Você está na página 1de 370

ANNAF~S

DO

. PARLAMENTO BRAZILEIRO :
G CAIARA DOS SRS. DEPUTADOS
·TERCEIRO ·AN•o ··DA DECIMA·SETIMA LEGISLATUR-A

~rn~~~oo IDrn rn f3 ~oo

Com~rehenuendo a conclusão ~a sessão eltraor~iuaria. ··

C:o 0 ••'!\.~.P.

RIO
. DE .JANEih.O
TYPOGRAPHIA NACIONAL
.
- - "• --
Doa~.Ao ~)
BIBLIOTECA

PlrmutaJ
Compra (
)
)
.

No...al•. q.~~7~-·~-
.,... -..·-···. -·-· .
~ . .
~·lf-

. .

\ ,/
\ i
'
..
• I
. . -~-?.

,. .

i\prosont~çlio de emendas, inl~rpclhwõos, pro1Jost~s, projcutos, llltreccros, I'Oi!Uorimentos _o rültüOi'liiS

EHENDA8 .

Em,enda. EleYando n cotUarca do Unrba.cena n 2.• entrancia, p!\g ..... .. ............. , ;·,, ........ - . 81>
Coneedendo licença ao dcsemllill'gado•· Jot\o.Pau.!o Monteiro de Andrndo , pag.. . . . .• ••. l:ll
., Autorizando a màtl'icula dos estudantes Üenrlque Augusto de oiiveira Diniz , Jo;éLulz:
Detrort Quatll'OS, Olavo dos G~l10at'<1C S Dillac, llaymundo Josó r]~ Si"queira Queiroz,
pag.... .... ..... , ....... ... ... . .. .... . ... _., , . . ... ~ . . ......... , ......... ... ... •• .... ... :W8
Anto1·izando a mntricul:l dos estudantes Jo;io Lobo Vlnmu1 é João Cai'Jieiro da .Sollza
.DaJitlelra, png.: ..... , .....••.•. . .•.......•......•..._........ . ....... .... .... .... .... . .. ~~ ~
Sobre o projecto de estrada de fCfi'O de Philadelpllla n Caravctlas, pag .. , ; .. -. .. , .... ... , :232
A· fa\'ol' do c lulllh'C Francisco·Jo$6 dos Reis e \'l:;ndo Manoel Lo pe~ Ro,ll·lgucs de nanos,
png.. • ... • • • • .. •.. .. . . .. . • .. ....... . " .. ... . '" .... . •.' ... • • • • ••• , . ...... . •." .... . • :?S:l ·j
l~ 'l'E~PELL~ÇÕEI!!t

!nt~rpcll~çües s ollre.negoeios di proviucia.llo Rio Grn11de do Sul, :>~;.... .. ...... . .. ... ..... ... 2ill

PR01..08TA8

- Pl'opostn. Da reforma clc.ilol'ai, t>n:; ... . -. , .. , :: ....... ...... . ...... , ....-•.• , . .... . .. ... ."•. ,. , .. . , .. ... .. 29
Abrindo Cl'Cllilos ao minlslerio <la agritttllura, t'ag... .. .. . ......... .. ..... ..... ... .. ... . 31
t'ixando ;ts for<;ns li<! l<lrra, pag .. .... . .. ... . , .......... ... . . ... . .. . ... ..... . ........ . ; .. ,
Fl x.nndons llC 1nn1·, pag .. • . , . : ... ·•·.•. ••.• .• ·.••..•.•....•• •.. ·. . . •. .•..• . . • •.. .. . •..
fol'~as
ul9\
., (
Apresentando o or~am ento do mi nislcrio tia razond~ , png ... . ........ .', .. .. ..... , ...... . sr.
\'
I
I
\
IV INDICE
-----------------------------------·-----------

PRO.JEC"J.·os

Pt·ojecto. De resposta a falia do throno da se.;;são extl'tl.OI'dinal'ia em 1.87!), pag.................... !3


Sobre a abolição do imposto dn tt·:mSJlOt·te, pag.......... ... . • .. .. • .. .. .. . .. .. .. .. . .. .. • ~G
Sobre a desapropt·iaçiio de p1·cdios e terrenos pat·a estradas de fMro, p:tg-.... ... • . . • . . • • • • õl
Creando um collcgio eleilor;tlna vi !la do Teixeira, da Parahyba do N'o1·te, pag .•..•••• ·• 6i:i
Sobre a lei província I de S. P:tulo, de 1. o de Aln·il de :187o, pag .................. ; .. . • • • 6o
Sobre çretlitos pedidos pelo ministerio ela agricullur.1, pag .......... , ........... ,....... 57
Sobre venda de tenas par? uso da eslmda de l'om·o de Philadelphia, pag ..... •·.......... 70
Autorizando a matricula do estudante Alberto de Seixas ~!artins 'forres, pag ....... , ... US
Resposta á falia 1lo throno da sessao de :1.880, png., .• : •.•• ,.,., •. ,................ •.• • • • . . HS
Autot·izando a matt·icnla do estudante Adl'inno COrte neal, pag.... ... • .• . .............. 120
Autorizando a mall'icula dos estudantes Olavo dos Guimarães Billac e Raymundo José
de Seque ira Queiroz, pag............................................................. {5/j.
Autorizando a liccnra dos juizes de direil'l Francisco José Cat·doso Guimarães e
l~rancisco Bnptist:t da Cunh:t 1\l:tdtueira, pag............. ... .• . .. . . • .. .... .. ......... UH.
SolJrc a llxação da força naval, tJag ............·...... , .............. ,., ............... , • 190
Sobre a jubilação do vigatio de Out·o Preto padre Joaquim José de Sanl'Anna, pag...... 226
Sobre a pretenção do alferes Candido da Fonseca Galvão, pag...................... ... 227
Autot·izando a licen~.:a do Dr. Antonio José de Souza, lente do Collegio de Pedro li, pag.. !33
Sobre a reforma eleitoral, pag., . • • . • . .. . • . . . . .. . .. •• ; ......... , • • . . . • .. • • • .. • • • • • • . . • 233
Concedendo jubilaÇão ao Dr. Francisco de Paula Baptista, pag... •• .. .. .. • •• ... .. • .. .. • 260
Sobre a fixação das~forças de tct·ra, pag .... -••.•• -........ , ............ , .. ~,..... •.• •• • .. • 261.
Autorizando a licença do desembargador Pedi'O Camello. Pessoa, pag............. ... . • . • 3l2
Autorizando a licença do juiz de direito Joactnim daGosta Barradas, pag ....... ,, •• .... 3l2
Approvando pensües a Candido Moreit·a da 1\lotla, .loão Telles de Menezes, .Mano&~ Anto..-·
nio Victurio. Alexandrino Antonio de Oliveira c LaurlndÓ Fc1·relra do Vaz, pag...... 3l3
Aoprovando a pensão de Rufino Pot•firio, pag •. , .......... .'....... .... ... ...... ... .. .. .. • 313
Sobt'e o tempo de serviçÕ que o Dt·. Portella deve contar para sua ju!Jilação, pag ..... •. • 3Ui
Ot·çatulo a dcspeza do mlnislerio do Impcrio, pag ................... , .............. , • • • 313

PAR.ECERI~8

Pal'ece>r. Elr.i~.ào do deputado Jeronymo Jat·dim pela pl'ovlncia de G 1yaz, png... •• • • • • • • • • • • • • • • • 22


Eleições de alguns collegios de 1\llnas, S. l'anlo e Rio de Janeiro, png.................. Ol
Sobre as eleições de Taqnat·y, 11a provinda do Hio G1·ande do Sul, pag .......... , .... .. .. 60
Sobt·e as eleiçOt!s na provlncin de Sergipa, pag ..... ;.................................... HS
Vent.las de letorenos pa1·a \lso da estmda de Philadelphia, pag............................ l2ti
Prctençoes do alferes Belnrmino Accioli de Vasconcellos, Feliz Bal'l'eto llluniz Telles,
capilfi.o Joacp1im Sahino Pires Salgado, Fil'lnino Joaquim Fet·reit'a lla Veiga, Pedro
Virgínia Orlaw.ini e os carteiros .do correio geral da côrte, pag .......... , • , ...... , .. • . lõ&:
Pretençüo. de .Frnucisco GaYirto Pet·eit·a Pinto para nrrendaJ' a ilha do Arvoredo em
Sanla Calhnrina, png .. ,, ; • , ., ................. , ... , ........................... , • .. ... 189
Pretenc;tio de Theophilo Gomes dosUeis, pag ......................... , ..... , . .. • . • .. .. • • 223" ··
Eleiçürs de it:ititlJy. pag...... ·••• ·••• ." .... ,, •••• ,·,, •••••• , ..... .-.·••• ·•• ,, ....·•• ..... • •• .. .. 226
ProjPelos apt·cselllados pelo Dr. Fel'!'eim Vianna a. respeito ~e cslt·adas de ferro e tele·
gl':tphos,pag ........................................................................... 226
Elei(,'üt•s <.los deputados ll:w1o llornem de lllello e 1\l.arlim Fnlllcisco Filho, pag... ........ 233
Rcgitnt•nlo 1lc Antonio de OliVPÍI'a Pantoja Santos. pag ............. , .. . .... ... ... ... • .. 321
Prr.l.l'tu;<io· de Yicr.nle Antonio de illlr;mda,~pag ........................................... ,, 3U

··~
··~ ___ ___:_
__ ~.:
tP.: \
IN I> ICE v

REQUERlltiEl\!T08

Requerinento. O~ser\•atorio :-\stronomico, monitor Solimões, e rehocad01· Ajudante., ••.•••••. ,


Processo instaurado em )IJnas contra. o capitão Camlllo Candido de Lells ......
P~dindo cópia do relatorio apre>ertt&do ao gover11o pelo empregado Kely, do
lhesouro nacional, sobre negocios do Maran!Jlio ................ , .............. . M
'Negoclos do Rio das Eguas ....... , ......... ~ ................. ; . , . •·, ............ . Ui
Nomeação de uma commissão estJecia.l para tr:~.tar do codigo penal mUi tu ...... .. li8
Chíi.lcLs.doLargo da Sé ••••..•.•...••.•....•••. , .. , ... .... t••··•'•~······· , ..•... U7
" Remissão de papel-moeda. e privilegio :t Botauical Garden ................... ~ •. U8
Nomea~ão de uma com missão <IUC estude e dê parece!' sobre estradas de ferl'o •• ,, 157
Pal'a que Õpl"ojecto n, 2õO tle H de.lulho 'de ts79 volle :i com missão pa.rn. rccon-
side•·ar .. ·...................................................................... .
Negocias do nitt Negro 11a provi nela do Paraná; colonia de lolnl'ille em santa
Catharlna, c diversas leis provinciaes da dita provincia ...................... . 2'i0
J>pldcmia em Vassouras, província do Rio de Janeiro ... ~ ..................... , .. 28l!
1\~gervatol·io do Pedregulho .................................................... . 282

D.~LA.TORIOI!!I

Helalvdo do~ !ahalllo~ d.~ secretaria da camara dos deputados ................... ,............. 6
do mlnislerlo da fazenda ............. ,., ... , ......................... ,............... 86
do minlsterio dll 111arinha.: .......................................... , , •.•••..• , • • . • . 92 ·
do n1lnlslerio da gUerra.-·~, ... ........... , .......... ~· . ...·."": ~ .................... ~ ..-... ~. tt8
d() ·minlsterio de estranrelros •.••.• -t.,., .... , .•.... , ...•...•.•...•• ,·.. . . . • . . • • . • • . • . 128
do mlnisterio da.. agricultura .......... : ........ ::........... , • ;·, ............... •• . •. • lit>
do minlsterlo do imperlo... ·................... ' ..... , ........ '........... .. .. .. .. . . . • lil>
do nlinistêrioda.justiça ••...........•.....•... ~.a4t ......... ,,, ....................... l3[)

Discussão .de intcqlellacõcs, projcctos. llarocm·es, rosposttt á falla do throno crequerimentos.

INTERPELLAÇÕ~8

Dlscus$!iO, Illi?l'p~lll\ção sobt·enegocio.l Lia p•·ovlncio. do fii{) .Grllnde do Sul .................. ·.•• 286

PD.O.JECTOI!I

Projccto n. :nosolli'O Olho~ tio olllciaes d~t al'mada ................................. , . S


n. 210 soi.Jrc o tenente naymunllo Pcl'<\lg;10, tmg~. s e....................... ti:!
VI I~DICE

·- - ------------- - -----...,.----------
'Dlscu!são. Projecto n . 298 A, sobre a comarc:t {)e Oeh·as, pag .. ......... :, ••. , .... , . .......... .. . . 29
n . 2115 A, crcando collcgios clcHoracs na proYiucio. do Rio Grancl!l elo Sul, pag. -l6
• d:l resposta 11. falia do throno, 'Jlll!'• ... , ...... . .. . ... . ............... ........... . 46
u ~ 307 sobre· a r eforma de Arnaldo Luiz .Zigno, pags. ~~~ e ............ ; . .... · ltG
» 11 • .1172 sobre me)bOI':lRlCIIIO de reforma do ead.cto ~ste'l-·:io Pinto da Lu~. png ••• ts•
" n. 306 sob1·e o professor de muslca .fllalhias José Teixel1·a, pags; w, Ul2 c ..... . 183
,., n. 86 sobl'c dan)noeSinl~tro, ·pag ... . ... . ~....... . ..................... ..... . 74
» u. 289 sobre a comarcade Oelras,il!ig ....... .- ........................._... ~. 88
n. 6 ·sobre credllos ao miulstcrlo de agricultum, pags. Ht e ............... . lifl
n. 5 sobre credites ao minislerio de agricultura, png•••• •••• , • •.• •• . • • •••• , •• l3i
·• n. l!l sob•·e a pensão d.e Manoel lla!ilto Bezerra, pag......... h • • • • ·, . ·. H ... . 131
n. tXü sobre n pensão do volunlarlo Antonio Fernandes Feitosa, rag ......... .. !35.
" sobre a pensílo do artifiec"Zefcrlno Josê da Roza, pag ........ ......... ... ... .. l3L
" n. li7 sobre a pensão de o. ~la ria C.'lelann llan:;cl ela Sll\'a LobO, pag..... .. . 131.
11. H sobre a mntricula do estudante Alberlo de Seixas Nar tins To1•res, pa~ .• ; Hl8
n. 9 sobre neslrada de feno de PbUadalphia, pags. ~\ e. _.• •.·..... ... ; , .. . .. 230
n. 12 sobre a matricula do estudante Adt'iano Curte Real, rmg ..... .... ... ' ... ~\i
." Jt. l~,pag: •. ~ ··~···'······~····· · .•. ·............•...•...._.... ~ .•.......• •...•. 221
• l) n. !ii sobre .melllOratnentos do passeio publ_lco. p_ag• .... ....... . , .. . .•.. , .. ll29
.. ·Ox ando :1 fot·ta de tnar, pag ... ; ..... ...... . ......... , ... ......... , .. .. .... , .
d:1. reforma eleitoral, p~g ........ .... .. ....... .. , .• ..• ..•..
· , , ..... . ..... .• • . • ·
ll·\9
3H

PARJ;l:CERE8

Discussão dos p;\l'eceres ns. !O G, 10 H, l2 C, n D, 20 C, de 18i~; eu. 2, de 1880, -sobre cle h}Ge,s
nas -proYincias elo Rio de Janeiro,- Min:ts, s. Panlo e ruo Gr~nde do Sul, pag.. . •. • . .. • SO·

lliscussão das res;:oslas :i's falia s do lh i'Ono em 1879 c 1880, r•ags . -l.G. c .~ ........... . :.;. . ...... . 193

nEQUERil\IE:i\iTO!ii

IJ.isr.ussao dn reqnerímcnl(l ~obr e o CJbser\·n torio n_sh·onomico, J•ng .. : ............... . .. , . . • .. .. J ~l

ID.

Elei~~i o dn _ Ja ~an., Jl:l g•.•.•••• • . , ..•.. . •.. .. •...• , • • •• . •• .. .•. . • •• . , • , . ~ .. • •.•••• , • • • • •• • .. • • ·ti:!
(~ C c~nlltt.i ~~iirs. p:l g' . ..... .. . ..... ·-· . .... . ...•. • . . . . . . . ' . . . . . . ... t • • . •• I • • •••••••• I •• I . . ti\'
INDICE Vl i

Juramento do Sr. deputado leronyruo lardlm, pag........ ............ .. ,,;, •••• .... ... . . ...... 63
do Sr. deputado ·Pedro Luiz; pag .... .. . .. ..... .... ... . .. ........ .... , .... : , .... ...... •• t88
do Sr. deputado Martlm Franelsco Filho, pag... ... .. ...... ... ... . . . . . ... .. .. .. . ... . . .. 3t8·
do Sr. Bar:lo iromeni de ~leUo, llll.g ..... . ...... .... ... . ... . • .. . .. • • • .. • . . • • • • .... .. .. .. • .... 318

1\lodiRcaç!lo m.lnlsterlal, pilg •• •.. • , •••..••. ~ •.•••. •• " ••• . ••• . • • ••• • ·~ ••• ••••• ..•• -. •••.• •........ 8
MOÇ4lo· de clonfianç.'l, pag . ••• •••••• •••.•.•• . , •• , •.• ,, ••••••.•... .•.•• .•• , .•• •• :. . • . • •• . • • • • • • • • • • to
Morte d'l deputado Ryglno Silva, pag ................. , ;, ... ... .. ... ........ .... ... ........... ; lt:S

_Norlteaçlo de commlssAo _espeélat,' p~g .• ,., ... . . •••.•.•. . •.. •.•..••.• •. , . ·-~-· ........ . ..... .. ~-· . •.. 4ti
de_çommlsSOes~ ·pa~•••• ••••. . ••••.••. .• ••. •. ~· ._•• ... ••_..• •• ~ .• ••••. . • ·~. ,·, .•.. ·, .•. .• . · 68 .

8esslo Tmperlal de abertura, pag ••. , •.••.••••••••••••• ~ •• •• •••• •• .••••• •.••··~· ·•••••• • •••••••••• 00

v .

votaçlo do ~recer nconhecendo de11Ut:~do o Sr. Jeronymo l:u·dlm, pag • • • ••• . . •. • • • •.• . ..... • . . . . Oi
, dos projectos ·ns. IOIS A, 306, 307 B 17t do3 !11'79, ·pag ... ";.... . .. • • .. . .. • .. • .. • .. .. .. •• 74
• do projecto n. 116, pag. .... . . .... . . ....................... •. .. . . • . . . . . . . . . •• . . . .• • •• • .. . • 88
dos projectos 111. 8, 306, · 307. 308 e 110, pag.... ... .. .. • . .. .. .. .. •• .... • .... .. ... . . .... .1!8
dos projectos ns. 121, lSiil, l68 e 117, pag ........ ... '!' ••• • . ... • .. .. • •• .• .. . .. . .... • .. tars
Càna ra dos Depli:ados +Impre sso em 27/01/2015 09: 14 +Pá gina 9 de 11
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 09:14 - Pêgina 1o ae 11

- NOMES PARL~NTARES PAGlNAS


Almeida Couto •••••••• , ••••••.• ~ . ..... ... . ... ... .. .. .. .. .. . .... . . ~ ..... ... . Ul, 171.
Alves de Araujo•• • ••• • •••••• •• • ···~ . • ······~···· · · ·· ••• ••• ••••• . .••••• . m.
Am-ga.o ~ulcào ••_•••••••••• ~ .......... ... ... ! •• • ••••• •• ••••• • , •••• • ~ . ~ . ~. l!30.
Barão flomem .Je Mello (ministro do lrnperlo)........... , ........... '•. au.
Deterra de ·'lenezes, •• , ••••••• ~ •••••.•• ~ •••• ~., ••• ••.••• , ••·•••••• .••.•• !aiS • .
Duarque de Macedo (ministro da agricultura) .......... ....... ... ... -,; ~; U9 , !33. .
baptlsta Perelra ••• ~ ••• ,. ~ •.••.• •.•••• , .••.••·· , .• •• , ,, •• •.••• • : • .• .•.•• .•• s, 10, 4t, n, 'is, !0'1, til.
COsta Azevedo. ·........ ............ . ~ ....... .. .. ·•.••••• , I • • • • • • • • • • • • •••• 8, :16, 113, Ult, 1<1.9, 171, 318.
· Cesarlo Alvfln ......... "''''••••••···- ~ ···· •• •••.•••• . •• ·••.•• ••.••.•• ~ ••• 6i; M, &i, 69, !118, lõO,
IOIS, :131.
Carlos Affonso., .............. . ........ 1 • • • , • • • • , • • • • • • • • 1 • • : ·. . . . . . . ~ •• , , . U3, Ui, l1S7, tlll. 1\tl, H8,
ll9.
Ca.margo, . , ••• ~.I • • • • • • , , • • • •. 1 • • • • • • • • • • • • • • • • • • •• • • • • • • • • • ; ·, •••• • •• • ••••• too.
c-.ndidode Oliveira ............. , ............. , •• •• , ... . ... . ..·.- ........ 1.17, !ao, 1\.9, t•v. 283, !8&,
ists.
Corrêa Rabello ............. . ~ ••• •• ••• ~ ••• , ••••••• •••••·••••• • ,.... •• • • • . • •• • 231.
Fer.relr3 de M:oura.~·· ··· ···~ · ····· ·•··· ~ ······· ··· ···· · ·· ······· ···· ··~· s..
Fr:.neo de Sá ........................ .. . ~ ........ .............. ,........ •. !3, 317.
Fernan~oosorlo •••. •••• , •••••• •••.••• ,. , ,, . : ..... .. .. . ...... . ... ...... ,, . !27, l~, l?t, 227, tal, R ,
su , 359.
Preitas C0utlnllo•• ~ ........... ..... . .. . .. ... ..... . . . ......... ~· . .... ••• .... lti, f30. 466, US9, t7i. t81,
3U.
Florenclo de Abreu ..... . ........ ;................................. .... 135, 198. ·
~'roderlcode Almeida .... . .. . , .~ ......................... , ..... .... .. . ....· 3U.
Galdlno das Neves........ , ................. . ~ ...... , . .. . . ... :.. ........ · itJl,
·GI\VIilo Peixoto .......... . .............. , .. ......... .. .. ... , ... ... . ;....... l\, W, l~8, tl7, lVS, tl81 21SI.
llorta de . Araujo....... ; ......... .. ... ... ·. ; .. . .... ; ......... ........... ·tu, ~ts., ·· · · ··
. lgnaclo &Jnrtln~ .. ................... ........... . ...... ,~ · · ·
.......... . ... . ·a:~u
·.
• ...
. . loa.qulnl Nabueo .... , ....... , ... ·~, , _.. ,, ._. , ·-~·~ .·· ~. "I.
Joaqulm·s·erra ...••••...• .••.•• . .•••.•• •••••••.• . •• .•. .• .•••••.•• , ...... t83, 18ti.
~
~ ••! •• " •.':'.' ... '1,.16.- ~~... 18_1, ..1!9, .5!30.., 3i&.• ·

Jeronyn10 Jard hn. 1 I i83, 318,


t t I I t t I t to t • 1 . I t I I ' t I t o 1 I 1 t I • t t t t t o I t 1 t 1 1 t f t t t t lo I I t

Jcron_
ytno ~odró ••• , ••••• , ._........... .. . _••••.•• , .. . .............. . , ••••.. , 3:!\,-
Llbcrato Barroso., •••...•••••••. ~· •••••• ,...... .. . ..... .............. . llll .
La.Cayctte ••• , ... .... ,, •• , , , • , , •••••.• •• , •••• .", ••• , , ••. ••, ••••• . , . • •• • . • • . 77.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 14 +Pág ina 11 de 11

lNDIOE

NOMES PARLAMENTARES rAGlNAS


Leoncio de Carva.lbo .•.• ~ • .••.... -*"" •• ~ 1 •••••••••••.•••• -,. ~·. 1 •• •••••••••• . to, UI:>.
MarUnho Campos ••••••••.• ~ ............ , •••• , •• ~- ...... -~ ••••.••••••••.• ~ .•• l9, ~2, liB, '1!t, 8i, Ul, ~51,
US7., UI, 31t.
Martlill Francl&eo.io•••· ~·············· ..-••·•······•• ... ~ •••.•.•.•.. ,·.· ..•. ~8. 111.
Melra de Vasconcelloa. ~. ut.
1 . , 1 • • • • , • • • , • • • • • • • • • ·• , • • •-. , , • • • • , • • • • • , , 1 • • •· • •

Olegn.rlo .•.••. :. .•••• , .•••.••.•.• , ............. , . I , ..... . 811.


1 .............. , • . .....

l>rado Pimentel .. I. I, •••••••••.•••••.••• ~ ••• ,·,. ···~ ••


1 •••••••• li•' • •• llt. 1 ••

.Prisco Parafzo ...•.• ,. 1. 1 1 ••••• 1 I~ •••••••••••••••• ·lt3. •••• , ••• , •••• 1, •••••• ,

Pompeu .................................. _.••......•... ,, .................... t7l:~ as.


Pedro Luiz (mlnlstro de estrangeiros)................................... 3:H.
Sergio de Castro .................. ; .................. ·.................. 10, 1!0, !115, :!28, lll, Uo,
183, 3U, 3l6.
Saraiva (presidente do conselho)., .......................... ,.......... 9, 16, 167, i93.
Souza Andrade ..... ~···········~-····~-···-·············-·····~-~········· 8"51 ..
Silveira de sooza ...•...•.•• ,.,.~.····~···~•··~····~~ ... ~ ~······~········· it8. i&i.
Serapblco.~ ••..•.• ~ .~. ~····· ~
1 • .............. , , , ••••••• • ••••••• ......... •• i81S.
Silvel!'a. .Martins •.• , ....... ~ .. , ~, •!,...... ....
1 . " ' " • • •-. . . . . . . . , • • • • . • • • .... 4 •••• 196.
Saldanha Marinho·-·········••· .... ~~ .......... ~ ................. ~.~··•·· 86,105::9 i6t, 3%CS.
Tavares BeJfort .. ............ ~ ........................................... ·... 1. õ3, ·32,.
zama·..•...•.•• I • • •· • • , . I • • • • • • , . . . . . . . . . . . . .· • • • • • • • I . . . . . . . . I . . . . . . . . . . . . . . I · li_. &I, 7ft, 91, j3lS. t6:1,: til•
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09: 14 +Pá gina 1 d e 11

CA.MARA DOS SRS. DEPUTADOS

Actn do dln u; de "'brll de 1880 ~ nocl de Mag-alh1ie~, Pr~uo l'imQntrl, Prisco Pn·
' rni~o. Ruv liarhoza, Rru\rigaes Junior, Ribeiro
l>nJ~SJIIENCIA DO sn'. VISCONDE DE PRADOS lle Meneies, Sinvat, Sct':IJ)hieo, Sigismundo,
Soares Brnnllâo, Souzo LimA, St!Ycira M:~1\ins e
A s:H IJornsdamnnhii, feitnacharnnda, nch:~· l'b.eodom iJ•o.
1 ·
ràm-se prc~entcs os Srs. Visconde de Prados, Ao meio din o Sr. i.•· s~Cl'el!do lê o seguinte
Ccsario Alvim, Al\'es de Araujo, 1\Jaccdo, Gnldi·
no das Neves, Souza Cnrvnlho, Tnvarrs BP.lfort, RXPEOIE;'I1Ji1
Silveil'll de .Souza, Joa~]uim Serra, Virin1o rle file·
deiros, Frederico. de Almcilln, Carlos Aflonso, Officios dos Srs. scn:ulores Josd Antonio Sa·
Sergio de Castro, Meira de YMconrellos, Sabln· rai\·a e ~tnnodl>into do Sooi:~ Dantas, edoplt•
nhn Marinho, João Brigido, Sonzn Andr·ndo, tndos;;Dariio Homom de .Mel!o, Ma.toet . lluarque
Baptista Pereira, Bnrtio dn Estancia, Espcridmo, dn M:wedo, losr} Roilrigu!'s !lo Lima Duurtc, o
GnviãoPelxoto1 Libet·ato Darro1.0, Andr·adel>into, Dr. Pedro Luiz Pt)rcira de Souzn, dntndoa de 30
F rnnklin Dona, Monte, Froncisco Sodr•t\, Fl•l'· de Março e t(J, ~e Abril do conenle. ann(), com-
rt:ira do llfourn, Olegnrio , França f;;ll'\'alho, munie:mdo que, p(\t' decreto tle 28 do mesmo
Bczerm Cnvülcanti, Mõilhcirl)s, Morein' 'Drnnt.lão, mt?z, Sua ll!agestlda o lmpomdot• hOlt,•e por hem
1'heodoreto So11to, Rodolphê D:mlas, Almrula nomenl·os presidente do conselho de minis\ro1
Couto e Z:rma; o ministro do~ negocias dn f:m~ndn, ministro do•
negocias da j nstiç3, ministro do imperio e in to·
ComQUCccrnm depois da chnmm1a os Srs. 1·im1mente rloH uegocíos dn guen·~. ministro do~
Fradcrrco 1\ego, 'l'heophilo Olloni. F:~bio Bois, ne"Od'ls da agt·icnltnnl, commcrcio c obras
Souto, Franco de Sá, Jost! Cact:mo, Frcil~s Cou· pn~licl 1 s, miui~tro do~ negocio> d3 marinha, .e
linho, Felicio dos Santos, Costa Azevedo, Dnr· ministro dos negocias l~str311 gelros.-Inlt!lrada.
ros Pimentel, Pompeu o Leoncio de Cnrvalho Do ministro do.~ nol!ocio" do impcrio, de 13 do
(18). Abril con~ntc,remettendo, p:lr~ os convenientes
F3ll(lram, com participnçiTo, o S\'. 1\f:n·Linbo desLinos, copia do decreto de JO do mesmo mer.,
Campos, e sem elln os Srs. Americo, Antonio pelo qual !oi ~oncedhla a pensno de õOO réis
Ctlrlos, Antonio de Siqueira, Almeida Darboza, .1linr·ios ao ~oldndo da companhia de opcrnrios
Arngüo c II'Icllo, Azt1mbuja Moit•ellc~, Augn~to tnilitarts do nr~ent.l de guerra dn pt•ovinda do
Frmu.;~. Affonso Penna, Abreu Q Silvn, Aurc· llio Gran1le do Sul, Lnurindo l'crnandes Vaz.-
linno Mngalhiírs, Bulcão, Bcltriío, llelfort Duarte, A' commis~llo !le (IIm sues e orden~dos.
Bezcnn do Menezes, CnmHgo,. C~uditlo de Oli· Do mesmo, em d~ta de ~O do 1\InrÇ-l doco1·rente
veil'll, Corrê(l llabello, Couto 1\fagalh~es, Costa :mno, remei lendo ciÍJlhl ·do decreto de 13 do·
Ribeiro, Danin, Dinnn, Epnminond~s de 1\lcllo, mesmo mcz, 11elo qual foi elevoun ·a 36~000
Espindola, Fr·citas, mores, Franl'o dn Almeidn, JliOnsaes a pensão du ~00 réis diat·los quo pet··
Fidcli~ Botelho, Fernando Osorio, l'lor,~ncio 1le ccbo o alfcro~ llonornJ·io de exercito Rullno Por·
Abreu, Horta de Araujo, Hrgino Sll-ra, Ignaeio phirio.-A' commissãu de pcn~ões c ordenndos.
Martins, lldefonso de AmuJo, Jonl]nim Breves, Do mesmo, em d~la rh! iO do tler.embro do
Jon?ulm Nnbuco, .ro~(]ttim 1':1Val'o$, .lo~ê B(lfson, vuno proximo pnssndo, remctlcndo copio do de·
Jo~c !lf:trivnno . .Tcron) mo Sollr.], Ln !'a) l'ltl', T.uiz ereto de Gdo nH!SlllO nrez, pl•lu qual foi conc•~dida
l~elippe, Lourcn\'O rh~ Albuquerque, Marlim n 11ens~o 1le ~00 r(•is lli31'io> :10 ex-soldado do
Franci~co, .l\IM'CO!ino Moura., .l\Icllo o Ai vim, j ;;3." corpo de voluniDrios da pntria Alex~ndl'ino
Marinnno da Silva, !ll0llo franco, Moreiru . do. Anlonill de Olivoirn. -A' commi~~iio de pensilos
Darros, Mnnocl C:tr!os, 11Innocl l'~u~tm}Uio, lira• r. ot·dcnatlos.
TCtliO 1.-l.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 15+ Pág ina 1 de 1

Scssãó oxtr:wrdin:wia em H\ ele Aht·il llo 1880.

Do mesmo, em data de J de DezemiJm ilo otmo Soulo, Sonza Andratle, Silveira de Souza, Libe·
lll'OXÍlllO i'USSado, I'CIIletLt'lHJO CÔ[JÍIIS dos UCCI'dOS r~lfl llarrosn, ,J.,aqnim Nalmco·, Antonio C:1rlos,
de 29 de Nl)vemiJI'o nllimo. pelos qnne~ foram JJewJ'I'n de .Menezes, Mot•cim do B~I'J'OS e Prança
coúccdida~ :1,; Jlen-õ~s u•~ :10;5 tnensacs ao atum no Carvul ho.
da e"col:~ wíllllll' ;~!fere~ honorHio Canoido Faltaram, com ll:trticitlar~ão o Sr. ~farlinho
ll[ol'eira da !lbU~t • do 500 n'is obrios no C:IIIJI!OS; o St!lll ello o..; Srs: At;wríco, Aulonio
tlllSJICÇ~da J'el'ormado do L. b~.tlalhão ue ~···· lle Sit]llCit':l, Almeida BarJJ!lZ;J 1 Ar:tgilo e :Mello,
titharia a JllÍ lo~o 'l'ello,; diJ ~lt!nezcs, c dtJ Aznmbuj;l Meirell~s. Affonso Penna, Abreu o
t!OO r•\is tambelll uíarios ao solundo rcfm·· Silra, Aut·oliauo ~(agalh~es, Bdt1·ão, Delfot•t
mndo do mesmo b31olhão :Mimocl Antonio Yi· Duarte, Camargo, Candido de Oliveira, Carlos
ctorio.-A' comrnis.são tle pcnsües c ordenados. Atl'onso, Corn'ia R:•bello, Couto M:,galltlies, •;osta
Do Sr. dcputndo Illnrlinl!o All'llres da Silvo Ribeiro. Dnnin, mann, EJJaminondns de 1\lello,
Cnmpos, pnrticípando que pot· moti1•o de mu· Es11indriln, Frel!a~, Frnnl!isco Sodt·e, Flores,
leftia niu.1 póde e•lmpareter 1i scssiio de lií, e Pompen, F•·,.t:co de Alrneida, Freitas Coutinho,
•~,guintes dias .-lnLt'irada. Fel1cio dM S:mlos, l•'idelí~ Botelho, Ft~t·nando
Do presidente da pt·ovincia r]e Gnyn7., de 7 o~orio, Florencio de Alll'en, lgnncio Mnrltns,
de Novembro do unnll proximo pnssado, lt'!\11$- lldd'onso de Arnnjo, Jonquim Urere5, Joaquim
mittindo CI\JJias autlicnti~;as das atlas da Serra, Jonquim. T11rnrc:<, Jos!! Bnssnn, José Mn·
eleiQlic de um. dc]lulado ü assc1ubté~ ger~l. ·ri ano, .Jeronrmo Sodrê, Lnfnyettc, l.niz Felippe,
pllt'a ]lreencher l1 nl!a dcix:~da pelo Dr. An-
tonio Augusto de lJulhões. -A' commis~ão dl~
Lout·enjfl) de AliHH[uerq\le, tlla!hciros, l\farlim
l~rnncisco, 1\lorcolíno MHUl'~ lllello e. AIVilll,
potl61'CS. . . l\Iello Jlrancn, Manoel Carlo~, ~Ianoel Euslnquio,
Do mesmo, de t3 de Novemuro do :~nno JWO· 1tbnool de l'll<tgalhuos, Prado Pimentel, 1\ny Dar·
xímo pasMdo, rcmettendo ai~·Hns pupeis sobl't' boz<t, llodrigues .Junior, Sinvlll, Ser<~pbico, Se·
os elekilesem Don·Yi~ta do 1'oc:111tin~. na mc~nta gisllltllldo, Sont·cs Brandão, Se1·gio de. Castro,
pi'Orin'eia, p~peis que deix.:.ram do ser l'emeLti· Souza Limn; Silvcir~ Mnl'tins e ·~·heodomiro.
dos em outt·u occasião e dizem re~peito :í eleí()tiO Ao meio·dia o Sr. Lo secr·ctnrio lô o seguinte
p~t·a preencher~ vag~ doixndu pelo Dr. Jlulhtocs.
-A' commí~são da podere~.
Acb~ndo-se sobre l1 mesa o dí]lloma do· St·. EXl>F.t>IENTE
Dr. Jeronymo Rodrigues de i\foraes Jardim, do-
pUtlldo eleito p•!ln provinci~ d.o Goyn, é remet· omeios:
thlo á cmnmi~são 'de pod~rc5. l>o ministro do imperio, de !3 do corrente,
O Sn. ~mmor:N'tll declara n~o h:wet• sessão pot• I'CIIletlcn!1o um exemplar, devídumente autben·
fttlt:J do numero, e tl:i pM·a ordem do dia lG do tlcarto, do decreto u. ii&7 tle !9 1le Abril 1le
Abril de i88t1: it-~79, qtte l'f)formou o en~ino primnJ•io· o secun·
L• di,;cn~siío do projedo u. :HOA sobre fn· !orlo dal'io no município da cune e o superior em
O llll!toriu,-A' comtilissão dG instruc~:1o
"ot·cs t'ls Olhn~. dos ollld:1es da a;nmda, fallcci· (Jttb!ico.
dos ~ntcs ela lei de 22 do Jnn!w d11 1Biili. Ov UUl:Hno, dtl H do coJ'I'cnte, remcttentlo um
~ .• dita tio pt·ojccto n, 2i0 :ttltm·iz:mdo o go·
verno n transf~rir llat·n a 111'ma d~ iuruntaria, e>:ompl:tt", devltlameutc mltilentil~ntlo, do regll·
sem pr1ojuizo de sua nntiguidnd\ o l." tüncntc Março lameuto que baixoa com o decreto do 6 de
do 2.0 balalllf10 de artilhnrin Ha)'muutlo Pcnligf1o dn eúJ•teultimo, pelo qunl r i cre~d:t no lllU!licip!o .
um:1 t!~coln normnl de m~trueçno prl·
~minirn. · m(lrin tmra profcssnres e IH'ofossoras.-A' cum·
nussão de inslruc~ão publica.
Vo ministro Lln. ju~liçn, de 29 de Novembro
do nnnu pt·oximo p .• ~~ntlo, tr~nsmiltiudo, Cllll•
Actta do tUa 10 de Ab1•ll tle 1880 forme a l't!QUisirão dn 2:Z 1lu Ag-ostll, cópias das
in runnnções (li'Cst~ld!IS p~lo !JI'esidente da PI'O·
PllllS!DE~CIA 0'JSn. rtSCONO!!;.Illil l'JtAtiM vincia de t>ernnmlltlCO solmJ n l'emc>~a do preso
Franci~co de Cal'\':tllln 'feix:nirn llt.llaWo, 1la casa
A's U horas da Hl:inhã fl•ila a chammln adw· dt~ dt•lcnr;:1o do lledl'e para o pre~idin dt1· Ft:l'·
r:tm-~e pre..-~nle~ os. lSJ'S. Vi~c"ntle tie Pt•:~tlos , unndo [ls Not·onhn.- 1\ quem t'ez ~ req ui~iç~o.
C••sat•ío Alvim, ;\h·es de At•:•ujo, Gn1·iiio l'uixol••, l
Do mo•mo, do ::li •lo Fovt•l'tJil'l> du coneute, re·
.Mttt'i~no cln Sth·n • llol'lit de AntUju, 'f<tVnt·t.:> uwttnndo cópill do dL'rl'eto pdo qnal ~na lllH~OS·
Belfurt e Augusto França. lad~J o Imporndot• ho:1 \'tl ('Or IJt'lll :tpo.<(JIIlar o
f:ompat·ecor•tml dcpoi.< dn chnma•1n o, Srs. Sal· ~J;,xi1ni:•no. Mot·ccllh•o Al..-es, no lo~:tll' til' o!llcin.l
d:tnha lllm·inlro, Meira tle Y~•~c,ncellos, Hib1~ iro da j un t:1 comm0rch•l da Btl hia.- A' ClltllllliS5ão
de Mtllll'Z\'S . .lo:lo Bt·ig·ido, VHniO dtl Met!eiro~; dt! [lcnsucs c ordenntlo~. .
Dat•:"to ria J.i:,lnnci:~, Antll'nllll Piulo, f;u,l:t Azo· J)o lnini811'0 a~ ~g'l'tiJUilUI'n, de. l!J de D:J·
,-!'do, M:tCr~tlo, Hy!.dno Sil\'il, GaUillo, l'l'Ísl'n l'~· zt' ntbro do :un1o IH•~sauo, J:J.•mettondo o tlcat't•to
r:ti1.o, Hndnl pho D:lllUt~. llDITo~ l'1nwnt~l. Espo· n. íali8 tll1 :1-1 tio mesntn incr., ''· mnis docn1nen·
ridiào, lln{Jtisl:l l't•reira, BtJZt) l'l':t C:tl'!liC~nli, lO~ ()IH~ O Íl1S\I'Utlln, COil~'Clhmdo JH'Lvilo~·io ~
Fran•~o J,• ~:i. Z:una. .\llllcidn G'lutn.· ll.•lc·•o, Ft·:m•·.i,cn Favrand t:otno t'I•Ssit~ll:ll'io de Ft·au·
Fn111klim llorla. ~0117.(1 CHI'\'allln. ~IOI't!it'a Jll'llll; dsco .Ma~ny, Jlnl'a iul.r()!lnzi!· no ImiJCI'io o
tl~"• Fnrl'PÍI'II d~ Mourn, Jo~e Caet~ no, UlegHiu, ~~st.••na rlc piultli'N pr.'lo ·tH·occs~o de tlecniCO·
'l'lwophilo Otloui, Ft•cduríco do Almdda, .ft•llio mani(l, jti pt·ivilcgiodo (lcln go,•et·no frnneel.,-
1\ais, :)onlo, llnnlerico lll•.go, Monte, 'l'lwollorclo. A' comtni~são de commct•cio, iudusu·ia o art!!s,
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 09: 16 - Página 1 de 1

Sessào ex.tl'aorllinrtrüt em 1!} •lé Aln·íl de 1880.

Do mesmo, ilo 2ô de Fc,•er~iro llo con·cutc '! delis Uotelho, Fl'ruando C}.;orio, Florcncio de
anno, t•cmeltendo •> decr<!to n . 7tiii'l <lc 21 do Aln•co. lguttdo M:ortiu-<; ll<lef•m:Kt de A.raujo,
corrente c mais p:tJJeis r~lali vo~ oo J>ri\• il ~?io Jo:tcjuim Brev e~, .Joa.tuitn ::\erra, · Jo:~4uim Nu-.
conllOditlo .a Jollll ôtccl o Charlcs . Alex~ uoro 1 buco, Joa•Juim Tavur~s, Jo;.; Dus,ou, Jo>li .Ma·
S!CJel para cstaiJclccirncnto uo lrupt•l·i.o tle fiuçâo 1. rianil•l, Jc1'ouym., Sodl'é, Lal'<~y•~ ltc, r,uiz FclitJPC,
c tccimcnlo da jntn.-A~ colnmissiio d!! com- 1 l.uurcnço deAibuquCl'IJUC, Leoncio .te c~rvolho,.
mercio, indus ll•io c na•t.os. . · . l\[nr~im F•·uueisco, :Mat~olino !!Iounl,?lléllo cAl-
Do mesmo, de 27 de f<'cvcr·cil'O elo corrente vim,. lll<ll'innno dn ::iilva, llrllo li'ran,·o, l\Ianoel
anno, reinettcndo 03 decretm ns : 7007·de ·l0 de Carlus, :.\l:moet En;;La,ruio, Mano~l de M~ga lh~cs,
Ja!leiro proximo fi!l~o, ~ 7627 de .H ele Fevç- P_l';tclo l'~m tm l• ~ !, IIUXUnrbo~u, R•Jdt:igucs Juui?t·,
retro sobt'e o pnv!legLO concedtdo a Ln1z Smvol, :scraphtco, StglSiunndo, Sonri!s Br<~ ndao,
Sehrelner, Frederico Josti Von Houulloltr. e Lniz Sonzd Carvatllo, Sou1.a Lima, Silvcir~ )l<il'lius c
Bonlieck p~ 1·a o estnbelecitneolo de uma l':tbt·ica 'I'heoclomiro.
·de por.ce~hwo no muniçipi~ ele~ La, capitaJ.-A' 1 Ao ·meio dia o Sr.' 2. • secreta r io sei'Vindo
. comm1ssuo de cornmcrctoJ l!ldus~~·tn ll :u'les.. L•! 1! o se•; uintc · . ·
do
Do secretario do scna!lo, de io de Abr•l cor-~1 o . ·
rente, cornmunico~d~ tjULl o s~n:•do rennin·se .· . · r.xrEot~;xn:.: · ·· -
naquelle dt;t c contmua nos seus trabalhos le· . .
gislativos.-lntcirudn. . •. .
nequerimenlo du José Lttit Delfonl Qundros,
I. .om cl o d o UllfilS
.. I . d. . . d • •. d Ab '[
Cl'IO. o tmpct'IO 9 o c. l'l,
om'inte do lll'imcit·o 3,1no medico da f;,culdndc. co,l'l'cnto rcmc.llondu_dt':er~os pnpc1s l'clnt1vos a
do R!o de Jaul!iro,_ pedindo para .~c•· a!lmillido. ü let ~n tll!seu~:l~ay!·ov!'~.C".'l d,c .~: llnul~ do,!." ~ll
matriCUla do referido ~nno dc}JOIS dll 3PPl'•W3dO Abr !l d~ ~~/J c ol ,IJIICIIOI de (i de AlJIIl de l~7y,
em geomctri:t. ~A' conÍmis:;üo de iulilrucçlio a vruneu·a ~ob n. I3 e 11 ~rguuda . ~o!' n; 4.5.-
publiea. · A' conunis~ o du asscmbl u~•s p•·ovmct:~cs .
.O Sn . r>n&StDRNT!l declnra niio haver sessão O Sn . t•nESti>SNTE d~clor:1 nüo bavct· ·se~siiopor .
p()r r~ua de mtmero, c dá. a seguinle ordem do f:tlta. t!!l nlUn\lr!l e ~\a J}~rn ordem do dtn 1\l de
dia· pnr:t :17 do corrente : Alu· ti a nwsma do d•a lü.
Apresent;H;uo de requerimentos, projectos e
indicnçu~s. ·· "'""'!~

A.ctn elo- cJin. 10 tlc A.bs-11 de 1880


Acto. do dlu 17 de Abril de 18~_0
pm.:SlDEl'iCIA. DO SI\. VISCONDE DI:: 1'11.\llOS
Pl\F.SIDf.NClA. 00 sn..' Yl~CONDE D& l'l\A.OOS
A's U horns dn mnnhii,.fcit:t a chammlà, r.cltr.: .
A's H horns da m:mitíi, feita a chamatln. nclw. ·ram-se · prescnblS ó,~ Sr~ . Vi~r.onde do l'rndos,
ram-se 11resenles os St'S. Visconde llc Pntdos, Ah·es de Amnjn, Gaviiío Peixol~:t, Alci rn do Yn>-
Alves do A1·aujo, l'ompeu.Gaviüo Peixoto, Mei1·a c.,nce!lo~, Anllrnde Pinto, Mnri~nn~ da Silva,
de Vo:;eo nce llos ,1'a v am~ DlllfoJ·t, Co~ tn Azcve~lo, FramJ,l do Sú, Carlos AO'ouso, Costa Azevedo,
Ribcit·o do ~fencr.es, ·Augu:< to l~•·nnçó , .Tnào Hri- Set•gio de Castro e ~lello o AIYilll.
gldo, Andradl' l'into, J.iiJcraL\1 D~rro~o e Fl'unco Gompnr~cerorn depois dn chnmndn os Srs.
de S:l. · Ribeiro de Menezes, BD pti~t<~ Perell'a, Virlalo de ·
Comparocenm depois da chnma.dn os St·s. Sil· !ltedeit·os, Hvgino Silva, Illac~ do, trrellerico de
veirn du Souzn, Prisc..'O llarn iso, S!irgio de Cm~lro , Ahneidn, HÕ•.Iolpho Oant:•s, l~1·nnc~ C:trv.3lho,
. Galdino, Est•el'idião, M11cedo, Souto, · flygino lhri'w da }';stnnci;>, ·Sotllo, JoàlJ Brigit1o, l~risco
Silvo, O!cgal'io, Bapli ~ta I'Preira , Virinlo de Me· (lu r:li ~o , S~l u :111ha Mat·inho, Ferreira de Mour:t,
. dcin1s, llnt·âo .otn ~~~ lnncin, M;~lheiros , 'f h eodnt'elo Ol~ga río , 'l'nv:~res JJulfort, Pompeu, Sou1.:1 . Ao-
Souto, lauw, Josli Caelr>no, i'rlonto, Morei r:. B r.:~n- drmle, Hot ta tle Amujo, 'l'hco• lorew Souto, José
dão, Frederico de ,\Jmehla, S:,ld:mha 1\lnrinlln, C.tclono. Almeida Couto, Fr:mklin Dol'ia, sonzu
Fabio Rds. Souza Al1drt•d~. Felic:o dos Santo•, Lilmt, M:ll'li m Frnncisuo, Bulciio, 'l'heophilo Ot·
Frnnldiu Do1·i ~, Fcm~il·u de Moura, 'l'Ja•ophilo lt?lli, Antonio C:u·Jos, Moreirn ~1'311tl tio, Augus!o
Oltoni, r;odoll'ho ·Uuntas, lkzcrrn C:• v ~l c :ul\i, Ft'auça, Galdino, ,Jomruiul N:•IJuco, Dal'l'os 1'•·
Burro$ P.lmcntul, Almoitta Cou:o, l'rança Carva- monL••L F:tuio Ueis, E~pe1·idiiio, .Zamo, Leoncio
lho. Dnlciiu, Mor·eira de Danos, l~wi tas Couli- . dL' Cnt'Vtllho, ~il vci1'a de 8outa, Mnlhciros,
nhoo Horta du Araujo, . Muutc c l~d icio dos SantO$ (1$:t).
Fall:t J•am com pal'licitmcllo os Srs. :Martinho F:•ll~t·:un cnm Jl~t·ticip:•r.ã o os Srs. Cesario
CampO$ e Ce~nt·io Ah•im ; c sem clla os Srs . . Ah'irn , M;or!in!w Cnllltlos, tr Morcir:~ de Barro$;
· Am er ~··u, Antonio Ctlrlo~. Antoniu de ::liCJUI'ka. e .sem el ht c •~.:sr.~. A.m ri\!n, .:\ntonio d~ Siqueira,
Almeitln Bl• riJo~n, 1\J':Jg-ão B ?tlalln, A1.nmbnja Allllc itla Durhozn, ,\ra;.riío e Mello, Atombujn
Aft•il·~IIHs, Alfull~o Penn~. Abt"u o Silvn, Allt'C· I Meiro:llcs, AlliJil><l l'enno,. Abt•uq e . Silv:~, Aure·
-lir111o M:•·~a lhi'll's, Uellr:\o, Uo forl Dnat•t•·, Bo- Jianu Mn g:~ lh~e,, llullrfto, l3••11'o rt Dum·tt1, lle·
zenallohlon • ' ZL·~. C:•nWl'.>m. t:andido th l Olivcirn, zcl'r:i C:t \':•I L~n nti, D··zt•rm tle Mcne1.e~. C:1 m:wgo,
C:ll'los AliaMo, Currl!n l\nbollo, C?nlo ?tln ~,r:tlb5cs, r.:~uuido clu Olil'oint, Corrt\:t llaiJello, Cuulo l\la-
c('~tn I\illcit·o, IJnllin, Ilianu, Epaminondn~ \1\l gulh~~Js, Cu~ lo Hihciro, Hnnin, Di<~na , f~ pami·
:Mdlo, .E$jllndoln 1 lo'l't!iia$, l~lorcs. fl'a nco do nontlns d o .Mello, Espindol~, Frcitus, l•'lorcs.
Alntel<l.~, lrl't1dCl'ICO lleg-o, l~nmci st~o Sodt•,\, l~i- Frunco do Alm c hl:~, l•' rcd t~ ric-o 1\cgo. Fl' :mci~C t)
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 09:16 • Página 1 ae 1

4 Sessão oxtraordinaria em 21 de AlJril de 1880.


. . .

Sodró , Freitns Coutip.bo, Fhlelis Botelho, Fcr- 1 boza, At·~gão o Mello, A.r.nmbujn l\Icirelles,
nando Osorio, Florcncio de Abreu, Ig:nacio Affonso PLonnn, Anrcliano Magalhffcs, Bcllrão,
1\lartins_. llderonso de Amujo, .Joaquim Breves, Ilelfort Du:n'l(1, ·nezcrt·:~ Cavalcanti, Ill~ zcrra de
Joaquim Sen·a, Jo:aquim 1'avarc~, Sosú Basson, :Afpne7.c><. t:antat'l!O, Candido de Oliveira, Corr~a
J'ose lbrianno, l cronymo Sodré, L:• f<~yettc, Lniz llabello. Cnutu ·71tngalhã,.s, Custa Ribeiro, D-.min,
Felippe, Lourt~ n~o de Albuquet·que, ~la~coliuo Diana. Ep(lminomil<~ s tle Mello , Es t )in•i.nla,F~eita~;
Moura, l\lello Franco , Uano ~l Cat•los, l'llanoel .1 Flores, Flor<·ncio de Alweu, Franc1s1:0 ·:Sodre,
Eustaquio, !lfnnoel de U:•galhães, P1·ado l'iluert·· Fideli; llotclho, Fernando Osorio, Flurendo de
tel, Ruy Bnrboza, Rodrigues Junior, Sim-ai, Se· . Abmn, Gahllno, Ignacio Martin>, Ildcron~o de
raphico, se.g is~undo, .soares. B•·:md~_o, Sottza Araujo, Jo:1 ~1 u im_ lkevcs, Joaquim Tav~res, Jo~é
. Carvalho, S1lve• rn Mnrttns e 1 heütlomu·o. Dnsson; Jo>e Monnnno, Jerc.nyrno S9dre, Larayet·
·Ao meio dia o Sr. ~ -· secretario, servindo uc t.e, ~uiz Felippe.Loürcnço de Albuquerque, ~fa·
t i lê ·0 ceguinte rcolmo ~loura, J\Icllo Franco,J\Jaooel Carlos, Mn·
·' • nocl de lllagalhães, Pr:ldo Pimentel, l\lnnoel Eus.
. ~XPEDIBNTE tnr1uio; Ruv BarlJoza; Rodri gues Junior, Sinval •
Sernphico; ·segi~mundo, Soares B.rnndiio, Sergio
. omcios: deCa~tro, Souw Cilrnllho, Stlveli'n Mnrlins e.
Theodomiro. ·
Do ministerio do imperio, de i9 de Janeiro do
corrente :1nno, 'rcmetlendo o projecto de regu· Ao meio dia o Sr. i.• secretario lê ·o se-
lamento da direetorin de olJrns municipaes da guinte
illma. eamara da côrte, contendo augmento de EXJl~DIEl'iTE
pessoal naquelln repartiçiio e por i~so depen·
ilénte de autorização, da nsscmbléa g-eral, . no· . oiiicios :
fórmn do art. 6 .0 ~ L• do decretou. ~309de 3i
de Dezembro de i8l\8.-A' commissiio de eamn· Do ministerio elo imperio, de :l7 de Abril cor·
ras municlpnes. . ·rcnle, rcmettcndo a resolução dtt assembléa
Do ministerio da fazenda, de 12 de Novembro lr.gislativa da · Jlrovinch\ de Santa Catharina·
de !879, remettcndo dh·crsos papeis c iurorma· concedondo a P:tulll Schwnscr e Fernando Jonck
ções sobre a proposta de arrendamento da ilha privilegias por õO nnuos 1iarn l:wrarem minas
do ArvOi•edo, em Sonta Cathnrinu, :llli'Csentadll de can?o. de pellm na rolou ia ele Hajahy, bem .
por Francisco Gavião Pereira Pinto. -A quem · .como copta do 11cto do presidente da mes1ila
fez a requi~iç~o . · provincia qno suspendi.Ju Do publicnçiio d(l dita
t l~solução ........ A' commis~5o de <tsscmbléas pro~
O Sn. PUESJt)ENTE declar:. ul'io h(IY CI' scs~üo vinciaes.
por falta de nuinero, e !lú para ordem do dill20 Do mesmo c igtt.•l datn, rcmettcndo o projc·
de Abril de i880 a mesma _pnrn o dia i9 . c.to- de posttua adoptmlo pela lllm:L c.1mna
rr.nnicipal em scssflo de :lU de Novcmhl'O do
nnno pn.<sndo ;l oê •··~~~ do rürte d<o ·M\'ot·es dcnlJ'O
dos limites dn cidade ~ ujei~O$ ú doeima urlmn:l,
.Actn do dln ~o de Abt•ll •lQ 1880 · -A' commissflo ue l'nmorn~ mnniclpnes.
Do me_.;mn e ig-twl dat(l, J'omcltcntlo o projecto
PnESIDENCIA DO SR . VJS CO ~Df: DE !'nADOS tlc p n~ ) u ra nt:tÔI'\'a da limJ•cza das chilminé~.­
A' cnmmis5lio du l':om:oras tnuni uiv~es. .
A's U horas da manh5, feita a ehamao:la, nchn· Do_m!l~ mo e i;.m:tl tlal;o, submctlcndo á decisiio
ram·se presentes 0 5 Srs. Yi>comle de . Pradn~ . d~ ~~:<c miM:t ~orei'ai o nctó dn )>rcsidcncia da pro·
Ccsnrio AI vim, Alves do Araujo. Costa J\zcvedo; vincitt de J\l:tlto Gt'll$SO, p ~ lo qunl foi. su ~pensa
Serrn, loão Brigido, ~feira de V'ascouccllos, 1\i. ~ pul.tHcao:;10 do derreto IJUC OI'ÇOll n receiln e a
beiro de .Menez~~. Marianno da Silv~, And1·a·dc d•.'~ p eza provincial, pnrn o r.x.ercicio de 1879-
Pinto, Hygino SIIYn e Yiri~to de Medeiros . flj80, e que nlíu f•il'\1 $:1llccionado.-A' commis~>ão
Compareceram - depois d11 · chomnda os Srs. 1 de :t ss crHIJ i é~ ~ pt·ovilwincs.
Saldanha !larinh2_, Fabio Reis, Franctl de S:í, Rec1uerimcnlo de AIIJerto de Seixas .Martins
Tavares Bel rort, rranklin Dori~ . l'olllpeu, U . Torres, pedindo dist>an::.l' de i1lndc para mntri· ·
hera to Barroto, Thcotloreto Souto, ~foreira culat··sc no t.•· onno da r:u;uJ(l:ldc de medi -
Brond5o, Souza Andrade, Joaq ulm N11buco, ciJ? o. da curte.-A' commissão de instrucçüo pu·
Esperidiiio, Dar1io da Estnnda, 1\lonte, B~rros hltrn. ·
Pimentel; Zama, Pri~co P~rni T. o, Frederico do O Stt . rnF.~ lMliTE drr.larrt nlio haver sessiio por
Almeida, Dul~o, Ferreira \l o ~!óui·a ~ Almeida fill ta ue numere, c dü·llll t'n ordem do dia 2t a
Co~to , Souto. Rodolpho D:m t a.~ . Au g ti ~ t o J~r~n­ mcHna dc20 .
c:n, Húrln de Araujo, França C:tr n1lho, J:'l't·do·
rico -Rego,: Bnptisla Pe•·•:ira·.- ltl:tct·tlo. So·nzn .. Li•
ma, Freitas Couththú, Sos.:. (;:,d ;tno. fclil'in •lo!> 1
8nntos, C.1rlos Afl'omo. Th•'Ltphilo Ot tm~i. Ahi'P\l · · l~. eln c.~o din ~~ etc ' '-brll' ele 1880
o.Silvn, Antonio Cnrlo~, Gnvi:1n l'dxolo, Lenn- .. . . · _ .., , .
cto de C:•rvnlho, i\lnnim Ft•;oncisco, Olcg~rio, rllhsiJ>I>;-:cT,\ nn ~ n. \.51-0NDll Dt: rnADos
Malheiros, Silveira de_S~nz.~- ~ Mdl~· Atvim (_iili); A's H horas l1:1 m:mhfi, fe il:~ n clinmllda, acha.
Faltar<tm co~ pnrLil't!m<:ao· .9" t;t·s. !rlnt'linho 1J'alll · re prc~Pnl•',; .os . Sr.::, Y.i ~coodc do Prados,
Cnmi>?~ e :Moreu:n .de D:•~ros; o sem C!l!n os S1·~ . Co~nrio Alvim, A ln·~ do~ Araujo. l<'rctlerico tio
Amer1co,. Anton1o de S!queJr:t, Ahnctdn Dm·· Ahucidn, Ahncid aConto,. M~ccdo, Jlnriio daEs··
C(rnara aos Depctaaos- lmiJ'esso em 2710112015 09:17- Página 1 ae 16

Sessão extraordinaria em .2"2 de Abril · de 1880. ·s


t:mcia, Ribeiro do 1\lenczes, !tlarinnno da Silva, nhada da cüpia da resolução de consulta tfo
Andrade Pinto, 1\lcira de Vasconcellos, Virinto de conselho de estado a respeito das mesmns leis.
alcdeiros, João Brigido, Mello o · Alvim, AlJrcu e - A' commissiío de asscmlilélls pl'OVincines.
Silva e Olcgario. . .. Do baclwrel Paulo José Pereira de Almeida
Comparccer:un ucjJois da çh ·.mada ns .Srs. Torres, (l.'lrticipnndo que, r:m data de iO de Abril
S:lldanha i\larinho, ·Costa 4 zevodo, [õ'~bio Ucis, corrente, ru·estou juramento o :.ssumiu a ndmi-
Fr:mct: de Sá, Sorra, fJ';tn!din llOJrin, Tav~res nistra•iãO d:. provinci:. do Rio de Janeiro, na
Belfort, Souza A11dJ':Jde, Libm'(llo Barroso; Theo·· ((Ualidallc de 1. • vice-presidtmte, para eujocargo
doreLu ::iouLo1 Pomp~u; Bcr.ct'fa Cavt~lc:1nti , Mo- .fvrn uome:tdo por ca1·ta imperi:.l de :17 do
reira Dt·andao, Joaquim Nalmco, Esperidiao, me$mo mez . -Inteirada.
Monte, Bar·ros Pimentel, Zama, Prisco· Paraíso, Requeri1nentos:
Bulcão, Fcrr1!ira de ·llloti.ra, Souto, .Ruy B3.1'· Do Dr. Francisco Baptis~ dn Cunha Madn·
bosn, Rodolpho Daulas, Augustú França, Hol'la rcira, juiz de direito de Itapemirim, provincia
de Araujo, Bezerro .;te lllenczcs, França Cal'\ralho,· do EsJJirito Santo, psdindo um anno de licenoa
Frederico Re~o, D:~ptist1 Pureiru, S"l>uza Liina, com ordenado, para tratar de sua saude.~A'
José Cnetano, l~1·eitn:; C'•LLlinh•>, Felieio dos Sm· eomwi5são de. pensões e ordenados.
lo:;, Carlos.A!tonso, Galdiuo,llygino Silva, Tlleo- Da cam:ü·a mnnicipnl do Pomba, na província
pbilo Ottoui, Anlouío Carlos, G:wii\o Peixoto, de :Minas Geroes, pedindo a re,•ogaçiio do im·
Leoncio de Carn1lho, Mllrlim Frnncísco, Malhei· posto sobre o rumo . ..,- A' commissão de · orça·
ros, Sergio de C:~ stro e Silveira ue Souza (6l). rnento. ·
Faltaram, com.parlicípação, os Sr.;;. Marlinho ·osn. PIIESIDE IITE declara nilo haver sessão, por
Campos e llloreu·a do Barros;· c sem ella os falia de numero, e dá para ordem do dia :ti
. Srs. Ametico, Antonio do Siqn eir~. Almeid:.~ d Ab 'I dd d' '"1
Bnrboza, At·a~ão e lliello, Az~mbuju MIÜl'elles, e rt ' a m~amn a a para 0 ·~ ~o •
AlJ'onso Penna, ~ Aureliano rtia~n lhães,. Bcltrito,
Belfort Duarte, Cnman;o, Candido de Oliveira,
Corrê.:! llabello, Couto Mng:\lhà~s. Cósl...'l Uibeiro, 8cssiio em ~~ de ~brll ele 1880
Daoío, Diana, Epaminondas üe Mello, Espiúdola,
Freitas, Flores, Franco de Almcid3, Francisco .· l'RESIDEIICIA .DO Sn. VISCONDE DE PRADOS
Sodt•é, Fidelis Jlotelho, Fernando Osorio. f'lo, SUlllliARILl.-O~••"·açõ~• üo; St·•· J oaquiJG Xabueo, Cotl~
rencio de Abreu, lgnacio .nfttrtin~. Il:lefoiÍso de
Araujo, Joa<Jlllm Drevos, Joaquiin Ta r ares, Jo~~
A>cv~Jo.-UO<fu ori nJouLo do urgottcla do Sr . B~ptlslt.
•r·
Put·cit·.• ~ Apt~ ro ~·aç5u .-01\UR'-l Do ttt.á. ~.:-lJLlc.tt!:~!a •
JH'OV:>ção liotn·ojoc!o n. 310 A.-J>Iscuuão o apJ>rotaç o,
&sson, J o~é .lllnt·il,nlio, Jeronvmo Sodru, La· .to jtrvjoelo u. SlO.-Progt·:untua minMorlal. Di•euuos ·
fnyette, Luiz . Fclltll:~t!, Lou.roliiço ue Carvalho, üo. S u. Mou•·:~, ttr••hlonto <lu eou..L ho, Looneio. de Ct.r· ·
Mnrcolino 1\toura, .Mello l~ran co, ?tlanoel Carla~. Talho, Z'"""• ~·r•neo .:o Si, Jo.t.lttltn N:.bueo e Mnrtlubo
~ntJ>Os. Mc~i>o <lo Sr .•lbrtiuloo Campoa. Avpro•a·
Manoel Eustaquio, Manoel ilc Magalh5.~, Pradó ç••- . .
Pimentel, Hodrigues Juniol', SinYai, Scrapltico,
Segi~mntulo, Soares IJr:tndão, Souw t:nrYtt lho, ·. As U horns da manhã, reit~t a chn,nnda>
Silveir~l !tlarlins e Theodóm!ro. . achnr~m-se prc~cntcs os Srs. Visconde dePrndos,
Ao meio·dia, o Sr. 1.'' secretario lo o seguinte Cesano Ah•un, Al~es de Arnujo, Saldnnh3 Ma·
ri n ho, Jono llrig-ido, ~lot·eira ikandiiu, Virlato
EXPISDIE-"'TE de Medeir<1s, l\Iorinnno _da Silva, Andrade Pinto,
~~~ce do , Ab•·~u e Silva, Martinho Campos, Costa
ome.ios i Azevedo e Gavião Peixoto .
Do ministro d:t far.enda, de 17 de Abril cór- . Co:npnt·ect•t':lm dcpois d11 chamadn os Srs.
rcnlc, remetteudo, infm·rnhrl:t, n rrwlarna~fio do ~ll'llo e Alvim, Pnbio Reis, l~ ranco dtl S:i, Surra, ·
!J~churel AntlllliO tl.o Paula 1\orilos Cl>ntr·u ç, iLn· Ta rar~s Bolfort, l~ranl~li n Dor in, Libera lo IJt~r· .
posto do IS •;" f)UC lhe é exigitlo, em vi1·tudc I'Oso, '!'h~odo t·c to Sou! o, Pompeu, IJe.z e t·r~ Ctt·
do art. li. • dn lei tio OL'\:11111lllllo Jlt'OYincial tlo vah:auti, ~lc il·n dl.l VusconceUos,Jo:~quim N:tbuco,
S. Paulo, n, 89, de ·1:1 de Al•ril llc 18iô, pela li;." (ler idiiío, l\iiJeiro do Mcnuze$, lJariio da E~tan •
trausmisslio tle n[JO!iccs lc:;adas pelo padre Joa- do, ~fonte , Hnrros J>imontcl, Zama, Pt•isco Pa-
quim l~crr cira da Cunlt:I .- .A':; eonuuis!'ÜC$ de r:t iso, .f 'redcrico de Almeida, Dnlciio, . Ferrelrn
·fazenda e :~ssaml!lé:• s provinci:tes. · de Moura, Ahnoidn Couto, Rodolpho Dnnt:ls,
Do minbtro d :1 n~ricnltnl'u , de'~ de Dezembro ·Au;:nsto Fr·unçn, Horltl d ~ Araujo, llezerru. de
do nnno 11roximo ~pas~utlo, rcm!!ltcndo n col- . ~1cneze>,Fran t;n CtH'Vnlho,.Frederico Rego, Ba·
lccr>fío de ltoi ;; J)rovint~ine~ prnnml~tHlns em iSit-1 ptis1<1 l'creiru, Souza Limn, José Cnetano, Freitas
113 jll'OYÍ\lt'Í{I do · f:t•:LJ';Í C :ll'llll8111la do I.'Oll~t •l!w Coutinhu,.. l•'olicio . !lo~ Santo;;, . Carlos AIT!lnso, _·
(]1} r.slmlo,quc a ;tco·mpanlw. · Gnhlino, ll y;;lno · ~i lv a, Lafa~·t'ltc, 'l'heophiro
Do mesmo, th~ :1!1 du J;mdni tio cot-r•;ntc anno, OUoni, An lunio Carlo"-, Lt:!OUcio do Cnrvnlho,
. nnnotlcnllo :- collecçào . d :~ s leis 1mw inei:.es pro- :llarlim · ~·r.;uteisco, Ol~·g;trio, Mnlhciros, Sergio
mulgadas em !~i~ na provinda do ~~~pir·ito tlll C:isn·o c Sil vcil'\1 de Souza.
· Santo, ncomtmth~da lla e:·•pia da ro~utuçuo 1lo F:IU:tl'<1tll. ~om pnrlicip<~~ão o . Sr. :1\loreira
. consulta do conselho de esUII:It) de :l .dtJ Novembro dP. U:~rros," ~ sem ella os Sr~.. Amcrico, Au·
do onno findo ...:..A' cotumiss:to de nssemblé:~a tonto do Si•1ueira, Ahneid:~ Barboza, Aragão
provi nelnes. . · . e Mello, Aznmbuja Meirelles, Affonso Penna,
Do mesmo, de i l de Dé1.L 'mb ro do anno pas· Aureliano ·Ma:;:ll h:ics, llellriio, BeiCort DuArte,
sado, rcmeltcndo u cOtll'cç:iLHie l()ls promulg::~thls . Cnm~r:.to •.r~,nd i.do .ele .Oliveira, Corren R:t.belh>,
. eml878 ntllll'OVinciu do !tliu<•SG~rnc~, ;lcompa· t:oulo 'Magulb~l!;; , Cost~ ~ibelro, Dlnln, Dlena, ··
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 17 +Pá gina 2 de 16

o Ses~~w exlraunlinaria em 22 tle Abril de 1880.


· ]~J•a•uinontlas tlc -:llello , Espiuilola, Frdta~. lrnto co1n clte cclcbratlo pel~ commis-:\o M
Jlulid~ tlt~"t" t:<lnlam em iü !lo St·tcmlwo dcl87L
Fh'n···8, Fr.~nro tle Altlldi1a, Fl·:•nt:i~co !:>otlró,
JliddiS llolcJho, l'onwudo O~ol'io, Flunmdo t.h: ·Ale o lilll de. ·1877. ~8\:tY~m impressos 1 \·o·
Abreu, J.~nft cio )Jnrtius, IJderouso elo 1\raujo, ltilllcs, a s::I.WI', 18:l;J (constitui uh•), ltl2li. 18:27.
.lont(uim BJ•cn~. Junquitn Ta~·ares, Jo,:tl Utt~$011, w~s. LS:l!l, lt:~:iJ, IS:i::l. lt~o:J, U:l5~. lSv!;. ·
Jo:<ê :1\[nriunno, Jernnymo SoLII"t;, Luiz Fdi!JI>t', De 18i8 UI(• (I lim do. ~111110 ]>roximo \lliSSado
Lourenço de Allmqlli~l'qnC', l\l8l'Ct11iuo Moura, f.,l'am collighlos c imprc~~o~ oito vo umes:
:Mello Fr:mco, Manoel C:tJ'Ios. :\Inttool Eustnquio, 18:30, H~:H, i8:!:!, 183 1~, L" c~-· Slls~âo de U!50,
l\Ianocl i1c 1\lngolhi\e~, P1·udo Pimentel, l\odri· 1sou c JB:J7.
gucs Junio~·, Si [IYDI, Set';lphico, . .Sc;!i~mundo, Acham-se no pmlo os nnnne~ lle 18'18, c a
8onres Drandiio, Sil\'l·irn 1\brtins e Théodomu·o. imprc·s~o c~lá h:t~lanltl adi:mtndu.
Ao meio dia oSt·. presidente declara aberta a o indicc qnc ucempanhn ca1l:1 voluma cont.om
sessão. o hi~lorico dos prujcct•ts, ümito5 dos qnaes,
O S1·. J .• secrelario I~ o seguinte assim como ll,rece1·cs impm·wntGs, omillidos
un~ puhlicnçõcs d~s di~~~us~õcs da oatlllll'a,(ornm
indnillos n:1s l't•stwctivas scs~ut:s, tornani1o·sc
a rcilliJH'C'Ssrto dns ~nnae~ um trabalho cotnllleto,
Officio d~) ministro <b t~griculLur~, •lc 2.3 cuja ilnt>orl~ne.ía é rleluonst!·uda. lH'Io ~pre~o
de Janeil'o do corrente anno, r~lncttclt<lo n co!· que lhe d:!o os homens Hlustrnllo~, os prinei-
lec~ilo dns leis Jli'OVinciacs ~>romnlgndns em Jllle$ or~f10~ da illl!Jrcns:l, nssocia~ões liucrnrius
i8i!l, na prorincia do EsJ>irilo Sonto, neom· c rlircr.-~s bibliothoc~s.
pnnhada da c:'!lJia impresso ll devidnmenle an· No ruumenl.o em que o porlamcnto occup:J-
thenlicndt~ cb resoluçuo da consulla Lle :::7 de De· va·s ~; com o imvortantr• projeclo de cleiç8o di·
zr·mbro.-A' commi5siío de aBsem!Jléns proviu· recltl, por meio de J'eCorma con~lilucionol, o
ci~cs. Sr, conselheiro Pcreil'n Pinto :wertadnmcntc au-
tid!lOU e julgou opportuno colligh· e fazer im·
O mesmo SI', ~." secretario le em st•guido o lli'ÍJJlil' os Allw:es P./l'ltlml!lltai'CS de u~a~, época
~cguinte
em 11Ue foi prollcicutromcnte de!Jatido tJ promul·
nlCJ,A.'i'OUIO ga1lo o ado adt!ieioual.
A in1roduc9ão que precede a publicaçiiu dos
· tl amtaLs contem jLtdiciosas olJserva~,;ões sob1·e o
A ugustos . igmssimos Srs . depnln o~. .
I} d pt·ocesso eleitoral, desde as iiJstruc<;iíes de 26
Conforme os ['l'Qt'edcntcs csln!wlccidos pelos· .de M: 1rco de tsn atl! n promulg~çiio d:t lei do
meus illu~lrcs anle~r·s~orcs, cnbe·mc n llonra de tm\~O onLl~ I'!'.Jtres~utae5o das tuinorias em tSio.
dar-vos t~onta do~ tl'it !talho~ fll':!~1li7.aúos nn se· ne. 11ois de lt•rgas consit.lorarucs sobre a lei
rret:u•in tln c~mm·a do~ deputados, ullr~nlc o d 1~ iB~Ii e dns l':lU>as qm: mur,nrum, lt:~la. da
inlervullo dn ses~f10. I rerormn em ·18.Ji:i, em que se tlntt l~OIU}Jiela
Sy1wpsc dos t1 !lbalfw~ l!•aislt!Uvos de 187\1 lt':m~fOl'llHtett<' 11(' ,.,,~imen deilot·ltl, ~ob n fut··
J Ulõl t.li~ cldt•i;o JIOI' di~tl'ictn de Ulll ~Ú tlCjllliUUO,

· O desenvohimr·utn IJllll rlc l!lti!J ntü hoj~ st~ ~[o~li';; uLl u u' tuconrenillntcs !I{JI'cse.nludos IHI
lClll d~dO Ü S)"HOJl~<~ du~ \'lll'ÍOS :J~~tllll\)l!:S ll'ala· lll'lllÍC!l pd~t lliC>Il\~1 ki; 1'~11. Hr i!llll a l'efl.ll'llta
tlros JWln c:nnara do~ clepnlndo~ cnrn Ioclo~os <'S· tJU•~ ~e rrvcrnu em l8tid cum o tllnrgatn()lllu. dos
el3t·eeimentos c IJil'I'Uili~t:nH'i:Hio unr.lam cuto do~ eirr·ulu.• t~fllll li'C>' dcput:uiM c crcn~:"10 do novas
proj•.•rlos, u1io fÔ :qw,,~cntndos JHI mc,ma ~c,sf1n, lncnn1putiiJilithltk"• t:11u1Jcm nüo Jn·ollllZilt u~
conio o~ de ~nnus :llllel·iorr 'S! llllt! 1\Jl'tllll dlseu· l'e'ulltulos flUO se c'[let•;,va. t>or cau~:t dns ca·
titlc$, COU$lilnc nlio<o sulmdro :iquclle~ <1ue tn:11':1s mumiutc~ 1: ll: 'l'tut•baçoo~ de or1lem pu·
se dedie~UJ 110 cslt11ln tio ndi:1nlalncnto c Jll'lJ- ltlicn ~·m êp"l'tt~ rlr:i torne~. . .
;;rcsw dO.i'r1l'V"iço pu\.Jiko. QUilll() llllllll~ U\!fiOiS, OlÍ t~lll H17~. roi Pl'll·
.;~~sim c r1\1c, l;'ltnt·dad3 a ordem f·tminologi~a. nmlg·nda n lei do tc~n;o, on 11:1 rt'[lfescul:tc;ão da~
:t: stgnaln·se o ~ssumpto, lo1lo o :llld:ltUontu, tlt~s tninori:~~, 1.1 qnnl. :qll'~Sllutan~o bom cedo innu-
r1o ili>llllS~f,u. oradore~ ljUu tomonu)J pnrte no l!tcros incom'enk1lks, a opin(f\O munii'estou-sc
oll'lwt•J, ''• ~notHlo ~e trntu !lc nwl~rit1 111ai~ im· tmla nce<)~sii1:tde ·du sua Hthstltui~!;lo, tratando
pol'lnnl t~, li'~Ul'L'l'tWe·se a.' l•menrl~·~ :l (ll'l:~cut:Hlns ,
os ~ · r)liH•es lo ~ hl:tdoros uo en·~~ctn~r n rerorm~
townando ~~licnle nas ol>~l'r\'llÇi'it~S n origem dos pnr wolo d:1 ClcirlíiJ din:ctv,
Jll'Ojodn~ ~' :t f!IUlllJI.lra~·~o tbrjtnoJ!c~ 11111', ll[ll'<'· Df'Jli>Í~ Lll'sl.~ im~torlnnlc historiw o St·. con·
~r.ntado~ em dilfercillcs (op(]c~~. lt1m I'() nr::lo com >cllwira l'l'l'eirn l'tn\() sob 0 til.\llo-B1·~t·cs con-
(l CJtW ~r. Lrnt3." sidt•racties ldstor•icas .~t;(~~·,~ a !ei dr• t2 1fa s,..
n me, mo se th\ a I'C'Jlcilo tlo~ Jlnrcccrcs. tr.mtmi dr•. 1$J2 çw' ul'll ot'i!JI'Ill â Jll'o;mul_qrrt·ifo
Niio (o necc~sario cucnrccrl' u impurl<~llt'·Í<l llc~te · !lo cwta m/Jicimwl, lle~euyolve ns !lJJTr·reniL'~
1,rulmlho que cuu~luntcmcnte G cunsultullo pelos )ll'O(JI!St~1 .:; ndali\'a,; ~s .mformas consliluciouaes
::il'>. de(!Ult1dv~ c !JOI' JW~~uos cstrillllw~ uo par· c lmusne\'e ouh 0 titulo -Docmnrutas- o im·
laJ:WlliO. pos·tanti~sirno pUl'\!Cet· ~obJ·c o rerorma da con·
P11blicar,ro dos d1'l111ks a11 taiar·rs a 1Rii7 ~lituiçiio, dulatlu 1le 8 dt) .lttllw de Js;H, ~ssbnod.o
I
pelo~ lwiH'IIIt'.rilt•~ l•~•tl'iol~t~ Froncist•o de Pnula
C11111 l'r:i!nlaritlaoll• nnnc:1 inlt•i'l'OliiJlÍila lo•m ::)ouza, Just! Co·Z~ll"io de Mirau~a Hi Ltcil\1, Fl·:m-
t~onLin.un!lli o illu~ll':lllo eonselltciru Alllonin ci~ctt Llt> ~unw L'araiso. ~l~Bitn C\lnlO u prnjecto
l'ctcir~ J>into, tligno tltl'CCLOI' rl:1. SCCI'f'ltll'ill Üa ~llh~titutiVo Ul' aO llll :iCll~lllhn> riu niOSil!O 81100,
c~mnra dos tlepnltldu~, a collüdr os :tntwes ~n- assi[in11t1o por Josli CcznJ•io Lio Mi.t•aHdtt Hiboiro,
l~l·iorD" a Hl117; ~c ~uoformitfndo com o tJIJU· 1 n rotlt~rrilo do m~~111 0 projr1:1o r~meUid3 pnra o
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09: 17 +Pá gina 3 d e 16

Sessão üxLmot•dinal'ia em 22 do Abril de 1880. i

8Cmtdo, o par;·ccr do ;;en~do impt·,·~s•J t:OIIl a: :'\:io r,alJe uns es11·cHos filnilcs 1lcst:J rc~enh:~
lcll'a C de H!;}2 u finalutentt~ ns 1'\llCHd:ts np[II'O· j rcrn<Hnornr os sct'\'i,;os pt•cslndos por lliJUellcs
vntl~s pelo me,mo senndo e reje1tutla~ pela c:t· i li rtstres vnt·ões.
mm·:~ dos deput;Hios. A solemne ~cs~ão de 'i de Uutnbro de 187!1
A introduc,;ão qnc prcced'! aos rPferhlo~.~p.· bem dcn10n~lrou o proftmtlo ~cnUmc nto .(JUC
nnes, o histot'ico. c desetwolvanento dns dtllc· causou a tudo .o pa[r. a morte do vcueran1lo
rentes proposl:ts JWra rc Ol'ma cun~lttncional, c }.farqucz do Hervn!.
3 IJ':JUSlTÍ[It'~O rJo~ V;li~O~Í >'SÍillO~ dQl)lllllCUIIl!'1 S!'Ci'elrwia
COJJ.~tituem o m:~•s ~s.:Hgnalndo set'Y.IlfO twra a
UOS$0. histurin parl:uucnlar. Tem tiJo rcgltlur nndumcnto o scn·i~o desta
r c purtiçno .
Distl'ilmição drys ltllll!lcs artt1wiores a JS~i O zelo c u;:di<·noão com que os respectivos
cmpreglldOJ cum[HL'tu seus de~·ercs, e o e111pcnho
Tcm·se rcflo l:trga t·cmcssa dos refet·idos an· com {Jue lõm condjuyado os n:wu~ li'tlbalhos or·-
11aes. ganizatlos n:t dita >ccret.tria nos ulnmos annos
As rresideneias de província~, C.1111.11'!1.< lllU· são. merecedores dtJ to'llo o clo:;io.
nicipues, n~~emblt'as provinchw>, !JiiJiiotbc<:os, P:11;o da C~tmaru d11s uepul~dü$, 8 d·e Ahri! ile
tribuuncs judiciarios tem sido conl~!mplarlo,; nn 18!30.- Visco" de de /.'nulos, prcsillcnte Lia cumara
di~tl'ihui~ão l(lle se f:tt sempre annualnwntc, des deputado~.
os~im como muitns rcsso~s illustradas que os
tOm sol ieitado. O Sr. secretario dcdat·a niío haver ma i.; cxpc·
dknte.
Publicaçtio !llll!Wt dos debates
O Sr. J oaqultn Nnbueo: - No iil·
Como se vê pelo olllcio elo minis ll.'rio da fa· lcnallo de:>la sc~s:to, 15.\l cheia rle ~mo~üos jJara
zandn dnl:tdo .de 29 de Otttnhro de i8i8, 1ms:mn totlos nô~, foi por eerto 11nra mim a mnis dolo·
· a publicaçfio dns scs,ücs c dos nunn~s pltl'lamen· I'Osn ({O tod~s ~~ .pcrJa dn noss'J C>tinú l'cl collc::ra
t:tres n ser feito no Dinl'io do P(ll'lmn.l'1)t<l, im· o Sr. Manúol Pedro C~rdoso VieiL·a, deputado
presso na typographia nacional, sob ~s condições pela pt·ovincia d" P;u·;thylm. (Num To~o.~ 11paitl•
.cxi.I'Ddas no refet•ido officio. ·. !los.) ·
A mesn dn camnrn, conhcccnrlo os sentimento;;
rle ~misork cJuc a ellc me ptcruli;mt) fl.!z·lllc n
honrn de incluir·me na commisslio que llevín
Em 187~ po~sUln n bibliolbcca th cnmnr~ 3Compnnlnr os s~>.us re~tos mor·tae~.
l.'100 volumes e :'cluntmente perCo d,~ UiOO. llc~mnpcnhei. scnltores, e>sc dercr do IJ\1~1
Alêm do intttol'tnnte obra t!e ll:1!1o:~, Mrmifor Yenlto dar pnrto á cnnwrn tlo~ Srs. deputado~.
(rcimprüs~o dt •sdc 178\J rt 1800), annt•c~.dn re: petlintlo ·110 rrw~uto temrw lJUO ~cj.1 lnnt•ndo ua
JHlblie•t fmuc~zn (dc~uc os c~Wt1os g-rrat·~ nte ac\;t l!.lll voto tlu ~~~~z·n~·tlor tJo inf;msto ooont•;-
18~ I), da tll•lgi~~. tio pnrlamclltn •lt1 lln~Jmllltn, r:.imento. (1\ll(}Í/If/0$ IJCI'HI'S.) . .
aff(uns :mno~•hts I'UliUhlie:'~ tlo Chill'. Vnig·tw.r Uc:<tlc o; l.tnncos da ttc<~ltcmia til•o a 1\n·tuua
<l l'cl'lt, !lifl'cl'l!lltos ]Jllblil':u:üu~ pnrltliHentm·e~ tll.1 c•Jnh,·cet• o nv:<~n linali'J cutlcga; e dc:>dt\
tios Esl.:tdo~· Unidos. o dici!iouario de l.m·onss<!, IJII!fiO 11fio foi
p;11·~ l lÍI1J
oJ;jt·cto t!e du\"i\lit u l'u-
tlllll ti IJ>'slnnt'· r·onsultatlo, fJil~:.;ttc a IJiltliolhcct• llll'O qutl Ih\) cslavn rc~orva!.lo nc~l<l paif. e tjll•l
tia l';,mm·:~ outrrts JIHt'itus olmt$ UI.! l!~o ~orncnos ~lÍ n ml)rlo l't•itt intct'l'ulll[ICI'. (fllwirtclvs.) l':tle
Ynlor. · linha u:n dt~ssos t:tlenlns rtuc nos parlamento~
. :ll•ulwlll ~ompro por tria:npli:n·, um l;tlento que
· ~lrcfur:1 · 1 COI'I'ia :llmnd~IIIClllCIIb de 11111(1 fulll<.) !.>Cl'ellllC,
. . · . I :tlimcutarlo [Wl' umn ~l·mil.iilitl:ulc ll<'I'I'O>n, mas .
. Conltnua cn~., ver. ma ts acnnhnll•! o lo::rar •lc~· ) pt·ol'llllrl~, nrn esjJit·iio t'] IW n:to siJ tn·untl.ia ao;
tl.ll\ldo ao :tl't'ii!I'O lkt t::tllit!l'<t, jlOI' r~<o lfl l!~ Nld<t 1 !etnllll.~~. ma~, qnc, u'u111 \'(JlJ elcl'~du, aiH'nngi:l
dta :llHUltenln o lHllllHI'u do.n•hllllt's, rtnc ro!'1 u 111 n cspllr rn l'l'rtla•Jcirmncnlt: Jtwdnu ~tl, (.U11iiQ
Uifli cnltlnd\) podc111 SCl' (I('C,lllllltiOd:ulo.< Clll (a(l (H:m.) .
[1Cfjl1l:llo csr~nço. . - ' . ,\ ~~~~ tmhl\'l''l • r]c~do qnc ~11.: ~l! Mt•Z :'t ll'i •
.Serm .mmlo l'Oil\'ntlll'llle n rcmo~no tla ( , lll.1;n. hnna parl:llncutar, llti<Jlliriu /!l'~nJ•: prout[llhl~ll
J\r;:mom·c I I' Mmtr• d~ S •!CCOI :l'l) rlarn onlrn <'til· c (':Jilll\ clt l."'aHdo ~I mT.~Jl('lfl' dn multlot'i(l d:t
l1cio, t~nm 1lo licJJ'Iudo o p~\'illlt~.n.ln .torre~ 1'"~''1 cn 11 t:tra 11111 il~ts ·~pplanso,, uma nz·qne nlh~ d<)-
~1_ servt~'<! do ~l~<nlo nt·elnvo, IJI'ttVIIIO~~~:t 1[1\C . fllntlt'lt comigo a grande c:tttS3 n que no> ~cha·
p !em. stLlo soltcl!n<la l'lll dt\"Or~iiS occ:,~•oc~ Jl'''' I \'amo ~, tt nict... ~..,...n c~n:;~ d~ emnncipnP5o. i!lpoirr-
lllt'll? llluslt':trlos ~ntecr.s~<weg .1) r[ttl' <!Olll 111'- J do.~.) . •. ·
g-~nr.•n lnm!J~m rcelnmo pnl':tll:lO se C>lrag~rem Hoje', qttc lHÍs vollviM.~ n 1om11r os nosso~ !o-
d!ITercnh>s llt~[lrt'.S~ns, doc.nlltt'lll,,s, c outro~ I ·s
gar 1 1w~!<l c;tm:m1, log-:trll> <]U\J nüo [Jon~arnmu~
p:~1:1rt.<. fll·l·~ nuo podon.t sl'r. Ct•H\'t·n.tL!lllNuen.te lm:ti~ 01~cu.,ti:n:;. h<•.i<!, quo d_o;:rf't.mrt·t~.crnm.Hs. li~.ltt8
,1(1 Ultloldú~. i.\:i jil'tlSCI'Iji~WI t~IICI:tS , 1\aO ~~~ 1(11~ itdl-~'l'~~l'lOS.
fl,' lllilt'tlr•8 ml'4l fi~Si~til'•';lt r!"•~ /.'IIJI I'i'tir'S flu.~ , lllilS lulliltCIII dos t!ll~ii-:~S (Cl/I•Jicldas); llf~O jiOS~ll
s. putru/(J.i' ~~·!l/1:;,.:~ .lrrn/~~~~. ll•."·i~l~l
IJ Vill:•!Mlrr'
•ll11110d l ,d.,o 1 sellftti·•J JJrr"l 111 v rio llel ,ui
;'{,',\~;·:·;,:::cn~~llll':\~~~~r;,m~;l~l~~~:1:,r.t.l~;g~~~· ~~~~~~~~
dcut 11 1·omltnnhdr·o que llftO ussisliu :i Vil~lul'ia
Coufnnne o~ c~tyto~, fot·:tm nonw.~•l:•s tloputa- l';ll':t ll.tJil~ ta.ulo li':tltnlhon. c qm: ntorrcu 11a
~ucs P~l':l os~i::tll't'lll Q!)S fuuenw:; dl.' l~o rnwl:lros ; YI.J>I!C.I'U do ll'i,lllllp,ho fj. uc ~lCIIIlÇalllOS, [):11'(1 ()
l'icl:tdãos, . . · p nrttdlliJIJ~l'~l •.Al;;ach~: r:r· , t~, 1·.-;a, m~ul · l~'m \
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 09:17- Pág ina4 de 16

8 SesSt1o exkàortl'liaria em 22 de Abril de 1880.

Pol;lO a votos o J'•)C[lllll'imenlo• vcr ilal do Sr . , ua armada fallocillos ~nl.cs da lll'omulgat;ão da


Jonquim Nubuco é up)Jl'OI':Jd'' · · mesn!~ ki ,oll se~vad~ a ?t'dcm de succcssão esta·
o l§a•.o Cotttn Aze'lo'edo:-Sl'·. prc~i. , bclectda na l~_g•sla•;au Vlgcntt!. _. . ~ ·.
!lento, ha qn:•~i um 3 n1 1,, qnc _oiT~t·c 1 ·.i :í con~i- ; Ar~ . .:! •" l•tcam 1\)\'ogutla~ ns tl Js[}OSiçucs cru
· deraçiio da C:l:;{l um rclfUCI'itnento q:w foi :~ppro~ ' contwno. . . . ·
vado, pedin1lo · no . ~overn~1 infot•matüc; ·sobt•e I) 1
a·:o tlo scnndo <·m· !6 d.e Outubro .dc !879.-
dcspozos qur. se tem feito no ob:>C l'VJlor:n Mtro- f ~.-~cond~ de Jag;tary. pt'o$11.1\lll lc. - J tltc Pedro
nomic? do R_io rl ~J:\ll eit·o, desde que o. Sr. Lini~\ JJ..u1s de C!m;~l.'1o ~-" SC(.'.rctario.- A_11tonio C•m·
assum1n '1 dtrecçuo djqu::lle cs~a llclecummto, e !!Ido dct G1-u~ 11l ac.ICid·,, 2, • ~ee.rclano.
tambet~1 sobre o que ~e ulilida.d:qJJ':ll !•~;! tem Entl'll em 2 .• discuss:io e é llll'lrovado o se·
produztda o obsct·vatOI'IO du,rante a <ttllll llllslra- "UÍUI!! '
ç1'.ío desse eminente mnthcm:~lico. · · o
A acta de iii de 1\faio do nnuo pn~ sado rcgi~lrn LWJJEc·ro
esse _requerimento e li ap p ro1·a~ão 1!\lC met·occu
da co~•m~ ro. . -18i9-N, 210
Ous:> esperar qu'~ Y. Ex. Cl\\!Jrc;nr;\ o.• meios · , , . ... , , .· . , . ,
· que o re~imento lhe permille pt•ra J(lle nltJ ~ co.nml>MO Lh: m~unh:t c .;uerr.:~, 11 quem
Yenha.m às m5os ~s inf?rllla•;õ~s que S''lidtci h a ~o~ IJI:e~e n;e .o ~c_q~t')~'l~~tc•llo ~~ ~ ..• t~nen l~ do
quasi um anM, comoutssc, c c hem de cret' fJUC •· h.lt.llh.tv de·" tdh.uta a, p~ •. a~dHlo ao.L . da
V. Ex. uão encontre dilllculdades rl<t parte do mesma ~ rm:a, Uaymundo 1 crd1gno de Ullvotr~.
aetunl g:~binoté , quo, c~t•Ht'llUt'IO, niio s::: (lll'l:mi I Ç ~.~ll .q~.'' ! 1~d,J s?1' .t r:J ll Sfl!~'rdo P~.ra .? arr~1~ ~o
I
a p:·est~r ao~ rcpr~sentantcs cln nn\iiO Lo !lo~ o,, ~ 11 ·:~nl,flta ~"!l11 ~<.l_Ut7.o de s na nn trgtudn d\, do·
eselarecln•cnlos noçcss:ario~ p~ra qu ~ se sai !:In 1 1 1 01,>,~0 exoa~~~~~~~ · tvd~s os doctunc ntos por cl ~c
como siio gerido1· os dinheiros pa!Jfieos. · : liJrh.>Cnlado,., c :lllcll(.cndo :ws seus bons servi·
. . ços de :.."Uerrn 1n:cst::dos dur:~~~t o a Cllmp:mh:~ do
. ~ Sn. l'lu:smE:<~TE : - l':t ~e1 o llOssn•el p~rn sa- Par:.g•w ~, assim como aos l't'ecedentos · eslnbc· .
t1slazcrao nobre deput:.do. lcciJo~ pola lei n. l\Ji3 de 9 d() lqroslo ele :1.871
o Sa•. Da()t.lstu poe1-elrn :-Sr. que ~bt ·•~Q u em seu c~pirito clo j ustil,'a tnatus
presidnnte, c\ meu IIm pedindo a palnvra ro"'<~ r pt·etnuções ~1!~ucl hantes, ,; dt~ pancet• que so
a V. Ex. que se d!guo cllllSI!!tnr á ca m~ra si !no , •~ dopte o scgnmtc projecto :- .
flCrtpiltc urgenci~, nu ~css:io d!1 :nnanhTI, p:1r~ A a :<$Om1J l~a gerallogislu til"li rosol\·e:
JUSL!IiClll' um (lfOJ ~~ lo flllC tCIIClOllO suhmcu~r H ~ ·t • u p · ,. •. . . . d • r .·
sua illu~tradn eo 11 ~ 1 dcn1ç~o. . -' -' · ~ · rc~ o.,, ~ • CI.n~nu_totJta o. a ~tnns. ou r
· F~' um J>roj r>clo c( uocutcn ~c eom uma mntcr in ~lar~.~ .wma d~ 1 ~1f,mtarw, ~e~n prCJll2Zo d~ su.a
tle orcn~ião c lle :.ctu:rlid:nlo. '1':11\'cz cLt podcssc .m.u.o:-u.~ado,o t . _tçncnt~ do~ · bal:dh:ro de nrll·
jU8Iillt•ar 11:rra hoje mc5mo a nrgcucin .; ~n:~s uão 1 ~~~-~~ "1 •1 lM;,:~~~;do ~·) ~ .. .da mesma arma,
o farei (lOl'(jUe toiln o c:l!uara e,; lá an~ws:a 1101' 1 ll.J) ~llt~,d~ lu, ~h c an d~ Ohvet.r_a • . ~
ouvir a p:1lavra do dis1iucto Sr·. Jlt•:sidonte do ! · ..'\.! t. • · llo.J' v:;am-.e as dt::-postçocs em con· ·
conselho, IJUO \'Oill upruH' ntnr ;:>1: cvm o "'abinotc tl.uto.
qu'' orS(lliUZOU. {>,11':1 r)ue 11 cna:at·~ p:1;:~~ cum-
I t=-nln das commlssues, 21} de 1\laio do 1879; -
prcbender quo n UHllerin do pr·ojccl.n é reul -~·~f . . Motim. - Vil'ialo de Medcil'os.-Mcllo c
monte Ul'(rCUI(); dct:.IMo r] tle IClll por Um lll'OIJÕl' Alvun .
11 rcvo_gu\~lio ~l.~ ilnl1os1~ de ~t·ai}~POl'lC nas Iin 1as ·O Sn. r•.m~JO:;~m; :-~~v estando . :tintl;a pre·
ferrc~s c c:mt:; ·ur >~no~. (;llr.~tto lmm.) sente o Sr. [lre~hllmt•J do •:onselho, c cslnado
l1ostn n votos, o IWIU\ll'imonL<> ú npproniln. e~gotnda n onlcm elo dia, intcnompo a SC$ôtlU.
O Sn. t•nESIDENTI:! :-::'>11in ~o nchnu1lo nn c:1S:1 o (E I·am 12 I! 3 ~i mirwtas.)
Sr. l'I'C~idcntu do C{)nsclho c l'Ó p11dcndo Y ir ti (.l ' llto;·a e~ 111iltllt as crmtiiL!Ía -a scssiü-1. )
uma hortt d~ I.., ruo, \·ou coo li n Uõll' a ur,k m <lo
dia. · (1'omuu I!SSI'It l u 110 recin to u :wt•o miuis!l'l'io.)
01\[lEM no DU O S•·· !\Iom·~- :-Em obadi llnei:t n o~ es·
lylos (l:ll'l:t~t~nt:tJ'O", V<!u, SI'. tn·c~l dcn t e, ru!atn t· ·
Enlra em 2.• discuss~o c t' :IJlJlror:•d,l ~em a occm·,·cncta quo moltVoll n t·ettnda do gabi·
debate o pr11jr.clo inirindo no st~ nnllo c <Ob n . nNe d!.! t.i de J:weil'o, do qn:tl fiz ll:trtt~.
310.A seg-uinte : · · · o prim•.i: ml p·:·ogr;;:n!tta eles~!! g-:•blnclll con- ..
· ,A com mi.J;~flo (]<J mal'inlt:J ti gnerr11, :• fjll CI!I sisliu em pt·ornowr a l'ofui'll tU clcilol'al pelu
f•JI préscnlc o J•rojt•t:Lo inil•iailo no ~ún ~do lor· t~y~le uw "(' um g-t·•\o, e p:11'a ronscg11ir is,;tr n
u:milo llli.lcusiva :is !ilha,; úos nRki;rs 1la at'l!wtla miilisl:'l'in mlop t:Jil ~ l't\fOI' m a _l:on~ Lit. nciona l,
f:d lel:id· '~ :mtt•s da t•l'OIIllll~:":u;<iu 1hr lt'i de 2:.! tle in ici~d:! ·c vol;H.Itl nesl:. :• u >: n~t.1 cam:u•:r. .
Junho de lllü6 o,: ravc1t'es cb nw~lllll lui, ob~cr· .Duruulc a cliseussfw dú. ••S~tlmpt ll ~Ul'g-in u
v ~ da a ot'llem do Hll'l~e~~ão c~tuiJt:lcci \la n:t Ir· h \' fJOllwse t111 r<~jo l c~ itu do lll'tlj l•c.to )JOIO 5enndo, e
gi~ln~ãu vigente, é do (l:tl'<:Cer que ~eja cllu o ·~uvot·uu respondun ljUe, ~; issu lll'Ontec~sse,
.•, adoplarlo.
I faria um atrpel lo an pniz, 1101' moto cla tli~solução
S<rla da~ c•1mmissõe:; em 2!~o !le OulLtbro ilo. d~ ~;em;, r;~ tuml' 1>1'11l'ia. •
18711. - .u. .lfow·u . - 'Vil'iuto d, ,)f<!dcil'os.
·.
· ~u S''"s:!u d(l ~2 de Novembro \:c•.rtllcou-se n
·\. ··~scmiJI 'a •ral r, . 1 .
(O' !• r pothlll:'e lll'llVISia : o ~mucd " reJ t•tlllU o pro·
• •, _' .,c C.•O VU, . I J l'Clo , • . . .
. Art. t. v O favor rou,·•~lido \'c·lu ld do ".l:t lle 1 g ra dl•'"acla a ' 't•t. lio .. o,·enw !JI'uJI•'•t•a cUsso-

~ ~unho de i806 é extensivo tis li hos dos offieiaes, ltu;ilo; mas.. utn 110deros~ concurso de cirellm· .
- .. - . .--
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09: 17 +Pá gina 5 d e 16

Sessão extl'aordinaria em 22 de Abril de 1880. 9

stancias vein n<:onscll;ar o ::ulí:tmcnto d1l~~:t J::c· ' Sna l!agc~>tat.le, no pensamento de evitar
di da para L•;tupo m:ti> OJlpol'tuno. Da,Jn n op' fJllan to se L · pnssa, repelidas deíçues, honrando
portunit.ladc, o g:ovcmo sulicilüu da cul"ua cs~a .a v, Ex. com a mab plena conliunça, cncarrc-
medilln. gn-me de me <.lü·igir a V. Ex. paru consullnl-o,
Sua )bgestade, (Jorém, depois ue ter ouvido o ,;i [Jó~c V, E!>: .. uas actuaes circLJmst<mcias,.
conselho de e~tado, u:,o julgou accrladu c:on- prv~tar u;u g1·and•: seni1o :10 paiz, ~SSilOlindo
formnr·~e com a O(tiniilo do ministerio; pelo n direc~~u do,; negoeios [JUbl:cos, com o intuito
que e~lc pediu e oi.Jtel'e sua demi,~Do. de olJter do seLwdo u project~ d~ reforma, com
Em neto .succcs.>h'o Sua Mn:;est;:ue onknnu as b:•.:cs l'Om que foi adaptado pela cumora
ao Sr. presidente do cou~elbo LJUe se dirigi~~c do~ 8rs. dcpul<tllus, poupando-~e a dissoluçlío
por escripto no Exm. SL'. Visconde de A!Jacte, desto.
convidando-o :1 comparecer no [HUJI) allm de cn- • V. ~x. sem duvida terá Hdo o ultimo dis·
CDrreg~r-se Lia oro:anizaç~o U\' um novo gai.•i· cur~o, que sobre a reforma proferi no senldo:
nete; S. Ex., JWrl-m. pelos mot i i' O~ qne s:to ahi llz novas concessões. T:tes romm: a maiori-
nctualmanlc do dominio [JUlJiico, 1leclinuL1 do dade · ciY·il pnl'U :,:azo dos direitos politicos e en-
tão. honroso encargo. p:td•lmle dos <lculholicos.
Entüo Suu .Ma::cstatlc onlenotl ao St·. pru:; i- ' O uo\·o rn·ujccto poderá conter essns concu~·
dente do conselho que~'' dit'hds~c ao Sr. cou- sões c assim Sll torn:•ra tnlvez mnis nceitavel,
selheiro s~r~iv:•, conyid~ndo·o [J:lr<l a orgtnlizu- opiuii:íes cstns que creio Sl••·em tombem as di!
çuo; c S. Ex. •·~s,Jondelt que aecil~ri~ o cncar· V. Ex.
go, si lhe fo~se c a da ti laculdo•lc de inici<~r e < Peço a V. Ex. quü, recebendo estn, sn
promover a rcf,Jrm~ veios meio> {jUC ju!gus~e d)!ítw re,;ponder-me logo por te!egramma, mn•
mais mlcquado5, C de c.onfo!'lHidade com as SUUS llllcsLaudo ~ua l'CsoJuç;Jo VCIO seguinte modo:
opiniUcs · rnnnifestad~~. -Sim ou nüu-em'IJora m·ms tarde me responda
Sendo tuhnittitlo isto pela coru~, o noi.Jre se· por cnrta. •
nad~r pelu Bnliin organi;;o~ o u~tnal mini:• L~rio. 1\P~pondi ;l S. Ex. pol' tele~rammno seguinte:
I
E es~ll, em resumo, o btstor~eo dos ultrmos < Não: leia a carta CJllc csct·evi ao conselheiro
acontecmrcnlos. Agor~, np•·ove1t:n1do cu n op- iluran:wu:i. ,
portunidade da palavra,_ felicito desla Lri~t~LHI o • Enf :;eguidn esct'i:vi pelo co1wio a S. Ex. o
}lal~ pela prudente. ~ab!:1 e lom·a,·cl _dccLs:tO da nobre ex-pr~sidente do conselho uma carla, nu
c~roa :10 encarreg-a!·~ ~lu::lrc esta~r~t:!, no~;o j 11U~I exptlllha O> moti\•os (J\•.Ios quad nflo 110din
dtlecto ~hcfe, _da JIHCWt~ao e promoç~:o dc.:~.a !~~· , eucarrc.<;"UI'·mc .:!e ut·:;·auir.ar o goi.Jinetc parll o
formatao ~nc10s~m<:ule rcdaru:ul;t Jtcl.: l1JHUtuo lim de continuar o ~eu pmgrllluma de reforma
publica. . eonslilLtcionnL Esqueci-me lie deixar cópia dessa
E tnmbem nprovcilo·n para del'lar:tr llUC, não carta.
obstante ter feito parto do minislerio q.no pro-
mm'eU a l'erorma constitncionnl ; nno ob~tanto No Llin 6 do 1tlurço recebi o seguinte tele·
e~tar nindn co::vencido dn nece$sidntlc di!lla, grmlllll::t:
como unico meio de ovilar t'Scrtq•uln~, e tumhe·n • 'l'enlw or1lcm de Sun Magestade para de·
o unico CUP\IZ ti~ dur :\ tuw:.t lei melhores con• clarar a Y. Ex. que, á vista. da c~rta a que at:
diÇões de dur~çiio o (lcrmnncncin, resolvi : ll1ll iu no seu ti!legrnmma de hontem, o eucar·
Tendo etn ,·isln n mnneirn iusolit:1 ~om quo o rcg:1 de org;~nizar uuvo rnini>Lerio par:t. realizar
scnndo l'eieitou o pmjt·rto inicit1do e votndo por n rerorma pelo motlo 11tte lhe pllreeer t•refo·
estn nngtÚln t•nnwt·a sem 11tl111iltir o me!lor ac· ri,•ol. •
curdn, ucm olférccer emomla :ilgumn ; • n~ceiJetúlo . este telc(Trammn, rcSJlondt que,
T!lndo em vi~ln o fnudo uesJil'l'sligiu ~m '(UO em obcllil'tH:in á ordem de sua ~fugestade, par·
ucscamlwm :unbos os r:mw~ do pc{lcr lt•gi~lattro tiL· in l'ara n curto o mais breve IJUC me fussll
peln vicimlu origem 11'onde pt·octd<'lll; que é mu- JlO$Sivcl. . · .
nifcstamenle u vontnde ~1.1 pode L' executivo unte· • Etlll[Uunto nw prc[J:It·uva p~ra p:~rtir, entendi
postn ::o voto Jwcionul ; dLwer escrc\'lll' apt·cssadamoulo um plano de rc-
Tilndu em visla ig-unlmcnll' 0 immL•nso JH.•rigo l'orma. quo coutivt•sso todo o meu Jlons~Jmcuto
que cori'(Jlll as in~litttil,!iics pelo completo J(tbea- o do (J::tt'llllo, que represento .no podor, afim
monto do system:1 1·cpresentativo, :111 ponto de de qnc, no ehcJ<ar a esta C3pital, antes de
não existir mais unu1 mcdidu ccr!~ 11 exactn pela orgnniznr o ministerio. pudesso otftlrecer a Sua
·• Mn~csiat!c u Impcr;1doras b~ses tla rerorma [lro-
r]ua l· po~sa o i>O!Ior mo t.l erador Yl!l"l 1tear n ver- J\·~lntht. O sotwdo. bem coJHJlrohende ns razücs
!l:uh• ~a opini:ió pn1·a t'olll a;·erlo ni\Hlur n~ ~ilun -
. ~·lic~, l'i"\'I'Ztmtl•l o~ [1arli1lo~ nn poder : · rc~uh•L por que . <t~~im procedi. . . . .
eonw tlissc. ;IJiOitll' h!'ódliiCI1Ll• o :wltwl ~:11Jiuett•. • A lt•(duatlo qttl.l llu1:o ao lmp_eL':Hior me nc(ln·
l'Otnpu~to dM m t•U> hun 1 ·ad 1,~ l' di~tíLicto~ co: s\Jlh;wa cs~u pu~so. hru po~stvel l)~C o meu
l'cli<'ionarios. · !Jiano Lle rd~l'llHt p~desso (l~l'ecor .u :sua l'llagcs·
" · · ·· I
tade l'onLrnrto /lO$ mteres~es pultllcos, de modo
O Sa•. Snroh'll (pr,•sidellt<! d:J cotlsd/w): <]UC cllc mo rc_cusnssc ~ conllnn~\:1. con1 9ucmo
I
-No senado j;í !lei :•~ ext•lic:•cues convetlieules houruvn, e enl<t? uuru]m_a·m~ dcc.hnar muda da
;í or . •ani:wrão·minislcri.::il: lerei, pois, o <!tliJ eu~ tarefa de org:nntz.ar g·lll.Jlllcte.
tiio diS>I!. • Lle rncto, :10 ch~1g'nl" a ostl\ CL•rte fui inunedia·
N:~ l.ll"OI in c i:. da D11hin, owlo ml' neh~l'il, t'O· t:uw:nlo a S. Chri8lovflo, tHlpreser!lci :1 Su:1 Ma·
ccbi uo 1lin ~·\lo ~~~1\0 lllil:l e:1t'hl ti" il!n~tre g'l\~lmlo a~ lmsu~ t~a refurt_u~ .. :;ua ~lnges.tntlo
t~X·\Il't'SÍlkHII~ dtl CUll~t•lhu, na I[U:t( ~l~ lo\ u SU·I I~Uillil'll.ll~n. o IJUO dt5~Crn,_ IStLil!,, !JllO C,ll ~lll~::l
guintc lJet•iodn: totta n ilber\lade Pll'll olletecel' a cou~•deJaÇl\Q
l'QDJQ t.-!.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 17 +Pá gina 6 de 16

lO Se~são extt·aorLlinaria em 22 de Abril de 1880.

das camams a ret'ornw pelo modo f[Uc me p~re· c prla •liminniç~o lle lodos os im1>ostos, f[UC
CCS~t' prefedvef. . [JUdCri'Jn [H'I'Lnrhnr O Jli'Oql'eSSU a~CI'lldC!llC ua
Em e\IDSI.'<[lll'ncin das novM declaro~ões de l:wo111':' e das ínJu~tri~s, ou mesmo qllc forem
Sua Mrl!l'"~tnde, quo rohustcecrmn :1 co111innçn V!'XillOI'ios.
(jllll ~{l digni•rr. ilS~CI<lll'M•llle, or~anizei o lliÍ• E~luu per~U;IltillO de I[UC, si tivermos IJ rm··
nisll•rio qne Cl•llllJ:Il'lice hoj~ per~nlc a canu•ra tuns de t'e:dizar cs!L•s tlous pontos, em que rn-
dos St·s depnt:idos. r.omos consistir o Ps~cncinl do nos~o pro:.tralll·
. ·rem·sc mnstrndo desejos de collhcccr o qnc mn. tcrrmos prcslado ao paiz nlgum >e•·viço.
d1sse nes~:·s enr·ta:<. · · Nüo !levo con,.luir sem !l''diL· :í e:unnl'll um
Dis~c mni~ ou nicnos o srguintc : ~poio (J•ancn c .incc•·o. SI n;,o ti\·cr roullnnça no
Qlle a politJca da rcfornw constilul.'ionnl do mini~lcrio para a r·enlizaç1io do·ssr. progrt~mmn,
. d · 'd d mostrc·o por utn modo ex.1•lid!o.-Si u minislerio
guLmele pa~sn o me lln 11 ~ J.,aro.•c: o Jlru cntl~, llw murecet' .conli:uu:a-dê·lhe :1poio decidido,
c sem meio de remoYer os emlwrn~os que tnll't·:r. d.
fossem ct•eat.lus pelo~ usct·.upulos constitucion~cs porque precis:mt"s tsso p:ora come~uir a ro·
(lO senado. · J'onna eleitoral-que uos deve dar Jiburda1le de
lllus qnc .letlllo sido r·cjcita 11o 0 projccto da voto, int~rven~ão rJo 1•aiz em seu~ destinos, e
refonna cqnstitucional, nós, ns lihcrne~, uiio tle· ;:.u:;mento do JH'Ustigio llo lJ11t'l3mcnto.
Yi:,mos mo~tmr mais escrupulos llo 1)\le os nossos o· s 1•• Leoncio 1le (':orvnlllo oppo·
auv~r~lll'ios : . sicionbta rrnnco ~ declnrado ao ministerio de
Que nti11 er:~ o mais pt·oprio pnra continuor 5 de J:mcit·o, vem prestnl' sincct·~ :.dhesno no
e~sn politic::t, pois nn1wa t1vc t:1e~ est~rupulos guiJinete de 28 de ?tla•·~o.
constitucionaes, e nDo podin tomar n rcsponsn· O pnogrammn ~o di~linrtr:l p~s~onl deste gn-
bilidnda dt~ org:llliza•' um mini~h·rio qne u!Tt·on- bineLe merecem-lhe toda a cmillnn~:n. Preciso,
tns~e todas ns difficuhlttdes que dcVi;nn provir porctn, jmtilkat· o seu voto p.,ro quo uão se
da pcl·sistenci:t em untn ·rcfnrmn con~titucional, pos•a. :•precfando mlll o ~eu procmlimenlo,
q•'c nfio podia ser rec.omideratln pelo senado j ul!!~l·o cout•·adictorio ~:om as opiniões que
senão depois de um nppcllo r.arn o p:~iz.
Pelo que ncnhcl de l·xpcndel' conltecc j;'1 n
I su~tent,>n !JUando fez parl!l daquelle miuistr.rio.
Nm1nella L'l''ll'D aceitou, . como aceitaram
camm·a dos Srs. deputados, fJUnl o progrnmmn (]Unsi l(~dos os membros desta cumm·a. um pro·
llo gniJinete. O lWrlido liberal insc•·eveu ·em sen jt•.ato do ·reforma cli!iloml, cujns disposi~ões,
progrn. II.Jill.ll muilns reform~~. Os minis!. crio~ nflo / posto que liberaes, t·ra·m sem du,·ida menos
l~m. e nflo podem ter pro:.:ntnm3s largos. Elles ~m1Jia,, menos d••mocraticas do que aquellas
I
devem e~ colher dns refor·nws do. ~cu porLido n (jlle crnstilu••m o projcclo que pt•etende o t~ctunl
·mais urgente c enyidnt· e~fu•·ços para u re:~li· governn Ulll'esenlar u c~ln caman1.
za1-. A reforma cll'itoral nos parece o mais [ A reforma tinha de [Jo5sa1: pelo senado que
ut'J!Cilll', c seró n que oll'en•eercml.ls :'1 considc· · etn stw qu3si tulnlid:ule comp!lslo do adVt!rsa-
rac;:foo da camnm ue~t" ~11>Sâ() cx.lr:•orllinat·i:•. 1 rios nmcn~:•vn recusar o seu apolo n qunlqncr
Outro n~sumpto g1':1YC nos dm•e pr()Occ.u 1•m·. · projeeto que niio lhl.! lizcssc nlgunws conce~~uus.
SnLe n cnmara fJl!e•. ~m consequencin de grtmrlus Di~nte clt•. nmn canuu·n vilnlit~ia, :u:m:11lt1 de
mclhon•mcntos n:ucwdos pelo ~·overno ou vot~· um \·cto ubs••lulo,. sem o monot· col'1'cchvo lcgul
dos pel:1s camarn8 sem !JU~ ~c tives~c o!Jlido em co111ra os seus cnp1·ichns, p(lrqunnto u propria
tem pu opportuno l'S recur~os iudispen:;aveis l>~ru rus1io elll! nulliticu rl~jcB:mdo it~ li111i11c O$ [H'O·
1le~[leW~ tão cxtrnortlinarins, llernm·sc dilllcul· jt•ctos recebidos du cauwra popuh11·, o rninistcrio
cl11des t:unnnhns IJUC :'ssoherhat·:un o governo !le 1i de Janeiro viu~sc o!Jrig11do a udmillir no
resnltando d'ohi a crença, no pniz " no Ps!nlll: J..ll't•:iccl(l eleiloml nlgumns re~tdcr;ões eompati-
t-:Cil'o, do achar-se' em ~erins dllllcuhlades c em Yei~ com a di~nidado do p~t·tido.
pet•igo n no~sn situ;•ç:io crotwmicn. D;tltlndns foram porüm toclns o~ csfol'ços, in·
A drspczo enorme qur fa?.i:u11os 1·om soecorJ"O> ntci$ todas :•s couce~>ues:-Qs ructo~ vlel·;•m p1·o~
fJUblicus conlinn~va e::s:•s :opprl'liNtsõcs; 1•o 1·qur var, ti luz tln ovitlcncin. 'Ine o ~otwLio não 1juor
C!ll Verdndc nouhurn J!~iz aindn despenllen, l'lll ti liloC!'l~atle do ,V\110, l'OhlO llâO qU,l'l' a. lib(~l:r i!dll
lao pt,m<ms lclnpos,, !:10 :ovul t n~l:•~ rJnnnti:ls · em •lo. ens1WJ, a .ldJ~'i'dade tlc CO!l~el_cnrw, p h~Cl'·
nux1lto de COillJHIIrlo!as ncc<·.<~tlados. •lado d:• lli'Onncw o do mnni<'I[IIO, omhm, ne-
T~e~ dilliruJd;•de;;,. pok rund:'m'•ntnvnm a nllum(l d;1s libe•·,lnrlc~; urgclll!.·mentc rcclnm:,dn.~
rwnçt~.(l que ac:JIJI, llll nlludir: tnas, mediante {'elo paiz. ·
O,S CSI'Ol'ÇOS da n<llnilli~lrt~l;fu) 11:1s~ada I) O [ltlll'io· '1'0008 nf]ltrllcs quO (l([]Jerirnm :10 projeclo
t1smo ~as c.nm~r:•~, ns d1!licu ilmles · rnnwç:ll'~m snstonlti(lo pelo ~nhinulo Sin 11nht\, n1io igno·
n lleclm~r. . . . ravnm quo dlo nflo snlisfaÚ<~· colllJ•icl:~menlfHl>
Em brevo ce~E[li'JI a necesmlndo d·· di~h·ilouir ii.Spil·nç(:;e~ lliJL'l'iiC~, nn.~ t.otlos COIII}!I'dlcndi~lll
~UCC~I'I'~~, attentu~ I•S dJUVII~ HIJUilllaUl{'S liM (jl!C na illlfJOS~iiJiJidatJ.c deolJM'•SO tUdO, CUlll•
ll!'OVI!l~ltl~ do n~rle na~elludu~ Jl,cln st~t·rtt. Alem lJriaao murios l'::zcl'·~C nlg-unw comia.
. llislO ~li ~Oll~'.'f:!U\1110~, gr:•~:~~, I ep11.o, 11' <S ('SI'OI'CO$ 0 ~CU~dO, Clljtl llltiÍOJ'ia ~ÍlllliiU (]UCI'Cl' O ~Uf·
.;. do ~nlliiSh!I'El \'DS,tldO, :,illd:tcJo (l\']n~ Citlllartl~, l'l'un'io rlil'~ettJ. l't't'US< .U iu. liJIIill•' O JlrojeCIO
l. ~~/?-IIJ.l,rnr, ~l:n~~ o,':'·a•~1 .~~~us .110~· .n~ 1 '!0. •t;:,oJ!e· tl~·;;n rn~111r:!, i·I'[JL'IIin to1Jr.~ tt~_omendn~ nu n~n·
JL·l' ~.UI.'S do li\ rltlo \dll[,IJUS,IlllCIIl~ lC,IliZ.IIl.b, lllfi.'SIO llllllilO dli oh~lal' a fllSIIO, O 1\11~ l'liWI'S
. A llfl~~a nds~r,o n~nro Jllll'ét~l •' con$c·guir fiL'· (~nlu IJIII! 1),, :1lto de :-;nn nli~ot:Jrt~hi:t 11rC·
çanu~ntos nornme.~ pelo _l't[lldiiH'io lia n~c,·il~ c ll•Ud(•U jusliHcn1· o ~cu "'~to nhsoluto, dci~ou
.. LI~ despczo~ s~m .~~c~c~~•dudc !lu ~'lleraçi}c~ du cutrcYcr que·,v admitLiria eon~liluiutc, ~i 1'0·
h ~1edft0, lnll::- pelo ti eo~Hnctllo ll(lltln• dàs ft'L1(1w: !lc~Sil !OOllll' p;or\1• U(.;; ~0US 11'{11Jnlho~.
~ . .

~~--
câ'naradosDepLLados -lm presso em 2710112015 09 : 1 7~ Página7 de 16

Sessão ex.kaorcliwu·in e111 22 de AIH·il de 1880. 11

E~sn . conclic:ão, pot•éin, n~o era "'llllissivel em ' Couliuu"rulo, diz o or~dol' quPa corôa pot·lanlo
r;tce d:• lo!i f]l.ltJ cx;,re.:sHncnto prohíiJ,·, c•im jus- in<JtÍriiU·>c nol mui .~ noiJrc l•ntriolismo subsli·
tos IIIOlii'O~ , a iutat'l'enç5o da cul'U.t c rio >t'n~do tuimlo o !!:-tbinelc 5 de Jnnolro pelo mini~terio
nas rt!f· · rma ~. cunslitt1cionncs. A o•ssa crndiç:in llo• ~8 dr~ Mnn:.o. Etn vista destas ocr•urrencias
nenhum [.(tthinelo .liber·nl · pódt~ slliJ>cr'w.ct• sem rpte :•r::1ba. ue l'<)ferir,. cotiHJ dcvln pro.,eder o
commetter um CI' I lllll rio lesa democr·acta, sent 1 n ~ tual A'"lunetc·? Ocvtn pon·enlura. BJJI'CStmtar
alr:~i\OOI' o b:mdeir~ do seL l Jl3rlidv, st'm destrui I' no,•au:e:lle a c~ ta carnam o me~ mo III'Ojeeto re·
a m:~•~ belln, n lll:IÍs symp:•lhicn, ~ 111ais súhia. JWlliclo [Jdo ~en:cdo, co111o pt·stendiu a consulta
çonquista do e~cnla domoc r:~lica . o neto arlrli· rlit•igido :10 nobr•o pre.;idente do conselho pelo
cio'JHII, e~se monumento de sab•·dnrin c l·ber· ~eu anlccessrw 't. SHria uma inr.pcil . .Muito acer·
d:1dt', es~e uniro aot·1 a tfllC se pódc, t·om· jústiça l<tdo :melou n nnbre· Jwe,i!lcnte do conso•I!Jo .res·
e verdade, chmn31' consiHuição ht·azileit'a. (1lfui· poudcndn a ingcnu3 porgu·nta do ~eu antecessor ·
tos apoiados. ) . · corn e~ se hourildo 11àa,dig-11o do t·aracter de S.Ex.,
. O senado temeu-~ de umo constituintP., como r •t·am oignos do nobre Viscondli d,• Pelotns
pCII't]tie a constituinte, na t>1l!'a~c tle alguns esse~miUHJuoo illu~trc g:•ncrnt pnforiu,qunndo
conselheiros de est:ulo é ltlll gt•ave perigo Jlarn coom·idndo para faiet· IJltl'lC de minh•terios, ·cuja
as in ~ti tnições jurnvds. . politicn repelli:~. E~se não pC'dorá ser origem
.O $enDdo tem conscienda r'e qu~ é uma de muitos & ns IJUC venham limtar um pacto le~l
pl11111a exotfcn enxet·t~dn em . um regimetl que e honesto on.tro os dous olcment~s co'!;'b:n~do~
pretende os foros de governo do · provO . Jlt~lo em nns~a f,>rllul de ~overno. F..sse xaa valera
povo, 1•01· is$o receio que uma con~liluinlc, . m:1i~ um:• j.mginn bri.lhnnt.e p:ll':l a noss:t histori:a
por m:lis chiros qun ~ejnm os limites ll'111,;ndos, politi ca e pnra n biogr:tphin do eminente esta·
J!Ossa, rom 3Pt>lousos do ·povo, nll• ·a)J:ts~at· disln CJUt·, t>eios <'llU~ talentos, pel ~s su:~s virtu·
t!sses limites, pat·a supJ>rimir cssn vi•alictiíd:Hie des civic:a~ e privadas mereoo ac,;lim3 e reSIIeilo
incom palivel com o bom senso e o dignhlade da de torlos os seus concidadãos selll distinç!lo do
naçiio. . . côr polilien. (Apoiados.) .
Chegadas ns eousas :1 esto ponto o ministerio o :sctunl gai.Jinete, aproveitando ns lições
de li dl! Jnnei•·o viu-se em uma tlifficilima· po• 'da eXJlerlencfa, comprehendeu quo toiJ:~s M con·
sição de quB dt•vin ~ohit' ·por· um dos seguintes cessões compotivei ~ com a digttidude do partido
meios : :'lli'CIIar para o p:riz nlim de quo moni· lib el~tl não conseguil'am vencei' o~ ~nlimcntos
r.~sloda mois uma \'OZ a vont.ride JHtcionnl pn· relro:;rados tln camar~ vitolicia.
d('sssc c~ lu. prevolccet• sobre os cnpt·iuhros de Prcfc•rin ~ois upresentnl'·sc · ao paiz com u
um:~ olygnt•chin quo dcsnnltu·a a nos~ fúrma bandeira liiJoJ·nl eru lod:~ li -sua purezn e tJI.c ni-
du go,·erno, ·ou ent:io t·e~i:; out• o podor. tu'de, araiJando com :~s . odiosas distlnr.ções
A conccss~o do primeiro meto, scgumlo va- entre libertos c ingenuos, entre eldadà~ts nntos
reL•o; n~o roJlugnou por algum tt~ mpo no .nnimo e llnturnli>:tdlls, entru cntholieos o acntbolicos,·
imperial. .. estabt'lerendo as inéompatrhilidocles de el~ição
O. Sr. ox·ptesident~ do const:lho, rJU•l ntio ú . llOt' ell'l:ulo o mult;ss outr:cs dispo~içõcs que aJlro·
nenhum inepto, uf10 aceit~rh1, C!JlllO :tceitou, 11 · cint·ú quando se ,di~cntit• ~ 11rojec:to.
disso turno (Jesl.:l c.~ nwr·•• par:~ IIWt~ tullo u'or·ret• Qunn1l• no tncto de .roahur a reforma o ncli.tnl
.com n sua s uctl('S~ora tis patiM do scmulo. · :zovcrno niio tiltha CJUO tl~t!o lher. U sonotlo já

I
~\ corôn, vort:ull<">, reconsiderou n primeir:. h~via uegauu 3 constituinte, só lho restava
condic•5o o IC\'O motivo.' pnrn is~o. . : !IOl'l<tnlo um ca111inlto a ~llguir-a .Joi ot·.tin:l·
Embor:l coulaudo .nn :;l'U ·sdo cnrrictilt·cs <lis· ria. Mas sel'li este o lllt~Ít) mais legnl? Muit.,
tinctos qu,o !'lê os ulpmos m~men to.s, eu•!~"t'· estimo c1uc o :H'tual ~ot:,,!Jincl<! opine J>olo :~nh:· . ·
v :n·om n osltma pnhl.tl'n, o mtnlsll'l'lO clt\ o do mnll vn. Constllcra octosa n quesUio tln lelo(:th· .
Jnnciro JlCill irrcgulnr procedimento lle nl~nns dndc ou illcgalitlatltl do ttuioo mciu que l'est., p.'lra
de seus mrtnltros de<'nhira cOUlJJiet:•mcnt'.!· dn •·calbwr-sc uma imt•resciudiri!l t•r.furmn nr·
con011nc·~ populm'. "cnlcnwnto t·~clnm:ula psiu esvirito publico.
u111 ~:sbineto (JDC, di>pr~is de !Hlvcr ~nwn· <- O Ht·:.z!l, fot·~·o~q li con~t•S..:•l·OJ acha·~ n'um~
c•ndo 0 senado dubr:n-n-~e com exngerndu r~cili · dt~ss:os. cr1~cs pohlwo;so~snes. li? quo noo podcra
Íbrlo {ts sun$ impo:;i«;ões; sah~t· so·mu> JHJI' meros cncr:;tco~ e c);traorJlr·
· . . • ,., . ·1 . 1 : n:fl'lo~. As reformas do que l'llo cat•cce para
.Uil~ ~almwle, fllle Jlnl .t se~ n<-l,:tc nc :~ ~al~l:Jt:l s!!lr:o1• os seus lll'iO$, as suns liiJordlldes, :1 sua
ntnhCt:l suppr•n•ill: ~co I:~.,. r~chou c~ r-.~. no· proprb vida ntntcrinl ont•ontrnm li rc~istencia d11
rtnrno~ fr·cqn~n.tntlns ~or lnnum.oros .trtd.,s c • um inimigo tenaz c raJll'iehow. A emnncitJ8ç1io
. npcl':l!'ros ~?. mo~mo tempo {JUC · ~- P[0 1Hil~hn 3 do voto. 3 ;~utonomin tio municiJliO, a li herdade
r~J:;nl o du?tto do voto :~os CILlC 11 •10 .oube>sem da provincin, n libtwda•lc de consciencin, emllm .
· lu~ e e~ci'C~ c r; · . . _ toj:as n~ nobl'tl~ a~pi r~çüe~ do scc'ulo b:io de IDO I'·
Um gil\'l~rno que, IJI'I:t .tua llii'Ct~r: :ttt li~ ~ua JlÇ• rcr á~ vorl:ts .ucss<t cauuu·a, cujos mcmi.Jros,.
lilic.1;_(!hCJ:r!'u ~t•\ o .ruzii:mtc~llu llu. p rlYO no tha ·I suh•as hotu·osas excepçües•. rl!pl't!~enlum prin·
1. • do Lncrro. (.tlpolado& e Wto '•f'omdos .) ' civios de !'Cculus atr~z:•di ~snuos. .
.~~so J:OV<'I'no dt.!ix:•vn de SQl' liheral , niio j O ~c rwt.lo j:\ demon~tt·uu Cjllll nüo qncL' 4
pudiu m:~i s t'Cllfcscnt:~r o cll'mcnto dcmocrnlico·. , cdueaç:·to llo povo. llou~·o mini ~l~o~ cons~rva·
(A!Ioi:sdn~.) i dnl'es, como o,; cu nSt!lltelrus l):rullno de Sr•uzn
· · , t' Joiso Alfretlo, qno quizorum egluh~lc~er n líbcr·
(Su.~.mt't~O 1ms ./rt lr•1·irM.)
1 i dntle etc~ mt <inu; nw~ recnat·anJ t.llnutotlu lltliludo . ·
o Sn. t•tt.:SIDE:S'rE dect:sr:1 IJU~ 3~ g3kt•ius não ; do s~Ut1do a o:; IH'njcctt>s llcar:úu 11:1· poeira dos
l'inl~m tlnr ~tgn.a: de n}lllro·:~ç~o. .· . nl't~hL\'O~.
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 09:17 • Página 6 ae 16

12 Sessão extraordinaria em 22 de Abril de 1880.

A ultima rllfor mn rea.lir.rrd~ pelo ga!Jindc ;; lcvnntar u.m protesto em fnvot• do ministeJ·iu .
de Janeiro P<idc rc~lizar-st•, gl'<IÇ<'s a utn~ au· p a~~a llo que 15() kal e clo ~i ntc•·l~ssndilroctúenpoiei.
torização que nr,o havi:~ ~itlo ca~~~ da. · : · Si o 1-l: :tbinel\J de ti t.!e J:u1 ciro não •·c:•lizoü o
Dentro do mni~o JJouco tem po lla de rcco- ideal tlc um g11v.erno liberu l. () CJU e c tl não neg-o, ·
nhece •·~se 'IUC o ~rn::ulo t:m;hcrn u:io qu<•i· a t • rc~tou co: utu!lo . n!!o:v anl ~~ serv_it;os no ftuiz,
lilJtJrdade rlo vo111. llecnsotl o prnj,·r to :'ll~L,.n· e n:•o teuros nos ol rrc•lo de arrtt.'S IJUtuhnl-os.
lado pelo ~;~ bi ne tc 5inimlrú, JIOrqnc lfUcri:r Cc.•llocado, \IU!'<III Ie o tcu1po) d:• ·oppnsiç1io.· :i
tomm· p:rrlc u:r constiluint<· . ! loje, ~" l!'lllld(• o· -fl'<'llt<! ,t~s Cllltortés do seu JlJI'tid,l, o•!onselhciro
que já di~~c o S•·. Visconue Jo nio Bruneo, um Si11im!lú, qn:~nuo ehama'lo' n diri ~ ir os ncg•)Cios
dos oraculus da opinliio l'Onsen·;u.li•ra ua camur•• (Ju!Jiict~S, Jlcla conll :lllÇa da corün, ' viu qut! o 11ar·
•vilalicia, vai provnv e lmen~ t'ccn5aro novo P!'O· lido liltct·:ll :tpp lalu lia essa escol h:~ . Esse gabi·
jeeto, porque, emlJot•a t•ont ~uh n mttito l.IO:r;; dis· neLe pódc ler ccimmut Lido erros; mas uüs o~ta·
posirões; apunhala a uos~a consli~nil;iio. mos :l(JUi _para desculpar oli nossos co-rclirrio·
Pobre con~titnição! Viol:tda P•~ lo deCJ'eto da n:rrios c niio para a pedrej:ll·os. O gabinete 3e IS.
· maioridade, pela nposentar.lori:. fl•rr:nb dos m~ • do Janeiro não cotimie!lcn os :rttcutudos que lhe .
gistrados c (JOI' innumeros netos. <JltC _lig-urnm lanr,un em ro~to . Si m3is não fez em l.Jem do
nas coller.~ões de leis, só ~~tente hOJC li b!Jj~c:lo paiz, l'oi pat·que 11üo !JÔdl!. l!:~ ~e ministo!rio nem
do tão exa:,rcr~dos escrupulus por parle da!Jucl· .[oi inimigo _.da instrucç5o, nem foi sedento do
les mesmo:> que lhes díl:~ccrnrnm as principncs sangue do povo. (Apoiados .)' O g:~bin ete viu- se
fi!Jras uo cor~çfw. . ua llCC!!SSidadc ele cstreitur o circulo da sua
O actilal ·gabinete \ornou sobre os llomlll'OS nc~~·,o, )tnrqne ns ci r<~ um sl,nc_i;,s financeirns llo
uma tarefa nobilissima, m;1s dillicil. Em breve pniz c:r~ m mui s ljtle prPcari:os . O nobre detmt~do,
tcrâ de nssistir u julg;~r um 1-!i::;-:mte>co d.udlo, que foi mini ~ lru . dn imperio, JlOdin t.lizer·nos
de um l:~do n opinião nacional apoiada pda im· r) twnto~ milhnres <le cnntos do l'~is a sêccn do
prensn, pela c::tmara tetuporn.J'ia e pel«s confc· norlL' annncou :10s eorres publico~, itnJJedindo
rencias JlOpulun:s, lw de exigir-lhe que t1·ans· o governo de empregar essa~ sommus em ou~ros.
· forme em lei o ~e u proj~cto , do l•Uil'O Indo a servi•:os ali:ts imJJOI'tantcs c urg-entes. . ·
cnmara vilnlicia levantnr -se-!Ja para erguct• um O Sr. cousclheit•o SiJiimbti, hoje fóra t)o go-
muro do IJrouze entre « u:u;iio c o sn!Tt·agio verno, é para mim nindn um !tomem rc:S:peilavel
directo. t•cla ~.n:r hones lit.lad!! (lllltitos apo.iarh~), pelo seu
CheA"ado e~~c solemlie momt1nto, lemiJt·e -se J~<ttriotimlO, pelo desejo sincero que tllliHI de
o n)inistcrio dus im}Jir:rdas puln\TUH!t!Gatn· d(ltar u U<tçiio dC3 tlUHl ret'orma d:•s mai~ urg·en- .
bettn no graúde .Thicrs , em reln•:-iio a umn tts· t ~ menle r~~lamad as 11ela o]Jiulüo publica.
sembléa que nüo reprcscutanr o~ sentimentos Si S. Ex. não clteg·on aos sells fins, si não liga
da Fr:mç.o, que não >alJi:a v~ncn1r o s:rl\·ador dus o seu no mo :r lls ~, rrformn, (\<Jixnullo en1 branco ·
suas . lil.terdades. Lembre·sc ;~in da da con;j o ~• na historia li pa:;itul bril hante que está reser-
prophecia que. a respeito do modo de estahelc· V:tt.la ao estarlista •tilo. a rcnlizar, temos obrig~çlio
cer- se ent1·e nós o sulrrngio directo,profcl'i u um Llo rçconhccor que clle fez t udo quonlo era hu·
dos mtris illnstres chefes liberaes, o con~ elhe iro · manamente possivcl para chcgnr ao fim pl'incipul
NnlJuco, do. saudosa memor.ia ; tenlw prc~entes do ~cn prog'J'anttn:L (Apoiados.) Ao retir~r-se ·
fiS illS}lÍI':ldaS )lalnvras UC tllll dCJS lllliÍS i!lljlOI'· como $C n·tit·ou do poder, S. Ex. démonstJ·ou
· taules orgãos do p:••·lido lilHll'tll do S. Pauh>, ~ gt•:mdc lh:dicQÇÍÍO it sua p~tria, grnnde arno1· ao
Constituint,., ttuc:a.sim se cx}irituo. (.Ü.l ~o u ~m l' Lhlo u tom ou-:;c :rinda mais digno -dn
Y:ai concluir, cspcnmdo quo os membro~ do con ~ i<k ração de todos os liberncs e do palz.
~abiuetc de l!8 de Mt~rço, t)uo ll!m d~ c n~:ont.r:rr, (AJlrlÜ!ll<~S.) . . .
como di sse,di fficuhlai.l~s inSUJler:•vcis,hHnlH'l'lll· O nobro tlepttl:,llo por S. l'auJo niío d!.lvia
se dm•nntc esso \luollo lle;:sn ~nli linw divi:w quo lrnzer á nossa lembt'altO:n a~ ~cenas deploravcis
:~!~un s illusu·cs guerreiros :rnlip-o::_ tiuh\llll . c~· · qué S l~ deram n•J muuiciiJiO da ·côrtc, JJOl' occn··
culpida nos so u~ C<IJl:lfd•:s : -~ 1 nao 11o.s durem s i:'ro da cxoctwiio de um paragra)J h o da lei elo
t~atuinho, ~nu cre m os f:ttl'l·o . - 01'\'Dilll'lllu.
Si o ministcr iu niru pud er c!Oil\'l'Ut cr, Yctu;.a o O Stt. Lrw?>cto uf: CAILYALIIO : -llor cul11a
~cna do . (~lnito bem, muito bt'lll.) · doJ govemo . · ·
O Slt. Z.u l.\ : - O povo, quaúdo represouta
o 8a•. Zanu.' : - Eu. Hiio c~Jlerm-· ~, Sr. l' JU nome de seus direitos, é il l:; no uc ser atten •
pJ·c~idcnlc, JlO di3 em que o gnlJinele olc ~8 de · tlitlú pelos po tlcr~s db l~,t~do ;. nws os direito~
. llf~rço se aprcscnt.n JWl'Ollh.J t!>l:• .rMnarn, tcntlll tlo Jlm·o n5o pool,!lll sN' exe •·cidos por tudo dtt ·
ti :;u u l'n!nlc o liOilHJ n·~p ci t :itln c . y, ~nc r :molo do r,,l'\:11 ln·nto , Ctllllll tum 1Jc1n o.< di reito:< do ;.;ovcr· ·
l'llllsclhoit·o Sat:niv:•, tJUC lW5te J'Cr:i ntu ft ,n,· •·,;~e ·Hu tliio , ,· f;~;:, · rn .< ,:, rt!."Jidt;u· pl'la ft>l'fa .
log:•r :;Qn:io p:•ra fclki~:tr :t n:11) ío ·poi· . yo.!l' fui ''' la l'óillMI"U, roi :1 .<'alll tol'tl Vil:ol iei;o, (onlll1
S. Ex. -~i\ rimlo os Jltthlit:os .m't;LII' ios (~r-Jmi•; dCis) ·os rt•pn•,:crr l:tutus · da ·na< :5o .·•J tl c · decrcb rain o·
e uimla menos c~(JCraYa quo t:.<las · J'L'I.'.I'i uriua· .iPIIJ.().<lQ.: :
~Õt~S· p~rli;;s~lll th! · tllll.. o·n[IUf!D, (J Úl! fez· J1:l l' l L1 do·
j:!'abinelc de o tiC .hllleiJ'O. Aind(t !J li C ::;, Ex . ~o . o SI:. LJ;uNo:Úo llt:: C,\1\YA~uo:-l'lfas nuo mau·
tivesse tlcstnctldo dl'~ se !!llhine~LI , o:rn eomtutlo daram l'uliltn· o povo.
o ~~~. z.ul.\:-- l'crtlüe-

l
soli~:rrio c.um un~a ~rnndc. J•artr~ de HHl~ :oc:ln:<, 111 c. (SII$Wrro nlls IJl!•
( ;\ p tlll/tltl$ . ) . .
I
c na? d~I'W :;,•1' :S. E ~. tJllCtn \' rC:;~e ll!>t:l'•'tl lf· o. 1 ,.,·;, 1 ~ .)
.
. . ·
1\tinislerinlista ~inctll'O hon\1:'111, t' 1-:í'o 1:0i m :olri• l o St\. l'lll-:~th i~~···~:: -A,i galm'ias niío . .potlem
qllaU((l ·.? $011 ; lrlfjt•1·llàt> :·~:lll'd .. ti ú ' ltUt•Hi t.llii_XC: \ltl ·t · tlitl' -~i !;"U(of'i.ltl :ljo(tl'UVU~(IU OU I'CJ.li'OV~~;àO; .. · .
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 17 +Pá gina 9 de 16

Sessão extraordinaria em 22 de A1Jril de ISSO. 13


O Sn. ~AlH. : - A população podia reclnmar 1 m~nir~stamenle opposta âs aspiraçués dn na-
contr~ o Hll\lOSto que lho purecin violento c pro-~ çfio. (Apoiados.) Não scr;í ~· nação quem ha
jw1icl~l ao ,seus· interesses legitimas; mas o rle cerlcr; ser~\~ ia~tHuir;iío, será o senado quo
nobre <lcputado [lO L' 5 .. Pn~~o, ~il~r~r~l c01~10 <\ o dQ,C<!I':í da altltra, em rJUC o c~ll.oco~ n sobe!·a-
nobr~ rlepntallo qur. Ja lo1 mmlstro, 1\U<l po1le nw JlO[lnlnr, c que se tornnr•• mntil c prcJU·
por fornHl alguma pretcmlcr tpw o 110der exccn· dicial á nação qlle o instituiu pura promover o
tivo se arrogur. o <lircíto de rcvog~r nma lei de· seu eagr~ndt:dm<!nto. {Apartes.)
cret:~da pelos ·r1,1us r:unos do [JOtler Ingisbtivo c Nesta ho1·a solemne, Sr. presidente, em que
sanccionadn pelu corôn. (.1poiiulos.) S. Ex. sHIJo etl vej rJ <i frente do gabinete o Sr. conselheiro
que o poder exccutiyo sú tem o direito <le fazer Sat·aivn, cst:t<lisla quo nfio honra só mente a pro·
I!Umprir a lr.i, e sti lhe competia fazer nrrec<tdar vinda em <Jlle nasceu e quo •·epresenla, mas
o imposto dcl3retllllo pelo poder legislativo. todo o Imperio (muito& apoiados); quando vejo
St)U lado seis cidadãos cre~dos e educadO$ na
O Sn. SALDANIU !IAmNno :-i\Ias não .é o S(l- ao escol3 de S. Ex., de talento prov:~.do e probi·
bre quem urrecadu o imposto. dade sevor:~, nflo posso deixar de nutrir as mais
O Sn. ZAm,:- Peço aV. Ex., Sr. presidente, lhongeiras c:>peranças pelo futuro de nossa palria
que rne 11ispcnsc de responder ao a[l:.trle que me e peb sorte de no>so partido,porque vejo os ho·
acaba de !lur o meu respcil~vel amigo. O s~hre rizontcs cobet•tos de :~.zul c rosa. Espero, Sr ~ pre·
não arrcc:~da o imposto, mas V. Ex. sobe ÍJUC side.nte, que o gabinete propondo·sc a fazer
des~raçadamente para se razcr mriitns vezes rcs- tudo que este p~iz precisa, comece a sua admi· ·
peit:~r a lei, e preciso lançar mâo de rnei'Js encr- nisll'ação tão sympathlca por dotar-nos com a
gicos; c o governo nns tristes conlingonl3ins em mftll'nla eJ,,itor:tl depois da qual virão todas as
que rnuitas vezes se vú, ~;umo nn hypnlhese que ontrns de nuc necessitamos.
~e deu, não foi :nrecndar o imposto do vintem, Ao sen<al'·me, Sr. pre~identc, oll só posso
teve ~ómcnlc etn vista lazer rcspoitnr ~ loi qne dit.er, do fundo do mctt cornçiío c minha con·
foi votada nas du~s cnsas do p:trlumenlo·. (Rt·o/a- st:icncia (c exprimindo llS meus sentimentos
mnçõea.) creio exprimir os s~ntimcntos desta cnmara),que
o gallinele nctu:•l encontrt•rti da. [lnrtn desta ca-
O Sn. loAQUm NAouco: - O goremo não m:tr<t. dcc.idiJo c desintcrc~sndo at>oio em todos
tomou n si a r esponsnbilhlad~: ns cou~ns C(\f- :Js qlw~tues em que (ll'ecbc n!Jr:~çar·se com a
rernm por conta do Sr. Pind~hvba de lli~Uos. naç:1o o conl os seus representantes. (Mt,i!o ·
( 7'1'ocam- se muitos a]Jartes.) · • liam, muito úm:.) ·
O 811. ZAMA :-.T:í que os nobres dcp.uta<los o S1~. Franco de Sú :-Sr. presi·
tão vehemenlctncntc se pronnntimn, pet·gnuto: dcnle,não era minha int<'nt;ão lomur parte neste
vós, opposicionistas do g11binclc pas~ado, como d0hatc; pedi t1 pal<wra, e:;timu13do pelas phrases
e qnnndo vos oppuzcstes ao imposto neste re- vchomcnle; o injusltl> do nobre llcput3do por
cinto? (Apoif!das rJ (lprtrtcs.) Quanc!o rüprescn- S. l'mtlo t'ühltivameuLu no gnbiuete tl'nnsacto, no
tastes o intet'esse destt\ população ? Como lftlul upoici cl)m tod:• a fl'anqnc~a e dedicaçiio.
deixastes passar a lei ? A siltw~ão libct·al, SI'. pr~sidcnte, foi innu·
O Sn. BAPTISTA PsnEmA:- O que pro~-~ ü que gm·adn, tendo ú sua frente um homem emi·
o povo defendeu os seus dircttos, JIOl'qno os út't1tC, nn:•nimcmcnte indicado pelo partido
seils represeutuntes.não O fJJICnllll. 0 HgULHCDtO li hem! para essa a~=dun tnrefa,.o digno llolla por
não provt~ n~d:t, (/la muitos clpltrtes ,) seu c,n·nl'lor, por :'ll:ls di~tinctns quntitlades o
[lCios s•~rviç<Js 'I uc prestou (t nossa cau~u duranll!
(0 Si·. P1'c,,·ide11te l'cçlamrr. r1tte11!'ii·' .) o., lon~o~ nnno~ da :ulYOl'sidade.
O Sn. ZA)IA:-Eu tcrminnrei este <l~sagradnvcl g,;l:~ siltW\'i"in iniciou-se com :tp[llnusos gcraes
incidente, Sr. presidente, ucrcscentaudo poru:~s elo no~so jltll'tido e suscitn1Hlo grandes cspernn·
palavras. Niio ~Olt dtt(]Ucllc~ que ~creditam <flll' o {'A~ no p1111..
procedimento <lo genndo foi dici:.H1o uni~anH~ntc Apt!Z<ll' dn> >nn~ J·oclas intcnçüe~. c de sua
por interesses partidnl'ios. (<iJwiados.) Qnet'tl cn!r mot.let·o~iío nlliadn á lirmczn, o illuslrc presi-
que nquelles homens que rcerberam diJ po,·o don te do con~olho tio g:tbinctc d!! il de Janeiro
tão noravel pl'ovn de considerar-ão, dirigem sons cneontrottno scn çaminhll. :.1 tl1:1is vchemcnte e
aetos por motivo~ nobt·~s. Niio· tltl\'ido · que intralaVl' l otlposiç~o do seus ndvcrs:•rios, o teve
motivos cleYt~des lcvns~cm o ~cnmlo a rejeita!' u infdil:itl:ule du tarubem susci!at' divorg~ncin
o projeclo oprcsentndo no t11lllO pnsgad;l ; mns tla pnrtc de muito~ Hmigos disti netos, c11jo npoio
e~tou longe de ncrcdil:1r qull n cnmnra vi- l11e Cl'n ner·o,;sal'io, t~nja scpm·:tçlio o cn[\'uqueceu
lalicin, oomposln de homens l't~c:p ~ itnveis, se c cnneumm p:n·n !JUC ~e relir:~~sc do podet· sem
queira collocat• em n1nnift•sh' :mttl .~oniSIIlO com ter potlitlo rcnliznr o sou (Jrogramma.
a nnc1io. E' illlJJt•ssivt•l :1 pcntw!trnci:l de 1ws~n~. In:tmnu·a-fo um:~ novn situ:ll•ão. sub os me-
· iu~lituiçu•~s, ~em :~ r~~l'ornw clcil••rnl, c ~ ~ la niio lhnl't)~.intspicio.,, lnlld.J t.'lÚ mscitand•l VÍ\'tlS sym-
pótle ser uulm ~unão <l rel'oruw t,wln cil·í~:;1o di- p<t l hh\; c ,...::an<k> c>~p~rn n•:••~, l!•ndo. ruuis ele- .
rectn, vatln mis,[t" :t rt•nlizar, tni~~ào patt'iotk.n l~ uão
O senado <[110 roj••itou o anno p:1~~~lll.1 o jH'O· (I:LI'lidal'itL, Cl.lllHl illll ll [lOIIUtH'llll ll~ CDIUI.Ir:l. VitU•
jcdo da l'dOI'JU:I e/diOI':d pOI' 111do d:t l'l'fOI'IIIU Jicin n n"hrc {'l'c•sidonk rio conselho.
d~t C'.<~n~l.illli l; ãn, ôi o rl'jt:ilar :unanilã pur meio Qual der<i ~er o [1ensanwnto da novu admini~­
<ln loi ordin::ria, tl:U'it uma lll'llVII de qtw ~t-1 ellt•, lr.1do 'I Niio [I(Hic ~er outro son:io o npllzigna·
110 llmldl, não rJUCI' n l't~l'ot·uw c!eilornl. Fic:•rti mci1to d<.~s animo~. o ap:tzigu:uncnto ontrc os
n~sim [ll'OV<tdo ljlll) .:ssa C.ttl'pOI':II,'fiO Cl'Ctlda COnlO pnrtillos c solJI'dtuh entre os sct!s co-roli-
nnw neecs~illa<le uo nos~o systeuw poiitit.:t), é giolllll'ios. · (Apoiarlos,)
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 09:17 • Página 1Oae 16

14 Sessito extmordinarht em 22 rlé Abril de 1880.


l~oi portanto p:~ra mim dolnroso ottvi•· as po · orloptad~ como . mGio de nJlpl<u:-at' C'$cl'upulos o
l~tvras tão inopportun;ls c Lão acet·tms, profe ~ . remOI'Crdífficuh.lade5 na ra ma1'11 vil:llíein. 'l\•ndo
r iàas IJdo nul11·e llt•pn~.;,do JlOI' S. Pauln, l\'1io ·shlu m:tllogt':ldo e,;~e intuito. huvendo o ;;en:.do
insistirei porém ue~to (JOnto, Jl"r!JUil j;i rui em r.l'jo' iladn purcm pto•·iamo:ule u lll'ojccto de r cvisito
gronde porte preVt'niilo, pelo ill u~lre dcpul~ üo cou~tilucional ; llU I' nilo· ~er acuila uma ·exigeuci~
pela Da hia. flUO mil pr cet!deu na tribuna. a que n:iot IJOtHa acccdet· o partido li i:Jerat, que
.Senhorrs,J'allou o noLre dcrmt:ulo (JIIl' S. Prllll" ctun)lti:l f:ozcr 1 Dous alvitres ·rest.:lv:tm: ou
segundo d~cl~ro u, Jior pnrte d:~ -. opposiçtio que in·$1Stir. na · me ~ !I\!, . soluçàu, ru;:m tcct:Jsr. o que
nest.~ côlma•·a so levantou contra o ministeriu a-co1Ltecesse, na Jlhl'ose do noi.Jrc ex.-presiolcule do
de :i de Janeiro... · conselho, OiJ dlundo Jlnt·a a uaçào ; ou voltar á
0 Sn. LEON'CIO,DE CARVAr.HO :-...;.F:tllei em meu reforma pt·imitiva idéa do pnrtido llll ~ r·a l, propondo a
nome. eleitoral por lei onHnarla. ·.
Cotlllll:tlllas VCZI!S SO lcml'epetid•l é SOU mesmo
O Sn. FnA xco DE S.\:-... c o nobre deput::ulo j :i tive occ:o~ião de o dizer ric:>ln tribunn, o vor··
·.pcl:t ll:thia fallou em uonw da maioria, ((lltl su;;- tido li!Jcral ~ellliii'U lleclarou, qnuudo se ~chava
teutou aqucllt~ minislm·in. Limilo·me o aet·cs- em ovposiçã-', quo\ nlio f;~r.i : 1 qttcstüo d~ rot•m:t
tll'nlnt• :'•s p~l:;vras uo nobre depulndo pela Balti:t pola qual ;;e houve;se Lle l'i!olizul' n reforma Llu
olgumas li~eirM R(Jrr>e-i ~ç.\.ics, t'c lativ.n~ :i nova cleiÇüudirecln, com ou sem rcvis~o con~tituci o ·
situnçil.\• 1 t]Ue couJe~·a ; digo nol'a situação, poi· nnl; prcfo;rin J'azel·a (JOr lei ordinari:t, 1•or ~er
i s~o que ê uma aà minislr;t_ç~ o nova, não porque um meio m;o is rapido, expediente mais vromJllo,
considere que o gabinete lenha pcn~:unenlo, u.o l>tll'quc.ll _ontya soltt!;àO; alem tle moros:~, era
que é subsl:10cial, dilTurenle .do que tinha o scn talvoz •mposstvel. .. · · .
anleccsror·. · .Desde vurém qne nest:~ casa ge aprc,cntou em
· J:í o disse no senndo o nobr~ presidente do iSi5 uma lll'OilOSln de t•el'ormu con,Wucionnl,
conselho,ex[tlicnndu sua de1uora enHIJircsentm··. l't iC oi.Jtll'I. C o lllioio lln g-rande maioria do cu·
so nesta cúl'te; disse fJUC niio lwvin J)l'ess~. por· ·tit:u-n, desde qnc o pnrtido eonscrvnrlot· pnreceu
que n silll:t\'50 ~ ra n mesmn, c o novo g;~IJi nele seriamente di s po~lo a fazer a revisão cou~tittl~
t inha de comtJOr-se com nmigos do gabinete ciou:.l :tflm de decrut:~r·se a clelt~;:;o . directa , os
que dei:r.ou o poder. . liberaes pelo orgiio daquellc que reconheciam
Senhores, com etTeito vejo á r•·ente da or"l)· entiío como o sett' c hde supremo; o· conselheiro
ni.znção ministcrinl um cidud;io ·que por to8os Nn!Juco. declar;u·am que aceitavam to! solução,
.os lilulos sempro nos mereceu a maior con· · e por :iqudle projel~tu \'Otarum o;; retJresen•
fiança c que prestou seu vnlioso opoio :í ndmi- tan tes du partido hber:tl qUe tinham as~ento .
ni~ll·ar;ito que findou. Vejo· ~:omo sons com.· ne ~ltl eamnrtt . · .
panbeiros nlguns dos mais illusu·es mstenla· · Uoje, que se lot•nou impossh:el cs~e :tll"ilre, o
dor~~ do. gabinetn .Pnssn~o : o nobre scn:ulor gallinetu aclual, em s ua m:liori:., sah ido -d'entre
pela · Bnhw, qne fo• por s•_ e (>ela dC]IUtotçi\o de 'll<tuelles que rormar·:uu a maio•·i:• dest, cam:tra e
s\ln pl'llvincio um dos JlOntos do apoio utais que votaram velo prujeclo da reforma cunstilu·
firmes, que ó minis terio passado euc(lllti'Ou; o cional. cum razão n:'•o ~c julgou inhibitlo do
noi.J••e ministro da agricullut·a, tJne foi, por JH'Op"r n l'dot·rno por lei ordiunt•in, e JWI'a . osta
assim di7.er , o grnnde cnmJ•cno do ministerio S . c~maro não ha r.ontl·adicç:io, nem ilezor ~ll g nm
tlc Jnnelro nPstn c:tsn. (Apoiado.,.) Enll'll o~ qne 0111 :tceilar essa _proposta, c, si ~ouvessc, W.m· ·
eslivcram em di ver :cncia, w jo o uollre min is· bem h:tveri:t p.1ra o ministcrio, poi~ :1. maioria
tro de estrangeiros: mns suo dlver:;:cncin era de :seus membros ::tce_ilou e \'Olou aquellc pro·
Allen:ts sobre ponto éltJ doutrina. sobt·e ai~um.,l\ jeclo. · . . .
&s dispuskões do projecto ele t•erot•mtl cleitorul, A~stm, pois, St'. presidente, o •livergcnci~ no
assumvto quo S. l~x. di~c ullu com u•uil!l iJI'i · modo de reullz;ll' :t t•efoi'IIHI eleitorul e em alguns
lh:•nti~m", tnn~ lumll.•m com gr:tn'rle mmlernt~i•o, iJ.ontos se~ llm.lnrios, nill> c"uslilue unw situação
Portanto, St•. Jlr e~irlentc, co nsid ,,r:imlo o I>O:l· · or1pusla á do ;.::11.Jincte de ti th: Juneiro tJ que n!ío
soai 1lo p:D.!Jin!'le, não lw motivu p:tl'a iiUC se 11 ossa di;:tHllllCUle. ser s uslenlad:J por :ltJUcllcs
julgue hnvct· twllu Jll'l\Silllll'llto inreu~o :tOs sous que, como eu, det'UIII itqucllo~ g<tbincto ;1puio
:tntect'S<orc.< e ãq uelle> qu•! os :1 puinrnm. rr~nco e decidido . Pol' issu, ente ndo que, f'&SC
Si con,:ioll•ro o JH'og•·ammn do minisltJt'io cl1e· apoio 111e nflo inhibu de neste momento t.lirigil'
J:!O ft mesma cnncllli\:!o, pois c~~c Jll't•gT:tmnw roi :•o 11 obt·e ..,,·~si d~ nh! du con~ollw. cordi~es fcli·
fol'lnulado IJIIII~I nos llwsmo! t.!r·mus que o do cilnc;õcs ~el:1 sun ol'gaui:t• çi\.o miu isle_rial , c Lle
minist~rio IJAS~odu : a rcl'ut·ma ell'itot':1l c o rnz 1·r ardente..; o síncei'Os voto~ p~lo bulll t!.'dto
que,:t;io lin:uu·t~ lrn. doJ seu 1:\'• J\'cl'llO. (M~t.itu betl' ; 1/i.uito lu·m.) .
. . Ha :t(Jen~s dilfel'l'nça no fúl'lil~ rlc ren lizm~ cs·.
sa ~r:mde mctl odu: :1 rt•fnrmn clo•ilul'lll. Mns o o Sa·• . Guvlno Pel"loto 1•ondo ct•~
Sr.' prc~idcntc dl? COll<t•Jho hn jlOI\CO H' ~,XI!I'i: p~I'IC :IS. f]UC~ It'Hl"._ l) tlO - nC<'Ídlllll:tllll,CIIlC ro r~~~~
mtu a c~ t c rc:-pl-ltto m•5:l• en tllll l':t, comn J:l n h- tnzi•ln.l\ a di ~ctt~;S :IO, c que tnnlh or rora fJ U!~ IH1o
zern 110 ~eunih do mc~m n modo (lO I' qur. >empre , t ive~··• · m :;ido ~ n sci t11dns, cJ ;z qtte occupn t'·Se·hll
;•bínl~lc tlc o de Janeiro.
I
«• c:-; pl'imiu ~Oiil'u ··~te (JOUlu o illuslro c hd\~ do t!Xchi~h':'mcnle tio ~~~sumpo do di a, :1intla qno n
· .-.u~ 1 ·ru!in . · liujo·, c111lln nos dins l't:lS~111los, tlc
E SSl' t; oin i~t or io :llloptrtu o niYiii'C <I II I'CfO !'I\1[1 ' olguns ol05 s .- ~. mini stl'(l$ tlem!s~i0 1 Hil'!o~. (IO~s •
on~titucionn l . como .lrnnsat·~i'oo. ::o1:1 u lilll com- ; li;ntr·u r·~c _:~o pul1., eon~ ntzl\01. :ul~ntr:1do, ou
pt·omisso com "s quo 111~n~nm de· modo cuntrn·I JJoncn deseJOde neco:;,:n·•a~ cx plu~açues, ou Ull~­
rio á O)lin:iío_ lJliC pruvalccht na :.rt·:tudu gene•·nli- con~olo 110 pro~cnl~ ~ ret•cU> ..uo fnl~•·o, r·cspe~­
dllde do pnrtido lihcr;ol. Ern nmn soluçiío tnndo (\!1 e~tylo~ ~onsagrmlos, o a Ytsla lias tlfl·
Cãnara dos oepllados - lmfl"eSSo em 2710112015 09:17- Página 11 de 16

Sess.1ú extraordinal'ia em 22 tl~ AIJril de 1880 •. ' 15

clnJ•nções do novo miuistcrio, ntrovc-sc, clu:io A subida do n ii n i~terio actunl ex.plil·n·se nattl-
de timidez, :1 pedir tJUd se COIItpltJt••m os cscla· noluumle de~dl: IIUC a t·efur·ma elcilol'al ~sbn i'I'OU
t•ccirnentos 11restaclos ao rnmo t~nworvrlo do .no scn:r·lu, nà11 porque l'o~se t•l'jeitm1n 0111 sua
(Joder legislalivo, e C!U ·~, já IJOl' inl'cllcidntle da ID;~tet•ia, ll!as Si lll' IJl'iO li IOdO (lO I' I{UC a·)Jt•lj)U·
c~m~t·a, t:io tarde che!{:t n Olll'ir. z,•rntn. 'l':rc.- :os ui rc um~t:mcíu ~, as e~ ].li ica~ües
N:io se diga do governo cl:\ nação ~ do parln· dus St·s ministros lcm u.m ponto hlso, é n carta
monto CJUc o acolhe, a Jllll:tvrn desanimadora tios e:;cJ'illtn !Jelo Sr. Jlt'esidente do conselho no seu
CJUc perderam a (ü sem comc t'\'OI' n mois 1i1Jia antoccs;;•Jr. Esta t·artn encerra o segred o intei ro
CSJHlra nça, em uu1 paiz onde 11 vida •·eveln-sf), da situaçrto, dnndo os mot i,·os da primiliva rc·
em sua fórma l'e pr~ ~entntiv a, pelo grande priu~ ·c usa, c declinando du .J•esponsnbi.lulade do ·que
cipill dn publicidade : Silencio. · lhe era offcrecida, pnrn CJIW prO)JU7.esse novo
Silencio aos mortos! )hs não h3. mo1·tos para projccto :l cam:1r11 dos Srs . dcpnludos . .
ns itlúas, c os honrados Sr>. c·:x:·ministros decla- A carta é um documcato IJU!Jlico, e pertence
rar:~m·se sustcntndures de tuua auspiciosa .lmn· ao ·parlmnen to, ou, no cnso conlrat'io . niio lho
deira. · peJ'tcncem lambem as ex.plh:açõus.
Não será o ort~dot' Q'lem o conteste neste mo- F;' um documento pui.Jlico, pnt•que é o com·
mento i mas :i considerac;lío p•lssoal que a todl!s plemenw do ll!h·gramma CX(Jcd•do pdu Sr . pi'e·
[liJVI!,. antes de impllt•-lbc a nuulez de uma ge- sidnu lo do consctllu no ~en n ntoees~or, em res-
nerosidade! conllemnavel, a•socia·se á couvic- posta no que lhe foi enví~do, convido ndo -o pnra
cuo .sincera que d e~,o~it3 na consciencia de cada c1ue ,·ics~c. sem dissolnçfco, cor.\inunr na cam-
ex·minisu·o e nn lhg nidade do podei'. panha oncct:~ua. · . .
.As mudanc•ns ministeriacs sytubolisam-se em E' um d01:umcnto publico, porque niio podia
.d 11US fnCIIJ~ JÍPCessarios-a quêtla de Ulll ,:overno · sct• esse 'IP.IC).t' r~uunn diri:;i·lo ao novo orgnniza•
e a ascençiio de outro . Emuor:a ligados indil!4o· dor, sL•m Jlrél'lu liLldienci;, da •:urte. . . .
luvolmento pela unidade politicn.e J>elas causus E' um docnmon to publ ico, p.. rquo :t carl:l do
que os determinnm, é pos$ivel separ~l-o~,· pHn notu.rP.zn pulilicu, c JH'oposl ta imenlc escripta
l'atudnr Cilda um delks em se us principias e noa para dellnir 11 recuso, · devia ser lida ao eleitor
sou~ elTilitos. dos ministros, como cltefc do vodet· cxecutivc e
A quéda do gabinete de 5 de Janeiro, na nu- delegnt.lo do podtlr mo.let•odor. .
llencia . das camarns, quundo :mnunciovo.-~o ao E' um documento publico, porque, tendo-se.
ndittl·ns, clleio de vida e confiado oo fnturo,pt·c· resolvido :1 ct·Lo pelo. abandono da coD8tiluinte,
cisa de explica ~õ eSt.mplas e s:•lisf:1cto1'iM. Um na corto. 11té hoje ignor:•dn (JeiO' pnrlnmento está
homem deest11do do IJI.iilnte doSt•. tlX·p•·e~ id e nte mànifestamento o clw vc do :iconlecimento .
do conselho não póde fazer solemnes declara~õcs Nem púde recusnl-a o ex- presidente do con •
de força pernnte um (mrlamento · ~quem {)(!do solha, desde q tte o seu.suec~e.•sor, pel:t sua· ~l i' te,
umn . rerormn illl(IOrta.otissim:~ ,. c :~poiado um· no senado, nutorizo•t .a publici dade, constiluin·
um3 cnmarn quasi un3nime sem medir o nl· do·o juJz: des~c e~t: t•i pl,, dtl que era autor.
cnnce de suas p:~luv ras; meliiante reformo con- .A-roeu~~ do mlni~tet·io trnnso.clo, ne~an do no
stitnclonul, dizia u rnHa do llwono, tt·ntnndo da pniz o conhcciml•nto da cnrtn, col:o{'UI'i:l o Sr.
mago:t qocstiio; • o nssim 11:• de ser, acrescen- cx-'pt•csidenlo do consdho em uma tristis~ ima
~~· .. .
tava o.chefe do gnbinete-ttCOflt''.f-1~ u que IICOII· po:>ição, c f.mrt!C•lt'in Dos olhos d:~ . C<.tnscicnc~ i n,
IDL'~mo :1 ma i~ des:tp:~ixonndn, uma ternerosa sen·
Em poi.~cs livros a administração nfío inquieta wnç;1 contra o chc .c do gabinete cabido, e hlVt'a·
o CSIJirito publico nem sobt'eS:IIt~ n nacfiu co m a da por clle proprlo.
pOI'S!Jeclivn d~ acouteeimeutos extr::wt·dinnt·los : . Aindn lll<lis, o ~ilcncio neste caso j 11lgar-se-ha
n:io 6 l.i~ito . ~ os govcmvs, · • ·e ~•re ~t·nt;ontes da ~;u[)h· nt,, is alio, e, .nn )Jhr~ ro de um granilo
opinhio o responSilveis pct·anto clla, l•roc l nln:~ r o•·adot·. fruncer., 8ign iti•:ar a tl'iste ;oUh•IJl:~tiva do
co111 mais ousnda seguridndo o dissuluçiio de éa- que o gu\'CI'Uu transocto ·não se apoiou na
mar·ns, como um a,•(Jcllo no juizo extt·twJ·uitwrio ma)OI'J:I que O 3COIIIJI111lll:\ 1'3 1 IJOI'ém Vi VCL\ do
d•J povo, ~cn1 ter a ccrL~2:1.\ do valor prutic:o de f:1vor de outru poder, e morl'eu s nfi'oct•do por
toes niUrmaçüt:'s. · ~eus pt·ut•rio~ cnrinhus.
E nu ·llml:onto tudo isto se conclue uo qno dis· Urn. ~e riu unrn ea us:~ ele t•uina p~ro 11 gr:Jnde
sernln· os St-s. cx·minislrus :~q ui e no ~ twdo. l.Janduira ctue s u~ t u ntnva , JtOI'tjUe o vent;~deiro
Purtnnto, o nohru cx-vrcs!dente du cuu~etho, ou poder fund:•meutal , o <tuc devo LI••r a ~i•·ucc.::io ao
fui llgc!irotJm ~cus jUizus, IJU (JULtco ft•aueo em ti•u Vi lllllll\O lJUiilt C•I, é J•rcctso recouhecel-o, ci a
suas declnra~~ues. . dus Srs. dt!IJUI:odus, t·apre se11lncão nwis
Adiando as camnras a n ome~ ndo presidentes c:uuat·a p1·oxiuw dn soiJC IUUia popu l:•r c vivaz: c lumi ·
de ~rovinda, o utinistcrio transaclo aHC$twa nusa imagt!m d ti O(r!uiilo uucioual.
mn •~ uma vez ao IJ:Iiz que niio lhe .fal t:wu n CC' U·
llauç:1 da revr~5Cnt;u;ão núcional eu c;un H:Hu;a . l~m umn. pah.vra, diz o. orodur, na .roda dos.
dn corun. . .. ~ICOilllltilllenlu~, fa.JtU UIU den'te, C este t! O IJI'lll•
· Go t•re o ..tempo,. u. rm curto 11 rrio~o a ~ce na dpnl i ~em elle o. ~ulto. ú incv ilnvcl; e, . hon-..
mlida- ~e; o :,ro\·erno ~~· hu :<Ul.Jilamuntc •lianlc de 1'· mio a ~ C8111~t·as o u gov••J'IIO do p.. iz, lo!ltl o
lt:m p;•t·lnnwntu ;•db.do c llc ut'ua •li~~o lu ~~tiu IJHI di n~ilo de f:t z ~•· :.inda hojo um :oppcllo :1os
S\tS[li' JISO, ~eUI dUVida ai;,;'Uilla SllCI'C~SU CXli'OV3 • .;n;, mini ~II'OS lflU~ tlesccr:r nt úo IJiltlcr. ·
gnnte, c quo serill ~ té ÍII C<•tlliJrl! hc u~ivo l , ~i 11 Nc~ou ; lhcs io~t:u Ui'Oiu,' ni•o tem o ili1•cito de
JHtçiiu bt·m.iluil'a jti mi\1 c~livo ssc ncostl\lillltl:• ao uog1•r· lhcs cstn toruittllltl homou;~gcm . quu deve .
O~JICCltiCUIO ~C(li~:o dl'SL:IS llliiii!I"I'OSIIS ll'uliS lut•· á diguldndo llc cndn um e nil patriotismo do
mn~ ües. Toli1 111tt1 {i11i1 it•r. ·· todos . · ·· · · ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 17 +Pá gina 12 de 16

16 Sessão extraordinarin. em 22 de Abril de 1880.

E, pois, ~ carta, o orndor a•solieita em nome resso-mc inteiramente das questões levantadas a
da Vt'rdade do sy,tnmn represcntntinl, c para respl~ilo do ga!JinCtl' p:1ssado, e faço-o porque
que um dia a conscicncin da historia a lodo~ o~ Cllilnphiós niio siio os contcrnpornneos 9ue os
nos pos~a julgar com plen<) conhrdmento dos escrevem ; é a hislori:~. Os amigos do mimsterio
(netos. de 5 de Janeiro podem mandar~llte gr~~-31' em
O §r. Snroh;n (prr•sich•nte do c:~nsel!w) lcll'iiS dour;ulas o nwis soberbo epita[lhio ;
diz que o nobre depu!a1b por S. ll:JUio j nl~a in· podem lliiel', por exemplo - • SoUbe morrer o
dispens:wcl a leitura da cart:~ que dirigm ;~o que viver nflo soube • - ou- " Teve o }latrio·
tis mo de sncri!icar-se pelo seu partido... ·· ·
nobre ex·pr~sidente do conselho para c:s:plien1:1io Os seus ndversnrios podem dizer que ello mor•
dos acontceimentns. ·O or:~dor. decl:~rou já que rcu, não pnrn n5o tli1•idir o partido, mas porque
nilo tinba deixado cópia dessa cai'La c autorizou n1io pude diddir o purtido . .Mas :i bistoria per·
o nobre ex-presidente do conscll!o a dar uolicia !cuco o julgamento doflnilivo, c si tivesse-
della :i c:~mnra e :10 senado. 1\las a carta di7.ia mos de liquhlnr nesta cnmur<~ ~s rcsponsa!Jilida·
mais ou illenos oqu,illo qu~ já declarou á ca· dos do minislct·io de 1í de Janeiro, para com·
mnrn c que resuuma • nosco, darinmos um espoctnculo que faria lem·
O progrnmma de rerorma cgnstitueional era brar a um piu~or de g~nio o Yalle de Josaphat,
prudente ; mas, rejeitado como foi pelo senado, onde os resuscit:~dos se levantassem p~ra accu·
uâo t>D~lill ser continuado. sur. uns aos outros.
Os liberaes n5o deviam ser mais csct·upulosos
do que os seus ndversurios. Como, porém, senhores, nilo tenho refolho
Parn se proseguir na reforma const.ilueionnl nenhum no espirito, posso com n mesma. frnn·
era indispensnvel a dissolução da camara, por· queza referir-me ã posi~·ão que :~gora occupo, e
que sem um appello p~rn o p3iz o scn:~do não ú oppo~içfio r!ue fiz no ministerio de f> de Janeiro,
podia reeonsiderat· o projccto rejeitado. dc~vo dizer a gttmas p:.tlavras ~oi.Jre uma o outra.
Fal-o ·ia sem dissolução? O or01dor não o Fiz át}ucllc mini~terio, ne~ ta trihuna. uma
crc •. Fnl·O·i::l com a dissolução? E' duvidoso. ;:Ltorrn de t<Jdos os dias·; comb<lti·o quando es•
Em qunlquer dos . c:•sos o orador uii~) quiz lava vivo ; estou dispcusndo de combatel-o,
assumir. a responsabilidude do orgtuliz<ll" um hoje ct ne ost:i morto.
ministerio para a[rontat· cs~:1s diillculdarles. Comhatí·o · qunnrlo elle et·:~ p8dcroso, qtt~ndo
Eis mais ou menos o que disse nas cartas e dü tinha diante de si a pct'S]Jectiva das quotro dis·
que conténl mcmorin. _ · soluções, esta o.::scadu de de'p;rúos fntidicvs, onde
Ag1·adece o orador ao noiJrc deputado por o. que o:;c;~pas'e do primeiro nf•o escaparia do
S. l':~ulo su:1s pnlnvras l.Hmcvolas em rel:~ção :,o seg-undo; estou por conscquenoia diS[Jtms~dó
ministerio. de o combutcr hnj , ~ que clle cstú disperso. M:.s
Pcrlc porém licença a S. Ex.. flarn dizot· q11e eomlmti·o, [JOS$0 dizcl·o, 1•or all~s. razões poli·
tem fé no pntrioti;.mo do senado. Podia o scn3do ticas e não po1· s••ntimcntos IIC~soaes. Nuncn
talver. ter rejeit~do o projccto, porque queria llbpnlei n nenhum tios membros desse gnbincte,
eollabor~r na reform~. e os libernes n~o pouinm •tne os leYc l~nlos, que derum o espcct:•culo dos
convir nisso, poi~ uma cnmm·a v.itnlici:lntlo Jll·,ue mem!Jros mutilatlos ag·H:mdo•sc eonlt·n.n ca-
receber poderes e>peciaes parn J:l7.CL' pm'le de bcçn que cotitinmwa li f•·entc do movimento,
uma constituinte. n nncn di~JH1lei, digo. n nenhum dos membros
Mns o ca.;~o hnje é outro: ns duns cnmnros t~m dc::,:c g·a!Jinet.u o direito ilc sentar-se nnquollas
ij;!'ll:ll p~rtc no e5t-udo o mlop~·ão do projecto. cndeiras. .
Cons~rv:ulorcs c liheraes uovcmqucrer an•f" t'lnn. Nunca llz qucslrío d•l pes~o~s. Nunc:. proreri
Esta niío é, como j:i dis>s, nmn lei do partido, conlr.1 rjltnlqnct· cellustl!Jta p:1h1Vra ue !JUe pu·
mas urna lei p:~ra to{lo~ os partidos. llt>sse iufct'il'·:.:u q ttaliJLWI' sentimento de hostili·
o ornrtor, pois, nntre a CSIJt1l'~n~a do qno as tlade pes~oal.
duas cnmnras dnr:io ao p:1iz uma lei que produza Cornhnti·o em lll'tnC !lo princípios CJUO hoje
a lihcrd::~dc do voto c un:rmento considcravt'l· ve.;o fl•limwllh! de '}lé; e é poL' ~r feito oppo·
mente n autoridade do pal'lnm~·nto. ~i ,: ;lo no g·n!Jinl'le de i.i til: Jnneit·o em nomo desses
O lil!il•• .Jonquint Nubuco : - Qtwudo prinriJJios, qne ho.ie me acho felizmente descm-
pedi que se lançasse 1111 acta d:• :<cs~uo do hoje b:lrn~udo pnrit o voto que vou 'dnr em ravor do
um voto de pczar pelo fnll~dmentu uo uossv cul· mínislet·io de :!8 de Jhn·,;o.
lega pela Pnr3h~·ba, escap:•ram·mo alg-unins pa- O qtle me parce.ia fntúl 11:1 politicn do (.1'abinotc
lnn•ns que, nn emoção de uma vet'll:.ôeira ~uu­ llo ~; de lnneirt~, e cu num·a duvidei, como
dndc por nlio vêl·o aqui no dia de bojo, eu u~o o meu nohre nmigo o St·. Mt~rtinho Campos
pmlll refrei:ll'. E~s<JS palavras podiam ll:ll'ocot· · mmc:1 dm•idon, que essn política acnb:u·ia por
dt'~to;1r dn lwrmoni:l o uniiTo rtun ho,je reinnm sm· f:•l:.tl pl'incipalnwnlo no ministcrio que a
nas llleil"~s librrncs; mas fort~m palovrns q:ue iniciarn, ~c o~ pni~cs i'On~litüdon:•c>< nhellcccm ·o
.. se pouem bem perdo!ll' pela mnor~o !fllC ;!s di~tou .. \'crtnsprincipi.o~,-,t!::1t ~ p.olHierulas dis~olucõcs..
N:1o quero, (•Ois, 1mlrar IHl tlebalú lf ll~ :I{[Ui se \'tilHCCillil•t;s, o tnini~lerio \'OilH'ÇOll debaixo dl.)
quiz niJrir, nem ~obrn o ministcrio de i.i de nm ct •mpro mi,~o n tJILI! etl e.h~tnei o pn•:l~J de
.]anciru, nem ~olm~ a cobnm \·~ cm~n;.:·n.~n­ S. Chri~li ll'ii.": ~lle ;•~signon com n corun nctH\·
tnd:~ do impo>to do vinl rm. Si ns rl!~ponsabili • ti':Jto tlc faz~1· n elcí~·ão Llil'OL'ln pnr lllCio {]lll'On·
dndcs tiverem de ser Olmrm!a~,n~o~tn·ít pernnto <1 ~litninte, l l Ll,•,ll(! enlf:o qtwl t!r;lo futuro que o
c:lllwra elos depulad\1S. u~ ministros rc~ponsnv 1~i> mini~teri11 tin lw llinnl•· do si ? Ern o futnro .
j:.r n5o se nclwm. n~(]nef.las cnd l'~ira~. c, ..por i.'~o .. .tlt·,~ns «lissoiLl~·ii,!~ tJ.ttc o .SJ)IIndo pouin. multi·
nflo nos pertence mais a nós açct1snJ-us. Uc~intü· plkar ;i vonLade.
Cà'nara dos OepliacJos • lm;:resso em 2710112015 09:17. Pág ina 13 de 16

Sessão extraord1naria .em 22 de Abril de 1880. li


=======·
O Sn. Al'"DR_.\DE PINTO : - As di~sol tJçõcs n5o . O Sn. 1oA;QUtM: N_Anuco :- li' por isto, senhores,
llsi:IV~Ill- prev1~l.1s quando se ot·~nizou e rrabi- q tw sem di.,;~oluçuo . d;~ . c~ mura. sem ·procurar
nele, niio se cogitou di,so. o ·o
a!•ro_runtlar nu ]Jaa"ti<lo liiJerill divergeneias pas-
O Sn . lo.IQI:I~I X.~nuco:- Estimo otwir essns sa~·eum, sem hnve•· pro;;cJ'ip to:; nem . proscri·
.pnlnvr<Js do ~101Jro cx•ministro ria mnriuha .. Esta ptores , podcn~o-se ma.rear um prazo curto dentro
·sua rleclar·aç.:Jo perle ucerá á lli~tori3 c entrará do ({Ua l ~s drverg-eno:ws passad<•s terJo de .s er
eomo urna contrlbui~ãu mtJilu_ iJ_nportante pa ra de~vanecHIDi'-, tlct~nLlo :Jpen ~s. gr:wada na · lem.
9n~m e_screYel' a nda d,J. miUI>krlo de que b;~·~~~n tlos qu•l as suscil<•r3m ; certo de 11ue o
S. Ex. tr.z 11n1·te. · dtrC1to. de voto n~'> ~er;·, muls restringido, m:~s
:;a_ra_nlut~ a lodos q11 ~ dcllc csta\'am dtJ(JOssc, o
Uu Sn, o{(PtrrAoa d;í um aparte. t~l.llast~:rw nctuol opcruu uma transformação
0 ~R. IOA~UI~f.NAD!iCO :-Nffo. sei Qtlaes for;ll\ · lao compll'IR, n11 sltu:1Çào pnJitica do paiz ·como
3S VJs.tas t>rm~Jttyas do gabinete, mas dest.lo quo si clle assi~tisst! à ascensão de outro vartido, do
o.gabtneto·vciU lazet• uma declaração neste J'e· ~utros homens, de outra situo.,;uo .
. cmlo1 pelo org~o do l;t·. presil.li:nte do conselho, l~oi_po~ este motivo político, ·que parece-me
~l!c oeclaro!l que, na h\'[IOtbose do senado rc· de prmteua ordem, senhores, que ucclarei-mc
Jel!Dt' ·O pr~ecto, hypotlt.:·s~ d:as suas maioros .m_n opposiç5o ao winisterio do l5 de Janeiro. Pódc
preoccupnr:oe8, a ca!n~rn ~eria dissolvida, Niio d•zcr·sa que a opposiçiio gnnhou o combate, ·
era preciso nadu .mais, senhores, pan1 o senmlo· po.rquc foi ella que fez calor na consclenci~ Jlll· .
negar seu voto a reformo, llOI'(}Lle o intm·essc IJ!Jcn ua opinião do v·aiz, a sentença que feríll. de
d:. m~Jorta !lo . sen_ndo esta v:~ em at:rcscenl:~t· morte o g:•l.lincte pass:1do; mas e!Ja não vcunm
e.sa d~ssoluç~10 mu111, IJU\J ft:l'Ítl utna ·camarn uo P,Or si sti. niio vcuccu sem o :~ p oio de:>se espirfto
P~'OJli'JO ·parlldo liberal, :\s dis•olu~õos ncce·s~"· hi.J~rnl qnc não está inc~rntu.lo cx:clusivnmentt)
raas. . • ~ ~ ... · em . 11111 ~ó pttrtid(! ; mas quo estn dill'u.ndtdll

Deu-se!-' rejek-<io Pl'cvhta. Como n'um simples por toda n Jlopul.,~ào, tM' to rio~ os partidos; quo
m01to t.le. 1ut~rpretar Ul!l ,·oto do scu:~clo, rt!Vt:· W\IShl ealtre os conscl'\':ldot·es do ~cnado· tanto
Jn·so por assun dize~, nao .quero fa:t.or parallelo como cntJ·c ns liberaes· desta cnmara .
au.~ p~~sa. ulfe~d.~r lllngucm, reycJu-se o vcrdn· . Nlio ha, por conseguinlll ho.lc, allui, nem ven·
e1ro Imo -~ltt•co du estadista em ceniraste cado~ nem Y(!ucedo•·es; (aJ>oiad·;s) o que ba ú .o
· tom a_ hnlH\idado dt.J crcar obsllaculos no seu parL1do . liberal unido, depois do) divl!rgonc!as
propl'to cami~bo, o para si mcs111o, qne.linha 0 pa~~~gc1ras, . como . uniu-se d~pois do pet'St:·
nobfe ex-pr~s11lonte do consdlto. o seuat!o disso · ::;mçues mmtn ma1ores no dl3 Ui IJe Julho
~ nao • :\. mlormn. O C:í·(Jl'cs it.lcuto do con,:clho· tle iS~:.l, qunndo ~cu-se a formaçiio,peraule pro-
mtelõ{lretou assim esse • não •: Si o senado ntio gresslst:•s e h istoricos, .U.e um ministerio conscr~
·. ~u~r a ~o~S<t rcf?~ll!o, ~ porqu_e nãó quer cuusa vador. São os mesmos homens que estão no
~lguma, c.q~~:c ICJe!la n elufçnl) directa, com o·u poder, mos a si!iJ3çiio é divcr$11 . O .nobrc depu-
~em consiJIUill\0; ~ um zwocedimeuto iusnlilo Indo pelo .Alnranhilo tc\·o r:u:ão de dizer : siü1 ·os
com? aludo ~OJO d1ssc o nobt·c cx-mini:;tm d~ mesmos homens QUO npoinrnni o ministet·io pas-
mnrmhn. Pois bem; já que o senado não qt\CI' sa~o e que hoje estão sen tai!os. nnquellas .ca-
· cousa alguma, e nãol .podt•mos cntr:n: em nccõrdo dcu·as. ·
cq!R o se~~do, 't'lllllOS. CX!ll'l:!lr a pnis~iio dn .o.pi- Si. lutMJos, foi p;u-a que vingassem :as
nwo puLhca sobre cllc, di5solveudo n c~mnra idéa~ d.o tmrtido ·liberal, · foi para livr~r o
. dos deputados. . . pnrtido libcr.:~l da (Jress~o · sob a qual ~o
Atas como esse_ me~mo VOhi foi inlel'prctndo aclwva, foi (lara t•nslituir·llte toda a IJIJet'dlade
·pelo uc~unt · presidente tlo conselho? De outro de :tcçiio. Nõo llvcmos em vist~, e o dis ~emos
modo todo divet•so. · · uwitns vczc::, COiliJUist<rr o poder para a minoriu ,
.•.si o .sr.~ndo recus<~ n reforma constilucion;;l ma~, sim, !Jll.t';l ~s it!é:1! do 1tosso .pnrtido; qLti-
e~ COf!Stllutnte, é que cJ.le uiio tolú os ~scrupuloii zelllO! sümcnto cren1· tt111a situação que llllrc-
~?e I~~·s SUPJl!lllllamo~, c .q_ uc ~lle prcfet·c 11 clci- cossc ~u':citnvd il lodo o ll::tl'lhlo libcl·al . Pa1·a nós
~·•<l du cela feJta por lei ordmtll'la. , ))'~thi. senho· to !lo~, oind:J q nantlo Be ~cn !assem n~qucll~s
r~s, duas polil!cas, uuw ncccss!t:tva tia ·uiosolu- codeim~. sómente ns mais I)Xlrenuos dcrensores
ç~o, ontt·a conJUr:tv~a a dissoluç;io ; uma entraria do miuislm•io passnlln, de~ do quo niio csli\'Cs.sc
no senado,-:n:~o le\::~ndo opiniiío 3trn;. uo si,- de · p~ 11 me~ ma poliliun, nó3 estaria mos com
porquc a opmto!o nuo ncompauhari;, o g~hiri1:le ellt•s, l5o :mtisfeitos como \'Cndo scnt.1dos, n~­
QUmtdO ~~~L~.<JU17.C SSC ,let:lll' DO ~Ull3t(O O lll'!ljCI~ [U <{uollas calh•il'as, htJmcns uosso;; , como o nolmi
dn Const1trtwte Cmtsl,taed.r, mns com a~ esporas 1Uini51t'O de estr:an:.;dt·os e o nobre ministro t!a
da ~ulz XIV, ott coan o grilo a tfne C$lnvo111os gucna, que pertenc.i~ m tis nossas lileiras da
hnl.utuarlos :-:-:0 Imperadol' o rJ1!el·-par~ ven- combate. Uojt!, seuhur·es.-.• ~ . .
eef;t~ e ~nqlli~t~l - o; n outn1, o, senhores, si a O Sn . MAHTm FnAl'"Cisco : -Todos tinh~mos
poht:ca I! ou_tra, o~ homen~ s;lo o> ll\<'$11Ws . ~i10 por pro!,:rJIIIInla a clci!:ii~~ d·irceta () di ~tl'ic \os de ·
os mosJ1:os IJne a•~ornp~mllnrnm uminbt 1•rio 1ws· Ulll dt1(1UI<Jdn. . . . .
·· ~:1 do ; n outrn em ver. ·\lu dcrlat'ar :1 gurn:1 ao
s~nado tdfill'ccc -ll!t' a JH1 7., JII'Ot:tu·a n co !I~ bllra. O S11. JoAQIJI)f NMwco:- !lojt~, purtlm, senho-
\~au do se na1h•, Ofil' l'~~c-!he uma parlc nc,:.~;l lt.'i t·cs, qno1 estatntl ~ uni :iu~, 1i (ll'eci~<i que o [ml'·
que h)nJ de lc;!t'mn· hvre, niio ~li a cluit~ilo tlos titio libol'al le;nbl'c·l'o t!e quo n jlrimcira ubri-
llevutnt.lo~, c~>mo a clci~:f10 do pro11i'io scn'ado. :<nci\o para o IJ~rti~o, niio é tonto essil união llln·
·ll)ri:\1 que muitas ver.c~ con~lslc na conciliitçiío
O Sn. FJ>Ltr:to ous SANTOs: - O sonn.tlo é um:i ele iutc•·c~:;c:; pessones, como estm· unido (lal'a ·
~JlhYJigO. rcali~:~r o sclt progrnmmn politico,- para dcst~m
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 17 +Pá gina 14 de 16

18 Sessão extraordinariil em 22 de Abril de 1880.

pcnh:u· os comjlro!lli$SOS pelos qn:ws ~L~ res. S. Ex. vai hnlct· :is i'OI'I:is do senado, lr.Yando
pon~n!Jilisou. tlcsta v~7. os votos tio nos~o IJ:II'lido com essa
Hoje hriduas opiniões em contrnstc. Hn sim· r~fol'lll:J cldtond tlircdn por lei ordinat"i:l, quo
p\e;mcnte dous •·~mpos, o camJlO libm·~l c o lllC f:11.in ll.i7.ct' no >ena•lo desta lt·ibnna na
c~mJlO cnnserv:1dor. lh n111 eampo nn rrual está SOSSriO pMSiltl!'l qtW Si t>JIO a ill~Ci"!'Vf~S~e 11:1 Sll3.
ha~teadn o ·b:md~ira dn elei~iio 11i1·ecla, com o ha.ndeit·a, e,:ta hDI'i:l do 11·~n~iLar riclorioso ne>la
~:cnso do vo&:onlc, incluintlo todos os quo attl hore, c~unar:~, como o e.<lalld:n·te roman11, ao r(nal a
ltlm o direílo udquiritlo do voto; elo outro Indo . cnmp:~rci, com a cdelHc imcripf}iio:
est~ um campo, eujn lJandeü·n l~m e~tn unicn Se1111.t«s Po}Jttlus•llle !'OJMnots p(ll'qUe nella
divisa::- ·A con5tituiçiio - • bandeira an•orall:~ [)Odia !8m!Jem lêt··sc: o Senado c o l'IIV'O Dro·
pelo St'. Visconde do llio lJunco. Entre os dons zileiro!
modos de eomprehcnder o respeito qnc tle\'C· ~~~S si O ~Cll~UO rôt• Slll'df\, si O ~en~do. l'C•.
mo; á conslituil;iio. o modo pm• que o pal'ticlo si~lir, uüo tome o nobre presidente. do comclho
liber:tl o romprehenclc, p<lrece-me, não ~ó ê o nem o cnmprom1s~o de dissolver a cama.ra dos
mais verdeit•o, como o que. mais púde fazel·a dt:putados, cnmo o miníslerio JJassadu; nem o
dnrar. cotniJromi~so dtl retir~r-s e rio podtll', porque nes
N!io quero dc~cer á hi~torin, como 1tOje o 1ez dons caso• iri:~ at:en<ts tlnirnar a ~mbi~ão parti·
o nobre de~lut:•do pot· S. Pnuln; o Sr. Le•1ncio dnl'ia que exisw no ontt·o recinto. (Apoi·tdos.}
de Cat·v:tlho,.nem iudognr como a Coilstiluiç~o Tonie o nobre· presidente rlo c.on~elho l~o
)lOS roi doada; c nesle ponto, eu. n5u quizet·a, só1nCnle o cumprotnis:<o tll) nãn :JI!andonar o
por um mnnwnlo, dc~p.:rt~t· o~ e~crnpnlos do se-11 po~to rli:1nte de um voto hostil. mas· pero
nohre lll'esidente da comaJ'J. N:'to qtwro descer contrario do it· lln!er todos os onno~ ós portas do
ás origens da Constituição, lltem ind;~gm· como senndo cum a mesm;; reforma que um dia llc:~rá
clla se formon; •1nero ~··eitnl~n enmo •·lln ó; YlclOI'ÍOSl.l.
considenli-n n lcgilimn lei l'lllld;lnlCtttaJ rlo Itn- Conte para isso o nobre. prc~idenle do con·
pe!'io, pnra perguntar-vo~ : que meio de inl .. l'- selho com o apoio do ~e1.1 p:~,•titlo. aflOio, que a
pretal·~ póde \lat··lhe essa dura•:5o qne se deseja
con~crv:1l·n co tu o a lei ot·gnttica do pni.z?
sua ndminis!.raçiio tl'r:-. olê o lim, ~i n~o ll·ansigh·
Ha um modo de inlerp•·el:n·, rJUe ó conser- com snn llllll'nlidnde que uni1:a P•iole sal\•ar o
paiz, si conservar n{nsladns do ~~ lodos ns ele~
vador j e, Sem o[ensa D pnlaVJ'n, plwri~aico, é m~>nlo~ de cormp~fio, de>st!S que d~ probidade
interprtit~çilo que os sectarios dão :tos livros sa·
grados, como os judeos no Tnlmud; a intet·pre- com n!io t~m nem o pudor. c· que em toda a p:1rle
o seu cnnt:~cto destroem os governos que
1açlio litternl que a cons~rnr intnct:' como si não lhe resistem, e si. in~pir~r·se nu c~pirito ver·
fosse unw de~~as mumins, cujas fnr.Jws ninguem d3deirnmPnte lilJeral p3~ece animal-o. Com
potlerin nJUllnr sem ntit·ar.no \'eu to a r•ocirn que csSI.! O{loio·llqllt! ecrloque
ns fót•mn. E hn Utn3 inll~r·pretaç:iu liberal que selho, o compromissoo nobre presidente do eun·
nnico que ·s. Ex. deve
11ão se p1·ende á letlm. nu1s ao cspil•ito; que dti. l1Hital', é o 'de· ni'io dt!set·t:lr do sen postn, em·
vidn e movimento à Conslituiç~u; que nflo a quanto n~o rcnlizflr n reformo, par:~ tjlte dc~lll
colloca nc cnminh:~ do paiz cu mo .um obst;tculo v~z. niio 11el'lença ainda a um grande ministl'o
que para chegn1· ·no progresso ellc tenha pri- consHvndor, como pl!t'tencell n t~m~ncitwcnu dos
meiro fJlll' de~truit·. .
Enti'C c~se~ duns modos de interp1·etnr n Con- e~crnvos , . :i realizo cão de uma t·ot'ot·m:~ cscripl:~
sliLoif,'ão; Entn' o modo d•! tulaptal·:J üs reformas 1111 l'rcnte do progr:unrn:~ tib.:ral.
li h1·rnes; CJ o de fet• lwl· n á fJ\1~ lq ucr pro~·res~n. Nno deH'Jll\'tl, senhores, tomar pa.·te ne~la
entre n inlei"JH'e\.:~Ç~o do pu1'Lido l~Ons•·l' vador e di~cu<suú; o f!U~ me f·•t·çotl n razel·o foi a di·
do 11al'lido liber~1, o senndo dirá qual, nu. >eu v•!r:;renQi:. que :1q ui ~llJl:oreccn n l'eapt~ilo do
entendm·, d~ve pi'IWHlccer. Nãu sei tle que 111ini~Lcrio pass:Hlo. e da qu:.t p.. deria (lcdnzir·s~
)Jontôs da loJi o noiJT<.! [ll'C~idt!nlc do con~c­ que n pnrtid•) libet·nl n:io esl:i unido, o quo ~s
lho farli. !J.llc,lãn. A lei qnc nós votarmos ~nligag dil·e•·Q" e nci~s eontiilu8m. Mns j:\ (Jllc o
será umn lei líur!'al; nms como nos vo!tm·à ella li:~:, s••jn-me pl'rtn\llido dellnir ~ minh:1 P"gi~·.uo
do sennllo ·~ \'ollnrà cawndotd:t. de cerlll, si com 11 m3im· I'I':Hutueza c tlizet• ao uobre [ll'csi·
triumphat· a rr:furma por lei ordin~t·ia; m:•i: tlo•ntc elo COU~clho :-n tninlw ()OSil~ão, n~s Jl.
essas emendas tornar~o n lei collSeiYDdurn, 1101' lt)Íl'ns do partido li!Jcwl, é umo1 ~pMiçiio, que
fórnHl tfUil nós nc~tc recinto uiio lhe possamos n·io ((Ut!I'O dwmar de in-lr·pcndenle, parn não
d<~r o noa"o :llloio? cr•·nr:~ min111t:1 rlid~Uo no pat•lido. mas ()llC
Senhores, ~i a prcpond1•rnncia d(l noiH'O B:n~tlo llevo qn~lillc:~t• de especinl. ·
ue Colegipc, cujas idéns libcr<lC5 subrc 11 clei~lío Eu sei •tue o nob1·c prc~itlento do conselho JlOl"
directn l'SltJO gi·avadns nos <lmwes llo <11100 [J:IS• furm;~. nlgnma tfnererà nunca limitar o direito
sado, llzer·sc ~onlir j1i CJUC nflo po~~o dcs~j:u· a de ini•~iaLi\·a, (lllC pertence 110~ llll)tllbros da cu·
\que
Jrepondcranci~ . do nohre Viscundtl do l'\1o mn1·:1; o dirdto de :~prescnlar artni llrojeclus,
!ranc" :.i v-ista da su~ prclim im1r, c>'lou CCI'lo <ill" llws p:u·•·0am ut;oi~, de disculil · os, c tle pro·
nno nos \'Olt:u (I Ulll:~ l1•i,· a fJ n·~ eu ma Jibe· vM:or· o voto do pnrlallllllllo, porque esto dh·eito
l'tl.es nr.o pos~illll<!S. rl:11· o~ nossos \'OlM. . . .. . CCOilfCI'ÍtiO p1•);1 C<~U•tilllio;ilo. r. n:IO LlepeJHIO da
· Como e<l:i elln, ·com o censo cln C•lllStilui~ão oulut"!{~ tlu ll\'llilllm ministro. M:1s co!ll n uwior
pnrn o votnnle, com a ignillllatls polilir.a de fr:•nqU1~7.ll ru cJ,·vo desde j(1 aOilnncinr o so·
lodo< o~ IJrazilt·il·o~, sem di'~titH'Q'io io t'cligilit·~, len1nu comprnmi,~o qnc 'tenho de, cmqn~n!o
de castas, do origens, ê uma reforma liiJnnl, c ocrup:n· um lugar na I'CI)I'O.'enl~çãl) uacionnl,
}J:U'n reoliznl·a o m>brc prosiclente tio cQmelho IJI'OI;urar 1•or todos os JUL.'ios aprc~sar a hora da
DCltHtl pütlo conlnr com lodo o nos~o :tpoio. L1mandpaçno <los oscr~\'0$,
c!mara aos DepLiaOos - lm"esso em 271011201 5 09:17 • Página 15 ae 16

· Ses:são ex.tl'aoettina.rin em 22 rle Abril r.\e 1880. 19


Acompanho, ~rnhOI'!'S, COilJO ~oldndo, DO nobt·~ fuzer alguma COUSil para abrcviDr O captivr.iro .
(!residente do consolho qu:mdo s tt(l!ll'ime na IJ . melhor;u· ~ sortJJ dos inrelizes escravos !
sua .fd ~s ditTorcnr••~ tjne cxistc:ril ontre ns ci· (Jlluit•JS '-'IJQiatl•ls, !IWilo l!t!m, nwitobt!tn . .tlppl•w·
dadã1'S hmzil~iros: I{Uando «iUCI' que os libr.rti•s,' sos d:u ,qulc:r ías.) ··
que não podiam ser eleitos pela O)nsliluic;iio, · -
possam sc_r dcpn13•los, ~cnt~r·sc nu J>arlamento .O St•. 1\lurtlnbo Can•pos ::....sr. pr..:·
brazih•iro, ·como s:J sentavam no ca11u11 rio do sidcnte, a l•eroração do di ,eul'so ·do meu hun·
Washiugloil, ao lado tio~ sc:15 an.tigo~ senhores; rnda mnig1> tiUil · nflo tem neste rcdnta nl3i~
(jnnndo raz quo o estrangeiro ·nutui·uliwdo. qtul sinecm, mois onthusiastico ndmlra1lor de setl
dá ao.no~>o pniz umn 111·ova do tmtl'iolismo no talento do 11ue cu, CJUe nunca o vejo subir :i .
neto dn sna vontade que 0 f~t escolher a nas~~ IJ'ibuna sem · rjlt: · applauíla e de parabt-ns :i
pntJ•ia p:ll':t stm, renundnntlo o sua nncionalí· memoria d~ se11 HI Hslre {Jai , agita n mais grave
ande pura adquirir a brazileil'a, entrando na das questões ~OCÍUC!l h poi·!d<J3), :tgil.:l · UR\ ·us·
nos~a communhão !'ocinl, tenhn os mesn1os stun pto d•: tal natua·ezà, r1 uo dia••le dcllo to1la n
di rcitos: rJue o cidMI:io n:11o, camo trhn ns me;:tno~ (] llc1Stfio polilíca dt!~:J Jlparect•. (il/ttit-J.f apm"ados.)
dtwet•cs; e qu:mdo r•or ultimo sup primtl to·làs ~:i•. soJ podia eRJHlJ'ar IJUe um moço tio t:1lento
.as difl'eren~,:as rclig'o:;as, c, co• nu que Jem· c dn cult.urn de es1oirito do m~:u honrurl•• nrui~o,
. br~ndo·$P., do qur) ns )!'rnndes nnções do rcgimen manil'e~ta~sc outros sentimentos q u ~ não J'•1ss em
repr~~flntalivo não slio catholie~~. gara.nte . e de h•Jt't'ot· t•ula tl~Cr3V dão, :1 tMis temível dns
pruclam~ o dirciln de tutlo o br~ zilciro de di7.er t'h.1gas rJUO os st••·u!os 11a~sados lt•:; :~ram -ao
neste recinto o quo hnju não p•ide diter peln mnnllo. (.lfui tns (l.poitúlos. ) . ·
Constituiç.io; , J<~u não sou catholico I • _ l'nil·ci o meu 11edida no do meu nobre llllligo;
e o -nobre l>l'esidcntc dc1 conselho. si ti ~c r ao se u
Consinta-me, Jlort\m, o nobre pre.sideilte do nlc~awc 1ncío! para abrevhH' o dia em que não
conselho que ncompanhnndo· o ncs~n rer,mua sUJIIJOI'tcmo$ o vcx:cmo, a veJ'I:onhn du diter
quehndeserveo•·edora, cd<l!ldo, lhettJdoomcu ·<IUC\ no .Bt•nzil :.dntlu cx.istem es~ravos, c o não
apoio porn n reollzacão d~ sua nobre CIIIJH't1zn. Uze1'. commellt:rtí uni crime de ·lt:sa humuni .
·eu digo· lhe :- lembrai.vos de quu uma graudé d:ulc·; mas e11 conhL>ço .us sentimentos( :ts opi .
desiguald:•dc axi~te nn nos~a sociedade; de CJile niües do nabre ~rt!sidenle do cons~ ho nes\:~
vós que ides apng~r as ultimos dilferenç:.s entre mnteri:~ e não· duvtdo que cmprPgari9 todl)s os
os cidadão:~ brazileiro~, qnct· provunh:1m da rc· meios jJtll1l al.Jr~vinr esse di1i. ('Apoidtht.) ·
·ligiào, quer da origem, qncr dn c:•sts, de1·ei~ Bntrcwnto ~i o nobre presid1~ntt:. do con~elho .
reconhecer qttencssP. so! ha urna grande mancho . Iom o dever do prestnr 11 mais ciHt'tlZ l•rotccç:io ··
que o lolda; que aintln ha oscrnvos no llrazil; no8 mnis iuf(! lize~ c dcsgra~ndos filhos dest:,
qunndo o seeulo XIX. :1pproxima· sc do s.:,u nossa tcrr;~~ out1'.o dc\'et• não ·m enos t·igol•oso
termo. · · corre a S. Ex .: uãu perlnrbe,n:io ponh:1 em P"·
Senhores, este seculo naS<'eu com a liberd3de, rigo, j~ não d i~o n pl'opricdmlc, nw~ a cxistencin
sahiu d~s (achas nn sa n ~ nenlndns dn l'evaludío lla l>3rte ma i; importoutu (l;a JlUJlUlaçflo dv . no~so .
frauccza, e durtante elle que gron1les rel' illt~oclos piiiz:, cmquanto niio tiver m tos de puder dat·
obtidas peln~ n:açõcs qnc se etmmcipnm l A Jim :í l'scnivithi<), (<lluitos apoiados, 1nurto bem,
ltnlia dividida om peqncu:os nn'çi'\es tkl'poti<:M muito bem.)
fôrma hoje uma só e grnndt.' communhiio pro· Sent duvida qnc os mui~ infnlizcs, os Pl[.ti~
grcssivn. A 1\ussh• onde W .OOO.OOO d<J homens d esga·n~,:ad'>~ ·nesta tt•1-ra ~lio os escra1·os, e é o
viviam na oppressna da &~rvhlâo da gleba, riu prinociro dl.l\'Cr do I!'OVerno ~o,, c urrcl ·os ·c ntn ·
de repente, J1Cia vontudc de um homem sú, o · p~ral·as, _ mns nlio ·f.\ mt•nos precio~o , uflo vale
seu solo ficar livre. ~os Esladus· Unido!:, nesses. meu os o di r• ito dns f<•milias do$ senhort's d6
me~mos Esl:.dos u:•s nwrgcils elo ~li~~~~sirJi onde cscra 1'0~ o di! torl:• a populnçtio dv interior. (llfui·
o olrwdiio ·~ó crc~ cin pt•lo trnbnlho cs~t·nvo, IM opoir; do~, tuuitr~ l11·1n.) ·
n emnnciporão produziu dentro tlt! pouco lellliJO f'c~·o nu mctt honmtlu mnigo que cncnra tnm·
· colheit:•S muito mniot•cs c o tra!Jolho li.Yn cicn· bem :1 IJUe~t:io IJUI' e~tc lado. no •JUO meios
tt•izou as fL•ridns du maiot• dos g- uerr;~s ch'is. · dil'puc a gorcrno, vr.rguntn no nohre dcrmtnda,
Pois bem ,cun~o desejo que ljUanda se nzer a pnrn :~ s~ Pgllr:u· ~ cx.istont'ÍII,- o prosarietl:~de c a
cl.tamada das nnçõcs qllo nestes cem nnnos t o~m honra d:l!l ramilins que cxi~lcm no interior tiO
rompido com n C$Crüvill5o. quo M lt\rn ('-ivilí • uosso !XIit 1 (Apoiados, muito lltm. ) Quatro lto-
zodo pelo tr:~balbo livre, ~ó o Ut'('IZil n~o [Josso mcns livt'c~ tt\m no !'liltl so•J'Vi~·o ueien:~s de os;
dizer prcsonto. , cr·nvos : si e ome~~.i·~o itlÍ[ll' ttdCilt~mcnte n 11gitor
Eu devia ne;to uJotuento l'olcmno foil~cr c~ota c JlCI'tnrhllr o c>pil'ih da escrovn turn, 'tnnes o~
rest•rvo illii'Ortnntn, q uo me deixit loda 3 lllinha mdo~ qne tom n allloridade tmrn cou\d. os ~
Jlbcrd!)de do :11:~·ão t)U:tnla ao c u mprom is~o- Cl\lC (Al11ito b,.114.) ·
tenho. Não pos~o rorç,11' o govem o n :llloptur ·o O nobre (\Cp\\t:Jdo, com o t.1lcn\o o o criteriv
. me\t pen~ Btn l'Uto, n r~zer· se tt o mcn proj•·cltl ; ti•J vcn!ndo iro homem d1i cst~rto, do r:{ttll. rtos
m~s peço -lho que nf1o ponha estorvus ' tli:wtc lt:'lll 1l:•d•l neste •·eci11to provn ~~ ubet•:uttl~sl mv, ·
delle, que niio se d•·cl:11·c rnmo o .. mi ni, lt•t·io c rpic sott o pril110i1'o v •·econhccot• (11110ia11os),
pn s~ado re ~olntumcnle di~ (lO' lo n nilo consctll.it' cnearoJ n _I)Uest:io · pot· e.• te l11da; en~ h~n.dl<~io
que o tH·~zo dn.. cnm n e ipa\~fto ~~jo mwnrlodo do_ mc~mo d c~ te~ d1JSg 1 'n~n~!o s c::Cl'l\l'tt.s Yl1Jll ~te 11~s·
um di.'l. qu:mllo não arvot·e, cumn cllr, n lwn· ~ iv c l t•onscgaiJ· cp1e o~ e!<t:l':tvus v1vnm ll'3li!Jlltl ·
d.eirn da e~rravldo'<o, mas fl llC, Sl'm coll ~1110 rm·, l o~ na su~ c mvl iç~ o de~J!'I'nç:.da Clm\u:1nto a go·
si ni\o qnizct·, n::t noss.1 obr:~, niio · cml~:lr:•ce, Yerno n1io t.cm mdos de soccon't' ·os, portJltC
não dest'nt;:~n t~, nilo. dcs·espcrc os CJlW qtwrcll\ 11iío . é. prmlcntc :~git:1r questões de~tn -ot·dctn,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 17 +Pá gina 16 de 16

.20 Sessão cxtl•aordínaria em 22 de Abril de 1880.

(nzcndo Jll~omessas, que o governo não tem rcformn eleitoral. Si a reforma não fôr princi·
possibili ade dll rcnliz:•r. (Jlluito bmu..) pnlmente destinada a dnr garmHía ás opposiçiJes,
Peço desculpa ao meu honrado amigo, m~s a que são as hnbitunrs victimns d~~ ele•cües, nii()
proprin e~tima. o respdto c a .considor;u;ão .que sali~r~r:i . a na':~o. n:io correspondot·~ ao nosso
tenho peln sua pessoa lornnrnm p<lra mim uma Jtriucipal "·mpenho. Nús todos que estamos no
necessidade fazer da perornçào do seu discurso govcrnCl com o actunl systema eleitot'lll, decla·
o exordio do meu. ramos qufl obt~mos mais do qne nos convem •
.Abundo nos mesmos sentimentos do nobre Convem uar g3r~ntias â OJlposi~Uo. O inle·
deputade, só peço que não se s:wrillquem nesta resse n~ actualidade . é do partido conservador
questão os mteresses dos pro[) rios cscr:wos em maioria no senado. Tudo. nos induz pois a
~ssim como os interesses de toda a sociedade erêr, como nos disse o Sl'. p1·esiueute do con-
brnzileira. (Apoiados.) · .. selllo,que o senado nos auxiliará com a sua
l\las, Sr. presidente, esta questão que n5o illustrada sabedol·ia .e patriotismo pam melho•
julgo estr:mha ao prognmma ministorml, que r~rmos a legi>lnc5o eleilornl. Nunca duvidei
é muito bem cabido neste debate, mas em minhn disto e si algum acto do ministerio passado
opiníilo inopportuna é uma questão especinl me causou grande indignação, roi ouvir nsde·
(apoiados), e vou deixai-a; contento. me fazer o clamaçücs e ameaças do ex-presidentn do COD.•
me$mO pedido e duclarando que o addiciono ao selho contra o senodo. Não podio ser feliz um
'do nobre deputado, que t.1mbem faço meu. chefe do governo que em vez d.e respeitar o
Sr. presidente, ouvi de alg-uns dos meus p:~rlamenlo Jll'OVocava e aggravava. as ditncul-
:tmigos, dos meus comprmhr.iro~ dn O[lposi\iíO no dades.
ultimo ministerio recriminn1'ue~ contrn es>e mi· A dis~olueão d~ <:(lumra tmnbem niTo re>olvc·
nisterio. e ouvi n :unigos tio· wesmo mini~lt~rio ria o conflict"o com o senndo. U ministcrio podel'ia
criticas c rec••iminnçües 1~mbc111 contra a an· considcr:H'·Sll mutt.o feliz ~i pu(lC$S'e obter urna
tigo opposiç5o. · c:Hmlf<t unanime como estn. Não oh tinha com
O Sn. FnANCO DE SÁ: - N[io du minh:1 parte. tarJa a certeza. ·
o SR. !tlU\TINHO CAltPOS: _Mas n~m os meus l'or consequencin, degois da dissolução se
amigos de ambas as fracções <]ne a opposição ao acharia peior na cumoru o~ deputados e não se
· · d - · d achnva em melhor JlOSi(.'õO no senado. O que se
· mmi~terw passa o nao tem mms razão e ~cr. lucrava pois com a dissolu~~ão~ o confliclo seria
OSa. !ti~CEDO E OUTROS: -Apoiado. mais aggrn\•ado, o sô louvores merece 11 sobedo-
0 Sn.. i\lARTJNHO C.ntros:- A maioria que ria da corôa que recusou;, dissolução ao minis·
sustentou a ministet•io passado creio lambem lt•rio. .
que ,nãu vai udoptat• a religião das vi uvas do Assim, pois, nlio querendo cansar n nttençlío
lodos tão, não vm atirar-se nas pirus em que se da camara nem do míni~tcrio, no qual presto de
devem cremar os cadavet•es dos ex-ministros. coração todo o meu npoio, convido a·camnr:l a
(Ri& o.) · votar uma moção nsscgurnndo no.. minisleri<> todo
O que nos cumpre a nós todos gue temos a o nosso atJoio, atlm de qu~ possnrnos qunnto
infelicidade· de nos achar em nmdude nesta antes convidar o senado u coopemr comnoseo
grande assembléa, é prestnrmos o nt1~so apoio ao nn n~formn eleitoral. Neste senWlo offerello á ca·
go,·erno, cooperarmos com ello allm de tjUe o marn ~ seA"ilintc moçiio. (Lê). . •
minislcrio aclual seja lilais feliz quanto ao }JOnto E' o qu13 ti1th~• a dizet·. (Ap~i(rdos, muitobum,
prÍnCÍjlD.l de ~Ctl pi'Ogi'Ullllll:t. pa1·a quo O rni· 1/!Uilv bell~> 0 OJ"ad~t· é (~liCit(tdo. }
ni~terio po~sa rn:m:lwr liYremente. A antigo Vem :i mes~. é lida, apoinda e posta n votos
opposiçiio não tem mais raz.ão do q ttcixa contJ•a o e ap[lruvndH uno.nin1cmcnte n segninte .
miui~terio que não existe, a antiga maioria nãll
o póde fnz.er rcsuscitnr por ora. MoçÃo
Portanto niío pôde Sel' ohjeclo de duvida entre A cnmaru ·uos detJUiados, dcrJositnnrlo. Inteira
nós, as recriminações n~o podo.:nt ter por fim ..
senão impedir que todos uús que auxiliamos coi1fmnça no ministerio, se esmcrnrit em nuxi.
0 mlnisterio 0 possamos r3 zer proficuamente. lial·o com o seu concut·so nllm de que a r~-
(A po1a ·d ) E d · d · t forma eleitoral g:mmta :to paiz os melhora·
.os· ·,m vez e m· agarmo;
oppo8içiio rnziio on si o te\"c 0 maioria, ou pro-
s•
eve a mL•ntos indispensavois de nossa legislnçfio nesta
m(ltcrin c se nlll3ndn convenientemtlntc ao es-
portbo.c convid\1 a comarn a que votemos um3 d .
motno garantindo ao mi»isteno ar.tnal 0 nosso tado financeiro o P~•z.
apmo afim de que possa realizar o ponto prin- Snla d ~•s scsstícs em 22 de Abril de tBSO.-
Clpal do seu programma. ~(,u•tinlw C(Jmpos.
~ão me detenho diante M nenhuma rnz1io o Sn. PHE>IDE1HE dá para ordem do din 23:
. contra .~ set~:~.~? e sú tenho a hllt.''~r o. ~~!lo, l' a 1 t.• di,c 11 ,,~[io 110 p1:oJ1wto n. 28t coJ.lCI'~Itmdo
sabedott.t poltlt(~ co!n que o h uni ~!.lo P• e,!dcJllC 1 tttclhuranwntu ti<' rclot·tnrt o Esto\'oo Ht!Jmro tla
~C! conselho fez.JUSil<.:a no ~enndo. :SJostm:td\ti'C· I ]...ni. ··. · · ·· ..
J·.::llnr os no,sos [Jl'U,Iect.o~, o noss? .d~.'·e~·, con~u y.-,t~ç5o em 1." di"'tls~i'h• do prnj~r~to n. 2:18 A,
umu das cnmar(IS do (Jarlnmcnto•.e (J.Ctl'dJI~r tjtll' elevan 1to :i :l." t) tllrunt:ía a ''tHnartm rl•: Ot\.iras.
o s~u3do obrou. C?!ll l~do o palrJOllsJuo e. ~ubc· L" uiscu~~[Jo tlo vrojecto n. 20iJ A, crcando
dor1a tendo optnwo 1•v~rsa. O mesmo dcrer rlous 1:oll~"·ios dcilol'acs na proviucin do Hio
tetn o ~enndo en~ rela~~no u. camaru. . . Graude. do t-:Sul. · ·
l\las tudo nos mduz a ercr qne o scnauo, CUJa
maioria é do conservadores, que eslfto em oppo· E levanta-se a sessão tis :J l/2 horus du t!lrde,
. úç~o, tem.m(l.is interesso do qu!J nós em votar :1 ~-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 17 +Pá gina 1 de 1

Sessão éxtraordiMria em ~4 de Abril de 1880. .21


Actn do dln ~3 de Ab••ll de 1.880 rei to da comorcn de Jnrdim, no Rio Grnndc do
Norte, o bncharel Francisco Clementino de
I'IJZ,:SIDENClA DO sn. YISCOND!l Illl l'fiADOS Vasconcellos Chaves, um anno de liccnc:~ com
ordenado; li.• que concede n D. Ad~Jberln Leo·
A'~ H horas da mnnh5. feita u l'hnmndn, acha- pol1Hna dJ Fonseca Galvüo e D. l'rlarin Pautilha
ran1·SC pre~cnt~.· os Srs. Visconde de Pt'atlos, d11 Fonsee:1 Galvflo, ,Jis[lcnsn do la(J~O de tempo
Ces~rio Alvi:n, Alv<1~ d1) Ar~njo, )lm·iannn ·da [l~rn se habililat1Hn a hav,Jr o meio soldo pelo
Silvn, ltihciro de l\lenezcs, l~rederico de Almoid~. fallccimento de sct1 pai; ii.• que detem1ina que
Macedo, João Brigido, Liher:1to B~rroso, Gavião o tempo decorrido de 18 de Janeiro de l868,
.Peixo lo,. Aleira de Vasconcellos. · data d~ prornotão do tenente do 2.• batalbão de
.comparecer:~.m depois da cbomodo os Srs. infautnria José Jgnncio Ribeiro 1\oma, n 17 de
Pompeo, Suldunhn Marinho, Cosia A'evedo, F a· Julho do mesmo anuo, data de sua reforma,
bio 1\Cis, Franco de S:i; Serra, Tavares llolfort, será contado na sua antig-:Jidadc do posto e de
Franklin Doria, Yirivto de :Medeiros, Sour.a Pl'a~a.
Andt·ndc, Theodoreto Souto, Joaquim N~buco, O Sr. presidente dá para o dia 2\ a sog11inte
Espcriuião, Dariío do. Estnuciu, Btlrr•Js ['imeJ!!ol, ··-- ·· - ·'· - - ·-- -Oni)Blll DO l>IA.
Zamu, Prisco l1araízo, Áildr~tle P1nlõ, Uuleão,
Ferrcü·a de !!loura, Almeida Couto, 1\uy Bar· Ur;;enciu requerida pelo Sr. B~pli~tn Perc!ra
boza. Souto1 Rodolpho Dnntns, Augmto Fr3nça, rebtiVt• oo projecto solJre o 1mposlo de trunstlo
Horta de .Araujo, Souza I.im(}, José Caetano, nos carris urbanos.
Carlos Affonso, Gnldino das Neve:<, Hy"ino Silva, Apresentação de requ.crimentos, projeetos e
Lafan~ttc, l\f11rtinlw Campos, 'fhcophi1o Otloni, indicações .
Ab1·eu e Silvo, Antonio C1H'lo~, Leoncio de Cnr·
vnlho, llrlnrtim Fr~ncisco, Olegario, 1\lalheiros,
Sergio de Cn~tro, OapListn Pereira, J.<"elicio dos
Snnlos c Mello e Alvim. Acta do dia ~.oi. de Abril de 1880
F~ltou com pat•ticipa~ão o Sr, · l\loreira de
Barros ; t! sem clln os Srs. Americo, Anlouio PRESIDEl'íCIA DO SR, VISCONDE DE PRADOS
de Siqueira, Almeida Barboza, Aragão e Metlo,
Azamlmja :Meit'ellcs, Alfonso Penna, Aurcli:mu A's t1 horas da m:mhu, feitnll chamada, acha·
Mngu!hães, Bcllr1io, Bell·ort Dtlnrle, nezerra· Ca· rnnt·Se presentes os Srs. Viscondll de Prados,
valct1.nti, Bezerra do Menezc::, Cam~r~o, C:ui- Alves de Araujo. Franco de Sã, Vil'ialo de )le-
dido do Oliveira, Corr~~ Rabollo, CoulO de deiros; Andrade Pinto, Macedo, l!Iartinho Cam·
lragalh~es, Cú~t~ Ribeiro, Danin, Diana, Epa- pose Abreu e Silva. . ·
minondas do :Mello, Espitu~ola, Fteitas, Flores, Compareceram depois da chamado os Srs,
Franco de Almehln, Frederico Rego, Frnncisco SaldanlHI · Marinho, Costa Azevedo, F1·nnklin
8odré, Fr•ancn Cnrvalho, J.<'reHos Coutinho, Fi- Doriu, João Erigido, Sou2u Andrade, Liberato
deli~ Botelho, Fernmido O~orio, l~Jorencio de B~rroso, The01lor~to Souto, Pompeu, Moreira
Abreu, l:;!;nncio Mnrtins, lldüfonso de AnHijo, .Brundiio,E5perhlüio,Hibeiro de Menezes, Mariano
IOOCJ.Uim llt•eves, Jo~qnim l'nvares, nasson, José !la Silva, Meil'll de Yllsconccllos, Dnriio da Es-
lllartllnnG, Jcronymo Sodré, I.aiz l<'elippe, Lou· lancia, 1tlonlc, Barro~ Pimentel, Zama, Prisco
rento de Alhuqucl'IJUr, Monlc, hlarcolino llour~, Paraiso, Fretlorico de Almeida, Uulcão, Ferreira
Mello Franco, Mot·eit:l 0t':llld1io, l\lnnocl Carlos, dol\Iour3 , Almeida Couto, Ruy B~rbozu,Rodolpho
Manoel Euslnquio, ~Iagnlh1ic~, Prmlo Pititentcl, Dant<~s, Horta de Araujo, l~rançn Carvall\o, Bt~·
ltodl'igues Junior, Sinml. SWl[Jhicn, Se:<iS· plistaPtlreit•u,Souza Lima,Freitas Coutin!ao, Cnn-
mundo, Soares Drantl:,o·, Suuza Cot'Valho , dido de Oliveira,Hygino Silvn,Lnfayelle, Augusto
Silvcir:t lllartins, Sih· cir~ dll Sotaa o Them1o- 1~1':\llÇa, Autonio Carlos, Gavl5o, Martim Fran-
ntim. dsco, Olegm·io, Mulheiro~, Ser"io tlo Ca~tro,
Tendo !lado a horn, o nfto t>stautlo presente Silveil'a de Souza, Ut•llo c AfYim, e Tavares
ll.ulllcro Jegul, o St•, ]Jr~sidontc declara não ha· llclrort.
ver sessiio. Faltaram, com pllrt.icil?a~·ão, os Srs. Moreira
de Bal'l'os e Cl!sario Alv1m, e sem ella os Srs.
O Sr. t • ~cc1·etario Iê o seguiu !e Ameriim, Antonio d~ Siqueirn, Almeida Bllrboza,
I!:XPEDlil:l'iTE Arng:lo e Mello, Aznml>uja Meirel\es, Afionso
l)cnna, Aureliano ~lngalh:ies. Boltriio, Delfort
Cinco offido~ tlo sccrc1nrio do senado, de 21 Duarlo, Dewrr~ Cnv:•lc.nnli, llczer1'.1 de l\Ienc-
do corrente, pm'l.icip1mdo, ni1o I.L'l' potllílo dm· o zcs, Camargo, <.:arlo~ Allouso, Corrêa Rabcllo,
seu n~scnlimcnlo :'1s sequ i ntrs pro)Josiri'ies : Conto l\Iagn l!tfio s, D::ulin ~ Dtann, Epaminon-
L• (jUe conced e no tcnt'nle tlo cor·po u~ cslndo· da~ d0 l\Iello , Espindola , l~reilas , Flores ,
m~ior di 2 .• claSili, Jon1Juim Alvç~ da Costa Frnnco de A!mcitla, Frederico Uego, FnlJio n~is,
MMtos n consrrvw;ào no díto corpo na mesma l<'rancisco 8odt~. Fdicio dus SanLos. Fidelis Bo·
nntig-uillad,~ de !lU~ jt go7.a\'n na at'ln:l d$ li' li· \elho, l~enwndo Osurio, Florencio de Abrou,
lharia, de 0111!1~ foi tran~rtll"ido i~.~ l[UO di~IHIIM:l G~ldinu, l:~n:tcio Martin~, Ildeton~o lle Arnujo,
do, impo~tos dLI li':Ú1smi~~âo ;i snnta cns~ de Joaquim 13rUI'e~, Ju:liJUilll Serra, Jotquim 'l'a·
e;q·hl:•de, dn ci\\ude de Çttt'l'cllo, 11~ lll'OVincin v:u·e~ • .Jo~quim N:iiJllCU, J0sé D<ISSOU, Jo5e C:w-
11~1 Mina~ Gcr·u, ~s, pnra o lim ele :ulquirit• nmn lmto, José 1\laJ•i:tnno, Juronymo S11drJ, Lui~ Fe·
)JI'IIIJI'ÍlHltldiJ UCSIÍll:Ula . a lllll hiJs[Jil<lf ; :J.:• !JllC litipc, Ltllll't)UQO do AlbLtt!UN'tJUe, Leoncio do
aulol'iza o I{OVLH'M ;t eoncodor ao jni7. .de iJi · Cat·valhll, M:.m:olino Moura, .Mello Franco, lia·
Câ'n ara do s Depttados- Impresso em 27/0112015 03: 18- Pág ina 1 de 2

Sessao ex.tt•aordinaria. em 2G de Ahdl de 1880.


-.
uod Cn t•lo~. · i\rnnoel Eust:,quio, 1\l:monl do 11I:1- J>AIIECER
j:talh5c$, Pr:uJn l'imeulcL Undl'i!!ucs Juni111'.
Sim·al. SeJ'niJhic.o, Sui.JlO, SeftiSmnn~o. Sonm~ · ·. A cnm.mi~sã~ lle ~.:ons~illtil;ão c l'odercs,. a.
_Hrnndiio, SOtlZ!I · Can·:,IIHl, Silveira M:~rlins, . qucm.fnrum prc.•,•ntcs a~ a.:tas dos col cgios ele i·
'f b eudvm ii'O c Th~.:opltilv ULLani. lom~s •In p:·nvincia tle Go)':Í7., r.o111 cxcepçào do
Ao meio-d ia . o St·. pre-::id,mtt) t1cclrira não t·olleg·io da IJoa Visl:l de 1'oc.1ntin s, que ~erá
haver sessão .por ralta do nu 1ncro. · ob.il!cto de parecer cspcc!al e não inflttc no re ·
~ultado da el e i ~!ITo, na ekic5o u ltimamente pro·
O Sn. 2.• SECltEUIIIO sct•ríndo do L" dtt conln cedida l,lara pr~cncllitnGuto da Ynga - oct·a~ ionada
do ~eguinle _ pelo l'ólii(!Cimonto do dcputa1!0 Dr. Atllonio Au·
E:l:l'ED1EN'fE
gu;to de lloihi)es, nrillcando Ler corrido regu·
lat·tnentu o processo elcilot•al, no qunl obteve o
Omcios: lem•nlc·cot·oncl Ur. Jcronymo 1\odrigucs de
Do mini6tro da marinha, d~ 2i de Abril ~loraes - J:trdim JGS rotos, sendo que o ;eu im·
corrente, tr~n ~ minindo :t consull:~ tio consu· medi:~to ~ó oi.Jth•cr.1 913 \'nlos; é de pmlcet· que ·
lho nav~l' n . 39\10 de \J de Janciro.ullimo e mais st~jn ttPI•rovadu n elciçiio secundaria da provm·
pa(Jcis relal.ivos iio com pendio p:t'ta o csludo (10 eia ele Goyaz, o Ncon·ht!dtlo dt• [HII~ do o mesmo
apllnrelho mol.il•rno 1•a•·a navio,;, orgnu izaJo tenente· coronel br. Jomnymo Hoth-igues de
pelo 1.•· tenellle Olympio Jesé Ch:l\'antcs. -A' Moraes ht'dim.
com missão dt) or,·muento. ·. · Pn!)o dn cnrn:ll'll ·:os de1mlados em 2i de AlJril
bo sec.returio do seriado, dt.! 1!3 ele .-\bl'il r.o1·· de !!:380.- Tlwod~~·~tu Sottt?. - Espe1'i<llão de
r~lll,~ ,rcilteltendo a p•·opo~i~iio d1!te•·mínnndo r1uc Brli'I'OS.
~s distJOsi~õ,~s til) dL•cretu n. lzl!ti de 1ii de Jn· O Su. rm~SIDJ~Nm tl:i a s~guintc Ol'dom do dla
nlw de lRLill flc.,m extPU!!ÍVas aos d enl:~is Cllllll'e· 21) de Abril: ·· .
~adns ch lllma. calll31'n 'llUnicipnl d:~ c.Urle, á
Urgencia ref(IICrida pelo St•. n~pliSI:I Pereit·a.
q_ual resoluç:to o ~ntulo nao t>ôde d~t· ~eu cou·
sentimento -lnteirnrla. Volaçlio do IJ:treccr sobre a elei,.-:io de Inca·
Do mesmo c i;.rual data,- l't'-lllel~l'n olo ~ propo· rchr. .
siçiio delel·mlnandiJ quo os .Yen.ctlncnlos do pa· . Votal!iin em L• di,;cuss~o do pt·ojecto n . ~98 A
gndor dn pagadori:t tia pi'O\•inci:• do 1\io Grande clcvnoclo n 2.• ~ntran,~ia a comftl'cn do Oeira~.
do Sul tlcam OIJuip~r;~dos aos do pagador cenlrnl 1.• discussão do )Jrnjnclo n. 20-:i A, crenndo
em S. Gabricf, u~ mesma provinciu, ú qual o clous collcgios cleitOrMs ua pro\·incitt do Rio
senado não pudll dnr o seu cllnsetltlmcnL•.t.-Jn· Gmndc elo Sul.
teit·ada . . · 1.a di~cus,;ào do Jli'Ojeclo 11. :J07 sobre a rc-
Do presidente dn 1noYincin do ~laranhão, 'de 10 rol'IU:t do.Mno.ldo Lniz Zigna. · . .
<lc ·. Noveinbro (lo anno p:.:<satlo, l't.!tlloll•'ndo
cll<cmt)Jat-es do rel;tllll·i·• lido pelo dito pt'l'$ Í(1cnt~
perante· n nsscmhlén ··le;::i>l:lli\·a dnc1 Ul)lla pro- i'-cta •lo cllu ~o ele Abril ele 1880
v íncia, por occa, ião de :;;u~ insto llaç;io no dia
!! de Soleml.lro do me~mo anno.-A nrchivar.. t•nES IDt;~CI.-1. .DO sn. VlSC0:0.DE .Illll%\DOS
· Do presidente d:qJJ'ovincla ilo Geni';i; do.! U de
:Mat\:o do co•·•·<mlc anuo, l'cnu:ttcndo um e1\elll· A's 11 hol'tlS dn lllanhii, feita a eh~m:t1l.1, acha·
IJI3r dn coiiE!cç;io das leis dnquello p1·ovincia ram-~c prcs t•nlcs o~ S1·~. Vis1:ondc etc Pt•o•lo!,
promulgados pelo. rflspectiva oss~mblt\n le:risla· Alves do 'Arnlljn, lo~ o Brigioto, Libcrnt(l Dnrro.zo,
tiva ua se~são do nnno IHI~sndo.,... A arcltil':'r. Souza Andr:Hll1, Ha•·fio d:• ~~tnm1ia. (/I'Nict•k o do
bo llrt·sidenlõ de Ser::npe, de l:i do Nn~·l•lllhl'o Almeida, S:du~liano Souto, f'r:m{'n Cnrv:•lho,
do .:tnno fl~ss ~llo. t'emettendo u•n cxcllltllat·.llo MncoJu, .lnsó r.nl•lano, Can diolo de Uliveit•o,
rcl:tlot•io cnm CJtto o L " vic-e-jJresidtmle, 1\ay • Abn::n e Silvo, Mm·tin• t'1·:m ris~o t! !llello c Al vitn.
JllUtliiO llr:l\llin l'i i'CS r.ima. nhriu n 2.• ~~~,fio Cntnpnrt'l:l!l'lllll "lil')l'lis do l'lla tundn 0!:' St·s.
dn :!:!.• legi~lntut•n 1la a~~e•i•uléa tlatJUclln pro· Co;I;t :\zt!Vl'tl·•, F.•bi 11 ll•Ji~, T;~vnrr.~ B•Morl,
vi nela.-:\ nrchiv:•r. · J.'r:mk lin llu1·i:1, Virinto 1le Mmlciro~. Thr.ndurf!IO
llcf!lllH'Ímt•n!H~: Snu o, PU!D[I"ll • 'flll'<'il':t 13rand~o, Ft·anco dt~ Sã,
De C;llld irln dn Pnn:<l1~~ Grtlril•'· nlfc rc ~ hono· ~lt:it·" d•!- Va~eo n l' cll o s , Jo:uJuim Nabuco, l ~s tm·
l'at•io do ext•t· ~ilo , JWIIin,lo di.' tlunsa tln· llrO~•· •·i· •·rdiih, Hiheim de ~lcnr.ics, 1\lnrinnno ela Siha,
pçiio em •llll\ iueot'l'C.ll o (lngam ~ IIIO dn Ct!ll·i· · l\Iontf!, lbl'l'o.~ l'iotl<'nlcl, ZtlllHt, Prisco Parui~o,
gn~~ãn tiPiXJHin IJartt s•·u )Wi Bellll'indo lla Arag-ii•"J c Mello, l·'crr•.dm '"' Moura, . Alrncidu
l'OII~L·C-n G:ol\'ÚO em l!lli~. fJWlll lltl o . 1111.\~lllO Coutu, nniv Darhozn, Hodoi (Jlo O O:ulln ~. An gnslo
nlftlro ·s m:treltOil p:tl'n 11 c:tlliJltlllha do l'art~J.\ ll:ty. Ft"tlll:ll, I orlt'- dt• Al·nuju, ·. Fn:llh'•·iro ltc..,o,
-A' Cl'llllUliS~illl lll• l':tt.cu•l;~. . . H:t(llÍ:'Ia 11 t"·ch·n, c::u·los Alf\111811, Galdlno, Jfy.
· Oc nlgttns hnhit:tntt•!l \la prn\'iudn de S:lllL'I ~illoJ :;itvn, ~'eJi,•in tios 8rmtu~, t:, rayetln, .M:H'·
"Cnlha t•in·~· j~:u•a ·,,ue · si•.ia· Jll'l'SPilto :\ ·r.:11n:m1 o· ·ttuho GtllllJlo~, TltnuphiJ,, Uttoni, Antonio Cnr- ·
seu ogt•odccimcuto nela Jltlssagcm do athlitivo lo~. G:tvliin i'eix••lo, Ule,rnrio, Sergio 1le CftSh'O,
iJllC l'CVuROll o J1 tl':lt-:l11pllo unil:u do art. )!.• d:t ~ ~h·dr:t 1le SOU7.a c Mulhclro~.
lei n. 1 ~6'1: 1lc 1':! de-Outubro d 1! t8iO lllll'll t'~C· Fnltar:mt CDll\ Jlarlicip:•çr•o os St•s, Andrndc
cu•.·ã., do 3rt. i1 dos c~l:tlitln> da cornpnnhln de [lintn, Cesu rio AI vim, ~[Ol'l!irn de Uarro~ e Sa l·
D. Pcli•·o t.-nec~Jbido com ugr·••dn . tlonhn. ~l nri n(•o ; .c s~m el l~ os srs. Ame~lco,
. W lido. r manr.l:ttiO . hllJII'imh· pnt·n ser..vntn1lt1 A11loliHI rlfl SulUI!trn, ,\lm ~h.l a l\:u·b,.M, At·~g:itt
o .~I'S'1llttlo t• MNin, A7.~tl'lhltj~ Mf\il'rll<!~, Altóttso l'<lnnll,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09: 18+ Pá gina 2 d e 2

Ses:>ão extrML'llitlaria em 26 de Abril ele 1880. 23


,\ureliann :Mn~~lh~e;:, Bultr:io, JJelfol't Dtwt·to, lcr<lÇi.io a lr~:li)Uíllid~ , J 0 pulJiica em.todo o Im·
Be7.etTtl .Cavnlc:Luti, llezcl'l'n tio Menezes. Ca· per . o, c d!: que continuam <~S rclaçô•·s de bc-
margo, Corr~a Uahelln, Cuulo ~I :: g;Jilli31J~, Costa ncvola rcciprncillai.lc cnt,·u o Bt'azH l.l n.~ poleLl·
Bib .. irn, Dnnin, Diann, Ep:1mi110ndas d<~ Mello, ~~bs eslr:•ngl'irns.
EsJJint1olil, l~1·eitns Flol'e.<, Ft·nn co de Alm~id11, · Lnmcltta n cntnt•rn com Vossn Mo~est~dc Im •
Frune·I~Co ~odre, l~rcilns Coutinho, Fi<le li~ Bo· perial a •lnrllçiio da gilerrcl enlr~ alguma~ na-
ICiho, Fei"IWnrto U~ori<1, Florcncio dr. Ahrcn. ~ões (\o Pacillco, cerla de CJU<: o G01'erno Im·
[gn:Jeio ~fartins, · Il•lefonso ~o Araujo, Joaquim Jlcrial saller.t resveitat· os deveres d~ nt•utrnli-
Drevcs, Jonquim Serr~, Jon1ruim Tnv-nre~, José dnde, e com Vossa i\l~gestade lmpei·inl fali: fet··
Das~on, Jo8é lftlria nno, Jeronymo Sodré, Luiz ventes votos p:trn que a pn se l'estabdeçn entt'c
l?elippe, t.onr~nço do AlbnrJuerqne, Leoncio os b •J IIigl!r~nles, como exigem os sentimentos
de Cnt'Vfdho, M::~rL:nliuo Mou:'a, Mello Ft·ancn, de humanidnde o os intcressea da civilisoçiio.
llfanoel Curlus, !lnnoel Eusta11Uio, Manoel llc E' gr:llo il camara ml!et· ·que lcnr dhnimlido
lll:lgallui;'s, Pr·:ulo Pim,•nl~l. l\odl'ig-U'!S Jun:or, o~ etlHtos d:1 serca, que angu~liou algumas pro-
Sin ,·~1, St'l'IIIJhico, Sigi~mnndo, g,al"e< JlrDnd:in, vinci~s do . lllliJCl'io, e flll,·! abund:mtes chu.vns
So\,;.a Carv~lllo, ~ouz~ T.imn,. Si1Ycir3 .M:1rtins ann nnti;•m a cessa~ão do 11ugd1o.
e Theollomir·o. Applaudc n enmnra :10 Gol'l'l'no Imperial por
Ao m~io·dia o Sr. pre~ideutc (1~clora 11~0 ICL' sallitlo, unindo a humnnid:.ule á soli~itudo
hnvc1· se~sào po" faltn ele nutuero. · ~t·l3 eronomb dos dinlleir<!S publicos, soccot'l'er
0 Sn. 2. 0 SECl\E.T.\.RIO, SllL'ViUdO de t.•, t.lii conln us vicllmns da s~ccn, e N>lringit·ao nece$snrio os
do seguinte ·. · SOCCOl'l'OS a es!iiS [lfC S L:JdO~.
E' o;:rr:Ldn1·e1 it camnra consign11r na resposta
que tem de dirigir a Vossa Mageslnde Imperial
o Iiotnvcl melhoramento do estado so.nitnrio da
Officios: cnpitnl do lmpcrio, o estú convencida de que
Do 1ninistro do imperio, de 2ti do Abril cor· muiloeoncorrcr5o para mnis ULlgment:d·o os tra·
rente, pedindo designnciio de dia e hora !'lira bulilos de cunuli~nçiio quo ora S\1 renliZ3tn,
nprcsentar uma propostn do IJodct' cxecutivo·.- Agt·ndl)çC n cmnnra n Vossa Mngestodc Im·
hlm-con·se o ditl 27 do corrente, il ! hot·a da perial o modo por que sLJ dig-na av.11ior osser·
tUI'de. . viços pol' cBa prestados tto paiz Rolven,to qucs·
Do mesrno ministi'O, de 2~ de Abril corrcnlc, tües d~ inl• !res~e· geral e e~!ieCi:,Jsnento as ~Lti·
rcnwtlentlo uma represt•ntnriin ela uiesn d11 as· .uemcs1to equilílll'io entre a rcc~cilt• e 11 despez;::~,
semblr~u leg-ish1tiVa da provitrci:l do Paran:l, c n amortizução .do popel·momla. ·
COLH't!mente :\ que~t~o de limili!S entl'c esln o Como Voss:l M;lg(Js\ade IUliiCritll, está a camut'a
Santa Cut arina.- A' commiss5o d1l estati~tica, convencid:\ du que seus r.sl'oi'Çt•s em r~vur da
D() miuislro da agl'iculttwn, dé 22 tk Al.tril causa pltblica hthJ de cncontrnr tJtodoro~{J .anxilio
corrente, remoUcndo cÓ(Iia ll.nthcnticn do. con· "no povo IH'<~zileit·o, que occllal'li com louvavd
lr:~to celcbt'tldo em 18 de Junho do anno [·liS:<~do
com Angelo Eloy db Cum:tt•a p:tl'a o r.~lilbel c ci·. JliltriotisnlO os onns precisos pnra n snlisfllçffo
dos se!rriços indis[Jmsnrois ao paiz.
mento de um eng~nho cent1'nl n:1 extincta co·
lonia de Pol'to Reai.-A' commhsfio de t•om· Senhor, n camM\1 comprcbendc 11 impot·tMlri:l
merc i o, industl'ia e ~rles. .tla rerurma eleitot'lll, quo pcln elei~·ão tlirect:•, c
Do pt·osidcntc da proYillci~ elo P:mi, do '.i2 de outras m~didns comptementn\·cs desta Rrlmde
Novctnul'o •lo nnnoJn·oximo pns~ado, rcnJCltendo idéa, ~spir:1 ·o rlnr no llJ'I!Zila Yel'th•do do vol<J
cópl11s uuthenticas ~s act:ts da elei~iio de clcit,~­ poplthll', largn bilse do hvn~ ~)·stoma qttc nos
rcs 1111 villa do Aenní, cidndiJ 1le Sani:JJ'ehl, rego:
p:~rochin do .flii'Uiy, villa (10 0. CtH' lilliO tlc Ocli· A camnl'il a:;scgur:~ 3 Yo>s:1 Alagcsl[•do Iut·
vella~) [Jal'o ·h i<~ •~e NllS:'3 ~e11 horn rla ,\ssnlnpçi\o perbl que ~c otcltl•at•á comempl'nhu da renli~n·
d~ Ma~n~5o. pn1 ochi:1 Ll l' /l :•lltw~. lli'J:CPdi.:n n" ç.iu u•.•:ila Ílll!JOI'I:,lllc lllctlhl<t, :IIIXilitll\dd :1ssim
dt:1 HJ li L' ()tiL I! llrn d•l tlit.o ''nno. llil n~l'c·rilla o~ c~r.. rç.is tlu \'o.·sa j[~g-e~ I.:Hlc l:ut••·t·t,,J <1 a
PI'OVilli'ÍU .-A' eommissúo ele ron~litui~·i"w c po· 11\:IUit":.'Siil \'llllladu 1h1 pUI'U IJI'iil.lie.ii'U,- ,tlartim
tl~:n•~. Fl'aUC!sco.-P't'<tucu r!~J Sei.~
Do fll•. João Marcol !ino ele Sonz:, Gonz~l!'~, p~r­
HciJ1t11ldo 'tJUe tHl dia ;!.\. do con·ente pro~inn jll· o Sn, rttr.,toi,KTE dl1 para Clrtlom do tli:1 27:
rallll.'lllo c ;1s.~umin o carg"O de pn:~i , lenle da
J.•rovincin do Rio •lo J,llli.'Íl'o, p~l'a o q ttal f" i no- :1.. n Jltll'[!!
nwado em duta dl.l iJ do tltn~lllo lncv..-Intci-
I'Ut!Q. \'utnçiin uo p:n·ecet· <1ue reconhece d~i.Htlntlo
E' lido e vni 11 imp1·imir parn·cntrar n., ortlcm pela JII'OI'iucin dcl.ioy~z.o til' l>1', hrdHn, c ns
dos tr~bt~ lho:; o ·s~guinw m:Lieritts dc~igtllld:•~ ~ tll'n o dia 2ü.

Projcclo tle l'c.~l;osltl ci {dl/a cl!l U11·mto 2 '. Jlattl!


Scnhul'. 2.' tliscu~sii.o do pro,júclo n, ()()A solil'o tla·
111110 e siuistl'O.
A 1:am~wa do~ uop11tauo~ ~e compl'nz t'OI11 n
!!011!111 unic;1~·lio tj 11f1 Vnss:t lll:ogostnd~ Ilujlerl~l ~()
digntm fnv.tll'·lhl'l d~ 1]11tl PO tnnnf~\·u ~~~~ ~1·
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 09:18- Página 1 de 1

Sessão ex.ti•a.ot•tlillaria em 28 de Ahril (\c 1880.

O Sn. t>nr.stnE:'iTE tl<í pat•:~ ot·dcm elo dÜ1 :28:


1. • p11r lc (ti/ti ~ hom1 f. tt ante.1)
\'-nt:i('iio pal'eret· ,·o:•rc a elt•il1ão de J : : c~­
(}t)
A's ·li hor:ts dn mnn i1ã, feil;t n c h :un~d:1, •·elly, e u p t·o.,e ~to 11.
3\18 A, ldc'l':n:do li :i . •
ach:u·am-sr. pr~scul"! os ~r,:. Yi,:,: ond t~ de l'r:Hlns, cnlraacia a . conttu·ca de O:· ira~.
Ce~nric• All;im, Alvt•s de ArD 11j" , CQ;: In A;:,,\;t!do,
lo~ o Dfi;;.id:l , LiiJ•~I'<11o llarro5o, FahiH 1\ci~,
Ur;;encia l'ei JUel'itla pelo S1•. Wnptisto J>erclra.
Bnlcão, Andnl!!e Pi11to, llt~.cc•d CJ, Cnudido d·~ I. • di~cu·:~ão <h proj,_•cto n. 2M A, crean(lO
Olívt>ir:~ , Jt~ ;r i no Silv:1, Ahreu o Sih•:t, Surdn tlous colli~g i o,; cleitorae; na Jlrovinda do 1\io
de r,llsll·o, Uello c Ah-i•n, UiiJci J'O dll ~l enc~L•s c Gr:nuhl d •J Sul.
José Cnct~uo. • L• di ~c t1SS5o •lo·Jll'ojtJeto n . 3()7, sobre a rc··
Co nl[J ~rec,'ram dl' il'Jis da ch am(lda O$ Sr~ ~
iormn ele Arnal do L uiz Z:gu:L
Fr~acu de S:i, \'irialo d·~ i\Iecleiros, Sonta An- !! .• lltl i'ld'
tlrado, Thoodore1<1 SouloJ. Pom1•cn, "f.:ira · tl c
Ya!Sconr.cllo>, l•'rauklin Doria, Es}IHilliiio, Mn- lhens:;~o d;~ 1'\l~[•Osl~ :i t'alla clu l.hroao.
rianno da Silva, ~[onle, Barrlls Pimentd, Za111a,
Pris~o t>~rai $o, Ft·anco de Altnl'ida. Fl! rrcit'll tlc 2.• 1li st~u ~suo (l•J }ll'oojecto n. 5ti A sobre dnmno
Mour:o , Almei da Coalo, 1\uy Bnrhoza . Sottlo, e si:iislro. · · .
nodolpho Danrns, AU~Uslo Ft·ant·a, Horla d~
Arnnjo, Fr.mçn Cat'\'~liw, l?t•eJe:·icl)· Uego, Jln- ..... ·r; ..-

~listn Pe r<' il'~ , Foi id o dos .Santo.<, Car!o~ AITvnso,


Galdino, Laf oyettL >,.:\[at·l inh o f:m11 pvs, Thentibi!o .;-'-ctn <lO 4lln 28 <l~ tl.hrll . • te 1880
OUoni, Antonio Carlos, G:I\·Hio Pc i~olo. f. t>uilciu
·de Curntlho, llarti1a Ft•nucisco, Olec;·al'in, Sil - . l'll!.SIUt:?\C:I.\ llO >R. \'ISCONDE DF. l'li.I.DOS
veir:~ d6_Sour.a t• ~la llwiros. . ·
FallMnm C•)rn Jlartidp~~~fio os "Sr:<. F:'itÍlci~w A'$ ll horn> 1la · mon hií. fc itn n chnmnda.
Sodrú. 1\Inrcil':l de .Dnrros, S:tltlanlla ~l:u·l nt t n, ~c:tonlm ·· su prescnli'S os Sr~~ Vi~condc dc Pm:
•ranr{)s Bcl forl, e ll:tt'fiu da E' lancin ; c ~em elia do.,, Cc;;ario All·im, Ah·c,; do .<\mujo, t:ostil Azc-
os Srs. Amcri<'-o. Antonio dl) Slqunira, Alm•~ ida vc d<>; Fl'allL'Cl uo S:'1, Jo~o D•·i~ddo, Li!Jornlo BM-
Darhosa, Ar~giia c .'IIcllo, A1.~ mliuj .1 "'loirt•lll•s, rosn, ~!auocl dtJ ~Ing-:•li1Jo~,' Hort:1 dll Aranjo,
Alfomo Penna, Anrúlbno ~b g-:t llü'it!S. Billtt·â·•· An tlr:-tdc. Pluk>, ~[aCL'd o, Canllido de .OI ivcira,
Bd fort Du:ll·tc. lla Cl'l'n Gn'filkau li. DOZL'l'o'il aé Hygiuo ~i h•:t , jf:lrliuho Cumpo;; · e Gin·iiio Pei-
1\lcnezcs, r..1mar~o, Corrêa. llabcii:J; Cou to Ma~ xoto .
g~llüi•.::>;Cosla Hihcirn, J)an ill, Oi:~ na , E p~ m i­ Com r:~ r r.cer:~m d!\lloi,; . tl:l ch ~ mn da n; S•·s.
nondas de Mello. EsJlinllol:o. Fl'c i t:~8 . Flo re~. S·Jh!:mha M:tl'in hn. Fahiol Reis, TnY:~rctt Bclfor·t,
Fn1uco de :\hnd da. Fitlelis 13otdho, F llt'll:tlltl,) Ft·:~ :l kl in Do1·ia, Viri ;~ lo tle Metleiros. Sauza An-
Owrio, Flnr\.lncio ele AlJri!ll, I:;:n:tc io j[aJ'lins, d r~ rl e, Theodo i'clo Soato.- Pompeu, Bl!r.~rt'o> Ca-
lldcfo u ~o tlc Aranjo, Joaquim fl t<''.\'C ~, .ro:~oJLi i!n Yulc:Hlli, :Meira da \':t sconccllo,:, l Qaquina Na-
Serra, Jo~qui m 1'\nbllco, Joaqniat 'f:ll'úrcs, José huco, Espe1·hlião, 1\ihciro tlu :\ll'th~z es, ~:arianno
Bu~son, J<~~ê Mnl'iano . l<lriJn;·mo Scnlré, .J.ui;; da 3ih•a, lh r ã:o rln E:< tanci:~, Monl••, J)arros Pi-
F diplll' , Limt·oaço de· Allmqu~:nrne, 1\i:m:.olino mcut~l. Znmn, Fredcrio;o de /> lrnuida lllllc~o,
1\lOl\l'a, Mello ' n·anrn, Fl'l!\la-< GP UlillliO, 1\t<· Fer.·cira d:: MotH'::, Fl':•ncn C:n·valho, hodcrieo
r~ i••a llt':tnd:io), Manncl C:trlo~, M;uto ~•l l~u~t ~ tJll i(>, lle::o, ll:tplis ta P.: r. ~i t·~ . Jo ~•í C:wlano, l~n>it:. s
Mnno, ,~l dt.' ,M;o ~ alh ioi'~, l'rado l'iln•: nld. 1\odri- Coatinho, Ahncida .Cotttr•, 1\n ~· Ha.rl.oozn, Souto,
g-ues J llll ior . . t'iuv:tl, St:l'apllit:o·,, N:!;i>111lllhlo, lludolllhu Dan l:l~. Au~n ~ lo Frau~a . nl'ZCI'l\ 1 tlc
SO:ll'o!s BramHio, Souza C~·• · v:rlho, ::'lollza Lillla_. . ~tmH• z,.s . Fclicil• llus ::;:llllO>, Cnl-los ,\O'uu ; o, t;:11:
S: l ' .:ir.• .l.~l ! l. us e Thcu. lolllil'fl . tlino, l..:lf;oydloJ. 'l'hcúphi lo OUuni. Abt't'll o ~ ih'n,
:\nluniro C.:.u·IOJs, Lconl'io dn (;;or vnlho, Marllm
: Ao mciu-d ia o St·. pn•si<ll'I\{O, declara nfio F l'~IH'. i st~o.l, 01('Jr1ll'in, M:1lh e iro~. sc·rl( lt•tlt~ f.:1sLro,
lwre r sess:io por fu.IJ.;J d ~! numero . Silroira dt! Sou%a o llt•iseo Parnizo. ·
O Sn. L " ~:êcr.lnAt\l o d:i ron1.:1 l1l• ~"~ uinle Fai !:H'(I;n eom pnrliripM•ão os Srs. Fl':lllcisro
S.otlre " l\Torcir:1 tln llano~ : f' 'e:n olln. os Srs .
.\m cri:'n, Anl oni:• tk ~ iqu;·irn. ;\lmtilola ll;lr-
!oor.a, ,\rn~(to nl\Idl" , ,\~amlJilja t~Te ir\'I!P s, Ar-
, J'nn' o l'<'ll ll:o , .-\ nr••l i:n10 i\l;ti!'i!l hãe:; . .ll<' llr~o ,
' lk- lrllrt J)u:II'IO, C:llll:ll'g-o. l) orl'iiu n~bGIIO, Coulo
Ah g-:dh:it·s, ·co1't.1 1\ilwirn, OaiiÍ!I, IJi:•U<~, · Epit· ·
Do mi n b u·o dn :tgricultui·11, cÍol 2~ ·,,1!-
Abril m i n o ncl~~ tle )kllo; E~pinrtol:•, Froil a~. Flores,
-eolTtlllle, ped indo tl•l~i!,"rwçiio 'k' di;~ t~ 1101'11 par,,. F1·a•n-o de Alnwid:o, l:' itldis Bf.l\el ho, P'ern:tn"do ·
flfJI'"'"enta r t laa~ [II'OJIO"ta-: pa n1 ~ hr. l'l!l ra .i,! O~Mi o. ~'I • Jt'ent: io tlc ,\ln·eu , l !.tna•·io Ma rti 11~,
Ct~coli tu ~ .- ~horct • ll·~L' n dia ::28 ;I I j :! h•tr:t d<• l ltl do n ~o d•! .\rau jo, J ,,~aqnim B:'C\' C:', J to:HJII ÍIII
l:n·tlc . . St•IT:O. Jnao)lli lll '.1' :~\'lll't' "· .lu~t\ .J'I;ts>Oil, .lo>ê Ma--.
ll.! Alhe rto ' '''" t :l t:t.::o,; 1._ilt!, tu·tl iucl•• ui ; pt'l"'' ri <olllho, J ,. ,.,,ll )'lllll tit:•tll•tL Luiz Fl'iipp•·:, !'.ou-
el o idad t• r• :~nt Ptlllo•r lll<l!ll l'ttl:tl'·'n 111• I ." ;uotlf• l'tliH'OJ do• Alloutplo 'r'llll)_. Marculino ~hlltr:t, Md lo
tl:l l'acuh.l:ul.• tl·· ··nwdii'i1w tl:~ ,.,·,1.1 <:•.-A' cu:n-! t! Alvin1. illo•ll11 l•'r•liW•> •.Mun•ir:• llr;ouol:io, ~1:1-
m í's~(l dtdn~~tntcç:lo\ pulili~• . M~>l C:\t' lo~; MauiJt:ll liit~l8qüiú. l•rndo Vimtnl61,
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 09:19 - Pág ina 1 d e 25

Sessão exti'aordinaria em 29 de AbrÍl de 1880 ~ 25


nodri)l: llC~ Jnninr, SillVl•l . Seraph ico, Sigis· D n~;son, Froitns, Joüo Brígida, Libei'nto D~ rro1.o,
mundo, Sonrcs nr~nd:io, Souza e m-valho, Sottr.D Almtoel de Magalhães, Antonio do Si<Jucira,
Lim;:~, Síl,·t~irar.rarlins c 'J'hcollomiro. llar5o •la E~l<~n•:ia, Ho l'la <lc .-\r~njo, Souto,
Ao moio-dia o· Sr . [JJ'C ~'ítlr.nte !lecl:tm n3o . frt•tliorko dé Alrn c id~ , '\ndl'atlo l' ínlo, nucedo,
h nvú- ~ess?io JlOI' f:ilta t:!e IttHliCi'O. · .C:1udiuo •lcOiívc íra, )la twc l E u~t:HJU iiJ, l\l:1rlinho
O Sr. l.• secn.!larlo, tláo'(Jnt., Jo :>egulnle Ca tnpo;, 1\I H'ell e Silv:~, S•)r·gio d~ Castro ~:
Pt·a.lo jlinn·ntcl. · .
ElPEDIE~TII
1:omparecen•m dep ·:is da ch,,mndn og Srs.
Saldnnhn ~t•rinho . · l:';~hi o Reis, Fn•ncil elo S:i,
Offic!o do secret:1r ío elo ~e n o1l n, dtl !7 de Abril F n.nkliu l.loria', · n.-,tJrig-ues Jnniot·, Viriato rle
·correu te, rcmeltQntlo a proJJOSi!;iio tlélct·miuau. Medeiros, Souw AntlJ·ad•! , l'bcolioreto Souto,
do que os vencim e nto~ do cartor:.rio c 1o So!U Pompeu, Aragão c Mello, ?tlcira de V<tsconccllos,
lljudantc serão, no lh~:souro nnt:iomtl, igaaes nos l\l:~nool Cal'los, Scraphico, JonfJUim Nauuco, Es·
dos 2. • o a.• cscrlptnrat·ios tio mesm~. thosouro, pct·idH:io, lUIJcil'o do ~fP.lli) WS, ~ra r· iauil o cb Sil v:•,
it •I uni o scrt3do não pooc dar o $CU consenti· E,:pintlôla, Monte, · Dat•ros Pimentel, T:wat·c~
mcnto.-lnleiradu. · Bclforl, Zama,· Pris(O Paraíso, lluh.:iio, Fcn·dm
O Sr. l)l'(~sidonte nomêa pora a deput:1ç;'lo que 'de Monr:t, Allneiiht· Couto, Uuy llal'uoz~, ]ln.
tom do. sn iJer de su~ ?.bgo:;tacla o Im perador O) dolr•h•l Dant:J~, Aug· u~to l~ ran~:~, Awmbuja Mel-
dhl e hora do et1t!crr:anu:mto· da scss~ o c:tll':!Or· l'<~ lll's 1 lk' 7.Cl'l'a •lo Mcner.cs, Frarit;n Cnrv••lho,
d i nari<~, dia o hora da mbsa do Est•il·ito Santo FJ'!ldel'ico lle:;o, · !JIIJllista Pcl'eii'a, J n~ci· Ci•ilt:mo,
n a C••Jlella Impcr iu:, e dia, lo:;!at' chom dn alJBI'· Alfun;;o Pcnlltl, Folicio dogS..'Inlos, rA1rlO!; AtTouro,
tura da proxima scss~o ordinaria,.os sogui•ltcs Galdino d~s Ncvl's, Hygino Sil "''• Lafayclte,
Srs.: Libera to Barroso, Josti Gaot:wo, FJ';•nco do 'J'hcophilo. Ottoni, Antonio Cnrl(!s, GaYii'in Pei·
S:i, JoT10 Bl'ig-ido, Franklln Do1·ia, .Au:!usto xoto, Leoncio de Carvalho, M:rrti m I~ rn ncisco,
França, r..andido de Oli\·eir~, Malhciros, Carlm Olegario, · ~Tnlllciros, Silveira de Souza, Fio~
A!Ton50, 'l' heotlorl)to Souto, Zama, Boptista Pe· rencio de Abreu, Camargo, Souza Carval ho e
reirn, noool(llto Dan tus, Hulc:1o, Theophilo Ot· · Freil"s Coulinlto. ·
toni, Silveira de Souzn , :Ma noe l de ~[n ~;n lhãe:>, F11llaram com pnrtici pllçãn os Srs. Souza
Monte, llnrr(ls l'imenlel, Hr:.rino Silva. l\fari:mno C:\rválho c ~· rcilas t.:outinho : e sem ella os S1·s.
l1:.1 Silva, G:~ltlino das ·Nc.vús, Frederico n r·go, P. l"ran c iSt~o Sodré, Flüres, Mello Alvim, Moreira
Aln·cu o Silvo, c dil ~ ~;cguiute ol'dt;m do dia ~\1 de Burro~, Moreira Brandiio, Americo, Almeida
de Abril : • · BoriJoz~, Auroliano ~~~~~alhiie~, lleltriio, Belrorl
Dum·le, Bezcrl'a Cnv:tlc:mli, Corrt!::t Ua iJello,
I . • parte, .attl á$ l!. lumrs 01~ afltcs Couto l.l:l!.!:tlltues, Costa lli!Je.iro, Dani n, Diann,
Votnç1'io do projecto n. ! !lS ·A, clcyando :i 2.• Epaminotidns de Mello, Franco ·do Almeida,
cntrnncin a comarca do Ociras. Fíd,plis Botelho, l<'lll'n:mdo Osol'io, Jgnacio Mur·
· Urgcn cia rcqucrhla pelo St·. deputado D:JtJl.i.~ la Iin s, lldd'onso de At'llltjó, Jon<tuim 131'cvcs, J'oa·
Perelrn . . . · · .. IJUim Sc rr~ . Joaquim T:nai·es, Jos~ 111nri:mno,
L • discnsslio tio projecto n . ~il A, crl!.luclo Jcronymo Sodré, 1-t\iz Felippc, Lourenço de
dous collcgitis elcitoracs na pro\•iuc.i:t llo Jlio AlhtH} tterf{ue, Marcoltuo .Mom•,, , Mello Jo'ranco,
Grundl! do Sul. · · Sin vai, Slg1s m ttJHlo, So:wcs Drimdiio,Souzil Li ma,
. L• discussão do prpjcclo n . :!07, sohn• a rt:· Silveira ~f:lrtins o Theodomiro. ·
furnia do Arnaldo Luiz Zigun. . Ao meto dia o Sr. 1'1\ESIOE;<;'l'E declara aberta
a: scs~ão.
2. • f)(ll'le São lida~ I! npprovndas ~s i1ctas de 22 a 28 tlo
Discusslío da I'CStiosla :í falln tio llll'ono. cot·renle.
~." tliscussão d'>IJroj~.· c to u ; m; A. ::oi.JI'c tlamno O Sn . I.• s&nl>t.\1\to dá. conta tlo sL·gttinlc
t sinistro. ·
I>X l'EDIENl'E

omcios do minlslerio do inljlcrio, d~ 2!1 dü


St!..~tiõo llo dln ~n lle ..~b••Jl th.• 1880 Abril corrente. t~o nunuuicantlo rJtttl Sua 1\f:~ ge~·
l'RESIDKNCI A • J)O 8!1. H:;cQNllR DE !'R..\DOS
1..
1 (le o IIU(Jcru dot· ~o di ~ na tlc rcc~l.Jer. :nnanltã :i
{ liorll tln lardc .no ll~t:o •In · t:icl.,dc a dc(IUin~:ão
SlT~IM.\ lllO.- F..-.:t•tmlt:~n· ,~ .-oh~ l~n:\ í,'iio.-: I! l'nt l llt!l'i :th~nto~ ·tia l'amnril fJ il e ll'lll tlH pcd• r no m ~s mo Aug·n~to
-lt o :)r . Cos L~t ,\ :r.~· Hui,J. -PIIIlll::lll.l. l',,un: 11,\ f'l ltl lt ~l 1w.1 • ~ •.\ .• Rl'nhor .. o t l r~•i " n ~ção do li in, horn é1 J o~·nr elo
{u-ojut:t, , tlt.•. i·~f·.l r m:t ·r ncerram•!tllo tfa prllsclllL:- soss;io l:xlr:~orlli nr.ria
~ Ui:sttH:~·1n thl pr oj l..'t'.l ll n, ~~·~ 1\.• Ubu~u ~o thl Sr. ua ..
·pt;s&. :~ l' crci r;a.,--~\V1'('~onL3.t-<1t) ti•'
cleilo ra l.-Apru.• •· n~•~:..lo du ct·n•1illti l'Or parl.u fln )\l.ltl ur . c ai!ertm·a tia· sc~ni nte . scssf.o ordin:tria. hem
oscouli<o, · Obs~M·u~'''" do Sr. ,Martiufo o l.::ttu ~o ~.­ assi ni o dia c hor~ d:t mi~sa ilo !';spirito Sanlo
Nomt.'aç!lo do U1l1:-. I.!OUinÜthlilo t\•pedal. O:lsfrlr\':n;c:,.u 1lo
~ '-· Z.uu.-C'"'Iiuua~:lu tio •lia<U rtll .. tio Sr. B:.ptJ•I:t l'c · . 11:1 cal!elia imperial.,- lutoir"da.
relira. .· l'tPj~ t."\ 0 apr~~t:~P. u\u.. ti Ll p~ln Sr . Da1nbt ::L l 'oroira, OIUcios:
-Di:tt·ng•ã-' do " 1'njiH,:1.\• n. !!OJ A tio ·l!~ it}. -S .oll\l :OWA I'"'"T~
. ,,. uuut .,. tn• oi..-Ois c tt :'í~io 1l;, rc ' t' OailoL :\ (;tll a •' u Litrd uo .
Jl i ~•·u r.:H'l4 t1oa ~rs. t ~.t\'i ;i.\l l' t•h t•tll c .:\J arli 111 1-'ran·
Do prosiden<o da pmvincia du St>r!!ipo, elo lt)
chu:::o. Emt•thl il .. - IJi,.:,nss.;lo du [11"\lj t.H!lt' 11." ·\ll~i tlll IS7l•. uu IJewmJJro 110 :mno pn ~s:.d o, <'IIYhllltlv <'Ütlias
aulillllll.k;~ s 1l:1s :1c Las tia eloi•:fitl tlc ck itot·,•s
A'.~ H ltor"' tia uw nl1 ~, fl!il:1 a elt:,m;ub , at:lw · :.:•)r:w~ ll l'ucetlí tln 11:1 l>n l'llllhia llti l~al'an :,:ciras em
I:at it ·~ .: J li'U~ t~lllC ~ us ::;rs. V i ~t:0111h! th: l'J':ulus, . 1G do Nuvetllbt•ntlv lllLISUlu.auno ..- A' t-'O UHU is·
l.<'>;aJ'to Al_\'Jm, .\lv c~ de A rtli)O, Co8la .\~~vedo, ~i10 dt1 \'IOdore~.
TO!Il O ( , -•. .
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09: 19+ Pá gina 2 d e 25

26 Se!3sito extraot·uinnda"'em 29 de ALril de 1880 .

.Do pi·c~idenlc da JH'O\'iiwia do Rio Gr~·ndc do E' simpiPs o meu dr.sejo , e fac.il de ser atlen-
Sul. o! c H Llc Ntw~••• bro do nu no pt·oximo p~~· diolo, d~~dc (ji1C ~o secwdo tl.)m o go\·crno t.lc
s~tio , tt ansmiUinolo CÓ[Jios a:~lheutteas das :.cws enviar ~·s~i' t•úl'ia ~ ·
dn clei~iiu de d.eitor~~ gcr~tes a quc•sc [Jro~ednt A re~JJO~t3 que no . senndo d,' U o honrado
nus J•~ro.: h ias tle '1'aquary e· Jc S. P:~ulo d.t St·. presidente~ do t·on~elho 110 disclli'~O daquelle
J,~gtoa Vct·ml'lhn no llia 21} de Outubro tht· di~no senad.o:·, .ill~tiíic:cn t lo ~eu r·equerimenlo
qltclle DJHlll .-A' couuui~~fHJ de Jlodcrcs .. ~llud1do, ale çertu JlOIIlo ~~ttisf:tz·me.
N~o me quadi"Ou, porém, tudo IJUanto S. Ex.
E' lido c mnnll~do imJll'imh· 11am ser votado di~se n t•espcilo elo nsstunplo.
o M:;ninto
Sinto, ::>r. pt·e>idenle, c profundamente,
quando llrJni por primeiro \'CZ 3\!Udo ao venc·
r~nclo ·clwfe do g-a!Jinetc, o do p;trlid•• a quo
JSBO-N. 1 rHJI'lenceucos, não pos~:• ser-lhe de tnodo com·
l~lclo n~r~dan~l; .n:io ·me caiba ~ssegurnr que
todas ns s1ws eS[Jiica· õe-; ~alisr:lZíJIIHn ••. .
Prodnci((t/c Goya:; Si fort•m complc•La$, como penso, nn p:ll'tA em
• A ronnili ,s:io' de com:tHui~ão c podere~, a rJue mo~troa o caminho nn·(~dio ~~~~ t JU~ t·sta o
qu•~m t'orom iirc~culcs us ad:ts do~. collt~gin., ., •.. Dt•. Lia i~, dt!Ssa que dcrera tl'ilhar o dircctol'
clt!ilot·~cs. da provinr,:i~ tlc G~~·az, c.om cxcepç~? do ohsct'Vlllfll'io, IJllo' nwl se port:ir:1, qutlJ'endo
do collep:·o· d[l Doa·Ytstn do l ocnnlms, que St·ra i111por uo ntinbtcrw do iu•perio tJagtuuentos de
objcf'to dt• p:1r~cel' C>JlLCial, c nDo i~llnc no snl~·•·ios nfiu nuenclitlt•S na lei orç:lmentnrin; o
re~ull:~\lo da cleu;:io ulttnwrnante ill'Ocedtdn para nwsmo nüo succed" com n purtc ··~ferente .v pro·
preenchimentO d:J YIJg'R <IC.CU~ÍOJ!:Jiltt prJo faJied· me~5a de hnver rr.~olvitlo o go ... eruo :tttcudeJ.os
mrnto do deputado Dr. Antonio Augmto de Bn· ~ulieilondo mrlos do corpo lo,].'i~lntivo, porque
lbues. tcn•lo ub~er~~rlo as rormalidodes do p~1·a. unnca fôra inl!mciio sua desa.,,radm•à e~stl sa!Jio.
grnplio unil~o uo nrt. io, combin~do com os .arts. A despeMt ptoveni~ntc, e'di~pensavel'.,,,
,.a, 8~o c!l." do rd~im••nto, e verilicanda ter cot·· OSn. VnuATo DE Mtrmmo~:- Muito necos·
rido re ....ulnrnwnlc o Jlroces~o f'leitornl, no qual sul'in.
o
obteve lf•nente-cornn .. J Dr. Jeronymo Rodrigues o Sn. co~TA AZE\'EOO:- Despeza, que tercl
de Moraes Jardim HiB voto~, ~endo que o som oct~nsi5o e honra de mostrar it camnra, e ao
imm~di~lo s6 ohtiven1 96 votos; ü (]1.' pnrt!cct· nobre deputa·lo pelo Cear;l, melt !l~rticular
que seja :~pprovarla a clekiio sccund3rin d~ pro· aml~o. ser desnecc,~nt•ia.
yincin ··de G111':tz, e reconhc!!ido rlei utndo o
me~mo tl)nt•nté-coronel Dr. Jeron~·mo Hodrigues O Sn. GALD!l'\O n.,s NF.VES : - Si e~sa de~pez:t
de Moraes J:mlim. é nece~~nrin, llOrtiUe não foi attendidn o ~nno
pnssndtl't l•'or~m SS ... EC:x.. qLle :1 cortaram.
• P:~ço .d~ ramorn dos doputndos em 2~ de
Ahl'il de 1880.- Theorlol'('lo Sollto.-Esz1etiditio O Sn, ·Co~T.I. A7.E\'EDO:....,. Pt·diroi no uobrll
E. lle .n. P • • deputado pelo Ccnt·:'t us bnses c1ue tem pnrn por
cs~e modo pt·onnnciar·sc, c Jll'Oillcttu comba·
O Sa•. Co8tn Aze,redo:-Sr. pre>i· tel·as.
donte, cornorarei po1· n1rradecer ::i cnmn!'A t
ur~··ncia que con1·edeli ·me [Jara ju~tillcnr por O Sn. YmiATO DE lllEDEIUos: -Apr('senturci
poucos minuiDs os. rcqtterinwntos que \'iio-lhe Olll tempo opportttno.
~cr Sltl!metlidos. O Stt. CosTA Az1;n:oo : - Sr. presidente, não
o Joi'!Wl (/Q Commercio c n G(tzcta. de Na!iciiTil fui sem ci>ll'llllheza fJliC vi o digno scn~dor pela
deram l'm m·li::ro,: udiloriltes de dias pns~:tdos Hahin, no lt:ccr elog-ios ao Sr; UI'. Li3i <, a l'S~e
conhecitncnto de f3ctos que n5<J podefn it· dl'.~· ~a IJ!o a~tt·ono111o, arllll\;':tr pr·'llO~ições que t)fio ca•
apercebidos· d<~ canta.~, Yi:<IO COlliU trat;un tlc hem ir; sem prol•,~\ os, nos annacs do pnl'lnuwnto,
ma1eri:1~ mu il1\ ilnport"n\es. poi~ itnp·•l'lum !lo c·crlo modo l'nlt'' de ju);ti~.~ ti.~
Pt"t•lu· •do•ndn ·li~entil·a' . .i nl~·~ tWHtlente ter h:ollilitat'Õ''~ p n •ll<~ion:u•~ do• muit"s hr~zilciJ·os
J.m:-ws ollil~inc~, ~~~g:ur;r~ l'lll qnc 1111.! fiL'nH·~ IJttrn di$1 iu~'i • >.· lnllllitJIII 11•1 rnnomtl~. (•llwi,,·Jn~.)
liill\0 (~ . To ·C\) til~ illfllflll"i'Õ''~ lJu· ~TI\'C'l'lll) ~- Kx. di~s : · qno n exotu•ra ·~lo t\I'<Su ~aiJio dn
!\h•ns tt·e's l'l'llllL'l'imc•nio~, IJil'' l'liVio ft mcsn. l':orgo fJIIC CXI~t·t~l! no ;ol,serv:llnl·io elo Castt>llll,
exig't'lH l'S~a~ ínflll'l ll!tl õl·~ : - ~:\o cxigcnct~1s de ~1\:· Lo uma eont :orictl:11l.• i ,,,,.,c:ts~, it·rcpa~nvtd,
a1ufgot nflll ltJV:nu 111:.i in~cn~~~o. i•Orqn~ llll p•liz unu hn .l]ll'!ill C!~[t)_i;c Jlro•pnr;lo[oJ.
· O primeir•et dc<ll••s t1·~L:1 :tpt,rws de nht"r ~s p~r:.1 sult4ituil·o n:HjUclle carg-o, lHt> lunerões
ioforrnto~õ~s quo honLelll ,. sell:o(lo !\Xi!;ilt dn quu ut•sompen!:a.
g'orerno, ~ requcrinwnto do cli::un Sr. c·nn;:c· ,\1,\m, .::Sr. tH·csirlcntc, t.lc~ln opinii\o n~o rc·
lhcii'O .lt1111Jlleir... ~emülor pclu D:chia, r .. l:lli\":1· ccl,ct· ~~ :<ancção tlus hnnH!lb cnltmtlidos, nn
llll'Uif1 :1 um con!li1:to :1d111ini~ll·ativo leranltnlo . ~de•tu~i:t, e\ om· i ltuln ~I li. niin tem I' IIn a Jli'O{Jria
pdu :>r. Dr . Linis, , · . . ~an•·t·iiu do· do~inelo dir,~etm·. ll~to j~í, Jll•lo
Qnr:-rcmos,. c>so dq;no CHII.'dh•••ro u çn, a cnct1Í1~, mn:1 w~1., tunnlfo~luu·se em •~ontr~t·io .·
c6pia de l11tb a c"rre-punch•ut'i[l lt:ll ida :•nll'cJ n S. ~. (]1!:\llcin (lnlVl'1. JIDl' e~crllj}U!O~), 31111':1•
hutH"(uio sr. tuini>tt·o du intporlo c ó ~:,hio di· •:ou· no> du u hnndou~r :t~[ltelle t•ur~otn, lw nmtos,
n·ctot· do oll~cn•:tlorin :t~l.ro n o u11co t.lo C;~;tcl lt •; nlnGar:a qtw u:"w rtuiz l'o•:tliz~r. dis~c lJUC, sua
e f!Lll~ motivon. S•"·ttndo Hoticia o Jonml dn o)~~tno•t•:u::ro ll:i11 inljllii'I:Wn COillt'nl"ir~dado! :i m:u··
Comr~~t•rci,,, :1 ~olit'iw~ão tlns~tl 11in•ctot· n 1.ht• t•l rn tio t'~l:olu•lm!illl • •llltl 1[111:1 dit•igi:•,-JlOI"flllO
dcmt:ci5 fum·(;iouario., 11 L'IIC ~ujo)ilns, 1lt· ~.l'l't ' lll linltiiiiiO~ 11111 r•hlttoti\·• Jl••l'fl•ltnmt•lllc' h~bolil~tlo
c!Wil~l'ntln~ dt1 Sl't'Yic~l dr~~~. nb~~>rv:•tono. (1:11'~ •:ull,ll!ull·n. ···
C~ ara dos Oepltados · lm(l'"esso em 2710112015 09: 19 · Página 3 de 25

Sessão ex.t ra.ot•tlinaria em 29 ·de Abril de 1880. 27 .

~iio o poderü neg-ar: ~mais que· cs;e ciJa<Jão Conse:tuinlctnentc·pareceu a t'I~Se eou~etho que
é o !:ir. nr, Manoel I'•·J·c•ra fieis . · contra o chcCc das. machin:~ s é que se devia pro·
SI', p: esidcnte, e~ton anto••izadopor umtl"cm:t~ cedm·. . · . ·
que venho nllsl;l O"ca~íiio do1 l't•ceb•·r, c que teu h o . Conltcço, Sr. Jlres idente, os papt>i~ todos <lo .
em nwu llllcl•:r c:\ mão, a t.h'clarar à r~;~mnra 'lU<' processo, (JOis (lclwvnm·se em minh a ~ mãos e eslu·
i~ ro rui dil'.l n um diro~lo1· da s'!cr·ctariu do im· d(l: -:-~ ;ihe o honrad'l mini'$\l'OquiS i!;IO m~10im é j
pCl:'io, o S1·. D•· .- C:unr>os dtJ lletlciros. A este que ·li 'urnn a orun de SllQS pa~inM, a que so
nlto funcciou~l'io o .St·. Dt·. Lia i~ disse cnt;io; veriflquct um os li nhus em que 'nlvoz so sustem
No Bm:: il p••lo me no., fl.a o SI' DI'. ~tai!Ot.'l Pcl'cil·a 11 consulln c prirccer do conselho unval, do de.·
lkis, pr•t•(eíl!mtclll'! lmbililudo para o c:cm:icio elo 11oimtmll) da,luellc choro, nns quues esta ~ c r
cal'//'' que e:z:el'fO. · opinião sua qtle us (l'(arius provieram dn ins1s•
Hoje, S. ::í., pela ilupren~:t, <rlllê officialmcnlc, trmcia do commancle em Cnzcr tr~b:, lllar lambem·
Iom querido rotrnlar-se; m ns debalde t~ssim ~ mnchinn de BD em occasião improprlo,
p~cjudic.1r:\ ·o S<lU emulo, c tu"tlorizrira a opinião qu:1ndo liillla ~!!Ua nó cylim1ro de baix:t pressão.
do di gno senaclor o .Sr. Jllnqueira, á qu~l me Nüo ncrcdilo na certeza deste :JIIeg&d<>.
retiro. . . · Mas quando n~sün rosse, houvesse essa insis·
Com estas li::i'eil':ls considerações, r1•)11 por run- l!.'ncill, n que ·rluvido, e jam:'li>~ terá dad·o provas
llnmentado o relJUilrimenlo, côpi:1 de outro Coito «wnas pelo ti••1mimcnto de qu,.m ~o ~ssa:te.hnr
hontem M s•m:Jdo, por ~<!'s~:: di:< no senadut·, e liU!' em culp:t,- ainda o commandu nao e }l,tSSlVel
I"Cnl~ IIO [I !'lC~. ·Aiti loi llPlli'OVtldo, conto quo ,le 1~ens ura. . · .
O SCJ:I aq li.L Cumpre de<'Jarar. que o clíere dM m~chin a~,
Ncut mesmo rlevo alongar-me, J>ois agtt~ r.Jo ~ CJtletn me l'Piiro,~o k nho por muito dislinclo
o que lenho a dizer para !JUtuido de - obrig:~t·- se machinisw, theorico e pratico. -
o meu nolll'o ami~o repl·es• ·nt~nt<! .(lP.Io Ce:wá, Mais por Í$\o, si o dcsnstre das nu1ehinas so
que ·me deu o a parte Jll'itnciro, discutindo eo111· deu' por obedi~ncia dessas ordens insistentes·do .
migo o a~sump ro em qUe!'tiio . · . comrnnndo. então o culpado é só c sómentc o
EstHrü~JUCI'iluetllo (nw.~t· ando· o) niio da1·à ll':l· llle.:mo chefe, por havei· se esquet,ido do que
·. hnlho ~n .ser allendido :~ impo1·ta tir:~r-so. mnis dctt;rmlna o§ i. • do ttrt. 4i do decreto re ~U·
uma -cop1a dn currc~poodeneia trocada et\tt·e o lam••ntar n. 6:i86 de :10 de No\·erf1bro de t87G ;
sabiu :Si·. Dr. Linis e o ministet·io. do impel'io, c isto é, !JUC,' em taes cnsos, não s~ja executada
~ue rnolil•ou .. e;so contlicto de quo fallár·n o manobra nJrrumn: nas machin:~s, sem preceder
Sr. consdl1dro Junqueir:t. Entrego-o il prolec!iàO Ql"fl1'11• escripta tlelo oommnnd.uote; e essa não
dn enmara. . boUV\l, niio pódc set· olf~.recida pois.. ,
. O segundo requerimcn t., dos trcs que roço, · Não n hnvondo, por nao ts r atá sulo e~lglda,
Sr. presidento, é negocio ruois serio, do maior 11 cou~cqucn(I\B é que ·o commando, instl4tlndo
monta. · n;1s alludidas ordens, n~o pudia crer <JUe pelo ·
Os. diroitns. d:\ justiça, ns conveniencios. do ob~ervnueia dellas proviesse conlrariedode ~1~
seJ·vtco publtcu no rmno nnv~l. em mé Ll humilde gmita c . du maior monl:t, qn11l a qne ver1U·
cnten\lcr, c:;l5o . comtlromt•ltidns, si · ô cx~c l~, CIÍI'tl•Se.
couw sUpJJOUbo, 11 noticia d:tda pel:• Gaztla, de O proprio chefe das 1nacl1inas não pens:~vn de ·
que !H~onselho naval consullndu sollrc o pro~o­ diversa Ulaneiril : _.; os llUios olrereccm outra
guimeuto uo JH'OCO•so do ox-coinmanrlnnlo· do provn :-no dcelnr11çiío que elle ra:t de qlle uiio
SolimUI!J, pelo mnllogro utl eonunis~1o qul! teve, ;~ch:~Vn·~l! ue logur em que se 110di:t dnr e deu-
foi de JIAI'cC.·l' que de" ia ::c.rnir os sctts·termos, ~c o fmca~so, m~s em cima; perlo do . ro~man •
cnt'r,arúlo j~ n~ consr~lho ue"guerra . danle. qmmdo se' cxecutnvn o ordem insistente
. N:u) J!:tr!!c:• a 1:~ rn:..r11 qucstúo dr• (NUCa con- rer.. ridn, csl:i n me~nla provo.
srdor•aç~o c~ta que nll! olll'ig,, :~ fnllar. Tral!lndo Fvl, poi:s, Sr. pl·t·~id•·ntt>., t>nra mim sorprez.n
do a~,;untp lo, meu 11riuc' p~l llur, como reuro· ltumen>:l, o Caclo . do lwnt l:tnr~do (lOrOCtlr do
scutulle !lo Jt:tiZ, uc,;t.;1 r~ns:t, e com t:ll ou ri n:tl ('(ln~ulho tio itrvrslk Ac:io, e do• tllltos, o lt~ttnra ·
lll't~~lllllp(!:lo do co •tho t~r·l-u, IÍ cb ~ lllnt' a ll!l o• ll(~:i~> da · r.u:~trt , m•nunci:1i1d•t ••ssn o ~ti u liio do conse·
du hullt'll tlo S1·. mini~lt·u d11 111:t' inba Jmr·a es~11 lho n:~ vnl, ··oull'al'i;t :írjueil ~ pm·eccr.
con~tdl:l e pat•cct:tl', t!r.! umt~ m3neir•a bt~lll ,.nrt.l· 1\rmlmr\lltl', IIUVil11!i da v• ~l'll<~ti ~:: rln m e~ma no·
tm!M·, !'Oi' que. 1'4111111 j ;t o rli"~e u l'l'l!ÍIO, nfio tid a,. (Jur lllllito '1110 co •tlllll\~i~mc a co uihll' nos
ftltendcm bem no servi~o·publieo. . ll'nl·lllltos d t· ~~e conselho : e Jw•····m t·ert:•, cer-
l'l~ut ;H!< ittlo~ u iuL~r~.<~:: •l<t .111~Ljr;1 0 imlo ro :i• lls~ l•ll~. t' IJ lllO ::•:•nde o meu t·~pnnl.o pelo roolo;
tt::~t·rur Q .llll~altH,'nto clu t·ousellto ele invl'stign- · qne. u:·,(J tenho cxprr~ssiic~ , pnm cen~ur~r como
~:uo, e~tmprJslo de lt•es · dialitwtis,;imo,; ollici ae~ O dlli/C Nr. . .
s~pcr.i<Jros, •:a tia um c.los q u:t es do tnnt11 prol!· Nuo ntlcmlcu tnmoom o couselho oo tnlet•ossc.
Cll!llCI(I IUI Ul:llUI'ill, l'OiliO O lllll! do COllSt~ lhO nil· do ~or·v i,·o n:1vnl, fazendo-so ínscir•ntn dns:
. val so JU!g tltltrJ::is pr..Hf'ionte : pOl'tlil<' tlus uuto~ g-rnntlcs cnn lr~ri.•d:tdc~ .,uo podelll :nlvlr com
nado bn tjt\11 po-sa avm·lln•· rio monus pensado ossn tlotltrlna QUI! cslnhelec", o que ~c não IH'-hn
' l'S~U julgllmi'UIO, ljtmndc dr~clnl'dflllC O I'X·COIII• 110 \ICIIS:Ili\Cillo d ;tqUOilt\ dlllCrOIÍntlt liO CÍintlol do
~lnnllu ntt:> . nenhum~ eulp:t tem do uwllngro rlD decreto dt1 ao de No,· et\1~1'0 cln IS70. .
sua co.mrnrss11o, dc vrda souli'ntc a dcrot'l':onjo do D'orn om di:mtll, os cumm:mdontcs dos no~sos
pcçt~s 1m portanto~ das mtl chinn~ tio nnvio, ncrcs· 011vios llc:un à tnercc ·dos llHll'hinistns: delles
ceutnrulu que, esse dct4,rr:tlljo, tleViJo a :dgllnr:t dt•pellderli o sofl'rcrcm ·ou n~o consclhos de
cuus:1 exlJ·IIOt'dinad n ortr-lh+< estranha ; e 11p11na~ g ll O I'I'~ I . .
(lO r l!lln cnbla :Jo mnch ml~to rtJ~IlQnrlur. :-oi t•o· · I~to,- Sr. prt>sidentc, tem ·u ma· gral'idllrle rm·
drtnt!O OVfcnl·n o nliO nt.rrn . menM, que lnrt~ll7.mt'nt" p~~~ou d~!~lllterebbldtl
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 09:19 - Pêgina• ae 25

28 SesSão extraordinarfa. em 29 de Abril de 1880 .


dll!Juellc conscllto, mas que deve pe.~~r no q~o j:í estão .csgobllos os 3;~ da hora .do cxpe· .
:muno do governo no do~Iiller-ar, rc~oh·cndo a d1entc. . . . ·
consn_lta c pa1·ecer alludido . ..
. Cre!n :1 Clllll_ar:t, s~iiJ? o ~aiz, o)no dcsrlo~ qtui a O Sn ., Cosu Azv.~·Eoo:-Si V. Ex. quizer al·
doutrmto conhda allt r,,,. le1, nenhum conunan· tcncl•)r u (JUC me roo d:tda a !la lavra sc~ur:tmcntc
· dan.tê de ~nvio movitll} a \'apor, ter;i a l'vl'f: a ~li lllinnlos dnpois do meio~ui:t, vimi ·oJue n!io
mural po·e ct~a no mando 11ar:t de sol.J ri ~·ar-se de C$lOu abtlõ:tndo tln boad;nle com que semJlre se .
seus devl!rl)s, !Juando os m~chinistas dt: blírdu UÍifiW lr:t!.Ur·lnC.
nõo_lho fvrcm nfeiçondos. · n csum1rei; PO!'thn, Sr. jJresidenle, as minhas
S1 houver nelles algum inimigo, l'~se o pócle o1J~C l' V3 ~'oes, J!Ois que fico dis1msto a Dj)rO·
lev~r :t conselho de gnert•a, ficando leu·a Mor La v etl31' outros dehale~ que ~e me oJferecCJrem,
o dr$posto no ~ 2. 0 nrl. 42 do dccr·cto de ao de que ~ão ~ão JI(IUCI.)~, desde que a mesn proceder
No,·cmbr·o de !876. ·com .JUsllçn (bndo-me n palavra. para vir .no
A disciJllinn de bordo não SI} poderá m:onter nssumpto que liio ligeiramente e5bocei . ·
na convMiente altura. O command:mte deixar:\. l'rcciso, não obstanlc, notar á cnmara o se· ·
de tcr-so como a pl'imcira autoridade llo navio. guiute, chamando n nllcnção do governo:
Pódc ser C$ te o pensamento do conselho naYal t .N:tl>timcira vez que se fez cxverhmcia das
Faço d'nl]ui o meu de,·er : protesto, senhores, rnn chi!l:t~do S2tim~,parn soguit' lo~-:o depois, :i
contrn o modo por que se houve ;-~quclle eonse· · comomsao, nao JnJdc o Jlllssoal di! bordo f:tzer
lhot si é facto a noticia exposta )mia Gazela . Lrabalh:ir ús duns màdtüws do nayio, c npen:ts
ba um )l6nlo mais, Sr. ptc~•dentc, que n5:o umn. (:i6 de Fevereiro.) ·
devo considemr, de tanto~ que nlliugcm nos Requisitou o comm:mdantc pcs..••oal techn ico
acontecimentos do monitor Solimàes : l'Cfii'O·tiu, do nrscnn! . ~ara .uo seguinte ·dia YeriOcat· a
a esses boatos que por ahi circulam de ter havido- c:~ Ut<a de tão m~sperado suc·cesso.
um o~lcinl genera que informou ao uiguo Sr. · Nn segunda vez, achando-se com o pes~o~l
ex-mmisu·o da marinha,-uão estnt· o ex-com- rle hordo, aguellCJ ol! :ro, niio foi possi\·el j:í fazer
mnndontc do Solimilcs itn altura dessa commissão t rabalhar $CqUcr umn só machina. (:l de Alurço.)
que teve. · . . . . · Na terceira vez, at:ltando·se nioda o pessonl de
Nilo. posso ncrcditar nesses bo~tos: ~et•in ou· bordo com ·o do arsenal, llar::t que nrnbns as ma·
sado q_ucm Msilll \'i('s~o offondcr os hri0s de chinns funecionnsscm, foi mis1et' vil' do monitor .
. Ja vary o 1. m~chiuista dclle, conhecedor desses
0
sun J11'0Jll'iu classe. (Apoiqdos.)
Po1s como? lla por :1h1 quem tenha coro."Cnt appnrclhos.
de dizer guc o Sr. c<Ipitão de mar e guerra Jofio J:.i se rê, vois,quc ess:ts machiuas exigem certo.
Gomes de Fari3, não está apto para conduz.ir nm prGllca de lias pu1·a as di ri:; h· ; c ante estes toe tos
vapcr d'aqni ú llhn Grande ? · não é rt'lzonvel cen~Ut'al' o :1.;• mnchinista do So·
Este omcinl, senhores. é um bom oficial ·do limões JIOr :•s niio ter posto só por si em tra·
.mnr c distincto em sua élassc. lJnlho. .. · ·
O l10nrndo Sr. ex-ministro da marinha salle
O SR. SALD.\NUA M~\RINUO E óli'r nos:- Apoiado. dos mesmos factos e m:tis que a desJleito sahin .
o Sn. CosTA AZE\"EOO; _.Não: nenhum cm- C$SO monilot' :i t:ommi:;s:lo mallogradn,- DJlCUOS
~h·l gene!al, por '?~cio ou por palnnn dm1 ·cssn com o l>essó ~l . de su:.s m:~chinas, I! JleS:IOal que
mformnç.ao ao mmrstro de então: -niio hn um não podia inspirar conflanc-a ao coi:nmnndo.
que fosse C:tllllZ de ac to Ho esquerdo, tão contrario- t•oi \101' i~to quo o CX·COill.llllllld~nt.e, DO re·
á vurdade sabitla da corporação. eeller as ullim3s ordcns ·. de via~em, disS~l, q11C,
Protesto, Sr. presidente; contra cssQ:!. ltoalos, in pnrtir c cumpriJ·ia n uu·cfa imposta, ~i ~s mn·
cun~o .antes llz n~ imprensn, quando a Gu:utrJ de chinM do n:wio nfio lhe faltassem .
Not1cras os repetm . Partiu clfcctivnmente a 9 do Mm·r.o. e no
l>a~ejo pur termo neste ossumpto, m~s cumpre Oce:mo,tlepois de l:nrllt nttVL'l:(IIC~o, vê·;c ·l·om os
.antes _dizer :.b honrado ministro, que S. .Ex. tem embaraços Jli'OVenienlcs de dtNirrroújos dns mtt·
autorrdndc pal'<t determinar que se tenha llOr chinas do navio, unica for1:a motora de otue
finllo o procet-:so do conselho de iurcstign\•no; de dispõe. · • ·
que hei tratado, em rel'creucia ao ex·comman- Nfio obstnntc, homem do mar, comosins ignil1·
donlc do SolimÜí·s. . cantes recursos que soube haver, toma n rost:t
A antiga Jlrovisão ou resolução de eousultu de c faz fundo tl aneorn, cerca donncorndour·o pura
~ ele Junho de 1810, estú revogada pcln imp, ~rinl onde t'l'a o seu dest-ino. .
rcsohwão ~oJ ii !lo mesmo mcr. de -t8i2, tomndn Qnc hn ahi, senhnrc~. nislo tudo qn~ rcloto,
sob r_omn Ita .do ~onsodho oi!' o'slado, dus S('CÇtll~~ ele c:nt·g:1 eontrn <'~se ex:-commau!l ~mtc .
reunro.lns dCJUSLJ~a, e rn:tl"lltiHI <J ;;:Lwt·r·a, ~cndn fra ndtlllUil'JllelltC m;\ \'tllllmlr., 110 ~ l~C11 ~ 11rn s ·
relator o Sr. C(lllsdhciro 1'\<tbllt ') tlc Ar·aujn. n rti c nlmln~. (.-lpoiru/os.) Proponho-me e.111 outra
Com csla im\J'~I'inl rcsoluçiio pütlescr tnmcaclo occa ~ iãn tr:l7.1-r :í sc·cna os que so occnltam da ...
CS:'~ Collit!lho ti! illVCI!tiguviiu. : rC>itunsnbilitlatl,•, o:ret111do urna victhua .
Us i ntcrfi>Se& ti& j u~liç.1 u tlu. ~~~rviçn -~~i 111 Pur:' i~to ~e me toi'Ufi nec"~sario ~:óroi:t tla cun·
roohtm:uu. · · ,:ul ta do Cll llselht~ naval c r·cspr.lllivo plireet~r a
A~,t• •ra , aprovl'it:mdo-rno da o rr :. ~i iu qno 11•: 1111.1 !Jlll~ tlluoli anlt'.: : -.;.·lli ~ o f9 tlU61'imento (mtistra~a·
oiTt:rccc, )1\!l'ttti ttir-mc·ha u ca111:u·a <J tw l':t\:a utu tl!l·o), l' nYi: ;ro ~_i :i nw ~ t. .
Jig"ciJ'tl historicu· tlo · lJUO ~li dl'll11 ro'SJif.•ilu tia O h·t·c·o:il'tl, •: ulti111o ilos r equr.rimcnto~, Sr.
c:unun i ~s:io incu111bitla :oo munitor Sufimik.~ ... p t·e:;iut:nlc, ~t.mi jus ltlit':tdo por jmU\•as palaHn ~ .
O Sn . l' llllsro•;NTE:- O!Jset'Vnt]Uc o ltohrc de· A•:cusa a a.-.::t!ttt e/i: .NoticitiS ·quo ~ou : 000:5
illlt:uio p11diU 3 palavra po1· al~:uns ··ninuto~, ~ foram iXit::i!lo~ pelos sui·v iços qull pi·es t~ t·a ul·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 19+ Pág ina 5 de 25

Sessão extraordinaria em 29 de Abril de 1880. 20


timamcntc ~o monitor Soliin,jes o rebocador ·,a. • Por eiTeito desse serviço! que tempo
Ajuda.nte .da casa 'L11gc & FHhos. nchou-se o Ajwlatilll fóro. do porto destn copital,
O que me· consta, ó que essa castl se havia quantas hora.s teve suas mncllinns em trabalho;
o!Terecido gratuitamente para nqnelles serviços, que consumo produziram;. calculado no roa·
e o Jonwl do ComJMrcio, ·sempre bem infor· ximo. · ··
ma do, Í!IO o disse en1 ·sua qazetillta. · • 4..~ Si houve no desempenho do mesmo ser·
Posteriormente apporecén n noticio. da Gazela, viço, a bordo do Ajudtlll.tl!, pessoal estranho a elle,
sendo que a do JoJ·,w.l do Commcrcio circulou pertencente á marinha do Estado, qual esse pes·
por dias sem contraried~de alguma daquella casa. soa\!) sob que m:tndo achou-se.
Ha ur:::encla em saber-sll qual dns duas versties • õ.~ A quem foi çonllada a commissãó que
é a verdadeira, e o que houve sobre este as• desempenhou o Ajudame, onde encontt·ou elle o
snmpto. .-. monitor SolimfieH, si fnndeado ou não.
Não pretende o requerimento outra oousa ; • 6, • Em que consistiu o serviço prestado ao
}lOl'l!Ue então, assim munido de bases, poder· monitor Solhniles pelo Ajudante, desde que o cn·
se-lua discutir os serviços nlludidos e suas con· coutraram até o ponto de onde n Gumurham o
sequenci as· naturaes. tom:ira a reboque.:-Em 29 de Abrilllc l8S.O.-
Sr. pt·esidente, antes de obler . :~s in forma· Co3la A. .:-evedo. • · .
fijes que peco não de~·o adiantar-me expondo PRl'MElRA PART.E DA ORDEM DO DJA
me\t juizo: posso c r\cvo, porém, dizer untes de E' lido, posto em di~cussfío e approva(JO ~em
entrnr na discu~~iio que prov-ocarei, - que si debate o seguinte ·
existe es~c pedido de ':!00:000:5000 pela casa
L:~ge ,\: Filhos, elle e um acto sem qualificação I'MIECTO
moral, um altenlndo do maximn ousadi:~, que
ha di! ser repellltlo com o ncces~ario dcsprt'zo l 1879-N. 298 .\
A. hombt'idnde do c.aroctel' do honrado Sr. mi·
ni8trQ da mnrinho. rnrti. .o r!UI';l até n honra do ~~· conuuisstío de jus\iça civ-il foi presente o ·
1>aiz exige, pondo em publico, hem conhecido, prOJccto n. ~98, desteanno, elevando ti categoria
nssumpto lão sério, · · · de segunda entroncia a corn3rcn de Ociras,na
· Envio pois d mesa mais este requerimento. provinc:i3 do Piauhy. E porqlle considere que
(.llfostrando-o.)
não pôde ser equiparada tiS demoís dn pt'o'•incia
(ti excepçiío de duas, que ltojc têm já. a cl~ss\11-
V:em á mesa, são lidos; apoiado~ o adiados, por ca~ão de SCIJUndn cntrancia) aquella comarca,
ter pedido a palavr~ o Sr. deputado ~tartinho que por mmto \emeo foi n stide da pro>·iuéia e
Campos, os segninte~ que, pur sua situaçao, não é das de mais difficíl
nccesso, merecendo além disso groude apre~o ti.
Reql,el'l mcllt•)s commissão o juizo dos nobres signotarios do
prõjeelo, deputados por aqnella provincia. ntio
OllSEI!.VATOnJO ASTnONOl!ÍGO àuvida a co.mmissão opinilr pela adope5o da I'C·
• Requeiro que pelo ministerio do itnperiG se solnção subrnetlida a seu. exame.
peç(\ ~o governo col:lin da correspondencia ulti· Cn.mara dos depul3dos, 17. de Setembro de
malnente havida entre o goYeJ•no· im})Crinl e o 1879.-Costa Ribcu·o.-AIIlJ!!Slo Fl'llllf-il. ·
Sr. EUüllnuucl Li ois, (lirector do ohsct·v::~tol'io A nssemblca. gcr~l resólve :
3Strcmom1co.-Em2!l de Ailrit da !880 .-co.~ta Art. L• Fica elev3da a segunda entrnncin n
A..:t)ved{)., comnrcu de Ocil·M, tmliga capital dn provincin
do Pianhv. ·
~101\ITQI\ <SOL l~lÕES • Art. ~~· Revogam•sll as disposiçucs em con-
tr(lrio.
• Requeiro que se
solicite do governo, por Sal:~ uas sessões, 11 !le Setembl'O 1le 187!1.-
intermedio dó minis1erio da Ul31'inha, cól:lin da Josd Bi:ls&on.-J. JJ. de Freitas.- Franklili
consulla e parecer do conselho nav-al relativa·
mente ao processo do e:...-commanduntc do mo· JJoria.
nitot• Solimü••s, o capitlio 'de mar é .gunrra Jo~o O Sr. DaJltlstn Pel•elru. (Começnva
Gomes lle Fatia .-Em 29 de Abl'll de !.880.- o orador o seu discurso, quando foi convi<lndo
Cu~ta J iet'fil(l. • _pulo Sr. presidente p~ra interrompol-o, afim de
ser recebido o Sr. mtnistro do impcrio. que Yem
r.ilomo !JE nwomtAÇÕEi< apresentar à camara o projccto de t•cforma elei·
loral.) · . ·
• Requeiro qU43 se sotlcit43 do governo, pot· Aceedendo o m·ndot· no convite, sontn·sil e ti
intermedio do ministerio dn mnrinlw .• as seguin· introdmido o mesmo SI'. mini~tro com n~ fi:n··
tj\s inronmções: malidadcs do esty\o c, tomamto as~cnto t\ dir~ita
• L~ Si a CIIHI Lnge ~o'v. Fill\os, proprietnrin do do Sr. presidente, lô o segttinte : ·
rchocndor Ajudrmtc, roquorou 1JOlllO paga do ser· De oriiem de Sua Mt~~cstndD o lmporudot• venho
viço desse reboendor, qunndo no mez ultimo roi aprc~ontat'vos t1 segumtc ·
em fJrocura do monitor Solimiir:s, a quantin do
200: 000,5(100. t•RONST A DO l'ODER JlXECUTI'"O,
. ~·.· si não é certo, como communicdra o Art. Lo
lm·M/. do Commctcio, ljver essa cnsn otrerecido
gratuitamente p:wa õ:\(J\\ellc sOL'Viço o mesmo re· As nome:10Ões dus senadores e deputndo~ pnl'l\
bocndor. · a ·assembl._;a geral c •1os membros da.$ ar-som-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 19+ Pág ina 6 de 25

30 Sessão ex.traordinaria em 29 de Abril de 1880.


----- ---·· -- --=·:.:;_···;...:..:··-:...:..·=····=-·===========
bléas lo::rislativas provinciaes, dos vereadores e quncsquer productosruraes ou indtlslriacs, e as
juizes de paz e qualquer outra outoridade.ele- taxas tle cxportaçlío de productos ag••icolas, quer
ctíva naciond ou local serão feitas por elei~õos sojom p11gas pelo proprietnrio quer pelo arren-
directas nas quaes tomnrão p~rte todos os c1da· datario.
dãos, considerados eleitores em virtude da pre- § a.•·Quanto ti renda proveniente de emprego:
sente lei. com certidão do thesouro c ,thcsoural'ÜIS ue
Dos elHtol'l/8 fazenda gernes o proviuciaes ou dos cnmnrns
municipnes em relação :~os scus funceionarios,
Art. 2. 0 que demonstre perceber o cidHdfio como em·
pregado civil ou como officinl do exercito venci·
E' eleitor todo o.cidadão brazileiro, nato ou mentos nnnuaes não inferiores a :!00~, com 'di·
naturnlisado,. catholico ou ac11tbolico, mgenuo reito á aposentação ou reformo.
ou liberlo, comprehendido nos §§ L•, 2.~, 3.0 , A mesma provn prllvalecc para os empregados
4.~ e 5.0 do art. 6," da ConstiLuiçãodo Imperio, aposentados ou officiaes reformados do exercito.
estando no gozo de seus direitos politícos, (fadas § 4.• Quanto á renda proveniente- de titulos
as seguintes condições: do divida publica geral, provincial ou municipal:
§ L o Set· maior de .21 annos com exercício por certidão authentica dc possuir o cidadão no
elfectivo dos direitos civis ; ~ proprio nome ou, si fôr cnsndo, no dn mulher, e
§ '2.0 ·Perceber por bens immoveis, commer· sei~ mezes antes do alis\llmen\o, \1\ulos do valor
cio, industria, emprego, titulos de divida publica, nominal superior a 3:~005000.
acções de b:mcos e cotnpanhias legalmente au· § õ,• Quanto â renda provcnient.o de acções de
torizados, renda annunl nüo inferior n !006; ou bancos e companhias, fegalmcnte autorizadas :
achar-se comprehendido nos§§ L•, !.•, a:o e por certid5o aulhenlica de possuir o cidadão esses
li..• do art. ~-· llesta lei. · tiLulos no valor nominal de 3:~00~, seis mezes
antes do alistamento, no proprio nome ou no àa
Art. 3. 0 mulher, si fôr cnsado.
A prova da rendo, de que trata o artigo ante· Art. ~.e
rior, far-se·hn : ·
~ L• Qu~nto á renda proveniente de)mmo· São considerados como tendo o rend:~ legal~
VBlS: independente destas proYas :
N. L Si o immovel se acha nn demarcação da § l.o Os habilitados com diplomos· scientifleos
decitna urbana-por certidão da repartição nse~l ou litternrios de qunlquer fnculd:1de, academia,
de estar o immovel avet•bado com ovalql' loca· escola oll instituto uacjonal ou estrangeiro ,
tivo não inferior a 2006000; legalmente authenllcndos. . ·
N. i. Si o immovelnão so ncho. na demarca- O Ululo comprobatorio sorti o proprio diploma
ção da decima urbana: ou docllDlllnto que o suppro. ·· ·.
Occupado pelo proprio dono-pela computaçüo § :i!,• O clct'igo de ordon·s sacrM.
da l'endo a razão de 6 °/o S<Jbro aimportancia do § 3.• Os que ex.et·çam o mnglsterio publico ou
capital que o immovel represente, verificada pelo pm·ticular ou dirijam casas de educaçiio e ensino.
lif.illo de acq uisiçiio, por compra, troca, tloação Scr~·iru de prova pilra eslo fim ~.ertidão passada
ou her:mç~, O)l jlor sentença judicial reeonhe· pelo inspcclol' ou dfrec~or de inslrucçilo publica.
cendo a propr1ellade ou posso ; nn côrLc ou nas provinchs.
Nuo oc~upodo pelo proprio dono -peb. exhi· 1 ~.·Os capiliies de navios mercantes ou pilo·
bição do controlo lançado em livro de notns, com tos que tiverem carm de exame, os quaes deve·
a deelaraçiío do preço do :~luguel ou arrenda· rii.o Cazor prov:.~, exhiblndo os respectivos \itulos.
menw do immovcl, conforme o n. 1.
§ i. o Qu:mto á renda proveniente de industria · Alistamento
ou profissiio: Art. ã.•
N. l. Com cerlidiio de se estar lo~crlpto no O,Pt'ocesso da lei n. 267;) de iO de Outubro de
registro do commercio, como negoeinnte, .cor·
retor, :q;:ente de leilões, guarda_ -li nos~ primeiro l87à vigomrá pnro o primeiro alistamento dos
caixeiro do casa commercinl, capitão de n:~vio, eleitores na execução áesta lei, em tudo que não
piloto de c~rto, administrador de fabrica; f~ r ex~r~ssnmonte revogado ou contrario tis suas
dtSJlOSl~UCS.
N. 2. Com CC!'tidffo, passada por uma rep:~rti­
liâO fiscol, de .possuir-se fabrica, oficina ou esta· Art.. 6."
belecimento cummercial ou industrial, pagando O alistamento preparado pelns juntas pnro·
contril.llliçiiv correspondente á.rcndn legal ; chincs conslituidns, segundo a citada lei de !O
. N. 3. Co!n cet·ti~üo ou talão d_.e pagamento de de Ou\ttbro de 1875, será apurndo l?elas juntos
Imposto de mdustrms ou {>l'ollssoes porqunlquer municipnes compostos do juiz mun!Cipul, como
\i:~lo na i!npoJ·taoci,n-n&o mferior n ~~8 no muni- presidente, do vereador mnis votado e do pt·i·
CIPIO du curte, a i:!~OOO dentro d:~s cidades e 11 6$ melro juiz de paz do dislricto dn mntriz.
nos demais Jogares do lmperio. Nos municípios onde não houvar juiz muni·
r~onsid~_rmn-se. tambcm como imposto de pro- cipnl . servir:.\ o ~, ~ suppl~nte e nas comarcas·.
ÜSSIIO on mduatrHt, as t~xas tunto gcrnes, como esper.tucs o l. • JUI.r: subi• tu to. ·
provinciaes sobre o~ engenhos de assucnr, de § l. • Apurado dellnitivnmento o nlistamento,
agu~rdentl.'!, de mincrnçiio, do ;:erraria~ c sobre_ as junt:~s municipaes farão cxl.rahir immedla.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 19+ Pág ina 7 de 25

Sessito extraordiuaria em 29 de Abril ele IBSO. 31

tnmentc Ires cópias do mr•smo, das quae~ ~erlio .devendo OJtrosim del.o;:nr em livro especial re·
env'ndos duils .ao juiz de dit'l·ito c :1 ter•·eiro uo cíJo l~tvmda e Jlrm:~do de seu PI'O{IriO punho.
mini~tro do· hupet·itJ na côt•te, G nos presidentes
1•as provi neios. Art. 7.''
Tet•õo igual de~tinn ns cépins rlns list~s snp- A junl:l municipal se reunirú.linnualm~nte na
plemt•ntarcs, organizado~ á vista dos recursos primtdro dGmin11:a de Novomhr·o, :•fim d•! veri·
att~ndidos. .. /lcar os alter:•çues dll alislamento por mort" Oll
§ ~p Além dll lista gol'nl, as juntas municip~es mudança de dumicilio. No caso de mudançn de
orgnnbol'iío em cada parochla unia listo especilil pat•ochi~ ba~ta a npresent~cão do lilulG do eleilor
·de rinroenta eleitores mais ldosos, pela .ordem mlldado, p~ra que a junta o inclun no alista· ·
dosid~des. · · tncnto, .uma vez pi'O\'nda R mudança. .
§3.n O juiz de direito, apen~s receberas cópia~ § L • As alteraçües que se observarem set•lio
do nli~tnmento, depois de t•xamin:•r o ~ua uu- publica l:rs p.·ln impren~n, onde n hGuver, ou
thentiei•larle e rubricai-as t'olba pnr folh~. re- por cditaes· aiDxndos ~m Jogares pul.JIIcos.
mctlerã uma nG pt·e~ideole da enmnra mnnicipnl ~ :! , " Decorridos trinta dias cout~dos da pu~
e oULI'u Po lt•b~l!lao 1 na fôrma e parn o fim que !Jhcaç~o. a junto mLinicitwl ~e r••uni li nova·
.vai adiante ded~rnuo. · mente [Iara oiivit as reclamnçi'ies que nppureçam,
Nu cnso de 'não e~tnrem nuttienticndns os eópin~, enviando nfinal ao jui~ de direito a lista dus
o juiz. de diretto as devolverá ás junllls uflm de alie rações vet·i llcadas.
que voltem na devida fórmo. ~ 3." Dos declornçuesda junta munieiplll para
§ 4;. o Havoní dous J't'gi$lros dos eleilot·es: um a exclusf•o, em cnso ll~:morle ou mudanç~ de do·
na earnnrn municipal e outro no r.ortorio de um micilio, l'abc recurso pnra D juil! de dir·eito que
tahelliãu desi;rnudo; na côt'le pelo mini~tro do o decidirá no prazo de dez dills, depois de ouvir
imperio e nas provincios pelas pr~·sidentes. o promotor publico.
Nas cidndes ou vill~s tlllll tiverem um só ta· § 4,. • As sentenças do juiz de direito julgando
bellhio seráe~teo encnrr•·~rada do reglslt'O. .decisul!S da junta paroebi~l ou da junt;1 municipal
. § (),u O regislrD do .cumun municii>DI'flcari• n serão daflnuivas: dcllvs não caberâ recurso.
cnr~to. do secretario em ~~ntos livros quontos
forem os parochios ; e ·o do tnbelliiio em um Dos elegiveis
grande livro ]IDra os el(!itores do todos n.~ paro· Art. 8;•
cbins do municipo.
os li.vros du registro eleitornl sct·ão nb~rtos, E' eleglvCl pnra os cargos de senador, d~P~!!l~O
numervdos, rubricallos e encerrados peJo juiz geral; memiH'O du ass•~mblén legi~lativa provfn"
de direito. cial, verea•lor, juiz de p;ol e qu~~11quer outros
§ 6. o O registro eleitor~ I Oearn concluhlo crt~.~dus por let todo o cidadão com~rebenolido
dentro de vinte dias contD.dos dn datil. , em que no ort. :!.•, so.l vas as restricções ad1ants en u •
tiver sido entregue 11 ctípia ~o 11list:~mento, ('.et·ti- mer:tdlls. .
ncnda pelo agente do correio Oll pelo oiUcinl do3 ~ L• E' condiçJo e~pecial de elegibilidade:
j n"llça. , . Par:t senador do Imperlo-ser maior de iO
§ 7 . 0 . Além dos livros o que ~e rererc o § õ. •, DIÜIOS; · . ·
ht,Y•'r' UI' .. de talões hnllre~cs, ne>s quntls o se· .•:.ra drpntado get•r.l ou membro da nssembléa
cretnrln du <'A"rn ,,,; mumcip~l. hivrt•ra a~ Ct'rli · provin•\int-.;er mniot· de vinte e einco nnnos,
dões do ft'gl~tro eon~ignnndo t'C!I cla1·os o nrmte, solvn ~~ o.elelto tiver :.lgllm grtio scitmtUlco;
id11de, lltinçuo, e!'\udu, proll$~âo ou rendo oe
et~da cloll(or, s~·ndo estas cerlitlões outb~ntil'adas v~ra vereador e juiz dn pnz, a de re~ldencia
pelo t11bellluo l'ncnrl'llgndo do r~gistro , OU'O'lt seu c\ut~Hto dons nmos pelo ml!nos dentro do mu·
iiDJll•uiuwnte reconhecido pelo .iuiz, do dit•eito, ntclpto.
nuthen\icndos pelo rd~rido sccretnno. Art. o.•
E' &llulo de eleitor 11 cl!rlidiío.extrahida do dito Nilo podem s11r votado~ pnro senndor, depu·
livro. tm1o :i a.sst'!mbl•;ll gero I ou p:~ra membro da oa·
§ 8. u Conchlido o registro, ns cópias tlú a1i s~ • st:mbléa tegJslnlivn pl'ovincilll:
monto serão nrcnivad3l na cam.u·a muni. ipal. A) Bm todo o lmperio :
Os titlllcis d~ .eleitor ser5o extr:~hidos .no prazo Os mcmllras do supremo tribuunl dll jnsLiça,
improrogavel de quinr.e. di3S 1 cuulodos daqudle
em que su tiver concluido o l'tlglstro; llnd•J e~te os dirt•ctores gerues •lo ~hesom'\l e us directot·es
prazo s~riio os ditos lituh1s eotrt•gu~sao~ j ~i~es de ger~te$. d:~s secretal'i:•s dll estndo.
p~z em tlxerei~!o, os quae.s dev•·rno dl~tril.luil·ns D) Nt•s proviocias jJm que excrCBI'em nntori·
(le~oB de Ulllndot• nUix~tr editnes, convidundo dn\le ou jurisdic~·íi.o :
os elellorL'! n rec.ellcl·os em log:n· :tunuucwdu; Os presid~ntos do pt•ovincio.
tl'i11ln dias drpois do de~ighlltlo pura a tlntrl'ga Os llisp(ts,
tlos títulos. o~ que niio tivermn sillo procut·.•llu~ Us l'Ontmandnntos de nrmns.
ser:1p re~olhidos â. Cn11111rn municipal, ollm do Os g••ncrne~ ew chefiJ de tcrrn ou mor.
sorem eulrcgues li mcdidn que fot'(Hn exigldos. Os chcl'es de est:J~ÕJS uavoes.
~ 9. 0 os títulos serão l'ecellido• pelos IJI'Üprlo~ Os enpitiles d~ jlorto.
donos, os ltll u.ls d~ve1'ilO ossignaJ.o~, i1 maq~em, Os inspectores do ;.~rscnues.
pernoto o JUiZ de pnz ou s~c1·etario da camara, Us eommand1m1es de corpos mililllt•ea do po•
quando n r.mtregn. fik fciln por este ruucci'JOarto; licin.
C~ ara dos Oepltados · lm(l'"esso em 2710112015 09: 19 · Página 8 de 25

32 Sessão exúaordinaria em 29 de Abril dê 1880.


O.s secretarios de governo. • .. assc m bl~ns Jegislo.tivas provineiPcs, niio poderio
Os inspeetores de th ~sour<~rl n s gernes ou. pro- . ncelt.w do goverrio gerorou ·provincial .e mpregos
vinciaes e ebefos de t•epartil}5o d() a rrecnda•; âo . remnner"dos. exce[Jlo. os do :;.... coMelllairo de
Os inspcc tores lia in:<tl'Ucção pn b l ic ~ , l c nl e~ e~tudo, ill' cs i d~n\.e tlc: provind;t, en viado .cxtrn-
e directores de faculdndes. an1iuario em mis~ãv espechtl, bis po, commuu·
Os lnspcctores das nlrandegns. daillc de forcas de terra ou mar, em tempo de
Os de$embargadorcs. . g nerro. ·
·· Os Juizes de uil·cito. Ig ualmente, lhes é vedndn a concessão ou goso
Os JUizes substitutos municlpnes ou de or· de prlvílegios, eon!mtos, arremut!lções 'de ren-
phiios. . · d~s . obt·fii e fornecimentos publico$, embora ú
Os ~.h c fes de policin. titulo de simplices interessados.
Os promotores publicas. . . Esta disposição não comrJrehenda os pri vilo·
·· Os cur:~dores geroes de Ol'ph1íos. . . gios de iuven<;ii.o. .
. Os desembargadores de relaçlíes eeclcsi a ~ li cas. . S :1. • Os ~onadorcs que actualmente exerçam
Os vlgnrios capitulares. · . .. cargos publico.>, incomtJati;eis, segunda esta
·os go\·emadores do l!isp:tdo. . lei, com ns func~ões de senndo1·, não perderiio
Os vigarios g~rnes, provisoros c vig:trios Cora- os ditos cargos antes de completar-se o · t~mtJO
ocos. - . le:l'al par:~ a aposen tnç;1o ou jubilação, ·com os
Os proeuradore3 fiscaes ou dos [eitos li seus véucimentos rtne as le1s em vigor Cllnferem.
ajudantes. · § 2.• Verific:tdo o vreenr.himento de tempo
C ) Nos districtos em 11ue exercet·em.autol'idad_, porn tt oposcnln{.'ão ou jubilacão. ser-lhe· ha
ou jurisdicr:ão: . concedido o q tte for do seu direito, "indepen-
Os delegados c suudclegados de policia ; dente de proya de molcslia ii11 inhabilila\•âo,
~ i .o Tumbem n~ o poder:1o ser votados para
Art. :13 .
senat.lor, deputado a ;~ssemhlcn geral ou membro
dn a~s em b léa legisl:tlivn pro"Vincinl os emprezn - marc:~do no art . 3 . o ~§ i. 0 , ~ .· e 3. •
. rio~ . direr.tot•es , contratndores e seus prepostos, daOMprazo n. 'i67ii. do ílO de Outuhro de t8i5 fleo
. nrremo\antl's ou intcrcss:1dos na arrem at~ çllo de l'l'dU7.ldo n rnétnde Jlllr:l as incompllliiJilidnde.s
.tnxas o urcnuimenlos de qualquer nát.ureza, .obras e~tnbe lec idas n:~ presenttl lei.
ou fornecimentos pulllicos ou em eompnuhl:ls·
. gue receb:m1 subvenção, guDntia ou flanço de Da elciç,1o
ju~o~, on qualquer auxilio da fazenda gerBl, t>ro·
Yincial ou dns municipalidndes nnquellns pro· Art. H
vin c l~s &ill qt1e os rcspecti\'OS contratos e nrre· Os eleitores se rcunit·iio. em assc mblén, con ~tl·
mntoçiio tenham execuç5o, c dul'ante o t empo tu\ndo cnda porochin um collel)ÍO· eleitoral, na .
dellcs. · . motriz ou em outro editlcio prev~:1men le nnnun-
A llà\nvra • intore>sndos • não coW~prel!endo ciodo. · ·
os ·accionistns. · · ·. Poderà haver maia de um r.ollogio nas paro-
. Art. !O chias de população supet•ior 11 cinco mil al mns,
tcnllo mo is de nm districto de poz, eomtonto que
O runccionario publico, de ordem admluis· hnja cdifido aprot>ri;ldo e nssim o requeiram mais
trnlin ou judíoiarin, q ttc percl'IJa vencimentos de qunrcnl:l eleitores.
ou porcentagem. pngos pelos corres ~eral , pro· ~ I. o As a!'sombléos eleilorlles ~e conslltuilio
vincines. ou municipaes, ou perceba custas por sob (I vrcsidencin do j . o juiz de ptll do dislricto
netos de .omeio de j ll!'tiç.-1, !'CUdo elci to scnadot· da matriz, p11ra onde ~criio convocados os elci·
ou detmlado ;, a ~~e miJlê<t ger01l, ou mem bro tores, ll:t. [Ól'nta da !cgiSI\IC;t(O lll\tl!tior .
dns assemlJié<IS legb~l n livns pro vi nc i ne~, 6 obrl· · § 2. • Xo din e hora designados, a asscmbléo
gt~ do ~ opção, ~rd e ndo o emprego no caso de
aceitar o cargo clcctivo. . . eleitoral rcnnida \r<•lar<'• da organizaç~o d(l mesa
incutnbicla de dirigir os !t'alwlhos da eleiçflo :
Ex.ceptu:.m· se desl" regrn : c~ la mcsn ser:\ c ompo~ta tlc um pr~siden to a
Os. ministros c ~er t·r. ta l' ios de estado ; quatro 111embros, elcilos pelos vinto o cinco l•lei-
O.o: con~e lh c l ros de e ~lado ; tol'es m~i s ldo;:os dos que se achat•em presentes,
Os envi3dos extJ•nordimtrios em missüo e~ pe · o~ r1unes serão clwmnrlos pela listo de que traia
cinl ; . o ~ íl. ~ do urt. ü.•
· Os pre~id~ntes de província. § 3. • Voto r~o primeiramente em tres noátes,
do ~ qunes ~\)rã presillonte da mesa o que obtiver
Art. H nHiior numero do vo to~, ~endo se us supplentes os
O mini ~tro ele c ~ta ilo nno pórlc sOl' votmlo pnra :luus IUI'm c,H al u~ ,
scnu ~l<ll' , t' llliJmtuto t' X•H·ccr o ~cu t~:' t'J.tn ; snlvu . Si n n•lat:iío rcl'(lbir «"!11\ tun ~~~ ou em dous
si n JII'I)Yi nci;, por onde se t.kr a v:1ga l út'. thJ ~u n cidtuHívs. proccd .:r- ~c·hn ti d ciç:"io cspeci<1l para·
reshk m:ia lmhihial Olli iOr- c~sa IJI'ovinchl j:i ti\·•:•· Sltll\lk ntl!.
si ,lo ell•ito olr•putndo ou Jlur ulla iucl ul!.l o em ~ l e i tos presit.ll'nle f SUIJplenlcs, St'lrllir-se- h:-.
listo. de s~nndo t'. a l! ld•;~o \los un\ros tjtt~ lro mombt·os da mesa,
Arl. U
votando os m e~mos ·vinte e cinco eleitores mni:;
i dose~ em dons nomes, s~ndo os 1loua mais votndos
pu"-lllos ó nssem1110a gcrnl c os membros I
Os scuado1·cs, o •lurnnto :t Jegi~Ja tnr;~ , os de· para secrel:wios e os outros 11at·a escrutadorus.
dall l'al'a suiJs\i\uir os sccrotnios .o cscrutadot&s em
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 19+ Pág ina 9 de 25

Sessão. extraordinaria em 29 de AlJt·il de 1880. 33

suas rãltas, quando eslas se derem, os outros Eleição de seuGdor·


·rnembros da mesa pt•ocedertio 3. especinl eleição,
votando em eleitor cujo nolil~ esleja incluído Art. {õ
entre os vinle e cinco· mais idosos.
§ 5.. • Concluída a eleiç5o da me~n, o escrivlio·
A ele!çiío de senador continú<~ ~ ser feita por
provlncia, ruas em lista tri]Jiice, :linda no caso
de paz, que a ella deve estar presente, l:inará a de duas ou mais ·vagas: nesta h\·pothese pro-
nela de tudo que tiwr occorndo, n qual ~cr:i as· ceder-se-h& li stlgund~ eleição, fogo depo1s da
sign~da pelo juiz de paz e pelos eleitGt·es que escofl!O d~ senador pela pritueira. v~gn, e assim
quizerem assignal·a. por dmnte.
.· § 5.~ Constituída e in$talladn n mesa, o presi· Cnda eleitor votará em tres nomes, consti·
dente declararà que Y~i dar começo ú eleição e tuindo a lista tríplice os tres cidadãos t:ilais vo·
mandará, por um doo secretarias, proceder á tados~ ·
chnmada. dos eleitores pelas cópias authenticas
dos livros do regiBtro da cam3rn municipal . EleipTo de d''Jllltado geml e ptQVitzcial
§ 6.. o No recebimento das cedulas stl observa·
rão o processo e rorm:~lid!l.des estabelecidas m Art. i6
legislação anterior. ·
~ 7 .• ,\lém das nol:ls, .que irá tomnn!lo um dos As províncias serão dividillas em tantos dis·
secretat•ios, e das aett\S que Jbe incumbe Javr::~r, u·ictos eleitoraes quantos forem os seus ~~cpu·
o escrivão de paz, sob sua responsabilidade, il'a lado~ à u~s~mbléa geral, atlend~ndo·s<l quanto
lançando os nomes dos eleitores que votarem em vossm')J a Igualdade de populaç:;o entre os ills·
um livro aberto, numerado, rubricado e encet·· trictos de cr.dn província, respeitando-se.a con·
rado pelo juiz de direito, escrevendo lambem os ti~'!-i~ade do tez·rilorio e a integridade do mu.
protesi.Os e declaracões de voto, lavrando dia r ia•. niClp!O.
mente um termo, que constará de lndo quanto § i .• Essa divisão será fttila de conformidade
occorrer nn eleiçiio. . r,om ns disposiç\íes do ort. l.• § i. • do decreto
§ 8, ~ Niio poderá sei'" recusado o voto do e lei· n. S11,2 de ~9 de Setembro de !85(1 cem ;~sse·
to1• que se aprescut:~r com seu titulo. sempre guintes rnodi1lcações : .
que esta confira com 11s indicações do'registro. l.-0 municipio da côrte será dividido em
~ ·9. o O voto será escriplo feio proprio eleilor quatro districtos, dando dous senndores e quatro
perante a o.ssembléa pnrochia , em papel forneci~ deput~dos.
ao pela mesa e em J(Jgnrsepnrndo, disposto p~ra O presidente do senado dcsignnrú dos DCluaes
es!le fim. Ao entr~g:~r sua cedula fccli~da. sm•;i senadores da curte e província do R. io de Janc iro
o eleitor.obrigndo n assignnr o seu nome cin um nque!l~s. que ficarão l'epresentnndo o referido
livro especial aborto, numerado, rubricado e eu· ntUlllClplO.
cerrado pelo juiz de direito. ·. I~- Os municlpios do.s cnpitaes da Bohin e
§ lO. Concluhln n eleiçlio, n mesa fnrã ex· Pernambuco, em tres dislrictos cada um.
lraltlr, por um dos seus secretarias, tres cópias lU.- Os dus capitues d~s oulrns provincias
das netas, que serão por ello nssignadns, con· quo tiverem mois de 40.001) almns constituirão
feridos e Sllbscriptns pelo escrivão de pnz, dM por si só um districto eloitor:~J.
({Unes s~rà uma envu1dn :i cnmllra municip11l § i. o Cnda districto elegerà um deputr.do n
npuradorn, outt·a ao ministro do lmperio na nssllm!Jl.;a geral e tnntos membros das assembléus
côl'te e ao presidente nas províncias, e a terceira legislativas provinciaes guanlos lhe caiba dar,
no senado on ne:lmnrn dos deputados ou á as· ot lenden.9o li. representuçao do prcvincio..
sl!mLléa legislotivn provincial, conforme a elei·
çao a que se proceder. Eleirãa d(t•ereadal'es e juizes de pa:;
Por sua parte os c~cl'i,,ães de paz ex.trallit·i\o
certidoos dos termos que tiverem lavrado e Art. J.7
fm·ão iden~ka remcssíl por iulermcdio do juiz
· de direito. · A eleiçiio de yereadores e juizes de paz ser ti
~ H. A cnmnra mnnicipnl da cidode ou Yilln feita nos collegios eleitoraes crendos por virtude
m:iis importnn1e c mais central do dislricto, de- desta lei, l)bservando·se a legislação 'anleriot•
sign:lda pelo governo, fará :1 apur~cão dos \'Otos no que uuo rõr contrario ris suas disposiçvés.
pelns act:~s d~~~ respectivas nõsemblêas parochines, ~ L • Os verendores serão eleitos por paro·
Yinte dias depois dt1 oleiçilo, e expedirá o diplo· ~~llios, elegendo ct~do. urna tantos llunntos lhe
m11 ao dermtodo n assemblêa gernl ou oos couber, {, vista do ntuuoro de parocluas do mu-
n~embros da~ :1ssem!Jiéas lcgislntiv~s pruvin- nicipio e do numero de vereadores que lhe fõr
cmes. de~i guado.
§ U. Ninguem poderá ser eleito deputnllo § ~.o O governo, tendo em attençio a popu·
à nssamblêa gel'nl ou membl'o das nssembléas ln~ão e impol"1llncin dos municipios, mnrcat•n o
legislotivas provincines som que reuni\ pelo numero de vet·eadores que cada um deve dar,,
menos a quarta pnrte dos votos dos elcitore~ nUo podendo esse numero exceder de· vinte
que eoncorrerem á eleição. e cinco.
Niio ho.vendo cidndüos que reunom esse nu· ~ 3." As camnros municip:ies teriio um prc•
mero de votos,. proccder·se-hn lt nova oloição, siáento c um ''ice·presidente, os quaes serão
devendo rrca lnr os snfTrn gios nos dous mais eleitos onnunlmcnto, c em Sl1n pl'imeira ~essuo,
votodos. 1-clo~ ,·cr~odorcs d'cntre sL
Tomoi.-'i.
c â"nara dos OepLtados- tmrr-e sso em 27101/2015 09:19 - Pág ina 10 de 25

34 Sessito e:dt·aordinaria em 29 de AbriÍ de 1880.

Parte penal Finda a leitura, o Sr. presl dente declara que


Art. · :1.8 n pro1~stn do poder executivo será tomada na
dt.wida considerac:üo pel:t eunlnr~ dos Srs. dep11. :
, Além d~s penas do eodigo cr~IJ'!innl, nos ~ri­ tndos. .·.
mes contra o livre gtlzo e .exerc1c1o dos. di~elh?s net1ro·se o SI'. minlstm, com os mesntas foi'·
politicos c em outros que comm~tterem os. mdt · mnlidmles com quo ent1·ou. · .
vidllos que inte•·vierem no proeesso eleitoral, Achando-se na sala i111medlata o Sr. ministro
ficam cstnbel ecid~s ns segaintes penas: · dos negocios da ngrieulluro, que vem opresen-
§ L o Ao~ .membros das junta$ Jlnrochiaes c t<Jr umn proposta do poder exeClltivo, .«! .intro-
muuicipaes que decidirem contra o nllegado c duzido comas formalidades do estylo e, ·tomando
provndo as questões sujeitas :'1 HUl delibernçiio: nssento :i direita do Sr. presidente, lll asse·
pena- multn dn 300~ á 1:000~ e inhallilitação guintes
pnra qm1lquer eniprego ou fltncÇiío publica.
-Aos juizes de direito que .lulg:m~.m contra . rnoPOsns
o nllc"ado e provado : pena-suspcnsao do em·
prego: no gfti!) mínimo; per~a do .n~es~o em· Augustos c dignissimos senhores· reprcsen·
prego, no mcdw; e perda com mh~b linaçuo pa ra tnntes dn noção. · . .
outro qualquer emprego, no max.tmo. . A lei n. 294.0 de 31 de Ontubro do nnno )Jroxi·
~ 2:. o _.\os cseri\'iies, tnbellirics e ·se crc~nr~os da mo pnssndo consi;.mou, no nrt. i.". n. t:J,n qunn·
camnra municip~l , p~r fraude ou _on~tssao n.o ti <~ de 5.370:000~. t>ara o custeio da estrada
derempenhci das !uncc;oes que lhes sao mc_u~bt· de ferro D. Pedro li em cada um dos exercícios
das: pe n:~-sl,lspensão tlOr um anno, no IJ'!ID lm~; de L87\J-i880 e .1880-1881, e ;emellwnlc cre·
perda de emprego,.no méd~o; e pt•rdn com tnbnbt· dito , calculndo para ns necessidades ordinarias
JitaçUo pnt':t outro, no ma:umo . . do srafogo, bastaria a sulisfnzel ·os. · ·
~ 3 . o Aos tabelli5es e secret;\rios dtl c:u~ara Circumst.1ncins accidenl:les, porém, tor nnnt
mnnicipnl, por qu3lquer demoro. na cxtr:~c~. o_e indispensnyel o . augmento· dn referida consi"
expedição ~e li tulos de dei~o r : pena-suspommo gnação. · ·
por tres meze~ e multa de u00;5000. Os estr~:;os consideraveis que soffreu llll pouco
§ ~. • Aos indi>idtlo;; qno se Apresentnrem com n estrado, sobrelltdo no. ~ .· secç:io c no ramal de
tilulo eleitoral de outrem pretendendo votar: Snuta Cru.z. exigem obrn,; ile consolidação, ·in·
pena-pri~ão por seis mezes e multa de 200~. no dispcnsn,•eis á segm•anç:i e oi. re~:11lnrldade do
grão minimo; óe p\'islio por 15 rnezes e multi 'trafego, que não foram ne111 podiam ser pre·
ile úOO~, no t\tédio; e de prisiío por um anno e vistas. . ·
mull:. de 600~, no tn:iximo . · · · No r nmal de Snnttl Cruz ns agu3s sobr(}puja·
Art. ! 9 n m o leito da e;trada, destruindo os nlterros .em
Entende-se que é julgar . contra o allegndo e ''nt'ios llOntQs, na extensão do mnis de cinco
nrova<lo: . . kilometros.- ncst ~bc !ecido o tl'llnsito por meio .
~ § t > Deixar (le alistnr o cidadão que tenba de esti vndos o 'ponles pro\"isorias, ..l'econheccu·
pt·oymlo; nos lennos desta lei, possuir os requi· se a necessitlnde . de lcvantnr o leito dó ramnl
sitos de oleltor: . .. • . em nmitos log:u•es c construir ntio peqtteno
~ 2. o Alist~1· o que não possuir es~es reqUI• numero d.e pontilhüe~ •. Siio obl':t$ estas ta11to
l;itos. · mais urgentes quanto I.'On \·em que se con ~ lu nm
· Art. ~o antes de come ~aro servi~.o do novo mnt11douro,
nfim de obst.w !JUr. por defeito· {la estrndwsolfrn
Xo \)roeésso c julgamento dos 1lelictos previstos intcrrU(JÇões o tran~porledc C..1l' ncs verdes pnra
ncstn lei se ollservarti o quoestâestllbclccido parn esta côrtc. .
o procl's~o e j u1g:ún ento dos c ri mos de re ~ pon· Na i , • seec~o c logo abaixo do tl\nnd u.• 3,
s:tbilicb.de, sendo comp~tcnte 11arn formar cuiiJn ncal!a'do dar-se o tlcsmoronamento de mnts de
o julgm· o juiz de direito ; e qtt:1ndo fôr esl'J o Yintc mil metros t~ ubil.'os de poorn c terra do
.accusado, n relnt;5o do districto. talude ull um grande cót·te, tendo sido ncccssa·
· Nestes 11rocessos nào se cobr<~rão custns de e~­ rio, para reslni.Jeleccr tJrovisorinnienle a cit·cu- ·
pechi alguma, nem purn os mesmos correr:lo laçuo, u tlli~or úm nntigo desvio que não llc.âra
l'larJns. · l5o obstruido como n linha principal. ·
.As pdmcirus certillües serão p11ssnd:1s gra.tui· A c.ausa do desmoronamento niio foi :só·
l:lmcn.te. . . . mente a iuattraç~'o das ~~uns no tnOI'ro •. Ap~s ·
~ i.• 1'em llireito 1le queixa ou denuncHl. o ct· o~ n eces~arios exames optnn o engenhetro dt·
· dndno inscripto uo rcgrst•·o como eleitor . rectot• ·dn rap~r\içüo do tr afego que alem da
§ i. " A. u~nrpn~li·l do tilnlo de eleitor dú log3r decomtJosição. das rochas llOio cxpos i~ão ao
:i pris1ío em lla gr:~nte . · . ar, concorreram princip~ hn ente pnra o facto
Arl. í!l ns tr~pidnções produ.zidns pelo rodnr dos pesa·
O rer,:ulnmento qne se expedir pM'Il a execução dos tt'ells de niercndorins, que hoje . clrr.tllum
dcsLn lei cou~olid ard todas an lis(JOsiçues da lo• un soll•·edira · secc:io o cujos eJTei tos ' c rnzem
gisloçuo :mterior n ~o revogodas, constituindo sentir n muito ~ ilielros do distanci<J llos trilhos.
:~ssim um codiso eleitoral. ~ Tacs ·lfl!pillaçõcs e a decomposiç:io superficial
v~o produzin1lo" dcsaggreguçào lenta, mas pro· .
Art.. 2:1 gressiva 1 das rochns c terras, que, nfío encou·
Ficam r~ Yo goll.t~s os rlisposiçucs em contt'nt•io. tt·ando nnse em que. se npoiem , se prcciphnm
· Pn•·o, 29 do Ahril de 18SO,.;_.D.,rc1o Home11•1l(• sobre o leito dn estrada. Afim de impedi r que se
JfcllÕ. · · · prolluzom c!Tcilos an;~.logos nl'stes c em outros
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 19+ Pág ina 11 de 25

Sessão extraorJinnria em 29 de Abril uo 1880. 3ü

córlcs. onde os taludes npresentam veios de ro· obras publicas, um credito cxtrao1·dinario de
cha de facil decom[JOsição, convem consu·uit• 1.280:0006, IJDl'3 ser lippliead0 1 dUrOille OS
rortes p:1redões na base e revestir rle cmpQdra.• oxcrcicios do t8SO.;..I88l e 18Sl-i88i, :i acqni·
mcnLo a supat•licic de alguns loludes. ~içiío de material c o obrGs no estrada de ferro
No ramal de S. Paulo c na :.J." ~ec~iío, faz·~e D. Pedro u, na fôrma da tabella annexa.
rombem necessoria augmentnr de muito o nu· ft':'. 2 '" A presente lei farú purte dfis de orço·
met•o (]e boeiros, para fneilibl' o Jli'Om(lto esco~­
meu lo dos acima mencionados exor~icios .
. monto das nguas, evitando-se cruo cortwt o Art. a.u Ficom revog-allns qunesquer disposi·
lcilo da estrada. ções em controrio.
Est:ls varias obras 8ão ~proximad~nKnlc do
custo de 300:000HQOO. P~lario do Rio de Janeiro em ~7 do Abril do
A consignnçiio didr3i do or~amenLo não allen· :1880. - M. Bnargue de MacedQ,
dcLl rí outro necessid:1do que, podendo aliás ler Taúella daa quantias necesaarias para oh1·as e
sido previstn, nfio exige menos prom[lto re· material da estrada de f erro D. Pedro 11
medi o.
Das· conto o onze locomotivas, quo ora pos·
sue n estrnda de ferro D. Pedro 11, dc.!lescis Lcvnnt~mento uo leite ·do ramal
são nntigas m~chinns lnglezas, són1enle ulilisn· de San t~ Cruz, consoli du ção
das em mllnob•·ns, c quatro são pequenas mnchi· dos có1·Les 11<~ 2 .n secção, con •
nas tend~rJ, de pouca forçD, e poi'I8nlo sem stmocEo de }lOilttls c b oeiros
grnndo utilidade .. Alem disto 3JlCnas uovent~ se no mesmo t•amal, no de S.
nclw.m em estodo de servir, não tendo sido pos· Paulo e nn 3.• secção ...... .. 300:000~000
si\'el.lllé hoje reduz ir n menos de vinte e uma ANIUisi._fío dfl ~elo locomotivas.
ns quarenta c seis machinas que, em t876, esta· . Augmento do edillcio e accom- no ;ooo.sooo
v:un em l'eparaçüo ou encostadas pilm l'ecebelcn, mmlD~ües para o servi~o dt•
e sete ilvs qunes foram considerados absoluta· . estação da cô1·te ........... .. !220:000~000
m~nte ·itnpreslnYcls.
Para occorrer tis necessidaues do lrafego,.que Pt•olongamento de mais 300 me·
tros na ponte da estac;1'io ma·
dentro em pouco terá consideravelmente uu· rilima da Gatnbôa ....•... , ..
gmen1ado, urge adquirir SE.'tc Joeomotivns, cujo Elevadores e guindastes bydrau·
custo é or~~allo em ~10:0006000. . Jicos na estaçiio maritima da
E' tambom irnprescindivel augmentar, quanto G\lmbôt\~ ••. ··~· •• , ...•••.•.. ooo,sooo wo :
nntes, o edi licio principal dn cstaçiio da curto,
onde entram c sabem diariomrmta quarenta. a
I

i.i80:000~000
-·-----
qunrenta e seis trens e bem ossim as plntofórmas
e cobe.rlns porn abrtgo do .materhil rodonte,
como a su:~ consorvaçM o asse10 é no~cssorlo, M. l:lum·qtr.e de Macedo.
A despez.a com este serviço, n1io contemplado
11olu lei do orçamento, é orçnda em :UO:OOOi$000. li:li:POSIÇÃO DE MOTIVOS B PROPOSTA l'ABA. ADRR'I'UI\A
A ponte de ferro em eonstrucciio para a cs- DE ttM Cfii!DITO EXTRA.ORDINAftlO SUI'l'UlMBNTAR
. tooiio mnriltma da Gambôa deve ficar promptn DE 6.880:8l9~J79 •
em Julho proximo futuro, com a extcnsao de Augustos e digulsslmos senhores represen-
~!00••, com que fui projectad~, mas não nttingirti
profundidoàe tl'ngua superior de ~.o0"'• t•at·a ta ntcs dn nação.
IJUC po~sn alcanç11r 8"' do lun~o nas nuu·t!s Vorias consign:u;iles do actllol cxcrclcio, umas
linixas c, pm·tnnto, receber os navios de maior pertencentes ao credito ordinario c outt·ns aos
c~ludo quo demandnlll o porto desta cidad1), ti cJ'editos especla~s, mostrnm·se insumcientes
necessariu auglllcnlal·n de mais 300'", nccrescimo pnrll oceorrer 11 despezos a que obrigarnm e
calculado om i OO: 000~000. terão Dinda de obrignr necessidades imperiosas
Os elevadores o guindastes hydr:mlicos da do serviço.
mcsmn estação, niio incluidos na lei do or~a­ Jlosto que n minha ndrninistroçüo conte apenns
mcnto, ncllnm·sc nv~lindos em !tiO:OOOôOOlL um mez, e, portanto, não me seja dado prestnr·
A urgencia de tnes obrns, acquisiçües e vos esr.larecüncntos tão completos, como dese-
melhoramentos não. precisa de ser· cncnrecidn; e, jár~, 11eerca dos motivos, sem duvida muito
devendo cffectuor·se 11 despeza nos exerci cios de plausivcis, que terão inhibido o met1 llluslrndo
antecessor de evitar o excesso dos me~mos
1880·!881 c 1881-i882 sem que seja possivcl de· creditos. cxpor-vos·hci as razões cnpitaes quo
\em1inarcom exacção quanto terá degastnr-se em
somelhàrile oxcesso mo parecem ler determi-
cada um,espero me hni.Jilil~~reis com um credito nado.
cxtrnordinul'io, cspeci:llmenle destinado o este
nm. Esklbelecim.ellto 1'ttt•a! de.S. Ped1•o de Alcantara,
Vcnbo, pois, de ordem de Sua Magest:~de o . H'l. Jmwincia do Pirnthy
Imperador c em cumerimento dos~~~.· o 9,o
do url. 4,," dn lei n. CJ89 de 9 de Setembro da O crci.lilo !lOdido cor1·~spondc nos serviços
181'JO, aprcsentai'•VOS n seguinte que, smn desorgnniznçüo do estal.Jeleeimentu,
não podem deixar de s11r effecluados, IJaslnndo
P·1·opo&ta conslde!"nr que, seu elo de 6: 000~ n c.onsir;;nnçiio;
Arl. l,u Fica oberto no governo, pelo uun1s· só a rotribu•çiio do llt'ssoal administt·a~•vo ex·
t~rio dos ucgocios da ngriculluro, commercio o cede de 8:000~000.
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 09: 19- Página 12 de 25

36 Sess~o ext1•aordinaria em 29 de Abril de 1880.


Oó1·as publicas nbo com que o meu nnteeessor procurou atalhar
o desenvolvimento da despeza .
· Delerminnram o deftcit varias serviços que Qu~n({) oo aetual mimstro o. aviso do 7 do
pass:~tnm do ministerio do · imperio parn o da corrente pelo qual foram· mnndados cessnr todas
agricultura : os estudos c ns obras do t•nnnli -· as de:<p~z:~~ de· mediÇlio de tt~rr~ s e todos os :JU-
silçào do rio d11 Prata do 1\len•lan hn p:.ra o abns- xi lios a cololJOg, trodm. o seu intenso tlc!Sojo o
tecimento do . r:~mnl de Sapopemba 11 S:mtn Cruz; firme resoluç5ó de cumprir a lei que fixou n
os estudos incumbido~ ã commtss!io de nçudes e desp~za com este serviço. : ·.
:i commissuo hydr:mlica, já no porto de S:mtos,
já no rio S. . Francisco; a explornçã~ de uma Prolongame1~to das edradas de (erro da Daltirl
Yia de communicação entre Cuynbd o n provín- · e Pcrnaltlblu:o
cia de· S. Paulo, e o pagamento dos vencimentos
devidos aos engenheiros que se acham :i dispo· O prov:n·el de~cit provém de ter sido neces-
sição das presideneias ·nas yrovincias do Ama· sarlo aetivnr as obras do prolongamento desta
zonas e AlagOas, e ao llsca da companhia de uilima estrada, para abreviar o prazo em que
carris. urbanos. poderá ser entregue no trarel{o o trecl)o con- .
struido n que poucas obrns d'arte faltam, nc-
Tele!1l'4Jihos celerando-se deste modo a at·recadação da renda
da nova ser.çiío. · -
Determinaram o tle~cit o desenvolvimento da
rede t~Jlegropb.icu, a Mquisição de mnteriBI e o Estrada de ferro de Porto-Alt[JI'C . a Uruguayana
·f~cto de coo~idc•·ar-se a despeta dos quatro
(Jfimeiros mezes do exercido proporcionalmente O considerovcl dejicit .proYei u de n1ío ter. sido
11. insumctentissima consignação da lei n. ~7~ previ~ta pela lei n. i9\0 de 3l de 011tubro
de !O de Outubro de !877. · ---- ultimo 11 dcspez.1 com o material fixo e rodante,
que em grande parte ·se achav:J encommendodo
7'err~ publicas ·e colonizafào e bem D$Sim de ser nece:;s:~rio acudir ao paga-
Ao ser promulgada 0 lein. % 9 ~ 0 de 31 de Ou-· ment.o de obras executadas por contrato. . ·
tubro do anno passado, que eliminou das ta- AbastecimintB d'agua á capital do Iinptl'io
bellas juslifle~tivas desta rubrica li quantia liC·
dida paro introduc9iio e ostabelecimonto de im· Determinou o deficit a necessidade de dar im-
mlgrantCl!, niio so já alguns milhares destes ·llUiso a algumas ol.ll'as cnjo retardntnento traria
·haviam entrado duranle o .exercício. tendo inconvenientes o de p~gar o material impor-
direito aos euxiJios do regulamento de i9 de lado, .
Janeiro de t867, mas eram numerosos osque,
já estabelecidos nos colonias desde 0 fim do Prolon;'l«tlttllto da cstradt,. de {err-o D. Pedro Il
anterior exercido estavam no go&o de taes nu- Trat:lndo-so de obras cxeeul:~das por contrato,
.xiliosque lhes não poderiam ser susl!Jdos antes nio ~.v~ iam •er rcstrin....;d_as. ,
de findo o prato regulam·entnr. . t""" <P
tns e.ontros tinham inimigrndo paro o lmpc- E$t1·ada de (el'ro d~ Gamo~&im. a. Sobral
rio na fé que receberiam os ravore~ ossegur:~·
dos pelo cllado regulamento e, constituindo Proveiu o dt:~cit dÍI ncqulsíçiit: de rn1terlnl
estes um compromf~so solemne do Estado, l'ur- lilolor, de transporte o do vin pot·moncnte, ror·
çoso rol desempenhal·o com a lenldade com que necido por eneonunendn~ Jciln~ n va.rlits fa!)ricus
o governo do Brnzil ha mnutido in•nterrupt~- na Euroj>o c nos Estudos· Unidos.
mente aa suas promessas li in. migração. .
Ainda a outra cntegorin de colonos devia o es- Estrada dtJ {trro de Patda Affo/Ma
tado continuar a prestação de atixillos até faze!- Proveiu 0 de'icit da acquislção do molerlal
os cessar P,or acto publico, e neste caso achavom '' bd d ·
se os immigraole$ em viagem da Europa para . motor, rodante e llllo, j:i rece i o e o que tera
0 Brazll, que, ignorando :1 suspensão do. acima de o ser nté o fim do actual exercício. ·
mencionado decreto, não dev1am se1• privados Toes são os fundamentos com que, de orde!"
de · favores a que por bem entendida cquidade de sua lttagesttde o Imperador, e em . cumpri-
se lhes devia reconhecer direito. · mento dos §§ &,. • c 9. • do at·t. <i.• da lei n. lí89
A oulrR pat•te, tendo o meu nntecéssor mani- de g de Setembro de i850, venho aprescntnr·vos
fes~do por vezes n resolução do abreviar o a seguinte
prazo do cmancipaçiío das colonit~s o dos nucleos,
e pnra este olfeito tratundo·se de .completar a Pá1posta
viaç&o nos mesmos eswllel.ecimentos indispeu -
sovel, pela inconveniencin que J>roviria da subita Ar.t. L • Além dns de~PeUis nutorizndas pelns
· suspensão de trabalhos mais ou menos ndian- . leis que regem ·o exercicio de ·t87\l -: t880,
·todos, nio ptide n despe:~::~ .reduiir-sc aos limites 6 uberto ao govcmo, pelo ministerio d9s ne-
que só ~eJ>Oi s de decorridll umn terra parte do ~:ocios tia al{ricultuJ·n, commercio e obras pu·
exerci cio lhe !oram postos. • . hlic:J.s, um cre1lito SUJ>plemunlnr e oxt1·nordi- .
A em:mcipa~io da colonia Rio ~ovo c de nnrio da quantia du seis rui I oitocentos~ oitenta
numerosos uucleos coloniae,:, 11 su~pcn~:io do coti los o itnc ~ n tu~ e de7.cnoYtl miltresentossclc uta
regulomcnto do tU ue J:m<•it·o du l8lii c os c nove t'til> (6.880: Sl!l 1~I79) que sertl ~l'l)lictillo
avisos de ::13 de Dezumb:·o eU de JAneiro ultimos tis seguintes vorbas do nrl. 7. • da lei -n. i94,0
·são providencias que demonstram o .vivo empe· de 31 do Outubro de !8iD e nos crcdltos es·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 19+ Pág ina 13 de 25

Sessil:o ex.traordinaria em 29 de Ahril de. 1880. 37


peciaea dn tnbella C-a que se rerere o art. H> Lei n. 2639, de U de Setembro
âa mesmo.Jei : de l87t:i.-Des~propriações .e
Art. 7: obras necessarias ao abtlste·
6 Esiabelecimento rural de cimento •l'ngua . ã capllal do ·
S. Pedro de Alcanlara na lmperio .••...• ~ .•.. ; . • . • • . 1. l40: Uõ,?SII
provincia do Piauhy ....•.• · 6:000#000 Lei n. 2670, de %0 de Outubro
U Obras publicns ...•.•...•• a97:t61inaãs de i875.-Prolongnmento da
tfi Telegraphos ............ .. !67:4.13~316 estrado de ferro D. Pedro ll. 300:000,000
l7 Terras publicas e coloni· Construcçiio das estradas de
snção .• ; ..•.....•.• , ••.•• t. i~~d786063 ferro do Sobral e Paulo Af·
Arl. Hl (tahella C): fonso , sendo !t8: 6D8~34.6
Lei n. 191)3, de J7 de Julho de para aprimeira e 68i:008~677
parn n segunda............ 90!:667~!3
i87J, art. :1. 0 § ii.•-Prolon·
gamenlo das estradas de · Art. ~. 0 A presente 'lei fariÍ. parte da do
ferro do llecife a S.· Frlln· .orçamentodo referido exercioio de 1879-1880.
cisco e da Buhia ao 1o~zeiro. Art. 3.° Ficam revogadas as disposições em
Resolução legi~lativa n. 'll397, contrario.
de l9 de Setembro de 18i3.-
Construccilo da estrada de Palacii.J do 1\io de lanciro em i7 ue Abril
ferro do Hio Grande do Sul. 2.ri94.:7626916 de 1880. -.lf. ·Bua.1·que de Macedo.
. .
bemon•t•açü.o .do e11ta.do daa Wel'b&IJ do Ol'to ')' da lei o, l80.40 de~31 de Ou.
tubro de l8'J'~ que eat'ece.w. de •upprlmento exerclclu de 18,.8-11880 no

GnEDtTO Q

~is n. 170i de 20 DE9PEZA ~á


~~
llUD.I!ICA da Qmur.ro de EF:rllllTUAI>A. ·E A
EXCESSO
1871. 2877 dP-23 lU: DESP.EU.
EfFEC'l'UA.l\
de llm/10 ' 1910 J!Po
de 31 d8 Outu/JN
de 18711
a
. - - ~

..
!:i J::~tRbclcelmenll1 J'UI'al tle S. Pedro de l·
cantn•·a U;t Pt•ovlncla do Plaullv ...... , ll:OOOijOOO li:OOOPIO e: oDO,IlOOO Ao.
!~ Obrnt Pllbllcllij,. .................. : .•.•.•. 1.1133: 383aa3t 1.33Q:4BUIJ6!17 397 : l863311lS u
10 'J'clijl{l'a~hoa ............. ,, ............... 1.09i:8!~/i 1.36'i:139f9Bt 'i67: 4i31!8i6 (;l
17 Tel'l'll LlbUcas e Colonhllç.to ......... ; , 1.&78:66 666 i1.7:13:f&li ag t."l:.t.781M3 D

.--··-·-· -·. -----·-· ·- -· ·-· ---- - -·--· ·-·

A
.líl.,·o-.'1880

Dclnon•traçAo da tle•J,cza. realizada e a realizar no cor•rent~ ellr.erclolo


por conta do verbal lil•tobeleclmcnto rural de 11!1. Pedro d'Aicauta•a• na
Provtncla do Plauhy

Credito á Pro\'ÜICia du l'inui•Y Jutra o


custeio do Estabeleclm~ulo rut·al doS. Pedro
d'Aic_llJlfnra ••••••••.••••••• ~ ••• , ••••.•• ,., ••.••••• ·• ·~· ••••.••••••••••••..•.• ••• ···- .,. 6:000.'1000
lmportaucia necessul;l t•«l'a o custr.lo do mesmo Eslnbelecluumto atú o lhu do exerdclo. tl:OOOijOOO
U:OOOIJOOO
CrGdlto votado ........................ , .............. • •• • ••.. • •.•.. • 6:0001000
Oellclt................................................................. ---- 6:~

MlJI!Ile! lh~llrq'll~ IL! MQ~Uo,


Câ'n ara do s De pttados- Impresso em 27/0112015 03: 19- Página 14 de 25

38 Sessão extl'aOl·diual"ia em 29 . de Abl'il de 1880.

n
18,-9-I@80.
Dcnlonatl"ft~ü.o do de•pezn a•cnlfzo.dn c ·n a•ci•llzar no ·corrCn'-" ·cx.~a~clelo Í1o1~
conta .e la '·erho : Ub&·utt 't•olblle•• a

Imp()rtancta despendida. até 3i de Marc.o .último•.•• ; ............................. ......... .. t.BIH :87fbl!US


Uespe.ta· pl'esumlvel a tê o Jlm do e:\erçlclo .................. , .............. , .... .... , ...... . . 478:6518;~132
-- --- -·· ··----~

2. aao: 400.'íM7
Credi to..... .. .... ..... . . ... .... .. -. ............. . , •••••. 0 • • -• •••••• • • •• o.; •••• • l.l)33: 3331)3:11
Dcficit., •• -••• _.•. •.• • o••• o,.,, ••••• , •••••• ,_•• •.• •• , ••••• ~ •••••••• •••• I ••• •• 307:iOO/í300

c
)~')'9-1.8@0

:bomon~traçuo •la de•peza reollzndn e u ..eullzar uo cot·t•c••to cxcrclcfó


tJor conta. du "'ca•bo: 'l'clest•nphos

Ilroportancla. d~:pendida .at6-· 3l . de D~zembro de 18711 . ............ ...... ; ...;, . . ..... ·. ...... ...
De!pezl\ a razct ~e aLO o Uut do exetciclo•.•••••••••.• 4 .~ o •••• , •••••• ... 0..................... I 7oiJ:min!ll
6&1.762/JQOO
· . ·. . ~ - i.3G~:~3Q,WIIl
Crcllilo ............ .... .-•.••.•.•.•.. , ...... , ............. , , ..... ... ....... . LOih:820õG611
l.lcflc.l t•••••••• ,·•. •• • ..... , • •• •.· ·· . •-~ • •• , •• ·. ·o~·· .... ~·· o .. ,,., .. ,.,.. •... o.... -- 267:4:.l3.;tf318

.llauocl lJIHU'qllc elo •llc<ce<lo.

})
18'J"0-1880
D~luoruou•l,~i\o dn tle~~tu~zn a•cnllzntlu c n a•enllzcu• 110 co••a•enlc exet•clclu tJot•
coub• tln ''~&·bn. : 'l'ua•a•ne Pt'i.bllçn~~t o Coluni>Sul,"ilo

Ven.:itncntos tios t•mprcg,,tlos th ln ~peclol· la Geral das Ter1·~s Públicas c Co·


I>Jnisa~<lo, duraulc o C!\crclclo... . ............ ... . ......... ............. .. . 3l: ti00500o
Ycnctmentos dos Engenheiros c nuxllla1·cs desenhistas, durante o cxeJ•cicio •• ! \: <iOO,')OOO
vcncl:nento do pcs:sual do lllovlluent•J.................. • ... ..... ......... .. H:27-l;~O
!Jcsp'37.'l p:tga na í:ôrl~ de YcnciiiiCHLos c aj udas de custo a mctlicos tio culonias,
engenheiros c n;;l'itnenSOI'CS., ..........
1•1·au ~porto de llrHnil!l'antn~
···~. o o.... .. 4 • ••• 4 • • ••••• •• , ... , , • 4 ••• , ~o:oo i,~G?9
•os: 1m ma~~
pago a diversas r.omp:Ulhias tlc· ll:IVt'li:l';ao... .
Subvenção á Sod~tln1le Colonisat.lorn tlc :18~11 em lhllnbtu·go •••.: . ..... . . . . .. . s:s, ooo.~ooo
Ottlt·as llcsrezas p~gns · n~ Gül'lc ...... , ..... ..... ... .. ......... ... , ., , .... .... . 52: 0681)87!
lJtstt·iimir.fLo do creilll'' a~ P•·o~·ln.cw~ ... . .... ................. . , ............. . ü Uli:QSS~OOll
Augalcntó de cn:ciUo il" 1>rovl~1r.i1~ , . ..•.• , •. • .. ..•.••••.. , ••• ·....... , .. ,.o •••• t.HB::l'•tnono
O!·:;:nza cu:n a IIClspeda l'la .de tuun<:;J':Jnles.•• •• ,.,, ••••..•.••.• • , •.• , ••.•. , , . , ~U; f8j ~l01l
<.::·~Jilo ;i D~lcgacl<l. do 'fltesuuro., ........ , ...... .................... , , ........ . ü l : li001~ú00
litl11.)duc~ão de lmml~rantes nos tct•nJos dos con tratos cclcbrndos com l•'t,1 n·
cist:o l•crrcir·a de ~·!ot:acs, lla•·ão ~lc Inrlaintnba o n proprlelario tia l:o·
tonh\ No,ta Lou~1.n ........ ........ . .. ... ...... .......... ........ ..... . .. . ..... .. . l7:!)()(lf)OOO
p~ra pa·g.unonlo ~ tliYursas com t•anhias do -na\'egatlilO 110r t•·nn~tiorlc· do
im:ulgr:~nlc~ con rot·rnc as couta ~ aj>rcscnt:hl:ts ... , ..... . , . . . .... . . . , •.• •• ti~ ::JUROi<l
· cust ~ill tia Uospod:u·ia de lnuulgrautcs ale o Oltl do c:xcrclclo ••• •..•• •...••. tl.l:oo:if.OOO
- - - 2.7~S:U ti ~:!IO
t:r::-tllto I O O t I t I I I t I t t •l f t O. I I : I . I ·, f 4 ; t t • I • • I f I t t I t t t • • t t i l ,· I I • •. • I t I I . t I I t f .. t t • • ~ .. , . .. , ... , .. . I. \7ti: 000 ~000
lJf!/i,~i! a o I I • I o I o t I o o t. I. t o to I ' o 1 ~ o I I I t o • o ; O O o • tI t o t t I I I I I I O I o I I t I o t I Oo o I I t • I t 1 o ..............
owo tt -· - -

...
C~ ara dos Oepltados • lm(l'"esso em 2710112015 09: 19 · Página 15 de 25

Sessão extl'aordinaria em 20 de Ab1~il de 1880.


bemonl!lt.r~tçi\o do e&tado do• credlt.>a CIIIPecl~tee do exerclclo de 18.1 :'0-1880 ·
. · que cDrecem de •upprlmento , ·

SEI\VlÇI)S .OnllDITOS
DE!!l'E:-IDIDO
E l'OR
EXCESSO
....
'"'~·-.a
.. !:;
;,;"'li!_.
'

• ~
DESPI!NDIH\
DE llll8l'IIU,
~
,Q
..
· Lei ·11. io.l3 dl f7 de Jz~/lto de 187!, art. ~. • § !?; • ·
Prolongamento dns eslmtlns de ferro do Recito a. S.
~·ranclsco, e da Uahla .no 1oazelro•. .. ••••• •••.• •.••• i ,6(]0:0008000 !!,6!1:E&'J/1371 2'i:881ill376 s
ltC$oltiÇ<CO lcyialaliva 11. 23~7 ele li) dC &lellthi'O de 1873
Con~lru cç;to da estrada de Cerro do Rio Grantlo do Sul .. t •~:00011000 3.9!1i:'1tl:!~9l6 !.fi'.l.\!7G2t)9l6 ...
Lei 11. ~de i~ ele · &teuwro ele !81<l
. J
Desaprop1·iaçoes e obras.· necessarlas no aba·stecimento
d'agu:~. á capltll.l d9 Imperlo.. ...... , .... . .. ... ... .. .. 3.000:000~ 4.ti~:w;,'j8ul t.t40:tw1!8tt
I o
ul n. ! 670 de 26 de Outllbl'Q de i87ü, art. f8
Prolongamento da csh·ada de ferro D. Pedt·o Jl,·. t of I I t.IOO:OOC·~ •• 700 :000:7000. aoo: OOO/tOOO lt
Ld11. illi.O !I~ ai de Oulllllro de 18711; !ll't. ~3

Construc~oda esta·ada. de rerro do Sobral ..... ... .... . UW:702Bití\l i.&31l:3606õJ ll8: OlS8!!3t6 I
Idem de auto Alfonso ... ......... , .... ................. 99l: 732 ~9811 l.0711:alfíll6ii 68i: 00Sf)G77 K

Marwel 1J·uarq11e dl[ Macedo •. .


. . ODSERVACÀO.
O. eAleulo dos r.rcd ltos eonslgnados para as obrns da~ .fei'l'd·Vlas de Sobral e l'aulo Affonso é leito na
courormhlade da inlclll~encln dnda . pelo ~llnlsterlo dos Negoelos d:1 F~zcnda ~~ disposlt;ao da lnb~II:L C
a. 'll\e se relcl'C o art. :;;3 da Lei ll· 29'0 de 31 do O~tubro de !8'11), · · .
. · ]s
~
I8,.9-J.880
Dcmon•trn(.•ôn dn · dellttezn rcnUZ..dll c n a•ealfzar no eo••a-ente cllte..clelo pot•
eontn elo ctoedlto. capeclal dn tabelln -c- nnnexa 6. Lt!l n. ~~O d o :l1 de Outu·
hro d e l8'J'O,,Inra o prolonganlCnto daa' ot!!tt'hdas.clc f'erro elo Rcelf'e u 1!1. Fron·
c l•eo, e tln bo lia no . .onze Ir()• nutorlzado tmln Lei u. 1038 de. .I 'J' de .Julho tlc
1S'J'I, I li .'' na•t. ,_,. . · . .

&rracttt dl FCI'l'O 1IC PI!I'II(WI~Uco

lmpOI'lanoia despendida ~m Per•nnmbuco at~ 3J. tfe ln n ~lro üllimo .. . .. .... ... ... , .. ... ..... .. '130 :603,~~
lmpol'tnr:cln despontlid:t em Lonrlr·cs .nté ,; mesrnn dnt:~ ........ , .... ... .. ... ....... .... . .. 6i:383,,tl80
lnJfiOl'l~nc it~ nde~pende t• alt>no llll! do exercido, s ~ndo: · . ·
· . .. ..... . ... .... ...... ...... . ...... . ·••·· ~ ···· •••
En1 l,ürnatt1httco •.• , . ....... . . . .. ... .. ... .. 581' :oooeooo ·
J~n1
Lond ..cs ••• , ........ -· ............. . .. ~ ....... ,, ... .. ..... . .. ... , . .•.• •. •••.. •, , ._ ... ,, U?:Ol,líi!OO
E~l1'(1d(4 de FCI'I'O ~In Ila/tif4.
.· Jmpo\'lan cin llesrcndidn nlé 31 rle Ma1•ço t'tllimo . . ·•. ·. .. . .. ... ... ......... ... .. .. !i 9!1:7:tl,~82G
lmpo1·tnncia d0 C<\l'r•cs comprados l'~ •·n n esll•ndn do ror'I'O de P.Hrlo .A ITonso
que fol'~nl mnndndos pn.1·n esta ••• ~ 1 • • • , ••••• ,, •••• •• •••• •• • •• , •••••• , • , , , • • • 83 : t80c~
·Imporia nela~ despcndél' alé no ti1nd.o oxct·clclo, ~ca<lo:
. . N:lllllbltl • • ·•. ••• ,, •• •• •.•• ' • ••• •• ••• ••• , .. ... . ... . .. .. I I .. . ...... ..... I ... 3t>3:1tl&.X!il
Em Londres •• •• •, •• •-... . .. ,.! .... .. . ... ,.~ ..... ~ ••..·.... .. , •• ,. ... ....... . t:UOOHOOO
- - - - t.437:080/i000

Crcdllo ,·ol,,lfu .• ,,,, ••.• ·•• •••• • I • • , , , . , • • • • • • • • • • , , , , ,_, , , , - • • • • • • • • • • ......, ..... ,, . ----- !.Gi7 :88:>~7l
~.ooa:~

Dc/it:{l ••••.••• , li! ~ · .


t . . . . . .. . . . . . . ' " • • • ' ' ' " ' ' " ' · · · · · · · · . . . . . . , · , . ' • • t ,,, , -· · · · · · ·- · •••••• !1: 88lSjj37'
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 19+ Pág ina 16 de 25

40 Sessão extraordinaria em 29 de Abril de 1880.

F
18')'9-1880

bellllotl•tro~i\oda deat'eza .PenUzndn c n renUr.or ou corrente e:~terelcJo poa•


conta do credito e•peclol dn tobelta--C-onnexn ú Lei n. ~9.CO de ai de Outubro
de 18't'D para a eonatruc~o da catradn de torro do Rio Grande do l!!lul e
sn.rànttndejua•o• de ')' "lo 6 companhia ou corupnnhlns com que •e contratnr
parte desta lloba t"errea, outoa·lzada (~elo Reeoluçiio LefJielutlvo n, ~39,. de
19 de l!!letembro de 18')'3

2.6U:76:t~916

Despeza a realizai' :tlé o fi in do exercicio, sendo:

Em Londres ..................... ~ ....... ~·-· .•••..•••• ••·~ ·• •• ••• • •• ·• · •• • .. ~ · • •·. • •• 3iO: 000~000
No Rio Grande doSuL ••.•••••••••••·•••••.•••••••••••••••••••.•• ,a ••••••••••••• t. too:ouonooo
t ..170:000/fOOO
-----
3.9~1:76.2~9l6

Credjlo votado •••.•..•..•••..••••••••.•.•• ,, ••.••• ~ •...••••.•..••...••


·············· i .,\Oo:OOQbOOO
Dtfl.ci~···• •••••••••·•••••••••••••••••••••··•••••••••t•••••••••••··· ~ • ...... , ••••••• i-.l$9i.:iG~9lQ

.Vmwcl Buarque de Macedo.

G
18,.0-1880
•.
Domon•trn~lito dn. de•llCZil a•cnllzodn e n rcnllznr no cora•ente eSel'clclo poa•
conta do creclltf,l Cl!lpee.lnl dn to.bclln-c-o•••u~xn 6 Lei n. ~D.SO de 31 de Outuba•o
ci.e 18')'9 purn. tlesapk•oprln~õea e obro.• neec-o.l'll\111 no o.bo.~t.ecbnento ll~ugnn
6 e• pUni ,to lrnllt'!l'lo, nulorlzndo peln Lei n. ~639 de ~~ de Setembro de 18')'~

vencimentos de engenheiros, auxiliares e outros empregados dur·anle o


exeretcio....................._.- .••... ·............................ ·~ ·4 ••• , •••••• 94.: 9011,~119
Forn~cinH•nto de material ... • .................................... , ..... ,, ... . Sl.t9o:~71SS17iil
0\'Sllj)rO!If\\\ÇÜCS... " • , " . ".' • .. ' • " ... • .. , , , , ••. , , ......... , , , , , , , • , , , , , . , .' , , !!3: 60:11)1)\10
Construcção de resen·atonos, !l·ansporte de tubos, etc .......... ,., .. , .... . I. 4Bt: 374.(il)6l

3.7W:~:i'il
Desp\~l!.:l~ all: o 1\m (\O exercido eom oln':\S c fornacimonto de mnteri.al
lllCtalllco ••• ~~~• ···~· ..••..••••. ······••·•·· ............. ~······· •. ··········~. I ~ I ~ ~ • 1 t o.-~ o. I 000: 00(16000
~.6iO:Uts31JU

Ct•cdlto \'Otü.do,, ..... ~ , ..... , ••. , , ............ ~ •••••• , ••• ~ ••••••••••••. , • a.HOO:O~OOO

lleficlt 4·· · ····•··········~·"·~·~············-·····.··· .................... t.·llO:i-itsfJtSt:i


C~ ara dos Oepltados • lm(l'"esso em 2710112015 09: 19 . Página 17 de 25

. Sessão extraordinaria em29 de Abril de 1880. 41

H
1.8')'0~1.880
bemon•trnçi'io do deepear:a reialhtndn é n realizar no corrente exerclclo por
cunta do credito e• eclal dn tobella -c- , nunex" 6. Lei n. ~040 de :n. da:
Outubro de 18,0 Jlora o pi"'IUOfo\'RIIleDto do: E ..u·uda de Fet•ro o. P cdi'O n.
autorizado pela Lei n. ~6')'0 de ~O de. OutUbi'O de 18')'3 no art. 18. · _..._

lmportnnola despendida até .21l de l~cvereiro último•• • •, .. , ................. , ...... . . ;. . . . • l .i OO:OOO/íOOO


ltnportancia a despender até o fim .do exercício •. ·...... .. ~ ... ·, ................ ......·•.. ,...... lfOO:_ooo~ooo
1.700:000/JOOO
CredJ to votado . ........................ , .. .. .. t.lOO:OOOóOOO
. DcOclt ... ... ••• : , ~ ......... ..... .. .. .... . . 300: 000/JOOO
Manoel Buar que de Afacsrlo,
I
. 1.8,.9 1.880
Demon•tra.c:iio da. de8peza reollz•ulHo e n r-nzul' no corrente ex.erclclo por
conta ·do · eredltu e!llpe clul da ta~Jla-c-~ annesa .6 Lei -n. ~9.40 de .at do
outub••o de 18')'0. poo•n conatr uc_ ç iao do E•trnda de Ferro de llobroJ. auto•
rlzada pelo art. ~a da eltodo . Lei. ·

Importancla despendida na Provi nela do CearA até 3_l de Dezembro ultimo••• •. .. • ,. •• .• ..... 389nlltb7'8
Importanc l~ paga noTilesouro e em Londres... .. . .. . .. .... . • • ..... ' . . .. .... . .. . ..... ; • • • .. ~: l00/l91()

9~!S : 31!~6118
Irnportaneln a des.Pender no Ce~ra até o amdo exercicio..... ..... ......... .. ..
Utna ponte metallrca para o rio Cumossirn, encouunondada nos Estados-Unidos.
Material telegraphieo já recebido ... -• . ;,, ••. ·. .. •.............. . . •· . .... • . • ... .
~la terlaes e oiljeclo.s já reme !lidos (J:u·a C:tmosshn.. ........ .. . .. .. .. . ... • ..
Material 1lxo, etc., encommcndado á f;lbt·lc;~ lírU[Ip. ~ .... .. ... .... ... •••• ••

Credito segundo a Jntelligencia êlada ao art. J3 da Lei pelo .Minisltlrio da


_ ___
300:0001!000 . .. . .. ....... .
U:800/)300 ...... ..... .. ..
ts ·(l3l),ojtloo . .. ...... .. , .. ·
i l :t<38iUO .. ..
Ui:Oi~7
_,_,_ MH;ôi7t58-i7.
ua~: 360~o.'S
axcnda ......... , •.. ·, ...... ............... .. . ..... !. .. . . . . . . . . . ........ . . . . . . . . .
· 1:-... t .i20:7WJ1!10 .
Deüclt ••·... , . .. . ...... .... . ,, ... ...... . . . ............ ..
Jra1101l BuarrJus ds N.atttlo.
K
1.@2'9 -1880
hemon•tra~àu du detll,)(~»:o renllzndca c u re8IIZnl" no corrente ex.-clclo por
c•mta do credito e~~peelnl da tobello- C- onuelDI 6 Lei n. ~8<10 de -D1 de
Outubro d o 18,.9 po1•n con•trucçí\o tia E wtt•nda de Ferro de Paulo AftOn.a,
auturlzndn pelo nrt. !e3 da cltodo Lei. ·

lmport:mcl3 despendida tJll Provi nela dAS Alagôns ntó 31 de I>P.zembro de


1 ~?9 ••• •.•••• .• •••••.•. ~ •. ~ . . .. ... ....... .. ' . . ... . . . . ... . . . . . . .. ' •• ' . ,
lmpoa•tuncla paga no '!'besouro ~: ~.clonal. .. .... , .. ... .... .. . ·.. .. .. . ..... ' •••••a · •••••••·-•
4 ' •• ........ ....... &7 :0~781
3~11: 07t,IJ\Ol
-----
893;(127~1711
lmport~ n cl a ~ pa. ~nr a SIP.H1ens Bro th~rs, de Londres, por mnterlal tele•
gl'a phlco recebido, lncln~ l ve diiT~ ~ença rle. ca mbio .. ................. ..
A f<·1·lell iCI'll p p . pl)l' lllatt!n al 1\Xf>J:t re4~t·hl rlo ... .. .. .... ... .. ..... . ... ..
Pol' ruatsr lnl ni nrlo. 11~0 t·ec~ hlol o, inctu; ive diiTerença de ca mllio ... ... . .
A MaxiLnlllano Nollunan, por nmlel'ine• roa•necldos .... .... ... .. .. ... .. .
Despe~ a fazer na Pro"lncla das Alagtlas até o flm do oxerclcio .... . ..

!Mã; &t;ai
Credito se~rundo a lntelligenci:l. dad& pelo Mini&terlo d1 Fazenda ao art. 23 .
da Lel•• , .• ~ , ... .... .. , . .... ........ .. .. , . •••• , • , ., ......... .. .. . .... . . .. .. . ..... , ..... .. .... .. .
Deficlt •• . .•• •.• , , . ~ .••• ••• ••• •• •• •••• •• • . •, • •• • •• ·• ••• • . . .. . •· .• ·.•· t: • • • •
1191 : 78~
-
68&: 0011,1$&1'7

Jlo.nt~~l Buar~ d8 MtiCello.


TOIIIO 1,-(J,
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 09: 19- Página 18 de 25

42 Sessão extraordinaría em 29 de Ah~il de 1880,

I.<' inda a leitura, rclira-so o ·. Sr. ministro com p<>sto é uma homenagem ít opiniiio publica,e cr~io
· as -me~mas formalidades com que entrou, c. o que é opportuuo moincnto parn propõl· a aquelle
S"r. presidente declara gue ns J1rO~stas v 5o ro· fm que reina n calma nos cspirilos, a agl!ação
· mettidas á eommis!'iio de _orçamento. · das runs não · perlurha a serenidade ~m que
devem ser estudados e resolvidos os negocias
O Sn. rm:stoENtE:- Tem a · palavra pela or· publicas c .a imprensa lllustrou o ossumpto de
,Jen.t o Sr, Mortinho Cnmpos. modo o poder cad:l um rorm:~r sobre clle uma
O_l!Jr. Mortlnllo Cnmpo• pede a convicção esclarecida.
palavra pela m·dem para requerer que se nomeie · JusLillenrcl .em breves palavras o pt'Ojecto.
uma commiss1io especi3l pnra se occupor da pt·o· Limitando-me :io que é essenci:tl, arredarei do
postn quo acaba de ~er 3jlrescntada acerell tla debate tudo quanto possu irritai-o,- porqu~nto
reforma eleitoral. · confesso que, nõo é meu llm fazer a·ecrimfna-
A imporl:lncia do a~snmpto é tiío grande que ções, c para ser breve eobram·me motivos. A
jolga que 11 cmnnra consentirá que, sablndo dos gucsmo que o llrojecto resolve desc-eu da re~ilio
s~us estylos, se nomeio uma commi~são mais das idéas ao l_ orreno dos factos. (Apoiado1.) Nós
· numerosa (apoiadas), allm de que o ex:nne desSll . niio· vnmos agoro estudar o imposto de tr:msporte
pmposla po~sa ser feito, ouvindo·&~ o maior á luz dos princlt>i()s da sclencia cconomica e siiti
numero de pessoas, rcvresentantcs dos diversas julg-ai-o pelos mus eR'citos. . .
IJI'ovincilts ·do Impcrio. Assim, · t>ois, a•equer n Senhores, n resistencia oncJ•gien que o decreto
V. Ex. se digno consultai' á cnmnt·a si consente expedido pum regulur a· anncadoçüo do int·
nn nomeuç.1io dll uma commissiio e1pecinl de :!1 posto de transporte encontt·ou e, no meu modo
membros . · . de J>ensnr, o-critcrio st•guro da sun injustiça e
da sua iniquidade . Mas, si as ruidosas mani-
U&t Sn~ DEPUTADO:- Noml'ar-se ou eleger· se'! festações de deseonlentamcnto c do dest~gr~do
o·sn. MAI\TINIIO c.,vros: -o nohra depu~ com que a popnlação da et~pital m:olbcu o tributo
bdo comprehende q_uo si se fosse n eleger nestn ·nno nos dão uma medida· segura, eu tJenso quo
se~são nao se nc3bava (aJJQiildos) ; :1 mesa no· poderemos enconlrnl-a no pt•onuncinmP.nto geral .
mezml. . · · . da imprens.1, nos clamores da po.,uloção e n:. -
E' se111: debato opprovado o requerimento. voz dos proprios intere~sados, consparondo todos
O Sn. PRESIDENTE deciarn nom.endos pnrn :1 p<~ra uin fimcommum. (AJHlimlo&,)
eommissio que tem de dnr fDreecrsobre llllro· . Senhores, ba uma questão o indagar~ Deve-
~sta da reforma elei!Ora os seguintes se· mos lançar ó. conta do imposto os .vcx:nmes de
nhores: . que todos se qUcixinn, ou lançnl ~os li conto. da
Martinbo Cotripos, Edual'do do Androde, Sil- su:a arrecadnçiio '! Em outro§ termos : o m11l
veira de Souza, Martim Francisco, Saldanha reside no imposto ou esl;'t no procos ~o dn arre·
.&r~rinho, Tavares . Delfort, Libemto Barro~ o, cadoçiio ? Que o imposto e veutorlo, ti .injusto,
Frnoklin Dorin, · ·l<'t':l.nco do S:i, Theodorcto ·me parec-e que· não l1a hoje dn3s opiniões a este
. Souto, Nabuco do" At-aujo, Antonio de Siquulr:., respeito •
. Esperidliio, 1\uy Bnrboza, Almeida (;outo, ll.u· O SR. SALDA~IlA Ahnt.,HD :;_E sobretudo.
tollno Moua·a, Prado Pimentel, Baptisln Pereira,
Olegario, Cal'los Affonso, Florencio do Ahl'eu. desigu3l pal'll as classes pobl'es.
O Sn. DAMISTA PllnEtM :-O que re)>resen ta
O Ma•. 7..cuun (pela ot•delll) diz quo tem de o imposto -do ta·nusporlc Y E1 cUc, pot·vcntura,
fazer uma simples oliscrVllciio, n exprcssiio do quot11 parte com que c:ttln um é
Trat~·sc de uma nmtcrin mo .im)Jortnnte que ob1·igodo a concorret•, n~ mcdidn tlo seus hnvol'es,
julgo-se preciso procurar o concua·so dos Sr8. de· para li~ despet~~s do Estado1 Niío. SI o Imposto
")>utntlos que est:•o pro!entes. Em umo commis· cl'n em ~I injusto, 11 sua.nrecndacilo !lra etwc~da
aio dest:l ordem, ente'nde fJUI!, JlOl' mnls nll:l que d·e grnodcs dlfficuldodcs, o estas pcn~on o go-
seja a r.ousidornc;iio pelos collcgas ausentes. niio verno supt·ror cmprefl'~ndo o mais dcteslavcl
podem estes ser chamndos o tom~ r cont:J dt!stcs do todos os meios, n tntervcnç.iio da (IOJicin, o
trabalhos. Niio so JlÔdt), pois, llOIIlr.tlr J•:trn cstn · u ~o d11 forçn pnhlicn . E' clch:t'lltn . d~s tas dtto~t
eommissio CsiJCci:tl :t pl•s,;oas rom IJUCill se n'l'io t'cl~çõt>s <lllll l\U vou exnminna· o. questão c justi-
póde contm• o que se lltllOI'a ninlla. o din certo lic~r poa·ruuclorlnmente o projecto, reservando-
em que ~e nchnrão Jll'esentcs. Limi!o.·sc nJlenns me pnrn mnis tat·de dar t\ qnc~tiio o desenvolvi-
uestas rcfl i.lXÜ~s. · mento a quo ollo se presln. · · ·. ·
O Sn. l'MI'ilDT~~Tr; olism·vn <JUC nuscnlc ~ú sr. prcsi1lenlc, quando; em J8i8, os libllJ'3t>s
hu o Sr . !llarcolinll Moura; a maioria dn com· toin~J·nm ns rcdcas do governo, 11 maior 'de todns
mis~ão, J>or ronseguonci:t, ••chn·sc· presente. us dtfficultlndes·qnc ussobcr))(tl"lltn o seu pntri<i·
o Sn. 7.~mn : -nem. l.lsmo, foi incoutestnvclincntc o estado de dos.-
c:tlabt·o dus linonçns do Impea·io. mtes onoon.
O 81·. Dailtl~atn Perela•n t-Começo traram o crnrlo·vasio, ns proviilcins empobreci.
:~grnclecendo li cnmnr~ n benevolencin com que tlas c n de~peza publica ~ugmcnltld:t além de
deferiu o meu JJeditlo, coucedendo·mo a UI'· Hniit~s rnzom·ei$, A honra llo governo estnv~
·gencia quo solicitei lJal'[\ juslilkar o vrojecto cmpenbnd:t em solvet• comproml~sos; pnra os
propondo n :tbolição do imposLo donominndo d•! qune$ nf•o cltognvnm os l'cr.tll'5os ordinnrlos, c
u•nnsport(l, pola ld •lo ~uo ercnçiio, nHts rJllll fl. mais ;1ggrnvnvn c~to estado do . comas o des.
cor;\ conhecido nn logisluçiio lln:tncelra do 1•uiz Nltlilibrlo constante dos orçamentos, p~rturLo1lo~
pelo-im)loslo do viu1~tn. A nboliçuo de$tc m· J•clo abuso em larga escala dos cr<Jditos supplc-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09: 19+ Pág ina 19 de 25

Sessão cxkaordinaria em 29 de Aht'il de 1880.

tnonL:.tre.>; do C[lto resultnvam deficits suecos· panlwdo <la sobrecarga d'3 li!O n 200 réis, por
st~·os. volume de bag .1g~m ou mercadoria despn~haua ;
P~ra sahir deste cabos· o equilibrar· se o o r· todas 3s taxa& ct·um. proJJoroionacs á dist:~nci:. :
çamenlo, :~penas do11s recursu~ llr8m sngg:oridos: linahnen\e, snjeilava :i taxa fixa de 20 réis todo
ou razct• a receiln subir ao nivel da dCSIJOza, ou o passngen·o que transitasse nos carris urbanos
faze•· esta doscct• no liniífe d:u1uella .. A r~Juccão on tr~mwavs de tracçfio animada ou a vapor em
da desiJcza Jigava·se a um va,;to plano de eco• qualquer .las ddades do Imperio.
rwmius, que n:io podiam s~t· ncompanhnd~s logo VeJamos agora como o senado trnnsrormou
do t·csullados promptos e immediatos, por<Junnto este imposto.
a rcd ncç5o da de! peza não podia consisti r na O l'cnado supprimiu a di~tincção de classes
simples sttppressào do ~crvil•os publkos, o que nas cstr~dus ele ferro e uniformisou a taxo, que
1>odcri;1 illl[JOrtnr a sua reduc!'ão. ficou sendo de 20 r~is n fbOOO sobre todo
Ue::tava o OUII'O meio : era fazer crescei' a re· c qualqner passageit·o; Sllpprimht a taxa addi-
cdta, nugmcntandu os itli[JOslos existtintP.s c cional· sobro a bagagem e estendeu o imposto de
creando novos, e o governo nfio hesitou em ns. cir•!ulnçíio nas estradas oos passageiros dos
sumit· a grande •·osponsnbilidade dessa torer:~ barco ~ a vapor 11erteucen te~ ás lin hns subven·
impopular, mas que poderia ~er para ellc no fu· cionuJas pelo Estado, limitnndo assim a área do
ltll'O umrJadr~o de gloria, si a lortnna o njudusso imposto; finalmente, restt·ingill. o imposto do
nestns vistas ~pt•csontou o seu plnno na discus· v in tom somente aos carris urbanos da capital do
~ão do orçamento. lmpcrio e seus subnrbios, pela razão especiosa, ·
. A lc~·n roi ger:~l; tudo, Sr. prcsidcn.te, con· dad~ pela comrni~são do orçamento do senado, de
tl'ibuiu Jlarn o imiJosto~ pedlu·se recut·sos ao quo era esse iln(tosto u_rna compemuçuo devida
Lr~lmlho, ~o capil~ , á terra, á· suhsistencia, á aos corres· geraes dos muitos subsidio8. com que
Joeomoç~o, a tudo, de modo que eu poderia, concorrom parn as despez~s do municipio.
parolli<iudo Ulna phmsc couhccida de Emilio de A emenllu do ~enado converLeU•SO nn dispo·
Girardin, dizer sem exageração que ns pessons, siçfio do art. i8, § 13, da lei n. i!l~O, de 3l de
n pt•opriedade, ns netos, os go1.os1. a subsisLencia, Outubro de !879, isto .é, n lei do orçamento vi·
cmllm a vida inteira dos eidadaos, tudo Jlcou gente •..
lnvolvido na leia tecida pdos organizadores do O Sn. BAPTioTA PsnEinA. : - Sr. presidente,
orçamento. quando fui interrompido eu demonstrava como
l:lt·. presidente, ou reconheço quo ns difficul- o imposto de transporte, votado pela camara,
d:ulcs em quo se viu o governo e1·am st)rlas e foi transformado pela emenda do senado, e con·
lom·o ns snns intenções; mos dC\'e·so convi!· quo Vertido lllt disp?SII(UO do art. {8 da lei do . orça •
sob ~ prc.ssuo de circumstonclns nngusUudas c menlo, par~ enHt execuçllo o governo e:tpedtu o
urgentes nilo se vodiafuzer o melhor c acerlar decreto n. 7il6iJ de H de Dezembro de :1.879.
~empre. . St·. presidente, a execução desse decreto le·
Um dos impostos que por essa occasii'io a ca· .Yantou gronde celeuma e produziu umn insls·
mara Yotou roi o denominado de transporte, CJUe tencia de que nlio Im exemJ>lo entre nós por
consisliu em uma· taxa addicional qlte cru obri- igual motivo. Com a mesmu anciedude com quo
gada a JIDgJr lod•• pessoa que lDill:lsse JHIS~ngem o assttrnplo era discutido nos meclb&gs, o ern
~m CJtl3hJUcl' ve!Jiculo de conduq1io por torra
ou por oguo. tmnbcm na imprensa; c niio. podiam te1• sor•
L~ulizmcutc, nem todos os impostos que ostn
prendido M go••o•·no os nconteclmentos, de
Cftttl foi Lhealro esta capit:tl nos primeiros dias
cau1ar:~ YOlou mereceram n ad hc~~o do ~cnmlo, de Juneiro, }Jorquon1o destes .acontceitnentos
!Jllc OÍJ[JDZ ~·cu ''elo :1 muitos, SlllJprimindo uns, cedo linhom·sc munirostrnlo os 5ignaes per·
~u!Jstiluindo outrlls. c finalmculc modilkundo
outros: c, como, SI', lll'C~ldcute, Cll lipcmls cursor11s. Snggeriu·se então no gov~rno como
tuna .medida ilo prudoad:t c octo do j ustiçn n
exponho os 1'11ctos som eommeutarios, não IJUcro ~US[Jcnsfio do d~crcto ; aconaelhova n mcdidn 11
lnd11gai· pot· CJUil causas o senado lcYe a rara imprensa noutt·n C{tte nfloso iuspirnvn em .puixiio
rortuna do tormU'·sc mais symp;lthico no povo J.>ni"litltorin, qno somente proeur:tVII hont servir
do rtuc :1 eamurn, moslr;mdo zclnt• melhot•, do :1 c:msn publica, e;tintnloda sõmento poln con·
que l'!h l'ül., a alg:ibcll':l do contl'lbnlntc. scicnciu do ~l!U dever. Estn mesma idéa foi
· O Sn. Ju,\QUlM N1nuco : -M•'nos qnnnto n o~so suggm·idn no gol'et·no na orr.asião em que nrre·
im)lOsto, lJUL• elle tornou mais odioso, porque o bcmtnrnm os acuntedmautos do Janeiro e poslo·
re~ti'i ngiu :i cit.lmle do Ui o tlc J~twil·o. riol'lnrml~.
n Í'>[J, l.J,\I''I'ISTA PBillllnA :- St·. Jll'esfdcnt.c, o CLllflprehondo, St·. prcsidonlc, qtto o govBrno
impo~tnl.ltJ ~l'(lllSjlO\'(C f!UC U COilJ:II'<l VO(Oll cr:1 tltlraütc a imlllio.cncia desta crise o quando 11
~~m sui.Jst~ncia e~te • arvitação IIUIIS crescia c tornavn·se temerosa, nllo
· o pn::,-;Dgcirn llc 1.• dt1~so q~w eil·culnss.o na suspendesse noxccn~ãü do rcguhn_nento. Pra-
csmuln {\e ferro do tn•rr;iio a V<~POI' Cl'a olmgndo ticnrin,:um noto contrn o seu proprto decoro o
a ppg':tl' un~n t~·x<l !lo 20 t'(•is a -1;5000. O pas~a­ uenhniil gov•Jrno qne se rcspcitno!Jdica o poder
~dro C!\lC CJII'CUlasell nos mesmo~ tt·en~ c b~t·co~, nas tmio~ da nn~rclli:t. 1\las o govemo não se
j nstir!.t.:(r tanto por n5o ter suspendido n execução
11orém toma~·''' [lll~8ilg"t)tn ull ~.· clH$SC, tm!)':•vu Llo r·Jgul;•monla noto~. como depois (apoiado$),
utcttttle 1lo illlJlo~to. A mesma laxn de ::lO rms :l
t104)\l cr;l u] •Jllit,:rn'l ans pas~ng-eiros t]UC to· qmmdo scriJntll':uu os ~nlmos u 11. lrnnquillidntlo
inn;St'tll !lll~~~H(t'lll ~ITI hnJ'~t~& :1 yupol' clu'' nu· rorlnheleclln·so. e o :,:ovcrno não podin bntLir âs
po1'ln~ du parl:linonlo, o deferit· esta que~tiio :i
:~'l'lr:l~SCIII 1111 l,)t'CIIIIO, rios lll!N't.Ol't'~ C JHhi~~.
o irnposio ''OtiHttl p!'ln c~mnra mndu crn ocom· c~tancin p~rhuuonlnr porquo cslavamPs 'odps
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 2710 1/2015 09:19 - Pág ina 20 de 25

44 . Sessão e:itraordinaria em 29 de Abril de 1880.


debaixo d:t ameaça do dissolução da c:uri:~r~, que. o imposto do viotem seja cobrado do con-
que se dizia qM ero infnllivel. tl'ibuiute com violencía á sua liberdnde íudi·
· Atti'ibuiu:se, Sr. presidente, ao regul~memo vid ual, c escandalo IJUblico '!
do govern(l os defl(oraveis a~:ontecimento~ dos O S1t. FllAXÇA G.\RVALHO :--Atlo indisshl\0.
di:~s do Jaueil·o d~ . l880; e si , lod:~~ as objecções
formui:Jd=•s contr:1 o reJ.tulmnenlo, si lotlas as O Stt. ll.\PTI5TA PsnEm.\ ~ - Sr . presidente,
accus;~çõ~ diri;.:id:tscontt•3 o gove!'llo. n5o eram os econo:.uislas ~o vrcoocup:un muito com a .
procedente~ . a vet'd:itle e tfUe, no mesiuo t•egula· questão. dn incidenc ia do ÍlllflO,to, o bom s ~nsn
meuto ex.istom: :llgnmas di~po~j~.ões, por 3i si' do povo r~soJiveu este problolma, reconhecendo
capazes. uma pt•incipalmeute, do Jlroduzir os que o imposlo de u·un~porle recalle sobre 3
aoontecimentos que se manifestara m · por umn dCS(ICZ3 .
•explosão I>Opular de que não hn mcmot•in tt't>s Si é e~tn ·a incidcncia do imposto, ó preciw
aunaes d<1 nossa bistoria. reconhecer. qno l'lle tomou o caracter snmplu··
E, Si'. presidente, o governo não se deveria ·nrio ; mM, . pergunto: porventura póde ser
aindn sorprendcr com estes successo:;. porquo considerndo \!OillO gosto superlluo tomar-se pas·
não constitue urn fuclo virgem nn vida dos po· sagcni en1 bonds 't· O lllj>osto slimptuarw é
vos ; ·o governo dev ia salJer que a historia ensi • conside~ado um freio MS ~n s to ; supernuos, mas
na que as grandes commoções, as quasl •·•wolu· o~ inglutes, q110 admittmn ju~tificnção tis tax~s
ções. que têm p~1·turb:uJo a sociedade; nuo têm de cir ~ ula c;1o e cobram direito de !••comoção,
tido murtns vezes outr:~ cau~. seuiio a c•·enção, niio os explicam e menos o justillc:nn como um
a . s.ulJs~ituição, ou 3 deslocao ;ão do .im po~to. A~ eor1•ectivo :\ dissipao:ão o ó. prodig:>lidade. .
ag•laçoes rfue em N:tpoles torn:~r.1mle~,;cn d:~rio o · O .governo, ou p~rque se julgasse capaz de
non.e de Mnsaniello, niío tivc•·a •n outru ~;utlsa, dommnr ·.O ! acontecJmenlO$, ou porque se Co·
senão u taxa lançada sobre as frm:~e ; as com· nl)eCotl:;() hnbilit:,do p ~ •·n conj nrar a lc.mpestat1e
moções que hOUI'e em Gand, Bruxellas, e oulros que d'~sa l>o u ~Sobre esta CJpital no .rlill {. o de
. logares da Bclgica, no domínio da casa d' Aiis· l:•neil·o, niio quiz . alt~nder nos r l'elamos da )lO·
tria, ex:plica·se tJelo imposto lançado sobre ~ pulu~ão, que an:es de mnnife~tal' por explosões
cevada e a cerv ej ~ : e estn cnmar:1 illnstrnda, ••uidosªs si!U· desconte:nl~mcnto que n1io pode·
como é, sab e que foi o imposto sobre o chá· que tn(}s t1Pi1rovn r, e que medid;~s prttdomtes muitas
de11·a emnncipnçüo nos Estados-Unidos. vezes evitnm, eonservou-~e dl!ntro das raias · da
A questão er:t muito séJ'ia. O governo devi:~ lei discuti ndo c representando. .
·ter tiilo o cuidado tle attender nos fundamentos verdade estes
das reclaJn:lções .que a ·populaçlio f:t.T.ia pelos or· cre~cerom a ponto de obrigarem o 1rove1·no a .
O qne é é que acontecimentos
gãos da imprensa , c repercutiam nas reuniões d:~ lançar mão de ru11didas extremas e illegaes ; c
praça putilic:r; devi:~ ex~nninar si eram j uslns pa1·a pol' tsso, Sr. rresident~ nós vimos coo1·pasmo,
deferil-ns, porque a transacçãCl é, muil~s vezes. . e esta cn piln o presenciou· tomada de serias
utn;1 grunde medida política, e nenhum govcr·
npp•·cbe u•õe~, que o governo consentiu ale n:t
-no se desprostigfa sf nllaude âs .queixas do povo suspensão
no momento op(iortuuo, si síio jus tfts. (Apoictclos.) tada }101' .Unm de g:Jr:mtias coilslituciounes, decre-
llOrtaria do chefe de policia
Acousou·so o governo de Ler tirado no im· (t1poiud0$), q u:~ndo n lei fund<~ mento! do F'..srado
posto do vintem o cm·aeter da pro:>orcionalí • só autoriza esta medida
dade. Foi injustiça, porque o governo nãa podi~ um imtninente perigo extrema, no caso em que .
ameaça a segurança da ·
alterar il lnxn, que sendo lixa era iudh·isivel ; fJatrin . (At>Oü!dos.) · ·
não senda propo rclon:~ l, como th o itnposto ·de
traul!i\o nas estradas de feno, deixou de attender o Sn. FIIA!\ÇA C.\R\'At.Ho: - Apoi:idissimo.
ti maior on meno1· dist.,11dn, e por isso lornoll·St1
mnis odioso. O defeito orn dn lt!i. O 811. llAP1'1STA P~;n.&rnA : - O imposto do
E' as~im tambet:n qne o goycrno del"tlntli:l·SC vintem, Sr. pres idente, il\lpois de & or Jlnssnd,l
. bem dn censura do ter lançado o imposto ~nhrc pcl:1 ph n~c dn H'l'iloç;io pu!Jiic:l,CIIhiu no domínio
a populnt,:üo, quando elle deveria rce.,hir s••bre do desprezo (IIP,Ui:~ 4os), c si :.tê então n :.me.1çn
as companhia~ ; :\ lei lat\çou o impo~to sobre o da ordem publica erll um nssumpto que dt!Vern
p:~~sa~eiro, i~ tG é e"lll'esso nn sua letrn. prt\occupnr o governo, boje ha outro ossu mplo
lfas, St·. jlresldenle, o ~o ve rno niio se f)Q(fet•á que não menos que aquellc o deve preoccupar, e
defender de hnver hmç:1do 111âo dos meios h·ri· n lodos uós interos...:a, é o d esprestigio, ê a dcs·
-tontes paro f~cilit:lr ,o ni~to lmganoU·SO,tÍ!' 1:ompn• moralisa~:io ti:• lei (tt.poilldt>.f); po•·que si o im·
nhi:J., I! m·rm;.•dnt:fio do imposto; ~n·ott ~ind:t fu· posto do viutem vai cntr111ldO p11 r:1 os cofres do
zendo ~~~ compun ll irs :1 conce~>âo ()llll j :i o go· UII\SOUI'O, é IWilciso recon hecermos que é elle
verno anton·ioJ'Hlentu havia rcti•·ado.du mniuirem p:~~o n:.o IJ ~I•> cünlrilmintc u conto um trib uto,
cou pons, !'Dt·tües de pns>ng-ens, · qu:uulo eskw:1 poré.m cúlnn. unn U·•nçi•o •ttie ll5 · t'OitlfJ'mhia~ de
rcco nhecido . qu,~ l!,:trs si)!tHI<i,; !l!-1 val!w, l'~Jll'tl · carrtl\ urh :HJ•I~ l"a zr~m ao ~UI'C I'no , fJOriJUil se n·
tundo dtl l l g• ~nte~ do troo·.o, vi nh:uu Jif11'Lui'IJ·,r tPm·se hoje 11ue 1 \~.Liio iiv ms de an1e: çn.•, quo é
mai' o nosso m ,.~ io r.h·eul:ulle , Sol!l· e ~udt> é in· es~e n·welbo•· meio d~;~ Íll• l emui ~:H··se du.s IJI'e ·
d~ s~ulpuvel qu e o !,!OVnrno não del'l~obdsse oi1tro .jnizu$ q tle lcm solf•·ido dl.' ~dc o dia 1.• de Ja·
1ne10 de · tornar effecLivn n cobt"Unça, senão o neiro. (Apoindos.)
emprego da fot'çll publíc!l : (AIJt)iados.) !Ja~tfl isto, s... pre.•if1enlo. p11ra determllllll'
Pofs. Sr. presldentf', quando o contribuinte a aiJoliç~o ftl·ompta c imm~m1o do imposto.
annualmeute de r•·:~mn milban•s do contos de (AJX)íttdos.) ~·um imposto tfUO cahiu no das·
rêls nos at•cas elo Lhesou•·o, su:t\•ementl! sem re· pret:o pubHco (CJpoiarlos}, ninguern o paga, ou só
crJmlne~es e sem ve:x.omet, não é parn !Klntir o paga qu.em quet• ; e o produciO quo ttnn cn·
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 09:19 - Pêgina 21 ae 25

Sessilo exkaordinaria. em 29 !le Abril de 1880. 45


trado para o thesnuro reprcse[)ln, ecmo disse, nlngucm dcixar·sc · vcnCllr péhi opiniffo pu·
umn doariio do:sla$ ctHnlumhias. hliea. ·
· O Jtrojcclo 11ru1•li~ deStlc já a aholiçfio do im· C:u não t1·ato ;~gnra de in1lagnr nem do :~jJUr:~r
pos:o llc tf·ans{•Or!u cn:adu pdJ l~i do. orça· de QU•!rn é a I'C~fJOn.;:tlJili•l;~de : 6 tle todos: Eu ·
mentn, · podl~l·i~. qu,,nto a lllilll .s;tlvTn' minha l'csponsa-
Dt:vo dizd -o l)lle por obcdicncin á loi!icn e nos l.Jilhl:.cltl dizendo >em Tecei o ue ser contrc;dítudo
pl'incipíos wc pareceu ({UtJ n tnc•lida de~·cria stir rJU& votei contr:. esse in•po~to e ouLros muitos ·
tomada nf•o ~ó em •·el;u;5a à .cauJI'ibuição que ~i nüo fallci contra ellc roi fJCI!l mesma rnzliÔ
nctunlmcnte Lem dt.\ 11ngar os 11ue ch·cuh;m nqs por que mu :~bsti~e dus discussões duranto 11
r,,u·t·Js ttl'lJauo~. cama além dtsso derl! comprl.l· sessão poss:•d:t; a camat'a. sabe quo um· incom· .
bclldl)r lnmhcm a l'ir,mlnção dos caminhos õe modo do loringc me trouxe sempre arredado da
· fcl'l'o; o JWincipio é o mesnw, portanto as suns .tribuna·; mas niío fui cu w quem votou conlril
apf!lica•:oo$ não {Jadern variar, · o· imposto ; lem·!Jro-mc que d'enCre os meus ·
. E si é verdndc que só .n cllpilal do Imrerio .eollogas de ~eputnç~o, votou tambem contra o
m;~nifestott·su contra o impo~to do vintom, D nobre cx•mtnistro da mari11ha que se achava !I
r:tzo'Jo ê porque ~ómente 11qui se limitou a área meu !\Ido. ·
da sua nrreclldDI}iio, o que não teria ncontccidol, o Sn. A~DMDE· PINTO: -E contr:t muitos
si pol'vcntura tivesse sido ·votado pelo senado oulros. · · ·
o impo.,;to 1111. como c.st11 camara o wloptou ; ontüo ·
nüo Sl!rin sú :1 popula\!lio da ca 1mal do lmpct·io O Sn. JoAQUill NAIJuco :-Onobro,lcputmlfl por
que tcrin llrUtL'Sl:ulo com·energi:l: teri:uu itni· Mina~ o Sr. Alfonso l'enno rcr. um di~eurso
tado o seu prooodimcnlo 1od11s 11s capiiDI.lS, como conlra o imposto. ·
todas as i:id;nlt~:; 1lo 1mperio onde funccionn o Ó Sn. ll\PTJ~TA l"EnKtR.\ .:-AI:~~ sf tivesse
serviço d\l c<ll'ris urbano$. · Yatndo a fava!' .tio inwnslo 1'\l 11iw hcsitnriD, por
De\' O ngora; Sr. pre~idente, ~ncar11r uma ob· um f11lso pejo, em •·ccouh('cer pes·outl! " c:unarn
jecção que t~li Jl~íde uptc•enlar uo proJccto. Pode· que havia ermdo. ·
se JlCl'guntnl' : Fi pmtJondcs desde j:~ a abolição Nenhum l10mem que pcnM. j:i n~o dh·ci ne-
.do inwosto de trnusJJlll'te, como compeusaes o nh~'!l homem polilico que h•m a g;'n\'e. t·esJJOn·
desfnh1ue que lui de necessoriamenle mllnife~ - · · ~n bthd:~de do mand~lo, que llw conferiu o po,-o,
~r-se n11 · t·•~cciln c qu:tndo 3 lei do OI'Ç(Imento· pódc ter a velleidade de dizur •tue collocn o seu
cniCltlou com o twouucto·desta ~ontt•i!Juiçfio Jl~ra alllol' provrio :~cima d<. vet•d;~tlc.
cqutlibt•:tr :~·receito. com a despezu? · · Nesta conjunctur.1 cu scguil•in o conselho do
A ohjecçiio ê t'ucil de respondur,se . A lei do s-rnude legisludot· da Bavi<••·n, Feurbach, e·eom
orçamento, 6 Cllrto, estimou. em cerl<l sonunn a elle· di ri;~ • quando ~e reconiiCce um erro niio .se
n!'recnd:u;5o do ·imposto de tl'nilspllrtes; ~~ I! ellperilllenltl umu pel'da, faz-se uma ncquisiçfio
certo que e~tu ;;rreca.daçi'lo dove near muilo preciosa. •
. aqucru do calculado, porquauto o governo n~o · .Sr. prL"sltlenle, t~\'ll uma razão especial pm\
cont:iV:J com n rc~i>lenein que a excc uç~o do opt·esentat· ~ste proJccto. .. ,
regultnncnto enconlrnu, o que uiio é Jllenos ~·e r- Represont:mle da t•rovincia do Rio de Janeiro
d.ndc é que· si em Vt':Z de mil contos ~1•enas pu· ..c lrri~ i do ;~. est:~ r.ato:11'a tamlJeJn pelos honrosos
dc•·nnt se1· arrt-eadodns 500 ou 600;-se mauifcsln· su flh ~ios dn capílnl do_ rmpet·io ; tendo sido
ria sen•pt·ti um t(••(icil na .recciln·do orçamento. t es lemunh~ dos a':ontccimeutos de Janeiro de
Como supprir esse de{icit 'f. · · · ~8!!0, tendo. protc~tado em nome do ·pnrtido li·
Nos JlO:Iemo:~ l<Uppt il·o, ou pelos proprios re· boral c das ii:l<!us liberaes e em umD ;·~:uuião de
cursos da l11i do orr<•meuto. i~to c, ap(llicondo co·reli:;ionarios cóntra <~quillo 'lUC nos pareceu
:i!' dllt~IIOt:IS :!S sobr11s •las outras rel'ilns de rc· 1wr um a!Jns{l do J>oder, est..wn .nu mdecl1·
ceila; Olt cn<iio cubrindu es~ df (icit IWio m::smo navel uece~sidade d!l vil' pel'~ntll o PHI'lanwnlo
modo 110r •tua sflo SIJ!dos. tooos os dr~citJ · dos d efender n causo do povn, JlfOI){lJtdo n rovo~taç5o
nossos orçomenlos, isto t\, autorizando o govl'rno do intposto, !JUC é 11 unir<l lnlletnnia~çiio que
n frizer ope1'"ções do credito para .cobrir essa bojo 11 Ca(>i tDI do Impe1·io flódc espetai' do t•e-
desfnlquu sómentc até n sua importnnci:1. Pl'llSilUI!ICilo nnt~ionlll.
A lei 1le or~:unento presume n existencia de · E pnro propõr n revognfLiíO do im~sto ou
. saldos, c 1101. tsso é de. esneror que nua hn,ja ne· fui ilcoroçoado (Jela dcclarnruo solemne do lllus·
c d tl ts·e.chufe do gabinete feitn no Sl)npdo c repetida
cessidade de IDR((_llr·so 11wo o recurso 0 · cre• oqui que o esttldo nn~ncciro jti promeuc a sup-
dlto ; e oom elie•to a lei 'do orl•amento appllcou Pl'()Ssõo tle lllgtlns lmtJOstos vex~tol'lo~, e cstoll
nn llrevisão duslo saldo as sobras po,;~ivcis da certo, s1•, JWes iJm1 te, que 0 honrntlo chefll do
recel\:1 ao r esgate do patJel·usout1n, o cujo set·· · r - 1 ·· t ·
vl'••.o ud.1'udicou ainda o ••rodllclo 1lo im•Joslo do lftl. 1JlnCltl, r~ m•tnr o-se n tmpos 11 ~ vcxl\tol'tL•S, lUtO
-
' • • Inda llllusfio semlo uo imvo~lo do vintem.
rumo. ~Ins si uilo houvc1· .exce~so de l't'ceilo o
governo pôde pr?curar l'llcursos por meio d~ O .Sn. ,A:mnAnE I'tN'l'O :-Hn outros ·que ·lPI\1-.
OIJ~r:tções de credito. .. llem careecm tle 1' ~ \·o~a\•f•o, n;lo é ~Li llSlll, mór·
sr _ Jll'c~hknle, p 3 r,~ce lor dil.o 11 u;~nto bnsl:t mdlle em l'O iaç:lo :i l':tpital dtJ Imperto, pa ru 1\
p~rn iustiOc:tr ó nwu prnjcl:to. A ~l)l)liç3o qll:ll não honl'e pictl:~do :;Jguu~a. .
i! o imjH>slo 1\ uma illt\~ que e~tá wndd:~ nu opi · O Su. D.V'1'1SH PRIIEmA:-O ;;part~. 1io honr:Úlo
nii'1o pu!<lit':l (t~Jtoi•Hiu.~J. ~. li-r. pl'cshlén lc, elt cnfl·eg:•, rovr•:$•!UI:Jnl c !lu 1' 1\1\'inci:t do !tio do
creio t(UU uenll .. m dos·nu:mbms úeslf• cnu•nra, ·Jnuei ro, 1110 lcvariu mais longe tio !Jilo ou tJUi·
que \'olou o illiJlu~to podoni ::ot•ar, siJ.IOI'Vénhtrn .zóra, porúnntào quero· abusar por muis t~:llltln
fl)(:onto.idut·ot\ ·o M}U volo ; nffo ~ csairoso li da t~\tençiio dn ramnrn .. (1Vdo ''JloiadoJ.)
c â"nara dos OepLtados- tmrr-e sso em 2710 1/2015 09:19 - Pág ina 22 de 25

40 Sessa:o cxtraordinaria em 20 de Abril (le 1880,

o Sn. ANonAoE Pll\'TO :-Agora qtte os vo1.cs inclhn ; e outr·o n:1 villa de S. Jo1io do llonlo
do llio de J:111oiro podem Ecr óuvido~, havemos Xc"TO,. con!'-lilnillo com o~ eleitores olcsln paro-
de dlsculir cstns qucslves no orçamento. · chlt du de S. José do lltll'tcncio e Sant' Anua uo
O Sn . llAPttst A I'Enr-rtt.\ :;.,._ . En . não: estou 1\in il<1s Sino~ :
Co n ~ill t!l'llUIIo qUtl o p1•ojccto consulta a cnm- ·
·longe de convir que c! nccelssario rcvêt' nlltitos rnodid~de poros, sem nfask1l' · .SC d<JS tlis·
outros imposto~, vólados no se,;:siío ultim:qwin· tJo;;i~õcs ~edos t·aes que regem :t mnterin:
cipalntente os quo rorani. lançados sobre a cn · .
pita! do Imperio . Alti cslit um. cuja colml..nça R' de· parecer ~~uc o mesmo )lrojecto entre na
vai eomec;-.ar em breve, que suscua reclarn~H;u~:s; ordem dos trnbnlhos p~r11 ser ndo}Jtwlo . · •
e ainda hoje um artigo :monymo . diJ Jo1'11al t!o Sala d:ts eommissões clll l1 ·de Setembro do
C"»m11e1·cio demonlltt·ou por tolmodo 11 cxhorbl· 187\1.-TI!t•odol'c/o Souto. -A ra.'lfio e .atello. ·
Mneia d11 rax., de 20 réis por metro dctcl't'eno
não cdl/lcado que nl'i.o é possilrel tornar mnls 1879-N. ~o:;
clara n sua lniquidado. ·
Em occasiiio Ollpot·tuna; pois, disculircrnos A assembléa geral resolve :
estes assumptos. Hoje límitemo-nos a prestar ;i Ar·t. L " E' crN1do 11:1 vll la uo Nossa Sonltor·a
opinião publica :1 botne!logem n qu9 ~m direito, de Olil'cirn da Vncc3ria um collcgio clcitornr,
e esta homenagem consrslc na abohç~o vrompta nu rJual votarlio . os clcilor c~ dn parochln do
o immctliota tloste lmpo~lo. Eu eslwro, Sr. pre· mesmo nome, c os da da S. Paulo da Lngün
sidentt', , que o honrado cbere do g:Jbinete, cor- Ver·mlllb:~, lHI vroviniii:~ do Rio Gt1mde d' S~l •
. respondendo :i confiança quo geralmente todos . Art. 2.• E' ig-u:1lmcnte creatlo na parnc~rw de
deposit:tm na rec tidiio do seu c;1r~cter, c ás e>· s. João do l\Ionte Negro outro colh•gw eleitoral,
Jleranrna que fl'Z nn ~cc r no e ~pir i lo · publico; j ti t•omposlo ,dos clettore.s da me~nn p3roch ia, 4u
ll0$!1ICÍ1tndo, ha do julgar-se feli~ 1>01' pod~r do S. Jo~e do Uortcncio c do SnnL'Annu do n10
ntli'C.,"'-"Pr n rcparmjiio d:~quella claiO!Ot'om inj us- uos Sinos, na t•crcrl!la pro\'Incio.
tiça, c.ontru n qunl reclama, retJrescnton te UHiis Art. 3 .• Ficam rovogadas. M. dispos ições em
directn dos interesses prejudicndos, :1 cnpilal ·d·) COilll'Ut'iO , .
lmperio, em n~>mc (los seus scnlimcnlo$ do OI' · Sala dos commissiícs em U de Maio de i879.
dem, da morolidndc dos seus co ~tume s ·c d•JS - Lui:: tia Silva Flo1cs.- G. S. J'lla.rtint.-
seus habitos de trabalho. FlOivmçio dt:Allreu..- Fcrwmdo O:;;orio.-Diana .
. E' eslc o llroj ~Jc to que eu.
submctlo ti con~i·
Prol·cuendo-se :i voln~5o reconhece· se não
deraQiío da catnMO (/c) • . . .
lwver casa pnr<t se \' O it~ r, procedo-se :i chn-
Requeiro pl)r ul!imo o V. Ex. que fnça encn·
tMda. O.Sr. presidente declara quo ~ vol:u:.ão
minbor CS!c projecto ti commissãode.orçamento. ficu ndindn ;
(1lluito bem ; multo be11~ .) ·
·Yem n mcs3, ti lido, julgado ohjeclo de deli- SEGUNDA PARTE DA 01\DE~I DO DIA
ber:~çiio e remr uido á commlss~o de or!_!3mcnto Enlra em di!>eussiio o projecto de rcspnsta à
o seguinte !:~lia do lhi'ono.
l'ROJ~C'I'O (i880 n. 3) O Sr. Gavião P e l::\>ol;o diz quo a
A nsscmbh!n gernl decrctn : f~lla ·do throno Ú v ma lJCQ~ do n:~lure z a ffillliS· .
. teriul e dutlhmcnte im(JOtt:mtc, já p Ol'lJG.C et~ •
At'l . i ," E' ::~!Jolido desde jà o im-posto do trnns- cerra n congratulnc;flo· de um monorchn eonstl·
)lorte cre::~do pelo urt. tS ~ i :.J 11. H dn lei n. ::llliO tneinnnl nos ro)n esentnntes do jlovo , j:i porquo
íle 31 de ol1 tubro de i871J . · t>roclnmn no pniz a politica (\o go-verno nn oc·
Art. !!." lo'icn .o govern_o nuloi'Í7.ntlo n fazer, casiiio solemnc em que o parlnmento se reune
dentro dos anno:< OnDncctros dllqucHa lei, lls pnm exercer a :tltissimo attrlbui~ão de legislm·,
opcrn~:.Ucs de credito ncce>sarias par:• SUJI(H'ir n attcndondo ris necessidade$ publicas .
fnlla de t·cn<la rc8llllanto d:~ nbolição do i mpo~ to A t•csjlO~ta :i falia do tluo~> y é, portanto, _um
si niío hotwer sobrns sufficknlcs de outrns diJCUtnl ~l\\0 do nnlUt'CZ(I JlOIIhC.:t, I}UC CXpl'tlntl
\·erbns da roceitn. nos pni1.cs li Vl'tlS ~ S:IDC\150 ou rolll'O'V ação gorai
Art. a." Flcnm revogadas <~S disposições em das malori:~s :i morchn dos gabinetes.
contrario. A lli'IJSente discussão r re$ce de impo1·t:mcio,
Sala dns !'Cs~üt•s em 211 . de Abril do :1.880.- llOt'quo esl:tmos no pcriodo de uma ~css ii o cx-
Bapti&la l'crd1·a. traul'din n ri~ , convocada po1·n fim especial, e
Entrn em dl ~cUS5iío c ó encerrntln por não :ulimla 1lcpois das signitlcativ3s expll cn~ücs do
h<~VCl' quem petlirse n pala\'l'o, o seguinte Sr. cx..prcsidcnlo do conselho. ·
T~t l :t situaç5o, em faco ilos aoontccimontos
111\0JECTO . que s~ dcra111 , no int<'l'l'~ ll o do descanso pnrla·
!81!t- N. ~Oü A ruentur, a tOllo ~ o~ espit'itos sut·gcm estas ma·
xim ~s i n ll'l't'0~3\~S : . .
A commissiio de porlores, tendo cxnmin~ il o o A <ruem a rt'SPonMhíliclndo d,~s · :~ mt·mnt~üos
projecto 11. ~Oü, que crua dous collt•glos eleito· c:ltegoricas que tl!.m de ser aceitas àtt rccu~nda~
nws na pt·ovincía do l\io G r:~.nde do Sul, nm mt 1>cln co mura ? ·
v illn de Nossl\ Senhot':\ de Oliveir:~ dn Vncwriu, Aíud:1 neste momento, dcJ>Ois dos C)(J>Iil:or;.õas
· conJtiluido com os clcilot·es (la parochin do dadas )lclos Srs. ministros, o nn te n l'ulirutln de
mesmo nome o: da de S. l'nulo da J,ag-tin Ver- ~cns antaccs~ores, pôde n camarn t)QJISIIgr·:~r ao.
Cãn ara dos oepllados - lmfl"esso em 271011201 5 09:19- Página 23 de 25

Scs~o extraoruinaria em 29 ue Abril de 1880. 47


============================~~============~===
mflsmo tempo n moç;1o de eonflança de liontem boo. vontade do povo brllz.ilciro, nceitimdo os
c a nccessidtlllo dn reforma constitucional de encargos que lhe eram impostos em nome da
hoje? . . ·· cuusa publica. ·
A'ú onde .se estende a t•esponsabilitlalle do Assim, declnrava que entre a~ novidades mois
·governo decahido na presente di,;cussiio, diante importantes i~icia!las, sobrelevav:~ p projacto 4e
do mogno documento historico, que em suas reforma conslltuc10n111, para o reg1men da cle1·
polanns o pensamento contradit ·ao mostno ção dil·octa, terminando. por estas palavras
tempo n organização ministerlul e a quéda do textuacs :
tnimsterio passado? · • A convocação extraordínarla 1la assemblén
· • O voto dn resposta ú falia do throno , to I geral legis)nliva foi aconselhada pela nccessi·
como se acba redigida, não ó de nntemiio ob· dade de rASolver dcOnitiv:~mcnle esta quesWo,
stnculo opposto á f:tlla 'do throno, com qu<3 tll'O· e confio que delln vos occuparois com vosso ·
vnvelm1mte bn de ser nberta a nova sessão .legis· reconhectdo zelo. • · · ·
!ativo c um indlrecto con_strungimento morul ao Que vai a ~:amara. hoje responder, collocod:~.
voto da catnara, quando amanhã rur ehamadn a .róra da ses.siio extraordinoria, entre dons gover-
responder ú saudação da corôa? · nos, um <tue abri n-a em nome da rerormn · con·
.O quo vai a cam~r:t dit:Dr? Que se enganou, s\itucional, e. outro que n fechnrt1 sem_refo•·ma
nogantlo a dissolução, e niío continu:mdo o in, da constltuíç5o 1 ·
sislh' pela 1·eforolo constitucional, qunnilo ella Quo se congratula pelo equillbrio un rccuiln n
propna, concedendo. 11 demissão a seus minis· despe~:~ 1 ! Mas onde esll\ esto equilíbrio hoje, e
tros, c no interesse do Estndo, conforme pcn· como podemos amrmul-o sem· rel:•lorios o l!n·
sava, exercendo o . elevadissimtt {lr<!l'ogn.liva de lanço,., principalmente. depois que o Sr. cx·m!·
nomear novos; cujo t>rogramma ll ·pl'incipalmen· ni:;tro da fazenda pubhcon n sua m:~gnn cxpost• _ .
te a rerormn sem constituinte, desistiu por si r;ão nos po-.:o~ do ~niverso~ . ,,
mcsn1a daquelln preconisnda ne1:essidadc, dei- l>ódc o mm•stcl'IO actu:~ltnlormar-nos desde Ja
. xamlo sem responsnveis constitucionlles n fulln o qu~ ha de exilcto nas compras ile c:~fé, que
do throno, r.uja resposta esta cam~ra discute 't se iUzem ldt:~s por conta do thesouro, ou .com
. Eis·ahi mals uma razão p'nr:~ quo o paiz se cs· sua garantia? N:~·by!J!llhese :1~1:mativa, pode
pánte por não ter sido lida atu hoje no p:trb· ·calcular, em ruce do p:uz, os preJUIZOS dn opern·
men~o u carta dirigida pelo Sr. prasident0 do ção, si os houve, seja verillcados ou a liquida·
conselho no chero do gabinete anterior; dando rem-se, c por conta. de que verlln corrernm'
os motivos pe\os _quaes se recusava n continuar Póde rnze•·-nos o hlstoria resumida do fuclo, em
nn reforma eneetada, e cjue de novo appnrece sua o·r!gem e consequ!lneias, bahmce:mdo IIS eco·
recommendadn na rcal>O:>tn que a cntnara dis· nomios do ll:lmbio llrtitlcialmente aUo, com ~ra·
cute. ve prejuizo da exportação em. gel'31, e p:nttcn·
Niío seria ostn cuta, Dl!lnralmente presente n larmente da Jo.voura, o as perdas da compra
Sua Magestadc, o mais brilhante commentario :i rcnlmentc car:1 't . .
peça quo n camorn disoute, ou antes, a melhor O..que dirá nlnda. 11 camnra, em refercmma a
de todns ns respost!ls ? . amortização do papel- mocdn? E' uma realidade
Não pretenllo o orador demorar o deb~te, e on continúa n fant:lsm.ng:orin das cifiCis 1
muilo menos de qualquer modo magoar os Srs. ·. Qunndo o Sr. cx·mtntstro da fatendn nssegn-
ex-ministros ou descontentar o gabinele nct1tnl, rava ao paiz que não emitth·~a P:JI,>CI-mo~n.. a
mas sinceramente v.:•se emharDçmlo, porquo cnmara nnturnlmente desejnrn ouvil· do llHUIS·
niio quer pnssul' por contrudictm·io, e em todo tcrio nctuai a olllrmnlivn de que, de[JOis.da reli·
o caso falln em nome dos pt•ineipios e protesta rada do Sr. con~ellleiro ün!}lal' }lnr\ins, . o
. peln verdade do ~yste~a repr(,lsentativo. . . Sr. conselheiro All'onso Celso não lançou n~
Não quer q'\e.se d1ga dncamara o que estH· circulnçt'ID umn só nota, :1lém dos qu:~ren\:1 mil
ritue~:>amenle d1ZU1 lord Dorby· do parlamento contos. jâ cmiUidos.
fruncel em i8~, passando lU\ reíormt\ eleitor:~! A' polann autorizada de S. Ex. corrcspon·
de um cxtt·emó a outl'O, isto é, que so deu um deu o voto ~uplo d~ cnmnra c da senndo, nppr~·
salto nas trevns. ''ande n em•ss:io .ftlltn e cassando a a utorlznt:to
Com ctreito, n falia do throno com que S. M. o para m:iis. · · . .
Jm~ndor 111Jriun sessão exlrnordiuaria de 30 A exposição de motivos, que nutor•zou o ceio·
de Outubro do anno pnssndo, :mnuncinndo u bre emprestimo motallico, não calculou ttuni.Jen1
trnnq\tillidade publica mantida em todo o lm· com o resto da emi~siío que não se devia rcn·
perlo, ns boas relações com as potencins estrnn· li.zar. .
gelrns e C! melhot·nmen~o do estado sanila~10, o A~ertada pelns circun!sta~cws, n reSt?IJSla quo .
que cDnhnh:t de esp<lcJuL novo. con8llgraç:to do se d1scuto, sem attenç.10 .a pnlayra un~r1al,
pl'O"rammO: daquelle governo o nccentuado ngra· supprimo nos dom uUimos penados as duas
ilecltnento d~ coroa pelos Cactos distínctanientc idens rundamentaes q ne ti nba. de considernr.
mencionados ~ . . · No peuultimo saHu}Jela phrase-roformn_:con· ·
A~sim, a fallo do .throno !leclnrnvn me~ecer slilnelonul-hoje díspcnsatla na ~presentnçno do
especial menção D le• do orçnm~nto, por me1o 4a novo projectn.
qual conseguiu n ca.tn~ra, msp•rando·sc ~o~ d!· · No ullimo pcriodo nem ao menos cot;lto, da·
·. ct:lmes do puro palrtollsmo, t>rover oo equthbrw
da receita e despeza publica o :i amo••tlzoç5o do couvoc:~çâo cxtrao••di1)3ria, o que porece md1cnr
quo deviamos tor dCixndo sem rospost~ o QI}O
papel-moeda.
Assim, encarecia os senlimontos que anltnn • por si mesmo desnpp~rcc.Or11 com u d1ssolnçao.
raro n c:un:.ra, nos qunes dliVio col'responder a. do gabinete pn~snl.lo, 11odendo considerar•se
C~ ara dos Oepltados • lm(l'"esso em 2710112015 09: 19 · Página 24 de 25

48 . Sessão extraordinaria em 29 de Ahril de 1880.


. .
. a mortalha de um ~overdo e a iuscripçiio fnne- sorprr.sa, qullndo o j uizo,:t~ntorir.ndo de S. Ex . a
roria d«' Ufil llrOgfOPlffi(l. · . .· re;pcito deste m<sumpto roi de· encontro ás in·
. O v olo si h~ ncióso do ormlor seria inexpHca,·el ; tc1wõc~ comuinndns enlre mhi1 e o meu digno
u:io queJ' dar .um salto nas t1·~-vas. ·· ·~o llct;a. deJIUtado pelo Mar :.nhão . .Nús procurá-
m o~· Justamente ~vil:~r essas 'tuestões o pOr em
O 8r, !llartlm Frnncl&eo:-A ca- tJerfeita harmonia os grnpus, ha pouco diver·
mara cumpro•hend~ que, embora _t·npidos fossem gentes do purtido liben•l, 1noe que parecem reu-
ns obset'Yaçües fe1tns pelo nobl'e deput:odo pc.r nidos agora no g·rancle intuiJo de sacrificar os
S. P~ulo, em relação ~o modo por que cu e o resent!mcntos p:~~sa~o;: :i ~rando obm dn refor·
nieu digno collega dn commissão redigimos u ma elelloral pela elctçno dlrect:J.
resposta á fnJln do throno, era devei' de q ll.C CU O ·nobre deputado disse que, da parLe da
i tão podin declinar, cxpô1' ã cama.ra as ra.zões c~marn, llonve renuncia de escrupulo J.lOrque a
que nos levarnm n r~digir o projecto pelo modo comam parecia quere•· abandonar n reforma
)JOr que o flz;emos. · eleitoral pelo meio constitucional parn Cazel-n
Acompanha•·oi, pois, ligeiramente o nobre de· passar pot• lei ordinnrin.
putado nas obsm·-vações guc acaba de externar. O Sn. .GAVIÃO PEIXoto ·: -Eu. referi-me aos
Perguntou o nobre deputado por couta de escrupul o~ da corô:l.
quP.m correr;im as· alllrmações feit.a~ na respost" ·
a rnlla do throno. O Sn. MART!ll FRANCI~o :-O que nó~ que·
Eu direi que conem por conta da commissão remos acima de tudo é que se ruça a reforma
que as formulou e por coatn da c11mnr~, · si us oleitoral, e qua(!lo mais depressa melhor.
aceitar. O que temos nós com o. mudnnça de .Quando nos. votamos n fnvor dn rerorma da
governo, quundo a camat'll fallrt em relação aos cousliluiç:io, como meio de modillenr-se o nosso
d1vcrso~ as..qumptos ~ujeitos no seu cxamo, ;;e- systom:a deitnrnl, fomos levados. pelo receio do
gun_do lhe dila a ma consciencia ? .não conseguir do s enndo ess~ grnnde medidn,
o Sn. GAVIÃO l'EIXOTO:- De quem é res- a seniio pol' esse modo. .
ponsnbilidadc consLitucional 't · . O senado, porém, declarou que não queria a
reforma [li' )O meio constitucionul e portnnto nós
· O Sn. liAntl!ll: FnANctsco : - Em primeit·o vamos tcntal·u pelo meio ordinario, o que sem
Jogar, da commis~üo; e em segundo lagar, da duvldn deve agradar muito mais ·ao partido
CaJl'IDra. liberal, porque l•Ssim se poderá razer u reforma
o Sn. l\lAnTrNno CA~tPOs :..;.E do go,•erno m~ls . rapidumentc. Si afinal o pnrtido consor·
vador não CJUizer n refvrma p ~lo meio conslitu·
actual, si aceitar 11 resposta. ·
O Sa. AIAnTtM FaANcrsco:-Eu chamo a nUcn; cionnl, Ut!lll n quizer pelo meio ordin3rio, será
·preciso pclwtr então m~du~., men te no modo de
çiio do meu distincto collega par:~ o fnelo de resolver a que ~ tiio.
serem qMsi todns as diversns questões, aventa- Até agor~, purcm, ncredito que não ê possi·
das no fntla do throno, de natureza neutro. Qur. vcl poli tira e moralmente · que o senndo so
influencia pó~ c exe1·cer no politica · do paiz o queira constituir em obstnetilo n uma re-
nosso mO<lo de apreciar a maior ou menor in- forma exigido pelo maioria da opinião publlca.
t.en~id~de da epidemia dur~nte a quadra s'ani· (Apoiados.) Eu QUero J•rosenciar o facto para
tarin poi: 11ue acaba de pasS.•n· o Imperio? Que me ccitvenccr de l(lle eston em ~rro . Atô
grnqde inlluencia pôde ter o no~so modo 1le oqni nutro no espírito espe1·an~ a s do quo o se-
a~reeiar ns obras .de canalisação realizadas nn nado, mesmo com a organizaçi!o tt)I.e tem, mesmo
cur\e 1 . . com os elomeutos consel'Yadores que possue,
O Sa. Gw1.:i.o PE!X.OTo:-En não fnllei nisso. 'll\C nem ~empre· se n~>gam 3 todos os melhora-
(1 Sn. MAnTlM FnANCitõeO:- A n5o sei' a l'C· m~nlos, quo n civilis.'IÇào em SilO mnrt~hn exige ;
forma l'Onstitucional. todas as outras mnterias acr et!ilo I)Ue o senado, coon e&ses uie~m os ele·
dn •·e spo st~ a fulln do t!lrono, · ~r nós rormu· menlos, hn de convencer-se .de que tt clei ~:~o
lndt~, uüo t\)m innueneia 03 poluicu do paiz. . di1•ecta é uma grande o spir:~Çiío do p~~iz, á qual
n:io c pos~ivel mai; resistir. (Apoiai/o$;)'
O Sn. FELlCio nos SANtos:- Apoiado . Silo o nobre depul:ldo disse que parecia haver
chop:~s. se grei! o na não public:.çiio da carta a ·que se
O Sn. lltAnTm FRANCisco:.;_ Assim, si n ca· rcfel'lram em sua exposi~fio.os ministros do ga·
. m~rn entender que o modo por q_uc respondemo~ blnete actuul, carta dirigida pelo Sr. couse·
ú falln do throno I! nceilavel, nao terá mais do lhelro.St.ll'niva ao Sr. conselheiro Parnnai(UÚ.
. que approvnl·n. Eu c1·~io que não l)todc sustentar-se <JllC hujl\
C o n~•deru o li11bre doputado a resp~~ta à falia . <JU~lrtncr segredo .n tnl respeito, dc.hde .1Jue o
do throno como um obst~culo ao motlo por que o ~IHOl' da cnrt:\ d1s;:e -• 11udo pullllc..~l·o-• e
A"overno actU:tl, que parece ter 'lunsi unani oni - m ni~ ni1•d:1 • ext>onhn a sum1111l da e~rta .no
d(ldc, si não nnauimiclnde, n•~~ tc recinlo,e n qncm IHII'lmuentn. • A carl~ continha l'S [Jens:•mentos
to1los 111\s pretendemo~ · :aixiliur p:•m· l) ltc se sollrc os qual'S u:•o . guardou reserva o Sr. ct.m··
desempenl:c do g-r::mdc dt•siderntull~ da reforma sellwiro. Sar;tivn. · ..
oleitur~ l . sobretudo ctn oleiç.:io ll iroct~ e di ~tric· Dusdc que 11 autot• da c:n·tn revelou no re·
to~ do: um deputado, n cce~sid:•de sentida !tCI'al · cin to du [.la l'l~m c nto o que uell11 se continha, é
mente no pai:t : con$ide•·n o nobre de llUt.~do a mnnirc~tu que clla foi de ftlclu public:1dn .
rospo~ tn ú f:llla ilo thl'ono como um oiJst..'lt!Ulo
11prcsentado ao ~;ovcruo. Digo, com rranquer.n, O sn. GAYtÃo PEIXOTo: -:-Pude bnve·r algum
!lO nobre deput..1do I[Uc- senil uma verdndcirn pOtt •SCI'ipiUIIl; ·
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 09: 19- Página 25 de 25

Sessiío extraordinaria em 29 de Abril de 1880. 49


= = = == = =
· OSn. llintiMWn.ú:c•sc··,: - Com çet·tezn o Sr. Ora nüs aci·cdilamos que neste tO]>ico fomos
conselheiro Snraiva não ·nutorizn.•·in a J.>Ublicaçrio echo das op.ioiiies da c4I!lura dos dCJlUiado:;, onde
<ln t~rta, si clia não se JIUdesse publtcar. . predomin..1 a illéa de fazer 11. reforma eleitoral n
Disse aiuda o nobre deputado que nfio sab•n todo o transe. Não podiomos entrar em questiio
coHlo havia 1le vot.,r UD •'esposta ú. folia do de detulhes, llOL' ocensiiTo de formUirtr n resposta
throno, sem ineohorencia. Ora, como eu disse, á faliu do .tltrono ; o rrojecto st.r;i bre,•emon te
grande parte dos topicos da resposta ti falia do disculido e então o examlnaremos · minuciosa·
trhono, .nós os formul;unos versando soiJre ma- mente.
teria completo mente neutr~, de modo a ililo sus- .Q Sn. G.>.VJÃO PEtxo1·o:- Neste ponto fica a
citar divergencius. Assim o nolJredcpulado püde pe•·gunta.sem resposta; não ficn grnmmoticul. ..
votar sobre ella sem receio de que c seu voto
influa nn mrircha polilic:~ do 11aiz. 0 Sn. i\IAnTut FRANCISCO . : _;, l'~:rduc ·me,
:Mas, •to auto á ultima parte da resposta á falla · V .. Ex.. sabe, CJUe o governo niio co~s~, ·CJUe o
do throuo, quP- versa sobro ~ questio da re- governo eonlinún sempt·e, e quando nós •·Cdigi-
. forma eleitoral. estou .certo.de I{M o nobre de• mos n nossa resposta, torm\mos bem evidente o
putndo niio terá .dnvid:~ · :~lguma em Yotal·a, e pen!iamento da ramarn de que cumpre a todo o
nutro a grata esperança de que S. Ex. niío hc· transe faze•· a reforma.
sitar:l em acompanh:ir a commissão, porque e~;se. Senhores, cu maniresto :1 vontade <le que
topico, comojit disse, refet•e.se :i reforma eleito· ponhamos de parte nossas dissidcnci~ s ll:lssadas,
ral, que é a principal .1s(JiJ'nçiio de todo o par· pnra tratarmos de traz~r ao re~i~to l egisln~ivo
a nossa vontade .energ1cn e dcc•d•du d•) l'llahznl'
tido Liberal, e, como contlimos o nobre. de]> olado a rerorma eleitoral, que o paiz exigl', p~ ~~ nndo
entl'o os mais cxtrenuos liiJ~raes de~te pniz, é depois n tratar de todas as outra~ rcform:•s d r.t
·evidente que S. E:<. não s:J opporá n essn p~t·te pi'Dgrnmm:~ liiJ~r:~l ; c alim~nto a g l';~ta 1·'51J.ornnta
<(Ue consigna o desejo da realização de umn de que neste terreno, alem da \'Ontado sincer~
iâea rommum a todos os liberves brazileirrn;; e da cnmnra dos Srs. deputados, eu encontrarei
por isso sustentará o projccto . Jà a diminuição l<tmbem a do meu distin:cto c.üllegn rcpt·csent:mte
da idade,:jâ n inclusão dos acatholicos, j á a con- da província de S. Paulo. 'l'enho. lOI'tninodu . .·
cessão do dit·eito de voto aos libertos, de tnodo (Alt1ilo bem, Jlettilo bem.) ,. ·
mais 11mplo do que .tinham até ogom pela lc!:is-
lação vigente, são todas idéas liberalissimas, que · Vcin á mesa; ê lidn, .o.polodn, postn cni dis··
não podem ser impugnadas pelo nobro depu. cussiiu e encerrada para ser depois votuda, a
tndo, n qu~m temos a houro c vcuturn do contar seguinte .
• IHJS nossas nteiras. ·
O Sn. GÁviKoPmxoTo:- E v:
Ex. conhece
.. minhas opinil!es ; o _anuo passado discutimos.
.El!ENDA
.Lamenta a c:~ma1·a que o estado ~anita.l'io da
O Sn. ~IAntilt PnANcJ~o:- Fez onobre de· capital do lm)lct·io, sntisf:tctorio no abrir-se a
put:1do, em conclnsão, algumas conaideraçõe~t sessiio cxtt·aorainaria da asscmbléa gcl'al, se
. sobre a gestão dos negocios d:t fnzendu, sobro houvesse posteriot·mento nl\eraclo, monirestan•·
. a compra de c;~ffi c outros assumptos financeiros. do·se a e)Jidemia da. febre amarell:. qne infeliz·
Ell .não ti conl).rmadn pelo governo ·ll noticia mente ·runda nõo eslti de todo e xtinct~ . sen·
de que se effectuassem esS<J.s comprns do cDfé, do .de cs1>erar que ·breve· o esteja em eonse·
nilo sei si I'Caliz~ram ou mio. quencin de nboixnmonto da tent]lel'nturo, como
costuma acontecer nesta épocn do :mno. Conlln
F~llou-se na itnpt•ensa ~esta nssumpto, mas n eamarn que o governo lffiJJOriol conthmurit :1
O facto nno foi conllrmndo JlCllO governo. eml?regnr todo o esror«;o pnra o m~lhornm~nto
MGs ·na discus~ão dos orçanlcnlos podemos sontlorio <ln c ~~~de, c er li que pnm tão impor-
trntat• mnis· curinhncnte deste o~sútntltO e o tante rcsultudo muito contrlbulni n conclusão
nobre ex-miuiftro da fvzenda, que s:~IJemo s niio dos ll'llb:tlhus de cnnnllsaç;io que se estão execu-
6 pooo nas discussões, IJOder:í t•espondcr satis· tando .-.Vurlirn Fl 'tmci!C'>.- f.',~rnço llo Sti.
fnctot·iamentc ao noln·e dct•utado no senado, c O Sn. t•ns~IDSNTE · d ecla ra que tendo·so c~go ·
neste recinto o nobro de!lllt.ndo cucontrnrá guem til do a :i.• pm•to do ,ordem do dia, voltava·~c ;i
defonda os netos do Sr. consellleit•o ·Alfonso Pl'imeil·n. · ·
Ceho. ·
O Sn. G.t\' l,i:o PEIXOTO: -Em todo o caso Entro em disc.
u ssfio c é cncel'l'ado sem debate,
niio pódc hlwct• equilíbrio nnancoil'o. pnt·u ser. votodo nn seguinte sessão o ~eguinto
O Sn. MAtiTI~I FuANcJsco :-E tt niib Mio que l'lll'll~t;'L'O
póda lu1ve•· de commum entre este exame de
detalhes nnancciros o os diversos lopicos da 1879~ N. 307
talln do ll!l'ono, que n olles so não rerol'em.
·o ·sn. GA\'t~o Pstxol'Q dá um aimrte. · A ·. commis$âo de :.~ssemblêas pt·ovinciaes,
tendo exnminndo o projecto dn assl!mblén le·
o Su. ~lAn-rm FllANCisco :-Estlls questões, de gisl:~tivn dn provincia do Rio de Ianeiro, de O
qu·J tratou o nohl'e cleputndo, pertencem pro- de De~e mbro de !8i0, qne nutoritou 11 concess5o
p•·imnonte :i di $CUssiio dos orçamentos. do melhoramento de rerot·ma do i . • sorgcnlo
o nob1·c depttt:Hlo arguitHl(IS nfinnl de hnvcr· do respectivo corpo policilll, Arnaldo Luir.
mos saltado por cima da !JUeslito d:r reformn Zigno, o não reconhecendo proccdencia nns
constiluclonnl. rnzões pelos · qunes não furu o me~mo projecto
,.01110 1.-i.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09:30+ Pá gina 1 d e 6

::JO Se~são cxtraordinaria em 30 de Aln·il de 1880.


~unccionado, é de p~re~m· tluc.scj<i udc)[llado o teoncio de c~rvalhn, noJrigucs Junior, Olega-
seguinte proj,,•cto; rio, M:llhC'h·o~, Theodomlro, Sour.:~ Can':tlho,
A ~s~cmblén gcr{ll resolve : Almeid~ Cotttn, Scr~ío de Castro, Prist:o Paraíso,
Si i v-ei1·n de. Soma, Cnnwrgo, Florenrio do Abreu
At•L L" Esla no caso '!c sH snnceiomdo ·o e Flore~.
projcdo da ~ss:•m1Jl, 1 a provinci~l do llio de Ja.
nciro, pelo !jual foi ~u.lorizatla a come~sãn do Faltnram com Cntl$~ l'at•ticip~d~ os Sr$. Vran-
mclhornmcnlo de reforma. ao .1.'' sargeulo do t·i~co_::lotlre, M;llo ,c ~lv~m. lllot·~i!."a de.D:II"r~s;
corpo 11 olici~l Arnaldo Lu:z Ztgt~o. . Morctra ~~an(ttu ~. s.• td~nl~;~ 111.~1 ~uho, c s?~l~
At·t. ;;!,o llc·.-0 .,,1111 .se a~ dtsposwue~ em cou- e.lla os .Srs. ~mrwo . ~!muda ll.trboza,.Atttc
tr~rio " · lltano ll:•galba,!,:, Beltt·ao, llclrort Duarte. Bc-
., • . _ <!" , zena Cavalcanti, n,~7.L'l'rn do llli!Ul'l.es, Conto
~:~r~ tb~.c·~mnm~ur s em .•" ele. S?tetnbro de M:~galll;l,,s, Costa Ribeiro, Dnnin, Ui:m~. E(J:•mi-
18t!l.-Sn·glo dt• Castro.-Joaqtmn. Tt~t!ttr('S. I no1;d~s i!c Mullo, Fr·:·n~o de Altnoidn, fo'reder.ico
O Sn. Pm:MoE~Tl> Jl:dnra t'sgolad:t a onkm do Bcgo, Fabio llci8, r;'ídcfi~ Botelho, . Fernando
dia, e dú 11 ~ü~ntinte PDL'O o t.lí:t :JO: Osorio, Ga\·Wo Peixoto, Ignncio!\Iartins, Ildefonso
de Araujo, J(•n!Jlli m UnlvC:~, Joa•Juim Serr:~, lon·
quim 'l':!Yat·~ ,., Jose l\Ia('innno, Jct·onymo Sorlré,
Votnção em L• discu::são dos projecto~ m. 201.), Lai1, Fl'li[lpc, Louren~·o de AIIJtti]Uerquc, Mnr-
30i c I (rnUn do thronn). colínn ~bura, Mnl'ianuo Ja Sit v:1, illello Fr3nco,
i." discu~~a•J do Jll'oj~el'l 11. :_;o[i, sohre a Jn- Manoel. de Uag-ttlh~es, Sínval, SoLtto, Sigismundo,
So~rcs Bt•atúlilo, :Souw. Lima c Silvdt'3 Martins.
bil,H·~o de Mathi;~,; losé Teixeirn.
1.: dil:J do de 11. 272. sobro t'efurma llo .\o :ne~o·dia o Sr. pr·esiclent.c d•~dn•·a nbcrt~
2. o cndctc Este rã o Pinto Luz. da 3 scssuo. ... - · - -
2:• P'li'/C (titdT·-,;0,:(-;-;j,i a.;;;s) . . - ·--.. E''liiln- c· npproviiêti1Tactu -du sessão nu te-
cedente. .
2.• tli.•tllS>ihl uo projecto n. tiG A, mbt·c d:tmno O Sn. L" SECnllT AlHO dit conta do seguinte
c sinr~tro.
EXl'llDmnE

Officio do ministro da agricu!ttua, de :29 de


Abl'il Cvl't'enle, rcn w tt~ndo os pa[Jeis relativos (t
proposta f>.Jita por Willíaru Derby Benller, pura o
Scl!l!<lào mn :ao de Aln·ll de 181!10 n;ta!Jelecimcnto· de LIIJHl linll~ do varJot·es mcn·
sm•s Cllll'C Canud:l, E~tndus-Unidos e nrl\:r.il,
l'flESJUEi'iC!A DO sn. Y !~r.O:SDE ug l'UADOS tnedinntc o sttbsidiu do IOO:ouo,=;- pot· nuuo.-
SUHIAIILO.-Ewt:,ts~n:.-l'r~ja c l o .-Oll~cr.otçuo8 " t•o- A' C\llllllli~são dl:l orçamento. ··
IIUeritncllk' tta Sr. Pt·~ulo Pu11un1el. :- Oll.!tr\'atGr.- s (! 1'1:!· Heqttcrimcntos: .
queri.IIH!nto Jo Sr. co~t.-~ :hl'\'~llG.-Olls.t~r\· aci>o ,-,~ rec)U~­
rimculo olo St•, 'l'a•·:\1'0! UclfuJ't. O~>l!t'l'"çJ~; t!O Si'. j)o cousdhciro Dr. Domiugos de Araujo e
miui~lr"' dtL a.~ ricullnl'a.- l')!mrt:ll~.\ 1\\.lltG u,\ on u1:~1
OtJo t>IA.- lJiscn:::s:·•o . !la rL'SiHH.ta :i t'aiJa do tb rcmo c SilY:~, lente ct•thetlr:t\ico dn e~cola polytechni(Ãl,
{'ltJC' n lta Ll:.l c~~nllli~~;'i:o.-. -t.u !l i~ctl:S~ão .•li) (U'(.Jjcf'lo pet.li ndo a decJ·eta,;iio de ftunl•Js pura . o {lnga •
Jt, 2·~ ~l<! HVJ.- l.:~ J.IS(ll~ s• ~o d o IH'UJc.;L!JO n. :IUü 111cnto do Jll'cmio !JU<~ lhe foi mnrcndo, rx-vi do
tli' l~'it~.~SI~(..t:.SI•.\ .,.,,nr.: bA onrn;.» oo nt,\.--2.~ (Ji:.n:u~~iio
,\o proj1! 1!\o n;. :•~i A ~1~ !~i~l. ·&mc-n ! l;t~-ni.~~IMS~u. do <lcct•et(l de ':!ü de Auril do i8i4. .-A' commissiTo
Suu..\lage~ta' c o ltulle ..·;u{or .i dcput:tçü:o. !le or~nmento. ·
De Vicente (]c Pnula Viçoso Pimentel, esltt·
A',; :I llo1'n~ da m:illlt5.• feira ~ chmu~tln ,nchn- d:!llte do plwnn:~cir~, pedindo pm·n fnzel' cxnmt•
rnm -'e JWcscnLI!S os Srs. Vbcollt.ll' de l'rndos, do t.• anno mcdieo, tlqJUis tll• ['L'~~IUI' o do ai·
<.:csario Alvim. Ah'es de Arnujo, Cosi:! Az,•vc· gebrn. -A' eomini~Bão de instrucção publicn.
do. Dasson. Vil'inro do !llclleir.,s, lleil·n de V:.ts· De 'fnr<u'c; & Comp., pedindo priYih•gto por:~
coÍl ccllos, ')[,noel Cm-h.os;· Hórtn de Araujo, a emprer.n !JUC prelcndem orgonlz:tl' pm·a o for-
I\Iact1do, Affonso J>cnn:t, Cllndido de OliYeira, necimento de objeclos rcl~tivos no s~l'rico dos
Hygtno Silva, Manoel EL\staqtüo c Mn1·tint llran- . ente 1-ros nn eid••dc tlo I\ LO de Jnnct ro. - A'
cisl!o. commi~süo de commercio, ind~tstl'ia o artes.
Comr>nret'eram depois da clwm~dn o:; Srs. E' lido, j ulgndo objocto de dclibernçiio c re-
Franco tk ~(,, 'l':wll.l·es Bdt'orl; Ft'anklin Dorin, mettido ~s eommissões de fnzcnllu e justiça ch:il
Frei~:~~. Jo3o Brigido, SIJUZa Andl'~!ll'. r.il!ernto
o ~cguiute
ll11rrozo. 'l'hcodot·eto Souto, Ar:tgttó e ML•IIo;
Set·aphi<;o, Jo:oquirn . Nnbuco, Esperidmo, · fii. l'fiOJECIO
beiro ele Menezes, E,-pin•lol:i, 8ar;io da Estuncin, A nssembliln geral resolve:
Pl'n1lo Pimentel, Monla, Rurt•os i:'imanLel, Zama,
Fred('ric,J de. Almcidn, Balcão, Ferreira do Art. 1. • Na dcs(l[>ropri~cão de 11redios o ter-
Moura, U11y Bnrl1oza. Hodolpho D:~nLns, Augttsto renos t1eces~al'ios pnr~ os obras d:1s oslrndns. de
franç;~, Azutubuja 1\leirelles, l~r:~nça Cni'Vnlho, fet·ro J Jerlencentcs uo Estado ou pot· cstl! ndmi·
Andruür, Pinto, ll:tptistt~ Pcreir~, Josá Cnet:mo, nistrn n~, ~erão ObFen-~d:ts as di$posfçüe~ dos
Freitos Coutinho 1-'elicio dos Santos, Carlos Af· dect·etos ns. 8H> de to d~ Julho e fõlill. de :17 de
fonso, Cot'f(\<t llnbello, Gnlclino, Lar~vcue, Mm·tt- Uutni.Jro de !8ii5, com n~ seguintes modillcn~uo~;
. nho C~mpos, l'onm~u. Theo(lhilo Oitoni, Ahr~lt ~ l. • O proce,so da in1lemnizuç1io sertt pl'O·
e Silvn, Antonio Cados, Antonio de SitJUdrn, movido IHJI'lllliO ojlti~ dos feitos da r~zendu, nos
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09:30+ Pá gina 2 d e 6

Sessão extraol'dinada em 30 de .:\.hril d9 1880. 31


le.rmos da Jcgisl;w:io em vigor; ~endo os arhi- tari,, por mim expetlida e aquella expedida Jl('[o
lros, para nvalia~iio dos dito.; pre(Jios c lOI'I'cnos, meu· :1 ntoc"~·'or.
nome:1do.~ ; do as pelo pro[Jri et11rio ; dou~ pelo Qu~ndo cheguei :i provínci:l de ~li nas e~tavom
procuHHlor· tio~ feH,:s e o quinto pelo juiz. concluídos os f~ctos occorridos na Jnnuo1"i:!;
§ 2. " o :Itle~tauo a que Fe t·er,•t·c o n. 3 do o diguo vice-J1rosi(lent<l meLl nnteces~or lta·
urt. 4.• do referido decreto n. ltiG(l. ser[t :~ssignndo via d.1doas conv•!nientes P''OI' irlcnci~~ ; tinha
pelu direclor ott t!ngeHhcirn Clll chefe. exp~dido nmn forç-a de linhn InuniciDda e pro-
~ :! .• Uma. YC7. homoiO!.!ada a sentenç.n m•bitrnl pal':lll:• para combater os ~s~alt:int c s, e esg;, força
Jlelo .i uiz, munrl:~l':i estn dar JlOsse da pi'OJH'ierlnde so achnv:t e.m caminho. Po1· eon>erjnl'ncia r>U
ao Estndn, que p:Iglll'Ii H imt•ort:lltcin :1Yalinrla nndD mni~ tinha u faZ•!r do que ~l!"uard:<L' es
ou a depo~iHu·ü, no cDso de havet· appclbçiio resnlt~d[)~ dess~s providencias. Achei pm·êm em
da sentcnr;.1. ~ndamento o [ll'fiCeS$0 a qtlc havia ~ido stliJmet·
%!L." O rendimento do prcdio n que !'.e rn[ere tido o c:~pilflo do cor po de paliei~ c~mill o Cnn-
o ;u·t. {:J do me.,mo tl•'crclo, ~t,rú o liquido, dido de Ldlis, o rJtml, di~ia111 , tendo urna· forra
r1epois de dt~dtuitla n illlporl<llll'ia da dt~cim~ e o ti sua dispoôiç5o na ,lanuarin, l:nvi:1 abnlHlonado
(le outro~ onus u qu~J t> pl'Pdio c~th·er snj••ito. r~sn cidmlc r.obardmuent,,, deixando-a ent1·egue
Art. 2. • l?kam rcvoo;tldn~ os disposições em nos :Issaltantc~. O di:>nr' ·'I'ÍrC-lJL'esid"nle m:m-
CQ n t mrio. dúra si!\Jmctt,:r c5se o!11cii1L a con>cl '.o t!a in•
Snl~ cbs ~cssues cni 30 tlc AIJril tln 1880.---, ve<tigaçUo pelns rund~•nentos cx::.r:t(IO~ na por-
0. JL de: A'JUino t' Ca~iro;-Lcr[a!;ette Pt•1·eim., n. t~ria, que len no se:,urlo o S•·. sen:Jdor .lo:t(tnim
Dolphino Ribeiro dn Luz._
O Sn. PnESI!lENTE:-Dovo preVt~llÍI' nos Srs. rio·
· pulados que têm de eompGI' n tlt•pnlaç~o que 0>. fund:unenlos dessa [lOt'larin ~fio os se-
gnink~ (I ~} :
llevc il' no p~ço lJOje, tJue ti i hora da tard-e 8e
-~-realizará l'>'~U ·commi;.'S11o~_~... - -~--~- ·- -· · - -: E comu-d-:ts-pnrttcipu:ç5.~s-fl1llr-imrcâlí$IT~qlêe" __
__
cste$a.CQntecimmlossliodevülos tm rll'aud•• p(H'le uo
o· Sn. l'n,\no PIMI~NTEL;- Requdro n v. Ex. C.11Jitilo do corpo poliriol, Cnmillo Cauditlo uc
se digno colJStlll~r n cnnwrn ~obre si me con- Lcllis, pois que tendo il ~n .1 di~poskf1o · n tna
(Cde de~ minutos de urg:eneia 11ara fttnt.la- rorçu de cl:rcn •.\e SO p1·ar;a$, :rlem do nnxilio do
menl:Ir um requerimento. povo que estava pn•lllplo pn1·n resi:Hir, ;rlmn··
Posto :1 voto~. 0 requerimento é ii[IFOI'ndo. donoll o ~eu pus to, vindo (!ara ~ Ctlpiwt e <'Spa-
lhnndo o lel'l'or na ~u:t pass<~!.'OIJJ JWia cid:1de da
O s ... P•·~do Piinl~n:teol:- S•·. p1'C - J;rnWJrin, de Ynlta de uma dilige:~cia :. !JltO Li-
sidCI1tc," botltcm me nvis.ll'am rle qne o nobre nha iilo, :• ponto tk se YCL'Cm os re<pcc t•vo~ híl-
senniloi· peln. provinch1 d"-~~Hu:1s Ger:w~, o bil!tntcs c tudus·:ls auturidtldes tHl durn eontiiJ·
S1·. Joaquim DelJihinn, tinh:J-sc occupa•io no g·enda de ~:1hi•· d'nlli :qn·css:nlnmente IJ(lra
sennrlo de fMtos relativos ú minha administrrçii.o liYral·em~s·~· dn ~anho <los malreitol'cs, quando
naquCJll:~ provinda, Eu uão tinha lido :dnrln ;1 e.<~ÍI vurilll'ado t]llll o tllllllcro destes uàu cxcc·
f01·tunu Ü\l·ler o discurso de S. Ex. ; prnetlrei·o, diu de trinlll. • .
li-o. e, ~pezar de mr. nehnr ho.ie tuu pouco in- Eu na minh:1 portaria, tendo. em vista o con·
cornmodndo, nuo pude rleix:rr de dnr pronlpla sclho dll invc~ligar~o, absulvi os~c t'llldal.
ro!'.postn ao discurso •lo noiH'e Sl'n~dOI', ]lorquo O Sn. Cos·rA AzEvEoo:- E~ln\·n no seu di·
me pnreceu qtte i3 nisto uma (jt\C~Hio de digni· l'!lilo.
dnde.
o nOI.IJ•(J senadO I' peln JWOYincia !l! )li na$ Ge- o Su. PnADO PntF.NTI~r.:- o~ fnllltam cntos tla
rncs julgou ver contradk1,:~o onlrc ltnl:l port~t·ia minha purlnrin Cl'nln, alem de outros, o~ ~o:;uin-
[lor mim I.');JlL'dilta e ontr:1 ''X[J!ldi1la 1•c1n num te~ (lt:): ·
anlec··~sot·, o St·. viec-prt•,;idontc Sanl'Auna, n • Cnnsitlcl'nndo, rJttC ca pit:io Camillo Ca~ul i tlo
re~peito <k um tJI'Occs::o n f]ttelinha sitl'o sub- th\ Lellis rH~~eutml-$r' du dd:1dl1 d:t lalHiliJ'i~ CO((.-
nwttido o cnpit~o d!J co1·po d•! policin, im[llitmdo yirlo l!tJI' imp:•l'io$t~ w•c,o.~sid ulr!, t•islo tr·l·~ riiCOII-
nos ncgocios dn Jantwri:~, ~o~ quacs 1110 paro!ce tl'adu rdl(tmlol~t~.rirl JJOI' lorl •s os .~r·u.~ fl.rtlnlrwtc.•s c
que n cnmartl ~o :u:ba bem infot•rmida; c disse o Nlo Po~sutn nt;NtçuJ~s. roem viveres p:n·a a [lC-
nobr(l scn:1düt' (JilC um dos •lous ~llo; funcc io· quenn IOI'l\:1 dll trinta e seis pi'Cif'CI.~ qne o :1com·
narios tinlm faltado :i \·ord:ule, ou cu, ou o di· p:llth31'0;
gna vice·Jlresidente d:t Jll'<Wincin. • Considernmlo, que, nssim dr•SJll'ovirlo d,! 11111-
Gertamente 0 uol.lre sen:1dor não me C\luheee, niroes e de ~-ivcre,, era-lhe illlpos~il'l\l resistir
nem conhece no Sr _ enn~go Sant' Anna, porque oô !JI'Irpo r/e cl'imi,osns. que se ilirigin n invmlir
si nos ennhcces~c, havia de snhct• que nt'rs mn- H Cidade. o JllUI al!.rUUS M':t[I:J tn em q'latrure,ltos
. bos somos incnpazc~ de faltar [1 verd~de ltOtliC"s, oU!I'Os em (JOlli!O mais de tltt::cntos, mas
(Apoiados.) qttc. cin todo o ca~o, t~t·a muito sopel'inr em
nurilero t\ fo1-rn 1 olici~l. ~ se acha\·a l'nulelo~a-
0 Sn. CANtliDO Oli: OLIV.,mA:-Netn ha contra· mente pr()p~ratln pat•n o criminu~o n~~itlto .•
dicção alguma.. Oisse o uohro senndo1·, !JilC lia v in eonlrMlicçiin
O Sn. CARLOS AFroxso: -Eu creio ~ue ha nm entre n pnrtnri~ .por mim expedida, e a port:u·ia
meio termo; quem 11~0 viu a verdade r,1i o no· expedida pelo digno vicO-IJl'~$J~len~o.
bre senador. . o Sn. CARJ.O~ An·oNso :-E'bom razct·no\nr
O Sn. PnAno PnlllN'rF.t :.-Vou proYar que o q ne o CllpitilO r.n1lii1lo linha con~nmido toda a
n~bre sem~dor esl:i em comploto equivoco, c mnni~·lin, t1•ntnndo impedir (jtle os s~,Jtc:tdores
que não h:1 contradk•;fio nlguma entro a llOt'·· , dtcgnsscm ~ J~nunt'irt,
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 09:30- Página 3 de 6

52 Sessão exknot•dinada em 30 de Ah1·il ele 1880.

o sn·. Pn.\00 Pt~IEX'TF.J~ :-Tratllfl~i dC:>l c 'ponto. 'pessoo impOI't:\1\lc, em J(UC slio deseriptos 3!JUCJle~
o ·nobre ~en:t dot•, como dizia, noton contra- racl.o$ com côres horroro~as . .Ni\o s ~ i <JUCIIl é o
di~:iio, 'em primeiro · ti•g!!r, porque cu di!t..<et-a sigoalario desta cart:~, m::~s. pelo sen contexto,
quo h•n·i:t triutn e seis tJI'il\:as c o vice•J•resi- me Jl:lrece, JIUUé do me.smo Cassiauo, delo;;-ndo
ttcute· que havia oileola; em ·segundo Ioga r de pnlieL1, porque clln revela o empenho em
porq uo ett dissera r1uc não havia munições:no exagot•ar a •·espon~abilid:ulc do capil.üo c~ millo,
pas~o que o Yice, presi<leutc declarara estar a c em diminuir· n forç~ dos invasores. · Dem diz o
ror~:o JlerreLtamcutc municiada; em tcrcci.ro rifão, .que ó mais facil apanhar um mentiro~o
ICJgnr, porque eu diB~Prn, rJU<l os uuicos doeu- do que um coxo. Veja V. Ex. Nilo lca·cí., e:utn
mcntos que se achavam no prOCl'sso, et•nmt•ortas pnm niio f:ttigara camara; m~s toru~rel salientes
particulnrcs. ao pa~so que o '4cc·JJrcsidente se os ·seguintes J)onlos : uo Jll'incipio, diz o infor·
rcfet'il'a :i t1 oc nmcnl~s offidaes. mnntc, que os inn\sot·es eram em unmet·o de
:\iio lw,-:St· . Jjt·c~i•lctüc, c.ontradicçflo nenln1ma cincoentn c lautos . homclts r depois, IJUc et·am
· em · tuuo ISto. os documentos omcl:t~s a que se quarcnla. Do~tes qu:~renta , di;r. ellc, morrer.:tm .
t·ercriu o vícC·Ill'l!Siucút•! d:~ 1worincln, sito c.1rlas al"uns .· atacados por um cidadão brioso, um 1111
csct·i pl:~~ polo delegado de policia d~ Jnnunria,. Eduardo ; o nt>ezar de lerem morrido nlgun~
C::~~siano do l;ol, ao chefe de policia, e DOr eSlC dOo quarenta, ólSSC,'Cl'll., que a chia LI c da Januarin
re~iwtlid:~s :i pre>it~cncin lia prov i ncin. I.lor con- roi innHliun por sé tenta e tms. (.ijiso .) J<i se vê,
sequt'ncia, o "ico-p!'esidouto dn provlncía teve que r.stc ciclod~o impoi'lan!e, coja cnrta o nobre
razão em cham~t· docum~ntos omci:ws úl]ucllas senndor l!m no s ~un<lo, ú um rctln ndo mcn-
cnrtns, pois que lhe tinham sido tr:.~nsmiUillas Uroso.
olllcialmente; c eu tive rn1.ão em chnmat' es~cs O Sn. F.t>LICIO nos SAxTos:-)lão' l•m n nssi.
documentos c: •rta~' pat·ticularcs, umo YC?. I)UC gnatura da carta ?
. nUo cr:im Olttra eou~;t. N;ls, senhores, tudo asto
-p-r~tntil'liT<t lu ilo i.lenf!!':illõ:-ué-tio"""'ac"'•"'n~n=-+-W:ffi..~~oo-P-r~-G'!ri-!"'liia.
J:muari;~. Foi ellu rJUem itiduzilt em eno ao O Sn. FELrcto nos S.tl"Tos:-Isto dá :1 mor ~li·
. vice-prcsiLlcntc, dando iuform:~çüos inoxvcl:ts. dado do docnmento • .
(Jtpoia!los.) · · O Sn. l'nAoo Pt\IEXTEJ,:-Er nm ciu~oentn c
Em ()l'imeiro Jogar, exagerou o numero de tantos os iuv:tsorcs ; . ficaram dép1Jis qnnt·cntn ;
praços fJUC tinha ü sua disposição o capitlio Ca- mot·t•erom nlguus destes, c aimla ncaram 1:1.
millo, para apresentar depois um pret. . . (lfilari!larla.)
o Sn.· CA:•owo DE OLI\'EHIA :-Que y. Ex., M•1s, St-.· pt·cs itlentc. o nobre senador, fJUO me
])rcsla~llo nm ~ervioo ;\ JII'OYincia, não aceitou. alncuu com t:1nta ocrimonia hu uc wmnilir qtl\l
lhe diga quo foi imJ)ruclente d.1 rulo t:mtn impor·
O Sn. PRAno Pm:::1'TEL:- i.'iiio fni eu, foi meu t~n<'ia :i doc·umont'o desta ordem, . pnra nccu:;a1•
· anteec>so r que n5o m~nHloa pngrtl'. ctdadãos como o Sr . com~l!o Saut'Auna .
OSr: . CosT.\ Ai:>vHoo: -E esse Jll'et, ·n fio S, Ex. ·)J3rcee, <JUc nf\o .argulnentnudehon
ficou p.~rn documento '1 · · · fé, porc1ue citnndG trechos de minha poriM'i:t,
·o sn. PnAno l'BIE:\TF.L : __ Foi rejeitarlo, c omillitt outros que nxplicam css~s mc~rúos
fitcou nn mao ~ d o 11c1t\garlo. Em >C.gundo lagar. treclloo·.
es~e dclegndoJWOcurott colwnr uma conta cxn: O Sn. CAr;oaoo 1m OtJ\·mnA :-. E' verdade.
g·c r~ua 1lc pol,·ora, rJUC diz tct· fornecido :'1 forço, o SR. Alm~u R SiLr.\ :-Foi lnteit•amclltc
c qu:mdo u1io forneceu uma sli libra : em ler: upnixonado. ·
cciro lo~:u·,· tlrocnrmt <1illlinuir o nnmero tios
~~~~nlt~nlc·:, para lonUH' od ios;t a 110siçüo do c:~- O SI\. 1'1\.\DO l'tml'iTI(I. :-Di r. c!In: (lr;)
Jlil~o c~ mill tt, que mio. t inlta 'JIICI'iclo ·a úi!]llal' o • Con ~itler:mtlo, ljlle tiS •1,1CIIm('li/O.~ l 'X U.:OS CjtlC
pt·et e U·cmtlu (/e ·que aciwt1allei. ~o Vctllll nos amo.•, f:1zendo ~·n r ·! u \lO :~ r,c~u ::ado;
J:\ ~C Vti qlt(\ tud,o Íl;ln c r it · Jll'OIIlOVido !>f' lO s::o carta~ iutrticllll.ll't'S, Cllj ';l ''OI'~Cit!~tJ.e é ÜUJlllS·
J.clf:;:mln lle polici:T; Qu:mto ao numc•·o do sm~l õlCt•IIIH', de . :
pr;~rns rluc tinhn o rapili\o Cumillo ;i l;Un dis()O· E5lo ··l C(l!lora dot~oonslra 11 mnts solcrnnc m;\
siç:tl). n :u) é po>siYel >oph i>m:u•. porr/uc ·consta fé: Jlllt'f}Uc o meu JlL'IISnnlcnto llcafa co111plcto
ele inrormnrões dt• ~ect·ctut·in milit:11'. · ~· ,·crdade com n continn:u;tío tlo pot·iotln: · Eu disse, na
que nl .~ nn~· ~,:il~nnO~ se junl~r:un á!Jllclla fot'ttl, ptu·te fJllC S. E x. uiio leu, quo n~ o podin lll'O-
p~ m dcbol!ni•clll 05 Íll\'tiSOI'CS ; !llnS C$li!S, l"N'nó. ce\ler d'OUII':l fÓI'Ill(l , Clll Vi8ta do depoimento Ue
consta •I c duc.timcutos, olllciae ~, t·ctirm·am·sc nove lc;;lemunhns pre~encine~, o dosattcslatlos do
lo;<o aos )lrimeíros tiro~. E seg1mdo os de· juiz de direito c do promotor puulko d:t conmr·
floimcnlos du no,·c tc~temunha~. cont.cstns, con• ca. 9 nobre ~~t.w d11r omitlin estns palnn·:1s qur!
~lnntcs do Jlrlll'Cs5o, o capiiTio C:irn illo, dispondo CXllhcnm pcJ•I~; Jlmnentc o lll 1~ u fJCnsnmonttl. Os
~óme nle el e .tn·s tiro~ pnrn t•ut1a homem, urde- clucumoutos CJUC cxi otam nos al\tos, f!I7.0ndo
Hon que tiw~st•m ponl:triu ccrtcit·n, llOI'clllf:\ niio cM·gu :to cnpiliio C;imillo, ~ão carl:1s particu l:~rcs
lHILiin res istir flOr muito te tnflO . c~eriptus (lOt' esse Cn$sinno ; o~ docnmculos qna
o su. CAxomo 01~ OLIYKilt\·:- E' exncto. cu o abon am , ~io o dcilofmctito· .de tcstoú1Unhas ·-
liYe o. lli'oreo~o em miio. · prcsouci:lo> o allcstados do jniz de direito e pro·
motor !la comarca.
O Su. P ltATJO Pm~ :m;:~:-J~' YerdnLle, V. t~x. V. Ex. ~aiJL\ IJllC o prosidcntclla provinda,
leve OWI ~m'·' ue cxamin~l·n Jll'rfeilnmcntc . llf~ts, quando cl clihea·n em conselho de invcstig~ção ,
Sr·. Jll'i•sidcnlc, o nobre sctltltlot· pela pt•orinr:io é jni~ ; tüio po',dc jnlgor ~cniio pclns [11'0\'as qnc
. de. j\fi nn s nprcsenton nnw carln !!Uedtr. SQI' 1\c 8c acham. no~ nulos. (..lpoimlos.) . . . _..
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:30+ Pág ina 4 de 6

