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CJÉNCI~ E l~,pO.LQµ.IA .
1

Jo,oph A, Sthum~~

~O~~O;~.r
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Há ceryt ·anos ·p~sado; os e~9.rÍQ{llist.a.s.~stav~··~~m;maJs saUsÇéltq~..
de~mpenho.! :Mas ·prqpo.nl\<f .4\JC, se,.ª cqrrip}~cênc{a·po~~j ér ~e·~zyma f9flll~.J~~ti,-
~e
ficadá ;.M·h ~b.ent rt1.à1s rai.~o para.:'_~.r.cp/ijplacert(do en ttç,;ou ·m~_#,!to ·J:i~:wti· W~'.
.q~n~~~;:de ~.~ulo· ~trJ~:·
Ei:n.,;~!~.ç(i~~..c~;~do .,~.{ f~t~~~,;~'am:· esJ~~ ~~J~y~µco~.'·º?.'
~ain~stó1t~~' istq~)l?\~,;~~º-:·qµ~ ·~ã'.8}êJ~,c.i}8}!ÍJ:l~!i!:t~)~'is1.e/· v.~~.9~µ~µ:o 'J!'~':8-
nosscfjfoinífüo:•dof fatcis;~:dêve·.s<fr2,.tam&tfii..:, pata);t.odp).;jjs cailJt(os .:ap,Üctidos:~g\le
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de ·e'nâem · tfüci' àlliiê.nteVd~ · iilv.êsti . tô/ de' .fifói 'líiâ-'t ró .,. . 'd.it; ·t>futo·in'sistil,
enfr~'t~:10·,i~i1ip;.~~~~ç~ó~_
.:J~:::.ÇN.f~~~~Jiit1é~ l~J~~!ii~~r~W-1~'1.i{~'~
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com·0 nosso conh'erunerttcüdor-fa'tos. Emergiu ijIÜ 'N.ov.tjm·o'
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estat(s.tic.o~, -~t~ ~~rt.c{pqnJc>'.cpor:.n~:s_os .P.iÃj>.tjo~ ;i{(gtçg~f§.~~~lft{fd~stm.a~o a:sJgnl~


ficar ,"i;µi t~};#~ ifQn~nlla..q~3J.l~~ú,~~:~f ~~mij~:c(~tj.ê1Jt!.'t~fi9m·~· hPXcil9#(0µ
ÇQW_ti~pe_tjni~nqtl;;.cµjo.s .f~.'??,rnenot~o ~,f\o.s em1!~~~(ª-.e. distfipüJ~l,de'-
t!Qt;!~:;.~~!2~::;:oif;!;~~,t!Kin:'eJajt$·~tt!''.:.t
Jl. p_s,i_

~d:qr:~•t:1ic:,t:itJ!•í~~~t,:i~;fut~Jtt;ittpi1~~f
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Se tal'fato nQ'Q n1ais·g~r$.ú~nte ~Ç.onh~çldo ,ç· S.<'. é- .dé ·~:tiq~ta


econômis'tas· --:- p-~râ.. n~9:(íilar .c1çi,~ib~lça: - o fai,er.j~Íg.4Jnentq .pajoriliyo.iw:b ·r~:p
---. _--,.-- 1. . •. ~·
• Mensagem Presidcncl~ pronunçlada pa Scxagé~a-pfime!ta R\:1,1n.láo Am;!).l da Anie(is ·
.............. .... can E~n9mlc.Am~çla~J9.n.,.Q.~\:!, ?t~~A~~~~_brQ.d,e 19~8. .. .............. :...:.;... :J. '
- Origin~: ''Sél~n~ ldeOj~~,; 'R(l~ii.nted b·y·co~rt.i!y ~é 'fhe Am.~rjcan Econqmic 'Asf:·
d~.tJqri, AER, X}OQV (March l?49), pp. ~45.-:-59 . . · .
Trad\Jçío: Sop~ M!'Jia. ..
f inhe4ó da· Siivelra..
. . . · .1. ' :,
e~t_ado qe nos~a ciência justifica-se pelo número de fatores que, ~mbora muito oem
....conhecidc;,_s,- -devem ser repetidos: um lote no qual .vell~as e~t.rut:u~~s_.est~o-:·sendo · .....
demoli~às out~as_- ~~v~_s erigidas. mio é U!1)a c9is~.cs'té.Jjca .a-~e'r c9_ n·t'~mplj9~,; ·afém
· dJ.,$,?~.' '.~~~,.r.pv~·:e!fnttJ.ttâS ~e.s.tã~ .s.cn d_<?;~corr.e~.tem.:~n~~H~it~çf~:9i:~~.9,.#:Pºt~eri (~_\iv~si
~e.·. .~pHc~çJo.cUti~itária! _rj'(mài~ dcse;i1ço_f~Jadpra-.eX:,te_nJiô';,ftn,á,h'.lleJÚe a
~rea· }Je4-~•911'.if~çto·fã!ir~a~~-~:·:~~-!~~Jh~~~crq'.µ_~::~~Jijfô.(lwp~ss(.vêl._~<{9:pêfá~ô-~rit~::r,~. .:.:.::
def."t~d_ç)i-.qü~-: - ~_stf~c.<>n'tece'ndo_:for.~·:d~ :Se\,I prâ"p.rlo:p~·quéno,:l;êtot:.sê·rt~-;d,êv.eras
·difícfi: ·a"pt~sêl1Úlr:: numa forma -sistefuálica comp.' _os_S_núu,~·~ :•MiUs. -M~r~háús:pude:..·
:·: ram.' .f~~'t:°;ÇQ~ •. n\ais-o_ u~
u menos sucesso, trata_d_ó:a_ te
biiig~n qtie pudesse·: demons-
·: tr,r. a_lgtjró~ m~cUda de unidàde ..e merecer algo CQrtlO' lU~a' ~prov~çã"o ur1fversal ..·.
Assim, ~:m~g,rã ·ós i<>perárjos-de um ·setor não estejam.de·•~àneira a!güma·· .dêstoriten-
. tes c9m .o·seu_pró'prio dese~penho.·.eles c~t[o propensos :a d~sap.rovar·a ma,n~ira
: pela q\l~-os ,4e:i:najs desempen,h ~•Sij3S tarcfos nos ~uuo·~s~tóre's;:oü inesmo ·negar a
-: q\le ·sej~m estas t:;trefas dignas de .- qualquer· atcnç~o. :isto é simple~me·nte nátural. ·
·. ~u~tos t_ipos :de 01ent~s são n~cessários .para armar a estni.twa· ~o çonhecimento -
·. hümai:to: 'iipós .:qve quase rÚ.1ric.a· se .:e~tendein mutu.amente·:·> ciência é 'técnica, e
:_ qu$nto m.a_i_s .~esenvolve mais :cornple,tamcntc ela extrav·asa os limites da··com-
:. prcensã'o, ·ofo ·somente · ~o . p6b,Úco. mas .do próp~o 'pesquisador, ·excetuando-se
·: n~Jµralmdi;te ·O ·~setor de .suâ' ·is~olhid~·"esped~_il~Ç~Ó; Acont~ce ~.ssl_m,, .mais ou
: m~os· ~m -tqdos ..0$ c·ampos, .eriÍbot(~aiÕr ~njfom,r~ii.d.e··~e tr~:in~c-nto e mai.or
: d-i~çlplina d.e diHgência p<;>SSa, oaJíslca .. re·duzir 3·~onfusio .a alguma.coisa· pareci dá
·. com ord~m. Como todos sab~m, entreJantQ, há.çonosco OUtfa fonte de CQnfusto e
ao
· outr~ :barrei.ra progress~;-- A .maió:ifa dos n:osso,s· ri~õ· c9nfentes CQrh süa. ttircfa
. ~1entífica çede ao chamamen.to do:_ dcyc.r púbÍico_e ao d~sejo .~e servir o país e a suai
:época. As.sim f~en.d.o,. ~n~e_rem. '!.1.9.: (rnbaJ.h.o. seu·. esqucma :p.ar.H.c1=1lar de-.valores e
.·:··to.d'as' :as' suas potfticas e politiç~g~n.~-~~refleti.~do ª· sua pcrso~alidade morar por
· inteiro·, inclusive su~s ambiç~s espititu~is.· . · · · · .
. ., Não.:v.o.u reabrir a velha discussã'o
' '
sobre
. Juig~e.nte~
.. . . de valor o.u sopre.·a
. defesá
de ..tb.teresse$ de .grup.o. Pelo contrári.9, é essenci;u pafa o -~eu prop.õsitçi enfatiza.r
qu~ i-~tu~çfQ cient(Oca· em si mes!l'a:·nlo e~_igc .que 06~· nos.despoj~m.os qc n_osso~
julgirrien~os .ele ·vator, _ou renunçiemos ao apelo dif defesa. ~e at~m int~re~se p;utictt•
.• ·:tar. Investigar. fatos ou d_esenvql\l'~r ·i~strum'~h~~tp~ra f~~-~_to eum~ ·çoisa; ;vali~~los
.de u.m· ponto ~e vista .triQral ou çul'ttjra;t ·~, t!Jll. ll>:gieiJ, o~tra coisa_:.e as dµas·çoisas ·
.:· Jl(Q. preci$3M con.flltar, uma com a_outra. iguálmeote,·o defetjsor de algum lnterts~
. __~ ·ipode ainda fazer trabalho. analítlc<:1 hon~~to; a m_otivaçã'o de ~ro~~r u~.p.ont~_ de, .
..... ...· -interesse. a que, se deve lealdade, nã'o prova em ~i mcsm9 coisll at~rpa ~-fa~?r O\l_
. x:<intra este trabalho an~títico: mais francamente, ·o ato de 'ádvoga r n~ô.inipliç~ em
:mentir. Chama.se, sem dúvida, má conduta, 9 ato de di~torcer fatos 01,1 inferências
_de fatos para faz~-l~s servir .a um ideal ~u .a·um interes~e. Mas esta má conduta na-o·é

