarin não póde deixar o que se vê ; o gabinete aetual aqui -vem qnnsi
de exercer a preponderaneia que ali~s lhe que diariamente impôr aos seus amigos as. con·
cni;Je de pleno direito nos destinos politicos do tradicções :1s mais tlagran tes.
paiZ. ' Hoje mesmo achava-se na ordem do dia uui
·O livro inglez; que aliás contém bons dou- projecto t!llativo á navegação entre New- York e
trinas e que :Jqui é lido quasi que todos os dias, Rio de Janeiro, projecto que tendo sido adiado ·a
alguma co usa nos diz sobre o procedimento que requerimento do nobre deputado pelo Maranhão,
deviamos ter em questões desta ordem. vem attestar a boa disposição do· governo em
A camara dos lords quiz, por exemplo, uma querer que continue esta camara repudiando
vez arrogar-se a iniciativa em materia de hoje o que aceitou hontem.
impostOs, a cam&ra dos communs reagiu con- · O nobre miriistr<i da agtieultura -e seus.ami-'
'tra semelMnte pre\en!{ãO>que foi afinal abando· gos, tendo feito lri1}:_mph:Ir o anno passado ácerca
ntlda. de semelhante proJecto nma emenda, que teve
Wellington definiu as lutas que teve de sus~ a fortuna de ser 'assignada IJOr setenta Srs. de-
tentar com. os seus amigos e as 1r:is em q_ue in·. putados, vêm hoje, sem que alleguem uma razão
correu, para firmar a h~rmonia nas relacões de ordem publica ,:tJxigira rejeição dessll mesma·
entre as ãuas casas do patlamentu. · emenda. · . . · ·
A. 3.
.·- --o!ls:.-.
E.' impossivel, senhores, <que ,a nação lenb~ ~ seus 'actos, embora ·mai.&as .vSZIIIS sejam ~
contiazi~ e~ nosSas- d~tações, . .p~is que eontrariQs aos l!rin ~ipios. :dD ]lal1ido1. al~m :'de
""·:~;r~. :. al~7f~=:i:~~~=,~~r;u;é·
possamoS ter no espirito publico. .
.
=~:~::t~íaJ..~-;~.'1;.d~Q:~.o~;.~.o~-s!D.ck.o~nd.-!~~"""
· . · da confiança .e da. certeza de que é elle netas-
O saerificio de hoje póde ser o beneficio sario a boa li!Bl'Cha dos negoeios publicos ; de
de amanhã. ' que só elle será capaz de ·promover a felicidade
Si nos dispuzermos a resistir ao gover.lio, · do paiz. . · ·. , ·
mostrar-lhe o caminho que deve seguir, creiam :s~nhores, com as observaç'ões que.fiz 'não tive
- que o partido liberal.levantará-e.m seu fav: · ·· :v.er a maioria ]o proposlta em qne
sym'pathias da opinião nacional, sem as quaes estã de ·rejeitar o que bontem deflmdeu, pois
não sei como seja possivel que se oontintre a que fallou o governo Jlelo orgão do Sr. mi-
viver um só ilia no poder. , nistro ·da agricultura ; o meu fim foi apenaS
Esta vida ingiorla que leva a eamara, aeom- tornar sensivel mais esta eontradi~ão~ la'Vral'
panhando systematicamante :a governo em todos 1 um protesto explica··ndo o meu voto. ·
SESSÃO .EM 2S ·BE ·. QUTUIUlO ·DE.1880
.;;:-:: 20-
O SR. SElU.PHico:- E• uma. concluslo que não foi onvida. sobre nma condição imposta com
está nas primissas e impropria dos meus senti- sorpresa sua. tinha declarado que os seus va-
... ~e::~!i;~i;:doi!Í~~~~~~~m_o-'pcr-·i~usl..tQdas·. -g~~1!~ã~~~d~~~t~:rr;~~-J3~o;~~=rg:~~=--~
Não tenho má vontade ·á provincia do Ma- bas as partes para estndar a questão e que o go·
ranhão, antes estou prompto a dar-ll1e o meu. vemo não devia limitar-se a mândar uma com-
voto em qualquer projeeto no senti de de facllitar missão sua sem ouvir para isso a ontra parte.
ns su~s COD?-munieações e p;oporcionar-lbe tod:~s (Apartes, protestos e reclamar..ões; o Sr. presi·
as p_ro~pertdades. · O que nao faço é levar o meu dente reclamt1 attenfào.} ·
patl'!ottsmo ao ponto de esqu~cer-me. dos meus. · Felizmente estas reclamações pela maior parte
~.entimentos de pernamb~C3':1°• para attender aos vêm de poucos opposicionis~s. qne :~té neste as.
mte~esses de outra proviUcl3. sumpto pensrun crear emb:mu;os ao governo.
Duem qu~ · houve no 8 J!DO passado uma Em favor da minha opinião está a camun,que
emenda • nss!gnada por muttos de~utados, _e com qua$i unanimidade approvou o projecto em
que eu a asstgnara .e ~~tara por ella, mas cr.ew primeir:J e 5egunda discussão. ·
IJ)le ha engano, p_ots n!lo me Jembr~ desse_ m-1 Repito, hnvendo divergencia entre duas par-
Cidente, e nem s~ . esttve _presen~e a votaçao,.a tes contr~tantes sobre um ponto. e devendo esse
qual pa.ssou de,apercebtda ate 110 propr!o ponto ser decid'ido por meio de averiguações e
g~verno, e, po.c:tanto. o nobre deputado nao exnme$ não devia o governo nomear por s·1 só
~ ·
pode affirmar que votei desse modo. . d. · d
°
Passarei acrora a tomar em consideroção o 0 seu P~nto, en;:an a companhia de nomear
0
.
discurso que :cabon de proferir o nobre deputado seu.
pelo :Maranhlio. (Apartes, protestos e reclamaÇões.)
Comecou S. Ex:. por dizer que o porto do Admirn que osnobres deputados estejam es·
Milr:mhão ·estava condemnado e que o Sr. Barão quecendo principias 'tão sabidos em materia ·de
de Teffé. chefe da commissão que o foi ex.ami- execução de contratos bilaternes, quando se sus-
nar,devia ser desautorado e demittid;), citam questões de facto, que dependem de exa~
Si esta theoria prevalecesse, si as opiniões de mes e averigua~ões. ·
uma commissão devessem sempre ter força no Portanto, por este lado o parecer da commis·
animo do _governo, então eu diria ao nobre de- são hydrographica não póde ser invocado com
putado que não era a primeira vez que a opinião tOda a Sl!gnrança para decidir esta questão,
do Sr. Barão de Teffc tinha sido recusnda pelo tanto mais quanto ha outro funccionario-pnblico
governo. muito competente. encarregado de estudar os
· A cnmàra eleve estar Iembrtída que, quando portos e rios do Brazil, o Sr. Roberts, o qual
se inaug-urou-a· estrada de ferro do Paraná, sus- declarou, em um documento impresso, que a
citou-se uma grande questão ácerca dos portos companhia tem toda a .razão.
de Antonina e Paranagu:í e o S•·· Barão de Teffé · (Aparte$, protestos e reclamaçaes.)
pronunciou-se pelo porto de Antonina. ·Para que levam o5 nobres deputados a mate-
O SR. ALvEs DB Aru.mo:-Aqu.eslão já estava ria para.o lado pessoal? Obrigam· me a .dar a
dacidids. Elle.foi só examinar o porto. . estrt questão um caminho que tenho semprt':
O Sll. SE!IAIRicO: - Mas a opiniii'o delle não querido evitar. Em meu priineiro discurso to·
foi aceita. qu.ei no ponto alludido pelo nobre deputado por
Maranhão ; mas, por considerações suggeridas
O SR. ALvEs DE ."-ru.UJo:- A commissão era por outro representnnte da mC~>ma província,
présidida ,eeto Sr . .Barão da LagunD. cortei-o na revisão do mesmo disctmlo.
(Ha outros opartes .) Mas agora diz o~nobre deputado: esse· docu-
mento é offerecido tlú administrador ou gerente
O Sa . SERAPHtco:- Eu estou apenas citando da companhia pelo Sr. Roberts e com a dedic.a·
um facto, que foi examina(\o pelo Sr. Barão de toria •Meu caro Sr. Wil.!on. • · ·
.Teffé, cuja opiniüo não foi aceita pelo goi'erno. (Apartes; o Sr. presidente reclama a attenÇ.ão.)
Eu li o parecer da eommis~ão bydrographica
.sobre o porto da Maranhão, e confesso que, si a O Sa. S:ERAPHICO:- Sr. presidente, os poucos
commissão se limitasse a.apresentar sua con- fazem deputados que impugnam o pareeer, creio que
clusão, dizendo que os vapores .da companhia o proposito de me impedir de fallar; in-
americana·podi<Jm perfeitamente,de accôrdo com terrompem-me a cada momento e ao mesmo
t :>das :~s clausulas de sen contrato, tocar no tempo. Eu não tenho reelam!!do contra esta
"POrto do Maranhão;-sem perigo algum, eu não fórma de discussão para não serjulgádo:imper-
teria duvida. nenhuma ·em aceitar o parecer; tinente ; mas felizmente V. Ex. teut vindo em
mas,. precedendo-o . de consideraçües, deu-me o meu auxilio, reclamando n ottenção. · .
direito. de ap>eeial-as. e.então verifiquei que es-. Noto, Sr. presidente, gue qnando o -que se
tavam· em intei~, conttadic~o com a conclusão. tambem diz não agr:~aa, suscita logo reclamações; mas
por outro lado aconteee que quando não
O Sa. JoAQatx:.Sii:RttA,:- E' por isso qne eu se tem razão, procura-se com apartes swrocar a
peco a dP.m!~são delle. voz do orador. para que a verdade não· 11ppareça.
oSn. SiRAPRJCO :-Eu tornei este ponto sa- E' o que me pareçe estar. acontecendo agora
. . ~ .
liente no parecer, e no meu primeiro discurso~ commigo. · .·
e não fui contestado com vanta::em. · OSR. JOAQUIM SBBIU.::...;., Eu npen:is.digo que
Parece-me, ~Iém disso, que desde que a com- não são ignaes os.relatorios :· Um. é omcial e o
panhia, sendo uma.:Ilarte- contratante, que não outro é officioso. ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:01 +Pá gina 28 de 31
desde o oceano até ã cidade, tên1 profundidade ~-nobre deputado. . o. Sr. -Fabio Reis; · em :abono
~~:~u:~~~iit~::~~~~~Ór~J!==~t~~~~~ ~!~~~~=~.~~~~;!~~~::=;~==·
nos occupa-a exeeueão do contrato celebrado é. perfettamente: expheavel. .•:· .· ·
com a companhia americana. :. O nobre deputado disse que o navio Marquez
. · Desta questão só trataram especialmente dua~ ·de .·PombaL encalhou ao sabir,. e a tripolação
autoridades:.....a commissão hydrographica e o abandonou-o _como perdido, e .retirou-se em es-
Sr. RobP.rts, com a differençn,porém,de que este. ealer para a c1dado,6cando porém as velas aber-
emittiu sua opinião de um modo terminante e ta5. Dentro de poucas horas, acrescenwu o
decisivo, ao passo <P,Ul·. aquella . o fez _com re- nobre. ~eputado, :v-iu .,se. Jl_navio sozinho e...sem.....
stricções e de uma forma vacillante. · s~r d~Igtdo por pessoa. alguma_ entrando. em
Nada prova. o facto que o nobre deputado d1recç(lo ao porto ;_e dah1 ~onelmn S; Ex. q_ue
citou a propos1to do vapor Hybernia, que fnn- o porto do Maranhao era tão bom_qne os naVIos
deou no ancoradouro do Eira, em que ha: cor- p~diam entrar sem' tripolaçã?, esquecendo-_se
rentes extraordinarias assoberbadas pelas -ventos. ·porém_ de declarar qual a capacidade deste naVIo,
o SB. Cosu AZEVEDO:- No Pará·as aguas e sem n.otar a di:fferença que ha na oscillação
correm mais duas milbas'por hora. Neste ponto. das mares. · -
ell. fallo de cadeira. . O nobre deputado sabe que .o porto da sua
O Sa. DA.NIN:- Mas com essas correntesnãó província está sujeito a nm pnenomeno especial,
periga a embarcação. como disse o honrado engenheiro. Rebou~as na
informação qo.e S._ Ex. len, e onde se diz que
f) Sa. SERAPHICO:- Ora, entrando os vapo- o porto do Maranhão pertence á categoria dos
res no porto do Eira... portos de ~randes marés; mas .não se segne por
O Sn. CoSTA AZEVEDO:- Podem entrar. .isto que seja um dos melhores portos; ha grande
O S:a. SERA.PHrco:- Tem capacidade e fundo differença entre uma causa e outra. S. Ex~
sufficieute, não o nego, mas o canal é mui es- sabe que o fluxo e refluxo das marés faz- com
treito, .fica entre bancos, tem uma velocidade quê,.Jyarie a elevação e abaixamento das nguas.
de cinco milhas, e o seu fll.ndo é pedregoso, Esse· pbeuomenQ, cuj~ verdadeira causa. des-
em que as ancoras difficilmente poderão segu- conhécid;~ __ dnr~nte muito · tempo, é hoje attri-
r:u-se. Oll serão arrastadas com os navios pelas linids a iíi.tluencia .da lua e do ~oi sobre a terra,
correntes, si o fundo fõr liso, e baterão em al- e foi explicã4u por Newton, não tem uma acção
gu:u banco; ou ficarão presas em alguma cavi- igual para ·todos os lllgares do globo, isso por
da11e da pedra, si o lugar fôr e5cabroso, impo~-.. effeito. da configuração desigual da parte solicla
sibilitando, conseguintemente, a suspensão das e liquida do globo terrestre,. e por:ontras razões;
~e~mas ancoras e a manobra, e produzindo ~r assim .. que as 'águas no seu. movimento alter-
s:Dlstros o arrebentamento das amarras, nativo e diario em· algumas partes ~obem muito,
Quanto á correnteza, ella é assaz prejudicial em outras pouco, e em outras quasi nada~ como
aos navios; e si nãodiga-me o nobre deputado: succede nos mares Baltico e Mediterraneo.
qu~l a causa da perda do Hybernia? Y. Ex. Essa oscillação em Pernambuco sobe a: 2'metros,
feu-a nos. seus documentos. A cansa foi a que- ao passo que no Maranhão é de 6 metros, e é
bra de urna dos amarras em consequencia da por isso que o Sr. Rebouças comparon·o com os
grande correntéza. portos de gfandes ma~és.
(Cruzam-se apartes.) O SR. JoAQUIM SEBRA:-Comparou com Dun·
Eu não quero entrar no exame dessas ques- kerqne e Havre. .
tões. Estou me limitando ao ~rgumento âeri- o SR. SE!IAPHfco :-Sim, senhores. Nesses lo·
vado do H~ernia. · · gares, como em Granville, Dieppe; Cherbourg.
O SR. CosTA AzEvEDo:-' Eu conheço o facto, Bolonha, Qllais, as marés sobem a uma altura
porque dei parecer officialmente. extraordinaria, e isso.concorre sem duvida para
O Sa. SERAPH!CO:-Este accidente, que não foi a grande celeridade das aguas, pois devem ellas
resultado da má fé, como ao Jlrincipio se quiz com o seu grande volume subir e descer em um
inculcar,que foi proveniente de um facto coube- prazo igual para todas as outras partes, ond~ a
cido como o de que se trata, prova que aquelle elevação é inferior até a um metro. A veloci~
ancoradouro não é tão livre de perigo como se· dade das aguas em· SainHifalo; onde· a. elevação
quer afflrmar. . -vai até H metros, é tal que um individuo es-
Um dos pri-meiros vapores de grande ca- tando na costa ao crascer a maré só poderá· sal~
.pacidade mandados áquelle porto, foi Jogo em var-se do alcance .das aguas si correr ·a ca-
sua primeira viagem victima de um accidente vallo. . . · ·
por quebrar-se a amarra... · , O Maranhão é um dos·. portos do Brazil"onde
O SR. JoAQUrM·.SEw :-Já tinham entrado- as marés sobem a grande àltura. Na oecasião da
outros nav:ios .tãosrándes como esse. ·• praiamar o seu golpho torna-se quasi nm.
OSn.SEBAPlUCo:~.•.procurando 0 ancora douro: oceano, e na baixamar Jica tão i seceo que pa-
de Itaqni, que.distll da~. cidade 9 a tO milhas .. rece não haver Jogar. onde _passem os navios.
E o Hybrffliia, si tinha 0 · mesmo calado, era. de' como disse outro. nobre d~put?dO por Maranhãp
muito menos comprimento e lotação que 05 va~ : (o- Sr. Fabio ~eis); e então •apparecem eomplela-
pores da companhia americana. m~nte .os. bancos e b$ios _de que est.ii eri·
Os nobres deputados.disseram- qne no porto; çado. • · · · · · · .· · • · - ·
do Maranhão podem entrar todos. os· navios~ e o· ···. O SR. JOAQUIM SERRA:-A barra.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:01 +Pá gina 30 de 31
-23-
: O Sll.. SBRAPBrca:.-Não é ·sômeme a :barra, ·é nhia a construir. .v.-twres de 3.~ toneladas, a
todo'<~ golpho,.~esmo na parte :anwior :á bar.ra, · fazer este .serv!iço ..;:.. . · ·.. ··
=nc;qn~.b"'"se."v.~..úS=-tle~ome..qJtacol.om~,.=~~ =m1".~Dm-u-fiP.iitnRcariart. ~ ) · · ·_. ·· -
ve1ros, Penada, Coroa -das·A:bnas, .Meto, Cm:õa ·. '~ ----- --- ····--- ·• ..~-.-~=='·--· · -:--=•·;;c . -=
Grande.- Coral,. Selleroos, Cerco além.: de,~utros Deixet.n-me fallar •. Depois peçam a. palavra e
quenão estão.denominados. ' . . respol!~m. Assim. n~o posso concluir. o meu·
O facto portanto do naVio M'arquez .de PombaJ: racrocm10. Na ho_ra ad1an~d:a em que me coube
não veiu :ao caso; elle dssencalhon coma grande a palavra,.~ deseJando termmar, estou sendo· a
elevação d:as marés, e sendo pequeno podia então eada f?3~.mterromprdo pelos nobres· deputa dos
vagar sem risco por todo ~ ,golpho. opposJCJonls_las..
O·sB. loAQUUl SERliA:-Tratava-se do JlOrto do O Sa. FliE!'l'.AS CounNHo :-E' boa. O.· parla-
Maranbão. e elle citou um facto lendarío ; tratou mento não representa nada 1
disto como'uma especíé~de nau'Catharinetà. Com effeito assim é neste systema; mas ao
·o Sn. SmA.Pruco :-Agora procura-se ex:- menos salyemos as ap:Parencias. . '
. pli~-G por esta fórma por não áproveitar a ei- o· 811. SRRAPllleo::-Estou espez:ando 'que o
ta~o. . · • . nobre deputado ac3be para continuar.
· Von agora, Sr. pres1dente, tratar de ontrG O governo contrata oom uma comJ)anbia es-
panto, o da J?l'Oposta da companhia brazileira; trangei~a. Esse contrato é synallagmatico ; suas
e me o<:cupare1 tambem do parecer dado a respeito condições vantajosas e onerosas são aceitas reci-
della pela respectiva eommissão de que fa~o procaulente; en\l'e os ouus p3ra a companbia
parte. En. explico o facto. A companhia brazi- exige-se que dentro de seis mezes se execute Ó
Jein declarou em petição que estando rescindido, serVico estipulado; a companhia por força disso
on. te_ndo de sel-o, o contrato feito com a·eom- emprega11âo pequeno eapitai com a acquisiÇão
panhia americana, propunha-se ella a fazer o de vapores de cus.to de cerca de 1.000:0008
respectivo serviço. · · cada um,· na cren~ de qne seu contrato será·
Pergunto:. qual o motivo da. rescisão,:si es1a approvado por"importar a continuação de um
se realizar? O recnsar-s_e a ·oompanhia ameri- serviço a gne o paiz esta affeito desde mnitos
cam~ a_ levar sens ~pores ao ~rto do ~ahmbão a.nnos, é para o qual não se elevou a subvenção
por 11ao querer amsc31-os, Vlsto eonstderar in· do costume. A parte contratante sujeitando-se
sllflictente o dito porto. Os nobres deputados á wndição que fez· de,pehder da approvação
poden. comprehender que si porventura,. dada do_poder legislativo o· seu contrato, o que de
a rescisão por tal motivo, se contratassé o ser-. mais desfa~oravel·J)Odia prever, era a reprova-
vi~o ~m outra companhia, e no respeeti'vo çiio, bypOtb.ese que considerava gratuita eiu
contrato se lilterasse-is .cõndições .do rescin: . v:ista dos precedentes. · .·
dido, e -incluindo-se na escala o porto do Ma- · Nãó poilin;po~cogitat'qne o:poder1egislatiVI);· ~
ranhãa se pennittisse vapores ·menores. e· de ·ea· sabindo fõrn de suas attribni!)ões a se apro-
lado, inferior ; essa aUeraçãll poderiâ imponar prianilo das do executivo, ·viesse -approval-o
nm reconhecimento das allegações·da ·compa- e2o mesmo tempo iinpôr uma nova. condição,
nhia ··americana qna11to ~ insuiftci eneia do porto. e oomüção que -altera o pensamento e 'intuito
para navios da dimensão dos seus. Esse facto lhe princiJl8.1 que presidiu. o contrato.·
daria direito a ~:~rotestos e l'eeltina~ões; e quem Mas, ·si JJe provar que talcondiÇão é..inexeqni-
sabe quantas dlftl.enldades d'abi surgiliam para vel, combinada com as outras, ·deve-se eonéfuir
se eontest!lr esse direito1 · · ou que o contrato está rescindido, ou subsis-
0 Sa. JoAQ1llM SBtUU.·- Não sei e não o r~- tente com a eliminação da condição nova. A
conheço. • primeira ~y_potbese einadrnissiv_el, não s~ ppr·
-0 SB. S21W'BICO : - Creio que teria dir~ito ; que ·a !esc1sao em 'um. oontr11to lulMeral ~o põ~e
nm a oommissão com 0 5611 parecer :teve em S!lr fe11a por mnl_p.o aceõrdo ~as p11~. senao
Vista salvar essa emergencia:. . ~da_ porqne forao 11_pprovadas pel() corpo~~-
. Desde ·9.ne apresenton-se 8 ·eomparihia.hrazi- g~slativo as outras mwtas _plausulas yue eoustl- .
leira pedindo este contrato e dizendo -~e fazia tn~m_o todo do cont:.a'!'.• n.ao !lendo J~t.o <Jll.e o
p_roposta. porque o contrato da cGmpa_tihi:rame-- prmclpa~ fique_-su~do ao -acoossono. e ~e
ncana 'tmba cadneado ou estava para caducar· oto~o se1a preJ!ldieado pela:parte. 'Logo ile':e se
- ~"'~ d d '"dad deSúi con..<;~derar subsistente ·o contrato e uunea dizer-
era precrso v_er as 1'8-.v= . e ea um_.. e . se. que o coil.trat.o estã.rescindido 'i (.Apa.rtet .)
cantr.a.&o, ·quando, )!Ol' uma ~:ns-ula l' 05~rlor Pois as :condições- imPossivàis 1êró. validade
unposta.s_em -ronse~timenW, •11em ·audi~cta ·d:a em :direito y . •
eomp:mbia, parte 'Cmlrratanr.e~ se quena·obn- · ·. 1 . · ..
gal~a a mer•escalapeil>:po'J'Wde.M:ar~nhno... 0 Sl!.. CoSTA. .AUVDO:-Neste ·cno ·deve ser
O :Sn. •Com AzlmiDO:~·sem poüer :fazer-se. · responsavel o ,gwerno que oontrüna. .
{:lã ~ ·-a~;} .. . . , · ·O Sn. SS~W>~oo~:-Kas isso não-sol~ a -qu~ ·
:o :S:a• .SEIW'JIIlX1 ~-.A"&Dira-me :Sêr. agora tlo·em l'~o·a~ J}l~ d~'llmaot~ompmb.ia
apOiaao:pe'lo'nob:re depulailo. .. ·. . :. ·.. ·. estrallgrura preJudtead& ;por •11m aeto do .go-
~emimi no caso gue -~~ não~16l"JU verna. .. , . . , . . . . . .
eotnparilimo:iliréito.de'r.eclamar'f . . ·: ... 'Q~:P'li:ErrA"sCo~ ...;.{) 'con~to-?tio está
·At.GUNs·~ :nDIJÚ.DoS:....:.Reel&mlir ,() .-..q~~:? · .perfeito ·.sem approvaçao do. póa~ legrslati~~.
;()::s&.•{:(mA "MJmron :....;ooos~sodi~ {JliUJGt:OI~~} ' . . . . .. . . .
prlneiplos. · ·.· · · .· : ·.· ·. .; .cO:S.:..~:~A1tenção.'.De:imno.oradtJr
O SB; Smwmco :.:..Então obrigam..:a~~ , ~~m~r:.. ,, . - ·..
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U112015 16:01 - Pêgina 31 ae 31
Mii."V.-- -
.-.z...-8
· 0 Sa. SEIWHIOO;-Has o .contrato Coi appro·t· parecer a · conclti.sOOS. termmantes; isto·-é, . a
vado pelo pOder legislauvo, o qual ~penas im· diur qtte a, êomp"anhia"americana Jião·tínha
=JlQZ""~cJa.Jl:S)l}s,._d~;S_e.Jn~luir.~es~la~o~pnt;to..d.O: J"aÜ~J;~.e:que;;sen.bv~~~~diam~é=aC"..ôJdC<,
])laranhão. ·. . - oom o contrato ·entrar no porto ·do llaranhao e ·
· Quando em um contrato ba condições cuja sahir sem ·perigo.e.receio deaecidentes,eu nada
inexeqnibilidade se verifica, ,ellas são -nullas e podia oppõr; mas, tendo-o prec~idó de consi-
não têm validade alguma. _ · · derações · longas, en não podia· :prescindir de
:Mas si o governo, pelo facto da com·pan!lia não estudai-as; e desse estudo verifiquei não esta-
querer tocar no porto do Maranhão, por consi- rem às ·conclusões de áccõrdo com o. exposição.-
derar isso impossível, ordenar a rescisão do con • Desde que a commissão bydrograpbiea nos
trato, e effectual:o com outra companhia a quem -seus considerandos disse -que os vapores da
perrnitte a construcção de vapores menores para companhia americana só deviam entrar de. dia
entrar no porto do Maranhão, e a alteração das ~o ~orto. com uma d!!rrota especi3;1 por ella:
outras clausulas quanto aos prazos e valores ,da mdtcada-que para 1sso era prectso alterar·
subvenção, pergunto: terá a .companhia ameri- outras condições do contrato, .- que quando ,
riana direito a reclamações ?'(Não armados.} . taes vapores conduzissem volumes pesaâos ou
Isto é que a commissão queria evitar, e eu muita carga, não deviam desembarcai-os · no
como relator del!a assim pensava. ancoradouro do Eira,.e sim procurar um outro,
Portanto, dando parecer sobre a pretenção da o d:~ ilha do Medo, qne dista d:1 cidade eer.ca de
compannia brazileira, a qual formulnndo a sua 7 milhas,- que nunca deviam entrar- seni pra·
pretençlio firmou-se na rescisão1o contrato ce· tico, o que até agora a éompailhia tem dispen-·
iebrado com a coinpanbia americana, eu disse sado ; a commissão hydrogr6cphica exigindo taP.s
que, si porventura a peticionaria se propuzesse cautelas tornou patente que o porto do Mara-
a fazer o mesmo servtço que a co~panbia ame- nhão offereec diffi~nldndes para a navegação de
ricana sem a menor alteração, com vapores da taes vDpores, não é como os das outras cidades
mesma capacidade e com a mesma subvenção, da escala. · .
tocan.do tambem D.o porto do Maranhão,.eu po=... __...Os nobres deputados-faliam até na esquadra
deria dizer, em relação , ao· ;~ssumpto vertente, de lord Cookrane, dizendo que qualquer navio
tollitur guestio, a. sua proposta. devia ser aceita,- da maior cnpacidade, como os ela dita esquadra,
porque então se provava a toda a luz que a. com" póde entrar naquelle porto. · ·.
panfiia americana estav:~ tergiversando e,pro- Sem duvidn, mas elles para entrar e sahir
positalmente não queria levar os seus vapores têm de escolher a hora da maré; a luz do d,a, bom
áquelle porto por outras razões que não a dita tempo,a melhor occasião, etc.,ete., e perder nisso
impossibilidade. . ... . ....._...muito tempo, e-até dias, sem detrimento de seus
· · Eis pois ti ra2lio por qua no parecer, qunnto á serviço·s ,o que se não dâ com os vapores -. da
pretenção da companhia brazileira, eu figurei.a companhia americana, que têm prazos fixos para
hypóthese de aeceitar ella um contrato igual em as .suas viagens; além de que a esqnndrá de
tutlo ao celebrado com a americana. · lord Cochrane foi fundear em Itaqui, que dista
A conclusão portanto não é contr:l o porto de.- da cidade de S. Luiz cerca de tO milhas, di!ltan-·
Maranhão, como jnlgou o nobre deputndo, q1ie cia que torna mais tardia a communieacão côm
até disse que a .minha mã vontade contra, o a dita cidade, eiiJrolongarà os prazos. ·
porto do Maranhão era tal que até nesse pare·cer {Ha diversos apartes.) · ·
cu fui de.~acreditar esse porto. · As c.ommunicações podem-se fazer em 6, 7, 8
Não, a eommissão exprimindo-se pelas pala- hor:~s; mas um paquete que tem de exe·cutar
vras que o nobre deputado leu não teve em serviços post~es, q11e tem horas certns para isso
vista senão prestar um serviço :i província do não póde estar :i mercê de tanta demora.
Maranhão, offer.ecendo á companhia· brazileirn · : ~ão contesto que no porto do Maranhão possam
. um alvitre, euj~ iD;tuito era auender aos inte· entrar navios de grande t.llado, .o que contesto
resses dessa provmma. . é q_ue possanl entrar a toda a hora do dia e da
Sr. presidente, creio que foram estes os pon- n011e e em qualquer estado da almosphera. ·
tos e~ que !aliou o nobre deputado. _ . o Sa. CosTA AtEVEDO:-Em muitós portos dà
Aee!denta)mente ell~ trato~ da questao topo- Europn e dos Estados- Unidos ha vapore· pos-
grapbt~a quando refenu-se a perda do vapor tnes. · ~
Hyb~r.nta. ':
o sn. COSTA AzEVEDO :-0 HybernirJ. não se O Sn. SERAPBico:- Mas então os contratos são
perdeu por causa do porto.. Dou . testemunho feitos tendo-se em vista as condições especiaés
·dos portos; no casó vertente a nova ·clausula
disso porque fui ouvido a respeito. · sorprendeu completameme a companhia, e aos
O S:a. S~mco:-0 ·tue ê certo é que per- fins do contrato, esqueceu-se de laes condições~
dea-se porque se quebrou a :~marra, e esta qne· tanto assim que apropria commissn:o hydrogra·
brou-se por-.causa da força da corrente que tem phica aconselha que se altere o mesmocontràto.
aquelle porto: (Apar~s;} Fili o que deduzi das .Sr. presidente, peleis apontamentos que tomei,
palavras qae leu co nobre :deputado.• (Apartes.) cr~io ter respondido a todl\5 às eonsidera@es
Si o porto fosse abrigaõo,~o arrebentamento da ·feitas pelo nobre deputado pelo lfaranbão,. e
amarra, em plêi).O dia, :ilão .· podia prodúzir ~oneluo dizendo'':que.as IazÕes que nre. apr.e-.
aqnelle resultado. · . ··· . sentaram, · longe âe. abalarem o meu espm\0
Com relação ao pareeer dá commissão·bydro· contra. o parecer. vieram .ainda. roblistecel-o,
graphica, repito_que, si .ella seJimitasse. ~o seu eorroboral-o, dar-Jhe mais força~ (~Uo ~.J
·----•o!!-D·~g, ' · .. .. ·),
SESSÃO EM 26 DE OUTUBRO DE 1880
Privilegios in.dus-tria.e•
- ·26-
na Belgiea e em antros paizes a qn~tãij :~e pro- ' cusa~eL .E' essa ·a pri~etr:a e mais el~vad~
priedade da invenção põde ser arred!ida da tela relacao · · ~ob·_a qual eu cons1dero a que~ta~ ; .e
_AQ.S_Ail~ates,.QQ.ªO_que?.\ãO_!_Il!l.taP.~Y~lea,:..q\leJl~~ z~e .o.~rlterlo .~e~:W:O,.._:lr_egr:a_se~;al.-'oo..prln~p!O~ ~
-c'!jia: ·rcompêteifc1â .. ão -legTSlãdor; entre nos a1r~gen}e do ~eg1slador no assumpto dos P~l\'!·
nao tem lu"ar a declinatoria, porque temos legros 1ndustr!aes, como nos assumptos smu-
o texto formal de um artigo da Constituição Poli· lares.
tica E' preciso, segundo ensinam os pbilosophos
• ·. T b d d jurist~s, attender ao lado social e ao lado pes-
O SR. F~LICIO DO~ S.lli"TOS . - am em e mo 0 soai do direito de propriedade, ao direito pri-
metaphysteo. vado e direito publico, ao elemento particular e
· O Sn. THEODORETO Souro:- A .invenção in· ao elemento geral. .
du.stria:L constitue uma propriedade ? Eis o pro· De facto, Sr. presidente, quando se pergunta:
blema :witado ainda hoje nas assemb!éas legis- o producto do genio industrial, a idéa indus-
lativas', nos congressos internaeionaes, e nos Lrial, pôde ser objecto de üma propriedade como
tr3halhos dos jurisconsultos e publicistas. A' . ella é. entendida no rigor do direito, o espírito
ntlirmação absoluta da constituinte frnnceza, entra em grandes hesitações, e uma razão de
que lançou as bases eternas do direito publico ; duvidar surge logo, e é: como póde ser objecto
a sua tbese, ou antes á sua fórmula axiomatica de propriedàde o pensamento, a concepção in·
-a inven(;ão é não só uma prr,priedade, mas dus trial, desde que elln sabe dos domínios da
um direito natural, innliensvel, sa~rado, ante- intelligencia individual'! Como póde ser objecto
rior, indiscutivel, como a liberdaae-, contra- de propriedade a manifestação da mente do
poem-se argumentos ainda mais ardentes, mais industrial. do artista, do poeta, do pbilosopho,
energicos, contestações ainda mais vivas do quando clla entra na communhão das intelli-
que as ~ue se !el?- contraposto .á propríed_ade gencías', que a assimilam, el_a~oraw, desenvo.l·
litterar1a e art!Stlca, nas SUlls d1ver:;as e r1c3s vem, apagados todos os vest1g10s da personah·
manifestações. . dade .ereadora, e convertido em patrimonio
· Eu poderia deixar de tratar deste ponto, por- indiviso da sociedade em geral? .
que a solução que se lhe póde dar, está dada Como é que a eoneepção industrial, que: se-
na Constituição, m:.s direi rapidamente algu-· gundo uma comparação muito_ usada, mas que
mas palavras sobre elle, assignalando os prin- a cDracterisa perfeitamente, semelha a onda do
cipios que devem rzger a mataria. Procurarei oceano, e é o producto da fermen1.ação geral
firmar os critet·ia essenciaes, para a resolução das idéas no ptmsamento da sociedade, o resul·
das difliceis questões que se levantam sobre o tado de uma longa collabor:~ção das geracões
~:olor e alcance do direito do inventor, sobre a passadas, pôde ser objecto de propriedade.
sua duração e circumscripção territorial, sobre sobretudo quando se attende que é inipo~sivel
a sua extensão no tempo e uo espaço-como se .estabelecer sobre ella a posse; a posse ou poder
diz; na alta philosophia do direito. da disposiçlio que, como os nobres depu UI dos
Senhores, nós tratamos de remunero r o gcnio, sabem, e a condição essencial da propriedade~
o trab~lho, a sciencia, a fecundidade do pensa- Na imagem a que alludi, o que por ser muito
mento'bumano, a ·energia suprema dQ vida so- conhecida oüo deixa de ser uma bella formul:l da
cial, e, pois, tratamos de um ~ssumpto que ar- verdade, a idtln é tlio vast:t como o oce~no que
fecta os interesses mais v1vaces da sociedade, pertence a todas as nações, segundo o principio
que por todos os modos o legislador deve de- do direitj ao mar, base da vida internacional
fender, assim como os interesses individu~es, dos povos cullos.
cuja reunião harmonica fórmn o organismo do 1tlns por outro lado, Sr. presidente, não se
estado. Inve~iguemos qual o principio que pódc deixar de reconhecer que nos productos
deve servir de base :i lei que vamos f~ze1·, uma do genio industrial ha tambem um cunho
das mais importantes que ba annos tem vindo personalissimo, a marca viva da individuali-
M parlamento. (Apoiados.) dnde, o signo muita vez indelevel da intelli·
O direito do inventor é uma prop.riedad~, e gencia creadora, o tra\-O vis!vel, o relevo
as patentes de invenção ou privilegias indus- dnqnelle em cuja mente a idéa evolveu,formou-
triaes siio justificaveis ante a raz5o e a justiça ? se, completou - s~ na genese quasi sempre la-
i\lio vou, como disse, seniío lançar algumas boriosa, lenta, paciente da obra do talento.
prop osiçõe~ sobre o assumpt.o, e direi: Si por Com() e, pergunta-se, que se póde radicar o
um lodo, como :lffirma a philosophia jurídiCa, direito de propriedade sobre as invenções do
a humanidade collectiva é a propriet.arin do gcmio humano 't Qual e o system,a . que póde
globo e de todos os elementos da vida,- sobre resolver no seio· de uma unidade superior os
que se exercita a sua actividnde, transformando- dous princípios, que parecem írreductivel-
os de mil modos, e odnptando-os ás suas neces- mente contradictorios, o do patrimonio social
sidades; po~: outro o dogma da sciencia e da e o do p<~trimimio . privado das invenções ?
hi· · ··ria é que a propriedade individual é. a Será o privilegio exclusivo temporario, firmado
es: ~ra exterior. a realidade objectiva do prin- em uma patente, essa formula. conciliadora,
cipio eterno e indeStructlvel da personalidade. que a um tempo.affirme a propriedade parti·
· E' por isso que se devem distinguir na pro- cular, a exploração privativa do pensamtlnto
priedade dons elementos, que se combinam e J em favor do .individuo, e res_alve para.a sacie-
j
harmonizam perfeitamente; o elemento pes- daõe o direito inanferivel â.devoluçíio do in-
soal e o elemento social, os quaes_ particular- vento depois de um período dado 'f
mente em materi& de invenção industrial _·se . Não .é incontestayel , qne razões de couve-
revelam de um modo ~.em claro, vizivel, irre- niencia. social aconselham que se proteja po
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 16:03+ Pág ina 30 de 47
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'
todos os modos a invenção industrial, porque, nente da sociedade, o qual .passa · a dominio
___sob_;.e~u~.O..IJ.es~~--~ecnlo, _os el~me_nEos da_ o_rg:mi· .··.imminente, da p~opriedade_ p~tencial que passa
za!(ao pum!Cü-_tl-ruvnomJ~:t-=d~o,a-.uHl:ustm.~um_a, ~~a""'~~~~.-~tr~~t!:Y.<I~_ªo direito abstracto que
preponde~ancza extraordinar1a ~ . . ·passa a ser-êõncreto;-pruã'expiração~ do9)iazn=
· Não é lii;COncusso qne se deve proteger effi- do privilegio. · .
eazmente aqnell_es que. trazem melhoramentos E' este o systema adoptado em todas as Je-
a~s processos e mstrumentos do trabalho e da gislaoões, que si não se harmonisa inteiramente
nqueza~ _ _ eom o principio severo e puro da propriedade,
A transf~rmaçao· do material e dos }lrocessos pelo menos prende nas altas . conveniencias
da producçao, sabem-no todas os que ~studnm economicas, nas interesst!s industriaes dos
a admiravel evolução economica deste seculo, diversos paizes. .
~ob a direcção suprema, sob a influencia A patente de invenção vem a ser dest'arte
mde~!inav~I . da ~pplieação ~a seiencia á in- uma ·transacção equitativa, um verdadeiro
dustr1a, pode-se d!zer que esta apenas no seu contr:~to synallagmatico entre o inventor e a
começo. O mov1mento que é uma resu!- sociedade. Diz-se q_ue é uma capitula~o com o
t:m.te de grandes progressos já realizado;. é inde- rigor dos princípios. Seja-o, embora. As leis,
fimdo .; nin~uem sabe qual será o seu termo, e ja o disse aqui uma -vez, não realizam theorias
torna-se cada vez mais rapido pela acquisicão de sem mesela: procuram a media da ·vida social,
novas forças. mécanicas, destinadas a substituir abrangem a maior sommade relações e de in-
a _força phystca do homem, e n augmentar pro- teresses que é possivel abranger, e, si conside-
d!gJOsamente o seu poder de producção de ri- rnm as organizações sociaes nos s.ous princípios
qo.ezas. E' preciso, pois, manter-se no nível da geraes, consideram-nas tam.bem e principal-
torrente, animando o trabalho, protegendo o mente no sen desenvolvimento historico, e no
talento dos inventores por meio de garantias, seu lado pratico, po!itico, utilitario, economico.
que, assegurando ·lhe os meios de ex:ecução e (Apoiados.)
dando forte impulso, derramando imentivos, Mas h~ uma face da questão que para mim é
evoeanü:o as energ-ias humJnas, não ergam mais importante, e em que enxergo grandes
eiHretanto a barreira dos monopolios de larga lacum.s no proje<ltO do nobre ministro dn agri-
dur.'lcão, que impossibilitam todos os progressos cultura, e que chamarei propriamente o lado
indnstriaes. (Apoiadcs.) economico, social, politicoda materia dos pri-
Nflo quero, não posso agora alongar o .debate: vilegios industriaes. ·
resumo-o ·o mais possivel sobre este ponto, Senhores, é hoje uma tendencia de todas as
porque elle tem incontestavelmente um lado legislações dos povos civilisados dar um cunho
metapbysico, que estã fóra de nosslls cogitações, internacional a certos assumptos que estão inti-
e mesmo porque nós temos diante de nós n these mamente ligados !lO eommercio, á industrin, ás
constitucional-o direito escripto de propriedade artes e que constituem o direito commum, o pa-
do inventor .Estamos como o legislador francez trimonio da humanidade.
de i79i, embora sujeitos ao grande e inevitavel A internacionalisação das patentes de invençlio
illogismo da propriedade limitada, que mais pa- deve ser um objectivo capital de toda a legis-
rcce uma concessão do poder publico, do que lação destinada a regular esta materia, sobre-
um direito superior e anterior, segundo a con- tudo depois que os congressos industri:~es de
stituiate. Vit>nna d'Austria de i873 e de Paris de i878
Mas, senhores, como a ~:olução que se der a ~e occupnrnm largamente de tal assumpto.inves-
esta questão offereca um criterio para se decidi· tignndo quaes os meios conducentes :i. uni for-
rem muitas outras que o assumpto encerro, eu misacão das leis dos diversos povos coucomcn·
insisto na opinião de que se podem conciliar os tes aos direitos dos inventores.
do\J:S P,rincipios apparentement~ contra~ic~oriE!s, Umtt lei que não se approxim~r .. desse alvo
o dtre!to.na~ural da ~eproducçao, da liDitaçao, supremo, que não proseguir esse deside1·atum,
d!J. ass_Imilaçao, daqillll~ q!le .per.te_nce, por as- niio corresponder:.i ás necessidades da époc~,
stm dtzer,a todos, e o diretto md!Vldual de pro- niío consultará. as verdadeiras conveniencias da
priedade da invenção, o qual emana tambem da industri:t, e ficor-se-ba iso!ad<1 a excentrie:J. no
natureza. . _ . concerto geral que produz a solidariedade com-
E' da legtslaçao escnpta de todos os povos mercial e economica das estados eivilisados.
cultos o reconhecimento do direito de Jlroprie- "com toda a razão se considera a lt:gislação
dade do in-ventor; mas,eomo este direito tem um attinente,aos privilegies industriaes. como uma.
carar:ter eminentemente social, g-er:l..l, quasi legislação igual que deve reger o systema mo-
impessoal, si posso assim exprimir-me, deve netario, como a áque deve. reger o systema me-
ser restringido, deve ser circumscripto sob a lrico e o systema postal.
relação do tempo, como do espaço em que se neutro em que se encontramEstá ahi o terreno
as actividades li·.
realiza; não pó de ser perpetuo, como não pôde vres e fecundas, qne se baralham e se confundem·
ser universal, como a. propriedade de stricto
direito,na sua·substancia e modalidades, no seu no grande certamen da troca internacional.
aspecto :physiologico e morphologico; segundo E assim como o esforço de lodas as nações r.i-
a terminologia das sciencias naturaes,que aqui vilisadas é hoje uniCormisar essa legislação,
podemos adaptar. assim tambem;em relação aos privilegias indus·
Assim q11e, coneede-se ao inventor o direito triaes, runa lei que não se inspire, que não se_
de propriedade durante um certo tempo, e fica penetre desses elevados intuitos,· que não vise,
elle obrigado á ~evoh~ção ~o invento ~o_fo.nd.o esse ideal, ficará aquem.da eivilisação do ·tempo
commum do patr1moruo soCial, do dom1lliO r.mt- e poderã converter-se em um embaraço; em um.
C~ara dOS Oepl.tados- lm~eSSO em 27/01/2015 16 03 - Página 31 de 47
~--~~.
-29-
I
SendQ o cen~ro do sys\ema qne se tem de depois do qual decidirá o publico gue é o unico
organizar sobre as patentes da invenção, é ne..: juiz;, assim. como é o unieo contrádtctor. O ex-
'=cesSãrio~fixa~" '.b_el?--:::s,idéae,, estahel':lce~"()lara:,. "-ªm~~_!evJ_Q__Jlrecisl!r,ia, d~Linstituir umajudica-
mente os prmci~19s,~ ass~ntar ~as~s segur3s, tura conjecturãl~-com ·pe.sa-dã'ilisponsaliiiidifci~~
sem ~ntar- conc.lltaçoes tmposstvelS, que per· moral para o governo, que afinal-de contas pelo
turllanam 51 :JppltCllcão _proveitosa da lei. Pois acto de outorga da patente garantia a invenção,
bem, a ultrma conclusao a que se chegou, foi o que podia lançar o veu de nma :;mnistia peri-
q~e não se devia adaptar em todo o seu rigo:r a ~osa, a favor dos falsos inventores, e contra os
Ie1 -de 184-q,, que repete o principio da lei de interesses legítimos da industria e do ·com-
!79!; -continuando a condemnação do exam~ _. meroio. -
previo, na sua plenitude, em seus ~onsectarios ·o ·exame ·previo ' tta-z--co~i&-a-
geraes. confusão das competencias administrativa e ju-
Em fac6 das normas directoras de:;ta relacão diciaria, e, envolvendo o governo em responsa-
j_m:idica ~ d~s relações analogas o e~ame previo bllidades que elle não p~de absolutamente sup-
e madmtsstvel, qualqutr que seJa o aspecto portar, acarMa além dzsso os mais graves in-
por que o encarem. Resumindo as amplas e convenientes, os mais sérios obgtaculos á Jiber-
brilhantes considerações produzidas por occasião- dade à o trabalho, principio gerador de todos os
da celebre discussão . da lei de !8~~ no par la· progressos da ordem social.
meuto francez, eu direi que, sendo preciso O exame previ.o .produz ns mais graves com-
animar o pensamento industrial nas suas ori- pllcnções, e nenhum dos argumentos que no
gens, amparal-o e protegei-o quando elle tempo da discus:-ão da lei de i8" foram habi-l.-
emerge á luz do di:~, fôra absurdo emb:traçal-o, mente desenvolvidos sobretudo por Eude no
enredal-o nos teias de verificações muit:•s vezes conselho dos quinhentos a seu favor, quando
fallazes. Seria suffocal·o no berço. (Apoiados.) ~lle allegou que era necessario que não se mui-
Por outro lado, é certo que nenhum poder tiplicassem as p11tentes de invenção, dando no
julgador bumano.ser-.i capaz de decidir antecí- governo umnarga autoridade para corrigir,
padamente, · com seguran~3, si a invenção que inspeccionar e impedir privilegiO,; tantas vezes
se pretende nova, editada a primeira vez; no .concedidos á inepcia, ou á fraude; nenhum
mundo industrial, já não é conhecida em alguma desses argumentos pó de prevalecer diante da
manufactura, fabrica ou .estabelecimento isolado. incontrastavelrazão de que toda a nossa orga ~
O que a msioriadesconhece póde já ser conhecido nização política e admini~trativa repousa sobre
da minoria: a sciencia singular póde coexistir o systema repressivo em vez do systema pre·
com a ignorancia geraL Tambem ninguem póde ventivo.
determinar a priori o grlu de utilido.de de uma Eu creio, l_}orém , que. excluindo o exame e
invenç1io nas- suas applicações praticas, no seu adrnittindo o aviso previo secreto,o meu substi·
desenvolvimento ulterior, nos seus resultados tutivo resolve em regras superiores todas as di-
experimentaes. (Apoiados.) :fficuldades que sur~em, todas as bypotbeses
Senhores, o exame previo é ainda insnsten.- occurrentes, dando a lei uma amplitude, uma
tavel ante os verdadeiros princípios da orga- largueza de vistas e uma liberdade de movi-
nização social, politica e administrativa, porque mento, que a tornam extremamente adaptavel
elle ~tabeleee o systema preventivo em vez. do ás condições da vida industrial. O aviso previo
systema. re}Jressivo, que é a norma fundamental secreto é um principio conquistado pelos con~
do d.ireito commum, a garantia suprema das gressos e acceito pelos industriaes. AdmiUe as
liberdades individuaes e dos direitos sociaes, opposições, deixando a um tempo salvo o direito
a base do regimen con~titucicmal, a cssencia de renuncia e de rectifieação, como o direito de
das-instituições livres, cujo intuito o mais ele- persistencia no pedido pelo inventor. Dá uma
vado é barmonizar a independencia pessoal do intervenção de conselho e puramente graciosa
cidadão com a acçlio da lei e da autorid:~de. á administração, impedindo ao mesmo tempo as
(Apoiados~) . concessões precipitadas e multiplices. Não 6
E' por isso que se àiz;, que o systema de não censura, mas simples observação, não é um-
exame previa, sabiamente consagrado no pro- veto, mas uma exhortação; não é uma tutela
jecto, não é peculiar ás patentes de invP.nção, impertinente e meticulosa, mas o esc!llrecimento,
_porque é o fundamento de legislação geral para a instrucçiio, a prevenção benefica, como é Ça
1odas as man.iCestáções do pensamenm nas suas esphera do PiJder publico, em detrimento da lt-
differentes fórmas,. nos seus variados aspectos. berdade individual,_ rnantitla em sua integridade.
O exame prevío das invenções prívilegíaveis E' ineontestavel que o exame previo p~de
equivale~ eensura pre-v:ia em relação as pro· dar log~r. aos maio_res abusos, mas se:n _duv1~
dncções li\terarias e, st no estado actaal da alguma a oonvemente que a ~dmm)-Straçao
civiJ!sação e do adiantamento de idéas da or- tenha uma certa infiuencia, .uma c~rw: ac~o
ganização geral predo~in~nle _da pf9priedade suasori~, uma certa fac~dade de advettencla,
litteraria a censa.ra prev~a.tem stdo condemnada para o fim de mostrar ao mventor que lhe pede
com um absurdo e um absolutismo im_possivel, o privilegio o erro em que I:J.bora solicitando
o exame pre'vio tamilero. deve ser oondernnado patente para uma consa que não lem caracter
pelos mesmos motivos. . . . de novid3de! sobre a qua_l Ja "!et:saram. c~m-
Si deve baver toda a liberdade na mamfes- cessões anlenores; contrana as Ie•s~ madmJSslvel
taçã~ dG }lensamento litterario e scientifico, a sob o aspecto moral ou material, como para
pari raliont deve bavel-a na manifestação do expôr-lbe \lS tiscos que elle corre, e a que ficam
pensamento individual. E' a experiencia que .suJéitos :1 industria e o trabalho. ·
ba de ínstaum o verdadeiro e nnieo processo, (Ha-um aparte.}
Cãnara dos oepllados - lmfl"esso em 2710112015 16:03- Página 33 de 47
_ ..30_
---=- 31-
' tenté .dos negocias . parlieulares, 'nn arena tu-, um- eireulo proprio, que. !he :1ra~n..natureza
tnultuosa dos debates da ordem judicial, no jogo. das . eousas, . e só por. -vi:~. de desclassificaéões
=--=-das'mttltip1::s~e: com!}!kada!hrelsç(íes=d_eJ}irei_to_. J.egl!e~ justiticad,as.- 'por altas razões da ordem
privado, nas luetas ardentes dos. pleitos civis?- -publiclf;'põile~tiltrapas~ar:os-"saus=nntrir.~eS<olh·~=''
·Não;·isso é inconstitucional, impolitieo, e póde mites. Em regra sô ba uma justiça, porque só
trazer as mais funestas eonsequencias. ha . um direito, dizem os jurisconsultos, .sem
Ninguem póde pôr em duvida que as ques- que dabi se conclua que o contencioso adm.lnis-
tões desta ordem devem ser decididas de con- tra~ivo, dada a centralização càracteristica dos
tormidade com o lettra da lei, coro a disposição governos que tê'm por typo a organização,fran·
esoripta, com o texto 8XPressD.;.JlàQ · ivel cez11 deixe de .ser legitim.) .em theoria e van-
deixar entregue a administrações variaveis, mo- taJOSO na pra 1ca. ~ · , ·
veis, como são asndministrações publicas,.prin- das garantias individuaes, das liberdades pu-
.cipalmente. dos paizes como o nosso, em que os blicss, dos direito~ da ordem privllda. que o
ministerios tem uma instabilidade desesperadora, contencioSo ahronjn sómente os actos adnunis-
sem normas seguras, sem princípios nxos, sem trativos, que lambem escapam por sua n~tureza
criterios permanentes; não é· possível deixar á jurfsdieção ]udieiaria, cuja invasão na esphera
semelhante ft~culdade" nas mãos do poder adlllí- administrativa .póde trazer perturbações graves
nisttativo. Seria tentar a orgaliização da con· na marcha reg\llar do governo. ·
fusão e .a tixa.ção da inc~r~za. . . . Neste assumpto, o contencioso e o. gr:~eiosG
Eu crto algumas ?Pmwes do notave1s es~n· administrativo estendem-se até o acto da r.onces-
ptores sobre a m~terw, as quaes poem em VlVO são do privilegio ; mas, desde o momento da
relêvo e l)lena evtdencia a verdade da tnese que outorga da patente, attendeudo-se a que pela
estou snstentand?. . . . . noss:J Constituição é um direito de propriedilde,
O qn~ é qne p9d~ per~encer _a coropeten.cla ~o !alleee ao governo toda a compet~ncia para as
contene10so adminrstratrvo 't Sao os actos adnn- ~Ut)Stões que se suscitarem & respelto da sua nul-
nistrativcs; não ha sobre isso duvida alguma. Made ou caducidade. O aeto administrativo da
Mas todos os actos administrativos pertencem á. concessão, que salvos casos espec:iaes, e que
competencia do contencioso 3dJ?linistrat!•9 ? prévejo no meu su.]Jstitutivo, quando sujeito
lies~o ~a França, onde o contenCioso admtnlS· (art. 8.•, paragrapho unico) á jurisdicção admi·
t~ativo _e s~biamente regulado em um. tod~ lo- nístrativa ~das as qu.estões anteriores :i eon-
g1co e~ harmonlco, com um systema perfelto-e cessão ; . o :~cto adm•D.lstrativo que consiste : na
completo... concessão do privilegio, acto que .o governo pra•
OSI\. v ALLADAREs:.....:E o nosso tem sido ereado tica,· por ru>sim di.zer, passiva.mente, limitando-se
aos pedaços. a .r~1strar .o pedido e a verdlear as suas con-
0 SR. THEOooRBTO Souro:-. . . c.om todos os diçoes extrmsecas- ••
elementos uecessarios para a sua constituição e O SB. ULYSSES 'VIA.r\'Nã:-Entlio pãra que o
funccionamento normal; mesmo na Fr11nça, coro aviso previo ~
seu apparelho vasto de cenrralização ·tão bem 0 SR. TtmODORETO Souto:-.••essa faculdade,
comblnauo,com o seu: conselho de estado tão bem.
organizado, com O$ actos administrativos tão que o poder administrativo tem, extin~ue·se,
bemdassificados pelos mais distinctos publicístas acal>ll·se desde o inst11nte em que privites-io é
como pelas leis or!!anicas; mesmo na França é conferido, pois desde então elle entra, por assiill
corrente de plaM que nem todos os actos nclmi· dizer, e.omo faclo consummado. no or~anismo
nistrativ-os- estão sul·eitos á al~>ada do conten- do direito civil, no todo àe relações jurídicas
cioso. \' dos direitos individuaes dos cidadãos brazi-
E' assim que o nosso muito conhecido Cablln- leiros.
1ous, depois de trnt:~r da ma teria, diz o se- O SR. VA.LLADAREs:- Apoiado; fica f:~zendo
guinte: ' Emtim, mesmo nesses limites (actos pnrte do patrimoniado individuo e, portanto, só
adoiinistrati-vos por natureza), a app!ieaçiio e as o poder judiciurio é compelenle para conhecer.
consequencias do acto administrativo escapam ã
jurisdicção administrativa, sobretu.do ~i esse acto O Sn. T~o<JRETO Souro:-Diz Vivien (li):
afTecta o direito dtJ pro;wied<We, D de lzberdaàd i~ • O contencioso administrativo compõe~ se de
dit~idual, ou qualquer outro collocado pelcu leis todas as reclamações fundadas sobre a violllção
soó a ga1·antía 6.r.o dominio exclusivo da juris- das obrigal}ões impostas á administração pelas
dicção judiciaria. • . leis e regulamentos que !1. regem, ou pelos con- ·
Resultam d3hi estes corollarios. Os proprios tratos que subscreve.• E ma~ adiante: •As ~n
a<:tos administrativos, por su1 natureza, não tes\acões levantadas por oecasião de nm direito,
estão sujeitos ao contencioso administrativ-o,- resultante ou das leis que regem & adroínis- ·
na sua totalidade . Os aetas que tocam a esphera ou dos contratos que ella sub$creve, tal
do direito de propriedade, ainda que tenham étl:llcão, o objecto normal e exclusivo do contencioso
emazrado-àe uma origem administrativa, saltam . administrativo·; •
· fóra dos quadros do contencioso da administra·
ção franceza, que aliás tem extraordinaria ex- Decorre ··dahi que o acto administrativo su-
tensão. Ora, a inven~o .é a propriedade, em· jeito ao contencioso deve e013.nar de uma lei ou
bora não tenha a condição .· geral de perpetui • regulamento administrativo. ·. · .
dade. . Decorre ainda · ciue o~. ~ontratós celebrtldos
O contencioso adminis\rativo constitue, pois, com a administr!lÇll<l .entrnm.\ambem na compe-
.UDl direilo anom:~lo, singular, excepcional. Tem tenci:l do ~nlencios.o admimstrativo. ·
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 16:03- Pá gina 3 5 de 47
Decorre fuialmenle que só essas .relsç"ões juri- ·rido pnra o patrim<lnio do cidtaão; 11lo ê pos-
dicas, só essas duas classes · de direitos per- sivel oonrnndir tal eonsa. oom os ~ntrQS actos____
=tenOO!IY~~-do~nten.eie&é~úústrt.tivu:
Ora, nas questões que slll'gem na leia jaàfun· ·-roe::efo~~':r=:=~-~~=;!~:~-·-
ria a respeito da validade e subsistencia de um mesmo Chauveau, a ma~ria do oontencioso a.d-
privilegio industrial, não estão eamprehe_11did~s ministrativ<l, em relação aos privilegios indus·
absolnl:!Rlenle nenhumas destas ealegorras. triaes {e note-se qne elle ·é. jnstamentelrepn-
Quando eu disse, por ~xempl.o, que a pateate tado o tratadista mais oompleto sobre conten·
de iDvenção era uma tr.msacção · equi\ativa cioso. administrativ~, e é ace~do ~~por ·ief
entrc.o.in.v. · ·
· lhe o direito sobre os productos ·de sua intelli- mo o exorbitantes anomalo, mt>Smo oontnlrioá
gencia, não affir~ei e n.ing_uem pó~e affil:ma_r orgauil.ação, aliás tão symetriea e centralizada
que essa •ransa~o equiUlUV3 sigDLtique ]Urt· da França}; estudanoo Chauve.au, a materia do
dicamente o contrato de qne faliam os publieistas contencioso administrativo, em relação a pri'Vi·
para sujeit:d-a á competen<:la administrativa. legios industriaes, resume a sua doutrina nesta
Não entra ahi nenhuma oondição, n~nhu.ma simples conelusão{tê)~
fórina de direito, que possa ser capitulada uma • Não perm.íttindo a lei á administração . a
estipulação e de ctne resulte o laço de obrigato- faculdade do f\'Xame !refere-se ao exame pre-
riedade, que constitue a essencialidllde de um via), o contencioso seria aberto
contra a recusa,
verdadeiro contrato, quaesquer que sejam as da patente. • E' .dahi que eu colhi a doutrina
partes contratantes. Ã concessão de uma patente segura, racional e juridica do paragrapho ll1lÍCO
ê uma autorização, um registro offi<:ial, um do an. 8. • do meu . substitutivo, e creiG que
acto .tlassivo destinado a authe.ntiear um direito, attingi a verdade "e-éiãrei em formula clara,
uma Intervençãodajurisdi.ccão graciosa, si o qui- precisa, · rigorosa , todo o systema que . deve
zerem, do governo, neeessaria á realização de reger esta materia. E' por is~ qu.e eu di:r:ia que
um facto, não dáio ser â cousa (1um dat esse rez), o não exame previo era o ponto · que een-
apenas a formalisa, a regularisa, a legitima traliz:ava toda a organiz~ção dos privilegias in·
ante o publico. O governo não é aqui parte con· duslriaes. E' a chave da abobada do edificio,
trala!lte: é autoridade verificadora e nada mais.