Sessão extraordinaria !:lffi 30 de Abril de 1880. 53


Sinto; Sr. presidente, n5o poder eonlinu~r; approvando a eleição de alguns dignos eidadtios
mas o que tenho dito é b:~stnntc para provnt· quo eleitos dcpul8dos de(Jois de terem .aceit11do o
não ha cnnt!'ndicçlio entre a rninhn portaria e o cargo lle ministro de estado ainda sem terem
neto do vice-pt·esidente dn província. vindo as aelos da apnra~ão geral, mns sómentc
O S.!l, CANO IDO DF: OW'EtnA : -Y. Ex. SÚ fez pe!ns :~uthenticas de :~lgumns eleições poro-
jus~i\'a.
cluae!l. · . ·
No caso presente a cmn;rra percebe que já. não
o Sn. CAntos AFFoxso:-0 Sr. concgo Santa é tnndndo em act:l.s de parochias muito pareiaes
Anna cumpdu o seu dcvet·. que tenho de pedir a approya~iíe do pat·ecet• da
O Sn. PHAno PmBli'TF.L : - Sem dttvidn, e eu commissBo de constltulç5o e lJÓderes, e por isso
tnmbern Clllll[Jri o meu. venho pedir que se ponh3 em discusslio o pare·
.~crescento IJUC, tJnando cheguei á tn·o,•incia cer du com'nussão tlftm de que possa tomar os·
!lc i\linns, ia tão prevenido contra esse capitUo, ~ento nestn C3mara esse distlncto cidadão e não
que deplorei mesmo n5o ver no regu\:mwnto ~e vnja ~ província d~ Govaz em·p~ de menos
polieh•l uma pena IJnstante severa paro punir o iRunldatlo do que af}nellns que til'eram reco·
ollicinl tle políci;~, que havin nbaudonndo os seus nbeci!lo os seus deputados scni ser pelos meios
~oncidadiios it snnhn dos invasores. que o reghnenta marca.
· :App ullopor.~ os ·nicus collcgus St•s. C3ndido O Sn. l'RllStDENTE : -Devo inform3r ao no·
de Oliveim e C11rlos Affonso. · bre detm.tndo que este parecer só pôde ser posto
Os Sns. c.~XDIDO m: ÜLlYEtnA ll C.\liLOS AFFO);SO: na ordem do dia scgundn fcim. ·
-Apoindo. · o Sn. Cosu AZEVEDO : -l'eco a palavra peln
O Sn, PnAI>O ['mr;i>1'r~r. :...;.uns dDtlois que li o ordem. ·
vroce5so do conselho de in~~t.!M~<LSP.lQruti --.Ü··8Ih-Pii·ESffiE:N"H1~-Nã6--püde·fult.rr"dmrn-eY.Cs"·-.-
que m:.u põ.d'ül dnl' o tltrn · dee r~ão senão aquell:r pela oa·tlcm sobre o mesmo assumpto.
que pl'oferi. (.tpoiados da 1l~putapio 1ninl'im.)
O Sn. CosTA AzEvEoo:- Sohre o qnc .V. Ex.
t) Sn. AunEu R SILVA:- Proccde.tt com toda acaba de di~br.
jusliçn,
O Sn. PRESIÍlEN1'E :-E'~~ mesma questão. Niío
O Sn. PnAno Pt\IENTEJ, : -O nobre senador posso dar a. pnlano ao nobre deputado. ·
pela provincia de Minns disso qno muito convem
qnc nuu se destnor;rlise o prinr.ipio dn autori- O Sn. Con.\ AzEr~=:oo:- Bem; fique consig-
dade. · . nado a o me nos o ptolesto que la vrei a ftn•or da
Tenho tido a hont'a de :t(lministrar tre~ pro- proviucia de Goy;~z.
vincias do Império, c, Sr. presidente, ~flan~:o ao OS~. TAnm:s .BELl'OnT requer urgenda pçH'
nobre senaàol', nrmarlo nos meus precet.lontes, dez mmutos para apresentor dous rcquorinwn·
que si nlgum dia o princitJio da autoridade se Los, um verbal e outl'o por escripto.
dcsmoralism· neste pni~ não lu1 ela ~cl' com certeza .. Posta ú votos é nppl'OY:tda.
nas minhus mãos. ( ..:lpoi«dos. 1lJuito bem, muito
bem.) O Sr. To.v:li"e8 Delf"ort:- St•. prc·
Vem ú mesa, c lido, apoindo c ~Ptlrol'ndo o sidente, visto nclwr-se na casa o Sr. ministro
seguinte da agricultum, farei itlgumns pergunt:rs n S. Ex.
Cowo 11 carnara S(lbc, po1· neto le:,rislntivo u.
l!EQURRB!F.li'TQ ~8ti3 de lO de l\:aio ·de 18i9. foi liiJIU'GVl\dO o
decreto de 20 de Novembro de 1Si7, fJUG con·
Hcqueiro qnc ~e rrqui~ite do presi(knle dn ce~eu uma snlwançuo uruttwl dll ~00 contos
pl'oYindn de Miuns Gernf's, por iutcrmedio do pnrn uma liulw do [lii(JUcles entre Nova· tork e
mini~tl'\l ~~~ j(tsliç<l, cúvin do tn·occsso )nst3U• o llio tlo Janoiro, tocnndo nos portos do llt~ltlm ,
rndo }leio conselho de · inve~tig~d~1o n qne roi S. Lui1. do [l·~aranhão, Pel'Mmbuco e ll:1hia,
suhmettldo o capili:o do corpo de policia Cn· Essa lei devia ser po~l:r em phma cxccnçilo ;
m illo G;md ido dt• T.cllis, ati.\ hoje porém u~o o foi, Per~nnlo pois a S.
Sala tlns sessüos. 3U de Aln·il do 1880. - Ex. qual 11. m~ão, quo le~·e o goremo p~•·:~
Prt1do Fimcntc"l. · smponder a execnç;lo dessa lei ; c em segundo
Jogar si, lendo sido Yotada a approv:~d(l -uma
O Sll•. Co~;;13. .&~~c vedo (pPla ordem):- suiJvoncão de 200 r:onlos pm·::~ llssa linha de va·
Sr. pl'esidcnte, nüo ~o :~dum do aqui o honrado pore~. () tendo esta .sempre fltnceionndo, menos
depu!:~ do pela pl'ovincin de Goynz, animo-rm~ a em ü· ao porto da escala de S. Lui~ dl) ~fara­
pedir t1 ntt~n,·iio ~le Y. Ex. I) dn cnsn p~ra um nb1io; n em preza tem recelJido a subvenção sem
J'nclo rtnc n~odevepnss~r sem repnm. · respeilm·, Oll cumprh·, todM. ns clausulas do
A (·l~icfto Lla pt·oyinci:t dll Uo~·a~ se verificou conll'ato,
para SUb>lil.nir ;t vaga dcixatla pelo IIOSSO fui· O 2.•• t·e<!uet'imcnlo, nuo tenho r~medio soni'·o
lecido collegn o Sr. DI'. DLtlhücs. O J.WI'OCN' dn m::md~l-o a mesa.
commiss~o .itl <·stüvo na ordem do dío, mas roi O SI'. ex-miui~lro da f~zend:J, conselheiro
della rt'Lirutlo. Vejo a!!'OI'n no cxpollicutc de h on- Affonso Celso, mcn illllstrc ami,!l'o, bascndo em
tem que este p~reecr jú posto IW ortlem do dia lnformaçiJes escriptas, fornecidus por nm com-
foi ,mnndDdo a imprimir; YL'llho t'cquorer ;\ ea· missm·io do govca·no, nposentott a hem do ser-
maru qnu se f~~;a JI<U'a com o diRii11cto cidad:io viço JlUblieo o muito di!!UO r.ontador dn thcsou-
eleito pela tn'ovtncia du Govaz o que::~ ~:.~mum rnria tle fazcnd~ \lo M~ronhlío. o Sr. Luiz
... com fijlJJiauso tem feito nqtlt mais do uma ycz Cnt'los Pcrcit·a· de 1:astro e tnmbclil o illustr(j
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 09:30 - Pêgina 5 ae 6

SessãO ·extmordiunria em ·3 0 de · Aht·il ·de 1880.

inl'peeiOI' da ~ H:mdP.ga d~quelln flrovincin, te- Como disse, · Csl'es papeis · fornm remeUillos
nente. coi'Onel Jo~li Carlo$ p.,rcira de Castro . ·ao consnlbo de ~stado, e aié ao p1·esonte ucnlmma
Con~idero sempt•u · c · eomr~ll::; o, a ~pn$,'1llndo­ solu(,:iio tivcra111.
ria cornu remunerar:flo de. bons scn iços ll não O meü dig-no- anll)<e~sor, considemllllo que
. co mo pena; todav ia. come o facto :1 <JtW all udo uiio podi01 l'e>olver a quesUo sem ach;•r· ~e de ·
... pelas cil'l:umslnnl'bs, ~1.! (JUC f~l'a •:t'\'c.$l.ido, I? · vidnnocnte h:•IJilitnJo, quer com. o pnrece1· do
lllOll Ulll t::oracter OdiOSO e fi.JI Jll'!•jUdiCIIII 3 \ !lO con,elho de estadn, quer com o dn com missão
di~tincws funcdona:-ios, flUe se recomnwndnm ofuc fni nomeada Jlar., examluar aqu ell~ pai'le,
pelo >CU zelo, unligos serviços .e nnnc:~ desmen- .entendeu, 11or aYí~o 1lo mez de! Junho tlo . ~tmo
ti<ln Jlrobidode. n~o r~odcriio se defendei' de mo: p:1S$3do, qnc ~c olevia contirmal' o p~gomen\o
do ulgum, nem me;•no por um pruce~~o, das da · :; uhveu~·f•o ntü qnc a questão ro~sl! rcsolritl:l
accu~:~cões injustas que lhes ror:om feit:Js : rc- de uma maneira dcliniLiva. · ·
tlUeiro tJUe sejam JWdidns ao gove•·no, não só ~ iiu me paraeeu ucertndo revogai~ nti1:1 seme-
cópii• do l'elalorio tio Cll lllOIÍ ~~ario Anloniu (J~ e ­ llwnle delibcraçiio, por isso que"o t::overno não.
tauo da Silva Kclly-. que fõt·n inspreciotun· as sc ncll11Yn devid~mcnte prt:parado tlàra exet~utar
repl.ll'tio:ões J},:cae~ do .Muranh:!o,.loem como Úllll• n lei. · · _ . .
belll cúpio do~ officios e c.,rws conlidcJwi:~ (•s que Dc~ dc que voltal'Cill os p~pc is do con$Ciho de
for:om d1rigidos 30 governo pdo referido fum:· c~ !ildo . procur:•rei tom~ r intllii'O conho!l'imonto
cion:•rio a (Jroposito dcst.;t commi <sâo. tlapeis d!'ste negocio, o :JSsevNo :~o . no [)re dcfJtlla!lo que
que hoje n:lo t"lll m::i,: o t::n·:~c l~ l· do reservado, O g0\'1)1'110 CJD CX'!CUI:mí tl lei, OU n tra1~i ~O !J'lT· .
0~10 ~(I JlO I'qUC O ~OVI.'rDO j:i rcr. U SO tiC>S.1S in· lamento p~ra que l'Sic· delibere \:ORlo lhe parecer
forma:-\ie8, c.. mo porque a tht:> so u mrit~ j:i dc tt oo mnis :•ctwt :~ do .
intcrcs~arl o cort.irlito< rlc tac~ offi•: ios c cllrtn .;. Crd o que por esl:t fórma tcnllo snti;rcito ao
Ac.ri,oilo qnc o nobre ex-ministro da fn?:cnrh• nolll'e deputado pela provinriu do lll:mlllh1'io.
- _ proccdeu.cDnt.tndaaJioa_f~-~-i)(.'de m . pon:m n .ver, . (.o!{JOiados .) · ·
.d:•de e. :1 jusliçil que 11s nccu:<ados sai h••m, parn
sua def•·>n, flOr que l':lr.ãú o fllram c po1· rJllC PRIMEIRA PAlll'E DA OllDE:,I DO DI.\
rnllli\'u fornm .tJUDid!ls, clles sem1u-e t•lo\!"iadus,
con•lecorados c \)romovido; pdo mesmo :;o· Entl'll em di::cnssão a rc spost:~ ú ralla do
Yerno . · throuo com n emendn opres ~_,n tndn pcln com-
Vem ti me::a, L! lido. a(lOilldo e ndi:11Jo /10.1' ter mlssiio.
p0dldo a p:,lnrra o Sr. Pr1•tlo Pimcntc, O· se." Niio ha\-ClHlo quem pcdi>se n pnlal'l':~ · ti t:m·
guinto . cc1·radn u dtscussüo, npprovlldns n respos ta c o ·
l\EQUE1113tii:NTO '.
emenda· c remei! idas it com1uiss~o pora redigir. .
·. Sendo qunsi umll .hora da tarde; o Sr. presl·
1\~queiro qüe se peça ao :;;:overno I>Ot' inter· .dcntl) convida a tlepntar:io<JIIC tem de k no paço·
meclio do ministro da r~ ze nrla o seg-ninte: . imperial a cnmprir a sua mi~são. ·
Cópia 110 relntorio olo i. c;r.l'i plurnrio dCI thc· Enll'll em 1.• di sc u ~slin, c cncenndil c ::uli:~da ·
sou:·n KClh, t]Ue fora in; p(>('.cionm· as re;•;•rl içõl's a Y ui:IÇ~ O, p Ol' lli'iO h:JY:' I' llll!IICTO lJ(II ' (I SC Yli[UI'
fi~cno~· da província do M~1r3ohào. o scgninte ·
úlllcio~ . re~e rvados c cai'Ül5 confidcncines do
mesmo runr•cionario n proj•ositu dessa com- l'UOJECTO
mis>ilo , - Tavu re& JJcl{ort •.
18i!l- N. !7:!
O 8r. Duurque de lUncedo ( m'-
ni~tro da. agricuUum ) :- Yconho s"ti~roz~r o Ao llOdl'l' legisl:llivo pede o 2.• cnuclc i." ;(Ir·
nllbro tlelllllndo, quo mo honrou com dua~ ,:rcnlo r cfo o'lll<HIO c· n l !'erc~ honor:wio tio CXCI'Cilo,
·pcr!!utllns rdt~tivns :w serviço de ll<tVl'IJIIÇ~o E~ lc~·(lo l'iulo d:o LU7.. melhor:llllt'IIIO rle rcfor-
l'ntro os Est~dos·l.iUidos e o llllP:\t !O. m:• , allegondo ·que fui p1·om•wirl.o "o ·llo..;t•l du
s. Ex . penmnlou·u~a ~i foi cumpridn n lei ~ .· hliWnlo em commi~si•o do :trmll dearlilhnl'ill n
relativa ;j O!'cala dn pro,·incio do Marnnh;\o r•al'a 4, tle Sch'mllro t.lc 186~, o em 2~ tlo mc~mo IIICZ
o ~ervif:o d•' navegnção dn compnuhin nmericnnu; .e :mno, ~ondo ~orrnvt•mcntc ferido no :~ta(JU!l ás ·
e rm Sf!!!Unclo lognr, si tem sido p:.ga 11 rc$• fortlllcaçõ..s do Curnpnity, inutilisou-so t•or mu-
pecdvn 8Ubn•nçiio. ·· . . tiluçiin c teve dn l'crormal·-~c. · .
Sr. presidente, VOtada~ lei , O ~!>VCI"DO ll'oll()~ .. J)ns. lnl'urmnr; üe~ prt•st:od::s pl'la repnrtiç ~o uc
do dtll''lhe plenn r.X()cU6io. l'eurlo· ~e. IJOr~m . nj'Jrlunlo• gencr:1l , rcsulttl qu~ o ~U[ll•licant• ~ como
s u~citat!o tllll'idus acpn•ii da possihilitlnde dos :! .• cadete i ." sargento do L• l'egimcn t() de
vapores da companhia americana . !'Dlrnrom no m·Li llwria a 1:avallu, lendo tomndo 1wrte em
llOI'to do ~l:•rnnhlio, o !:OVCJ'IlO nomeou um~ alguns com tmtcs como 2. • tenente de com tllissUo
. co:nmissiio nlim de prücedN' t~os n•.•ccs~nrios cs- · no ~ . • corpo proviso rio du . mesm:~ arma, foi
tudos. Feitos csles, 11 compnnhia • ff,·r«lt,eu nindn ferido ~rave mcniP. no at.aque de Cun1p:•iiY em
conte,:tnç;io, c o meu digno nnlet-'Cssor re ~ol vcu ji! de Sctemi.Jro de 1866, e submeuido por esse
ouvir o conselho de estado ~obre os moli\'os motivo du:1~ veze~ :i insper.çiio do snode que o
nllegados pclu mesma cotniJllnhin . julgou incnpnz tio ~rviço do IHIZ o guerra,
))o tmrecer ua t•ommisfolio, con:;tn que os vnvo· Uo:mtdo :1t. ijado do brnço esquerdo. Em t:~es
res podem tocn ·no t•orto do ~hm111liiío, nflo cit·c u ms tnnci ~:; , fui J'Oform:t do por decreto de ~O
untrando no seu ancur:Jdouro h ~I.Jiltwl, nu1s em de Maio de t81i8 com :~s honros do pus lo que
tre~ ontra~ parte ~ que a comm1s~o indicou. Ol'CUpOVft.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:30+ Pág ina 6 de 6

Sessfio extraordinal'ia em 30 de Ahl'il de 181.l0. 55


A commissüo de marinha e guerra tendo em professor tlc nmsica, simultane3mente, no inter-
atteuç<io : unto c no Clltcrnnto do illl(JCt'ínl collcgio de
Pedro li.
L• Na execução. poróm, ib reformo que snfTreu
Que o supplic:mtc prc~tou l.ions serviços nn o. plano do~ e$ludos d:H[tll·ll~ im[lerial collegio,
gue.r·r~ contra o Pm·o~uu\", ~cndo lD<>IWion:Jdo ttrcram os IJroressot•es communs ~os dous cstn·
na ordem do dia do cumuiaodo om chefe uo 2." hel~cilmn tos a faculd~rlc de optnr por um ou
corpo du exercito em opera~ões, n; 88 de lO ú(l }>ur outro.
Otllulu'o rlc 1866, na p<H'te dtHh pelo comm~n, O snpplicnntc passou pat·a profes~or privoth·o
do.uto do corpo íJro~isorio de artilhm·ü, n cavnllo do cxteJ·tw!o, per~eiJendo apenas metndc de seu~
em :!3 de Setembro dr) mesmo anuo, com as venci)nctuo~; entende, porém, o supplicnnte 1[ue
s~g-uinte,; palavrDs •fet·ido o Sr. 2. 0 cndete se lhe deve continuar a p~ga;· os vencimrnlos
•2. s•u·g~nlo Estevuo Pinto da Luz, jOV!!ll en- que perceliia quondo em e:;erci~ío em ~tübos os
0

tbusit•~ta, que, co,no chefe de [JO~!l cocnbatia com estabolecimenlos-~00~000 nrcn,:~cs, nlleg~ndo
uma IJravuru o calma pouco \'ttlgn1·, quando que ·os professores CIJmmur]S p~ssnrarn 3 servir
uma lJala de nrtilharia o fet·in g'l':JYemonte. • em um sú c~lrlb tdccimcnlo com os vencimentos
,que tinham-(100~000.
2.a Tentlo o sntlPiíc:mtc,exercido o mngisterio por
Que üa mosnlll ordem uo dia constn sua no· mais de cinco ~nnos. allquit·iu rlircito ri Yit~li·
meuç.ilo ele 2. • ten~ntc em commiss,io, feita (l !1 ciedade nos termos uns disll08içües \'igenlcs; e
de ::letemlll'O (lC 18üü, ll portanto f)U3Udo foi !'C· pt>lo fnclo.de [ia~s:1r a Jeccionur em· um só 1\dj.
rido, de modo a ficur inutiliondo, Jâ er(t otnciat. licio, niill flcrmtm nem pod•:riio fic3r sem valor
os sous-Lilulos4l~nom~~D .
... .... a;• Assim, pois, entendem os cornmi~sões IJ.Ue ao
·. Qüe eu. de justiça conside1'nl-o neste po8io supplicanlll assiste o dh'llito d\l oor jubilado c.om
pal':J a reformo, moth·adn IJOl' circumstnncta tiio o hliD[lD Jli'O[Joreional no cx.et•cicio no internato
honrosa num militar. · d.o intllerial collegio, visto que n nãocontinu~ção
·do exercici:l no sobredito internato ó pot' for-;:t
~.o de disposl\·1ío nova c independente d~: sün von-
ladt:, ll para í~so apre~enta à consid•!ração da
Que em condições iJenticns, esta augllsta ca- cnm~ra o segumte proJccto ;
llHl!'ajã se manil~ston fnvor.•vcl a um dos bravos
da guet•ra contra o Pamgnay, ·Concedendo me· A ~sscmhléa geral resolve ;
lhOrlllUOlllO de rerorinn ~O 1. ° C!ldl)le refOl'lllRdO Artigo unlco. O governo é nutoriz3do3 jnbilat·
e nlret'D5 honorat·io d<J exet-cito Rullno Porllrio : o profes~or de musico do externnto do imperial
E' de parccet' que se adopte o segtlint'! pru· coll~gio de Pedro li, l\lalbio~ Jos~ 'reixeim, com
ject.o : · o ·lempo prlilporcional <~o exercício no iltternato,
A nssembléa gernl resolve: quando cumulutivamentc exerciá o .mngisterió
At·t. L • Fica o gon!rno nutorizado n coucedet• desdeambos
elll o; est~belecimentos, pngaado-sc·lhe ·
melhoramento de ref'omtn ao 2. • cadete 2." sal'· alé n dat.1 Mnt·r:o do l87(L qua.ndo se ilett 11 reform~,
~ento rerortiHido c alferes lwnorDrio do exerdto
em que fUt· jubilndo ; .revogadns as
r.;stcviio Pinto dn Luz. disposiçlies em coatrilrío, · .
At·t. 2. • 1\cvog-nuns as tlisposições em con· S~•la dns cummis,õe~, i9 de Setembro de 18i9.
trarlo. 1llmeida Coutc.-Serapliico.-Jlallltiro!.- Fran.•
Sala da$ c.ammi~silcs em U tle A:.:;oslo !lo 1879. f,•tin Dor ia. ·
-11/a,·co!ill!J ,,frJrll'ct,-Jiello e Ah11111.- Viriatu
r(e ftletlt'il'õS. SEGU.SDA PARTE DA 01\DEM DO DL\
Entra em 1.• discus~ão e i! esta euccmu.ID e
ndludn n vot;1çll'o por niio haver numero 0 se· Enh·n em !.• di>cussão o projecto n. 56 ,\,
guinlo de umJ, so!Jl•e d~mno e sitlistro,
PROJECT9 Ve111 ü mcso, ~ lidn e.upoinda a seguinte
:1.879-N. 306 EAIE!'iD.\
A's oommissões do in~lmcçiio puhlicn e pen- Art. ~6i (li). -UO)lois lia p~lnv ra- lmbitap.i'o,
sões e ordcnol.los foi presente o requerimento do suppl'imam-sc llS que se seguem e substituam-se
~fntbins Josú TeiXeira, PI'O!'cssat· ne musicn do
extornnlo.do imperial eollcgio de Pedro 11, pe· por eslns:
dindo ~e ltJ.e pt~gue 05 1UC$mos vencimentos cJUC • ou paru n reunifio de bomens ao tempo em
perr,ebia ·antes du promulg:nção do dect·cto n, rrue se. ~charom rennidlls, quer esses edHidos
6i3{} do L• de Março de i876. ou c~nstrncções pertençnm n terceiro, CJ.Uer ao
E~te t•equerimcnto foi :~present:tdo 1\ cnn'lnrn pt'OJH'IO :tLltN' do tnccttdlo. "
dos Srs. deputatlos em Jullto do i877 c remelti ~ Em 30 do Abril de 1880.-La(ayette.
do ri commissão de pen~ões e ordenados de eul5o,
que enviou·o no governo para infot•rn:tt', Nilo h:trcndo quem podi~so n Ptllo.vrn, ficou
Das !nlorma~·l\es prestadus pelo govct•no con· encerrada 11 discuss:io e ndindo n votnrão pot·
··· duo-se quo o supplfc~nlc cxcrctn o logur de falta de numero.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:33+ Pág ina 1 de 3

56 Sessão extl'aordinaria em 1 de l\Iaio' de ISSO.

O J!I'Oj~clo cuja Jiscussão ficou encerrada é o monto ou de mnmJira que o_fogo se manifeste
segnmtc ·: fJUnndo em movimento, ou CliUSar ~os ·dito~ ve·
hiculos accidente por rrunlquet• maMira:
i87!l-N. il6 Penas'.-De p1·i5ão com trabalho de sd~ u doze
~nnos.
Substitutivo ao projeoto 1t. G2, de !Bii, ct" Si do incendio ou nccidente resultar a morte
. ~. • discussão de :~lguem: ..
A nssembléa geral Iegislaliva decreta.a re· PenaA.-As do <ll't. Hl3 do codigo criminal.
forma seguinte do codigo criminal : Arl. ~67 (d). Envenenor fontes publicás ou
o art. ~66 do co digo criminal será substttuido particulares ; ·
pelo seguinte: Envenen!ll" agua potnvd ou viveres destina·
Art. 266, Destruir oudamnific3r cousa alheia
dos no consumo de 11essoa eerta ou incerta:
de· qn3lquer valor: Penas.-As de lenl.:lti vas do m·t. 192 do codigo.
criminal. · .
Pcnns.-Dc pl'isiío de vinte dias a tres mezcs,
e multa de fi n ílij o;o do valor do objecto Art. 26i (c). Incendiar ou destruir d~' qual·
destruido ou dnmnific;~do. quer maneira planlaçõe~ e colheitas pertencente~
a terceiro: · . ·
Acrescentem-se, depois do ~rt. ~67, os arti · Penas.-De )lt'isão com trabalho dll Ulll a tres
gos que se seguem: annos. · ·
Art. 267 (a). Supprimir ou destruir de qual· Paço da camara dos depu.l:ldos em 6 de Fe1·e·
quer maneira 11\Tos de nol~s, tlc registro. de t•ciro da 18i9 .-L!!(r.ryeth!.
assentamentos, de ·a elas . e termos. escripturu
publica ou oscriptos pnl'ticulnres quo se1·vem O.. Sn. t•nll~r. m.~~.··m dee.Jara que so neh.n\·a e;:go·
··· - vara -funültltlíHtlttr-ou··.pl'ov-m•-d.i-roiw>, ~em h a ver .Inda n_m11t~~ia dn_onlC.Dl. ll.Q_10_~g_n~~u~l.l!E.~in
para si ou pat·n outrem vantagem ou lucro: a ses~aoute voltar n depnt:1çao qucwra no [laço. - - ·
Pen:~s.-De pris5o com trabalho de dous mezes A' i 1/4 tla l:lrde vollnnllo n uejlUtnção, o St•.
a um anno, c 1nU!ta <le :215 "lo do prejuízo cntt· Liberoto Darrozo, como relator, declar~ que
sado. scndt> a deputação recebida no paço da cidade
Art. ~67 (b). . . com as l'orm~lidndes do estylo, Sua Magostade o
§ !." lncendim· edi/lcio;; ou construcções de Imperndor se dignára resprmder que o eocer·
qualquer genero, nnvios, ~·mbnrcnçõe~, lojas, r<~mento da sessão eX.ll'nordlnaria ·cu ·<lbel'LUnl da
officinns e nrmazcns h~bitados ou que sirvam ·sessão ordinm·in deviam ttJr Jogar ·no di:~ 3 de
parn hn!Jitaçiio. pertencentes a terceiro on no 1tlnio proximo futut;o no p~ço do senado ú l
propl'io autor do mcendio: hora da tnrde, c que n missa do Espirilo Santo
Pen3s. -De pris1io com trabnlho de seis a doze devia celebmr •Se nesse mesmo dia lis !O horns
annos. da rn3nhii na cnpelln imperial.
SI do incendio resultnr mol'le de algumn O Sn. l>RilSiiH5~'rE decl~ra que n resposta de
pessoa: . · Sua 1\iagestnde o lmpcrodor é recebida com
PeMs.-As do :~rt. 193 do codigo t'l'iminal. muito especinl agrado. . ·
· § 2.• I. Si os edificios e construcçues de que Não havendo mais nnda a tratar, o Sr. prcsi·
- trata o pnragra1>h.o antecedente não são habita· dente dá para ordem do dia 1.• de Maio de
dos, nem servem pnt·~ hnhitaçâo, e não }Jortcn· 1880: .
cem no autor do incendio: .
Penas.-De pristio com trabalho dtJ dons n seis Apresentações d~ requerimentos, projecto~ e
·tmnos. indicllções.
Si do in_cendio resnHnr n morte de alguma Discus~üo dos rerJnerimentos adiadO$.
}lesson:
Penas.-Do ort. l"ll~ do codi:,ro criminal. L(!vanw·se n ~essão ti i l/:! da tarde.
ll. Si o ditos edi!lcios c con~trucçi.íes !Jl•rton~
ccrom no autor do incendio e do mesmo in·
coudio resultar 11re.iuizo n terceiro:
Penas.- De pris5o com trobalho de um a Ires A.ctn do dlo 1 de Maio de II!J80
:nmos.
Si do incen.dio t•csul!ar a mot•te de alguem: l'RES!DBNatA DO SI\, VISCONDE Dl'l PilADOS
Penns.-As do art. lll~ do colligo c~iminal.
~ 3," Por fo~o em qnnc~quer objcclo$, perten- A's U lloras da·manhu, feila a chamnda, nehu·
cent(ls P terc(Ju·os em ao ontor (]O rrime, e col- ram-sc presentes os St's. Visconde de Prados,
Iocados em lognr de onde l:'ejl! foc:il n comnnmi. AJ\·e~ de Araujo, Bnsson, João U1·igiuo, Barüo
•:•~·iio aos cdiUcios c construcçõcs, de que trntom dn Estanclo, Andrade Pinto, ltfaccilo, !tlnnoel
os §~ l." o !. o deste t1 rligo, 1eg ui tu lo ·~o n }lt'Oillt· Eu.atnqltío, lltmor)l C~rlos, Serllphico, Abreu e
~~-~~~çõ~~: inccndio nos llilos ediRclos ou con· Silvn, Sc1·gio do Cnstlil e nlbeiro de Menezes, ··
f:ullllllll'cc~rutn de(tols dn chamada os Sr$.
Pcnns.-As mcsm3s estabelcrldus Jlhl'll os caso~ Co•lt• .\tore.ln, 1'nl'al'cl1 Drll'ot•t 1-'ranklin DCiria,
em quo o incondio I! directmnrntt) llOtlo \~~ t,u
e 2.0 desto artigo). .
Prmlu l'itnllnlPI, llt't!lln~, l\odrfgues Juniot·, Vi·
ri111o drl Alt!ilolm~. SmtzR "\lldnule, J.illornto
At·t. ':!67 (c). lnccndi~t· vchiculos de estr;ultls UtlrJ·u~o, l•umpen, l~loronclo clll AIJ•·cn, Silveira
tkfcrro, elo passagcit'OS ou de cot·g·os, em movi· . d•• S••uw, h~t•hululn, · ~lonl!•, 1.amu1 . l'ri~co
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 2710112015 09:33· Página 2 ae 3

Sessão extraordinaria em 1 de Maio de 1880. 57


Paraiso, Frederico de Almeida, Bulciio, Fcri•llira .· a abertura do·· um credito extraordinario de
do Moura, Almeida Couto, Ruy Darboza, E~pc~ l.280 :000c, duraute os (\Xerciclos de !880-
ridião, Az:m1buja Meirclles, França Carvalho, !88!, e tB~i-1882 , d ~stinado~ á acquisição de
Frederico Rego, Dapli ~t:i Pereira, Freitas Cou- material e obns noestrnd3 de fe.rro D. Pedro Jl; .
l.inho, Affonso l'cnn;l, Felício dos S:~ntos, Aure- e consider:utdo que na exposiçüo de motivos
linno ~[agalhães, Carlos Ammso, Corrêa Jlabcllo, está demonstrada a necessidade ·da despeza pela
Galdino, Hy-~lno Silva, L::~rayeuc, Antoni<> urgenoin de obras de reparação, · acquisir;ão
Carlos, llartiuho Cam!JOS, Theophilo Otloni, e melho.ramento . do ma~r~nl . reclamados ~ela
. Theodomiro, Gavião Peixoto, Leoncio de Car- regula•·•dade o dcsenvolnmento do scrv1~o,
·valho, )fartim Francisco, Ole~ario , Camllrgo, sendo que a proposta está nos termos da lei n. i;SIJ
Jose Caetano e C:mdldo ·:le Olive1rn. de 9 de Setembro de tB:iO, nrt. 4 §§ ~ e 9; ó de
Faltaram com participação os Srs; Cesnrio parecer que se adopte a seguinte resolução :
Alvim, ?tloreira Drandào, Flores, :Fabio Reis, . A r.sscmbléa ger3l resolve :
Moreira de B~rros, Souto, !lello e A! vim, e Sal· Art. L• (Como na proposw.)
danha Marinho ;·c sem cliD os .Srs. Amel'ico,
Antonio de Siqueira, Almeida Bnr.llo.za, Ar.:tgUo· Ar L. íl. • (Como nn proposta.)
e -Mello, Augusto Fran!(a, Be.ltrão, DcHort \luar· Art. 3. o (Como nu proposta.)
te, De1:crrn ·cavalcnnt1, lhrros Pimentel, Bc· Sala das cómmissties, l de Maio de 1880.-
zerra do Menezes, Couto MaÇ~"alhlics, Costa Ui- Liberato Bar1·o.:o.-CcS<lr Zama.-Prado Pimen·
beiro, D.:tnin, Diana, Epammond3s de ~lello, tel.-Carlos Affort!o .-Fabio Reis.
· F•·ailco de Almeida, I::rnnco de Sú; Fidelis llo • A commi~são de orçamento examinou a pro·
tclho, l~crnnndo Osorio, Hortn de Arnujn, I~n'a· posta Jlo_poder.. exoculivo,.. npresentnda--pel o-mi'· ·· ··
~..:.~..iG- ~Iarl.iJlr,-:Hàefonso --<1-e·-Artujo;-.Jorrquim -Bi'ê~ nislro e secretario de estado dos negocias da
ves, Joaqnim Serra, Joaquim Nnbucê, Jo:~qnim :~gricult(!ra, c;ommercit? ~ obr~s p~l.Jlic~s, pnrn
Tuvaros, José ~bri:o.uno, Jeronymo Sodré, Lui.i n ·~bertura de um credtto extr.nordmarw e sup·
.F clippe, L<>urcnço de AlbuquertJUe, · ftlalheiros, plementor do 6.880:811!8379, destinados.:~ sup-
Mareolino AtoUl'3, Mcil'a de Vasconcellos, ~Ia ­ prir a ins11tnciencin das Ycrbus consignadas
rianno dn Silva, l\lello Franco, Manoel de Mnga • no.actual exercicio a varias ser\'iços, ·meneio·
• lhães, 1\odolpho Dantus, Sinvill, · Segismundo, nados na mesma .proposta, umns .Perteucent3$
sonres Bran.düo, Souza Carvalho, Souza Lima, no. credito ordino.rto, e ou~ra s aos creditas e~pe·
Silveira 1\lartins e'fheodoreto Santo. ciaes; e considerando que na ex posição dos mo·
Ao meio diu o Sr. presidente declara não ha • tlvos e tal.JeH~s imnexas está explicad:1 a neces·
ver sessão por falta. do numcrv. ·~ sidade da . de ~ pe z:~ _pelo excesso d o$ ct·editos·vo- ·
tados, e expostos· os motivos quu parecem ler
o sr·. j! , • secretario servindo de L •, dâ·conta dctcrminad<>
do seguinle . este cxcessQ, em verba~ aliás des·
tinad:ts á ·s3tisfaçiio de imperiosns ueéessidadcs
I!Xl'EDIENTE dll servil}o pub[ieo, a caq~o do mesmo rüinisle·
rio, ij de parecer que s" adopte a seguinte re~
Officios: slllnçlio: . .
Do ministel'io do impe1·io, de 28 de Abril p~ s · A Dssembléa gcr~l resolve : ,
sado, remeltendo ·um exemplar devidamente A1·t. L • (Cornfl'un propost:~.)
3Utbenllcnclo do decreto n . 688~ do iO de Abril Art. 2. 0 rComo na proposta )
de 1878 quo alterou o rev:ulomento do imperial Al't. 3. 0 (Como na proposta .)
collcgio de Pedro 11.- A commissiio de instruo.
çiio publica; · Sala das commissões, i do Maia de 188().-
JJo mesmo c igunl dnln, remeltendo os pnpels Libemto lJnl'.l 'l!::o.- Ce3al' Zama.- Prado .Pi •
concerncnLcs·30 l~ncnte honoral'io do exercito e mc1ttel.- C. ;lffimso.- Fabio Reis.
.alteres do 9.• b:~ talhuo de infantaria José Pedro
dn Silva Souto, em que pede cont:1r n sua anti· O Sn. PRilSil>ENTE dá. pari' ordem do dia ~ de
guidnde .de posto de si feres desde l." de luneir<> Mnio: ·
de 1870. -A' commissiio. de ·marinha c guorJ'll , · Votação do .pn•·ccer n. f sobre n eleição de um
Suo lidos !J mandados hnp1•imir os seguintes deputado Jlell.l provincia de Go)":t1..
Elé'ição da mesa e eommissiles.
l'AUECtRilS Votnção em V discussão dos projectas ns. :105,
A commissüo do orçamento examinou a pro· 307, 27:2 e 306. ·
posln do lJOdet• executivo, apr cscnl::~d a 11clo roi · Vota':\io do :~rL !.• do projecto n . 56 A sobre
n1islro o secrctnrio . de l"oStodo dos negocios da domno c sinistro, o continuação em 2.• discus-
ngricul\ura, commerdo c obras public~ s , }Jora são d9 mesmo projeçtú. · ·

Tomo 1.-lj.
Càna ra dos Depli:ados +Impre sso em 27/01/2015 09:33+ Pág ina 3 de 3
Càna ra dos Depli:ados · Impresso em 27/01/2015 09:34 ·Pá gina 1 de 1

9ESSÃO IMPERIAL
0
de encerramento ua sessão ext1'aordinaria e da abBrtura da 3. _sessão da 17.:\
legislatura· da assembl~a get'al, no ~aco ~o sena~o.
~m 3 d.., ~lnfo tle 1880
-·· ·---·--··--··-·-··--··-·--··· -·

l'UESIDENCI.\ DO sn. \'ISCOi'IDE DF: lAGU.\RY.

. Ao meio-dia, ncbando·se reunidos os Srs.do· Os trohalhos dos duas Jlrimclras sessões da


pulados e senadores no pnr.o ~o seuado, foram actual1egislo.turn1e os do sessão extraordfzinrio,
nomeados ns seguintes. deput<Jcoes: dão testemunho ao esclarecido zelo, com que
Pm•n te(eber Sun Mageslade o lmpentdor : vos occupnstes dos mais graves ·interesses de
nossa pn li'ia.
ncputndos, os Srs. Cot·Jos Alfonso, Zamn, A:ne- As reloçües de omiznde·, que cultivamos com
rico, João Brigido, Abre11 e Silva, Dariio da Es- as nações estr~ngeiras, nfio ttim soffrldo .alte-
toncin, Horlll de Ar3ujo, Mnnoe\ Eustnq11io, ração, .Sinto não poder ainda annuncir~r-vos o
Dulciio, Jonqulm Serrn,:. D:mim, Antonio de ~i· restabeleelmento da paz entre .a rcpublicn .do
queira, Soares Branduo, Ilderonso do ArauJo, Chile e as do l>erú e "Bollvla. Faço votos parQ
José Dasson, Meira de Vasconccllõs, Prado l'i· que cesse n guerra, como o reclamam os scn·
m~nlet, Aurcltnno de !ll:lgutilães; Florencio de timcntos de humanidade e os interesses da civi·
Abreu, Sonzo. An·dr11de, Frnnça Carvalho, Can· li~açiio. ..
dido de Oliveira, Virinto de Medeiros e losc O Governo Imperial foi convidado pelo dn
Caetano. - ReJ}ublicn l~rancezn parn nomenr um dos tres
Senadores, os Srs. Mendes de Almeidn, Lelio couuni$sar"io5 que, em virtuào do tro.tado recen-
Vclloso, Bnriio dn Lngunn, Jaguoribe, Barros letitento concluido em Washington, lêm do de·
Dnrreto, l':mmngu(t, Godoy, Darão de Cotegipe, citlir sollre reclnmoçiies pendentes entre a França
Coneia, l~austo do Aguiar c Nunes Gonçnfves. cos Eslados·Unidos da Amllric:~. -
Para recebei' Sua Mngestnde 11 Imperatriz : O governo corrcspondcu a estn prova do con·
Deputados, osSrs. Frederico de Almeid~, Olll· fiança acoilnndo ~quelle convi lo.
gnrio, Theophilo OUoni e Rodolpbo DAntas. Conlint\a inaltcravcl a tr:tnquillidade publica.
Senadores, os Srs. Conde de Dnependy o Yis- A segurnnça indi\'idual e de propricdaae me·
condo de Bom Retiro. rocerá especinl t~tlencão do governo. Serão op-
A' i hora dn tard-e, nnnuneiando-se a che· porlunamenle submcttidas no vosso exame me-
gadn de .-8u:is Illngestndcs, sahiram ns duputn- didas n bom da org:mizacão judiciuin o da nd·
çlles a recebei· os t\ pórta do cdilicio, c, cn· ministração da jusUçu.
tt·ando Sua Mngestode o Imperador no salão, roi Podemos render gro.ços u Providencio JlOr
nhi recebido pelos Srs. presidente c sccretnrios, hnror cmnm ccssaão n cnlnmidnde dD sócca,
os quaes, reunlndo•sc nos membros dn respe- qne, pot· mpis de Ires annos, llagollou algumas
ctiva commissiio1 ucompnnbnrnm o mesmo Au:- JH'ovlneias do Norte. As chuvas que. ultima·
gusto Senhor nte o tlu·ono. mrnlo têm cnltido com abundnncio naquclla
J.ogo quo Sn:~ Magostndo o lmperndor tomou r~giiío, reanimaram seus lütbitantlls, os quuos ge
assrmto, c mnndou o~sentnreu~·se os Srs. depu· viio t•rcothondo aos ~eus domicilias. Grnndas
tados o senadores, leu n segumtc fnlln: · formn os sacriflcios 1lo Est11dci na preslnçlio de
Augustos e dignidsimos · Srs. reprcsontuntcs soc1~orros nos nos~os compatrio~s viclimn~ da
dli-nnção . s~c~a. Assim procedendo, cumprtmos um devar
Congrntulo -me c:omvosco pol:umspiciosa rcu· s~gr~do,, c evitnmos o de~povoomonto da!]uciiM
niiío do corpo Icgislntivo, provmcms.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:34 +Pá gina 1 de 4

60 Sessão em 4 de Maio de 1880.


Desonvolven-so durante o vet·ão pass:ulo , Franklin I;lori~. Esperidião, Mnrianno da S_ilvn,
nesta capital, o opidemia da febre amnrcllu sem E'pindolo, na,·ão da l~stancb, l'tado Pimentel,
mnior intensidade. O governo adoptou medidas 1\Iorl!.e, B:ll'ro~ Pimentel, Zanu1, l'risco PHaiso,
par:~ attenuar e [lrevenir os effeitos do mal, cs· Uulcão. lldel'onl~o de Anmjo, l~erreirn de !llnur:~,
tnndo presentemente a epidemill qunsi cxtincta. Ruy Darboza, BodolpboDantas, Aug-nslo.Frnnça,
Aproveitando os re.cursos com que dotastes a Horta dl} Arnujo, Dczcrra de l\lcnctCli, Franca
inslrucção publica, o governo procurou melhp· Carvalho, Andradll Pinto, Frederico Uego, ~lii.·
ror o seu estado; e proseguirá neste empenho. nonl de ~fag:ll hães. UaJltista Pereira, !os é Cnc·
A substitniçiio do systepta eleitoral vigente tnno, Freitas Coutinho, Affonso Penna, Aurc·
pelo deeleiçãodirecta continua a ser uma medida liano Magalhães, Candido de Oliveira, Tavares
. mstailtemente reclamad:!. Para esse Um o go· De\fort, Gnldino, Hygiho Silra, Larnyctte,
verno olfereceu á vossa con$iderDção o projecto 1\Janoel Eustaquio, M3rtinbo Campos, Abreu o
de reforma eleitoral. Conllo de vossDs luzes e Silva, Antonio C:u·Jos, Theophilo Uttoni, Gnvião
patriotismo que dota-reis o · paiz _com uma lei, Peixoto, Marlim Francisco, Olegario, 1\lallleiros,
que po~sa contribuir cffic3zmente par,:t a ver-. Souto, Silv:eira de Sott7.a, C:mwrgo, ••torencio
dadB do nosso systema p:,Jl'lamentar. de Abreu, DJuin , Leoncio d~ Cnrralho o
Auxiliar a lavoura, facilitando·lhc especial· P.ompeu .
.mente capitaes e en~ino profission~l, é aindn Compareceram· depois do nbcrta n sessiío os
uma necessidade sentida geralmente,. e que re· . Sn. Felicio dos Saulo~, Corr~a Uabello, Souza
commendo à vossa lltlençlio. · Carvalho, Bezerra Cavalcanti, Almeidll Couto,
Devemos espct·ar Ç!Ue as medidas adaptadas Sergio de C~stro, Theodomiro, Joaquim Nabuco
em voss11 ultima sessao restabeleçam, no exer· e Carlos Alf.onso, __ _ . .... -~ - ·
·-~-·cicio de i88i a--l88irn-equilihrio da despeztt or·
dinnrio com a rcc.eiln . do Imp()rio. Fallnnm com J>nrticipaciio os Srs. Flõros,
Não podemos, entretanto, interromper algu· Frlíncisco S\)dré, Mello c .AI vim, l\lorcirn do
.mas obras extraordinarias, que correm por eBarros, Snldnnha Marinho o 'Visconde U.c Pr3dos;
sem e\la os Srs. Almeida Barboza, Arngi.io c
conta de creditas e~peciacs, . Elias exigem ai· Mello,
guns so.crificios mais, que compensarão no Duarte, A~.ambuja ~Jcirolles, Bollrfio, Belrort
Couto ~lagalhães, Costa 1\ibeiro, Diana,
faturo. 'l'erminadas que sej:~m, c extinctas Epuminonttas 11Iello, Fr~neo de Almeida, Fi·
dentro em pouco as gr:~ndes despczas com soe· delis Bo~elllo, de Fernando Ozorio, Ign:~cio l\lnrtins,
corros ptiblicos, nossa situação llnanceim n~s .Joaq 11im BreYes, Joaquim Tanres, José 1\Iul'ion •
dnr-.í ensejo pnra reconsiderar o •nosso system:~
de impostos o alliviar n nl!ção dt'. grtwnmes, IJ.Uil no, Jeronvmo Sodré, Luiz Fellppe, LouJ·enço de
Albuquerque, l\[:~rcolilío llfour.1, lltello Fr.1nco,
não tenhamos ainda podido diminuir. Sinvul, Scgismundo, Souza Lima c Silveira
Está t>Ucerrada a sessão cxtrnordino.ria c abet·ta l\lartin8. - ·
a 3.• sessão da presente legisl:~tLtra,
Ae f./2 dia o Sr. presidente declt~ra ohertall
D. l'EbRO U, Itdl'.t:l\ADOR CONSTITUCIONAL E DEFEN• sessão,· ·
SOl\ PERPETUO DO DRAZIL.
São lidas c approvadas ns netas o.utoccdoutcs.
Terminndo este acto rctir:wam-so Sm•s Mages-
todes Impcriaes com o mesmo cercmoninl com O sn, l. • SEcnEumo (M co nln do scguinto
que foram recebidos, e im•Hediatnmente o Sr.
presidente levantou a sessão. EXI'EinllN'L'E

Oficios:
Do Visconde de Pelot;.~s, uc L• de liiDio cor·
l!!le•lli'lo em 4 .ue !lfnlo de 1880 rente, communlcando IJUG vor decreto de \i de
AbrillJroximo findo, furn nomel'do pal'n o cl\rgo
PRBSIDllNCIA DO SR. J'REDERlCO DE' ALMEIDA, de niinistr·o e secretnrio de csl~do dos negQcios
L 0
VICI'l·PRESIJ!EN'l'E . dn gucrrn. -Inteirada. .
Do ministro !ln·gucrra, de4: de Maio cot•rcnto,
SU~MARIO.- Eu~ot~ts.- Pnre<~ros.-Ucol~ctão da ros· pedindo designnçiio de dia o hora pnrn npre·
posta ;1. falia do throtto.- OADKII M or,,.- Eleição da sentar a proposta da fixação de rorc~s de terra
mesa, Obson·açõce dos Srs, .Galdino das l'ic•·cs o prc•i·
dente, Oluer•·uçõ~s <log SL'! •. CosMio Alvirn o ~brtinhc pam o nnno tinnnceiro .de l88l-J88i!.-~lat'·
Gaonpos.- Contlnua1'no da ·clciçno dn inosa.- Vota( no do cou-so o din ii do corrente i1 Lhorn.
JJar~cor da olelçi\o olo Goyat.- Coul\uuaçi1o da ~ld,ão do Dn ministt·o ela fuzenaD, de 3 do }laia cor·
couunhoOcs. Obsorvaçilc• 1lo Sr. Ccsntlo Alvim. ·
rente, participando, em l'CS)lOStn, que continuam·
A's H horas da manhã, feita a cllamnd~. a ser cnwregad;~~ as diligencin$ .nc~:css~J'ins ofim
nchnrnm-se presentes os Srs. Frederico do Al" ue verilicar·sa cc>m urgeilcia a mudança da
meida, Cesario Alvim .. Alves de Al'au.io, Coôta cnix:1 economiea e mnntc tlc.soccorro, do pavi·
Azevedo, Franco de Sü, Joüo Drigldo, Ribeiro de mcnlo tcrrco. do pnço da cnmorn dos Srs. depu·
Meneles, ltlncedo e Jostl B~sson. tu dos .-Intetrada.
Cl>mflareceram depois da charnmln os Srs. ne.qucrimcn\os :
Snnta Rosa, Fabio B.e1s, Serrn, Frcitns, Hodriglies De Adriano Cllrtc·Reai, podiudo matrícular·se
Junior, Virinto de Medeiros, Souza Andrade, no L• anuo do dlreilo ti:~ faculdade do S. Paulo,
Liber.. to. Barroso, Theodor·cto Souto, flloreira prc~l<'ndo, antes do acto do exame, o proparn-
Drandiio, Meira rlo vasconcollos, 1\I:mool Carlos, tot·io quo lhe falt(I.-A' com missão de inslrucção
Antonio de Siqucirn, Sonres Brandão, Semphlco, pui.Jlicn.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:34 +Pá gina 2 de 4

Sessilo em 4 de Maio de 1880. 61


De Candido da Silva llontnny, porteiro da grapho uriico do nrt. i5, combinado com os
tnograpbia nacional, pedindo que lhe seja abo· arts. 7 .•, 8. • c9. • do regimento, l\5 actas da
nada uma gratilical(5o para aluguel de casn, por cleiçiio primaria da rreguetía de Canancas, do
nlio haver na dita tYIJtlgra(Jilia. commodos p:1ra. termo do Turvo, província de .lllinas Geraes, n
sua restdencia.-A' <.:ommissão d~.: orçam~nlo. que se procedeu em i6 deSetembro de i878, e
Silo lidos e mandados reimprimir }lOt. terem oonsídernndo que todo o processo. correu ra·
.sido publicados . com algumDs omissües os se· gularrnente : . ·
guintcs · . ~· de. parecer que s~ja npprovada a . eleição
Jlr1mar1a a que se procedeu na freguezlo. de
l'AUIIG!ll\JlS Carrancas, provincia de Minas Geraes.
18i0-N. !2 C Sala das commissõcs em 7 de Novembro de
t879. - Iguacio Ma.t·tinJ. - Aragão c Mello.
l'JlOVINOIA Dll MI!\'AS. GEUAE!i

A commissffo ele conslituiçuo e poderes, cxnmi· !879-N. i.O li


nando as ncttls da cleiçlio primaria a QUe se pro.'
cede a nn fregueziu de S. Francisco das Chngns ELEIÇÃ.O DA 1/UOYINCIA DO nlO DE lUJ!;IRO
do Campo Grande, província de. Minas Geraes,
e observadas as fm·malidades do paragrapho A com missão de consUtuiçlío e poderes, tendo ·
unico do. art. 15 combiu~do com os arts. 7.", exnminado,dcpoisde observadasasformalidades ·
8. o c 9." do regimento; e n:io encontrando do pnragrapho unico do nrt.lõ combinado com o~
irregularidade ou vicio que pudesse· prejudicar n~t~~. 7. •, 8.a e 9. o do rcgimen to, ns ao tas dn elei-
a mesma oleição, é de parecer: ç~o de eleitores da freguezia de S. José de Leo·
Qu~ seja approva~a a aleição primaria da fre- ui.ssa, do m~nicipio ·de S. Fidelis, provincia do
guet_t:~ de S. Francisco dus Chagas do Campo RIO de JaM1ro, ~!Ie_c_t.uad;uLU . de::.OUtllbro-do·- --
~r~ndo, provincia de Minas Geraes. · ·· ·· .... - ·corrente·ànnó~niio_enconlrou 'Vicio, irragulari·
S~la 1as commissões em .7 de Novembro dL\ dad~ ~u reclamaçno .de !):l!,alquer P.specie que
!819.-Ig~racio .l}la!'tins.-Tlleodo1·eto Souto. preJUdtquem am~sma ele1çao.
O processo eleitoral correu sem protesto, e
i879-N. ~O C sem a menor perturbação da ordem, tendo sido
Pno'VINW. oE s. FAUto respeitadas as prescrip~ões legaes. · A• vista
destas razões é a commi ssoo de parecer :
A' commiss1io de constituicão e poderes fornm Que seja approvada a eleição do eleitores d:t
presentes as netas da eleicão primarin effectuada fraguez!a d.e S. Josê de Leonissa do municipio
na parochin dG J:~carehy, da proviuci:J. de S. de S. F1dehs; . .
Palil.o, em datas de 1!.8 de Agosto á· B de Sotcm· · 9ue sejap. reconhecidos e]eitores os cid:!dãos,
bro pr9ximo 'pnssado, em consequencia de haver cu1os nomes constam das actas da respec\in
sido :muullada por esta augusta camara a cleiçiio eleic;iio.
á que nnterim·mentc se procc!dcu na mesma pa · Saio. .<las commissões aos 7 de Novembro de
roohin em Agosto do anno iludo. · l879.-I,qnac~o Mm·lin.t.-Arag<?'Q e Mello. ··
Tendo obrervado ás rormalidndes do pnrng-rapho
unico do :u-t.W, combinado com os~rts. 7.", 8.• c 1.879"'- N. lO G
9. 0 do regulamento, nilo,cneontrou a commissão
nas netas quo foram sujoitas ao sou exame vi- l'R~'INC!A 1>0 ,l\10 J)B JANEIRO
cio~ ou irrcgul:tridadcs que impol'tem nullidade

.
do pt'iJccsso cleitornl, nos rostríctos tet•mos da '~cndo o pl'csi4enlo da provincin do Rio de Ja·
l!!l:!'l~luçrro em vigor ; :~penas ('Onstntu d(ls uct:.\s netro pol' .portarm de ~5 de Agosto de l879.man·
que llOl' ~~1:;-uns cidadiios foram opposlos di· dudo proceder :i clckão do eleitores dn fregue·
versos tJroLestos con tl'a a marcha o rcgttlnridade .zin de Correntezas, do·rnunicipio de Capivary,
dos h·aballtos elcitor:Hls; sendo, poróm, de no- etl'ecntou-se no dia designado, li de outubro
tDr-se quij uiio foram acompunhndas de qu11lquer do e~rronte anno, a mesma ·eleição nn igreja
prova que pnde8se tomar u.ceitavel a contes· mGtriz.
tação que nrliculavam, e ~chnndo antes as ar- Nuo tendo occorrldo incidente algum que per·
guiçties fcitDs inteira explic:~çuo nos eontrn-pro·. turbasse o processe eleiLornl, e niío tenlfo uppn·
testos da mesa ~ nos documentos que· os in- I'eeido protesto ou rcclamaç~o de qualqner na·
st.ruirmn. tudo conHauto das aclns. tnroz11, e vorilicondo pelos netos que os trnbnlho
Assim:que, entende a commissão quo deve corret'3m com regul111'idado em todos os sen~
S(l1' approvada a referida clr.i~iío e reeonhecidos lermos, respeitndas ns disposições legues; e tends
cnmo eleitores da pat•ochia de lacarehy os 2a sido obsorvo.d{ls as fol;mt1lidndes do tmrngrnpho
cídadüos mni& volad('ls, cujos nomes constam da unico do :~rt. Ui combinado com os arts. 7.•, S.o·
rcspcctira neta de apm·ação. c 9." do re~imento, ê dt! parecet· n commissito
de cons(itmção e poderes :
Saln das commissiics em 27 do Outubro de Que sd n :1 Jl.P rovnda a . c lciçüo de eleitores dn
1879.-Ignacio Ma1·tiüs .-Tiwodorctó Souto. freguozi~ de Col'ren\ez~s, do municipio do Cn.
.1879-N. U D piv3ry, provincia do Rio de.Janeiro;
Que sejnm rl!conhecidos os eleitores, cujos
l'IlOVINr.IA I>E l\UNAS G!ll1Ali:S nomes constam da referida acta de apuração.
A commissiio de constituição e podorcs, lendo S:1lo dns com missões, 27 de Outubro de 1879.-
examinado, observados ns formnlidades do p3ra· lgnacio Martins.-Amgão e MeUo. ·
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 09:34 • Página 3 ae 4

62 Sc;;siio em 4 de Maio de 1880.

E' lida B ruundadu imprimir, pat·a ser volaua, a OHDEU DO DIA


seguinte EI,E.li)ÃO DA. MES~\
1\ED.\CQÀO tiO l'nOJF.cTO ?;; {, DE !880 Prc$ideute
flelpOsl~ c' (alia do til I'OIIO 71i cedulas(8 em brnuco)
Visconde de P.rados. . . . • • • . • • . . . • 60
Senhor .-A <:amara ilos d!lpulado5 so comJlraz Frederico dc Altncida;........... 2
com a communicação, que Vo$sn.!llngestade Im~ ~rorlinho C:unpos. H •••••••• : ! . • •

, llilrial se dignou fazer·lho,de lOt'•Se mantido sem Olcgal'io .. ·......... ·; ...... ,. .. ... 2
olterar.ãG alt'anquillidade JlUulica en\ todo o Im-
. perio,' e continuarem as relaçües de benevola.
llllll'tim Frt~neisco ....• '! o . o...... i
reciprooillnde enlrc o Drazil e as polencins es- L • vicC•]Jrcsiclclltc
trangeiras. i3 cedult~s (o\ em ·branco)
. Deplora a camora ·com Vo~sa }ln:;est:tde Imee·
rlal. a duração da guerra entre algnmas.naçoes FL·ederico ·de Almeida •.• o.. ...... Mj
Luiz :Fclippe •. :.: .... ~.... .... ...
do Pacifico, certa de que o governo imperinl
suberú. respeito!' os novos deveres de neutrali- lfol'eJra Brnndao •....•• o.... .. ..... :1.
Sonza Curvt~lho .. ....... .... .·. •.. • :1.
dade, e com Vossa l\lngeslade Imperial ra:r fer-
ventes votos para que a paz se restabeleça entre lo se Cnelnno •.•. . ..• .• .• , . . • . •.. . 1
os bclligcrnntes, como exigem os aenhmcnlos 2.• V'ice-pt·~~itlente
de bu1nanidnde e os intorcs:;es de civilisaçlio. · :
E' "'ralo á comarit snber <JUe viio diminuindo G7 codulns (a em brnncoj
os elfeilos da sêcca, que tem nngusllado olgumns . ~ui~ Fclippe ... ......... ,... .... .. • li~
____ pro_y_i_n~~ -~g lmpcJio, e que <~bundanlcs clmvas b!_b!O ~OI,S . ,. ' .• • ;,., •••.•,•..... . . 7
~nnunemm a c.cssnçuo do fligello : · Joao·])rt ~tdo · :.., .• o;-;·;-; ·;~-; ~··õ"7õõ,,.., . · i:
Apl)lnnde acamorn ao governo itllpet•iul, p01: _3 . • viCI!- prtsideRte
tcl' sabido, unindo a humanid:~de á solicitude
tJ&Ia economia dos 1\inhch·os tJUblieos, SOteorror 66 cednlas ( 8 em br:lnco)
as Yictimas da s~:ea, · c reatrtnglr ao necessario · Goviiío Peixoto ...•.••. '·· .•. •• o.. 43
os soccorros com que era forçoso .acudir-lhes. .. Fabio Reis.. .. .. .. • .. • .. .. . .. • • . !O
Lamenta n cilmnra que ô estado sanitario cln- Almeida Darbozn .• . .....•.• . . ;.. · :t
catJital do. fmperio, sotisractorio ao abrir-se a Lnfnyetla ••.............•• : . . . . . í!
s<!ssiio exlmordlnoria da :~ssembltla geral, hou- Olcgnrlo , . .:..•. ·. . .... .. . . ... . . . . . . :i
vessose aUor:Jdodepois,eomquanto,coom 11 .eslnç5o L • ·acci'Clarío
. que en1111, acja de esperar se r estnbclctam as
coudições normacs da s:~lubridude publica nesta G8 c!ldulas ( 5 em brnnco.)
eld3de; e conlin quo o góverno imperial con ~
li.nuurâ a envidar todos os tneios para san.iOcar;iio Ccsario Alvlm. .. . .. • .. .. • .. . .. .. 33
de~lo poutrJ dQ p~ iz, acrcdltnndo que, pnra tiío Alves uc Araújo.. ....... .... . .... ~8 ·
importao to rcsulttlllo, n)uitu concorrer:i o termo L~fll)·cuo .........·. oo. o.•. ·o..... t
dos trabalhos do oo.n:~lisn~'ão quo se .estão exccu• Znllla .... .•. . .. ... ··~· · • ........ .. ·.•··· , . i
~n~. . . o S11. GAtt>INo. D.\s NEvss ( pdao;·d etn):-sr.
A~l'mlccc u u Vossa Ua~ost:Jde Impe-
Clll»llta J}rct~identc; julgo !JUO é neccssnrla 11 maiorin
rial o modo 110r que se digna nvnllar os scrvi~os nb$olula du votos ·(,~lJOiados}, o creio tfllO ó CllD·
llOt' olla 1n·estados no (lait, solvendo quesloo~ do diduto não a reuniu. ·
intot•c.ssc gert1l, espcrialmon to as ouiuenlcs no fll! Sn. "Diil'U.TAo.o:~ E' preciso· fazer-se nova
CIJlÜilbrlo enll'O' n receHa o n despezn, e ã amor· elatçao. ·
tlza,;ão do p~ pel-mocdir ;' .
. Corn!l Vossll Af;1gcstado Impcrio~l~ csl:i con\•on- Q.Sn. ~nssiDE~TE:- o _nobrb depu lado te m
Ctd~ 11 rmnam do quc·s~us osfor~;os em fn vor da raz~o. Va1 -se, J}Ol S, na fui' Inn ·do nrt. &.6 do
causa . ~nblicu ~~ã~ de ón~on,rot· po~ct·oso nu ~ilio rcgunento, J'roccder a ~.· csc t·utinlo no
llO IJO~O iJrll>.ll~lfO, CUJO Jllllrr(lliSDlO :Jr.Cilar:i
<tu~ I, scgun o prcceilitn o· mesmo re"i~enlo ·
louvnvi!lmente os onus precisos pa1·~ :1 snlisf;wiio toda p. \'olnç.uo deve rccahir ~obre os dotí's candi~
dos -t>etviços imUsponsavo is ao 1wir.. ' dntos 'Jlle nesta eleição quo sn :•calln de npur:u·
<l,bli\•çt·um maior numci·o do votos, e slio os Srs ,
• SL!UhOI'o n (\1tn~t:n cnmpl'chcndo n importnn· Ccsarto Alvlm c Alves de ;\raujo.
C!U du rcfor!n~ cl~tlornl, tendenlo o dnt• no Uru-
zll , J~CI:~ cleiÇIIO dn·ccLn. e ouLr:~s lliCdill:ts com· . ,_o 8•~· Çcll!IQrJo AIYim. (prla ol·detn):-
Jllcmcntu rcs de~ln g•·~ ndo id<i:~, n \'CJ'd:uJo do N;~o ll?s:>o e nem devo, sr . presidet!l(', aguardar
.voto popular, ampla base do Jí\'l'n systemn IJ UC till~nctoso o rcsultudo do lt.• cserullnio a que se
nos mge. VGI tn•ocedcr.
A c:~m11 ra nssegurn a Vossn '!Ingcstndc ltnpc- . Attrib~tem :i ongnno ou 1l equivoco o desf:.lquc
rlnl !J!J.C ~e occupnrã, com empenho, na realizaçiio lln -yot3çuo que sofi'locu o meu uou1o o que]nüo
desta unportnnte mcdidtl, ntailiando assim os crc1o om ob>ohuo. . ' .
csfot·ços de Vossa M:tltestadc lmpet•inl c a mnni- Vozus :-HoUve engano. (Jlllitot a}miJdu8. )
fL:sta vont<~dc do povo br:~zilciro.-Jia rti11l F1·a•~·
CI:!C(J . -lo'rauco tlc: Sei. -Pt't!do l'imc~•lld. O Sn. CllS.11uo A.L~Ul :-sou ilHIUllitlo a suppur
11uc o i ." sct·nt:mo •1ue orR ''O~ !lil'igc n ]la·
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 09:34- Página4 de 4

Sessão am 4 de Maio de 1880. -63


-'========================:============
lavra ou JHmlcu a conthmc:.a dp ·anU:;a maioria . podia dar·lhe a p:llavra ·pelaordr.tn. (Apoiado&.)
. (1u1o apoiados), ou não soube captar a d11 opposi· Requeiro, poiS', a V. Ex. que proceda a esse
~.ão que guerreou o minlsterio aa 5 de Janeiro. escrntlnio. . . .
o Sn. C08TA AZEVEDO:-Era tão• poqullna.·. . o SR. l'lli!SIDt~TB:-St!m duvida '; mas ag-ora
o SR. Czs.ulio ÁLVtM:-Mas podià ter cres· o nobre deputado é que parece nio estar na
cido. (Ri1o .) . ·. ordem. . . .
Saib.a v. Ex . , Sr. pl'esidente, que I? .... SC· Osn. &lA.ttTINtiO c.uil'os:-Perdôe~mev; Ex ...
. . crctano da camorn é o primeiro a' reconhecer .o Sn. ,l'DISlDJ!:N~E :-o nosso collega por
que, si lhe sobram loaldaile e. lisura no cm:ilpri~ Mu1as, J.• seeretorJo, tinha o direito de fazer
monto dos seus deveres (muitos apoiados), min• umo. dednroção " seus eollegasl quando sobro
• soam·lhe aptidões pará bem de~empcnhor 0 elle proprio é que devia recnb1r o objcclo da
cargo. (Nu111ero1of não apoiadol.) i.• votnçio. Portanto,l!i o te~tlmento·niio cogita,
· Niio simplesmente · de · honra insigne, i:nas de cowo creio, da especie1 não lhe {lOdia en negar
· penoso trabalho, o posto quo me Indicaram foi e3se direito. O nobre oeputado u ~ne de tõdo
por inlm ·occupado com· a rosolução firme de - pód 11 d · i
pres&.u ao meu partido o fJUC ·de minba dedica· · nao e con nuar, porque · essa o'rma nter·
çã:o exigido rosae, pois ~;~~e nõo bnbituãra a rompe n vo•açiío. . ·
aguardar no quartel da segurança e do com mo· · O Sn.· MAnrrMIIO CUCI'Qs:-Perdue·me V. Ex.
dismo a eYoluçiío natural o futll das cousns O bonrndo deputado por~linns Gernes não podia.
políticas ·entro nos. PQis a iss!l se oppõe o regimento, exigir quê
Pellljei · sem tregoas na imprensa opposi· nuo vot~ssom em seu nome ne·sstr i .• es·
cionista durante nove aunos de opposl«;ã(l, e os 0.1J.• crulin!o. . .
naes parlamentare~ do anno derradeiro do nosso O Sn;· CsSAliiO At.\'tM:-Pedi.
ostrncismo político, sl não dizem que . fui dos . -}tu!TUÍ'ilo CXMros : _ Nii OCC:lSJ~O em
- mais-gtoriosos·ll4111'mailOS $lidados â1Cpequena que 0 fez niio Unha dire.ito·ruor• i••o.
Jlbalanre .dos l6 opposieionistas de ent&o; nio ........ ""
· ileixoram, comtudo, o meu nome em completa O Sa. CssAnró At.vnt:-Não tinha d.ireito de
o~scuridnde : (Mvifoa apoittd!l3.) pedir f! · ··
Vo.1e1 : .;.. Foi. dos mr.is esrorça.dos, e dos que OSII. MAattNtto C.utl'Os:~ Sem duYida. No
mn!s merecem ; (M'IIU1>8 apoiados.) , · · ~.· esr.rutiuio, a camo.ra dos Srs. deputados
o Sn. Css.\nto ALVtM :-Não me dondo 0 cs· podoró. dar no meu illustrado amigo a volllçiio
cruUnio maioria absoluta, indicou, ónlretaJito. que elle mereee, e que só ,t~or nm equivoco niio
quem me pO!SII suhstiL\tir com vantagem. . terá oblldo no L • escrutimo i a cnmaro mesmo
E' 0 meu companheiro de mesa 0. sr. Alves demonslrar4 ao lllustre e noDre deputado ~ue
de Araujo, euja prolleiencia, actividade e leal· não desmereecil dn nóssa · confiança. (Mtutos
dado, nnncn desmentida, sou. o primeiro n re· apoiado•.) ·
conhecer. _ ·. . ó Sn~ PliESt»ENn:- Vol se próceder no i .•
OS Sas. IIAilTINHO ·c.u.aPOs, GALDtNo DAs NEYES eserutiÍiio, em que_ só podem obter votos os
B ouraos :-Apoi:~do. Srs. Cosarlo Alvim e Alves de Araujo. .
Assim1 ~ls, Sr. tmsideute, tendo de correr .·i . • Bset~urrNto
o cscrUttnJó entro os no~sos dons nomes, eu com
3<1 votos c o meu. comvanilelro com i8, cU .JJeço I L • stcrelario ·
ó iltuslt·o comoro dos Srs. llcptll:.dns quó faca
reenhir n ~ sua CSl!olbo. no meu illustre collegn, ·· 6~ ·ecduias (cinco em branco) ·
corta de guc no bancoda; ouvindo o conselho de Cesario AI vim .. .. . • ~·... .. . •• . . . . ~9
meus collegas, li · suo tmlnvn autorlzallo, mos· d ..
•rarei que em !ttlal!luer po.stosei prestar-me com· Alves . 0 Araujo .... • .... .. .... •· ••
. n poasivel ded,~aÇt~O ó caut1:1 do mcn p~lz e do j ,o 1 rcrctario
putiiio a que me dosvaneç.o do periQnccr.
Aproveitando o ensrjo~ ogradcço á c:~m:trn dos 62 ccdulns (tt•os em branco)
Srs. doputados a conli3nçn com quo fui l:onrado
na passada sessão, declnrando·lhc que não posso Alvos de Ar~ujo................ a!J
nceltnr mnls o posto que me.designaram e que :L •. 11 &. •• úct•etc~rioa
mantive com a conscienein de qttem cumpria
cscrupulosumonte os. sous de1•eros • . ( ~luilos 6~ cedulus (duns em !Jrnnco)
apoiados ; muito benL, muito lx?m.) ·
' .
Pompeu ............ . ... ..... ; . . . . . 62
· u 8r~ Martlnbo CumtlO&&- Sr. Prisco Pernlso .. . .. .. . .... ; . .. • .. "
uesidente, pernnltlr-me·htl V. Ex. obscrvDr· . D3rros Pimentel .••. .. ..• , . ... . . •. . 12
l he que1 dnndo a }141avro no meu llhislre· com·
pt'ôvmetano e amigo o Sr •. Ces.uio Alvlm, não
Dlltt!n ..• . ..•. ...•... . ·•. :. . ... . .. u
Tnvnres Dclfort . ....... ,. . . . . . . . . i
procedeu V. Ex. de accürdo com o regimcmto. Monte, ........· ...... e-, ••• •• ••• ~.. i
Não havia objecto em dbeussiio, o nobre .depu· Ficorom supplcntes os Srs. Bnrros Piq1entel e
tndo nada propôt·nos sobre mnlcrla de ordem, e
tendo V. Ex. nnnuneindo que la se procede•· a D11niu. ·
~ . • escrutlnlo·, era exclusivamen1c Isto que h~vio o St·. preshJonto convida os Sr~. cluHos 1.1 lo·
n fnzet•, Só depoi~ desseescnttinio ·é que V. Ex. marem $CUslogn1·es.
Càna ra dos Oepli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:35 + Pág ina 1 de 4

(34 Se~são em Õ de Maio de 1880.

o Sr. prc~id~nte declara que,achando·S'3 con- O lliilr. Ceso.rlo A.lvlan (pi!la. o1·dem):
stituída a mesa. iao&u.ieitua· a. Yotnçiío da c~sn o -Como vê a camara, Sr. presillente, ett tinha
parecer da commbs5o de poderes sobre a eleição rar.~o quando suppuuha que se não devera a.ttri·
ila llrovincia de Goyaz. buir. em absoluto, a engano ou cqutvoco todo
Posto a votos o parecer, foi approyado o decln· dcsMquo de vota~ão que solfreu o meu nome no
rado deputado pela província de Goynz o·sr. Dr. primeiro escrutimo.
Jeronymo Rodrigues de :\loraes Jardim. Yeiu o segundo demonstrar que ha um grupo
d~ meus collegns que me uistingue com o s~tt
Proseguinclo-se na eleição dns commissücs, desagrndo, n1ío podendo en explicar os motivos
foram eleitas as seguintes · por que uclle incorri. -
Resposta ri (a !la do .tlmm'J As posi~~lics delln i rum· se:
7.5. cedulas (7 em llr~nco) De um lodo :1.6. C•:Jllegils que preferiam o meu
t:ompanbeiro de mesa pnrn occupat· o meu posto
I! mais seis cedulas em bnmco que mais ou me-
·
~lartmho Campos................ 6~I tê . . . l r I 'd t d .
Baptista Pereira ........ ,, •. ,.,,. 1i!i nos m mvartave u en e apparec1 o em o os
iliJ. os escrutinios. ·
Martim Francisco.. ·""··"····· De outro lado ~9 dos meus amigos politicos
Franco de Sá.··················· 5 que eom pleno conhecimento de causa orde-
Prado Pimentel .......... · · · · .. .. 2 1 q uo mo u· do-
Soares Brandão.................. ~ n.am-md c qu!l or,cupo o poso
<~ SI"'Ua O. ·
Znma .. · .. ·.·" · • .. • · .... • · · · "· • · 2 Em .meu ~uoposito, de aritc-m:Io, muniféslado
Joaqu1m Nnbuco .. · · · .· · · · · ·; · · · · · · . a alguns arn1gos, pedi~ reverentemente ri camara
. Ruy Barbosa, Almetd:l Couto, favarcs llelro!t, dos· Srs. depukldos, dtspcnsa do cargo, em a~to
Silveua de Souza, Rodolpbo Dantas, Olegnr10, suecessivo coso u volaciío em meu r.ome foss~
Moura,..Lllfa)'eu.e;Antonio-.Cilrlos, Li bemtoj}Jlr:_ -tHH\tltm~-l:ltl1inim!r,1)0is-em-des van.
roso e Costa AZC'\"Cdo, i voto cada um. tngem do meu melindre, pudera ser lobt•igada
Constf.t<lifàO e podctcs qualquer condescendencia pnra com o collega
que ora vos falia . .
61j, ccdulas (7 em branco) O Sn. LA.FAYETTE:- Apoindo, V. Ex. dccla·
Florencio de Abreu. . . • • . . . . . • . • . ü9 rou-nos. (Apoiados.) · .
Esperidião • : •...• ~ .. ' • . . . . . • . . • . 58 O Sn. CEs.tnro Atvm: ~ Acccntuada, porém,
Franco de Sa ... .. • • .. • . .. .. . .. .. . .Ji :l hostilidade. eu mnl procederia neste momento
Theodoreto ~c>nto................ 3 si não fosse occupar hoje o mou pos,o, como
· Ribeiro de Meneze~, G3vião Peixoto, Jonquim homenagem que rendo .nos amigos que 1listin~
· Nnbuco, Affonso Penna, Zama; Lnfayelle, Bns· guirnn1. o .meu nome e nos quaes mo confesso
son, Tu~ares Bclfort, 1\uy Bãrbosa .o 1\odolpllo summamente 11gradecido, ( Mtuto bem, muito
bem.)
Dnnt.,s, f voto enda um.
· O S1·. presidcnle dcelal'a que, ten1lo-:Sc osgo·
t:trlo a hora do trabnlho, .ücnva adiada a ulci •
ção de commissües c dti a seguinte ordem dodin
62 cedula~ (U om brunt~o) . li d() rtlaio:
Znma ........................... ul Continuaci'ío dn clei~1ío dos_ commissvcs.
Uulci\o ...•....... ,.............. uO As ma terias llcsigmulus pura 11 ordom do dia~.
Fabio Reis ............... .. ..... ·..\8
Cnrlos Affonso. .. .. . .. .. . . . . .. . .. IJ.B Levam:~·so a sessão üs 3 t/i horas da tarde.
- Aflonso Pcnna . . .. .. .. .. .. .. .. . .. . 6,6
Libera lo Barroso. . .. . . . . . . . . . . . . • io
Prado PimenteL . . . . .. . . . . • • . . . . . M>
Andr:~do Pinto ..... ,., .......... , ~2 8C81!1í'i.o em :J de lUnlo de 1880
llforc!it'n de n~rros............... 3:1
llfeirn de Vascouccllo~............ H l'H~:$lO~li'CL\ DO SI\. YI~CONLlll DE rnADOS
Correia Hnbcllo.................. 1:1
Jonqtlim Nabuco................. 8 SUMlU1U0. 7E<t•r.m"'r~.-l'•·ojc•.to<.- O~$OI''·~ rüú <lú llr.
c~~tll'l () .·\1\'ltn.~OnDLtu uo mA.- COJlliuu:tçâo Ua olciçiiv ~u
Gavião Poixoto... . .. .. . . .. .. .. .. ri couunh!l.ê.i<l~.-PJ•o'IO:iLa~.-Jnramonto tio Sr. Uopulallo Jar•
Bn.rros Pimentel. ............... _. 1J, llim.-Nomenç.ãG Jo eomtul.:t!U~s.-l!luull.tld<'.
1\Ionte.......................... 3
~(urlinho........................ a
A's H homs d:~ manhã, feila n chamada,
nchnrtun-se presentes os Srs. Visconde do
Florcncio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . !!
Gnltlino ............. , ...... , . . . . . 2
Prados, Cesnr10 Alvitn, Alves de Anujo, Costa
,Azevedo, Jos~ Dosson, l\Innoel Cm·Ios, lldefoli.so
CostD .Azevedo .......... '" ... . • . • . . • .
2
S311l3llh3 .•• ~ .•.. ~ .•• ~ '. ~-. 2 I do Araujo, Ilnriio da Esl~nciH, ll1:1cedo, Sel·gio
..... H

Set•ra........................... 2 de Cuslro, 8il\·oira de Sott~t\ e t.lcllo AI vim.