130 - Multiplic S.A.-


,...._

ne<:~ssàriamente in~~:~.!~---•~-~ --~-r.~_


g_aj_h~Q9.r...4\t~L~J~m.e~ tª co.~ . " ~r~missa~
.
~.,.,. -~
··· · ····cijtl~-õ~lãdvoé~cià ~r ~- <l ) A~un~:~ .Qs ·exe1{\~1Q~ ~.m·~~5.(:C~:m~mús(as:estab.t-
1~~.r ~ _p~~Ps>~~ç~e, __PP.~.-~~j~~.·i~n.P.~\f~~~~:~·~C!:_.~~~.J~~ij~~i.~~ JJ~~ª··l ,ra
éion~-~pe,~~s.~ni ? e~tal;>éleç~r. c~n~t$t~~~!! ltítl.ç~J~--~º-~:~~1~$ ·(~~U.ll~,~ .~)
tiv2s de.-·uma econ\lmia sochdistá ·par~te~a; .à__.ma.i·~~J:r::<la~ .pe~o~~. e.qu1valent_e
1
·~e~c4-·
1~

···· ······g~hir._Ü.m. ponto ·para .o so~i~s~o; in·~·isto fo.i .es~â~.le.ct~o .p·or" Enr!·c.o:.B~ron~,
u(TI homem
.,. .
que, s~Já ·o que .fôr ·qu·e tenha sidQi nfo.·foi ~ert~ente· um s1mpabZM~ . 1
de ideias ·ou g~pos socialistas. · .. - · .- ·· ··
Existem todavia em nossas men~es preoo~cepç~s sobre o processo eco~ôm~..
co que sã"o muito m~s perigo_sas p~r~ o cr~s~ime.nto ·cijmuJativo de -no$SO conhec1-
mento· e para o çaráter científico•de noss·o, inten~·os ·analíticos, pois elas ·parecem
estar fora d9 alcance.de Óos·~o çontrole, sent.idq em qu«; j\l·lgamento~ d~·valor
arrazoad~s especiais nlo e.stã'ó. Embora na m;ilor pàrte ·das vezes aliâdos a ~st~s, as
preconoepções .m~r~p~m.·ser isoladas e discuti4as inQependentemente. Cha1na-lal-·
-emos ldeo~ogias. · ·1

l.
1

li

A p;llavra id~Qhlgi~ estava ~m vQga na Frê\flça em f1ns · do século xvin .e na


primeira .~~cad$ .do s_é"çulo X~)(, t~n~9 urn significad9 t>~rri·s.~m~Utª-nte ~qy:ele ci,_ .
filosofia moral Escoces~ 4a rn~~ª épQcª- e_. ela ~nterior, Qu ~.<F.Jel~ ·.d~JlQ~~ ,p.r6pf\i
ciên~a soçiª-1, nf ma)s··ampla ~c:epçã'o do .te.nnQ:em :que·s~ ütçJyt a p~{cQlpgia~ ·Napd-
lefo d~u. . u~ signiflc~dó pejçua~ivq à paja.vra peh> ~Q d~~dém ,of i~.~191~·- :so-
·n~a~ores 4outrin4'rf(:)s, sem· sc.nUp9 ~gum p~ra·~s•r~a,H~d.es dtpQlí.ttca: Mai$ •tardJ,.
. fói usacia-ç·ômo··o·tJiequentemerite hoJe,·parª·-d~·srgrúir·•i1sfomã$ d~ id~la,$~t"stoé,
umà·.ma.pefrfl• CflJ qu~· n·ossa .di.stjnç!ro e~ tre ·iq~o.l_Q~à~ •~JllJg.~eo~qs valo~ ·fi~
perdida. Na~a temos .com estes .ou qu~1sq~er outro; ~i~nc,dç,~~ exc~to um q~
pode ser mais pro·ntiµnente "introduzido ço·ÍTI ref~r~oçl.à ·ao 4'materiaUsn,0Just6rico
de Maix e Engels. Pe .aco{dO com esta ·. dç,utrina, hlsJ6na -~detcnnio~<lª·P.ela év
_luçã'Q au.tôri9ma dá ~stnttura. dª produyã'o: a 9T$~~~9Jo ~<><:tal e p9Uiio~. r~.Ugiõe
princípio~ mor~is, artes e ciência$ sã'o .·simples •~&~pe·r-estrura~
' . . . . .
id~916gica$"
. .
,-~rad s
é"J ) . .. . . ·. ,
A passagem Jci~a deve est;:r cliµ-3. Mas pode ser desejável tornu ~ou sijnlflca<lo mais cxplícil.
A má cond\fta em que.tia consiste, como 1.finnad9, em ''cUstQfQef f11tos Q\J lógica. a fim . e
ganhu um ponto. para u~ ld~d ou um intere~~, 04p~n4lndo U.:cS~çic>'ctcfeiicntói·i:t:e·.·:· ····· ··
preferên~ . j>eli cauq pan • qual elo -argu~enti". lndepend~nt~mente diJ.to, pode· ~r u·n1a
prática saudável o exlgiJ que iodas -dev.çm 4ec~i~ explioi~mepte sµ•i "pterni~s ax.iol6J,i~/ •
ou o interesse pelo qual pfete~deq1 8-{gµrnçntar, q~ando nã9 e~lo óbvios. Mai esta é um~
gência adicional que n{o dev~ ser conf~nd_id~ com a nosSll. .

Mqlµplic S,A, - 131


. . 1
. J
pdo rrocc'-~º ccooômic.<L.... .. .... ..... . ........ ........ . .. . .......... ... ·-··· ·. .... ..... ... · . ·
Não prccisnnto~ nem podemos entra r nos méri tos e deméritos <fo.st:1 'concei•
1 1
tuaçffo cm si. < da qual um a.ún ka dimensão éJelcva.ntc p·ara o nosso propósito.
fala dirnen.c;;Tp ç nq11cfa que. atra vés ele vá rias transformações. se desenvolveu numa
sociologia da ciênci;i do tipo a~sociado com os· norJ1es de Max SchclJer .e Karl
M:rnnhcirn. Aproximadamente. até meados do sécplo XIX, a:evolução..da ..'.'tjênçlá.'.'.~ ....
cm cncarad,1 C,ilnl!) um processo pu·ramcn té .intelectual - conrc Jnla· seql.J~nciá de ~;
explorações do universo cmplric:unr.nlc dado ou,
nunia outra· colocação possível;
. .
comü u01 proccs~o de filiação de dcsr._~J.!ªs ou• idéias an31 í.ticas ·que pross~guiam~1
de acqr.do com s11n própria l~i. embora, sem dúvida, influcncia.n.do a história ·socia l ~
1· . •

por ela scn<lo influcnci:tda de r:nuitas maneiras. Marx foi o primeiro a transfo nn~r
c~tn re\açã"o de intcrôcpendcncia·cntrc ºciência" e. outros depart~mçn tos da ·hist ória•
social. numíl rclaç!To c1c dependência da· anterior nos dados ·~bjetivos da es lrutura
rncial e. r.m part.icular. na locaJii:ição social dos· pesquisadores científicos, a qual
determina sua!. pcrspcclivas da realidade e, portanto, o que eles. vêem e ~omo ·a
véem. Es1:i espécie de relativi~mo - que não deve de certo m·odo ser confund ida
cnm qualquer outra espécie de relativismo ( 2 > - se rigorosamente levada às suas
consequências lógicas. significa uma nova filosona de ciência e uma nova d.efin ição
da verdade cierrtíficR: Mesmo para a matemática e· a lógica e ainda mais para·a física,
a escolha de problemas e de suas abordagel'}~ ..pe.lÓ pesquisador científico e, portan:.
to. a c<>.nfiguraç:ro do pensamento científico· de · uma época, se torna .socialmente
condicionada -:: que é p_recis~mente o que pret~ndemos .quan~.o fal.~~.~s.. d.e·.i,cfoolo-.1-•
gia cicnt ífica ao invés· da··e'témf perêêpçao petfêitfdãs •vérdá'dêfê!entffi~~ ot;,j~Uv.a~
Poucos negara-o~ entretanto, que nos caso~ da l9gica, matemática e_. f(sica. a
influência do viés ideológico oiro se estende alé.m daquela escolha de problemas e
abordagens. o que é dizer que a interpretação sociológic? na'o cor~esta, pelo menos
nqs 11ltirnos dois ou três séculos, a vcrdade objç.tiva'.' dos resultados. Esta '\oerc;iade
11

·ohjetiva" poctc ser. e correntemente está sendo, conte~tada cm outra.e: ba.ses, mas
n~o naquela ele que uma dada P,roposição é ve~dadeira 1somente com referêncfa à
localilação social dos homens que a formularami Até ce~to. rron to, pelo menos, esta
r1, .
Em partie1tlar. ima aceitação não é pre-rcquli;ito paza a. validade do azgume.nto a seguir, que po•
dcria ter ~ido dc~cnvolvido t,unb~r.n de outras maneiras. Há, cn~etanto, ?Jgumas vanbgens em
i.c parti~ <lc umll doutrina...que é familiar à todos e que· neccs~ifa apenas mencionada para ser
cvoc.ar,_na mente da audiência, certas noçÕe$ essenciais n·um ;mín~o de tempo.
O)
·· ·········t U·dewria ·c-onsldcrar •um ..fn.sutto .à.inteligência
de mcÚs.. ~ti.zar que, ~m particular,
·erta espécie de relativismo nada tem a ver com a relatividade d~ Einstein, não fosse o rato de
9ue há realmente exemplos dcs~ confusão na Uteraturà filosófiç:a de nos.~ tempo. isto fo i me
apol!lh1do pelo Profei;sor Philipp Frank. ' · :