As nnestões de nullidade e de caducidade de Com.ez.~e simples traço Chauveau discrimina
..- todas as ques1ões que se suscitam antes da eon·
privilegios nem estão, pois, comprehendidas na cessão do privilegio e que perten.cem ao gra·
i.~ nem na '!.~ ordem dos factos !J1le natu- cioso, ou ao contencioso. Si, por exemplo, o
raline~~ ~eid~m sob a iuriSdicção cont~nciosa ministrõ recusa uma patente porque não foram
da admm1straçao. . ~~ cumpridas algumas
formalidades iegaes e tndis-
Diz ainda o ill)lStre Chauvenn, que é o mes\re. pe.nsaveis á sua concessão, ou por qualquer
dos mestres em·ma teria de contencioso admi'='~ :..outro fundamento, a parte persiste, e volta oom
nistrativo (lê): ~ sua petição p!etendendo aeh:ll·se em condi·
• OCllraeter dominante e di~ti.nctivo do con· ções legi~ímas para .receber a p~te!lte .;.. _si se
tencioso administrativo oonsjste em que eUe se tr~va. as~m um co~cto en\re o!!Ire.•to prtvado
occup~ das questões entre 0 in.ter~sse especial q~ e '.> dtreito da adnumstração, então s1m, abre:se
emana do interesse geral, discutido, eum direito ahr.reg!J.la~m~n~e, normalmente .a verda~e!ra
privado.. Segundo os escriptores é esse 0 ai- orbr_la JUrlsdrcCJonal do contencioso admuus-
tet"ium r.e.,"lll.ador. o principio director neste trattvo.
assumpto, entendendo que essa formula con· Citarei ainda a opinião de um escriptor wr·
de~s3, synt_betiza todas as regras gue dev~m tuzyez, ex-ministro de estad? e autoridade
gu1ar o legiSlador e.os poderes pubhcos na dis- mutto competente nesta mater1a, o Sr. Lobo
critninação, ni: dürerencia~o tboorica e pratica d'Avila. Diz elle: • Os direitos politleos e civis
das ma terias do contencioso administrativo. estão fóra do alcance d3 administração, e ares·
A tbese é um pouco vaga. porque antes de peito deUes não póde haver em regra. nem
tudo é preciso saber o que é esse interesse es.· grncioso, nem contencioso administrativo. •
pecial que deriva de um interesse geral ; mas E note o iUustre ministro da agricultura que o
ninguem dirá, por mais snbtilezas que se ~ntencioso administra\ivo poi1ugu~ é ii'.Dlãv
intrOduzam na interpretação do direito da pa. gemeo do nosso, sendo as nossas leí& . oonstitu·
tente, que elle póde amolgar-se a esse quadro, cio:taes e organicas vasadas · nos mesmos moi--
dobrar-se a esse molde, aliás largoeextensa, do des. NoleaindaS. Ex. que alei portugueza de
contencioso. · 31 de Dezembro de !852, que rege os pdvile-
E nenhum int.er[lrete teria mais antoridade gios indnstriaes, e é adaptada ao systema geral
para fazer applieação do principio de Chauveau.. das legislações paralellas, não admmiu tal des·
do que elle mesmo, na questão especial dos classificação, deixando o asslliD.pto ájurisdieç'ão
privllegios industriaes, cuja vida tem dous pe- de Mreito commum. .
riodos distinctos, duas phases inteiramente se- Aillda ha pouco dizia eu. que o acto do mi-
paradas,isto é, a anterior e a posterior ã outorga nistro, concedendo Ullla patente, nem sequer
da paten~. · •:: · · póde ser classitieado ·como acto de administração
Segundo as premissas IJ!!e 1en1lo estabelecid<l, !n'8-Ciosa; é simplesmente_um aeto da autori·
não é possível conftiftdil'j'rivilegio fumado por dalle governamenlal, ·que se ·limilaa registrar
uma earta J)atente, e; por eonsequeueia, um di· passivamente um pedido que lhe ·é leito, de--
reito de propriedade, 011, como ~e o nobre pois de euminar as ,suas condições 'extrínsecas,
deputado por Minas, um D()VO elell:lenlo adqui· as formalidades que o devem revestir.
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:03 - Pêgina 36 ae 47
-33-
. Ha sem duvida estabelecido em França.e em inYen~o fosse Ulllil-propriedade (e aqui"repro-
~--.~pelo
~~~~~'qual
~;~~~m~~c~~~d~~d;~~~~c!:!~~~~:- ~-~~~~~~.i~~~~=1~~~rk~~~~:~~É:~f~;____
1
se converte em mater1a gractpsa a todos ·os sens elfe1tos e g-aranhas, .p01s 10do. o-.-
que era contencic,sa, e vice~versa, e se fazetnen- edificio social repousa sobre ó assento de gra- ·
trar na compe1encia administrativa certos di- nito da i)ropriedade. · ·
r ei tos que pareciam dever ser excluídos dei- Póde-se dizer que a concepção de um invento,
la. Mas esse svstema de desclassificações, que uma vez lançada óo fundo commnm das idéas,
tem servido muito para ampliar o contencioso não é mais suseeptivel do gozo exclusivo, pois
&àftl:inis!rative na Franç3, uõs niío o podemo.s ..n ii.o se_póJl~ impedir a a~ropriação pelos livros
adaptar sem muitas cautelas e eoi casos peeu- dos escriptores, pelos JOrnaes, pelas obrt~s dos
liar1ssimos, pó de trnzer grave perigo pan ag li- artistas, por todos o.s orgão~ da i~telligencia e
herdades publicas e flagrante offensa da no'ISa do trabalho geral. Pode-se dtzer que essa pro-
Constitui~ão. . priedade ·não é nma propriedade, porque não
Como disse, e para concluir sobre esta mate- póde ficar inteira nas mãos de um só, e pois
ria, o contencioso administrativo é hoje o voto sem a garantia temporada· da sociedade, que
de todos, deve ser restringido em vez de am· apenas atlende aos seus effeitos, e não á sua
pliado, ou seja porque se considere a justiça essencia. Pôde-se dizer o que quizer; nós temos
como uma só, ou seja porque se considere o em frente um principio fundamental da Con-
contencioso administrativo como um desmem- stituição. A invenção é uma propriedade, é um
bramento do poder judiciario, ou seja porque se direito privado, civil, inconcusso e sagrado .
o ·considere como um instrumento de compres· E, pois, como poderíeis confiar a sua defeza sn-
são, ou mais um orgão da enorme centralização prema :i justiça administrativa, á autoridade
que su.ffoca a liberdade individual, e·como uma mcerta dos ministros~ (Apoiados.) ..
abherraoão dos principias esseRciaes do self lJOV· Passarei a ·outra questão. Eu vou rllpidamente
crnmmt. Em um:1 organi:z:a!(ão como a nossn tratundo destes assurnptos, mas promettendo
fõra toronr o ministro, além de supremo dis~ voltar a elles, si porventura valer a pena ; por-
pensador das patentes, o juiz de todos os casos que já declarai qu.e. apresentava o meu projecto
de nullidade e caducidade dos direitos de in· sómente no intuito de dar. mais um docUIÍlento
ventor; fôra pôr nas mãos da DdministraçãQ de adhesão ao honrado ministro da agricultura.
uma arma perigosa, e fazer-lhe mesmo um Trata,se de ruateria de transcendente importan-
presente grego, lançando-~ no caminho do cin, que deve ser largamente meditada e deba-..
arbítrio e de mil difliculdailes praticas. tid:t ; ma teria que, pam ~er regulada em França,
SenhQres, não esque~amos, e é por isso que eu precisou de cerca de 20 annos, depois de deba-
discuti a questão. in limine; não esqueçamos tes "longos e brilhantes, e de relatorios muito
que entre nó~ o direito do inventor é - um di· extensos em ambas as casa~ do parlamento ;
reito de propriedade, e, pois, uma das bases da~ depois de terem sido consultadas as Cilmllras de
nossa organização civil. Elle tem pela nossa commercio e autoridades collectivas e sinçula-
constituição um cunho de inalienabilidade, que res as mais competentes sobre as complexas
atacai-o seria, como se disse no debate da f4· questões industriaes, juridi~s que ella envolve. ·
mosa lei franeeza de fi9l, at3car os direitos do Eu apresento as minhas idéas, submetto-as :10
homem em sua essencia. Dizia-se então que o honrado ministro, e estou prompto a entrar em
trabalho era o titulo mais legitimo, mais natu- accõrdo naquillo em que me pareça possível
ral, mnis incontestavel da propriedade, e que chegar a lllle. .
as invenções industriaes eram o producto ma- Acho ainda incompleto o projecto do bonrndo
gnillco das altas faculdades hum:mas. ministro na classillcaçlio das patentes. Ahi só se
E' verdadê que essa propriedade não é per· reconhecem em rigor Ires especies de patentes:
petua, que parece ter uma existen.eia precaria a potente de invenção, ou nova descoberta; a
e sujeita e multiplices caus:Js de decadencia. pntente de aperfeiçoamento; e a patente de im·
E' verdade que-se póde dizer que o pensamento port~ção. O projecto é incl?_mpleto, não compre·
não é propriedade do que o concebeu; que hendendo de um modo claro, em ordem logic:i,
uma vez editado, e lançado nas regiões objecti· as patentes de invenção, de aperfeiçoamento, os
vas, por isso mesmo que não póde ser apprehen- certifi~ados de reducção e complemento, as pa-
dido como a materia, torna-se o direito de todos. tente$ provisorias de ensaio~ caveat, e as patentes
Póde·se dizer que para elle trabalhou a menta· de exposição. .
lidade das gerações successivas, e pois que não O projecto devia ter formulado em relação a
é obra de um só homem; que o sGu· germen., o cada uma dessas patentes o principio fundomen·
nucleo donde elle evolveu estava na sociedade, tal. do nrt. :1.0 : devia tirar todas as eonseqnencias .
apezar de que a sciencia tambem reconhece da these constitucional; estabelecer uma riorma
uma evolução po1· saltos, e.em consequeociasó que abrangesse todas as fórm~s typicas, todas
por consentimento da sociedade, por nma trans- as capitalidades do privilegio industrial ;-fixar o
acção ·entre os princípios e os interesses, o in- caracter jnridíco especifico de patente .principal, ·
ventor é investido no direito de -um gozo ex- . de aceessoria 'e de provisoria .. Além disso Q .pro- ·
clusivo temporario, reservando-se 1a sociedade jecto nãõ generalisa de um modo claro e seguro
um gozo differido perpetuo. o caracteristico da indnstrialidade : e .da com-
Póde-se dizer tudo isso, e ainda _mais com os· mercialidade da invenção~ criterium · essencial
anmgonistas do projecto da lei france.Za de i84A, . para que .ella. possa . ser privHeg1adn, . e parece ·
monumento de sabedoria legislativa, que ba de .. ten tar uma· di;tincção e classificação de indus- ..
atravessar as idades : pôde-se dizer·que, ·si a · trias, qne é extremamente· diffieil na theoria e··-
A. ~
Cãnara dos oepllados - lmfl"esso em 2710112015 16:03- Página 37 de 47
na pratica. No· meu sul:Jstitutivo, elaborado em l Qunsi sempre os inventores lançam n!> s~io
.J1~~~~~~s-~~s~;,~g~s;~~~m~~~=[~i:p~~dc~~t~-· -f~;~~~~io~~o~~;~l~:;~;:c~~~~~-!J~!f!~~=
segundo a recolheram Dalloz, Ht:ard, Rendu, consagrar pela autoridade, sem que estejam
Malapert e outros eu creio ter sn!Jstanciado todo ellas revestidas de todos os caracteres de uti-
o systema de regras sobre o assumpto, que, !idade e efficacia que aliás só com a rude prova
reptto, é um dos mais difficeis, eomplic!!dos e da experiencia, filha do tempo, podem ser ad-
vastos gue t~m vindo 3 discussão dest<l camara. quiridos. .
S. Ex:., disse eu, não assentou solidamente, Ha, porém, ums categoria que o nobre. IDl·
·-não-oc-cent*a--'\'iT& e elletgie~me.t ,· · · · · • e-m:r-seu-pro,mo;-
da propriedade relativamente ás patentes pro- e que penso não poderá deixnr de ser tomada
visorias o accessorias, como o havia Celta re- em consideração ; é a categorlt~ das patentes de
}ativamente ás pntentes prineipa.es de invençf.o; ex.posiçlio. Ess:>s patente!i'. no e.stado ~ctual da
niio quiz deduzir todos os consect3rios que vida internacional e geral das tndusLrlas, ante
dominam a maHlria, e, por conseqnencia, esta- o pasmoso mO\rimento das· idé~s que tendem a
tuir que. niio só as pntentes de invenção, como aproximt~r as nações e os seus membros, em pre-
os certificndos de com1Jlemeuto e rcdacção ;; ~ra ~ençn da conc.urrenci01 que a \lCOnomia, o com-
o fim de :~perfeieoamento, como ns pate:c.Les de mercio, as arles abrem por toda a partr., como
exposiçl\o, como as patentes provisori~s ou ca- se tem verific:~do nesses grandes congressos .da
1Jêats têm marca certa , indelevel , indestru- iut.lustria ·que quasi touos os ·annos se reunem
ctivel do direito real. E' isto o qae ou llz no nos princip3es estados civilisados ; essas pa-
meu substitutivo dizendo nos art. :L • c ;J.o (Lé.) tentes sno uma instituição necessuria no meca-
Essas disposições são capitaes; formam por nismo de legislação induslrhl.
assim dizer o substrG.dum da lei ; são as these;; Assim, antes de se abrir a exposi\.ão de !873
csrdeses de onde decorre todo o org-anismo da em Vienna d'Austria, foi voLnda em i872 uma
legislação sobre privilegias industriaes . lei (de i2 de Novembro de !872) para gara ntia
A !e: resulta de um processo scientifico, deve dos inventores que porventura quizessem levar
classificar tanto quanto fôr possível as patentes, as suas invenções àquella ext>osi1; ão; antes de
imprimir ·em csd;1 u:na o seu cnnhn r.speci:tl, nhr!r a ~ua exro~i~.ão ile 4866. a França fez uma
Jaz.er com quo ellns sejam rt!COnheeid:~ ~ ú pri- :ei (de 23 dt! t.liliu de W~S) que t:ml l>crn :>abia-
meira vista, para que na pratk-a n<"•o ofi'cre•:arn mente g~t rmtiu. os iuventores contra as co:a<ra-
difficuldadl's insuperuveis 3S questões que sur- facções.
· sirem a respeito de qualquer uma deHas. Foi Ora, as exposições officines ou oillcialmenle
por isso que eu classifiquei as patentes em p1in- autorizadas, quer sejam internacionaes, quer
cipo.es, accesscr.ias e pro'!Jisorias. sejam n:Jcionaes, provincial•s ou municipoes, se
· ~:lo encontrei disposição analoga nas le!!isla- não or:;tmizarem uma protecçno regular, uma
çõcs que examinei sobre esta retação jurídica ; tutela effecth•a para impedir ~ coatrafacção,
não segui o exemplo de outras leis, e acbo ex- tanto mais facil, quanto um concurso livre traz
~ellente este methodo, por~ue púr tal. modo .se :l maJor pu!ll!cidade. e torna_p ossiv~l a:.repro-
mtroduz desde logo na hngungem mdustr1::l ducçao do ob)eeto exposto, nao reahzarao 5eus
mna nomenclatura facil, clara, rapidamente .fins.
assimilavel e traduzindo idéas de direito, cujo O honrado ministro, no § 2.• do sen projecto,
conhecimento é muita util aos iuvenl<lros. parece, como disse, ter procurado fazer uma
Consid<lrei principaes as de inven\~ão e aper- classificação de industrias, quando dis põe : L&).
feiçosmento; accessorias os ~imples certificados Nüo conheço oper~ção mais ardua. Nem João
'<le ttlducção e complemento, provisorias as que Baptista Sa.y, nem Duuoyer, que. cl:~ssifi c:~.m
são dadas p·:~ra as exposições e para os en- as industrias se~undo a natureza dos trab:J!bos,
s:>.ios. nem SLwart lfill, nem modernissimarucnte
Poderia tratar minuciosDmente de cada uma Cawés, que as ebsslfica segundo. o encadêa-
dessas <:ategorio.s, e d~r as ra1.ões por que u.d- mento dos nttos da producção, nenhum econo-
mitto todas as fórm~s de garantia da lnven- mista conseguiu ainda realizar uma classilkação
ção; poderia demonstrar que tod~s cli3S são completa. Era melhor, portanto, que o projecto
destinadas a tornar o mais effectiva possivel a se limitasse a uma proposição lala, a uma these
prolecção que devemos dar á propriedade e ao umplissima que comprehcndesse to<las as roani·
lrabalho industrial ; poderia provar .que, por 1estaçi)es da activi<lade industrial. t:' o que
exemplo, os cer<ificados de reducção e comple- fixo no substitutivo;
mento suo condições indispensaveis para que o Sem duvida alguma de todo o projecto re-
invê~tor tenha a liberdade de correeçiio dos de- sul ta que o honrado ministro admitte patentes
feitos ·que porvent11ra apresente a sua invenção. de invenção para todos os ramos de indostria.
Raras vezes os invent<lres deixam que a evo- Seria muito difficil fazer nma enumeração
lução do seu pensamento chegue aos derradeiros das especies todas, um quadro exacto em ordem
termos; precipitam a manifestaÇão de suas con- seriaria, como S.. Ex. meibor do que eu sabe,
cepções, ~ra mais depressa abrigarem-se á tanto que os mais abalisados economistas a
s~mbra d:~ lei, com receio de serem snrpren- Lêm tentado debalde, perdendo-se no meio dà
d1dos ou antecipados ~.por outros inventores confusão immensa. que se observa no tropel das
reaes ou especul:tdores de ofiicio, os plagiarios, .fórmas variadas e opulentas dos actos de .pro-
os ~ngãos, que se contam por milhares em todos ducção. Nenhum:J das cl~ssifieações até hoje
OH:ampos da activ.idade industr~al, onde se tra-va consignadas nos · livros da 'sciencia ~tis raz o
sempre uma terrivel batalha d:e precedencias. cspirito desde qu~ se as estudam com cuidado.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 16:03+ Pág ina 38 de 47
-:35-
Por isso é que ~cho mnis conveniente alórma que julgadas por tres arbitras ; dous nomeados
""-odei, f f. rm ~osyntb,~j!ca,~@~!·~qu~--1] f.t ~C!U<@~~-~!LPe!a~ .~~.rt.:s c um desem pa t::t dor, escnlhido pelo
espheras de de~envolv1mento dn aetrVIaaae- -Julz- uu·teho.-;-=~o~=-..,_~==-~=,=~- ~--== -·,=-~-~_,;-
lmmann. · S. Ex:. podo elevar esse numero a 5 ou 7,
O Sr. ministro não nreeisava de individuar a póde mesmo crear um pequeno jurv, idéa qn8
industrla mnnufacturêira e a agricola, bastava- aliás foi sabiament!l inserta em um projecto de
lbe enfeixar em uma summa, em uma these propriedade !itteraria que o illustre José de
maxima todns as ramificações índustriaes, por- Alencar tlpresentou ao parlamento, mas que não
quo do eelltfnia psàgr-se-l1a sn~peitar gue a teve ilndamento até hoje.
lei não quiz abr:mgel-as _to~as no seu.texto. . o SR. VALLADARES: no re mmrs ro, c
_Dc~de qu~ o nob!e min1st~o accsltar os_P:l- liberal, o que não póde é constituir o govern~>
v!leg10s d~ mvençao, os cerutlcados d~ ~n~aw, como supremo arbitro.
de reducçao e complemento, de expos1çao e ns .
paton!es de importação como entipndes distin- O SR. FELICro _nos SANtos:- Eu tenho ma1s
ct~!S, ás qunes eu dou toda a amplitude reves- medo dos ruag1~tr_ados do q_ue d? líoverno. O
tindo·:1s das formalidades Iegnes para que sejam governo tem opmrão. sob.re s~; ?S JUizes. a~pel
p!cnamente ganmtida~ ; desde que o.nobre mi- Iam para a sua consctencia, sao JU:lccesslveis.
nístro ncceitnr commigo todas es!fiS forma_s, terá O SR. VALLAnAREs:--:--Estlio sujeitos a respon·
meil10r~do con~ide!·avelmente o seu projecto e s3bilidnde; irresponsavel só é o imperador.
c~lab\llecido todas us sefjuraw;as, tcd_o.s_ as_ nor· O Sn. TnEooonETo Smrro:-Resumindo sobr~
~ns t~!clares da propnedade dos prmleg-ws de este assumpto, nós temos os seguintes systemas
mvençues_. ,. . , sobre a judicatura das questões indastriaes :. os
P:~~sann u outr~ qucstuo >ma~ ant.~s devo d~r jnizes de p<~z, as jurisdicções cspeci~es, ou syn-
uma brer:e res~osta _ao nobre depll;t~do por Ml- dicatos , os juizes inomoviveis estranhos vo
nas, me,u lll u_Stle.amigo, 0. Sr. Fel!cto~dos ~an- commercio e á indu~tria, tlnte os quaes os pri-
tos, 9~t: me mtel r?~peu com UI_!l ~par.e qll; nào vilegi~dos podcrilo (lo pleno direito fazer-se
eu qu:w que ~ ?emsuo ~as questoes de nulllqaoe repres~ntar por agentes ue p~tente3, revestidos
e c~ ~aductd<~d_e ~eym_ pertencer exclusiva- de caracter ollieial, e a judic~tura de direito
menw dO poile~ JpudJCJarlD~ ~ • _ commum, segurn, ceg.n, -t~ion~l, .regular
Ha, S_r. presJd,nte ( e nao deve pass~r des e ·amplamente garanlidora. O contencioso ad-
aperc~brd~ est3 face do debate), ha :Obre esta ministrador, esse nlio, mil vezes nlio: é incou-
m~~erw dmlrsos sysleJ?las qu~ se apresent3ram stitucional e impossivel em questües de direito
me~mo nos congressos m~ustnaes. ~~ _ privado. (Apoiados.) . · · ,
_Na Frani(ll, .a~tes da let ~~ i84,4, e, ~a: que~ Passo agora, Sr. pres1dente, 11 tratar de um
toes eram Uccidld~s pelos_JUl~es de paz . depois dos ·capitulas mais importantes do pro_jecto, mas
recon~cc~u~se. a msu.tnmencta desse ramo do a respeito do qual direi pouco, aguardando-me
poder JUdl~lano p_:~ra JUlgar: taes assumptos. No para outra occnsião em que volte ao debate.
congres~o 1 Il~ust_nal ~e Panz entendetl·se. que O 11onrado ministro diz no seu projecto, defi-
asque~tu_es r_elattvn? a nulllda d~ .e caduwlade nindo o que seja descoberta ou invencão ..
dos prLVIlegLO~ de-v1am ser decididas por syn· _ . . -_·
dicatos industriaes, isto é, por corporações ou • Sao considerados descober~n op. mvençao os
tribunncs compostos de juizes de fact(), peritos novos ele~entos, ou nova app!1caçao de e1emen-
ou e~pllrtos. As legislações em p:eral, como a da tos conhec1dos.• (§ i. 0 do a.rt. :1..0 )
França, dn Allemanha, da Itaiia que possue Senhores, não é prec~o grande esforço para
umn lei muito completa, como a da Belgica que reconhecer-se que o projecto é defectivo nesta
é dn melhores, como a da Austria, como as relação capital. E' defectivo porque não inclue
ameri(~a.nas, attribuem ao poder judiciario a com- os novos pro duetos, e porque a pa!avra-ele-
petencia jurisdiccional para o julgamento de mentos-ê extremamente vaga em um tex:1o le-
taes pleitos, mas estabelecem a col!dição do gislativo. Significam os princípios materir.es, ou.
exame por peritos in limine ou antes de sen- os princípios dynamicos que constituem o uni-
tenca, e isso em todos os litigios affectos aos verso? Significam caus3s ou effeitos? Signifi-
juizos e tribunaes. · cam as forças derramadas na natureza, no seu
E' por isso que eu consagrei positivamente, estado primnrio, na su11 pbase inicial antes das
no artirro em que tratei da fórma do processo manifestações phenomenaes'i' Significamos agen-
de nutlidade e caducidade dos privilegias, a tes physicos, as forças natura e$? Mas si elles ~e
neces;;idade de não se }Jrorerir aecisão final tomam como productos, abr3ngeriam os pro~
sobre questões desta ordem sem a vistoria, sem duetos naturaes, que niio são pdvílegiaveis. Si
o exame por peritos ou arbitras, para o qual se confundem elementos com meios de pro.
aliás se acham reunidos em nossas leis de pro-. ducção, a expres>ão tem uma excessiva gene-
cesso commercial ou civil os meios adequados, ralidade, é puramente scientifica, não tem um
e prescriptos os ·tramites regulares. Todos os cunho pratico.
direitos da defeza .fieam assegurados e prole- O prujecto é ainda incompleto, :porque devia
gidos. enumerar os casos mais communs para depois
Póde, e é uma idéa que avento aqui, da qual estnbeleeer um principio geraL O proéesso do
o nobre ministro tirará proveito na confecção legislador deve ser uma analyse, uma synthese
do regulamento qne tiv.er de ex:pedir; póde e uma systematisação. O primeiro-só-prOdu-.
. S. Ex. estabelecer um maior numero de ar- iiria a easuistiea; o segundo-só-produzilja a
bitros para julgamento das questões industriaes. abstracção innne; o terceiro -só- seria impas~
Em regra, as ques\l:ies commerc:iaes e civis são sivel. O nobre ministro devia examinar njuris-
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16:03- Página 39 de 47
prudencia dos tribun.aes, formar grupos de ares- Luma unidnde superior, como falia Savigny, as
__j~~,J~-~~a_!_r~gg~geraes,.~.,Ior,!Il]Jª-_pf:incipios., . oitrerentes~decisõe~,_,proferidascpelo.s=tr i!Jnn::es .:=
~ihreêtores. · ~ Ha, por consegumte, enormes dliliculdades a
O projecto é ainda incompleto, porque não superar em ordem a estabelecer principies ri-
conlemplou
. as invenções cujos detalhes eram gorosos, e ctiteria dirigentes sobre a ma-
. ignorados, nem os processos e methodos per- 1 teria. .
didos ha mais de 20 annos; porque niío distin- lllas o nobre ministro omittiú :lS palavras-
guia os productos e resultados, e a sue privi- producto industrial . -Porque ? E' formula
legiabilidade; porque não pro'l'ê sobre a sub- que encontra-se na legislação franceza, tem
--stiturção·;··ou mudança da materia e da fôrma, sido adoptada em todas as legislações, menos
porque não cogita do transporte de orgãos, tão questões origina, e Jlraticumente tem sido ob-
commum nos trabalhos industriaes . jecto de mais coherentes e uniformes decisões
Eis, em synthese, os motivos de insufficiencia dos juizes er~ribu~aes. yorque. n~o ~ou dessas
do projecto, qne desenvolverei a vôo· de · pas- palavras ? Nao ve~o razao. suffictente, entretanto
saro pois está muito adiantada a hor~. a bnse-J?roduc~o mdustnal- reune e CO_!llpre-
' . _ hende a mvençao e a descoberta, a creaçao e·a
Procure~ e!ll to~as as legislações uma fo~- app!icação de meios,e ha de ser na vida ordinaria
mula, ~enao Jd~nttc~. s_~melha~te, ou approxt- da industria objecto de pedidos frequentes, rei-
mac!a a do p~oJe~to. Nao ache1 ; a f~rmula do terados de privilegio.
proJec;o é mte1rament~ nova. Nao a en- Acho que o nobre ministro não podia, não de-
contr~t em nenhum~ let.:. om nenhum tmtof, viu olvidar os productos industriaes. .
espect~lmente na leg1slaçao f~ance:w e suas~~ - o llonrallo mi11istro usou da palavra-ele-
~ll:lres, que me p~recem ter s1do_o modelo pr.rn- mentos-. Em primeiro lugar, a palavra-ele-
Cipal sobre q~e f~1 cal~do o proJeeto. Eu d1go meu tos- que não encontro nas legislações tem
no meu subslltuttvo (Le.) significução multipla e incerta nas regiões da
Eis o que siío, e devem ser considerados in- sciencia e d:lf;lratica, e póde abrir esp3çO a in-
venções, novns descobertas. Cumpre·me de- findos erros JUdiciarios, a uma eterna lide.Ora
clarar que empreguei supremo esforço para se consideram os elementos como forças prima-
reunir em certns formulas bastante conden- rias e não como meios, e ora se os consideram
sadas tudo o quc podia constHuir a inven(ião . como meios e não como forças primarias. Ha
Eu mesmo estou convencido que não consegui. intelligencias diametralmente oppostas, e entre
O caso me parece extremamente ditlicil, mt~s os dous polos ha infinitas opiniões.
não superi~r ás nossas forças intellectuoes, e Inv.~dlndo um pouco ~ seára all~eia, e_ pedindo
eu mesmo reconheço- que· o· meu art. ·9:• deve perm•ssao ao honrado deputado por Mmas e ao
conter muitos defeitos. Assim digo eu (Lê.) Sr; ministro (t:lit•(qe-se aD~ s:s. Felicio_ do~ Santos
O nobre ministro não fallon dos productos in- e Bua1·que de ~1áce~) dtrei que hoJe e d?gma
dustl'iaes. Na legislação fr:mceza ba uma trilogia corre~ te. J?.a scienel~, que lia uma quantidade
muito conhecida- são prodnctos industriaes, no- ~e prmc1p1o n~tuL!II_, Im~utav_el,como uma q~an
vos meios e npplicacão de meios 1-á conhecidos ttdad~ de prtnc1p~o ~ynam1co, q11e. reuntdos
· . · constituem a macbma 1mmensa do uruverso.
O Sa. FELICIODOs SANTOs:-Para obtenção de Dahi resulta a tlleoria dynamica que prevalece
um resultado. hoje nos domínios das sciencias n.\turaes,na qual
O Sa. TrmononEro Somo:- Tem sido ~ssim en- assenta a hypothese grandiosa da correlação e
tendido pelos mestres; e o muito distincto depu- unidade das forcas physieas, sendo, todos os
tado por Pernambueo, o Sr. Ulysses Vi:mn<:~. phenomenos da natureza, em ultima ~nalyse,
meu nobre ~m igo, que tem estudado perfeita~ transformações do movimento. Para aDrender
mente a materit-, e que com S::!U tnleuto e illus- isso basta ler qualquer compendio de pn}'Sica ;
tração superiores póde muito illumlnaro debate, entretanto,eu,para melhor conhecer o assumpto,
. sabe que todos os tratadistas acceitam essa trilo- recorri a um livrinbo excellente que recom-
gia da legislação fraoce1.a de", quo satisfaz, no me11do aos nobres deputados que se entregam
terreno d~s 1déos, os intuitos do legislador, a estes estudos, Balfour Stewart- Conservacão
como os mteresses da iodustria as re"ras do da enet·gia. Dahi ainda resulta que a palavra
direito e as concepções da sciencia. · " • elementos •, que aliás tem um caracter e valor
.
o s u ~- muito scientificos, não _póde ~ntrar nos textos
R. LYSSEs >'!ANNA: -E satisfaz ila pra- legislativos, sem correctivos, sem qnaliflcativos·
tJca. · que lhe precisem o alcance, que lhe apaguem a
O SR. TBEononEro Souro:- Veremos, estu- côr alJstraeta e vaga, inadmissível na linguagem
d~ndo não só os tratadistas francezes como espe- do direito.
i;Ialmente· aquelles qu·e hão recolhido e or<>ani- ·
zado a theoria déslarestos sobre a materia e, for- O Sa. Fm.rc1o Dos SANTos :- Apoiado : já fiz
mado' o quadro das Iegislações, ·como 'Dalloz, esta objecção no nobre ministro. ·
:Ba:;rault s outros; veremos a grande quantid:t- O SR. TBEODOREIO Souro:-o que o nobrenii-
de, a vas~ moi~ deq~1estões que se tem levantado nistro considera elementos novos 't As forças da
sob,re a mtelltgenc1a a dar :i formula novos natureza, os }lroduetos naturacs ~ As forças da
meios de producçiio e aiJplicaçíío dos meios já na~ureza não l>Odem ser objecto do patente de
conhe~id9s pa~a çreaçâo de um resultado ou pro- invenção, dizem-no todos. Os produetos natu-
d~cto mdustrtal: Veremos que a jurispruden- r:Jes, corre dtl plano na juri~prudencia, não
CHl franceza tem variado muito e é summa- podem ser objecto de privilegio senão.emquanto
mente difli.cil compendiar e reSÔiver no seio de são empregados na industria. ·
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E' o que en deixei bem claro no meu snbsti- 1 • i.• A invenção de novos productos indus- ·
c-t~~VO; ,q\landO .diSS~~0_c Ã,rt;)~,_§J_,o__ÇlS -~ri~- I triaes;
ClpiOs, e\e., salvo st se tratar aa· sn·a-apphoaçao.. ·''""•~;•, um. processe .o.u. me!.hodo,Do.v.o.de,.tn:.odue,"
nova para a producção de um resultado imme- ção ou fabricação ; . • · · -··
diato industrial ... § 5.•: Os productos na tu- «3.• Um instrumento, machina, utensilio, me-
:raes, salvo a sua utilisação em a.m objecto in- caoümo, ou orgão mecanico novo de qualquer
dustrial. • As creações, qne caraeterisam as .in- especie ; ..
venções ; as combinações, que caracterisam as • -i.• As invenções cujos deLalhes indispensa-
descobertas, podem realmente ser de elementos Yeis á su'a execução eram ignorados;
industriaes; mas o projecto diz simplesmente, • 5. • Um processo ou methodo perdido ha
unicamente, abstractamente: • os ?!01JO$ ele- moü de vinte annos; · · ·· · · ·
mentos. ~ E o que são esses novos elementos? • 6. o Em geral a invenção de novos meios,
Qual o criterio jurídico, .legal, positivo, pra· agentes, org~os, proc6Ssos ou methodos, ou a
tico para desentranhal~.os do seio da natureza, applicação nova de meios, agentes, orgãos, pro-
das operações da industria, da íntellígencia e do cessos ou methodos já conhecidos para produ c-
trabalho, para d•r-lbes um sigoificado na con- ção de um resultado, ou de um produeto indus-
cessão de um privilegio 't · trial. •
Serão as moleculas dos corpos, os princípios Creio que assim tenho compendiado todas as
elementares que , o honrado ministro sabe hypotheses principaes, e ás quaes se póde filiar
chamam-se corpos simpl es,que hoje se elevam no a vnriedade infinita dos casos occurrentes.
11umero, creio en, de 66 ~ O que é que vai,pois, Creio ter abrangido todas as fórmas ,por que
~raduzir nn · vida juridica esta formula- ele- se póde r evelar o genio industríal,em que se póde
mentos- 't Não póde significar senão meios, e, concretisar opensamento do inventor de maneira
pois, o nobre ministro exclue os produciOs, a tornai-o merecedor de um privilegio .
e ~uitas outras cousas que podem ser privi-· o SR. Fm.rcro ·Dos SANTOS: -Eu acho qne
IegAtadahs. _ d _ é sacrifica abi um pouco a synthese e a analyse.
p rase - ·creaçao e e1ementas- nao .
acceitavel em rigor scientifico, nem deve O SR. T!!E~DORETO _SouTo : -:-O proJ ect~ do
t ambem entrar no texto da lei, que não se póde hon~do mmtstro devm tratar amda das segumtes
apartar dos principias da sciencia. espec1es, de que trato nos arts. :1.0, H, :1.2 e :1.3
Ha uma lei de harmonia nos conhecimenlos (lê) : -
bumanos. • Art. f.O. O novo produc!o industrial é
Si o bonradoministro quer,. dar.á palavra~ privilegiava! por si mesm~, e seu autor pôde
.elementos - uma tal elasticidade que ella obter patente para os metos empregados. ou
abranja n1ío ~ó os produe1os industriaes, como para o fim alcançado. _ . . _· ·
!Odos o~ mezos, novos ou velhos, de producç~o • ~t. H. O resultado_ nao é. p_rzv!legmvel
. mdustnal, . usa . d.e uma Jl!f!llinologia que nao por SI m~smo, e o aut.o·r· so tem dne1to a ~alente
· eslá consagrada em nenhum eodigo: · · . ····--· -·para os -meios. que empre~o!l, ~endo livre a
. O \)rocesso que segue a intelligencia quando qu~lq~er pessoa alcança~ pr t":llegto pa~a outros
elabora. uma lei deve em primeiro lugar ser meios, que cond~zam a_:~denttco resultado.
uma enumeração, uma resenha de especies, .' Art. i2. ~ mvençao o~ f!O!a descoberta
uma observação das realidades, e depois a SJ'D.· ~ode ter _por obJecto. a subst~tutÇao ou mudança
tbese, a generalisação por via de nbstracção, a matena ou da forma, .s1 a~uella, embora
a assimilação pelas affinidades a reunião pelas composta de. ele:m~ntos chim_lco~ analogos, tem
áilalo.,.ias ' propriedade:. dtstmctas, e st e~ta serve para
"' · um resultado novo.
E' o que procurei fazer dizendo (Lê.) • Art. !3. o transporte puro e simples de mn
InvençãQ sio. os novos elementos, escre- orgão, ou de um agente de uma industria para
veu o autor do projecto. Mas, senhor es, tOdo outra não constitue invenção ou nova desco-
o corpo é composto de forças indivisíveis e llerta. •
juxta-postas, e elemento, substancia elementar E' assim que, senhores, êu julgava ter con-
ou simples é aquella de que a o.nalyse chi- sagrado em theses claras, . incontestaveis, faceis
mica só extrahe nma especie de materia. Os na applicação, toda a theoria que reroJhi de
atomos formam a molecula e as m.oleculas centenas de arestos da jurisprudencia franrce1.a.
formam os corpos. Quaes são agora os ele-
mentos d~ que falia 0 projecto' Eis 0 pro- ·Foi uma questão g rave e ardna de-
blem~, CUJa solução. 0 nobre ministro deixa batida largamente nos tribunaes da França, a
ao seu contencioso administrativo • a , mais respeito da privilegiabilidade do resultado in-
ano.mala e vacillante J-udicatura que existe no dustrial, e hoje é uma verdade adquirida na
pau. . pratica do dlreilo.
Devo repetir ao hon·rado ministro : a propria Senhores, esta lei deve conter·uma parte re-
I · 1 ~ fr
. egls aça0 anceza es.a sen
t • d
°
· -d d gulamentar, dizia-o Banhelemy no seu m3gni-
corngr 8 to os fico relaiOrio sobre o pro]·ecto de patentes de
os dias por uma jurisprudencia. com razão re-
putada uma das mais sabias do mundo. Della invenção. convertido na ·lei de i sg,q, : as theses
}lrincillalm.ente eu coibi as minhas tbeses exa- do projecto do honrado ministro uão admittem
· r::tdas nestes §§ do art. 9.• do substitutiv-o ; todos os desenvolvimentos,não comportam tofu:s
. · as consequencias nccessarias a uma systema-
• São considerados invenções e novas desco- tisação legal completa sobre o vasto assumpto
. benas (acctitei a $YM1l!imia legal) : · dos privilegias industriaes.
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 16:03- Pág ina41 de 47
. )
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E aproveito a occasião parn ~eclarar agui ·~o prevalecer, porque ell~ in··-ve.ntôu alg_umn eousa,·
nobre ministro _g);le_em_.mntena _de,J.~gi_s1a.~o, )l,J!. lU~ar a .~m Auclauner~.q!J.e.,.equ_!vale"a:.uma,~
'··s(il!ré'""iiillusti'iãs; ai'tês..~-O'Bki<is estamos no recons1dernçao ot1l, a ~ma eln~maça~ de_ce~~s
mais oomplcto atroto. Nós temos uma lei de partes, a um~ reforma JUSta. E ulrulu;tstttuiça()
mt.rca:> de fabdc~s. o decreto n. 2682 de~~ de que deve ser formulada no ~exto da Je1, emb~ra
Outubro de 1875, e ainda nuo foi dado regu- n1ío se confunda c~m os ~~ertt~c~do~ <_!a reducçao.
lamento ., . essa lei, o que suscita na pra~ica Ha ~o ~e~ pFOJecto u_ma ~!sposJça~ q~e fix:a
diaria serias difficuldndes. · . esse dtretto, e a d~ art. i)~: ]a men<!!onet a que
C:1amo a attenção de S. Ex. p11ra tal ObJ_ecto, estabelece os oortlli_cados ~e reducçao.
de maximo interesse industrinl.e comme~cml, e S9bre e_st~ mat~rta ha _d1v~rs?s systemas. O
peço-!!le que dê regulamento aquella le1, para projecto e IDcompleto nao dJslmgumdo clara-
tornnl-a uma verdade prnlica e uma garantia Il!eute os oort!t1cados do complemento e reduc-o
effectiva dos direitos individnaes. cao do nperfmçonmento. . . .
. . . • A lci franeeza creou os certtficados de addic•
D1zw eu mats (Le.) . . íiÜO: n:to admittin-a litteralmen~e , porque mui~
V. Ex. sabe que um dos mews mais commoõos tas vezes ba diminuieão. ·
empregados pelos usurpa dores, pelos pir:~tas da Os systemas em relãçiio a esta illStituição po~
industria, é just~menteo transporte· de ~lemen- dem ser assim classificados: L•, suppress.'io de
tos industriaes idcntieos ou analogos que elles todos es~es certificados, e sua equipar3çüo ás
acham de um objecto privilegiado por ?utro. patentes da inven\;iiO (Congr. de Pariz); 2.",
Isso equivllle á cópia S(;rvil1 ou ao plag-r~ nas ccrtitJcados de addicção sem especificações pro-
lettras, facto passiveJ de pennhdade pelas lers do~ visorias e sen1 caveat; 3.•, oortilkados da addic-
povos cnltos. . . . . ção eom especificações provisorias, e com o.
E' t~mbem prme1p10 corrente que~ Stntples caveat; 1~.0, eertillcados de complemento e de
transporte de um objecto, a tr~sladaçao nua, a reducçiío (lei italiana de :1.86q,). O certificado de
deslocaçi'lo materi~l sem adaptaçao r~al, ~em que complemento c rcdueção, r,om prazo de pre.
haja :Jpropriação, é uma verdaderra contra· laç.ão !>ara o inventor, segundo a lei itnlinna,
facção industrial. . abrange as cspeciflc~~ões provisorias, o caveq.t
Vou tratar agora rap1da~ente da~ pat~ntes de e o certificado de addtcção, e ~ melhor gar:mlla
aperfeiçoamento. Sr. _pres1dente, .e s;J~J do que que todos elles.
as patent~s de aperfetçoa~cnto t.e~ m<l?nve- Deixo-se assim aberto pe-,rfellamente o campo
nientos, e Chaptal achava 1sso o vtmo radtcal da ao inventor pal':l que elle -possa melhorar por
!ei de ~79i .. Dizia. elle. qu_e . ellas dão lu_gar a via de redu~ção ou complemento o objecto de
mtermmave1s plettos JUdtctae:;; que nao se sna invenção.
podia exec11tar o aperfeiçoamento de um pro- Esses certificados são accessorios da patente,
cesso sem exeeut~r o mesmo. processo ; que .o ficam fazendo parte integrante della, e são além
·inventor consum1a os sBus d1as e a su;:~ fortuna, disso necessat'ios, porque o inventor serupre
. e _acabli:Va de53;lenU1dc~ vendo passar_a outras nos primeir~s passo~ que dá é apress;~_d_o, e por
m11o;; a mdustr1a que creara . . esse meio pode modtficar a seu tal:mte o mvento.
l'lif!S respondia-se-lhe v:.tntaJOSamente ; asse- Na industria, Sr. presidente, não ha genio
gura-se uma protec;;ão larga e efficaz, abso- que transponha de um salto todas as dist~ncias.
luta e completa ao inventor, _ao me~mo pa~so O defeito principal do pt·ojecto nesta partícula·
que, sob o dictame de um mcont~stavel :n· rid:.;úe ~não ter feito do certificado uma entidade
teresse social e do pr?gresso . d~s mdustrws, distincta, uma categoria jurídica perfeitamente
recon~ece-se _aos terceuos o d1rer_to d~ melb~- separada, sob a relação do direito de pro)lriedade,
rara n~vcnç~o,. de tor~::.l-a rnats uttl, m~rs torn~ndo-o ll'>r consequencio. umj-us equipo!lente
economtc:>; ma1s proveitosa . Um verdaderro ao dn p3tente principal, e independentemente
~perfeigoamento tem o_mesmo valor que uma d.a vontade arbitraria do governo, desde_que o
mvençilo, e a producçao de resullados novos, pedido fôr feito com todas as formahdades
por meio de meJilor combinnc:.ão do~ elementos tecraes.
conheci~ os, tem incalculnv~is. vantat:;"ens. . Ci:Jego a um assumpto importante, é o das pa-
0 proJecto do nobr~ mmxstro não CO!JSigna tentes de importação.
expressamente os certificados de n;du~o e de Conheço diversos systemas. ·
complemento, e neste ponto suppn am~a '!mn o nobre ministro ricceita as patentes deimpor-
l:JCuna nos arts. 14, i?, 16 e i7 do substitutiVO. tação, mas de um modo restricto, e não dando
V. E::. co_!lh~ce perf~1ta~ente o que se chama toda a amplitude para que. produzam todos.os
na leg1slaçao mdustrwl mgleza e na dos Es- seus effeitos jtuidicos e valiosns consequencr:~s
tados-Unidos o disclaimer : é uma especie de industríaes.
emend~ .on. _corr~cção que .o privil_egiado faz _do s. Ex. organizou esta parte do pi'ojecto de
..seu prrv·!!ag10 ; <e 3 reuun~Ia parCial,_ qu~ delll:a uma maneira que não está bem de harmonia
ampla lt_l>er_dade de mov1mentos ao u:~.ve. ·, o.r, e com ali necessidades da industria moderna, e
arreda da lel o ~arnetu de u~a sevet'ldno~. ma· com. as tendencias daquillo que eu chamei es-
molgavel, qnas1 de uma fatalidade. pirito de infernaciona!isacão.
Si o individuo pede a patente sobre tae5 ou .• ·
taes artigos ou obJectos, mas depois reconhece,, Ha os systemas segmntes :
ou o gover:no lhe mostra, antes de expirar um L •, igunldade de !{)dO o introductor de uma
eerto prazo, que os objectos não são invenção· descoberta com o inventor: patente para ambos
sna; que eUe ,os reclamou indevidamente na (lei francl!za de i79i) : ~ . •, premio a todo o in-
sua petição, mas que esse seu privilegio deve troductor de uma · industria estrangeira (lei de
c â"nara do s OepLtados- tm rr-e sso em 2 7101/2015 16:03- Pá gina42 de 47
-39
~8 de AgoSto de 1830): 3. •, patente ao importa-J :mjeito o exercido do commercio e da industria,
dor ãa índustria estrangeira já. privilegiada as convenienci::ts irrecusaveis do prog1·esso e do
.-(.çysüma._.,.qer~l.1-~,-!:~)d.@_tida~~.~.Jrn!l011ação melhor~mento dos pov-~, aconselham ess:~ vasta
e na exportaçao e perda no·patz para·:fpart:nte- ·mu.tm;l;dada,-vnto,=:~!ias~expr~~~o=pel()s._con=....
exportada: a." dependencia e solidariedade das gressos a sanccionado pelas e:cposil'ões ii:ttiir:-
:patentes: 6. independeneià e não solidariedade nacionaes.
0
, ·
eom convenções dlplomlltlcas : 7. •, o mesmo Esta parece- me a primeira norma qne deve
systema sem convenções di plomaticas: 8.•, dominar todo o assumpto da<; patentes de impor-
. introducção por lei, desnecessidade de novas t3ção, deixando-se completamente desempeçado
-P~tentes •.dcimportaç~o, m?.d.ian_ t_!l__çof!_yenções () ~a!llinho da industria e do genio das inven·
diplomatlcas. ções, de maúéirá <fué tOdcn>s-irrventor es;ianto·
. E' o meu systema que syntbetisa todos os n:.ciouaes como estrangeiros, gozem de iguaes
:princípios, e instaura a harmonia no mundo direitos e se cstal>eler:a um forte elo de ilarmo-
mdustrial. Não posso desenvolvei-o agora. Não nia entre os interesses· indüstriaes.
tenho m~is tempo, e sinto-me extremamente fa- Dir-se-ha que a industria do pniz será praju-
ligado. die<~da ;.mas, senhores, nestr~ materia não po-
Senbores, é um terrivel dever parlamentar demos ficar um p~s.~o :Jtl':lz ; acho pelo contrario
~sse de discutir questões aridas ~ !liffi.ceis, de- que isto será um incentivo, uma anergia no\'a
pois de aturados estudos. Além dr~so é in glorio: introduzida neste ramo dn nctividade ·soch:l .
quem se im_porta ~om isso ? As <li~cus~?es ill<J· Entendo quo po<lemr.~ a<!optar a. medida .desde
n_es, esterets, e so com app~re_ncr~ llr!l~antc, que o dirilitO das pat~ntes uamonaes ..ro_r re-
sao as que servem para a corren·a pol~t1ca. A conhec!do no estrangetro, com a cOMI<;ao de
despeito disso, eu, pur minha pnrtP., niio as amo, que as p:~tentes estrangeiras não pr<Jjudiquem as
não ns quero . industrias já livres no paiz.
Digo no meu soJJstitutivo: O Sa. FELICIO DOS SA..\-ros dá um :J!1arte .
•.Art. :18. O autor da invenção já privilegia· O SR. 'l'HEODORETO Somo:-Aproveito a oe-
da nc estrangeiro póde obter uma [J:ltente no casião p3ro tratar embora rapidamente desse
paiz, assim como o :mtor de uma invenção já ponto.
privilegiada . no paiz pód~ obter .U!flll _Patente Devo dizer t]ne achei-me em g-eral em dis~en -
no e~tr:m~ctro? s~m rmro.:1 do pm·llegHL Lira:mto com o~ cscripLOres que ~lll traL~do desta .
• § L• No primeiro caso, o pr~zo da patente materia, e com a opinião dos industriaes mani·
fican~o dentro 4o maximo estab~le~i.do no llrt. fe~ta-da nos congressos de ?ariz e Vienna, em
~. nao excedera o da patente pr!mttrva: relação ao principio ua não tntroducção de ob·
• § . ~.·Havendo con_venções diplomat!Cas que jectos fabricados em paizes estrangeiros.
~ta.bel~.am a reciproc1da~e para as_pate~es. hl';l· Senhores, o que a lei admiLte e g-arante ~
Z1le1ras, as patenl~ de 1m_portaçuo serao 1nde- um ::uonopolio inclnstrial em f11Vor do imren-
pendentes _quant~ a duraçao e ouLras quaes- tor , e .não um monopolio comm~rcial, que é
quer relaçocs estipuladas. . .. . _ proscripto e condemnado pela legrslação geral;
. ·Ar~. 20. Em vez da patente so_por Je1 espeCial e já quo a p~tente do inventor crêa um mono-
poder.a o gove~no conçe~er ao m!_roductor um polio temporario, legitimado {rliâs pelos princi-
premlú proporciOnado a 1ntroducçao . pios economicos e juridil:os, corao pela i;istoria
·Garantida uma patente est-ra?~!Jeira M fôrma de todas as nações civilis<:das, faç:~mos que esse
do art. .\3 desta lei, não é necessa·ria 1iOva. pate1úc monopolio se exerç:~ em prol da 110ssa n:~scen
de importiJI'.ào. · te industria, dos noss!)s trabnlbadores, e dos
•Ar·t. &.3. ·O inventor, seja qual (ô1· a.•ua nacio· interesses brazileiros, que são tão sagrados como
nalidade, pôde (az~r garantir 1UJ paiz os direitos os interesses irancezes e britannir.QS, e devem
da $U4- patente obtidii no estra1>goirCl, depondo ao servir de base n muitas reivindicações na or·
mesmo tempo o seu pedido na autorid.ade territorial dem interna e e.:terna.
e 110 co1l.sulado brazileiro, si eontJen_f)ie$ diploma- Creio que o honrado ministro afinal de contns
ticas tivel'em estabelecido 1·eciprocidade para os entmrá em algum accürdo; por isso me resu rui-
Pa.tentes brazileira&. • rei n~ste mor:nento. C_apítulei. como ca~tsa de
· Foi este 0 systema qne eu adoptei, e adoptei-o caduc1dade ~ mtroductao de ~bJectos fal!~1eadps
em toda a sua plenitude: tive por mim em no estrangetro_. As rnz.oes caplta~s para. lll!m sao
primeiro lugar a lei de i8715 sobre as marcils es~as : i.:~ a le1 concede pr_ivJ_legJ? para a lll;d~
de fabrica, e em segundo os grandes priuci- tr_ra, e nao P?ra o comrnercro tapo_1ados), e.o m~l
pios que hoje senhoreiam este assumpto, princi- VJdno q~e ttver a facu!da~e de I~troduz!r _obJ~·
pios reconhecidos e consagrados pelos mais ctos Cal>nC<Jdos no_estrange1ro _tera um p~!Vlle.gJO
elevados espirilos que têm estudado a maleria á pa~a _o. oommerc10, o que .e · contr~ •oJos os
luz das mais altas consideraçõi!S do interesse pnnetptos. . . .
geral qa industria. · OSa. FELtmooos Su-.,:o~ :-Issonão tem ques·
Entendo que, desde que por uma con-venção tão; não ha réplica. ·
se tenha. estabelecido 8 reciprocid.1de entre o O Sn. THEODOli.ETO Sou-:o:- Ha outl':l razã.o
Brazil e qualquer outro pail:, nós podemos per- eapital, e neste ponto vou de accôrdo com o
feitamente admittir que aqui trabalhe em um illllstrado deputado pela ·província de Minas,
nmo de aelividade industrial o estrangeiro que dentro de limites j ustos e rac.ionaes: acho qna
ti'\Ter .sido agraciado n.o seu paiz com um:~ pa.- se d~ve protel!;er um pouco o tr~ba1ho, que se
tente para essa indnstria, independente de novo desenvolva -na larga c opulenta arena do solo
privilegio. O direito das gentes, .a -que .está nacional. ..
