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. PODERES DA PARTE E .PODERES DO JUIZ:


. .INSTRUÇÃO DO PROCESSO
· GIOVANNr CRISTOFOLINI
· Profossor da Real Universidade de ·Pavia (').
:-- ,,.__.- _· ...

- . . - . . ~ - -. . .
Sôbr.e êste tema, sem dúviqa_o f?Onto. essenciah~ o .. mais-delicado ~-r·;:./::-J
. . _.- . ~ :~ ~;;:)::~ . -

~do. procésso ciyil;.O-.Pro1eto: pa~e:~e tefr--se:)r1spi(a~çi-'e9:t-;P!ir;itíp}bs:.SQrl=. _·~: /?;?;:


tr:aditórios :e in,conc:J_liaveiis entr.e sí; ós.-qué;!_ÍS ,tor~ar:n:_o ,s1ste_r:n:a; adotado;:'.';,;/·I ::Ti
passível das mais sérias àbJeções.-, · · · ,"· · · ... ;t ·:-:e:-,:~-:>_-'

O -Projeto~. orientado por. uma descb~fiânça provav~rii..ente. exéest


;:;iva em relação às partes e seus patronos, e, ao .me'sr:rio tempo, ·pela-sirr~ _.:· ~:\r{}
·::;;:J\f\
guiar concepção .de que ,as partes não defendem suf_ici~ternenfo Q$, ~.; ?j-}:'
próprios interesses no processo civil, necessitando, pois, da :vigilante~:-.:._"{~){
as.sistência do_ juiz, formou um amálgama característi_co de severidáde ·_-~ :/ ::,f'.
· e rigo~, por um lado, e, por outro lacto, de benevolência e indulgên~· . ~ ··. ·,.:.}
eia; .esta composição, animada pelo propósito éxpr.esso de. banir as de·- '·:_::·.}\
cadê"dias insidiosas, ameaça preparar .involuntariamente para os liti:- . _ . ·,:.:
gantes 1.,1ma rêde dei decadências ainda: mais insidiosas, ,por.que depen~ .. :;_ ..::).:.~~'
de11te·s·do arbítrio nem sempre iluminado do juiz, o que equivale .â.:di/.c:·-::'~{"::-.:-,:·,
zer da~ tendências pessoais dq magistrado;. em suma, portanto, a causá_· _.\:[:;;
será ~julgada com. màior severidade ou displicência segundà um con- _": ;" ..;.:«:
juiitõ de dréunstâncias im.pondúaveis e 'imprevisíveis. Eml;,pra rígidas · <:.?
e severas, as: dec;adências comi nada$ de n:iodo taxativ.o pela lei, não se ,/:.-?,-~
podem mais qualificar de insidiosas: quemnêlas incorre.conhece ou deve: .:::<>
conhecer o risco a que se expõe; e as respectivas sanções {qua_ndo nél9;;-- ·." L·,
i,mponham aos litigantes exigências impossíveis ou muito djfíç~is-de '· ;.· ··
satisfazer) visam ·estimular o, senso de responsabilidade das parte·s:,e · .·: ~:,··· ·:.
l~zê·-'las respeitar os· preceitos da ·1ei; nias as deéadêi')das •;éoh,inacfás .- . -~:~ \e
tornam- s·e certaÍi\~nte insidiosas, porque o júiz as J:í:OdE: sÜj:írir' sµcessi.,.·. ·· ·. _·--: ·
vamente, -ba~_eado em critérios forçosamente· su6Jetivo$ ê iri~usceptí~ .. ·' .. ·:
vei-s de -previsão fundada, às -quais podem v~riar·desde ·a avaliação sub- · ~ -: ·.
jetiva (-tão falha!) que o juiz faça do ·es'tadó_ de ânimo do litigante-'ou
~o seu patrono, até uma previsão apriorística _e_ ?rbitrárlà sôbi-ê o m•é~ . _ _
rit~ da sua pretensão. · , ... _ .. , .._ · :·,~- : ·
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Trecho de sua "Relazione sul progetto _preliminare del Godice ·-di Ptoêedurci~Civile";• esêrila · •
(1 )
por. in~~mbência da Faculdade de Jurisprudência da Reali Univêrsltldde -de Paviêl; 1937. •.:!.:.-.'!)a •'
''REVISTA-FORENSE''." v.ol. zà, pág. 472,.:(1939),· Tradução .da>REVISTAº FORENSE'~;.,.,... ' .. , "., , ·•
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pOsiç~!º ::, ~~~gcisº;f5J•t~~~·a~º~:~~':,' 1r:~:~nd~i~~' i~= iti/6
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in limine litis, com a_ inicial e á contestação, as partes deverão deduzir