t ~2 - Multiplic S.A.
situaçã'o fav.orável pode ser explica.da ·pelo fato de quê ·a lógica~ a matemá.tlc11, à riJ.
ca, etc. , lidam com experiência que é"larg-amenteinvariante·conn-tocallzaçl'o·aocl~ -
do observador e praticamente invariante com a mu~ança ~stórica:;par.a ô capitalJ~
e o proletário uma pedra caindo tem à mesma apài,ençi!l, A$ tjênc.fas :social! nfo Pat"·
ticipam desta vantagem. -~ possível, ou assim patece; contestâqeus'te~_ltados, na'o
········ .. ·.·apenas· em- ·todas ·as-- bases_ em··que ·e.s·proposl9~·-de -~ódaJ.:às ..ct4nciu. .podcm.str.
· . co~testadas, mas tam~m numa adicional que impedem de transmitir mais dt>
que as flliaçOe_s de classe de um cscri tor e qu~;- sem reftr!ricia 1 tais·flliações &
classe, nã'o há lugar para as categorifJ:.. verdadeiro ·p~· fal~ó e, iportan'to, para
con_cepç~o ;de qu~~er uavan~o cie~tffi?f · 9a_qui__f~ afte_?~-•dotarnos te~r
. · Ideologia ou Vi6s Ideológico apenas para e_ste estado d~ -coisas .... real ou suposto -:- ,e
nosso problema '. averiguàr -etrl · que éxtensEo o vi~s ldeoló~co d ou-te~ sid9 u~
fitor no desenvolvimento do que - concebivelmente. -,·-possa_ser·inc~to chllf1'ár
economi! científica, · -: · '· • •'· 1
. Em se reconhecendo o eleméntq ide.ol6~co;.pode:se caminhar em extens*
bem diferentes. Há uns pouco$ .escritores -que_têm de fato nega.do.ciu:e ltaja tl;l coi~-
em economia como. acumulaçã'o cf:e um estoque de ·ratos,e proposições "verdadel· ·
ras", "corretamente" o.bservados. Mas igualmente pequena é a -~ orla que néga
inteiramente a influência !io~vMs ideoJógico ..A maioria dos ec~~tas -~ posfoiona
entre estes extremos: eles es_tão suficientemente prontos ·a :admitir ·rua p~:ien~
1
- -embora; como Marx, eles a-encontrem sómente nos outros e ·nunca em·lf mesmó!;
mas nã'o. admitem que se tJ'atc de uma pr;iga.incvitável e .que vici&a ·economla no séÚ
·ãmágo. precisamente esta-posição intermediária que'levanta-nosso:problema, ~,,
~-ideoloJias nio ;íies1µtplesniente mentiras; sfo ifmnaçGea ·verdadei~ soJ>~',OiqtJ_~:~.-ç
~ornem-pensâ.que vê. Justarne}lte como o cavàlei~o medieval se via como:se deseja•
ver, e. exatamente como o fa:i o burocrata mode~o,.·e l'recís~ente como -~bqs
·falham em· enxergar qua!quer ~oisa que poss.a ser alegado -çontra o se .enxergarerjt
· como os defensores do fraco . e do inocente e..os baluartes do bem :comum,
tim~m t<;>d~ o~fro grupo_ :~~la.l_. d~~rh:~J~:e uniá- ideolo~~·-.proteiora ~e.nada é ··
nro for si~cera.~·~J)ypot~~~. n~:nJo·,o~~-ci~ntes -~~•1.lOS$J1:S r~JonalizaçOes
íl·
como• _. é entã'o possfv~I recónhecê-laJ
•• .. .
e nos

rcsguardanno$-contni~elas?
.1 •
. .. . l
Mas. deixe-me r~petir antes de· prosseguir: estou ·fal~do ·c1e : ciência corrp
técnica que gera··os· resultádÓs _que, em conjunto C<n.11 os julgamen·tos de valo~ cAJ
preferanctas, pro~uz recómêndáções·~isõladas ou sls~(!tlcas - .tais como os slstem,s ..
·de mercantilismo, li~~ismo, etc, Nlo estou f~aiido ~stes julgameriios de v;dq~e
recomendações em si ~esm~. Concor40 plen.ai,1ente_com â~eles·~~ m~tém qtfe ••
jú.ll\anientos sobre valor~~ ·.(undame11:t;afs - ._-_sobre. o ·aem Co~um, por exemplo !-
estão além do limite do cientista, exceto coinó objeto.de·.estudo histórico, que.el~!I ·
sã'o ideologias por natureza e que.o con~ito de progresso científiCQ ·pode ser apD·
: . '

-Multiplic
.
S.A, - 1_33
! .
......~.cado.1.. eles somente bt..medida da.posiibitidade de aperfeiçoamento dos meios para
i1T1.Plcmen tá•IQS, Participo da convicção .de que nã'o há.sentido.algum em .dizer qµe o
.,..--: m~,ndo._ôç_Jd.~iª~ .dç ll~raJ,~~9 b~_r~~s-~J~·-'~-V.~.~-~!.'.~·~ni•q\J~~q~çr sentido r.~le•
- •Van te, ao. mµAqÇ ,de j~~i-~ .d.a i~ade médii . ou que Ornimd~.d~:,ldéJ:1s--"40 sodãüsnio
...-:.. .sejp ~upç~orJquefe dô.,lib~râlismo,,b~.rguê~, ~e.1JJni~pte,...~aié4ito;.a1iÍda.·qv.e
.;f.. pvtra ~ a-ç,-.sJém -da prefe rência pessoal para dizer que if!~rimos m!i_is sabe~Qria ou
há n~o
· conheç:4nent9 ,em nossas políticas do qu'e o.fazja.rn ·os Tu dors ou S~art~ õu mesmo
.c a_rlos tl:rgn9. · · .:'

Ili ·

.~ Um.a v~z compreendido a possibilid~~e do viés Jdeof6slcó, _nã'o ê:llfícil detec- ·


tá;•Jo. Tudo.que temos a .fazer a esse·respê.i.(~ é examin.àr-.Q~prooedJ~ento 'científlco:
Ele comc.ça com a perc~pçfo de uni conjurifo de fenômi~ôs"'reJadónados que d~se•'
Jamos ánaU~~r c·finda - provisoriamen te ~--com u.m n:1odefo·cfentlflco no qual e~tes
fenómenos $lo conceituallzados e as r~Jações entre eles sl'o fonnuladas, explici ta•
•· mente, oqmq .supos·ições ou proposiç·ões (teorem~s).. Esta mâ.nefra priiniti~a de--colo-:
· . car a qucstfQ.po4e nlo satisfazer .aos.ló~co.s; mas é tu~·0. qtie•pr.ecis~os ~ara a ~'.as-
sa busc,· do~ vieics ideoló'gicos. Duas coisas devem se.r o.bservadas.
. Prirneirp, essa percepção de um conjunto de fenõmenos :rebcionados é um ato
pré-de_ntifico. Ele deve ser efetuado a fim de p·ropo.r.cio·n·ar·· às nossas
mé.ntes·alguma
cO:is;i para se'r trabalhada cientificamente; - in4icar um objeto de .pe~quisa - rnas
nto é vm atç> científico em si mesmo. Entretanto, embora ·pré:clentífico, ele nã'o é
. .P~·•a!l~!ítJco~..N.~ç consiste simplesmente na percepção dos fatos por um ou mais de
nossos sintidos. Estes fatos devem··se:i· reconhêçfilos··comcttendó.ifguijisignfficàão
ou r<;le~ãnd~ ·qye' Jl,JStifique nosso interesse neles ·e devem ser reconh~cidos conw
re.lacionád9s -: de modo que possa;01os isolá-los de ·outro~ o que envolye ·algum
trab~ho:.an~.itkQ .de nosso senso excê~trico qu ~om.~m. A ·esta.. tnist~ra de percep-
ções e 9t"áli~s .pré-çlentíficas nó$. cha.ma.rei:nos Vi~io ou lntui~Jo .-dô pésqu.isadpr.
r .. Nà prátié.a, 4~ certo, .dificilmente çon,eçamos ~os rucUmentos: .as~i~, oato pré-cien•
.: t(h~o de .visua.iizaçã'o nã'o é inteiram~nt~ ·nosso. Corneçam·os··do ·trabalho d,e nossos
pfeijec~s~.o~~. 01,1 .contemporâneos,_. O:~ ·ª-'119~ das _i.Q~ia~ .q,~.ruen~e :d~.·púbUco que
: .. p·:iiram ao nQSSO redor. Nesfo caso··n:ossã ·vtsrô c'on~~rá t~bém·, pelo inenos, alguns
dos re$Ultados de· análise científica anterior ..Entretantp, e·~se composto nos é sem-
pr.e dado e ex.iste antes de iniciarmos nos~?.·.P.~~P.~?. ..~~~.~~~.?:5!~~t/.~.~·~·············· ·····:.. ..·............... .
.Segumj.o,. se ide.ntifiquei a "construção do modelo" com a anáUse científica
q~c·opera sobre·o·material selecionado pela visã.'o, 4~vo acresce~tar d~·imediat~ que
pretendo dar ·ao termo ''m.odelo" um· significado muito ainpl.o. O modelo econômi·
' có ~_xplícito de nosso próprio tempo e seu$ análog.os emoµ tras ciências sã"o, nafu•
·1 - MultipUc S. A.
••ralmente-;..o ..prod1,1tQ.. de--estágios-·mafs··ava.nça~os uo esfor_ço clent{ílco: Es_senGiaJ-
mente, entretanto, nã'o fw.:em coisa alguma q\le nã'~ es,fej3 pr~sente rias fo~ as mrus
' anterior~s qo esforço . tm~fü~o, que pode. a~s!m ser r~~P.9n~~l2Uiz,ado:t~~~ e.orno
!~ridO:·&~:raqci'miq~~!~P'.filW.~os, -~~atn,~ntfri,~_s:e.i1~f!_$t~Jç~\~f-m:·c(~~-l ~-,~'~~-~Qf 1

e!Jl -P~rtwutªr, ·;~/l\f,·b 'àlh() _CP11Sl~~~- ~1~-~~-~~,r.ç;~~-9.tJ,191 ~m.yç_;:~t.9.~Y.~~,. . /.