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101 /2015 16:03- Pág ina43 de 47
·-41.-
. O ~onrado ministro não acr~entou no pro-l _Ha : L •, o systema do. pagamento da taxa
=--~f;.~~cilt ~~~~~~~~--~:~: ~,~~~~:~:~-~-~~~-ecto_ .:~~~::;~e~~~~-d:=a:~ bi~h:~ - ~v::~
· Senhores, lla quem·pense que detern:iinat.-·na · -~dus -por-L>crt'raui_t;-"(illc~en!'.cutrou.~toda.,.a~adh!J:_,_-=
lei o que não póde dar lugar a umG patente é s~o no congresso mdastrialde Pariz .= 3.•; o das
inutil e supertln.o para.os tríbunaes e juriscon- dtlações de ~r~ça,_ pel9 qual não tn~orre na
su.ltos; mas, além da necessaria clareza o do perda do prlvtlegw o mventor por nao pagar
methodo geral da legislação couHjue se autoriza a_mxa no_I~pso legal, concedendo-se-lhe dila~
ssa furmula não ha contestar que v;li ;thi uma coe~ a~diCIOnaes · dentro das _qnaes ·solverá a
advertcncut ull, uma o se1 ~ ~· , . · n ",_lLd;!.Ltg~m:u~_J'Qr_tes no caso
aviso proveitoso a todos os industriaas. ~e mor(}: ~- , o do cobrança das taxas como
Quanto á exclus1io dos principias scientifieos, lillQOStos dtrectos ; e é este o q~e. me· parece
reina a unanimidade de opiniões- entret:~nto é mms acertado: 6.•, o das taxas mmtmas: 7.•, o
t'orça confessar, que tem-se rednhecido a ne-
das t~xas graduadas por
annuidades e com pro-
cessidade de re$lringil-a até certo ponto. · gressao crescente; e e este o systema que eu
V. Ex: . conhece a grande queswo controver- adopto.
tida 11 respeilo das patentes, ch::maclas de prin- . ~~ al_nda: i.", o do pagamento das taxas de
cipios, sustentadas até por escriptorcs notaveis, pn<nlegw ~em _o caracter de fiscalídade :
como Ara"o Etíenne Blanc e outro~ dizen- ~ -·· o da 1sençao ·de toda a Ulxa como em
do-se que "n~o se deve pêar o de~env~l vimento r~ação á_propriednde .litteraria, com a qila.l aliás
livre e fecnndo do !alento do <>enio. nao se póde confand1r, po~que a propriedade
As dua5 op;niões contrarias ~he«aram ~ nrna lit!eraría tem sido considerada como uma pro-
conelnsão ·dcfinith'a, encontrando':so oomo em pnedade perpetua, e tem criterios differentes:
te~en!J neu.tro, e ~ q~e quando se indica a. ap- 3. ~.o dns. ~xa~ C<Jlcula~as s~bre o !'alor d<?
pbcaçao desses prmctpios, isto é, qu~ndo se os ObJee~ pnvileg1ad~. Sena mu~to acce•ta.-el SI
arredam um pouco da região da thcoria e da ab- ~e pud~e na prat•ca bem estlmar o preço das
stracção para o domínio da lei, qal!- só rco-e os mvençoes: !/,. •, _o pagamento por annui-:
factos, a descoberta dos princípios póde ;er pri- dades. com cad~c1dade, que é o systema da lei
-vilegir.da. Não ba duvida, que a patente deve au str1~c:t, d11 le1 france.za e de ou.tras, e. se!ll
ter um olJjccto material, apprellensivcl trans- caduCLdade, como~ querem alguns mdustmes:
missi\rel. e que ó impossivel a pO$Se ;obre as 5. •, o da progressao decrescente.
creações· do genio, no seu nave~ir stJm termo, De?tre t~dos esses _system.as e11 entendo que
rn~o do desconbecid.o, o~ de cndn passo ousado o ma1s racwnal e pratrcavel e ? da pro~_ressão · ·
nss1gnala uma conqmst.nmmortnL E é pr~ciso crescente, e cobrança como Imposto <urecto,
estreitar um--pouco esta orbita ü•1 exclusão, P_~r_que realmente, quanto. mais o,i_nventor con_-
aerescentDr esta clausula, que estA!!.! i;,,. exarnda segue ma_nt_er ~o mu-r;t.do mdustna~· e. mercantil
emmuilasontras legislações. Não perdemos nada o seu prr~·'llegto, ma1s este lhe da mteresse e
com isso, porque os princípios puramente ab- melhor pode. remunera! o ~eu trabalho, o seu
straetos não ~oderiio ser privilegiados e, como tempo, os me1os de reahzaçao. Por outr_o l.a~o
ba pouco cu disse ao honrado deputado por Mi- prefiro a cobrança _como ~e uma con~nbutçao
nas, para os grandes descobridores de princípios di~eçta, . porque nao adm1tto a cadumdode do
só patentes de im.morU!lidade. prtvtlegiO por falta de pag3mento, e porque no
s ._ · meio de tod:;s as combinações que encontrei me
0 .. a. FELtmo nos S.\NTos.-A bella expressão pareceu que esta é mais justa. Si porventura
é !:Ua. · voltar á tribuna, desenvolverei mats este as-
O Sn. THEOnonETo SoUTo:-0 honr;:do minis- sumpto.
tro niio comprcbendeu tambem o se~uinte. (Lê.) Em rela~o á duração, que se afigurava aos
São a.~ exclus~es dos ns. s, 6 e 7 do art. aut~res da lei _de iSVI: ser ·o escolho _do lei, 'O
25 do substitutivo. ~l'?Je~to é cen~uravel por_ duas co~stderaçõ,;s
' . . - ·. d . mnct.paes. i. , pela fixaçao do maxtmltm de .-0
E -mo 1mposs1ve1 entrar em mais et1do exa- 1annos, que destõa do teor commum dns legisla-
me ~ respc1to de. ~a da uma dessas e~clusões; çües indu.striaes · 2. "• pela faculdade de proro-
por JSSO vou prectpttnr .o que tenho :> d1:zer parn gação de prazos dada ao governo.
r.hegar no f~m.. . . . Sobre a duração dos privileo-ios conheço os
Em relaçao :tstaxas dos prt.vllegt.~s. eu esta·, seguintes systemas: !. 0 , porto'ãa a vid:~ do in·
beleçt uma ~~~ fixa e ~ma o~tra movei, pro· vento r, como em geral na propriedade literaria ;
porctou~L E ·~to aEceito hoJe correntemente 2.•, a perpetuidade; 3.<>,o perlodo maximo de !5
por a~gu~nas leii•slaçoes e pelo.s autores. Esta· annos. sem obrigação de adop~ão de periodos
beleet n.tnda uma cousa m~e~rameu te_ noya, a quinquenaes; 4. •, esse mesmo período maximo,
qpalcr~IO que. o honrado mn~tstro aCe!tqra. S.. mas sem divisão quinquenal; 5. •, o periodo
I::x. est~ perfeitamente de aceo!do commt.go el!l maximo de iO annos ; 6. •, um só periodo de 20
que o nno pagam'lnto da taxa nao deve ser const- annos ou mais.
4erado uma causa de caducid_ade do prí~ilegio: - . Não' posso t~gora aualvsar cada um. Ficará .
e .o que decor~e do se_u proJecto: E hoJe ado- . · para outra occasião. • · ·
ptado ll_elos mats aballsaàos _escnptores, ~e~ · Em relação ás nullidades e formalidades ue-
ma s~Ja co~~avelcomo - ~ 1mposto, constgne1 cessarias para a concessão das -pateri.tes, pare';
uma dtsp<)Siçao neste sentido. • ce-rne que o -proj~eto _deíx.óu,tud_o para: o·ref?!r:
Eu -posso enumerar os svstemas que têm lamento; mas, Jà o disse, e é hoje ·reconhecido.
sido·apreseatados. · · ·qne·certas leis,-cspecia:lmenle ·esta 'de· privne.:·
'· A. 6
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 16:03· Página 45 ae 47
~- ... .
,,:....:..~ ... ~ ·-
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gios industriaes e outras similares ou correlatas, vernos ~as diversas rewiões a~mipistrativas.
têm uma parte regulamentar, parte sobretudo Eutre nos . sobre~udo, n ~ .:.Pa~ . tao ~ extenso,
:o~elativa::-:ãs~·form&lidadss:-::-qu~;--=comqnanto~--::tão= =end~s:,eoft'l ~~teações;-.sao;:tao~di!Heets;,-=-O!làe:.:e.~
po5sam ser amplamente desenvolvidas nella, POI!ulaçao est~ ~o espal~ada e on~e é p_rec1s~ 1r
ilevem comtudo conter-se ahi na sua essencia- act1var o gemo 1ndustnal na penpbena so.clal,
lidada, em uma certa somma de regras que são é de grande vantagem. esta~lecer que as pa·
capitaes, indispensaveis. E' por isso que, syn· tentes possam ser ped1das nao só ~erante o go-
thetisando tudo que achei de melhor· mts legis- v~rn? geral, mas pera_ute as admintstraeõ~ pro-
lações vigentes, estabeleci a seguinte dispo- vmcttJes. Eu regule1 este ponto sul'fietente-
sição (lê) : mente. . .
• Art. ao. o pedido de uma patente deve ser O proJeeto é. ainda xncompleto não e~ll!.Pre-
ed"d d depas·to pelo peticionaria no hend~n~o todas as. mutaç?BS, tr~nsm1~soes e
prec. t o e .um .1 J b d e' la- restncçoes da propnedade 1ndustrtal. Nao re·
arehivo pubhco, em Invo1ucro ec a 0 mette claramente ao direito eommum, estatu·
erado :· . _ . _ indo sobre a formalidade dos actos publicos: não
• l. o Da descrtpçao da mvençao ou nova des· trata da cassão antes da concessão da patente,
coberta, e aperfeiçoamento : nem de parramento de taxa nas transmissões a
• ! _o Dos processos, methodos, plantas, dese- uma só pe;soa ou a associados, total ou parcial:
nhos., modelos, ou amostras necessarias para a não trata do direito reciproco dos cedentes e
intelligencia da d~cripção : cessionarios no concernentê aos certificados.
, 3." De uma relação exacta~dos objectos de- Omitte ain:da muitos out!os pontos, que deviam
positados. estar eonstgna,dos em leL .
< Art. 3i. No pedido deve constar : E' por isso que estatue:
, i. • A quitação da taxa fixa :. • Art. 3~. O p~i':"ilegio de qualquer classe
• 2.• A indicação da duração do privilegio, p~d~ ser transmttltdo por todos os modos de
~colhid~ pelo peticilmario. · dlretto commu!!l, no todo_ou em _parte, mas
• Art.3!. Nas patentes da importa~.ão é neces- sempre por escrtptura pubhC<J, ou mstrnmento
sario produzir o titulo original, ou cópia an- eqruvalente. .
thentica leg<~lisada. • §Lo A primeira patente póde ser logo pas·
, Art. 33. Um, pedido não póde ser complexo, sada a um cessionario, si o proprietatio fizer um
ou abranger varias invenções .distinctas, de- pedido especial para esse effeito. ·
vendo limitar-se a um só objecto principal, com • § 2.• O titular de uma patente póde con·
os detalhes que o constituem e as applicações ceder uma licença ou automação para expio-
que forem indicadas. . ração da invenção. .
c os pedidos serão dirigidos ao ministerio da •Art. 35_ Todas as cessões ou mutações da pro-
agricultura, commercio e obrns publicas, ou aos priedade de uma patente devem ser notifica·
presidentes nas proTin.cias, para serem áquelle das ao minister!o da agricultura, commercio ll
snbmettidos, e ~s patentes firmadas por carta obras publicas, por acto authentico,que. será re-
imperial. · gistrado na secretaria e publicado na fôrma pre-
• A sua expedição terá lugar dentro de um scripta no regulamento. Antes disso as cessões
mez, contado da apresentação do pedido·na se· não produzirão effeito contra terceiros. A no-
cretaria da ;gricnllura, á qual os presidentes re- titicnção e registro poderão ser feitos pelos se-
metterão as petições e documentos que as in- eretarios do governo das provincias,sendo trans·
struirem, denlro do prazo de i:í dias da data de mittidos ã secretarili da agricultura no prazo ele
seu recebimento. • l5 dias.
Não de"Yo•passar adiante sem invocar parti- •Art. 36. A transmissiio total feita a uma só
cularmentea altençiio do nobre ministro para pessoa ou a ossoeiados obriga os :tcquirentes
um ponto de alia importanc.ia. ao pagamento da taxa nas condições ordinarias;
O meu substituto estatue positivamente que o sendo a ~ransmlsslio parcial, ou reita a diversas
prazo do privilegio não póde ser prorogado pessoas distinctameute, .o registro deve ser
senão por lei, principio por que hoje pugnam os precedido do pagamento de todas as annuidades
autores, e se Mhn exarado em algumas leis. O a vencer. ·
privilegio é jã de si uma exc!l_wlio, .é um direito •Art.37 . Os aequirentes de uma patenteapro-
singular, concessão da sociedade, e·portanto um veitarão de pleno direito dos certificados de
monopolio; mas niio se póde coro o privil<lgio ali- complemento, ou de r edaeção, que forem ulte·
J;llentar a inerci~ ; não se póde arrebatar do domi- riormente dados 4l> coneessionario, e reciproca·
nio publico aquillo que a elle deve V<!ltar natu· mente este ter.í o mesmo direito em relação aes
rah:nente. Logo, não está_~o arbitrio de nenhuma acqnirentes,salvas as convenções em contrario .•
~utoridade, -a niio-1ser o poder legislativo,·a ta- O projecto do honrado ministro sob ré as mu-
culdade .de subirahir ao patrimonio nacional tações e restricções não é completo. Em pri· ·
aquillo que a elle ba de volver, fechado o eyc1Q mAiro lugar; é inteiramente silente a respeito
legal de exploração exclusiva, porque isso cansa· da universalidade das translações e restricções do
ria os maiores prejuízos ã indQ.stria. privilegio ; n3o reportando ao direito geral
Ha ainda ama par~acdo meu substitutivo que . aquillo que não é direito anomalo, como devia
m~ parece digna. da consideração do nobre mi· fazer quanto aos aclos necessarios para a regu-
~istro. S. ~. saoo.-.tfu€•na França e em ou,\ros laridade e authenlicidade, como á emeaciaju-
paizes Ol! .prlvilegios pod~m ser pedidos não só ridica das·relaçQes consequenciaes..4essa. ins\i-
perant~ o ·govel':nó central, mas perante os go~ tuição. Convinha dispô r que o p:r:ivilegiQ -pó(Je
Càna ra dos Oepli:ados + Impresso em 27/01/2015 16:03+ Pág ina 46 de 47
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ser tra~sferidci por t_odos os mod.os da Je. gisla.ção__l_ po.rei.onal·a·o tempo da exploração em favo_r do
" 'Grdi:nuria,,de.d.ireito nor.maLe, nois,. por todos os eoncessionario.
e
modos de transmissão inter- v'iVós- "~mõi'tfs · ~=--.s ~~~~A.o.}k;ença~;}f}rig::toria=pO~rá=-~~esta-~ ,.
ca~tsâ. · . beleei~ desde O' começo do pr8zo do privilegio,
O pro}ecto do nobre ministro não trata da si se verificar que o concessionario o explora
cemo de privilegias antes da Obtenção das pa- fóra do paiZ.">
tentes~ disse eu. E' um caso que se póde dar Senhores a licença obrigátoria é sem duvida
vulgarmen_te, e ha :razão pec~liar pnra meneio·- uma attennacão ao rigor dos princípios; con- .
na l-o : o mventt)r an_tes de Ir ao goverJ?.Q para sagra o direito individual da propriedade, mas
obter a sua patante pode ceder o seu d1re1to a amplia o domínio publico, harmoniza o in di-
qualquer outro. vidno com a sociedade, resnlta da solidariedade
A mataria do pagamen.to dns taxas d~s trans- e do destino commum dos membros da com•
missões e cessões dos privílegi?S deve ser regu- munhão. Eu Iria longe na enunciação das theses
lada. do ~elhor modo .Possry·el. O bo.nr~do em -que assenta a licença obrigatoria: fic~rá para
ministro nao trata da ~empr~clliade dos d1rettos a: resposta ás contestações.
entre_ cedente .e _cesswnar10 , so~retudo em A licença obrigatoria é uma e~pecie de des~
relaçan aos certtficados de reducçao e cornple-. propriação permanente determmada por mou-
mento. . .. . . vos de ordem publica; é uma limitação razoavel
Comquanto hesttem um ~ou~o .o~ e~cl'Iptores a·o direito privilegiado para que ellP. não pre-
sobre o que se chaif:la a mdm~bthdade do judique a actividade industrial.
privilegio para admitt1r 31 sua cessao por partes, . Sobre a importante relação jurídica das num-
todavia todos elles estao de accôrao em que dades e caducidades, o honrado ministro no seu
devem ser indivisiveis no concerne:tte ~os projecto não foi bastante claro; não enumerou
direitos recíprocos do cedente e do cessiOnarw. todos os casos, capitaes. Ora, por is~o mesmo
Resulta essa ficção jurídica de uma razão que com toda a razão . rejeitou o systema do
capit31, e é impedir que a fraude do cedE~nte exame previo é necessarío que fiquem especi-
prejudique o cessionario, o que_ poderi~ acol!· ficadas todas ~s hypotheses princfpaes de nulli-
tecar frequenteme~te, porqu!l, Sl o cesstoMrJo dade e de caducidade,
não- aproveitas~e da reducção e CO'!J.plem~nt?, o As null!dades e caducidade_s sli_o u?la garanqa
cedente poderia passar-lhe uma mvençao 1m- para a sociedade contra os privllegtos que ·nao
perfeita, com o intuito reservado e doloso de devem subsistir, assim como a contrafacção é
mais tarde lograr as vantagens de um~ red~cção urna garantia para o inventor cont~a os usurpa- .
ou complemento, embaraçando a execu.çao da dores. A sociedade armada dos meios de decla-
palente principal, cujo cessionario fõra colhido rar nullo ou caduco um privilegio, e o inventor
em uma cilada. armado dos meios· neeessarios nara evitar e
. Entro ~gora em um assu!llpto -~uito inte!es- punir a contrafacção,-eis as duas .co?-dições
sante,sobre o q~al prescrevt co~d1çoes ~peciB_!lS, indispensaveis para a ga\antia d~s d1re1tos so·
mas concordarei com S. Ex. SI produm razoes ciaes e individuaes. (Apo1ados.) :sobre esta ma-
que me convençam da opinião contraria; é o que teria firmei princípios seguros, evidenws, irre-
se refere ás licenças obrigatorias. frarraveis.
Senbores, relativamente ao direito dos privi- Distingui as causas de nuiÍidade das de cadu-
legios industriaes algumas restricçws naturaes cidade, e fiz um calculo differeneial para a de-
devem se~ post~s, des~e que se. atte~ta na va- claração da nullidada dos privilegias. O pro-
·liosa cons14eraçao ~e. na~ se de1xar mactivo e jecto marcou o prazo de dous an~os para to~as as
inutil o obJecto prJVllegtado, _para que este_ se patentes; eu est~beleço que a nao exploraçao ou.
não converta, segundo a. bella tmagenrdo~ phtJo. a interrnp!.)ão de exploração durante um anno
Jogos em rela~ão ás palavra~ mortas das hn~as, faz caducar os pri>:il~gio_s de cinco annos, du-
m umrrestaca morta no meto de tlma sebe tJ&1la. rante dous os priVLieg!OS de !O, e durante
. Por isso, por moli!os de uti~idnde publica, de quatro os privilegias de i5 annos.
m.contestavel ~nven!encia soctal,como uma res- Assim a lei parece satisfazer todas as condições
tr1~çã!lgne esta perfe_Itamen~e de ae.cõrdo com os de justiça e utilidade.
prmcipiOs da propnedade mdustnal, se devem . , , . . .
estabelecer as licenças obrigatorias, favora- Hm de tratar dt~so tqu~ndo voltar.a tnbuna.
velmente acolhidas como leg-itimas, corno não neste momento é tmposs1vel prosegmr.
contrariando os dogmas da sciencia e da justiça Sr. presidente, as minhas idéas estão eonsi-
nes congressos indnstriaes de Vienna e de gnadas no projecto snl>stitutivo. Quando forem
Pariz. impugnadas, si eu porventura julgar ~ouve-
Veja v. Ex. o que di""O ~no meu artigo (lê): niente, volt_arei ao debB:te. N~o qn~ro mats ron-
., bar tempo a casa. (Mu1tos mo apozados.)
• .Art. 38. Depois de doús annos e meio nos 0 Sa. ULYSsEs VIANNA.:-Ouvimos a v. Ex.
privilegias de cinco annos, de cinco annos nqs com muito prazer.
privilegias de !O annos e de sete ann.os e meio
nos privilegias dei5 anno~, o concessionario de O S:a. TaEO»ORETO SoUTo:-A hora está dada,
uma patente póde ser obngado pelo governo a mas não-concluirei sem algnmas considerações
dar uma licença á pessoa que olfereça serias geraes. · '·
garantias para a exploraçãa da inv~nção privi- · Parece-me que o projecto satisfaz a uma ne-
Iegiada, · . . cessidade pnbliea que avulta e se destaca em
• § 1.o A· licença obrigat.oria não terá lugar primeiro plano,·· e o honrado ministro presta um
sem a determinação previa de uma renda pro· assignalado serviço ao seu paiz promovendo
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~~~e~Í~:n. ind~fessa ~~~i~~~ ~ ~~sa.~em~~est~_L~r!~~~~;t~~~-~=~s __ ~ c~~~,~~~~a~-~ :_~r~~~-o~ ---
~ -s-r"'.'"'presiO.ente;não·e·oeeasmoazadapara~erta Tomemos a missão nobre de empregar
ordem de reflexões philosophieas, eeonom1ca~, todos os meios p3ra que se desenvolva a
politicas, sociaes e moraes, que eu podem1 vocação industrial dos brazBeiros. Vós sabeis
fazer. _ . _ que a França deve, em grande parte, a sua
Abstendo-me della_s, eu na o dinxarc1 ~omtudo pujança, a sua vitalidade industrial. á lei de
de traduzir u.m. sentanento que me aglla, que iS". segundo pensam os seus estadistas e es-
está agitando a consciencia de to dos: nós temos cri pt"ores.
de resol-ver o gra~de, o formidav~l. problema d~ E, um dever' p-ois, de todos os que têm a res-
trab3lho, que abi se ergu_e no cu c~lo do pre ponsabilidnde dos nossos destinos, procurar
sente, e ha de crescer mais nos homontes do desenvolver o "'enio industrial, injeet:mdo, por
fuWó~devemos CO)!'itar de todos OS meios pOSSÍ· meio de uma b~aor_ganização_deste ramo lega],
veis para desenvolver a iudustria do pail. No novo sangue n~s vmas da na~ao. _
~eio das vastas forças que a natureza desenvol- As l!lis podem trazer gr~nd~s. ben~flCJ~s,
ve ú rod:. de nós, e parecem esmagar-nos , no quando correspondem aos prmcipi?S de JUSiiça
seio das enormes riquezas vegetacs e mineraes e às uecessidodes de ordem publica. Podem
de nossa terra, e quando o trabalho é tão aea- operar profundas mudancas.
nbado e gira em espheras tão apertadas1 de-ve- cumpre-nos empregar, portanto, todos os re-
mos d~rramar em todas as camadas socmes os eursos par~ isto conseguir, por --mêio- de um
mcent1vos novos, ~s elementos le_gaes e moraes bom codigo indu>trial. E si digo isto, é por·
~e quA podemos dispor, CO!J!-0 le~tsladores e pa- que estou ~onvencido que ~a b_oa lei s_obr!l
~fl_ota~, para ~vo~ar das .regiões ~n~el!ectuaes do esta rnatena deve ter dous obJechvos prmct-
P~Iz um gemo m_dnstml que .lOJUStam.ente se paes _ protecç5o a liberdade de ind_ustria até o
diz n nossa rnça n_ao tem ou pe10 menos o tem ponto em IJ.Ue ella possa ser protegtda, e pro-
Ç~Ouco. desenvol;{!do; nevemos .converter em pried~dc do trr:balbo.
ener&"tas de movtmento as energtas dtl repouso
qne aormem na alma on n3çüo. (Apoiados; muito ( Muito bem, muito bem. O m·adat é comp_1·i·
bem.) mentado. )
SESSÃO Efil 8 DE NOVEMBRO DE 1880
O Sr. Costa Azevedo :-Sr. presi-~ por uma evolução pouco propria da leaidade que
dente, o modo por que na ultima sessão se p.rc- nos deve; pondo em pratica uma tactica que não
nunciou aqui o governo, relativamllnle ~o pro- se compadece e nem está mi altura das forç:Js
jecto em debnte, deslocando n discussão do SU3s, dinnte da qu~si un3nimidade de votos de
uni co terreno para o qu8l nos havia convi- qne dispõe aqui. (Apartes.)
dado... N1io receio contcst~ões a respeito. O honrado
O SR. FnEtTAs CouTI.;~uo:-Apoiado. ministro ahi está, c virá fortalecer minhas as-
serções.
O S11. CosTA AzEVEDO:-... e que fõra o mesmo Além, já se conhece o q11e S. Ex:. disse na
que lhe offerecera a casa commercial de John ultima sessão, e que confirma qunnto venho de
Roach, Sons & Comp. de New York-segura- externnr~ relativmuente ao seu juizo particnlor
mente deve ter, como a mim, sor~rendido a no assumpto.
todos quantos ouviram o honrado ministro da
agricultura ou j:\ hliluverem lido o seu discurso O·hcnrado ministro assim se expressou (lendo):
publicado no Dian·a Official de hoje; pcis que • Não tenbo que emittir um parecer indi-
pareceria a todos impossivel que o governo mu- vidual; não venho neste momento fal!ar em
dasse tão bruscamente a di~eussão pnrn outro meu proprio nome.
terreno, a ellc mesmo estranho até ao momento,
pr~ticando uma. evolução no intuito de galva-
nizar este projecto, dor-lhe outro rosto, evi- , • Não me parece necessario nem opportuno
tando-lhe a morte n que ia condemnado. pelas discutir o parecer ela commissão hydrograp!Jica.
manifestações que havíamos alcançado de um e o da commissão da camara dos Sr~. de~utados
consideravel numero dos que o têm rle julgar. para que o governo possa dar os motivos quP.
Essa tactica posta em protica, tudo obterá, presentemente o determinam a. aceit~r o pro-
menos a vietoria moral do mesmo projecto ... jacto em discussão.•
Louvo, Sr. presidente, a S. Ex. : e cada vez
O Sn. FnEtTAS CotJTrt<"Ho:-Apoiado. mais o admiro pela franqueza oom que enun-
O Sn. Cosu AzEVEDO:-.•• que á sun vez veiu cia-se perante seus collegas, para que conhe-
de receber do digno Sr. conselheiro Bunrque de çam, sem duvidas, seu pensamento. O honrado
Macedo formal repulsa. ministro da agricultura por tal modo pronun-
E o faeio é, Sr. ·presidente, que este projecto ciou-se que ninguem mais justamente poderá.
tem tido apenas d11as vozes em defeza,a do i!lus- inquirir sobre o assumpto, qual o parecer seu,
trado relator da eommissão de commercio, in- como individuo, qual o do governo de que faz
dustria e artes, e a do meu particular amigo, p:~rte. ·
o não menos distinoto collega e de S. Ex. nessa Como individuo, S. Ex. está com aque!Ies que
mesma commissão e que nesta casa representa combatem o projecto, ba~eando-se nos mesmos
a provincia de Goyaz. _ motivos em que elles se baseam ; despido de
O hOnrado ministro da agricultur~. segura- sua individualidade, na autonomia govornativa,
mente não esteve com essas vozes:-11ceitando o honrado ministro da agricultur:~, como os seu~
embora o parecer, condemnou os "fllndnmentos collegas, cansou de sustentar a lei ; e, vergados .
em que foi lnnçado. ao·peso de exigencias e interesses bastardos,
caminh:Jm ainda assim satisfeitos; distanciando-
O SR. SERAPmco dã um aparte. se da car~a unica que alijaram, o decreto le· .
O· Sa; CosTA. AzEVEDo:- lá o disse e não se me gislativo de 20 de Maio de !879, até que ~(cnn·
póde contestar, o governo deslocou n discussão, cem do parlamento autorizac.ão de poiier consi-
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deral·o __ sem minimo_ya_lor,_pr_()(}_n!)to de inCQJ;I:_L __o_Sa. __ l"RJl:I~A._s Ço~dl~l_l~~- ~!l~---~ - p~d~rja____
"''"'side"fações suas!... · · : · ····· · - - . - · pensar em ou1ro proce IIDento." - -- -- - - -- · -
Sim, Sr. presidenle; o digno Sr. con_selhetro O SR. CosTA AzEv&no:- E:is ahi, Sr. presi-
Buarque de Macedo não fallon por SI a seus dente, a confirmação do q_ue vim de dizer. A
collegao; elle bem o disse : S. Ex_. fallar~ pílula não passa tão facilmente, apezar de
como governo a amigos numerosos que aqm quantos dourados recebera do honrado ministro
tem, convidando-os a seguiram·n'o n~sse des- da agricultura. ·
respeito a uma lei que deve e por m'!-ttos mo- Quem disto dá provas, vale muito; e assim
tivos ser mantida em vigor, tanto ma1s quanto protesta-contra·-as· ·exigencias dessa casa-com---
passou .n.as duas casas do pa~lan:ento no an~o mercial, embora dig~a de aprer:~. mas qne
proJ:.imo findo com geral a~ee1taçao, talvez n~o pretende maltrat:Jr os mteresses unicos que nos
tendo tido sequer meia duz1a de votos contr_a s1. cnbe oqui defender, os interesses do thesouro
Para tanto, o honrado ministro da_ agncul- publico brazileiro, que são os do ~mor do nosso
tura dourou do melhor modo a pllula que povo, os interesses da dignidade parlamentar.
trouxe-nos, afim de occu)tar de tod?s. o_nmargo~ Sr. rresideute, facil é dar provas perfeitas
de suas drogas, .e espec•almente dirtgtndo-se a destas asserções ; mas o honrado ministro da
representação do Maranhão. . agricultura em parte as offerecera no seu dis-
S. Ex. nos disse :-Descansem que, depo!s ~e curso laconico, mas incisivo, aqui proferido na
approvado este projecto, o porto dessa provmma ultima sessão. Tomo a S. Ex:.. e o faço vir em
terá de ser um ponto de escala dos p~quetes meu npoio.
que seguirão daqui para o Canadá, tocando nos -A mudança do terreno em qu.e se devia travar
Estados-Unidos : o governo cogita de conside- a luta bem demonstra a fraqueza do projecto,
ral-o no contrato que vai fazer para o estahe· sob o ponto de -vista dos in~eresses do thesouro.
Iecimento desses paquetes. O projecto estava moralmente eondemnado nesse
A esses representantes que aqui e_s~o com~ terreno para o qual o governo, e a J?IOpria casa
batendo o projecto, o honr3do o.umstro da de John Roach, Son ll: C'lmp., hav~am pedido
~griculturn á sua vez disse :-O gov~rno ha o debate; a irupraticabilidade do porto ~o Ma-
de atteuder aos interesses que defende•~, com ranhão aos paquetes dessa casa ficou fora de
o co:J.trato que elabora da linha do Canada. duvida não ser uma allegação séria.
1\f·,s, Sr. presidente, perdôe-me V. Ex. que Desde logo a nova t~ctica: a rejetção do pro-
o ~: ga a ser c,uvido por todos, e pelo govern_o. jecto, importando a cessação do serviço deises
O governo· mal eomprebendeu-no~; e mu!tO p11fJ.u,etes,fririrá os inte1·esses radicados des!a praf.a.,
mal a esses representantes, que sao por m1m dos nossos cafés, e das que ore recebem a esçaltJ
acow~~nhados 21-o empenho que fazem ço1~Lra que elles têm feito regularmente. Isto abtJlará ru
o pr?Jecto : nao nos movemos nesses lm:1tes transacfões commerc:iaes, que não podem passar
estreitos que se afigura aos olhos dos am1gos sem a lmha. americana. ..
da essa commercial de John Roach, Sons & Pois como 't Si taes interesses existem e são
Comp. de tão grande alcance, porque esta. mesma
Hoje, como quando nesta casa passou a emen- praça não se manifesta em favor do projecto?
da ao contrato de 10 de .Novembro de 1877, 9ue Porque põde ella dispensar-se dessa linha·
se converteu em lei,-pensamos que é preetso, de paquetes,desde a cessação da outra companhia
parn ser razoavel o mesmo contrato, dar-lhe até os fins de 1878, isto é por quasi tres annos?
o.;m pouco mais de onus, ainda q_ue o não Niio, Sr. presidente, a praça do Rio. de. Janeiro
queira essa ·.casa contratante, just1ficando-se não apoia o projecto:-ella vai mais longe, não
assim a larga subvenção de ~00:000*000 an- quer essa companhia, quando sente que regor-
nu3es, por dez annos, ~ue o contrato garante.• !!'ilam capitaes inactivos que podem formar uma
Comprehendemos amda agora como então linha nacional de navegação directa para os
que por este modo deve-~e proceder, e que, Estados Unidos, fazendo as escalas pelas nossas
esse onus, se tradnz na escala do Maranhão. províncias, e quantas forem convenientes.
Dispensai-a, é não trazer ao contrato allndido Sei que assim externo o sentir de grande
as justas e reciprocas compensaçõe3. maioria das principaes casas commerciaes desta
Da hi, Sr. presidente, o engano do governo, capita~. . __
-manipulando tão douradamente a pilula que Assim po1s, as _allegaço_es novas do _gov:er_no
trouxe-nos: não é, por assim dizer, a escala favorecendo o ptojecto nao têm ·por Sl o -JWZO
pelo Mar3nbão o ponto capital; esse ponto é da praça do Rio de Janeiro:~sei disto perfei-
fazer o contrato de tO de,·Novembro de !B77 lamente.
menos oneroso para-.nós. Porque pois deixar-me conduzir ao nov·o ter-
A honrada deputáção do Maranhão ·não aban- renoj para discutir o assnmpto.'t
danará consequentemen:te 0 terreno' em que se Nao o ql!-ero para o fi~ que mtento; - man-
tem mantido,s6mente pela promessa que veiu de _ter.- me-beL fiel ao convtte_do governo, nesses
fazer-lhe 0 governo; e ainda com a certeza_ de tempoi em que as pretenco~s da casa d~ Jo_b.n
realizar-se. suas aspiraÇões sobem mais; e comó Roacll,: SOns 4.\:. Comp. pod1am ser com JUSltça
a minha e dos _que com!)atem o projeeto,insisteDi estudadas.
por netos que desoneram opaii dos !!Xcessos de O Sn. FBEI'rAS Coll'riNHO:- Apoiado ..
vantagens. d:esse cóntr~to em ravor da casa com· o Sa, cosu Azsvsoo : _E' pois- dever meu,
mercíal .a que me refiro. · · Sr. presidente, considerar o assampto no ponto
O SR. IoAQund)EBR.A.:- Eu continuo a votar de vista em que até a ultima sessio loi conside·
contra o projecto. rado.
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:10 - Pêgina 14 ae 25
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0 SR. FREITAS Coummo : - Não proceda de 1estado áeerca do modo de clar e.ucugàO á supra·
outra maneira. citada lei, agnardo o parecer.para deliberar a ..
'"'"'·o·o·sif;Cõ5T.l- AzEV'Eoo···~~'E·potque·-"o"tanho· ,_semelhall:_~.res_p~!f,O, ~sL!J.a.s.~~as ~~tri!J.lP,~- --
• • - • - couber a soluçao, ou, no ··caso-· contrano;--para·-···
u.<t
pressa e Julgo a questão muito grave... sujeitar a rnateria ao ·vosso esclareeido criterio.
OSa. Fa&IT~ CoUTINHO E oUTaos SRs. DEPU· • Cabe-me ainda informar-vos q.ue, consi- ·
r,mos·: - Apotado. derando não se achar habilitndo o governo
OSn. CosT.\. Az&v:rmo : ~ •... com maior pausa para tomar sobre o assnrnpto decisã? definitiva,
preciso encarai-a, ainda ferindo assim os de· ordenon o meu an~cessor, por ;.vtso_de i8 de
sejos que se manifestam de ser o pro· • Junho do anno proX!mo passado~ contmuass~ a
tado sem demora · aborrecendo aos attenciosos ser paga a su vençao e que ra a o actma men·
collegas que me bonram com suas presenças, ciona.do decreto. • .
e ao honrado Sr. ministro da agricultura. _ :A-hl temos, senhores, o tet•reno bem des-
Tenham todos paciencia ao ouvirem a·franca
declaração que lhes faço, de que não deixarei
~rtpto
1ecto.
8ara
nos. mantermos, e debater o pro-
g~verno nos otrereceu esse terrel!o, e
esta tribuna emquanto nella puder me m:mter, é, eomo d1sse do ~omeço, o mesmo eogttado
nos interesses que defendo: - protel~r mesmo pela casa col!lmeretal de John Roactl, So~ &
a decisão fin;l.l do projecto é j:i um ·bom serviço 1ComP.·• propr1etar1a do~ paquetes, em questao,
9 Sll. FiiEl-r~s Cou~tNHo:- Apoi~do ; ha por ~e~~~~~~~~yegaçao que_se pretende pro-
ahl uns.certos_lmpMientes,_ que se moommodam o governo,_ Sr. presiden~, expôz-pos, pelo
com a d1scussao- hestes nao faça caso· modo que v1m de recordar, a questão ; ainda
- O Sn.. Co's u~:-Tauto'1nai.s se demons- que, deixando de . parte muito do qae nos po-
tram essas impaciencias, pelo qne vimos ha daria dizer em vista destes papeis (mostra-os na
pouco ; pretender-se o encerramento do debate, bancada), que estiveram com a commissão de
qnando estava eu com a palavra, e haver por commereio, e serviram-lhe de base para ore-
uttimo rallado o honrado ministro da agricul- latorio que precede o seu parecer, que discuto, .
tn.ra; e em tal circum3tancia, não se poder ve- e merece toda attenção de nossa parte. ·
.rificar a rolb.a que se quiz, em funcção... Destes papeis, do relatorio do ministerio da
o Sa. FREITAS COUTINBO:-. Veja .
que amea~a 1 ag,ric_ultura, nessn parte que acabe~ ~e Ior, evi-
dencLa-se que o governo para demd1r das alie-
-. O Sa. CosTA A~EVEDO :-•.. e 1sto, achando-me gações da casa John Roacb., Sons & Gomp . que
]a de pé ~esta trt~una l . . a conduzium ã inexecução da lei de 10 de Maio·
Prevemdos ass1m, Sr: pres~dente, os que me de t879, julgou indispensavel estudos sobre o
ouvem, do ,!Il8U propostto,e livres de permane· porto do Marantlão, feitos por profi.ssionaes ;
cerem ou nao aqut, entro no debate. além do pessoal da repartição hydrographica
Acho-me no terreno em que . só me é dado do Imperio.
manter, e para o qual·estou conv1da~o; embora VerJfi.ca·se mais, e ã evidencia tambem, qM
deplore que o governo delle ~e esquive, emma- essa caso persiste em considerar a ~scala do
ranhando-se em outro que nao consulta o dever Maranhão:para seus paquetes como uma ímpos-
qne l~e corre. . sibilidade physiea , a despeito do p<.~recer em
O digno Sr. conselheiro Buarque de Macedo a contrario dos profissionaes que foram alii estudar
respeito dessa evolução do governo, não pensa a questão.
de outro modo: S. Ex. individll.'llmente approva No entretanto com o intuito de rehabilitar o
a resolução que tomo. . . projeeto, que ia'moribundo, no terreno em que
Qual esse terreno a que alludo du~m-n~sas h· Só devia receber o dehate,-o governo passa-o
n~a.'! qu~ passo a e_xpor do..relatorto _uJt1mo do para outro, esqaecendo tudo isto, e mais do qne
mtm~terio ·. da agncultura, commercto o obras tsto, o estudo (la commissiio da camara, deela·
publicas (lendo): rando·o desnecessario para resolver o confl.icto.
•Pag iU:-UNtfKD S'l'ATES ETC, BRAZlt M.ut O honrado minislro da agricultnra nos disse:
S. S. tiNI!:. Nos termos da resolução legislativa -não é opportuno nem necessario discutir o
n. ~853 de ~O. de Maio do ultimo anno, qu_e ai- parecer dn eommissão bydrographica, nem tão
terou as clausulas li e lli das que acompanha· pouco o relatorio da commissão de commerei.o,
ramo decreto n. 6729 de iO de Novembro de industria e artes, para que o governo se pro·
.1877, · devia esta empreza incluir o porto do nuneie em favor do projecto. .
Maranhão na escala de suas viagens entre o Rio Agradeça a cam.ara ao governo que a[loia .esse
de Janeiro e New·York e zmgmen~r o tempo das modo de attender á sua commissão, aos compro-
mesmas viagens de id~ e volta, na r,u:ão de um missas que havia tomado_. perante ella, quando,
dia para cada uma. . por virtude de preceitos de nossa carla, nos di-
. c Suscitando-se duvida :ícerca da possibilitlatis rigira aquella pnrte do rt>latorio da agr.icultnra
& entrarem ot paquetes no alludido portt>, no- que tive precisão de ler. Não me compete ir a
meou o meu illustre.antecessor uma commis- sen encontro, senão para manifes~r-ltie o pro-
são para ·proceder aos exames necessarios1 dos fundo desagrado ·que me causa por esse desvio
~ ruultou poderem os ditos paqr~etes, a juizo c4 linha melhor em que lle devia ·conduzir. ·
da commissão, . fwulear 1tOS aRcorodo"?W do .' Verdade, é, porém~ que,' procedendo assim,
Bim. da ilM do Jl~ e de ltaquL o govern.o teve ao menos, o grande merito _da
Não se eo~formou. a eín~a a ~ pm-etej e, rr~nque~. di.~te de sna maior~ e da _?>m-
t.en~o o gove:rn!l 1m~enlll resolvido.ouvtr a IIUssao ·de sua confianca.. Elle o disse :-nao fa-
seeção dos :negooios do 1mperio do. . con..~lho de çamos caso de todo esse trabalho da cua·; :nada
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 10+ Pág ina 15 de 25
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i·m···por. ~a-.elle,··.c.·om..o .ta~em. n.ada·. vale .o·..d..a.[ .. Os i.n.te~ess.es cread·o·s .a. gora, Sr. pres.iden.te,
,=CJllli,D.!!§.~'!.g_)!.Y~d~qg:~.P}!l~~l..:o:c:'..
. --~-- -- . _ p_or es~~}r.~_a de paquetes não podem ser diffe"
Deixe-se tudo de parte, nadai:iiãis.predsã-=-se:·· l"entes :tos--que· " creará· ' 1f=sua'-.-pte·iieeessor<l'; ~
só o q~e o · governo quer são votos;-venham ne:ises _19 annos ~e serviço, de_!855-:L875, e
votos, arnda os desses representantes do Ma· que nao deram ~nse pela cessacao que tivera.
ranhãD, que podem dal·os, em visla da dourada Vem a proposHo, neste momento, reclificar
pilula que receberam, com as serruintes palavras o engano em qu~ mantive-me no ultimo dis•
de seu discurso (lendo): "' cnrso_. quando drs~e _que aquella outra linha
- -•. Tratando-se da celebração que já está am~!Jcan~a- durara so cmco .~n~os: o meu digno
P1"0Jectada de um novo contrato de navegação a,mt,o, t;,. Sa~ta Rosa, rllu,trado repr~sen·
para os EstadJs-Unidos, 0 governo, desde que tante pelo Para, .hem andara q!lando entao me
se ncha disposto a firmar e~se contrato com a con.testo~ ~sta mmha asseveraça~. . .
condipàa de se estabiil~cer escala pelo porto do Con~e,umteme~te, senl!_ores, sr ~ nova lmha
Mamnltão, nfio julga que seja de boa politicn, c~ssas,e de fuucciOnar, n~o. haverta a contr:l·
havendo interesses creados em virtude do con· rt.edad.e que ~ssalta o espmto d~ honraâo mJ-
trato celebrado pei:J. companhia de New York, '!listra da agrlC~lt.u~a; tap.to mn1s quanto: com
fazer .des~Llparecer tudo isto em preju.izo dos rsto não se ~e,uma o nao termos em poucos
proprJOs mteresses comrnerciaes dH capital e mez~s novos paquetes empenhados no mesmo
de out~as províncias do Imperio. s~rvrco. . . .
• Nestas condições, sr. presidente, satisfaço ~!.notai. bem, s~~hores, 1sto se dana em oc·
ao aj)p~!Jo dos n!Jb~e~_l!epul~dos, d~clurando-lhes ca:tao mmto propJcra,~qUllndo ~e_mos em a!!-da·
que 0 governo, ac~!Lando u prcJecto da com· ment0.outro contrato ae navegacaodo _BrazJI ao
missão de industria, eompromette-se todavia a C~nad;r, com es~la pt)Jos Estados Untd~s, q~e
lazer com que a linha da navegação do Canadá, de p~ompto pod1a attender a. q~alquer elagenc111
que é ao mesmo tempo uma linlta de navegação do. c, rnme!'clo, em certos hmttes, dos que nao
pa:·a os Estados-Unidos, toque no porto de S. den:u::n hoJ_e àe hav~r. - .
L~iz, Por esta. fõrma parece q:1e ficam :meu· . ~r. pres1den~e, a quest~o wuca q~e deve de-
drdos todos os mteresses; tanto mais quanto 0 C1d1r do conflrc~o, e porque ~ cas<1 de ~ohn
govern_o considera que, at~ certo ponto, 0 seu Roac~, Sons ·& t;Omp. coustrurra, par~ a ltnha
procedrmento; annullaudo ou concorrendo para d~ q .JC trata-se, ~sses paq_uetes _qu~ estüo no se~
qne se an~ull<lSse .o couLrato cem " companhia vtp~ ~a com.p_anh.ia amencana e, s1 .o Marnnhao
ue navega~,;ao <1e New York, poderia significar cst,, maccess1vel a esses 11aquetes, como allega
certa desle~lidode que o governo jàmais seria n mesma c:sa. . . . .
capt~~ d: prJJticar, e 9esde que os intere~ses da ~.ques~ao do drrerto que tmha o poder legrs·
p~·ovmc~a do ru.aranb~o são devidamente atteu- latr;o_ee 1~noyar ~ con~rato de 1(} de NoveJ!lbro
d!dos ~ao. me par~ce que seja mais opportuno ~e ~s,~, nao e ma1s obJecto de debate; derxo-a
discut1r s1 os navws podem ou ni.lo filndcar a mar_.,em. . _
naquelle porto. . E' maccemvtll o porto do Maranhao a taes
, Eis n opinião do rrabinete eis 0 com 11romisso paquetes, em escalas mcnsaes?
que por mim e em 'nome d'o governo assumo N~o o é, e isto demonstrei á cvidencia.qu:mdo
üesta tribuna. , aqui fallei por primeira yez sobre o assumpto,
lã_diss<l, Sr. presidente, que não :weito a dis- pond~ em co~tribuição. pareceres dtl. autori-
cus.sao neste novo terruno que abriu-se: e àade, .es~ange1ras e nacronaes: a auto~tdade dn
assun não perguntarei ao honrado ministro si com!niSsao <lo gov~rno que fo1 estudar aquel!e
o acto do parlamento, traduzido pela lei da 20 porto no anno prox1mo fiado.
~e Maio ~ 18i9, é. producto de uma desleal- Volto a este,ponto, com outras mais autori-
uade como nos diz, ou apenas o exercício de dades ; com as cartas hydrographicas do Mara-
um. direito; tão pon~o quaes esses interesses nhiio, de iSl9 até i866, feilas no interesse da
cre~ào~ á. praça do 'Rio de Janeiro que ficariam navegabilidade dessas agoas, e que aqui estão
preJudica~os com a cessação da linha de paque- (mostra 11m roll"! d~ mappas) para serem entre-
tes amertcanos; ainda qunnào outra não se gues no illustre relator da commissão de com-
estabelecesse em substituição. Deixo o· que mercio, industria e artes, e servir-nos de campo
poderia dizer rel~tivamente a estes novos fun. a novo debate que desejo ter com S. Ex., J)ara o
damentos dll protecção á casa commerci:~l de convencer da sem razão dil suas opiniões ares·
John Roacb, Sons & Comp. · peito dos anc_oradouros da bahia de. S. ·Marcos.
Mas o ce~to é que, si a linha actual de pa- Senhores, anies de desobrigar-me deste com-
quetes a.memanos creou assim interesses tão promisso; seja-me licito dizer-vos, conlrariando
elevados á praça de que fnllo, e por elles deve- aquella commissão, que o relatoriú dos profis-
mos pôr á margem outros de grande peso que sionaes, qne vieram de estudar esses ancora-
aconseJ~am sustentar a lei de 20 de Maio de douros, estã de harmonfa com o que elles são;
1879, na~ o. sabemos pela mesma pra<;a, que se e o parece_r que deramJ de conformidade com
mostra an~rfferente ~o assumpto : não o s~be· t~l rel~tor1o. Perfeitamente elaborado, elle re·
mos pela 1mpreusa, que mantem-se silenciosa· liste as censuras que llle fez a mesma com-
met;te. O que sabe·se l1em, e isto quer dizer missão.
muno; o que se ~ente! são os esfnrt;o~ herculeos E, para que assim me pronuncie, d~·eerto não
dessa casa eo~merc1~l pa.ra. desviar-nos ~e p_reciso, senão de saber- gne entre esses !*'Ofis-
md ant~r essa le1; ~for~os ale~ ~o que lhe serJa s10naes acbava·se oL o. tenente da armada Sr.:
adOJustamen.te por em effectlVldade. Alves Camara, e estere de accordo com os de-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 10+ Pág ina 16 de 25
~49-
-...--~--~ --
j
0 SR. CosT~ AzEvEDO: -Segnnmente por S. Marcos .ha _ancoradouros seguros .até para '
-culpa=da~eamar.a- ' --- __ . ---- ,~s..~~palf!!et-es=."""'"__,___ ~'""=--=··=-"
Tambem, Sr. presidente, nao vimos discutir· liessa tendeneia, fo! conttl!~~a a definir o_ que .
se o:ntros pontos desse contrato ~e ora quer- SeJ..a porto dlJ_Maranhão, da 1e1~!le j0 de lla1o de
·se .tanto respeitar, e fazer respeitado, propon· i8,9, para ttrar a c~nsequenc1a de que, Msse
do-se a deroga~ão da lei de ~O de Maio .de !879; parto,taes paquetes nao podem estar; e portanto
como por exemplo o que entende C?~ :t marcha insubsist~aclausula de aelle irem, imposta na
dos paquetes americ~nos. A cond1çao da mar· mesma le1. ·
~.manter~.é-de.muitaJmportaocia; --- Fai,-senheres,- uma -pr-eliminar -para o debate,
o contrato a fixa. que essa commissão a si mesma offereceu.
A clau5ula I diz expressamente que a mar-
cha desses paquetes deve ser de H, milhas por 0 sR. sERAPHICO ._-rsto é uma queslao ~ ·
acc1·
bora :-no entretanto elles são navios que jamais ·dental.
alcançam a velocidade de i2 milhas, sendo re- O Sn. Costa Azevedo :-J.IIão é tanto assim;-
guiada a marcha média em iO. o contrario se prova pelo facto de V. Ex .. rom-
l'..on1ra este abuso, na ~ecução . do contrato per seu fogo contra os que querem a escala dós
nada se diz ! ... Realmente a casa John Roach, paquetes amerieanos pelo Maranhão; com essa
Sons & Comp., é poderoso: póde receber di- preliminar que tanto o preoccupou ; buscando
nheiros do thewuro contra as estipulações que até esses princípios de direito que citara no seu ·
fizera; póde impõr ao pnrlamento revolfar um discurso para d:~r por não escripta tal escala
t>.Cto razoavel e justo, em beneficio so della, na lei que propõe revogar, e ainda para deso-
com descredito nosso, e isto tudo sendo applau- brigardella a casa de John Roaeh,Sons &Comp.,
dida 1... -de New-York.
Siga,pois,nosseus triumphos, mas com ;~ecen- E•, pois, natural~:~ue comece por aqui a minha
toado protesto meu. Protesto, pois, contra os contestação ao proJecto.
actos que se tem offerecido no sentido de pas- O que seja porto do Maranhào, para a execu·
sarmos pelas forcas caudinas que essa casa nos ção da lei de ~O de Maio de 1879, racil é de accen-
Jevaota. tuar :- vou fazel-o, no domínio das noções re·
' Sr. presidente, embora muito sinta desagra- cebidas pelo commercio marítimo, no domínio
dnr ao honrado ministro da agricultura a quem determinado pelo parlamento.
aprecio e sei respeilar por seus meritos, eu Como o parlamento interpretára nesse ponto a
venho desta tribuna interpellar quaes as lei citada ?
causas qm~ o trouxeram a mudar o terreno do O illustre relator da comroissão de.commercio,
debate . O silencio que S. Ex. guarda proposital- industria e artes, melhor do que eu, sabe que,
mente sobre este assumpto será a prova de que quvndo linhamos outra fórma de governo, nos
faz-se pasSllr esta camara por uma humilhação. tempos do absolutismo, as leis que os Srs. reis
Porque escapa-se o governo do terreno, que davam ao seu povo eram interpretadas pelos
traçou-nos para decidirmos do conOícto que- considerandos que as precediam, razão de ser das
~bria á execução· do contrato de iO de Novem- mesmas leis; e que, depois, no domin!o do sys-
bro de i877 a lei de 20 de Maio de !879, c pro- tema representativo, a intelligencia das leis se
cura esse, a que jâ alludi, inteiramente alheio ás procura d:•s discussões que as promoveram.
~llegações dtJ casa de John Roach, Sons&. Comp. Os debates do parlamento dão a melhor intel·
para não aceitar aque!la lei ? Jigencia -p3t·a decidir-se dos coilflictos que sur·
Isto, Sr. p~idente, impõe explicações sérias. jam, sobre as leis duvidoSlls, e alcance de suas
O parlnmeüto as deve exigir. Espero ouvir :linda disposições. _
a respeito o honrado ministro da agricultura. Não me ~;)rsnado que isto sejam heresias de
. Espero Que S; Ex. nos f11l!e da bydrographia nosso direito publico, e o conllrma o silencio de
do .Maranbão, na parte que ~!Iecta as relações S. Ex.
do commercio maritimo pora a sua capital. Pois bem; façamos applicação deste principio,
Ur&"e que saib:~mo~, pelo menvs, si a repartição e. desde que não pôde ser recusado, teremos
hyarographic:' do nosso paiz vale tão pouco a visto a improcedeneia aessa preliminar à que
nutorizar o governo a receber pareceres officio- alludo. e a que attendi no meu ultimo dis:mrso.
sos de preferencia aos della, ein materia de que Na sessão de 7 de Janeiro de !879, e ainda
deve faltar autoritariamente. não me havia sido aberta a porta de~ta caSll,
Antes, senhor~s, julg-o-me obrigado a tomar pela demora de reconhecer-se o meu diploma,
a defeza des~a repartilii'O; não digo hem, do seu que faz-me ora aqui fallar, o Sr. Tavares Bel- .
trabalho sobre a questão que levantar~ a com- fort, digno r epresentante pelo Maranhão, autor
pnnbia ameriC1lUa ; •l impra#ca!Jilidade d•l bahia da emeÍJd3 que produziu a lei que se propõe
de S. illatcos ·aos paquetes que (azem o servico th annullar, disse o que era para ella o.porto do
navegação à{Lqut ;,a New~Yori.:; tanto mais' que Maranhão.
esse trabalho roi uuramnnlll censurado pela S. Ex. interpretou. o que seria porto ·do Ma-
comm i8são de commercio, industrir. e artes, no ranhaõ, para 3 - escala dos paquetes americanos:
relatorio que precede ao projecto que combato e fêl-o eni virtude de um aparte que lhe dera o
e em discuss:o. · então representante temporario por Pernam·
Ten~o agor:~ presente este relatorio. buco, hoje sena~or do imperio, o ·sr. Luiz Fe-
Sr. pr~idente, a illustre ·commissão, apeutr llppe, nos seguintes termos: E os vapores ame- .
de sua tendencia em· favorecer a c.,sa de Jobn rteanos podem entrar no MaraRhâo ~ .
Roacb, Sons & O;mp. (apartes), não pôde occul~ Aesta.interrogação.oillnstre ·autor da emenda
ta r· nos uma verdade ,,.-a de que -na bahia de respondeu, apontando para os ancoradouros da
Câ"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 16:10- Pág ina 18 de 25
_b?hia .de ~s. Marcos EO_mo_por~~-do Ma~nhli~-:~ ::s :l!ificielite·. ;ara. á.manobr~ deste~ grnndes na·
eiS alna mterpretaçao da·eamara.dos:Srs; depu· ·'VlOSi.quitl in4?.: : ·.... • , -· _ · . _ · :;. : . ·
,~t::d~.~-:'"=='"-~==-·=-=..:==='""==-~~-=---__;_,;__- • Não temoS ·muitos oú-tro3 ancoradouros ·
·: Fare• transcreyer com a pu~lícaçãolio .mêli" -::mligJ?.iifeõs;4Desmo-=etu"'freilt6-~~pit:~l;=m$<h.:
. lltsçnrso.o qne dtsse S. E-r., nao lt)ndo porque proxuno della, onde estes navtos podem 'estar ·
ser1~ _ fat 1gante. · sem o menor em'bar~eo, sem o menor risco 'l' · :
. E•s. o que lê·se ã pag. 319 dos Annaes, sessão · • O Sr. Menàe• 'de Al1neida : - ('.(lm a maior·:
~llud1da da camara: . . _ folga possível. . .
--·-~!_!!lesma, Sr. presidente, os pnquetos aine· ·• o 81·. Nunes Gonçalfles : _Lembrarei, por ·
r1canos nâo""PUdere~ xemplo, o l1aqul, ete., etc. •
:Maranhão e ne~ fu.ndear no an~oradouro ~ha· z. • o 3r. Mendes de Almeida, na. sessão-de
mad? de ~ranqnta, o. mesmo prat1co Sr. Feh~pe ·15 de Março (pag. i99 dos Annac:) depois de
Pere1ra amda nos dlZ que.• logo que se sahe _fora discutir com a proficiencia reconhecida a hydro-
do ~anco da ponta da ~re1a e se CIJ:he n~t baJua•de graphia dos. ancoradouros todos do Maranhão
S. MarCO$, a sonda va1 progresstv-amente au- disse (lendo)· • '
gmentando de 20 pls IJara eima; que por 33° NO - · · _ .
de uma peqnana barreirn, .proxima ao lu.gar ' Os representantes do M~_ranh~10, Sr. presJ-
ehamado .Araçary a distancia de tr~s milhas dente, não qu.erem n~lli pou1~m querer, que os
marcando· o pb.arolete, ou 0 morro de s. Marcos Vflpores am:encanos no prectsameu.te, e a toda
ao SO !/2 O, eneontra·se bom ancoradouro com a for~. :to porto.:em q~e q ca"?metc10 faz §u~s
o fundo de i7 metros sonda lama: que entre a descar~·as e embarques ; .ISto e, den~ro do rto
ilha de Sarapirá c a 'Ponta do Itaqui bn um. bom Bacanga, na conJluenc1~· com o .Aml : :-o que
ancoradouro com fundo de 15 a 17 metros para elles querem, sempre t[U!Zeram, e que vao-a um
navios ~e grande calado; finalmente que 0 canal dos ancoradow:o$ do. porto do Maranl1ão, capa;:
q 1e va1 da barra ao Boqoeirão e pass.~ encos- de accommbdaJ perfatamenú e oom toda n.seuu·
tado á ponta S da ilha do l\ledo, tem um fundo ,.~nça esses va!os . E1s~s a.ncoradotwos c:.euttm,
de ~O a 30 metros, e o outro canal, chamado ntnguem podera- de óoa {e nega!· os. •
d'O~, q_ue p~ssa ao NO da mesma ilha, lendo 3.• OS!'· ~eitãó da CU;nhn, distlncto senador
4 a 5 mllhas ds largura,- tem de 35 a 40 metros pel~ provmc1a que, aqUI represento, na sessão
de profundidade por 4. a 5 milhas de largura:~ • dei7 da ?tfarço (Pag. 221 dos :Annaes), mostrando .
~ Ora já :vê V. Ex., Sr. presidente, quantos que a companhia amerie~ na não p6de Jaze~ os
fundendonros, mais proximos á capital do .Ma- seus paquetes te~em a escala do ~laranhao, d1sse
ranhão, e111 )rente mesmo a esta, têm os pa- (!a-ndo): . _
quetes aroeru:anos, caso não possam fundear no • Mas, senhores, os vapores nao podem
porto propri:~mente dito. » entra1· no porto do Maranhão tlem podem fundear
A interpretação qne a outra casa do parl!l. nos dous portos, a que t~m ~Íl~dido os honrados
manto deu, sobre o que seja porto do Maranluio, se~adores ~or aqnell~ pr~v1n_c1a. • _
para a escala alludida, dos paquetes amerie:mos, :-;r. presidente, ahi esta a mterpretaçao qne o
quando alli se discutiu a emenda, que resolveu parlamento deu ao que seja poJ"to do Maranhão:da
a camara fazer, ao contrato de iO de Novem· lei de 20 de Maio de i879 :-e são todos os an·
bro.de i877, niio foi diversa. coradouros possíveis aos paquetes americanos,
Os dignçs senadores qne tomaram parte .no na Bahia ~e S. Marcos. ..
debate est1veram aceorães com sal interpre·· Quaes sao elles, demons~ret eu, e outros. me-
tação :- ne~thu.m a impu,.nou. lb.o_r fizeram_ antes, no dtsc~rso que aqu1 pro-
. " . fert em sessno de i7 do proxuno findo mez.
Descamas a conhecer o que dJssernm: Mas a preliminar da cornmisSão que levou·
t.o O digno Sr. Nunes Gonçalves na sessão de me a procurar esta interpretação .para contra·
!3 de Março de !879 (Pag. t79 dos Annatl ) disse rial·a, tatnbem não está de accô•·do com a
(le7Ulo): · seieneia geographiea, pela conclusão que
• Chegamos ao ponto magno da q_uestão aeerCll teve· .
da qual _está s. Ex. (o lumrildo mifiutro de agri· Je!dode é que o d1gno membr~ dessa çom·
eultKra) em uma snpposição erronea, sendo no- m1s~o, rep~ese_ntante d~ Goyaz, n!lo a aee1tou,
.tavel qne, ~ventnrando uma tal supposição, não ~- msto, e sa msto, esta S. Ex. drve:rgente de;
se di ~nasse de Mompanhal·a de nem nma só 111 ustre relator.
espeCle de prova. - S. Ex. vem em meu lllL'tilio: o <IUe passo a
c Eo, entretanto, hei de provar o contrario· l6r de seu discurso o mostra (lendo):
. espe~o ~demonstrar atã á evidencia, levando à c E' certo que divergencias se deram 'por oc-
conVlcçaO a todos que me.ouvem, que o port-o do casião de discutirmos o parecer que termmou
Mara~ tem capacidade_ pr~cisa ~~ara receber pelo projeeto ora em d!se'!-ssão, mas não_foram
os nav10s de maiOr lotaçao, _mclustve esses de ellas de natureza a preJUdicar as conclusoes do
que se traia. me5mo· pareeer; " ·
. • • .• • • •. • • •. • .. • . . • As divergencias a que alludiram os nobres
• - • • . • • . • . · • • • depu lados referem ·se especiàlmeme ·á ,preliini.