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fvisto .ivam:~~ p;::.c: '::~:;;~ d:xt!~t~i:;~•·.:;;n~'.~a ~f: .. ?1·
como a disposição relativa a despesç1s, contida lia mesma ai ínea, -· , •··
em juízo, de modo completo, todos os meios em que fundam, respecti- t• ·· poderia utilmente ser generalizada. . ~/[};;f
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i (;; j;:." <:_ vamente, o pedido e a defesa; semelhante exigência, nã-o só despreza f . ___,,:-· .r. .;·\-.t-._.~-•. ~_~f,:,t,~.--
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- • - ,. • · plica), corno principalmente adota a concepção simplista de· que, quando -r _. -,. Contrasta com o rigor draconiano para as partes e advogados a la-- .~:-:-':i,·;/
'~~ t'{{; . ;:l~:ic~;1f,,\';;~~·1;,; ~·~:;,~r s~~;.·:~rip~,iâ~~~::' :rni1i:~1i ~:
t ) ;:.\.:;_/,..,_~várias· qu·estões, sôbrê a· necessidade de tais ou quais meios de prova,
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cu Idade de reparar e perdoar, de ofício, as decadên~,ias verificadas; ~ejp .)< 0

'~ ~-\i-1;'-,'< etc: Mas .à experiência mostra muitas vezes que a_ fisionomia ,da lide vai .r . pela faculdade de suprir as verdadeiras ou presumidas lacunas da ins- .. ,. •~-
. ~ ~:~;\;,.-:_s: :·. ·mudando progressivamente aos próprios olhos da. parte surpresa, de
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: ; ; :[<,~- ·acôrdo com as contestações do adversário ou com as necessidades su-
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' · .-s·.,-...
trução ou as negligências da defesa, etc. ,
Ora, si, por um lado, certamente se pode c?nsenti~ num razoavel, ~:.,/:/
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. i'._f;::;':·;_ · pervenientes; a primeira apreciação, que se tiver revelado inadequada, ~ alargamento dos poderes.do .juiz na direção-~- na mstr_u~~o ~o pro~esso; · ·_. .~:=,.:~•;-
, fJ f;c~ ·__ '.~'. · · unilateral ou errada, irá sendo então modificada ou melhorada, ao passp · · si sobretudo em um processo fundado:no çontacto po JUIZ COIJ1 as. parte~,,\,;·::_')
'· ~ [f:}:~é .~ que a severidade das preclusões introduzidas no Projeto. vem tornar (ol,l seus proc~radores) _ ~- jús_tifica~a a. intr.oduçã,o_ ·dàquele •l?º~er;;d~ ... >' .::,;,
' g : ) ~::. · frequentemente fatal ou irremediavel o êrru inicial da párte ou do seu }. · inqUiriçãÓ que permité. áó magistradô1 ~quê, y_~i =·d_eci:dir, :d~}inii;ar--~~- :·,~.:._,:f _..:•
:,;_•_: __'_,:_._:i_:_,_··: pa.trono,·êrro às vezes ihevitavel, que presenciamos guotidianamente, }, verdadeiros pontos-controvertidos· da:·causa; sôbre os :quais ele e cha-- _.·., :-~:_'ê
. não menos raro que os erros do jui_z~para os quais, entretanto, se esta- . ~\ niado a pronunciar-se e em torno dos· quais, ·entretanto, por:-_inadver- ~ ·.:.~{:
• ~, ii: }:J..-::..
belece uma porção de remédios. Esta situação apresenta-se máis grave· -í:, tência -ou malícia das partes, poderia permanecer incerteza ou ambi_- _.·:.· ~~·',!
•·,· ,· qu_anqo se pensa no costume italiano de confiar a questã_o, depois da } ._ · guidade; por outro lado, -nã·o merece adesão uma ampliação·tão y~st~, ·:.. -~:,:-..
pr~meifá fase, comumente depois da primei"ra instância, a um patrono -. · de poderes, e definida de modo tão impreciso; como a que figura ·!1º ..• <f\\
~'.C:',. mais experiente: a utilidade dessa intervençã•o para fixar exatamente :,_,·, _.;·•· :.·,·:_._-_." Projeto. Êste confere ao juiz uma soma de poderes que êle não esta ___ .-.,-~, ~"
r,-[.2'"•·<' a estrutura da lide ficaria frustrada, com dano irreparavel, não só para nem pode estar em condições de exercer proveitosamente; por: cons_e- .~•i '~";;: 0