ert1 cªtaJot4·1 os.-::~m.:acu~ull4' m~is fato,s.par~ .n(Q:• ~omcntc-suplomenij~los ·mas em !
parte t~ bé~ .Par~rwbs'~itulr âqu ~le$ origio~f}l~nte ~$.nlPP~qs,."m 'romi1,1la( ~ aper, i
feiçoar J $ rela9õ.es percebld~ - em _rcsum9, çm 13e·~q4isa _'.4f!lt·tvaJ" e 11 tc6rlca"•.qu~- .~
prossegue ·numa ·c~deia infinita de dar e tomar, Qs fatos sijgennda novós instrumén• '-
tqs.anal ítico~ (teorias) e estes, por sua vez, lev1mdo-nos ao reçonh·eçtmento de novQs· ·'
• >.,
fatos. Isto :d tã'o verdadeiro quando o ·objeto-de noS$Ó interesse é um relato hl~tQri• 1
I• > • • ' • • • • ' •·

co, q4a~-t~ Q .t quando e~ objeto f "raãfoniül;~r" _a _equ~çJo· de Schrodlngcr,·· ep,-


bora.em a1~o, caso parUçµ!ar a. t~rcfa de b~sc~.·do f&to :ou a t~refa de análise·, úma l .
possa tantQ dominar " outra, ponto _de quas~··removê-là do cen~lo. Profcss_ore~ /
podem tent1u escl~recer Isto para seus iµ411Q$, .faliui.d0. ·sobre lnduçã'o e dedµçro _ou '
mesmo colocando. _um~ c_ontra a 9utra, 'cri~do enta-o probletn~s esp~nos. A éó_isa · ;,
essencial, çomo quer que escolhamos interpret~•la, é <> 1'incessant'e dar e·tofhar1' /.
entre o co.nceito çhn0-e a concl~sJo oonvincef)te de Ürn lâdo, e o novo fato e a·ma-. .-
nipulaç{o .de S':fª~-~~rl~d.ad~$, de 9\ltfQ, ·· \ ·: .· ,.
Agora, tendo r~a,Jiza~o a milagre de s~ber Q qu~ nã'p po4emos saber, pre.~~ } .
mente a ex!s~ênci~ -d<f yiês ideol6gico·em·nós mesmós e rios:outtos, p-ode·il!o~·1ocaJi- ,! .
_zá-lo nU.~a ·única fonte. Es_s~ fonte está na vl~o ln,içi~ qos J~nõ.menôs" que prop~-. r·
mos ~jeitar ·ao tratamento çientífico. Pois este tratl!,fflento etri si çst~ ~ob cocitrot_ ~;
obJetivo, ~Q ·sentido de q~e é sempre possível e$taqe_l~cer s_e _llrria da~a Jfin'n~Jo; J
com-~efcfi'ênciira ·c~rtc:r e~t~do ·d~rcoroiecimentQ, é· coro.pro,v~vel~ t~füt4y~I, ·9_
~-;n~m f·:·
um nem O\ltro. PQr certo isso n!o ·,exdui o erro h.?Qe~tó QU a farsird~sonest~'.'~í~-}
exclui desilusõ.es dos rrrn.is variadQ$ tipos. ijas p~rmite, ç~,rtarnente, .it. e~cl~s-ã'o ·
d~qllela e~cie p~rticul~r de_ de~ilus_{o Q\.I~ ch~.~o.~ ,d~qlQgja. po!~ o te~te envol- ·f
vldQ t 4t~ifçr~n~e a qyajq~er 1de_Qlop~. A Yl~O 9npnaj. pelo QQ~tránQ, n.ã'Q est~_sob ._
· ~al ~~trote. -:W~ os el~~~ntos qqe_aten~erjq ios.iesto.s ~a ~áU~ pQt 9eflrii~!o f.
md1stm~(ve~s 4aqu~l~s que '14'0 Q farão ~\.1 - cama po~emo~ tamhétn colocar,

. ~i~~:.~~~:.J~~ri~ir~?.ari~t:mi~;:;!·~~~:~;":~::1; 11
montante qe d~sQusões, imputáveis à _loo!llizaçff'o sQC.i!i} de um:homem, à míll\eira
. -- --~~ .<l\;l_~.~te .queira
$e erix~rgiji"õü"à' $U3 çlasse ou. grupo; assim como aos oponentes
oe sua própria classe ou grupo. bto ·ge~e es.tender-se mesmo a p~culiaridades de suas l
concepções q1Je estlfo rela.çionadas com seu·s. gostos e con.dições e·nJa têm conotq• l
çã'o d~ grupo - h.á até mé~rno
uma ídeofogia da mente matemática assim como u_rna ~:
· ideologia da mente alérgica à miit~mática.

Mqltiplic S.A. - 135


... Talv.e.z·~til.-~ef9rm\l.la.t.:Q nosso .problCJJ1a:.~~e,. :de ...dJ~u.tir ..o~. -~i~,nifü>$.. _·
,Visto. q~e a fonte . ~a-•4eol~g,.a é a nossa visã'o _pré -e e'.(_tra. cie~Hnca do prq~sso
·_ eççno.1rw1Q~Ç.:~9 ~P.. t ~.~~u.~ilJ:~~-:te!~o!~gi~~~~i~;_~~ -~ ~j~,n~}~~~.d~~-9~:~ue
·norrnalm.~nt!: CJtll 1.;1sJ9..é ~n~o ~ .btn~~da a tratamen~pJ:J~p.tJ009, elq e~tfs.endQ
- ~erlflgadà.Q~•4~,t~í.~_a:P,~la:.aiJ:~.~$C1.~-~.:,9Q~qt>.,r:~i(i!1,.2(~~.vA
~:.d~~3~a.~iàr·· 6o~o
JQ~plq~a. ·~rn.. q~~.me.d\ga; cntã:o;_«te~a. ·~la de des_ap-.rgp.er ;ç·9m.o dev.erl11?:~ n1 qu.e
med.J.~ f pç~a,tqe -~,la dll 11çumÜl!lçlo <te :evidência.- à~vê~sa? É:em que·exten-
sfo viç~~ i;~J?'~rio$$Q pr9ee~unentó analítfcà prpp_riamepte ~to,·de mane·i,ra que, no
.final, alp4,,.:.:,~ç.,mos com o_co.nhec~~cn:tQ por·cl~ d~ terJorà.do:1
. · .t>e -·P:Nlc'{plp é cl~ro qµe ·.h( ynia-va.sta área ~·m .q~~ 9 perigo·de viçiarnen.to
':ideo16.gico deve ·ser \ã'o pequ,eno ·quanfo o é na BsJca.· Uma ~de de· tempo de inves~
;tlinentQ brvJQ na lndúsl~a de tr~sfoqiüiç~o ,pôde _$et ::b_oa.94 m4;.~as se urna ou
.;outra~: 'Jfnll •qu,_estã'o nOnn~nientê.''.a~~f'.ff~·ve.~flcaçJ9,: .~éf qu~~~r 0 ~istema um.
·W rasJ.~9, :_t9mo se ençon_tra, P.º * ou.tjã"o admitir·wn ccmNntó·~nico cl.e ~·aluções,
mas se:•a4fn:lte o'u nã'o, é uma quest(o·.de -prova exat;i que, ·qúalquerpe.ssoa qualifica-
.da po~e r~petir. Q1,1estões co~o. e~tas .podem nã"o ser .as ma.is fasciniµltes. ~u prati-
.cam~n~~·-mals 'l,lr~entes, mas .eh1s.ço_n~tit1:1em a rnalq~ p,l4'.i~ .Q_O.qQe é.especffica:~1en-
em r~ n~m ~.mPi~-: d.~' fato,
te ci.entífiéo e.m ri osso·,trab'alllo, E. elas·sã'o lqgj.c·~;.eriJp9_
·:OCU\ra~ à ideQlogja. Além !fisso, s~á:, ~~(~ra.à,Íárga:.~.ÜJ~:4í~aelÍ1 qu·e,prçgri4é:. ~pÕssat
compr.een~fa ·do trabalho .analític,o. HP\IY~. te.rnP.9 ~m qq~_:o;_~C<?~~mfs~s p~11savam ·
:. • • . • • • . : . • ·. . • •• ! • • . '. ·~- · . . . : • . ·• . . . . .. •

_._que . estava,m g~hando ~u perder.do \11!1 ponto para.º· tra~_alho se lutassem ·pela
teoria ·de v~or ºda qu~tidade ·de traqalho:e ~?ntra á de ~tilidade marglnij. Pode ser
mo$trado que, no que concerne a questões id~ologicame11te relevantes, isto faz uma·
qifercn.ç~.1~o·,pequ~n.a. QU!fllg __o .~Z.! ~ep_osjç~o _g_a.~1.t~~ ~l>atdijgem ~e cu~a
:de indiferença, ·ou a reposiçJo elas éUrvas de indiferença por :um-aiÍipf~s pos-fQlacio
.~de c9rrsistêricia (Samuel$on): 9uso djzeh1\Je há ltinda al,gvns qu.e encQntram·aJ~ma
'.:coisa Jn.congnJente com sua vi~to. ~à -~álise de produtividade-margináL Contudo
po4e s~r ·mostrado ·que o ~parató_Pl.lf~en~e fQnn~ ~;1 úH~a, é ~ompatível com
qualquer v·isã'o da realidade econômfoa que ~m qualq~er já tenh~- tido. N )
,( 1) • . . . .
A opinião ®ilµárla cQm que ,se d~~f<:1.l'lt1qJguµl_~~ ve~es der~ s~r J.~i~~ía~ à~ yersões slmpµflca-
- :das d~ teorJi ~e 1>.r~dü_~ivi~ll~C m~~#:B~t~~~fevi~ n~s ~rí~.t\~~i~~i ~{Q )eV14 em consi.-
deraça9 todp as restrições a que 11s runç(?~S .~e pro<Juçao esfao 1uJcrtis n11 vt4a reiú, especial-
~'ª
mente q\Jan~o sãp funções .de ptoduç,o de-efllpresas em op·eràçio, Pllf~ u ·ql.!lll~ µm número de
· dados técnol6~ct>s sãQ, ·no ~ orttento, inalterª-veJ.mente fixos - Just!Ull~rite como na me~i~
elementai ein que· ~h-·s-e leva·em-co·nslderpçfi'o A$ çompli~ ções qt1e aparecem, tão Jogo ~evan,
::temos !l sup9$ição sµn pUflc~te ~e qu~ as· mas·sas ,dos corpos. estão concenf.,f!t.das ·nurn ún~cQ
::s>on.to . .M:,s·\lm11· t~9ri11 ·da pro!h1ti'1dade margtnal que leva cm cQnta re$tilçõea que previnem os
· f atori;s 4e· sqrem pago~ de 11-cordo COfll ~ti•~
pcrfçlt~, aindir teorla de produtividade marginal.
PJ~dut'ividai:les m~lnals, m~smo em concorrência
··