Fr~uco do S~i. Mariannci da Silva, Aurcliali(J Coruimreceram depois 1la chmnadu os Sr~.
Mag~lhfieo:, AIJrcu c S!lvo. Ang1.1sto, Fr.nnr.a •. Stlntu 1\o~n, Dottin. l•'aiJio Reis, Franco de S;\,
So:ll'lls Brantlilo, Antomo Cnrlo .~ e I\11Jetro de Tnvot·es Delfort, I~rnnldin DoriB, Frcitns Josú
Uen~zes, 1 voto cud:~ um. CnGl~no, llodJ·igues .Junior, Sorr(l, 1o5'o Brlgtdo,
c â"nara dos oepLtados- tmrr-e sso em 27101/2015 09:35- Pág ina 2 de 4

Sessão em 5 de Maio de 1880. 65


===================
VirialO do Medeiros, Sow:a_ Andro«!c, Theodo- E' lido, j nl:rado objecto de delioor~ç~o e man·
reto Souto, :Moreira Broudno, Al'ngao e Me!lo, dado imru·imir o parecer .da. comm•ssao ·de 3 5·
~Ieir:t de Vusconccllos, i\Ianool de :.\I11gnlh~,c~, !:'llmblúas 1Jrovinclaes l!llC lermiua pelo se~ .
AIÚonio .de Siqueira , Sernphico, Esperidí5o, ES' · guintc
pindola; Prado Plmcl_ltc!, Monte, .Dart'os ~i· . PnoJEC'I'O ·
menlel Zama. Fredcr1co . de Alme•do, Bulcao,
Fcrrei~a . do Moura,· Ui beiro de ~tcnczcs, AI"· Acommissiio de assembléas provinciaes, tendo
meidli Couto, nuy Barboa;~, Souto, Augustt~ cxp.~inado todos os .llapeis ~elnti~os DO ~meio do '
F1·nnçz, Horta de Ar:~ujo, Bczerrn de Arenezes, nunJStl!rio dos negoc1os do 1mper10 de l u do mez
França Carvl!lht, Andrade Ph~to, Bo11tista ~c- prpxlmo passado, c co nsid~rando : . •
rcira Alfonso Penna, ·Aureliano Magalhnes, :t D Que não Iu1v i4 razües plausíveis par:~ que
CandÍdo de Oliveira, Guldino, Hygino Silvn, 0 p1·esídentc da provlnc!a de S. P:mlo negasse
LafnyeLLe, rt~artínho CamP,~S, Theodom.íro,,ThiJO· sancção á te i pela q~al a •·esr,ectiv~n nss~mbl_éa
plulo .Ottont, Abreu e Silva, Antomo La rio~, provincial com o umco e bcru mantfesto mtmlo
Marlim Francisco, Olegario,·Camargo, Florencto de animar' c torn:~r elfectiva a ldéa da estrada de
de Abreu, Az:tmbuja ~eireltes e llrisco Pa!aisó. , ferro ·da villa de Bolem de Jundiahy, nQlpliou
Compareceram depo1s do nberta n scssuo os ' por mnis vinte no nos a .rar:mtia de juros de
Srs. Gavião · Peixot?, Frei.tas Coutinho. Cor~êa 7 "lo,. ficando assim modiftcada a disposição .da
Uabello, Bezerra Cnvalcnntl, S~~res · Brnndao, lei :mterior de 1872. · .
· · Malheiros, Libernto Barroso, Fehcto dos Santos %.• Que, tendo sido devolvida á assembll!a c
c Frederico Uogo. . . :- , .. • pelos dous ttlrços d~s. votos do~ seus IDB!Jlhros
Faltaram com partLC!Paç.to os 81 s. Flores, acloptadn de novo ale1 em questao, o prcs1dente
frnncísco Sodré, l'llore•ra de Burros, llh_noel lia província níio devi~ ter embnruçado a acçiio
Eustnquio, Rodolphó Dantas, Saldan!lD 1\farmho do mais l.rn.JJ.o.r.tan.te.,_p.ot~sct.D.JllAis...deUlOCl!lltico,- · ..
____a..Uompcu..;..e-.sem-clla-os-Sr-s.-AlruetdiHJB?'ixlz1l'T raniõ do podor· legislativo· provincial, soccor•
· BeHrãot. Belfort Duarte, Carlos Alfonso, Couto rendo·se do sophismn sediço sobre o modo como
l\la)lalhaes, Costa Uibeit·o,, Dlnna •. Ep.aminondas pódo ser entendido o nrt. H; dO neto addicional
de Mello, Franco de Almetdo, Ft.del!s Dotell!o, na cont:~gem dos doU:s terços dos votos dos
Fernando Osorlo1. lgnacio 1\ln~tms, Joaquu~ membros da assembléa. .
Breyes, J0:1qnim ~abuco, ~oaqu!m T3;vnres, Jose . 3.• Qttc, fllncciouando as nssemhléa~. próvin •
. Marmnno, Jeronymo Sodre, L~1z Fehppc, Lou - ciaes com a metade e mais um dn totolulade ~os.
rcnno de Ãlbuquerque, .Leoncio d~. Carvalho, seus membros, parece evidente e portanto m-
1\farcollno ~loura, ~I:manno da :S~lvo, llrello quastionavel que na hYtJOthesc do art. i 5 do selo
Franco,~ Sinval,, S<;gts~nn~o, Souza· Carv~lho, · addicioual, ~ por. meio d~ umo interpretoçiío
Souza L1ma· c SJIVctm Marltns. casuislicn se pódcrta conclutr, que os dous terços
Ao l /i dia o .Sr. prcsidcntB declara abeJ'Ia a dos votos dos membros do nssembléa contam-se
sessão. ·. · · ti'! mando por ba!e o numero .total do~ mem~rC!s
· · d • · te de gue·se compue a assemblea ; e assnn rncioc•-
.E' ltdo e :~ppr~v:~da n acta a sessao an ec· nanao, é do parecer n commissão, que esta
dente· . . augústa cnmar:~ arlO)Jte, para ser converlida em
o Sn. 1.• s~::cn&TAI\IO dti conto do scguint~; lei, a seguinte rosolucão:
l:xl;t;:o~E.N'fl A osS(IIl)IJit\n geral resol vo : .
Oficios: Arl. 1. • Ficn at•provnda a lei da asst'mbléa
. Do ministro' do imporia, dll o\ de Maio corrente, . prnvincial··da provi nela <le S. P;mlo de i.• do
rcmlltl end~ cópias dn corre.spon,donci~ ultima· AIJril de 18i0, elevando o iO onnos o prazo da
m~nle hav1da entre o governo unpennl c o Sr. ga~·ontin de juros de 7 •;., de conrormldode com
Emm:mucl Llais, directot' do obscn·utorio nstro· tn·875. lei da mesma assetnblêa de 6 de Abril de
. nomico.-A qúem fez a requisiçfio. · ' . . . .
Do ministro da marinha, de 4 dP. ~la i o .cor· coutrai·Jo. Art. ·2. • 1-'icam l'ovo;;ados os dísposi~ões em
ronto, pedindo designnçüo de din ll hor11 pot•n
apresentar a )Jroposta fixando a forç.1 nnral p;u·a· Satn'uns comnli$sücs, t.• de Maio de 1880 . -
o "nno financeiro de l88:l-:l88~ . -.&Jorcon- sc o Prisw Pami~o.- Sergio ele CttSlJ'Q, ·
db 5 á i i /o\ dâ. tarde. o 8a•. Cel!l8rlo Alvlru (L • sccJ·e((trio)
E' lido, juJg·ado objecto do delib ernç~o e ro· ( IJCla ol'd1•m) : - A ca m~ro, Sr. presidente, mo
mettido :i commissüo do poderes o seguinte .ifcsculJlnl'ó. si ando a tonwr·lho, desde hontem,
alguns momentos de suu attcnçüo, para tratar
l'noJBCTO de :~ssull1Jlto que me diz respeito.
A asscmbléa g"lll'al resolve : Nin"ucm se coutrm·in com isso mais do ({\lO
cu, que, por indole·ctcmpcr:tmemo sou lnilmgo
Art. L• E.' crcado na Yill:t do Td ~oira um jurado do cxhibiçõl!s pcssoaos. .
collcgio elcitot·al no.qual ~·otul'ão os cl~ittwes dn Nüo vrcciw l'CCOI'tlar ã ~m:t ra .o incid en~t)
)lin·ocbit• de Santa Maria l\Iagdalcna, ua prnviu· occot'l'ítlo honlcm, o lli'O)loslto de nunha reelel·
ci11 da .Pnr:thyba. çlío pnrno eo!'go de t." seçrct:tl'io.
Art. :2.• l~i cam l'cvogudus ns disposi.~ões em 'fotlo~ o lLHn. sem llu.vidn, bem lll'escnte ti .
(onlrario. mumori<t. ·
S. n.-1 8~~ dn c:unat•n dos deputa do~, ~ de
1
Eu havia mnnlrcslmlo cl:muneutc o Pl'Oil•l ·
~l:~io de l886 .-Jla11ocl Cm·los, sito em que est!\1'11 de solleltat• sem perdn. do.
t oml! t-D. ·
c â"nara dos OepLtados- tm rr-esso em 27101/2015 09:35- Pág ina 3 de 4

()6 Sessão em 5 de Maio. de 1880.

tempo. dispensa do enrgo de L<> secretario, e:~so mnnifcstaçiío, eontinúo a ponderar quo atru,vcs·
·o 11.• escrutlnio 11 que foi mjcito meu nome, se snmo.s uma lllnsc politiea melindrosissimn. ·.
pronuucia~sc un:mime .ou qutlsí unanime no
scntiuo da minha rcconducção, porque me ficaria 0 sn. 1c1 c • ·d
"AnTINHO uu•os :~.-..pota o.
no espírito a stlsp~Ha _de quo bouverà condes· O Sn, CBSARIO Atvm :-Cheia de nrdentcs o
cendencin (muitos niio apaiado1) pora com quem tJalrioticns aspir:u;.ões, reuniu-se . a cnm~rn dos
vos falia. nesse momento. · · . Srs. deputados nn sessiio Onda, o dou exhubc·.
Assim não aconteceu, POI'~m; n hostilidad.o . r:tntes provns de sua dedicaçõ.o á politlca do ga-
necentuou·se , mandando ti urna U: llstns con· blnetc pns ~odo, l'evelaudo, justiça se Ih() far;a,
tra !J.9 que me eram favot•aveis, pelo irnc, jul·· tim esplrilo eminentomanto governnmental.
guci do meu Imperioso devcr.obedecl!r á ordem (Numero~' apoiados, ) . . ·
da ca.mara assumindo o mlin posto, procedi· Viu, enlrcturito, mnllogrado o primeiro ·plano
· mcnto que devem os meus cotlcgas tomar como 1\n rerorma eleitoral, · :!Ivo suprtJmo dns n~pi •
just~ horilcnagem que rendi ao seu r ava lheiroso raçües ·nacionnes, \lorque todos ·ostiio convcn·
comportamento. .. . cidil:s do que é preciso, para o bem geral,
·. Agora que julgo cumprido o ·meu dever, di· restUuir á nar.io a posse e domínio de sua sobe·
rijo-me respeitosamente á augusta camm·a doa r:mia eleitora . (.'lluitos opoiado1.) ·
Srs. deputados. para solicitar de sua benevo· Nada consllgnimos ' porém.
.. lcncin dtspens:i do cargo.com ·que nova mente me 0 Sn. HonTA DE An,·u · ·• -Hou·ve culn.. de
honrou, e:~rgo para cujo desempenho me não ,. 10 .~
sinto com n tscnç.iio do espírito que é de mister. nlguem.
(Mttitos t~ão a}Joiado6 .) . . _ · · . o sn: éESAnto AtYUt: -Não culpemos nin·
Perdoem-mo. os mêus honrados collega>, si guem: attriiJuamo"S 0 mallogro a acontúcimenlos
me nrvóro em unico juiz no caso presente. ratacs como 0 destino, e q lte não (luderam ser
.. . llabituei·me- .em-minha. vida-pohticn,- qu~-nõo domlniidos; (ApotêJd(iii) · · .,..... ,. -------
.tem dolxo.do do sor tormentosa e jà não e muito .. Como .quBr que seja, :~cltn~se iniciado outro
eurtu, n pt·ovocnr e accitnr ·combates em compo projecto, que devemos amparar e.volnr, e quaes·.
aberto a todas os vistas e ti luz dn mnls · clnru quer q.uo sejam as olfensus no meu melindre,
publicidade. (Muito bet!•·> que não reputo tarido, o gabinete, o meu pnç-
. Apavoram-me, porem, ns guerrllh.u de me· ·ttdo; 0 p:.it, podem· contar com o meu maas
xericos pelos corredores e ns lutas téridaa á sincero desprendimento e com a· mais en~ra·
sombr~~ escura dos escrutinios secretos. ·· nhadn dodicaç5o de minha parlc. ao sou scrvJço.
Sempre qno entendi devei' oJrrontal' uma diffi· (Muito bfm, muito bem.) . ·
cuidado, o nz· e o farei, sem contar o nem pesar _ os desastres de ministcrio,si os contar, serão
inoonvenienles·. (Muito bi!m.) · desastres meus. Ha nlgnma coúsa em tudo· Isto
·.· O Sn;. GAi.otNo D.\s NEYEs:- Os ncgocios de D. que lroz o cnnbo, embora insigniRennle, de la·
llazilio. .- ÜUlaçiJcs minhn~. (Jll,itOlifm,)
o Sn. - CtsAnto ALVUI :...;..E• ccrlo, Olleio ns Dl~:~peuse·me n comttra do honroso encargo
murmuráçiícs. E' llom que meu collcgit lembro com que invcsliu•me~ o mo vcr:i nu _fileira dOs
lal inchlcnle. . .· comb:~tcntcs, som ·odtos nem resontunentos,. a
Assim Jlensnndo, u5o posso c nem tlcvo dar prcstnr no goYcl'no o apoio do .minha palavra u
pretexto :1 !JUulquor dos:,;-osto no .seio dn n.ntilin ilo meu voto, sempre que dcllcs houver nccos-
lil.uwnl, !J.l1C, lllttis do que nunc:t, ·1,roci81.1 _cst111' sidnde.. (•lluilo lx!m, miUtQ ~m.) · · ·•
unitla. (Nimlei'OIOt mlo.a}loiado.t.) · Consultada a c;trnarn. nega lllliapcnsu tl\l\lida,
o Su. lh!iJXO SILVA:-Nuo lenha susto. !JUC . 110r unauitnhJadc, tncuo~ trrs votos.
não havor:i briga 11or cau~a elo nobre tlctmtudo. o sn. GEsAnto At\'lM : -o [lroctldlmonto da
o Sn. 'Css.s.nto ALVilt · (1'ittdO·!~):- Não tonho camarn I)CDhora·mc em cxll'emo n gt'atidilo, mns
~>Usto,me ll patrk~o (I! tim que se descobre), mns., considerem cs meus honrados collegas que ou
atlendn,qm: em um pleito,qual roi o sc~undo es · niio posso serYir o cargo. A minha deeilsno ú ·
·crulinlo,em que todos ''otoraru pr~wcmd.os, reu· irrcvognvcl. Attcndnm o mou pedido.
~l~ meu nome t.!l votos e o do meu compet.idor Cousullndn ·novamente, 3 cnmarn concede :1 ·
Foi unn ltoq ue entro membros de uma mesmo dispenso pcdid:t ·- ·
familia polilica, . c que csl:i em min'bns mãos onDE~[ DO DI:\.
f:uer com quo se não reproduzn, pedindo dis·
penso, como foço,do cargo de f..• sccl'etnrio, coNTINUAçÃo DA. RLErçÃo DE i::o~umsõtt;; .
O nosso partido jlimnis atravessou um:~ crise ·commi1süo de conta.5
tão séria como netunlmen te. ( Apoiados: ) 1'odo
a uniilo dL1 sous membros niio.ésobeja para ''on· G~ cedulns (duns em branco) :
ccrmos ns dimculdndes que uos:1sso'ber1Jam .. · Souza Limn ••.•••••..•• •.•...•.• . li9
Anlonio Cnrlos . , , • ; , . .. ... . .. . - . m
O Sn. ·SERGIO os CAstno·: ....; Nfio pretendendo
ou conceder-lhe :1 disponsn, tn·oclamu que n ~ un Souzn Andrnde .• ,. .. ... •• • • . . • .
Freitas ~ ••...•.. ; ....• •••••• .. ~·· lili
gg
cnnductn é dn~ quo mai~ homt•Jwgcns pr<woca. Mtu·i;mM do. Silvn .. .... ......•••
(Jittil(l8 UpQiUd(l$,)
1\ibciru do Menezes.... .... ... ... t;t;
O Sn. t:EsAtm' ALYI~l :-AgrmlL•cenllo no m~u lldefouso de Arnujo. . . . . . . . . . ... f!?
illu~ tr c colll•ga,e aos !)Ue o :~poi mu,!üo li ~ongc i ro 'Monte •. . .... .. ;·, .. . .. . .. -;..-, .·,-,-.·--t>3---
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 09:35 • Página4 de 4

Sess<lo em 5 de ~titio 1Ie 1880. 67

AurelianÓ..•.•. .•. .. ·.......••. .. .. · 52 nos lermos do nrt. ~; • da lei n. :16i3 de 13 de


Cosia Azevedo.·.. . . . . .. • . .. .. . . . a Setembro de 187õ. ·
Flul'encio d<>. Abreu. ... . . ....... . . 3 ~ i.•· OS ·volmltnrios perccbrrão, em.quan_!o
Andrade Pinto .... . . • . .. ... :. ;·. .. 3 forem prac:u. ·de prol., mais · nma gratiücnr:uo
GnicHno •. • .. . ; ... .......... ... •.• i igual á metade •lo soldo d~ primeira .praça,
Mortinho Campos .,· ,.~ . . .•• . . .. . • · ·:! conforme a anna em que servJrom i os engajados
Libera to B:1rroso . ...... . .. .... , • ~ perCí'beriio mais uma gralifiettção 1gual ao soldo
Salda nlla. . . . . . . • . • . . . • . . • . . . • • . . ! · de primeira 11roça, o. tambom segundo a arma
Gnvião Peixolo....... ... . .... ... 2 em que servirem. · · · .
Tito ·F1·anco . . ... ... . •. . ; •...·· .·. . • - % ~ ·~." Qunndo forem escuso,; do serv1ço so
Cnu1argo . ... .... ~· .... ; • . . . .. . . .. ! lhes concedera nns colonias do Estado um· prazo
de terras de 108.000 melro~ quadrados.
Darflo da Estaucln, Arilgão c \\lello, Tl\eOJlhilo § a. • A importancia- da ·contribuição J)eCU:
Ottoni, Fet·reirn do Mout·n, .Joaquim Nobuoo,· niariu, de quo trata o art: t. •, § L•, u. 7·aa let
1\toirn, n~rros Pimentel, lJ<osson; D~nin, Augus\o de 211 dc·Sclembro de J874,, serú de 1:0008000.
Fmnçn c Lou.renço, .um voto cada um. -Art . a..; Ficam revogadas as 'disposiçõês em
MnriPiha c !Jifcn·c~ . · eo~~~~~i~· do lUo de Jan~iro em 5 de Maio de
62 cedÜla! ( uuns cmlJrnnco): !880 .- Visconde de Pelota&. · ·
Mello' Alvim .... ; .. ; . .. . .. . . 55 Retirando·se o Sr. ministro da guerrn com us
1:osta Azevedo........... , . . . ~! · mésmns formalidudes com que entrou, eintrodu-
camat•go .• •. •. •. •. ••• • • . .. . . t)j zido o Sr. ministro da marinha o com us mesnws
Moraes Jat·dim .•..• •. .•• '... a Jru:roaJjdadcsJOllllLliSSC!llo-~...direil:l do.sr-.-pre.-
Ccsorlo A-lviut;';;-;-;.; . : : ·: -.-~;-:- .. ·a- __ .. shlento c·Jil a S(lguintc . · ·
Andrade Pinto ..... ·.•. . . . . .. a l'UOl'OST.\'
lll•;n·enci~ dll Abreu, Fpl'rclra do Mouro, lide· Auo"'Usk· 0 di,.nlssimos senhores roprosen·
fonao, Espmdulu, · Ottun1, Frnnça, Olegarto1 AI· """ "
melda Couto c Lafoyette, um vo(o onda um. tantos da naçiío. ·
o St•. prcsidoillo declnr:t ~ué, nehnndo-se n3 Em obediencln ao preceitO constitucional e de
enln lmmcdiota os srs. ministros da guerra c· .ordem do Sun Alagcstnde.o lmperndor, Yenho
marinho quo vem apa·esentat• ns llropostns. de apresenlar-vos a ·seguinte
Oxncãodo fol'ças do tet'l'l! o m:u·, intert;o~Jplo Prop01ta "·
1'101' algllhl tempo o. eonl•nuaçilo da· e!Qiçuo e ·· Art; t.• A forÇa nanl activa jHtrn o auito ll·
nomc«çào <tas commlssões. nuncu!ro de 1881 a 188~ coll!taru:
Sendo lnlrodu&ldo no salüo com ns formall· R t Do 0 m · • 00 d 1
·'-·'c" ·•-
uu u ., uv ,., ,
""ldo o St•. miulstro·dn guot·ra, a to• " · .• quo
onne:us _s rur
• ewes . tia arm !I e o.s c a!aos
prcc1so embarcar nos nnvios
·mnndo ns~ento t\ dirolto do St·. pt•csidentc, lll u de guorrn 0 nos trnnAporltls, conformo ~uos lo·
t~egttlnlo taçõcs, e dos estados-maloros .do.s osquadras o
rllut•ut<TA divisões naYilL'S. . · .
~
l!,•'Em cinlunl!tancías ordiblll'ia~, do tres
.AlL'.''II"II!s
, ., O di"UiiSiiJIOS
e- ~eJthOI'C!S l'9•
1 ll'O~Ull• d d d
mi p1·oçns c lll'cl o corpo e impcriac~ ma·
t.uul•~M du mi~àn. rini.Joiros c do 1M .da eómpanhln de lmperi,cs
E111 l'llllll'rinwnlo do f\l'l'ccilo conslllttciunnl. o· mat'inbeiros do Alnto Grosso, o dos do hlllu\hi\o
do ordem Lu Sua Mugosltnle o lHIPL~rudot·, Vt.!llho· novul, dos quacs }lodcr:io sel' erubarcodoa j, oOO,
IIJ •ru~onttll' •\' liS u sugUinto . c, em circumstancias oxtrnordinarlns, de ll.OOO
· Pt·oJml!i proçns desses corpos o de morinlt:.gem.
As compnnhlns de ~prendizes marinheiros
Al'l. I. • As forçns 1lo tOI'L'lllllll'll o nnno finan· constarão do 2.000 prnçns. ·
coiro de !881 11 :188!.conslal'i1o: Art. i.• O blltalhoo nav:~l conllnnarã· redu·
§ l. • Dos officiMs tlns dilfcrenles classes do zido :1 quatro companhias com o completo do
qu~clro do exercito. · · 300 praçns. ·
§ ~. • Do !!j,OOó pr;~ços de tn:et em circum- Arl. a.• As praçlls do prcl voluntarlns,
stat1cias onlinari~s, o de ao.ooo·em ch·cum~t:m· quando fõrem cscusns por conclusão do seu
cins extnordinarins. Estas forç.ns sor~o com· tenl}JO de serviço, terão direito n· um prazo de ·
pie todas na rôrru:t d:t lei n. iiitiG de ~6 do Setem· terrns de 108.900 melros qundrnd06 nas colonial~
bro de 187~:; . do Estado. · . · ,. ·
. ~ a' o Das comp:mhlns do aprenuiZGS orli· Al'l. ~-. Para prcenclior a rorço decretada, .
lheiros, niio excedendo de 4.00 11rnças, dos duns Pl'oceder-so·ha nn fórmn da lei n. iUti6 de 26
r.omllanhins de aprendizes militares rr0<1das nns do Setembro de 187,, ficando o governo nu to· .
Jll'ovincins do Mhtns Goraes o Goyaz, o das com· rizndo n concodcr o premio do &00/J aos voluu·
Jlnnhias d.e alutmtiJs da escola mililor da cõr~e c tnrios o do f)OO,, aos ongnjndos, c, em clt·cum-
ila · de infnn Ulrin c CII\':Jll~rin cln lli'OVincin (lo stnncins c:<ll'llot•dinat·i<l~, a eontt·nto.r nnctonoos
Rio Grande !lo Sul ntê 1!00 praçns. e c.~lttiD!Wiros.
Art. 2'. • O 11remio Jml'n os voltUJiôll'ios st•ró · At'l. p.• Fic;1m roYtlgauus {l.S~ ttit\lm~h;õcs em
~lll ~00;5, O}lal'l\ ou cng~j t•do-" da liOO~, pu:;o em conlt'arto . · .
trce PI'~SI8ÇUllS, J'Cil\)O o dos segundos pl'opor· Poloolo do Jll() de . .Timeiro cl\l t1i! Maio
.. ciouol "'' ll~mpo peh• (1ual de novQ..se cng3jart.>m, de 1880.-.1. 11. de Li111a Drutl'(r.'.
c!mara aos DepLiaOos - lm"esso em 2710112015 09:35 • Página 1 ae 13

68 Sessão em 7 de Maio de 1880.

Ratiranilo-sc o Sr. minish·o da marinha. o


•Obms publicas
Sr. tlresidente declat•n quo as propos ta~ do podct· Viria lo ele àledeiros.
executivo qnc acah3vam de ·ser n ;~resenta das AbreU c Silva. . ·
vão á commi ~são de mªriilha e guerra ~ .· F.rederico Rego.
Achando-se na sala immedinta o Sr. deputado E8tatistica c colonisaçào.
pela provinr.ia de Govnz, leronvmo Rodrigues de
MorncsJardlm, o Sr.' prcsidenie convida a com- Malheiros.
missão a introduzil·o no. salão aOm de prestar José Caetano.
juramentO. Sendo introduzido com as rormali· Bezcrru Cavalc:nlti.
dndes do estylo o dito S'·. deputado, presta Saudc ptJblica-
juramento ·C toina assento.
Continuando a ordem do dia, e tendo-se. · Souto . .
eleito todas as co mmi~sões, o Sr. presidente Flores.
nomeia na Cõrmn do regimento, ns_segniut.es : Felicio dos Santos.
Ncoocio8 ecclesia8ticos
Fa:enda
José llasson,
Saldanbn Marinho. ~foreira Brandiiô.
Sonrcs Brandflo. . . Hygino.
narras Pimentel. · · RcrlaCf..àiJ de leis
Perrsües e ordiJflados Silveira de Souzn .
- ----.\A41lnm•eidn--€oukl.-- -
Galdiilo.
- - - ······· · ·· · ··R~ãoll~rig.1S%n-,~s;--
Joaquim ~erra. Feitn o nomeo ~ão das commissões, o Sr. pre·
s.idente sujeita ó vott~ção o projecto n. ~5 , c
Justir-a ciçil reconhecendo-se não haver casa pnra se votar,
tnares Beirort. procedc·!!e á chamada, na -fórmo do regimento.
· Augusto Fraur-a. Feito a cbomndo · ;rerifico-se terem-se nusen·
Costa Ribeiro. ta do os Srs. 1\Innoel Carlos, Bnriio .11a Estancia,
Sergio de Castro, Santa Rosa, Fabio REiis, Tav:1res ·
.111ttira c•·i11~inal Belrort, Viria to de Tlledeiros, Arngilo e Mello,
Antonio de SiqU:eirn, Sernphico, Prado Pimentel,
Olegario. · Rnv Barboza, Souto, Candido de Oliveira, La·
TheOdoret o'Souto. foyeue e Antonio Carlos.
lguncio 'Martin!l.
O Sn .' PR'ESIDEi"T& ·declaro qu~, não havendo
Diplomacia ·numet·o pora se votar, !lcnvo adiada a votação
Joaquim Nnlluco, do .projccto, c leva_ntada a sessão. .
Jouquim Mnuocl de Muco~o . "O Sn. I'R&SIDENTE dn a seg.ninle ordem do dl3 :
. Mello l<"ranco. · Vota~.ões adiadas. . .
Auemblêas fWotiuciacs Volaçtio d" aJ't. Lo do JJrojocto n , W A, ·sobrc
d:mmo e sinistro, e continuação em i.• discus-
Candido de Oliveira. ~5o do mesmo projecto. · ·
João llrlgido. Lcvimtn· se u sessiil) üs ~ horri~ da tarde.
Marcolino ~loura .
Carn'iiras muiiicipaà
. Anlonio de Slqueil'!l. l!leA8a'\o mn ')' ele . Maio ele 1880
Dezr.rra !lo Mene1.c:-:. i'RESIDEN!:IA DO sn. ·YISt.'ONOI> DF. ·.i'RAOOS
Sergio de Castro.
.COnlfflC·I'CiO e indust l'(a . SU~Uf,\nlO. -F.:~ ··~n·J C>TE . --AJ•Pl'OI'~ÇilO tl a r csposh :í r~ll:.
do Uoron o.-l'ilrc.ocr. - Ouscr,-uçno~ ti o Sr. Cc1a rio Al vim .
'rheophilo Ottonl. - Proj ce lo.-t)~~o r\'~>õeso roquorlmenlo do Sr. Scl'&i"
de C:tStro.- OllscnaçOcs do Sr. )Jm·liullo . Campo~.-0~.
Seraphico. sc r•·uçücs do l:\r. Za ma.-OftDG" DO biA.-Vota~ão tla
Jcron)•mo Jnrdlm. dlrcraoc. '"")ceio&. - \' o ~oç.iio •lo ort. 200 ·do t•roioclu
n. 00 de fS,\1.-Coullnuoção dn ll.u ~i•cussão ~o prolcclo
.Ag1'icuttura: n. líO.- Eutourb tlo Sr. Lnraycuc. DhcurllO do Sr. llat•·
l ht" Perein .-Emcntlo do br. D ~pli.<lll l'croira.-11la·
Daruo da Eslnnc.ln. cnr~o do Sr. l.uf•r•nn .-l,mcutl•i do Sr·. l.afayet!o.-
Danin. IJi:lt'-u r••' dQ Sr. lh(ltil,ta l 1 1~t·eil·a . - (~ht111J:&Ju.-N lmull\ •
\~ITo do tll1 tntt:Hlt•S.
Al•ngão e Mello .
lu stntcrcio pu~Licu.. A's 11 hot·u~ da IIHIIJhil, ftl ila u ch;tlimt.JuJ
uchat·am· se lll'c:oen lcs os S•·~. Vi~coutl•• de J1 t·ti·
Franklin JJori~ . tio$, Alvo,; do Ar:mju, l'Oitt~t!U, l'ri8co l'o•·uiso,
Leoncio do Curvnlho. OJslu Ar:cvcdo, l'ltlniu1• Joll\1" Urigltlo, .Muuocl
.Jeronymo Sodró. · CitrlOl!, Mac~do, Jose ua.sson, Ccznrio Alvim,
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 09:35 • Página 2 de t 3

Sessão em 7 de Maio de 1880. 69


Silveira de Souza, Fcrnondo Osorio e ~lartinho desta curte, por motivos de incommodo oro
Campos. . . pcsson de sua familio . -A' conimissão de po·
Comparccernm, depois da chamada, ós St·s·. deres. · · . ·
Fnbio ltels, Fraut~o de Sá, Joaquim Serrn, Tnvn· Dos presidetites l.las mesas dos collegios elei·
rcs Uelfort, Freitas, "Rodrigues Junior, Viriato toraes das cidades de llú, Litneirn, Jundiahy e
t!e Medeiros,.Souza Androde, ' LiQcrnto Darroso, Cnç:tpava, d11. provineia ·de .S. Paulo, remettondo
'l'heodoreto Souto, :1\leim de Va~conccllo~, Arn· cópias · :mthentieas das actas dn apuração d11
[{1io e Mello, Soares Bt•andõo, Espcriuião, Ribeiro c leição a rtue ali i so .Jirocedou para 'res deputados
iíe Menezes, Es!Jindolo, ~rilo d:t Estancia,Mon· á ossembféa gerallegislntiv:..-A' commtssio de
tP., Bt~rros Pimentel, Zoma, Marianoo da Silva, . poderes. · . ·
Frederico de Almeida, Aragão, lldefonso de Requerimento de Antonio Arrndo Carvalho,
Araujo, Siqueir~ , .Fe1~reira de Mourn, Almeida fazen<leiro na freguezla de ·Monte. Verde, pro·
Couto, Ruy Barbo7.a, Rodolpho Dantas, Augusto yincia do ·Rio de lnneiro, para que seja tomndo
l~rança , Azarnbuja 1\lcirelles, ·nortn de Araujo, em consideração um projecto qt:.e elaborou sobre
Andrade Pinto, F.r cderieo Rego, Baptista Perei· terras publica~.-A' commissao de commercio,
· rn, Freitas ·coutinho, Prn.do Pimentel, All'onso industria e artes. . . · ·
Penn·a, ~ranoel de )tngalhücs, F1·anklim Dorill, Foi Hdá e .npprovn.dn a r edncção do projecto
Galdlno, Hygino Silva, Lufayelte, 1\lanoel Eus- resposta nfalia do Uirono pnblleodo sob n. i
.taquio, Sernphico, Thoodomiro, TbeopbiiÕ Ot- de
toni, Souto, Aubnio C:!rlos, G11vião Peixoto, d6 i880 no Diario O~cial de a do corrent(l. ·
lllartim Fr~ncisco 1 Olegario, Jardim, Sergio' de E' .lido e mandado imprimir para ser votado o
Castro, :Mello Alvun, Fle~rencio de A~reu, Fio· segUinte ·.
rcs e Santa. Rosa. ·
· -Comvarecernm depois de aberta n sessão os - · ·P.A:RECI!l\ · ·-
S1·s. Moreira Brandão, Snldanba M:trinho1 .Feli-
cio dos Santos, Malhei1·os, Corrêa 1\nbelto, Ca- 1880-N .. ~
marg0, ·Aureliano Mvgalltães e Bezerra CaYnl· .
cnnli. ·· · · Provincia rio Rio Gt·a1lde do Sul
Faltaram ·com par ticipação
de Olivei.ra Francisco Sodt•é, Moreira de Bar -
os
Srs. Cnndido
A commissão de C<?nstituiçiío e poderes, tendo
ros e José C~etnno, o sem olla os Srs. Almeida observado ns formalidades ·do parugrapho unico
. Barlloza, Abre_u e Silva, Beltrão, Belforl Duarte, do art. la combinado com os nrts. 7. 0 , 8 .• e 9.•
Be1.errn de Mene1.cs, C;:~ rios Affonso, Couto Ma· do regimento, e'::unlnou as actr.s da eleiç5o pri·
gnlhiiP.S, Costa Ribeiro, Diana, Epaminondas de mnria a que se jJrocadeu .no pnrochin de S .·
Mello, Franco de Almeida, França C:trvalho, José de T~quar.y, dn província de S. Pedro do
f'idelis Botet·ho, lgnacio Martins, Jonquim Bre- · Snl; por haver sido annullnda por esla camara
ves,_Joaq1lim _Nabuco, Jonqui~ Tav11res, Jos.; a ·que ec procedeu em Agosto de t878, e .
l\lot•tanno, 1et:onymo Sodre, Lutz Felippc, LOU' Considerando qun o processo ·c oneu regular•
renço de Albufjuerqne, Leoncio de Cnrvalho, · mente, havendo sidogunrclnd;1s as prescrlpçõcs
Mnrcolino .Moura, Mello Franco, Sinval, Scgis· I~ oes e garantida n nvre -mmnifestnÇlio do voto;
mHAdll, Souza {;at'l'91he, Selif!ft Lltna o Sihcit·n ~~~g qae a Peelaataçiio oju't'sentnda:
!IarLil'.s. . · . ·. . pot• lllll vatnnte•contra a listn pela qual se rez n
· dl s 'd chamndn e desatt.c!ldld:l pela mesa, composta de
.Ao mmo a o r. prest ente declal'a liberta membros dl' ambas as parcialidades pollticas,
a sossii.o · · uão procede, porque .satisfeitas os formalidades
E' lidn o approvadn t1 acta ~miccedente . preseriptas no arl. i .• da lei de !O de Outubro
os~. ~~o s"ECnETARIO, scn·indo de t.•, dá COllltl ao Ul75 e lonçndos as listas geroes em livro esee·
. do seguinte . cial, . nca ultlmllda e encerrndn a quolificncuo,
como é expresso no§ 19 do me~ mourhgo da citada
tXPEDIEl\'TB lei, podendo votar os eidndnos quolillcados, ainda
quo nõo 11presentassem o respectivo titulo, como
Qfficios: Coi decidido pelo governo Imperial ; .
Do ministtXl dó imperio, de 7 de Hnio cor· E' de parecer : ·
rente, communicando quo n IJ do corrente mez Que sejn opprovoda a a Iludida eleição prima·
re~lizor sc·hn nn cnpdln imperial, no meio di~,
a fe~tividade do nnnl\·ersario do jur;~mento dn- ria da 1>arocllla de S. José de Taqon.ry.
Cons tilni~~ão do lmperio .-Inleirad:J. S:•ln das commissões em 7 de z,Jaio do· !880,;_
Do mini~ ll·o da fazendo, de 7 do corrente. pe· FrYrnoo de Sei . -Espel'idiiio E. ele B. P.-Flo·
diJ1d0 designaçãOUC dia e hora p11rn ~pJ:c~nlnt• nmcio. de Abrc!U, . . .
- propostos do podet• executivo e relntono dn ro-
purii~iio :t seu corgo.-1\fnr-cou-se o dia 8 de O Sr. Cesna•lo Alvlm (pela Ol'dtlll)"
. Maio :H hot·n dn tarde. J1Cde 11 pol ~v ra para- m:mdm· n·mesa um PI'O•
J)o St'eretnrio do l'. enado, de ó de M:~io cot'rl'nte, i'l'cto do lei, relativo ú estrada do ferro ·entre
pa rtil~i pant.ln qmw,: os memb ro~ que o ~enado llrilndcljlhia, 1ln província de 1\litl:ls, c o porto
olcf{on p~ra :1 l}lOsu. quo tem_c)o sm·vir .na pre· de ·- Guravcllns. Nilo lhe pcrmittin!lo o l'egi·
stmto !!O.~sao lel{l~lnl•vn.- T.nlo1radn. mento rundamenwr agora o mesmo projecto~
l>o Sr . Llt!fllllntlo Fm•t'tllrn de ~loura, solici· . · com1•romette·se a fnzol·o nn pl'imeira discussão, .
t:mdo liconrn porn :mscntor·S(\ · 1101' 3lguns dlns detido c efficozmcntc. ·. .
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 09:35- Pág ina 3 de 13

70 ~eMlO e,n 7 de Maio tle 1880.


Vem li mcso, li lido, julgado objecto de deli· vincia que deixou de ser s:~nccionndn pelo pre-
bet~~ção e remctlldo li c{)mmissão de fazenda o sidente o foi approvada· pelos dons "terços da .
sl'gumte mcsmB a.ssemblea. . ·
·. . Disse cntüo c sustenta ainda, que o neto
PJIOJEC'l'O addlcional é bastante claro c terminante para iliío
scg ni~·so outra ·opinião, quo nno seja a de que
A. llsscmbléa genlresolve ·: um :mnplos parecer tla augusta eamara dos Srs.
deputados nilo púde ter força. obrigatoria, em
Art. l.° Fica o governo autorizado a vende1· ·semelhante
Do·coneessionorio.da estrad11 de ferro proAectada hypothese. ·(.Apoiaclo.s.) E' neces-
~uo o assumpto, pprvi:l de resoluçio, sej11
entre t>hiladelphia, na província de Minas Geraes, sario disen.t1do e vollldo em. ambos u camaras, que
e C3ro\·ellas, nn da D3hi:l, ou ti erupreu qnc se conshtnom o Jloder legtslalivo. ·
organizar_para asse fim, seis·kllometros do terras O Sn. · DAl'TISTA -PtnEtnA s oVTnos Sns. DEPU·
devolutas de cada lado do referida estrada nas TADOS : - Apoiado. . · · · · ·.
mesmos condi~ões da venda fefto em !8~9 :i so· . O :~eto a~dieion!ll no art. !0 dispõe quo 'IU!lJldo,
eiedade · celomsadora de Humburgo, dispensado
o coneesslonuio ou seus representnutc~ da obrl", de ccm(o1'11Udade.com o cwl; b,.qualqutl' lc1 (üt· de·
volviclc• ao p1-csicl~'ntt da p•·o~illCia, eltc a mwiat•ci d
gação de lntrodrizu·em colonos. . a.ssemblé11 ,qeral. E mais abaixo contiulia-1! ~~·rei
Art • .~. • Rovog:~m-se as disposições em con· &llbmettida ao C(JI'po ltuislativo. (ApoiadoJ,)
trarto. · · - · O nobre deputado, Sr. Dr. Florencio de Abreu,
S:lla das s~$SÜeSt 7 de !lnio de f880.- Cesnl'iO combatendo a opinião do oro dor, ·ehegou a di.zcr,
A l11im .- Jo'tlicio ao r Sa~tor. t~lvez pelo interesse que linho, em relaç5o á
questlio..,...qUB UDl simp(as parCCOl' l!l'RsUffiCiente
ft 8~· 8erato de Castro (pela ol'dem) para quo o presidente ~o província déssc im·
· entende que os precedentes desta augusla <"n· mediata oxecuç.f10 ú lei de que se tratava. ·
mnrn e o sihmclo do seu regimento o autorizam,
il).olcpendente}nen.t~ de requerimento de urgen· O SI\, .FI.OnENCIO DE Anns"u:- E tenho a ·
c1a, a renune~ar o Jogar de membro de· uma d~s mcsmn opinião .
commisstics nomeadas pelo Sr. presiden1e. Na O Sn. D .\l'TIST.-1. PrmttnA : - Ohset·vo que n5o
bypothcse de ler S. Ex. a mesma opinião que o ê ottbodoxa. · · ·
orador, conlintlnr:i na tribuna para justificar n 0 SR. SERGIODE CASTM oilsci'Vll que li }lfÍO ·
sua oonductn; na hypothesc contrario, pot•éru, cipio comesinbo de hormencuticllj tmdlcn, que n ~
submettet·â â .camara um l'equcrimenw de nr· leis claros não se intettlretnm ·; ·c si o .neto ;tddi·
genci~ por alguns minutos. · · ·cionnl é claríssimo a res 1u~ito , niio gaiJe como o
' o·sa. PRBS1DRIITR observo que o nobre depu· nolire deputAdo póc.le sustentar estn opinião. .
tado não p(ode jusliDear o seu vedido sem .te· O orador .diz que, por occasiiio de ser nomeado
querer ursencm. · para n commlssão de ·cnmai'as munid paes, con~
O Sn. SERGIO DB C.~sTilo dii 11ue, nesse caso, stou·lhe q u.o o ·seu multo respcltovcl e ltonmtlo
requeria á · com~rn que se dignas~u concedtlr·lbe :imigo,!digno chefe da maioria, dlsl!Cra que o seu
:~lguns minutos para- justilic ~ r ll renuncia quo nome fora mudado da commlssfio de assomhllia~
prcten•le fazer do lo~nr de membro da commis· provinciMS pnra &qUeiJn . outro, .pol'QllC SlliiS •
siio de cama~ns muntcipMs·. · ··· · opiniões, quanto ús allribuições das nssomblêas ·
provinclnes, er:un mais consel'V:tdoras do que li·
(Consultada n ensn, é concedida a urgericia .) ber3es. ·
. O Sa. SBR.GlO de C.t.STno tem pnra si que n aa- Pedtrli, porém, licença ao ~ou honrado lllltigo
guslo comarn dos seu hores dllputados Ibo fará jus· parn dir.er· lhl') quB foi Injusto o errou em r eln·
&Iça, r.econhecentlo que no passo quCl vnl dnt· niio çiio ú sua pessoa. • . .
é levado pelo sentimento do dospetto. (Apoiado.t. ) · o Sn. MAntrxuo CAMPos diz que não leni
No prlfleipio do sessão llllSSndn, foi honrado
com n riomeaçio do membro da commissão de Jlara o nobre do(lUtado son1ío muita consideração
nssetnblt!as ·provinclncs. Crô que no r.umpri~ c amizade. · ·
monto dc seus deveres s~ tiarez, ~iio sómente os · O Sn. · S.l!nQIO DE CAs1·no • • • e para proval·o
opiniões liboraes mals.n.diautadn.s, como, ao.tnes· basta ler o seguinte parecer que lavrou como
mo tempo, a todas ns cugenclns JUStns do serviço membro d!l eommissão -de nssemblúns provin-
}Jublieo. (Apoiado-.) c.ines, pm·ecm· que foi honrado com a nssigna·
O Sn. FERNANllO OSC:Ínto ;::... ~Apoiado , tura do seu particul ar e dlstincto amigo, Sr. -
DI'. I, risco Paraíso.
o Sn. S~:no to u~;; CAStno: .,.._ Seus· pareceres
foram scmprfl tlictados pl!los diclames do mois temlfl •A commissiio !}c assombléas. provipcinos;
eserupulos:~ consciencia, c oo mesmo tempo pela . oxnminado todos os papQ.Js l'elaltvos ao
leitura nttenta llo neto nddicionnl. Rerordn· 5e olllcio do ministerio dos negocias do imperio !lo
ncst~ momento que tendo de l.avrnr pnrecer n Ui. do mcz Jll'flximo passado, o considerando:
re~poilo dequcstiio rulntivno Uffi3 communidnde • V Que não bavio razões phmslveis parn que
religioSII do nio Gro11dc elo Sul, nvcnton·so o o presidente da provincin <le S. Paulo no·:.mssc
qucstüo sobro si um sil\lples pnreccr de com· snncç[lo li loi pelo qual n respcctivn nssambléa
missiio da camnrn.dos Srs. dcputndos, indepen· p~o.vin ciol , com o un1co e bem manifesto Intuito
den~u tln ~pprovnÇtio do senado , podia lct• lot•o;a do nnim :~r c lorMr rtrect!va n ldéo dt1 c~trndo du
ohrtgatorm, )>(lt'a quo fossO" posLn em oxeeuçiío Cerro on villn de Dchim de Jundiahy, nmpliou
uma . lei tln as~emhlcaprovinciol daqnclln 11 ro~. por mnis vinte nnnos a go r:mli:~ de;uros de 7%,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:35 + Pág ina 4 de 13

Sessüo em 7 de ~raio de 1880. 71·


lloando ~ssim modific:~da a disposiçiio da IGi an· com boatante pezar deixnría o tninisterio parn
terlor de 18711 ; - · · seguir nquolle amigo;
• 1.• Que, tendo sido devolvida á assembléa e Diive dizer ao seu illustre amigo, digno ebefe
pelos dons terços dos voto3 dgs seus .membros da maiorill, que lhe parecia que os membros dns
odoptada de novo u lei ijm questão, o presidente commissões antigas que não se haviam maniCcs·
da provlncla não devia ter embàraç<~do a aeção lado nesta camara cw hostilidades no minis·
do niuls importante, por sGr o mois democratlco terio, devinm ser nellú mantidos.
ramo do poaer legislativo provincial, Joccorren· E'.verdade que na provinciil de Pernambuco,
do·se do sophismo. sedlço sobre o modo como onde o partido libernl eslâ infelizmente om dissi-
pôde ser entendido o ort. lõ do acto addicional dencin, i.llgUn!! membrosjá assim se têm mani·
na contagem dos dous tereos dos votos dos mem· Cestndll, e, por consequencia, não podiam conti·
bros da nssembléa ; . · nuar n:1s comm!ssiíes ; mas não J'oi só daquellll
• 3. • Que, funcciouando as. assembléas pro· provinc,ia que se retirarat!l das com!U•ssões
vincincs com a metade e mais um da totalidade alguns membros que nellas llnhnm servtdo. ·~
dos seus membros, pnreee evidente e portanto Lembra que prestou o mais l~Jnl e decidido ,
inqu.estlonnvel que na hypothese do art, Ul do apolo ao .ministcrio li de Janeiro, e jamais_ se
aeto ndd!clonal, só por melo de uma interpreta· arrependerá de tol-o feito, porque, si. nquelle
çiio casuistiea .sa poderia concluir que os dons milllsterio commetteu faltas, o erro é nttributo
teroos dos votos dos membros da o.ssembléa con· da . eonlingenl!ill humana e #elle esforçott•se
tom· se, tontando·se por base o num·ero total dos pot· bfm cumprir oseu dever, e dei:~ando o poder
membrDs de que se compõe a assembléa; e é inr.Dntcstnvel que deu uma pt•ovn de grande
:1ssim racioelnnndo, é dil parecer n eommissão patriotisnw~ ~Que não póde ser olvidada pelos
. q:ne :e~ts,.JlUgusta eamorn ailop.te, para ser con • verdadeiros liberaes. (Apoiados.) . ·
vetLida em lei, n s·egulnte resolu~ão :·etc. • Dllclara ~llo c bom som que presta hoje no
lá vr~ pois o sell lllustre nmlgo que procura o applaudido ministerio de !28 de ~[orço o mesmo
orador sempre, e tonto quanto possivel, não ~p3r· apolo que p~tou ao seu :mteeessor, com a dedl·
tur-se dos ptineiplos tia escola libera}, cação e lealdade, de que e!Ie orndor se orgul ba ...
Accentuada o·grave injustiça do BGU, nobre e O Sn. PnEUDB!o'tE:- Peço no nobre depu·
honrado amigo p11ra com~igo, d~ve tornar bem. tndo que se ciojn :\ materia. ·
mo.nlteslo que Julgll mu1to honrosas todas as O Sn .. SBumo Dli: CAstno .. e sprn2·lhe reconlte.
commisstles, e que em quostlio de confiança a ccr que d'entre os membros d:t maioria que
n!nguem se póde lmpilr. sustentou aguelle mlnislerio, nm só não se des·
Porém, quando le procedeu :i elelçuo das dill'u· tacou, uindn psrn dei!diz.er o seu passado de ·
rentes contmlssUes, notou com pe1.;u· que na de 110ntem,
marinha !l guerra fôra eliminndo o nome do seu No o.ctual gabinete o orador v~ todos os elo·
distincto e p~rtlculnr amigo, o Sr. Dr. Marcotino mentos cn[Jazes de ·relicitar o patria commum,
Moura. glor1o da Bahla c da nossn potrla .• , pois um só dos actunes ministros n5o pospor:i o
0 Sn. MARTINilO CAMPOS E OUTIIOS sns. DEPU• Interesse iJublico pelo interesse porticlllnr. .
TAPO& observam que niio estava presente ... o S11. PnEsJDii:HTB observa que o nobre dc.JPU·
OSn. SEnGto DB C.urno •.. glorl11 da Bahia, tndo nüo está juslincnndo verdodeiramente a
pol·quc é tllli. úm dos mnis dlsllnetos r.hefes do sua cxonet·oção, eslà entrando em po!Uiea gc•·nt,
partido liberal, e como tal respeitado pelos pro· o ::.sslm niio póde consênUr quo o nobJ'O do pu·
llrios o.dvcuilrios ·polllicos, e gloria da palrin, tado continue... .
porque esta jlimllls se esquecerá dos relev~ntes O Sn. S&noto u~.: CA.S'rno 1\0ta, o nota com
serviços prestados por S. Ex. na romosn enm. pn • muito pez.n1· quu os provincios pequena~ niio siío
nba do ParnguP~'. . considerados lllnto quanto deviam ser nesta nu·
gustn camara. (Apoaado.r e 111io apoiado.r.)Pelo sun
· A ra&iío de .nchnt•·sc S. Ex. ausento não é porl6. niio hesitará em hastear o bandeirn da
convincente, porquo nota em ·algunw.s com· união das .(lroviuci:~s pequenas, tendo essa ban·
mis~l!es outros membros quo tomijem se aeham ~eira. por ~nscripçüo :-No$ quogue ,qent 8Utnlls.
ausentes. ( Apo1aâos.)
0 Sn. FREITAS COllTil'mO:-E' questão de COR• • Cauaou estranheza no orndor que q11ando
flnn~:a. nesta camnra so elegeu a comm1ssiío de :u
membros qunsi tod~s as pequenas provincias
O S11. Stmmo DE CA.sTno observa que t~es siio fossem esquecltlus. E pot•que 'r Por ventura os
os laços de nmiutde q11e o ligam úquellc seu par· nomes dos seU$ representantes não podi11.01
ticulat• omlgo,gnc nao pôde vor com indilferen~n !'aber nessa com missão 'f Cabiam JJerfeltarnento.
a clhninnçiio . do seu nome do uma commissnt;~ 0 Sn. FELIC\0 DOS SANTOS diz que metade da
tiío importante, na qual dlstingnlu·sc por seus depuração da 11rovincia do Putontl est:í. rerro·
.mlentos· e amor á causa publica.
&ibo o pniz, saiba a ou~usto. camorn do~ Srs. seu tnda na. mesa .
deput:ldos,que o netun! mmlsterio nllo tem nqui o Sn. SllnGJo DE CAsrnopoudern que o seu muito
melhores e mala dodlcados.amigos do que o o.ra- honrado e respcltnV'el ;\mlgo, o S1·. Dr. 1\Iartinho
dor e o Sr. Dr. Marcollno Moura; mas. deve Campos, illustre e digno chefe dn maioria, Ql.ndo
declnrar com toda lf franquütn, que felb:mente as nu.:ões porque M devin.el egcr .cssa1:omm fss~o
ho. de onractcri!ar sompre os seus s(lntimentos, de :U membros, disse que convmho. ~uu a opt·
que, sL onlre o mlnlsterio. e o ~ou dlsUncto nlào de todos ns provincia! fosso ouvttl.'l t1 l'C'S·
nmlgo se nvcntneao uma questilo do conllnnt;o, t>clto tln queslií.o dn rotormo. eleltorul,.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09:35 + Pá gina 5 d e 13

72 ~cssllo em 7 de Maio ue 1880.


O Sn. ~[Al\TtNno CA.MPOS : - O Sn. AIAnTINHo CA~lPos; -Mas póde lallar
A opinião do
~maior numero possivcl. vezes qui.tor;
·qu:~utas
ó Sn. SEnr.to DE C.\sTno observa ;;ue si !!i'a · O Sn. SEnGIO m: Cil.sTno pedin então que
neeessorio que todas ns provinci:J.S fossem ouvi(las, S. Ex, si3 e~rorçasse pordar-llle o. palavra a cllc
pergunta a S. Ex. porque rornm · pa·eLcritl<~s as ou no orador.
proviucias 11eqtienns; sendo postns ú margem o Sn. M.\nTtNLio CA~Il'os :-Observo que n'íío é
as províncias do lHo G1·ande do Norte, Espírito ioso da minha compelencia. ; pois nunca me
Santo, Parahyba, Paran~ , Paril e outras de que itupediram de faltar, e teohe estado sempre em
o orador não se lombra agora. opposiçiio.
O Sn. GALDll'iO DAS NEVEs:- Goyaz, :\[aLo
Grosso .•. o Sn. SEUGIO DE CASTRO sabe .avaliar pot·fei·
~amente· a lnalcdiccncia, o é bem possi'Vel que
O Sn. SERGIO o E CAsTJ.\0 diz que a província esta sua renuncia, .rundllmcntada como acaba
do Parana é liber:~l por ex.cellencia e mereceu do fazer, dê Jogar a que se supponha ·que ó
os applausos do todo o paiz, no modo honroso e hostil ao ministerio de iB do Março, no qual
glortoso como suslantou .seus direitc;_s politi~os conta amigos particulares e muito dedicailos,
na celebre campanha ehntoral de !816. (Apota· achando·se na sua prcsidencia um doi l10mens
dos.) · notaveis do nosso pniz, a quem estimo. e
o orador, continuundo pensa que n força das mnis venera, e a seu lado o seu muito particular e
provindas nrio se dC\'O medir sómeute P~,lo nu- distincto umifJO, Sr. consc1hciro Dantas, cujos
mero de· seus deputados; nssim como}wo tleve conselhos, esta acostum01do a ouvil' e a seguir
ser. con~idernda sómcnLe por esse motrvo : de- sempre, assim como os do nobre chefe da maioria. .
vem ·todas·'· ser igualmente considcrru.lns como : ·O Sn. ~bnmmo CA'ltt>os-"cdiz -qne-t~gradeci!, e----
partes inte~Jrantes do lmp~rio do l;3r~il. .
Que mollvo hn pnrtt qu~ a provmcm de Mmns lambem ouve os conselhos do nobre depulad()
seja mnis considerada que a de S. Paulo? como ó seu dever. ·
0 Sn. GAtDl~O D.\.S NEVES dn um aporte. o Sn. PnEsiDEriTE:- {lbseno que o nobre de·
O Sn. SBMIO DE CASTRO pergunta, ~~ niío 111m tmlado dcYe cingir.se ao seu pedido de renun·
essas duas provinllias o mesmo senumenlo de cia ; cs.til pe.reorrcn~o o terreno, da . politica
paLtiotismo e de amor à gr<~ndez:.t desle paiz? geraL Não. pode contm,uar neste tom.
, · 0 Sn. PRESIDENTF. pede DO nobt·e deputado que clara o Sn. SEUGJo nE CAsrno dlt que, ficando bem
cinja -so :l qlnterin. . · a sua sincera e lenl o.!lhesuo· ao gabinete
28 de Mal'ço, e tendo lavra~o o seu prote•~o ~m
· O Sn. SEnGto DE CAsTRO diz quo tendo sido nome da pequeno, mas mUlto briosa provmctn,
algumas pro\·inci:JS consider~das co,m ~01!-S que l•3m n honra de representar, vni senln!· s~,
membros na commissiio nllud1dn, n provmcw convenchlo de que o nobre chefe da mnronn
do Parun:i n'íío roi eontemp\nrla. Já obs~rY?U dlgnu·se ..ho. de onvil,o, concorrendo pnra que
que igunl sorte coube a quasi todns as provmcws possa tomar. parte n:1 discussão do pt·ojecto da
pequenas; mns si os seus nobres represe!ltantes refonn:~ clettoral. . ·
podcróm colar-se, niio pódo o or;1d01' de1x11r de
manifestar o seu 11ezar. o Sn. MA.RTIKno CAlil'os:- No qual não tem
E' verdade que li nin:;uem mais do que no parto úenhuma.
iiiUslro ltYldCr ua ntaiorUl devo (I lll'O\'incia do 0 Sn. SEHGIO Dll CASTRO espera qUe 11 SUa .
P~romi todn a con~ider~çüo c re~peito. renuncia hn de sei' t~Uendida pelo Sr. prcsi·
o Sn. l\IAnTtNifO c.~liPOS diz que tt>.m di~;o lhor possadente, nonworúlo um ontt·o membro quo me"
eum!lrir os deveres do tii.o bonroso
recebi6o provas cxhuberpntP-.s. ·
~·argo: e ~t(l'nllece n S. Ex., o ter se lembrado
·O sn. SRnGJÕ.n& CASTRo fioali~rmdo, .tem npe· do ~eti nome, <Jttando outJ'o.s seus collegas, oliús
nas de f~zcrao nobre l~ad/11' da maioria U11l \)eu!do mui distincto~, ní'to fornm contcm11lndos em ne·
e ó que jti quo· niio considerou a prorincia do nhumn das commhsões.
Pornná nn sua commissiio ••.
0 Sn. 1\IAnTtNHO CAMPOS:- Sua nlio f
o SR. PRESIDENTE diz que sBtisraro com muito
pez.nr o p~dido do nobre deputado, visto que
O SR. S~RGIO ns CAsrno quando, diz quo é ~sstm o ex1ge. -·
de s. Ex., é porque foi s. Ex. quem propoz o
nomeaçlio delJn·. O St•.. Hartlnho Cam.po• (para
Utllll cxp!icar.ão}:-Sr. presidente, não tenho
o SR. UA.RTl~Ho CAMPOS :-Peço a palavra pura elementos p:iro.· respon.de.r ao meu h~nrado amigo
uma explicação. · ·c collegn pela provmc1a do llaro.na, porque sou
O Su. S!lUGIO l>E CASTRO,.. o IHJdido n que :~qul um simples repl'csentante como S. Ex.
se rofere é t•oro quo S. Ex. dignc·se conct;~n~l' osu; ST'-11010 DE.CASTRO:- Niio npoindo j v. Ex.
com o Sl'U prestigio pnra que n•tnelln provtncHJ. ú chefe da rn:J.ioria, mullo digno .
110ssa ~et• ouvida, quando se trntar nesta ct1mara
rln reformn eleitoral, pelo orgiío.dc um dos O Sn. àiii.l\TJNlto CAUI.'Os :-Não tenho seniio
seus represou tnntes: a mesmt< autoridndo o considerncõo que tem
cmlo. titn dos membros desla cuso. !llenos doque
o Sn. l\1,\lVtLNilo C.\~!l>os :"-!Ia dous rcllt'esen· codu um dos outJ·os, não consenti nuncn em ter
1m1tes. mais do qul! qunlquer d()s outro• membros dn
O ~n, SEUGlC. DE CAsTno diz q\\u o scn collega cnmnrn, lambem a!lnnco âo nobro deputado que
occ.upn Jogar na mesa. nuo tenho, nunca qUi! toro nunca hei dv Ler.
c â"nara dos oepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 09:35- Pág ina 6 d e 13

. Sessa:o em 7 de Maio de 1880. 73


o Sn .. SEnGro DE CA!-'Tno:- V. Ex . exerce a blêas provinciaes porque era um cor..:unda qunn:
m:tior nutm·idade sobre· todos nús. rlo tral~va desse osslimpto. ( llila,·iclwle. ) · ·
o Sn. _?iLut1't1\'HO C.llwos: - Diz o nobre depu- O Sn. ·SllttGIV D~> CAsTao:-~las eu demonstl'ci
tado que sou o chefe da· maioria. Não sei o que o control'io. ·· ··
quer dizer isso . O Sn. :àL\RTE'iiiO CA..v:POs:- O nobre dcputauo
- · insistiu c eu ainda llle disse graccjnndo que, si
O Su · ~tlltGW I> EC.tsTUO: --:- GGverna n m:uoria. os t·cprcsent~ntes das províncias pequenas ti nlwm
O SR. MAuTtNHO CAliL'OS: -Não sei ·si Y. Ex. · o direito de ser nomeados , os das pt'OI'i ncias
ju tem· governado algumas vezes. O que . se grandes mais direitos Wm, pot·que mais tem a
cllnma chefe ü um daquelies que não fogen' ao zel ~r. , ..
sérviço, é ·o que .csl:i sempre no perigo. Qual- .-b unicas Otlinfões que o nolm~ deputado
quer que tenha sido a minha posiçiTo, quasi tem direito para me faze!' ·. l'esp on~awJ são
sempre de o!lposieionista, ll'I'!U} as ·u D.?us (r iso)! aquellus que eu emiUo aqui na tribuna ou na
mas cotno ai iadodo gove1·no, ou. como contrario imprensa, c em uma di,;cuss.io ~é r.i a .
0.0 ·governo. a VLII'dade é quo tenho sido sempre o Sll. Srmcro DR CAsTno:-111as ent ~o dê-ri1c
um dos primeiros qua se expoem no fogo e n5o a razão po1· cjuo não fui nornendo.
· temem compt·omelttlr-sc para cumprh· o sou o sn. MARTII'\IIO CA:<.tl'O s: -En pi.i l1 iil respon -
dever. B peço llccnc:-n <~O meu honrado collega dei' a v. Ex.-tomc con tas a CJUl'lll fez n nomea ·
~ar·a dizt:r·ltte,
· c s'cr<i
· a uniea
d l·etitlia~·rd.to que
te faret: nu cumtlrlmenlo o meu ID311 :~to o
d - e n;:o
1!1\0 - a I:ilm,
· o o ... .;: r. pres1·den·1·t. poue1•1·"
respondeL'a \'. Ex. que não linha do lhe tlor
rcpt•esent::mte nc~ta casa, ha· mna co usa de que conta~. (Az1oiad9s.)
sempre me tenho. csqueci~o : foi da minha Yai, 0 Sn. SEnr,:o IH: C.\smo d.ü lltnll!Wl'IC.
dado, do m~u amor JII'<~Prro .
· -5n .· · ~L\:IIT.t:mo· ·e-:nll'Co:-=.;--Ant<'> ·cté·-·enc:--
·- -u-sn-:·-SE!Wro o:n:ls'l'nõ:.:;;.-Mà-S'V...lrx-.-cõni- sér presidente c cu nu:ml.Jro dt-J~ta camara j :i
Jlrehcnde que eu n5.o llz questão por· vaidade. · viviamos'desile cri:mcns no mai$ pcrfdto·accór·
O sn:· l\IAnTINflll CAMÍ>os: - Peza-me dizel-o, do, n~ m:~is intima umi ~nde, na mniOI' unifor-.
mas ns queixas de V. Ex:... .. midade de pensamentos c· de gostos. Mas fo1
· o sÍt. SEilGIO DE c.~STno:- Não me c1ucixei. ellc quem nomeo u. e não ou. g direi mais ao
nobre dCllUiado: onca r_regatlo o presid ~nt~ - pcla
O Sn. hi.\UT!Nno CAlrros:- . .. M accusa~ões cnmara de nomear, nrnguem tem o drrc1t':~ do
porV. E~: . rdtns~ ... . lhe tomnr contas. .
o SR . ·SEnGto DE C-'.stno: - 'faml.Jcm não o. Sn . SEnGto o& CAsTno :-ll:ls ha o direito de ·
nccusei . -_ . - _ · renunci:~r. _ _ ·
o Sn. ~lAntnmo C,\)ll'os:- .. . nfio tem fun- o sn. 1\I.\nm·üto CA)IPOs :-Si a ca mura o coa·
damentG. Recorde-se . o nobre deputado que scntit•. O nobt·e . detJUl:~do, Jlretcnde quc fo i
perlonM n nmacamnra em que todos os membros cxautorndo; mas, cnl queY Em qu ~ ~ n com-
são iguacs, -!l em . quo o direito que temo meu missiio de caln~ras municitJae~ inferior à com-
honrado amigo p:trn ser contemplado cut uma missão de assembiéos pl'Ovinciaes't Nt·st:l ca~a
commissão, \l)m cada um dos outros membros todos as comrnissões sffo igunes. (Apoiado8.)
do caso. . Eu llCdlria :w nobre dctJUluclo, visto que S. ~x.
O Sn . SEnGIO DE CAsTRO:- Jámnis dei_a cn· traz as rilinlws opiniões _du foj ra p:rr<t :1 d • ~ ·
tender isso. cussão, que me c.onslntalembror o qull lhe disse
u:llldo t;. Ex. me fez csttt oiJ;;c t·l·uçiio que niio ·
O Sn. ~IAnTit'\HO .CAMros :- V. Ex. não tem
·o direito de ~ccusur a c~mnrn eni el•>idio, ou o
u u ' •
3 J !} dl 1 1
irei in usta, rnas um oca n w mpct• n~n e . .
Eu drsso a s. J~x . : orgnnlzc· me ti Ulls lista ~,
ti t
Jlresidente nomo:mdo por delegoçiio d11 c:3mara, uma com 0 refugo dt1. ~mmarn c outra com os
porque elegeu ou nomeou Ped!'o; no passo que homens enp.u~s, quo cu verei &i o presitlentc
esqueceu 11.1Uio, PQrque um não ti melhor do quer nomeor. os U:omendos siio tilo ·capazes
que outro. como acjuelles que o nã o .roram. (AJJOia(iM. )
Admillida a thoorin do . nobre deputado, niio llor que rozuo z;o nomeou Pedro e nio Paulo ?
hnverili uma só nomeaçiío desta cns11 que n5o Não ha rozilo alguma, aconteceu nomAai'· se
désso Ioga r a reclamações, queixas e olfensns Pedro e n5o Paulo, ·não era possivei nomear
pessoaes. · · todos; permitln·mc o nobre dep!ltndo, que me
O sn·. SERGIO ·DG CAsTRo.; -Nüo npoiado. sirva so p~ra esse fim dn autorJdocie de chefe
da maioria que mo quiz dar, pnra dlzer·lbe que ·
O Sn. MAnTrNuo CutPos: -Permittn-me o ti 11 bsolutamente nnti·parlnmentar n sua dou·
nobrtl depat.ado que lhe diga, não tem .raziio. trina e si ella pl'evalecessG esta - c:~ma.r!1 não
E como S. Ex. se referiu a palavr~s pr·onun· poderia runccionnr porque os susceptlbrildndo~
cindos fóra deste recinto e das quaes devo dizer. pessoaes prejudicariam o servi~o publico. (Apoia-
no nobre deput~do que não tenho protocollo, do&.) o nobre .deputado 5-:lbe perfeitamente
permitia-me que lhe faça lembrar que; nbu· quo goza 11 estima e con6idoração de nós todos.
sando dn sua amizndo. . . . sr. presidente, ~eezar da pratençiio do nobre
O Sn. SBnGJo D& CASTÍto : - A omir.ade de d!Jpulado_de_ que uuo está sujeito~ nossn nu lo · ·
V. Ex. paro mim é um tltesouro. r1dade... ·
O Sn. MAIITtNilO CAMPOs:- ... oulhe disso grace-- O SR. SJnoio DE CAsTRO: - Nõ:o apoiado, estou
jando q11e nlo lóra para li commi~S(lo dos_nssem~ sujeito.
To111o t.-lO,
c â"nara do s OepLtados- tmrr-esso em 27101/2015 09:35 - Pág ina 7 de 13

. 74 Sessão em 7 de Maio de 1880.


O Sn. MAntrNIIO CAltt>Os :- ... cu J!Cnso que · o 8r. Dnptl~ta ·Pereira 1 - OIJedo·
V. Ex. dcyc eujeilnr o pediclo do nobre depu· cendo no preceito do regimento; qUe prescreve
ta!lo •i ;~ppro\'"aç;io dn camaro. V. Ex. nomeou-o que a segunda discussão dos projeetos · su faça
por llelegncilo da casa, n dispensa ~ó pó de ser dada nrtigo por utigo, limitnr·me·hci a examinar n
pela cns3, e cu espero que o nobro deputado, clisposiçiio do artigo que se di~cute, _deixando de
~i . nfio quer pas~a r por corcunda (lti lat•idl.l(le), cstudnr o projecto em todas ns suas rclnc:ões ou
e :~o couu·nrio ser como é um bom liberal, dnri1 nn eombinn~:ão- · h:mnonica de sn:1s disposições,
ex.emplo de intcirn obcdieilcin :i rotoc:~o da c:~sn . que é o que constitue o que se chama n ecouo ·
1\"~nhum de nus :~qui é senhor absoluto de fazer mia j urldica dn lei. ·
· o que quizcr, mas sujeitos :\:mtorillndo d~ c :~sa., 1\cstringindo as minhns observações no artigo
<· a autoridade da casn é maior do que a de em discussão, consldcrnl·o· hei na sua Côt·mn e
qunlquet· um de nôs. (Apviados·. ) . · na sua substancla, atJontnndo aquillo que me
o Sn ; Pn&stoE:oiu:-A' vista da observação pnrecc ser defeito c la.eunn do projecto. · · .
do nobre clej!illado não tenho duvidn em mb· As ollscrvacües qne vou fazer em rolarão â
meuer á cas:~ o pedido de renuncia 'lue acnbade fórmo do at·tigo em discuss5o ·l!iio tambom ca·
~er reito. · ·. .. . .. bidas a todos os 01Hros artigos do ·projecto.
Elias têm um caracter ger:tl.
Consultada a casa, t•esCI!vc ne~;~\ivnm cntc. · Setthorcs, a fúrmu do projccto é uma inno·
vnçíio imiladn da lei fr:mceza de 23 de Maio
0 lfll•• 7Amft (Jll'l<t Ol'd CIIt) ll<!de que. SO de 1863, quo niJrogou 65 arllgoi; do codigo.penal
consulta a casa para que no primeiro dia de de il~a1 e OS substituiu por OUtros. ' Digo ljUO
~e~slio .Ihe seja concedida ursencia JHlta apre • n fórma do Jlr~jec to é uma simples imitnção,
"e nl~t· e juslillcar um l'cquerimcnto sobre ne·· eorque o methodo ndoplado pelo projee'o niio
p·ocios da Bnhia. · e :'bsol utamcnte o mesmo ndor>tn~o pelo legis· .
A urgencia é concedi\In. a ot· raucez, nem e tambem-!lque e que seguiu
o legislador italiano, quando pelo decreLo de i6
ORDEM DO Dl.4.. de Novembro de i86ã, abrO!!OU U artigos do
codigo- penal de ~O de Novembro de 1859, sub·
l~or:un lidos C approYndos em l. • d"iséussuo os· stiluindo-os por outt·os ortlgos novos·. As leis
francezn e italiana substilqinâo os artigos itbro-
projectos n. iOo A de {879, que crea dons co!·
leglos eleltoraes um na villn 4e Nossa Senhorn. gados por outros guardnrnm a ordem dos m:t.
de lllireil'a da Vuccndn , e outro na purochia de tet·illes, niio nlterDI'Ilm a r.lossi lle~çlio dos codigos
S. Jo~o de !llontll Negro, .1111 província do Rio respectll•os e conservaram l!OS artigos a mesma
,Grande do Sul; n . 306 de 18i9, uutorizando o · numeração : o metbodo adoptado pelo proj er.to
govemo a jullilar o profi!Ssor de musicado ·ool· consiste em .indic:tr os . artigos novos por nu·
legio d& Pedt·o llllathios Josê Td:xoiro; n. 30i tileroçlto correspondente li dos nr.ligos do codigo,
d~ i879, concedendo ;uelllornmento .de reforma complet<indo a· numeração dos artigos nddi·
ao i. • sargento do corpo policial Arnaldo Luiz eionnes com letr~s do ai,Phabeto. · ·, · · ·
Zi:;: no ; e n. 27:! de i8;'9, :~iltorizando o governo As illustrodas co'mmtssões do justiça civil e
n conceder melhoramento de ret'orma · no 2. • crimiOlll que cxatnln:iram o projecto ~uhstitu·
C:ldete Es;eyão Pinto da LUt ; tivo, ora em discussão, oiJerecido pelo illustre
ex-ministro dn justiç:., pretenderam -justiDcur
DAliNO E SINISTRO no seu pnreccr, que é como que 11 exposição de
·· · · motivos do projecto,· essa innovaçao, por qu:ts
ProccdC· 59 :\votação do primeiro nrligo- (i66) razões : prio1cira, pela necessidade de manter·&e
do projecto n. uG de H~i9 om ~." discuss5o, c ó o principio de unidade dn codific.1çiio; segunda.
al•Provndo . O artigo D{Jprovado á o sogulnte: péln facilidade do a todo o tempo se poder In·
O :~rt. ~66 llo codigo crimin~l serti sub~liLuido corJlOrar no codigo ils novns disposições.
pdo $egtlinte : ·- . . . l'lão creio que sejom procedenles esi!IS duns
Art. %66. Destruir ou dnmnificar cousn alheia ruües: · . ·
dt• rtualquer nlor. . · Si ns novns diSJIOSiçl!cs, que chamat'ei leis nd-
Penns. Do ;risiio de vinte dins a trl)s mezes, dicionaes, nii.o suo encot~p oradns desde logo no
e multa de j) a. %(; "lo do vnlor do objecto des· colligo ct:lm in:~l , constituem o que se cllama
t!'Uido ou dnmniHea.do. leis extr:tvagnntcs islo é, um complexo de leis,
· ú d' - b d · que nüo llcam entrnnhndas de~do logo llCI éorptcs
Contm n !'l_ tscussllo so re o segun o nrltgo jHt·i.~ . O proje~:to, portanto, n~o c~Jnsogue este
(!6i) de que s~ trtltnno pr<>jeclo. · mtuito. Pelo que diz t•espc!toil unidade iln codi·
E' lid~, npoindn c entt·a conjunclamcnte em flcllçiio, de,·o observar que si a~ novat~ disposições·
di~russ~o a .5eguintc .· . . ·· n~o se adnptnm ~o plnno do codigo cn minal e ·
não obedecem ;í:; t·egras do closslficaçiio ado·
EMENDA . JJtad~, não se póãe consegnir n nnidntle de codi-
Jicnção j e e este o defeito que descubro no pro-
Art. iüi (LJ) • .Depois da palovrn- hnbitnçlio- jcclo oprcscntudo pelo nobre ·ex•ministro da ju~­
suppritnam·se as r1ue se seguem c substilunm·se liça. Pelo modo por que os legisladores franccz
PGl' e~ lt~s: · e ltnliano llternm a retorma moueionadn dos seus
• Ou pnt·n n t•cuniiio de homens no tempo em codigos, lhes foi fncil ate cotlservor 11 mesma
IJUil s ~ :~c hore m r eunidos, quer es~cs l'dillcios· nuutera~íio ; substituindo, openos ans nrtlgos
1
ou eonstt·uc~õcs pertençam n terceiro, IJU!!r ao pnr ou!ros, de nenbum modo se 11lerava o s-ys.
proprlo nutcr do incendlo .-La.(ayetfe . • tl)mn de códlllcn~iio ;. os novns disposições en •
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 09:35 - Pêgina B ae 13

Sesl!ão em 7 de Maio · de 1880. · 75


travam :no Jogar das a.brog:uJas, guardon~o o Ellc pccc:t, na minha o~lnlão, . por niío ser
mesma nu!Acl'D~ilo. . sumclentementc claro ; é •lt~ru disto deliclento
· Entretanto, o P.rojecto que se discute, altera o e Injusto na sua parte disposltlva. · ·
systema de cJa.~stOcação dos materias &doJ.llndos Sr. presidente, n primeira condiç;io diJ per·
pelo codlgo criminal. E niio roi, é preciso dt.zel·o, feição da .lei peattl, é o. sua clorezn; 1t lei deve
o.nobre ex-ministro da Jusllç~. o nutor desta fixar u significa cão das . pnla1·ru, porque por
· ·· innova~ão, elln [Jortenco no Sr. José de Alencar, este modo tira no juh: o nrbi\rio do poder nlargnr
·· do saudoslsslma memoria, tão cedo roubado ús ou restringir essn signiflcaçiio. Este arllgo, 11om
glorlns dn pntrln; que tnnto Unhn n esL)crar como todos os outros do projéclo, o nobre ex·
ainda de seu notnvol talento· e 1'31':1 npp!icaç1io ministro da juslíl::t cxtrahiu do codigo pt:>nnl
(apoiados); mos o Sr. Alcncn comprel1endeu a fl·an ~c t, do· qual a maior · pnrlo dos m•ligos tí
dlfficuldndc, e propo1.-se cort·igir o defeito que simples traducci'io; mas, si é verdade que foi
· se nota no projccto em discussão_ · · estn a font~ onde o illustr~ ex-ministro . bebeu·,
·. . Reconbt>cenilo que toda e !lualquer altcr:~çi.io poro clnbornr v seu pt•ojecto, o que parecia
que se tivesse de Tnzol' ao codtgo devia ad.1p\ar· natural era que o lllus.tro autor, · !!:>élnrecidl) ·.
se óo sen plnM e obedecer :w principio de sua pelas li ~oos colhid:~s na . experlertcin alhei:t,
classi(\cliçao, propoz. que se intercalasse entre os redigisse o seu projeCio de modo CJUC exprimi5se
artigos netuncs do codigo, relativos no dnmno as controvcrsins que di s po~lç;io annlogà do
simples e ;is nov'as diaposiçii~s, os artigos refe· direito rrnucez n5eitou, c rornm rosolvldns pel:l
rentes no crimo de roubo. · jurisprudt!ncitt. Assim, o nrtlgo do [tr(Jjocto que
Esta modifteaç:1o era perfeitamente indicada . se discUtiJ, .diz o !leguintt! {M):
O damno, pelo nosso codigo, tem o caracter de Suppl'imb· ou -desti·uit· de 1111i/q111'1' lllctllt'il'll.
um crime pllt'\lcular, rJUe aJTecta exclusivamente lifli'OS dt notas, d ? I'C.'Jillro, rft• allft lltciiiH!Htos, á
· -- n-p&:opt•ieclade-e-por-isto-inscreve-ii~· .acla.J.~mJS..~ICI'iptum ·pt~blirn -·ow riCI'i]Ttos -·--
pile-Do& c•·ime& co•lt•·~ a pl'op•·icdade~; :is i11s· IJB''"
Jiat'ticulare$. que l t't'VI'tN . (tutrlaiNt~Jta,· or•
po;lções do projeelo, complet:mdlr uma lacuna provar dm~tlo$, tcn~ luwei· para ,; OIJ p111'a Ollti'CIIl
f:Citllage111 O!l ftCC/'0 ,
senstvel do nl)sso eodlgo, itnprimem ao cl'ime
de damno ·o CtJractel' de um attentado contt·a ns Penas, rtc.
pessoas, reprimindo com severidade, sem que · O nrt. ~3!) do cocligo petlal rroncez, (c cito eS~C
em certos cnsos deixe esse crime de prepondernr arUgo e nlltt a lei de 13 de ~ralo do l~OJ, pot'rtue,
como nm ot:aque ao direito de propriedade. embora como j:i fiz \·cr, suiJslitulsse uns· nr·
Assim, o Sr. conselheiro Alenc;~r suggerlndo tigos por outros do mc~mo eoiligo, não alterou
o alvitre de intet·calar·so entre as disposições a ilisposlçiio), consitlerou-aronle proxlmo do ar-
· do codlgo ct•imlnal, que ·regulam o damno tigo do projeeto que se discuti!. ·
· simples, e ns dllpodçlie~ nddlcionnes novas, que O art. ~3!) do coiligo (rancez é concebido nes-
regutàm o damno Dgogravado, os artigos do co· tes termos :
.digo rolu&lvos oo roubo, Indicara o iogar pro·
pr•o em <tue devem ser in!leridas ns novas dis- ..Xod~ aqttellt que vo11inta•·iamente queimar 011
posições, . quo Ocuriam comprehendi<los sob a de8truit· de flllalqtecl' tJian,•im, I'C.IJilt,·os, mina-
epigrophe :·- Do4 c,·imel contra apt$1utu Cl)n.tm tal ouactol oJ •iqitUt~s daaulo1•idade publir;a, tiln-
a fJI'OP.ritdade - . visto que · pelo projeeto, o los1 ·bilhl:tts; leti'IIS de cambio, rfreito& de C<>lllllltl'•
crime de dnmno assumo esso duplo carncter ; ó cio ou de baliCO, colltl!lltW au .OFrauclo obrigaálo,
um atoqu·o no direito de propriedade e um auen-. disposifàb ou quit•l,r.à?, ·&ertlznuu'do, etc. · •
tado contra a pfs•sn. · ·. O uollro ·ex-ministro sabe que o vocabulo-
dcstrnir-qttc a ll)i · rrnncc1.a empr(!gn o ~t<i
Concluo destas obsef\'ações que, si hn ncccs· reproduzido no proJocto, dett Jogar n grnnclc
sidado de .all'!rar-so o systema de legislnr, controversia nos tL'tbunaes rrancez('S, o 11 ue o
ndoptado ató .agora, para se · gunrdar a uuidnde propt•io trilmnnl (le ~~~ssn~iil) a re.~olvc n cte mo L~ ·>
da codiftcnçilo, ncccssidn.tle· !JUe os nossos legls· vnrto,do sorle que por muito tem11D n juri$prn·
lodores niio ret·onltecernm desdo 1831 ottl hoje, dencin rrailcezn ficou vacill(!UIL·, c :1 lei foi IIPi•li-
porquanto muitas o varias nlternções a;;m ~ ido cada .eont incerteza. ·
feitas no co digo crlminnl por leis que continuam
avulsas ou extr~vas11ntes, .ê lndiSlJonsavcl atten· O que qncr dizet• n t)alnvrn dc'struir ·~ Si·
der -se á classlncnçno metbodica, ndoptmla plllo gnlllca pon•entur.1 n auiquila~ilo con1plctn lln
codlgo, o nesse sentido o projocto . carece ser titulo, a·::ua tlE1gradn~ão nltlteriDI ou sedovc con-
emendodo, ~~ bem 9ue, del'o dizel·o, não sou si,lerar ltll n nc~ão que, St!nt desll'uil· o titul•>,
inclinado~ innovaeno proposta. · · que mnterinlmentc existe, rnz dcsappurcccr,
entrctunto, a ol.lrignçi'lu de que o mesmo titulo ê
Embot·a .seja partidnt·io tlo systt~mn d~ codf· prova? Voudm· um.oxemplo, porque os exem-
ficação, entendo qull não ~ proprio o momento plos têm a vant:~gem de csclal'ocor ns idéns.
poro se n!Lernr o methodo quo temos seguido, Suppotlha•l'C umn lelt•a de cambio Oll Ulll(l letra
mas. sim, qunndo se fizer n revisão do codlgo de torl'a, cujo · nccile é cltncellodo pelo delin-
criminal, que é assumpto ·que .~rl recommenda quo·nte. O cancell:unento, eo•no a t•iscndurn, niio
como urgente . (AJ1oiados .) dostroe mnlcri:~lmcntc o titulo i a letrt\ oxMc
Fehas estas observações, qmlDIQ ··á fórma· do em sua integridarle ; mas O· olmga_çio de quo o
projeclo, ~o licença no nobre ex-ministro, que titulo cl 11rovatem perdido n sua entc.1cin; o qun
sabe quanto r~speito os seus bem flrmndos cre· ficn destruido é o vinculo do llil'ello · cmbor:1 o
ditos de jurlsconstiUo, parn fazer algumas o~ser· lltr.lo sub~ist:~ materinlmcnle_. ~ obrlga!:iio lltl~·
vnçiies ao aa•llgo qnc se discute. . . . nppnrcccu . . Por certo que UhO C!\ava nn mcnt:•
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:35 + Pág ina 9 de 13

76 Sessiio em 7 de Maio de 1880.

<1o 1\l;; isl:l~·~r f:·nnc~z. nr:n ]lódc estar nn intcn- um in!Jnerito ]Jolicial, que eu considero acto
ção do autor do projecto. l'onsidcrar ínnoccnlc utHhenLico da au.toridüdc puLlica, e:;ti1 compre·
u 11~to que uniquila a obri!f<tção de ttm titulo, lHmdido nu urtit;o que se discut!l1 Por certo que
emilot·a este u:io figne matenalmente desll'uido; não, porque o mquerito policial não c uma es·
t~nJo pre,jndic:l o dono de uma letra aquelle que cripturapublica, e nem tem :m:Jlo[!Ü com P-Ila,
a reduz <i (.'Ínzas. como o que risca o nome do c menos se pôde considerar como um e8cripto
~Ceil:mte OU de <ÍU<J](Jller llll~ CO·ObrigadOS nella. pai'IÍCUifll', lJUC sirva para fUildlllUentai' OU
Por isso mesmn. é nece~s:ll'io fixa~-se o ·sentido provar dil·eHo~. .
•! o ~lcanc,, juridicodns lJa!avr~s, tornando clarn Já ,.ô porl~nlo :1 c:~m:u·n qu~ toúho r3~~o nas
3 idéa, que o doamo por de>truição de titulo fica ohsm·\·arues a respeito do :Jt'tigo do pr.;>jeclo que
comummo•lo sempre- que o titulo por um acto se tli~c ulll. ·
de for~a deixur do pt·odo~ir os effeitos a que é Von agora mostrar que o projecto li injusto,
de~tim1do : c isto se consegue redigindo-~e o porqtw, nilo medindo a criminalidade do agente.
nrtt9o dl! motlo •1ne as palavr~s recebam <1 ma ]!elos resul!ados do danmo, equipara rc•spunsn·
wruadeira sigaillc:lçfio. bílidades de.-iguaes, e fere com a .me~ma pena
Ka eeonomia jul'idica do ;1rti~o que s~ discute, octos:que niio slío indicativos do mesmo gmo de
em que con~iste o crime de damno ~ Na snp- culll~lhilidade.
prc~~fio 011 ilc;;truit;Fto do nm tilulo, pnpel ou Assinl peln clonlrina do projccto o individuo
eseripto. A SUJll'l'(lS~~o póUc dar-se sem u dos- que queima touo o m·chivo do carl•Jrio de um
tmi~lio, m~s eslu, ott seja parcial ou seja :;'Oral, notario c destroe por meiiJ do fogo ou por qual·
de,-e cum.ti lnir um l'rime, sempre l!ll~ a do:.;ra- l!llcr outro m~io esse precioso 'ombo, .gue c n
tlnr;~o do tit.ulo, qunlquel' que scj:t a c~ausa que segttranra dos mais importantes !lireilos, de que
.:! produza. nnl1ilie:ll' ou inutilizar n snn effica- tlepende· a certeza da PI'OIH·iedade, n pnz e a
ti:1 ,iuridic:1. E' por isso qu·~ ucomelho uma traaquillil.lnde das familias, cou1mctte o mesmo
- - ·orrtr:r, cdüq:iü, t[tte ntr:mgcmdo-totln-c qutthtuer· ·crhtle-·e-wll're ·~ mesma peua- (Jll(l-i) individtt.t~- --:­
''i~ de f:1eluqu~ po~sn protluzit• n destruição, qui! queima ou desll't<e uma escriptura publica!
\1)1'110 cl:1ro q 11e esta :;e yet·illca ~empre quo o ~ao p~reça li C(lmam que L'~aget·o; u qt~c cligo
titulo 11erder o~ etruitOJ~, HtlO era de~tinudo u resalta,da leu·~ expressa doarllgo que se dtocute;
produzir. · · ·· lm sua doutrina aquelle que supprimir ou des-
!':csle sentido ous~rei protJOl' uma emenda. . tt·uir JlOl' qu~llqner m~neira um li no de notas
Agora \'OU cxmuinar o ~rojeclo debaixo dos ou uma escriptura publica commetlo um crime
·outros ~spectos •rne já ~sstgtHtlei- a sua dcli · da mesma natureza; a pcnn que, em ambos os
cien~ia c <1 sua 111.iusti~a. Eslnd~reí c~dn uma casos é do prisfio com tr~balho d~ dous mezes a
da" qucstiíc·s de pet• si. . . um :mno c multa de 21> •1. do prc'juizo causado,
' E' dcliciente u rn·ojccto porque n~o operando os er1uiparn e}u gravidade.. · . .
a sua disposif(üo, por rurma demonstralira, deixa Pergunto u emnnra: por ventura um md•·
de compt·o:hender fnctos mais gra\'C~ t~inda do viduo que incendeia o orciiivo de ''um eartorio
que nmitos I]Uc o projecto nbraugo c sujd!u á ou mesmo que, subtrnhin.do um liv•·o de notas,
puui~1o. Assim pelo projc~to, ~ suppress~o ou o re:iuz a cinzas, tem comnttlttido um crime
a dosti'Ui~~o pó do tet' por ohjccto, jú um Ji~·ro de igual ao daquelle que apenas estrnga ou queima
uotas·,j:i umregi~lro llc assentamento~, já mesmo uma escriptut·a publica? .
umn e,;n·ipluru pni.Jiicn, j(t, finalmente, fJU~Iquer Ambos revelam o mesmo grito do perversi-
escripto pnl'lictttm· rzue scrYe para l'undamcntm· dado? Os resultados produzidos por esses dons
ou pro\·nr utreilos. uri mes ~ão iguucs ? · ..
Pe•·gunturci no· illttstr::tdo antor do projecto, Eu cr.cio quo não podemo; ligat· a essn ex-
cnde encabeç~ o~aclos autbenticos da ;:utoridnde pt·e~são- escriptura publica -otttro valor se-
public~, t·crlii .'Jrlttia: um auto uo llagrantc dt!· niio nquelle que lhe dão as nossas leis c os usos
Jicto ?Onde ~e inclue a destruição ·ou a suppressf10 do Curo.
integr;il· de Ltns aulos 1 Não temos aclualmente A escriptura )Jnblica, como ensinam os ma-
no nosso cudig·o penal disposiç~o ~lgmm que ntl:tes dos tabelhãos,ti um instl'umenlo registrado
pnna tnes critnl·~, ~1os qunes n~o se pódn npplicat• nus notns, das quaes se Lira unm cópia, que
t' diSJl08ir.âo gonct·ica do art. 2G6, pot'iJUe na sua set·ve de documento da Jlarlo, e que se ch~ma
dontrina \1 dnmno reve;:te o c~racteL' ele um de~ traslado, si é a primeira cutJia, unica e uU·
licto pnrticulat• contrn a propriednde, e na~ hy- thentica, ou umn cerlid~o. Serú e.stn a idlln
potheses que llgllrci o lndh·idno n;jo udirllcla· que a p:ll:m·a - escriptllra publica - quer
· mente prejudicndo. · signiflcar? Ou l'cfira-se n traslado, ou it cer-
Temo~, sim, disposit;uo que pune a tirndn de tid:io, ou mesmo á pubtica·fórmn, todos estes
folhas de outos ou livros judiciaes, é o dispo- considerados debaixo de certas t•el~ções de
sicflo !lnal do m-t. 'Z6ã, mas n5o <i. r.ssa a hypo· direito, tem o mllsmo ...-alor, e participam do
these que ou figuro. e sim a. d~~ destmição,. por mesmo caracter de authenticidade ; niio são do·
queima ou por qualqu~t· .outro modo, de uns cumentcs ttue uma vez dostl'Uid<is crlloquem o
:1utos inteit•amcnle. dono 1w impossibilidade de fundamental' o seu
· O projeelo niio comprehende ainda n suppressão· direito por outros equivalente9.
ou d1:strui~·i\o de aclos ciris d(I mniot• impo1·t:m- Eu compreheudo quo o projecto considere
cia, como sejam os lesl:nncutos, quo por certo crime de cet·ln gravidade e rept•imn com rigor a
n1\o se pótle considerar abrangidos na cxpressflo de~trui•~t\o de netos :tutbettticos do nutorid;.de
genêricn-escriptura publica. publica· sempre que houver, ou gr3nde difficul·
l>ergunlor~i ainda ao illustrado autor do [H'o· dudc ou grande Impossibilidade de substituir-se
jecto ; t1m iudividno qnc sup]n·imir ou deslruir tae~ :~c:tos ; niio cslá neslo coso a destt'l\içiio
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 09:35 - Pêgina 10 ae 13

Sessão · em ·7 de Maio ·de 1880. 77


mesmo do primeiro traslado de uma escripturn conhecer qtie em alguns, '"{) . damno póde ser
)JUhl icn que p6rle 8er substitui da pot· outra que acompmiLni:lo de vãnt:.gem. p.lr:1 o criminoso, c
o tobcllitio passnrú si u jlnl'te rcqucrc1' uo j uiz,. üesscs c~sos co:;ita o proprio projecio '1UOse dis·
jurando a destruiç~o como a p~rda. cute. · . •
:Mas, já não acontece o mesmo com n des· · sr·; presidente, n1ío quoro infringit· . o regi·
truiçiio de. um Jiyro inteit·o de notas; a substi· monto ; sendo a discussão, como cu disse ao
tuição nrrui é impossivcl ; o <lamno ó grande e c.oll!eçar, circumscripta ao 1!.l'tig-o que se dr!bDte,
geral, não nfT~eta a um individuo só, e si m a hmlto·me a estas ol!servnçucs, reservando· me
muilo~ fnmilias, e o seu efl'eito fi prejudicn r a para discutir. opportunamentc o artigo seguinto
prova·nno do um, porem sim de muitos c im· quo ti aquelle em que est(l consignada a ldéa
po rt;~n\es direitos. . . cnpitnl do projecto . .t::, como corrc·mo o duplo
. E~ por isto que não <!coito a doutrina do· dever do tornar p~rte ncstn di~r:ussfio, j:í porque
projeclo c :1 qunlillco inj.usla, e nem compre· . ll·ata ·sc de um nssurnplo importilntc, jit (Jorque .
ltcndo qne poss:~ eqnip~rar as rcspon~abilidudes, exerço uma. profi s~ão que olJriga·t:no :1 estuünr.
nos dou,; c;1sos que figurei, sem ·violnt· ·se os melhor os leis par., npplic.;JI·ns e bem ~conse lh<tr,
pt·incitJios fundamentaes do direito e s~m dcs· (JC\.-'0 á cam:u·:t que n1c desculpe :1 ousndin ~:o m
conhecer-se <1 regra. da proporcionalidude d~s que aventurei es:ms breves nb:;erraçõcs, c per·
penns, c, pois, · :~eredi to _que o pt•oprio autor do 1nitt.a·me enviar á mesa uma_emenda na qual
projcclo, !Ilus trado como é, não suslenlorú que, estüo ~onsubstnn ci n das ns irléas quo acabei de
nns ci r;:um st:.md~:s eXJ>Ostas, O!\ cri mos scj:un cnuncmr _ .
igooc~ o revelem u me~ ma per versidade. A cm.~nda , para a qual chnmo n nttent:;üo du
Isto me p:~rer,c evidente, e d.evo acrescentar· cnmOJ'n, modifica a .rcduc<.:;io do arlig•> e agrupa
quo ll:l$ l c~is loc.;õo;; dos povos modem os e·crime om uma mesma cl r,;;;,~ ractós rJUr) p:u·ticitlam da
de damno·: q u:~ ndo se n~o reYcstc de gravidad!l mc; ma no.turez~, o revelam o me.m10 grão de ·
--· -e~o--i~o(,OI!l fl~nhar.lo - ·cl~onscquf)neitts, · ·ou· --pCTVlrrSidad~-pur-partc-do<rgenTC-cT'illTi1l""OSlf:- - ·
toma o ~:ar:~ c ter dl.! um acto·civil, que dá log31' Aemend,,.parcceqllc in!'-pir:t·sc mell10r do que
·. :"t indemuiwção.• 011 de uma infracç;lo leve, .pll· o "projceto nos eternos prind pios de jnstil;o, dos
nivcl \'Om mnltas moderadas. . - qune:<.O l~gisl ndor não [lÓde nuucu ~ p a rhr-sc.
Tambcm desperlat·um a •minha utlenção as (4llu"ito (lcm, muito bem/)
pal:intt> finaes que completam o :~rtigo· em di$· Yem á mes~, .é lidn, apoiada e en tra em dis· ·
cuss5o; e devo dizel·o que nesta pnt·tc o seu. - ·
illustrodo uutor rt~o cvpiott o codigo frnnc ez, · e cnssuo n segUllltc · ·.
sim. ad?PlOtt .u _idéu do projecto !la commissUo m1EN01 st:nsnru·riVA
de Jllsttça crmtmal. d:-. ll•gtslatura passada de
que fór:t relator o Sr. losé de Ale nem·, c de cujo Suppt•imir, destrtlir oU. inutilisar di! qunlq"tler
projccto é sni.Jstitutivo o que . ora discutimos. maneira que possa Jll'cjudicar os elf!!ilo3 qtll.l ~uo
As palavt·as linaes do artigo são estns- .stm -.dl!stinados n produzir, livros c notnsdu t·egistro,
r,at:t!1' pam si QU pnm · out1·eul vantagem ou d.o :tsscntamenlo d ~ ada~ c te1•mos, nutos, netas
· IUCI'O. · • . · _ orf~ill:lcs da :l lttori~nde (m!Jiica, tl lll ger:tl todos .
·si to&; palavras querem exprimir que n ia· e qoncsqucr títulos, ell'eito,; de commercio c cs·
tençiio rlc lltct·at• ó indiJTe rcntc e niio concorre crtptos pn.·ticulares que set' I'Cm [Mra fund:tmen·
p11rn n qunlilica~iio do crime que o nrti ~o define, t:~r ou prov:~r direitos: .
ollas S:to redundantes, porque o fim uo lucrar, l'eoa.s de prisão com tt·nbnlho 110r clous mezes
sendo um dos moveis do crime, uiiu infl ue pura a um :mno \l multa' de :25 ~ ; ·do pt'éj uizo causndo.
n sua quolifico~lio , como niTo i nOno a vinfrnn;;a S:li.a dos sessões, 7 de :Maio de 1880._;, Baptista.
ou odiu; os moveis do crime inUnem sobre n Pmw-a. . .
gt'llvidade da ;pena, mas não so!Jre a nnture7.a
do crime. Si, porém, tae~ paln n·:~s querem ex· O 8r. Lafkyette observa que o nobre ·
primil- que, na especie de damno, regulada J.!Oio d~ putndo pelo Rio de· Janeiro impugno o pro·
artig-o .e consistente na suppressão 011 destrtuç;io jacto, nio só pelo rórmn como por ol...~c uro, do·
suppo1ihnmos de um titulo que serve para flciente e injusto. Respondera concisamente :1
provar ou fundamentar direitos, é coudlçüo S. E" . .
constitutiva do crime que u deliD!J.Uimte nfio A !ôrmn do subs\itulivo iospirudn na do pro·
nunr·n lucro 011 vantagem pnrn s1 ou pam jocto formulado pelo finado Sr. J. M. d~ Alencar
oull·em, então em muitos ensos o crime fieat•ú ~ ti .mais conventente para re!orm:ts do leis gue
· impune; c como cstD conjectura não ~ razoavel, se acham reduzidas a codigo. A existenoin de
o que se devia mpp()r é que ns palavras flnnes leis fórn dos codigos que ellas alteram traz
do artigo , indic~m a necessidade de se punir g-rande dimculda!le a in&a1H:rencia dosnssumptos
com mnis severidade esse crime, quando no qu'l essas leis rc!!:ularn, a&reito ainda IUai~
prejnizo de tcrceil•o associar-se o lucro do grave, quando MU traht tlu mntcrill p_enal, !JUtl
criminoso. · · deve ser conbecida por todos os ho.littantes dll
E' certoque .os criminalistns, c nest ~ ponto paiz. O systama do projccto é adoptndo em
silo concordnntes os codigos, caraclerisam o cri· l~mn~a, tanto poro 11 legislação penal, como 1•ara
me tle d~mn o nflo pelo lucro que o delinquente a civ1l e commercial.
Jl<'Sstl nur~r i r dq ernne, o sim pelo prejui~o cau· Disse o nobre deputado quo o modo por que o-
sado ; crtminnltstas c codigos reconhecem que projecto se acha formulndo repugnava quo elle
e~se crime. nasce ante·s do sentimento du fazer tosse incorporado no systema do codigo. Engn·
moi, do !)UO da paixão du cubiç3. Si assim e na nou-se, S. .Ex . "; ns disposições. comprehendidas
mnioria dos casos, nüo se póde, entret:~nto, dcs · no proJecto ncltnm·so subordtn~das :~os _prin·
c â"nara do s OepLtados- tm rr-e sso em 2 7101/2015 09:35 - Pág ina 11 de 13

78 Sessã:o em 7 de "Maio de 1880..

cipiOl! fun.damentae.; · do co digo. Por exemplo, mais cloro o texto. Essa emenda não prejudi·
algumas legisl3ções que tratam do · o.ss11mpto eará o economia do projeeto. , ·
eonsideratn oh~·pothe~e do ine.elldio ser volun· Acrescentou s. Ex. que o projecto era in·
ta rio, e,tn·corporando·ae o projecto ao codigo, não Juslo e punia raetos leves eom • mos mo pena .
hn necessidade de estabelecer seméllt.1nte prin· com que puniu factos graves, e di3se quen<)nelle
cipio, pois fica subordin_nda no syste1na geral ilo que incendiasse um cartorio, pela disposir.ão do
codigo, que declara que 'sem·v&niade; sem iutel· nrtlgo, serâ punido oom a l)lesma pena daquellc
ligencia nio ba delicio. · · · que incendiar umn escripturn. Quem incendiar
Considerou o nobre deputado feliz 11 idéo do um Cllrtol·io eommettc um crime a que os crimi~ .
}il'imcit•o projecto colloear os novos artigos no nalislns ch:nn:.~m • 'COmplexo •, n:io commette .
cnpilulo em que se tra\:1 do· •roubo•, por,tue slmple~men.te o delicto de · nniquil~r uma cs-
o crime de in·cendio,atacnndo a pessoa e a pro- criptura, m~s commcue o delicto de incendio.
priedadc, tem os elemento~ .quo se encontram-no Os crlminnlist~s h'lm os seu.s principiôs p~ra rc·
crime de ronbo. En~anou·se S. Ex. . solver a questão, m:•ndam punir de preTe1'coeia
O crime de inecndto, .tal qual. 5e acha de fluido o crimt} mais grave inclui do no crime complexo.
no projccto, é crime novo, crime que:tppni·eceu As observa~.ões que o nobre dcpu\ado l'ez em
nas legislações no principio deste seculo. Os relação :ís ultimas palavras do.arligo demons lrom
antigos criminalistas consideravam o illcendio que o artigo está .no seu lognr. Si se tratasse
como crime de dnmno, o faziam diversns ·dlslinc- da suppre~s3o de documentos com interesse de
ções ; inceudio simples e incendio ·clussific..1do, haver lucro, não se trataria de damno. Podia .
sem nt:ender ás clrcumstanciás em que.o incelt· tratar-se de cstellionato, rnlsid:tde ou outro
dio assumia grande gra\'idade. · qua Iquer criltle, mas não de damno. ·
Não .é dessa especie de crime que trnln o pro- O crime de dnmmo é con~tituido .pelo tilt~lma·
·- -jtmto-;.. ·tralo. ·do ·1ncendio -c.omo-erlme-.. dístiuc.to, Je.ria.le_p.ela_inl.e,l}.çlo de c~usar o mal material.
tendo na legl~lação criminal titulo . cspeeiol. Os . Parece, portanto, ter hnvldo Ac[ut \'OCc)"(lap3-m-
.. elcmen.tos que constituem essé ct·ime novo s5o do nobre deputado quando qulz que este artigo.· ·
dous, dos qunes a eombustiío é o primeiro. Neste fosse redigido do maneira a incluir toda c
ponto o delicio tem um do~ elementos do da· · qunlquer suppressão de documento, sempre que
mno simples. O outro elemento, o que lhe com· bnja Intenção da parte do de.linquen\e de baveL' .
mutiiea uma natureza espcclnl, é o ·perigo que o lucro.
tn·ccndlo produz . .No· momento em q.u eo lneen· . · Vum :i m.esa, são lidos, ap()indas e·enlram em
dio tem o capacidade de acammeuer outras pro- discussiío .as se<;ulutcs .
priedades ou a vida .•hum:mR, deixa de .ser da-
. mno e reveste o caracter de ·uu1 dellcto CSJ!OOial, · EtuND.\s
cUjO$llutores l~m na legislação o nomo de 1ocen·
dlor!os. ·Um delirito dessa natnrezo ·póde ~er Art. i67 (b; - Depois das palavras- doze
·confundido com o t'oubo? ComD clns~JOcal·o · nnnos- ncrescerile·sc- o de t.nultn· de u a
sob esso cpigraphe? _ . iõ "In do valor do domno causado. .· •
O llfojecto JIOrlonto não !JOdia converter-se § i. • Depois d11s })!llavras~eis annos-9Cres·
em capitulo sob a inscrlpçlio de roubo. O lli'O· eente-se- e de mult:~ de :S a tiS "/. do valor
jeelo llrililou-se a continuar n numeração dos do damno cau51ldo.
artig·os sobre o dnmno, pot-quo quando se tl'iil!l. Art. iü7 ( c ) - Depois das palnvrns- doze
de encorporat· ll~O nov~ lei a um. codigo~ pro- anuos - acrescente-se- e de multa de ü a ~;;
cura-se quo.nto rur po55LYC!l r~petlltr a econo- •/ o do valor do d11runo eausndo ..
mia dl!sse cndlgo c não cr~ar novos litu.Jos.Em-
bora o ddicto de inccndlo constilua um delicio Art. i07 (c)- Depois. das pahrvrns - tres
ü pute, &odovia um dos elementos dominantes annos ~ oci-esecnte·se- c mulln 'de a ll :m "'•
.. nelle, é i) estrago material. Parece, pois, moia do valor do dnmno eauando. -LI.Jfa.yelt!'.
conveniente, em vez de abrir novo capitulo no o llr~ Dapti.;.ia Pereira~- Sr.
eodigo, inclnii·O no que tl'nla do damno. · presidente, serei breve na resposta que dovo ao
Disse o nobre deputado que o projeuto era nobre deputado que ncabn de ass!lnlnr-se.
obscuro c que a pnlovra • destruir • !)stova no As censUl':l& 9ue tomei a liberdade dil fazer oo
sentido duvidoso, e Ogu1·ou d:versns bypotbeses projeclo que dtscute·se, nõo obstante .o ll!lento
petlindo soluções p:n·11. ellas, perante os dispo- com que o ~u illustrado. autor procurou reba-
sições do codigo. S. Ex. foi o proprio 11 destruir tel-as, e~tão de pê.
ns objecções qU':l npretentou. Cancellados os Niio deseJo, c nem 11conselha,•ia n c~tn camnra
titulas de . um11 lelrn ha destruição, e t::8Cl que, lendo de supprir uma Jncunn sensivel de
exemplo se acho !Hteralmente no dispostçio do nossa legl.sht.ção 11ennl, faço uma lei casuisUca ;
nrl. ill7. O legislador não resolve casos; uão l'e· o que eu desejo sim li ({UCl o projeeto, Del á fonte
solve hypothescs ; estabelece principio& funda· etn que inspitou-ae o seu nulor, seja tllo com·
ment~es que regnlem o nssumpw o a Jul'ispru- pleto, ctuanto ê possivel, para corresponder n
dencin resolvera aa questões occurr~ntes. seus nns. ·
O nobre dl!putndo accusou nindn o projeclo de · ·
deficiente, formulando onll'ls hypotheses, fCII· O Sn. LAFAYI>Tl'E: ....- Procurei o qlle era
lando em autos do corpo de delicio e inquerilo melhor. ·
policial. Essa hypotheso se aclln vlrlunlmento O Sn. BAPTISTA. PsnEm~ : -E nlío foi pe,}ueno,
JneluWn na dispos1ção do artigo. Sr. presidente, o tt'iumpbo gue j:\ aloanooi com
Tratando-se porém de uma lei Cl'iminal, não n declaraçlio que ouvitnll$ no llonrado.ex·ml·
dnvidn de nccilar ·uma emenda que i'Oilhn. nislro dn justiça, que está . pt•ompto 11 nçeitnr
Cà'nara dos OepliacJos · lm;:resso em 2710112015 09:35 · Pág ina 12 de 13

Sessa:o em 7 de Maio de 1880. 79


uma emllnd:~ <tne abranja 11s hvpotheses qne . ·N2tci que .::J. phnse complementar do artigo,
formulei, embor3, no conceito dé S. Ex., essos s1 nao expr1me que sempre que o individuo
ltypotheses estejam virtuAlmente comprehendl~ comm~ua o crime ded~struit;ão, aurcrlndo lucro
(\as na disposi~ão do oríigo que se deti:~te·. para s1, deve ser pumdo com penn maior, ó re·
Contesto que n emendll lenha sômente o· me· dundante, vir-to quo o lucro niio é.elemento .do
rito de tornar mais el:tro aquillo (}Ue já existe c.rlme . .
na dis;Josiçfio í ella completa a de.ficlencla c In·
cuna do proJMlo, comprebcnd~~ndo uma eertn 0 sn . LAFATBTTs:-Esse •~rime nu-o s·er;a •
de
o~dcm d~ faet.os n~ pr~isto~ no tirojecto, e que damno, e o projeclo só trata de damno.
n~o se pode d1zcr mclntdos VIrtualmente n:~sun · O Sn. · BAPTISTA PBRE!.BA:- O honrado depu-
. d!sposição porque nio gunrduin·entre slotialo· lado contcstou· mc, e arndn agora 11ca1Ja de ra·
g1a, nem somcli111nÇa. O nt. 439 do cadigo zel-o, rcpellindo como impossível n hypolhese
f!'ancez inclue na sua disposição os 11ctos oulhen· de eommellor . Ul!l individuo o crime de dnmno,
h cos da nutorid!lde pubhcn ; o projccto omi&liu aurerlndo para ~~ lucro ; nn opinião do illusLre
es.<A pnr te, a~~im cemo deJx.ou de attendcr, como deputado esse crtme nunca ser1:1 de damno e sim
já notei, n netos ciyis da maiorimportnncia. Ess11s outro punido pPtOcodigo criminal, c sentindo n
omissões importam um!i l~cuna senslvel que se diillculdnda... · . · ·
·deve preencher, sem que com isso se torne ca· o sn. LAFAYETtE : '_: Nfio h:1 dimclildade.
suistieo o projeclo .!\ruo desconheço qu11 por mais · ·
perfeita que soja uma lei é lmpossivel cvilar·se O Sn. BAPTISTA PRnEinA : - • : • • de indicar a
e
. oonlro\'crsio S':bi"O a . sua inteJligC!J.Cill nem Q sétle !13 di S~SÍÇiíO, ·remelte•me pnrn um artigo
(\ffi~nda pl'OI!Osla pretende pre\•enu· n interpre· imaginnrio do codlgo.
taç:to dos lt·rbunnC$ ; seu fim é mais modesto e Si conseguir ~emon~t~r ue ni'ioex iste artigo
ntll e vem a 8er r ·otver · nenhum do codr r.o.\ti.denci:md0-4l--
Ja resol\-1 11 pe n urisprudcncia . Nem por isto, re~pe lo 11 bypoLhe~o figurada... · ·
nem porque completa n disposição do projecto, · O Sn . L.~FATBtTE : - Borws scd Ide M n erat
n emcnd!lo torna cnsuistlco. · l1Ctl8. . .
O 11rgumento que empregou o bonr:~do depu- Sn · ··
tado pnrn eomb:tter .11 emenda, niio tem proce• O . · BAPTISTA PEREU\.l :· - E'. just:unente
denclo i ncnhurnn analo~hl bn entre Ufll codigo p11rquc lcglslamoa sobro o crime de damno, na
e uma lei; si 0 codigo nno pôde :.branger todus VOI'iednt!e de suas cspecies, quo deve a lei pte· ·
as relações dn vidn social, por mais perspicaz· venir o coso do ·individuo domnlllenr a oi:Jecto ·
que seja o ltlgislador, n tarefa deste é racll quan· .ol11eio, ou.rerindo para si um lttcro, o dess~ bypo· .
([o apcn~s legisla para ·uma .certn ordem de !a· tbcso cog1tou o projecto. . · ·. .
cto~ que rcelamntn repres~o. · -0 Sn. LAFAYl!TtE : ~Bo11u, sed Me norl tl'Gt
O projecto I{Ue se discute vem preencher uma loous ·
lacuna do .c!i(llgo ; versa sobre roa teria nova, OSn. BArrtsTA PRnBtnA:-Pcrdoe·me o honrado
mas por isso mesmo é do m~lor l'Onvenieocil que deputado ; cstn Insistindo no sopblsma que nos
se fnça uma ltol completa, que prirne, niio só peln escolas~ ehnma idem pr.r idr.m. Qilando amnílo
~na t· l:~ reza, como peln suo ptcvlsiio . (O orador que o projecto providenciando sobre o crime de
tt!ten·ompe o·leu disCU1'1o. por algun& momntlol, damno, deve compt•ehendér tambem o caso de
11111o ter dei:cado a cndei•·is da pllllidencia 1.1 St• . auferir o criminoso paro &i lucro ou vantagem
F,1·tt!n'~dt ilmti~t, 1.• vice-prrisidente, com fli• do damna rcalludo, co1no ell'ectlvamente com-
811)elll · ~!1 nara d t! mcommodo, ~~•do acompaahado prehende, o nobre depnt11do ob}eeln-IIOIJ érat
JJ()I' lllu1tos Sr~ . dPpuludo11 •.O L• sccrttatio oc· loc~'-· mos eu lhe obsern-eat loc118- e ~anto
c~tpa a. cHdeira da p1-esidttlcía.) . é quo o proje~to previno 1\ hypothese.
O Sn. DAM'ISTAl>EREIIIA:-Retulnntlo as ohser- Tenb.n a bondade o nobre depolndo de por·
vações que Oz IJUIDio ti d~flciencia do proJecto, rnltllr q uc eu enuncio 11 tninh:. opinião, c elitou
que nesta parto npo.rtorn·sGdil sua ori)!em, decln· certo que nilo incorrcl'í na suil douta censura i
rou !J S<!U !Ilustrado aUtor quo ,aiJroveltllra do o ques\ilo é saber si o Jogar proprio panleglslnr
dlrello rraneez aqulllo quo cllo tmbo de melhor. a respoitn da hypotbose de sorver~i-gratia1 des'
Não IJ:e ncho rnzüo, e deSde qne o nobre deputado truido um titulo que serve p11re provar airelto
·li prompto om reconbecor ·a neceasidt~de de es· por aqucllo contrn quem ru .provn, deve ser
cllll·eeo1· 11 doutrina .do projeclo pari! que Oque ncautehtdu no projccto que se discute, ou j á
comprehendido nn lei, do modo evldente1 aqulllo oslú prevenida n8 legi~r~ção criminal . SI con·
que lhe ~Jl!rooe ser virtualmente ineluio.o nelln, seguir provo r ,n perUneneln do nsaumpto no pro-
fmplicit:~mcnle rcr.onhece que ·a lei froncen tem jccto que se d1seute ••• ;,. ·
pefo menos o merllo da clareza. Mas não ie LroLn o SI\, LAFAYETTs:-0 nobre deputado re·
. deumn ~implcs quesliio de redncçiio;..nlio éa ob· rere·se num facto que niio é damno. · · ·
scuridnde o principal defeito do projeeto, 1\ sim n
su~ dellcitmci~. t>orquan to como lli demonstrei ô Sn. DAPTJSTA PERBmA:-:-. ~ • cabir:i por Ler ro
deixa de eomprebender foelos graves que recln· o cMtello que estli Jcvanlando o meu lllustru
- .I si d COntendor. .
mum reJ)ressao, eomo seJa 11 suppres o ou a 1!5•
truição i1e úm tosLnmento, de um aulo de fia· 0 nobr"" ex·rnf!lls•ro
••
dls~e que cu deslrur· 08
·
1'11 t d in •to 11 1 1 r •ft principias fundnmenloes da sciencla, deaconhe·
· g n e, e um quert po c 8 1 IICwS tases que cendo ·qtlO a inten,.ão t! o elemento ·pr•io.clp•t do
o codiga penal rronee11: comprenende na gene· v "
r~ !idade ·dtt. expre~siio, actot origitWtl da 4t41o· delicio. ·
t'cdc1de JJMbltca , . · . O Sn • .J,.Ú•uETrE :-Niio disso isso.
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 09:35- Pág ina 13 de 13

80 Sessão ein 7 de 'Maio de 1880.


O Sn. RAnist.-\ PEnEm.\:- Folgo de ouvil-n. O Sn. lJAM'ISTA PenEmA : - .... 'pois totlo-o
O crime de damno, . como .todo o-crime. suppüc mund·o conhece a immensn superioridade do
um elcmcnlointeucionnl , qtte c! a condiçiio essen· honrado ex-miui~tro da justiça sobre mim •.•
ci:~l d~ crltnin;Jiidndc do facto ; sem intenção não O Sn. L AFAYF.TTE E Oll1'aos Sns. DIWtJTJ.oos : -
ha crime, porqnc não ha crime sem elemento Não -:Jt)9iado. ·
tlloral. o Sn. DA!•TIST.\ PnnmnA:.;_, .. entrctnnto ve.
Em todos os Cl'imes ~;ontr~ n propriedade, o jo·ine embaraçado; n~o avnn~~o umn proposição
fin:t tJ.UC Se prO[IUil O delinqueu~e li prajudiear :Í IJUC não seja higo contestnda pelo nobre ll•;put.ado.
tefCtllrO, mn~ ha. c;:ta notoYd dtll'erença, que no O Sn. LAFAYETTI!: :- Poi ~ não lhe d:lrci ruais
critno de dnmno n id&t de lucro púde entrar, ou um :1parte·. . . ··
ilci'iar do cntr:1r na iulencuo. O SÚ. BAPTISTA PEREinA :-Nilo; ct~ agTadeço ·
O sn ; .L..u-HETTE:-Si cntrn nn intençffo, nlio os ~port es do nollre ex-ministro, pol que elles
· é d:unno. Lembro no nolire d eput~do a opiniã•J me csd :n·~c m, só J>eço que n5o os ele com tanta ·
de Carrnra que tr:J t~ deste ponto . .. rrequencin, de modo a illlerrom!Jer·me a todo
O Sn . ilJ.l'TJsT.~ P~:nr.rn.~.:- O crime de dam.no, o mom ~nto.
como o nos,o \cgislntlor o concebeu no art. 26.6 Os crimes contra n pro priedade, repito, lt!nl
do c::odig-o, ê um crime .mer:Jmenlc porlicul:u·, mn rorllcler commum, ó o Jlrejuizo d ~ ·. terceiro
· cujo . cnr:rc~er pec u li ~r _consiste na intenção dP. que os juri5consultos da esco l ~ :mti;;a, JJela -qual
prejudicnr. destnlindo ou d:unnilic:mdo cous~ se n:io mostro npnixonndo o nobre .cX· lll inistro,
:~lheia de rj!l :~lqu t•.r valor; m~s o p1·oprio le:;is· denomin~ m dr.ttimmtllllt sertii. Esse caracter
Jador rccnnhcceu que n. destruição ou,, damni· n1.io deixa de se1· t>eculiut· no c1•ime de damno,
fiCnçiiv)JÓdO t.er pOl' ntn :l apropl'iaçi!o do n\heio. com a diJferençn que neste, em regrn, ·o pre.
' u.iz!L~Qtcol.iz.;u..etu_:Ql\t! o criminoso )rO~!!.J:L __
--· ---o:-prõjéclo do llohr c cx:minlstro-dll"jmt~. parn si ou par:~ omrem uma vanlag~m (lU ucro.
iuspirando-se nos idêns do direito mol.lerno, im· E o }nodo pelo qu21 o p~ejuizo se opera; cara·
llrimiil. ao crime !lu damno prolluzido por um clt'rlsa cada um dos · crJmos contl·a n proptJe·
mcendio; o mesmo- carnctet· .que lha dfio os co· dade . .Assim o crime de furto llllc con s i~te na
·digos. · elandcstinidnde, O de estell lonato no e!lltJtegl•
o Sn. LAF!o.YETTE: -E' um crim~ particular. de manobns fra.uuulentns e nrtilkios engenho-
O Sn. BAPTISTA PEliEmA ; ~ Est<i enganado. sos para engnnnr, e o de roubo un violencia
exercida ou contra n pe~soa ou contra n cousa,
O Sn. L.o.F..HBTTE : - E' um crime pnrticul~r, tum todos um tim commum- a atJropl'iaç1ío do
leia Cai·rm·.~. nlheio. · ·
·o Sn. BAPTIStA PEnEIRA: ._A legislação de Ora,n o crime de damno,ent qnõJlquer d:1s hypo-
· . ' todos os povos modemos considera o crime de theses cogitadas no artigo quo se discuto, lucro
damno prpduzido por inccndio, revestido do ou vantng.em póde ser realizndo, embora na ·
duplo cal'n~lcr conlra. a pro~Jr.iedade e co~t ra ~~~ m~iorin dos casos o crime do damuo fiq ue con·
pessoas, cnm~ da ma10r grnYJdade;c pumdo ate summallo pela :;ilnlllcs dcstrui~~o tlo oujecto.
eom peun capital. . · O nrtigo que se discute fornece um exemplo
O Sn. LAFAYETTE: -o que o nobro deputarlo que fl-isaute. quo bem prova que a desll•uil)uo, ~e lllQl'O
est:i dizendo ti cl:tescola ~miJg:l~ c anterior a JSOO• . rodundoreallzar·so pel~ extincção do umn olH·ignc:ao,
em·uma vantagem poru n delinquente.
· O Sn . BAPTJsu PEnFJ.nA:-:como, si cu faço Conbecida n theorin ·rlo codigo lumul e· os
·men~iio de todos· os cocligos modernos, que se cri utos contr11 11 'propricd~dc. tJUO cl o reprime,
conformnm com os prlnei vlos l'tmdarncnlaes da pergunto: o individuo qUG destruir o [ll'lmeiro
sciencia do direit() pennl 't Vejamos quBI de nós lrnslndo do uma c~criplurn, de que jt• n1ío l'esla
· dous sustenta n melhor doutt·ina, si eu, si o no · regbtro )Jor ter dcsapparceldo o t•est>cctivo
bre cx·miuistt·o; peço· lhe somente qne me livro, (e roi esta a hypotf1ese ~speciosn pg!lrnda
deixe proscg-uil·. Us cnmes contra n llropriedadc pelo nobre ox-ministro) c oss1m ~UJ11H'Jnm· um
têm um cnractcr commum: em todos ellcs e e~cripto que serve para funda mentar e provar
elemento do crime n vnntàgcrn nuferidu pelo a ·exlstencia de um direito, si n~ o com·
criminoso em prcjuizo c detrimento de ter· metleu um crime de dnmno, ·quo crime com·
ceiro. meueu então? Que crime eomtncttcu ::.indn,
OSn . LAF'ArET'l'll_:- Contesto. nfíosahirido fóra das hypotheses do artigo quo
se discute, aqucllo que concclln ou risca o seu
o Sn. rriEsiDENTB : ..... Peço no nobre depu lodo aee ite em umu letrn1 o crime de rurto 1 N!lo.
_que não intcrromp:~ tiío frequentemente oora'dor. O de eslellionnto 't Tarnbem niío. O de roubo 'f
nfio ; nenhum desses crimes se perpetra
o sn. BAPTISTA PEl\EinA:- Agradeço, Sr. prll· Ainda pela destruição do objecto que e o cnrncter do
si dente, n intervenQíio de V. Ex. (Riso.) Eu crime de d:imno. ·
· .. esperavn Ql\e. o illustrado Sr. ex-ministro da · Como, pois, havemos de qunli!lcnr .es~e. crime ..
justiça me tratasse com a mesm:a rec'iprocidnde porant o a. l egisl~ção 'f Já vl! o Ilobre deputado
,que usei pora ·com S. Ex., e tanto mais tenho QUe niio tern rnzüo no.s suas observações, e que
·dlrelto de rcclàmnr de S. Ex. toda n sua bcne· não crennuo umn c1nsse novn parn compre·
volcncin, quando é certo que ousei ompenhar·me hcnder esses crimes, e nem podendo accommo· ·
com S. Ex. em uma luta desigual • . . • dnl-os no. classe dos crimes contra a protwiedadc,
O Sn. LAFAYETTt E oornos Sns. I>Bl'll'l'AI>Os : - ha do necessariamente inclull·os nn ~ecção do
·Não apoindo. · d:unno.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 1 de 2

Sessão em 8 ue Maio de 1880. 81


O nobre deputado argumentando coma dis· queira, Ferreira de Ilfoura, Azambujn ?.leirelles,
posição do nrt. 267 b do projecto q_ue imprimiu llot·ta de Araujo, Prado Pimentel, Affonso Pen-
no crime de damno produzido por mcendro uma n~, lll~noel díl Maglllhães, F:rnnkliu Doria, Hy-
natureza especial, preten<J,m combater as oh ser· ~moSllva, Manoel Eustnqu10, Serapbico, 'l'heo·
vaçües que eu fiz quanto á fúrma do projeclo; domiro, Tbeopllilo OUonr, Souto, Antonio Car-
mas é dos argumentos, mesmo, elo nobre depu. los, Mnrtim Francisco, Jardim, Sergio de Castro,
tado que en tiro o meJhot· sulJsidio em sustcn- :M!lllo Alvim, Florencio de Abreu, Flores, Sant!l
ta~tío da minha opinião. Rosa, Moreira Brandão, Saldanha ?.larinho,
· E' verdade,Sr. presidento,que o ~rtigo·do pro· Malbciros, Cama~go, Aureliano Magnlhãe~ c
jecto crên direito now; isto mesmo já o con- Bezerra Cavalcanti. ·
fessei.
1\las qual é o caracter quo esse novo crinlc O Sn. PRESIDENTE declarn que a votação fica
assnme aos olhos do proprio projecto que se dis· adiada por falta de numero. .
cute"! E' um simples nttentado contra :1 pro· O Sn. l>RtlStOENTE nomeia para ns deputa-
pried~da'l E' um attentado contra a vida 'i' O ~tões que têm de ir no paço apresantar a l'ua
projecto comtn·ehei:tdendo hem que, embora :\Iag·estade o Imperador a resposta á falia do
considet·ado sob o ponto de vista do racto mate· lhrono, c cumprimentar o mesmo Augusto
rinl, o incendio entra na classe dos crimes contra Senhor J!elo feliz anniversario do juramf!nto da
o propriedade, mas qae constitue caracl.er.pro· Constitu•ç1io, os sog·aintes St·s.:
pri<;J de sua criminal~dade n general!dndç d~s . Resposta á falla di! tht·ono.- :l.hrtim Ft•an·
peJ'Jgos que corre a VIda dns pessoas, 1mprtmtn ersc(', Fr:mo:o de Sa, Prado ·Pimentel, Jon-
ao novo crime esse duplo caracter; de modo quim Serra, Freitas, João Brigido, Souza
que, si lllgumas vezes o inccnc1io é empre~-rudo Andr:H1c. Bczm·rn Gn\'nlc~nti, ~ranoel de )ftt.
como uma manobra fraudulenta. como g:unn.do_ ~lhãcs.~utonio de Siqueira, .Ruy. -Bal'bozn..---
é ~l~iado pelo propriel~rio p~ra ~bter a .11npol'· Corrêa. Rabello, Abren e .Silvn, Carlos All'onso,
t~nmn de t~m .seguro, outras mu•tns ;;era, C?mo Antonm Carlos, The_odomlre, ~Iorencio doA!Jreu,
d1zem os )urrsconsullos, umu arma bomictda. l\lanoel Carlos,. Espmdola, R1berro de Menezes,
Como qunlillcar essa c~ime1 Em que classe i:\Ionte, Au~usto Franço, Fredel'ico Rogo e Cun·
havemos de inclull-o? St o nao comprellendcr· dido de Ohveir:t, ·.
mos na secção do codigo que trnta do roubo,. Allnivorsal·io do j un.lmcnto da Collstitub;ão.-
como propoz o Sr. José de Alencar, J.lOis ~o Olegario, Jost! Basson, Ferreira de Alourá, Ro-
crime com que mai~ analogias tem o ertmo de dolpho D:lntas, TheodoretQ Souto, ~lanoel Eu>·
incendio nggrovado, por certo que niío podere· taquio, Sergio 'de C~stro, Donin, Som·es Brandão,
mos fnclull·o na classe dos crimes particulares . Rnlc:1o, Camat·go, Jardim, Theophilo O!loni,
contl•a :1 propriedade, como.pretende o illusirado Rodrigues .Juaior, Souza Andrad~. Azam·
autor do projeclo. ·A olJjecção que S. -.l!lx:. rot·· buja Meirelles, José Cnetilno, Illn·
mulou-que o crimo de incendio não é.um lheiros, FernandoMacedo, Osorio, Mello Alvim, Costn
attentndo con,ra a pesso:t, e pti!r isso não se pürll! Azevedo, Fabio I\eis e Fr:mklin Dorio. ·
eqniparar ao. roubo-, não tem proeedeucia;
porqunnto o crime· de roubo nem sempre ~ um Entr~m succ~ssivameute em diseussiío que
attentndo contra a pessoa, ~endo sómente quando fiell encerrada por não haver numero para vo·
o s::tcrillclo dn victima é um meio llUC o crimi- tar-se os arts. j67 (C), 2G7 (D) c 207 (E) com ~s
noso emprega para chegm· a seus uns. respectivns emendas. ·
O que não com,prcltcndo, porém, é que o no· Esg-ot~da n ma ter in da Ol"dcm. do dia, o Sr.
bre autor do projecto conleste <JUe o crime de presidente dá para ordem do dia 8: .
incendio, sempre que tenbn po1· objecto umn
casa habitada Oll que sirva para habitação, deixe Volaçuo do projecto sobre damno c sinisll'o
de set· um nttentado contra a .~essoa; essa idêa em 2.• discuss~o. ·
está bem accentuadn no art. 21i7 IJ do projecto e Idem dos }J3receres ns. ·!O 13 elO H sobt·o
elei~ões do Rio de Janeiro; ns. !2 l: o t2 D sobre
a severidade das penas não teri::t justificação, si eleições de !\tinas; e n. :!0 C sobre eleições da
porventur11 o projecto regulasse simplesmente
um crime de damno contra a proprilldnde. provincia da S. Paulo.
Reservo para outra occasiii:o dar no illustre Apresentn~ão do projectos, requerimentos e
depntndo uma respostn mais completo, ugunr· indicações.
dando pnra isso umn discussão que nos dê mais Discussiio de requel'imentos adiados.
franqueza c liberd;de. (Jluito betn,) Levnnta-se a sossiio ás 2 3/~ horas da tnrdG.
Niio havendo mais quem pedisse a p:~lnvra é
encerrada. a discussão, c procedendo-se á vo•
taç5o reconher.eu•se não haver cnsa p:~ra se vo· l!leel!lilo o1n 8 de 1\lnlo de 1880
tar, pelo que o Sr. presidente mnndn fazer a
''htt.madlr, PnESIDBNCIA DO sn, VISCONDS DE 1%\DOS
Procedendo-se· :i cltnmnda, verificou·se terem·
Se u nusent~do, com ~~u~ft. os St·~. Vl'scond" de SUMMAntO.-ExraoiSXT~.-ObsorYa~ücs do s.·. SOlllll An·
" ..., ~u ~ • drado.-Obson·acúos do S••. proalden\o.-Nomoacilo ~u
Prados e f!larinnno da Silvn; e sem ella os commtssito. ·
Srs. Freltns, Rodrigues Junior, Yiri:lto de lle•
deiros, Souza Andrade, Aragiio c ?!lello, Soares A'sH horas da manhã, feito. a chamadn, ach:J·
Brandiio,Esperidião, Ribeiro de ~lcnezc~, Es1Jin- ram•sc presentes os Srs. Visconde de Prodos,
dolo, Barão dn Estnncin, Zama, Anionio de Si· Alves (\e Araujo, Costa Azevodo, ~.bnoel Carlos,
Toma J.-u,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 2 de 2

82 Sessilo em 8 de Maio de 1880.

Bar~o da Eotancia, Atulrade Pinto, :Mortinho neiro , rcmcttendo cópins d3s ::tet:~s da eleição do
Campos, Uaccdo e José Basson. um deput~do na vaga tlcixuda pelo St•. deputado
Comparecem d~llOis da cham3d:l os Srs. Sal- Pedro Luiz Pe1·eira de Souza, nomeado m1nistro
danha .Ma'rinho, Danin,·.Amcrico, Sel'ra. Hl't;ino dos negocios cstmngciros.- A' commissuo de
Silva, J..'reitas; ViriaLo de ~It~deiros, Sóuzá All· podares.
dr:ule, Libernto Barroso, Theodorelo Soulo, Dos presidentes dns mesas dos collcgios dei-.
lieira de Va~coucel\os, Franklin Dorin, Manoel to•·~tes ele Taub:Hé, Uio Ctnro, Piracic.1lw, S.
de :Mop:alh~cs, Soares Brnndão, João Drigido, lU- Sl•bastiflO, Bt·otns, S. José do~ Ca111pos e 1\tooocn,
beiro deMenc7.c;:, :Uarianno da Silv~ •. Espindola, dit pro,•inciu do S .. Paulo. J'emcLtendo cúpias
1\Iontc, Don·os ]>imcntel, Prisco Pnr:•izo, Zanw, authenlicns d~s a elas da eleição a que atll se llri>-
Fr:tnco de Sá, .f<'redct·ico de Almeida, Arngiio cederu pa1·a preencher as vagns deix.adDs pelos
Dulc5o, lluefvn~o de Araujo, Ferreira de I\Iout·:•, Srs. U:n·ão Homem de :Mello, Jo$Ú ·Bonifacio o
Almeid:~ Couto, lloflolpho Dantas, Augmto Carr1io, o primeiro pot• ter 5ido · nome~do mi-
Fran~:.t, Oleg:•rio, Frede1'ico fiogo: Bntot\~ta Pe- nislt·o do illlJlCI'Io e os outros por tet•cm sido
reira, Souto, AlTon~o Peuna, Hort:1 de Araujo, eseolhitl.os senadores do Impel'io.-A' com missão
Aureliano )lngalhfles. Camlido_ de Oliveira, de pod~rcs.
Cone ia Habello, Goldi11o, Buy Bat•bozn, Lan•y!llte, Do (trosidcnlc d<.t ·pr~Jvinciu do P~rti, rcmet·
1\Ianoel Eu~tnqnio, TheQdomi.ro, Theophílo tendo a~ authenticas da8 eleições p~m eleitores
OtlQni, Autouio Carlo;, llezct·ra Ca\·aleanti; nuc< parochi:Js da Se da Capital, S. João Dattlista
Freílas Cpnlinl10, Malhcii•os;l:<'crnando Q,;orio, tle Ctlmchi, l'lo;~~~ Senhora do Cnrmo de 'l'ocan-
Sergio de Ct•slro, Stl~·~ira de Sou:ta, .F.elicio do;: tin~, Peninhas, Boim e S. Domingos da non·
Santos, Seraphico e i\Iorcira Bcandiio, Yista, todas da mesma JJrovincia do Parti, e que
tivoratn logal' no dia 19 ·do Ontubt·o do :mno
···- - --..F.:!JHl!!LJ'.9.1ll.. p~rlicipacão os Srs. Ft·anci~co .l:O.~.!llQ..P.!.!.§!~O .-A' commi~são de podet·es.
Sodr~, Uoreira fle Barro:;, Jüs"ifCii êfâi:lõ,"'"S'ilvelr.1 HeqUcl'imcntõâ.c ~·c!Jx: Barrete llluntzT;<ie[rt<[e"'s,...,-~
l\lattins c !.\lello Alvim; c !>em ella os Srs. AI· nlf•ll'~s (lo iG.o b~l~\h~o de infailtaria, pedindl)
metdn B~rbozn, Arogfio, Azamlmja !\leit·elle~, . que lbe seja c.onladn a antiguhladú de ~eu ~osto
Abreu e Sih·o, llellriio; DeHorL Duarte, Bezerra tle5de 30 dl~ :'\ovcmbt'O de 18\ii .-A' COillllltSSUO
de ltcnezes, Cesario A!.-i m, Carlos Affonso, Cout'l d•! nwrinha c gncrra.
1\lngalhãcs. Costa Ribeiro, Diana, Epaminondas Acham-se 50ilre a mosa as netas rlas mesas
de Mello, EstJeri<lião, Flore~, Franco de Almei- p~rochiues de S:tntnrom, Nos~a Senhora · do
da, Fabio Reis, J?rariçu Car,•alho, Fidetis Bote- C3rm~ de To~ontins, Camekt, Sé; S. Do:ningos
lho, GaYi~o Peixoto, lgnncio l\IJrtins, Joaquim dn Bon Vista, Cnit·arv, Nossa Senllora da Sole-
Breves, Joaquim Nabuco, Joaquim Tavares, José dade de Cairnry, Obii:los c di\-ersos docu•ntmtos
1\larinnno, Jeronymo Sodré, Luiz Feli]Jpe, Lou· e .lustillcaçü~s, :wresentndos ti cnmara pelos Srs.
renço de Albuquerque, Leoncio de Canalha, deputado Dnntn e seMdor Fausto de Aguiar.
lllartim Franr.tsco , Marcolino Moura, :!tfe\lo -A' commisslio de (lodc!_eS.
Franco, Pompeu, Prado Pimentel, Sinval, Se·
gismundo, Souz.) Carvalho, SOltz:t Ltrria, T:~va- l'ASS~\~IENTO DO sn. DUQUE DE CA.XlAS
res Belfort e Jeronytne Jardim. · O 8r. Sou~ ~~dra.de ($(qncws dt:
Ao meio dia o Sr. presidente declara aberta :1 attmtrãv; l'I'O{Imdo .~ilencio) :-Sr. presidente,
sessão. peço pertntssfio 11 Y. Ex . c á c:nnara pora pro·
E' lidu e approvada a aota Ja ;:e&stío antece- nuncmt· duns paln\Tas à Jlroposito do doloroso
n~ontecimenlo iloliciado pelos jornncs da~ta
dente. m~mh1L ·
O Sn. 2.• SEGnEnmo, ~CI'Vi!\do do 1.", dú conta Fnllaccu :is 7 horlls d:~ noite de hontem na
do seguinte ·
fazenda do Doscn~nno, província di) Rio de ln·
EXP.EOIESTE neit·o, o ill u~tre Duque de Caxias.
V. Ex.. me dosculp:ml si cu quo sou o mais
OJJlcio~: hnmitdo membro desta camara ...
Do minislerio da fnzcnd:,, de 30 de Abril pro- VozEs:-Nào apoindo.
ximo findo, romcttendo informado o requeri- O Sn. SouZA A;,llnADE:~ ••. quo fui o mais ob-
mento em que Antonio de So1,1za llihciro pede n scuro amigo do nobre Duque, onso ndiantar-me
restituição d~ siz<~ indevidamente png<~ de pro- aos meus l.tonrados collegas por nlQtivo de tão
priedades do espolio do finado Barão de Ytlla· lamentnvel perda para este 11niz.
Now1 do l\linho.-A' quem fez a rocluisiçiTo. A vld:.. do Duquo de Caxtas occupa com es•
Do Sr. deputado Mello e Alvim, p~t·ticilJando plendor mois de tlma pagina da nossn historla.
aclwr-se docute e pedindo liMnça afim de tril- Ninguem o excedeu em patriotismo e abnegação
tar-se.·-A' commissão de poderes. qunndo .seu dever o ch:tmllv~ no posto que lh(l
Do .~ecrc!ari(l da asscmbléa legisla tira da pro· ern deslinarlo nu :tlta administrnção do Estado
vincia do Pnrti, rcmoHcndo umn roprosentnção ou :i frente do cxercil!l truzill!iro.
da nssembléa, em que pede qne se,iam al- O Sn. JoAQum SEnnA:- ApoiBdo. Foi um
ter~dns os disposiçües do codigo ct·imlnat no Sllll· illustre cidadào e um grande soldado. (M~ito&
tido de tornnr inallnncnvcl o crime de furto de opoiado&.)
gado.-A' commissão de justiça criminal. . O Stt. SouZA ANDnADE:-Suns uhimos, inexce•
Dos presidentes dos collodos e]eitornes dn diV<lis glorias, conquistou•as ello nos inhospitos
B~rra :Mnnsu c lltagc, da p~·ovil1cla do Rio do Ju· can1pos do Pnraguay, quando j:i va\ctudinarlo,
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 09:36 - Pêgina 1 ae 1

Sessão em 10 de Maio de 1880. 83


em idndo· muito arliantnda e quando gos:mi das Comparecarum depois ·da chamada os Srs. Sal· .
mais cobiçddas dislincr;õcs c honras, n <JUe se danha Mari nho, Fabio Reis, José llasson, Tavares
póde aspirar -no Br;~zil. · . Bcl(ort, ~~anklin Dor!a, Fro!ilas, Rodrigues
Ali i mais tle uma vez aiTronlou a morte, ex· Jumor, Vmato do Mcde•ros, Souza And r-ade, Li·
pondo-se rcsolut:Jmente aos mais arriscados lnn-• ber~; lo Barroso, Theodoreto Souto, Pompeu, ?tio~
ces e perigos da guerra. . rc~ra Brandã~, )lnnoc! Ca~los, 1\l:mocl de Mngn·
· Seus conselhos e planos na campanha contra lhaes,· Antomo de Stqumra, Soar~>s ·Brandão,
o· feroz dictnrlor Lopez, conselhos o pl~mos mais Seraphico, Esporidião, Ribeiro de 1\lenczes,
ou menos sc_:::-uidos desde o comcco uo~ ho~·ti- !brianno du Silvn, Darão tia Estancio, 1\lonto,
lldndes, os tlias ~loriosos tlc Aváhv, Loruns e Danos Pimentel, Znma, Frederico de Almeida,
Itororó, seu :;enio organiz3dor, sun rigide1. o Bulc.ilo, Jld~fonso da Araujo, Aragão c :Mello,
. sabedoria na disc it>lin~, sua. mode r~çffo na. vi: · Americo,llu:; Darbcza, Horta de At':llljo,·Dezerrn
ctoria, sun immaculadnprobid:tde emfim, sobre· de Menezes, D<tptbta Percir:~, José CaeL:mo{ Ro·
puj:m1 de mnilo a rninha rr3ca voz vat•a tentar doiDho Dantas_. Carlos Allonso, Ce~ario A vim,
encarecer esses invejnveis predicados qu.e ltzc- Lafoyette, . Prisco Puaiso, ~lartinho C:~mJlos,
rnm do Duquo de Caxias um dos mais notnveb Theophilo Ottoni, Abt·eu e Silv:•, Antonio Carlos,
brazileiros. (.m1itos apoia<los.) Gnvliio Pei xoto, Leoncio de Cnrvnlho, Ole:;ario,
Eu pl'OlJOnho que se.consh.me na actn •ic hoje Malh.ciros, .Silveira de ~ouza, Camargo, Fio-
um voto de profundo pcz~t·; quo se lev:tote n renc1o de Abreu, Souto, Jeronymo Jardim e Jo<~.·
ses~ão; nomeando-se uma comm1ssão da camat·a quim Serra. ··
pnrn. nssi,;tír ~o rnuerat ~o grnndc sold:lll9_d.n Faltat'am com parlieipnção
p~t.rw, liÇI emmentc .mdadao qu~ acaba de expt· Pinto, Allimso l'euna, Caudillo de Oli\'dra
os s 1·s: Andr:~de
rnr. (,1[tltto lh~m.. tlltl ttO bem; apotado$geraes.) . Francisco Sodl·é, nlcllo c AI rim, i\Iorclra dê
A proposta do Sr. Sõuza."Aiidrode·Tõl.,ppro· -no;rro-s_ ;-Sitvcil'a llbttins, IIygin.,.--sitvlnrY~
vadn un:mimemente. ·· rc11·a de llon\·_a; c, sem elia · us s.rs. A~mctda
· Bari>oza, Almmda Conto, AzambuJn àlelrelle$,
O Sr. Presl<lente : - Eu ~cnmpa· Au~usto França, Aureliano ?.Iagnlhi~s, Bellrão,
nhm·ia t!tWi~mento os restos lllOl'lnes deste illus· nell'ort Duarte •. llczen·u C?.Vnlc:mli •· Cot'l'~a
tre cidad~o si o meu estado-de snnde o pct·mit· · nitbcllo, Conto Mag:olhães, Costa UilJcit·o, Danlu,
· tlssc. Jnftllizmcntc não o posso fazer •. mas a Diann , Et•:•minondas de liieHo, Espintlola, ·
commiss5o rcprescnt~rá :lindamelllor esta. Ca· .l<'lol'cs, Fr~ nco (te Almeida, Fr3nco tle Sú,
mora. FretliJrieo Rego, Frnnça Carv<•lho,. Freitas .Cou·
VozEs : -... l\lelhor, nã.o :~poiado. ·Unho,- l<"ellclo dcs Santos, Fidelis BoLelho, ·Fer·
n:mdo Osol'io, Galilino dns Neves, Joaquim .'
· O Sn. t>nE5IDENTE : - Cumprindo n drilibern· .llt·oves, · Joaquim Nnb.uco, Jonquim Tavares,
ç1ío dn cnmnra, m:andnrci lançar o voto de pezar, José Mari3nno, Jeronymo Sodrê, L'!-iz Fellppe,
e · nomeio par:. a commissiio os Srs , Martinhl) J,o~ren ço lle .Albuqllerque, 1\larclllmo }loura,
Campo~. Alves de Araujo, Andl'mlc .Pinto, .Me~r:~ dt~ Vasconcellos, Mello Frnnco, Manoel
Souza.Andi'ade e Costa Azevedo. Eustll([Üio, Prado l'imeutci,Siuval, Segi~mtindo,·
O Sn . t:nESIDENTE dii a seguinte ordem do di;~ Sergio de Castro, Souz:. Cnrvnlho, Souza Lima e
JO-dc Mnto: . Tbeodomiro. ·
:1.. • ·!'ARTE Ao mcio·din o Sr. presiueute decl~ra não
ha\·er sessão por falta de numero·. .
Volnção dos nrls. 267 A, B, .c; D, E e dns
emendas npoiadas ·com referencia a estes U· O Sn. ~.• SRCDETA.nto, sei-vindo de t.o, d:í. conta
ligas . do seguinte . . .· ·
Idem , dos parocer.cs n. IÔ G, .· i OH, sobre I!:Xl'SDIF.NTE
elel\)õ~s do Rio de Janeh·o, e n. t! . C e U D
sob\'c elciçvas ~~~ tll'ovincia ele 1\lin~s Geraes·e Offieio do ministro da marinha, de tO do 1\laio
l!O C sobre elci('õc~ ela rlc S. Paulo . •
. 2.• discus~iío do pt•ojecto n. l!!JS sobro o co· corrente, pcdtndo dosignnç;io de tliu · c hor:1
mllrcn de Oeirns. · ·. . · paro. a :1present..1ç~o do relntorio do ministerlo a
seu curgo.-!tl:trcou•se o dín U do corrente ri
Urgencin rerJlleridn pe!o Sr. Zamn. i horn dn to rde .
2. • L' AnTE (,i..s 2 H onAs ou ANTEs) . Do ministro dn justiç~, de ü de !\faio corrente,
pnl'ticipnndo que ordenou ao presidente da pro·
2 .• di~cnssão do~ crcditos do ministorio da vincin do l'llinas Get•:;e,:, pam tlllC rumetta cum
agrieultur~ sob u~. ü o 6. Ul'p;encill cüpia do processo inst:1Urndo pelo con·
Levantou-se a scsslio :i ·t hora da tarde. ~elho de inveslign~ão n que foi ~ubmettido o
<1npitiio do corpa de tlolicia, <laquella provincia,
Camillo Caudido ele Lellls.~ A quem fez a re·
A.eta em J.O de :Sialo de 1880 quisição. ·
PIIIISIDENCIA 00 sn. VlSCO~DE DE I'IL\OOS Do pre~idente da mesa IJaroch i:tl de Nossa Se·
nbora do Deslci'I'O tle Ilntnby; do lUO de Ja•
"A's H ·horas da · mnnh~, feiln a chnmadn , noiro, rcmo:tlendo o. có11ia tbs :telas dn clciçiío
nchDrllm·sc prcsonles os Sra. Visconde de pnra clcilorl}s geracs a quo ~e procedeu nnquella
Prndos, Alves de Araujo, Martim Francisco, fregue~ia no dia 1 de Driletnbro do nuno pro·
Costn. Aze,·edo, João Drig1do 1: lll:tccd9. . · ximo lindo.- A' comruissfio de [loderes. ·
Càna ra dos Oepli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 1 de 33

84 Sessão em 11 de Maio de 1880.


Do presidente do collegio eleitoral da vHia de Silveira de Souza, Camargo, Florcncio llcAbreu
Nova Friburgo, provincia do nio de Janeiro, re- e Mallteiros.
meltendo cópia da neta da eleição que alli se Çompareccr:nn doJ>ois do aberta n scssüo os
procedeu para a elaiçlio de um deputado geral Srs. Carlos Allouso, Freitas Coulinho, Ruy
no dia 6 do corrente.- A' commissão de po- Barboza, FJ•:mco de Sá, r.Iariunno da SiJ\·a, Theo-
deres. · clomit·o, Souza Carvalho e Bezert•n Cnvukanti.
Dos Imlsidentes das mesas dos collegios elei-
tornes da cidade de Queluz, S. Luiz, villa de Fnltnram com partici[1açüo os Srs. · Alfonso
Unn e cidnde de Cunho, nn provincia de S. Pnulo, Penna, Cmulillo de Oliveirn, Francisco Sodré,
remettendo cópias :mthenticas dns nctns tln ele i- Ferreira de l'iloura, Hygino Silvo, 1\lor~irn do
DatTO~, í\Iello c Alvim c Silveira 1\Iarlins; e sem
e5o de ll'CS deputac!o~ IÍ afsemblêo geral qu<! ell:J,
alli se procedeu n 2 do corrente mcz.-A' com- os Srs .. Americo, Almeida Darhoza, Bellriio,
missão de poderes, Bolfol't Duarte. Bezefl'a de Y!Ionczes. Couto 1\Ia-
gnlhãc~, Costn Ribeiro, Dian3, l~paminondas de.
Requerimentos : 1\1ello, FlOres, Franco de Almeida, Fel!cio dos
Dn sociedade .uni1'io commercial dos varcgi~\as s~nto~. Ficlelis Jlololho, Fernando Osorw, Gal-
do seecos o molhados desb cúrlc, · ]Jm\inclo a dino, Jg-nncio Mm·tius, loa!Jtlitnl3rcves, Joaquim
abolição do imposto so!Jt•e fumo.- A' commiss~o Tavon:s, José Marianno, Jcronymo Sodr~, La•
de ot·ç~:nento. raYOlt~. r.uiz Filippc,Lourcnço de AlbuquerqUI3,
De Firmino .loaíJnim .Ferrrira da Veiga e L>e- ·Leoncio de Carvalho, Ilt:ll'colino :i~Ioura, l\Iello
dt·o Virg·inio Ot'landini, pcdindü attgm\:nto d~ Fronco e Unnocl Eust<trjnio.
seus ,-cncimcnto~.- A' C<lmmis~Uo de pcnsõ~s e
ordenados. · Ao meio uia o Sr. presidente declara :~bcrla a
sessi.lo ..
O Sn. l'RESIDE:>TE dá ~ >cgltiulc orclcm do dia
-'p"'a"r'"a...,'lnl dc'l~ ··· · •' iàa.c apprc...-vdo n ncl...'ula. scssãu_ant.c.c.c.:......__ _
dente.
Yotação do tmrec(~l' .n. 2 ;;obre a deiçli.o de
St·. 2. • secretario. serYindo ele L", di conta
Taqu:ll·y, e a mesma do di~ iO de l\Iaio corrente. doO~eguinlc · -

@CI!!ftOUO CIU 11 tle Maio ~le :1880


Offil.'io do ministro ·do imporia, de !O (1c Maio
l'UESJnEiiCL\ DO Sll, VISCONDE DE PRADOS cot·rentc, llllt'ticipondo que S. l\1. o Impurador ·
receberá no dia U a l hora da tanle no p~ç(l da
SDEIJAIÚO.-Ex~r.DH:XTt.-Dl>curso do eyr.Mu1·tin~o Calll'. cidldc, a depnlnçào que te:n de npr,esentar M
pos, so~rc o l'~nor~l do Duqne de C»~•as.-ncsposlaJ_a mesmo Augusto Senhor a resposta a fttlln do·
dcpnla~ão .sobrc.o· anllil'cl's:•rio,do jnr:uncnt~ .tn Cons\1-
luiçlio.- ll~qu~tllllCI110 ~o ~r. :;ulhuha ~/arlllh<).- Plll• throno, com que foi nb~rta n sessão extraordi ·
~u:u\.'\ rAil1'l': U,\ Ol\'btliH() m,\.-\:-QtUç~lQ llC lJâl'CCCfC~.-Yô·
t:t.~flo~topL·ojecto·n. il& Uc 1l:\7~t solJl'(l d:tmno L' si!listro.--
nnria dn :•c:scm!Jl•5~ gcral.-In1eirado.
~.n dl~cu~são do ~~rçjccto n. 289 cte tSi9~soUr~ a c~:>. m;J.r&a do
Do mcs n1o, de li do corrente, pedindo de·
Ociras.- Emcnl a:-Aprcscn\J.ç:ão de proposta o rl'l:!to .. signr.c~o de tlia c hora pnrn apresentar o t•cla- ·
ri(ls.- ltcspm l~ tla coaJmiss~"io.-· t;rgc ncia. conccLiilla torio da rcparliçiío n seu cargo.-~[arcou·su o
t>Obrc ucgucios t13 Dahi~L .Discur!o tto Sr. Z::una, ~c· dia 12 :i. f hora U.a tt!l'(}e.
quurituculo . - StG t ~IM f',\ h TE DA tmDii:.\J l.IQ DIA.- C1'CI1ttOs
:1.0 mitdstc-rio tln ngrkullura~ Discursos ~1~s SrsJ Hortn Dos prcsillentcs d:1s mcs:ls elos co!lc;;ios clei·
.Jo Al'aujtl \! Libcra~o tlnrt'O:iOo. toracs de C~mpos, S. João da Barrn, o villa da
Darra do S. Joft(,, da provincia do 1\io de .J:t-
A\ U hor~s da m:mhü, feil:t :t chamada, acha· ncirG, remeLlendo cópms nnlhcnticus J~s :~c lns
ram-sc pt•c, entcs os Srs. Visconde de Pt·udos, da elcic;ão n (lUe alli so procetlcn pllt'a preencher
Alns llo Araujo, José llnsson, S~mzo 4ndrndc, o i'll(!3 Licixa!la pelo SI'. dcput.~do Pl'dt·o Luit,
Barão da Eslancio,. ~bcedo, Ces~r10 Alv1m, Mar· nome-ado ministro de cstl·angcit•os.-A• comnris· ·
tinha Campos, Gavmo Pci~oto, ltll'onymo Jardim süo de poderes.
c .João Drigido.
Coml)ltrcccrnm depois d~ chmnt~d:t os Srs. R1!qncrimcntos :
Sald:m 1n Marinho, Costa Azcveilo, Danin, Fabio Do 1.• tenente. de aJ'tillwria Raymunclo Per-
Reis, Tnvnre5 Delfart, Serra, Hodrigues Juninr, digno de Oliveirn, pedindo se ,junte o seu t·e·
Virinto dB Medeiros, Liberate Danoso, Theodo- qucl"iml)nto ao prOJI.'Cto n. 210 de l87!J que se
reto, Ponweu, i\loreira Drnndüo, :Meira da Vas- acha em discussão dcslle H de Agosto dO anno
concellos. :\Ianoei Gnrlos, Manoel de l\Iagalltiles, passado,- A' commi~s5o de marinha o gum·ra.
An1onio ile Siquoirlt,Soarts Brandão, Scl'Ophico, Dos ex-colonos de Portn RNtl,pedindo providen-
Esvet·idWo, Hibciro de 1\knezes, Est>i:,doln, Joa- cias que os tire da penuria em que se achmn ·
quun Nnbuco. Monte, 13nrros Pimentel, Z:tm~, clcsdc que se emancipou a dita colonin.-A'
!'risco P~raiso, l•'rederico de Almeida, Bulcii_o. cornmis$l\O de ngrlcultura.
Ildefonso tle Araujo, Almeida Couto, Fr:Jnklm
Doria, Souto; l\oílolpbo Dautns,Au:;usto Ft•an~n, O !lh•. 1\Int•llnho Cmnpoe : - Sr.
Aznmbuja Meh·ellcs. Horta de Araujo, Fronça presidente, como org·l'io da commissão nom~adtt
Carvnlho, Andr:tdc · l'.into, Frederico Rego. Bn· pela camat'a dos deputados para Dssistit' 110 ftt·
ptistn Pereira, .Tos!! Cnctnno; Aureliano 1\bgn · ncr:tl do nnndo Sr. Duque de Cnxins, venho
lht\..:$, 'rhcophilo Ottoni, Al!rctt o Silva, Antonio 1lizer a S. Ex. o â cnmnrn que cu o os metts
Carlo·s, At't~g1í.o e Mello. Mnrtim Ft~mcisct>, Olc· com1lanheiros dcsctnpcnhttmos esta missão hon·
gnrio, CorrGa Uabello, l~reitns, ScrLdo llc Casu•o,. rosissima.
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 09:36 - Pêgina 2 ae 33

Sessão em 11 de Maio de 1880. 85


S. Ex. me pcrmittirá :~crcscentar que ncom· t~do aos posteros o legado de_honra qúo a gera·
p~nhnmos o sentimento geral da naçiio pela çao nova recebeu de seus ma1ores, 1111 do a grati-
pcrda de um cidadão tão i!lustro. (Apofadol.) d5o dos brnzileiros em todo o tempo honrar,
Si admiramos em S. Ex. a p~rtc de sua vida, como hoje honra, a memoria dos homens e dos
que toda a nação conhece, quo s5o seus feitos feitos que abrilhantam os paginas da nossa glo·
militares á testa do nosstJ exercito em quasi riosa historla. . · ·
todo o serviço de guerra desde i838 aui· hoJe O jurnmcnto da Constituição do Estndo em
·(apoiados), ha tnmbem uma parta do sua v.id.a 18!& velu marcar uma data para sempre memo-
que não póde deixar de excitnr da parte do par· rnvel nos Castos do nascente Imperio ; ve!u nssl·
fldo l!bcral o maior reconhecimento. · gnnlar uma phase luminosa da nossa vida poll-
~s serviços immensos prestados pelo primeiro 1icn, quando, n11. infancia ainda de uma nncio·
lmpor~dor fncilitando n nossa separação dn me· nalid:adc 11penns ftmdada, pUde ser flrmndo com
tropole e n con~litnição da nossa nacionalidade a mascula energia da mais robusto vontade o
t eru1m sido em purn perda dQ Bru7.il e frustra- regimen monnrchico represent~tivo, q_ue tem
dos si n revolução de 7 . de Abril consolidando sido oté ngora o santelmo das nossas m{us carns
a indcpcndencin dn nnclio niio nos tivesse us- libordodos . · ·
segurado a lihcrdnde cõm ns · inslil~ições que Foi enllilY que se ·completou a gr3ndc obra dn
presentemente gozamos . ( 1lluitos apo1adtn . ) nossa regeneração politica, eonseguindo·se a
A parte que n .família do Sr. Duque de Caxias, estabilidade das. insULuiçoos crcadas, mediante
na qual se contaram sempre militares dos mais a intima e indi8soluvel união do· todos os bra·
disttnctos do nosso exercito, tomou unindo sua zileiros; foi nhi quo se abriu para n n:~çiio uma -
sorte ú da nação na revolução de 7 de Abril, fi· nova érn, promeLtederadas mais risonhas espe·
carâ parn ~o o. S!Jmpre na no~sa bistori~ como rauçns, gue o wmpo e o esforço se têm encarrc·
a pa:tlna mms ·!ir1lhant_e _ ~a__y1~a d!JSse 11lustr~ _g_ado_de_transfo.rnwr__emlUultipbs-aJJem-..pro-· -·--
-----ciilãaiio, e a gratldno do partido lioorãl para veitosns realidades. . .
c?m os <.im.as . não. pód_e .nunca_ des!allecer Da luta entre o princi(>io da autoridade e da
d•~~te dils d!ssJdenc1as .e dt~sençoes que tem democracia surgiu, em horn propicia, immune
baVldO no . se.w !'lo partido liberal n dat~r da · e forte, o predomínio da liberdade consagr:~do
morte do. P.r•mmro lmperndor; .nem ~ello1 s da pela voz da raziio nas sãs dou trinos do codlgo
morte 'do tllu~trc Duque do Cn~t~s é l;clto es· constitucional deste <>eneroso povo.
quecer os serv1ços que prestou o liberdade antes : d o • . •
e depois da nossa revol~lçfio_ • Proclama a n soberanm .nac1~na~ e dellnrdos
Os Limas quando 0 hberd:~de per1gou foram os ctogm:ts da bem entendtda h~etda~e. foram
sempre libero.es tiio bons como os melhores li- desd!!loa:o resguardados os legitlllJOs mtoresses
, d t lz do Ctdudno, por modo a se torn~r uma verdade
.b e1aes es e po · protlcu a promcttidn inviol:1bilidade dos direito s
o sr.Oiegnrlo:-Aeommiss1io nomeada . tJidividuaes. . . .
para comprimcntnr Sua 1\lnge~tn~~pelo ontiiv~t·· Animada pelo nJ?Oio-da opinião, e engrnn<le·
sario do juramento da Const•IUlçao do Jmper10, cid:~ pela sabedoml de suas disposições, tem :1
cumpriu o seu dever, e, sendo por mim lida no Co nstHui~ão . Polilica do Imperio !ltravessndo
qunlldade de orador o allocuçüo quu inando ~í illesa per10dos de agitadas co.mmoções e tormen··
mesa, Sua Magcstade respondeu que se associavn tosas crises ; não .sossohrou, felizmenle, a arca
com vivo jubilo ás congrntulaçiies que lhe eram santa da · liberdnde no embate violento das jllli·
dirigidas por esln camara, por occasi1io ·doso· xõcs partidnrias, c, por .bem do paiz, tem sido
lomnis:~r-so o annivorsario da Constituição .do at~ o llrMent.e, comn ha de conttnunr n ser, o
Imp(lrio. obrigo luviolavcl de nossas crenças~ ::1 scguran·
o Sn. rnESIDÉ!\'TE diz flUO a rcspost:t tio Sua ça de nossa fé, o a hu qUil nos guiará constante
Mogcsta·le é •·cccbida com muito espocial agra· no proseguimcnto de nossns m:~is justas aspirn·
uo. ' çücs. .
· K a.cnmara dos de pulados, fJUe no herdeiro
Vem â mosn, ~! lido e mandalla imprimir a su· do nomo c dos glorin:; dnquellc que primeiro
guinto ju1·ou Jldelidade no p~cto rund:nncntal do Estado .
ALLOCUÇÃO võ n mais firme e válida ganntin da- gernl
felicidade politica- pJ'enunc1ada no Mio.do ju·
Senhor.- Aindn 'uma vez, ehcin ,de jubilo, rrimcnto llUe solcmmsamos, vem bojo com pra·
cnvia·uos a camam dos deputados u nugusta zct• assocwNe .ás alegrias da .grande fnmllla
Ilrescnca de vossa 1\lngestade Imperial, par:~ em brnzilcira, fazendo votos ao Allissimo v.nra que
sou nome c resJ>eitosamente termos n ho~ra de as instituiçõ<)S eoustitucionaes do Drutl pt!rdu·
comprimcntor u Voss~ M3gestade pelo feliZ :m· rem, asscgur::mdo 3 gr:mdeza c prosperidade
nivct•sarlo dojur('lmento da Conslituiçlio do lm· ·deste vasto c mogestoso Imperio. ·
pcrio. . ~ · ·d Taes são os votos que a camara dos doputndos
Em dia <lo tão grot~s recordaço~s . para to os encarregou-nos de manifestar nesta . ~casliio
os hrazileiro~, despert.1m sempre VIVIdos c puro ~
os sen\imcntos patdoLicos da que se nchnm p~s · ante o excelso throno de Vossa Mogestnde lm··
suhlo ; os immediatos re11resentanles da nnçao, perinl .
com memorando O grandioso !IClO celebrado entre Dinne·se Vossa Mngestado de os acolher be·
nós ha m:~is do maio scculo . . . nigno como sincero e claro testemunho de ad-
E' que não perdcm.de yolor com os nnnos.as hesão e rospeito á s:~gradn peSlloa de Voss:~
procios:1s conquistas dn · h~rd:~du ; e tt-ansmtt· Mogestndo lmpcriol. . . . ..
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 3 de 33

86 Sessão em 11 de Maio de 1880.


O l!!!lr. Soldnnbn lUnrlnho :-Pedi pt·Pjudicado, por ter sido np[li'OV~lb :J_ emenda
a palavrn unicnmcJIIe para rogar no nobre rl'c· sub~ti1uliva apresentada em 7 do corrente pelo
sidcnte qUfl se digne dar {HH'a ordem do din o Sr. <leputado Baptista Pereirn. O projccto substi-
projccto de scculari~açfio tiM cemileríos, c ao tutivo e as emendas approvndas ho.ic em 2.• dis-
mesmo tempo fazer com qtw a illustre commiss:Jo cussão, acham-se publicados no JJia1·io OOicial
cncarreg3da de dar \}3reccr sobre o projecto de de 8 do corrente.
casamento civil adiante quanto MHes seu tl\1· CGliARCA DE" OElRAS
b~lho, cerlo de que o regimento dá remedio
par~ as f~Hns das cornmis>lies, qnundo determina F.nlra em 2. • discussão o pt·o.i~to n. 289 de
que passado unt certo pnrzo o projeclo pos~a ser 1Si9, clcyando à 2.• entronci.u ~ comarca ele
di~cu tido. indcpendcnt,'mente de parec!!r. Oeir~s, no Piauhy.

0 Sn. PRESIDENTE diz QUC tOlll~l';Í Ih, devida Yem â mes:~, ú lida, apoiada e enlt'3, conjun·
con>'hler:~ção o pedido do nobre deputado.
clnmente, cnl discus8uo a S(~g'uinte ·
E:tiE:I"DA
PlmJEtnA PAllTE DA ORDEM DO DIA
• Fie~ elevmla ú igual cntegoriu a comarca
Entram em discussão e sTio successivmnente de Barbacena, da pro\'incin de Ui nas Goraes.-
approvudos os seguintes · A/{on$o P•!nna.- Bai'1'0S Piment•·l•....;. Hol'tn de
Arnr,jo.-Grlld-ino dr1s N<•Vcs.- Theophilo Ottoni,
PAflllCEnE~
- TftcO(fomil'o,- Aarelianr> l!fa9aiMes.- Ca1ulido
:1.879-:N. iO G rle Oliveim.. - Col'l'êa. Rabt'llo:- Manoel Eu.~ta­
chio.- Plllicro dos Santos.- Uarti1111o Campas.-
.----·- - _ PI'OViJicia,.tlo_llio de Janeiro · AntoniQ Carlos. •
. . ~-: ·· - ·• ~-- .... ~ão hnvúiido queiri pedisse-a patnvra;-iicn en----
Quc S~JO. ap~t·ovndn :t cle~ç~o ~c. ~leJ!ores up cel'!'adn a discussão, e, procedendo-se á votnç.lío,
freguezw ~e ~.orrent~zas do m~mctpJO de Capt· ~ão nl•{lrovallos o projecto e a emenda, pnra
vat•y, provmc11 do R10 de Junetro. . pussar a 3.• discuss5o.
Que srjam reconhecido~ O$ eleitores, cujos Acbanrlo·se na sala immediatn o Sr. ministro
nomes constam da respectrva neta de apurucao. 4a fazenda, que Yem ·npre~enwr sua pl'oposln
1879-N. 10 H do poder executivo e o relatorio da rcparlição a
p 1·otlincia do Rio d~ Ja 11eiro ~C\1. ·cargo, é introduzido com ~s .formalidades
• do estylo e, tomando assento a dtreitu do Sr.
' Que $eja appro'Vnda.:t eleição do eleitores da llresidente, lê a seguinte
freguezin de S. J<Jsé de Lconissa, do municipio
de S. Fidelis. . · . rnoro~TA
Qú~ sejam reconltccidos eleitores os cidnd1'íos, Augustos e uigni~simos senhores represou·
cujos nomes constam das netas da rcspeclivu tautcs da naciío.
eleição.
:1.878-~. 1\! c
Em cumprimento do nrt. .13 dn lei n. 99 de
31 dt! Outubro de 1835 c nos termos do urt. 20
~IIISM úEI\AES da de n. 23\8 de ~ti de Agosto de 1873, venho
Que sejn approvndn a eleiç:ío primaria dn rrc· npresentar-vos n proposta de lei de Ol'll~mento
guezia de s. Francisco das Clwgas de C1rmpo para o exerci cio de 188t-i882.
Grnnde, provincia tle lllinns Geraes. · PROPOSTA
1879-N. f'! D
CA.I'i'rULO I
:IIINAS GEI\AES
Que seja ~pprovada a cleiçrro prímarín a que Despr•::n. gel'(ll
so procedeu na freguezia de Carran.~us, pro·· Art.. 1. o A despeza ~L·r:rl do Impcrio paro o
vincia de ~[in~s Get·ues . exercido 11e 1881-188:1 ú llxnda na quantia
i879-N. ~o c do.......... .......... . .... ll8.~N6:7õ8~ãl&
n rJnnl ~m·á distribuído pelos sete ministcrios, na
8. l'Al'LO fúrrna esrccHle3da nos artigos seguintes :
Que deve ~er npprovndn a eleirlio e reconlte· Art. 2.• O ministro o secretario de estado dos
ddo~ como eleitores da p~rochin de Jtt~· arch)' os negocias do imperio ú nutoriztu.lo n dc$pcnd~t·
iti cidad5os mais votallos, cujos nomes con~tam c~m os serviço~ ~csigil~do s nos seguinl?s p~rn·
dn respectiva ~cta de apnrDção. g~:lphos a <ruanlla de ...... , . 8 .002.21'1;:-900
tsso~x. 2 As~bcr: ~--
RIO GliA..,.UB DO WL t. I>ot~çno de Sun 1\fagestado
Que seja npprovvda tt etei~·ii.o prim:iriir da tla- O ll11jlel'lldOf.; . , •.••• , • 800:000:5000
rochia de S. Jos~ de Tnquar~·, ~ · I.'Jotn(:f•o de Sua Mnge:<lndc
~ lmpcntlriz .. , ....... . 06;000~000
DA:I!NO E 81XlSTRO
3. Dul:u:~o d11 l't'incu&u lm·
Sendo vasto o votos o projocto n. ü6 do 187!.1 pori:tl 11 St'a, ll. (~nhol.. HiO:OOGr~OOO
substitutivo no projecto n. 62 de 187i, em ~o­ i. Alilllentus 1](1 i'rlucil"'
gundu di~CllS!\Uo, foi nppro'vada em todas as suas do Gt•am·l'm·:i u sr.
partes ou :rrligos, meuo& ii ~rt. ~ti7 (a) que ficou D. Pedro ....•. -. .-.•.•••
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 4 de 33

Sessão ein 11 de Maio de 1880. 87


5, Alimentos do Príncipe o os servir:os desig-nados nos seguintes parag-ra·
Sr. D. Lui~. filho de Sua phos a !!Uantia de ............ , 6. 7:!0:286~91
Altez~ a Princezn Im·
])eriul ............... . A snber;
G:OOO;)OOO
G. Dotação do Sr. Duque de L Se.r.relnrin de estado ...... :1.&6:470$000
Saxe, viuvodc Sua AI· ~- SuJ?remo tribunal de jus-
te~a a f>rin.cezn Sra.. D. hça,. : ............... . i61i:iol.2$000
Leopoluin~ ....... ; . . . 75: 000;5000 3. Rolar.ü.es ............... . 63fl, :826~000
7. Alimentos do Príncipe o 4,. Junt~s cornmerciaes .... . . 90:000;}000
Sr. D. Pedro ......... ; 6:000.5000 5. Justir~as de V insta11cia .. 2.66:!: t:H,S7U
· 8. Alimentos do Pl'incipe o 6, De~;pêza sccruta da policia. :l:lO: 000;5000
Sr. D. Augusto........ 6:000~000 7. Pes.~;?al e m~tcrinl ria po·
9. Alimentos do Principe o hem.-................ . 6i2:8ü9SOOO
Sr. D. José ....... ,... 6:000.->000 8. Guanla n~donnl. ....... . 10:000;5000
iO. Alimentos do Principe o . 9. 01sa de detene;io e nsvlo
Sr. D, LlliZ........... 6:000;5000 de montligoS: ...... :. .. 74:6~08000
H. llleslres lia Familin Impe- 10. Evcntuaes............... 2:0006000
rial............. ..... 7:400·~·000 11. Corpo militar de polida.. ~i6:0005000
i:il. Gabinctehnpcrinl....... 2:·100:)000 12. Guarda urban(l....... ... 4.50:000~000
i3. Cnmarndos senadores... 6i.i8:G'IB·:OtJO l:.J. c~sade correcção.. .• .. . . i75:0:l0;$680
i4. Camara dos deputados... 896:000.5000 {!1 , OlJras .......... ,........ 1:!:00015000
Hl:· Ajudas de custo de vinda 10. Auxilio ;i for1:u polichll das
c volla dos deputados;. m:250:5000 . províncias:............ 600:0008000
16. Conselho de estado .. ~... -'l.8:0011·51JOO w. Ajudas de custo........... .... o6:8\lQM)O....L___.
- ·· !·7·:--Se~~ éstndo-:--.--;-;:---~3~;561 flfl-+1-. .,..(.~ Conilllcç~lo de presõ'S de
18. Presidendnsdc provinda ;}00:52:~·5000 justiça................ õ:OOO:}OOO
:19. Culto publico.......... 890:000;5000 18. Prestdio de Forn::~ndo de
20. Semi na rios opi se oP.MS. . . H 5: 2;if).)000 Noronha ......... , .... ·
· 21, Faculdades de direito... 2111 :8ti0.5000 19. No,"os termos e comarcas
2~. Fai.mlrlades de medicina. 388:249:5000
2!l. Escola polytechnir.a..... . 310: 98!.l:):;oo Art. &..o O mintstt•o e secretario de estado dos
2!J,. Escola de 'minas........ 7:3:800~01)0 ucgocios cstrnur;eit·os é autorizado a despender
:w. Instituto commercial.... 9:360:?000 com os sen·iços desi;nados nos seguintes para·
26. Instruc~~iío prim~ri3 e se· grnphos ·:~ quantia de.... . . . . 863:30:!15999
cundarin do municipio
da curte.............. 1.010:967~000 A 8aber:
!7. Academia das bel1As·8rtes 77:9561)000 1. Secret~ria de Estado, moe·
28. Instituto do~ meninos ~a do paiz ........... .. 1'1,8: 678,)000
cégos .· .~ .... ~ ·~ ; ........ . 62:173~000 2. Lega~ões e consulndos-
~9. Instituto dos s t1 r d o s· ~o cambio de 27 ds. st.
mudos............... .. por 1,)000 ............ . 4.97:62õ~OOO
30. As~lo dos meninos desva- 3. Emtiregmlusem disponibi-
lidos ................ . 6!l:9i:!.:~1i00 lidndc-mucda (to pait., U:999lí999
31. Est:~bt•lecimenlo dos edu· ~. Ajudas de cu8to-no cam·
cnndos no Para ....... . . J! : 000:)000 bio de ~7 ds. si. por 1.6. 35:0006000
3:!. Observ~torio nstronomico 30:080~000 S. E:~:tr;IOI·ditwrias no exte-
33. Arehi,·o publico .•..•... ~3: aso,sooo rior- idem i dom ..•.•. 31:1:000~000
3~. Bibliothcca JlUIJiicn., •.• 68: 800·)000 6. Ex.traordinlltias no inte-
:m. Instituto hlstot•ico e geo- rior-moeda do paiz ... lO :000;}000
gmphieo brazlleiro .... 7. Commi~sücs de limites c li·
36. lm,p~rinlacndefnindeme· quidação dercclamn~ões H5:000~00
d!CIDa, ... , .....•... ,, ~:000,)000
37. Lyeeu de ~rtes e oficios . 15: 000·~000 Art. 5.• O ministro e secretario de estado
38. Hyg·ionc pnblica, ..••••. ttd!J,O,',OOO dos negocias da marinha ti autoriz:~do a des·
39. Inslilttlo vaccinico ...... U:080~000 pender com os serviços ~csisnados !!-os seg'=!-in·
~O. Inspcctoria do saude dos tes paragraphos a r.ruanlta ae f.Q.b38:3:13:)U6
portos . , .....• , ..... , . õ3:000~000
U. Lazarctos ............ .. 7:72MOOO
!J,i. UospHnl dos hurtros .. .. ':2:0006000 uo:~J06ooo
fJ,J, Soccorros publicas e mc-
lhor:unento do estado i4: 800;~000
. snnitnr.io ........•..... 800:000,~00()
3i ; lí2080 00
U::5t~OOO
fl4.. ·Obras .................• !100: 0001~000 i!5:1976000
.W. Empregados da estatistica 1$ 10tl:78t61i00
~6. Eventuaes .• ·....••.....• 30:000t\000 4.:670~000
Escoln normal .•..•..•. o9:aoo~ooo
887: 9961~&00
76:7:!0"7!0
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 5 de 33

88 Sessão em 11 de Maio de 1880.


lO. Corpo de imperiaes mari • &.• Imperial !nstiluto bahinno
. nbeiros .....•.......• 888::120;5000 de agr•cultnrn ....... . 20:000~000
H. Companhia do inva\ido5. 8:777!$000 ã. Estabelecimento rural de
:12. Arsennes·................ . 2. 300 :OOMOOO S. Pellro de Alcnntara
H. Cnpitanios de portos .... . 200:3505500 na província doPiauhy.. 13:600~00
n. Força naval .......... .. L~00:000t5000 6. Auxilio parn conclusão da
. :15. Navios desnrmados ....•. i3:'J,15{)000 · Flora Braziliimsls...... 10:000~000
!6. Hospitnes ........... ; ~ .. . 213:828~00 7. Eventuaes............... ~0:000~000
:1.7. ·Pharóes............ , •... · Hi5:87~;5070 8. Imperial instituto tlumi·
18. Escola de marinha ...... . Hl9:0:J7~800 · nense de agricultura.. l!.B:OOO~OOO
19. Reformados ... , .•...•... 258: 170t5:30li 9. Passeio publico.......... 13:~65:5000
~o. Ob1·as.................... lilO:OSO:SOOO :lO. Corpo de bombeiros...... 280:000~00
21. Hydrographia ..........• :i:J:Mi0;5000 H. Illllminação publica.. . • • 786 :882§984.
2:2. Etapas ................. . 3:Gil0;5000 l'2. Garantia de! juros âs estra·
23. Armamento ............ . 20:000:$000 das de ferro. .. .. . .. . .. L 637:5031,000
2~. Munições de hoccn ...... . :l. 579: 14J~390 13. Estrada de ferro D. Pe·
25. Munições navacs ........ . 380:000;$000 dro n................. 5.600:00().$000
~6. ~faterial de construeçllo 1l!.. Obras publicas........... 2.000:0006000
navnl. .............•.. 700 :0005000 :lii. Esgoto da cidade.. . . . . .. :1.. WO: 000~000
27. Gombustivel. .•• , , .• , •... t,50:000~000 :1.6. Telegmphos ... :,........ L30f>:iil!.O,>OOO
~s. Eventuaa~.: ........... . 2:i0:000l)OOO 17. Terras publicas e coloni •
sação................. SOl :000~000
Art. 6. a O ministro e secretario de estado dos 18. Catechose.:.............. 200:000~000
nego~ios da guerra ê autodzado a de::pendor l9. ~.t1dbvenç_li_C!_it,s_c_Q!!!p1n!_ll!a""s'--.,...,rms-c:-r.
·com -as~ serviços.. d·esigno.dos nos· seguintes-para~· e navegarno por vapor. 3.192: 4tJ(),5ffiR)--
graphos n quantia do. • • • . . . • • l3. 613: H5~~\J9~ 20. Correio geral. .......•. -.. 1. 761):620~00
U. Museu nacional.......... 57:000~000
A saber: 22. Fabrica de ferro de S. João
L Secretaria de estado e re• do Ypanema............ :l76:6091SOOO
p3rtições annexns ..... . 202.:6i3;5000 23. Manumissõcs (t>roducto do
i. Conselh? suprernl)rni\itar. 43:760;5000 fundo de emancipação). ~·
3. Pagadortn das tropas ..•. 4.0:67tJ§OOO :u. Educação de ingenuos
&. Archivornilitar ........ . 27 : 988;5000 (25 >;o do que produzir
.5. lnstrucçüo militar •.••.•• 338:805;S009 o fundo de emancipação
' 6.· Intendencias e arsenaes .. 320:64.4,~776 e bem assim o que para
'1 Corpo dtl saude e hospitaes 800:liU~&O este serviço foi consigna·
8. Est:~do·rnaior general. ... 2&3:780~00 do pela lei n. 2792 ddO
9. Corpos especiaes ..•.•...• . 873:~73~00 de Outubro de 1877) .•.• 38:WO~OOO
iO. t.:orpos arregimentados .. . i .. 259: OM/5000
H. llraças de pret .......... . 1. 04.;) : 1211561i0 Art. S. • O ministro e secretario de estado dos
12. Etapas e fard:1mentos •. ~ . 3.700:100;5000 negocias da fazendn t! 3Utol'izado a de~pender
13. Armamento .•.......••.. 50:000;5000 com os serviços .designados nos ~~guin~cs ynra·
14. Dcspezns dos corpos e graphos a f.[U:lDtJ:I. de .....•.. , u9.&7:1. 75&~130
quaneis ............. . 500:000~00 A saber:
Hl. Companhias militares .•.• 199:366t)õ00
16. Commissões mUitorcs .•.. 76:266;5000 L Juros, nmortizaçl'ío c mais
17 . Classes inactivas ..• , ••.• 890: 9'61~<p~'!B despet.ns da divida .ex·
18 . .Ajudas de custo ....... ,, 1.10:00015000 terna, ao cambio pnr
i9. Fabr.icas ............... . 77: i80;:;500 de !i ....... , .... , .•. , U.37<i:08õ~OOO
::iO. Prcsiuios e colonios mili· í!. Juros e amortiznçüo da di·
tares ............... , . ii2 i 229;}1iOO vida interna fundada .. 2G. 3õ3: 3~~~~000
2.1. Obrns militares .....•.. ,. r..oo: 000;5000 3. Juros da divida inscripta
22. Diversas dcspezas e even· antes dn omiss5o das res·
tuaos ....•..•......... 360:0001$000 pectivas UJlOiices e paga·
mento em dinheiro das
Art. 7. • O ministt·o e secretul'io de estado dos qunntins menores de
negocias da a!)ricuUura, commercio e ohras pu· ~008. na fórma do arL 9Õ
blicns ~ 3Utortzndo n despender com os serviços da le1 de U de Outubro
designntlos nos seguintes pnrngrnphos ~~ ~ua~tia do 18J2 .............. . 30:000~000
de.......................... HI.07t: i01,,s.~ r~.. Cni="n dn amorlizaçiio .... . 2Hi:300~000
õ. }Jcnsionistns e aposentados 2 . ~~H : 7~~~000
A ~nbct•: 6. Empt•cg(Jdos de repartições
L Secretnria de estado ...... :236 :000;5000 exlinclas .......... ,, .• &.3:Uri~97õ
i. Sociedade nuxiliadora da 7. Th~souro nncionnl LI thc·
lndustrlllnnclonal .•...• 6:000;5000 sourrnlns de rnzcndn ••. I. [!66: 61~000
3. Acquisição dt1 sementes e 8. Juizo dos feitos do. fo.·
plnnt:ts, introducçün de zemlu, •••... , .....•.•. i33 6U~OOO
nppnrelhos agrícolas, c 9. Eslnçlíes de o rrecndnção. 5.~66 i2i~3~0
. mlllhoramento de ruços . %0:000:5000 10. Cnsa da moeda ........ .. :1.80 000~000
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 09:36 - Pêgina 6 ae 33

Sessllo em 11 de Maio de 1880. 89


H . Administracção de · pro- 8. Direitos de f l/i "/• sobro
prioll n~r.ionar!s-.... ~ ... 50:000r'!OOO · o ouro em barra, fun-
a. Typogrophin nacional c dido nn casa da moeda. t:ooor:ooo
. Dr"ario Otficial ••.••••• , 300:000~000 g; Direitos de I o; . dos dia·
ta. Ajudas de custo ........ . 50:000,5000 mnnles ..... .-•....... 8 : 000~
U. Gratificações por serviços 10. Expediente das capatazias UO:OOO~OOO
extrnord!narias e tem· H. luros das or.ções das es-
pornrlos •.••.••.••.••. !õ:OOO~OOO tradas de Cerro da Babia
W. Despe1.as eventuaes, in- e Prrnnmbueo......... HO:OOOtiOOO
clu idns as diJTcrenças de • t!. Rendo do correio geral.. 1.000:00~000.
cnmhios ............. . 3;920: 961~81~ t3. Renda do estrada de fel'ro
16 . Juros diversos, incluídos D. Pedro 11........... ii.OOO:OOO~OOO
os dos bilhetes do the· ~~ ­ Renda da cas:l da moeca. ~o: 000 -~?00
souro, com missões e cor· :lll. Rendo da lythographia
retagcns • •.••..•.. . .•. L 000: OÓO~OOO militar • .•.. • . • .... ; .• .500(.1000
· l7. Juros do empre.stimo do jG, lle,ndn da typographia na~
cofre de orphãos .. •. •• G20 :0001í000 CIODbl ...... . .. . .- • • •••• !50 :000,500o
l8. Juros dos depositas das !7. llcnda do JJiario 01/icial. · ~0 :000~000
cnixa~ economieas e doa 18. Renda dn co ~a de cor-
=~= 19. meninos-CÍÓ eégos • iti~ÍitÜ~ · d~~
montes de soccorro ... . 0 6&:000~00
19. Obras ...·..... . . .. .... .. .
tO. SerViço das loterins, para
tfC:d! . . ... . . . -i00-*000
. a gratificação do fiscal !:~0015000 20 • . Rendn do instituto dos
- -ih---E·x~reieios -flndos .. . ...•. · ·- SOO:OOOt)OOO- ---- -·-surdos-mudos :-;c~:::-:-:-:-:· ---·- T:6oo~sooó · ·-
2:!. Adiantamento da g:~rantin . !ti. Renda da fabrica da pol· .
· , proviuoial do ~ % ris vora... .... . • .. .. . . . .. 1:500h000
estradas de ferro da Ba- j2. Rendo da de fe1-ro do Ypa-
hia, Pernambuco e S. . nemo.. .. ............. . O:.l:OOO~QOO
Paulo ••....•...••••.• ~õO : OOOPQOO j3 , Renda dos telegrapbos
23. neposições e restituições. OO :OOOllOOO P.lec tricos ............ . 800 : 000~000
~--· - ii . Rendo dos nrsunnes ... , . . :20:000;5000 .
iS. Rendn de proprios naclu·
CAl'ITtLO 11 nnes.. .............. ~. l60:000,}000
t6 . 1.\endo. dos terrenos dia-
Rtceita gc1·td mantinos ............ .. tõ: ooo,~ooo
i7 . · RendB do ímperinl colle·
.Art. 9. • A l'ecoitn j.1'ernl do Imperio é orç~da glo de Pedro 11 ....... . 80 000,5000
o

na qurmtia de H6.9õ8:000,SOOO e será effectu:ula t8. f'óros do tenenos e de ma-


com o producto do que orrect~dnr-se dentro do rinhas , excepto os do
cxereie~o da presentr. lei; sob os titulos nbaixo munieipio da elme, e
designados: · producto da venda de
posses ou dominios titeis
. OllDI N.UliA i:los terrenos de ma-
rinhas, nos lermos das
1. Direitos ·de iinporta•iãO leis do orr:unento an·
· p:~n consümo .. ... ..; .. 58.000 :0001$000 nnteriores . . ... . .. . . . .. i o. Ó()D,$()')()
2 . Expediente dos gencros · · . 29. L., udo10ios, nüo compre~
hvrcsde direitos do con- · hendldo~ os pro\"enlen-
sumo, p11gnudo os gene· tes dos vendas de tcne-
t'lls estrnugeiros na,·egn. nos de mnrinha da curto. 30:000;5000
dos por cnbotug!'m, que ao. Imposto prodf~l....... ... 3.000 :000*00!)
já tenham sntisfeito os 31. ~lntl"ieuln dos estnbeleei·
direitos de r.onsumo, sti· ment~s de instrucçiio
mente 1 va
%•••.•••••
3. Armazenagem, ......•.•
l.OOO :OO O~OUO super1or ............. .
800:000~000 3:! . Sello do pnpcl, fixo l1 pro·
JD:OOOQ,?OOO
' · Imposto de . pharücs, fi· porcinnnl ............ .. &•!lO O: OOOf.iOOO .
cnndo elcvndn no dobro 33. premios do depositas pu-
n tnxo, que orn se p:~gn, :!60 : 0001~000 blieo~ .. . ............ ..
:.í. lmllosto do doc:1, elevou· 3\. Imposto do Ll':msmi~siio de
do-se tlO "1. uns lnx.as pl'opricd;ul!.! .. . .... . .. ; &. ~tiO: 000 1~000
orn cobradas ••••. . .... 80 :000;)\lUO a:>. Imposto _de induslri:IS I)
. 6. DireitO$ do rXtlot•taçiio . · tlroRssoes . . .... ... . .. , 3. :200; 00015tl00 ·
dos geMros nneionae~ .. lü. ü00 :000 1')000 36. Imposto de 30 o;. das lo·
7. Dit·citos de ~ 1/i! •;. da terlns . ... : . . . ........ . s:;o: ooosooo
pulvorn rabrior~d!\ por 37. Imposto de '.'!0."/o dos pré·
conta do goYerno, t' dos mios diiS mcsmns .. ... . 660:0005000
meinos preeisos em . pó, 38. Imposto so!Jre dal:ls mine·
pinll<l, · b:tl'J":I ott em r~cs ... . . ~ .. ·. . .. ..... . tiOO;WOO
obras.•. . •. , ...•....... -. : · - 3ii:000,51)00 39; Vcuda de lcnas Jiulllkas. 03:000f.i000
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 09:36- Página 7 de 33

90 Sessão em 11 de Maio de 1880.


===--
40. Concessão uc p e n na ;; CAI'ITULO 111
d'ngua •••.•..... ....••. ~60 : 0005000 J)ispnsif*a ueraes
4.l. Im(lO~ to do gatlo ...... ; •. iU o:000;5000
. U; Cobr.anca de di\·ida nr.liva. iiOO : OOO~OOO Art. til. E' :mtorizado o governo p.'lra recebet·
{~. lmposlo :;obre ·o subsidio c e rcstiluir !>S din.heiros d:.s se~uintcs origens :
vencimentos ....•...... 2. 000: 000!5000 Em)Jrcs!uno do coft•e de orpnãos.
U. Ta~a dos trnnsportes .... . i.600:000SOOO Bens de dllfuntos c ausentes c do evento.
Jii:i. Imposto tet•ritorinl. ..... . 6 Prcmios de lolcrins. ·
4.6 •. ImtJosto sobre o fumo.; •• ,'j D~positos das c~ixns ccouomicos.
fJ.7. Tn:xil nddieional de e.s- Deposites do$ montes de soccorro.
craYos .......·... , .... . 500:000;}000 Ditos de diversas o•·igcns.
JiS. Renda dn estrado de ferro O saldo que (lrodnzirem estes dctlositos scrú
de B:tturité ...... ..... . . . lOO :OOO;)OOO empregado nas desjJC.t<~s do Estado ; e, si as
Ea:traordi11aria somm:ts resliluidas excederem ás cnu·ada>·, pa- ·
49. Contribuição pat·a o monte· gal'·sc-ha a clUTerençn com n renda nrdiu:iria.
pio ... . .. . .... , ...... . : 30 : 000~000 O saldo ou o excesso das restitui~ões será con-
50. Indcmnizaçues.,, . , ....• , 3~0 : 000;)000 tcmpi:JClo no balanço sob o titulo respectivo, con·
St. Juros tle capitaes nacio· forme o dispo.;to no nrl. lAl da lei n. ti28 de i7
naes ................. . 10: 000;)000 do S~!Cll\lll'O de l85J.
a:!. Prodncto de lot!.!rias para Art. !3. São approvatlos os transportes de ·
fazer fuce ús rlespezns do sobt·ns de umns p:~ra oul!·as rubricas dos cxer·
ca~a de correc~iio e me- cicios tlc 1.8i7-18i8 e !SiS-1879, autorizadQs
lhoramento snnitario do pelos decretos .a qne se rcrel'e a tnbella A, na
:...___________ . lmpcrio-·--- - ·~·-- -· w:atJO;)OOO unporlancla total de 722: i88Q!Ll2. .
53. Producto de 1 •,.- o d:~s lute- --_--Pa_rag·i·Iijllio-~ E' :~bcrtO " nõ.gõVcrno um___ -
t•ias .... . . . . . . ._..... .. . 7%:000;$000 crcd•to suptllemcntor da quantb do 28:09&;5918,
5~ . Yenlla de generos c 11ro· pertencente ao exercido de l8i8-i879, . con·
- prios naiiionaes ....... . 800:000$000 forme n t~bclla U. . ."
ãij, R~cciln eventuol, comprc- Art. H:. No cxercicio ela j>resente lei podcrt.
hendiclas os mullas pot• o g_ovcrno abl'ir cretlitos sup11lemontarcs para
infrac.;rro tlc leis ou re- as vcr~ns lndic!l rla~ na tnbella C.
gulamento~. e a rcndu Art. Hi. Continu~m em Yigor, no cxert:icio
dn estrada de ferro de desta lei, os ercditos cspeciacs mcnc!ona!los na
Jtw•linhy . ........... . 700:000~000 tnhella D, c bem ns~ im todas :~s disposiçties (l:ts
leis de OfÇ:JlllCiltO nntecedentcs, que llftO VCfS3•
1ld!õ8: 000~000 rem p.~rlHmlm·m c ntc sobre ·o flxaçiTo dn receita
ol1 dcspezn, sobre . autorização pnl'll fixar ou
R,•n!la cou~ applicap.ia C!spec 'al .augmcntar "enciment.os c <(Uo não tenbnm sido
CXJlrelõsarnenL•J rovognd:JS.
l'rodncto das seguintes rtuotns destinadas no Art. ,16. Ficam t'tWogadas :ts disposiçllcs em
rondo de l' m:mcip:~cão, alem de outr~ s crend!l> contnmo. · ·
peln ~l't. :). • da lei n. 20.\0 de 28 de Setembro l~io de J~n~it·o, 8 de 1rlaio de :1880 .- Jóst! .4rt·
de !Si!: tonw Sa mwa . · ··
I. · T:n:1\s de· .escrnros ....... ·.
. 2. Tr:msmlsstin ~le propricd1\~)' ..
de rios me~ mus ....... .
" TABELLA-A .
3. Mulln~ .. .. .. ............ . TH.ANSPOH.TE DE SOBRAS
~- Don~livo 5 .. .. : .. ...... .. , • Leis . ns . !318, 2mo e 1!90~, r.rt. !!.•. tlr. 2o
900 000 000
ii. te~t~ficio de _seis lolci·iasl : ~ de Agosto de l!li;J, 22 de Setembro de l8i5
Jsenta; de lOlJJOStOS ••• • c 30 ue Agosto llC :1879. .
6. Dccima IJOt'tc dns concc· EXER.CICIO DE u n·, '-Uil,'8
~ ,d~ d.n s depoisda lei ... , . lllXISTF.RIO D-" :MAUlXHA
I. DIYid~ ~ ... . ... ·. • ...• • • . • .
DEP05ll'OS (liqnidos) ... ,. 1.800 : 000~000 [)I!C!'clo I! . 'ug de 28 de Dc:cm.IJJ'O t!c 1878
--· ----
:lHi.l:lõS : OOO~OOO ~H.
Al't. !l. •
Força naval.................. i\IS:326Htit7
~ :10. Rcfurm:ulos................... &:398,$369
Art. iO . O governo tina nutorizildo Jl:Hn emil- ~ 21. I~YCilt\1:\CS ................ " ·" 21. ; 00tl~ii.t
tit• bilhete-s do . theoouro, :rt~ · :\ · sotnm:~ de 2'1'!: 6905000 .
16. OQO: 0006, como antecipaçfio de r eceito, no · EXER.CICIO. DE .,.,.8_:lf.,·o
exerc.icio tlesla lei. · · ·.
·. Pm·n:.rropho unico . . Conlinüa a. vigorm·.a au- . :\!1XJSTiliiiO nA. G.UEI\IIA
torizaçiio confl' l'id :~ ao governo n o ur t. lO da Dcc•·cto n. 71i31 ele :!8 fl~ 011t11111'0 de t87!1
lei n . 2i9:2 tle :!O ilc Outubro de 1877 pnt·n con- Art. o.•
vol·t~t· :~ ti i vida 11 ucLuantc em con solilind~, in·
lct•nt~ ou exlomn, no todo ou om · p:~rte. ·
sautl.c e hospllac~ .•. . ~8:~911~886
ÇOl' JJO.. •Ie
llxcr.:tlo........ •. . .. • .. .. .. . 373:3t;JI)S01
Al't. H. O r/t!{icil reconhecido nosto. lei scr(t .Evenluacs. . ................ ,. . õ8:740~~3ti
protJnchitlO . .. (portcmcc ~' iniciolivtl :i camo.r(l
dos Srs •. tlcpnlullos). ... . . .. . . ... . . ·· <\M:O!l8~0li ·
C~ ara dos Oepltados • lm(l'"esso em 2710112015 09:36 . Página 8 de 33

Sessão em 11 de l\laio de 1880. 91


..RESUMO ·. .Despe.::<ts dos cm·pos e ']l!Ctrtcis : .
Exerci elo de t87:-l8i8.. ... . • . . .. . • i1l:600SOOO Pelas forragens c ferragens.
J~xercl c lo de l878-t879....... ... • .. 451:098~1!
Cla1ses inac!it·as :
7il!l:78~0UI
Pelas etnpas das pra~-as invalid as.
TAUELLA-D Ajud«s de custo :
CREDITOS SUPPLEME~T ARES Pelas ·que se abonarem nos officines que vinjam
em commlssao do serviço. ·
Leis ris. :J3~8 de 25 de Agosto de 1873, !640
· do i! de Setembro e !!670 de 20 de Outubro Fabri~as:
de 1875. · ·Pdas. dietas. medicamentos, ulensis e etapas
EXED.CICIO DE 181'8-18_,.8 diarias a colonõs. ·
lltll!tSTJ>nto DA JUSTlCA .Despe.:a& ~vc11tt1acs :
. De~'l;eto n. 7083 de Sl7 de De.:e;JIIn'o de }879 Pelo trans[lorte de tropas•
.\tt. 3 ••
J !). • ConcJui:ç:1o, sustento c cumtlvo - ~llnlstorlo da ngrlcultut•a
de preso$... ...... . . , ... ,... l6 :!1.'1GSi iS9
Presidi o de Fernando de Noronba . , . H :-'6967tsg 1/tcunillafão lJltblica :.
-28 - - : O~U/í9l8 GaJ'a lllia ele jui·os ~ . estradas de (et'f'O, •:o,..
{wme o conlralo:
.....:.. _________T_AB.ELLA=--c..._:___ _..__ _ I' cto· que··exce-det ao decreTaao:· -· ~ --. ···- - · ...- ---
VERBAS DO ORÇAMENTO PARA AS Gflrreio qeral :
QUAES ÓGOVERNOPODERÁABRIR
CRED1TOS SUPPLE.MENT .'\RES Mlnletea•lu dn Fazendo
Mlnl"t~•·lo do lmpel•lo ·Juros cla dlt·ida iiiSCl'iJJla antes ela emissâÓ ciM
Pre8idenCiar de provincia : · 1'espectivecs apolice& : · .
l'olas njudas de custo nos p•·esideutes, .. Polos que forem reclamados alem do ;~lgarismo ·
SOCCOI'I"OB publico r,
orçado. ·
11ilhilst,e1•lo du Jnstlea Caixa de amo,·ri;;arão:
Ajrú/ag de cttsta : Pelo feitio de notas.
Aos magiStrados do L • e i ..• entrancia. lui.;o el?s feito& da {e~:;cucla:
ComlucÇào, sllsfellfO e CKt"ativo tle pt.'e30$, Pelo que faltar para pagainento da porcen tageru
ltllnl.,terlu ele· eetrtin~Jelro" da dlvlda arrecadada. ·
&hliOl'àlnurlal 110 Cit'lel'i r»" : . , E$laçües . de m•recadaflio':
Ajudas de custo. . . · Pelo excesw de despez;a; sobre o credito concedido
Mlnh•terlo .do morlnba para n por centagem dos empregados.
HOSIIilacs ; DCS/IC.;Cia CCetiiWICS:

l'<llos medicamentos e utcnsls. . Pelo q uc fur IJreciw afim de realitnr•!e a remeUl


de fundos para o exterior. ·.. ·
.'111111lj'ij~3 de bQcca: . . .
Pelo ·susterlto e dietas d3s guarnições dos navios J tu·os dfr~nos, ·i11clu idos os (los bill1el~s do tli~so1u•o;
.dà armad11. . Pela imtlortnncia que fôr precisa alem d,, con·
Jfnnifõe! f iiiMtl : slgnada.
Pelos c~sos fortuitos ·de avaria, naurrnglo, alija• Jtcro• elo CIJijli'Cstimo do cofre de O)"p/ICios ;
mento de objectos ao mar e ou tros sinistros l'elos que f(lrem reclamados, si n sun importan·
semelhautas. ela excede!' li do credito votado. . ··
Eve11!11ae8 : ·
Por dllTerenças de cambio c cornmlssõcs ele .Jtu·os dos e!epasilos das .caixas cconomicas c dos
montes de soccorro ~
saques, tratamento de pravns Nn portos estrnngel-
.t-os e em pt-o\·lnclas, onde n!lo ha hospltaes e enfer· ·
marias, e fretes. . ·Pelos que forem devidos alêm do c1·edito \'Otado. .
lU.Inh•terlo da guer..-a E:rercicios (I 11àos :
· . Corpo d' raude e fl()spiltJI!S:
pensi:.e~, a})Osent:ldorias, .ordem~dos, soldos,
I> elas
Pelos medic-amentos, dietas c utensis. . e outros vencintentos mal'cados na lei, que 1\ecres-
Pt·afà$ de pret : · ceronl.
Pelas gratHicações de voluutarlos e ·engajados, e
premlos para os mesmos. · llcpo$i~s e t'e8lítuiçües : :

Etapa~ e fardán1~, etc. :: Pelos pagamento~ reclamados, qunnd_Q a. irnpm··


· · ·· PelllS etapM. · tnnein de~les eueden:\ consigl)a~M. . ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 9 de 33

92 Sessão em I 1 de Maio d<.! 1880.

TABELLA-l> Finda a leitura da proposta, o Sr. ministro


da fazenda torna assento á esquP.rda do Sr. pt•e·
sidente, lê o. relatorio dn reparliçiio a seu cargo.
CREDITOSESPECJAES PARA OSQUAES e retiro-se com as mesmo.s formalidades com
O GOVERNO PODERÁ FAZER OPE- que entrou. · ·
RAÇÕES DE CREDITO O Sa. PBEIIO.ENTI!: declarn que n proposta do
poder executivo e o relawrio da fazendã vão ~.s
Leis n .. ~3-í8 de 25 do Agosto de 1873, nrt. 18, respectivas commissões. · ·
e n. 2i92 de !O de Outubro de l8i7, Achando-se na sala lmmediala o Sr. ministro
~rt, 20
da nwrinhn que vem apresentar o relatorio da.
lnxrst!nto no IMPrnuo rep~rtiçiio a seu cargo, é introduzido com. as
forma:hlados do estylo, e tomando assento ã
Lri$ 1rs. !90~ e l90ts de !7 de Outub!'O de t87o, 1348 esquerdn do presidente, lê o relalorlo e retira-se
<le 25 de Agoslo ele 1873. arl. i. o P.araara1Jho unfco 1:om os mesmns formalidades,
"·· G, e26,io deU de Setem/JrD de tSiii, af't. · 23 o rc~atorlo é remettido á commissiio cornpe·
l\tedi~!lo terra~ que, nos termos dos
c tonilto das tente. · · ·
contl'lllos malrlmonlae~, formâm os psurimonlos
~. stah,ler.idos para SuM Altezas as Senhoras O 8r. Mau-tlm Frauel~~~eo (p~la or·
D. r~nbcl e D. Leopoldina o seus an~u~t,s flfml) :-Sr. presidente, n commissão encarregadll·
esposos.······ • •· • .... ·• · · ... · ··• 18.:000~ de apresentar n Sun Magestnde o Imperadora res-
~mu8rEtuo nA AoRrcuuuu. posta á f31la do &brono, com que foi aberta a.
$c~sio extraordinaria, teve :t honra do apreseu·
Lei n. l2~ts ele 28 de Jwlho ele !86iS, art. U, J l.o lar-se no paço imperial, e eu, como relator da
Compra fie bem feitorias eltistenles mesma commi_~silo, lj p_et:nnt.e ..Sua .Mages&ade a:
-110~ tenenosila-frttgôa.-·dc'flodrlgo-- · ---- --- · ··· · "i'cspost:lu-liillir do throno. Sua .:&l::~geslade dig·
de Freitas .......... • .... · ...... •. · lO:~ nou·se responder, que agrad~cia muito ns mant·
Lei 11. !9113 da 17 de Jrm•o de i87f, art. !1.0 § 51.• !estações dos sentimentos da cnmnrn dos Srs.
Prolongamento das estradas de deputados. · ·.
fet·to do Recife a s. Frnnciseo, O Sn. PnESIDENTE :-A t•espostrt de Sua 'Ab·
com~ p.trtesubstltnlda na estrada gestnde o lmper11dor é recebida com especial
da Viclorb., e da estrada de ferro a"TIIdo, · ·
da l:lnhl3, sondo a.ooo:ooonooo •
para cad;1. uma................... 6,000:000/jOOo Nl:GOr.tos. DA lt\liiA
Resolltéão leoislatica 11. 2~97 de lO d~ s~tembro o Sr. Zama.: -Si eu não estivesse con·
·. de !8'73 vencido de que tniiHia aos meus deveres, con·
Consh·ucção da estrada de rert'o de servando-me silencioso na camara dos Srs; de·
Porto Alegre a Urugunyana..... 3.000:000,'!000 putndos depois da discua~iio iniciada no sendo
R~sol1~~ão legl81atit•a n. 2~!!0 de. U d~ Selelli1n·o sobre occurrencias havidas no interior dn pro·
de t873 vinela da Bahia ; si, niíG pensassem do mesmo
Gnra.ntia. de juros, não excedente modo alguns amigo~. cuja opinião estou acos-
de 7 •;., a~ companhias que ja tumado o 11catar, ha muito tempo, talvez, Sr.
construem ou construirem vias presidente, eu desistisse da urgencla que a cn~
ferret\s .. " .. •· .... · • .. · · ... ·- •.• t.lllt:ilSS68'7 mara teve a generosid11de de concedor·tno ; tal
RcsiJ/umio leflislati~a n. !687 de 6 do Noremb1·o é o medo que me tem mettido o honr:~do cberc
• dO l8711 da maiut·ia o Sr. Dr. Mor linho Campos, o t[UIIl,
Gara.nlia. de juMs ás companhit\s qunndo lbe fol\cl sobra a necessidade que linho,
que est.abeteoerem engenhos ce11• dcstn urgcnc!n, respondall•rne rerenlptorln-
tl·aes, para f"-bricar a&sucllr de msmtn7 qne a cnmnra só tinhn tempo de oecu-
canna ..... • .. •· .... · .......... • 280:000,~000 pnr-~e dos altos interesses do Estudo, c que
~tr~lSTEIUO DA FAZil~OÀ ncsln 11n~a ninguem prestoriu 1111ençiio a nego·
ch>:> P•·ovinciaes e locaes, a gue s. Ex.., no sun
Leis n. i837 d~ i!? ele seteml'''O de l8i0, al'Ugo ttllico, !ingn:•gem humoristica, chamou de Tm'~'~~~d!1á
e 11. 23\8 tle 21S de Agosto elo 1813, m·t. 7. o (risadas), um bicbo muho feio,_Sr. presidente,
po,J•aqmplto ruJico, 11. &
que ha na minha provi11cia ll na ile Minns o
Fabrico das moedas de nickel e de talvez mesmo na. r~zend~ do nollre deputado.
bronze............ .. .. .. . • .. . .. • . ~0:000$000 O illustre ebero dn mniol'ia deu mesmo n en·
lei 11. :1134.8 d~ 21.1 clu Auosto de 1873, «1'1, U, I 8. fl tender que hn risco em tratar um represenlo~te
n.i · da nnçiio de semelb~ntes cousns, porque pode
Pl"emio não excedenle da t>M por pertlel' de sun importanr.ia.a qual só depende aqui
louclnda, aos navios que se con- da curte, opiniuo que acho lllUilG contestave!.
struil•em no lmperlo............ ·tsO:OOO~ ALcu~s sns. DEl'llTADOS:- ~poiado; Sem du-
Jle~olu.ção /eqis/a litil n. 51087 de 6 cle · Novembl'o vida. · · ·
de l871S
Garantia. de jut•os e nmortlzaçllo O Sn. ZAMA :-Acho contestn vel, Sr. presl dente,
das Jelt'(l' IJypotbecarias <!e ban• porque a imporlanci~ re~l de um ropresentante
cos de crcdllo real, au torlzadas !la n~çfio depende do modo por que elle desem·
ns opcraçiics de. credito ncccs- penha o honroso mnndnto dE! que foi investido.
~n.r.las...•• .••.•••_,_ •..•.. :. • . ••• ••• I? (.Apoir!dos.) Por conscquencln, dependo de si pro-
Câ'n ara do s Depttados- Impresso em 27/0112015 03:36- Página 10 de 33

&s~ em 11 de Maio de" 1880. 93


e·:============================================
prlo, niio aer qnll o illustre chefe da maioria darias c eleitoraes, e· responsabiJuoram no go·
11
!{Ulzcssc rallar, o que niio creio, dess~ chamada verno pelos ex~sos illi praticados-, querendo
importsncia o!Rcíal, que é tão epbemet•a (apoia· representar as vietimas destes exeessoseomo seus
doJ), que essenla. em bases tão rnovediç:~s, que autores, ·o meu Jogar é aqui, digam o que dis-
um homem da ordem de S. Ex. , c de sua es- serem.
cola, ti qual lambem sou filiado, nem por sonhos· Senhores, en sou Olho doquellas regiões, nlli
pode delln. pt·eoccupar-se. (Apoiadl)a.) · residi, por alll tenbo sempre viajado, e conheço
Mas não parou ahi, Sr. presidenle, o illnstre bem os homens e as cousos do scrtiio da Bahia.
chefe da maioria ; e corno si niio bn~lnsse tudo Além disso, desde o ultimo período d:• lei dos
isto pnre :ltemorisar um espírito timido-eomo o círculos de um deputado, durante todo o tempo.
tneu (Oh l), teve a ct·neldade do ntlribuir á em que vigorou a lei dos dislrictos de tres, .eu .
minha urgencia a falta de sessão hontem. · tive sempre a honra de. represenlat· na assem·
O Sa. FBBITAS CouTrNuo:- Foi jogo de .e,pi· bléa da minba provinein aqne11.1s regiões, como
rito. represento ainda hoje, e por consequencia mais
·dO qne qualquer dos· meUS honrados OOilegOS
O Sli : Ú~u:- Nem de otitra fórma interpretei tenfio 'obrlgoção de ucudir ás discussões que
as pal:~vros do illustro chefe, e o que ae~bo dizem respeito úqueUns localidodes. .·
de dizHr não passa disso. Entendo eu, ·Sr. pre· O Sa. AUtttDA. CoUTo :-E tem mesmo niuilo
si dente, que niio ti possivel separar tilo pronun· conhe(llmentó e competencla. ·.
ciad:t c prorundaiuente os ultos Interesses do
Eslndo, d011 Interesses d:~s provinciM ; porque Oi O Sa. ZAMA :-0 nobre Bariio de Coteg-ipe
alios lnter~s!!es do Estad•> não siio ·Senao a som· propo~-sc no senado o escrever um Cllpilulú da .
ma lotAI dos interesses · provinciaes. (Muitos bls~rtn p~llt!en desta.época,.;a--!l-t&mltt'a-,aW--
a_RC1i'!ifP-t.•.).__ .._. , --- :.. - -·- --'- ·-..- -· --... ·--- - - que os""bMor!ãaores; por ma1or que sej11 n sua
- -- Nutro, pois, Sr. presidente, a esperonça de autoridade, n sun lllustraçio, o seu tnlentor
que esta camna me prestnrá alguns momentos estoo snjuilos o. verem s1111s obras criticadas, com··
de attenção, desde que tenha de trjltat de Jaetos menladas, corrigidas, additadas e anolysadas-..
altamente ouentatorios dos dir'3itos lnd!vi- E, dessa t3rera que me encarrego ; não porque·
duaes, da setrurança pessoal e de pt·opt·iedadc presuma ~emaia de mluhas torças, poi~ reco-
de muitos cidadãos brazileiros, quer porquo n nheço a e'lttguidade dellas, para por-me em frente
cnmarn deve desejar conhecer com exPciidão as de tão notaveis esladistus; além de que conheço
occurreneios doons em minha provlncl~, quer o risco qu·e·ha neste paiz em contrailar.llomcns
para poder Apreciar ns medidos e providencias tão poderosos como SS. EEx .. mas sómente por
que o fl'OVerno tem tomado sobre semelh:mtes amot· . á 'V&rdade, que em mullos pontvs foi sa- ·
acontecimentos, quer em fim para l~mbrar on- criOeada niio digo que Jl<lr culpa dos nobres se•·
tras medidas que etn sua sàbedotla enlenda ca- nadoriiS (faço-lhes a justiça de acreditar que
pazes de pôr tertno a um estado de eousas; sem procOderam de bon ré), mns por culpn dos iiifor-
. duvida deplorabllissi~o . (Apoiados.) · mantes .exagerlldos, infleis e ·interessados, que
Alem dislo, Sr. presidente, o senado, que não transmittlrum t1 SS. E!<."X. noticiall, que e_reeisam
é corporaçio menos importlnte que a cumara ser reduzidas 1is suos legitimas proporçues.
dos Srs. deputados, occn!JOU·!ll de semelhante BeconbeDO lodos os dotes QllC podem fazer .
assumpto, o niio é exigir muito, esperar que a doquelles li lustres senadores dous natabilttssimo~
cnmarn consagre umn sessilo ti dlscus~§l) de umo hlstorl:1dores; mos entre todos os re~u.isilos que
malerin ..• , em
que no scnndo St.: empenharam possuem,· folla·lhes um, que reputo mlllspensu-
niio menos de cinco senadores babl:mos, c entre vel pAro que. uma hlsloria possa ter o seu ver··
elles um ministro de estado. dndeiro valor : é o conhoo1mento exncto do!f
o s'n. ARAGÃO Bu~o:-Questlio que o gover· factos-; e dee:de que &;. EEx ; não fornm tos·
no tomou n:~ m~is illtn consideraçiio. ~ temunhas prcsenctDes dos ncontecimcntos que
n:u·ratn, eu, n~si m como outro qualqnet·, tenho
USa. ZA.atA :--Qs · quu· leram o Dia,·iJl Olficial o dtreilo dll indagnr deSS. EEx. a fonte d'onde
denm se reçordar que os nobl'·cs ~enndo1·es Ba • bebcrnm as inloJ"IIlaçõe:; c de analysar o valor
rão de Cotcgipe c conselheiro Junquelra, esle dos documentos em que se apoinm .
fundomentnmlo um requerimento, e ambos nn . Além de .que, Sr. presidente, hlstorinndo com
discussiio delle·, descreveram o interior dn pro~ todos nquellos occurrencias, ficara
vincia dn· Bahia em um estado do .tesot•dem c exaetidilo bem potente ti camnro. ·dos Srs. deputndos, no
nnn1'chiu horrivels, e attribulrnm este eslndo n senndo, todos qtiimtos de perto OU de longe
interesses eleitoro.es, ao ptlrtido liberal hnhlano, quizeremD dar-se uo trabalho de acompanhar esta
e ainda ao governo imperl:.l. .. discusslio, que nem o bonr:tdo Sr. narao Ho-
SL os nobres. scn~dores, Iniciando es111 dis·
.eussiio tivessem unicamente por Dm excitar· o mem de Mello, nem o ·Sr. conselheiro D.,ntas,
nem aquelles que o aeompanharam, quer duran· ··
governo a tomor providencies cap1ues de eohi. .le os fO onnos tle ostractsmo, qoer depois que
birem os exc~sos alli eraticados; ou ainda qui· somos poder, o conseguiJltemcntc nem n si\un·
zessem exigir a puniçno dos criminosos, quaes· çiio, nem o governo, nem o pnr\ido liber11l po-
· quer que rossem, o meu papel nlo seria outro dem ser incriminados pelos acontecimentos que
seniio opplalldir a ss. EEx., jnnLando a tninha se tam poSSlldo no lmorior da Bnhln.
ft•bc!l voz ü vi•& poderosa de l&o !Ilustres seno·
dores; mos dcsdll que os representantes vitu· O Sn . FRANÇA:- Não se esqueçn do netunl
licios dn minha provincln, arn~tan.do-se deste P.reaidente, que ê bom liberol o. nmlgo d:t jus-
cnminho, tudo nnrlbuiram n inlél'csses parli· ttço.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 11 de 33

94 Sessã:o em 11 de Maio de 1880.

O Sn .. Z.u1.1. :-Demais, senhores, entre o S O Sn. Z.u!A :- .Mas, V. Ex. snbc, Sr. pre-
de Jáneiro l~ o 28 de Mflrço com relação aos ne- sidente, que trntando·se de umu questão de fa·
gocias da nuhin, nflo lln soluçfio de continuida- ctos, um homem IJCm ~empre é ~enhor de ser
de ; a . solidariedade entre ambos rl completa tão !!ODc.iso como pederia ser !ralando-se de
(apoiodoJ), porqunnlo o primch·o p1·esiden1e dn uma questão de doutrina (apoirrdo,,) ; c, por-
siluarflo liberal dnquelln provincia foi o honra- t:mto, si me estender mnis do que de~ejo desde
do ministro do Jmperi(), c o chefe activo,. c mili· j:i a V. Ex. n rJuem tanto l'Csp~;ilo, e. n todos os
!ante rlc nosso partido 11ssonta-se 111m bem nos coller;as que mt~ f;~zem a honra de ouvir, peço
consdhos du corôa gerindo a pasta [}3 justic:<L mil desculpas.
Enp;nnou-sc um org1io de )JUblicidade desta Sr. prc5rdcnto, em primeh·o Ioga r lrntarei de
capilal quando teve o mau g·osto de :muunci:•r :mnlysar Yarios topicos dos discursos pronun-
hoje ao publico, em ortigo de fundo, quo eu ciados no senado pelos dous illustres sen:~dores
vinha aiJUi dl:r.er coma~ horríveis ao S!'. Darão batJiano8, para fuzer .sentir á camara ns con·
de Cote:;!'i[Jc c ao Sr. conselhciroJunqucirn. tradicçi:•es em que se ncham um com outro, e as
Nvo, senhores; entre mim e os nobl'l!s sena- vezes até COffiSigo proprio; dcpOi$ do que, farei
dores n~o l1<1 luta pessoal; rodos nós somos in• resumidamente o llistorico do~ :tcontcchnentos,
teressndos em uma unícn cousa: 3 p:.z do pro- apontarei :ts providcncins que o goYcrno tem
Yincia que reJlresentamos; tomado pnrn os pontos em que tem hnvido al-
Eu entro portnnto neste debate com nnimo teração dn ordem (lUblica, pa1·a que fique hem
destn'cl'cnido;sem que me mov:1m poixües ou in- claro que ]Jara nenhum dclles o objectivo foi a
teresses de ordem alguma. Pretendo ser mode- conqmsta das urnas, mas, sim, o mais sincero
rado até a llr~ndura, c desde ja declaro que si desejo do garvnliL· a ordem, e os direitos dos
por-rentura, no correr da discussão, nHl escapar Cidndãu~, sem distinc~~tiO de CÕI' ftOiitÍCU.
algum:~. ·paluvmqne possa-parecer ·oliensiva ·aos Notici ~rc i ã..caiU.:lr.a. os....documentosc.eXis.tenles.~­
dons illustres senadores, estou prompto a reli· sohre os ncontecimentos [\t~ vil] a, do termo do
rnl-n, )Jorque nlío tenho o proposito de molestar Noss:~ Senhol':J da Gloria do Uio das Eguas, os
a SS. EEx. : o meu fim ti lazer conhecer 11 ver- qnoes foram publicado~ pelo Diat·io da Baflia,
dade n todos; estou certo que os nobre~ seno do· e por onde se vê que todos:1s ~utoridades da co·
res lambem eslimariio conhccol·a pa1'a forma- morca de Gnrinh:mha 11rocur~nam cumprir os
rem ~obre cste~;tcontccimenlos um juizo seguro, seus deveres n<~s dilllceis e crilicõJs circumstan-
o que ns infornwções infleis quo ll1.cs têm sido cins .em que se têm achado, t1ocnmentos que si
1rammittidas nuo têm deixado a SS, EEx. fazer, tivessem sido compulsados pelos nobre~ S()Ua-
E' neccssn1·io que ÓS meus· dignos compro- dores, o.gue ainda pouem fa.zer, muito tel'iam
vincínnos jnlguem sempre os factos com a im- moditlc:tdo n opiniiio de ss. EEx. sobre a!}uelles
parcialidade o justiça que devem ter homens <~Coutecimcntos.
collocados em tão nlt.1 posicfio. Farei dellois umn r11pidn comparação cnt1·e as
ótJocas de 1868 e t8i8, cnlre o que se tem pns •
na pc!'lgo em deix.u-se formar ncstn s:.do ogora n·n província da Bahi3 e o que se
côrte uma falsa opinião sobrtl acontecimentos pu~sou ~ntão; p~ll'a que rião se. pos~n dize.1·, como
do certa gravilladc que $0 d:io nas províncias; ·disse o tllu~tr<1 do Sr. conselben·o Junquetra, quo
porque os autores do~. :•tt~nlndos e dos cxces~os temos rctrogrndado 50 annos; uit•ei romo sempre
tornanl·se mais nudnzes desde que vêm que no pro~:.edcrntn os libernes nos mais crucis l'mcr·
sl!noclo brazileiro humens de tJosir;ão social e gene ias para que se vejn que longll da sermo~ urn
poli!ica eminente tomam a defesa delles. partido raaccwnario c perseguidor, temos ~itlo
Al~m disto pó de sucecdcr que criminosos vul· lolerantes, e até condescendentes com 05 no~aos
gnres, nrraslndos 110r instiuctos rerozcs ou por ndn~rs;~t·io~. (.<lpoitH/os.)
paixli~s dusurdenndos, scjum llomldel·ados lJOI' E quundo, Srs., cos~arem os 1mixues, quo
aquellcs que n:io conhecem com ex~ctidão os ainda st! ngil;nn conu·n (I gnbinoto de;; de Ja·
acontecimentos, eomo horóes e m~rtrres poli- nciro, a hisloria, com a sua iudefeclin!l jusl1ça
ticog, c cu enLonuo que o nwnlo de um partido ha de reconhcer que n sna maior c mais con-
ntío púde abrignt• o crime, onde que•· que elle stante prcoccupaçiio erna modernç;"io para com os
se mauil'cste. ad\'r:I'snrios pollticos. (Apoiados.) · ·
Dcmnis, S1'. lJl'CSidente, cu nn sessihl passndn Sr. presidente, no t.liscm·so pronunciado pelo
comprometti-me a acomp<mhar, pa.l'i passu, os honrado Sr. conselheiro Junqneira, e publicado
honrados senadores bahianos, sempre t)Ue elles no Dial"io 0//icial de 20 de Abril, l~·so o se•
tralas~cm dos nego cios do antigo ti. " tlistl'icto guin tr. (l~):
da Bahia, e estou certo que SS. EEx.. não h~va· • O senado s;~be, pelos discussões hayidas nesta
ruo a mnl que cu cumpra a.: minha promessa. cnsn em o onno proximo pos~:~do, que sérios.
Sr. presidente, todas os rnzues me aconse- disturbh.Js se deram no sertiio da província da
lham a se1' conciso, além de que sou nnturnl· Bahi<\ ilo correr dos anuas de 1878 o :1879. As
mente inillligo dos longos discursos, os quoes co usas, Sr. presidente, têm·se ug~;~ravndo ulti·
muitns vezes, ainda mesmo pronunci:.do:-: por mnmente de modo que so pódo du;er que, nus
oxccllentes orndorcs, correm o ri~~o de nuo munielpios de Chlque-Ch1que, Urubú, Maca·
terem ouvintes c cu sentirei muito si me hubns,Curinhnnho,lHo dns Eguns e outros, reina
nchar súzinho com a mes:~, que alhis tem obri- n mnis comple tn nnnrchiu. • ·
gaçuo de ouvir· me uté o llm. · Eu podori::~ fa&er o hlstorico do que se tem
u~l Sn. I>El'll'I'ADO :-Todos nús ouvimos " p~s~udo no Chlquc·Chique desde a morlll do co·
V. E~c comtodn ;Jltentilo. (Nrmwro.~6s apoiados,) ronel Jose nnnno: m~s seria um trabalho ocioso,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 12 de 33

Sessão em 11 de Maio de 1880. 95


e presentcmcnto tli~ponsavcl, dcsJe qne posso homens armados, como autoridade do lo:;rar,
respoude1• ao iHuslro consalhciro com p:Jiavt•ns p~rn l'eslj)belecet· a ordem.
que minhas nlio são c qulJ por consequcncia não Fiz ninda not:n· a citcumstnncin de qllc trndo
podem [Jarect::r sus]Jeiws a S. Ex. mas que t~m p~rlido da capit31, ontle estava licenciado, o Dr.
toua a nutorilladc uo partido conservador do Juiz muDicipal do tcr1no, E1•nesto Hotelho de
Imperio. · Andrade, em comp~nhia do um olficial uo poli·
No discurso que pronunciou o illu~\re seu:~.· cin, ucompanhndo com 30 praças, este Dr.
dor o sr. Barão de cotcgipc o que foi lltlblicado deixou o omcial c as t>raças ua dJridc dos Lcn·
no dia 25 lê·se o segninte (ltl): çócs c seguiu sosinho para I\Iac.ahubns ~ Ycr
• O Chique-Chique ê que estava om estado· sua família, o que prova quo do sun parte, ou da
anal'chico dll m~is tem1lo a c~ta parte ;sendo dos liberaes daquetle termo não lwvia o numor
bem dilneil o ncabur com Uí1Uellns desordens intento de romper em vioicncius contru Por·
que muitas vezes se tmrluzi:1m por mortes c firÍO, JlOl'CJUC ent~O leriDm esperado O Uesla·
l'Ouhos ; mas logo qne VV. E Ex. retirllr~m de comento.
Chique-Chique um dos principaes motores dcs- Além disso fiz notar a circumstancia de Ler
. s~s que~t\.íes. , . sido conhecido em Mncnltúhas o plano dil Porfl·
• O Sr. Dantaç (ministJ'O da justir~a) :-Não
rio ntncnl·n no din em que a atacou, e o papel
que nesta occ;~siüo repml;ent:nam o juiz muni·
nos louva por isso ? · ·· cfpa\ c o Dr. Auiericc Pinto Bai'J'etll, cx-de~uta ·
· • O S1'. lJarão de Cott•qipe:- De certo louYo do provincial; dirigindo· se ambos no vlgnr1o de
e muito ; o o nomearam' jui7. de dit·eito, o termo ?!lacahúbas, cujo te:<temunho os il\ustt·cs s~un­
ficou tnlllqnillo. Deus queira que elle, na co· dores declarnram insus]Jeito e digno da muior
tnDrCH onde estâ, não ~cJn tão parlidario, como fé, pedindo-lhe que obtivesse _de Porlll'i<Lque
o foi em Chimw...:ChJqwL . ... . -- ·niio· ]lt'atieass~,..<nmêiiliido que commelteu. Li
--~-vv."-Ei<.:x, nomearam jtti.z de direito um dos aqui ~ c-nrt11 do vlgurio dando noticia de tudo
pl'incip~es molCJres daquellas quesl.üe.~, c eu. es · isto, e em qne me diziam q11e hnvin es~ripto a
timei, porque muitns. \"cr.o~ ntú Jnstimoiqne per· Porllrio em tat•mos mni~o positivos, e que si
sistisse em niio seguir a sua carrcirn de magis· tivesso podido pre,·er n immonsa catastrophc,
Irado, ,-ivendo em continuas lntns. que ~c ilcu, e ns desgra~as duquelle dia teue·
• Chique-Chique hoj~ n~dn m~is sofl'rc •• broso, irin pessoalmente procurar seu compa- .
dro c rimigo Pol'firio Urnnd~o, e lhe provaria
o Sr. Bnr~o do Cote::rirm é auem I'Gspondc no que o ~eu procudimento, qunhtuer que fosse o
Sl'. conselheiro Junqueir:1. Não JlÔdc estar t1 Indo JJOJ' que se o considerasse, niio tinha jus li.
Yordnde em mnho~, (IOI'qne diV\!I'~em om I]Ues· nc~ção possível. .
tito de facto. Ou o umnicipio de Cl1iquc·Chique Deixet, poi~, dcmoustt·mlo n ponto de tiiio
e~t:i lrnnquillo, como ttS8C\"et':~ o St·. Dariio do restar dUVIda alguma, ainda no c~pil'ito mnis
Cotegi[le, ou e8tti nnnt'chir.auo. como :u1s0Vúrn o sceplico, QLte os liber:ws de .Mocahtibas de fórma
Sr. cou~olheiro Juttqullirn. ~e~tns t~ondiçiies, 11lguma pr•1\'ocm·am os t!osgrac~~do~ aconteci·
pos,;o muilo bem dit.l!l' :i cnttH\ra que nc~le mentos 1'TIIle enlultll'3lll m\nclla Yilla, e rJne pelo
ponlo n \"Cl'dnd.~ t•st:\ com o qut) di~se o nobl'c coutrru·w cm].ll'el!'al'atn toe os os meios n seu nl·
Dai'~O de t:olcJ.Çlpo, l){li'!JUC tlcsdr~ ljuu o gov~t·no cnncc Jlat·n hnpcdil·o~. ~~ndo IJllc ns ntlmoestn·
.impcl'inl nomeou 1•ar11 juiz do 1lü·eHo dn co· çües e consolhos escrijJto~, rogos o pedi do~ •lo
nwt·ctt o lJr. C:rs$iono dtl Limo, om t:hirjltll• rl•spcil~lvel ,·ig:.n·io Fit•mino Baptista SODJ"es não
Chique n~o ~o deu fnclo algum quo nllm•:ts80 11 conscguit·ntH.. dcs,·anecul' Porllt·io Dr:mdão i}o.
Ol'dclll puhlka. Alü no din dn mínhn ~:1hldn do criminoso iutouto do ínvndil', como inn1rliu, u,
Unhin, quo foi ~~ !i do ,\l.Jrillll'llximo Jmss:ulo, ~~~ po,·o:•\~no no escurc~.cr elo dia 23 ele 1\l:u·r:o de
notíclns cltte tínhn tio ChilJlW·ChiiLtiC e I[UO 118 Uli!~, sendo (I Jll'iOleil'a YictilllU UO SOU hror C
cous:IS nl i lnm bem. de seus :~sscctas o llr. Jos~ Uernardioo de Souza
P~s~~roi ·:~gora no nmnicipio do Mac.nhniJns, Ll)1io, que ~~u pnss:1r ela uma ca~:t para outnt
que · o ttnbt·r, senadot· considerou lamiJcm r;nhiu feriu o. l~iz ver como mllilos de nossos.
(lnm·chisndo. En tive occnsiiio, na S()~s~o do co-roli~ionario~, dt·~prevcuidos romo so adia-
nnno pn~:;ado, de tl'ntnr nqui dos· negocias lle vam, só na fuga cm~onll·u.ram snlvaçf10; entre
1\fncnhuhns, e tenho razões paJ'a erot· qno a ver· clles o L" supphmte do jlliz rntmicip~l e presi-
doda foi conliccida de totlos que lornm ns dente !la cam;~ra, o qual vehL]}nrm· nos Lcnçnc~
discussões hnvides :~qui c no senado desde ns quasi oO !e~UiiS distante do :Macallubas. Os que
mais bnixas atõ tis mais nlt~1s regilles ... niio putlm·am rudr, para não morrel', ,·il'Mil·~o
Fiz notar {t c a mnra, q u~ ndo rorD m feilns as ua necessidndo de eXcl'C~l' o leg·ilimo direito
nomeações pollciaes ]Jal'a u~cnhuiJas, quancl.o de defesa, que mt~mo ~'nLro os povos lHH'baros
seguiram ·ns commuuicaçucs para o interior, é consnsrado.
quando o novo dele~Ddo tomou po>so; a circllln· Naw;t u lomatla da villn. tlclas forças assal-
sl~ucia de haver o· commaodaute do destaca· to.ntes, o at"romb:uncnLo dn C:ld~t\, a soltum
menta as~istid(l ao juramento c 110ssc do dele~ dos presos, :1 tctttntiva de n~~assinalo CQnlra o
g~do, e de tc1· olllci:ulo a C$le, requisit:J.udo n Dr. ,iui?. lllltllicipnl~ ~o qual, llOl' Jl.rcçu do vidu,
lll'isiio de um crimill0$0, pnru deixar hem (latente hntmzeram a condiÇ.1() do s~ r~tu·ar do tct~mo·
que nflo podia ser moltvo justillcntivo, r:umo em lll·azo morc:•du polo conqttistadol' 11 0l'llt•io.
pretendiam, n nllegada ignot•nnci~ CIJI ([lle cslavll EXIJIHJLIPÍ u nk:mcc pnlltico, pnra Porllrio, de
Jlol'llrio, de sttn demissíio llc delog-ndo, n~se\·e· ·todo~ e~lcs aclos de ''wlenci:~, que sô st•rrit·am
rmltlo·se quo havia entrado na villa de ~laen· p:~rn C(•lllPI'Omeltl'l-o pelo 11díameuto da clci~!1io
lmlnts, nn tJrdo do 23 de ~lnt·~o, tl frente do iOO ~onnlorinl, porqfuuito Pot·!h·io que jà ~e lw.vi:r
C~ ara dos Oepltados • lm(l'"esso em 2710112015 09:36 . Página 13 de 33

96 Sessão e.n ·11 de .Maio de 1880. -

posto tis nossas ordtlns, como bem ~abo o hon· · nosso Codigo Criminal. Minha ignoranein I! sem
rndo ministro da justiça, querin a todo o tr~••so duvida grande; nws .como com e~sa theorta posso
se nos irn pôr como o hDmem ·de Mnr.ahnbas, c conseguir. mnito na minha nllvoc:wía .pelo lnte·
nos provar que aqnelles, nos qunos da vamos a rior d~ província, tenho pressa de estudnl-a. e
,tossa cuufiançn, eram incapazes de apporecer preciso <·arregat· scmp1·e commigo os livros; em
:ante cllc. · que clla é exposta 11ara lel·og (H;,rante os jura·
Fi1. ainda notar que nté então exi~liamope- dos scrtnnejos,quando algnm elleg11c a duvidar
nas em ~lacabubas quatro praças de policia,·o que de. minha IJ&Iavra. ·
demonstra que ningucm suppunhn que 0 ordem Agora, 8r. presidente, muito rc~peitosnme'nte
publien nlli pudesse ser alternda. Entretanto de - ·peco VPnía no nobre barf1o para não deixnr .sem
poi~ de tudo isto o hónrodo Sr. Darüo de Cole· resposta o toplco em que S. Ex. lemllrou-BG
.gipe, no seu rliscurso pronunciado no sen 11do e de cllar o oda(.:io Jlopul:u·, ctue niio quiz eon·
'JIUblír.ado o ~5. rererindo-se a Porllrio Brandão elulr, c o .qual hn JlOUCO H.
diz o seG"ninte (ld): ·. .' · Acredilo que a ctlal(ii'o deste adagio pelo nobr6 ·
· • O Sr. Bcwào de Cottgipt:-,- Não se ~l>te· barão, roi npenos ·uma explosão do espirilo cón·
scot;un Cactos que mostrem ser elle um criminosa awntc, que resalta de sims bbios,todasas vezes
desS<J especi~. Que~ 0 senado 11 prova provada que OL'CUpn :t tribuno ; porque, n não ser nssim,
de que n3o c merectda a q\llllilicação que se lhe si S. Ex. pretende elevar o se11 pi'otegiuo olá
deu, c que seus inimigos lhe em{I restam? E, á altura do nosso di~no collega o Sr. Mar~,.'Oiino
·que o 11obre deput:l:io pela provi nela dn B:~hia, Mour:~, qu3lquer que sej11 a auloridade ·de S. Ex.,
•O Sr. !llarcolino Moura, é um dos seus amigos, quacsquer que st>jam os sens esforços, S. Ex.
'C tem ..empregado os maiores esfor~:.os para que não pod"rá conseguir o ~cu de.tidtrattm~. (Apo1'a·
p r · B · d- · · 1 d doa.) Si porém S. Ex. pretende fazer do~cer o
. or triO rau !fO seJa JU gn o e nbsolvido, por nosso di~no collr:gn ao nivel de um criminoso,
IS.so q_ue ll~c .Da<! reco!'bece crime algtlm, . é meu dever desta tribun.n pN.testar eontr!l.csta.
• S1 asstm nao é, tao bpm -~· ... . Não ..quero. exógerad:q>rcte~aõ·. (Ap iados .) · .
concluir 0 dilaílo populor. Senhores, o f;tc\o de iuteressar-sc o lk. hrar·
• E' simplesmente um homem persegllido J}or collno l\lourn pelo julgDmento e ab5oh·i~ão do
Inimigos rancorosos. • . ·capit5o Pol'llrio é mais umn provo d:a ~rondeza
· Formei-me em medicina, mns com ti vida que e generosidade do seu coração, niio querendo
~esde que s~bl da :~endemia adoptei, tenho ne· nbondonm· um homem com quem j â tl\'era re·
.cessidndc de aprender um pouquinho de tndo. lações, porque esse homem teve a intellcidnde
Durante o tempo l!m que residi nD ~ertão, o d e ~ de cammctler um tirimc. E'·muito natu•·vl yuc
pois, ·nas tni n bas frequentes excur~ões elllilOI'nes, · o l>r. Mm·colino :Moum, com podre do Cll plliio
pois ~nhem bem os üous lllustres senildoros, cu Pornrio, não o :~bnndonc n'uma oecnsião tiio
· não st~u do' que se fa~em eleger ti eu~ta. do bnr· c:rltlcn e em <JUe ·eue tanto precisa de poderosos
ba Jongn_. vejo· me mUitas veies obrlgodo n nccu· tJroleotort'S, .
s.1r e de1ender alguns réüS, e em tal'& ôc1mslõos Estn é Dexplicação de seu jlroceder. ·
desejo niio fazer mú figura, o por Isso de qunndo Senhores, .aa notleioa dos de!IR"I'~'i:• dos ~ ueccs ·
em ...-e& nJo ~ô leiu o nosro Codi:,ro Pcnilli mas aos de ~loc:thübas chegal'llm li Bnhin em dias de
.ainda nlguns nlf:~rrablo3 velhos de direito cri· Abril, trnnsmlllldllll dos Lençóes pelo t.• sup·
mln~J .; o~ cjuaos foram kmeu tio, Sem duvida plrnte dll _jui_ c muuleiflal, c presidente ~a ca-
algum~ uodo muito :.trnsndo nesta scfencl~: moro, Antun1o Louren~o Seixas, no presulenle
tenho, porém, desPJos de me instruir.· . do Bah!J, o honrndo Sr. Darilo Homem de Mello.
As$itll , f13i !!o1 tlf>l'Wl' de S. Ex negar· mo qu~ si O nobre presidente da provinein \ornou imme·
o seu cortejo ocsde o nnno pnss:1do, sttn·quo attl dlulomcnte todns as protidenclos que n gr••Vl ·
hoje cu tenha podido dt~seohril• em que o ofl'endi, dade do cnao exlgio. S. Ex. comprebendeu,
ouso dirlgir·lhe . um pedido, quo n rceonhccidn dcl'de lo ~to, qllC era neeessnrio r:tzer seguil· p11ra
gcnt!ro$idode de:;, E:t. do cet·lo me oiio rccll• M:~çahúbos o eheCc de policin. 11eomp.1nh:~do de
:snrli, as~e~qrondQ-Ihe ao me~mo tempo quo, nilo uma rorçn rcspcltnvcl c dil;Ciplin:1daj mas como ·
obSIRiltu a snn m:'• vont:1do ou nntipathla por o chefe do polfcln ern deputado provincial c não
minlm peason, tenho sido e conlinúo 11 ser um podio, fnnccionnndo n n8semtJJ~:~. oxercer o seu
3ln•~ero ndmirndor d~ seu llllento o de st u cspi· lcigar, em consequencia das disposições clnrns e
rito incxgotnvcl, que a mesm:t idade niio tem terminantes do art. :!3 do Acto Addicio~nl, roi ·
conscg·uido nUcrar. O men pedido~ de me In· necessario procurnr um hom(':m capaz de ser
dicor S. Ex . em que eodigo; I' de que pniz, em· normmdo chefe de policia interino, enenrregnn •
que. m:~nu:~l ou lr11tado de direito pennl encon· .do-se de umn commissiio, que demundnvn segu·
1rn -se n doutrina de que o facto ile um h~>mem rmnentc mczes.par.a o seu completo desempenho.
qualificado e importnntc ~c intercs~or pela sorte N(~stes ·tormos, o. primeiro cidndiio _ que foi
• de um Dccusado, promov.cndo o seu julgamento convidado roi o Dr. Ilaymundo Mendes· Mtu·tins,.
· e nb~olvi~iio, constitue prova provnda da inno· L • pr"motor da e3pital da Bahia. Sen hores,
cone i:~ do accusado; .Port(\tc eu.atll nr::orn per.s:~vn cu· folgo ter occasião de dizer nesta r<ltnnrn
IJUC a inn~:~eencin du um accusndo só podia ser de~ qUt) o Dt• Martins é um jovem que gtlY.n da
mous\l'ada tJelll nbsolviçiío. do tl'lbunal compe· melhor · repulaçíio entre todos· nõs (npoiadfl~);
tente parn ojnlgnr,ou.qunndll esse tribunnl rceo· libero I eu\ todos os IClllJJO&, mos portencontc a
"beccsso c dcchtl'asse que o :~ceusndo n~o or:~ nem umn f:ua ilia conservo.doro, no que dovclll<tiV~lt
<1 nutor,uein o cumpliee do crime que lhe impu· mais qne oos seus proprlos merecimentos, ~no­
l.nvnm;ou qu:~ odo,tendo commetíidllo crime,(•lle mençiio de promotor pelo governo eon&l)rvndor.
se nchav:a n~s condi~iícs do M't. !\ c seus§§ do O Dr. Mm·tins, onerado de gt'ando rrunilln, tllndo
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 14 de 33

Sessão em 11 de Maio de 1880. 97


sua miii gravemente doente da enlermidado 9ue trudo, o seu papel, vemos o nobre Sr. senador
mai.s tarde n levou ao tumulo, nilo pôde aceitar Junqueira dizc1· no senudo o seguinte (lê) :
n prova de coutlança quo o govenw provincial • O Sr. Junqueim :-0 Sr. Dr. lnnocl!ncio dll
lhe queria dar; por isso recusou,e tão podemsos Almeida, que foi ·commissionado como chefil
erom os motivos allegados,que impossível era in· de policia interino para s ynd icar dos factos de
siEtir com aquolle digno runccionnrio. (Apoiados .Mac:1hubas (oilo tenho.n menor prevenção contra
da deputar-ão balúana. ) este magistrndo), demorou-se ahi todo o tempo -
Foi aindn lembrado 'I nome do Or. ~andido que qui~, e nada fez de impprcia\,
Cesar da Silva Leão, o qun( o nollre Dnruo do • O St·. Dcmtrr.s (ministro du justiça) :-Im·
Cote:ripe conhece perteitamento, e cuja inlelli· parcial ~i .
gencia, honestidade ~ aptidão, eu. estou certo, Ora, Sr. presidente, para que a palavra do
s. Ex. serã o primeiru a confirmar. Mas, Srs., nobre ~cnador, por mms autorizadn que fos$C,
como o intento do governo da província, e de pudesse ser ::~credil~d~ em semelhante ~ssumplo,
todos nus. crn que ningucm pudesse enxergar ern misler que S. Ex., pelo menos, uos opon·
interesses pg[iticos naquiHo que se in fazer com tnsse o~ factos praticados pelo Dr. Innocencio
relu~ão a !llacahúllas, o Dr. Candido Leão, ~pezar de Almeida que revelam a sun pnrcio.lidadc, no
de ser reconhecido como· bem capaz de desem· procedimento que teve·· n~qucl\n lo~alido.de.
penbar oquella eommissüo (apoiados da depu- (;lpaiadtJS.) ~[as, Rr. vre~[dente, o nollre seD3dor,
tru:íio balt.iana), foi posto de porte pelo facto unice ~m adduz_ir um facto scquet·, proelnma tlartida-
dê sc1· meu subrinho c de ~cr eu candidolo n{ls 1'10 e pnre1al, perant(' o senvrlo nm m~~islr111Io
proximas eleições. · · · que em toda 11. ~u~ vida J!Ub!ica Lom sido o typo
Ncslus condiç;.ue~ o nol!re presidente da pro- da DJodcração, do justiça e da .probid::~de; uma
víncia, levado pelas informações verdadeiras tal.allegor;fio, mesmo llll.1'3 os amigos íntimos do
que lhe fonlln dados, convidou o Sr. Dr. lnno· s .. Ex-.,·nfio-pódo ter gr:mde pesa: · · ·- · · ·
ccncio· llc Almeidn, contra o "t'fü:ht liiti!.!'nem ou~
sou ainda n:• Bahia arl'~ulnr. um só capitulo Acrescentou aind:~ o honrJdo ·Sr. conselheiro
serío de accus:.ção .. E~se homem IHlvía sido Jumtueira (lê):
juiz munic[pal do termo c~n l'uri.fir~ção, onde • O S•·. ltlliiJlGeil·a:- Imparcial, sim ; parecia
déra ns m:uores provas de 1mparcml1dode, mo· antes que de~empenbava uma commissão .elei· ·
der~olio e integ1•idndc de cnrucler. Era um ho· !oral e conservoU·ile 1mqnel\n vill:~ ntü que ti·
mem que ho lôn~os nnnos estavn ~ra~todo dns vesse Iognr a ele[~·ão p~r:~ deputados. Era· pre-
lutas politic~s, administrando n sua propriedade. ciso, Sr. p•·esideule, conquistnr a Lodo o tl'anso
O Dr. Innocencio nlio so rccu~ou ao con fite do os noventa votos do collegio de Mnc~bubas. que
honrado pre~i.lenle dn provinl'ln e, com efl'oito, até então se tinham úlanil'esi:Hlo sclU[lre 1\elo
poucos dias depois de convidado, seguiu para ~la­ tudo contl{!rvndm·, O i \lustre chefe d~: policia
cahúb~lS acompanhado de uma· forvu do linha de interino não figurou, é certo, durante o dvminlo
IJI) prnÇ:l$ cscolhidns pelo general com mandante .conservndor, conservou·se a sombra, nn sua fn·
das armas, que era o mesmo que cxercln aquelto zendn, &ub fiJ!lminiJ (a.yi; mas d'ahi não se póde
cargo durnnte o tempo (los conservadores, e concluir que em 1878 c'llc oiio 1.kspertasse, uni·
commnndnda pelo capitão Argollo, oficial que m11do do esl)it~Ho pnrtiiJurio ; o que so pt>!le de·
llt~via sido julgado digno dn contl:mça do vice· pmhen11e1· é que ellc couta\·n com um grande
president.) Freil'll, quando este qui1. f;~z.er se• protcclor que havia do lirul•o da. sombra o trn·
guir um:1 força d~ linha ígu~l p:~ra o municipio zul·o t\ c1nridude, como acon!'le~u. Ella com•
de LoncüD~, onde rnfsameuto su havia cspnllwdo prohendin que 1JI'Cci$uVn con(zui~11il' ~uns espor~s
que a ordem publico tiuh;l shlo alterada. de covnHe1ro umn gt'aude commi5siio, c essa
Este cupitfio tmzin dos campos do Paraguny n commi~são foi u conquisl:t do collc:,:io de Mn·
melhor fe do otllcio: todos os soas superiores culiubos. A bistoriu ho d~ dh:cl-o; n histoi·in do
o reeommendavam ~·omo l1omem de bem. Por qui! ~e Jlassoll llMtnt:lla ~-i\la dil·~ queM victi·
consequenciu. n. escollln du um homem nfasl3do mns foram convrmid:~s em lllgozes c os algoze~
dns lutas poli\icas e rceommond~vlll pola snn em victimns; nhi nc:•rli ]JHI'll todo o sernp1•e n!lcs-
probldnde; ~ escolha do commnndnnte da foi'Çll tndo qu~ o Dr. Innocoocio de Almcldn pólie sea•
ile linha e ntó a e>colho dos tn•oprios soldados umn pcs~oa muito honesto, mos nessa conunisslío
demons\rntn quo o nobre presidcnto da provincin Jlortou·sc com ~lllllllHl put•cinUthtde. ij
não ~e preoccup:.va com _os resulladps eleituraes Or:J, .Sr. presidl!nte, que se diga isto ondo
de Matt~hubns, mns unlellmcute ~mhn por .IIm nüo lwja um bahümo, vtt ; mns oqui nn côrlo,
o restabelecimento dn ordem pnbhcn, a restau· onde se acbnm representantes lomporarios e vi·
rnçiío do itnperio da lei, que g·ottej~va smgue, n talicios da B~lii.1, que conhecem os niigocius da
dcsalfronta de todos os homens de hem, q t!e provinci:l, que representam, é provoc:1r uma
nUI havi~m sido vilipondilldos po1· uma horda de. \H'Ompta e immcdiatn contcstaçíio d~ nos~u pnrte.
malfeitores. (AJ!oiado&.J. . . _ .
O modo por que o Dr. Innocencio de Almeida "Sr. Jlresldente, o partido hhel'ill m1o ~rcci~nva
· desempenhou essll comnlíssào, ó subido pela enca.rl'egur, c niiô enc11rtego 11 o Dr. I nnocen cio de
. provincin inteira. A<jUello magistrado nüo se Almeido de conqui~lnr o collcgio dtl 1\Iacuhubus,
envolveu elll llU~s elcitorncs ; limltou·se sim· porque a couquisln eslava feita desde longn dota.
plesmenle n sindicDr dos fHctos, instaurar pro· (AJ~iadns.) ·
cesso~ e pronunciai' uqnellos que rco.l1Hol1to i\.ntes do nd~u1.ir ,n. llL'ova dcst.., pt•up~Jsiçuo, ó
est:IV:un 'mvolvidos nos crimes n\11 Pl'nlicndos: floYcr mou d1wr a r.amarn fjllO h11 muilo o
cntrelanlll; Sr. pr~sithmte, quandG um bomcm D1·. Innoccnclo do Almel~n era um homem
doscmpenhn, como llcscmponhou esle mugls· nltomento ronsidurndo pdo 11nrlido liber<~l
Tomo 1.-13,
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 09:36- Página 15 de 33

98 ~essão em 11 de Maio de 1880;

h~hiano, c qne niio lhe cr:1 mister gnnhM··M· fciln contra e~se cidad5o, alias pronunc.i~do e
por.ts de ç3valleiro ·- em nossas Olefl·as por sujeito :i prlsiio· c livramento . . ·
façanh3s clcitor3Cs, poi;; que todos nils sempre Além das at·ertndas providcnt:ia> lomnilas pelo
o tivt'mos como uni de no~sos mnis di ~ tinctos honrado Sr. Bar5o Homt•m de l\fello c o seu
amigos; e <tind3 til:~is que o (>odel'oso protGctor, succe~sol· ,nchnndo-se vago o Jogar de juir. mu- ·
de que . rnlla O !Ilustre senm.lor, pertence ~o nu· nicipal do tt•rmo ele Macahubas, ()Or quanto
mero daquell es político~. que niío se encnr- par~ l:í niio voltou mais o lJr. Botelho de An·
reg~m de ll'azer :i cllU'tdctdl' os m~gi~lr:ldos, drnllc, guo afinal pediu sua demlss~ o pat':t n5o
.que se disting-uem por fa~nnhas c Jutus elt'i· scrvicliunt dos furores del•orflrio,o f:O'' erno im·
toraes. perinl Jlrocut·ou um !l(Jmem respeitnvel, adian-
Qúc, a t'o nqÚÍ $ 1~ lfo co!lc,(:io de UncnhubM tado em :mnos, que ~m oulro tempo bovi3 sido
. estnv:t rei tu,· que o nMso objecti·vo n;lo era. os juiz municipal da<)Uclle termo, onde s(Jnbe con-
9:2 votos daquelle collegio, [lOUCO me cust~ r:í a qui5tar a esl!ma co respeito de\(!dos ossr:us ju··
provar. · risdiçcion:ldo,:, e que cntlio exercia com gcnl
B:tsta njJenas que o nobre senador ~e dô ao tr:t- apj)l:mso o lognr de jni.z municipul do termo
balho de. compul:~.'lr as acl:l!' da clciç~o. que p:u-a de Minas do Rio de Contas, c, por iulennedio de
depntmlos !!'CT::te~ se procedeu em 1.• de ~ovetn· amigos, cnmegniu que fosse· elle substituir o
bro de 1876, elciç1io 3 que ns;;isli em ve~soa, cujo Dr. Botelho de _Andrade, qtl<l nnnnl foi no·
eleitorado roi feito pelll juiz de dn·eilo Mello meado pnra o !r.rmo de illonte·.Ailo; · ·
Rorha c seu genro Pornt·io Oranu~ ~. pora rcco- DeYo .dizer â c~mara que em :1.868 Et'llesto
ll!Jecer que hi todos os o·andillntos libcrMs, sohm 13otelho já c1·a 11romotm· da eomnrca de Urubú,
os qua ~s naquelb çecnsi~o o p:o!'liilo f~ z ia ' cargo do quo foi demittido nos $dS diCis gloriosos
. convergir o! seus e~forços, ob\l'l"cram nn· dn vice·t>rcsidcncia-Figueircdo liocha. O Dr.
QUt'lht rleição n mrsma votu ~::io <JUC os cn ndi- Ernesto é um homem de tal ordem, <JUe, não
·dato;: eonsen •ndor<>.s rccomm(•od:odos pot• S. Ex·. ob,;_tanle o pcccado de slir liherlll, foi pelo hon-
e seu )Jarlido . ... ··--· - ----- rado Barão do·Gotcgiptr nomeado jlfli ·municipal
· E si i~ lo n5o fUr lmstante, cu peolirei ainda de.Ciliquc ·Chiquc, ondt•,como ~·Ex . confessou, _
no nobre ~enador que compuiEe as oct~s dn re~no.va :1 dr.sordem, e a ~narchta, diffic!l rle re·
eleiçuo provincial fdtaa t3de1nn!:ir•1 dc !87B, PI'Imu·, .c <JUe mmt:1s vezes se lroduzt~m por
di;1 em que :~inda dquelle Jogat· ulio tinbn mortes e roubos.·O nlodo por que esse jutz pro•
chegado a nolieia da mudança pofitica, c s. Ex. cedeu noqucll c termo, prov:nn os hont'0$0~ nltc~­
ha de ver que·todos os candidatos qne nois rc- tados qn~ l,he dou.o 1~1·o1Jo ~r. Dr. AmpiHlopluo
comm cnc\~n~os .da capital parn nquclle collcgio, • Botelho, Jlli.Z de, qu·c,to en~30 dnquclla comtuc~,
com exccpçaQ oe <lou~. foram aqulnlwados com ex-r~1Cf\l ~c polt~w da Bah1n, afilhado do D:~rao
n mesliw '\'Oiação que tiveram. os cn·ndidatos de CoiCl:!IPC, e 1neopaz de dar um ~ltcslado
eonse1Tadorcs. Logo o Dr. Innocencio de AI- dnquclln orde!n :1 um homem, que nuo . !o~~e
meida n5o foi fnzcr n conquista do colleglo de severo cumprt~or de sens dc,·erc~, por OClo.<~smo
Mac:~llubo s como assevera s. Ex. porque de .~u:~ remoçuo pun M_ncnhubas ;I pedido de
mesmo no dominio dos conse1·vadores, t:orl'iamo; mmgor., aos qua~s o,nobro B.ulio mnito consi·
pnrelha n:ts elciçüCs com.os c.tndidolo>dt:~ t<: par· derav:~, e que prec1savam de um homem . de
tido . (Apoiados.) - tcmpcrn~ 1_1aquel!e . termo, onde o. Dr. ~tello
Dcvo.ainda not.w :i C:tsn qUQ não - ~Ó o nobre Bocha, JUIZ .·de dtr~ltQ. ~c urubu eom seu
Bnrão Hom em dai\fello,como oactual presidente gen,ro P?~~~o B~~ndao, Ja P':~t1cava netos, que
da Bahia, ll Sr. Dt•, Antonio Dulciio, cujo g-cnio m~ 1.lo de~,o.,rn~av~m nos 01n1., 9S dr. ,s. Ex:.. .
mode1·ado c ~ul br~n do. ningu~m alli dcscorihece Estes :l ttesta.do~ fornm !}Ubhcado•. no Dmrw
(apoiado8 da deputação ú;~/liuna), sempre tomaram da. Brll1ut, _nssrm . CO!llo altesta~~s •;~nes do
·na mais ·all:l consider:~t;iio os n(.'gociof .de Ma- D1 . Pedro Cnrn?!·ro, nclual jutz de l.,rullú, a
. cnhubn~, c que ~csdc 11 quclla occl!si~o ale hoje a ~ueUJ tontos e~o.,1os fazem. os do\~S dlus~res
del<·::ac1a tem s1do·sempro exen:hln por milita· sPnadore~. M:us _tarde terc1, o~11siuo do d1zer
res da conOan'=n do govt.orno c em ger;~l acre· lllguma cousn sobre este magiStrado. .
ditados em tod:1 :~província. ' . Tendo tomndo posse do cnrgo de juiz muni·
Depois do eapiliio Argollo, 1.1ara lá roi 0 caJli· ct_pnl do . Maeohubas. o Dr. An~onio de Souza
tão Con~tancio, tambem olllcial àe .linlm, quo L.U!Jll, o seu p_roccdlmento t~m s.1do tnl no cxer·
por su:t vez roi .suustituiào pelo cnpiti'io M~rinho CtCIO t!_este e:~rgo, qu~ nll! hoJe nenhuma re·
ilc S:i, do corpo de policia. e que aetualmente clamaçuo tem appa1'Cc1~o contra elle, mesmo
nlli cst:i o tenente Amaro,' oillclol que possn por J?Or pule dos ndvcrsar1o~, o que prova quanto
sewt·o cumprido!' de seus deveres, iseuto de ll elle digno.
p~ix~es locnc! e ao qulll .se uüó póde attribuir O Sn . ltDs•·oNso D~ An.úw:-Apoiado, _
dcs~Jo de per .egulr n e.stc ou nquelle. · o sn . ZAl!A : _ p01 s bem ; &O passo .que . 0$
... S1 :Jlguma cou~ devw. causar 1·epo.ro aos no· nobrllS ~enadores flgurnm MacahubBs (lffi com-
. bres . senudorcs nos nego~ios de Macahub~s ~. Jl)c'a nnm:chlo, . eu r()cebo carta do juiz muni·
per~tll:l-~e·mc ~- cx_pr~$ttO, n c~nd es)ltmdemmt Clpal. o Dr. Souza Lima, pesscn di~n do maior
._ons .•pt~r~d~d es lllSiltut~as po~ nvs nlil pn.ra.com . cred•lo, d~tnda tle !8 de lbrço· ulltmo, em ·que
· os ct·munosos; l'orque IJ pubhco e notoru> que, · o mesmo doutor osscvcra que no termo do sua
apezor de Porllr!o.Brandiio andar con.linuamcnle jurisdicçiio reina n paz e a ordem. Nn mesma
dentro lle> muntmpiO de ~[~cahuba,, e algumns data, e n mes m:~ cousn diz-me o lenonte·ooro-
vez cs pnssnr-se ~nra o município da Agua Qucn· nd Anlonio Lrmrenço Seix11s !unior., homem
te, nonhumn diltgencin o~ perseguição tem sido prol>idoso e verdadeiro, que conheço desde a
Câ'n ara do s Depttados- Impresso em 27/0112015 03:36- Página 16 de 33

Sessão em 11 de Maio de 1880. 99


inr~ncia, c que foi meu companheiro do .co!· ·se fi:~ram os nobres s.l!nadorcs babianos, o que
log10, c pelo qut~I n!StlOnuo. As cartas aqui obrigaram SS . EEx. a comDleUer wot..1s
.estão, c podem ser · vistas pelos meus illlls~r cs inex:~ctidõcs, fjUe não commetteri:~m de certo si
collega ~. {llfo$tl'ando as cartas.) :1 r<!nlc de que se serviram fosso m~ía puta, c
. Ora, S1:. presidente, si as ullimns notic.ius quo nwas leal o lnform:mte. ·
me .são trunsmittirlos, com u data de 18 de ~larco, Tal tem sido, e continúa a ser o {lroc cdim~>nto
asscvcl'am que não tem havido novos disturbios desse magistl'3do qull o adual Sr. 1U1oistro do im·
na villn de !!laca h ubas, com 'lll:: fundamento o perio, quando presidente da Bahia, representou
nobre Sr. sonndor Jun,tneira nssevera ao se- ao governo impcrialsolire a neccssldn<lc de sua
nado e a.o pait yuc nquelle ·município está em remoção a bem da ordem c tranqui!lidnde da
com()lcla aut~rchia 'f · . com:ll'ca. D:l" mesma fór.ma procedeu o muito
· O·sn. ALuF.tD.\ Cotrro :-Isso é devido ás más digno Sr. Dr. Antonio Dulcão, actuol prc>idente
iuformu(}Ues. · · da &hin . ~~~ tas retlresentoçücs viernm nt'Om·
panh3 d ~s de \'alioSüs documentos, c foram re-
O Sn. ZAlr,\ :-Devo ·dizcl·o ; si o governó mctlidns ao comelh•l de e:;tarlo, o sobre P.l:as
impcri~ l tivesse desde logo tomado a providen- deram parecer os venerando~ ~ cnllrlor cs, Yis·.
cia de l'I!D\OVI:r o jui·z de dil'eit11 do Urubú, ter· conde do Abaeté · e Visconde de J~guar y ,
mo que fQrmn comarca com o município de OtJionudo anibc.s pela remo,;õ.o, e atienas dh·er·
l\iacahuhas, ha muito que as com~s alli est~riam gindo esto ultimo em unt ponto, ·pois cnL6mlin,
cotnpleto.mcnro . t~rmin~d~s (apowdos) : porque quo, antes de t1ecrctur a romo~lio, o governo
dcve·sci conre~snr que :~lg-mB cl ~l'!lontos dele· dc>·ia mantlnr ouvir o juiz.
tcrios, que nlli ninda existem, siio m::mtillos, con· Fclizmnnlc pnrecc que o honrado Sr. Darão
servado~:~e explorados porar)\lcllojuir. de direito, de ~o~e~i[Je com o seu (Jrestigio de che(t:_, ~cou·
que··no dia 13 de Janeiro de i8iíl, pcrnnltUodo .o. scglllra que · par~ ilem do todos esta l'emo'i;~O se
collq ;io ·eleito ral de 111ileriliiilins, declarou-se, se· fm:-1 brevemente. Eu então lhe agrnde1•erei em
gundo sou informndo, chefe ostensivo do par.· nome dnqudlc.s povos e:;Lc impormnto serviço L

tido cou~crv:~ dor da comarca, o ~I li tenútnc· Ultimamente até o promotor dn c-om;~rca ·niio
rido a todo o transe crenr nm }l:lrlido, qu<l cega· escapou do Jll'Ocesso, e lá cst't, contra todos ns
mente obedcr.~ n todas aJ suas ordens. J:\ em rcg-r(ls de direito e da jus tiça, pronunciado em ·
Al:~~oinhns, ()unndo juiz munir.tpal, o procc4i- crime de rcsponsabi!i!larlc. Sn!Jcm os nobres de·
mento dc~sc mllgistrarlo f, li o do mâis . intolc.· pulados, com qu,~ fim foi fo l'jado este vrocessc ·
r~ntc c ex:~gernclo p:trtidnl'io. O notJI·o minislru conlran(Jttcllo r.~loso funccionario? Pnra podcr-
da jllsliçn r.r,nltccc·o bclll. ;·e nomear 11m promotor in tcrinD, que, de ·nccurdo
Devo r cfet·ir ú c.1s.,, qno entretinha rolaçiícs com o n,;yo;.:::~tlo lle Porlh'io llrandão; que trata
com o nr . l'~?J :Iro C:ll'ilCiro. c ljllO por :tl~um de linnr- ~e . no jurv, J'CCtlsojuizés, !lo modo que
tempo nutri n e:'t,e•·nm·a tlc qtlc lllle, como 'juiz o Lrihnll3l tiqnc ('OÍlsHtnit!n com a certeza eré•
do direito do Urubú, 'pn:ccdcsse de modo di· \'iol da nlJsolviçiío do réo l Stio ~s informnçucs,
verso, do que )>roccdcr:~ em Ah•goln l m~, até qu<Hl'nlli wuho rec.eltido. E li a um tal mngis·
p1 1rqne ellc l!m onlt-os tempos li~Yin sido libcr:>l, u·ado quo o honrado Sr. coaselhciro Juhqueira
tondo deste (iartido obtido a suaJJr imcir ~ no- cha1n:1 imparlcrrilo, typo d:i justiça, o da pro·
me:u;âo pnra o cal'go tle promotor n comarca do bidodc. . ·
Chiqnc·Chiquo. .;\lóui do tudo isto, ~l'lll)[lrcs, durante n minlm ·
E Clll to!. 11é estnvam ns nossns :·elaçües, que e~tadn na lfidliu,c5te magis trado V'C ill :i imprensa,
por meu inlHrmedio oblc\'C umn llcen~a para em um tll'tlgo vsslgnttdo com seu nome, .e pU•
v1r. n C~(>ilal , !iceu~a cruc lhll foi 1ís. mãos cxa1:la· blieado nns coll\nmns edilorioc~ dn · Gn=<!!a da
mente quondo se d:n-:~m os ll'istes ucontcci- Dahic~, <lcelnr:l\' que temlo do l:11lçnr um tlcs•
mcntos ilc ~(ac~hubas. Em vc1. de tt·an8portn•· ·se t>acllo do- prontmcin om um pracc~so do fal,í·
li;Jr:l aq ~clla villn, qucllc.a n 1,. hll.:l'!'sdo U~ubü, dnde, em que estavn envoh·ido um sulldclcgu"o
p:~ra nllt r cslmtrnr n ordem, e pCdn· provJdCll· do um dos districros do Urul.ni, contm o qual
cias, quo o cnso exigin, rste magistrado nlmn- havin.rn provns, nao o podin cnlretaulo fazer
douou a comarc:J, e entrou logo no gozo da li· sem rtuo o prcsi!lento ·da provincin mand:I$SO
Ccnçn, proeedimcntl.l que a ningucm porcco.r:i p1i1· :i sua dt5pos!ção um destDcnmonto I
digno de louvor. · . · Scr.i •·cgulnr semclbnnto pro t~cdimcnto 't Onde
De volt:~. ll:li'U a comarcn, em tudo que }JUde se viu J':imais um magistrado vir d:u· :1o publico,
contmrion de rroutc ocherc de policia inlcrlno; c tJela mprensn ia nouci,, de que vol julgar uma
viveu o vlvo o1n constmle communicnciio com cansa submcttidn 3 sun aprcci~çtio po1' cs tn ou
Pornrio Dt·andüo ; prcporou a fugn do rco pro- por aquclln fót•nul.? . ·
nttnciaclo c preso nos cadeias do Cnctctó-An· Pois um juir: recto e const~icncioso · precisa de
lonio .Martininno de Aln:oidn, .cujn .vindn requi- soldados parn lavrar as suas sentenças 7 !:li o
siton p:~t•a o Urubt\, e no motr.cnto em quo csto snbdelcgnCio é rcaimentecriminoso,llronuncic·o,
chegou m:~ndou recolhel-o li umn cusn ad l1oc que o honrtHlo Sr. Dr. Antonio Dulcfio n5o bosi·
prepnrncb, de onde no mesmo inslonlc se lnrà um inslliiJ(O em c.umpl'ir o seu dover demit-
evndin. · tindo·o; sl o juiz por ter sido justo e severo
Tom vivido a · proceunr o perseguir todos ~offrm· algum dcsacnto, pt'• de o juiz de direito
quantos nrio fazem causa commum com elle, c o do Urubú llc:1r CCl'lo quo um gover110 libernl
&enwo que llte sobm deslu im(lrobo trnbnlbo, não o deix~r;i impune. (Muito /J(•Ill.}
leva n escrever lnverillicas o exogerud!ls corres· O honra do Sr. scn;ulor Jun(J uoirn quer quo
pnndonchu Jllll'll a G<t:eta da Dnllir.•, sobre os os juizes do comnrca 1lc C1orinltnnhn o do termo
nconleclmcntos do Rio das Kgun$, nu~:~ qune~ do Rio d~s Eguas, ussaltadn por llnndos do sal·
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 [936- Página 17 00 33
., ...