~ lias, qnero admiuir que' -0 porto de s~ L~ nar estabeleci& pelo relator da eommissão, e é
otf~reça dimcúldades que podem ser lrazidas-da a. que passo _a ler (le} : .
estreiteza -do- aneoradouro. . • . quero oonceder - • A comm!ssão _de commereio , mdustria
que o ancoradouro de d~ não tenha espaço e artes, antes de emittir· seu· parecer; julga op-
Cãn ara dos oepllados - lmfl"eSSo em 271011201 5 16:10- Página 19 de 25
portu no elucidar uma preliminar, e ·é :· qual · . Por este modo, senhores, demonstrado á ui-
o $Cntido que se teve em vist.1. dar á expressão lima cyidencia de que o porto do nfaranhão, da
..,..'Do,r~o-.dooJlaranlúJ'o,e mpreg:tdtL:r:tO .citado,decreto·., .J.ei=dc20=<!e.d!:JiO=de=!!!79;'-siiO·, . qn~csquer"doso:o
iegisla.tivo, isto é, si como tal se deve consi-. ancoradouros dn bohia de S. Marcos, cahe sem
derar o ancor<~douro, que .serve habitual· peso a prelimin~r. a que me referi, e suas con-
mentc ao commercio da capital da provincia sequencia;; nenhum valor produzem.
do !\inranhão, ou si qualquer outro ~ncora- . A i nterpret.~ção do que seja esse porlo ~stá os-
douro que esteja no littorat da mes:J~a pro- se~Hada; ·resta sómentc p:~ra põr fóra ele com-
vincia. Parece á commissão quo deve ser pt·e- b~tc o~ flludnml!ntos em que so sustem o
ferido o primeiro sentido, porquanto como porto projecto, e accentuados pela commissiio de com-
:naritimo ou fluvial de um~ cidade sempre se merda, industria e artes,- demons tr~ r ·que
considerou o Jogar á borda do mar ou do r io, hn . naquclla ·bohi:~ :mcoradouros de que se
onde ns embarMções anroram para Cllrregnr podem ntililklr os paquetes amerkanos, si é quo
e descarregar fazeudàs, c nilo quaesqner outros não está jft, ;i e> i denci~ tamberu, lsto posto fóra
ancol'adour·os onde taes s~rvi~~os não· ~e rnzem. • do duvida5. · ·
• Neste ponto, Sr .. presidente, e~tive c;m des -. Entremos nestú questão hydrographicn.
acc&rdo, e ainda continúo em destJ.ccôrdo com o Sr. pr·csitlcnie. acJui e n·o scnndn fornm lidos
nobre relator . di verso~ es-:riptos Je hydrogr.::phos estrangei-
r ~ . . . :
< O Sr. Jeronymo Jardim:- Porqua a nc(Íit:u Marcos.
a nceepc;uo dada pelo honrado relator dn eom- Vimos que os l\lmirant:t:los d~: Iuglaterm e 1lu
ru iss~o nesse caso lambem de\'fam tllr · sido e:>~:·
Franea entendem que ne:;ses :~ncoru d our os, do
cluido,; do contrato os portos de Pernambuco e Eit•;,, da ilha c!o Mcrlg e do Itaqui, paJem
do Pará (apoiados; muito bem), qt:e se acham uch:!r-;:.e c:a maior segurtnça navios como esses
senão.cm idenlicas, ao menos em condições ~na · paq uetes amt>ricanos ; -é o declaram !•elos es-
Iogas. tudos .que pot· Ol'dem propri11 se fizeram, no
• Por!o, Sr . presidente, nn a·ccepção technica inlere;;,:e do commcrcio m ~ ritimo c :i cnstt.t de
da palnvra, é uma parte do mar onde ós navios considcravei. ; t.!cE> pezas.
encontram abrigo contra a acção das ondas e dM Não ro·r:nn rss~s es Ludo~ feito;; :tpenas no in-
tert~s~a gl!ral tia geographia ; houve sempre um
ventos e hn sempre ngua para que elles poss~m mais pn rticular qual o da-navegação.
encosto:· aos caes <les~in~dos á C11rga e a dcs- Si os hydrographos inglezes e francezes com-
corga . b~tem por menos verdadeiras as proposições
~ Tomando·se n llalavra-portf.}-ncste sen-
tido restricto, o nob re relutar da commissão que fere:n <t grande capacidade desses :mcora·
teri3 razão, e na n rdnde nlio se devia consi- Clouros, olierecidos pela casa de lohn Roach,
derar os :mcoradouros proximos á cidade de S. Sons & Comp. e pelo testemunho olficioso do
Luiz do ~Ia:·anhlio como f~zendo parte do porto Sr. Roberts, cngl:nheiPJ llydraulico, americano,
do Moranhão. não menos o fazem os hydrogt·~phos american os,
. • Porém , senhores, est.1 aceepção reslrictn da como anLes o haviam feito os portuguczes,
d·esd~ remotissimas épocas.
palnvr::- portf.}-nlio ê :•qnella quo é aceita
pelo eommercio. (Apoiados_) O depart~mento da marinha dos Eslados Uni·
• Em gernl confunde-se no porto de uma ci- dos, seu con:>elho. do 3hilirantado, n ~o está com
dade os ancoradouros mais ou menos proximos as opiniões que ~fagam os que estão do lado dos
onde os navios fundeacn para fner n 1'..1\i'"'a interesses da companhia :~mericana. f.tipartes.)
e descarga, e é exactamente o que se uã e'm No ~eu roteiro official eu vejo isto posto á evi-
P<'rnambuco, OJ.tdC os n~vios ancoraon fóra ilo dencia ; na ul tim:l edição desse roteiro está, e
porto propriam~nte dite, e nlli carregam c des- que eu lia v:ti:"para uns 35 3nnos (quando se me
carregam por meio de barcnças. (Apotados -e mandara €duca1· naquclla marinluJ.), em roteiro
apartes.) • , que ella mantinha e distribuia a seus nnve-
· De accõrdo,Sr. presiden1~ ,estão todos os dic~io guntes.
narios maritimos : citarei dous apenas: A pag. 515, ed. de i8~2. do Blunt's, american
No primeiro,· da marinba porLugaeza, im- ·coast pilot, lê-se o seguinte · (lendo): ·
presso pela primeira vez em 1855, sob os aus- • A bahia de S. Marcos é uma parte do mar
pic!os do rei, official dn armada, c a elle comprehendidp. entre a costa · occidental do Ma-
offereeido, 4 p~,g. 280 está (leudo): . ranhão e a terra firme:-sua entrada fica ao
c Porto ou anCOTadouro : - sitio em que en- . NNE e SSO com :1 extensão de mais de 7~ mi-
tram.as embarc.:.ç.ões para surgir nelle e estar lhas e de lnrgnra de seis milhas por toda a
seguro "' salvo.• ., parte.
~o ~e_,gundo, da marinha .brazileirn, impresso • A profundidnde á sufficiente para os niaio"
em 18, ' por conta e ordem do ,zoverno obra res navios, nindn · mesmo fragatas; á vr'~. os
devida ~ uma commissão de competentes a'utori- quaes podem ancorar mesmo perto do a· .:ara-
d~des, designada, pen~o que em1868, sendo mi- Muro dr. S _ Luiz, situado na parte o::cidenti!l
mstro o Sr. conselhetro Afl'onso·'Celso ã parr da ilha do Maranhão.• , .·
i63 está (le!tdo): ·· ' o ·
A pag. 5J.8 ainda lê·se (lendo):
• Porto: - logar na .costa ou prnia do mar · c Os babit:~ntes d&:~. 'Luiz; em. co_nseqn.encia
quepóde receber D!lViOS é' ~brigal-os ile tempo- do.ancoradouro ·da· ctdade ·oostru1.r-u, esperam
raes..Ha tambem 11os_que formam bons portos, que serão levados.a tr:msrerir o ·seu· porül :com-
qu.er na foz, quer no mteríor;·• . · · mer.cia~ para Alcantara • . ·
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 16:10· Página 20 ae 25
- ·53 -
< O por-to do Alcantara é preferivel em todos Os :~:ncoradouros, q_ue ella rejeita, são em tudo
os respeitos ao de s; Luiz. • ' so.penores a este uUtmo. . ·.
.,~=-:AhHemcs,-~enhores,, os-;hYdrographos~at1JeF,k,,. '"'··-0 -S:a."SERÀP.!liCO, déÍ um .!!parte•.__ ____ _
canos em accôrdo com os mglezes, os francezes, : . · . ······· ··· ·-·: - ·- ' ·· :···-O-
os portuguezes c os brnzileiros ; e isto, antes do O S11.. Cosx..~. AzEVEDo .- Ja _!1-rsse .aqu! que a
con.tlicto dP. que no.~ àccup~mos. perda des~ vapor, ~o M~anh:~o, fot ob)eeto d.e
Foram clles os primeiros a cbamar a atten.çiio consultas • que fnt ouv 1 ~o .mmbem pelo e~rgo
do commercio mnri_timo para a ~rovavel mu- que exe:rço na ?!ta adm~mst~ção da m:mnha
d3 nç3 do porto ·da capital p:~rn 0 de Alcantara, sobre essa perda . e que nao aecnsou-se o porto
sobre todos o melb.or. pelo facto .
. O Sn. PAULA DuARTE:...;_ Apotado, e é o que O Stl. SF.nAl'HICo :-O primeiro vapor grande
ba ·ae acontecer. que a!!i roi, perãeu~sc. .
O Sn. Cos-rA AtEVEnó: -Mas desde 1819 ns O Su. CosT:I. .AZEVEDO : - Mas, si está provado
cartas hydrographieas todas lêm sido accórdes que e5sa· perda não tem por cattsa ,o porto, a
no qne snstento: o l,inranhão tem cxcellentes que vem como argumentn esse facto?
ancoradouros na bahia de S. Mnrcos. E.lles niio Deixemos de irritações : quero tratar do
r)fferecem os i oconvenientes qtlc lhe emprest~ :t nssumpto com :1 maior calma, e convencer a S.
com missão da· cnmnra no seu relator[o. Ex. que es~á m~ parecendo se-r inco-nven.ciyel...
Nenhuma dessas cMws a a por ou ra o sn. EUAPHrco: em UYt a, porq
O Sn. SsnA!'!UCo: - Eslil abi o mappa do Sr. vejo que se não leva a quesllio para o verda-
Hawshaw. deiro terreno.
o SR C<1St'A A7.1'YEDO ; -Onela? Eu .o llãO o Sn. Cosu AtEYEDO : - Essa e boa ! Ell
. couheço c e!le não pôde ír.~ontra~i~r a <JUilntos colloco a questão no uníco terreno adrnis$iVe1,
aqui offereco p:m ostudo tle V. Ex. aquellc em quo o · ~:overao olfereceu-nos e foi o
Nenhum" destes mappns, Sr. presidente, dci;;:a cogitado peta cnsa Joiln Ro3ch;Sons & Comp.,
nté de ccnflrm~r o que a commissão hydrogru- e fll ilo com autoridades instl!<peitas.
phic:~ nos disse, de qu~ uo :mcor:tdouro do Eir:! o sn. 8EllAl'BJCO :- Ess.3s autoridades que o
ao de S. Luiz ha 2 i/2 miluas: n commisslio da nobre deputadO' cita não .cogitar:.rc:r do contrato
com~ra dà mais de 5. com a companhia americana. · _·
O .Sn. JllflONY~!o JAnDt~I:- Duas lcgtins e oSn. CosTA AzEVEDO:- E' por isso roesino
meia pelo e:mal. · ·. . · · que ellas me servem }!nra combMer a V. Ex.
· O Sn. CosT:I. AzEVEDO:- Desculpe; o signal e toruam-se valiosíssimas:·· . '
do :meo::-odouro do Eira em toctos os mapp~s.
para os navegadores, e;:tiJ dr. S. Luiz, por nnvo-
o Sn. SE!lA.PHICO dâ um ap:~rte.
g:~ção do canal, em 2 milhas e 3/l:.. . O Sn~ Co~'l'.\ AzEVlmo:-Perdiío; essa parte
que eitr. do relatorio da commissão b.ydrogra-·
Uas quanr;o fosse maior, muito maior, em phica, é puramente accidentDl; um conselho
que isto póde implicar com a elCeeuçiio da lei? que dá, e dispens~v-el, como 0 posso dizer por
Poi~ não temos t.1n\os portos commereines, ser tambem outond:~de no assumpi.o .
. em que trabalham navios,- como ~ssc~ paquetes, o Sl\. S-enAPBtco:- Agora jâ não serve a com-
~~ ainda em maiores distancias, com menO<; se- missão bydrographica.
· gurança'l
Não temos, por exemplo, Bueoós Ayres, cujo O Sn. CosTA .AzBvEOO:-Serve. Esse conselho
:-.ncoradouro pa 1-4 tacs naviós pódc ir ~cercn . que deu, e liesneces>ario, sobre sabir·se a certas
de u. milhas ~ Pois sómoute porquo os paquetes tiaras do Pará para chegarem es~es poquetes ao ,
da cas~ Job_n Roach, Sons & Corop. têm no penól Maranhão sempre com . din, mostra o quanto ~
de sua enrangueja 11 b~ndeira estrellada, n~o po·. commissiio se empenhou em . servir bem, sem
: dem elle.~ tambem occupnr ancoradouros Jon- mirar interesses sobre o conllicto que se abrira.
ginqnos'l : . O Sn. SEM?atco· dá um ap3rte. ·
· Si ·qnizesse ir a outros confrontos faria per- o sn: Cosrr. AzEVEDo:- Bem. Si o nobre de-
. ceber até onde vai 3 exv.gernção dos que ·com. pulado se tive~se limitado 3 defender o projecto, .·
batem os ancoradonros ela bnhla de S. Marcos. com fundnJliento. nos princiPias g:ue regem os
. Ainda mesmo no Pará, a que distancia ficam os contratos, declarando. que a lei de 20 de Maio
-paquetes aIludidos do ancoradouro do commer- os fere em relação · ao · de 10 de Novem])ro
cio 'I Algumas vezes a tres milhas abaixo, mui de i877, nada . eu diria; que não me cabe ahi
. approximadamente... discutir com S. Ex.
O si SEuPa:rco dá um aparte. Outros o fizeram; e principalmente os dignos
. . OSn. CosTA AzEvEOO:-Estas comparnçõés são senadores pelo Maranhão que tanto elev.:tram .
n prop(jsito. E note-se que foi S. Ex. mesmo esta ·discussão, no mez de Março do passado
quef!l aqui nos f~ outras; qual u razão, pois, anno, na outra casa do l)arlamento.
de d1spensar- me dtsso '! . · . . . Mas, desde que o nobre deputado vem a . um
sr;.sr. presidente, eoinparo 05 ancorndotiros -ponto differ ente, ·a esse que affecta á praticabi-
de S. Marcos eom o do Lnmarão, o que fez ore- lldade de um ·porto que de-v~ conh.ecer, p_elo
latorio da commissãr. de commercio, 1ndustria menos em vis<a de roteiros,- posso e me cumpre
e.artes, então mais noto a exageração. !lledir· forÇas com S. ·Ex. · ·
c!mara aos DepLiaOos - lm"esso em 271011201 5 16:10· Página 21 ae 25
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_____ttmpo,:_sem)::ísco : podem· ancorar perfeitamente- ponto, e verá -que não 1em peso para o qne pre- .
. . líem para $8 cómmti.IiieãreliftotiCaeapital~)ll\l'lF '1&ndB-S6<"NliS" ÍÜseuss(íes·,tfu·e!mart,péde.pa:nh"
o reeebimen~ de malas, passageiros e eargas, e~r o contrario; l!las por entre homens enten.
em Alcantara, oo sul da ilha do Medo, á ponla d1dos em o 8SSUmpto não: não vai nisto desoon·
de ltaqu.i. Na mai()tis. dos easQs M ancoradouro sideraçSo. Diga-se aos maritimos que elles não
do Eira. são competentes pna faUarem em jnríspruden-
Nada importa a distancia; pois se as diminue cia,ew tantas outras xna~rias de que a eam3ra
com os vapores dos pnrtos que se empregam _no se occupa, e niio impugl1arão esta verdade em
trsfego respoohvo: apenas 1sso lhflile n - · ·--·---···. - - - - --
on menor tempo de estadia. · As corren:.es de O alongamento do caminho, tambem, não é
que fal!ara-se tambem só em tsnto intluirá ; tal que possa justamente allegar-s& em favor
tres, quatro e cinco milhas por hora não pareça do projecto. O illnstre senador pelo .Amazonas
embaraço serio para esses v-apores :- no Pará, concederá que lhe assegure não exceder, com a
por ('.:Xemplo, vão muito maio. . eseala do :Maranhão, em mais de 60 milhas, como
Mas é que ·nem as correntezas são tão fortes deixl} demonstrado em um desles mappas (mel-
. por alli, e. . • · tra um· rolo), onda· tracei as derrotas em linhas
O SR. SKRA.l'RICO :-ú Sr. HawshaH que es- enearoadas, de Pernambuco ao Pará dírecta-
tudou o porto o aron ao a
cinco milhas. · Folgaria que fosse isto verificado pelo no re
deputado o St•. 8eraphieo, a quem mais parti·
O 811. Cosu AzBVKOO:-:-.ão nos ancoradoll.ros enlarmente agora mt~ tenho dirigido.
do Kira., da ilha do Medo, de ltaqui, de A!can- Tambem, Sr. presidente, não julgou hem ~sse
tara, ~te. digno sena~or, quando disse que a escala do
O S:R. SERAPHICO : - Elle diz ~e o golfo é Ma:roJ!hão poria em maior perigo a passagem .
obstruido por baixíos ninda que h3ja um~ certa dos paquetes pelos baixos do Ma110et Luiz: é o
profundid~de no canal ; e o Sr. Rawshall é com inverso.
certeza mais competente do que todas as auto- Isto, seahores, foi reconhecido lo~o pelo não
ridade<> que o nobre deputado-citou já. menos illust.re e dign.o senador o ~r. Mendes
Q Sl!. CoSTA Azivlroo: -Não apoiado, nessa de Almeida, que em ;~parta lhe disse (lmdo):
parte da scieneia que implica com franqueza ãa . • Então, digo mais, si fossem ao Marankão não ·
navigallilídade de navios. O eminente enge· hnltam os vapo1·e• de correr o risco dos baixos de .
nbeiro inglez não é marhimo mais distincto do Ma~oel Luiz . •
que ~t:onehez, Tardy de Montravell e 1antos Sr. pre~idente, é tempo de re~umir e pro-
(lutrGs homens do mar que deram·nos a conhe- curar termo a meu discurso que deve estar
cer CQmo n:rveg:~r Da bahia de S. Marcos. fatigando ~os collegas que ' ma ouvem. (Nào
Deseanee o nobre deputado: por muito que apoiados.)
respeite sua opinião, esta de que o eminente · O contrato de tO de Novembro de 1877, feito
engenheiro inglez, a g11em se refere, é 8Up~,rior sem <'iltorí:tação do poder unieo que para tanto
em I!01~hecimentos nauti~Jas áquelles hydrographos, está babilitudo, teve eom()co de exeeueão, ·desde
homens dCI mnr, nlio possCl receber sem protesto: logo ferindo-se-lhe : já sendo paga n subvenção
ninguem· ~· receberá. · quo elJe niio pormiUi11, já nilo tendo os paquetes
Sr. presidente, eritica·so aind:t (lm favor d:~ de q11e falia u marcha estipulada aUi.
casa de Jobn Ro:~eh, Sons & Contp. n innovação DeJ?OiS !oi polo poder legislativo delerminada
do contrato d<l !O de Novembro de !877, porque uma mnovo.ç:lo, com a qual sómente o appro-
a esenln do !lar.~nhiio V~Ji augmentar Gcaminho vava.
dos paquetes om UO mil11as por cada viagem de A tndo isto a ca~a contratante esteve muda:
ida e volta, como disse no senado o illtlStre re· mns logo que o governo /h e intimou a execução
present:mlc do Am:non:ts ; porqae essa esellla da lei, por ser exequivcl, e fet- lhe <~ :.uspensão
impõe praticas :1 esses paquetes, neces.•idade que do subsidio, por não querer exeeutnl·a, é que
rBCOnàeee a co!lltnissão hydrogrspllícn. eUa veia a !afiar de modo soberano, com um
Que valor têm mais e~t:Js allegações para. dar ultimatum digno de reparo. .
forças ~o projecto? Não se :~larmou essa casa cGm .as· discussões
A necessidade de praticas a bordo é cou.sa de que produziram a lei de :ZO de M:~io de l879 :
nenhum valor do projecto :-não os te in em toda álarmo1H;e, porém, com a susl,)en.são do sub·
navegaçrio da costa do norte de Peruamlluco, sidio. A questão de ®llars ahí está.
quantos navios por aili navegam "' Di~nte destes f:~etos pergunio: cabe-nos t~P·
. Os navios que sahem de Pernambueu mesmo, ptovar o projecto CllValldo nó~ a desconslde'
quando em demanda só do Psrá, não costumam .ração p:ropria 1
ir com prati.eo '! . · O bonrado ministro da agricultara fallando
em
Mits, Sr. presidente, consulte-se o que sueee· salvou nome do gov.erno em favor desta casa,
sua responsabilidade individual ; honra
de pelos JIOrtos todos dos Estados-Unidos, na lhe seja f eita .
sua navegação de cabolagem~ e ver-se-ba que
por elles passam os navios sempre com pra1icos. · O SR. FliElTAS CourzNBo:-MDS é questão ele
Çb.ameo nobre deputado relator da commissão governo.
os americanos que dirigem os paquetes da linha ·O SR. CoSTA AzEvmo:-Não sei si é~ sei qu~
de que trata-se, e lhes pedi11do que fallem de· ses;nndo o governo ha intere$SCS ereados qna
- tora~ aberto á-franqueza, e eerr3dos aos i.n- exigem approvação do proj~IO . Qnae.s sejam
leresses .dos dollars, interrogue-os sobre este ignoro: o lionrado minis~ro nos ha de dizer.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 10+ Pág ina 23 de 25
A casa de John Roªch,Sons & _Comp. Vlli _mitJ,ou_ a_gll~ªo,__ ~_(}e~~-c_@_rdo_perfeitoc.om o_·,
--,..veriêer· õ-~flariiento·;- ·eua··póMmuito: m:as· ·parecer·que-o!fereeéra;··temp·os ~epois. - · - ·
para tanto não ha necessidade do silencio. O Sr. Mance~o qu~ndo escEevta nquella carta,
o g11 SERAPHICO da um aparte. nas melhores mtenções, na~ sabta tamhem,
• . como ficou sabendo, o que e o porto doMara-
ü Sn. CostA AzEVEDO:-Perdoe: Of' Estados- nhiio e todos os seus ancoradouros.
U?idos t~m nest.<t linh,a mais ·int~resses do que Ne~Les termos, eu creio çlle, M presente, o
nos, e nao qu~rem-n a subvencwnar; esta é a honrDdo senador a quem ::~Iludo estará com os
-----verd-:rdir.·~- . . . ·qu·e querew·--ã· escala que o proJecto reJetto;
~emos 6m no~sa praça muttos capt~es. 1.n- pois S. Ex. disse (lendo):
nctri~s que P:dem emprego, e que mao a m- c Si alguem me puder c~nvencer que esses
dus.na que es~a cosa explora. . vapores podem entrar no porto do :Maranhão,
O SR. FREITAS CovTINRo:-Os Estados-Umdos sem risco imminente de perderem-se na pri-
sabem o que fazem, nào subvencionan~o essa meira viagem que Já façam (ouso asseverar isto
t:ompanhia, quando a ellcs prestam ron1s ser- ao stmado), eu desde já me comprometto a votar
viços as vi~gens de seus paquetes que a nós. pelo projec!o emendado, como veiu da caroar3
O Sn. JoA um SERRA:-Lá não havia alavra dos Srs. deputados. •
real. Pa a na e rc; votar atraz ... onde se E S. Ex. isto disse pensando tambem em
viu? outros ancoradouros que não sómente o de S.
o Sn. Cost.\. AzEvEoo :-Ouvi das discus- Luiz. No seu discurso esl.á:
sões que sempre houve a subvençiio que se • Mas os vapores n~o podem entrar no porto
quer ora astab1lecer por iO annos á cnsa ~llu- do Maranh5o loem podem fundear ?!os dous portos
dida, ainda depois de finda ~ carreira ameri· a rjue t{~m alludido os honrados senadores por
cana da companhia G;Jrrison; e para os vapo· aquella província .•
res inglezes, mensalmente em viaf(em a Liver· 0 digllo senador por Goyaz bem fez, pois,
pool, d'aqui, com escala por New- York. quando 3SiCVerou a seu collega que dle votaria
Será isto certo? Não o creio, porque não hou- pela escal:~ do Illaranb.ão •mais tarde, pois sabia
ve nos orç:~mentos verba para essa subven· ao certo que laborava em engano quando in
ção; ao contrario c:ommetlera o governo grau- com 3 vozeria de que aos paquetes americanos
de falta, e ha erime a considerar· não cabe pelas suas dimensões, entrar naquelles
O que se deu seguramente, foi alguma rctri· :~neor:ldouros. s. Ex., que muito sabe destes
buiç:1o pelo transporte de malas. assnmptos, por seus estudos e pratica de con-
Isto indica que, podemos permnnecer comu versas com um dos mais dignos olliciaes de
até ao entrar-se na execu~:ão do contr~to de ·io nossamarinba, 0 Sr. cheft! Silveira da Motta,
de Novembro de 1877 : -rejeitemos, pois, o não podia proceder de outra fórma.
projecto, senhores, é a melhor solucilo.
Com isto manteremos mais n consideração O honrado senador por Goyaz com seus apar-
do poder le~isl::~tivo:-desfazer assim um aelo tcs, quando fall11va o seu collega, fez di~curso~ ·
seu, é condemnal-o a set· tido por pouco j-udi· connnci1los, que espero possam ainda cOtnbater ·
cioso, pelo menos, em suas delibcraçucs. o projccto,
Scnhore~. os discursos dos dignos repres!lD· O Sn. JoAQUlM Sr.:nRA : - Q11nndo um profis-
tantes do :Maranhão, nesln casa o na outra do siounl, como V. Ex., di:r. :- dêm-me o com-
parlamento, pedem e~ ta soluç_iiú. Nest() volume mnudo de um desses Y~i?ores que eu 1> levo ao
(mostra un~ livro) csl:io os que pronunei~rnm os ~[arnnhfio,-ninguem mns tem o direito dedu-
l:irs. senadores Nunes Gonçalves, Vieir~ da Si!· vidar do capaeidc1de clcssll porto.
va e llendes de Almeid~:-s~o irrespondiveis;- o Sn. CosTA AzEI"Er>O :-Ni"ío sómente eu, mas
nntes já comlmteram o Jlrojecto SUJeito ti nossa qu1·m quer que seja marítimo, pratico, jangn-
nuenção. deit·o daquelle5 Jogares, fará Isso ; mais ainda, ·
Nada alcançaram contra elles os discursos do d~rá ancoragem a uma esquadra que se dirija
honrado Sr.ex.-ministro da a;;ricultura, chefe do áquelle porto.
gabinete de 5 de Janeiro e do não menos hon- Esta é a Yerdade ; tudo mais é menos exacto.
rado Sr. conselheiro Diogo Velho.
Sr. presidente; não sei ~i me fiz cornpre'hen-
0 discurso, porém, do digno senador pelo dido : mas penso que restabeleceu-se com esta·
.AmazonaE, que pareceu ter aberto brecha na- discussão os creditos dos .ancoradauros do :porto
quelles, acaba de ficar sem essa torça; porque a do :Maranhão. (Muito bem.. )
unica arma poderosa que esgrimira, vm-se
agora não sey de boa tempera. A carta do pro- A casa de Iohn Roach, Sons & Comp. póde
fissional, distin.cto, offerecida como prova de triumphar e manter seus interesses contra ·os do
que os paijuetes americanos não podem praticar paiz, mas não cnnsegniu que se :~creditasse o
o Maranbao, nem mesmo nesses anCQradouros de que fez dizer-se contra a capacidade desse porto
gue se t~ {allaáo; essa carta do Sr. Lo tenente para navios maiore·s do que os seus paquetes.
l\iancebo que foi transeripta com o discurso a Os protestos que fiz fi.c:tm nos Annaes, e ver-se-ba
pag. 223 do volume 3. • dos Am~aes do.senado, assnn qne nem todos foram illudidos. .
escripta a i6 de Marco de t879, hoje não póde · Senhores, é provavel que falte de novo o
mais ser invocada. como se o fez, aqui t~mllem, honrado ministro da agricultura, e depois
em favor do projeeto; porque o Sr; Mancebo delle, tnmbem, o nobre . relator· da commissiío .
esteve na commissão hydrographica que exa- de commercio, industria o artes: SS. EExs. de-
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A camara precisa ouvil~os; o paiz quer ssber O governo fallou pelo orgão do nobre minis-
até onde estão com a razão. tro da agricultura; mas, e nisto insistirei, como
Nada de se nos vencer pelo silencio e pela individuo, digo-o, não creio S. Ex. de aecôrdo;
força numerica de votos: acima de tudo o de· urge que de novo se explique.
ver de cada m;a, de dar as razões de seu voto, Tenho concluido.
de seu proeecbmento,
Nlío ereto qu1.1o--p11tz-Blneja satisfeito co · bem, m14it9 bem.)
--------·~~~~!·=-------
A.8
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 10+ Pág ina 25 de 25
SESSÃO EM 1.1. DE NOVEMBRO DE 1880
O Sr. Franco. de Sã:- Sr. presi- i graves perigos, o que tornaria impossível o
dente, não venho tomar tempo á camara coin ~ se~uro maritimo; que a imposição desta clau- ·
um longo discurso .. A materia tem sido larga, su1a importaria a rescisão do contrato.
mente discutida e elucidada ; a sorte deste pro- Estas razões fizel'am impressão no meu animo.
jecto está decidida; é crença- geral que será. a Levar por diante 'esta pretenção podia ser uma
mesma que já teve .na i.a e na 2. a discussão. iniquidade para a companhia ou pela rescisão do·
Desejo apenas explicar a minha attitude nesta contrato um prejuizo para os interesses com-
questão, á qual não tenho sido indifferente, si merciaes da capital do Imperio e de outras pra-
bem que seja esta a- primeira vez. que tomo. a ças importantes. Abstive-me por isso de apre-
palavra neste debate. · · sentar a emenda. Foi, porém, al>resentada por
Em !877, quando aqui se tratou do contrato um deputado de minha provinCla, sem prévia
com uma casa commercial dos Estados Unidos sciencia minha; apezar de ser assignada por
para a navegação entre o ruo de laneiro e New grande numero de membros desta casa, só tive
York, eu e outros representantes da minha pro· conhecimento dessa emenda quando foi lida na
vincia empenhámos esforços, já com o agente mesa. '
dessa casacommercial, já com o ministro daagri· Desde que havia opiniões contrarias á allega-
cultura, afim de que fosse satisfeita a an· ção da empreza, desde que se apresentava uma
tiga pretenção d:~ província, a ser contemplada emenda assi~ada por tantos deputados, pedindo
no contrato que se fizesse para esta navegação. um beneficio para a minha provincia, eu não
Annos antes, tinha sido contratado este ser· podia negar-lhe o meu voto. Então e posterior-
viço, que foi fact(l por algum tempo, e o porto mente tenho sempre votado .para que seja eon-
de S. Luiz foi excluído desse contrato. A pro- cedida á província do Maranhão a vantagem
vincia resentiu-se e ma imprensa por muitas desta navegação; abslive·me de tomar parte no
vezes se queixou dessa injustiça. debate porque outros tinham tomado a seu
Esforcei-me para que se désse satisfação a esse cargo fazer esforços para que esta preteRção
antigo desejo, porém !eram baldados os meus fosse satisfeita.
esforços. O.agente di!_ em~reza . peremptoria· Nesta casa foi a emenda votada sem ditll.cul-
mente declarou que nao podta aceitar esta elau- dade · não assim no senado · onde se levantou
S'J!la e o.min~st,ro da a~ricultura entendeu que largo' e caloroso debate; fi.~ou demonstrada a
nao. p_odra exigd_:a. Nao houve tempo de ser praticabilidade do porto para esta navegação,
decidida a questao EO parl~~ento. . tornando-se saliente a demonstração fei~a por
Encerrada. a sessao, o mmtstro da agricultura um representante de minha província, reconhe·
fez o contrato, tornando-o dependente da ap· cido como muito competente na materia
provação do poder legislativo. Reabrindo-se as . . ..
camaras veiu o contrato a esta casa.Entendi-me O SR. Cosu AzEVEDO: -Apomdo. .
com alguns .collegas afim de apresentar uma O SR. FRANco D~ SÃ- ... não sómente por
emenda para que ficasse comprehendido o porto ser versado na sciencia, como por ter conheci-
de S. Luiz: mas julguei conveniente conversar mento pessoal. daquelles lugares. Todavia o
previamente com o nobre ministro da agricul- ministro da agricultura não se deu por conven-
tura, chefe ·do gabinete, a que eu prestava cido e não se lhe póde irrogar censura.. visto
apoio. · . que havia em contrario upiniões tambem auto-
. Declarou-me S. Ex.que. era impc:~ssivel satis- rizada.s .. _A companhia apoiava S'!las allegações
fazer os desejos da provmCJa~ porque a empreza na O.PlDiaO de pessoas que conheciam o porto de
oppunha absoluta recusa declarando que os S. Luiz, e até na autoridade de alguns profis· 1
seus navios não podiam ir :iquelle porto sem sionaes, como um otncial de marinha que esteve ·
Câmara dos Deputados -Impresso em 03/02/2016 12:57- Página 17 de 19
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-~----:~ft~~~~~~o~~;~-~~r;~~r~st~~~ci~;;;&f:lr~me~J=fi~d~-d~~~~~~~:-~r~~;~:~~s~~,ch~~~~ :ac~~i't:. -
1
....:.. 61-
nbão uma compen_sação realm _ _ente_m_ui..to._va_li.osa,_·.1 tria extractiva, que tanto enriquece o comm_ercio
_pois considero de muito maisimportaneia _o .me~- . do..Pará.~~JlprJanto,odesdeJogo,não,houv~,u.m:-
=-- tll'OrimentCi"dã''"iiavegãção fluvial -da níinliãprõ~ gràiide ·movimento commercial pela pouca ex-
vjncia (apoiados), do que essa ·escala dos vapores portação do .Maranhão ~ara os Estados Umdos,
americanos. (Apoiados.) haveria logo de principio vantagem para o nosso
· :Francamente direi, Sr. · presidente, que não commercio de importação, e em futuro mais ou
1enho, como alguns dos meus collegas, a eon- ou menos proximo talvez •) desenvolvimento da
vicção de que esta linha de navegação pudesse exportação, além do interesse moral da troca de
desde logo trazer grande desenvo!vim.e.n.to • · · s__e....s.entime.ntos e.da commod.idaQ.e....à.e-bons-
mercwl entre o .Maranhão e os Estados Unidos. vapores e rapidas viagens para passageiros, quer
Os principaes generos que a provincia exporta para os Estados Unidos, quer para os portos do
são o algodão, o assucar e couros. O que expor- lmperio da escala dessa linha.
tamos para os Estados Unidos actualmcnte · são Concluo, pedindo desculpa á camara de lhe
couros, que esses navios não poderiam receLer ter tomado mais tempo do que desejava, visto
porque dnmnificariam o café; e creio que tam- que se acham na ordem do dia materias impor-
bem não poderiam transportar assucar, genero tantes ...
que para alli podiamos exportar, pois os Estados o Sa. CosTA · AzEVEDO : _ Esta é muito im-
Unidos o produzem, mas em quantidade inferior portante.
---ás-necessidades do seu consumo. Quanto ao
algodão sabe-se que aqueUe paiz o produz e O Sa. FRANCO DE S.\.:-... e esta discussão já
exporta em larga escala. · está demorada.
Importamos, porém, varios generos america- Nas palavras que acabo de proferir não tive
nos, como farinha de trigo, ferragens, machinas, propriamente o intuito de discutir a materia,
mobilia, etc., e este commercio de importação mas apenas o de dar uma explicação do. meu
poderia augmentar com essa linha de vapores. voto, para que o msn silencio não pudesse .ser
Além disso podíamos, em consequencia dessa mal i!Herpretado pela minha província, afim de
communicação, vir a exportar productos que testemunhar da tribuna que me tenho sempre
actualmente não exportamos. interessado para que esse antigo desejo da pró-
O SR. JoAQUIM SERRA: _E' muito util esta vincia do Maranhão fosse satiSfeito e, quando o
communica~>Wo. nãoseja, se lhe conceda alguma compensação
'""' real, não podendo como tal considerar a simples
O .Sa. FRANco DE SÃ : - Por exemplo, pode- promessa, que faz o nobre ministro, de aceitar
riamos exportar o cacau, desenvolvendo-se na a offerta espontaneamente feita . por um3 em-
IJrovineia esta cultura, idéa que já alli tem . ap- preza de navegação do Canadá.
parecido; podia tambelll clesenvolver~se a indus- . Era o que eu tinha a dizer.
--------~~~------
SESSÃO EM 15 DE _NOVEMBRO DE 1880
-~65 -
do ,tfafico, depois da lei que decl~rava livre~ sancçã_o, ou do silencio ou da aequiescençia da
. ,todos,_aquell~s, qy._e_ent.r~~:_AO..J>ruz,..~!ll~ an:.. -~~~ ~~-q11:e!o
_mante.r;me ·nesta tribuna
nunc1ados a -venda, e nenlium ·aos mm1stros lJara· que "V; .til:., e::~r se"'utua- ·&f,~eü.-cham.ado...,
. vein responder, nenhum veio. dizer á' camàra a ordem, não lance mão de outros meios. (Apar·
· si a lei de f83i estava em·seu pleno vigor. tes.) ·• . ..
o SR. ~RESIDENTE:- v. :Ex. não póde, pelo Fa!(o, porem, o pa1z . o. JUIZ desta grande luta
regimento continuar nesta discll.Ssão ·que se trava todos. o~ d1as, em tçdos_os· terre-
' · . nos, entre a escrav1dao e a emanc1paçao .
. O S~. ~couNo Mou!L'-:;- ~;;ta nova mter- (Cruzam·se muitos apartes.)
pretaçao
mar e uma ,comedia mdigna de · uma qa·
a liberhl. ·F a.... • 'nl. de ta
'"-" 0 pa.tz Ju.uo s grand e 1ut a...
OSn. CESAlliO .Atvm :-Não ha luta nenhu·
· (Protestos. Trocam-se muito: apm·tes.) ma.
O SR. P.llESIDENTE:- Não ha comedia indigna O Sa. JoAQurM SERRA: - E não ha outra; é só
nesta casa; aqui todos se r~peitam e lêm o di· esta, tudo mais são filigranas.
reito a ser respeitados_ {Muitos apoiados.) O SB.. MA.B.nH Fu.."fcisco :-Tem a interpel-
· oS Sas. !IARTJM FRANCisco; F.llErrAs CoUTINHO · lação e a reforma do regimento, e diz que não
l': Z.uL\. dão apartes que não se puderam ouvir. tem meios!
O SR. BELFORT DliARTE:- K' da maioria que O Sl\. JoAQUIM N.urcrco :-Eu posso interpellar
deve vir a palavra. o governo, posso trazel·o á barra desla camara,
Os Sas. !ILutcoLtNo MoUM, FREITAS CoUTINHo mas, por assim dizer, contraria-me trazer ho-
:E OUTROS SENHOII:ES DEPUTADOS DA MESMA BANCADA mens de quem conheço pesso~l me nte os senti·
lrocam muitos apartes. mentos emancipadores para responder pela po·
· litica que é imposta a esta camara por um pe·
O Sa. M.utrm FRA.Nctsco:-0 que é preciso é qneno grupo · de inimigos da emancipação.
respeitar a camara; começar por isto. (Contestacqes.)
O SR. lOAQUtl.l NABuco : -Quando a camara Desejo 'pergnntar aos Srs. ministros, a qual-
negou-me o direito de fundamentar o meu pro· quer del!es que delibere failar em nome do
jecto sobre emancipação como questão não gabinete, e si nenhum o quizer, o seu silencio
amadurecida, só em cumprimento do meu dever responderá perante o paiz e o mundo civilisado
levantei-me nes~ tribuna para fundamentar á minha pergunta ; desejo saber de qualquer
um additivo ao orçamento e salvar a minha dos Srs. ministros si a lei de i83i está revoga.
responsabilidade . da, si os africanos importados criminosamente
perderam, por uma longa prescripção do sua
Dahi em diante· qnasi me tenho abstido de liberdade, os direitos a reclamar os favores e as
romparecer. garantias que essa lei lhes concedeu. Não quero
Abolicionista, em vista do que houve, eu que o nobre deputado por Minas, leader da maio- .
tinha que dirigir-me á opinião publica, buscar ria, me responda; quero uma palavra que com·
força nella :para fazer a camara reconsiderar o prometta o governo perante o mundo civilisa-
seu voto, mas não tinha mais que fazer por em· do, quero uma palavra que mostre si o gabi.
quanto nesta camara que fechava suas portas á nete liberal de i SSO falla uma lingu~ gem me·
idéa em:mci_padora. (Apoiados.) . nos conforme aos sentimentos do :paiz do qu-3 a
Mas já que a camara, depois de fechar ns suas lingua~em que em i850 era Callada por Enzebio
portas aos abolicionistas; abre-as aos inimigos deQueltoz.
mais intransigentes da emancipação.. • E' uma das perguntas que quero fazer ; e
quanto á outra, já que este anuo me Cai lançado
O SR. P.llESmENTE :-Tendo por !moitas vezes em rosto o cumprimento de u m dever, que
feito sentir ao orador que está a infringir o re- exerci na sessão passada ; já que se achou que
gimento, e não tendo sido attendido em minhas se me devia censurar por ter eu feito um ap.
adverten~ias, não tenho outro recurso senão pello em fa-vor dos escravos da companhia do
fazel-o nominalmente :.10 Sr. deputado Joaquim Morro Velho, desejo saber si o governo não acha
Nabuco ; faço-o, com profnndo pezar, e espero necessario que enstam na lei os meios de fazer
que S. Ex., que sabe como eu zelar os credito;; com que as relações não demorem á sua von·
desta casa, ha de reconhecer a necessidade d!! tade o julgamento das senten~:.as de liberdade.
maior respeito á lei para regularidade de nossos DeseJO S<~ber si esses homens, que foram pe·
trabalhos. . rante o mundo proclamados livres pelo jn.iz de
· O Sr. 1oAQum NABUco:-Acaito o chamado :i direito, esses homens por cuja liberdade já se
ordem de Y. Ex_ Si esta camara quizesse sacri- agrndecen ás autoridades brazileiras, não podem
ficar a ultima das suas attribuições e pr eroga·· obter uma sentença mais prompta que aquella
tivas; si qllizesse totalmente perder a sua ini- que a relação de Onro Preto teima em não lhe;;
ciativa e a sua força, os membros isolados do conceder. ·
parlamento não teriam nenhum meio pratico de O nobre deputado por Minas disse outro dia:
impedir esta ultima violação da liberdade de E' para ingle:: v~r. Senhores, si foi pnra inglez
tribuna. (Apoiados e aparte$.) vêr, não foi de certo para .os .inglezes do Morro
O SR. AúRTINHO Cun>os :-Não apoiado. · · Velho gue o nobre deputado defende. Esses
de-vem ser arras\ados ao tribunal da opinião
O Sa• .lOAQtml NAWco : - Não tenho meio de publica, não só do 'Brazil como tambem da In.~:.
protestar contra uma decisão da mesa que tem a glaterra.
A, g
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 13+ Pág ina 24 de 24
.
~ :or:~t:;~~~:~:;r;:~~:d;::~:;
a V. que tome em consideração IJedido que,
Ex. 0
que lhe vou fuzer. Ha quasi doas mezes que
ou
.
t-~~i::ei~~~:~~~i~::~:::::;::~~::
v:ozise levanta
·é apena~ l!ID3; ou~ ~m
f~vor da aboliçao, ~med1atamente se é dan1lJ].-
.
funccíona extraordinariamente esta assembléa · cJad2. Estamos aq_ut atados a um pelourinho.
todos os dias o paiz escuta a voz do senado-. é Nao querendo nos, por_éiii, discutir esta questão
raro, porém, qu~ nos reunamos, porque 0 inte- no terreno pe~soal, nao qnerendo. m:istnral-a
resse destas sessoes por assim dizer-acabou De- . com os resent1mentos; od10s e pa,1xões. estra-
sejo gue.V. Ex. inclua na ordem do dia 3' dis- _Ilhas, por9:ue ~do ~sso diminue-1l:'<:ausa-,"')leçn7""""
eussao do voto de graças. E' o terreno que esta ·a. V:· Ex. que, msp1rando-se nos grandes prin-
camara procura, contra a vontade de alguns ClplOs do governo. _parla1Qentar,. dê a esta ca-
para discutir largamente a questão da emancipa: •~a, qne se esterihsa, uma. occasião de dis-
ção.Os nobres deputados qne.a combatem tragam · euttr _de modo largo a umca, a verdadeira
as suas opiniões perante o paiz: nós traremos · questao que preoccupa o espírito de todo o paiz.
t;unlJem as nossas. Mas não se diga que durante no mome:nto aetual:, a emancipação dos escra-
d~ns mezes de ses>ão extraordinaria esta camara •vos. (Muzto bem, muzto bem; o orador é compri-
uao tev:e uma só ol!casiiío de disca.tir a política mm.tàdo .) .
do gab_!nete nos seus traços mnis larg-os. E' uma · O SR. PRESIDENTE :-0 pedido do nobre depu-
nttençao para com a corôa que nos dirigiu a pa- tado será tomado na devida consideração.
---~.~
·------ - - --:-:-----------
-68-
mas emfim sempre direi qne não estou dis- 1 assumpto entre as materias dadas para a ordem
=vot;~t;J~,~~~~~sr~ p;~~i~~.~~~~r-Ê;~-~~uo~d~~:.-;:::: =:~;Ac::~-(~;;;~::-~:"a-q:~
8 7
!estem~nha de que o Sr. mm1stro da 3gncultura t cultura):-Já 0 pedi até da t.ribun.a. não posso
,,
Ultenmona!mente recUS!JU-se a prest!ll' sobre impor ao senado. '
uma questao, que tanto mtercss~ ao paiZ, os es-
clarecimentos que julguei de meu dever pedir O Sn. FREITAS Courri\'HO:-Lembro-me bem,
sen or d nessa occasiõo afflrmei q_ue o
honrado ministro era habil em sophismar. e na
O Sn. BuARQUE DE MACEDO (ministro da a(JI'i- verdade for~oso é confessar que S. Ex~ tem
cultura) :-Está se fazendo o regulamento, ·está
grande talento para illudir as questões, especia-
quusi prompto; espero pu])lir.al-o muito breve. lidade que folgo de reconhecer em S. Ex.
O Sn. FREITAS CouTINHO :-O nobre ministro O SR. Bu.uQo-E DE l'tlAcEoo (ministro da agri-
na sua ingloria ta.refa de apurar pretendidos - Para sophismar, não; tenha pa-
absurdos no discurso, que proferi, criticando a cultl.wa):
doutrina contida no seu aviso de 7 de Novem- ciencia, não aceito.
bro do corrente anno, estranhou que eu tivesse O Sa. FlUliTAS CouriNHo:- Perdôe-rne; a
estabelecido, para reforçar a minba urgumenta- que5t1ío n:io é si V. Ex. aceita ou não, trata-se
ção, o p~rallelo aliás impossível entre a estrada de um facto que enuncio e que provo.
de ferro do Paraná e o contrato para a illumina- Antevendo, portanto, o sophisma, por meio do
ção publica desta cidade. qual o honrado ministro procurnria ladear a
Mas, senhores, o honrado ministro parece questão, tratei logo de prevenil-o, declarando
que tem o Jirme proposito de me attribuir ar- que· S. Ex. talvez nos viesse dizer que, não tendo
gumentos de que não cogito, para melhor me. intervenção ai gama nos trabalhos à o senado,
combater ; já uma vez S. Ex. incommodado não lhe seria licito obter do honrado presidente
pela justa censura que mereceu por occasião daqnella c3sa que se incluisse na ordem do dia
de pugnar a favor de uma E>menda, que nos o glorioso substitutivo de S. Ex. .
veiu do senado, emenda relaliva á crcação de Eis o motivo por que fallei da questão do gaz
comarcas, abalançou-se n vir dar-me a pater· c_ eis o que disse a respeito dessa mesma ques-
nidade de idéas quo aqui e em parte algum3 tao.
jamais eu emittira. Estabeleci, pois, senhores, como quer o
O nobre ministro provou então que não se dá Sr. ministro da agricultura, parallelo de qual-
ao trabalho de acompanhar as discussões que têm quer natureza entre a estrada de ferro do Paraná
logur nesta camarn e hoje mesmo com o discurso, e o contrato do gaz ?
que acaba de pronunciar, demonstra S. Ex. que Quando discuti a autorização que S. Ex.
para re~ponder-me não julgou necess~rio ier no veiu solicitar desta camara, para entregar ã
Dimio Otficial as palavrai, que proferi sobre a industria priyada a exploração do phosphato
questiio do phosphato de cal. de cal, que fôr encontrado nas ilhas e nas costas
0 83. BUAUQUE DE MACEDO (ministro da agri• do Brazil, entendi que o Sr. ministre que
cultum):- Não leio os discursos que ouço; o alardêa tanto respeito pela iniciativa, pela auto•
que ouvi foi o que está aqui nas minhas notas. nomia da camarn dos Srs.deputados, deveria ser
o primeiro a querer que seus amigos lhe des-
O Sa. FREITAS CoU'!!INHo: -As suas notas podem sem uma autorização limitada, e que a votassem
não ser exa ctas. no mesmo sentido em que aqui foi votada a
O SR. BuARQUE DE 11IACEDO (minist1·a da a_rp·i- que se refere ao contrato do gaz.
cultura):-Ah._! podem. _ Como, pois, S. Ex. affirma que em um caso
O Sn. Fr>EITAs Cou:mmo:- Quando tratei àa trata-se de um contrato, que para ser acabado
estrada de ferro do Paraná, não aventei sen~o precisa da approvação do parlamento, e em
para um fim a questiío do. gaz. outro de uma autorização •.•
Admirei-me e admiro-me da inercia do nobre 0 Sll.. BUARQUE DE MACEDO (ministro da agri-
ministro, inercia tanto mais condemnavel quanto cultura):-Não tratei disso; não esteja respon-
S. Ex. declarou achar-se h;~bilitado a realizar dendo :iquillo de que não tratei. Tratei da pre-
nm contrato para a illuminação publica desta tensa concessão feita ao americano Jewet · não
capital em condições muito mais vantajosas do tratei do projecto, não. - '
que as do contrato actual; e tão grande empe-
nho revelou nesse melhoramento, que chegou a O Sn.. Fl!EITAs CoUTINHo:-:- Parece-me que o
dizer em pleno senndo, que deixaria de ser mi- Sr. ministro da agrícultura bate em retirada ;
nistro si porventura não se resolvesse este por isso porei aqui termo ás observações, que
negocio do gaz como S. Ex. desejava, isto é, de pretendia ainda faz_er a esse respeito.
accordo com o substitutivo, que aqui passou Senhores, esta questão da estrada de ferro do
i á _h a. mais de _dous rnezes por uma grande Paraná é mais importaute do que parece.
mawr1a de vot~s; 9_máo humor com que aprouve ao honrado
Eis ahi a razão -por que eu não podia déixar mmistro responder-me... -
d_e est_ranhar como ainda estranho o profundo
SilenciO err.. . que o Sr. ministro da agri- . O SR. BUARQ.UE DE 1!1ACEDo (ministro da agTi-
Cl:litura pretenàe sepultar questão de tanta gra- cultura):-Não apoiado.
VIdade para &. Ex., não tendo até hoje feito O Sn.. Fn.Eins CoUTn.~o:-... é prova. evidente
causa algur:Ja·no- sentido de obte·r do honrado da posição critica, em que S. Ex. se acha pe-
presidente do senado a collocação de semelhante rante esta magna e importante concessão.
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16: 15 - Página 23 de 28
-69-
- - :Qir.~i_$!11-P~.- se9Aores, que o honrado mi- I o
honrado ministro da agricullnra qne aceita
•. ii!Strõ- expMiu· o aviso~=a'é"7iiif""l"iovemnro=u.:f- oaoma:r'üüa'de=:qna=.:v:pcdc~e:::ecutiv.O:-llâo,-:!e!!1.;~
corrente anno com o maior constrangimento, limites nem condiÇÕeS para o exercício de seus
com o maior pezar, e~credito até que si não fôra a actos saltou por cim:~ daquellas duas dispo-
presssão extraordinar1a, que exerceram sobre o sições.
seu espírito, semelhante aviso não teria sabido á S. Ex. entende que o governo, desde que
luz da publicidade. contrata, pratica um acto perfeitamente Ieg1ti~
mo, ~ui to ~mbora ~ssim ptoce_ªendo se abra
, O Sn. · BuAli:QlJE ·01;: -Mx:CEoo (mi10isn·o-de- agri·
cultura):- Não apoiDdo; é um acto pelo qual uma excepçao J?.a_leL. . .. .
são responsaveis todos 05 minislros. O honrado m1rustro disse que eu devia ter a
. • · coragem de censurar o antecessor de S • .Ex.
O SR. FnEttAs CotrrL>íHO:- No senado O·nobre pelo facto de haver expedido o recruJamento de
• ministro te:Ye uma t3l o~ q\Ull vantagem n~ i O de Agosto de !878. o
argumentaçao que ad_~uz1u, porqun.nto ah1 o poder executivo tem pela nossa Constitui·
sentam-se homens queJa occuparam o cargo de ç_ão o direito de fazer regulamentos de .modo .
ministro, e qne até certo ponto contribuíram e
que as leiS possam ter. uma exacta fiel ex.ecu-
com os. seus ac~os para cre3r precedente favo· ~o; mas semelhante direito não vai ao ponto de
r~vel as doutrmas qnil neste assnmP.~ têm se ferir o pensamento ·da lei cuja ex.ecuçãe se
Vmgado em .desprOVCltO das clausnlas aliaS ex" procura regulnr.
pressas da le1 de i873. Portanto, desde que um regulamento contém
OSR. BuABQUE DE ],f..~oCEDO (ministro da agn· disposições de _caracter ~egislativo, semelhan_!e
cultura):- Não faça injustiça áquelles illustres reiulameJ?.to naotem_razao de ser, não póde, nao
senadores deve contmuar em v1gor.
· E. ~,· "'-' O honrado ministro por differentes vezes se
O Sn. FBR!T.AS Cou~INHO:- xcusa .• · ""-":· tem levantado nesta casa, para dizer -nos que o
defendei-os, porqne J?.mguen_l os respeita mats pensamento, consignado no regulamento de !Ode
do qu~ .eu _; sou, porem, obngado, sem qu~rer Agosto de i878, contraria de um modo formal as
fazer mjurut a qualqu~r•. a e~pôr com ma:uma disposições da Jgi de i873.
franq;teta ~: ml~has 1deas a~err.a da presen.t: Ora, si esta é a opinião de S. Ex., qual o
questao, e 1-SO amdo quando mcorra no desa procedimento que deve ter'?
gra~o de V . Ex. . :- . ~ie parece que outro ca·minho nüo tem S. Ex.
Ainda me lembr~ d~ dtsc~s,IO,que se travou no a seguir senão o que o leva a revo(Tar o decreto
sena_do,-quando alh fmaprem.ado o de~reto. de co~· de iO de Agosto de :1.878 "
cessao da estrada de ferro do Pnrnna, d1scussao · . . .
em que o honrado antecessor do nobre minist~o O SB •. BuAl\QUE DE MACEDO (!_ll~mstro da a_qt-,:·
teve de oppor-:se ás censur:ls, que nesse part1- cult!'ra).- Isso é outra qnes~o ; ma~ eu D30
- colar lhe fizera o Sr. Visconde do Rio Dranco. podta revogar um contrato fetto em VIrtude de
Recordo-me de que em apoio do decreto de iO um decreto.
de Anosto de i878 se invocaram v!lrias con~e~- O Sa. FnEtTAS CoUTI!:iRO: -Já que tive tanta
sues áe estrada de ferro, realizadas noAoanmo paciencin em sotrrer o mão humor de V . Ex.,
dos c~nse_rvadores, conce~sõcs q~& até certo deixe-me ao menos fa1lar agora.
ponto JUStlfic:n•., m a doutrm~ conttda naquelle v. Ex., que fez appêllo para a minha cora·
m~mo decreto e .que contr:m,avam a nrg~men- gem individual, . dizendo. que era dever meu
tat!ao dos que m:u::; rorlemenle se pronunctavam censurar o seu antecessor, devia tambem ter a
contra eU e: ...· coragem precisa para resistir á pressão im~e-
Temos l et qt:e deve t•eger ~ mater1u, mas_que, rial, que se diz muito contribuiu para que V.,t;x.
auenta a doutrmn do Sr. mmlstro da ngr1cul- publicasse o seu aviso de 7 de Novembro do
tura, nenhum valor possue perante a vontade corrente anno.
caprichosa e.arbit~ria ~o: govern~s. · . o Sn. BUAAQÚE DE MACEDO (ministro da a!Jri·
Temos a Ctt:l~a dtspostçao de i8t3, conceb1da cultltra) :-Qual pressão imperial ? O governo
em. termos mu1lo clnros, e que estatue o se- faz o que entende e sõ elle é responsavel por
gumle: seus netos.
• f..'s companhias, que se propuzerem a con· o Sa. F.am:u CouTINHO: _Deixemo-nos de
struir estradas d_e f~rro, provando poderem ellas rbetorica · o povo ha muito tempo que nella não
dar da !end~ hqm4a 4. %, o governo. conce~e acredita. '
subvençao ktlometrrca ou garante JUros nao . · ._.._
excedentes de 7 •; correspondentes ao capital la q.ue Y: Ex. appell_ou para a miillla cora-
empre(Tado • • gem mdlV!dual, pernutta·me que eu appelle
o • •• . tambem para a sua
O decreto de 28 de Fevereiro de !874, que foi . • .
. expedido para regular a lei de !873, estabelece Creta V:· Ex. que tenho tanta energia quanta
o serruinte: v. Ex.. pode ter•
• Poderá o
governo conceder !garantia de · O3R. BuA.RQIIE DE ~ú.cEt>o (ministro ~ a.IJ!i:
juros até o maximo de 7 •;. sobre o capital àes- cultura): - ~unca puz_ a, sua coragem }D.diVl-
pendido bona fide • •. , du:ll em dUVIda; eu d!sse pelo contrarto ~e
Foi pois determinado pela lei de i873 e de· V. Ex. era. capaz de vir censurar o .acto SI o
ereto de :l8Í~, que os juros de 7 •;. g~antidos achasse mao. . .
pelo governo só o seriam sobre o cap1tDl de$- 1 O Sa. FR.ElT.I.s CouoriNno : ~· Smgular e triSte
pendiào na construeção das estradas de ferro. argumentação a que produz o gov~rno I Para
câ-nara dos oepltados -lm~esso em 2710112015 16 15- Página 24 de 28
-70-
ju.sU.Iicar uma violenciá, uma illegalidade 11ão ll!ll.lnt.o ~a o_Sr:_. ,IJ?.inistrp~«!~:agri_c~~tJI.~Q~q~e-~.