:_13.6 - M~ltiplic S.A~


IV . . .... .. ·· ········· ... ,..
• 1

. ~~J•n~:.~.!-~ ~ Q~_!~~~~n\o.J. e:01 ~s ~


-mtús.wi.u·~~tei
est~~~ dq peri•~ ento ~CQ{16,mico :--- 9ª ·t~ljWllf.:ijf A~~~SmHh, de Mlifx dd
~eynes. ·· '· . l
Np ~aso de Ad;im ~qtjth-• col5:1 tn.t~f~~ ~ d~vem -• ·au.~m;i11·
lnoçu.Jdade do vi6i td~Ql(>giço. NfQ ~ltQ,f rne "-f~'ril\.dq à wa ªªb!:dorla ·pn,i~~~;-te~
trita a se~ ~empo pds, sob~ ~-f"1e, lJv'1' ·C(!1m~rçtq, çolõriJ.u. e oú\iu-qud·
tais, pois· .... f~to pio pode ser repe.t,ido com· mwt•
f~<l'J.6ócle - is .~camcn~ço.e,·s o.
:p~fe~néi~ p~~ític;ll de um hqm~m' estfp ·inte~eqte al6.m·d'ó 1rribUq1dJ
minh~ ·ob$Crvaç~a; ou '11~1,hJJr, elas ~ntfJitr n~~ ·Amblto somente n~ mcdt~ ·eni
qµe \Uht ~~34 factu~(e aej11 •P~S4n~dú,~ itpe>l4-ias, Bstç,u m~-r~fcrlndq
exclusiv~en~ a ~\i ~~{~-~.?~:~;Jf.!:~i<?,ro_ ~-?~.1~us.lndi~tfYQJ, .n(ó._
a seus bnpera~vos. E~Wld() utQ entc~di4o, 11· pnmeiJ!l ~{81P.lt4 <N~ _ç,c()~ 6 sobre
a e~cie . qe 14eol~1. ~t; VJ.mos ,txibutr el~. ·o prl.ncíplo muzj.sta,
d.~omos Qlhar par, •• ~a locaUi~Jo SQc.ial,· i3t~ PMl ·~ sua fjliaç~o ~e cl~
p~ç,-1 e '-JlCestr~ e, .cm ~fé.SÇ.4nQ, a. ÇQno~~ç_J9 4~ -cl.~ dM,-infl.116.ptjiu-q'1e
podem ·ter fo~idQ oµ:;çqntJib~~o p.~i {Qffü_M o ~l9.~Wl~ JY~'vij(Q·.,~l~. foi
wn ~~"1Q -'' ~:~~:.·:qv·~· t9mou.wn ~i:vidQt clvU.-:S,1,11'sé.'1te e~ Jn!µ,~qtj m~01
do ·_mC$fflO·UpJ): ~•:·f!if.ô.Afa; !\Cm pobr.e rienufça~ ~tjnli3 ~s,u.m:nível d~ ~dpcàr" º
çlo e f~i~:°j>~ ...qf urn.~ irupô be.m. C.9tjh~cJ<IQ n'ii &éôçJa ®. ..~qs ~:-Aclni'~ 'éij
tu49, el,. ~o -~rt~ocia ·:c l~ ~mp,r~~p,ij~ ~1,1i vi,~o ·9~M, a.()Çi~~
econõnúç.u ~proq~il ~QQS éóm;~tf~jçJp,; ffle.4pt~nijl!~ ·.c,prôç.~~,e.~~
·m.1co_;de .$,ÇU -~emp<>: ÇQJJl um ~riSO cr(tjç9 f*>~; Ífl$WJ~~~t\~, ~91.(f1tórer.
rnfçâriicofcl~ :ejpH~çJõ ~rn ·vez d.e fªWt~§.~~oips ~-~3 çàJtW JJ\M~(crde'~\>~ ·
lho. Sy_~ ,#~d~ pª1'1 ®TTt cll\.,~, ~~pi~µs~ e·4!' pfo~~~Wl0$ N.~ foi~ 90 ú!1f
o~~r,radQr, d9 ht~9 ~e fQr.,, de~~d.o ~m. ~ ,~.cqnijAAflVª o 4otw da ~-r:ra (?
· propµe$fo ''ina.~Q_'~ qp~ .c<>Ui~ Q qq_ ~·tifo sc;!!'é~") co.-m~ . u.m 9°-~~c~~Q. -e~
c,piW,.i~µ (qt.ie· cQnkita H~nte tr,~~!dQf1l Ul,c, p.wvof(;i<ma .~bsi~_6qcl ·?
matéria. :i,iim• e f~r,r~eot~) ~m9 um ·mal ~cç0~,~ -- O. {f'~Qw,teo4n,ep.~o .de ..
nccewdad~ Unha -;su~ ia,{;~, •(lij yin.ugo .d4 Pff~_õol,, çUjo loQVQ~ vmrnh ~de ·

::i:~:; !:tb~.":i?tH,t:~'. t\~:~~~7~e':1:::e:


Som~se a isto a aversJQ que ·SC.nti~ .... como toda ~-ge~tc de ~u grupo ,- ~ @
inefiçi~nci~ d~ b\lfQC~çia ingl~~a ~lJ COJTUpyfo. do$ políticos, e te.m-S.e pntticl-
men'ie"'ic>~~"â''siia"vi~'i'o"'i4eol6pca~·-E,mbo.ta"nl'~l''P'Q~$fVOnp.r~me·p~a ·mos~ 1'
q,uânto tsto ~xpUca Q <Nª<ho -qµ,.~ eli, ~~tf'\Jtvrqij, d.c.vo cnfatjiar qµ~ P. 01.Júo c0f4~
"º~
ponont~ :deitA vi~o, a .flfos.qfia de le.J n•tw~ <l"-~ ol~ J.RIQIVC\I
fonm1çã'o, ó produto de liom~n$ iS1,1 wn~nw·çomP,i;icinqdt,s., influentjou o
ln~
çe11~
. . . . . ..
MgltipUc
. .
S,A. - 137
.,
, ideológico ·qu e o levou escrever de forma simila r ..:. li berdade natu.ral de açã'o, o
. di reito natural do trábalhador ao produto total da indústria, cacionalismo in_<Uvidua•
.
0
:r
· lista; etc.-,- ,tudo Ístq lhe o!'êhsi11'iido 11n les de-~µ~_Ji'9~_l9~17:t·S~f:tj6~~-§e ·télifrrt -~e-
senvólvi do·, mas- difidlrnente .ha·veria :neoéssida.dé :c!f Jhi(ens~a't es ta·s:côlias, pai$ e.las
e~ámab~qr.yfdas. _;;na füralm.eo t-e no. .ar'qÜe.. êh{-tê"spirav,f·~Má{,__;_·:,e,,oite:~:.. o·:pQnto.
1'

_.f~ reaJmç·nte ·: i~-t~r~ssante -- toda essa,id~oí9.g.ia! ernbqra·_ ·fitn:iç,M~.nté _fl}~ti~~-;•n·~y~r-


<fo d~ niQ pr~jl,l~CPU m\Jito a sua 'reàliz.açfo cient(ffoà. Am.ehqs.q4~rec:o.tr~QS a
ele ·em so.éioJQgi~ cconômica, <.1 >. r~cebêrnos d~le ·o ensjn;µnen.to fac~aJ e ;vlallti-
cq sçgvro; :qú~-. tem ~-~vi'da; é p~ss·~do, -,~~~yia _nio ~-á m_~rgc~.ª obJ~r.tP.
JJQ :terre-
no :de· vié~ ideológico. Há alguma rama. ·~eml,fi.lQ~?flc·a·de n~_tifrez11-.;~p~ol(igf,qa,,.-~~ .
ela pode ser rcnwvlda sem prejud.icc1r.·o sev .arguníento oient'(.fléo. A an;U,ise que-.·sus-
t~nt:) suas ..conclú•s0es d~ livr~· càrn_érçlo :qya.Jifiddo ~ro.·t 7'· ê9jí:i9 foi corri_àlgu'n$
filós'ofo.s contemP,Qrâneos tais cõrn'o•·Mdf~lett ·_ 'hª'5eãâ1t-ha 'p{dpôsíçã'o 4e ·qúe o
homem-é Hvre por r~turcza'pílra COJ11ppir .e·vender onde ele q1Ú;er'. A.~finnaçfo,d,e .
qvé Q·prQd\.ltO (tQt~) é a compéns~_ç·ã'o naturaldo·tr~6alho"ocorr~, mas nerthüm uso
analítico ( ,jeito· ~ela. .,.. em toda par:te .a ld~e>logjª é disperJçlicJ.a ·em friJ_seo!Qgi_a -~•.
mai~. efa s.~·retrai' àntes da pesqulsa:~ient(fic~, E_oj part.tl~-a.9, rri~i:t<>~,.- foLeste p-rrié'rito
do ·hQmtm: c!e n4'o .seria nada se ' ~ã'ó r~'SpQnAA~ét; e·SAU .. ~~JlS() :c~mJ•r.n sób_rl,Q. e de
....âJgvma forma ·seco dava~lhe respeito pelos fatos e :pe!a.:J.óglca.·~m..parte· f<;>Lsorte:
impQrta pot,Jco· que sua a~á!ise tenha-que ser-poúa ·d.e Jado:'t=onio a· psicologia·:que
pretencf.ia .Sf!r ,·se ao mesmo tempo ela deve sei n.1;inti~;i corriQ µm _~s.quema 16gi~o_ do.
comportam·~nto econômico - num· conhecimento majs pré!ximo; ·o .b<•rno eçgqo-.
!JlÍCU$ (na mtrdida em que· Adam ·smith, o ·autor QO Moritf"~n~iments, _pocJe·$er .c!e
- fato crecijtado-01,1 -debitado -com · e$te-:-conceito) -élcab'a --se., tP.rnando -um ioQf.ensiv·õ
esp~ta!_ho-?: 4';t's :· · - .· . . · . . .. ·. · ·
; .tv!arx foi o economista ql!e descobriu a ideQlogia para nós e q~e entendeu a
;ua naturez_a; _Cinquenta··anos ·antes ·qe Freud, esta f-ol .uma ~~açã'o de" pri_meira
ordem ... Contµdo, estranho relatar, :ele. es.t;i.vª fntcirmien.Je _c~go lk seus pe·riios no
que di~ia respeito a si mesmo. Somente outras p~~·so~s. os·eco·no·rnistas ·bÚrguéses e
fi'. -. os socia!istas ·utópiços, eram vítimas d.~ idéologia. Ao ·me~mo .t~mp~. o c~ráter id~o-
. lógico
. -~e liU~$
. . .
premissas.e o viés j~_é9J(>~co,·. · . . ..argµrp_
. . . . ,. .
em
ento.S{Q óbyjos.. .., tod~
. . . ,. ,.:,;., . ......- .. .,,. - . .
" •. parte .. ~e_s-~~ alguns .de S~U~-~e~td:o.t~roohtI~i• por ~!~~-~Pl t(~pohec~r~ istói,·
~'