100 · Sessão em 11 de Maio de 1880.

tcadores, exerçam ns funcções apenns com n 0 Sn: FREDEl\ICO DE ALMEIDA : - Isso di lo


toga de magistrndo no·corjln, e a balança da pelo Sr, Junqueira com relaçãO ao Urubú, tem
justiça na miio. Entretanto n~o repnra IJUO no seu espirllo , ·
Urubú, onde ·DS .cousas não chegaram ainda O Sn. ZAMA : -Sr. presldonle, niío entrarei
áquello ponlo, o Dt'. Pedro C:~rnciro queira Ç{lr· em longos dctalltes sobre os municipios de Urubú
car·_se de soldados para l:in~r ull'i despacho de eCarinhanhnd· não estou Iouge do reeonlwcer que
pronuncia em umn eousa· cr1me I · as cousns po eri:~m alli andar melhur do que
Senhores, si o ·governn imperial quer vêr tem andado : mas llque a comaro sabendo ·que,
dentro em t>OUco rest:Jbt!lecida a ordem c a paz si tem hnvitlo ac,tos censuraveis, lsso . não 1e1n
· nns mnrgens do Rio de S. Francisco, e em todo dependido dos liberocs, os quoes si culjla tiveram,
o sertão da .. Bahia, não precisa lançnr mão de Sr. presidente, foi de servirem-se cn1 ambos
meios cxlraordinarios, nem de medidas do par· municipioa das mesmas pessoas de que o Sr. con·
lamento. Conheço bem a ·Jndolo dos serronejos ; - selhciro Junqueira e os seus co·religlonarios se
slio docei~ . o olm1Uentcs á autoridnde, quando serviram durantt! . iO lon:,ros anuos, em que
esln S3be se coltocm· no seu Iognr. Remova SS. EEx. asscvernm que a11i reinou . urun pnz
quanto antes quatro ou cinco juizes de direito cxtraOJ'dinuin. e uma felicidade complela.
daquellas pt1ragens ..• . O mal, portanto, não é dos autoridades poli-
. O Sn . . FnEDEt\Ico DE Ar.~tElDA:- Atê os hn, cioes, pl1rquc, si ess:as for:am elementos de paz
C]Ue mandam bu~cm· desordeiros em outras CO· dut•ante o tempo MS. E"·• são ellas us mc~mns
marcus t>:tl'a. :~narchisarcm a de sml' jurisdicçào. actual:nente, e estão na direcçiío poll tiea destes
coUegios os mesmos que osdirigiram duruntc o
-O Sn. ZAltA:-comece pel~ de Urubú, v:í ao dominio conservador.
Cam)JO Largo, MS Lcncões, e outros .lo:,mres, que Assim; Sr. presidente, sno os liheraes sPmpre
cu sei ; tiro d~Jies esses juizes, e vera ~i a or· viclimns de 3ccusllçües : nos colleg-ios cujo r ~s­
dom, :1 (Ja7. 1 a trnnquillidode niio se restabelecem scml -mudá'oios, somos l'CSt>o·ns·avcis pelns des·
l ogo~ 13i!ui J)Ottcos suo os logiíi'es do interior em
qui) os ll~ t· tidos politicos estiio discrimin:tdos. ordens hnvidr.s, porque a mudança se. fe~; nos
Ü$ ~et•lnne.ios, sempre que po~em servir. 11os
lagares em que conservmnos o pessoal tle S. Ex.,
seus amigos pessones sem con~rnm1rem de frente somo,; igualmcntll responsnvels pelos desa- .
o governo, ficam snlisfeitos. Siio 1>1lm pouco venç.1s que _apparcee_m; embora tenltamos con-
exi~entes, nunc!l pesnm sobre o cofre publir.o, servado esse J>essoul. ·
contentvm~se com lllgum:~s pequenas distinc- Ora, ~enbores. Iiflo hn sorte m nis cruel tlo que
. çõ~s bonorillcns. Olhe j:i o governo p:u·:~ esta boa a do libel'alnc~Íe ll3ÍZ ; ao 110Ss0 partido pôde se
gente, linc·n dcs~es senhores que paro ali I v1io liPI>Iic:ar o rifliD-Jlreso por ter cio, preso por
como juizos, e qu:.l v querem explorar em todo u:io lei'ciio. . ·
·sonlit1o; dê·nos bons juize~, _que · é grDnde a Passarei agorn n tratar dos ocon.tecimen'tos do
falta ll~ admiuistra~~o de justiça no interior, e termo ·de NOl!S il Senhora da Glori:a do Rio das .
Yer.i si tJUllnlo eu digo é ou não verdade. Bem Eguns. Atli ngorn pódc-se dizer que temos tido
que b:.jn quem pen~o que a polaic:~ sô se póde apenns~tnmnuduti• mirim, Vamos ter tam:tndnú.
fazer o:om os juize~, que s~ suspeml1~, 6e remove bnndeir~, que c nm :~nimul muito perigoso. Vejo
e$~ d~111itte- eu j ~mai s dcix:~rei de l.Jradilr IJCio com !Jrozer que · o distlnclo clmte da maioria, .
ara~t;un eu.to · l (•t:~l do m~ g isLmdo da m·ena poll- ~Jffi tempo voz-se :1 snh'o. l!Iitro no imrago dlt
tic~. c clomorci cmquartlo m'o JlCl'lllillirem :lS que1trio. ·
minhas forças ~ourrn ns juizes cltefes de par- Dos disr.ur8os pronuneindos no sen:~do pelos
lido c dominudores de collcgios clcitorucs. dons senadores peln Bahi:t, dos qnnes lerei o
(M\IiM 11poiados.) . npreciard DIJ2uns h·echos, dcpt'Chunde·s(r quo
Creio, St·.- rwc~iden!(', que, com r~loçiio n Ma- SS. EEx. cstuo con\·encidcs de que os cxcc~so~
cnhüua.s, lct1ho dito (Jtwllto h3slu para dcmons· e crimes commellldos na villa u termo do 1\io
tr;n· que ss. E~;x. exti J.:'f~ l'lll'~m _o ~stado em c1ue da's Egu:•s, ~ão ol.lt·u dos homem1, que :~l l i ucom·
~e nch:t nquellc município. · · pn11hnr:~ m n siLuaÇüo eonll·u o~ que ii t!ll:t não
Jl;,s~nrci n:;orn n occupllr·me de Ur·ubú c C:~ri· ndhet'ii'DIIl, c nos rtunes SS. EE~. chvmnm de
nhanb~. . conscrvadOI'C~, Espero deixhr demonsll·ado oos
Disse .o Sr. conselheiro lunqueiro (k): nol!rcs ~cnadorcs , o o osln augusta uruarn, que·
tal n.v.rcclac:5o é inteil·omenlc erronet•, u que
I l'O<l(lS nvs que pPrtenC('UIOS :\ PI'O\"incin da SS. EEx. Ôlhnm ns cousns tlol· tnl prism~ em
Bnbia ou que nos I'elncionamos com Jlf~ssous eonsequoncin das lnfoi,mnçües inl1eis, que lhes
d'alli, HJbcmos <JU\J apenas no :termo de Chique foram lrnnsmiUid:.s, .
Chique houve UIIHI cet·l;1Jll!rlurh~çiio que durou Antes, porém, de clie:.rar l:i, mo parece que
mnis tempo, porém atú lln s de 1B77 os t•.-rmos niio ú fór11 do proposito IJUil cu·Tcsponda n dous
de U:u:ulitibns, Un1lnL nio ll~s Eguus e t:nrlnba· topkos do di sc nr~ó do nol.Jre Sr, DarãCJ do Cole·
nl1~ estironun em pcrrcil:l paz . Foi preciso,
senhores, •tuc ·a si lua\'50 mudasse; foi preciso gipe. No L •, diz 8. Ex. ( 16): ·
quo se I)Uiz e~s.:J eon quistn~· a urnu eleitoral , t>aru · · • Estes factos ludicmn o proposilo Jlrme em
CJI)U :1s iksortlúm 11Jlpm·ccc~s em, e. então o go· rJllO esLno os nutot'idnclcs tmliciaes c os suppleutes
verno iuvcsli u lle COI'ndc:t• de autorid:~des . po · do juiz lllUtlicip~l de se npossnrem de toda n
liciaes, U::tfJ.Uelle,; log nrc~ , n homens · quo er:nn justiça do termo, porfJUO sabemos que é umo
m:1is rnopno.s par11 o·cnmbntl) d<J que parn ntlmi- g'l'uude \]UCstão do pohticn no centt~o ser sup·
nbtr:u· j u ~ liçn. D'ahi ~nq;lranr os con11ic:los de plante do juiz munici pa l e ue orpni\os: .Des·
ClU C o scnndo lL'tn conhecilncnto. • gl'a•:adQs dos orphilos c do todos oqucllcs que
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 09:36- Página 18 de 33

Sessílo em 11 de Maio de,l880 . 101


tilm· processos a promover perante scmelbaiites Medrado, que foi conservado. Restava o coronel
:mtoridades! Calmon, a quem de certo S. E:t. niio que1•eria
· • E' por isso quo não convem jul%cs rorin:~do.s ·que lle$Semos · com mando em outra comarca.
nas comarcas. .. . . A me~mn co usa se uencom o coronel José l'erei·
Com relaçõo ao sertão da Bahia, devo dizer I a Castro, de M~nte·Ailo, liberal e méu parente,·
que o governo _i~IJ_erial t,ell) procurado sempre em consequcne.Ja da suppres~íio daquelle com·
provêr os_ID\)DICipros de JUizes rnunici piles fo~- m~ndo )Jor forç:~ d~ lei. No sertão so niio foram
mados~ Nuo e o ::overno quem tem conveniencm aJ~rove!tados os oillcines do estn.tlo maior, quasl
em arredar juizes bacliareis das comarcas. o todos llberae~, porque 3 novn le1 suppriml.u taes
mi~isterio nciuol nté já convidou·os por udit 3 J, logn~es. Em iodos os outros pontos os antigos
des•gnnndo os termos vngoo, e as províncias em ofUcwes superiores têm sido uproveitado~. e
que e~tilo situados. · · .· conserv:un os seus log:n·es. For:•m nomeados
ru'll. o ,Inter ior da Dahia, nomeou 0 0 de Ja· do.us teu entes coronei:; novos p:an os Lençócs,
neu·o, Jllrt. fo1·m~do pua os Loncóes Minas do porque dons dos que lú exisUam, um o t~mente
Rio de Conws,· Monte·AUo e Mn~hubas,:assim coronel Antonio Martins .dl} Castro, hn mais de
como para I>ilüo Arco do e santa·bal>el de l>ara· :lO anuas est:i mudado pa1·:1 n Feirn de Sant'Anna,
guassli. Os uomeados. pnra estes dous ultimes e o outro, JusLini:mo Dunr.te de Olivch·a, (JUe foi
ttlrl!los, niío !'oram tomar eontn de seus lugares. collector geral naquella ctclude, desde <JUC des•
Esta vngo o termo do Urubú, porque 0 juiz for·. falcou n ·collectoria em cincoent~ c tantos contos
modo, que para {I li iuorneâram os conscrvndóre~. de r~is, dcsnP.pnt·e~:eu, e não se saL e por onde'
teve durante o seu quatriennio ump1;ocedimento :~o da cllc, ·c amda CJUC SD soubesse, cstoll cel'lo
de tal ord?m, que nenhum governo sér io 0115 nria que s~ Ex. não desculpnrla ao governo gue
reconduztl·o. os t~rmos de ~larncits, Bt•ejo confiasse um.allo posto da ..gl!-!!rd!'. _nacional a
, Gft!ncle,;SanLo Anlonro · dn · &rra"'W'jU:iz aeste um ·exactonnfiel da fazenda pnbhca.
ultJmo e ~_aml!e!n uomo:~ção do 0 de Jnueiro), c . Dilo isto, l.léls.!arci a examiuar quanto disse ·
Cacteté, tem Jnrzcs .formados. Para Santa l\ilri roru os dous rllustt'Cs senadores sobre os nego·
~o Rio Preto lambem o gabinete pn.ssado no· cios do l\10 das Egua.s · ·
meou. um bacll:~rei. A t•idade d:1 na.nn; \}creio · Aml.tos censurm·am o govomo por ter ouvido
q\l~ CnmJlO Largo, estão pt•ovidas de juizes JUU· o t~n.eute cqroucl Athayile ·sobre as nomeações
mctpncs formados. · poltcwes purn nqnelle termo. O nol.JJ'c Bar:io de
Que ,culpa, tCill o gO\"CI'nO de fiU13 OS mOÇOS de Cotcgipo veJ:lJ'ôriU!I seguiut.} (1<1): . ·
~oJe su qneu~om Jogares commodos ·o pt·oximos • O Sr . .JJar1To de Cotcgipe:- FOl'llm esco·
:1s cnpiloes? Ih idas as autoJ•idndP.s por índicaçilo de um ct-
Gran.dc numero dos _desembargadores ncluaes dad1io cujo nome proferiu o senador .. :
da Dah1a, eu os conheci exercendo cnrg"oS mos • O Sr. Dat~tas (ministl'o dajtulim):-Coronel
comarcas do interior da Bahia. · · · Atha yde . · · · '
- Quanto eos supplentes leigos,c os quaes s·.Ex... . · • ·o s1•• Bal'ào ele Cótt!!Jipc :- •. • que linha .
pint., com tiio t1es!nvor(!Yeis cures, lnmontan1lt> :tgg~avos c gr:mdes de Severi3no por não \ci·o
u . &ortc dos OI')J!uius e de lotlos aq11elles q11e tê1n servldo dut·ante n. épóca do domínio couser·
JJI'OC~8SO a 1li'OIIlOt1CI' per·mlte ~enl' llumt•:s 111.1!31'i• Yallor . •
dado~, fa~~o apcn~ s um repnro : .os libernes só · ·
ultimament e tlzcrnlll nomea 1·ões do supJllonles E o honrado Sr.· conselheiro Junquei.J·a disse
de juizcs.munici[mes, os 11 unes n 20-deMurço ui· tamhmn o quo pDsso n !Cr (lê): .
Umo dcv1am entrnr em exerci cio. Eslou cci·to do • Sr. presidente, us nlh.o~ do provincln da Bll·
que S.E:t. uiio fnlln dos novos noml!n'dos, do cujo h ia conbt~écm o Sr. coronel Alh<l\'de como um
procediment•J oindu nii!l hn tempo do Ler inror• h om~m honesto e com o qun\ se i>ôde cnllivnr
mnçoos. Naturulmcotc rel'erc·so t~os snpplentcs 1-elnções; m:t$ c eminentemente apaixonado,
· passndos, o tonho. a notar quo estes, Jur:mtc JO !Jll:lndo se trnln de HOpl)Cios do sm1ão da Cnri·
annos, rm·am nomendos pelos conscJ'\'Ilcl,arcs, nh:mh:t e do l\io tlns Eguas. Si o gover·no quiz
c em tacs nomeações um só li!Jernl uiio entrou. onc:Jt'regnr d:1s pl'OYideuein~ qno tinha de dar ·
posso :tssegurnr ao nobre senodor. · átJudh~ .cillnd;io, cet·tnme~te nilo porlia vroctlllcr
Pnll~utlo ,Jos oiDci 11 es dn nnliga guardn U:t· c~m 111~101' d~açerto ; VISto que taes providen·
cionat, tlis~c :tinda s. Ex.: cms llliO podcnnm seL' tomadus J>OI' iulermedio
.· · ~ - d · del5sG oidai.Hio. Como quel'i:1 o gov~rno conse·
. • Atu 1!DJ.O 11:10 so dtlll rstino nos n_nligos om · gui 1·. bon!; I'C~ itllado s, quando incumbiu de suas
cwes, r.stuo s u~pcnsos como I.Jonecos por um flr1. ordens um 'nd\·erstn'io político dos IJUC es tavam
Isto se ol.rscrvo em tod:t parte, especialmente na ~offrcndo' ·
minhn província. Com rclar·~o n nomeações
1>:11'n. cargo~ do policin e de gunrdu nacionol nüo • (lia. un1 aJial'lc.)
aest'JO l1Crescctll:~r co usa ulguum; c concluo • Eu conheço o· Sr. col'onel At:rnyde, desde o
c_om ~ nobre -ministro da jusht~a por uma re· tempo em que fui deput..1do pelo 5.• dlstricto
t1cene1:t ... • · da província da Dnllia, •Jue ·compr~hend ia aquel· ..
-~VO dcchtrnl' que me Jimi\o 11 I'CS{)Olldcr no. los Jogares .. 'fenho·O por 'Domem disUncto, ruas
nobre ~en~dor <JUunto ao :intigo 5.• dtstricto da Cli.cessivnmenle apaixonado: o seu nome ú um
B~hl3. No antigo .ü." tlisiricto roi snpprimltlo o symbolo de guerra pnra os conservadores dessas
eommnudo Sll))criur tlos Leu~;óL~ c do Monto JH'Il'tl&en~. • .·
Alto, este licourrunhlo ao de Cnt•teté. o nquclle Antes tle.tudo ogmdeço oo bonrnllo Sl'. seu.,.
no do Snnta rs:•bcl ; dc~ tc cro commnndonto dor Junqueit'n a justi~3 que rar. no meu pnrente c
supet•io•· o coron('l Ft·uracisco Jo&l\ dn l\ochn mnigo, doelnrnndo em pleno senado lJUC o te·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 19 de 33

102 Sessão em 11 de Maio de 1880.


nenle coronel Athayde ú um homem honc~to c ciaes, que alli se ·fizerem desde 1868 até 1878,
distincto, com o qtwl se Jli!clc culti\•nr rebções, ycrào que fui sempr~ um dos mais votados da·
bem que o repute excessiv:mtcnte apaixonatlo, (JUCI!e rollegi(), ·
e symllolo. de ~u·Jrra·rmt·a .os con5crvnt1orc~ -do i'ía dciç~o par·a deputados g-entes em 18i6
scrt:io. Mostr:u·-lhc-hci que t~cstc ponto :t su:• Atha\•do seguiu para o Hio d!is Eguas para apoiar
assâç~o .uiiü tem fundamento. . n~qu~llc collegiu as canrlid~turas libcrac~, sobre
O tcnoute-~orond AthavLie, St•. JH·c~ürent. ·, a as quaes o JKH'tido faú~ converg·il· os seus eslor·
provinr.ia d:1 Uahh toda'dnni te~temunho, é o ços, e conse~uitl l'JUe os nossos nomes fic:Jssem
typo da probid:1d~ pn1Jlic11 e privnd;J. (Jfuitas em pê de igtt!lldadc co.m os conservadol'es. Na
apuiado.~ da deputaçcio IJaliiaJW). iCo p<'ldc ser clci..-ãt'l proYinci<~l, que ~c procedeu alli n ta d~
reput:tdo at.mi.'ú)rWdo,qu:uuo :ws n~gocios do llio Janeiro de !878, :tind:r o,; c~mdidnlos por nós re-
dns E~uas, porque niio só é :~p:ll'cntnt.!o com os comm,md~dos fot·:'m. uem nquinllo~tlos. As
principncs homens dnquelle logor, com os netos clcitornes s~o llocutuentos .vutbcnticos.
I]Uae~ tem eonsenado sempre as . melho: cs rei a· E> !OU r.crlo que o l10nra•Jo 81·, Barão de Cote-
ções de :.mizndc, como niudn porque tksdo l81l0 gipe, ju~:to cc:omo é,reconheecrú,dcpois de qnnnto
reside11a c~piWJ, e conwguintcmen!l: loHg-D tlo DcuiJo clo diwr, qlwnto o illaque~rnm em sua
fóco onde se a ;til ~ lll paixões, nns IJUôleS nenhum bua rú os :eus infonn:llll~s.
int~~~·es~e póde te;·,Nüo é ~dyer~ario dosttnc os no· O hom·ndo St·. Barão cqnh·ocou-so aind:t
bres ~cnml•H'C5 charnnm os Ct<llSct·Y:Hl: ·r\'s dnllí. qunndo disse o scguínl<' (lei) : . ·
pot· i;so rJUe todos o e>iinr:m c rrspcitnm e um:i ·• O Sr·. .IJ!mio dl' Cote Jipe :-Quem ora Se·
rcc'lnuuenuartto sua para tHJUell e~ log-~res. em yn·iano? O quo so dizia antes tle 18i8 contra
todos os l~mpos, déstk que cn me entendo rm o bllU procedimento ? EI'11 um homem de familiu
poliLko, qUill' ;;oYel'n•Hll li!Jcrac;:, qner l'Ol1~crvn­
\lore~. nun·~:t dei~oll de ~er alk•lH.l.id<t.
nnmcros:r naquelk log·ar; era, p.1ra ~ssim dizer,
Nrrncn foi hommn intransigente em poli tiL-a; o erc~:dor· rlnquclla \'il/;r, na qu:•l octupon logo
··conta muitos Bmig:us no porlido cons•H'\'ador on os primciroscnrg-Gs, c qn~~ at~ 187$ couscrV;tl'b,:sc
B~hi~, r~ qmmdo nl;::um destes nmigo~ lhe lL'IIl
nn mesmn ple1w paz, sem :1 menor recl:1maoao.
b:ttido ;i purt~, 1mnca <l:)ixou de ~en•il-u~. O Convitlo o Sr. minisl!•o da .iustica para dizer
CJU~es os ucto$ de perseguição Jlralicndo.s c-tti
ex.e:nvlo disto cstú U(( dctc::o :>cnnt<wi~l, em qtlc ctHuo po•· Scn•riano n~quclle lermo, Pois bem,
foi es~olhido sumdor o 110nr~uo prcsidenll1 do
conselho, n:r qUttl o llMdo Dt·. 'l'IIJerio, 11igilo. cs>c homem .torno i.l·~e ile l't•pcnte um saltcmlor,
con.-;ervador, obteve n melltot• voL:lÇUIJ uos col· um D·s~~~sino; cisto possível, é istc>aeroditu\·cl ?•
!egio.-; do ser11io a sw prdido. O leneutc coronel Não posso 11:~~· iufonna~ucs minucil:S:ts dos
Ath~•ydc .ó [)91' assim dil.('l' o conml, o l'nCatTc-
precedeu tes tle Se\'ednuo. O que (Jo~so a~segu·
gado dos negocio~ d;:~.rJUO!Ins regiões na cupilul, rar· ú casa. ê (Jlte, qLWn<lo o tenente-coronel
,!t.t!Joyde csíere em !/oJ7ü no Rio dos Eg-n11s, ou-
scnt distincr~~o de [1arlitlo8, A toG.os $et'\'c com o viu graves c fund:tda~ queixas conLt'n o proce•
maio•· zdo o solicitude; d':thi a e::lim:t, de que tlimC'nlo tle Se\'erinno, como juiz muuicipnl
I(Ozn em todo o scrtiio da D:llJÍ;1. E', poi~, sem supplente. Asscvernm muit~s que este em da
fundamento n !JUaliflc~ção do 3paix~I1Htdo que ol'dem tl~quelles d!l !JUC ftll!on o honrado ba·
lhe tlá o illttstre ::ir. conselheiro Juuqueirn, o rão, que d•!sgrnçnm 11s orphãns. Da mesmn
nind~ menos rnzuo tem o honrmhl St•. llar1lo de
Cotegipe qu11ndo o'lffil'llHl que Atlut)·de tinha S(•rle ~~ queixan1m das <tllloritlndes policiaes
c {los cxnctorcs da f3zcnda; tu~os ngcntcs seus,
~·g-gr~YO:' e - resentimcnto> de Scvnh11JO por
m1o lvl·u st>rrhlo dur:Jnle o domiuio consen·a· os quac~, combina,lns, duhlplthv~ml. o muuici·
dor. O t'ênente co!'onel ALhayde ~ primo de Se· pio. foi este, :)~·. pn:sidontc, o unico motivo,
"''Criano, c eom este nunca teve tlesan~n~;:•s; pro- pelo qual o escnq:ulosu Sr. Ath~yue uDo julgou
Ya·o um trecho do uma carta, que lerei depois; conv,!niente m~llt!!l-o uns po~içlie~, que occu·.
nem jt m~is.ueixou qc ~c r atl0tt1lido nns mus re- p~vam. ·
commontln~uL•s !Jnl'n ~lli tlnrantc totlü o u•;mi!lio O Sn. AtiiiEIDA Cou-ro:-Escrupttlos muito lon-
dos couscrv:u]OI'cs. Y~Ycis. ·
E' mister lcmlJrnr· uo ntJIJre JJariia. q::w ~ó eni O Sn. z.u:A:-0 qt<e é certo é que os colkcto·
i87ü, por neto do Exm. Sr. eonsl'll!cit·o Silvn rcs, <JUCJ' gm·ne~. quer pro. riuci:ws dulli, fOl'ilffi
Nunes, entftu presidente dn Ballhr, c em cunsc- qunsi H'lli!Jfü inliels. Tenho 11 csk~ rc~peito in·
quenci:' da lei, qnc; reformou :.t ell'ie1ln....:conhc- funn~~th:s <k <rlulms :1s l!J~souraJ·t~s, as qu:Jes
t:id:t por ·I~ i ~o !erro, foi ~·rcntlo o eoiJI.'gio 1111 <~QUi esl~l.', ll<!UC posso rnostmr a l:iS. Ee:x., si o
villtr do Hiu elas Eg1ws, IJUC nlê en\5o Llovtt W oxigit·cm.
cldtorc~, CJUc inn• Yo\nl' no villa Llc Cnrinlwnlto, Ulliuwmcnle lenho ouvido tlh:er 1~ue M pro-
c IJUe p~ssou ~ dar I)L Os negodo~ polilk(ls üc vincia de 15. Pvulo, h:1 onnris, Suverwno ãs5as·
Carinh3nhn, I}Uill' nn clominio tlos lill~•·n:·l>, sinürn on mandam n8snssinm· um seu cunllndo;
quer ,10 dos conscl'v3dore:;, esliYornm .~cmpl'e n5o u:<~oguro que scj~ exacto. M11s ainda !]Unndo
solJ n diroc~i'io do tenente coronel .lv:iquiln Jo~~ o~ seus pn:;.:cdent~s s~jum hous, não scri1 u pri·
. ItiaclH\do, cur:hmlo de Athayde,o l]ual, ha poucos mei1·n vez f!UC um hoinem mt>Utado honmdo
· · nnnos, fnlkccu; ~(, enlilo t~omet'Oll :1 ligurnr Se- tenha commeltido crimes ntrozes ou inf11mes.
veriJHO no llio ,ft,s Eguas. : ' · Os exl'mplo~ nbunrJnm pnrn se contrnpm·em ao
O cnntlidt~to, \)\!1' quem sempre se intm·ess:w~ ajJhorismo: Nemo Hllcntc bo1ws, rtrmo t"t'Pentc
Athnydo no du!ntnio consci'Vadot· era o humilde .malus.
depulndo, que uo~tll momenlo f(lll:t. Si os nn • O nol.H'e bar~o csllt t3mhem ongnnado qunndo
bt'CS aenndorcs q ui~ercm ~c dat· ::1.0 trabn lho de ~uppue quo Severiano f1.1i o crcnclor daquellc
com(mlsnl' ns nt~tns ela tod~s (l.s ~lciçues l'l'óVin· logur. r:u creio quo S. l~x. nüo 110rtl em du·
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 09:36 - Pêgina 20 ae 33

Se8sao .em 11 de Maio de 1880. 103


vida a minbo pillavra, quando .lhe di~~cr _que 1me tem-como ~nbl'. de · seü amig-o úbl'ig:;d,>.-
quem ~le\'011 n povon~ão do l\io ~;'s Egun~ ~ ScVt!l'icmo A.lltOilia d< 3fa,qul/iàes. • ·
· cnlegor!a de . rre:;n1~tlt1, c Jt081el~lo~·menlc _ u E; tos c:.~rlos foram aprcCiad:'s no senado pelo
.c~le.~orm de _VJl!3, r.ul cu !J3 a~~emll!{.'n ,PfO\'Jn: Exm . Sr . .S0U:\llor Junqucira com :tS seguintes ·..
c1~l d:l Bah•a~ a mstllnculs de Joaf}Uim Jose p~l:tnlls( 1iJ l: · .
Machado e Athnyde. ·
. • F.u OU\'i a leitura que fez hontc'm o nobre
. Os Sns. ILDIU'ONSo DE .AnAuJo " Ai.~unol 111lnis ~r.o da jn~tí~n dus c:1rtas c~cript3S a um
Como :-E' verdade; é um faclo j)Ubtico c. no· seu amtgo. . . · ·. ••
torlo. · • Es tas cartas nada provnm, ou si pro\·nm al-
o Su. ZAliA :.,-Não c':lbCm portanto :1 s.~ \'C .· guma coma é o c5!ado tcr:-ivcl r1os nossos cos·
r inno ns honrtis dfl crca<loJ· dnqncllcs lngu:·e~ . tumcs p(l!ilitos. O capitlio Scvcrian(l, nc~ lns
onde ellc 'Por muito tempo rc(Jl'c$cntotL i!:l pd u:trln!', d:í testemunhn de qne estava ccl'to . de
rn nito ohscnro. qne st1ncln nom cadn~ pm-~ ttll loJ·idodes polici<~e s .
C. illu:;tr<! ~enador J unqucir~. referindo os ello, os tleS:;I•<~ s que inuicnYnm seus · ;Hlvcrsm·ios,
acontecimentos qile se dcnun n~r[IIC IIc log<l-r OS f Í$COS. wn filmil in .c ~cus nmigos cot:ri~m todos
'
como se vê no sc11 discur"o public:ldO no Dir11'i·1 • Nesse c:lso eu o descul po, nfio sou exi:;-c.nte;
Oficia l do dia 20 de Abril,de.•crcv!! St~ l'er inno An·
to'nia de abgulhães como con~;crvud<•r dcdicndo e aos mens ·co· reti:.:ionarios que cstfio rõra de lo:la
l!'nr:mLi:t, de>CllltlO até certo ponto scm e lh~nte
chefe do parti,lo d~quelln loc;~lidatle I) a ~SCVC I'il , a1Jroe ~d i mento; qnc n:íó _·é ma1s do que v n-eo-
comn o Ex.tn. Sr. Bnriío de Cot6gipc, lfliC oú::, nhccimcnto da impóssibiljd;;t1 t! em que ~:.< tavnrn
p:~ r:l rnzermos a elciçiio, ti\'Cmos ncccssirbuc dl)
os conservodorcs de toda a provinda de obterem
recorl'cr ás nrmtls, cspin~m~dcando Scvcl'iliiiO c garantias
.n sm1 .g-tmlc para que nãi'concOITcsscm:;i urna. esloid;moindividuaes. Aqucllcs que nilo tinh:un
Desta ultima pm·te etllrnt:~rei de(Joi:'. Ua chc - bastante p:u·a lutar -com .a ·ath·crsi·
rança cu clte!ia e dedicaç~o d:J Sco;ca·i:tno Gil tlallc, nws ~dvcr8illa.de qtlc ia até ao íticl!ndio.
dnrei uma IH'on, que, tenho ;1 vnidadc de crer nt~ :i tcnlatil'n contra n hon1·a c1:~ fumili:~. até ao ·
desde. já, a cam~ra a jUlgará Ir recusarei .. nssass!n~to, o esses rtualqum· tr3n~ac~ão Ór tl dcs·
·No SPnado fornm hdM.du~s c~J'l:J_~ pelo nobre culrnvcl. • Portanto as cHtns
.
npresenladas por S. Ex.
ministro da just:ça q11c me fornm rlit•i:;idns pelo pelo cnpitiío Sen!l'i~no, clirig-iclns :1
cafiiluo Se'r'erümo, as qunes ·lerei aqui. Iam· . eumO!·madas seu nmigo, undo. prova111, c ~i prOYlilll ai·
llem (U): g-umn eousn, B no sentido de anestarem bem
· • R10 das Eguas, H de Jnnt>iro ti~ :1878_. alio a ralln de conlian~:a, que reina nnquelles
·. • 111m. c :tmigo Or. Znm~.-A g- or.1 ~ - que logure·s em relnç;!o :is pl'ovidencins dogovúmo., .
posso ·dlll'·lhe o rosultadod !) cnll•~gio d'mrui, que O nobre Barã~ de Cotegipe, t:unbem· por suo
pela lista inclusa vcr:i V. S. o resuh:tllo; V. S. vez, nn~lyson o valor destes documentos pelil
não deve se ag-astar commigo, pois V. S. · S.'lbll, .fórma se;;uintc (lé); ·
que sempre rui ~cu e nunca deixei do lhe ~ll ·
li$far.cr, si n~ o. tenho satisfcittJ moia «i por.1ue • O Sr. Banio de Coteqipc :...: Os lta!Jitnotcs
·V. S. sabe mu«to llem que <JUClll mor:1 no logur do aerlão,_qne pelo dedo óonbecer:nn o_gigant(!,
como nós mornmos longe (lo recurso::, devemos estremoeei·am ; e d'ahi nascem, Sr. minisll'o da
eslnr com o governo, e Dssim v. S. v:i H'lllpru justiç.1 ; os c.1rt~s de Severi:tno o uiio roas do
pondo su~s vista$ aqui, que em lemvo conre · .Sevcriano, mns as de oult'Os que V. Ex. tenha
nient.u poderti dispôr como sou, niio buln quo reecbido . · Elles s.1biam as pessoas que tinham
nclutn'• n molhor vontade c assim c V. S. nos~o em freu·te de l>i; sabiam que a nntoruln de poli.
·advogado, quero de V. S. um favor IJ\te no c i:~l e n fm-ç:~ public.,, r.onfi:Hl:ls nquelles 1odi·
C:lSO ilependcr COIU ,seUS ~migos pai•a 3 UOÍ!U' D;_'~O . viduos, seriam . o \O!JUe de morlo para todos
do ar:ente do corre1o porn oqui o Sr. Mt~noel · (• lle~. • · .
.toaqnim de Arnujo o sen supplcntc Jo5o JMc A cnmara nuvitl a leHurn das cart.1s. e o
Linces, pois será melhor qu:~nto nutes virem cs tns modo poa· que os nobres senndores consideraram
. nomeações, pois que dellns muito lll'ecigo, CJU\~ o \•alor d~stes do~ttmcntos. SS. EEx. si tivessem
n1io · pei'den\ · ~eus passo~, pois aqtti p•·omph> ponsudo ntt>lhor, niio lerinm dilo o que disseram.
como se\1 amigo obrig3di5simo.--St't'l!ri!mo An· Antes do tot.lo cxnminemos em q\Ie . época, c
tonio de ;llcronlhães. • · . em que condi~·ues o c~pitão Severinno me dl·
A segundn cnrta é nos termos ~~gnintcs ( lê): rigill estns duns onrtos.
A prhneira no dia ilt de Janeiro de i8i8, din
• Rio dos Eguas, 18 de Fevereiro de 1878. immcdioto ú elciç5o provincial, 9.u:mdo nem
• Illm. e amigo Sr. Dr. Zama.-Hn poucos noticin podia b:~ver naquella regiuo da mu-
dia&Ih~ cscrllvi pedindo :1 norneaçllo de co!'relo danca polilica 1 porqunnto da capital da Bahia ti
p~r:~ o Sr. _ IIJ~noel Joaquim de Araujo,.e· como vllla do Rio WIS Eguas distam i8'il ou !8~ le·
J:\ foi nomendo outro com o quo I estou saUsrcilo guas, <JUalquerqne seja o caminho qu·~ se tome
Duo co1n-ém (lUe bulo. DO quo foi nomendo, outt·o pnr~ Jn·chegnr.
sim v. Ex. nao consinta por fót·m:~::~lgumn buhr Destas cnr\3s se vu quc aquelle chefe conse•··
ne8te município onde V. Ex. tem todo o npoio, mdo1· nttcndeu as minlias reoomincndações com·
niio acredite em um pequeno-grupo que nppne· rclaç;"io :i eleiçiio._ provinci~l , tanto que, metmo
ce no porto de. Snntn M:arla, que para nada no dominio desse partido quando nem sonhava
serve, é o que muilo tenho a pondernra V. Ex. que n pollticn mudnsse, pnnbn :i minha disposi·
isto mesmo vou fazer ver 110 Ath11id~, \lGis nqui túo nqucllc collegio e declornva que ·me fosse
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 09:36· Página 21 ae 33

104 Sessão em ll de Maio de 1880.


IJrcparundo pal'll dispor delle, como me con· S~nhores, é preciso _IJUC CU faça DOtar á C3·
vieseel. mnt·a uma cireumstancm. Ft~itas as nome;~çoos
Eis :~qui quanto :i de!li c~ão tJOiilic:~ de um polieiaes a 4 de Jlarço, o ttovcrno imperi:~l, por
chefe ao qu:~l tantn importancia quer duo se· ilecrcto de :1.3 de A~r i l de i8i8, UO!llllOU juiz mu-
nador Junqneiro . · . nicipal d_os te•·mos de C..a•·inlumba e Rio das Egúas
A sa~nndn c:~rta foi cscripln n tS de Fevn· · oque Dr. José :!tlanocl Cavalcvnti d" Almeid:J, moço
rciro, ér•ocn Clm que eu me acl1avn· nesta curte, municipal, vciu do l>nraná. _A nomençiío de um juiz
tendo seguido n ~o do mesmo mez_ptu·a a Bahia nhum nnquella sem inter~sse ab~o lutnmente ne·
-no vnpO!' Pará-em companhia do honrado mendn~·ão dc.s- politicos localidade, sem a menor recom·
Sr. n~riio Homem del Mello, nomeado prc· que · o governo não tinha dn IJahia, demonstra bem·
sid<'nle doctuella provinci:., de cuja adminis· ções, nem conquistnr collegios. em mit'3 fazer elei·
tr:~~ão · tomou posso a 25. .-\s nom caçül!s poli·
Este juiz mu -
ciM<' {lata o Hio d11s Egua~ fornm fcilns :1 ~ de de nicipnl, eutr;~ndo em exercicio em W de Julho
1~78, foi removido em U de Outubro do
1\l:tl'Ço de :1878, como se vê das inform~çücs dn- mc~mo anno p3ra Cnr;~vellas.
sccrctoria do gO\'cruo da Dahia, que aqui est~o. Ett tinha ucees$idade·ue fnr.cr notar esta cir·
Logo, senhol'cS, outro~ que não os motiros cnmstanci:• pnrn chnutar a au~n~tlo da cnmara
quo os no~rcs sc nauores dão, leYoram Scl'cri:m., soiJrc um certo
n -c~crr.vcr-mc tn<'s cnrla~. A vcrtlade é, Sr~ Dnrfio dc ~otugipolopico tlo diJtc.urso do nobre
presidente, que Severinno nem era liber:.l , nem juiz 1!1) tlircilo tia ·; comarca e convém :~índ n not.:•r rtue o
ern nc:<se l~mpo o
con~ernulor ; era um ho!llcm dl:: po~to · a s-ervir
Jo~ü àlnrciano de Campos, alllhro J!OHlico tiOs
a qu•~m quer CJUC fosse IJUC o mantivc;~e n~s Vr. no h r~> ~cnadorc~ n:~rão de Cntegipe é Jun(tueira~
llosiçucs-, (Apoiatlo8.) conscrn•dor de todos os tempos, c como tal re·
lfa muita gente dcst~ escoln me~mo no conhecido na prorincia. En trctanlo sempre o
grande mundo po\ilico; constituem n·b:•.~:·agcm l"CilUici homem de bem ; foi men co! lega na ns·
pcsalla dos V;ll'lidos; são os sui~so~, que servem semblea t>rovincial c nos estudos, c sempre fiz
a quem m;n;; lhes paga, nu~ n hourl\ dos par· de li~ o melhor conceito. (Apoiuclo&.) . ·
lidos manda.que a taes entidades uinguem c :Ootlois de ter deixado liquidado este ponto,
muito menos homens · da ordem ·dos Exms. l'~ ssarei ao primei rô c:t_pitulo dtJ tleemaçlio,levan-
Srs. Barão de Cottlgipe e conselheiro Junqucira, t~do pelos nobres senadores contrn ~~~ nutoridndes
du-ll1es a honra de eonsidernl·as . digu:~s da es- e o pr,rliolo liberal do Rio das Eguas. Estn accu ~
tima e apreço polilico. (~f11ilo bem.) ~açti'J e c\ll que, nn vespern tln eleição , os lib()·
. Como pois tlodinm ns nomeacues policines ser rac:s cxtJe!Ht·llm n tiros o cnpllão Seyeriano,
· . cama de~l :1s .c~ rt:t8, si a 1:1 rle Janei ro ainda rJne C'Jncorrt•ra com seus omigos á eleiçüo
. a mudança poliUca não er11 nlli con.hec•dn, si a qttc devia n•riflcar·se :1 20. ·
t8 de Fevereiro o B.,riio Homem de .Mello ainda Oevo dizer :i Clllllnra que ~ste fncto n que so
não tinha chcg.. do :i Dabia como presidente .... rcfe•·cm ·os nobres sen~dores deu-se na tarde de·
O Sn. JoAQt:t:u SllnnA:- Isso é.lrrespondivel. todos Hl de Jnnho de 18i8 . Na Vl'l' IJCI'3 deste dia
os homens de certa impottnncin daquel\es ··
O Sn. z ;\MA:- • .• ~ i su a ':::0 de. rcvcreiro 011 log~rcs ~o :1clwram com o capitão ~cverimw, em·
s~biu d'aqui, no v~ po1· Pará, t:om S. Ex., cruc con fe~•euein om t•nsa do _ Dr. ju i r. de direito José
toroon posse n li!.'i? Logo se vil IJUtl nfio foi o ?llureia110 üc C,"lmpos, c uh i es~;ot:1ra m todo ~ O$

chefe con~ervndor a pôr·sc à dl~po~it;iío do mnis


I
facto da nom ea.~ão destas ou d:~quclbs pessoas, meios sunso·rios p:tra consegUir que n eleição
para nquclles lo~ues, que lc>ou o in-utul~do 8c"fizel'se tle nccôrdo entre-tódos.
A estn proposta Siwe•·iano, t•ccnsnndo }JC•
_ .
o~scnr_o e l~nmiltle dos liht•raes dn !Jnhia. E t.1nto rcmptori!'ltn~r:to, declarou que clle ou h:~ via de
nuo fo1 nsmn, quo cu tenho ~qtll respos\ns no_s fo1.er n cle1çuo toda, GU nada, com o que os
telegramlllns qlte dirigi para D:.llia, dos qtmes se nos~os ninig-os nffo coneol'd:~ram, )iorque o pleito
vê que :1s nomeneties 'policines p::.ro o termo do de uma clei~;iio ti o dird to de todos. As auto ri·
llio dns Eguas s(l fonun fnitns n 4 de Mnrço, dados llzeram·lhc sentir rJUC vic;sc pleitenl' a
mttito tempo ·depois de. recei.Jillas estas rort~s. cleiçiio, mas que trouxesse a sua gente•lcsnrma-
. Devo -dizer :\ c~mara quo poocri;~~nos ter !la e n esta recommcndnçüo do delegado o
commellido, com rclar,:«o no R10 das Eguas, o·· catlitão Severianó · respondeu quo bavia de
I
mesmo Cl'I'O qnc, alguns di1.em, contn1ellemos ontrar eom n sun. gente nrmndo c queJ si níio g-a·
em Urni.Jti, con~ervnndo o mesmo pes~oal qne nlw ~~c a cleiç!lo, ha\•ia. de delxnt• n villa nrra-
scr\'Íll MS con~et'\'llllorcõ. Si Scveri:mo n~o f\1i lada. Esta ú n verrlado !los factos .
con ~crvndu nlii, repilo, JJO I' bonru do . ]Jartitlo- ' No dia 19 peln mnnh~ , Seve1;iano e seus .
liberal, roi tlorqu_o o tencntc ·coroncl Alh~yde, ~mi gos entr:~ram na villn o recolhcrmn·se em
com quanto nuHgo e pnrente de Scverwuo, sua ' C~sa, provnvclmenlo :.rm01dos, mas como
fez-nos ver que nos nllimos tempos que lá tinha vinham ·do paletots .e capotes, ninguem lhes foi
estndo, ouvirn gt·nves accusoções <:ontra Sevc- :is mão~. Ns fi horas, porem, um grupo de pessoas
rinno, as~ im como contra as autoridades poli· . tn·madtlS diriglu·se para 11 v.ilin, puro entrar para
clncs 4JllC serviam sob suns ordens ; o como 11 qual é necessol'io atravessar uma ponw qüe bn
cnlendJII qut\ sô l1omens do re[lutnQITo illilwda sobre o Rio d~s Eguns. Ahi, por ·ordem do tlo·
'deviam ser invcslidos dos cargos publicos, só lcg:•do de polkin, um omciul de justiç~ e utn
JlOt esta rnzlio c que niio nomE~umos Scvcriano, inspeclor de quarteirão, li frente de nlguns
como poderinmos ter nomcntlo, desde que, com apenados, intimaram ns pessoas que nssim ~e
relnção· á polilica, clle niio queria, nem podia a~resentavam pat·a depot•cm nsarmas .. Niuguem
cousar-nos. o menor embaraço, d1r<'t que nr•o seja esta uma ordem multo _
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 22 de 33

Ses!lão em 11 de Maio de 1880. 105

regular. quando se trntn de fozcr elcilj'ücs. E' Sr. ]lrc~idcnte, ri dJtadn do .2~ de .Junho, tres
mesmo uma das di~posi~~ües d~ lei de 19 de dias depois dos acontecimentos: , O delogallo do
Agosto de t8i6. Pois, 11 esta inUmaÇão lod:. lcglll, Hio dns Eguas communica ao chefc.dc !}alicia o
a resposta foi ·nma descarga dada pela gente de conOicto que se ueu no dia 19, as 5 horas da
Sevcri:mo, sobre a g-ento da polícia, a qualpru- tntde, produtido pelos tiros que, contra os ape-
dnziu a morte immediuta de wn a[Jenndo, e no nndos da policio, õ.i;p:irou n gente do c~pit5o
dia seguinte a morte de mnis duus , descargn ll Scvcrinno ••
que respondMam os openndos, produzindo entro .. O Sn. MACEDO: -A mesa já estava organi-
a g•mle de 8everiano,; creio que lamuem tres zado? ·
mortos.
Sobre c~ te f~•cto di~se o nobre Bar1io dB O Sn. ZA:IU :..:.Não, senhot•. O faeto detl·Se ús
Coteg-ípe o seguinte (lê): õ horas da tarde do dia !9, e n mesa organizou-
O Sr~ .Barão de Cotegipe:- Qunndo Scveri~no
se nn mnnl1ã seguinte as H horas.
veiu com os eleitores para proceder á organi- O SH. MACEDO :-Perdoe-me inlerrompel·o; a
zação da ml\Sn parochinl, foi rcpe\lido com des· qucstno e muito séria, }JOt isto o ineommodo.
eorg:a, c soffrou n::t su:1. gente ü morlo~, não sa- O Sn. ZAlrA :"--Pelo cot1trario. Folgo ~m re-
binílo nenbum fN'illO do l;Jdo do delegado ; per·· cel.Jcr os apm•tcs do .nobt'e deputado, que de·
~tonto: quem atncou, qnem foi promolor do con· monsh'11U csi:J.l' S. Ex. rn·<:-,stando altcnção ao
llícto '"! · que e,;tou dizendo. O delegado dantlo conla do
De modo que, para S. E:t ... o faclo de não ler conflicto, cunc.luiL1 dizendo que pro·.~odera á in·
si!lo i'eri1;o neahum home111·du J::llo da polid:t, <1uerito, subindo o proceaso ao j tlÍl ívr;;;ador
prova que o :mtor do conOicLo foi o ddcgado. da culpa. . .
1\l:ls o Sr. seu:~do•· Juuqueirn, funEl.ado em in. l'ergnnto eu, sendo, como é ve1'dade, o quo
formações, ·q11e elle dedai"Oll de pe~sl>tts fidcdi· diz o Sr. ,enndor Junquclra, bto c, que hou-
gnns, diS$e no sen~dl}.•. tu1 scs~~o de 23 de Abril, \'c .ferimentos de lado n lado, n:i11 •l mni s
como s~ v~ no·. dbctuso pubiicmlo a ;~:,~, o se- crivt~l qllc o conllicto, ris morte:; e o~ f•.•rimcntos
guinte ( lê): . fossem antes o res11ltado da llcsolJcdicllda ás
• Principiou o estado ·activo llo guerra no dia o1·dens do delcgatl.o, quo procurava impedir,
dn eleição senatorial a 20 de Julho de U!iS, não como crn seu dever, n enlrnda de gente ~rma!ln
consentindo as mi.toridades e os cnhalistns elei- do que de ~XCCS$0~ o otrocillacles da policia con-
tor:~es que a opposicyão ccn~ervadot·a entrusse tra pcsso~s, tls qum!s não tinlw odios, nem
dentro da villu ])ara votar, resull:ll)rlo deste eon- inimiznde1 Sobretmlo !Jil<mtlo ninda n11 vespera
flicto seis mortes, pelas qunes só licou l'e.,pon- os liber:~es.tinham empreg~1do e.>forços p~ra qu•Y
SaYel o lado conservador, cujos ·membros foram .a elei\·ilo se llzo~se de accôdo? ·
pronunciacl9s em numero de U9, tendo alitis OSa. ~IAC&oo :-Parece ser consequcncia d:1s
havido ferimentos e mortes do lado a lado, e informaçtie~ do Sr. lunqueirn.
tendo sh1o roubadas as c~sas de morar, e sn- OSn. ZA~IA.: -E' preciso que nfio faç~mos os
queadas as de commercio dosque esLão fórn das Jlommls poiorcs do ClUG slio. Um pnrlido gue
graçns dn situm;ão ..· conta elementos poderosos, que tem por. s1 os
Assim, Sr. presidente, sobre este facto, qM é melhores homens d:1 terra, que conta com o
impot•tante, J:l que a elle se atti'ibue tudo qunnto prcsti~·io do governo, que e muita cous~ neste
alli se tem posteriorment~ pnssado, os dous no- paiz ; esté.' pai' !ido para ven!!er uma eleiçffo qu0
bres senndores estilo em completo desnccur.io, oiuda na vcsllcl·u, queria fazer dü ClltnlllUl'll
Um afirma quo houve mortes do Indo da gente nccôrdo p1·ed~ava hmçar mão de meio~ violentos
de Scvori:mo, o o outt•o a~segur:~ ~ue de lpdo quandu nem ao mcno3 havia entre os indlvl·
a ll!do ·houveram mortes e ferimentos 1 duas odius pesso:~es? .
O SI\. PnllSipENTil : .,... Observo :to nobre de- Houve, com ofl'eito, Sr; pr~sidentc, ferimentos
putado que a hora está passada. do Indo 11 lado, em consequoncia da descargn
O Sn. ZAlrA:- Sr. presidente, ~ou u obe· que deu a gente de Sevcriano con h·a n força
d!Emchi em pessoa. Si se tratasse de nma que~· publica, descat·gn que foi respondida pela gente
tão que não fosse de r,1ctos, eu me sentnna ao dele~nllo em /P.gitima defesa, c repulsa da
immedi~t:unente, obedecendo á observação que
o.ggre8SitO,. como j:i disse.
V. Ex. me d!t·ige; mas tr3tando de um ~ssumpto Si niio ro~su assim, si a logicn e a boa r~z5o,
desta ordem, Y. Ex. comprehende que, inter· niio nos levassem a concluir por esta fõrmn, eu
rompendo meu discurso, por isso que está dad~ tenho um documento que nà•) pl.ide dcinr de
n hora, llcn o meu trabalho inteiramente per- trnzct• 11 convicçflo desta verdade. ·
dido. (Apoiudoa.) O juiz de 1lireito da comarca, Sr. presidente,
em conservador, 3migo pessoal dos Srs. sena-
O Sn., Pn~Slll!i'.NTE:- Poço M nohre daputl!.do dores Junqueiru o Darão de Colegipe; era :~Iem
que resuma ~m1s idéas. disto homem de bem.
O Sn. ZAMA : -Vou resumindo tanto quanto O juiz de direito csl:lVa no Rio dns Eguas;
me é pos~lvel. Assim, poi~, entre a nssoveraçiío foi testemunha presencial de lodos os nconteci-
do Sr. Boriio de CotegtJie o a do Sr. S(mudor mentos e si tivesse havido, dn parte dn ~.Utori­
Jungueira, procismnos, desde que e\las não silo dnde policial e do partido liberal; estes excessos,
uniformes, nchnr meio de descobrir qnn! dellas estas viohmcins que allegom os nobr()s senadores
é verdodeiro.. ·. uunco o jui1. de direito da comarca daria llO
Tenho, S1•. pre~idente, n parte official do de· ehere do parlido liberal daiJUella locnlidade o
legndo 11 respeito dcsl.:t·occurrencia. Estn pnrte,· n\lestad·o quo )lasso a ler (lê):
romo 1.-u. ·
Càna ra dos Depli:ados + Impre sso em 2 7/01/2015 09: 36+ Pá gina 23 de 33

. lOG Srssão em ll de ~raio d3 1880 .

• I1im. SI'. Di', .iniz rlll rlir<'iltJ.-f) r.~pit'io I dn~ h:'o rle rer·ord:H'·>•' rln Ih·. Fcli-.: .ln~!· •in
Frm.wi~eo .f, .• ,~ tl:1 ll••l'lt:J ~!e.dr.,du. l'rir11o, IH'•'·IIlocha ~['~"''''""· qu• r.. i .i••i1. rl·· •LrdL",.'~ úwtn·
ci•.-·. :• l«•rn ,!., ~ca di eilt•, <llle \'. ~~ Ih•• iillr••l·· lltn dr·.•lil c~nt:tr·,. uc !Kí~<~ H! i~.
~o ~~4~ ~~c~r:t tpml o ~l'U pl·oe.:·dínt ~ ~:lto diJf.tHt•~ 9 E :1 p•:trl:a. llil/!e: ~e ht·l. 1 ic~ e:O::ff~_eec~r q111! Psta
pl•·i<n t•[I'Í[PI'ill, !Jll!' :if;:IJa di' ll~t Jo~;rl' para· f.•IH •I.i:t llC:I 1.111 t),•,; 11 1' 1'0! ' ~. r!:1 ~~~ ITa do 1'"1'3•
el i,·:io de •·l·~il••rc~ ··~pL~"Í:r··~ .p.-r:t el•·g-,q· a~ • a- ~u:11·, o qu:d w• dia :1 drJ .'í"~·,·mbrn, Pns·•l""lll
(:'!":1~ s -t~: dor~·s ; I~ qUI.! v·. s·. di;1~L·t::~'1Ul I'!':JB.. :utt.(~n:~ t•·rT:t itd!O:W:Itit.:t ··um (J ~l~ít ,.::dlg'li<L (J Le·
j•

l)tii'W t' ,·erd:~rle tio c:rq.:·o 1p1c <'\'''T''• q!1nl 11 nr•ni•'·I'Ol'"llt!l L· ndUlfo .l11~é tia llor·lia Me .ir·:,.lo,
juitn qU•} !C!II ~"ot'lll:ill<J r·~~;~eilo nn. ~~Jj·pli··;qlf•'. hr,•Vo CIIIHm··n·~:jute rln.:!:!tl·· \rufunt:q·~ns. n:-~~:n­
-~ lL ~1.-f"l'lllt•;i~r:·> ·'"·''' dn ./lry.;/111 Jf,·:f a~/" u lo'"' rl••tlit'"'.-~o t• rl" lmii'.UI'a 111ilit:tl', o 'fllnl
P··imo :\!l•·,ot" rp•! o prn••t•<IIIIII!OTitn d·J peido' r,•t·•·lit•ndu :ttpli n:• l'l'll'li! .UIIl lt:li:dh:ltJ, r·rf!ll[II>SIO
nar·in,luranle o jJit•ito r•leit11r~l, de que'"'"'''' p111'a lll'lll di•er·dn n•IJit!;dlt•J tb rrnpul t·5o. 111rt•
tt~Jtl :-:idr1 di;.:·no ~!i • lo~.ln o t•lc·:;in •· I.'U+I~Ídi'l':ll~:t() rr•(•i:l d. nl·o i'l!l potu~o tc:n,:r,- rJUI! u Cu:HII' Je
pLIJiir-.1. ]l:'lot~ P~l'or·':"~ e prndt•nles eor"elhr~~ 1'or·111 Alt·::r•'· o cll•·l'•.! "''li" ·!i-ciplill:~•l"''
•[UC
crnw'·~·;1d"~ 11:n·n .,,;~llt••l' a m·•b•m e t:·an·tt:ílli- ~;· tnrn:.n \r .u. ai li. :~po:•l"""eo t!"l'llu ,',c ~~~.1 1'0111·
.d;r. il.' i•ltiolka. c. fnl~o <'111 dechrar qne foi um m:rndo I'O!nu !1\IHlt•lot th•,liH~,plinn,:t-~··i""'il'•!l~ 'll,
d-·H :ln\ili~ll'"S m· i:-O .. t'ilir•;aze~ r-JUH i•qui n!IC~•ut,·ci (' :tt·pu:-:r-:h -~~e an f~Xd',·itn ct._, ~t·u eull1tlltHh1o
p:n';J rnaili<'l' o n·~jll'ilu :,~ ·a~!·uriri:Jik.<" ~nr:rn · q1:•• t<~111a.:se L o twbrer-\<'ll!i'ln. (J lt'lli'IIL•··<'Ior O·
tia dn Qrr]• 111, e ;r,:.:ÍIII ('0111:1 (),•t'I:!I'U l~ !!IH' I!\ H o•! f.:n11IU li'o UIIHTI'II fil'llll' li f\ ~PU pOS!O, :1 fl'tllllC
qlli• 11 j li~O tf\h' S<'lll\J\'f. h:tl'ÍU fOI'II :1110:1 1'•'~- uo •·LH'j\10 '!lllo I'Oll\lil:lllil:l\':1, \':ii.OiloiO l'ik >O tom
pe:ln tJu riH'~llH~ J•t•I!I'Í•lll:l ··in. tle h''llli"lll ftl'll• 0~ SI·U~ "I:J ~atf~a:--, l"reut•• ~I l~l-ill O e~er~·jtu j)':l"a-
di•1ll1', S•'ll,nln ,. r~: Hwi:~dol' 1l:•s ·lo-i,: u d:ts :rrr- !!'l!:t~·~ ~. qn·· 11" 11!1)111111:11·· I d :1 ;~ "'' ,:oH•mr.r·o
tori,l:•·le,:, lit'on pl<·tl"'"''ll!•• <.'Onlir·nt:,.lu ll~> 111<'11 d11 l~lii ;Jt·woll a,., t:•g·tt:rrol:• de no~>M f~>l'• as
c,pidto/Cill yj~t;JI[;.I;I\tllild() 1'111 •jlll! elf.· l!"fiU· ,tC:OIIIJl;,rJns U()l !'uyuty,n ·:ise f~Í'tiL'llllj\lCO IJ!'ô!VO
c~· •·s1• e <lu proc••tlttn··IJIO l[lli.) l<·vc lllH' O<'t':t· P.Tlll A!••!!\'<' ~!t·\·.. n-<:• us nrl:ll\1- \J,~ lteroes
~i'ro de •l:tr·8 .um curr.llkt". 11:1 w~peril fi., din lr.~e··tl rio~ tl:l ·utig-.:irl:lll••. (Jflpto 11.-rn.) ·
Cltl que Linha do cole;w:··~•· a m,·~;r pn ·a Pl' " ~irlil.' ·pn1'11111t·• n l'alnit''a qu<.> te;!! dol(l'ln" paiz de
0> l!'Hh •Ih"" rhJ el••ir:iHt,t'.UllCIIITI'Ilihl (<flit':!Wh\ll lt• J'tOIIii!TI~ [!lO iiii!IOrlante~ , :t t':llnÍii:t C•ll ClljO
p:rr;t o rc,L:rb~lccilnenlq d:t ordt'lll. l'ill.'i tlo Uio h"ntli!'"~ o no:m· ::it·. ~eo:3tJ,,rJuuqu••ir;, :<ullitl
du~ l~).!' t t:•~. ::& •!e Junlt(l de 1~78.-Jns,:J[IITÍWI'J :1IÓ a"' rlo~T:iu,:. dn s naolo nã • ê wu:1 !':qntlla
de Cmitpos, juiz tlt• dil't•it•> da t•om:ri'L'11.• dc••eonlwcid:~. illlC 11r·ss:r Sí'l' tJIIOiilicnrla 1l•' pioi!CI)
01':1, .Sr. l'rt•.•i,tl•·n·:~. er1• prirr1ciro lo.~·:rr, qtwn- i!llpOI'l:lltll! pelu HIIIJI'<~ Sr Jlu·iro ~c Cot·~~·ipe
do ,,. ll';)::t rlo plcilo~ l'lt•il•ll':>es. pode·s:• dizer !JlHl ta1111l"m 11 cnn .cce. e <Jt:e dt•lln pfll' sn:r vez
que :•s. ant... ríd d ··~ P"lici:tes nunc~ deix:tm de rt:r~elwu faYol'<'s. emr]lllllll" dt11Wndi~ .da~ urnas.
mnreh:rt d~;tcct•rrln•·LIIIIo r·l11-t'•·ilu p<~rlid" - :Si., ,:\ão sei pnrtttt•.! :SS. Ei•:x. 11f1n f:o!lan•m 111 in·
poi$. " l'lwf.· d:t nlllli •11\':t (]n~ lillerat•~ lllCI't'C~U 1•n:àn, c tu111~:ln. da l'illa do l\i11 da~ E!!ll:t~ tiO
eJ .. gic~ dó jni1. d•• rl1 ··eitct ·l:l cnm:~rcn, c"n~ ·rvtt· din tli 1k .lu Ih" llc lSi.-; p11r :Suvr••·i:uro {r fnntle
dor c ami·~o · 1!0~ ·nohn·s ~ennd·•l'c·~, · p;rde·s•• •'c 11lgnns cn;mtt:.;;rs. l'ois t~stc facto uw!'ecr; s~l'
di~:••r I[Uil niio ll~HI :o'.S. EEx. rn7.~0. tJllilltrlo rei:IWtll) p:rr:r s<'L' t11ldit:rdo ~o t~:rptlulo rla his·
tl~"eg-nrnm •JUe o !Jili'Lii],, lih~r"l tlo I\ i o clu~ Eg·t:a< tnr'ia t·S"I'ipl~ p··lo hom:tdo IJariio de C..tegipe.
lnn ·ott mf,o das :lt'llt:t~, commcltcu ;otruciola· Al~m du< cn: la~ parliculal'c..: t[UC me der:un UO·
de< fJtll'll vc•n:•er 1111111 c•leH1o. tid:r.-< •ltllle, tenho :•qní o c~ll':ll'l•• rln l•ar·h,• d:11la
O .~t·. H:a•ilo de Cote:;i[l''· ref··l'in•lo·-<e 110 in· :m pr~~~.l~tllt• tia pro1il\\'ia, e do t:hcl'•· de poli·
dividnn, n rtu"m o [)t·. .J.•s•! l\l:lrt·i~tno deu C'Le ci:•. donde ~c v~ que, ~eh:llldo·se ausente ,. na
olt··~tado, tli~~e no st•"a;lo m·d~ oa lllt'll"~ o ~•J· l'"vo:·ç5o ,;e S:mtn Jl~t·i :~ o :l.• ~tl[lJIIenlu d1~ de·
guin t.• : - • \[Ul' 11ós p1'et·i~:l \'~ 110~ de ••rn I' :r· lt'!í'"'" ·1Jill l'Xt~l·r.it•io, o t':1piliio Sc\'erhno, ó.
lent'•o, elo um lwntr1111 ilc e<[tarl:t. tmra fil7.er 11 ft•. 11 te de 11111 gi'UJ'O de j:1~un • :os nrnr:t<ln~, i 11·
COn•JUÍ~I.a.•ltHc cnlll~gio . {seol ·en<ln·sc o ~r, vn•tiu a \'iU:1, ruuhon, e int·cn•liou 3 ~~oll••ctol'i:J.
Rndw 111-·llt·n:lo. que 11:'1u ·tem f:lluilia, t'ol'lnn:t ~rra~011 c:·~a<. c h·tit,nl n,sa~sinar o L• ~uppl. n·
n~m lllljlnrlnur·in .• E' prtt•!entc. l'I'SIH•iladllr d !e do juiz IIIUTlid<tal Pra!IC.ÍS!'O Ang-n>ttl de
ll·i. m•nl,·twdor d11 or•le111, lllltdet•:rrlo. d• u-no de Araujo ll;•r.tus, o t." suptJl~n:e do d t.oleg· :~ • ln te·
con,itll'ra lin o :Sr. B•H~ha ~ledrnilo.tliz nju'z de neute Ft~nci>t•o IJerl'ira de Mit•n.nda, o subdele·
·direitr1 •tlle :•I li ~·~t:wa, e1n q IIIIUIO n Sr. Cote- gudo Mauricio Anlonin dl! Sonln,os qu:~e~ dos·
gipe, quenfio p:·e~encinn o~ r~ctos diz o t'OIItf;l- (Wil\'enidos 1:' som fo1ça, ~ó ucburum snlvn,·iio na
rio He'IJI'it•l lliUitn a S. E~ .• m·•s n••sle ponto fngn.
creio tn:•i~ no Or·. C:tnlll"~. Q11:1nt11 n nuo t~r O dcler;tndo f'm ~xercicio no snber du sem e•
fo1•tuno, o cntiio cupiliio nocl•a Medr:uto, hoje lhant••s oecnrrencias, req :tist.lOil dns suhrldega·
tenPnle-corond, pn~-o :ts,egur:tl' n S. Ex. qu.· é do' do 2." e a.• di't' iclos l!nxilio, e tl!ndo fonnn·
um rlos propddnrios m is alinstndns rl:rqnell~s do uu1n Jnrç~ tle piiisnnos. diri:rin·sP. t•nr:~ a vi lia
regiões. Qu~nlo ;i f:lluilin, llÍIO ~e i qlltl] 8 rumili:l na intr!!lÇVO do! f~ptur;~r ScveL'i~ll(l jli r•roceS$3dO
que ~e ~ns~a díz~r. m:~is itn\)ortante nn _i~lcrint• e ~ronunci:nlo. A11 nproximnr·$0 n ~or1:n, Se·
du provrn,·rn da l)nhw do que n f:lmtlra Ho· vcrmno relll'~·sc dn vill11, recnlhe-se a f;~zenda
chr• M..d ..arlo. Estn ramili~ tem dado homens· de S. M"no,··l, o·nd•! se c nsN;nva nindn até.o
pnr11 a m:~:;istratura, (Jara a politica e j)!ll'll as dia '27 de Jnlhn. daLa da p:trte do del_e~or:tdo.
arma~. O honrntio Sr. B:triio de Cotl'gtpe, qu11ndo
A c.nrn~l'll ~e hn de aindD lembrar d11 los(\ Ion· tr~tou do dt~leg~do nomeado . ll~ra o Rio <las
qul111 Lnnclnlro, qae liio $11Udo~n momoria ddxon Egun<, :'~"~vt•rou. no sf·na ·lo .que o pre~idente
entr'·. to•los q11c eonlr••r.eram :•quelle robusto da pro·v'n.cto lhe t1nha lot.·necttlo um d!Hnca•
to.lenlo (llpoiadoa); nlguns dos senhores dcputn· menlo. Ainua neste ponto se engunou o il\ustre
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 09:36 - Pêgina 24 ae 33

Sessão em- 11 de ~Ia:io de 1880 . 107


ba r!•o. A<Jni "~t:io i n f·. •r " '·· ~i'.i•·i< •h ~e · ·ret ari;; •lo I'J II'' IÍtO IWI'C<I' 01:1 IJI~C U:ÕII pcjdn rli7.~ 1' ' '~ Ín<·ÍOS
go,t«- rn ~~ .. pc: .... q t ! tw~ ~l~ ,.:~: qu(! n:io· hvvitt. d'~"' ~ por •l ·t<' lnl .·:crt:~ lhe vdu :b mão~ , c etne ü ,;c\1\o.
to•·a.:ne•nlo IIOllio el:t> Euu:1,., t· 'I tl<' p:1 :·a n iJU •~ Jta th . C:t l'l:ll .nh:r int•ll'· · ~.<r• ·l!lH. rtU" u:•o 1'11!!'.<•• dia
yj(ln 11(1 ··.:llhlitiiS!I'II!'iiO -J!O!IIé'lll drJ Jfr!lJo- eo n.h t~•'i • ltt. Ih ll•!>'le >'~'U pl ot·e< IHI' ri o l:. ~·iio do
nem· um • s.-, pmçn rtl·,,.,.hou. · • rgT<'•'o dus c~rtlt~. gnr:tnt 'do t• l':i~ p•·.ln ''"'sn
Mui ;o po<ll'l'irnn•·nlc .,. j:i 1\:t arlmini~tra çfil) l:o n~liltri •·üo, que 11111 ~~na·lor· r!el'·• re.<Ji r •ll<~r.
-11•·1 ~~~-, pnr11 ulti 'l'!.!'llÍ•al!l ~eis IW"r:n• t'Oill· .. Akm d:s-o. Sr. J'r!•,;ld••n I.P·, eht)g:11l:r~ a< ··Ott·
m:n l•l, tf:~< po um inf•·r·"''· ~n·~ 11 1.'>1 · i'"ti!o jtdgo f[U•· ~tl'a tlev ~ 1 · d, n,/,ro
Or:t. 11111:1 :><]r!IÍIIÍ>IL'" :io IJIIC mr• n ·l;t p:orn Ui!! f>,r o, j:i 'lll<~ ,, l ed:tr"v:r o n:onHJ rlo "i~·n · t:ol' : ll 1la
lo;.::•r I t-O · lc.uu:·s di,i:llll~ u.ma. fl)rr·;~ · de >tds r·:rrw, due1:1r:tr l:rlllb••IIJ n qnem .clb •· 1':1 elit·i·
p1'11~'~ " l'UIII Ulll Íllf<'!'i< ll' nã rJ oprl'l' lo•.V:II'. tnfl n :1 glda.. ·
fert ·t~ e rog 1, t1fi11 •i H ~ ·t• . r::Ze!' fH lr~t-.g"ll;t : Ü• ·~ (),.yn ai_nfl:t JIOilrlr•t'"r rf lle 11 mPfhnr ln~11 1 11r ia
(aJI ):rrl•l"), 11 ::11 <JII•·r ~ ea 1hl fn rn•~• Tt' :ol;;u::,; meius pot!c >er ,;n;•'Cj• l i . cl d~ el'l'n, m(ll'f•ludn 11:r ida .1c
de lfl:t lllel' n ordelll ,. n S<! ·ru-an ·n. c ·u •J tW S . ~~~. se ;lrlia, <:. Jlu:lltneut<! c[Ll•' um
O l!lC<)< ffl;n · •h• c.. l l··•~ taria • ·on ,;t~ l :~ m hem (1C tf'HC ;,n 'd : l~ fnc:Hi u ~~ ~uf itnr in (I, · .u 11:1 ~ ·n •·ltJ pOde
in fn' 1n·;· ô 5 que ' ·,I'Ji l··n' •o, qll •'l' •lo i us,•edotl' tla r lu~:~r ~ mnil ~" c clll:uu\ ; · "~''~ illl"rpn::la•
da lhH,OIIraria 1•rovindal, tJue.r tio iuspcrtor d;r t'ÔI'~ .
th•>"n r·al'ia ~·e •·nl. .. • f.c'r\os melo~, a~é111 tlP. n~rb . l'fl•vnrrm, niio
-Kn u1i. po.:~,·, •lcix" r ile ler :i r•n m~r" nm to - P " ti ••Ut >L•r u':"l•>s ·por ·ho iiiCII$ do •tt• ii.,LIJ ll ll1l
pico d.> fl i;cu r~o uo nnLre lla r~n •I" Co e;:-ipc, 1ln un:,re sen ;u!nr .
1 •• • ~ i •:nn · ·
QU•· lll t• C!IU:OU ,; tio · rqo:ll'•~, ~~ ~" hrt• 11 tJIIII I 1-~ p qu:· "~tuu r.ll!:uuln c1n c:•rt~~. n~o dei X:\·
S. l!. ~c rue perm itli"Ú f ·ze•· :1l ~u :n a,; l:nMiiiMII· r·ci de! tu•·:•I' n:t tJH<• :i S. ~~~ _ r,;di>·i"i•h J•ur l õ!U
çõ._•::, p ~o: t• • la,,.).•. ( i : • · d•·>~l•• j:i qo:n rrii' !t~nho o :mli:;o Clllllpaa h<::iro :h• e; l .tdos. < J Lh~ ·c·u na
prll j•t · ~ 1r1 ti!! U\llle~bl-o. U lrPC!H> ,·. t ~SI>' (ltl) : ,·crdlt ! '~ 11 1n " J.Hhnn •"tStvln, ,., •no.'lt':t stJr nu• v·· ~r­
. . c ' r·; v . E\ . !111• I' ·<lW ~n t!edar\' O . IIUt\ i:l !I··· rl :"l•~iro •l••!l!ur . ·e·lll httrll llirf:rd•·~. Xo . t•~rllltl tiO
clrll't•i :•11U'i no s""''d". IJUC vi uuw t :ll'la d,, de· ltio ..t:~s l~g-n:<.• n5n m~ t'un ,;l;o que hajn unt o,.: ri·
}e~~ · lo \ !JUl'lll eJi'Ír,l'l' I}Ut~ !ll\! :1\'I'Ctlilc, Clll) !'Í ph•r. tlllt(lleilll r- .rça.
qui1.er rJUl• neg11e):. . . . . . 1't:lnlro. pob, .i:i •rte S Ex_ l.':llon o ln!!ar •10
• O SI' . Dattt •s ('111illistro ela ;'u.<tiça) : - Nii•• ; llril,!c• rni·IIW ~,Jit flii"Í~·i r l:l, 1/Ue· O SI·•U :•lllur llliO
eu ~I'IJio. · . m"l'll. t\:>f\11\'ll•~ lermo, o •IIIC lhe diminuiria o
n tlur, si ·~ 11<~ nlg-1111r [111 l!!ss•' ter.
• U Sr. Bani•> tle Co/P. Jpe : - •.• mas pod~rel o nohl't! l;trilo n:lo ig11or:1 rrne um:~ c:~•·t:~ só
pro r f! I' com I)Utro ltlst ruuuh" •. , 1ern vnlnl' ptda :l•$t;;llaltlla •leH•. c (Jl\llll•lut>, lU
• () s,•, D ·n/.-l.q (mi·nist,·o d•tju9tiçn): - · nn~ta · é . omillidn, •tu"l;p:el· pót.!c: pens::r tJLt·~· é nrn·
4Jllll:rnade V. E~. . . . IHliiC I 3f•'UIIjlldu arf 11nc, ·
. • O Sr. lla .. ff·> d1• Col,•rJijll':~ ... dil'igid:• n . 11t-l:r irri11rw ()art .. , poi< "'ec!:tt•o qtree s~ou e •n·
un\:• pe~soa tln l3nhia conl:•thlo os l'l1clos occo1'• vencitlo •tU,; o twl:re l•:trão •ccl'l!•·U de 111úito
rld o~ .. , · ilon l'• i ··~ ta •·n r ~1 ; m~s tr:11:n•do· >C d e um :Jn·
• n sI'. DtllllaS (7nini~tl''1 da 1 Uslij.'Cl) ; -o àe. 0)!1' compnn heit'O dt! eullt•gio, d•! um honwm, ha
lega•lo fi. o m•:~<lllo de hoje 't nr:ti ~ de 1,0 ann•J ·, ~Cilal'tlü, , ''" S. F.:x .. curn o
lflL"l :-' . f:x. ni\o se .-:crtd:~ , eomu ,;e vi! cl:~ l••i·
• Q 81·. Juugufira :- U mesmo, tu rn d ~ ll :t, l'lljll lei rn n ~u ,_•onhll<'e, i1uem nos
· • O Sr. ·Dm·àn d" Cnte 'ÍJll' : - W Fr:ml'i$CO da :• ··~&,:u r:~ Cfllt! la/ r•õ!rl:. n i o Co i ;•rriltti:~da para
Rochn Mctlra•lo, l'Obrinho ou filho. illu•lir il s.
Ex . ; e illn.JUt:!lli•O 11:1 5IIJ .IJO:I r.•'f A.
• O S•·. Drt••t 1S (m1nhlro d11 justiçrr) :- Leu a ~u•fat•i:l ~··ri:t gr.,,nclc, IIIIIS. :t hvpolh<'80 nom
cart., 'f . é im po~sivef, n•!m :tbl'urd~. · . ·•
• O SI'. Brmõo rl · Cot :giJ>e :- Li :1 é.,r\a, si m, ·fci ·a, e~la~ ub,l'rvac;õ ~. continuo na annlyso
em !ll'u ~c r:~ l'l':lv;uu t·~tes f;wtos.. l)ir.'a - quo o e'~'' ~:r~·ao d·•s racto~ dl' qR• 01«! occup •vn,
I) (l"ls tio •~n:r tlklode Hl de J,lnllo, do tJUnl ~e
.
hllVl~ 'fCjtt'lltdu i)!IVf:H'IaDO e 0:1 seU•- dnlldll·
)IJ<'S U 111:1 . di!~f:U !'J,:'U , f!OI'Q LIU l ruzi;uu lll'lii;IS IIC • r•ecu p:ll':: lll os tlol:rt<!l ~en:•·loro · ~··· da htl':>!l.:iiJ da
cultas . {R;so.) ACI'e'c nl:rnt : -dei-lhes UIIID v~ur~m, lln '' W rle• Julho, em •rue SS. ~~x. n5" to- ·
· Ji~;iio couw Vm. 1ue a ·on~elhou ..... . r:•ll:mun em Ullttl tentntiva rle l':rjlto
f'OIIIrn '' e.~l'osa de Sev.. rlano n oulrn~ l'"nhor•us,
1<~111 f ,o Jo•!nr r.1rei ilnlul' rJU!! O 110bre h81'íl•l O qlle~ deu ngat• n IJIIP. :iC>'<•fi:>nll (mr:t t<~lllDI' Um
ellgan(l·~o t(UIIndo ~~~~ever•• que r) dcl •·godo do dP.sl'on;o ntncusl'e u :!tido Nol'embro ele H!i\l ~rica·
Bio dns. E~-:u:t~ h"je, conto durnnt~ n< occurrt'n· e Olli'CSt'l'ntc Jllll'"lli.'ÕO do Por•tn !lo S:1nt:• Maria~
cln~ dr• tJ!Ie me lenhn ot·cup~tl'J, é o lt!nente,co· Nn prirneir·o rlis•·ut·so qut• o honrndo SI'. lun·
ronel l~r:mcisco losé dn 1\•>~~ha Mt!•l.1'11do Primo. quelru prununt•iuu nn ~t-na•lo, 1lundo notici:1 dQ
Pel;~s comm 1nlc~çõc' omcioes ~e vê qur. .qunm, cotnhnlt! d•~ '!li tlr1 Novem••r" diz u -eguiulc :
ha tnuitn leiii(HI, lem extH'eirln o cnrgo de rlcl ·~· · • Nr·~se comb:tlll de ~6 dt> No vembro mnnet·nm
g&do é Fau~hno d<: Ahlleidn C3~tro, q11eura ~L· muih· l>,·~~o s, c no q11c se dt•u no liia la d&
supplrnte. e que foi noriw:uto dele:.:ado eflo- Fel'ertiro d•·~s·~ 31J.DO no municlpln do 1\io dns
etivo, t'ar~oro ri!' qne foi exvne"ndo a ~ do mez El-!'0 11~ , tJOrto de S:ml:t M~ri~, nwrrt· r~ru j4 J)(!S•
pnss:•do, por quanto, hn muito n t••nt!nlt~-coro­ soa~, e ""-"" om l'.trtnb:·w r~~ulu. OrA, ~:,;\o tJS·
nel Medrado l'rimrrJit·diu e ohteve demis~:io. lDilo de cou~as nfio pótle perm:nwellr. •
Eslr·un l•o aind:• que o nobre barílo conrcsse ·Jo~ntr~t~nto no seu st•Jundo dis1~Urso pronnn·
que leu· uma .carta flllrliculnr, qUI' lhe n:'•o l!r:t ciodo a :!3, e publir.:tdo a %4 S. Ex., es•(Uil•·én-
dirigido , nem lhe f·•i conftnd:~. . pllla lte\l~o:• :1 fln· :<e do qne lwvin dilo IIDle~, e puhlieondo aa
quem o. me~ma car·t:1 era c:scrlpl:t, . tanlo m~ i s inrormatti)cs, que.lhes fornm tronsmittid~s. e quo
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 25 de 33

108 Sessão em 11 de :Maio de 1880.

d.eclara fidedignas, uá :~o sen:~do sobre o me~mo mortes nem ferimento~, uiz ·ur;ora o nobre se·
acontecimeHto a scguinLe noticia (lil); nndor peln JJoca de seu informante, mas houve
• Por ullimo, mlDI;mecidas as cousas, com a •·ouho ll saque.
~uscnci:t dos chefes consen•adot·cs c seus secre- S1·. pre~identc 1 comecemos pelo flm. Uma po·
ta rios; <l attdacia e podar !fOt•enurmmtal llos vonção é innmida de repente; os seus habi-
Srs. liberaes chegou no ponto inaudito de tra· tantes espavoridos fogem ; não ha mortes; ha,
nwrem a 1leshonra do capitão Severiano An- entretnoto, roubos, incendios c saques: per·
tonio de ~lagalbães, combinando de eommum gunto: quacs são os t•oubadores, inc~ndiarios,
:lCcürdo enlre si o tenente Clemenlino Pereira saqueadores ? Serão os proprios huhitantcs
de Sonza, Jo~~ Joaquim Maciel e José Alves o que fttgír<~rn, on serão os assnllantes que inva·
rapto. da senhora daquellc chefe conservudor, diram o povoado? Parece que ahi nãç h~ duas
que ia de viagem dn villa para a f;1zenda S. :Mi· respostas. Si houve incendios, saques e roubos,
~:rue!, em companhia do coronel Pedro Machado, quem commetten tl)dos esses crimes foi incon·
seu poren!e. tcs!:welmilntc Severiano e sun gcnlc.
• wn grupll de cupangas indllstriados dirige- Já fiz not:tt' á V. Ex. e a cnmnrnque :10 passo
se pfira a estrDdn, onde Linha de pas~ar a refe- que no seu segundo di~curso o Sr. cún~clhciro
rida ~enhora, r1ue, avisada dn trama, tomou suas Junqueirn daY~• es~:~~ infornmções, no primeiro,
medidas p:11·a fru~trar o mal de que esLava amea- S. Ex; assevcrn que no confliclo de 26 de No·
çada de ser victiuw, de sorte (JUC quando che- vembro morre1•:•m ntu.i!a~ pe~soas. E no qual
gar~•ru os cap:mgas no lo:z~r designado, já havin dos dons devemos Cl'Cl'? No primeiro discurso
:.1 mesma s~nhot'n passatlo a ponte dá l'nzcnda, e1n que S. Ex. diz que a 2G llil Novembro mor·
além da qual não eta po&sivel realiz:1r o infame rer:nn muilas pB3.sons, ou no segundo, em 1ue
plnoo, porque constitue o sitio log·:1r ddcudid') S; Ex.; flrmundo-~e em informnções qua llc
pela .m1tmcz:l das serras e dos t'io~, seb pena fonnn.minist!·adas, diz_que honve.saquçs, rou•
dos que o teu!nssem eahirem sem remissão em bos c mcend1os, mns nuo l!ouYe morte~, l'orquc
mãos de seus inhnigos. . · os ho!Jilaules fugirnrn? · .
< A ordum rJUe tinh:1m os capaugas era de to· Ja vêm os nobres d·eputados que, sem conbe-
ma rem a mulher de Severiano 'úa companhi~ de ciment~ de cousa alg-uma, na ignorancia dos
quem qLtci' que fos;;e e de a lc\'ar~m parn o acuttlccuncnlos, S. Ex. lcrantou·sc no senado
commercio do Porto de Snuta Mnria, onde se par~ pt·ovocür uma qucsliio de qttc nilo se púdc
aclwv,,m os :1 tltores da p!~ncjada infamia, supra sahu· bem.
referiu:1. Em consc~qllcmcia deste fnc!o, que O Sn. ButcÃo :-E' o systema de Jallur pnra
clteg·ou no conheciruenlo de Sereriano, ~usen!e fazer effeilo. .
e·perscgnitlo. p mesmo, reunido a seus parentes
e amigos, foi em pessoa ao commorcio do Po1·to O Sn. ZAMA : - Agor~, Sr. presidente, preciso
tomar umu sntisfa~;ão aos autores do nefando ele entrar na qucstiio eles~ a tentativa de rlcshonra
conluio aa concupisccnciu. · contra Sevei'i:mo, na Jl~sson do sua mulhel'.
• Clle~omdos ao ·comruercio, os que estavam .Pelo que di?-cm ns inrormaçves, certos indl· .
cOlllJ•lic:ulos nn rLJfm·ida \l':lma, nvi&~dos, se rc- Viduos planejaram (nzer esse rapto, m~s che·
tirnram para ontl'o lado do rio, e mais outr1ls gnndo .n Ct'rto ponto e já tendo passt~do' a se-
pessoas atemnrisndas pela perspe~ti·;a de unw nhor~, reconheceram ~Jllc havia risco em pro-
carnificina. Não houve mortes nem !erimcnlos; segutr, c que era prec1Stl reh'ocuder e voltnram
houve,- porém, rouuos e saques feitos po1· ca,: para o Iog-tll' de onde tinl1am pnrtido. l'cr,.unto
pangas. ·~~l a.os. nobres senndore~, qll!l silo form;1dJ's em
• Rctir:l(lo Se~·erkmo e os seus, porque niío d!l'cltO, que. fol'llm m~g·t~lrndos, chefes de poli·
llCharnm as pesso<~s a quclll iam tomar a devida c1a : COillo e quo em tu! facto pôd~; hanr tenta·
soLisfaç1io, cstns se prep~rnLn, reuniram c;liJ;t:rns ti.vn do.rrimc, nindu quando o plnno houvesse
em numero de 60 c ror.11n á villa do 1\io dns s1do forjado 't A lmtativ:~ coilltJõa-sc de dons
Eguas, pnru onde se itnhn retiL·auo Scveriano. elemcn~os: netos lll'CilDI'Il!OI'ios c Jll'incipici de
ufim de ulncnl-o, n.o dia·~ de Dezcmuro do ~nno e.xecu_çao, que deixo do ~cr t•rnlb:ada por mo·
proximo Jlnclo. · hvo •!ttlcpcndentc da Yontade do cruniuoso.
• A cnll':ldn de Severiono 110 PIJrto de Santa Ora, amda qunndo ellcs tivessem prnticn<lo essos
Maria teve Jogar no dia 23 de Novembro.• aet!)s pt•epm·t•torios,· :~ind:~ quando tivessem se-
As~im. Sr. presidente, o honrado Sr. Junqueirn
g;nulo nlê ao ponto ontle deviam perpetrar o de·
licto, desde CjUc retrocederam, sr.tn nnda fazer,
em um ditt ~ssevera que houve muil~s mortes, e n.o Jog;lr de onda r:avíam pnrtido, nao ha tenta·
no outro du; que n5o houve nem morte nem llv11, nenhuma le1 poderá pnnil-os.
ferimPnlos ! Veja :1 c~mar:1 como nquelle illustre Mns, d:•do que assim n~o fosso, pergunto 3o
senador cstà hem cnfronh~do nos negocias do liohre Sr. con~elhciro Junqueira t! no nobre
sert~o, que se propõe a discutir no $Cnndo l Sr. D~riill do Cotegipe, como e que livcrnm
Do q!le ~cabo do ler, dns informações de quo noliciu desse plano forjndo cnlre tres pessoas
se scrvm o St·. conselheiro ·Junqucim, vô·se par:1 pcqJctrnt· ~emellmutc Cl'irne ? SS. .E Ex.
que, .em consegueneia de uma supposln ou ver· não nos di1.emeomo, nem como urro. Pel:uninba
dad01ra tcntntrra contt•a :1 ~enhor:~ do Seve- parte, posso. nssegurar ti ct•sn que tnl pl~no
rittno, ~ste reuniu ami~os c cnpnngas, e no din n,unc.~ existiu, qne os homens de !JUO se falln
iG de NoYembro de 1.879 invadiu n povoaciio sao li!Cil!Jazes de tentar contra u honrn do
de Santn III:ni:~.. d'onde nfio foi repeli Ido, porque r:tU~lqncr mulh~r. e muilo men~Js contru a da
n~ pessoas que nlli residiam se apavorar11m, eva- senhot•n de Sevel'iono, aparentada com o tenente·
dmdo-sc com medo dn cnrniOcin:~. N1ío houva coronel. Atlwyde, c contra a qual nenhum
Càna ra do s Depli:ados + Impre sso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 26 de 33

Sessão em ll de Maio de 1880. 109


desses llolJJcns tem a menor vingan~.:a a disse no senado:-Si o officiat nomeado, o c~ pilão
til·ar. Francisco Pereira das Neve~, é o mesmo que eu
!ll~s, dado ainda o cns11 de quo o p!ano fosse coniieço, juro nas suas palavros, ó um homem da
J'Caliza!~o. pergunto: é licito r1ue homens como bem, digno da completa conllanca do governo
os dous senndore~ a quem me refiro, dig-nm que que o empregara.
é muito legitimo o dast'orço tirado muitos di:1s J<i ~e vc q11c o Dr. Bnlc~o procurou o que
depois dessa verdadeira ou supposta tentativa havia melhor no cOI'IJO policial pnra com-
de crime~ .· · mnndnr o destacamento encarregado de resta-
Onde estll a lei em nosso paiz que :mtorize o belecer a onlem nnquelles lognres. ?IIns não
individuo a v1ngar-sc por suas proprias in5os? ·pára :.tqui ~ J~:•ldnde do procedimento do g0 •
Si vai I)Or di(lnle esta doutrina, então aeallemos verno llrovwctnl •. Nesta emergencfn o c;tpitão
com ns leis, acabemos com as autorid~des, e Neves foi não só encarregado de commnndnt• o
cada um de nús exerça o seu direito pot• meio deslacat•tenlo, comn nomo:ulo ultimamente dele-
da forço e · quen1 mais valente for melhor dc- gndo de policia. ASsim, a ndministr3çJo roz tudo
fendcril n sua causa, e se fnrâ respeitmlo c qunnlo era humanomentc possível f3Zcl', tonto
temido. mais qtte na(jUt•lla occnsião, como é pubHco
De Qllanlo até agora tenho dito se dcprc· c notot•io, o pre~idctile nõo podia dispô i· de força
hende llllC tia parle 1108 Ji!Jer.1CS UDl ~Ô aclo !)C alguma.
violenc1a niío houve contra a pessoa t1e Sevc· Até csto data de 26 lle Novembro d~ 1879,
rian(), e pelo eontrnrio sempre é ellc. que não Ogum n~stes b~rulhos o nome do Dl'. C:ttao
sahindo dos lognrcs onde ~o acbn acoutado, vai Guerreiro de Castro, juiz municipal do tormo,
otacnr as povo~~ues, tomando por pretexto uma n qnem os illust•·es senadores altribnom grande
offensa, I.J.ll\l n:1o houve. parte ne~tes sncce.~sos.
Devo muda fazcl' uotnr á. cam:ll'a umn cir- O Dr. C~liiorcsidiu~té M ataque de 26deNo·
cum~tallcia de grande v~lor DIJ~\n occnsiiio. vembm em Corinhanh~, e das pec~s officiôtes que
Scverirmno vinha ving~r-se, mns escolheu pnra existem no secret~ri~ da prorincia c (jUll na·
viugnt'·>C cx:nctamente o dia em gM elle snbirt turalmento cst:io hoje na seeretnt•i:t da J ustiç:t,
q_ue os homens print~itmcs, inclusive os trcs in· se v~ que o Jli'Ocedimentn deste ,juiz em. todas
titUIDdos antot·es do plano do rapto, niío esmvam as circumstanci~s cdigno de lo•n·ot•, POl'IJUe
em Santa l\laria, mas na \'i! la do Rio das Eguas, D!;'Jll um só instante ~e esqueceu de communicar
formando cllllcgio ~leitoral como e!eilGt'es, que n& governo os suceesso5 e de pedir as provi·
· émm para a eleição dos deputados provinciacs. · dencias quo o cn~o e;~:.igi~.
Destas circiunst~ncias $6 vê que o atntiUe de Com o ataque .(le Santa .Mari<1 o delegndo pediu
SeveriBno não foLpat·a tirar ving~nçu, nem o.seu conw.a.reciJ!I~nlo n~quella t;ovo~ç5o, não
desforço algum, leye por fin1 uproveitut· a or.cn- ~o p~ra V<lfl(Jc~r ~:om os sons proprios o!IJos os
siiio, em quo os homem importantes se achnvnm estr:•gus t'cilos .pel;1 gente de Se1'6riano, como
fura, pnrn tit·ar lodo o proveito do seu nttcmlado, lnmbem para, na qunlidade de primeir~ autori-
c o proveito que tirou foi. o saque, o roubo e o dud~ do log:u·, d:•r um pouco de cor~gcm ti~nella
inccndio no valor de vinto contos de rtlis, mois !\"ente <fUe se uchav(l. inteiramente dosantmada
ou menos. diante daQUellc allentallo. .·
Tcrrninnda esra bcmita fnçanha, Severiano ao Depois do alarJUe de 2G de Novembro, de qlle
volbt' par:~ a fnenda da S. !lbnocl, onde esta· acabo de fnlfar, tlcu·SO nlli outro, uo qllal o Sr.
belec~u o seu quDrtel-genm·al, encontrou de Junqtlci!'n se rofCI·iu nos seguintes tet"mos (lê):
volta do colleg·io elcitorlll o eldtor o 3." sup- • A~ ultima hor.1 chega-nos n noticia do uovo
plenlc do delef:"'!Hlo,José Jonquirn !Iaciet; 11s~as· conilieto no Pacto !lo Santa Maria, na madruf;ada
sina-o, corta· h c a cabeca ~ mulfla o cadaver, de :lll do corrente. lion vo fogo terd\:d, que
de modo lJUO nno foi l>os~ivel faz~r-lhe um en- durou de~dtl () horas da monhã até depots de
terro rogular. Eis a venllldo. meio dia, rcsntt:illdo, nlcim de um· sem nmuero
Portmito, si o homem procm•ou umn ocra~i5o de ferimentos, :!fi mortes e o incllndio de uma
oppot·tunn, em ttno nlio oncontrnsse gente l'ap:u rua intch•a da poYO:.t~,C~n, onde cxisliam diversas
do lhe fazer rcsrstcncia, o scn fim era sómente ensas de commercio. Morl'e•·~m tres soldados do
o snque o o rollbo. corpo de· poli da.
E ti oste indivithlo a quem os nobres sena- • .Aitlm dessns morles, consta qne houve
dores querem endeus.w e elcvnr :i cntcgorin de muitus outt·ns de p~ssoas que se atiraram ao rio
um mm·tyr polhico, de um co•rcligiou~rio digno Corrmlc!, ofoganllo·se.
de ser defendido no senado POl' pessoas ~ão • Si nflo fosse o capitão de policia Neves, quo
resp~Jitaveis como SS. Ell:x. I · · levo a lembr:~nça de m:mdnr !t1Cal' a corneta, ao
Foi depois deste atnque de 26 de Novembro chegat' no lo~<·nr, (jtlundo se clnva o fogo, maior
que o pl'esidente da Bahia tomo\} providencins numoro de viclimas o de cstr~gos · ter·se·hia
rnnis ~erins pat•n n9.uelle muuicipio, m~nrl~mlo hoje do laslim:tr.
qu~ de Cbique-Chtquo, da Vill:~ dn Btu·r~ e de • Os ntncnntes, prssoas do capitão Sevcri3no,
llncnhubas sahis~cm pr~ças afim de consli\uircm ouvindo o rel:lnle. dn corneta, ~nppoudo que em
um dc~tnmento fortet cujo commando roi con· grmide forca qne chegnv~, po1s era esperada,
fiado ao c~pilão Francisco Pereira das Neves. dehan!lornm-se e rrtil'arnm·se. •·
A esc<:~lha dosta officlt~l pBra eommandnr cote Senhorl's, n 2G de Novembro, Sevcriano ntn·
deslacnmcnto demonstra nl\i onde eram e süo cou pnm tirnr de8forço ~ poroa~·51) do Santa Ma·
pur.1s ns intenções do actual admiliisLrndor da ria na auscncia dos homcn~ princi paes que es·
proviuei:~, porque o officiul de que trnto eaqnetlc tnvam no Rio das F.:~ua~. Era para tirar um
de quem o Sr. S(!ut~dor Fernandes do. Cunhu desforço, dizem. os illu5ll'CS senadores; crtl dos·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 2 7 de 33

llO Sessão em 11 de :Maio de 1880.


cult ' ~\- ~Jl; 111~" :1
!:J de Fc\·er;oi:o por qle ,; que iud idrlu"s que viith:~m ,J,. nlun l'<'rlluno onde
St•\-~J·iarru vem at:ll'llf n(III\'<'DI;iin de St•ula Ma· tinlr:1U1 :•hw:ulo '''" IJvbi<l:~s ulc.,hnlkas.
J'ÍII i1 frt~lllll <hl UJJJ gt'll[il) d~ l(l'Ill~ I<I'JIIOifll, ,\:!llla O f Clti <111 ~l'l' 11 ~~j>ili:o :ÍCVtli'ÍUtrO l}f'S•
qlt:•.t\d<> llc!lhlllna u!rl!ll:'U tile ha\'hl >i,:o feil11 CPno'cn:c d' 11 01;t I'"IIIÍIÍ:I ÍlllfJUI'lii lllc (llii(IIC~Jo.
llc~l" nc<:a,-i o? · re~Wo, uiio ..b:r<·n pnr:• (jlle r·IJu ,;ej" julgauo
:Sili:lwrl'S. o ;-~t;~qml. de ·S:rnta 1\]at'in !·oi reito inc:,jJ<•Z 1h1 f'Oillmelt"l' um .-rim<•.
COrlr "líln unir-n drJ J'out:.o, t• cu p11s:.:n inVIH';rr Q.wl é n l:,luili:•, [Jur• 111:1[~ uubr·c qno s••j:1,
o lr·s:e:uunho Ul' n:cn ~··lk~a n ~r. Dr. Ft·•·•!•·ri< o que n:"rn f' Ótle l•'l' 110 ><'ll·"'iu um h: llll'!rlllr•·lloS
de .\lm~rdu,•l'''' C<'L'inllll'Uh~ t~llvt\J tunr!l:·lll d i;.•·r dh.: 1111 •lella . m twiTt·rso? ::\im. ~enhum,, o fa·
rJll<• t'eHif'Í 110 :dl'l'i11\'n :.!C!Il<• CUIII 11 l'OII<IÍÇ O II•Ui:l UIJ ~~V>'I'i:lfi" li \IIIHI r:1111iJia f1o;l ; mas
de ser pnra f'IJ,. tod11 o dinltl~iro, pn[wl, Otlro e • ellt', ,J,. C•·rto l<'lll i•O ~ es::• Jwl'!~, tem COIIIIllet•
p.-al:~. t' "re·l•· Jl:tr~ 11$ tOIIIJ.I"Jtlleir.. ~. t itl11 cri!l <íl"t::o ~,.,,,.,.s, íÍLW-<:• tt menhlii~O l"'tle
\'~·>'e pí•rL:iul<> •JIL~ tudo> o~ t·o:d1:cto~ du tc1·- u1Ler11:ui·PS n eil't:lllll~t::llcin tlc ~er mcnJt.ro t.la-
tno ti ' llio da' E;.::Lw~ l'uL·nr11 ~L'IllfJ!'e prornt•ad"s qtldl;o f:1r11iii<L lkm ~<ii fliH! o ill•huri~rtiO não
pur· Sel't::i:Juo c tJIL•· a~ vip:ill·tlS l'it~!ll-~r) 11;1 de : ~:• tlc t•:r a sli•I.\'J' t'da:ie; lll:Js twlos os di:!$
llc : ·t~~>itl;;lk tlc·n':•l' du [c;; iUtnu ,:i(·dto •k' l.l~fu- ··~t: • rlln' v··ndn c·eepçüe~ :r PSt.:r n•~::1·". Eu, f'or
s:~. l~i~ tl rerJatle. •·xuruplo, l!:rulrrnt'ei :í mun;u·a: <Jilemlwvi;r d<l ·e·
l\!IIÍI <i ~·CII~Irrar·:1111 \:rml•\'111 os hnn· ailo~ SI'· pnl:1r o •les~'1:1J;1r cll,lor. \'~<gm: ru 11111 m:ll\'~rdo,
ll~<l·'l•·~ .• [!r ..cnl illl<'ll cll li<> llr. Cali1,., juh: de e:ll' qn•• c:·a 11111 !tonll'tn ilhl>l::a.t •.luHII e !u.·a<lO
d:l·,.i!o inl•·:·ino ,J~ <'OIIIm' ~ a, (1111' 1~1··.-1' J~i,~:lo c me:nlm• dn ;rl;a ma~i,:t•··uiUI'u? l~ntrel:lllln tt;io
~~n,·dvidu ·no ,..,niliftn d•· l-l de l'ev··reiru. ~~outme·.•.eu ''~te hllliH!lll 11111 •·rime :.lruz na
Qt1J•I' 1<JIII o< nnl•n•; ~<'!J<•do t'> <jll<' o D1·. Cat:io, 1.1<''""'' <lP ur n:r • nf••li~ lllllllrer ·?
:<t. L :ttai,.·>~ 11<1 il""''n•::iu tlc> :~nnt:1 ~I:Jri,., :r:,IJ:•tl- .~lui n$ (•lltl'u5 ·a'••S pml~.-i:1 dhr; D por
·dj:Jl~ l ~~~· I~: U~ :-:~·us l~idiLtliiii·~ nn lU rliH UÍiJ e:11 l'Oll!"t!·fUCi~d;l 'I dl't"·.. -fU~t-•ncf:J· tle ."f!!" $t~\"~·ri:tfl0
qu(• ! :~ !llld[J ' Í[O I 'Il~il ill:IC;tl'lilll '? Er: jJ 11"''• r·OtriO lllellll.Jro rle lllllil f:lllli'ia illi!Ji>l'larrlt!. ,lint.la
o ltH'II U>dJI'C Ctdl ·· ~·a o ~r. Ur. !':l'.-lurit:u IJllf!, lflla .d·· 0:' ~~·n;:. \lt'••<'CU••Illl•s ru~~<'lll .,. ml'lhures,
Clll >•·tt rl'llulnte o·ruert::•JtCia, 11 .(li'Ot·e.:lllll~ltto da
wo é r,·ol.fi•r P•ll:l ;rrJirru~ll'·~r qne cll•· r1ii" lem
Jlrim .. ir;• :.~uluridoLI,~ da ~omarc:• fui ui gnu 1le c• mmellirlu ulLinmmeute l'l'ÍtlH?S g :w··~ e dig;ros
louv<~l'. .de ~,_;,.,!''" puniç:ru. ( AJIO•rulus.) O hu11n1dO
-~~~~ c~n~·Ar ·:•d"~' ex ll',.ln:<nti•ote upnixonatl:is, n~ :;r. ~en:~dor .lunq <tl'ÍI'~• jul!!oHt ~u,peitn 11 upi n •iio
acnl>:•ru•·~. que ~·· f:.zt•nr 11 t stü juil.; viveu 1 dn uo~ o di~n" c,flr·g" ~'t't~\lerico d" Almeitla,
muilll ;,·mpo IPI o·:~pi~•ltb ll:drio. e :dli níiiRiii'IU s ·b•e :-ie~···ri"u" e os lu~g-otli"s '''' Hio d:r< ~~~uns,
j:irr_.:tí~" v!u em or\.!i:r$, tulno. '' informunt~ du ·alle~-:an,J<) tJllli o nu~~o C~>.ll~>!ln ~lml':! muito ills-
hrn:r' d.o ~r. ~~lrtul~r Jum\lll'lf':l tr'oo:Ycl·:r que tnntP. olmt.trt·ll•J li'I'Uio, e quo: nau pode ~tri.Jer do
cllt: VIl'\' uo 111 termr. J·; lD•h~IWU~<rVPI que que por· la ~~~ p:•s~:L
ju!::ucmM u~ f11Uedo11:rduo pu!Jiicu~ com Jtt~· Que ~ohrt~ o ·:bi•[•w-r.hique e Pimo Ar'í':l<lo,
1i•;:~, :tiuda <JUillltlo sejmnus severo~> ,.am l'Om •·~l:oi'ÍII tlisjto~to a ouvíl-u, p11rque t!"te~· ti~ r'IIIOS
elle~. . . s:in vi~inh"s do de C~mpo L~ugu,
onole mora o
~:io tPm hnvi<ln p~r~r·g 1il'i'io, como n-;scverou no~~n colh~l[:l. E' mLm do•v•·l' l:sclurec· I' 110
o 1\0hl'<' B:•riio de t:oleglpe. noi.Jro ~l'mrd•ir sobre e~! e pon1o. S. ~;x., np~zar
.N llJ:: IIe:n ne.g• .u n111t•·1• a Se\·eriano Oil meios de ter sill.r po • muito~ ~nno~ d••plllllllu g-. ral
de cli• fl'utlo•··~·· leg-:tlnwul••, l'"r!J!le, l'OIHO c•u p~<lo :.;. "tlistncto, uittJ cnniiL'Ctl o ~~rl:io, e etjlll-
denwn~lrd, o jui~ munidp:~l do l•Jr 111" ••r'11 11111 yn(:n-~e nn I'O''~ún gco::tll\ih:cn t.lc~~r~_lA'rmus,
llorwru cstr:~nlto á P•J ILk~•lo~:, l, ,. r• juiz dt• di· Si o llr; Fre<lcrieo e Jmr11 S. Ex. ~u.:peito por
re'lo, :llllii!O ti•: s l~X.' n I() JIOllin, ·~e ror ma C:i\l!la da (]bt:•ndn, llllallolu o ler'IIIO d. C:llllpO
al~umn con<!Ol'Tl't l'nr;• que <!li•• n· o lnuçu~se L:oi'"O limit:l com o do l\io d:r~ ~;.ruM. o·urno
ffil\\1 •le Lu1l"" o~ nwi~~ l··~·ue~ 1le •lcfe•a. . que•· ti. lh. D sua OJJiuiiiu ~ulrre l:hitjtlu·Chique,
11:1 ,,jn'l" um fn<:lo do tllte~c Ol'CIIIl"ll u nubro tJlW !k:r muito mHí~ Llistnnt"• rio ilo :::. Fr:1n·
sen:ul11r' o S1·. l'ernnndt·~ J~ Ctlllh:r; e d' qu:1! ci~co nlr:rixn?
dev•.• tr11tM tttnrho·m; é a tcnl11ti.rr deu~s~~·~in:•tu li nub•e B:tJ•iio de f.nl!•gij)c ~~~~CI'I'l'on que n
Contra (I jJC:'Sllll UO ~." talJCifi~O f~11jncio de ,:IJ.u;l':iiO fibeml, iniCittdlt 0111 (i de .Jundm, fOl
!lt•u•·tc,:. :S. Ex.. trc•·guutou no senado tjueru jrrccipil;•du e111 tod11~ n~ D<IJIICI1~·1ie" •tllr• (,·z.
tinira sido os "ulm·•·s tl:uruull:l hJtiWt; vu du Sen:,ore~, ~i nlgutn:< n••eus~ç;ioUII'I'u•·c :1 situv•:•'io
morte, Eu potlerit• dizer· a~. Sx. !Jilc Euj:wiu in:rngu1·u·la etu ti de Janeiro, foi 11 demor11 .:om
VÍ\'ell sempre com os uo'""' amigos tio Hio tias que :mduu nos ne~-tucLos pruvinewe~. ( ·p·lid(tr~s,)
E~u;r~; 110 di:1 um que l'l'CCill'n um tiro r~. nuv~ Os liLL•r,es mlriràm .ao poder em 5 dc J:rn~iro
f~e.,,!u~ for: m "s nossos nm · g"~ qtw o ro'CO· e o~ t\tJnse:·,•odor.·s gov .. rn:~rom o província
lb~r·:toll, lJUC o lr~tar~m. tOIII ~lllelll continuou drt Bahia DI~ :!ti de Fevr ·rciro, :1 s~U Irei.
n vi'i'l.\1' e dll qlll•m tem rct·ebido lodus os soe· prazer. QLte .•c accuse o ~nhruele de õ de Ja-
corros. O tlcl~~-tado di~,:c que ••stn te~ttntivo de n~iro por outro rpwlquer motivo, niio 1110
m1•rk f.,l praticnrl;, )ror f.H'ssoas dt: SeV('f'i;ono. a •mltn; mas aceu~nr de reac1or urn miui~h·rio
E' ela o qur.•, ~en<lu EujaciiJ a1uigodo~ lii.J~I'lWS cuju malor pra1er era J'ar;,•r l\111 fovol' UliS ~on­
com us IJU~f'S con1•ivía, e~ te~ niio podiam 111:1n- servodores ! Puis nlin snllernos nós tndo. i~to?
dul-o ns~us,:in:rr no llllliO da .-un, ~oum ~:~u•·ced~u, Nilo sabemos Q,Ue o Sr. eonselMiro 8inunloU., a.
E' rón1 de duvida que foram pessua.- do deve· r;uusa que uw1~ o preoccuvova eru ILUe não
ri~no. incommod<•ss,•mos os s~us udversorios YJ>reci-
(J _caso roi ti.o pnte~le, qne apro~rla Gnzrla da piuu.los t
Bal111.1., d:ondo nutiCLn do fucl ., Jll.lu uccu~ou os o tJUO se ha d~ chJm~r erttiio aos :~mlgo~ do
libcr;res, ma~ ui~s~ qUe gujttcio [oi Viclirna de nollre S~Dudor, que, t:Dl i8ü8, quando ~lli.Jirum
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09:36+ Pá gina 28 de 33

Sessão em 11 de Maio de 1880, lU


ao poder no rnc:u·an1 logo 11111 vir·•~·p•···'i-~l'ia;"t' tl<ll ~n~ l :d•i~~ '."lunil ••. ~er·o· rio Juvr• r! :JJ:
d~n\<'. 1rrl Íwc, q IW ..CHI sei ~ tlins d .:,;uu>n: úu n QruN lu.Jiatl Gmcc w$ tk .w•rl tr ne rpttJ·"t!nl .~f
ptO·I'Itlciu iut ·ira . nnu ~ô dos c:•rg-il ~ p uckim~-, No llll!iO d1: t"d''~ "' hnr ore.,· do que r· 1'1llfl
n···- d·· lno(m; ~~~ t'argo; n•uiUilo~l':irlns, Clllllt!· rk tilrl:l" 11" /Ht!lttbros rio (tal'lidrrliho:·:rl ''" H:l'• ia,
Çlllldo po•· d••uliltir o uoiJr•· dr) jJUt.rdo <J Sr. c" r1-· 11da rmpr•o;n~n. rw~ Jll ··:ti,.;s, n:H c;,rLas !Jll~ us·
Sr·lii'ÚO ::\11lllO olt! : : dmirtí~lnrll•ll" l l ~~~·~àJ jJU· hnltt(l'l.'i IJI'I)t'III Í IICillc-~ doi !Jill"lt•.lo liir· :!i:llll :o >CUS
b l i ·o, ÍO;.(IIf ii.U () litlllnt fr,j J:.·i'U/U')O d:: Crl:tiÍO!ll:a (',<1-i'di~i:oiHII'rO<. n::o ~1.) lho•S ;Jr·o•i,:eih:t\' ôl que
po(il, C:t , ClllllCÇ.lll<(n 1)1}1.' \J<OIIIÍI.IÍJ' I) imar~d t) r,•,;j,/ iS'r'tll !JC!ol fo:l'i;IJ j Cl'IIIU IH~<Jil<t•llltl<l•"'- Hll'a
p:1i d·• honr~•lu tktHi lll in n Sr. Buy B"J'!'·.l.Íl. ctn l' g.1re;u ~l'lt q >:e o;; 111e in,; 1. ~:r~:~, p:H'II não
uma Jas ::lurin> rlu 1111~~a tJI"U\"ÍIJl'Ía. o ho .. :c·ltl s:ril,.-e 11 •lv ICJ'rt)ll<• d;r ,J ,•:ralid;ule; e ·,~11. 1'1',
n:: is cumpd..r1l•' p:,·u dirigir• 11 ;,~lrw:.::üJ • ! ll~· t~re<i;jt · nle. del'·•i; de l"r I.Jali I n ~ IJIJI't;l ri'~ pr·e·
bl'e:1 ("f'''iwlos l, roo 1'"~'0 opH: n •;s n:\o •l•!lllitli· >i•lcllll.'s·. rJu,; cJJ.,f•J ' ri•J l'ol;cia ''do,; lltini-LI·••S,
mus ;tin i;r 11111 ,;ú L:t~cr:iuuario n·IIIIIJWI';:uD? Li v r: u"•·es~ d:~<h:, IJH· u,t,, , .,u!Je que 110 mu:•i·.
o pro ·r·io din.'rlot· de e>Lmlu>, Dr. Jr•sé <'. ipio<lr•L·• t ~<.·ô·,; lill illlln iur. n ·i:r;!o•ttt:•!.l'iiCIJ:Il3S
EdtMt'ilu Fn·ire ol1: C:L val · "'··~i :Jã" i•sl:i !lo ••X••t'• e lutlla> c""''~ de lih·'l''"'"· d~ rit' t'1 tlrll~r· i':r 1le
ckiu do seu ln~·a:·, Uev~~~~-~ o ~i tne::nt~~·, uo Ül•Hln ~un ~'Íil~·4·:-;t --o~:, tw,Jrr .iÍ ~ll•1 lll!lg·unn~lnidwle
coli10 jll'tlt'Cikll r~01u reL•ç:io un Sr. 13 rtltJ Uo,uJem (Jt'.tdrl<'ar:i:ls \lôll'a ~:d -. ur :IIJ'-H;II;I popni'.r.'iiO,
dr•~l.JJI"• ouu:d ~ l 'llliJI'•! n•.~i-tiu;is 11"s~a~ in,;i:•n· 1 ~tp11iwío.~.) Eb ~"ttl" ~r! J!ll JiJI'il l ll us lilJ!!t'li6S
ci••~p:n'" IJU C dcmitii«t•. e''C ~lll • •l'f' fi"rl o ,. que rl:o Bahi:r. Elle,; - u Jr•rt:~-::n\1 ~•l 1'6i~n:rlo's :"1 l"'r·
f.,j oi>ri::;ulo a.rJe:uit:i-lo pc lir tumhJ cosuo· c~~c >Cfl"lllÇilll 1.1•· ~cus tlu\'el'~;r;' l ""• e-l'en,udu 'lue
fU !IO"C Ollill'ÍO eX<:!I'Ci;l u ~'li "lll[Jl e·:O. ~Urgi~ C ll!lla l! ,t«t'3 l'lll !fUo: Jl<>tlr-:<~I)IIJ lliil' lltJS
:."\ô-: rr·w·tures! o Sr·. Barfiúli,IIIr'll\ 1le hl··t:o ~eus in•111í ~ ns lliiiOl pro;·:, dt; ri '"' uprurHol illl•'IL·
vi••lcnto ~~ ~:rn;.ru innl'io! E' o r·a~o. d · DXl~wnwr j to tJ,, lilwt·acs ~<.!ri•• iute.l'.•uHml~ tlill'<•nmle
com.lloraciv : .úum tllw:a/•'<1 rwlió? I
(Apr.ioulos.) .
~euiHll"l)~, o nolll'•· 13 rr:"10 lit·m 111 rlll llh•llo 1l<•ll SI'. t•l'u,;itlcnle, o' m1bn'\~ ~CJ I HIIllll'e~ n:<s c •~:turnm
podi:1 sa um :•drJtiuisLntJot· mab mude: arlo diJ <)ue o ~-t•Wet·n 1itnp•~l'i: llt:n1 fr·itu uumeu i1cs sint·
que fui. (Ap >ifl.r/ns.) !JI!'SIIWIIli!. COIIl o IIm dr· d:q• ful'1:a :ro,; Íllllll ~!OS
S. Ex. no ~~oqJo ti•! t•nlid:t, demiUiu uu1 d~ ;o;en~rian". nu 1~1"1110 uu llin d:r~ E~u;1 s. Fi-1ue
unieo olllei. I (mas e•lt~ Pl '~' I .b•~ral) p ui'IIIl~ Lü\'6 .<.1iJ!•udu ~ r:um:~r:• q 1 1!~ as non•o:t~:Õt•s f il:rs
CIIIHIII IJIJÍ('Ut;:iuolc! lÜJo~ilbÚiPI>:', lJUI.l I)~S.: •Jtlldal ft>1':1111 apen:l' p:•l':l il g·uanla lt;JCÍOJWJ. foi UO•
n:i', li;oVÍ:t pruc~rlidn l11:ru. me:uJu r•.•llllll''ll'lanltl ~d!Jtlrior l'<" di"IJ M:~doado
1<'01 11 uui•·u dr ·wissilo 13\'l':ttl<t por S. Ex•.110! d•• All•n~dt', :111d:ro intí:uo rir! Si!Vr·t•íuno, a t{U•·m,
cor·p" do po[il·in, . pelo prnJJrio dis~'lll'so do :ir. senn<lo1' JUJitfll••i ra
Li• e;.lilo cuu!irHHttulo nos <!:u·:,rns reruurrer~dos ~·~ Ye 1 !JI'• • clll'~\'n Sevo:·i~n.• 1111s h.. r·:~s de ' JIHI'i<l.
\01los us iJUt! ~~taY~Ill ; e p111femus :um1:r rcg;s· l'~•·;t lr•nPrrL•'•t'UI"llll!l] fu1 uorr re:n1n o (':lflll:"ro
tr:rr 11 f:rcto rle tes· PXt'l'L'ido uru C<ll'go de Cllll· Fl'lliiCi~tm Jo>IÍ ria llrwha lll·•r1r':rdo, n •:o~p loi!O tia
il.rnçn. duran\ll •luu~ unno~. um honll'ln ·mi i- cujo pr·u•·c •liu.,•n:u e r:aral!l•·•·.iti a[oi~CI"!Ullli prl.l\"118,
tun•lu :wLiv:·mGnle na p litir:.a, um ho1ucm •"JUC Pa•·a Cari"\ialllln fui nomerrclo um nmo g .. de
Wtl<•S o~ dia~ 110~ mimng~aV•• COIII os nmis ~•tro· So~\'et•i:rno J,sü Uiuu ysio dol Oli•eh•.•. O g .\ cl'\ll}
zes pithl'\o~, no ~UI1 ÍUIPI't'tl~ll. iurp\•ri:1l, nr•m •1S libl·r~es ~:J provinl'i·r. th·tJI nm
lklh·n·ml! uo Dr. Gó1•~. !lscnl do gnvt~rno v:or·a nl n o fuz~•· pnl ilica ('O lu e~"tll> nom~:rt;õcs,
junt-J du lmnco d:r D:~hia. Ei~ u mouo C"IUU IIÚS 1!~111 Lõiü pouco t:U\11 o•! h~ C.·'llln,rw r ;rqucllc. que
Jomo~ l'tlactor.·s. · o~ n ·lm;~ st•nndor·cs •1uen·m pot· força ell'\'ur
:-<eiiiJUres, rtunndo Ctl cnnlJMI.'IJ o qne se telll ó t'Ult!~·o;·ia dr entid:·d~ Jmlilie:t. · ·
da elo (:<Jm o <pte ~e tiClt c111 i 8GB; QUtlnt.ln me Sr. IH'I•sit.lenle. o~ flilbr·e~ $\Jtlndol'eS lt•mln'a•
Jcm!Jr·o d:1s ~cerws , que · ~o 1111~s:rt·~•u lltll lord:r a r;11n lJi'OVirlend:•s qne l)ll llPPhludo; mas tlopre~n
pm\'iacia; e d:1~ q.::•e' l:111h1s v~t~·~ ~e 0{\r:Upun o s b·.·n lo r[ue, si u ·llll <le A·•ril lllllllil'tu·am 110
Dir1d" tl 1 H":ltia; qu:llldo me teml•ro cltlqudla Jt'OVcr·no impel'inlone~es<hladn dn nOUil!ll~ii·• rl!l
Clltnilia dn U••lll Gonsi~ i llu, õlllirtuihtdll pelo pe•·~e· UJu jurz d~ direito pnra :tquella t:(IU1111'U -<, eu,
guiç;i" poli tio-a ; qun udo me lt•rubro tltJS lll'oU•·s· h:1 mniLo leiiiJ'O, Já m•• linha tlil'i!1'id•• ~o uJi uis-
so~, dm: t•et·sr~~ufçUCJs, dt~~ morle~, dos ior·eu- rel'io d tl a de J •ul'iro, r:u;eudo senttr ao (;hbl·~ do
dio.~ du Lençót'ls, onde tive o dt!.<gosto de ver 1-(a!Jitl!'t~, como mtldidu ilHii$pBIISIIVt!l. n nunlWl·
minlws inutis in~llltad;~s peln cunalha, rJur• su ç:io de uru juit C11JHU de :~IH belll odminisln•r
nn't!i':írn em milid:• politic:1. onde livt•.o des· justiç:L Appellu Jlur·a o ::Ir. tlX-prt:mlent~ do
· pruzer de ver ·minhas ,obrinlllls :•rt·ast:u:la!l ~ons•~Jl!ll, 1;lle tpc diga ~~ o:io rec~lleu curtas
pelos c:• helio~. e mr~u sobl'inho, urna ~ri:mra, rninbn~ ~ou r•!. ~~te nssu~nptn , _appellu p»r·a. o meu
p·rosiJ•ado em um leito de d.H' e parnl~trt·o, ar- cull••g-:t ex:.mmlstro do IUI[IBI'ro ~ avpcllarro. j)ilt'a
ruMallo pro~so fJelas t·adens d;• ci<tnd~; em I(Uil vi ti mini~h·o da ju~tb:t, si I!Stivess~ pre~ente.
miulw velha uu11, UliHL mulh•·r 1lhrn11 do s•es· Sr. prl!sii.lente tenho ueces.•idude ao lenninar,
p1•ito de lotlos os hrcnH1n~ d·~ liam (mu tos a1wia· tnnlu •1111is •JUe wju sol1re u m~sa n p3stn donubl'e
Cios), insultada, Jlersr•guid:•, .l'.{'rC!Id!l em sua ministro da ug·rkulllll'l'l o é necessnrio deilwr
prot•rh• cnsn, como si fora Um11nimal feroz, em l611liJUa S. E:x. para a dist·u~slio dos cr11ditns pe•
qurJ .. u propriu, e os meus melhores amii!~S fu- di dos; m11s niíu p~~sn d~ixar de tuc_;lr em r:!U
nws pr·ucessndo~,•·omo mnndaoles Je as~llsMoatos tlunlo. O llolll';ldot ~;r. Bar1111 de Colegrpe nllurhll
e nror·Lts, onde cin('O pov~,!l~~ôe> inleir~s <:om no ~enndo no dr·do de um cel'Lo l!'igan te, quo• rt~~
qnatrocllntna 1• lnnLos cn~ns, tudas d~ libPraes, lrr)tnm'QSStH'l • tU<'jo~,e o Sr.t:onsetlleiro Junqtteirn
.lor~m ~aque:•dos, e entrel-(ues ós cb:lllllllA~, e rc!'eriu- ae n inculcndos n.nigns do governe que.
ouço os illustres ~l'n:•dtu•es t'nllorcm em ;·eor.ç~o, uuou·lnm officiosnmente d;zer para o s11rtào que
vlolencias e perseguições, ocode·me invotuntn· a~sim é que ó bom, <1ue o governo oppt·ovu os
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 29 de 33

112 Sessão em 11 de Maio de 1880.


· violcncias. Ha certas questões, St·. presidente, Vem a mesa, é lido, apoiado c adiado por ter
em que se deve pôr todos os pontos nos i i. pedido n palavra o Sr. l~rcderico de Almeida, o
Eu. convido ~os nol.Jt·cs senadores pm·n dizerem seguinte · ·
qu~l é o. gigante cujo dedo temível o sertanejo
IIEQU!lnl~lE!I"JO
conhece, e quacs os amigos offici~sos que pro·
cru·um desvH·tuat• o pensamento do governo. 1\cquciro que por intermcdio do ministcl'io dn
Pela minha parte, St·. · presidente, sou tab~rêu justi~·a se peçam no governo todas as informa·
muílo orgullJoso; não des~o ú ~llttnhar insinua· çõcs officit1es recebidas sobre os negocias do Rio
ções c acredito que SS. El~x. nflo se referiram a dos Eguas.
mim, e, si refcrtrom-se e11 pe;:o da tribuna a Em :11 de 1\lnio de 1880.-Cesm· Zama.
SS. EEx. que formulem po~Uivam~nte as accu·
sa~ões que tiverem contrn mim, que terão SEGUNDA PAR1'E DA ORDE~l DO DIA
prompt::t resposta, palavra por palnvl'a.
Fdizmente, Sr. presidente, o livro de tninhn Entra em 2.• disc.usslio o projeclo n. ll de
vidn publica e privada nnoestâ trancado a sete 1880, concedendo um cr~dilo supplcmcntnr e
chaves. Pó de ser lido aos capitulos, âs paginas, ex.traoru in~l'io de 6. SBO; 8195379 ~o minis te rio
.aos período~, ás liuh<ts, c asseguro a SS. EEx. da ugricullura.
que dur~ule u Jciturn ·que ftz~rem, FOi' mais de· O St·. Horta de A.t•aujo :-Sr. pre·
ttda que seja, nun~a terei de abaixar a cabeça.
(Apoiaclus. ~. sidente, serei mui\[) llrere nas considt>.l'a!:ões
Sr. PI'CStdente, ell lenho pressa de nc:1bar, e que vou fazer referent~s nos creditas pedidos
devo terminnr dizendo qne o partido libernl da pelo nobre ministro du ngricultul'a, portJUe de
Dahi~1, 11ssim como o go\'~rno imperi:~l, r.f10 modo alg-um pretendo crear cmbnra!ios i.i admi·
qUCI'L'Ut, nlío podem que•·e-l' ·o menor contncto nistraç~õ de S. Ex., que eu, tl~sim como L?d~ o
com os rrime~, nem serão jamais solidarios com partido n que S. Ex. pet·tcnce, temo~ o du·etlo
os crimino~os (crpoiadQs), onde t(iler que elles de espcror de sua TC(~onhocidn in teU igcneia c dG
exi~tam; ainda. quando se di~·nm nossos amigos suas babilitacões tantas vezes prov<tdns ntlstn
politico~. o governo c o partido liberal e~!Do eis· camnra (011oiiulos), que ser:i n mais hrilllanle e
· .postos a fazt~r ponil·os com toda a severidadll proveitosa ao pui~.
das nos~ns leis. A~:bum·s~ inscriptos no programma {\O t~osso
Peln minh:.t pat'll', deteste as violencias, tenho pnrti.do dons princípios que a todos.s~brel)UJtlll~:
nojo d11 frimde, nunca pr~tiquei uma nem outra. n r:elorm:~ eleitoral, pm•:1. que este pau: possn il·
Os cnr.gos·de elciçr.o popular que tenho cxcr· vremente escolher seus representl!ntes e. a ver·
cido, os tenho obtido com toda ri dignidade (muj. dade do or~nmento.
tCJ$ apoiados), ú r:usla de meus servi~os, de mi· Foi por esta b.1ndeira, St•. presidente, que
nhos relações politicas c privad~s, de hnmenso quasi todos os illustres deputados actunes com·
trnbnlho, e com grandes sacrificios. baler;tm U.uranto os lO ultimos alinos de adver·
sidade, entretanto, estamos jã ba 28 mezes no
O sn. AL~IIIJPA Couro:- E lHJio seu rcconbc· podet•, e, como sabe 11. camara, tão ndinnt.:Jdos
c i do merecimento. • · hoje sobre a reforma eleitoral. como estuvamos
O Sn. ZAMA:- Fui educado nos melhores o no !)in em que se organizou o gabinete o de Ja-
ronis severos principias polilieos, por um homem neiro. (.iY<io apoiado$,) ·
de qtulm o partido liberal se ha de recordar ALGUNS Sns. DEPUTADOS:-'- Não tenf' rnzãO
sempre com soudade, PEllo coronel Antonio de nisto.
Souzn Es_(linola, que mereceu ser qunlitlcn(Jo pelo O Sn. HonTA Dll AnA.uJo:-Em relação lambem
proprio Visconde de S. Lourenço, l'omo npostolo â parte financeiro, sinto dizel-o, os creditos que
ila ordem e dn,IHIZ no sortlio, (Apaiadas.) Desceu vamos votnr siio a provo mais evidentl! e con·
no tumulo Yictima das .Jlcrscgui~ües pnliLicas, vinccnte de 9uo esta impurtnnlissima p:Jrte do
mas sua memor·io niio mo1·r·eu no meu co:oaçiio, programma bberal não foi observada. · .
nssim l'Omo, j:imois ha de roorrcr o eusinnmento
dos principias senros gue aque\le cidadtlo in· A honrada commissão a quem foi presente n
cutiu no meu espirilo. (bfu.ito bem.) proposta do nobre ministro dn agricultura ~ssim
Não mo julguem um ambicioso vulgar. No se expresso (lê):
dia em que eu. conhecer que vnra ulcnnrar • A commissão de orç~mento ex~minou 11 pro-
posi~ões politicas é ncccss~rio praticnr :~ctos posta do poder executivo, upresent3dli pelo roi·
que estejnm obaixo da minha dignidade ressoai nish·o e . sect'etario de estadô dos negocias da
e da tlignidnde do meu partido, nesse din o meu ugriculturu, commcrcio e obras Jmblic:~s, pnrn
nome set•li ris~ndo dn 1lst11 dos combnteulos, e a oberturn de um credito extra01·dinnrio e sup·
rccolber-mc·hei triste o peznroso no lar domes· plementar de 6.880:8!98379, destinado n sup·
tico, po!' ler procurndo uma cnrreirn, em que prir a insuiDciencia das verbas consignadas no
fosse necassnno fazer ponto p::ml nl'ío sncrificnr actunl exercício a varias serviços, mencionados
·li dignidade pesso~l. N~o .sou daquelles que na mesma Jli'Oposta, umas pertencentes ao cre·
vivem anciosos por cssns posições de brilho dilo ordinorio, e ouLrns aos creditas es(Jeci~es;
ephemero, que n tantos seduzem. e considerando que na exposição dos motivos e
Nuo! A minha ambiçiio li muito maior; ~ou tnbellas .1nnexas est:l explicada a necessidnde da
um ambicioso insacinvel, ma:~ tl da e~limn dos dc!pe&n pelo excc~so dos oreditos votados, e ex•
mous concidadãos o dn minha proprin e~Umn. postos os motivos (]Ue parecem ter determinado
(Muitfl fiem; muito bCIIL ! O orador c COIIlPJ'imen • esto excc~so, em vcri.Jns nlitis deslin:~das ú solis •
lRdo llUI' muitos St•s. deputadas.) · fação de imperiosas ncccssi~ndes do serviço
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 30 de 33

SessU:o em 11 de Maio dG 1880. 113

paiJlico, a c~rgo do mesmo ministerio, 6 de n~ha!ll á disposiçiio das presitlcncias n~s pro·
pHecer que su mlopte a seguinte resolu~fío : ·vmcws do Amnzonns e Ala<rfias, e ao fiscal da
• A ;~ssembléa g-eral t•esolre : ~ompariltia de carris urb:onos .•
' Art. L • (Comon~ Jlropostn.) De{kit: 39i:1066:J1W.
• Art. íL 0 (Como na preposta,) Sr. pre~idl!lllc, o nobre ministro da n"rioul·
'Art. a.• (Como na proposta. J • tul'll não podia em sua expO~ir.ão dizol' ~cJ1ão o
A propria commissão não nsse,en. não ou~a t[Uil se ar:.ha nellA eou~.ig-nado, 'isto é, ctue natu-
nssCJVet·al' ú cornHa que iort~m ioevitirveis rcn~s r~lmentc os moth•tts flclos q'J~es foram ex~:~·
e lcg~es os molivr>s que levaram Q ex-ministro a d1dns as vct•bas votadas tlcvinln ~ct· 011 fornm
e~ccder as vet'l.ms votadas pelo corpo legisla· pla~s!veis; •nas qnc s'. Ex:. não se achava
trro. · habJJJiado com os tlatlos necessaríos llal'a vir
O Sn. LmEliA.toBAnnoso:-Const:~m das pakt- dar :i cnmara informaçilie,; exal)t.1~, mín11eios~s.
po.sitivas, como cumprin ao seu anteccssoi·
vras elo tnini.otrona nxposiçtio de motivo~. , mm1slral -as 11lim de jusWkal' :1 utilidade e
0 Sn. HoRTA DE AUAUIO:-ll'ci );l lnmbem. urg-~ncia de t:ws dcspez:J,; o n Jeg:1lidade dcll:1s.
::\o!o quo o honrado ministro ria oxposir~5o de Porqne, Sr. lH'Csidente, roralll excedidas as
motivos começou pol' dizer que, contllnrlo apenas verbas do or~ame11lo {\ecrelaLlo ll:l!'a lotbs Psl:is
um mez tlc oüminlstrar~o, e nf1o sendo, rror· <.lcspez~s, ~lgum:JS das qnacs pr~vislu~ nliús
t~nlo, o autor dos excessos occ.asionndorcs do
augmento cl~ S.lGO :000~ na llespeza elo. ministc- com muita :<ntect)(kncia ·?
rio !}a ag'l'icullntn, ncha·~e impo~sii1ilitndo de O Stt. AMr.Xo Hur.c.\o:- ES80 vicio ~ ltlnilo
.iu;;lilicnr ucvirlnme.nle tão considerarei despezn ~nti:;o no~ no~sos ort~nmenlos. ·
IJ de l'~SllOlHlct' IH>l' cllll. · q Sn. ll'>n~"\ n:> An.uao:- ~(:1,; cumpri}· nos·
·. E' isto r1 rJU~ s~ deduz de SlUI$.(J~lavras (conti• oxltrpal·o; u esse um cbs f:'l'~ndes prrncipio;:
liátt (! /i!J"); d~ progrnmm~ liher~!. Si t'Olltinunt'tno~! o que
• Posto ·:Ju:; n minha :ulmi nistranão conte n:to r:s~cro, no ~vslema em q<tC temos vivido
nJlcnas um mt•z, o, portanlo, n~o me ·~eja dado atu nfjui de deixai· sem •.•:;ccução tiío im[Jortnn\<.l
JH'estar-vog escl~reciluenlos t5o completos, como ponto dO progratll!llll ilo· li OSSO partido.,.
llesejDra, accrcn dos moth·os, sem duvida muito O Sn. C.o~.nr.os AFPO:'I"S:):-N'Lutca. se deimu.
· pi3Usivci~, que trwüo inllibido o meu illustrndo O Sn, Hon'I'A nz AMIJ'Jo :-Nunca so deixou
nntecessor da ovit~t· o excesso dos mesmos cre· u1ns não se c~ccnla !
ditos, C\j)OT·VOS·hCi as l'~ZÕCS CllllltMS !)llC SC·
mclhanto excesso me pnrcecm ter clctcnni• O Sn. CAit~os AFFO:'iso:-~.Ias tem-se' fci!o á
nnllo. • possivcl. Vicios invetcmdos n~o ~e rerornwm .
Y•~jumos .quaes ns \'Orbn~ p~rn 11s qunes se nos
em um dia.
pe!lú Cl'ellitns supplementar!ls c flxll·nonlin~· O .5!1. Ho~T·t DE AnAuJo:-... <~coutccorá l{Ue
rios, it cuja nnulyse·pt•occut>i'ei summnriatmntc o Ptllb onde Ja lllVl'tl grnmlü de>crenca sobre ns
(lrJ) : . . prllmessns do~ pnrtidos dirú quo:--Hio bons são
• Es!abelecirue11to l'iWal ele S. Pedro ch! .HtitW· uns coa!o outros. Cl)ut l'Stc sy$Lcm~. senhores.
tar.:l, tia pr'Ot•im:ia elo Pirn~' y. · prosegUJrernos como antig:uucntc,. inconendo
• O c•·cdito pedido corrcsponde nos serviços nn~ ln!'Smn~ rwnsut·as fJlto ftdnmos. <~·Jlll toda
qtw, sem do)sorguniz:•ç1io do cstaL:ciecimoJllo, uiio a jn~tio~. de llOS:'ns ndl'1'r·sn:'iDs, poí·quo a~sim
podem deixar llc sCI' eJToclundos, Lonstanol•l eon· eonttunn1·nmos a ler o potle~ cxecutJI•o decrc-
sitlora1' que, ~c ado de 6:0fl0,~ n ron~[g·n:t('ão, su t:!nilo o orrnmcnto. De l)llO st~rvc c m ta,·s con.
:1 retribui~·iio tlo pesso:•l aumiul$lt'nlivu excede rl11;o~s o rll'I;:IIUOillo org<lliÍZDtlo pdo ('Ol'pO lcgis·
ele 8: 000;5000. • lntiVO 1 IJO qUO Sl'r\'C O lr,;lJ,~Iho daS l'!IIIJ:lfllS·, ~i
· O qno signillca isto, Sr. prcl~itl<!lllc, son1fo u minislt·o, c(lm um ll':lÇO 1lo p~nna, itWc11l:1
imprevidctwin inclesculpavel rln ~dministt•aç;io 1Jnv:1s cle~pc7.~~, augmCIJtil vC!rl.la$ e (;1z r.:·J'n tla
vns~adu qtwnllo oo tratuu nostn camaru do or- lei o que lhe ~]lJ':•z? E harcmo~. n(,s lib•)J'ilOS, do
SlllJ[)OI't~l' silenciosos todos rstc~ c mui!os outro3
çmncnlCI't
Que L'Xplicacfio s~tisfar:toriu pócle ter o f.1clo des~~~~·cs, cnj~ n·~pon!!al.Jilitladll nf•o l;a de rc"
llo pc:lir oministro no corpo legislativo, ou cahit·, em· stvnma, sobre ;1 l'CS~IJll uu cx•prosi·
aceitar lluHo qnmli:~ manifestamente insulJl. rlentc tlo eons . '!l\0, mas sim sobra t•Hlo pat·ti<lo
cicntll para occot'l't'l' ús llesrJ~zas tlc um Sl'l'Yi~·o liberal ? ! · ·
que cOilsidel':l imprescindivcl? Tcle.'fJ'crtlfws. O <lejicit é ele 2G7:U3/,132li (ld):
Ou ras pulllic~s (colitin 1i11 11 le1·): • Dclcrminnrilm o d~{icit o desenvolvimento
• Dctm·min:tl'~lll o !1,,/ir:it vat•ios sOJ'Yiços !Jll<! 1111 rcdt1 lclo:;raphicn, :r :tCfJ uisi~·1io dn. maleri~l
]Jas~m·nm 1lo ministerio rio imperio para o dn c o Fac lo llo cou~ider:1r-so a d •J~pt~Zn dos q untro
;~g-ricnllnrn: os esludos·e a~ obras de cnn:tli· pt·imoims mezes do exerci cio propol·cioualmcnto
~tic~o do llio .d11 Prat:1 (lu !flvnrlanha p~t·a o il insnlllciontbsillla comig·Jt:l~'iio d:.1 lei u. 2i9:2
abaslcoimcnto do rnm~l do S~IJ!Opeml•a a Santn <lo :lO dt~ Outubro tlo ltl77 .· •
Crn~; os estnf!,l~ incumbi rios ;l c<lmmiss1io de O que signillca lambem isto, .Sr·. pr~sidente,
aoudes e ~l commissno hydr.~nJicn. jà no port\1 gen5o iulpf!!Vid~tlcia da p:u·tc do go\'CI'tlO?
de santos. j:l no rio S. FJ':nwisco.: · a (1XPioração Niio N;iu J'econhecidns dB tudo; nós as rccl3·
<lo umo \'in do oonJmnnic;~çi\o onu•e Gtwnl>ú c llllt\'ÕO~ fei1!1S Jl~lo illnslre dit·ectot· gemi dos
n província de S. l'aulo, o v pa~nmonto dos telcgr~ltJh<JS? N;io tem ti!] (I sempre este rlistineto
vencimentos devidos IIOS engenheiros quo se rnur:cimwl'io o cnidmlo de informar o governo ·
Tomo f.-Hi.
Câ'n ara do s Depttados- Impresso em 27/0112015 03:36- Página 31 de 33

114 Sessa:o em 11 de l\faio <le 1880.

das nccc;sidadcs do serviço que corre pela sua 1 O Sn. t•tilwoE~Tr~:- Peço ao .nobre dC)JUiado
l'Cl>arliçiío '?Tem, sem duvida. . que n5o interrom!l:t Hío fre.:ruentemcnle o orador.
O Sn. CosT..\ ;\zEv•:oo : - E' muilo disiiocto. ·O Sn. llonTA ·or; An,\ UJo:- Ua poucos di:Js ,
emprcgndo. St·. )Jtc ~identc ,, o . meu illus!i•c amig•1,, ex-L"
o sn. u,1nTA lll~ AnAcJo:- 1'odos 0 rwmhc- ~~crct:mo, a.llr!~u.!u .o n~allogro do proJcclo de
cem, c t! por i~so flUe ~obcjam-mc uinda mniot•us cf?rma elerlou_l u fatahd~tlc;_
· ruve,; t>nt·n · condemnar o lll'ocedlmcnto do mi· . Emopnt•lo, drssc-lhc: • Nuo ; houve r.ulpn
nistro •IUC reduziu n verbo dns tcle"'t·apho s, de DlgLtem . •
pnrn depois, nn nusenci:r do tJarlnmento, :rug- ncrori~·ntllcertamentcao nobrc ôX·I>re~idente
mcntol ·n como bcni lhe <lt>rouw. do con~elho (ttà1 crJiaia.dQs) a quem todo o nosso
o sn. ce~.\nto At~·m: -Nó$ ~ 11uc somos os Jl~trtido hn de rcs!>Ons:rbilisnt• pelos embaro~:; c
culp3 dos. dtfficull13dc; que c~co~ e !cv:mtou em relaç.ao a
· . • . e~s~ suproma asprra<r'o hiJeral, p:n·:~ depots de
O Sn. llonTA DE AlL\UJo .- N~o • ~ culpado 01 graves erros (mlo OJIOíadosl, de tfl!;te:; llesastt·~,
o :;overoo. c de mui lo mul t>ausndas 3menç<Js, ver ·c:~hít' no
· O Sn . .CAnr.os Arro~so: - M11s, por is~o n:io sena,Jo b seu !JI'Ojecto. ·
desaJ'pnrece a res[ronsnhi/id:~dc tla camara qué O 'Su. CEs,\mo AI..Yilt:- O . tmrlidn ínlcrro
foi quem fe1. o ort~nmenttJ. combinou li:IQt\elle md<>.
O Sn. HonrA!'" Au..tmo:- Qtter o _n,obr.o. de- o Sn. HontA DE AlL\UJ ó : - A ·cnm~rn niio
pulndo Qttc ~ws conher:amo~ Pet•fcttp.~wnto_o linha remedio sun'iio comiJiuar•.
estado tlo~ drverso~ ramos da adtnmtslraç:to ·
·. publico, c ~~ ~ urgcrltc ncccs~idacle de tae,; e l~cs O Sn. CAntos AFFoNSO : - Está muito engo·
serricos'? . nado; · · . . · · ·
· o s,,. CAnLos ,,ú·roNso·:~ Devemo;-. conhce~l'. o'sn. lfonn DE AnAUJo .: - iXenhum do5 no-
IJI·cs dc,mtndos queria assu 111i1' a rcsponsabili·
O Sn. HonTA t•t; Att.\UJO :- Sim; c teriamo;, d::ulo olc hostilis:~r o primeiro g"(IIJinl':lc liberal ;
sen1 duvida esse <:onbcchnentosi nos houvessem d 'nlti a condeseendencía . ·
sitto. mlnistr~dns DS con,·cnlea.tes· inrormn!:'ües,
priilcipnlmentc de llm g-oi·cmo ami~o fJUC tem OSn. MilcEoo: -E' .
u mcrt·o cstabe,ccl'i· DCJUÍ
restt·it:tn obrig11çiio de dar-nos cxncln c minu- Yencedore~ 13 Y~ncidus.
ciosa couln do estado dos di rcrsos serviços pu. O Sn. Ho!lT.~ DE AIIAliJO : - Niío vejo, .uno dis·
lllicos. ·. · · . · tingo a(Jtli vencedores nem \'cnddos: seremos
o ..sn. ·CosTA AzEvilno:- .c\poin!lo. YencC!lores no dia em qne Yirmos realizado o
nosso progrnnima. (.4pal'tes. )
O Sn. CAnt.os AFFoNso:- O pniz exige que
sej~mt, s um parlamenLo em que lodos os neJ;O.·
An<es llisso, somos apenas eotribaleutes.
cios publicas de,•em ser conhecidos·<'. e!'tud:tdo~. OSn. ·Honn DE AnAUJo- { lê) :
E' o DOS$0 de,•er, não devemos . deSCll_t'rcg:~l-o · • Terras publicas c colonisa:.ão, de(wit, •. •. .•
sobre o governo. i . ~\~:4i8~. .
O St:. llonn DE An.\no:-() noiJre dcJlut~do Ao ser promulgadn a lei n. ~\0 de 31 de Ou·
!>abe que nem H>mpre s5o eomplctas as inror- I·Ubi'O do ~nn<> Pltss<tdo, CJDC elirniaon dils I:~·
mDçucs que nos fornece o ~:ovemo. bclbs jusliD~nlivas desta rubrica :1 qunnli:t pe"
O Sn. CA nr.os AFr-oN.so:- Si ns informoç\il:S dida pot·n lnlroduc~·lio e eslobolccrmanto de
siio insulllcicntcs . r.ão de\'emos conlcntnr-nos immigr:~nlcs. nl'io su jâ :~lguns millwres destes
eoin c lias, ll:wia enlr.~do ·durante o exercício, toado dit•eito
~os auxílios do regulamento de 19 de J:meiro
O Srt . Ct::sAmo Ar.vm :-A commissiio fez: rlc t86i, mns eram .numerosos os que, já esta·
coirtes, e :1J;runs contr:~ . o goslo dos nt inisll'()S. a bcll~eidns uns coloni~s desde o fim do anteriol'
rL'.;: pnn~aLilid:~d(', portanto, não lhes cabe exclu· excrcicio, cstuvnm no goto de Iaos 11 uxilíos que
~1\·anwn lc. No scn:do toinda se fizeram · outrns lhes niio poderiam ser suslmlos autos de findo
rcducr:w~. o prazo r cgulnment:tr. · ·
O Sn. C.\llhO~ .~Ffo;o;so: -Est:i agora em moda • Uns c outros tinham immigrado par:• o lm ·
r:rtel' os minísterio~ Hbaroes rcsponsavei~ ntli pcrio na fé que rcceberi~ m os.favores assegu-
pelos oclos do l1enndo. - . rados pelo citodo rcgu\~mento, e, constituindl)
O Sn . HonrA m: An..\UJI) : - Eu niio sei por estes um compromisso solenmc do Esto.do, for-
que r.~7.5o estou inco1·rcnilo no d,esagrado do oçoso foi dcscmpcnhnl-o com n Jeuldade com que
nobre deputo do. . . . governo do Br~zil lta. m~nlido Ininterrupta-
mente ~.s suas promessas :\ itnmigraç5o.
O Sn. CAntos At'FG~so:- V • . Ex. nindn hn • Aindn 11 outra cnlcgorin de . colon~ dovia ~t
pouco nccusou o partido por nlio ler renlit:tdo · Estado conlinuor n prestllçüo do auxilias, até
a rctormn t~lcitoral. . . · · fazel ·os ccssnt· (IOr or!o p\tbllco, e nes'c r.11so
· O Sn. Honu DE Ati.\Ulo·:- O nobre deput:rdo ~chom-sc os immigrl\nlcs em viagem \In Europn
esti inverti!ndo os minllns }>nlanas. poro o llrazil, <Juc, i~uomndo n KIISlltlnsilo do
l!Cimn mcucionutlo det·r·~to, 11íio.. tl•~ VItlln 11er
O Sn. f.:Anws A>•Fox~o :- Son inc11paz de in· tJrivntlos de ·r:tVOI\!s •1no JIOI' lmm tllllottdidn
vorld·ns; totlos ourir~m. O scnudo ~ CJUC re- equidudo.sc lhes d\}\'ÍII roconhm~nr dirl•lltt,
jeitou, por acinte, o projer:tn 11~ cnmnrn dos de· • A outra pm·tc, tendo o nteu ontcueMsot· mo ui·
pulados qne l'Onsognwa n reformo eleitot'al. festndo por · vezes n rest.ilttç.ão . dl! nhrcviut• n
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 32 de 33

Sessão em ll de Maio de 1880. llõ


pr3zo da ~~n~neipaç5o d3s eolonias o dos nu- c !Jem a$sim de set· nccossario acudir ao pnga-
cleos, e pnr~ este c!Jeilo trntondo-se de com(lle· meiiio de o!Jr:1s executadas por contrnto. •
lar a viação MS mesmt~s estabelecimentos iudi:;- lsto c imperdtlnvel. Pois nem estas tle$pezas
pensnvel, pela inconv(lniencia que proviri:~ da pudoram ~er previstas? Eneommcndas feil1ls?
subita suspen;~o de tr~balhos mais ou mBnos Obras contratadris? E achll·se o nolm~ minislro
adiantado~, não pôde a dcsrJcza red11zir-se aos .nu conUng-encia de vir )Jedir, (JOr culpa.do seu
limites que sú depoi~ de decorrida uma tt•rça antece~sor, credito Jl:I.L'ti SUJlprír o tkficit de
parte do excrdcio lho foram postos. · 2.5\l&:7li2,}\llú ll!ll uma verba !le dcspeza parn
• Aemnneipa!;fiO da eolonia Rio Novo e de tllt· a quttl o corpo. le~islutivo, de accurd<J corn o
morosos nncleos coloniaes, a su~pensão do regu- gorervo, cons1gnara :opemts t.f~()O :000~000 ;
lamento de 1\l de Janeiro de 18()7 c os avisos de qu:mdu e:>te rcmlt:Jdo (lodía Ler sido previsto
23 de Dezembro e 1"
de Janeiro nltimos siio
providencias que demonstrnm o vivo elllp<mbo
e ovit:tdo 110r qn;tlquer homem bem inten-
cionado e dusejoso de cttmprit• exoctamente os
com I]Wl o meu. antecessor pNcurou nta[hat· o seus deveres. (Colltiluía lendo):
desenvolvimento dn tlespeza .•
Pois não s~bia disto o governo. quando a cn· • Abastecimento à'a:}«a d copital do Impe1·io :
d~ficit: t. ao: '•Ail.~8!2. .
mara discuti\l o o•·•:·~mento? · . • Determinou o drfü;it a ncccssitlntlc de tlnr im·
O Sa. C.úu.os AtToxso; - E uão s~hia dlslo p11l~o 11 ••l:;unus obr<1s cn.io retardatuento traria
u enmara quando votou orçmnento? o mconveni~ntes c de pogtll' máteri::.l importado.
O 811. HonTA DE A11AU1o; - O nobre d~pu· "P•·oiOit!J!UMJtta d(l. cstmda de ['eiTO IJ. Pedl'o u:
tado rcspousaiJili!'-e :• c~mn1·n; eu respóns3bi- deficit: 3tl0; O()OSOOO. . '
liso princlpnl•üetJIC o governo que prestou ns • 'frtHando·se d~s o!Jras cx.ecutndns pot• con.
informações e Mcitou o orçamento ; o paiz deci · trato n~o podiam ser restriugidns.
di r à quem t! o rcspou~avcl ; talvez soj ~mos • f~'s!rada d~fmTo d~ Camo$simaSolwal; de{l~;it:
todos. (.tlpoiados.) . . 218; 658:5340 .
O govorno sabw qlte ·:tlguns mtlhnres de lffi· • Pt•o\•eiu o de{icit da o.cqnisi<:.iio de material
migrantes, ent•·~dos duranle o exol'cido, tinhulll motor, ele \l':onsporte o tle vin pcrm:mcute, ror,
direitü aos auxiHo~ consignm.los no ra::rnlmnento neoido pot• encommendas feitas a v~rias fábricas
de 1867, o alem disso, que eram numerosos os 1111 .Europa e nos Estndos·Unidos. ·
immigt·antes já estabelecidos nas colonias desde • Estl'ada ele fen•o de Paulo Jlffoaso ; tlfficit
o Hm tlo anterior exercício, e no gozo de tue$ GS ••. -oos:•~m
auxílios, quo lhes mio pode1·inm ser sustndos ;PI'u\;ciu·o dr•Mit da ~CtJUi~ição de mat.erial
antes d13 findo o p1•3zo do regnlawento. motor, •·od,mto e lixo, jrl reecbido e do (jtte· terá
Havia um solenmo compromisso contrnhido de o set· attl o !1111 do llcl!wl exercício. ·
pelo Estado; o ministro conl!ecia-.o perfeita- Tabe!!a rlrJS qrmlltias uec1··~.ça1'ia~ prmr. as obta4
mente, e não pediu meios de solvel-o dentro da e makrial 1la e-ltmd/1 de [erro D. Pedro ·11.
orbitn da lei. •rratou-~1) do ot\·au1ento e o go· Lcv~ntnmcnto do leito llo ra-
vcrno 11ão pediu Yerb~ para tnl tlCSllCXa !
mal do Smla Crnz, conwli ·
( T,-ocatn-se apttrtt•$ ; o S ,. • Jwes 'dente l't'Cl!WUJ d:~ção dos cót·Les da '2."
atlt'IIS)!TO.) secçflo,cons\ruc.ç5o tlc pontes
O Sn. HontA D& An.\I:Jo-(lli): e ·lweiros no mcsmo 1 amai,
• Qu~nto 110 n('tual ministro, o aviso <le 1 do no !I e S. l';:uio e n:J a. •
cow~nto pelo tJuat foram mnndados ce~stll'tot1ns . wcçã<J ... ~ .. _... ~ .•....... 300:000~00
;as desJlez~s de.medi~iio tle tenns o tollos os nu· Acrjuisif;no dt! sete locomo·
:dlio~ a colonos, li'J\!luz o seu intellSO desejo c lii'(IS .••• , .••...•• , • , •••••• iLO:OOOfiOOO
firme resolu~iio de cumprir o lei !JUC fixou~ Augmcnto do ooiUcioc :trcom-
deS(JC~n com este set•viç(j. •. modar.õe~ ptl\'11 o seniço da
estnr,fto d~ curte. , ......•..
J:i se \·O que o uobre ministro dn 3gt•iculturn Prolongamento de mnis 300
j20; 000~000
:~ehou.quo fazer em sun pnsto no sentido !lc res·
. tringir grande parte .ila ·a espeta, clfeetuanilo metros l\11 ponte oln estação
nssim em pouco~ úius economia como deve set• Elendores marilim<l dD Gam!Jôa .•..... .tOO:OOOpOOO
feita, re~l, verdadeira c Jli'O'I'eilosa, e não eeo- o guindastes hy·
drnnlicos 1111 estnç5o mnri-
nomin inconveniente ou !ictlcin que figure unl- lima dn Gnmhim ... , ....... WO:OOO~OOO
cmnente umol'çumcnto como (mrn inglez-ver.
De que serve cqulliur31' o orçamento dn re- Dellcit •••..•...•• 1:~80:000;)000
------
ceitn e despeza, ou 11presenl!u· sahlus, si ufinal quo nenhuma destas despe!3S púdc
na Jiquidaçlio do cxe••cicio o podct• executivo Slll'1'<1roce-me
qunli!lcada da illlJH'6Vistn.
tem v.berto crcditos suppJcmentares ll extmor·
d;narios c ul~vado dive•·sas rubricas da de~peza O Su. CAILLOS AFl'ONso:-V. J~x. não raz conta
a muito mniorquanti~? · dll que n proposta do governo so!Tl·csse córtes
Estrada de ferro de Porlo Alegre :~ Uru· na t•nmM·a e no senado.
gunyana; dt•ficit: i.ó9~:71l:ti.'IH6. O S11.. Uo:n.\ DR A1uUJO: -o ot·~um~nto foi
• O considerave\ (leficit Jlrovclu de ni'io IC\' votado ncst:~ com:u·n ~0]1 a dircer.ão do gov,:l'llO;
sido prcvistn peln lei n. W40 de 31 dl.l Outu!Jru e no sunmlo os cót•tcs lwvidos, Ó mu.ito sabido
ultimo a despe1.a com o matcriollixo e rod;rnte, qu.tJ ror~m realizados em 'iirtuM lie um occurllo
que em gronde pnrLc se nchavll encommend:ulo eom o mesmo governo. · ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:36+ Pág ina 3 3 de 33

116 Sessão em ll de l\laio de 1880.

O Sn. CAnLOs Ar•·oNso d<i um ap~rt~. olfcreceu n sua p1·oposta do Cl'Cditos. LimitoU·S{;
O Sn. Hom·.\ llE ARAUJO :-Assevero ao nobre o seu di~curso a censumro nobre ex- presidomte
dcput~do que ó ot·•:nmento do minislet•io da do conselho e minisiJ'O da agrkullnra do ga!Ji~
~gl'iculluru, t:ol cmno sahiu da c:nnnra, não crn nete de ;) de Janeiro. ·
sutlicfcnte pnra fozer f;u.·e ti de~peza realizada .1<~' verdade, rpw o orçamento vigen.lü foi
pelo ex•mini-stro. defecti\'o ; não attcndlln a tod:ts ns ncccs5idnde~
N:io me alongarei mais. Tcnl:o conseguido o do ser·viço pant tis quaes vem hoje o ::!OVer·uo
fim.,. que me propuz, chamttn<lo· a 11llenrão da ]:ecliJ· a ai.Jertnr::~ de creditos cxtraordiriorios c
camam •.. supplcmentares ; m::s pnmr-c-tne rJtte o nobre
VOZES -E lllUitO ])em, .
deput:ulofoi injusto ttuando fez disto um mo-
tivo de :.~ccusnt.;(to no nohre ex-prcshlentc do
O Su . .'Hon'J'A IJE At.AiiJO : - . , • para um ~~­ conselho. O nobre deputado devia rc~conlar·w
sumpto que ~c mc.DHigurn de lodn :1 impot·tancin; dns dificuldades e eml.mra~os com •Jne o go-
.c ou~o c!>pcrar fJltC o nobre lltiuistt·o d:1 a~l'i­ verno JJassado lutou pat':r. lei' um ot•çnmanto
cultul'~, que possuJ lwbilitaçucs !Jrovodns e n1io que fo~sc a Vi!rtl~deira mq)l'ess~o de lo(lns as
de conwnçf1o, ni'ío procctleró, n~stc [Junto, como nece8sitl~de~ rlo scni~·o jJUillico, N~o ~ô as m:1~
o ~cu atJtt'Cl'SSO!'; c ao contrario coúlinunrâ a rn'otJostas soll'rerom grares ll'l'ditica~ões, nas
ell'ecltlnr eronomias reacs e rroveitosa~, ·assiut di~(:tlSSÜ~s desta cama!'J e no seio da comrnissão
como será :;oJicilo em fornecer-nos os estu•lus e de 01\'amento, mn> soll'n.'t:nm ninlia m:Jiores
elementos prccl~ns pnn1 votarmos os meios ne- nwdilicnçues no scuodo, onde muitos ''erhns
ccs~:ll·io~ :·1$ direr~a> llC::pcl.as exigidas [lt'l:1s fo1·am cnrtnda~, c nlg·mna~ com protestos do~
SUrVÍ\OS {lU;) COI'l'Cill peJa SU:I pa~tn, ~lim ele tjUC minisll'05. (AiJOimlos .)
S. Ex. possa uwnLer, como acredito que nHlll· O Sn. !lou-rA DE ,\nAliJO :-Xi;o do,·i:1 aecilat·
tcrâ, n promessa que jâ nos kz de, com o m~i~ O ot·~~;\lllClllO,.. .
· 1iivo empenho c a mais firme t'e>olurão, cumpt·il•

n h•i q uc li:-;.n n dc~pezn [lUblicu. O Sn. LIDRI.lAToBAnnoso:- O governo uãopouia


· l'iiiu dcsconlleço que ha 1lespezas que sfio d:) [H'escinllir do orçnuwulo ;· c tinha ncccssidndtl
todo o ponto hnpl'eYist::~~. na occa~mo em que se do nceital·o, tal qnnl ellc ~nhia de!iniliro das
'\'Ota o orçamento; nw~, como :1 cnmnrn acnb~1 mãos <le seus ndYCr~urios; o com c~se orça·
de ottYil', nf1o me ri.·t'eri sc·u~o a despezas qao meu to govr,rnou se 1n cxccde1· as dcspczns nltim
não podin111 llcixm· du ser pri)'ri>t<ls, com muita tl;~quillo <JllC Cl'<l csscn.cialmcntc n~ce~s:1rio pnra
:mtec~deuri:1, pelo ex-ministro da agt•icu!tu•·a c occorrer :1us serviços a •:uc es~t~s dcspows são
a outras que podiam [let•fcitamente ter·~irlo evi- dt:stinadas. Si o nobre deputado combate~~~ os
t~d~~ e poupadus sem detrimento llu ndminis- cr•cditos, mo~tranllo que o g·ovc1·no pas~ado
tl':Jçfio. • hnia l'eilo deSJ>et.os dcmcccssnritts ou mutei~,
O nob1·o miuisu·o rl:. ng-ricnllura pt·oceder{l, eu ser in o prillleiro a r.lar·lhc o meu ft'DCO apoio;
~em duvid~, de mlitlo quo O$ ·~eus co·religio- mas eõ~nsllespezus ernrn ncccssarins, eram recla-
u~rios ne~;n cam~rn 1.! na ont1·~ nüo se hUo do mado~ por necessidades do scrl'i~o pnblico, (!UC
achar do IIOI'ú nn de8:1:,r1'ad:1Vel necessidade do n~o poliinm ~cr udiadns,
vobu' creditus ~e1nell1àntes (tO~ qttc ~u nclio.m O Sn. IIonTA DJI AnAuJo : ·- Alguma~, ntiu
a~;orn em discussão. · opoiado. . ·
Yom; :-.Muito b(Úll ! O Sn. r.w~mAt'o DAnHo:;o :-Portanto. si a l'l'~­
peito dclla~ se púdc 11c.ctls~•· o mini~to:..fo ('<l$S~rlo
<tll §a•. l'L~bcJ•na:o Jl..hu"ll."oso:-Snrt•i UC~Hl f:1JW l]C JH'C\'idonc.ia lllt C(lllfccç:io UO OI'Çtl·
tani_lo- l.Ji·~ ve nn re:o;pu:;ta qn4~, cotnL) rc!nlor tla menlo, n~l'l é hollavin just 11 quo sc1 3llngno. COtllll
lm:umi.-,;f:o, lle1·o rbr, por dcl'erctir.in, :•o nobre U1nu accusn~iio espet'i:ll. aqoillo que tem sido nm
•1cplllal1" ["·I~ proYinr•!:J tlo E~pi:·ito ~:lllto. tlc!'dtv cummum, 11 totl•>> o:; ~·orc!'llo<. o.lcr~ilo
Eu nl"llllpnziho o noli!'C deiiUt::do em ~ua ~c­ rtlte nús 111'Ucurtimos s·: !HII', liHO próeurinno.>
Hernsa :1spi1'a';~•f p:or:t IJU:J n verr1:H.le do 01'1'11· l'tiZi:l· tksapjl!li'l!Cel' olu nossa utlmiuistJ'nç~o.
mr ulo, Ulll do:< 111ais impot·Lanl(·~ n1·Ligos tl•1 pÍ·o- O :Sn. UonTA o~ AU.\k'JO :-E:;ln,nhci, [)OI'•Jtle
gramm:t•lo p:.orlitlo Ji!Jcral, s·.•jn lambem um 11~0 ~~devi:~ ~sperar isto lle Lllll ::·uvorno lilJCI':tl.
ti tu lo 1le ho ili':J [1:!1':1 ~·~so: pa 1'lidi1, mn:: t'Qcot·rla-
•;~o honro~n t1n stw pnss:tgom pL·lo poder. lll:ts O Sn. CEs.\nto M.Yl:\1 ;-E' diíliril rnzcr· em
dcYc pondo:rn r ao nolm) de pu t do, q\le ('S'a~ re- UlllJWiz novo c cheio tlc net!C>shlmlc~, um ol'·
forJnns 1[1.10 fOl'lam por nhn~Ps invdcnulos, c ..::•mento exactc:~, W .uma utopia. O }Htir. dc~en·
CITüS (jllt! [HillOIII ~L'r JarH:Udt)S Ü etmtn dC tooJn S YOin··~o, c ~s nccc~st!.lades crescem.
~s ~tlmini.<lt':>ç'l',es(':ls~:Hl:,s, n:io ~e or>ornm de· O Sn. l.1m;11.HO ]3.\m:o'o :-Ait:•m ,Jcsln ~ ccn·
I'CJWil\r; exig'I!IH I ~lndo. I'Cill'X~O, eon~l~lt!t'S CS• ~:1ção tla imprtwirJ , •uci~ <Jlle o n~lJrc 1lr.pnl:ulo
l'lll.'<:"~. 1J;•. p:;ll'io liSIIIO, ~ IIIHil.u lt':l]Jalho !lo~ d irig.i11 nu mini,;tt•l·in p:1~s:1do, 1! qno .~c rnpetiu
Jl'lllO:'t·s puldic(l::. (<\J''Iiad(>$.) ~:i,, tle:<:-spoq" o c111 C:11ln uma ti:1:; wt•bas uo r.l'etlitu do q 11e S. Ex.
lioun• dt · ptll ~'tl"; IL'lllto-' di.-,IIIL\ d1t n:'is 11111 tra- ~ll OfClljHJll, tti~se IJliU o nobl':· lllittislt'olllclllal,
lmlllo d,~ OI'Çóillt~nl•J; 1' a cu:o1mi:<~~~~ I'C.<J)l't'IÍI'a, ennhc~l·llor cu1110 .:~do~ llt!;.:ncf,,s tle Hln llll~l:o ,
~ú1~iriatla IH·b~~ I uz t ~s· dl !dn l.~:~lll!ll'n~ -l~~pül':l dn I' Jogn \10 !•Jill'(ll' jl:tl'll O ·goVCI'IIO, nciWlf COllS~ 110\'il
1

lt';!CIIi 11111tu ri e q til! e~'rw r ti g·n olo Jll'ogr:;uuua do qu~ l';lt~Jr; i~lu !!, :•chnn quu pudi~ fur.L'I' flhlos
pnrlitlo liiJcr;tl niio ''>l:i c~rJll!'''.itlo. na tl1·~pcw. tochuutuni~ uma economia <I •·~·alizm·,
o twln•o lil'pHlalll) uf,u ílll[lU!(IlOII 11 llCI'essi· IJUC 1 1 ~n linh.~ sido re::li~n\1:1 ncHJt lll'OVista pelu
dntl,•, ll•·m lnt:!"mo tt r·onl·o•nio!nei~ 1!11~ <ln,)wzas ~r.u anlec~~sol'. Pcrtlur!· lllll o noht•o dqlllt{odo,
pat'tl 11~ •JtH<l' ~ u noh1·e nrini~ll'o da ag:·icullurn 11i10 t'• Ju>to. (tlp~iaÚO$,) E6tas CCllDOlllia~, CSL~S
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09:40+ Pág ina 1 d e 13

Sessão em 12 de l\iaio de 1880. 117


cúrlcs 11n des.p~z<~, csl~s providenei6s !(Ue o 8es8iioo em 1~ de lUnlo de 1.880
govemo tom<~ no i utuilo du diminuir as dcspc-
zns, de realizar ,-et·dndeit·n economia nn cxccn· l'UIISI0~:1oõt:IA !lO ~n. YISCOiiUE l.JI! l'llADOS
ção da lei door~nmento, são :~consclhadas con~ SU~IM AlUO. - E~•tnrz,Ta .-PaN ccr. -1' •·oj ccl os .-·Onn~''
forme o descnvolvimcn!oqucY'iio lendo os scrvi- uu .DL~ • .:- 2.a. ~J~CU$Sãu lloi- t~rc1..1itos tlu ministc:'io dn
I}OS publfcos. a;rt~nltur., sob o•. ã c O tlc 168~. Dlscuuo do :S!'.llltur.
•JUC ~~~\laoc•l.o [m~11Jlro ~a ogricultura). llnccl'talncnlo
·N~•o. é no ~o1neço r) c um nnno nnancciro quo c.\"OLu.ya.o.-..\ ota.Ç"-0 du prnjecl() Jl, 308 llc 1~7!J C!Jn f.t,
o Ullntstro pode pre,·mmenLc determinar quul 11 d!&CUSij~O. l~c~ucrimunlo <lo :Sr. ~feira d• Yatconccllos.
marcha QUI! deve seguir este ou nf)uelle ser· -'.:! ..•t d~scmBaG t!O mi:!.SniD prrtj'='~to. ))JSCUT:iO -C emenda
do Sr. ~h.rliuho C'ilm•m~. Emcrrll.:1s d~\'~raas. Di:icur•o
viço publico, r[nnl n economia do que é suseep- c rcqlll.!dmcuto do Sr .. Almc-i•la. Gout(). Di.:icnr:io· tio Sr.
th•cl. (Ap01ados,) - Md1·:L Jl3 ·Vasconc~Jio:S~-~hatuadà.-2.'.k discus:s~o t.liJ JU"O·
i colo n. 2\U olo !S7U.-i.• ,u,cu$oilo do projcol~ n. ~ ,lo
A' P!'opor~lio rJne o s~rd(."o Sl:l de;;onvoll-'e, :Js iSSIJ,-:.!,a discus~itG lhJ ~H'Qjeclo 11, 30G ~lc J8il>._:.2."
n.eces~tdnd_cs vr.o sendo satisfeit~s, c n cxpe· tti.tcu~sn:o ~Y p1'ujcctu n. 307 1lc tB•9:.
-nencw var demonstrando ao :!ovem(• Que pt.Íllc
toma L' cstn ou· tH}Lle!la provirlcnci~, dimi nnit· A's H hora3 da m.mhã foila a c::ainadH 3~ha·
estn ?ll .uqncll~ desp0zn, c r~zct• f[Ualqucr cco- r3m-sc p1'é8Cntes os Srs. Visconde de Prado5
nomw. Alves tlo A1·:i.ujo, Priscu Paraíso, iln1·iío da Estan~
Fui o qnc fez o nobre ti1i11istro da ~"'ricultur~ cin, Joiio llrigidc-, Manoel c~rlos. l~roderico do
~ando proviJcnci~s que tcriurn sitltJ tfodns_ pelo Almeida, Ce~urio AI vim, Scr:;io (I c G:1~tro, Ga·
~cu :1 utocos~o•, ~· pol'l'cntnra não ~c tivesse
viào Jleholo e l{orta d~ Araujo.
e11 e rctit·ado. do llOdt.•r. · r:omt'amcL•r>lm dopoi~ da cham3da os Sr~. Sal·
OS11. CllS.\mo Ar.vm:-Eomioisl.ro nctunl flanhn Marinho, Co~t~ Azevetlo, Ame rico, Da-
uh, fr~nco t.le Sú, Scrl".1, 'J'avare~ Dulforl, ~·rau·
rcileruu n~ rccomllle.ndaçlíes sobre eolottisaç.iio, l\lin Dori:1, José llas~on, Freitas, Hodt•ig-ues Jn·
desde quo c!i.le surv1~-o e,lav~ semlo norivo no nior, Viriato de M~dL\it•os, SoL\Z:I Andrade.
Est~1do. · · '!'h~Jodnroto, Pompeu, i\lcit·a do Y~scnuc(]llo~;
Q Su. Ll!JEnATo DAnn:Jso:- St·. [lrcsidentl', Uul~ão, 1\l~noel de Magalhães, Son.rcs nrandüo,
~~ta C~1'?t9tl0 O lGI~po d~ SCSSÜ<J, O [JCRSO (jU\l s~raphico, loaqnim No.lluco, E~pcl'idiiio, 1\il:>ciro
_ tc~pond1 as act~llSn•;ucs fl)lt~s pelo uoiH·u UlllHl· de ?!I~ncr.o~, Ma1·i:mno Silv;1, Espindol~, <\fonte,
tallo. Bm·ros l>imenlel, Znma, Souto, Amg~o c 1\Iello,
Ildelim~o do Araujo, Almcí•la Couto, UOílolt}ho
Vo;ms :-E mt1ito bem. Uant;,s,.An!Otlio de Sii!Ueirn, A.znm!Jujn IIJcit•el-
O Sn. I,m:~zu·ro DAnnoso: -Si [J:Jrventtu·a :~
k$, llolcrrn do Mom:?.cs, Frun\·a ~ut'\'nllw. An-
discuss;io conlinutlr· c o~ (:rr.ditos ft~rcm sujeito~ dradc: Pinto, ll;,ptista Pcrcim, Macedo, So11zn
li nm exame mai~ minucioso do tJUC aqnello ']tle
Lima, José C:tctano, Atucliano M~gnlhiics, Corrêa
a.c~lm de fazer u uohre doplllnc.l.o, proctlnu·ei ~nt•
1\nbcllo, MartinllJ Campos, 1'hco:Jomiro, Thco·
m:dot• dcscnvoh•imanto 110 nssttllttJto (J jltstillc:w phito Uttoni, Abrell c Sih·:~, Antonio Carlos,
o ''oto que dei em f~vot· tli.l propo~tll. Mo.nim Fl'(mchco, Otcgario c Silvcil·a t.le souzu.
Von conclnit•, St·. [ll'o~idcnte, limilumto-me Com(lal.'cccrmn dc!JOi~ tle alJcrln n .sossuo os
n rlizct· r.ómenltl <tO nol.Jt•c dc(JtHado CJHC n~o Srs. Leotlcio doCarl'~lho, G:1rlo~ All'uoso, ~ta··
!lesc:<pcr·l~. ·o tmi>~lho é dif11cil; mas o pnrli1lo lhcim~, Ft•citns Coulinho, Cnmat·go, Florencio
liberal t<~m haslant•3 JMtrioti:;nHJ pilro c~cctltal-o. d1! Abreu, Htlv lhrbo1.:1, Li!Jcruto 13o.l'l'Oto e
(;lfuito!Jen~. muitn vem.) Frcdel'i~:u Ucgo:
tlaltnr~tm com purtidp:1ç~o os Srs. Bczel'l'l\
A di~cnss:io llc~ adialin pcb hor~. Cn\tllc:•nli, AIJ'on~o l'~nnn, Camlhlo dr. Olil·cia·a.
O Sn. i•:n:>LI!;;:;;n llá [·t\1':1 orde~n do tlia 12. : Fnl!io llois, Frm1cisco Soill't\ ·Fcl'l'eira de Moura,
Jlyg·ino Siil'n, Mello o Alvim, Moreira tlc ll~rros
Conliuuaçiín lln discnssao tlos Ct'tJrlilfJ:<. ·e :5Hn!il'n .Mnrlin~; c sem ~lln os Sa·s. Almeida
\'ot~çfío c.1u L• disctts~iJo llo lll'O,iccto n. 308 Dt~t'lw~n,Aug,uslo Frnnc:~•, l3eltrr.o,~3olfor~Du;~nc,
de iH7U solH'\J a !iccn~a ao dc~emb;trgadOl' Sul! co. Couto !IJ:llJ"<IIIJ~t·~, Cosia Hlboiro, Dinntt, Itpmui-
2.' tliscu~suo uo LJI'ojccto n. 210 d~ !8iU, solm.! uouda~ de ~Ie.l!.1, Flo1'e~, Fmnco de Almuida .•
a llrC!CIIÇliG do tenente napuundo Perdi;;fiO \lo! l't.•lido 1los 8anlo~. Fiddis !Joll~lho. Fcrmmdn
·Olivmra. Osol'io. G~!üillo tias Noves, lganció A!;~rlins.
i.• dil:t do de n .. B de :l880 :~ re~peito da lei dn Jo:u[niíu Brorcs, Jotlquim 1'av,trc~. Jusé Ma~
asscmbl~a }Jrovimial do S. l':1ulo, c!twmulo o
rianno, Jc1·onymo. Soda·~. Luiz l"clippe, Lon-
H!liÇO d•! ,·\lLHHtncr•fUO, M:n·t·oliuo Mour,1, ~ic!lo
pram da gn ran tia do .i uro,:. Fr:•nco, illordtu llr~uul5o, Dlanocl guslllt!Uio,
2." dita do tl~ n. aonde 187\l, rchllil'o 6 ju· l't'tHlo l'ilnonlel, Sinval. ~cgismnndo, Souza Ctw-
1Jilnç1to l\u Mnthi:Js Ju.<,j 'l'dxcil·o. vnlho c Jcl'Oll)'l110 JnrtlÚll.
2." iiita tlo dc.n. i.lOi d•~ l!lill ~ohn~ mo!hot';t· \ Ao meio dia o Sr. presidente tlechtl'il nberla
- mento· de ref•ll'lll:l lle At'IL<.!üu l,niz Zi.:rno. R 51.!5~fiO. .
Lennttln·sc n scssno :b li. horns d~ tarde. Fui litln e :t[ltJI'OnHIII n'ada Ll" sc~s5o ontece·
dent~.

OSn. 2.• sJ::cnll'l•.uuo; Hl'Yindo (lo 1.", •l~ eonl:~


do ~r.o-uinlC
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09:40+ Pág ina 2 d e 13

Ú8 Sessão en1 12 de Maio de 1880.

E:\:PEOl&NTE Porto Real onde o supplicante JU possue u:n.-


A' commi~siio de conunercio, industria e artes.
Ollicios: Do baclmt·el Francisco Jose Cardoso Guimarães,
Do mini~terio !lo imperin, de !l de ~Iuio cor- juiz ue ttit·eito da COliWI'Ca do Assú, na província
rente, commuuicando, em re:i[JO~la. cJUe Su~ ilo IUo Gnmdc do Norte, p~dindo prorogaçiio de
Magcstodl! o hnpendor ficou inleirallo das pe!s· licença por uuumno com o comtJctentc ordenado
soas que compõem~ mesa Ju c~mora dos Srs. para trnt<ll' de sua saud•.'.- A' commiss3o d1J ·
deputados no primeiro mez da actual. so;;s5o.- p~usües a·or,lcna uos.
Inteirnda. E' ltdo e mandado imprimit· o seguinte
DQ mesmo e igual datH,llcclat·anJo,em resposta,
CJUCl DaflUCIJ~ cJata COillllllUiiCOU DO IJI'l'~idenlo l'AllllC:El\
ctn provi nela de Goyar. a decisão da c<tlll:tr<t dos. A COilllliÍSSitO de podero~, a quem for~m pre-
Sr,:. deputados rcconhccentlo depul:ulo pela sentes as netas da eleição pt·imaria, a quo se
dita província o Dr. 1et•on~·mu 1\odrigucs tl•~ proeetlcu, no di~ J de Novembro do anno pns-
)fot·nr~ Jartlim.-Inteirada.
nn tmro~hia do Santíssimo Cot·acfio de
Do mesmo, de 1:1. de.:Maio corrente, remei- sado. .Jcsu~ tle Ll' rangcirns, lli'O\~incin ~c Sergipa. em
tendo as aclas !lo:; collc:.tios de Jncarehy, .Mogy substituirlio da que fôra nnnullada por· esta
uas Cnu:e~, S. Josú dos G~mpo:;, Ca~upava, l'a· augtlsla camnt·tl, t~ndo r~conhccirlo, de1mis de
rahybuna, TauiJ:,té, Guaratiu:;uetit, C:unha, accur:ulo c oh;:erv:nl:~ n fol'lnalidnde do
Da:ünwl, Arei:t<;. Queluz, S. St•basli5o, Cam- art. 7. 0 , '§ e.•wmc
2.• do rcgintenlo interno, que n refe-
pinas, Jnndiahy, Itú, Sorocaba, S. Uoquc, Unu, rida elciçTio. ~e .fez t·cgulai'IHCilte em .todos os
Amparo. Pit·nl'ieaba, Caph·ary, Tielé, Mo~:y­ let•mos do [H'Oces~o, s!lnclo nl'((.:tniz~da conforme.
mírnn, Ca~a Branca, llloeoca, Hio Claro, Limeir~, o disposto no art. a.•. ~~ G. 0 c 11 das in~truc·
Pirussinunga, UbalnlJ~I, Bt·agança e cidade dtt çues de 12 de
Franca, todos da província de S. Paulo, coucet·· ti!lc:1dos; é deJaneiro tlc i8iü por. motiv-o;; jus-
p~reeM qtte seja elln ~pproYada
nentes [a eleic;no a que ~e procedctt.ultim:uuente dcctm·atlos le~ititno~ o~ eleilores que em nu·
para o preenchimento d:~s vag:tl~ deix:Hias na emero legal compele ti me~ma Jlóii'OCbia dar.
c:m1m·n pelos Srs. Jost! Bonir.,cio;Carriío e 13t.riio
Ht•m~m de :Mello.- A' t"ommi:;s1io (](J poderes. Sala tl~s com missões, fO de ~faio rlll !880.-
Do lllinislro de etlrnngeiros, tle 12 do correu te, E~pe1·hlilio Elli1J tlc Bal"ros l'imc1~t~l.- Prcmco
pedindo designaçiio do dia e !tora para aprL•sen- deSci. · ·
tar o t·elatorio da :·eparti~ão a seu cargo.-:\lat'· E' lidt:!. julgudo ob.ic~Jto de delibom\~ão c man·
cou-~e e dia H tle ~l:aio ;i 1 hora da Iarde. dado impt·imit· o seguinte
· Do ministro dt ugricnllura, de i de !lfaio cor·
rente,· pedhdo desig11ação de dia e hora pura l'llOlF:GTO
apresentar o rel:ttorio da rcjJ:n·tiçiio o seu CDI'f:O. A' commiss1io de inslrucção puhlicu foi pre·
-~larcou·se o tliu l3ddlaioú:l hot·a dd tarde. seule o reqU1Jrimento do c~tudnnt11 AlbL'rto tle
Do seuelnrio do ~enatlo, de H de Ilbio cor- Seixas Marlins Torre& pedindo digpeu~a de id.lde,
rente, p~•·liclpando c1ue o scnndo acloptoLt e vai alim ile malrieular-se no L" anuo da faculdade
·dirigir á s:mcçii.o impet·ial as resoluçiies que de medicilw do Hio rle Jnueiro.
autoriz~m o governo a mandar admittir, á mn- A commiss1ío nuo Yê incon\•cnicnt~ em db·
triculn do 2. 0 :.111110 Clll (]UO[qUOI' U(lSJaculdadeS pensnr·se aa lei ~ itlnde cxigi~a pnrn a malri·
lle medicina do Imperio o pharnwceutico 1\ay· cul<l tlOS cursn~ superiot·os, quando ~c apresenta
mundo de Vasconcellos, 3 exame elas rn~terias uma JlCLi~ão 11:1~ condiçuc;; da do supplfcanle,
do a." 311110
dn rnculdndo de medicina do 1\io de compro\·ada com documentos attthcnticos ·de
lanuiro o pharmtwuulico Augusto .Gome~ de Al· achar-~e o estudnnle h<IIJilitudo eom todos os
mcitb Lima, e a prc~t<~l' rxntne de rortillc(lção jJreparatorios exigidos pat·a a mutricnlu em
perma1umto o alnmno do Lo ann.• · da e~cola 'luulquer d;1s faeuldade~ do lmpuriu.
militar, alft•res Antonio Ilha Moreira .-lotei· Assim pois ii a cummi~siio de parecar qut3 se
rnda. defit•a ao supplicante e para isso apt·csentn :i
Do Sr. deputado Lafn\'Cltc Bodri~ncs Pereira comidcrDção d.:J cumara dos dcputuJos o seguinte
purticip~ndo que em dãt..t !le 11 cd(.l corrente projecto: ·
pt·estou juramclllo e tomou a~scnto ~oum sena-
dor pel:t provinda tl& Illinns Gcraes.-Intcit•ndo. A ussembk:tl geral resolve :
omci:mdo-sc :10 1ro~·crno. · ·Artigo unico. E' o governo autorizado n mon·
· llo pt·o~idenle ·do t:ollegio oleitorul do muni·dar m1mittir á malriculn no i.• anno ua fncul-
dadll tle muuiciun do llio de Janeiro o estudante
cipio de Nictho1·uy, provlncla do Hio llc Jnneiro,
rcmeUendo CÚIJias das actas tia eleição de um AI!Jcrto ele Seix.as Mnt•tins 'l'ot-res, di>[HJnsnndo•
~c·lhe ·Jwra es~o lim a itlade r.xigida pot· !oi ;
deputado que Hlli se procedcll no dia ti llo cot·-
rcule mez [Wl'a JJreenclwr a VHga deixada pdu revo~u os os disposiçüos em contt"nl·io.
St·. !lcpulado Pc ro Luiz Pereira de Souza, nu· Snln das commissücs em l::! do ~faio de 1880.
meado ministro de cstraugciros.-A' commisslío -Lro11cio (lc Curval/10.- Fmllktitl Dol'in.
do· poderes. · · · · · ·· · · · ·E' lido e mondado imprimir o seguinte·
Reqlltl'immtos : PUOJEGTO
De P:.iHc, Fino & Comp., csta!Jelecitlos na co-
ti (alla elo tflrono
Respo.~/a.
lonia de l>orto 1\eDl, twdindo n revogação do de•
crrto quo concedeu privil~;::;io n A. Elov dn C~· Scnhm·.- .\ c:nm3ra dos dopul;tdos ngrlldccc
lltara pnm lllll engenho central na colonia de cheia 1lc rc5pciLo a; congr3tul:u;ões que Vos~a
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09:4 0+ Pág ina 3 d e 13

Sessi'ío em 12 de Maio de 1880. 119

~(agost-<~lle lmperi:l! m~ni(estapela reuntão tla as- situnção linnncdrn, o nosso systcma de impostos
semlJléa gera f, e á confianç:J qu~ deposit~ .no zelo e. allivit•dn a n:t~il.o rle gr~vumcs que se }>Ossam
com que cita se o~cupa dos UJUIS gt·aves wteres• diSilensal'.
·ses da nossu pntria. Puço rlo emnnt';l dos deputados em 12 de Muio
A ClHnaro dos deputados proseguindo no pD- de 188(}.- Marti 1~lw Calllpos.-Doptista Pereira.
trioLico empenho que anima YossH Magestade -lllartim i"rancisao. ·
Imperial se esforçar:í p,n· saUsl'azt!r os votos da
nação. onmm no DIA
A eamara dos deputados se alegra de que us
.reloçul)S de amizade quo cultivumns c:om 11s na- Conlinú~ n 2.• discussão do credito 11edido
cüM estrangeit·as, não tenham si!ll} :~lterntla~. pelo miuisterio da a~;ricllltura do quantia de
e. como Vos~a :Ma_!!esta de Impcrinl, faz votos pnra li.880:819;53i\1 para divers~> verbas.
que se rest.~bcleça a paz entre a Re1mblíca ·do
Chile e as da Pcn\ e llolivia, como reclamam os , Este credito :~cha·sc no projecto soiJ n . G
sentimentos de hum:~nid;•de, e os interosses da de t880.
civilisuçuo.
A c:m1nrn dos deputados tem em justo :tpreço O l!!lt•. Duai•(:Jtle de ltlacedo (tni.
o convite reilo pela Uepublicn Fran•~cza ao go" 1tis!·ro da ayl'/cu!tw·a) não so apre5sot.t em lll'dü·
verno im{>crial para nome:n· um dos lres com- n pnl.!lvrn 11orque nct•cditavn que alguns Srs.
missarios que. en1 virtude do trutndo recente· deputados quizes:;em nindn tomar pm·t·~ na dis·
mente concluído em Wnsblngton, tem de decidir cussUo: corre-lhe no eu tr·elanto o dever de iH'estaJ'
sobre as t•eclamaçõe.; pendentes entm t1 Frunt,;a nlg·mts esdarecimen\os :10 nobre deput:1do que
e os E~lodos-Un1dos da Amerka e folga quo o IHmtem encetoa o dcll3!e, e :• quem agradece a
govcmo impcl'inl tenho correspvnditJo a 11lo ••ho bencvokncia com quo se dig·nou ll~n~al-o nosen
prova de connaoça <teeitaudo a<Jltelhl convite. discurso. · ·.
A camara dos del>Ul:~dos tll>Jllaude n tranrtuil- Observ~ que o tJ O!Jre dnplltad(J comet;ou pos·
lidatlc de que goza o ·paiz, o certa de que me- uma .nprecinçno dcmmi~damente ~cvern n I'cs-
rcceni especial attenção do governo n segurança peito da actual sitmu;ão liberal, que na opinião
· indivhlual e de [li'O[lriedade, ex:uuino.r:í as me- de S. Ex. não t1)m d.ado um só pnsso no sentido
didos que oppGrtnnamcnte o governo im}>eri::ll da; reformas que r~zem p~rlo do seu proJgs·annnn,
promcl\e (lpresentar a bem da organizaçi1o j udi- citanda especi<lhnonte a reforma cleilornl c· a
ciari~ c dn administr~ção da justiÇ3. vet•dade dos or~amentos.
A c~n•a~·~ dos !lepnt3dos, como Yossn llf11ges· Sente divergir de S. Ex. a esse reS}>eilo, por-
tDde lmpet·inl, rende grttr;ns ú Providencia por qu!lnto o cotJHlra se hn de rcco1'drrt· que, pelo
haver emfim ces::ado a c~lamidadc dn sueca, qno que J·espcH~ :i rcrormn eleitoral envldarnm-se
por ruais de tl'cs 11nnos Dap-ellou Dlgum~s pro· todos os csl'orcos par:~ que fo1so levada a c::leito
viucins do norte, e impoz ·tiO Estado o~ Sl'ande.s pelo meio quo cnl1ío parecio mais prompto do
sacri!icios qne fez no cumprimento do sagrado cb.ogar·sC a um resuHado ; bnldndo o qu~l, foi
dever de acut.lir com promptos soccorros IÍlJnellas que se recorreu ao em que n~senLa o projeclo jã
províncias, ameaçndlls de so despo\'onrem. apreseut~do ã cam~m. Assim, poi$, um lo1·go
O declinio dn epidemia de febre amat•clla que pnsso foi dado no sentido de toruar es~n rcfo•·ma
desonvot\'ell·se ncsla CUI>ilnl dur;lnle o verão uma realid~dc: nüo se 1.1clia portuuto o p3rlido
pnssado, e as medidas adopt:~das pelo goveruo liberal no mesmo vonto em que estava quando
para :tllenuar e 11revenir os effcitos do mal, ~ão subiu ao poder.
ractos lllllos quaes n cDmarn se alegra. Com re!nd'io os linanças foi t~mbom S. Ex.
U melhoramento da instrucção pulJliC{I com $CYOI'O. A cnnwr:• se h:l de ··e.cordas· que roi pre-
os recursos Yotados p~lo p:1rlamento é um sente no parlnmento um orçamento de receita c
empenho do go\"el'Uo impcnal que u caiiHII'O. de~peza ordinnrias com grande de{icit, e outro
uppluude. · niio pcqtteno ncompanhuva tombem o orça·
A cnnuu·a dos depu.t~dos para n substiluiçiio mento d3~ dC~i>C1.as oxtraordinarias, que se
do svstema eleitoral vigenl(l pcto dn t'>ieição di· tinlwm do realitnr por meío dG creditos es-
rectâ, neces$idude fnsLnntemcnto reclaru:lila pela pociaes.
llaçlio, se enipcnhm·á com zelo no exame ~ Hoje, porém, foi ll!>l'Csentado peto nobl'e mi-
adOl)Ç;i.o 1lo projeclo de reforma eleitoral offe· nistro da fazenda um orçamento equilibrado p~ra
rocido em proposta do poaer exl)eutivo, e conOn o futuro excrcfcio do 1!!81-!882.
que o governo imreria e n nssembléa geral do· Quanto :i situação Onnnceirn no exterior, ~n·
tnJ•ilo o piliz com uma lei que possa contribnii' bc·se t]UC os uo;~o~ titulos de divida publica
efficazmenle pam a verdade do nosso sy~tema ttim uma :tlç11 consider:~vcl : tado isso ó o resul-
parlamentar. tado dna ,,cert:~dns medidns votadas pelo pnrla- ·
l1 r~star á I~VOUJ'{l, lirillcipallndu~Lrin do paiz, mento brazilciro; e de\·hlo noses foJ•ços empre-
os auxílios necessarios, e manter o equil1brio gados pela silm1ção libm·al. .
da receita e despt•za uo Estado selll olvidas• os (]ui~ o nobre deputado enxergai' gcneros1dude
gr:JDdes mclhommeutos quo fa,·oreçnm o des- da p~rle do orador, quando na exposiçfio de
envolvimento da riquc~:1 publica, seriío objecto motivos que precede {\ pl'opostu qnr. se discute,
da constante solicitude da cullHlr:t do~ depnltl· usou da expressão-me parecem tcJ' detr'1'111itiado.
dos, como são dos votos do governo imporiul, no Assim se e!qll'imin, n!lo vor generosidade, que
qual n camnrn anau~a o seu apoio tnmbem não hnl'ia rnz5o para isso, mas porque niio I,JOdin
para que-, lermin:~d:lS as gr:mdus ilespezas com nffirmat· de um11 m:meira -cl;tra e posilivn que
snccorros puhlicos, .sejo. reconsiderada n nosso eram os nlli apont:~dos, lotlos os moliVllS q uc
Câ'n ara do s De pttados- Impresso em 27/0112015 03:40- Páglna 4 de 13

120 Sessão em 12 de Maio de 1880.


IHtvi:tm determinado o seu illustrc :mtecessDI;:a Qnant~•ís-Terr.ns publieas c coloni.sação-não
. exced~r as veJ•!.as do orçamento ; referi n ·Se ·:1os tem o nobre deputado razffo em dizer que devia
· que er~m eonheeidos na secrelnri:~ e IJIIC lhe · ter sido previst1 a despeza n fnzer com esses SCI'·
JJarcccrnm llcrfeit:tmente ace itavei ~. g com viços; porque CJUando se promulgou n lei do 31
fr:ul<Jlteza e e:cldnde declm·a, que no seu espírito de Outubro de !87!1, suspcndenclo .·os auxílios
nüo puirou :1 mais pequenn dm·ida de qno até então (>rest.1dos pnrn os. trDnsporlos de immi·
o Sr. ex-mini~tl·o du ogricultut·n tivesse mo.- !;l':lntes, muitos dolles se nchn\'am em cnminho,
Hvos muito poderosos p;;.ra excctlcr essas verbas: c os ilitet:~~~ndo~ não tinham ai nda conheci-
e n~sim o dl1. pnrque l'ortnn de S. Ex. o mais mento de semelhnutc mcdiilo , porquanto não
elcnulo conceito B o julga inc:~~ z d() procodcr fôra ainda votada pelo· pnrlnmento, c serin in·
p Ol' forma div~Jrs:~, ·. di~cri!i~O do go\·orno mandar cxeculnl·ri, cen·
Pns~andt• a tr:~tnr dns verbas .do ·prOJXlSto, cruc tando com a su:~ 3(lllrovar:ão. Era portnnto um
.Jm•receram u rcrmro do nobre tll•putaclo, oiJscrl'n compromisso do honra que c_u in (>ri:~ ~atisfazrw,
que ni\o. houve imprevidcucia como ~o alll:;urou e d',,hi o excesso na dcspcza : Concorren t.am·
a S. Ex. em ter-se jJcdido apenas 6:000~ r>ara -o b •·m muito para esse exceS$0 a cmanolp:u;ão dns
custeio tlo c~tal.ielceimcnto · de S. Podro dtl Al- colonins: o_!Jsct·va po.rém !JUe CS>:J despez:., all:'ts
e:mtara, qu~ndo snbin.-sc que se htivin tlc des- indispensavel, lc!l".1 como l'esultad o n diminuir;.:io.
pender muito mai~. gm primeiro loll'lL' cnmprc do rutmos oncar~os, -
noLnr 11t1e o pctlido foi do :l.ll:000 1$, <tu~ntia <JLW Nota qnc a política do g·abineic em· relar:iio :i
a commiss:lo tle orçnnwnto julg-on (ll'tHlente colonisa~ ~o acha-se pet·Fe it~nwntc nccentua~a no
rerhtziL' .á mctudl) attent~~ as cnticnscircn:nst:m- :~viso de i rle Abril do corrcmte nnno , o·:..:pecl ido
citis dQ tltesouro. D~pois, com a reot·ganizn~f:o pelo minislt•rio tia agTic:ullurn. · .
'-}uc ~o tratai'a de d~l l' :í~ucllc cs!:illc le~im:::nto Nfio s•!mcnto o ~orrr;:o não c~1 i1 rli~p{l5 \o ;; !Js~ ­
por fórm:. quP. pndc~~c rerebcr os ing•'nuos dn lnl ~monto :1 pl'Osegttir em dcSjlCUIS relntiv~s no
provincia do Piauhy, viu-se 6 nobr•! ex-mi - sct•vit:o de colonis:•ç:to, que niio tenham sido nu -
nistro obric;ndo a dcs(lcndcl· mais do que a tot·izndas por lei c para as quaes niiiJ hajn .rn'e·
f!U30ti:l ''OllHl:l. . dito vot,1do pelo porl~m~nto, como niio aceiln o
Rcsta;,om trcs m~·zcs tlo cxorcicio e :~ssi m teve syslcmn do colonhmçãoollkinl, c ·:l(lCnn~ mantem
n orndor ncccss i dade de prccnvct·· $0 em devido os contrnto~, por<Jue·a.s~im o c;o;igc a suu ltonm.
tempo pnra que n5o ralt:t~selli os l'ccur5o> nc- Auxílios inclircctos, por~m, o governo os )Jl'cs·
ccssnrios :\ mnnulen~lio daqu~llo ('Stabelcci- tnd ás colonins e nesse Si•utido ofi'erccoL·àoppol'-
m~nto. . . . tumunou lo, :i cousitl•Jrnção lla ca m:n·a, um pro·
Hou\'e portanto a melhor Yonlatlo por pario jeclo de lei l'eformnndo a lei rk tert'n$, o, n sou
tlo .r;rQverno parn reduzir aquulln despcza; mas tempo, pedir:i tmnhem o credito neccssnrio pura ·
:i '\'ist~ do que araba tloJ CX(H'IJ•, yJ a cumnra a CtunMit>oc5o lle todas ns. colonins, bem conto
que n1io foi i ~Lo !Hissh·el. . . paro fuadnr um· estabelecimento que sil·va para
Com l'Cin~ão a oi.Jt·us Jmhlicn~. · uin~ucm hospedat·, dlunnle os pt·inHJÍI-os dias, o~ immi-
ignot·a que essa ,-P.rhn em gerul nilo ll com· ::ranles que VÍl!l'Clll pnra o Impcrio. .
plct~mcntc di$erimill:lda; h:t nmu p~l'te etc Cortcessüo de terras gl'atuit~mente ou mc,liante
~er\·iços uu oc t·~siihJ CJtW pol' ma io1· prev:dt'ncia am rnod ico foro, c . ubertu ra de csll'adas c ca •.
•rue tcnh:t o ministro, não p:ldem nb~o luta mentu minhos, !:~ e; siio 11s medidas flUC a hem da eolo-
~cr :ittcn,l!dos no lcntpo em qnc se decrct:~ a lei ui~~~:ão lll'c·tcnde tomat· o governo : fl'•ra dis~o
do ot•ç.amcnlll. . niio é · PU)Is~mctuo do go\'ct·no fnzl!r cou~a al-
Set•viços ha por ma n~IUL'e~a m•gentcs IJUU, nfio gum~ mn1~.
l: pos>ivel od·lal·o~, e fvi o flUO ucontec~lt com EmiJ<ll'a nfio ~c pos~a di ;:c ~ rruo. se tem des- ·
o cstndo llü~ açudes uo f'..t~:tJ':i e q uc OIH·igou o tJenditlo superflunmente com n · colonisação,
se o nnll!cessor a. oxecllm· n YCJ'b:t llc oht·as (ltl· lodavia Cor~oso ó qttc se pl>nhn Um J>:trn-
blicas. . d l!ÍI'O :i cole!H·a~iio c inntn:tçlio de con tratos (t:lra
Oceupou· so t;llnbr.m o_nobro deputado com a a imporlaç.5o dt\ immigrn.utc.~, - com tJUl! os cofres
verba -l'clct: r~phos - c di~sc tJllC o dirt'Ctor . pniJhcos StJ vlio pouco n pouco C$Coando. Com o
tlai'Juella t'~pa rtio:<io havia Jlcdido-. :1sonun:t n<..>cos· :wiso <lc i dn ,\bt•il, a economin com cs~ll sctTiço
:>:~ria parn t~queilc H'rviço. O~sct•r:t -q ue nem ~~· u'o munic.ipio ua t.Vt•tc, ascende -:1 duzentos o
sempl'C ê po~si vcl .vot:.r :•s sommo ~, tnes llnaes taui•J~ contos du nlis r•or anno, c em ~ ern.I. para
pcrlem M clwfes rla ~ ropnrticücs. Essa verba foi touo o set·viço, mil e lnnto:l contos por anno .
diminuidn, t\ \'erdnde, m:ts :t c-:tus~ princip:d que 1lclutivnment e .10 aiJnst~cim en to d'agna ,obset•rn
determinou tJ cx cc~>O n~ dcspcz:t foi :t intell i.!!"CH· IJUC duns opi niões cxis\om qu~nto (lOS serv iÇO$.
da •1nc o propria c~mal':t tlos St·s. clclJUtados deu qne correm-(101' conta tlc cretlilo~ espcelncs. ÜHJ.n
:i mnneirn IHJI' que o thesout·o chwi~ ext!cn tar n entende quo em11Unnto n~o Côt' excedido o credito
r csoluçiio prttrognth·a do Ot't:nJncuto,· dctct'llli- e~(JI ! Cial, o governC> poderá ir dc~pendend•>,
nnndo positlnunenhJ que nos mczcs IJUC·ttrccJc- :li .ula t[Ull esteja uxham•ta a xerba re:;pocliva
llrs:<cm ít tlX<'ctwRo li~ nova lei, as tlcspczns ~c m~re:td:J na tabella do orçamento, uma vez que
lizo ;:s~ m Pl'll[IOI'cionaluwutc, . . hn,i3 serviços co ntrnl:ulos ; outros, porem, OJli-
Aconteceu, pois, qn'-l sendo insufficinntissimn nn nt que. umn vez limil:tda n l\ornma :t d e~ pen·
n verhn ttnl·n ncptello ·scrri~~o no ot·çnmcn to der nesse cxcrcicio, por uma I!!i (lOStcrior :i tlo
:mtcriot·, c lendo-se 1le CJi$CUtar n di ~ (tosi~:ãn lo· erndito eS(Jccia l, o govel'llo niio tem o direito,
gisl;~tivn n que ~e refcl'in, a somma torunv:t·su em ctualqnel' c it•t•Umstauc i ~, niuda mesmo ltn.-
com~l ctamentt! insullh:illnlo c esgotar·sc-hia o VciHlo t~Onlralo, dr. exceder es~a limitnçiio, sem
cred1to, Eis (tot·tnnto e'I:JIIiendo o c~cesso cln nssumir n. rcspousnl.iilidatlc pleno e COIIlJlletn do
t1CSJ1l)1.0 ; . neto. l~oi Q~t:t . llltimn n dot1tr iua quo seguiu n
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09:4 0+ Pág ina 5 d e 13

Sessão em 12 de :Vfaio ue 1880. 121


. .

. mlnisle1:io, e e;n obodit•ncia á qual, rcconlw· ] molestia perigosn; c que tem feito muitas victi·
ccudn n necossid~de do continuarcm-s·o ~sobra~, mas tanto no i'!br~n11~o como em outras pro-
é (JUC vede o credito que ~e disculu. vincia!' onde gra~sr•, m<JS uuo p•í(k p~rdurar
Não é um crellito dinerente !lo que se 3Cha n11 JlOI' tant01empo. Si o Sr. desembargndor Saltes,
lei· especial, •lo qual ainda ••estam cêrcn lle {!UC entiio justilleou o seu pedido com :~tle~tndo
~.OO!l:OO!l;,; e apeno,> :mgmcnto de uma pa1·1e de molosti~, ~e ~chn nlnda cnf<•rmo, não tenho
limíl3(1<1 que ~e acha na labella D da !oi do orça• duvida em votar pelo projecto ; mas :~inda vo•
mentv. tailtlo por ellc, chHmo.a all~n,;ão do camara para
C1·u que esta do~pez~1 •i pol' CJ!rlo umn dns os termos em q uc a Liceaça ,; concedida.. Nãó ~
melhor .in,!tlicarla5, desde r1ue d~ nman!Jã em justo conceder Lodo ~ os vencimento>. (Jfuitos
diante n popula1;lío do Rio de J~ neiro terá cct'· a1Joiados .) E' contra lei r.1qH'cssa.
tez a de que lhe u~o f?ltará mais~ ngua indi~pcn • o sn. 1lhnu.\ DE VAsGO:'icELLos :-E' defeito d.e
savcl [Jara as pnmezr3s necess1dade~ da vHin c re~aeC'fto , mas 0 goYe•·no não concede senão
p:.tra o ~aneamcnto ~u~t~ ~nmde ~aptlt•l,. com ôrde1wdo.
Julga ICI'l'o~pontltdo as o!Jsenaçol:s fcttas pelo _ .
JH>lJrc deputadn. Si hem que incompleto, o O Su. ~NDR;\~E Pixto :- S1 o ~01e~to p:~.ssat•
poltco que tem dito lho pn·rcce deverá saHsl'atCJ' . como est~ rell~;rt~lo, o gov<Jrno nao pode conce·
a S. E~.• sobrctnda quando OCl'Ull~ n Mtenção da der de outra lurmn.. . ~
c:~mara dellois d" h~ ver ocerca do mesl~lO nsmm- O Sn. 1\l.ÚlTJNIIO C,\MPos : - O senado, JeJiz.
pto l1rilhaulemcntc disctltido o nobre detmlndo menle, tem sempre corrigido ~lgumns dr.s cxces·
rclntor da commiss~o d(~ Ol\~llmei1lo, que se . ~iva~ conde:sceudenci3s d~t carnnra dns dcput~dl!s;
di~nou apre$CUto.r o proj ec~o em discussão. mas não é coun~nienh1 que a cnmarn, que deve
( .Uuito bem; muito bem.) ser o Jll'incip~l flscr•l da tlespe~a publica, con-
tinue a conceder licen~ns contra a disposiç1io
Niio hnveudo nwis t{llClll pedisse a pnl~lvra, •J expressa
cn~) CtTndn n di~c uss~o c ap[1ro1·ndo o credito.
e littcrnl f]a nossa Jrgisl.,~~ o . temlo
cerlcxa d~ que o sen;tdu emc ; LLI~,·e ctucnda com
O SR. l\1.\nTINflo f;A~lPOS requer dispensa de justa raziio.
intersticio para que o IJrojecto scjn d3do parn O Sn. A:mn.\DE PINTo:- Qunndo uno r!!cn>a.
ordem do tlitt de nmanhií.
O Sn. SERGIO nE C,\sTno : - ~oio appcllomos
E' approvado o I'GlJncrimcmto; p3ra o s~ n~do ; cumpmmos u nosso d1!ver·.
Entra em discussão o credito n. iJ pedido O Sn. ANDRAIJI': PrNro :-O governo póde eon-
prlo mesmo ministcrio d:l qu:~ntia_de 5.a70:ooo,s. ce:.Iet• ~ei3 mezes de licença com Ol'denado, c
E' encerrada sem dei.Jale :r di~cussíio. ainda prorogal·a.
Jloslo a Yolos, tl 3iJprovado. O Sn. lltA11.TIN!ro CA:UJ?os :'- Obhmdo o~. escla·
rccimentos qnc peço, isto c, si conliuúa a mo·
O Sn. MAnTrNrw CAMPos requet• di~pensa de lestla do Sr. dcscmb:trgador Salle~, · sl S. Ex.
iuterstir.io para que o projccto entre na ordem .aincl:.t necessita da licerw~. n~o Lenho cscrupulos
do dln de amanltu. ·, em votnr por clla; mM pe~o IJ.U<l se emende o
E' npprorodo o requerimento.· projeclo, para que a licença sP-ja .concedida com
orllenndo, nn rormo da ld. (Apoiados.)
· Posto li votos o projecto n. 308 de 18?9, con· E' o QUI.'\ tinha"a dizer.
eed~ndo liceuça no (lesembnrgndor Snlles, cu}tl
l.• discuss5o ncou encerl'tldrl, é :rpprovnilo. Vem á m!Jea, é lida, a!Joiada e antra coríjunctn-
mcnte em discussão· r. seguinte
O Sn. M&lliA nr. VAscONCEtt.os requer dis·
pen~a d~ intersticio para q11o o projeclo n. 308 EMEND~
entre immedi~tumetlte em i.• dlscussiio. Ondodiz-t!om todos os vencimentos-diga~
E' npprovndo o requerimento. so : com o ordenado, nn fórma da lei.-Jlattiuho
Entrn o projecto mn i. • discussão. Campos.
Vêm a mesa, são lidos, npoiadns e entram em
o Sr. Mart.loll.o Co.mpo8 :- 81·. discussão as seguintes
presidenLe, lenho a bonrn e a fortuna de conhe· J.MR~DAS
cer o Sr. desembargador Salles, que jà foi
membro desta casa, e que me bonra com sua Ficn· t~ml.mm o governo autoriz11.do n conce·
nmiznde ; mas desejo prestar a S. Ex. o serviço der um anno de licença 11.0 desemhnrgador João
de provocar algumas explicnções. Paulo Monteiro de Ail.drnde, da relação do llfn·
· Sei que o Sr. desembargador Salles estava ranh1io, com ordenndo.-Josc' Manorl de. Ft•eitas.
doonte, quando requereu esta licença; elle veiu Fic:t o 8'overno nutorizndo a conceder no des·
:i curte, e não houve a menor duvida a rcsJ.leito embargaaor Frnncisco de Farin r.emos um nnno
do se li estado; mas como tem passado ma1s de de licença, oom seus ordenndos, paro trator de
um anno, S. Ex. póde hoje não necessitar da sun snlldo onde Ili e convier.- José MallOel de
mesma licença. · Freitas.
o Sn. M&mA nnVAscoNr.BLtos :-Quando vim o Sr. Almeida Coutoa-sr. presi·
do Maranhão, elle ainda ostava doente. dente, foi Dpresl'nladn uma emenda pelo nobre
O Sa. MAnTINtto CAMPOS : - A sun molestill ti chefe da mnlOria; meu dlsliActo amigo, no sen·
gravo, mns não c! de duração indefinida. E' uma tido de f~Eer uma correcçiio ao modo por que
Totno 1.--'lG,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09:40+ Pág ina 6 d e 13

122 Sessão em 12 de Maio de 1880.


estácktborndo o parccm· da commiss1ío de pcnsiícs Entendo que a commissão deve ser ouvida,
e ordenado~, que se 3Ch<~ sul>mctUdo ;í considc· porque o seu pM·cccr, rutHlauo, servir{t. de
ração da casa. Devo dizer u V. Ex. e d c~mara IJasc p~ra a c~ISJ vodur proferir um voto can-
que, em rel~çiio n este ponto, parece tar-sa datlo scicn~ioso; entretanto diJvO igunlmcnte dar uma
algum equivoco na Íffil)l'css~o do pnrcccr,porqttc cxplkoçlíó, embom muita lig·eirn, do .motivo que
o. commissi.io de !Jenslies c orrlemtdos, diante úe tive para npresontnr esta cmcnd~. .
quem Ycffi ter aqui pt•eten~õeS lllUUS 1':17.()DYCÍS, Exislc.m em meu l10dct' c de meu nobre col·
outras exageradas, c outras até improceJcntcs, leg:1, que eommigo ns~ignou ;1 emonda;documen-
tomou a si n mi:;s~o C$pccinl de :Jv-cri:.:unr, com to5 que provam o bom direito que tem o magis·
o malot· e;crupulo, a proccucncia do dirdto dos tmdo a que clia se refere para pedir esta licença,
peticionarios, para conferi!·-[!l'o de accürdo só- e promcUo á camara que estes documentos sct·ão
mente com os preceitos da j llsLicn c na férma presentes á rommissiio, opportuuamente.
da lei. · Dou esta oxplicaç5o urlicamente para que a
Coherente com essa norma tlü proc~de;· c em cam~t·a flqnc sabendo que, quando ussignei a
vista do attestado do pcticíon:lrio, a commis~tío emenda, estava convencido dn Justiça qUtJ assiste
concedeu-lho ali~cnça du.um anno, attcndondo a,cssc magistmdo, c tinha eu1 meu podei' docll·
oi natureza da moleslia, n qual, confo'rmt! as in- mentos sufficicntes, que me lcvm·am n proceder
forl'ha~ue.s que ncauam de ~er dadas ú cam~rn. deste modo.
contintí.u naturnhnunto pela fórnn mais llur~vel O Sn. · AümmA Co(jtO : -A commissão e a
qu~ n doença tonlllu em sua cvoluç~o, em Vir·
tudD do que insisto no pcn>a:ncnto de que l!w primeira n f::z~r jnsll•:a no crilcrio de V. Ex.
sej~ conc;~dida, 11rostun<lo o meu v:oto :i Posto a vot o ~ o requerimento doBt·. Almaida
emendn. Conta,n•conhece ·se mio haYel' casa 11aru votar-se,
Quanto ás outras emenrlas :~prt•sentadas, peco pelo :gw fie~ pi'<'judicmlo.
licença n V. Ex. e :i casa [tara dizl•r-lhes que O Sn, :rrmsrDE:XTE manda prüccdcr á chamnda,
jul;-o nccessarío cx.alll1twt· tts r~zõ~s em que se c veeilkn-so ten:m·se :ttt~cut;ldo o~ Srs. 'J'a\·m·es
luttdDm, o si porvl!ntnrn den~m dlas imperar flt~lfort, Suat·cs Dr;mtlão,. Ser<tphico, Antonio de
em nosso espirito c couscieneia Jmra concessue; Siqncirl1, llc%crra de Meno1.cs, Snu1.a Lim~, Sil·
destas licenças. E' pt·eci~o quo ven!wm (t com- Ydrn di) Souza, Sergio ue G"stro, Florcucio de
miss~o ro~peclil'::t (apoiwlo$) com os requerimen· Auren, Liberal o ll~nczo, Catn:trgo e Frederico
1os competentemente instl'llitlos (muitos apoia- nego. .
do&), j:i t>at·n nosso critQrio d~ legi~llldorcs, t\ j{•
1101'11 evilot·mos que as couce;sue~ fdt(IS pela ca· CtJntinnon<lo a discus;ão do. j)rojccto c não
nlHt'n,. passando aqui pelo caditfho da imlisilüll· h~nmdo quem pcd1gse a [l~lana, Jica encerrada
~nvi!l (lepura.\•ão, n:to so exponhatu (!O risco ue 3 discns~ão c adlada a votnçuo, . .
m~is l<tt'dB serem negad<~s no sanado, ( 1lfuitos
ap~Jiado&.) n.,Y~lU:O:llO P!;RDIG.:i:O DE OtlVEIIlA

Si os dneumcntos l'[ttc ll~vcm in<trnir estas Entt·~ em 2.• disetlsõl'ío o projccto n. 210 de
pretcnr.uo~ ntí.o forem mlllto procedentes, n5o !Si\1, ~uloriz~ntlo a tt·an~fcrir para n arm:~ de
devem \HI$S3t' ncsto t•ecintu, (Apoi:1dos, nmito inrant~rio o l." tenente de :trtilht\ri~ Ra \'mundo
bt!ln,) Perdigflo do Olivelr~. •
Pot'lnnto, mn 'l'cz d<) 3ppt'OI'~rnws estas emcn- N~o hnrcuuo fJUl'ln pctlisse a tJalavra, fica en·
•tln$ cott~ct!cndo liccn,·tts s~m provas tJU~mlo cerrada n discu~~fio e ~t.líada 3 Yota~ão.
realmente J10llcm prcntlcr·sc :t motiYos nmitu
Jegitimos, SCI'~\ UOffi flUe Venham iltSl1'UÍt\os, Llll l'Ro';JXCUL OS S. PAULO
por<yuc ··~~cs .~~mmplo~, por outro lado pret1-
dcm-se tamhcm os interesses ua jn~tlça u fa· Entrn. em L• di>cnssão o \)rojecto u.8 da 1880,
tendn ; devemos portanto, sohrc cllus legbbi· t~pprov~ndo 11 lei Jll'OYitwla do S. Paulo do Lo
com o m:1iot' cuidndo c cserupul~. (Apoiados.) d<> Abt·i! ele f87il, que eleva ~ ~O nnnos o prazo
Peco n V. Ex. que suumctta o raquorim~nla d:t gnr:mtiu de juros, uu conformidado com a !ai
de adiamento, quB proponho, afim de ser ou· de li de Abt•il de 1872.
vida a respectiva commiss5o, (Apoiados, mtlito .Fica encerrada n discuss5o o ndindn a" otaçiio.
bem.)
~1.\TIUAS JOSÉ 'fETXEIRA
Vem ;\ mesa, ú lido o npoindo o seguinte
Eutra em 2.• discussão o projecto n, 306
nEQUEhUfli:STO de !879, autorilando a jubilação do professor de
musicn Mathio.s José Teixeira.
Requeiro quf! volte o projeeto á eommissíio Fico. cnccrrnda a discussiio e adiada n votação.
com as emendas.- Almeida Couto.
AIINALDO LUIZ ZtOl.\10
O Sr. Meira de V átl!lconcello~~t­ Entrn em 2.• discussão o projecto n. 307
Sr. presidente, sou signa.tat•io do umo d3s de 1879, snnccionando o projectu da ussembléa
enJ.endos quo. o m~u nobr~ collega re~uer que provincial do Bio de lnneiro, quo concede me-
SOJIIm remelltdns a commtsslio de ponsues e ar· lhor3mento ·de reformo no !.• sargento do corpo
denarlos, o pedi o t:mlnvra simplesmente para policial Arnaldo Luiz Zigno. ·
decio.rnt· quo concordo pcrf~Jitnmenl" com o re·
querimento do nobre de1mtndo. E, encerrada o dlacnsslío o adiada mvotnçiio.
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 09:40. Página 7 ae 13

Sessão em 13 de Maio de 1880. 123


Tendo-se c~golaflo ~s mntcrins dn ordem do Sinv:•l, ScrJphico, Souto, Sigismundo e Tbeo·
dia, o Sr. prcsiduntrJ declara Jcv:mt:1da a sessiio, t) .domii'O.
dó a scgumtc ordem do d i:• t:J de !llnio de !880 : Ao meio ·dia o Sr; presidente declara aberta
Votação dos projeclos encetrndos. a sessão. · · ·
3.' d1scu~são dos crcdilos do mini>tcrio da E' lida o appro\·ada a ac\8 da scssliD antece·
agricullu.ra sob ns. 1i o ü. · dente. · · ·
.t.• discussão do ~ Jll'ojecws us . 121, :1.21.1, i6S
. c !77. . O Sr. CnrJo8 AWon•o:-Sr. pre-
. LcnntOU·Sil Q sessão á I 1/:'l hora Ja tarde. siden te, niio pude ouvir. a referencin que faz a
acta do meu nome, cre1o que sou mencionado
ontrc os que dcixararn ··dc comparecer hontem.
Scss&o em 1:~ de ltlnlo de 1.880
O Sn. L • SECRETARIO :-Está como tendo com~
pareeido depois da cham:ida.
l'llE:SIDEI\CIA DO ::n. VISCONDE DE i'llADOS O Sn. CAIILos AFFoNso:- Mnsa ,·crdnde é que
SUlD!AlUO.- Eutotxsr~> .- Proj oc t~ s. -lloclomaçii~ ~o
me nchava na camara ant.cs de se proceder á
Sr. Cc<rlo• AaoMo.-Obsor1·oçô"a do !k. Leoncio 'lc Cor· ollam:ula; si,. na occnsião 11m qu(\ c lia se f~tin;
\"alho . - Arrc,cnução J\)~ rt:l:t lorbJ dos . 11\in!sl~ri os do cu não me :1chnvt1 neste recinto, é porque con·
lmpo rio c d" llgrl<ulllm>.-'- ObscrraçGos elo Sr. prosl· ferenciava na sala immcdiata com um collega a
donh sobi"O o f:Uledono olo do Sr. do t•utaJo lfygi..uo
Silvo. · · respeito de nssnmplos relativos á commissão de
orçamento do quc · r:.~ço parte. . .. .
A's H horas da manhã, ntio est:~ ntlo ainda pro· O Sa. ~>mmo:,NTE: :.._Como cu
Unha cancellndo
sentes os Srs. secrctill'ios, o Sr. prcsilleutc coa- n Ji sln dn cbnmadn, níio pude incluir o nome do
vida.os Sr~. deputados Anti r-a do l'in!o, Horta de
. Araujo. i\luccdo c Custa Azovcdo par;t occop.'l · nobre rlcputado; ltiJ ·--~ trettmto, r:ar ·sc· ha csto. ·
rem os.logarc.s ue sccrclarios c, fd ta :• chamada, · d.e ~J:ar:t~üo M act:t o o uohre dop_utado será salis·
fci~. . .
nchar;~.nl· l'C prcrentcs os Srs. Yiscuudc llc l'r;~llus,
. Cos!a Azevedo, Gtwiiio l'l.'ixolo, ~I:lt:cth, A.ndr:ul c 0 Sn. 2. 0 SECIIETÀ.UIO, Sef\'ÍDclO de {. 0j dii COUitl
Pinto, Horta tlc Ar:wi•• e .lcl'onymu Jarditn. do s~gninto .
Comparecct·am depois da chamall:t os S1·s. Sal· l:XPSDIB:\TE
danhu Mnt·inbQ, Dmin, l~1·auco de .S:í, Anl:)rico,
Scirrn, Tavares . Delfort, Fr:onl\lin l1úJ'b, l.ltl$· Officios:
son, Freitas; l'iotlrigues Jnnlor , Jo::io llrkldo, Do ministe:·io do imllCJ'io, deU de )[aio cor- .
Vil'into·dc !\Icdl'iro ~ . Souza ADIII'II!I n. Ub:·rnlo rente. rcn t •~tlntHio ~ s n::la>< düS co ll o~ios de Santo
Barro;o, Po:upcll. !\tc:rn di! V"a"'·on,cllos, Man •..·l Am :~ r . 1, Xiril•i ~;n, So.,corro, Atibnia, Tatnh~·. da
Cnrlo~, ?.fnnoel de :\la:;t~lh:iÜ!', Th r•l)dnrctn So;~lo , t•t"<~\"-i nci a 1lc S. f',m\o, !la d ei ~;:io n !JU!! :llli se
So:n·· ·~ Br:!ll •F•o, l~,: p :~ l'i· li5o, ~~~~·i :t • mn d:t :S il\·a. IH'Occ:lcu (1:11':1 p 1·cwu~ h 1 H' ;~ s Y:q;-:o~ dr.•i\:~tl ns ;•elos.
·1\ihrir\l tlc ~ren•'Z••s. l~ s!• iullnl~. ·n:n·:'•o tb Es- 1:\1'~. ~ll:H'iro ll r.~: n cnt •lo ~H lo. J,.s,·, Honif:1cio, c
tnnci:t. B~l'I'M Pinwtilel, nonlo•, lrallln, l~rci!C I'ÍC(I Sllv•l GM'r:I••.-A' ro1 una i~sãn d· ~ tl o•ler~~ .
dtJ ,\\•ncitla. l'l'l s ~"~ l'na·;, i.<>~, Bulcno, lltld', n ~n 1lo IJ()s lll'C>i dcu L•ls das nwms 1los eollcgios elci·
Ar~Uj ••; Allllci<la Ct•nlo, !lu~' ll:•riJo;;a, llotlol ;•il•) t nt'.l\!~ <I•) Va~~· • .ll_l"a~, Can l :~ c:-allo, . l'ir!ll1y, c l ta·
Dnu t~~~. Au(!US\o Frauç~, .\T.:walluj:• M. in• Ji c ~, IJw·nhy,.na III'UVI!ICI:a •lo 1110 de J;auurro, rcmcL-
Bctcn:a do 'M.:nczç,, l: ~ pli ,:\:1 P•·rd 1·:•, }..n\o:til\ t•'IHh1 :l~ a :;\ a~ da clo!!Çliíl a IJlUl :til i S\l [li'OCC!I" U
elo SirJu,·ir:t, Souzu l-i 11w, Jo;.ú C:acl:mo, J•.o:~<:uim p:>nt prcl! nchcr n ra ;m •léix:•tl.l pelo SJ'. depu·
~~b lw •. Carlos Afl"on<o, Aar.·l:a nn Jla :n \ht~t•:;. tatlu Pctlro l.itir. l'c~l'ira c],) Sonz~. notn;•allu mi·
Corroia 1\alJ·•Ilo, C~,::a·io AI r im, ~lal'linho l~llnpo:' . ali sl i'J do c~ tr:m~oi t·os. -A' counni~s:•o 11,~ po-
Tlwoi•hilo Olloni, AJu·..•u e Sih·:a. Antonio C:u·lt•:;, do~·etL ·
Loou.:i" de C:u·v:ilho,llarliln Fr;mcisco. ot~.·gal'i.,, n,, mini:;lcriu.fla agl·ic.ultura.dol2 de Maio cor•
1\l:allwiros, Alrc~ de Araujo, Sl•t·giu do (;;t~ti'V, rt•n lc, r,!IIIOtltmclo, 1Hn :u.ltlilnmentn ao ~oLt olllcio
Silv•·im tlc ·Souza, Cnmaq;o. c l'lorem:io tlc <lc 20 !lo Ahril [JI'oximo Iludo, 11 comn1nnic:•çiio
Abreu. Jo consul ger:d do Drn~il . em Cnnodá, de est.a.r
Coiu parocor:un depois de allcrta a s·os~üo os ;tsskmtdo o co.ulra lo 11ara o SL'l'Vit:o postitl onu·c
St·s . Freitas Co)ltiuho, l~ rcdcz·ico lego o Souza aquelll:l ll:tiz c este Impel'io .-A' co.mmi~ siio de
c~rvalho. . . . . OI"ÇililleulO.
Faftrarnm com J1:H"l.i ciJl:-.ç~o O$ Srs. A!Tonso- l)o S1•. d()putodo Alves de Arnnjo, so licitnudo ·
Pcnnn, Bl•terrn Ctw nlcnnli, c ~ n d i, \o rio Oli1·cira, lillew,m por trinta dias 11~ra se ausentar da côrte •.
FaiJio 1\l'is, Francisco Sodró, Ferreira dc.Mou.r<t, -A' comm is~lio de pode1·es..
Ga.lclinu,l!lol'elra Brt~udão,~lell o e Alvlm, Moreira Requerimenws; ·
de D:arro~ u Silveirn :\fa1·lins ; c sem clla os Sr;;: De Olavo dos Guimarães Biloo, !Jedindo dls-
Almeida B:wl>07.:t, Ar:tgii" o !lltlllo, Deltt·lio, D~l · ponso. do ~tlndc para porlcr mntricular-se no :1.. •
fort .Pnar te. r.outo ::\l:agalh:íos, r.ostn Ribeiro, Dia· nn.no mcdico . .;..;.A' commissão do instrucç:io \lU•
nn, Ep~minoutlns, Flo1·es, I~rnnco de Almeida, bhcn.
Frnnçn C3rvnlhn; Folicio· dos. S:mlos, Fidl!li& Do Jesuino ULaldo Car.loso do Mello, pedindo
Dolelho, Fernnmlo Osorio, lgMcio Marlins, di,penso. do ld~rle pnra poder ser admiUido it
Jo:uJiliall Drevcl!, !o:tquim Tavarl)s, losê Ma· matricula na rncnldnde de S. P;aulo.-A' com·
l'iaunn, Jcronymo Sod•·ú, Luir. Felippe, .Lou· missão do instrocção public:t.
rcnço de Albuquet't!UO, Mnrcolino Mom':l, Mello Dos directoros c ~cci onist.n s dns· companhias .
. Franco, Mnnocl Eustnquio, Prado Pimentel, do cuz·ls urbanos dcsla cor~, repre&Qn\tl.ndo
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:40 + Pág ina 1 de 2

124 Sessão .em 13 do Maio de 1880.

contra o imposto õe 20 réis por. passngem ctn L" Que a pl'Ojeduda estrada dcíetTO ~ degt·Dude
seusbonds.-A' commlssão de orçamento. vantagem publica, lignndo um cxcellentc porto
Do divt"!rsos dt.lallã.os rcpresentaudo, l)OJ' si c de m~r a urnn cx!ensn zona central fet·tilfssiru.1.
outros, contm o imposto de 20 reis :lllÇ3dO 2 .• Que us terra~ devolutas, sit~s na extensão
sobre o tr:msito pessmtl nos can·os d~s crnnpll· lil'Ojectndn dess:1 estrada, SO acbnm U6511(JJ'OVI.lÍ•
nhia> dt~ carris de fcrt•o urbanos.-A' commissií o tadns, [lorquanto oiJst:l présentemente ao seu ·
de oJ·~:uncrtlo, culti-vo. a impossibilidade do tt·ansporte dos t·es-
· E' Hdo, jul{{ttdo objecto de deliberação e mun· peclivos productos. ··
dado imprimn· o .segnirtle · 3. 0 Que nenhum outro comprador de ter~
renos de,·olutos pódr. competir com o dito con•
Pfl01Er.TO cesl!iOnario, visto como a primeira e essencial
l) e:>lud:mte Adriano Curlc Real, em requeri· condh:ão n que se ohrig~, é a da construcç:io de
mento dirigído . à ~ssembléa ger~l, pede ser umn estrnd~ do ferro, que vni dar valol~ n essus
admiUido :i matricula do L" nono da faculrlatle tcm1s e :~ugmcnlar a população util, o (JUO con·
.inrirlic:1 de S. Paulo, comqnnlilo. lhe faliCl o corre evidenlCLllentc paro o desenvolvimento da
L'xame th: geometria, o qual $C obrign a.pre~tat·, rilJUC7.a publica c considel'a\'CI augmcnlo iln
antes do neto do r~fcl'irlo anuo. renda do Estado.
A cotttmis,:io de instrucçiío public:r, em Yi~la Assim, pois, e considernndo que é :~. cou.
da mesmo requerimento, que se nclm. devida· slrucção de ~si radas de fcl'l'o do~ cenll'os cn 11a •
mente in8tt•uido, .e :•!tendendo aos prccP.dentD~. zes de producr;-~o para o litoral, c quo d:i em
entende que o pelicionnrio merece ser doferill"~ resultado in l'al!ivol l'<'neg ,·:mlagons futuras,
dependendo apenas d:~ !lC(]Ui:;iç:to pelos conccs-
_Assim, conclue pelo se!!·uinte: sionnrios de terras ~ctua lmenle dcvolut~s e
A nsseml!h!n gerallcgi;latint decretn : desaproveitadas, é comparalinnnente de muito
Art, L o O p:oYerno ilca autorizado a m:mdar mniot· couveniencin ilo que n~ (!Ue se c.•mse-
mutriculat' no 1.' anno da faculdade juridic~ de gtwm :'t cu~to de g.:trml lta d:' jmos sobro os
S. Pau:lo o estudante .'..dz·i.'lno Cú;-te Re:tl, que, c.apilaes a empreg·ar, o que do ortlilHirio, n\t)tu
antes de fazer o neto do mencionado nnno, de- de um onus. constante nos corres publicos tem
,·erá prestar exume d~ g,Jomctria, unico pl'CJlO· tnnt~s ve1.es jn obrig~do a (liS\)()tJdiosissitnns c
rntor1o que lhe f<~lta. prcjudicincs encampac;ües, p~~>ati do f1 arlminis-
Art. ::.• Re\'ognm·sc 115 disposições em con- traçl\o pnbliene que st't soh a vigilancit' do Jml'·
trcrio. ticulnr itll crl'ssado púdc pro~pcmr .: ·
Soln ~11.5
-commi;:sõos. H (le iUaio de 1880.- Considl'rnndo ·que no g-et•:tl o lJL'dido tlesse
Ft•nnklií~ Dot·ia,-LI'Oitcio (le Ca,·vallw. conees~ionnt·io em u~ua onl'ra ao Estado, c ae
contrario lht.~ dti o lucro do tJrer~o-t..ln vcndn pro-
Vem i1 mesa, é !ido c 'm:mclado imprimir o posl~, c tl';tl.utdu·se de ll'l'!'as ·que CL'I't;unenle
seguinte n5o nclwl'inu1 compr;ttloru~, ~Ltcutu a sua si-
PHOJECTO IUo~·iio:
~iio du\'itl:i :1 eommi~;;~o nr•citnr o proj ..cto
1880- N.. 9 A sujeito {1 ~uu ~preein~·u·~· tnodific:Hlo c co1i1 os
A cntnntiss~o ,le rnzcntln t'xnminott o pt•oj,~clo COIIIlllemenlus ll<'<'e~,;lrt"' s pnr b<·n1 tla s~g-ur~uçn
u: 9 tle i do corrcnll' .nw1., :tpreseut~do pe!m: tlo r::~tnlln, c é·'nl'<WttlO p~~s:1 n oxpút·:
nohl'I'S dCjl\thtd(•:' n~ :5r:<. Cc:'nrio AIVilll ()relido A clut:s·nr:, li." L111 c.tn tr~to cckbL'Odo pelo
dos S<llllos, tJCio qual ~c .:Jntoriz11 o gonrno n goye~·uo com :1 ~~~~·ie1l:lll,~ C1•loni~ado ra em Unm-
von,]cl' no l'lllli.'ll~~ionnrin da l'8tradu de fcrt•n !Jut·g-o, em :H de D•·7.emlH·o c!(! ·l 8il, c.:on<li<;~o
projed:1da ••ult·c l'hiladelllhin, ntt l'rovincin de !(l\1! a cont~ni~:<~lo conltl·c~ JIOl' vol·a cxon1da nn
Minas Gcrne~, c C:mwclln~ na !In Bnliin, 11.n t't ínl'ol'nta~:~o d11 2." secr;i"1n tb tl.it'L'Cloria do n:,rricul-
emprczn tllW ,:c onnmimt· lJ~rn cs<u 11m sds \lll'n, e"talwiL'I'L' o (ll'C(,'tl ela Yend:•. Llas lc•t'l'as,
kilotuclro~ de lei'!'!\~ devolnLa< dl.l cntl:• ludo i~lo é, l/2 re;d pnrn cnd;1 '1111, S·i.
dessa YÍtl fel'l'Ca , 11:1~ lUCSUlUS C0Ut1i~U<'S dn \'Cll•ln A~ chmstllns lt!.• c 19.• est;•belcccm :tf~culdnuc
fcib cu1 181!\l á ·::o~ieu:lde colonis;~~ot'a tlc Ham- de compm l:tmlmn llo ll'fl'n:: d(•volut~s :í mnl'-
bur:.~o, mas tom di,pcn::;:l do onus de intro- gem th esll'ttda que essa companhia COll$lt'llis-
ducçao de colonos. se c qll~ lhe fo~sem nccess:1rias par:~ esl:t·
Tambem !'oram preseutes <Í commtss:to os rc· belccinwnto tlo co!onl:Js, c hNu ~ssim o modo
qucrimentos do ~ync~s~ionnrio_. dirigíd~s ao g.o· de pngnmcnlo.
vemo put'a ~ssr. lu11, lll Form~ç•.tos das dzroclot•ws A inspccturi:t geral das tcrr:1s tmblic~s atl~
da. ro~[lectiva seCI'claria·, o da~ ptesidendas das miuc tJUe se conceda no ~clu;~l conce.ssionario
·pro,·inci~s de :\li tws G.·J'IlCS e dn D~llitl, c nindn os favores csU11Jelceidos n~ss:ts clausulas, mas
o ultimo de~[Jaclto da Ex.m; míni,:tt'o tln rigl'i- ~xigú, c com ra1.no :
cullur~, o qunl, julgando J'azoa>ol o podido do L" Qnc o concessionnrioou.:~ companhia que
dito conces~ion:~rio, cou$idera~o contrario a lei clle organizar uno po~sa vender. as tort·as que
u. GOl do 18 de SctemiJI'G de 18;)0, tl o rcm~lle or~ cullltH'n ~o Est:1do, seuão na extensão da
11arn o poder legislativo como uni co competentc porte d:1 linha que e,;tiver eltl construe~i'io;
pura 1'csolve1' sobre a couccssiio solicit\lda. 2." Quo o pngamenlo das terras compradas :10 .
Examinados coso~ [mpcis, o tcnllo em consi • E~ludo ucvc Jlcar do lotlo rcoltzado no conclu.ll•
dern~ão quanto infot·mnt·~m :1 l!.• se~çiio da· a c~trudo,
quelln ~ccrclnria, a ·inspectorill geral das tot-r~s Alt!m di~so lJUO lembr-a 11 lnspcctorill gcr11l d11s
publiens, ·c os E1tm~. prosldentes de Minas c terras llUblicoa, n commia~iio roputn lndis[JOU·
BDhla, :;o conhece: .. suvel quo se pt·evinn o C:lso d:l nuo construcçiio
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09:40+ Pág ina 2 d e 2

Sessão em ·13 de Maio de 1880. 125


da pt•oject:J.ila estrada do ferro, c em bem de os gencros estrangeiros entrados naquellc porto
acautelai' o inleressf! do Estado. por cabotagem. · ·
• Entende, yortanlo, n commissão que o pro· E> uma rccl~mar;ão j.tlslissima _
Jecto o!TcreeJdo pelos nobres depntados os Srs.
Ccs~rtoAlvím e Ff.licio dos Santos póde sur
O Sn. PRESIDENTE : ..:..1\ras lembro ao nobre
depul:~_do que não pudo j u~tiUcar a sua repre-
ndoptado com as; seguintes emendas: · sontoçno. ·
Ao art. 1. 6 , e em seguido á ultimfl palavra
•colonos• dlga-se-obsenadas 3s seguintescon· . O Sn. LEoNr.m DL! CAnv.uno:- Não vou jus-
dições:. Vfic:tr.;. •
~ L• .As terras assim compr3düsau Estado n5o O Sn. l'nnstoll;<;'l'B : - ~ó fazendo-o em poucas
poderão ser vendillas pelo emprczario ou com· palavr;ls.
pnnhia que cllo orgi.lnwH·, senão ·no extensão da o Sn. LEONCIO m; c.~nVALHO:- Sim, senhor.
parte da linlut em constt·ucç~o. A pro':incLa de S. Paulo acha-se (jU<mto a
§ 2.• Nocontrato•lueo goremo celebrar com cou!munwnçocs .com esta curte em condiçücs cs-
o 1uesmo cm11•·ezario Ol\ comtlanhia lic~ró. est3· pccwcs l!U~.]usttficam plenamente o pedido.
bclecido que o pagnmmlto das terr~s, qtte em . Co!-n c f•·:~l~ acommunicaç5o se dá por meio
Yirt11d0 dc~tn lei for()lll compradas, fique ôe todo da Yla muJ'tltma c terrestre,
re~·llzado apenas cllnclui\la n csu·ada de ferro, Or.,, este imposto de t·~ ': appliemdo-se uni·
obj e cto da concessão. . c,nment~ mos .generos importados por via m~ri·
§ ;}. • A ,-cnda dessa~ tcrr:1s, pelo conc9sslo- llmn crca cvtdontomente uma isençilo em favor
n~rio, ou com(J<mhia, não (loderá ser feita senãG d~1 commnnicar;:io terrestt·e, isenyãu que· não
<'m lotes, com a. capac.i(l~de determinada no§ L" c,tevo sem dunlta alguma no antm" do Ie"iS·
do nrt ... H da lei n. l\01 do :18 de Setembro htdor. o
de l8ii0. _
l\ rr,·.· O conc~s~ionario ou compradot' das .Além desta imposiç1ío pecuuiaria tão desigu;~l,
lcrrns, ms co;.•lil:õc~ sutH'a exaradas; licnriio deeoncm ontros grundes vex~m~s p~rn aquella
sujeitos aos onus C>tabelccidos no art. :lG da t>~nçn; o moroso tH'ncesso que con~ome mllitos
· cit•1da lei uc ·lSOO. . dtns,, e as penosns rnrmnlidades que sr: tornam
§ 5. • No caso do uão ser construi da a estrada prem~as, quando acr.ntcee harcr alguma irre·
projectada, e no. prazo que for cstipttlado, ficará gul<mdade nas guias que acornpnnhain o~
ile nenhum c1Te1to a ,-cnila das tet'l'ns dcvolut:ts, gcner·os. · -
<IS qUnCS· .fCVOl"!CJ'ÍIO ILO uominio do f!::~tado, C O SR. DA:>IN :-E incommodooo commercio.
sem onus de s:ttisCa~;to pot· beml'citoJ'ias ou. \lc . O 811.. LEoNc:Jo DE CAnVAL!IO : -lustamente,
outra qualquer natureza; tncommodo ao conunercio de eabot:1gem, ~en1
Saln d~s commissões em 12 de Maio de :1.880. vnntngem para o lh~~ouro, ~)OI'!Jllll as carn-ns
-Saldanlut 11lct1•inho.-Soores lJmncMo.-Bai'I'OS onluhHlo para a linha ferrca, illuCldn compl7~ta:
Pimffitd. mente o refcridfJ imposto, .
1880- N. 9 Gtw'dundo para occasião O!}PGrluna· outr:~s
considct•••ções; concluirei, pedindo n estaD.U"Usta
A :ts~emb!Da geral resolve: c~111:11'~ 'lt~o np:ocic, com o seu justo o csclai'C·
Art. L" llícn o goYt1l'llO autori:mdo a Y~Utler c1do t~ntcno, a tuJJdada •·evrcsenln~.:ão do corpo
ao COilCC>SÍOOQI'i<J t1a CSU'nda de fCI'I'O .Pl'Ojecfarla com •:ereh1l tll) S:11Jto~, 11ig-no por follos os título~
entre Philadelphin, na p1·oyincia do 1\Iir~as das noss;1.' a llon~ues.
Gemes, o Cnruvdlas. na da IJahia, Olt {tem- Ycm ti tne>a, é \iun o rctm•Uiil:1 á commis8ão '()e
lJrcza qne se 01'gani7.tll' !Jur<~ es.se nm, sei:; ki • ''rça111ento, uma J'C[ll'csent3r·flo da dil'cctol'in da
lome~ros tlo lt\rras dtwo utas ue ('a \In latlo tl a <I~SOt.:i;lçào COUIIIlCJ'CÍill !IC S:1nlo~. ·
rercrida estra~a n;1s mosmns condições da vcnJa Achando-se na saln immcdiata os SJ'S. !llinis·
l'eila em :18~9 á socicdnde colonisadura do Ham· ·dD imperio C a~ricu]lur:J qttc Vem apre-
bui·go, dispensailu o conee;síouario ou sou~ l'll· tros S~Ot~f os r~l:ltorios da.s rep~r!.içõcs a >eu cargo,
pre;entantes dtl obri~o.ção ele introduzh·om co- suo sttcce~s1vamr•nt~ Jntroiln1.ldos no salfio com
lonos u~ formnlldodcs do estylo, ~ tomando assento á
Art. ll.• Revogam-se ns disposições em con· esqucl'~n do S1> preôidente.• lôm os respectivos
trario. relatonos e rettrom·s t~ com ns mesmas formn-
8al::l das sessões, 7 de ~lnio de :18RO.- Cesa!'io litl~des com que entramm. ·
.1.1vim.. -Felicio dos Santos.
1'.\SS.\Mill':tO 00 sn, Dlll'UTADO JTtGINO SIL\'A
O Sr. Leoncio de Cnrvnllao (te11do O Su. PIIESIDENn :-Acabo de sabet• n lriste
Jlrcliclo a. palavm em tcmpn):...,. Sr. prcsidentL•, o
. con•o commeJ·cial do Santos, tJor intet·mcdio da onovo do· p:~s~amento de um dos nossos col!e!!nS,
dircctoria da ~sSQciaçflO eommerciol dn mc~nu1 domeu companheiro na deputnçilo ua !Jrovincin.
pruçn, !ncumbi11-me flc trnzer tl cst::l nugu~tn Min11s Gerncs, o St•, Uygino Alves d11 Silva.
cnmnra um:~ rcpr~entuçiio t5o justn a de tnl Não [lo~so rlei!(nr do mnnifes1~1· desta cadeirn,
imJlOI'Iaucill, que resolvi nno cntroJl~l·a ~em, como tenho feito sP.miH'C P-m occa~iões ldcntic:Js,
em .JlOUt~ns pn]B\'I'tls, cbamtu• 11 olton~ão.de to(los o sonlilnonto do pcMr da c!lmarn pelo possa·
os meus cortegas p;~t•a o ~~u conlettdo. monto Lk~~o no~so t.ti~tlncto collcg:l. N~turnl·
O cor110 do commcrclo de Snntos rccl~m~ mentr•, 11 cnuwru do5 Srs. dllpttbdos forà Inserir
contrn n OJlp\lcnçuo do imposto de I. l./2 "/• sobro naul'l~, o ~u o proponho m~smo, um yoto do
c!mara aos DepLiaO os - im"esso em 271011201 5 09:41 • Página 1 ae 1 2

..
.- - .· -~··.