-- -trepida',. de~rrancanfénie.,-éõiifêSSãl"as'l ~~~...~~..-.~~- ~ . ~na· hypotbe:se-co~stitu·e ·ronte de direitos e obn ~
7
.As cQnsas publicas neste paiz têm descido gações não é a le1 mas a vontade do ·governo. ·
muito, para que um ministro ·se julgn~ com coo o Sn. BUARQUE DE MaCEDo (ministro da agri-
ragem de vir. em pleno parlamento dizer, que cultura.):-Só respondo a V. Ex. que é lei a
uma illegalidade se justifica com .outra illega- Constituição; · ·
lidade! . . . . O S11. FREITAS CoUTINBo:-Quaudo se apre-
0 SR. BUAliQW D~ M~CEDO (7mmstro da agr.a· sentou a ·reclamação por parte dos concessiona•
c~ltura) .: - Nã~ disse 1sto,. prote_sto. O q_ue eu rios da estrada de Cerro do Paraná eu esperava
dtsse foi que, SI era. uma. Jllegalidade (si e~a, que v. Ex:. dissesse:-o decreto concernente a
note-se bem), essa _Ille~ahdade estava snncCio· essa concessão é illen-al, não milita a seu favor
nada pelo poder legrslattvo. . uma só _disposição Yegislativa, não me é, pois,
O Sa. ·FliEIU~ CoUTINHO:- Fo1 S. Ex. quem possivel sanccional-o.
conscientemente feriu a lei. Mas não : o nobre ministro reconhece tudo
Foi S. Ex. que. veiu dizer em seu proprio isso e conclue aceitando esse mesmo decrewt ·
aviso, que não encontrára nem na lei, nem na Que logica singular a do Sr. ministro da
collecção dos Dctos do poder e:JSecutivo, nem nos :agricultura t .
papeis de sua secretaJ:Ia um so fun~mento, em OSn SrGrsMUNDO:-Está legalisado.
que se pudesse apotar para pubhcar aquelle · · . .
mesmo aviso . O SB. F.aEITAS Cou!rNHo:-Não esta legahsado
E então, cousa nunca viSta em paiz civilisado e proyal-o-hei. . .
e regido por um systema igual ao nosso, o hon· Multo pode~ neste pa1z os estrangeiros alta·
rado ministro procurou indagar do seu illustre mente protegtdos !
llntecessor o que é que se tinha passado durante Costuma-se a dizer que a palavra de rei nãG
a ronversa,. havida entre o bonrado .chefe do volta atrás .
. gab~nete de 5 de Janeiro e os feliz~ ~ncessio · o Sa. l:'RESroENTE:-ü nobre deputado não
na1 .. os da ~strada _de fe~ro do Parana; -~~ alguma póde fazer aIlusões ao r.befe do Estado.·
pro:aessa tinha stdo fetta nessa_o:cas1110... . 0 Sa. FREITAS CoUTJ:NHO: -Podia fazel-as,
1: SR. BrrARQUE _Dli: MAcEDo _(mmtStro da a_qrl· sr. presidente, e para isso bastaria citar a velha
cu/, ura) :-Eu nao me refert a promessas, refe· Iu~>laterra, a patcia do parlamentarismo, apon·
ri· ;ne ao q11e estava contratndo. ta; nomes de estadistas inglezes, que não trepi·
o Sa . . FREITAS Cotrrrl\'110 : -Na verdade o daram em accusar francamente a corôa, quando
noilre senador, o Sr. Candido Mendes, disse ella abandonava a espbera serena; em que devia
bem : o estrangeiro pôde muito neste paiz, pois perm<~necer, para immiscuir-se em .questões
que sempre encontra poderosos patronos. que devem viver fór.a de sua alçada.
Para se fa~er uma. c~ncessão desvantajosa á o SR. Brr.&RQUE DE MACEDO (ministro da agri-
for!una publ!ca .o m_mtstro tem a coragem de cultura) : - Nio apoi~do ; o Imperador nem
ferrr a let e amda maiS a de preten~er ~nsurar directamente nem indirectamcnte teve J>arte ·
o depntad_o. qne reclama contra a VlOlaçao desso nestn questão. o nobre deputado deve acreditar
mesma lei I ao menos na minha palavra. ·
0 SR. BUARQUE DE lriACEDO (ministro da agri- 0 Sa. FREITAS COUTINHG:-EsiOU demons-
cu!tura.) :-Si responder é censurar, eu então .tranilo ao nobre ministro, que ainda ha pouco
niio respondo mais ao nobre deputado. Combata appellou para a minha coragem individual, que
os meus a-:ogumentos ; por ahi nüo vai direito. realmente dello não cureço para nesta casa
O Sn. FB.EITAS Couri.r."llo :-V. Ex., que pos· cumprir o meu dever.
sue uma intelligencia esc.lareelda, devia calcu· O Sn. Bu!t.RQUE DE MACEDo (ministro ia agri·
lar o alcance do seu acto. cultura):- Não fiz semelhante appêUo: ao
V. Ex. vem dizer-nos:-que!'iam que eu que contrario, .reconheci que o nobre deputado era
faço parle do gabinete annullasse um contrato capaz de fazel·o.
realizado pelo ministro que me antecedeu 't O Sa. FI!EITASCOUTINHO:-Para mostrar como
Mas esta niio é, senhores, a quesliio. essa empreza, incumbida da constr~cção da
Porventura o governo entre nós julga-se tão estrada de ferro do Paraná, tem sido escandalo· -
acima das leis, que acredita poder declarar ao snmenteprotegida,nada mais é preciso, senhores,
paiz que basta querer para que logo; sem de· do que contar a sua historia.
mora, seja obedecido·? I · Esta celebre concessão, si não me engano,
Assim como Y. Ex. diz que o simples facto foi feita antes do decreto de f. O de Agosto
de ter havido um contr:.to entre o seu honrado ode 1878.
an~ecessor e os felizes concessionarios basta · O capital calculado para a construcção dessa
para Onlorgar direitos que .não derivam estrada importou em 7 .OOO.:OOOQOOO.
das nossas leis, e prodigalizar favores que . . Os poderes . geraes garantiram os juros de
importam um verdadeiro assalto á fortuna .do 7 "/o sobre a quantia de 5.000:0008 : e os .·
Estado, ~~Un tambem é V. Ex. :Obrirrado a
poderes provinciaes sobre a de ~.000:00()8,
respeitar concessões, que qualquer membro de tendo-se constituído o ~overno fiador dos juros
algum ministerio transacto tiver feito em prejui- relativos a esta nlUtnn 1mportancia.
zo mesmo da integridade do territorio nacional. Não satisfeitos com tão elevada quantia, diri·
Nem se diga que sophismo pore melhor pro- ·giram-se mais tarde os flllizes coneessionarios ao
veito colber a favor da tbese que sustenlO. por- governo e reclamaram fixação de capital maior.
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16:15- Página 25 de 28
-71-
--=t~:~;~Jf:!!:~::::~:-~=~~~~=IJ~~{i~~~~ffu~3/{Sf~~,~=~-::glll~e~:.._
. O capital que en~o era de 7.000:0008 foi
.
O Sa. BuAllQUB DE :ID.cmo (mantstro da a~
elevado a tL~~:~707 ~ . C!'Uura) ::-;-~\ão como. o . ~o'br& deputado du;
. Sobre 9llantia tão· avultada garantiu, o go· que o Sr. Slmmbú proceden ~e~ 't . ·.
vemo os JUros de 7 "/o~ · .· _o Sn. FBEITAs COUTINHO;;-:--Eis abi ; v; EL
. Log9 após e~ ta babil.operação, realizou-se o· nao conhece. outro . g~ner!) _de argumen~çio.
luerat1vo negoc1o, consistente na transferencia V. Ex. apoiou o mmisterlO de 5 de J'ane1ro ; a
de .tão nolavel concessão á celebre Compagnie prevalecer, portanto, a sua tbeoria, não vejo razão
gén.éralt ile c~i11S de '" brésiliem:. d~ sua parte para oppõr-se, oomo.se.oppõe á. don-
Anles de cont1nuar, senhores, permittam-me trma daquelle decreto. . . : ·
que:: faça um appeJlo ao honrado J!!lnistr~ da O 811: BUARQUE DE ~no (minist·ro da agri-
agrJcultura, e ~spero que S. Ex. nao pora em cultura): ·- V. Ex·. disse .ha poucos dias que 0
P!3-tica os expedientes de que 'USa~ ~ suas.eva- Sr. Sinimbú tinha proeedido. muito bem·e- eu é
stvas do , costume. para furtar· se a resposta do qoe tinha procedido mal..
que lbe pergunto. . .
' · O decre~. de i O de Agostô de i878, expedido . O _SR. FJWus.CoqTINHo.: - V. Ex. ~rooedeu
· contrario á lei de !873? · .
e,
pelo honrado. antecessor de s. Ex:. , é ou não mal, P.erdôe-me que o rep1ta, por mms vnstos
que. seJa~ os recursos de qn_e dtsponha ~ sua in.·
v. Ex.. declara que sim. ~ellt~encta, nunca ,v. Ex. drante do parz poderá
. .B u . . JUStificar o seu avtso de 7 de Novembro do cor-
: O Sa:. ~ARQUE DE _u•ACEI)O (m~mstro da tJgrJ- rente. ·
c.ltura) da um aparte. . . Lamento, Sr. presidente, que o Sr. ministro
O ~R. FAEITAS CourtNHo :- Senllores, este de· da agric~tura, que me p11recia d.ispost~ aJeg:er
ereto estabele~e que a _garal}tia de juros, outor- os negoctos de sua p~ta. com enerata mque-
gada pela le1 de i873, sera relativa não mais brantavel, com-severa JUstlÇ3, venha cfe sorpresa
ao capital despendido, mas ao.capital ·fixàdo e abrir para os seus actos uma excepção tão deplo·
acrescenta 9..ue os juros serão pagos ao cambio ravel como esta, ex.cepção que. tanto concorreu
de ~7 por t;,uOO, obrigando-se o Estado a fazer para se des"lanecerem meu espirito qualquer
boa semelhante garantia a respeito da metade esperança de ver melhoradas as cousas. publicas
do capital ec~nomisado na constrncção~ · · entre nós. . . ·
Temos, po1s, tine esse acto do poder executivo · ('!rocam-se Vart08: apartes.entre 01 Sr.s. Costa
alterou profundamente a lei; iniciou favores de Azevedo e Buarque d~J Maceào, mi-nistro da agr"i·
que n~o ~gilara o legisla~or ; augmentou e:x- cult"Ura.) . . .. ._ • . .
traordmarmmente. a garantia de juros, pois que Sr. presidente, pel~ expos1çao dos prmctplos
passaram a ser pagos ao cambio de 'll e estatniu que ·devem predommar nas. relações entre o
· para o Estado a obrigação de despender somma governo e. os concessiona.rios de estrodas de ferro,
equivalente. aos inros eqrrespondentes á metade tem aquelle para os seus.actos condições e li·
do calital economisado. isto é, de um capital mites qne não ~em, ·não devem . de niodo ·
qne nao tem de ser epllocado na constru.cção; algum. ser e59~eC1dos. . . ·
. Despenderá a Compa.gnie qénérak tle c!temin.s (I nobre muustro, po~ém, senhores, ~~onhe
de fer brésiliens U..4:~:0~~707 na cons· c~ndo a verdade de sem~lhante propoSlçao,~ere.
ll'Ucção. da estrada de ferro do Paraná? dita que o seu procedi~ento ~ef>te negocJo da
.. ·. · estrada de !erro do Parana contribuiu para salvar
O SR. S&liGio DE CA.sTRo:-EvHientemente não~ os creditas do palz, ·
o SR.. BlrAB.QtTE o& MACEDO (ministro da agri· ' . COJ!! effeito S. Ex. nos Uf!l~OS de.SlJ:3 ima•
cultura) : - Ha quem diga que ira a mais. gmaça9 exçlama : - 6 que. du:1a. do Brant ç es-
·. o SR. FRlliT.AS Co!JTINRo :-v. Ex. para atte- trangeJI<? Sl porv~ntnra eu, IDlWSlro da aerleul~
nuar os eft'eitos do seu ayiso não poderá real- tara, qutzesse hoJe, de accordo com a JeJ, des-
meu~e dizer outra causa; mas, segWldo as infor· =~r~f contrato eelebrado _por meu ante· ,
ma~s Q'!!e ~e~o. me parece que o custo dessa Senh.ores, a república dos · Estados Unidos. é
estrada nao ua t~vez. a 6.000:000~04)- . . h'?.je ,um exemplo. v!vo do quanto pode~ as in-
. O Sn. SnGIO DI CA.s~no:-Não posso precisar stituu;ões democratteas no sentido de prom.over
o quan.tum, mas não chegará a H.OOO:OOOj$000. à: felicidade. de. nm po"Vo .
.O Sn. · FBEITAS Cou:riNHo::_a capital fixado Ah! os podereS ,Puplicos. tê"_m sn;as attdbu!ções
póde, pois, como ua . presente 'hYl>Qthese, ser J1elielt~mente _dehmttad38 e JamaiS COZ!Segwnll)
. muito maior do que aquelle, go.e effeetivamente «busar ~ei1~Sllll8!lJl.emente_ . · . . .
se despender na constr~o da estrada ; e. as- · Podella c~tar !aclo.s qoe claramep.te. demons~
sim em v:mude.do regulamento de 10 de Agosto· trassem ser verdadmra.a assever:açao, qu&.ag9J:a
de !878 fica o governo na obrigação. de pagar faço. . . · . . ·. . . .-:
juros de 7 %sobre um capitàl que não será insi-_ Pod~r~ll citar factos.,. com._que. pro:oc.-~ a~ no.-
gnifir.an&e. e. que nenhum proveito n'arâ .para 0 - bre mtl1lstro~ que _os aet~s. lllepaes .nao se.. -~~
:paiz, . porquanto não terá de ser eollocado na ~ntam. naq;uella rept~:blica, ~tnda mesmo [lta;
estrada a. que se. d&~tina ~ . . ·. ti?ados pelo .seu proprto pres1de.nte. . .:
~im :pois;. é claf!> que a lei .d~ i873.esta.., OSa . .Bu~~UE. D~ MA!lBDO ( min~~:o da.~
tuíndo garanua de Juros,. mas. de..JuroS :p~gos cul~ra) :.- Aeh~ ~om cttaJ; os factos.., . : .
com a nossa moeda, sobre o· cap1tal despendi~o. O Sa. Furus CoUTINHo: -E~casaqo é .que-V~
C(rnara aos Depctaaos - lmiJ'esso em 2710112015 16: 15- Página 26 ae 28
Ex. ni.e interrompa por essa fórma, porquanto O SR. FmrAS .CoUTINHo: -Mas ainda ·as-
:::.:.if0m,.s=een·mrtw-~e:.diriju~o=govorn.o~na~pes-;.1: sim;~senhcres;~:-seme!hnn.te~ecreto~não-póde-:vi--~~
soa de V•. Ex. não ·~iso senão o bem do meu gorar com relação á estrada de ferro do Paraná;
paiz, mijo futuro se me antolha cada vez ·mais porquanto, a .ser possível uma tal excepyão aos
triste e cheio de calamidades, em grande parte princípios jurídicos os mais eomesinhos, o que
accumuladas pela imperícia, pel\1 falta de patrio- acontece é que todos os que obtiveram conces·
tismo dos nOilsos governos. sões antes daqueile mesmo · decreto e que não
Respeitem-se as leis que na quadra, que atra· conseguiram as vantagens, que elle prodigalisa,
vessamos, parece que perdera.m todo o seu valor. têm direito de reclamar do governo a applica-
. No meio dos destroços em que vejo a minha ção dessa disposição a -seu favor. ·
patria só uma cou.sa está de pé, a corôa, diante Que porta larga não fica assim aberta aos
da !(Ual se curvam os ministros e com elles o assaltos contra o thesouro ! .
parlamento. Sr. presidenle, eu desejaria dizer amen a to·
Sempre que tiver occasiãô hei de me oppõr dos os actos do governo, teria grande prazer
com as forças de que disponho a essa onda im- si pudesse apoiar sempre o nobre ministro da
perial, que tem até hoje arrebatado em seu seio agricultura; mas a fortuna não tem querido pro·
as energias desta nação. porcionar-me occasião para isso;
o que me consola, Sr. presidente, é a convic· · Pat·a provar a legalidade do aviso de 7 de
ção de que em úm dia tudo isto chegará ao seu Novembro do correo te o nobre ministro p ro~
termo. cura por meio de um sophism3, que, permitiam·
· O Sr. ministro da agricultura quer factos . me a phrase, não está na altura de sua intelli-
Eu poder-lhe:hia citar varios tratados, que gencia, convencer·nos .de que ao menos S. Ex:.
realizados pelo presidente dos Estados Unidos e tinha fundamento para duvidar da extensão em
em começo de execução, foram rejeitados depois que foi concebida a garantia de juros, autorizada
de submettidos ao senado, de cujo voto depen- pelo governo ao capital destinado á construcção
àem aliás para poderem vigorar. da estrada de ferro do Paraná. ·
As n_açlles estr:mgeiras, que haviam empe- Diz S. Ex. que o decreto respectivo declara
.nhado a sua palavra e qne acreditavam que o que a garantia de juros de 7 o/t ao anno é eon·
presidente dos Estados Unidos não seria exau- cedida para o capital de 32.500.000 francos.
tarado, nem por isso se julgaram com o direito Daqui eonclue S. Ex. que os juros se referem
de accusar essa republica. a todo o capital. .
O SR. BoAB.QUE DE MAc:Eno (ministro da ag?·i· A semelhante concl:usão ~ó pod~ria .c~egar.o
cu!tura):-E, questão muito dlfferente. goyerno desde que se constdera 2- postçao afilr-
cttva e dolorosa, que nesta questao o nobre mi-
o. SR •. FREITAS CoUTINHo : - Como questão nistro da agricultura tomou. . ·
multo differente? . . Em· primeiro logar, a garantia de juros nas
O que se trata é de se saber st um aetoprattcado concessões de-estradas de ferro está subordi·
p~lo governo, que para elle não tem competencia, nada a uma lei. ·
}lode, como~ hypothese controvertida, crear Portanto, 0 governo, para conhecer os termos
qualquer obngaçao par~ PEsta~?· em qne são feitas semelhantes concessões, tem
~enhores, o nobre m1~ustro, Ja que t~nto ~e- fonte segura; consulte as disposições que re-
SCJa cap!ar as sympathtas do estrang~tro, stga gem 0 assumpto, pois que ellas dão os esclare-
rumo_ dilferente daquelle que SC~Jl;UU nesta cimentos necessarios e offerecem todos os ele-
_questao da est;-ada de ferro do P:lrana; eom~ce mentos para·bem se decidir qualquer eontro·
~catando .as lets, porquanto do seu des~espe1to versia que .a esse respeito se levante.
e .~e dertv~.m c~ntra nós cens:n~as,que nmguem · Em segundo logar, temos a ponderar que
drra que sejam mfundadas e lDJUSI~s. outr.as coneessões para estradas de ferro com
O deereto que ~egulou a conces~ao da estrada garantia de juros são concebidas nos mesmos
de ferro do Parana é de data :mter10r ao decreto termos em que se acha a do Parnnã, e no entre·
de iO de Agosto de 1878. . tanto até hoje ainda nenhum governo se Iam-
. O d~ereto de 5 de Outubro de !87~ fot expe: llrou. de formular a duvida que surgia. no espi-
d!do so~ent.e ~ara alterar-se o cap1tal que fot rito do nobre ministro da :~grieultura. ·
eleyado a. ~nt1a deipi92:oq,~707, quantia que o decreto. de 10 de Agosto de !878, estabele·
ma1s t!U'de f~t converttda e~ 3~!.~0.~00, fra~cos. cendo a clausula de que, logo que se realizar
:A~stm, ~~1s, essa concessao !01 fetta sob o ~o- qualquer economia no capital, que fôr fixado
mmw da e~ de :1.87~ e do reglilamento tle 181&, para a construcção de estradas de ferro, o Es-
o que ~~t1tue mats ~ nr!$llment? para p~ovar .tado só pagará os juros relativos á metade do
que fo1 vtole!ll!J e arbitrar!o o avlSO pubhcado cnpital economisado, é obvio que semelhante
pelo nobre ~~~1stro da 3grtcultura. clausula só entrará em ·acçio quando se reeo·
9 deer~to de lO de Agosto de 1878, _!lle par~, nhecer a existeneia dessa mesma economia, a
fo1 publicado par~ reger as concessoes. que ti· nual só se póde verificar depois que a coustruc·
vessem de ser fettas dessa data em dtante, e, Ção estiver acabada.
~g.~n!OJ . as vantag~ns e favore~ que nelle se Portanto, a duvida que neste particul~r pro-
nstgn!IJll ~!io Podiam retroagtr a favor dos positalmente creou 0 nobre mlnistro para snlvar
concess10nanos . da estrada de ferro do. Paraná. não sei que ordem de interesses não e séria;
Q S!f..Jkl'~. DE !!ACEDo (ministro da. agri· não resulta dos term!>s da questãÓ ; ·pois que si
cul~ra)·:-'!'anto o goyerno ·como o conte$Sio- assim não fôr.a; todos os decretos relativos a es-
narJCI :=t«!henram ao decreto de :1.878. Eu citei no tradas dé ferro e promulgados. ·d epois do de JO
meu aVIso. · · . de Agosto do corrente anno estariam sujeitos a
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 16 15- Página 27 00 28
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essa mesma-duvida, e coUocariam o nobré mi· ·, que o a:viso de V. Ex. -11em sequer encontra o
=tii.Stf<Yiiã~durãconiingeueia~de1J€dircomo~gor.:l; ,,m:~is.J!geir.()~oiOc:..no;cd~reto~e~Q:,.ªe..Agosw_._
notícias do que se passara nas conversas, 'ra- Demais, senhores; · o parlamento não só iiãó--
vadaspelos seus antecesSores com todos esses saneeionou a doutrina.contid& no aviso do Sr.mi-
eoneessionarios, afim de poder S. ·Ex. manter a nistro da agricultura, como não sanccionou nem
palavra do governo e captar a admiração do es· podia saueeionar o decreto de tO de ·Agosto nos
U'angeiro. pontos em ·que eUe feriu a lei de i873, porquanto
O governo aqui nos vêm diariamente encare- semelhante decreto não foi espooialmente· sub·
cer as difficnldades. com 9.ue luta o thesouro mettido á . consideração do poder le~jsJattvo.
publico, e no entretanto o Sr. ministro da agri- E tanto assim é, qne o nobre ministro para
cultura, que no gabinete occupa tão saliente decidir, como decidiu a questão da éstr:ulâ de .
posição, consente na continuaç3o do decreto de ferro do Parami com o celebre aviso.de 7 de
tO de Agosto, decreto que na opinião de S. Ex. Novembro do corrente a,o.no, não sé soccotreu
ataca pela raiz o pensamento da lei de f.S73, que nem dos AnMes nem das leis do orçamento; re·
Jião cogitou .do pagamento, ao cambio de27, dos volveu a sua secretaria e nada encontrando que
juros relaUvos ao capital destinaQo ás estradas pudesse justiliear o seu arbítrio, dirigiu-se ao
de ferro. chefe do gabinete .de :S de Janeiro, ó qual teve a
. Esse decreto, pois, além de se insurgir contra bondade de communicar a S. Ex .. 1ls pa1all'as
a lei clara e expressa, atira sobre a fortuna do que se J)roferiram nessa con:versa, que por
Estado onus de natureza grave, e tudo isso,- infelicidade do thesouro nacional, foi conver·
senhores, sem consulta nem autorização por tida pelo governo em fonte abundante de" ta-
parte do poder legislativo. vores para os felizes concessiona:rios da estrada
S. Ex. declarou que estas coucesW8s de es- de !erro do Paraná I
trada.s de fem>, embora feitas contra a lei de O honrado ministro ve, pois, que, apezar de
!873 e o decreto de !SR... sua habilidade em tecer sopnismas, nem sempre
O Sa. BnARoUE DE M..\CEDO (ministrG da ·a,qri- é vencedor· ·
cultura):-Não affirmei que eram feitas contra O Sn. BuA.RQllB DE .MAcaoo (ministro dll agri·
a lei; disse:- s'nppondo qne fossem. cultura):- Não ha sophisma. Como é que se
o Sn. FREITAS CoUTINllO : -.•• bem, suppondo havia de interpret~:- o decreta senlio indo ás
. que iossem, ficaram legalisadas, porq·uanto o fontes 't
parlamento votou fundos para ·que se pagassem ; O Sa. Fa&1_!A.S CouTINHo:- As fontes São as
os juros garantidos. i leis, mas ~ao a von~ade do guye!no; não as
Eis abi nm outro sophisma qne se desvanece · promessas 1llegaes Celtas pelos mm1str.os.
diante do proprio aviso do nobre ministro, . ~ O SR. BUA.IlQUE DE MACBOo (ministro da agri-
1
Com effeito declarou S. Ex. que o poder legis- C!6l~ra);.- São aquellas que sarvinm na con-
lativo votou verba para pagamento dos juros 1fecçao do acto.
garantidos;... . O Sa. FREITAS CooTOOIO ;-A questão para
O Sn. BuA:RQU& DE MACBDO (ministro da agri· mim,.eomo para o bonrado ~inistro, como para
cultum):- Em virtude dos contratos eelebraaos todos que me ouvem_, _el)nsJste a~enas em um
de accordo com esse acto Hlegal; porque !oram pont~ que o Sr. m1wstro d~ a_grJcllltura, que
votados para uns e _para outms. tanto _falia .em coragem lndtVldual, entendeu
. . . . que nao devta q;uebçar ~tal palavra do governe,
O ~ll. FI\&ITA:S ·CoOTlNHO ~-Mas que acto 1lle- que,. na Clpinlão de s. Ex., estava empenhada
gal e esse 'L. . em virtude das celebrB$ prom•s teitas êWS
O SR. BuARQtiE nx MACEDO (mi•innHia agri- felizes ooncessionarios Jmperialmente prote-
cultura) :-Eu servi·me deste argumento, e gidos. · . -
insis!i muito .sobre este -e_onto para m~strar ~e o sa. SERszo DE CAS:t'RO dá um aparte.
depoiS desses aeto;s eu DlU> tenho ma1s auton- o Sa. FBBITAS CouTINHo: -Foram são e hão
dade de declarar lilegaes eeses contratos. de ser protegidos, unto que as leis do paiz os
O SR. F.urrJ.S Cotm:mo ;-Podi~o; bastava poderes publicos, a dignidade do parlamento
croe_V. Ex•.qnizesse ao .menos agora· respeitar tudo abateu-se diante .de uma vontade.• quê_
a let. · · · n.in~uem nestes .tempos CQnsegniu ainda ré--
·O'Sn. BlrARQll'l{'DE Lcmôó (mini8tro da t~_qricul- sJsllr- ·· . . . _ . .
tura):-Em relação ao .deereto de fO de Agosto. Ora~ senhor~s, collocada a qneslã~ no tetteno
si devo ou não revogaN1, •&oum qnes1ão ·r mas ~ue temos. y1sfo, poder-se-M diZer ~e o
quanto aos actos ,praticados. em ;virtude desse lionrado xmn~tro proeedeungularmeme r .
. decreto en .não 1ín'ha. ~toridade para. revo· .Não tenho s1~o avaro nas p_~lavns_, é v.erda~e
gal·os. • · qúe sem antortd~de moral (nao. apoiodos), ·~~s
o Sa. l'itBrr.\s Cotrmmo'-:-Eis a!li ·a iJiegali:. profo.n~~eu~ smceras, de anunaçio :~ hon-.
.a~.. ,n. ... ~ . rado muustro~ o aviSo de S. Ex.. porém~ . lo1
\&mie .....- 6........o :a •1 ~~....a . • . . . . . . para milil11ma :desillnsão ratal, pois .que rtico-
"IJ-"" de .
0 S:L 'B1WIOVJ: D'E LélUO.(~i1listr.ô dtJ:tJgri~ n:heço lj\le andei .errado qtiando ,peliSei _glié ào
~roJ:-Si é illegalidadé J' és1á .sancc1óntda me~os o Sr~ :Di~istro da:~i.fi.cnltura ~o dei~
pelo 'pócJer eomj1618-ate. : . . . · . · . •- ·· ~;ma .peneirar ~m suu~zn1smção .. elê~entos
O SB. Fl\RIT~ CotrriDO.<-COIIio':smeeionadà estranhoS ájusrtça·ê â.le1. ' . .. . .<.. ,
· _:pelo poder competente 'P . ·. , · - · .· : O SR. VAL'UnAliBs : -:- Para .ser justG_é pie,
Aníes-de tudo é preciso que~ .:llmlt :&~to .em aeensar-tambem o Sr. Sinimbú. · ·
A. !O
Càna ra dos Oepli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 15+ Pág ina 28 de 28
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-~e~~E~~~~~~~lirie~':4J~i~s~~.t~,u?eu~)~l!~~Nã~~Ji~~:f.~l~!~~~!.~--~a ~g-~o~-.
vesse tido a felicidade de caP_tar a s~ atte.nçao o sn. FnErT.A.s Corrrnmo : - .. : ereiam que
havia de ver que tenho expendido ~s mn_11Jas 1déas sobre o- meu espírito descem as sombras da mais
sobre este assumpto com a. mmor liberdad~. profunda tristeza. -
Demais V.E:x:.sabe _que alem de tudo,rcpub~l- Fique o nohrem!nistro certo d~-que. si S.Ex.
can~ como so_u e aqm ~e te.nho declarado, nao se collocasse supenor :is suggestões que_de sor-
sacnfico a runha CO':!SCienc!<l_ a esses __pequenos presa o assaltaram e se dispuzesse a sacrificar-se
interesses dos partidos mihtantes, mteresses pelo triumpho da lei o paiz inteiro a cobriria
que tant~ têl!l contrib~ido para en~raquecer, de applausos. '
senão extm~urr ~s energias _dessa moc1d~fle, qt;te 0 SR. BUAl!.Q__~E D_E MA'CEDO
- ( · · d ·•
nelles se abstou e que si n:J.o.foram as 1mpos1- m~mstro. a agr~
eões de chefes muitas vezes improvisados, pres- cult3:ra ) : - Nao tive sug_ges~s. de mngnem,
laria á sua patria serviços relevantes. senao o voto do conselho de m1mstros, de que
Felizmente nos tempos que correm jã é per- faço parte.
mittido pronunciar-se a ~alavra r~publiea sem O Sn. CoSTA AzEVEDO : -Foi -vencido.
gue os ouv:idos monarehicos se Julguem por o Sn. BcrAUQUE DE MACEDO( ministro da ag2·i·
•sso offendtdos. cultura):- Sou solidario com tudo quanto se
o Sa.. PRESIDE:<TE:- Peço ao nobre deputado pratica, sou responsavel pelo que fiz, como os .
que cinja-se á materia. m!lus collegas o são. . _
O SR. FREtT.AS CouTINHo:- Portanto, ú nobre O Sll.. FREitAS CoUTINHo:-Seilhores, o mi-
deputado, que me interrompeu, convença-se de nisterio tem hoje um grande argumento para
que tenho plena liberdade para aqui expender justificar todas as suas violencias e quiçá todas
o meu pensamento. as humilhações que pretende vir aqui diaria-
0 SR vALLADA.nEs:- Com toda a certeza. mente im.põr á sua dedicada maioria :-é a re-
. forma ele1toral.
O Sn. FREITAS ComiNHo:- Senhores, o hon-
rada mimstro da agrícultura fez como os autros. Para que se~e]hante reforma pa_sse, tudo te_!ll-
S. Ex. por quem eu ia tendo u~ _certo_ en- o (,!O!erno ex_Igtdo dos seus anu~os, que sao
thusiasmo porque parecia-me dee 1dido a mau- ~brig...dos murtas vezes a votar hoJe a favor de
gurnr um~ nova éra llfl admimstração deste paiz, ldeas srue_ ~ombateram hon~e~, a fazer ven~er
cortanda por todos os abusos e. . . um pnnctpr_o que repugna ~ IJ!_dole do parMo
• . . e que constitue uma contradlCI;ao flagrante com
O Sn. BuuQ.OE DE M.,CEDO (mtrnstro 4a a_qn· tudo quanto se prégou durante os_dez annos_
cultura):- f\Cho que V. Ex. deye contmnnr no de opposição.
-seu enthusiasmo, porque eu so fiz o que faz At. h d . . t d- · lt rrue
h0 m agador e o onra o mm1s ro a a{:(rtcu ura, "L
um P · parecia querer tfmbrar por ser dotado de uma
O SR. F11EIT~s Col!TrNao: :- . · · colJocando severidade pouco commum nos negocios de sua
acima de tudo o 1mper10 _da le1, de um mamento pasta, é arrastado a deeidir questõí!s camo a da
pa_ra outro, _sem que n!nguem esperasse, P~- estrada de ferro do Paraná, não segundo os pre-
bhca Ul!l a!tsa que e~pr~~e o ataque o .m~•s ceitos Iegaes, mas segundo os caprichos de ai·
form_al_ a le1. c aos pnnc1p1o~. do nosso drre1to guem, que deveria ser o primeiro a provor que
admJtlls~a~tvo, provando ~S~lm que o que vale a lei é sagrada e que contra ella nem a vontade
:t;~este p~1z eo. gove~o e so o governo, d1go mal, imperial póde ter força bastante.
e a coroa c so a coroa.
Sr. ~esidl:lnte, é br3dar no deserto. (Ha um aparu.)
Si não fôra a necessidade de cumprir a meu Jlrlas, senhores, entendamo-nos: eu não estou
dever, como o mais obscuro membro desta casa disposlo a sacrificar os grandes interesses do
(não apoiados), mas o mais disposto a todos os meu paiz a essa reforma,· que como se acha
sacrificios e o mais convencido... concebida, e aqui já demonstrei, nãa traduz a
- O- Sn. ULYSSEs VIANNA.: -Nem 0 mais ob- aspira~;ão nacional, e que desamparada como está
seuro,_nem o mais convencido. de leis complemeutares não dará na pratica se-
- O SR. FnEITAS ComiNHo: - ..• não viria não os resultados os mais funestos. ·
tomar tewpo á camara. Senhores, aqui termil).o as observações que
Quantas vezes tenho vindo á tribuna para julguei dever fazer contra o aviso do Sr. mi·
pedir ao governo que ao menos respeite a lei ! nistro da agricultura.
Quando, senhores, proferi o meu primeiro Yindo á tribuna, não alimentei a esperança de
discurso ácerca do presente assumpto, isto é, conseguir o triumpho da lei, pois.as discussões
ácerca do ·celebre :~viso de 7 de Novembro do que aqui se travam nunca deram perante o go·
corrente anno, expuz, alem destes, outros ar· verno ganho de causa a qualquer idéa; expli·
gumentos para .demonstrar a illegalidnde do quei apenas o meu voto, lavrando um Jlrotesto
procedímen\o do Sr. ministro da agricultura. contra o procedimento do Sr. ministro da agri-
E quando, Sr. presidente, após tantos esfor- cultura que, apezar de ser acompanhadó por
. ços, tant:ls"1ntas, tanto trabalho, vejo diante uma tão numerosa maioria, · não levantou· a
·de :mim üm desvio tão notavel como o que ora favor deste seu aeto as sympa\hias ·da opinião
censuro ••• publica. (Não apoiados.) · .
' : '
SESSÃO EM 25 DE NOVEMBRO DE 1880
Insiirueção publica.
-76-
-'17--.
I
possa aecumular o ensino de "anas cadeiras sara car-se ao es:ndo da ·3]'ta de plll'Ws. . Por . oillro
o~~~~d9-= D.~r~~4_Q.I'ó_ll_!'OSeCtór, prepar~o~, )a~o é cr~do OCUrsO de obstetricía . qtie·dá. ill:.; ,
as51Stente de clmu:~; ~u-eptaoT·-profeSsõritvre= "'Tet'.Voav=-fuplcn:a~<!e=mf;St!e,.e!!l::P3rl!J.S. ~=;""~~ r--
que houver com disuncçaonotoria leccionado a E' ereado o grau de bacharel em mediema
mataria da cadeira, cujo: lente estiver impedidó. para os·aluamos que·tiverem concluído toda&· as
São creados para o ensino pratico tres insti- series de exames, e reservado·o grau de doutor
1uto~ com o numero de laboratorips indispen· para.. os que, ~ndo si!lo.approvados em ~dos os-
savels. "'" seus exames, defenderem uma tbese. · . .
Cada instituto terá um museu 'Onde serão re·. Esta dispPsfção não será applicavel aos alu·
colhidos e· ex:postos os prodactos dos respectivos mnos .3ctualmente :matriculados em qualquer
laboratorios, bem como quaesquer outras peças dos .annos dos cursos officiaes. . .
relativas ao ensino pratico. . o curso ph:nm.aceutico dá direito ao diploma.
Todos os institutos ficarão sob a inspecção do de bacharel em pbarmacia e sciencias pbysico-
director da faculdade. ·· chimicas, e o de dentista ao .dtploma de cirur-
Cada laboratorio terá .um director, que será o gião dentista. · ·
lente mais antigo da ma teria eórrespondente, .· Os exames para verificação dos lilnlos de 1Ild~
ou o substituto · que estiver encarregado do dicos estrangeiros são revestidos de requisitos
curso complementar respectivo. . e de ex.hfbição de provas taes que os canrulfatos
C3da laboratorio terá um preparador e um devem ter estudado para ·poder passal-os sem
repetidor. · ·· .tropeços.
. OS laboratorlos são organizados segundo a· A organizac~o da escola normal official as-
norma dos estabelecimentos do mesmo genero senta nas segumtes bases: .
na Allemanha. _São creadas càdeiras em numero correspon·
Além dos institutos praticos, haverá para o dente ás materias do ensino primaria e secnn•
ensino clinico as enfermarias e salas que forem dario. _
necessarias. . E' preferido o regimen do externato. ·
O ensino clinico foi melhorado com a ereação Admitte·se a co-edueação dos sexos.
de cadeiras especiaes, como as de ocalistiea, mo· . São livres .os exames e a frequencia das aulas.
leslias mentaes, de crianças, clínica de panos, Para inscripção de. matricula de exame exi-
ci~rgia. de!l~aria, pathologia experimental, mo· ge-se a idade de.i6 annos para o se:m masculino
Iest1as syph1h~Jeas e da pelle e outras. . e deUS pelo menos para o feminino; requer-se
Afi!D de est1mu.Iar.o.zelo dos cbeCes dos labo· ainda appro:vação em leitura. escri(>ta, princi-
ratorlos, s~o estabe~ec~dos entre elles concursos pios de. grammatica, de ariUuuesica e d& geo.-- ·
com, pl'emlos peeuutar1os e outras recomp&n_sas. graphia. on. nas.. materias que antecederem a ..
E creada ~ma nmsta em que serão publu~· -serie em que o candidato pretenda matriculu-
das as pesqmz~ q~e se. fizerem nos laboraton?S se ou. serexamiDadD.
e as oceurrenç1as •mpor&antes dos cursos theor•· Do exame de habilitação para. inscriwão- de
cos e pt$ticos · . . malrieula ou de exame nas matarias. da i.a serie.
Os Jogares~ ~e eatbedrat1~o~, su.bs!l&DIO$, pr~- são dispensados os prorllSS()res &. adjotrtos. das
para~ores, ~mtentes de chmca e 1_nternos. sao escolas publica~ ~"~rimarias assim eomo os indt-
proVIdos por concurso, e J)arn o mternato se
estl.belecem regaliu e premios afim ·de impedir
·d "l .
'\Tl uos approva os nas
Jis'-"~.--s.
·...m..n d ol
as esc as
que as inscripções para o conêurso de interno do f..• grau. . ~ •
se encerrem, COlllo até agQra tem acon\ieido, Os qUe requ~rerem exame hvr&denrao amda
sem que se apresente um calldidato. . provar n ulentídade·da pessoa.
As materias dos cursos são divididas;em series As materias oonsü.tuem. ob;ec.to de nove. se-
de enmes, J!larcando-se para estes duas. épocas ries de exame. .
no ann.o Iecüvo._ ' · E' facultativa a Crequencía da aula. de reli.·
Para i}ltitular-se estudante do ~- ome!aJ. gião~ . .
s~r adunW.do e a~ren~r p.os laborat~nos, é m· . Os: e:umes constarão- deo uma- JIFOV8) escr~
. drspensavel runa mscnpç:iO de mameala.. uma oral 8 outra pratka; esta S&rá ~da em.
O exame é por materJa e o alumno. reproyado uma das. escolas annexas> & ct)Jlsissira para cada.
póde reqll.erer no:m e~Il?-6 na época segu.mte. ca-ndidato na direc""D da. mesma escolat .....,. EIS:•
O exammando tem diretto a req~ de ttma d · h ..- · .,... ·
só ve.a dua$ ou mai;r.senes de exames; nãD póde,. pal}o e uma or~. . . .
porém proseo-uir no exame senão ·por ordem. O, exames serao prestados por ma terias. e 116·
de. sede. " :nllum .?lZJ.llmO-_serâ admJUido a exaw· das~
. O e-uma eonsaa de tres provas : oral·· escripta. te~ias.. eompr~hendidas. e1n. qoalquer dQ& oito
& pra\iea. · · , pr1mmu SUles, sem. ~lr_ar....~pprovado aas
O processo dos exames é o que. já. ficou acima qu~ . compr~nde a sene .l1Ilmediatame:nte..~-
expendido. . · tertor. Podera, pol'ém,. nlllllQS.Dla· época pres;u
o exame eliDico é. rodeado. de "\odas.as garan.- 6U;ID8· de. "duas "oo. mais serles eonsecupv~
tíàs. para que os ailllll.llOS não abandonem os assun c:am~ em qtl8:lqn~ teJJ'.ql6 ser ~nmuaado
hospitaes e iís lições élinieas. e eoo1.a instituição nas matenas. que_ constituem ~- uiUJn.a. ~e).
das polyclinicas eJles se Camiliarisam com o trn- eo.~Pteh~dendo. w~o rellgfos~, ealli~·
tamento dos do&n&es . peJa responsabirida(le: que l!,lüa;. muStC:I:, 8J1llll~tlea;. desenliu linear,.~
em taes casos têm de assumir. . t1ca manual de offie1o e traballloa, de; agQ}ha •. ·.
.o& wrsos. são.fml.qu:eados ás ~s da sexo . 'todas auubs .da:.eseola. tlllleeiom~ á tarde
feminino~ as. qoaescal& ~ s.o.pod.iam ~ ·e .ã·noise. -·
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:16 - Pêgina 11 ae 49
O ensino deve pela sna fõrma,seriir de mo. ·Por aviso de 'r! do ditO mez regnlou-se o
=éleio· a-o-que-=-os-,liümios'tériü-=de-=dar~rde" i>pro~=d~m~m~s,,e=es,..ests.tuiudo-se::os·, :=-
como. professores. · · . . . · · segwntes preceitos.:
..A: uomeaçãB·d?s profe~sores. e_ substituto~,com • L • Que os exames devem . ser prestados
excepção dos da 1nstrucçao rel1giosa, se tara me- sobre pontos tirados á sorte na occasião do acto
diante concurso. • • . . sem que os examinandos tenham o tempo. con=
O governo podera extgtr dos professorlls .e cedido pelo art. 9.• do decreto n. i806 de 2! de
-.. substitutos yarece.res e tr~alhos ~obre matena Outo.bro de i~It~-q~ os ponto~ ·.que sahlrem
de lnstrucçao, asstm como mcumbll-os, junta- devem ser de novo reeollidos a urna no dia
men.le com os delegados do districto; da inspee· seguinte. . •
ção das escolas. . . . • ~ . • Que deve haver prova escripta, a qual
Os prof~ssores. e.substttutos, que leccr,onarem -versará sobre uma das ma terias do anno, de'-
as matertas eXlgtdas como preparator1os pa~a vendo porém para essa prova entrar eonjun-
Jilatrieul2s nos curso.s superiores, accumularao ctame~te paia. a urna todos os pontos das
as fn~eçoes de examinadores gemes das mesmas diversas cadeiras, numerados seguidamente se·
mater!lls. . gundo a ordem-destas.
Atodos f:!S .Professores. e ~o.bstttu.tos é veda· • 3. • Que os pontos para as diversas provas
do o exereteto do magts!erto par~tenl~r e de não devem ser os mesmos que liverem servido
quaesquer outros lagares do mag1sterJo offi.- para os exames do fim do anno anterior, e sim
cial. . . .· os qu~ forem novamtlnte apresentados pelos
O ~rofessor tera de venctmento 3:6oon, o lentes e approtados -pela congregação.
snbs~tut~ 2:0008 e cada mestre !:200~000 . • 4. • Que nos exames dos alumnos qne por
~em di~o, .os professores e subsllty_tos go· motivo justificado.deixarem de prestai-os antes
zarao dos dtrettos ~ vantagens C?ncedrdos aos das férias devem observar-se as disposiç_ões dos
professores e substitutos do coll.egt~ ~e Pedro II. decretos de u de Janeiro e 22 de Outubro
Os regulame!J.tOs dos Ct?-rsos JU~dicos, da .es· de i87i. • ·
cola polytechmea e da mstrucçao pnmarta e
secundar ia, estando já começados, não tarda- As disposições desses avisos são manifesta-
riam tambem em ser expedidos: mente contradictorias e deficientes.
Achavam-se as consas neste pé quando sahi llfandam ainda prestar por annos os exnmes
do ministerio em principio de Junho. aue devem ser feitos por materia.
Depois de minha retirada, o gabinete 5 de • Conservam o processo de exames dos velhos
Janeiro, aterrado pelas ameaças do senado, se· estatutos com a freq_uencia livre do novo re·
pultou na poeira dos archivos o decreto de i9 de gimen . .
Abril e os respectivos regulamentos. Estabelecem para os examinandos dos.cursos
Nestn tribuna e em varias conferencias eu livres um processo de exames mais diffieil do
fiz sentir ao governo o absurdo e a incoheren- que o ado_ptado para os alnmnos dos cursos offi.-
cia de conservar-se o processo de exames dos eiaes, di!Jerenca esta que, além de injusta, é
velhos estatutos com a frequencia livre do novo meio indirecto mas etlicaz de matar o ensino
regimeD. livre.
No mesmo sentido pronuncinram-se muitas Finalmente omittem providencias indispen-
vozes 11utorizadas na imprensa e no jlllrlamento. saveis para regnJaridade dos actos vagos.
.O governo era surdo n todas as r eclamações ; Substitua o nobre ministro semelhantes avi-
a todos oppunba a peior das resistencias: - a sos expedindo por um decreto as disposicões,
inercia e e silencio. contidas no regulamento <1 que referi-me, · que
Graças, porém, ao aviso de U de Maio, o mi- perfeitamente regulam :~s matriculas, a inseri·
nisterio viu-se e..m breve collo~do em difficili· pção e o processo dos exames de accõrdo com as
ma co!lisão•. inno vações realizadas pelo decreto de 19 de
Suspender a execução dos artigos, mandndos Abril. (Apoiados. )
cumprir por esse aviso, seria uma temeridade. Urge tambem providenciar a respeito do en-
Os applausos que com esse attentado colheria, sino pratico e das condições materiaes das es·
sem duvida, na camara vitalícia, morreriam colas medicas.
suffocados pelos vivos protestos da opinião na· Peço licença-para referir a esta aug11sta cá-
eional. . mara as impressões que me causou a visita qne
Deixando vigorar aquelle aviso, era forçoso Rio fiz, quando ministro, á faculdade de medicina do
executar alguns outros artigos do decreto. de Janeiro.
Assisti a luminosas prelecções, que exube·
Compellido, :pois, pelas circumstancias, o go· ra.ntemente confirmaram-me o a.llo conceito de
verno teve de adorar o que havia queimado I· que merecidamente goza o corpo docente da·
· Por aviso de 3i de Janeiro de !880 mandou- quella faculdade_ -
se abrir nas faculdades de direito e de medi- Encontrei·me com uma distincta mocidade,
cina inscripções para os' exames de que trata o intelligente e desejosa de aprender.
§ L• do art. 20 1!-o decreto de i9 de .Abril, de· Depois disto,· pa~sando a percorrer o ediftcio,
clarandq-se que "óbservar:;re. hiam provisoria- soffr1 as mais dolorosas decepções. · · .
m~!lte as seguint~s (}etermfuações : os eiames
senam prestados por annos e a taxa seria a mesma O Sa. AI.nm.A. CcUTO:- Não póde produzir
dos vellios estatutos1 - .· ptliores impressões. .
Por aviso de 16 de Fevereiro declarou-se qne o Sn. LtoNcio DE C!RV.&.Lllo:~o edilicio
os mesmos exames deviam sa: vagos. aeha-se nas mais detestaveis condições de asseio
c â"nara dos o epLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 16:16- Pág ina 18 de 49
e saluhridade ! Não ha Iil.boratorios, não hà ~IÍ ~ : o·· ~e ph~acia. está alojado em ·.u m_local
·•• '
0
si:::.o"pr.aticor e~os.--:pro~essor~.$~~~am.:~. Ja,~~~ ..ll.UID:!d9.~,_UDPJ<?J)t:.l~ra ~a. esco!!..;~e_ma~·
gados de lu\ar com a merc1a do governo, '(Jlle, pnlações__ . _ . . . . : ·_· ...
salvas honrosas exeepções, não tem elU'ado do Não ha um horto bota~11co, f~ltam 1nstal1~~
engrandecimento do ensino da medicina entre ções para o es~udo da mtcroscopla vegeta_!; nao
nósl.Logoáesquerdadarepugnante entrada_do se fa~~onvementement~ o . ~biudo J>ratlCo da
edificio vê-se um · cubículo com. tres armarzos med1cma legal e da toncolog,a. ·.
velhos' mesas quebradas, armarias desmantel· Tão impressionado fiquei, Sr.J?residente, que~
lados, etc.....:=é o gabinete de ~natomia. (Riso.) aproveitando-me de u~ s,aldo enst~nte na ve~;bil
._ -d .das faculdades de medzcmtl;-mandet-1og~ arren·--
O ~n . AL'ME!DA C~uro. Sem nenhuma as dar uma espaçosa casa em frente ao edzlieio da
condições necesssmas · escola· e autorizei as necessarias obras para que
O Sa. LEoNcro nE C.A.l\VALHo :-Em sag11.ida nessa casa se estabelecesse a bibliotheca e !une-
uma grande sala de aulas, escura, sem ar suffi.- cionassem algumas aulas.
ciente e de archibancada~ anti-diluvianas 1 O Incumbi ao Sr. Dr. ltlotta Maia de mandar
estudo pratico da anatomia, a chave do edificio cons\ruir um.amphitheatro. Consegui dos pre-
medico, se faz em rur.a cozinha ~e ainda hoje paradores, que boviam sido dispensados por ralta
.conserva o fogãG que servia ao antigo c9nvento. de verba .no orçamento, que continuassem no
(Riso.) Só ha espaço para cinco ou se1s meSf!S exercício de suas funcções, mediante a pro-
para o estudo de mais de 300 alumnos dos L• e messa de pedir ao parlamento os precisos meios
.2.o annos I para pagar-lhes os serviços prestados e marcar·
O SR• .Ar.u1oA. Coll'ro;- Os alumnos não po· lhes vencimentos fixos. ·
dem fazer as observações que são essenciaes. Emfim, si tivesse dependido. unicamente de
O SR. LEoNCIO DE GABvAtlfo:- Oamphitllea- mim, já estaria hoje transformado em facul-
:ro para o estudo das operações cirurgicas é um dade de medicina o convento da Ajuda, que
dispõe de um vasto predio e de ímmenso ter-
barracão mal situado, ·mal construido, oude os reno, e é· situado no melhor local que se póde
professo~:es são constantemente interrompidos
durante as lic;ões, visto que fica junto da prin- ·encontrar Não deixe
nesta cidade.
o nobre ministro de levar a e.ft'eito o
cipal passa"'em de todo oedificio I .
Não ha ~aboratorios de i}h'ysiologia experi.- fico plano já organizado, que,
projectado amphUheatro
não
segundo o mag'ni·
enstaria mais de
mental; não ha, por falta de espaço, ensino 8:000~0.
pratico de anatomia, e por conseguencia o que. Reflicta igualmente sobre a grande conve-
esperar de uma escola em que as duas princi- niencia de chamar-se ao domínio do Estado
pa.es chaves do ensino têm sido desprezadas aquelle convento, afim de nelle estabelecer·se"a
pela mais censuravel indifferença ? I (Apl1ia· faculdade de medicina. Deste modo as quantias
dos.) votadas pelo parlamento talvez chegassem
A bibliotheca, si não fora a casa ultimamente jã para cuidar-se tnmbem, como é de justiça, dos
alugada, continuaria a filnccionar em uma sala edificios d~s faculdades de S. Paulo, do Recife e
acanhada e impropria I da Bahia. (Muitos apoiados.) ·
· Não ha estudo pratico de partos, e, sem medo Resolva-se tambem o nobre ministro a man·
de errar, póde-se affirm~r quA é a unlca facul· dar cumprir desde já as seguintes disposições
dade medica do mundo, em que se fazem par· contidas no projectado regulamento c que muito
teiros sem nunca terem liSSistido uma partu·· aproveitariam ao ensino \)ratieo :
riente I c Art. 2~. Além dos mstitutos praticas ha-
Não ha disciplinas para nenbuma das espe- verá para o enstno clinico as enfermarias e
cialidades ensinadas hoje, mesmo nas escolas as salas que forem necessarias .
mais secundarias da Europa I • Art. 5!5. Os directores das facul~ades, de
As riquíssimas amostras de materia medica conformidade r.om ns instrucções que recebe-
brazileira :ânda não encontraram n!li um recanto rem do governo, se entenderão com os prove-
para serem guardadas e muito menos um Iabo· dores da Santa ·casa de M'iserieordia e de outros
ratorio I · . . · . hospícios. para que sejam forneeidas as seguin-
.. Não ha Jaboratorios de histologia nem de tes enfermarias: duas de 60 leitos cada uma para
anatomia patboloe-ica, de modo q__ne esses doas as clinicas medica e cirurgica de adultos; duas
fachos da medicma moderna nao· esclarecem com igual numero d,e leitos para as clinicas medi·
e cirlll'gicn de crianças ; uma com 3~ leitos;
alli o campo de observações indispensaveis -á ca
neeessaria comprehensão de um sem numero de pelo menos, Jlara a clinica·obstetrica: e gyneco-
logica, e mat& i5 leitós, reservados exclusiva-
. phenomenos morbidos I mente para parturientes em sala especial ; uma
o gabinete de physica é. pauperri.mo, e nem para. clinicB:_ opht~almologiea _; .uma pa_r~ _cl.inica
se ~óde comparar com o que possue a escola dermatolog1ca e de · molest1as syphih!icas, e
polytechnica . . mo tem os apparelhos indispen- uma: tinalmento para a clinica :psychiatrica no
saveis.ao estudo da Mustica .e da optica; é .irri~ hospício de Pedro II, e -na Bahia, no de S. ;roão
sorio dizer-se que alli se ensina physlca me· de Deus;
dica I. . . • Art. 26. O. ministerio do imperío e os di~
. Os de chimica organica e mineral -vivem na reetóres das fllculdades solicitàrão, dos -re(eridos
mais·completa miseria, sobretudo .o primeiro, provedores ·as .ordéns neêessapas para 'que aos
que por seu . exigno espnço não póde conter lentes de ·clínica seja~ reservadas a$ con~liltas
quatro a seis pessoas !... · · dos:. doentes que apl)arecerem :na j)Ortana dos
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:16 - Pêgina 19 ae 49
;_ ro - -
respectivos hospitaes," afim de etfectuar-se ·a po- 10/1, que ainda precisam requerer, como remu-
,.,.,lyeliniaa·-;-te:a..- <?S.;... -.1...... 'i..acã-disposição· dos· "l1er~o··_de:-trescoü'"quatro=horas"de -penoso~ser.;.·=-
mesmos lentes seJa posto tudo quanto ror neces- viço. · - · ·
sario ao tratamento dos doentes • ·a saber : Ora, um examinador. quenunea exhibiu pro-
dietas, remedios, enfermeiros, os serventes vas de aptidão para o magisterio, qn.e.o ministro
precisos :Para o serviço das mesmas enfermarias, arbitrariamente nomêa e demitte~ e que para
os apparelhos e instrumen~os cirnrgicos de que viver necessita daquella preearia .gntificação,
houver necessidade para todos os exames e difllcilmente poderá merecer a confiança do
operações. publico, ainda mesmo proferindo muito bons
• O governo entender·se-ha com os pro- Julgamentos. (Apoiados.)
vedares da Santa Casa de ~lisericordia para O Sr. ex-ministro da fazenda, quando exercia
que· desUnem um local junto ao· deposito dos interinamente a pasta do imperio,. expediu
cadaveres para as autopsias, com tudo que !ôr umas instrucções afim de eohibír os abusos que
necessario para estas e onde os preparadores e lhe eram denunciados.
os repeLidore~ do laboratorio de anatomia patho· Essas instrncções, longe de sanar, aggta-
logiea procederão de C()nformidade com o que varam o mal de que todos se qneixam. Elias
dispoem estes estatutos. • sujeitam os examinadores a uma fiscnfização
. o sn: PustoENTE:- Observo ao noln'e depu- h;u!Dilhante, qne não ~e ~ompadec~ eom o p~~
lado que jâ" estão passados os tres qnartos de ttgr'? e a fol'93 moral mdrsp~nsav~lS a .nm ya:~.
h0ra Ainda ma1s: procurando rmpedrra mfluenc1a
- dos directores de collegios e professores parti·
O SR. LEONCIO DE C.ilvALHo:- Obedecendo a eulares sobre as mesas examinadoras . colloeam
V: Ex., procurare~ abreviar o que tenbo ~inda a es!.as sob uma excessiva dependencia' do- gover·
d1zer ; mas acredito que ·a.~mara .Perillltte-me no, o que tambem não é conveniente.
ex.ceder o prazo da urgen~•a.. po1s que estou st taes instrucções fossem campTídas, o que
tr:~~~ndo de assumpto de mUlto mteresse. (Mu1tcs felizmente ».unca suceederâ, nenhum cavalheíro
aJlO'·ados.) brioso poderia mais exercer o cargo de exami-
0 Sa. B.wo IIonM DE MELLo (ministf'O ào nadar. . . . ·•
im'·~Jrio): - Estou ouvindo a V. Ex:. com satis- Para eVltaT os menmonados abusos as unteas
ra:·flo. medidas efficazes são estas:
(.) Sn. LEoNcxo DE CARVALHO:-Chamo tambem Crear um co~po de examinadores qne sejam
a ;.ttenção do governo para os exames de pre· nomeados m~d1ante ~on.curso e gozem de van-
paratorios,. que continuam a provocar severas tagens e v_:enc11nentos tguaes ~os dos :t>rofessores
censuras. do collegiO de Pedro rr. (M~&atos apaiadog.)