"'t- nlfo e. d1f1c1l d_escrever su.a ideologia; El~ era um hur~~s ra_ d1cal qu~ se deshgo:u do
. radical{smo ..burguês. Foi formado pela filosófia gennâniça e nã'o se sentiu 1,1m ec;o-
nomista profissional até o fim do ano· de 1840. Eniretanto nâqu~Ja ocasfã"~, isto
. . '•
é,.
(i ) . •
M~smo 'aí~ tomo me foi lembrado pelo P.ro'fessor E. HamUt~n. há talvez mais para se elogiar
do q1,1e pari! censurar. - . . · · • ·
attJ~...d.~. ~-º-~~Ç.3:!...~-~-:_
!r_a.~-~~--~~?-~~2---~-~~.'.. .~~-~~-vtl'}_:~.!t~--r ::~ ~:-:~r:rgi~~;st~;:
tinha ~struturado e seu trab.uo9 ç1enttuco ve\Q trnp eme.. _. • , . . . .. · • . _._ r
l
f~i :um c~o oÚ~nal .. I~to·pérm~avâ os çírculonadjça~~dé.-:f~~s epody ser {e°:?ti~!·
dci·aÜ:m··'."námerô .dé'"êscn1ores"·dõ ~"tcµlo XVUI;.·tais·cqrn.oJ Jt~gu~t; < 1->-~ -h1~:tóna !
·CQn~biQíi. como lutq ·çt_e ch1·~~es, diftru_g~s ~
om.~qfqu_~}~ m-e?r9µ~ ~1~9:tfin ,_~omo_ ;
·--~~pio'rãçiircii "i1nji-"p-el"ii'o:utriÇi(~empre-cr~scente -~~!r~ o~ -pO\lCOS qu~ -t~rn \
e ã sempre.Ç~('scepte miséri("e qçgra~~Ç.{() 'éntre _Q_S q~f n,Q-.(ÇJll, .C~minhando_i~e~q-
ravelnient~· p~r~ \.111W ~iplos~c;, ~spei~ç.u~~r, e~tc\ a.- viJ!p·ent;o concepida.. c~m •
energia ~p~ ónante, a s~r tr~b$,ad~. como \Jrria màtéria'pri_ma, com os ins'truine~~ \
los -çlen((ficQs.-·d.~ ~eu telt\pQ, Es\a -vis~9 falPliç~ em -um n~mer~ de aftrm~çõe~ q~_e '
não suportarlo o te$te de çontro,les ~wíUcós. E, qe .fa\Q, enql!~nfo seu tra~~<> 1
a,naWico 2.01_apu'reo1ª; M•~ nã'o . ~~ll!en~T-f!_a~QH?9= f~it_a~ ~eçi~s ~(; ~n_iUise cicmtm~a
que eram neutr~s. em çaq4~-~~-v1~ã'o 1_.Tn~.t~~mb~!1\ ~~~as q~e -nfo c~ncor• ·l
dâv~_bem :com ~h1 - por exemplo, ele Sl.lp~rQu.os tipqrd~ te~Hias de çriscs de sub,. /
--ccinsum~ e supcr~prod49ã'o que p~réce ter aceito 'prj~i;íplQ e tra9os d~ quais __- ,
para confyndir o~ intérp'rete_s - permanecer~m em tQda SI.la:obra.- Outros res41iados I
..de' S\.!~ an~isc,·ror'am Vllró·~uzidos com Q exped.Íe~te de r~ier·~-1\flrrnaçA'o Ôrlginiµ._ :-;:- :.
idco16gic:a ..,. como ~mil_:lei ·"ít.'~splu ta" (istQ é·, âbsÚata).~-!'t'qu~ fo a·dnji tindo a·: e;.çis• .-
t~nda de :forçàs con_tr,_rias, têspons~veis _por -d~s_v'ios -de fe,fi'õm~~os ·na .vida· r~~- "'
Fip~eflte, .algur.n~s· p.atft;s .~l\ vJsf()_em~ontr~ríYTl ref(J~o 01.-Cra~olqgia vitup~flltiva
que nfq ~íe.ta QS elemimtos científicos nun, argum~n~Q·.lor ~xernplo, ·certo ou·erra- {
do, teqrl~ de ~~ploraçã'ç, .d._9 .Viµot ''C)xcedente 1i_ foi dt
p,e_!a g~nu_i~a anáJise_~;
te{mca. ij~s toctas as frns~s brUhM,tes ~qbre explqraç!9 pçdert!\f.11 ·t~r $1Qq tn5:~~d~ ,
... t~_~ ,m__~m-~q~rns .te.on~~, entre el~s a de ~9hrn·BI\W~rk; imaginem ~tfüm;Bawgr~ ·)
na péle_·<te ~~ài,ç;·o tj~e pod.~-rià len;idq 111akfác;ij·pat;(~l~ g9-qve v~rter o oofi\eti4~.i-·
d~ sua ir~ .nii pr;it.l~a inferniµ de r~µb~ r o tn\~ntlho pe~!l redU.çlío enu~~ pr.odu_t_9_ªe
um descónto ~e tempo? . :_. .- · · · .. .. ·_1I
.· ·~gur,s olemen tos d~ sua vl~(o origjnal - ~rn p~rtict1hlr crescente m,iséna ,.
ma$Sa_$, f~toqye ~ç~b~rl~1por con_ cJuifl~s à ~CYQluçã"o:_fmaf _: qu~ e·rn~ ins~s.J~·n• 1
táv~is, er~~-~o mesmo temP.ô ~~i~pe~~á_v.eis par~ el~.. ·Es~·es ele~entos est__ava~-~~~ f
tre,t~ente_Vlllc4lado.s e~~ençH1 ~e ~ -' mensai~m, m\Jl pfofuml~ent~ enrllh;;i_d,~s

f¾~Ji~M~?~rvt~;!i1j4lll:t';;~!':.::~,il-!
.·:~::tr~~!itl~~!~M~¾~G 1

. · mentos que explicaylµ'Jl o ef~ito ·da orga.nb;~çJo - o efeito da criaçã'o do partidq


· · ..d3quilo qu.e· sem eles teriam sido d~sinteresiante e sem vld~. E ent~o nos deparáinósi
.......... .. ....... .....
(l) . . . . . .
. .
.
.
l
Ver especialmente S. N. H. ~in.gue~. La Theorie des L.ois Clyiles (1767), os ÇQfilent#ios dcl.
Marx sobre·c1e.no Vo!ume 1, pp. 7·1 et seq. da Tlleorien Qber ~en ~ ehrwcrt. ·. i:·

Multiplic S.A. - 139


n·essé casq~ com a vitória da ideologi~ sobre a·aná:lise:-todas·êls·con$equanoias-de--uma --- ..
visão que se transfpnna cm credo social e por lss_o torna e~téril a anáUse.
A Vi$§Q ~t J<.,e_yn~~- a f<?.~tc ·!_udo Q que te.m.sjd.o e é.rmi,Js .ou meno.s Iden-
tificado : ~~pni tivam~ntc c9m_ _K~ynq_sj;misrii~·-~ -ªPiifé.~ü~prlijt~·iío. fütns·:j>'qµe9s
r_~flctl.d?,s -par~gra·fos · na introdução do livro Çcin~qjlçjtç~$-.'of ..thf P~J~ {19.20).
~- . Ess~s par~gráfo$ çriaram .o cstâgnacionisoiq m~·ijen.u>• .... -~iposiç_õ~~ de e~t~gnqçJô
hav!arn ~I.QQ expressas antes, a intel\'alos, por multo~ economlstas, plU.'tir (lo·
Britanni .. "'8ngµens ( 1680) - Indicam s~~s traços essencl~is. os traçó$ de uma
} sociedad~ capitalista madura e escler'osada que tenta poupar mais· do que ~uas
Qport\,lnl~~dcs· d~clínantes ~e investimento podem ~bsorver. _:Esta vfsro nunca mais
~esapa_receu - temos outro vislumbre dela no pequeno tiatàdó ~ÍQnetarfR~!orm e
·~m 0t.1trQs; tendo porém Keynes su.ª ªt~nçã'o ab~qr:v~d.~ por outros problemas
dinante a d.écad_a de _19f0,: ~~o :.[~!. )/.{~.-~~Uc.~~ftj.t{}~J:>~~~~-~-táda Jté multo
tempo depois. D: H. Roqertson no-seu Bfl.Jlkirig Pohêy ~í,1 -th~~ri;ce Level apresen-
to~ algum· trabalho ·q1,1e ·chegou· a se·r .lmpfomerita,çã'o p~rcial dá :idéJa. d·e p.oup;111ça
aoortiva'. ~;t~ ·em Keynes esta idéi.~ permaneceu' C_()OiO µmá ,q~est~o lat~raJ, mesmo
no tre~tis~ <m. Mooey. Talvez ·o choque transmitido p~l~ cns.e :mundial tef\ha sido o
e'.'.ento gue quebrou . definltiv~~ente~:_ái. amarras. que. Q. i.mpediam ije sp e,~pressa.r
inteirarr1ente. Por certo foi esse mesmo choque · que criol) o ·publicó. para uma
mens~gcm dess~ ·espécie. · . · · ····· ·· ·
Outra vez foi a ideologia·- ·a visão ..do capitalismo decadcnt~ que localizava
( via )"a· caus·a da decadência em .U.Ill qentre os in_úmeros_caracteres ·da socie_q!lde
mode.rna - q\.Je atraiu e foi vitoriosa, e· nã'o a hnplement~çã"o analítica pelo livro 4e
19~~ q~e. p,or si mesm·a _ e sem a pro.teçtci encontrada n.à ~norm~-atração <ia ideolo•
gja~ ·teria- sóúfrfo müito-riíais "côni O'Cri"~fcismo ·qu~sede·:ti:ne~;tt(? ceptr-~-eJa-dingido.
Ain4a mais, Qap~rato conceitual foi_o trabalho qe um~ mente nã'o iipen~s bn]hante
mas .t~mbérn madura - de um m;irsh_alliano qqe foi t,tlT! 'dos três ·homens qtJç reparti-
ram ~ntre si a toia do .sábip. Nó decorrer d~ déc~d~ de·vin.te, Keynes era e ~e ~nt,ia
~orno µm ma.rshalliano, Emborà .te~ha mllis tijrd~ -remmçlé!,do drarnatic~ente S\lil
- · d~voçã'o, jamais se desviou da linh~ marshal.lia.na mab do quç o esifitam~nte neces-
sári9 pára· estabelecer o seµ ponto. Çontinuou a ser o que s·~ JomQU. em 1914 ""'." um
mestre qo oficio_ de teorizàç~o, podea ....... .-. . Qo.
, ' . ~~sim
. . .
::. '
pr9.ver sy.a_Y!sã'q_qe
-~" . . -: . . .. escuqª~etn.
.. uma
,. ·q~e imp~(l.ju muitos ~os s~~f:~4-~pt~ftn?Çl;_i'~~r,~TTÍ-,Q"tr~~-~-L~l~±n~nto fd~cilQ~co.
Certamente isto facilita agora a absorç4'o da contribuiçlo de Keynes no proçesso
· ·corrente de trabalho anai ítico, Nfo há. realmente quaisquer novos-..prinçípios a'
............. ~bsorver:···A"i'êieofogi'â'"do'•eqii'il'~rfo"élif 'fübeff!'ptego· ·e d~ 'nã'o-dlspêncll~ -:-- melhor
termo para ser usado do qt.Je-poupa,nça ... é prontamente pércebid~ no cont~ú~o de
un:ias poucas suposiçõe~ r~s~ritivàs· que dã'o êhfase a ~Úto$ fatos (r'e;tis oú supos.tos).
Çom es.tes pódem todos li~ar como decfdirem adeq1,1ad~en te, pocl~ndo prosseguir
: ; .