126 Sessão em · 14 de Maio d6 1880.


profnncr-o scnlimcnlo e pcz~r por css()- falleci· Dromliio, Silveira l'!fnrlins e Tnvares Delrort; c
. mcnlo. (Ail!li.ados !ll'l'aes.) . . sem clla os Srs. Almeid:• Barboza, Aragão c
CClmpetc-mc nomeai' a comrni~siio que tem Mallo,_lleltrão, Balfort Duarte, Bezerro de Me·
de acomp3n.har no ccmilel'io os re:::tos mort.1es nozes, Cesario Alvim, Couto Magalhães, Diana,
do nosso &oJI.•(;a, () devo declm·ar desde já que Epaminondas, Fl~res, Fr~nco de Almeida, FI·
llC>soas dn fnmilin prc\·iuem-me itue o cnlet'l'O (lei is Botelho, Ig-nocio ~Jnrtins, Joaquim Drovcs,
I ()I':Í log-\\r hoje, ~~a horas da l_nrtlc. . Jo~qnim Tnvnres, José !tfarianno, Joronymo Sa·
Nomeh p:t r~ e::~a commis5~Cl o~ SI'>• Carlo~ dré, Luiz Fciii'PC, Lom·ent·o de Albuquerque,
.AIT•lll8o, Aureli:mo; nnpli~la Pr.ruira, ll;~I.Jcllo o 1\Jnrcolíno Moura, Mello Fr.ineo, l'!bnoel Eus·
Frederico de Almeida. · · l:liJUio, Olcgario, J>rndo llimentel, Sinvnl c
P:•reco- mr. nindn quu n.cmnorn deve ordenar Sigismunuo. ·· ·
quu ::ejn lcv:mtndn a seSsão. (..11loi,id'Js gcra~s .) Ao muio-diu o Sr. prcsidenttJ declara aberta n
Neste enso csti• levantada :1 se;:são. · ses~ão.
O sn, t>UF.StDENTS dlt a seguinte ordem do din E' lidn ci :1pJlfOV3dn o aeto un sessliõ anlccc·
1&, tlc ;\l~io: dente. ·
A mesma umb par~ o dia 13. O Sn. 2.'' ~r.cnEnmo, ser\· indo de L•, dá conta
Lennl:!-se a sc~s:io :i mein horn dn tarde. do seguinte' · · ·
K.'\:l'EDl&::\"TR
· Officios :
~ess"'o cn1 l~ ~h' 1\lolo. <lo 1880 Do mini~lr<• do i;up~rio, communicondo que
por dccn~to de 1~ do corl'cnte, Sua !thge;:tadc o
_Imperad·•t•liouvcptot' hem dcsignal·o p:1r;~ :;crrir,
Sl:~lll.\IHO. - Exrt 1>1CSTI:. -ll i.'l'Ut•O .lu Sr. Carlos ,\ r. no Í!ttJlellimcuto do Sr. Visconde de Pelotas, o ·
((,11::'- 0 , - • ~hscr\' ~r.t; cs ~lo_ Sr. Fcrn:uulo (l:;orio. -:- llis .. c:u·go de ministro da guerra.-lutoirnda.
Cl'r;o <IQ Sr. 'freih< r.ouli nho. nrquc rim• n•o.- Onuc>t Oo me~ mo, ilc liJ. d'-' rot·rentt', pcdin<lo de>;ig!la-
bO uu.. - Yolaç:i \l tios i•rojc,•lus I!U ecrr:u!Q:J ns. ti,
3lti, :'oi, .:;18 c ~10, .,k 4.S7~l.- L·: ilur:t _til! Tl!latorios. - çiio tlc tlin c h•n·n, para npr••scntnr o rcl~tori o da
3.a c.lil'~'n5s!io \lO r rc \lit-o u. G do mluistcri o llà. :t!{ric:ul .. J'ctmrliç~o a >ea c~rgo·.-!tl:lrcou·sc o <lia 1~,
l~tr;1, l.): ~cut$tJ~ •lO$ Srs. G:1.,·iào Pclx o t~. }i",·cila::i Coü .. á 1 l/i da ta rue.
tiiJh(l c ministro (! n a~rlcnHul'a.. {;hmn;úh. -Dl:::c. u"são tio
c··t·dil1 ll. J. - Di:scu ~sã~ J vs pi'OJCdu~ JIS. i'JL t2:J, Do mesmo, uo JA do corronl ~1, remi!Ltcndo ;•s
to~ " .·liõ. .l o JSiO. actns d<l el<)iç~o elTectnnda 110s collegios uc
Ignape c .Lcn ~: ó ,:s, da 'província daS ; l'aulo •.
/ .. '~ 1l lw ra ~ da m : nh ~, feita :1 ch:uur.,l:., acha· ~A· commis ~ ão tle poderl'S. ·
r:ttll· :'<: presentL's t=s Srs . Vi~c.nHk dr. Prados, Do ministro tlc cslrange'lros, de i3 do cor-
Ah cs d~ Araujo, João -IJt·i)úun, Darrtn da. E~· rcutu, \r;• n ~m iuindo ·,-t,lc volumes dos • Dis·
· t:~ nd; , , G:•Yi';o l'dxuto, Jcronymo·Jartlim, Costa c.ur~os p;il'lamcntares ilo Sr. Thicrs •, o!l'el'Ccidos
AzcYedo 11 :\i~c~ d o . · · · peln su:1 viuva ;. canuu·a do ~ St·~. !.leput:ulo~,
C(l!il!••ll'l' CCJ'ilnl llepois dn elwnwda o; sr~. ' ·t1onforme (l I~OI~llllUllÍCOll 11 lcgU l'ÜO imperi:~l em
S:~li!::JJha Mnrinll o, G:H'Ios An\lnso, Fnl•iu Hei~ Pnriz. -uccei)J(]Os ~,;om :~grndo . .
Scrr~. F•·;onldin Dot·i:l; 13::,~''"· Frcit:is, n,.;: il:• ministro rl:1 ju~rit:l, de H do corrcnle,
tlr:;p !t•s Jnn!nr, \"i1·iato ·dt• J.ieduii;< >S, som:í .a u. pt•rlindn rlc~i:,nw ;.i< o de dia .e hot'a p:1r~ :<pre-
I
dr::•lr , Lilwrat!l !::ll'~nzn, '!'hcui]orl'lo Snuto, scnln t• o rd~l?r• ~. tl.a rcpar:tção n seu cnr[!:O.~
Poo1p··n, Am~Jri co, Di<nin, Meim . <lc \'t•scon- lllarc-ou·~c o tha ~.,a t hora du tard e. . .
t·cll oo: .• Antonio 1le Siqueir:l, Frnlll'O de &i, .lo<t· J).i prc~illent,u ~a prodnci~ do 1\lo de J3ndro,
<JUitn ~a bn~o. M:•nt,cl C:tl'ltls, ;\lauot•l tlt! llfa· I'< 'Bll'Lleatlo t:OIIWS llllthenL•rns tln;: n1•tn~ da
golh~··~. Esp~ritW•o. lliiJciro d•,' Ucn1•zes, Mu- eld~·~o,n qno so JLI'o~edcu em Cabo Frio, Pm·nty e
t'ÍHH.IIP da t'ih·n, Espinj(l]<r, ~lon!c. Bnrrns !'i· Angr:• •los }lei ~ [liil';J j)l\leuchcr n. v~ga d~i· ·
llll'llll11, Z:urw, 1'1'1 ~•: 0 !'nl'ai,:o, l~ra nco de 1\l · ~:o tla JlO!O :Sr . d<'IIIIL:l!lo t>o•dt•o f.UIZ J>~t'Clr~
meitlu,' Bul ~;io , lldcflHl!'ll de Ar·:uljil, lluy Bar· LI<; S\•Uza,, n211Wa•lo minblro de o~tt·a)tgciros .­
IJoza. Almt•<U:< Gou lo. Souto. 1\odolpho Dunt:~!il, A cnm•n•s~;•o da pothll'f!S. . .· . .
AznritiJUj<~ i\lc i rellt!~ ,-Frnnrri C:uT:1!ho, Amh-ntln Oos l'rt:sidt,nles tl:1~ Jne~>Us <los collcgios clci·
l'intu. !•'I·~tl~rico 1\e~Jo, llilt,ti:;ln Pcrt•i ra; Sonzn tor:ics do Loronn c Faxina, dn provincin de
Lim ~ . Felicio dos Sonto~. Aureliano Ma~:nlhiics. · S. Pnulo, rcm()ttcn<lCI cúpi.'s outbenlir.ns das
· $(l ares Br;iud5o, ·Concallahollo, Mnrtinh'o C;uu ~ nctus dn ckiç5o ·n que alli se pl'ocedull par~
fiO~> Tlteoliolillro, St•rnphico, Costa Hil.lciro, prl!enchcl' as vn:ras _ãc Ires dc_putndos gcrnes no
1\hrcu e Sih-::., Antonio C:ll·los, Leondo d~ C:ll'· dia 2 do cot-rentc.- A' cotnlllls~ão do poderes.
,-:• !h•l, l lart_im Fr:•,ncisco, Sergio olc Çnstro, Si!- · ucquorimmrtos -~ ·
''Ct r a. lln s.)l1 ~:•, :Sou&a Cal'\'ai!Jo, Camargo c
Flurcndo UI! Abreu. . Dc·,to.,•tnim dn Cost~ B~rradns, jui?. de direito ·
d~ 2.• vara civcl do !tlaranh1io, pedindo um anno
.. Curup:~rceernm · õepob: do abcrln n SC58ÍÍO OS . ·de licent,;n com·ol'dcnado Enl'll trnt., r dosun s:~ude. ··
Sr~ . l\lnlh ei ros, l~rcitn s Coutinho, An gu.~ lo
1-'r:tnç~. 'fheopllilo Ulloni o ll()~err~ Cnvalc:mli.
-A' commiss~o do p ~nsue,; e ord•:matlos.
Do Jnar1nim Snbino Piros Salgndo, capitão do
. J":1 l:n rnm. com p:u·ti t·ir~9rio os S1·s .. Affon so corpo tlc o~tado - mn ior, pedindo pnrn qnc lho
llonna, c~ndldo de OlivGu·u, Frllncis<'O Sodrú, · scjn conl~dn n nutiguidadc do .uoslo desde !8 de
Fer<'l~ira de Mourn. Gulilino. · Horto do: Arnujo, J:.neiro lle lSiiS. - A' commissüo de marinha c
~cllo c Alvlm, Moreira . do . ..
Dnl'ros,
. -
1\[orilirn gllorr~·•-
C~ ara dos Oepltados • lm(l'"esso em 2710112015 09:41 . Página 2 de 12

SeSSilo em 14 de Maio de 1880. 127


De naymundu José de Siqucil'll Queiroz, pc· Ni.io houve parécer, Sr. pi'csidzn:c, mas rli3·
. dlndo ser anntrie11lndo no L• anno medico ua culindo·Sil 11 lei de lhaç:Io de !orç:~s de tcL'l'a,
faculdade da côrte, fazendo exame dos pt·cpat•a· houv~ uma discuss5o em que tomaram parte
torios qu~ lltc faltam.-A' commissão de instruc· div~t'S I J~ ·srs. deputados. ·
ç~o pubhcn. . ·· . Dcs:;a ~.mc.u:<s?~.o uaJa resultou a favor da pns·
sa;.:cm do !}roj ccto, mas c1n ~cssiio de 1.• de
. O 8r. CarJoe AfFonso :-Sr. pre~i · Setembro de l8i5 apr0scn tou·:;o nesta cantaru
dente, pedi a J)~bvra parn communic~t· n V. Ex. o parocct· da commi;~ão c5peciul.
o á C3marn que n commi::s1io hontem no monda . Ha milios annos; portnnlo, Sr. prc:lit.lontc,
pnra a,.;sistir :~~s funcnt•~• do nohl'~ dcput~•do que não se tem t•·~1taào de$(<) a~~umpto; csi<Jmos
o Sr. Hyglno Stlvn, dr.sempcnhou·sa desse do· em 1880 e notla mai~ SI! tem tliló sulm; ~5 que~ !tios
loroso clever. . • . . levnut:Jdas uão sli pelos membt·os tla commissiio
Ac~cscen!arat que a 110~, os· repre~cntantes e~puclal, como tamliem sol;;·e outl'tls (1ucstues ·
do Mtnns. G?mP:s, ao lnnçat•mos. so~l'C <J t:ortto 1 importante~, sug;~eriila$ JJO·projcdo tlo codí go
dc~se nosso •mht\1SO ~o!lcga ~s Jll'l_~m~u;os Pttnba: p.;ual pela tJrimili·•a commissJo que o e,lalJOl'~U.
dos !111 t~rra que p~r1 ~emp1e drnm o~cul!al·o á . 1'cnt•Sú csl.:l ~.. m~ra occu[HJdo em dt>cussues
luz d~ vhb, :\ssistia· nos :t con\'i~~~·~ pmfnn •!.:~ mui ''ari:ldas c iut.creS>'<'ltll(),, mu.•par.:cc- mc de ·
de que tc~os _os no~~os contprovmc!:lnos mar,; tOil:t a tonvonhmcia tJ iW lanco! tambem suas.
l~rde l:r~ll!nJ rnm~ two lct· po~rdo preslnr -lhc esse ristas para o cx••rciio, que e; s )nt dllViua, dig-no
dl!!'l'ndctro . offi~to · 1la .n~lzatly, sobr~tndo ,o da alteução de~la ·:~ut:usta C:iUl:n•o. . ·
brw~o. pari! dO lrlicr;:rl .atncr~·o, as ·ml~ra de .~u~a l'or tantu, Sr. prc~idcntc, cu Yiúhtt IJCcliL· a
banrlctrll ODr. Hy;;mo Ah·:ucs de Al.li~U e Srh a V. E x. lJ.Ui! quand·J fvss·,J possi'íel ué~se pal'a
ostl.•nt~HHe se~rro n~ batall_wtlor tito .vnlcntc ol'lltll!lllo d;i:~ o i>arecer n. l~ti, ao qua! me teuho
como llrta~s3v.e . (ÃIJattldl,$. ) ·. . . rcfc rtdo, ohm d<! qnc ellc >GJ:~ (:vuvcntcntcmeatc
r..ogo .t~po,; o seu uuutor:m~eiliO nn :wn~emr~ con~idcrado, agol'tt pt·incit)nlmcntc quo nu~ta
d~ S. Paulo, ondll perdura <~m~la :.1 mc;niJI't:t tlos caman1 se cncoJ~tr:Jm legisl:rdores :1b~ li>ados c
tt:mmiJ]lCI$ ([o s~u tnlcnto (n]>oll.ltlo~), o Dr · Hy- que dil'i~c ~~ pnstn dn g-umT::. um general con .
. .gwo. Srlv:t fngm dos S'l'~ndos centro~ aon~e ceitnod·o e hnhil. · · .
·talvc& o chatnav(lm ~eus int~resSI!s e Ottdc IJ\l· · • · d ·
dl.)t'iu.encontrar condigno Utú:ttro l•arn dc~cn· • l~lgo por:~nto, sen.h~re~, ser c Jeg~ . a :a oc- 1
''olve1· I.Jrillwntcmunte os. seus vostos recursos cnst.•uJ .oppo~~~nn de .d~~~tttlrmos o proJ~:CIO. I}ttC ·
intellectun~s J'll'~ferindo ir viver modesta . e m\llLO wtct·c~~o ao exetctto.
ob~curamcn1c no interior d<J snn provindo, u~t Sn. DErUTA.DO ; -Não bu p~rccet•.
junto . n~ c.nmpnnario u:~~a!. no .seio dn : f!)_milin, o sn. F.cnNMSDO o~omo :-Ih p:weccr.·
dos n1mgos·e dos co-rel•gwnarws, qutJ rr:1o [lf\· · . _ . .
diam tor comf.l\lnheiro mnis 5 olicBo, muis dtll· _UM Sn. JJEt•U1'Ano :-.A comm1ssao cspccml
gonte o dmlit::ulo. (Apoia(lus.) · n;;o d~u p:a·c,·or.
E' paro. ·ossos logilt•cs, senhores, p:~ra elie ~n nto.s O•.Sn. FERNANDo Osonro:-Den pnreccr (mos·
vezés ~anclillcmlo,; JlOia:> t·cconlaçües d:J i!lf:m· tmudo}, t!Sl:i :~.qui. (AJI(tl'tt>s.) Not~m. os noiH'IlS
cln, pelo· tumulo onde rcpou~uu• us sctrs ma•o•·c~ , Ull1.1Uiados tiUe c&~ou tr..tando tlo IH'OJt.:Cio sobre
pela J)l'cseuç:~ dil ~posa e dos tilho~, CJUC o n~sso o codigo twnal c nftt? sob!'o o co.,\ligo q.o IJl'Occsso.
malfadado collegal:mçou · tol\'cZ o ·Seu ultuno Subrt.l llSIG, cun1 ell'etto, ::uuda nao clt t.~le pnree~r.
olhar, já tnrvado pt•l:t~ sombra~ da agonla1 como O anuo t):tss:ldo, creio rtue . por illtcrvcncilo
aqucllo outro httntlor Jlroslrado e mot·thundo minha perante o Sr . .prcsiueutc tla ctun:u·u, fui
no ct~mJJOt d_c quem dizia o póuttl • Et dtclccs t11o • nomeodil ~ma commis:>âo para e~ firu ; pat'tl·
t•íeus 1'1'1nllli3CitMr A1'!JOs. • cc·mu pon·m que, mnquat}IO ~lia 1!uo ;~pre~Cl.Un
E' tambem ali i, sr.p~·cs~<lente,no ~io dnqu~ll~s o ~eu tt·abalho,podercmos 11' di$Cl1lml.lo o codtgo
meus i.Jons comprovJUt~l~nos c ~nugus, que cu ponol. .· . . .· .
esvcro cheguem as poucas J!<~kw r.a~ !i ~c pt'OOro Sr. Jsr\l~tdonte, !ntotcss~nu<1·~ne_ ~.n· a~1~11 te
neste momento, como ma111rest:~ç:Jo smcct~a de por tutlo qunuto d11. rcspotlo a classu. nult!ar,
qu_? CODll,larlilll!J n dot' que.t~o accrbamente os peço n V. .Ex. que uttendu ao meu Jledydo.
vat PU!1Slr; nno. como .alhvto? conrcrt,o, 11Ue o Sn. PnsstDENTe:- o pedido do nobre depu·
esses su podem vtr da p\uloso~bra e dn resigna· tado s·erti lomndo em con~idera~·íio.
çiio que o des ~raçndo du E~cl'l,llturn. expressnva
do modo tão stngelo e .tiio subltmc, cxclnmnn<lo: ·o S1•. Freitas Coutinho (pela o1·dem};
• Deus deu t' li1'ou, seja IJcmdito o SIIU nome. • -sr. presidontc, n l!lUtcrin cxt•Osla p~lo lllus·
(Muilo bem.) . tre.doputndo pelo Rto Grande do ~ui e, n m.eu
ver, .d3 grande c momontosn tmporlnncrn.
. o Sr. F ern.nnd o ·O.· eorI o "1Pe1a o~· .(Apoiados.) ..
deu&) : - Sr. prest.dente, extstc nn sccre.tartn .. s. Ex. d•)CID.l'ou que· uma commtsslio especial
dosta ~:lmnrn O projeClD do codlg? p_cnaJ nulitnr. tinhll sido nomeada afim dB . d~r porecer sobre
quo fot elaborado por uma comm1ssu.o compostn 05 pt•ojcctós do codigo penal militnr 0 eodigo do
·dos Srs. Dr. ;Ffiom:~z. Alves Jumot, conso· \)Tocesso respectivo, 0 !JUC súmcnlo sohre este
Ibeiro .lo sé ?rlat'ra da Sd va Paranhos, coronel e que 0 mesmo .tJIIrecet· foi rormulado.
Antomo Pedro do Alenct~stt•o o desembargador · .~ .·
Josó ·Antonio do Mngalhãos Castro . · O Sn. FBnr.-ANOO Osunto :- Ml.Jt•o o codtgo do
Em Agosto do t867 este pro)ccto roi romeUido processo. . •
· a uma. ·commissiio ospeciul encarregada do eu· O Sn. t'nttTAS <M!Tt:tUO :~01·n, ªr. lli'OSI·
· minnl·o e do dat• 0 sou parcccr. - dente, V. E:.;. eompt•ebcndc a rclaçao lmme·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:41 +Pá gina 3 de 12

128 Sessão em 14 de i\laio de 1880.

di~t~ que !ta entre o codigo peu~l n .o d~? p~::_o­ Posto a votos o lli'Ojcclo n. 308 llc i8i9, auto.
ccs'o · ~em este é :uJUCIIo tlt~ unw appltcaçao, rir.audo o guvcrno a wncedcr· ao tle~cmlml'gador
scn:io'impo~:;ivcl, ao nwnos extn1urdin.arianicntc Antonio Ft'ancisco de S:dles Jicen~-a pnrn lt'<llnr
diiT'tcil ; porl:mto, desde que existe parcc~~l' do sn:t ~ô!lHie, ü ~PPl'OI'adll em 2.• diseu:;s'to, eom
sobre nm dos projectos, ~claro que so tut·t~a .~c os cmet1<l11S dos Srs. ~lrll'tinho c.~wpos c P1·cHas,
nc<"cssid:tde Jlfl'lVOe<tl" sobre o Olltro n opuuao Jmillicada~ em t:J do cornmte. ·
dn· c~mmiss~o que tiver de ser (lnt':t esse fim Poslo n voto~ o projccto n. 210 de :LSi9, ~uto •
nomeada. . riznnrlo o governo n lr11nsfnrir p~ra ~ ·arnw de
A rjltc:;Liio JWI'a mim é de ~r~vc impo~·t:mcia inrnnt:n·ia o 1." tenente de artilharia Ha\'lllllndo
(apairulilsj, pot·q~c h:a~l·SO de u.m cod1go, de P•n·dig5o de OlíYeirn, é op[trovntlo em ~-· pnrn
. um coqto de dtspost<;oes suhonltnada~ a. um pnssnr á a." disc.us~ão.
printi[lÍO oallo, de modo a r~.:I:CI"-~e prcdúffillllll' Achnnr1o-se na s~ln immedi:•ta os Sr~. mi-
umn unidade perfeita du visl:1s no complexo de nistros· in!•'rino da gucrrn c dos nt~g-ocios es-
rd:t('ües que o· mesmo Clldigo Yai crear; en-
tl'<lllg"Cil'o~. que Ycm OJH'Psent:lt' os rel~tol'ios
t.t•tHio, P''is, que nssumptos de uma tnl rwlure~a
n~o ptJdem St~l' discutidos ctllllO quer o nobre da~ rcl•~rlil.:úes a ~r.n cnl'go, s~o ínlr·oduzidos,
c11dll um por· suo \'l'Z, c:•IH as formalid:1dt.'$ do
deputado. · . · c~tylo. e tomando ns>ento ú c~qucnla dtJ Sr. ptC·
A can•n•·a comprehcndc n p•·occiletlcia destas sidcntc, h~Cm os r·clatorios c fl~tira.m-se com
ohsl'l'Yn\·üc~,e rcconlw.c~rú n1esmo us con~cqu~n·
:1s niesmas fornwlicl:nle; com qne entraram.
cius fnnr~sl:~s t[UC pouor•w resullar de um~ d•s·
cusstio mal encct:uln, i~to é, sem ·os elclllento5 O Sn. l'l\E<IDI!::'>TE dcclam qtic os relat<Jl'ios
pt·ee_i~os .o.o ".sclat·ecimeu~o do~ uobrcsdoput~dos; viio rúmcl1ido; üs commis:;õus comp<Hentes.
por ·~su JUlgo dCI'er })C(} Ir a V. Ex. qui.' ~e no- Entra em 3.• di~cussão o )JI'oje~to n. uilc 1880,
mec umn comlltiss~o do seio desta camnrn com conced()n'.llJ o credito pedido pelo· Sr. mini.:tro
o lllll especial de Pstndar os dous projeclos e da <tgTintllUr~ 11.1 impol'laud<l du G.880:819R:Ji!J
de sobre cUcs emittir n snn opinião. pa1·a occorrer n divcl'~ttS vcrl.las.
O sn. Pl\ESU>RN'm :-A nomeaçiio desga com-
mis~iio pertence itcamnr<•, e dev~> ser requerida O ~r. &o.,•lão Peixoto diz que duas
em tempo, qunudo estivor elll discussão o pro· .necc~sidades, ü:ualmeutu imperiosas, reconhece
jeeto do codigo pe unl. . o e~pirito publico, c côm ra~ão espo;;ou o go-
verno, ajlrosentando-sc perante .o parlamento,
O Sn. FREITAS Coun;mo :-Ma~ parece-me e d,1nuo 01té ho,je, por seus acliJs e pol' ~lHls pa-
qae desdr j[J posso requm·er :1 nomençãu de lavrus, provn cabnl da sincet·idndc das snas
uma)al·commissfio.- . vist~s - a necessidade da rcfurma eleitor11.l e a
O Sn. PnESIDF:NTE :-V. Ex. n) que é um·re· da ,·erunde dos ot·~nrn(mtos-, que deve c~.me­
querimcnto de odiam~nlo, que nilo pódc ser t;nl' pel:~ ma i~ rcstrietn ecouomi:~ e pela mois
tom~ do em consideroç~o ~cnão quando se dis· sever<~ cxecn~ão d11s leis.
cutir a mate rio. E eu uão po~so nomear :1 com· Antes ptn•a molhorm• o futuro do que para
mis$f\O especial a que se rarera o nobt'!l deputado: cen>Urt~l' o passado, gtwrdando :t cohel'cneia
isso c aHribuiçii(l dn camnra. 1.! c ~U:l vidn politica nesta casa, julga o ol'ador
O Sri. FmntAs CotJTINno:-1\lus Y.Ex.oiiosub- dever ú me~ma conllnnra com que o honmu a
mette o meu r~querimento á votaç1ío ~ camara dos Sr$. deputados c ao governo tio sCll
paiz, ao qual apoia , algumns t•eficx.ues, qlle lhe
osn. PilEStDENTE:-l'trandc oseu requerimento s:i\t, nl~m du nwis, illlJ){)Slas l)t'lo progranuna do
por escripto. ·' sou partido . .. ·
Vem á mesa, li lido, apoiado c odiado, 110r ter Nem pódc cnxct•gnr n cnmnra uma censut•n ao
pedido 11. palavra o Sl'. Prisco Paraizo, o se- governo tmusocto, e qunndo estes credilos do·
guinte vem re[Jutnr·so obra sua, desde que mais não
ReqUcl'i!nento ra~ o orador do que rccoJ'dar o pôr em pro•
ti cu os justos conselhos que, em seu relDtorio de
Ucquciro que se nomêc umu commi!sào espc· 18i8, deu á camtlro o illustrc SI'. cx-minisi!'V da
cial para dar parecer simultanentnente sobre o ugriculturn, explicando o extrnordinnrio Doeres-
JWojecto do codigo penal mililar e do processo. elmo dos creditos a desequilll.lror n receita e n
- Rio. H de 1\lnio de iSSO. -Freitas Couti· despeza, c 11 illudir as previsues do leg·islador,
nl,o. · con~agr::~das pol' um voto solemne.
ORDE~I DO DIA Dizin então S. Ex.~
. Po~to a v~tos o pr~jecto n. 8 de 1880, que ap- « A primetrn condição dn fiel observ:mcia do
prova 1l lot pt·oymcml de S. ·Paulo de L o ilo or~nmento é rtnc D despeza orçada eorresj:Jondo :is.
Abril de 187ii,-ú npprovado em L • disctmí1o. neccs~idndc~ a que deve torr.osumento ottmtdcr.
E' por se não haver observado com o indis·
Posto a voto:; o projecto n. 306 de 1879, qne pcnsavel rigor este preceito, que adespeza paga
autoriza o ~overno n jubilar o professor de hmto ha excedido a 11:\:;~d:t, perturbando nssim
musica Matluas José Teixeira, é npprovado em o equilíbrio do orçiuuento, nnnullando-se a
:i!. • discussão. previsão lcglslntlVll e eollocando-se eu1 em·
Posto n votos o projecto o. 307 de 4879 sobre bnrncos o Utesouro nacional pelo imprevisto
melhoramento ·.t\e reforma no 1." sargento do augmonlo dos sous encargos.
corpo polici3l Arnnldo Luiz Zigno, é approvndo • O orçnmento que. tenho a honro de pro·
em ~.· lliscussão. por·vos é tão vcrdodairo quanto permiltc a bom
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:41 + Pág ina 4 de 12

Sessão em 14 de Maio de 1880. 129


entendido previsão d:IS cxigencias dos serviços ; despeza. O que constituo o credito especial,
e esta é a razão do excesso ncima nol<ldo que, cuja despeu nliás deve ser calculada com a
em vez de provir de augmento real dn despeza, eertezo possivel, é a especialidade d:.t resolução
outro cousa não é senão a exacta . expressão de le!,\'islativo.
necessidades j{t creadas, que teriam do ser at· O credito que se discute em parte conccrne a
tendidos por rne1o de creditas extraorçamen· de5per;a feita e portanto 6 a approvacão poste·
tarios. rior de gnstos, que n eamar3 já niio pode deixar
c Sejam quaes forem as restricçues poslns {L de- de aceitor. ·
creta~ o destes, a lição dos factos ahi está mos. Podia ser previsto, e prevista tombem n sun
trando que debaixo de uma ou de oulra Córm~. necessidade, sendo gue os creditos espedaes
o credito votado serâ invarinvelmeme excedido, exigem a determinnçao de um qucu~lun' em cada
todas as vezes ·qne não fôr calculado sobro base orçamento.
segura, porquanto nenhum ministro hesitara Em Ince de factos consummndos, e ni!o podendo
na .alternativa do autori~ar. des11et3 além da con · o governo aetuaUntarromper a marcha de ~ar­
signada, ou de decretar a considerava! perda que viços indispensavei$, ou. suspender a continuação
para o Estado resultal·á da desorganiZação de :ie obrns, o Sr. ministro dn agricultura viu-se
serviços de certa ordem. • naturalmente ror~ado a juslificDr a s·ua proposta
Nada ha que ~anhar, l'Grtauto, com a fixação dando as razões capitaes do excesso, mas sem
de verbas insn1Hcientes. Ao contrnrio essa é a referene1a á lei que os dev1a autorizar,
origem das pertnrbo.ções que têm reduzido os A sincllridade de sua pDlavm ê neste caso a
orçamentos a meras eslimulivus ponco aproxi- prova de que o orçamento niio foi o que devia
madas da verdade, d'ondc tão funestas conse- ser, e de que a despeza não se realizon ou yai se
quenci:B resaltam, assim para a boa ordem das realizar conforme as prescrípções da lei.
finanças como pnra a verdadQ do regimenrepre- Basta recorrer (L succinla eclorn exposiriio que
sentativo.. . ~. . . .
Diminuir C>n eliminnr despozas no calculo do O credito para supprir o est:tbelecimen to rural
orçamento, sem contar com a conse<Iuento dimi· .do S. Pedro de Alcanlarn, da província do
nuiçüo ou climina~ão dos serviços cort"CSIJOil· Piauhy, é de G:000~, quando de 6 :OOOs era a
dentes; não é só mulil tentativa e metbodo consignação do orçamento, o que a élevn ao
inemcaz para reduzir os ;rastos publicos, mos dobro e com a circumstnncia aggravante de que
perniciosissima pratica que, além de outros, só com a retribui~ão ccrla do pessoal adminis·
traz o luconvcnumte de occultor a verdade aos trativo n despeza excedia de 8:000~000!
olhos da n:~ção e de assim hnbitnal·a :1 depositar o c•·edito p~ra obras publica~. elevando o.
pouca confiança na geslíio das finanças, e a consigna cão de i.ll33: ~33~332 n 2. 330: ~99hfi87 . ~
exi~rir dos poderes publicos muito mnis do quo o que rlâ um excesso de quosi 4.00:000S, nem
aquillo que lhes ê dado fater no Hmitll dos é.lfesper.n que não podes~e 5er prevista, nem trio
meios postos á sua disposição. . ponco de tal urgencin, que não podesse ser es·
Era, portanto, de esper~r que, pelo menos, perada no todo ou em ~,>arte.
as dcspezas não excedesse!ll eJttraordinaria· A cõnsignnçii.o da lel do or•·amento, relativa
menle ôs cnlculos do orçamento votado, lm· a 1elc~raphos, e declarada insutnclenlissima na
pondo n forca das circumstancras a apresen- I!'X.vos!çlio do ministt•o, eomprehonde ntiÍ n n!l•
tação de credhos, como os que se discutem, q·lllsiçao do.material, e devendo contar-se com
com violaçíia. daquelles. snlut~res (>receitos, c o desenvolvimento da redí! llllegrnrhien, exige ·
munlfe~\.n quebra, por manifesta impossibilidade hoje mais 267:&.138326, como si ta augmento
de momento, dDs regras prescriptas pela legis· estivesse{óra, ao menos em porte, da5 previ·
laoiio do pai.z. sues em que dcvin basear-se D ot'(,!nmento.
Com etreilo. o credito que àiscutimos nem no As t~rras publicns e n colonizaç1io, fonte
menos póde ser clossillcaiio conforma .as leis de outr'orn fecun~n de largos disperdíclos, protes-
flnau~a, e ao mesmo tempo supplemental' c lt~ndo eon\ra ns economias tuo lnstnntemcnte
extraordinario, segundo a propost...'l e o parecer recomntPndadas, exigem o clevndo accrcscimo
da commissiio, não se coad"una com ns disposi· de mais :a..2U:~78~iJira, quando o credito orça·
cões legislativas sobro a materia. mentario era do i.478:66ll~G66; e no emt:mlo GS
A lei do 20 de Outubro de :1877, no § 3. • do razões que servem para explicar esto augmcnto
nrt. iõ, claramente preceitua quo, na. abertura não podet·1am set· um mysLerioSD segredo no
dos creditas de qualquer naturc.zo, observar· passado. São estas :
se·hão os formalidades prescriptas, precedendo • Ao ser promulgada a lei n, i9~0 de 31 de
exame no ministerio da fateuda, soore o estado Outubro do anno passndo, que eliminou das ta•
de cada orçamento p:~rcial, cujas consignações b~llns jus\i.flcaLivns ~estn rubrica .a quantia .,e,
. tenham de ser augmentodas. dlda po1•a mtroducç:10 e estabeleCimento de liD·
A lei de 9 de Setembro de :l81l0, §§ 2. • o se· migranlcs, nijo só j:i alguns milhares destes
g11imes do nrt~ ~. •, estntuindo sobre creditos hnviam entrodo durante o exercício, tendo di·
supplementares e extraordinnrios, clossillta·o~ reito aos auxilios do regulamento de 19 do .Ta·
·conformo sun natureza, o determina quaes llS neiro de 1867, mas eram numerosos os que, já
tormalld4des com que devem ser abertos. estabelecidos nos colonios desde o nm do on·
O que constituo o credito cxtraordinario e a tcrior exerclcio, es lavam no gozo de tncs nuxilios
não ter sido 11 despozn prevista na orçamento, que lhes niio poderiam ser sustentados antes de
sendo o serviço urgente e nio esperado, o que findo o prazo reguhunentar.
constl,ue o credito supplemontnr ~ 11 lnsum- • Une e outros tlnhom lmmlgro.do parao lm·
ciencla da verba e n necessldnde urgente da perio no fll que receberiam os rnvorenssegu·
'~'••• t.-n.
Câmara dos Deputados- Impresso em 27/01/2015 09:41 -Página 5 de 12

130 Sessão em 14 de Maio de 1880.


rodos pelo citado regulamento, c, constituindo malidades dcct·etadas, acrescenta a necessidade
estes um compromisso solcmne do Estado, for- de prévio exume sobre o estado de cada orça-
çoso foi desempenhai-o com nle:~Jdade com que mento parcial, afim de medir-se o augmento
o governo do Brazil. ha mantido· ininterrupta· das consignações c dos recursos do thcsouro,
mente as suas promessas á immigrnção. para verific:!r a extensão dos meios?
• Ainda :1 outra categoria de colonos devia o Referindo-se a prescripçõcs legues constao-
Estado . continuar a prestação de auxHios, · até temente esquecidas, e acautelando os interes-
fazcl-os cessar por neto publico, e neste caso ses financeiros pela cxigcncia de novos exames,
nchavam-se os immigrantes em viagem da Eu· não est{t mudnmenLe a lembrai··nos esse inutil
ropa para o Brazil, que, ignorando u suspensão preceito da lei de l8:SO, <~uo levava os escrupu-
do acima mencionado decreto, não deviam sot• los do legislador até á rP.sponsabilidade do mi·
privados de favores a que por bem entendida nistro da fazenda, desde que um ceitil sequer
equidade se lhes devia reconhecei' direito. subisse dos cofres da nação, com desprezo das
• A outra parte, tendo o meu antecessor ma· formulas que prescrevêra ?
nifestado por vezes a resolnçlío {\e ~abreviar o N5o ó, pois, uma censura que o orador dirige
prazo de emancipnção dos colonias e dos nucleos, ao ministerio. passudo ; é um appcllo ao.> bons
e para este effeito tratando-se de completar a princípios, que aliás toda acm11ara sustenta, e
viação aos mesmos estabelecimentos indispen· que talvez, nas apcrturas de momento, pelo
savel; pela inconveniencia que proviria da su· receio de confossat· a verdade inteira, foram
bita suspensão de trabalhos mais ou menos esquecidos.
adiantados, não pôde ll despeza reduzir-se aos Em umu palaVI'a, os creditos ·abrem-se, na
limites que só depois de decorrida uma terça fôrma da lei, para fornccor· recursos ao gorerno;
parte do exercício lhe foram postos. • fez. se o inverso : gastou-se sem autorização, e
O p1·olong-amento das estradas de ferro da hoje pede-se meios para pagar despezas reali-
Bahia e Pernambuco, exigindo ~penas o accr(:ls· zadas sem verba, ou além uns verbas I
cimo de 2i:OOO~, e isto pela necessidade de Sem querer incrcpar o pnssado, confhmdo no
activar as obras, pura abreviar o prazo em que govemo actual, o orador devia dirigir-Ih~ estas
deveriam ser entregues ao trafego, (larece de· palavras sinceras, indispensaYel commentnrio
monstrar · no proprio facto da exiguidade do do voto de conftanl(a que lhe dú.
augmento a possibilidade de ter sido calcu- Preslando assim o seu apoio á proposta que
lado. estú em discussão, julga cumprir !'!CU dever, nas
E' inexplicavel o dc{icit · consideravel que se ligeiras considerações quo fez, e que para o
deu em ret'erencia ú estrada de ferro de J.lorto · orador symuolisam a rotiusta .esperanea do que
Alegre a Uruguay~na. Si o material fixo e ro- o futu;·o ha de corrigil• todos os vicios do
dante estava encommendado, e era necessario pas~ado.
acudir ao pngamento de obras executadas por Não tem, reJ.lele, em mira ·dirigir hoje a
contrato, porque não se calculou com essa des· menor censura a situação quo findou-se : mas,
peza jú esperada,· e hoje, com verdadeiro espanto, confiando no talento, illustrac;ão e. boa vontade
o credito de :1.~00:000;} eleva-se a 2.59~: 000~. do actual Sr. ministro da agricultura, e tendo o
isto ó, a qunsi o dobro da consignação vo- anno passado por mais de uma vez combatido.
tada'! por ·defeituosos, creditas como este, devia ao
Todos os outros creditos especiaes foram con· mesmo, ti camara e ao seu paiz a explic3çiio do
sidcrados pelo parlamento, determinando-se o seu voto.
quantum da desrNa a fazer dur.:mtc o exercício, Não póde negar a um gabinete que opoin os
na fQrma da lei, e as principnes reducções da meios de governo : não pôde rcsponsabilisar o
despeza em nome da economia tiveram logar aclua.l Sr. ministro dn agricultura pelos netos
com accôrdo do governo. de seu antecessor.
E, qu:mdo se nota que a lei de 20 de Outubro O mais entranhndo dese.io do orador é que o
do 1877, consolidando as disposições anteriores, partido liberal, unido e forte, esquecendo t~s
deu-lhes ainda mais força e vigor, parecendo, pequenas dissensões do out1·'or:~, caminhe des·
no renovação de seus preceitos, infiigil· uma assombrado, realizando os altos destinos a que
censura ao passado, recommcndando a todos os deve a,:;pirar, c corresponda it immensa espe-
partidos o exacto cumprimento das garantias rança do paiz, tantas vezes e com tamanha
que assent:irn para tornar effectivo o voto do tristeza ill udida. ·
pnrlamento e res~uardnr o thesouro publico de Si o conseguirmos, diz o orador, até para as
toda e qualquer aespezn illegnl, louvavel é sem nossas reciprocas injustiças, si involuntaria·
duvida que 11 remem oremos hoje em nome dos mente as fizemos, será o melhor triumpho no
princípios. presente e a melhor consolação no futuro.
Não declara o§ 1.0 do art. jõ que só a urgen· An\es de tudo,a 0bra fecunda e commum per-
cia da despeza legitima o credito supplementar, tencerá· ú gloria pacifica e desintoressadn da do·
para inteirar a .verba insufficiente? . moera cia brazileira.
Não é termmante o§ 2. 0 do mesmo artigo, E nós, seus fieis soldados, teremos cumpridc> ·
quando positivamente estatue quo s6 terão Jogar o nosso dever. · · ··
os creditas extraordinarios no caso de não ser
~ eza prevista no orçamento, c impossível O Sr. FreltaaCout.lnho :-Sr.pre-
rf. c·,\Uil:lllôJn . até que, ,reunidas as camnras, Votem OS sidente,o ·nobre deputado por S. Paulo,encetando
_., "\~~- fuinl!IS' cessar10s 't . a presente discussão pareceu-me que formulava
/~ Não- egorica no § 3.n quando, refcrmdo·se uma censura contra o nobre ministro ; ·mas, no
·!:' ~.. H. _.á. lei d. -· ·o, para amrmar aexigencia das for· correr do seu discurso, vi· quo este não rol o
s.l>f\.tiÍú~;Jc.a ~hu.j
r/)
\ .... ~·;;·
~êNA~\ _:;,
~
Cãnara dos oepllados -lmfl"eSSo em 2710112015 09:41- Página 6 de 12

Sessão em 14 de Maio de 1880• 131


pensamento do nobre deputado, porque, apre- pcrteitn com os· princípios do nosso direito
cinndo os netos do governo com relação ao ponto consmucionul. (.4pa'f'te.q · · ·.
do deb:ue, e collocnndo-se 8ob o ponto de vista Nem mesmo, o livro in~l ez; que tantas vozes
do t'rO[>rlo ministro, consirlerOtl qne o pedido 6 folheado e lido nesta casa, sulfraga a doutrina ·
dos creditas er;~ dirigido oo pnrlamcnto de con- do nobro deputado. . · ·
formidnde com os proccitiJS da lei. · Ao meu ver o.que se me anlolha m~is rnzoavel
Senhores, o nobre ministro d:~ ngriculturn c constitucional é consider~r" se o governo como
ob<ldcceu com ciTeito, á~ vrescdp~i.ies dn lei, sendo umn verdadoi rn com missão do parl:nn~uto,
vindo pedir no tmlnmento creditas com o nm cujas idcias c duutrinas são por ellc executadas
de f:~zer Cace n despez~.s urgentes e não Jlrcvis· c n~o )Jrocurar-sc firmar um systema, que da1
\a!! e mesmo de mQlbor dot:Jr varias·verbns qne em resultado plant:lr-se si não a gucrr:~ oo
foram nli::ís ·yot3das no or'}amento quo passo\\ . menos a susJleitn entre dons poderes, que devem
na ultima sessão. . . . viyennn completa e prorundn hr~rmonia. D ~sde
• Este procedimento do nobre ministro ú digno que e~ta identilicaçlio é não só o elfeilo do nosso
d!l npJllauso, porl]uanto S. Ex:. nãoqnct• ·dispôr systemn politico como o elemento c~s eneial tto
dos recnrsos do Estado ~;~m prévin nut.nriZ31)ão jogo franco e regular das nossas instituições,
das camnrns.. ·· · ·. não acho para (IS receios do nobre depul:tdo em
O Sn. GA.n:\o PeiXOTo: -A lei · manda nbrit· rel:~ç5o :i aberturn de ercdilos ummoiivo quo
crectitos para satisf:ne1· d\lspczas lcgaes~ e estns sejn vcrdndoirnmcnte aceitavel.
despezas foram feitas se:n outot•iza~ão n13lei. · Vor.Es: - E' isto. mesmo o que se qu0r .
O SR. Ft:EIT.\s CotrrJNH.J : ....:. Quanto :'1 questão O Sn. FnEITAS CoUtt~no:...:Ao governo, por·
de creditas SU{lplcmenttli·es, os argumentos. do tanto, õcvc-se dcixat• nos limites que :~cabci do
nobre deputado me parecem infnndarlos, dGroo mencionar tod:~ a liberd:~dc possível, 11ois que
que o t>:~rlamento .o utra cousn não fôr senão :1 para corrigil-o ahl est1i a nscalisação õo pnrln·
verdndeira oxpress5o dn vontade nacional ; ·pois menta .
que assim sendo poder-s~·ha exercer ;. .mais O Sn. GAVIÃo PEIXOTo:- Isto quer dizer-
severa e immedlata fiscn.lis~ c:;ão sobL·o .todos os gaste o :;m•erno o <[ue ·quizer ·e como quizcr.
aclos do governo, o qoal cncontr-.Jra para as
su:~s attribuições um limite qne n,ií:> poderá ser 0 Sn. FELICIO DOS SANTOs:- E• politica rea-
im(>UDémente frllnquendo, illtenta a respOUS&· . llst:l. ·
blhd:~dc · l'enl e ell"ectiva em que incorrera o (Ha ottli'OS opartrs.)
mesmo governo si [Jorvtmtur·u violar : :~ lei. O Sn. FnEITM Col;TINHO:"- l'enho direito a
(Apal'tes.) · · · ·
Por mais atilado quo seja m;,t · minis~ro, por 11credilar que o nobre deputado por S. Paulo ·
melhores e mais perreit:ls que sej:un as inlla- nflo prestou a devida attenção ás ligeiras ob-
gilçõe~ a que proceder, no sentido de orgánizor
scrvn~oos, que acnbei de fnter, porquanto si
um orç<tmeulo exncto, por m:~is profnndos que assim niio furo S. Ex. não tiraria contra· mim
sejam os seus conhecimenLos rolnlivumento· M5 uma Cotlclusão de scmclhnnte natureza.
varias rilmos do·serviço publico, nunca, l<imnis O 811.• GAVlio PEtXOTo:-- E' o que eu quero :
conseguirâ fa~er uma discriminação pro.:isa crl.'<liLos abertos na fórma dn lei. (Hr'} outrot
uão só das verb~s que julga necessarias como apllrftl.)
daa quantias, com<Jue cada nma dellas deve ser · O Sn. Fn&ITAS Couti~Ho:~Perdão, n5o sup·
dolndn. . ponhom que vunho ho.ie c por occasião deste
O Su. SA.tn.ÚiltA ~IARINHO:- Havia.o mal· dolla\c delerminnr n minha posir.iio (Hir~nt e o
dito (leseJo do diminuir·sc o deficit, airida quo governo, e portanto cxpôr estes "principias no
nrtincialmen\o. · · intuito do deOnll·n ; o que quiz foi OXIJender
. o Sn. FnELUS r.ouT!NHo:-As leis que citou{) em contraposição ao nobre deput.'l.do n · doutrina
ri obre· depntndo por S. Paulo, leis em cujns dis- que .reputo verdadeira.... . .
posil}oes proo;uron S. Ex. rundnr n :trg·umen· O Sn. FEL1Cio oos SANTOs:- Ao menos é
tação que a camorn acabou de ouvir, ~roviden­ real. .
elnm, n meu vêr, de uma mnneira s:~tts f~ctoria, U!ll Sll . liKPUTADO: ...:.E' de facto.
sobro as condir;ões, em que tem lagar n aber·
tum 1los creditos não só supplemcntares r.omo O Sn. FnEITAS CoUTrNtto :-:- ••. e si tomei a
extrnordiwtrios,e cstnbelcoom um eirculo duntro pnlnvra, roi com o fim principal de dirigir umn
do qual devemos dcixnr no governo toda n li- pergunta no nobre minislrodn ~gricuUura, per-
berdatle e lnici;~ti\'n, Ucantlo porém de pt: o di· gunlt\ quo versa sobre umn consn muito simples.
. reilo que temos <le ceusurnl-o e até de respon- O nobre minis\ro da ag~:icullurn, vem P.edtr-nos
S3bilis:~l-o, desde que fot·om poster.gadns ns con- dinheiro p:~ra o levant:Jmento do l~tto dn cs-
dições dnquellns mesmas leis. . trodn pertencente no ramal de Snnt:l Cruz.
O SI\. FRtlcto no.s SANTos:-E' o realismo .om Nn verdade, sr: presidente, conresso n V. Ex.
pOliticn. · · que fiquei aterrado, desde que vi que um dos
motlvos, qne impelliu o nobre ministro a vir·no&
O Sn. FnErr.\s Cournmo :-A tboorin do nobre petllr estes ct'ed.llos, roi o facto de se haver des·
depn'tndo é uma LhooriQ $ingulor. mot'Ona.do parl6 do um r:uilnl a meu v.~r--da
O Sn. GA.\'IÃO PEt:!tOTO :-E' a tbeoria da lei. maior imporL:~ncia p:mt cata c.idndo. .:' •• : ~
O Sn. FREITAs CoUTtNno :-Áh!m de n!lo ser O Sn. Du.\nQlirl Dll MAcEDO (mínistro dà ag1·i·
pa••lamcntar,
.. . .
parcco·mc
''~'
que oetáom hostilidade cultt•ra.) :-Nilo o esse o credito....que '
~ :
eelli om
Càna ra dos Oepli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:41 +Pá gina 7 de 12

132 Sess~ em 14 de Maio de 18So.

discussão mos V. Ex. pôde fallar sobre o os· O Sn. FREITAS CourrNJJo: -Certamente; a
sumpto, de que se está occupnndo, porqne eu estr~da é do governo; portanto corre-lhe a obri-
responderei. · . gação de zelar nesta 1mrte o serviço que lhe é
0 Sn, FREITAS COUTII\"110 :-Estando em dis• commetlido, sob pena de se dectm·ar impotente
cussão os dous creditas .... para os netos da administra~ão, e de assim, re•
1'Clando a sua incpcin, se ve.r na contfnge~cin de
0 Sn. PRESIDENTE :-Os crcdiios não pod~m ceder o terreno v quem esteJa nas condiQoes de
entrar em discussão senão cada um por sua vez, satisfazer esses encargos.
porque constituem projectos separados. Creio que o nobre ministro da agricultura n5o
O·Sn. BUARQUE DE lrACEOO (11lini&tro da agri· te\'e.~, n respeito dn materia que me occupo,infor·
. culttwa) :..,..Mas o nobre deputado póde fallar; maçoes exactas. o que consto. é que· o leito da
eu responderei.· estrada padece de lim defeito grave, pois que .so
0 Sn. FREITAS COUTINllO:-Pois bem; declnro acha construido em log~r um pouco baixo .•.
a V. Ex. que fiq_uei :llerrado, porque com se- U~I Sn. DEPUTADO:- Defeito grnvissimo.
melh~nte revelaçao feiW. relo governo, pnirou O Sn. FnEl'tA.S CoUTINHo:-.... de modo
em meu espirito a terrlve possibilidade de ver que, quando ns chuvas cahem com alguma
esta capital sob o horror de se achar privada, de abundnneia, esse logar fica inteiramente inun-
um momento para outro, das c.arnes verdes, i.l~do n ponto de se tornar difficll, senão impos·
com que deve ser diariamente abastecida. siv~\, o transito dos cnrros. ·
0 SR. JoAQUIM NADUCO:-Ha de ter fome com · Hn, porém, além de~se defeito, um outro que
o contrato dos açougues monstro. considero, lleln sua naturezn, m;1is gtaYe ainda.
O Sn. FREitAs CoUTINHO : - Discutiremos em Consta-me quenaoccnsiiio em que se tratnvn
tempo este USSUmpto. J;\ Yejo gueonobre depU• da construol}ão do ramal de Santn Cruz, o go-
tado até certo ponto esti1 commigo nest~ questão; verno mnndara vir da Europa trilhos espacial·
sustento que t!sse contrato ... mente destinados a serem collocados nesse mesmo
•·nmnl; entretanto em vez disso o director da
O Sn. loA.Qtmt NAnuco:- Não sustento, não; oslr:.dn de ferro D. Pedro 11 se julgou com o
digo que é um monopolio odioso, o maior vexame direito de, violando a ordem do governo, desti-
par~ a população destll c:~pit:~l. nv.l·os para fim differente ! Ainda mais, para que
O Sn. FnEnAs CouTINHo : - l'tlas si ú essa exa· a linha pudesse ser inaugur3da teve esse mesmo
ctamente a minlla opiniãG, onde, pois, a diver· director o singular ingenuidade de collocor no
gencin' ramnl de Santn Cruz, tJ•iihos velhos e que já
haviam sido arrancados por inserviveis.
Sr. presidente, V. Ex. comprehende, qunl Já vê o nobre ministro daugricultura que, si
não foi o justo receio que se apoderou de mim, com ·elfeito o facto é este, niio deixa de haver
quando considerei que o ramal de Santa Cruz se um ~rnvc erro, senilo uma grave falkl, com•
acba por \ai maneira construido que de um mo· mettldn por l?arte daqnelle a quem se acham
menta para outro é susceptível de desappnrecer. confiados serv1ços d!l naturen tão importante.
Teríamos de ver esta capikll privada de um 0 SR. AUGUSTO FRANÇA: -Quem dirigiu essas
genero de primeira necessidade, e o nobre mi· Obl'8S 'f .
nistro da agricultura sem duvida poderá calcu-
lar as consequencias fatalissimas que resulta- 0 Sn. SEUGIO DE CASTRO dá parte.
Um
riam dessa anormnlidade não só para o. indi· O Sn. FREITAS CoUTJNHO:~Rcspondo no apart!J
viduo como ate mesmo para a se!!"Urança. publi· do nobre deputado pela previncia do P~r!lní•,
ca, pois que o governo mu! di!Dci!ll!ente pode· declamndo a S. Ex. que, da necessidade do se
ria conter os br:~do~ .dt! tnd1gnaçao, em que re!Jonstruh• o rnmal de ~anta Cruz, n!ío é licito
certamente [ltoromperm este povo. coucluil··se que o empreg-ado quo deu logar a
Entrelanlo,. senhores, é preciso que ae pon· cssu nova despeza não esteja isento da censura
dero que esse ramal foi constrmdo hn um on de quolquct· medida repressiva por parte do
unno pouco mais ou menos. Sendo assim, como gsverno. ·
é que se torna neccssnrio em tão curto espnço O Sn. AuGusto FtUNÇA:-Em todo o caao o
de tempo pedir-se ti cnmarn dinheiro para levan· ministro ha d!l dizer quem é o culpado.
tomento do leito de toda cstradn ~ Oude a fiscn·
lisaç!ío por pnrte do governo? ·O Sn. FttElT,\S CoUTINHo:-Pouco me importa
isso; niio venho aqui fuer denuncias contra
o que signiflcnm esses exames rigorosos, essas este ou aqueli!J ; venho reclamar em favor do
investigaçües de todos os momentos realizadas serviço publico que vejo ne~t!l ponto pessima·
JlOr agentes de conflança e mesmo essas visitas mente duigido.
dos ministros a todos os Jogares, em que sua A questão é esta : o ramal de Sant!l Cruz não.
presença se diznecessariapara estimular o trn· foi construido como devera ser; o engenheiro
balho e a actividade 'i' O que signiOca tudo isso.• que foi incumbido desse serviço devera 'ler
perguntamos? Parece-me que nada, Sr. presi· estudado não só 11 nntureza do terreno como o
dente, JlOis ahi está o. ramnl de Santa Cruz, regimen das ·agu~s, de mnncira a nüo sermos
colloc:mdo o nobre ministro nll.dura necessidade victimas das npprehensões que ora nos assaltam
do vir; nos pedir verba para sua total recon- pela possibllulnde de levantar-se umn bar·
strucçãoY .. . roirn insuperavol entre o m1tadouro e estn oi-
UM Sn. IJSPUTAilo': -E' quererem quo o go· dndc. Ainila lamento que o director dn estrada
verno fnça tudo. nilo tivesse dado aos trnhos, de que fallei, o
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:41 +Pá gina 8 de 12

Sessão· em 14. de Maio de 1880. 133

destino, qna lhes assignnra o governo, pois que ntteudidci nessas despezns na proposta do orçn·
além da dcspeza c0m o Jevnntnmento do leito da menta. S. Ex. tem razão, mas. ha de concordar
estrado pertencente aquelle ramal, temos a que tsmbem que o honrado ex~ministro da agricul-
se fará com o ammcamento dos trilhos lnser- tura proc~deu •orno o nobre deputado desejava
viveis, gue foram collocados com o caracter que ãlle procedesse .
provJsor1o. . A· proposta pediu U!)ã: ~00~00 para o ser.
VIÇO de-Terras e eoloDLsaçao-, mas em conse-
O Sn. AuGUSTO l<'n.\.l'fÇA. :-Então houve até quencia dns rcducções feitas na camara e no se•
contravenção a ordens positivas. nado, a verba desceu â quantia de !.300 :000/J@OO. ·
O Sn. FnBITAs Coorumo:- Sr. ministro da" Assim, (l nobre ex-ministro, tendo gue satis·
agricultura, declaro n V. Ex., que estns minhas r~zer o serviço calculado para a primetra quonc
observ3ções níio têm por fim molestai-o. V. Ex., &In, empregou todos os esforços para reduzir a
o. quem muito aprecio, está collocado nessa ca- despezn oo algarismo do orçamento. Não pôde,
deira dignnmente (apoiarlos) .... porém, supprimlr dcspezas provenientes de con-
0 Sn. BUARQUE DE MMEDO (ministro da agri· tratos celebradr.~s. E' esse utn dos casos em
culttira) :-Obrigado. qna o g-overno, par;~ dusempenhnr os compro-
O Sn. FREITAs CouTINHO:- .• ,. nin,..uem 11 missos de honra para o palz, toma a responsa-
conquistou com mais clireilo do que 'f. Ex., bilidade das medidas necessnrias para o seu
pois vivem ainda na memoria de nós todos os desempenho. . . ·
relevantes serviços que V. Elt. prestou ~o paiz Foi esta a principal verba, senão a unica, quo
na sessiío passada. (Apoiados.) Tive a fot•tunn o b~nrado ~x-ministro da agricultura excedeu.
de ver V. Ex. discutir com toda a proficieucia Dtsse mms o nobre depu lado, :1 quem responde·,
os nssumptos que tão de ·perto interessam a que o governo .vinha pedir creditos para des~
· ndminislração publica, e mais de uma vez tive pezns já renlizndns. A's explicações já dadas
a!:resce~ta que muit~s dns !erha~ pn~a ns quaes
o prazer de applaudi1-o. · SilO ped1dos · os ·crcdttos, nao estuo mnda exce.
O Sn. BttARQUE DE MAcEDo (ministro da agt·t· didas. Cumpriu o dever de um ministro ·con-
tmlt«ra) :-Obrigado. ·· stitucional, mandando calculnr as despezas a
0 Sn. FREITAS COUTINHO:....: Portnnto creia pagar até o fim do exercieio e vindo pedir á as·
v. E:t, que niio faço essas obscrvnçlles com o sembléa geral os creditas ncces$arios para essas
fim de molestai-o. • • · · despezas. Não tem mandado sntisfa:~;er despczas
O Sn. BuAnQuS DE lll.o\CilDO ( n~inis!t·o. da agri- não autorizadas po!o p:u·lamento, e dechua :i
cultura) :- nem o sei ; eslimo .ntê ter occásião oamarn quo por conta. do sei'Viços cxeeutndos
de esclarecer no nobre deputado. . Jã deve o Estado centenas de contos e mais os
O Sn. FnEtTAS Coutnmo :-.,. e sim, para JUros que prometlen aos respectivos contrnta-.
pedil· esclarecimentos o. V. Ex., com o Jlm de dores. Tem procedido de accôrdo com a lei.
fazer desvanecer do meu espirito quajquer du- Figura, porém, uma bypothese ·aos nobres de-
vida ou npprehensão, que natur3lmente de· putados: ha despezns de pessoal que pertencem
rivam do assumpto, de que tratei. nã.o a .contratadotes, mus aoEstado. E$saS de&·
Eu dcsej~rin discutir com V. Ex. outros pezás representam o salll.rio, o ordenado dos
pontos relativos :i estrada de ferro D. Pedro 11; empregados, e aumpriró. no Estado deixar tan\os
lJ'I% não quero alongai' o debate, mesmo porque individuas e famiJias sem a subsistencia que
vejo que V. Ex:. tem necessidnde destes creditas; ganharam? ·
por 1sso :~gunrdo-ine para quondo entrar em ·O pessoal flco.rú privado Je recursos si o mi.
aiscussiio o orçamento da agricultura. nistt·o não tomar a rcspousubilidade de mnndnr
pagai-o. o governo nüo pôde abrir credito
O Sr. Buarque de·l\la.cedo (mi· funcciono.odo o pu~lamento, n. quem elle deve
-nist1·o da a,qrirmltum) principiará dando intor· pedir, como o faz, com urgencia,. os creditos de
f!!nções que justifiquem o procedimento do seu que precisa. Esses credilos, portanto, têm duas
dtgno antecessor, quanto ao excesso de verbas partos dislinctlls, uma, verb3s excedtda~, sendo
do orçamento do minislerio da ngricullurD, e principalmente n de-Colonisnção-, e as que
respondcarâ dep6is no orador que o procedetL E' aindn não for(l.m pagas, mas cuJas despezas
seu dever pt•oceder com a mn1or franqueza, e si vencem juros; segunda, verbas que niio estão
as suas palavras nõo sat!s[izerem aos nobres de- excedidas, mas que o estarão em breve. ·
putados por S. Paulo e pelo Rio de laneiro, ao
menos ncredit:l quo SS. E Ex. os receberão como Assim pede á cnmarn dos Srs. deputados n
a mais nntural explicação que pódo dnr 'no mo- votação breve desses creditos para que o go-
mento. verno possa gerir regularmente os negoc!os do
Os creditas foram pedidos por dous motives. Est~do.
O primeiro, pola nenessidade absoluta que teve Passo a responder ao .nobre deputado pelo Rio
o seu illustre antecessor do exceder a verba de Janeiro. Estranhou S. Ex .. que datando de
relativn a- Terras e colonlsaçüo-. Não achou (!ouco> temptl a coutrucção do ramal de ·Santa
outro recurso porn prover ás necessidades mo- Cruz, da estrnda de ferro D. Pedro H, viesse o
mentosas desse serviço. Não podln o governo governo pedir credito pnrn reconstrucção des!e
por essa verb~ abrir credito supplementnr · e ramal. Em primeiro log11r, nõo se trata de uma
exisLindo contratos celebrados, como Jli decla· reconslrucçõ.o, o os p1·onssionaes que têm o.s·
rou em oull'll occasiíio, foi preciso satisfnzel-os. sento na cnmara e que o ouvom, poderão di2er
Disse o nobre deputado por S. Paulo que o ao nobre deputado si as explicnçiles que vai dnr
nobre ex·ministro da agriculturn devltt ter siío ·ou niio n expressão da vordade,
c!mara aos DepLiaOos - lm"esso em 271011201 5 09:41 • Página 1 ae 18

134 Sessão em 15 de Maio de 1880.


Por rn~is hnbil ~perito que · seja o t1llgenhciro rios a pcn~iío concedida ao voluntario Antonio
encarregado d:~ construr.ç1io · de urna estrada de Francisco Fellosn.
ferro, nflo pódc prever fnctos inesperados, inlm- Fica encerr3da a discUsão e adinda a vo-
da•SJes que venham ·.posteriormente provar ![De tação. · ·
o Jeito da estr3da precisa ~cr levanl.'ldo. Desse
rncto hn innumcros exemplos. ZE.FERfNO JOSE DA ROSÀ
São as inund:tções imprevisL:IS que _dizem
quaes os melhoramentos 3 empregar na cstr:utn. Entra cm 1.• [l.iscussllo. ó encarrad:1 e adiada
Foi o que suc.cedcu no I':! mal de Snnla Cruz, sem o vot:ição do proíccton.168 de i879que approva
quo, porém, -deva solfrer os ·erodilos do enge- a pensão concedida ao artífice Zelcrmo .José da
nheiro que 3 construiu. Rosa. ·
· Tendo-se d:~do alli uma inundacão superior
:is já conbucid:ts e ealcul:~das, ·ii hoje forçoso D. KARf.-l CAET.'>.'VA RANGEL DA SILVA LOIIO
levant:J.r ·se o leito d~ e~trada. · ·. · Eritrncm i.• discussão e é encerrada e adiad3
A oull·o ponL•J se referiu o nobre deputado, o vota~·ão do projecto n. 177 de 1879 que approv3
e foi o que diz respeito aos trilhos empre~ndos n pensão mensal de oO~ a D. !!laria Ca::tana
nesse I'amol. Disse S. Ex. ~ue os trilhos en- Rangel da Silv3Lobo, ·.
eommcndados paro o ram3l t1voram outro !)m-
prcg-o·e roran1 subs!ituidos por trilho!! impres- Estando esgotada a ordem do dia, o Sr. presi·
ta:v.·eis. · J::' certo que se t~ve elo ~pres.>:~r. o dente declara rtue sel'li dado amanhã pilra a
assentamento da via permanente do rnmnt de ordem do dia de segnnda-reira proxima o pro-
Santa Crí1z, c pos:mindo o Esl:ido trilhos ~ervit1os jceto d~ resposta ti falia do · throno; e em se·
mas não imprestnvcis, qae s~o cousas disLinctas, gnida dá para ordem do dia :1.5 :
substituiu esses trilhos po1· outros de :tço, collo- Apresentação de . requerimentos, projecLos o
. caudo os que retir11va da linha rio rumal. · indicncões. · ·
Si se tratnsse de uma obrn r,ontrnlada JlOr
pnrlicuf:u·, S.Ex.linba razão em exigir que o go. Di~cussão do requerimento·s adiados :
ve.-no impuzesse no · contrat::~dor n8senl.'lmento L~vanta·so n sessilo :is ~ horns da Lorde.
de tr i~.!:os perfuilarnente novos. Mas .tratando-se
do uma (lltra foil ~ pelo Estado, o npmveitame·uto -·"'•'Y:--
desses tt·ilhos em condlcões perfeit:~s de bom
serviço, não !JÔde ser censur:~do;
O credito nliás não é destinado ao trabalho de _ m tu· 1le Maio de :1880
8eseuo e
subs,tituição dos trilhos, mos para o levanta~ I'DESIDENCIA DO SR. \'ISCOl'IDB DE _PDADOS
mento do aterro do r:~mal. ·
· Crê ter dado os esclareci mentos pedidosi mos- SUM."ARIO.-ExrEtl&s~z._:Ohsonaçuca e rc'luerlmoulo do
_trado IJUO o nobra depnl.mlo por S. Pau o nã9 Sr. Floreado do Abróu.-Obacnaçõoo do Sr. Za.III<L,-
0ftDE" 110 ~~~--AI't>fOTação do projcclos cn..,rrado•.-
teve 3bsolutnmcnte r3zão nllS censuras que f,~z, Lcilura do rol~loroo do.jusllça.- lllsenl1u do Sr. Bezerra .
e satisfeito . ao ·nobre dcpútado pelo Rio de .Ja- do ~lenczoo. lloquorimcnto.- Jliacu•·•o o rcqncrimonl~ ·
neiro. · · do Sr. Ga<iào l'olroto.- Diecur$o o roquorlmoulo uo Sr.
Não huvcnd~ mnis quem peça 11 palavrn fica ~~~:~~~·d!·~~! "c;~·~~:~~~~::íl'ti;,~~~~sst:, dS'••~·~~~:
cnccrr3da a d1scussão. . · Unho Cumpos o Cos~ _ Azovc do.
·Procedendo- se ;i vo"'!Ção, rllCOnhece-se niio Ns U hor~ s da mnnhii, Íl'ita a ch3madn, adha-
have1· ntunP.ro par:~ se votar, pelo que procede- r:Jm,se presentes os Srs. Visconde de-Prados,
se :i chnmad3 e VCI'illca· ~c com etrcito n~o lwver Andrade Pinto, Barão da Estancia, ~Iacedo, Sal··
casa. Fica a votação adind:1 por fnlta tio numero. donba ~larlnho, Joüo Brigido, Alves de Araujo e
Entra em 3.• discussão o projecto n. õ de 1880 Abreu e Silva .
concedendo um credito. de L~80 : 000~ oo mi- Comparecernm depois da chnmadn os Srs.
nlstcrio da agricultura,· para occorrer :ís des • Pompeu, Barros Pimentel, Costa Azevedo, Ame·
pu~s com o mntcrinl e obras da estrada de ferro tico, D:min, Fabio 1\eis, Tavares Delfort, Fran·
D. Pedroll . klin Doria, José Bas:>on, Freilns, Rodrigues Ju·
· Não havendo quem peça a p3lavra fico en- nior, Viriato de Medeiros, Llber~to Barroso,
cerrada a discussão o adinda a vott~ção por falta Theodoreto Souto, Souza Andrade, Moira de VM··
de numero. · concellos, Manool Carlos, Manoel de Mngnlhiies,
Jonqulm Nabuco Jldefonso dtl Araujo, Marianno
~IANOEL DAZILIO DEZEI\RA dn Silv:~, Espindola, Monte, Znm:~, Prisco Pa·
r:.iso, Frederico de Almeld3, Buleão, Sernphlco,
Entr:i etn L • d iscuss:io o pro.lccto n. i!i de Horta de Ai'nujo, Almeida Couto, Ruy Barboza,
·l8'i9, declarnndo que a pensão ac
~ rs. dia· Rodolpho Dantas, Soares Brandio Aznmbuja
rjos concedida a -.MnnoeJ. Bazilio Bezerra deve Meirelles, Bezerra de :Menezes, Frederico Rego,.
entender-se concedida no soldado rerormado · D.'lptisla Percirn, José Caetano, Freitas Coutl·
· ·. MnnoeJ Bazilio. Ribeiro. nho, Felicio dos Santos, Corrêa Rabello, Marlinho
E' encerrnd:. a discussiio c adiada a votação. Campos, TheotJhito Ottonl~ Theôdomlro, Gaviii~J
Peixot~, Leoncio de Carvntho1 MnrUm Francisco,.·
AmONIO FRANCISCO J'EITOSA Olegnr10, Mnlheiroa, Sergio ae ('..astro, Augusto
França, Ellporidlüo, Camargo, Florencio de':
· Entra otn l .• discussão o projecto n. l~li de Abreu, Franco de S!Í, Flores e Antonio de SI·
i8'1'9, declarando que llcn elevada n 500 rs. dia· queira.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:41 +Pá gina 2 de 18

Sess!lo etn 15 de Maio de 1880. 135


Compnrecernm dopais dll aberto n sessfío os O Sr. Florenclo de Abreu (pela
Srs. Serra, Françn Carvalho, Bezerra Cavnl· ordem) : - Sr. prcsidenle, pelo ultimo paquete
canti, Costa Ribeiro e Souza Limn. · que a esta côrte chegou da província qne tenho
Faltaram com ptirLicipnção os Srs. Affonso o. honm de roprcsntar nesta cas~, me foi diri-
Penua, Aureliano :Magnlllães, Candido de Oli· gida a representação que vou tct• a honra de
veira, Francisco.Sodr~l Ferreira de !!loura, Gol- envi?r a mesa, endereçada pelos negociantes
. di no, Mello e Alvim, .111orcira de Barros, Moreira da CLdnd? de Pelotas, n:. mesma provincin, á
Jlrandão e Silveira. :Martins ; e sem ella os Srs. asscmblea !rcral. Pede n representação, . como
Antonio Carlos, Almeidn Barboza, Aragão e outras que Já foram apresentadas, a revogaCliO
Mello, BellrãiJ, Belfort Duarte, Ci.>sarjo Alvim, do vcxatorio e anti-ecortOmico imposto do fumo
t~arlos Alfonso, Couto Uagalbãesí Diana, Epami·
crendo pela ultim:. lei do orçamento. · '
nond:u de !tlello, Franco d~ A moída, J!"idelis Cumprindo ·o honros'J encargo tjue me foi
Bofelbo, Fernand~ Osorio. Jgnocln Martins, Jo&· commeltido, espero que V. Ex., manuando essa
guim Breves, loaqulm Tavares, José l'trarlnuno, reprcsentnçlio :\..respectiva commissão, tomo eiJi.l
leronymo Sodré, Luiz Filippe, Lourenço de AI· no consideração que merece c lhe dê andamento
buquerque, ~larcolino Moun, Mello Fr:mco, com a presteza neccssari3 :1 assumptos dcst~
Manoel Eustaquio, Prado Pimentel, Sinval, ordem. ·
·Souto, Segisnmndo, So11za Carvalho, Silveira de Vem ~ mesa e é remctlida :i commis.>iio de or·
Souza e Jeroaymo J:u•dim. çamento, uma representação dos oommerciantes
Ao meio-dia o Sr. presidente declara aberta a de seccos e molhados da cidnde de Pelotas, no
sessão. Rio Grtmue 4o Sul, contra o imposto lançado
sobre os falmcautes e mer~adores de preparados
E' lida e approvada a acta da antecedente. de fumo ..
O Sn. 2.• sxaaETAnto, servindo de Lo, dll conta O Sr ..~~ma (pela_ ord~?lli) tomou a pala·
do seguinte vra p~ra dmgrr um ped1do ao Sr. presiden!e.
EXPEIJlBi\Tll
Tave a honra da submetter o nono passado :i
consideração d;~ camara algumas emend3! ao
Oficios: regimento. Não é .tuiz eompe,ente para avaliar
Do mioistro do imperio. d(} t4 de ~laio cor- da excellencia denas; convem todavin que a
rente, communicando que foram remeUidas ás eommiss5o de policia dê pnreecr, approvnndo
respectivas presidencias as decisões dn camara as que estiverem no caso iie. ser approvadas, ,p
doa Srs. deputados sobre nlgumas eleições p,1 • rejeitando as que niii:l servirem· porque não vê
roehlaes eftectundns nas provinci:~s do Rio explicação para que estes trabalhos tiquem de· ·
Gran.de do Sul •• S. Paulo, Illinas Geraes o Rio de morados nas pastos.
Jane1ro. -Inte1rnda. · · O Sn. PrtE>lDE!f'fE diz que o nobre doputado
Do mesmo, em dato da Ui do corrente, remet" serã nt\e.u.dido; ver;i si póde d~r o parecer o
tendo .n neto dn eleiç5o primaria effectuada na mais brevemente possivel.
· freguezia de Sanla llita do Passa-Quatro no dia
at de Agosto do anno passado.- A• commissão ORDEMDODIA
de poderes.
Do secretario do senado, de U. do Maio cor· Siiosucce$Si\'nmellle postos a votos os projceto~
rente, remeUendo a proposição qur determina sob ns. i!i, liõ, :163 e 177 de 1879, r.ujnsdi~·
que os ex11mes feitos no lyce11.da Babín sejam cussõe~ ficar:ml ence1·radas na sesslio de U, do
oeeitos pan :~ matricula nos cursos superiores ec•rN?.nle, e guo tod0s :•ppro"ados.
do lmperloi á quo! o senado não pôde dor o Achando-se na sala immedinta o Sr. ministro
seu consent menlo •- l nwirada. do justiça que veu1 opresentnr o relatorio da te·
· lbquerim~tllos : · p:~rliçiio a seu cargo,-é introduzido contas forma·
Do d.esembargndor Pedro· Camillo Pessoa, pe· Udnd& do estylo e, tomando :~ssanto :í esquerda
diodo um nnno de licença com ordenado.- A' do Sr. prcsidont(), Jll o dito relatorio e retira·se
commissiio llle pensuas e ordenndos. com as mesmas form~lido.des com quo entrou.
Da C11m11ra munielpnl da cidade de Ilnjubá, o Sn. PI\BSfDENTE declara quo o rclatorio vai
provincin dll Minas Gernes, representando contra ser remeUido :i respectivn commi~siio.
o imposto do fumo. -A> oommissão de orçn·
manto. O Sr. Bezerra de Henelle8:-sr ..
Do padre Felix Barreto de Vasconcellos, lente presidente, tenho demorado demasiadamente a
de lat1m do curso preparalorio do faculdade do resposta que devo a um discnrso pronunciado
Recife, pedindo que lhe sejam addicionados na c amara dos Srs. sonador!ls pelo illgno repre-
alguns :mnos de serviço em que exerceu oJogar sentaoto do A111azonns, em que v~m increpaçiies
4e le. o.te de histori:~. sagrada no. saminario epis· graves á camara municilJal da côrte, que tenho
QOpnl ..-A' commissiio de pensiío& e ordeundos. a honra. de presidir, e n mim· pessoalmente ..
São remettidns à commissiio de poderes :~s E \enho·a demorado porque sou·dos quo pensam
que estns questões níio nevem interromper os
acta.s dos collegios eleiloraes de lahú, Santos, trnlmll\os ordinarios da cnmaro dos Srs. iicpll·
Itapetininga, Lençóes, lgunpe, Rio Novo e Xirl- tados, visto que ha. um dia reservndo pnra
ricn da provlneia de s. Paulo, sobre.ru; eleições asumptos de tul nnturetll.
que ulli so deram em I do corrente pnra preen-
cber ne vagaa de tres deputados geraes • . 0 Sn. MARTfNliO C.A.Ml'Os:-Apoiado ..
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:41 +Pá gina 3 de 18

136 Sessão em 15 de Maio de 1880.

0 Sn. BBZEBBA Dll MENEZES:- Como tcnno Digo apresentei· me, porquCl. niío quero descer
a explicnções do ~facto, pois padaria dizer for-
ltoje a felicidade de poder explicar os factos que
serviram 1le fundamento ós censuros do nobre çurom·mCl o. Dpresentnr-me candidato ; e nessa
senador pelo Am~nonas, peço á camara a sua oc;casião <l ,camara snbe muito bem que quem se
nltenção para o assumpto que não ~ indigno achava· no poder era o partido conservador.
de lia, pot' isso que se trata do uma corporação Era ministro do imperio o Sr. conselheiro João
que por todos os títulos deve. sc1· respeitada de Altncida Pereira. · .
pelo cidadão IJrazllelro. Em 186~ apresentei-me ó. re-~leiçiio da ca·
mara· municipal, e os honrados deputados co-
O Sn. lloB'rA DB An<\1.T10:- O :~ssumplo é real·
mente muito imlJortante~ (Apoiados.) · nbcMm as condições eln que o fiz, tendo contra
0 Sn. BEZEB!\A DE ME~EZES:-Em minha vida mim o gnbinete a quem rettislirn em 1863 como
publica, Sr. presidente, tenho sempre seguido o vereador pnra defender as prerogativns da
principio de dar satisfação de meus actos, dcfcn· municipalidnde.
denclo-os e explicando-os todn a vez que são Nnó podia, por consequencia, .ter os. favores
increpodos, porque tenho como certo que sú não deste governo, e ate, pefo contrario, tive Irnnca e
se defende quem nfio pódE:> ou quem não deYe, decidida opposição á minha cnndidatur:t.
segundo n natureza du accwnç1ío ou da fonte Em 1867 apresentei-me cnndidnto a deputado
d'oude ella procede. geral por este circulo, e todos sabem que o mi·
Emlior~, porém, tenho. sido este o principio nisterio tinha chapas e fazio-me opposição, assim
que me tem dirigido, comprehende·se .que não como os chefes do meu proprio partido ..
liei de levai-o até ao extremo de gastar a exis· Lutei w com os meus elementos contra os
tencia _n d~r explica~ões e reexplic:u;ues todas elementos do poder.
as vezes que os meus inimigos julgarem con- O SR. :MAcEDO :-l8lo é nolorio.
venhmte J.lrovocal-as. O Sn. BEZERRA bE 1\l&xeZEs : - Em 187!1,
Nas somedndes bem constilnidns é ·lei, lei por
terccir.1 vez que fui elcilo vereador, a camnra
c·onsenso universal, que os precedentes hon- sabe. que governava. o pniz o miuisterio presidido
rosos garantem o caracter do individuo. ·. pelo Sr. Jlaranhos e era ministro do imperio o
Na sciencia como no commercio, na politiM Sr. João Alfredo; Não podia ter favores do ge·
como D:\ mor~l. em todns as relações humanas, verno a minha candidatura.
os precedentes honrosos do individuo dão direito,
determinam o confiança publica. . · N~s ultimas eleitões, p&rmitlr-me-hão dizer:
quo si não fosse o. estima e conHança com que·
Pois bem, senhores, ha l!4 annos entrei pnra a
carreira polilica, ha 20 annos sirvo cargos pu- me honram os povos do mun!ciplo neutro, cer•
lllico_s, e nesse longo 11eriodo ningnem pode tissimarnente o meu nome não llgnrnria na lista
aindà provar que eu tenha praticado um neto olllcinl;
que me desabone, quer como funceionario pu. o Sn. F&umo Dos SANTos:-V. Ex. teve até
lllico, quer como individuo. (Multoa apoiados,) Gnnrntibn a seu favor.
Ao env~z di~so, meus inimigos têm jogado O Sa. BEZEIUU. DB 1\fBt(EZES:-Tenho, portanto,
sobre mim todas as nrmas, inelusiv~ a da ca- longos, lo.rgGs, prov11.dos, j usUHcados e julgados
lumnia. c eu ns .lenho sempre vietoriot>amente precetlentes honrosos. En&retanto, J.larece IJ.UC a
repellido, defendendo-me· e jusliftcnndo-m.e a meu respeito dã·se uma ex..cepção a lei untver·
contento geral. sal. Todos os dias· novas accusações, todos os
E tanto é Qssim que a popula~ão do. côrle, que
dias necessidilde de nov11s explicnciies e reexpll•
não cede em moralidnde c em mstrucçiio a ne- cações, porque os meus inimigos, li falta de fnn·
nbumn outra. (apoiados), toda n vez que hei re- dameutos para me atacarem, 5ervem·se a\6 de
corrido ao seu j ulgamcnto pelas urnas, tem dadofactos já explicados e jnl~ndos, quando pensam
dcmonstr~çüo plena, categorica e eloquente do
conceito que forma u meu respeito. que já cahiram 11.o esquectmento publico, ·
Em outro p·niz, em outra sociedade, ê isso bas- Os meus precedentes nilo me gunnlem ; e iO
tante pura que não precisasse mnis justilicnr-mo nnnos d~ uma vida jUl!fndu sil, _como acabo de
de accusnçues sem fundamento ou de factos demonslror, pela opiniúo de um povo illustrndo
que não se podem proYar. e moralizado, não 1mpedem que nhi das trevas
E, nem se podem inquinnr tle susP.eiçiio os um qualquer cousn me nUre os suas settas her·
julgamentos por que tenho pass<ldo iliante da vodos.
opinião pubhca úo municip10 neutro, acredl· Não mo rellro fnllando assim !1. aggressi'io que
taudo~se que tenham sido elles inOuenciadós me acaba de fazer, com desusnd11 energia, o
pelo fuvorque os gonrnos me tenham dispen- illustre senador pela província do Amazonas.
sado para isso, porquanto, tenho orgulho de Eu tenho por S. Ex. profundo respeito, o acre·
dizel·o, as minhus eleições nunca foram bafe- dito que serviu apenas de vehlculo a falsns in·
jadas pelos governos. . · · formnçõe~. ·
A camarn permittirá que eu justifique o que A minha referencia é feita a um grupo mixto.
acabo de avançur porque é de summu impor- informe, de inimigos politicos que me atacam,
tancia pua o caso. por inveja dessa eonftançn o esUmn que me
0 Sn. FBLICIO DOS SANTOS; - E' isso muito votam os povos do munlcipio, e de uma· cerln
claro e sabido. sente n quem, em virtude do meu cargo, tenho
O Sn. BEzGtmA DE MENI!.ZBs:- Em 1860 npro· sido obrigado a contrariar em seus .interesses.
sentei-me pela primeira vez candidato á camara A estes V. Ex. e a cnmnra comprehendem
municipal. que não- t'osso j11 mais descer li responder.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:41 + Pág ina 4 de 18

Se~são em 15 de .Maio de 1880, 137


~ITo ~~sim ~o illustre senador pelo Amazon~s, En\ i 7 do Snneiro deste anno, foi presente a
e pt·ineipnlmente porque S. E:t. "nseou n sun portaria de Ui de Dezembro, reilcr;mdo á ca-
censur11 em factos. qne elle proprio confessou mara municipal a rocommcndaçiio feita (W) :
não. cstnrem vcrillc.ado~. tanto que requereu no • l 1ortari:J do mini!Let·io do im[lerio mond:mdo
gove1·no que lhe maüdas,;e as explicações ncees- rciterat 3 recommendaçiio feita em U dE.' Ago~to
snrins. . · da anno findo, nflm de que n~o seja renovado o
Da cen~urn acre feita pr.lonobrc senador, na contr:1to da prar;n do mcrc:ado do lar~o da Sé,
sessão de. 28. de Abril pnssndo, eu destacarei os ti vista da terminnnto di$posiçiio do at·t. \!. • da
tr1B factos ca~ilaM que não podem passar sem postura de :1.9 de Agosto de l876, que estatue a
explic:J.ç:io, e su dc~ses mo oecuparei, demolição de toes construcções nas pr~.~~as e lo-
· Sobre o primcil'o, disse S. Ex.., e11volvcndo a gradouros publicas. •
su~ phrase nos convenionles atavios, para cousnr
impressão dtõ~agradavet, e ptiderin mesmo dize1· A esta portaria respondeu a enmara f::~zeudo
•lesworuli~adora para a camarn municipal, di~se considerar :
S. Ex:. que a camara muuiciJlal da curte 1.• Que a postura cilod:l ni'io comprohendc o
oppoz l'esist(mcia tenaz ao governo pat'a a de- ca~o de pt·oprios municirmes, e ~int o de clwlets
moliçvo dos cfullets . do lat·go da Se ; e ~itou coustru iilos por parliculares, pn l'a se11 gozo, com
lr·cchos das portarias do ex·ministt·o do itn!UJI'io licença sua;
eUBelilco e do e~·IUiuistro do fmpel'io interino, 2.0 Que o merendo de •IUJ se trato li liio an·
com os quacs justificou stta censura á camara Ugo naqu~:l!<l toc;~lidade, IJUC nenhum dos lta-
municipal, lJllc cmbaraca,'a por esse modo Ntantes da cidade lhe conhece a rund:tç~o ;
a junta de h)'gicne no cunlllrimento d~s seus :!.• Qu~ si os ch1.1<el$ do l~rso da 86 fnzem
rleverns a bem do ~:~n~arnento d~ capital do mal li ~nu,Je puhli~n,pot· ni'io esan·e1u con~Lmiuos
lmperio. de conformidade com os principiai da llyg-iene,
. Eu. Sr. [lTC$idenle, embora sailm que eslM é racíl repar:n· n l'ulla ; e si e pot· lHlm i~ .il'cm
questões desagradam muito aos St•s. deputados, generos deterioraveis, _lamh~m fa•:il é ll~G per-
não posso doixar de abm:~r da sua ·bondade, mittírem-se.laes generos ali L
pedindo-lhes liccn~a pat·~ 18r :1 correspondencin E conclue ne8lcs termos :
entre a c~mnrn e o governo, ret;~tivomente no
Msumpto. Pela corrospondencin dn camara ~r. • Si estas ponderaç:õo:; não 110so.rem no animo
verú pi'ccisamonte o contrario do que afirmou de y, Ex. a camnrn será prornpt~ em stllisi'azm·
S. EX, o que lhe recommeuda V. Ex.•
Em ses!lic de 13 de Agosto do anno passado, Quem raUa (testa m~_neü·a, não O_l!I.)UC resis-
a carn31'3 recebeu um ameia do minislel'io do tericitt ; pro~.!lr:3 apenas es.cl:.rer,or üma quostiio :
imperio, dizendo (U): · em que o mtntslro lalve:r;·entrassc sem Jlerfeito
. • Qlle estando ;i tct·minnr o prm:o do contralo conltecimento da uutterin .
daJH'aça do mercado da Sé, c sendo a.oonUnua· Quando os moradores da'lucllcs J(lgares qui·
çiio de~se cslabelccimento em ta( loen(iclnde p!·e- zessem comprar certos objectos que ct·a de eos~
judicinl á salubridade publica, contorme parece tume 3lli encontrarem, e niio pudessem realizar
:í jnnta de hyglcue, determina Sua Magestade o sons desejos, tendo necessidado de virem bus·
Imperador que n JUmn. camnra tenha em toda cal·os ao mercado geral; diQU\e da cen~LWI qutl ·
a allençllo ti disposto no ~rt. !! . • das postur:~s seJCV<IDLIISSC,ftUCDl SGI'ilt l'esponsavel ~C[JliO U Ca·
de {0 de Dozernhro de :l876, que prohibe a pt·o- mnra, que rec~IJendo uma ordem do ministr·o (lo
rognçiio doll pmtos d~s licenons que ltlm sido imperio não procurou escl~recel·o pnt•a que a
concedidas para construcçucs unquella ordem, questão fosse rcso(,•ida com perfeito conheci·
nos Joa.-radouro$ lJUblicos, c bem nssitn n dcmo- mcntu 't
li~iio dt's1as ultimas. Jogo que llndem os alludi- A camara, dirigindo este oficio, ex(llicou as
dos pr.1zos. • · condiçõos rruB se pudel'iHm em(H'CIJill' p~ra co1l·
· A carnnra municipal, reeeben~o essa por~aria, tinuar o mei'CII!IO, som oiTensn do hygienc pU·
d!lu o soguinlo despacho-intcirnda. E compro- !Jiica, ncubnndo por dizer que si taes considera-
hendern b!lnl os nobre~ deputados, quo si 3 ca· ções não tlzcssem \leso uo ~nirno de S. };x.,
mnro niio quit.esso acquics•:er· it t•ecommendaçiio cumpriria a ordem reeebidn.
que lbe mnndilva o noul'O ministro do imper!o · Oudu n opposiçôo qne, diz o nol.irc senntlor, o
ue>tn po1·tnl'la, o despacho ora muito outro: c:unnrn empregou, bem como todos os moios
nunca >tH'in-inleintda-quo qUt)t' dizer concor· imnginaveis pnrn ~nlvnt·o cl1a/r!t; quo su quando
do, estou !1ispos1..1 a cumprir: o despacho seria- não pôde mo.is ó quo cumpriu a ot•dem do go-
respon~n-so no ministro llo imporia, represen- verno?
\nnd.ó contra o que cH!l manda dizer. . Scguin·Hl a e>se o!Ucio n resposta do nohre
ministro, que craenti\o o St'. ministro da fnzeni.l~,
Dizando, pois-inteiralla-acamarn dw testl1- interino do im))erio. S. Ell. declara qnc não
munbo do sua boa vont01do par:1 o demoliçfio pesmn no unimo do governo ns considcraçües
dos clu:tlutt do largo dn s~. . feitas. JlBl~ camo.t·a nmnicipnl o concluu (é o
· Devendo expirar o prazo eslo nnno, a camara Ol'.igiml) dizendo qno (lf.): ·
não tinha entuo outras providencias n 1omnr, • Sua llfo.gesla!lc o Impcr~dor lia por uem,
senão aguardar il occ~sião e m.:r:nd~r enllio de· Cll\ resposta 110 cil:tdo offido n. a3:J de 11 do
molir os cluzlet8. cort'ente (Inneiro de :1.880} manulll' declor~r (I
Tomou, pois, a uniea providencia q_ue podia lllmn. camam municipal quo, mnn\endo a pos-
tomar. tltra cilada c eumpt·indo n l>Ot·tarin de H do
Torno a.~tH,
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 09:41 • Página 5 ae 18

138 Sessão em 15 de Maio de 1880.

Agosto do nnnrJ p3ssado, f•tCU demólit• ~em de· Foi este omcio, pm·cce, o quo indu1.iu o nobre
mora os ditos chalcts. • scn:~dor !?elo Amawn~s a acrcdilar C fUt: tal era a
Logo em scguitb, cm9 de FC\'craiL·o, diri;;iu r<l!'islcncta <Íppost~ pela camara I}Ue Cõrn . (JrC·
sc:;undo olliciv a camat·a e:!t que diz (lê);- cisó ·o governo recorrer ~ · uma amon~n, como
nqui ~e Yc.
c Sua .M;Jgcstade o lmpcrndot• f-h por bem Seuhor,•s, creio q ue pdog dOClllnento<; qnw
·q ue a Illm:1. C:tm3ra iaronno cotn ut·gencia, quo DC:tho de expúr, a canwra elos Srs. depülado~ sn
pl'oVitleuci~s tomou vara dar cumprimento á Cl)nnmc_.eu de qufl niio houvo a menot· rcsisten·
portaria de 2\J do nwz lin~lo. d_eleiminnndo n
deiMiiç:1odl)~ chalcts olo largu da St\: o oulrosim cia p~r pJrte do C<~ mar a mauici p.a l. ( Apoiado~ .)
. manda declarar-Ih~: (jue, :i vi~ln do flar~cer da Houve. pcln eootra l'io, manircsta~~o sempre •.le·
• d · · cididn de obedecN no gnverno; o direi, senhoros,
,Junta c hy/)HJIIC publica, exot'•Jdo no ofUcio, que ·si 3 c:JRJ;or:~ muniritJnl da curte quir.e~su
junto por cttpin, ·n:!o pndem ~er permiltid~s as otlpôr u!"gum 3 res i!llencia ao governo nesln ques·
ar.lig:1s hart·nc:ts c chap1il.ls de sol (de cujo ·csln· 1 ~ 0 , si dia quizn~sll manter ns clinlets 110 largo
belcci•ncnto _nnJu:a a can1ara co~;itou) no dito dn Só. tcrin usado de um diraíto seu, que 0 go·
lorgo , que deve ser nt•!Joris~uo em bem d:.l ~:~lu· vemo Lcl'iuueces~ldado do re:opcilar, porque se .
bt·itbde publica. • · . tratava ue um prop1·io municipal.
. A camara responilen a l '~, n·~stes li:lt'OHS (!ti): O t:OVCl' ll:l n(IO tem o d iroJito dc--mnnil:u·que
• S:~tisf3zcnuo o · que lhe exige V'. E~. na a ca tn:ú•a tnunicitl:;·J deite abaixo imi proprio
}lGrl:n'itl de 9 dn cot't'l.mte, a camara tem n hou:-a municitJ.,I, que não podo ser deswuido nem por
llo declarar a Y. Ex_: uma r<!soluÇiio 11:1 cmnarn mnnicipnl, lll!m pela
• Que nn tÍca .; c opt~o7. á. demoliç~o dos ch:tlots do gc>Yarnr., S()ndo preciso que hajn o concurso
do htrgo tl;1 S~, •:omo ~.;: t•Hll deprdtendido dtt . dos dous podere~ , ~cndo preciso que n c~mara
lJOl'laria de V. Ex. rlc ~9 uo mez llnrlo; 0 f}U o proponhn ti o governo 11Jl[Jt'<JYc. Nem a camarn
se o\'idencin . de ~•m 11fficio dil'i;.riull a t·$~C por si ll•'•d~< dtJ!nrminot• a •lestruiç~o de um pro·
ministerio, no· qunl conclue decl:Íra•1oJo qull pt•io mnnicipnl, nem o gllverno póde tomar a ini·
est:i tirompt, n dctcrmim1r ncruella dcmoliç:io, ciativ<~, porque isso- ê direito pertencente á ca·
si ::s consitlcraçõcs que, por dever c:~bi:~·lhll mara. · . . ·
fazct·, n5o p!.1sas$í•m no :111imo uo:i g•>V•,rno. . l'ort:mto, si a canlilra municipal da cõrte qui·
• Que ai:1da u5o deu execução :iq uelle Ira. zessc oppôr• ulgum~ yesisteucia ao g-overno m•sln
b:tlho> l)()fiJUC, de 23 úo mcz p~~sHrlo p1r;1 cli, é questão tlnhn dit'L\Jto pleno ·para o razer, bas·
hoje o primeiro dia cjue fa7. ~(!$~ão; nssegur:mdo t:n•a·lhc npenns dizer ao governo:-não pt·oponho
n. V. Ex. r1ue nenhum tl~sejo tem de pi'Otelar · somelh:mte cousu-; e as~im eslllva· acabada a
t ai execução. . . • . . . rrues\ão. . .. .
. c Que, de~de j :i, vai" marcat· o pi'~ Jo impro·. .\cnmara,port'm,uiioquerendo de modo·atgum
l'og:wel do:: 30 tlhs .pat·a que os loca.tnrios dos carrel?nr com a rcsponsabilidado de. manter
ch~lcl:> os •leSpf'j em, Yisto cuulo h:t alli estnb 3 • nqnehes chale!~, nccusados de. empcstarem n ci·
tcennentos que n~o podem, de momento remo- dad~ c de causnretn D febre amarelf:~, quiz, entre•
· Yerem-sc. tonto, tirar dosi a re~ponsabilidnde de qunlt]tu!r ·
• Que, desde j:i, V<IÍ chtunor conc 11 rrenci ~ futura rccl:tm<tção por parto do ·publico; nõG
IHlra etrectu:u· a demolir•:io 110 lim dDqnclle · oppô.z :1 menl)r rcsistcucio, mas expôz ao
}JJ'a~(), t:ll é o desejo que icn1 do concorre 1• 11ara goYcJ·no os motlvos de co nvenlcnci~ publica
q~o :~ lt\'g:ien" da cidade tenha n mnisJ ' wompta que tinham determinado tlftuclla construcção.•
c caiJal · ~lis1':11;~o no <]U\! dt!ll:l dCtJcn n. 1 Onde· a opposiçiio? Ondl} os fund.1mentos parn
Glt sn. Dt~r:;TAllo: _ Já tin hn cxpiJ'auo 0 as flOI'tarlas que ~ hi ficam lidas? . .
. prnz,1 ~- A cau1nrn ro ~cbou n ordem, c dissc-inteil'nda
· -, gue valo por di7.cr-cumpt·o.se-. ·
O Sn. DE~IlRIÚ 1m :\[t;::;&~t~s :-Ai nua não, io A cnmor:t, dcpoi~ e ante~ do cumt>rir MJUolla
cxpir!lr. · ot·dem, disse o IJUO julgou pl'eciso p:trn esclnt•c·
E, senhores~ assi m como n c3mm·n disse no em· 11 go\'erno, nllm de poder este ri!solwr· com
governo, :1ssim prati<~ou; m:n11lon puhlimu· itn· run<lameilto ; mas, dizendo·o, declarou- que
llll.'dint:lmente um edital, I(UC sahiu no Cmzeit·o estwa proiUJJia n cumtlrir su:t ordem, si insis·
do tlia U de rcvcrciro, marcando ;JI) di:ts pnro lisse nella. ·
a durnoliçno dos chtllcts. · A camtu·a, scionlc de que o governo insislin,·
. Neste int()rim , c depois de j;i publicoclo o r~z immedinlnmcntc edital, com ao ili~s de prazo,
edital, recebeu 11_ cnm~rn. a pol'tarir. de H de pnrn 11 dcmoliçiio; . . . . .
F~\·erei~o do . sr. ministro interino, em que · A ~orlarin em que o St•. ministro do imperlo .
dtz S. Ex. (I~<) : inlermo amençn :1 cnmara-do rozer a demoli.;.ão
• Que, por aviso daquella d3ta, reflnisita-se do á cu;;ta de seus cort·cs-1! de U de Ji'evereiro.
ministeri·o da rn·zenda que, J?Of intcrmedio lla Llois bem, tanto envolvo ella injustiça, qne o
directoria do contcncio8o, seJam intim:~dos . os cdit:ll da.eam\11'3 para :1 demolição ê do mesmo
locata rios dos cbalcls do lüt'"O d:~ Sé Jl:J.ra _lles- !I in ; ·i:>to c; sahltt no jornal no mesmo dio, o que
occutllll ·os den tro. do lll'llzo -~e 30 dias, a cont:u ·IJUCI' dizer I}Ue antcood(m, como ll publico pela
de Hi dn corrente. ~ob penn de· sere m des· neLa da scsstiu de U, em que se tomou n rcso·
pej:1dos jndicialmeulc; e que monda Sua Ma· · lu•·ão . · · ·
gcstndo o Imperador lll\O, reulizndn aqut,lla Ó que a camar:I•Juet• dizc1· com isto é sómente
mcd!dn, s1•jom os tlito ~ chnlcls demolidos in 'tue não foi em virtude dessa portllrin quo el111
cout menti, rOI'QUC do contrariO OSLC minislcrio mandou cfTectuar Odcmolir.iio, JlOiS <JUC sahindo
fnr:i demoli -os à r.usta .dos cofres municipacs. 1 JlÚblicado o edital n!ls jornacs tio dia :14, U:ltU•
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:41 +Pá gina 6 de 18

SesSão·. em lõ de Maio de 1880. 139

ralmento foi reito no dia 13. Por con~ecJuenci::t, digno ~·ereador commis~ario, o Dr. Evaristo Xs·
a rcsoluçi10 dn ~nmnra a·nt~cetleu á ameaça do vier da Veiga, cujns luzes e cujo caraeter não
gon•rrio, c n~o foi a consequencia de>sn umcaç:t. podem seL~ postos em duvidll •..
Dou por terminado este ponto, convencido de O Sn. :\iALJJilmos:- Apoiado; eu o ccnhcs;o.
qutl o nobt·e senador pelo Amar.onn:;, lendo o
que lka e:qJOslo, e cont'rontnndo os documentos O Sn. Bl!ZE!lRA nr:: ;\[E~Iltr::s : -•.• s. S; deu,
ef?~ imparCi:llidade, far:i juSIÍÇ~ á c;tm~ra Ultl• em sess~o. o sego in te rarccer, que foi approv~do
mctpa\ nr.'stn questão, em que houve decidida e nem podia deixar de ser; attent&$ as qualidades
prccipita~<lo, on pravcnçlio da !m•·te do. governo. deste distinc~o vereador e os. funtlarnento~ em
_0 se;.\'undo poalo da ~ccusnção fcit~ por S. Ex. que a assentou (W:
amdn ~ t'r!rcrenle à hygicne da cidade. S. Ex. • A obra rtue se CJtter fazer não tem ~s.di ·
accusuu :\ c~m::tril de desrL'S[}eitnr a O[Jinião da mensões de cortir;o e sim do pre!lio; c par:J. estes
junta rle hygiene, n~1 quest:io dos cortiços da n~o hn áre3 ; c, 11r1 conl'ormid:~.rlo dns po~tUJ'3s, a
c:dadc, e traz; pom exemplo dn má vontade lllmu. cnma:•a n:io pode deh:nr de conceder a
C?~ IJUC n cam~ra ~r::~ta ?$;e n_cgocirJ,_a oppo• lice!lc;a pedida. •
SJ1;:1~ que otfcl'eGe us dciJberl!çues d~ ]Unta de O Sn. FELrcro oo~ SANTOS :-Nunctl ninguem
hygwn~. cmpcnlwda am f~tr.et• com IJUC uârJ
d(~finiu o quo é um cortito.
tenhamos mais ftJb1·e amu1·ella. ·
. O Sn. BEz;:nnA Dlli ME~Er.Es : -E~ ta quc$t1iO
O Sn. Jo.~QUut Smm.\. : -Seria bom quu SI! do cortiços ll uma qttestUo uc bort•a c h~.
podesse conseguir.
O Sn. FiLJmo oos SANTos:-S5o o~ tnoinho$
O Sn. JlE?.!;:nnA DE ~h::sEZtls :-O nobt·o sen::tdor de vento da uos~ajunt:t do hygicne.
pelo Arn~zonas apontoa o facto de uma con·
stru~ç~o qu~ ~e razi~, .com Hcc:JQ<1 u~ camara o Sn. Bllz:EnnA DF. Mt::~Ezb:s :-'rudo entt·e ri•js
mumctpnl, a11Cz~r d~ Jnnta rle hnriene ter se lomll ccrt~s pmporr:ões : cDhe n.~ modn e depois
opposlo. no cx~gero.· Houve a idén mu ito con\·eniente,
. Neste ponto, Sr. presidente; jnlgo que~ 1m· muito t'a?.onvel c vantajosa de acabar com os
stção do uo!Jro scnndOI' pelo Am~zonns ó :nclhor col'liços, mas, apóz csLn idén. veiu log{) o cxngcro
do quem> pdmcil'o, porqtlc de faeto a c.1m~ra dou de clns~ilic:lrem-sc como cortiço todas c quaes·
· licençn para nm11 constrncção, coatm a qunl a quer cdíllençücs, que n~o fossem palacios.
junta de hy~iene dco. offcr~livatúcnto o seu pa- A. qnestão de (!U<! se tl'3la é uma destns: 6
rücet'. ~iio nega o fado; vou explic~tl·o. . . uma ca~a ·pequena. ~a ~oncordo que t1 medida
Recehunrlo, c.onw rn·esidt~n1e dtl enmril'n. o J'tl· é conroniente no ca~o vertent~. mas nunca Se!
querin)cntn tlos dou,; in!lh·i,)u;rs fJUt~ CJ.Ilurra;n dcliniu o •itW é ct>rti,·o. As po~tul'ns dizem :.
fltzer IH[ uclla cdillea (;âo, lllliiH.Iei ;i comnmsão de • ~orti~os altl li lJJhnos tle pé direito :e con·
obrM, q11~ tl quem pl'imeiro wna conhecimcnlo ~lrucção o;·dinat·ia, 20 palmos d~ pê direito.•
de requl'rimcntos-dcssnlll'rletn. O Vt~l'cndot• rom· O~sde.q\1e- n conslrucç~o tenha mnis de i7 ~ml·
mi~~ario dD obrns, exig-indo quo se ouvi~se a mos, !)eixa de ser corti~o; e desde qne Lc111 20,
in oto 4c hy,criene. foratn o~ p~!Jeisü cll.a, que dou p~s~a n ser constt·ucçfío regular ; não ha outra
o sogmnlo J•:~~·ecer (l~) : disc:l'imiuaçlio.
Ma~ a junta do. hygiene lem a ~sLe respeito
• Que, quar.squ··t· 'JUe sej•!lll :u contli~ües d11 procetlido discridouarinmente, e pol' isso n M·
lol'u.lid~de, niio pódc ser concedirlo !I licença mar;r tem perdiclo um ga·ande numero de ques·
pcdtda, por estar n l'un da Hel:~~~uo · situadn no tues em juazo, (:omo .iú 11erdeu esta que serviu
perimclro om qUt:l semeU~<IIItes otHOraçi'ics ~tio de base :í uccusu~ão do nobre senador pelo Amn·
prohi[)i•lns peh1 !c[(islttçiio municitml. • ZOI\iiS. .
D~ mOdo IJUr, quando a cnmn~a pedia :I junta
A jllnttl do hy:-:icnc rnz g-uerrn
:1· lod:IS as
d11 h)lt{lctll1 qne lhe dissess~ o qt.1e pens:wa, n~o
casas !JI!t[l.tcnas ; mns, pt~r:;unto eu, c conve·
soiJ;·e .o que disp~~m ns llO~tm•ns mn!lioi[lol!~, niente acaiJM' immcdiatamente com ellas 'f ·
nuts M 01'3 ou n;Jo conYl'ntentll permtttir·se a
••dilic:trão n~ctuelle lucnl, 3 j unln do ltygicne O Su. FELlCW uos S.u;ros:- E' esta n qucst~o.
clft·,hc nmn Iiçao de posll!r~s. sogundo M quaes, O Sll. BEzEnnA DI> MElmtll~:- De certo ti con·
llrw.t cllu, dcutt•o de certo Jlcrimctr·o da eídad~,venientc ncab;~r CtjUJ as casas pr)quenas, mas islo
uilo ~e [lodem f:tz'Jr t:!c~ udillc\l~ües. quando os podares pulllicos livct•em jli'O\'iden·
Mns o quo fJUCr dizer' taos cditicnções? A ld ciudo de modo qu.a n immensn po!}ulação pobt·e
desta capital tt>nba on!le se recolbor.
mnni'::ipal dil. cJ_ue, cn~ CCl'to periinetro, niio se ·
]Joden1o cons!mtr eorttc;os. l\l~s o nobre pt·osi· 0 Stt. FEL!C!O t>OS SANTOS : - .€ qU<~ n5o ~l'ju
tlcntc da jnnla de hygicno n~o diz que a coll· csôc lognr pdor do que o~ corti~os, .
strncç.~o !le quo se u·ata ~ um cortiço, pnr~
d'nhi llntt' n conclusão quo llrou. .() Sn. BEZ:t<:nllA DE ~IENEZES:- Compt•ehendo-so,
Diz són1cmte: • E~tll ~ o 11crimotro, prolJibldosenhores, qUe, a b~.m tla saudc pul.llicn, 11lvar a
tle~truição a tudo qu:mto ó casa ele pobres, ú
paru tuc:~ cdi!icaçõ~~. i~to ~. ond() não se potlem sacrificar nüo só a vida como 11té 3 hont•a de ln.
construir corllços. • l'd;.1s vl)s não diss~slc" quennmcr:.~s r~unilias destes desgt'{IÇndo~.
n ~ediOcaçiio de .quo 1\c tratn é um c~ot•lit.:o ; logo
uao poders obrtgar 11 cnmaro, nem cxt"'Ü' que O sn. FELlclo DOS SANTO$:- Apoiado.; islo à
cUa se ~ltnJha ti logishtt•fw on disJ;osiçã; mnui· nma q ucsl~io muito import~nle.
cipal a respeit'.l de t•ortiços. · O Sn. Bt.:zEnnA Dll: Mmmz1~s:- Eu quizera qno
E !11n:o assim c qttc, romcttcudo eu, l!>:;o quo ~s rou~as se 11ZC$81lll1 convenientemente o ~et•ia
N:cebi a informaçiio do prc~ldoate, o~ !J~llOi~ 110 o pr!rndro a uuxtlial·U8, como tenho uuxilia1lo
Càna ra dos Oepli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:41 +Pá gina 7 de 18

140 Sessão em 15 de Maio de 1880.


a guerra ao~ cortiç~s·; m~s ll~struir tudo quanto Não me queixo de ter S. Ex. leYantado a
é casD pequena e n~o se cuu1:tr obsolutamr.nlc questiio, queixo· me, m~s sem. amnr::or,. ~e ter
de dar habitn~uo ;i gente que ahi morn, é o S. Ex. tev:mwdo a censura somente por lnfor-
mesmo que decretar a perseguiçiio nos pobres. mnçi'ie~. · .
0 SR. .FELICIO DOS SANTOS :...;•.'Isto é um cas- ·SI S. Ex. pedia e~plicações no governo, P~•··
IOlJO bygienico. ii que vão procedeu dJVersamenle e com o dev1do
recnto, annunciando os facto~, pedindo as cxp!i-
O Sn. DEZEnn,\ llE :Mt"'"zEs:- A junta de by- cm·ões, c depois censnr:mdo-~s ou não conrorme
giene pnblicn tem, níio direi exorbit~do, mas as 'que ou tivesse? Mns não, S. Ex. não procedeu
exagerJdo neste ponto o seu zelo pela salubri· assim, S. Ex~ disse: Constn-.me q.uc n camara
dnde. . . fez isto, e possou logo n estJgmahur o facto,
Aqui pn~sou-um projeeto de evoneus, pl'O· como :~i jü o tivesse yerificado.
jçcto rJue, supponbo, foi encallwr np. senado .. 0 Sn. BEZERRA DF: UENEZES:- 0 terceiro fll_clo,
Foi-me ellc presente na eamnra nmntctpnl e dm Sr. presidente, entende directamc.mte comnugo . .
parecer n respeito, exprimindo os meus sl!nti- O nobre senador pelo Amazonas, declnrando
mentos : julgo que essa obra é com elfeilo de que não julgava procl!den.tc a defesa lt•nwdn
uma ''antagem ex.traordinnl'ia · e julguda em pcln cnmara ~m •·~laçuo n portarta do nob1·e
onttos pnizes, como nD Allemnnlw. ex-ministro do impct·io, quo 11pproVOll ns co.ntus
O Su. FELICtO uus SAi'iTOs:- ?tias uão ~ão pri· municip~es de :l877 ei878,lel·anlou ~obren mmha
vilegiadas ~ cabeça uma nccusnção, quo realmente causar·
0 Sn .. BEZilfiiiA DE l\IE~EZ.ES:-Não s5o ' ll~diam me-liia norandc ineommodl), si olfccliv~ment!l
ce•·tos f~l'ores; mas llUe foss~:tm priviÍogtadas, n:lo fosse"de todo em lodo iufunrlada. Diz S. Ex.
que pedissem favo~es Ullm~nsos, senhores, cus!~ que eu declanira nttquellà peç~, q~•e CO!'l'e p~­
o que cn~\ar, prectsa~t~s dml'! a.bem4a sa)ldu IJ!icuda, não ter a cnmarn ~atlsfctto.cxtgcnctas
dn cidade. como con!!IC:Io hygtemcn. St preCISA- do decreto de :11 de D~zembro de 18u8, porguc
mos. n bein da snlubridade publica, de~t••uir os ernm il\llgacs e nuentatorias das suas altribui-
corllços c casinhas pequcm1~, faç:tmol·.o; nws ~u. I .
entiio tbçanlO~ tambom todos os sa~:1·ific10s. Jm!a D'ahi conc.\uc S. Ex., não sei por que og1ca,
dar-lhes os ·seus mccednneos para a hab1tnçao qtte a cnmara municipal po1· o~sc modo descm·
do$ pobl'rs. (Apoitldos.) bar<~çar-sc·llia de qua!quer _o~!'igaç1io <tue lhe
Antes de te1'·SG p1·cpnmdo o snl.tstitutivo de~ses rosse imposta por lei, d11.endu sunple~mcnte que
corticos c casrnhns, nüo 1·ejo como rncionalmente n5o admillin tal disposi~'5o.
se os possam desLI'Uir. . , .. Ol'a, Sr. r:residente, nlio $Ci como o nobre ~c­
, Xquostuo de que se tr~ln u esta. O presJdcntu. nndor pelo Amnzonus pôd~ concluir desL'ar!ll
da juntll dr. hygione niio db~o tJUe a localidadu da exposic:ão f!!ilo na defesa da camnra mum~
em qun se projectnvn con~truir a cn~a cl'n in- cipal. A cnmar~ rerm·e-se n um decreto, que u
com·eniente. o que era do seu de''el' llecl:mu·, acto·do poder executivo. decreto que nlio é lei,
porque pelo ·CaSO IJOI' !)l\e SC fuz a jlel'gUnln, !JOI' porque a lei tem onll'aorigeme passa por outros
saer:~mcntos. JJizer, porl:mto, qutl urn decreto
esse se d:\ a •·e~IJoslu, e o .PCl'gunta ü~ camarn e il!egnl. e pol'is~o niio se suje~ta ti suo dispo·
roi s~uer ~i n log:1r em ou 11110 convemenlo para siçiio, ntro é o mesmo que d1zer: eu recu~o
a consl rue(•fio. . . cumpri!' uma lei porque n5o :1 reconhe1:0. S3o
-· O pl'csillcnto da jtmtn declarou npeMs qu~ consas muiLo ui versas.
e:t.<~s liws nilo podem c~bur alli, }Jorque a le1
o prohibe; e em vislll tlcsle JJ~•reccr o nobre E t3nto ·a cnmnrn municipal oonheci11 a dilfe·
ren~~ que bo entre uma lei, acto do po[\er,lo·
\'CJ't~1:ur,c. Sr. Evnti>lo Xavier a Vci[(n, den pn•
rccct· pnm r1un se nilo c\ê~SL' :1 lic<!nçn ; mos ~ gislulivo, e um decreto, aclo do IJOder executivo,
cnmm·a r obrig:tÜD n dul·n tiesdc ClllC o reque- que em ·Se~-tuidn 110 trecho citado por S. l!;x.
di~~o e!lus Jlttlnvrns: • llmhol':t este dcercln S':
rimeHIO .,·em llc ronfonuidad.c co111 ns smrs pos- rclirn u lei do :IBIH •, o que qn1!l' dizer que, st
turils. . 11 lei cum t'ITt!ilo dissesse o <lUC diz o d~m·eto,
A c:nnni'U deu n lit:t:mlin. li• se YÜ que nüo elln não teri~ •·emellio senão ollcdeccr·lhe.
ltotn•e Dqui inlen(;'no de ollst:u· a ncç~o IJcncll~a Viu, porém, quo o l~Xl_O do ~cero!o ~ cous~
da lt1ntn tlc hygicne .: hom•e apcn:ts cnmpn· muito diversa do que .d1spuo a le1 ; c cotno, o su
mcnlo ae um dever J'igoroso a que a c:una~a neste c~so, o tled~ron ille~·nJ. Revela-se nhi file·
nfio $C püde fuvt:1r, porlJue cl1,1 tem n oJmgnç1w nnmente o seguinte: e é que si com, r.ITci.to_a
de tl:ll' a iicen~:a rcquerid~ Lotlu n vez que n disz>osição do Jecrcto ~c bnseasso na tltspoSI\)llO
constrnt"ção t~m de ser fetl\1 de r.onrorm1datle !la lei. a cam:~ra teria tlo ctU\'lll' :t cabeça. !J11rn
t.•om su~s po~turn~.
lrx, úd lt•x. :Mus uiio eslti~U nr$le_c~so o u1spo·
A c:unnra nân c liYI'e em 1];1r licença n l'cdrti sir:io de (jtle ~e lrnlavn, JlOI'qtte nao crn bascud11
ou Pnnlo pnt•n construir nmu c:•s~, L\ em negnl-11 Dl\ lei co1no se demonstrou; e uiio sendo !.ta-
n Snm•lw· ou l\!,1rlinho. E' olJI'igml~t n dnl -a o senda' em lei, n canwm esl:lv~ J.tuo só na seu
\orlo~ o~ 'lUt~ a requerem de~de que nltcmlmn :ís direito, mns nn o~J'ignr;f10 ;fcstricta ~c não obc·
e);igencias da~ J10sturus; e o Sr. J~varisto :t\tesla d~cer, r•oi'IJUC 11a~' ~IJ pud~, som mcorrar em·
que n rt~~n pnrll a qunl se pediu liecll\'ll c~úi tlc prHlalidadt', cumprtl' ordens 1Ue:;nes. · .
eonformidatk c.otn ;15 mesmos 11o~turoa. A {'amara ni10 lleclarou que nilo cumpria n lcl
Não houYc, 110i~, nenhum fund:nncuto tla JlOI'r]ne n lei niio lho servia : npcnns protestou
parte do uobro ~Pn:•dor pelo A111awnns r{uondo eol!lru a cxccu~lo do um decreto, porqu~ esse
mcrepou a cam~r<t tiío grnycmentt~ JlOI' c~to d.ect'clo não se baseava em let, cru cxorbtlnntu
moliYo. !las nuril.Jui<:i'itls .do governo , o forio de !~co as
C~ ara dos Oepltados • lm(l'"esso em 2710112015 09:41 . Página 8 de 18

Sessão em 15 de ~Iaio de · 1880~ · .141


atlribnições· mi.micipacs. E' cousa, portanto, Um anno, siio os pnntonos, guerra aos pon·
muito dilferentc, e nlio sei como pude o nobre! .tanos ; outro ~nno, siio os cortiços, guerra :aos
scnndOI' reto Amazonas inferir que n comua· c~rtlços ; . outro anno, é a C·~t!J Improv~ments,
municipn licova com o direito de recusar-se sao os .cneanamentos de matenas fecaes ll nguos
por i~so ô execução de qualquer lei. servidas,. gnerra nos. encanamentos; porém,
O.Sn . .F&LICio nos SANTOS:- E este modo de mais de vagar oqui, porque ahi estão b;JDdclra
rcsistcncin não está nos nossos habilos. . ingl.ezn. Todos os llnnos uma cansa ·nova, que
· reve.la a incerteza que tem o distineto chefe.
O Sn. DEzEnnA DE llll!NBzBs. :-Principnlmente .. da junta d~ hvgiene, sobre~ as cnusas renes da
ncstr. c;~so. E niío era a mim, Sr. presidente, · epidemia. ·
que devin s:1r diJ·igida a censurn, porque o pt·o·
tcstô lavrado contra a execução deste decreto O Sn. FEucto nos SANTOS: - Bordoadas de
de i8:i8, subscl'ipto pelo distinclo Sr. eoil.se· eúgo. . ·· ·
lhoil'O P~uliuo José Soares de Souza, este pro~ . O Sn. DEzEnnA DE llfBNEZEs:-Parn que estar-
testo não foi lavrado po1· mim;mns pdo Dr. Joiio . rnt>s u fazer accusaçiills po1·que não olinamos
B3plista dos Santos, como veroodor CJUtl então com a vcrdadeíra·causa 1 · ·
en. · · · A meu ver, são muUiplas : são todas· essas
Nós, os que succedcmos a ellc na c:~ deira que :~prcsentadns, pantanos, cortiços, Cily Irnpt'o·
t5o dignamente oceupou.(apoiados), sanccion3 • vemcnts; e muitas oUtt'lls nito apresentadas:
mos o M \1 modo de ver, razendo declarnciio de mlio serviço dn linipez.a da cidade, immundicie
commung-:u·.comS. E.'t. nas mesmas idé1l~, no das praias, falta de arborizaç.ão, ·mãos costnmes
mesmo tJcnsamento. E' verdade que, por esta do povo, c :ünd:~ mais. · ·
fót'IIHI, toro:~ mos a re.•ponsabilidade da r•lSisten· Como se vt1, Sr. prel!idente, o nobre Sr. Lei·
cht ao decreto do governo ; mas ó que eu quero t;io du Cunlw, basend.o nestes f;1ctos, que eu
provnl', nüo é n raziio Ol\ soni ruzão com que uos acabo de explicar, alil'ou ao publico, sob a nh to-
OPIHtzcmos a e~tc 11ecrcto do governo, o que eu ridade de seu uome e de sua posi~•iio, uma in·
· qnero prilYnr, é <JUe nf1o declaramos desobe· slouoção cruel contra a camnra municitJnl,· fa·
dienciu ó Joi do Estado, mas a um dccretll que zendo-a ~assar conw o embaraço maior que en·
nlio se h:1scova em disposições Iegislalivas, e contra a JUnt:~ ile bygiene para faz~r com qile .
estava muito pelo contrario, n~ste ponto·, em o .c idade uo 1\io de Jnneiro sejn uma cidade sa·
opposiç1io n diSIJOSi!;õ~s Jegislolivas, :íquellns que Iubre. · · .
e~ln\ncm as prcrognttvas (1a3 cnmarns muniel· .. S. ·Ex. roi inj1uto, porque não somente os
pues, prcrognlivas que er:•m destruidos tJclo factos em CJUO baseou a sua insinu~ç5o não têm ·
mllimo decreto. n slgniilcaçlio quo se lhe~ quiz empres tar, como
· Não teve, pol'tunto, 0 nobre . ~e rmdor pelo. acnüei,. julgo eu, de ter provndo salisfaetoria·
Atno?.onas, a quem respondo, raz.ão nenhama mente, como ninda porque n verdade é que n cn~
n este terceiro 110010 • · mnrn municipal, opeur de não tel' ()bl'i;:nc;ão de
lô'x_, dei'lloU·!'n do.nlt'nar de mat's ..;, . etn• · ouvh· 11 juntfl de hygicoe, tem coust~ulemoote
S. "' .,., ..~ 10 seguido u not'tn3 de ouvil-a, sempre que se .
penho muito louv:~vel de de<licnr-se :.o estudo trnt:~ ·tle nssumptos guu entendem com n ··snlu·
da byghme, 11or hem da nossa capilal. S. Ex. bridade publico, e 1'8fissimo.s ve,~. posso asse-
tem o desejo, sem. duvida Jouv;1Vel, de remover gurnl·o c . ~ó em casos, como este q ue eu acabo
as caus~s dns epidemias :~ssol~oras qne •PjlD· de explicar, lfo se verificar a sem razão do presi-
rccem nestn côrw, sobretudo dn febre amart! In, dente dajnula, u que n camnra munid~al tem
que li a que mnis nos vexa; mos, a. qucstlio, discordado du m n opinião; mas 11:1 cJunsJ tot3li·
Sr. prcsidl!ute, uiio é dB CO!'tl<.,'<lS, llÕ.Il ~ iic P,,n. dado dos c:t~OS Q CDIUilfll. municipal !D:IUdn fnZCl'
wnos; niio ó dcsln ou tla[_luella caus:t.(APQiaélos.) como eutcndll o· como pnrcce it junln: de h)··
O nobre scnad1n· nlio púUe dizet· ao paiz d~ondc giene. . ·
\·em e d'onde tirocedo.3 febre nmaJ•eiJn, c qu:1l n E' uma inJusli~~. portanl\1, o accusar-se a en·
· . medida qua se do\'C totnal' pnra l•reservar 11 m~•·n muni :ipvl de cl~tbamçal·n.
popula•:iio. o nobre llrc~idimte da jull1a de bygiene mesmo
E' préciso di1.er a eau~a do mnl , qu:tl o meio attcstar:i que •na,ltólll longa c ~ctivo corres·
lle coml.tatcl·o, c não faz~•· do cnmar:~ municipal llOild\l!lCin com o presidente da mnnicipolidnde,
um fóco d•· epidemias, ~llribnindo·lhe todn o J'nzcudo diariamente suis, sele c oito rf!clnma·
responsabilidade pela npp:triçuo das epidemias. ções em bem da suude publica c sendo semtH'Il
·O nobre senador qui~ fazel' rest>onsaYcl n em lodns ellns :lllendido t:mto ~~uanto cabe nas
eamnra, · defendendo do modo muito particular nllribuiçõcs dn cnmarn mnnic•pnl. E . ~i nüo o .
n junta de hygienc,.quc, sej~ dito mmto em se· slio com a prc$\ezn c rupidezcllm (Jue o St•. pre·
..l{redo, niio tJecrn por· dcmnm1do zoio no estudo. sidcntc .dn juu'~ da hvgHJUll c todo.~ ntis deseja•
destus quc~tões. mos, ·a. culpa nfio ~ d;i'c:unarn municipal; S. Ex. ·
que jâ !oi VCI'l'ador sni.Jc muito bem, Sr. prcsi·
: O Sn. l~llLic•o oos S.\N-ros:-A c:unara deve ucntc, que infelizrnontc a cumur:~ municipal nüo
ser o bódt; cspiatorio. tem libel'dndc dll ~cç5n; é. obrigndn pelas l()ls
O Sn. D~>zEllnA DE MEN~zEs:-Nos re!ÍlLoJ•ios de rcstric•;õcs que so lho tem crendo .c imposto
upresenlndos ao corpo legisiu\ivo, desil'nll sem· n recorrer, em casos nu1is insiguillcnutes, ao po-
pre O n obre jJI'CSidente U3 junta UIUA Cllll~ll dor jttdiCÍ:Il'ÍO]JOI' longos C intet•minnveis J;lfO·
nov:t, como cfficicntu das l'pidemias do llio do ccsl'OS, ua mnlot· parte dos quacs é dec.~htdn.
Janeiro . W facto 1ue se vcrillca dos rclntorios
ntu·esentndos J!Cla unta de llygione.
A verdade, porém, é que nem unta só decla·
m3~·:i o do juntn de hyQieno Jicn nas pa;tos da


c â"nara dos oepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 09:4 1- Pá gina 9 d e 18

142 Sessão em 15 de .Maio de 1880.

.
tnnr
·
I
eamara municipal; o que não a salva ele ex- et·a. utn doutor h~p~ ah•ll,- Hi v~s .Y" Neirns:·· pro-
1e· u~~. ralta•·' dn' J'llnta . · cedeu como :tduum,;trarlor tlJStmcto, que. é, o
Eua qlll7.er~,sr. ,
presidenle, .queonobt·ese- :Sr.ow>" J - 'Irt•e. do. (1]/!}l"
l . '"dos . } •
nador pch1 Amnonas, IIS~im .c<;m10 s~ occmp~u 1J O Sn. -1-'llr.tcto oo~ SAJ't"ros du um aparte.
tanto com ;,s da rnmara mun•c•pal, em rel:~çno o sn. D&7.ErmA Dll ~lll1mzri:s: -lias a camara
dinho ao ·estudo. do modo e~nto ~ao cxeeulad:t:;
~~s l'uttc~'ÕL's da junta de hy:;tene. .
I
á ~:~udc publica, se dedicas~;() l~m'!_cm um bora· I m:mdou,Jhe tttu . de~proposito. · . ·
o St·. consei!Jei ro J oãr• Alf•·cdo, por. ém, ceio·
. brando o contr:•to, nflo sei si dnminado [leias
·

En . nlio vou ~etaiiar ; a jun~ tlc h_yga~~l.c ll , iuéas qtie j :i ant~<> vogavam, conslitUi!J li~cnl dn
1 I
composta de anugos meu~, a quc.n nnul!> I" zo, cxccn(o.iio do m::smo Clmt~·nto o presiden te d..1.
cid:ld5os olislincto,:. pelo~ sen~ m~re~lllt(!lltos j unl~ ile bygienc·. Portant~,. uest:1 qu~st.ão, Sr.
pcsso;oes ll 11elos ~eus talentos~ nu1s n.lO..te•~h.o LlrCstd~nlc; u c:\IIHII'n tnU111CI!Jnl é_prOJH'r:lffiL'nta
culpa de que u~u no!Jre senadot .f.1ça da cam,ol a am11u·o'OIU, como qu:tlquer cnladao.
municipal <~ jtmo !JllC faz . pa r nmor d.~ cor- J:í !á. vão annos que ~e executa esse contr••lo.
por:u;âo d~ JUntn . · Si fi1.eram- sc ou · H~o os rornos •le rcverbaro;
.Quero pott:1nto concorrer çom.o nobr e S(:l~:ldo~ 11 ~ 0 [losso assugurnr á 1:.1a.w:·a. l0 lll~t·a me di·
pelo Amnzoll~$ tlltrn I[Ue a. ctdn<lc d11 tl_l•' d~ gam 11 ue (imrntn·Sll fot'llos de qn emut' cnl o
IDnciro tenha tou a~ n.> condi\!Õcs \!:~ hyfpene; tijolos. o q uc.ê c\Jrto, poi'é<n, ê 'JlW niio se &em
e por is~o intlico ao e~tudo ~'l S · Ex.. , gnc L~m im~iner:~do o lixo da cidade . ...
. nec~ssarJ o s, um r~ cto so, entre os qllc .PO\1e! Hl
po~i\:iio .superior. para .Pcdtr llti po·ovtdenc'.'~ 3 o Sn. FEÍ.tc•o oos SA;-;Tos :-Apoiado .
, , . . .. . ; ,
apotllar c que jnl"'O di orno o! e p rovtdcn.:ws O .::m. BEZEit.tA Ull ?.IENE7.E•. ·- . .. 1s~o _c, M:t
• ' · c " . se dr~llCUS,1d<> compld~mcnlu .:~ condH}IW m&1s
.s~3r~ii~!:Mo tio imperio ;:·m· 18i3 fJU 1871 rtJ• onc:t·u~a pnra. o contrai~Llor c m<~is necess:tria
solveu e oiio se óldmira a. c.1m~ra dos Srs. de· pnra a s:~l ubnd:~de publ•ca..
puta.Jds diJ C\l dizorqtte O lllin ls:ro roso)VO\l ern ·0 Sn. l'llLICIO DOS 5.\N'l'oS: -Api)iadO.
<J&mmpto ~unic!pnl_. parque .'~ntr~ 11 0.~ 0 m•-
o Sn. BEZELUI.-1. os MEN!lr.r.s:-r-ião se lcm in·
nistro ·tlo l!flpert~ e ~ camnta m.tnlctp~! · ? cinerndo 0 lixo da cidatle :é &ullo cllc doposi t<~do
m ini~tro do tmpert•l, dt~o, res•J1vcu em 1813 ,oa U'l ''t'aia Ih il!tn . . .
tsn crcnr o scr,·içu ola 1imp:1.a do:; pr~•as • 1 · o o ...
e por nimi~. tolcraacia e I.Jomlade omcum . O SR. l'Er.tcto oos SA:;tf\s:-1!: volta. á terra
:í oamnr:l munJCi"pal para qu~ chnma~sc collctt.r" liS ve7.es.
1·encia para o;:sc set·vi~~o, que .dever.~ se~ fet~o o sn. BEZEntt.\ o~ ~IEl'iKZ"5:- .•• ull 11\0(\0 quo
:is expensas do cofre ger~l c sou ~ llsc.,h~llç.;w ella tem ct·cscidu com · ()SIO .soh~rbo e;ll·ume :i
.d e· agenlt'S SCUS: . . . S. . ecnten~s de lll<.'.l i'OS oMm "tle ~ U:1 exleoSlil>"Pri•
. A c:unnra; cUJO fll'cstdenlo} era o I'; commen- mitivo. . .
dador Bnrro~o, chamo u. a coneu.1-renQtn sobre ~s ·. D'ahl com 1H·ehendo·s~ bem quu l'cs ttltatll t l'es
baF~s qu~ lhe foram mnnda,::Js . pela secrcl:ma g-r:tvisôimos i~tcouveni•mle$. .
do tmuertll, a :~vresent3rn~n-se mnumcras .~ro· o rrimciro ~ fl lle, tcmlo· ~c fetlo o contrato por
postos· por preços, como ·~ de coslt1me, dtspa• n!lo pre(;,O p:w:ll!Lln o tiHlS\1Uro uma graudequan· ·
a·alado~. desde 2 :000~ :~té vint'l c tantos contos tia p:11•11 qÚ<!. o"'seJ'\'ÍÇil.f~,s~e l'eilo na~J~!el hts condi·
}Jor mez. · _ çõcs tem s1do cshl re11o em coud1 çues loes 1zue
Mos entre as· base,,. que ett uao pos~o a;:orn entãÔseria muito ca!Ji-;cl scri11 muito:teltniS5ivclo
trazer de cót', ,·xl~tia uma 9nc 11uv~ o valor ~o · até mesmo aconomirn llàt'a o lhcs;)uro, a pr.1posta
contrato e era I! DO todo o l1xo tia c•dnde sma de ·~ ·ooo~ooo. . . .
removido pnra ti ilh:1 ~~~ S:~pu·~ aia em tc.n~o . Õse"'lltldo é que e~sn li.xo, a.tirado ü pt·.:~ia da
(!demtin~du Jcmotl•J a pa ~ lt:wcr dccolll.Pl)~l•~no, . ilha s~m nenhunt~• pri:canção, sem muralh~s
c ahi seria todo cllc mctncrl.lll~ r rn r,•rno• do qllc 0 mant1mhat11. vai aterrando, pouco \1
re\'ct·hero>, eujo numct'O não ~~· ~t l'ra de tlon• ou . IJOlll 0 a no~a excéllcnte oahia t•elo quo os r.a·
0

~c il'l·s ; 1!~ tuunl'il':t a não r~:>u!.tnr. llol ~o,los ns pilãcs'.to nos:;o (JOI'lO tum .li~o o maiot· c.uidado
uu1uun <lictes da cl<lu•le .<e nuo ctm,t~. Era qma tio J.,d o de teJ·t•n em Jtl'lc' \'lll lf qu~ Jq uer. .li)W das
.t.·xigcnc.ill de nlt:t utolll3 c por con~<'I'JUCtm;• n casas :1lirado no m:w, rcccinndo !!Ue cru .IH'oXi·
c:om:t:'ll nlío podia acuilat' unw propost:l da ~~~xo mos annos o ruudo dcss:t l.rahia s~jn :tllerado
pr~ço : c JlOI' isso, llmburn a camara tuttntctpal ('Xlr~ordinariam ente s.ó Jtelo lixl) dns cn~ns llar-
em sua nwloria, ljUC .na eompost:t de nd\-~1'8n - ticnh1rcs, ,1uanto mlJis :.Unuido·sc ao mar todo
tias meus, pref(JI'tsse :1 p:·otws tn de ~:000~• .cu 0 d:t r.idade 1 .
dei um v.oto em separado mo,;trand? que a prc· · Gt~1 vi ssim o fart o ó esse.
fcrcncin dessa propostu unu 1!r n m:u~ du .que UIU Al~m do mais todo este li7ó:o, composto de sub-
.llcspendio ~em nenhuma V3nlagcn~ tmbhca, por· slanciu~ tll'":tni~ns L 1ll ~ril ndissinm ·pnrtc, ali·
0

l)llC com 2:0005, uão se pOtlia ~uttsrtt?.cl' ~qualh r:11Jo ~o mar~ ferm cnt:1 n forma immc lt~os mins·
cundio;~o . . nws, I(UC sã•) n~ir:ldos 1•:~ra n ci•JndG _llolos ven.
u Sn. FELICto no~ SAN·ros :- .\poiatlo. tos, IJ lW na matot• porte do. óltlllo. ~ao ~nqtwllo
~ · •· • · quadrante. E lOLla :tqucllu tlOÜrtdao u ns>lm
.~ Sn. ~B7.Rlii!A. »& 11!~>1\õRt~s: - 0 00.u.r c m,t· alirntla sobre a nossa tntlade, mesmo á~ Vi lltils •lo
n1stro do llllJ~m;To, unt~o .O Sr..conselhou 0 Jouo goV()l'tlO c elo li scn l do contral11, quo é ·o nolll'tl
Alfrt·du, dcc tdllt de accurdo t o~n o meu voto o llresidenlc dn J·unlu de hygicne. ~ o
em llc:ucmlrdu com o voto dnumtorm da camara, . .
c fe z o con trato, com todas as preeauçõo~. cullt o O Stt. Cos:r'\ A zi-:\'RDO : -E com st•Jcncm d:t
:-outor d3 Pl'OI•o$la, creio quo de l~:OUO~, o f!Unl r.nmnra munlctpnl .
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:41 +Pá gina 10 de 18

Sessão em 15 de :\faio ~le 1880, 143

0 Sn. BEZERRA DI! ll!!i'<Kl:ES ; - •••• sem que exi~le por foi·ç:~ a politica, têm-se tornado cor-
haja a menor recl~ma!i<1o, nem dos particulares, poraçUPs vcrdadeírnmente politieas. Si IJ~n~, si
nem dos runccionarios publicas que sc occu- mrtle, a verdade é esta e com ncquiesecncín di.>.
p~m com estes negocies. todos os hornen~ políticos :.ltos e baixos deste
· A camarn,diz o nobre deputado pelo Amazo· p:riz, purque quando se trata d(l eleição munici-
nas, tem sl'icncía do fncto. r~l os chefes rcuncm-se; formam suns ch:1pa~
E' verdade, n camarn tCJm sciencill do racto ; iJistínct:1s, sem se ir bus~ar o adversat·io, cn1·
mas si u flscnli~açfio deste contrato foi tirada á bora com merecimento, e bate-se esta eleição
comarn municipnl ? · cortt tAnto vigor como si fosse uma cleici.io das
O Sn. CosTA AziWEDO :-Reaja a camara m:ds · (Jolitieas.
contJ'a a Invasão dos seus deveres e poderes. Logo é um !neto ~rrai,qado aos costumes do
nosso ~,>ovo e niio se ]Jóde negar t}Ue as cnmaras
O Sn. BEzi!:RnA DE !llENEzEs:-V. Ex. eslá me scj~m polilicns. ·
dizendo preci~amente afluillo que entendo que Ora, insLnll:id:l a política nn eleição •nUuici!Jal,
deve ser, aquillo quê lenho provado, por mais o t]ne resulta? ltesulla o mesmo que nns e ei•
de uma vez ; qnc. lenho a coragem Jl:lra razet· ; çucs gera~s,. o~ candidaLos que llcam vencidos
porque o nobre de~,>ut:~.rlo pelo Amazonasdeve·~e alacatu os cnnüidatús ve.ncedores, e como uõs as-
Iembr:1r,deque obumilde orndor queoccupnngo· tomos chegnndo o· um periodo em que para se
raa nttençii.o dn eamara, jó duns vezes foi suspen· de~monta.•· um indiyiduo nlío se escolhem os
sn c processndo porque oppôz resisl~ncia ás inva- meios oatu1·ae,; nem n1zo~veis, laoça·se milo de
sões do poder contra ~5 attribuições dn C:IIJH!ra todo,; os meios e !Jllantlo clle nuo tem .1clos ata-
municipal. ca·se o se11 cur~1ctcr c•>m fundntn cnto ou sem
O Su. Cosn .AzEVEDo ;-Cumpriu então o seu fundamento: a lula e~tabelece·sc, ·
dever. · Nas cam:m•s municipaes, do mesmo modo que
0 Sn. DEZERUA DE illENEZES : - Portnnlo, iJ.5o aqui, as minorias ~lncam as maiorias, e ent5o si
se entende commigo a censur~. entre o~ Yercodot·es ba um vult6 politico é a
A cmnara o que hn de rnzer, Qunnl1o o governo· ellc que se didge o maior ataque, do mesmo
lhe tirou a :1Llribuição e não lhe deu nelU ao modo quo aqui ua cnmora nfio se otnea o mi·
menos a Jl$Calisa~•ão deste serviço e foi dal~n a níslro que nãr1 tem significação n~:1s aquelle que
junta de hygiene, cor~,>oraçiio que não é admi- tem inlhencin, a cabeça que póde fazllr o ali·
ecrce de uma situação. · ·
nistmtiva, mas ~im1>lesmente consultiva '
{ Apoiados, ) . O Sn. ~IALitEmos : -Pois ha ministros sem
Diante disto , a camara }lO\lia ( permiltu· significação~ · '
se-me a expressão) amunr-se por e;:ta·JH'Cfi!ren- O S1:. BEnnRA DE MENEZJ~s: -Temol-os
cia dada :10 presidente . da. junt:t de hygiene ; tido até de pedirem demissão por niio saberem
·não o tem feito; porem a camnra tem recln· franeez.
mado proviJencias, mas natla tem podido con·· A segunu:~ causa são os interesses contra·
seguir ; o fJcto so repete.. co10o todo o Rio de ria dos. Eu ~r;.to preciso desenvolver isso, porque
Janeiro sabe, . estit na conscienciJI de todos.
Entretanlo, quem procede assim tem a deresa A camnra municipal tem ainda autoridade para
de um caracter como é o do nobre senador pelo re~oll'er :1! gum~ s cil usos e oeslas resol uçõcs com·
Amazonas, e por amor desta corporação é accu· prebcnàe-se que ha choquos.de interessas . .Api·c-
sadu outra quo tem cumprido o seu dever tanto slintam-sc. scls ou oilo jJrtJiendsnles, n camara
quanto póde; sem que eu queil'a, entl·etanto, prefere um, os restontes llcnm inimigos decididos,
andar· com a caldeira de agmi J)enta u nspergir os e tanto m~is crueis, tunto mais desbrag,dos, si
. netos da camara mttnlcipnl, que tem faltns mnis a eam:•rn me permitlc a expressão, qunnlo menos
ou menos graves, como têm todas ~s col'porações conft1!'soveis crnm a~ suas pretençiles. Isto se
do pniz o Lodos os fuuccionarios da no~sa terra, obscrvn, 1~reio que em lodos o~ pontoa do nosso
O Sn. MALKErnos :-Essa ú ~ verdade. p:tiz · níio ~ facto isolndo quo se a~ sómente C.Oilt
osn. BEZERll,\DG~[ENEZ!lS :-Todavla, SI', pre' n camara municipal do corto.
sidente, ti moda, tem se tornado vulg~r accusnr Estns duas nssociaçoos dos politicos derro •
11 llamara municipal pelo ·que fez, pelo que niío tndos c dos l,ll'etendontes mallogrados, têm-se
fez, e uté pelo que os outros llzeram sem co- reunido e fctto tal grito.ri:1; que o dar·~e-lhes
porticipnt;ão sua I (Riso.) credito n cnmara municipal da curte é com eiTeito
Prpce~c i~ to, Sr: presidente, de ll'es caus3S : umn corporação dignado desprezo publico.
o pnmcrra e n pohttca ..... Entretanto eu chamo a attençiío d:~ carn:tra
0 Sn. FELICIO DOS SANTOS :-A primeira é a po· para um facto que so aeab11 do dor com a ca·
litica, a segunda é a polilica c ~ terceira é a po· mara municipaf e que tem uma nlto c eloquentc
litica. signlficnciío.
A camorn municipal d:~ côJ·Ie est:~v:a. no uso,
0 Sn. ÜEZBRRA DR liiENEZES :-E' vcrdnde, ha ·certo lemJlO a esta parte, de mandar todos
A loi orgnnico das camnras municipnes, niio os nnnos :~o governo os seu~ bnlonços do contas.
sei em qual dos seus artigo~, diz que est3s cor· Nuncn houve governo que lhe pedisse doeu·
pornções são mcromen\c administJ·ativas, nada montos justincotivos; de m~neira que, si a
ttim com o. po\ilica. camnru. fosse elfechvum~nto uma relapso, podia
Mns n loi dn verdade dos factos é que ns cn· fazer qmmta fnlcotrna lhe parecesse porque não
mar:1~ municipncs, pela rnzlio de l?rern depen·. tinha mnis nadn a fnzer do que concertar ttm
thmclall, c no~&ll pniz on.de ex1ste. n forço balanço e dizcr-g:•stou"se tanto e racebeu·se
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:41 +Pá gina 11 de 18

144 Ses!ão e:n 15 de Maio de 1880.


tanto. Pois bem, nesta convicção é sorpren. mão rlo exeess!l de um·n ontra verba, para sntis·
dida pela questão que os nobres deputados co· fa!)iio de~sn necessidade ; e, emquanto nssim S3
nheeem, levantada o ouno ~assndo nesta casa. faz, fica o publico :lllameil.te prejudicado nos
0 nobre ~X· ministro do lllllJCrio, llC!o seguido ·se_us interesses c a r:amal'll municipal responsa·
.á discussão, mandou uma portnria á camara para yel por esses prejuízos e sujeita á gritaria.
que esta, em 60 dins, npresentnsse a j usli llcDçiio Senhores, · nunc:t ·absolutamente aceitei es!n
dos seus balanços, não dos balanços que c Un .ti· doutrina. Si ainda um dia puder entrar no
vesse de mandar, porque então teriaoccasião de meu espírito a idéa de ser vercDdor, do que
emendar e eoncm·tar qun/qner cousa má qnc Deus me ha do livrar ...
tivesse feito ; mas d1' hn)Mnços j;í entregues, de 0 58. FELICI6 DOS SAZ..'TOS:-Oihe O que diz.
annos já p:~ssados, de ex.ercicios j:i vencidos, e
que, estando nas mãos do governo, ella não os O Sn. BEZERRA DE :ttrEXEtEs:- Está. dito .. Não
poderia avocar a si, nlío podada emendar CJUt>l· cumprirei um decreto semelhante.
quer folia que tivesse commcltido. O Sn. CostA· AzEVEDo:- Mas em negocio de
. Pois bem, recebe a camara a portuia do mi· tal natureza. ·
nistro e, não em 60 dias, JlOrém, em fl.8 horas, O S1t. BEZ&IlRA DJ> !tlENllZES:- E aludo mais,
reuniu, classificou e remetteu para u secretaria porqutl a lei regutam!lnlar das caroaras muni·
do ilnperio os docnmentosju~tiflcntivos dnquelicg cipacs só . d~ ao governo tn~s meios de intervi!·
exercicios já vencidos, segunflO os balanços, já na adminisu•açiio da camnra municipal, fJUetcm ·
em tempos passados r~meltidos ao minislerio do autonomia pela nossa constituição, e siio, quando
imperio. lhe remetle as posturas, qu:~nrlo lhe remellc o
Durante seis mezes,mnis dias menos din~,estu· orr:amento. e quando lhe rcmctte os bnlançog.
darnm·sc ns contas desses excrcicios pnssndos e l•'óra d'ahi o go,•erno não tem intet'\'llnção ai·
no fim não se encontrou discrepnncin entre os guma c toda administração municip3l compete
documentos e os dizeres dos bnlnnços ; · vcrili· exclusivamente aos eleitos do povo e não ao mi~
cou·se que tudo est~va exacto. Sómente o nobre nistro do lmp9rio, · ·
ex-ministro do imp~rio, tenllo idêas a respeito
da adminlstl'açno,como •lisse, impossiveis de so· O Sn. FELJCio nos SA:-~tos:- Apoiado.
rem execut..1dns rigorosamente, estranhou ai· O Sn, F1\EttAs CouTINHo: -Isto é o que dev !l
gumns ralws da parte da canmrn, falias que eu sor e niio é. · ··
sou o 11rimeiro a confessar, mas faltas como O Sn. DEZI!hUA DE ~IENEZES:- Estou respon •
a que t1cabamos de nbsolver, hoj~ mesmo, ares· dendo no npnrtu do meu nobre collega,
pe1todo minislGrio do agricultura, isto é, excesso l\13s, dizia eU,.OJl!lnhndn de sorpreza, a cam~ra
de despeza em uma ou outra verba voladn. municipal roi julgad~ •. ;-é a verd:.de- (não
E' "facto que a camnra niio ptide exceder as tenbo n~cessidade il~ occultal-a) .. ,por juiz em
suas verbas ; mas, &cultores, esta falta commet· m:is disposiçõ~s. o no Om de contas, não sedes·
tem·n'n todos e ag-ora mesmo esta cnmara acaba cobriu nem debpidnções, nem fr3ude, nem
de absolver uma igual, e o ex-minisLro do agri· cousa qae s1:1 não ''isse em toda a administração
cuhurn, que n commetteu, não ficou senrlo por do palz.
isso;· no co!lceilo d~ opinião publlCll; um re· Para os homens de crilorio não- púde haver
!Dpso. · uma justificação mais plena .do que a que deu
"Porque se applicn enti.io sú á c~mnra munici· n cam~r.\ municipal com este facto. ·
pai esta pena? A tcrceirn origem é de Mrnctor llnanoBiro.Isto
o Sn. FELICIO DOS SANTVS; -A dcfo:;a não e é importante; é"bom quo o tJniz conhera as con·
muito boa. · · dieões espooi~tes em qlle·se ncha 11 eama•·n muni·
O Sn. BEZERI\A DE MENEZES : -Esta <i a com· clpnl da côrte, por isso quero eu, 11pezar de me
paratin, agot·a vamos á positiva. achar incommod:~do, abusar ainda um pouco da
A cnmara municipal está em condiçõ~s oxcc· benevolencin da casa. ·
pcionaes. Adminish'<~dor~ d~ município JII'O• A terceira 1musa dessa grita cont•·~ l1 cam:~rn
prio-jtfre, porque a constituiçliolhe da poderos
ó a questiio Onanceita que tem du.1s fôrmas : a
propr1os, ella tem 11 rcspons:~bilidado de~sa forma mornl c a Córma propriamente mnlerhll,
odminisu·açiio, boa ou má. Supponha Y. Ex. o que significa que a coroara n5o sn\isfnz os en·
qac ~e esgetou :~ verba de obras e logo njJÓS cargos que sobre ella pesam em vil·tudo da sua
Yicrnm !l't'andes cltuvns que destruíram du~s. lei organioa.
tl'es .~u. q~at~o pont~s, pontes que s~o indispen· A causa moral, St·. prositlenle, nasce da
savm~ u Vltt.ç-ao pu~llca e sem :~s quacs ncu inter· absorpçii.o de todos os poderes, dn libei·dade de
rompnlua cJrculaçno entro as freguezias do fór~ e at'.(-Üo dns oomnrus municipues, do modo a não
:~ côrte. Como se vt!,,es.tn é tl.!lln rbs questue~ mnis godercm ellas clltnlJril· ns suas obrigações.
hnportnnles da :1dmuustroçuo, e !I c:tmar:t, por• l.Oilll)l'ehende-sc perfeitamente u de~:mimo que
~~nlo, ,tendo m~rgcm em outra vct·b~, mando lavra no espirito de um J'unccionario IJne tem de·
m1medtamen1e fazer G$Sas obras do umo ncetl9· veres, mos niio tem poderes, o como dt~a!.e !neto
sidadc (Jolpit:mt~. Pois, senhores o govor· resulta em relação ao publico o abandono, o des·
UO llÜO rtUer que SO f11~0 DSSitn, QUer !JUC se prezo por essu runccionnrio quo niio foz nquillo
n quo está obrigado po1· lei, mesmo pela roziio
execn~e o decreto de 31 de Dezembro de 1868,
que dtr. que neste caso ~ camnra mandnrá lo· de quo o publico, scnborcs, niio vo1 indngar
YDnlnr a· pl:mla da~ obras qu~ pt·ojecla, fazer o porqne a cnmaro muuicip:JI niio f.tz o que dev(',
orçamento com todas ~~~ cspcctOcaçves e rcmct· e somente nota o quo ella não faz.
tet-o ao govern?, poru e~tc nutoriz.nl·a a lançar O Sn. CosTA AzEvxno : - Mns deve indagar.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:41 +Pá gina 12 de 18

Sessão em 15 de ~Iaio de 1880. 145


0 Sn. BE7.EBRA. DE :lliENEZES :-E' d:t nnttueza Nem o numero, nem a qualidnde deste pessoal,
de toda c qualqum· populm;iio proceder assim: o . pó!le .salísf~zer, e assim mesmo a camaru tem
povo não philosopha ; · :~ceilo o f:wto como elle applicado n todos esles s~rvíços. Q quantia de
se lhe apresenta. Não assim os homcn~ que te:m :2H:OOO~OOO. .
posição, que tt)ltl iliustrnçlio, e que se occn[Jam A c:~nwra g-:lstn, com n conservn{'iio do caiÇJ·
const:mlemeitte com assumptosdo ndministração meuto 100:000~. Appello paro os homens enten·
publica. didos : ê possivet con&erv~r o calt;nmento da
A c:iusnm~tcrinl e que a cnmnra traz a cidade cidade com lOO:OOOISOOO? ·
em um estndo em qnese diz, sem attender aos A camura não pôde appiiear nHlior iJ.U~ntia;
melhol'llmcntos que .lhe cumpre executar. e, portanto, raz· o ~erviço mal. •• epessirna·
Senhore$, o municipio neutro vale por uma mente. ..
pro\·incia; nccrescendo que tem immcnsamente Si tivesse meios para esse importnntissimo
mais exigencias rlo que qu~lquer lJrovincia do serviço, de que depende a cllnset·vnç~o do im·
Impcrio, pot·que nqui cst::í a capita do Brazil. 01enso c:.pital seu, ~inda bem caiJid., seria
Entretanto, SI'. presidente, parn a satisfar,Zío qualf!uer· ccn~u.ra; mas a cam:,rn n5o tem meios,
dess:ts immens.1s e cusloMs exigencias do mu- e dahi 11ma ruim conservnr:ão e constantes pre·
nicipio que te111 em si :a capitnl do lmpel'iú, n juizo~~ porque o capital emt'''egado vai estra·
municipalid11de d~ curte dtspue openos de um gando-se. ·
c:~ pita! de l,IOO :00015000. l'ire·se con~ervoções de jardins, de mietonos,
Já ouvi :1 :lli!UOIII dizer que com esse dinheiro arborisa~lio, despezns jutlidnes, c.usto~. clei\;i:ies,
póde·se fazer muito, . qualilic:~çües, desapropriaçi:ies ele., ~te., ficam
De feito, si fosse rendn liquido, ,poder-se· h in líqnidos aOO:Ooo,:; para obra~ novas. 'Portanto,
realhur :~lguns molhoramenlos m~leri3es e o tllg~mo.~: a camnt·a dispõe apenas de :JOO:OOO!S
desenvolvi monto mot·al do município .. Entre· por anuo, para obras do município. O qne são ·
tanto pelo Qrç:unento ultimamente ~pprovado ;)00:000;, para .uma cidade como ~~~tn, que sú em
so vc quo com o pessnnl da camaea, ga~ta·se ruas por calçat· emita m~i~ rle 300, Clljo c.usto,
í!i4.:0008. E ngo se diga, que a camarn muni· conrormc o systema que se adoptlll'; (leve re·
cipal g~~tn. 2l~:OOC~ com o yessoal, mns que gulnr de ~O a !OO:OOOQ por coda uma dncruellas
poderb gastar menos, si n:io tivesse pessoal do ruas?
sobra. O que (Jóds fazér esta c~mara com 300:000!$,
Sr. presidente, neste tJessoal estão incluídos diante de obrns que exigem pelo menos um c a·
os empreg:,dos fiscaes da cnmara. piwl de UO.OOO:OOO,)'f A eon~equencin f:lln!, ó
que a camnra não póde, com a.rendn que tem,
O Sn: CosTA AzE\'EDo:- Que não .são bons. sntisftuer scniio a millesima pnrte de suas obri··
O Sa. BEZ€HUA DE l'llENEZEs: -Nem podem, !!"ações. D'ahi as queixas dnquelles que querem
eu !ti vou. v~r as ruas em que moram ou em que têm
O sn. lioi\TA nE AuA.mo:- Basto. serem mal pt·cdios, cnlç~das e o não cuns~guem, porque a
pngos pnra nii.o ser2m ,bons. c:~mo.ro não póde destinar verba par3 tal serviço
. 0 Sn. Brm:nnA DE MENEZEs:- As repartições
na medida das necessidades putllicos, mas sim
da cnmnrn t!!m uma organização que lhe marcou liticos na de sua fraca rend3. Estes rcunem·se oos po·
o governo ; e, posso dJzer, posso assugurnr, que a camaro u contrariados, e form:nn um côra contra
não tôm pessQol Stt!Jcrior âs necessidades do seu. ...
expediente, porque, eomo já disse e l'Cpito, o · O !'in.. UAtllEU\os:- Um cõro ds punllaes.
expediente da cam~ra muuicipnl e \no vrnndc O Sn. Cosu A7.EVBDO:- Formam um exercilo. -
como o dn secretaria de estado quo mms tra•
b11lhnr. 0 Sn. BeZEI\nA nE MENEZEs:- Formnm um
e-xercito da grltadores. de accusadores, uns de
O Sa. F&Ltcro nos SAl':Tos :.,-Muito papelorio. bon r~ c outros por !lnlculo e por dcsub3fo.
O Sn. BEZilRI.\A DE llsNsr.Es :-o p3pelorio é o Si a cnmaro, Sr. presidente, nesta contingen·
ripanogio de~tn gm·arão. ·• cia em que se acha atém-~e ás verbos do seu
O Sa. HORTA Dlil AnAu~& :-Papelorio e pnlan- orçamento e resiste no poder do empenho e ás
frorio. . rcpre~entações dos povos p~ra fn%er uma obra e
mnls oulrns e ou·trns, n consequencia é ser con·
o Sa. DEZllllliA DE MENli:ZEs :-Inclue-se neste demnndn
numero o pessoo.l- Jlscol. Pergunto ; n munici·. porque não por lodos a r1uem ella n5o póde servir,
po.lidade póde ter, com esta quantia, um pessoal púde fazer o impo~sivet.
tlscnl nn proporção das necessidades do muni· Si por Gutro Indo cede no empenho e ao dese·
cipio, quantia qne niio é sómente DP{llicadn a Jo de fazer publicas beneficios e manda Cozer ns
e!le, mas a todo o possoul da admimstrn·çio? obras, nüo nLtimdendo ús forços do seu orça·
Uma cidade grande como esto, quanto niio pre· mette meu to, desorganiza as suns finanças e compro·
eiSBria para ler suffi.ciente numero de empre· o seu l'utUI'O c e ainda condem11ada por
gados propriamente flseaes, quanto nêo deveria todos. ·
pagar para ter gente que garantisse a proprie· E' terrivol osla conllngcncln em quo se vê a
à11de particular e o desempenho das obrigações camara municipal sem snhidn possivel, --sem
que pertencem ú municipalidade? Entretanto, meios de evitar o c1nmor ll as censuras do povo,
senhores, nesta verba, está incluido o paga. quo niio examina as sUlls circumst:mcins e só·
menta dos llscnes, quo ganham t:700,S cadn um • mente nota o que elln niio faz.
. e dos guardas municipnas, que ganham 33,S SI gastn mais do que tem em favor do publico,
pormez. condcmnnda, si só lnz o que pode, segundo seus
Tumo [,-lO.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:41 +Pá gina 13 de 18

140 Ses&1o em 1tJ de Maio do ISSO.


ree11rsos, condemnnila; nem sei qll:ll o modo de mas foi a camara munieitral, e~sa tulminí~trado·
sahlr destas dífficuldades, nem de o.dmin!stnr rn, condemnotla. O governo, quo entre nós tl!rn
o municipiQ da cúrle nas condições em qull o privilegio de todas o~· boas · quolillndes em
elle se ncha. . grau: superlativo, mandou razer uma escola
Entretanto, a;e:wr de uãoter rorça,nem poder, para o freguezia de s~~l'Anna na pr11çn da
n11m lillerdade ae a.c~.i'io, nem recursos, n coroara Acclamoção. A relnÇiio de umn para outra, desta
municlv~l tem Mto o qo.e p:•recerá lmposslvel do governo pnra o da camat'll, e como n do um
~os qu() se qulzerem dediet\t a ·um estudo da cortiço para um ch:tlel.
admini~tração munlcit)al da corto, tenho· o or·
guino de dizel-o. o sn. FtLICIO DOS SANTos:-E o preço?
•Em 18ti0, ha vi tile annos,chnmo n memorin dos O Sn. 8E.tl!:nn.l DE MENKtEs:...!.Gnstou ;JOO;QQO~
cidndãos que conheeernm o Rio de Janeiro nesse e nlio vale a quinl. p11rto da outra, em que a
tempo, apenas na eidnde ba'l'ia duos ou tres runs camarn g:nstou U~0:00061100. .
cal~adas por parallelipipedos, que ê o systcma A camora rontru~n c· e~l:í :i construir por
mats custoso e mais per leito. De então p3r.1 cti o U~:0006, o ~eu pa~o munidpal, que ~er~ den•
que s<J tem ftlitu 1 Toda a cidade, propr1amente lro de poucns mezes o primeil'o edilicio da capi·
com excepçiio de· Ires ruas, está cnl~ada,
arraboltles paro os lados de Dolafogo, S. Chris·
os tal do Imperio, . · · · ·
Ull .Sn. DEI'VTADO :-E a casa dn moeda~
tovão e Tijuca estão tnmhem qnasi todos calçn· O SR. BE~EnM DE MENEzss:..-.. O poço da ca•
dos, ~ conto. cshts mil. o.utr:~s obrns petas rrc· m~ra é o !Jrimeiro ediUcio· da Ca1Jtlal a julrra.
guezm~ de toro, como muralht~s, caes, cnmiultos,
pontes, tudo emllm quunto é necessor:o p:~ro meJI.LO do~ 1Jrulls~ionaes, e P"der:í custar. com
essr•S freguezins. .· alguns acrescentumeuto,., ramo encan~tmento de
· .Quo capit~J llnmenso não tem a camara em- gaz e DISUII, ele.~ M0:0006000.
pregado ne~scs calt;amentos e nessas obrns 'f E O governo, entretnnto, 1mmdou fnzer esse edi·
com que recur~os, Sr. presidente, accumulou flcio que 8erve á typog:raphi:• naPiOIHI!, que nüo.
elln este ca jiii:~U · tem valur n~nhum nrtist·co, nem de coustrucçiio.
Uma camaro e~banjadora, senhores, não podia e gastnu mil cent'l e tanlos conto~ d·· rti>,
apresentar em vmtc anu os o remltado que apre· A camna. lazta n.limpezn e ini!!ação da cid:~de,
senta do de~enYolvimento. matel'ial do Rio de ambas por dez t·onlo~ c tanto por rnez. Não fazia
Janeiro, es~a resultado só pode ser devido á nem podia fuzer hetit o servi~o), por,pte esui
economia e :i boa adminislfll(.)~o. quantia e insufficienle e porque iiS COndições
. A. cnmnra municipal, porém, Sr. presidente, topographicus do eitlade e ;i colldição dos ··os·
nilo se liLUitoll 11 esta q.uestão do intere~se m:i- fumes da no•sa populllçiiu fazeu1 com.q[l,,, si ~e
tel'inl, ao dcsenvotvimeuto e lis obros mote· gastnr L(IOO:ouo~ pot· nnno, uin.l:t ns-lm n.·,o se
riaes do município ; . elia tirou ainda das suas tenlw a cidade limpa eonvenlenk·mente: nem
rendns, que já admira como sendo ttlo tJe· temos ·.11 dcclivid~do neceuarl:•, nem ternos os
quenas tem 1bdo tão grnndo resultado, com usos de .cit!ttdào, [torque lodfJ o mun•lu ~:~lJe quo
que fundar a I:Jibliolhllcaque tern,umo das prin· entre nos e costume fazer-se das ru~~ tJUiutaes·
dono~sa! casas. Pois bem, ;r cRmara fnzw o ser·
cipaes do lmperio, para o instruC'çiio do J'ovo ; vtço da irl'illn4.'iio e lilll[lt'Zll por dez coulu~e t:•uto·
com qUB razl'r dons edill~ios, onde se e ucam
mil e tantos meninos pobres, por sna conta n fa~ia·O tnOI f~ito, mas fazia-o ltio bem COIIIO
cst:i f;~z(mdo hojc.. -
se
custn dos seus cofres, ~lém de out1·us escolas
qul' est~o e8palhadas [Jelo município, do ~~·sl~mn Eqt~auto so gastll hoje 1 Qunnto pnt.rn o thc·
mixto, dirigidns por senhoens ; mas ra(Jo das sonro pela lilllpllzn c it·~i~açfio tlUe lemos actunl·
outras du:~~, portlUe siio m~is imDorlantese por· mente' Paga 11penus lrwtu u tnutos conws por
que. Sr. vre~idente, sl nilo fos~ern dias, o Bra- rnez. .
zil teria· l'e[Jresontoào neste •·amo de conheci· U~r Sa. DEl'UTADo: - 580:000,$ por anuo.
mentns hnmlmos a mllis tJ•iste. fii(UI'/t quu um O Sn.llszsuttA DE ~fENEZ~s :-Ma.< n!-(OI'a 11Cl'eS~
p:liz tJodin rapre~entnr no eX(.losiçiio de Philll·
üelpl1ta : terin tido 11 vm•gonhn de dizet·, como ceutOll·Se uwls ü:Oou~ paru ::1. Cllrlstovã". u go·
ve~·n~ p:1gaJ~. 3li ou 3~:0 ·0,$, por l'l~te s~t·vicu ~ue
diss~.: outro dia o nobre deputado por J)ernam-
huco •ausente•, na occasifto em t]Ue se fiztosse ê lno uuperfello lfUll a IIII[Jr,·u~a do Hio d,• J,.neH'O
a ch~m~du das nuçiic~. Quem o salvou fui n â q~a.l ~prOV'tlilo n ocea~iüo var11 agra•lccut' ~
munkip:~lid:tde, ~pr·esentnndo a plontll dos seU$ amnlto que mu tenl Pl't!SI:•do, tlenunl'.iuntlo·me
edificios o o methodo odoplado para o en~ino (~CIOS qUe não IJO~io:lll clwgar 110 IIICU conhe~
em ~u:.s esculn~, mcthodo es1Jecinl, qun foi apre· ctmentoyclos mcws qtJe l!'nho, pon[U" sito pou-
cindo e muilu nos Estados-linhlo$, lunlo Cjne as cos; 11 uupn:n5a liJill mo~~r~t.lo que n:t rr.·nte
escolas úJUni1~ipo.e~ obti.~·crnm o.lli um p•·emio du:; secretarias de estado cresce o c:q.Jiru, l'omo
de l. • ordl! tn. cresce um l'rtJnLo au estoueltJcituento dns ubms
E, ~enhor~~. 1liss~ cu bn pouco que esltl mi· publicas no c~mpu da Ac.clàmnçiio, con11r cr·c~c~
logre c s•'·meul~ du ceonornln n d11 bon udminis· elll toda n parte; o que llem evhle11cia que o
trn1;f10. J>ossuurlii•UlDI' olgUna factus [IDI'll p·ovar se•·vil(u hojtl c.. àu mal reilo como era hontem
UJlCZlll" do custai' qua~i o quodJ'ilplo. •·
que nssitn é,.~ cJUo aú com extrema injustiça o
esquecimenln tios roclos, que est~o saltando ao; E, Sr. prcsideniP,airid~sobrtJ este poHtu a ir·
olltus du todos que 1•isum as eal~odos dL·stn ci- riga~i1o elintpl'ZII fettn pel:~ catnarn chu~ava
dndc, ttlid~>-se occu~!ll' u comaro m,!micipt~l. nos hmttes dos lrail'l'IIS 'fljuro, :). Chrislovào,
A camol'n municipal reza eseólo do ::; . Scbas· ll t.ug·ü3 ; L•nu· tanto o goVcl'no o que Jaz Loje 'f·
tiiio na pr~çn H clll Junho e gostou alli :180:000~; RGdnt e~te serviço :i cidl\de protrrimuentu, ex·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:41 +Pá gina 14 de 18

-
Sessâo em 15 de Ma.io de 1880. 147
cedendo esta zontt sómente quando ha reclama· animação, senão umn vez dn parte de um llOl'll·
çõcs, co:no sn rez J!nrn S. Cllrislovão, pnrn onde ção generoso, que se apresentou em minha casa,
ae p~~otam 6.0008000 IDP.Dsaes, qu!ISi tanto qnnnto como um amigo, e outra em quo no .senado nm
a c:amara gast.wa com toda a cidade e seus. cidadão eminente, vendo a injus&iça eom que cu
suburl!los. · era trnlado, levantou a sua voz pnssnnte e disse
0 SI\. FELICIO DOS SANTOS :-Mas O . goVerno que o lll'c\lsado lambem tinha qnerii o deren.
póde cúntrohir Pm presU mos e a camara municl pul desse. Não preciso decli.nDr. estes dous nomes,
não. · que todus sabem quaes siio. • .
A minha gratidão por elles sera eterna e tanlo
O SR. BEZJJRRA o& M&NEZES :-A esse respeito llliiÍ! profunda e sentida, quanto é certo que
.. a camar:1 si•mpre foi CI!D$Urnda aeremonte, do ellesJoran• os unicos entre os chefes liberaes,
gov••1·no não se diz n:~da, e~so niio pôde aea• sus- ltla~, ba vinte annos que sin'o com a dedicação
peilo, ó mulher de Cezar. que eostltmo e niio tenho recebido a menor ma·
E' v•wllnde o que se diz-que é a polit!ea real- nircstaçiio de apreço, a niio sel' do po"o, donde
menttt a eausn de tudo isto. vim· e onde espero acabar-a minha carreira.
o sn. F~tLicJo nos S,\NT03:-sem dnvldn. O sn.
F!ttuus CoutiNHO : -Não queira outra.
O SR. llEzlinnA DE lttBNEZliis:- Eu sei muito 0 Sn. BEZERRA DB MENEZES :-Não mo queiXO;
hem r1ne, emquanto a r.amara mu.nici~al fõr uma sinto Rómento. quo este procedimento em reJa.
eort•uruçio política tanto eom .. o. adnll.nistrativa, ção n mim dt\ á~o a que r.om mois rorç_n se
será delima d:•s accusn~il"S lnrundudas, e em atuque o que eu tenho 1le mais sagrado, a mtnha
maior escura· oinda que o proprio f..I'QVerno, porque rOJIU1aç5o.
1!il11 e~l:i tnni~ e.m contactli cn'll o centro nnde Vout13r111inar. Eu espero, como disse h a pouco,
ferv,~.m e 1·efervem as. amtli~~llcs, mas tnmbem que bel do '~r" o minha biogt':tpbia ainib em
• multo eonoorreni para isto (e r~leve a camãra vtf!a, por11Ue creio que d~scerei. á sepoJtura
que ainrtn um poucoch.inho. mo re!Jra a !pim) antes du morrer. (Mttito bem,- nluito·bem.)
o facto dt! ~e·r eu o pre~ldentt~, homem pohlico, Vem á mes~, é o.poind~ e adiado, pór ter 11o•
natur3lmeote par3 porem-me tór.-t .da posiçfio. dido a pabna o Sr. José c~etano, o seguintll
Sl en fo.ase meu, ba muito tempo ti'!rln cedido
o lo:!nr que occt1po, em que tenho feito aacrl· REQUF.RI:\IBNTO
flclos sUI>edore~ às minha~ torçAs, para gour da
vida JH'Ivnd11, no seio do tamilin, onde talvel ou~ J\e!tUeir.J que se ~olicite do· governo, pelo
Yis~e ainda em vida louvores, qunndo niio ser· ntini~t·rio do imperio, cÓJli:t dos omeios-tro·
visse mais de emb~raço a ninguem, á mitihn cndos 11ntre nqu~lle ministerio e a cnmnrn mu·
intelligendl•, ú mlnb:t illustraç1lo, ao meu ca· nlcipnl tla cõrle sobre os r.halets do lal'ga da
racter. ti minha honestidade, e até a muitns desses ·Sé.- JJrzerra de .Uetlezet. · ·
llctos qUt> oclualmt>nte siio condemnados. .
Niio me IJertenço, porêm : cmb~rquet nn po· o Sr. Gnvlão -..elxoto di~ que dons
.lilkn com amigos que.têm fei~o por mim excesso roetos ~r:wes, e quJ aliá~ d~sanarnm ns ecnsnrM
do 'lt'dimoçiio, nf10 Jlo~so lnrl!"nr o pos!o em quanto d'1 imprens:i, ncabnm do ser manifestados no
clie~ rnc exlgh•em ll tr~balhn e sacr10eln. pnlz. ~oh ~ meia clnrldade dos neto~ coosll·
Entrctnn\o, precho ó dhlEI·o, estou fa\lgádo mados. ·
t:rnt•• phv~ica l'Omo mor.1hncnte. Niio é (lelos Um eonc,~t·no á reomi~siio de ~il..W0:0005 do
ataqu~s •tne me vêm da pnl'le do" inhnit(O&, nem p~pe\. moe~la. lmportanda resllntndn nn fórma
mesmo ilos llllversár•io!l. · do dt>cl'tllO de lli de AbrHde Ul78, que autori-
A mlnbn natureza ê ener~riea, n minha. alma zuu em clrcnmslnneiosextrnordiMrins o nnnu-
:::osln dn lula, e a .tutn com o adversnrio dá senoln do porlnmento, 1\ ctnissiio de 60. 000:000~,
forra, é, por assim diZel', umn especie do cxer· providenciando a respeito do sou r~~atu grn•
ciclo lfftnnnsti«'o para mim. dual.
Si da~nnirno é parque vejo q_ne, emqunnto rne · Aptlrovndo [illln parlnmenlo esse decreto, em
Miro ;'•s lu111s por nmor 1ln n1én, da IJnndeh·n vista dns dcr.larnçiles untegorlclls do !'Diiio mi·
do meu pnrtido, cerr.n-ma n ind!ITcrcnça d'l 11istr11 dn t'nzendn, peln retirnda do conselheiro
pat•te d:,qu~lle~ 9n.a mt\ dcvertnm d~r uma pn. Silrelrn ~lnrtins, n nutoritnçffo foi alln~i redu-
Javrn de ~nlmttÇIIO, zida a 4.0 '900; ooo~. limiw ndo.·se o popel·mocdn
'hmhem, Sr. pt·esidontc. não me queixo ao já emiUido. · ·
porqncnmbiciono altas jJOSições, nem retribnit~fio Por mnis de um~ vez ouviu a comm·a ao dis·
àc uigum snct•irlcio que tenha f~ito pela tJOii· \incN mini~tro que, \IGr mlnlmn qne fosso, não
tica. se nugnumtmü n quontidnde existente i e eslll
E' porqno. nf1o ct•einm nquc!le~ que me atacnm, insistencia de S. E:c foi atá provocana pelos
meno-1 na minh:~ l.Jols:t do que no·meu cnrncter, aiUt·macões om contr·urio do um nolwe collega,
que estou :Hini nesta lutn canta um cão sem deputado pela provincia di! S. Pnnlo, hoje se·
dono; como umn ovelha sem pastor. (Não nnilot· do lmperlo, quando nssegurt.va que o
apoit~doN.) . governo lwvio. do ernittil• papel-moed<l, quer
H~ vinte nnnos ~irvo em politico, com dedi- quizeB~e ou não. ·
cn~lío, cnmo "1:o~ttuno, nLiraudo·IDl\ de corpo o No s!!n~do nzcrnm·se iguncs ilee\arnçõ~s, o
alma. Nilo digo que tenho pt!rdi,lo de ganhar, riqui e lá. iustiftcnmlo·se o emprestimo nnciono.l
nem qull tenho perdido o qno possuin; mas ha d~ 18i9 niio esqneeernm.sa igunes pondt~raçiles.
vinte ~nnos, quo dos homens eminentes do meu Como: ,ortnnto, ao lei' o rcl~torio do actuul
plll'lido n~o tenho rec_ebido umn palavra de s.r. miurstro dn razendn, não b:wiR de causar
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 09:4 1 - Página 15 de 18

148 Se.ssão em 15 de Maio de 1880.

pasmo :10 ora(jor est~s palavrt~~ quo ' ' oi ler á ao menos, pelo respcilo ju~tari1ente devido aos
caruara ·: Srs. · ex-ministros, é · pos~ivel inw g:in3r que a
·i. Em v ista do nn; 21 n. 1: dn lei n. ~W data não 5eja aquella!
do 31 de Outub ro de t8i9 matulou meu illus· lXo emtanto o rncto 11xiste, com as cireumstan- .
tradó antcccs~or qne · revet·LI}>SC á circulaç.;Jo cias c~Jieciali ssi m3S do lnn.ro ~ilendo e da re·
a q11nntia de 2/illH:OI>O~ quo mandnrn reco- penlirut Jmblicnçào, e sob o dominio de· um gn-
lber, no e:>crcicio tle i8i8 a J8i:l , ú caixa de IJincte qlic niio púde ~er de modo al~um res·
amortimrfio., t-'m virttillc do disposto no der.reto ponsavel pelo :teto, que a todos es1•anta.
da lti tle .\brll de J8i8, qne DUtol'izou a cruiss[to . A im(lOI'lancío dos intere>s~>s comp romc~tidos,
de qQ.OOO:OOO:}OOO. • . jil cons ider ndo~ em relação ;i mouicipalidade du
Ante o quadro medonho do pnp el-m t:~ eda , c.ll·te, eram ·por lii sós sullldenü:s, qnnndo de-
fmnc;uncntc dcdarado ao pttblico, n ~o crtt pos- veres sa)!' r<~dos não.csth·es•t•m a recomm end~r
siyel que~~) quizesse .substituir ·o CJU:tdro ma i ~ o conhed.monlo do r~cto, par:J o:"~i gil• n imme·
tcmem,;o a in tl:~ do p~ pcl remoe:b não conhecitlo dí:l!ll pnlJiicnr_-5o do nv'iso. · ·
do pni1.. ·. · E ape%nr d is:>o, viveu ~pulto nté hoje, c.omo
O ar~. 21 da lei do orçamento-, applicando ao ~i :1 res llón sabilida<le . v:tsl~ da r esolu,ão pods;:.o
resgate dll. [l:tpcl a importancia do saldo da r•~· cnber 30 goYcrno :~clual.
~eita ~ubro n dé:;pczn ot•dinarin e o producto do O Su. Jo;\QUt)I N.úuco: -~Iclhor sol"ia· ·s i hou-
ttntJ05to de rumo. não ntttorizuva a mi.•,;5o do vesse tanlbem guardado secreto o decreto relt~.·
papel resgatado.. . tiYo aos carris-urbnnus.
O Sn. Jo,,·~UDI ~Anuco :- Ajlolndo; ti um prc· . O Sn. GA.'I'IÃO PEIXoTo vê q11 e o Diario 0 11icial
c.edeute al•omlnnvel. · de hoje, pulllicando o :t\·íso de t .•de M~t\~O, pro·
O· SP.. GA n Ão PEIXOTO (liz q tw uiio :mtorizav:., cur:ou e:tplitJ:~I·o ; mas :t ex~JiiCa ~·iio d11d:t tl uma
porque o ~(!ll tt•xto n ada contém C]ue se n •la- l'lntmda pcin1· qu ~ o 30iteto . Coufes~a a folha om:.
eionc no mun o ~ com · semelhante fad o pos- ci;:! que tJelo d ~creto n. 2 1'1::! de i O t.lc Abril de
sivel. · t8a8 O privilegio ll:t companhi:t jiOI' 30 .:Jnnos
· Niió :tutorit~Ya , vorc1uc a ·especial tHsvo::;iç:lo ·do!Yin gt!t con t:tdo de l Soo·, dnla tl.a concessão, e
da lei itnpt' l:l:IY:l J.>Cio menos.a nJn t•ma•:iio lllg"is· tet•minar JlUI' isso em 1886; ncresce nt.1•. pore m,
lativa de r1 uc~. se lJlHH'ia diminuir e não nugmcn· que, 11c!os estatutos da cnm\ltlll !lia, foi ~ Iterada n
tar o p:• pel em circuhwão. · · concessão, de\'Cndo conlnr-so o lll'aZ:o de 9 de
N~o au tori zan. po1·qtlt.l n approvaçno do de- Outubro dll 1868, c por j!o nnnos,
creto, comn emenda que reduziu o ·qwmttún da Como se ~ltcrn (IOr estuLutos uc. umn co mpa·
emissão, envoh• ia :l t:tcitn :tpprovnçiio do~ f:•clos nhia uma concessão feit~ em virtud t! de uma
que em Yirlilde deite ~c ti"vcssem con ~u u1m ~d o. lei, não o .diz o aviso, ll l'lU a explicacâo, e .
ni!IS"Ul'm 1JOdcrit corupt'ehundcr em face (lo di· ·
O Sn. F~tu.:r o nos ii\;o.;Tos:-0 que é preciso é relio.
1:cr a iei em <JUe ~c t'umlou, Como por um simples 3Vi~o se espaça umn
. · O Sn. G,w ü•l Pr.txoTo alllrma que niio auto· concessfio que ntrecta tiio profundnment(! direitos
rizaYa, porquL· n lei do orç:unente, COI{il:mdo d:.t l'. deveres, discriminados e uelhtidos CUI ilm de·
hypolhcsc · lle uma 'ltmnlidmle certa de"papcl - ereta fundado em lei, niugucm o dissll c uin·
moeola e:o\i~lc nte na circulnr;iio, nf•o J!Odia co n· gucm o comllrchenderli. . · '
tradiclOt'iruuc ulc t.Jnccn ;ll' a id'-':t de uma uov.:~ E e1tmpre nolnt· <JUc hn muílos nmws, no rui-
omiss~u [1:•1·~1 l"Csgatal ·n ti11ubem . nistcl'in do J ~x m. Visconde do llio-BI'nuco, pre-
; E, p or t:~uto, ~ô como impo~içfio da um:t ne- tendeu ;1 r,o mpanhia, sem o con ~e;i uir, a inter·
cess idnil C in vt.•Hcivol púdc·se CX IJlicni'·Oneto do prct~ç.ilo quo ob tovc, t1Un:< i cla nd &~ linu mente, a
ministru. Cu111pre qut~ o p:dz saibn quaes l'oram t:' (ll!. ~~~ r~ o JlfOl>.imo lindo. · ·
.ns causn» quo o dct,,rminarmn c porq uo u;io rc· Em t~cs ()h•c um ~ tmteittt' cump1·e o ot·ndor ·o
cot•rcu c Ire ú.o per:u;.\ícs de credllo, parn ns I}Uaes seu dever , c cr~ senir lcnlmontc 30 seu ptllz,
. cstnvn :tttlor·rt.:ltlo. honr~r os enrnctcres mi ni~ter i ae~ 11t1e deixnt'llm
. O $.Cgundo rncto, mnis impol't:mtc sob o a.~; o poder, o d:~r uma prova de co nfi:~nça no g3bi -
pccto da moral administraLh·a, excita natural- uetc, Q CJUCtn :tpoin, fol'inul~ndo O seguinte
mente a CUI'io;:icladc public.1, · rcquerimeuto : . .
PoT simt~l cs avi~o, c depois do renhid:> dis- Vem á mesa. · ~ l ido, apoiado !l adi~do por ter
c.ussuo na ltnprcnsn, s ubitDmentc, e quando iit pedido o Sr. 'l'heodoreto Souto, o segninte
largos dia~ corriam plllcidos sobre n SCJJUitui·n
ministeri:1 l, ~urge n publicidodll do nr: to de L• R equei'ÚJICIIto
de .Mnr~o, pelo qtwl foi o privilp.gio do compn-
nlna Dota.nil;ctl Ga.J·dt'n3 Rail Rood estendi do Requeiro qne se pec;nm no governo, por inter-
nlll i 893: · · medi~; dos respectivos mioistcrios, as seguintes
.. Tijo inesperndo successo dBv ia l'Ol'prender a infqrma\.OOS :
todos pel:• t.1rdin publicaçiio e pelas circum- Primr.irn.-Em que dota ordr.uott·se n reemis·
~tnnclas que o l'CYcslem . · s?io dos ~ . .\00:0008, que fornm resgntndos nos
Porque uão foi publicado o aviso mab cedo 't termos. do decreto. de tG · de Abril de !878, e ··
De l. • de ~l:~n·o nt~ :i subida do nctu:tl governo quaes os motivos que provocarum essa or·dem?
o .pcriodo é longo. Como se explica o ft~elo, ma· Segunda.-Tinha então o governo necessidade
xtme para concili<n· n dcmorn em · d t~cldir n de recursos, c não qui~ Catei' ot~eroções de cre·
queswo alé esse momento, o a 11res~u em re~ol· di lo, ou crnm estas insumcientes para pr•ovcr ns
vêl·n pouco ~ntes da mudançtl ministerial~ Nem necessidades do thcsouro?
Câ'n ara do s Depttados- Impresso em 27/0112015 03:4 1- Página 16 de 18

Sessiio em 15 de Maio de 1880. 149


TereeirB.~Em que dot.'l !oi resolvida a· proro- · Sr. presidente, possuindo o Parnn:í desde
gnçlio ou interpretação do p~ivilegio da compa- is:» a sun estnçüo nrrecr.dadorn junto ii serra, ·
nhia Botanieat Gardens noll Rond, e per que elevando o Rio Nt!gro a povoado, povoa!ldo
não foi o aviso publicado mais cedo 'f . S. J.ollren~:o, abrindo em · umser t ~o de l8Jeguas
Quarta.-Tevc .a.oompnnhia eonhecimcD.to da a eslr:~da d:1 1\latln, que mais podia fa1.er para
dellbero~ilo do :;overoo, o em quo duta ? · · . ser reconhecido o ·seu uti poss•th!lis cni !866
Quinh.-Si existem, cópia de todos os pape1s ·quando a tJUestlio fos>e unicnmoote tlo . seu uti
relativos ã quesHi.o.- Gavião Peixoto . possidetis 't . .
Pois bem, . a soaledadc hamiH"I-I'~IJ CZa fundn
O Sr. A.lve.!!l dM A.ÍOa'\Jo: '""":'Sr. S. Derllo orn nossas terms, qua udo para co!onfas
presidénlc. nlio Yenho nbusnr dn attenção da lhe olferecerlamos rtunnt~s devo! utns t>ossué o
cnmar:t"; niio o ramíjá m:•is, e muito .m1.1nns Parnn.i, o S:lnta Ca t lwri n~ diz sua a colonia
hoje rjuo· est3mos .nos ullimus momento$ d<: quando l~is do tempo de S. i'aulu determinam
nossa ~essüo. Entretanto prtlciso da tribuna· fa- nosso tcrrilorio. . .
zer com o m:~ior empenho nm pedido ó i.llns- As leis do · P:.~raná fix.:.un o local · de suo.
. trad:1 eornmissl'ío ue assem b1 t!:~s proYineines dos· arrecadil !i~O, o presidente dn provi nci<1 as executa
ta nug"Usla cnmnra; c este podido, senho1·es, re- e a ai:çiio central mand:t que "'~'~~~ leis provin·
fere-se a leis ultimamente promnlg:u.las tJela ci~es não tenham vigõr, que se leva nte ess~
provinda ·de Santa Cntharina, que c~llo r.am a bnrreil'a c se ullrn todo o s11I dtt Jlrovincia para
província do 11~r~n_:i, ll~los fn1•ores o!Hcines qt~e Sant:~ Cnlharlna I ·
lhe concedeu a ~cçuo ceotrd, na postçii.o D mats O Sn. MA.n.TINHO CAM,os :.....:E' acção ·irregular,
anormal, nilo em rcferencia u solu1;ão que pos· porque o Sr. ôinimbú n5o podia re vogar Jcis
sam ter os limites entre as duas t>rovincias,.
porém ·ern rd:.wlo 30 s1m commercio, ·IÍ sua pro~inciaes t>or um a:viso seu.
administração e· relaçües Dsc~es · e judiciarh•s, O Sn. A!.v~s DE AllAUIO:- En!r'lll:.lulo o nossa
que o!Jríg~m os povos e dirigem os poderes: barreira foi suspensa, barreira que Uscalisa o
Sr. presidente, :1 assemhléa de minha t>ro - sul, assim eomo ::1 da Graciosa o no1·te, isto ·ú ,
vincia mandou no governo imperial uma repre- todos os productos que ~ab i,;se~n do P~rnná
·scntaçiio, que foi rcmetlida a esta camara rtelo t!Slal'am sujeitos ao • mesmo 1111posto: eis (jUe
Sr.-ministro do imJlcrio; e.ll:1 resum·e a situnç;io vios.~em para Antonina, ns que llrcfcrisse111 o
em IJUO oH! nos acll;,mos. Não a lerei tl:trn não Rio Ncgt•o sujeilu,•am-se :is leis decrel:•dns pelo
fat.igur a attouç5u Ja ca.:a em hora tão adiant~da. poder proviocivl, cuja e~ol:b il1uJcia ou cxce~so
Ahi denoi:uos nossa justa queixn, o dlrflilo que sú podta meret:er cot·rccç1w do pvdcr l egis l~uvo
firiU:t D CÓmputeucin, :tS r~ll,iÇÕCS • d,itnccis Ql~a geral ·
se ()JI'ei'CCClll a dUm! proVInC13S VlZJDbas, CllJO ..Amençnra-se qualquer conllicto '! Neste caso
maior interes>e, e.t]ue cunstitue o m~u 111ui~ seria melhor conlído intimando-se o p1·esidcnte
vivo emp•mho, ú Yel'ns amigus. e semt>rc pug· tle. Santa Catharina que respt'itasse o tlti po$si-
nando. pola sua prosporidado. : · dc•tis, que 6 n lei de momeuto que se i mpõe" ds
Seri1 elb. o Cocho das poucas pnlanas com dttbs r>rovl ocias. · -
·q uo occ\\ (10· :1 nuençiio da ns~emblé a . As..;im não se fez, e iodos os producto, do .J::Ido
Devo nntnl' :i ·cl!ru:u·n dos Sr$. deputad(ls que d~( L.111:1, P<~ lm~ s. Pon la Gro.<.->:1, S. Jo:>ú elos Pi.
o illuslrado t•r.pr~utlnte da provilicitl do Cc:1r<i nhncs, Palmeira, Tibngr, Ca:<tro c Uio Negro,
ex.-mlnlst i'O do .·:.!uhiuete Furtado, o SI'. ~onse­ que dirigir'(;Jill·se p~ra a prov-inr.ia <lu Sn.ntn Ca·
Jiwiro LiLol'nlo Bnt'l'o~o, lrnvia est:1belecldo li· t!mriaa, . ntrnve!S·1Jll zomlJauclo de n ns~ns outo·
miles provlsot•ios t!Utro a~ dttas provlnci~s. En1 ridades e de nossas l\lis, pol'fl llC niio hn ·uma
~eR'uilb o St·. Mar<Jucz Llc Olinda d1.1lerminoo. barrcil'n. n(~\U um ponto Ollll(~ ~c poss:~ l'Obl'ar o
que crnquunlo o poder legislativo não .os dud- imposto, tornando-se privileg-iaJos todos· esses
disse vi;;om~se o uei lJa&sidcti.s . ru·óductos, no l>nsso que os demais não podem
De antão purn cá, Sr, presidente, os factos son·,·er a competencit1. ·
· nsslm correnm : . E quer V. Ex., Sr. presidente. snbor o resul-
A emr•rczn de colonÍSll~o hn m hnr~ueza com- tado ? .t• ·que esse eontrab:mdo, estabelecido em
rneno~eabo de nossa jnrisdiec<lo ;Him i nl ~trativa .
prou em tcnn~ do l>arana uma porçlio, medidas· Jl<lr esses f:~ vo1·cs especine~ .. l's ::i pr~1j ud ic3ndo o
por engeuheü·o do Paranã; o Sr. Theodor'O Oclls earomerelo da herva mal r,. · •I ll l'•w incío , a ponto
e nbi eollocou os seus colonos. de torno l-o impossivt"l :
Fundou-se, pois, a colonia de S . .Donto. lm· Nll estado das relações impo~La~ :•u PMt~ná níio
medialninenlc o presideute do Santa C:ttbariua podemos coLnJJetir com t1 hervn mnHe benellcia-
constituiu nlli um districto de paz em i7 de se- da nu colonia de Joinville; tictl estn mo.(s bo.rala
ternbl'o de !878, cujo limite, rosn um lnnocente t6 em orroba do que n hervn hcnencladn em. An·
parenthesis, \'ni até em frente ú villn do Rio tonina, .&forretes ou. Coritib:~. . . · .
Neg1•o I Kslabeleceu llmit~s que eomprchendem Snibn V. Ex., so o mercado de llonteV1déo
o territorio do Rio Negro,. povoa~ão que run· Jlreci~n rnensalmen\e do MiO.OOO kllogranunas
d.:imos no anno do !8!8. ·de 11erv11. ntatte, o n bcnetlelada na ·c!llonla de
Não sondo bnstnnte · isto, consta,me que no Joinville, ondo existem est~belecimcntos de ne.
{lresente anno n nssembll\n provincial do Snnta gocio.ntcs, quo fornm do P:lramí e nlli esto.bo·
Catharin:~ tez de um bairro do. Rio Negro, ler.r.rnm·se paro. terem esses fa vores especinesl
. S. Louren1•o, uma freguezia s~n I . usurruiado ns vantagens qoo tt ncciio ccntru
S , Lourenço dista legun e meia da viltn do faeililu 1 supprirtí esse consumo. O commercio
Rio Negro r é allrauido polo seu iateresse ; niio .prelendo
Cãnara dos oepllados - lmfl"eSSo em 2710112015 09:41- Página 17 de 18

t5o Ses..qgo em 15 de Maio de 1880. ·


===============-==-==-==~==-·- =--=··-====
collocar meus coDlprovinclanos no monopolio SGftre a renda provi~clal e munlclpnl. Nós
do producto de suns terras, mas, como abundo· temos 4. •/a sobre esle v11lnr de 1.080:0006. que
nal-as qunndo na vejo ameaçados de uma ruina deixam. de ser arreeadad(!s p01 que nos..~as col·
certa' leclori.as est:lo ~.>neravadas p~.l:t Mc;ão ~nlrnl e
Ycja v. Ex. e~te pequeno calculo: esses 6..• ;. repreeentam f.a:t006; além de ~7 :0001
de pedagio nas barreiras 8 r;1zà0 de 91 C:tda
Jolnville Coritlbn · l.800 kilogs., e Isto prescindindo de Miar no
l arrobn de herv:l........ l,SjOO t ,s:IOO Imposto munkipnl. ·
Quebra de ao •;. no bene, O presidentll do Paraná dlc que a situn~o
fieio •... ... . ..•....... 360 uo creada pua o Paronú ·otrerece no t'{)rrenle anno
um prt!Juizo â provineia de 60:0006000. . ·
Acondicionómente etn ba\'·
ricas ........... . . ; .. . ' 400 .\00 Ora, uma província que nós oehnmos embtlra·
~spcta~ de beneficio .. ;. • ~0{} 400 çadn em seu estado tlnanceiro, encontrando
Idem parn embarque •.... 'i i ·sso seus corres exhulistfls. e umo di vida superior a
600 : 0008, podet·â salvar eeu crodito, garantir o
Di reilos geraP.s 9 "/o ..••.. t7l 170
Direitos provlnciaes 4 ' /•. uo serviço norm~l da admlnlstraçGo, auendllr aos
Direitos mnnicipaes .. ·.•.. - iO .trab~fhos pubflcos, que exrgern SCU progrt'SSO,
com esses tropeços que se lan~am ' em sua ear·
~~' . .
Posto a bordo.. . . .. .. . .. tl$603 36700
Prospere a provin~ia vizinha, são meus votos
· Que matn-~e o principal ramo do commereio tão ardentes como o de seus filhos, mas o Ler-
do Paraná é facil dcmunstra•··se, desde que uma reno que e11jo, 6 o da leal.ccmcurreneia.
arrobe· ti e herva postn :1 bordo em S. Francisco Pelo lado judtelnrío, não ó menor o vexame
eu~ta :!861U, e a que fôr da província do Parnn:í por que passam nossas autoridade; e nossa pG·
custa 3{;700. E' }lO~sivel competiruios e .eonti- pulaçiio. ·
nullrOtos a trabillhnr neste gcnero de· com· . O domicilio e Jogar do d ~U elo não firmam
Ulerclo' ·. . mais :a compotencia do rõrri. . · .·
Tudo pnrqne? Porque o producto .Pnanacnse, Deram-se ha \lOUCO crimes no ·Rio Negro,
qtte St! dirige pnra Joinville, ·gou de ravores junto li colonln de S. Bllnlo, · e as outoridndes
para eP.rt~ 11arte 1la pot•ttlaç.=io, favores do. mo· íie Solnvitle pc.~roram nos homens e lev:•ram·os
mento, como :~credito, mas bastantes para perdi.!r para o jury duquella cidade, Isto é, homens que
todO. os rahrienntes que se occup:un dossBrumo pr.1ticaram crime e.tn territorlo p:mmaonso, que
de ncs;ol'io, conlnndo que na~ leis possuollt suas nlll moram, que ulll slioquallficndos, foram Jnl·
l("aractias. emqu:inlo por o11tro. bdo ns lmpo· g:ados · ern comarca diversa e dlslinew· provín-
skões t\ a llst!Diis.,e!o deternunau~ um preço cia! · · ·.
impo~slvel enl uma lenl concurrenc•a.. ,. . .A aeçlio do J>odér/udlclal d"o Paran' Inter•
N~nhum d:1mn1l nos fttrla qualquer lei de · pondo sua compelenc a nenhum resultado co·
Sllllta C~&harina que por ai se OPpUIStiSC ao lhNl r · ·
ull p?,.idtUs, si :1 neção gorat não VIesse !!l'onr Allotn consta· mo que neste nnno,cm um bairro
ob~laculo á marçh~ rej!ular dl odminl~;lraçuo do do Rio· Ncgro clla acaba de crear umn ft'e· ·
minha ·província. guezl:~l . . .
O p,·,·Jui&o quo tem o t•anmú e que. ~ em re· Ora, si a p:lcif)ncln da provineln do l>arnni,
laçllo em o commer~lo do atonlevitlt.'O, do que que tem ~Ido dcmnalml:l nestn questiío, tonto
~~remns ex.peiHdos em 1lous ou tres tmno~. é do do povo co_rno dos podert!S puiJI.ico~, eneon·
10o:·ooos men~~es, nilo é unlcnmcnle !lar« cilo, trnr nlgul'm qllc s • diga ~:-ubdelegr~do em
v~i 1omhen1 nos cofre~ geral, prov~tclnl e mu• s. Lourenço a nprosental,o â policia do P;~ran,,
uicltml tio um11 n\.1ntJiro que nlio nl.Jona o.nosso 1~ara exercer autoridade que n5o lhe compete,
erilerio 0 ll l•U t~eiro • . tcrd rn&io de queiXA quom prtr essa f,jrma se
J:xf>t.em em s. Fnncl$i:o cinco engenhos e rn nlvo dll Ulllll jllstn l'epre!nlfo?
prcpAt'am 3iS;OOO kllogrammas de llervn, pnra O Sn. JoAQUIM NAnuco :-Decl3ra·se a g-uerra.
\501000 que o· Par11na t1re1•arava com destino a
.Monte\' i déo, dovomos ~Jcul11r quo, n JIOI'mnner.er O Sn . FREITAS CotTINno :- Porq11e-. não ·tem
o Impedimento de fo&et· cumprl•· com ·ign11ldade reagido nlé hoje T · · .
as nossas leis no llO!SSO terl'itorlo, melbot· é ncon· O Sn. Ar.vxs »R AnAIIIO :-Rt'a.gir contra
solhnr à lndustt•ia dn provincio que fecho suas quem 'f .
fal.lrkos. · O Sn. Uoau DG AnAtiJo :-Não 11odla f11zer
Solfrc a rcntla got':al, disse cu. Si .o no>so mais do que lem reito.
commerclo nnnunhnente é de 5..WO,OOO kilo·
gr:unmns de bcrva,!l iOO réis, llCloéaleulo otnelal, · O Sn. SALDANit.\. AlAtmrno :- Devi:t reagir
tcmôs aqui 1.080:0006. c, pelas paul:as da contra o governo ~ntrnl. · ·
mesa de renllns de S. Fru1\C1~co, inferiores a O Sn. ALVEs DE AnAUJo: - D~·nos o nobro ·
noss~. 6!H: ~00,), 110B n Jl~Uia nlli t•egul:~ o deputado 3$ os~ombléas 11rov!neiacs c presi·
lil! réis. . · dentell nomeados peln. provlnela que nio ter4
o imposto de 9 °/o, sobre :t expol't.1çlo de necessidade de ''ir oqm solicitar providencias;
1.0!!0:0006. c de 97:i00"· caus1ndo um desfalque · mas em qu:mto bou ver esl., ordem du couaas.
oo Esladn de 3\:llO~,?, eobrand~·Se a 9 •;. aobre em qunnlo nosaos leis rorom as quo existem, eu
69l :2008000. nua pos~o dolxnr de pedir providencias ll u~cm·
Eis o di!fercnça· que oiTilrccem duas pautas, a bh!n get•al e neste rnomenlo especialmente, i
iOO e t1 ii8 réis. · commfssüo de uscmbléas provlncines q11c cha·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:41 +Pá gina 18 de 18

Sessão em 15 de Maio· de 1880, 151


me a si as leis promulgadas pela provlncia do coadjuvo o ea.mprlmenta do lei provincial, no
Santa Catbo.rina neste anno e no· :111110 ui limo e t~rritorlo mandado respeHor e1n virtude do
que 'ilê parecer para ser aqui discutida, sobre· uti po11itktia ; .e ainda mAis soft're porque o
todas as quo fo!rem o territorlo paranaensc no imposto de a "/•. que representa o quinto das
sell uti pr~Niidetis mandado respeitar pelo uHimo rcndns provinciaes, não póde ser arrecadado em
niinist rio do Marquez de Ollc.da, · consequencia de haver o governo ~reral cobi·
O que vignra é essa providencia, o que tenho h Ido restabelecimento de esta~õcs llscaes qo ter·
dlreii.O dl' exigir do gonrno Imperial e que ar- rito rio sómente. contestado pelo governo da
rede sua íncompelencia contendo eada uma &s provincia de Santa Cathariaa.
pro~lncias no preceito legal que as cinge e A província do Sant~ Cutb~rino, n despeito
obnga. . dos decretus do governo imperial, que estende
Hoje a questão está sffl!cla á ci.lmara. sua so- arbitrariamente os ltmites do seu terrilorio, e,
luçno é urgente, o !Jrojecto que se encontra no encontrando com as eslHÇões llscHe~ desta pro·
aennd!! já· niin satisraz porque nos~os vizinho~ vinr.io, inutilisn-as, clamundo contra os. actos
longe de guardar com calma a palavra do poder le::nes do Paraná, sem· tJUe a acção do governo
competente tentam. solu!:ues Pl'eCitJit~fias que imperlal mantentJu o que ordenou vigorasse em
a.meaçnn• multo de perlo a tranqulllidado ilos quanto o poder lugislat:ivo outra cousa nüo re-
povos, e lls garnntias do commerc10 honrado de solves..~e.
minha fli'O'Vincin. .· O governo de Santa Cn\harlnn, a seu turno,
Reitero, pois o meu pedido ó eommissão das determinou limit~s à Clllonia de S. Bento, si·
as~emhlêos provincinos. tunda âquem de nossa anliga barreira da Encru-
Vem à mesa o I! mandado imprimir no jornal ttlbada, eumprebendendo nesses limites lodoo
da casa a seguinte terreno cúnt.;~lado e n propl'in villa do nio Negro
e nem um coJ•rectivo houve lÍ su~• acçõo.
lii!PIIESSN'\'AÇÃO Manlendo-se semelhante estado. de . cousa,
Senhor, é evidente o prejuízo dos interesses na•
. Senhor. -A assemblénlegislativa provincial cionnes, alétn do dl'lspresltgio !la nntoridude pu·
do p,,r"ná mais umn vez vem cumprir o seu blicn.
dever, tra~endo ao :~llo conhecimo•nto de VoS$o Não poucos foram os esforços que fiwrom os
:Ma~oresl~de Imverial que a in•·isàicção admlnis- actuaes dignos rcl'res~ntontes destn provlncin
trativ:~, jUtlici~ria e ecclesiastlea desta ~wovincia, no ramo ltllnporark• dG poder le::·lslitLilfo, pura
continú.a a ser perturbnda pela Injusta e 11ggros.· concluir. de harmonia eom a ~roviRcio du Snnta
~iva invas:io do~ habitantes de Santu Calharinil. Cnthilrino, uma quest:io. tJUe lao ilu pea·to .1!fecta
Nem a nnliga posse de tem1•os immem()riaes, os interesses desta p l'OVluc in ; a e~ to usembléa,
nem os dt·eretos d() p:overno imperial,- que tilnD· ~nimndn do cspil·ilo de·putJ•lotiJmo, tJUO deve
daram respeitar o· uti paaaidetia i ..nem a von· estreitor o Inço de csthna e .t·e~peito tLUe reci-
tnd~ dos povos manifestada em alveri!lls repre· procamente. 11rendo ·ns provmc1ll~ do Imperlo,
sent.1ções e por diversos orl(iios de rmbll~idnde pede llcen~·o a \ros~o al:tgestnd\J lmperi:J! pnra
na lm~ren~a; nem G opoio do poder le~tislnlivo sug'gerir o ~t•gulniC uh itt·c:
.e otdtln~ lermlnnnLe:• do poder exccuhvo têm Dlgne•se· Vosso ~llll!estude Imtlt~t·inluotnear os
obst: do nos embnraçoa e al3ques que con~tnnte· repre~ent:tnle~ dll n1ub.,~ ~~~ p•·uvlncllls no~. dous
menlll se levantam (NII'II impedir o cxerciclo dos rnmos do podL•rlolfi~JoLivo ollm tio eut ruunião.
díreilos de jurl$dicono desllt provi nela. pre;ldido 1101' uru cmudheir·o de Est~tlo, cuja
As lois deslo J)rovlncia, ~I chegam o 1&1' um oplnlilo U1i11 ll!nhn ~luo mu.ulfo!sl:•du n respeito
principio do ex··cuç:io, S1lo logo su~pensns s1•m du mntlll'ill, dl~culii'BIII 11. t!Uils\ào u rl'sulvcrem
nm neto legl~lotlvo provlnelul; 11 (Jopulaçllo .li deftnilivamcnlc sobt·e o limile tlus duns pt'O•
portllt'bnda dlnrlnmente pela lncomJleleneln dns vindo.~, senáo e~so rewluçiio provlsorloment(l
autoridudes dn provlncla tle Snnlo Cnlhorina; o decrl'tollo e Jnundlodn. I.IJtcculbr vulu go\·orna de
do·micllio ll lognr do delicio n•io m11ls garantem Vossn Magt>stade lnlJlcrfol 11tli •ruo .o púdet• le·
a CD\n\lek\neia do füro; os direitos llscBes pesnm gisltotivo ge•·al decreto o rjue julgnr uwis juslo
sobre umn pa•·Le da popula~iie da p•·ovincill, l.!m e. ncerludo em sua sabcduria.
beneficio ue outra. que, com lnrga .r.:ono (tberto, Paço da nsscmhlén Jegi~laliva proviucia! do
n,im!l-se de impostos, e as rendas !Jl'OVinclnos Paraná, 16 de Mnrço da jl)80 ,-,lla~!lel Alves de
diminuem, sem vantagem pnra nqueUn pro~ Ai'aujo, pre~idtmte.-1• ào Dupti#a Ferl'til'a
vincio. Bello, :1.. • secrolt~rio.- Tose Clelo da Silva, i. o
O govern~ de Vos~a Magestade l!np;.rlal d~· s~cretnri o.
ct•etou a lartra especwl pnra o. prJVIDCia do Rto
Grande do Sul, como m"io de impedir o conlrn- Entra em discussão o r~quel'imento ~presen·
banda em umn zona vasUssimn, e assim debellou tado relo SI'. Cosia Azevedo, :na sessão de 29 de
o mal, aliás reconhecido ha muilo tempo, mas Abri proximo Ondo, pedindo ctipio da corres·
não elllcazmenle remedtndo. pondencl~ ultimnmente havido entre o governo
E~tn provlm•ia, si não ncba·se em circum- 1mperi11l e o Sr. Emmunu.el Liais, dil·~ctor do
stoncius identicas, está entretanto em mais observatorio astrouomico.
affilcLivn situação.
Lá, o Hsro era enormemente prejudicado, o Sr. !Mart.lnho Campo• : -Nilo
mas a população Unhn goneros para o ~eu con- pedi a pnla vro p:1rn impugn:tr n ,·o\nçüo do
suma. po1' 1•reço Inferior; aqui, l'lolfre o Osco, e requerimento du nobre deputado pelo Amnzonos,
o commercio da provmcln .se obate ; sotTre o nem mesmo teri11 direito de o r;ozer, qu:tndo o
flsco, porque o acção do governo central nfio ministerlo deu no senndQ o mais beiJo exemplo,
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 C9.50- Página 1 ~e 1

. ,._ -. .~.:. ::-: .:..: . .:·

152 Sess<Io en1 17 de Maio de 1880.

facilitando no parl:1mento toda a qualid:~de de J BarDo da Estnncio, !tlonte, Barros Pimentel,


inforroaç.õe~. Portanto não tenho duvldn em que Zama, Prisco Pn~aiso, 1-'r_edi!r!co de Almeida, .
o requ11rímento do nobre deputado seja aj)flre- lldefonso de Ar~UJO, Alme1da Couto, R?Y Dar·
vado. E1·n meu dever :uli~l-o até que tivésse bo:r:a, So~to, Roilolt>h~ Dantas, Aza!ubuJa Mel•
informações. Sei mesmo que o nobre mínl~tro do rellt•s, Horta de ;AraUJO, ~nd rnde. Ptnto, Frede·
imperio, no relatorio .9ue roi di~igido :\ camnr!_l, r1co Re~ro, Dapt1s1a P~rmra, . FreJt;ts Coutt~bo,
dá :ti gunw$ informa~~s a respeito e port~nlo no.o Cor r? Ra~r.llo, Cesa_tto Alv1~1, Abreu e _Stlv:a.
me oppouho a qae ~eJa votado o requeruneuto . G:J\'!:10 Pe1xo~o, Marttm ~ra uci~co,_ Olegnt·w, J'e·
Vo....
~., . ..:..1\lu'to
s· ' 1 .
bem . muito bem
• •
ronymo fard&m, Theophtlo Ollont, Cttmnrgo e
FabiO Re1s.
O Sr. COC!!ta &bevedo :-Levantei· Fall:mmt com p:ll'ticip;lçiio' os Srs,.Aragão e ·
me pi•ra..~ rrrndecer a!!_ h~nrtulo chefe da maioria IIJelh>, Affonso Petma. Aureliano :Mngnlhiíes,
o ravor quo me t'ez, 11ao Impugn:mdon passn~ent Canl1ido de Oliveira, Flores, Francisco Sodré.
do meu f('qucrimento; e ~penas lcmbr~r(~J n Ferreira de Monr:t, G3ldino, Ignmcio·.":MarUns,
S. Ex. que no mesmo dia em que cu liz o l'C • aiello e Alvfm, Moreira de Barros·, ~foreir11
querimrnto nchava-se . [Jub!icadn . no Dicwia Brnudão é Silveira 1\fnt•tins · e sem ella os
Ot]icia~ a dis·~nssíio ha>ida no senado c na qunl Srs. Antonio Carlos, Almeida Barboza, Augusto
o nobre ,enador o Sr. lunqucira lta•;ia feito Ulll Fr~nça, Ah·es de Arnnjo, llulcão, Bellriio,
reque.dnumltt; que roi at>provodo e cujn cópi:1 llelrot't Duarte, Bezerra de Menezes, · Cal'los
é ·e~sn {jUC cu apre~ento. . Alfonw. Couto l\fagalhf1es, Costa nibd r·o, Diana,
Como o nobre dl~putado decl:.rou que uõo se Epnminonq:~s, Fr:mco (\e Al_mci~a., França Car·
oppunba :i . pa~sagen_: . do 111eu requerlmenl!l, valho. Felicto dos Santos·, F1dchs Bote.tbo, Fer·
porque as mrormo~~oes d:tdas ~o sennào·· n~o mmdô Osorio, Florencio tl.e Abreu, Jo:ti]Uim
poderiam sei' ni\gadns :t esta camara, qUJz Breves, ·Jonquim Tnvnres, Jose C:~etnno, José
np~na~ lembrar a S. "hx. qu~ já em tempo po1lia )f~l'i:tno, João . Brigido, Jeronpno . Sodre, Lu!.a:
ter dc1xado p~ss:•r o requenmcntp, ~r rsso que Felippe , Lourenço do Albuqu('!rque, Leoneto
os infurmnt'i)cs que peco haviam já stdo dadas ao de f'..a.rvalbo, Mallteíros, Mn·rcolino l\loura, Mello
nobre scn~-dot' o SI\ Junqucira. Frnnco, Manoel Carlos, ItJ~nocl Eustnquio, Ptsdo
O Sn. MAnTINHa CAMPOs : -...: Niio conhecia a. llimentr I, 8invnl, Serapbico, Sigism undo, Soares
discussão do ·sen~do . · Brandão, u:r::l f'.(lrVIllho1.Soula Lima, Silveiro
S
_ o

Não havendo mnis quem p.edisse it palavra, de Snuza, 1'heodomiro, "iriato de Medeiros o
ficou encerrada 11 discussão e aclit~dn a yot;~ção Franklin Do>ria .
. por f&lta. de numero. Ao meio di:t o 'sr. presidente. decl3ra não
Tendo 1l:tdo :1 hora, o Sr. presidento dá·pnra hnver sessão por flllta do numero.
odem do dia 17: . • 0 SR. 3 .~ SIIGl\BTAlllO, Ser\'Indo de l. 0 1 dá conta
i.• pal'te (até 1 hora) do aegui~ta · ·
i.• discussão do prujcctG n. H, destê .onno• EXl'EDJEl'iTiil
sobro matricula do estudante .Alberto de Seixas omcios:
. llarlins Torres. . ·
V dita do projeclo n. 9, relativo á estrada. de Do ministro do imperio, l)o t:i do eorronte,
forro e.ntro Carawllas c Phllndelphia. . l'c.n·tlltlendo ll& nelas dos eollcglos ehllloraea
do Angra dos Reis, Thlrra dll S. lliBo, Cabo
1!.• pal'tt• (ai ltora ou matei) Frio, C:.mpos, Estreito, J~nnssó, llnboraby,
Discussão do projccto de respostn :i f:alla do Borrn·llnnsn, 'Mac11hú, Mnrie:'t, Pnr:~ty • Re·
tbrono. .· · r.cntl.e", .1\io Claro, Santo Antonio do 811, S. Joiio
da Barril, s. Jooo do PrlncitJe, Saguorema, Va·.
Levantou-se :a sessão ds 3 M! da tarda. .Jençn, Yiusour:~s, Ara.ruamo, Cllplvnry e lln.·
guahy, ·da provincln do Rio do Jnnelro, coneer•
nentes á eleição d!l um deputado geral pela vaga
Acr·a em I')'. de Moto de 18110
deixa da pelo Sr. dep'!t:l.do PedrQ Luiz Pereira
de Souza, nomeado m1n1stro de estra.ns.elros.- ·
PRESIUil:-IClA DO SR• .V!SCONOk DI!: l'R.!IlOS
A' commissão de poderes. .
Dos presidentes das mesas dos collegios elei-
A's U. horas da manhii, feita a chnmnda, achn· toraes il.e Datataes e· Sanln. .Jtab6l, da provincia
ram-se presentes os Si-s. Visconde de Prados, do s. Pnulo, remettBndo copias autbentlcas das
Pompeu, M:tcedo; Sergio de Cnstro, Martinho a~.tns da eleição a que alll se procedeu para J?fe4)1l•
cber as· vagos deixadas J)elos Srs. Jose Bontfaelo,
Campos e Costa Azevedo. Carrão e Barão Homem il.e Mello.-A' eommle&lo
Compareceram depois os Srs. Saldanha Marl· de poderes.
.nho, Amcrico, Danin, Franco de Sá, Serra Ta· Do Sr. deputado lgnacio :Mortllls, de IJ do
vares Bel fort, Bassoll , Freitas , Rodrlgncs corrente, participando quB por motivos lmpe•
Junior, Souza Andrade, Liberato Harroro1 Tbeo· riosos n&o tem podido ainda comparecer ás
doreto Sou I~: Bo:r:erra Cavaloanli, Meira oe Vts· sessQel.- Inteirada. . .
concellos, 111anoe1 de Mag~Jbies, ·Antonio de Representação da assembléa prov•nclal de Ser·
Slqueira1 Espiridiio, Ribeiro de Mettezes, Ma· glpe, pedindo que aejam m•reados deOnltfva·
rlanno aa iflvu, Joaquim Nabuco, Eaplndola, menta como llml\es dl\quella provlncla os quo
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:51 +Pá gina 1 de 35

Sessilo em 18 de Maio de 1880, 153


outrtora o toram para a capitania de SergljJe Lonrcnco de Albuqner~ue, Marinnno da Silva,
d'EI·Rei.-A' commissão de esto.tisUca. Espindola, Barão da E~toncin, Monte, Dar1·os
E' lido e m:mdado Imprimir, para ser puhli· P;m.,ntl'l, Zama, Pri~co l>Halso, Uul••ão, llde-
eado, o seguint~ · fon~o de Araujo, Almeidn Couto, liuy Barj,oza,
.Souto. RoduiJJho Danla~. Aug-usto Frnnç~, Azam-
PARIICIR bujo lleii'BIII)~. Horta de Al'liDjo, n~zerra de
M•·neze-. ·Martiilbo ('..amiJos, Corrêa Rabello,
A oommi~s&o de constituiríio e fJOdere~, de- Freíla.~ Coutioh11,· Cnl'lo~ Affonso, c~·~nri" AI vim,
pois de pret•nchldas os rormali,lades exigidas 'rheudnmii'O, Theuphilo Ottoni, G~vião P!!lx.oto,
pelo art. 7 .n e ~ do relt'irnento dn c11mnra, ~u· l..euncio d" Carva bo, Olep;nrio, 1\fa'hd•·os, Ser~eio
tninon acurPdamenle as ~ct~s d~s eleir-ões pd· d~ l:oslro. Si veír:t de Souza,. C:1!!1'1r~o, Fer·
tnari~s d;ts par·ocbi11s de Mozng:.o, Ar·ará, Snli· n:ind•t osorio, Florencio de Allreu e Antonio de
nas, OdlvellaB c Juruty, e veritlc:1ndo t,-r,·orrldo Siqueira.
com a 11111ior regularidade todo o processo elei-
toral, e sem qne chega$se no se11 ~·.onh~dmenL·• Compnrer.eram depois de atierta a sessiio os
recl~mação alguma, é de par•'cer qne s~jam St~. Fdicio «lo~ Santo~, Smtza l.ima, l)i\velra
approvadas ns eleiçõeslifimarins das r~femlns ll'arLin•, .J.,~é Caetano, · :t.lurtim i"t·ancisco, Da-
parochlas d« Ma1.agr•o, Acarâ, ~almas, Odivt!lln$ l'llsL!l Perdr:1, Sou:r.a Carv:•lllo, Mei•·u d1) VOS"
c Joruty, da provincia do Pará. conceBo~, F1·nnçn Carvalho c .Fr.·deric•' Rego.
Saln d~~ commiNsões em U, de &faio de 18811.- Fllllaram rom pctrtipa«:iio os 81'S. Ara~iio e
Flm•e.t~cio de Abrer•.•-Ft•anco d~r Sá.-'-Esp,•ridião Mt•llu, Atfon~o L't>nnn , Aurelinno M:~galhiles,
E. de Ban·o11 Pi111enlel, · Ctu1dido ne Olivl'lira. F!nres, Frnnci~co Sodr6,
F~rreirn de M11Ul'~. t>~ld:no, lgn.,cto M~rlins,
E' lida e mand3da Imprimir pnrn entt·ar em M~>llu e Alvhn, Mureira du Dbrros e Moreira
3.• discussão a .~eguinte red~cefio: Brandlio; e >'~m ella os St·s. Anlonio C:•rlos,
PUOfECtO N. 298 A DE i879 Ahneídn Un• bo~11, t\lves de Araujo, Ahrr.u e
Sllv;~, BdLrã". Delrort J)nnrle, Conto Ma~nlhlles,
A assembléo geral resOlve : D•ana. Ep:·mluOt•d:l!< de 1\olt.>IJO, Fran,·o rle AI·
Art. 1.• Fico. elev-nd:~ 1i segunda entl'~ncill a m•~id:•, ~ illcli~ D,telho, Jo"«!Uim lkeve<, .foa·
comarcn dt.1 Ol:llras, anlig:t copllal do pruvincia quim THV<tres, J,~é Alarianno, Jeronyu1o Sod•·é,
do Piauby; l,uiz Felippi-!, Mnr,•olino Moura, Mello Ft•anro,
AN. Z. • Revogam·se as disposições em eon· M11noel Eusla«tuio, Prado l'imentel, Sinvol, Se·
rt1pbico, Se~iswundo e Tnvares Bolrort.
trnio. .
. Sola das sessões, U de Maio de 1880 .-Tava· ses~~o. Ao meio dia o Sr. presidente declnm. aberta a
rtr Bf-l{ort.-Aurlustn Frm1ça. ·
. . O Sn. Pn&SlnENT~ dá pura ordem do llla 18 do dente. E' lida e approvada a acln da sessiío antece·
Mnio a mesma do dia l7. · .
Osn. a.• sgcnr::TARio,servindo de L•, dti. conta
do seguinte .
l!lti.'EDII!·!'!·TE
8e•IIUlo et.a 18 de l\lalo de U~80
Olllcios :
l>DilSJDENC!A DO sn. VISCONDE D& PRADOS Do ministl'o do imperio, dP l6 dr. Mala cor·
rente, n••11et1endo a neta da t•lcíçiio dll clullores
SUMMARIO.- t~nut~•t&.- Projacto~.- Paroco ca.-J\,. 1;.-ta••s ciTe••\ultda em. al elo Agnlllo clu n ··uo pns·
d&Cfilu.-DI•cn,..o ~o Sr. t"ro.tas Cottl nlto. 1\o~u•rl· sH•!o m• t'N!J.tl\I.'ZIII de :l, Luiz de l'arahytinga.-
monto.- Dlocu"'"' dos Sr•. fornand~ Ooorlo, ·c~rloo
Atrvn•o, Marllnlio C~mpos, Gutloe Atlulli<>o l'esatlo AIYim A~ •·ummiB~i•o oh• po•leres.
\\JOa-tnlm Nabuoo.-Pnl!Uin" PAnn "" oneu oo m.t.- Du mlniN1ril· du~ ll•'l!'f."'los l!'lrnngeiro~. parti·
Votae:oG ~o roquerimouiG do Sr. Cost:!. Alt!ttldo.--Pri' chtando que, t•nr docrei<J do Hi dc~~e mez, Cura
molru dl•cu'llo do ~to!octo n. il, do t~.'--Erncnolas.­
Prunelra dlocuullo do pl·ojecto O A, da tK!IO, oobro o. l'DCOI'I'C!faiio lnt('l'ilwluento ctos n()gncios d:< Dgri·
~otradado rarro ~o Philailelpbla.-Diseurso doSt•. c~sari~ cuHill'll, cumnwrcio ~ obt·s~ pultlh'o~, durante a
AIVim.-&.EáusuA PAl1'E DA OllJUUt DO 11-U.• --IJI.geus.srlo do P.I'Q .. ~UStlncia du miui -tt•o d"IJl:lell" repn•·t·ç '0, que
~eLo d~ roopostil. fi r.,n_. llo lhrono.- Dl8eur••• do• Srs.
Froltaa GautLnho. Soroita (pre&ldeMo do consoohot, Fer.;, ~COUIIInnha pre~L·nh·mente i5un Mngeslude o Im·
n1odo Osorlo t! J.o~quim l'iabuco.- 1\odae~Jcs, perador ao ~llrnmi.-lntt•iruda.
Do ministerio d~ :~~trh·ultura, 1le 17 de l!aio
A'g H horas du m~nhii, feita :1 ch~marla, achn· corrPute, remcllendo copia .tu orucio em que o
ram·St+ prc~entes os Srs. Vi~coude do l'•·ado~, direetor 1-rer!tl dos co•·reios proJJÕc «I ue a J'ep.1r·
Pompeu, Ma1·cdo, Fmderico do t\lmei•lo, Costa lkiin do coi'I'Pin d:~ provincia de S. P:t ulu seja
Azevt!do, Saldunba l\Iarinho, Serrn, Jerouymo clevndtl li cr,H,:orla dll (.u claase.-A' cotumissão
Jardim e Andrade l,into. tle nrçnmento.
Compureceram depois da chnmnda os Srs. Do vre$hlt•ute da Jll'ovinrin do Uio deJnnelrode
Amerien, D_llnln, l~abio Ucls, FI'Dttl~o do !.'11, ti:l de Mnio cor1·once, t·emt!Uendu u~ "utlw.nlícns
, Fronklin J).. rJo, Jo~d Bus,;on, Frf'itl'~. Uodriguus do e,•Jie~tlnell\iLul'lll do 8t1t1l:1 Marin M:•g,lnlena,
Junlort Virloto •l·l Medl!lros, Jo:lo Ul'lghlu, Sou1u da tlrovlncln do I\lo •lo Jun h'o, da eleiç~o 1\Ue
AnrlrtHlC, Llberuto Uar1'oso Thoodoreto iloulo, a\li t~-o 11rocedeu tmrn Pf•'OIII~hlmento iln Vnlfll
Bezet'l'll CtiV11lcouti, alnnOill Ctwlo~, Mnnoel de dt•lltllda p•llo Sr. dt•JIUludn l>ellto Luiz Perl!ir:t
Kagttlhilcs, Co~ln 1\tltelro, SoiH'04 IJrnndi\o, Jon· do Souza, uolltt''·do mi nbll'O do cslrnngelros ,;...
qulm Nabueo, Esperidlüo, l\lbelro de Menezes, A' commls~ao lle .Ilodot"t~s. . .
Tomol,-iO,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:51 +Pá gina 2 de 35

154" ·sessão em 18. de Maio de 1880.

Requerimentos: Do Dr~ Antonio José de Souza exame do referido ~nno, senão depois que
pedindo um anno U.e licença com ''cncimenlos moslr:~r-se aprovado nos CXlltnes do fntim e geo·
para tratai' de ma saudc.- A' commissão de metria, prepar3torios que uinllu lllfl faltam.
pensões c ot·den:Jdos. · . ArL 2. ~Revogam-se as disposíÇi5es em contra·
Do badtare~ Antonio Est~v5o de Oliveira e r10.
seus irmãm:, re··lauwndo.contraas disposiçõesdo Puço ela c:.mara, H de M3io de {880.-
art. 22, 3." parte, e nrt. li8 do regufamento ~ue Fi·a nklht Do1·ia.- Leoncio de Carllall!o.
baixou com o avi"o de 28 de Fevereiro de Hl1ta,.
-A! conHnis5~o de nw1·inha e gtterrn. I'noJRCTO
De João )Iaria Cordei1'0 [,ima pedindo pt·ivi·
Iegio pnra o pretJ:Iro do a~~ab.y, bebida .U5U:tl 1880-N. f7
nu provincia do Pnrá.-A' commissão de com-
mercio, iuutt~u·i~ c artes. A' commiss1io de pensües eorden:Jdos foi pre·
sente o requel'intento ele Francisco Baptista da
E' lido, julgntlo ob,jecto de deliberação e Cunb~ Mndurcira, jui1. de direito de ltapemirim,
mandado imprimir o seguinte ; da província do Espil•ito Santo peuindo um nono
de licença com o ordonado pal·a trntar do sua
Pl\OIECTO
saude.
1880-x. 15 . Allega o SUPillicllnle achar-se gravemente en·
ferlllo e nüo pode1·-.se. demorar naqnelle logar
O cstudntte Olnro dos Guimar5es Bilnc p~dll sem. gnvc dnmno de .sua saurle c curecendn de
para ~er uwtL·ieu!:,clo no i.• auno dn esro~a de um anuo de licença para tr<~lar-se, pede a esta
medicim1 tlc:<tn cid:1dC, comqttanlo lhe faltem camara a r~Jferida licen~a.
seis mcze~ c nlguns dias p:;ra completm· a idadtl Provn o supplic~nte com ;~l!cswdo medico sof·
legal d:' mnlrkula. frm· de m:mia aguda e precisar. ·[leio m~nos de
A commí~siio de im:trucção publica, cxami· um anno para sctllratnmcnto ~omeçndo jâ, nesta
namlo utt,~ut~mento ~ petição do referido cslu· curte, na l~asn desnudo do Dr. Eira~.
dantc. e bem :1S8illl os documentos qu~~ a ins-
trucní, yerilii.;OL! c~tar (}rovada a allega~·~o t·d~­ Att<mdendo a commissão :.ís ·rnzõ•~s expo$las e
tiva li i1lade. c J nnt.amcntc que o pellclouano j ulgando·t•s procedentes, é de parecer que ~e
adopte o segumle
foi ;~ppro1·atlo, com as notn~ de p~enau1ente e a .de
dislinc:·~io. em todos os exames preparatorLOs A assembl~a geral resolve;
neces~:i\·íos. Assl11i, é de p~reeer <tne se concc!J.a
~o pctidon:1rio o favor solicilndo, ~ para ís~o ArL 1.• E' nutot·izarlo o governo a concede\'
aprescn.tn o.s?guintc ao juiz de dimito de llnl)emirim l'rnncisco Bap-
A ~ssentl,lé~ geral resol re: tista dn Cunho Ilbdureira., um onno de liccuça
coin o re~pectlvo orden.:~do para tratar de sua
Art. L o govemo ílca nutoriwdo 11 mandar snudc onde lhe convier_
0
.
ndmittir ú nwtrit:UI:\ ilo Lo nuuo da escola de Al't. 2.• Ficam reYogadas as disposições em
medicina do Rio de Janl}iro o cstud~utc Olav1)
dosGllillHlrfles Bil:1c, a quem flca diS(Jlm~tulo o co nu·ario-
requisito ú:1 iti:Hle legal. · Sala dns colmnissões, em 1-i de ~faio de !880.
Art. 2." ncvO!:alll-SC a... di~po<ições em con- -Almeida Cortto-JGltquim Sen~.
trario. ' PROJECTO
P~ço d~ c:una1'a, :l.fJ. de i.\raio de 1880. -
FI'CJil.kUn Dol'i:c .-f,coud(l tlc Cro•valltO. 1880-N. i8
PROlECTO A commi~são de pensões c ordent\dO!:, tendo
presente o requerilllento de Frnnciso José Car·
.!SBO-N. !G doso Gnlmar5es, juiz de dlt'eito d:t comnrcn do
Assü, Ui o Grande do Norte. em quo pede vroro·
A commis~ão de instruc•"fío publiea tomou gnç5o da licença por nm nnuo, com o compe·
conhednu~nl o tln püli,~fiu em quo o e~iudantc
1\aytHUIHlo .lo.<e de Siqueir:t Qnuiroz requer ~e,ja tente ordenado para lrutnr tlc su~ sautle, c à
vista tios atteslauos medicos <llle apresenta o
mnndntlo nwtricu.lar no t, '' auno dtt l'aruldade supplic:mte
de mediciim desta citlade, com n condição do em <Jile prova nchar·se em estado
u cces~ilar dn f1cença impelraua, ó do parecer
prestar on!Mhles de r!nometri~ c latim, que lhe de liUC se o.do piO o seguinte
fallam, antes do ser admittido a ex.o.mc daquclle
unno. Con~illet·ando n c:ornmi~são CJUe ~e acha Assembl~a geral nsolve:
provada n 'lll t~~nt15o do peticionaria pelos docu- Art. L" E' âutorizndoo governo n prorognr por
mento~ que juntou; e bem 3ssirn, allendendo mnis um nnno a licença coneetlida n Franc1~co
:~os preced~nh:s estabelecidos !leia camnra do~ Jose Cnrtloso Guimaràos, juiz de direito da co·
Srs. det}Ul:ldDs, ú d~ pnrecer •1ue se defira o marc:;t do As;.ú, }lroviucia do Ri1) Grande do
mesmo }Jeticiounrio, corn o seguinte Norte, alim de continu~r 11 tratar de .sua aaude,
A asscmbl~u gct'(ll l'!lsoh~e : onde lhe convier.
Art. :f.. v O gl)verno llcn nutorlz~do n mnnd3r Art. '!.• Ficam l'()Vogndos os disposições em
mntric\.llar no I. • anno da ft~eulclndc do medi- coutrurio.
cina do Hio de J.1neiro o ostudo.nto H:~_ymundo Saln das com missões em 15 de l\Ini'o de 1880.
Jos~ de SitJUeira Queit·oz, quo nuo l)Odera prestar -Almeida Ccmto.- Jooquit11 Scm·a.
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 09:51 ~ Página 3 de 35

Sessão em 18 de Maio de 1880. . 155·


Silo lidos c mundados imprimir os seguintes 11. lo!i, de 9 de .Novemhro, vê-se no numero dos
que Coram feridos no comboio ~c que ralla1 e.
. PARECERES na de n. t39, .d eU de Fevereiro ilo segmnte
!88o-N. õ. ·anno, sua nome~ção de alf~res em commlsslio.
Sem bases, · pois, para hem e5ciarccer·se e
ConC681àrJ d~ soldo po1· .inteit•o ao al(t1·es t-e{o1·· emit\ir juizo relativamente á petiç:1o sujeita ao
· · madrJ Aooioli de Yasco11Cellos. seu exame :
Con.sldernndo irregular o modo pelo qual veio
A' commtssão de marinha e guerra foi ~re ~ a me5ma péliçfio a esta augusta camara, sendo
. senl& por de~p.,cho da mesa d:~ cnmara dos l:irs.
dei.mtados, de 7 de M:~io do nnno proximo ·findo,
COIIlJl foi remettidn directam ~ ntrJ 11ela secretaria
militar da presidencio du re!'er·ida IJI'OVincia, é
..
• o r equerimento em que o alferes t•cformado Bel· a commissão de mnrinlm e guerm de p:necer
larmino Accioli de Vasconcellos, enr:arre~r.~do que áccrcn do assumpto sejn ouvido o governo,
do deposito de artigos bellicos do província do enviando-so no ministerio da '!ucrra os pnpeis
Cenrú, pede n concessão do soldo por inteiro dn juntos. . .~ ..
tabella que baixou com o decreto n . ~lOã de 8
de Fevel'eiro de t873. · · Sala das commissües em JS de Maio de iSSO.
Ouvido o governo, em vista do pilrecer dn -J. C. Azeve_clo .-A. E. de Camargo.
mesma commissf•o sob n. 9a de :; do se~uintc
Dicl, l"tmt'!neu-lhe com o :wiso de 30 a mror· 1880-N. 7
mação da secretaria da guerra, com ·a qual se
conformou . ReclamaÇão àc maio!' anti.fJ1lidrtde de pasto do
· · Desta informn!fão e pa()eis annexos, ve-se que .co.pitcro Joaquim Sabino .Pires Sal(Jado.
o requerente foi retonilado em 1866, com vinte
vigesim~s quin!os partes do soldo dn tnbelln Foi presente á commissiio ile m~rinha o guBr·
que então vigorava, e que o foi r!X · of!lcio por ra, por de~pncho· dn mesa da cilmarn do:i Srs.
inspeeção de saude a que Joi submettidQ. deput:rdo;;, de U do corrent~ mer., o memorial,
· As~im que, considera~do 11 commissão q~e o . de !i de Abril ullimo, dQ capitão do corpo de
defer•mento. da P.retençao do requerente 1m- e~tado maior da !.• classe, Joaquim Sabino Pires
portaria dar elfe1to retroaclivo á lei que co_n · S:llg:u~o, no qun~ cx.pondo as r:u:ões .om, qtto
cedeu os ·soldos da tabella de 8 de Fevererro ~sscnlo a pfetençuo de obter m~ior oollgUJdade
de !873, dêterminando que vigorasse · dnquolla !!o posto ,1ue tem, oio~tra· não ser easo novo o
data em di~nle j . . . . -deferimento da sua pretenção.
ConsidHrando que esse effeito retroactivo não · Em faltn dü necessarl:~s ·inrormnçõcs para bem
, póde tamb~m lei· logar,- sem oll'ens:r. da dou· julgnr das razões expostas, julga n comm!ssiio
trinn elnrall\e!lte expressa . no ~- 3. o do art. 179 conveniente ouviNe 0 gover~o; e con:re~~tnte·
da ~rta: pohllea do lmperm, ê de ~recer que mente, é de parecer. que seJa o memorial do .
·nli.o seja ntlendlda Q presentepretençao . rererido official remettido ao minislerio d!l
Sala das commissões em :18 de Maio <le 1880 • . guerrà. · .
-1. C. A.:evedo.-A. E . de camargo . Saln d:~s commissões em t8 de Maio de !880 .
. t880-N. 6 -1. C. A.:evedo.~A· E. de Catnal'fJO.
Pretet~Ç{io de maior anli,quidade de po_&la do 1880-N · 8
al{ere1 bf1miz Tclles, do 16 . • batalilà'o.
A' commissão de pensões e ordenados roi pre-
A' comn1issão de ma~lnba e guerra foi pre· sente o reqoerlmento de Firmino Joaquim Fer·
sente (lor desp.,ch'> d11 mesa da eamun dos Srs. reirn da Vcign e Pedro Virginio Urlandinl, este
. deputados, de 8 do corrente mez, a peti~~iio rena escrivão e aquelle nJmoxn1·ite do nrsennl de
ao corpo legislativo por Felix Barreto Muniz mnrinh:r dn eõrte1 pedindo augmento de seus
Telles, alferes do 16. o ~talhão de infnntaria, vencimentos ; é ae parecot que sejn ouvido o
~ddido á.. companhia da mesma .armo da pro· governo sobre n protençilo dos supplican,es.
vincia de Sergipe, para lhe ser conferida maior
antiguidade desse posto, alle~ando que só por Sala das commissões em H. de Maio de ~880.
esqucciment() ou omis~ão d!llxou de s_e r con· -Almeida Couto,-Joaquim Serra. ·
lemplado nn promoção havida em .30 de No· 1880-N. O
vembt•o de l8ti7 ; visto . como, havendo sido
ferlclo no combate de i9 de Outubro desse auno, A commissiío de pensões e ordenndos, tendo
como prcsellciara o general em chefe, Duque examinado o requerimento dos· carteiros do
de Cax1as, este o mandara elogiar em ordem do correio geral dn cõrte em que pedem a promul·
dia, sob n. US7, de 3 do seguint~ mez, de~r.l!li· ~IIÇiiO de uma lei concedendo•lhes aposentadoria,
UlDdO ainda que fosse rromOVldO no prtmCifO
posto, sendo ent~o officln lnrerior. . e de parecer que sela ouYido. o governo sobre a
A com missão nio encontrou nas ordena do pretençio dos suppHcantes. · .
dia do mez de Novembro de 1887, do com mando S~ln das com missões e.m Ui de Maio de 1880.
em chefe de todas as forças em opera~ües contra - Alm.tida Couto.- Joaquim Serr11r.
o governo · do Para~uny, elogio especial n esso
alferes, nem deternunaçio nlguma em referon· E' Uda e mondada Imprimir pnra. 3.• dls·
cia no seu accesso a. esse primeiro posto. Na do eussio o. seguinte reda~!o :
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 09:51- Pêgina• ae 35

156 Sessão etl1 18 de Maio de 1880. ·

Rtdacfào piU'd 3.. diiCttllào


!880-N~
. U
ll·' lflltlllla dos,·.
O Sn. · PRB!'IDBNTB:- Tem a. palavra o aobre
deputado u Sr. Freiras Coutinho.
Affo•ll() Pen.na t 01Jtro$ ao projecto n. ~98A, O S••. f'RBITAS CoUTINHo:--sr. presidente, d·é ·
de 1879 . . ·. 1\l;oro ft V: Ex. · que não sou gran,Je conbecedor
d:o~ cl:ou~ulas do ro1gimento. mas parece· me que
A nssembléa g!!rol resolve: . dcntrl) dos primeiro5 tres.quartos de nora poi:l!o.
Art.' l.• Fir.a elevada á il • entrnneia n cnmarca fundomeni;Jr o meu requerituento.
de Barb~ccn~. d:t provincin de Minn~ Ge•·ae~. O Sa. PRI>SIDENTE : -O nobre deputndo está'
· Art. :i.• Revogam-se ns disposiçõ~s em con· . Pn~nnodo ; llCdia a p:olavra peln ordem. e, mes•
trario. . mo f!Uol :~pedb:se etU ltlrnp;l, não pod~ria ruJida·
Snla dascommissõM em fi do Maio de !880.- u1cntnr o ~eu 1equerimento sem primeiro pedir
Auguslr• Fl'a~tpl.-Costrt Ribriro. Uceuça á cmnara. . . · .
OSr• .FreltautCootl .oho(prlao··d,m): O Sn. FltEJns CoOTJ!fHo:- Bem, .S r. presl·
- Sr. prc~identc., perli ~ nal:tvra p:.ra ~·!uim 3 r a d1•nte ; c.onLiu uarel dizendo que o pro2ramma
:~ttenç:io de v E'( . 113 rnum projecto, n meu vêr do Sr. mini~trod:1 agricultur1nendente a eman·
de toda a impo •·tanda . . · . cipor tiE>sde j;i tuda~ as culonias ·do E~ tndo ha do
O nuhre mini•tro da ag•ir.ultura qunndo aqui . a~:r fatal em 1mas c,.•nsequencias.
se ~ pr·csenton em nma d:L~ ultimas st• <·Õ•!~. pe - · O Sn: Setwto DE C.\sTRo dá rim aparte, · .
dinr!Oa est" nmnru cretl tos. que nli:'os lbP. foram 0 g 11 • FREITAS CoUTINHo:"- Hn· colonlns que
conceft ldo~, dtwlaron e1n tr •rmns caLIIC!.'n:·it·os pelo s.·u est:•do de adiantuml!nlo e prosp••ridade
que niio daria U1i1 ceitil dn ·theson ro m.cional si•o ~us•·eptin•is de serem ···m:incitmdas : mas
{lllra inll'odncrfio dtl colono$, e •111C 10111 rrdnçtio al~um:.!l •1ue j :i o ror;im vêm reclamar da ro-
as colonias que ;wtnalmcRtc t•xi~tem. S. Ex ; s~ pr·esi!JJtaç·•o nacion:•t .· meios que ns livrem do
apres~nl'i11 •·m quebrar a tutella goVElrrHrmenlal veri!!u . immin··nte ~m que $IJ acham d~t se ex- ·
.sob a qual vivr•m aind:r. · · liu:.ruirem pl!la miserl:t, · pela rome. ·
· Sr. presideute, eomo nntro dia di·~c dcstl•
mesmn hol!.c:oda o mr•u nohrc :~mic:o o Sr. Jõ',·fi· .(Ha dir:er1ns aparte.r.)
cio dus Santos, estas regras qunnrl;) Dlll•licu th~< . Sr. po·esftle•lle, i rata-se de trnbalhndores que
em ah~oluto sem se ler em visln o uo eine ns fo1·am imporia~ os do estrnngelro pora o brazil,
condi•:ões no seio d;ts qnaes tem r•llos de func· em Vlrtu.le de promes,;as e g;;rnnti:ts fuilns pelo
. ciODlll' .!!hOI!'Ilrn nnfiltnent~ no ni.Jsurdo. ~: nteno!o ~ovl'ruo, e dt• t·uulr;tlos t•ealizndos t~om lodu$ as
· qnc u nobre mini~tro da ;tgl'icllltur" nii11 p<•d•l r~r•Ui t!la~, c"ntrnto~, em tJUil ~e IJrudi!:ulisavum o
adof!lnr, .·o;lto pro~rarunin n enwn•·i!'á'·iin ~ys- uwior numero do vantagens ao colono conlrn·
temnlicn de 101111s ~~~ c •loni:i~ do E ~ hulo 11cm . tudo.
J'eeus:ir·se de 11m mod·• t;io po•reilllll< •rin:l nuxi-
liar n im •nil!rnção, princivnlml'nl~ ne~ t·· ~ IP. < n po~ O Sn. SF:noro DE CMtno d:í um apnrlo.
el!J que se tlg-ln o grave prvblcm:~ da reorgn • O :o>n. Fn1ui-A~ Coutlxuo :- F.spero qne o no-
UI&n .llo do tr:rbalho. . ltre dopul:odu !JUil t:~uto ffiiJ interromt•e venha
O SI\: ~IRGJo os CA$TRo rln um aparte. ·. ~~~~~cuti~· ·~ pruJCctn, fJUe ncredilo,, Sr. pre, iflente,
O Sa. Fu~ITA~ CouTtNHo:-H:t co luni.~s q u.e ~r;;!J~Íh~~~ueute eulloc.,do na otdem dos nossos
foram em:wetp;;d:•s, romoV. Ex. h·, rlcs.1b· ·t, • • . . . . . ..
e quo• hoje sc•u recur.<"s de 'l'tnl•pler n:.turo•za . t.;umo n:to me. e possrv\ll, VIsto. nchar-me
dirigcm-~c . :~o ttnrlamento solkrum.ro utwr c~·· ISulo•lo, con~eguu· '}Ue o no~re ~llll$\ro da
muln l111rR viver. - . :•:.r•lc111tura •·ecu~ do cumprotursso h1o_ sulemne·
S:i vtl t•orl:mio o· n•lbJ•e oi<.!llLÚR•Io, lf\\O wc in· lltt•nte tomad '• n•·eo·ca tl,l ns~umpto li•o mt:lm·
terrom!JCU 1:om o ~~·u :r : •~l·t•.•.que•••.••• rt. ·crtltl" ''" dro~o, v~n u l'ugar:r c~t:•.en•nnt'U •1uc .no menos
.pror:r;•mm:o de ••inanclllnt;~o ~Y <t<lma1ic 11 ·•~~ .:o· c"ncurm cum o t~t•ll.lllltn'!ltco cmt>enho . pn•·n IJUC
. Jonlns do [mperio, f"'Oi!l'~ulln:o :~lhk:•hr:t•·n·~'' ~l.t:!ll•·m t~s. rncthd:r~. u~d•r..~:~l.ir8, ~~~~ nor~dlt~ .
· com tonto o•·dor p . uulorc 1uhustm d ·• :•::-•·•- u•r•t•z.c.• d• . . r.11.er dell!a' p.ua ~ tto~so .tmlz as
culrur·n h:odelorço~umenle pruduztr "~ moiorus podu i'OS(IS '"'rl'<·nto:s .te IHIBIIgl'a~~oo.
ealam id~des. O Sn . S~I\GIG oe CAsTnó d:i um :t(>nrttl.
o· Sa. PRB~TDE!I1'E; - Tl'nho a •·ll~el'vm· ao o SR. FnEIT.\S COUTINfiO :-Sr' rresidente,
nob1·e tleput:tdo 11ue niio csLâ na oroferu. 1':~• ~ eu nàtl ~nu loom••m pnlitico que dcs•·je 11 pratica
fundatnAntar o seu t•equllriutLmlo Pl't'CÍ>o petlh· do v• ·inci r•io~ all•ol ulos, e ElSla ú a J'ôtl.âO por quo
li~ença á C8tn8rD. . . . Venho :i ·ll'tbunn reclam:tl' l'On\ro :\ doutrina jlo
O Sit . FREITAS CoUTINHo:- ~:.o p••dirfli Jic;·n· noiJrA ulinislro d:1 ogl'icultura.
çn, ·tilesmo porque n~o tomarei muito hnnpo. \'. Ex., Jr. prt·siolente, h3 de estar lembrado de .
o Sn .· PIIEStl>ENTE: -Mi 1s "u ú ,1111! n:1o 1m 8 , 0 q :te na ·s,.ss:'•o pnss:uln o nubt' tl dnpuhrlo por
· dci11ar fntlar. o nobre deputado 1;em r1uu pe~a ··• l':tulo, o Sr·. ll1orciro .du tl:•.nos, Jll!diu que
essa licen~a . fnssc nnuwn ;l;~ uma cumu1is~o C$pec1:rl ;•IIm de
.du•· p~rcc o• r ~obre um projoeto ~ presentndo pelo. ·
O Sri. FIIEITAs· CÓUTJNilil:~ Nesse •·íi<n · peço ~ Sr. Ferrei !'a Vi:mh:l ·com relnçlio 11 t•stJ•adns de
:V. Ex . !.lU~ consuhe a carnn111 snbru si me rc,.r•• . E' 1\SCU~do encarecer u notnvct Impor-
concede tí uu · f O m iuutos para ruuúamuutnr o tnncin qu•! 1111 . induslrio, no commercio e nn
m<lll reque!'lrncnto. · ·Ju voura vem ex.erctlr e~lc ·grande ehmwnto de
(Consuitadtt a ca1a ruolvc pda aOi,"mativa. ) prngrt!>so,
c!mara aos DepLia Oos - lm"esso em 271011201 5 09:51. Página 5 ae 35