Fal\am-me os daoos para julgar da prece- · Determinar~ como já ficou_di~ a re~peito dos
d·encia· d·e taes c.en.suras.. Sei que o nobre mi· actos academicos, que, no pnmerro d1a de eada
· nistro do imperío foi muifo escrupuloso na es·- uma das épocas marcad~s par! ~s. ex,ames, a
colha dos examínadoYes. Sou o primeiro a re· m~ examinadora. organ~e e sUJeite a aflpro·
conhecer as habilitações intellectuaes e moraes vaçao do corpo fie examma~ores· pon~ ddfe-
de muitos dos cavalheiros nomeados,. a quem r~ntes dos que ttverem serv1do na época ante-
conheço. pessoalmente. r1o~. mns que sempre comprehendam toda a ma·
_ Entendo, porém,. que o modo pelo qnal con- tena d<? ~xame. . .
tinuarn a ser organizadas as bancas de prepara- Prob1b1r que sejam rev~lados os referidos
torios, é de naturezn a despertar incessantes- pontos, afim de que o exammando só conheça o
suspeitàS dos illteressados. PDJ?to, sobre o.~qnlll deve _dissertar ou ser ar-
_?rohibida, como devia ser, a escolha dos exa· gutdo, na ~cas1ao em q~e ~trai-o da urna. •
mmadores entre os professores parti(mlares, e ~ta nltima cantela é. mdls~en11avel para Im-
achando-se os professores do collegio de Pedro n pedtr essa escandalosa emprcilada, que atmllll•
e dos outros institutos. omciaes quasi sempre · ela-se presen_temente co~ todo·~ dese~ço:
oceupados nos respectivos trabalb.os de que preparar menrnos~ ~m me~a duzut de semanas,
não devem ser distrahi.dos o ministro vê-se- para prestar exame· sobre os pontos do pro-
obrigado, muitas vezes~ a organizar as. bancas gramma omciall (Muitos apoiador~)
de :(lrep~torios co_m. um pessoal estranho a() Constituide: o corpo de· examinadores, o go·
. ma!;:tsterw, o que e um grande m~L (MuitO$ ver!)o · po~eria ineumbir•lhe a organilação· dos
apo1ad/J$ . ) ' r~l:unentos:preci~~ para a boa marcha eregu-
Um advogado, um medico ou um engenheiro~ larldade: dos enmes.
embof! muito illustres no_ exercício .. de suas: · o decreto de 1~ de Abn1 comprehendeu a ne·
pro~soes, podem ser pessunos exammadqres. cessidade dessas providencias e procurou satls-
(A.patadlls ·) . ' fazel-a estatuindo:
Para leccinnar ·.e julgar. -exames, é iu~pen- r Qo.e os professores e subs1ift:itos das escol~
..savel. ter c~tos :con~~~ntos .escoiB!'tiCOS e; . normaes do· Estado; qne1eeeiori11l'em as materias
teunrr condi_ções espect~es;. _que. so ~dqmem. os. exigidas como preparatoriOS' para <1 matricula
que fazem. v1da d~ mag1ster1o. (A~.). ·nos enrsos de ensino· superior; aeeumnfarão as
~ém ~. _eu~~os. os qtte patriotica-· fnncções. de en.minadores geraes das mesmàs
mente- deseJam anxiliar a. causa do·ensino.on materiu,. e-, ~lm â6. inc:ompa1inis com oma·
por;favor a~~ aos pedidos do m~stror sõ gi!Mo' partfunlar;. Diil podedG eurcer qual-
aceHam: u espmboslf · ~o, de e:r:ammador es· qner.olllro lagar do magisteriO>otlleial q:ne poaa
qneDão.podem por·outre: meio obler os·magros prejudicar o desempenho clesaas•ClllleÇões-.
C(rnara aos Depctaaos - lmiJ'esso em 2710112015 16:16- Página 20 ae 49
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· • Que. cada mesa de exame de preparatorios j ·· Conceda aos .eslabeleeimenws· em que.se ensi-
.. se con:iporá .,de.~uril. presidentELe.de ,dous exami.:._,_na remtoda~ _as materias exigidas como prepa-
nadores, que serão o professor.a o sobstituiõ..da ;I r:itorios para a miltriéülail.os·'cursos : superiores
respectiva materin na escola normlll, os quaes, do Imperio, e que houverem· fu nccionado regu·
no caso de falta ou impedimento, serão snbsti- larmente por mais de cinco annos e apresent:l-
tuidos, nas províncias, por cidadãos·hnbilitados rem pelo menos 60 nlumnos approvados em
escolhidos de prefereneia entre os que exeree- todas essas materias, a prero~a tiva -de serem
rem . o magisterio official ; e na côrle, pelos pro- válidos para a reft?rida matricula os exames
..Je_ssores e su_bstitut\l..L~._Jmper_i~L~o)leg_i_o_ Ae _nelles pr~tados . . (Muitos apoi~dos .. ) .
Pedro 11, e, nao stmdo poss1vêl,·por ctaaclãos nas . Conceifa tnmbem as prerogattvas .de que goza--
condições ·mencionadas. .. . o imperial co~le g-io de Pedro 11 aos estabeleci-
•Que o presidente de ~ada uma das mesas, no mantos de instrucÇão secund~ri:i que seguirem
municipio da côrte, será nm dos membros do o mesmo- programma de estudos e, havendo
·conselho direetor, designado pelo governo, de funceionado regularmente por mais de sete an-
entre os que não exercerem o ma·gi~terio parti- nos, apresentarem pelo menos 60 alumnos
cular: e nas províncias, um dos delegados de- sradu~ do s com o bacharelado em Jettras.
signado pelo respectivo presidente. · (Apoiados.) .
• Que os proressores e substHutos das escolas Um outro ponto, que reclama immediata pro-
normaes, os substituto~ do imperial collegio de videncia, é a maneira por que se prepar3m en·
Pedro 11, e os cidadãos que, oa faltn de uns ou tre nós os dentistas e as parteiras. (Apaiaàoa .. )
outro'S servirem comoexaminadores, perceberão Indivíduos, que apenas sabP.m ler e· escrever,
a gratificaçllo de wn
pór dia de trabalho, a conseguem, mediante fraquissimo exame sobre
qual será igualmente abonada aos presidentes muito poucas materias, um diploma que lhes dá
das mesas de exames n:~s provincias, e aos mero- direito a exercer . profissões que não s2bem e
·bros do conselho director que presidirem ás n fn.zer da pôbr_e ' humanid:~de. que lhes eabe
mesmas mesas no município da corte, com ex- nas mãos - animam vilem - de suas fataes ex-
-cepção, qu~nto a estes ullimos, dos que já p_er- periencias ..
~eberem_venci~entos por funcções relativas á O decreto de t9 de Abril impede essa perigosa
1nstr ucçao publica.... . . . racilidade, orgauiz:mdo cursos de obstetrícia e
• Que nas provmCJas o governo so podera de odontologia pela se"ninte· fórroa :
a-brir mesas de exames de preparatorios nas ci- . . ~
·dades onde houver alguma escola normal, orga- . • Ali. ~8 ._ ~s m.!teuas do cnrs~ de odontolo:
nizada de conformidade com as· disposições do g•a constttu1rao ObJecto de tres sertes de exames.
decreto.• . : L • serie. - Physica elementar, chimic.a mi-
Sei que estas disposições, por mais de um neral, an~tomia descriptivo e
motivo, niio podem ser ·integralmente· executa- · topographic<~ . da cabeça.
.das. . 2.• serie. - Histologia dentaria, pb ysiologia
A escola ·normal, ~rea~a em Ylftude do de- dentaria, pathologia dentaria.
ereto _de i9 de_ Alml, nao compre.kend-eu u 3.• serie. _ :Tberapeutica denta ria, cirurgia
~atenas do ensmo s_ecundario e ~e•xou de sa~ e prothese dentorla.•
t•sfazer nl <>uns preee1tos substanc1aes daquella .
reforma. " Para matricula no curso de clrurg•iio dentista
O conselho de instrucção pnblicn ainda não exige-se cerlld~o de _ser mai~r de i8 annos, ai-
foi reorganizado segundo as bases.do art. !4 testado d~ vaccma nao anterior a quatro 3nno.~
do mesmo decreto, e não et:istem nas provin. e de ter sr_do approvado em poMuguez_. francez,
cias os delegados de que trata o art. i~. lnglez, arJthmetica, algebra e geometna.
Em todo caso póde o governo desde já no· ~Art. i6. As malerias do curso de 'ôbstetricia
mear as examinndQres entre os professores da constituirão objeato de tres series de exames:
escola normal e do collegloPedroll. (Apoiados.) . t.• serie. - Physica geral, chimica geral e
O Sn .. PRESIDENTE:- Devo lembrar ao·\ no- : botanica medica. .
bre deputàdo que não póde eontfnuar o seu- i.a seria. - Anatomia descriptiva em geral,
discurso sem pedir nova urgencia á cnmara. !pbysio]ogia _(resEiração, nutrição, circula~_,
. O 811.. LEoNcio nB CARVALHO : - Posso dizer,. ; sec~eçoes, .dtg~stao em geral, musculos, orgaos
S.!·· president_e, ~ue já reeebi da camara permis- i gelltto:otmnanos da mulher, eerebro e medulla)
sao: para. prosegUlr no meu. discurso. (. Apoia~ i e'obste1ri~la. . .· . .. . · . ..
®8. ) · : 3.a serie."'":Ch'rt-IC:l qbstetnpa. e ~ynecolog1C~·,
O SR. PRESIDl:ln'E : _o regimento obriga 3: I phar~acolog~a gerul e espeeJalmcnte d~s . s~
pedir· urg:encia ;·v .. Ex. J10e pedil·a e eu :es- 1slanCJas I?-edic_am_:D.~sas na arte. ob~t~tru;~·· • .
tou ~rto de que a camara lh'a concederá.. , Para- a mscr.1pçao no curso obs~trJqQ e:vge.se:
. O sn~ LEowtto ·DE C.Uvurro. : - Em· attenção· i . d i.•ldade maior de:.!8 annos, sendo ltomem;. e
!
tiG' r.egimealo·a á. pessoa de v. El[ .. gue· muito de, meno~ de 3~ e: mars de· i8, sendo m~bet! • .
oonsidero; .vou. resumir' as eoiisiderações,. qu~ : j.• Ser vaccmado dentro· d() prazo . nao. m:úm;
preciSo ainda. razet~ ao·essencial< pàn niiD ~- : de 4 annos. _ . . . .
JUeompleto o meu•pensameoto-. ~:-t:!l-' . i .3.• Apprpvaçao n11~ m~terta~ :~gum~s :
· <:hart. $) §§.1 ....eS...ado.deereto de t9de Abril, por~guez, franeez, antl:!~e~lca,. alg~bra .~ g~~-
tambem oft'ereeemao;góverno dôlis .valiosos re:.- metna •.• . · ·. . ··
eun<IS;.. de·, -qu.e pódejá . Uti)isar~se .com- im• . 0 goveniO póde perfeitamente· Jilandati.Cll.Dt-'
mensa ~aritagein para o ensino secundtado. ·· · prir estas disposições;. :mrd9= apen~ ·.o;ce.idatlO
• A. U. . . .
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:16 - Pêgina 21 ae 49
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de excluir as cadeiras que ainda não foram Nin~uem ignora que talentos muito aptos para
o .. ensmo.de_umtLdesta·s.seel)Ões,..nãoco-são~pnr.a~--
.· creadas."'" - . .. _ . .. _........ ···- . ... ...... . .
Uma outra reforma de que muito se carece é a o da outra. Nas .faculdadés de medicina convem
úeação, nas raculd~des de direito, de um cursG dividir as secções em sub-secções, conforme se ·
especial pata scieneias sociaes e outro pnra acha feito no projectado re~lamento, cujas
sciencias jurídicas. (Muitos apoiados.) principaes dispDsições prometlt transcrever.
·neste modo os que desejassem habilitar-se Cbnmftrei finalmente a anenção do governo
unicamente para os cargos diplomatieos e fun- para essa enorme quantid:. 1e de crianças, que
--eções---t~dministrativas,.-~Hrequentariam-o-·pri·· -não freqnentlm escolas, nem apxendem enr casa-·-
meiro curso. · de seus pais ou tutores. ·
Os que quizessem unicamente preparar-se Desses meninos, nbandonados aos vicias e ás
p~ra magistratura e advocacia, limitariam o seu rnlns paixões, só poderemos esperar máos cida·
estudo ás materias do segundo. dãos, futuros mendigos e criminosos, de cuja
E' de grande vantagem despertar o gostG perdição o primeiro culpado será o proprio Es·
pelas especialidades. . tado, que os deixou crescer na. ignorancia e na
Muitas intelligencias, que poderiam ser utets miseria.
dedicando-se - a uma especialidade, tornam-se Como já tive occasião de dizer no meu rela·
imprestaveis por quererem ser encyclopedieas ou torio apresentado a esta augusta camara, I!llO
fazer estudos superiores ás suas for~..as e ina- basta promulgar leis, reprimindo o vicio e o
propriados á sua nnturez:~. crime, cumpre prevenir o mal na sua raiz,
Odecreto i9 de Abril preencheu essa lacuna destruindo-o. A educação não é só wn direito
ereando os referidos cursos e organizando-os de toda criança, que á sociedade incumbe res-
da seguinte maneira: · gturdar contra a mdifferenl}ll ou negligenci:l. de
• As faculdades de direito serão divididas em seu!' proteclores naturaes; não é só uma questão
duas secções: a das seiencias jurídicas e a das de humanidade; em presenc.~ do grande nu-
~ociaes. · mero de meninos abandonados á ignorancia,
A secção das sciencias jurídicas comprehen· criados em conUtcto com todos flS _vícios e e::t·
d.erã o ensino das seg-uintes materias: postos á inQuencia dos mais perniciosos exem-
Direito natural ; direlto romano; direito con- pios, qnttndo não desperte interesse, diz um dos
stitucional ; direito ecc\esiastico; direito civil; relatores da commissao escolar do Connecticut,
direito criminal; medicina legal; direito com- . esta pergunta: o que {aremJJs àeUes? ·com cer·
mercial; tbeoría do processo criminal, civil e. teza excitará algum esta outra: o que farão elles
commerclal; e uma au\:1 pratica do mesmo pro- de nos ? A educação é, pois, ainda para o Estado,
cesso. na phrase do mesmo eseriptor, uma questão de
::A:."s·eeção das sciencias sociaes constará das defesa Jlessoal. .
materias seguintes: No d1scurso, que proferi q:u~ndo. se ~scutiJ?- o
Direito natural ; direilo publico universal ; orçamento das despezas do ffil~IS~erto do tmpeno,
direito constitucional ; direito ec~.Jesiastico ; Citei impDr:tantes ~adGs estatiSltcos, extrahidos
direito das gentes ; diplomacia e historia dos dos relatDrtos de ~tppeau e Leon DoJ?_!!t; que d~
tratados · direito administrativo · sciencia da monstram os segutDtes factos na Untao Amen·
:~dminisiração e hygiene publi~a; economia c;ma:_ . . .
polüica · sciencias de finanças e contabilidade • Um terço dos cr1mmosos e totalmente sem
do Estado. instr~cção, dous terços não possuem instrucçüo
O ~overno póde tambem mandar executar suffic1ente. . _
essas disposições, excluindo as cadeiras cuja • Os crup.mosos rornae1dos pelas classes anal-
creação de~nde ainda do corpo legislativo. _phabetas sao, pelo menos~ de% vazes mais nn·
Um outro assnmpto digno de reparo é o svs- merosos do qne ~s fornecldos pelas classes que
. Jtlma das substituições nas faculdades de dirêlto possuem alguma mstrueçao. • ·
e de·medicina. (Muitos apoiados.) A proporção dos pobres entre os analpbabetos
Naquellas o substituto deve ser uma encyclo- é 32 vezes _maior. que entre os indivíduos mais
pedia jurídica, pDis tem obrigação de . reger ou menos mstrrudos.
qual\Jtler das cadeiras que vague. ~e~icta o governo sobre estas eloquentes es-
Nas faculdades de medicina as materias são tattst1cas e torne quanto antes effectiva, no mu-
divididas em secções, mas essa divisão é feita nicipio da cõrte, essa médida praticamente re-
co~ muita -~_esigualdade e algumas· vezes sem conhecid~ como u~ dos m_ais ~fficazes r~medí~s
logtea.. (Apazàdos.) contra a tgnorancta: a obr1gaçao do ensmo prt·
O SR . ALliEIDA. CoUTo dá um aparte. marlo el~mentar. . .
. , ·· Em !817 nesta mesma eamara o Sr. Franklin
O Sn, LEOI'l'Cto_.nE CARVALHO:- Como. bem Doria, que tão valiosos serviços tem prestado ás.
observa o meu .lllustra_do collega_, autoridade lettr:Js e·á instrucção publica, já ·dirigiu ao Sr.
competente !!esta mate~a, ha secçoes que com-. . ministro do imperioigual pedido nos seguintes
prehe~dem · ·~m ex~tvo numero de mate- termos : • O nobre ministro do · imperio não
rtas. - ,, . . · _ . acha que já é tempo de appliear ao mllllicipio
_Nas faculdades de .diretto, em quanto · nao se ne~tro o preceito do ensino obrigatorio, esialle·
pode e~ec)ltar o art. ~3. § 7.0 • d_o ~eereto de .19 \ leCido ha 30 annos no regulameoto expedido por
de Ahnl,-cnmpre ao menos d!Vldrr as ma\enas S. Ex. o.Sr. Visconde de Bom Retiro?
em duas secções: uma para scieocias. sociaes, • S. Ex:: se servirá responder positivamente-
outra para seiencias jurídicas. si sim ou não. · ..
Câ"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 16: 16- Pá gina 22 de 49
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..... • Erri todas as frel{llezias do ~uni~ipio neutro :póde hoj~ um gabinete liberal adiar ainda se~
·· ha"lJresentemente-escolas-sufficlentes para "<~m:·- ··me!!lante.:·medida. -~"=' -- --··· ---- - ·. - ·-- -
lios·os sexos. Desappar~ee:n, po~s; a_ aunculd~de .Par!' sua execução o governo-eiieontrá-ná;··-
que. se eo~tumava op~o~ a renhzaçao do ens1no le1s y1gentes todos os precisos meios. ·
obrJgator1o no mume1p1o neutro. Pode Impor as penas que forem necessarias '
• Como quer Qlle seja, é ~bvia a necessidade a iS$0 está auto.ri.zado peJo regulamento de .Li.
qnll tem S. Ex.. de compelhr ~ frequentar as ·de Fevereiro de 4.85~, que tem rorça de leL · ·
esr_!(lusses ~1lhar~_~_!le men_!n_!l~!.Ul:le me Si porventura acha insulliciente o numero de .
re erJ, ausen~~ delías. ~ scotán-X:.i:stl!n~'S'"ml~rtu;-póile t.Jcilweute ~
Do1;15 ex·m1~1stros c~nservadores os Srs. con· gmental-o ~elos segutntes meios de .que •trata
selhetros Pauhno e lo ao Alfredo, que muito se o art. 8. • ~ L • e ~.o do decreto de i9 de
esforçaram em favor da instrocção publica Abril : · ·
achavam-se disposto6 a realiz.ar nest:t cõrte ó · Subvencione nas localidades ara~tadas das es..
ensino primario obrigatorio e não o fizeram por ~olas publicas, ou em que o numero destas fõr
medo ao senado. · tnsutnciente, a~ escolas particul~res que inspi-·
No projecto apresentado :i camara pelo Sr rem a n~~essana confiança e mediante condições
conselheiro João Alfredo quando ministro do·
razoave1s se prestem a receber ~ensinar gratui-·
Imperio, foi .consignada·a seguinte disposição: tamente os meninos P!lbres da freguezia. .
• § 2. oU ensmo primario elementar no muni· ~te~e, ~t!endendo as necessidatles do ensmo,
c~pi? da eõrte será obri_qatorio para todos os in- ·a ~tstrtbUiçao d~s. ~colas pelos ditferentes di-
dtuiduos de 7 a. u. annos; sel·O· ha t.'mbem para strtctos ~o mu~uctpt~. da côr\e.
os de !4. a 4.8, que ainda 0 não tenh&m recebido 9 ensrno m1xtoi Ja ma1_1dado ~xecutar, pelo
nos logores do mesmo município em que hon· anso d~ 21 de Matt?, permitte ?O ~overno tornar.'
ver escol3s de adultos • · medida esta que 3 · proporcional nos dlfferentes d1str1Ctos o numero
commissão parl:lmentar' que emittiu parteer aa~ e:;colas á-população que as frequenta, sup-
sobre o p_rojecto apreciou nos seguintes termos: prmu~do em alguns os que se tornarem desne-
-• Considerando a commissão de accõrdo com cessanos para estabelecei-as em outros.
os sãos principias da jurisprudencia como dever A construçção . de predios nacionaes p:~ra as
iiz~prescrlpli~el do govern8 a prevenção do escolas P.U~heas, se~~nd~ ~ plano p~oposlo pelo
cr1me, nao póde desconhecer-lhe 0 direito de nobr~ mtmstro, fac1htara amda IWIIS a boa col·
emp~eg:ar .m.eios mni_s convenientes para 0 000• locaçao da~ mesf!las eseolns. . _ .,
segu1r, ex1gmdo e 1mpondo obriaatoriameilte • Applaud1 m'!l1to aqnelle plano, po1s que Ja
o ~n~ino primario elementar.; pelo" que a com- tmha reconhecido a. necessidade de se cons~rui.~
m1ssao ~dopta o § !.• do projecto, em que essa rem casas aproprt~das ãs escolas publicas,
obrigaçao é cons1gnada remindo que tà~ salutar com~ se vê das segwntes palavras do meu re·
mediila não p~ssa por 'ora esknder-se a tôdo 0 lator10 apr_es~ntado a esta augusta: camara:
paiz; e esperando que 0 inftuxo honesto do go· Avultadtsstma é a despeza qne fa~em os ~ofres
verno a promova e faca e!Iectiva em todas as do Estado com o a!uguel dos pred1os pat:tJcula··
nossas povoações. . . res, os quaes na ~or parte! al~m de ~al'sttuados
Um ontro ex-ministro do imperio 0 sr. con- ~ baldos de eond1_ções bygt~mcas; nao offerecem
scllleiro Paulino, justificando um projecto que as escolas n prectsu ~s_!abihdade ;_ de ~orte que;
apresentnrn ao p:~r!omento afim de estabelecer 0 ·na ansencia de condtcoes, que nao é llc1to esta-
ensino obrigatorio, disse : belecer CID: um contr~to, eslão.ellas _sempre na
' A idé:~ do ensino obriga torto tem sido lar· depend~nCJa dos capnehos e _exJg~n~Jas dos pro-
g-amen.te debatida na Europ:~, sustentada por pr•etar~ds, e por oonsequencta SUJeitaS sempre ,
homens de espirito muito adiantado, que niio 3 repedtl as mudanças: . _
hesitam em tolher :is classes menos favorecida~ AJO ~ quando po~sJvcl f~sse.obvm· .taes ·~
:1 libordade de persistir ignoraneia. o Es· . convenu~ntes, bas~r1a uma stmples cons1deraçao
~d oxdem economtca para convencer da neces-
113
ta do tem o direito de obrigar os llais os tutores 51
os encarregados, emfim, de qualquer individuÓ a e; a que alludo. . ·
na idade escolar, a fazel -o aprender a Jer e Ba~ta auender a que a folha dos.alugueis dos
escrever. Deoorre esse direito da protecção que predios ~ceupado'> pelas esc.olas Importou no
deve o poder publ.ico áquelles que precisam da mez prol.Im_o ~ndo na quantta de 9:838J558i , a
in~ervenção da soeiednde para tornarem-se effe· qual, multlphcmJa ~elos doze mllzes do anno, .
ctrvas as garantias que lhes tiver dado ll"lei. pro~uz a de H8:01i2,!)97~, ~orrespondente ao
Um. homem emi~ent~, Macaulay, jo.stificava a cap1~~ ~e L967 :7i65200, -ao JUro legal de 6 ~~.
ob~JI?ação do ensmo 1mpos~a pelo Estado · como Dtytdl~do-se este_ capital pelas 94 escolas do
ortgmando-se do díreibJ de punir, não compre- muntciplO (excluída assim a QUe Cnncciona no
hendendo que a sociedade, que impõe a pena de asylo de meninos desvalidos), cabe a i::ada uma
morte, possa dei.s::ar de imp<:>r o_ensino, como o dessas escolas a importancia de 20 : 933~!5L ·
pr_Imeiro ele~ento de mol!lhsa~o do pov~. Bem Ora, com 'pouco mais desta quantia pódé-se
set. Sr. p~estdente, ~e ~o mUI~s as d1fficul- dotar cada paroehh de ediflcios proprios .para
!lades _l)rahcas da reallzaçao desta 1déa, mas por suas escolas, · .
ISS<! nao deyemos recuar. Pretendo r~zer o prl- •QWinto ás objecções Jovantadas. na . camara
me1f0 ensato ne~dta côrte_. _•. é V!tallcla pelos Srs . conselheiro Junqueira, Vis.
.0 ~a, 8r. prest ente, st}a.naque11n poe~ dous.l conde do Rio Branco, Mendes de Almeida e
mtniStros · conservador~s J~gavam . pr~hcav~l outros-senadores, ·nenhum;l procede como ·vou
nesta cõrte o ensino pnm!lrlo obrlgatorro, n~o demonstrar. ' . ..
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 16+ Pág ina 23 de 49
-S4-
==lmp:ngMndo~o~~~rts.- 2-~~3~"-od<?Ae~re.to ~~,1~, _O_Esta,~()-~_in~er~~~~!>~<l.m_~tue_~ada ·ci~~i!_l}_._ ~,
19 de Abril que tratam do ensmo pr1mar10 obrt· hre o m:nor partrdo de suas forças mtellectnaes--·- -·
ga\orio SS. EEx. enunciaram os seguintes ar· e assim angmente a producção e. a riqueza na-.
gumen'to$ : cional. E' ainda interessado em que cada ci-
•0 ensino primario obrigatorio está Jlrocla· dadão possa ler e escrever a cedufa que tenha
mado no decreto de l85~ pnra o município da de deixar nas urnas.eleitoraes., E', finalmente,
eôrte; mas essa disposição é de tal ordem que interessad~ em que se eleve o nivel da morali·
-nunca põtlrrêr -s:qui~tada- cahiu em d . dos sabemyue esse niu.L~
uso é letra morta. ' minha pari passu com o nive da educação. ·
•Portanto seu apparecimento de novo nesse Ora de taes premissas decorre necessaria·
decreto é c~mo que a inauguração do principio mente a seguinte conclusão: o. Estado póde e
para obrigar agora o ensino, com penas severas, deve decretar, em nome de sua segurança e de
fazendo-se aos pai.; de familia uma violencia; sua fortuna, a obrigação do ensino primario e
porque ninguem duvida~:í que ? ensino obriga· elementa~. . . . .
torio traz um attentado a autorrdade paterna. Por ma1s que um pa1 prec1se dos servlços do
•Não se póde exigir do pai que mande forco· filho, não tem por isso o direito de privai-o da
somente seu filho á escol~, porque o pai pôde educaç5o indispensavei, }lara que alie não se
ter poderosas razões. para· não fazel-o; pôde torne um mau homem e um mau Cidadão.
entender que a moralidade n5o está sufficiente· As crianças não são forçadas a caminhar
mente garantida para seu filho noquellns escolas: muit:.'ls leguas, porque, segundo determina o
póde ter grande prccisii.D delle para auxiliai-o. referido decreto, a obrigação não compreb.ende
rO ensino obrigatorio autorizará um systema os que residirem á distancia maior da escola
de inquisição, facult~ndo á autoridade o direito mais proxima de um e meio kilometro para os
de penetrar no seio das familias, cujos chefes meninos e de um kilometro para as meninas.
se in~umba!u de in~tmir os !i-lhos, ~ara veri- O ensino obrigaturio não exige do pobre des·
ficar SI ess8 .ID:Struc~ao é ou.nao su1fi~1e~t~. pezas que lhe são impossíveis, pois que a indi·
~Offendera 1gnal~ente a liberdade tnd1vulual, gencia provada pelo pai isenta-o das penas.
a hberd~de da fam!lw e a do trabalho, em uma Assim 0 declara o§ lJ.• do citado artigo que
palavra, as liberdades naturaes, que constituem diz· '
a di~nidade de. homem e a for~n da sociedade. ·
•Não ba necessidade de se tornar obriga\orio 0 •Constituirão motivos attendiveis p~ra serem
ensi·uo·; as assernbléas provinciaes têm creado os meninos e meninas dispensados do ensino a
1 t d t - · · inhabilidade physica ou moral e a indigencia,
escoas por o a par e: temos o eosmo gratmto· es1a ultima emqrumto não .fOr prestado..o._auxi:..__
espalhado por todo o imperio, e nesse ponto nos· lio de qne trata 0 r: 3 •••
avantajamos aos paizes mais adiantados da 11
Europa 1 Este paragrapho determina que aos meninos
•Muitos paizes cultos não têm querido adopur pobres, cujos pais, tutores.; ou protectoresjus-
esse prin~ipio e contra elle se manifesta grande LifiC:Jrem impossibilidade de preparal·os para
numero de escriptores da propria escola Ji. irem á escola, se rornec~ vestuario deeente e
Lera I. simples, livros e mais objectos indispensaveis ao
•Os paizes, onde se pratica o ensino obriga- estudo. .
torio, só têm coibido inconv~nientes dessa pe· O socialismo que nesta disposição descubri-
rigosa medida. • ram alguns senadores, é a con~equencia imme-
Todos estes argum~ntos, que acabo succin· dinta do nrt. 179 § 3! do Constituição, que ga-
lanlentes lle reJlroduzir, foram previsto e resol· rante os soccorros publicas; encontra-se tam·
vidas pelo oocreto de 19 dn Abril. bem no regulamento de H de Fevereiro de !851,
O ensin.) obrigatorio não offende o patrio que dispõe assim:
poder, porque o pai niio é obrigado a mandar o < • • di t f · · a1
filho a certa e determinnda e~cola, póde mesmo • .:..os mentnos m gen es se ornecera Jgu -
educ~l-o em caso cu em ale"'Um estabeleeimen\o mente vestuario decente e simples, quando seus
pais, tutores, curadores ou protectores o não
particulnr,como se vê do art. 2. • ~ l. • do decreto puderem ministrar, justificando préviamente
de 19 de Abril. . sua indigencia perante o inspecEor geral, por
Conforme diz Hippeuu, entende·se que os intermedio .dos delegados dos respectivos dis.
pais podem esco_1her para seus filhos entre a trictos .•
educação dad2 em ca.sa e a que lhes offerecem
as escolas particulares e publicas, mas uão têm . Encontra-se finalmente na propria Allema- ·
o dir.eitq 4é escolher entre :~ ed 11 cafão e a igiw- nna e em muitos outros paizes, onde nenhum
rancm_ menino deh:a de ir ã escola por motivo de il,l-
seguuâo observa Paul Bert, no seu luminoso digencia. .
relatorio sobre a lei franceza do ensino primario As penas impostas pelo decreto não podem
si o pai tem d·ireitos, o menu r e o Estado tam~ perturbar a paz das íamilias. ·
IJ'em os têm. ~· . . , .. As autoridades escolares, que devem reunir
O Es~do é 'o: protector. natural do menor, a as condições de independencia e ·moralidade,
quem deve defender contra a negligencia do pai, não têm o direito de applicar as referidas penas,
como. o defenderia contra suas violencias. Tem, senão depois de um processo publico em que o
portanto, o direito de exil!i~ que os pais dêm a accus3do possa apresentar todos os motivos
~e~ frlhos um certo rmn1mum de Jnstrucção, · justificativos de sua falta e não podem, em caso
md1spensavel para que elles não se tornem algum, penetrar no seio das familias par:. in·
fardos soeiaes. terrogar os meninos.ou examlnar·os seus livros.
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A obrigação do.ensiao. primaria ntio."·. fero a 1 •.Pernambuco~ população. 8U ..:i39, anal!ibabe·
""liiietdiiu\;=individu:r.l~;"'cprohihlf""-11nicamanta,..o-'-tcs,~c€~; C5!l,=populaçSo=e$Cc!::r--,i86 ;A63r!re:--'-·
maior -de seus abusos. . . .. quencia 13,370, escolas ,pnblieas 386,. pai'ticula..; .
Na verdade, · segundo observa o já citado res l6l , oollegios 3(), bibliothecas 6 ; despeu.
Paul Bert, o pai de familia que, podendo instrn.ir 503:29660()0. . . ·
o filho, .. deixa-o na ignoraneia é. cu1f'lldo . como AlagOas, popu1ação 348.009, analphabetos .
pai e como cidadão e logicamente deveria ser 306.096, população escolar 79.&.70, .. frequencia
_p~nido nos seus direitos civis e nos seus direi tos 9. 4,83, escolas puhlicas i3li, pnrticu1ares Ui.,
paternos: ···-·· ·· ·-- -...... __ --.. - -- coliegíos-9;-bibUetlleeas ~. àesi)ei!a !i31 Õja~900,
Aquelles distinctos senadores, Sr , presidente, Sergipe, · populllçiío t76.243 , analphabetos
horrorisam-se do ensino priroario obrigatorio, U7 ..i09, população escolar 37.50i, frequencia
que é o melh(lr garantia de· todas a~ Iiberda:les, 5.23i, escolas publicas 1.56, particulares '~·
e nã1> hesitam justificar muitos actos que mani- collegios U, bibliotbecas.2; despeza lz&-.0608000.
festamente restringem ~direito individual,como Bahia , população 1,379 .6!6, analphabetos.
por exemplo: · ·. l,t.30.~, população escolal"336. 7~:t. frequeneia
A conscripção, que arranca á familia um de l0li.003, escolas publicas i.76, pa.rtieulares 55,
seus·filhos exaetamente na epoea em ~e .elle collegios n,bibliothecas 6,, despeza 4:i8:~7:U.
pdde prestttr·lhe melhores servi(..-os. O Imposto, .l<.:Spirito Santo, população 8~ . 137, analpbabe·
que não respeitando os proprios gen.eros de tos 7~ .404.; populavão escolar 13.710, frequen-
primeira n:\cessidade exige do cidadão uma cia 2.286, escolas publicas não consta, particu-
grande parte dos bens adquiridos pelo seu tra- lares não consta, collegios 2, bibliothecas não
balho. . · · consta; despezo 7~:06~000.
A successão uecessaria, que força o individuo Rio de Janelro,popula~ão 78:!.724., aoalpbabe·
a deixar d uas terças partes de sua .fortuna a t9S 668.0!7, população escolar 85~924.,frequencia .
determinadas pessoas! iQ.8!6, escolas. publicas 257_, particulares niio .
Eis, Sr. presidenl.e. um liberalismo que eu consta, collegios não consta, bibliotheoas H;
nao posso comprehender I despeza 588:2008%0.
Quanto á desnecessidade do ensino primario São Paulo, .população 837 . 35~, analphabetos .
obrigatorio, por serem prosperas e felizes as ~ . t83, popuiat,~o escolar 168.799, rrequencia
condições da nossa instrucção publica, respon" !3.613 escolas, publicas 656; particulares não
derei com o linguagem das cifras.. consta, collegios ·não consta;· bibliothecas 3;
Peço á camara que atlenda aos seguintes da despeza 4.54.~0!8000.
4
·
dos, que forneceu-me a secretaria da estatis· Paraná, população l~6 . 7!ti, analphabetos
tica, .n respeito da instru.c.ção..:P-r.I.Illl!r.i~. e secun~. ~~.898, população escolar ,íl,.~:t, . Ct~Q.uenci a.
daria em todo o Imperio : . iJ..&.24., escolas publicas iHi, partieulures· 15,
Am~zonas, nopu1ação 57. 6l0; analphnbetos collogios 3,bibliothaeas lO; despeu i 3~: iOO~OOO .
~9.997 , po,mlação eseola.r 9 . 5~U. frequentam Santa Catharina, populncão !l.í9·. 80~, aual·
escolas U!!5, escolas .publicas 56. ; particulares phabotos i37 . 830~ poplllação escolar 3ô.363,
5, CO!legios .i 6 bibliotheca 1 j despeza freqneneia 5 .~l~, escolas publiCa& 8~, portiCU•·
70 :0006000, · lares !0, collegios ! , bibliotbecas !; despeza:
Pará. popnlação ~75.!37 ; analpbabetos 7U7i,S~68 .
U&-.75:J, populnção esco lar 59.98!, frequencia Rio Grande do·Sul, população lt3~.8i3, anai-
9.!!09, escolas publicas ~t7, particulares phabetos339;il0, população escolar 87,~08, fre.
fl.'i, collegios 13 , biblio1becas :l ; despeza IJUencia 17 .89~, escolas pnblicas :1.21., partit:u'-
!!70 :29~SQOO~ lar.es ~t3 , collegios 8, bibliotheeas 6; despeza
:Maranhão, população 359.0~0 ; analphabetos 31iõ:6976()00 . .. .
!90 .397, população escolar 7!.:i!9~. 1requenoia· Minas Geraes, população ! .039.733, anal-
lJ-.583, escolas publicas i39, particulaces _t:G.. phabelos l.Slô. OH, população escolar ~9 . 77~,
collegios · :l3, hibliotheeas. i ; despeza.. ... . freqnencia 31_,908, escolas publicas 6~i", parti·
U7 :9M800{). · · culares tOO, Cl>llegios 7!, bibliotbecas 7; despeza
. eiauhy, população 20!. m; . analP.h.abetos H0-:6356999·.
i7~. U6, população ~St<Qlar 3:L.7'l9_, frequene~a Goyaz;população t60.395,analphabetos 137.132~
:001, escolas. publtca~ ~7, parttculares nao população escolar 37~65:::!, frequeneia : 3'.806~
consta, collegJo i, bt.bhotheca não consta ; escolas publicas 93, particulares :10, collegios 3,.
despez~ ~9 : 8~0~00~. .. . . bibliotheca i ; despeza 48:7'10~000.
Ceara, popul~çao 72U86 ;_ .analphabet~s Mato·Grosso, população OOJ,i7, all<llp}labetos
6\\2.079, populaçao es~olar !Si•.3J:5,_ !reque~~~a 4.9,~95, população escolar. u ,807, frequencia
16 .~2q. escolas . P~bhcas ~35, partu.ul~rcs 15, t ,.ii9, escol~s publicas 3l, p:~rticulnres 7,, eoll~- .
~~~~Jas i~, btbhothecas ! _, despeza .. · · --~· gios.3~ _blb~iothecas ~; _despe~t~; 2fl• 7001,00~1:;. · ·
Rio ~de- do Nort~. popubção !33·.972:; Mun•elpto neutro;populaçao ~7l.97~;.onalp_h1l:-· ·
analphabetos t9~.!.50, populaÇão· escolar-~:~; b~tos t7M87,popula~ eseol~r U.5_t4,J~;S®ell~
frequencla 4. 70f, escolas · publicas 99; p1111icu.,. e1a. l~.0~6,e~l~s pubhcas H3, parucnlares i~l1,
lareS i9 eolleg!os 8, bibliothecas·4-.; despeza colleg~os,6\,b1bllotheeas i7;; despeza. 900:0()38000,~ .
9!: 058~6G6·. . · · · . . . . . Total. popniaçãQl \);930.478, aualphabetqav ~ ·
. Parab yba, população 376; !!6'-, an.aiplmbetosc .8.36ü.997. população escolar. i.90i.~ · faie,..
3M;.95;l,..po(iu.laç.ão escolar: !!OO.Y.:5;. !requencrn qae:ocia 31U~9,. esoolas pablieas ~-••~·
~~ 5!!$, escolas l09s p:rrtietllllres·•iO. colfegios: e; :ciliares . 91~. collegios ~. · bibUo&beaJI üll,,:
ii bibliolhecas, despeza ~09;9636333. . desper.~: 5.iil8;:6l9óti87 ..
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 16+ Pág ina 25 de 49
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=7"'"'--:Eis; coS.:";~preslde!!.t!!,--I!S=OODru~.Õescp~osperas_::e,l=gratniJ9_,~º-bjjg_~to.rJÔ~:l~_igo._ ,!f~J3_plg~)!OJ~'f~
felizes que. na opinião dos illnstres senadores, ultimamente U!I!Importante congre~so, n:o qual,
dispensam qualquer despeza em favor do ensino entre ~utras tdéa_s. adopt!das, _fol ~~e1ta eom
publico l · · enthustasmo a da mstrucçao obngator!a·
Quanto. aos dous ultimos argumentos, arti· Emquanto o Sr. senador Junque~ra, pas·
culados pelo Sr. conselheiro Junqneira, respon- seínndo por toda a Europa· e Amertea, pôde
derei com as palavras que proferi em uma con- · apenas deseob~ir d_!las nações_ que ai~da ~ão de-
lerencta na escola re-s:-Tose e qu • 1gaçao do eii:Stn6 prrm:al'IB, 9\l
crever -·para ficar registradas nos annaes par· com a maior facilidade apontarei numerosos
lamentares como prova irrespondivel do apai· p3izes que já eo~p~e~enderam em suas leis
xonamento e da suspeição dãquelle senador a aquelle sal~lar p_rmmplO..: . .
respeito do decreto de !9 de Abril. Na Sueeta ::1 mstrueçaG é obr1gatorta para
O Sr. conselheiro Junqneira, apoiado pela todos. Os meninos educados em suas casas de·
maioria do senado, deixou-se cahir em alguns vem prestar exame annualmente.
equivocas, que, a bem da verdade bistorica e Na N~ruega existe tambem 11 obrigaQão do
legislativa, convem rectific~r. ensino.
Para proceder com toda lealdade de argu- Na Suissa a edncacão é obrigatoria para os
mentação, reproduzirei os referidos equívocos, meninos em todos os cantões e para os adultos
as proprias palavras de que usou o meu dis· em alguns.
tincto antagonista. Nos Paizes Baixos ha uma lei deelarnndo que
n·sse arruelle sena'ior: o~ pais,_ cujos ~~~os não frequentarem a escola,
~
1
" nao serao admltttdos a reeel:Jer os soccorros da
• Tem-se nrgur:nentado, eu sei, co.m o e~em- càrid~de pn~lica. .
plo de al_guns pa1zes, mas tam~e~ ~ certo que Na ltalia a, l~i de !869 declara obrigator1a a
outros n~o têm doptado este -prmctpio. A FraE-· instrucção p~imaria e sujeita a uma multa os·
ça, depois d3qu~lle _decreto fellq pela convenc.ao pals ou tutores, que não mandarem seus filhos
em p9~. nunca .mm teve e~cr•pta na. sua let. a ou pupillos á escola. .
obngnçao do ensmo. Na BelgJCa nunca se adm1t- Na lJinamarca é obri.,.atoria desde 1647.
tiu esse principio; a Inglaterra que é o nsylo da Os pais e tutores são.,obrigado5 a mandar os
liberdade na E~ropa, d~ve-nos servi~ de grande filhos e pupillos ás escolas publicas ou parti·
luz nes~a matena. Os mglezes, depoJ.S de tantos culares Os meninos devem freouentar a eseola
annos, ainda não ousaram estabelecer o ensino desde os
7 até os H annos "depois do que
. priipa:çi.o obr~.g~t~rio. $'e~al. • prestam elillmes~ Os que apre.;_dem em escolas
Quanto ao íilttmo patz; S. Ex. enganou-se particulares devem prestar· annMlmente ·uni··
comple~mente. . . exame sobre os estudos prescriptos para as
Na Inglaterra, depo1s de um .am~ado debate escolas publicas, na classe correspondente.
no parlameiJto, reso.lv~u-se prime1ram~nte em Na Austria é obrigatoria desde !78L Actual·
!870 ql!e ~s- COID:m1ssoes escolares t~mm um mente o é para todos os meninos de 6 a i~
poder <ltscr•c•onarJO_ pura forçar os pats a :man· annos. ...
darem seus filhos 3 escola. Estas Cllmmtss'Ges Na Hun"'ria é obrigatoria para todos os
apressaram-se em usar deste poder e 7!2 regn· meninos de" 6 a i2 annos, nase~colas primarias,
lamen~os loeaes foram, den~ro de pouco tempo, e de !!I a i5, nos cursos de repeti~o.
expedtdos com este ~m. MaLs tarde o aeto de ~5 Na Allemanba a obrigação imposta aos pais
de ~gosto de ~876 1mpôz for~almente a obn· de mandàr seus !ilhos a uma escol:~. publícn
gaçao para a Inglaterrn e o patz. de Galles. ou particular, ou de lhe8 dar em suas casas a
Es.te acto. que clo,meçou.a VIgorar no f.o de instrucção elementar, é reconhecida não só na
Janeiro do :mno segmnle, dispõe: . Prll.Ssia como em toda a Allemanhn.
Que todo pai deve dar a seu filho o mstrnc· Na Prussia uma circular de Janeiro de !769,
ção elem~ntar ~ . . · do gr:JDde Frederico, tinha imposto aos pals
gue, SI o ~at de .um menm~.:Ua2or de~anno~ a obrigação de dar instrucç~o a .s~lis filho~.
d~ctar de cumpri! est~ o.,?rloaçno ou 51 0 me A lei de i819 estabeleceu dtsposJçoes desl!·.
nmo entregar-se a vad1nçao, é dever das al).· nadas a compellil-os ao cumprimento dessa
torfdades locaes levarem o facto :10 conhee1- b ." -
mento de um tribunal de jurisdic~o summaria. 0 n"aç~o. .
O juiz ordena que o menino seja levado a uma Os paiS ou ~s pessoas. de_ quem, dependerem
escola publica. os menor~s, diz ~sa le•, ~no obrtgados a lhes
Si snafordem não é cumprida, é ponulpa dar uma mstrncçao eonvemente desde os 7 até
do .J!ai este é condemnado a uma mulLa de os U annos completos.
1í sbtlllngs. Os conselhos e autoridades municipaes a.bri-
Si a culpa é do filho, o juiz ordena qu.e elle rão .mnUillmente um iil.querilo a respeito de
seja posto em uma escola industrial. todas as familias de sua circumscripção que
Na Fra!lca ·e na Belgicaas leis não decretaram notoriamente não tiverem cuidsdo na eduC3ção
-ainda a obrigação do ensino prim~rio, mas hiio' particular que devem a seus filho!', em .falta da
.de em breve fazelco, porque a opinião publica educação publica. Para este fim farão um re-
~~-es . paizes já reclama-, essa benefiea ?enseame.n~ de todos os menino~ que estão em
. . " .. . . ': 1dade de rr a escola,
-~a Frai:lii:J a commissiio da c.~mara dos depu· Os pais, tutores ou mes~res. que forem aeba·
tado5-, ineumtiida da instrucção publica, acaba dos· em.· falta serão ··chamados ao cumprimento-
de apresentnr um projecto de lei sobre o ensino· de seu dever.. · ·
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-~hã~~~~~!d~~~~~~~g:~:~~~~~~~~~~~~~:~:;=ttor~~~~á~~-~~~.e:,~~g_~~~~~i~~·::J~~~~-
conduz!dos á esoola por um a~ente de policia. i4. annos sem fazel·o frequentãrãeSCõlaâu.o:·
Os país polfurão ser condémnaaos a penas pro- rante tres mezes do anno. ..
porcionadas ou a multas, e; não tendo meios No .Brazil mesmo, a instrucção obrígatoria já
para pagal-as, á prisão . ou trabalhos em bene- foi.es\atuida por . uma lei provincial de Minas
fl.cio da communa. . · . de l.835, pelo regulamento de l7 de Fevereiro
Os pais que incorrerem nessas condemnações de l85tio, que im e multas de 20& a iOO~, e por
, · ··- · • · · de Janeiro Paranâ, Ser-
e como ~crescimo de pena, ser privad&s da gipe, Pará, Ceará, Piauhy, ernnmbuco· e
participação nos soccorros publicos. S. Paulo. Não tem s!do praticada, }lela in.des-
Sí forem insufficientes todas as. punições, culpavel negligencia dos governos.
dar-se-ha aos meninos um tutor particular para Disse mais o Sr. conselheiro Junqtleira : .
cuidar de sua educação e um co-tutor aos pu- • Como pnrece que 0 nobre e:x:. -ministro do
pillos. ' · ·
Nu reino de Saxe todo o. menino, que attinge tmpeno· · tm
· ha empenho em ag,""d .. ar a eseoIa ·
á idade de 6 nnnos, deve ir á escola e frequen- uUra-liberal, mostrarei como pensadores dessa
tal·a durante 8 annos inteiros sem interrupção. escola se oppoem ao ensino obrigatorio . .•
(Leis de !835 e t85L) Em·.prova dessa affirmação, citou S. Ex. as
Os pais, querendo, podem educar seus filhos opiniões de Tempels ~·Renan; .
em casa, sob a direcção de um professor mu- Quanto a<> primeiro escriptGr, S: E:x:.. peht
nido de diplomt~, ou eollocal.os em um estabe- segunda vez enganou-se.
Iecimento particular, mas devem prevenir a Longe de repellir, Tempels defende enthu-
autoridade competente e ter dclla obtido a ne- siBsticamente o ensino obrigatorio com as se-
cessaria outorização. guintes · pbrases, textualmente transcriptas do
Todo o chefe de familia que não manda seus seu livro-A Inst'l'ucfão do Po~:
filhos á escol~ publica on não lhes dá em sua O art. 203 do ccdigo civil diz :
casa ou algures uma inslracçlío equivalente, , os esposos contrabem, pelo simples · facto
sotl're uma multa de i~O a .7~ 011 a pena de dG casamento, a obrigação de alimentar, sus-
prisão. . tentar e educar seus .filhos. • .
Na. Baviera a obrigação.daLa de {856. T®os os Si esta disposição se r~fere aos cuidados
meninos devem freq uentar assiduamente· ases· physicos, então a lei adverte os homens de um
colas dos dias variaveis, dos 6 aos 13 annos , dever, que os animaes cumprem sem codigo. Si
as 'de domingo, dos !3 aos i6 an.nos completos. ha ahi alguma cousa mais do que isso, é a
Attingindo esta · idade, tonos, sem distincção instrueção obrigatoria. Pretende-se inscrevel-a
de sexo, devem pedir um· certificado de habili- mais e:tj)licitamtmte na lei? Porque não? .Uma
tação, unica prova authenlica do cumprimento vez que ba quem negue que ella ahi estejá. Já
da·-<Jbrigação escolar. na lei se inscreveu que · os esposos se devém
Os que, não fazendo com el.ito :1 prova do mutuamente fidelidade-.
exame pnblic'o, não obtiveram este certificado, Renan diz que sobre a questão de sabor si o
devem continuar a frequentar a escola. Estado deve deelarar obrigntorio um certo
Os pais, tutores, mestres .e patrões qne sem minimum de ensino, elle hesita.
motivo justo deixam de cumprir a obrigaç~o ora, quem hesita, ·ainda não condemna;não
imposta pela lei incorrem em pena de multa e tem opinião formada, precisa estudar a. ma·
prisão atê 3 dias. . . teri::t .
Na Hespauba foi declarado obrigatorio pela Emqminto 0 Sr. conselheiro Junm•eira 50•
constituição de 9 do Junho de i869. 'i~
,... Cal'' 1 (E 51ad u "d ) 1 · d •s7• consegue descobrir, entre os escriptores da
di~,! : t.orn a os- nt os :. et e 2 "' escola liberal a opinião-de Renan, e es1a mesma
~ os pais 011 tutores são obrigados a mnn- hesitante contra o ensino obrigatorio, eu posso ·
dar seus filhos. ou pupillos de idllde compreben· referir numerosas autoridades, de todas as
dida entres e u annos, á escola publica ·da escolas, francamente favoraveis áquelle prin-
c:idade ou do d.istricto, aó menos durante os cipio.
dous terços de tempo durante o qual .estiver Em todas as questões, diz Vietor Hugo, ba
aberta. essa.eseola, e nunca menos de dot:e se· llffi lado pre.tico e um ponto mais alto, mais
manas consecutivas, comtanto que exista uma sublime, de onde ::t esperança, unida á razão, as
escola semelhante aberta ·durante tres mezes do contempla'; e esse fôrma o seu idéal . Para mim
anno · ã distancia não excedente de uma milha o idéal consiste na · instrucçio gratui\3. e obri-
(1,609 metros). · gatoria. Obrigatoria no primeiro grao, gratuita ·
Os país ou tutores remissos serão considerados em todos. A instrncção primaria obrigat~:ria
eomo culpados de um. delict<l e punidos com representa os direitos da iu!ancia e da pueríCia,
uma mul1a que não excederá de 20 doUars (40$); . direitos,. nlio nos illudamos, mais sagrados ·
para toda mfracção nova a .multa não será mesmo que os do pai, porque eonfundem-se com
nem inferior a !O nem. superi!)r a 50 dolla:rs os da ·Estado'
(!00~000). . . .. · • Com qué direito, exclama Laboulaye,. póde
E. m.r.onnecticut a pena ê de cinllo dollars (!08) um pai conservar ·seus filhos ri.a ignorimcia e
cada semana (até á concurrencia de !3 no anno) r~d:w;il·os a animaes peri~sos, quando o muni-
durante a qual o pai .deixou de mandar o filho e1p1o encarrega' se de toaas. as despezas com o
á escola. · ensino ! Não tem a socied:~de um interesse con·
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 16:16 - Pêgina 27 ae 49
, ~--- ·· ~ - ···- .• ;:-...,.:..; -~·: ___ .... : . :. ;. ··-·::-.·..:.· =·1···-=- ···· •. ...,......... ..
-88-
cideravel em que o mais pobre cidadão eonheça . popnlar em França, o remedio que mais imme·
"-es~~eUS=de."''e~es~~e~-ditei!OS=e~obtenhaode--su.es - - d-iateruente.o.Se ,eprese!Ua~o,espir.ito"é'este,:=~--~
faculdades todo o provtit~ ~ssi!el ! . . Tornar obrigatoria a instrucção primaria.
•Em semelh~nte caso mui JUStllica o mteresse Todos os argumentos pro ou contra esto obri-
da sociedade uma intervenção benevola, que, g-ação têm sido apresentados, ha vinte annos e
sem prejn?icar o pai, protrja o ~lho 1 • _ debaixo de todas ag fôrmas, mas nenhum, a
Cormenm, nos ~eu.s Colloqu1os 4l~oes, faz nosso ver, ha mais f<:>rte e concludente do que
dizer ao seu mestre Pedro as segumtes paln~ o que se resume neste~ dous factos:
vras: · A inferioridade da instmeção primaria na
• O que era preciso era que a instrucção pri- França ;
marin fosse, como o ê em outras partes da Eu- A superioridade desta mesma instrucção em
rop~. gratuit:l e obrigatoria.. . tod~s os paiz~s onde a obrigação se acba in-
• -Um progresso essencial, diz o escnptor s.cr;pta ~as le1s. . .
portnguez Thom~z Ribeiro, falta entre tantos Cousm, no seu relator1o sobre o ensmo pu-
prop-ressos ; um progresso que a todos os. outros blico da Russia, declara que não conhece p:~iz
iluplicaria a alma e crearia azas: é o ensino algum, onde floresça-a instrncçli.11 popular sem
elementar gratuito e ol!rigatorio; esse principio ser por meio da instrucção obriga tori:~.
sacrosanto: · hoje solem nem ente prégado no Leveleye attesta que na Europa os pnizes, que
mundo pP.lo autor do evangelho social intiLu· conseguem levar a instrucção a todas as classes
lado leurisirabw . , sociaes, são os que têm estatUido a obrigação es-
Os Srs. conselheiros Panlillo e Jolio Alfredo, colnr.Aqnellesque recuaram diante desse meio,... .
quando ministros, apresentaram projectos esta- não reafizam suas vistas, máo grado os esfor·
))elecendo o ensino obrigatorio. ços :perseverantes dos poderes publicas e os
Disse mais 0 Sr. conselheiro Junquelra : snbsidios sempre crel'centes do seu ensino pri·
• d b I "d I. mario. .
• N_os pa1r.e~ on ~se tem esta e ecJ o por et Neste mesmo sentido pronunciam-se 1nles
~ ensmo, obrrgator•o os resultados são nega-. Simon, Lafarqne,Spencer e outros muitos ao.to-
tiVcs. • . res de i ~rual plana.
r11la terc~i~a vez S. Ex. _enganou-se . Disse" ma is o Sr. conselheiro Jnnqueira: ·O
J,o; estatl~ttca~ e relator!os, alguns bem mo· proprio Sr. Hippeau reconhece que de feito nos
der aos, apresentados por dtversos autores, pro· Estados-Unidos o ensino obrin-:Jtorio niío é a
vam exuberantemente o contrario do que asse- causa que produz o gr3nde numero de escolares,
venm S. Ex. mas a tendencia daquelle povo para instruir-se •
_•Os parlidario~ da instrucção obrigatoria, diz . Pela quarta vez S. Ex. enganou-se. ·
Leon Dounat, c1tam o exemplo dos Estndos de Sendo Hippeau um dos livrinhos condemnados
.Mnssaehussetts, de Connecticut, de Marylaud, pelo senado, é natural que S. Ex. consultasse a
de Mic_hi!fcln,de New-Ha!_Dpshire, de New· Yor~, medo, com a precipitaçãa com que alguns sa-
etc.•e !USIStem, com razao, em que no Conncctt· eerdotes costumam ler as obras interdictas
~ut só1r.eute 9°/o dos meninos deixam _de !~e- (Hilaf'idade.) .
quentar as. escolas_, no pa~_o que 1;1a Ca!tforma, ~penas lidas as 1)3lavras o pooo dos Estados
onde a let sobre mstrucçao obrtgatorta fic~u Unidos é naturalmente disposto a mstruir-u,
let~ra mo~ta, o numero dos ausentes é mutto S. Ex. sentiu provavelmente queimarem-se os
m:ns coas1deravel (~O "lo). • dedos ao contacto dessa obra, cujos princípios
Expondo o e!>tado da instrucção nos diversos parecem ~o senado anarcbieos e soci:.listas, não
Estados da Allemanho, diz Hippean : ~~e proseguir, fechou rapidamante o livro.
• Do que··proaede resulta que em todn a pnrte (HzlfJruJade prolon_q<rda.)
onde o enl'ino foi deelor11do obrigatorio os pro· St em v~z de aterrar_-se com ns_ penas da e~
gressos d11 instrueção e o desenvolvimento commnnhao, S .. Ex: ttvesse contm~ado a lei-
moral, que é 11 ~ua consequeneia, produzinm- tu~a, encontrana amda naqueHe lt!fO as se·
se de uma m~neira brilhante· e nesw ponto 0 gwntes palavras sobre os Estados Un1dos:
espectaculo qne nos olferece a Allemanha é • Aper.ar dos immensos sacrilicios consagrados
id~ntico ao que 3presentam a Dinamarca, a á instrucção popular, apezar das facilidades of-
Suecia, a Suissa e os outros paizes onde este ferecidas a todas as fu.milias, é triste re ~onbecer
principio · sa!utar recebeu uma .consagrnção que, .por toda a parte e principalmente nas
leg:tl. Si compararmos estes resultados com os grandes cidade!:, pr~cisa-se lutar contra a ne-
qne se tndem vt>rificar na Belgica, na Ingla· gllgencia e a má vontade de muitos pais.
terra, no cantão de Genebra, e (digo-o com • Por toda a_ parte,_onde _a legislação não· tem
profundo pezar) em Frnnça, hem como em tornado o ensmo obr1gatono, vozes generosas
todos os paizes que recuam ante a a!}opçãodeste se levantam para proclamar a sua ·necessi'-
principio, será Impossível não reconhecer que dade. • . .
as' mais poderosas considerações militam em . Depois desse equivoco que acaba de.ser recti-
favorda instruçção primaria obrig-8toria.• . fieado,-ineorreu o Sr. conse'heiro Junqueira em
Hippeou escrevia. em 1873. Hoje,. ·tanto no nma dis~ão digna de:reparo.