t'-~>: ·_0 . : ,~~-_interesses das partes senão tambem,: sobretudo, para a justa ded- guinte, 0 uso dêsses poderes diminue as garantias de imi;>arcialidade,' ·"·::,,"·~
; , : - , ~ --:);_.,,•são.'das causas. Embora seja conveniente reprimir o abuso das dedu- f, e de justiça da decisão. O Projeto contribue danosamente para enfra~ :.-./
:{. ,: · ··tões rE:tardadas maliciosamente, deve esta repressão ser feita sem se ·/ · quecer O senso de responsabilidade das partes ~' ao invés de preenc~e,~ •.:, ·.. :1·:'
limitar de modo tão grave e. pernic::iosá a liberdade de movimentos da ·11 uma das suas finalidades, que é acelerar os Julgamentos, produzir? :. :: · .·~:
defesa. .· · _ · · ·. · · · -. r sem dúvida resultados contrários. · · .- -.·/;
::: ·;~.~ ';- ..;· , , .· As obs€:rYàções· precede~tes ·aplicam-se ao prob.lema das novida;, Com efeito, sem discutir o idílico otimismo do Projeto sôbre a .; .. :
,:~·r-
J;-': ~-~-e~s~)ntrqâµzidas na .apelação: vedar as exceções e as provas novas não
i',:? _-_º"\ ... pãrecf êónformê com a tradicional figura do juízo de aP,elação __ re-
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· capacidade e o preparo do juiz (e n?ste. parti~ular, con_siderandd?-se ·:: ./·/
apenas a méçlia e nãp os casos excepc1ona1s, muito se teria que 1zer, 1 • ; :·· ·•
nové!,ção do juízo de primeira instânda ( non deducta áeducam; non , :: .. pelo menos do ponto de vista intelectual), s:ria n~çessá~io que o . <·. :,: .
.. · _1: juiz para exercer conveniehte1:1ente poderes· too amplos, tivesse um • ·. ·•. •:::
· ··' - éonhecimento prévio da espécie litigiosa, não só n'? que 'as partes expu- "· ... ·
(') Proj. cit., art. · 162: - "Se il tentativo di conciliazione non riesca, le _parli, su invito del
giudlce, devono precisara la rispeltivo domando, eccezioni o conclusloni istruttorle e d! merlto .. seram, mas tambem no que ocultaré!.m; e êsse col")hecimento, porsua pró~:. .:<}
g1.á lndicate nell'atto di cltazlone o nella comparsa d! rloposta, sulle qual!· h:itendono inslstere. ·· · e
pria definição, falta ao juiz sua ~usência con_sti~ue. gara~tia de -r~p~:< "- . , ·:
. ~ -:· : _Le parti possêino assere autorlzzate dal gludice a proporre ulleriori' demande o eccezlonl e- a cialidade (qL1em tem um pouco de pr:ãtJca _de çertos tribunais de prov11')Cla .· ,; .
_ . ,_ . , Produrre 'di:,cumenti nuovl o diversi da quelli lndicati nel!a · citázione o nella risposta, solo sabe como é prejudicial para o bom a11damerito dos ~rocessoSI e a justa ..· ·. ·.
· - • ', :-. : ,quando la 'j,ropos!zione sla resa necessarla a seguito d! nuov:e deduzioni dell'allra parte ..
_,,. ·.. · ·_' ·; . , _Possono assere allresí autorizzate alia produzione tardlva di· documentl glá lndicatl nella
decisão das lides o conhecii'nérito extra.:judicial _de certàs,caüsas,.adgui:.· •-A