.. .
SessiO em 18 de Maio de 1880 .. 157
OSr. Femiro VIanna organizou, a meu Vllr, O SR. PREstoEI{TE : -A' mesa ainda não foi
um projec:&o que flleilila de um modo arlmir11vel IIJlf CSt<UltldO.
o detienvolvimento amplo e completo da~ _ elltra­ O ;in. Fr.ntU NDo (};oaro :-Enlli(J Plll:O a V. ~:x.
daa de ferro com que se terá de cobrir n face que, ent"rvenlt:~ com a nobr" c •mtnlssão ·p~ra
~~~~~. .. : .
que, no 11rn7.1) o mrti,;_hre•·e J IOS~iVtll,eej:~ o par~­
o sa. cau.mo Atvu[:- Apol;~do. cer d nborolln e ~ uhm6tt i do ti ll isca~~ao.
O Sn. FnEITAS CoUTINHo:-· Esse projeelo foi V. E:t. n:io lu:nora, Sr. pre•id~nte, que a
envindo a commissão e~peciul nes~a occasiiio prlneip,..J i1l•·a Llo programuur lib!lral é a re-
nomea~a , mas ahi hoje o parecer não (of.dndn, liwma eleitoral. . . .
~té .hoJe lie~ . aeqner se disse umn palftvro Pólf·,.·e q u·:· e!!t:l c~t'!la ra , ~·om nost3 ·d~ liber:•es
11eerea dt'SS:I tmportante que~ t:io. · · . em .• ua .lnl:olutade,est:t con,·enienternente prc11n·
Parece- me qne n:io nos é licito deix:~r de lado rnd:J p·• r:t ·encel!u· tlea.!e lmm 11 rliscussào ; por·
os intere•scs da administração, do commercio, da lt•ntP, ·e!ltendendo ell qu· ~ l•ulri ,. •h!mura é pre·
lavoura. e da ·induiitria. Ao mesruo temjlO tjueas Ju•llCi;ol, IJOI'IJIIC fa)HJr-nrnl•h:t ftepuiS O leUJpO
rerormas pt~lilic:•s são inicindus co111 tonto o,·dor, j)llrtl di~tmtirmO!I e s se Jli"Ujet•lo Ül) Va~lO, tão
. com tnnta energia, á pr~cbo lambem qne a patrla tmpnrt:tnLe. tle.\nnt:t rnagniL •.t d~. peço a V'. r~x .
.não seja esquec td:~ , no que ·diz respeilo .1os sell ~ tiUtl 1ntervenha 1•erantll.a c u mmis·~ao para ttne
gr.mde~ int\!resses materines, qu ~ ao meu v11r ab avie o lWU trabalho.
não deix:un ·de pre pond~n r do uma uwoeirn O meu retJU~ri . u.c rtl• •, Sr.· prt·sldenl<l,_ é flln·
deci_si v:~ subre O$ destinos qlle a :~ gua rda. dMlo em b oa to;; que eorrem, um tonto d -·s·
aggt'adal'eis, e que lnlnz pos•:•mo~ di s~uadi r .
O Sn . BAPTt ~TA PEnErM :-S1io e~ses inler.cs· Consta tJUc niio ha t•erfdta oo ncori:Jond1t · na
scs tnat•lriaes que tC!m de.•equilibrado o or~,;n. Upioiãu do~ lllent iii'OS d:. C«IUIIIISSiiO que ll:tn de
monto. Não hn, pois, razão de qul!iu. -da1· u parecer, H I'U IJéÇO :t V. Ex. t] Ue me in·
0 SR. .••DEITAS CO UTINHO:~NI!O ·COmprehendo for·me si isto é. ·exnctu.
o aparte do nobre depulado . · O Sn. PIIE:!IOt:NTR :.-. N:iu po~ so inrormar. ao
o su; DAl'TISTA PeREIRA :.:..Digo que noo hn nobre d put;ollo. porque nio ~ei . ·
ratão •lc queix:t, porque esses lnter..~sllS m~le·
ria e~ têm sido :.ttendidos c por ~I ró rma, que O Stt. FEIINANIIO O~on1o:- Umn. \'ez q-ne V• .
siio elles qne ·tum desequllibrudo o orçt•m·~nto . fi:K. n:in s:•bd· do que lw a t.•st!ll't!Spcilo, CUII• pro
o me11 do·vcr, co'u1o d<!JIIlln•lo, ext~t·na ndu o meu
O Sn. FREITAs CouTINno:- Tulll sido Dtton ·. iUO, IO de p o ·n ~ or, e \wrn 11~1.1 lol\lat· 111ais tem 1·o li·
dldos st m estlldo, nem cr·ilerlo, JIOdtmi ser; m:~s muun ra, l•e<;CJ olno n um ' V•ll. 'I"''· o parec.,r
qUe o seu d ~~ envol v ttnPillo concorra p11ra JJer· Sl)bt··· o pt••Jeclo de r.d .•rma clcit"rul seja <~PI 'e•
lurb:~ r as nossas -nnauçus, -nao. stl rt~do no l'ruzo 11 m:o_ i s Lrr~ vc IIUSs•VOI. .
O Sll. Cltl'.AIUo A1.vua : -Sem ordem o .sem
systema, o que é um rn•l. ·· · O 8 ... ea..IOI!I Aftonl!oo :- Prooh<a\'11
O Sa. FIIEI!AS Cotm;~;uo :-Um pniz novo, como l'i nc ·"mitlu t o ~ ou ainü:• tnl!n · s ·vara ju!llllic:•r
· ~u
o nosso, onde iró par~r, si o governo uàu cuid11r ttm [leollolo ohl Ul'g'o'ndtl. .'J:ÍI.t !<Ui ~~ IJOISll razcl•O
·de, in dil·ectaml'nt"' pelo 111enus. r•lent:tr os ~ o n R seru 11ret:uJel' vot r;i•o da •H•ntara. · ·
inl eresse~ m:~ teriaes, S i es l~S tôm d•·sequilihrndu U su . Plt g.•to KNT I<: : -A urg~ nci u não se justl·
o orçamento, é porque tnlve~ niio t"'1tlla lwvi•lo IIC II Of'm So• lliSCIIk ; h::sla llt!..liJ•a, · ·
uma e,._eolha exnd o. e-c..u veu ietlte · dao.: u ledid ~ s o Sn" CAlii.OS :\~'FtlN!'O : - Nc:~ltl 01180 requl\i r·o
corn •1ue o govnrno tem prucut'lldo l'rolegol-os. u V. i~x . t(ll~ ~·· d i -~ nu d·· cun;llllar -~~til .ar:t
0 SR. S ERGIO DE CASTRO : - Aj1oiado . "i •ue cuncede urgeuc1n p ,ra n:• s·· ~~:i> Hieallloull ã
O Sn. Fnsti-As GoutiNno:~sr. ·pt·esidente, os· fo r mol~t· 11111 rl'l(llerim ·ulo d ·~> Liu~do li e•cla·
(lt>ro que o pedido quo fuco nilo cal! irá no ~!I · t'P.<'CI' o• ro l·to~·· 1le q a e rw """~fio d1l sul!badn ~e
quccimeuto. · O<'r.upmt o 11 obr•~ · dnput:nlu por S. Paulo, o .
~r . l)t·. G~ v iüu P~(xotu . ·
O SR. PRtsrossr t:· :-O uobrt• deputado m ~ lide S:iu factus lle summn !!ravilh1de e alta poil·
o seu reque1·imento por escr·iplo. d··.-uç;;o. · . _
O S tl . FultTAS CoUTINHO : - Voll redlgil ·o . A opin ião do paiz não {IÓ•Ie llcnt• su~ pensa a
Vem ã mesa, é lido e npprovodo -o seguinte <~S e rt•sp• 11.0, uern us nuhro·~ c x·rui n i ~tf us ti~ fo·
Zllnda !! a~· l'ic .Jtlll'll tluim1xo tln pres~{'o de t :'•o
l\EQUEnuu;:rto · I!Tavt's :.tt~cu•açõe~ . Contpl'l'h••ndl:'ndoque r• cu·
tn:•ra n:lo ('~ i ej . o dis posl<l :1 V\•la1· tn•·di•h1s espe·
· Uequeiro que se nomeie uma co mmi~ " Ü O p n r~ cu' ~. ll"r" mu ouvi•· , r n :~ s tr::tnudu·se de Wl ·
estudt~t' o projecto n . sobre estr:odus de f•Jrr•o,- 11 l<l· ia tiln importtuu e, csperu oblér a urgcncia
sobre elle d~r parecei·,·com urgun.:in .- Snln da~ pedtda .
5essões , i 8 d o Maio de t~O . -fi·eilas Couti11l' 1.
,W COIICo di da (I urge iiCÜI pedid:l .
. O Sr• . r.·e.-nando Ol!lnrlo (pela OI' ·
dern) : - St•. presidente, dos"j vri q ne V. R~ . O Sa•. l\IIU't.lnho Cn1npo• (pFla or-
me disse.•se ~ i jú me IJÓ·Ie dnr a ~gra davel nov" do•m : Vott•i p.•l:t un.runt•in ; ma- ••spero qu ~ o
de ter sido apr...sentodo o porec·er sobre o 11ro- 11ol•r · olo;•u l:ultt n:io (II'••Ju·di•IUe a orderu dv dl:1.
jecto do r crorrnn eleilot·nl, p.1ro entrar op{lQrllt• ~l·s d i vi.tlm· ·~ a orthlltl do tlia cnl dua~ (Jllrl~R~;
nnmentc em discussào. · pArte_l.ln <ll'lltJID do dia. . -· ·
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 09: 51 - Página 6 de 35

15S .· Sess~o em 18 de M~io de 1880, .


O Sn. CAntos AFFo:'l'so:- Eu condescenderia ..ALBERTO DE SEIXAS lilAllTINS TORnES
de bom gra<io com os desej<Js do nobre de·
pulado si oinda houvesse tempo; mõts a ur· . · Entra em t. • diseu~>São o l)rojccto n. H de
genci:~ I.'Stít Votada e Oque j)OSSO é prometter ao iBSO; autorizando o gove·rno a mandar od· .
nobre dAilUl~d<i ~tte hei de resttm1r ns minlt:ts miuir á mntrículn o estudante Alberto de' Seixas
obser\'3~\ies·o nm~. que me fur possível . . Martins Torres .
O Sn. 1'1\tStDE~TE:- A urgencia est.í ''OI:~da; O Sn. !!lEmA IÍE VA~COI'ICEttos (pela ordem}
mas pódc bav~r uma condição. Vou submetter requer que este projecto tenha uma só dis-
:i coruar:l o requerimento do nobre deputado, cus~ão.

O Sr. Ce~Mtt•lo Alvlm (p~ la or!f~m) · Et liJlprovrido o requerimento.


diz que, ou n5o entende o nollre . deputado por Vêm :i mesa, são lidas, a poi;idas e ·entrant em
Minas .Geraes, ou o Sr. presidente es1i1 equivo- discus.~ào as seguintell emendas :
cado. O nobre t.leputado por Minas Geraes não
requereu cousa ulguma, apenas se limitou a EllEXtlA AO l'ROlt:crO N. H DE f880
dizer no seu nobre amigo,l.:lmbem d~pulad() por Igual favor a Henrique Augusto de Oliveirs
1\linas, que devia tomar a concessão d:l camara Diniz, para se poder matricular com dispensa de
no sentido de oào ~er prejudit-;Hla a ordem do idade. ·
dia. Por i:on~cquencin, appelloll para ecnno·
mia de pnl~vras do nobre deputado. A cnmara Sala das sessões em 18 de 1\laio de 't8BO.-
votou sem restricções a urgencia, sú do oollre .lia llteiros. · ·
deputado depeude ngora encurtar 11s observa· E~E t'iDA AO l'ROJECTO N. 1.1 DE 1880
ções que tenh4 de fazer. · .
O Su. PIIESIDENTB · ob~ erva que o regimento O governo fica autorizado n · mandar matri·
diz cl:~ramente que, si outro depul:ldo ~dir cular no l ·.o nnno da Jriculdadc de roedieina do ·
outra urgeucia, ser:í o que a cnmal'a decidir. llio de Janeiro o estudante ouvinte José Lui&
O Sn. Cf:s ARJO ALYill observa que o ~u riobre Be!forl Qu~dros, que, antes de fa1.er o acto do
amigo niil) pediu urgencia nlgumn. E' p1·éciso mencionado nnno, dever:i presta r exame de geo·
'PÔr a questiio noa seus devidos termos. O nobra mclria, unico preparntorio que lhe !'alta.
aeputado ped!n Ú cnmara QUe Se dignasse COR• Cnmara dos deputados, 18 de Maio de 1880.
ceder um;~ . ur::enci~. para assumplos de maxima ,;...Fabio R~is; .
importancl:t, como é adorou dos nobres ex.-mi·
nistJ·os da far.untla e agricultura. A camnra EME!rllA Ao l'ROJEcro N. U DE 1880
con.c.e(J(1Ues~ a lll'~cnc in, semlimltnçfio de tempo. on·ereço este projecto, julgado hoje objecto
O·.nobre deputado por Minos, conhecedor do deliberação;. relativo á pretenção do eslu·
requerimento e snbendo que n5o llodia fnlla1· · 1le
contl'll ·o vencido, limilo~-se a pedir ao nobre de· danto ()lavo dos Guimarães. Billac, como emenda
.)lutado que resumisse o mais possível o seu dis· ao de n . iL-A. E . de Camal',t/Q •
curso, allm de J)ào prejudicar a ordem do dia. BMINDA. .t.O PBOJECrO N. H. DI l880
Eis o que W ll:I~SO U j no entretanto, o Sr. pre•
sidente dclillerarâ como entender conveniente. O governo fica autorizado n mandar matri·
O Sn. PnESJDENTE julga n m:~teria tão grave cnktr no i." anno da fac·uldade de medicina do
((Ue nüo tomo toda a res ponsnbill da de dn reso • Rio de Janeiro o estudante Ra~'mundo José de
luçiio, 11ssim vai consultar a camu.ro.. Siqueir~ Queiroz, que, antes de fazer o aeto do
mencionado onno, deverá prestar exame de geo·
O Sr. Joaquim Nabuco (Jifla or· metrin e latim, unicos pJeporatorios . que lhe
dem) :-Nn so•ssão de ~abl.mdo o nobre dcpulado fu~m . . . ·
pela provincia de S. Paulo fez algumas nrgui· Cnmara dos depu&ados, :1.8 de Maio de 1880.-
Ções ao mlnistcrio pas.<ado por neto~ que a ·im· Bai'I'OI Pi~Mitll . . .. . .
prensa \inhn já denunciado e que produziram o
mais deplornvel clloito . O nollt•o iicput&do por ESTI\ADA. 11& l'HILADELliHlA
Minas pediu a palavra para explicar. Eu es tou
disposto não só n votnr n urgencia, como que. o Entro em L • discussão o projeeto n. 9 A deste
rr.querimeuto se discuta hoje. · · :anno, 'SObra a estrada. de ferro de Phlladelpb!a,
O Sn. CAI\Los Arrosso:- Niio posso apro·
veitar • .. o Sr. Ceeat-loJUvlm:..:... Qnnndotor-
O Sn. JoAQUIM NABuco :-Nesse caso desisto da mulei o projeeto que submetti li conaideração
do meu requerimento. casa, compromeui-me a fundamental-o oppor·
tnnamente (Apoiados). Pnrecon.do de somenos
Consultada a casa, ·decide quo aurgencia roi imperi:Jnchl o projecto relulivo a e.~ta estrada de
.concedida sem prejuizo da ordem do dia. · · . .ferro, é. entretanto, de grande monta e valia,
ORDEM DO DIA como V. Ex . sabe, ·pal':l. todo o norte da nossa
provlncia. Tenho de· fazer algumas conside·
Procede~so' Votaçio . de um requerimento do rn\)Ocs a res~lto deste projecto, mostrando ao
Sr. Cos\0 Azevedo, pedindo cópia aa correspon· pa1z e aos eapttollslas, quasi sempre suspeitosos, 11
dencia h:~vida com o director do observatorio, prilticobllidade da empre&a; .bem como algumas
requerimento cuja discussão foi encerrada na observoçues 11 respeito do outros nssumptos eeo·
sessão pnssada. Foi opptovado. no mico&, reltttivos li minha provlncla.
Câ"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 09:51- Pág ina 7 de 35

Sessilo em 18 de Maio de 1880. 159

· Ma;;,V. Ex. sobe, que n segund:~ parte do ordem Primeiro que tudo, senhores, Cll võs d~clnro
do din está d:~d:t p~ra :1 I hora da tarde, ou :mtes. com o · cor~çflo nas miíos, que aqui nesta ll'ibuna
Sei perfeitamente l.fUB uma vez na tribuna, vara nfio encontrareis um opposiclouistn sy~te m o tico,
discutir ·esta . questffo, ningue~n. com o regi· · ch(Jio do •·ancores e de ind ign:•çànc,•nt•·n todos
mento me arred:~r ia dO posto; mns ·V. Ex. eom· . os actos do rriinistorio.- cuja vi•la, ali:íl! aind~
prehende que eu llcaria em posição desngradavel tão curta, não .abre um espaço sumcienlem•m te
e lulsis~ima, r:1zcndo esporar a camara que o!ltá vasto par:~ poder fatl!l'· .>c um.: juizo ~e!l'uro e
nnciosa de entmr nos largos mare~ d:J.· polilica completo ácerca da m•>do J)(lt'o.ple ~n•luzir(t clle
gernl, e o~ nobres ministro ~, que devem estar os n ~ gnci o's publicos ; sou um t'el•ru•entttnle ·
. present:s. . · · do povo, que vir4 :J.(JCnas (Jt:dir as exrolic;•c:ões
Por co llSC!!'Uinte, limito-me a estas palavra~; que julgar nccessarin.: (mrn oousdcnciosa mente
e como a· honr:~dtt eommissão, de quem n idéa !In r o seu voto sobre a~ mato:ria ~, qúc ~·I ui se
mereceu o uwis bt!nevolo e pressuroso acolhi· \:enlilurein, e !lUe, assim como e~t:i d.is:losto a
menlo, ~~lá de accordo n:~ 'pnssa ~em da medid3, apoiar as medula~. qtHl enh:tul.•r c:~ p :w•s de ·
com 3 qunl eoncot•tb..o nobre mmistro da agri. promover :1 felir.ida(\c nociom•l, n;io se dcntorará
cultura, limito-me a esp.,rar quo a.camnr•• ap· cui . formular as suas- censtu·a ~, ({ltando se con·
prove o projecto em L• discussão, e tomarei a venco:r ele que a marchn do :,rovét'IIO tt<io vai
palavra nn 2.• on na a.• de aceôrdo com as justas cxí~roncias •la nptniiTo.
Aproyeit:•r·me·hd do ensejo para pedir ~o hotl· Não eston,pois,li:;ado a grup._) Plgum.Pretendo .
rado pre;:ideute,. pela c:.veriencio que hoje ndqui· derender nqni sem puas de qual'lilCI' e,; JH!Cic os
rimos, · que tenna a bond:~de de collocnt• ~ste alios interesses da justi~:•, o> ~ag•·.idos tlireitos
projecto, umn vez atlllrovado, ein hora em que dn liherdadc, a minha pnt l'ia emliln no que ella
possa ser· disctttid•). A~sim, pois, aguardo silen· tem tle mais caro,
cioso a <~pt•rovaç~o d~ cam:oru e opporltmamente
discutire 1 3 materia (Jfnit<? ./lem). . O Sn. Z,\MA: -Com a cantara inteira
E' encerrad:-. a di~cussão . b s;,, FnstTAS COUTIXHo : - Nãu o.li;.rn con1 u
canwra inteirn, pol'quunto tod.-1s ns vezes qu_e
E, npprov:.~do o pri:Jjcoto em: 1.• e p~ssa á 2.> se pt·oclll'a fazer parte dl! um !I.'I'U t•o político, a ·
· o 8r. Cel!lru·loAlvlm (t~ela ordem):_ liberd~do; n frauquc..a nn cnunci:••::in du jl6nsa·
Declarou v. t~x . qur~, de nccõn!.o com n nobre menlo não li tiiu lata; é·se IJUa7.i silmpre obrigado
commis~ão de fazenda e 0 illustre lead~r da C(l - n rer!niClll' ·queixns, que, cmhor:• resultnn les
·moro, 56 digne· co nsultar a mesma ·cam:mt si de factos, que plcnamantl! ·:rs jtts tillc:un, não
eoncede dis 110 n~a de intel'sticio para que ~ poderiam ser articula~"~- ~elll ~p·:11·o prcjuiso
projocto. entre amnnlrã em diseuss:io; reno· \los princípios de ordem e do tlisCiiJiin~ .
vando a v. Ex. o meu · pedido -que sejn de Ei:; po1·que vos de~l:n·o IJlle, n~ posição em .
modo a podet· ser discutido. que me coiloeo, faltarei scmt•re com tod:. a Ji.
I) Sn. PRE~II.IENTE;..;....p:irn que entre nn
'o:·dem bet•cltlde t\ecrea dos netos qt\C o 1:(0\'t.•rno \i.\'el' de
do dia de am~nhã 1 . . · pra&icq,r • . · · ·. ·
o so. Csso\nlo t\.tvm:-Sim, senhor. UM Sa. DEPiiTAOO:...;.. Como-lodos nós .
Consultt~dn a casa, 0 11 ppro~·ndn 3 dispensa de O Sn. BEZERRA DE AIENt;ZES; - E' um amigo
intersticio. · · lil' re. · • ··
O Sn. FIIEIT.o\S CoUTINHo :- Serei um amigo
SEGUNDA PARTE livre, si oSt'im o qulzerom; não f~ço IIUestão de
· · · 11alavras ; o ttne vo,; assev1wo ,; qtll! o ll\•lt\ \ll'O·
Ent\'n em discussão o projccto · de resposta u cedimenlo nest~ eamnra ~ó se Jn ,pit•:1r.-i no )em
falln do throuo. · · publico, .e jamais ne:<sas conveui~nci11s parti·
. o llr. ~reltn• cou~lnho (atten.ção): darill:!, .Que nflo poucas veZl'S coutrilmem para.
- s1•. pres•llcnte, v. Ex:. pódo bem ·compre· cst•·ag3r as melhol'es causas.
heuder quão l.limcil é (\ tarera que me r.nbe, o Sn. ZA~IA :-Qualquer qae srja n lignção
inici~ndo esle dcblltiJ, o qunl me pareci:~ dever do roprr~~ent3nle da· naç.iio, nq ui deve u&~r
correr l:•rgo e cheio dos lncidolltos os mais in· sempre de plena lil.lcl'dllde (Apaiudos).
teres&~ntcs, ton•:•n•lo nelle parte os talon tos os
mais provmlos dl•St.1 etnnara, cuja attenção, con- O Sn; FREITAS Cot;TI;mo: - Sr. presidente,
fesso a V. Ex., 11ilo ospcro.vn occupar neste quando o niiutsterio pt~ssado ~11 hin, no meio da
momeBIO~ A~si m pois ô de facil inLuiçilo que sorpreza de todoM o• que obs ~I'Vlllll a marcha·
tomei sobre mim um encargo qnff reputo snm· tios acontecimentos, sorpreza, · guo subiu de
marnente dulh::tdn ~ snpenor a todos os t·ecu•·sos ponto di~nte dos prep:tr:uivos que po1· to ;la a
de que mo seja licito· usar~ o mais obscuro parte se orf!:li.nizavum no intuito de se ferir a
.memb ro. dcs Ia casn.... . · · bnt:tllw elettoral, llauei sntisfeitJOl desde quo· v.i
N ~
O Sn . .CAntos AF~oNso:-l uo apoiado .. ·
que o Ol'8~ni~3dor o novo g~ hiuete seria o 8 r,
consellunro Saraiva. S. Ex.; ahi111 de moderado,
-o Sn. FIIBtTAs CÓuTÚ•mo :- .. . ú que vem havia conqui~tado no p3il · umn alta po$iç:io po-
lloje dirigh··v os n pnlnvra, e, assim eomo li lic:~ , n qual lho era devid:1 pcl<ls r•:luvontes
oulr'ora, ng-uardo a vossa bcnevolencia, pnra lierviçvs pres tados :i patrin, 11eln snn noLoria ho·
com n mnior cl:trezn IJOder dillnir pernnto vós nesli(Iado, c pelos talentos, tio qllll huvlu dado
e o paiz n miull:t pol'içiio em frcnle ao governo ·em varia:~ emergenci:~s o. prova tl muis ~o lomne, .
o ú sum politicn. não podendo, senhores,_ tudl) isso set• ahi .lllljc ..
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 09:51 ·Página 6 ae 35

160 Sessão em 18 de Maio de 1880.


cnm "~nlngen1 contestado. t•elos ~eu~ advc•r· N:t verdade, senhores, é preciso quo eu per·
1>al'i"s os mai~ inlt';trt>i:,:eutes (.lltúto' ttpniad···•). gunte ao nobre presidente ôo conselho qual o
·Ja na ~ess:io (m"sadn, qunndoo IJI'uf•!ri " meu c&·i r u~ IJtle C11tnma1terarn_ alguns distínetos li~
prírndr.o dise11rso. foi- t>.she o !uiw •lU•~ tive 11 be r!le~ ]lata in .· idiro~m ~boa elTc:itos de,;sa atró:r; e
pr.11.er de l'Xpriuair :won:a de! S. Bx. ( :!p ·riatl~M). syslo:m~ticn pcrso;{uiciio, J.lromovlda e acoroçoada
· ::;enhore$, aplll:oUtli aind:a 01 u•e.•onçàoJ do uubre eau nome do g11verno '! ·· .
Jltoesirlente do cur•selho ao pod.: r, P''''!Jnaut•J tli· .l'oroJUe motivo são indlgilo.dos no ruzilamento
zia-se que ::;, E..: . hit·.·i~ >itlo iru:umbidu pcl;t O•ludll!.s ljtiG mois dedieBd-os se otostraram para
. eorõu da hona'O"·'' Lrcfu de or·~'- ,nizur mini•terio, com o mmi~lerlo de~ahldo 1
. . nf10 Jlltl'qUl' Uvo o~~C .'afJ(,jo rntCI' IIIPt.ll'ar jiOI' subiu por veatura ao poder um partido novo,
meiu de_curvatura~ e111 tmlacJo :1 eunliança d•! smn ll:ta ~-:..'io eo1n :ts Jd,ias e prlncipios hontem
quo! não lh13 fal 1 ~rhm dote< Jtiora 11 do·se upc!trhu aqui d.~re ,tdido• e susten_L1dos COJDl tnnto nrdort
olc tão olla~ fuoc<;ões, ams _porcJU ~ c" n '"~lli :-a Por•tue r:•7.1io os oppo~leiuni~&as do miulsterio
fnZI:li'·Se impor peh n[Jílli:iu d••varli lo c do (IUit, pas~adu vêm ·todos 0:1 dias eJtprollrar a ~!$laca·
o•oi11iii.o que S . . ~;x. ~uul ll:'f:o co•llofllislar; pnr uwra o apuio. IJLIO julgo11 dever dar aos ~~elos
1111\iO de netos, qlV tanto\ .o de1'em h••nra.·. Os doos~e ~~~~emo, que desapporecen hoje dn sccna
mo •Lhu~, P••is, qn·~ Stl ;olllrrnuv~ te!' slll113 c:,u-a polllicu 1 · .
d~ l•fcs ldir S. E·c actu;l(,u nnle o ·~ort.<ellw 1ll! ~~~•s, senhores, esse crime foi praticado pelei
lllillistros, mu ·in•luzirnm n c ret• tj<I C $Ó " mais ,actual Sr. vre ~ uitlnltl do conselho. qu.e niio ~s·
ch·vado- patrioti ~ m·• iDSIJil·ar·ia os aclt)S rlo go - sava de :~•oooselll~l· aos seue nmi)!os que cer-
Vel'llo, a ; ru.:tlitlml rendcml•·s a mdhorar RS rassem lildr~s a Javor do minislerio .S rnimbú;
nus"a" corod l çiic~ pulilk:•~. a lev:~nhr o C$r•i•·ilo essP. eritue foi t·nnbem comm.ellidu pelo nobre
. potlllko do : · b<~IÍUI• ·ntu pro i'uudo em que Íttfe· · ministro da agrtcnltura, que teve uccasiào de
Jiunllnte se ar~ ha. t'uv~i:tr os ~uu~ t~lentl1s orn mnterin Lle ndmi·
~l\ oll 1IO O uohre jli'C~idt;n te do e •llselho SIJ. ni~ traç5o (t,poiatlo~l e de prestar· oo ·p11iz e i•queHe
tljl.-~'<llll0\1 pul'lllll•l ns C3 tllnr:os, a lim 1lo: exptir o mini.;terio oerV"iços assignalados (npoindos), t1 Jl.
snol !II'Og-n:m tnu ~lfoliticu me paro•e•m qil·~ um _nalmcut~ , senbo•·es; os nobre~ mmistró~ da mn·
du. _iutuitoa tiUII S. Ex.. pre\~n o lia hwar pur t·inhn; im P••rio ·~ j :1sti~a. devem c:~ hir sob o peso
rl t .•n~o) SI! ria o •·oll).!ra~:o nHmlo du p:rrlld••, a e:t· da-me~tn:t liiiCil~t;iao, por•lUnnto furam :;usten·
Uu····:•>o d:~~ peqtt•lnn, diver::-e ncia~. <1 r11~ ;•indu t~e.dos firme~ o deeh.lldo!l da aumini~lr:u.;ilo,
ho.fllt>m pcrturh .vnrn :t rnurchll rlli idcjulibetal. •IUO lauto~ ss ·proetJ.t·a censurar :
Sl>tnlllh:llllc lar. ·ra seria ;rllmnent'~ ho:tl'o,:• p:•rn Oeviarno~ estjueccr-nos dos d_ ias do ho11tom,
' S. r•:ll., porqua:tto ll :tO puolelltlO o ~y~liJIIIIl l'll- ·devíamos coi'J'I:'r ·um véo -~obrt> esaes factos,
... """ilotiro cntrar tltll um d•·senvulvim ,•nlo cnjn lcmhr;mç:a · aluda ó t:io vlvu Pllt"J os que
llllllJiu e l't: !;\1131', ~1!111 partidos r 11'\l!lll tmtll org:l• huJo! se proclam•m .vencedores (Apoiado.t) . .
ni d••!'; é cl~~ru que, eouêorto_,udu o nobre pl'•l· l\l:as, ~nhores, h'ol infelizmente um grande
si d,.onto do con<o•llt•• com u s ua !ll'llttde lluturi· rnul olc 1J uc virem illaC4dos cea·to~ dDS nossos
Ú:.,!lo JIUra faz~r I!SilUCC<'I' ~~ ~ lUta~. QtlB ai nda hoi:nens \IOHtil:o:~ ; elles c que querem 6 cobrir-se.
htonrem t 111\u d~vi:Hl alni:.rir O CaUsa libt•r;ol, do ~ npjJiausus du multidão, · .muito embora as
.nf11· ~j llrm:ori:o a~ i·a ~~s •lo·s~ll 1-:liVo'l'lllJ, como i·l&ns e ••s doutrin~s <JUe sustentam não srjam
:• ~ ltd., Jll'nporclouari;t âs i~éas 1jue rlo·ft!tlll~ o n~ que rnnís se ad~ptem ao futuro desle povo
n eiu d~ !>•' irn tourern ~olll llliliS st>glll't•nca no (Ap•littd 8). . . .
t'Sl-JII"Ito da n~çuo. . _. · Sã•• pmuposo> os seus tlisc lu~s. - mn:znillcas
M:rs, S•:nlJttr•'"• 1\ nnt~vcl c l'lnl!Ular a poioição as <IJ.HI~trotrhes, com <tne mulias vezes disfarç::tm
que hooje-D.•(tli O~C IIIII\ : 11 Os honr:t!l oS UGIJUl.1dO&, a t'obreza d\! sun5 idéas, ro:umllnntes os pe·
quo :oitltla hont•••" lli'Odig:o lisa":•m :os :~ ~ ~:rcssi:il!s l'ioclos 'lue se succedem com rnvldez atlmlrovel,
~s m:ris Vfd nt~ ~. ~~~ doü~tos os m:•is. c: :· uoi~ e>trondo~os os lli~Piausos que jl'rnngeam suns
contra a aclttol maiori.~, cujo :apoio solieitaru :1 ot·n~iics ... mas n pnttoi~, senhoras, o'sa cahe no
r:o\'OT do ~O I' ei'Oll .ciu oJUO ~0 :II'VfJ t'Uffi e111 <'S~I'El· e:HJUecimenlu, · e . tw seenn só nttparcee fulgu·
· nuns defensuri·s . · ranll! a tlgur a do orndur ( Apoit~dus ). · .
.Nilo sei, sl'nft ..re<, em 11Ue se fundn o J;O\'erno Isto li uuaa vur•l:uld rn !!almni •lnde, porquanto
para làu ~ óme n~ •lit<tn~n!l-!11 ' us <U:toõ bo1as :,: t·n, ~,; a n:açiio nnda ~:anh11 com eS$D eloqucncio h·ibu-
oo,; m:ois d<'llO:h.dos c;IIUjJeWS da flCt)ttCtlll t•ppo- nici~, :a qu111, si tem a virtude de suscitar
siç.io !le hon tl'm. · ·· · pnltnas t•ara .o orado!', nem semiJI'e con ~egue
Não COnllli'Chend•l. niio ronheço n t':atts3 ou plantar no.t c•pirlto (JUIJlieo uma deutdua que
raz:'to política qu•o cxpli•tlle es~:1 rea,·çfio porle· s ojH util o proveitosa,
t·os:•, qne vejo IJI'odlazir·~c eln ·:olg um~s provi o·. t::mllm, senbore~, é preci~o que se lli:;t"n-Q1le
c i :l~ do l 11perio; a itléa, que os tribunos agitnm, quMi nunco é
.AcrP<Iito que r~ziio linha o nofp·e d••pulatltl aquclla flUO_ mais convem nos l ~ gi&imos Inte-
por Pernnm!Juco, qu;~ndo; so levnntandu pnra cllw resses do p~11. , . - - __ .- -· ·
O t'eU •puiu nu 111Íill~ lt!I'Í0 1 111:1:l:ol't11l l]lle 11 pc· l'orlmlto. uma vez por todas · ncabcmos com
llUcna phalnn.g•1 no ~ cio d:• 11111tlllgrm1ra .S. ~;x . css:•s tlisshleneillS, llrmemos ... : · ·
co1ioú o lll:ais ~'s irllltl olo; ••otnltalente.-, \1!1\'i~ . 0 SR, JOAQUU\ NADUCO ~-Quanto - .(1 piJrsegUi·
alcuuçadn lln hrrcnt" a SlHI v'ictoi'iii. . çiio c!eitor·\11 ~ó hn uma, L' contra o mini~u·o d:a
M·.! IJB~cce , trols. 1\lll! IHl v•moillos e toenced·IJ'fs. ag•·icuhurn (Apoiados). Nilo ha dissolução em
Sr. pro•sido:ute. V. F:x . f;rci lmcnte ~c cunvcn · J.ICUpCeiÍVII, · _ ..
-ceri de que H~lc •·st:.do •1c wu.;os li l;unontu\'CI ()SR . r.oAstos An-o.-rso:-A dissoltlçfio c umo.
para o rmrl1du e toar;r o p:til. · merlidá conslituci0 nnl.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:51 +Pá gina 9 de 35

Sessão em 18 de :Maio de 1880. 161

O Sn , JoAQUnt NAouco;...:...~las não ha disso· qualincar perante o direito e a lei artuelle contra
luçiio em 1•er·s~ectiva. quem se instaura. um processo. (T1·0Ca1n·se
O ~n. FREITM CoUTI~mo:-Esi0\1 ccrlo, se· m.tJ~:to.~ fllla•·tes.) . ·
nhore~, de fJne o nobre pre~idenle •lo con~elho Nfio precisom os nol.ircs deputados dnr por
não prl'cisarã vir rt>~esertliW no seio do p~r·tido ess<~ fórma li. prova de sua illimll:•da dedicação
lib••rnl o pap..l de Gromwel, o qu:•l, dedn•·a••· a? n~inisterio; o hom·ndo presidente do conselho
do·se o !!'lllDlle jniz de Jlal !líl Jn:dul~rra, :tsse• dt~poe do r"cur,os bastantes para, si me fizer a
-veravn que si não for·a. l'lle, os in··lezes se es· honra de ro~ponder·nw, p1·estar todos os escla·
lran.;wlnr·iam uns 11os oulro~. ~ •·ecimentos ::tcerca deste importante nssu•nplo.
Conlio muito no criterio do nohre prt•sidentc O Sn. SAn.~tVA (PI'esifle!ltr! do eo1uellw):- V.
d.o eon"eJho,,n;•s.su:t;;eluvnd~s flllnl'dades e ~en· Ex. ho de S•!r completamente s:itisfeíto.
ttmentos de,Jll~h\:11, jlara acrcdiHll' qu•: ~ rr.ucção O Sn: Fn.F:11'A5 Coummn :- Tc1•ei nisto o mnior
que s~ Ps.a fnz~ndo em aknnu•s IJrovmcins do ~ruzer. (,Coutilwdm o., oprtl't··.t.) J:u pér;o a V. Ex~,
lmpl':r·ro teuder:t a do~:1pporecrr •·ompletatuentil. :Sr; pt·es•dent~, qu•• me g;ll'nnta a pa.l:•vra; pois·
O lll<'ll fi1n, [loi~. com11 vê V. Ex.., 81'. JWeSi· que o~ nobres deJJUivdo~ l~m mulla" occa5ii'.ies
dent•~. n~o é u~~rcdir o tninis~c:-io, mns exptir
de r·evelar o seu enllmsianno pelo goYerno.
os m••••~ recPio.< o npprchemõe~ iwo·rc;~ olo r~ctos
.que n5o ~c m · antnlham muilo rel!'ulares. Conlinu~':ldo, ~ir~ i a .V. Ex. !J ú c:1in~ra que
Qtwn:loo uuiJrc pt·o•sidt<nte do con~LJIIoo tove de o meu tntut iO nuo e crear suspe!lns de qllaliruer
expl Citr Jl<'flllt!e o s,•nudo ·a orga11izm;:io do "'n· n:otm·cza contra o cnraclL!I' ~~ bonr~dez desse
binl'te. deu·sc um racló rJnC par·~· mim n~fl pa~~nu llla;.:'istr::trlo, r1uo os nteus honr3do,; colluga;
inlP-Íl'amenlc o\e~:ll'erco•l.iido: o hnn1':11lo so•i1:1dor l;wto der~uolem em seus ;:pm·tcs ; o racto qu11
peln Jll'nvinein rio l'm·an:i, o ::lr, L'Onsclloei•·o Cor- nw w. l'lH'eiHle e qne acho dignGI rlc. l'ep:tro, é
reio, per:.rilntuu n 8 . Ex. qual o pl'orcdimento que ~e te11ha nonoead•> o Dr. Uocha Vi~nn:~
qur• kl'in o guve··no eonJ I'CWÇ:io no' ~eus: drcr· m~mllro de um tl'i!Julwl, . J!Cr:tn!u o quul res-
snrin~. S. l!:x. rrspnnilcu c rcswmdl'U muito polldia, .na po~içJo de ncr:usadu; o circum·
!Jem .: que r~sc llrot~edimolllo oulro ui o seria stnncin, que repulo sobremodo st•ti3,. é o
seu fi<~ o 'JUtfllw dil<~~ol'll_l o~ print~ÍJJi08 dt~ .iu•tiça. :tçod:tmento cou1 r1ue S. Ex. o Sr. 1niuistro do.
C:ou~oU·llle adm ;raç:oo n pergnnta llnqnelle ju<ti\a i•tl~o\t dever C1í1Jedir un1 .tel•' grammn
.ilJnstr" senndor; ao·reditui que n•~nhum fa·lo S•! uo p!·csidcnl:) lhl rel<t~ão da Bahia, communi·
renlilllri<~ 1111 ~l!io da ndministr"o•iin,cup~,z de fa~l'r C;ln ,!o ess~ nomea o.:~o; . o eiTeit(l, que acredito
de~pL•rt<tr un1a lludda sifiLWI' éontra o) e~)Jirilo nllameutc J!CI'nicio,:o, foi quolm:r·SlJ 3 compc-
de juslio•:1 f.om 11ue o minislt'l'io ·PI'Ol'UI':ti'Ílt am· lvndados J uil.i;~ quo tinham d1~ .i ulg~r 11 causa.
pura1· ltHln~ n~ seu~ actos, !o ta~ os ~ua~.u•cllidas. Ó S11. RuY B.\1\lltn.\:- E' prt~ciso que V Ex.
U11t ~c··ntecinwnlo, porem, p;or;l mim tle demonstre e~sa tbcf-c-a compclcncia do tribunal
summa imtmrll\llcin ~c3ha de vc•·illc~r-so uo tl'i- ~~h~. '
bunat do t•ela•:lio do lhhio, a"ontr!l'inwn·to que, O St1. fnmus. Cm.in;o;no:- Niio se· lrnta. de
embora PU nlio o qt\ize~Sl', con~c!l·uiu l:mc::ll' om uma ll\1 questão, que alem disto, p~ru o c~so em
meu C$pirilo n cunfu>ão e o c~pnuto. ' ll:1d11 iut1ne, c olemai< nt1o venho nq ui discutir
o nubi'O mini.•tro tl:l jusl.i~n. rnjors ~rrvir.os a com V. Ex. o julgado da l'eluçilo d:t Bahia
causo lihc•·· I sfio tão nolor·1o~ (al)-.iud•)S), 'con· (Apart,'s).
sumou ullimnmi'Dii~ um oclo, •1u~ )Jero licença l\
cauwr:1 p::ra IJUltliUc:~r de lllen"s l'egul::t', neto Os nobres depu ladOs não ·c:Irccem do 8C mos·
consist~nte ua nomoao·:'íu do lk jniz de uireito u·ar t5o ministeri:~li•tus.
Roch't Vinnna par·a 'desemburg;:dor d:uJuelln O Sn. S•:nr.ro DE CAS'I'HO: - Eslamos no no~so
me~m:tl'clal,)iio. diroi\o.
O Sn ··l••AQum NAnuco : - A nomeação do O Sn. RuY Rmonz.\.:- E ·são tão cot•Lezes os
chere de pnlic1a 11:1r~ n. reloção 't liJWi'lcs que lhe dirigimos I
O :sn. lloltOL~no DAN'rAS : - E' pct·rcitamente O Sn. FnmTAs Co unsno:- :\fns declnro-vos
justilicavt.!l o neto. <JUc·n~ lt·ihunn prt'cisu da ben~volencia dest~
·O 811. Fm:1ns l)ltiTINHO : - Acba\'a·se esse canwm (Ntio apnwio,,),
juiz ~ob n ac~·ii.o ull um pnmcsso ct•imin~l O Sn. JoAQt:HI XAuuco:-' E' preciso cou•
Sl\Jeilo u deliber:I!.'50 l.! julgnrnento do lt•ilJunnl quistnl·a.
dil l'lll~t;ií.o llu D<>hin. Na 1Ul' :<I1Hl. .oecnsiuo em
quose ill proce:.l~t· :t(l sortl'io dos magi~tra~o~, O Stl. FIIEITAS CutiTINIIO:-E' .o. que es!ou.
quo terinm do julgai' o feito, surge, como •1ne JH'oeut·nndo fazer.
por ntn encnnto,a noticia lêl~g•·~phicn, exped.da O Sn. loA.Qum NAJLUco dit nm npnr\e.
pelo proprio miuislro da jusliç1l, cummunicnndo
haver sidn o nccusado promovido ao car~o .de O ..Sn. FnEtTAs Coun:o>uo :- EL\ nilo cstra·
tlesembnrg-:1dor. I!:' notnvul, senhores, !JUÓ e~su nh~ria o f11c~o de expedi1' o nobre ministro da
promuçiio lonhn sido foila e~:w\:unantu p:ll'a o justiça um telcgt·~mma dnt)uolln ordem, si }JOr·
mesmo tribunnl, di1mte do qnul o nomeado com· VoJtllnra u telegmmtn3 (o~sc um 111':1to de q uc o
pnr~uin na I)Ualid11de de rêo. · · gon•t·no const:mleuwntc usussc · pnrn nomear o
dcmittir· ur~, st:gundo mo consto, no me~mo
0 Sn. SEnGIO Dll CA~Tno.- Rêo, não j mngis· dia Clll fiUC fuiiCCÍOila\"ll U lclograpbo, leVandO á
tr~do inntocente. Cli!Jit:•l (b Bahia n grata noticia de ter sido no-
O Sn. I~III~ITAs.COUTINUO, -Não sui (:omopru· mondo dcscmbnrgndor o Sr. Dr. Rocha Vianna,
tent1e n nolore lleJIUindo, que u:e interrompe, o governo fazia ~ma nomeução ue uolurezn
rumo 1.-tt.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:51 +Pá gina 10 de 35

162 Sessão em 18 de Maio de 1880.


igual parn outr~ provinciD, que não leve a medidas organizadas pnra tornar a eleição um.
forlnA:I lle ser honrndo com essn ~olicituda do meio seguro de reverar o pai7. as ~uas idéas.
nobre ministro d:i justica. As exlerioridadcs do Conceberam·~e llntlio as combinaçõ~s as mais
!a1:1o, p(lis. depoem contra o governo e dão a eu· engenhosas, não. só par~ t1rmar a independeneia
tender que 88 gu.it sal\•ar um amigo, cuja sorte tio voto, como amda para que·no p~rlamento se
parech nme~çada pelos jui:r;es que seguntlo a lei r~neclissll a opinmo nacional em lodos os seus
o teri:nll lle julgar. delallles. ·
Senhot·es, não seria muilo mais bello, muito Tivemos os circulos,osdistt·ictos, e finalmente·
mais tlignoque o governo esperaBse pela decis<io a eleição por província e o terço.
do tribUIHII ; que :~guardasse n absolvição do E' escusado recordar-vos, senhores, os &ristes.
accu;ado pnr:1 i:lepoisgnlgrdoal·o com a sua con- resultados que derivaram de todas esaas lei$.
fiança Jlromovenilo-o a desembargador? E' prc· Apropria opposiçiio, 11 favor du qual se orga·
ciso que os pod•!res se respeitem reeiprocnmenle, nir.àra um processo especial, deSIIIJ(l:tr~eeu no
assim o exigem as lihcrdades publicas. meio das manobras, habihncnto urdidns pelos
O governo é qun.li sempreinclinndo a dehellar agentes do governo e J>elos homr.n~ de .partido,
todn~ as rcsistencias Jegaes. que n:l.turalmente se Podemos, pois, com segur:mca dizer que, a
erg-uem dí~ntedesua m~rchn. despeito de tudo e de todos; t~m 3té hoje os go·
Um disLincto orador inglez, que oindn uhi-
mente percorri:~ a. Inglaterra, levando a sua
I''ernos em maleria cldloral imperado de um
modo exclusivo e absoluto. . ·
palavra cloquentt~ao seio das populações, res11• Stlb o peso de tantt~s desilinRÜes, que oxalá
mia o seu 1Jen'11mento :ícer·ca do governo peb cessem para se1npre, nppl}llamos hoje, com ver-
maneira s<·guinte: o [Joder é o dever. Eu acliei dndeiro phreuesi, para a elf'iç;io ...irecw, e acre·
est:~JJ!u·nsc dignu de um verdadeiro homem de ·ditamos que, uma vez realizada esta, nadará o
estado e, senhores, faço votos para qM sitvn paiz em um mar de felicidades.
el~a _de !nseripçào a todos os ac!o5 do . netuol 0 Sn: SEnGIO DE· CAsTRo:- Esta hyperbole
mmHerto. · d b d t d ·
O· P<.1der j ndiciario, pois, deve ser tão inde· vat por conta 0 no re epu a 0 •
pendente, tl\o forte conto o podN· excutivo e o O Sn. FnEt't'AS CouTINI!o:- Senhores, ba em
poder que c incumbido d~ fazer as ki5. tudo isto um phenomeno, que n~o póde escapar
. tis cogitações da~uelles que estudam. os factos
O Su. Rur BAnJJoZA:-i\[as Y. ~x. esqu~ce·se da nossn vida pollticn.
· d~ que o sUpl'eJnO ll'tbuual de JUStiça h~ de )l!lg~r Tantos·esforços despendidos para d:Jr :i nação
a1_nd:.1 ~ que~lao; e porl:mto o poder }UdJewrw n posse de ~;i n1esma, t.111ta eloquencia gasta
nao tot tlesannado. para demonstrar a utilidodfJ dns di~p!X'ições de·
O Sn'. FnEI'I'AS ConTrNI!o:- ~i o nob1·e depu- cret3d~s nes~e sentid?, e nadn de tudo isso
tndo llt'eten•.k colloonr a queshto no terreno da tem consell"mdo até hOJe.lornar ~s que occupam
pura legalidnde, t]uasi tiUC não mo demoro em es1:1s cadetros . vordaderros repre~entantes da
dar-lhe rnzlio, ruas p~ra mim e pnru o p~iz o nnção I . . .
assumpto e outro: llearam com es~e aclo do go· A c~usa, ao meu vet•, que t:n~ns dtrectnmente
vel'llo ferid~~ as ~usceplibilidades política.,, foi concone para burlar os eflettos, que nquellas
ntocndo o [Judur administrativo, que em ~ir- medidas deveriam dar a bl!m da liberdade elei ·
cumslandas desta nnturez:~ ll de um etTeito ex· toral, é essa terrivel centt'11lisnçiío, que lem tido
\raordiU•lrio soiH'e a opinião. a virtude de esmagar todas as n()irações, 1odas
E~peru •lll•' o nobre presidente dp .conselho, n~ r~sisteneias ereadns par:~ proporci~nar ti ini·
tru\nudo d•)sta (JUcstiio me dará os esclareci· cwlt'l'a local as suas legtttmo.s eX]Jnnsues.
mento~ lll'Ct~ssnrros. Emquanto não llzenles da pnrochia !1t_lllL in.~. _
__...;...Á...gnndc..que..<>t~e.;~e\ualmente-p divitltltt111indc'-propria,--erllqunlifõli'l"õ-runilllrdes
a mentl! Llu gu,·eruo, .m[uella em torno da qual o municipio <ll'mado de attrlbuiçõcs capazes de
faz cllc g>)T11l' a sua vid~, é a do projecto dtJ re· nbrig\1! -~ ~ontm as !nv.osões uo governo, c f!i'iO
fot•nw eleitol"111. que se acha ainda pendente constrturr(i.es ~ pro,-uH~l'n t•om elementos d.e m·
do parecer, o q·ual, JLela commis:<1io dos vinte c dependencia e de ener~in, de modo a não pre·
um, cs()ero, seL'Ú da1fo multo brevemente. ci~or dn tutelln funesta do poder centr:~l, amrmo
Senhores, um dos factos que mais tem o~ru- que. a rossa el~iç,ão direcla scrit mai~ uma
}J3do o· espirilo !los nossos homens de E~t~do e tlcstlltlsao_, 9ue vtra profund~mento entristecer•
que ullimmncntc tão vrorund::s raizes ndquiriu nos e affirgtr·nos.
na opinhlo publictl, é a nccessidnde ue se IJUe· E' r.a verdade sombrio o cspectaculo, Q,Ue
b~ar h.1do~ c>~es elos, que a\~ hoje têm impe· nestes ultimos tempos, oft'erece-nos a udmims·
d1do ~ mnnif()~taçno livre e desembaraçada da tração do paiz.
vonttlde n~cionaL · A~ provincios, que alitts. d~vinm set· a·mpt~·
V:•t·ins são ~s ~enlatlyas que nesse intuito se rudas pelas instituições, c qu~ do governo oulrn
tlzeral\1, crcando os poderes publicos ns c~nta· cousn não de\·lam esperar senão a maximali·
las, as gar:1ntius no s1mlido de constituir o olei· herdade na gerenci~ dos seLts neg-ocios, llhi
tor na posiç~o de resistir á prepotencia do g(l· j:~zem prostradas pelM mãos do executivo.
Yerno. · ·· · A' snciedodc se tem dito nesta tribuno. e na
Os ~nnos de 186..6, 18tlti. 1860 e t8i5 al1i eslão do senado que os incumbidos de governar o
lembr;mdo os medidas n'que osnos~os pnrtidos dirigir os destino! das províncias prcocupnm·SO
trataram de dar, pelo menos nos primeiros muilo mnis com o pensamento do poder central,
momentos, uma ~Jlplicuç~o exacla e sincor~, do que com ns necessidades o legítimos inte·
Câ'n ara do s Depttados- Impresso em 27/0112015 03:51- Página 11 de 35

Sessão' em 18 de ·Maio de 1880. 163


resses que lhes deviam alias merecer tvdo o . O ~n . FnetTAS CoOTL"irto : -Não Ia~amos:
cuidado .a attençiío. . · questao e nem mesmo vale a pena que com isso
Não pouc:~s vezes, senhores, ~resenciamõs pet·camos tempo .
essa luta desigual; em_que um preudente conte· · UM sn:.. DEPUTADO : -E, quesllio impor•anto.
gue paralysar toda a vllla locar, em beneficio de •
UJJI pensumento que me dispenso de qualificar, O Sn. FnEtTAS C!IOTINHo:-0 nobre deputado
de um ·interesse que frequentemente Imporia na ·por Pernambuco, que ê hoje um dos paladinos
rui na e no.descr.udito do que a laeallda.de reputa com que .·mats conta o governo, erguendo-se
como ~endo capar. de promover· a sua felici· naquella Lr1lmna para apoi~r n adm!nfstrnçflo e
dnde. . · . · lançando as flores de sua oratoria sobre a és.
As asaembléns provinciaes são niio poucas trada, que lhe apro.uYe :.brir ao nobre presi·
Yer.es impotentes pnra nullillcnr a ncção perní· dente do conselho, Julgou esse momento mais
ciosa do governo, ·que, sem enibaraços de qual- que ·opportuno para agitar um~ quesliio; :i qual
quer naturezn, encontra diante de st um · vasto ·se .Prende In os interesses os mai.a vltaes deste
circulo, oU'el'ecido á8 su~s violenclas e tropelias pa1:r., e· pua. a qual par~u:me _!IUC solicitava a
de todo o genero. bene"olenc~a · úo nctual nun•sterm.
O nobre presidente do · conselho, pois, deve S. Ex. quer nada menos do que i~lo-eman-
comprehender que sem umn descenlralisaçiio cipar um milhlío e quinhentos mil escravos
larga e completot, sem um direito.administrativo que .nctualmente possue o Brazil, no c urto es:
organit~do de maneira a dar vida e relevo :i paço d!l dez· nonos.
localidade; n rerorma eleitoral que S. Ex. pro- Ninguem mnis do que eu, Sr. presidente
j~cta será, ~reio, de um exilo duvidoso, para não quer a emancipaçlío; mas não como a deseja·~
iltzer negattvo. . nobre deputado. .
Assim sendo, senhoras, não duvido confessar· Antes de todo, é preciso que o no.bre deputado
vos que tremo pelo .pob, pelas idêas do partido se convença de que · no Drazil S. Ex. niio vem
e pelas proprias instituições, que este povo aJlnnl fazer propagan àa de uma idéa que já ganhou
julguâ como sendo hostis á conquista de qunl· lo~os os c~pirltos; ninguern renlmcnte neste
quer nspiraç1io libenl. · .. paiz !'e nyenturani n dizer que a esertvidão é mn·
Si n elei~io, directa, si essa uniea taboa que facto resu.ltalite dos altos princi{lios de direito
tluctua ~o!Jrp, a aguas e a qual itos agarramoa e dos preceitos os mais irre cus~ve•s de moral. A
para salvar do nnufragio es.La nossa triste patria, ldé:t contraria dotninn,por hovra da nossa patria,
voar em peda.ços, ai daquelles que tanto fi· no r.omçilo de tl!dos os brazileiros (.A:potadM).
zeram para alimentar esla uUlma esperança, O nobre deputodo ir.roga uma gt·uve Injuria ã
este derradeiro esforço tentadG com uma con. populnçlío desta Impcr1o, proclamando perante"o .
fiança na verdade digna do ser lealmente cor- e~'rangeiro que o sentimento de piedilde e com-
respondida.... · · . . paixão para com o miscro ·escr:~vo é um facto
· . O Sa. z.u~ 4 : - EnliÔ venha 3 republica. completamentu desconhec!f.o · entre nós; 11IDr·
mando que n noção de liberdade não se a~oderon
.o Sa. FELICIO DOS SANTos : -A republlea aindn dn intelligencia deste povo; que e neces·
lambem precisa de boas leis. snrio de~pertal-a por um3 propaganda vigorosa-
O Sa . Fa&ITAS CouTINHo : -Sr. presidente, mente iniciada. e segui~a com um;~ dcdleaÇlio
t&nho de dirigir ao nobre presidente do conse• verdadeirnm~nte npostollc.i.
lho uma per~runlll sobre uma guestio que julgo Senhores, qu~odo encaro os Estados do Sul da.
da mais alta unporlancla. Republica Americana e vejo Stepbens, o mais
No tlrimeiro dia em 11!18 tiV~L!L)l!:OLeLdn... ~!«?!J.I,lente dos,a~us. orodQres, d!zer l_lue o.seu go-
-~--,-qurvef'õ'íiiliimeriõ-;-un\Qõ's leadtra da maio· verno é o prcmet·i'O q~ nolnstortCJ do mt~Mdo
rii, o · nobre · deputado Sr. lonquim Nabuco, descanpa aobre eata gra11de v1rdarle pl•ytfl:!'• plli-
lcvantou sua voz ... ·. . . . . · lo~t~pluca e mol'al : ~ 'lue u.negro t.ldu e tgual ao
• • braiiCO, ~ a 11cravtlido, a suliordlftapio á raça
G» . Sk. DEP)JTADO • -Um dos lecldei'S da 1'-'ptriQI' i aua coRdirão t~alul'llltmol·al-· quando
malona não·; ~o · existe um. ouço um theologa cheio de illusltação e' talento,
O Sn. Fn&tTAS CouTZIIHO : .- Quesllo de pala· como Palmer, pregar do nlto.do pulpiLo quo a es-
vras. O nobre deput.1do por Minas, que a ca- cravidi o é uma Obl'a da Providencin, e que, urre·
maro tem proclamado por varias ve:res chefe do. batado pel11 .inspiraçi\o, ~anlifico essa doutrina
maioria, declina sempre dessa honra. abomlnavel com as sagradas escriptut•as ; quan-
UM sa . DBt>UTAno : - .A maioria só tem um do assisto BO direito de vida ~ de morte applica-
ltflrler do contrB os eacrnvos, no meto do. ;plauso popu-
. lar; quando encontro no seio da fami li~ o maia
O Sn. Flt.ICIO DOS SANTOS : -A maioria nno é . soberano desdem pela sorte desses desgraçados;
bydra Pllrl. ter sete cabeças. honro ~ me, senhores, de ser brnzlleiro (Apoia-
. : O Sll. FRBITAS ~uTumo:- 6 nobre depullldo dN). · · . .
por Minas, que é a tradição vin desta caru:tra, . . Ainda não lta multo deu·tíoso-Jontal do Cum· · ·
· e que por seils s ervi~os e 110r seus talentos me· ttll!l'cio a noticio de U.OOO manumlssiles que rea.
reee a consideração e o respeito de nóOodos, lixou a iniciativa pnrtieular no per lodo de nove
tem formalmente recusado 11 posiçio de chefe, annoi. ·
com que a mníorla o tem procurado dlslingulr. Qne prova mais eloquente é posslvel que se
o sn. MAnrtM FMriG!SCO; -Foi sempre nosso dA do. vicloria que no espiriLo pnbHco ganhou a
leadtl'. ldêa de ema~cipaçíio?
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 09:51 ~ Página 12 00 35

164. Sessiio em 18 de Maio de 1880.


Senhore~, no homem de estado niio é o coraç5o · Ausencio qun~i que romplcla de (orçn publica,
que deve dominar; mos a c:obeçn , Tratando- nbi ddxn o mllivlduo á nll'rcê do todas ns vio- .
se de umo qucstiío tlio delicoda, como e~ta , lcnclns. · ..
o · governo não dc\·c demorat·-sc em fiar no . Ainda liontem o nobre. depu!arlo llCI:l. Bnhin
paiz as muis terminante~ r. flOSiliva~ explicações aqui nos veiufazer n discrlp9ào desses horrores,
de modo a conhecer-se o opinião que tem ~obre rJLtc no serlilo •la ~un provi nem. tôm zumb;~du dos
um n~sumpto de que tlio dircelameutc dependem po!lorcs.f'Ublicos. .
os nossos dc>linos. .Tivemos OI 'I~D<i:io d·' vcrltlcnr que tiS. nutot·i·
Logo ap(ls a publicação do lli~cut·so do nobre .darfcs , ão impotentes tmrn dominar OS liS:iHSSÍ •
deput:.d•1 por P•·rnombnco, tive, S1·. pre~idente, nos, l'epd m r os rlellctos e :znrnntir a ·ordnm.
· reclamações de mnn nflo pequena part.e de In· Si pois, ~enhores o cslndo de segurança indi-
vradores dn pro\·inci:J de Riu de Jrmeiro ; elles ·;idual é ene, me pnr1!ce •rue não devernu~ lllvar
que·represen tnm n gran1l0 propriedade," que é n no centro da ~ no ~sas jJOpuluçõe~ ll:!'ricola" n pa-
principal fonte dn reeci.._. puhlica, ccrtnmente. lavra de fogo do nnbl'<l de .ntt:rdo p••r P"rnam-·
têm o mnis incontestavcl direito de serem ou- buco, :J qnnl frli':Í Jn\'l'ar O irrcendio em qU<.l (n· ·
vidos !itllo governo. · . . lulmenle tcriio de d· ·~Dl1VDTI'C•J r a honrn, n for-
Si est:~ assemblén reprcscutn os interesses do lun:l c n villn ~e tantos dos nnssos compatriotos.
Impcrio .·. . · Quem estndar :t c ·l:tll~licn cri minul lt:1 do
Yo,zs:;: -Represento. cün1·encer-so (jUtl d011oi~ 411~ a !ei ri•! i8il foi
promul~: :, dn ••s airnes dos nscrnvns eonlm.os
O sn·. FnF:rT.\s Cor.."Tnmo:- .. . si rejwesrnt:1 a ~enhor••s c fLlitorcs :tugmcutarom mi1 . c~cola .
rout.1de nacinnol. llno dP.vrmos o~r,nccc r-nos da muilo ~~~~ . Si o~sim é, o limtrwlo deputado .
lilvoura. qnc, á mingo:• d•~ rec r.n·sos,mais rio qtw dcYu · ll'lliiiOr Wl:t !'Ol'le dos hr;~zll oiros que Si
qnnlrJUCr outra classe ~01~ in l •leve; na~ tristes :•clwm c~palba,lo ~ pela f:rce elo ltn)JJ!río, ll'll'·
condrt;õe,; fin:,nceir:ts em rtne no; 3~h:11no •, me- ljUnnto l'ontinnrmrln hoje :1~ l!OU sos nn u·csmo
recei' de no~sn IWI'lc a JD3Xirna SC'licitndc. lJl1, senão lJeí .. r, us cnla.uidnrles •tue se ot·igina·
O SR. J O.\ QUI.ll NAUt;co :- V. Ex . eet·t~rricntc re•n d<.l sua ,,r, ·p:•~:n11da h~o !le ,:cr imm Pnsa<, e
niío· obleró desta cnrÍJ<~r:l lllmt. mot·âo escra\'n. cntiio nüo ~ui ~i S. gx, se tll'f!!1J9ndm·:i de ter
glsln. sido n . cun~n de :anl:J< vktirn:1s.
O Sn. l~nniT.o. s Coummo :- Eis ahi o nobro Sr. .wc~ !ll enl!l, declaro a. \' •. Ex. que es·
depntallo rtuerendo [ll'Odtttir cfl'l•ito.J. . . tr:~nhe• o "•h•rw•n . do n1obr•l Jll'•~Sideu t:~ do 11on·
Nn verdade, ~i S. Ex. me tivesse prestodo o sctllo dinnl:• rln· man if(•slvçõcs drJ nohre depn-
sun prccins.a ntlenr.flo n5o me dnJ•in um some· tndo po1· i>•!rnamhm·o. · . . ·
lhnnt · npnrte . J>nrereu -rnc que s. Ex . dc\'erin lolto acudir
l,••lo que t~nho · dito, St·. lll'l!sidenle, V. Ex . :i ll'i-hutw nfint do rl~clan• r quul era a rc>peito
fnc ilme••.te ~o convNicer·ri d•~ qnc o UO)bi'e de- dcst•l n~~nmpto o pens:•meuto do l,l'OI'erno :
putndo por Pcrn:~mboco dci'O pltl' de l;~do a sun· O Sn. ZA)(,\: - ~iiil l'rll oecR~i5o opportutin ;
pro palt~nda ~ corn:~uccr-se dl} ·que o rio <lo a occMiilo opportuno ,; agorn.
Par~hyhn niio •\, cnmo di1. S. Ex., o rio. da e~­
cr:•vloiiio, c qne, pelo ••ontrari o, c;;,:es senhores O Sn. Fn ~o: JTAS COUTii\'IIO: - A oc<"•'~"iíio tnnto
de csc rnv r•~ <tUc o nobre •ktlulntlo !Jill!r .l'inlt•r ••rn Ol•pno·tuua qnA cu rled ar.tn V, ~:x. •1ue
com ~s m:io~ tintn~ d<~ ~:tnguc, nfto ~fio tf10 des- tenlw re• :~<hi · lo rcchunru:õt!~ ••otlll'll o proj•~cto
hUmanos fJ'•tHO pt:ns~ S. Ex. · ü.o nohrP.- d r.jllllauo 11or Po·rnatubucn; c conlrtl ·
g,•n horc~. (1:11'11 mim· a qn•'stiío ela emnncipn- ;i pretendidH furç:1 mO!':tf IJU~ lhe (lal'eCt'll tfnr O .
.ção I! tiio cnc:ulc~M nlc c 1lo um~ gt·avirlad•: t:~l, ~i hm<lio dn gover·no .
quo rtella ~,·, . no~ i! licito tJ•at:ll' q11ando t!l:el'· q . ~J~..:.0~~!A.l,~1LQ.Qi1+C .de llll ta do a '~~na,'WI-!ml­
.....mos ·os nwi o~ •le t·es••lv.-1·-:..,.-AptJh•n,Ji, pois, ·<• srmlilll um" OIIIDI~n •ndtYtdual; a tamarn nmda
nohru depntntlo. o Sr . M:•rtinhn G:tiiiJil)~ , 1m r nada tlticirlt u 11 r·cspcilo.
ter con~e~uido, tlm t•lt'IIIO< J':•pitlu~ ~~ cont•i::o~. O Sn. Fn~: JTAs Cnurr:.nn:- Agor·n 1lurci a
~ortcJ·:q• t•s cflHtos .ltnr. podcrh pr•1Um:ir ••
d1 ~cu rso do uob n~ •l"fJUind•• 1101' l,nunmbnl'o.
~r. lj:x. n C!I:PI!Cilrfio rltl~ mcns ret:A o~, llUHjnlgo
Cn'!io, ~l!nh(IJ '{'S, flUI!()~ r:~lllilin < hnl~.il d ra~ ,Sll · tnlcu·anwn t•; luuda•lns. l1c•·o· soi.JJ'll e>tn qn• ·sl~o.J
jcitns ri ~ere111 l'ictimas f.le 11ma l'••lllli:io de •·sdaro'~'"l•·nto< ~o l1onr·~·lo rwc,i<l.-•nro ilo r·on·
c~crnvo~ , poir Yil'tudc dc~ tas •li~ t:ns~õ!l~ intcm·- s<~ihu, porquanln o nohro .f.I••JJlllallo por Per•
pe.~ tiv:,s, dl)\'i<tlll SCI'\ ' ÍI' de ll 'SUilljllO (1:11':1 Cll·
nalltlJltCn,- 11 tllell V.!l', OCI' Ilp:• 11111:1 t ia ~ J IO~ÍI·(íes ·
cantur· ~ imnginn~ào do nohrc depntnrln por mai ~ sa lient.-s tHI s~ io dn mninria (Apnimlos). ·
~. l~x., •ltil• por· sens lah•ntos p•\,Je 11rcslnr mie•
l1 erMmbuco, . pnr:• rommunicar movimr.nto :i \';.ni•JS scrvi{'os ·.no gol'!lr'nl), que o ·:u·nit·• r'OmO
sun fl"lavrn, pnra d:•r ao seu gi.:slo todn ; ns
ou~adia~. um dns sens l•lem L>nlo~ 110 for~·a ue~l:1 ra~n ; jnlgo
t)uu cteV•! gnz:u· tlc . uma •'nl'ln :•Uiorid;~d c com
(lla um •11Jitl'te.) rcla(·:lo :10' p•·ojec.tos rJUO aqni apresen tar . .. •
Respondendo, Sr . prcsidenlc, a c;;lc npnrle, dc- · 0 Sn. FEJ.ICJO DOS ·Eun:.s :'- 0 nobt·o depU.•.
~ln.ro ;, V. ElC . !JUU tcrilui o COI'o~em •bs minlw ~
tndo tem muito rnlonlo, mils nuo km. autori- .
nlen~, c qu t' don t>len~ libt,rdodc pnro que a~. tln~u . · ·· · · ··
qu31iliquom como entenderem, na C!.'l'le~:• de
qu~ Í$~0 ulio me tlcmovcJ':'' do propo~ itn em qne O Sn . FREITAs l':ourll.'illo: -Entendo IJil~'~ derc
estou de t! Xft~nd t'l·n s com n ttJoior frunquc1.n. lf'r t.uoin n a l·r;tlolc, porque S. Ex. Tiv~ n~
Conh eccmo~ ,sun hores; :1 mnncirn ~o r q"uc ne ~ lc intrmldnde llo governo.
Imperlo se garante a viiln do cidndno. (Ht~ tlarios 'llJCJ r/C$.)
Clmara aos DeptJaaos- lm~sso em 2710112015 09 51 - Página 13 ae 35

Sessrw em 18 de Maio de 1880. 1G5


Não me assustam, Sr . presidente, os qualifl· Qltando aqlii faltei pela primeira ve1. e declal'ei
cativoft dos nobrt'.s depu todos. . · que o senado . fazia polititm, 11 minhn _voz foi
E' hoje modn atae.~r-se uma idl!a ou uma coberta pelas conte~ lnções que vi p:lrltr de qunsi
doutrina nlío refutando-o mas qunllflcnnlio-o. todos ns banonó~s destn cnm_nr:J, mas V. Ex., Sr.
Um homem que como eu defenile o liberdade, pre3idente, sahc rtne com o correr dos tempos
·. que quer a emancifll!cliO n:~ conformidade das essa idén ganhou terreno e os meus nobres
disposições da lei de 1871 grilam Jogo-é um collc~:n~ que oull"urn se me oppunhnm neste pllr·
cscrav;1:,:istu; se levnnlo·me p:irn proclnmor n tic11lar inicinr:•m n sua prop:~gnnd11 não contra
liberda•'e d~ conscl~ncia e ss peço para a i~rcja a ''ilaliciP.dude do senado, mas coulra os propt•ios
e:~thnlic:l no sentido de livre mnnif·~ lllçao de senadores, MS qnaes consal,;ro o mais Jlrofundo
suas idéns c doutrinas, ns mo~mns g .•r:mtias ·que· respcflo. . · · ..
sãu outorgadas a outns rell:;~;iüe~ exclnm;tm lu~o o Stt, BAPTISTA J>EnllmA:-Os uwi~ bcnig-uos
-1'1~ :·hi o ultr:unont:mo. E assim vão o,; qu~li· ehamavnin·os rJel/l.o.j l'alltadrJI'I!S.
lle:~tivos eJterccndo o seu imperio, 11 demons· ·
lrnndo · qolío pouc:J é ·o rt!fleltlio dos _. nossos - O Sn. Fn&ITAS CoUTIIiuo·- 'lllio 1lei n qÚo vem
.homt•ns puiJIIcos quando · tl'at.m d~s grandes o nobl'e deputndo com este . se~t :tJlarle, que na.
rJucstiícs politit:as . · .verdade nenhuma prova olfol'ece do espirito de
0 SR. Ft:LiCIO DOS SAt\'rOS : - Tem muhn S. Ex .
"'razão ne~le Jl:Jll to , 0 Sn · BAPTISTA I'Enf:!n,\: - Nem ~U InO procuro
· tornar agrnduvcl à suo ~r.~soa.
. O Sn. FREITAS Con1~HO : - Sr. pr.~siden Ic,
decl:•ro 3 v. Ex. que sou enthnsiasta d:. eleição . o Sn. FllEITAS Cou'Í'Il~lllo : - :Sem exijo gue o
direCL'l. e desejo mu$mO (JUC ella produza nn Jli':J.· no!Jre du1JUI:•do mo scj:t ngrndavel,. tanto mnis
tlca t11dos os r1•sult;:~dos que agu~t'dv.m os meus !"Jun"nto eu C<lmb~IO c o nobre clclllllltdo de·
honrad<IS <ntlle~as e o governo. fllnde.
Sonboro;<, (lv.g1Je o momen1o _em qne a vontade O SR. 3.\t'TlsTA PEnEIRAi-Eu sri dou aJI.'ll'tes
·nacin:ml se 6ter sentir em toda :1 suo plenitude ; punquem os entendo.
~ csde qne podermoscolloe~r 0 povo roce a !ncc O Sn. l~nr,rrAs Court:-mo:- Mns si o nobre
eom !19 ~eus representantes e com ns sua~ ms· ·d d - 1 d 1
lltuições. o liberdade. deixar{•· de ser uma illns:i o C'pUia " 0 ~ 0 compre leu c cousn n guma . · •
(Apoirtdo.,). · . · (Stwrn'O nas ,q ah·ia8.) ·
P.lt1s, diunte dessn ~l'nndc nspimçiio, que o O Sn. rnEMoENTI!::_I\IIcilç5o.
governo pretendo satisfnr.er media.nta o seu pl'O· o Sn. Ft\1\IT,\S Cot;Tl:-ii!O :-E como não 113 . ilo .·
jecto de refurm~ r t.. itol'lll, par·tX~e : mc, s<~nftot·as . ·o ~enod iJ fazal' p1•liliea '! . .
que ~ur::-e um ·embar<~l.'n, digno da \lltençiio do Donde ·s:.hiram rmr" o senado QS ~enadorns ?
nobre JWC~Idenle do con~elho. · Em nome de lfllC p_riucipios c de que interesses
A v ilal ki<:ilodc do sen:1do, sem corte<•ti\·o de tor<t 111 QJevodo ~ a es~a :1lta posi•;ão ~ ·_
qu~lqua naturcu , nhi le vanl.:l·sc tcmcros:~ em S;shil'a m do~ i nt c rt<s~cs, di:s paixõcs, -dos prin-
ll'tJnle ao projcclo do governo. · ciplo~, t.Iu Jl<lrlislo .emlim, :10 qual nfío deixam,
O stm:odo, que reune em si os maiores illu~· npt•7.;•l' da vit:tlit•.ied:Hie, de (IOfiOIICCr aimlu,
lt'ól{lÕl~s do Jtniz, c •rue tonln$ V<'!ZP.S tom tkt•lo Nuslas co1tdiçõc~ ~er·i:t desconhecer n nnttt·
provasd •• qu:snto l'tilo l'crsudn~ nn :•dmini.4r3~iio rer.a hum:uHt exigir-se que um senador se es-
os homens que o . compocm, em \'07. ila ser c~<:l lflle~e do ~•m partido, d''' su~s idt!~s pal'a •le-
ns,emliléa de nllos ma;~i~tra,tos (lo litii·o~, que) fl\mlct· ;ts idens 11 o pt\rtitlo rp1e lhe siio intci·
sómente in!'-]lirados- no hem tia patria d"vi:un r ;tlllt!Dlu cvntml'i"~-
fir:n· ~uJ••Io~ 11os ehmlOI'L'S du" llol)lt~ :uni)!o~, l~m. l'iiio <tl~··o os homen~, at~mnrin~lltffiÇiio-;-··qüe·----
~õe·~;(is üfl iiílos.lum ]IÓ• . r••voi:Hlo :tlé nntlc ê capaz assim •·omu hn.i e d :'r t!:' uh o d•J c:• usa á idúa conser-
dc lll'ra•bl ·o o ~L·ntlml"nltl lllll'lidariu. . vadm·u, rurti amnuhli ll'ium;1lwr a iril':' libct·ol
. A~ instituit•õç• flll 1' ~~o et·c;ulns p.·or·a di!d'h:-ir 0 ~ tlclo mi:·~nto modo e n.H !1\t!slllns condi<:õt•s.
dc!lino.~ •la soctcd~dc d•·-\'s'm SHI' conecl>r :•s d()
modo que cn11'n ella" (! :t n:~ ture1.n humana nilo · A lltla flUO sC' trm·ou n:t s··~sfio po~~1d:1, t•ntl'e
Jmj:t u 11111 hoslilidlltll' p1·orun 11o e-s~·stemotica. o ~Hn· do c o lllini~teritl Siniml1ti.· lula que C'll
Quem govet·un. quem dirigtl . deve ser •·~s- cun."ider·sl dwi:1 de inoirJ(ml<!s di.rnos de oceupor
tl<ln~avel; 0 rl!i tlGI"s , cus mlnistr·os dlmtte t! llll!siWu;/in dns nos~os l10mons cltl ~~~~do, cer·
do parl:1 munto, tiS mcml.li'Os d11 eorJlQ legislativo I.Mnenlc nno se turi~ pmdnzitío, si c~l:•s idéas,
!Jcl~s su:1s idéns diante dns urnns.
· O scnn.do s , •g•·~g-n· um Cl'rlo numet'O 11c Ct·
que acaho sle I'X(lÕr. n~o dcnv~ssou1 de f:ICtos
· reacs tl -:onh1·tlidos .· ·
1lnq1íos dlstinctos do meio social em q1t0 vi· Qn:mtln nlli so iniciou 3 d_is ~·u~slio snbre o
\'cmo ~. das IUIIIS em IJU(l tomamo~ p11rle. d.•~ projeclo de rcfomu o 'r.ilo.r:~l, que~tão ~ob•·o a
. pnixws o inleresses, quo lã·• frcqu••ntcmcnte qual o >Cil<tdó, ·a lll3ÍS :•!ta corporm;~o pnliticn
uos ass:tlt11 m, o pcnsn t]no 11~sitn lll'am ~ alvos do lutpnio, orn ollrigadu n cmillir comfrun-
os. J,:"r:md~s pl'ino·ipio.< d:o justiça, rc~olvldas as CJUl't ll o~ suns iclê~s, o qne vimo~? .. ·
mais :Jitr~s truostoos do Estado. Por mais <iuo o gov••rno t.l·nta~sc pi'ovoc~t· :r ·
Um senado vitalício, nl~m de exllreer eomo o opini:io duqnl'lles illn~trcs cidn1l:los, 11or mnis
nosso um~ inlervl!nç~o dlrecta nos nnj:!ocios pu· QIH1 prontrnsso l.rnzel·os 011 d~b,llG, mul:1 nl·
blicos, é a combinncüo 3 m:~iscn~tcnhns:~ no scn· c:mçun, jJOfltlltJ si JlOl' nm lado cunscj!niu. que-
·t ldo de estabelecer o {IQ!lcr aiJ<olulo com pr11• brnr o stll•ncicl obstina1lo :t que se nc11lhlnm,
ponderoncia multo dcclsin1 sobre o rutur·o do dando lognr n QllC StJ :abri~~o n lli8<mssiio, que
pnlz, caminhotl lent:~ c pesaJn, uiio lobrigou serLUOr o
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 09:51 - Pêgina 14 ae 35

166 Sessão em 18 de Maio de 1880.


peilsllmento da maioria, pensamento que nté Neste se.nlído me parece qne :ilgomns palavras
flojc ficou .s!!pultado no mait completo segredo . for:.~ tambem .pa·oferidas por S. Ex. o Sr. con·
·. O parecet·, que então foi dado, ahi está pro- sclhe•ro Alfonso Celso,
vondo a h:~.bilulade com que se manobrou, )Iara· P?rtanto,, P,enso que aquelles que deram o seu
n5o se definir cousa, que podcsse trnzet• .com~ :liJOIO. ao m•m~terio passado e fizeram questão da
promis8o. · . · · consttluclo~a.J•da~e da reforma, niio podem sus-
Nini\'Uem ~abe; ninguem pelas conclusões tentar o mmtster•o actunl, que quet• a r~rorma
desse documeato D11ívinha a opinHío do ~cnndo por lei ordlnaria .
.ácerca da eleiçiio d irecta. · A quosl~o é importantissim~. Ou a Constituição
Este acontecimento, aliás liio importante, niio do lmporw tem volor, é n lei das leis e como tol
fará com quo o nobre presidente do conselho 11 niio deveis apunltalar, ou cnliio nada exprimo
nutra receios Jleln sorte do.seu 11rojecto Y e. nesse .enso acho ridículo que n tr:~gnm tii'o
O que e$per:~ o honr:~de presidente do canse• ru~~. . .
lho do senado ? Não se :~cba dle na sua maioria Entendo, poi~, que·a ~sição dos nobrc8 depu•.
~omposlo de advers:irios politicos, não est:i na tados que naquelle sent1do derender:~m o minia-
soa índole, n:~ · sua nature2n cmbnraçnr a.prin- t~;rio pa.ssad?, e altamente melindrosa em relação
cipal medida da situação libernl 't E au:~l o cor- DO ffiiUIStetiO ootual. .
rectivo contr~ semelh:mte rcsistencia~ O Sn . S EIIGIO DE CASTIIO:- Nilo atJOi:~do · é
O nobre \' isconde do ·mo Branco, que peln lei multo nntural, não ha contradic~·ão 11rguma 'da
de 18il tornou-se um nome n:tcionol, e que no nossa parte. · ·
putiào eon:>ervadcr oceupa um t!os mais altos O ~n . FnEITAS · eoun~Ho:- Senhores; hoje
postos :;RJrma que no sen:~do não ba maioria que soLe ao poder o segundo mini.s terio do par-
p:1ra a eieiçiio !lireeta mediante lei ordinaria.
<Mas vüs me re~poudeis que . tendes em c.on- tido llbcf'.tl, me parecia · que o circulo de suos
n~ piraçõe~ deveria ser maior, e que, al~m da
trario a opiniíio nao menos autorizada do muito reforma eleitm·nl, emprehendc!lsemos rerormas
notavel SI'. U;;rão de Cotegipc. Mas eu vos per- administrativa!', capazes de lorn:~r aquelln umn
gunto : no discurso do bonr11do Sr. Bar5o de verdadeira realidade.
Cotea-ipe encontra-se· porventura alguma cousa Antes de terminar, julgo de meu dever instar
que nos a~torize a lllimen,ar á csprranlill de co;n _!) nub1·e pre~dent~ do c~mselho para que a
(jUe o. proJecto do governo pnsse por entre as
fileiras eO!l$ervndornl'-, coberto de applousos e elelçao·dtrectn nao seJu sacnficada por fnlta de
de hentãod Creio que não. leis. complementares: Espero :linda que S. Ex.
. O pnr.tido liberal; que tem unanimldadenest3 lera n coragem prcmsa paro, no menos perante
camarn, e !JUC segundo as ref!rns do nosso .sys- o S!lnado, nõo de5istir das id~ns capítocs do seu··
. tema representa a naç:io, lera de ir .esmolar :is projeeto; que aaber~ salval·o d11s mnlilaçiies .a
portas ão senado a passngem da rerormn nõo que porventura queiram sujeit:~l·o.
·mutilada em seus pontos capilnes, mas tal qual Inrelizmente não nos achamos mais naquelles
·aqui sev,.neer (Apartl!l e conte.1taç6e1). beltos tempos, em·que Cineas dizío que o sena-
"Hontern proelamavamos a necessidade da re·. do romano era uma assemblén dd cid~diios vir·
· forma constitucional e não· creio que governo toosos dignos de governarem Roma c o mundo
11lgum tenb:~ tid~ mais ded.icaçiio, homens mais iúleiro . ·· . ·.
dispostos aos ma•ore.~ sacrtllclos em seu Cnvor, Si eslas :;pprehensões, · Sr. presidente, · que
do que o mínlsterio deeahldo (Apal'lt&) . . tom~i a liberilade . de revela!' a e:~ mora, si estas
Alguns dos ·Srs. depulados, não todos, affir· duv1daa que sem estudo e em ·completo desa·
moVllni na scssilo passada que, por espiriw dê linho ( t~ao. apo{ado8 ), me vi forçado n definir
per:~ple vos, t1verem de desappurecer com as
transael;âo, apoiavam a rerorma conelitucion:ll,
porque ente11iliem_que assim buvia cspJI~A.t exphcn~ões do n~bre pr!J_~_icl~nte \lp~.setlw._
·----e:~·-opini~~- divergentes 6 raeiliuadc pura so toa• que 'I. Ex. ce o que eu serei o primeiro a
Jiz:.r uma idt!n qu~ já 11ão era deste ou dnquelle me confessar vencido o convencido. ·
pertido, mas da naçlio inteira. · . Faço. vo(os, Sr. presidente, pllra qoe o governo
· Mas, ~enbore~, cabe o ministct•io e surge Oll· nuo dente de empre~rar todos os meius \endentea
'ro, que pretende wnS6guir o. reforma cleitorlll a to1·n:~r a oleiçlio d1recta uma verdade; que se
por lei 9rdi.narin; c esta mesma dedicaçüo, e~ te empenhe em obter de seus amigos que o apolam
mesmo 11poto que leve o ~overno passado com o tt·.h~mpho dos princípios qull com mais força e
11 sua reforma constituc.onnl é ex:~ctamente deCisao amparem a ''ontade nacional no sua lfvre
nguelle que circunda o ministerio nctual. · · mnnifestnçao; que obtenho do senado u. sinoora
·adh esilo a todas essas medidas.
· O SR. S1mato DB CAsl'no :-E com muitslogica, Si o nobre presidente do conselho Uver a for·
porque nós nunca. fizemos questão de tórmn. tunn de conseguir tudo isso, entüo direi qu~ a
O SR . Ba&l\liA C .w A.t.cAIC'rt:- Tambem o mi· liberdnde, que ju parece moribunda; ni'io exba· .
nlsterio p:.ssado acompanhava alguem que tinh!l lará o seu·ultimo alento. ·
escrupulos, a enmara póde ceder igualmente. (Mui lo bem, muito ~. O orador é comprí•
mentado. ) · · . _
· O SI\. FiiEtus COUTINHo:- Mos, senhores,
dizi!l o nobre Visconde do Rio Dranco, e no meu . O Rr, Sa•alva (preràdtlate do oonselAo):
· ver com toda a procedeneia; ttue os que eu· -sr. pl'e$ldente, procurarei satisfezor a todos oe
tendem dever ser feila a elciçoo di roota 1ue· desejos do nobre deputado pelo Rio de Jonciro;
diante reforma eonstitucional nio pôdem traa.· nilo tomarei multo &empo á c~mora, mas nlo
algir, ~lo a pódem querer _por meio de lei deixarei tambem de toear em ponto algum do
~nuur~. · . discurso do nobre deputado.
Câ'n ara do s Depttados- Impresso em 27/0112015 03:51- Página 15 de 35

Sesdo em 18 de Maio de 1880. 167


Disse S. Ex. qne eslá disposto a dar ao go· . O SI\, F.eRNA."i'Do Otoa10:-E11 me encarrega·
vorno o sou :IJIOio, qu:mdo achar que elle o me· rei de designar. ·
rece. · · . ( Ha outros apartes dOs Srs . deputMos do Rio
Não q·uero outra co usa ; ·declaro á cnmara que Grandt do Sul. ) . . ·
não desejo obrignr~me, nem ao espirito de par·
tido, riem o deferencla da amizade,. para mere· O SR. SAnAlV.A (presidente diJ colitr.Úto ):-seJa
eer o seu npolo (Jtuito bem). ·. n prov.inciu do Rio Grande. O governo orgnm·
. ·se c~m um representante daquel111 provincia,
zuu
UM Sn. DEPtl'l'.\DO: - Niío se devia. esperar o Sr. V1sconde . de Pelotas, homem inoderado
outra cousa do caracter de V. Ex. · queri.do de todas as · parcialidades Jiheraes
0 Sn. SAMIVA (presidmlc do C01t11tlho):- ( apotados ), e em geral dos cidadãos mais no·
Aceitei o governo porque vi um pouco peri· tavcis do l\io Grande (apoiados ) •
gosa :t C3USII d.t reforma eleitoral, e lenho o dever O Sr. Visconde de Pelolas· !iesigDou -um pre·
de empregar todos os csrorços pnro reoliul-;~. sidente . O partiilo Iibel'lll, ~q~'elln provinCi:~,
Si n~te intuito não rôr ajudado r.ela CGmnra dos ~ ac!1nva um pouco dividido ; ma5 11S dl~senções
deputados e pelo partido libera, corn'l entendo Já extst!:un aiJ,tes da org:JDi7.n~ão do ~rabluete.
que o de:l'o ser . . a responsnbllidlde não será O Sn. M.\nTJNHo CA~tros : .....: É o nomeado
minha : . será do· partido !iberlrl e da camara · pre~id ente dn provineia era o t>res identc da
(••fuit a.~ apiJiadoa). Todo o mundo snbe que en nssemblilo.. ·
não sou homem de amenças ; não nmenço ca·
mara$. A comara deve sa~er, portanto, rtue, si O Sn . SAMLVA (presid!'nte do Consetllo) :-, 0
não . nlll'Dder no . que o governo fez exnrar no que deviu . fazer o governo~ Devia rejeitar a
projecto de ·Jei, o ministerlo des:~pparocerti indic;~çiio .de urn membro do ruinblcriv. apre·
(Muito bem, muito · betn). Si a cnmara não com· ci:•do por todos, tidó sempre como liomem
· binar com as id\ias q·ue o governo julga eSSiln· moderado 'f . .·
cines e que sus!enla, 11 camarn llS!UOJiní ares· (.!u:~as as instrueçõcs ·que o . governo deu ao
pons:tbflid:ule da derrota do projceto. O :rov 0rno presidente do nio Grande do Sul, a&s iru como a
não tem rindo com isto, porque, desde já decl:~ro, todos os outros presiden,es '! A t~nm nra vai ver
nlio pedirei á corôa n dissoluljlio de uma camara ~: ·. . .
liberal só pdo f:1cto de ella decidir que n~<i ê • Gnblnete do presidente do con~el ho de mi.
libel'al o projeeto do governo (Muito bem). nistros.-Rlo de Janeiro de Abril (,le t880.
Pôde set·, · Sr. presideJlle, que o projeclo seja • llhn. Exm. 51'. Dr. Henrique Prnncisco
:~tneado como J•adical on como pouco libeJ·al. No d'Aviln.-Havendo assumido o pt·csidcncin do
se~undo cnso a c:unara poder:! rejeitul-o ; no conselho em il~ de Março, tunho Mcessidade de
pr1meiro c~so, ~i o senado entender que o recomtnel!dar.·lhe dous assumptós, pedindo que
· projeclo li radical, rejeilal·o·ha lambem. Mns o ·delles occnpe·se .com a maior ~olic i tude. ·
camara e o senado tomarão a respons11bilidude . • O primeiro cnlcnde com n JitJerdllde· do
.ela rl'jel~~ão, e o P"iz dirá se o min1$terio re1. ou voto. ·
não o seu dever (Apoiado$) . . Niio ambiciono • Est'U o governo no propoJsito do podir ao
outra cousa. p~rlomcnlo v:1rins mcdid~ > que torucm impos·
Disse o nobre dcpnt~do que aJegrou-se quando siveis ~s eondídnturns oficinas : assim, é seu
ouviu.mo prometlol' que distruirio to d~s as dis· dever dosdo j:i si):!'nillcm· IJ no se conservn e se
senl-'Ões t! Utf· J~vruV3 m cntrt: o partido liberal. conservnrâ.. estranho n quMsquc•· ''lln•lidnluras.
Não prometlt semelhante cousa. Era impos· A mlssi'io de -v. Ex. uesle intuito é escolher
parn os CU,!.!;!~s .d~ ...~u.a c.~n!lll!~t;.:t_IJessoa.I .R.(JIO e
-· siv1t...!IJ1.JL Jl,~cii~J.SC uma cousa que nãtLpo_· 11101':1tttltlW,
der a cumtlrtr. · selil COlJ'II:tr dos I'CSUIIotlo.> deSsa
cscolhn om relo\'iio nos cantlidatos: nlio hosti·
Porque o pnrtido liberal cstú dividido em liz:~l·os, niio protegei-os, eis o qne nos cumpre.
algumM 11rovincio.s '! Porque as amtiiçõcs pes· • Se essas llUIOridades·inlerviel·cmna oleiçZío.
soacs querem , cnd:~ um~ PQr seu turno,· dorui· TioiDndo assim o· programma do governo, pro~
nar as mcsm:.s provtnc1ns . grnmmn !JUC deve ser·o de v·. E:t., IJtleirn de~ .
O SR. BEzEnnA CAVALcANTI: -A's v czcs é tum· · 111iUil ·ns, pois niio ~n J'M\fl•~ tnlcr.nr IJU\1 ã sombra·
bem poln justiva comprometlidn e sncrlllcadn. de nos~~a confiança SI) aü1sleru do nosso .pensa·
O Sti. SAnA IVA (presidoutc do cousclllo):. - Seja, mento polillco. . ·
' O se:;tundv pvnlo p~ra o qu:1l cbomaroi suo
porém, como rur, como o governo poderia em· ntlcMfio, é o est11do financeiro tin provi nela. ·
prehender n tarefa de salisiD.zcr Interesses pes· • Pelas inrormaçoos do meu illustrndo onle·
soros 't ressor vejo que nlgumas província:> melhoram
O Sn. Fll51TAS CoVTJNIIO: -Mos não é isto o suns tinnnçae e redu1.em seus encugos; t! indis- .
·. que se faz actualmentc. . pen~a vel pllrsevero.r neste proposlto. ·
O Sn. SA.I\A.IYA (Jlt-esidellk do consalko) :- Peço ; Nenhnma.obra, embor:~ rcconhccid:~monttt ·
.no nob.re duput:\do (JU~ designe umR província, · ntil, d~!VCI'.i. ser e.mprehendidn, sem que V. Ex;
eu explicarei a politica adoptada em r elnc;uo a . tenha a c~mvicção de ~u~ não irá a:;gravar os
essa . compronmsos d:~ provmcn1. .
Vous;- Designe. •E' do mister tombem o m~ior cuidado com 11s
oposentnções, que estão nbsorvendo ~rnnde
O Sn. Fli&ltAs Coummo:-A pro-vincln do 1\io parte dos l'ceursos pro\'ineiaes c mumcipacs
Grnnde do Sul, por exemplo. . • . •. . .. . .. . pela fncilhlnde com <1uo silo cone~!)idas, .
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 09:5 1 - Página 16 de 35

168 Sessão em 18 de Maio de 1880 .

• Estou persu~dido de que 3 ;~;sombléa pro- .intcrrsse do minis·!Crio actu~l :.c:Íbar com estes
vincinl, CQP'I o auxilio de sua~ lu~. ha de tlr:•ti- reseutimentos deixados pelas lutas passadas.
eamente coll:~borar com V. Ex. no desenvolvi· O ministerio não tem interesse nlgmn · em
n14!.nto Jll'~tit•o de uru Lem outendido ~ysteiH:t de · :J.lfgravar· esses ressen~imentos. _O p:~rtitlo liberal
ccot1omia·e zelo pelo serviç'' publico . 11110 lucra· U3tla com .IS$0 (A~1ado•) . ·
E~pe1·a ndo 11ue V. Ex. ccrrcsr•onuerd :ísmi· Por conserJuenl'ia., .o honrado depul.'ldo ha de
nllas vi~tns. sou. -De V. Ex. etc.• perdoar-me ~i eu upenns me !Imito u .dizer qual
O S11. UOI\TA DE AnAt;Jo:;_ f~' :l \'erd:tdeira é o· desejo do go\'t>rno neste assumplo.
política libcr::tl. u setl dc~ej o c o seu. lntct·es.~e s~o que todos
nós viv:~mu s como bons amigos, pelo menos até
O Sn .· l~ nEtT.\s Cmmxuo;- E' preciso saber si QUC SC r~ç!l a Í'e fO t' lllO.. t!JeJto:·aJ, hoje, ll RJ:tÍOt
cst:lo senllo ap!Jiicadas. ospit'IIÇÜO do partido lillerdl (Apoiado~). .·
O Sn. S.\R.\In (presitleMe do cmtscllto):- Os · Si mio [IDdenilo,; cvit.w um:~ guerra, no menos
!a elos o demnll>lr:tl'áO. (Hu. 11tHros IIU!Ítos "Partes façamos um nrmisticio (Apoiados). .
e o St•. {JI'Midenle Jl~~lt- qtrc 7t<iO i 11ten·o•npam o O uobt·e dejolltndo .ocllon. irregu laris~imo o ·
o1·ador.) · . . acto do g-ovcnto, quando, segundo · is~e, por um
O go\•crno escolheu p•·esidente.> é111rc o;; ho- tcleg-ramma tram:tomou a comtJelenci:t da re·
mens eminonlc~ tlo partido liberal. Si o partido l3çi\o da Uilhia, fazendo tomar as:>Citlo como
liht•ral nüo e·stú cuntonle com ''Slc5 homens. o de,·eml.lurgad•ll' um jui~ ~ccus<~do.
govemo nno od'w runwdio. nem Jlh!io twra lhe .Senhores, a cn•uat·v dos Srs. deputMios , pela
sur a!!rnllavd pot· oull':t fôt·ma, Si o· 11'.>1n·c CXJIOSÍÇ50 l':lpidll!jUC VOU . r:1zer daquestiJO, hn de
dcput:ulo IJ(J l' l'X!'In plo, niio c,:l-!i coutcnto com linr a .sL•;;uinte eonclus~ o : que o governo
o llfcsident•: tlôifJUCli:J prr•vinci::, out•·os llcar5o· pr~ticou u.m neto IJUe nem · levemente p1·.de
Jt'&:outealcs ~ i fór allcnditlo o sei! pedido • . ser censurado ; -c se · o gm•et•no th· esse por ·
· O Sn . Fli&JTAS Coti TI:-illO :-A minha pess(•n alguma so1Treguid5o prutieado um neto digno
de censur;l o se o s•!U proo-eJimon to fo,:se .iulg:ido
n 5o está ('ID discussuo, eu fal!c1 t'nf gol'al.
it-regular alu<lo assim tinha ::rarHle descul1111 por·
· O Sn. SAiut \".-1. (pre.sicletile tfo CoiiSel/IQ):-Niíci IJUC então tcr·Sl!- hi:t. metlid·l de permeio para
me relirn diJ'cCL<ttJw nhJ :'t t•c>sôu uo h<~nrarlo dc- ahri:;ar un~ dos . mais honrados IHOf:i~lrado~ do
putaJn. Dei um "Xcmplo: lignroi uma hypolhc~e. llrazil (crpcmufo&), dus bt•les tio vlngnn~t de nm
Qu:d o rcnwclio para este estado do coust•~, homem contra •1ncm aquellu mngistra1to proce-
IJUI• ~a deplor·o ü dl!claro que nfio oJ !Jom, o que der:t por denuncia de ntotJtll\ Cais~.
tem dc~: tcreil itado a tndos o,:. parlio : o ~? . ·.
Qual li raziio p lll' qu•• ns p:trlid•JS se dividem O Sn. FREITAS CoüTINHo:-A cjuestiio es tava
· no ,po(hll' c ~ ~c 1:ón:;n•~;an . 11:1 opr1osiçi\o? affcr.t:~ aos Ir i l>un~es ; e:~ses •) IJUC devinm dizer
E' r. falia 11c uma lei cli•itoral que uão de ao u ultima palavra.
g-owrno :1 resjtomabilidnde d ~s escolha,; c dns o Sn. SA!l.\1\',\. (pi·esi_t/ente do couulho)·:- Nuo
cxclusõos ( Mui/o$ àpoiado& ). sô es t~v~ como ;,inua e>lá affeel:t nos tribunaes .·
O fnctu 'i uu o 11 obt·c tlcpu~~clo usslgn:~la existe Di! 11ue SI.! trutav:t, Sr .. presidente ? Todo o
110 sys!t:ma elcitot·al ; é pot· i$\0 qtte O. ()nrtiolo mundo $1lbU 11uc o Sr. deEcmbu1·gndor l\och3
do
Iib!!rul, cotM todo> os !Jrtrthlos tio imperio, tem Vbnnn, er;~ o juiz di Nilo m:•is unti~:to ·da lis•n.
necc~sidnde d ll '1\nH\ IP-i, ljlle, clevid:tmen\1) (!Xe- Por $U:IS molcstii•s, )JOI' sun fumilia, po1· t<~rndoc­
cutad~t, niio llô log:nr a <!U1: nl:;ucm se r1ucixc cido no sc t'Viço pulilico, não podia 1r ll:tra uulra
do gnverntl on lhe ng-r:~deçn o ftli'O l' d., uma prod.ncln c cspcruvu uma v:•ga Jltl relaç:lo da
elciçiio ( Multo.• rrpoimlo$ ). Utthia, a que liniHI incotilest~vd direito (,lpoia-
Em logn1', pot'l"nto, do.! estarmos a ln1.•~r con- tlo,). . ·
slallli'IUI)ll\0 l'CCÍill'Urll s lU' ~\\iç.uC.S 1 IJ IIY I!tnOS l'ois hem' s.~iba· a camp.ra....qu.G.-e~metn--
conceuu·nr l01lo' . o~ no >so~ c~i'O I'Çu.< . para Jll' o· · ·eouslilú1ilo iiíin1i'ilo- dõ Sr. llocha Vinnna,c1ucrin ·
mulgnr, u 111:oi~ hr•·vc Jltls~iYcl. umu lei '/ue .i nutili<:~l-o rot·mulnndo umn queix<t coulrn t:ll~;
dcsarra11jc c~tc ln:~chinismo (11Jioitlrl1J.~) quo ex ~te do mnndr;t IJUC se o gove1·no nr o incorressol nn
e ruucdona conn·a u vont:1do do :!OVt'rnu (IIJJOi rl· ceusum du ruJbJ'O dCJ>Utado, IPt·i:• um individuo ·
do.s). ~Au pcrranto~ lt!lll(IO. O m :ll: h i ui smn ·exi ~ le, tlcnunciado como cruninoso conse~.:·uido u sett
·o :;ov ~ rnn 11lauwnt:t: n;1o o CJUOt' ,. rc1: umm~u~J:u• Jirn, f:IZ<•ndu ~om quo o governo nilo pudesse
let'min~nl\lllle ntc 11\\c hs Jtt·c~itll'lltt ·s n :'10 intl)r· nomt::•r pnrn o rc h•~~ão tio Bahia um dos tn~is
y,~ nlwm ; tntts o machinismo ranc:clon., eontra dignos nwgistmdos ((O lmJoet•io (apoiado$) e que
este ou nqw~llo, sem n miniiM culpn do go- linha indl(1do o odiu Jnquclla intllvlduo peln
YI!rno. maneira S11veru poriJUO como chcfu de polieia da
· . . R•:formo-se o ld; colloctuc·so o l>~iz em con· Dahin hnvla cumpr itlo o seu dever·.
oliçücs nunnaes e o nni.Jrc det>Utt~do niio virá lll:ts crn quo infringiu o governo a lei ? o
futer 1]1\eixas t·ontrn o governo, IJUcixns sempre
. roprndu:l.iütiS. . · · .no!JrtJ llctHllado mesmo di::se lJUe n5o houvo ·
t\dmit•o)n-sc o nobre ll cpu t:~tlo (lei)-• tle !Jne ínfrocçiío de lol, mas oiTons~ :.lo pudor adtninls·
n:~ occa~ iijo em qtrc l1~1·ec~:1 que o minist.crio
U'utivo . ·
proclamaya a c"nci lhu;ãQ, c o COilj;l':lçtHnento; · Onllo es~, . o!Tensa. 'f .. l'ot•vcnlltl'n o governo
nquellc>i quo honlem nos c.omlmhnm, ro~sein iulluiu ou in Rue no jUI)l·anumto ~ Não ueve clle
dos que viu$~Om su:<tent<w o acLunl gai.Jincll~, etc.• sc1· prouunct:1do por um tribun:~I $Up~•·ior <i
Sr. pro!~l~lcnLa," nt\n ó a rni m riU I.!· CUinJlre res- relação ? .
pontlet' o c~ltl· topico. Estou p e 1·~u;~tlido do rjtto o O Sn. 1-'m:tT,-\S Cov·t.-irotw :-O Lelogrununn pro·
nolil'U deputado se adtu convcncitlo de qu e ê do dn~iu i~ so. .
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:51 +Pá gina 17 de 35

Sessão em 18 de Maio de 1880. 169


OSn. SA.nAiYA (p1·esidente do consellw):-0 tnle- púde s{)r feito J}el~ cnmal'n actual. Qu:Jsi todos
grapho c um meio de governo. por meio dolla os nobres dcpulndos hão de apresentar-se cnn·
decretum·se pagamentos •.. didatos e ~ão dignos de voltar a esta camara,
UM Sn. DE~UTAI>O :-E até se mJndam ordens mns huo dll voltar com oulra força (alJOiados),
de prisão. com outra coragem (apoiados),. com outro animo.
(r1119iaclos). O governo n5o terâ tania facilidade
O Sn .. FnEITAs Cotm;o;no:- Então mande-se de dissolver as eamarns (Apoiados).
lclegramma a lodos os nomeudos e nilo so :~ A camora governará, a cnmara inlluirá•nos
c~. ' negocias publi uos, a camara lerá a rcsponsab i·
O Sn. SAnAIVA ( preside1tt1' do conscllw ) :- Jidadl3 dos seus netos; e o governo a seu turno
Muitns vezes ttão ha necessidade, neo1 !em· lucrHÚ, porque não se dirá que o governo erro11
ln·ança de se rnzcr isso; mas o tdegrapho é hoje ffi{)SIUO pelos· actoa e pelas opiniões da eamara
entre nós um meio de go\·crno, comn é em t !da (ApoiadO$, mrlito bcn~).
a lltlrte. 0 S·n. AUGUSTO FnANÇA: -E' U primeira ne·
O Sn. FELICIO nos SANTos:.,....Atú o partido cessidadeactualdopaiz.E'precisoqueacamo.ra
liberal roi chamado pelo tolegrapho. · assuma toda (I sun import(lucia.
O Sn. SAÍI.\IVA (presid,mtu do consellto).- Por O Sn. SAlU.lVA ( presidente do con3elfw) :-0
cons~queneia, tit·m· d<! uma circLunstuncin pc· nobre dcJ?Ul:ldO ]lerguntou o pensamento do
quena· uma nccusnç5o contr:.~ o governo não me · govemo ncerco. de uma questiio agitada paio
parece de justi_ça e o no!Jre deputado que quer illustl·ndQ deputado por Pernambuco, a quem ·
conservar-se JUSto paro com o governo. deve ceusurou·nw de niio ter respondido.
Mreditar que nfio o foi nesta ccnsun· quo lhe o Sn. FnEJ1'AS CourrNuo :- Estranhei apenas.
dirigiu. · OSn. SAnAtVA (prcsidante do co11selho):-Sim ;
O Sn. FnElTAS CoUTINno:-Eu pedi cxplicnçues cstr:mhou que eu não houvesse respondido. ·
n V. Ex. Sr. presidente, um ministro responde ás per·
O Sn. SAnA\VA (Jll'esiclenlc do CQI!Sclllo):-Dtsse guntas que lhe faum. Acho que n primeira vir-
o nobre deputado :. tude do um. mtnistl'o c não dizer· mois do que
c Os governos tôm tcntudo sempre mell1orar deve dizer (apoiados); vir um ministro ao par•
a libet•dade do voto, mas sem resultodo: em· lamento d(lr I)X!llicacões sem tjUe estas expli·
quanto tiverdes p~rochi~s, municípios, JJro,·tn· caçoes nw sejam pedich~, n5o parece-me conYe·
cias sem vida, nadn conseguireis., nh•ntt> nem l'ogU.I~r. ··
u illustrado dcputndo por Pernambuco de·
Mas, pergunto eu uo nobre dcpntatlo, como clarou que devia apresentar um projecto, niio
consegmr isto 'f E' preciso em [Jl'immro log:1r pt!diu n opinitio do governo.
dnr vida ao parlamento e depois o purlamcuto ~l:1s dir. o nobre deputado; • E' conveniente
tratuá de dar vidn n tudo mms. qt1e o governo re~pondu j::i. » Sim; agora o go·
O Sn. FntrrAs Cot.i'flii"UO ; ;..... Eis nqui a nossa vento responde :'1 lJCrgunta do nobre deputado.
questão. .. O nobt·c deputado quer saber o que o governo
. . pensa :1 t'espeill1 da qucstiia agitnda pelo honrado
O Sn. ,SAI)AIVA (pt1!$t,àel!te do C!JJlseUw): """:' Sr. N:!huco, e o nobt·a deputado se enenrregou
Ah I Atli hoJe l~m-se dtto quo u parlamento c de dar ctn uma p~rlc do seu discurso a O[Jinião
o governo ( t1po1ados ), e todos t.11u;am uo go· do "OVl'rno mostmndo qual era n onimão do ..._.
vcrno a culpa ]Jor tudo qunn\o ruzcm o ll)OS~JlJL ··[IuiZ-.--- .. - ' . ··· · · · · ···
__go.y.atJ~-Q.-fM-Ia;menlo. e JIU'ln'lnl'il1!üTntlôvê Dis~c o nohre cleputarlo, como clisso o Sr. Nu•
que,n •mprcn~a a&u nos cl!nsura pelo nao co!npn· !Juco e disse tamhcm 0 sr. Marlinho campos quo
recmwnto dos deputados ncstn camam ( ltcso ). ltlll<> () pu i~ ao~r)jaH a solncilo complct11 dessa
·O SR. DBZEUUA CAVALCANT!l : -O auuo p~s· rJLtcsl11n, JIO!"IJUO MtlllUtn IH'lltilcil'o· podo dcslljnr
sado exigia-se aqui cliscitJiitHl militar. ontm co usa sen~o rJno a lilmrdado ·sojtl com·
O Sn. _SA.nAlYA _( presil/~11t~ do Crl!!.~cllta) : :- plela cllt loll1:. o ~IUllct•io (~~f1tito bem).
De ~aumra quo m1o h:tltOJC nadu,cuJ:t Cltlpa uno _~Ias es~~ uav o .a rrucst:1o; o no~r~. deputado
rectun sobre o crovemo. l>o!·que 't Porque o n:w podcrta IJl!CI'CL'. saber dc~Ln OIHnmo âo go·
govcmo esta uo T!a!Jito de fl1Z~I' tudo ( a1mimlo~ ) vei'IIO ~m l'elat;:!o a asto, o nobro deputado o qu~
o porque n cumnrn o ~em dClxmlo neste lwl)llo . tJllCI' u ~~lil•r s1 o g-overno protcude resolvei
(Apoiados). .. cslu questão,
Mas este habito ll.m~u. _e, nnles tnc$mo ~ln ro· o Sll. NAnuco ltltnbem não }Jcdiu umn solu~fío
forro:~, eu ctnero rcnuucwr :1 cito. (Apoe«do.s; rnpidn c i!nmc~i~ta.
1J/.ttlta bem.)
. Dc~dc j:í digo: lenho mnilo l'Cspci,hl á e:nnnr:l, ,... 0 , .s\1, l''H!l~T:\S c•OuT_I~I!O
. . .·-",a~ ~r .,. · ··
,Ih! O SC! ~~ O
mas nuo tenho medo da camm·a (U 1su). Qu~utlo "O\ul no nceHata o !JrOJCClo do St. Nabuco.
mo ~~:.cu~al'em, Yirci tlcrcmlcr·mc; c si o uuurc O SH. S.\l\.ltVA (i:m:.;id('lllc do co11sclfw) :7Si o
tlopulntlo ou uuu·o qunltrtwr conso!-(l~ir dcnuons· nohr~ 1h·~mt~do pot' Pcl'llambueo tem o drrello
ti'IU'IIl!O ~~~tou em cno, cuur,·s~~t·ci o men CI'J'o de aventnr ••::1:1 qne~liiu, .rle IJedir quo el.lo os
(muitnh•·m);Jlul'<JULl ~1f•omo t·upttlo 1Wm ningnem niJl'CV!c, o S'ú\'<':l'nu tem a obyignçfio do ntí_Q :~gi·
~o .lulg11 CiiJit~z .du JltiO t!l'J':u·. . . Ln!·u , il__e mw liiZL'r (JUC a Ylll ro,<~lver ii~JC ou
l\1:•~. 1~•·1nc1pw u nohro tlcpUl<HitJ por :IJLHI.ir· :1manlw, pot'que 1.1 goHH'llll llove d1Z~l·() some11te
no~ nn t·l!ri ii'HIU: o! tlo•pt1i.< :1 Jun·a ~~:tm:m1. •Jm!. no ·Hh)!IWHlo e1n fJUO liwr de razoJ.o (apoiwlos).
S<!I"Ü :1 CXjl!'o•K,;till th.l ]1:1i(., f:i1~i c\ l't~slo', tjlll' lli\0 I' ('~><' III O UI~Ill•l CIL<•g-a['(i t!lltllldl.l V govei'Ull
T01110 1.-~~.
C~ ara dos Oepltados • lm(l'"esso em 2710112015 09:51 . Página 18 de 35

170 Ses&lo em {8 de ft[aio de 1880.

estiver. convencido de que a questão Jlúdc se•· a·e·. or,iniiio · acerc..1 dus rerornms que deviam cutr~r
solvidu sem u desorg:mizaç?.o do nos;o trnhalho no pro:mrmmn liberal, rallci no sen~du.
. (apoiadoll}, sem o cmpoiJrccimcn.to do n os~.) the- .Eu d .i ~~ll que o senado, emquontv durar este
~ouro, e s'ctlt qoe COIT:Jntos o rífco li.! pcrdot· o 111ol.lo de clci•;ilo; é o allrigo tlas oppo•içõ~s, tom
nosso credilonos paizcs estr;•ngciros onde temos sido ü se•·:'! n ancol'n- 1le s~lvaçà o dus !J:Irtidos·q ue
dividas l! pagar (apoiados) c qur~ .pag-;tm!>s com us siio oxpelli•los do pnrlet' e quo nã11 · pnd~m
rcndns tiradas da lavoul'o(;l!wtos apou1dos). \'ollar n elle por influencia do · :;ovoruo ;·
o Sn. ~L\.RTINIIO. c,~~IPQS :-Essll é CJUC 6 o mas, rtunndó o Hrazil th·cr uma camnra dos.de•
questão. · pnlados que rrgul;u·ment:.! represento a opiriiiio
tlllbliea, o sen~do SCI':i it~.ofi'ensivo (A]loíado$}.
OSn. SARAU'.\ (presidente do cclw•llio):-Xú~ l'odcl'iio lúrnal-o temtlOJ'al'io ou deixal·o viloli·
lutamos entre dua:; gr:lVcs diruculdndes : lllllrc o cio, isto nlio inlluil·á, olle set·á inoffcnsivo1 potqM
desejo de f:lzer com que nlio ll:lja mais csera\·os todo o umndo comprd1ende que nno a senado
no llmzíl, e a necess1dade de resolver a r~ttestiio dt~licio ou n:io que rc~ísta ;i opiniiio da cnmora
scnt que os sonhare.• dos cscmvos ~jum ame!l- dos depul.ildos quando esta ta nlla após si a
çodo:;, sem que o Brnzil ~c cmpoln;cça e ddx.c !!l'ande maioril\ llo paiz (ilfnitos.apoiadosr,
de conlinum· no pt•ogrcsso em rtuc Iom Yivido Si o sc nodo aclualmentc re;;iste, é J>Vrque na -
(Muito lmn). ll\l'nlm,ente. c.ri} (]ue· a cntnarn dus dcpula tlos,
Portanto a rospost:i do :;ovomo é: .o ruiuistcrio qualquer que clla seja, niin se firma nn opinião
ectual não cogitou dest:t quesliio ... da mniorfa do paiz ; CJU:ludo esli\'C!t' eonven·
o·sn. ÁRA().\0 DULC'.ÂO :-Apoiado. citlo do conlr~rio niio ha do Ojlpôt• nenhuma
O Sn • .SAnAlY..\ (p1'eslde1ile do contellw):- ...•• sorte de rcsistencia (Apoiado,(),
porque ~ch~ cedo p:•ra c(lgirar dclla (Apoi11do.J). . Disse o nout·~ der>ulado: o ministel'io passado
Creio que o nobre deput:1do llcani coulc11lo·com quiz ruzer :• refot·ma eleitoral 1•o•· llHlii) da r~ ­
ful'UHI con~titucioaol, o miuh;l ~rio actu.nl niio o
esta simples declaração. (Muito bem, tmdobem.) tJUOI' : log-o us ministr.rialistas d e · hontem n:io
Referiu-se o nobre d~putndo a.o senndo; ~i o podeúa ~er 05 ministeriaiistas de hoje. ·
nolll'c deputado me llésse licenç.t, en deixut·in d~ E' um Cll\fi!Ro. O ministerio acto;JI ó qnc c~ lá
responder 11 S. Ex. sobru este to pico. co111 o p•·o:;•·a•umn do partido liiJcral, quo nuncQ
O aobt•e deputDdo :~rgumentou cont•·n a t!Xis· cogitou de reforma coustitucion:.J (Apoiado,,).
tencia do senado, procurou mostrnl" (JUC o senado
era .uma instituição lnutil,inemca1.; mas nüs nilo O pm•lido libernl npoillu o m i ni~terio pa ~s~ do
truranu>s do nrudat• a nossa fúl'lua de govel'no. porrtne jul~on que a rc(or111a conswucionnLern
. O , senado existe; eu· já disse d cnmaro que uma medi.la de prudcocia 11arn vencer os es··
aercililo tunlo no patriotismo llelle como no jla ~ crnpulos uo ~ennuo. (~lpoiados )
triolismo desta eamata; o senndo tem sido o con· Porla.nto hoje ó CJU\l o p4rlilla liberal se col·
· tinuaráa ~e r uma sa lvuguardu de l10$~as i nsti toi. loca no ~eu vcl'dadci i'O te!'reno (Apoiados) • .
eües,como por mills de uma vez tem sido o abrigo O Su. SAI.I>AXJL\ J\IARtNHo: -Ao rncnos pn·
das opposiçües (Apoia<lo.t). · recc. . ·
SI o senado reJeitasse systematic:uucnlo J>l'l:joc·
ti)S de re:orma pedidos pelo pa'z; o seM do se O Sn. SAnA I\' A (pl'csident.c· do cmmllw) : -O
desacreditaria, e n5o ha instituu;â•J q uc resi s t:~ ru nobre deputmio 8a6CHJII:llllO nos cuslon, a mim
ao descredito prom 1Vido. pelos' seus membros c a todo>, apoiai' o ruinislcrio passado nessa me•
(opoiuJo:r), m:Js creio que o senado du Bi'I!Zil ditla di! pnulcnci:•. Niio censuro o g4binclil
que o nobre deputado rccoullccea cheio de illus· tr;ms::ctl) por ler· nuoptatlo o prC1jecto couslitu·
ll'açõo tDnlo nas Jilch·:.s. lioon1cs c·olllo co nsc•·- cio na! ; 111:15 o nosso amor. proprio f'Cli torturado,
vadoras ba do conti!.!J,l.U n prPsl;if-itiftU.:rtm' . ~-i+l'etlt6$'"ttece&~idade-<J<nipoilir uilíri me-
--ueutusorvtç~ (./lpoiad:;s). . . ilida 1Jllc u~ o era nem po ~ ia ser ~. opinião do
En tenho a esperança det)Uc cllo não t'•!jcitm·:i portic.lo liberal, (Apoiados), J•orlauto ltojc ti q uo
. cala ·reforma si nos mostrarmos convouciJos ~slamo:; 1111 nos~a vcrd:~deira posição. .
della o não revcla1·mos dcsunhlus v:j)/)iado.! ); Si o s cu~do rejeHat· o .projecto, fal·o·h~ ·sob
porqu11n1o que pa(Jel nós liiJcr~es tJodct•emos sun rcs pon~a iJilid:J do c o pnrtido liberal torâ
represcnliir ~nlc o son::do si nesta <::tnlarn uo~ CcitCl o sett dever. ·
dc~uuirmo~ o principiarmo~ a LlosQcrcllilut· u Mtls, lli ~ o nobre tle!Jttl:ulu, vüs govtll'llOdl:w·
[JI'Uj!:clo 't (Jf11.ilo Vt'lll. Apu.'al(o~). reis fa r..llr com IJUC o senado uilo mutilO o pt·u-
· Nao querem o sennllo Ulll(Jl'OJcclo mdhot' rt<lc jcelo. E' tlircitu •rue cu nfio tenho.
o actunl pa·~ce~so cleitOt·at ~ ·
· Como anstitui~üo, o scnndo Cl'l:Í jul~o•lo em Cn1110 ,; qne o nohro deputado olrt•i~tn o
lO~ a :t · parte tj O~ [ll'O(ll'[o,; E sL:ldOS• Un11los nftO ntini~l crio n iiii(JÕI' 11~ ~u:•s OlJinivcs tiO. ~cn~tio,
[!rescindiram dclle que tem 11lli mois podei' do em I(UC cuut~ uutillri., o Jlnl'lido •:on ~ot·vodol' 1 (1.
que a canwra. lltlVLir ti•>minislcl·in é dt'fundct' cnm ·oucrgia ns
H1:1s iliJas no su1wdo,.!J li:• tle 1lerendti·ltrs. .
~ Sn. FELICIO nos S.I:Ítos.:-l\!as é lclll[JO~
rar1o. . . .. - . ·. • O Sn. V. Contxn c~ :- Et'3 L'Sia ju: 1n111Nale"
minh:1 itléa .
O Su . S.AI~H\'A (tn·,•siderlt•! (lo ~OII$ellr!1): - I:~;•J
é ~U\~11 qucs_tiio. A ~se resJ>QilQ cu lt'ullo UIIJ:l O Sn. SAII.IJI'A {prc.;it{r Hlt! da rou.~cllm) :- Afas
Opllll:\0 (l~Crt(Jia. .. · si o st•U:ttlo altcJ':u· o. J•l'ojccto, tuls todos rcunillos
con$illcnrrcmos si o pi'Oj Cl'~o · 3inlla ~sim IJlidn
Quoudo o· Unado c di>tinclu :Hnioro no~so o sca· util ao paiz, para odootal·o ou não (MuitM
~ -
Sr. •:.:>n;t:'JI:eiro NaiJUcu, peq{untuu t• minha trpoilld?$i:_E' somt!ltle. o_ '[l\ú uus cump1·e fazet·.
. . .. .. . .... .
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:51 +Pá gina 19 de 35

SessiiO em 18 de Maio de 18BO. 171


Havemos de proceder como .políticos ; tere· oRtracismo posado e cruel em que vivcll por
mos de. con>ider<tl' ~i o projecto nindn ptíüeríl dur quasi dez annos, fiquei sati>folto, porrJue vi co·
:~o Jlaiz um mcl11o1' syst,~ma cle!loral e mais libor~ roados os nass(ls esforços, e ncredite1 que uma
dade do voto do quc n !Cg1sl:u;âo actnal, e SI navn ern de prospGridadc para o paiz seria innu·
deveremos oceital·o, como se aceita uma hcrnn· gurnda. .
çn n beneficio de inveutnrio (Apoiadas). A corua h~ via confiado a or~raaizaçlio do pri·
Cro•io, Sr .. presidenlr~, l(tlc tenho responrl!do mci1·o gabitteto libP.r:tl ao Sr. nonS!Ilheiro Si·
n todos os topicos do discurôo do nobre de· nimbli. Quem era S. Ex,~
puhdo o pero·lbc_11erd~o si me ~squeci de al· Era o homem justamente preparado pelos
guma cansa. Eu nao me amofino, e nunca me acontecimentos, e mdigitndo pelo partido pnra
~mofinuroi eom quolqllcr observ-nr.ão. do nobre merecer dn corôa tal ineumbencia.
deputado ; considcr;trei mesmo "quo S. Ex. De~se g;tbinelc, Sr. p•·c~idcntc, fez pnrle meu
t>re,to um serviço· ao miuisl~rio~ sempre que pai, que occupou a pa·sm da JI'UOrrn o recebeu
trouxer li tribun:~ censmM contrn elle 11)he der desta .camara ns maiores distmcçues. Ello, de
oecnsi1io de explicar os solis netos o de tlefen· perfeit1 pccôrdo com o programma do gabinete
dci·OS. de que fazia p~rle, SllStellloU·O quanto pôde, e
VOZES GERA.ES :-Muito bem l Mttilo bem.! só abardonou o sun posiqão guando cabiu morto,
n1io podllndo m1is trabdltar pela liberdade c
Occu•1a a c~deira da lJresidencia o Sr. 3.• pelõl> patria que lnnto amou (Apoiado1). Estaca-
vice-pre~idente Gavi5o Peixoto. maro, Sr. presidente, vpoiou esse gabinete de i.i
de .Taneiril, e em sessão de l3 da Fevereiro de
O Sr. Fernando· Osorlo:- Sr. !879, sensiliilisou o seu npoio, com n apr·esenta·
presidente; a c~m:1ra ~e~ba de ouvir o importante ção do rn·ojccto de rerom1a da C:onstiluiçiio, lls·
aiscurso rJUil ·profel'ill o nobnJ IJresidente do ~ignado pelos 7i deputados seguintes, em cujo
conselho. Admirador, de longa daln,dos talentos num~ro oecu1>ei um lo~ r:
de S. Ex:., cu niio posso deilwr de ~IJI'eciar a Cez:ll'io Ai vim, Hortn, Olcgarlo, 1\fariano da
energia e hahilidudc com qne S. EK. so haure Silv01 • Louren~o. 1. Martins, Danin, T, Dulfort,
na manifestução do [leusamenlo político que E5 ~inc.lota, IJulltõos, Freitas, Ildefonso, S. Cat·
constitntl o prugl'amma do actqul gabinete. v· · 'I c t· Eu tn u·lO, Botelho•
cu encontl·o estadistas bo- va 110 • lrl~to, " • ar os,
No.mt'n•'stet•t'o ..h··lual
v M. B:1rros, Frm1crico Almeida,·sM.q Franco, 1\(el·
neslos, c a quem voto~ mais viva nfl'cdt}~o pesso:il. rellcs, Sinvnl, Bnsson, Zuma, b. Pimentel, Bul·
·o nobre ministro da marinha, bem cemo o noure ciio, Pum!Jê(>, Bris.tido, M. Bnrrcto, n. da Estnn·.
ministro dn justiça foram meus compuuhoiros cia, G. Rnbello, F, sodré, F, de Sá, I. Araujo,
nns lutus de O[)\JOsi~;lio, uq\\1, no tempo em que 1~. Continha, o. llleucJes, s. nos~. C. Olivelrn,
dominavo 11· situa~·ão conservador~. O hom·ado Lib:Jt'nto, n. Junior, P. Pe~suo, M. Mour:~, Pa-
Sr. ministro do impcrio foi aqucllc mesmo que raizo, P. Pimentel, L, Duarte, Molhelros, Au·
11indn u·p nnno passado eefendou <'Om o seu rolinno, Homem do Mello, Sllrglo, J. Caetan(!,
verbo cloquonlc o_gabinete odç Janeiro, (jllC cu F. Owrio, e. Affonso, F. Curvalho. A.llarboza,
tllmbnn'l soslentet. E o propr1o Sr. presulento o. Duarte, TheOdomiro, C. Azevedo, Doria, S.
do conselho, de nccúrdo como nctunl St·. ministro Souto, Couto, Brandão, 1!l. Magalhães, Tilo, A.
da Justiça, no senudo, o seeundm·nm nesse em· 1\lachado, Hyglno, M.. Francisco, S. Andrade,
penllo e bonrat';tm com n wa eonllança ao ga· )J. AI vim, Monte e Ftlbio.
· binete Siuhr-b\1, nas di~cus>ões :llli lr~vndus 0 Pois bem; c nqui ol~ccntuo a minlln nllitude,
· ;~nno passmlo sobre o prc•jecto de reforma olui· dcl'h1 ro a V. Ex. termin~ntemente, Sr. presl•
tot'l.ll. 11()nte,que nijo retiro 11 minh:~ assi;J"nnturA d\lsso
Mvs, Sr. Pl'· sitlcntc,. tíam n lu:mestid:tdc pro- projeclo ttUe OjJil\av:~ Jlcln constituinte. Quero
vadn do ltlllüt·c ilrcs:dento do con:;clho de ser'coh~rcnLe com o meu procedimento; porque
mini~Lros o !los seus. illuslrcs colleJps, nem (I entendo que 11 coherencioll uma necessidade o
a11ciçiio q11e lhes ucdteo, 111c tlllmovc.m du ~r~·' uma gl'ande vn·tude no homem poUUco,
t>asit? ~m que esl~m de declornr·me c111 O!lP061 C110 Tive ll honr~ do apoi1.1r o gabinete f) de Ja·
u pohLtCil do g~bmale nctu~l. . . ., noiro; defendt·o deste Jogar em que agora me
Sr. presldent~, desde l8t3 nHitlo n~tl\ omente acho· não serei cu que vonba neste momento
nn poiilica liberal; tlS ph~lapges glor.Hmts dt:!sle fnzer'uma rctraclllçiiosolemne, ou uma abjura·
partido nbrig~rnm !lm seu seto o huuulde orador çiio menos dign~ das idóas que então sustentei,
. qne orn falia, e que aprendoll no s:~ngue de•·ra· cti~nto do novo podor que despcmta, sobre o cn•
mado pelo seu vell1o pni nos ca~pos 1k ~Jatallla davct' daqucllo que já não exi$le. .
11 :tmar a p:1tl'i<1, e nos grandes fllllo.s de llber.ncs sou dtti'J'lclles companheiros Reis que sabem
distitH·tos :1 ddender, eum entiluswsmo e fc 0 ncompnnhnr os bons amigos,mesmo nos transes
princi1•io da lilwrcltu.le em tu~a' ns suus ext~tlll· da ud\·ershbdo. c muito ninis, ~enhorcs, quando
sues. Na imprcn~~~. Sr · prc~td~ntc, llll;~ tnhll· estou co ovencido que a t•erormn eleitoral pel.a
nnes j;I!Jidues, 1~11s c.onfcr~n~!as puL! 1Cns, n~ cimstiluinlo 11 qnc ~ a idcn emincntemonto h·
n>~en 1 btêa da nunhu pruvtn\-w, .t mmhn voz ber"l. . ·
nuncn ~~ f~1z cspl'rar-l'nlt'a o v~rdaJic-,. n~~s Qnnndo di~ctHirmos o. projecto do actunl go·
sinccn1, !JU:IIld? so _lrntava de de tender 0. du·c~o Ycrn~ dege 1~vutvet·ci com mais prcctsão o m~u
do mt•u,1 conClda\laos, •1uantlo ~c tntnvn c d 'd lCll<UI' · ·
~alvag-ual·tlnr a itlt!a libr:ml dos dos~1tmos, do8 mo 0 0 l . • · .·. li . t
desm·•nt\os dos ~aus pcrseguiuOI'l'~. Senhorcs,·qunndo mo t'ccord9 daque. as 1u as
Q :ndo • sr presidente a 0 de Janeiro de i8i8, ~gig~nt:tdas lravndns uest~ recmto,yro o contra
sub f~ ao' poder 0 parttdo liberal, depois do o projccto do gabinete t. do Jauetro; quando
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:51 +Pá gina 20 de 35

172 Sessão em 18 de ~!aio de 1880,

me recordo dos conceito~ eloquent.:s do illuslr;) em


scpUl!UJ·a, llO JllOillCUtO que o {l":lbinote fi
orador pnulistn J'osé Bonifoeio, que 5c cncontl'll· de Janeiro pcrdin o ex.-mini5tro ua :;uel'r:l,
vam com as vozes autoriwdns de onulorí'8 não cml}uanto alguns :nnig-o~, que prceisa''Ulll da
menos eminentes que dcfendi~m o g-aliinet•) Si- sua r>rotec~ão IJ:Il'a YÍI' a este pnrlauumlo, in·
nimbu, que se fortakcia no npoio que o,;tu cn- sultu\'ll!ll :t sua memm·ia; o senado, composto
mara lhe dava, custa·mc a crer quo os i!luslrcs em sua m~ioria de adversnrios políticos, se
ücputados que me ouvem, esqu~cidos de. nm curvavJ re~pcitoso perante o seu ttimulo. Devo·
p:~ss3do tão glorioso, Ycnham .• hoje, procerler lltc por isso 0 mc11 ctel'no reconlteeimenlo.
(liJTerontemente de hontcm. O Su. :\1\"DnAnE Pti'iTO: - Niio hn brazileiro
Quanto a mim, Sr. presidente, estou reool· oue uiio veuerassc a memoría do Osorio
vldo a 11ão mudar, muito m~is guando o fu· (,\ pai!1dos).
turo é o desconhecido, 1.1 não quero sacrilienr
a idén liberal, c a miillHl cohercnciu <i incei·tcza O Sn .. Fcnx.\~DO Osonro:- AntGs fosse assim;
que nos offerece o senndo, si :.poiartl ou n5o o m:ls entendo qne e~ses insultos uno marearam
projeclo da reforma eleitoral por lei ordinaria, o seu nomo, c que setts serviços não baveríam
como quer o ~r.tual gabinete. de ser justammte uquilatados pela histeria. dn
A altitude desla camara ê difficil; on eli~ minha pnt.ria, si n pnr dos elogios não tivesse
arrisca-se 1\ ser repellidn nino:. uma vez, a ~el' recebido os baldões dos ingratos. Provarei em
desprestigiada pelo s~nadiJ, ~i este rerusat• o iemtlo eompeteutc, si a tnntofôr forçado, quanto
proJecto do gabinete; 011 então, ningMm dirá nproveitou o pníz daqtu~llc que, nlislnndo-sc
que a c:~mara nfio. foi submetlida pelo sen:Hlo, e, desde H nnnos no exercito, dedicou á gloria do
neste cnso, realiza-se a plu·~se d!) meu p<~i em Brazil os melhores dins da sua vid~, e por fiin
uma circular á prorincia do Hio Gnmd.;,· do morreu no posto de nJinislro da guerra, promo-
Sul:- o ae11ado é g((ellt !JO~fnm o J!aiz; e eu vendo c rc~liznndo melhormuentos para n classe
acrescentaria-jcí q1w o partido liberal tulo (}O· n que pertenceu.
varna, é p1·e{erivel o ostracismo d su~miss(Io {OI'· Mas, Sr. presidente, rentnndo o fio do meu
,ada. discut·so, diréi; o senado h3 de ser coherentc
A má. vontade do senado contrn a política com o seu passado. O novo pro.iccto não terá o
liberal está patente. Devem todos lembt'al'·Se ;:cu \'Oto, ou sofi'rorá n mnis }lerfcita mutila~üo;
do qne occorreu o anno passado. entiío, Sr. presidente, tnlvez se venha n reco-
Qu.ando pensavamos que os honrados senado· nhecer que a politica do gabinete o de Janeiro
res, illustrndos como são, ncudiriam pressurosos era :J melhor, c que razão tevo o Sr. Sin imhü.
á discussão do ~rojecto dn reforma ~left•m:tl, o quando pediu n Sun ~bgeslnde o Imperador a
quo vimos~ Aqmlto a que .ac~!Ja de refcl'i!'-se o dbsoluruo da camarn, que lhe foi .negad:J;
nobre ·deputado pelo 1\io de J~nciro,· que me E aqui, senhores, conYem tíao deixar l,lliSsar
procedeu..na tribun:~:-a conspir:H:ão do silencio. sem eneomios o 1n·ocedirnento do Sr. Simmbú,
Debalde o. illusll·o chere do gabino\~ 5 de que, pnrn honrar n sua pnlavra de estadista .ho·
Janeiro. inter(lellava ao nobre senador por MD!o nesta, preferiu abandonar o poder a sustentar·
Grosso, o Sr. Visconde do Rio Drnnco, para que se nellc contra os compromissos que llavia to·
manifestasse a sua opinião. S. Ex. a Mtln l'CS· mudo no s~n programmn ministerial. ·
pondln, e até protestava . não dar lllJartes. De· Senhorns, foi um nobre exemplo este ntirado
balde· interpellnva ao nobre se[lador o Sr. Dm·~o no ]Hiíz,e que n mocidade, quavnl purn o rmuro,
de Co&egipe ; S. Ex. respo1.1diu com o mnis com as trauicQões dos nobres feitos dos seus nutlo•
completo stleneio. . · rcs, hn de lcr3l·o :i [10stcrirl:1de. ·
Ql1al foi o resultado? A rcjeiç1io do projccto, Or;-r, Sr. presidente, quem. como cu, se pro·
nhi sem as honras !le uma discuss1i.o ! niJ.!l~ÜLdeste .modo.,~tn~~ft!Ha-eem-~ilt-··-­
Acredita V. Ex.• Sr.prcsideute, qu~.SOH ~ c ao d(!clnrar-me em
não eon\inuaro na ~ua politiea de htJstilidatle coriuade ·cno convieçiio~;nbinc\() 28 de lllarço, DUO temo
contra os ~!lbinctr.s libernes que se lhe npra· owosiç5o inconer nas tras du quem quer que seja, nem
sentarem? mesmo tcmho receio de afi'ronlnrosodios tlaquel-
Acredito. que o senado nl'ío rcpcllini o novo lcs que de um diu parn o outro:sc t~rrogaram o ti-
projecto? Tenho pnra mim flUl! o sen~do con. tulo 1le nwndões tyronnos c pensam dispor da
servo.dor lln de set• coberente cotn o seu pasttndo. pt·ovinciu do Rio Gt•nndc do Stll como da senzala
Sr. presidente, eu rcEpeilo o Stlnndo brnzil!:iró; de ~cus escravos. ·
a clle pertencem homens qtw mais ou menos
trab~lhor~m, coml.wtendo pol~s suas idén~. a O Sn. MElltA DE VAscoNCELLos: -Não apoiado.
foram pugnadores valorosos nos cotnicios ciei· (Apa1·tcs,)
tor:~es, visando o engt•nndccimcuto da pvtria:
homens que soiTret·nm nos di~~ dn adv~t·sidauó O Sn. F.RnlUXoo Osoruo:- Como não upoiado?
do seu pnrtido, como comparti!har(lm com el!~ O noi.Jre llenutado desconhece o que so }Jassa.
dos trovhlios alcançndos nos tliM tlc suns \"ÍIJlo- actu~ltrcnte em minha proYincia (Apm·tes).
rins. Não serei Cll iiUO dest:. ll'ihntw r~nlw of- l'nnlos ~~~m·tcs confundem. Si al:;ncm neste r~·
fondel•o. Nilo ; te·nlw lllll'n o .st!Ualio os Yolo> du cinto s~ ~ente lllngundo com :~s lllinhns cxpl'es·
minho. grntidiio; dclk fez ptn'tc nteu p~i) o cn $ÜCS, npi'L's\Jnla-so e proteste; nn certezn de que,
nlio sei qltem o honrou com meliHwes disliuc- rn1co, como ~ou, niio lhe volreroi ns cost~s.
çõos; si o scnndo, si C$la :tu:,rustn !'nm:u·n. pot•qnc estou aco~tum3do a levnnt:~l' a luva no
E nosto. occusWo, ~onhor~s, deix:ui que cu sa· lel'reno om <1na a atiram os meus ndversarlos.
tisf:~çn 11 um impulso do muu coruçiio, dizendo o Sn, Fl.ORlli\"Cto DE Allnmu :-Não, ninguem
que, no momento em que lmix3Ya 1ileu pai 6 se 11tc ·se mo gondo. ·
C~ ara dos Oepltados · lm(l'"esso em 2710112015 09:51 . Página 21 de 35

Sesstto em 18 de Maio ele l8So. · 173


O Sn. FEn~Axoo ·OsonJO:- Pois então, conti· dente, a inCÓhercneia, ou a voiubilidado poli.
nunrci. . . . tica desacredit.:lm os partidos, e alinnl de contns
Sr. presidente, tenho tmra mim que S. Ex. f :IZilut. o tJO\'O t>ctdlll' 11 conlt:~nço nos seus re-
o Sr. conselheiro SaraiV<J, lH'Csid~nle do conse· {lfesentantcs, principnlmenta n'aquelles que,
lho do ministros, illudc·se profunda.menlc eomo alguns de nüs que estumos p1•esentes, temos
quando umrma .que conta com a bo~ von!ade em nussas provitlcias nmigos e co·rcligionarios
do senndo, J>ara !iJUd3l·o nn elni>oraçfio da lei da ·que sustentaram a gabin~le õ de J:meiro, e, por
reforma eleitoral. . · se Iwve t•e m conservado a te agor:• co hel'<mtes e
Ah I 81•. prcsidimlc do conselho, o mesmo le:ws com ns suas idúas cstiiiJ sendo )l~rsegnido s
di?.ia o Sr conselheiro Siuimbll. neste. recinto, por ~llegndos do octual gabinete.
e,. quando uppellou atu para o pntriotismo do O Sn. ANTONio DE SlQUElnA:- Eu lembro a
senado, teve delle a mais co111pfeto •·epuba . V. E.x . que os ex·ministl'Qs apoiam este minis·
. Senhores, .eu entendo que os partidos,quando terio.
sóbcm ao poder, devem levar um programmn
certo e definido, de modo que não scjnm obri • com . O Sn. Pt:niSA~no Osonro:- Não tenho nada
gados 11 arripitn• c:~rreira, a fazer relt'Dctaçõe$ isso . .·
menos conyenientes, di:Jnte das menores con· o sn; ANTOXIO DE 'StQUElnA :-Então v. Ex.
trnr!edodes dos seus adversaríos; e rs·acos são os á mais realisra do que elles 1
Jl!lrlidoa qu11 ~e não reve~tem da energia precisa O Sn. FF.nNAliOO Osonto : --. Seja-o emborn na
1-iara susten la rem coin coustancin·as prituelt·us opinião do nobre deputado; o qnc $ei é que prQ•
]l()siçõ~s qnc tomaram no cmnpo da lntn, e rea· curo cumprit· com o meu tlever ; digo o qnl!
lizarllm ·os phmos. concebidos antes. de sua as· 1•enso com :~ inde[Jedendu do quo sou c:~p:~z, o
consiio ao ,POdllr. ·· como lenho que dar salisr<l<;iio aos meus consti·
. E' por 1::;so q11e eu penso, senhores, r1ue, si tuintes, ésforço ·me por desempenhar o mand3to
esta camara lilmral já se apresentou diante do <JUC elle.s me confiaram o que talvez eu não me·
senado 3dVersat'iO com o projeclo da reforma d3 recesso (não apoiado&) ; mas o llUC eu creio é que
constituição , defendido galb:1rdamente pelo os honrados e~ ·ministros u5o podem mesmo ilar
Sr. conselheiro Siuimbú, não podia, nem deviu o seu voto :\ rórma por que se pt·eLende hoje ren·
agora ceder um palmo do terreno conquistado, liza1· o l>rcjllclo de reforma eleitoral, a menos
pois que, assim proceden!lo, darnonstraria frn· que niio queir.'lm proceder como os soldados
· · queza,como demonstra submissão ao senado que, sem eonYiC\:ües que desertaram das Uleiros onde
·conOado em uma e outm causa, obusar:i sem· mllilnrom com gloria,·rompendo a .bnndeira que
d11vidn da boa fé da cnmarn e do actual gn· os obrigou no lula.
binetc • . Sr. prcsicle!Ue, dous são os motivos. pelos
Quo beiJa não seria hoje n posição desta ca· quaes nego mim apoio no actunl gubinete. ·O
mnro, Sr. presidente, si elia, lil·me no seu pro· p!'imeiro, como ouviu Y. Ex., rerere·se :i poli·
. posltodo nnno-passodo, insistisse de novo. pela tica geral, e o lenho fundamentado da moneirn
eoil~tit11inte, mas, enliío ndoptnndo ns idéas por que deixo dho ; o segundo refere-se à poli· .
liberaes que em · maior numero se encontram Ue:1 prõviucial, e deite pn8ao a nccupar.mo, eon·
presentemente. no projeclo do actuol gabinete 1 tanao com n bencvolcncia de V. Ex. e da en•
EsiiÍmo~recendoq_ue o scnndo, moditnudo mar11..
sobre a niiJtude ene.rgJCll, coberenti:l c patriolica Sei qtt() siio.llllslnute en rndouhns estns fJUC$tõOs
d:t c.:unara, afinal acnbnría Jll)r ceder, USlllldo de poh\ic:J provincial \l'ntnrlHs no· po.rlnmcnlo.
daquclln moder-açiio e pl'lulcncia que em tantas Ges·almeulo,· supvorla·se com mai~ ngrado o
occasiüos niio lhe lem faltado. · · dí~curso_!.ll\•qU.UIÚI!..Q.U.I!-~
Mns, si; porventura, õ sen:aJOíJno·· êcdc.~se, CIJI'lOS lli'Íncipio~, ·quo ene~ nt:1m llo:! 01\\'ÍI\ICS,
esquecido do que ti uma corporae;iio vit.1licin, qM prlncitl:~lmctlt\! ctuaudo oorndorque o pronuncia
. ~r sua ualurctn não deve faz!Jr J!Oiilico1 C!ltão com llucl\cin c :uncnid:~dE> nfiu í! eomo eu quo
sun, é quo o govcl'Do con\ razao, para aom•nnr rn~ rgull\l\do l!m profllndos d~sgostos, ·nue dia·
a olygat•chin do senado, ruJa aquillo qnc o seu 110111lo scuuo de umn p:~l~vra talve.c nspera de
pnlrioLismo nconselhnsse, parn fazer a reforma, mai~ pt~ra exprimir o que penso e o que elnto
que e uma aspirnçiio nt~cionnl. subro fuctos a que muita gente é indilTerente,mns
o Sn. ANTONIO ·DE StQUI':IM. :-Quoes. eram os qttc nn .minh:~ o~inião têm gronde importnncia."
Scnhorc~, n pohli<:a dns províncias deve me-
meios? recer nos~as ntte·nr;ões. Somos nôs os seus re- .
o Sn. FEnNANOO Osomo: -Não entendo o presentontes.
npnrle .do noure deputndo. . . E' ló que se orgnniznm os pnrtidos, é lú que
crn·v:un as C(tmpanhas cfeitornes, é hi que so
o Sn. ANTO:"'IO Dll StQl'Etll:\ :-·Quncs ·~rnm os ·se":lllliMn
. meios do que o gov~rno U\ lonçnt• muo po•·n ns vi•~torr~~. t\ I:í IJ.Ue ~c movam as pe r·
realizar n reformn elos tot·al? ~eguiçõos as mnis ncin tosns, é fú qne se OllPI'i me
em nome dos corl'ilho81 e se offende com mais
o sn. FsniUNDO Osonto :-J:i o disso: nquolles r:~ei1i\111de os dil'eiiO$ ao povo, e se renllznm
quo D p:•trio\ismo aconselhasse c l)\\0 mmc:t f:ll· qunnln so•·te do voxames podl)is imogin:u·. E, si
tom nos governos snbtos (Tt·ocam-8e apartes). turlo Isto é.vcrdndc, a nossa indllferençn pelM
o s11• Z.\<11,\ : - A ec.nstituinte n5:o á umn provincius sot•ia um crime.
quest.ilo do cmnara. · . Acontece, Sr. prcsi<lentc, aqui, quo muitas
O Sn. FEnNANDO Oso~to : -Mns devia sêl·~. vozes os nobi'C$ ministros (fn!lo geralmente), re-
no menos 110r cohcrcncm; porque, Sr. prcs1· cebem de braços 11bertos os r6presenlanlcs_d;~s
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09:5 1 +Pá gina 22 de 35

·.. ... ··:·. --···-· ...


. ·

174 Ses8ãO em 18 de Maio de 1880.

provinci<~s, lhos palentc~m os votos •la muis Posso afl:•nçar ~~ V. Ex . e á camara que o
sinc•:r~ llmizadc ; IIW~ ertlrei;:nlo .nomci:un par;l Sr. Thornp,;otl Flore>, ]JJ'C:<i•!enlc dn nin Grnndc
as pt·ovin.ei:•s. nntoridalle~ que ns llu:.:e~lnm, e d:• Sul, conquistou as maior••s ~ympolbios u as
que, <·om :~dnnrai'Ol :md<~cl:l, cxm·eprn umn 1ml· t11eJho:es :•.dhesõe.< tlHs rio-g't':m!lenses qne n~o
potenci3 aem limit•!~, qnc prodnz o :;eu cur1·:~- especuiMuCo"' o ju~to e o lwuc~liJ. ·
quecirneuto, romeuln l':meur.·s, e ullnr·IJlfOOlo''C ::)r. pre,identll, 'fU:illlln o ga!Jincte Sinin1bti
a ~nat'C!•b no seio da sot·kdt•dc. fui :;nbslituido J!Cio actUJI do 28 !In l\I"I't;o, nós
Sr J?resid~nlc, não ~1osso nem devo dn1· ~poio n~ prudnda pen~a"'o~ que· el'a umn dns prinei-
aJl gai.Jinele lJUe e~t:.bel~cc o rcguncn do terror p;lc~ idén~ do U0\'0 gabinete [H'OIIlOVI'J' o CIIOg'l'a·
em minlla provind:~ c con:>ente que os seus dt!· ç•,menlo d:i família ll!Jer:tl desunida em alguns
legado :~lli eltlvem a t~:r~nia n principio de go- pontos do llr!Jierio, notardmênte llffi minlta
verno, no ~eio de um IJflVO lirro, como ó o povo provinci:~, )>elos motivos !JUO esta cnlllar:t não
rio- grandt•mc. 1gnora. .
Hei de exrür os factos com vcrd:1dfl e frnn· Engnliamo-nos, Sr. presidente. pot·que o pri·
que:t3, e perguntarei de~ois a V. Ex. e :.i catnnr3, meiro aclo de que lançoll m~o o acLUlll governo
que nttitude devin n>sumir, para rojli'O\'al-os. o fo1 deulittil' o Dt•. Flt'>res, que gozava dn estima
de]JUtado qne, como eu, pn:za con1 :•rdor :o di· pUIJlic<l, sem e~pet·nr pel•t ~eu pmlid,, dp. de·
gnid:1de do~ ,:ompr"vinci~no~ de que é lcgiti1no mi~~ão, e nomear p:.n1 mhstilnil-o na llfesi·
repre~entnute, c tH~ÍilHl da su:• eom111_oliidude denci" d3 pr·uvinct~; gn[Hlis 3 quem, senb"J·es ~
pe~so:d t•oJlo,·a o bem e>tar d{) s~u {la!'ltuo e da Ao D1·. Henrique d\\yila, aquclle que pela
su~ flrovincia. Ordem. jorllal [jUC s:~ publil!3 ('!11 Jagu~rão. roi
Senhu···s, pelos motivos que l'sta cmm1ra v m:•is 'orle e tl•••·idido O[l[> ·sicionistu do gabin te
sabe c '!llt~ c11n'l.am dos ~cu~ tl!i!l!.lf8, íoi reli· 1i de J;~nl'it·o c de~ ~e ~ ~nsteatu:lurcs, e qu"
rado dll pre~ident!ia tlo Rio Grnnde do Sul o niío poU(lal'a recut·so :1Jgum para des)Jrc>tlgiar a
Sr. Dr. Fclisberto i'erei1·a da Silv:t, twlo pro· ~itn:a;~o lih<!t'al de cnlf•o.
prio g-nbi IH•te 5 di! J:I!Jciro, que o nnmeou. Ucsdc logo Jkamo• convent~idos de que o atual
Os motivos s:lo t'oulwchl<ls e nf1o )lfi:!CÍ~o ligo:·~ g-orel·no i:t mont~r 11:1 )JroviLlCi~ :1 política d~s
repelil·o~. J<oi S. S. ~ull~tituido nu gi'Vd'llO dn ,.ing:111ças e d.s de-<fol'l'as •. · · •
pro' in <'ia peio Sr. D•·. Carlos Thom p~on Flnrr.s, Du>o diz ·I· o ~l'lll 'ohu~'o, que j:imhis contei
tllho do lnl;'ll hollflldO l'llllt~g·ll de U"J.1Ul;•ç5o, (1 <tU e ~·· (l)l•limnlc jJillit:cu ros<On••eitn prlo cri·
Sr, Flôl'es, o typo da mndcraç~o e d:• hone~· t~r1o~o o illusli·ndo ::)r. conselheiro chefe do
tidade n qut•nt s1í u muledic•~utti:• e ti IICI'\'CI'~i- ~dual ~al:inl't~. ·
dndc pode111 cmp1·e~t::r ~entím·enlo,; ii!nobcis :to · ::;cmprc ci;.pcrci r111e S. E:!!:., qne <lcveria
seu c;~r;•c:~:>r (ap&iad .. s); 111l1i\u m•'ÇO cn11·onnn conhecl'r :1 posição especi~l em IJUe >e t~ch~\':1 D
polilic~· d:.J m1nlw Jli'OVintlia ; sem demot·:• foi. p1·ovincia uo Rio Gr11nde do Sul, llzesse nomctlr
honr~do com os suffr·:~gios de seus pulL·icios, tal p:mt sen J~l't·~irlente um .l!•>m•~m cn[J~z, intêlrn·
crn a ml'rcchln popul31'Ídadc que t'Ohl(llisloll; mente ulltt~IO ,., lutus pohtten$ qnc o h se donm,
cnmlid:llo a dive!·~os ('an.:-os d" deiçf10 po(Julnr, c P<•l'tJ alli fo::se com o llm de admini~trar com
~cu notlll' t'oi sempre dos mais vott1•los, :ltü imp:u·cinlirlaLie. llns en quc~o nr,reditar quo
mesmo qunndo o nome r! c meu pai figurou elll S. Ex., ouvindo as informn\'Ões. QUl• lhe olfuro~o.
Uffi" lista ~en:Jt(;ll'Ínl : ruM ~Ó ngnr~~ t\1'. IJ!'t'~i- e ~posto O f~n·entc do principio da ordem C .dll
dente, pnr uma d··~,a~ e~c:tmotng-,~ns, tiUe ~~~u- ju~tÍI'Il, IOIII:I!':Í tudus as pro1·id . ·ndo~ d,• modo a
s:11u ,:,·puguuu<:i,, r•. i eoiJU(·ado em u lt.i1110 lo~01r pude I· cl'il:>r ![Üt! e111 silu;•çi\o JiiJ('ml, sl'ja dihl-
n~ ll•t;l ~!·twt•.'ri:d qltl! <•l!•·lm •lc ser <IPl'esent:•dU ct••·adll o partir! o lillt~r,J I'ÍO-gt·:md,•ns••, pelos
a Snn M ~· s1:odc o !m["'i'Ddor. nclt•s d•!spvtic<>~ .to llt' Urml'i•tue d'Adla, qne,
O llr. Th<>lllpsuu Flore\'-, dm'~nle r. ~tln :ulmi- \'nlcnd"·~c u:o po,hH', :tprovdta a oct·a~itHI -~!__:_
..-Jlli.lnl.çilu~,\t~-···..m-itttl-'lH}ttmehte--letrltlmll.,.-,,m-+-rr;;,"flllTT'Ifiil'jl1fi'tTí!il p•·~~oulc lyrmuuco t]Uil no-
ga!Jillt'.lo\;) de J:11Jeiru, dL' IIIOtl,, nr.;qMu·uw~:no nhum~• \'antnge111 lrurá í1 proriueiu. e •;u.-~ trm
ó respeito e os tilugios dos s~us :•dvers:ll'ios. po;· tmprkho uXlllrluiu:n· n lodos nqncíle~ qull,
o~ lognl'~s de contlnnça politicn deu-os semtH'e c.omo ou, tiuh;auos Pl'a~l;tdo siucCI'o opoio ao
aos homeus (\e bem, ~os pall'iotas sincet·os, :~os gn!Jinettl i} de hnciro. Eu posso nli3nç:~r uo mi·
liberaes honestos. ni~t..rio 'Jile o S}'slemo -d~s tlenuhndns, qun nós
Nfio e~cn•lon flOtém dos zulfJCs de ullln 0,11110 _ os libe1·aes )Jrollig-:imos eml8G8, rst:í erigido em
• ,> prineipio de governo nn minha provinci:., c
~iç~o (\,~~enfre:,dn, ~ue cnntr:1 ellu ~c lcv~lllo;!• ~oulru lihel':tes.
qnmHJ(l, pot• nf•t·e~std:ll)l', teve dL\ f11zer n•cnlur
l':li'Í>~illl.'>8 lH111le:•çiJes 1!111. alg·u il< indi\'itluo<, lJUO 0 SU. FLOUEXCIO IJI> :\BI\IW :-PeçO :1 Jmla•
por huV<"'('JU ~it!o •'<JIIStll'nulores militnutes ··•n \'l':'L
out•o~ letnpu,;, SI.' lhe npre;t~nLaV:~In nut:io t:um o :-n. FRnN"i'i'lln O~omo:- Alli. seniiOI'es,
ú lo\\H\'el t:IH\11'\illú rle :mxilir1r <1 su:1 nllmini~- 1·,,pilo, t1~11!ilk·~e [ll'•'l.losit:thn•mW ~ todos
tn•~iln h.. nr·:•dn o pntl'iuticn. ehu1o~ tll' IJflllkucia w 1nelle.< o.·mpr•icratlns i'lil>licos rJUn npoi.wnm o
o i~enlus Ull I'IIÍ~JI(I l>lli'Li(iaria. g-:II>ÍIII'It! de <JIIi' rnzia p:u·tc IIICU pai!, e I] ti() Cl'o'llll
Essp pn•shletll" liuha c,•rtnmcnle 11 l'OSIIOnsu- ~•.-u;. nmi~.o' dc>tl•' o t.em\10 em qnc cllc trnt<JU
hilhl~•oo d:J "'UI'erno, t' u6o po1lia •lei li." I' o~ c:n·gn" tlt• o1·~u JIÍ7.31' " r:, r li(] O li >C'I·nl, liUu não exbtia
acephalm• ~ll eu\rc~u··~ a intllvidno~ qu,· n:'•o ur:;·mü~:•tlu na provin('i:l tl(l l\io Grnnd,l do 8ul,
lhe nwrt•ei:Hu l.'tlllti(llli':', mm Clllt~elltil· quu o.< t!lll. l1-i:?. (l\'tio pnitulos ,.• n~clam ;ra,w rl!l tletm·
po\·o~ lka"l'lll :dJ~Iiltluaadt ,_.; :í lllél't·u du ladrÜtJ><, /UI'â., rio-c;mudr•ust•.) ·
os~t~~~itlo:; e tJCl'\ ol'~us, •!llc c.olumcllelu crinw8, 't'l'ccisaiito~ lltlo conJuut.hr o sentimunlo H·
fJ.ltOndo n~o existe a ~utorid~dc que os ))ersigii. bCI'.~I com~ org~niutçiio do ]J1H'Iitlo; o ~rnti·
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 09:5 1 - Página 23 de 35

Sessão em 18 de Maio de 1880. 175


monto liln•l':tl, r·sstJ ~ ím . exi~tiu ' CrllitrC no Sr. pre:<idente, si a província. do llio·Grande
COl':ff; "tu Utt..; r'O· g-r::nd •nsc;, CHIO:ol'il 11 11i···po, do Sal rnu>h·ar-se rfi·! ll:l, CO III<J se l••m mo~ tr:.do ·
leocia d~ J.(O\·crnos :'Uti- l'a lri&!:i<;us houn-:;<e •lo 11 1~ IH,je; ~ i t• _p·o t·tido lib•~ •_-;. 1 aprecia•: li fr:111queu
nlf,:um modo u ll ~!ado {t :sua cxpletlu da mani- tlc::- UJn n.ot;o·•tue ~e d·.:•iaea 1 r>d<ts rd•·us, nn en·
~w~. . . . . grnndel'i m ~ lttO do) >Cu ll<ll'lido c quu se hn de
~.:n~. n o~~:a nizn çiTo rlo p:' l'tidü. e;g:t, tea IW n l>>~ br se mpre, sem leuaer I'Olts n ~l :!urn :t, vi ~antlo
IJ3cicndu o' lllt!llS t:onteodll!'e$ 1 cssrt. ~· ·· ctJm::I)OU · ;•I>e!Ht$., cum(Jdmcnto do ~cu dever ; si n pro•
a verilic ar- ~c da d:tt<~ n que itlludt. vincin <lu Oi11·Gr:mde t.lo Sul é alndn o.provincia
Só depois da ~U~ITa do l':irD!!"Itny, qt~nn<l•l as do telltfJO de Osorio e du tnnln~ riO·!l'rondun!es
noss.'ls ph~lange~ nguurl'irla~ viJit~vam doriosas iHus tt·es, qna ~ amav:11n e ·amttm :anJontemenlc, ·
ao seiu d:1 min h:~ provincin; sú <lcpoi~ dn ~ u crra esta~ pala vrn:< quP. hoje proli'ro hiio de achar
do Jlal':t;.w ay, q u:mdo volven1111 30 Rio Grnnde 0clto, e ni•o ll:lo de cahlr, como flores nturchas,
os chefes politico3 importante,, cobt'rlos de sem •tue mãos :tmigas as lcv:mtem do tapete desta
ca~3 . · · .
Jlre ~ tig ío, c rornm p:tra ~e u s munici11ios; sô
dep~i< ria g~crra tlo i>araguay, <JU3nilo iuea pni ·Fullo cliante de llepnu:los t jUI!, c:-omo eu, pel'·
bavm augnrwdo as sym(r.:lht:~ g dns~e~ chefe~ o tcnceut a IH'OI'iucius, oude lutas lêm :t(Jporecido
com etl ·· ~ •·orrespondiu- ' e nn maior mtimid:t < l ~ ; e c•m ~· ujo cor:it:ão \3IYC7. cstt•ja innooo.lnda n
foi S<),de(lois d~ )!"Uerra do l'nru:;runy q LlC, ~P.nho-· dc~ct·t:! n~n, 1n ns que por um co·rdidunarismu
res, meu pai., reuuindn essa~ inllue ncí~~ poli li. exug.•rndo uão · queiram en unciar os suas
cas. conseg-uiu nr::wniz:t•· o pm·tido lihcrnl. pre- queixos.· ·
p~r:td" pnra lula~ c vetwtw, unicn, coaJo n .Mus, s:mltOI't1S, quem deve p-rnlitliio a esla cn-
cx~rcito elo J<'rerlcrico. Beilo ternpn ora e~se
m::~ ra, como t~ll, nãt> p.: ~ e guJi·oJar rc~cna, 11ew
então, em · qu<J reinnva a m.. i, purn lt!n ltbtle, liiO pou•·o insu ltnl·•• HiiS }J:Ililvras <JUC vou pro.
<JUe h• •je , .:,1 ôcnt!o substituida ptJ!a pea·fidi:\ e rerir . Eu nw diríj,, :itJUelles !lue, de .um mo-.
pel~s trt~ !çõe~ ! · Bcllos tempo~ eram c~AAs quP. m ~ nto pnr:t onu·o, depois de gozarem dus posi·
·logo depois 51\SCguir:un, em que o~ C3t\dirhttros çücs pela lnOu•:n•·.i~ dot< libernes cuwo meu pni,
do porlido cr~ m sujeitns li di:<cipllnn irmii da cumo os 10uus :umgos, como eu, julga r~m. por-
ordem, c disp!ln~:llldo-~o de elabor:•rem nmnlfes- afasbr que hojti lêm um g;;vtH'QtH)Ue o-s' ~voin>11oder
t~s. do upre~cntaçiin aos suffr:•~i :o s pnpulaJ·c~ .
-me !lo meu p:u·tidn, como ,; estivesse
luml:Jvam -se a espet'tlt' a li><.ta qu~ o ~onerai n:io no vonl.ado de c:1d~ um delles c.~z~r com <JU~ eu·
Osorio, o ehtile por eltes aru·, ;goodo, o rg;-•niz~v~, s!'ju sempl'll libernl,
com 11 certt!Za tla victol'in de :tntem iio . .Niio sotf deputado no suhsidio; sou deputado
á ass{!ml!lt!a gert~l <.lo meu paiz; venho domina-
o·Sn .. F.Lon~~CIO D!l AnnKu :-Ndo li CXliCIO. du do desejo tlo llfC ~ tar serviço~ no iute~~sse d••
O Sn. CA~t .\ noo :-E' fttl~í ssi • no . liberclnrle ·e .da ot'<letn, e, POI' I:t ulo, PI'OCUI'arei
descnvuh·et··mC eomO e>tiv~ ;· D;t ~ minhas -Corças
. O Sn. J.'n :tNA~nn Oso:uo·-A provior. in conltl!i:e no cumpri HH:nto de meus ··levcrcs.
estos f;~cto,;; ''ppcllo par.t !!lia : d t•mais, senho· Sr. vrt!!!]dcn tc, 11131lifesi:IDdO·ffiC em OJlpG·
rcs, cU ni o 1r.1lo de embnir :t e:11nara. O llo· s:•;àu ao nctunl prtJsidenle dv 1\io ti•·uudc tlo Sul, .
put.1d0 quo e!IIÚ · mt tribuna fali u per~nte D creia V. E ~. qnc ralio sem udio o sem pu íxào.
govet•no o per:mto o p:1i 1. cnnt l ndn 11 siuceri - Si cu fosse o.IJcdeccr un i()llm,•n&t• aos i m])ulsos
darlo. Pi'~zo n llliniH1 l'ilj:JU!a~l5o, o nii.o a tro'-o de meu cut'<tç:io, não r.lil'in um palavra u~st•·' mo-·
nem pOI' applnusos, 1u~ m po •~ nd ltluçõt!S. Dit•ui mcnto, ~enho1·o~. purque tanto devo a mim o
m:~t~ ainda, SJ'. prc~ iu.: ntc, o cDotli -J<tlo IJ tl•! .<e adnal l> •·e·s idllnl:'. d" província, pt·ovas de con-
DPr•·s•• ut~va f·ir<t . <la li~l:t Ol'::nllil.ntlu p()lo dwfB sh\ot·avüu, cou1" eu devo \t elle; ~·or ouu·a, esLa·
potlla tle"sdo lt.gu corrtttr'C"l'l'tu-cu-rrr-trtlórr(lta _ lUUS t.jUil··'S j U\US <.: U f:,(lo tulii\ictii · IHII ·UOllle do
lJê IJ<i_jc Clll lli.1111C, - por, ~ m, Oll IIO>'SO <tlTilliiCnr· (l(ll'lidll liber:tl da minha prtJ riuc i~. r1ue e~tó.
:tO .I:OVt!r-110 C 1'1 C:tiii!II'O qnc. ~ i nâu rfh' mud •do StlUdo por ullu sact•ilic:t_ do, e püi~ venho I'• pellil'
o plano do extermínio político quo tmnou conLa a poli ltt•a que no Uio _Gru ndt! dtJ Sul foi.,es lttbe•
da minha prnvincia, u ~ o f Ú u iudisciplina rs - lecidn, l' j :\ tom j>l'uduzido frucl•>s tlea.•gr'ada·(eis.
traugulani o p:trlitlo liberal, como Rhi -~ possivnl Ü UOIIII ~ta~-<~do. neslll t'OIIl·lt3, õiVtlUlOU·SO a
que o partido conset•vndor, ~p rove ilando·sc d:ts quest::o l'lll ebre da elegibilitl::tde do~ uc.11holicos,
divez•gcnl)ius li bl•raes, 1.'1. •nsig:~ o mais subido de c como o t'X·Iuiuis•l'u dn ;.:uorra eutenrleu que
lodos oa triurnphos, UM primeiras clci~·ões. nfto era chllgt11la o oppo1·tunidade p~ r~ realizar·
A i_ndisciplitu liberal jã c ome~••u ~oh n clh·ecçiio so sctnelh;otll e p1·in cipio, I! couw .cu o m :lllll(lll·
de um intítnladodirer:t••rio lilleJ\1l, qun l'ivn em nhuss•J n c~ln ~uu ld,··a por co~•·di g lunn••ismo po-
Porto Al~gr~. c que acnl>a de ~c r des pt·cslig-indo _liLico c pur convíco;;io,. fomos ltccus;.rlos d~ trai·
nn ultirun . clciç:\o SGI!alt>J'i:ol, . n ~o lomdu nn- dores it itiEh tiiJe ral. O :tctua! pre ~i dcn\e lluje
loritl3tlo liMl:wl!' fl;tJ'n evit.n· •r•wo nome do ~u~!ut1ln t!.•lu e::jii\ Cil! de a• ·en~ttdui'Q ~.
D1'. Flõreti :•ll[larcccsse votatl11 em ulUmo lo ·m·. .:loahot· ··~. n uncu ru i. nem lllctt ltDi, cnntl'a n
ch•gil>illllttdt! t.l os ac:olholico::, nctll(lg<t iJi ncLe p:ts·
O_Sn. C\l\1,\1\r.o : ~ hlo. hn (\t} ~ct; O'\plic:Jç;io. ~ado o m•a ; ut·m llltlSIIIU a. runioria dl'SW· cn •
O ~n - FEilli:At-:oo Osomo: - E~[ltH'nt·ci n cxpli- moa·a o ern ; o, d.·sdc tJU!l ~nli!S .du unt•ert•:.tr-~e
cnção. Pcrdtio;· ntc n c-alllurn n frmt<JIIIl7.:t . rude o parlamento o llobrl' (l•'t!sioloUit: tiO ctH I ~t·llw
tal vez, com •;U() lhe fali:• um dci>Utntlo tfllc viveu o SI'. Si ni liLI.I\1 na uiUm11 scssiio tlXtrnordi •
sem(JriJ da f6, tia ~ m:•is ptll'lt.l' cre n~·us. 1ln ubn!! uaa·i:l do senado, dt!clat·on por lim tjuc n5o
gaçào, d:o lcuhl:tde, u •l tW tuttl)cord:lc,io do fnclos rnri:t mui~ qucslúo dc~:;a opl'" l'hmid:ute; t'· que si o
quo o iutli gn:un ~e nl.: ·sr. pruso da mnis tcl'l'ircl $CIH)(IO qtt l ~l·Ss~ aprc_•setllat· uma umo utl ~ a fuvor
Lias dcslllusõcs·. da elogibi!idado, de boo. vontade serlü e! I:~ oceita,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:51 +Pá gina 24 de 35

176 Sessão em 18 de I\faio. de 1880.

claro est~, qu~. destruiu completamente os mo li. couslon que pralic~ssc neto :~lgum menos digno.
vos de divcrgcncia que entre nú~ ~ppnrecer:~m. Os títulos que caracterisam no nosso amigo são
M11so nctu:tltn·esidrmtc da minha pr(lvincb,nindn os tlc honrado, prestimoso, cavalheiro e h uma·
~li menta n divergcncia, !Jer~eguíndn os fJUC ni\nrío: com estes titulo~ esltí o .cidadão :!Co·
apoiar:~m o gabinete ti de Janeiro, o como o !!X· bcrto tlo cj ue a m:liedicencin póde .inventar.
·mini~tro da guerra não quizesse 5Cfl'ir ilc or· • Estamos bem convenddos que a boa fé de
denanca do eX·uliui•tro da r;~zcnda, c como elle S. Ex. o Sr. conselheiro Mnt•tins foi alia·
entendia que a elL1idbilirl:1de do~ neal\wlicos n~o qucadn por ~lgum gl'atuilo inimigo do Sr. to~
era o unico in Icresse do Uio Gmntlc do Sul, nente-coroncl Rnmiro, que quiz. desta Jórma
]JOr isso continuou no poder JWl'a mdhor servir lançmr·lhe um cstrgma que uíio só o maoulosso,
a outros interesses JegiLimos ua patri~ c da })ro· como l)ne passas~c ·a seu~ innocentes filhos 1: .•
vincia, foi condemnado :i execl'açf,o desses ljUC • S. SC\pé, 2!J de Fevenro de -1 880.- Rodri(.!O
cuidam muito de si, 11ngindo cuidnr da pntt·ra t Jo~é de Ftgueircdo lllot·eirn, Cnndido Chnvcs do
Vej~m os nobres deputados quanto de injusto Almeitla, M.nrcos Chaves de Almeida, loão Lou·
neste procedimento e pelo menos 11 n1ai~ requin· retH;o Eslnlano ·rle 8i'ile;;, Hdflno Rodrigues
tada de todas us ingratidões, da p3rt~ de c-ertos Soulo, Porfit•io Vicente. Machado, Boaventura
homens que desde que. virnlll o seu chefe, o OI'• Yilwntc ~laehado, Josê !lbria de Andrade e Silvo,
gonizu\lor do pllt'lido libet·~ll'io·gTalldensc morto G~lvã<> Jost\ S11ldanlw. Pcdt·o Jose S<\ldnnlw., Fi·
desrespeitam n sua memorin e voltnm contra os dcncio .José Snld:mha Filho, Cai·los Felillpe Rhol,
seus umigos, contm os bons lib~1·ars, (~onlra Lmz de Selma Quazine, Vicente Ferretra Nt•lto,
mim, cootra o Dr. Fll!res Loll:~s as armas llc Emilio Rodri:.:ues AlfamõJ, José l'creirn da Silva,
Qpposiçi\o. Cy1wiauo Luiz l\r:.:chado, Americo Pe1·eira Silva,
O meu nome, Sr. ]Jresi1lenlt1, j(l foi conde· João ~In ria Ferreil'a, :Modesto dâ Silvn Valle,
mnudoa(lostraci~mo, comor!'t:O!IlJ!ensademinha Antonio Polycaqlo dos Sanlos, Joiio Ayres, AI·
independen"Cin e dos meus SCl'Yi~os:í id~.~ libt•rnl; hcrto Luiz Mnehado, Luiz José namos, Fideucio
o do Dr. ·Flores, como jil tlisse, foi coJio. ·Fi~!ueira da Silva, J?iio 1\l<:ndes do Oliveira,
c~do no ullimo Jogar du lista sennloriul, grarns André F~reirn, João FerNira, Snlvador Pires de
a caballas e tt subtcrfugios inqualiflc~Ycis. Oliveira, Pedro Antonio de Oliveira. • ·
Por. exemplo, n~ cid~de de J)elotns, o Sr. Dr. Pois bem, Sr. ])residente, este documento foi
Fr~nc1~co Anlune~ 1\f~c.1el, nb~t~n!"do da ~ua au· desprezado.
tomlnd~ d_!). c.hcfe do d1rectorJO liberal, tomou a Prcreriu·se dnr credito n ditos reserva<los,
sl n mmao de c:thnllal' conlm o Vt·. Flore!, . c 0 tenonto·coroucl R:uniro foi dimittido.
chegando até ao ponto de !lcclarul' ao Sr. Jo:to .· . .· . .
M:moel BariJo.zn, eleitor c chefe liberal do Jllli)DO, o Sn. c~~I~IIGO:-Dtgn quom fOI o presnleute
que o Drt Flores havh1 rclin1do a sua c:mllid 11 • quo o denultm? ·
tnra e por isso ufio devia ser votado ! E nssim O Sn. FEniSHDO Osomo:- Foi o Dr. Corrêa
ill!ldinilo n,os pro~rios li!Jct:_alls, conseguiu o de O!iYcira, rJtic. niio npohva o gnbinelo o de
clleilo dest'Ja~o. Si cstn nc~;to · \ctn n(lbl'cza, Jane!ro, ll ~provcttou-se do pudor paracommeuer
diga•o o p:tt'!tdo li!Jeral t•io~gi'IIIHlen~o, fJUC foi ossn injuslif~u, o que mui lo senti, porque_ sempre
organizado ~oh u tlrinciJlio da I~altludo. o considerei e~pil'ilo Independente o justo e
S•·.. prestd~nlo, qunudo oravn IUI pouco o SJ'· inc•JIH17. de servir ele instrumento de quem quer
Snr:uvo, pr~sidente (lo t:onsellto, (!ODl!••·~mettt· (jliC seja. •
me n tulduzu· ~~~ pro,·n~ em (jiW me IJ:J~CiO, JIUI'n · , t' A . p ~
OPI,IÔf•me· :i polillc~ QUO COill l'Sla 110\'ll ~illW~~n • 0 ~1\. 'I.O!Illl\'C)O_~ DE ?Ulll' : - Ul'<l que IWO
so m:~u~uron em minhn pr11\'int~ia. Von cu 111 • lc tJ aclo d:t dcnns~"o?
--JM'W-IHrrlttltü JlrvlllGSS:r,-tl-rol't'i-'cUITt'hrtd<TOillCÜ -- o·-srr ... FEII:>i.\.SDO Osomo :-Eil-o :
ilisCUI'SO, • Consiileruntlo:
Entre os mnrly1·cs do podc1· pc~so:~l tyronnico . • Que não devo o fn nccionario mantOI'·se em
que quer goVCI'IlQt' prcscntcmenlu u minha pro· cargo pithlieo, mnximc ~cndo este de coufiauça,
vinci:1, ~urge em primc1ro. Jog:.tL' o h~IWnlc· ~ob :1 pressiiu
coronellsl':Jel Hamiro !In Silw Souto, IJlW havia o ]rresligio tãodencccsstll'io imputações que implicam com
llO prln1:ipio dn :~uto-
sido clev~do_ UJlosto c~lo nn sitnnçiio. p:ts~od~, rillmlc; ·
velo Sr. mllliSII'O T":,fayctte, JlOr lmlwndio do
meu 1ml, o ullinwmente fot·o nompr.do tlêJeg-ado Sonlo, • QutJ o tenente-coronel Isruel Hnmiro d3 Silva
llc poliri:t !JOiolW. Cnrlos Fll•I'QS, neeusmlo flOS>o~dm~nle de fnctos e~pe1~i;
fle~dmncntc criminosos, rlt!llos se niio dcrendeu
Agp:rcdido inconn~nicntrnJcn l e llf'b imprrn:;a ((~ _11101]1? ti l!i'COi~I:II'·Sq_ de !Üo )1;1'1\VCS l(UODIO po-
l~ nccusatlo de ladrfl(l, dJ:Jfcndcu·Si.' com !Jrilh:m· ~lll\'l\S ruCl'cp:wu,'s; JHJO sendo, em taes eircum·
tismo nprc:;enlnm1o o ~eguintc dotmnw.nto: st(lnci:'ls, di~;no de tal. runccionnrio, com quebrn
· •Nôs abaixo nssignndos, fazr·ndciros cri;,dürrs, mmn!t•sta du Hln forçn mot·nr, permanecer no
Yisinho!. do 81·. t~Íiüulc ~-ol'cmcl I'r:1el H:nniro :tllml rtlo eurgo, como menos digno 5CI'itl !la
uu Sllvn Souto. fomos •ol'(lrehendidos t'mu alei· ndmini,ll·ar;üo o cOllsr.r\·:tl·o como delegado de
lura de um<~ ca1·1u tlo Sl'. cnnsdhcil·n Sil\·r.ira Hi:l c:oul1;wr;:t;
Murtins (n qnem.ali:ís mnilo r~SJleil:nnn~) in· • llt·solve .o vi~e-prc~irlPnlo ila ]Hnvincia, a
CCl'la 11~ n. :~!J da /11:/tll'lll!l, l'lll f!Utd;IZ J;I_'OYC5 htHII rln ~cn·içrJ ,l'llblil'o, rleulitlil·o do curgo de
uccusa~.ucs no rd~l'tdn tctwnle curoud. CUIIl• d<.~lll!-!"1\tlo •ir polie;1 do l1'1'llltl de":!. SIJjlt.i, -.tlillo·
Pl'll·llOS,Como SCll8 VÍSÍU hu:; L' amigo,: {jUO s_OiliO~, 1ti11 COI'IÚI· de Olh·cim. •
declor:mnos que hn sele .tlll\111$ o S1·. t~>uenlo Si'. pre~it.lcntc, JIOi' c.,le 11Clo, Vel'ificu·so qnc
c1Woncl Rumit'O visinlHI comno~co I! jútnt~i~. 111.1~ · tenho n\luo; ll\l{J a inql1isi~~uo csti\ t\ominandl!
câ-nara dos oepltados -lm~esso em 2710112015 09 51 - Página 25 de 35

Se.~são em 18 de Maio de 1880. 177


na minha província, fJne por_i~·,puta çõcs contes- • Deixo livre o julg-amonto da opirÍião; e só
tadas e nunca prov;Hin~ om JUI ZO, mt•llrala -se o pelo respeito :í lei, ao principio dll nntorid~de
ciclodfio. inf:nna· se n .'HHI t'eputneno c C:~zcm-se não ·<lbandonaroi n deCosn no jub:o a que fõr
harrclndas á cusl.1 da honrn :~lh ciÍJ .. Eis nhi! no chnmndo pelo c rimo do- falta do cxacção no
Rio Grande niio h~ lrihnnaos, ~ccusn·sc sem cumprimento de meus deveres!
s~ <lar Jo~ar t'1s dere~a s, rel(eitam·-sc me~mo • Porto Alegt•o, A de llaio do l88o.-Dr. Luiz
dcfczas, e é.a ·primeit'n autoriiladc da nova si- dtl Silca Flúres Fil'1o , • ·
tuação que exhorbilll das suas ottribuições e do
seu olever I . ·. ·. . . Este ac to do presidente :tjlenns prova. que
so procurn~·n um mei.o, fosse qual fosse, parn
O Sn: CAlt.\nr.o:- Admira que se traga para demittir o D•·. Flôros Filho. ·. ·
:u1ui esta questão ; hn de ver como fico. oscn de· Sr. prcsillente, foi jnbil:~de o professor yltn-
· fendido . . licio de h istoria c geog-rupltin da escoln normnl,
O Sn. FEnxÁNDo Osonw.:- Niio; o que admir~ Ft·oncigc.o de Paula Soares, dilJlUta~õ provincial,
s;lo outras causas. . . . que lambem teve o grande peccado de não cur-
O Sn CA:~una o:- Pois bem ; nqni havemos g:.binete var-se ;\s itn[JosiçõtlS da lyro.nuin e de npoi(lr o
Iiquill:•r estn qttcstão; elle lw de agradecot·· lhe ã de Jnnciro. . · . .
isso qunndo nppareeet•em ns llrovns da neeusa· ·!lo0 odio acto do presiden te YiOIOll 3 lei em nome
p~rtidn rio, e a violou olfenJcndo os
~5o . . brios do digno prolcssol' e t'etlrescntnnte da mi·
o Sn. FtmJSA!iDO 'o sonlO:- Agunrd:n'lli essas nl1a provinci~ a assemblé:t provincial, que no
prcwas, que ntó agora têm-so conscrvaclo em acto olllcial de S. E x. foi tratndo sem· a consi·
scnrcdo . . der:~oiio a que tinhn direito .
Sr. ·IJrcsidcntc, o Sr. Corr~a de Oliveir:t es· Eis como o .S1·, P3nla So~res cxprimiu·m
teve poucos dias nu odmiuistt';l~rio da ~rovittciu: pela inwronsn, em defesa propria : .
depois que o l!rosidentc lf~nt'iquc ol AYila. !O· · , A disposição integral do ~ i.• nrt. õ.• da
ti:tOll pos.;e, fo• que a nmchmn dns pcrsegmçoes lei u. 1220 do l6 de Maio dol8t!l, ti a se~uinto:
ncinlosos e dns derrub:tll~s · funr.ci onou com • Fi e~ o presidente da provinein :mtorir.ndo a
tod:~ a nud:tcill. · ·. .· .
Foi suspenso do cargo de impcetor da saude •, rrol·ym1 iscw a sccrelurin do governo, directorin
pulllica o Dr. Luiz dn Sllv;~ Flores Fililo, que • gernl da rnzond:t provincial e 11111i:s repartiçõtt
sempre exerceu ess~ emprego com h?nradcz_o < prol' iilcines, conciliando QS exigcneias do ser-
1•ir.o publico com a mais e~ trictn economia.
iut e lligenci~, mas twhn o gr(lndc d,lfctlo de n•!o
patrocinar patotas, c de huxcr :tpolndo o galn· • nilo forem . • 'Para este IIm dis]ien$ar:i o~ empregados quo
nele a de Janeiro. . . alisnlutalli(mte 1MCtf,( a,·io$, podendo
• npost•ntnt• :•quelles q~e tivei·etn ns condlçiics
Sorprohcudhlo com o acto tlo prosideútc, di· • log:tes L111 nposentndorm.
rigiu- so 110 publico. nestes termos: · · •.Os runccionnt·ios qu~ porvonturn cx~.odcrcm
.• Por neto de hontcin rui Sl\SJlen>o pelo Sl'. •no novo o(!tultl\"o conscrr:rNe·hão nddidos nhí
Hcnriqtie d' Avils, prCl\icllmtc dn Jll'OVlllcin, ~o •I! li Ohajon~ vn:;ns llDI'll·!IOflliiHlB. novo. consldot·o·
excnliciu do cargo 11c inspectot· da snudc Jmbll· . dos elli.J<~ tl\'o~, de,·cmlo n pro s 1don~~•o dur-lhe~,
cn, e SUUIUtl~ti\lo lÍ rcsponsnl>iJid!lclO criminnl ·~em lll'tl}uizo dos ,-cucimcnto~ . conveniente
com· o ftmd:ímonto de mo ba\'~r rcc tl Stlll~ a •c:l1Jl l'~go o trnhalho como nuxl/int·cs do serviço
cuntJ.tt'ir u111n .ordem 9ue me C';H lt'Mlstniltul.:.•. •durante o tr:upo em que c.~Uvcrom nddidoll. •
Jlrntic:mdo nssnn o ct'tnte tJrcYisto no nrt;. LJ\ • Comn se Yl-,n.lcl nns suos tllvcr11., s tlispositüos
do Codigo C:rimin:1l . . . . . . citudn~ .nntQJ'i?.QJJ......!LJll:(l1'.ltlcn1c..n..:ll!~iJnus:.--­
- -.-r-fsl:c·ncto-forpnbti1'1ldn-·m l!~{ol'mu du hoJu. rottnrliçucs 111'0\'inciut-s o (•stnbcll'Ceu as rcl{ros
· • Devo e:qli'n· :111 publico o occorrldo. . ge t·:~es t)UC o mc:smo Jll'csidcnlo dorcrin ob~er ·
• 'l'endo recebitlo no dia H do n1<)7. pro-:o;uuo v:•r m~s ln refúrma .
. llassatlo os papeis t•cl:tlivos :1~ eonlr:llo pam o • As ultim:~s disposiçõl!s dn lei São depunden.
servi1·o do esgotos das n~a tort:~:::, fcc~e:<, n:;uns lc~ da pt'imeit·n deltas: -reformnr ~s rcplll'li·
servidas e pluviacs dn cnptl;tl o oa;: rld<~qcs do çõe::, c scnun, portanto, umn consequonci:t
1\io Grnndo c Pelotns, afim do sobre cllcs mtet·~ daquell:~, não po(leria o presidente dellos ·usnr
p!Jr meu pnre.cet•, o~tllll:tY:t o Msurnpl?, CJUO o sem t'J J' 1'COI'.IfaMzado (1.~ n•part1j.'li1's publicas.
i:io importatlCill IU:tlltCost:t, qu~ ndo. I.Ut S?rpl't"· • Si o presiden te no nctt'l dn rco•·gnoiznçlio re-
!tendido com o oficio da prestdcn.ct:t u . 37\1 tlo conhecos::c que nns ro pa~tiçu~s lwvi~ •!' empre·
2 do corrclltc, em que mo detoruH.nn_va 11ne ll!o "ndos em n u1nero cxce;s1\'o as necesstrl:tdes do
dcvolv1~~so com uq;encin os rc[emlos par•ors serviço clar, lhcs·hi:t o Llcsliuo legnl ;- ~poson~
com meu Jl(ll'ccer ou 8{'111 flle. tnv:t-us'on os r11ria :tddidús a quolqttor repartição
c 0 llll'U procedimen,to Coi JlO.ntlOl'llt Olil O!llc'io ~te qtto ~c dessem vng-as par<l serem cstils com
do a. scn<lci ferindo o dtn anler10r, qu•1 o obJCCto cllcs preench idas. . ·
sltl.nilcttillo n mtm exmne e consulta ~nc~n-.1 ma· • g,\ pai ~, no nso c prnti on do nutorizn~ão que
teria do h!ltlhmc 1Jil/Jlic(!· cont•:ovcrlltln c grave, lho deu· a lei', de rcorganir.nl' os rep.
, rtiçOOs; po-
motiYO por qno uiio h:wm [lOtlulo [\1l'ffiltlll1' mon clin o prcsillento np,lscntat' os cmpre~ndos .. de'·
pnrecct' par~ o rtttal preparava elemento~·. iWCessrr•·ios que tl\·es~cm u~ candiçues legaes
• Qumulo ngnnrü:tn o l'esttllndo desta t~1in~a . p:~rn nposunl.'\tlot•ia •
r~lprcsenl:lÇiiO, no mesmo rli:l' lil'c commuu;c~•;rw , Et·n mister, sollrctudo, pnra tor Jogar CS!II
Ll<J. subt•o!lilo :~elo do Sr. H~nriquc d'AYiltt. · npll scntallm·ia ou di ~ puusa de empt•eg:.:los, que
• 1'\lí.t;J r~ço commontlll·ios. .. · n~to~ não f11sscm IIUSCJlti~!IIIC'RI .: .nece.ç$al'iO$.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:51 +Pá gina 26 de 35

178 Sessão em 18 de Maio de 1880.


• A jubilnç1ío do professor rcfel'ido, uni co • g ;1 IH'OVa de que o ]lror•lssot· Soares, apezar
quclccciona hi~lorin c geo~rnphi~ lW escola, do r~sulwdo dn inspw;ii(J, nfio se julgou tnlln·
importa a mprc~~ão du suo cadeira, por11Ue, ilililado p!lra n mn!l'i~lerio, estirno sen cxei'Cicio
l'econhecendo-se qucniío é obsolutamente nc- n:io intct·roJnpido desde c~sn époenntú. ho,je.
cessm·io o professor, rcconhc~c·so implicitn- " Aind:t lta no procedimento do presidente uma
mentc que não é necess3rio o ensino dessas mu· circum~tnncia mnis comlcmnavel e que . Jli'OV:t
terins. que. csto presidente modelo est(r disposto 3 rom-
~o presidente entendeu que podia npos~ntar per com a trndicçiio do partido liberal, para
empregados sem ter reorganizado as rcparlif.:õe~ s3tbf:tzer vin~;"nn~as cnpriellosns c punir todo
c sem que previamente se verincassc a de~ne.­ aqucllc que não navegar em mas aguns.
cessidade dos mesmôt. cmprcgndos. • E~te acto de H. de A,-i la c rept·oducção de
< Os termo~ ela lei- qne n::lo forem nhsolut<1· outro que fui prulicntl.o p~lo presidente conscr·
mente neccssarios- refere-se ~•c1s elllJH'cgndos Yador, Arat·ipe, que foi censurado e reiJI'OVüdo
que pelo reforma do regimen lo <l:t~ reJ13t'tiçõcs pel.a Re(rJf'IIIO, eomo .ot·!l'fiO do p:trtido liberDl, e.
não forem nccessarios :ís cx.igencins uo serviÇQ, asl'emiMn liberal de 1877. . '
visto poder $er elle salisfactoriamentc do>em· • Yai o publico, pelo que se segue, avnlint'
penha do por menor numero de fuuccion:u·ios. da cnherencia tlc certa gente.
• E tanto o presidente nflo entr.ndeu dosnc• • Em :1.876 o proressor l'allla Soares requereu
cessaria o exercício deste proft>ssor c, porlanto, inspocç~o tle snudc, u tcudo ~ido por cllu jul-
o··tmrso das ma terias que clle leeciona, que no· gado inca11az do cxe.rcicio do nwg·isterio, pediu
meou ou vai .nomear outro pl'ofcssot' flUe o sub· c!lrlidão da dila inspocção.
slitun. • O presidente da provincio, por Yin::;ança
c E. nem a lei deu ao presidente a fncllldade polilica, no mesmo requerimento em qne o pro.
de supprimir a cadeim de hi~toria. ressor. pedia ess:1 certiduo pnrn de lia usar como
c O llm d~st..'l. auloriz:.ção da reorg:tnizaç~o de lho parecesse, dcclorou-o jubilado.
repartições publicas roi llbler melhot· distribui· • A imprensa lilieral ot~cou o ur.to c, tendo-o
ç1io do serviço, economia paro os cofres publi· o presiltcute sujeitado 3 ~pprovação d11 assem-
cos, e este fim se nuinifestn elnmmcnte das pa. bléa, esta muwimt•mcllte ncgou-Jlte approwu:ão,
lnvras dn. lei:.-• concilinndo ns e~igencia$ do !JOI' ser illegnl I . . · ·
serviço publico com a m11is stricla cconomla. • A comtl'lissüo dl3 justiça deu em relação 30
• O presidente, çom osen neto, contrariou o e..1so o scgrtinte pnreeet, rJu<>, sendo posto elll
pensamentu do Jeg1slndor, pois que• em vez dt• discussao o a votos, foi unanimemente oppt'(l-
economia, ·delle tesulln maior onus. pnm os co· vodo:
Ires publicas, que agora terão de pngnr o orde· • A cornmissiio de justiça n que foram pro-
nado integral do professor aposentado e os ven· sentes o acto dn prr~riidoncia da Jlrovincin que
cimentos dnquelle que o substitltir. jubilou ll professor 1lc historio e gcogrDJJhi:t do
& o·presidenle da-provincia (lÚrle usnr dn fn· Atllcncu 1\io Grottrlensc Fr:mcisco de Pnnla
culdade de reorJraniz3r ns l;(parUr;ues . publica.$, Sonms, hem nssim os docnmcutog .()lW n com·
nos termos que Jlcum indicndos; mas esta r~ICill· mi~si\o solicitou dn presi1lcuda, consideran·
dnde não ~e estendo à oscoln normtll, que e um do que a jnhila~iio só Jll.!do ter Ior<nt· qunndo
estabelecimento litterat·io ou de imlt•uc~·iin e concot·t·en•m os tlntlS cnsns lnX:Jdos 1111 Jci :
educaçu?; e não um:~ t•rpctl'tit:rio pulllicr1. proprin· 1.• U'\CI'I:ieio llO lllnj.!'i~!CI'In ]lOf lllllfS do {:2.
mente dttu. i/2 nnno~, e 2." itth.~l>ilit:Jç~o, por molc~tin,
• 0 rropt•io tCI'ffiO i'Ppm•lir-à~ nxcluc a escola do coutinnna· o pl'ofessot· nu r~xct•cicio do sott
normn du fnculrlad~ dntln mi JU'\•~ioll'nlc. c.ar!!O ; fine 11 .tnbilurlio rl ueto facuttntivo do
• O ex.cellcntls>imo, rompreht,nt.lcnrlo que s/1 n lll'ol'~ ~snl', .. s~J.Yº- QllJI<t~-M- Jnl.J.auililtu;:in.....mo.r<ll,-
nutorizaç1io dn lei nfro era ~ulllc!cnlc 1mr·a Jegl· l'Olllo luitcíu·a, 0111 que (Jótlc ~er l'orç:rda; «\lle o
limar o seu Mto~ foi JHII':t eltc Jlt'ncuJ·:tr num Jll'ofe~~ot• Francisro de l!:mht So:li'Cs requereu
bo~e de outt'!l ord(•m: n inspcct~ao de ~:rulie pol' tlp?nK~ insi•ccr~o dQ sauil~r e n5o jnhibJ(.'4io; que
que, em 187G, n &Cil rertnet·imentn, pn:<son o embot·:r seja nquotlo aclo n base (]esta, pod~
proles~or Somes, e cnttio, lodo cheio de si, disse: d:JI'·~o entre o 1e111po quo dMnrre de um n
tendo sido julgado incnpnz llllt' lHnn inspect•ilo outro dedina~·r1o dn mole~tia, de mnnciru rtue o
IJI:l-C som·eu e •prenller-endo aincb ()SS:~ inspecr«o [Jroreswr Mo se c•msidere inllabilit:nlo pam o
(s1 os ratos ou tmça n~o a comcntm ... cncat'I!O ; que cm~ot'n a ins(Jec~fto altos te c~sn im-
• O presidente quiz dhcr Ci111l o seu ::u·anzel )lossibilidade, o profl'~sor 11ódo nuo considernl·a
que quem, em -1~76, foi julgado doente n5o p1klc t:ll, porque desde que elfc com ~acrillcio, scni
eMa r hoje ~üo. A refutnç5o sci••ntilicn :i cn tr:lda pr(•juizo do Sl'rvi~o, rJUCirn continmu· no mngis·
que na medicina faz esta luuliHOs,,, cnpacitl~de terio, não lhe deve ~et' issovedtldO; considet'un-
licn o cargo dos proft•ssionacs; nós t'r sua nt,s(ll'~:fio do mnis r1m• o presidente dn pi'Ovincia (\etrJr•
oppot'cmos apenas os fnct.os, tli.,;endo·llll) : o litn miuC.u n JltiJil~~:üo no ucspacho prorerido no rc·
du medicina e CUI'~l' OS I]UI) O~tfiO doClllP.S, ]lOiS qnel'imcnto ~m ttue cs~e \ll'o(,~ssor l'equet·ou
·não ha de curar clb os qnc csl11o sao,, c si n npcnns ccrtit!iio da nela tia inspec~'~h~ Jo snnde,
medicina niio eonsngue osso rcsnltndo, niio é por qnc tinll.1 passndo, ~emlo l'or~·mln o juiJilnçuo,
sdencltr, e sim uma illlpostura. \'iO!iltldO O IIIC~UHl pl'esidl!ll\e :rs illSll'llC«;ÜCS do.
li de lllnrço de :l81ii, pol' tm• prcscilldido Llo IH'O·
• Um ftmccionitrio Jllllllieo pódo ter hoje uma Cl'~so atlutini~tl'llliro c oxhibiçtio tias pl'ovas
rnolest!tl (jUe o privo elo excJ'CJt:io tlo scn cargo, pot• Plln~ ctn lnos t'nsos oxigida$, quu o lll'l~~i·
mas pôde tnmbem 1\cl\a s:m1r. com o ll'1J!aJnonto, denlc, t~om ~eu nrh>. quo rmvolvc verdatlt~iro
no periodo do mezos ou ::m11·o~, n1·hitdo, que n~o lhe rc~onh~cc n.l!'i .fln t~~ dn
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 09:51 ·Página 27 ae 35

StJssiiu etn 18 do 1\Iaiu de 1880. li9


Fevereiro de 18()7, ob1·ou contra o espit·itu delln; em cumprimento ás ordens do Sr . Silveira }lar·
qtlú esse profe~wr , logo ~pós essu aeto, tlcclat·ou Iins .
que estava promt>to para voltar á re"encia 0 de • 1'rinta :.tnnos de serviços prestados á in·
.sua cadeira, é de struC~:ôo rmblíca provam dedtc11çào. e zelo no
cumprimento do meus deveres o :t falta de
PAREC:En fundamento das futeis allegaçües do trl;:a,se pre •
sidcucial qlteac~ba de ferir-me. ·
· • L • Que uüo seja approvado o octo do pl'O· • Acitil.o uu vontnde dos dominndores da
· sidente d:~ provinci3, de il do Julho de -1876, occasião, csU1 n opiniiio JlUblicn ·q_ue nos julga.
que jubilou o IH·oressor vilnlicio das C3deir3s Eu estou t r~ nc!uillo, po1s a pr·ovmcia toda s~be
annexas de historia e (\e geographia do Atheneu quo, sl, em lognr de independencin e hon~sti·
mo Grandense Francisco de Paula Sont•es; ~-· dade, tivesse eu ostentado s ub~erviencia :~os
que se duvolva uo presidente da pro,·:ncia tortos caprichos dafimza_!\iarlins-Avila,ohleria accesso,
os documento~ relativos a esse acto, acompanha· em vez d~ ser a[Josentado. . · . ·
dos de cópia des te parecer o dn decisão lJUB ·a • Aos cspil'iltwsos nada responderei.
nsseml.Mn proferir, para os devidos elTeitos, rc. • Porlo Alegre, ll6 de Abril de t880 .-Ft'OI~·
verhmdo. elle no cxcr~icio dos cat·gos que exerce cisco de Ptmlr.l Soa.rcs. •
na r~scnla norm:1l. ·· Sr. tncsi"dcnte, agora vui V. E~ . ver que eu
• Sal:t das commis~lies, '~do AlJril de :I.Sii . - dizia uma verdode quaudo hn pouco annunciei ·
Antero d'Avila . -Cat·l a:~ Chaves. • · · que o systema dns derrubadas estava em oxecu·
• SeriJo os conclusõe~ do parecer approvadas ção nn minhil provincin.
pela a~scmllléa, como ficou dito, fot·am o~ doeu; Eis como escrcYc .o lot'flal do Commercio de
menlos, conrormc ellas, remettidos ao presidente Porto Alegr·e, ·czueprestn suas columnas á del'esa
·da p1·ovinci~. qu.,, ntJ!!~ar de conset·v~dor, em da polilic:~ elo gubinetclibcral ii do Janeiro:
obedienciu ú decisão do poder legi:;lalivo, fez o • Esta o Sr. Henrique d'Avila com a maoha·
professor reverter ao exoreiclo.de sun cudeira. dinha em punho ao serviço do .tribuno-rei
. • Ne"'-Se tempo eslava o aetual presidente ex· Guspar c ou suo curte de cgprianos ..·
pulso do partido lil;cral pelo Sr: Silveira ~br· • A obra do terror esltí em execução. .
tius e.a procurar entrada nos an:.liaei ·conser· • A rcaeçifl niio respeita nem a cmt>regados
vadores. · (]e r:~zend:t : ú ~ssim que foram denullidos ~la-
• HoJe, uu1 pr!!sidenle que so dir. investido do tllias de Vílhena Loureiro c Belc<:ior de J>:~ula
cargo em nome do p~rtido libcrtd, rompo ~ou1 Fdg-açn, de collector dtmuntcip.o de s. Sebasliio
o )Ja ~s udo e J'ct>rodtlz uuf :teto que esse pnt·· . ilo Cnlty, e escrivão da collee_ torla de S. Joio
tido ntacou como illegal c ao qual .ncgou. assen· do ~lontcnegro. . .
·· timcnto, J>or intcrmedio de. s~ us ·legitimos·re· < O tll'ime supposto dos cidudãos exonerados
presenlantes. · ter
li o honrado ~ ~·. Ll'ureiro, co•uo eleilo1· no
• E são estes os llomens de hléas, de cohc· col!egio de$. Leopóldo, recusnd'l o seu voto no
roucin, o que qu:tlilicam du traidores todos St'. Henriq ue d'Avalla, c ser o Sr. Belchior irmão
IIC.JU'~Ile s que não têm o dorso bast:mtc íh:· do majot· Epllanlo Fognçn, cQnstdcJ•ndo ad\'erso
xtvel p_arn receberem cotn · (lgt·ado o latego que ao prcdcmiuio exclusivo do Sr. Silveira Mnrlins
os fuslt~a ! . · e de ~ctt; S<;;(tuazes.
• J)(1ctdidomeute cstamog nn cpora do~ des• , For<~in d1Hlliltid~:, a bem do sei'Vi~o publi·
propositos o contrndicções, em que o> 1lit·d to;; e co, rio ·lognr· de dclcgndo d~ polic!a do lermo de
llberdude n3o tun1 a gat·anlia que as leis l'cco· S. Joüo de Cam:II}_Unffi_,_Q.s dr_gl!!ll.l!.b.t:l'.:.LQ:i.len.elWL.....
nhcccm. . · h\ntol·:ii·io tlo·cxarCito Palricio José llibeiro, c de
' I>L'OSigu••.. lll'OSi[!U St·. Avila, JlOI'IJUt: a lei i ." ôllJl!llUn\c ua lll ~~llla delog~eiu o (ldvogado
é um ntavio !uconnnoilo put'il todos o5 despottl~ . JH'OY biolliodo Cln·istoYuu Gome~ de Audmdo.
•· Qlto gnr11nlin pôde oll'cl'ceel' l'Sse huULt!llt, • l?oi dcmillhlo dn promoturin tJUblic~ da co·
que e o primeiro a violur n lei que cIlu pt'Olll'io mat•c:~ o intellil!entc c hom•:1d0 St·. João lose
fez ainda o anuo passado? ·. Rodrigues d:o Salva.
• Qt1c con_fus&o! Quo annrchia I Quil procc· • Fon1m dcwillidos os libcracs do lodos os tem·
. dente o exemplo pernicioso Sl' olfct·cco aos ""O· po~, Jo>é 'Ihom:•Z-dn Silva Job dos c:trgos do
Yel'llos t'uturos, prcpur~ndo, l\lll nome dos libc· dehwado de polioín e commondnnte da secção
racs, o ferro com quo lti\o de sct• fct•idus niio p~licial du Encruzilhada; _fl'llnci~~o Ferreh·a. ~a
muito longo. . . ~11\'tt de Stti.Jdclcgudo da· EncrtlZllhmlll, nrnzlho
· • E' usto o ~;-ovcrno quo nos annuncim·nm Nunes de lleuer.Cs tio commandante dn policia
para I'C"'Illlel':tCiiO !lo IJUÍZ ? .. . do C:ttlapaV:t, Jo:lo Anlouio P ~ rein de 3•• ~IIP·
. .· • On\J"e csliio :1 sincer·idndc, a convicç5o com · jJl rmte'(! o jttiz tiWi!t'cipal do uie~mo Jog-ar, l?eJix
que ues~c longo Jll'riodo de der. ~unos :t~a~:\u nu~ Antonio Xavier dn l'ord unrula de comrn.urdante
o arbi~riu do:; :uh·ilr~ario~ c com cnjós clcmcH· d:• ,.ct·.dio do Ju:;u:tr5o, Antonio Vicir:~ da l\osn
lus.wtH!Uist:IUIO~ 'a opini:'oo puhlirn? tlc drlêgntlo tlo )Jolichl tio mesmo lognt' •
. o IH:lo ariJitl':lriu o iniquo thl :wtual pt'eoi. • l'ara IJUOm colllC'•;a j:i n~o é JIOllt~o.
dl•nt~ (la Jll'ovinci:t. tlJIO~t~ llhl llllo-nw do 111nn • Foi doulitlhlo •la tlromottn•ia publica dn co-
mauoira :wiul•l.<:l, \":li ~~JI' luu~a o op 11orlllll:l· Jlt:11'<::1 1lo ~;. Jo:iu do t:ahv o ntlvo~ado [lrovislo·
Ull'Hle tli~~:ul.ido. :'i Htl ill••1-':1lill :~tl.t! l1t1 d t' ~~· 1· ll;alu ~;,· , t:arh•~ O<:la\"inuõ tl.t• l'au l11.
jur·iuictlltlcnlu Jll'O\'iltla . cl'ilkllci:lllth>·H• (til~ 11 . • A cau~ llt~ ju~lit;il t~oll'nm Clllll scmollumlo
movei ljllll t:1l acto del•!l'lltiu un fui a ,- in :;.no~tl :u:lu lllll ;;oolp•J s•~nsi\'cl, [luis o tli:;11o ci1bdiiu !r.
!'<~L'Iicul;tt• . c.tct·dd<t pdu :51'. ll~III'ÍIIUc ·ll' .\v ilto , Oclavitllhl. h;~ 1ia 1''-'''lu au ~\.'I' Vit,'u dll Iui c lia so•
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:51 +Pá gina 28 de 35

.&OV Sessão em 18 de Maio de"'l880 •

ciednde sua boa intclligew:ia, que incessantc- r Foram demiltidos dos C~trgo~ dl'l promotor
menle cultiva O Sl'(l COI'(lClCl' llnne, e SÚ dOlllÍ • tmhlico da r.omarc~t do 'l'rimnpho o St•. Borges
nndo· pelo~ principit1s do dever e da honra. ~lttdeira, c de delegado de policia o tenenlu-co-
• O St·. Octaviauo foi nomeado 11romotor pu- ronol.Jo$é Manoel da Maia Filho •.
!Jiico pelo honrado l:il'. Ame1·ico M:trcondcs, • O SI'. n.hdcil·a cxcrciei:t o e:m;o !l.e$de a
tcudo pedido ex.onern(Jflo do cargo de secretario administração :M;,rcondes, tendo antes, no quo
da cu1nara municipal da villu do 1\lonteuc:;ro, nos consta, servido .por nomeação interina do
em que serviu com u sua costum3da dedic3~ão di"Uo juiz de t.lireilu da comarca Dr. Pereira
e zelo. . Bellruo. · .
• lhvia sido adjunto da promotoria pública • O tenente coronel l:l3ia, que é um cidnd5o
da capil.:l.l no antigo tet·tuo de S. Leopoldo. dis\il;cto, gozando. da melhor consi!l.eração, foi
• o pnrtido libet•al deve-lhe servi~os impor· nom~ndo pelo Exm. Sr. Dr. Flôres .
tantes não só nas pnrocllias de S. João do Motlte- • l~omos inFormados quo e:>sa nomeação re·
ncgro c Sant'Anua do Rio dos Sino~, como 113 cnhiu em S. S. em ''isla de indic:Hl~o de um
cidade vi~inba,. anue, desde muito moço, co· do$ bons can,ctcres do parlido líbel·ai desla ca·
meçou a pleitear pela causa polilica a que se pita!.
tem consa~!'ado su:~ r~milin c·parentes . • Foi demitlido de subdelegado do districto
• Que dtgam os col'oneis Hochn c Alves dos da ''illa de S. SebDStião do Cnhy o honrado Sr;
Snntos, tenente-coronel Antonio lgn3clo de M:mool Lulz Padilhn,
Oliveira, major C.l!zar Ccnteno; capitão Anlonio • Exl}rceu. o. cargo com o do commanilnnlc
da Cruz e outros. distinelos lil!eraus. d:~ sacção de policia do termo, 1>arn o qual fôr;.t
• Foi tambl!UI demittido uu comru:mllo da nomeado 11a reorg:Hlização feita pelo presiduntc
secção de policia do município de S. Sebaslii:to )Iarcoudes, a contento dos bons mort~dores
do Cohy o tenente Luiz ll11drigucs l\Jaclwdo. !l.essl!s lognres. •
• Este cidadão, membro do JJartido li Ler<~ I DO Sr. presidente; al~m desles factos, ha muitos
qu:~l pertence, por considerado htcapa:: para outros que seria r~stidioso enumerar; como, por
exercitar projectados actos de Yiolenein it somura cxemJJio, sou tt uhima hora inrormado que
do sen•iço da • ordem e segurança publica •.;... f?r:un :mnullndn;; as nomeações que o D~. Carlos
foi disp·ensado daquelle cargo. l'lores fez de oiDciaes da gunrda namon:1l de
• Tambem tem um enorme peccadu : é getuo Pelot~s c ele Porto-Aleg-ro. Com certeza estes
do honrado anciiTo o major J.'(,lieiano de lllaga· actos de\'fHn ter produúdo máo effcilo n<~ ori·
1bães, do 1'DsSo do Cahy, eleitor liberal da p;:t· nião public:~, porqu~ com cl)P.s uma cousa se
roehia do Triumpho, sust~eilo de nüo havc1' vo- tem 1:onseg-uido provar, e ó. qae o dispolismo
tudo no Sr. Henrique Francisco d'Avil:L 0.11 illegalid~de aposs:'ll'arn-se da minha pro-
• Do cargo de dclcgndo de l'(}licia do tct·mo de vincia, e todos os cidadãos livJ•es niio podem e
s. Jeronvmo foi demitLido velo di!]l~issi1no prc- não dc~·em tolera!' que assim se nbuse impune·
~idl!nle uo
Sr. Gaspal' Ill~rlins-o prest:mte ci-
dadão Sr. Nicacio 'f\)ixelru ~tulhndo, e com ollll
mente, ·
Ch:Hno, tJOrtmuo , pam tudo tsto a aUeucllo do
o snbdelegado do \ão conhecido &,, " districto governo ;· dclle h~ parte como ministro d~
desse termo, o tenente-coronel Antonio Ptttrk.io guerra, S. Ex. o Sr. general Camarn, meu
de A:t~mbujn, e outros dignos cidndiios quo nu- amigo pessual, rio·granucnse distincto, e cu qui·
xiliDrnm. n ndmínislruçiio publica !lm tiio es· zcra (JUtJ S. Ex.., j;\ qui! não foi IJem in~ph·ado
pinboso e pntriotico scrvico. qtwndo ll[Jl'e~e.uto<I o nome 'do IJr. Hemiquo
• Es5Cs dous cmpreS"udos tinham lcv~nt~!l.o d'Avila para tJl'esidento da minha. t)roviuci~,
contra si o odio dos JQdl·ues c a~sti3Sinos c seu~ no menos procul'c remedial' ns injustiç_!)s ___ync_
protectores,. bo~1 como de um ciE~ul~--~~-:--e_sJl_c.:. -tem--]trttticndo~-1J··sr; Ut··;·uctlritfüo· i:l'Avílã
~-&111lt-rgttrrtus-=1J.m:nrsrao fol'llanf.Io m- tem intelligenein, & Yerdadc, mns niio tem :tmo-·
lwbitavela iutcrcsso.ntc villa !l.e S. Jeronl'mo. dcra~·.ilo precisa par!' go,·ern~r~ minha pto\·iuda,
• Elles, com muitos oull·os homens llc 'bom, o11de ~e faz muita politic<J, o ondtl tem dc~afci·
eram umn bntl'Cirn n tropelia~ c 'ini(jUidade.
.bl~u ta lllintw proviucin, disr-ussües rJue provnm
~,ues IJrofumlas. E xi~tem uos Jlmwcs •la <ts$Cnl·
r O Exmo. Sr. Ct1rlus Flôres os encontrou no
exerclcio dn autoridHde e os conserrou. o t]llC digo, u que pa1·eciam <.lernonslr;tr que o Dt·.
• Só dous dos demittidos haviam sido nltimn· Avilajamnis volt~t·in a unir-se com homensqaa
mente nomendos, mas em fuco de indic:~~:ües nté o mallr:ttarD.m com certo:; qu:~lillcalil'os.
como do dito delegado, e U.o respcitavel :Sr. co-
ronel Uabello. . . . O Su. CáM,ll\uo:-li<ts qucqut~lilicativos são?
• I•' oi tambem demillido do com mando da sec- O S11. FEnNANI>O Osont•) :-E' questão p:tra
ção policial do S. Jet·on~mo o tenente José oull'a oc.~asião. :Xào entro hoje nella, porque eu
Francisco ue Lemo. on c:un;~rn estamos ratig·ndos. .
• A nomea~Uo <leste cidad5o pelo Sr. Dr. M::~s .o {1\lc posso ~fit~nç-nr ó que o IUo Gr3ndo
Carlos Flore8 tinha sido bem aeQit.~t lH)l' loi.los üo Sttl bNn snbo que e~tou l'~lltttHlo 11 vct'tlmlc ;
os ciuatlãos amig;u~ da ortlem publira c. das ga· e cu quero ucrcdit1tl' tiUC o> nobres ministros h 5o
rltntius ~ocinlls nesse munic.ipio. tlu. procnrar orientar-se de todas cstns cousns,
., Aind:~ hn uias lrnnscrcvia esta jornal um p:tl'a delilmr~u·em !lCJJOis como é dcjusriça .
arligo du PI'Opa/fCilcd(t, follta ncutr:t, clvg·i:mdo E, ~o couclnir, SI". prt1~irlcnlc, devo di?.Ol' a
esse :te lo do SI'. lll'. Flores. Y. Ex. que, (lO I' nwis rlucme uwai !'este eontm o
• Mas u maç/wdinlm ... n~o s<l fez cspcrnr. g"aiJintite :l8 dl'· llful'~o, uunca posso esrtuecer·mn
· Constou que o lcuenh.: · Lci:io er;l amigo do do r1uo o~ uoiJI'es ministros suo Ww•·ucs, o, como
di~tincto coroncl.l\abcllo. cu, vicnun uo pnrlamento sallJndo du vicLoriu
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:51 +Pá gina 29 de 35

Sessão em 18 do Mnio do 1880. 181

d3s urn~~- As pala\T11S fine profiro (~ m r;p[Hl . qtlC c11 ltâo :tccilo é. a (!UC não lHe compete;-
si,~o. Cl'l!Í/1V. I~X. q 110 ;;:lo l'C\' CO:titbs rJ:t mais :! !lO$ÍÇUO C[UC Cll J'(JC[alllo, ci D. pnSÍl)iiO a lfUC Ull
profuntl:1 m~gu~ ; e ctt corlnmc·nt~ ni111 as prn- 1 tenho tlil'uito. N:'w mo compele d i ri~ir a ca-
fcrcria si não tircssc um mandato muito s•irioJ mm·;l dos Srs. deputnrlos, comu ufío mc.competo
11 cumprir, c ngora [H'inciptlhlletlte, •tuc os ntl)U~ por. fórmo ucnltumn uirigir o p~rtida libernl.
~migos est1io scnrlo perseguitlos na (H'ovinci~> e .l\IIIHI po~içtio que ctl rec!Mno c me compete,
o partido liberal está mnençauo de c~phncel~- é a [IOSi~iio de •ncmbro indcpcntlcnlrJ do [Jna··
mcnto. Liuo libt)ral, rrue se lev:mta nesta iriuuna, pnt'D
Niill desespcr.1ndo lotnhnente do c,:Jliri!o •le npoint• o ~eu partido e o govet·no, uu medida
.iusti<;u dos nobre' ministt·o~, e !('lClt'emlo dat· ele sn:ls c·onvicçõ•~s. Si [lot· consoqu~ncia a pl'i·
testemunho da rJnc umnno, pmmctto a SS. mcira Ye?. qu~ eu me levantei para dar o u1c<1
EEx. apoiar com o uwu voto tt tortos os ,sons voto <i llOI'a organizaçfio ministerial, iniciei uma
~ctos da administru~Iío <JUC me pnreecl'cm uon- itlr:t, não como ltarlc do pro~ramum do minis·
venientes c justos. E, ~c.reditando f!ll·' de ora terio, mas uma idéa que a.ctu~!mentu não f:~~
nv:mto todos os ~i!tos I.JU'l emannrcJH do aciU:il parte do pro:;ra:nnw do p:1rt1do, usava du um
~abinete· em t'ela•;iio ú. minha pt·ovint'ia não direito c cumprio nmn obrig;Ição. Us:tv:1 do nm
. lev~rão o cunho úa inconvenieuci~ e !la inj us- dil'r):t,J, (!OI'qnc, ai nua que eu seja pul'tidnrio da
· tiça, pot·quc acabmn os Srs. ministros de di-cil_)liaa dos [l:lt'tidos, ainda <JUC cu esteja con-
otwir-me com Loda a alton~ão, sento-me snlis- vcucLdo do rtue os pat·tidos são grundt•s orga-
feit~, entendendo h~ver cumprido com o meu ui~mos em que as dh·ersas ruucçõe~ contribuem
dovet·. · todas 11ara o me~mo nm e para um~ wesma ·vida
Tenho C!ullcluido. C!>m.rnutll, eu cntond~ <rue Jm dentro dessa di~-
cJphna1 que todos nos devemos prestar no vut··
O Sn. J.•usslDENTE:..,.. Tem 3 p~lavra o Sr. Joa· tido sn 1 _sctt,; ch\lfcs le~itimos, uma certa libcr-
quim Nabuco, dndc de ncçãll c uma fancção rtue ê p1·opria de
O Sn. Ju.lQüDI N"Auuco (pda ordl!m) :-A ho!'a t:ada elemento indiYidual: cssn roi a libcrd~dc
C!sl:i muito adianlad~. qun tomei, essn funccão <I,ne cumpri..
A discussão da falia do throuo comc~ou ll O nobre depnlndo rcferm-sc tnmbein a umn
uma hora da htrd~ e a cam~ra dore c~tni- fali· express~o minha, rJile na primeira vc~: que fnllei
gada. neste anno, não com o prt~zl}r de ter vencido,
. O Sn. l'llESIDEi'iTE:- ó rcg·ime!lto manda con- m~s coro. o li!'D7.er de VC!' que a camam dos
tinuar a sessão. Sr~. dt1pUt:~dos não tinha sido dissolvida, me
cscnpou o que ou corrigi..E' \'erdode que fallci
O Sn. JoAQUDI N'AUL'co:- Eu JlCI:o a V. Ex. em vencedores or~11cillos, qllando quiz só mente.
l)ltc mande lf11' n disJ1Dsiç1io do regimento que diznr quo tinha hnvnlo urna victorin [Jnra as
di.z: que é obrigntodn t1 sc~são de cinco hot·as id~:1.s liblH'ees ; e e~ta victoria o nobre pro:<idcnte
qmmdo ba reclamação em contrario. · do cousdho, m~lhor do C!Ull uinguem, n dcflnill'
(O St. ·1. • secrctal'io ú 0 art+_,10 1•1•specUvo 1lo qtwndo disso, hn [louc:o, que hoje mais elo quo
·regime 11 to.) nunca" o partido liberal está governnndo ~om
os mos itlé;~s c com a sua bnndcira, Os homens
o sa·. JOtl(JUhn Nnbuco : - Stl· sli.o os mcsmoo, mas :1 silt1aç5o ti outr:1 ; por-
uhores, <!U rtuizm·n dci~wr p:1ssat' sem discas~iio ljtto ~o passo rJne antigamonte n(!ste r~cinto
n resposta á fall:l do tht·ouo; estava [Jl'e~artitlo n:lo so senti:~ sent1o uma lnltncnciu e~tranha
Jlaru dar o tncu voto ~o govct·uo, porque :1 à m:~r·cha do ~·cr'!o r~Qresg_l!!;~!lYQ__º-._l!fiO.. SO
--mi-nff-3-t~:ío · pt eci~1r:Titr'ul11Vuiiêwürc­ ~· vasoiiUiJõln no1ileal1 llnpcrador, o que o
cimento~ al~m d~qnclll·s ![l\1) .o pai i. c a camarn no!Jrc tleputado n:1 sua qualidni.le <lc repubti·-
conhecem, si o nobre dcp1ttado pcl;l provincia cano, uuuea estranhou n es.~e miuisterio ... hoje
do l\io de Janeit·o uiio me tin~ssc chamado pes· · ha uut f::'OI'eJ·no quo nüo quer comp~u·ccer pe·
-soalmentc no debate, 1':1nte o Impei'HUOI' senito com a J'ot·ça !lo pat·tido,
Co;ncço declinando a honra quo, em UllHI e qtto se idcntilicn por t~l modo com a camnra
dessns figut·as do rhctot•icn, em quo so niio s:tbc que lhe diz !JLW ella não scrú dissol\'ida em·
si ho. bcnel•otcncin, 8i ironia ... q 11nn\u ellc cxi~lir, e que, pot· consequenriu
O Sn. 1-'nEtH~ CoUTINno;- N:1o houve bcuc- dc[JGe Jtas UJãos de~:su mesma Ciilll:11·:1 a sua Yitla,
volencia, nern ironia. cumo miltistcrio do partido e do pnl'lumeuto qLte
quct' ser (Az1oiados). ·
O Su. loAQUlll NAuuco: - ... o nobre dopu- FGi por isso que ou disse que não havia vcn•
tado qniz dnr·mc, suppontlo que esta camura, cetlot·cs nem vencidos, tm1s havia uma victol'ia
IJUO me faz a houra de ouvir sempre com at- JHtr~ ~s itleas liberucs.
tcn\Uo... · ·
O 8n. Fmm.\s CouTINHO :-Não pódu haver
o Su. 111\ntJNno C.\m•os:-ComoV.Ex. mo· 1·idorin ~em luta, e [IOI'ltilllo, sem venccdor(~S
rece (.:lpoiados). nem Y~lll'-idos,
O Sn. JtUQJmt NAnrco:-... ost~va por r)Ll8l· O Sl\ ..Jo,\QI:nt N,\llUCO :-Poi~ t'.ntiio entcndll
quer ftirmn sob a mi11lw tlirocc:~o, n~o oxc n~i· o nobi'O dcpntndn qtui a lib crduüc llc nc~iio, qne
v:tn1cnlc. mns ao hitlo ·~u nobt·c (kputado Jlor
1\lina~, e dt• i.Jnlros notayeis membros üesl:~ ca·
t'o quo mni~ d t~\'LIIll desPjal' , m1o ~o os pat'lidos
m<~~ o~ lwmcu~ ~tJltticos ; ontt~nde o uo!Jt·o <le-
mun1 ( rlJ!IIiados). [IU!ucto r[ttc a Jibordad•~ th' :~c~üo quo o pnrlidt•
Senhores, hu uma posiç.fio quo cu nuo aceHu, liliCI'al conquistou, lJOt'lJilC, IJem ou tnul, ollo
•uus Iw nm:llJOSi~uo quo eu rcd;~mo. A tlo~içüo hoje goveruu-$0 a si _mesmo, sem lute lu, nem
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 09:5 1 - Página 30 de 35

182 Se,;~ão Gm 18 tle )!aio de 1880.


= -- ==·-=·=··-········=========
compromisso, uão foi uma victorh• pal'a o por· negou· lhc a dissoluo.::io c·. fel·o cah il', llara nãu
tido 't faze•· •~:Jhir o IJ:Jl'tido.; . .
O Su. l~JlElTA~ Colin.Nuo :- A ma iOI'ill do:> · Pódc·se diWJ', depois de tudo i~to, qus :1 cu·
Srs. deJIUI3dOS que I'CS!Jouda a v. J.!:x. . mara, o parlitlo . e a maior i:~;. quer· aquellcs
(Jtlu coutb~tl•r:uu o ruiuistorio pass:~do,- quer os
O SR·. loAQl!Ul NAnuco:- Senhores, n cam~•ra qlle su vil':ltll por elle sacrillcados, n::i ultima
sal1e u posição qne nós temos todos tomado, hor~ :tS$Uinir•a~n- uma posiçno cap11z .de tol'llar
sabl! f\ ne n5o ó n posic;5o d<! ··1 uem quer c1·r.:u· m~h pl"llhmdns; na grunde cxtcus~o elo purtido,
divbõcs no pm'ti(h, nem mostmr re.~•·nlimentos IJUnesquer divisões !JilC cxisti~selll.
que.pcln mlnlw Jllll'te, uunca tive. Oivitlimo·llos X:io no~ cabe a nús, [lO I' cons~J g uinte, :t res •
na SÍill:l~'àO " jla~5adn Clll 11111 j)(llliO Clll IJUO llfiO ponsallilid:tdc, c muit.o meno~ mo ·evbe u mim,
havi:• ~o ncilia~.ào po~Si\·el; dh·iàfm.. -nos em um qu:c. conllls~o ; uf•u me lemhru do dia da llon tcm,
des~s pontu~ que justitlc:un tl)da a ~nc rra ttU<! nfio me lemtH'O do passmlo scuãu para li1·nr uma
se fa••a, n.lo Sti 3 um gnbiu••tcHlo twrtld•t, mas :~o· Jiç;io para O rtt!UI"O, pu r~ t!CtollSCI b~r 110 p3rtido
seu tír~Jprlo partido ~ · l'l!nsavamo~ que a politi~n libt•ral que se fo1·tifique pel:1 ttnsiio, se discij>line,
das di$; oluçõc,; $UCc.::ssi,•af. era um perigo, · e se or,!!anize, p:~ ra que não seja 111ais possivel este
rccoohccllnt~s '1UC no din iJ de Janeiro I!Ssa [lO !ir suicídio, que c!·:t iuevi t:1vcl. Não nns pertence
tica havia :Jilerto diante do pnrlhlo liben1l um a riós a. reellnns;obilidndc d•• qualquCJ' disscnçiio
caminho ÍliÇ3do de oli:;tac.ulus o du tropeços, no CJU!l Se queira ral.el' lavrar; IIIUS, COlJlO pai'O·
qunl, si ellc u5o c~bi,se no primeiro, . forço,;:· ccu-mc au ouvi•· o SI'. IJresidente do conselho
m1m1~ ui\o \'cncerla o n!Limo. Seria .m dhot· que f:~llar, com isen,;lio que 10nra o ~eu [J~tt·io ti~ m?,
o lmpl!rador, ·Jlat·a re:~JJlat· ess~ !JOliticu da eon · com cssn eloqucnci:~ que sahc de uma convJcçao
stiluinlc constltuid :o , a deix:~ ~se f1izcr pelo mi- 11 ue nãu tem o 11Ue occul t:u·, com o seu cSJtiri t(l que
nisterio conserntdoa· (JU:! tinll:1 sr:mde m:~ioria n:io tem rclolhos, seria pr t~ eiso querer llludir-nos
na camara e no senado. a nó ~ m o~ mos, ou· illudir o paiz, p~rnulio rcco- ·
Dividimo-ll()s qu~n(\o vi~lO.s qne cs:'o:l IJOiilica nheccl" lJUO a si~ua\!iiO liberal-· p~ssou pot• umn
era para nós o desoonhecido; er:~ o que o nobre lt'ansformacão tão cornplcll•, q u~. si os mesmos
deputado pOl' S. Pntilo. Q St·. G:wi:to l>eh:oto, homens n5o osti\'es~em ·no pat·hunenlo e no go-
· que ora no~ preside, qualillr.ou muito hem-um vea·no, poder-se-bia SUJlpur qu~: um noro partido
salto JHl$ Ll·ó·l'as,-nm salto (•s e.~ cu l'llS. Por tacs subilt no 110det'. . .
molivos tlzemo~ ao gabinete uma guerra que, Ao passo que o ministorio pns~ado QMt·iu dis·
no terreno politico, era guerr3 se m concilinçào. solvet• c~tn 1':11\lltra, qt:el'i<t lutar com u senado,
E' \'Crdadc, scnhot•es, QU•! :JCCl'llSC()rnm alguns t)neria um~ PL1lilica da qu~l clle mesmo nilo co~
f:tcto~ ·; accl·e,;cernm contratos que nôs nlio po· nbeda o dia segninte, e natur~lmcnte, quando o
dinmos proteger; nccresccram trans11cÇües que lmpct•ndor i>erqunlou em consdho:-Si o sen:1do
infclbmentc lizel':tm baix:~r o nivel da morah· . imtm~nat· de novo a. lei, o quo rarli o govemo.?
dade nt.lministr~tiva c ·p.!sar sobr e n ft·onte do clle mula teve que respondcr, porq11c não podm
p:~rlicJo libcr~l tn•cven<;ões que clle rcpelle. Call;n· tJCI':mt.e a coríJ:J no~ go[Jles tlo :>stado,
.Não sei si roi tatí11Jém l~ulpu do ~;o verno, mus com quo certos. dop~.ttados auw3çavmn tts insli·
roi certamente de individuos que o cercavam, e toiçüc~; ao pas~•> que era esl:1a JJQlitlc:t do gabi·
.
dos (\U:tcs ello ni•o l•!Yil :1 cor3gcm de ~~·ea•· r-se. nele passatlo c a silltOI;ãu o.lo )llll'tido, o .minis-
Por 1sso UJuitas vezes a nossa oppo.•il!UO Cet·~e tet·io nctunl ap1·esenta·sc com um Jlrogi"Dilllllll
S!'lllÍJ' tlll mlui,;t••l·ío t.lc ii du J :!IIP. ÍI'O, de um que ó o prO"I'amnlu do partido, a)Jrcsep.ta·se
modo q uc s u poderia uchnr tJllL' 11~0 JJ:n,tia de pngnoudo p...Ya - elei~f·o dirccta, que J•eunltt du-
CO·l"eiigiOIIHI'ÍOS. . . . . rante. <!!1Z..!l..l.lt.tp;<.JJ.l•l;ls as nos;as ;ts pit:.1çü~s, tnn~
tiiio-iior uwio deste phanlasma da constilttintc,
Nüo Cllll ~lii'U no Ul> l.tril uc1'u\auo, n ~m. a niu· n quo o pl'llSidl.'lltl! tio ·cunselho iiu· mi uisl~t·io
guem quu f:1llo scluprc 11:1 uniiio \lo tWJ'tido. A jJ11SSUdO Cltfi lll:tl':l llltUl COlll;tr11 l'CI'i SOI":t CIJlll (Jil•
união do llllrtido, sim, :1 união de toiiOS o~ ele· UCI"O> t' XCC) H!IOII:IIl:' ( Jllttitos UilOÍGdO$ ), UUO IJOl'
lllt'lllos !Jons do )t3rtitlo, :1 euncil i1: ç~o do $C U~ meio dcstu si mul nl~l"u tlc constiluiult: •1ue niio-
di vc r$o~ demt•nto~. to.los nós u queremo~, c por tlnv:• gal":luli:t:; :"1 l!lllllal'tl, IJUO niio darn l(al·antias
essa uniiio nós Ulllli IJt•ndamos.. no ~Clt atlo . tJ nc nitu tla\'U f.:<'ranlias no luiplmldor;
E jJ(•dc ·$C diwt' tJLIC .uma G<lllHll"a que •!st.wa tnus pul' JticiO$L'IIl que i rllct•võru to!.los os JIÚdcrcs,
!llllotll,'!lún de sor· tlissoh•ida ; !JUo u [lar lido lihu· a <'-~tnarn dn,: dc[Hll:tdos,o "!"!nado e o hnpL·rndor,
r:1l !JUC nas pro,•incius hari:. ~ ido l'L'l:l liladn om - so u n stlll I'CsponsuiJHidad c, lib ora l, si J>U!li!r
IUW$ fl"alrucíJ:1~ ; IJUe c.ss:J l)t"ionde m~i ..ri~ do ser, cousen·:JdOI'a uunea (Apoiados). E .u quo
dctJLttailos !JUc tinh<Jm tl\l se1· snlJslltui!los [JOI' mJ,: res ta, a · nús, qne )JUJ;twuHJs JlOI' es l~ }Jro·
uma ph:dnugc de llllal~o~, tl.e advug:rdus, tlc gl·awmu, <fiiC sustentamos esta lmuúciro, que
mcliicu,;, ill u!elnlos pant occup:u: o.< su.us _lu(?n -. Iht: do~d icauHt~ todns :ts. U05$.1S a~ pi t':tçõcs; q uc
· res e· que vHlln nus h:;l:ts !.1~ proscnp~':1o tU· rccoullrccmM c,: t;~r :.h i o no>so l:•ço p:n·lidat'io,
ili$tinctamento. os rn ~ lltOI'cs umigos do g;,iJin~t c, · st•n:"to ·:ICOinJMnh:t,l' 1l J;!abiucto quo se upresenta
. nqu\!lll;!s t[llC o tiuhaU\ 3compunll.:tdo c.,mstanlo- pctlintlo upenos o nosso apoio, c IJUO niín vem· .
Jlll·ntc, ntCS IUO nll.S sltns. ·mais· trbt.cs jorn:u1<1s; · ammç:n··nos de· diSsohil;iío (opilitulo$) o oll'erc•
qu:mdo clll: soll"ri:i :1s apu padas do. l'ovv ao lado C••l<U,I\1 em holocau, to. como o ouho om~ruccu,
tio;; se us lnilll l g"O~ mais irrcct lll~ili:~vl~is; [JÓ•k· trin to~ tios soús mc1ubros o qucrl3 ollerecel' a
se dizL·r lll\C, d•!puí~ . tlil ~cis:itJ prul\ llldn quo o Cllllwra no" I!SI"I'Itpulos do scuaolo ~
go biu ~ lo tk~ de .fal1Cil"(l tcn(lia scm[ll"L\ ti :\lur~;at·, :s~. n horc>, l' llllhrn !lllpll\llll.o pelo 1\io de Jauci·
ate 'lllll no ull.imo IIIOinento :1 ~orú11, ou Cl)llt ro, ·c 111:1b :linda o nohl'll dotHtt:nliJ [t!Jlo lliu
)JClltl du l'aJ'Iitlo lihcl'nl, Ull com pcua do p:liz, ~r;mtlcd~' ::lul, _o C\lj)C~u l'C I'1Iü o~o nvl1~'\1 dq1u-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:51 +Pá gina 31 de 35

Sessão em 18 de ?lfaio !le 1880. 183


Indo Jl(l!O Rio de Janeiro ~i o cito em f:1lso, pot- Píidc-~o, ~enhores, considerar o partido libe·
(jl\e nfio tenho pet•J'eitn ll'mhrança d:1s suns ral um pa1·tid11 . saca·ilc::o, um pnrtido qui'! não
palavrus neste ponto, quir.er:11n lançar em rosto venera n constituição do ltll11erio, um IJnrtido
ú camura u sun incohcrcnciu ; di~~et·am quo uma (IUC nfio njocllw Pllt':,nl'! os deuses, que os nossos
camnra que votou a reforma eleitoral p(•]a · anteJlnss;ttJ,,s de t8~1o impur.er:1m ao culto do
constituinte ... Jl~iz. \llll p:~rtido qu~ se serve d" constituição á
O Sn. Fmm,~s CouT!:mo:-Cr~io que o nobre snn vontade, interpretando-a conrorme as neces·
deputado me niio pr~stou aUcnçiio. si,J;•d·!·s, t!Dtendcndo ora que uma reforma !Jríde
ser feita súmenle llOr meio da constituinte, ora
O l'in. loAQum N.tnuco ; -.Já pedi perrlfio o que devi! ser feita pJt' uma assemblé:t'ordina·
V. Ex., para o cn~o de o ter c i t~do em falso; ria •..
mns o nobre dcputodo pelo l\io Gnmd<J do Snl
dt~sc que a camara dof deputurlos era inc(lhe- Mas os p~rtidos, si quizcrom vivcl', estão con-
rcnte, cJla que t!nh~ vola,fo ~ reformo consti· demuauos ü inl<'rpret~•r:t Constituição sempre po·
tuctonnl p~ra so fazer n eleição di•·ecl3, em votar Hlicamonte (Apoiatlo.~).
hoje a eleição directa sem reforma constHn·
Cional. o Sn. FllLICIO nos SANTOS dá um aparte.
·o nobre dcpntado imroginou me~mo um o si- O Sn. JoAQum NAnuco:-Por is~o, senhores, o
tuação f)Ue só tBm a dcsvantngem de estar em pot·qae o mi:·i~terio se apresenta com este pro-
opposiç:1o com o~ factos, e ua verdnde seria um gl"lltntnn, nós ou tendemos que não devia mos
nbsurdo polilico se clla ~i pt·uduzissc. erem· obstnculos :í sua mnrelw, e antes, pelo con·
O nobre ·!leflUlaao ima:i11ou o presidt>nte do trario, rort:1lecel-o eom a nossa força, il:tr·lhe a
conselho vindo npresentar·uos a reforma elei- nos'a alma, ~comp:mllal-o com os nossos desejos.
lortli direct~, o a camara rcsponclencto-Jhe; emr1u~mto elle se mantivesse fiel íts ideos com
Estn reforma que vós nos npre>entaes foi moi- llllO so apr~scntnv:1 neste recinto.
mente a reform:t lflle o p:~rtido liberal, durante Eu abstraio das pessoas: ah~ tenho-me de dizer
dez :mnos, proclamou e pedin, mas nós não po- a conlianç:t que inspira ao 1JUÍ1. o chefe illustre
dr•mos mais votnl-n. E' preciso uma outra ca· q_ue presiile o ga!Jinoto; ab~tenho-me de con-
mnrn, composto de outros elomentos do partido siderar a organiza,·ão ministerial, porque acho
li.bernl ; nó~ endossamos o pnclo qu~ o minis- que neste paiz é Jll'~cis(l pHssnrem-se muitos
tlldo passado Unha feito com os csca·upulos da ll muilos :mnos nlé que os goiJinelcs sejam orga·
Clli'Ôn, oll do senado, e não podemos deixar rrnc nizados parlamentarmente, quero dizer, até que
n nossa palnra volte att·az. · us gabinetes sej.~m org-:11lizados com todas as
forças de llffi partido .. 0 r:~eto Q,UC acaba de
O Sn. FRnl'IANDO Osonto ; -Não disse quo estn 1lnr-se na Inglaterra, em qu!l d"POIS du viclori&
cnmora nãn votnsse o projcclo do actual gabinete; obtida, sobretudo Jlelo esfor~o du Sr. Glndstone,
disse que o devia fnr.er, mas pcdimlo n consli· n rninhn uâo sErdiril-(iU a cllll, mas a Jot•d llat·~
tuintc. tinglon, o recus~ndo este, a lord Granvllle,
O Sn. JoAQtJm NABuco ·~- Supponho que in- para depois. chegar uo ~r. Glarl>teue, quHo dizer,
terpreto bem o pen~amento do nobre deputado. o facto da dis~iplinn .de um partido pot• tal
Diz S. Ex. q\lC a posiç:'io da cam~r:t perante o fôrma homogeneo, que nquelles que silo cha·
g~binete q11e pede a elo.:i ç~o dit·ccta deve ~er n mndus uo podct, em ve7. de usn!' d:t prerog~liva,
~eguinte : -Vote-se mas pedindo . a constilu- que entro nôs é suprema, u hnbilita o orga-
... _in.Le .-..;.. m:L~ o.•sa...nüo. é. :ul~içim dire.cta .q ne.o nizador a tumtH !IUUCSlJUer companheiros c
porlido liberal pediu dnrnntc <lez annos, essn ·-é·om· ·illl'ê~ J.fóYeYnãf;~éilt ''uCdêsefviNiruess:c·-
constilnintc, qne o ex·pre~idcnlt' do conselho 11r~rogath·a tiio vastn~ declinnm ddlo pnlJ•io·
nos trouxe, cm evidenlcmente uu1 pauto que o tictuucnte parn n<io pcrlut·bnt• ns combinn·
elle tiult:l ft!itO com t1 cot·üattu din em que snbin ÇÜI~S do seu pnrtillo, lonmndo o log-nr I{UC nilo
no podur ; et·o uum sot'l'idüo tJUc havia do lll•- lhe~ compete; e l~miJem o fa~to, depors que o
pat•tido I'Ol~onhuce n 81•u. choro, ~t!m quo h\ hnja ·
s~t· etürnnmentc ~obre ello c r.s~11 $ervidiio nfio
. ct·n scn5o o tr:1tndo q11~ o JH'csidentc do conse- ~sse nruitt·io, (j no existo entre 111.131 do dar n co·
lho tinhn fdlo com a corôa, dizendo set· es~a o de run c.hcres aos pnrtillo~ . tlo tet• umn gmnde listn
nnica purla pela qud n partido libcrnl potli,1 conll~DÇ~ chefes p:,r:t eh~mm· nr[uel11~S qtw s:io do sun
subia' oo poder (Apoiados). llllmNiiata, e dt'[IOiS do ter CSSO poder
,ido l'ULI'egu~: a cs~c clttJfe ro~IJOilauo e ucclnm:J·
Senhores, uiuguem póde duvidnr uu .sineel'i· do como t:1l, o f:tclo dellc ccr~:ar-su de holllt'.ns
dadc COnl (JUe rtiJIO C lJOl' iSSO [)IIS~O dizcr:-fui quo rept·c~enhlln !nuns :~s côres, lodos os nHiti-
dnrantl! um nnno detJutado da opposit.:~Q; tiv1.• r.e:;, S\'ffi qm• lwj:~ mni:; i\t'bitl'io na e~colhn do
dia pot· dia ensejo du conhecer o sentimento de que (lllr e:..emplo, n;~ [II'Otno~iio pol' nn1L·.·ttid3de
rnens collega~, ni10 sü ness11~ uedat't~çücs qno de tim ollicittl do. exercito oll dn nrm~du; .csles
muitos vezes sf10 l'eit.1,; em ltometwgom ao go- f:1cto~, senhores, eu eonfc:;so, é [H'eclso flUe mui-
verno, mns n:1s manife~La~üos as tllttis espon- tos aunos se pa,senl neste p;dt pnr~ ~!lle~ serem
tnneas, ns mais intimas, ns mnb involunt:U'ins;
pois bem, a~scguro que a opini:io do ~au!ara sonlnr 11ossivci~ e p:trn voa·-s_, um minislea·io repre·
por tal fúrm:1 todos o~ elemnntos de um
sem~re me p:u·eceu S1~1· contr:• a consllllllnlc mrtil.lo qnc, qn:mdo cssu mini~ltH'io ctthlr, n5o
(apnwdox): o pnrthlo JibCI'al obedecia n umu l
aaja oULI'o rccua·~o pnrn ;t ctw\la seniio appcllnr
S<'rviüiiu qttc nu' queriam quol!l'lll', mas f]Ull [lai·a o t~hofe rec.onhecido dn pal'lldo t~ontrario.
outl·os cnletHiiam soa· tJrcciso IW]Jcit~r n lorlo u
tnn~e (JiplliaAo,ql. () :'ill . .. ;\t.~IF.IllA (;OlTTol:.,..-1!:'_ 1\ rol'Çn do opini UO.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:51 +Pá gina 32 de 35

184 Sessão em 18 do Maio de 1880 .

O Sn ..JO.\QUI)I X.\!ll:co ; -O ilh1slre general •Juando entenderem que nssim •l ncccssario ao


~Jillrc dizia· me ''flUí, lla muito~ annos: <W,s vos paiz. .
qncdxai.> tio governo pessoal tlo imJM'~uor, Senhot'~s. ~n jit "abía que o nobre deput:Jdo ·
porqu,~ os YO$~os pattidns niio cslii() nrg;ulir.ados, pelo Ilio de J;1nci:·o tomava t:c~la qucstfio dr.
porque cllcs podem ser rnalt'l'in plaslicn nns. eln;Jncfpnçiío um ponto de vista opposto no meu.
mãos do' impcr:idOI', • · O Sn. FnEiTAs CouTINHO :-Xiio sei ainda bem
Abstrnhindo do tudo isto é do fncto de ter ~ido qual é 0 ponto de vista do nobre deputado.
o miili~tcrio con~tiluido com nm escrupulo ex ·
tremo por parte do lJonmdo presidente rlc não O Sú · .lo,\QUJ)t N.\nuco : - !IIns o nobre de·
m~goarnem unta nem outra da~ parcialidndes ptilado antes de saber qual o meu ponto de vista,
em qnc por moth•o de principiu8, se diddin o começou a coml:mtel-o. Já no JOJ'>Ial do Com·
pa:·tfllo liberal, cu niio tenho pat·o jusli!lcar a .mNcio ol~·ucm levantou o Yéo do anonvmo que
con!l:tn~a qut~ dou no g:liJinele senão t(UC allegar encobriam cei'Los artif!Os que o nobre dC[lU·
o pro~n'ummn com o qu~1l cllo se 3pr~sent·1, tudo f~z a honrn de me dirig-i!· pel:~ imprrm~n.
· Xt'ste ponto, scja·me p~rmiaido diz(•t· ao noiJI'c Senhores, qumtclo no minislcrio passndo o Sr.
presidente do conselho ; o [Hil'ticlo líhCI'al no Jeronymo Sorlré, deputnrlo pela Bnhia, e antros
Brnzil c.omo em latln n p;lrte. tclll infinito~ ma· membros da nwíorin, reclanwram de nm homem
tizcs. O lihemlismo nfio ,: de umu s,í cot·, nito que não~ nmito conhecido pelns su~s tendencias
rctn·e,.:enta só nma disposíç:io de c~'piri!o: no obolicioni~tas, o nobre ex· presidente do conge-
pnrtido liJJCr:tl ltn comerv:Hlo•·c•s, ha liberne:;, lho, que ~c manifcstassl.l ü~crc:~ tla escravidão.·
ha rmlicacs o ha nttl rcpu!Jlic~no,Cniso). S. Ex. di~~c que em matcria de c,;rr~vid~o n
stw política se rc,;umin em niio consentir qnc se
ú Sn. FnEITA> CounNno:- E hn tnmbe;n o~ nbrcvi:tssc d•· 11111 dia o CJU~ chamou aml!igna·
nri~locratos. mente pra7.0 falai.
O Sn. Jo.\QUDt N'Ant;co :- E lw nri~toc•·at~s. O nobre t>X·Jlrcsidente do eon~elho, confin~·a.
0> aristocrntns suo os wki!;s. supponho cu. nn excc1trão da lei u<> 28 de Se-
Todos es~es elementos pela trans~crão c con- temln·o, que ali tis nào votou, e pnra n rpwl nunca
dlia~no rntre ~i fcrmmn nma IJW•lin de ópiniiío te,·e emqu:mto cll:~ se elnhoravn, utna pnhYra
que 1'eprc5cntn a •JX[ll'esslío du conr.cieneia uo de sym[lMhi~. · .
partido. . Foi sol.•re n impre~sãe da~ de zlar~rões do ex,-
.Ncsse pnrtido Iibcrnl, cujos matizes aeab~m ele nresiclentc do conselho, tnnto no cont:(rc~so ngr•· ·
ser postos por IIIÍill dinlllfJ dos olhos de touos, cola como n<l>ta casa, que ctt niio quiz rJUe fi·
e que podem. ser rncihucnte reconh~cidns por Ca5se •J !JUC pnsso chamar a honra do partido
todos, si tivesse dc·qunlificnr-me em gn:,lqnm· libcr~l (Apoiildo.~)-
dei.Jes en me qnalilknrin como estlectalmentc A cnnwr:J eomprd1end~ qtHl, nn iniciativa do
li hera I .... e sem <Jlwlilienli\'O ! Uiso). umn qucst5o ~esta~, questão de futlu·o, questiio
O Sn. Fv.r.Jclo oo~ SANTos :-Jstn e muito de mnanhii, porque o burco, em quo ncis nave•
plastko. ~nmo~,~c afnsl:t muito •·~pit!~menle rla praia para
o ~I to mnr, c11 cederia a qnnlq11~t· um dos m~us
O St\. loAQUill 1üm·co :-0 IJilC faz nm lilJe- illn~trcs co!leg~s. com mais direito, com mais
t·nl. o que f,•t inscre\•cr-me 1ws l1leim~ do par- aulot·idarlc, qnc e.tt n~o tenho e nflo quero, o
lido. ~M certos sentimt'nlns que não siio nem Jog-nr \]UC occupc nest: 1tri!JttlHI em rlefc~a. desta
conscr·vndiJJ'e~ ilcm wdicat'~, ma~· lillct·ncs 110 causa.
rigor dn pnl:tnn. c ~llbl't) os •JIWI'~. il~l)o penl:1o Tem·se almsado cl!lsle argnmonto de .dizer ·
ao nobt·c dcptll:ulo pc•lo Uio •lc .Jnndt·u, n~o possu r · d ~s t ' l 1 1 1 t
tr~n~i.~ir colll a luiaha con~cil'.n ••i:J, ..... . -- ..--- . que. a Cl c~ t c t:lc em l~o, .ea mt:n ,. e.teCH a ri,
t d
. --{!n'ftl"'tl"l'l":>utlnl~tt.t-e, d emnnerpa------ ·
neconheeo que o tnini~!crio representa o .;-rio em um pr:1zo mais certo tlo ([Ue :~ttuelle que
pnt·tido. l- n c:thr~n do [)UI'lhlo. é o gon~rno !:'Cl'illlllentc ~e attrihue ;i cxistcncia da escrt<Vi·
do p:n'tido ; 111:1~ dt•llli'O tlest•~ tm'litlo, ~i tlão.
í1Uizr•J'l111l compOr o p~t·tido liht'r<~l l'lllll o !'ois hl' lll, s~nhore.~, qn:nHio em ne~ta tt'iiiU\t:l
c~pirito liheral <l'l paiz, si lli"1o rptizet'CIIl rli- we l~ll'llCi o :trlvog:nlo Q (ll'c:cnt':tdor d~ lei uo 2:-l
VOJ'ci~t-n dt) ''S[til'iln libr· r~l qnc ha 110 1•~i1., tle S\11CIItbl'o du Hlil, n tfiiCJII <H;hei do meu Indo?
nra~t11r t)~lf' pnra t•nmtmS uppusto;:, ··~ preei~o () llOiit'l' tlcpulndn [lO!' Minns GerJcs, de t,nja
:ttllll illir lotlos n~ t'lcmcnlo~ llc inici:tli\'n, de nlltot·idmlc lllC sr.ni parn ;linda fazct· um np(wl!o
pl·og-rcs~o. ele fullu·o, lodn~ J~ :t~pi l'n•;\i~~ r[ li C nn ~L·nndn onde c~lovntn ~l}ll<JIIe .• t]llO tinham
no mnudo inteiro ''arncll'l'Í~M) o !ihC'ralbmo. sitio n11ion•s tl<t ll'i.
l'icste .gntpo, s~nhbres, cst:i a ítlt!a :i rtual o . 4.)uamlo no dcpo-dto sagTndo do fundo de cmnn-
nobrc tl~ttnlatlti se •·cfcrin, bst:'i a t•nwneitHtçflo cip:t~··~~~. ae;~tlo JlOl' loi;c que ronslituin um com-
dos c~c.r:t.\'ClS. lll'"''ti~~o ~l)lem no elo Estado, nüo ~ô penmtc a
o sn. l'ur::ou•mF.To SnuTo :...,.E' qnc~lãll ~l:,.iitl: colh'Cienci~ nncirmnt lllnl' (1ernnte o lllUnllo ch•ili·
11 ;10 é t(Uesltto dl'JI:tl'titlo. · sado ínlL•i:-o, o mini~terio pn,~:ulo Ycin p<ir m:io;
d'Jbr:,n tlllllllla tnxa ([lle. n dlc (';tav:wlfet~t:t.c dcs-
0 S11-. .Tn,\Qt:nl ·l'i,ltll'GP:-0 noiH·~ tl• pu!.tlllo tliz · vianllt.• tlll\<.'I'~St) tle~~•• tnxa do seu !1111 h•gai[J:Ira
tj\le e quPsi1io snf'.ial, não L\ flii!'SI~o de partido: n~ tlu~t!Ozm: dtl nm ,,·,·ticit sclllpre cl'esccnlc. como
mas si t'Oin(ll'tlwndn lll'lll a nlilitf.~ · [,. rt o~ ftiii'LÍ· uma g·nta do ngua tJlto $C l:ln\'~ssc nn ot~P:tno,
tlo~, el h- ~ '.t't'r•·m pnJ•arc•mlYI'I' ns qllt'$llí<·, :;o- nflo~pres t•nlcicunqttí nma cm\'lltl(l para.([ll•} r.~tll.
ciar~. E' tnu'iln nwiiH·il' !Jll'' pttssnm ·.. , ; ~oh·t:l' t.a~:tuflo fl.'ssc tl<'SVi3dn !.11) scn lí1111 1\ cs~n
eslns CJ t lr.slo>t)~ r·om ;q1plan~u de lmlu l' [wiz ; ma~ onwntl;t nf1o enhiu? Dupois, nesse ac<•órdn !'o ito
niio dt~ixad tlo ~~r tlo ~eu 1lever l'('~OI\'t)l-a~ (Wio cx·Jniui>lro ria fazenda com o :o;r • . llnriio
C~ ara dos Oepltados · lm(l'"esso em 2710112015 09:51 . Página 33 de 35

Sessfío em 18 de Maio de 1880. 185 .

de Cot.P.gillC, no qual desa!l[la r cc•~ram lnttns o escravo n\io p>':dc intentnl· ~ c çiio <te lii.Jer·
cs.:;~s iUJJ)IJ.<lOs pelos rtane.c; elk se h::d a l.tatido d:t clc. .
-t\cst:t c:11nar~, · lit·:md u tlc ptl o imtJOslo que o Su. )fEtilA DE VAsco"'cELT.os :-Esta jnris·
l,lavi.lt ue . d•~nih:ll-o, o iulJio>lo do Yinto :u. , . ·. lJrudencia, ~i existe, na e:>rt~ nno ex iste no pa iz.
·. O Sit. ~l.\1\TINIIO CAJtrO.< :-Foi porf1Uo) r.o;sc. O·S<t. ]O\Ql'l\l N'Anuc::o :-o :~rbi lramcnto llc•
CO\'I'"gava sú 5obrc a populot~~o llo filo <\o Jo- · finil!\•o,cs~u é rcito ltclos nriJilro:;, n~o (Jelo jni7. ..
neh·o. (Ap•ir!es.)Yc.io que n~o me fiz comprchcnder.•
O Sn. A:\'DnAor. Pn>ro :-Apoiado,' é ver- 1\cdiro-mc ao :~r!Jitmm~lllo p:·ovisorio, que
dndc. par:t o e;er.wo ü quo si definitivo, JlOI'flUC o
(lia out 1·os apar·tcs.j ·. . lm(Jcdt} (le haver a sua libP.I'dadc.
O SR. JoAQUin NAnuco:-Não t>as,~ol\ talilb~m . O Sn. l\IE;mA DF:YMcoxcRtw;:-N:io sei o 1(110
entro :1s malhas clcss~. accõnlo a ux:t do~ C$CI':t.· . seja :'t'hit,·aulento IH'OVisorio. ·
vos, desviada do seu fim'? E . tnt~o nfto me O SR. Jol<it;nt KAnuco:...;.Si o. nobre deputado,
Jev:mlei cu desta lribnna, t..,lvez contr:t o re!!i· quo é lll:lgislt·ado, 11~0 i'3bc, cu o rclieilo pot•
mento, SIWVÍn•lo-mo da3 palavras \lo honr~do isso : os seus collcgas da CL'rtc snbllm-no todos .
Sr. M:•r tiubo Cnmpos. p:~ra fazer um uppcUo ao O nobre ministro ch justi~::~ de,·c conhecer I)SlO
scnndo '! E, n:i:' r onlcnlc Cüill isso, p()ssonl mcn- facto. ·
te, como ~i sclt':Jt:·, ,·adc c:tu~a mi nl::~,<; uc no 11111 0 l;n . 1>."-''\T,\S (m.inistro ,lc' j tlslit:ct) : -1\•nhu
do contas o Ct';l , n~o fui eu falla1· iÍ•It~cl! c.; scn:~ - al;n uu:J ~c.icncia ..di ~so. . ·• . .
dorlls rtue julgava [l:lii'Jnos c rcspon~avc i~ pc li\ -
lei d u ~8 de 8clemht·o'1 Entret.,nto. no snnt~il11 O Sn . JOAQl'J:.I .NA!Jüt:o :- Si o nob ~c mini~ tro
nem pahtVl'll foi diLtl em nb•:uo no desvio d~ tia ju~ti~a nào coullcce, IJ~SSO forneccr, Jhc do-
t::txa do; CSCI'<IVOS! . Cllllh:llt03.
Senhore~. sem rallar dag gcra~õc~ rutur~~ qur. . Aindu ontro din, um c.>CI':wo qnc tinha o seti
fot·am emancipadas PC)Ia J,~i de 2:; de Sult•ntiJI'O ; · pcculio, na lltinltõ\ opinião muito ~ulllci e nlc vat·~
sem r,dl;~r de~$csqnc t:lla rcz li\Tes, sujcitna · · a sua liiJ,~rtladc, ~o brdudo po nrno r,sjui7.cs,por .
do-os atê aos 21 nnno~ a um captí\'eiro <Jltl: pro- m~i s IJUC se fllle em direito dtl pro!Jri ~datlc, que
vavehnentc ha dr. deixnr 11<1llos ~tú ~o iim da 011 nüo qncro ntn1mr, hão de tersem jJro r(ltc con·
virln o mnrcu intlclcvd do escravidão . ... . sid~ra1· ci t·cutnslanci:~s ele ordem mot•nl, <Jnc ~c
O Sn. FEr.tclo nos SAxto;::-Es~ri ,;, ttm tlo~ d:J- n5o avnlinm em dinheiro; um escravo, di1.fa cn,
feitos da lcL· · C(tll! linha um pe>t:lllio gufllríen lc, JlOI'!JU:IDtO
Ulli':tnll\ mais d•J i\l nnno~ tinha llat\n :t Sl!l\
O Sn. JO.\Qltl~l NAnuco:-Sim, ú u:n tlcft•i!o suuhor :llogncis no valor de qtw~i 10 : 000.~,
dn lei., ~ssim como c\ o cttw lhe d:i o c·:~bl\tct· Ul\ ntJrcsc ntnn : lo·~c com lusc pct~ttho (ICt':I!Hc nm
um :teto ,lli'Ovisorio :• inj:tsti~a lle t!iviolir os juiz, aeom 11 ~nl::l(lo [Jor um distineto ndvo:,rtl(lo,
filho\\ dn mc~mn mãi mn ll\'l'C"S c r.~cra'.'o~, c'tln - lllClt umigo, ((ll\\ j:i lwri:t cham:ulo a minh:1
forme nnscCI'lllll nntcs 011 1lcpni,; (qu~st':o tlc um atlenção v-nra as dilUcuhl::th\~ qltc·os jtlir.l!.,; neste
dial) da promnl:;:~çUoda lei: tna~~cm rall:t r n n$ [HJIIlo crcam nos cscr.:wos .. .
ger~ÇUl'S futuras, co•11 n~ qnaes c~ la lei ~o l vcu o
l'Ompromisso rio t•artitlo, qu:~l r.ra p~ra 11 gcr:~c:io O Sn. OLEGAmo :- Ao contnu·io.
pre:;enle o instnuncnto qltC ell:t f:lllllllaV:t pnm a o Sn. lt'.~Q UI)I N.\llU;:{I : - . : . ~ tlt'C is:to roi
libtlrl~ t·iio rlo~ CH'I':t'.'OS? l~rn o fnnrlo de c: m ~n - (l i' " o cs~l'.wo d•lJ>O:<it:.s:::e quantia muito ma ior ....
cip:tçãÓ. · . · . · · O Su. Fmnus CoüTii\110 :- Gomo ach·ogadcl
Pois cs.<c fn:Jdo, SCl<hO!:e~, foi tlesr:~lcacto. nunca pcnli uma 3 ~ 1:\";o <lc libonl;ulc;
-·--"-"Q·u(rtlult'O inslt·umcnlo h:w ia '~ Il:t vi:t u di r~ i to
do re~g;t1C.· I'ara cstt~ prmlo chame a ~t:enç:io do O :511 . Or.s;;a Anw:- (\ nobre dcputmlu · ncstll
nohl'll ministro thl jlt:;li(}'t. Sd muu,) lwm quo ponto não t•st:í muitn hem informado; n~o ú :Js-
0 t•cmôclio .qttc s. Bs:. ptid1l rb t· a iili) ú :nuitó . sim queso procede nos tril!\t nae~ . O nobre d~;·
pl:qucno, m :1 ~ ú mtnh;~ · · ~iio J'ec 1:nwl-o do pul;alo n:lo (:onhc i~C b r.~m o ru·oc o~8o.
o lm!!'a
·altll clc~la tJ'iiJu;w, o rlireito do l' CS;~· ;~IJ\ qlt(J . o .sn·. .I!WJI.' l~l N.\DUGO ;- Não llcscJo Clltr:u·
oslú sendo llOI' !ai rórma souáiSIIItldo pc!:t hll'i ~ - · em qtW>~Io ll•) proco:.:so com \\tlli\ !1 \~ ~03 tln
prudt,twia ut) nus~os trii.Hm;rcs, qn••, em vo.•1. llc. ~~omp l~to nei~ do 11o1Jr<~ dr!ptll3•lo pela JH'OVincia
ser um t\ircilo, se tornou nmn pm•scc;·niçtio porn t.le ,.;, l1mtlo; 111as t) po s~i \'Cl t]LW, npowl' li~
o t.lesgr:~t;n•.lo c~cravo. . . membt'rl Lln rclnc5o lln. cunc, S. .E\. . não cu·
Ao p.-.s~o que o lt'i c~l::JIJ~lcccu r1uo o e~CI'il\'0, tihr.r;a v~ ~~mle:u;:is th~ lotlos o> .i ll il~s do~tti mtt·
p•)r. men?\' qn~ seja o ~cu pt•.wlio, lc:n 11 'lit'~ilo nidpiu.
de lll'n:lut• nr;:"o po 1· stw ltll•w,J:Jt!n, O.< ..Jillt.~l:.: O Sn. Or.Et:.\IW.I.. - .\lN t'<tllh"•:n f!ll õllllo bas1a:
(1\:Sht · eúrtc ~opiti ~llllllll e::l l:1t mnn-.• iJ·~ a H, pni·a pn,!t'r l'nrm~r unt ,juiz,, scw trn ~ o lm.\ Cl'' l)
. que hoje ·o pcculin, t•CIIM:tlllCIIl<! ndquio'itl,,, rpw (';JCtJl . Ntío c :'"~int .opte s•~ [li'O~cde .·
re pre ~ ~pta 1~11·a o escra-.·o nfín sú 11111i tn sn!l'ri - . ..
·m.ento c.mnil.'\ .11 ri\'n<;5n_ no pa>s:u.lo, c .l:•miJL\m ... O Su.. Jl.\ QI: DrX.\ :o;: m ;.,... Xiio \IO.<'o :t::.:cvcrnr
ti S H'ZC~ nb i'Íb"Ut;ÕI~~ )l:tl':t ' O fllllll'O; J i\'itlas tpW <} li I' 0 lll'(h'C~:'ll II 'Hl r. Oiltillilt' , fJ.U:tlllJ U 0 C~CI':t\'0
e \I n . t:oalrnhl.' pa 1~1 o lim ntai:; l:'a ~r:.l:lo tle lot.lo~ 1\iio púJ :) :·eali;:,.r o tl.~po::.i lo.
Jlar:t ~na 1•ro pri:t liiJct·dndL' ; cs::o.~ pccul io, em Sllllil.•nlw t(nc no c:t:;o (il! conLiunaro pmccss.o,.
Ycz \lu ~t·t' um .. llir·eitt' : t\ ·como tli ::sc~, uma por - o c~t· l·a v,i u:iu Lt'l'in a gnr~ nti a dn tl 0110~ito (ltll1l
segui1;<l o,· po•·rruc o jui7.. su · at'J'u:.:a 1l f:tculd:nlo •lcuw nil:t l' com >•'!('ttt';t n;;:t. Ali:tuço, poróm,
d•~ lixar arbitrari~m•'n lc u ('cculit' , sem ú tJHal qu•: lw 110 print:ipio um ariJilrnmr.nlo {lrol'isorio
To1i1o L->!.\. ·
Cãnara dos oepllados - lmfl"eSSo em 2710112015 09:51- Página 34 de 35

186 Sessão em lS de Maio de 1880.


((110 não púde ser scuiio muito mal feito p ~lo rc:<pontleu muito bem: O governo ainda niio
jui'l .e que comp•·omcLto a soJ'IB da causo, pre· cogita desta qucstõo. .
. Jnlg:mdo·a, Em todo o caso, c:;;:c ~•·bitrmncnto seuhore5, cu niio qttcro nem posso exigir do
provisoriCI nlio é dn lei ; é UIUll Cl'e~çiio do~ jui1.es governo, que se acha a.clualmentc n braços cont
Sómente, e contra elln protesto em nome do uma reforma · gig~ntesca, que _se apresenta
direito do pcculio, em nome do direito de neste recinto com uma proposta na qual, si Côr.
rc!\gtlto. .· · completndn, cadn liberal, coda brar.ileiro,
Stlnhores, isto é quanto ·á lei de 28 de Se· teria or~ulho do asslgnnr o scn nome; uma lei
lembro de 18il e quanto aos direitos que clla que.rará com que todo o poiz ab on~ ôe a pas~:•gcm
ereou, Caeililnndo aos esera\'Os a procur·nem dos lib c t·:~e~ pelo poder e rccl:1mc n sou volln;
sua liberdade. !bs eu intervim com o prazo do pelo p.,rtido libernJ, cu ni'10 possl) e:ldgir que
dez nnnos ; ctuiz q quero não deixar a escmvidão um g:~binetc que se apresen\.1 com essn . lei,
cxeeder a rata de · 1890. Entret:mto, rui accu· que traz n inscl'ipção do igualdade do direitos
sndo de incendiaria, accusado de qttcrcr l:mçar entre o liberto e o senhor, entre () ocnthol!co·e o
um fncho nccoso .entre ,os barris do polvora, C11tho1ico, entt·o o est•·an~Bi ro nnt11ralisado e (I
sobre os quaes se ousa d•zet• que assenta toda a cid:~dflo nn Lo, niio posso eXtgir de um ga!Jinete .
nosso prolltiedade territorial. Sou cu; porém, quo se ap;esent:l com uma tarefa que me pareee
o primeiro responsnvel por e>sa idéa '? E' clla tão co!Qs::al, que se encarregue de ou&ra multo
utua opinião singular, lcVIIntndn desta tril.mua? maior, de umu rorormn social, con•o é a em:m-
Acnso ningnem esL:i commigo? cipnc~o . O que r)ncro é que pre\•alcçit nesses
E' pussivel que os vivo• nUo me ::cornpaniJcm; bailcus em que se sentam os nobres tninistros o
mns noompnnl!::~m-me os mortos. AcornJJal'\ham· cspil'ito de _em11ncip:.çfio; o que quero é quBniio
me o mnrquez de S . Vicente,o vi ~condl! de Sonzn se dlg:~ .que,tlepoi s da lei de t871 ,o pniz arastou
1-"r:.nco, e mou pai, meu pai, qtlt} M senado se dos olhos .a soluçiio de~se prolllemn, que nuo se
m~nlfestou de modo n não tornot· possível qtMI preoccupa dessa questiio sempre abert.1 e · não
C{UCI' duvida. . . cslu disposto n fnzer lodos os sacrificios paro.
Quando o Sr. sanndor Silveira da Molln pro. apagar essa m:~n cha, e lavar essa nodon de
JlUnbA, em i8il , o prazo de 20-:mnos, que ia .S.1Dg'U8. . . ·
pouco além de lBYO, npoindo nisso pelo N~o pcçoumo.lci, o que peço é que h:tja no
~r. senador Ocl:lviano, o seuudot· Nabuco o qua governo o espirilo dB em:mciJ,J~~·iio, que não é .
disse 1 -Aceito o prazo, não ·como medida sul!- outro, senhores, seniio o espírito liberal, sem o
. slllullvo do proje~to, mns como medidn com· qu:~t o nosso Jlnrtido não poderá governar . por
plementar. Souza Franco, qu:mdo no con- muito tempo. - . .
selho de estado o marquez Je S . . ViCI)Illc Por isso as p:1lnvras do · nobre presi<lento do
própoz o nn"l!o de 1!100, como tcrllio fatal, disse: éonsclho cu as nccilo. O nobre presidente do-.
-NnnCII ao nonos ; a emancipnç5o de1•e ser consel ho não pódc responder quanto no futuro,
(eitn contando-se com a lib~rdade da geração mus ou posso c&njecturar. ·
n:1scante. E dez· annos dl1tlois (ex.actnmoutc Dejlois.de venciila n sua c~mpnnhn, c votodn
quande eO: Bllparero na tribun~, reprcscntondo n suo lei, .;cpois de hnvcr dotado o paiz com o
o s11u e~ pirilo)se m:trcará um pmzo de dez onnos governo rt\prcscnl:llivo, si receber do JlllÍZ findo
para a completa ex.linc~ão lia cscravidffo. no ~o u rnr:~clel', na sinccridode (l:IS sU3s con·
Nnquellc tempo, <> prazo de !i! O:m nos nfio era vicçõos, na pureza dos seus motivos, e no pn·
. prazo curto; naquelle tempo n~o se ponsa1· n !l'ioH~mo dn~ SIHIS intenções, a missão de pi'Osl~
· quB·· podesse a csmwidfío cheg3r :i 1lnrn~·ão . de dh· por mni~ tempo o g-:•binclo.; si S. Ex. oe·
30 annos, que p:tl'eeia .cx.cessiva :tO visconde do cnpar cs~e posto· )lO I: uiguns .)loucos nono ~ , lia
Souzn Fnmco . · dc.1_CI' m~sm_o d!!~ ua b~c~~.!...§.C~hOI:cs, 9uij cu
.. -·· Pois-bem : si·:.:lt'le-i-:d.t em,ntciJ.Mç5o fos,c-rc· · liê1 iJõ1i'IIVil· icr llcswcumn i'U, scnt:•do S . .Ex.
pelos libornes, c mclhot· foi talv~z que olles u5o twr1ndla catleim, como reproscnton·te do poder
fossem encarregado>. dclla, porquo poderiam executivo, a proposln de lei quo mnl'qUe utn
\er-~e ilividido, o tc1·ium encontrado a oppo~Jç~o termo .:'• cscrnvidilo no llrnzil. ·
obslintuln do senado, upuiada 1w sua maiot·ia O null t· ~ prcsiilcnte do conselho niio póde
conscrndora, representautr. lcgiliwa dos intc· responder pelo l'nturo, nem eu tjUtJro. Elle
rll!scs · conservndores; si n lei da cmnnciJ.J:tção 1·~~ponüc como o o~r:1rio que se encarregou de
tosse fcila pBios. lihcraes, n opinHio liberal SB uma cer1:1 tarera, pelo obra qtlc tem em vistn o
leri<~. m:ihilc~trido qnanto ao pr~zo c o l.e•·in em nrenk. .
IJI'OVn,·cJmenLc ncloptndo. Son~o. li!de os tlis- Nüo qi•cro taml.Jcm tJll C S. Ex. respoudn
cursos 11ronuncin~os 110 sCIHtdo tl\l wJ conselho !101' liljUillo (jUtJ n~o 111i!le fa ze•·, nw.s assim como
tlc e~tado pelo sciJathn·Souza Franco, pt'!lo sona· o uobi'll p•·csitlonle do oomclho cst:\ . no seu
dor Natmco, npoindos pelos $ r~ . Sil.veh•;• da Moltn · p:•t~l du g-overno : tlizonilo: o goi'Crno 110r om
e Ocla\·iano. · J)ir· ~ ~·hia !jtl C aqttellcs homen s n:1o .:o~it r• dc~tn itlca , cu ta miJem estou no meu
passor~ni sem dei xar l'eprescn tantcs no llat·tido p:q1d do liberal promov!!ndo dentro do partido
Jibenll, do scn .cspirilo cnfuncitw.tlor. Q<wndo 11 formnção tlc umn cuusd cn cia e mancip~dorn ...
olb.o llllrtl OS ll0$SQS l'hlifc;; hoje, SÜ J.lOS~O, SO· O Sn. ·z _\;IIA:..:..I·: ~sa eonscicnt ia cx i ~ tc lia muito
nborc~, com[l:>ral·os, ~c rvimlo · lll 11 de nm;1 1:um·
paraçiio celc!Jrc tlc Ui~I·aeli,n umn cordilheira do . tempo uo seio tio p~rtill o. . ·
. volciics cxtinctos . . . . .-.; .... .... ..... , ., .... . O SI\. JoAQtm.t NAIJI'Co:- Si osta consciencia
cxi~tc, outi10 é I II'Cc i ~o. qne clla govcl'lte o .Jlal'·
.•.0' jl~·h·r'o' i>i·~;iiic'ntc' ;l~'côn;ôfilo: 'refCI~i·tÍdo~sÔ tido, quc cllc não se contente com cssos doctn •
hoje uo projcclo ~ c lei quo JH'Clcndo 3Jil'C~onlnr, 1':1\'UC ~ v:1gus, com. ossus t\c clol'n~õo s st•m qtlali{i·
camara do s Dept.tados - lmp-esso em 271ll112015 09: 51- Página 35 re 35

Scss~ em 18 de Maio de 1880. 187


cativo de que se quer li em3noipaçiío,scm sa diz~r . Pam fazer, porem, desta lei um monumento
quando nem como, mas que Uilrcscnte meclidns que seja comagrado com as beoçiios de todos,
nas q_u~es" mundo inteiro possa ver aprova da procure o nobre presidente do conselho essa
sua smccridnde politica · · · · formula que nindn não acbou; proc ure S. Ex .
Senbore~, peço p~rdão á camnra uo ter p6 r essa prova Jlerfeitis>ima, quo o .sotisfar;a.. Não
tanto tempo occupndo a sua nuenção... deixe que ninguem [JOssa qucixat··se de que lho
deram.(> dh-eito, mas negnram-lho o. prova · di!
Vous:-Tcmo-l'o ouvido com .muita auenção um passo no sentido dosdesojos do seu col'aÇão,
c prazer. . .. ainda que talvez contra certos r~ceios do seu
Supponho' que não tenho deixado de parte espírito. Faça esse sncrificio dn sua e~periencia
nenhum dos pontos em qile tocou 0 nobre de· a sua aspiraçíio; Bssente Gssa lei sobre n unicn
pulado pelo Rio de Janeiro ·o o nobre depnlado JJ:~sc em quo ella deve assen tar-o concurso do
pelo mo-Grande do Sul;-cxcetllO 110 que diz; res- povo, e qunesquer que sejam as O.(l~ições, o
peito propl'iamente á polilica rio-grandense. nobre presidente do conselho ha de iiJstinguir n
o n~trô presldenle do conselho fez um ap· sua administração dos administrações estereis 0
. pello a camarn ; S. Ex . nos disse : • Não nos ha de deixa•· no palz; um nome que será aben·
dividamos quanto ao projecto do rcrormn elei · çondo pelo futuro . · .
to rol; não est:~belt•çnmos a esto respeitQ di ver· Esta no poder do partido liberal, senhores,
gencias, que seriam não só exploradas, como fazer do dia em que se \'olou .a lei no senado
t:lmbem augmentadas pelos nossos advel'~arios um din como aquelle em que pn~sou a. lei da
no senudo.• · . emau~ipaçff•J, em que o povo foi cobrir de flores
Eu estou disposto a falia r só por mim, e ainda . o recmto da camnra . vttnlicia (apoiados),· fazer
que não represente ne~ta camaril senão um ·voto, desse dia um 4. de Agosto, em que a l<'ran\~a,
por uma relução qut~ notu 1·almente se estabe· cnnçadn .do antigo regimen, viu os· seus estados
Ieee entre lodos os qu~ pensnm da mesma fórma; c as suns ordens cederem dos seus pri\•ilegios,
posso Eizor que re 1Jresento eertos principias, para serem todos os r:mcez:es cidndãos da mesma
que . nao represento cxnc.lamentc cei·ta escola, patri~, com os mesmos e· iguaes direitos .
mas que represento . certa lcndencia do esP,irito . Senhores, o nobre presillente do conselho é o
llbera1 e eertas cxigencias da aspiração l1bernl respon~avel pelos destinos do tJiu•tido liberaL
neste pniz. Devo dizer ao nobre presidente do Nôs _P,odemos acompanhar, vencidos, ao nobre
(lOil.selho : n vo~sn lei sõ póde forçar ns portas presrdente do conselho pnrD não sacrificar um
do senado, ·só põde caracteriS<~r um.vcrd:tdeiro esl:ldlsta que represenla, no fJOder, o c~racter e
. movimento liberal no p~lz , si vôs nchanlcs esse\ o· desinteresse, e p.'lrP ·que esse poder niio passo
formula peiD 1rual na sinceridade do noss!l es· a um prrlido •tue furá multo menos do que o
pirlto estais hn tanlo tempo almejando . ·A vossa. nosso .• . 1\las nao seria muito melhor para 8. Ex.
Jel· quebr:t todos os moldes, em que até hoje se e pai•a o seu partido si, deixnndo entrever no
tem vasmlo não só as c.1ndidatmas omciaes,m~s futuro o maigr desenvolvimento das idéas libe·
tombem as Influencias indebiiDs e ns corrupções rnes, S. Ex.. se apresentasse às vortas do senado
locaes; a vossa. lei é a aproximação de um com uma ler que representasse exuclamenle to·
ideul, ê !eiw. ·segundo uma grande nmbi· das as qtteili:os dos .l:irazllelros, assuaa esperan·
Çiio de ~otar este p~iz com o governo re· Ças, os seus direitos i
presenlatl VO ; ella é tra~ld~ ao parlamo~t~ por . o que pedimos nós? Que ninguem tenlla o
um home.m. que faz sacr~llctgs el!l ser .lll.lntstro, diraito de se queixar do nobre presidente do
·--·-.e~d~-est~lld{)spl m:~~~i'*:.'~~-n~l-da-e 1HJla:~ -·conselho~-n"Cm:·do-pm:ttdó--ttbernt-rlfiJiflihiguem
o 1
pa · o 101 . . e ou rem o seu og.at , tenlHI o direito de d1:r.er·lhe : • Alndll que por
llnpresent.,da por um 11omem, n~.qunl, s1 eu poueo tempo, vós me tlrasiC!: uma lifierdade
pu~es!'e notor ahtUII! deretto, co~no Ja lhe !l~s~1'· quo eu tinllo, um diroilo quo a con~tituiçlio me
vei uma vez na Ba!tw, q.uon~~ tive quo di~•:<rr· garantiu ••
rue n S. Ex. , notartn este llehllto- o de nao t~r ·
no pode,r. o amor que os · homens do csl:i.do, ~~cbc o nob~o p!'esidentc do conselho esse
no pos 1 ~1ao de S. Ex., devem ter ; é uma me10, que. S._ E~: procura, es~ prova que ~alta
lei que assenta sobre uma larga bnsc, que onde o direito JU e~lste, c c~lao o Jlart•do l!bc,
traz escl'ipto no seu fron\ispicio esto distico, rol f~rtc pelo apolO do paiz, pola confiança e
que basturin para popular1snl·a-a completa ndhesao de to,das ~s cl:.sses, ha do llppellu com
igualdade dos direito~ políticos ontr!l todos ~crie~~ de ex11o _par~ o sena~o, ,P~ra que elle dê
bl·~zilelros, sem distinc~ão algum~ . E' uma lei u nD .tuo es~n tmmeira constitUI QUO, de.quo ella ·
innovadorn • ~ Um~ lei que, si fÕl' l eiJJmente prect~~~ e qu,c O ll(?VO !)UO~ : O VOlO l~vre O O
executada. dara mu1tog rosuHados, e oquelles · govet no represc~~IIVO· ! (.bitUto bem, mu1to bnn !)
que querem dotar o paiz com I.Joos leis não siio O oradoi' ~ .f~lte1tado pcl11 camara e p~l' todos
respoosaveis pola m:l execuçiio quo elias possam os S1·s. muustl'as · e aail.dado ptlas galtl 'lltB com
ter no tuluro, porque h a alg111nn cousa que niio uma cst1·ondosa e prolongad~ sai1Xt de·palmas .)
sa pód~ impedir, ti o espi~i.lo r!e fraude quando o s... presidente reclnm~ :llt!lllQfio e silencio
elle_ ununa os pari~dos l!ollhc?s ·: • Elln m~cll~cn uns !í:tlcri~s, vi~ to ·que pelo regi mento nüo
~ad•cnlmentc. o 1~.1 occsso ele1lOt ai '. ~~o ·' UIJ!a pndam t?mnr IJartc nem applaudirem ou repro •
,, ~orla do cidad,;o, raz dn rtunl!~c~ ~.ao un~ d1· vm·em d1scursos. ·
reuo, um exame do to1los us d1as, . :tSS(lCIII o
eleitor li vida polilica,na qual elle pela primean Siio l'emotlidos á mesa o mandados imprimir·
vez hn. de ter entrada. · se as 5cguintes . - . . . ·. · ..
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 09:52· Página 1 ae 17

188 Ses!!ão em 19 de Mnio de 1880.

ltf.D.\cçõF.s Cc.mparcccram ilc~loi~ da cham~dn os Srs. ·


S:1 ldanha Mu1·inho, Arn.el'iro, Danin , ·J<'abio lleis,
DA EML~DA D<l Sll. FABtO REIS AO I'ROJECTO Serra, Tavnres ~lfort, JtJW ll:isson, FreiHts; l\o·
'-". !f DE 1&10. dri~nes Junior, .oito Brigldo, Viria to tle Medei-
A ossemblca ,.eralresalve: ro::, Li bem to IJuroso, Souza Andradc,'flwotlorcto
" Souto, Franklin l>oria, Dezern Cavulcnnti, !tb· .
. At•ligo unico. E' Q/ go\•erno :~utori~:~do a nocl C:ll'los, Manot~l de Ma~alhàe!, Costa Hibeiro,
m:md3r admitlit' á m3tricula no :1.·• anno dn fa- :5Uoms Brandão, llderonso' de Araujo, l,oureuço·
o
culdadc de m(nliclnn do Rio tle S:meiro estu· de .\HllltJucrque, .~lari:mno dn Silva, E~pindola,
d:mte José Luiz Derfot·tl Quadros, que, :m.tes bat•ão da Estancin, Monte, B:H'l'OS Pimentel ,
de f:~.zer acto do res!Jeclivo a nuo, dtwtmí prestar z.. ma, Prisco Paralso, Frederico de Almeida,
oxatitu de goometl:in, unico prl'(Jaralorm que Dulcíio, lUbeiro tle Menczrs, Almeida Couto,
lhe falta; revogadas ns distJosit:ões em contrario. Uuy 8nrbo1.a, Souto, l\odolpho Danta~, Augusto
Sal~ dns commiS$ÕCS em 18 de Maio ·de 1880 . ·F rança, Borla do Ar·aujo, Franca Carvalho, Ba,
· -JQ(/o Silveil'a de Souza.-Rollolplw E. de Souza plbta Pereira, José Cacto no, Freitas Coutinho,
Dant.ts .-Ruy Bm·bu~a. - Felido dos S:,ulos, Frederic·o 1\cj.to·, Espm•idião,
Ca!'los· Alfons(l, l.:omla Rnbello, Cc~a rio Alvim,
·_ nEo.\cçÃo ool'MJECro )<~. H 1>::: 1830. Mat·tinho C<tmpos,l'heodonnrQ,l'iloophilot)ttoni,
.M~rlim Fronci:;cot Oleg:triu, Joronymo Jn,rdim,
A assembléa geral rc~lve : Sergio lle Castt•o, C:unnrgo e SerJVhico. _
Artigo unico. E; o gw;crno ~útorizado a man~ . Conl\larecwim depois de :~berta a sessão os
dar admiüir· á matricula no t.• :rrmo da racul· Srs. Ml'ir11 de Vll:;concellos, Jonquim Nauuco,
dntle de medicina do Rio dl! .laueiro o estudante Antonin.dc Shfueir·a, l)lc\lo Franco, l~lorl"ncio
. Alberto de Seixas 1\Iartins ·rorres, <:lispemando· de ·AlJI;t-•u, Mli heiros, F muco do Sâ, Souza .
~c -lhe para esse tlm a idade exigida por lei , Lima. Silveira de Souza. Leoncio de Carvalho ·
re\'egad ~· as diS1\0S.it.:iies em contrat'io. c Bezert'a do Menezes. ·
Snla das commissücs-em 18 de 1\bio ele :1880. F:1ltar11u1 com pnrticipac1ío os Srs. Ara~ão e
- lodo Silveira de Sauza. -lto,loljJ/10 E. de S. Mello, Alfouso Penna, . lu1·eli~no l\lagalh5cs,
Dautczs .-Ruy Barbá::a. . Cantlido de Oliveira, Flores, Fr11ncisco · Sodré,
A discu~são .ficou adiada Jlel3 bo!'n. Ferreira de l\loura, Galdiuo, Ignacio Martins, .
u. Sn. l'Rl::SIDBliTE dá parn ordem do dia 19: MollDc A:vim, 'Mot'cira de Bat·ro~ o Moreir:t
Br~nclão; e s~m · eJ1:1 os Srs: Antonio C~rlos,
l. • pa.rte (ate .á 1 /101'~) Al meida· ll:trboz~. Azambuja lllei•·elles, Alves
- - de Arnujo, Allreu .-o Silva , Deltrão, Belforl
Votação do par<--cer n . 3 sobre eleição de -L!\· Dual'tc, - Cou~o Alagni!Iãcs, Dhmn, Epaminondas
rongciras, na pt•o\'incin do SerA'ipe. dtdtcllo, Fnmco. de Almeida."Fidolis Botelho,
Urgencia \"otado puru.o Sr • Cu rios Alfon~o. . FerO:!Ildo OSOI'iO, Joaquim Breves, Jo~quim
2.• discussão do IJI'OJeclo u..· 9 A relatll'o a 'l'uv~ros, José M~rinnno, Jeronvmo Sodré, Luiz
eslrnda de rerro d~ Pbilad~lphin. . · Fclippe, l\laccdo, · Marcolino '!ltour~. 1\lanoel
t• dita ·.do projccto n. :U , sobre matricula Eu~taquio, llradoPimentel, Sinvnl, Segismundo,
do estudante Ad.rlano CUrte He31 · Souta C;~rv:~lho e Silvcir;~ MarUns.
i• dita do projecto n. S dll !880 -sobre a lei·
tla assembléa provincial do S. Paulo, •.+.o meio diu o Sr. ·presidente dcclal'n aberl:l o
sessüo.
'!.• parte (tt uma hOra ou u~ t~) .. .. J!:I.l.i~\L9.JlllJ:H'O\'adu a aclla du.sessão..an.tcce---
. Con:inuo:ç~iu-da-di sc us~ão .dn respo$lll·:r filHa ::.ente.
1 · ·
. do throno. O S11.a.• s~;cn tl'AJUO, servindo do {,•, dtl con1a
T.evantou-so a scss5c. ús 5 ho•·as d<t t:wlc. do segninlo
EXI'EDIE>.~T.B

8r..,..,Oo can lD de I'tltdo de 1880 Olllcios :


Do mini~ tro do imperio do 18 de M~io cor·
Pl\1\S!DENCIA 00 sn. n scoNlJE I;>E Nt\nos. rente, remettcn,lo~um oficio tlo prC?sldentc do
Stl~niAIU O.-E•m•IKSI'V,- P, roect·.-l"ha ~ ãn do ror~.on•· Parnná ~obro o neto pelo qual atJ ttuliG prosi-
,.ol.-AJ•P•o •·uç~o •lo l·:~d:.~l'ües.-O bso m• çüc~ do Sr. Ca - dente suspendeu n pnblicnçiio d11 resolu~~iio
· 1n:1r" o.- Pntmau l·.--r• . , """"~ uo "'~·- Y M;~rílu do ·da a~.<emhlén JH'OVincial de l ii do mez proximo
~\'rr'J~~.~~~n~:~,:~·,; J,.~~01!1~i ~0.\fr~:~~~:: 0r.:~:iii.f-'lf~.y~ pa;..>;;ulo, IJ\1C tnnmlou vigortu• o dl~t~t:ctn n . 556
~otu.- ""'c~1,.. P~ r.Tt ri.,"" " "~ 110 ••A. - !lc;J•-''l" 1\ tlol:.J 1lc Abril de !Sí\l.-A' con11n is~fio de ~S_•
f:tl'a •to thrOitO .-Di~c ur:l'll tlo s". fl('H'UUdl.) d e Ahr e!t\ . li " . I .
1~ntorru n u:m l o c e h:t ln a~ta.-Sc~utnl .t Jhc nt:.o~.ã,• Lto [lmj ecto· s:~ J~l 1 ca~ . pl'oVt llC :t. c~-
u. 9 A dB 1880.- Di.eu•·so c """''"'" ri•J.;,il' , Sald;ouloa ~1:.· · .. Do Sl'CI'c tario (lO senado.d~ l 8 de M:1io CQtTente ·
,.;,, )úl .-Ub~un·,çiius d<> ~··· c"""''io ·AI\· I:n.-~u~u, .. ra di;- ~l:n·twit:n iúln. ']U<' o senado ntloptou e v~•i dirigir
r.uS<ão do proJ~o L o 11. s llo lt-1SU.-l'riu1cil·" •hsous;iiG do 11 ~:lll \'l':io im•li' l'inl, a re ~olur.f1 o dll ussemblén
l" oj~t\o 11, l:l do 1'0~~. • ' • b 'd J
J.:CI"<Il i!UC ::l(lltl'U\":1 O Cllllll'lllO Cdt.! ra O Jl~ O ~O ·
A'~ H hot·n~ 11:\ mnuhõ. feita a ch:nuach :u:kt · · vonw-illl(lL'I'i:tl co111 :t .!l ll!a:on Slcim Nut'I,IJ<Itloll
r:im-sc presentes o; SrS: yi ~co udc tlc l'r:ulM, Cumpt111y Limitl•!l. -lllll'irm!a . ·
1'otupcu, Androdc Pinto, co~ lll Azevedo c Ga- Do :ncsmo du igu;~ l d:ll-1 I'CIOOllcndo a propo·
vi5:o l'eixoto. · , slç~o. que clc\'n a do~...mmos o llfUr.o c~uccdidoli
c â"nara do s oepLtados- tm rr-e sso em 2 7101/2015 09:52- Pág ina 2 de 17

. •...- ~

Sessão .em 19 de Maio de 1$80. 189


==~=================
.Jo5o Jo~é Fa ~undo·s rle l\r.zende e Silva, p;•r:t ~Uil prch~nt;fio C>.la se~rund~ fDZiiO, O·petiCÍODDrjD
en··elnr os trabalho,<de laua n:t :'tren cottqtre- . del'l;ll'a cru sert · requenm ento quu est:•r1a ·
benrlida ·{llllo' l'ii.IS Cnppó, M:trnnh~'' e ~cu ;. jHOinpto :r l':tcultar o . tcrr·cnn nece>>ario pnt·a D
a!Tinea ks, :i qual o scnndo ·n:io pôJ tJ . d ~ ro .-cu -l'l'(tj<·ctado pharol e !! U:t~ dejJemlencias. D"s do·
consP.ntimeniO.- ln ldr:•d:l. · ctuuent•ts cJUe, por cópias extrahic!:t" da secre-
Do prl'sid•mtl.' da provincra de S. P•mlo, •ln i i taria . dn· \tresiolencio de s~nt;~ r:athllrina. :~;n·
d•.' ~l:tio corrente, rllHreuendo COJli:ts :~tttlrentic~s . ne·,ou o iuslwctor da thosouranu uo seu ulludtdo
das actas da elei•;âo de t'leitvres gerae, a <JUt: SI) otncio, cousta :
prnt:edcu n;1 P••rochin de S . Jo:'ro llarJ\ :~ la rio 1\io Que em nffido ele 29 cl•l Agosto de 1860 o de-
Verde no dia at de :\ !!'Oslo du ar, no p~tss;: tlo, Item legado du di recLot· ~t·t·:. l das ter ras public:1S na
como d:t c lei~·ii o dfectu:~ da no co lle~io eleitor·al provincia de Santa Catlrar·ina representou a pl'e·
da c~pitnl claqnella pro~incia .-A' com missão do sidencia 1]:.1 mesm3 província contra o neto da
poderes. . · . ca mnl"d municitral da vill3 de S. Miguel, pelo
1Jo mesmo presidente de ·Hl do corrente re- r1u:•l concede r·:~ tK>r nfor:uf!euto a ilha cio Arvo-
metlendu t·órti:t nutheutin~o iln ;•cln •h• eleiçã<1 de redo a Frnnriseo· de l'aulké:t Marques de Cnr·
tt·~s d••l' ulados :i c~ut:ú·a a•~ lttal. elfe<· ~u;tda na Vttlho, o qnnl lriltavo dt! transferir a l •1sé J.ino
cnmnra m11nicipal de Boluealli .-A' comrnissiio Cubr·:1l o mesnw afurnincnto. Allegava ' rt.Ce·
de podcro·S rido tlelt:~tmlo du in~(Jcclor :.:era! da~ lerrns, que
Reqncrirnentes: atJUdla ilha {teht impor·tancia dP. ~un tJO~ição
sohru a b:IITO, ob•·rdade dll~ tcrr·us e riqueza d~s
· De··Thont:tz ·Angelo do Amarnl, offici:tl dn niall;t~ era uma ttroprietlndc que o gor·erno de-
$rcretnr·t:• dt: é~trnu:.reims, pedindo um :~nno tlc via cuns~r\':tr inle:;rnlm.:nte, le:r d. t em vista
liceur,a co•n ordcn~ do .-.\' cummiss:'<o d . pl.'ll<'Ücs nlr:•~ .l'onvt-lnitmcias Jroli!ic:ts c economicas.
e ordenado~. Qu ~. iufor·rn:tn•lo uo pre~ iden ttl d:t provincia
D:l t:ompanh ia dns docns 1lc n, [>, dro li, pe- ~obre o l1 fo rnll!eu\o que ll:~er:~ , a c;•mara muni- ·
. dindo ser· equi_pura•ln ;u•> JXIrtkulal't'S ti u::m Lo no cip:.t de ::i. Mi:!Lll'l. ponderou qth:,Jilc sen rlo con·
pngallll'lllrt do imposto (ll'~di"l c lli'<·Vi<k!ci:'" t·edido lt~\ lo lei gt•rnl n. li~O de U de lun~~ ~e
\lllC Jhe COIICCdôilll prl.'ft'I'CilCfa~ n_<i re<·td oilllelllll, ·ISO:l rut•t:t lo);:ua de. ler·ras den lr o d•J ruunrctpJO
.detiOs itu, gu:orda e entrega dos mercadoria< 1h• ll:t ra seu pfttrimonio, .· ~s:<as l\l rt';t~ llre tinham
imjJOrt:~ç:iu e · expor_ta~.:"•o. -A' curumi>siio de ~ illu rlesign :~ tl as IHI Hhn do .-hvoredn· por :~c tu da
orç: mettlo. · tllf'~nm prc8iMncia. datad" du :!6 de Agusto do
De t.:oll:ttino Mnrques tle S<·ma, ped indo :• tSõi. de c.o,n Fo•·mii:a d.) '' 001 o olllc io de · 2 de
J!3t'llnlt:l de juros d,• -7 "/.. ~o hr1• o t•:q•il:t l rl e }ljt r~o do tlilo auno em qui! a r.amMa ped ir:~-as
700 :lJOOt) uu umn subvenç_ilo onrrual til) OO : OtrO~ , dll p:·dcrencia , e I[Ue a<sim no uso tle ttm di~
dnr:.nte tO a nnos, p :.r:~ ~ mn pr·ezn de tr:m~vor ­ r.·ito ~eu convit!til'll j!Ol' cdiln~~ os·pt•eto•ndentes
tes •le ·c:crues, pdxe~. rr·utas . etc . - :\ ' commis· ao :tfot·:, menro da i!hn c !l elli: ·· t ~ rn.l'll nos termos.
sfio de fneu do. · · lt.> l!'lll·~ com l"runctsco uc .l:'uuhcea .l!lurques de
E' lido c mantlndo imprimit· o seg uintn : Cu•·v ~ ltJ o .
H •

Que p ::l' ~elo de tO de Outui.Jt·o e.le t SGü o pre·


PARI!:CF.:R sidenrc tln pr·ovln~i n re\·ogou a_desil."ll·•tiio feita
ern :2!; d11 Agnsto de t l-:ti7 . da p:rrte do nor~e dn
N.10-i880 ilh:r tio Arvin·edo, para olJJCChl do c o nccs ~a o de
q11o tr:•ta a lei n . 6't0 tle I:! de Junho dtl 185~;
A' commisstio d t: fttzcud~ foi J>resellle o ro- em ra,·o•· da coroara mn nieipol do villa de
____ gJ!!!r.i.!~H~!!!L®.!l.ll-~!LJlu:t~t.o_camura . tl.ir.igi.u- --s.--111-~el,..a'*g:<l-ndo-eom!.}-.fundnme.rt-tD-de~sa-----·-·
. · Fmnc.tsc:o Gavi:io l't•reit·o Pmto, ~·nrn r;uu ~~j:t rc,·og·avito : . . ·· .
auiOI'IZ:• rlr• o gnvcrno n ll!'ri'Od:tr•lltn jll•f an L• Que no~ tm·mos •la r:ilnda lei n. G~O :1 con· .
mmo;;. a ilha. rln Arv11re~o .. !\t!U:t~l;t 11:1 , harr:t. ,lo t·e·s~úD n:"•o p11tlfa ~cr rdt:t l<l'llito rm tertn~ de!o·
norte dn t•np•tal tl n tJrovmcrn ~·l ~tn ln Lntlwrut ~. l nra~ si tÜa 11ns tlen\1'0 do. rn unitlipio. r.omli~ucs
:ttlm de f~,.'~ln~ llil, n~e:;ut:t, rl)!:t lllll ~_.;.labt•lt:ct· Cllt lllll! uilo ·"C ooh:t\'3 :1 ilh!t do Ayvort•do, li!J-8
rnento, .?~ rt~ol,,r, uhH~ando .tssuH ten~~ que so por ortlt'o tmlo era um proprto na1:tun~l em nr·
couset ~ .nu meu lia s. . ~ . . tu de do cessão roi ta p~ln :mllg-o sesmerro.
~gtl!l lmente tove p~~~ntcs a coUlllli>Sno :t~ m- .• Quo nii.o podia em cuso algum ter lo~;ar ·o
fo1 m~ções q_ue, de ntt.urdo com o tmreccr n . i.oo f 2 , nnt , . tl:t dem:trctwii.o e medição das
do n de Mato do ~nno JI~Ss:rdo , foram n l't ~spc tr o :1 t.IJ:a lllc ll1e ~~ ' '
~ olicitados pot· intermetlio. !lo mirtisl~t·io dn fa - -ter t·~s.
zonda, e que oou~tn11r de um ulllcio elo rninis· a.• Quo a posit;~o geo!{raphi_cn da ilha ~llunda
tro rulcrirulo·~o n outt·o. 1pre ea\'iou d11 inst~· á cnlr:tt\:1 r.ta harru interes~nv:t :t!l<lmc!l te n se-
l'lot' 1!;1 th.,~ou ntri~ · de ·r:r?.Pild:t '' "'111•'11" pro- I!'UnHH)a '' tlc• fc's:\ tlo (tOI'lo •· .alem 1lr~t~ su~s
vinein .... a •l ·~: ltllwnlo~ q.tw {Wi' cópia v;cr:c~ n mnlt.us- dcvi"m st• t• rü, et·v:nlus n.r.n t:~l rlt,cç no na· ·
llllll CXO" " o·stc ltlti :IIO ullie•o . ' . vai 11\1~ te rmo~ U(l dccrclv 11. :1318 do ao de la·
~~~-e _iu.•t1ct·ror· ·opi!i:1 e1un n5ol! I'OilVt'a i.-·n lt-r ·nfir,• de lKiil. . . .
t'ülll't•cler-~•· o m·rt•ndnn;•·nt" l"'did". nf11> ~o- Q111J, lin: luwnto·.. P·~·· novo neto ~n y resrden-
mento! twln qun t•on,:t:odn" rcfer·icJ n~ ductllnenros eia ela uwsuw (H'OV lll··tu•. de: 4 do NoV,I!IIo Urn de
tuiuisu·n•l"s 1,01· ('IÍj> :n. 1• 11 m!• l<tmln•tn V"''f!IW ISii\1, ~~ l'l\1 •·on~et_JIH:nclrll rio rl•qnc~·tme nto de
tr·:tr:t o g·,.1•cr·ri ri •lo l'Dil"t··nir um ph;n•nl na tli t:l Fr·nud~t•o riL! l':lll l te~·a M:li'IJtiO> do L~rvup10, c
ilha o!u ,\r\'ut•edu, t" tHl<i jn P"r:1 11 ~ oi••,<JII'W~ dt) ; ••·i~ Ü•! info•·m:tt::1n tb c::nr:tl' n dt! !:i. Mtgucl,
pr-t•limi n:rres (· 1111 ceditl 11 tllllt.Tc•lito th~ 2: r;O -~ :')OOU. 1'11i d•JCI:<rnrlu nullu l' ~em f'!TdlO u nt:to de tO de
ActtUll)h.tudo quo fosse opposlll em prç.rurzo de utnttllro sob o rund:mwnto de ser. iilcgnl e·emn· ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:52+ Pág ina 3 de 17

190 Sessão em 19 de Maio de 1880,


nado de autoriil:tde incompettmte, n5o conside· Proposta:
r:mdo dessa V•!Z a presidencia nas vaut~::;eris o
conveuiencias resultantes para o Eslt1do da con· Art. 1. • A fo•·ç~ na v~ I activa para o ~nno
servaçuo du posse da ilha, 5Óillente refcrindl)·se nnanceiro de lBBl o 188:! constará:
a principias le~aes que lhe pureciam rege1· a ~ 1. • Dos omciaes da a1·m~d:J c dDs classes
especie, e considerando em vigor o aroramento anncxas f{UC for nrcciso embarca•· nos navio& de
em questão. . . · gucrr:~ e nos transpot·tes, conlo•·me suas lot~·
Nada mais cons~ dos documenlos, parecendo ções, · e dos estados maiores diiS esquadras e di-
entl'etnnto á eommissiio CJUe fura de grande visões mmws.
conveniencin que n ntltor·ida(lc competente re· § ~.o Em circumstancios ordinnrins, de tres
solvesse definitivamente s.:;brc ser a ilha do mil JJraç.,s de pr·ct do corpo. de imperiaes mnri·
ArvortJdo, ou nii.o pr·oprio nacional. · nlwil'os ·c de i O~ dn companhi:l de imperiaes
A' vista do que licn exposto considem a com- mariuheiros de lllato Grosso, e das do !Jntalhão
. missão que tres hypotheses 5e podem dar: U<IVal, .das quncs poderão ser embarcadas jJiOO,
·L• prevnlecer ainda actttnlmente o aforttmen- e em circumstancias extr.aordinn•·ias de 6.000
to f~ito a Francisco do Paulicén Marques de [Woças destes corpos e de m:~rinhngem.
Carvalho. As companhias de aprendizes marinheiros
constar:io de i. 000 praças. .
2.•, ter-se d11do commisso em favordn cnmnro Art. :!. " 0 batulhão naval continuará redu-
nforadora. · ' zido a quatro companhias com o completo de
3.n, ser a ilha do Arvoredo proprlo nncional, \100 prar<~s. .
não con$\itUindo Jlatrimonio munidpal. Art. a.• As rraços· de pret voluntnrias,
Na primeirn hypothese nada hn que deferir nn qnnli.do forem escusas por conc.lusão do· seu
petição de Fr<tncisco Gavião Pereim Pinto. Nn tempo de serviço, lerão direito n um praJ:o de
segunda é à camara municip:il que cabe JJroce· terras lle 108.900 metros qu.ndrados nns colonias
der a novo aforamento, si lho convier e nos do Estado. ·
·termos legaes. Na terceira hypothesc que se Art. (!.." PDrn preencher a forço. decretoda,
póde presumir ser a que renlmentese dãem proceder-se-lia na fôrma da lei n. ~tiilti de i6
vista do omclo do inspector da thesouraria c da ele Setembro dP. :1874., ficando o governo auto·
propria petição de que se u•ata, é :1 commís~iio t·iz:1do a conceder o premio d"a 4.006 aos vohtn·
de parecêr que seja e~ta Indeferida, visto liaver tnrios e de oOO,S aos eng-aj8dos e, em eircum-
manfl'e.~ta conveniencia em conservar o Estado stancills extraordina•·ias, n contratar nucionaes
o domínio pleno da ilha do An·oredo. nllendidns c estrangeiros.
ns raziíes dB utilid~.de publica e·xpostns no Al'l. :J.• J.<'icam revogadas as disposições em
citado acto de iO de Outubro de :1.866 do presi- rontrario. ·
dente du província de Santu Cathari11a. Pnlacio do Rio do JaneiJ•o em 5 de Maio de
Snlo. dos eommissõcs eml\J de Maio de 1880. 1880.-J. R. de Lima Duat"te.
- Soares Brandão. - JuaquiiiJ Sa!da11ha ilfal'i·
1lf1o. -Ban·os Pimentel. São lidns c approvadas as redacções do pro·
Et lido e mandado imprimir o seguinte jecto n. H de f880, mnndando udmiltir :i ma-
\ricnlll do fanuld:1de de medicina do Rio de Ja•
N. :1.9- f8BO n~it·o os cstudnutcs Alberto de Seixas !lfortins
Torres c Josú Lui~ Delford Quadros.
ttxAç,\.0 DE ··onçA NAVAL.
. O l!!lr. Cnmort~o (pela o1·de11l):- Em
A commissllo f!e J!l·~~~~~.!I.:.~.J5_1!.~rn. ten_!LQ,m.,_ .uma..d~ -s.Mwes--p~~5lltln~nolrnrdeputlllhr"--
--mtnlrdn--1i:pro-po!~U doyovcrl\o qu~ IIiii :1 forçn p~Ja provincin do Rio Grunde do Sul, pediu ·a
DPV~l octrva para o ann~ llnnnccrro llc !8tH n V. Ex. tfue dtl8SC pnrn ordem do dia o projecto
!88\t, é .de p:n·ecer. qu~ seJu ~ 1ne~ma propo~ta do codigo ·(1en~l militar, e o respecLiv11 parecer
co~verltdo. em PI'OJilCto llc lc1, peln formn se- que cxi.ste na casa. Qu~ndo o nobre deputado
quiDte: pelo nro Gr~ndedo Sul; a quem me reflro, fez
Accrescentc-sc no logar competente! esto pedido, um i! lustre representante dn pro·
> al d ·r. . vincia do Rio de Janei••udeclarou que não havia
A D.ssem blen ger · ecl .ta. p~rccer a respeito. ConLiuuaudo em suas obser·
Art. L•. - SUpJJrima ·se u palavra nctivo. ''al(ües, o nobre deputado pelo Rio Grande do
o § l.• substtli![I·S() pelo seguintc;-Dos om- Sul, uisse: QUil lhe pat·ecia que, por interven~.;ão
o

maes da nrmnda e dng ciDsscs nnncxns de con· sun, rum o nnuo passado nomeada umn commls·
fôrnlidado aos seus rcspc<:th·o~ quadros, s~o espec.i:tl parn dar parecer sobre o codigo de
§ ~.n (como na proposta}. lli'OC~~so .. ~ i,llustre represenlllJ!IO do ~io r.l~ ·
~ , " . Suneu·o IU$L~hll nn sua declm•nçao, e env1ou a
Arts. i.•, 3.•, ~·"~o o. -(Contonn_proposta). mesa um requerimento pedindo a nomc11çuo de
Snln das comm•s~ocs em :l!l de 1\fmo de 1880. uma commbsüo cspej:ial ljUe désss pa·rccer sobrll
-A. E. de Cam<V'(JO.-J. ··C . .tlzeuc<lo, o codigo !J6Hnlmilitnr o ~oiJro o respe1:tivo co·
Augu,, 1o~ r:_ d'rgmss1mos
.. · ., . digo do proce~so. Tudo isto, Sr. presidente,
1
snn1or cs rctllCS<!U· clcllloustr~ com ploto c~quecimenlo por parte
t~ntes dn na~ao. dcssb~aobl't's depntndos do que ~e tem p11ssado nn
Em obediencin ao precci{o coustitncionnl c de cn,;a. n respeito do.·sta impor-tnnle questão. A ver·
I
ordem de Sun flbgestadc o Im11erador, Yenlto i.IMltitl ostu. 1~m.l8tii, v commissuo de eumedn
opresento.r·Yos n seguinte Jegi~lnção do cxcrc.ito. furmulou um projecto de
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:52+ Pág ina 4 de 17

Sessão em 19 de Maio de 1880. , 19i


codigo tlennl, que o governo remetteu a esta C:l· das llleiras dos meus co-t·eligionarios poliLieos e
mara e qu" foi enviado a um:1 commissão.espe· empunhando a sua :;-loriosa bandeira, eusómenlc
cinl, Esta commiss5o nüo deu parecei', a cnchen~o e o lognr que me cabe tomar á
Em !875, discutindo-se @ projecto de fixaç:io sombra della; niio l'aço questlio de nomes e pes-
de forças de torro, lravou-sc ne~ta caso, h1 r~a soas, nflo tenho odios nem a1Teiçõe8. Orgnizado
e brilhante discussão a respeito, sendo vencido, o actual ministerio, esqueci complet3mentc o
·a requerimento ele um illustre deput:•do pelo J.JaS~~clo, ~em rc~enlime~tOS, nem siquer recOr·
M~ranlião, .que fossem· os codigos euvi~clos n d~ço~s, d•spuz-rne aapotal·o, · ·
uma commissão especial, a qual.deu 1>arecer no A mJr1ha memorin era completnmente silen-
mesmo anno, Este é o pareccr quc existe na cio~ c muda, a menos que não fosse para re- •
casa. cordnt·-me um dever de grnlidõo pnra com os
QunnLo DO codigo do procei\so, foi onvin~o :i ministros que sabi<~rn do poder, pelo muilo que
camara pelo'goverrio, em 1874, a camara o man· lutnram, pelo muito que soffrerarn, pelo muilo
dou n uma commissão especial, quo ainda não que llzeram !lnl pró! da causa commum, um
deu parecer. dever de coadju \'ação sincera e dedicado pnra
Em :1.878, tive a honra, DO discutir-se estn mn- com os que vinlwm subslitull-os nesse posto
teria, ao entrar em a.•. discus:;üo um addilivo de honra, onde, lodos o sabem, bem dllVJdoso
que ro3nd~va vi$'orllt' o co~igo, de propur que é o successo, bem difficil a gloria, mas são
voltasse ãs commtssões reunidas de.m~rinha e certos, soo· infnlliveis os grandes desgostos o os
guerra e tus\iça criminal. Assin1 s~ venceu; grnnues sacrilicios.
mas ate hoJe, as nobres commissões n:io deram Sr. presidente, eu conheço o .p~ssado do par.
parecer. tido lib~ral ; sd <I ue a desunião to in sido a fonte
EsLo ossumplo, Sr. presidente, ú de ord!JIIl de· as suas !lesg-ra~ns. Sei CJUe, unido e
muilo imporwnte. A penulidadc militar que f!~rtetodas· pela cohesão de seus membr~s1 elle ~ um
existe para o exercito, é ::~ que o regia antes da g1gante ~meJrontn, po•·que e JDvene•vel;
indepeudencia. Esta penalidade, 6 regul3<ln pelo no ptmo que que fraccionado, dividido pel~s lutas
chamado regulamento do Conde de Lippc, ba- intestinas, não passa de moribundo sobre o qual
nido do proprio Portugal,de onde o impol'lúmos. corvej<•ffi cheios de. avidez: os que t~rn a mira
EsLagrave malerla está dependente de pm·ecer da feita em seus despojos. ·
commlssào de mnrinha e guerra, que nltim deste
tem outros muitos deveres a cumpri!·, A com· Applaudi, pois, n orgnnizaç1io do actual gabí·
missão, porém, eslit incompleta peln ausencia do · nele, a[Jpbudi·n cheio de jubilo, desde que se
nobre deputado o Sr. Alvim, 11us~neia quo creio annunciava como o comeco da unlfio do partido
se prolongará. . . liboral. Exultei sincer3mente com a ascensão
Eu pois venho ~edir a V. Ex. que, no fúr·ma dos no!Jres ministros. nctune~. embora esse facto
do ·art. IS. • do regtmen to desta catA.a r~ •• se di :;ue fosse eonsequcncin ou complemento de outro,
nomonr o membro que deve substituil·o. ·que f<!ria as minhas sympalhlas individuaes, as
minh;lS mais legitimas predilecções.
O 811. t>ItEsiDENTJ:: noruein para n commisslio o
Sr. Moraes Jardim. Avnlie, pol'ém,V. Ex., Sr. pl'e~iàenLe, a dolo-
rosa sol'llreza que de mim se apoderou, gnnndo
OBDE~I DO DIA. na tn'i meira sessão que leve logo r depois do adia·
m3nto de No\·embrQ do anno proximo pas~:r.do,
1.• l'AIITtl. em logat' de pro te~ tos de reconcilia~·ão e congra·
. . çamento, et1 ouvi pnlaVl'ns ~c rcertmhHtçiio e
PosLo a v~t~s o pureccr n. 3 du -1880 ~·ppro· t•ensura, ''ozos d•~ invectivn c nccusoç.iio, erguen-
vando 11 eleu;uo a quo sfl proc~!~Cll .n.o~ ~ttl ,1~~-- _do..se...du....to.clo.s..o.Lpo.nt.os..dosle ..l~ewn\o contra
..Novembt·o do anno llns~ndo,un poroclua M"Snn· 0 "n!Jinctc pns$ado. · ·
tis~il!lo ç.oruçil~ tlf? Jesus de Lurangclrns, llll. ALó a palavra do nobre deputado por Pernam-
provmcm de Serg1po. b 11co; ~empro tliu inst!irodo por sentimentos
unoENGIA cONCEDIDA. noiJrcs o clovndo.~, fol a primeira (JUO se levalllou
nf1o, senhores, l>ara celci.Jr:rr n concordio e a paz,
() 8r. Csrlolii.AR'onl'lo:-Senhot·cs. o~ mns pnr:1 proc amnr. o p.1rtido li!Jcral dtvidido
que conllecem o meu curto e modesto pijssado, l'ntrc veucedorc~ e vencidos I ! .
os C{UO mnls fundamento L~m soudndo os llleLts 0 Sn .•loAQiitM NAnuco : ...... l<i expliquei isso.
sentimentos o cnructer como homl'm de [lnl'lido,
sabem c podem dot· toste~nmtl~o de quo s~.m~•~c O Sn. CAnws AFFONso :-E, tl.iio obslnntc, e
fui um companhcil'o leal e .dcdtcado, que ,1amnr$ opcz~r de ''cur.edores, os nollrcs deputados não
recuou anto sacrificios de qu~l!]u~r ordem qno c\opomn as arma~, ntio os lrocnm pelos louros,
rossom... continuam a fl't'il' constanll!monte, selllpre ~ue
par\1 isso encontram occnstao ·~
011 o_Qpor·t um'd :1 e j
.O sn. CEsA!HO At.vm : -ApoiallO, 11 rc ·ir,
1 Sr. lJ•·csi~cme, ai~da ma1s eru~ll;nonte
o Sn. C,\nt.os AFro~so : - , , . na pratica llc !lo quo o~ soltlmlu• de Ce~nr nas plarllçtcs da
nunnto lhe ern licito (uzor em tu·ollle seu In• r· Ptwr~alia: c~le~ feriam no rosto, cspGl'nndo que
i1do o de snns idéas. n cnv;1llnrin inimiga nno ptt~essc encnrnr JCm
retroccunr o ~speclo metlonho uns dcsHgurnçues ;
O Sn. C&s.l.nto At.YI:.t : - Apuindo · os nobres tleputmlos ferem scns co·rç.H~>ionarios,
o Su, · t:Anr.os At·'IIUN·so : -Sr. presidente, dcçuhidos do poder, nn sua rcputnçao •..
conhecendo a primeira nacessidado do IHII't~do •d
liberal, diatlle do um governo qutllr{ltel' ~nhtdo o Sn. JoAQUHI NAuuco: ~ Ni\o npou1 o.
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 09:52 ~ Página 5 de t 7

192 Ses8ito :em l 9 de ~bio de 1880.


======================== --==~~==~==~==
O Sn. CAtU. •l~ Arwo:x~·' : '-- ·... ua ,·.ua lto~ >r.'ntitlo< l,.,., dcpt~~ ,~:L ,-,~j:~m aprc>t~nl:ul~'" • c:omo
fa rt:a de ).•nc> e !J ,, di!';~ rl"~ s: · t· r i t: nre~ ·rln p;~ i:.. " " ll f;rz.-1-o. " '11 r .·hw'"J '•OS ·ni·:o,: dt~ . qu.• >'C
,rà,
(1 <tJ• ;if,tf,,:o;. ) Nfí"· ~e nhure:', pa i:1::.•_1.l ·i:rl ·'l=-' d<l · n.- ·cu:•·•a na ~:'" ·1o tf,~~ .:~t lJh •lo ·o w:)i)J'i:- ~lcpn l;ulv
po~to q:w occn rt:l\":tlll. lt•JntUP '''$'' J:l d ~• xa · arn. pl.'l:t {H'•II'in.·ia d·· S. i':tttlr1.
ma~ l1d1·ez · par:• ro'tl'e:ti·O~ lt a:.andon:tl' llllllhe:H (J ~11. lJ.\I' L\o'i ;•"t'(t,.ftt; ~ !~' t'l .([IW SÍllCt'l'U•
o t::llnpr , n·~oflJ · ·nilo-:<e ·,; · Yida priv;11lrr . .-lli'ios. 1111~11 to · tl. ·.-.~j :tll !., ~: • !n ~· s:•j-ttll cx.pl i,::Jd••<.
de intmr~ura " {lest••tnfor:o. ~i ~·::o S() th•:::rnirnn u ::in. r:.\lli.U" At'FO :'I'•n : - A,:;·,~'lito .;:inm••nte
c;, .thnidt•z lhes pnd· ·~s,•m P<'netr:t l' tto Jll'il", :: i nã ;iacedol:ld~ do~cle<dPs do nnbt'o d••p itlnclo. ·
paru i~s•1 uão ·~ nt•oa~r:l.~:<o t:. b;HTdrn in~uppl!· sr. p 1 ·e,:j ,J ,~ nlt', r• r:•qneri l'll•!n!o do n n!tt•e de-
ravel no prnprin patt·io~i~ll 10 ·,, na COr\I'ÍI:o-à•l IHÜml" pot' S . Paul rr cnnlem du~~ 1•~rl~s: de
llrnfunda em qtw 8C ach;ont dHáfl.Hl. ~i nCt! ll'"';~~' aml~;ts trnt:u·,•i guartlando a ordem em quo
mjust:ts W1de:n pl''tduw· defnl'llll!l:l•tos, ('S$:t s !':to S. ~x . ~' co llo~·uu .
de curt~ e passagcir:t d trr:lt;ií• • l'Oil10 ~s i'úrma~ ;x,, pr·im~'lm p n i'L\l nt•ctt.<:l 0 nubrc tlt>t•nl:tdo 0
pll~ni:Jsl.il:a:< de f)ii C :1~ ~unrbr:t~ tl~ 1\0Í!C l't'\'O!'lClll t'X- rt t Í:t i~tro tla r:IZ~Illltl () ,• h:tYl'T l~lllittidO efn > ·
o~ (tltj•·cto~. 1n~s qnc ,:e tlcle! ·n!:"m ,. •li>,:iplllll d•l>ti 1::1111 .en:() 2.1•0'J•.OOil,500<l :h' l'~!•f'!l - mnorln,
aplmas'JIUmp•• o rrt·i m~i r·o r:1io tl~ · ;:w;th~. .iit :'•'e"lhi 10 ;i r.aix:r ,, ,, tl•rt•!J'li r.ac;.ii: 1. 0 , 111,1 1:on-
. Eu , Sr·. vr• ·:;i\lenl•.·. ·illo tohllatu··ntn n :io I'Onl· :;iiltJt) .·:i,:;:·::;. l\ x .. 11 ~, 5 ,; u :n ~l':ll'r• •·thmtndo
prebc;t!lo ·1·omo o~ l!IIIH'cs t'o !p:·.·sL•n t:tn l•'" d:: ~H·nvlsr•• e· flllaído ·p,.j:1s lt·i~, t'o· 11 o riP.,:m··ntido
:mti~ra minoria l'Otwi!i:tttl t1 '"'Cll~o·::'l' c a y;. l'ol'ln:tl 30 , cnrn p t·nmi~'"' ;~ssu rnhltJ"- J'Cr-:tn~tl 0
. clnri:t, ,., e>ron;" ,. o ~u··cc,;;:,,, cnlllOt>:qr!i•·:om e~~a p:n·· 1111 11~ 11 : 0 pcw :rq u~. ll, ox.~ ministro.
simnltan~itludc dé l i l!~llo> eu m a sen ll'ILÇ~... . 0 . noltri! dcptttacl11 · 1,., 1• Pctn 11111 buco, ltl'CU·
O Sn. LoVnB"'ço· DE AtncQn:nQt'i> :-M si tútn dinrlo l11~n ••m :m"ilio dH seu col!t•~n por
medo lle Sllllll.tnes. · S . P~nto. di~>•• Plll u m npnriP. e·h •io d•• mascula
O 811. C.\RLos AFI'O~so :- .... o flÍ• tlcm tn:zer lll~crn••tw·i ·,: f~' um I~~'''CI'Ileilt'.~ a/iQIIIi u •ltil'l .
:t. harmonin entre os hYmn:!~ do triiunplio H a" IJú~Cl\\'olvrmdo ,;, 111 lH:Cil:':IÇ.iitt, o illnst•·:•d.o au·
imprec;Jções du comh<tll'; .\iin s\•i, ~nllllre~ , c~o m o to r ti.-, I'CfJllt'l'imunlol lilllon n:r m •:i;t cl:trirlatlc
os nobre:; dl'pui:H1os o ••x.pli:-;nu: nw< cr. ·io qu•· olo:: f;~ dos •·o n ~n • 11trdos e no quadro lll t~· l(lrr h.o e
niin seria il!ogico ··oru-lllir de tac~~ :t:H•IIt:Liitl> oa lc lll'.rosn dn p:q~t•l·moetla dt•scnlllt~.-i·lc.l do r.mir.,
qne u incult•:Jda . vil'lOJ'i:t nfeo fo i t;\n t'Oinplt\la. li:im·il~ de t'h• lo:·io-(1 (l.o,~tinaol:ts SPIIl dudda :J
n em tito brilhanl•.•, ('Cillo nl:• r•l.·~ m. vt~lo q u r. a [linl nt· o •·X· Ht iui,.:tt•n d:t fneadt~ coo; 10 QllCITJ
alc~rin <IOC lhe• sn~citou t150 p·itle ~"'l• rel'u.im'· e vil:. 11 .1117. r!~ pniJi idrhHIC o prncnra o silenció
lhes no coração os r:tn•·ores·a ,,i :r<'C:ttnllhdPS 1.11 1:: c ns t· t 't •V :t~ vnra n lll':Lt:e:r t!e :odo ~ ljUC n:'1 o po-
lutn ; ou t)U~ s::;. E: Ex. s:'.o YC: !Ct•dol'• ·~ "'-'111 ge- ·I em <r•lfr•,;t• o c~:tmc, a nnnly::.c, :t li ,.:~·ali :>nçiio
DCI'O~id'ade, !lU<; .IOI'll11'1l!ll · OS )J l'i~io n eit~l< , l' lll· ll•.•s d -·ltn ll>$. . .
qonnto agU:·•rd;un. do •l ttat·tel :.:·•·ltet':d ctwiM 1[.• s,·nl!orc::; ~i tnl f11i o fllliiSttmenlo· do nohre
. ancicdad~ e itntJ:wienci;r, a ol'lld n Jl~t·a :l ,j,•go· tlPpul:aln pnt· S. l'{lUin s. l!:x. r..i ~ upc>rlalil' :l·
lnç.'io. · . · mtmle injn$ln. (AIIO;'!dos.) N11 adtniubtr:t~'~;., do
·cx-tnilli,.trn da f:tr.en•l:1 rmcl~, :r.h,olntnmonte
O Su: G.\YtÃO PEIXnTO :-J:'t o noht•e d•'illllad o IJ:tLln, it;l d~ ,:ecrcln (Úiútl'li , 1pni· 1 do.~, 11m :l,h··1!1),
ex.plit•ou lrtlltllHil: n:'to ha ..l'tlll<·,~tiOI'e.<, ewrnvt•rt· n;tda •:X i<t•· , 11w :t:iO .I.IO""" 5, (fret· ~ irn:e<tig-m;iio
cidos; só hn o p:trtidn lii.Jeral Depois 1lcsta C\· a 111ai,: rn in wi~.~~n, ;1 rtisc~u~~ãu ,,· mai~ .I':ISt:t, a
plit-aç;io n.iio se de\·e insistir ni~l" . . .. : tli:ds S•'Yc :·1, , 3 mais :11 upla, (.ll!lihs ,,pniadu8, )
O Sn . .CAntos Arfox~o :-l~etizm~n te. Sr. pre· · s. ""- " dt'>"j;• c :• ·1Jct.lc; S . Ex. n de::atiu e
sidenle, ltlliO p:;rct· ~. iudicnr •IUC ' lS uuhn·s d•l· JII'OVflt:n. ,. I! pJ.. n:•nwntc aLi tori7.atlo pt•lo ~>X·mi•
putndn$ em vã" · ·~tl•;r~m llllr ,,,,.i ''1'•1••111 dt• til'• n i ~tl 'tt tl:t ft~ wn•l:t, qiHi v•·n.hü :\ lri una otf~t·eecr
gol:w1io, que >et·i:~ n \lt!·:·.-tla ,·:io llu,; innoec;,to~. ;~o n·nlll'll M)!ul:t •l" 1")1'. S. I'HtJfo l:trgo e rr.,nco
o S;:. llo1tT.\ ·,u; Alt.WJO: _ lôr~ : nlt·~ iru 111• <~· ·!t;~!l•, nii" ,..,·, ,:ulrrc :~quollefaclo, como solrrc
·ccntcs! ·. .· . .· qu:w~cr nt•t· nttll·;,,. ro•latil'tl~ :i s!tll nrl miuistr~ção.
:'(mhnt'•'"· n qm~ h<H!Vt' ri•! I'Oal n rc>pcito do
O Sr\, r.t.tll.•l~ .\n.-o:\',-•1 :-o '''•lll lll:tn du Hic ••m lt 11 1o , 1 u;~n :<1 ar;,!UÍll" nolrrc •h>fllll:rtlo por S. l'aulo
che fe fall·•u hOillt'lll: •' as nnh res pal~,- r,•s riu fui ter tll:tl!• l;ttlo o ~•r . Ll'l·lllinistt·r~ t111 f:ozclllda
illu , tt·e Jll'<•sitleute do I'ULH•·IItu cnnVt! tt: •·ut ~le qn~> 11e 1101·o ''"lla~ :;··m ;', o•irc uln\::ittiJll'lltll~s pot•
que S. l~o,;. 111io :•litlita" l'llitd •lo ll•·f(rtl:·>, li'il! s. Ex . ,J,•,;tinat!a> tt" rt~~g-atc ou umurtiz"ç:io
ns nobr~s d ··pula <IO~ tão d 'shtllll:t lla ll1••nle li1•' Gotll >'i;: nada 11, 1kcr••lo oi e lti de \ lll'il d•~ t8í8,
dt•,.tin:tvam, SS. E!':x. teriio p ·Ís d·· .ri<:IIL<lon:t r IO:!~l. lJtl:.' 11 pc trlPrlo: islnti.\~0. em vez du 11ppro- .
essas ct·ucnl:•s tlrl'l<'ll\:Ü.·$; n ,:~i m ldJ;IIIdnll:tr:ill ,~:n·.· .c •n•llltn :tO\l c~~a ci:Lu~ula t..lo clccrclo t' pro . .
pouco .e pou'<r•, .e n !J {'~pcro. I•Xl:ls 3> ou tms· ve·l· hiltlu .11111• ~··m•:lh:intc .amortiz·aç;IO se r eal izas-
· leld~de~ dn conqui.s t:1 ·.. . : · · · · ,.••. (.-1/lfJill.tl•.~-) · . . . .
() :Sn. ·L·•Untl~'Çtt Oll :\LOI'I:>IJilnQl' E:-CotlllO .j:\. 0 ·sn·G·1\'i:\•1 i>i:ixci·r,) ;;_ ·:-i~o ·ha lll;LO l ~gisla-
t~m nh:tndon:tdu ul;!umas. itl,•;~s. . . . · ' .. lÍI'O pmh tltinoh .· .. _ .
O S11 . CAnr.o~ Ar..-..:-;-.:o - .. ,, 11111:r VL'Z llll'' .. O .~ ir. i:A!ll."" A!'l'O i"~o:....,fl~,c espcrodemons·.
é ill\'t'IH'ivel a lllllii•uthi;L c"'' Íllto- ith•lo que, •li'~ · tr:d·•.o :llOtllt 11 e•rlllt'n•·l;i·. ·· · ·
gr.~t:~ danrc LLI_l' p:ll':t n p :>rl~<l <• liher J c l;tl\•,·z p;or:t !·:s:IJ l':wl•.l• .St· . Jll\'~itlenl•', •lc nenhnm n1oJlo
o pu1z. lhes rn .•pi •on u· g~hindo · i) ,,,..r:.ncinr. '" :11Úi11'il.:o\':t " " r·o;nlJI•' IIl:tt'irH tlu tllliH'O llt' !JUiallo
IIOIJ t'l':' d t~I JU(;II lOS li:ht doc eonlt•lll:t i'·.>'e. lltllil.tJ I p<tl: ::l, 1'1111lu. ;'\,•t'n o'l':t 11111 dt~'Ult\IUÍdllti · p:d:t•
lrug:el op:lent:un_c: !'l' c, _rn n pa f" ·J ~lc ac,-.,,::Jd<~r,t·l ''~'" •'1UJII'II Ii:ttll1 . 1'ci<l _e'i.· 111i•ll ' ll'•' .. tla fawmla
do ~e.us et~- rcd r gto mH't"" d•:cuhulus '"' poder, nas C;lllt:lr a,: 1le ~··n 1•arz (<lJtouul,..-), ~·'m er·:t um
m:1s so produ1.iodu aecn sa•;uu~, que sr. r·üo rlo- · altculath1. l'(•ntra n lei. Fu_i 11clo r.ontrurlQ.n ex-
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 09:52 - Pêgina 6 ae 17

Sessão am 19 de M:tio de 1880. 193


ccnção strictn, o comtirimcnto rigot·oso das llis- Não, Sr. pt·cstdente, roi o contrario que sue-
llll~i~!ÕCS 1la mesma lei. cedeu ; no l'l)htorío do St•_ 11residcnte do eon-
Qt]:mlrJ á (Wimeit•a parte desta nssilrçiío o cn- scll:o, o nobre uopul:!do llOl' S. .Paulo, encontra
. nuuciado do 1•roprio nobre · d~puta~o por S. p rov~ caiJal <lo
l':~ulo cncnrrcgou- se de Jli"OV31-a. Na verdade empenhnr- se bri hnnte:nente de tudo quanto
ex-miriistro soube dos- 'luc o
:>. Ex . .para llcmomtrnr que o cx -minisu·o da promcttera ao parlamento c no paiz. (Apoiados.)
fnr.cndn f:tlton nos compromis~os ~s~mnidos, Alli. se r.onsi~n:~ o f3clo de. ter S. Ex; amor·
:mgmcotando ~ cmissão,qLtando h~'· ia dccl ~r odo t.izntlo 11'1d:1 menos de l.í8 ·contos de réis de
fJUC já mais o faria com .nma sd nota dtJ üOO r>. lilpol. mocd~. S. Ex. por conscgninte·niio se
nll c!.(n qnc volt:ll·am :\ cirenl:1~1io 2 .!•·00:000~000 ÍlllÍl<)lt . !I CUlllllfit• a palaVI'a emponhndo, roi
llr> . d~crc to d!>l6 de _.\ bl'il, rJue S. Ex . poslo- m:lis além, nfio só deixou de ~ugmcnlar como
l
riormcntc mandara recolher :"t cai xa Ll•l :11nor· Cf!<!eliv'amcntc diminuio a c!rculaçüo .liduciaria . ·
LiZ3(50, 'Mas cli rü o nolll'C deputado, porrJne não se·
M3~, Sr. pt··~ ~idente, e ~ l c fa cto Jli'O\"Il o au- o~tencl~ tt :l ~morlir.:~~·õo nos li •;. do que falln o de-
gmcnto da em issão ~! Pelo contrario o exclue, creto de 1ü de Allril, pol'que além dos 88 con to ~
porque é prec i~:unent c a co n s crY:~~ão do ·. ~ tattt n~ o foram i~ualmcnte re:>gatnd o~ o~ :!.~00 de::sl1
IJliO . Hnvi:~ ft.O .OOO: OOO~ em 'cireulaçiio. O no- tlecreto, porquo~ em vez !Ie lazel-os reverter :i
h rc cx -·minimo tentou r ecolher 2.400:0005. circulnçfio não ordenou · o ex-ministro que fos-
O p:!rl:Hilen lo intet·poz.-se, proh ihiu 'IUC w rca· ~c m qltcimados tJelo caixa da ümorUzaçfto 1
liz.n~e :t tentativa, voltaram .it citculaç.li!l os- Senhores, :t msposta é.simples c r11cil, por
2.400:000,}: onde ll{)l'tatllo ó angmeoto 1 ! Conti • f( Ue o p3rlamento não o consentiu, porque
unam os &0.000:000~. O qne o nobre dt!puL.,do hou\·c proltibiçfio 1la lei. E para demonstl'al·o
p!ido dilcl' qoando·milito é que se niio diminuiu de modo a excluir todas :.s duvidns, Jleço licença
n sommn d(l papcl-moed11 emiltido. bfas V. Ex. para fazer um ligeiro hislllrieo da marehn que
~a be que entre não diminuir e :mgment~ r v~i te\·e aquelle decreto pelos tl'mniles p~rlnmentn­
uma difl'e rcnç~ t~o conside1·avcl, r1uc . não careta J'c~.
dt~monstmr. Ningnem conrnnde n irumobili • ..Sulmwttido u considtJraçlío d:t Cllmar:t o de-
dado com o movimento. · ·· creto de lG 'd" Abri I de 1878, foi por e lia ap-
Nilm sa diga que as d:~tns ju,;tillrmm ns con - l>l'o\·ado em tod~s ~s su.1s partes, emissiio de
clusucs do nobre dcvutttdo l'or S. P:mlo. W a liO .OOO:OOO~~; ~morliz~~iío de 6 •1. em cndn ê:<:·
mim que ellns fnrnecem :~rgumcnto j!Od~ro.~o • . ercicio. Ap~ztl' de ler o govorno çonaordodo,
0 compromi~so assmnido !ICIO ex· ministro dn como ha pouco mo~tt·ei, com n emendn 'ofl'orc-
.fazendn teve Jog:~r na sc~~Jo tlo.'iB de Mttrç(l do citl:t'- pelo nohrc <leputado p'elo Af~r:~nhlio, quo
nnno pt·oximo passado. · redu1.1a o qua11tum d3 emiss1\o a 6.0.000 :OOOb, a
Discutindo um~ ememla nprcscntada pelo no· c:nnt~ra des<.'jando honrar o ministro, em quem
ht'l'! deputado pelo l\l.:~rnulüio , o Sr _ 1\mu·es.·nct- depositava e t1tliJOsitmt :~tú :~o ullimo momento
J'orl. O nobre OX-ininiSit'O :l~S itn se I)Xp t·e~~llU ar•t•imitir:t·. mni~ ptcnn con lia nç ~. manteve .n autorlza~~o
(lii): . . ·
A lltl(lintlo a d~clttl'o t'lles por mi11t feitas algures .nlgmna 0 decrpiO roi pois approvado sem modifiCII~~ãO
tl{im cl~ 101'/lar Collltcci;la. a re&oluÇào r.m q11e tMio" . . ·
de ntio Olf(Jt/JcJtlrtr ct 11ossa circt~lncii(J {td1tciaria, Não succcdcu. porém, o mesmo no senado. A
11 7Uibre deptltrulo e iiii.'U amigo i1Íqttit·iu -~i pcw conunis!<il o, qne alli teve de pronunciar·st•, pro·
t:elltm·a yes11lvrira eH- tt totalidallt! rlll .cmis;uTo, (>u7. logo du :~s ilitp.)rl.1nle> rw.trkl;~_q;<_: ,.a..tlri.!.--··- -
autorizmla Jll!la decreto d,! iG tle ~\111·il do ruwo ulcirn, reuuziu rlo os 60 .UOO:OOOt5 n '•0.000:000~.
pa-ssarlo, c11ja. opprnt!CI!~iJ) o _t;Q"Ct'l'tiO sulicil'.' do ll!o!a rejcilt~da pcl:i t':tm~rn : n se~ und~. con-
W l'po lt•yi.~laUT:IJ. . . . demnando :~ clausula do resgate . Tenho pre-·
&tlls{!lét> ao ·n::bl'~ llr.tJtlllUio, n$Se!J;ll'lltl(/o·l/1t' I' ~011 11~ O I'CSiiCr..ti\"0 ll:I I'CCI'I', UO Qll:Jl iei'Ci romcn·
ti CtWJarti q11'' ·II!To fi:: t'e-~tl'icfrio ulqum~- J?~~to_n
tn ttm:• Jl~ l·tc (1<1):
110 firmt• t! tft•l!beradn lii'0110sllo 111! t l uO t'lll t llll' ·, O ar L 2 ." du lll'erclo lln pnd ~r l~Xl~r.utivo
f/.1/Ut C<'cill[i l tldi00 l'éi~, ÚJW!I', tfe ?11i0 111/!flllt'llfttl' lam l•f•m d i~pue CfllC uo fim 1le !'~dn m.:oreicio
r/t! lÍIII ! '1'111 11 SOIIIIIL<t tbt 11Ciflcl·lll11't(a tfiW f/!11'(1, 710 t'CCiliiiCI'• Sü·ILa :i c:tixn d(l. a111ortir.aç:io, pnra ~n t·
' jl(f i::.-.
qncimadn · 11 qnantiil correspondente .1 O"I• do _
O ~. O O 0 0 o • 0 o .. • • ' 0 o ..
c.,pilal cmitlido olé Slla lotai cx.tlncção. Esla
o o O o o •. O ~ 4 O o I • a I , o • O .. • • '

l•l :m~ ultt impor!~ um:~ nu~orizaçffo pnr·~ des(len-


0 0 4 0 0

· Jti t•~:, poi.>, rl nob1·r. !lCJ111l'rrlo pelrJ Jl/crl'rmh!f••. dor · :1 qLtanlia eoiT<lst,ondonlo :i somma ompi't'·
r1ue rt~ tltio pDSSil Cll ll~rdet·at· llr•sal:c•·tarla, ?l~nt m -. g:l(]n 110 ros ~~te tlo tmpd cmittido. Umu tal
C07Jt:Ctli!'lllC 11 f.llll'lltlcr. tjll.f S. E.v ·- trlllliMICIOII.; no 11perncno Stí púde-sc rar.ct• pelo soldo qne t•csut-· ·
sr•ntillo li<! tiJIJtl'O~a1··-~c liio .wimenl<' 11 <'1/!i.~.~tirr rl1: tnr da receittt orçaàn ~obre a dcsp ~z a · 11;~;ot1n,
· tüL ooo:ooo~ •.iâ reà liz-ada _ conto o dispõe o m·t. 21 dn aclunl lei do.ol'çn.·
. J:i.Jloi'Uinto n l 8 d~ ~(ar<:o_, ,:poca uo conw\'o-.. men.lo· n. 2ill2. l]e 20 de Outubro de !Si i, .que
misso, e~t~vmn cmtUHios rntegralnlentc os ~O :~inda rog~ o actual exercício, ou po1· nntol'i7.n·
mil con tos. $1) a ~W de Abril o mmi$lro da fa- ç1io t'S IJCt:ial cimsiJ!nnndo os IHüios. 1'cm rido
7.lJ1lda m:rndtllt l'I)COihcr os jJiOO, ordem qnc nqnella n mcd.idn :.dopl:tda pelo )lQdor lcg-i ~ lnlivo
· mais lat·de rorogon :·logo. cn!'10 PI'!Jl\,nd1•r I)U O p:u·:t o rcsg-nt•l <.le lotlo 11 lk1Pel· moed:~ e n~o ha
:tqudlc comprom i ~s o et•a nm m~ pctl~twn t o p:u_-a r:•r.no 'lllC JUStiliquc a cons i :,: n:~ ç5o ll11 .Uill:11'Cl'·
re\·og:~ çno d.cssa onlt•m_. que al1as n :10 <lepo_n,h~ hn t'~\'el!i:l l pn rn o rc~ gn lc de parto tlo;;sc p~[IOI,
tl\1 sun _ Yo ut:~.l.le, c <ltlc.hrtnanllo-n_o "·\·flltn!~lru !fll;t ll< o se. r rrl1llhecc que hn n m rlrJid t o qu~l
d~ fn7.t' tllln· violou :1 f~· tle sua llfllnna ' ! ! ~P.r:i m1:,rnwntndn 1:om n IJllola : drsi~n:uln l'3ra
:1'\llll ll··~:!:i.
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 C9.52- Página 7 ~e 17