Inglaterra {:Omo no cautã9 de-Genebra, !: ins· Disse S. Ex.: ·
~ção já está declarad:l obrigatoria. .: Na Pr.ussia o ensino -primario obrigatorio
~uillenmin 11.0 seu livro A mstrucp'io· ~ ~ UI}l ~O_!'l'elativo· do alistame~to - militar, uma
bliC4na ·observa que, dada a.'·t1'iste situação na m~lttmçao · qne marcha part ~ coDX esse·
~l o Imperio aea.b:a. de deixar a instrocçio alistamento. •
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16: 16 - Página 28 de 49
Ao proferir estas palavras, S. Es:. esqueceu- 1· Quem assim procede não. será um impecilio ã
~e~Ae-=_que..,Jq_Lq_. J!l.Jp.J~~l;º-r?J~!:.E!~~-~ ~i~.,..clg.~Jl,l)~~ .~IJ!ar~ha_d~ .!ns~!'_u~o p~blica 't (A_f!oi~s_.)_ _ ___
. cr~to ~ue estabeleceu em nosso pa1z o :~hstamen- · Vou ternuna·r;sr. ·t~residente;pe'Wna.o·a,oaos-,·· - - ·
to militar. (Hilaridade.) que me ouvem, que tenham sempre em roemo-
S. EL está, port:mto·, inhibido, por suas ria as seguintes verdades. Emquanto em nossa
proprias palavras, de impugnar a necessidade população, que se compõe de dez milhões, oito
do ensino obrigatorio _ (AP-Oiados t~umerosos.) milbi',es niio souheremler nem escrever, o Brazil
Transcriptas estas considerafjões a que até ha (le ser pobre e as instituições· democraticas
hoje não respondeu e nunca respondera o Sr. não poderão prosperar. (Muitos apoiados .) ·•
conselheiro Junqucira, eu fecharei o meu pedido :Mais do q:ue- os exercitas estrangeiros, deve;·· --
a respeito do ensino primaria com as seç:uintes mos temer essa grande massa de analphabetos
palavras d& ilh!strnda comm.issão. incumbida de que, ignorando os seus direitos e .deveres póde
dar parecer sobre :1 l~i franc&a de ensino pri- facilmente tornar-se, pelo servilismo ou pela
mario: · · licença, o melhor instrumento d:. tyrannia con-
•Todos conhecem a significação e a importan- tra a justiça·e a liberdade. {.Muito bem.)
cia da celebre rormula-in.stMICçào gratuita,obri- Pois bem, para evitarmos esse grande perigo,
gatcria e leiga .- As razões em que ella ·se firma o!mais seria de todos que nos ameaçam, não me
e os pretextos imaginados para combatel-a já se cansarei de repetir perante o governo e as ca-
to'rnaram l!}gares communs. Pôde-se dir.er que maras dó meu paiz, existem unicamente dons
o estudo prévio destas questões tem sido apro- meios que precisamos multiplicar em todos os
fundado com uma paixão generosa. M:as depois pon.to8 deste vasto Imperio : ·
· --- ~e-tantos de;b~tes,- d.e tantos..;livr,o~ artigos. de -· .A-eseela··e-a hiblietheca. ---- ... . . .. ........ .. _
JOrnaes, petu;oes, votos e dellberaçoes parece- (' . . . ··
nos chegado o momento de passar da discussão JJ'ftuto bem. Mut!o_ bem. C? ora~r e oomp:t·
ã ae{)ão e de traduzir em artigos de lei os desejos mentado pelo Sr. m~mstro d<J tmper1o e por mu1too
da immensa maioria dos· nossos constituintes.. Srs. deputados·)
Quízera lembrar ainda algumas medidas muito
proveitosas ao. ensino publico, m:~s, achando-se As mais importan'tes disposições dos projectos
esgotado o tempo que me foi concedido, guar- de regulamentos das ·faculdades de medicina e
do-me para discutil-as em outra occ3sião. . da escola normal a que faz referencia o discurso
Si o nobre ministro julgar uteis e opportunas ·do Sr. deputado Leoncio de Carvalho são as
as medidas que propuz ... · seguintes : -
O SR. B..utio HoMEM. DE MELLO (ministro do
imp~1·io) : ~Eu · as tomarei em tod:i. a conside- FACULDADES DE MEDICIN.I,
ração.
0 Sa. LEONCIO DE CARVAÚiO : - • •• não es- l nstiauição dlls faculdades
pere o . desneeessario placst do senado, que re· .. Art. ~-·· A cad..'l' uma das -faculdades de medi·
pelle a liberdade do ensino e não quer a in· cina ficarão annexos-uma escola de pbarmacia
strucção .do povo. -um curso de obstetrícia e gynecologia e outro
O SR. Baio HOMEM DE MEtto (mmütro do de odontologia. ·
imperio): _:Sinto divergir de V. Ex. neste Art. 3. • Cada faculdade será re~ida por um
ponlo; não julgo qu.e o senado seja um impeci- director, e por um conselho, sob o t1tulo de con-
lio ó. reforma da instrucção publica. gregação, composto de todos_ os lentes c<l.thedra-
O SR. LEONCIO DE CARVAL!IO: - Responderei ticos e substitutos, e de quaesquer outras pessoas
ao aparte do nobre ministro, lembrando· lhe os que forem encarregadas provisoria ou extraor-
seguintes factos muito significativos: . dinariamente do ensino de alguma mateiia na
Dous importantes projectos, organizados por mesma faculdade.
dons ministros conservadores no intuito de Cur$cs das (aouldaàes
estabelecer o ensino· livre, dormem nos ar-
chivos dest3 casa o profundo somno do esque- :Art. ~- • os cursos das faculdades são dividi~
cimento, porque os seus autores. que tinham a dos em ordinttrios e cowplementares. ..
boa vontade da camara temporada, temeram-se ·Art. 5. • os cursos ordinarios constarão das
da eamam vitalicia. disciplinas ou cadeiras enumeradas no art. 2.4.,
As poucas reformas ultimamente effectuadas § 2..• do decreto de :19 de Abril.
• em beneficio da instrucçâo, como as que esta- Art. 7. • Os cursos complementares constarão
beleceram a liberdade de ensino .na escola po- do ensino das materia; comprehendidas no ei-
lytechnica e autorizaram .exame de prepara- tado artigo, § 3.• . · -
torios nas ,provincias, puderam effectuar-se, Art. 9.• As materiasdoscursosserão divididas
porque o governo não deu ao senado occasião na.s secções enumeradas .no citado artigo, §· \. •
de oppor-lhes o seu oeto; realüou·as por meio Art. 8. Cada secção será diYiJida. em ·duas
· de decreto_ · . · ·sub-secções; para cada. uma das ql.i.i!6S haverá: um
·Todos viram que, apenas publicado o decreto, . 'substituto: · .
de :1.9 de Abril, o. Sr. conselheiro Junqueir:J A primeira sub-secção das scienci_as phy?iCO•
P!opoz e a maioria do senado apoiou a revoga- chimicas se ·comporá das seguintes materias:
çao de toda a reforma, não encontrando, entre . Pbysica. . · . ·.
as·su01s numerosas disposições, uma só que me- Chimica medica e mineralogia.
recesse escapar ao pavoroso incendio. (Ri&o.) Toxicologia e medicina legaL
A. ~
Càna ra do s Oepli:ados + Impre sso em 27/01/2015 16: 16~ Pág ina 29 de 49
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- :_.,Dos_. in~~it~tos ,p~p_tico_s .· .
- . 7· · ,- - o:n· ?lte~aÇÕfls, q~e forem .aconselhadas pela. ex.-
Art; !:L.,....·Ein:cad:~ uma das 'faculdades serão ~!~~n;t;á~'::3~~~c_--progresso c d~s"' estudos• no.:;c '~'--
fundados, para o ensino pratico das materias dos 2.• Empreg:.~r a maior vigilancia afim de evi~ .
curs?s t~nto ordinariQs como complementares, tar que se introdn.zam praticas abustvas na dis-
tres mst1tntos enumerad~s no citado artigo. cipiLua escolar e no regimen da faculd~de, tendo
Do ensino clinico o maior escrupulo na manutenção dos bons
costumes ·e dando ao director todo o auxilio .n.o
Art. :26; Além dos institutos praticos haverá desempenh-o de suas funeções.
para o ensino clinico as enfer.mflrias e. salas 3..• Otrerecer á consideração do governo os .
que forem.necessarkls. regulamentos especiaes, que entender· conve-
.Art .. 27. Os directores das faculdades, de con- nientes para os diiferenles ramos- do serviço da
formidade com as instrticções que receberem . faculdude, e bem. assim as medidas policiaes,
do governo, se entenderão· com. os provedores que julgar vantajosas ã saude publica, e ao exerc'
da santa ca~a da miseri.cordia e outros hospícios cicio regular e legal da medicina, representando
para que seJam fornemdas duas enfermarias de contra qualquer abuso,-que a esse respeito se.
60 leitos cada uma para as clinicas medica e ci- -prat1car.
rurgica dos adultos; duas ainda com igual Art .. 59~ A' faculdade se comporá de lentes
numero de leitos para as O'linicas medica e ci- _cathedraticos e substitutos. ·
_r_l~E~~~~ ~a~_crín~ç~s; umn ~om .3~ leitos, pelo As cadeiras do curso ordinario serão regidas :
menos,--para a-clmraa-ubsretnmre-gyneeoltJgfea.-- · e.n.tea._ç.Qthe_dr_aticos e as mnterias dos cur-
e.mais !5 leitos reservados ex~:usivamente para sos complementares pelas snbstuutos, que alem .
parturientes em uma: s:~la especial; uma outra disto serão obrigados a reger qualquer cadeira
enferma~r~ para chntca C?Plltl13lmologi~a; Qutra da respectiva sub·secção nos casos de impedi-
P.a!a a chmca derma to Iog1e~ e. de moles tws sypbi- .menta dos cathedraticos. Na. falta .do substituto
!Itü:as; uma outra para chuwa propedeutica ; e de uma secção será chamado o substituto de
fin:Jimente a·ultima para a clínica psycbiatrica outra sub-secção.
sendo esta no hospi~io de Pedro n, alcançando~ · Art. ·.6L Na falta de substitutos da respectiva :
se.ao mesmo tempoordem para que aos profes- sr.cçiio será · facultativa a: regencia da cadeira a:
sare> de clinica sejam reserv3das as consultas algum d<?s catb.edraticos, quer da mesa, quer-de, .
dos daentes que apparecerem na portaria do outra secção, e quando nenhum cathedratico ·
hospital, ficando estabelecida por ·este modo a .possa accumular o ensino de-.dlias cadeiras será.
polyelinica, · · · chamado o· repetidor~ prosector, preparador, aF-
Art. 28: Os directores das faculdades solici- sistente de clínica ou então o professor livre que
t~rão ~o~ respectivos Provedúres que ponbam a houver com distinc41ão notoria leceionado a. ma~
dlspostçllo dos lentes daquellas ma terias tudo teria da cadeira CUJO lente estiver imiJedido ..
· quilnto fôi: necessario para o tratamento dos ArL. 66. São obrigados n jubilação os lentes '
doentes, como sejam: dietas, remedios, enfer-. cathedraticos ou substitutos que contarem-.ao:. ·
meiros e serventes precisos para o serviço dos anl_!OS .de. effectivo exercício no mngisterio, e
mesmas enfermarias, hem como o arsenal cirur- ter~o d1rett_o ~-eJ!a os que contarem 25. Os pri-
gico, appnrelhos e instrumentos· de que houver metros serao JUhrladas com todos os seus venci- .
necessidade para. todos os exames e operações. mantos, e os segundos com o ordenado por in~
Art; 31. O governo entender-se-ha com 0 teiro e metade da gratificação.
provedordasantacasadamisericordia pnraque, Art. 67. O que antes desses prazos ficar ·
como nnnexo ao hospital, destine um locnl junto physicamente impossibilitado de ·continuar no-
no deposiro dos cadaveres p~ra as autopsias, eom magisterio, será jubilado com ordeUildo propor·
tudo que fôr necessario ·para estas, e onde os cional ao tempo, que ti.ver effeclivamente sêr-
preparaàores e os reptltidores do laboratorio de vitlo, si este n5'o fôr ·IIwnor de 10 annos.
anatomill potbologica procederão de conformi- Art. 68. Os lentes cathedraticos e substit!ltos
dade com o que fôr disposto nestes estlltutos. são vitalícios, nõo podendo perder os seus lo"'!l.õ·
res~ senão em virlu.de e Da fórma das· Jeis-,pe-
Da eon!Jregapão naes.
Art.,&O·. A congregação compõe-se de todos Art, 69_ Os lentes catbedratícos e substitutos.
os lentes cathedraticos 6 substituto~. que forem escolbidos senadores, serão -jubilados
Os professores particui:Jres ou das facÍlld3des pelo governo com ordenado proporcional ao
livres, bem como os repetidores, .preparadores, tempo de serviço· effectivo, c.1so este exceda de.
prosectores e assistentes de clinica, que forem 10 a!IIlos ; quando, porém, fõr inferior a !O an.-
encarre d 1 - d · d nos, se entenderá haverem re11unciado o cargo ..
ga Gs pe a· congre11:a~ao 0 ensmo · e Art .. 7 L .Os 1. entes· cathedraticos . e .subst1·tu-.
qualquer cadeira da f:wuldade, ..tOntDrão ·assento
na.congregação sem ter, porém, voto em suas tos.que. eontarem !5 ,annos de etrectivo exer-
deliberações. cicio. terão um accreseimo de ord!lnado corres~
Arl_ 5ti. Compete ã congregação, além. das pondente. á lS. ~ parte do total dos seus venci-· .
t ·b · - sã menLos, si houverem eseripto al"'um tratado :
~Jrfà~çoes qne P9r estes estatutos lhe·. o eon- compendio ou .livro que seja .julgado pela· res{, .
ao
pectiva .congregação de utilidade ensino-~ ' '
L• Exercer a inspecção scientifica. da . . faenl- A~L 72. Os que, ~om permiss~o d~ g1rverno,,
dadoL no tocante 80 system3 e; methodo .de. Collttn'Dil!em·,<L e:x~r~r; O magtster!O, Venci.;
ensino, . aos livros e compendias · seguidos dos- os,2<J-.annos da,Jubtlação, .. perceberão: 1ll3.ili:··
nas· aulas,. propondo , qriaesqner. refo~mas um terço dos .seus· .vencimentos_·, · · ··
Cãnara dos oepllados - lmfl"eSSo em 2710112015 16:16- Página 31 de 49
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c~Os-eatl!edr.aticos. q~e-eompletarem.-!!(Lannos, ec ~~ -- ..Do~,p!'ép'lrac!oruoe"'repelitkreL.....,_,_.:_c-o==c=
tiverem no magis~erio .be_m des~mpenhado os Art. U5. Cada laboratorio terá um preparador
seus deveres, terao diretto ao htu!o de con- ou prosector, um repetidor e os serventes que
selho. forem imprescindíveis.
o·lente• · • Art. H6. Os preparadores · e repetidores
não será obrigado a ficar adstricto :is estarão presentes no Iaboratorio todos os dias ·
doutrinas e exposição dos compendias, que só uteis das 9 horos · da manha ás 3 da tarde, ou
poderão servir para guia dos atum nos. mais tempo, segundo as exigencias do ensino.
Art. 98. Quando os alumnos não compre-
henderem algum ponto, poderão propõr as du· Compete-lhes :
vidas que lbes occorrerem ao lente, verbal- L• Colleccionar todas as preparações e mais
mente ou por escripto. O lente explicara o ob· objectos dignos de figurar nos museus corres-
jecto e resolverá as duvidas no mesmo di~ ou pendentes.
na seguinte Jíçuo. 2.o Preparar 2s lições segundo os indicações
Art. iOL Alé·m dos encargos proprios de su:t do proFessor e ajudal·o em todas as demonstra·
cadeira, o lente de physica iniciará os alumnos ções necessnrias nos cursos.
nas observações met.ereologicas,os de histologia, Art. u 7.•\os repetidores inc:lmbe:
ph'isiologia e chimica farão todo o esforço pos-
sível, afim de que os alumnos produzam traba· L • Dirigir com os preparadores todos ostra·
lhos originaes e façam pesquizas interessantes llalhos dos laborotorios ;
e conãull·entes-5õspr1ígtessos das scie·nciãSquc 2-_T'Gübr os a!Ümnos em todos os exercícios
cultivam; · praticas, e instruir os ro:tis adiantados nas pes- ·
Art. !02. O lente de botanica fará herbori- quizns que porventura estes queiram empre·
zações em di01s designados antecedentemente, hender ;
acompanhado de estudantes de sua aula, além · 3. • Zelar com os preparadores c com todo o
de lições pratic~s no borto da faculdade, fa· l d -· tT · • d 1 d
Zendo recolher ao herbario de seu laboratorio escrupu o a conservaçao e u 1 Izaç<JO e .o os
os instrumentos e apparelhos que fizerem parte
todas as plantas importantes á materia medica do loboratorio~ sendo obrigados a restituir os
brazileira com os esclarecimentos que julgar que forem extraviados e a substiLuir os que se
necessarios. inutilizarem por negligencia.
Art. 103. Os lentes de medicina legal,materia
medica e hygiene farão em suas lições applica- Art. H8. Além destas obriga~ões, os pro~
ção especial ao Brazil das doutrinas que ensi- scctores de.anatomia normal e pathologica farão
narem. com que haja sempre sobre as mesas, cadaveres
Art. !04. o de materia medica deverá além conservados pelo processo Laskouski (glycerina
disto apresentar os medicamentos indi~enas que e acido phenico) ou por outro que for melhor,
possam supprir os ex.oticos, ou ser-lhes com em numero sufficiente par3 o exercício dos
razão preferidos. alumnos, e ainda os que forem·n~cessarioq>ara
Art. !05. o de medicina legal fará lições a preparação das lições do dia. . .
praticas nos bospitnes e nos necroterios. Art. ii9. Os mesmos esL-u-5o sempre pre-
sentes nos ampbithe~tros com os respectivos re-
Art. l06. O de bygiene fará lições pratiC(IS petidores pnrn fazer as dissecções necessarias,
sobre as substancios alimenwres, a~oas potaveis as indicadas pelos professores, e para guiar os
e mineraes, sobre as condicões indtspens01veis á 1 b
h"''l!"l·en~'~ dos collegios, asv.·los do Estado, quar- a urunos nas operações ou outros tra a1bos que
>- - tenharu de ía.:zer sobre o cada ver.
1eis, casas proptjas para os pobres;hospitaes, etc. Art. i20. Durante os trabalhos anatomicos
Art. !07. Os lentes de clinica, no que .com- o prosoctor e o repetidor guiarão os alumnos
pelir a cada uma de suas cadeiras. dirigirão os de nm1eira a habilitai-os a fazer ·preparações
alumnos na obsel'vaçiio e estudo pratico das dignas de ser conServadas no respectivo mnseu.
molesti~Js. Art. i2L O prosector e o repetidor dos.Jabo-.
Art. 108. Farão sempre objectos das lições ratorios nnatomo-pnthologicos serão obrigados a
clinicas, que pelo menos devem ter logar tres praticar sob as vi5tas do lente desta ma teria, ou
vezés por semana : a exposicuo dos metbodos de ainda n~ :msenci::~ deste, tod:~s as autõpsios dos
interrogar e de P.xaminar os doentes e o eslado cadavcres enviados pelos lentes de clinica da
dos differentes orgãos e apparelbos, e do modo faculdade, chamando por turmas os atumnos
de fazer a historla das enfermidades dos doentes que os queiram ajudar, registrando em um livro
de que foreoi encarregados os alumnos; a especial, que deve ser fornecido pela secrewria,
analyse e discussão destas historias e dos factos todas as alteraç.ões encontradas nos c.1dnver.es, e.
clinicas que se apresentarem nas enfermarias, oiltr;~s notas explic:~tivus que possam servir para
seguindo a _evoluçüo dos syroptomas, marcha e esclarecer. os diagnosticas, remettcndo· uma
terminação das moles Lias, interpretando seus cópi3 authentica ao lente ou lentes ·em ~cuja
caracteres syruptomaiicos,. etiolcgicos, e ana- enfermaria liver fnllecido o doente.
tomo-pathologiços, e·tr.aduzidos em signaes de Art. !22. O prosector e o repetidor dos labo•
diagnos~ico~ de prognostico e em · indicações ratorios anatomico e rmatomo-pathologicd serão
therape11ticas; discussão dos metbodos e pro- obrigedos a dur mensalment~ -uma· nota dos
cesso da cura seguidos no caso em questão ; objectos necessa rios para as preparações, guarda
dando o lente a razüo de prererencia do ·que fôr e conservação rle todas as peças que· devam fi.
adaptado e dos agentes tberapelitieos prescriptos, gur:~r nos muzeus. ; · ·
seus effeitoseopportunidade de applicaç5o. . Art. :1.23. O maior zelo serã empregado pelo
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 16+ Pág ina 32 de 49
- gs_-
- -=Jl~~s~~-~r""-~~.P~~i~~!~~fi~~~~=9'_tl.e=os-c~~i~.r~~~!e~~dos}_~)!l~zo_ ~~ commissão, _aos unto~es de .
seJam convementemente aprovettados.. · · · - ·prepara~es notavers e·de~ereclm-ento--;ncon-• .c.-,.-.--
Art. i~4.- Os repetidores serão obrigados,ulém testavel, dentre os que se apresentarem. na ex- ·
da- ?b.servancia dos deveres já mencionados, a posiÇão de que trata o artigo antecedente. , .
d\Vldlr os alumnos.em. turmas e a repetir-lb.es Arl. 131i.. Além destas recompensas, os nome..~ .
nos laboratorios as domonstrações praticas dos dos nrtores dos productos premiados serão· es-.
cursos, segundo as inàica~ões dos respectivos criptas em uadros, afim de serem collocàdos
lentes, de modo que-as~xper-iencias - .mais uteis · ·
· e instruetivas não deixem de ser bem yerifi· Art. !35. Os preparadores, prosectores e os ·--
cadas pelos alumnos. repetidores serão nomeados por decreto, me-
Art. 1!25. O preparador com o repetidor do diante concurso. _ ..
Jaboratorio de pb.ysica será encarregado ao Art. !36. Só poderão entrar em concurso para
mesmo tempo de organizar mensalmente as ta- os lagares de preparadores ou prosectores e re·
boas meteorologicas, as quaes serão enviadas petidores, medicas.- ou pharmaceuticos formados
aos lentes de clínica para que, juntando-as aos pelas faculdades do Imperio, oh habílitados se- .
quadros estatistioos das moles!ias observadas em gundo as disposições do art. 502,. bem como·os
cada mez, possam devidamente apreciar e ex- que tiverem cartas de· qualquer dos cursos
plicar as constituições medicas reinantes. Esses especiaes da escola polyteeb.nica.
mesmos dados servirão para a organização de Art. !37. Os preparadores e prosectores ,ven-
taboas estatísticas annuaes, q:ue serão preparadas eerão ! : 6003 de ordenado e 8006 de gratifi-
~eutes rlas c1inicas · ca ão.
Art;'1.26. O preparador com o repetidor do rt-:13K"lJS"repel!dor•esvencerãu-:-:t~"6~
laboratorio de pb.armacia ensinarã pratieamente ordenado e 800/;1 de gratificação. .
aos alumnos a preparar as substancia5 medica· Art. 139. Tanto os repetidores como os pro-
.mentosas, em conformida.de com o .programma sectores dos trabalhos anatomicos e anatomo-
redigido pelo lente de pharmacia e approvado pathologicos vencerão mais uma 'gratificacão
pela c&ngregação. · addicional de 300~000.
Art. i27. Os exercícios praticas nos Ia hora- Art. :!.M. Os preparadores, pro3ectores e re-
torios terão Jogar todos os dias, por espaço de petido~es terão direito á aposentadoria no fim
duas horas pelo menos. · de 25 annos de effectivo exercício.· .
Art. i28. São prohibidas nos laboratorios Art. UL No caso de ·virem a occupar nos
ex:periencias reconhecidamente perigosas. estabelecimentos o logar de Jente, ser-lhes-ha
Os preparadores e· ~repetidores respectivos contado o tempo em que tiverem servido aquelles
.ficam responsaveis pela ·inobsenancia desta lagares.-- . . ·
disposição. Estn. disposição aproveitará, para sua aposen- ·
Art. i29. O repetidor rará prelecção sobre as tadoria, aos lentes actuaes que tiverem exercido
manipulações e explicará os_ accidentes mais os Jogares de preparador ou chefe de elinica.
communs;assim··como os meios que convem Art. H2- Os .preparadores,. prose.ctoz:~s _e_r~.::... .
empregar p~ra evilal·os_ petidores, quando faltarem, perderão t3mbem o
Art. UO. Em livro rubricado pelo director orden:~do, excepto por motivo de mo1estin, attes-
da faculdade, o repetidor de cada laboratorio tado perante a con~regação.
lançará uma nota detalhada de todos os obje- Art. i43. Haverá na secretaria um livro em
ctos e instrumentos ·pertencentes ao mesmo la- que os preparadores, prosectores e repetidores
boratorio. Em outro li'Vro igualmente rubricado escreverão seus nomes, e no qual, pel.:- secreta·
pelo direclor lançará todos os pedidos, depois de rio, serão notadas as faltas dos que não compa·
vistos por clle, e ao lado delles dará entrada aos recerem. A' vista destas notas org~nizará o
objectos fornecidos, os quaes deverão em seguida mesmo secretario a folha mensal do paga-
ser lançados.no livro respeativo. roento.
ArL i3i. Os preparadores ou prosectores e Art. :1.4~. Nenhum preparador, prosector ou·
repetidores farão uma relação dos objectos e repetidor poderá. tomar conta do seu Jogar sem.
apparelhos que se inutilisarem, a qllnl será por prestar uma fiança de 2-:000.J em dinheiro ou
elles assignada' e depois da competente baixa valores correspondentes. .
0
nos livros respectivos .será apresentada· ao di- Art. 145. Quando as conveniencias do ensmo
rector da faculdade para o~- mandar substituir, o.exigirern, o governo poderá mond:lr ·contra-
dar consumo aos que .nenhum valor tiverem tar fóra do paiz pessoal idooeo paro os lagares
e ordenar :J. venda dos. que não estiverem neste de repetidores, :Preparadores ou prosectores.
caso.
Art. !32. De dons em dons annos, e no di:~ Dos ~ssistentos e ·internos das cli!Licas .
do encerrame:ç~to dos trab~lhos escolares, far-se-
ha uma ex.posíção publica dos productos de .Art. H:6. Cada clinica terá um ·assistente e
todos os 'laboratorios, ·e:uma. eommissão julga- dous internos debaixo da· direcc.ão dos. re~
dora, nomeada pel(l congregação, . avaliará da specttvos lentes com as mesmas obrigações, .no
importanciacdos .objectos expostos e na abertura que lhes fôr npplicavel, dos preparadores e re·
dos trab"alhos, da .faculdade·.-apresimtarâ .:um re" petidores.
latorio ew que~~erão indicados . os autores . dos . Art.· i~7. Na clínica <1e partos e gynecologica
productosqlie,devem ser premiados .•. além do assistente haverâ .um interno e uma.·
Art. !33.: Haverá".-em cada faculdade, tres parteira, a qual residirá na maternidade e será.
premias: o .v. de 300~ a 500~.; o 2. o de i50~ a nomeada, mediante concilrso, pela congre-
250,1;; o 3.• de !00$ a !~o~; os quaes serão con- _gação •.
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 16:1 6- Pá gina 33 de 49
-94-:
Art: f.48'i os-vencimen:tos dos ·assistentes- de· P~!!~ptoscna"occ~}!?>.E~~M.t~~-=~;~Jill~á:.::...,
·=cliiiiéa:<8etio-ign1les-<aóS"wsF~preparnlüré:.>·~éTós;- )'etnos"D.ec_essar_Io~--~ · · . . . .._·. · · ' ··
da 'Parteiia 'Serio ·de·,i:~ de ordena dó •e 6003 · 2~o ·Velar :·e_:·conserv8l'~' lU).-m~lhor. esl:ldO·• ~ -_
de graüficação~ _ boa arrecadaf1ao ;todo o·arsenalcrrnrgr~o· e•appa,.....
. . , .. ' .. . r ...· . relllos -destinados a taes operações;. '.
. Art. t49 •. Compete.aos asSl~tentes de .c miCa- · . 3. • Applicar ·com-:os . internos :todos'{)S '· appa• .: .
. E~üiropa~:eeer .na !polyclinica ena ~ : enfernm•. relhos e·flizer os curativos que·o·lente lhes de;.
riaS na bora gne lhes fôr ·pr~~cripta, e da~ ·en·- -:teNninar. . . .•. . _ .
trada ·aos·alumuos DJI respectrYa . enferrn~r_1a. . ·4. 0 A pres1drr e · dn~Jgrr :a:·app!_lcaçao- daquel- ••
'.!:~Exercer; na ansencia do .lente,~ pohcta•das les de que os alumnos se deverao encarregar; ..
en!ermni'ias e velar no procedimento dos alum.~ · seguindo : em tudo- as instrucções· do lente;. e
nos. unto n:a· occasii!o de -entrarem nas: enfer- não retirar-se nunca do serviço-sem que-tenham,·:
marins ·e sabirem dell~s, como durante·~ a Vi· sido feitos -todos ·OS· curativos preciSOS e' toma•·'
sit~Le li'ções - nos · omphitheatros, particlp!lndo das as curvas thermometricas e .sphygmogra•·
ao· lente tudo <r ·que occorre~ para se porem. phiêas dos doentes. · . .
em execução . ~s ;penas commtnadas nestes es~ · 5 ~ 0 A' fazer um curso d~ ·_pequeua-·c1rnrs1a; ,
tatutos: . dando pelo menos ·duas · hçoes - demonstrattv~~,,
3.o Dividir com.· igualdade os lellos das en- - por semana nos dias . em que o lente deterror• ··
ter marias :pelos alumnos e guial-~s em· tod:1s .as nnr. .
pesquizas ·e exploraç?es nccessams,_f~zendo-os Ar L !5L No; ~di.as, em ;que faltar O· lente, o :
tomar as notas e ensmando-os a red1;pr conve- ·o • hm~ wra em 'afie as..:..sualr.--
Jiien~&o lente as ooservaçoes. . ve~es.
~- • Assistir a todas as ~utopsi<ts com:os :~I um- : Art l5~iL' Os internos de clinicn. estnrão sob '
nos que 'forem por elles designados, procuran- · 11s ordens dos respectivos 11~sistentes em-·tudo"·
do· ~empre recotber todas ~s·-peças pntl:lologicas, .que ror concernente á boa ordem e regularidade ·.
que devam ser apresen_tada~ aos aJumn~ pelo do serviço, tendo para cam todos n m:~ ior d~ ·
lente competente, no mtmto. de combrnar as rcrencia e para com os doentes -todo- o zelo, hu- ·
lesões c~davericas com os :pbenomeno~ obscr · m:midade· e cnridt•de.
vados durante a vida: cumprindo-lhe· outrosim Art. f.53. Os assistentes de·clíniea obstetriea ·
restituil-as ao prep~rador e re_pctido.r do l:•bo· 'e gynecologica serão obr-igados ainda !Dais· a ·
ratorie de anatomta pathoiOl!I(A. para s~rem f:Jter curso> praticos sobre os · manequms; ou
eouservad<Js no museu, si forem dignas ce sobre os cadaveres, e a iniciar os alumnos; sem- ·
notn~ . . .. . pre que fôr possivel,guardando todn~ as couve·
~-o Ter a sua guarda um hvro espl!cJal onde nienci::s, na tecl:lnica e gynecolog1ca· e b em·.
serão- registradas. minuciosamente as obser~a- assim a impedir severamente que en\rem . nas
ções de to~os os~~ntes, que tiverem servado salas das'parturíentes o~ estudantes que-não fo·
para o·ensmo chnrco. :rem designados .
.6.• Enviar; s~mQre que f~r possivel OQ Il~- : Art . 154, . .A parteira ~~ada ao serviço obste•
dido, todos os llqu1dos organacos 110 lab~ra~no trico ser-j obrig:~da a ass1st1r a todos os par tos
de chimica ·biolog:ca, afim de serem abr fe1tos n11 tnraes e a iniciar os alumnos e alumoas · em
os resvectivos exames e analyses, quando por si tudo que' fôr concernente' á pratica obstretica, .
não ~s possa fazer. . . _aos cuidado~ quo se dc'l'em · prestar aos ·recem- ·
7. o ·Aeompan~ar, sob :pepa de ser-lhe notn.dn nascidos e tis parturientes. . .
como falta,; 11s 'l.lSitas e llçQes d~s lentes. Art. ioo. li:m ~so de dystocta rara sempre:
8. o Fazer com que r.s prescrrpçoes dos lente~ r.ha:nar o profesgor ou o assistente· de cHnica, .e ·.
sej~m rigor<~samcnte observadils pelos internos, curnpr!rá em .1udo ns ordens que destes re"·
. e que um destes seja encarregado de escrever o ceber.
receitunrio e o outro tom~ r not_a das curvos Art. i 5G. No caso de falta dó material para-o
tbermometricas e sphygmogra!Jhrcas e de tudo ensino clinico de p:Wós, o respectivo lente se
que de!a serv~r. para 3s o~s~r\'ações dos lcnl~s 1 entenderá. directamente com os proprietarios das
que serao red1gadas definattvamente pelo :~ssts· maternidades particulares, afim de que forne- .
t43nte. . . ç:im casos clinicos, mediante . uma·gratificação
9. • A comparecer .todos os d1as a l<!rde, acom· marcada pebs fuculdades.
panh:~dos dos int~roos, n~s . e~fermnrins a seu. Art. i57. Os assi~tentes ·- dc clinicas serão no· ·
car"'o para ver s• as prescr•prves forJm cum- meados por decreto, media-nte concurso,·e a elle~ ·
pridàs, e presu.r os seus cuidados ~os doentes aprovciwm pan a . aposentadoria as disposições
que tiverem e~lrado durnn~e a sua o.usencja._ concernentes nos preparadores e ~epctid o_res .
!O. A organuar com .os mternos a es~tJStH:a Arl. i58. Os internos de climca. serao no-
do serviço :1 seu c<!rgo com espe~ral menção meados por portaris, medinnte concurso; e ser- -
dos methodos e agentes tll~rapeut1cos empre- virão porespuço de dous annos no mlnimo, p~ -
gM<.os . .. _. . _ dendo continuar emquanto não tomarem qual- ·
·Estes ·t~aba~bos · serao~ p~bl1cados· no fim do quor dos •gr~us conferidos pela faculdade~ .
anno ·e· depos1tados·na· btbllother.a : Art. {59. -Cada interno:· pereeberâ · o venci-i
4ft. iSO. Além desses ?e.veres commun? ~os mento de•f.:2UOS anuu:>.L: . · ·.
a~siSte!ltes.de todas 3$ C!lUieas, os d~ chm~a o governo ~e entendera .com. os provedores da·
Clnl:rgtea,, _opbtbalmolog1ea e obstctnea ser:~o Santa Casa d:t<Miser.icordia par.:~ -q-ge os :internos
obngados::. . . · poss:~m. re.;;idir ·no hospit:tl. - ·. :. .
· L•·A' ajudar ·(dente em 'todas as operações Art;. i~O·. Qs, internos em:·serviço; além das
cirnrgic:a~. que houver de pra~iear, :tendo obrigações-já especificadas; deverão: ·
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 16:16 • Página 34 ae 49
-'96-
que com os <?ndida!os_as rubricará Illl!:a serem Ar~. ~0. N~ se~in!S dia _áquelle' em .que
=,snbmP.ttidas..a=apr.ec~ac!~~da.,_c;ongregaçao_~_ ___@!...D_a!_e~~nscil.Q:Q.~lis_se~o.Jl!dbqs_,_osdl!l~"-...,;
.Art. 27!. A prova pralica versará exclusiva: tos para a prova e t eses, e se o servarao a
mente sobre a parte . experimental ou·. technica respeito todas as regras dadas para a mesma
das ma terias da cadeira_. . : prova nos concursos para lentes cathedraticos.
. Art . 272. No primeiro dia util depois da li- · As mesmas disposições deverão ser observa·
ção oral se~uir-se-ha a disposicão marcada nos das em relação a prova escripta e oral, com a
arts.- 256 e :~58_ differença de qne tanto para a prova escripta
Art. ~74. Si um dos pontos, que cabir por como para a prova oral devem ser incluídos
sorte, versar sobre exame de um doente, será iguaes numeras de pontos sobre a materia d.,s
nomeada por escrutínio uma commissão com- cadeiras da snb·secção em que se deu a vaga.
posta de tres cathedraticos, a qual escolherá · Art. 291. Aprova pratica na cadeira de pa·
nas enfermarias da santa casa da misericordia thologia geral será substituída pela.descrtpção e
um enfermo que será "examinado separada- uso dos instrumentos•de exploração clínica, ou
mente por cada candidato, pela ordem d~ inseri· versará sobre qualquer doente. .
pção e, depois do exame, cada um, sem assis- -· A de pnthologia medica será feita sobre um
tencia dos subsequentes, fará sobre a moi estia doente de clínica medica.
as reflexões que lhe.forem cabidas. . · A de bygiene sobre analyse do ar nos edi-
Art. 275. A pretecção ·justificativa do exame ficlos publicas, e composição das aguas dos eu-
não deve exceder de" meia hora para cada can· canamentos.
didato. No caso de haver mais de quatro candi- · Art. 293. Nas votações e jul~amen~o se se-
-Ita tos a pt ova fat-seoha-ennhrns-mrmms-turma -guirá-em-1ud:o-as-regr:n;-·esta!Jerecidas-para-os-·
nos dias subsequentes, indicando-se p:~ra · isto concursos de catbedraticos.
doentes differentes. · ·Art. 294. As provas oraes serão tomadas a
· tachygraphia, e dadas a uma commissão como
Do julgamento dos concursos para catltedra· nos_concursos de catbedratieos, para, no dia da
ticos ' leitura da prova eseripta e votação, aprecial·as e
Art. 276. Çonclnida a ultima prova, reunir- dar o seu pnrecar.
se-ha a congre~ação no primeiro dia util. Uma ·.-Do conéurso par11 preparadores, repetidores e
co.mmissão escothid~ de seu seio no final da prova ,. assistentes de c!inica
pratica examinará as provas · oraes e dará
~obre ellas o seu parecer justificado, ·, Art. 298. O concurso constará :
Art. 280. O julgamento se fará por votação i 0· ·D
nominal e versará sobre o merecimento de cada · · e uma prova escripta;
catididMo, ficando cx.cluidos os que não obti- ·' ~ . o De uma prova pratica com exposição
-
7
=.--erem os dons terços dos votos presentes; e ora~ ; ·
desta votação se lavrará termo. · 3. o De uma prova de technologia scienti·
Procederá depois a mesma congregação, igual· fica. ·
-me~or-vota~-nomin:rl;-á~:rçã.o;-~ -~-9"9-:-NOdia acima indicado· a commis·
ordem d~ merec~~ento, dos ~nd:idatos ql!e .ti- sãose . re~irá e organizará sobre a mataria do
verem stdo adm1~t1dos pela prtmeira votaçao. laboratorto uma lista de 20 pontos, que serão
Art. ~Si. pest_gnado o con~urrenle a quem recolhidos a uma urna, e o que estiver inseri·
Cl?mpete O_p~tmetrO logar na l.ISia, por ter reU· plO em primeiro legar tirará um ponto, que
mdo a matorta de voto_s, se$UIT·se-ha o mesmo .será o mesmo para lodos, e sobre elll! disser·
processo para a destgnn~o dos que devem tario todos os concurrentes duranle duas bo·
o~upar o se~do e tercetro logar ; forruondo ras. Esta prova será feita em sala technda e
asstm ~a tsta de tres nomes para a escolba sob as vis~s da com~sio julgadora, em pa·
e nomearo· ' . . - pel fomectdo e rubrtcado pelo dírector da ta-
Art ••8~. No caso d,c empate ~e dons candi· cuJdade. Os concnrrentes não poderão, sob
datos, por haver cada )!W obtido metade. do pena de exclusão do coneurs'), consultar livros,
numero de votos, passarao ambos por novo JUI· notas ou apontamentos.
gamento e, no caso de empatar nesta·segunda ·· . . _
votação o director terá voto de qualidade Art •.30!. ~o_ dt~ segum1e reun1r-se-~a a
' · - mesma comm•ssao JUlgadora e formulara ~O
Do conturso para substitutas pontos. pr~ticos rel~tivos _á m~teria. de ~oncurso,
Art. 28tl, os concursos para : 08· IOO<ares de e_o.prtmeiro candidato 1nsenpto tirara da urna
substitutos se farão por sub,secções . . " _o numero que deye-"lorre~ponde_.!" a um desses
· Art . 287 . As disposições· ·concernentP.s aos pontos e executar~ a.s mampulaçoe_s e prepara-
provimentos .e habilitações . dos candidatos ás ções q~e o caso eXIgir~ ~endo d~po~s meia hora
_cadeiras de lente se applicarão igualmente aos cada .um pa-ra a e:xpos1çao e:xphcat1va das ope-
c oneursos para os log'a:r_es de substitutos. . · . ~ações_ que ttver _ex:~cutad~. .
_Ar~ . 2~9. :As.p.rovas para o coJJ.curso de sub- : .. Art: · 301!.. ~o dt:l s~gmnte ao da prova P.ra-
. stilutos: c~nslshrao: _ ·· · · ·· ·uca..·a ·_col!!missao reu~1r-se-ha afim .de'·:dingir
i _o Enfll'àfesa de tlieses . : a_os.·. can.didatos ques~ de ~ecbnolõgia scjen-
2oE · disse
. ·- ·' _ · ti.fica •.- que cada exammadoqulgar converuen-
-o . m nma rta_Çli.O esel!pta ; tes; findo o que, passar-se-ha-á Ieitirra das
3. Em nma p~:elecçao o;ral; · · · ·provas, escriptas e -votação segundo·as regns
~- • Em uma prova prat1ca sobre ~a das ca· ·pre5criptas para o concnrsÓ de cathedl'aticos,
detras de qne se compnzer a sub·seeçao. tendo os substitutos voto no julgamento. .
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 16+ Pág ina 36 de 49
--·97 ......-
~ Att.."'"103.•~L.bq_u;v:er""'um._ _só . candid.a_to~~!lrt J;>ara o concurso .dos preparadores, etc., .e assis-
preciso que reuna . cinco vo'tos -parii' que-sejá- •tê'D.tês~ii'C''c1ili1cã~~"'-~" ,=, -~· - ,.= ~ ' '~~=- . ,_, --'
tonsiderado apprnvado ou habilitado; si, porém, Art. 3t3. A commissão poderá escolher ambos
houver mais de um candidato seguir-se-ha o os internos para cada clinica em um só concurso
disposto para o concurso de substitutos, e o quando se apresentarem dous 011 mais candidatos
mesmo se fará em relacão á -apresentação ao inscriptos; quando, porém, houver um só in-
governo imperial. · scripto, ou ~uando ninguem se inscrever, cada
Art. ·304, Nas regras para o concurso dos lente de climca propol'li á escolha à~ con~regação
assistentes de clinica seguir-se-ha o mesmo os alumnos que julgar mais habilitados para
processo que para o dos preparadores e repeti- 0 internato e que estejam 11as condições do
dores, com as seguintes dHferenças : <Jrligo relativo ã inseripeão.
L • Para a prova pratiea das clinicas eirur-
gii:a.s tirar-se-ha um ponto de anatomia topo- Dos concursos para o lo,qar de parteira
gr:~phica para preparacão e execução de uma A 311 A5 · · - d
onera,.ão no cadaver, tendo meia hora para ex- rt. ,.,_ mscnpçoes para 0 concurso e
.- " parteira d~ maternidade da faculdade de medl-
po~i~ão explicativa. . . . . . cina se farão de seis em seis annos no mini mo, e
•· P~ra a prov~ prat~ca das chmcas meutcas estarão abertas na secretaria desde o L• de
os. ~ndtdatos serao obrtgados a fazer o exame Fevereiro até ao ultimo do mesmo mez.
clm~co de um doente e a proceder ;: uma au- Art. 315. Só poderão concorrer para esse
__toQS_I.!!.,__Lll_a.Jalta de cadaver?s a ~ocede~ a~s )Qg~_r_!~ parteiras _que tiYerem o titulo por uma
~xames analyttcos destgnad?~ (!eta cumnnssn das faculdades do- lfnpei'iOõlli]ue· se tiverem
J'!'lz~dora •. ten_do tambem mma hora pa~a eyPo- habilitado, segundo as disposições do art. 506
stçao explicativa do doente e da autopsia. destes estatutos. ·
Concurso para os z09ares d~ internos Art. !6; Nenhuma parteira poderá· in!cre-
ver-se sem apresentar, alem de ~eu titulo doeu-
Art. 305. As· inseripções para os concursos mentado, attestado de sua capacidade moral,
dos internos estarão abertas na secretaria das ·passado por pessoas conhecidas, e consenti-
faculdades desde o dia L • de Fevereiro de cada menta do marido, si fõr casada.
biennio até ao ultimo dia do mesmo mez. Ar.t. 3i7. A commíssiio de julgamento para
Quando, porém, se der alguma vagauo de curso os concu.rsos será composta dos lentes de ana-
·do anno, a inscripção estará aberta durante os tomia, physica, chituica mineral ou medica,
primeiros quinze dias que se seguirem' ãquelle physiologia, obstetricia, pllarmacologia, clínica
em que se tiver· dado a vaga. ubstetrica e gynecologica.
Art. 306. Serão habilitados para o concurso Art. 3i8. As provas de concurso constarão:
do internato os alumnos que tiverem feito 0 i.<> .da observação escripta ácerca t.!~ ~ma par-
:i. • exame, pelo menos, com apprõvação deste e tu_r1ente, puerper~, ou doente ~a clrmca obste-
-dos-exames-anteriores-,--il-ai}re&en~arem..co.m..estes.... trtca e _[Y_necol~~_!_c:J.:!_ e ~ue sera COI!lmum . par~
aUestados um outro d!l ~ue frequentaram pelo cruas-candillnta:s,. e_de uma-questão-pratJca-a-
. menos, um anno o sem«;o clinico medico ou escolha da ~omm!ssuo, e que se!J-do. co_mmu._m· a
eirurgieo de qualquer hospitaL Além disto, todas será ttra.da n s~r.te_peln pr,metra mscrtpta.
serão obrigados a apresentar aos directores das Art. 319. Na exh•b!çao ~e tod~s eSS3s provas,
raculd3des declaração dos provedores da santa bem CO!!!O na cl3sstlicaçao ~ JUl!!amento, se
casa de que não têm motivos para se ·opporem observarao as .mesmlls for~al_ulades que para os
á su., admissão no serviço interno ~los hóspi·- logares de asststentes de cllmca.
ta~rt. 307. A commíssiio de julgamento para Da Ret~ista dos ermos tl~eoricos e praticas
os concursos ~erã composta dos lentes cathedra- Art. ~i7. Será creada nas faculdades de me·
ticos e substitutos da ~cção a que corresponder dicina uma Ret~ista sobre os cursos tl!eoricos e
a clinica, a qunl será presidida pelo dírector. pralicos .
.Art. 308. As prov:ts do· ooncurso constarão: Art. 3~8. Essa Revista será redigida por uma
L• da observação de um doente, que serã o commissão de dous lentes eathedraticos, um
· mesmo paradous candidatos, e de uma questão substituto, um assistente de clinica e um pre-
. pratica que, sendo commum a todos, será tirada parador, nomeada pelll congregação IUl primeira
·á sorte pelo primeiro inscripto. · sessão de Março de cada anuo.
Art. 309. Esta questão poderá ser substitnida, · Art. 329. A R/11)ista será em oitavo francez
·no internato de clinica eirilrgica pela spplicação. com o. numero de paginas sufficientes pua for-
de um ou mais ap_parelbos. . , mar no fim de· cada anno um volume de 600
Art. 3i0. A eommissão jnlgadora.reRniNe-ha paginas pelo melfos. · ·
na vespera para resolver·~sobre o null,lero; a Art. 330. A sua impressão aqui na côrte será
· natureza e. impoctancia ·das questões qu.e 'têm ·feita na typogra.phia nacional, e na Bahia- na
·de formar o objecto do concurso. :. . . typographia em que se· imprimirem os actos
- Art. 3H. Cada candidato. terá meia hora para oíliciaes, ou na que olfereeer maiores vantage~.
observar . o doente que lhe tocar~ uma para Art. 331. Nenhum lente poderá recusar o
'·escrever a observação, e du.u para~ desen-vol-· cargo de red3ctor, que será considerado como
'-vimento da questão da segunda· prova. . ·. · · ·serviço relevante prestad<1 ao ensino_ ' . . ·.
· Art. 3i!. Qnanto ao processo 4e•-votacão e á~- An. 33.2. Cada numero da Reiluta sahirápu·
·:outras formalidades ·de ·.concurso~·· se~ir 7 se-ha: bUcndo de dous em-dous ou tres em.tres m_ezes,
no que !ôr compativel o que :;e aeba disposto. segundo o alvitre da cotnmi!são de'redacção • •
~ ~ .
c â"nara dos oepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 16: 16- Pá gina 37 de 49
-98 ·-
_____ Ar..t.._a:tLDsr.-.se~)l~...Bevista.n.m..summ~o~ ~ --.,-_--,- .., :-,~,.,~iJtl.s.lnscr_ip~~s::...'--..:-::'~~"'-''' · ---- · :.,:·
---- ·aas dcéisões da c:Ongregaç:1o,_ e · t~~<? pre~eren- Art. 380. Have~ em cada fa~ulda;de_um~
cia nas publicações as memortns or1gmaes ac~rea insc:ripção de matrtcula. e uma. mscnpçao de
de assumptos concer!len~es aos es_Ll;ldOs pra~JC<>S, exame.
ás pesquizas e investJg:~çoes de utJhdade eviden-
te feitos nos laborotorios, bem como as obser· Das ifi.Scripçiifl d8 mafricula
vàções e lições sobre os casos importantes dDs Art. 38:1.. Desde o dia t.• até o dia :14 de
- clinicas. · · .- . Março inclusive se abrirá na secretaria .d~ fa~
Art. 33~. A commiss:ío de redacçao nomeara culdade um lívr<> de inscripção de matriCula.
entre si o redactor principal. . no qua1 os a1umuos que ttvere · m de seguir . .os.
Art. 335. A Commissão de red.acção devera d0 d0 cursos da faeuldade inscreverão seu nome,
pôr-se em relação com a ~ecretana de ~ta - idade, naturalidade e residencia, designando o
impario afim de enviar a Rev1sta ás dlrecçoes 11 · rem frequentar
dos Pel'l .od!'cos d• mesma natu. reza !).a Europa_ e curso ou cursos que e es qUize. . . .
" . d Art. 382. Cada alumno que t1ver msc:rJpto o
nôs Estados-Unidos da Amenca, e as aca emi:IS seu nome no livro de matricula receberá da
scient!ficas mais importantes, e receber em t roca secretaria um cartão impresso, assignadn pelo
as publicações que 3\H se fizerem. . director e onde se acharão designados os C'ltrsos
Art. 331i. O preço <la asssignatura serã de e laboraÍorios em que elle poderá ser admit-
metade para os ~lumnos. tido. ·
Ar! 337 . .Todo..e..-..empbr par.a..al.u.mno.d3--~-!-=-=Aft-:-~V;--Jr~~-da--mmitm:la--par.r--cathr-
culdade trará impres~o o nome deste. materia será de 30~, paga em duas prestações :
uma antes da inscripção de matricula e outra
Das commissões e investi_qações em lJmwficio da antes da inscripção para o exa~e. _
sciencia e ensino da, medicina Os que requererem exames hvres pa:;arao. a
Art. 338 _ De cinco em cinco annos cada ra- taxa de uma só vez, antes da respecttva ID·
culdade indicará ao governo um lente cathedra- sc1~f. 0a 86 . Aos alumnos é gnraotid~, pela
tico ou substituto para ser encarregado do fazer inscripção de matricul:~, 3 precedencia nos exa-
investigações sdentific:ris e observações medic<>- mes e nos assentos das aUlas. segundo a sua
topographicns no Brazil, ou_para estudar nos ordem numerica, a qual lhes dá direito i_gual-
paizes estr~ngeiros os melhores metbod<>s de mi!nte a serem. admittidos nos Jaboratorios, e
ensino e molestias determinadas, completar os encarre~rados dos estudos pt•aticos, exercícios
seus estudos e examinar os estabelecimentos c ~> • d" ta to
institui••ões medicas d~s nn"Ões mais adiantadas e pesqUJzas necessartas ao seu .a Jan men e
• " proveito.
da Europa e America. Art. 387. E' facultada a lnscripção de que
·Art. 339. As respectiv3s con~egações.darão tratn o.nrt: 381 aos indíviduos do sexo remi-
por escripto ao _n~meaào _I.nst_t:uc~~~ _a2eg11~~~-s- . .nino, pnra,os. quaes -haverá--nas- aul:~s~:~ogares -
-,-·-·para tf bom---desempenho da comm1ssao, des1- separados. . .
gn~ndo a época e duração do prazo do citado Art. 388. A taxa de inscripção de matricula
artigo. em uma faculdade é valida na outra, uma vez;
Art. 34.5. O alumno qlle tiver completado os que seja acompanhada da guia dos respecUvos
estudos d<> curso medico ou ph:~rmaceutico e directores. . - . . _
alcançado em seus e:wmes até o doutoramento Art. 391. O encerramento para a mscr1pçao
no prime ir<> ~soa not~ de appro_!ação distinct~, da primeira serie de exames poderá ter l~gar n~
e fõr classificado pela congregaçao como o pn· ultimo dia de Março. Fóra deste prazo nao seru
meiro estudànle entre os que com el1e conclui· admittida nenhuma outra inseripç5o de matri-
ram os estudos, te1·á direito de ir á Europa, cnla, qualquer que seja o motivo allegado pelo
afim de applic~r-se 30S estudos prnticos por que requerente.
tiver predilecçiio ou forem designados pela facul-
dade, dnndo·lhe o governo a qu~ntin que julgar Da inscripção de •zame$
sufflcicnte para a sua monutençao.
Art. 393. Do dia 1.0 ao dia !5 de MarÇQ e do
Dos progmmmas d8 aula dia t. • ao dia U de Outubro de cada anno se
Art. 376. Caila lente será obrigado a apresen- achará na facUldade um livro para a inscripção
dos exames que devem prestar os 11lumnos
tar á congregação na _primeira _sessão do anno que tiverem as inscripções de matricula em
lectivo para-ser pQr ella approi:id<> o program- qualquer das faculdades.
ma do ensino de slia cadeira. · Art. 394.. Esses · exames . começarão -para a
Art. 377 '· ·Distribuidas as cadeiras pllla fórma primeira. época no primeiro dia util _depois
prescripta nos artigos antec:e~entes, a congrega· das férias da Pasehoa e durarão no manmo _4.0
~o passará a ouvir a leitura dos programmas dia5, e para. a segunda época no dia 18 de Ou·
que os professores devem apresentar nesse dia tubro, caso não seja dia sanctificado, e termi-
sobre o ensino de suas cadeiras, discuti!- os e narão no dia i5 de Dezembro.
approval-os. · ·. Art. 395. -Fóra dessas duas épocal\ não será
Art. 378. Os progrümmas, depois de ·adepta- admittida · pessoa alguma a exame nem dos
dos com modificações ou sem ellas, . serio im- eursos da faculdade nem de habilitação .de di-
pressos e não poderão ~er alterados senão por plomas e títulos. por escolas, faculdades ou uni·
deliberaçã? da congregação. versidades estrangeiras. · .
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 16+ Pág ina 38 de 49
-99-
=s~~~~~~~!~~~~~~~2~~s~~~~~~:i1l!~4~~f~:~L:s~!~~~~-~~~rof~~~~~~~~~~:~~~~e_f~~~ n:-__.· -
culdade deverão dirigir um requerimento ao -- ---Ati:~n:o secrêiilrio terãpres-ente iia mesínac~-
direetor ................ : . ........ :. . .. .. • . • •• oceasião uma lista dos estudantes de eada seri e
Art. 393. O individuo julgado não· habili· de eXD.me, e a congreg-ação decidirá qual a serie
tado em qualquer materia, seja- ou não alumno por que devem ser.feitos os ex~mes. ·
do cnr5o~ poder:í prestar novo eume na época Art. U3. São prohibid:~s as trocas de lagares
propria seguinte e repotil-o quantas vezes quizer, para exames entre os -estudantes.
guardado sempre o interva!Io de uma a outra -Art. 6.flj.. Com excepção dos exames clinicas,
época. - todos os mais das faculdades de medicina con-
Art. 399. Nas inscripções de exames será - starão de duas provas:
guarda~n a maior dependencia das · series L a Escripta.
eqtre s1 ~"0 O 1 d · · '" • Oral·, tbeor·IC3 e prat"lCa.·
-"·
Art. ""' . a nmno po era requerer ~ A '·t 5 . D · - ·
inscripção de uma ou mais series de exames, rt. " .: _ esi~n~do~ o~ examma~ores, estes
mas não poderá passar pelo exame de uma serie apresel}_tarao e_SUJCttara~ a approvaçao da con-
superior sem ter sido approvado nas m8terias I gregaçao tres hstas de trmte pontos pelo meno~,
de toda a serie inferior, e sem que pague em orgamz~das ,_de modo o ~bra_nger t~da a matena
tempo as taxas respectivas, e assim successiva- da. cadetra, , endo uma destmada a pro_va es-
mente até ao fim. cripta, outr~ para a prova oral, e a tercetra para
Art. J;.02. Nenhum alumno serâ ai!mittido a prova prattca. . . .
â mscrlpcão tJ.· · • Art. ~i . _A"-l1stas _do ue trala_L_art•~o a.n_-__ _
dn 3.• e i.• series sem que apresente uma nota tecede~.e nao podera~ ser eonfece10na_ as e
dos directores dos laboratorios anatomo-patho- conhecidas antes da CJIOC:l da approvac~o àps
logicos, em que se declare que foram prepa· pontos pela c~ngre:;raç~o ; mas na orgamzacao
radas e recolhidas aos museus pelos primeiros dellas se d~vera allender a que _os p~ntos para a
uma peca anatomica ou esqueleto de qualquer prova escnpta Y~rsem sobre_prmciptos e regras
animai; e pelos segundos duas peças de anato· geraes de maten~s das cadei_ra~.. .
mia pathologica ou 25 preparações histologicas Art. 417 • O dzre~tor vdm1ttlra :os examznan-
normaes ou pathologieas. dos por turma~, CUJO numero sera ~ego.l~do se-
Art. 403. Os exames livres de quaesquer gundo a eap?-cid_?-de dns snlas e ex1gencws de
materias ensinadas em alguma escola ou facul- se~era fiscshsaçao.. _ . .
dade dão direito á matricula para o estudo das Cada tnrma, porem, naopodera ter .mots de 30
que se seguirem immedintamente na ordem do estu!lantes nem m~~os de !0, salvo sr fôr menor
respectivo programma, e os de todas ao grau o numer~ dos habihtauos para exame de qual~
conferido pela faculdade com todas as :preroga- quer sene.
tivas a elle inherentes. _O processo para a o1·qanizacão dos pontos é o
Art. li.O~. Não é vedada a inscripção para que jà ~cou indiead~ 11Ó discurso
esses _exames aos alumnos, os-quaes,-além d!!s --Tanto os pontos·para-prova escripta-como-os --
matems que estudam na faculdad_e, poderao que forem objectos dns provas oral e pratica
pres~nr exames de qunesquer outras ~ 0• res- irão todos os dias para as urnas, sem excepção
pe~tlV? curso em. q_ue se JUlg~reD_I hab_Illt_!ldos, dos que tiverem sabido nos dias antecedentes.
sat•sferU.Is as c~nd1ço~s d[l mesma mscr•pcao: - Art. 4.U. A votação se fará por cada materia
~t._ -i05. FICam tse:utos das taxas de m- isolada da serie, e a roprovação em uma cadeira
scr1pçao de exa~es os fi~ho~ dos profes~ores da não import-a a perda uo exame nas materias dus
faculd_ade effect1yos ou Jubilado$ e os mternos outras cadeiras.
qn:c t1verem obt1do em concurso a grande me· Art. 4.11.3. A prova pratica pertencerá ás ca~
da lha. de ouro_ de lOO~, lie?l_ como_ 0 n_lumno deiras a que se acharem ligados os diversos
que ~zver obtido nas ex:pos1çoes sc1entificas 0 Iaboratorios d~ faculdade, e nenhum alumno
premiO de ~001$, ou o alnmno que provar ser poderá tomar inscripção de um exame sem-ap·
pobre. e _obt!_ver no exame a nota ~e approyado provação do exame rc!ntivo á prova pratica
com diS!InCÇI!-O. _Neste caso !~e sera restiluHla ~ antecedente.