. .-.- ·: • -~itaz!Ône o nella rlsposta, quando, dimootrlno l'impoasibllitá in cui si siano trovato di provvo- rido através das cônversas de café'·ou.das informações pessoais, qua11,do , "'
~ ·. • ,c:!ersl tompÓslivamente, os juízes - embora n.a ,melhór das intenções-.-· não_ querem privar-se ··· ·
· .: "· il · gludic~ secfnala lnoltre allo parti le eccozioni rilovabili di ufficlo delle qual! ritonga no- ~ - .
_

.- .cessaria· lei dlscusslone."


- • ·'·: ;:._Pt~Jêt'.õº.slt'., ?rt •. .164: - "Fuori' dei casi preved~ti nelPart. 162, secondo e terzo comma, la (º) -Projeto cit., ar!. 343: - "Nel giudizlo d'appello non possono proporsi, e debbono rigot• ·
· , .- · tã_;diya·p;:ôpósizfo_ne di mezzi d! d!fesa nol corsó dol gludizio non puó assere con~entlta, se non tarsi c:l'ufflcio, demande o eccezioni nuovi,
,qu·ando.la :p.a_~l!>.·.d(nic,stri,.di essersi frovê:tta nell'as.soluta: impossibilltá dl •proporli tempentlva-· 0

o~en.to_ pér·.ra.glo!i!'.. tíon-dipeiidente .da fdtto·.próprio o dei suei mapdatarl o dl persono de! .cu!
! ··.
!; ~~mpre ;roponibil~ l'eccozione di .prescrizione ~stlnliva, nel qual caso p~ró !e· spose _dai.
. Qp,;,rc;to 4ql:iba:~i:i(lJiri.en___ J_~"•rtsporid~ro ... ,; :.(Nqt.a_ 'c:io,_'!'raci,),·. giudlzlo slanno a carice della parte cho tardlvamonte la deduca," (Nota do Trad.)
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{l~}~~-'yft,r}'::_::·::~} /fifi}s1·,t. -?~
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;_ f_-- ff(._-;_,;-_~( _-: ,_ dê_sse co~h~ciment~); /amben;. c~n_:;titue garantia. i_rr~nundavel para (· .:, {{ ~ . .;.,..t--~,

: ~ ;,;ft::·;_ -:· a '':1P~rcralrdade '7 J~strça d_as decisoes coloc?~-se o JUIZ sAupra p~rt~,
,->r>.--. · ao inves de se atrrburr funçoes de tutela do lrtrgante·que ele, certa ou
ç_;!\--;'// erradamente, julgue: pior defendido: semelhante procedim·ento, de
1
,'.", t:. /'--...
;1 ,.:·. ":.·.
·r ;J-~>. \~:if;
:: .~ -~~~i-~ .~-s.
•,;j.i/ ,_. índole paternal,_ afasta o juiz da sua função e pode rebaixá-lo incon- . ·:~~ !·:-•?; .
.. ~., dentemente da catego'ria de ministro imparcial da justiça à de md- · ;1.-" -~-,;- ·