194 Seo;:~ão em H) elo "Maio f\n 1880 _


·--··_:..:..::.;;:::-: : : . = - - ====
ess() ílm, que, devendo s(•J' Jll'cen.chido com vmncntc introdLJzidn na ch·c•ll:.ção, isto é, da
operações de credllo, ou com a agg-J'avnçtio d~ somnw rrnc em ll1gnr de espccies met:~llicas ode
impostos, trará no\'OS silcrificios. v;llor inll·in~eco: r()ccbcram o· credor do· Estado
• Pol'tanlo, pcns~ a commi$s:1o que <Í dau sul~ como pagamento de ~U3 divid11, o "fornecedor
do dec•·cto do executivo deve-se l.lccrcscentat· a c•JIIIO JH'CCO de seus . gcneros, o l'unccíonnrio
da lei do orçamento ·acima c-ilada , isto •\ · rJUO o .como rerribui~:~ío de sctu: scl'Víços, c Unalmento
ro~gate sé l'n~<l pelo saldo da •·cceil;t !'Oltrc a o. puiJiieo ·~ m geral como ;~ ,;ente de suas per·
despez.a de cada exercício. . . mntas.
Por todas esla$ f;onsideracu~s ,; a commi ~s:i11 • Lngo, esses ll "/. cousliluinm os pnglllncntos
de p:~reccr que a t>roposla rcinellitla J"ICla enmam pnrcincs u que o gon1rno se com pl'OIIl~lcu, por
entre em d i~cnssão, com n5 cll t c ml~ ~ que tJrar.o~ de :1.::! mczcl:', .nté n~sgn.t:w os títulos qu ~
oiTcre~c- emilliu c lhe rornm aceitos. ·
• E como esses lítulos rcpi'!)Scn tnm-\0 : 000:000~,
_ _ L AO art--~-!!..--- ~utv .<e no Hni : .~g-Ue -se-fr-tte-o g-OTemo de,·e pagar todos os
·artigo: annos 2.-\00:000;5, soh pena de fal t:tr l• pal:lvra
·Até a quunti;~ ciTectivamcnte cmillill~. E rnilis
ClllJlcnharla c :i honl'a compl·.omcUida. .
n seguinte condil'iio: Sendo o rc~ga t•J ordenado • Dese,nhel'cr essa obt·igarüo, ou tentn illu-
llil·a, como faz o !li'Ojecto ila commissiio, ·cousa
no dce.reto feito ·v()lo saldo dn rcr.cita solil'fl a tl lfio illeglli ma e coucltlmnaYel ·como contestar
despezn Ol'\illda_cm qm•lqucr df);; c.xcn•icio~- • d i\•ida de l}unhJil\'l' outra nntun•z<~, c recorrer
·Assim, senhores, O )larer..IH' da commissão.do u ~ uhtct·fu g i os nc época de seus vencimentos.
senado, em vez de cotlsignui· o~ rnndo~ nccn~ • • Por :;e r indcterminado·o r.t·cdor, não é m eno~
sarios para exccu~ão da clnusula •tnc se ref·~t·i n ao sngTMio o sett lliroilo, o meno~ rigoroso o de,·cr
resg~te ou :uuorll7.nçüo de U "!··· acons~ lhon IJil•J do Estado •1uc a cllc ·t·ot·rcsponde.
essn amortlzoçiio se realiznssc J1Cio systema :11li < O Sr. Silt•eil'cl 1l!T Motta ·;...,..Soja ontrro o reis·
então seguido, pelo$ ~nldos dus J'nluros orça- g:~l.e em J'eluçi\o :'1 totalium.J.u <lo papel· moeda.
mentos, o qttc vale o mc~mo rJUC c.ond•lmn:d·a.
• O Sr _ A.Jfmi$o G!'l.ço ( m inish;o da (a~l!mla ) :
O Sn. CESA.UJo AJ.\"1)1 :...;,l ~ to .:· dnri~simo. ..-N:td~ ob"1.:1, comlanlo que se sal.ve o minimo
O SI\. CAnLos Arror;so :-Apcn,1s sulnncllido tlos li •;, gnr~n H<lo s pelo decreto de lG de Abril.
ti discussão semelh:mte parecer, o nobre ex- mi - • Pro~cgulndo, Sr. presitlcntc, direi que o
nistro do fazenda foi ;\ trilnmn e itn(lttgnon -o, t·cs~atc da emissão ultima li um compromisso,
com todo o vigor, com todo o csfo•·~eo, com tL>da um de,•ct· a de~cmponlw1'. para c.om o publico
n energia~, fnzendo Ycl' r1ne se lrlii~Yu dl} nm em "eral. . . .
cllmpromlsso s:~grndo, ;rssumhh trelo ·Estado. • "'FaltM a esse dewr é tiío retirovndo .como
que se tr:~taYn do credito . rlo th••sotuo puhlko dei.x:1r lle sn ti~f:IZ<'I' o juro . dns :l!Joliccs, ou .o
uncionnl. Mais de uma vez S. E.x. pomlcrou tn·emio e nmortir.a~üo dos cmprestimos conti'R·
que si n emissão tlc pa~l-moc da fora u•~• re· hidos no c.xtet·ior. •
curso extremo, pam llVJ\ar que ~ popul;~rao do • No momento em 1J nc o lhct·mos; ntío tere·
norte do Imt~erio devastado \)Cill ~c,cca rnoi'J'Csse mo~ mui:; o \I il'cilo llc invocn1· c~scJ crcdilo, <IUO
faminta uns prnins omlc s~. tiulw ;r g·g-rrt)mllo, I'C· seniJn·c z\•lauw~, tle 113!;5"0.ponlntlliSsi ma llt\ sa-
c·urso exlrómo, impos to pt1las u ece~~jd:~.d.•s im· 1is fa ~·iío de ~e us cn.c:ll'gos. . . ·
periós:is com (jUe lutou, logo · rJne a:•ct' tHl•.•u ao •l't·r~un tn r~i ú iiiU$Imda t:ommissiio :por que
poder o gnhincte ü (lfJ Janei rtl, m·:;i<i rtue ú niio Ylll :tlüm, t.lcstlc fJlH' jul:,:-a· ~e autoriz<~da a
corpo legislutivo consignasse os ruci c·~ necl·~~:t· :tco.n s~ llwr c1nc u1í o ~~; cllcc.luc o resg~te du
--..li9..S-l};!f:l O_jetl l'<!$gal~.l~"J-~Jl_I,Q_I!.Q.,~ lln_. IJI 'O(•O_l' ~ l'll\l:0:S.1UI ·t J1 •

ç.'io eslntui<ln no provr•o \lccrcLo,· o fiU<' im(•OI'· .... .. ... .. ............·.... ... ....... .... ... .. .
tava uma diviun de lwnrn . · . Fa~cndo \'c:1· rrno era conrJlletamcnto illusorio
Peço Jicenl,'a à ·cnmnra pnrn lei' as p:ila\'l'tls 11 •·•~c urso nll"illtido JlCia c u uunls~iío do senado,
de S. Ex . . ~a ~c~~r.o de 11 1lri Julh<~ . (lir.i;~ o ~ - I~X . :JCI'('$CCIIIIIU :
ex·ministro dn f;rzcndn (lt') : · • blo não .c\ rc:;ular. Ainda o lei, que se põdc
• Sr. presidente, cu dis~c que o p~reccr r.ra dill!l' l'ccenll!, 11, :ti8:! \lO JN7i, t·er•etiu aquelln
lambem pOUCO C:OIISCillliiiCO COI!l :1 ró tios COII· J11'f)ll1e,:su tio dt•slinM' - s<~ o ~ahlo dos excrcicios
tratos, e a lcnldado flllC os ~oreru os, c(•Hro o.~ :10 l'c:<g-:~lc fiO PlliJÚI·IIlO\'da,
pnrtieulores, de\'011\ ~u:mlar no dcscmJillllho • tlr:• ntio direi IJtll' esta promessa rdlel'nd:~
de seus com prom i$sC•~ . se.i:t Uüshon~sla ;\ vistu dos precedontcsJ mas
• Asserto que não carec~ de ontl'n t.l~m ou:; . corn c.cJ·to~;~ rüio pnrccul'lí ~c ria, antes feita pnrn
tra~ão, nlém .da simples lcitur:~ tlo decreto. fJlle c lniJ(lir o Jlllhl icu.
nutoa·izou a cmh:sr.o. · .· • Pois é -c~ lc o CX(>edicnle que I()JUIJra :lillus"
• Um;t emissão de i>nvei·moelln, ·s(n\horc::, nfio ····a•la COIIHili>,~O de orç.nmc:nlo, em dc st~mpenho
é outra coma senão um cm(Jl'l: stirno for·ç..~do c dn nhrig";1c;'Jo . ~o lcmu cmc n te conlr:~hida I
.sem juro$, divida IJlHl o E~ tado . f;Oiltrahc p:>rn . ' t:<>liJ lsl·o nfto me .c~lllf"l'IIIO, c ·lem bt'3.f~i quo _
com um crcilor indciL·rminadu, rJual o t•nhlif'o·. , j unia ·ilti. ou11·:• phl'm;c, csc:11>::1 no cot·•·cr tln
• Si <livhta c, fo r•ço~· ~ sl• t.tJI'IW nqtlil-:1 , .110~ JlCUna ou Jlll l'~lot· de um di ~c urso, IJôdc, na
. ex.pre~so~ c positi vo~ lf~r·mos ('.rn r1 Uf! f,.,,. <•on- O[)Llliito d•.• algttns nobres $üiHtdol'c~. çoncorl'ct·
trahid:~. . p :11 :1 niJaln t· - ~u a c•mll:tnç:nlc que o ( ~<HZ gozava
· ; Ora , aut.ol'i7.nndo uma c mi $~ão de tiO .OOO:oou ~~ . Ih:< o•,;lrtiii ~IJÍ I'I), nmil11 mah; eoncotl'ct·ii.u p;~ra
n que se Clhrigou o g·overllo·t A I'L'CLllhtJI· o; n~ i.%•) fad o"~ \k~tn l>l'dCIH. •
J'll2ffo UC 6 "/,, to !IO ~ n~ :\!U\l>S, 1la SO I_IlllHI _L'Jl'ccli.· 1• l !;i( q uuu \liz !:1.o nobre .. ministro..
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 09:52 - Pêgina B ae 17

Se1:.<i<'lo em In tle Maio ele 1880. 195


:Mas, St'.l>l'Csidentc, foraml~:J.Itlados todo.>estes primiuclo·se a emend:.. da commi~são.-Sala das
esforços: o •cnndo persistiu 11a resolução tlc ~c~~õcs, H de Julho de i879. - ,1ffonso Cel$0 , •
npprovor o decreto de emissão. menos a clan· \Tê a c~mara, o ex-ministro não poupava es-
suln referente á nmm·lizao;iio. E, como o nohre rorços c expedientes paru cllcgat· no seu fim.:.
mini~tro annunciassc naquclla casi1 do 1101"· O seu pensamento. predominante era que o po-
. lamentO qUe apena;; approvado O (]CCI'CIO JlOI' dCl' CODl(JClente O h~bilitn~sl'! a honrar ll palavra
esta augusta MlllM'a tratara de mnndnt' col· do. gol'rlrno, empenhada no decreto de t6 de
loenr nn caixa de :~mortizm;1'io a qunntin nc·· AbriL
cessaria pnrn efi'ectuar o resgate corrcspon· . Eoomooillustre Sr. n~rãildeCotegipe fi?.esse
dente no exercício de i!lí!l- 7\.1 !JUO cstnvn sentir a necessidade de um 11lnno .geral pnm a .
":l findar- se; solfrou alli ~cres censuras . RecOI'· amorti1.a~tio ilc~odo o papel moeda em circuln·
. !.lo-me de que o nobre senador pot· Pcrnamh_uco, tiio, .tombem c:.sc ~lvitrc foi ndoplado pelo cx-
·o 51', Darros Bs1·rcto, o nobre senador por 1\llllns, minulro da f:t7.f>nrh. ·
o Sr. Ribeiro·dn Lnz c onLros :lCCUl'n rnm O .CX• ·o SI!. Hm.cÃo:- o~ conservadorn~ nntendl,•tn
ministro da f:.zendn de nltcnlat• contt·a a lei do "'"' ~ "
orçamento, desviando quanlias que d lr. (lcsti· C'JU() niio h:wi:.. supcrabund:meia de p:~pcl, sus·
n~va :i sntisfnçiio de certos serviço~ .Pl1lllicos tcntnram-o no conscllio de r.stndl), ·
p:~ra uma nmortiz~!)ão de qu ~ não Linha cogitarlo, O Sn. C.~nt.os An·oNso: -O ex-ministro da
nem est:~vn nn intcnó-'io do corpo \~gi~lntivo de· fu zcud~ dcl_l·Sc llre..«S.1_en~org~ni7.~ra-quellcpl3no
eretar . · · pa1·a nuo su att.ender tt amortllaçao dc ·6 ~• sobre
o sn·. C&sAmo ALvrM:- Apoiado . ~0.!>0~:000~, co~o a mass., geral do ll~IJel·moeda
emtlltdo 31() <'lllao .
O Sn. C.\nLos A.rt.or.oso:..:...Vcja · v _ Ex., SI' , Submeuido :í su~t :ipprovnção CSS!l tr.rbr.lho,o
pTesidente, o leito de Pr·ocuslo n que os nobre:• senado dellc não tomou conhecimento, frus·
deputados :Jtnvam os seus co·rcUgionario~ n_o taudo ·assimml'lis e~te esfot•ço do ex-ministro da
poiter . Si o nol>re·eK·minh:lro da fazenda, soh- fawnrl:l. · ·
citó no cumprimento da vontadc do cot'IIO . S. Ex . foi de no1•o á tribuna,leu o plano que
le,.isl~ti,·o.. qailndo vin a an•ot·tiz~ção appro· conccbeJ':t, chamon sobre elle 3 allcnr.ão do
v:id~ pela "comt~ra, curnva logo de atlllnt'elhat' o~ ramo .vilalll:io do poder legislatiro, pediu:que se
meios do realizai-a. o semdo accnsnva·o !lc.. \ll'Ontmciasse n respeito de matP.ria tão grave,
nttenlnr eonlt'a a Je'i diJ orçamento, de dnr ~Oõ tão urgente, mo itnllortante pelos laços que n
dinheiros publicos npplicnçfto que a lei do mows Jll'Oildi:lm nos crr.t:lllos do thesouro pnhlico.
niio tinha legitimado. . · .N:~da conseguiu; tudo foi boldodo. O senado n
Si, dep<Jis do pronunci:mtento Jinul do mesmo nada cedeu, nem discutiu o· plano de amor· ·
corpo legislativo, porque esta C(llll~l·n .nppro.. Uzn~ao geral, nem a amortização· tJnrcial · do
vando os emendas do ~cnndo condemnou ullll- decr-eto de 16 de Abril. Ficou mdellnida"-
riormente a amortiz:~Ção, - qac a Jll'incit>io mente adiado o projcclo de lei, que approvava
aceitài'n, o nobre ex-ministro 4eh.a de oll'c· . esse decreto c na discussão c votação do orça. ·
ctunl•n, o nobre deputndo por S. Paulo er:;-ue·~c tnento lll'evaleccu nlltl(li ~ idéa t:mtas votes .
tnmbem p..'lt'a nccu5al~o de allelit~do contra a c(1mb~tidn · tJelo ex-ministro da fazenda .. Ella
lei t I · . . eonslituc hoje a dispo~icão do urt. U n. ' da
A melhor boa vontade, os mniorc~ sncrJiictos IIJI em vigor. ·
pela cau8a publica, niio podem evitai' accus:;. E cst..1Luiu -sc que pam o rcsirlile dos 6 •; . foss11
snçücs desta ordcn). · npplirndo o pr~dnelo do imposto do fumo c os
Sr. presidente, cm·scssiio do scn:ulo de iO·dc _ s3hlos dn recert~.
Junho al,.llus de &'lliL.Illais_distinctas.meu.ullll.~"'-"~1---n -sn--:~:\M:Ts'l'TPJ.lnnl"n-:\~!Ja.r:io -res"ate- ·- ··
purccc'n do convencidos pelas instunr:ins d? mini_:1· · d ..
tro dn fazenda, dec1Dr3nm qnc nito porlm cntao - ~•'ral rlo pape1··moc a. .
ter .logat• :t eonsign~ci•o dos meios lll'ccssarill; O :SLt. CARLos ArroNso:- Tom rnziío . Para o
parti o resgato determinado uo dc.crclõ · d•l :l.li 1lrl •·csg:rto do pnt•cl·moe(lt~ ·em ~ernl e, portanto,
Abril, os !lll:tC$ só o orçamento potlP.I'i~ indicn1•, pal'a o rc;:gnte do do ~crl'l.o dtJ W de Abt•ll. !\los,
liquidando todos os cncn1·g:os '!todos •1s •·ecur8os ~~· mclhanlolllispusiçiio é comJlletamente Hlu~or·la .
do thcsouro. Um requeri manto foi em ron~e · . (AtJOhldos.l .EIIn ll:;m·n r•m torlos os orçamentos,
qucncia :;prescntado . pelo nol!re · S1·. senador na ·mnio1· jJarle das leis sobro cmisslio de JlGilel·
,rUllllliCira, IIICmbro da ronuniss;lo de OI'I,' U· JnOIJd tl, e ,iâmnis leve I'U~Jidade, porque, destle
monto, paril quo a t:liscu~sf;o do (tccJ'Cto se êpnca remutn, os nossos orçamento~, em vez de
adiasse ::1té que a lei du meios p:!~s ns oo tllll 2." ~ al(loli, ao cont1·nrio, t1·~zem tlt!/icils, o deficits
discussiio. . con~irlenweis (Apoiutlos.) Tal !"oi; llOl'úm, a ui·
o ex·miuislro da FtiZCtHl~ comlrsrrllllcu llc Hllla palavrn.llo cor_po lc;:;i~lativo. A lei se snnr."
bom grado com o desejo manifcsl~do pela com- cionou o estu em Vtgor. · ·
missão.do or1:amonto do sr•nallo, :J~I'l'llitnndo que De t.udo i~ to re~ultn: 1.~ ([IIC ninguem m;~is
cllc on\'olvia a prome~ ~:1, ~eufiiJ fomnal compt·o·. r mpenilado que oex·ministro !la fazenda em
nti!l$(1 do ~crc111 O(IIK• rtnn:~mcntrY :;llcndill:;s as clltn (ll'il' n l'romcss;~ dn decreto de ~6 de Abril ;
snn~ cou~t~ut(•.• n•••l:uu:11:\•'s eomecrnenl l'$ M t·c~· 2," l[ lUl o ex-mi ni~tl·o da r~r.cnd:r, em .tempo
g11tc du pal••l·ln<n'llil . ·~':i" ~ ineurulll cnll: :rci'C· .0ppnrltliiO _~olic'itou · do .tlOder competente o~
clitnn, IJIW ~- l•:x . r.-~11 ruu. 11111a t'lll•'lllla •(lll' llll'Í•JS p:H'n ISSO neC()S~ arws ; ~L • IJUC, ll:lf/1 con •
hnvi:l al•rl'~o·H I :utn Ih•• ~·· ~lllllh•...; IPI'111ns : . ~<· :~u ii·O, lançottm!•o de totlos os recurso~. dis·
< l.lo~litlu•lo•o;a·sl1" t'o •s!.(':tlr• lil'tr•t·utinaolr1 I"'"' ''lllinrlu na Lt'I UUIIa, apl'CSCI\Iando JlTOJecto~,
projeeto tl~ r:aln<ll'n rios :-\1'~ . r!o•pnl :~<ln ~ . >nrt· pmpunrlu emendu~. empregando emum lodos
Cãnara dos oepllados - lmfl"esso em 2710112015 09:52- Página 9 de 17

19() Ses~ão e.u H) de :Maio de 1880 .

os meios re.gularo~ ·pelos rioacs pode o governo l~ís pois ~ que s~ · re1l ui a accus.a.i;ão do nobre
fazer sentir 110 Jl:trlameuto o quo carece, o que deputado por S. Paulo e o precedente nbomiua-
noces:;itn lllll'a cumtu·ii· o sun .mi.ssâo; ~.. • que veJ do nobre deputado por J>urnambuco .• ;
contra 5 u<~s opiniõc5, coutrn m:1s iu st:lU ci:~s, O. Sn. .JoAQt:l~l NAouco ;- O que acho delcs -
seus esforços e seu \'Oto,.o. parlamento negou· t:wel é que o dinheiro r ecolhido â · eoixa rle
lhe o que pe:d i:~. · . . . omort iza~ão saia para qualquer fim, porque o
O que queria po1·tnnto o nobre dellULado por [H'imeiro servi~•o .do Estado é. o. da amortir.11çiio. .
s. l':lnlo que lizn~so o . ex-min istro dafa7.enda 'f l O Sn. CAnr.os AFFOXso: - ComG não hav ia do.·
Queri:1 que S. E x. e>qnecC'~sc :1s preseripçiks
cm~m:ul:ls do po!ler n fJ uc Ihe eubc olJCdeccr o deve snhir, si o or~nmento deu-lhe 3Jlplicnçiio '!
curvar -se, que prostHga55e ·a lei 't I eumo po· o·sn. Ioxoum N.\ouéo:-Devia ser fJUeimndo.
dcrin o ministro amortizar 2 .~O:OOOJ sem que O Sn. CAnLo~ AFFoxso: '-Pois o ex-ministro
o or~aml!nlo tiln·i,;se· n fonto onde fosse l.eus· dn f111.cti'Ja podi:~ mnndnt· queimnr dinheiro que
.r~ l-o s. . pertcncin ao Esttido o do QllO o Eslndo cnrcc.ln?
Ninguem melho1· do que o nobre deputado, llland:lr destruir n seu arbitrio uma p~1·te da· for-
que tem vasto5 estudos cconomicos c Jinoncei- tuua publica 1 11 ·. ··
ros, sal!c fJU!' niio existe papel moeda de sobreS4· O Sn. IoAQUut NADllco dá nm aparte •.
lentennsnrrnsdo thesouro ; que ellc .alli n~o ap·
parece por en·cito de m·tes mnr;icns. · Entr~ rA>mo o Sn. c.~nt.O~ AFroxso:- 0 dinheiro snhiu•<lil
producto do imposto, como pn,!!a mcnto dn reiHl:t l•uixa de am orti2~1'ãu ro rnn devia sahil', 11ant .s~ n=­
ilo Estado, rar. parte dn receita pub li c~ (apoilL - fins lettitimos e lcgaes. As t~cc nsnçu~~ do nobi'P.
dos), e como tal tem umn app l i c~çiio . um detmt~ do por S. P:IUlO. • • . .
. destino previamente tlclcrminndo · na lei, do O Sn . GAVIÃO 1'..-:txo-ro : - Mn~ jm::o perdão
qual !linguem tem · o poder nem o 1lircilo tlc p~rn diw1· <JUc isso é o envenenamento d~(l ·mo ­
desvinl·o. ·. lhorcs intc nçüe~. Eu n5o accusei, fiz um reque -
O Sn.. CEsAttto Ar.,·rlt :-E o pnrlamelllo deu rimento pedindo cselarccimenlos, c V. Ex. c.stâ
npplicnçiío a e~ses 2. ~00:000;$000 . constanlemcnte n 11i.zer-accusou.- ~tio fiz nc·
cus~cüc s . · · ·
· O Sn. C.~ntos Arroxso: -Ccrtnmente, era uma
por te .da .receita e tod:t elia é con~ignad.~ ú ~, • o·Sn. CAntos A~tFO;o(SO ; - o n ob l't! deput:~do
tisluç;io tlc serviços c ncccs~ idades publi ca~ , fez uni requerimento pedindo esclnrccimentos...
porque Ds nossas. dc~per.a s de ha mnito n·no O Sn. GAVIÃO I'J~rxo·ro ;:-E nn :.prer.iaçiio dos
ficam :ii{UCm tln recelln, pel o contrario, viiu lactos crnitti a mfnh., opinmo. . ·
muito :~I em, (Apoimloi) .
· Sci:thorc~, o .procediu1ento do ex-ministro da O Sr.. C.\nto$ ,\n·ox~o : - ... mns p~m j us-
fneudn ú perfeita c completamente incprcllen- tificar c~se requerimento, reproduziu na -tribuna
~ivel. (Apoiadl).t.) . nécn~açih~s que hn\'iam sido f tlit.1s un imprcmn:
Apenas a . cmnara tcmporarfn ~t' proimn clou S. Ex. deu os factos como oxistcnlns e sobre
pelo npprovnç.lío do decreto de I.G de Abril de clles fc7. .commcntorios.
i878 com a clauml:l do resgate, S. Ex. deu- se O Sn. GAnÃo Pgrxot•o: -0~ factos comtantcs
pressa em dirigir no thesouro 3 ordem para uo rclnlorio do ministro da rn;:enda:
ftUe fosse remctteudon cuixa de amortização, na O Sn. FnEITAs CouTrsHo: -At~ s~ disse que
fórm a twrmittida pelos encargos que o oncr~,·:-nn , em mnn cm i~ s~o snr. rata.
ns fJUant!~s disponíveis nté perr~u: e rcm n som.ma
de ~-~00:000$, exigidos pelo rcsgntc do L" ex~ r· O Sn. CAm.os AFI'\lXso : - Ora, Sr. prcsidciÜO,
Gicio. Isto em dntn de ~;; de Abd l de ttml, por· l'eprodozir uma accu~a~5o é "em tluvid:t accusar; ·
•1uc, como. V. Ex. sn b~. o CXt!rcic.io tcrmi nnr in c cu tenho por ~·on ~e~u inte pleno dh-eito de re-
;~pcn ~s dous· mczes depois. . ferir-me :is nccu~nt;.ucs do nobre deputndo por
S. 1>:1Uh1, q·uando n~ impugno . .
T.ogo, porém, que o outro rnmo dn potl•~r lt· -
gishllh·o, cujô ,,~scntirncntu crn dn HlC~IlliJ motlo ti Sn. Fnr·: rrA~ CoUTINHO : - Apoindo ; tem
i ndispons:~vel, n:io npprovoun :unortir.nrrio, 110111 todo o <lireito de d o re~a.
tJi-OllOl'cionou o~ meio:; uoJ vnilit·m·-::c., S. Ex.
cumpriu o ~cu dever mand:mdo contrn onll~ lll. Os fi Sn . CAnr.o5 A•·rox~o: - Mas cu dizi~, Sr .
J!l't~sidcn te, eis a qon se relluz a :Jccu::;açiio do no·
2.~00 : 000:5 niio po<liam nwis lic~r na caixa dn
:unortiz~ç5o: devia m :l<'lHiít• onde. os dt:J.nlnVn
hrr •l•llntt;tdo pot· S. Paulo e o l)l't:'Cedento :1b0·
:J lt.•i. . . min nvc l ·do nobre dtlputndo por Pernambuco •. •
. Scn!Jorcs, a. tli~posiçã•J d~l lni do orçnnwnto OSn. Jo,\QUI~I NAIIIJGO : ....:.. Niio, do nobt·c ex·
or a umn prohibíçi1o im}leriosa c ·pcremptoria. miui ~t•·o d~ razemln·.
Hlln dcLcrmhlaHI CJllC para o rc~gnliJ cllllfUC~ Ião O Sn. f.Am.o~ Anw;w : - .. ·.. redul.·Sl! 11.
so cmpre;:nssl1 o IJI'Odueto problem~ lico .elo im- nfü• ler· C'O'cctundo u nobre cx-miili8tro dn Cu·
JIO>to ~obre o fmuo e o s~ lilonind a uwi~ pr olh l·~ ­ zcnda, c lll Abril ·ou ~twernhi·o do anno pn ~ando,
mntico d11 cxurcicl'> ~···' )8i!) - 1.880. . .. . . . MJnill o fJII I' R lei ~ ~Uh.c dell o podnr. o direito o
Qunnclo, po:·t\m. t e 1·rninav~ ·n f!XCI'I'ic.io tlt! os moí o~ llt' prnti1::11· t•m JanjoiJ'O tlt! :mno pro·
· f8i!J- i&IO 1 · Em Julho tiO CO I'I'l!Rie [1 11110. ,.into rnturo. . .
l,!n:nulo se porl i ~ :~pm·nr o prodnclo tlo imposto O Sn. G.i.n,\o l'll iXOTo : - i"i:iu 11poiudo.
sobre o J'umo e vc~rifk:tr a cxi~lcllein dtl ~:1hl os ~
l>CilOis dos seis · mezes 01thli çion nr~. i~ to ,·,, .11Ul O Sn. EA1u.os AI'I·'ONso:- Ccrt.nrnNllc; V. l.~x .
Jnn ei1·o dll ~uno proximo fnltli' O. t'Onto~s !n CJIW ~(• ticJlOis de lcrmiuado o primeiro
.. . ' .' ..
C~ ara dos Oepltados · lm(l'"esso em 2710112015 09:52 . Página 1O de 17

Sessão em 10 de !llaio de 1880. ' 197

cxc•·cicio para que foi volada :~ uh itn<t lei (\o LCl'iOL', l'ui O (lccrctO do gove.l'tlO que ~pproVOU OS
orç:unanto, só depois de $U!l liquitlatlào, é •tuc csL~ tutos .
.se p.-,de verilicar u cxisteucia tlc s[lldos o . t1 E, SI'. tn·e~ idcnle, si c:.~a f1.1n;a, esse alcance
lmJJOrtuucia prorluzida · f!Clo imPQsto sol!re fnmsJ não pódú lt!l' o decreto de a Jl[n·ova~:.o de. esta·
uulcos meios ~o1n qúe a lei ho!Jilit'n o mini~· tu tos, tl~U ~ci que ~ i gnillca ,~:io se d evu dar· aos
lro.para o resgate do papel moeda~ t actos de>sa uaturez:t ·c pa1:;i fJUé lim ligurnru .
O Su. I;EsAU10 rlLYI~I E OUTllOti Sus. JHll'U1'A • clles em 11ossa colleel'ã~ de ld, .
oos :-.Apoiado.· Foi· em virtude deste ultimo llecrélo, · uni co
fi uó•vigora ~om rcferenci~ ~ companhia Dotu· : • ·
O Su. CAIILOs An·uliSO:-No cxcrdcio de 1878 , pic~l qarden, l!Uc ~_governo c~t~nll~u der~r
-187!} o ministro da' fa~enda uão [lQdia levar " tndcfl'l'tl' a ~tw l'tcLlçao para \H'IVtlcSIO de 30
ciTeito n obra, cujos maleri~es só ronun c1'cados :mnos, cont:tdos da inuugurn!_\ão dos trabalhos .
no exercício d~ IS7.!l-:l880. O tlccrete · upl!rorou o~ c~tatutos <IIHJ faliam d~
O· SH. Lo~nE;-;ço or. ALilUQüiÜlQt:E: - Isto ~ 2i.i";tnnüs, e, {!O r couseguiulc, o go1· ct·no nada
evidente. . . nwís foz do 'I uc . manter o lll'i ,-ilcgio tal como
O Sn. l'IIJWDENTt;; - Lcmlii'O ao me u nobre clle o h:IYÍ:I croado.
Eu, Sr. prc~idcnle, não vejo em quu $enle·
collega que a honi está precuc hid;~. Jhnutc C:lclo t~omo tlissc o. n<., brc deputado por
O Sn. CAnLOs A~J'ON so: ..:..._Vou concl uir, ~r. S. Puúlo, j10ss:t Jll't:OIIH· sCJ ú moralillade da
presidente. · · . adruinistraçiio v~s~;tda.
Creio q ne a· rc~peilo da {trimci m l>;u·to do dis- U Sa. YtUIATo o~ 111EoEmos: -Absólutamcntc
.;ur~ llo nobre dcJHllado nau:~ mais pret:iso
:JCresecnlar. U.J)(Jiatlos .) · uada. (AtJ<n'ado~.) . . .
O Su. CAntos A~·•·•JNSO : -O que I! q l\0 ·S. E:.: .
. O Su. U~LcÃo : ..,.. Hc spo nd·~ll tterrcitamcnte. ccusur:~ no neto do . governo 1 Elevar o JJrazo d9
OSu. CAutos An·o!'i~o:---QIHIDIO :i :;cgundn IJllO tlri\·ilcgio u 30 annos llc ~;; <JllC cl'tt J Ni10, o go·
se refere a octos do minishll'io da a ~ricullura, :t VCI'nO ucn·on esse favm· a companhw .
umn proro~nçlio de prozo, qu.c o nobre dcput;tdo . · M:mda1~ contar os 2i.i atmos d\1 dat:t d:\ inau-
por S; ·l>aulo afirmou· hnvc1· sido conc-~d i cla Jlclo guração dos trabalhos? -.
muito i Ilustre ex ·presidente do cous~Jho á com'
~unhin BotuniMI G:trden, eu pondc rar~i IJUC T<~mltcnl lliió, pol'ljue b;;o é o que. eslava con-
.S. Ex. lahora em comjdcta in~xaclidiTo de· cedido dosrlc 186::? no decreto dc aJI[li'O Y:J~':Io Li c
f~c.to. Não hou vc, Sr. prcsidcu to, conc·essão cshtulos . ·
nlg'uma do gvvcrno o c~sa comlwuhia. · O g-ovet:no uaclu ínnovou, ~~~~~h ':il"is fez do
O governo, Jlclo contt·~rio,indercriu um !'eque· . que rospetl<tl' o m:mlcr o qn!l .Ht muste hn i8
rimento que para esse . llm lhe foi diri:;id:J. annos . · ·
Tenho CÓJiia do t·cquerhucnlo c do ilc:spucho, O Sn. YtnL\l'O IJE 'IIIED~IUos 1:: m:Tno; Sn~. DE·
cópia cuja uuthetllictdndi'! J!Osso {;<tranlir ú ca· I'U'I':\DO:l;-ÃjJobtlu. . .
·m~·ra. Ne s~u rcrjucl'imcilto prctcntlcu a eom-
Jiaubia qnc o gon:rno tlctcnninassc p:tra durn- O Sn . C.\tu.os A~·~·o~so :-Entrcl~nto lli>se o
•iiiO de SCU pril·ilogio O [lr'.tZO de 30 <111110~, COII· nobre dcint.tatlo que f_?i JlOr tle~!ais . de11tor~da
. cedido por uu1 deCI'cto anlcriudlquellc tjUe oH1wl :t SCII uçiio d.esl!l t(lw~tan c a pabucao.;:llJ do neto
presidi u á sua or.;-nuizal:iio. . qne :t decidiu. · . · · ·
E' prcdso nolur,Jir. presidente. ~ l\l! u:~da m '· !:. :JL\tnrcs. a t1emom na_~_...:ei:;ã2 do rcqued-
no~ do" ll·êsuccrcios so prmuull-:uram so H'o mcnlo dn r.Oili[Janhra nao rõí!uo i?n~a como
\ltjllcl lc tn· ivilc~io. · ' lHil'Cl~C aü nobre 1\cpu~1do; :1qU1 ~tá o SC\\ re-
O primeiro c o de n. 1733 de t2 de Ai:li'I'O querimento datado de ~2 de Inneu'O de !.880.
de 1806, qt\c n:.~ d~usula W pn~ceitu:~ o ~é· O Sn. YtmA1',; oll ~IuDJ·anos:- ~los é tol a bo.1
gulute (lê) : ·. · vontade uest!l negocio, q no ate d ir.in-se que nem
• E' g:H'31tlido :i comrtanhia, mun vez incoi'· I'O (Jm•ririlcnto ha\'in . ·
porad:~ , p1·ivilcgio exclusivo Jm!o tempo d ~ 20
O Sn. C.\m.os AHOli~!i:-Q noln·c c "-n~l,ni s ll·o
unnos, contados · desta daln, pm-a o sctTiv'O •r no da ng rintltnrn dcn o seu despncho <lcfiillll vo no
faz objecto de ma emtn•cz:l. • Lo de Marçn, ('.I'~ io qnc um mez c oilo di~s de ·
. Dous :mno~ m8is t:trdc, f de J\bril d:~ lRiJS , .pois. Or:r par<t l]ltrrn conhece a marc.ha ~cnta d~s
.b:lixou segundo deet'uliJ com o 11. '21~2. no negoric ~ pt~l a~ nos~ns l'CJl:lrli~ i)I'S puiJlrcas m1o
t}Unl fo i :tller3du essa clnnsnl:~, :~mplinudo· se o dii;Ú cerlalllt>Hit.' que hnnw ddDngn ~ r ~ta rd:t ·
prnte do t'rivi!egio a 30 ~nnos. mcnto no on~o de ql\e. ,~c tr aL~.
Erriuvc lln~Jn\ cnle tcrct•il·o decreto n. aool nr- . O Stt. l111r.rclo rlos S.1"-rcs ;-Oh! si lo.1dos os
' mndo pelo digno S1·. coJl.selltciro Sinimlni, em despachos i'Mscm .:tssim!
i8 do Novembro do UHi:!, que ll fllli'IJ\' OU os e~l:l·
lulos tia compmthiu 1\ul:t nic<~l · G :Il'd en ondu lieou · · o Sn ; c,,ni.os A~·t:oliso :- A cit•ctllll!'.!nnoin da
óstdtclel'hlo · (JLIC o tOIHll\J tio dur:1~~iío (\o prlvl· uilÍt lllllllica~~iío do aclo ui.ío sei rtnc nll:uncc possn
Jegio SN'in tlil ~ :nullls t•on l;tdos 1h1 tlala3 da ler . . ..
inaugn••nçiío dus linha ~. O Sn. · ~IE!itA UI( V.\~Ct1JStELLO!t ; -· N:tda prora
· - O Su . B.\l'TIS'l'A l>•:n~>:IM : -Os cst:tlulos alto· contL·<I " legalidudc do aclo do :,;ovcrno.
ravum a dist•osiç5o do <lccrct11 . 0 :::ill . C~UÜtt'. ,\nm;:;.t1 : - . : . C liUl llliltisli'O
O Su . C.lnLos A~·F.oN.so :·-Niío for:un os es t:~· tl c c,:lad o. n ~o. póch: sei' re~ ptll!sa\:~1 nem j:e_! u
luto~ IJilll alteraram a llisposi~.iio do dcurcto uu· llemol'tt, ucm \lo:ln í<~l!n d.c pu bh1·n •:>~o , que U:t \1
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 2710112015 09: 52 • Página 11 ae 17

198 Sessão mu l!J de . Maio de 1880.


=--=--;.~:-~- :::=~::- · -:.=- ~: .; ;.~~...:.;.:_.·..:.. __:._.:...-:... ...:..~-~ ---·:: .

corro nbsolutmnentc sob sua inspec4_;iio:; [lt! l'• · As apr1,c.ia~üc~ l'cilil~, ·IJOI'~m , as ccnsuros ·
tencc á IYJ!O"'I'aphin n11cional c ás ~ecr~:tar i~~ . aprc,cnlaua:' llCio dcputmlo t•io·:,rl'andcnse (juc se
SI'. prcsi:leuto, a dc~ucilo de me t~r vbi•J · tlcclarou , hontc.< m, em opJIOSiçfio, contra a po·
forçado u vir á tribuna deCcnd cl' . JJCSHJ<~s a ((Ucm liLica do g:11Jiuete em r elao.;iio ú J!ro\·incia, que
tributo . plll'. mOi$ de um litulv toda :1 minha Lenho a houra tle I'CJJresentur, me obrigam hoje
estimn, a·cspeílo c l'eueração, cou U·a as at~cusa- :1 o•:Cllilnl' a tt'ilJilll:l. ' ·
. ções dos nólm!~ detJUiados 1101' _S . i'attlo e l'CI'• · Nu o podem l:tlls c:en~ul'as JlaSSD I' St!llt rt1Jlt.ro
-nambuco,niio nutro [mra com S.S.EEx.senlimcnt•r tle uossa purtc; a .nem eu obedcc~1·ia ao dllvor
algum hostil. Acato Jlrofund~ntcuto a ambos; fJllll . me imtJõc o Htell mamlalo, si uão proles-
a ambos teuho em conta t.lt! dis linclos r.o-rrli· tassc .conll·a os doestos J:m(:'ndos no Hio G1·:muo
gionarlos políticos, de quem o meu IJri•ticlo e u tlOt' um seu Jlropl'io representao to!
m e u paiz nind:t podem e~[Jetat' ·$cl'\' i~·<» rel c- Entt·cl:ullo, uma Yl!Z que ocuupo li tribuno
vantes ... E crl}io, SI'. . p1·c~idcntc, qu•! dos bons em tão solemno momento, sejn·ml! licito a pro·
desejos, que a resl'eilo de um e imll;o me ~ini•J dnr l:mibem nlc;nnu1s dns altas qttcs tõ · ·~, quo fo-
animado, nüo JlOsso d3r · mais eloquentc .t\!,;- ~·:ttll :•qui tcv:mtadns, em rctaciio ti politica geral,
·tem unho, do que f<•~eudo voto~ si un:rus, )l:tra a lli<H'elta <Jlll: traçou tY g-ovet•no. :
qilc todus as :~ccu sarõcs qnc de ftltnro SS. 1-:li:x. . Autos tltJ l'nzcl-o, Jlermilt:t·OIO V. Ex. e a ca·
venham ·a sofi'1•m·; ~ejarn .tiio Jll'ocetll•llle,: e fun· mura, que <IJli'C"CtthJ ao no1J1·e . Jlrc ~ idcnt o· cto con·
dndns como uquell:•s a •tuc nt•aiJo (le respotnler . sclho :.s ruinlws felicil:•çõc~ pela linguagem
(Apoiados ; muito bem; mu-i(.Q bem. ) · vcrdtitlcit'3l1Wnlc pai'lamou.l;~t•, qnc S. Ex.- usou
honlcm. (3Iuilus OJJoiudos.) . .
O ·Sl•. Gln.·lílo Peixoto (p!.'lu onlr;m) : O nohl"l' J•residtm lc do conselho propõe· se â
-Peço.a V. Ex., qnc cou~ullc a cumarn se me ~raud.o larcl'a dü rc.,taiJclcccr o svstema l'epre·
faz 1\ grata (]c dez: RI[UUIO~, pal'3 dOI' UO IIObre SClll:Jlim, e COitH!~~OU pot• lllOSII'llt;·:t siuceridad~
depntallo por llinas uma b1·eve· resposta. com rtuc proce'd~·. l'i.mdcndo :.o pal'lamento tiS
· o SR. J•ll&StD.&Nm:- 0 JlCdhlo do noht:c de· dc,'illaslwmenag ~m . (Muitollcm.) .
pntado é contra o regimento . O requerimento O Sn. Cos·rA AzEnmo:- EstO\'ttmos desacos·
pedindo urgeuci:t u~o plitlc prejudicar a ordem tutmulu:; a isso. ·
do dia, S~l':i p:.ra o .di:.~ sag-uinto s:.lvo o ca;o da O S tl. Fr.ouENCJO vE AllllllU ;- S. -Ex. com·
materi:~. flcot• JH'cjudic:.~da. · tJrellendendo IJ~m a Jlo~icuo que 3ssnmiti, mos·
O Sn. G,wJ.:i:o PIIIX.oto :-1\{ns quem .; 0 juiz li'Olt fJue não.tonia o [lOder pela :unbiçiio de go ·
ueslo caso. · . vct·u:tr: s:t li sfuz um compt•omisso,obodece num
tlcnt· l'olitico. ·s. Ex. mostrou ~inda, rtue com·
O Sn,, mi::stOEX'rE; - .E' o regimento, e :t ca· lll'ehcuJ.u ·a . s ua rcsponsaiJllidnde, como COID·
m :U'Il nlio Jlódc votat• L'OUSJ :~lg-uma conlr:t dis· ·Jli'Chontl o Q t•cspeita a rcspous:~ bilidade da eamara
t>osição expt'Q~>ll do reg-il!lcnto · c (l do ·seno elo ; pol' isso,. tc.udo uma idl!a .a re:~.·
O Sa. li.Wt.\o Ps1xoro : -"Rc~llCilo a tlccbiío lizar, niio a impõe, nem ameaça, espera o· tJteciso
de Y. Ex. o tJcço que consnllc a ctts:. ~i m~ · :.~\Joio JJarn cllectnnl' o seu empenho; sr não o
concede m•g:cncia JlHI':I amnnhií, sem Jlrduil.(! d:l o Jtivor J'clii'UI'·~(!· ha, ·ficando sulvn s uo t•espon-
ordem do dia, rcspomlct' ao uoiJrc deput:ulo snlJilid~ tle sem f11zer a l'hliculn tinrodia da scn•
por Minns. . . · t c n~;~ lln ~y billo : oi.Jcdccc oú de~lplli'CCCI'Íls. •
Consultoda a c:unn•·n, fui ,, 1, 1,,. 0 ,.:~tlo 0 rcrtuc· tr umn comluct•1 IJUc honr;~ um gabinete e a
rimento do St·. Gavião l'dxoto. · caln;u:;~JJ~.\:.J!.JU!Qi.ll....i,lJioirufu · - -··
Sr. prc:;idcnlc, não · ass iguci o l)l"ojet~to· cl"
SEGUNDA llAl\TE D.\ Ql\J)J::.\1 DU DU. rcfurm<~ co••~Wuciuna l, aJH'escntado o anuo tiitdo
a e~la ra s~ , e ntío ~ ü o não assiguci como uiudn
Continuatii'o ll<~ di ,cu~~úu 1la n •SJIObla ú J'all~ JH'(•I\Uuucici -mo couü·n ellu, POl' ~~~htd·o Íltl\Om·
. do throno. plc!o. · .
minh:t ~ iuil;os a rc:stJCitll d e~ ta uwterin sfío
·. O Sn. l'llt~ W I! N1;1>: -O uHimu vrntlo•• IJIÚ) conA> h ccidn~ . n ~u !lo hoje JJI'Jll til: hontem, mas .
fali ou nesta di s!'US~fio roi u SI' . Jnaqnitn i'\:tlmco. dc~,·lc o pl'ill\t•it•o :nuw 0111 quo.i me foi tlad:n1
a favot•, c, romu n:io lta· Ut!nhum Sr. th.'(lltlatlo honr:1 dtl ttJL' nm a s~l!nlo w.•:;ta t·asa. Nunca fiz
in~twi plo •:onii';J, dllll a l'tti:1Yrtl ao Sr.· Fil)l't~IJ c i o t] ttcsli'io tio modo olc r ea lizar a· rdormu; IJUcria
de Abreu, rruo cst:i inset'iJllo a fttV:JI'. c l ciç~o ti ircctn, romo a !Jlli!l'i3 totlu o meu pnr·
tido,couHl ~ J.li'Ocl:•ma\'11m o~ seus ch~res, qu3ndo
C:) 8r. 1!"1oa•enclo d~ ll.ha•eu:- Sr. c~tavmnos clllli JlJio si~fiu,-pot' meio tlc simples lei
Jti'c:;idcntc, n;'"uJ Jll'clctulia mal' ila )t:tl:nTa llt)s\:1 onliuaria.
· lll~t~usaiio . Cnnli:mdo m1 g•: sHin tl% h oun,tlo~ ··~·
valhciros rJUC uccutwm adtw huuut u a:>. c_atldms Mas, ;;i fu~~c co1Í~itlcrml:; iut.lit~piustiYclll t'c·
do go\·erno, era meu lii'HIJO~ ito · \'ol:rt·· sHnl'lcs· funna n' n~ lltnciüiWI ·, ·Olt. il accilal'in· tambem-
n~cnlo o t>ru.icctu tlc I'C~Jk•s ta ú ralla rio tht•onu L' lllll'oJIIC u nossu 11111 ct·:1 obter a clci\~o dii'Nilll, e
·nao lomnr u aliL•nt;tlo dn ~~osn , ~cnüu •ttt:nulu nttu tlovi:lllllls ~ ncl'ilical-a ao tlluio do rcnlit.açiio,
fos~c porvenlllt'a r;un~idr~ru tl:1 illlli~pen~n\'Cl ~ ue111 cOill'OITlll' lti O~ pMa tol'lla,· a Constiltuçiío
winhn paltn•rn em upoio tle 8CUS uctos. Ncs:w uma IJ:ll'n~ it·a :\s justa~ tlSJJÍl'nt:õcs potmlnres
tlosiçiío ('onl:wa c collto nwntc•··mc, <'lllrtn:mltl (Jipoitlllas.)
\..'StiyOt' COI\YClii:Í•Io tlo; IJIW :1 Cnllfi;Jlll.~ll IJUC de· }\ üo . nlosl ~ritc ni'to l iti VCI' a ~~i;,:nnll•J, c ;1nlo~
j.lt.lSt!O DO 1-:\1\'CI'Ilt.l St! · h tll'lllOUisa···culll "l1S : lll ~' l\$ . cun1hatitlu o · [II'Hjct~lo ·:mtct·iut•, -~ll[JI't• a Tcforma ·
Ôt!VIll'l'S de de!ltltotlu. . . . o lcilur~l , cu f ;l\.' ll jtl~li\t\á wo.iorin desln catnara,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:52+ Pág ina 12 de 17

Sessfto om lO de Maio de 1880. 199


====~==~· =::=...:o~=···· ·- -· · - . =========
;~o3 uobre5 deputado> que o 3$~Íg-1Hil'Jtu. e apoiam JJl'OCI11"3Udo uma sol11tão, colll a qual possa
o actual gabincle com um lJt'Ojcclo diJÍ'el'euw. u!Jter o assentimento da crunara vitolicia.
Niío os considero, como os nolJI'r•s deput:ulo., u Su. Hom<~. us An,uao ;-Humilhação deu-se
da OJ}posiçiío, contr:~dictorio~, memeedO!'es d~ o :mno (las&~do .
severas censuras; julgo, oo contrario, <JUe obc·
drJcem u um ;tlto IJ!'ecei!o [lOlilil.'o, tJllC deve Si•t' ü Su. FLOHt:X"CIO Dll AunEu :~o governo, acres·
~uardnclo Jlelos p:.l.l'titlos, n:io s:~crili~:mclo sm•s ccntou-s(!, com o sem Jllano, obriga a camnra
tdéns 110 ~odo de realizai-as, o pl'Íncipio :í a snbmettet·-~c. Longe disto, c folgo de o dizer,
fórmn. (lftuto bem.) . as palavr:.s .do .· nobre presidente. do conselho
·. O partido liiJeral, como eonllrmou húntcm o são n nwis e!Qquenle contestação u semelhante
nolm:l presidente llo r:onscllto, o que ~u,tculoll cen~nra. ..
sempre em oppo,;iç~o, foi a re!'ormn eleitoral por O governo. n:Jo· obriga n camarn a cousa al·
lei ordino.ria. Chamados, porém, os HIJeraes ao guma; eila é com)lletamenle livre, para. pro·
poder, npparee!lu como condição ú I'C:tHzação de ceder como entendei'. Si o ~rabinete lfío perem·
seu d•!8itlcratulli n reforma constitudonal. O que ptorinnwntc declara que em caso nlgum proporá
cumJ!ria razeJ'? Ab~ndonm· a ch!i~ão dirccta, a dissolução <la cnmar~, quo rctirai:'-l!ll-lw, si a
sncr1llc~l-a por umtt (JU!!slão ~ecu:ndaria que tMioJ'iij, quO retJrcscnt:l, o não sustentar, como
n:io alteravo n idé:1 't obl'fga n cau111r3 a submelter-se, onde está a
Engnnn-sc quem sup[lÕe que se 11údc fn1.e1; irupo~iç~o 'I
governo tr:u;:mdo mgm~ absol~tas. O svgtcmn Entendo fJllc o Si'. presidente do conselho
parlament::u· mouarcltico, que N é 1•m si uma andou IJem inspirado, que o gnbinelc, bem com·
tt·ausaeçUo, se exorcc, na maior parte tios ~:1so~, prehcndl'lHlo o estado dos negocias, tJrocurou
lmnbem por lr:lhsacçõe>. l~ot·ro~ diver~a~ se dnt•-ll1cs a melhor soluçi:ío quo n conjunctura
acham em M1;üo; hnrtnonisal-:is, c.ollocando-as ucln~l. permiUl:t. . . .
no s~i'viço dn r~alizaçuo dos postulado~ do.seu Ell~ obrigaria a c~tMra a submelter.se, si a
parhdo, constitue o f:l'aude e~(or('o c ao lllcsmo colloên$~C entre o cumprimento de seu dever e
tempo u gloria dos llomcn;.; ih! estudo. . . o dcs~ppnrccimeuto ; obrigarin n camara a hu-
A .maioria de~ln rnmnl"n, deixando de ·Indo a milh~t··~c nm~mo, ~flcntMsl! mostrur·se nn,es
quesWo do modo, ~ceitou c volou o JH'ojcclo de de tudo forte pelo apoio da corrJa, e manejnsse
t•cforma constitucionnl. Nao ob,-tnnto esta con- conlo nt•ma de poder a amen~n constante de tlisso-
cessão , o senado não aeu sou nssrnllmenlo, lu~mo. ·
recusou o projecto, qu~ sú mer~ci:1 censuras não O Sn. Hou·u DE AnAUJo:-Apoi~do.
Cl'a po!' incluir ft refonna dH cousliluicilo. O Sn. FnEt'rAs Coummo:-V. Ex. acha a
O que deveria fazer· 1t mniot·i:t Lia ciltn~l'n .
pergunto :iquelles que contm o novo meio" om~ di~solu~ão uma humilhnr•ão? E' um meio •eôn·
~tltLtcio'mll. · • · ·
pregndo so pronunciarnm lton!\Jtn? Apresentar
umo segunda vez o mestno projecto ? Seri~ O S<t. FtontiN':W DE ADnEu:.;... E' com effeUo
nd.inr JIOl' mnis t!!mpo n l'efOI'mn, uiio ~e de~ um meio con~Litucionnl; mas esso melo deve
vendo contar senão com UIIHI se gnu da t·ecus~. ser· s(ilncnlc usado nos SUJH'~mos momentos,
Abaudonna• a id~a e viver de cspcdiunles. nppt·n· •Jtnndo com fllud:uncnto acredito a corôn que a
veit~ndo ultHI posse 9phemcrn c ingt"onn llo uWilWia dn cam~l·:t nii.o representa a opinião,
tmdcr, em qwmto ~Jll'Ottvesse aó 1Jon1 hlulHlt' f{Lwndo H'ja preciso fnzcr qu~ esta domine I'Cnl•
ila coruo, •:etltJgando oJmrlido o sen prog-mmuw, ntt.:nhl no gnYlll'no, su[ti'ClllU aspii·açiio dll sysle·
fullnndo as suns mal$ ~olemne~ lJI'tlltlc~s:•s I) ma l't)Jll'l'~l!nlativo; mus proteudua· emt~regnr este
, ~-c:t~n't,!to o seu. completo tle~~t·euítu no ~du d:1 mci•l como solu~~o Jl:lr~ lttllo,~t protJosrtodetudo,
opnrl.ro 1 tipoilufo.~;-) -~ --- - ·· . . . :'CI'Vi\'·>1.' tld\o COliJO (lll\Qilt~(l COIDO I'CCUtSOJtnrll
Entendo, ~r. pre~ideitL~. que :1 ~utlilll'iu pru· :uhtui'di·-tiró~l'I"YW~·o :lmctÚ'ÓnLM'-os U!Jios, im·
ccd~ bem, mspu·~.so na vct•ll:Hictt·a donlt•itw, lllll'la , !'em rlttvh\:1, uma ltumi\hnçiio pnrn o co•
ncottnndo (I PI'Opustn rlo Jl<>dcl' eXo!'llliVo para mal'a, pol'!lllC, ;dtuln qmmdo clln votns~o con·
uma ~·crorm:1 eleitoral JlOl' IL' i ordi n:!l'ia : 1\ u 1\•nttu ;;ens proprios scntimcutns, in~pirando-se
que :lmh~mo~ pr!lirlo em üft\)tJ.,i~:\n ; Hne d•! o~. tlep_ulatlos stimenlQ twsJ~I·cscritlÇlies !la con•
cott~t~~õcs o p~t·lltlo volln ao ~Cil1H'itntJil'ú pm· ~~wuc•n, cumo devo ~cre tlnr, pnrecer1a quo o
po~IIO. fi•r.i:nu siJlJ :J. prc~sflo·du Dlltonçu!
0 sell111l0 i'OCllS:tt•it 11itHb, i!i7.l'lll ; :1 tllitll O Sn. !I<Jtrfol 111f ,,n.IIJJo:- A1•oindo.
cusln o ~ " \'t:tlilo.l·o, r'[l ' ''~iulllwnt.: l'nrq nc 11S u :-i11. l"t.ttnt·:xcw n~: Aun1W: .. St•, presidente,
CIJIISCI'Y:tt!ures l~lll S() Jil'úllUIWi:tdo pnJa i'eftll'HW
•h>t•d(' •ttltl tlt)~::t't\ :i tnmhi1 o iilustrc ~~~~r~ ch~l
por nwio onlinttrln ; f:tça-n, pm·,;tn. otuuol':t: a
r~s~'ou~:tLHidauo c dcllc. · ·
t[ \lll tlt:Cil [JOII. i\ pus! a un l;,IW!'t':t, 110_1\llnt~ICI'IO
tm>~~~l o , cottslaulNnt•ult) lcto nwor.a~ucs, c ouço
O JHII'Iido liborvl, em UIHIIIiitaid;ulc ll•'O:ia e:t~;t, t'Oilctii'Ogl)tl nome, \embr:n•n si.lu mc!nol'in a pro·
t~om in11iwncia uos 1:on~olltu,; üa cot·ü~. ltltú posill1 th• ludo IJ ~ubro lttúo. Apenasdms dcpots do
etút~pritlo .o ~~Ll dcv.ut· p~r:-~ut<.' o pni1.. qt\l\ lta "'~ lt ltlliiCntavel ptl;;~amento, tJfat~l museu. no1m~
ll.e lazer n JllSll~•:t tli.1Vtda tiquclb·~ tJ!It) sy>h,llt:l- csJw!h:ulas e:n·t:t~. ,cin:u\nt•es. Elll .Jllibhcur;ucs
l!camentc')ll'Octu·am cmh:ll'nt·:H·" l'~aliz~~t:úo ,]1, 1'''~ JIII'IWCS, Clll tltc'Clli'SOS, Clll l'OlllliUC8, CUl todn·
seus votos. ' •• n pane l! cotttiu:Hnmllt\ invocado o noma do
Uissc·sc, Sr. presiilcnlu, flUe n cttlll.1l'a, pot· Jwuomorito ornzil(\it·o. qn:.1si sempre sem n me·
este medo, humilhn·so :ullc n senatlo. Ac eon· liO\' oppOi'IUilill:ulc. .
tr·"rio, nt:rdito que n ttlllllll'a d;i pn•V••~ t!e t:ir· Ail~tl;t lwntcm vin C$l<l mllll\ll'U o noht·o lleJIU·
oum~peeçàu e IH'Ullcucin, mo~tru·sc Cl ti'LI<Iltt, ltt~u ttclu utiulw tn·ovinci:t, a qnem respondo
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:52+ Pág ina 13 de 17

--·--~-----~~--· ·--------~···-

200'" Sessio em 19 de Maio de 1880.

neste moménlo, fazer de~ccr· a 111emoria do lle· quez uo Her-:al, n5o Unha o finado gen!lral in·
roico general, {l:rt'1t cont'uudil·a nas pcqul!na~ nueucia Jlolitic~.
hllos \le loe~lidades, n~s expansões dos rJncoJ·es Em18íi1, qtt:muo fui eleilu pela segunda vez,
e dO$ d<l>peitos pesso~ es. snccadcu. tJcrclcJ· n pat·tido !ibeml a eleição ju8··
o que pretende o nolJre dcputudo '! Qual o lamento um llOiltos onde o l\Iarquel do Hlirval
seu Um~ podia influit•. S. Ex. não pleiteou a eleit:ào,
Sr·. pr~Jsidente, t·io· gt·audeusc, Hlho dm]UCI!tl l'CCOI!JeU·~C ú ~ua f~z~nda , tendo-nos .aprcsen·
Jll'ovinda, cujo nome o ~eneral Osorio tania~ lado a candid;clttru do 110bre deputado. Como a
vezes hom·ou nos campos da batalha; l!t·azileit·o, anterior, c~rn · clcirfio foi :::·anh~ pelos esforços,
sabendo lllmt•:~r ~s glori~s d~ minha patri~, eu nào pela dedicoçfio, [Jclos s:ccrilicios de todo o partido
irei quebrar OS fe~hOS da Caln(JU, que ~ncerr:l liberal, c si ú alt;uem doYcm os cnndruatos •·eco"
os despojos do IJnrendo g·uc)l'l'lliJ•o, p:~r:~ JICrau le nhecímcnto é a clle, e uão a uma indi l'idunli·
esla augusl:c c:~mnra fazlll·o objcdo tln lllinh~,; dade, }Jor maior inlluencia que lhe qucim dat· o
apreci~çõe6 ou censuras. -nobre de}JU\ado,. ou que real meu lo tivesse.
Os Sn. 1tiAII'!'JNcru C.uwos E OtlTJ\ús Sns. uErt;· Em 1878, r1uando foi. eleita a actual carna~a,
'IADOS : - ftfui!o bem. cstavn no poder o lfar!luez doHerv~l, mas alem
de qne n5o ct·:.~ élle o d•rcctOl' llOiitico do partido
o S1t. FLOllÉ:çcto oE AunEL' : ,.... N5o direi, St•: 1m IJL'ovindo, cu pergunto: ~i o cüludiío que ~c
presidente, que o nol.Jrc deputado pelu minhn pude far.cr elegm· c•n Ol}posi~iio, obtendo os sul'·
pro\·Jncia qullil'LI seg-uir o cx.cmtJlo do conlleeiclo fragios lllls seus concidadãos. u~o obshtule toda~
tritunviro t·omano rJUO tendo entl'ado na conspi- . as p~tls da ~rc~sfio ameia!, não tendo a uproseu·
ração contra Ce:>ur, depois da stla morte, col.trio-se t;~r rolnu ltlulo ~eniío seus esforços, ~em um
com o seu m:mto emaup;nentado c mostravu·u nome tn·estigio:5o :1 cuja sombra se 111Jriga~sc tJ
à popular:. indignada pura e~ptt•r-Jbc o apoio c lhe abri~sc c~•minho; [H'ccis~va pot· veJllurn dn
assenhorcat·-so do poder. pt·otccç5o do ministro. l]uando u si!twc;iio eru
Mus devo pondrWJr ao nobre deputado que a~ ao~ seus urnigo~. e o s~'u Jlartido não tinha mais
constantes e repclidlls inYocações, qne fa~. dão a lutar coltl n. injnstic~ e oppressão do podct'?
logat· a suppõr-se: I]Ue o nobl'e depu~3dO dos· Como iá disse. Sr. presidente, ni.'ío. aceito a
conna que a memoria d!l seu illustro pai não é lula nu t~lrreuo ém tjue o nobre deputado a quiz
c
por todos e sufficienlcmente I em !.Irada apt·e· collocar· .. Nào dcsc~rei tão poUcQ á :tpreciação de
ciada. . · facto~ da pollliea ]JUramento loc~l : não o per·
Acredite,eutrelanto, o nobre dapulâdo a <JUCDl mittem ncu1 ;1 solomnidade do debute, nem a
respondo,que,si o itluslre marcchnl,em sua vid;1, altura rrn que deve sct· mnnlldn esta diseussüo.
não commetteu f~ilos ba,•t:mte memoraveis, 1>31':1 D~t!laro, poreni, que em occasião ojJportuna,
vibraretn a·alma p:~triotica da presente ger~\~ão ~: q uct· cu, q tlc r o meu uobre companblliro de
pr(•jectàrcm raios de lttz nos hol'i~ontc~ du fll· d~püluçuo, que ~c &euta oi minha direita, lm-
turo. não hão de ser por certo, St·. IJI'csiucato, vcrnos do ll'~lar tninuciosJJUClllc de Lodos os
as invocaçi:ies do nobre de!llllado que o hüo de f11ctos, não s•> us qttc for3m 11 prcseutuclos p~lo no·
consegui r . l.ll'e uepuladv fll\OildO fuliotl C Cltl}>OUCU COUS:t Sll
O nobre do·putado, St·. vresidenlt•, :!Iludiu resumem, como oiudu clülJUcllcs quo S. Ex.
lambem :1 falta dc venerm~ào de~·ida ~•os mot·tus dissl\- havia de encm·tar JW :;eu discm·so, Pl'<t·
illustres lJOr aquelics !JllC mais deviam gttr.rdal-~. Lil!a coulr~ 3 qu:•l, SI'. Jlrcsi!len&c, cu protesto;
cmqunnto eslr4nhos nwsll·nvnm-sc cheios de e n~m ~d si Jlóclo sm• )Jcrmitlido (jUe f~clos
pezar e de luto. Não conheço, s~nhorcs, o alvo aqui n5o utitmlados, quo ilocunwnlos não ll!Jro·
a quo pl'Ot:Urou nttingir o noi.Jrc dcpuwdo, nem t'eut~du~, soiJro quo porlunLo não se ptíde esta·
se1 a que faltas se refere. O uobt·u dc{JUtado IJelecet' dcb:•te,sl'j~m de.puis..~otttlom[~a--·
devia ser positivo, não prender-se a a ~ustM; ·discursO' · in\jiú~sso, fazcndo-so ossint ti lt•ans·
vogas, que nada signillcnm, deYi3 dizer a <Juem cri(Jcuo à custa do lhc~ouro de nrligo$ e libellos
ataca, como de~limu· o nome dos ingrntos, dos UlllÍ):'QS C )JUfell\C5. .
pécha, Sr. presidente, que não sei n quem pôde Jlor bojo, Sr. Jll'esidcnte, súmeulc .~precinrei
atlingir ••. os sucee~sos rel3th•os d politicn du minha pro-
0 SR. CAMAnGo:-A elle. vinda, que knhnm um curMlet· geral, o quo
me permittmn tiS tJrnlieaB ndopta(l3s, c o furei
O Sn. Ftom:xcro nr; Ar!llEt•:- ... ·mas que eol1\ a. ~:1Im r~ e n pru•lcneia que, n c~•marn l1:1 de
posso ~ssc1·erar· a Y. Ex. p:.tssou longe do hau- render-me ·~ ,iu,;ti~~a de o l''!conbceer, lenho
ç~·l:t . r-io· gt'(•lllimw~ c fni c;•hit· slmv'e~nwnte ô~nwr·c gu:lr.d;ctht. . ,
d··.>!'<·t:.u no l-lf!êl(' d~ .r~nn1~ra. F:,zeJn :t•u · cl'ime ~o actnal ~.wiJine'u de n[-
0 811, C.IAI.\l1 (i n ;-,\poi~do. gunws demi~si:h~,; que f,ll'~lll ~~~~ln<, de 1'l!inll1-
O Sll. l~LUm:~>cto DE ,\!lnrw:- Eu 'in iP.(JtW o gr:l\'t'c~ Kil;c~. (ll'h~u• fJH\o lw ~on1T ~Iiil'ç5ocnlrc
e~;:~~~ dmui~suc~ l' rdnwgrnçiics e o pr·o~l'!ll!lma
uob:'ü d•~ rutado nfio ~c ' L' li~ pn,~tmtt· •·! tu r. prh·u do 1:onti)i:c~·f•o e do jn>'l i!:u :cpt'P~\' lll_~do. pelo go·
nssim de podct' PNlir-lltc ncsle momento, dostn \'erno. que comtJrebendem por juslt•;:l e mo-
lrilnliHI, declarações l't·ancns IJ c:~tt)gorícus. Q tr:J<!~ derllr~o IJoscllte 11~sirn s~ l>ronuttciam?
~ào os ingratos c por que? Estot\ t~l~t·ro, Sr. pi'L'Si·
dente,· que nesse uumcr•o me não conteutJ.llU o O Sn. Houu DE An.H'Jo:-0 Jtu!lt 'JIW •.
noure dc!Juludo. O StL FLunE~ClO nK Aon~u:-Por i~~o mesmo
A primeira \'I)Z quv vilu ~lU v~rtalli!JIIlo, vigo· . (jLHHi mini~llirio julg<t uu sun dever fawr ju~·
r:mr a lei dos districtu~. c eu fui eleito pe!o 1. '' Li~.a.• mutHel' u harmonia cutre os seus corrdJ •
c.listricto, onde, ~i 11ra resf>eltudo o nonw d•) M:~r, gionnt•iu~ }Wlitico~ ; llOr isso mes mu Iem neccs·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09:52+ Pá gina 14 de 17

Sessão em W de Maio tle 1880. 201


sidado d;} collucal' as cou>'il~ no seu anti.':(O Não sou ~uspeíto, n s~bcm todos os rneus col-
estallo. le~·as de derat~çào: fallo com toda a lillet•dade.
<.'i St\, llot\U. ÜE .\uA.Uio:- Atlaiutlu. !Jeuwi~ •r.
E~. ,. « eamaL'a. conltecem a cir-
cuniS[IVC~~o do no!Jl'(;tninistt·o da guerra, e neo1
· 0 Sn.. FLOIIB.XCIO DE Auttllli:-Niio lH~oCUl'ttl'iutn \'. l~x., IHllll a t:am~l'a \':1rão ao illustre Visconde
lmrmonizar,_ prntícat· a justiç<t o.; aolJI'e~ mi- •l•~ Pelotas" injn,;tiçn de "UJlpur que iru.licvsse
nistt·o~. si :•ssmniudo ns t'~.dea~ ~~~ govormt~no nos~eus collqws do ~~ovct·uo, cuja re~ponsabili •
du E~t;,dtJ, uwntive~scm o ~tatn •tuo, isto ü, o~ dado compurlilh:J, par~ presidir sua [Jrovin•~ía,
neto> pmlicndos pelo ministerio [Jass:•llo em per· um ci•lad:io que niio podess•J I'C]Jl'osent:Jr oi li
5eguiçiio dos proprios cut•t•clig-ion3ri••~. si dei· () g-:!ltiuete, nã(j estives,;e no caso de realizai'
xDssem uborlo o sulco profundo qu•~ o gnbinete, a su~ política c em · re1. tlc corresjmndet' aos
que ac~ba de d.coa[IIJarecl!r, ca\'Oll eulr~ HlJet·aes elllnulo;; iuluitos do g•JVcrno selorn~~sc inslrll·
c 1i!Jct·acs, nu cmpeubo de fonnat• um P<trtitlo weJJlo 1le J>:li!>.:ões e ínte1·csse~ allwios 011 pro-
.nünistcrbl. · prios. Esperem o nobro depulac!o c os outros, a
O StL llutn.~ DE An.-i.uso:- Apoiado. flUem <~Iludi, os facto~; é por olles qne se po·
!lerá julg-at· da adminisii'H(ião, cu me d~rei. pot·
· O StL FLORE~·cw DE ABREU: ~P~ r a· conseguir oonvenl}ir.lo s~ provar~~m que sul\5 tH·ev isões so
o accemlo, para fazer imt>erar a jusLiç:~ é preciso rca!iznm. ·
que a illju~tiç\1 ~cju l'Cilarulla ; ll cu ~on\o qM O nobre deputailo a cjuem rcsponilo, trat:mdo
o g:~llinete de 28 de lllnr~o nüo ~e detel'li ms do oomenção do pmsidente, rcfel'iu-se a oiver-
reparaçües realizadus; hu ainda outras a fazer, g-cncias entre a m:~ioria. da dC!lUtoç5o rio·gt·an7
r1ue, em honra dos seus nobres íutuilos, 11ão de· dens11 nestJ c;rrn<.~ra c o Dr. Hcnriquetl'Avil<J. Ju-
Yt~ITI S(Jl' :ldi:Jdas. fclizmeoto o .nobre Gcputodo fallou v<~gamentc,
Corno un1 membro d:1 c~umar:.~ vilaltda. ~ ~.er· n5o s~ serviu d\1.cr-no;; a <]lle diveq~encia~ 31·
to/ anonymos da itnprensD, o nobre deputado JudiD. Si porvcntur~ o nobre d~putado ref~riu ·se
pela minha provinda censurou a nomeação do o. disc11ssõcs hnvidas anteriornmotnna assomblea
Dr. Hcnriqul! d'Avila pnra presidente, por per· provincial sobre questõe~ locaes, tues divet·geu·
tencel' ao numert> dos Iibemes llOstiUzndos pelo ci~s :~bsolutamente não podiam impedir a no·
gabinete pass(l.do . nNu~o do;~ Or. Henri~lue d'Ayila.. .
P01ra que fosse procedente :. cell$Ul'u, seJ·i:• Divergenchs sol.it•e que.;tões sccundanas
preciso. :mtes de t11ifo que 1]\lllUl a fez mostrasse sobre pontos de administração se dão em todos
que o nomeado n~o possue as qunlidade~ nece~, os !J<Il'lidos entre os dh•crsos membrvs que os
~arias 11ara poder exercer as funcções de tão c~mpoem e nãosaoet·in cotUpl;e_lmuder n suu J)~·
elevado cargo, q11e investido da responsallílido.de su;ão, nm o se11 dever, tJ vo~lllco q11:e suba~·~L­
do governo, não se pode col/ocar nD ·<lltut·n nas~e a ;;rando causQ d:ts 1de:1s a !llvcrgenctas
dos seus deveres. do tal ol'dcm. momnntnllt!il.S.
O Dr. Hetúique d'A"ila u~o ti um d~sconhe· Si onobre.deput~du Ul\'c em moolc divllrgcn-
cido; em muih1~ logislaluras, desde 181i2, tem chis (lcsson~s, permillu.·mo a cu.mat'8 que D$
sido membro dn a$Semblé~ provinciull'io·gl·an· dcix.c da !:~do, por<tue, nioda I(Ulllldo livesseln
densa; na ui. lima eleição geral declinou d~ honra existido taes que impediosem as relaçues indivi•
de ser inclnido no cl!a[la <ipresenwdu pelo di· dttn!ls, na esphern e!evmla unde se agi!:lm as
reclorio liberal e ullimameule fc! pnrle da lisl~ quesiõost>otilic<~~, não podem pe~r divergencins
sexlutJia, pura senadoro$, . · pcs:;u~e~. f/UIIüSt]nor <IUe citas ~ejam.
Perllmda elle oo tlllmero dos liiJcraos hoslili· Levantu -us :~h! á ultut·n do cooh·uslc de jli'Íll·
zndu~ pelo miniolcrlo vussadr,, ê em· tu, mu~ hosti · cit}io~. collu(\Ul·:ts cotnv hijiTdt·as, põilc sm· pro-
~Li!u.!lQ.JL!lliLl1lllüsJel'i1J_J.!!!ssa.!!_cL.!I!J Lodo u tm r l_ido JI'io de corrilhos, de reU:uiõl),; de holllcns qu~
liberal do Hio Grallile, e uevo IJill'I,(UiiWI' ..;·sl .. ·o-· s1icongt·egntu pDra· sati~foEel' interesses, dat·
rnclo de huVcl' . Um libei'DI IJCl'tencido Ú IIUlit;U. vida a odio~ o poixiíes, mas nüo tle pnt·tidus que
(!pposição o póde inhibir de set· OIH'oveilado em tum umn ulla missão o realizar, de políticos que
\im cargo da administraçiio 't se dirigem pela Iuz d:!s idilas a nellas voom a
Si a sun posição anterior impl.lrlnsse n inco• grandeza da su:t pah·in.
pachlade com lJile o fulminn o nobre de!Julado O nobre deputndo para comi.Jater o governo e
:1 quem respondo, vejo .V. Ex. em que dimcul· a mBiot·in dn detmta~,;ão dl! su<J provincia illea·
dude se encontraria o g-ovet'no para prover as jizon ~ existeuf'i,1 Lle gt·upo~, (lo diví~õe~ pmfun-
pl'eEh1on~i~s d~ pr~v~ucias. Com ~~t~i~ ~i é d~~. que u5o exhtem, nem podiam ~xi,.\ir, no seio
su~pelto pnru admznl~!rJr_um<~ ~~·~~·mcm um do pnrHdu. A n~nladtJ conhecida pnrn todos: tl
· cidndlio i•N', ~~· pcrt<mc1do n. t;pposlçtlo, tnmuem (lllo 1111 pmvi neia do Rio Gmu~c l~•J Sul o <'ll''!i4o
deve s•'r ;~m,.i,Jenldo sns;m1<o n fll1t1 apOIOU o ldJel'nl n:\o ~>li1, 1H:m c, l~n~ ulttm~nterte dtrl-
miuüiai-· : ., ·;10tivo 1lv il'rnp:1r.idatlt.' úe um did:),
dú·>e em >"1:,::-in ~.-, uutt·u e üt'-~\e r·a:<o n:ln lerw Contra o mlnhtPI'io iJ't~sado se ·manifes\avnm a
o '!OV(·fllll ::ci:Jni dt~. \flll'lll latlf,'~l' tn:io, maioria ela d~[Jut<H:üo·[!Oru!, quasi n unanimi~ade
. b Dl'. H~u,·hJ ue LI' 1 vila li> 11ão ha dnvid~, dos uepu\adu$ pt·ovincínt)S, ,~s c~mot·os munici-
um libeml auiaut~tlo ; lllHS isso nfio li pol' certo p:w~, todn, Sr .. presidente,. lodn . n. itliprens:1
um tlefcilo nem ex.clue as qualidades preci~as iibeml d:t .proviucht o os chefl:!s mats rmport«n·
pnr~ da~mip~nh:•r-~e da. missão que lhe foi con· ~ d•l M$S.O c1·cdo palitico.
ilndn, pnt'n l'euliz:l.l' o f.l'OO\I'anumt d~ gub~uete, o ::ill. CAiolAIIGO: -Tl.ld08.
no ltio Grandll do Sn , J'Oll<~l'ar ~s mjusu~as c
Jazer preV<~lecel' na udministt·açfio os prmci· o S11. l~LOII!;;~cro Dr·; Atmtw : - A esses acont·
pios que disting-aem o nooso pnt·tnlo. pfinhou s~mpr~ todo o pnt·ticto.
'l'onlo 1.-iG,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:52+ Pág ina 15 de 17

202 Ses:o:i'ío em i9 tle Maio de 1880.


= = = = = · . :·-"'-,-,--·o---_-,--,._. .
Os pou~os indi\•Iduos que cercnvarn o ullimo ~u;~s maiores eSllernn~as, fazendo desse exei'cilo,
pt·e~idenle nt~meado pelo miui~terio Sinimbt't e entreg-ue á sua perícia o no sctt patriotismo puril
diz.inUL <1 c~ te sustentar, não podi<oln ser comi· s:tlvat· a honra c tt diguidade da nação,· um ins·
tlerarlos com um gt·nr•ü e L(oo cx.iirno eo·a o so~u trumeuto tle manejos JJOJiticos, Jlarn arJ~anjo de
numero, tão pouco flüdiam pes<~r 1111 mnrch1.1 tio co-i·cH.gionarios 1 · . .
pnrlido _libc:nol de minha pro\'in~ia, que 1W dia Dis~c o nobre deptllado CJUe seu 1mi creára
em !JUe eahiu o minbtr.rio,tles:oppnrecermu,lican- depois dn guerra dol'nraguvy o parlido liber:ll ;
llo aJJenas de pú os !llL'IU!Jros da l':unilin do Jll·~· m:ts, perg-unt~rci ao noht'o do~putaolo, que
sident~ com um 011 outJ·o intimo. · . pnrtiolo re(ll'c~entavam entii:o os liheracs fjUe têm
O smpo, JlOi~, n que ~!l r·ef•:rin o uulorc depu- lido a$s!!nlo nest<t casa, tlesd!l a primdra legis-
tad.n não ]mssou de urnn ~ombrn, true se esv:1iu, !atura, lw m:~is tle cincoenta annos 'f
e contra as somlor~s não oi Jlossivel que so r~ç:nn 1Jm· que ]Jrincipios se fez a memot·avcl rcvO-
rl!acções. lu('ão de JS:J;i, rJUC nuncr1 foi nncid~1? ·
O uobre deputmlo st•gm·amenl•l rc~nnmclo-so Em nome de que cnusa foi o llnndo Osorio
porn n publicn~·f•o dn seu discurso, ufio cnn- c-hamndo n e~tn cõrte e nomt'ado llOra o Norle,
merou o~ oclos que comlilui:llll a rc::wcão fo•itn <lotloi~ ele havc1· pleiteado eleições em B~gll e
pelo urtn~l prcsídculo du Jll'01'iur:ia. .1<1gnarão? g .por· que p:1rtido ns pleiteou 'f Na
Alludiu Yngameutc n nomem~ôcs c demi~~\oes. o]liniüo 110 nobr·e dcputatlo nilo ex.tslia antes na
especialmente ~e tlcleg:u\os e· ~nbcloflor•ndns de Jll'ovincia seniio o sr.nlimmtlo liber:J.I ; n~:u si
policia. Nn Vl'f~:ode Sr. lli'Csidenll·,"' ê pn•·~ nãu havin Jllll'lido libct•nl, o rm·titlo con>ervador
not~r·se: p_t•eorcupat··se mil dqmtndo de nomea· s,·, em cnmpo e omnipolent~ devia ll}r dominado
ções c delnissõcs do del~t;ndo~ d~ t•olic:ia na sem111'e o 1\io Grande.
solemnc occasião de discutir-se a r<'sposln ao E' i~to . porém, o !JIIO nos diz a historia )lO·
discurso d:t corôa !. · lilica uaquelln prov iudn ?
Por minha pnrte, cÇJmo já protestei, n:lo ües· Nolart•i ninda: si o pat·tido liberal nQ Rio
eerei boje a lucs minudencias. Gt•:md!l do Sul exi~t~ sitn)llesmente como uma
Dllvo, entretanto, dl'clar•ar que mnu<~ne3s na et·enc~o do llnado Marqucz do Herval, si foi elle
policia fnzcm-s~ sempt'c; a :u:eilnçüo de 'c~t·gos qne "por seu verbo e sua acçlio, seus esforços e
J!Oiiciaes é hoje sacrilicio, rtne não põdc dnr31' sacrillcios individuueJ, reuniu, cou~:regou os
muilo tempo_: c na província do llio Gr3nde ríogr:mdonses liberaes e os impelliu á grande e
olgumns se torn~ram indispensavei~ porc}tlc noiJre cruzada, que o paiz tem admi•·ado; si foi
sem apoio do!> libe!'ncs, o ex·Jlt'es.ülenle se viu clle quem venceu as memoraveis batalhas civl·
obrigodo a lançar mão dos couscr·vadore~. cas, que conslituHm a nossn ::rtorin, que honra
Uestaurada 3 siln~ç5o libero!, uiio era pos- de lntlo isto rc~ulta á província 'f Em que con-
sivel ·ql\G continuassem <~drcrs:trios em corgos siste o civismo, 3 dedicnç1ío patriolica, 11 inde·
de conliança polilicn. pemlencin 1le caractet· dt>s rlograndenscs, que o
Quanto a demissões de fnucciotwrios de outrn nobr~ deput~do tnntas vezes antes louvara
ordem, dad~s pelo Jll'csidentc du provincia, direi como no'is? Si tudo movcu·sc ao ncono e pelo
a V. ~x., que<ts dnu~ de cnrg_o~ de itnllOI'Iancia, poder tle umlwmem, :t tn·ovincia clcsnppnrecc.
qu.c suo.apo~tadas, lornm S?ltctl:ulas pelos pro· O'no!Jt•e dot•Uintlo mostrou npenas não conhecer
Jli'JOs c1dnd:~o$ '\ue exerctnm e~ses c:orgo~, o n hi~toria dn sua terra, nemtncsmoos f:tclos que
procut·ador fisct• da fazend:t provincial e o lnt\o o pniz cnnh~ce; quir. fazer historin por sua
director da iustrucçuo )llll!liea, sentlo este !li~· t:outa 1.) n Yonlt~dll historica csm~ga·o, u gloria
pensado pelo proprio ex·tJresitlcnlc m• di:1 em tlo Jlio Grande fultuino-o. .
qUtl deixou :1 ndministt·nrão. · F;~zl]tlllo uinlla hi~lot•itt a ~~ugeitú. disse o no·
_____.!l.JJ.okre..de.putllllo_.n..~s.-cl7n.<UJ~•"'-~W;>I'V<!-ill'oll . --1 H'll dt.>p Lltndu ~no . ''l'tl son.-tmi--Q-Ilt~~lhot'll-V-'1---­
fazel' ao dell.)gndo do g;tbtm•te c ti maioria tla ns dmptiS tlll c:omlilbtos. (Jutt·~ é a vcrdnde e t1
dCllUtaçüo rio· gmnden~e, mostt·ou·sc t:lo inj uslo ~~:unat·a j:i n onvin o mmo passado.
c npaixonado, que tllé n mcmoria lle seu vcnc· Quem or:;unizou sempt•c ~s clwp~s de c:mdid:~-
r~ndo pai oll'r!ndeu. lu~ foi o tlit·cctorio ; a unic:t YO~ em que o finndo
E' :ossim, Sr. presitlcnlc, •ruo), tlcchmtndo o Marquez du Hcrvol So) lcmbt·ou de fn~ol' unHt
nolJre deputntlo que o linn!lo ~hll't]tl c 1. Llo Herva! clwp:t e de utirnl·n il pu!Jiicid:~de, I~ I cha1m u1ío
havi~ sido o Cl'L'Htlor do purlido tihor:ol no llto l~)i ncoita pelo diJ•eclorio. l~oi isso CJUnndo o
Gronde do Sul, acrescentou que tanJo~ csl'or~:os nobre Illal'fJllCZ incluiu o nome de seu lllho, ex·
prnticiorn, (JU(' 11u cnmp;mlJU eontnt o g-oYcrno elltindo o nt•. Flore~.
ti~ P.~ragnn)' ololinrn rpw elwf~s rln g·llnrda nu· 0 Sn. CAM,\nGo:-Apoiado; é verdade.
cwnnl, ~Lte para la foram conscn·ndorcs, voi.
lnssem ilber'-lcs. lslo,Sr. presidente, u·atlnzido O Sa. Fr.mm;scw .DB Anm:u ;-No dia mc~mo
conycuicntemt,n!L', fllH:I' dir.er quj' olln~do I\l:u·· em que a nolki:t dt~gott r't cnpilnl, reunin·se o
quez do Hcrvat rcz pulitica do· cvu11uando do dirnr:torio em nMsn casn, c ahi ddiiJct·ou.sc que
cxet·cilo. a o;hap:t 80L'iu motlilit::ula, como .o foi, telegra•
Não, Sr. prcsitleuLe. i~to ·uflo 0, uào pude ~er !Jlwmlo··~e incontinente itO presi~ctlto do direu·
nrdnlle. · . . . tol'io, e Sr.· conscll~eiro Silveit·n Martins, quo se
Em honra dcs~l) nosso COUJJl~tt·iol~, um houw- nchuvn no Alegrete. o ao Sr. ~Inrquez do Hervnl.
nagcm :i ~un mcmorin devemos dfJclnt·nr, lj_llf! o O noht'o! deputado !JUC, offendendo a sua pro·
mnrcchnl Osorio nno seria tnpa?. do tt'ahi r a cton· Yincla, llo•l'lnrou: l]Uc elln sü se lnOYCll! sô mos-
liança do goycrno, r1uc o nomeou comuwndantl' lron encJ•gin, tlignidndo, intlcpondeucta de cn·
do txct•cilo. não ~eri:1 ~~apaz llc lr:thir n eon· ra~ter, m-rn~tml:t JlCitls (1$l'or~·.os tlc seu llnndo
tlança do pniz, que uelll' doposilnyu ent~u :ts pai, [oi ~ognmmoulc log·ico, ou~on\lo ltlu~~tu' dn
C~ ara dos Oepltados · lm(l'"esso em 2710112015 09:52 . Página 16 de 17

Ses,;ão om ·19 de M<~io <lo 1880. 263


tribuna ·da étimnra a c;ravissima inct·cpat:ão ue U•je não dt?I'O occupar JJOr mnis lcntJIO u
. QUI! o llio. Grande do Sul se move hoje ao ·accuo <tllcuÇão lia casa com assumptos secundurios,
dl! um fctiOJ', como os esemi'Os de uottt l':lZCU· quu não t1:m-catJimento n:~ elevada discuss1io da
dn! .. . A província que lh'o ~gr~deço. t'cot•Ostn (L falia do lhrrJno. ·
St::. lii'CSidente, o noiJro d!:Jiulado não viu I.JOl' A;; 31JI'I~ei:u; iics com cur:tclcl' maio ou mono~
clll'to que. assim nollo:mt o lll'OJll'io diplom:• qtic :.r•wul, l"eitos houtmu, [1Cio uoiJrll deputado a
o .trouxe nesta casa. Que l10ui·a, Sr. presidente, tJUelll l'e~poudo, ffi•! pa1•ece tm· OIIJ)osto :~s pre·
pode ler um deputado, s~udo o rep1·esenlante ci~<l~ conLu~la•;~e~, cumprin•lo assim o fi!CU _ do·
ile um povo por lal modo aviltado? Qnc honra · o~'er; ~d qnotilu~~ IJUr:tmenlo lo caes Ucot•ao PllWt ··
pódc lrndU7.ir um mnndnt<• qnc tL·adur. apenas a IIIUIILCiltO mais O[I(JOI'IUIIO.
humilhnr.üo, o l'cbaixametllo tio uma IH'O· · ,\ntcs du condu ir devo dizet•: que a politico.
vlncin? ( · · (('lO o govern9 tldiberou seguir no 1\io Gr:mdc
O nobre deputado, Dpezar do dcv1~i' árfUella dll Sul, sej:Jm . ((U:ICs foJ•em os resultados quo
genet·osa tn·ovincia :1 hon1·n de retnescutnl-:1 JIOssa dar em rclar;~o . á miilln pessoa,.; a mais
no pnrl:~menlo nacional, niio ~e litniton a protll'ill, :1 m~is convónieuto mr conjtlnclut·a em
esses do~stos, IJUe não precbo rcbntcl' e :~penas que artueliA prol'incia se acha., a · mais digna de
ligeiramon1e noto, foi aiurla adi:mle, act:res· um :.;-ováno liberal, !(UC devo sobre tudo res·
cenlou qne o nosso colll")gn de -llctH\lação, o s,·. pei tai' :1 opiniiíol. · .
Dr. Flore~, apenns ]Xlr e~moleações ha\' in lit::ulo O p:1rtido lih•'l'al alli, Sr. presiden te, esteve
no 6. v Jogar da lista senatorial. St•. prc~ i.ltmtc , dtuanlo ;1 ultima pbase da existencia 1lo gabiue·
quo eleitore~, que )loyo ê c~e _que l:io grossci- te do;; de ·Jancim, completamente afast.1d0 do
r-.uucnlo det)(U·SC .. (:H..Ol' OUJUCtO de CSCUIII0- lJOder, uiío Jllll'llcia que govemavam os llberaes ;
1eaçües? · · ·. <•O coulr;~rio, •:ontcmplmdo·so o qui! se passava,
St'. tJresidcnle, o nob1·c dCJlUlado niio conhe· dcv:in- sll SUJIJlü r (1\lll o dominio de uossos adver-
~. eu jú o disse, a historia política da sua pt·o~ sarios so havia de · novo üst:thelncido no paiz.
vincia; e eu nlio o estranho. niio sú po1·que real· l)al't\ Íll(ll\gm•ar C!\sa incomprchensivel sitllação,
menlo é muito novo na JlOiitica militanle; .l!Omo nomeou- se prcsidcnltl da pro•incia um moço
hoje t~rrnsbm·no ouh·os sentimoutos. Si o nobre lioi'O, sem tradiçucs llOliticas, ti1·ado da magis·
deputado conhecesse a bistori:1 polilictl d~ pt·o· tralura, 1113~ :JUC liuha a ' ' it•lude de Sol' Jll11o do
v"iucio, nlio rlirin por eerto QUe o colloga, a dep\\ta\lo, qn~ upoi~ru o governo l!m nn.togo-
([Uem defendeu, occuparn sempm o primoii'O nismo c·out o maiol'ia du Jll'ovineio, c flUe uo
Jogar tmtre os cidild~os eleitos. E' htoxucto, St•. mesmo tem po era o candid~to que so queria, ·:i.
prcsltlenlc: a~ primeir<.~s Yczcs em q ntJ o hon· todo trunsc, nprl!~enlaJ' tl cor•)n, para se1· esCo·
rndo deputado u (jUem me rellro t~proscncou·srJ lhldo. V, Ex. t' ~• r.alll3l"a comprolwndcm quo o
cnn4id:tto n esln camarn tere sempre ~ inf<.!lici· lilho dll um c~n<lid:1to em tacs conlliçijcs niiocro.
dnde.do ser {lerrotndo; quand.J conscgnit\ f;~zcr· o mitis prnpt•io t>lll'a ci menlnl' a união do tmrlido
&e eleger, e foi na silna.,;ão da liga t•ro~l'C~si~ta libcnol, l'a~c l - o podtlt'0:\0 pc!n unida•le, para
CIO 1863, O mais VOI::tdodo diSII'icto fo(o ilJUS· manter na t••··~shlct!cin a illl[llli'Chtlidado iudi ~­
trc fin~deo Conde do Porto Al~gt·o . · · JlCtisavel a uma ~llmiuislrur;~o rc:;ul:u· , quu . ·
Em l872,quando viemos todos de noro :i ca- dorc milcs 1lo tudu fazct· prc\•alt•eer o~ lttlet'CS· .
maru, nind:: no mesmo distt•iclti o ína is vot:ulo roi scs genws. ·
o humilde orador que teru a bottl'~ de ~c tlírígit· o puulit•o •·cecbcu 111:1/ :t uomea~iío, o of:tsla·
ú cnsn nesta morucu to. mcut•> f1:z •:'\! luc;v c o ·u... 1'ontpsum Flô1·es,
· .Em .187ü, foi.~1 unicn.v.ez..cllLljlllLYciU.t!Jll...jtci.:.. .:iliJuJJI.Qillul!ul~:......c.~.-rcJig.ll!!!<lrio~, lll\'o ~lo go •
melro Jogai', na lisla ~enatorial, ~~~~~ i$lO dov iu\J I'Cl'll:ol' com n fauulia on com os iid\·crsili'IOS. O
uuicamcutc ao fado do 1c1· oi.Jtitlo \'otns dos ctltl· tu«l ~~ ~· :;r:IV i•lt·sc com o l'csullndo tl.:t clohftío, o ~
sot·vndorcs ; o~ outro~. tendo conll'a si toda m:\ dl'Sfon:os surginun log-o; a ~ilunç ão liiJcral ti·
vontade dos mlvcrs n1·io ~ , po1• ~ua nc~iío 11t:1is ulta :~fli dCS:IJI\l:tl'ecidÕ. : .
. ;~ctiva na polilic.1, não podiam nloliJI' votos s~ ntio Foi om t:w~ condil;õcs <lllQ o uovo minislel'io
dos prot)ríos co-rclig-iouat•io$; d;111i ~ u : < rollu•:n- cnc•)nlroLt ~ prorincí<o. O <JUC lhe cumprin
çiio em segundo o lct•cciro !og,, ,. . razlll··r
Niio houve Hio IJOuco, SI'. pt•esiolcnlol, dtt p:ll'loJ Niio· J, pol'êu•. Stímenle pcln .hon JIOJitica quo
dos chefes du IJni·Udo, a inren•;Tio de cxduir (' o·.:;(IIJinctc scg-ne Ctll rchtt•iio (10 1\io Grando, qne
honrado deputado S1·. nr. llloi·cs tia Ibla ~ex­ llw 1lou u tm•n at•oio ; o tnOLl voto de conll~nçn
. luplu, c 11~0 súmonl.r. u~o houve inlnnçiio. como nrma·- ~c Lambun1 uos pl'illui(Jios que o inspl·
ainda os asforco~ feitos fornm no sontillo llo 1':<1"<1111.
.. mnntcr-~e a list~ do dirceto•·h): si rtulzc~~e m gll ,·cjo, *'· J)l"C~·,ucutc, inscl'iplos 110 llrOjeCltl
· dcrr-olnl· o, o torinm tit·r.do da chapa. · · dc rlll't•nnn deilor:tl 1 que o g\lvcrno ~PI'cs e n· Lou,
Nlío ltu quem pc,ss:t :l presl'nlnl' pl'OI'as em :~s gencl'u>ns id,.';l~ r(utJ u mctt partido lNil sus·
controt•io. _ telll<Hll) o uu · tu Iroguei nu imtü•ensa o nesta
Os motivos (Jcloa qltncs :.UJUdk ltnnrudo clctm- LriiJünt~ , que tenlto 1!\ll).~lmllomcnto oc~.up\ldo bn
latlo ficou em ullimo loga1·, 1\Ji mo t!ouco (JtW~i dez :mlios .
·vot.odo, slío conhecidos, llôdcm ~cr :lJIOilhnlos; V(!jO no tll'ujcctu aprc!'enludo, a cleit,:ão lll·
mas "isto ê . objccl.o que 5t' JH'CHd<: n l':u: l n~ ll tl t'<'l.'lU pot· eir<:nlo tlo tun deputado ; o diroi\o dt~
polilicn proviuciol, cuJu clut:itl11\.iitl uf10 tem YOtt• c tlu ·uh~g:ihi lid a1I o recouhcciilo a lotlo~, s•~n\
ct~bimcnlo Ml!lo-deh~ l e. e JIL'CO li co n ~ :1 :i l~amam tH:;titw ~iio de rrligif10, sem distiu~lío do origem,
t>ata :m ~~n1· l)(ll' cllcs, .cloixmtdo stw :t J ll'l.l d~...,r~o •• i ngt\IHIO~ t:OIIIO a.lihcrto~, a lH'3Zilt!iros notos
}mrn quando umu iliscu::;~âl> -llc5hl oJ'\lcut pvs~a cotll•Í u:t turuli ~<u.lu~, a calllolicos tlOll\O A nealho-
t<'l' logar. . .l k_o~.
Càna ra dos Oepli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:52+ Pág ina 17 de 17

204 Sessão em 19 de :Maio de 1880.

E' possi~el i]tte o ho~rado p~esideute. do con· .0 SB. SALDA1illA lb.tilr>HO :-Por_tanto, 1i com-
~elbo ~seus collerms nao const)!am ül!l'n' p~~s~- lnis:oíLO, n quem a idtí:1 fui SUUITtlolrwnt~ 8fiii[Ja-
. "llm no seni'dO a esla grande rMonna, que thk~, só teve ·de conciliai' (•~ inlt'l'l';:~r~s tio Es-
~ept·e::enl:l em mn~eri~ elcitoi·al ~~ .:.::pirv!;líes o tatlt> com es lc~itimo~ intcre~>es dt> couces-
o~ esl'or~;o> do Jlill'tldo liberal ; JU:IS a1ndo IJU<Indo ><ÍtJJWt'io, apt·e.•cnt;ondo no ~çu 1~an.:cer <~l<;·um<~s
~eu Lcnúuuci1 n5a seja roroado .tle rcliz exilo, l'llll'Hda~ ronJOJ, put' exem!Jio, (le}': . - ·
ainda fJLlalltlo a id1>a que llcforúlc .:aia. •le~r:,llc­ ' ,\o at"l. L", I! ctu :;l!f!;Uí•!a ü ultima pala~ 1'3.
cidn :;ule ~ ob~tilHII{uO dtt caLnat·a VllahcJa. o •çulonos• dig<t·se-,-oi.J~ervl!.da~ a~ segui lltt'~ con·
ministcrio terá bem. merecido do paiz c pódc diçuc~ :
retir:~r·se de fronte levantad~. ~·1.· As lenas .os>iul t:ompralla~ <•o E~ lado •llio
O partido libom>lo seu turno podeJ'tÍ sel'}an· pot!erão Sl'i' Yendidas pelo emprewrio ou com-
çaolo de no,·o [L opposiç5o, mas cahc glui'Josn-
mente, porque ..:ahe no seu poslu, cabe defcn· Jt:tnhia tJILe elle ot·ganiz~r, senffo na cxtrmsfio "''
dendo as suas idé~s, ~em mentir ao seu p~ssado, put·to ua linha em coustruc~·~o.
s~m ruJtor :w seu prog-ramma, çmnpriudo o ~· ~.,.No contmto tiUC o governo cclelJrur eum
seu dever e lligno lle merecer n conli::~nça do o lllesUJO Clnprezario nu compauhin, ficnrá estn·
paiz. · bclecido que o p;1gaweuto das terras, lJUC em
Yil'tUllc desta lei !'orem compr:1da::, llquo d~
Vo~r;:s :-Muito, mui\o lJem. (O o1·adut· é fel-
cilo.do.)
todo reulizado npenas cuncluida a ·estrada de
ferro o!Jjeclo ua coucessiio.
:Niio eswndo presente o ::ir. 1\loccdo, e tendo § 3." A ycnda ~essa_:; lerras,,pL:lo c~ncessi_?·
cedido da pnlavra outros scnlwn's que se acham n:.:·io, ou contpnnbw,,liM poder<~ ~er fctt:) sena~
inscriptos, ·é encen·::~u:.. ~ dis~us~~o. ,;m lotes, com a l'<•pactdade detennmad<l no ~ 1.
I'oslo :1 votos o projeclo, reconheceu-se não do art. H da lei n. ü01 de JS dtJ Setembro
haYel' numet·o pa r3. ser Yolado. de 1850.
O Su. PREsiDE~TE manda fazer a chamada. ;; 4. o o conce~si_?nario ou comprndor d~s
LCL'J'us, uns condt~oes ~upt•a exar.adas, hcarao
l'rocedendo·se a ella reconheceu.sc terem· sujeitos aos 011us estabelecidos no ~rt. lG da
se nusentado com cu usa o Sr. visconde lle cltnda lei de JBiiO.
Prados ; e · sem elia os Srs. : B~sson, Freitas,
Manoel C:~rlo~, !\I3noel de i\I;~g~lh~es, Lourenço ~ ü.o No caso de não ~er cou~ú·ui~u u cslmda
de Albuquerque, 1\lari~no da Sill'a, Souto, projectad~, e no prazo que for esllpulado, fi·
França Carvalho, Corrêa H.abello, 1'hcodomiro e cal':í de nenhum elfdto n venda dns Let't'3S de·
Seraphico.' · · volutns, as quaes re\'cr~erã~ ao dominio ~o lj:s·
todo, c sl'm onus di! sall~f:•çno por bemfcltOl'I!IS
O Sn. PRSSiol::>n: der.br~ ~di~d~ a volaçiio do ou de ouu·~ qualquer naturezu. • ·
projeclo. .
Entendeu a comrnis$li:O <JUe conseguindo o
Estando esgotada a~.· p:trto da or·~cm do dia, Estudo n coustruq;io dt' uma estrada ue feno
• ~ Sr.pre5idente declara 11ue vol\u·~c u 1." parte. de Philad~I!Jhia ao JlOl'lO de C~rnvcllas.jl3~saudo
ESTRADA UI:; l'HlLAOELI'IllA por l~a·t·aa ttne hoje ~ão itll!ullus, ~lió.s uJJet•ri·
mas, fjUc Jlodelll ~'1!1' de :;nudc pl'onrto fului'O,
Eutl'a <>m 2." discuosiiu o ·Jlrojecto n. lJ A, de d~via dut· o seu voto rmra esta l'~ll'adu ; mas
188(), llU\OJ'ÍZULJdo O (fO\'ei'UO a veU<lcl' ao C.Oil• llCill ]101' sc·r ;1 idé<t i~O [.:l'Uildiosa, CXCUSOU-~IJ
('Cssiotmrio da estrnd~ dcfet•ro tu·ojccltlda enln! "ill'iLUiit• <JS inte\·c~~cs d<J E~t:tdo qu~ lictlt'lí~J
l'lliladclphia ~ Cat·n~cll:1s sei~ kilonwt1·os (te :i'l'ÍIIlllCU!C ~Oilljli'Oill!!ltidM oi por :1~:JSO Hãu
terras de'\'olula~ U(l C3dll lado ua J'efl!ritla .C~· ltoll\'CL'em us llt•ccs~:ll'ias pn.,;itlll.ncio~.
Irada. · · Uepo is de '' pt·cscntmlo e~'" nllualmmm lo ao 11~·u·
jcclo, u commissilo foi IJrocurntla llclos pro}Jt'JOs
O !!b•. Saldanha 1\larluho: -Tomo emprewrios •.os qtwc~ l'~clamnr~m eontr<~ :~lgll·
n pnlavra como membro d~ com missão do fv~en· mM d3s nlC'dtdns (\o )H'OJCl~to. dtzendo que como
da e de accurdo com os meus cOmJmnhoiros. propunhalllOS toruava·se imj:10s~ivela constrllc·
Foi ·nos apre~entado o projecto que outol'iz~ o ç.~o da· estrada, porqun era l!x:u:tnmenlc com a
governo n vender ao concessionm·io da esta·adn a(~l)ttisição d11s terJ•us pedidas tJU8 :t estrada se
de feno pro~ect.tdll cnu·e J)hii:Hlc!rJhia, na pt•o- poilin lt'\'~1' o effeilo.
vincia de Minas GCI'l1Cs, e Cor~vel la~, na d~ Ba- 'l'nmhom cxigirnm que n lei que ~pt•escntnvn•
hi:t, ou a emprez~ que se org~nizar pnra esse mos · como rcgulmlor:~ dos lotes não fosse n
fim, seis kilome!J'os de lea·rn~ devoluta~ de c:1da. odaplada, e sim n de :1867.
Indo da l'l'ferida cstrad.'l, nas mc~.mn~ condi•;ues A commi~suo comprl'lwndeu bem no alc~ce
da wnd!i fdta em i8-i9 .~i sodcdade eoloni~;tdom dr. red~m;l{!ilá, c selll[lt'e uo tJroposilo de g:•-
de HamLurg·o, disiJen.~ado o concessionnrio on rnuti I' perii!ltolll(!l1te o Esl:ldo, l'ol'mulon ~mcn­
~eus representantes.da obri;,•açno de introduzir
colonos, . . · dn::: aos pa1·ngl'upl1os que jü havia ~PJ'esentado,
eqne :<f1o l~otwcbit:los ueslrs lo•·mos·: (Lê.)
Sendo do iLJteressc llo E~tad~' adquia·ir mais l':,rcc.c quu é UIH fa\'OI' muito &'L'audo desdo
umu est•~ada do l'el't•o, e que vai ~l[H'oveii:H'. Olt l(UC permíttimo~ que~ó pelos estudos s111 vcn·
tornar lllli'O\'tliLa\'ijis t<m·os dcvoluti.IS, nt~tnal· damas tet'l't1~, rtuundo tiultllmos exigido que ~ó
mente. sem IH'estintO,l'elmto de grnnde iut~rc~sc se Yelldo·~>eru uquell11~ que cstayam em rel~c~o
jmblico n ndop~·ito do prnjl'Cio. co111 n cslrndo cou~ll·uu.ta ; tnus uvemos necesst·
Os S11s. Cr:sAHW At.,·•~r E 1:-'EL!Clo 1ms ::lA~"I'os; u~do de jll'e\'ellil' 11 fnYOI' dos interesses do
-Apoindo. EsllldO.
Cânara dos Dept.tados - lm17esso em 2710112015 09 52- Pâgina 1 de 17

Ses~o em 20 de Maió de 1880. 205

Ao§3.• (Lê .) . LEI PROVI:I"CIA.f, DE 5 •. P.~UJ,O

Dava-se s:6t1leutc um I(Jtc do :;oo IJt·a~.~s, a!tui I~ntt•a em 2." dtscll!são, tí cucei'rJda e aditÚln.
h3 diycrsos [otes conronM as coudic;ues . a Yotn~iio, o Pl'ojecto n •. 8 de 1880, avprilvando
· Ao %:i." (Lê.} a lei da a~sembléa provincial de S. P:tnlo, do t .•
· A concessão que se foz no empr·~znrio no ~ i.• de Abt•il de t8iõ, clevnndo.n !!O :mnos o praz() da
fica acautelada c.om o ullimo. · garantia de juros de· 7 ~ ; de coniormidade com
A commissão parece ter cumpt•itlo o SCU deYCl' alei da mesm:~ nsscmbléa de 1672.
reunindo uma grande conyeuicncia publir~, it ·EnLt'll em i. • discussão · n é encerrad<~ e
segurnnco do~ cof1·cs I>nblicos. Portanto ofTereço
ns emendas c é nntut"lll que no seguimento da
o
adiada a votac;ão, projecto n . l~ de !880, au·
lol'izando a matricula do estudante Adriano
discuss~o não fnltar:'t quem, como por exemplo Côrtc Re~l, na faculdade do Recite.
o sr~ Dr. Alrim, se enc:~rregnc !le (1ar.Jhc Achnnuo-se esgot:~dn 11 ordem do dia, o Sr.
maior desenvolvimento. pres ide11te declara que vai levantar a sessõo, e.
0 Sn. CEsAnro At,vm:-Pratendo fazcl·o na dá pnrn ordem do dia 5!0 de Maio : ·
:1." discu~são. Vo t.~ç;io do pl'ojecto de r esposta à fali• do
Vem n mesa, é lida~ iiJIOi:td~·
euss:io rom o projeelo a silguinlc
e entr3 ('111 !lis· throno. · ·
Yotnçíio dos pro.iectos ns. 9 A, 8 e U .
.Discnssão do re!JUcrimento do Sr. G3viiio
Peixoto, ~egundo a urgencin Yencida.
;l. • dit.'l do pi'Ojecto n. 30i, sobre a pretenção
Ao ~ i.•• subslltuam-sn ns p:ll:I\' I':Js- em coi1· de Arnaldo Luiz 7.igno. .
.~tniCI.'(io-pelns seguintes-t:l.tjos c~t11dos til'Crem
I.ev:mtou- ~e a ~c>sih) (I~ 2 i t .:! horas dn
.~idO appi'OVf!d.O.~ 71eln~ I"C.~/li.'CliTo.Ç ·!]IJfit•i·nos pro·
!>i11ciacs. . . . . l:trdo.
Ao§ 3.' snbstitu:~m · se as palan:Js-com a ca· ---·..:.~
pacidade~:~té ao fim · do paragrapbo, pclns se·
guintcs-prccedCiido a !lectssaria dtm1.1rcacão, e
·rcq1tlaudo « capacidade <lo3 lot•·s o que dctcJ:miml
n iú·t. 4. n do .regtll«IIICnto n. :)i8~ (/1! 18lii. - .
f>RESJI)I;:\"CIA r.o SR. I"ISCO.NOE Di!J•nADO~.
~ o.• Sul!stitun·sc pelnn oguintos:
• No cnso <le não ser t'.Onclnidu 11 estrml:t pi'O· ·:;n;mrAR!O.- uxP•••r.•,.•."-l:o.b~ÇJ~ •.-•,A••" ·~ ot~ .-
joclodn, ns tel'rns nind11 n:io OCCUI,ladas \'OIIarfio \'o taç:io de proj eclos <D<'crr:odo<.- 3.• dis~ussão •lo 11ro·
:lO dominio 110 Estmlo, sem direitO do con r.CS· jeclo u. Stlo .1811.1.- l>ioou.-.o. •lo• Su . a~plislo rorciro,
~ crgio d ~ _t:nslru. P rhc.co. r~lralso, .c ltoru. d e Arn.ujo.
s ionario on companhia a· itHlemnizaç:lo nl g ~tma, - trr~c nc ia podhl" t•do Sr. G.,..i•o l' •i•o•o. -n:.cur<o
ü~~\'endo o me ~ mo eoncossionnrio ou comp:mhia •lo So·. lla•ião Pclxoto.-·Di>c•mo J" Sr.• C3•los A.t rous".
. bli · ~a . • discusstoo do tiro!e<to n . lO ~• li!Sll·.-l!.rncnd0!.
entrt.ll' pnt':l os co I r~s Ptl cos com n~ Qll30IIIIS -~ .> oli!t\'ussiio (lo l'ro'jooln n. 30 7 .-Rothcç üca.
llQr !JtlC livc r<~ IU vendido os tc rr~nos cntiío oc - · · ·
cupaUo~ . A's li hora~ <In mnuhã, feita :1 chamada, nchn ·
• Pnrn g:.mntin do Estado dt•Yer:i o c<~nces5io· ram-sc presentes os Srs.· Yisconde do Prado~.
u.irio ou companhi:n1ue cllc ol'ganizar rcmctter Pompuu. Co:;ta 'A zl! ~·cdo, Gm·mo Peixoto. Sal·
:i ~ecrel:triD. de m:tndo do~ ue~ocio s dn agricul- danha M<1rinho e Ccsario Ah•im.
·tttr:t cúpins :mth~nticas rlos contrat~s de Ynndn Compnreecram depois dn chmnt~da os St·~ .
.......!IM.f.!l.lebt·ar, .li tslo 1hm_tt:9 .ª c . tQ. d ):l!'.J1n ceie: .. Amc r.ico.- Dnn.in, . Fnl:iio--1\els --·Frnnc!l--d~-Sti,----­
tu·or.ao ; c 10:11~ JJI'CSI...1t·a, n~ aclo ~lo nsstgn:~r o serr3, Tnv-ares Belfort, Fr:UÍklln Do1·i3, Das·
;onll'tiiO peb pre>CJ!lC le1 t1\ltor1zndo, finuça son, t~reitas; Rodrigues Junior. Viri:tlo de
ulonQ~ Jlor va!or eqtuyahmte an )Jreço d:~s. ler: )ledciros. Souza Andrad~. Theodoroto Souto;
l'll~ que lhe ~ao vend!das, e.aJculmlo llt;lo max1· Deter•~ tav~lcnnti, l\feil'a "d.c Yasconcellos, Ma~
mo e~~rthl'lc~~tl.o nn h•t n . 60·1 !lc i8. cle l'lctcmbro noel c~rlos, }hnoel de M:t)!nlhães, Costa Ri·
(lu l6o~. , -S, R . -~_ald!llllm Mam,llo.-SO!I•'I'S JJeiro, Antonio de diqucil'll, E:;p~ridiiio, Rlbch·o
· RrmufiVJ. -IJunv.< lwwtlrl. de Uenezes. Loureu~o di!" . Albuquerque, Al:t·
N:io havendo mai;: cJttCm .Pedisse tt pul~tn:r , ê r innno da Silva . Esp~ndola, Unr~o ·d:t Estan"ciu,
enct.!l'l'n!la :~ ~liscns~tin e ndinda n YOL~ç:io. Mont o, R~ rros Pimentel, Za:nn, Prisco P(lràiso,
Frcdcricn de Ahneidn, Bnlcilo; tldefonso de
O Ma•. Cel!ltu•1o Atvhn (pelu ordem) Arnujo. Almeida Couto, nny Bar~ozn, Souto,
~ i h OUI' e8St) llllOlCI'\l Jl.:ll':\ \"Olar, r e tJI1 CI'Cl'in CJUr. Uotlolpho Dnntn ~, Augusto França, Ata'l\I>Uja
se cousn!ta ~sc tt çnmara sohrc a dispcnsn de in· Meireil~s; H01·ln de Al'.~ujo, Franç.~ Carvlllho, .
tersttr.io .1fi111 do projecto enlt':lf em ;! ,n t.lis· Andrade Pinlo, Frederico Ikgo, Unptist/1 Pc·
cussuo tt<~ proximn s<~~são. · ·. rc irn, Io~é Caetano, Freitas Continha, . FtJiic!o
N:io sendo, pol'éltl, islo pos~ iYel, ·PeJe :i prc~ i· doi Sanló~. C:1 rlo ~ AITouso. ?tfRrtinho GnmtlDS,
(\l!nda qne , nttcml~ndo i• mngnitude 1l:1 1\lnlerin 1'lu!udomil·o, Th enphilo Ottooi, Leoncio de GDl'·
ti :i ~ u:t lli'I!"Cil Cilt , 11 Jt! [l:tl':t nrrlem do rli:r de se•· v:llho. Mnrtim F1'3nclscn, Olcgat·io, Jeronymo
gnnrln·t'eir<~. f'<II'!J.lll' :\~silll llcn \',ncidu Q Jll':t7.o · .1:\r(liln. Malheiro ~. &r:;io de Cnstro. Silvoira
<lc i,n lcr:;til'iu, o qnnl ,: tle trcs dia>. ~c gttntlo n 1lll Snn7.n, C~llllli'!;O. ~'ol'fl:mdo Osoriil e Florcncio
re ~opmr'!ltn. tiO Abrt'n. .
O ~n.t•nf>~JI)E~T'" dl1clal'oll que 1011\al'in t~lll Ct!IHI'·,,·ecct·aul {it!pois de nl.ltWl:t u st~~são u~
eon s ill(•l·a~ãtl n pndiclo il? unlrre llcpul :1d•L :->r~. Jomjuim N<rhucn, ilúi'Dilhil'l', Molln Ll~nnco ...
C~ ara dos Oepltados • lm(l'"esso em 2710112015 09:52 . Página 2 de 17

'206 Sessão em 20 tio Maio do 1880.

.Silveira M~rlii1.5, SO<~I'cs Brand5o, So.nz~ Lim:t do 'rmpcrio, sendo valillos os exames de prcp3·
e Libel'nlo B:~rroc<o. 1':1torios que f<'Z no scmin:'!io de .s. José ~o Rio
· Fall~ram com pm·licipal,'lio os Srs. Ara~:ío c l(e .I;Jueiro.-A' l'OIIlHlÍSSliO dt~ JDSll'UCI:ao jJU•
1\f~llo; Affonso Penlla, Aureli:~n o lllttgnlhiil!s, .
Wiea. · · ·
Cnndido de Oliveira, Flôrcs, Fr:rncisco Sollr~, :-):1o lidas e mandadas impt·irnil' l\S seguintes
. Ferrelrn de 3fom·a, Galdino, Ignacio ~I3rlin s,
1\lello e Alvim, lllot·cira de Bar1·os c Morei r~ llED,\CÇUI>~
Brandiít;)e sentella; O> Srs. Antonio Corlos,.Al· Rt ~di!C[-fio rfrlJH'ojcclo ·JL 6 de 1880 . .
· meldn Barboza, Alves de Araujo, Abrr.u c Slll'o,
Bcltrão, Dolfort D!tnrlt), Ba1.0na . de :uen cr.cs, Emendas feitas u approvadas pelo cnm~rn dos
. CQrrên Rabello, Couto Uagalbãe~ , Difina. EJ)ami· deputodos li J1roposta do poder excctltiro quo
nondas, Franco de Almeida: I~ide li~ 'Butelhn, ·nbt·é nm crc ilO cxtraordinnrio e sup_plementat•
Jooquim Breves, Joaquim . '!'nvores, ,los<} M:~· de 6.g80 :8l915J71.1, dcstin:ulos n suppr1r a insuf·
rinnno. João Bt·ig id~, .toro11ymo Sodn\, Luiz l~o­ flcícncia das redJas çoRsi:.;nadas no ·nctunl' ex-
lippe, ~locedo, Vnrcrlino MonJ'II, ~Jnnocl Euslu· ·crciclo a varios sen'.iços. · · · · ·
qmo, Prado · Piuu::nl el, Sillvnl, Sigh:mnndo e
S•mzn· Carvalho. Accrc~ccnlé·l'C no l11g-:~r competente:
Ao meio di~ oS1•. p1·c~i den1e dcrl:rrn :•IJcrt:r n A n~sc1nbléa l;emlrcsol \'C :
ses$iio. · Art. 1. " (como na proposta ). ·
E' lida e approvnda ·a· :~ct :~ da ::;es:.iío nnll'r.c- Art . ~. • ( como na proposta ) •
~n~ . . . • . . . . Art. :J. • ( _como 1111 proposta).
O Sn. 3. 0 st:CIIET.\mo, servintl o de 1.•. <l~i CIJntn Sal~ das commissõe~ em 20 ue Maio de i880.
do silguinle · ·· - SillJCi/'ll. dr. Son:-o. - R1111 BilriiOz<r. - llodol·
.JIIW E. iJ ,, S. D(m/a$. ' .·
EXi'llDI•:n;
Reth!cr.áo da eme11da tio Sr. Jlallteiros at1 pl'njtcto
omcios:' · · n . H tlt! i880 . ·
Do ministerio da marinll~, do) li de Uni•) \'or- A ~sseinhlt:a ger~l resolve :
renle, lransmittindo, em restJosla. cüpin d~
informação prestada pelo nuditoriu ~ernl tlc A1·t. Lo E' o go''~rno.nutot•iz~do a mandar · ·
mnrinha sobre-o rí!querimcnto cmqnc 1>. ~[orin ndmillir :i mntriculu no L• anuo da foculd:~do
Jsnbel Teh·e do Rego .Barros recl~uw·! coutra n ele llicdicin:. do llio de Janeiro o c~ü\d~nt.e Hen·
sun· eliminnção de pcnsionisl3 do montevio d:t riquu An::uslo lle Oliwim Díni1., dispensando·
mnrinhli.-A quem Je1. a l'CfJUi~içiio, . . . S<l ·lho pora o~~o Um n idade exigida lJOl' bí.
Do presidente dn provinci:1 do 1\io de J(lnciro. Art. 2. • •'ic~m l'OVQgadas as disposições.en\
de i8 de M~io corrente.• transmiUindo a nttlb~n: contrario. .
tica da acla · da d~ição de um dcJlutallo :i 3S·
semblén gcrnl que IC\'C lognr na P.:~rahylm dv S:rla d.(IS C{l mmi ~sõc s em 19 de Maio de i880.
Sul, pt~ra preenchimento d<1 vag:r dcix:ac.Ja !)Oio -Silveira tle Sou:a.-Rny Barbo:;a.-ROtlolpllo
Sr. deputado Pedro Lni1. Pet'eit·n de .Sou r.:~, E . de S. Doutas.
nomeado ministro de c;:trangdros.-A' COIII· RetlacÇtin tlo fJI'Ojecto tA . il dP. :l.sSO •·.
mtssõo de poderes.
Dos Jll~id~ntel' do$ cQIIegros d t!itt)r~es dn Emend:ts (cit:ts c approv:rda~ pcl;r c:~mnt•:i dos
ci•rte e S. Fidclis, nn · proYinci~ do. Tiio d•: J~­ lll.•tml:•dos :\ Jll'ci!Jnsta do PQllcr exeeulivo qno _ ...:.
nciro, remettendo a~ · Mtns d:• t:lcir:~o ll:IJ·;•..tu.n alu:c . uln ..c-l·eilito·~Xlt'afm.limlrio· ·de-·t ·::t81T:Wll?,r,-"
deimltldo ::c r:~l , na Ynga dcixncLnit!rõ-Sr•. l'cdro tlUl'nnlt! o~ CXCI'Cicios de .1880-1!!81 e ll!8l · l88:!,
Lui: Pcreirn do Souza, nollH!(tdo m i ni~tt·o lle rle~1 in:•tl••S :i :tt:ttnisiçlio de nmlcrial e obras .na
c~tron g-cit•os.-A' co uuni~ ~iio llc.JlOtlcrcs. e~ lrnd:t li~ fel'l'l) U. l'clll'u H.
RequcrimentoE: · Ar : t, rr ~rm nlc · ~(~ no lognr con~pcten te:
Do Vicente Antonio de Mirvnda, ~cúct:u·itl tln A n~se mb Ié:~ g·o:rnl decreta :
copitDniu do porto do Mm·<~nh f•o. 11crliudo uns.
anno de lh:ençu com vencimentos jraru tl'atar de At{ 1." (como u:r 11rapo~t~).
sua saude .-A' corn mi~são rln lJen~ões e ord~· Art. %." (c.ómo uu projJusl.n).
nados. Art. :J. o ( ~~om D n:1 propo~ta ),
De Celestino G~s1\al' de Olh·cir{l, perli.ndo S;e\a tl:•s com mlssüc~ cru 20 do Maio de i!l80.-
isenção de tlircitos rll' importn c~o para o tn:rl e· Silt.•r:lra de Son:;n.-lltl!l JJai'IJo:.o.-Jlodolplto E ..
rlnl desli nado :'t n~Vegn..:5o dn rio rh!~ 1\Torl\'s d<t S. Dc1-11t•r8.
por melo de lt:rrca,; umdda s a r<lmo::, e tr(in ~­
)lorte g rnluito na cstrilda d•J rct~ro n ..l'i.!dru H. /?1'(/i•C!'liO ! lffl'lt :l." di&Clt.ssão do proj evio 11, ;}08'
-A' commisfio do fazctHia. . .. .. . ·~" .
De João LQbO Vianl\:1, JlOtlln•lo m .~triclllat·· ~
na fotnldnde ue- nietlieilla do J\io · de J:rncin•; .\ · a s~c m b l én ·:;ernf re~olvc:
presl:mdo untes du ;1c1o exame dos prepa ra· .\ rt . 1 . " E' :mtot·iwdo o :zovemo:. concetlet·
torios que lh e fall:un.- A' t'OHHH issilo d·~ in · no \ksc.mborgotlol' ,\nlonio r'rnnci~co ile SntlliS_,
strucç.f•o publicn. . _. . . . Jll'llC tmnlo)l" da corú:o, ~obcr3f!.ia c fazondu 11n·•
De J,eopoldo · Dnm<~, ceno t:l'rreh·a, Jlt!tlintln d t•Jwl, do triltuu:rl rl.1 relnçao .do ~Jar:rnhilo,.
matricular-so 1:\lll uma das rawldadcs de rl ircllo u•u :wuo tlc liceu ~-~ cnm ·o ordc1wdo lU\ rórm~
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 09:52 - Pêgina 3 ae 17

Sessão em 20 de Maio de 18go. 207


da lei, ·p11Í'3 tratar de sua sv.ude ondP. lhe ·con- dicionnl . ~·arei em breves palavras n exposição
vier. · · do f<lcto H tlepois cx.aminarei <JU31 é o direilo
Art. 2.•. Ficam t·cvogndas as tlistJosiçves em nppl icavel.
contrario. · Uma lei da asscmbléa provincial de S. Paulo .·
Sala das eommissoos em 20 de ~bio da 1880. concede11 a varios cidadãos prh·ilegio por 90
..,..Joaquim Sm·!·a.-Al111eida Couto. nnnos pura a construcção de uma estrada de
ferro de bitola estt-eila, que, pnrlindo da villa
lledaccãG p<tnt a 3. a diSC'IIs~ao !111. emenda. 1lo S ,.. de Btlh\m de Jun•líaby, fosse entroncar na es • .
Joaii!Jl. tle Frútas eoUII'O no projcclo t~. 308 tradn de lerro de S:tntos a IundiatJy, ou ent
·· de i879, qualquer ouLt•u da província, e garan,iu ao .C:l·
A assembléa gcrnl resolve: . pitnl JJUe fosse despendido (J,ma fictao jut•o de
7 "/o, durani'J o prazo daconstrucr.'ào tfa cstradu.
ArL L• E' o governo outorir.~do a conceder Umt~ t'llsol\u;ãri posterior ampliou o ravor, es-
no dt~Sembargndor da relaç1ío {io :uarnnhão, Jouo tendendo o pt•nzo dn g:w:~nlia de. juros a i()
. l'aulo lfonteiro de .Andrade, um :u111o de liet•nçn :umos. -
com o ordenado na fórma üa lei, pnra ll'alar de Sendo esta r~oluç1io subm~ltida á snilcção, o
s ua s:~ude onde lhe convier. · }lrcsidanlc du província o denegou, sob o run·
ArL 2 ;• Ficam revogadas M dist)Osiçõcs em damenlo de que :1 r·esoluçiio n!io convinha aos
contrario. · · interesses da pro,•incia; devolvida :i assembléa
Sala das commis..~cs em ~ de Maiol de J880. provinciul, e~!.~, u seu turno, dcvoh·eu·a ao
Joaq11im &i'l'fi-.-.A.lmeida Couto~ presid~nlc, pot· dons terços dos membros da

&duccão .pat'rl3:• diSGUSStiO d(úmer1da do Sr. l ost}


mesma asscmblêa. Então o pt·esidento delii.Jcrou
. neg:tr segunda sancc;:lo; não t:~elo Jlrímciro funda·
· M~ de Frcitn:f ao projet:lo ·n. 308 d~: :ISi\.1. men to, que linha ficado prejudicado, mns por
A assembléa geral resolve: m:otivo novo, de inconstilucion~lidade, por ler
sido n resolução approvatla por dons terços de
· Art. l. • E' o governo autorizado a concetler 'fotos, contados, não dn IOJtalid:tde dos membro,
no desembnrgndor dn relaçiíe do Cear:i, Dr; l"ran· da assemblêa, mas dos inem'1l'<'S presentes. {t
.ciseo Faria !le Lemos, um anno <le licença com sessão em Ql11;l foi votada a mesma rc;olução .
seus ordenados para traLnr de sua ~audc, onde
lhe convicn·. ó Sn , S!lnaJo DE C1srno:-E' e~ tn proprin-
: Art. ~-" Revogi'lm•sn as di~11osições em cou· menle a questão.
lrarío. O Sn. FELICJO nos SA.;.;ros·:---E' inteil·nmente
Snln das commissões em í!O ddlnio tle1850.- nova e~ ta objooçuo do pre~ideute.
Joaqu im Sernl-.~Ahneida Couto. . , 0 -Sn. D.u•rtsl'A l>EnEtn,\: - O ponto que a
M~omblé~ geral tem de re~olvc1· agora uiio é si
ORDEM DO DIA. o pre ~i dc nte bem consultou o~ inlot-esses da
tJroviucln, negando ~1ne~;:ío ;i lei; mos · sim, si
São sÚ.eces~ivnmenle Yotado~ O!> di\"Ct'S<IS \ll'O· pt•evalceo 11 r~zlio de incon$titncion::tlidad0, ulle·
jeetos que se tinham eneerr:~do na s(!ssiio nnte · g:ulü pelo pre~idente, e qno obstou " · segund:~
cedente; _· . ~noção: .e por set• jtlstamcutc esta o úni~
O SR. SEMIO DE C.\stno (pl!l~~ onlc'1n) rcqner qucstiio de quere- púdc occupnr :1 assembléa
dispensa _dn . interstício pt1 ra ser nest<t mesm:1 geral, é qui) peço . IJcen~;;:ui JJiustre eommlS$íiO
_ _ ae~s.ii!l di5Q.\!1~~-o -~-Y.~I~(\o em 3 .• dist:Ullsiío o p:~ra \)(mderar ," nrio sú que el1~1 c~msiderou o
· projccto n . tl que acalJU de ~t· approvndo em aswmpto sob um aspecto quo uuo· e da compe-·
lt ,• diSCU5sàO ,. . , wnd:t da :ts~ombltla gural, comil l't-solveu n ~Ues·
tf10 110r mntlo ineon\'eniente, c do · Umll forma
·O Sa. l'REStDEl·<TE di& que o nobre deputado q·nll u5o se co:uluun com os verdadeiros prinei·
ser:i n\ll!ntlldo t.lepois de votados os oull·o~ pro· pios conslitucional!s.
jectos quo se ncham na ordem do dia.
O 811 . SlliiGto DE CAsi'no : -N:'io :~poi:~do. l'eço
Posto a votos o projccto de. respos1...1 à f~Ha do :1 pal:tVI'II. . .
thron,, cncerr~<lo. un. scssuo _nntecedent.D,_ ü 0 Sll. BAPTISTA PERE!n.l. : - Si é este O Unico
approv~do e remcttulo a respeell\'n comml~sno.
JlOiliO que Jntct•csS:I avel'igunt•, isto ti, ai
Posto n .votos o projecto n. u A de lSSO, rol provvlec~m ns rnr.ues _de inconsLilu~ionnlidnde
opyrovullo . jnntamcnt!l com a cmcncl:~ sn~­ que 'ul:tttnt·atn no mumo do PI'OSJdeute para
sti uti.ira apresentada pelo 81'. :)alu;mbo lllun· ttcgnr peln ~c g-umlu vez suncçüo á. lei pro· .
nho,~e ficnrnm prcjudic:~das as mnendas lln com· vinl)inl, nMla tom IJUO \'OI' a asscmblé:t · ge·
mi$Sno. .I'Dl COill .:1 plaUsiiJilid<ldi.\ dos motiVOS pe)03
·ConsuHnd~ n casa, é <lP[Irovm\o o l'oqucri· qunos o pl:estdt.mto negou s~.ncçlio ti me,; ma le!
· mente do Sr. Sergio . du .c~s lr<!. [l3ro q_ne entro 1tn pri mel rn vez. Puuco mlorossa saber st
tmrocdiMnmenle Clll :l.• d lS CUSSIIO O [ll'Oj <.!C IO . li : :1 co ucc~.>uo l'cilll 11 0~ incorpor;tdot·o~ dn cumpa-
8 de 1880 . nltitl, tlliO ~c IH'O(Í>C c_onstruir a estl'lldu ~o
r+•l't'ol do Uelt;m ao Jttnd1ahl', consultou ou nuo
'Entro em 3.• disctls~5o O Pt'OjCCIO n . 8. os inltlrC~StJI'_ th lll'ovincia ~: o jn~t:mu.mlu por
IJUC a unictt qt~cstüo tia _nlt:mla c._ tla eom_Pet~n·
o 8r.- Dnptll!ltn Percll•n.- Sr. prc· cin dn as>emblca ).'Cr:;l c. " qu~~ttlo con~htucto·
si.don te eslo projt-cto envolve uma gr:wo qu~s·
t.'io constilucional, !JUC não. me I?UJ'c CtJ re~ol\•uln nal :1 illustrc commi ~são nau podht concluir o
de conrormidadocom osprim:i_Jnos do Aclo Atl· ~cÚ ~~~rccer, ~lrOilOOdO Ulll projooto que ~O dcs·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:52+ Pág ina 4 de 17

208 Sess1Eo em 20 de Maio de 1880.

lina a apJlrova.r· l1 acto da assern!JI~a provincial quc rcP,uLrr húa, ~mnnl1fi a rejeilnrd por lhe pn-
tle S. Paulo. reccrma'
A Bssemlllêa gorai não fem compelcnci~ para
appl'O\'~r :~ctos das as~cmbléas pt'OYinciaes. E;\a O Sn .•'ir::nmo BE C..HTno : -T~' uma conclusfio
competencia só alei lhe poderia dar, o n lciniio. muito nnturnl.
poderia ser outra sP.o~o o Acto Addicional. M~s O Sn. lhPrrsu PEtn:rnA.:-Niio é L~l; aiJerra
no Aeto Acldicional iJuo ba unln só disposiç5l), dos Jll'íncípio ~, pois cn jâ ii?. ver em que eircum-
princlpalmente entre aquellns que regulam as stanci.~s e com ~uc comd}ções n_asscmbléa ~rernl
relnçües entre n nssembféa· e o presidente da exerc1la .o seu dr~cl~o tle mspcet;~o. em rela~'IJoás
província, e cnlrc a assemblén A'~tal c as Mscm. nsscmbleas provmc1acs.
blé:~s provincíaes, que de inlcrfcrenc.ia á assetn~ undc foi ~ com missão descobl'i1· ;~ competcncia
blea ger<~l para approv:~r aclos das assembl~~s d3nsscmblé~ geral pa1'a npprovat· ·a lei da as-
provineiaes. semblé~ de S. Ptmlo. como se propõe pelo pro-
. Senhores, pelo Aclo Addicional a assembh?a jecto qne se discute? ·
geral legislativa niío L! proprimnenle um tl'ibu· O Sn. Sllnr.ro Dll CAsrno:-E' o art. w.
uni de rev1s~o, n que estcjnm sujeilos tl)dOs os
netos dns Msemblé~s provinci:tcs; é sim um:r O Sn. B.\PTISTA Pr.hETnA:-0 art. :W do Aclo
Ilha lnstancia politica, a QUal a lei constilncional Ad·licional üãó autoriza cssn det)Hlsin, nom no
commetteu a elevmb funcção de superintender seu ospirito est~ consagrado ~"melh~nto prinei-
a ncç1io das :Jssemhléas p1·ovinci:~es no toc:mte pio, que viria perturhánorlo o ~,·,;tema do Acto
no regimcn dn Conslitniçíio, c mois nada do qne Addictonnl. · ·
isso. (Apoiados.) O ~rL Hi do ActoAddcionol o flllO dispõa é o
Ass1m, n accuoda n~sctnl.llé~ geral, em rdtLÇi'í(} seguinte : que, remcttido. :i nssl!mbhla provin·
30S netos dns nssemblcíns provinci:te~, sÍl so oxor- cinl a lei a que o pres.ideot~ d() ·província dene-
dta de dous modos: prillldro, qu:mclo :o. a;;sem· gou snnq~ãn pelo t'nndnmenlo do niio convir aos
IJléa geral. c.ortstituindo-se jttiz do conflkto cu· Jnler·esscs d:J (II'O\'incin, o, subm~ttida a nova
Ire os pre~irlentes de IJI'O\'inci:l 1us· assemhlé~s disc11ssíio, ft\r otlopl~da 11.11 qunl, ou motlifl~ndn
provincl~es, decide -que n lei a qne 0· prcsi- no senti !lo tbs r11zões ~llegadn~ pelo III'Csidcntc
dente negou ~nnc.ção deve ou não ser snnccio· por dous tcl'~os dos membro~ dn nsscmbli.la. Ó
nado, nos termo~ do art.16 do Acto Addiciorl'al : JWcsidcnto d~1 provinoin o snner.iou~rá. · -
e em se!!·undo Jog~r- qu:.~ndo 3 :o.ssembléa ger~l. . Logo, u~o é do ntt. Hi quo n comrili~silo JJtíth•
sem J)l'ovocnção, de pl'oprin iuicintivn; cxer : tn·at• argumento em favor do seu i)roje~to; hn
cendo uma attrihuiç~o srw, qnc lhe e conferltl~ fle rect"OI'rQr ~im {L di~posiçfio do :~rt. {(l, liUe
l'CIU ~rt. :lll), re\'Og:n tiS leis das ~ssemb!éas pro· prP.ceilli~ flUO, si O presidente da província
vinciaes _que síio :l\l~n~alol·ins dn, ConstituiçãC~, n~gar s.~J~\'!,IàO a um~ lei da asscmhh!n._ Pf?,Vil~·
!los trotados e dos dm.•rtos de onlras 1wovtncio~. c~nl. JlOl entonclcr QUI! ella o/Tc•nde a C~n~n!m·
· Or~. si n 11ssembll;a gernl não ~xerce,em 1·e1:1- ç~o, ys lr~ 1 1ndos com as n~~çU~s ~stmng~;<n·ns e 1;s
çuo nos :~elos dns as~embléns provindaes, um I dii'I'ILO~ \le oat~as provmcras, o n nssemiJie~
poder do tutelln; sendo n sua intervenção limi-1 Jtll:tnr 12, c('ntrmo por dons ~crcos, stth~ettera
tad:t <i materiu. constilucio!1:,1, pcq;o.mlo: coHJ j :1 :1u;·sL.a? ~o. go~erno g\}rlll_, st ~ am~mhl~n ger~l
tJllC t;ompeteneJu n nssemhle:~ r.rnral pótle decla· n.to ~Sl'\ et '' e~se_ ~cmpo ICUI!Hln, :~~rn de que

•. tlente dn lll'OVincíant':J:OU ~nnr~~·'?


) " c • ·\ . · . _ . ?
1 ~n. F~ .\1\W • L\ 1~1. ~.Ln
O Sn. SJ·:J.!!Ato m· r-~.s~·IIQ •
. , . . . l
rar que. d~vc ~crnppl'ol'ndu n [(•i :1 (]UI! n Jll'i'~i- e:;_tc l'C$olr:r ~ellruiJVanwntc sr.o proJrctotlev<·fJI(
1Wo S('/' .Wfi<:CIIItlaclo. •
Ot•n, pe1•gnn tp l'll: e ~~~Ln n !t1éa lJ~te esll't con-
JloLit. dl.'d:~r.u, ~a!;l'?d:l no Jli'OJeclo 'I ~:.1 ·, c t! po1• 1~sn !JUC ollt·
Pü,lc . --~ ---· --·~,,1'<'1 pro\1ur uma emendtl sltbstittllivn.
O Sn. HAPTI>'1'A Pmn:JnA:- Attcuda h!!ll\ n E' Yen nd~ que: esi(IIUOS de nce(onl~ em nm
l'tlmaro; o url. t.·· do projcclo diz assim: t;onto,..q~e e r~[HI~I: e~L~n~o,r:oln.a~LlLtstL·a~a
r I ' r· . I -d . Nffill\l:cS.IO, que: ll,IQ pr€.\ nloce :l r.tZ.IO de n:m
• A • r· •• · -'. • re:t nJ!Jlr?t·:r. n ;'"~ l~L n ~~~.~('mbl~a snncçi\o d~dn pelo pre~itlentl!; nrns devemos re-
pro':'tnc•:~l ~;~ JlfOYtllCI:t tlc :S. J>anlr~, do I.'' dL' soJi·rr a t{Uestilo dl' conrm·midade com liS prin-
Ah~ll ~ll.l i~I.'J• C!levml~o, :• 20 annos ~ fll'<J7.0 ll.1 ci]lios ronstitueionaes, que n~o podemos sacri·
gl•l.~nlra de J urog di'! ' o,... ,de c•on~or1ntcl:tdtJ, eom lictll' ~em cllutpromell!lJ' i::ualmente ~p·ondes e
11 l~c~ da mcsmu n~s~~mhlea dt> f, th! Ahrtl dll clcvndos íntcre~~es IJlle o•slà() dch:~iX(I da pro-
i8t M. • tL\Cr,;fio d:t Constilniç1io.
li:sta rtJ~olu~~o ~ exorbilttniC!; a ~s$embl(•n \'ou ainda deduzir dn h~lum argumento, para
geral l<•gi$lntiv~ uiio tt•JIJ :1 l':tculd.1de part~ np- ·1JI'O\'rn' que o nobre ,lepu!M.lG c~ltí em cngsno e
provar um neto dn a~~embl~n provincial ; n sua :ilmm em equivoco, l.lllAnuo suppu:! que t\ n
miss5o cifrA·se em 11scntis:i r si o rcgimcn tl:t mcqnn ronsn dett!l'minar o pt•ojeclo qae a lei da
C~ns.lituiçiio é respeit~do p~la$ :~:;sembhius pro- :•ssemuléa pro\"incifll rle\•c on nlio $Ct' s~nccio-
nncw.es. md;1, ou nppro•·::ü• a lei que não foi snnccio-
. (Hu 1!UI'ius CIJI{I.I'!e~. ) nall:l. · .
Senhores. $Í :1 trS$Cmblú3 ge1':1l tivesse a CQnJ •
OtlireiLo lls t~ppnwnr ~egur~llleUIA! iuelue irn· pelenei~ ck appr·ovar 'um :~elo da a.sscmbl~o pro·
pltcito o 11ireilo do r·t~provat' ; ~i rc:wonll~ce1no~ vindnl, e:;;;c <lü'l'ito se r.xercit31'i:l com n mnx!rnn.
llll ussemblét1 ~o:m·nl compclent~ia p~rn npp1·ovar lm·s:nc1.n c lihcrrlndt'; ~lln o ~~xerceri~; ex~mi •
Ulll3 lei \la :~~~milh'·a provind~l, rcconh(1o:emo~ nnnrlo ;1 quest·~~~ de rundo em todas M suns rc·
implicit3mente n direito de J'enov;:~r ~ l~.i : f0\11 iliÇtll's. ~oi! n ponto t.lo Yi~la ilM ronvenlC'ncia~
o nw~mn dit•eBo com qut>. hoje appro\·n nm:1 loi.. .d~ provi.ncia, on elo.~ [tl'inciiiÍilS 1lr• justiça;
c â"nara dos o epLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 09:52- Pág ina 5 de 17

Sesslto em 20 de Maio de 1880. 209

·mas essa nlio t! n su:1 t~rMa. O projceto p<i~c ~or O Sn. CESAmo ALV!U : -O nobre dopul:uio ~
nllllmente pcrBicioso BOs lnteress~s da p1:ovi!ICID ; tem um voto na coroara. ·
m~s si niio fór son•:clonado p 111' Inconsti!Uelfmnl O Sn. · S.~:naro OE ·CAsTRO:- E.u penso que é
c por esse molivo ror dereriilo :i grande · instan· impossível haver d11as opiniü1:s n respeito.
·.cia . do. parla!liCbt~, a as~embléa. ~ernl n5o e~a· o sn . CEsA~Io AISIM: -E1 porque Ui.() ha
mina sl o proJer.to e ou nao perntctoso; exanuna se"•o umo. (BIIo)
sómeute si ha ou não inconslitadoualidade : a · ..... · ·
- d 1 O Sn. ·· SERGIO DE CAsrno:- Não é posaivol ·
unica . guesluo que eve pl'eoccupar o par a· llnvcr outrn ~eua- o . •qu · olt~ qu" eslú de oecôrdo
mcnlO é si a lei Incorro nn censuro con~tilu· ~ " ~ "
Cional 1tue dt!lermin~u o presidente a niío sane· com o parecer da commiss."i~. Eu j:\ pedi a p.,.
eional-a. (Mtúto.Y apo1ados.)· . . lDvrn e subirei ú tribuna.
osn. SEnaro nF:· CASI'no:-Approv~r 011 dos·
~ é 1 - n e
O Sn. DA.I"l'ISTA I'EnEmA :-Parccc que o quo
tenho ditil .ó bastante para justificar uma emenda
subslituliva,que "ou olfereçer e q~e ~c !R sóment~
- ... • • .. A )

appt•ovnt• ,..., apolauus


(
a cone usno ec s·
saria do art. t6 . (Contestap}tll). por fim salvar o verdadell'O prtnctpto do Acto
O Sn. CBsAntO ALVIM :- A a.o;Se'mbléa geral .Addicion:ll.
jui"'D si · deve ou não ser sanceionada; é a 0 Sn. CBsAnto ALvtu:- Apoiado, perfeita•
. questiio consliLl\cional. ·
. mente. . .
O Sn. SEPIHO na CAsTno : -Não opotndo i a · o sn . Stna10 DEGAstno :-Então, revogul!m o
· nSIIemblf!a geral ·é o tribunal revisor. ort. i6 do Acto Addlcional.
lHa ouÚo• apal'tll .) . .. o Sn. CEsAnto ALvm:- O artigo é muito
OSn. BAPTISTA PEl\EIUA :~ Ahi ú ~ue cshi. claro. ·
Sr. presidente, o (!r.ro em que labora a lllttsll·ada o Sn. S.BBGIO DE C.uTRo:-Justamente por sl)r ·
commiasào (apoiiJdos) .. • · · claro é que a opiuião da commissão é bOà. .
O Sn . SF.RGto oi CA.srno:- Não apoindo. (H 11 oulr01 apa1•te.t.)
O Sn . B.u>Tts~A PEREIIlA :-. • • suppondo que ·o sn. BAPTtsTA PEnil:mA:....;.A emenda, St·. pre•
o assllmblco ger~l é um trii>unal revisor, com si dente, que vou mnndar á mesa e que é sub·
nmpla alçada sobre as assembléas provinciaes. stltuUva do arllgo.em dilleussio, está: concebida
o sn. SEnoto DR CAsTno:-Nem hn duvida nestes termo&: · .
nlgumn. (Nüo apoiado$.) No caso do conOicto . • Artigo unico. A resolu~ão d3 assémbllla
entre ·o presidente da província e n nse~:~mblén lt!glslatlva dn provincin de ·s. Paulo, d.e i de
provinc)nl, a asscmbléa geral é o poder revisor. Abril de i87ü, ele,·:~ndo 0 jO nnDos o prozo da
O Sn . CasAnlo AtvUI:-Est:í enganado; com· · garnnlia dojurode6 % de conformidade com a
peto-nos apenas n 11preciação do confticto. .[ei dn mesina assemlllén, o. t.ü, de 6 de Abril de
O Sn. SERGIO DE Curao:- Não é o opreclncãoi 187i de.ve ser snncclonadn. •
do contrario seria c.o~pletnmente nu!ln a dis· o sn. CksAtuo Atvu.t:-Sim, senhor.
poslcio do Acto AddHaounl.· (Confe&l«fOtl .) Vous:-Hrilto bem.
. O Sn. BAPTISTA P&nt<IRA :-Sr. pres11lente, eu
niio comprehendo n insistencin do illustre depu· O Sn. SALDANHA MAniNHO : - Esta 15 quo é o
lado; em ddcnder uma oploliio, que tn,e p11rece· boa lddn do .<\elo Addiclounl . .
sln ..ulnr. Elle, oo posso que quer dnr a assem· o SR. BAPTISTA PlillEIRA:- Eu poderio, Sr. ·
bl~ gerril ·a competencia de um tribunal de presidente, terminar aqui ; e!l~etan~.,J>2~.:-..,.._
revisão, .limita,. entrotnnto, .ns suas..runccões-oo.. ·cençn·á ·comara,-de- éüfli- õenevolã'iiltonçao nuo
julgamento do co~Oiclo entre o presldonto e o quero obusart para dizer mais ·duas palavras.
4ssembltla. A ratão pem qlllll o presi.dent~ de S. Paul~
M~s é i~to mesmo o gue cu estou tjl7.endo. SI. negou saocção a css.~ re~oluçao ror, como acabei
·a assembléa geral não·é outra consn mais do que do expôr, por ter sidti dev·otvido por .dons terços
o jul& constiluclonal do eoullicto <(Ue ao suroiln de votos. eont:~dos não sobre a totalidnde dos
entre o 1Jresldente da provincia fi a.nssembl eo membros da ilssemblên, mas ~im dos membros
provincial, ê claro. quo não JJódc tornar ~o~he· presllnles. · .
cimento seniio do ponto contestado, que ortgrnou · . Eu declaro á comam que desde multo tempo
o conntt:.to. (Muit!J&apoiado1.) Porlanto, ~tuando sigo opiniüo contraria ; entendo que os doas
n a:ssembk!:t geral resolve o connicto, nao np· terçoscontrun-se, não da totalidade dc:.s membros
provo nem repr(lVa n lei da ossembMn proviu · do quo se compõe a ns~embléa, porém sim dos ·
eiol· o quo declara sómente e quo, n5o snllsis· membros presentes. (.Muitos apoi~o~.) ,
tindÓ r1 razão da lnconsLilucionalidado allegada Já bouve tempo em que esta pnne~pio servm
pelo presidente para d~negar snncçlio li lei, deve de bandeira de pnrlido. Atú iB.\8 se repulllvn um
esta ser soneciom~da. (Jiuitos apoiados.) Lriumpho da esrolo conser\•ndorn a interpretação
o Sa. SElluJO ns CAsrno : -Niio npoindo. do Ac\o AddlcionaJ1 no sentido da opinião do pre·
. o sa. BAPTl~TA PEREIRA : -Sr. presidente, sidenll'; mns de iM8 pnro r:í , n verdadeiro dou~
pnreeo que \enho dito IJustnnle.. . trino tem sido udoptnda plllasnasemhléus de lodns
Vozls •. -P.,r'eilnmentfl . ns provlncias; o hoje, que csl<, reano ~ ~on·
" '' sRn~o dos governos de lodos os m~tb;e~ pohtu:os,
O Sn. Su~VRlRA DI> Sout.~:- Isto á doulrina nfio· se lhe (J<ide mois oppur a juri8prudencin
liquida.; nem b3 conll1Stoç3o. adaptado pela t~ssembléa gerol do conselho do
O SR. Sanoro DI GAstao : -Nio opoiodo. estado de !SM.
T_tatl.-1'1• .
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:52+ Pág ina 6 de 17

210 Sessão em 20 de Maio de 1880,


O Sn. SE11GIO DE.C.\>TM:-llfus noto que cssn nciro combatctt o parec!lr da commissiio de·
boa dnult·ina é consct'\'all:t no parecer da com· ~sscmble3s wovinci:.tes, ~pprovan rlo a lei da
missão; ns,cmbléa [Jl'OI'incial de:). l'aulo de l." de Abril
osn. Ct>SAUIO At,\'UI ;;...... Não a(>olado. de J8i5. EntrcMUO. dou. parabcn5 á minhl
fortuna, por IHl.\"Cl' S, Ex. concordado <:om :1
O Sn. lJAPTIST.\ I>r.:uBtnA:- Alas si é vordndt) ·ioléa c~Jlil~tl do pnr·ccer, accrescMlando até quo
rJLte sigocs\30pinião centomdo!JUe nvcrdndeira n rcst>eilo rletla uiio podia haver duas opiniões,
lntellisencia <[UC s\l de\'e dllr ao art. l:} do A~to · isto é, solJre o modo como se devem cont;lr os
Addic10nal é a que foi recommondad3 pell)nviso dons tet•oos dos memb1·os das ~sscmbltln$ pro•
de :!7 de Junho do IM8,qne nt·mon este ponto de ''inciaes, conf•lrme dispõe o art. Hi do neto
doutrina constitucional, de~·o, cnll'el:ullo, nntar nddidonal.
que n com missão foi um pouco severa •1uando, Stt. B.U'TISTA PERillRÀ:- Isso não é objeclo
11preciando este motivo, pelo qual o presidente de0duvlda. ·
de S. Paulo negou snncçiio á lei, denominou-o
um sophisma sediço. O Sn. SERGIO DE CAsmo:- Sr. presidente,
qua11do ~omo mrmbro da eommisslio de assem-
O Sn, SF.nmo DI',: CAstno:-, Não hn duvida :~1- bléa~ provinciae~ ti v~ occMhiu ele ma11i FL·star a.
guma. é um sophi~mn sediço. miuhaopiuiâo soi.Jt·e :1 intcrpctn•ç1io do art. Hhlo
O Sn. Fr.Llcto nos Sl!I'Tos:- Neste ponto cu aclo :üldicion;.~l, eu di~se.e agora •·epilo,-que as
concordo, · lei~ claros não se interpretam; li um principio
o sn. BAl'Tls'f,\ l'~IIRIII.\:-Niin ó mn sophi ;mn muito vulg:~r de herm~neulica juridicn. Parece
sediço 11 opinião ddllodhla pot· publicistJs qtw <i art. W do acto ~tldicional, a tJUil se fllin
autorizados; e neUl prontrnria um sorthisma SI!· immcdintom·~n tu o n·rt. W, niío póde ter outrn in·
diço pari.t escudar um uclo -cu um cillad~o lilo teq1ret~~~n qne niío S•'ja est~: todos os netos
distincto pelo~ ~l·Us !!ltJ\'Mlo~ tnlllnlos; como ct•a dus a~st~trhléns provinciaes, não s:,~lll:cionados
0 presidente de s, l'nulo (Cipoiudo$), qne su as· pelos prPsidcnles de proviucin, haveud,J entre
sigoalou semr1re r.onw UllHI lllttstt·; 1 ~1 a:o, quer no e~l•JS U·HIS poderes conUiclo, o competonte pnrn
alto mugisterio d:. raeuldade de Lllreilo, quet· M dor a ultima pal~vra ti re~pcito é o poder legis·
· - d
em i nente posu~:to e tnes lden 1c d a provmcW,fJUC
· ·
·Ora, :;er~l.
!ativo ·
-11erguntBrei cu agot'a 30 nobre. de•mt:ido
ellc soube honi·ar. (Apoiado~.) - •
peln provi11cin do l\io de Jnneit'o c uos meus H·
.O Sn. Sue to t>l CA~TIIO:-Isso ú outrn queolüo. lustres coileg-as que ·:,poial'~m as mas nsserçõea:
A com missão niio procurou de$D.Catar no 11rcsi- qunl o 1nodus {acilmdí no caso vertenle '? Como
dente d:~ provineia. ha dG o cortlo lcgi>lativo dar ou negat• n sua
O Sa, BAPTisTA l'.En..:mA _:..;..E dizendo es,as pa' U[J!ll'OYnçíio aos a elos das nssembl~ns pl'ovincines,
lDvras,não quero ngradar aos vlvos, apenas rl'ndo . qutJ. não sfio snnccionados pelos presidentes de
homenngeto 8 um iJIUSil'C morto. (Apoiados). provincia 1
o sn. SEnGIO DK CAsTRO: --.A commissiio nt~ concebida El uma resoluçiio, e n resolução n5o pódo set'
senão nos seguintes termos : fica
ignornvn quem .rôrn o presidente dli provincia, npprovadn ou não n lei tal de wl provincia.
O Sn, BAPTISTA PEREIM : - Sf eston concorde O nobre dctmlado pela provinem do Hio de
com a honrada commis~üo, que niio llr~valece a Janeiro c os honrados colleg~s que o apoiaram
raziin de incon~titucionalirl~de alh·gnda pelo niio podtlHl por um momento siquer duvidar
presidente; que não subsisto. o obsl:iculo con· dos meus pt·incipios, com rela~âo ú. o~colll li·
stitucionnlú sancçiio da lci,n1io posso,enlr~~tauto, IJer;tl. (lUUitrJs a/)oia.dos.)
]!_elas razões que~ exponªi, e_nue .t•:n'.l'C_e..nue_____J:reillJ~UlHenhodndo bastonte~ provus no meu
--- -··caTãrain "ifci'ãn1tiiu·aos ínnsires deputauos que ll3ÍZ de QUt! ~OU lill\lral, e liiJernlmuito ndiaU•
nte honrnm com 11 sua ntlcll.ção, coucordnt· eom u.do; Pois bem ; como poderia eu, pot·tanto, vir
o modo pelo qllul o projecto resolve esto ques· >ubmetler it :Jill>rovnçno dn camnra ilos Srs. de-
tão, porque o· repnto mconslitucional. (hluitos pnlados uma lei que pudesse, de le\'e siqucr,
apoiados. Muito !Jetl~.) olfendcr os prindpios liboroes, c::>rceundo ns
Vem ó. mesa, li lida, ul)oiadu c cntm conjuncta· atLribui\'ões da~ ttssemblêas lll'ovincíM~, uma dus
mente em diseussiio a seguinte mais brllhantcs conquistas ll.o partido liberal 't
(AJIOiados.)
E~lEND.\ SIJD5TlTtiTIYA, O Sn. FELICIO oos SAliTos: -Isso me~mo 6
qno nos nd mirou. .
A nssembléa gerol resolYe : O Sn. SEnGto DE C.l.sTno:..;....El\ entemlo que o
1 Artigo unlco, A resolu(}fio da n~sembhlillc­ hom lib~rnl é oquelle que procura sompre, clll
gislaliva da provinci:t de S. Paulo, ·do l. • de t.od~s a~ eit·eumst:,ncias e em Lodos o~ tom pos,
Abril- de t871i, elev~ndo n 20 ~unos o prazo dn cümp;ttiuiliznt• o ol'tlcm com a !ibtlrdadc. (,lpuia-
garnntin do juros de i •/o de conformidade com dus.) Or~,. tlesde que nús não cumprimos nma
a lei .da mesma nssr.mhléa n. liü 111! ü de Abril lei t:lam e l~t·minanle, }Jtlrece-me que deixamos
de 18i~, deve ser sanceionuda. do• ser liiJurn•·h pot·quo, pelo :ulwt· exngct•ado du
1 Paço da cnmnra, 20 de Ilfoio de :1.880.- liherdndc, ~upjll'imiutos um pl'incipio tlo ot·dem.
Daptisla Percil•a. • Ou os nobres deputados me hfto de deuton~trnr
que o art. :1.0 do Acto Addieíonnl li amiJiguo o
O Sr.l!lerglo de Cn•tro 1 - St·. pre· o!J~curo, c cat·cco do in~erpt·ctaç5o, ou hão de
sidente, sorprendeu-mo .dcvéJ•ns o modo pol' <]Ue convir em que ti claro o expresso u dispensa
o nobre depu\ndo pela provinciu do Rio do Jn· qualquer lntcrprelnçl\o. Na primeira hypotbese,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:52+ Pág ina 7 de 17

Sessão em 20 de Maio de 1880. 211


eu sujeito-mo a r1uolquer outro nwdt!s (r.wiendi ou esteiam a opinião dos nobres deputados. ss.
sobre u doutrina con~ign:ul:i no parecer; no S(!· I<:Ex. poden1 recorrer :10s ,, •maea.
gundo caso, porem, os nobres dcputndr:s hiio. de O Sn. DAPTIST.\ PEnEtRA:- Não ha tal, per·
concordm· commigo em que n1io lia outro mo•Jo miltn-roe que lhe diga •.
de resolver a questão senão o :•tJresentado pela
commi<s5o. O SR.. .SEUGto DE CAsTno: -E' possivel que
ALGUNS Stls. DEPUTADOS -Leia O art. l&.
me engane.
OSn. SsliG 10 DE CAsrno (Lê):. O Sn. llAPTlSTA PEnE mA :-Ci te um exemplo; ·
1\hmAs YOZES :-Ahi estú, ú bem claro. O Sn. SEnGJo DE CASTII'J:- Refiro-me a duas
O Sn. SEnGto DE CAstno·:-i'rlas pergunlo eu: leis que for~m votadas sob p~recer que nós,
como é que li asscmbléa geral lm de dizer que memlJJ'os da commissão de assemllléas pro\'Ín·
ciac~, lavramos o onno passndo, p~recercs rcla·
deve ou n~o ser cxccutadn uma lei llrovincial, til·os ás províncias de 1\lmasGeracs e Rio Grande
não sonccionada !Jclo r·cspcctii'O presidente da do SuL
provincia, ~enão nppr0\'3ntlo ou rejeitando essa
lei'! O ~n. DAFIS'T.\ PEnmnA:- Não eslá na col·
Murros Sns. DEPUTADOS :-N'ão, não. lec~fío de leis.
O Sn. SE!H;to DE CAsTito :- Mas os nobres de· 0 Sn. CES.\lllO ALYIM:-E passou?
puta dos :111nnlmn muito de leve o lctlru do urt.l~• 0 Sn. SEUGIO DE C.\~tno:-0~ nobres dcpUI.1•
procur.mdo desconhecer o seu fundo c o· estH· dos não o impngnur~m. Além dCl qllc nós, mem·
rito do lcgblndor. Gomo 11ód\~ teJ' ~~meneia Ulll:l bros da com miss5o do assembléas provincincs,
rusolução do podct• lllgisl~tivo, concebida em fomos Lu~cm· cst.n normn de conductn em nossn
\~os termo~? Per~unlo eu: IJltcm é o juizpura legislo~tio c, no mesmo tempo, nos jJrccedenlas
dizer de direito si dev~ ser ou não snnccionud~ da cnm:~rn, si me uão illude a memorin. (Guntes-
n lei do uma a~~emhléa pr,IViucinl? E' n as~Bill· taciJes.) · ·
blén vrovinci~lí' N~o. E o presitle,nte da pro· · 'E nem me pnrecc do· Lão grande monta a
vincin ~ ~fto. São os dous poderes?. 'l'ambem quest5o qu., fizeram os nobres depntados com
não, porque se estvuclccci·ia necessnriamcnte o rclaçiio ti O[Jinh1o dn commissão de assembléns
conll.cto. Quom ser:í flOis? R1!spondam-mo os provinciaes... ·
nobres d~putados. ( Pat1sa. ) Logo, scró neces-
sario uma lei do podet· legislativo, concebhb O Sn. CESAnto ALvm:·-Ero de alta monta.
em lermos muito positivos e lerminnnle>,dizcndo: O Sn. Sllnatom::CAstno:- ... si o!l nobres
llca ~pprovada nlei tnl da. nssembléa provinci•d dcpuLndos concordnm commigo (JllO o resullndo
de tal pt·ovinein ,niio ~nnccioJwda polu Jlrc~idcntll é sempre o mesmo; ••
da mesma provincin, mas ~nnc1~ionada 110~ dotts Vo1.ns:- Não! Nfio!
ll!r~os dos membros da mesmo. ns~cmblen.
( Protastos v l'ec/amaçõ.-s.) O Sn. SEnlllo UE CASTllO ; - • ; • isto é, que o
prcsid~nlc . de provineia em lodo o caso tem de
En n5o teria duvidn Nn oeeitnr n em~ndn dt' pul' em execução a lei dn nssctnblén provincial,
nobre dcpntarlo, ~~ po•·ventul'a clla pttd~>sn snnccionada por dons terços. Pouco imporln
tot•nnr-se eJllta7. nn pt·nticn; mas é just.~lllcnte q n<~ este resullndo sejn obtido pcln rcsol ução, nM
e~sn ditllcullltulc rJUO lllll faz t'ccunr.antc a sUa termo,; ctn que neha-so concebid~ no parecer,
ncciltll;;fio. ou nos termos em que· foi npresentnd(l pelo
o Sn. C&s.1111o At.vnt:-Mas rlig-~·me o n!lbrc nobre rr.prc~entantc do Rio de Janeiro. Oresul·
depttlado: depois de n(lprovntlo o parecer, n lei tndo nUo é o mesmo?
em lltl4'sl;1o ú snnccionatfa IIOHtllOiltc [leio [ll'C· Vo~t~s.-N5o.
sidenlo dn pt'o\·ineia '~
o Sn. SEllGIO .llE c.~STUQ :-0 rcsull:ulo lÍ o
ALGU.'(S Sns. DEPIJT.\DOS:- !'ião, nuo.
mesmo, .pnis ,; · ~cr res.peilatlo e mandado ~xc·
O Sn. SRnaro nE CAsTno: -E'. Os nobl'CS cu ror o neto da asscmlJiéa provincial.
dt!~ntaclo~ niio potlem u1o~lrnr·mo l'~~a di~posi·
çRo, nem na lei que ~~iwdlie ;t :1s Mltt'ihUi1;ucs o. Sr., BAPTrs-r,\ PmmiRA: -Uma coma rl a
tio~ (ll'o~itlonh!s d(' prol'il~da, nem t5o p~u~n no ox:·cn~;5o tln lt•i, e ontrn ti a snncc~o: npcz~r d11
Acto Addicionnl. Ao lli'CSidentc da pt'o\·mcm,dc $:ti1C~iom1da, a lei póde não ser cxceutadn ..
cnnrormidndo eom n rusolw;.10, Lnl rJual fui rcdi· O Sn. Smtoto DE (:,\sTRo :-Sem duvida; mn;;
gida pcln commiss~n. corre_ n de\·e~· de pt'11: im~ n hypollt~se é do ser a lei cxecut.nda.
mcdiat:uncnt•! em execnç:u.l a I~• !lll•) nno fo1 Sr. (lrc;;idenle, nwior ~eriu a minha sorprosa
~llllf.CÍOIIDd~, lllliS ljHC foi õi['Jlr<.l\:~Hla flOr Ll?ll~ si o illustrado rr.p1·c~entantc do 1\io de Janeiro
ti)r~os dos mcmb.ros da :•~semhle:t proYmcw l. viesse itnlmgn:'ll' o· parecer tla com missão, qnc
Nn hypollwsc, ptJJ'tím,, fi:,(~rrmla [tclo nollt'e, consagr•,, umn itlêr• l'!l]litnl;. gornlmcntc nceitn,
dcputndo,o fll'•.•si tlenle pude di7.er: _eull'!Hlo IJ.ll~, o que .iú ouLr'o•·:• 1\d ttrincipio de progr~m.m~
posto e~tcj11 no e:1so do ser ~ . lnccl\lllada, mta :1 jmlitico, como bem dis~e o nobre dc1mtodtl, tsta
devo ~:lllC<Jinnar.(Collt••sia!·u~.~.J .Pot' const•quun· (•, quo o~ dons terços dos membros das as~om·
cin i~lo importa lornnr• nullo o neto dn ns,;clll· bhl<IS pl'ovinl'iae~, na hypothese dl.l oonl\it1to
blc~ provilldal ,ctuo nJ•tu·ovou por dotts IL· r~os u entre o Ju·cshlcntu e ~~~ mt'sln:IS :~s~embléos.
rc~olução 11L1n nito foi ~nucciotwd<J 11clo prcsi· devem set• l'unlmlos !los membros pr~sentes.
dente tia pl'Ovincia. .
Nem wr~rno. St'. prcs•d••nto, os ]ll'Ceedenlt!S IIIuiros Sns. Drll'l<1'AI10s:-Ni;to c~tnmos da
desta c lia ontn.t ca~n tio pnrhmll'nlo Droroçonm nccórdo.
C~ ara dos Oepltados • lm(l'"esso em 2710112015 09:52 . Página 8 de 17

212 . ·sessão em 20 de Maio de 1880.

O Sn. D.IPTISTA PERÉtnl:-0 consenso é una· convencido por suas luzrs ; o nobre deputndo
nimc. não tem razuo para dizm· IJUC ten ho 11endor pnrt~
O Sn. ZAll.l : - De lodos os povos. dictador. ·
o Sn. SEI\GIO DE c. . STRO : - Sr. pl'esidcn~e. . o Sn. CE~An!O AL\'UI : - Nfio digo IJUC é, digo .
o honrado representante do Rio de Janeiro di~8e que leiu -geilo. ·
que. admirava n censura implieita. na parecerdn O Sn. SEnGio DE CAs'l'no :-Nem tenho gello.
commissão, feita" ao cidadiio respeilavel que prc· Pois um liberal , como eu, que nunca trnhiu
sidin a província do S. Paulo . Devo declarar a - tdll da sua bnndoira e a firmeza de su3s cren-
S. Ex. que :1 commi~silo de assembléos pro· tas (a]Joiados), pôde ser diclndol'? E' umn injus·
vlciae~, lavrando esge pareeer, de quo _fm _rc- liça manifesto. Appllllo da opiniüo do nobre de·
lalo"r, não procurou saber quem era a pesso:1 do pulado • • • ·
prcsltlcnte da provin~i:t de s. Paulo . · o sn. CESAnto ALv11r d:i um np~rte.
· · U)l Sn. DEI'IJTADLI ; - Si é sómenle do nobre o Sn. SEna•o DE CASTRo ::..... , •• par11 3 da co -·
deputado, não é parece[' da commisslío . m:~rn 0 do todos aqu.elles quo mo conhecem
o Sn. SKRGIO DE CASTno:- o . parecer roi ha longos ~nnos, _ (ApoiadOs . )
honrado com :1 · conflan~ do meu nmigo c Penso, Sr. pre.~iilente, que · o parce 11!•
collega de commissiio, o Sr. Prisco P111't1iso; que pultis, invocado J>elo illustre repre~ent.~oto
louvou·sll n:t minha opinião. da provincia. do llio de 1:tneiro, deve soffrer
Von>:-Ah 1 Bem . excepçiio, porque si cs~c principio for ai'VOI'l\ÜO
-em uma bandeira que po·rveutura t:Ubrn todos
0 Sn·. SERGIO DE GASTno:....-Porque não se ha os netos de illustres funccionarios publicas,
d~ dizcrn Y91'dllde. ~cnhorlls f · . mortos, a critica e a ju~ta censura sobro elles
0 SR. Ftt.ICIO DOS SA!\Tos:-Diga . deSllllPlll'eceriio. o que é nn1 mal muito grave .
O Sn. SERGIO DE CAsrno :-A verdade v estA: (Apoiados.) · ·
elll todas a!l erimmissõeil, 11or via de regra, os 0 Sn. JoAQUIM NADUCO :-Apoiado.
.seus membros louvnm·se na opinl5o do relntor, ·0 Sn. FELICIO Dos SANTOS : -: Até OS cgy•
flcnndo·llles salvo o. direito de fazer considera· pcios já comprehendiam isto, quando fa&lam a
çtíes .a rcspei to. crillca dos netos dos seus reis.
VozEs:-Como sempre. O Sn. Ssnaro os CAsTRo :--8. Ex, invocou mal ·
O Sn. Srmaro DE CAsrno:-Mas os nobres de· e;:se conselho t•eligioso. E, demais, a commissão
pulados 1:omprehendem bem que isto é umn não teve em vista deslustrar a memo1·ln du presi·
QUe~llío ~e lana capri11a. (Apoiados e ?lào apoia· dente da p1·ovincin de S. Paulo; m:~s sim de·_
do•.) . . feuder ur,la idlia liberal, que nem sempre tem
E' uma questão insignificante. _ vingado, por fnl&a do enet·gi:. nas dnas·lfiUIIS do.
p:~ ria mento. ( Apoindt>l. ) ·
O SR. CESAlltO ALVUl :-Par:l os outros mem· Os nobres deputados dissernnt que.aeeit11vam
bt9s da commissiio nlio é .questão de l rma ca· uma transncçi1o entre 3 commissão e o nobre
Jlrma.. · · deputado J>elo Uio do J:~n ciro, isto ê, quo ncei-
tav:~rn ll doutrina do parecer, modillénndo·se 3
O Sn. SER1J10 DE CA,-rno:-.0 relator da com· eonclnsão delle em relação no modo pot• que
miss~o é o encar•·egado do l nvr~1· o parecc1·; os
outros membros da connnissão tlOdcm apreci:tl-o, deve ser resuh'lda a quesl1iod· mns, Sr. pl'esl·
e depois Iou\'llr·se.na opinião do relntor ou nieo dunto, o nrt. tG do Alito Ad icional refei'C·Sc,
aceit:1l·a ; do mc~mo modo que, em occ:~siõcs e não podia doixar de· rc l'erir-so, ·. ~o ··poder le· · -··
divor!\:•s, ou lou\•ci-me n:~ opmiiio do meu col· gislativo, que se euml•i'ie da enmarn dos Srs.
Ioga tle cotnmJsslio e viet>·versn. . detJutndos c do se::ado. Nós podemos eh11:;:nr a
um rcsul!ndo qne concilill n opiniiío dn com· ·
o Sn. cr.~ARJO Aw m:- v. Ex~ te!Ít muito missiio com !I opinião do nobre depulndo.
geilo para dictador.
.O Sn. B.\rvrtsu PrmEtM:-Siio irreconcili :~ ­
O Sn. SRnrHo llE C.l.stno:-Dictndol' ! 1 Creio v~ is .
que entre mim c o nobre dopulallo S. Ex. tem O Sn. ~EliGlO DE CAsTno:- E' sobro o mocltU·
mnis ~eito de di t~ tador do que cu. ·
{aciclldi, (A parte.~.) Em thcse cstomos de or.-
o Su. Cr;:SAiliO At.\'lll :-Nunca ti\·e occusii'ío cõrdo · (tipo 'adoH mitH!JJtliados.)
tli moslmr. ·Os netos dns ossembhias provinciacs csliio Rll·
O Su. S~:;UoJLo u.& C.\~mo :-Procuro ~e·· semtH"Il jeitos à l'ovis1io dn assombhla geral. (AJICII't~s;)
multo hrnndo, muito cortcz ... (apoicr!fos) . . _Nüo posso deixai' ptlssnr dcs~ p ercobN:t, uma .
O Sn. l!t~At\1 :~ ·· Ar.n~t:-Niio exclue n coi·- liSSI)r~;lío do liQlJrc dctmtado, que mo ror111 o~ .
toz!a. · unvl do~, c cqut! o cot•po ler,:ishtLi nl não .ó. OIJoder ·
· o Sn. ~'t1.1cro oos s.\::>to~: -A's :reze,, os tli. •·e·;lsor dl)~ netos d3s :1ssemb hlns provmct ne.>.
· ct~do res são os mnis ~mavcis". ·· · Contoslo sc mclhallle OS$ct'çãu,llOI' se•· hoterotloxa.
· O Sn. SRnmo DE ·~A8Tno - . ;. Ji•moi~ pt·..t.endi o Sn. Z,\:-.u:-E' porqtto quer.
itn tlÕr minha opinião, no contrnrio, accilo ~em­ O Sn. S&JtGIO o& C.1srno:- Admil'll que clla
pro, de IJ\ea v ont.~do, n oplniil.o dos mctu col· Liv•!SSil t'al·tiuo dM l:~bios .do nobre\. dc!lutndo,
lc,!:'ns em lodos os assumptos c n todO$ o~ l]tll' todos o~ din < nos é agra<lnvol, lllustt•ando
rc:<peitos, todal! <•s veJ~es •tue ~ou cs~~larc.c i•lo c :~s d iH~us~\ícs desta catu~ ra e mostr11ndo coullo·
C~ ara dos Oepltados • lm(l'"esso em 2710112015 09:52 . Página 9 de 17

Sessão em 20 de Maio de 1880 . 213


cim~nto t:~er CtJito .dn ~d01ncia .do .dit•eilo publi~ o, .M:is. nli•1 quere~d•l Q UP. o mt•ti piot()!:to fosse
c Jll'IDCijJ<IIIIIctHe ti•• d rrcilo publko fi:Jtr ió, fl'i to nnic:rwcnil'l !J!!Io voto symbolicu, vim :i
·Sr.tJ•·c,idente, :1 a~'''lllbl~a ge,·alr\ ~·· lu duvldn ll'ihnn11. Si vin~ur n 1:otwlusliu do p:rreeer em
o poclet· revisor do~. nr:~o~ ''"" :ls>'lllllhlé;rs lll'O· dl~cus~fin, :ileanc:mí vil'loria n s;i o boa dou·
VÍRCIHC~, p.r rque. 110 f'(Jnlrlii'Ío, llÓ~ l~<l'ÍUIOIJS lrin'n do ,\elo ·.1duíl'ional ( lt<iO opoiad'•l), que é
. Jn:ris do qu,, dt · sceutr"li~ar;iio, Lcri:rmos ,, fo· a: llltlis ~· lo1'iu~a e !Jrilhan te co11qUisla do pnrlido.
.dcrnç1io em nosso twiz~ e a !r•dera!(5o e"m"1 dcutli<'I'Hlil-o no no.-so paiz (11tuieo~ a]luiadol,
· . Corn umn indetrenuencin cornplota. o wl, que· muilo bem) ; c nós devemos t>sl'orçar·nos para
poderio alé desurganiZIH' n sociedade bruzikh•n. qne. tenha const:~nte e coinplll\8 oxecuç~ o..
E nem, Sr. rrresidentt•., c~Le In(JU conc••lto é (1lfuita ben~ ~) . ·
shnplcsmtmt~ uma conclus:lo do que se aclw om
geral .eslnbeJccido no Acto Addicion:•l ·; não. cite o 8r. Prll!lco Paral•o: -Sr. pre·
oslú posilivamcnlc conshtnado nos arts. u;; i(je sideuto, nns comt~~issücs esL., belecemos · certo
:20 do mesmo Acto. Addlcion:rl, r.es~es a rti~os gr,ío de connooçn, e muitas \·ozes é ncces~rio
qUe dOIP.rmill•rm quo OS acto;; d:rs a ~semb lc:•S iil::tribuirmos os trobalh.os entre os proprlos
pro~·inci~es, em ce•·L:ts . o !letei-minadas .'hyp ·, . mcmbr·os. urcarregaudo·seAigumas veze~ nqitel·
tb ~st•s, devem so:r submctliu•Js ti avttrov:•l.'ft•J llo le que uàu é o r..l~tur, de l:~ vrar os 111re~ert's;
poder l•·!!islntivo g-eral. . ma~, :)1·. pl'l'>i:lenh!. diilntil do regimento,. o r~·
E, l.Htlo é vct·dadeira eRt-1 regr~. ljlt:mto 1\ lnltJl' d:~ cnmm is:;;Ju é aquelle que f,IJia, e vem ·
cr.rto que O!l IJrllSioleu tes 1lo jll'IIViowi :~, ljUOndo o-tn•sa•· o p:u·occr t~ m t.udns as suns con~eqnen·
encerram·'\C ns st.:,:sões le;.(i~lativa:< das :•sscm· cios. As~im procedendo, procur:orui tlat• uma
bléa~ proviuciae~, são: .obrigados a l'em,·lter <10 re s pllSI <~. a mui:! breve po,-sil·el, ao D• bre du·
coq>o l.. g i ~l~tivo :~s r~pet:tiv:1 ~ lds·t•:u·a este pulmlo pd:r IJTilviuciit tlo.ltiu de Janeiro.
examinar si elhs o!TcndtHll a C"nstitui ~· â•l do Senhoi'<·S, o nuba·e deputado [relu Rio . de 1:1·.
lmperiu, ou tlrejudicam interesses das outrns neiro l.i sem duvida um dos homens m11is eom·
PI"?Vincias on ferem tratados com nnr;Oes estr:m· (Jetenles nesta molllrin, pois que tem ' sido
ge1ras. ndministrndorde pr.,vmcia e dedica-se ao estudo
••$peci:tl das leis deste paiz ; nin~<uem maior
(l Sn. BAPTISTA P.EnEmA dú um àpàrle. llUtoridnde teria do que elle nesto deba te, para
OSn. :'EIIGIO·.DE CAstno:-0 nolrre de· emiHir a melhor Ol•iuiiio. Ma~, lorn ~ondo·me
pntndo confrtntle cousas muitnl\i~tilldn ~, co mo solidario nn~te IJareccr, e~pero qua o nobre de·
vou llflWlll', Em th,se, todos os :retos dos . pulado tombem ou~a as considl!rações que vou
ossem!JI~ .. s pro1·iuo:ines esllio . sujei.tos ri n11· ofl'er~cer. .
prov:•çiio ou t•cvognc·•O do porl•·r lcgishtivo ~i·nllDI'l'S, :• questão agitada t•ontro o parecer
get•ol .; em hypulhese, hll a'clos das nss•~mllléas · (JUG foi as~hm:oilo pelo meu nobre nmig-o e em· o
prr~ vmci:w~ 11 lli:J nàu podem prev:1lecer sem q uc .,u~lliguru como m~·mhru relalor da conu'nislllio,
sejam immediat.1 e vosiUv:unente opprovados niio mert'ceu o atrOtu do nobre de1JUI3d(l pelo
po1• uma lei dn pod(11' legislativo geral. · Rio de Jnn~iro por uma sim!Jies que~t:•o de
O Sn. BAPTtST,\ ·t'EREIIIA :-Qm•es são ellcs 1 rormula. S. Ex. entendia que n commissiio não
devera concluir: • Fico npprovnda n lei •; mas
. 0 ~R. ·SEUGIO DE CASTI\0 :-Em hyjJOihe~e, sim: • A lei e.<td no c,1so d • ser snnrctonada. •
.são justam nhHtquelles de que s~! Iratil ; qn:mdu Seribnre~. nas funcl,.'Ões l egi~Jativ~s ett uno sei ·
· ·se e~tubdcco· o conOicto cutre n r.re-~it l cnlo dn qu:~l seril ·•·ntlio .o ÍllliKJ.rtancia da sancçlio; ai o
provlnci:t e n n~~·' mblé;t tlrov incia , I!Uem diz :1 $llllCc;io ni\o é um meio tio cooperar ei1Jcazmente
ultim~ ·tJalnvrn é o jlo•let: tegisl:tlivo 1-!lll'~l. l'tlluo para :i feilur•• da lei, calão eu n:io sei q_uol o
agnt•:~ se f:oz, colio•lnindo o tr:veetlr-da·commi<sà& ~ofl\:itn-dclttr~ifunrto-d:r-propria ·con:<Utui\-'110; -9 -· -
IlOI' :tppr'O\·ar o :•elo da a•scmbi L;:J .tm.•Vill d nl, ou un>idenll: da prodncfa. ttuaudo snncc1onn uma
re\·ogal· o. . · lt•i. nel'essarinrucntPo :t[lJ'e ·ia-lh1! n virlude, o
Sr. prt•sick:ll l', cn bem oh>s••j:i 1.':1 qnc· ns. ns· '''•IOI', ex:unin n lei 1!1'1':' eHt~o. l'nn •·cional -a;
scmblo·:ts l""viari:11 :> ~· ~ iud , ·p e!;dt~nti~ns~~ ~~~ 11ur co nsc•tucot.~in es :r runcçàu dli san •:c!ouar
COIISiiiUI.'Íillt:'lmo.•ut· . p'lrque esl:l idéa roi uhr:t· n:io lmpu rt;~ vu lra t'O!lsa senão :t uppruvac;io, a
ç:odo11 lo pnrtitl11 dumocratk" del8Jt e lcm ~ id•J alil•pção da nw sm~ ler.
s~m tll'e tli'Og"dn Jleln 1•~•·tid11 lib.•ral udbn wuo ele Sr. prc~idenlt!,o nobre deputado. reduzindo a
no~so p:dz, c 11uc tttls rt~(H'tlsenl~tmos ueslu t~:~- com in i>s:m a cst~• fo rmu la-e~t:i no C11so dt! ser
tnn.l'n. (.~I>Oiad· ·s.) · ~ancch• nudD, mio estd no cnso d · set' s:mcclonn·
:Mns, ~c nh o t·e~. dum lc:c srcl l~x, temo.• o d~o-, csquec••U·~e d(\ ttmn outrn doutrina que
Aclo Addiclon~l, convém respeitol-o, PO!'ctue, drriv:r·se do :•rt .. 20 tio acto nddicionnl. U Belo
dcstlc .que ni•o o t·cspcitnt·mo~ . por certo IJile od•lil'iollal en1~orr••gou aos l!l'e~ideutes do pro·
tei'(JIIIos u dcsor·deme, couw di.<se. r.·~[JOU<h~ n- · vim: u a r eme~~a r.lc todas ns Lei s a n~s••mbl1 1a
do 1111 nollrc dr,Jl ;t:rd" , elo lHo do Jntwir·o. us · gerul. ~IIm tle que t·~ta •:11nhe~·a st hn l•ll'l•ns;rs
bons libl!ra~' 1leV•'Iit t;·r tc111 to :1:1101' :'1 liJI\;r I'H!c. ;i' cmÚ;t ittiio;~.,.~, ,~ •l irei tu~ .{le oulus provincbs
CIIIJitJ :i Ol'do•lll, C ll·O [lÚdt~ l ill \11~1' III:IÍill' t!t !~OI'· a,·,, trnl.:tt'IO>', ,.,, •. ·H" t•:tsus em · ~/ ue n pro1•ria
. . d.·m nn -'· eic.hr.lt•. d.• lJ llt' o manil'o~ l u .ti. HcS - ,,~;• ml • lll:t !:!"''"' pinltlllit.t•J': c ,\ ld I 1'11 fP.V11:,:ada• •
p~ i tu.,·,s h\ i~ tlu l'•tÍ r.. (J i:oiuclr~s ) · · l)tli'I31Jiu nl10 On~ pOUl'llluS lld"I I'ÍD~ÍI' a e,:sa ror·
Conl'l ui nd.•, Sr. [11\'l'irh!n lt•, tiCVtl dl;<•l:•t'nt• :i m ill;1 O COIII'illi i'III"S O p:u·o·r.er SÓIIICDlC polo
c:ummr dns :-'1~< . . l'l c; o u la •l n~ '1 lll!. I'I'Spt!ll.:oml., L' ~ an c• · :lo ou llt'l;r n:~o <alli:Ç,-10 1ln llll!>ma ld.
ôl\:,,lnrulo scmpro~ a:< ~ . <t.< du;: r ~li ~•. •·u IR" ~ uh ­ Ain.ta ruai,:. renhore< dt•lluonstl'L'l· vo" ljUC a
motlt!rl•i ,-cu~.:ido :i ~·w vo!nç:io, caso não tr lum· racuitl;•dO tia sano:ç:in .ÍlDiJul'la n fno\llllut!G do
pbo .11 coucl usi10 do parecOI'. conhecimonto cltl prol1ria lei. Qullndo um prc·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:52+ Pág ina 10 de 17

214 Sessão em 20 de. Maio de 1880.

shlen.te de província ~nnccíona Ulllrl lei, ~i clle o Sn. SJmGI() DE_ c.\ST"o:- Logo ú JlOdCI' l'C•
nfio .dl)SCC llO 111Cl'ifO da ffil~~ln:l Jcf, cnli•O 11~0 YÍSOI'. .
sei que runc~~n nobre exe•·c~n com a sancç:io. o S11. llA••nsTA P~;nEtllA:- o no!Jro dormtudo
Quando n r:ommis~nc• eondut• o ~ eu p:tl't·t·er parr!ec qne que i· fnztr um~ questão llc tmln\·r:tS.
1lizendo quo n h~i llque ;;nnccilln::trl~, ist<.• 11% t\
cqnivalcutc ~cnão a c1ue clln tiH~s~e formuli 111o O Sn. Smwro r~-; CAsTno :- Niio d questão de
o seu parl!cer nos se).!uinlcs termos..:_A lei llc·n p:~l:wr:•:<, ú qucstüo ue idén~. c iJens muito
approvada-. Po L' ser me8LIIO tri lm n:•l de. revisilo 1 llll10 1'.t~ 11 tes •
tem o dit'eito ue O\'nliar uo merito da lei. O tin. B.u•TIS1'A Pmtl>tnA.:-·1II;15 como ncst:t
o Sn. Sl!nGIO DR CAsTno :-:- Apoi~do. qnest:io eu levo ~obre o nobre djlpuhdo ~ grande
O sit. Pnt~co p;\ÍL\tso:-.·Si 0 ·nobrc deput~do v.. ntogcm de ~u~tC11lar o ·'·crdadcirue ~ão }Jrin-
cipio coustilucioiwl .•.
pelo Rio du Janeiro n1io redll7.Ü' os pre~illen!cs
de pt•ovinci:•s a t•utomntos. l!U31Hlo ~lh:s rxc 1·• . O·sn. SEno lo DE CAs-r11o:- Nilo npoiado. S~o
cem a focnlrlndc de snncdonar, c quando em oplnllícs.
uma n>>cmbléa o parecer e~tabclecc c~ta for· O Sn. llAL:>TI~T.k PHREWA:-... pos~o fazer·lhc
mnln..,..a lei c~tú uo cnso .du ~cJ' ~anccionatln. c~ttt cotH;e,sfio, pela qual o nobre. dcjltllodo se
entra-se ueccssnriamcnte no mcrilo lla lli'OIJI'i:• mostt·a ancioso.
lei· o Sn. SEnriw DE C.tsTno:- ll•'conbeco a ·ver-
São estas ns palnnas que linhn de proferir dntle (lo prindpio, mas n5o nd1nillo coneess~o.
em resposta no nobre depu!:ui o pclr, lHo de .Tn· o Sn. ll.lPTfSTA PJ>ttr.t~~ :-vou rnzct· 11 con·
nciro, e chnmando. aind:t ~ sua nt\enr~o p31'<1 o cessfio .:•o no!Jré! tlcpntndo ....
:trt. 20 do neto addicinnnl que cst:•bele•·•! o~
cnsos em qu~ a M~eml!len ;.:crnltern a furnld~tlc O sn.· S&nmo Dll CAsrno : -- Ah l Jit se v~Li
de revog-llr o lei. Logo, ~i,, ~~scmi.Jiea g-ernl tem chegando ti veJ'dDde !]UO e pouer revisor.
a fnculdnclc. de roYo:.rnr nld, t:m1bcm lcmn l'n· o .Sti.. RúTtsTA PtmEr rtA: -Vou fazer oo
euldnde do npproval·o, o que importa mnndrir nobre de;.~utmlo a conce~são de que n nsscrnblilll
snnccional-a. · · :;reral é um tribun;•l que revu os netos chts.ns·
O Sn. SERGIO nr. CAsrno:- Apni:ulo. scmltJê:1~ provincines, quo sfio oll'msivos do re·
O Sn. Pntsco PAnt.lso:-De outt•n... modo n·,-o g:irlleu dn Cou>titniç~o. (ApjJiadtJ&.).
" Ora, si eu enunciei ja ht:~ idcn, por um:1
sei explicar rncilmenle 11 expt·essJio-sancçiio. ·.outra fórllla mais comple:n, e qno melhor:~ c~-
0 S•·· Do.ptl~tll Pe••elt•n:-,\cndo. p1·ime ; si jü nz ver que niio póde ser considc·
Sr. pre5idcnte, ao appello l eilo com tnnl•l cav~; rmlu 11 ~ssemblén geral como um tribnn:tl rlo
Jherismo e benevokncia J!Clo i Ilustre relato!' revisão, pnrqtic a sua func~ao li mil~ ·se uo cxa·
da commissffo, intenindo nov3rn~ulc neste de· mo 3Jl~nas dn motcria con~titut:ional, pnrn que
bote pnra dar as, Ex. umu respl"sla niuilo sr-ja mantido o regiman da Constil\ll~Tio, por
bl'llve. que o nobre deputado in~iste em que a n~sem·
Niio almnrlnrei no~ princípios que j:'1 11111111 • l.lléa geral, por is<o que é tribun~l revi~or, pódo
ciei, o que, me parel'c, se rccomm .. nd:tm pcln appróvar, em !!'Cral, os netos das assetnbllit•~
sua orlhod.,xi;l; 1111rnns consider:.~rei os uous :~r· IH'll\'Íuci:tos, ou l'e!Jro~·nl·os ? ·
gumentos oxhibiil.os pelo itltt~ll':ttlo rei Mor da O Su, SERGIO DE CAsTno:- E' OlliuHio s1i ilo
C0U1UlÍ8~iio. liOUI'U depult.~uu, .
Di~sc S. Bx.: divi•lo:HlOS umn sitnples r1ncsmo .O Sn, RII'TISTA PEm:an.\; -Est;i cngan~uo, e
de fórmn. E' verd;:d~, mos tarnh!·m é o c:"o lhl ..sl.Q..tml.~~s_Q~.J.J..tJ.e..lla.::...u.\lY.illlt...... ---··.· -~·····--­
dizer-sc: a fórmu·MJuié tmlo- ·(nprr/irii.•;:~y;·júií': 0 sn. SllnGJO DE CAnno :-Porcxcmpln, 0
que n fórmn envolve um ~rAnde 111 inc.il·.iu cou· noiH'L' dc[Httmlo por l'crnatubuco eslil uc ~1ccunlo
sti\ucional, !JU!J n rcsoluç1io, que su discute, conuuí!!u . '
sacrifico, · -
o Sn. Fr.a.u:1n m•s SANl'O~:-Apot:Hln, n rí•nna O sn ..ToAQtJm NAnuco:-En eslnvn de nccôrU.o
~r.mprr. roi uma grande to usa. com tt no!m~ 1lepnlacln, rttwnclo disse qnc o 11aJ'cr~
xr11t~IU.~ n:1o potlin ~<lt' con~illl'fuJo lmndcir:~
O Sn. ll.HTr~TA PEHHHIA:-Nfo JH'ovnlcee o~,,.. de um 1mrtid1'i potli:J, qu~mlo muito, ~era lmn·
. gmncnto que o illuslrmlo relntot· tla commis~uo lleir~ du um tl'tnilerio.
deduziu do nrt. 20 do Acto "\tlllkion:1r. ( llc! a pai'! c.~.)
A cnmnra deve lcmlu·~r· oc de qnc, cpwndo
lll~culi e~le :tssumpto, 1iz m•hr que n :•s~ctniJic\l O Sn. HAI 'l'r~rA l'EHt>~nA:-(Jualt\ c, J•t·incipin
g·cral exerc.e ~ohrtl ns asscmhlú:'s rn·ovinci:lés 11110 o nohrc dejllll:lllD ~nsll'ntn t Qnc semlo n
uma dltpln nscali~a~n(\; tpw, comqmntto u Bssent- n~~~·mlll~a g"I'Tlll 1\11\ tl'ibtm~l f\}Yi::or tle todo~
IJlcla :,:cr:ll n~o sdn ttiHiribnn~l n•l'h:or lic todo; o~ ~do~ t\;18 n8sctr.IJit·ao proviuci:•eg, os pó•lc
os netos !las a~seml.ilt•ns prOI'inci:ws, t'o, no tm- approv:tr oa rcprovm·. Este princivio c ral~o.
lrutanto, nmn alta i.nslnnch•llJt'lillltí'lltnr, :1 IJIIOtt• O tlireito de IIJI(lJ'()V:tr é tn:d~ ntnplo do que. o
a Con~titniçlio r,ommo:tten n t~t·,·r:. de tl'~olrcr de tlccl~•·nr qtH." certu lei de\·c ou não ser sane·
os conlliclos mscitmlos entre OR prc~iílt•ntt'S c n~ citlll:ld<l, Ull tlC l'f.l\'0 )-!:Ul' ~l>l'lrt !':li, JiOI'([UC C O!l'!~n·
nss~mblê:•s vrovinciat:~, fl1lo exatllin;n· si a" lt•is si v:• d:1 l;on~titni~·üo. Esse tlit·eito dt' njl[li'OV:lr
que elltl9 lli'Oillttlg;•m oll'ettd~m n Con~l.ittliç5o. 8\lJll'~l~' uma compt•loml'ia ~em limil•·s no •lo' ·
u~ trutat!os c os l.lircitos de outras provinci:1s, rnittio do~ factos ; 1mmo dcriv;d ·O d:t alU'ibniç5o
para as revog:ll'. qlw t~m :1 asscmbl~a gl~ r:\1 tlc, .lJOI' inidnltva
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:52+ Pág ina 11 de 17

Sessão em 20 de. Maio de 1880. 215

i>ropria, sem provocação, revogar as l.eis que ~ionnda. Anpprovação da lei ti uma manifestação
olfendem a Constituir;~u. os tralnrlos e 1H tlit•eitos de juizo sohre n sua excell•mcia ou bondade ; a
de outras pt·ovincius 1 (Jf11itos apoiarlus.)"Qucm declat'(tçào d'J que alln deve ser sanccionada,
uãu vt! que essa comtJctcncb é limitada em quer dizer simplesmente que não incorreu em
rn1.ão da uw teria ? (Jf1rito.~ ap·li(rdos.) CCDSUI'a C0118lilucionnl. .
Or:1, :1 esta drJutl'ina que é ~ã, que lodos ncci· A lll'llrovaf;no da lei desce á :malyso da utili-
t:un, mns que sú não tllcr.~cc as ~)'lll}lDthin~ do dade dn lei e 4a sua eonvcnicncio, o impOI'ta o
nolJrc dcplltndo, o. rpc oiJjecla cllc? O art.. 20 reconhecimento de qnc ello reune esses requi·
do Acto AddiciotwL sitos. Qu:~l é n materia da rr$olução não sanc-
O Sn. SERGIO DE CAsTno:-Que é claríssimo. cionada '! E' a cxtonsi'io do ·favor da garanti:J. lle
juros u um prazo mnior do 11nc o du concessão
1\IUITAS vo~Es:- Apoiado; é claríssimo mus primitiva. Si a asseml!léa geral approvar esse
em sentido inverso. · a elo, o quo ~ que tem UJlprovado senao n ma teria
O S11. BAl"l'tsTA PSnrliM :-Vttmos lét· o artigo; da resolu•;ão não s.1uccionada? O que signlllca
a questfio pótl.e mdUzii'"S~ a simples intclligen-· ·essa approvnção s~nfio ttue o favor é justo~ E é
cia daspalavras; ó uma questão tle gramrnnlir~a. essa a tar~fa da ass~mbléa geral'! Pilde elta entrar
nestns questUes e IHOnunciar juizo sobre ellas,
Diz assim o art. 20: quando é chamada só mente a resolvm· o e<innicto
• O presidente da proyincia enviará á nssem· entre o ltfe>idento c u assembléu. ueclura.ndo si
hléa e go\'erno ~eracs, cópias a.utltelllicas de a lei est:i. no caso ou não de sllr sanccionada?
todus o~ netos log-isl:tli~·os prul'inei~cs, que tive- C·ípoietd'!s.)
rem sido promul:,ratln~, ~nm de so cxnminar si Devo nolar nin1lri que, si adoptnl'·sé o [li'O •
oliernh.lm n Cunstiluit;iill, os im;1ostos gcrac~. os j'~r·to em dbcn~s;io, tolhe· se :1 acçiio coastitu •
direitos de onlr~~ Pl'oVi.ncias Oll tmla clos. casos cionnl dt"i ]JresiJcltle, lJUl) deixa de exc•·cer o
unicos ctll que o . podl'r lcgislali\'O goet·ul os pu· dit·oilo uo ~a1ti1<;:\o. E com etr,üto, si n resolução
deni ri:\'oga r. ' pt'ÓI"Íildulnà•t [Jtl!iC SCl'CXOI'Ut~da ~em SUUCÇ<iO,
Eis t~hl, caso$ uniCo$. 1!: ([Uet' o nobre (leputado cu mo a ex~rcot·á o lll'esident~, si. n lei I he não
di5ptttar aindn,· -alnr:.rnndo a úrea d~ coutpelcn· ti devolviua [ltll'H isso? I~ como lhe scrú dt!vol·
cio da assembléa ger"al em relaeão aos uc:os das gentl vida p:1r:1 snnccionar uma lei que n assomblêa
asseml!lé:ts provinciac~ '! ·· dcclttrou une Jlcu approv:ta~?
A f111F!ndu, quo o!Jcreço, evita uindn estns dlf·
O Sn. SEttGtO DE CAsTRO:- Quanto tt reVO"'U· fillnldades.
çfto; m:ts t]UtJilt!l á reYisiio, comprehendo lttdos Creio, Sr. presidente, quo hasl:im estas con·
os (tetos. O m·tigo comr•reheude duns hypotho~cs sid~ra~lícs, que eu nilo plldc desenvolVllJ', como
mnito dislinctas: uma c a rovisfio [HU'a todLJS os tle:<ejam,. itUct'rulllllido n todo momento pelo ·
actos d:ts :1Ssernl.il~us pro~·inciacs; noutra li a meu estima\''~( coH~~n, digno detHUado pelo
revogaçã<> pnrn cct·tos e delenuin~dos actos. Pnl'<trli1, purn d,:moustrnt· o imprt~cedencia dos
O 811. FnANÇA C.\nY.ALIIO :-Mas reYi~i1o sem dllus arguuHlntos, cutn que rlcf,mduu o projeclo
resultado 'f o illu,-tt·adtf llel>Utauo pf'l<~ Bahia, qtte me Pl'o·
na tl'i~un''• u llUem tlci a pt'lll'a da muito.
o Sn. lhPTIS1'A PllllEl\1,\.: - N:io. ~e poderi:1 cc•l••u
considemç:io •1 u~ me tuet·e~e, acudindo tiO selt
compt•olleud~!l' mesmo tJUe cu, l~vnnt~ndo ostn
quu,lão consíitucion:!l, 1I~ixasse tio lllt' pre~onlu
:tpjJello.
ao mc11 ospiritu os 1lous unicM :H'tigos do At!IO (Jluilo bem; 11~udo úcm.)
Addicional, rjUC n t·cg,~m. Porlantn,nnd<l ucliun-
tou o nohrc dclllllaào invocmlllo a di~tmsir·iio do O Sl·, Sergio de Caata·o : - Sr.
:1rti:,to ~ll. tJUe eu jú tinha recorrlatlu ú c:Íntarn, prc•~idcnlo, ~erci niuilu bt•cvo.
tla primúii'U vez. que di$t.mli e,:lc a~sumpt n . · O noiJre dc[lttlndo pelo Hio Je Janeit·o, entre
Agor11 VOIL_turunr em considcrar;ão outro .urgu• os ur·:;umcntos n quo ~occot'l'OU·se (Jnt·ucombatcr
mcnto Jlruduzitlo Ilelo illusu·a!lu relator liu com· :1 ópiniiio da commis~iio, nu p:trcccr orn tiUOslio·
rnissiio. l'aroceu a S. Ex. que ~ l'(tl'lllll do [H'O· nado, disso lJUll, si o twdct· legislativo geral tinhn
jecto <.JU!l se discut~, GJ)PL'UI'Dlldo a lei d:t nsscm- :1 f<'Culd:1de uu ~JlPI'OYar ~s leis das ussomblti~:l
lJhia,o u l'úruw udoptat.la na Cllll!lld<l-dcclnrandu pronnciM~, qu~, não tendo sido snnccionadas
quo a loi deve ser :;~nccionaua-iuwortam um:1 pelos [ll'e~idt~tlles, Unham,cntrcLauto, sidoappro·
eamesm~cousa. Oarg·umenlo de S. Ex:.,si vatlas [Jelos dous tt:n~os tlns mesmas :ts~cm­
llcm o comiJl'c .ctuli, é esta : o direito t"JllO lt:m hlons, tambom Linha n facul!ludc, como. co.nclu-
u asscml!lêa 1le :.predur os futHintneltlos pelos siin ct co1ttrario celtStf íllpoiado,,), tle rovogal-as.
ttlnes n pre,irltJnte negou sancc5t~ u l'OliiiJluxo e Pois b~m. Sr. pr~~illeute, .ó iu~tamentij o que
envolve virtunlmonlo u :IJll'eci:~~it" de todas :1~ t~sl:'t e~l<lhcleddo na ultima p:irtc do art. 20 do
razões que juslilit~ln o ~do du n~~L·mlJic~'; por :.elo ·:uldicdon:tl.
tantu, ~~ u assemllhl:t gornl dct~lurar tJlW o presi· Allmnlam os nolJt·cs deputadas. (Le.)
dente não te.yc r.1~iio ~m negar s:mc~ão, :!p[ll'O\'a Portanlfl, S. Ex, dc1'i.J set· logico. ncoitnndo o
o ot:lo da as>cml!lea. COitCIUSÜO do [Jnl'üCCI', VI~ tO COI\111 dcclarollljUC, si
Mas este :tr;tumcuto é conlraproducente; o •Hl tlctnnnstl·a~st• qne n ~ :<sembllia geral ltnha o
dit•eito d1! c x.:uninm· o~ nwlivo~ !h w·ro s:1ncçftn· dil'''ito d1~ revog<ll'. torin lambem o direito de
nfio iu1[Jort:l o tio cx.nminar :ts t'n~õas tla lei, ou apJll'O\"lll'. Or;t, n·cio tlll'' ~ti f:t~.cndo desnppa •
o~ f tlnd:mteltlo~ que :t jnstilic:tm. rcCLH' o :~rt. 20 do &to Alidieinnal, poder-se· ha
APPlH"ovnt• n lei quo n:io foi sanccionndu, niío nllgnr a cxistcncia tl:tl[llclla faculdade, Entendo
e o mesmo !fUC dccl~rar que n ld deve ser snnc· quo ns dn~s faculd3dcs ~ão pcrft.~itamente idcn•
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:52+ Pág ina 12 de 17

216 Sessão em 20 de Maio de 1880.


ticAs. Si o Ack.l Arldi••iotwl r.nncede :w pod••1· O Sn. Cr.•AR!Il Ar.vnt:-0 princi1tio é PXnclo,
lt•J,!islativu ll'e:·:d :1 f:u•ul,fado dl~ r,~vu~·a1· ns leis :1 <'OllS· quenda do pnrecet.' (• t]IIIJ.U5o ~··L·ilamos.
da~ a,s,•mbléas provinciae~. i• ~·videalt: que L'O ••· u s 11 • rm;nuot\F.Tfl :;oL•1·o:·-o ar,;umetllo do
cede, rt. c:mtrrll'ru serLsu, a raculda•le tle IIJI)lt'OY:tr. nob1'e •li'put:ulo é argucio>o.
o sn. r.Es.~n1o Atv1~1 :-Ucvog•••·a~quc f<!rem O Sn. lllEIIiA llE \'AsGO~C~LLOs :-lh:voga·so
a Constituição. um :'cto p••rrcHn, uum ki.
O Sa. SERGIO DE CAsTno :-~l~s nol"m I.Jcm o~ O Sn. OuwAmo :-1\';io :•poinilO: IHJUi não ba
nobres deputa•los :1 hnothesL·, não Jll'otmrem lei.
\.erp:iversr.r, ou ladear 3 que~ltiO: o fi!'IO dn o S:l, SELIGIO llll c.\Sl'llO: - 0 illu~tre repre·
1\ssembléa pr01•incinl de S. Paulo foi ~•x:~ctamente sentenlc .do Hio de J:mdr" fui infelicis~ínto nrt
para corrigir um outro :1rto inconstituciorwl do respo~l:1 que me deu quanto á prnlicabili•1ade da
presidente da província, porquo ~sle alaeou de su11 emenda · sobre a conclusão do. p~reccr. Eu
f1·ente a disposicão positiv:1 .do :u·t. W elo Aclo disse: dae-me o modo pr<,lico para que se torne
Addicionsl nn contagem dos dous tcr~os dos eftectiril a voss:~ emenda; mvs. S. Ex. uiio m'o
membros do asseinblco. deu; llOI'Qilr. a· resolução •:uucebida nos termos
O Sn.. CGSAnio ALYtlll i!â um parte. em qw~ e! la o foi, fl!Í\le dr~ix"r de ter execução;
o SR. SERGIO Dll CAstno:~ Assim cotno os o presideute jJÓde não saucdonar a lei.
nobres d1•putados ~pplnudiram 3 n~~er~:~o do O Sn. (;EsAlllO ÁLI'Ür:-E: obrigado.
illuslre re.presentnnto do Hío de Jnnei1·n, ufio O sn. SEliGIO DE CAsTnu:- ObrtgDdo como 1
pode1n rleixar de nceit:~r a minha conrlu~lio. (flpa·rl••.<) Adwirn ~jttc os nobt· · ·~ d;{mtados qu~,
S. Ex. disse : :1 a~semlilé~ ~-remi nflo !IÓdc ap- t•omo eu, pugnam com convtc~~o e ~nerpa
provar os :n~to~ da assembl.!a Jll'ovim,inl, porttlte P• l~•s idcas da e~cob li1Je1·:~1, . qt~l·iram d<u:
não pô•le revo~:al-os; mas, de~df'que eu mostro mm~ força :10 lll'e~Hlellt<! da tn·uvutcJa, do que a
que pelo nrt 20 podem esse~ netos. ser revoga- :~s>etnlJié:~ [JroviMi:tl, que n•Jn'csen.ta o mais
dos, a contral'io 8mstl pôdum ser npprovados d··mocratii!O ramo do tJoder legi~lnlivu provin·
(apoiados), · cial. (:lpoindvs e não upfliado& ~ ap ll't~s.) Dndo o
0 Sn. MEIRA D& VASCOI'I'CSLLOS :-Pelo art. 20 r:I~O do poder JegisHivo gcr:1l d~d~ll'al' DJlpi'O•
só podem ser revogados. vuda n ld-, o presidente du província uiio
pM!! deixm· d~ cxccutnl·il; ma~, na hypotheso
O Sn. SEIIGto n& Ct.•TJ\O :.::._Si pod··m set· t·e· npt•esent~d:• pelo· noiH'e deptllntlo do 1\io de Ja.
vri~rado~, 110dem ~er ;tp)Jrovados. · Ap tr·tt•s.) Pet'· n:·iro,-tJ,•a a•• nrhitt·io do pt·.~sidente. o mudo
mittam os nobres deputn.dos que eu repil,1 um comn devo da•· execuç:io 6 lui ; e lião pôde
apnof'.ismo tnuito ~·onheci<lo, I) que t••m p•·rl\~•la llrovit· d':llti u:ti:J. qltestüu do duvidas ln~oluvcis?
:~pplic~ção ne~te momNllO: Nisi util· e.<t quud Vozss :- N~ 11 1-uidu lwrcr arhitr·io.
(aCitiiiM, stutta e$l gtwia. ::,i os IH'lOs do ]Judet·
le~tislutivo (Jrovinci:JI. s••udo sttbmellid•os au l'X:I· O Sn. SERGIII DE CA~Tno :-.-Por outt'O lado, cu
me da uscmhlét~ gl'rnl. po<lem ~('I' revu~nt.lu~ es·ou cunvonddo dP que o poder lcgislnllvo
mas n~o ll[JJJrovudos, stulta é a gloria do Jcgü- ~enil rep•·e,cnta a unção, c por cons,•qucnciu os
Jador conslltuinto.. intet·es~e~ dn~ provindas, ClltnO ~s pruPI'tns ns-
. ~emblé<1s JlTotV nCÍ<•I'S ( Ujl(Jlado& ) ; e st·jnmos
o Sn. CSSAniO ALVUI:- Podem ser reYOglldos, fmuo·os, du J8i:t em tlianle :ts :t~S(illlblê:l~ ero·
conforme o art. :w. vilwht~·s têm. l~XJll'bil:•do 1.l:•s su,1s. :•ttribui•;Qes,
O Sn. Simoto oE CA~tno:- Qu:~ndo nina lei as~itn •·ou•o, n ~ou tuJ•nn, os p•·,.~id••ntes do pro-·
fere nltribai~:ões, on 110r outra. ~Jnawlo o l•t·e,i- vtndn Lt~lll exorllilado :•ir11la mais •lo rJUl' ellas
dtmtc da.~'roviuctn dcixa_d,•.s:m•:cio.nai'-Uma-lci., .. (opr.iwlos}, Jll'o~nranuo- ~Ltlloc:H' :1 sun ·h':nefH!a .......c.
[um\ado. e111 bO!lS ra1.Ües, O aClO Ó ju~to C deve iiCÇfiO IJO I' .1111110 rle t:O/I>'l~hn.~a< dlliiO:•·nçOl'S de
ser II•Ontido; Jllos, liUaurlo ns ro~i~c~ niio s:i•• sunc•·f•·• o exl",Hll'iio 11· I•·J~ tllt'outc.•tuv.elmenle
pnl!'ede11tes, d Ct•!llpeft:ncia da ~~~SCIIIhlé:t ~€1'3[ b·m<dent•go~(l-:'dl• ~une~(IO tJU~ nuo SIJ fUUtlulll
lic:• llrmad:~. Nii e.~pet•io !let11ll! lllt.J o•·cupo. u< t,a ju~tit•:• nem 1111 rn;·iio
ra7.õ~s não sfio ptUlJAd,·nlL•s. o l•r .. si\lentt~ tHio E' jus!.llllh'llio por ~~~o •JUl' ••nt••udo qu<) nós,
podin intl:'rpr\'tor uma di~lJ"~iç:io ~laru dn lei, liber;,es, qu\l !JUCI'etllus ~nslent:u· •·om lodn a
qunl n do art. Hi do Ac\o Alltlicionalque ,-e~U!l\0 ener:..da e IJ~lrinli~mo o exercício üa~ Utll'ibui-
um prineipio inconc.us~n da ese,la libeJ·nl, prin- çô•J.: dos m•sembléas provi.11cine~, concllrt'!!lldo
cipio que os pr"prio~ conservndol'es ~tdopt:un. ellicawwnw paru (JilC u sun furç:t h•gnl ou con-
tanto que o r~gimento da assetuhl0:t pt·ovinciul "tituclom'l sobt'I!J!Uj() u uo~ pl'esi~•mtes, de remos
dn Bnhia dctermiJJa que os dons teJ'ÇIJS devern r.l'lut· 11 nxecuçãu do art. 20 do Acto Adtoil:ional
ser contados dus membro> pres .. ntes; e o~ pre· (apoiadr,s).
cedentes d~ a<s••miJiéa do Hto de Junciro, pl'ete· Sl!!llJll''~ !J u~ tornnl'lnos eff•'Ctivo o princillio
dente$ que nhonam ir;unhMol~ u nittorio c dll qu1! 0 ])l)dtJ•· l!!dslolivo g·ct·:•l é n l'e\•isor dos
il.IUSII'.~çâo dos ·lous 1mr1idos constitucional'S, .:tetus do pudet•le~islaLivo [1rol'inciaf, nó< evitn-
siio neste sentido. · l'cmos grul'e~ .•'Oilllirlos c l'úlne!llnl'• 'mus m:tles
Vr.ZES:- Estamos de nccOrdo ·com o nobm rjue cou~t:ml"flll· nte ~e d:•O um lodns :•s jlrovin·
or~~dor. c ia$ do Im1H~I'io ( llfi~iudus).
u Sn. SF.MIO DE CAsTno : - Ln~o, si o JH'c~i- ( Ha ,l;l''' sos OW!·t·t,'s, )
denlo d:~ Jlruviucia po~let·g.. u I!~ la •li~pusi~'uHlo E.<l:!h••lcei!lO llltln vez JIOI' ludt•~ •!Ue os prcsl·
:~rt. W do Aclo Addidonal; é daro •rue n rJueslüo [ llt.Jnlll~ d" p.ro~viuda o ~s a, sUIIIIllll!l' l'•.·ovinchHJS
.é consti\uciuuul. buo de cucoutrur uo J!Oucl' lcgislnlivo ge!'ul cor.
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 09:52 - Pêgina 13 ae 17

Sessão em 20 de Maio d'e 1880. 217

rectivo immcdiato nos ~cus neto~. infringentes Sr ,. presrdentll, far,o este reparo. pontue esta
do Acto Adclicional,t~nto os presidtmtcl' como as cspt•cio tle de,idia d~ parte do curpo H~lslativo
nssnin hléas provinciaes biio dc proc11rnr contet·· pnr:~ r.om as t>rovindas, autori~a •lo nlguma
se dentro da orllita das sua5 atlribuiçõo$, il hilo · 110rte os ahu~os dos presidentes üe prnvi ncla c·
de nwlhor compem~trnr-sc não sú .tos interesses dti~ DS$Cmbléas provindnes, QU!l fau•m O flUO
proprins da tJroviocin, como do das outr11~ cntenclcm, pois que ditent que n ca!ri:;ra dos
provincin,s, rendendo homün~gcni :i Conslilulç!lo deputados, .o sou turno, faz tnmiJern o que en·
ao tmperto. . teude. Desejo, portnnto, que os nobres depu·
O Sn. C..:sAnto· Atvi~t :-E quando niio respei- t~dos não 8Õ votem, em as~umptos de scmo-·
tem, ha meio nn lei. lhnnte ordem. como lhes parecer mais nccrttldo
Sn. SEnGto DE CAsrno.: - Qunl é o meio 'f c r.onvcniente aos intnre~se,; da cscoln liberal c
Desejo que o nobro deputadom'o aponte. oo mesHt<i tewpo ~os dn grande cau,:n do ruturo
dns províncias , como lambem que os dis·
O Sn. CEsADIO Atvm d:i um apute. cutom.
O Sn. SRnoto DE c.~.s-rno :-0 nobre depulndo O Sn. CESAnto Atvtu:- AI• i estou dll perfeito
entende que o meio é o quo aponta, o cu penso accôrdo coli1 omett illuslrc eolleg:.. .
que o melhor e mnis e0lc:~7. é. o que está na ·O Sn. Z.\11.\:- Por 3hi vni multo bem: · res-
·conclusão do parecer da commissão.
St·. Jlfe~idente, o nobre depul.-ulo pela pro· peito :is franquezas tn'Ovineiaes.
vlncln do llio de Janeiro, citando um preceito O Sn. SF:noto DE CAsTno:-Senhores, é do-
multo : vulgar de heraueneutka jurillka, que lor~JW examln:~r as dilferentes . le~islacõos de
nó~ encontramos no. dil'cito romano, pareceu todas ns provincins do Im perio; devo dizer aos
indicar que eu. ha vi~ ligeimmente lido os artigos nobres deputados que oe;...oe exame, a que tenho
!o, 16 c :10 do Acto Addicional (não apoia<loB), c procodrd') mnis de uua:1 v.ez, immen5<'l tristeza se .
. quo nlio me c"mpnnetrára bem .da su ~ for~·~ tem :~possadtl dB minh'alma. Ora,;; Conslitni~ão ó
e por cou~cgucn::i;J . do lim que leye em vislu o f a ida de Íl't•nlo em leis qtte uão tl~viam scl' sane·
· legislador. (Não opoiados .) ciot;~adas pelos prct<idcntes ue provincla c quo
ReelntMi. Jlt'imeirnmente, porque ucostumel· · cntt·etanto o ~ão JIOI' múras convenicncias parti·
o litti :is vezes por simpiM intl•resse in·
. me a não deixar passar em ailencio qualquer darias; ; outras vezes; l~is quo de modo nlgum
. ossorto que porventura possa de Jc1·e olfend;!l' dividunl
ferem a Constituição e que, ao cootrat·io, acatam
os m~us melindres, e em segundo lognr, porque lnterc~s es o iutl'rosscs p~l11ituntes d~SJlrovincios,
niio hnvln raziio rara que o nobre deputado, !le ser sanccionadas. {1elos presidentes,
com quem hn mUlto tcrr po mantenho tts m~is deixam
eerdlaes l'el:t~·iies de ·amizutlc, con8lderando cndn por moro cnprlcho. ·
·Con vem Jlorlnntu 1111e ·cuidemos desta mnleria
· voz m:tls (IS seus l:tlentos c illuslrnçilo, quizesse com tuda o circumspeccão c (latriotismo. patrio·
molestar· me. llsmo c circumspecçfto que eleval'âO na r•t>iniuo
O Sn. BAPTISTA PEnRinÁ :;_ A;Joiadis.&lmo. publica o [>llt'ttdo lii.Jcs·ot, · rccommendando si·
O Sn. SERGIO DE CAsTRo:- Em condições toes multancamentc aau~usta c:1milt':t dos St·s. depu-
senti que tivesse necessidade de rccl~mnr contra tados, na uclual lcgtshlltun. (Apoiado• 01Waes.)
umn 1Jroposiç1io que parcda, fJI'iflla (acie• menos Como o no!Jre deputado fJelo llio de ·Junclro,
corto.~;, mas quo o nobre deputado apresson ·~e eu declaro quo niio St.~ nbr gnm em meu peito
logo em declarar <tue não· o ero ·e ncnt podia scnlimontos do vaid:~dtJ; <tuaudo venho à tri·
scl·o. . , buna, IJGra discutir as~umrtos itniJOrlnnt e~.
O Sll. BAl'TIST.\ PE!IEtn.\ : - Sem duvhla nl· ( Apoit!dot. ) ·
.... _ .. S,U.llll! . - - - -- ·-- - - . - -- ._0 ..511. :FIIEm\.S..CotTt.'ÇttO . : ...... .Todo$-lhc.fnlC!a--
0 Sn. S&ur.In DB CAsrno :· -Sr. prcsl· ju~til;n .
dente , esto.s questões que utrcctnm prcpt•i:uncnlo O Su, Simato .nn CÚrno :- Era summn, Sr.
os interesses dns proviucios. lenho notndo, presidente, o mell nnico Interesse nesta dis· ·
com JH'OCilndo przor, que não rnel'llcem cussiio c o intercs~o da verdarlct da justiça, da
todr. a nUcnçiío da c:~ mora tios S1·s. dcputndos, r;aliio c do dir'eito. Si a meu lauo não eshYer a
qu;.ndo tr:tztdas :i !él11 da disCUS$iíO; C vor iSSO,. nutlot•io dO$ meus !llilstres collegns, rc~peitoso
permittum·m43 os meus illustrl'S collegns que 11 . mo conform:t rei com 11 decisao· da camnra dos Sr$.
este respeito eu foça um reparo o muho serio. deputados; mas o quo dc$ejo é que os nobres
E' nccessorio que liguemos ós questões que di· deputados{ em l\Ujo espirHo poirom ainda nlgu·
zem respeito nos intet'esses das provinci:Js tod~ n. m:1 ~ duvi< ns ~obre o modo como devem ser intor-
coneidernção • , . prr.t.udo:i os orts. W, Hl e ~O uo Acto A!'hllcionol,
·o Sn. CE~Aiúo ALV!M :-Apoiado ; nesse ponto veuham ti tribuna discuti!· OllllJlamentc o pn·
estou de nccôrdo. · rcecr da commissiio, nfim d.c que, com perfeita
scicncin e consciencin do seu. objccto, posso mos
O Sn. SERGIO DB Curno :- ••. que ns dis11U· .tomnr urnaresoluç.iio digna do nús todos c h.o n··
tamos com muito. sel'iedmlc e umplmnente, por· roSil p:~ra esta augusta cama rn . ·
que os provincins do lmperio têm os seus olhos
fitos no r.orpo legisl:llivo ~-reral, principalmente (lfuita IJctn, vmito bl'lll).
no camnra dos Srs. deputados, e constnntemento O Sn. CssAmo ALvm:-Mullo bem, qu ~ nlo :i
nellas ~e !lrlicula est~ queixa, nliús pt·oce d~ nte
at6 certo tJOnto que nós nos Gccupomos mais fôrma . ·. · .· .
dn llOiitica gorai do que da polillc:~ ibs provin· o .Sn. noooLJ.>I!O DA.IITAS:- Sim, muito !Jom
elas . (Apoiildos.) quanto :i fúrtm, m:1s não quanto it doutrinn.
TolDO 1. -- !18·,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 09:52+ Pá gina 14 de 17

218 Sessílo em 20 de Maio de 1880.


O l!!jr. Horta de A.rnujo :-,.St·. Assim, purecc-me qne a nobre commis~ão
}>re:<idenl•!,pretendo \'otnr pdn emend;~ lio nobl'e dC\'C nceit;Lr a elllcndn oiTcrecida pelo nobre
deputtldo pela provincia !lo Hio de Jtmdro ; c l]cp"utmlo pelo 11io de J:meiro, que, pelas nlaui-
nssiu1 Fazendo, JJJ'Ocedo tle ~ccôrdo eom ~ illnslre Fe8t:u;õc~. !invidas na c:un:tr:t, terú apoio quasi
commi~s~o. de asscmi.Jié<lS (Jl'o\·indnes, poi'<JUC, unnnime (apoiado8), prcse.h'tdindo de lí1ZC1' qucs-
no Ctilltt'ut·io do que h~ (lOUCO nos oJissc o nobre l~o dns termos ora empregados na conelusão do
deputttdo, t'l'prcsentunte tln pro\·incia do. Parnná, ll:ll'ecer em discussão. (Jiuito bem..)
l•S preeedentes m:t,.belcchlos por essa commiss~o
n~o sntfr<~gn:n ~ opiniiio.eom tunto t·lllor em ittido
Não havendo mais quem 1;eçn n lllllliVfn, é
e sustentadn p~r S. Ex. · encct'J';Ldn n discus~i•o.
O tlllno (Jass:Hlo, tratnndo-se aqui de um pH· Posto n votos o projecto, rccoull~ccu-s~ não hn-
rl'eo·:· dndo a l'c~peito de umn lei da ns~emblé:1 vc•· nurnero !J:lr:J se \·atar. ·
provinciul rlo Hi•1 Gmnde do Sul, roi nprescn· O Sn. PHE"IDE:x1·E m3nda futcr n chamndn.
ta1ln Ulnt• emenda {t conclns~o do l'~recer pelo
nohrc Lleput:1du o S1·. Fernando. Osoriu. ProcP.dcndo·seá cham3tla ree ;nheceu-se lerem-
A commis~ão conduiua~,;im o seu pa1·ecc!': se unsenlado os l)t·s. Suhlanha .M3rinho, Frun-
• A CUUI\Ui:<>ão e de parc(el' q ::e não ha motivo klin Daria, Ba~son, l\ollrigucs Junior, Viria·
p3rn.siJI' suspensa ou revog·ada n lei L'lll dis· to de Illeddro,;, i\Ianoel Garios, Antonín de
cnssao. • • Siqneirll, Lou1·euço de Albuquerque, M<Jt'iauno
l::~lc tJ:~rece.r cst:í impt·csso ~(Jb o n. 42, o foi da Silv:t, n•. rào da Es\al\CIO, Frederico de Al·
h•rratlo em 21 de Fevereiro do anno proxituo •ueiu:1, suuto, Fdício tios S<Lntos, Th~.oU.t•lllir<J,
.rmssado. Martim Fr~ncisco, Silveira dtl t:louzn, Fernando
A t•menda foi ofi'o:L'L'cida pelo nobre depul:alo Osorio , Fiot•encio de Ab1·eu , :\ldlo· Prnnco,
pelo llio G·r,mdLJ do ~ui cu• IG de :Maio .e acha-se Silveira Mul'Lin~ e Soares llraULiào.
Impressa sob o n. 2!J,:J ; c~lã concebida nos se"
s·nintes termos: Ent1·ou em diseus:<iio ~ urgcaciu IJCdido c con·
cedit.la tto :;r. Gavião Peixoto.
• Deve ser sanccionado o decreto n. 1.1'!5 da
n::s<'mhlé~ prorindal dn Hio Gt·antle do Sul de O Sa•. Gavião Peixoto diz que, como
~ du lbio de lSii, qnc npprovu os ~st~tulns da o nobre de!Jutm.lo.pela (.H·oviucin de illious. Ge-
Comutunhb!lo Evangelica de S. L~opoldo. • . fliCS que lwutem Veiu) ll'il.mmi l'Cspondcr·lhc,
Esta cmentla foi di~cutid:t c n11provad~, tendo n~o t!cseolJro ·neslo reCinto venc~dore~ ou vcn·
n cau~:tra nssim llxodo o moclo-vor que en:cude éido,, A vktoria ou del'roln f(UC espera n cn-
(]UC de,·e intervir em casos taes; mnr,, ~cl'tÍ de todos. A caU$D é só umn, e, ~i o
Mos, s·r. presidente, el'.t:Í Dll ordem do dia Ull\ cnmiuho d() hontem pareceu perigoso; . e peri-
projeclo olTL<recido pel~ honrnda colnmi~s5o, r.:· gosos alguns. dos recul'sos d~• jomad~, nem por
lm·enle igu:,Jmeute a um projl'cto de lei de as· 1sso o fim da vi:.gcm cru d1verso. ·
semblê:l !)rovincial niio sauccionndo pelo rrcsi· Ma~ u causa liberal ufio soll'ro,porque se ]'edo
dente. Ne::se p3t'ecor a commis~~o conclue jus- em no111e da lei o cumprimento dli lln, nem pôde
. tmnente de !lct:Ôl'do com o nobl'e Llejlut~uo pdo ser guet•t•n :LOS· ministro" do honlem o quo se
Rio de l3neiro e com todos nrjuelles que o teria o direito de cxi:;-ir dos ministros de hoje.
opoiam. · Sold:1do~ da me;ma t'andclra, achar-se-huo
tod"s juntos no nwsmo t:nmpo de batnlhn. Nem
O Sn. CEsAt\IIJ AL,-m : ....; ApJi~do. o p~s~adu c mnrnlha qnc separe os liborncs.
O Sn. · Honu DE .-I.Mt;Ju: - O projecto n que Pelo contr.wio. enl!unlrum·;e hujc tOLlos put•a
me 1·elirn csláimpl'esso sob o n. 307,c foi lavrt~do snud:H' uuitlos ·a 1-tl'autle principio da soi.Jm•ania
em~;) de Setetnl.Jro de l8ii.l, c· 3S~ii!'n~(to . Jl~los. p.opular, dig.uUlc:.~Llo .p!!lo .\:olo dit·c~.to . c ..:;utlO:__ ~
nobre,;· uetm\ados os Srs. Sergio do G~stro e l':lris:~do.
Jonquim Tn\'nt•es (lê): A materia do sen rcqnel'imeuto exclue por
• E$tà uc cam de ser s~nccionado o projcl"to si mesmo toda e qualqncr IJén !lc Ollpo~h.~~o 011
dn as~eml!lé·a provincial do mo de Jan~iro, censura IIOlillco n Ullllllini~tcrlo qtwj:i não vive,
pelo qual fui bUtorizada 11 eonces~~o do melhol'tt· e li camara (lo r certo o:io julgará assumpto it•ri·
IUenLo dn rdorma ao L• sargento do corpo policial t:tnle n rcemissãu do papel-moeda e a pl'Oro·
Amoldo Luiz Zigno. • gaç~o de um privilegio. ·
O Sn. SllRGIO DE CASTRO: -E' questão de lmng·inava o or~dor, tlepois du requerimento
fórma. Eu recon~Jderci <~ minlw opiui1io. que fez, importantis~imo por sua materht, ~i a lei
O Su. HonrA Dll AnAuJo:-Vê-se, portanto, que eideou. lei o l!s can1an•s ~tio nind~ o l]UO li constilltição
:J questão su~cil.atla pelo nobre deputado pelo
que o nobre dcputt.do peln provinci~ de
Rio d~ 1aneiro, e que tão allB~ pt·oporçues tomou, ~linns· Gomes tlguard:tsse a re111rssn d~ ted~s as
inrormnçues
e devida unicnmenle no rncto d~ niio continuar mento dll CtiUS:J, [JUra discutir com p\l)no conheci·
n i!lustre comnlissão a servir-~e nns conelusues ~atisfazendo ns suas. inLerro-
dos seus pareceres sobre o mesmo nssumpto, ao ga(,'ões, ou (\Ue então oll'~reces~e immedintnm~nle
dos mesmos termos de que se :h11Via servido nos sempftiz cóp1n do todos os pnpeh que reclamou,.
p:weeeres anteriores; e l'oi por isso que e relntor esquecer tudo que· se referisse no recolbi·
do commi~siio, o illus\rndo de.putndo pcln IJrO· mento Llo papel-moeda e á sua rectnissão.
vi nela da Bnhin, se limitou 11 dizor que n questão Nos gorernos livre~, a pulllicidod•~ e a pri·
par:, elle el'8 sim!Jlesmente de fürm11, :JChnude·sc, mcir:t lei, e o disc~urso do nobro deputado pela
quonto ao fundo, tlo pleno nccôrdo com o nobre provinda ele Minns·Gcrncs,ckllcicnle noste ponte,
deputado pelu pt·ovincia uo Rio de Janeiro. poderá llgunr nos nnnnes parlamenlnres do
Câ'n ara do s Depttados- Impresso em 27/0112015 03:52- Pág ina 15 de 11

Sessã~ em 20 de Maio de 1880. 219


======== ·-·· '= ========
. Brnzil como embargo; de terceiro ao conheci- Aflprovnl.lo o decreto nn tes dll lei dn ot·c;a -
mento de facto~. m~n.to, e elrcul11ndo jã ~0 ..000:0006. o :>1·. ex-
Quer acreditar ~inda que, tlcpois (la derc~a 6 mnustrll mandou recoihGl', nãl) os :J.60fl :0001, ,
S. Ex ., o seu voto Ii~o f:tltnr:~ r.o orador. A O •; . de 60.000:000~; porêm sim ~.WO:OOO~,
C3US:I "tem Uffi/1 dil:t('~O de . provn5, c os embnr· 6 •/ o de ftO .OOO :OOO/iOOO. · .
gos do nobre deputado podem ~er demonstl'~dos 0 .actl' JIOI'tnnlo de S, Ex. e a inelhol' .prova
com os·d•J"cun•ontos qnc o oradvr pcuiu, e que de qu~ elle lntorprct;~vn o dccrelo·como o'orador
sem duvido serão cm·mdos em periodo breve, 8i interr•rcta, & ctU(l o Cacto posterior d~ rccmissiio
as cspcrnnç:•s dn eamal':t forem ns ·mesmas que tJreci~a ser explic~do.
as ·do or~d"r. · · Paro que foi recolhida nqttclln somma do
· A~ot•n as duns quc;:lõcs em face da defesa do pnJICI·mocda emi tlid~, c não foi queimada, ui·
nobre depulallo, c com a brevidade quo por ler:mdo -~ o seu destino Ie;:: :ti? .
emqu:!nto a maioria exig-e. · !\.lei do orç~ mcnto, dispondo p:~ t·a o futuro a
O que é -urg-t:utc nfio s" demorn. respdto •le re>gale, e dondo Ol'plic;l(jiío <"·5pecial
Os ::!.4,00:000-~, rccolllid ns :i . caixa de nmorti·· ao !lrodueto do Imposto do fllmo, nlêm 1los s~ l­
z~ ·: :io, n~o l,JOdinm; s~. m m anifesl:~ in fracr:ão da dos que ali:is cr~m illusorios, nem .podia co;titar
lei, v0ltar u cil'culnç5o. Esse ructo constitue, do p:~ssadn, '.nem tão poú•:o . I'C\'og:tr JW mesma
sem lluvida alguma. cmi~são illc;!;al c em cir- se~sào o dccretn de Ui d J Abril, ra u~ linha sitio
cumst ~ ncias nun~~ vi~ tas nesttJ p:dz. 11Jlftrovndo lambem om seu :u·t. :!. "
Nenhum ministro "té ho.:ll mandou busc11r E como comtH'ehonder semel hnnte rcvo):'nção,
{iqnclla r••pnrtiÇiin notas que là e~larnm para ser si n~m no moLtc13 :os dtws disp os içüo~ s ~') contr:•-
intttilizados nn r,irma da lei. nem tr~l ordem riam, e antes ~mr:owm o ncccssi ~ adc do r·:~gatc
d~vio set· soH~fl.!it:-~, si as extensas •·c~pnmnllili· grnd ual do pa tlCI rnocrln? · ·
dadas crc:.~d:1s pelo leg-it<latlor n5o tossem ldlt'a nc,•o;ra~·~o lacil:t, IJttnndo c!la creou impostos
morla. . pam cquilii>•·at· a. receita c a . uo~pet,,, quondo
Toda ·a mn al'gumentnçfio está do l~• e não autorizou Qper:•~Õl:s do credito, e qunndu, rcfe·
QUCI' repc til-n. Em race da lcllra d~ lei do Of(j:l• rindu ·se a saldos futuros e a um imposto ainda
mcnlo, não tinho o governo liULorizaçiit' pat·n não eobrndo, não podin por isso mesmo rdo·
emilli1· Jlll!lOI-mood:~, c as ;mt oriz~çõcs não se rir· se scnlio ~o p ~pe l ·tnoeda em ci rcnloçüo? !
Jll'c~umem. Em fa rc do e>pirilo qnc dictou as E' •·calmente espantoso I ·
dispó s i çõ~s. lc;oislativas nlío so comprl,)hen<lo o
que seja l'ecolhel' p~rn emittir do M\'O, c no Em ·uma pab:vra, toua a dofosa do uob1'C de·
ntC'srno lenrtlo substituir o rnDuo de rc~g-utc co111 putndo se resumiu no ~eguin te:
ll!lpiil ~acllo especia l ele I'CIHla, C SCTYII'·Se da O coq)o le~i$lati~·o snbstituiu o modo de rcs,-
. cmi~s1\t.J já 1;ecolhida, augmcntu nclo a waum• ;;ato do . p~· pc!·mocd:t, crcattdu tnra osso fim o
11 resgala1·. Em face ·dn hist•>ri:~ (larlaiuentat·, ns imposto dl) rnmo c dando a(IJIIicnçiio á sol!r:i
·deelot·açõe> d11 Sr. ex-ministro tl:l f:lz•mlla nn do · orç.,mento, c, portant·• , mantendo-se de
ramnrn e no 5Cnntlo for:un do tnl fr:u~qu eza , ·o ~0.000:000-~ na circul;~ção. niio havia nli!!mcnlo
às vezcg em te~Jl11Sln ;,~ olojcct;õ.!s de seus adver- de. ttapcl-mocdn, tl.evendo licar" sem l'fTcilo o
·- sari~ políticos no scnaílo,·clumt:lo estes impu- ·resg-ate do dec•·cto de lii de Abril de 1!17:!. ·
gn;~varn com o metal o rc~::rata de IJ:•pel- moeda, O{jue vale a subtilcú1 dc:;tG t•:u: i(~<:inio d}-
que o ~eu neto jt, foi contd l' mn~do por e!lc t•ro- monslr:t o p.ropt•in Sr. ex-ministro da fazen da ;
prio nnt••s de pratic.-.1-o. · . poi,; qtle foi elle que em n~·iro de fS de Aliril
Mu~ o orodol'.IJUel' demomtr;~r holo no nobre 11111ntlou i·ecolhor os :l!. ~00:000~, redu.r. indo os
deputado, tlllG n5o ~n~lentn op!nltio propt·ia, 40.0tJO:OOO,, :• 37. ilOO:OOU,-5, e foi e i lo nl!l~ll ttUe
--··mUS'"S"rtrrWdrr~tntrti:nt·o-tln-.faz~ml:l, a q ucm em l\l tlo Novemi)ro rnundou huscnl·os a c:uxa
p(l!lel'ht dt:un:•r r~o ~o.nl'•·sso, . s! com a si nc~ri • do amot'ti 7.;\r.:'•o pnra do novo omillil·os . .
ilmlo qno duvc lli'C~Ldn· :tos JUIZOS 'da camnl'a, Si o nvisLl'tlc Novembro expliL~:>·S\! 11ela con·
n1io auribulsso o f:tclo a circutnst~nci::~s urgen· demnação do resgnto :mteriur, eomo so ~X11lic.a
tissint:1s de Lnoménto. · o do Al>ril? N:io c•·a c.:tc o CLliiiJlrimon lo do do·
A Jlropoot.1 do orçamento Jlara o excrcicio itc t!rcto do lltl llO. nnll'rit>r, approvado pelo coi'JlO
l8i!) a U!80 contcmplnv:• ·rio ministcrio da fa· legislntivo'i' E111 qlie ki foi rcntg(ltlil o ~•·t. :i.•
zcnda, conto verba tJn rao ro:<gate \lo pnpcl -moo· deste dccr ~to? E [t:tl'a rt ne flc:1ram o ~ 2.6,00:0003
da, :l.600:000~. isl'l ti, 6 "I• dos 60.000:()006 au· na c~ixa da omOI·tit.Qçiio por tanto IL!nl p O n SCIU
~erem queint:tdQs' Que sig-ni li~a~~no tem esta
tol'izt~dos pelo respectivo d<!crelo.
rcventiM d:lla ti C 19 de Novembro 'i' Não balí:~m
o llecrnto n. f\8~:! tlo W de Abril tle 18i8, âs portas uo thesouro @S possui rlorcs de apulic!!s?
npprovuilo anto~ dn lei do orçnmento .vig-mlc, ::;ejamos ·cohorenles, diz o ot·ndor: qmmdo o
!oi •··~du1.ido qu:~nto (t emi5sfio autorizada n Exm. Barão de Cotcgi~e, di~tiu c lo ministl'o tla
30 .000 :000;5, c no 1uai~ I.I!Jllrovado, c portanto tnr.enda, tll'aticou uu1 !:JCto semelhante, ct.n:mt::~s
com forçu uo lei. . vozl!s se lcvnnl:'tram pam accurol·o1
· o urt. 2.• declara quo no. nm de cndo excr· E no cmlanto, pede a verdado que dechremos
·cicio rer..o lh ~r-sc·hi~tn 6 .% -do c:~pitnl cmittid•• que o de hoje tl maiq!r:lVe. . . .
e o c:q•ltnl cmitlido nnnc:' p~dia, depoi~ da A Joi de t87ü nutoriz~r:t .o governo a l•mittir
npt>rov~c;io ·do cori>n lcgtsl:tlivo, exceder n otê n quo.ntio de iü.OOO : 000:5 p:tro omprcstnr :~os
lO.OOO : OJO~O OO. . bnncos e conjurar a crise. Destes lló.000:0006
A disjtosiçiin tcgnl é mais exi>ress.n nindn, pois ja ree~lhidoS:.? i0.000:00~15 n~ thcsouro ttn~ion!'l,
que di1. lcrllllunntemente-rt'Colludo para 3er mos amdn nuo · cnvmda a cmxn dn nmorhzncao,
queimado. parto foi emprcslodn :JO B:mco do Brazil, e em·
Cà'nara dos OepliacJos · lm;:resso em 2710112015 09:52· Pág ina 16 de 17

220 Sessito ·em ~O de Maio de 1880.

· presl~d:~ porque o gol"erno prccifava de cmpres- Enliio porque se duv.h1ou afê hoje 't Porque não .
timos doquellc Dan<'o. . · . se re~ olreu a qucsliio durante mais do um mf·
A diJicl'cn'in cntr·o os dons factos é palpavel. ni,;terio 'f Pot·que .o proprio Sr. ex-minl,tro· da
No prlmlliro caso, os nol3s e1níttio:las devi~m ter ngrieulturo guardou o seu aviso para os ultimas ·
sido queimadas, e fornm retirad~s da e.nixa do dia> do seu ~overno?
nmorli u1 ç~o ; .no segundo e~so, o papel- mol!(l:t .Niio, o dect•eto de !86~ niio autoriM t! inler-
C.IDIJrestado aindn cstnva ·:i di~po~içuo .do Lhe- pt·cta ~flo . do :lViso, que aliás contraria uos llro-
l;OUro .. No priiDeiro caso. o papel-moeda figura prios estatutos.· ·
~:orno Hlcurso directn rmra ocrorrcr ás de!lprZ:IS; ·. O dret·eto de 12 de !ll:~rço de H!ll6, conec·
no segundo, é um empt~sl imo que, de!Jois de demltqJt·hilegio no eonsellleiro Cnndillo Bnp.
le~:1lmenL 1l autorizndo, é rem11·ado, · c que tom tisl& c seu li! h{) Plínio de Oliveir.n, por espnço de
do vul\ur , como Yoilnu r! entro de 30 dins. con- 20 auno~, nos termos 1ln clnusul:~ 16, declarou
stituindo umn oiJrigaç~o que o thesouro .solveu, extJressamcnte nn a.n, que 1l companhia devia
cntromlo varn a caixa dn umorlizaç~o com o pa· dar plenll ~xecuçiio l1Jn Lo1ln linha no .pt•azo de
garncnlo do IJ~nco . · · seis :mno~ , c no de dous na pnrte comprehen·
E' ·c.•t·to queo .facto merece t:~mbem censurn, dida entre u primeira es1aç3o, no largo d:~ Mãi
con~tiht h1do uma .novn cmissuo; m:ts é sem du- do Bispo c u Clmlrlll, sendo contados os ~O annos
vida di!TI!renle em mais do um ponto, e o em· · da data do dcct•eto, c na clalHmla !6, que cadu-
prcstimo ·roi fcilo 11 um dos b:mco:; que a lei cava o privilegio, ~i não fosso obllcrvadn no
teve mn mira pro1cg1•r. tempo pt·cciso e~s.'l clausula referida.
A~o r·a n SCf?llDdtt que~ tão. E lia encei't'a tr·e s Ora, ccmo a d.1ta é de 12 de)tinn:o .de 1856, a
pontos csscncwcs : dous so rclei'Ctn· (\ fôrma do 12 de Mo.rço l]e l8ii8 devia dcsnptJareccr o pri·
neto; um :10 proprio acto . vileg·io.
. Por que foi o :tl'i ~o de f ele i\Inrço proximo O governo, poróm, o renviventou pelo de·
findo demorado? Entre o suo daW.e :J quéd:~ do cr·eto de iO.du Abril de lSGJ, com duns medi-
governo .pns3odo clcconei'4m qua:;i dons mezcs, llcaçõcs apenas, ·e ntt•c as quoes n ex1ens5o do
public:tram·>c no emlnnto outros nvisos, e este pl'ivilel!iO ; I ao annos.
:tP,parcce depoi.; de sua morte e sem itumeraçilol A dntn da nbcrtura ato csso momento n1ío
:Não estava na secrelnria e sim em poder do potlin eer senüo 11 dnta de direilo, isto li, n d3ta
eng;mllciro Jlscnl1 Qucdmporta is>o pnra a pu· em· que o tr:~fego devia ser lr·:~nqU:eado ao pu·
blicnção 'f E como ~ e explic~ a pre ~sa de enviai-o blico no todo ou em p~rte,
a esse cngr~ol1eiro para •lommunienl-o :i compn- Veiu o decreto de !3 do Novemhro ·dc 1862 np·
· nbi:t, _o o iJH~Itcr:t\"cl scgrctlo p:tra ll'uardal·o em provando os t:slotutos ent~o npresentodos, e em
silenc10 't·Po1s nem o do.'jJ<JCho dena serconhe· ~eu (ll'l . l .o·estes textuai 'Iiento declnralll, refe·
cido .? .r·indo-se no objecl<> da · socied~ dc anonr mo e fa·
O nobre deputmlo 11or Minas não s~tisrez por;· zen do de uovo a conce8siio: • em conformidade
tonto n· ruriosidude publlcn, e, si quanto ú com os obrigt1çües .e os pr·ivilegios r.or ia annos
fôrma dn publicação (leixo:.t tudo na obscuridade, contados da rluta da obot·tura da primelra p;trte
quanto ú fórDio do neto scnlonciott ao go\'ern_o dn linbn concedido ao Exm . cousclbcir•o C3n·
tr:m s~cto. · dido B :fpli~ tn c Pinto dll OJivoirn, pelos decretos
O a"iso de l de Marco. intm·prcln o drcrelo n. i733 do l2 de 1\lurço lle l8i;G, n. HU de .lO
n, oOOI de i8 de Novmnljro do 186~, decial':tlH]O do Abril de 181>8, n. 1.0~7 do i8 de Agosto llo
I]Ul! a dat:1 de 9 de Outubro de 18~ é tl dntn dn l~ e n, i6i6 de 28 de Julho de i8:j0,.
nbertura do trnfo~o :t. que se referi:~ aquello de · As pnln \'t'lls-tln data ch a/J<wlul'a da p1'i111t'ira
ereto. . . ,. . Jlarte ~la lilll~a-n1io JlOcl~!!!...,!:Qf!:!ir::~!LruuruUa_,__.
Pouc~ 11ll!J~r.~__9.\!!!_mªr_c tl.:'i~~-.Dm:u.o..lruuJ~•o.· -· nr.n;-srnrmnlh'ello;- tsloc. nuo podem nmrm:tr n
... 30 "Oir 2õ:mnos . A íJUC~t_!\o e.outra : a dattt,d!l ·~onl~gem rio IJI'iYilegio de qU:IIqucl' di~ r···ro
alm~tu,m. do trafego,, que UtiO {lodo set• entendtd,, !las contlh:ucs tio contrato, oindn qne o Írnfl"'O
t'~nao 1le conro rrntd,~o com :os dçcrt!tos nnt1· ~ r~se nhorlo dnhi ''cem ;mnos. Além ele absurã<;
rtiJre~ . Na llLtV!~:I ~adra o gov~rno mtoq•rct:.l·:~ furo imposllh'cl}lolns seguintes r3zões:
por melo. de tlll-0 • • • , · • . POI'!IIW os c~lututos tle.ctnt\'lnl cxpl'ossnmcnle
,9_ decreto u um uc.1o. d~ 1>0 ~01 ox.<:eutrvo, 50
,0 q1tc os :ti.i nnuos ~ão dados em conformidade
1111>0 um a.cro de mmrs1ro, .ctnlJOta deu co1n os Jlrivile" los :mtccec:lentes ·
suppor csett(llO de Mcordo com seus c oJI ('g~s . · e . ·' • •
.Por isso o pt•imciro tr:~z a nssignntura do im- P(lrquo n phra~e~:tbertura d:qmmerr:~ p~rte
pernnto, 0 segundo niio.. . dn. l!nh~-referc -s!J tnmbcm cxpres.snmcntc ~os
A materin da concessão envolve um ponto de pr•v!lcgtos concedtdo~ ~o cons~llt~Iro ·ea.ndtdo
. direito, c esse é I'cconhecido implic•t.,mcnlo D~fltlsl.n e seu lllho Plmto de Ohve•ra; ·
pelos proprios Srs .· ~,tinistr~s . _ . • PorqUG - !l cc l:~r,ll em ~ ett fina~ que a du.ra,ciio
. Os decretos do i8i)6 c 1Sti8 mo se refen~m a .da compntthHI scru 11 dos mencionados prtvlle·
!laln da ~herlurn · do trnfe~o, mns sim ús su:ts ~ios, e oquella dc\~in existir antes dn nbérturn do.
proprios dn tas, - e os estatuto~, postcriormen te trnfo~o .
orgauis~ l los e opprovndos prlo decreto ile.J86::l, .Qu:il éJ porttmto, OJ>ensnmen1o do decreto do
não os podlnrn contrariar, ront tanto lll~i s 11lntt· i86:2, r euuânrlo a !!b nnnos o priviJogio que
sibilidaüe 1Jilnn1o roferinm-se ~os mesmos, con· tinha sido alnrgndo a 30?
lirrn:tudo-os em pnr·te. Mlill o sun letra ti clal'n, . Si os concc8sionnt·ios ti\·essem cumpt•ido n
dizem os sustunladorcs do nclo, e o ministt·o cluu~ula 8.• do dccJ•clo de l8ti6, :1 primeirA p~rtc
nada m:~ is frz do (JUC affirm:r.r a disposição ex• da liult:t estavn f:rompla a U de .Mnrço de :1.808
premi dos estatutos npprovado~ . . o totln a linhu :1 :! du Março de :1.862. _ ·
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 09:52 - Pêgina 11 ae 17

· Sessao em 20 de :Maio de 1880 • . 221


N5o o tendo relto, deixaram de gor.ttt• do pri · Entro em 3.• discussão o projecto n . ·15 de
vlleg i~ c ~nmbem privaram o publico dc3se_gor;o; 1880, c é encerrado com as seglllntcs:
no !Jrune•ro caso, por quatro nnnos o meto, no
segundo, por todo o tempo tleeorrido 11tf!. n .data EMENDAS
do dcCI·eto de 186!. ·
Por isso o decreto do t8 de Novembro de Igual rnvor o. Joiio Lobo Vianna paro matri·
· · 1862, rc~viventnndo, bem ou mal, o prlvile~io cuia r-se no t.• nnno da ·r.. culdade de medíclna
já pedido pela segunda vez;, redu~iu o prazo a do Uio de Janeiro, prestando :tBtes do neto o
2i.i onnos, concedendo ú compantlia tem1•0 para UdZC$, exame de geometria o 3Jgebra.-Be.ze1·ra de Me·
.
executar ns obras. ·
Que se conced11di~pensa de idade no estudnnte
Qu~l é, portanto, o data da abertura 1
Joi'io . C~ rneiro de Souza B:.ndeira·, parn motri·.
E' o não póde deixnr de ser a !1o nrt . IS. • dos · c_ular:sc em qunlq~er dos cur>os de instrucção
estatutos, pela qunl ·.: com1•nnhi~ obrig:~-se a supcnor do Importo, mostrando-se babililado
franquear ::.o transito publiro toda a linha de nos neeess3rios preporatorios.-Monte.
corri~ de rerro, desde :. cidade nté á tJrnlo de
lJolafol!'o, no pt'.~zo dn tres annós, c ·::.o de .seis o _Entra em 3.• discus5ão o prujecto n. 307 .
resto dn linha liW no J:~rdiln Bnt1mico; contndos Fica ené:etrnda a discussão e·n votação adiada.
nmbos os prnzosda da.ta da approvaçuo dos e~ · . Ach:mdo-se esgotada a materia da ordem de
tatutos. din, o Sr. ·prosidoRte deeloru que vllilcvautar a
A daln é do t8 de Novembro de :186~, e, poi~, o sessão e dâ a seguinte ordem do dia %i de l\Ialo :
privilegio dev-ia terminar a t8 do NQ~cmbro Votação do projecto n . 8 com a respectlvn
a~ t8l:!7 . . . emenda. . ·
1\Ins o quo féz o "Sr. ox·ministro pelo seu nviso? Votação do parecer n. 4 de :1880, sobre as
DeclarOLl que, conforme o decreto dG f86!, a elei ~·õe s . primortas de Mozagão, Acará, Salinas,
dota da nberturo em a de 9 do Outubro de l868, Udivcllas e Jurity, da província do Pará. ·
dia em que de facto foi aberto o trafel:'o. Ora l :• discussão dos projeelos ns. 7~ e 1970 o i. •
póclc·se eomprehender que o decreto de t8t)i o decreto n. 67-iO relativo a Joilo
tlgul'nsse a bvpothese d:t infrnc~fio do nrt. IS.• · approvando
.aupll~t:t Doilino, o i." approvnndo n pensão de
·. dos estatuto!'; justamente parn contar, f•"•ra dos 600,5000 :mnuoes n AntonJO Dias do' Santos.
obrigações coutrahidas, o prn%0 do privilegio,· e
"flgurossP., qunndo até rolmill:l a pena de perda · Volaçüo em a.• discuss5o do projecto n. 307,
do privileg1o, nla parte não concluída no prazo sobre a pretençilo de Arnaldo Luiz Zigno.
estipulado 'P L • d iacussiio do proj ecto u . i09 de 1879 sQbrG
Assim, eollocando-~o o orador no proprio ter· a pensão concedida n G:tldino da Cruz Snntós.
reno do aviso, o acto do ministro é umn conces· a.• '.liseussiío do projecto n. í!IO de !879 sobre
são · in c xplir<~vcl. E' preciso, porém. cxami n ur~ li pre~en~iio do tenente llaymundo Perdigiio de
mos todos os p8peis, com es1,1ecinlidade as di· Oll~Cir~.
versas t•onsullas do conl'el ho de. estado, 1•nra i":- discussão do projecto n. n~ elo' 18i9 re·
que se comprchenda em toda 11 exten~lí o o nl· Jalivo ao conlr~• to c:om Monis Konh par~ n con·
c:mce do facto nrguido·. OQrador só podi:1 enc~rn r scrvoçilo tio P:lsseio Pub lico e inlroducÇuo de
n qnc~tiio em face do aviso o dos decretos citados· novos mélhor:úhento;:.
pelo governo. ·
.._ N1io. ó _~X>s~h:.cl _qu.e..n. cama.ra...fiqlliLn:Ligno· Lev.~ ~~'!~!~_tl SedSiio ás 3 hor!l~!....--------
t':lnci:t de to4os os papeis relativo~ o cs\3
qucsliio.
Na rómplelo publicidàdc dos factos deve lo· . Iltdact~io do pl'ojecto 11, ~2 d~ 1880.
torcssar·so. m~is do quo ninguem o gabinete A assemhlt!a ger:1l logl5lativo decret.1 :
trans:;cto.
Ante as censuras dn imprcnsn e o justo so• Art. L • O governo lica ~utoriJ:ldo a mandar
bresnlto da o11iniiio, não dil'á tJOr certo a ca· mntricular no L • onno do f~culdnde j urhlica do
mara dos Srs. d~putndos: contentamo-nos em Recife o estudante Adr'i.~no Côrte Real, que,
guardar em nossos nrchivos o aviso sem nu· antes de f:JZer o aclo do mencionado nnno, de·
mero de 1. o do lllarço. veró prestar exnmc de geometria, unico propa•.
rolo rio qne lhe fnltn. .
O Sr. Co.aolos Aft"onso (pela Ol'dtm~) : · Art. :t.• Rovognm-se ns disposicões em con•. ·
-V . Ex. quo <ijnrbconsulto distincto, snbe que trnrlo. ·
ó principio cn[Jitnl d~ direilo ser 3 voz d~ dcfc· Sola das commissiies em !O de 1\laio de 1880.
sn sempre n ullimn n fazer-se o1wir. Por con· -R11y lht~·boza.-Rodo!pilo E, de. Souza Dantat ..
seqtto•nein, von rcqum·er n V. EK. que so dign o
eonsnllnr-A cumnra ~~ lllll concmle ur::enr-ln 11arn RcdCICf-60 elo proit cto n.. Ui de !880 olferecido como
dàr nm11 br~vo J'OSIIOSto no nobre dcpnt:1do pnr · ememla ao 11. H do mC8111Q anno.
S. lltmlo,· ou ompr,•gar oUII'O quai'(UIJI' meio
quo mo hnbllltc a fn%1)l·o, molo •1110 deixo ;i A nssembh\a gernl resolve:
escolha do V. Ex. . Art. t.o O governo ê .nutoriindo a mandar
O Sn . PDESlllES'rE.: - Niio· ha.c"uJutrn \'o!nl' nilmlttlr t\ m:,triculn do 1. • nono da escola de
n urgencia pe~ida (lolo nobro do11lltu o . . m~-d lc lun oo nto. do Janeiro o ·estudan\e Olavo
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 09:56 - Pêgina 1 ae 1

222 Sess9:o em 21 de Ma.io de 1880.

dos Guimarãe~ Dilnc, a !jUem .fica disp:msado o 1\farl:mno, -Jo~o Bri~ido, .Jeronvmo Sodré Luiz;
re(tuisito dn idade legal. . l~ellillll~, Leoncio doCarvalho.M.:trr.olinn ~Íouía,
Art. 2.• Rc\·ogr•m-se IIS di~posiçõcs em coÍl·. M<:llo F t•onco, .Manoel Cal'los. M:•noel de &fuga• .
trnrio. lhu c ~; Prndo l'.unentei,.Slnval, Serapbico Sigis·
Snl:t dns cornmissiíes em i9 de 11Joio de ·1880. mundo, So~res Brandão, Souzu Andr:tde 'Souza .
-S ih•airn de Souza,-Rv.y Bat·IJo,~a.;_RodoljJito Can•:;lbo, Souzn Lima. Silrcira l'tlnrtins, 11huodo-
miro c 1\l:lllo~J Euslnquío. ·
E. de Souza Danla8. _
Ao meio dia o Sr. presidente deelarn niTo
Hedacção do projPC!o n. !6 de l881l, ofTerecido hnvcr sessão por foltn de numero.
como emt11da ao de n. ·u. .
Aassemblé~ gemi resolve :
oSn. a . ~ $ECnETAlUO, scrvitldo do Lo; dá conta
do seguinte .
Art . t.• O governo llcn nulorizado a mandar
matriculnr no Lo nnno dil f:tculd~de de medi· l!li:l'EDIENTB
cin.:~ do Rio de Janeiro o e~tudantt> 1\nymundo
Jo~é de Siqueira Queiroz, que não podern prcs!nr omeios:
clwme do refertdo nnno, seuõo depois de mos- Do Sr~ Visconde. d!} Pelotas, de 19lle ~Iaio cor-
lrnr~~e approvado 11ns 1l!! l:ltim c ~\.'Ometri:~, rente, communic:mdoquc naqucll:. d:1111 reas·
prepnralorio5 que nindtl lhe falt:~m. sumiu o cnr~ro de n;inistro e secrHI:1rio dos nc·
Art. '!." Revogam-se ns di!;posirões em cun· got.'ios du g11erra. -Inteirada. . .
trario. · Do ministro do lnwcrio,· de 20 tle Maio cor-
rente, commnnica~do, em J'esposta, que foram
s~·la dns eommissõcs em i9 de M~io tlc iSSO. dad~ s ~s · n, ~cc <s~ rm< ordens (J.'Ira so 11ruceder
-Sil~t·ira de So11za .-Rt•!f Barbo.:a.-Rodolplw co~ ut·genwl :1 o~ rctJ~ros de quo prcci$a o cdi·
E. de Sou:a Danfa.s . · ficto .onde runccaona t1 camat':l do:; Srs. d~pll·
tndns.- Inteirada. .
Do mesmo,, do 19 .de Mnio, pnt·tidpando que
fort11n exped~da~ .os c~nvenlt:ntes ordens p:trn
A.cln om 21 de Mato do 1~80 que na pro\'mcm de Mmas Ger:.ws se proceda á ..
el••icõo de dous.depu~ado~ gernes que preench:un
l'iU:SIDE.'ICIA DO SD. VISCONDE D~ l'UADOS as vng.a.s do conscllwtro LuJa\elLc Rodrigues l'e·
rel:r:1 e Hygino de Abr,•u e Sllva.-...Intelrad:t .
A's ü horas da m~nhUfeita a cbamndoz.. nclui· Do pres1donte da pl'oVincin de S. Paulo. t·cmel-
!'nm - ~e prest•ntes o~ Srs. Vis,conde. de l'rndo~, ·· lend•., cüp.io d:t ~ela dn ele_!ção u que se [il'occdcn
Poltl[Jeu, Costa Az.svodo, Ccsnr•o Alv•m, Andrnde no collcgto elm(ornl de Pwdnmonhangab~, 11ara
Pinto ~ Daptisl:~ Pcreiro. · prccmclumento de Ires 'r':Jgos de depul:tilos ger11os
Compnrecernm dc110is da ehnmada os Sn. peln mesma provincin de S. Pnulo~ -A' com·
Soldnnbn !lbrinbo, D:min, Americo, Franklin mi~ s~o de poderes. · .
.Th., rin, Dasson, Hodt•iguol' Junior, Viri~lo d~ Requerimento da associarão l\Iutu:igiio 11lti ·
. M~dllh'Cls, L.i·hcralo B:•rrozo·. Th~dorcto· Souto, l~ntrotJic:~ . e proteclora, pnclindo a inh!I'()Q>i•::io
Bezerl'a Ctwnlennti , .Meirn de Vnseoncelios, de }lar~>cer e tldhesão p :~ r1 a CXJ!Qsiçiio nmeri·
RiLeiro de . Menez~s, l!orinnno dn Silvn, Es- c~na lJel'm:menle.-.-V eontmissâ.rJ llc u(plonHl•
piodohJ, 1Jnr5o da. Estuncin,,.Monte, Dar_ros Pi· . CIO .
meutel, Z:;ma, Pr1~co P:u~u~u, .. Frc•<lenco de E' lld:a e m:tndada imprimir p:wn :-. 3. a. dls·
.Aiml'icln, JldeConso de Araujo, Lourenço de AI· cussão :1 seguinte .
. .... _huquct·qnc, Antonio de Siqueira,Almci\lai.:Outo,
Ruv Darboza, Tavares Bc\fort, Snulo. 1\odolpbo REDACijÃO I'AUA A 3.• DlSI.'U~SÃO llO PUUJ&cTO X. ~ --~
Dantris. 1-'l'nn~n C:uv:•lho, f'rederico Hego, JoSI! . tis 1880.
Coctnno. FI'IHlns Coutinho, Carlo~ AITonl'o, 'Mor·
tinho ColllpOl', 'l'heophilo OUoui, Gnviiio Peixoto, A nsscmiJlen geral resolvo:·
l!tlnt•titn Frmu·is1:o, Olegorio, Jerooymo Jardim,
1\lnlht>iros, Fclicio (!Os .3ontos, Sergio de C:•stro, At't. I. a Fica o governo autoriz:ulo a vendClr
Silveira de Souza, Camargo, Fem~ndo Osol'io c ao couccssionario d3 e~ll'3 iiD do ferro projectnda
Franco de Sá, entre Philodci!Jhin, na vroviucia de!l-linas-Gel·aes,
- e Carovellns, na dn Bah1a, ou ti em preza que se or-
Fol lnram eom llllt'licipação os S•·s · Ara~mo 0 A'Onizal' pnrn .e.<sc nm, seis kilomea;os ilo terras
Jlfello, Alfonso Penna, Aut·21iano Magalh5os, d d l 1d d d
C:mdido de Oliveit·o, Flores, Francisco Sodré, evo 1ul~s . c cot ti a 0 a rereri a estrodn, nos
mesma~ condições da venda feita em IS6.9 u so·
Ferreira de Moura, Gnld in o, M:;c~ d o, Ignoelo eiedade coloni~adorn de fl:;mburgo, •liSJJens:.ndo
J\Iorlln~. Mello e Alvim, Mo mira de Barros, Mo· o ~onc..essionnrio .ou seu~ representantes da oiJri• ·
reirn Brandão e Fnbio Reis ; e sem ·olla os
Srs . Antonio Carlos, Almeida B:~rboz.~, Aum· soção do introduzirem colonos, ob~crvndu os
bnjll 1\leia·ellcs, Augusto t'rnnça, Alves de seguinles·condlções: · · ·
Arnujo, Abreu e Silvn, Bulcão, BcUrl\o, Belforl . § t.• As terras nssim oomprndns no Estado nlio
Duorle\ Bt.zcrra de Menezes, Corrêa llabéllo, poileriio ser Vt•ndidas pelo em~rezario ou com·
Conto oe Ma~lhiif•s. Olstu Ribeiro, Di:ma, Epa· panhia que elle orl!nnizor, senuo na extensiio dn
mlnondas, Esperidiào, Freitas, Fronco de AI· pnrte da linha, cujos estudos tivcrcu1 sido vppro·
mcidn, Fidelis Botelho, Florcn•:io de Abreu, vados pelos respectivos governos provinc!Des.
Horta de Aroujo, Joaquim Breves, Joaquim § 2.• No. conlrnto que o governo cclebl'tlrcom
Serra, Joaquim Nabuco, looquim Tavares, JoS6 o mesmo cmprcurio ou cotnpilnhln, ficarú esta·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:56+ Pág ina 1 de 2

Sessão em 22 de Maio de 1880. 223


b~leri ,lo que o p~gnmen.to das tcrr:1s, q1111 em B:q1tisia Pereira, José Caelimn, Fmit~s Coniinho,
vtrluJe desta le1 rorcm compt•odns, flljUC de Mnt•linho Catn(JOS, MuL'tim Francisco, S~rgio uc
toJo. realizado apenas concluida a e~trada do Castro e o~odo.
ferro nbjecto da concessão. Fnllarnm com pnrlicipaçlio os Srs. Arag~o c
§ 3, • A ventla dessa~ lerl'a~, pdo conee~sio· !llcllo, Anon>o Penru•, Aureli:1n0 ~bgnlh:ies,
nario, on comp.mllia, não IWder·:i ~e:· rei ta ~1111 ão Dnrrus l'imenLel, Candid11 de Olivcírn,l<Jores,
em lotes, pl'ecctlendo a nec~ssaria dcmar,·ac:,o, Alves ·de Anm_jo, Fnbiol\r>is, l~t·:mcisco Sodrê,
e reg-ulando :1 eap:1cid:ldc d10s ht.Js o que dei:Jr- Ferrei r~ .dl) !!loura. Galuino, I~nucio Alarti ns,
miuá o 11rt. (!,, • do tcJ.;ulamento u i<li8 ~ de i8\ii. Jo~u Brigillu, :Mcllu e A! vim, 1\Jdlo I<raw:o, 1\Io·
~.~. 0 0 <"O:JC:]SSÍOnario OU CO!nllfador tlas ter- reira de B:1rros, ll-lorcirn 13rand5o e Macedo; e
ras, nas condiçii11~ ~lljll':l exa1:adas, licaJ'ào su- sem eHa os Srs. AIII•JIIio C~t·los, Antonio de
jeitos ~os onus e~<tnb~leddos uo urt. 16 du lei Siqueim, Almeida IJal'lJOzn, Azamlmjn"Ieirellc$,
de !850. Abreu c Silva, Bulcfto, Beltr5o, llclfort Duarte,
B~zurra Cavale~nti, Bez~t·ra de Menezes, Ca-
~-·li.• No caso do nilu s~r cnncluida a eslrnda
IH'ojectada. as tel'l'as nind:1 não occtt(l:,dns vol· margo, Ce$al·io Alvim, Co1T~U 1\n!Jello, Couto
Ma~·alhüt!~. Cosln B:IJI)ii'O, l)iana, Epaminondas
tnt·uo uo dominiu dtl K•tudo, ~em dircitll do
dClllh~llo, Esperidiflr., Es11indul:,. Frcit:1s; Fra::co
conCt'ssio>lnrio ou companhil\ 11 iulcmni~a~:~o de Almeid:1, Franco 111! Si1, Frederico Rego,
olgum~, de·reml<:J o nrc~mo conces~iul1nriu ou
l~l'Ulll_:n c~rv~lhn. Fclicio uos s~nto~, Fiddi~
compnnlli:l entrai· Jltl!'a os rofrc~ publicas co1u Dotdho, florcncio de Abn~tl, Horta ele Araujo,
as qtwnti:1~ por qutl ti..-et'IHn vcnJido os terr~nos
Joaquim llrev~s, Jl!llliUim Nabuco, Joaquim Ta·
entno occul'ados. vare~. José Ba~son, · Jost\ Mari;mno, Jeronrmo
Para. garanlia tlo Estado devení o conces· Sodré, Jeronymo Jat•diuJ, Lui<. J1clippe, J,out·enço
sionario oti co111paahia qne elle orgnnir.:J.I' re·
metter â ~cllrcturin de e~ todo dos n• ·g.Jcio; dn
de Alhuqucrque, L,_:ondo do Cl!rv~lho, .Mar·
~~olino Molll'a, Mari:•nno da Silva, i\lanoell,;arlos,
agricnllut·;• cú11ias :-~uthcnti~a-< dos conlr:•lo3 de Mano~l Eusl:HJUio, l\l:moel da Magall,5es, Ole·
vendo que celebrnr, e isto (le11trn de to di:1~ da gario, Prado l'imcnlcl, llodolpho DaiJtns l\i·
celcbraçôo; e moi~ pre~tani, no '11Cin tlc assignnr Jidru du l'llenezcs, ~inral; 8outo, Segbmnndo,
o contr:1t0 pela prcsento lci.aulnrizudo, flunt:a Souz:1 Andrade, !Souza Cm·rnlho, Souzv. Lima,
ldone:1 tJor valor equinllentc ao prc~o d;,s terras Sil-veh·u illnl'tins, SilYeira de Souz~, Tl!codomiro.
que lhl) são venl.lida~, calculado pelo ti\:1ximo c 'l'hcophilo Ott_oni.
estabelecido na lci n, li01 de !8 de t;~iembro de
!850. Ao weio dia u Su .. Pn~smENTE decbt•a que
Ad. 2. • Revogam-se ns di::po~i~l.ies em con- oão lw sess;Jo por f:dla ilu numero.
trario. O Sn. 3.• SEC[IEf.\[110, scrvintlo de 1, ", dà conta
S:da das eomud~sues em 21 dl) Maio de 1880. do oeguinlu ·
-Suldi111lia Marinii:J.- Dct.1To$ Pime,ttd.
O 811. 1'1\ESlDEiiTil dit ]>ara ord~m do rlia 22. de
Maio:
Officios:
Votn~·uo dos Jll'Ojectos encet•rados na sess~o
de 20 de M:1io. Do Sr. deputado 1\lcllo Fnl!lco, de ~2 tlc Maio
Aprcstlntaçiio do l'l!llUC>rimonlo~ proj ectos e cor~cutet [Jtll:ticipmtdo lJUC po.r mut~·os do m~·
indicnções. ' \eshn n;m pudo comp~l·ceel' as scswe;.-lntet·
- . -·"··-' rndn .
... Discussão..llu.l'eq.ue~1m~to&. .........auJ:>- ... ....... --- -"--n0s· '')lí'c·s1llentes---crn's···proviltcin:nllr·I•ernam • ·· ---
lmco, Al:,guns c Espírito Santo1 cnvi~ndo l?S
o.nnaes de i87t! n i8i~l, e rel:ltl}ttos das pt·es!·
denct;ls n seu eargo, no nnno pruximo f!nlio.-
A nrchivar .
.Aetu ~m ~2 de Mnlo de 1880 Requerimento du sociedade littci'Hio. CtulJ
de Jeiturn Porto Cimensc da villrr de Porto de
Pl\!!SI!)EXCIA. DO SI\, VISCONDE UE. I'nADOS Cima, na província .do Paraná, pedindo i~enç~o
dos ~ortes. do corr1HO pat·a n correspoodcnw1
A's H horas da mnnbii, tcila a·. chnmmla, da dlt(J sociedade, bem como p~ra. os livros c
ueb~ram-se lJl'C8entcs os Srs. Viscon~o de Prad?:~• jorn311s 3 elln dil'igido~.-A ' commissf1o dcOI'Çtl-
Pompeu, co~tll Azevedo, Andrade l'mlo c G:lVUIO menlo.
Pdxoto. E' lido e tnnndado imprilllir o $Cguintc
ComJ•nrecerom de11oia d<1 chamnda os Srs. Sol-
donhu Muriuho Jouqnim 8et·ru, To\•or~s Detrort, PAftECEll
Fnnklin Dori~, Holirigues .l~niot·, Vh·inlo d~
M:~Jdeiros, Cnrlus ·Alfonso, Ltbernto Darro,;o,
1'1icmloreto 8outo, !tlt'h'll de Vn~concullus, Sero· menLo A commi~~ão de [azenda cxaminou.o reqneri-
P.hleo, D~ruo dn Esiuneio, Mo~te, ~manco, pede o p~gnmcnlo de Thcophilo Gome~ dos ftl.'l>, em que
Zumn t.lalheiro~; Frmlet•ico, Danrn, .Prtsco l>u· deve-lhe o Eslado,do ü: fll8~7tiQ, que, diz ellc,
raiso,' Ildufunso do Arnu,jo, Soar~s llr·~nd:io, Al- de (;!rntilil'n~ües por serviços
meida Conto, Ully Barbuzo, Augu~Lo Frnnça, quo prestou no cx.~rcrto, no Pnr~gnny, como
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 09:56 - Pêgina 2 ae 2