~xa de mserlpçao do respee~tv-o ~xam~ o~ ficara Art. ~4.11.. A chaillada para a prova pratica
dispensado de pagar a segmnte mscrlpçao. será annunciada e cada turma de ei:aminandos
Art. 4H. ~o dia seguinte ao em qu~ termi- não poderá exceder de oito alumnos.
narem as férias ~:l sema'?a s_anta e no d•a 1_8 de Art. 4:(@. A prova pratica versará sobre todas
Ontubro,ou no dJa antenor Sl aquelle fôr feriado, as cadeiras da seric de exame em que ella deva.
reunir-se·ha a congregação para designar os ter lo,.ar. - . -
lent~s, snbstit"~?-tos _e mais pessoas que devam Art~ U6. O alumno tirará por sorte no mo-
servir de ·exarnmadores. _ . menta do exame tantos pontos quantas forem as
Para os :inlpE:dimentos que oecorr~em no de- materins, como para a prova oral, e terá para a
curso dos exames, o direcEor determinará a exhibição deS&I prova c tempo necessario, nãô
suhstituil(âo. devendo, porém, excede-r de duas horas.
Os lentes que tiverem regido cadeiras durante . Art. U7. Cada ponto será privativo do exame
o anno deverão ser de preferencia designndos de um alumno, e todos os pontos irão diaria-
pm:a examinadores di)S respectivos estudantes. :mente pm·a as urnas.
Em: f3lta de lentes assi.J:ÍJ.- catb.edraticos como Art. "8. Todas as provas praticas, desde o
sub~titutos, deverá a.congregação nomear para sorteio dos pontos até a sua conclusão, deverão
.. . . - . . ··'
Cà'nara dos OepliacJos • lm;:re sso em 271011201 5 16' 16· Pá gina 39 de 49
-ioo-
s~Ll~P_e~cio!!_a_E.as pelas commissões examina- · Art. ·1!62. O que tiver sido approvado n o eur-
=cioras:----------=:===-.:--=-..::~·~~~...;.:::-=. .::-.":-·.·..:==:-=,=-~-== =iO=de--ei.rur..gia-:;:-.;dcnf?"ri-.~.,-~,,:.ha~.n -titn1o . t1A..~i- .. - ...
Os _prosectores, repeti~ores ou preparadores rurgião dentis~; bem~mõter:Có.dep;~rteiio-··--·
estar&? prese~tes para unlCamente fornecerem o ou i}. de.mestre em obstetrícia o que tiver sido
materzal preciso. . approvado nos exame~ do curso obstetrico .
. ;Ar}. 449. ~ermioada a prova prat!ca, a com- Art. 6.63. Só terão; porém, direito e receberão
mtssao ~xammadora procederá ao J ul~ento o grau de doutores em . medicina os que depois
por cadetra, como na prova oral, e o exammando de approvados em todos os exames ·apresenta-
que tiver ~ido reprovado em totalidade ou em rem-se 3 defender tbeses perante a faculdade e
uma ou em mais materias, ~ó poderá passar por forem nellas approvadc.s. .
novo e~me na época seguinte. Esta disposição não será applica:vel aos alum-
Art. 4.50. Quando na serie de exames houver nos actualmente matriculados nas faculdades. ·
;~lguma cadeira de cliniea, se separará esta do
exame das outras materias, para constituir o A·s habilitc.pões dos· (acuUativos autorizados com ·
objecto de um exame ~pecial que se fnrá se- diplomas deinstitrtiçffesinedicasestrangeiraa
gun.do as re.gras que adiante se determinar, e a
commissno julgadora será com posta dos mesmos Art 499. Os doutoreS ou bacbareis em medi-
lentes. cina ou cirurgia, que se acharem autorizados a
Art. &,1ii. Os ex.amL'S de clinica. constarão de curar, em virtude de diplomas conferidos por
duas provas: uma escripta e outra pratic:~, fei· instituições medicas estrangeiras reconhecidas
tas em dias diversos. pelos respectivos governos, dever:io sujeitar-se ,
·· Aft::-z;;ã!~Cãârfürm:a-para-a!Jrimeír:r1Jrn . ~:u11.e de snfficíeucia perante qualmr das
não podera exceder de oito alumnos. faculdades, si quízerem exercer a pro"SS:io em
Art. ~53. A cada alumno será dado um todo o Imperio. Para ser admittido a este exame ·
doentedifferente á escolha da commissfio, e terá serão obrigados ·a apresentar:
:!O minutos no ruaximo para examinel·o e nmll i.• Seus diplomas 011 titules originaes e na
hora para escrever 3S respectivas observações, falta nbsoluta destes, provada perante a eon-
seguindo no proceS$0 as mesm3s regrlls estabe- g~egação, documentos authenticos, que os sub-
lecidas para e:; exames escriptos de outras , st1tuam.
materias. . ~-· Justific:'lção de identidade de pessoa, pro-
Art. !Hil.i.. Depois de examinadas as provas vada pelas legações ou consulados dos paizes a
peb commissão, esta procederá immediatamen1e que pertencerem.
ao julgamento, por escrutínio secreto, e o resul- 3. • Documentos que abonem a sua morali-
lado será eseripto e assignMó na mesma prova dade. ·
por todos os juizes. Art. 500. Reconhecida a àuthenticidade do
Art. 455. Si o alumno fôr reprovado não titulo e verificada a identidade da pessoa, pelo
poderá p~ssar ti exhibição da segunda prova director da faculd:lde, o secretario passará gu.ia
-;enão na ~uinte época de exame~. ao pretendente para o pagamento da respectiva
A~t. ~. TeroomãiliiSéjülgãilas-àSprUV":I
escnptas de todos os alumnos, dar-se-ha começo prtmetro exame.
I a~a,..:s·aH~feHa-a-quaJ.,-se-mar-Cllrti-dia-para-O--
á prova pratica. · Art. 501. O e2ndidato que não apresentar di·
Art. 457. As turmas para essa prova não ploma, mas que justificar a identidade de pes:
excederão de quatro atumnos, e os exames ver- soa, poderá exercer a sua profissão sómeote
sarão sobre doentes indicndos pelos examina- depois de ter passado por lodos os ex:tmes, em
dores no dia do acto-nas enfermarias da facul· que se divide o curso medico das faculdades.
da~e. e re~ativos ás clinicas sobre as quaes o ' Art. 502. Os que pretenderem obtor o grau
alumoo tem de ser examinado. · de doutor ou de bacharel em medicina, ou em
Art. fl58. O 31umno· terã para o exame de pharmacia e scieocias physicas e naturaes por
cada doente 20 minutos pelo menos, e depois da qual quer das duas f~culdades, possuindo já o
e:i:posiçã"o que tiver de fazer, o examinador po- dito grau de bacbareis em medicina ou em ci-
derá arguil-o por espaço de 20 minuLos no ma- rurgin por alguma ins,ituição mediea estran· ·
ximo. l!'eira, serão obri!l"ados a prestar todos os exa-
Art. ~59. Terminados os actos, seguir-se"h:t mes _em que se diV1de o curso medieo dasfacul·
para cad~ candidato o julgamento, que versará d~des; os que, porém, pretenderem. exercer tão
sobre cada <:!'deira de clinica separadamente. somente ~ medicina on a cirurgia no lmperio,
Art. ~60. O alumno que tiver sid? reprovado sem. diraito aos títulos das _faculdades, pas~rão
no tot.alrdade ou em uma ou em mats cadeiras por tres exames, um theonco, outro prattco e
só poderá ser ãdrniUido t1 novas provas na se: um de defesa de theses.
guinte época de exames. O primeiro versará sobre a anatom\a descri-
. ~~ , ptiva e topographica, pbysiologia, operações,
~S GB.AUS CONFBIUDOS PJ!L.I.S FACOLDADES materia mediC:\ e therapeulfca.
O segundo versará sobre clinica medica, ci·
Arl. li.Sl. A,~~lumn~ que tiver sido approva- ru.rgica e obstetriea. ·
do em todas ns :0110 .ser1es de exames, será col- o terceiro consistirá em uma these sobre o
lado o grau e passada a carta de bacharel em assumpto escolhido pelo candidato.
medicina, assim tambem o alumno que .tiver Art. 503. Os exames serão · feitOs sob a·pre-
concluído o curso pharmaceutico receberá o sidencia do director, perante uma· com.inissão
grau e terá :1 carta de bacharel em pharmacia e de tres membros designada pela congregação,
em sciencias physicas e natur~es. menos qnando se tratar.de:sustentação:de thesg.
- ~ 101-
de que a commissãa será de cinco membros Art. ãf.3. Aos candidatos ao grau de doutor,
eleita pelo mesmo modo. . que.forem approvados, se passará carta como
'Não se admittirá exame feito medinnte inter- aos alumnos das faculdades . Para os outros ·será
prete, não sendo os lentes obrigados a examinar sufficíente apostillar as cartas ou diplomas por
em lingua em cuja pratica não sejam versa· elles apresentados, segundo as fórmulas mar·
dos. cadM no regulamento especial das faculdades.
Art. 504. Nenhum doutor ou bacharel em Quer a carta, quer a apostitla serão registradas
medicina ou pharmacia por instituições medicas no livro competente, e ambas ficam sujeitas ao
estrangeiras poderá assignar, annuneiar ou pagamento dos mesmos direitos, a que estão
dizer-se formado pelas faculdades do Imperio, obrigados os filhos das faculdades pelas cartas
sem que para isso faça todos os exames exigidos que lhes são passadas. .
aos estudantes graduados nas mesmas faculda- Art. 5H,. Tanto no caso de approvação como
des .. Na falta de obediencia destas disposições, no de reprovação, o director da faculdade pas-
as faculdades officiarão á junta de hygiene, na sará immediatamente ao da outra o occorrido,
côrte, e nas provincü1s ás suas delegaci(ls para para seu conhecimento e observação do disposto
comminar-lhes as penas do art. 30i do codigo no art. 5H.
criminal. Art. 5f.5 , Os lentes effectivos ou jubilados de
Art. 505. Os pharmaceuticos estrangeiros instituições medicas estrangeiras, reconhecidas
passarão igualmente por dous exames, um pelos respectivos governos, poderão exerce r
theorico e outro pratico : as suas profissões, independente de exame e
O L o versará sobre chimica mineral, organica pagamento de quaesquer direitos, comtanto que
e biologica, botanica, zoologia, mataria medica justifiquem perante qualquer das faculdades d ()
e toxicologia. Imperio aquella circumstancia, por meio d e
O 2.• versará sobre pharmacia pratica e outras certidões dos agentes diplomaticos, e na falt
preparações designadas pela commissão exami- destes dos consules brazileiros do paiz em qua
nadora, que será em numero de tres lentes tiverem leccionado. &
nomeados pela congregação e presididos pelo Art. 5!6. Admittida pela congregação a jus-
director. tificação do artigo antecedente, que será ·acom-
. Art. 506. Para as parteiras se exigirão dous panhada do de identidade de pessoa, o director
exames, theorico e pratico. fará passar-lhe um titulo em que declare o re-
O V versará sobre botanica elementar e conhecimento da mesmn congregação e a li-
pharmacologia, anatomia e physiologia em suas cença que é concedida ao pretendente para
applicações á obstetrícia. exercer a medicina no Imperio, segundo a fQr·
O 2. o versará sobre obstetrícia propriamente mula marcada na ultima parte do art. f:SI.3. ·
dita e operações respectivas sobre o manequim Regulamento para a escola nor•
ou cadaver. 10al JD.ixta de instrueção pri·
Art. 507. Os exames serão feitos segundo as maria e seeundaria do IDnnicl·
regras prescriptas para os de pharmaceuticos, pio da cõJ.•tes a que se r.,t"ere o
quanto ao numero de lentes. decreto desta data.
· Art. 508. Os cirurgiões dentistas, que se qui.
zerem habilitar, afim de exercer a sua pro- CAPITULO I.
fissão, passarão por dous exames :
DO ENSINO NORMAL
O i. • versará sobre anatomia, physiologia,
histologia, pathologia, e hygiene em suas appli- Art. f. o O ensino na Escola Normal do .mu-
cações á arte dentaria. nicípio da .côrte serâ gratuito e comprehenderá
O ~.o versará sobre operações e prothese den- . as seguintes cadeiras : ·
taria. · Portuguez.
Art. 509. Os individuÓs comprehendidos nos Lingua nacional.
. artigos antecedentes pagarão previamente por · Latim .
cada materia de exame tanto quanto pagarem os Francez .
alumnos da faculdade. Italiano.
Art. ií!O. Além 4as la.xas a. que se refere o : Inglez.
artigo acima, os examinandos deverão entregar ' Allemão.
ao secretario da faculdade a quantia de 50/J para , Aritllmetica, alg.ebra e geometria . .
serem app!Icados ao melhoramenio dos inslitu- ' .Metrologia e escripturação mercantil.
tos praticos, sem prejuizo dos posteriores di- : ·G eogr.aphia e cosmographia.
reitos do thesouro e da junta de hygiene na • Historia universal. ·
côrte e delegacias da mesma na Bahia. : Historia e geogra;Phi:a do Brazíl ..
Elementos de physica, chimi.ca, g6ologill e
Ar.t. 5H. Os que forem reprovados perderão - .nüner.alogia. . ·
as quantias que tiverem pago, e além disto só Ele~entos de botanica, z.oologia, pbysiolog.ia
,poder-ão ser admittidos a novo exame depois de '.e hy~1ene.
decorrido o prazo marcado 'pelos .examinadores Phiiosophia.
no termo da reprovaçãCil.. · Rbe-toriea..
Art. õi2. Ds ;(Jand·idates, apez'a!l' de 11epr-ovados ,Princípios de tdireltp naJurrtl e de .flrelto Jl.U.·
por mais de uma vez, poderão ser admit.tidos a bllco.
no"M:exa-me sempre :qu~ o re.queina~ pagando Princípios de eco,nomia social.
as taxas-já indicadas. Princípios de ecoJlomla dQme.$.tiC.a.
Cfrnara aos Dep<.laaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:16 - Pêgina41 de 49
-102-
-Pedagogia e pratica do ensino pr!mario em ín~bido pelo tempo de dons annos de se ma-
:,._ger~l..=-= '===-=="--=~-;,=-"'-~= ~.1rlcnlar.o~u,pre.sta~exame .em,4!U.aliT!ler~dQs,es:-===
Pratica do ensino intuitivo ou lições de tabelecímentos de instru~o seeúndãria ou su-
cousas. perior. · · · · . . ·
Principieis de lavoura e horticultura. . · § ~ . • Verificando-se qualquer das hypotheses·
Instrocção religiosa. · previstas nos dous paragraphos antecedentes, o
Para o ensino de cada uma destas. ma terias aireetor da escola dará eonhecimento·do facto ao
haverá um professor e um substituto. governo e ao inspector geral da instrucção
Art. 2. • Além das materias mencionadas no primaria e secundaria.
artigo autecedl)nte comprehenderá o ensino nor-
mal as ltegnintes disciplinas: CAPITULO m
c~lligraphia e desenho linear. DOS EXA.."Y!ES
~usiea vocal. ·
Gyriinaslica. Art. :1.• As materias e disciplinas mencio-
Prr.tica manual de officios. nadas nos arts. :L • e 2.• constituem objecto de
Trabalhos de agulha. 9 series de exames. ·
Cada uma das duas primeiras disciplinas fi·
r-ará a cargo de um mestre; p:1ra o ensino de gym· i. • sarie
nasti~ haverá U"!ll mestre e u'!la mestra ~ para Portugu.ez .-Leitura, orthogrnphia, regras de
a prattca de ommos um .ou ma1s mestres , para le:ricologi~ e syntaxe.
os trabalhos de agulha doas mestras. Geograp/Ua.-Parte physiea : noções geraes.
----fJas-instrippoerdnnamcuCa- e d~e:r:u;me-- ·-ArithJiietir1a. Até -propofçoes Juclustve. - --
Art. 3." No dia 1.• de Março de cada auno ~.· serie
abrir-se· ha na secretaria da escola a inscripção
de 'matricula, e nos dias !1> de Fovereiro e 11> de Portuguez .- Analyse grammatical de prosa-
Novembro as iuscripções para exames, encer- dores e poetas. . ·
rando·se aquella no dia 14 e estas no ultimo dia Latim.-Grammatica elementar, themas, 1et-
dos referidos mezes. tura e tr:~ducção de pros.1 dores faceis.
Art. ~ . • Para a inscripção de matricula ou de Francez.-Leitura, grammatica e tbemas.
exame requer-se : Geo_qraphia.-Parte politica: noções geraes.
Aritltmetica.-.A..té Iogarithmos.
L• Certidão de idade ou documento equiva- Metrologia.
lente, por onde se prove que o candidato tem
16 annos sendo do sexo m3sculino e i1S pelo 3.a serie
reenos sendo do sexo. feminino ; Portu.quez.-Analyse logica e etymologica de
2.• Mostrar-se habilitado por meio de exame e poetas cl:~ssicos; exercícios de re~
em leitura, escripta, princípios de grammatica, prosadores
arithmetiea até rracções inclusive, e elementos dacçiio . .,
.Latim.-Regras de lexicologia e syntaxe, the-
de ·geographia; ou nas materias·que antecedem mas. versão de prosad1.1res latinos de mediana
a serie em quo pretender matricular-se, ou ser difficuldade.
examinado na !órma do art. 5.• principio e § § Francez.-Regras de lexicologia e syntaxe,
L • e st.•
O exame ·de habilitação para a inscripção de versão de prosadores !aceis.
Geogra.phia.-Estudo desenvolvido.
matricula ou de exame nas ma terias da i. • .A.lgebra.-Noções.
serie não é e.xigido dos professores e adjuntos das Geometria.-Noções.
escolas publicas primarias, assim como dos in- Escripturação mm:antil.
divíduos que tiverem approvação de todas as
disciplinas que constituem o programma das 4.• serie
escolas do L • grau.
§ L 0 Os que r~quererem exames livres de- Latím.-Versão da prosadores e poetas clns-
veriio ainda provar a identidade de pessoa por sicos loltinos e portugnezes; medição de versos.
meio de attestação de algum dos professores da Francez.-Anaiyse, versão de prosadores e
~scola ou de duas pessoas conceituadas resi- poe~s francezes e portnguezes, conversação.
dentes no mu.nicipio da cõrte. Italia1w.-Leitura, grammatíca, themas.
§ 2. •,A falsidade da attestação sujeita aquelle Algebra.-Até equações do i.0 gran.
que a. ãssignou, _assim como 'o individuo que Geometria plana. . .
com ella se liver" apresentado a exame, ás penas .Physioa e chimica.-Noções geraes.
do art. 3()1. do Codigo Criminal. 5.• serie
§3.•.0 icandidato em nome de quem e com
cnJC consentimento algum outro individuo hou- Italiano.-Analyse, . versão de prosadores e
ver obtido inscripção ou feito exame perderâ poetas italianos e portnguezes. · ... ·
es!e e todos os mais exames prestados até In.qlez.-Leitura, grammatica, themas, versão
11qnella data. de prosadores laceis. ·
§ 11. ~ · E~ nulla a illileripção de matricula ou de Historie- anti_qa e média.
·exame feita com documento falso, assim como Algebra.-Até equações do ~. 0 grau.
I.Odos os actos que a ella se seguirem, e o can. Geometria no espaço.
didato que por esse meio a pretender ou obtiver M!_Mralo.qia, geolqgia, botanica ·e ZOQlogia..-
fica sujeito à penalidade estabelecida no § ~. •, e No~oes.
C~ ara dos Oepltados · lm(l'"esso em 2710112015 16: 16 · Página42 de 49
~- i03 --:-
:::.:..--:Pêãfiôõ,qia; .:.;..prffieipliis ~gerães-=-oo.e""· eíinã·ceãcr -=-'"'§'Y.~"'Os=-·individuos ·•~que . :se ":·uestin:arem=ao=-~
physica, 'mtellectual mornl e civil. · • magisterio $ecundariC> deverão {'restar exame
' · - · de todas as materias exigidas para o magisterlo
6. ~ serie primario e mais da linglia ou sciencla que pre-
· In_qlez.-Regr:ls ·de lexicologia e syntaxe, tenderem leecion.ar. · . ·
§ ·3. • ú exame de instruc!iào religiosa ·não é
versão de prosadores e -poetas inglezes e portu~ obrigatorio .para os acatholicos.
gnezes, analyse e con-versação. Art: 6. 0 Os exames começarão nos dias 3 de
Allemão.-Leitura,grammatica,themas,versão :Março e 3 de Dezembro e constarão de uma
de prosadores faceis. prova esr.ri11ta, um:~ oral· e outra pratica, . ares- ·
Historia moderna e contemporanea. peito de cada uma das quaes se observa~a o Q'!le
Historia c _qeograpkia do Brazil. · se acha estabelecido para os exames do 1mpe~•nl
-Physiolo_qirs e /~ygiene.-Principios. collegio de Pedro li e fôr determinado nas ID·
PhilosopÍtia. - Princípios fundamentaes de slrucções que o governo expedir. ..
psychologin, logica, theodicea a moral. · Art. 7. • Os exames serão prestados por mate·
P~,qo,gia .-Me~bodologia geral; exercícios rtas e nenhum alumno será a.dm.ittido a exame
prattcos nas escolas annexas. . das matarias comprehen!lidas em qualquer das
7.a serie oito primeiras series sem mostrar-se approvndo
nas que compoem ll serie immediatamente an-
Allemão.- Regras .de lexicologia e syntaxe, terior, salvas as disposições dos~ L• e 2. • do
-versia-de-pros;rdures-e-poetas-al-tenm ~der.t;--purém:;-mrmamm"'éiToca pt es-
guezes, analyse, con-versação. tAr exame de duas ou mais series consecutivas,
Cosmognzpllia.- Noções. assim como em qualquer tempo ser e-xami'!lado
Lavoura e horticultura.- Princípios . . nas matarias que constituem 3S duas ult1mas
Philaso-pllia. -Estudo desenvol-vido de cada series. . ·
nma de suas partes, phases principaes da histo· . Aos indivíduos matriculados nu escola é ga·
ria pbilosophiea. .rantida a precedencia oos exames.
Pedagogia.-"Mcthodologia especinl; exercícios
praUcos nas escolas an.nexas. DO REGlliiEN D.AS A.ULAS
-104-
,~:t~i~~;~~f:-~~a:!~~~~~I~ s~~~1~~~: e~veO' ~F!:nl~e~-~o ~~n~:nd~o~:~~~oig~~r;t~n~~=-
2L Os protessores- e substitutos são obri· fectivo.
Art.
gados a P!estar as inform~ções, dar os P?rece:es Art. 3L Os professores e substi\utos goza-
e conf~cciOnar os trabalhos ~o~re ma ter.~ de 1n• rt'io dos direitos e vantagens especificados nos
Slr!fcçao, que lhes ~llrem e:ugJdos pelo governo, arts. 24. e 26 a 32 do regulamento de i7 de
-<ISSim como pelo mspector geral ou conselho Fevereiro de !854.
dlrector da instrucção publica. A 3~ s- . · -
Art. 22. o governo poderá, sempre que _rt. ~- ao. apphcave.Is a~s- mesmos pro·
julgar conveniente, designar professores e sub· fes~ores e substitutos as d!sposiçoes dos arts ..i~,
stitutos da escola normal, p_ara, juntamente ultima parte, 82, U5 a H9 e !2(1, a i3i ào ctta-
com os inspectores de districto, desempenha· do re~ulamento. . .
rem as obrigoções de que trata o art. '1. o Terao tambem todas as- vantag-ens e dtreitos
do decreto n. 1331 A, de 17 de Fevereiro de <!e que gozam os professores i. dO collegio de
!856.. · Pedro li. ~
Art. ~3. Os professores e substitutos que
leccionarem as materias exigidas como pre- DOS CONCURSOS PARA. OS LOGABES DE PROFESSORES-
paratorios para a matricula nos cursos de
ensino superior accumularüo as f•1ncções de ,
examinadores geraes das mesmas materi~e
E SUBSTlTUTOS [
--
Art. 33. Aos concursos para provimento dos
além da prohibiçao do art. 20, não poderão logar<!s-de-professores e-subsri:tUtOs precedel'll:ll-
exercer qualquer outro Jogar -do magisterio cumprimento das disposições dos arts. l2 a f.5,
official. 17, 18 e ~O do regulamento que baixou. com o
Art. ~r.. Aos mesmos professores e substi- decreto n. 133! A, de i7 de Fevereiro de tS51J._
tutos incumbe organizar, com o concurso do Art. 37. O concurso constará de quatro
director, as bases do regulamento que se de- provas:
verá observar nos exames gernes de prepara- L• De these.
torios, as quaes, com o parecer do conselho V Escripta.
director, que poderá propor as modificações que 3.~ Ornl.
entender, serão submettidas á approvação do ~- • Pratica.
govl'i·no.
Ar-t. ~5. Os professores terão n seu cargo não se Aacha respeito dessas provas se observará o que
estabelecido para os concursos no colle-
só o ~nsino como a manutenção da ordem e dis- gio de Pedro ll.
cipro.a nas respectivas aulas.
Art. ~6. A cada .um dos substitutos in- Art. fl7. A prova pratica será prestada em uma
cumbe : das escolas annexas designada pela commissão
L •, substituir o professor nas suas falt:ls e
julgadora e consistirá para cada candidato na
di_re~ção da mesma escola, em presenç:~ da'com-
impedimentos ; mlssao, por espaço de uma hora. ··
2. ", apresentar-se no estabelecimento nos dias
e horas que forem marcados, afim de esclarecer DA CONGREGAÇÃO
os alumnos sobre suas duvidas e sobre a intelli-
gencia das lições dos professores ; Art. 53 . Os professores da escola se congre-
3. •, servir de proressor supplementar quando, garão sob a presidencia do director:
em consequencia do grande numero de alumnos, i .o Para organizar os programmas do ensino
fôr necessario dividir a aula. e dos exames do curso, submettendo,os á appro-
Art. 27-. Aos substitutos, sempre que exer· vação do ministro e secretario de- estado dos
eerem as funcções de professores, assistem os negocios do imperio; revel-os annualmente e
mes_mos devores que a estes nas aulas, congre- indicar às obras que devem ser adaptadas no
gaçoes e exames. ensino primaria e nornal, ouvindo os mestres
Art. 28. O substituto que fizer as vezes do e mestras nos assumptos de sua competencia. -
professor, por faltas repentinas ou accidentaes ~-o Para julgar os concursos dos candidatos
deste, perceberá mais o que houver de perder o ao magisterio na mesma escola e nas escolas
substituído, e, quando as faltas excederem a 30 ~ublicas primarias.
dias, terá (I direito a vencimentos correspon-
dentes aos elo mesmo professor. 3." Para julgar definitivamente dos exames
prestados na escola. .
Art. .2.2: o·stilistituto qu.e·servir de professor
su.pplementar· perceberá a gratificação addicio- 4.. • Para eleger, no fim de cada anno, dentre
nal de !005 durante o tempo de exercício. os professores da escola, um que faç3. o relatorio
escripto dos successos mais notaveis do anno
Art. 30. Os professilres que contarem 10 an- leetivo e das condições do ensino em cada uma
nos-.de s~rviço effeetivo 'e se distinguirem no das disciplinas do curso. Esse relatorio, depois
mag1ster10 por sua reconhecida profieiencia e de approvado pela congregação, será remettido
zelo. no desempenho de -seus deveres, -ou escre- ao governo.
verem algum compendio, tratado. ou obra consi-
d~rada de ~tilidnde ao ensino llelo conselho 5. o Para propor ao· governo os melhoramen •
d1rector da mstruccão publica, terão- direito a tos que convier introduzir no ensino das escolas
uma gratificação.addicional correspondente H.a normaes ou das escolas publioas primarias.
p~e dos ·seus -venc~entos, a qual .sera eleva- 6.• Para julgar, com recurso para o· conselho
da a 3.• parte e á metade destes para os que, director da instrucç.io publica, os delictos dos
C~ ara dos Oepltados · lm(l'"esso em 2710112015 16: 16 · Página44 de 49
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professores e mestres, quando houver denuncia l Os que obtiverem approvação nas materias
--cu- qu.:.ndo"'"' o"respect!vo .cdirectcr..ez·offi.cin. .in •.f"· exigidas.no.§ .2..."'- do cmesm o-.arligoJJeceberão_di""·"
staur~r- o processo,no qual se observarão as for'· plomas qU:e os habilitarão e l ~. es darão p:·efe·
malidades estabelecidas no regulamento que rencla, em igualdade de circumstaneiar., para
baixo:u com o decreto n. f35t A, de i7 de Feve- 05 Jogares do magisterio primario e para o lle
reiro de 18lil!., professor da língua ou sciencia que tiverem
7. • Para assistir a to<los os actos solemnes da estudado na escola.
escola. .DISPOSIÇÕI!S GERAES
~-
~·,__ ____
Càna ra dos Depli:ados +Impre sso em 27/01/2015 16: 16+ Pág ina 4 5 de 49
....,
c amara do s DepLtados - lml)"esso em 27/0112015 16: 16· Pág ina 46 re 49
SESSÃO EM 25 DE NOVEMBRO
. DE 1880 .
VIDE PAG. 328 DO TOMO Vl
·o Sr. Sergio de Castro:- Sou Senhores, legem habemt4& •._ A lei de !873
chamado á tribuna, não tanto pelo meu dever de (note-se que não P. um simples dccrel{) do poder
representante da nação, como principalmente executivo) á clarissima a respeito do objecto
pelo dever de representante da provlnci:t do em questão. Eu peço licença á camara para ler
Paraná. o q_ue dispõe o §L" do art. i." dessa lei. (Lê.)
Tendo sido enterreirada nesta augusta camara Qual_ a e~~clusão ~vidente e infontestavel
uma discussio imJ?ortante sobre 0 modo como desta dispostçao da lei, senhores! E que, para
foi _resolvida, pelo dlustre Sr. ministro da agri- o governo contratar a eon~tr_ucoao de uma ~
culturll, a reclamação do rapresentante da com- tr:ada de r~r~o. ~uas condiçoes s~ tornam m-
panbia de caminhos de ferro brazileiros, quanto dispensavets . l. ' .que a comp~nhta demon~tre
á execução do contrato firmado pelo antecessor que ~a estrada de fer~o, que se . propoe a
de s. Ex., 0 meu silencio seria injustificavel. eon,stru!-I', . ha de produzir ne~essar1amente a
Respeito a opinião do nobre' ministro no aviso r,,p.da liqUida ~e '%
sobr~ o CaJ?Ital empregado;
-·que ·expedi o., mas-·S: -Ex:-ha-de- permittir--tJ-ue- ~=--!--ll!_e ~Juros. de- 7 ~ .s~Jam gar~ntldos!..
não me conforme com ella. Não é neeessario par; os siilire . o cap1tal de_finlllvamente empr~·
conhecer perfeitamente as melhores praticas go· ga~o na COD:S~ncção. (Apoiado$.) Ora,nem a prt· ·
vernamentaes para saber que entre os minis· mem1 condi~O, nem a se:m.nda fo r:tm denda-
terlos que se succedem a· solidariedade é um mente r~S{leJcadas pel~ dJgno antecessor 40
principio impre~eindivel para a boa d.írecção dos n~bre mmistro da agricultura .. A co!I'panbia
negocias publieos ; mas esse principio não deve nao provon perante o governo tmpern~J que.a
ser entendido a ponto de um ministerio, só mente estrada de. Cer~o, gu~ se propunha !l ~onstrwr
por amor da solidariedade governamental, sus- ent~e Pnranagua e C<!rttrba, pro~mma nece_:;-
tentar um acto que é evidentemente um erro da sarJamente n renda liqUida ~e li ; ., nem. ~ao
administração passada pouco n_o contrato respe~ttvo ficou. expltmto
. . · . _ · que os Jnros de 7 °/o ser1am garantidos sobre
Apoter com toda a ded1caça.o e lealdade, _pro- o capital empregado n:t construcção da estrada,
Erias do. meu C?aracler (apott~do$), o gabmete o que aliás me parece inutíl á -vista da disposi- .
<> de_Ian~uo: ~ ~I, durante ? tempo e!? que es28 ção clara da lei.
min1steno ~lflgiu .os ~eg?c1os do pa1z. eu ~ao E' um facto que eu não posso deixar de
me apresse} em Vlr a tnbun~ para d~scutir o respeitar, curvando, com pezar, a minha
contrato f~~~~ com a comp~nh1a de ca_mm~os de cabeça diante delle. o contrato está feito com a
ferro brazil~Iros, esta~Jec1da em Panz! for PO_!'· companhia e a estrada de. ferro entre Paranaguá
q~e a questall, _que ul!Jmame~te se a~ptou, nao e Coritiba, dentro em tres annos talvez, será
fo1 e nem podia ter stdo traztda ao seio do par- uma realidade. Mas, senhores, si com me·
_la~ento. lhores dados, fornecidos por profissionaes in-.
Eu entendo. que o deputado que apoia o go- suspeitos, fóra de toda a duvida se demonstrou
·verno, wr maior que seja a sua dedicação, e que essa estrada de ferro não podia produzir
tam.bem por maior qile seja ·a sua sinceridade mais de~ •;. de renda liquida, pergo.nto eu ao
nesse apoio, não está adstricto a ~pplaudir nobre ministro: qual é o juro qo.e garante o
todos os aetos desse governo, quando' niio gov~rno sobre o capital empregado nessa. es-
implicam ·questões de confiança· politica, por trada '1 E' porventura o juro de 7 °/o, deter-
concernirem propriamente ã administração. E, minadn na·lei de t.8731 Por certo que não. Será
a pensar-se de mod~ dive.rso, perguntarei eu á mais do que o dobro, porque,. si a companhia
eamara dos Srs. deputados : a que tristissimas calculou. empiegar -capitaes muito ãquem dã-
coridições_llell reduzido o parlamento Y · · -~-- · -quelle que está fixado no contrato, e si a estrada
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 2710112015 16:16· Página 47 ae 49
- 109 -:-
,.,no.~moil(\,~mô=.e~t:i,l;en_do~on!':~l':.l.l.ida~,esJr~d~.=l:eOQJPanhla_~~n.cluir.,a,~eon~t~nççã~-,",da:-~~~A~
ll3. qual indubitavelmente será empregado o mediante o ordenado prefixo de ~:000~ e uma
capital garantido si a companhia ·não puderes- porcentagem avultad8 sobre a . economia qu.e
~var-se ao cnmprimento das suas obrigações. fizesse no dispendio dos ouze mil e tantos
.Não vacille, pois, S. Ex. no emprego dessa zqe- contos, capital garantido p.elo governo. Conse-
dida, e a sua responsabilidade seci salva, fican- quentemente, quanto maior fõr a economia que
do de al[nma sorte auenuado o erro do seu esse engenheiro ftzer, tanto Iilaivr será a sua
honrado antecessor, cujas boas mtençoes abas porcentagem.
jámais porei em duvida. · · V.uuos SRS. DEPUTADOS:- E o engenheiro
O Sn. F11Err:As COUTINHO :-V. Ex. está eon- fiscal do governo 1 ·
vencido de que são necessarios os H .500; 0006 't · O SR. SERGIO DE Cksorao:~Os nobres deputa-
O S:R. SERGIO DE CA.STBO :-Já disse que não dos. n~o devial}l um s? .~omento suppor que eu
se despeuderá·nem a metade si não bouver fis- oml}tlSSe a mmha opmm.osobre este ponto . .
ealisação rigorosa. V.t.mos Sas. DEPOTA.oos:-Sem duvida .
. Sr. -presidente, á p~imeira vista ~rece que o Sll. SERGIO DE CA.STR0:-0 engenheiro fiscal
H.líOO:OO~~ é quantia extraordlnam para a do governo, que para mim representa um nom~
eonst.rucçao de uma estrada de ferro de b1tol~ sympatbico por innuweros motivos, não póde
estrena, com 20 lepuas de percu~so ; mas,. Sl estar simultaneamente em todos os logares onde
essa estrada necessitar de obras de arte de maJor ~e trabalha na estrada . · ·
impottaneia e diiHcil execução · · ~~
serra.do Ear, os H.500:000;) hão de ser empre- .n tqm a e não averia fisca11saçao posstvel.
der uma serra, tão alta e alcantil~da como a b. .d· d h ~-:---> •. •v.·' -"" 1"~.""'u a -
gados, desde que baja fiscalisação severa, para (Apartes.) . . . .
a perfeição das obras. (Apoiados.) O SR. SERGIO .DE CAsno:-Pedrreuo nobre de-
. putado que · me aponte um exemplo de um
. O Sn.; FREirAs CoUT!NHO:- Quonto .se tem engenheiro fiscal sem ajudante para inspeccio-
dJspendido até agora, V. Ex. ·sabe T nar os trabalhos de uma estrada de ferro .de
ú 'SR. SERGIO ·DE CàsTRO: -Sr. presidente, a iO le.,au:~s de extensão_ (Apartes.)
eolistrncção da estrad11 está sendo feita de um Senhores, o engenheJrO fiscal do governo
modo que, em vez de trazer· para a provincia é um moço novo, ·que ba pouco tempo
engrandecimento, .progresso e prosperidade, ao deixou os bancos da academia . ..Acredito que
contrario Lem .produzido no espirito· publico de este funccionario pUblico. podia desempenhar ..
nina das províncias mais esperançosas e flores- perfeitamente a sua couunissão si tivesse pelo •·
centes do Imperio do Braiil a desconfiança e o menos um auxiliar; mas os nobres deputados
desanimo. desconbecem o facto ·de achar·se aetulllmente
.Mas porque, senhores~ Porque em toda a elle só em uma commissão tão importante.
--P.arJe,~nã.o_s_ó_em_nosso paiz. epmo no estran- -O..SR.........dBBEILE.SlL.v..A....~O_go:v.emo_nã.o_tem__
geuo, sempre ~ue ~ oonst~oe uma estrad~ de dado auxiliares aos engenheiros fiscaes de ou·
ferro,o commercw.as m~ustnas e·~ lavoura cnam tras erriprezas. ( Não apoiados. )
vida nova; e todos ·se Julgam fehzes, contando 0 Sn · "FBEI'l'AS CoUTINHO . _ ~ccnse fra ca.
co.m o~ grandes recursos que acompanham o 0
. .3 · ·d .n
primetro tnstrumento do progresso moral e ma· mente .,overno ' e conclusão as prem1ssa s
terial das nações .civilisadas. que estabeleeeu. (Apartes • .) . . .
A cidade do Paranaguá, por exemplo, por onde O SR. BuARQUB OE MA~liDO ( mmisl!o d4 agrt·
ha pouco tempo passou o meu nobre amigo, de· cultura. ) : - O engenherro .fiscal nao cumpre
pntado ultimamente eleilo pelo Rio Grande do com os. seus dev:eres?
Sul, apresenta um aspecto melancolieo e desa· O Sn. SERGIO DE C...Srno :-Si eu não respondi
riimador. :Parece que .nlli não se constroe uma aos nobres deputados qneme"estão dando apar-
e5trada de· ferro: o commercio está decadente, tes, como hei de responder a v. Ex. 't
as industrias O::ão se.· desenvolvem e a :pequena o SR. BtrAIIQUll DE!IA.cEoo (ministro da a_qri-
Invou~ cruza os braços. Qua! a ~usa, poré~, cultura) : -Quero s(lr -esclarecido por v. Ex..,
des5;e stngular espectaculo 'f. E a Mta de dt- porqne o engenheiro fiscal manda dizer que
nhe1ro, quando se ~~perava que algum~s cente- tudo vai regularmente. ' _
nas de contos de re1s entras$em em cuculaçiío. · . _
.As economias da empreza são tão ridículas, _O SR. SERGio DE CASTRo:- Essa mformaçao
qne.j~ é raro ·· apparecer quem queira ter ne- nao é ex.,cta. . . . .
---goeios-com-ella-,-segundo..me-in.formam pessoas . . Assegur? _:J ~: .Ex.· ~..!._fi_Weza da ~rnh.L.
iDcapaz.es ·de adulterar a verdade. pa~avra. 9ue essa tnfor.lll:lçao nao e exacta , tudo
. . . va1 :PeSSimamente. .( .Apartu,. ,)
. ~SR. F.Rarus. OllTINHO~~~sso -e uma ·acen- . Eu.direi a V. Ex. com a franqueia -pro rla
C
~çao ao engenhetro fiscaL . ..; d" meu caractér·que, si-o engenheiro fiscal Seu
·O811. SBBGIOIDE CASTIIO:-Nao é uma censura semelhante infor-mação V. Ex. deve demittil-o.
ao engenheiro fisc~L Em todas .as estrada~ de . . . . .. . - ' . ·- . . _
fer.ro, cujo ·capital é garantido :pelo governo, as · O SR. ABRBUE SILVA .. Esta decla1aç_ao ra,z :
companhias :têOl .0 .seu ·engenbeiro·em .chefe .e honra ao caracter do nobre depntado.(.Apot~os_.) ·
Q governo ·o ·sen ·eugenbeiro .fi~t. O •en~e· ~ O SR. ·SDGIO DE CAsrllo:-:E ·t.,l}to tud? va1 :Pe~
riheiro em chefe :da >estrada de .P~ranag.o.a ;a sunamenteoque .a. este·respetto .nao ha :diver~en
Co~iti.ba, o .Sr. 'Farrucei ~menciono:este facto .par cias entre ':!S dous ·.pa_r.~idos :que ;se ;,abatiam·
ser de notoriedadepuhlica)>r.onvencionou·eom;a quanto ~ao .ponto .de .part.tda .dJ.,e:>trada. . ·.. ·.·
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 16: 16- Página49 de 49
..;_ :110 -
~- . Q~~<!.~ n_<: .es~i~ito ~-publico_ .do Pm_
ná ge-_J_cl,irigiss~_ao _~~-~IIlinist~:o_QueJez_o contrato ..com
---rou-se"a·tdéa~gl'and tos~-u~ uma estrada de ferro· a companbia- 1kearíi1iinos -de·rerro brazileiros
~ue commu!llcasse o httoral com o centro pro- fundada em Pariz. '
uctor _da proviD:cio, doas opiniões appare?eram o Sn. B!JABQUE DE MACEDO (ministro dâ 4 ri-
~medla~mente. uma, pa~ que a estrad,• par- cultura) da um aparte. 9 ·
t1sse da c1dad~ de Parana~a; ontra, para que o ~ .. , .
ponto de part1da fo~e a c1dade de Antonina. O :sn. SBncio DE L;A.STRO:-Nos o ouvimos.
Poí ~ bem; boje,..esses dou 5 partidos 11~" ?JOCe i bem nesses
clamam que o estrada está sendo tiÍo mal con: termos.
~truida, que só produzirã res~ltados negntivos. O Stt . .Bu..RQUE DE MACEDO (ministro da agri·
O Sn. ABREU E SlLVA.-Dá um apa~te. cultura):-Eu disse que elle tinha cora,.,em de
OSR .SERGIO DE CASTRo:-Julgo-me dispensado accusar si julgasse necessario. "'
de declarar á augusta eamara dos Srs. deputados O Sn. SBRGIO DE CASTnO:-Todos conhecem a
que tenho a precisa coragem para dizer ao gover- esmerado. cortezin com que o nobre ministro trata
no que demitla o filh.o do nobre senador o Sr. os mllmbros desta camara, mas sn:~s palavras,
Christiano Ottoni. Respeito e admiro os talentos não faltando n essa eortezia, encerraram o pen-
e illustração desse illustre cidadão, mns não me sarnento que exponho.
faltam, coragem e patriotismo para cumprir o o Stt. BuAnQtm DE hlAc&oo (ministro da agri-
meu dever. (Muito bem.) E quande me faltassem cultura,) dá um aparte.
a cora~em e o patriotismo necessarios para com 0 Sn. SERGIO DE CAsTno: Mas esse incid.~
_lealdade e nltiyez cumprir os meus.:d~.er-es-4
representante da na·ção, eu resignaria esta ca- n re o onra o· ministro e o nobre deputado
deira que não linha sabido llonrur, (Muito bem.) pelo Rio de Janeiro, em causa alguma aproveita
0 Sn. MARCOLINO MOURA E OUTROS SRS. DEPU· a questão. (ÁJJOiadoS.)
TADOS:-Que tem honrado sempre e brilhante- .o Sn. FnEttAS Cou'riNHo:-Nem cousn alguma
mente. (Apoiado$.) poda concorrer para modificar as nossas relações
O Sn. SERGIO DE CA.sxl\o : - 1\iinistrando ao que continuam inalteraveis.
nobre m_inistro u~a informação inexaetll, 0 Sr. O Sn. SEUGIO DE CASTRO:- Concluindo as
engenhe1ro Ottou1 mostra-se po uco solicito no minh.as observnções, n que não procurei dar a
desempenho das obrigações do cargo que occu- fórma de discurso. .. .
p9, e deve ser demitlido si não puder provar Os SRs. CBSAllro ALVllll E VALLA»Am:s:- Mas
que sã_o infundadas as informações . que ora sahiu um discurso brilhante. (Apoiados.)
transmttto ao governo. O Sn. SERGIO DE CAsrno:-... vou dirirrir ao
O SR. F.aEITAS Commao :-As reclamações do nobre ministro da agricultura um pedido.
nobre deputado nãõ podem deixar de ser ouvi- Peço a _S. Ex.. que, desde que por força de
das pelo nobre ministro. circnm st3 nci~s imperiosissimas viu-se obrigado
-~O_Sn._StmGIO..DE..C.~sTRo-:--Sr-.--president~u~ a_sus~qw_o_cQm.pr.omisso..do_seu..digno.e hon·--
não desejo dirigir uma censura 30 nobre "ini· rado- :~ntecessor, esforce-se de b'ra em diante
nislro d:~ agricultura; está muito lon"e do meu p_ara qu~ nã.o fique est,_abelecido um precedente
pensamento semelhante int!mçiio. " tão pen~oso par-dos Interesses do nosso paiz.
Não me acho filiado á escola daqnelles que . Q~em firmar com o governa um contrato,que
batem .Pal~as a todos os actos do governo ou e lei para as portes contratantes, deve ser obri-
q!l~ o victortam sempr~ ; mas não seria eu quem gado n cumprfl-o ; :.o contrario mui iriio os ne-
vma cen~urnr no nobre ministro por um acto ~?cios_d~ ndminist~açfio publica, porque todos os
que ~ praticou na persuasão de que outro não aws o Interesse prmtdo, que é o maior ami n-o do
devia ser o seu procedimento. homem e o peior inimigo da sociedade, inven-
. Sinto immensD prazer, re~onhecendo os r ele- tar:í duvidas e reclnmaçlies, que, encontrando
vantes serviços prestados por s. E-:t.; desde 0 resistencia no governo, poderá talvez fazer
dia em q"!le Joi investido do cargo que exerce. br~cha n~s tríb~naes jn.diciaes, faceis de se
Por um ucto da sua adminístr:~çao, que me ·deixarem 11npresstonar pelas resoluções do poder
pare~ destoar de tantos outros que tenho ap- executivo. (Apoiados.)
plaudido; en não poderia, com justiça coudem- Senhores, 6 uma verdade incontrastavel que
~ar o nobre mini~tro, meu coreligiÓnario po- ~o. thesouro nacionnl não abunda numeraria su.f-
htico e me_u amigo. fi_Cl~nte para que o governo possa tomar n tnl-
Sr. ~presidente, eu poderia adduzir. muitas ~mtlVD de t_od~s os grandes emp~ehendimentos
_outras~r_a;ões p_ara,_á_nltima..ev.idencfn;-demons··· IIDJll'~sclndJ.v..er~_para..o.dest:m.o~t.mento..e...apr.o.-
tr~r a camara e convencer aos e~piritos mais vename~to d~s tmmensas riquezas naturaes, dos
eXIgentes que o nobre ministro, homologando 0 extra~rdtnanos elementos de prosperidade que
compromisso tomado pelo seu antecessor col· poss~tmos eomD nenhum outro paiz do mundo.
ioeou_-se em umn posição muitissimo dltllcu'; mas (Apotados ·) • • •. . ·· ·
S. Ex. mesmo, quando hontem respondeu ao Convem estii!J~ar . a ~mctativa particular~
ho~do .-.deputado pelo nto de Janeiro meu mas dentro dos hmttes do JUSto e do possível._
s.mtgo, oSr. Freitas t:outinho, lncu.mJJiu -se de... Entretanto •• - ~uidado, ~r .. Il_linistro da a&ri·
O Sa. F.!U.:rTAS CotmNBo dá um aparte cultu_ra, co~ o. ~nteresse md1vrdual; elle pode
o s 5· C . • ser tiio pre.1udrcml ao governo como á nos~a
. R. ll:RG~~ DE ASTRo:-- .• . resguar~ar a patr!a. Cuidado, Sr. ministro da agricultura!
sua responsabilidade, fazendo um appello a co- (Mu1to bem I ll1uito bem 1- Oorador é fel' itado
ragem daquelle nobre deputado para que se por muitos Srs. deputados.) lC
~. - · ·
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 16:17 - Pêgina 10 ae 15
Negocios de Minas
O Sr. éarlosAtf'onso :-Sr. pre- ram sem duvida 3 imprevidencia e fraqueza do·
sidente, como acabo de annunciar a v. Ex., procedimento do govémo ·com refereilc~a ·ao
pedi a palavra para sujeitar á consideração da magno problema da actualidade,. a reforma'
camara um requerimento destinado ao escla· eleiloral. Por um lado, reconhecendo .ostensi·
Ie.cimento de factos, sobre OS quaes se leván• vameote no senado O direito de. arcbivar, S8Ql
taram acerbas aceusações na outra casa do discutil-os, os projectris que porventura lhe
parlamento. Ellasse enuneiaram contra a as· fossem enviados desta camara sobre aqilelle
semblêa~ da minba provincia, de que tenho a assumpto, uma vez que foi o primeiro rejei~
honra de fazer parte, e contra um amigo a tado, o-que seria um attentado formal contra
quem prCifundamenle venero, e é com justiça a Constituição do Imperio (apoiados); contra
considerado por quantos o conhecem um ca· todos os prineipios mais fu.ndamentaes do sys·
racter exemplar, um modelo digno de trlplice tema representativo (apoiados); por outro lado,
imitação, como sacerdote, como cidadão e sim· fazendo depender a sua permanencia no poder
....Pies paz:tic_ulnr,__o_r_~_p_e_i!_~v_e_LSt:. __cc.neg,oJo.a.:_ ..AA ..iJ;n_Q,l~diata _ ad~pçlio &1 reforma,_ para .o. que
quim José de Sant'Anna. é ·essencial o concur;;o daqueJie ramo do poder
Refiro-me, Sr. presidente, ás palavras pro-. legislalivo, o gabinete impensad:~mente não só
feridas em uma das ultimas sessões do sena- .chamou o senado a exercer na suprema
do sobre a actual administração da província dlrecçii'o do paiz uma ascendencia, um predo·
de Minas, que grandemente me sorprendt~ -. minio,que por nenbum principio lhe eompete,
ram e magonram, já pela injusti~ e acrimo- como despertou em cada um de seus menibros
nia que encerravam, já por partirem de .doas a ou~da pretenção de dirigir o proprio go·
mineiros eminentes, os Srs. Rib:iro ·da Luz e verno a sen arbitrio c capricho. o sanada
·Cruz Machado. que bem al\o têm ~abido elevar usurpa nttrihuições que só pertencem ao
o nome de sua província, que por isso mesmo, poder legislativo em sna plenitude; snperin·
por uma solidariedade de honra, deviam ser os tende os actos· da administração em seus mais
primeiros a zelar suas outras glorias, e de insignificantes detalhes; nomeia e demine
qnem eu bem longe estava de espP.rar o triste autoridades policiaes, offieiaes da gnar:da na,
exemplo da paixão, dos rancores e objurgalo- cionnl, magistrados, funccionarios de . tQda.a .
rias partidarias. (Apoiados.) · especiee lenta reduzir osmiDistros ao in~lorio ·
Sr. presidente, a linguagem do discurso papel de meros instnmentos de suas 1d.éas, ·
proferido pelo honrado Sr. Ribeiro da Luz e seus planos c intAresses, que não raro são·
11io vivamente apoiado pelos repetidos apartes diametralmente oppostos áquelles que ao go-
_ d_o_QJ!lt.oJ.U.u.sJJ:.e_se.nador· mineirn,-assim-co ..z.einr e defender. .
o pensamento que o dictou e os fio.s que visa- Sr. presidente, si esta verd3de não estivesse ·
v a, só se podem explicar pelas tendencias avas· já solidnmente firmada na conscieneia publica, ·
salladorns, e~ da _vez mais accentuadamenle si uma nova provafosse mistor para paten,;.
manifestadas pelo senado, e sua constnute aspi· teal·a, encontral"a·hi-amos cabal,irrecusavel;oo ·
ração a . constituir-se o uni co poder legitimo discurso proferido pelo nobre Sr. senadol'- Ri~
deste paiz, subordinando tudo e todos á vonta· beiro da Luz, no qual S. Ex. levou a susce•.
de e aos interesses dos seus membros privile· ptibilidade a ponto de queixar-se de-haver .
giados. sido nomeado official da guarda nacional certo ·
Não pretendo neste momento indagar a cid:~dão que incorrera em sen des11grado .e.suas
ori$em de. tão grave . e peri~osa anomalia censuras. Lerei a!guns trechos desSllJuipo,r-;
pohtica, nem estudar as cansas complexas que tante peça politiea para que a eaniara v~~
para ella têm concorrido, entrc_as quaes figu- quanto são eloquenteme~te significativos '(liJ:
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 16: 17 +Pá gina 11 de 15
-112-
m~fas;; !~~~~~~f~~Ps;~~t!l~;:;f;JJ~:~T~~:~~t~~l;~r~~f:;;~~~r~g~~:,_
reforma
=easa~énfrelâ"Çàõ-ã elev!lâ.? q_ue e
eJe1tórliT.~ ---~ ~------ p~r-deco~ro-do po~t~ occ~pa
• Sempre fiz do honrado Sr. presidente do amda por amor ao d1reuo e a JUSII_ça.(Apo!ados.)
conselho o mais elevado conceito. (Apoiados.)
Entendo que S. Ex., homem ~e rio e ratriota,
Ha abysmos que não se transpoe,
actos q~e
se não pratica, prereat ne pa:rllat mundm, haJa
como é,- deseja a reforma eleitoral para qne on deixe de haver reforma eleitoral.
neste paiz possa haver verdadeira representa- Sinto profundamente ter de _contrapor-~e
ção nacional, para que o svstema representa- ao noore senador com referencta a negoc10s
tivo seja uma verdade. Mas: diante desse facto, de nossa província, que em S. Ex. vê um de
altamente criminoso, que acaba de praticar o seus filhos mais dilectos, um de seus servi-
vice-pre~idente da província de Minas Geraes, dores mais distinctos.
eu declaro a S. Ex. que o seu procedimento O dever, porém, leva-me a dizer que as
em relação a esstl vice-~residente será a pedra argui\iÕes por S. Ex. levantadas contra
de toque pela qual hei de aferir a sinceridade, o illustre Sr. conego Sant'Annn são de todo
a seriedade com que o honrado presidente · ponlo improcedentes, como sem. fundam~nto
do _conselho tr-ata no parlamento da reforma foi ~ud? quant~ allegou contra a assembléa
eleitoral pelo systema directo.. provm~•al de Mma~. Para . demonstrai-o, -co-
O SR. lGNAcro MAilTINS :-Elle já demitte ~eçare1 pelo que dtz respeito a esta corpora-
e e~a os de po rICla,
d l d . quer agora deml. 'Ui r çao.
O nobre senador pediu providencias contra
presidentes.. _ _ _ _ ~ _ . os seus_ aotos, queixando-se de que n assembléa-
0 Sa. CliU.os AFroNso:-Em outro top1co mineira ha feito consideravel alteração estatis-
o nobre senador accentua ainda o mesmo tica ao sul da província. S. Ex. attribue essas
pensamento (lê): alterações a interesses exclusivamente partida-
• O Sr. Ribeiro da Luz:-Sr. presidente, na rios, e, assignalando o facto deterem as ultimas
discussão da reforma eleitoral tenho·me diri- assembléas conservadoras ~mplamente Jegis·
gido pelo principio que· estabeleceu o honrado lado a tal respeito, creando e refundindo co-
senador pela província do Rio de Janeiro-dos marcas, municípios e parochias, pergnnta
fllllles o menor ; mas, si o honrado presidente qual, em consequencia, a necessidade da~ novas
do conselho deixa passar impune o attentado medidasqueaassembléaactual vai adoplando.
que acaba de praticar o vice- presidente de Mi-
nas, neste caso forçoso é re,!onhecer que eu reparaooras
o
Sll. CANDJDO DE OLIVEIRA :-são medidas .
estava ili udido, que lenho perdido o m~u tem.
po, concorrendo para melhorar
uma ]~;li que
•
O SR. CARLOS AFFONso: - Assim, no oon-
ha ::le ser llxeculada por n;odo tão abusivo, ceito de S. Ex. as muitas leis de estatística an·
como eslá executando 0 padre sant'Anua as teriormente protHUlgAdns pelos seus eoreli-
instrucções d~ !876, e, pois, cumpre estabele· gionarios políticos são argumento poderoso,
cer um oulro principio que sirva de guia:- donde incontin~n_t_e -~~- p§de _(:O!lt:~uir_não só~a ...
quan!o peior melfiiir. · desnecessidade, cômo a injustiça e incon ve-
niencia das novas medidas sem dependeneia
• O Sr. Cruz Jfac/tatio:-Não ha de chegar mesmo de examinai-as e conhecei-as.
a isso., Ora concord:1rão todos em que é esse um
Sr. pre~idente nuncn foi tio rlispensaval a criteri"'m pouco seguro emyuanlo s. Ex:. nào
inlenen~ão dos sabios d11 escriptura. De feito dernonsLrar que eru materia de estatística o
nnda póde haver de mais .:hlro e po~itivo. p~rtido conservador possue a infallíbilidudA
{Apoiado• de tJ,r,uns S1·s. deputados .W Mina.l'.) e Httinge sempre ã perfeição. Sem essa pre-
0 nobre senad~r pela minha provinci:1 ror- missa essencial, o :1rg-umento é fadlmente ·
mula peremptorl3menle n~ suas exigencins reversivo, porquanto com igu~l direito e a
traça com mão firme o prog-ramma qut~ quer VP.t mesma logica· eu posso sustentar que a jus-
desemp!!nhado pelo,!:overno, St~m ~squecer-se titlcação dos ac:os da ~~semblén actual estã
de commmar desde logo a~ penas e·rn que incor- precisamente nes>a multiplicidade das leis
rerá nocaso·de desobediencin ou conturnaci& que S. Ex. invocou p3ra condemusl-os, não
Ou ha de ser demittido de vice-presidentP. dê sendo as altera~ões de boje senão a re~a·
Minas o vener~ndo conego Sant'Anna ou o no- raçiio da$ muitas injustiç:1s de outr'ora. :Sã()
bre senador, que tem sido um prestimosu aux:i- medidas reparadoras, disse ha pouco o meu
liar d!! rer•mna eleitoral. escudando-a com sen llonr1tdo collega de de~utação, e os factos o
voto, pr51eurando aperreiçoal-a cada Vt!Z mais demonstram.
PO)\ me10 de numerosas_ emendas,
que pela Sr. pr~sidente, o p~rtido conservador, .ha-
maJ~r P~rte auestam a sua expericncia, illu~- annos, domina sem contraste no sul de minha
trl!Cafl e profund.o conhe!:imento dos negoc'os p~~vin~ia. Niio pelo influxo poderoso da O_(li-
publu::os,.~ss~ra a ser um. obíce insuperavel mao, nao por actuHem em ~eu favor os meio~
~o seu trmrnpbo, um adve1·sario acerbo dessa natnrae~ de influencia e preponrlerancia, mas
tdéa, ~e que o paiz tanto espera e o gov-erno
pelo jogo Cl•moinado de todos os elementos
tem fe~tt·_a~ parte principal, senão unica, de oftlci<~es, pelos nrtificios e manejos do governo
suM mrssao. que,corno ,\sabido, está quasi sem interrupç_ão-
. as, Sr. preai.denle, por muitnnatural e jus- n~s mlios rle seus chel'es. A esratistica, a di-
tJficavel que