140 - Multiplic S..A.


tranquilamonte qu~to ao r~stÇ). Isto red\µ a~ contr9Vérsi~ K~ney$ianas ·ao nível pa
·• · ...ciêntja técni.ca. Carec.enqo de. sµporte instfW~iPnN, fuH;l9v_Q "cr~dq''
... ... ., , ....... ' ... ... ..
com a_situa· 'l
çfo -.qu~ o tomara cqovim~ente. ~~smo O$ m.!\ls. 4ttr~_ $iJ~nt~s ~c(Nllochfde ·-,fq-~so-r···
.

ti~IlÓ. ~º-
~~mp~ligo~,_ -~ ~-~!.~ll(llJ~,1_,_~:r-Qsi:r.~$~_ ~~$} :~ff_cU.~ -~r ;~ J
envolv~m renµnci~, relntcmr~tRçfç. o~inc.p~pre,~$f.~-~~,lll~f!M~ql ~n.&fuª1,_. .--.. ·· !
... ". .. ..... . .• ····· ... '....... ...•.
---.. . . .... . ..... v. ....,_:....--. . -.-.... . · ...:. . ._.. .-.·_· '. :.:.:. ,._.:...-. .. .- r·t :.
. ; . '
1

No~SQS ~xemplo$ pod~fll ·~~~rir que ~~~t,.s


lµl~itf.ç ~~flt~ inoootJ'olad.~ ~~-~r-i
cem seu pap.el ~xcluiivamente _na·esfera dtqMel~ ctinoopçl!ie.s ~pt,s 'do-p.r_~sso.,
eco~õmico CQillO· ~m·. to~o, c9nsti~indo o éen.úio do qirn) o e~forço·anal{d~o se 1
inicia o d,o qu.âl Jimai$ conseguimos domin~ intc,lrM1ent~ maJs dQ qu.e ~·gm,ent_os.,
Isto é na.turajirie~te _verda~eirn_até _çe~-~9~~<;>~l9 !fl~9:r _
p~e d~ _nos~o trab.ajhq
.de pesqul~a· Uda ·coll) .P~~i~l~r,.~ dfQ .W-FP;os_-~P-9.;Pª:fª -~pl~s--~~ã'o e_ s~q;~.
mais rtgl4~~J~ .cQntroJ~.4a$ por te~~~s objii~y<;>s .. +-•··toda~a. ra-o µ1te•r~.e~te/
Tom~•se, . por exempl~~ a teo~~ .4~ pP~p~ça gue de f;ftq·_~puece nu~ c?n~ext1
m.,ts 111nplo .dQ_ii$tem~ Keynt~1ano, mas qu,e pog~rla . r,ctua:1 teonc~r,neni
t~, ,~r ~ta~.~ ~m si. mcmpa. ·Pes4o· 9·tempo·de r~·rgot f'~m.Hh.. 03 v~rdad~, ijpd~
remo.t~ente - ., ff <>_~e.mpo de JS:ernes, to4~ :a.~ p.tQ.pP.$iÇ~~s,~Ãís impoft.a,nles
sobre s,,a n,tur~z!l e -~~itpr fornm formYla.d~ -e, li,~·Wn('_ Qt,~· int~gradas~·dç mq_d.o
. que -d~~e.hã,v9f p9µcp..Ju·jijr par~ ·qif~_ reiwM:-d·e ~p~_iJ~\- c_om a· mfi.9r ~qiiez·a -4;
fa.tos qQe_,cqm~d~çs tioje. P~v~ri.if :s.e,r'· f~·cu ,org~nJ.za.r 4ma aná..lise suajanant~
(embq~ talvez pf9 mu_ito· e~tjtnul~t~). qu," ~ppq_etja ~ser-àçeita peta ~ai~ria. q~
·ecoripmJs~ prQfissionaJs cq,no um dçc_µf$0 naty.ra,l.)~ntrl!tíUltQ. ·há, e·tÇ_ftl.· havid.P
_s~~P!~, PR8~9~$ ~loi,io.$a·~·'e yi~p~rios.as ~o..~rr q ~$SÚ11tq que,·ªssis~_çlas por trJ-
ques de -terminol_ogjij _lijf ·ccm,o it confusío. ~ntre 'p.qupw9a e riã'~dispêndJP~:tê_rji'
co~~guldo proqµ·;µ.- .an_t~_ion.ism9 hipócrit.( en~r~ Ç>$ que .e,·$.Crev~m .sob're p
. ª~nto. gif~rql)9~$ maí$ e~fati~a~a~ na .·l19ij_trin.a _·p~r~ ij~ ~"~s. ~4°Q :~á ~ªf
f~çtttlJ .oµ-a,ial(üc·~~guma, ~Jnp_re m41c~m ªpr~~ng.~ ~P V16s.1<J_.. em. urn·9'J. ·
em ambP$. o~ l~4os. ~m.bqrn por ~1 me~rn.a.s nío Q pro.v~m •.Ne~~ çªso, o v1és $µ.rge d~
dµ~ JU.ty<k,s g.if~r~nt~s ~Qm t~Jação a.o esquem~ dQ.viçf3_-burgµês, . ;.. · t
· ÔqtfO . exempl9. d.é :jdeo.logi~ seçlon@J -d~;ta e,spéçié dadQ pela 1Hit1Jde be
_mqttos~_. se nfo·4a. .ro~Rri(9Pt~99~t~n1fst~-~·; :9.o~ ·r~,l~9ãg;ª quaJqy~r :qe c~~a
IiumeJr~ ligada ª-.rn~~"õpóli~ ·(o.ij~ê)p~~!P): ~-·{tt,;çt~_-,._QqnJünta (Je pr~ço (coalis:tg).
Est!J atjtude ·nfo t~m :11,1u4a~o· qe_sde Arisf6tcles ·e·Mo,Jina embQra haja adqu:iricfo,.
. parciahnent~, novo signific340 $9b ~s c~nd.f_ç~ 4a fn~ú_st.rta_mqdema. Agor~, co~o
então, u~a. maJorta. 9QS ~ÇQOc;>l)li~t~ cpnçord~ri,·~o·m-o 'dita<lo. d~ Mo.Una; nw_ nor,o-
Umn eat injµ~m ·ei pt;~ijcQ~ fnJtuh;,Mn, Tc;,d,via nro t este j~(gW1enfo de vaiar
qqe é rel~vante p~ o m.~~ -u.gumepto "'."' pode.,~ de~gQSfllf de neg6ci os em ~aiide
'
Mµf.tipliç S.A,: ~: 141
. -~scala, exatament~_.çomo se pode desgostar de muitos outros caracteres .da çi~ iz8=..
·-.,, ... . . :... ··çfõ . mo·dijmt·. A-f~1evâií~i'fêslifnf ãiiâfise . qüe. iiifomia este jµlgamento e na influên· ·
. c.i~. id~ql'(;giç~t~UÇ.:·es~~·rui'~U~·9emop~tr~.. . · · .
·- ~µ~ri,-q~~t·-qutr.· fo~~)'.."l.i·gQ· ~rj"~~pl~ - 4e· M;~~~_!·; ~ -~_if '.ti.~ <Ja··-_aq}re}er · qve
- _~·_
t~nha. lidQ tarttb.cf111 ~~-u . {~.d~sf_,r. sw~"Trn4~.~4~.Y~ .s,,~.r q~~, _Qt m:~.m~ros
... ·· · -i~-....·mo-delos·:--que· s'iQ ·cç,J>ertos ·-por.)~q~et~_
s. •tei:mos, há rt1üitos qu~ ··p~nefiçi_~ .e n(o
-~ - ·: .prejudlê.am ã eflcí~nc{a econômlça, d~vendo ·q h,lt~r~s.~e -~-º con~Il}i-~qr- ser afir•
·· m~do; A:;ináHs~ m=,.is mo·derna p~rmite mostrar aJ,iüla m.~ls·clar~ni~nte·que nenhµma ·
aílrm!!ç(Ó .iudis~riminada e desqualificada pode ser vcr<Jadeirs para· ·todos
·eles; -~ , -~lU-~ os simp)e$ fatos ·de · tamanho., vended?ri~~":l_ço, --~isc~açA'o _e
fixaç(9. QQnjynt-a de preço, s_ãó em si m_c~inos _ina~cq~adqs: par~ afirmar q~e
a ah,.;\Ç(O. . resullante . é, çm .qu~quer séntidQ rel.~v.~~t_ e .~ r .p~avra, inf~rior
.. ·àqu~la q\1~,_.p.9:~~r~_a ser_e_sp_e.~~-~.! ,.?.~:.-?.~ f9.~.~ê~~t~_P,;./!~-~~~:::J~~:~?~~~,~s ~tingíveis
.sob concorrência perfeita - em '9uttas palavras. ·gu~ . a. ao4Jts~ ecoi:iõ~f~a nã"o
.. :~f~r~ce . m,at~rlal a~gurn em suporie dÓ . irldiscrhn~a.4o "desrn~~telam~·nto·_de_trus".
tes''; e qu·e ta.1 material deve ser bu·scado ·n~s··circúnstânci~ pecÜli'âr~s.de c.a9tcas_ o
particular. Contudo, mµitos ecpn<>Jnista,s·. apoiam . tàI.-~ ~~min..11~0-· "4~:SJTl~tela-
menJ~ ·d~ trus'tf', o pç·nto. ·~rit~ressa.nte · .q\le:·pitr·o9.tn~_g'_p,r.~.f -~n:t~~~~t,~ ~?
si_~tema :da ,~mpresa~p.riva.da sã'ó pa.r:~:fo41~.rrn.rntç .:p_r~r;il~~Ol~$..~ e~tr~ el~s~D,~les é a
ideo~·QgiiJ: d.e ·uma ·ec·onomía. éapitalista·que· preeqc~fd, ·suas.:::funç·Qes soc~ai~:~c1wirá-
:- :velm'erite·, p·or virtud~ d~ v;uinha·: ·mágica da ·concorrênciá perfeita; iiio·-{os.se o
moOstr,o do ·mo,nop6lio .ou ·o~igopóll.o que empUtl! ç: b,rUhp da çena. "Ne~um.
1 argu!ll~n ff;i sobre o d~scmpenhõ do~:nei6çf o~ de .lar~a. ç~aÍ~f~·sq~re. .a in-evtta ~iUdtl4e
.,, :de $\fa eme.rg~ncla, sobre os· Ct,$lo$ _sociª1s envolvid.Qs ··~;t rtipt1.1ra d.e ~strutµr~
e"xJsten~~S.,-·S.Obr~ -a f utilid~4e ·q9 -•d.~aJ=sª~~go_-d~-Çonçon~nçi~·:.perfejfa ~.-v.4Jiqq.-.,,
oa·
:ou, . ~erdade/ provoc~ qu~quer ·_qµtra · respostª que n~o seja a rn~is obvhuriente
·sirt~(a in.cligry.aç.ã'o, · · · · · .
· M~~nto .a.~~lm prolçmg~qo_~, :n9s~os exemplos, ~mbor~ Uu~trando süficiente-
~çnt~ .ó qqe é ideologj~, -~to-ln1stªnt_e._.in,4e..quil4os·ppra·d~r•nos·uma jdéia .do
.. âm?itQ . de s~a in_fluancia. Em · nenhum 'h,1gar é · esta. iníl4ência mai~ forte-
ment.e visível do que na ~i.st.ór:ia .~conômic,, que exJbe ta-o· cfaramente os
traç_~s . PC pr~~!ss~~ iq~o~.?.-~.ff~-.; l~~fi~~~:e~t~ :.~.1~~$ ~fq . ·r~~~~nte
· ,. fo~ul_adas · ern _tant~~ palav.r~·s:~-,'='ser.rª-Q :_..p·Q.rt~nto·:.~.ruajn~,n.t~f:.: ·contest~g;1s· .- a
queslã'o d.o · papel qqe deve ser atribuidQ em des~nvolvlmen to ecoriórt1ico, à
i~Jciativa d~ ·governos, plano- e política.s, proporciona ·um .excelente e:,_cemplo:
em .: gn1po~, çs hlstoria.4ores económicos têm sistema-ticªnretrte .. ··sobre·--· ou....
su~~~timªdo a imp~rtânci;1 gesta i~ici~tiva, de qmª· f onna ·que aponta ine-
qu1vocan:iente para convicções pré,dentífiç~. fy{esm.o a inferência ~statística
p~rd_e a ~bj~tiviclade, que deve em boa lôgicâ caracterizá•lil, quando assuntos idep.