··-..-..•, ... ·
-deste mediador.
Em suma, a ampUtude e gene[alidape das normas que regulam
.>{1 .~-:-,;✓f ã.s atribuições do· ·juiz; bem corry9 a Sli1J1ariedade·da disciplina do pro- O DOMINIO DAS PARTES NO PROCESSO CIVIL
;{;1i'.
. .,.~ ;."~:~- ~~-
t"'~/.\/: ·cessor perante ·os•julzes sJngulares, oferecem o grave perigo de p,:o. ~:-;;-":.t~
';i}:'//"d_~zi~ ríó 'julgad?r à_ ·conyiêçâ? ?e
?Staf {e~ibus- so(utus; ao invés de se Professor V(OLFGANG BERNHARDT . ~

,.-3,~~f-ft.~ considerar o primeiro dos minrstros da ler no processo ..

;!t~I:
-;f-;_._- ·
,.,~:n,:iõ~~d:~!~ o~::~~: ;:~~r~: 1~i":,~~r2i°1rej(~~ic;::::••,;
recusa da parte em responder ao interrogatório (salvo o caso de justo
.'t~ ·;r
</f ~- . -
~i~c;~ii~f~~~~1?:ift~~f1;;,~~:r1
Pelo contrário, ~rn
!:~i~~:f~~;~~~:l;lr~e:f~l•e~,2~~;
Jodas -as _leis· prQcessuqis: importélrites
teni-se as opiniões polítJcas e-e~piri-tuél_is d§J_ época.·_-.,,.- , _ ,~- :.
- . --
\'//i:t~~
é!;' . .~m:.;~~m;,:o~~/;:,,;~~~.~~dr:x~~ii'~~:ndam,:~~=i!i !°
quisitório) a. disp·osição do art. 277 (ª), que regula a apreciação da
p:'a~~=,:~~:
1
·i.~.~:--.~-:·_-.· _·:
_ .~
- O r\osso processo -civj I contém, até '·hoje, ·vest_ígio~ ,da época_ 1i~
beral-individUalística; para a qual o processo era um assunto que se~ -· · ·,f-~~;,;:
-mente dizia respeito aos litigantes. · · · __ ,. ./;...f;;
::,::/t-=f
prova em caso de contumácia; melhor seria adotar uma_ disposição
qué, em caso de contumácia, considerasse como admi'tidos- os fatos
alegados pela parte presente (segundo o sistema austríaco, atenuado,
.~ t{/\-:
·'t.'"' -·

, '-<'.,;.
·
Ao Estado cumpria imiscuir-se o menos passivei nê! ·esferà pt_o;·_.;._-~f[l:=
cessual para que na sua ação não se ~isse uma }utela po_licial. O dogn1á ':'~•,:···J\
'):/:_:;' '.- porém, com a faculdade à parte _contumaz .de _contes.tá-los em apela- de MANCHESTER "laissez faire, la1sse•;:; aliei· predominava, tambem, -• -~-···t·: ~ ;
I . • -.'._ • -... S.. ·~
·~-::,:,:::·: ção ou por qµalquer outro meio de impugnação permitido) - o que nessa matéria. : . ': .;·,,·.:,;
_,~_; '{,~·/,:'p.9deria, resultar numa oportuna simplifié:ãção processual (excluidos Acreditava-~e que o livre Lôgo ~a~ f_ôrças en_tregues a si próprias :_ -,~:~~j~
:::-~ff 'r.:~--·:sempre ·os casos de processo .inquisitório e os de lhisconsórcio que apre- daria em todos os·éasos o melhor eqwlrbrro. Destarte, a orde".1 proc~s- - ·~>f
.~ · · -··-< ~: sentam características particulares). · · · s~al tornou-se uma simples instrução de combate das partes perant-=: '-~':}:

'filô~;.
0 juiz, a quem apena~ competié! zelar pelç1 observância d~s regr_as:.-.~~ · ,•,
partes cabia organizar a lide pela fori:na qu~ entend~ssem, p~rqu~n:a -'·<t
elas e não o juiz eram as forças dominantes-~º processo. (Vide E,<- ...
·-.f--:· . posição de Motivos ao projeto de Z. P. O."['"'·'], 1931, fls. 256). :: .. _,it
rr'.J_) ·_"·,
7P_;;,
Por êste motivo, na primitiva regulamentação do nosso proc~sso _;. r>.;:'.
.'. civil; as partes não somente determinav~m a fin,alidade do__ pr.ocessor .;:; _:-_/:,,
~ -~ .....
como tambem dirigiam a sua marcha. Era-lhes facul~adq anular .P~ª:l-º,~:,: ~-.- :__.·:
1 (;§ 205, a. F.), prorrogá-los(§ 202, a. F.), sustar a ~on.ta_de:,-?- anê<J~ ----:-.- ~-,·
mente do feito (§ 228, a. F.), tornar completament13 l_rvre ~ drscussao., .. '.'. .::
. -.
" o
e i;so era evidentemente, uma porta. aberta à proteJação âo process?· . - -.' · ·:
l. A liberdade de ação das partes, 'tão- preconizá.da pelo liberalisr;no·;·-_f~z
(') Projeto clt., ar!. 217: - "Se la par!G non comparisce o_ rlcusa di rispondere senza giusti•
_: • flcato motiv; li giudice, valutat~ ognl altro elemento d! prova, emerso dall'istruttorla, puó rlle• f •
cor.n que OTTO BAHR, _iá :m 1885, formul_ass~ _um ,P_rot~stq elo-_
, ; . .,.. ·; _:·, ---n;re .como amiÍteasi i fatti dedotli noll'interrogéxtorio·. ·n giudice, ove ricono~ca g!ustificato l'im• quente contra a desmoralrzaçao do proc!:sso (vrde _1~nuario JHERING, , , ''.- ,·
i
i i-:t: · ·. -· · _'..Í,,dimen!o a comparire, puó stab!Íire un altro giomo per l'interrogatorio, o -provvedere ·a norma 23, 432). A seguir, os maiores abusos foram _c?1?1.d~s _por -em,enda~ , . : ,
: i ·.:: '· ·• · ''. .CÍ~ll'.art. 180, perché siéx Ú1tta lstanza non oltre l'udienza successiva a quella fissata per l'in•
i ! ·~ ~ .. • · ,.,. ,terrogatorio·." ' . '
-~ . à legislação. Hoje, no entanto, torna-se necessarro observar, _de- um : - º..,_f.._
• ' • - • ✓ : • Projeto· cit., art. 277: - "Nel procedimento che :si svolge· ln contumacia di una parte s.i
· ; ,(•)

..ósservano le ·norme ordinarie circa l'onere della prova. II giudice puó valuta're tuttavia il falto . e•) ("Dia Parteiherrschalt_ im Zivilprozess") .. "Dr. jur. hab11_ W:OLFGANG ~;RNHARDT", Leipzi;.'. J
·' della mancata · costituzione come elemento di convinzione rispello al Ínerllo. Le istanze per l'am~
·11,iasione cÍi p;.,ve :chle~te. neU'allo di cllazione ·dall'altore non coslituito si hanno. como non
ln "Deulsches Gemein: und Wirtscha!tsrecht", 1935, n. 0 5, pag. 70. - ?ª
REV_ISTA I'O~ENSE:; •. -.
proposta." . '. vol. 78, página 468. (i939). , . . . . . , · ;.
·., _( .. J "Rogulament~ do Processo Civil";, •'• .....
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