_142 :.:.. M~tipti~ S.A..


..
logicamente relevantes estão em pauta.< 1 >ij a)guma~.~,.~A~?~.~~ iológic~s. psico-
1ó~cas, ~nfrop.plóglc~ffbfõt6gi'ça.s·· 4u~"b~rifüim"nç~§ªS .pr~fas_ es(_fo tal. p6_nto·p~
luídas peJ.o vi~~ id~ológiçp .q'-le, QQ~fVMd.R .Q_. çst~·49 -~e ço1s~ e~. pa~es. d~st ts
~~.m~~-!, '9.-:~~~~9?-J.i.s~~P,~~t~ ·_aj~!l),~ _v~;~~- 4~p.~~)2~-~9l.q:-~~:09~ P.~~r~f!~.J.!v.~~~-
tcmp_o=~e--p~~erfªm.Qs o_b~eryar q·~~JOl9.·f~f\:QfJl'~r\9 eJTI ·-~9~~--p.itrt~: :~.U. ~J1s -.1qe~
Jqgfª~ cri!tãll~~•-··q1'e-·:sê ·tOrriª11l .ér~49s·-~~mp9._r~(-i:~-~!ill!flm~TTU-~.4.y.els.,~:- fl.f&U m.:er~---
t~ç{a; que ~ncontr:ün defen~or~s di~postos a perder S\l~ ·- pr6p_ria•s ªt~a~ pára d~fery.-
dê-fas; . . .
. ·.-i-ú"PQUC9 conforto em pos~lar, çqmo t~m ~i~Ç> f~ito algtin)JS .vezes, a ex~-
tênola _4ç ~~n:tes im.p:uctais qÜe sãÓ .imune~ aQ viés-Jdt1ol61pco e ~x hypothe,si ·c~p-~-
Z~$- d~ $U_ per,-Jo~ .'fJi~ tes pQ4em re.ahne.ot~ e.~istir. é t. fácil, d~ fató, -ver · que
êer!os ,gro.pos~soç~aJs ~_$tio mais·dist!liúes 4·<:l ·q\:•.~ 9~·trQS d~quel~$ coióc~çõe$ de ~-i~~':
so~a~ - ~s id~oloihis .a4qlllTeTTl•.Y-iBOf JU!Jçlqo·aJ.·.em conflitos .econô~co~ du
po1{Ucas~ M•s C(Tl~orrpo$S'ahl ·~r rélativ~·~n;te:Uvr~~ d~ ideologias dos pratiçantd,
el~s <h~~nyolvc;O}. sit~s._ pr9pnaf ldc~lagia..f o·to-·m~ntjs 4istQrcidis. ·Há JTI"$· ç_onfort~o ·
n!l -~b~"ª·Ç,~O 4e-que o~rih~ma ideqlq~a-·~cçmôn\ic1' ~l,tra ·par~' ~·mpr~ e .qúi( co~
uma PT9~~bilicfad~ qu~ s.e apro~imi da c.~rJe+i~-114~,ev.enü~atm~rtte sµ,peramas cada ·
umª ~fl~s~ _ht.o_ 9~qµ; .~;~9-~0TT1ent~ .qq f~t9 1~~-Qfp~di~s ~oçiªiS.fl'.lU,4.~ e de
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~staçionánq.. A mc4i4a, em. que Q t~mpQ pa.s~a·ee~ q~res;e·s tç~te~ ~i>N· v~o:~·óao.
feiço;fd.P$, VÍ.Q -~te$. .r~~n4o g &~Y tr~bàlfl9 niª1~ gopr~S§J -~ m~$ efq{iv~_ men.tf;~ Mas
·isfo·afffqf-rio~·di_lii .!;Õrff ó.re.·suHii·do de' qu·e ajgu~·ij id~oló~3 estarf~mprfcq_rio _..
oe>~ e e~J9u cqnye,nçi.do de:qY_~ a~sim §C.r~~ º
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~ntre i_de.ofogi~ ~lsi,o., E$t~ -~tQ çognit~v<;,.pr~(1ientífiç~. fgote.. d~·-nQssas, ideç,lo~ . .,
é..tam.b6t,t ·.~:~-~-~e-re~4i,s~!Q ~e.ryos~o ç.içqi{fiç~~-~énhuma."?Y.ª ·mcu~o·Q~ .
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. hleologicamc·nie· destórcid~ , Qs exémpl<:ii m~s f~cgueot~~-~9 1q\feleJ o.os 'q~li$ o ngo~.. dps
tesfcs é relJ~áao·ou 1\ffll~f\tit40 d9 3çord9""conff1t:t~çíô (~ç~tóai~ da prop<mçfo sqb·- d'5~4S•
...sãó·~ ·0esat,f~i"i" a~êt~çi<>. Q~ nJefçâ'o d_e "m 1eswt1dç, ·cs~Jí1tiç0 ~nvolv~ ~mpr_~aJg~ .n ~
d.e erro, ~ma simples viriaçlo. n~ ·di~pO$ÍyÍQ ·p~,. i.,t<:Q~f_ c:m ,tll
.ignor~ndp ~outra_s r~QO$, pm. pro<lu;Íf
tas ·es~tís_ti~s tiram irtfe.~_
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· Ricardo Comeiro

ta.is não pode ; er. comprimido, ou seja, não há espaço para 0


aumento do deficit em transações r~ais sen1 que O DTC cresça
para ·1.a lores nã~ financiáveis. Isso supõe, portanto, que O cres-
ciinento pretendido de 4% ao ano teria que se dar a partir de
um crescimento das exportações superior, simultaneam~nte,
ao incremento das importações e à taxa de juros em dólar.' Es-
sas possibilidades são limitadas em razão da nova inserção ex-
terna da econon1ia brasileira.
A análise do processo de estabilização realizada neste capí-
tulo tnostrou que a economia brasileira se encontra num im-
passe, ou. seja, somente será possível manter a estabilidade da
moeda à custa do crescimento econômico. A primeira restrição
que existe quanto a esse último está no plano do valor externo
da moeda. O. crescimento excessivo do DTC poderá conduzir a
uma necessidad~ de corrigi-lo. Se isso for feito pela c'orreção do
valor externo da moeda, corre-se o risco de desencadear uma
aceleração da inflação e um aumento permanente do estoque
da. dívida pública. A o~tra alternativa será, obviamente, a de
!· \·
desacelerar o crescimento doméstico .
.Evitar o questionamento do valor externo da moeda supõe
desacelerar o crescim.ento econômico, o que impõe realizar su-
perávits primários elevados ou admitir o crescimento da dívida
pública interna para limites acima do aceitável pelo mercado,
ou seja, significa aceitar o ques'tionamento do valor interno da
moeda. A conclusão·anterior implica reconhecer que a política
econôn1ica de preservação da estabilidade deverá ter como um
de seus elementos centrais o caráter restritivo. Somam-se a
isso as demais características da ec·Õn<:>mia brasileira, produti-
vas, financeiras e macroeconômicas para configurar un1 regime
de baixo dinamismo.

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