224 Sessão. em 22 de Maio de 1880.

rert•ciro, sert·olhciro e e>pingardeiro, e no tempo I Ncsrcs termos, a commissão de for:cndn niío


decorrido de Junho de ISGü ·:~ .-\bril de 1870. póde dt!ixnr de nceiLnt• e conRt·m~r o parecer
o .supplic:iute, pra~a do C\Cl'Cii.O, como volun- rle ~4. de Julho. de 1~79 d1•. de or~amento ; e ·
am·io rtn palri:t, du ..nntc a guerra nllim~•• roi as~1m ~oncln~ polo mder~n_menl? da rcr;'rl!ln
po.~o hlt(•gralmeute d1! todos os ~eus vencimenlO$ petic;ão,, consHicran<lo o peltcton:•rto sem d 1rGtlo
mlllt:~re~; e rcgre~s:ntdo ao l111peric, jlnüa a ao que tntpetro. .
mesma :.:uerl'a, l'etebcu n grn\ilicaciio de 300i;, Sal:t das com missões. em 20 de l'llaio de 1880.
na !'óriua do d~creto de 7 de Janeiro de l8!iiJ; -Saldanlu~ftlal'l'nfto.-Bai"J'os Pimcnte!.-Soares .
como ~udo confe:;sa em seus requerimento~. Bmnd1io.
· Em t~7li requereu esse pngamento ao governo, · · 'l 0
e seuuo indefol'ida n su:• pretençào, intct·poz I'c· E ida mandnda Imprimir parn entr~r em·
curso paro o conselho de l's.l:~do, o qnnl, com 3.• discus~lio a segnintt! .
fundamento valioso. lhe nego'u Jli'OVimenio, por RBDACÇ,\ 0 l'AI1A A 3.• DIECUS~ÃO DO l'r.OJECTÓ .
· parecer de !9 dc Outullro de~se anno. .
·A despeito Jessa so!cmnP. dcc r~ão, requereu 1'.56 A D~ 1879
nov ~ mcnte ao governo t'nl 9 de Março de t8i8,
!emJlrc com · as m ~ ~ma s allcg:Jções, e foi indc · Damuo c siuislro
Cer ido. . · A ~~somblü:J · ger:1l legislntiva. decreta a re·
Aind :~ voltou, nos mesmos termos, ao governo formtl seguinte do codigo cri.minal : .
em 2 1le Setembro l!o mcsm:> . onno do iSi8 e O art. 266 do r.otligo criminal será subsli -
leve igual desp:tcho. · tuido llelo ségtlinte: · · ·
Não desacorotoou, c · :~o . mesmo govei'Oo di- Art. !üG. Destrui L' ou damnillcar co usa 11lhcia
rigiu JHlVn, mas sempre idcntica pelição, em (i de q ua lqu~r v~lor. · ·
de J~neit·o de 1879, que não foi atteli<lida .
Penas- De prisão de vinte dias
Então lembrou-se rle rec(lrt'er á csb au~usta e mttlln de 53 'I(; o;. do v:oior do objectomer.es a tres
ca~mra em 6 de Março de 1879; e ouvida n il·
das:
lustre commis$ão de orçnmento, conlirmou e~tn, truido on.domnillcado. ·
por seu pnrecet· deU de Julho de 1879, o indo· Acrcscenlem-sc, depois do m·t. 267; os artigos
ferimento proferido pelo Jl"OVt·rno, consideriin· que se seguem: · . · .
do·~o nrmado em base lcg(IJ, Al't, 267 (a) SUP,Pl'inlir, destruir ou inutllisor
() snj1plicnnle, porem, tena?. em sua pro- de qunl!jucr mnn~Jra que pus~a .prejud!cur os
ten.;üo, li nova tentativa EC nYentmou oute esto cffc•to,, quo siio destinados a produzir, livros de
. mes(llo augusto camurc, dil'igindo·lhe outm pe· nota~ , du . l'egi!lro, de asscnl~mento de :tetas e
11~1io em 11 de OuLuiJro do mesmo anno do 1879 · tcr!llos, autos, netos originaes da :1Utorid3de
petição ora sujeila a nx:~me e apreciação da adual pnbllca c em geral todos a· guacsquer titulas,
co111missiio do fllzcnda. . ·. · dJ'uilos . ele comrnerclo e escl'iptos particulares.
F..studod(l 11 malerio e tentlo cni consiclera~ão, que
~.
servem }>ara fund:tmentu ou provar direi-
.
nlo só qu:mto e~> {Jot a secç;io lle marinha e
gucrr:1 do conselho de c~ tn do, no )Jm'eccr sup· Penns.-Dc prislio com trabalho por dons mc-
prnm ~:ncionndo, como mnls os docutn•~nlos polo zes a um anuo e multa.de õ n 2~ "I• do prejuízo
~lici onario olferccido~. c IIS inform~ões da ro- caus;;do. ·
• pnrliÇtio .tlsc.,l do ministcrio da gilcrrn, remct· Art .. 267 (11). ·
tidns pelo governo, conhece-se : § ! . " Incendi:tr cdifleios ou eonstrucçücs de
___,.(l!!.Q.JLlll.osmo pet icinn nl~io, .. si ..bom~e-sei' ,. , · , c; ç~s, loJAS, -·- ·~
VI!Sc na officina de armas do exct•eito, nbi cs· ofilcinas e Ul'HWlens hultltados ou que sirvum
teve como pl'nca . do exercito c em execução 11e para baltit:IÇâo ou 11:1ra .a reuni:io do homens ~o
Ol'dcm SUiltn'iOl'; - ·. te~~· em quo se nchafen\ r1Junidos, q1wr e;ses
· Que ·nlio h:11·cndo cslipulaçiio, ne·m loi, ou t·e- edttiCios nu constmcçues pertençmn tl terceiro,
gulouwnto que autorizas$C :1 gt•utilleoç;io oro quer no proprio lllllor do tDcendio. ·
rcc.IDmadn, recebeu eilc sempre os seus venci· . Pon:~s.-De prisão com trnbnlho üe seis a doze
mento ~ militare~, e mt~is oinda, no ler boixn, ~ onn o~, e de multa de li a2ti% do vnlor do dmnno
gratinc~çv o legnl de 300;.~. dnndo·se assim por cnusudo. ·
pago e Sllti~feito de todo o seu snrvic;.o; pot"qunulo Si do lnccnclio result~r mortu do ol"umn
nem )JI'olostotl por .cs~· a sratilicaçuo, o nem possoa; · o ·
deixou de receber o lJUe lbc era devido, como
praça do exercito sol> o pt·etexto de ser ClllJll'C . Pcnas.-As do nrt. 103 do codlgo crimlnul • . .
· gado om set·viço distinc\o; · ~ V> 1. Si os ~dHicios c construcçües do quo
Que ao serviço de hospilnc~ Bdo officinn~,como IJ·uln o lilll'ogl'upho ;1ntccedentc uiio slio habi·
inrormn n 1.• sccçãu da rerarldn rciJ:; rti\~ i\o fls- tndos, mm St~rvem para bobl&ociio, o niio per·
c:lJ,. csliVCl'llm cnwrcgndn.; dczcnus de proç~s, tcuct!m ao autor do tnccndlo. ·
sem perceberem gratittc11çiio especial, sendo quo · · l 'ena~. -Dc prlsio com h•;tbnlhi> de dons oacls
pouc11s que, roram niJonndns n alguns, &lo cem. 1111nos, o de multa de li 11 :!i.i% do valor do dom no
siderad ~s illegn t~ s, uüo podendo n slltl lmpor- CllllSitdO. ·
tnneln dcix~r de ser gl<isnda na prcstllçiio do SI ·.do lncendio resultar o. mot·tc de olgumn
contos a que slio obrig~dos os respectivos res- pcsson . ·.
ponsnvcls. . . Penas.- Do art. l9\ do codigo criminnl.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:57 +Pá gina 1 de 7

SessiXo em 24 de Maio de l8SO. 225


~

n. Si os ditos edillcios e construcçues ·per- Sessão em 2,.. de Mo.lo de 1880


tencerem ao autor do incendio o do mesmG in•
Dendio resullar proj uizo a teree iro. l'RESIDENC!A DO sn. VISCONDE DE l'fiAOOS •
.Penas.- De prisão com tt•abalho de um 11 tres SU~Id!ARIO,-c>r•ntr.~·<r: .-Pnrcccr~s.- Proj cctoo.-Yota-
annos. ç_;Lo do redacç~)O~ .-Observaçúe=' c t•cqucnmonto do Sr.
Si doincendio resultar n morte de alguem. Caodi~o üo OLI\·cira.- Ob!ctvoçõcs c roqucrimcnto do
Penas.- As do nrt. ~~~ do codigó criminaL Sr. l'oruapdo O~orio.- Ob>cr.açõcs úo St·. Sll1·cir~ du
Souzn~- QbserntçU~s do Sl'• ~~1·giu do Caslro.- ObsU·
§ 3. 0 Pôr fogo em quuesquer objectos, per· 'ação• do Sr. Carlos Affomo .- •n•a•'"·' r,\1\TE n·A onu~"·
tencentes a terceiros ou ao autor ílo crime, c o o DJA.-Votaçilo do> projc<Lo• <ncort•odoo do no, 8 o :JIJ",_,c
po.rcçor n. ~.-1.:~. dhcu:isão do ptojccto n, í4 do 1879.-
eollocndos em Jo~ar donde sejn tncil a commn· Discnssão dos pa·ojccto.s ns. :1.!)7 a 9119 de 1Si9 .- 1.11. diE-
nicoção aos erJificios c construcçõe~, de que cttuão do proJeclo n. I 1-~ do 1.979.-Discu.rsos ~tos Sl·s. Joa-
quim Nuhuco Q Bulcão.-:1.1t Uiscnuão do pt•cjccto n. :!31
tratam os§§ L• c 2." deste nrtigo, seguindo-se de 1879.-Ln di•.cussào Jo& projeclos ns. 17 • I~ rlc ISSO.
a propngnçiio do incendio nos ditos edfllcios ou - 3.h tli~cU!Isio do projecto n. g A de- 488{).-Disr.ursos
construcçiles . .tos Sr.. Candido do Ol!~~i~o, CosOI'IO .l.ll·im e. Currcá
Rnbollo .-Rod~>eç~es.
· Penns.-As mesmas estabelecidas Jlara os casos
em que o incc1,1dio é directamenle posto (§~ i. 0 A's H horas da nmnhii, feita a chamada,
e 2. • deste artigo). :.charam-sc presentes os Srs. : Visconde de
Art. 267 (c). Incendiar vehiculos de es t r:idns Prndos, Pompêo, Costa Azevedo, Darão da Es-
de ferro, de passageiros ou.de cargas, em mo- t::mcia, c~ndillo de Oli\·eirn, Cesario Alvim,
vim~nto ou de maneira que o fogo se m:mifeste Abreu e Silva, c leronymo Jardim.
quando em movimento, ou causar aos ditos ve- Con!Jlarecernm depois da. clwmada 05 Srs. :
liiculos accidente por qualquer maneira. Saldanha :\lnrinbo, Americo, Fr11nco de Sá,,
Penas.-De prisão com. trabnlho d•' seis a doze Bclrorl Duarte, .Sinvol, Frnnldin Doria, José
rmnos. e de multa de 5 a ~õ •1. do valor do damno BassOti, Freitns, Rodrigues Junior, Yiriato de
cansado. :Medeiros, Liberalo B:.rroso, Theodoreto Souto,
. Si do incendio ou accidente resultar n morte Aragiio o Mello,Meirn deVusconcellos, nanoel de
de nlguem. ~laga\hães, Costa Ribeiro, Antonio de Siqueira,
Penas.- As do art. :1.93 do codigo criminal. So!ll'es. Brandão, Joaquim Nabuco, E~peridião.
Ribeiro de Menezes, l'!larianno da Silva, Es;
Art .. ~67 (d). Envenenar fontes p11blicas .ou pindola, 1\lc.nte, Barros Pimentel, Prisco Pnmiso,
particu1ares. · · Frederico dà Almeida, Bulcão, Ildefon~o de
. Envenenar aguu potavel ou vive1·cs destinados Araujo, Almeidn Collto Ruy llarboza, Souto,
ao consumo de pessoa certa ou incerta, F~bio 1\eis, Rodolpho bântu, Az.3mbnjn lllei-
Penns.-As do tentnth•usdo art.l91 do codigo rolle~, llot·ta de Ar;mjo, F1·nnça Curvillha,
criminal. Andrade Pinto, Bap~lsta Pereira, Zama, losé
Art. 267 (e). Incendiot• ou destruir de qunl- Caetano, Carlos Affonso, Corrêa Rabello, Mnt•
quer maneira . plantações e colheitas perten· tiJtho Campos, Theodomiro, Theophilo OUoni,
centes n Lerceiro. Leoncio de Carvalho, Gavião Peixoto, l'rlartim
Pcnas.-Do prisão oom trabalho de um o. trcs Francisco, Olegario, Mnlhelros, Set·glo de Cllstro,
annos, e multa de ü a 25 °/o do valor do damno Silveira de Souza, Serra e Osorlo.
causado. · Compareceram depois do abertn n sessão os
l'nco dn cnrnarn dos deputndos em !7 de Mnio Srs. Bezeri'O de Menezes, Sil veir:~ ~b rt in e, Co.·
de 1880.- Dr •. Ta~aw JJcl o1·t.-O. H. de margo, Flores, Serapblcp, 1\lnnoel Curtos, Au·
AquinQ c Cast(o.=TúCõà6Te o , · · ~e.; Belfert,
seca So11to.-Augusto Fl'ança. eliDio dos Sonlos e Diana.
Faltaram com porticipaçiío os Srs.: AJ\"()S de
O Stt. PBEStDENT!l dli a seguinte ordem do dia Araujo, Affonso Penn~. Aureli:mo Mngalhnas,
U de Mnio: D~nin, Francisco Sod!'il, Ferreira .de Moura,
A rncsmu do dia U, ncerescendo os projectos Florencio do Abreu, Galdino, lgnacio 1\larlins,
n. 23!z sobre a .pretençiío do tenente de infan- Joiio Drlgido, M:1cedo. Mello e Alvim, Mello
tnria .Manoel Feliciano Pereira dos Santos, em Franco, Moreir.'l de B:.rros e Souz~ Andrade ;
I. • discussão. e sem e!ln os Srs~: ·Antonio Carlos, Almeida
Os de ns. t7 e :1.8, o primeiro concedendo ao llnrbozn. Deltriio, Bezerra Cnv:~lcanti, Couto Mn-
juiz do direito Francisco Baptista da Cunha l!la- gnlhiies, EJ)aminondns de .hlello, l~ranco de Al-
aureira, um anno de licença ; o segundo ou.to • meidn, Frederico Rego, Fidelis Botelho, Joaquim
Breves, Joaquim Tavares, José .hbriano, Jero.
rizando o governo a prorognr J?OI' mais um nymo Sodré, Luiz Felippe, Lourenço de Albu:
nnno de licença a com)edida ao juu: de direiLo da querque1 Mareolino Uoura, l'!lnnoel Enstaquto,
comnt•ca do Assu, Francisco José Cardozo Gui· · Prndo P•mentel, Segismundo, Souz:~. C~t·vnlho e
mar fies, em i. • discussiiCI . Souza Lima,
Em 3.• discus!lío, os projectos n. 9 B sobre a
estrada rlo ferro entre Phllndelphin c Cnravellas, Ao moio di:~ o Sr. presidente decl~ra ~berto
na provincia de Minas Gerues ; e n. !98. ele· a sossão.
v ando ú 2 •• entrnncia o. comurcn de OeirDs. E' lida c nt!provndn a neta da antecedente.
o sn. a.• sEcn&T.\Rto, servindo de :t.,•. dil conta
do seguinte · ·
Tomot.-'i\1.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:57 +Pá gina 2 de 7

226 Sasslio Gm 24 de Maio de 1880.


EXPBDIE"'Ttl Considerando que, qnaorlo mesmo toda a Vo·
Officios: taçiiodos duns collegios (98 votos) recabis~c no
:!!. • volado, oinda o~aim " 1.• votado se rio. o de·
Do ministro do imperio, de !2 de ?tlnlo cor- puladv ulcito; ·
rente. p~rticípando que rez c.onslar r1o IJresidente Guns1 dernndo q 11e to:lo o pt'ocesso ele i tora I
de Serj!ipc, naquella dnl~, n deci~iio da camarn correu com a m~for regularidade sem protesto
dos sr~. deputados sobre a eleição primarla'da ou contestações;· . ·
fregu~zia do S::mti~simo Corn~lio de Jesus de Con~idm1ndo, finalmente, que, á vl~ta dos
Lnrnngfli ras. -In teirnd a, pr<:cedcnles ollservodos e seguidos em outrns le·
Do secretario do nssembléalçl!'islstiva do pro· ~islaLUt·as por occasi:io d\lverificnç.ão de potl~res
vinda de S. Paulo, de %1 de Maio corrente, de deputados reeleitos, e da el~ições sec11nda·
envianrln uma represP.nlaç5o da mesma n~scm­ rias, uchundo-~c jil reconhecidos e npprovados
bléa sobre. :1 DI!Ce~sidn41e de sPr elev:,dn á pri. os respectivos dciture~, e que na prest~nte legis·
meírn cla~'c 11 lhcsourm·in de fnzen•la daquella btur~ tem,~u sempre 6uguidu cstus precedentes,
proviucia.- A'commissão d<! . orçamento. é de li31't:cer : .· ·
Do lile~mo secretnrio, remellendo uma rerJre- L• Quo seja nppmvndn a eleição primaria da
sentaçiio sobt•e a necessid~dc de SC!' elevado ·á p:11'ochia de Nossa Senhora do DestciTO du Ilmm·
primeir~ (•la.<~e o correio dn<Juella pt·ovincin·- l.J~' e recouhechio~ o~ poderes dos respcclivos
A' COilll!lÍ!!>uo de orçamento. · · c leituras.
Do .sPct·etario daassembléa· legislativa da pro. :l,o Que sej;• nppro\'uda n eleição secund~ria
vincia do Par:í, remeUenrlo uma. retH'csent.n~~ão de todos os cullegios daCÔL'te e provinein do lHo
contrll o neto do prcbclo dioce~ano, com o qual de Janeiro, cotu excepçào dos de S<tpucaia e Rio
:aquellu prel:tdo tem privailo de todos os saera. Uouito.
meuto~ :i J'opulação de Noss:1 Senhnn de No- J." Quo seja reconhecido e declarado deputado
zat•ctll •la me~ma provinci~.-A' commissiio de o conselheiro !'edro Luiz Pereira de Souza.
constituiçno e negocios ecclesia~tkos. SuJa das commi~sões em U de Mnio doJ t880.-
Foi lido c mandado imprinür.pun ser voktdo, E~peridiàu E. de B. P.- Frmwo de Sá.
o seguinto · ·
Foi lido, posto a votos e opprovado o se·
·PARECER guintc
N. t!J-1880 l'AllECER

A cotilml~sâu de comlituiçlio e poderes, a quem N. n-tsso


for,1tn presêntes, niio só.n DCI:l da eleit~1io primaria A commissão ·ospeeial nome:~dn pnrn dnr tJa•
da pnrnehia de No~sa Senhora do Desterro de recer so lJ re os do ua t•roj ectos a prescnl:ldos nt
lt,lmhy, pertencente no collegio de Hnborahy da ultima logislattu·u pelo detm,ado Dr. F~.wreirrt
província do llio de bueiro, como os :tetas dn Viunna. suil ns. 76. o 81, relativos n umu caixa
eleiçãto Sêtllntl:tria qnc leve lugar nn côrte c· espodai de crcdilus IJ;,rn estradas ,de rerro e .te.
provineia du l\io de Janeiro, om 6 do corrente legruplws do E~lado e u companhms nnonymas
mr.z de ~iaio, pnr_n preenchiml'n!o dn vnga dei· de esu•ad!IS do fet'l'O, oulendu quo sobre o mn·
xndn n~ re~pecttv:J deputnç;;:o (leio depulndo terin dus l'llfet·idos fJrujoctos deve ser o11vido.o
Pedro J..ui1. Pereira de Souz~, por ler sido no· governo, pelo miuisleri~ do agricu!turn, sendl?·
li)CBdo miois~ro e secretario de estado dos nego· lhe para e~su Otu l'I.!IIIBlltdus Oll prOJOOlos e mau
CIOS CSI.t'DUgi!H'OS : papt•i:s rehllivos D'J nssuutplo,
_C!!nsidcron~ ·.- ·, u n ii"SSeSsue.~, j1J"ffii"M'âiõ'ilií18l!IJ'.- TJ.H;----
formal ida·.1 <'S do :lt'ligo 7 .• e ~§do regimento rla Ik Ayui1~o a (..'asl,·o.-JJapli•ta Pcreira.-JJutcdo.
cnm:11·~. ''''l'iflcn·~i>. pelo ()~t•Hlo d~s netas dn
aleiçíío III'imo.rin de Nossa SenhGra do De.sterro ~·orãa lidos, julgados obj~Jcto de dcllberação e
de Ilumb}· ter corrido com toda a re;.:ulnridade mandatlos imprimir os s~guintes
o respecttv:~ eieiçal1, observndas as prescripções PBOlBCTOS
legaes; .
Considel'ando que, comquanto n~o e~tejom N. 2"'-1880
presentes ns nelas da e1eiç~ o dos . collegios de
Sapucnia e Rio Bonito, comprel10ndt1ndo 98 elel· A assemblén geral resolve:
toras, n \'otnção dos outros trinta e um collegios Artigo unico. Fica o governo autorizado a
reeahiu nos Srs. : jubilar com toda a sun congrun o parocllo col·
Conselheiro !>edro L11iz... 930 lado da frcguezin de NQS~a Senborn do Pilar do
Ct~nselheiro . Puulino de Ou!'o Preto, na província de. Minas Geracs, co·
Souza ..•..............• lO nego Jo,,quim José de Snn&'Annn ; revogadas as
Dr. Bernardino.~ ... ., ... oi disposiçõ~s em cotltrario.
Dr. Cunha Lr.!itão .•....•.• 3 . .Saln das sessões do camnra dos Srs. deputados,
Dt•; Almeida Bat·!Josa, ... . í!i de Mulo de i8~0. - Ca11dido de Oliveira. -
Dr. Duque·Estrnth, ..... .
Dr. Ferreira Vianna .... ..
Dr. Dessa, •. , ............ .
f.
l ' AtCI'clittllo M~-t,gaUuit•s.- Alfonso Petlfta.-Ceaario
A lvi11~. -A~~n tt Siloo .-Mtm~l E!j8fc!Cl'io Mar·
l tins de And!'ade.- Dr. Galdino das NMJes,-
Dcscmbnrgndor l<'aria Le· TiteopMlo Ott,mi .-· Yorta de Amujo.- Tllt'OdO·
mos ..............•...• mii'O,- Cm·los AffonsrJ.
Càna ra dos Oepli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:57 +Pá gina 3 de 7

Sess!lo em 24 da Maio de 1880. 227


!880 -N. !5. toridade e força para enrraq11ecer·a execução d3
lei mineira. o~ collectados rurtam-~a ~o paga-
Foi presenLe :í commi~~iio de ro.rendn ore· mento, servindo-se da objcct;iio de inconsUtu-
queriuH•nto em que Coudido du Fonseca Galvlto, cionnlid11de arllr.ulnda apenns em um p3recer da
o.Ifert's honorario do exercllo, pnde dispen~a dn commlssiio, que niio roi discutido nem votado.
pre~··ripçno em que incorrell o pagamento da Cornprebende v. Ex. bem que um t&l estado
consignação de 20~000 mensaes que deixára a de causas niiopóde continuar, porque a lei ·e~tá
sen pile, quando em tS65 partira para a guerra desmoraliznda twlo. parecer da commíssão do as-
contr·a o Ptrraguay. · · sembléas provincine~ destacnmara; e ~ó arejelçiio
A eommiss:ro reconhece os inconvenientes de delle póde dar áquelln lei n força de que ella
. abrirem-se lae~. excPpções ao prinCir•io da l•~i; preeisa para garnntir a suo execuçiio. Está tio
mas é de p~recer que, senlio o caso '3o .•inl!'ular dcsmoraliznd11 , que deu-se o seguinte r~cto. Um
por ti' r provindo a pre~eripçiio da n.usencia do in~pector provineial m~ndou susl••r n;r execuçlio
supplicnnte, qunndo ·purtha sua V:ida a~ ser\• iço ~a lei, um verdadeiro dispar~le, mus cJue se
do paiz e pr01:urav~ amp~rar a Pxcstenccn do seu levou a eff•~ito, ·e com ia to,· nada mnh · nada
pai,~é da maior cquidode que seja deferido o seu menos de.llO a GO:UOO~ por anno são re:irados
requerimento. dos cofres provinciues.
Apresenta, pois, a eoinmlssão o seguinte pro· o sn. CAntes ArroNso:- Em beneficio de
jecto: uma companhia que não presta o mais insígni-
A ~ss~mbléa ger3l resolve: fic:nntc servll}o ~ provlncia.
Art'. L • Fica 0 governo autorizado~ mandnr O Sn, CANtllDO DB OLIVBIH:- Eu, pois, peço
restituit• .ao <li feres honorario do exercito r.an. a V. Ex. que ~e digne consullar a c~sa ~e me
dido da Fon~eca G~lvão 3 consignnçiio de 20~000 concede ur~cncia de um quarto de llot·n para
mens~es que, ao p~rLir par~ ~ guerrn dc 1 Pa- discutir mais minuciosamente este assumpto.
raguny, deilt•íra a ~eu pai, sem embargo da Jlre- O Sn. SERGIO DE CAsTRO :-Desde jú me
scrip!'iio em que incorre. · eomp romctto a sustentar o parecer.
Ari'. 'l.° Flcnm revogadas as disposições em Co.nsu!L;rd~, a casa resolve conceder a ur·
contrario. gencia requerida.
Sala das. com missões em 20 de Mnio de f8RO.
-Ba1'I'OS Pimentel. -Saldanfta. Marinlto.-Soa1·es O lillr~ Fernando U•orlo ( peltl
Branddo. · · · ordrm) :-Sr. president~, gunndo discutimos aqui
o projecto d() .resposta 11 falia dn ,ll~rono, tive
Foram postas a votos e :cpprovndas ~s rednrwõeg occasião de decl:•rnr-mo em oppoSlÇIIO no actual
dos proj~ctos ns. ã. 6, H, U, tü e to,. de i81l0. gabinete 28 de !olnrço.. Entiio, Sr. lll'esidente,
As dnn~ primeiras concedendo credrtos uo mi- articulei factos em que b:~scova r!& la minhnnUi-
nisterio dil agricultut•a, e ns outras con~edondo tude ; mas s. Ex., o Sr. pr~sldenlu do couselho,.
mRirir.ul~ nos estudantes Henrlqno Au~usto de ou porque a horn estivesse adiantada. ou 11orqae
OllvPira Diniz, Adriano Ciirle 1\eal, Olavo dns se ach41sse fatigado, ou por qualquer oulr,n con•
Guimar~es Btllac e Baymundo José de Siqueira sirleraçiio, não pôde resptJnder-mo. De.>r.JO, em
Queiroz. todu o cu~. conhecei' t1 opiniilopositiva c deci·
o .sr. Cnndldo de Ollvelra.(pPla $iVn de S. E7í., não súem relaçiio oos factosq!le
· ~ d articulei, como ~ohre outros. nesoJ·n, pots,
Ot"dl'lnl:-Sr. presidente, a commlss:'o e I!SSilDI· annunclnr uma lnklrfelluçiío, e peço l!ceuçn ll
hléos provinclne8, nn ~~ssiio de i879, deu um (' )
. p3recer redigindo um projeclo d.e lei que te cu V· Ex. P3tO a 1er. · • •
--feHfl--i!"tAIHla mal á PI'O~J.II.:j~ de Minas QllC.....CL.....---l.L....i:w.....l!ll.WJII:L'l'L...dc.ll.i.atL.ilnL!U!lli!.l1.wlP.:._
projPcto e nnH-IIberol e no mesmo tempo atten- mente ao ho dll se tntlrenr dlD e hor~1.
tatorio do Acto Addlcioual, eu não me lncumbo Vem li mesu e ó lido o sel!uiuto
de discutil-o ngorll; rnns vou denunciara V. Ex.
o moi que está cnusando á provlncin, mnl que REQUERIMENTO
es~ nn~ m1los de V Ex. remediar. Requeiro que ~ejn collvidodo o Sr. presidente
A a~sembléa provincial de Minns, no exerclcio do (muselho t>nra em dia e hora que lhe Jôr
llberrimo de suas ~tttrlbulçih!S, creou um imposto designado responder a seguinte lnt~rpell8CIIO:
sobre n inõu~trln extr~ctlva do ouro, Si considera regular e digno do apolo do ~­
Essa lei ~nnccionnda, publicada e regu!Dmen- bincte o pro~edim~nto do nctunl presidente do
tadn entc·ou em execuç5o; entretanto os interes· Bio Grande do Sul :
sndos viernm reelamlrr desta augusta cnmaro
providcmciasno sentido de obstar ã exe('.uçiio na i. u onnullnndo os netos de seu antecessor re-
rei, ~ llc{l'an do ser c lia incollstltuciomrl. e sem lntivos á guorda nnclonal; .
cOtnJlleto estudo dn quesliío, a nobre commissào :t.• reintegrando o Jl~·omotor publico de 1o·
dtl a~scmblé~s provincines ... gunriio Antonio Mnrla P1nto;
3 • s118pendendo o Dt•. Luiz do Silva Flore~
O Su. SERGio nB CAn11o:- Niio apoiado. Filho do cnrgo de inspector .de sa~de p_nblica;
. 0 Sn, CANDIDO DR 0t1VEIIIA:-.,. deu Um pn~ 4.-.• Jubilando o proressor de ~tslorca e geo-
rceer, otJinando pela lnconstitucio~lllidad~ d:~ !{tD phw dn escola normal Franccijeo do Paula
lei mineira, propondo a sua revogaçao. O pare- Soores; .
cer uiio etllrou em discus~io,. ulo obstante ler li • alterando o flano confecctonndo pel3 Os·
estado muitas veze~ n~ os·dem do din : mos o sem-bléa província. para :~ extracção das lo·
facto de ler elle pnr,ldo desta cn!a deu·lbe nu- Lerias; ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:57 + Pág ina 4 de 7

228 Sessão em 24 de Maio de 1880,

6." !lna!montc con~rm•iando a Jlo\i!ico. da con- que não possa ser publicnmente confessnnl,
.ciliaç5o, ju~li~a c onlcm; e demillindu em mussa porém unicamente no p:~trioUijmo da que \lo brioso
ctüpregados publi<:os iute!Hgcntes e honestos. po,·o, que n~o podia deixar de prcst~r b()IIIC ·
Sala das sac<sões, 2~ de !tlaio de 188D.- Fa· nagcm ás cxcel$aS qualidades de Suas Mages·
lianclo Oõoi'io. tndes Imperiae!. . · .
Apraz-me dec.hll'ar ti augusta c:imnra dos
O Sa·. Sllveb•n de 8ou~ ( pela Srs·. del,mlados, :r proposito de semelhnnte
ordem.) di~ que tendo de apresentar nm rc'l ue· f:tcto, iueJW~lamentc ~ubllcado 11a imprensa,
rimenlo ü cauun·a, relalivamento a negocios que quc,quando se annuncLOU na província a visita
(lltnmenl~ iutercssnm :i sua pt·ovincin; c; como de Suas Mmtgest;tdes Impcriaes, houve! alguem ·
n1io deseja tomar tempo á e~sa, · pede que se lhe que ua nssembl~u provincial teve n1em!Jr3nÇa de
marq uo o necessnrio pnl':l que em uma das pro- votar-se olguus contos do réis parn us :lcspezns
xim~s scssõe~. antes da ordem do dia, possa com os Ceslejos da reccpvão de Suas llagestades
fundnrnenl:n· o ~eu rertuerimento. · Imperiaes.
E' ap[lroYado o rejuerimentõ. Essa idén, porém,encontrou obstaculos não
só no relo daquel!a assembh!a, oomo tambem
O ~1". Sergio de Co.stro:- Pedi a no muito illuskado c digno administrador da
p~l:wra, S•·. presidente, para rcctiflellr a verdade provinci:t,a llonrado Sr, Dt·. Dantas Filho, que
de un1 fnclo que t.em causado csp~cie no e~pi· declarou não sauccio·ML' um:~ lei que decretasse
rito dn illmLr~clu popula~ão de~ta cul'te,. c cuja fundos para fcstcjo.r a Suas ~IagcsLuclc Itnpcriacs,
propD/!:u;Uo prOYgcani, sem duv•da, serio reparo visto como os festejos deviam ser feitos sómentc
em lodo o ltnpel"JO. pelo povo •.
Un1n follw dinria desta cu~Le, noticiou que a sr. presidonte, cu entendo !J.Ue nenhum mn•
carnarn municipal da capital du P••mn:i. tinha nicipio, nenhuma província, nem o E~tüdo,
contruhido um cmprestimo dll 80:000~ parn gas· lJÓde lançur mão dos dinheiros publicos tJara
t~r com os fe~tejos da roccpç:io de Snn Mages· obseqlliar o chefe do Estado. Este acto seria
ta de o Imnerador, uaque\l:t provincin. lt t d b t d
Sr. pres'ídente, o representante da folha dlaria, a nmen e reprnva o, C!, so cer o ponto e
vista, criminosQ. (ApoiCldol.)
a que me -refiro, foi mal inform3do. A camarn
muníciJ>ol contrahiu, é Yerd~de, um empres~imo O Sn. PnEstt>ENTE :-Si ·o nobre deputndolem
de 80 ;\lOO*, mas não foi;' nem podia ser, para que apresentar algum l'e(juerimento. queirn
festejar a cheg-ada de Suas ?ttsgestades Impe· mandai-o á mesa; m~s não póde estai' na. tri·
r!aes :i. capital do Paraná. llllna sem licença da cumarn. .
.Atitol'iza.J.a ti cam3ra municipal para ccmtra· O Sn. SERGIO DE f.Asmo:-Por conscquencla
h ir um emprestimo de 80:000~, pu.ra n construc· vindo reclillcnr a verd~de de semelhante !3cto,
do de dh·ersas otlms importantes, <JUe se tor· creio que cumpro o mau dever não só como .
Íluvnm llrgentes no muuicitlio, ella apt•ov~it()t\ rept·csontnnlB dn briosa pl'ovinclu do Pm·nnai,
o ensejo du \'isita de Suas 1\lllgestad•Js lmperit(cs mns tnmbem como ropreseotnnle da nnçllo.
á pt·ovinci:c, paro. t•ealizar esse emprestimo, e (Apoiado3.)
empregnl·o, nos termo~ legnes em que elle foi Formo tiio alto juio~o das eleyodns qunllclodes
concedido, acudindo as necessidades quo não dD chefe tlo Est.odo tJne me convouco quo a
podiam ser adiadas por· mais tempo. Sua lllogestnde cnusnrn mA Impressão a nullciu
Sr. (.lresldeute, sou numarchista em qllanlo dtJ quo n cnmat•n munloipnl do Corytibo contra•
me parecer que a fórma do governo monar- hiu um empreathuo parti obsequlal•o.
chioo i·er!re,enllllivo ú perfeitn~ente compntiyel s1•• pre~idonlo, congululuudo•mo oo/U o me11
coro n I• he1·uade e.m nosso pata:.., dc~tJ~ vol VJ~a ..P!ll ~ I'!OJ)LQPP..rlhlo,.a..q.uc.JDu:.bom'IHl~-!*lNmi-
~~~tl:tiHrlilroqes :r cer, pêlo modo como tem sido recebido na minhn
dll:SeJa91os (aporados) _; mas o meu monarclusmo provincin o chefo doEslndo e suo digna consorte, ·
nao lra no ponto de... eu declam ã camaru dos Srs. deputados que,
O Sl\. J.>liESLDIL,'TE:-0 nobre depututlo tem que zeloso no cumprimento de meus deveres, como
mandn1· t~lgum requcrintento ú meso. '! representante da naçil.o , cu nunca votllria
o sn. SEnGto DE C.lSTRO!-Permittn v. Ex. nest<l u~gq.stn.camarn .para que se despendes~e
que explicando um facto eu me dispense de em .festus e nageos de ~uas Magestades !JS d1·
' a·d d ' · r r-
apresen 1Dr, um pe 1 0 e In orma,oes no go·
nhetros do Estado que so devnm ser apphcados
:i snlisfaçiio dos necessidades publicas, em bane~
>erno. _ . ficio_gernl e.por amor do engrandeclmen\o da
O Sn. Pnt51DENTE:-Nao posso permJtllr que patr1a. (ÁJHHaclar.)
o nob1·e deputado p~ra esse fim use dn palavra
sem liçença da cnmara. osr:. Carlo18 A.Won...o(pela ordem}:-
o Sn. SERGio nE CA.stao : - Si'. presidente, Sr. · prt!Sidente, · V. Ex. certamente recorda·se
·como me proponho a ser muitíssimo breve na de que, na sessão de sabbndo aDresentei um re·
explica~ão ilo um facto que me parece de summa querlmento de urgencia parn respondur ao dls·
~ravidade, V. Ex. poder-me·lua permiUir, in· curso prorerido pelo nolire deputado pelu pro·
dependootemente dn lieença da camnro, qu~ vincia de S. Paulo. Este requerimento deixou
cu désse o. explieaçiio. de 1er votado, por faltn de nnmcro.
A brilhoulo recepçilo quo tem tido Suas Ma· 0 Sn. PRESIDli:NTlil ; - E' preciso renoVtd •O i OS
geslades lmpcriaes na província que tenho 11 requerimentos de urgencia. não se votam nn
rwnrn de represent~r, nuo ~e nlia a neto algum ses~iio segulnto.
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 09:57 - Pêgina 5 ae 7

Sessão em 24 de Maio de ·1880. 229


O Sn. ·cAntos AFFoNso:- Mas eu uüo 11re· Entram successi\•am~?nte .em uiscuss5o o são
t~?ndo mais requerer urgencia: simplesmente approv:ados·.som doh:tte, o,; projectos ns. 197 e
requeiro a V. Ex. que digne-se· de collocat• n:a 20\1 de 1879, o primeiro ~:m L• discussão o o·
prmleira parte da ord!!m do dia do amanhã o segundo em unwn discussão, a requerimenÍo do
. . requerimento apresentado pelo nobre deputado Sr. Costa Azevedo , ·
. por S. Paulo. · · En~ra em L • discussão o projecto n, fU,
· O Sn. PnESJDENT~:-Tatnbem nfi.o o posso fn- nutorJZ 'JDdo o governo n contratar com Morris
.zeJ' , O nobre deputado por S. Pnulo fnllou duas Kol!n• o melhoramento do Passeio Publico dostn
vezes e V·. Ex. fnll~u uma; niío podam lallar. cnp1tnl.
mni s sobre o reqnet·imento. · o Sr••Joaquim No.buco pede 4 ·
O Sn. CAnLos AFr-Ol'so:-Perdüo; o nobre de- pal~vra pat·a solieilor que se consulte a cainaro
·putade por S: Paulo, assim como eu, ainda nuo si conseute que este proi_eclo sejit adiado a1&
tollou 11 respeito do requerimento ; tcmo.s dls.~ qUe se possa saber a. opiniao do. !!'GVerno ares·
cuthlo em virtude de nrgeucias.eoneedidas pela peito . E' um prajeelo que dispõe do Passeio·
camarn. llulJiieo em favor de um particular, qtiando é
o sn. GAVIÃO Pl:1txoro:-E' exacto. cer_to que o Passeio Publico desta cidade é 0
. · untco no seu genero que ha em uma capital CJUC
O sn; CAntos AFFONso : ...;. O requerimento nfio possue logradouros publícos,nem di~tracções
oind:1 não entt·ou em discussli.o . !l dlvortimenlos pura a po~ttl:~ção. E' um pro-
O Sn. PRESIDENTE : -As· urgencias não se JCCto <!Uil entrega a um par ttcular aquellej:ll'(lim
discutem: V. Ex. está equivocado. O que se com o fnnd:~mento de que ú muito onerosa para
discutiu Ioi o reqaerimento. ·o Estado a despeza de U:J:OOO" onnuaes,. com a
O Sn. ·CAntos AFFONso : .;_ Parece .que V. Ex. eonserv~ção de nm passeio· !J ue é o or" nlho
não me ouviu· bem .: eu não requeri urgencia ; de~ta cidade ; 8 nestas condições não qÜizera
peço que seja ·dmlo. para ordem do dia. de ama· tomnr sobre si a responsabilid:~de de votar este
nbã o retlucrinumto apresentado pelo nebre de- projecto, sem ouvir a opiniiío do governo . ··
ptitnqo por S. Panlo e adiado na sessão de sab- Comprehcn~e ·r1ue h a muitos logares nes1a
bado. .. . cidade que, s1 fossem entregues a porticul:ires,
O sn. P.nESIDENTE : -Não poa<o 'aze r ~· ~to, poderiam tornar-so mais agradaveis do quo o
~~ • - silo nas mãos da adUlinistracão publica; mas
porque reputo o requerimento esgot:ado . . · ·. · . l~lo não~ ~mn razão para qué se desperte desde
O Sn. CARLOS AFFoNso: -Bem. jo a amb1çao de. todos aquelles que pretendam
ORDE~[ DO DI.•. explorar estes Jogares, como se quer fazer com
"' o terraço ·do passeio publico no q ua I se quer
·Po~lo a votos o p1•ojecto n. 8, de i880,. t~ppro· construir um museu n~cricnuo. Sabe o quo
vando a lei dn assem biGa provincial de S. Pnulo, são !>S tnes museus amertcmos ; são o terror de
.do l. • de Abril da !87õ, ficn prejudicado por lodos os viajantes. Collocados li beira do Ningara
ser approvada n r.mcnda subsli\utiva seguiole : consegu.cm modiOc:~r o caracter daqut!lla pill· ·
sagem . ·.
E:.IEND.\. SIIDSTITOTIVA. O terraço do pnsseio publico niio precida senilo
· . da posição excepcional em que cstú collocodo,
• A ass~mb1ea gera1 resolve ·: para ser um sillo liildiss!mo; não é preciso que
• Artigo m~ico . .A resoluçãg da assembléa le· o Sr, Mortis Kohu vú ali i cstabelocer Ulll uilases
gislotívo da província do S. P:tulo, do l. • de museus plll't expos.içilo du lres ou quatro mu•
Abril .~e l87õ, elevando o ·20 annos o pr:u:o d:a mias e al1 umns nVIli om lllll
n lei d:; mesma nssembléa' n. &a, de 6 de Abril Niio saiJo si a lllustrc commils.io teve em
de !872, deve ser sancciouuda. . vista as informai)Õe!l q11o elln sem duvida devia
· • Paço dn camarn, l!O delbio de !880. -Ba· ter pedido 110 Sa·. Glnzion. Ntio cónhece pessoal·
ptista Pcnira. · monlo o Sr. Gladou, llllls pelo gue tem Vl$W
Posto 11 votos 0 projeclo n. 307, de 1879, que dos seus trabalhos ó o mais babil .nrchileclo de
llcou eneerndo na sessão de iO do c.orrente, Jurdinarla. Elle conseguiu.transformnr o pnss•io
qúe concede melhoramento de reformQ . no ~ublico no bcllo ornnmcnto que ê hoje dostn ci·
l. • sargento policial· Arnaldo Luiz Zigno, é ap· Qude, elle o tem conservado com verdadeiro
provado em 3.•_ discussão e remetUdo a com~ amor de botanico; e nestas condições deseJa
missão de redacçiio. . . pelo menos ver o parecGr do Sr. Glnziou o.. da
O Sn. SERGIO DE CA.STno declara que votou ~~~!{~:~~c~~~~. passeio sobre 11 pretençiío do
conh•a a emenda do Sr. Blll'tistn.Pereira. · Suppõo· que a commissão não teni duvida om
Procede·ae, em seguidn1 á volação do .parecer conceder que o projecto seja adiado. o Sr. Morrls
n . &, sobre as eleições primarias das parochlns · Kohn é um iniciador, cuju obra~ ainda niio
de Marngiio, Acarli, SaUnas, Odlvellas e Juruly, são conhecidos neste paiz, é um homem que
da provincla do Paranó1 e e approvado. ' tem pretendido mnihs emprezas, ú um homem
En&t·n em :1. • diseussüo o projacto n . n de gue representou o Brazil na ex~siçio de Pbi •
1879, approvando o prlvJieglo con~edldo a João ladelpbla por um modo do qunl Póde dizer, pola
BopUsLD. Bonlno para cxtrablr oleos e ou&ros foi testemunha, que elle não se deve llsougear
produclos do caroço do algodüo. multo. · ·
E' approndo sem dcb:atc. · O Sa. Cosr• AZBVBDo:-Huito bem.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 09:57 +Pá gina 6 de 7

Sessão em 24 de Maio de 1880.


O Sn. JoAQUIM NAnuco ob~ervn que nesse Mais de uma vez inlerveiu para que a zona
tempo p~rteacia á legaçiio !lo Brazil nos Estll- do norta dP. sua província fosse dotada de uma
dos-l!nido~, e teve o~c;Jsião de ver como o es\nda. e por es~a raziio vem prot!'star contra
Sr. 1\torr is Kohn retJr~sentou o pniz que inde~ o l'rojerlto em'iliscus~lio, que não attende aos Jn.
vid~mrmte o fpz cotn[Jrohender n;• sua com· tere~ses reaes da província.
missão. . Add11z em sll!!Uirla l:~rga~ considerações a
Por estas razões não r.rê que a eamnra lrmhn respeito da organil.ar·f10 das estra rl :~s de fr•rr·o nos
mui la pressa em r.omentir que o pass~io publico Estndo~·Unidus, pnra su~tentar quo na con-
seja entre:::tte <ls ex.perienci.ts 1lc um homem, cessfto dn estrada que se rll5cute vai·se nlem de
cujos pr·ojectos se multit>licariam int1elinida· tudo que neste pait tem-se concedido em ma teria
mente nesta casa, si Be d~sse pnss~gem ao dee~tr·:.dnHlrdel'ro; 11edo-sc umn excep~~iio na lei
primeiro. para que o Estado abro mõo de terrenCls vaslis·
O Sn. PRE~toENTil:-0 nohre deputndo queira simos c uborrimos já prestes a·ser explorados,
redigir o ~eu requerimento e mnndnl·o ;i mesa tcn•lo rovoações import;mtes, tudo em favor
de urun em preza que ~lias jn goza de muito mais
O Sr .••oo.qulm lVo.buco (pl'lfl· or- l:won:s do •11~~' oulrns' sem<'lh<Lille~.
dem) diz QllC como muitos dos ~eus collegns A. lei de 1878, IJUe concedP-U o subvenção kilo·
entendem qnl'. ~ justiça que a cnmarn vai fazer metrira rle 9:000~ pnr kilometro par·a con-
a este prnjedo l1n de ~er summnrb, e qUil é !lrtulç~o dn cslrrtdn df.!.ferro do Philadclphia tor-
mesmn rli~pe11snvel ouYir o g-overno a respeito, nou-se uma utor,ia,ou apenas veiu avolumnr as
resol,•e n1io m:lDdor rel}nerimento. (M•tito bem.) p~gin:•~ da collecçiio de leis. Por um 1wto rerent!!
do presidente de Minas, . foi celebi':1do o con-
0 Sr. Aragão Duleão dirá roucns tmto entro~ o emprez:u·io du estrada de ferro de
. pnlnvrn~ em respostn no nobre deputado por Philadelphia e a vrovincin, tornantlo-se effectívos
Pernambu•:o. todos o~ f;rvores, torlus as concessões da lei, islo
Foi o relator da commissfio de obms pnblicns é, obrig:mdo-so a p1·ovincia a conceder á ein·
que rcdi~rin es;:e parecer, e a commissflo foi a preza a suh1•enção de.9:00fl~ por kilometro.
is~olc\'uda por do~s molivos: o l.•·de supporque sustent;r que n nobre commi~são tJCIII como
o pelici••nnrio viria introduzir em nos~o P:1sseio os distinct"s autores do projeL·to pnrtiram de um
Publico melhor~rmentos importantes e de reco- folso ~upr>nsto; .d~~crcveu-sc 0 lognr que vai
nhedd:o utilida.de public1; e o 2.• foi 0 ·z.,lo per·corrct· esta estrada, r·om os sertões com pie-
pelos dinheiros do Estado, porque, COI)lO todos ta mente de.,habilados e luexplor~dos, esque-
,. sDb!•m, o ~~~tailo despeudc com as neccss•dades do cerom que 3Uij:i houve 0 tont:unen da exploraçiio
serviço daqeellcpasseio cerca de 14:000~ an· do ~Iucury.
nuaes. ·
}'or<~m estes os mntin1s pelos qrines 3 com. Esle vali e, porem, j:i tem g-rsnde numero rle
miss<io entendeu elaborar o parecer, e, tentlo fazendeirug que cullivnm ellfé em l3rgo escala,
cumprido 0 seu dever nn qualidade de relator e, por r'DU!D de~te prodncto agricola do rererido
dest~ commiss5o 'na\la m:1is t~crescen. tara. vali~, já houve um conflicto entre os prodnclns
de Minns e Dnhia .
Enee•·r~do o debate e posto o votos é pro· 0 Ha productore~ de cmfé no munlr.lplo de
jecto rejeitado. C~zancell~ts; e n proprin frellllezln tle Ph:l:rdel·
EnLr~ em t.~ discussão e é sem debnte phi:t foi crevatla o cirtnde, cnm o· noml! de ·rhco-
npprovar\<l o projecto n. ':!:U de ts;9, ai.ltOI'i· philo Ottoni. No entr.~tantu, quando ~o tr•:•lu rle
.zando o governo a mnndat• admiUir no eur.o construir e~ta estrnda, qunnllo independente da
prep~r~torio do Hlu Grande do Sul o tenente lei do tBti!Ur:L pretende lcf'll.p a elrii•a e pare
--~Mht~Íiitt;.;ee+-iliél~·:t·~~;m~MiM-~~w.-...;..~;;..;..;;.;.;.1iisfcoilfiJniiisiE't:~·;~ sutvençào do pruvlnr.la, o seu gt·ande
Entram em 1.• discu~s:io, são approvados 0 rnluro, a 8ttn f!X(lor·taç~o. que vnl de di~ n dto
passom :í :o!,•, os projectos · m. 17 e t8 de f880, aul!'ment~hdo, purgun!a o orAdor: par·o r1ue se
sobre licenças aos .Iuiz, s de direito. Francisco Yn1 estabelecer monutJollo em proveito do uma
Baptista d:r Cnnha Madureiro. c Frnnclsco José componhín1
Cnrdo~o Guimariles. · 'f•·ata-se da ce~são de territorlo nucional de·
Entra em a.• discussiio 0 projeoto n. 9 A de volnto na r xlensilo de '20 leguas do pr•ovinela
:1.880, autorizando 0 ;:overno 3 vender li<' con· de ~finas, sobre umn base de t:t kilomet1'os, com
ces~iou~rio da estrada de !erro entre Philndel- dmt~ legu:ts, uma de c~da Indo da e~trndn; pro-
phia 6 c~rav.,llas 6 kilometros de terras dtJVO• cedendo-se a contagem de leguas, v~-so•tn\l vai
lutas de cada lado da referido estrada. o Estado ceder no etnr1rezario L6,40 kilometros
quDdr:uJos, que na lingungam mineirtt são
o 8•·· Candldo de Oliveira diz 29.700 nlquerres de terra que a empre7.a vai
que si u5o fora um grande deserviço á sun pro· obter á razão de Õ/J q11e importnm em :1.&8
vincra, hmilor-se-llia a votur symbolicnmenle contos. A estrada no rno1i1entQ em que obliver
cont•·a 0 projt>clo em di~cussâo. Mernhro da a concessão e realirnr n colloeaçiio de seus tri·
asscmblén provincial de Minas. na legislatura lhos, terá fnvorccido exlroordinarinmcnte.csses
·de t8i8-t879 e nlll relato 1· tias commi~sões do terreno~, sBrã senhorn d1! terr~nos qlle serão
obras .PUblicas e orçnmen\o, \cve de dar pare- de prererencin procurudos.
cer, discutir e votar o projecto que hoje é lei A· em preza vendendo os ~9. 700 olquelres de
miMh·n, determinoudo n construcçiio da estra· terra terá um lucro ·cte i.970:0U0h; v~nden·
de de ferro do l'hil:!.delphin, daodo·lhe sub· do porlanto por ess11 somml\, o que comprara
Tençno kllometrlcl!.. · pot' U8 contos I
Cân ara dos Dept.tados - lm17esso em 271011201 5 09 57- Pâgina 7 de 1

Sessão em 24 de Maio de 1880. 231


Ó ;midor pergunta IÍ honrnda com missão, inclusive daquclle~ que regular o processo
po1· que foi ella lJuscnr, pnra a base d~ venda eleitoral. · .
o contrnto celebrado com o companhia colo· Em vez. de difficullar a construeçuo de estradas
nisa•tora, em vez lle· Ir buscar o typo d:t lei de ferro. o legislndor. dP.ve dispensar-lhe todos .
de ts;;o, ·. pela qunl a,; terra!\ devoJntas ven- O.> f:t\'Ores, que não prejudiquem OS inloresses
dem-se ti roz5o de dous réis por braça qua- dos povos. Os que o projecto concede são ra-
dradu. zoavels, e devem ser upprovados.
PP.In hMe que adoptou n commiss1io, os co-
fres pubticos teri1<1 ~ran<le prejuizo; o que se O Br. Corrêa Rnbello enteude que
voi fazer é constituir-se u·m verdadeiro se· a matc~ia em discussão niio permítte a eloquen·
nhor tendat~rio , que, n:1 posse dos terreno~ . cia com t]ne, Icvndo do en,husi:1smo pol' uma
ba d1: vendei-os pPlo rn·eço qne lhe convi•~r. idén que JUlga d ~ immen$aS vnnl<l~tens tJaJ'a o
porque natuulmente os rn1.eudeiros e Jll'udu- p;•iz, · n trt•to•t o nobre deputado por Mlnat
ciOI'es procurarão a mnrg-eu~ da c~lrttdll ;.. · Geraes quo o precedeu. E' uma ttucstão pratica
O Ol'ndor pergunla si 11ãO seria mais econe· 11ue deve ser eucoruda pelos ulgnri~mos c pela
mico, •uois r:•eional. cleixat·· se os cousns no pé . SU:l Ulil idade. . . .
em que estão"; i~'u ~. m:~nd11r-se con~tt·uir a cs· Jli~ o é nb~olutamcotc contrario :i concessão
trada co1.1lO . f<• i eontr;,tada t 11m " lli'OVinclo. ~ l~d\d;~ 1 nem \he dá I) ~\lU 1\llOÍO \llll <Íiísotulo,
depois o Esta• lo Vtmder os te m~no~ 1mlo re- dJverg111do .de9~ e modo_ do nobre deput~ • lo que
gimen da loi de 1850; 1al re~ imen tem prodn· pede" n pn~sngem do IJI:OJeclo, tal gual o redigiu
zido uenenco re~ ulladu no pratica. ·· · . a commi~s5o, c do nobre dcpt,,~do tjU<J o com-
.:\ cstr:~ u n \"Oi C•Jn ~lruir·se por caus<l do seu bale. EiiLrc as duns opiniões ho um meio termo··
grnndc futuro, por causa do credito de que hoje que ~rece conciliar todos os intet·csses·, tonto
gQzo :1 província de M • n.:~s l• por c:~usa . dn suiJyen- os da COill)mnhin cumo os do Estnrlu, tjUc·síio
ção aue lhe é conc~didn; ·. · os tio )Jovo, e d1.lS hnbi t:1ntes das regiões a que
Sns:enla que o ruturo desta cs~rnd~ thl forro servh·â a csll'ada p:·oje,·Lnda. .
cslil nn esper:mçn, no de'l~ n ·wlvimnnto ( 3 pt'O· E' certo tJUe o al'gttmenlo do nobre deputado
ducção ; L'nlo era e~te o espirilo d•' pt'!llendente o Sr. Candido de Oliveira ooba·~c di.! pti ; a
que quando elle dirigill·se ~ as~emi.Jléa pre- maior vautagem da comvanh i~ está na subven-
Vinoiul p~Uu sómente .a conces~ào . do prlvi· ção kilometrica de 9:0006 com~cdida pela
Je~lo. · provlncia de Miuas. A comp~nhi;J prererlu a
Ent(·ndc que ·csln conces~r.o · pócle ser consi- SU.bvençiio a gnru.nlia de juros do Í 0
/ , , UlOS•
dornda como ainda mai~ lll'ejudicial do que oa· lr~ando .por ~Js te facto .11 e~mllançn . q ~e tem no
trDs votad:~s poresb cam:~ra. futuro d:~ ~mpreza . Alem disso sr consultor
A $Ubvcnç5:o concedida pl!lôi :issemblôa pro- os 1lados esttlli.stieo;, os dlJspezns pt'O\'a~·eis da
vinci"l o suml!ienté IJ3l'D e.hlmeutos du vi4a e comp3nhia e os fll.von.'S que se lhe viio conceder,
l!llrtlntit· a re:~llzaç5o d~ etnpreza, que conta vcr•$e·hn que o pl'ojcc to não de ve passot• com
íumhom com n fertilidude do tei'NliO, com o tod:ts as concessüe~ que contém, mas com uma
dest.mvolvimenlo ela lavotlrll e com o ougmento emenda qne 3pre~enluni :í camnrD. .
do wlor dos terrenos. · A maior ex~nl'ào que secouccde il comp:mhi~, ·
A companuio n~o precl&l anim~çiio, :~lém dednzid. • a dos tl1rrcuos occupatlos c impresto-
dniJUclln ljÜO constn •la lei da província de Minas, veis, c de filO kiloinetros, o qui! dá p:1rn a :iúa
e ·lttlvez da lei da n~hia. to,nl dos 6 kilometro~ de terreoo~ conecdidos
.
A concessão e oxtcmporanen · de\'in ser ~ ' itn
.
. ~1ara. c.ada lado da estrotln, 29.700 ntquolres,
.~
ctcpots quo Jd~thiéeS~c ã u (Jo~s ' 1 e e ser terrenos, quG são fl•r~lli ssimos, e!ovar·ao· hn
. ..~-

org:wi~:~da a &OliJI'eta com os recursos :~eluaes. conshleraYelmente,_ sendo possível q::o !lltinja
VlJhl COIHÍ'a O Jll'llj8CIO, flOI'I)UIJ llllll e nllenta· n :t008, J)()r nlqueu'E'· Dado, porem, qut:l srJa a
torio dos llirtJitos uu thc~o .u·o ·i portLUl:l é UI!~DtJ· mutai.lo, islu é, !OO!S, u comp:mitia lerá a v~tnta·
ce~svrio, visto como a estrada la de f(tZer·sc por gem, ou nnte~ um prl!SilDie do Estado de cerca ·
ser uo futuro e dt~ ve.utagens; porque eatende de :i!.!l70:ooo,;ooo.
que el11! V<~i prejudicar .vos babita1Hes daquella Calclllandu pela baSe apresentndn pelo Sr,
zona, que Ocariio privados do recurso que 11 lei Ce$Drio Al vhn, isto é, que . :1 comp:~nbia tem
lhes du, de obterem do Eswdo t,·rr:.s por baixo de despender corl'll de 6.000:0008, o dedu-
pre~o; e sente que a seu favor tenlla o seu uobre zindo tlest:. quantia a importancin d!t suiJvençiio
nmlgo ~osto o seu nome poderoso e a sua ptovincial, c mais aqueila importanc!a que re·
palavra tllulllroda. suitnrà thl vend:1 dus ler·r;ts, r.onheeer-se·b~ que
a companhia tcra de dcspendGr :~penas & quan-
o Sr. Cêenrlo Alvhn sustenta o pro- tia de ilL000:0004. ·As vantngons enormes da
jecto, mostrando que os favores concedidos li comp:~nbia são pois intuitivns; com ~.000 : 0008
companbi~. o que ello ~o refere, sõo necesSIIrios fiCIIfÓ possuindo Uma (.'Str~da de ferro do 3:10
para su ronsegu!r os cn pitnes preciGos IÍ coD.· kilomclros e10 &errenos fertill~aianos . .
slruc~5o da eslrudo. Entende que, si. a eompunbia N:io é uecessurlll, pol,, llllll\ coucet<~ilo &no am•
aUCtJrir boslnntos lucros, O$te8, aldm do l'epre· pia como • que ru o projeclo, 1IIm de que h•jn
sllntar vanltlglln& mnio~~ j)llra o E~lo.do, ~rio eepiln&:.' \)l!.rll. l\ COll\llrucçito da. e.ln.d&. SI te ....
ineeutivo para o lncor~o raoiio de ou,ras com· duzir o nriJilrio qu• tem a ·cmpt'07.D de .wndot• o
p:tnhius. As ea,rodos ano melhorllmt!nlo.s indls· terl'lliiO pelo pt·e ~o que qul~e r, orhlLrlo quo
pensuveis, umto no desenvolvimento moral o pot!t~r~ chol!nr a mouopolio odioso, dnndo en·
mntol'lal do· pniz, como li boa cxecuçilo das leis, trcwnto ti cmtJreaa vnntage!ls como nenhuma
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 10:37 ~ Página 1 de 28

232 Sessão em 25 de Maio de -1880.

oritrn merecau, tcr-se-lhc-hfio concadido sum- ·llee•iio em. ~U de Mftlo de 1.880


cientes · recursos. Deve-se limitar o preço ma,
ximo da venda·dos terrenos a 50JS, por nlqueire, PI\ESID.ENCIA DO SI\. VISCONDE DI> l'IIADOS.
ishl ~.dez vezes mais do que o preço primitivo.
At1\ hoje no Bt·aZii ninguem cogitou de con· SUMliARIO.-sxrzDIE><Y•· - Prujoeto.-l':unecr .-Projceto
cetler f avores ·a comp:lllhia alguma como os· que sobro a rofor111a olciloral.-Votaç!o do rcd•cçüos-.-'-Ob·
consi~Zna o projecto. As limitações impostas sorvo ç ~•• do Sr. Ma•·tinho Cam poa.-Pn•u.,.A rAnTE DJ.
pela leg islac;~o vfgcnte ni'io foram contempladas oa u1u1 oo ou. •- Obat:rvnçUes d o~ .S 1·:t. ScrgJo do Ca&tl'o. prc•
siuoulo o lbrlio• Fra...,bco.-tJi..,ur10 o roqucrhoc ulo do
no projeeLo . Sr. ~odido do Oliroira •.,.- Obsornçaoo dos Sn, Sco·~lo do
Os povos daqutllas regiões serão com elle Casl.ro, prt!sidento o C:andido ·tlo oH..oira ,_;.i.n r;.n.Ts: DA
prejudicado~, porque ns tcrr:•s nilo são desprc· onuE>r DO "'-'·-!.• dheussão do Jl<'Ojoe\o n. 19 do l8SO,
fixando ta rorç:u do tn>r . - Oboonnçues o auditi vo do Sr.
zada~. como se disse, e antes ~1rocurallas . A dif- Costa. At c\·.cdo.- Di~tU t'!ô.os doa Srs. C;n lc, Arroo•o~ For•
ficuldadc do proc.ossQ adn11nistrativo JUlra a 11ando Ooorio,. G~'-i:io Peixoto, c }'crbaodo OsotiQ.-Ra·
acqulslç5o de tet•ras devolutas, é que tem ob- U:ICÇ~O!. .
stado maiores compras. .
Os nobres deputados laboram ninda em um A's H horas dn manhã, feita a chamada. acha·
en!:ano dizendo que a cstr:~da Yai Sen·ir ÍDI· ram·se presentes os Srs. Visconde de Pr.ados,
mensnmcntc :iqÍlellcs povos e áquelle tct·ritorio. Pompeu; Ccsorio, Alvim, D~riío da Estancia e
!'las si n estrada fôr abel'tn em terrenos que se Candldo de Oliveil'a. ComQarecernm depois da
concedem ncompnnhin, sorüo súmeute ravoreci· chamada os Srs. Snld:mha ~brinho, Costa Azc.
dos os intcres5es dn compnnhia. A estrada será . vetlo, Ameriéo, Danin, Fabio Reis, Ft·nnco do Sá,
constr uida mais em beneli~io da companhin do Tavares BclfGrt, Sinval, José &5son. Freitas,
que do poYo . . . · · Rodrigues Junior, Theodoreto Souto, Virlato de
O dever do Estado é proteger os interesses dos !ledeiros, Liberato Dnri·oso, Bezerra Cavnlcontl,
poYos, e fnvr>recer o desenvolvimento e pro- :Meira de Vosconccllos, Manoel COrlos, Belror&
gre$so do paiz, e não tn•otcger a umn· com· Duarte, Antouio de Siqueira, Soares Brandão,
panhia. · Stlraphico, Esperidião, Ribcir~ .de ~[e.nezes , Lou·
Repete fJUil ~ fuvornvei a essn cstrmln dl.l rerro, renço de Albur,uet'CJUe, Espmdolil, l't'lHla Pl·
reconhece as immensas vontagena que elln con· mcntel, Monto, Bnrros Pimentel, Znma, Prisco·
cederá ao terrilorio por onde vai passar, mas Paralso, Frodorico do Almeida, Dulcflo, lide·
eousidcra exagerados os ruvores EJUe concede o fonso de Araujo, Alrneidn Couto, Souto, Rodol·
projecto. Entende gue estes fa.vores de\'em ser pho Dantas, Augusto França; Horta de Araujo,
· reduzidos, m:trcando·se o limite do 0015 por al- Bezerra de Menr.zes, Feticlo .dos Santos, An·
queire . . coino mrndmo ·do !)l'oço por que a com· drade Pinto, Daplistn Pereira, José Caetano,
panhlá tinhn de vender seus terrenos. Cnrlos Alfonso, Corrêa Rnbello, G:ll dluo, ~lnrtinho
Nesse sentido maudorá á m es<~. uma emenda. Cnmpos, Theodomlro, ThooP.hilo Oltoni, Abrea
.o Silva, Antonio Carlos, Gavtão· PeiX:ol.o, Leoncio
· Vem :.i mesn, é lida, ~poind!l e entra conjÚnta· de· Cnrvall!o, Martim Frnncisco, Olegnrio, Sero· ·
mente em dlseussiío a seguinte · n)•mo Jardim, :Mnlbeh·os, Sergio de Castro,
EMENDA.
Silveira de Souza, Fernando Qsgrio e Frederico
Rego. ·
§ 6. o o coMcssionario ou companhia niío po· Compareceram depois de nbert~ .n ses~ão os
derá vender as terrns assim compradas no Estado Srs. Costa 1\ibeiro, Serra, Silveira !brLins,
por preço . O:(Ccdenle a oO~, por ~8,4,00 metros Camargo, Froitns Coutinho, · Azambu n Meirel·
quadrauos. -'- Cor rua R11bdlo
A discussão fica odludn pela hora. · càrvatho.
O Sn~ PnsstOS:"(:rE dá p~ra ordem do dia !5 de Faltaram, com partioipnçiio, os Srs. Aragão o
~lalo: · ~lollo, Alves de Araujo, Alfonso Pennn, Aure-
:1.. 1 pai'~ (até il101Y1) • liano Magalhães, Flores, ·Francisco Sodré, Fer--
reirn de ~loura, Florencio de Abreu, lfnacio
Urgencio concedida no Sr. Cnndido de Oli~ Martins, João Brigldo, Macedo, Mello o Alvim,
velro. . ·. · Mello Franco, Moreira de Barros, Moreira Brnn·
Idem, uo Sr. Silveira de Souza . ·. dão e Souza Andrade; c sem ella, os Srs. Al·
1.• discussão do projecto n. au .do nnno meida Bnrbozn, Beltrão, Couto Magalhães, Diana,
pass~do, sobre a associação de caridada do villa Epaminondas de Mello, Franco ·de Almeida,
. do Rosario, em Sergipe. · Manoel de Mn~alhães, Fidelis Botelho; Joaquim
:!.• pa1;tc (d llwra ou ante~). · Bt·eves, Joaqu1m Nabuco, Jonguim Tavares; José
Mal'ianno, leronvme Sodró, Luiz Felippel Mar.
. •2. • discussão -da proposta
mar.
de
lei de forças de
colino Moura, Marlanno da Silva, Mnnoo Ens·
taquio,· Ruy Barboza, Segismundo e Souza·
Continuação da 3.• discussão do projecto sobre Lima. .
a estrada de ferro de Philndelphia. . · Ao meio·dln, o Sr. presidente declaro aberta.
3.• .discusslío do projcçto elevando li t ;• en· n sessão. ·
tranem ·n comarca de Oetr:ls.
E' lida e apprtJvndn a neta do onlecedenle.
Levnntou-se o sessiio ás 3 Ml horas.
· O Sa. · 3. • sKcnETAntO, aervlndÔ de l.•, dá
conta do seguinte
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:37 +Pá gina 2 de 28

SE!ssllo em 25 de Maio de 1880. 233


~;J.PllDlE~TE Art. 2.• Sãorevogadasasdisposiçues em con·
llequerlmentns : trario.
Do consellteiro -Francisco de Paula Dnptisla, Sala das com missões, em 2t, de Maio de !880.
lente <la faculdade do Recife, pedindo a sua ju· -Al1neú!a Couto,:_GaldínQ das Nevt3.-Jaaquim
bilação com os respectivos vencimentos.- A'
Serra.
com missão de pensõe8 e ordenados. · . · E' lido e mandado a imprimir o seguinte:
De Brands Kr~mer &. Comp. na qualidade do I.'ARECI!R
osentes de OhlendortT &. Comp,, pedindo isen·
çao de direitos para o guano preparado do Perú, N. l!J. -1880
que pretendem imtJortar. - A' commissão de P1·ovincia de S. J'aulo
fazendo.
De D. Antonia de Oliveira Pantoja Santos, A commissão de constituição e poderes, depois
viuva do· 2• tenente da 11rmada Jolio Pereira dos de ob~ervadas as formalidades do ar 1. 7. • e .§§ do
Santos, pedindo uma p~mão.-- A' commissão regimento da camat·a. examinou as netas da
de pensões o ordenados. eleiçiío secundaria que wve lugar ultimamente
Da mesa do. associaçiio de caridade da Villa do na província de .S. Ponto, para preenchimento
Rozario de Sergipe, pedindo dispensa de preslvr das. vagas que se deram na representação da
coulas annualmente em juizo, visto viver essa mesma provincia, pela escolha de senadores .José
associação npenas das mensalidades dos soeios e Bani facLo de Andrada o Silva e Joíio da Silva
algumns esmolas . .,..... A' commiss1io de justiça Carrão, e por ter sido nomeauo ministro do iln-
civil. per!o o deiJUta•lo l>at'fto Homem de Melle, e;
Do Abeilardo Rodri~ues Pereira, pedindo Considor~ndo que das netas dos 53 collogios
prestar oxnmc das matarias do l• anno da fa· elcitot·aes que examinou verilica-se terem
culd:1de de medicina da côrte, depois de nppro· ol.tlido n1aioria de votos o consel beiro Bari'io
vndo em nlgel.wa e historin. - A' commissão de Homem do 1\lcllo e lJr. :Mnrtim Francisco ni·
instt·ucção 1mblica. . beiro de ,-\ndrada Junior, não inflnindo a vota·
De Benjamin Consttmt Percirn,}ledindo prestur ç5o do collegio de ~ilveiras, c\ljas ac\as nuo Co-
examl! das materias do t.• anno da rnculdade ram ainda presentes á commis~ão, mas qile é
de mcdil~ín 1 da côrte, prestando antes exame dos já conhecida pot· let· sido publicnda pela im·
~reparntorios que lhe faltam.-A' CJommissão de pr~ns~ da [Jrovincia e da côrte; .
mstrucç1io publica. Consider<mdo que, em qualquer das hypothescs
De Reconvindo Rodrigues l'ereirn, pedindo que foram ou podem ser Jlgttradas, seriam
prestar exame das mllterius do !.• antto da escola sempre os m.1is votados os dous eleitos Hl}ll'a
polythechnica, d~pois de approvndo nos prepa~ meaciouados-; . .
ratorios qne·lhe raltam.-A: commissão de in- Conshlenndo, flnnlmenle, que, á ~·i~ta dos
strucção publica, · . precedentes observados c seguidos em outras le·
Acbam·se sobre a mesa, e viio remettidas á ghlaturos, podem ser reconhecidos os dous mais
commissão do po·deres, as netas dos collegios votados, llcondo p:1ra ulterior ·decisão, não só o
eleitorncs de Naznretb, Victoria, Palmares, Cn· reconhecimellto do uHjmo votodo, como lambem
mamu, Panellas, Bezerros c Garanhuns da pro~ n verllico~ãu dos poderes de eleitores ninda uâo
viucia de Pernambuco, na eleiçiio de 9 do cor• approvndos; é de parecer:
rente m~z pat·~ dous deputado ger3es. Que sejam •·econhecidos e declarados depu•
· E' lido,j ulgndo objeeto de deliberaQiío e mau· lodos pela provincia do S. l>anlo o cmiselheiro
dado im rim1r·o s·.~ 'Uinte: Durão Homem de lllullo e Da•. Mortim Francisco
J u (:l :1 n n 61', e o a o o
tsso. ;_N. :!6. cimento do terceiro deputado.
A' commissiio de pensões e ordenados rói pre· Sola dns commi~sões em :W de ~[alo de l880.
~ente o requerimeqto em que o Dr. Antonio -FI'(l!ICO de Sd.-Esperidião E. de Bcli'I'OS Pi-
Jose de Son:a. lente de ln!im do imperjaJ colleg-io mc~tll, ·
de 11edro 11, pede um nnno de licença, com ven· E' lido c mandado imprimir, para entr:n• un
cimPntos, phro tratar de suá snnde. ordem dos trab~lhos, o l18t'ecer e. projecto sobre
Prova o snP.plicante, com atteslados medir.os, 11 reforma eleitor11l seguinte:
sofiror de diabetes· sacharina e precisar pnru seu .1880-N. i A
rostabeleeimento fazer uma viagem à Europa, o
lti dcmornr-se pelo menos ·um anno. · A commisslío especial encarrs~adn de cxa·
Assim, pois, /1 vista do exposto pelo suppli· minar a propo~la do poder executivo que en·
cante,~ a commissão de parecer que se adopte cerro. o Pl'\ljecto de reCorma cleitorD, vem, na
o seguinte fórma do art. o'3 d~ Constituição, dor seu pa·
recer so!}re a mesm~ propostn.
I'ROJEOTO, Objecto do numeroaos o prorundos estudos e
brllhnntes debates no nosso parlamento, desde
A ~ssembléá gero.l resolvo: os primeiros p~ssos do paiz na vidn constitu·
At't. t." E' autorizado o gov'lrno a conceder cional representativa, a nossa· organlzn~:õ.o clei·
ao Dr. AntonioJoscdeSouza, professor do lulim toral tem soffri do m ultns reformas, som que o
do imperi:~l colleglo do Poda·o IJ, um anno de resultado deslos protluzis.tO os_ molhoramentos
Ucenço, com o rospectivo ordenado, pua tl'alnr que n nnr;uo almejava quanto ti verdade e li. mo·
de sua s~udo onde lhe convier. ralidndc da eleição. ·
Tomo 1."-ao.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:37 +Pá gina 3 de 28

234 Sessão em 25 de Maio de 1880.


A civiligação pouco l!dimtada llm alguns attribuição so.cial o llolitica e.onferiÍla a alguns
pontos do pait explica a fraquew. do coqm elei· cidad~os não pôde ser regulada por lei diver~n·
tora!, c su:~ JJOU.cn .cnct•gia na maior pat·te dos mente tlo que eshi ao presento, aindll quando o
c:~sos, tliant!l <h• innnencia almsiva dn :mtori~ nrl. 97 da Constiluição niio désse á :l~sombléa
dade e das fraudes c ardis dos parti<lo~, e das ~eral o llOderamplo e o.bsolulo que. lhe deu
CDc~ões locnc~ e ittdi\'iduaes, mnb nocivas qtle pat'll l'e!Jtdm·o modo pr·atwo das clcit;ües.
os partidos [Joliticos; · No art. 2. • da pt'OJlOsta se consagra a maior e
·!\las o nos>o systcma ele cloiçiio iurlire.cta de jristn i~ualdade -do dü•eito cl(litora\ pat•a todos os
dons gT~os, mulliplic;mdo ns OfJernçues e Dctos cid:~d5os brDti!eiros, ~em distincção alguma. Tal
eleito me~, e chamando :1 tomar parlll nestcs<Jçtos foi S('UJpre o esjJirito c a pratica da nossa Con-
uma massa de cidadão~ mais fr:lcos e monos stftllição, c é justo que a lei consagre umn
cívilis:ulos, fcz progressivn mente baixar o igualdade de direitos politicos que nossn inuole,
nível · da cnpacidad~ do corpo eleitornl no co~tumes e os interesses do paiz tornam in·
primeiro gr:io tla eleição: cbegoa-se :\ inveuçfio dispensavel. .·
do phospltnro, isto c, o votanle.llcticio. O votante Em ump:lil catholico, corno. o Dt·azil, a tole-
. primitivo do Consllluiçlio, com peio1•es regula- rancia religiosa não é mais do que umn conse-
mentvs clcitorocs, salvo o regulamento nutorí- quench1 do amor do proximo c da caridade, que
tnt·io c nrllitt'3t'io à e 18q.2, apczar da menor li a mnis bella. c a mais snnta das virtudes chris·
riqueza, menor cívilísnçf1o c ~bsoluta falta de lã~ c <los preceito;; de Chl'istrJ. .
pnticn e conhedmcuto o:1s ins\ituiçues p::~rla- A to!et•ancin re\i:,:iosn. porém, não t\ sómente
mcntnrc~, detl n c~to 11aiz \l~gislnturas que, 11or uma virtr~dc cliristã; é um preceito expresso da
~eu sabcr,pntrioHsmo e indepcndencia,fundarDm nossa Con~liluil:ào, ar·t. 1i.o
c consoliu~ram o ~ro,·emo re(>t·e~ontalivo, dd- neste pre~eito r~sulh qnc n1io pól]e prejudi-
xnndo nos fnstos dá nos8a .histo1·in as mais bri- car n nenhum cidnd5o em sens direito~ o niío
lhantes png·inas, que slio hoje justo motivo de seg-uir a religião do Est~do: .A liberdade de
nosso desvtntceimento, respcílo I) admiraç\io. consciencia c o diroilo do livre exame, o mais
Grande poder, llOI'élll, nesta fót·ma de eleiç5o, bello attributo d~ r:,zão humnn~. o fonte princi·
ficara a volantes sen1 independcncia e sem pai da pet·foctibilidade da noss~ !lspBcie, o que
civilisaçiio ; c com o ~ctt sntfrngio se luzia a lieam reduzidos, si' os diréitos socines não siio
nome~~~;\o dos eleitores, isto ê, um:rverdadeira iguaes parl.l ns diversas crcn~as religios:~s~
dcpur~Çiio do ·corpo eleitoral mais capaz oinue- Neste mesmo art. 2.0 a propo5tn fixa o censo
pendente. eleitornl Nn ~00*000. A commissão não enco.b re
A fraude e os cffcifos perniciosos de ~emc- que julgaria nr.ennc\o manter o censo ekiloral
Ih ante s•rstcm11 nfiolh'ornm mais p~rmleit'O nem dlllegisloção vigente; que c de 4,00.:5000 ~mnuaes,
corrccti\·o pos~ivcl, dcsdll qnc a :~utoritbde in- até porque l;Cria odioso ter de cleval·o depois e
len-eiu na eleil}1iO, ann;ltln dtt immensa força e restl'ingir, em vez de al;1rgor o auffragio; mas
arbíll·io, que lhe conferia a nossa organização nenhuma emendtt fez neste sentido pelos moU·
judicinria e policial. . vos que v:ti expôt• _
Nesta~ condigi'ies, n victor:a, semjn·e dtfficil o SoiJresahe entre os pens3meritos e idtlns car-
onero~n,,ó [JOI' excopr,~o podia coruut· os cst'or·ços dcaes da proposta uão deixar nrbitrio algum ás
dos cidadãus nas lutas o\eitot·nes. Sú o patt'tO• juntns e juizes enearrP.g:.uios do alislnmanto ~lci­
tismo e wum· da libcl'dade p1ide ter ~u,:t,~ntado toral, que ficam ndstriclos a julgar pot· provas
o zelo etllcaz dos purthlo> lngilimos, n cujos cs· documentncs .. E$liJ rigor, em moleria d~ pro-
forças so flcn.! incnulo~tavelmcnlo :tlgttllt:l con- Yas, qui,.; n lll'úpt)~t;, coulJlensar por algum nbai-
tlan1;a tJUc no~ô<~S ímtiluio;õçs aintla podL·m mr.· -xnmento tio censo. de sorte que o direito elci-
--~re~c~e~rfl.:":'lin~~'lrn'~mr:::r:l'~im~?iiii;-.:;:i;;-;';'';;;';;i~~-toem~:nmrtormtrncruüe ctiluiJuus. .
s u graos a c etçaa, JlOlS, tem sitio nma A com.mbsão l'i.!COtlhect! nue ha dilllcultlade
das causns mnis j1odcrosas tlo dllgerml i to tl:ls de [ll'O\'ns documt:nL:tcs jn1rn., o censo, quo allro-
nos>tts eluiçucs e tu intHll'eronça com que nmn Yi!ilem :1 loilo~ tllFllllos d1l\·om Jel' o dit•eilo
p~rl~ da tHelhor \lllpUI 3 ç~o do Imjlct·io CYil.nva olcitül'tll, 'lll<lllllo uinda niio ltHnos um ~ystcma
de tomar parto nc las, ••, ~ou~cgnintcmt•nl~, nos do impo~ir:oes t!it·cctil~, nem ti licito pensar, si-
nc"ocio~ pt:hlico~. . .-
Âssinl, tem ~h:o rn~niCesta a Ojliniiio c voto da quer, em crr.ar novns tmtJostçoes quaesquer, sem
:dliviar a [lopui:IÇito llo gJ·nvumo ~norme de im-
mniorin da t•opuln~5o a f;J\'01' de unul rerormn, postos de quo c~tà sour~carrcgaua.
que consagro a c!cit_;ão dit·ecla. A mesma , ·
O!Jinilio p~rtilh:t a com!llis~iio estJedal, ndoptanllo Assim. u commi$slío, aceitando estes artigos
o art. i. • dn llfO[Jostn, cujo exum~ lhe roi incum- da propósl~, agunt•da os conselhos que n protíca
!lido. · e n execução da lei nos d~riio, put·a nmpliDrmos
A commiss1'io folga de achar-se neste ponto progrcssiVtllnente o sulft•ngio, sem expOr o pt·o-
dc accõrdo com bomcns de Estado nossos, dos cesso elcitot•nl o as qualillcaçõ~s notavelmente
mais rc~pcit:weis, vivos c ·mortos, qttc wm pro- ·aos muitos abusos que o ariJit!'io e a fraude tinham
pngnudo por osta fórm:t de clüiç5o rlc~cle f8:!~, produ~id9 nellos.
e nntavl'lmente em t8~1i, 1M8, :IS;ji:i, i87~ e Os arls. ti.•, 6.0 o 7.u, que contem na orga·
t87;J. nizaçuo das juntas porocltiues o nmoicipaes e
A commissão niio se deter:\ no OX311lC da sobre o alistamento dos eleitores, :tlgttmas mo-
~~onstilncionPiitlndc destn refol·tna, questão ca• dificaçües da legislação vigente, em consequen-
bnlmentc deLa tida no parlnmeolo nos anuas que cia dos preceitos dos at·ligos anteriores, pDreoem
j:l. recordou. Não compt·elrende a commissiío i1 commissiío dignos de npprovaç\io, por malho,
como umn runcção, encat·go on commissiio c 1'al'cm o processo eleitoral.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:37 + Pág ina 4 de 28

Sessão em 25 do Maio de 1880.

No a1·t. B.o se decrc\am as condições de ele· pratico d:1 eleição o esrrulinio, estão justificadas
gibilidadc,dc ~ccurdo com a lugí$ltuião vi~ent~ e o uo seu Cituneiado.
·llfojecto da proposta. A commissiioju\ga du tnaior A commiss5o enumera como muito importantes
v~nlltgem o. e,;:igeuda de resideucia nas provin- -com•'!:<u· c tr•rminar a cloi1•ão no mesmo din,e ser
cius para poder s~r eleito me1n1Jro das respectivas o votop:1r e.YCI"IItinio '~''ereto: A.importanda desLas
:tsseml.ll•)as provinciaes: -a nntureza c attri· disposições não necessita ser encnrecidH, JlOis a
buições destas assembh\as c alguns abusos. 1.• cvitarâ a protelação calculada e as nume·
commettidos em preJuízo do serviço das as- rosns fraudes a que esta póde dar lugar, e a
seml.Jiéas o dos col'res (Jl'OVinciaes j ustiOcom 2." IJSSC"'llrarã n liberdndc .do vnto c n tran •
csto uov:t disposição. O; art~. 9. •, JO, U. quillid~de dos eleitores m~i;; fraco$ ou tímidos.
e 12 consagram c al!rP.scentam as ineom• Tam bem a com missilo julga .d~snecessario
patil.Jilhl:ides eleitorne; e parlt1mentures, cuj~ desunvnlver qune~qn<Jr considcrnções deerca d:l
doutrina snlntar já é admiltida rlcsdc 18ü1i elckiio de senndoJ'es ; pois, muito claras s5o a
emnm:.sa legi~l:lçfio, e foi muil,, mellloradn na tal res;:eito as díspo~:~içu\lS do ~ri. H.
lei cleitornl de 18i'ü ; a experíencia de todos os No :1 rl. W _se rcstabeleca ~ representação
governos parlamentares; a come~ar pelo daln- pot• dístl'icto dl! um deputado, como havb eon-
glat~r..-a, e n noss;.~ 1•roprh1, tem demou~trado a szl~l·ad•> n lei eleitoral de l!l~i:i. Não se pôde
s un ne•~esshl:lde ! a liberd:ule do voto nus ele i· pu·t· em duvid;1 a conveníCIJcia de que os colle·
ções, u indep~nder1ci~ do parlnmento e o ~ervi ·- gios eloitoraes sejn111 t:io numero~os quanto
. ço Jlnblico a corgo dos diversos runl!cionarios compot·tem as ncc~ssid~tll)s do prQcc~so eleito-
~5o ;ol!(utuns da> muitas r:1zUes que justilicnm a r~t\ ; n·1s 1Jaqwmrl3 I'CU~tiürs dr:itor·ar.s falta ti
doutrina d:lS incomp~tíbilhlndes, e .wo twlpaveis eleif!liJ mio s6 o tmvin~?llt? c rt i-n,:raia, qae ilial~·
e obvias siío esh•s razões, quo o excusatlo ndtlu- tem ·11rt .~ocied,rrlr; a t!irla ]JnliUen e crmstitucm
zir mai~ cous~ algutnn n seu favor. clr•p.1is, pelo tw•no., ··m pcwtc, ct (orp r do tl:·putaclo
Entretanto,llispu~iç5o tfto benenca e itnportan-· tii<'Sinô, m~s us intc,·r.s:~es !Ji'l'a<!,f, cu j/l'cu~d;:s icléc1s
tc,decret:uln hn ~5 <HillO~.npenns cohibiu al~u.mas os st:JIII!I!CIIlos publtcos p1ilrm
C! t!~tXeJI' t/11 sei' o·
candidutura~ dtl c~mwter pur·nmente otllcial ; mcvr.le o J't'flllladoJ'.
muitos candidato~, cuja dd~~t1o era vcr\Bdo 11elu A l11ta, ás vezes, tt'RYn-su cnlro fncçües J~es­
lei, tt\m sitlo deilos o t•eeonltucidos depnlados srmuo o interesses me~quinbo.<; c, cmborn n
:i a~s.~mblêa geral e m~mi.Jros (ta~ ilS~IJ tnl'l<;as o\ci1;iio possa ser muito dis]mt.1da, p:'ide tambem
111'0\'iuciaes, ~em que li.m sú. cou~tc :i commls· torn:tr-se muito menos n3dpnal e menos inspi-
são ter visto :1 sua i\leg-ilim~ elciç:'io condo~ r~da nos senti,nentos pu!Jlico~. Scmclhaute in·
.tnnada un YOI'ilit'açiiu dos re~[lCClivos ~mlcrcs. conveniente, porém, m~l pôde sN' suspeit:ido
A commissão julg-ií sol' isto dt1Vido :i di>· com ·a e!ciçiio direcla, quo, f~zon(Jo cessar esto
posiçilo pouco justa da lei, qu·~, ntuntllando os mnl, ns~egnr:1 no p:1iz ·lodns as vantagens do
votos (ltte rccallcm em pcsson incomjJ:~.tivol. .de• tt~Ha •·epregeut.,çiio ntni~ verd~idL'Íi':l dos inle·
clorn o eito o immedi:tlu em v() tos, com manil'es- !'()~ses e opiniões pretliJmiuantcs nos diversos
to prejuízo do dit•eito da maiorb,quc os rccnsotl di~trictos !}OS prOV!Dcia~, ueiX~ ,O cl~ilor dC$:1S·
~o mlmtdo d~ pl'eSs~o o t nllncncm Jl!lde ro$a llas
~este llll'Smo candidato.
chapns do governo ou do~ direr,torios dos par-
A commhsuo pensa qu~, nesta hypothMe, de- th.los, cujos clfeitos uas du~s ui ti mtu l'leitões são
ve-se proceder a nov<J clc!ç5o, na qual niio po· rmtcntes, depois do restabelecinllHlto da oiel.;ão
derâ ~er HJindo o cantlilbto cujo eleição t'oi an· por provinc!as, decretado nn lei do l87il. · ...
nullad~.ainda •tlte h•jn ~n;pira1lo o lll'HZO dtt :>n:1 • O aJvo princitlll do govet·uo rcpn>scnl~tivo,
inc~~ncidttdo clcitorul na occ:1Sião du segunda tliz Gnizo~, tl pôr pnblicnm~n!E 11111 ~onf~onlo os
O iltcouvcniclll!l da repcliçiiork clei\·iíes não di~·hlmn n ~ol:Íc~lll.de o tli8tmlnm o ~cu iu1porio,
l•liuo provalet~er l•:ll'it dechu'31'·~C l'[Oilu (JUem u na jt~>•IH conli:tn1~a ttui\ uns seu~ tl~hates sah1rfto
uüo foi. I•~ dtJIU:Ii,;, a oleiç:in J>Of di~tricto tot·n~ o couhtwimllntu c adot'~ão d~~ to;~ e medidas
muito mono~ onct·osn a reunião dos coll~gios quo m;ti~ cuuvllm no paii. E~te p1·oposito sú so
cleitoraes. coa~eg-ue [Jd:1 vlclol'la da vcrdaddr~ maioria,
A r.ommi~siio julga quo seri11 vanlr1jO$O ri tld- ~oudo a minoria coustnnlumeuto tJI'~~cnle e ou·
ministr~ção tmblica, 11 consenlunco com a nossa vid~. .
fôrma de governo,púr á fl'lltttc d1! lodos os gmnd~s • ~i :1 m~ioria ó deslocad;t ou fntslrada Jltlr
servi~~os membros tio parlamento, ad~u·iclos :i at·tillcio, ha mentira; si :1 miuorin 6 tír:ula
sorte do minislln·io, como na Inglo.tllrrn, o t(lto pam ft)rn do combato, bn oppressfio. Em um e
dar·ia ;1 c> tu mais acçiio e ~IUeacia llonLI'n o e~pi- outt'O caso, o governo rop;•esentntivo estâ fal-
. rito tle ro\i1w o intlolenci~. e :i admiuistra~~n~~­ &endo 011 corrompido •
força moral e vida p1!IO presLigio dos membt·o~ do • Todas ns leis tt.mdeutes ti JH'lllica e orgàiii':
pal'l~monto, assim rollocatlos li to~ta !los set·viços zaçiio deste governo, como umn lt'i l1loitornl,
publicas mais i111portantes, como correios, al- devem,pois,saLio~fll'er duns ro!1diçues fUIJd~mc~­
fanllt'gas, thesouro, iustrucç5o puulica, ele. lnes: L" i>rocurar o rcconllec1mento u 3 VICtorttt
1\:lns, nntentlendo isto m~is dii'OcLnm~nte com 11 dH vcrdHdoira mniorin; 2.• gar:mtir n · intor-
org:mizaçiio da odtninistrnçiio, abstcm-s~ tl~ Vt>nC<io o o livro l.lsfo~r;o da minoria. • .
vropór \:1l medida, do IJUO nlilis nn Inglaterra se A r.lcição d·J dons ~omío~, o maiornmnlo a ele i·
llrmn os melhores resultados. A acçiio tlo par· ção por l'rovincias, tiravaM IJleitor n intlncncin
lamonto sm·ia maior o mnis l.lenelkll, selll que· propria o deci~iva, e, portanto,interc~so e zelo nn
bra do tn'iucipio dj~S lnco:iwnlibilhlmles, eleição, quo do outros pnrtb\ verdutloiramente,
As disposições do nrl; ta, rolntivas ao motlo e no corpo eleitOI'iil só rnbin ltumolo~al'.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:37 +Pá gina 5 de 28

236 Sessilo!em 25 de Maio de 1880.


Si o flm da cle!(;ilo ~ enviar ao centro do Es· ~.·, e S.• do art. 6." do Constituição do lm·
tudo o> homens m:tis C:lJWl.cs c utnls aCI'Cdlludo~ perio, l.l~tando no gaw de 80U& direitos politioos,
do Plliz, cumpre que o t~l!•it!Jr possw Jivr(•mcnle d3tlas 3S segUintes condições :
IJIW'a c e~coluer; para isso é indlspcns:Lvcl que ~ Lo Ser maior de 2i :umo,, com e~ercicio
os eleitores 8Cjam cntr·e si rcl~cionndos, llOs~nm elléctivo dos direitos civis.
entender-se antes di! clei!)fio e conhcç:~m os l'11D· ~:! .u l'erceberpor bens intmoveis, commercio,
didatos em gue depositem :1 sua conllonça. Sem inaustria, emprego, títulos de dlvíd:~ publica,
esws condições niio se f:,r·iio elci<;ües quo sejom acçües de bnncos e compnnhias legalmeute au· ·
ve•·dadeira~ escolha~ e voto dos eleitores. A hls- torizndas; deposilo nas cnixns economicns du go·
toria eleitoml da Iug-late•·ro é o mais rorte tes- verno, renda annunl não inferior a 200~; on
temunho n fnvor d:~ eleiçfio diro;cla. c )!!or dis· aclwr·sc.comprehendido nos~§ i ,•, 2 .• , 3." e~-·
trictos que elegem poucos repre81lntnotes; nunca do art. a. o desta lei. •
ltott n~ out1'a fórma de eleições D:IIJ uelle pniz, e
seu exemplo nos sirva de gula ; seguiremos o Art. 3.•
·governo p:~ri:Lmcutar.
O at·t. 16 do projcctp trnl:t da olei\:ão dc.cam~­ A prova da renda, de que trata o artig-o atÚe·
ras rnunicip:te~ e Jllites de pnz, c a commissuo rim·, fnr·sÜ-ha:
entende que deve sm· ndoptndo, e que urg-e § t..• Quanto á rendtl proyenicnte do im·
~ttcndera assumplo liio importnntc, como a moveis:
administl'::tçiio munieitlal e parochial, n::ts <tuncs I-Si o immovcl se aebn m dcmnrcação da
U.en3 eomeçar e bns~m·-se o ediliciu tias no~s:~s decimu urban~, por certilliío da repnrliçffo fiscal
lillerrlades. ue C!star o immovel nvcrb:~do com o vr~lor lo·
No art. !7 ~e estabelecem algunws penull- cnlivo não infcrio1· a ~00;$ ;
i.l3des, e:dA"irl:~s pua ~ancçiio de infr~cçii~~ rlu JI-:;i o ÍIJII•tovel ui'ío se :~clm.na demarcação
nova lei, ~i fur, como enlende a cotruui$~iio tjLH~ !la deeilna urbnnn : ·
deve ser :1doptada. · Ocenpado peln proprio dono,-pela compulnçiio
Pot· ultimo. n commiss5o ll'm o de\·er !1o dc~ltl· dn nmdn á ruz1io de li% sobre u impoL't<~ncia do
rnr ::í c:Hmll'::l. que, hnvcndo ouvir lo o 111 ini~h::·io, capital que. o immo~·eJ J'el)l'csente, vcriflcad<~ pelo
Coram por el!e :.ccH~s as Cll\I)U\Jas qlw a r:111ll· tilulo tlo 11cquisiçFm, por coru prn, troen, (lonçilo
mis>ão oJTm•ee(: :í sua propo~tu, c ne~LI·s ICI'IIJos, uu IWI'nnço, ou pot• sentençn judicial reconhc-
par::t facílit~r e· simplillcar a discu~siio, incon,o· cen•!o a· propried;,_de ou posse ;
rou"as no projecto substitutivo gu,~ oll'~r·cco, para Não occupado 11elo proprío dono-pela exhi·
ser dhcU!,ido · como emenda dn proposln uo bit,:ão dn contr:tlo l:tnçndu em livro de not~1s, com
podct· exemth·o. · n dociDI'R!,liio .do pn·ço dn 11lugucl ou onenda·
s~la Lias ses~ües em 21J: de Muio de 1880.-.M(u'- menlo do immovel, conforme o n. 1.
tin/io Campos.- Jlarlim Fra11cisco Ribeim de §. i. • Quanto li renda pNveniente do induslria
A11dtad(1.-Cm·los AQ'oilso d~ Assis FiqHeiredo. ou prolls~~'o :
-Jottq>~im Sald,ml1a. Matinlw, com rcs'u·ir.(,'ües.
-Prado Pimentel, com resll'icções .-Dr. Tava-res l-Cnm ccrU•l~o ue se eslnr inseri pio uo regis-
]Jclfort, com restl'ieçlics .- Jctf1Uhtl Nnbucu. com tro do commercitJ, como ne)!;oci::mtc, cone\01'
ruslriccões.-Dr. JosJ L•tlz ile ;llmeida Couto. :1gcnte de leilões, ,:runrdn-liYro~. primeiro c:li:
-;:- T_lwrídw~eb Ça.d·1s d,? ,fctl'ia Suuto.- ,1-'l'~utl•liro xeíro de c:1sa commerdol, Crr(Jit~o de JWYio,
.uot·w.-Baptrsta. Pcl'iJii'<l. com r0~tncçocs.­ pil.;to de cartn, :Ltlministrador de fabt·ica :
. Lif.mrat~ !Jrll'ruso. -Rn y 1Jarl1a::a., - Bspr'l'idi!io II-C11111 r.crtid~o •. P•lSSnd~ por um:~ Uep:wliçiio
Eloy elo Dal't'os Pill~l'ntel.-0.!1. ele Aqtúao r! Cttô· Fiscnl,
1 .
de [ll):<~nit··~e' ral!l'it·n,. otUcitw• 011 cslahe-
tro. com Tcstt·ier!urs~ - . · · '· ··
, ,; ., t t e m o, com rcstrtcçü~s . .....,. J. Si/t·cira ele crm rt uwuo correspondente á rencln leg-:ll:
So"ztt.-Fraucu de Sti, co111 I'C~tricçi'i~~. ll!-Co111 cer·tidí'i.n ou taliio de ·png:n'i1mlto de
imposto de industri~ c 11rotis~i.ío, on de qu31·
IIEFOmiA. T::LEll'OUAL quer outro IJu~eudo no valor locatí\'O llc itn·
lllO\'el urbano nu r11ral, 1111 importnnci11 n:lo
Proi•.•cto sul1stitutivo. inferior n 21t;) no municlJ!io dn oól'to, n i:Z~
Al'\, :1. 0 deulro dns cidades e a Ü;' UIIS demais ltifWrl'S
do Imperio.
As llOllH~nçucs U.os smndorc~ e doptllt~do~ p~ra Cunsider:~m·s') t~1mbcm como imposto !lo in-
<I nss~miJI0n g·en1l c do~ membr·os dn~ n~~cm­ dustria e prollss~o os l::tX(lS, tnnto goL'li L~E como
lJI4':'s le;d~l~th·as 11rorinci~es, dos ~'crc:~dot·es ,. ['l'OYincines, sobre os on~.:enh\lS de a'sucar. de
jnizcs tle pnz c IJnúltJUer oult'H nuiOI'itladc ~guardcnte, do mincl'nçõo, de 5Crral'in, e sobre
'cleclira na('ionol OLllocal serão feitns JlOI' el~i~;iícs !Jnaosquer produt~lo~ rnrars ott inclnsll·ine~. c M
direct~~. n~s qnaes tom~r:io IX\I'le tül.lo;; os cida- t~xus de cxporl;!.r.iío d-:ljlrodttctos ~gt•icol~~. qu•·r
·d~o~ c·onsiilél'~tlos eloitorc~, em virtuuo tln pre- sejam p~t;Ds pelÚ lJI'OJll'ie!ario quer llCio nrren-
~cnlc l<'i. · dntut·io,
§ a. • Qu:mlo :í mnrb proveniente de liÜtlos
.. Dos ekitat·a. dl~ divhln puhlica geral ou provindal-por cer-
Al'l, 2.• tid:io ~~uthentic~ tL~- pos~uir o oidndiio no lli'Oprio
nollle on, si l'ú1· cnsndo, no da mulher, sei~
E' t•luilnr totlo o cithtllio brazileiro, nn1o ou nwzcs nntcs tio :•Ji.slntncutn, titulos IJ ue produwm
J:atundi$ndo, cotholico on ncnlllolil:o, ingcnuo ntllllmlmcnto quantia não inrct•ior à rcndn exi-
oa lihorlo, C<nn11rchcndido nos** 1 .",i.", 3.", gitltl,
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 10:37 - Pêgina 6 ae 28

Sesslio em 25 de Maio de 1880. 237


· § r,,o Quanto à .renda proveniente de acçõea melter:i umo ao presidente da comora municipal.
de brincos e compnnhias, legalmente autorizadas, e outra ao tabcllião, na fórma e para o fim·
· c deposito em caixas economicas do governo- que vai ndiante declarado. .
por eertid5o :mthentica de possuir o cldndiio, No coso de não estarem. ~uthenticodas os
seis mez.cs antes do alistamento, no proprio cópias, o juiz de direito as devolyerá ás juntas,
nome ou no da muthe1·, ~~ fõr.c&sado, tilulos aRm de que voltem na devida forma. · ·
que produzam quantia não inferior ú meneio.• §: 3. • Haverá dous. registros d(ls eleitores:.
nada rendo .11nnual. . um on r.am:ora municlpnl e outro no cartoriodo
um lnbelliüo designado na côrte pelo mínlstro
Art. i.• do imperio, e ms províncias pelos prc~id~1Ues.
· Süo considerados como lendo a renda legnl, · Nas cidades ou villas .que t1v.ercm uni só ~­
independentemente destbs provas : belliiio ~erâ este o encom~gado do registro,
§ ú,, • O l'.egistro da camara municipnl ficará
· § t.• Os ha bili111dos eom diplomas scienlificos a c11rgo do secret3rlo em tnntos livt·os quantas
ou liUerarios de qualquer faculdade, academia, rorem as parocbi~s; e o do tnbellião em um
eseola ou in ~ tituto namonal ou estrangeiro, le- grande livro para os eleitores de .todas ns ·paro·
galmPntc verificados: · . . chias do município . ·
O titulo comprobnwrio será o proprio diplomo OS livros do registro eleitoral serão abertos,
ou documP-nto que o suppr3. ·. numerados, l'libricados e encerrados pelo juiz
1 i.• Os clerigos de ordens sacras. de dia·eito. · · ·
~ 3.• Os que exercerem o magistel·io iJUblico S ti .• O registro elcilo1·al. ficar;1 concluido
llll (larticulat' ou dirigirem casa~ de educação e dentro de triltl:t dias, contndos da d;~ta em que
CUSIDO. . • _ tiver sido entr~gue a cópia do nlistumento,
Scrvil'!i de prov:~ para este lim· ccrhdao pns· certificada pelo agente ·do correio ou p~lo olllciol
sndo· pelo insJ•ector ou dircctor de instrucçüo de justi!;a.
pul>lic~ na côrte ou nas províncias. . ~ 6.• Alêm dos liiTos a ·que se refere o§~.·,
§ -i. • Os senodor('s c os qui! forem ou em h3,·er{l ·um de tnlões itntJrcssos, no qual, o se·
qualquer te111po tiverem sido ti~[Julados gct•aes Cr·llario da c:~mm·n municip3l laV!'arà as certi·
·ou provinciaes, vcre~dore~ e ju1zes de paz. dões de registro, comignnndo nos clm·os o nome,
~ S.• Os empregados do cot·po diplomatico ou id:ode, lilinçào, cst:ulo, tlrofi~sõo ou renda de
consular. cnda eleitor, sendo estas certidües aulhênticadas
~ 6.• Os .officines do exercito, da armada e p\llo tabclli5o encarregado do •·c~i~t1·o otl, em
dos corpos policia.es, conl(Jrehelidid?S os a.:livos sou imped i111cnto reconhecido pelo juiz Ele di·
c da reserva, reform~dos c houoranos. reHo, ·authenticadns pelo rercrido secretnrio. ·
§ 7,u Os runccioMrios puiJilcos geraes, pro· · E' titulo de eleitor n cct'lidi.io extrallit1u do dito
Yiricioes ou municipnes que, tiyer~m ve11cim-:_n· tino. · ·
tos superiores a 2008, com dm~llo a aposentaç:1o, § 7.'o Coneln ido o registro, as cópi:Js do nlls·
Ah8tame1tto. c,nnento scrt'io nrcbivadns na eamnrn Ji.Htnicipal.
Os títulos de eleitor seriio cxtrahidos no prazo
Mt. a.• improrogavcl de trinta dias, contados da<tuello
em que se tiver cQncluido o rogistro ; findo este
O processo dn Lei n. ~G75dc 20 de Outubro de prazll, ~cr:lo o!'- ditos titnlos cntreg u~ nosJ"uizcs
l8i5 vigorar:í par~ o priruei~o .nlist:101ento d~s do _P3 Z em c~ crcic:io, os qunes dcv!'ri;o istr\ •
t•lcilot·es na exccnt'ao desta let; em tmlo que nuo bml-os, der01s ·de mand:11· amxar cdJt:Jcs cúnn·
fÔI' cxprelõsamcntê re\'ogudo Oll contrario tis suns dnndo os ~.eitó~cs a rcce).Jel-os em _lugar :umun·
. f;,) , · .- • •
, . "'' C'
Art. 6." on tr~·gn llos titulo>, os qne não tiv,•rem si o pro·
cut•ndos serão- 1·ecolhidos it camnra municipal,
O ~listamento pre)J~rado pelu~ jtmtas. pnro· aflm ·11c ~crem !!llll'cgucs :i medida. que forem
chiaes couslilltidas, segu!ldo ~ Clt:Hla Lc1. de 20 exigidos. · ·
de outubro do 1875, se1·a npurado pel:1s JUiltas § 8.• Os litulos St'l·ilo recebidos pelos pro·
. municiJlncs com1Jost~s do jn!~ municip:;.l, COIJ!O Jll'los donos. os t]twes deym·no n~si:,r1wl·os á
presidente, do vereadoa· mn1s votodo c elo pra- m:;rg-em, pérante o j niz d~ pnr. ott " s~cl'ut~rio
moiro j niz de paz do clist~icto du matri.z. . _ dn cumnrn, qu~mlo 11 entreg:. fu1· rcitn po1' e~to
.Nos munici]>ios onde nno houver JlliZ mtmt- funocionario, devolid•> outrosim deb::;r l'Hl livro
cipal _servir:'1 o. 1,. o ~upp_lentcJ, e nns comnrcM c~pt'Chll recibo do. $CU proprio punho.
CSPCC·IaCS O 1.""JUIZ sUbSIIlUIO.
~ 1." A]JUI'Odo ocOniliYamente o uli~tamcnlo, Art. 7. •
ttS juntas mllni.cip:tcs furão cxtral1ir immc~lllla·
...llll11lto tres cópws do mesmo, d:ls qnnes se~no cn· As j ttn l:l~ p~rochia e~ se rcnulriío nnnunlmentc
viadas, <luas ao juiz de direito, c :1 Lerc ~;ra ao nil JH'imeil'n llomh1gn de Sctcmbn,, · 11f.im tlt~
ministro tio .imperio n:1 c~)rte, e aos prcs1dc ntc~ vorilic:1r ~~ altcrnrut•s do :liist~mcnto tior morte
nas provincias. . ou n1udnncn de domicilio, e im:ltlircm no mesmo
. 'l'l'riio i••ual destino ns copias U11S listas SUIJ- nli ~t:rmonlo totlus n~ <r ne rcquetc l'l'lll e fii'OV1trcm
pleméntnrcs, urgnnizadus om virtude dos recur· ter ailrjuil'ido ns qn:.lid::dl·s de elcito1· pela pro-
sos nttcndidos. sen to lei. No caoo de mudanc:1 de pnrochia b11st:J
· § j. • o juit de direi lo, npenns r.eccber as a :t jlrc~c ntnt•iio ~lo titulo tlo.e!eitor mudado, parn
cópias do :tli~tameuto, depois de oxammar a sua qnc n Jlmtn o mclua no :thstamenlo, uma vc:e
authcnticidadc c rubriral·:.ts rolh:~ pol' folha, rc· pro\'ada a 1nudan~a.
Câmara d OS Oept..tados. 1mçresso em 27/01/2015 10:37 • Pégina 7 de 28

Sessão em 25 de Maio de .1880.


A junta municipnl de\·erã reunir ·se llllnu;~r. ·.Inspectores do arsen~es;
·mente nu t•rimeíra doniinga de Novembi·o, utlm Commondnntes de corpos militares e de.po.
de :~r>ur:tr . c or~:miznr o alistamento dos elei· lici~. . ·
toros, n1ucciando como de jusliça as modili- Secretuios de governo.
cações feitas pelas respectivas juntas parochi~cs. Inspectoré$ do Thcsoura.rins gcrnes ou provin·
~ i." As nltera~ões que ~e dCJ'(lffi serfiO pu- ciaes o chefes de rep~rtiçiío de arrecadac<~o· . ,
blicadas pcl:t impl'e,;sa, .onde a bcJUvcr, ou por lnspeetores da instrUl'Ç30 publico e directorcs
editaes afll.xndu~ CUl lugares pUbliC08. . da fnculdndes. . ·
~ · 2.• Decorr1dos trinta dius, contado• d.1 j)U· ln~pcctores das nlfandegas.
hlieaçiio, a junta . municipal . se rcuníri nova· Dcsemi.Jurgadores. ·
mente p:u·a ouvir as rcclamt~çües que app~­ Juizes de direito .
reçam, enviando atinai ao . juiz de ·direil.o a CheC!!S de policin.
lista das alter~!:Ões vcrificad~s . · P1·omotores l_lUIJlicos.
-~ 3. • O recurs<J r-entra cxeluwes individuaes Viga rios c~pttulares .
cabe unicamente ao ·cidadão excluido, por si ou Governadores do bispDdo.
por seu especial 11rocnrad·o r. · Vignrios geraes, Jlrovisore:~ e vig~rios fora·
§ 4." O recUI'SO co·nlra incluSÕL'S indevidas neos. · .
póílo ser. .interposto por <JUnlquct· cidadüo re$i· Proeurndoros fiscnes ou dos feitos c ~ons
dente c J" quo!lllca<lo ete1tor ·l!m sua J>al'ochi:l. ajudantes.
· § ii. ".Uas dccisucs da junta ntnnlcipal p;1ra n
exclusão, em . ca~o de morle ou mudmtça . de C) Nos di~trictos om que exercerem atll'Jri·
domicilio, eabe ·rl.!curso )Wr<t o · juiz de direito, 1lade ou jurisdicção: · ·
que O dccidirÍl 110 prazo. ue dez dil!S, dcpoi~ de Os delegndos o subdelegados 11C policia: .
ouvir o promotor pu!:!h:o. ·
§ 6. 0 As S(lnt~ nças do juiz do direito julg-ando § :1. • A incompatibiltdade eleilor~l"pre\·~lccc:
dcci~ües dn junta par0cbinl ou da j nnt:t m111tici· 1.-P~ra os refaridos ft;nccionnrios c seus sub•
pai scrJo dclinitivas: dellas nflo Cli!Jerá r ccut·so. stitutos le,..aes que tiverem estado no oxcrcicio
dos rcspecfivos emprego~ dentro do seis tnezes
Do$ el~(Jiveis. nnteriores :i elci~lio secundaria ; ·
Art. 8. 0 · 11.-Parn os substitutos que exercerem os em-
pregos dentro llos seis mezes c vnra os qtto
E,. elegível p~rtl os cargÕs de _sen:~d?r• ~o­ IJfCcederem na OJ'dem da substiluiç~o . o que
putauo gerai, membro da as~e mblca legislativa davinm ou podiam nssumil• o exercicio.;
provinci"l\1, vereador, juiz de p~z e qnnf'squer m...:..Parn os funceionarios e1Teclivos desde a
outros cruados por lei torlo . o cidad;'io compre· dat:a dn aceiln~iio do emprego ou fun cçiio pll·
heodido no a1·L ~.·, sal\·;~s as rc5tricções atlinn· lJlica :até ~eis mezes depois de o terem deixado.
te cnilmerndas. em virtude de reiuoção, ~eeesso , renunda ou
§ L• E' eondiçüo eS)JCd al de elegibilidndc: dcmissiio; . . ·
l'o ra·· senador do hnperio- ser moiol' de qua- tv . ~ prnzo de seis mezes, n que ~o r('f•Jrem
renta ~nnos ; . as disposições nn teriores, é rodur.ido .ao de tre$
Para def.utado geral ou membro M assernblên mczes, no caso de dissolu~ão da cnm.ua dos
provincin - ser motor de vinte e cinco al}no~, de!Jutlldos.
sal\·o ~ ~ o •:leito ti ver nlgum ~r-Jo scienllfico. § t. • Tambem n5o pouerão ser votndos p~ra
Par;1 mcm!Jros ll:1s asscmlJie:ls prodnciaes-n sen:tdor, dcputmlo t\ asse mblé:~ geral ou mem·
llc re.o;i(leUcia n5o interrompida de dous aunos I • ·. . . .
n~ 1r ·i · ·
ora v!'rea or.,.- ~ e residencia niio intet•- 1rec ores e cstrn ~ de ferro, emprez:u·iu~.
·rolll[litln llurnnle dous anuos, pelo meno ~, dentro contraladorcs e seus. !>repostos.- nrrcm:1tnnte.s
intcressnd(l~ na nrrcmn tn~lio de tn)tns ou
do munit~ipio; c pnt·n jni~ lle p:1z-n mo.•nw 1'1'· ou tlo qu~l•tUCI' nalurcz~, -obras ou
sidcncin de UOilS llUIIOs no TC~IICC-li VO di~ll'icto. ·l'cndimcntos
tCirnccimentos pulJiicos, ot\ em cotnllnnhins quo
Arl. 9.• t•ecebnrn sub\'enç:io, garantia ou fian~a de juros
ou qunlqucr ~m:ilio do qual [li)SSllm nllferir
Niio podem se~· votados pnl'::l senador, depu. lucro pecuniario dn fazenda gernl, provincial
Indo :i nssembllia geral ou para membro lln ou d;~s munic ip:~lldndes, nnquellns provincias
us;emblco provinci~l : em qu., os respectivos contratos c nrrematnção
A) E111 todo o Imperio: · tenhnm ex ~cu~:üo e duranto o tempo delles.
Os membros do 8Uprcmo tribnnnl de juslíço, A palavra • interessados • nlío c.omprehonde
os dlrectores g:erues do \husouro e o~ directorea ncc ioni ~ l:ts. . . . . :
gemes das sect·etarias de cmdo. § 3. • Nilo poderiio votar .nDm .sCJr volndos :
D ) Nos provincins em quo exercerem antori- 1.-0s que perderem o direito de cidadão bra·
~de ou jut·isdicç:io : · zileiro. ( at·t. 6.• d:~ Const • .) · .. ··
Pre~!dentcs de provincla .
Bispos. . 11.-os- que tiverem suspenso o exercício
Commondnotes de 11rmas. dos di1·eitos poliUcos POI' incatlaeidndo physka
Genernes em chere de terr11 ou mar. uu mornl. ( at•l . 8.• dl Consl.)
Chefes de cstaçi'les navo.cs. m.-Os criminosos pronunciados em querelll ou
Capitães de porto. ·. devae!a. (art. 9l n. m da Const.) .
c!mara aos DepLiaOos - lm"esso em 271011201 5 10:37 • Página 6 ae 26

. .
Se.ssa:o em 25 de Maio de 1880. 239
Art. !O. · § i.• No dinnnteriOI' no marcado (Iara n elei·
yiio, as mesas das secções serão provJsuri,uneule
O funccionario publico de qualquer classe lnst:~llados, em lugllr e edilicio de . antemão
que p!!rccba vencimentoSüu porcentagens, pagos des i~Md os, presididas pelos · jni~es de· pn~,. sc-
pelos cof1'es gcr:~l, JJt'ovinciaea ou munícipaes, gunao ·a su~ ordem ; sendo ele1tas dt~finthva·
ou [Jcrceba custas por netos de officlo de justiça, mente pelos clcitures da respectiva eireum·
senao eleito senador ou d,eputndo ú nssembléa scripçiio, guardando-se :ts formalidades dalegis-
ger:~l, ou membro das. assl!mbléas legislativ:~s Jação vigente. ·. . ·
· provinci:~es, é ·obrigado á opçiío, perdendo-o ~ 3." No din mucodo para n eleiÇliO, ás 9 horas
·emprego no caso de :~ceitnr o cargo eleclivo. da manhã, o presidente ua me~a dará começo aos
Ex.ceplilam·s!l desta regra :. tt·:~bn l hos, m:mdnndo por ·um dos secrelarius
Os ministros e seeretorios de estad0 ; Jlroceder á chamada dos eleitores pelas cópias
Os conselheiros de estado; · authentica:; _. dos livros do registro da . camara
· Os embaixadores e os enviados extrnord.inn· municipal. · · ·
.rios em missão especi31; · · § ~-· No recebimento das cellulas se obser-
Os presidente~ de provínCia. varão o processo e Cormolidad~~ estabelecidas na
legislaç5o vigente.
Art. U, · § o.• Além das notas, que ir:i tomando um
dos secrelarios, e das ael:ls ~ue lhe incumbe
O ministro de estado não póde ser voJado lavrnr, o · escrivão de paz, ~ob s u<~ responSllbi·
ll:lta ·senador, emquanto. exercer o seu c:~rgo; !idade, ini .lnnç:mdo os .nomes dos eleitores
sah·o . si :1 província por onde se der a voga que vot:~rem em um liv-ro aberto, numerado,
fõr de seu nascimento ou domicilio. rubricado e encerrado pelo juiz de direito,
Art. u. escrevendo tnmbem os protestos e <leclarnções
de vote, lavrando diariamente um t.~r mo que
· Os senndm·cs, e dttranle a legislntur:~ ; os constará de tudo quanto occm·rer· na eleição.
deputados :i as~emblt!a geral e os meinbros das § G." Não poderá ser recusado o voto do
assembléas Jeg!slntivos provinciaes' nno rJo· eleitor quo se apresentar com seu titulo, ·sein·
derão aceilar do governo geral ou J)ro\'incial pre que.este confer ir com as intlicaçües·do ro·
commissiies ou empregos remunerados, ex- gistro. ·. ·
cepto os de : ...;... ·conselheiro de estado, presi· ~ 7.• O roto SHÍl esct·iplo em papel fome·
dente de provlncla, enviado exlrnordinario e!ll cicfo pela mes:~. Ao ontreg:~r sua cednln fechada,
missiio especial, bispo, commnndante dcforç.as o eleitor -ossignnrá ·o seu nom e em um Jino
dl! terra ou m:~r .em tempo de gucna. . especial aberto, numerado, · rubricado e eneer-
· O"utrosim, ó vedado 110s mesmos el6itos a con· rMo pelo juiz de direito.
ce5siio, acquisiçllo ou gozo de privilegias,
contratos, nrrcmalllções de rendas, obra.s e § 8.0 Concluída n cleiçiio, a tnesa farJ. extra·
.lorncehucntos t>Ublicos. embora n muto de hir por um llos seus secrelari~ tres cúpi!l!! d~s
sirupliccs interessados. · netas .. que serão por ella assignadas, conferidas
.e subscriptas pelo escrivão de pn~, du quaes será
Esta disposição não comprebende os privi- · umn envladn ti camnra municipal apuradora,
legíos de invenção. outra ao . ministro do imperio na côrte, e ao
~ i . • Os se1indorcs que aclunlmeilte exerce- presidente nas prodneias, e a terceira ao ~enndo,
rcnl c.1rgos publicos incompalfvels, segundo ou á cnm~rn dos detmt:tdos, ou :i assembléa le·
- . ..
esto lei, com os funcções de senador não per· r;i!!laliv:~ provincial, ·. cónfol'me a eleição a que

empo ega . .para a aposentnçiio ou jubilaçiío, Por stin parte· os escrivães de paz extrahirüo ·
com os vencimentos que as leis em vigot· con· certidões dos .ternios que tiverem lnvrndo e f~rão
rerem. · . identica remessa por llltermedio do juiz ele di·
§ ~-~ Vllrificado o preenchimento de tempo l'Cito ; igualmonte dn!'ão as partes :.s certidões
pllt'n a np o~ c nta ç iio ou jubila~,íio, será nP.osen • que fôrcm pedidas. ..
lado, independente do prova de molest1a ou
inhabilitacão. · ·. l 9. o A umaru municipal da cidade ou villn
mais import:mte e mais central do districto, de·
O substitutivo deste artigo ó o· lV da letra) si~nndu pelo govt~rno, far.i n opurnçiio dos votos ·
( C do art. 9.• . · pelos netos das respoctiVa8 asôernbléas paro·
Da clfipão. chines, vinte di os depois d;t eleiçüo, e expedirá o
diploma ao deputado á asscmbl~n geral QU aos
Art. !3. membros das ossembléaa legislativas provin·
· . A elelçiio começará c terminará np mosmo clnes. ·
d~. ' . . . § lO. Ninguem poderá ser eleito deputado ti
~ i . • Em endn distrieto de paz será estllbele • assembléa geral ou . membro das asaembléos
cida uma junta destinada ao recebimento dos legislo\iv:~ s provinciaes sem que reuna, pelo
. votos ; devendo entretanto o governo, Qlll'n menos, :i quorta porte dos votos dos eleitore~
focililnr o mesmo recebimento,. dividir· o dis· que eoncorr<lrem.o eleiçiio. .
trleto em secções, segundo o exigirem ns circum· · Niio hnvendo cidadãos que reunDm-esse nu·
stancios locaes c o numero dos eleitores, tendo mero de votos, proceder· se· hn ú nova eleição,
em visto a d!sposiçiio dn primeira parte deste devendo recahir os sufl'rogios nos dous mais
artigo. · votados.
c â"nara dos oepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 10:37- Pá gina 9 d e 28

240 Sessão em 25 de Maio de 1880.


El~lf.Iió de ~tnado,•ea 1: i ! .• O governo, téndo em attenÇão a popu·
laç;io e lmpor&anci:t dos municipíos, in81'cará
Art. l%. o n11mcro de. vereadores que cada um d,eve
. _ . · . . dar, não podendo esse nu mero exceder· de vmle
A ciCJÇIIO. de senndor .. c~nhn~a a ser ·feita c cinoo nem ser menor de sete. ·
por provinc~a, em llstn tr1pllce, mnda no caso de i 3.• As camnras municipacs teJ•ão um pre-
du:.s 01,1 ma1s vag;~s: .n_esta hypothe~e J>roceder- sid'eute e um vice-pt'esidcnte·, os qunes -ser-Jo ·
se-ha a. €eg:undn ele~çao,. logo dcpots. n ~scolhn eleitos nnnualmente, o·em sua pdmeira sessão,
de senador pela prune1ra vaga, e ass1m. por . pelos vereadores d'entre si. · · ·
diante. •. · . . ~ '· • Os verelldores só poderão s~r reeleitos
~ i .• C1da elei.tot: votnra em tres n~mes, c~msh· quatro nnn~os depois de findo o ·seu ctlca.rgo.
tuJDdo a lista &riphce os·trcs cldaduos mats vo· · .
tados. .. Parte pmal.
§ 2.• No caso d~ i~~;clus [io de ciuadlio ÍJ!COlll• .
pativel, em lista tr1phce par:t seMdor, sen~o de- Ar& . !7.
clurados nullos os votos que nelle rccah trem, Ah!m das penas do Coi.ligo_Cril!li.nal, n~s ~ri·
deveu do sc1· ilwluitlo na lista o immedinto em mes contra 0 livre ·gozo c cxe1·c 1c1odos dtret~s
votos. políticos e !lm outros 11ue commetle t·em o~ indt·
Eleiçiio de de11 u.tados !JeJ'(ICS c pi'OVillcia.es. viduos que inteJ'vierem no processo elcJioral,
ficam eslabelecidas as· seguintes· penas :
Art. i 5. § .:l.• .A.os membr~s. das juntas parochiaes e
As Pl·o··inci~s
' "
· serfio divldid~s em t~ ntos tli s· municlpt~cs que decidn:el_ll ·c~ntra o ollcgnd~ ~
d provado ns questões SUJelllls :t sua dci i ber;~çao.
tric!OS eJeiloraCS quantos forem OS SCllS Cpll• pena -multa· de aOO:} a { :000;~ ~ iuhab!litaç.iíO
t:>.d<•s :i :Jss~mbléa. geral, nttenc~endo-so qun ~to para qu:~lquer empre;.:o 011 runq,uo pubhca.
I>ossivel {t igualdade de populaçuo entre os d•s- _.~os juizes dtJ Llireito que julgartJm r-outra
trictos de cada provincia, respeitondo·se a con· 0 ollcr•ado c pro 1,ado: penn-sUSJJeusão do em·
ti~t~i~ade do tllrritorio o n integridade do mu· prego" por um anuo no gr:io minimo, l?erda do
nJeJpio. . ~ , . . m esmo cmpre:.:o uo médio, e perda comtnh~bili·
§ l.• Es~a d•yisao sern Cctta ~e co~form1d~de taçiio para Oillro qu:.lquer emprego, no ma~1mo.
C{)m fiS disposições do art. L ~. ~- do decJ elo . § ~.·Aos cscriviies, tabellliics e secreta no~ dn
n. 8i2 de t9 do Setembi'O de 18o5, com as so· 03 mar:~ · municip:tl, pot• fraude o~ ~m.i~são no
guintes modillcoções: d esempenho d~~ funet~e; que lhes suo mcun~-
I.-0 rriunicipio da curte ser:i dividi_do em bidas: peua.;....suspensoo -por um a:;no no m1·
quntro districtos, dando dous senadores o qua- nimo, perda de emprego no médio, e penia com
· tro deputados. inhabifitaçào para outro, no maximo. · .
O presidente l}o senndo designará dos acluaes ~ 3.• Aos tabelliães e secretarias da ca"!ura
senadores da côrle e província do Rio de Jn- municipal, por qUtJlquer demora na extr&CÇ<IO e
neiro nquelles que ficar5o representando o refe· expedição de titulas de cleil?r: pena- suspensão
l'ido mnnici)..lio. · por t.res mezes c multll do ooo;;ooo. . ·
11.-0smuuiclpios d:1s cnpitnes da BnhinePcr· · § ~ .· Ao~ individuas que St.l npresen tm·em
nambur.o, em tres distl'ictos onda um. com ~!lula cleitornl de outrem, pretendendo
· lU. - os das cnpltnes das outras pro':in~il!s que votar : pen~ -prlsiio por sl'is meze:s e multa
tiverem mais de .~o.ooo almas conslltum10 por de m~ nG gráo mínimo ; tle .prisio por n,oye
si sú nn\ diatl'icto eleilornl. mezes e multa ile ~01000 no médio, o do pru1a0
.. § 2. • Cada dis&t·iclo elc"gcrõ um deputado ü (lor um. anuo c multu de 600~000 no mnxim:o.
ns~embléa gero\ .c. tantos membros da s assem· Arl. i8 ;
·blé:~s legisl:.tiv ns pro1•iJtciaes !J.!lantos lhe c:~ilm
dar altP.ndendo u re_presentnçuo ·da proylncia. Enteude·se que é )ulgar contrn o nllcgndo e
§' 3.• No ~so derecahir n nu1iorin dos vol~s provado :
para dcput~do geral ou.mcmht·o da as~emlJJc u § i,• Deixar de nlislnro cidadiio quo teuba pro·
provinda! em cldniliio incom1Jativcl, scriio estes
votos declarados tmllos ; c t•rocAder ·se· ha ti vailo, no~ termos desta lei, possuir os requisitos
novn eleição, na qual .não poderú ser votado o de§eleitor.
candldato cuja eleição tiver sido assim rejei· sitos.i.• Alisttlr . o que niío possuir esses requi-
lado.
Art. !9.
Eleit:ão de vercadore! cjuizet d.e paz o • •

.. No proCosso e julgamento dos delictos pre·


. Ari. l G, . vistos uc~ to lei se observt~rá o que está estnbe·
lecldo po ro o processo ejnlg!lmento dos cri mos de
A eleição de vercn~orcs e juizes de po~ sert't responsobilidode, sendo competente 11ara formar ·
·feita nos colleglos ele1toraes creados por VIrtude culpa e julgar o juit de direit.o ; c quandc :ôr
_desla lei. · este o nccussdo, a relação do disltieto.
Ç, l. • Os vereadores ·serão· elellos por paro· Nestes processos nii.o se eobrarao cust3s (\e
chias, ulcgendo cada uma tnutos quontos lhe especle nrguma, nem para os mesmos correri\o
couber, V. vis!:>. do numero de porocbias d.o ferias• . · ·
município c do numero do vereadores que I ue As )lrlmeiras cerlldiles seriío passados grn·
fôr dea•gnlldo. tuhnmeute.
Cãnara dos oepllados - lmfl"esso em 2710112015 10:37- Página 10 de 28

Sessllo em 25 de l\faio de 1880. 241


· § L • Tem direito de queixa ou denun.ein o Acha·se o parecei' a.;signndo por i!J membros
cidadão inscriJ)to nó registro como eleito I'. da commissiio, cstondo ausento o Sr. nr. Mar· ·
§ j,• A usurpnçiio do titulo de eleitor ü:i colino ~l•mra c doente o Sr . F.lorencio de
Jogar ri prisão em Jlagrantc. · . . . · Abreu. Rt>íJUeiro a V. Ex. que mnnde imJH'i•
mir com ut·gcncia o mesmo p:~roce r alim.dc.í{Uc
Art. 20.. JOssn entrar qunnto antes 11a ordem dos Ira··
. . . .
As insll'U.c~ões que se expe{l irem pat•a a · C!i.·
Jalhos. I · · · ·
ecuçiio desta lei consolidara todos n~ disposiçucs
d:1 legislação anterior não revog:uln~, consli- alt on~i do .
o Sn. PllES/DENTE : -o illustre mlator será
• tuindo assim um codigo clei toml. .
· Art. !J. ORDEM DO DIA
Fic:11n revogndas os disposi\:ü~s em contrario. o SI\. rnr.~rDr::-;n: ; ..-.;_ Tem li iwla vra o Sr.
Cnndido d•J Olh·cirn .
l'ostos a votos as sl!guintcs r~ d:u:•;fil•s ~cto :!ll·
provadas: · . Q S11 .· S:o:n01o :>::: G.\S1'no ; - l'cço n p~lana
pel:l. or•l··m .
IIRDAf:'3ÜES
O Sn. Pnr.st "I\~Tf: : - Tem a p:lln\"l'a .
R~dacâio ela emenda do Sr .. llflZ<!I'I'a dr• Ne1H'.::r1.~
• no pl'fljecto n. 1.2 cl~ ·18RO. . 0 §~·. ~e;Pp; i '> ;i!c Ü"\llltl' O: - SI' . Jli'O·
~ tdcate p:ll'• CC·IIlc q ac •J rc ~kl ~ lliO da c:un:ll':l
A MSI!tnbléa gernl ft'.SCIII'C: tlu~ SI'~ . 1lop.ut,uh1s não a1llol·i7.a n V. l~x. c•on-
Art. ·1. • O goJvcmo fie:~ antoriz:1do n m~nd:~r cedet'. lll'!!enci~ a nm J'll·miJ ro da ·catn:1ra. p:u·:~
mntricnlnr tio i. •' nnno da fa c uhl ~de de medi- f:1ilut· ~oltro um p:tl'c•cc t• illlO niio foi· da1lo para
cina do Rio dt\ Jnnciro o es lttd:mte Jo:io Lobo onlcm do li. ia.
V:onna, que antes do ·:ll'lo desse :1m1o dc1;crn . Eu ler~ i SlUUIHO pm ;;~r em .ui s•!lltir o p:~l'ccer
prcstnr exame de ,,J;:chro o gcomctriu, unico~ do qunl rui tt•l:•tor <.! qui! ·redigi (\c cnul'ut'mi.·
preparnturios que lhe M tam. da1le com os p r~cr.i t o ~ do ~e lo niluiciona l c com
Art. %. • nevog:un•sc as dh:posíroos em con- · os inter~~se; do csl:ltlo t•cb tirnmcntc :i comt>n·
trario. uh in d!l mill<)r<"::io iilgl~;:a do ~I•TI'ro Yclbo, m~s
Snlu das commissues em 22 de IIIniiJ dll 1880. o que eu não desejo c) qnc (Jq nc o ·)lrcce,Jentc·
-Sit"ei1·a de Srmza .-Ruy !Jcll'Úozn..- RudoljJ/io da i~frncç~o do l'cg illl<.'lllu, pamlo·sc em discus· .
E . do S. Dantas. · . são um pat'Cl'Cr CJUC nfio foi dndo pa1'a ordem do
din. ·
lledacrão da emenda do S•·· Alon!~ ao lJI'I)jl'cto
'11 . 1~ ele 1880. ·. 0 Sn. PIIESIOllNTt:.-Niío h ~ ji:II'CCCl' em dis•
cttssão-; o nobre .t\cput:nlo vai rnllar sobt'C Uln
A :~5sembl~a geral resolve: I'CI}Ucl·imcnto de nrgencb . ·
Art. 1." O governo .(j .nuloriiaclo n J\umd:1r O Sn. SEnG1o N: Cü-rno:-Pormilt:t.·meV. Ex, ·
matricular no i. • nnno de fJUtllqnol' d:1s rar.uhla- quo I h o dig:UJ lto' unohrc depn t,, tJo· :tssignalou o
d~s do Imp~rio, dis pens ~do o l'l't'Jnisito da hludc olijccto cl~ m::ttel'i:• .tio s••tt rcqucrimcnt", quo é
hJgnl, o astud~ntc João Cnl'tl cit'O do Sou~n D:m· jnstomcntc •• oll.locto do Jl"l'e(•er. l'nrocc- me
duirn, si mos\I'Ol'•SCl hai.Jililado nos nt•cc~sn rio$ qu~ V. l!:x.. nf1o lluhn nnt or i~ao;iio no regimento
propilrntorios . pm•a c;oncctler u llr:rcncitl .• ..
· Art. 2,c; Revog~ ill·!'Q as dist•osiçucs em con·
trnrio. ALGUlíS Sns. llF.I'L"f.\DO~ :-Foi n C:lmnrn quem
Soln das cominlssüt's em i2 de ?Joio lle iSSO,..,.. votou.
Silveira de SoiiZ(~ - lluy llttrbo.::a. -lloclolt)llo Ô Sn. S!':nt:to m' C.ÜTU\J :- •• • para snl!m~tlor
E. ele s. Da11tas. ti vnlnçuo da \'anwra um rClJUcrimcnto de Ut·
gcncia. ·
Bedacpcio do ptojccto n. 307 de 187\J.
O Sn. I'IIR>IDKI>T R : - Parn o que eu · não to·
A :~&sembléa geral resolve: uho :)Utoriznção c par.1 ne~::tl' tu•gcnci:~ que n
Art. :1. .• Est(t nQ cnso de ser snncrionndo o camnni concedeu .. (1l110ialfos.) .
projocto da nssembléa provin elnl do 1\io de Jn. · O Ss. S11nn10 DF. C,\ ~ Tno:- Entfio V. Ex. OU·
neiro, [leio qual l'oí :111torizmla n concl•ss:ío do . tcllllo QltC observou o •· ~ gi monlo ? ·
. melhoramento de rcfúr lllil do i . • sargcuto do
corpo policial Arnnhlo Luiz Zigno. : · ·o Sn. t•nEsJoE:>l'R :-Simi sonho r • . ·
Art. 2. • l\oyogom·se ns .. dis(JOsiçõos em con· . O Sn. S•:M to D!i: CAstno :- Dem, louvo -.me
trarlo. · · nn · opiniiio de Y. Ex . ···. ··
Snla dos com missões em 2~ de l\loio de 1880. O Sn.llAnrm JlnANctsco :-Pedi,, pnl nvra pela
- Si1t1eii'a de Souza.- lltty Bai·IJozct.-llad~l · ordem pnt'n solicit;H' dn cnmm·a uma lU'gcneia
plloE.deS. Dcwta .~ . . Jlor um !Jna•·to de hor:~. · ... ·.
~ Sr. Mau•tlnlu) CnnlJ~O!I!I:- 'l'c· O Sn . 1'1\ESl DENTP. :-Nilo pti d~, j:i estamos nn
n ho remcttido à mc~n o pnl'tlcct· da comm iss~o ordem do dia. 'l'om n palnvr:t o i=- r. Cnudido de
especial sobre o lH'Ojecto da reforma cloitor:.11. Oli\'cirn. ·
'f omo r.-31,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:37 +Pá gina 11 de 28

24.2 Sess~o em 25 de Maio de 1880.


PRIMEIRA. PARTE DA ORDE~l DO DIA. A1·t. L • Ficam 1'<'VO!/I.Idas rM leis da ass~mbhia
Jlroz•inci(ll r!P. .Ui na~ Geraes, sob 11~. 2181 de ~15 de
O l!lr. Co.ndldo ()e Ollvelrn:-Sl'. N•:t·mlllro d,~ !Si~, c 24,:18 de Nijvcm.b1xi de !877.
presidente, no intuito ele pro\'Cr ú~ nece~;sidadcs Sem faltar ( porque rcsen'o para a occasião
sempre crescentes · do Lhesanro provincial e à oppurttma} na orí:,:inalidade de se rev:ognr em
multipln seric de servil.'os, n si conllaclos, n g"lobo dU3s leis de or~•:~monto pro~incial,contcndo
assernblea mineira, em tSi;;, recompondo c me· numerosas tlisposiçücs, o que revelo o nenhum
lh~rando o seu systcma tributado, votou nD estudo lla. questiTo, tem este projecto cansado
lm n. ilBl, que or()n a receit~ e fixa n despczn · graves prejllizos á província, desm<Jralisondo. a
pnra o exercício de 18i6 n 18i7, um imposto sua lei c dando causa ll.O facto. singulllr e :mo-
sohl'C a industria do ouro·, c!ctermíonndo que maio de julgar-se o inspector da thesouraria
• o 01~1·o cxtmltido em qwr/IJttel: cstn/ici!'Cilncllto provinci3l autoriz~do a sustar a execu~1io de
de mmc1·arcro, t'lll q11c ·se cmpl'cg~tcm mais de 25 umnlci a que lhe cLtmprin obedecer,· suspenden-
trabalhadores, fiC·l J'ia SUJeito ao imposto de~ Q/., do-a tndefinltlamente, com bone(llncito de um
jJodcndo o co11tl'ib11illte satis(a.:el·o em especic presidente, que nfio rcllecliu cGrtamenle na gra-
ou di11fwiro â l'aZtiO <I e 900 !'riis a gmmma. • vidade do nuenlndo I .• ,
E' cs~a o. doutrina do M't, iG do. lei mi- Não trato de n1ü1lysar, desde já, Sr. presidente,
neira. os rnoli\'o,; que poderi3m ter Mtuado sobre o
Heproduzida disposiçno hlcnticn no;: seguin- espírito da nobre c.ommissão.
1e~OI·çamcnto~,e nel!cs llgurnudo como Ycrbn de E', porém, sortlrchcndente que, tr11tllndo-se
receita, não ern todoYiu cobrndo n impo~Lo, nttl de um t•ssumpto tão importnnt~, tratando-se de
que, com a nsccns~o da situa<;iiu libernl, o dis· uma qncstiio que se ''incub ás .h uses mesmo da
tincto mngish·ndo, que iniciou 113 Jlrovinr.in rloutrina lil!cral, os nobres autores do proj eclo se
esso poH!ica com tnntoe5pirilo de justir~ c mo· tenham limitado a essc 1weambnlo de cinco
!lcração, o desembargador Elins Pinto deCnn'n· linhas, :i esstt ~ssevcrt~ç5o auloritaria do vicio
lho, pl'cstes aeudiLl no reclamo dos i ntcresses de inconstitucionalidt~<lc, sem dcmonstrDI-o, sem
1lsçaes min~iros,. c cumprindo o preceito legis- d,iscutil-o, sclll oo menos revelar em que con•
lntrvo, fez cx.pedu· o rcgnlarncnto n. 80, sob cujo srste ellé\ !. . . -
rcginum se começou a immediala u prornpta O Sn. Srma ro nE CAsrno d1i um aparte.
cobrançn do imposto, conwetcntcmeutc dec.rc-
tado. O Sn. CANnmo DE OLtYEinA:- Como dizia,
De facto deu-se cxccnção ó lei; nlgumns co- esta importante questüo prende-se á gcuuina
1mmçns fol'am· feitas e ate, pela n•Juctnncin de inlclligencia e exccuçiio fiel do.Acto Addicional,
uma voderosn co.mpanhb, a do :.\lon·o Velho, c {larn mim, conrcsso a V. Ex. .•. foi umo. dolo·
teve o agente fi~ca\ de r~correr no emprego dos rosa sorprezn ver gae, em uma cnmarn unanime-
meios,iudiches, para n~o deixar burlar o ad\l do mente libera t, ondtJ Q p<lrtido cotlLtt os sens mais
JlOdcr Jcgi,;laU\·o,que no tl'ibunnl de 2.• inst:lllcin autoriz:Hlos represimLnntes, sm·~isse um parecer
da provincill encontrou o U(loio dn mngistrntnr:1. ·tão digsouantc dns nossas dontrmns, mo arredio
Existiam pois todos os elementos conslituci'J" dns nossas trndiçõcs e trio o!l'ensivo dns frnuqua·
nnes pnrn a obrig3toricdado d~ lei onnct•ion<~da. ;~;as c lillerdades provincioes. sem llS q<tacs não
promulgada, pui!Hr.ada c regulamentada. Xo (lU~ püdc haver V€rdadeiro libcrnlismo. .·
tanto~ a$scmbléa lillcral na séssiio de J878,recon- E', poi~, n~o s,j em nome dos principios. Ube-
siderDndo o nssnm Jllo,o convc:nccnuo-sc de r(U'l o rac;;, rtue roram postergados no )lnrecer, como
imposto, obrnngcudo n mossa brntn ú:t oxtracção, tambcm em nome tle sérios inte1·esscs de minha
sem deducção das despezas !lCll(l, ern ou po!lia pt~ovinda comprorneutdGs, quo vou ntJresentftr
tornar-se ,·ex~torio, modificou pelo neto de 9 do a cst:1 nu:.;u~L3 c3mar:1 um requerimeulo, cujo.
Novembro de l8i8 (~rt. 4.• § 2." da lei n. 2/J,i(i) justilicnçuo peço licença pnra produzir.
o rigorismo precedente, delerrnimmdo fJllc .• o fSr. pt·esi(1enlc, sabe esln augusta camnr11
iln)J081~ Ber!r1. cobrado ~o/ir~ · o 1•rodu~'lo fJ!U! oliti· perfeitamente que lia un1 gt•:tndo urbilr·io no
vessc1i~ as cmnpanhirrs 011 empre::ario.f dr·miltera· quo t1i7. rc~pcilo tt cl:t~silkacl'to e·it discrimi·
pão, decluzidns as d~spt•:a.ç rll• rxtracrcio, tra~·.:mdo nn~iío dn$ impostM gorae~ o fll'ovinci:ta~. As
ao mesmo tempo regras Jlam 3 exactn at·rccmla- leis nn1criort'S no Acto Adllicloll31 cogíLnrnm
ção dclle. · algnmr1. cousa dessa clnr-~illc:l~.l\o c dc.steram
Suppunlto desta arto n (ll'ovincia de )finas que mesmo n ennmcl':tções rn~uisticas; mns llepois
n sua ossemblén, no uso nol'llul de nmn nttt·ihu.i • d~s disposiçõ~~ do art. 10, ~~ a.• e l2 do Aclo
ç1io legitimtt . e consign:ida no Acto Adtlicional, Addicionnl, essa cnumernçi.io llcsoppárcceu, o
legislando sobre assumptos que são sujeito~ i1 nova' regrns ~obre a competencia do poder
trtbutação provincial,(Jcla phr~sc genel'ica o clara legi.~lativo proviucial fornm com mais largueza
do texto ]egnl, teria de Vur 1\S SUDS diS[JO~iÇÜOS llrmndas.
cumpridas e exeent3das com grnndc vantag-mn O :1rt. :lO, ~ l).• dispuc que eis as8embléas pt'O·
para o thesouro provincial, que ~cria ongTo;;sa- viucill.~ r:.umprc le!Jislal' sobl'e .a {ixacrfo das des·
do com ccren lk 70:1100;~ nnnnn~s; qunm\o o> in· wzo.~ .JH'm:inf'ifi P,~. e !iWII.iCip·tc.~, c • OS illlposto&
te~·c~>Ddo~; esquh~os no p~~·nutctllo, e j:í •les~t.­ !1111'11 .e/la.~ neces.s<u·ios, oomtanto que c.1tcs.nc!o · ·
tendillos pelo liher·al c paÚioti~o inddcrinwnto [ll'ejwlifJ!I!'In rís imposü·õe.s r!Cracs do Bstado.
do illn~l.t'C con~~llwiro Sil\•eil':l Lobo, ricrntn E o a l' l. :12 'ü yérln :'ts mosm as assem bléas
encontrnr ~naritln o npoio omci:ws na no l.n·e lr'{fislaJ• .l(!ln·~ imposi()S de impm·tflt:(io c.os objectos
cotumis~Uo de n~se. l\Lhlca~ proYin~:i~•·s d~sta casa, f'•m.prclreuditlo• i!OS ·doús Jll'CCerlr! ll!e8 tll'tlgos. .
que .113 sessão de .1·'1 do .Tulho do 1879 offcl'cccu, :5tio I)Sles os U.ons uni cus textos da lei orgauicn
sem )trenmbulo, o projc-cto elo teor ~~guinto (111): de :1.83~, que cogitam dos limites traçados li
Càna ra do s Depli:ados + Impre sso em 2 7/01/2015 10:37 + Pá gina 12 de 28

Sessão em 2õ de 11aio de 1880. 243

faculdade legislutiva das assemhlt~ns provin- ·E niio se cotlle»t3, SI'. presidente, o. nem se
ciacs, no que coneerue i1 tlecre!a!.•fi_o de impo~tos. púdc ·seriatnçnle contesta L' a constitucionalídndll
Convém, .por conseguinte, quo llrm~mos, com das imposiçücs provinciac:;, porque em tal caso
loda a cb•·eza, a natureza desses limit~s. p:m1 a provinci:1 ficaria. dcstilllid:t de meios para
saber si incorre ua censura con~lHucionl a l<li lev:~r a eil'eilo a sua grande missão, para ra~er
mineira, cuja deroga~üo com t~nla preciJliLU· face aos m ultiplos serviços que lhe confion o
r;ão Jledlu :1 nobre commisslío de assernbléas p::o· tnonumeulo desccntrn!isndor de 1331!., ·
vinciues da sessão p~ssada . E' preciso, pois, que so entenda em termos a
Senhores, pela tClrmiMnte }Jhrase do Aclo Ad- l'estncção do arti~o l2,e osle-em \ermos-ó que
dicional, é claro que as assembléas pro1•ineiacs o nobre deputado nüo quiz procurar, sendo n
11odem tributar toda e qualqller espccie de obje· falia de uni t3l crilerio o que dú ã sua opinião
ctos, todo e qunlquer feito da mduslria lm· uma fci~;jo que nadu tem de liberal.
m~na·, excepto apenas arJuelles que se prendem
ú importação estrangeira, reservada ao Estado, 0 Sn. GALLlli'íO DAS NEVES : - E' no que elle
Ú COl'CLUlda,
e â serie de tributos olrensivos dasimposiçücs
gerl!es. . . O Sn. CAi>DlDO nE 0LJVmn.l. :~Senhores, eu
· Não sou eu quem o diz, Sr. presidente, é um entendo, e não é opinião individual minbn, c
dos nossos homens de Estudo dos mal~ eminen· sim (le abalisodos escriJ.>tores das duas escolas,
tes, um dos mais autorizados oracnlos do li h e· que o imposto pi·ovinr:ml só lornu-se imcompa-
ralismo quero o proclanlott, com aquella · nitid~z tivel com o imposto gernl, qu~ndo, pelo seu gra·
de edição que o dislinguiu, Uellro·me ao pro· Yame, pelo seu exagero, clle vai embaraçar a
vecto e5tadista l\Ianocl Alves Branco, que no murcha e cobrança do imposto gerill, qunndo
conselho do estudo diss~ {lê) : clle estanca as fontes da riqne1.a, e tornnndo-se
c As nssemlilá.1s provincicws po(lern im11ur pa~·a rtnnsi pt'ohibith·o o ~niquila, razcndo retlrabira
suas despezas (,trl. 10 ~ o.• do A elo Acldicional) indnslria, incap<~l de stt(Jportar conjunclamenle
sem outra lilnit:I{Xio· fJll~ mio S1:ja a rf,J mesmo ns dttn> WMs • .Niio ~. llOt' conseg-uinte, em todos
art. :1.0 ~ 5.• c do art. 1:-! do dito Acto, e ']WJ .sere- o~ cosos, não ú s8mpro qtte o impo~to pt·ovineial
duz U /UlO o((eudel' !Í-~ ill!/lnSi!;ih:t am·ue-~ (I (1 nt(Q
0
e l"nçt•d" ~imtdl:utet•nlonltl com o go•·al <JUe se
legislar so!Jrl! ún;·o~b!~ dr• iiiiJ!'IIIrtj.'li!. llll' po'>rl•: l)~probl'al' u ddeit<J dt' Íll!~onslitudo •
A:·rcdad"~ do dci.J"le :t::; Laxa~ ~,):..r c ~~ i111pot'\~ •
nnlidwlc. l:)~·itinwrnlo a sua dct·o~·arãu.
i'i'~''· Esse vi, i o d.~ ineon~litndonalidodc só
ção, t·onvétH, 81·. prc:;idente, s~lwr de que uw,lo 31J[Wt'ücÜ, sü se nwnift'S':J. quanuo o impo~to pro·
o im})osto provinehd ull'endl) u s~·slem;t g-er~l th1s viuciaf, por uxce~sivo, uxngtll'atlo, e voxalorio,
imposições do Bslado. 8Cl'<i, meus scnhorus, entra em collisilo com o·imposlo geral, e con·
pela- >imples decretttção sinmltanca do imposto tribniudo para cstancnr a fonte da producç5o,
por pnrto da província e do Estalio que o.q ucllo fnl dlmlnuh· · a percepçuo dos proveitos que o
torna~se exoriJHantc e sujeito á revogação por
esta augusta camnra·? Estnllo. d~ imposição podia tirar.
.Esta intelligencia interpretativa do arl, I! do
0 Sn. SEUGIO DE CAstno:-Sem duvid3, Acto Adllicion:JI, intelligenci a que reputo libcra-
O So.. C:\~0\Do DE OttYEUI,\:- Nfio, Sr. presi· lissim~, IllliLmente nlio é mínha, mas an\es
dente, porqlle tal corollario maturill a Jli'OVíncía, nmp~ram·na e apadrinham-na autoridades do.
Qu~l o nssumpto trihuluvel pdns legislaturas ma-sima valia.
provinciaes, que niio o seja t:tmbcm pelo E~laúo'? O Sn. SEnGio DE CAsrno dti repetidos c longes
Examinemos rapidamente alguns dollcs. O ~s­ apartes.
tndo lança novos e Yclllos <lircilos sobro lo1los
os fnclos jndicinrio~ e civi~, mas u t>rovincia 0 Sn. CANOIDO DE 0!,1\'Ell\o\: -Sr. presidente,
tem exercido 11 mesma faculdade c creio que queira V. Ele manlet··mc n liberdade de tri•
todas ns assembl~as provinci~cs cstiio na posse buna; o nobro d~put~llo ntira·mo um tal chu·
incontestada desse direito ; o Estado impõe veiro de ~r.artes que qu~si mu impede do con-
sobre os generos do exporloção, impõe sobre o tinuar. No cntanlo o assUnl!Jio c gravíssimo
caft;\, que. é nosso ouro, que é nossa · riqnew, e e demanda toda a seriedade no seu exame.
ú.s províncias nunca se contestou Lnl attribui- ~[as, como dizia, Sr. pt•esidente, não \!só-
ção .... mente a opiniiío do humiJc:le orador que occnpa
Ainda, Sr. presidente, qnasi todos ú8 r~mos a lribun~,. mns, nlém da dos cheres libera!ls, ó
da induslriP ou riqueza Sito tributados scme- tamhem n tlo um homem que não pôde ser nccu-
lbnntcnumte pelos dou~ poder~s. como o é o ex· sado de ~IT0i~Eo ü doutrinaliborol neste ossumpto,
porLaçiio: o gado ,-accum c cava llat· é lrilmlndo c quo antes não [lerdia ns occOJsiucs ele externar
pelas c.nmaras munici[lacs em virtude de lei pro- sttns. prevenções c ]louco ent!Jusiasmo pela
vincial, e é ~ujcito :~imtJosi~tics get·acs: a herva :;l'ande obrtl du geraçfio varonil de 183~.
matle, rique.r.:a da provincia r:1 Ltc o nobre mcmlJro 1\ellro·me tlO Visconde de Uruguay, scnltoros,
do commtssiio representa, ~ofl'l•c as tluaslaxa~ : que. nuo obstante suas antipnthlas contra o Aclo
as proprins uomr.n~·ulls pnt•n empregos tinblico~ AdtlieionnL foi tuais liberal do qua a conunissiio-
pagam emolumento~ na~ rcpat'll~Õc> u !l'l•rcla- tlc n~~rmhl~~s proYinci:tcs do utnn enmarn untt•
rios ~:eraes c das pro\'iucia~. 11 im~monlt• lih~l'nlll t .••
Póde·sc dizer sem receio, SJ'. prrsidl1nlc, qtw () :tllloll' tl:I lt!i 11\UIÍiilllOl':l UO -fí!<\:0, á [Jaglll[t
com difficuJdndc ~o eiirontr:t~·:i uut ltt'ndth'l" :llli do~ seu.< 1-:st udo:; Pmlico~ soiJrtJ n :~dminis­
)assivcl llo imposto:<, rtuo niio o~tej;t collll'l'••· lt':~<:~o tlus pl'"\·indu~, dcelara sem rebttço, q,uc.
l
wmlido ao mesmo tmnpo uas malhas Llu sy~!o·
m:t tribut~l'io geral c provincial.
•1 d·w.•ula O!f cundi(~l~-c~mluulu qHc ll(J~ tJI'fJH•
tliiJIIt'IJI H.l' IIJI/IO.II!'Ut'S .'ll'l'.tll'$-Ct)ll' ~ttC 0 .:l<:tO
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 10:37 +Pá gina 13 de 28

244 Sossfío em 25 de Maio de 1880.


Addiéio11al q11i:: pp·es,•rt:al' os cw• q1te o
recut.~n~• 51'. pre~idC)nlc, firmado portanto o principio
poda (J1'1'al tem dA acceclc•l' âs ueces~ 'd·lil1'3
da incontestavcl c unico aceitnvcl por uma eamara
ttHilio, ~' d~masiadrmunte t'U,Qa, c• slimeu!;• pôde liber~l, de que só é inconstitucio"tlal o. itnllOS\o
sei' t•;&plicuda casuisticamcute. pro,·incial, qunndo olfcndo o tributo geral, cs·
Aindo tnni~, Sr. pi•csidenle, o parecer da com- t<mcmdo ou rarefazendo a fonte dn producção
missão de nssembléas provinciacs {lJ3l'Cccr sobre ou ilHlustt·ia tax.ada, ..
o qu~l o 11ohrc (\cpulodo dcrcrn ter meditado,
~n\es de condemnar u lpi mineira), pror~rillo
0 Sn. SEUG!O DE CASTno:-Não opoiado.
DeS\C recintO a 22 de Julho de UHO, est~d.HJlecl', OSn. CANDIDO ns OuvEmA: - ••• façamos ap·
proclamando os sãos priucipios lilwracs que: a,, plic~ção deste principio á espccie, isto é, inqui·
imposifàcs gerac.~ só S!io ol[cndicla~ e J!l'ejudieaclas rmnos si o imposto pi'Ovincanl mineiro adla-se
pelos impostos Jll'ot·irwiaa.<, q:rand~> c.<tes stio d,! na· em tal contingcncia c si. da coHisão dcllc com o
t11re::a. a em1Ja1:afarc tolflr'l' o JICI'reJl!~Ü"o rlaqEeyas. imposto geral resulta tal desequilibrio que a
A esterespello nccresccnt:1 o Viscond•~ de Uru- fonte de lll'odur•çiio, que a induslria cxtrnetivn
guay que o imposto pt·ol'incial oH/mde o [Jm'<ll, do ouro tenha·se nlJ~Indo ou solfra, retrnhin·
qtwndo por qualqnc1· 1~trmeiJ'(~ ntaw 11 ~ua. {outc, do-se, e diminua Wo vbi\"elmente que a I'cnda
csta1tcando-a ou ral'l'{azendo·a·. do Estado solfl·a com elln, decrescendo, ao l~do
E' pois, nesta hypolhe;:;c c n~lla sómcnte dn quantidade de o mo extrahido, o· producto
que o :1cto do poder provincinlp<ide ser t'econ- dn nl'I'ecaduçflo fisco!.
siderado pelo corpo leg-islativo, c por ellc uulli- Senhores, não quero retrotmhir aos tempos
flcado. coloni<tcs, não preciso dizer a uma cnmara tão
Fóra dnhi hu excesso c.faltn rle compelencia; illu,lt•ttda qtte o imposto do ouro outr'orn ceie·
e JHt proclam:•çiio de outros J•ri u~i[Jios tudo ·se bre uns cht·onicaa mineiras .COlll o nome de
IJOderá onconlt-.11'1 menos u opplico~ão du dou· quinto do our?, o que re-pt·esenla iO •;.da quan·
lrina liberal. ·. ttdade extraluda ...
0 Sn ·. SERGIO DB CASTRO :--. !\5o eslú i5to no 0 Sn. G.U.DINO. DAS NEYBS :-JUStamente i
Acto Addicioual. pnsscu depois-{\ 2 •;•.
O SR. CA:smoo i:m Or.rvEtnA :-Oh J não cstlt ·O Sn. CANtJtoo JJE OtrVEIRA:- ••. foi suppor·
no Acto Addicional ! Alem do ~eu lcxto, e::tà t3do largos nnnos, comqnnnto influisse p~ra o
no pensamento c:~rdenJ c domiu;:~dot· rhdlc, lfUC movimcmtv revol ncionm·io de !789.
é a rranquez:~ das provincias, que seria inteit·a·
mente burlada sem o direito de imposto; cslà nos 0 Sn. ÜAL!JIXO DAS 1'\E\'llS :-E' !Jom ÍllYO·
princípios liberMs IJUC o nollro deputado 11ão C<ll',
quer reconhecer.; está na sancçilo !!UC umu cxc· O Sn. C.umwo Dll OLIVEtnA :-Cinjo-me 30
eucçào de 46 :umas lhe tem dado, pcl'mcttintlo pnriotlo constitucional da nossa historia, em
~~~ imposi~ões parallul:•s do E;lado o tia JH'uvin· que e~ta camat'll tt·ibutnv:~, creio que com 8 n;~,
c ia ; está sobretudo na gt•:tn<le cons id~rnç5o do o ouro ~xtrabido. · · ·
quê a inlcllig-enci;:~ ~ontr~u·ia impor_la ~ :•bsurdo, O. Sll. SEtimo DE C,\S'mo :.-.Note b<lm ; sempre
porque nbsurdo sena )lrJ.Ynl':qJroYmct:• dO(JUnsi
todas as suas fontes deimposi~lio!J... (.lpoiaâvs). imposto geral.
O Sn. SERGIO DE C.\sTno : - N~u apoiaclo. O Sn. CA?\Ilti>O DE OLrYiltuA :-Esta tributação
exitlitl por muito tempo. Comquanto bem ele·
O Sn. CAxuJvo DE OttrEmA :-Sr. pt·c~iuentc, vad~, era ~em diffictlluadc m[lportnda e a Jndus-
eu quiz~•·o !JliC o uubl'e flt!llUlt\do !Jtlc so lllQstr:• lria natln soll'l'i~ . .i.\'no só ns grandes comp:mhius
tão exa;;er~•do e al'dé·ntc na ma impu~n:t~:f•o, n1e ~c orgnnilaJ'am e fnnccion~r·nm, como milhaJ•es
J'e~pondessc: AIJI'i mi1n de8Sl dislinc\~~u, dt•i- de foiscntlo!'es da extr:tcçno do ouro fnziam l!eU
xai de }Jari<! c~st condli:u:i•o tutla lcg:11l c ,•, ltuk~t meio d•~ rid;:~. A historl~• dos ierr~nos auriferos
Ie~itima, cnudemn<li" I01!0 o impo;;lo [JI'O\"inriol t:la minha provinda e ue todo o lmperio ahi
re.cabindu .wh:-e nwlt:J'i"s jil trih~11auas peJo Es- c~lli lHH':t demonstrar que somtnns enormes, que
tudo c o IJll(\ .. ncn Jllll'o a Jl!'"vinti:• ., tlcnhon:s, JII'OY!'Íio> e vanl•~c·ens collwratn os ~mprelarios
nndn, ~•b:<nlulall:ellte ll:tan, IJOl'IJ 110, :•iH<!" " re- de tainor:tt•no, IIWsmo sujeit.o~ aos impostos
pito, tttdo (• tl'ilmtaveJ c lriltut:ttltl ~i.uuil : . tll':l· cll'vadn~, :llltel·krPs ü ki d•• !8118.
meu te pdo.J~siaúoc pchl !'l'nVillcia. Si, pob, >Vlll· n,wo:.rudo, porem, t'.<~~~ iiUJIU~!o em 18~8 sob a
prc rJllC hount· nmu lrilmt<•çào dnpln, n ll:1 pro· iniciativa lfc Ulll lllCU CUIUi'I'OYiUCiaUO,,, .
ViUCl:l rúl' deelnr~cla ille\ltlStit::cinn:d, :1 COIJSI)·
qneu. ch1 ser(! <fne :1 JH'ovincitt ll''saptJ:Irceu: o ~:unos O Sn,. GAI.Im:o M~ N&vE~ :-0 Sr. Paula
Acln Alhlieion:• ~uni nuw iJ lu~n(J. l-wnar- '"·b:t ; fez. no> c~ te !a vor.
llll1H lJurla: n (>hJ':l f!:t ~· ur:ie;·, , U0.18.)\, l<'r(l de:'· o ~n. CAl\!ltl>" m' llLIYmM : -... o ill::~tre
~~~tnr··~iilo. No etut:•nt(l í.d.,"e·lll(' ]JI'oflliiÜ:•tne!i~'! SI'. lu•·:ll'ill~, ·~sruili>la qu,•ni"'ill'.dc ~f!n,cctls:alu
1ltzel-u) é f~sta a roneltb:i•• <• tirar-se deste t•arú- dll imprudente, em !olii. o rc~susctti.IU, detcr-
c~r tia eonnni,osiio dl!. :•~<••mblens [Jruviuciaes mhwndo, Sr. pre~ideutli,IW lei u. HiO de ~G de
da camun1 li!JeJ.'ul de18i9!... · Stltemhro lle IISG7, urt. :!a, quo as coll<'e~~õcs <lc
o sn~ simUlO JJ); CAnuo tlti. um ilpiulc .. min~s ·nc:.v:•m snjei!as ~ tun:1 taxa tn·opor~ionnl
d~ 2 o;. do l'cndimonto lif{Uido, tiradas ns des-
0 Sn. CANDIDO IJE ÜJ,l\'JmcA :-.Cil Í!'CÍ <Í DU:l• pcws dn extra~çiio. . ·
lysc do vnreCCI' llO Sl'. Dias de Ca!'Yt1lho: temos E' osla :doi gcrnl; Sr. presidente, que onohra
tempo; cheg:ll'l'Í n is,o, n~o me assn~t:1 ~ sua dl)putndo reputou ollbndada e :~tacada pelo aclo
opinião, MlU e!lu f~vot·erc o nobre dqwi:,J ~. dn ~s~emblêu lla minha provincio. E' c~to mesma
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 10:37- Página 14 de 28

Sessão em 25 de Maio de 1880. 245


. . .

lei que 11 sccçiio dos ncgocios da f:.zemb do COll· I o Sn. CANOIOO DE OLIVEIRA !"-E' 1Jllt'3 admirar
sdho uc CSt.:ldo considerou :mlinomitla com a Sr. prcsidcnle, que u1nn commissão liúernl da
lei provincial,não ·s.: julganuo,porllm,ouloriz:ula cnmara uos sn. depulados furmulnsse o seu.
n propõr ll su.a r cvog:u:ão,mas opinando para proj<'<;lo <lcroguturio, ainda uma vez o dig-o, não
que fo:<se tudo levado iJO poder ltlg-islativo. · discutindo, n:.o explorando os graves problemas
E' por Isso f(UC disse IJilC o conselho M estado que se vinc11lam sempre a neto~ taes, sobretudo
u'iio f:,vorecc o nobre deputado,c fiUC o St•. Dias na pfirle quo di:t respeito aos limila~ dn·compe·
de Carvnlho niiose ennunciou. sohrc a ctuiali· tenda· da assémblúu geral para nullincar leis
dudo da lei. mineira. 11rovindacs. (I1JlUI'tt'8 do Sr. S('l'!tio de .Castro.)
1\lrs, c.omo dizia 1 temo~.IJtle n lo,i gemi Lri· O nobre 9 r~dor clwmou· !fiinbn nttenciio.Pa.rn
bula c~lll ~ •;. n llldustt·ra extracl!Yn do ouro, o Acto Addrcu;,aal; m:~s cu o que .tenho o du·etto
liqui~o ~as dcspez.as de e.xtrar,ç~o, c !fUC a l~i de ex.igi: a sua ~tlcnçã~ IJ:Ir<~ ess~s textos não _
provrncral · mrnemr lrtbut:J pa :·alleln c sr· rtJSp l~tlm.os ; Clt e que uno posso detxlli' de pedir ·
mult.1ne:~mentc com 4, "/ oessa mos ma oxtracção no meu ami ~o & .JUC medite um pouco sobre· as
liquida . · dispu$ições dcss:1 : léi con5Utucionul ··que foram
' · · llOSterga&las o esquecidas ll por quem sr, prc·
O Su. St:L~Gro o1o: CAsTuo :-Pal'~llclocntra clous sidcnteT ' · '
e quatro uno comprehendo. l'or membros de uma cam~ra unanlmc, por
O Sn. CANDIDo DE ÚLIVEtnA:- Assim llOsla n membros de um pnrtido que, nas suas mois
qucsti10, li claro que o iudustria do ouro é tri· glorio~as trt~diC!iÕe~,cont:lcssa obra de 183~. q_uo
butad~ 'ttelus dons IJOdcr·es, !l:et·aos o p'ro\'iucin~s d~VtllllOS el!l:l'uudece.r e 3lar~:u· c nunca rcstnJ!•
com ü •; . li O todo em relaçuo uo n•stlllado h· gtr 011 mul1lar. (AJI~mr<lvs.) Um dus devere~ mars
quido, ist o é, dedt..zillaG todas us dcsJtezas d~ ex· impel'iosos do pat'lido lib~.:l'al, umn das Cúrmas
t~acçiio, C\1DVindo nola1· que o illliJOS~o .mineiro da s~ta ,1JfOJJagand3 e~tâ na am~m~r;ão r).n.nuto·
w recahe sobre os grandes estabeh!ctmentos, nomm e mdependencw das provmctas (r•pouJdos),
•IUe fun ccionnm com m<tis de ~1i traba lhadot·c~s. na amplid:io dtJ suas faculdades c regalias .
•uma .industria que se tl'ibuta npcMs com Tcnl!opnra mim que devemos,constantementc,
6 /o em seus lucros, por que. faz- se deduc~i!o de por nclos repelidos e sinceros, c nlio i>eht decln·
t~das as dcspezas da extrac_ç:to, pode ~e reJl~t:t,r 1 n;~ç5l' e rhetorica (apoiadus), não prlas palavru
tao oneradah~Jue, graça~ :~o 11upost~, ~.e ro~ra l 11ra 1 vã~, fa1.cr ntlur l'om torlos os s~us corollarios o
as com1Jan ut~ dcca~u·ao. e hqnrdat:no ~ ~u grande priudpio dn de,centrnlilaçii'' provincial,
quem na,o ~ouhece alnslort~ de no~sa .mll\era~tlo !Juo sah·ou . o Jmp(~ rio, quo indubitavelmente
o podern ~m~mnr COl!Vencrd~ml•Dl!!. {.tlparte~.) mnoii.!Ve i. unid~do de~te grande paiz e que é
Na. provt,!le~:~ de Mm?s. cx1stem componh1as tah·ez 0 ~ou ~pl'iucipal elemento ds Ílbera~de.
de mu~eraçuo rmporlanltss~mns e h~ longos a~nos ( Ajlt>iadó3.) Atas, Sr. Jlrcsid.enlc ,· temos tido
funcctonnudo,du tompo .nmda do ll1lJlOs\o 1.evo· !Juasi ~·~mpro a · enorme infelteid:ule de vergo- .
gado em l848. ver:-os c situações liuaraes fer·ircm a nuton<>mia
Entre ellos figura proeminentemente a campa- uas 1 n·ovi.nctn~ saltando sem escrupulo por sobr&.
nl1ia do Morro V~lho, que dti dividendos cnu.r· ns di~po~içõe~ 'uo Ado AddiciotHtl; o estn inf~li·
mes, de ~O •toe m:us nnnune~ .E·. cst:l compnnluil, cidade é tar.t lo mnis dejllonwe,l, quando é certo
.Sr. prestdeute,~ t.,lvez ~ llta1s l'IC<I e poder,osa de que taes nol:1çiJes são apadnnhadas por· com·
t?dos que eshtO funce.•onondo . no. lmpe•·w. lht mis5ur~s do parlamento que, longo do gornn&ir 1\
a~ndn outros que1 mn1s ou me no~. llo1·q~cem e p 1·ovinci:l seus <.lircU.os, concorrem parn seu .anj·
duo bons t:esultauos. Ora, ~uando c c.c•~s!d~r~do !lU. ilamento COllliJI'OJeclos o l1Ul'CCCI'CS do .qutloto
um bom emprego de ~nJutnl n ncqulslcao de d··~tc quo uprecio. . .
minas, qunndo ellns se vendem JlOl' bon ~ pre ~os, · · ~ · • .·
e se razem onor·mes duSJH'Zas L!Olll :1 ll('qni~h;iiu O ~n. StnGtQ oll CASTliO da um aparte.
do· muc!ti!tas p"ra a extracç:lo, uma impnsiçã~ tl.a o su. CM.-omo DE Otmmu :- Convêm .IJ.Ue
6 "I• exJgt\'c.l d!!s luct:osdo Ol\ro, do !Jl~a ~c dtn· procl;~memos, 1.'0111 n energia d:ts conricçõe~ ~tn·
do pelosaecJODI$tns, u ~() rlauwnlc .tnl!llmn, nad:t .cer·a,:, 11 uc n lei pi'O\'incinl tem Lauto prc~ tlgto e
tem ~e ,vox:rtoda, e, pots.os ta, "f.. mmctros podem t:mt:t ron:-a obi·Ig~ tot·l.r, nos limites do pi'OVInclo,
coextstu· com os ~ "I• do Estado. como . a. lei ~crnl n" vast11 . cil·cumst,ripç:io · d!l
O Sn. S&IIGIO IIE CAsTno :- E' · umti oulra lntpul'io. { tlpoi•r~l"s. ) I~' t•reci~o que prncl~t'nemos
quoslfto. · que a aulnridull,! dus ll ~ >emblé;ls pi'OVinci:ICS é
o Sn.. GALDL!'O DAs .NsrEs:- Eslu é rJUc é 1, Wo ntt· ~ u,.tn ~ l:io rcspcllav~l como a nutorld:tdl.l
quest;io, do p:1ri"111Citlo:. . . . . .
0 SR. CANDIDO DE ÜLIVEII\A: ~As COillpnnhias U ;.:ovCL'HO ·IIUO ICill ~~ ll~retlO do VIOJnr Impu·
continunm n funcciorwr ,-conlinunm ;1 obter uno n!'lllcnte uma li!l provuwt:•l, c•,mo uilo te.tn do
pC!IliiJilO~· lucro~, e n l'UillJli'U uc ..~UIIS ·nr·~õe~ ( rttW vwl:tr 3' lds p:ct·ne~,. Plll\jUe 3J11U.US .e.mnn~.m de .
·u!i 11s uiio se cnCtmtro.m !lUllsí 110 mcn:ndo) ~1:t·:·1 o11tcwrd:'d<Js C?n~tlluctOu~cs, (JUO nos suos orbtt~s
· aindn por muito tempc, unr cxcctl ·ntc 1•111 prego t'CSJ?~."Cttras ~ao tmcam.uçucs da gruudc soberanm ·
do capit~l, mosmo sob u innucuçin dns tnxns_ nacLOn:.ll. . . . ..
JiD!fUS nu~ govoruos :.:-cral ·o·t>rovincial. (<LJw·ks.) · No cmtnnlo .o <JUC se vil '!
!São lrrespondlvcls estas consldcl·ações. · .[)o proprio seio do pari nmeuto partem dou-
O Sn. GALDtxo DAs NEvEs : - O commct·cio lrilllls 1te1·eticas, c em tom \lUlorttnrio, com a
inteiro é tributado ; e pot·quc ns companbi;ts tlo concisão dos axivmns, são propostas ns revo·
minuraoão de\•em ter umn cxccpcuo 'f (O St'. gnções dos leis provincines, fora dos casos cons•
Sergio do Ca$tl'o dd I'I'J•etidos apartes.) tilucionoes.
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 10:37 - Pêgina 15 ae 28

246 SesS<1o em 25 de.)_i.\'!a.io de 1880.


N~to,porém,quc ~ nob1·~ conHnis~ã:J •.. _IJ.!IClldo· O S!t. CA:'I:OrD ü llr; OLI\'JWtA :-Bem dizia (lU,
que .(/Cmus donutltrl llomrrtrs _. _ . . St·. pr()> hicn te, lJ lHl 'J rwlm: deputado linba
C()Chi l!t(UO (n\o)... .
·O Sn. SEntJio DE CAHno .: -:<\ão :~poh•do.
O Sn. C A!"DIDO oE OLzn:mA : -.. •. c;:'luc~eu-sc · O Sn . SmlG to oc;. Co~stno:-N:io apoindo .
ou não quiz lembrar-se . !lc um ;1riig-o do .-\elo O $ 11, C.\:'iDJoo DE OJ.tYF.UI.I.:- ••• isto é, que
Addicion~l que e r:~ a bilol:~, que c r;• j ustnmentc 11 ~1) linha examinado o nrt. ::!0 do Aclo Adâi-
o criterio que :~ devia gui:~t· c inspicat· em ~t!U c ion~l; ll''I'<[Uil cn qtlct·o qno S. Ex., conrron·
porcce1' . · tondo o :teto dn Js,:c•miJJéa mineira com o art.
~O do Ac to. Adi.Jicíllnal, me declnre.com rrnnquetn
.. E; este o art. ~o q uc .diz o seguinte (IJ): em (J IW c lJUC 1!Jio. atlenta contra a Consti-
• Oprcsidcutc do prO\'incin Clll'inr:i ú ll>SCIÜ· !ttirfoo. . ·
bM:t c go,·erno geraes dtpiil ~ <mthcntic.1s de Et<15o poi:: da pd lodos os pl'iJtcipios que nuto- ·
todos os t~ctos le.Q'islativo~ J!l'ovinci:.cs llUC li i' C• !'IZ:1V:11n a a~ st::IJ I.J flóa Jilineirn Jlltl'n dccrclnr o
rem sido }Jromulg:1dos, afi111 de se eX:tluiunr ,i 1111JoO$ltl .sobre o om·v c llcl ~rminm· n fó rma dn
olfcildem n .r.onslituiç5o, os imposlOl! ;;en•c~ , o~ sun llC t'et.·p~ flo. A lei mineira 1\ itwt:ie<tYCI e á
direitos de outras prol'in~ins ou os tratndos, U<thr\) cou1mb~ i1o f;tllmt·iun elementos }Jar:t acoi·
casos ynicos em q11e o poder Ü!!Jislatit'O ,!JCI'I.Il os mal-a dt! inCttllS!ituci!;naL·
podera rs~ogar. • . · Passo ilgor:• :.1 mosll'nl' o·· que de incon\'entcnlo
lr~UXI! C~Sa pai'~CCI', cansando grnve prl'jUiZO á
Vu dest'arte o nobre deputado, meu am.igo. mmba Jli'OYlnCHl.
que é rals:a e~S.1 thcoria dos que :aprego~m que
o assemblêa geral póllc:. .rada momeuto inJluen· Apresent:1do neste recinto, no decurso da
ciar eom sua :mtoridade s t•ln·c os :•c to~ ·legis· scssiio (la,.s Hl:J, j.lCdi muitas YC~es que fosse dado
lnti\'oa prO\' incíucs, nullíficando-os ou dcrogim- parn a ordrm <o dia e enlr~s~c em disc u~são;
do·os. · (Apoiados.) N5o; a compctcm:ia tla ll1 :1 ~ i n rt.'JÍWJCll'lt' :l ;tlllllCIICÍ:l dt.l ll':ti.J;tJbuS 011
nssemblêa . ge!·al, por assín! dizl'r · ~··i;.r:ida Cll! t•ttlJ'U$ o:au::as, tle t]n~ :r g-ora nlíu CJtWro cogitar,
supremo nrb1tro das (]U~,;:tucs pronncwPs, c :ll'rcd•_H':llll·ll•• lla· ·•ft·h:ol", 1lll mudo fll W . ftC'Oll
sóntctlte legitimn- e c~Jn:atituri,l1Wl Hn:" cn ~ ·.... : d n .Pll t.l !t:l:'Ct't'l' i'UirtiÍIWIII!I) :1 hli JUÍII~ÍJ ':I ,
N>tl'ictos do :11'1. ~0, i.<:o é, <tU:lllilll c., l:) ~ ~e ltl > ::;~~W 1(. Hú tt. S'! ll t'C~p,-·i i u :-!_L' jlllth~s~ ~-~ ~~()fi[" . 'UUl\l '·
olft•J.lílem :1 Conslitnio~o t!olmtlerin, o.• tr;~ W t ! Ct ~. ~i:-;,·u ;-.~ão i'L'_:.:u.'~n·J lJUL! par.es..: l ~ cn1 rchJ n; a
os direi lo> 1lc oulrns provinci<t~, o ;ts ilnpns içiit:~ IHI.!Il t,c~Tae:ucla 'h~ :5U:.s i'U lH.:. lu~Ues.
.8'eraes do Eslndo (ap,iados); rt.it·a u;tlti, t1·a!un· Ú~ IUÚI.l~ I'C ~ Ull:IÚU~ n:;o >t: dt.l1110 1'<1J"nrt\, .~ S ]lO·
do-se de 01111'3 quah,ucr lei rn·ovinchll, o neto(];~ (}QI'V~lt:'. COIII('DIIhi:IS ill~lezas, ~SIUOAJ'eCilias Ua
assemblêa gcr.11, que contrn.clln ntt eltln ,:sc, s~ ri a nder~lll·se da ~uluridndc L' for'i n que.
um. ACIO 'violento, por ~ssim uizer, h·i'itq o
inconstitucioual.
Id3Jronncm,
IJC:' J!:ll'éCÍ:l dai'
commis~~o
tlllHt OpÍ~IÍiio, lâo \' :lliOSII, COIIIO a
a~~cmi.Jli'as provincines .. Co'n ·
lle
hfas, Sr. prcsidcnlc, uão sei me>mo o que tl ntHlnll)l a OJipôr·se ao [Jtlg"nmcnto, e em tão bo:~
estou discutindo. Não Ycjo Jl<11'eccr em que se lhol'll O hZCI'lllll QUOJ, COI!l pez:ll' O di :;o, JlOI't[llC
ventilem estas graves questues ; mas llJICn~s um t-l':tl~; SC c1o i! CIO$ uo·!;'0\'CfDO Jibcrai,CUCODir:JI'lllD .
projeclo flrOJlOllliO l\ r~vngoçâo tle uU:tS leis dtJ g'UUI'Ill:J 110 Ílll'(l t' CIOI'da thC.SoUI':li'Ía provincial. ..
orçamento dn minhn provincial ! Por isso n ito ~ci E~lc t'tuwdonario, com uma prcdpit:1ção na
qnnl o ponto de inconstitucionalidade qu~ en- Vl•t·tluth• assombrosa; pnz .sc ;wima do t>oclt'r le·
controu D OObl'tl COIIIUIÍS~ÜO; 110\0 Dpl1 1ll\S n S ll~ J:Ü!:t ti\'O li ~ (ll'ul' ind:l.l!lll 11 Üc l!XCI'CC j UriW.ic~·:io
concisão ass<tmbro.-.;1, tn•l:rndo- ~c do a~~umpto t• U~ fact•> S U>JIC II!]CU illt!clillida nll'Ule a· lei IUÍ·
liío importunte,QtUll o unll ilicaç:il! ele ;oeto:; l c l( l ~· ucir:•, tlclc rm í IWntlo 11.11i1o col.lronçt• do imvo~ to.
1o.tivos vrovinci~cs, leJ?i!itnnll\l.ml.u elabot·adus, ~ i1 u Jllii'Otl :1hí o :Jthilrio c :tllentnllo : [H'csi·
so.nccionados, publicauos c cn1 ,-i~ do cx·- dente honre, inl'"lizmenlo lambam oh situaçiio
ecuçiio ... . liheral, que n ptH'O\'oU ~~c ~cio llo ijcu sübal·
lcrno . 1\clirn-m~; •\ ~ lliHHlCia dod:t pelo Sr. Rn·
O Sn. BAI'1'1$TA. PsnEIIl.\ :...:.. Apoiado; uma bcllo Uort:• :'t do~co mmunul medido ou·ol'dcm ilo
. quest5o de tomaul!:t importanciD cxi:;ia um ll~· lnspcéiOJ' sobn• :1 11ào cohranço de um inv·osto
rccer muis dcsenvolvillo. dq~·rt.'lnllo em lo:i de orç;1n1unlo, sancclonad:t,
O Sn. GALIJtl"O u,\s 1\En:s ll outnos sn>. Dl>l'U· l>l'omul;rndn , [lllhlicmh, rcguln[ucntudn c em via
llc. cx <'(~lt<;uo ~ ! !
'l'ADOS : - AtJoiado.
Senhores, ~i eu n~o ll\'essc pr.c~enclndo o..
O St\. -BArrtsTA PEI\Eli\A:- A commi~~iío niít) ncomtónll:nlo t:'S>o.•s fl•o·tDs em todas ns su~s pcri·
. ndduziu um argumento, não expoz uma illú<~. . pecias, rea lmo11tc t!rtvidoria que livessen1 clles
o Sn. SEnmo. DE Clstno:- o pnrcc~r Jludc ~hlo praticados }lor nm:_~(l\'ct·nu liberal; mos in-
·.. ser mais 011 mtlnos extenso. · .. · · · J'Cii7.m,•rll\J dc nt m·st~ ·~111 minha provindo, onde
o~ >Cu~ cll't•! to~ t>~•·nit·io>o.' perdul·:uu. [>rivan· .
o Sn. D.\I'Tl~'l',\ Pr.tumt\ :- ~(:15 não 11:1 lltll'C· tln.- >c a JH'onnc•a tl:t aJ'I'l't'atl:w:lo llc umn reuda
cer. 01'\'Ulht t: lll Cl,-l'~tl olc iO.UIII.I;? ;;nntwca. · . . ...
O su. Ssuc:w' ué 6 sTno :- Ha. · E >t)f.or,• t•:;le :.:-r:~l·c as.<nmj•lo .!levo chnmnr 11'
lin nub l'•~ n ti ul ~ lrv do imperio, ('IJ<Iinllo
O S11 . CAII'Dloo lJE OLJ\'EJU.\:-,$1' . prr..>iolcuh-, aallt-nç:':u
In I•·•·, c1 u;fio lk :.;. Ex., rar:1 IJll<l c••ss•! (t f:•cto
pe.:o a V. Ex.• .!Jil_o> me mnntcnha ~ p:tlun:t. :tlllll'IH:ol CJllC $ :q J:'t olc ctintinu:u· m~pen s;t íude ·
· O Sn. rnES m ~;.'\Tt~ :...:. O . noJm~ dctm l :~do Yc li nid:1111cntc . u •u;tlei q tto ncuhum dos JlOdcres
quo cs~o11 red(Ullnndo çonstautementc. co m pe~~:n tcs _l'c\'ogolt ou susp(lndcu.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/0 1/2015 10:37 +Pá gina 16 de 28

Sessão em 25 de Maio de 1880. 247


. O Aclo Addir·cion:.l ü expresso, n1.•m o seu texto 1 de l86S,·nfio se contentou com as demissões em
se presta {tsoJihi,mnM Oll n crmtroversi:rs. A~ leis mas~a; foi nl(!lll c suspendeu i6 leis, que n
provineiaes, do:'pois diJ t>uhlkarl;l~ r~ S<rnceion·HIH~ n>s~mblcla libet·al votára e que ell!! encontrou
e em v in do execnr;iío, não podem s\:'r snspca>ris sunceion~d~s e publicadc~s.
pot' poderalgun1, Nem o pm;idcnto da pruvinda, O p;1rtido,just:1mtmtCl irritado, verhcrou o aelo
nem o governo, nem ;r propriu cumara dos de· dictatorial; toda a opposiçào liberal de entiío,
putndos, n não ser nos c;rsos cspcciaes do nrl. ada Imprensa e a das nssemblr!as provinciaes e
:íl. 0 j:i por mim nnnly~ados, pôdem sustar a ex· senado só tilreram ccnsur3s e qumxns eontrn a
ccn~ão de umn lei t•rovincial. pt·cpotencia crimino~n e por cert.o o Barão de
, . ,. . Cnm~t·gos rcspondcna por sou dehcto, a não ser
O Sn. Srmmo DE C.\~Tno .-Nao apotado. n verdadeira impunidade que lhe dava a sua.
( Aparte.q, ) posiçtio de senador do Impcrio .
. Quereis, poréu1, um exemplo de applic~ção da
O SI\. f.ANDlho DE ÜLIYE!n,\:-0 Visconde de petw, exemplo este pat'a se lombo<rrsempre, em
Uruguny. comiJunnto o principal uutor ela lei de um,,: ir., em que a rcspunsal>ilidade, é quasi uma
interprctnção,em muito mni; !Jbcral. muito mais burla?
adiantado que o noht·e deputado. (ilpoiados.) o vice presidente ua Pianhy, SimpHcio dB
O sn. GALDJNO DAS N~:ncs:-0 nobre d~putndo SQtiza :Menrlcs, su8pendeu por seu turno leis
nisto é corcnncb. · provinciacs snnccionndns. public:•das e em exe·
· ~:ução, remcttcn.J.o·ns ao conselho de estado.
O Sn .CANil IDO DE ÜLII'EtnA;-Scnhore,,quamlo o qlte fiter(lm os trib:maes? Levado como réo ;í
S<! su~p~nda a Ioi provincial ? Sn>1•r.n~~o depois loarra do sLI[Jl'cmo trilJurinl de jusliço, Sim1•licio
delln sanct:ionadn r: puhlir~niln niio enr·unlro; ~ó· de Sot17.n ~It•ndes, t;;ve conlt':l ~I U111a condem-
mentc sei quc,qnan11o o prc'sidmllll tl;t Jli'OYimin - r 'd 11 ll
não ~anccion;1 uma h~ i .consitlcrnnrlo·~· inconsti- naçno Jli'O en u 11° 1' :l{lUe u 3 I) 1rr lUtln e 1o o
'J 1 d
o JHlrllr..lo I iberal se uni o para proOi~~ I' o aucn •
tudonnl e qne ~~ n:;somblóa pt·o,-incínl a l'al Yatnr !a!lo tJr:lticadl) pelo regulo do Piauhy, e para
por !lous lcrços de setrs memur·os pt·e,;entr:s, si liJIJllaudir n attilnile da magistratura superior.
o llfesiuenlc oinda in~isle e niio .lhe quer dar orn, Sr. president-e, quando, temos entre as
s~ncção, cnb~ ..Jbc niio cxe("utnl·~1 e s~tlnncl· tradições dr1 p~t·tidu liberal estas tão gloriosiJs·
tel·n ao criterin do go\·erno, o qunl tem com· r~minh:c,~nl'i:•s,csla constante reclamnção contra
petencia para (let~rminar a e~ecu~;~o pt'OI'i~nri3, os altentados desfechndos. por presidentes .e
nfio obstante a allu~adn inconstitudunalida'le gO\"et·no ... co 11 tr:r as regnli:1s provinciaPs; quando
pelo presidente, ~njcitnndo o selt procedimento estú fundada n jltrisprudeneia pelo tribunal sU·
ao porler Ierti~l:oti\•o gl•ral.unico <)ompetcnte paro premorlo puiz, de que nenhum pre~idente póde
re~olver dcfiuitivnnwnte o cutltlit-to. tluniJ·o dos ílllllunemente ~u~pcnder loi~· provinci:1es em
limites das quatro hypol.heses li~urnd:r' e cr)m. plclla CXl·cnc~ão, é que, senhores, vemos na pro·
pendindn~ no nt·t. 211 • .i(i t~nt~~ Ve1.•·~ invocndo. vlncia !lo 1\linas suspender-se uma lei, sendo
Isto ar-ontccc com" lei ntlprovada pelos rlons nttlor 11~ ~uspensão nm empregado subalterno
tcrtos IÍ QlW o presidente niio !1;i n ~:mcçân f••r· d~ a•lmíilislrl(çti.o, qnc, em vez de ser severa•
. ÇQda, o cuja t•x.ecuçiio ~usta, sujuit:andn·n ao prn· mente l't'(n·cb.-ndido pdo presidente, encontrou
cesso que indilJUtli. 1wllc npoio c bencplncito 11 •• ,
o sn. D-\l'TISTA l'i!:RELR.\; ,- Niio b3 s;~ncção Ju é IJcm dolorosa esta sitttnçiio, .mas muitn
for~ndn. menM o ê r.ertmncntc dQ !]UC ~1resenciar-sa,eomo
a~or;l :•çontcce. o nobre ret.orcsenbntc do Pa·
O Sn. CAx~too llll or.tVEll\A :-Eu enl.cado f!llC rirnú tH'guer nqni ~na voz lJat'n legitimar cslns
h a ~ nws tleiX<'IIlO~ cs>a que.•!i'rn tle p:itl•.•, pois Lllcoria~ u~grc:;:~dns ...
niíu é a da h~'(lOtlteso•. Fo'ol'õl <ltJhi. ns leis pt'ti·
Yinciae~ !le.rcm ser e.Xel'Uiad;ls p<'lo :r•n·t•rno o 811. SF.ttr.to oa; C.\S'rno tl:'t um npnrtc·.
provincial O JlCIO !;\lVCrllll :,:cn1l C~Ú jiÚÜCill ~~~I' O Sn. CA~PIDO nr-: Or.tvrunA: - •.. pretendendo
rilVOJ.:'Ddns pcl:~ ~s~um[)J(•a g·cral, nns c:tsos res- qlW o~ pre::itlentcs tle prol'incin podem até m1n·
ll'icto~ do nrl. ~o. _ d:ot· Jlllt'n o crmsdho dc estado ns leis JlrovincinP.s
A e~to rcspcilo ainrln :1 Jl~l~vrn do llnmlo ljnC tl~O !(UUI' CXCl'U(nt•J ! I
Vi~condr.! de Urnguny é conveniente. Ellc tli7. n
Jl3f!~. 3\H do il." volume 1la su:1 ~·ht·n,, d l1JIO,Í~ r! e (1'roc:am·.\'C d,t,ersns a.parlas ~ntre os Sr·s. Sel'-
explannr·so lnry"'mn<mle sobre a mtrllt~·encw do gio dr• Castro~ Ga/di11o das Nt't•es.)
Acto Addiciotw ,!JllC o ,IJrlVr'l'l' '' geral (c tnetl<J~ o Senlrot·es, ê reahuentl•, rmra lastimnr·!'o. e
provincial) Iliio tem o direito de suspender as f<lf·tue·ltia mesmo !lcsct·~r dn eivilis~çfio c Jibe.
leis JlL'OYincinc~. ~nuc~ionntlns ou pnhlicmln~ t'~lismo do P:u·nn:'l. si uma lnl douli'inn pudesse
com as formalidmlcs legac~. ser ncciln l~ ç.omt•ar:tHhnd<l pelos libcrncs dnquella
Mo dir.in o Yi~condll rio Urng-uny, chefe da g:enero~a prnviueia. (<l}lal'tr•s .) ·
.oscoln con~orvnclot·n.ContL·n altcntn<IM i:.:tta~s foi o .unbru tlCiHllndol ll<iO ê car1n de provar com
·que n(ls os Iihcrncs clnmamo~ t'oust;ultr~uenh•, tc'\tn .nenhutn de lei qne o pre;:idenlti da pro·
mnntr.nno as re!!ulitts pruvinci:re>. E' 1'>1 1' mn Yinda lt•lll o 1lin•ito rio ~ulimolter no con~elho
q1wsi dogma dr• nnssil cSt'Oltt, qüe os nüli~ <1llto• · v•• e,;l:•üO ~~ 'll·i~ t•t·orind:•es. O nobt•e depu·
riz;odos ·intul'J'I'Ch'S •lelb sn~lcnlm'tlrn S•'lllJII'C. lttrlo cpwr l'renl' U!lra jlll'i~pwdetwía extrnva-
Quereis f:•riOA c t:x1•mpln~? g;~ute, c IJLlt' nfw se tníde Jilütl' u nenhum texto
O BHr~o1lc Cnmnl'',(\>~. gnitHlndn pril:r n~>l'n.,tu ll'gnl.
poli\fc:1 do 1li deJulllu ;i Yict,-[11'\1sidtm•~in d:1 111 inlw (V Sr. Scr!lio rf,, Cast1·o dâ i'epctidos apat·tcs.)
provincia,J>nm opcl'~r uella ~ominoso dl!L'rnbacln Awtixs sil~. n..ruuoos: -Ordem.
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 10:37- Página t7 de 28

248 Sessão ém .25 de Maio de 1880.

O Sn . CAxomo.oEÔr.n-stnA:- Sr. presidente; Requerin~t.o


proelirn o meu contentlot· leg-itinmr este atlcn·
tado, invocando costumes c llrecedentcs; -. cOillo • llequoi ro que o projecto ·n. ~ISO de u; de
si em assunwto de tanto m:~~nitutlc , <1ue diz Julho de 1879 volte á commissão do assembléas
respeito ao exercido de faculdades · constitucio· proviucincs pamser rccon sidet·ado.
naes e á autonomi:t das :tSS(lmhléns provinciae!', Sala rbs :;e~sücs, 211 do M:~ío de 1880.-Ca-n·
costumes c prccedentt•s, 1Ul10s da ·llXagcrnr;rto 1li1lo rle Otiveirf.l,. · ·
partidnrla, p'odessem valer, ·O Sn. Srmato llE'CAstno (pela ordc11') :- Como
O Sn. SEnato DE CA.stno dú um np:1rtc . havia )li'CY I~lu, o nob!'e deputado por Mlnos .• _
·O Sn. CANI>IDO DE Or.•''EmA:- Dtlixo do rc~­ O Sn. l'IIES IDB..,;tE :-0 nnbrc delJUiadó não
ponder a eSte np11rte do . nobre d eput:~ do , que pódc lazer discnr~ o. (llilaridadc.) .
diz rcspeilo :i all'emçfio da lei pelos costumes, O·_ Sn. Sri~r:to uE C.\sTno :- Pois V. E1t.
porqlle con~G nGS conheeill\entGs· j1~ri~icos de ainda não me ouviu, como é t)Ue j;\. dlr. que nfio
V. Ex., o SI porventura · fosse odn1rssr,-el. qne lll.l~so far.cr lli~c ur·~o 't ·
os costumes e praticas vudes:<em allct·at· a lei, cu
. perguntaria : de que data é est(' c.ostumo, quando o su. GALDtNo nAs NEvEs :-Este preombulo
vigorou, quando .corncc;.ou a ser rcct~ IJido ~ é do grande dis~u!'so.
(Apoiados.) o Sn. rn EHvt:Ntri:- O.requerimcnto tem de
Mesrril) para ~qurlles qne ~~eitam . a (Jero· nc.nr ntliollo. '
gnção da lei pele co~tume, ,·: cort·L·nLe •Jih! ó Jlre· 0 Su. !:jF,UGIO DE CASTRO :-V, Ex; ainda nfio
ciso um costumo i-mmemorial ou dc·mnis d ~ cem me ouviu .•.
nnnoa, . . ·
::ir; presidente; s:npponho IHII'er Jlot· dem~is Como havia prcvi$lo, o bonraào depntodo por
f:~ ligado a nttenção d:1 casn _ (Não flJIOitflllls.) . !liua; G~·•·ue s 110e a ~nlul de ~cntnr-:-e d[,-cutindo
A questão,pl>rem, prl•nd<!.-se n nsHtmpto alta- :unpl:rmeutc o parccet· d;t eo r umi~s.'oo, euntrn.o .
mente importante ; diz rcsJJCilo ós regnlius :l:ts •t ue d i~ (Jlie o rcc;imcnto, oa miuhn opiniiio .
provinc_las, sobre que h" poucos dtas o noiJrc de- · Or~ V. Ex. cuiiiJll'(!lwndt~ bem que, sendo uma
putado pelo Rio de Janeiro, o Sr. Frt!ilns Cuu · hora d~ t:u·Jo, \l lLJIJd•i-se de di · Cil_lit• .US . !'orças
tinho, tonto insistiu. Quando é do intlolu do Jl.11'· de rnnt·, nii<l pos~ o _r,!sponder inuno·diuraml!oto
tida libernl, quundo fnr., por ns~im dizer·, IJ:il'te no noln·e llepotodo. Peço n V. Kx. que hw deixe
do seu Evangelho, o d:•r toda tl J'ot•çn ds llruvin· noncluir; ~CI'loi muito !Jrcvo•,. porque V. Ex.
cio~, e ;1lnrgnt· n esphera de sun nclil'hlade; rfunn· s:~be qu:utlo·sou LH'CSSUI'oso em obedecer ·:is suns
do fulgura nas \radh·ües hislorict•~ des:;o uobrll ob~ct'vuções.
p;1rlido, coni lttz explendld:r e immart:escirel o ~>ero, ·porinnto, a V. E:\. que se digne de con·
grande monumento de l8J4 (·•JlOÍ<UÜI$}; niiG l•ódo ~u11ar n cmunr:t do.~ Srs. dcput:tdos sobre ~~ no
uma ~ssembléa liber:tl :~ppla udir o~ llltúUl-lldos primeiro dia de se&õf•o me ·· concr~lc alguns mi·
contrn essa ld, renegando assim ~cus llrincl- nulo~ d11 urgencia, pnrn responder ás cnnside;
pics, omrm~dos até em movimen to~ armndo~. rao;Ôt:S quo ror:101 feita" pelo llObre do•()UI<JdO. por
. Eu venho, S1·. IJfCsidente, denunciai' o nllen· i\lirws·, us qltnes n~o ll0$SO tleiltMI' pnssar em
tado e pedir t•c pnr~riio; publico o ~r:wissimo silencio. porque n:k nssignei sómcnte o par~cer
ahttso; .que na minha pl'Ovincb ~c conuuctlcn, da comnu~·~ão, l'ul .l:tmbem o seu relator .
e rccl,lmO contt•n n. hcreticn (1outrinn do pa·
• recer dn commlssno das assmnblé:ts Jli'OVincittcs, O Sn. CM>DIDO DE ÜLIVEtnA :-Peco llll;,lovra
qu~ pede a revo~nçuQ de .uun' ki, rura do~ cusp~ pela ordem. -
em IJUA pnrn i s~o tcmos compelcnciu (.Jt:a r/(•.<). O. Sn. l'llEStDENTE :-Tem a palnvra o· nobre
E' proci ~o. Sr. presidente. púr um Jmraddro dctJUtndo. · ~ · ·
ao mal, e ~~t e tia rüd~iro sú pooo ler og~tr rc·
consid('rando -~e o pa rcccr d••.conuuis~i(l. · O Sn. Sr;naro DF: CAsTno:;-sr. presidente,
Ellc n5o do1·o sc~r silcndo~am c nte condem- ninda. nfio terminei ; nem ~e ~n·receie V. EX:. de
nndo pelo camat·~. deve "c1· rcconshlcrado pela mim, pot'llll~ serei muilo conciso. (Riso.)
propnn commis.<iio, pm'll. que · se fit•mo :1 IJoa · A prcvalercr o precedente, creio que :1 juslica
doutrina, parn ~oe 113 mesma oc~:tsl:io que. se dn camara :~poi:u•a o meu reque•·imcnto, isr&'ê,
·procut•n gorant•r a V1lrd:•\lc da el1'11:il.o. n lrbcr· r:mt que me scjn eoncedidn Ul'gencin para no
!lodc do voto, c com ella a lcgilimid:1dc dtl par- pl'irn ciro ilia de se ~s;iu re~pond et· oo nobre de·
lamento, gat'Dnlant·se t;1mhetn ns regaliM .(H'O- putndo; no cotHt•:•rio, não deveria elln ter con·
vincines1 porque é da nuton••min dos )ll'uvinci~s ccllí11o urg~ ncia n S. Ex. pDra discutir o pnt•eccr
sobt•eLUI O· !fUIJ. depcnd<! H gl'audazn d CSI() \):tiz. d ~ (~ommi ssfio.· . .
(llfuitos OjlOiados; milito be11~ .) . · Pl•ço, pois, n V. Ex. que submeua -ú decis!io
. o sn.GAt.tii~o D"AS NEVES:·- E' esta ndOlF da c;1s:t o meu r equerimento. .. · · ·
trina liberal. 9 Sn . t•nllstD}:xrs:-Qunnlo ao requerimento :.
-·o Sn. -CANDtoo l'lE Ot. tv'EmA: -O meu rcquo~ flo nobre deput:tdo por Minas,· logó quo V. Ex . .
rimenlo -é o seguinte. ·(C.ê.) · · · .. ·· pc•litt .sol>rc ello a-t1ul~vra tli:oi.t ndinllo. - · ··
Tenho conclui(lo·. · Qu:mto <l urg(\nei::., como j:\ eillrnmos no bom
d(~~tiu:uln à 2. • IHII'lc d:~ ordem do diu, ella só
Vem ú mP.sn, é litlo,. ~poiM1o ..o adinrlo por poder;\ ser concedido porn arnnnhü. · ··
haver p~dido ~ pnluvra o S1·, Seq,rio do Castro o O Sn. S&noto o!l CAsrno : .;_ ~,justamente o
segumlc ' quo {l~r;o .
câ'nara dos DepLLados - Impresso em 2710112015 10:37 ~ Página 16 00 28

Sess!Io em 25 de Maio de 1880. 249


O Sr. 4~nndldo de OUvelrn (pela O 8~. Cnrlos Aft"on•o diz quo o sua
rn-dr m) : -J>edi n pal:1Vro'l pcln ot·,Jr.m paro l'olor primeira rwl:tvra neste deh ~ te , parn o qu:.l se
um t•cqncrimcnto, qul' cn:iu irá prE>judicur o do nprcsenla i•.cn mr.ra o ! eu .lllustro comp,rovin·
.. notn·o dt•(>n\:ldo r olo l'arn n~. ci:u•o, que tão ,Jign:,m(.lntc occu1m n pnstn dn
Entendo, S•·. pr e~i dcnte, qu(J b:l um mt: io •lc mnrinba, não pôde deixar do ser uma· pnlnvra
s<.lvut··sc a qucsl:'io; c qne a meu Yok é muilo <le saudn"iio,de ndhcs!to sinccm o cntltusinsticft,
conscntnnco com o regimento e nlém disso com pois encontra na presença do S ... Ex.. no gabi·
as clrcumstancins. Temos necessidade de soh·cr nele ~ ctuul uma solid:~ garan\ia, yuando outras
esln questão rtnnnto nntos, porque o resultado não hou ve.>! e, de !J ue o SOil pnl'lluo o as suas
do parec11r pesa sobre o pt·ovincia uu Minas. •·id<!as, devem csper-Jr deste g:~binelc os mmis re· .
(Apoimlos ;) · · ILvnntes sot•vi:;os, .
Assim, pc ~o a V. Ex. que consulte :1 .camnro E', pnis,omlgo tiío sinccll'o do gablnclc, de que
sob•·e se con&cnte em qnc o parecer ~ejn dado f a~: pi1rtc o .seu illustrc eomprovinclano, como o
}Jar:~ ordc.m do dio de nnwn h5. . era do ministerio rmssarto o, nesta dupla quali·
da tlc,~e o/1re~sa a viL· it tribuna com!Jntcr IJropo•
.O Sn. S t-:ttUIO DE· CAsTuo :-Peço a p;~hna· siçucs uc la dc nuuc i:~ da ~. c quc,a seu vôr, envol·
pela ordem . · . . · , vem uma grnndc injustiça p.:lra com o mi.nisterio
O Sn. r nESIDI>IiTE :-V. Ex. não púdo fa!lar 5 dt~ Janeiro, como um gr:mde perigo para
dnas Yczes (JCia ordem. . o miol s t~rio :28 do Jiinrço. .
. O Sn . St;lHHO DE C.ts-rno :-Posso fnÚar pelo o·:;nbinetll Sinimbú nüo rotlrou·sc, nem 'podia
r cg.imcnto souro o rcquet·imonto ngora nJli'O· rctil·ar· sc pelo Cacto, de haver sido rejeitado no
sl'!il~do pelo noiJI'CdCJlUtndo !lOI' ~linils. senndo o projccto dn reforma eleitoral, por meio
O Sn. ~m:sniE:<iTE : -Nlio pódc.
da convocação de uma assomblr~ constilulole.
O senado não f;u polit i c:~, é um:~ corporaruo .
O Sn. SEIIG!O DE C.tsmo :-Era-p:.~rn dcclornr modc r:u1:~, que regula e 1·e:nrda a marcha na·
fl ll C ... cional, 111as que n~o púdc <lirigil· n. o senado
. O Sn. rnrmnE:>TE :- Não posso dar · n .P:Jlavra n5o púdo, ucm nbntcr, nem t>rguer gabinetés;
no noi>re do(mlado . · si o Hzcssc seria sU(lremo ·arbitro dos ·destinos
lln nnç~ o. p~p cl (]Uo nãu lhe p1ído cabnr.
·O Sn. S IWG IO DE .C.\Stl\0 :- •• • concordo com Para o ca tlfliclo, quo irromper:~ com a re·
o requcrimcttto do nobre deputado. jeição do PI'Ojeclo de rcfol'nl:t coustilucionnl, o
Consullncln a cnmnra so!Jt•e o requcrimcnlo do gnbinelc Sinim!JCt.so onxcr·gou um~ ~oluçii o po•·
sr ... c:md!Llo. de Olircira, l'csoll'u pela alllmnliva. sircl, n dissolnção tla cam a r~ , para St!l' de· novo
consultado o poir., c tornu assim pntente o an·
SEGuNDA PARTE DA OUDl:m DO DIA. · tagonismo entre a snn Yontade e'o l?rocedimenlo
do ramo vitalicio uo poder legh,lnt•vo.
Entm em discussão o pl'(ljcclo n. Hl de· i880, O gabinete .retlroU:-so porqne n corôa nogou a
•J ltO lix:J n~ for ç•~ uc mnr. . . . sua :~cquicscencia n e3sa medida, · rclirou·se,
O Sr. Co~tn Aze,·edo (p~lrl. o1·d.nn): poi5, por de rulln de cdn!innço da corôn, pelo des· .
- St• , llfCSidenlo, l'Cl3tor da comut i s~11J de llllll'i· .ncr:õnlo Olliniücs, deshnrmonia de visws
do~ ~ t·andcs nçgocios poli ti co:> ç. uo entre
. nha c guorr:~, venho em nomo tla eommíssilo :ícercn cll c c 11 coro :~ se momrcstou . .:
olf~ t·cc,Jr doLls artigos ndditi\·cs ao proj celo quo Entt·ou nestas cxplicnçües pura protestar con·
C3!á em d i~ c ns~i.io . tm ns propo~ i~ u ~s tmunt'iadGS, cujos prioc!pios,
Silo litlos c opoiatlos c entram em discttssfio. · a vingarem , tnz.iam como consc()uendn, niio
o.; se:;uiutc~ · poder ex.islir nem o gabimlt•1 actnnl, nem outro
IIU:tlqncl' gt~binete libernl, o quem o senado já·
. ADDITJ\'OS. lllais deixará do hoslilis:tr com toll:~s ns suas
Ao plU·ecCI' 'd<t commissc'i!l de IIUtl'in!ta c arw·m forças. .
Entende pelo contrario que, a despeito de ser
. sobre :J !t•i 1lc (IJI'fa IICWal. rcjeil:v!o, como serti no scnntlo, o aclunl projeclo
Arl. L " O governo fica autorizado: do reformo olcitot•ul, o gnllinotc devo mantcr·ss
110 !lOdcr, ]1111'::1 nell<l f:1zcr o cnt·reir~ gloriosa
~ L" A reoq;~ nizur o corpo do s:mde dn ar· que o ot·ndor CS Jll' r~ Cll ll\ o npoio da corôa o
madn, som augmoul<~r o pos~oa t o nom :•s dos· desta f~lmnrn , quo niio lhe roltnrâ.
pez ~ s quo com o ll\L'Smo corpo ot·:• so fn zc11L O sc11:1dO nflu !JÓLic contost:tr.:\ camnr:~ ·o t:-ll•
§ 2. • A conceder aos omciaes 1le J.• cl nss~ 1},) rnctcl' do legillm:J rctn·cseolaçlio nnelon3l . .
corpo do fazondn da nrmatl:l, L)llnndo do~embn r· Si ó systoma uleitornl tem vicies, si niio ga·
cndos, ·o resr•ccth·ó soldo; .rC\'I)~ado assim O: mntc sumcicntcmenlc a> liberdade do cijludiio,
llispust•J 110 Ul'l. ;J;J do I'L1g'UllllllOIIlO qtl<\ IJ:IiXvU qll:tll~O se tratn do lilegct· n camnra dos <leputn•
com o uccrolo n. :H73 de 6 de .Mnw tlc ·t81i..'l; dos. esses mesmos vi cios so encontram, quando
t'rala das eleições· sen:~ toriae$, c, pois, contes~
. i :J.• A fo r~a do_batalh5o naYnl _crn mai$. 200 so t:n· O SCIHILII.l . n Jegitimidlldú da· cmunrn e pôr
JII'U~·u~. llcondo o mesmo l.mtnlh:IO com cut~o
em uuvit.ln a snn proprin.
c o mpanhi a~. Vai :~gora · ll1:fcndcr o ~:tbincto Sioimbú das
~ li." A orem· um corpo llc fOõUistns; sem accn sn~~)c~ fu il~s polo seu honrado collcsnllOr
:m:;numto tlc dcsJlez:l. · ·· · S, P:1tth1. ·
Sala das so;;sõo:; em 21i llc :Mt~ io uo 1880.- sustcu la f(llC o no IH'Odc[ll\lallo (lOr s. Paulo
CO.I I(I. ,\ ;e~•rdo.-!~ 1'011!/IIW Ja1•rlim .-Cumar go. canrnúdiu os. ft•_cto~ , inrort•cu enl con(radicção,
Temor :-3~.
Cân ara dos Dept.tados - lm17esso em 271011201 5 1037- Pâgina 19 de 28

250 ' Sessão em 2:5 de l\inio de 1880 .

em peli~oã o do tu·incipio, e ~ccusou at)~ ox-llli­ snbnllcrnll do governo t) n::o liult~ por IIm sc-
ni stro tia -fazenda Jllll' n:io ter pratic<~i.lo n im- ·n:lu g"ilial·o ua couiluc:L~ tJUC t!c1·i:1 o!Jscn·ar·em
po~sh•cl, pOt' não ter executado le:s nnl c~ UlC'-)· rdat:;1o :í r.ompanltiu .sujcil<~ :i ~ 1111 llscnli~w ~f.: rJ.
mo do lt:•vct·om sido In•omul g·:~ uns. o CJ!:e (kchl!tl. a qul'>Lfin fo i uão o :wbo m:~s.
o ·nobrc-depulndo IJOI' S. Pnulo tlSSO\'CI'OU !JUC o tlC$ll:!cho IH,.•' l'crill•J -pelo · gon·mo Jl :! p o li('~O
o decreto de ·Hi 1lo AlJril uc il:liS foi ~ llfll'OY:t - · da companhia . .
. do pelo corpo lcg i >lt~tivo, · llnando ê oxm·.to IJ IIC Si o aviso aão toln nnmeraçiio, é poquc peças
só n coma r~ dos S1·s. dcpulatlo~· :l opp·o- desta nat mew uâo costumam 1~1-o. ·
vou, c !jue esse decreto peulle ninda tln dctisào l'iiio ~ cxacio,conH~ t!_issu o no~1re d()pulatlo por
do senado. . S. P:llllo, rJUC dect~uo profcnu:~ uo dcsp3chu
Contradiz·M o nobre deputado Jl:)t• S. Panlo, ·seja contraria nos· decretos ila Ol'gunizac•io d:1
9.uaudo :leclarou que o ex·mini~t.ro dn fuzeu<la comp:;nhia e oJl'cncla_os tlil·l'itos d:1 cnnial".t mu-
tll\ha dever itnJlCI'ieso e podi:~ m:md:n· quclmn nicijlill, · · . .
os 2.~\lO:OOO~, c no mesmo tmnpo reclluheceu O LlcCI'(•lo único 'Jne vigora a r~·s peito ila com;
que, sem outro recnrso, o. ex-ministro Unha 11a11hitt !'! os :l.Oi\l de 18(i2; lodos os outros foram
llCCCSSÍdadc l\ê$S3 quantia (lara liõlg:Jl' OS jlli'OS .l'CYOg ttdns.
das npoHces, que couslitucm tlirida (ltl hom·a, E~~C tt;:creto, CJ liC apfll'OVOU o::' CS(l\IU[OS da
c cujos credores ll:•ti:~m t,s port:ts do thesouro. cOtll{lll nlli:J, e.CJ.Ul! [tpr t'onscqucncia fez desses
Ib petição de prim;i pio quando o nobre du· estatutos nm ttctú do ~ovemo, uma lei do [}:t iz.
pulado por S. l'aulo tli7. que os ~.lj00 : 00:l:5 , posto tJUC Jl:Ha o Um t·est!·it:to a que em dcsti ~
j:i rccolhidosti e;dx~ rlnmnorlir.a~üo, não llúdi:HU lllltlo, di~plic que o prno do privilegio üa ~om­
de novo volt:u· ú . circul:~çiio, c d:\ cowo r·.lz::o pn:!ltia seria: tl~ l!iJ · anno.•, a cou l:H' da data ((a
deste assrrto, que t.1l qu~nlia depPis de recolhida . inau :;nr~~:üo uos lm!Jnlhos . . ·
não podi3 ma.is saliit' daquellc cslnbl'lccimento; .P:tf(l roiltat' o !ll':lZu tlo privilci(io fixou no
O quo constitUO Jli'('CÍSDIDCDIC a f!Uestflo. Lituh, n~o nm:1 d:ll:1, nH•s um r:~c. t•J: a i uau~u-
A emi~~ão de Jlopel-ntoc(ln rcgnla-so pola lei t'ar:i:o da eorntJ~•nhia. . · ·· -
c uiio por circumstancias ile ra~to ; niio era o E$s;1 iu;lllg·ur;u;flo po~to qtte por u•rw oli!rn
f:~elo mateJ•inl de haver entrado na cuix;~ dtl di8Pl'$ltiio clcvc~sc kr Jo~-m· :) nnnos nn lc~, ~i se
nmortiznçlio, que impossihilil:lra a volla ela r·e· clTL•c t ua::~l em :a;;s ; ú cl'itlcnle que de nnl:io
ferida somma Jlnra ·~ circulttçüo. . COIIICÇtl\':1 O Jli':!ZO C O <.lespadlO do l!Obl'r! min j,..
N;io é ex;~ cto o principio est:IIJclccido pelo no· u·o dn .:g-rkultur~, (jUC :issiuJ (l('l'idiu, llilda
bro dez!utado po1· S. P;~ulo, do qnl! Lod~s ns innovou, nau:~ mai$ r~z t1o lJllO rc~peitm· a di~·
~lllmns rJllC uma Yo~ chc~nm :i C•lixn dn muor- po~icüo l~go!.
llznç5o elevam ser iucontinenli quciuwcla~ , O Num o governo proferiu tkcis~o t'n\'ol:avd :í
ministerio ·da ;_f:u:·enda pude fcco lhct· millwrcs ci•mpanh13, tt•rulo- sc limil3 tlo :1 m:illt~r o· Cilt~ já
de co1i-tos, apen:u; suspeita n falciticnção e re; c>b\•n dctcl'mina:lo 110 decreto de 1872.; UtHll tle
emitLil-os, lugo depois do \'Crilicm· o C\illl1'3rio. ·scme!!lnillc facto, rcsultn l'l'l'jtlizc :~l~um p:•ra n
O .orçamento votudo ]Joio· corpo. lt~!!i ~l'~tivo lllUllidpalillttdc 1la L'Vl'lc. .
não mendonn Ycr·l!a algnmn dc~linmln úquclla O ornuur tcrminn dizcnclo quo grnudes IJrndos
nmortiznriio, scutlo 11 que dGvia pn1\'i1' (]O im - sD Cl'l:fUCI3rn contra o g~hinc\ol do ü de Janeiro,
posto sobre fumo c dol's:J illos tio ort~mcnto. niíl) ~ú iJur ptu•to Llo sons n•hc r~m ·ios pulilic•'S,
0 110111'8 llX·tniuistro da f~zeuda ilBdiu :10 I.'OillO de seus t' Ol'l'c li:;i on a l'io~, por c:rusos fjt: C
pnl'lamenlo 3.1iOO:OGO/í p:m1 nmnt·tiz:1çãu t ol :~ l · tlillt!n hoje th~~conhecc c il ~. o 1le.,~j n lnvcstignr.
ao pnpcl•mocdn, cuja cmissiio l.avin sidLl E ste~ bt:~tlu s, tll.'lU~olmeato avolum:ulus fJClas
nutoritnda pelo dcct'<!IJ de Ui de Abril, m ~s o \'Ol~~~ llO t;l'liiJO SCii\(ll'~ !llil:WI'OSO tlus (]UC tllJC·
}lodcr legislativo· não lho ~ouc.cd•!U c,<sa ~uto· dt't'\ltllll o ~ol- ·no seu occasu, l'(•nnam- · um coro
riwção; o ella, IJUO U:;rura na Jli'Oi-'O$l:\ tlu gov?t'· de uwhHçiic:> 'l Ui) (WI!<!roi :•tro:n· o~ Ul'Cs, mns·quc
no, nfto tlgum na lei do orçamento. nc111 por isfO (;on ~ uguit~í invalit.lar um sú !los
E' contmproducenw· nincla a in\·oca\:ão do muitos titulo ~ CJUIJ uqucl!c r:ahit<etc alll!uil'iu á
nviso· ordenantlo o recolhimento de 2 : ~00: 000,5 .nH!Inoria c gTnli d:\u d o pnrtiuo libL•ral c do p:1h.
:i. c:.~lxa da :uaot•tização, pois tuluvi so é con;;e·- 0 Sn. Nmsmg~·r:> :.;...'l\Jm :r zmlavra o Sr. Gi.t·
quenc::\ do :1clo do ~:~on :u·a fJUC ap[ii'O\'Oll o viüo Peixolu.
decreto rcluli\'0 ti ~mi$S::o·, c . su::t . t'uYog,t:,,ào
éonsequcncia do :~elo do ~cnado quo a ron· O Su. FBnii'.\~ DO Osonto (JJcla. ord<'fll):-0 uoiJrc
dcmnou. -. . . ·. · . rlc[JU I ~tlo acalm de f< lllat• a favur, cmlJora csti·
A h:i do orçmnontLJ não r evogou o dccr·ct•J de n•sse iuseri pto IWI'a l'ailar contm o pro.ieeto e
iG uc Abril ; o orüdor conco1·dn pm·a m··guuicn· in c llU l'uCL' tfttO ctt o do,·o succou~:· n:_• trilmna,
t11r; egsc doerei\) estava, ]lUl'l~nto, t•m · pleno ri ~ to que e::lon iuscrit1lo· c ·vou follat' coutrn.
vigôr, mas cllc :uilorizou uma . em is.>~ o .de -{<lpoiados. )
60.000:000;5; !tão cxccde tt n .:Jü.OOO:OOOr$, ... n o Sti. "t•1it;SI!)E:'\1'll: _:.: o nvbi'C ucpitindo s~be,
sommn IJUe e~l:•va em circul:u;ã(l, o · nt lu i~lro que· ncnlnm1 ll~ bnt c púllc llbtneçar, ~eniio por
.cstu\'tt JWI' c~msoqucncia no p !t~llo 1li•·cltn de conte >ta':~o. l'(ll' c ~ l_n rniio leve a p:•hwrn o
cmill!t· utlo ~ô 2.(100:000~, ma~ .o ~ 22 . .'tOil:llOO;~ . dU[Illl;ldO l'fllO~C Íll$\'-l'l!YCI'U COUI!'n· c. 'd()V()
·que.. tantos f:~ltnv um pll.l'a -·n ·so: nlli tt lól:1l do llliiJl't•.·
~tli.'L'Ctld-o n•1 tl'iiJumt u ~r. Gal'i~o. iusc.ripto a ·
dccrtlo. ft~\'Or. .
Vai tr:Jt:~r da proi·og~çi•o Lio IH'~zo do (JI'il' i:
lcgio concrdiua a com pnn hi:1 Uot:micnl Ga r dcn. ··· O Su. l~f:n:üxou O~onto:-V . Ex: dovc/llten ~·
. ô a\' iso ccn!iurauo Jlt·lo nobre deputado pot• ilul' •tu o o uolJI'o (\o p ul~tdo flUO ural!on tlc f:_,!Jar;
s. Panlo, é ttm simples ollldu u um L'mpn•gudo foi :1 J\wor <lo. pt\)je_cto,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:37 +Pá gina 20 de 28

Sossfío em 25 de ~1aio de 1880. 251


=======-=
U illuslr~ ieadcl' da t:luinri~ (relia ji1Stiea no N~o. JlOl'(jUC o decreto de u; rl•J Abril elo f.878
1;:ctt peuí;lo ( lfJlOiado$ ) . V. E:c, m;~ p;;i·ecc,
(.;CVc conceder-me n p~Jau~, do contJ'al'iO H·
existente
cxc~llcão
11n crJilecçiTo d~s leis, foi posto em
pelo Sr. ex-minisi!'O !13 fuendn, man-
luck·:;o uut üireilo. · dando recol!icr 6 "/• (la emi~suo rc~lizado, nos
·o StL l7Er,tcro n·:s SAXTO> : - Tem t'Dz1hJ. o termos de~se mesmo decreto · ·
anno passo do contt·n isto,
[JJ'ote~lci · l';iio, porque esse clt~creto; 'embora :~pprovndo
pela cama~a c sll em 2.• discussão pelo senado,
O ~~n. FEJI:i:A11DO Osotuo :·--Não houve im- rJUU rct.luzm o q11m!tnn _dn autorização, obrigava
puifnação .. Ell P<'4)0 u V. Ex. que nho se illud:J o ;:ov~rno que o c_:-q..cdm, c o poder executivo
a ~• [ll'Ofll'lO, pe·ço que seja gnranli,Jo o meu di- nuo HlOI're., c dcna subordin3r·se noocto proti·
reito. cmlo, sall'o o direito do corpo logislntivo para
1lfJ prova r ott rcp.l'ovnr ;
O ~;u_. ~:nl.'IDil:>;U : -O dit·cito Jo nobre de-
pulorlo 1~-itú g-lll'nntirlo, tJOl'<iUC lerú n p:daYJ'a N:io, _pQrque .a cnixa da amortização devia ter ·
depois do Sr. Gavião l'oixoto, pr0codtdo na furma dn lei ; e ·não podia conser·
var nqnclln quantia â disposlç~o do ministro1
O @w. ró:a.-~· não Peixoto diz ']Ui! a lei tr.1nSfOrlllall(fO-Se em thesouro D<ICional j
t1c !ixação tl.~ l'111':;n nüvnl é u111a I!li de conll•llll~ n, N':io, porque os ·recursos nccessorios para o
c por certo nüa podi;l üeixor de Jll'Cslat·-lhci o regulnr and:Hncnto do~ serviços publieos têm
scn ;1J10io, apoialld•J o govcl'no r1 que perlcnec o repnttiçllo apropriada, onde devem flc3r m'!-
illuslrc Si". mininisiro da nwdiillil. · din.ntc trs fonnul~s, as gnr~ntins c as respoosa·
l~n\rc as importantes nttdbuit_:üB; l111 COi'PJ ]e. 1Jil1dade~ e~!JCt:ines que cxire; ·
gislativo, fig-urn1a cv:;1o princi;Jnos o voto U.o. N~o. JlO!'fJUC n lui do urç~mr.nto, creando um
impo:;to o :1 lixaçi'ío <ln r~rça pni.Jlicn. . imposto con1 applicaç~io ospccinl, a fazendo
:X o exerci cio ele uma tl~stas ~ttribu ir:õc.<. não npplicn~lio CS]l C.Cittl dos Sobras, conhecia perfei·
v~ mesmo moliro cspeci:d qn0, tl:ls. •ciréUiil· tamcnte que o 1m posto c ns sot1rns n verificar-se
st:mci~s nduncs, pud•.. ~so ~uto riznr a rcjchão da seriam no dia (le amm~l_t5, o não podinm nppli·
pi·opos\a uo governo. illla tom o se a u;elhor car-so a um rcsgnle Jtl clfectuudo o em outro
C>tcio 1:0 pns~a!io, c o.SL'U melhor nrr,nmcnto Ol~rcicio; ·
na eompar:tç:o cúm tudo (jUC se l•3:n feito 1:os N~o, po1·que n pllra~c dn lei manifestamente
::u111os anteriores. se 1:cfr,re no futnro, e' n sua tlisposição oiio eou-
N;io v~rn. POI'ianto, sustentar .nmn proposta trarin ou d oof;tz o facto j:i cmBUmmudo ; .
não combatida. Chnma-o ú ll'ibJlllà.. o dbntt'so N:1o, (1DftJUC ~o contrario, o pensamento do
do nobre dcrmtndo por Wnn~ Gcrne~ , oindn não decreto c da lei do .orçamento, emlJOrn por meios
na p~rto Cli! q tw se \iCCUpoall n .tJolitic:l gcrnl, j:í uil'crsos, ê a .solemne nillrmntiva da necessidade"
dt>CUtid<l !urgamcntc l!<J resposlil ú f:1l1;1 ilu thruuo do resgate c o solenme testemunho da f<i pu·
mas na parte em que ainda umtt vez Lligna- IJiica;
mcntc defendeu n t·c-cmisstlo dos ~U,OD:OOO.~. de Nilo, porqttc cutro o dGcreto e ·a lei, hnvoudo
que se occupon, c a intapretat;5.o dada ]Jclo 9,0· um poriododo · tompo, si esl:~:~lterou o meio.do.
VCI'IlO JlU'sado ~O pdritog·to UU COllij)llllhia lJO• rcsgulc, nem pol' isso inLllilisou àquelle decrct'il,
trmical am·den. .lt• posto L'm cxcctwão pelo SI'. ex~ministro da
Dcl'O ;\ pa!~vr~ uo Sr. Cnrlos Alfon;:o esta li o·. f:vendn rtunndo munclotl recolher ns notas do
tucn.1gcm, ainda. quo os ôCilS J'.:Jdocinios nuo tine depots se serviu pm·a pagar o jut·o dns opo·
convuncc~som no o:·atlm• ; naveg~r:í, porl"nl'•, lle~~~. · ·
ms agtws.do noltõC tbputado, SCill todaYht, tl'n· Em rcmmo, o uohrc d()[>Uindo conrunclc em
lat· unw \'w~em üc !Oll!~· ' cnr~o. sa~ ~rgmllell Laçlío cluu5 cxot·eicios e dtlUS modos
A discussão estie O>g'Ol3u~ em ra~c llOS t.hrcn- de rc~gatc. Dous C\et'cicio~ qunnilu IJI'etendo
moatos conllcciuus ~ ao~ Jacto~ arliculmlo~. o do~ (]a rt1lt:1 de l'ceut·~os n;l h~i do orc:uneulo, I.Jcm
llecl'etos ttUe scl'Vii•mu tlc )J,~.~c :10 adoo (!o 111i • ott mol olabonuln, couclllit• por indacl'iio alega·
ni~lct•io tln ogricullllt'u, uo :1 de Março pro:dlllO lidndo clu neto que mantlou rcomitllt: notas re·
findo. colhid3ô nn dominio e:•cl usivo do decmlo :
~'ambem não se adi:t~llou illén qtwn: o :í rc-cmi~­ dous modos de regule, quando a obrigação
sflo Llos 2 .l~oOO: 000;5, nwmhlt1os rccolltol' 1í caixa gm·at p~rn roli•·at• o pnpol-mocda na proporção
d~ amortiza ~:ão pelo prop1·io Sr. ex· :::ini::Lro qac dos r~cursos ct"c•aclns pelo lJudrJ~t concluem n
O> for. tlc noyo circular. annnli<lçt':o do rcsgatr, olTectuuilo por força dCl
E ]:ois, ancccssiclad,~ dtJ . m~i$ va,;tús l'Sl'l:H'C· nm tlccroto, onl5o em pleno vigor.
~imeut o s fnz·sü roda VL'7. mnis scnlit'.
. O rcsgntc do~ 2.400:0008 ct'(l fnclo consum-
ma.tlo.· o prcvi.<to pelo Ic~islador, quo conhecia o
A camara c o paiz doscjurJo sem duvitl.~ <jlll! clel'l't'IJ de Abril do 1811'!.
os dous ·ractos sejam pleHamenllJ cnuh~eido:< om Si a .retiratln intportnvn diminuiçiio do re-
m~s . Clll1~Us Ú tiJ.otiYos. i'Ol' ÓlllCfllOU\0 a dcJ'csn cur~os para a rognbl'idmle dos serviço~ em outro
d~ uo!Jre dep<ll:< do, comp~mndo .:~ cxigl1.iJ;Hie exen:ício, havin ns op!lroçõcs do credito para
de seus al'gnmcnti!S co:n n gnnukza llc fOll sat1~ f~7.ol- os-
. talento, dt'momtt'il :1 ft'li!lllCZtt da c:1LtSU 1]!10 ·· A lchlo orçamento nndo mais f!lz quanto no
susicnta. f1ttnro, senão im[JÜI' ao governo uma obrig:ti,(5:0
~üo; o,; 2/~00:000,~ l'ecoJhi!lus á11Dixa da nmOI'• gcl'al, qtto se refere a todo papel-moeda ex•s·
tiw'":iu para o Jim ddt:rminmlo, niío podiam sct• trmto. envolvendo os 1~0.000:000~, e que podia
di.>tmhitlos d~ scntlc,;titto, tl'nnol'ol'ln:nlllO·so Otll uni' c·lilll!J •·csLlllado um recolhimento maior de
rccmt•so de umex•:rdcLo tliJUillo CJUC j:.i tleviu t~r ~.iQO : Otl0 1~, si o,producto do imposto .especial
sill.o cinza em outro. c a~ sobras iiiH\gllludas dessem 11arn. ma11. .
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:37 +Pá gina 21 de 28

252 Sessão em 25 de Maio de 1880.


Em que, llOJ'tnnlo, conrrnrinm-sc o decreto c o Sr. · Fe~·nanllo O.!i!o:t•io : - Sr.
ll lei do or·~nmento, pnra que esta. inul.ilis~s;c tn·e~ilh:nlo, comc~nrei protcsland(' C!)Jltt·a o neto
oq1wlle, tran~fl1rm:mdo a cxectl~ffo CJllC lho d1~u nrl.1ítral'!\l c d1•susatlo que V. gx. pra1icou. A
o Sr. ex, ministro, twlo rcc'llhimcnto das not:~~. O[lJIO~i~ilo 1\ quem ~hrc :1 discuss5o. Ett liúh:t
1lm deposito de no\'a cspccio, feita na cai :o.:~ da pGJido a palovra, e pois a mim com(lelia ron1pct'
omorlizn~iio, por conta d~ lei do orçain01lto? o JebJle. N~o entendeu V. Ex. ~ssim; c
Quanto à ~cgunda questão : ncg-ou·nte a pnl:tvrn, l'undamJo.sc em que .o
nofm~ deputndo o St'. Cat·Jos Alfonso, [Jrimciro
.· Sim, diz o orador, o privilegio d~ 2:! anMs, que !aliou, .lto.via-sc insct•ipto contro, llpczar de
conredido pelo dcw'tl) de IS dil Noy,~mbro de lHl'.'cr·sc (H'onuncindo a ruvor. Sr. prcshlcnll',
iSG:!, uspnç~doou n~o cspnçado depois, conla·so, desde que Y. gx. r! cnenrt•cgailo dll !IJI'igit• os
não dn data <la abertura t~o t'l'~fcgo, 1ms da trabalhos desta rasa, co:n orrl1!m, não podia
data que se estipulou; prcjtu!icnr os dirctlos d:t OlJpo;<i~.íio.
Sim. porque n:io ha dit·.oito contra direilo,
nem ohrign~~iio contrn. ·ob1·i~:~ç~o, c a ohrig;u:~o P<)!'l:lnro, conll·:1 este en'o novo ca ~pro::ento
do governo pela ~llcrtllra ele ((ldo IÍ a 11~~galin1 meu tH'uta;to. E' a pritncira vct que rw>la ea.
dn obriga~ão da compauhlu pelu ulJertura d\J lll:ll'a um !lcplllauo da Olt[lo>io:;.iio (;tlla depois de
direito, dottsdlscursos em defe~a du governo I iJ~ ma·.
Sim, porque o decreto de 1832 rcr~rc·SC tiltc· ncira qu~. scnhrwcs, aqui no pa1'lmncnto ·~~ rra·
ralm\Jllte elll suos relaçucs com o Jlassnuu il em tícas est5o troc~das: dcCelllle·sc pritneit•o, depois
seus·corntwomissos com o futuro, ao qtl.c se ti· accu~a·sc. (Riso.)
nha cstntuido e no que se c~tatuia de IIO\'O; . O Sn. l'llt::SlllE:ITE : -~este c:n;o V. Ex. de·
Sim, llOf<JUC us >ocic<.Iades ~nouyma~, n~ l'ú:'· \·1\r~ accu~M antes o nobre ll.epnt~1t1n rJUC i ·'~crc·
ttHl dos nrt~. 2!1ti do Codigo Ü)tn:n~rciul ~ 2,•, vllLl-SC paru 1':1llar contr3.
ó.• n. 5 e 17 do dect·cto 1\. 2i'U uc l\l de De· G SI'. FrmsA~;oo O.<omo :-0 ritetn cst;i con·
zembro de t8GO, fazem-se 11or tcmtJO tll!lcrali· sumado, o não pt·ctcnUll :'long.,r- mo, in si~·
nado, c o tempos~ dctcrmi 11a [leia cct'lcza elo tíiHlo .tl" sua ~J'I'CcbçiJ,J; eon:cn to-mc em dci-
prazo ou pela cct·tc;::~ do l'aclo; · . xnl·o hem ~alienk.
Sim, porque, si :1 nbcrtlll'a li~nYa ;\ nml.adil Sr. prc::id.:mtc, o~cio (jlll' ng-ol-ct·no n~o pú:lc
. dn comlJallhia; con\ant1o-~c o pri\'ilcgio de tt111 CSl<il' ~:lli:<l'eito cem (> [Jl'O~cuimento da llLliOI'ia:
dia uiio marcndo no contniiLJ, incerto lica\'a qunudo se di~cutc um pt'ojccto de l~nb nw~·ni·
tambe.m este, t;mto para o g-overno romo para ti tmlc, o nollm 111inislro d;tlllnt•iuh:t csl:í r1uasi Hi
conlpanhia ; no recinto t (.Nrio apoiá(l04.) E~ ron!cshl' o luz
Sim, porq~c o ~is~riminnr5o dn linha em du~s do soU
portl)s, pat·a~qu(l rossc frnnqnc:\du o tr~n.~ito ao O Sn. GAr.mxo DAS NI\\'R~ :-0 anuo pnssa:lo
publico ea\cnt~ndo-sc dons p1':1zos dtsln,,.·t<Js,
não e nrua di~po~içuo arllilrnria, ma~ sitn M~en­ muitas vcz.cs a mesa liwu s\Jsinll3.
tndn,. de aecõrd\l entro o go\'erno e a com pun b i o o Sn. Fr.:n~Ali'DU o~o!LIO :-[sso n1io j usliflco o
sobre a necessi~at1e do tampo com esfor~o ordi· procedi mcn to dn m:' iori :t Jcslo an no~
nurio parti rcahzar o tL·nbnlbo; .· ( Tt·octmi·S•! ll[ltlt'lcs eull'<! ~& Sl'8. Gtlltlina dtiS
Sim, pot·que n commint~,ão dn pe1·da do pri' Nct•cs, Felicio dos Sanlo$ c p,·~·itas Coutiulto.)
vilegio no segnn~o pr:~z() pelns ourlls não con·
cluid!IS exclue mnl~ uma nz e }Jeremplol'ia. D0pois desta )lrolong:uln lnterrupriío, em con·
mente o nrbitrio ua cont:1gcm. . scqncncia dos ~[l!lrlc• 11111! so trocnrmn cnlt'H o~
Nem so dig:t qno por scmülhaute iutel'[1rel:l· nobres rlqmt~llos, Jll)tO liccnç:t p;1rn conlinum·.
~ão, si a companhia comcçnsse a trnbollmr autos Dizin, 81·.· pn·~itlcule, 1[\UJ o !!Ovcrno nflnp!'ltlc
do prozo, o )lrh·ilcgio n5o pCtuerin coutnl'·$C esta\' salil'lcilo eom o Jll'ocedimenlo lla mntorin
l\cs~a dnta, fic;~ndo tlssjm proro~~dv, quo o apoi:1. O nol!rc mini~u·,l da mnl'inhn nehn·
~il qtu1~i sú neste reei a Lo, na llC~tl~i:in em flUe
Sent (] nvida o privilegio contal'·sc-hia scmpt·c Ll'lll~mos de di~culir malcl'l:' de lunla llllll:\,\li·
da dMa da abertura de direito, porque foi cal· tu<ll',.co:no ú n fl.~~ç:io da$ fni'Ças de llt:ll'. 1'üo
rmlado, tcndo·se Mt vista os esforços ordinnrios dcsn.lnt•in bzcl' c~tn C!'[ll'o!Jaç5o, ma~ 1.1 l'lllseucin
p:ll'a realizar n olll'll. dn maiot'iu mo ohri\ta ng:or:l apresentar um
Si, cmpt·c~mHlo mniore~, a. companhi~, em [Jrotcsto l'Ul nome dn classe da mnrinhn, (lUe vê
proveito seu c do pulllico, nLli:lnl~sse os tr~!Ja. Lautos otlli'QS assumplos discnlitlos :1bnnd:mte·
lho$, nam por isso diminuin o pri\•ilcgio, mpre· nwnlc e (sem offcncle~· aos noln•os dC[IUbtlos),
seutàndo no fim de causas o excesso no tempo .a direi), 01Lú cum superlltlhlmlc; no onlnato quo
compensação de maior csfor~·o. os seus legitimas intorcssrs ~fio quasi abanuo·
Fazia mais do qllc aqui !lo u que crn obris~~ln, nados c defendidos poe mim, qnc n oiln n:Jo
c a presnmp1.~1io ne~te Mso, si os· g-overno~ cu111· .pertenço c qui~, sú com grnnucc~ro•·ço, p<~~so ·
premo seu dever, ê que m~is despcnclcu p~ra . dc(licar·lhc algnmas palarps. Tll:rs, nntcs de
conscS'nir cn~ monos tempo MJUillo que se cal- continnnl', llf'W liCL'Ilt'n ~o nobre rlL'pntnLill lW!o
culou em UH! I S. Amnwna~, qtw ~e :wl:u a· nnal1:~ Cõllllcnl~, llll·
Em uma t)nlavra, n data da ~lH'rtut•n (•l!!rmo lilar di~tincto. CIIMI:illt:Ltln ontciul tio uw•·in!m
de dil'cito, c o termo do dirrito que com~ç11 sem o t·onhccedL'l'.llos inlcr'~~sc~ (lc sun cl~s~ll (nwi-
IJC~!O li CL•rlo (' nno pótlc deixar de sêi·V.
tos tlJJuiwlos), [lal'a exponil4:r ns tninllns con~i~()·
l'u~·õc~.
Tudo mais ll urgonci(l, d~ lalcn~·.>, m~ts H~o é u
vcrd<1do da llli u do CQUtrato. O Su. Co~'l'.\ Ati!:\'J::~u : - )luito obrigado.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:37 +Pá gina 22 de 28

Sessão em 25 do Maio de 1880. 253


O Sn. l'lln.-A.NPU O~mno:- Sr. pr·~~ident~, t;u Sn. UEPUTADO: -0 rlllntorio é O tnOSIDO do
cu felidlo no no!Jrc lninislt'ü, [lul' h:l\'e!' cc;nsc- :u;nC) [l3SS11dO..
JIUidn crillo car-s~ 1111 brilha;1Lc [l\!~i~i1o em tJUC (lia o!rttas awn·t~s.) ·
se ~clla; (! tanto lctli~ u fo.'lkil•), q nau lo I) :). Ex.
U\11 ~illall5u illnstrndo (m•,;t;•s llllQi·:ú!i.~); cheio O S11. l<imNA:sDo Osomo: -onm·1·o~o est:í
dll H'.l'VÍI;o~ (10 llaiz, tJ c\Jjo pll!dolistll() tÍ \)as· \"cl~IO; o lllariz e Dl&t'l"os pr~cisa dll C3ldcirns
tanlc :idrnimdo. l'ot'õlllto V. l~x .. cu o mo ncst~ novas .
. momento la!\~ar as ~egtlinlcs [lroposiçõcs : llÚ~ Os ouLros encoumçados são imprestnvois, não
não temos armada milit:u·. só as conrar;os 1\ilo olferec~m resistencin como
O St\, FnEI'ÚS Coun;xuo :-Apoi~ilo. niio distJiiem tle b:Ja mnrch~ i ~i'ío de mof\elo
antigo c navios yclhos. · .
O Sn. FERXA~DI» · Osonto: ~O JlllÍ7. C$ltt sem O Al,utorls csl;\ padre, ~ua cour:~ç~ !em niJtmas
de.fl!za, e talvez nnlet,~·mlo. Totlu.> nu~ ~n!Jetuos a c~pcs~m·a de ~. pollcgatlas; Rio fimnde, idem ;
que algum:ts nuvens tormentos:t3 se ;~g-lornentn1 Cec~l'CÍ id,.- m: S1111ta Cathnl'i11r1, i;-nt~lrtlelltc.
pnr:1 os lv(!os do Slll: s:di<!IW•S </l!C as l'cJ)itblicas E' oel'l<) 'que cslc; 1mcour~ç,1d(l.<, l:lr. presi-
nos>a~ \'i~inlws ~ii (Jrcuarnrn, nrm:un SJ u. lll<)· tlcntt•, scn·irmn no ;,;·'!i)ff:l tlo l'm nguay; mas
lhor pussivel. pl'incipttlrucntt; ·ti n·puiJlic:t Ar· em quo oee:tsiã•J ? Qu~&Hio n r~pniJ!JCa do Pa-
genlina; todas ellns c1ulim lrnlam de mclltrmtt' l'aguay di~punha du projectis cah!Jrc liso deGS.
o seu eXOJ'cilo e ·n ~un <~t'lllUuu, e >•i o Ut·azíl
conserva-se des~can\elmlo cxp~ctador c n~o se o Sa. Cosn Az~VEOO:- Alguns mais rot•!cs
}lrevine. um pouco.
N~o ú que nu tenha pl'ov~s t1e que a lula c.;tâ O Sn. FEnxAxuo Osonto : - i O?
iminente, mas e que o .JtHnt'O nos ó clcsconhe·
cillo. Penso q\lllllcvcmos tctncl·o. Meus receios O Su. Co:;r.\ 1\ZB\'E:IliJ : -~bis 1\ll'les um
são ftmd~\los. pouco.
A hi~to\'ia do p~iz rcgi~tr~ inv~~ues n:1s \ll'O· Ula ou.tro.fapartes.)
vincius liluitrophcs do itu pr:t·in, c dcn•mo·:: rc·
COl'dtl\'· llüS, QUI: ><.! àt!J"ÍS il<lS [ll'imCii'O$ >ol!'J·i· O Sn. FEnNA)o'nO Osomo :- Eu t•'nho como
mculo>, deit:•i, tl:ts inv:tsücs c das lortuw' das CCtlo isto fJ.llC digo ; dc~ejtll'Í:J. VÚl' as lJI'OVaS em
''ictimus 11 qnc l.lcudiH\Os ~-"' defesa do illlpe.rio contn1rio. · ·
o de sau;tr mnlcs irrmw:~di(tYci~ C\H\tra '' vida O Sn. ZUIA :-Nús não queremos contes1:1r;
dos nossos colrttJ:tU'iota>, e CGutr:t os seus iute· quet·cmos IJltt) Y. Ex. no~ apo11tc o rcmedio
resscs. . . para c~sus males.
Senhores, tii·c occnsiüo d~ l~r o rcl~tol'io do
honrado Sr. ministro .da ütt~rinhu c cou(cs~o OSn. FmnrAs Colil'll'\liO :-· Elle · ní.io c go-
que cflo deixou-me o mais prorundo dL·s~osto. vemo.
o
Vcriliquci que c.slado dis]Juo (lctn:llmentu t.lc O Str. Z,nt.l. :- ~Ias u opposição lt)nHt obri·
H encourD~t·tlo~ i1~ nallim,•, ttlcs sii.o os · se· g~ção de prctclldcr ser governo. ( ttpoiado.s.)
guintcs. · O S11. ·f&I\~A~Do O~otuo :'-Pero no nobre do·
( M) S<•te d~ S~l:·mlm:, So!itlw"cs, .Java1;!J; l:im.a JlULl\dO O (t'IYOl' llC t\llentl~I'•IUC; conht)CefÍ\ dO•
Barro8, llalur1, !Jm::d, C<lbt·,tl, Al:trju•u, /l:o pol~ com(lletmnentll o mm1 modo de llellsar !Jilll
Gtalld,~, Dal'I'QSO, ~Icu·i; c /Jarros, l'ai·ci, CMI'•i I'Oilêr[l a!;'rudut· ou dcs:t:;rudnl' no nob&'e de1m•
o Santa C'tllwriln. t~uo. ..
Mns, senliore~, rtll:li é o estado 1lestcs cncou- St·. IH'esiJ~ntu,
tlou como facto pro\•o~o, qU()
l':.tçados? O Se/1) tl(! St•(emlmi, s~,•gnallO 11!1. o rc· não <tdmit!e contestação: us co•ll':l\":ls llos nossos
lntorio do nulJrc mini;ti'O da nwriuha. ti um ua\'ios, si ti\'Cs~~mus ltoj., ttllHq;ttcrru no ~ui,
,nnvío noYo; \nas rtue pólio npcnns scn'it' thJ lia· uiio ~l\pportam os ]Jrojectis c.IHs canhü~s, de
teria lluctuuntc jlCI' ser um uavio do madcim c que as l'UllUblic:ts viúulw; dispõem; u vott.
de. frn ca cou t'll~,a. t!izcr porqne: pol'I(Ue el1.1s JlO$~ttcm canhões
'!'em este IWYio, S1·. prr.~itlcuto, em Sll<l cou· do c~libi'O :JOO o UOO, C a cOUI'iiP dos nossos
l'araa espessura .:>jtCI!as ilc 4 l/2 pollegntlas,. n.wios lliio ttlm C$pc.;snJ•n sn/llciente rm·a re·
· O L:ma Bt!l"ros. IH'Ccisa d~ nov.-s c~tltl~u·~1S, sistiJ', ·
bom assiltl o lJaltia. S~tllwre;;, utu <.los terríveis inimigos d~s coll·
llcm hajn o nohro ministro qtlC, probo, p~trio· r~ra:; dvs navios tl o !ii'O/,l'l'csso. Os no!Jt•es de·
ta e justo cotuo é, n110 f!Uiz uccullm' n vurundo. fJLWulo~, que lunt!ida o IJltC SI} passa 11~ ,Eut"Opn,.
O Sn. Lt~IA D(t,\ll'l'l\ (11ti11istrr; da uu!'illha ):- ~ubum rjuo f.,~-~e liojc llllW couraça, da-se -lhe
Nclll devo. UUHI espes~ura ~nvnuo, c por assim dizer, no
dia seg-Ull\ltJ inl'tJ.IH:I·so um pi'Ojcctil, quo a
O Si\, F~;nNANIJO Osonw:- O Bm;;U n.'ío cst:l perftu·:~ e iuutit:sn. ···· · ·
no cn·so de ser np(lt'oveitado, assilll como o Gt&·
111·a! · c ett l\crcsc.cnto qtt•~ o fumlo ~st<i cont['l~­ O Sn . .Z.\~IA:-Alti ú o cnso de dizer: os!:uuos
tnmé~llll eslt·~g:~llo e [Jodt•u: o ca5co é do nw· l'úlldo em qttc p~tatn 1\S mod~s. (lli:~o.)
deira. · O. S11. ~'EII~t-.~on Osonto :·-Si h:t lH'njccli'~ que
o Sn. LiALDliiU no\s Xlln:,:-n., Bnr;i/ r.(Ws·i.) inu!iliz:1111 rlll\ l':o\'a~ d\• ~i polh~g:ul:1~ como··ba
L'eallllt'lllt• [ti'Oj o.•çli~ IM~~Í\OS, <)l\o.~ C:tt\~U\U O:>SO
O Sn. F:·:ll:>.I:>Do Oso1uo: ~Situ, u !Jnr:•l lnlll· estrag,, l'aletlk'Hl no: nl•llt\'$ ii•'JIUlad•ts. Clll {(Llo
IJcut uflo vai mttilo hem (rismltM. ,l c~tndo n:io lit~<li'Í3lll os au:'so~ cucoLwu;~dos
O StL G.ll..lli:<O lt.\~ :\t\\"1·:5 : - 0 l'UlUUO i[lll1 Jbço,.: si tin•$ll~Hl t.l0 auppurtul-os I l~ieariam
d!o tom já vem de muito llJml)o .. CSll':lll!)lll:tdús.
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 10: 37- Pág ina 23 de 28

254 Sessão em 25 de .Maio de ISSO.

Si nós nos ,·issemos obrí ~o dos ltoje a l utar o nunca :~~s;.:~: dccault~ lla dos · nos~os h cr•!e~.
no mar, seri~ uma :,:raml•.' dl!s~ ra~ a . SI n llOSS·1 O Bt'<<?.ll f-illll e::.qlla<l ra llfli'Otlriada, bnteu·sc
dlplomacin não pude~s<·. C\'itar a lttla, com I'Cl' • com tunn n~çi•o f<tllaticn rJuu di~ pu nlta dtJ 1·e ·
teza ou · nós suceumbic-innw~, ou <)nliio com cu t·so~ , que 1;1a1 betn tlotliu te1', si mio. f•) rn n im·
muitas difficuldnd·~ s· bave riumos •Ir. t'Otnb rtl•~ r pmvitlenr.i(l. ~I as, Sr. Jlf<}Sitlonto, conlinuarcí n
)lllra vencer, porque eu son 1lnquellcs que não lratar Ull ll<JSS:l e;qnadl'a. . -. ·
descrêem nem {\a bravura , nem do ·1111ll'ioHsmo AVilal d~ Olivei l'tt q ttc, como t.liz o relatado ·
·do& soldados brazileiros, que .de~~es senti :nenlos tlO UOIJfO mi:dstrv da Ol:ti'ÍIIh~ , estit :-cgula.r, foi"
já t6m dado lll'ovas muitas v~zcs em t'(mhidn$ Jw lJOUCO fmmr n · Yi~g· ! m :'t Ghina. K\t r.cro3·
batalhns. quasi desarmados por n~im dizer e ccn!:.1rei, IP.lll 3· :n'Li lh:J t'ia fraca . co;no a NJctftc•
con(Jando mais quo tllrlo ll:\ sun cor~:zem de l'<>j' ; foi pri ncipi:Jda fl'll'~\' ll':lll~por to e acab~d::1
avanç;,r, lJtle te m produ:tiuo a com l'u ~~o nas pnrn n~1'iO u<l gaerrn t .. ·
fileiras contrarias. ATrojano f!üll r ecorda o nome de um con- ·
strnetot• br::~zílcil'o ill nstrt~, de umcíd:~•lão bcnt>-
O 811. F &LIGIO oos :S~"'ros :-M:~:; no Pnr~guay mcri_to que Hrm?u ; ua r•'J>Ul!Jçi.íO na In,:llllct·r.n,
nós vence mo~ · pelas nt•mr.s. ·· · prcc1sa do! cahletra ~ ttovas e~:. quasi çOllltJ :• Nte·
O Sn. FEns,\~Do. Osol\lo:- N:io contes\o, mas títerotJ no i ~ CD l;t W pé.<; p~ m os rios não ser V"c o
amrmo qu<l n umvura c o pntrio\ ismo tlos nos,;os 1>~1':1 'o ·oceano lam bam niio porque ..; de m:Hlcirn
ao! dados for a111 gran <les e l emen to~ pnl'il akan · c uãil solfi'Crá os p1'ojec!is 11ue llte n tir:~rom {).s
çarinos " victoria·. (Apoiados.) Do .qnc ~c numi· u:~vios cn~o u raç., cJ o;:. ·
t'llm os nobres deputados ? Tt'ii1BII)hos lw que A Gualt!lbrwa csl:'1 no\"a, m:~s, S1'. presidente, é
se atconçnni sem . n~c·~~~idnde .de tr:l\':11' lutus um navio pe~ueno. ·
frementes a sailgui lolentos , A JJHitia,ul. .S aprovelt<Jvcl p::~ra r.ruzciros, ni:io
é um navio de
o Sn . FELtcio ·nos SANTos: - Siln·seuhor, m<~·s pouca ma I'Cií:~ e :~ rlillwria ft'aca. gucn a. A· Jla!Jé C$là Yd.ll i'l,
eu só contestei em t'clnç.'io no Pnraguoy. .
· . A mnt·cha c c•mdição importan te p:~ra o bom
· O Sn. FEI\~AJ'(DO OsoJUo : -Sr. Pl'esitlonlt.!, si n~vio. Os nn•·ios que nflo :md3m estão ·.sempre
os eneom·nçndos estão cNllO. descrcri, os nuvios em constaut~ pcriJ.; o. ·
de madeira e~t~ o em um cs la•.lo la;lituvvcl. 0:; nobt'cs uetmwclos, quo d~Vt'Ol tor :~com·
· Nõs ~cmos um~ fra gnt~ 9uo ê ~. .hJw~oii CIS •.•o p.,n!wlo n lula em que. ag••rn o Chile c~tt! .em·
rl'lntorn1 ,do hon r:~do mmtstro an mormh11 two IJe niJ ~do, snucm rj tlc, (] I ~P"I'do 'JS~>~ re]mbhcn do ·
querendo diz<:t' que el1a e~tá inuLil o incapaz dl} nnvins do exe~ll eil lc lllat•cha, tem muita;:, voze s
Ir ó A'llCI'I'n, dit : dU'I!III03 c::OHS~I·val ·a como tm& ovilado do n'Ol ~s. Nvs, nem tsso podculos !ate r;
Jllldni<J 1/e glor ia. . . nem me~ m o poderemos f11~ir qua nrlo <!Uizcrmós
Sim sonllor; c.onr:orilo; mns sem ~J ncct>J'mo· evitar dc~nstre:;, para · não s ttcnmb i rmo~.
no~ do lodos O$ outros IH1Vios qm•; commanua· A ParwuteMc está l~mbt!n\ como n Jlagl],
dos 1101' ofllei:<es dlslinctos, e~nquistm·om louros . coberto \lcJ 3tul1)S , decrcpito (l'iso), ntio serve
Uo vit•cn\cs· como ll•l UP\1~ Crt~!:!'atl. no111 p:1ra lr:lllS!JOr to, Mm ll:tra enwar Nn. fogo.;
Nós lemos ~eto eurvetM ·. •\'icllte•·o!f· fJUO diz o C de l'lt\1\ls, tem tJO\tCll marcbn, ll•:u:a lll'tllh:ll:\3
nobt't! mini~ll·o : c~\\1 r<J.!:ttl;n· o v:~i fa1.l'r 1 in . c :Mm de lUtlo.- senhores, faz um grnlllle 1lls·
·gem de insti'Ucção.· Ma;; cu acrcseento t(ltc a sua pcudio :10~ cofri:s lltlhlie:>s llorque g3sta un1.ilo
m:u·cha c !touca. c fl't>Cn ü ::1 ~ na al·~ilh:tt•i;J, C:om rnrvio. .
clln uito J•od cri ~mos . lll'i:.r:ll' llrl o r·o~no ron1J•:1 Y•~jamns :'gtll'a liS canhone[l';ls·. ;)iio i7 :. Pl'in·
C'fjU;!,]l'l) C ~II'~II:.\'CÍr:t d :1 l::ul'Op3, bem :lllP:t1'C· ci w do Gnw l'uni, flUO · ost;i novn: l 'at"'!t!ltybrt,
lh11dll, com certeza que ·n derrot;~ >cria. infal· l'flil'a.rl.fll, f.!IIIIIIIJO, PlúliJlt' c Ca111111'M, .tlm,qual'!l ,
li \'I:L · llr:lu'i'l"'i ,l/a!'ii"~• ..flctu•iqrM · Dia ~, Grccttlmtrn ,·
o su·; ZA)\.\: -Conforme. . Vil/a! ti,: I\'•·!J I 'éiro .~, T r •m!'ttt df.l.l~y, Fa1·11a m(,:.~
l'ieim., 'l'aqWI/'1/, Furl•: d1! Goimtn·a, l't•tl t'IJ A(·
0 ~~~. ~'l\1\:iA:" I.IO . Ü:'\i!liO :- ~~ :tlÚ uig;}, 51'. (vtiSt.>, .iloP.III!t t: 'J'rcll'lpe; do>tns, s\• :• penuftin ta
}ll'CSiLl('tlt••, que nt•m llt' 11 •1SSO~ encnu l~t~·r.!lo~, !l regul nr, ·:~ ttltim:> o>;:t Sll construhttlu tH'l
n~ m ós nos~os U:\Vlo$ •le lll~dt!it'a cslüo nu r.n~v Bttlti ;l , c I U! Ia~ ~s ottll';l ~ não [li'Csto tu JH'l':l :i
aelnolm t\Ulc de luto1· no ncl'nno. Nt·lll nos f ios . b'll<}l'l'~ .
Si a lula~ ~~ tnwn~~e no~ l'ios como tlurau to ACCI't•sccnhwci a itHla 'l liC n Ypi1·,.m:7u tem
a g-uot·ra tlo l'~l';l !; !l ny. a Nictlteroy lJU& ca!.1 clln ponc:t rna rch;~ o rr~ca :wli Ih:trin ; 11 L•nntlflll niio
ti pó~. nr:uia t\111 muit:ts occn~itt•·s inutili<nda. 6 n~\·ir, ti•• gnerra, foi couslruilla p:IJ'a robor.n·
i'\~o {rgo uol'iuutle. Cu111 !:)!'ande v:nttll!ülll ilnr: u l't'lifll'' Ctw l•n·â:·' u um peqttcno «vis.J
lutornm os p:u ·••:.rua.•·e~ t:untr:u t :lwt·inlln 1Jr:11.i · · in~i gntlio:lll le ; u Am;,aary C:<ttí po1lro; c a
leir:1, pt>l'l(lil! ;·!lc•:< di!'(mnh:.nn rlc J tn\· i o~ aJ!I'O· llcnriq1w :1fa.r•ti u8 r~l:'t l.msunHc cstl'ng:ula, c é
pt•iaüo •, do.: l"'nco cnlau•J rnra· n:wcg:~ r o\m n\ti . .lamlwm nm Jli'<JU••no nvi~o . . ··
llt:S b:.ixios, c em ~C I'ia~ Ui lllc.duado;; col loc:•r n:a 'l'~~~~~lS (lóul! IJri.trucs, o bri ~:ae•ht~ ríln de velr.
Ü llOSSil \'UlOUtu l:>'(jltat.h'1l: C quando Cii<•S scn· ! trwl•ll'ncâ., ~ô nproveit~vd p!ll'a crur.c iro. e o ·
tblll-sc pcrsC;l'llitlos por · um ua ,·io tJn\luro.<o. 7'owlt:l'll; IJri:;:no c~cnn a lle \'otn qne · (•Sia em
nl>~so, o 11Ue fai:·lani· cl'a fur nr o fundo llc suns ccmm i~~f10 em Sanla C:o ~]l::l rin:l, C . tam!Jcm insi ~· .·
j)CI[tlCti O~ !tn.I'COS. C .Cfl:l l 11$ IJUC, ctihittdo ~lll ~O uillcaulc, · · . .
sobre os butxim:, :llli fic:\\'~Jn rormaudo te~nt VcB Vaporos do rotlas lemo< lrc~ : o lJoni((tc,io, rç·
baterias lluctunnl~S. ~nhu · ; o JttrtHCI.i'rio . e~tragndo, quo MUI o nm' tO
A impr~ v itlcn cin do governos pnssados :1r• de gnerrn, é nm roboerHIOl' que ~tú ·1n·osouta ~ ·
riscoü. a honra •In nossn palrin a umn tll•rrotn mente IH\ minhn JH'ovinciu c o !Jracom1ot hem
vcrgonhos~. s:JI\"a pdt\ bnti'Ur<~ exll'aonlinarit• csLr:tgtHlo.
C!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 10:37 • Página 24 ae 28

Sessí'ío em 2õ lle Maio .de 1880. 255


TJ·ansporles temos tres: dous bons que silo o O Sn. FJ:nNÚ>oo Osomo:- Justamente. Que
Jfalleirn e Pur ús e um reg ulat· •1ne e o ll'er· necessidade tinha cu, portanto, de vir ~ubsti-
. neck. · tuil-o n3 tl'ibunn para dizer nquillo que j;í
~ncha s n va por temo:> oito regul.<tres. consta· nos anrwcs em lliscurso que proferi?
Ers, SCilhorc:;, o estado dos. nnVIOS da nossa o Sn. G,\LDJ!\0 D.\S NllvBS:- A maioria·o anno
t<l'tnnd~ ! Eu creio c:u(\ si todos nés prestassecnos d 1
atlençao IJara e:otus cousus, como deveríamos p~ssa o estav!J _com os ocu os do governistu e
. prest,1r, os ministres QUe têm occupado ~ p~sta nu~ nn oppo>tçuo ; agora trocamos os oculos.
·da .mm·inha, ha muito tempo terinm ncnbndo (Rtscrdas.)
' com estes males. O )lar!~ monto tem tido gr:~mle · O Sll. FEJtNANDO Osonro :....Sr. prestdente, de~
culpn, porque cu sou o primcil·o a conCcS$al' pois do que ncobo de dizer !obre o estado dos
que os ministros por ~~ só nnllu podem fazer . na\• ios dn noss:. :~rmada, per:;tunto ú casa: Te-
Siio executores du !cí, preci>llm que 0 paria- mos armnda? o que temos-nós? 'l'emos um re-
mem to lhes ti~_ os meios nec0ssorios llPrr. g-erirem h:rnho de foss~is. São os nos~os navios uma
b~m os nCJgoctos; mas, ~·eralmcmto as mniorios o g-glolllera~t5o do ·nomes illustros que enfeitam n·
emmndecum,. e cutenclc-se, ·ha muito t~Jmpo pôpa desses rncsmos no\'ios. Vertlndciramente
neste' )miz quo ns opposições é quc tl:1 n n re- não temo~ sonào csquires ambulnntes que an-
sldct.~ obrig:1~;ào de tl'~lat• com afinco elo que dnm sobre ns ondas li\'l'ando com custo notsos
con•ém ~o lJ<IIZ, tJuando .(i certo IJUe a nin~uom militares de un1n suhmc~10. · . . ·. ·
mnis que á mniorin compete :ljUilaro g-ovérno·. O Sn. ZAM.\: -Thlrarn boas !Jicadas no Para·
{fiu alfJtllll apm·tes) . . . . :;uay.
Niia :~rgumcntcm com o pnss:tdó ; nó;; vn mos O Sn. F1-:nN.~ NDO Osonto: -Ln so foi esse tem.
)J:ll'a o ruturo. Eu estou opplicn ndc; umn Lbcso !lO, meu colle gn i c:iÍllão, clles 03lovam novo• o
gcrnl. I~ rc~pC>liClendo :1 um dos ajlarlc~ quo uo <:aso de dar IJ!cadas; hoje, não têm cstn ca·
. acabam do dar-m ~~. direi: eu jit dcgta tribu- pacidade, e ti justament!! IJ:Jl' isto, .que mo diri·
· na t•ecl3melncstc rncsmosontitlo, no tempo em JO no nobre ministi'O, ehamnudo sua attençio
que dominovn~n os conservndore~.. Era 111inis- p~1-n este tJonto lmtrot·tonte;
tro do 11::n·tnlt11 o Sr .l'crcira Ft·nnco que tevo Acho, St·. presidciilo, quo já ti tempo.
:1 boudadCJ de ouvir·mc por mais de ~ ho1 ·a ~. A p ·
Niio p~n~o 0 nobre deputado IJUC cu ven ho guerra do ;1raguav, que tem servido de
hojll dizer novilludcs; niio .rco ho scnlio insislir pretexto paraJ'uslillcar :ilguns csbnnjomenlos e
com mais nlrxumos eon~ideraçües o estudo descuidos, lln ou-~o em iSii ; ~stomo~ em :1.880,
nnqui11o cjuo J•i disse, em outro tempv. c·clcssa da lu a.lé hoje, tem-se go:;to, podorú dl•.·
lloJ·e t:1lvet. niio SCJ·a :<UcndidG, 11ornue parece zer melhor do c1ue eu o nolJre ministro, cente• ·
·• na~ de contos ~em proveito. Entretanto, nio ·
qull se tem como nvcri~uado quo tudo fJ Ue par· \'ejo que e.;ta m:1iol'ia esteja intet·ess3da em nju-
. t.c d~1 opposici o é c~prkho; ti dc~ojo de ve r a~ tlnr o nobre ministro pnr·a snb!lituir os nossos
1

cou..u !<elo l:~~lo n1.1u. . . . n:ll'iosselhos e imt>•·cstuYeis, pot· outros t{Ue


eu·tlisso i>to MfUi mnis do uuw Vl!:t.. • I
O SR. Ftli.ICIO oos SM>'t·os :-O anno p:cs~mlo ~i r\·n m, :~gorn princi p n lmentl~ que convem não
desprezar uS·I'ltmot·es de guerra, alndn que lon·
O Sn.l~l-:llN,Il'WO 1 ;;omo :-Um dos nrolll'cs llc-- :,ri!''luos1 !fUC vercorrem ns (Jiat~!Ci!l~ d~s repu·
pnl;ull•s oxlt·~ulwu cru :• 1 mrlt~ 1!110 ,.11 n:ioTiVc<~c lJlll'll_s V<~lllhns, ·Com. (!Uem uhus deseJo que o
feito O .:tllllO. iJiiS>:IliO :1> C0 1l$il <'rn 1:ucs quo: fac•o Dl'llllll:ilrlllCIII~ :l tn~IS CO!II!llcla JHIZ,
lJOj~. Nada m:<i> natm·u!, 1:u linhn ou(r-u,; ali~ÚtÍ1· A ;! UCrt'o. Sr. IH'e,;:idente, não tem nllda do
pios u·4(11C altcud ct·. . ogr -da\•el ;.. mos cllo pódc vir contra nossa von-
l'ergunto ao nob re dl'lltrla\lo 41U~ mot.i\'O ba- t ~ de o nlio ti 1111 horn da luta que o governo
ve<·iu pnm tJUcl o lllllltl rm s~:nl u · ~ u n:iol disscsso. o· dc •o trnlnr da ·d~fes:1 ·do puiz, ntio e neste mo-
mesmo que j á lrnvin dito n•Itti r.ru 187ü? monto que so hiio lle dnt· providenci~s t~rdias:
o Sn. G.\LDIJ\'O DAs i'\gms : _E' quu v. .l!:x. ~iio ti ~lnpois elo nppin'et·ercm lliUitns victimas,
o~l:l \'n· u o "U\'CI·no como snccc.deLt no começo du _gn~rr~ do Para-
"' • . gu3 y, que 10 vndlmos a r epullltca Orrentnl sem
o Su. FEliNA NilO Osonto:-Estu Oll i)':11Wcl6 . u[ I)U arrnos e sem soldados. .
amot• no puil, eu eolloe~ ucima da dctiira~ão no s1•. pt·csid.;nte me pareco quo 0 ..0nrno fica
go!L'r.no .. B]llllldl~ ll!.'cct~n,•a .~c~.l~:n·. . , . , co nteute e juli!;·JU muito SGJl'Ul'o," qu~udo so ·
Ser~n JH Cetso ~uc c,\ nao 111 cza.~,c n_ve<.llmlr, Jemb r·n que d1spuu elos Ulorutot·os golimàes c
llUO IWO fOSSL\Ulll hOntC ill l1c lJ~lll, IJtlO lWO liVOS~O JCtVat'l/ (jUe tn O\'C tii ·SC por U!U machinismo eX~
nmn r~pu~açuo a z~~? ~:.: .~1'1'!" q_t~c.? nobt:c ~?· tra~l'l1ina!·io . o IJcm cnger~drallo, pelo que será
pu tndo n~o me IK.,.< Iu e~ tos 111 Clltcndos , f.ll •. ractl :~ os 1 gno r~nlc$ act·cdtt:n~em que estes mo- ..
me·hn essa bonru · . uitorcs gar;mtcm pcrfeitamt'nte a victot•in pel<t
OSn, GAr.otxo D,\s NKV~:s: - Som du•ida. , uc.$s:~ pnrtc. l!U:tndo poncntur:r {O$SCmos obri-
0 Stt. F EnNANDO O~onw: ~ · D!lmnis, Sr. Pl;c:~i;. i ga~os a .cor.nlmtcr. . . . _· . · . . . .. . . ·
dente, fazia ptll'tC clestc p:< rl:nncntu um rcpt·e- \ Sr. lll't•~rdentt·, cu f~1r o J'rllnmro l!Ue nesta
Stm laul &dn lllilrinha, u nobre d~tmlado pelo casn tmle1 tk~ tc.: ' ntontton~~ •.n ~ tempo l'tn_quo
Amozonns que mo.: onrc c <t ltu muiln~ Y QZL'S C$ lt1\'tl o !n~n . l:tcl o n n~ hn~ n<mutt·o d:1 lllllt'lltha
1

cxhil•itt·~c Mini bdlhantcmento em defesa ··J·n em lllli 1 0SJ~~;•o no g-ablllctll L~OUStlf\':<elor. O So·
~\l:l cl3sse. ' li111ôes o o .J<;tary n~o ~t·rn'm, ueut pnr·a com- .
O Su. ·CostA A~r.\'r>Do: - E Nn op11osic;iio ao b~tor no ocenno; nem llt\l'a com bater nos. rios •
. g:1hinctc du cntriu. UM Su. Olll'vTAtlO :-~os rios servom.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:37 +Pá gina 25 de 28

256 Sessão em 25 de Maio de 1880.


O Sn. FEUN.lXDO úsoaro :-Não servem c eu que, si nJ.o é proll~sional, todavia ó estudioso
o pro\·~rei. (apoirrdos), dedicatlo ;í c:tUsn pu!lliea c f:et·lu·
No Oce~uo desgovernam de umn m~neira mente, ett (l~p c ro,. hn de liJ!!'CSuntar nc~te pal'la·
nlro.:t; cum J.>CfJuen:l~ mnrctus fJUe se lev;:tnlam monto n idéa que hn de , nh·nt· a murinha do
Jicnmdltnplctarneute inlmd;tdo:<, c ~Jo ~nsccpli· colado tlu nb~llimento eu1 que se ndw. '
vcis do nrundnr-sc. A~uanlo o p:·or:erlimcnto do nQbrc n)íni~li'O,
U~l Sn. DEPUTADO :-Mas cllcs viornm da Eu- em nttilndü ~ymp~thic~, porttno ~o lr~tar dcsto
ropa. · ·nssumpto mi litnr, ·qttcn~olleve lt'l' partirlo, niio
me lembro de que sou opposiciouisl3 nem. trato
O Sn. FEtiN.\NDO Osomo:- Mas não vieram de l)oJilic~ : nestJ emponho promctlo njudor 11
combatendo; vieram COlll!J)etatnente acondiciO· S. ~x. si fôr, mister, cm1Jor11 ci nobro lllinistro
n:1dos e cobertos, de nwneira que as omlas o~ encontre na tmiori~ da camnru ~m!ig·o:i d.cdícados.
lavavnm, mas não podinm suiJmcr~:"il~o~ .. c o· Sr. !lr~sidcntc, a 1'í1cu ver, a nos~a armada
nolmi dcjllltatlo snhe qu~ os combntes dilfcrem pr rcis~ (lc um~ sullslituí•:uo · qunsi comtJ!cto.
das viagen~. O Solimues hn bem potu·os di,,~ Convcnçonto·no~ de (jUC o sy~tcmo dos re-
deh:ou demonstt·nuo par~ qunnto prc.~t:•Ya, 110i~ lllL'lll.lu~ ~m IJa\·ios p:1dre~ nfiQ serve. Estamos
gr<llldes inqutet:11;lws devio ter cau~mln ao nollro aco,lumnLios a pmct·der deste modo: <JUDndo o
ex-miuisl ro lia m·1rínha qtte o m:11HlO • barra navio cstà lHn tanto estt·agado, é que se trata do
fóra, o suppoz [lCl'd ido COIIl a mockbdo ~spo­ mandal·n ao estaleiro; co·m o~ ~trag-Gs (jUc vi'io
r.1n.~osa c illustre da mat·inha bl'azileira, I!UC app:u·ccemlo r~o nngmcntnmlo os -remendos, e
com elle ;~nuaram atjrados :i mer••C das onda~ e nliual de cilnhs fica o navio inutil, c os dinlt!liros
que talvez por util facto IlroYiliendal csc~p~r~m (Jublicos esbanjados.
da morte.
Pois, senhores, si estes nnvios correm riscos pôde Ell mesmo não comtwellendo que serviços
nns viagens que fazem. que risco n5o corrcriio cond ,,ro,;tm· nm navio de guerra em Ines
i~·õcs.
nos combates 'I .
No occono como disse dcs;;ovcrnum muito, c O Sn. ZA:H : - Tn<'s sl'jmu os rrmendo~.
nos rios ú justnmeul!l onde nfio po(\cm m~no· O Sn. CosTA AzEVEDo : -Toes sQj~m os
hrar, }lorquc desgovernmn aind~ mnis; tE1o IWYios.
guinados, o os rios cstro_itos ofl'crecem bnixios
em que po1lem cncolhar. c depois sol!cm os O Sn. FEIIN.Il'iDO Osouw:-Pol'lnnlo, s(lnhor~s,
nobres deputndos que esses navios ttim g-rande o rJUe. nó~ preci::~mos é de rofundit' a nossa.
calado. · C.'CJllDdra, ele snlJslitnil-:1 JlOI' OUII"O, C Dlll'OVCi·
Ainda digo mais nos nolJros deput:Jdos, s::o kmos emquanto c tempo n Ollportunidade pnrn
tr~t~ll' deste serVi(O. O que nos falta, scnhot-cs l-1
navios nwl consu·ui<lo~, nfio têm com partimcn-
tos cst.~ngucs, lic malio quo se poss~1tn suh·ar no Voz~' :- Ilccm·s·J~.
caso de alagnçiío. O Sn. 7..A:\IA :-Dinheiro. {Hiso.)
(Ha ttm «pal'te.) 0 Stl. Ftnt:i,\l'iUO o~omo :-Ao OU'\'il' o apar-
O quo digo pod~ra ser vcrificatlo. te do nohre de[llll~cln, qui! c;tu$Oll riso, n:to n
Eu, sNlhi)['es, n~o tcullo Jll'<lWr em llprescu- tniln, •JllC cnu,;i;kro bmn s~rio o ;:~::surupto do
tar este lugubre rJundro dn nwrinh:• :\ e~rn<~l'a rpw lmto, cn kmJ,••nrei uu nnbt·c deput.ndo quo
do~ Sn. tlc]lutarlus o :1.0 pniz; tenho~(~ intt•l'l~s>c hi1 c•cotHíltl ias que ~i,o l•l't•judíciar.s ; economi:1s
pela c:msu publica c ltourn do pniz, c (Wrtauto CO IH a Jlc•:'Sl (k~t)l'•lkgitla artuatht é um mal, c
não Faço mnis uo que ClllU(H'it· corn nm t!erer. lodo o ~:lct·iJirio ~lllC' J'n{'ntno;; pot· clla t!JIOUCO.
Nãn CJL\ut•o cahir n~1 l'nll~ ~m·qtto cahtu o ~~mpr'' N:1o hn <.linltt'it•n, 1 lü,~m o~ m1lll·cs d~·jml:ldlls ,
lcmbt·nuo St'. Carnr.iro de c:uupos rpw. IJIIOJII)O m:1~, ~enh u res, ondl'l ú 1inc csl:'1 o ('l'Orlilo d(•sta
se disculla no parlnmento ~~~sumplos dr· ~ta or· pntria?
dcm, procuratido·!'C trnt31" flll dl'lesa Lln jtatr·ia, o ~n. Z,\)L\ :-~hls Y. Ex. cntc nd~ que nús
11ii0 I)U<•ritt UX\l i'Cit0 1 dtZÍil I)UO O IIO~SO ~<!·
dt'I"CilluS t'Ollll':i!IÍI' divida~ JIUI':t f:l1.ül' llhi'Í(lS do
~ulo nau rias luzes, !Jll!! vi\·iamos n" mrlhnr
dos tlltutdos, no tu:1is Slll tu rlos 1•11 izc:; ·e no meiu g-u(n·ra ?
dl) mnigos; cntret•1ntú roi o iH'imeiro fJtH' enhin. O Sn. PJ,nJU:>Do Osomo:-E o fJllO pcn~mn os
victima do PMag-llay, Lle quem, netlt ellc, nem nollt'cs dcJJUtn<.los qltu ~fio 11arios ck guc>rra?
mnitu;; oall·os s·e lemiH':It'alll nm !lia rJue ;1 in- ~~~~·~o ;1l::rttti> in>trumcnto~ inutei~, :llg'lllrltl
signillcante repul.i1ie.1 de J,ú[!l'S liOtJVc~s~ dl! coü>n que dt1;·amos do:<JH'e7.at· ~ Algum o!<jcclo
· !l~t··nos tanto IJUC f:11.v1' e podc~sc ;d í tnent~r (] fJ Jnxo, UO fjl!ll o p:lit nno jll'OCÍ~a ?
uma gucna, como tnl\'cr. nüo t<:nh<~ lwvidú os twÍ1rr.s dcput:ulos \]Uerem Yiver em jJicna
ig twl nu l~u ropn. lrnnq uil!id:odC !lO ~CÍIJ U ~.\ltltl'ÍD 1 f\ ll~O SO Iem JI'IIIU
Porlnnto. Sr ..pr"~i•lonti', rlil'· me -hn, n noltre dn~ rr·ouicit'ils c. uos inintigos quo Jlotlcm ngre-
ministro: • o qu() dízeis ü nm~ v e rd~dc, mns uni- !l.ir-nos t . . .
me o rctnedio p~r:u~nlos rnnlr.!>. •
I;:n r~~plmd.;rci :. ao ~·ovm'tlo do. p~iz devem t'l!i:t O Sa. GAt.m:m ·nAs l\Eq;;:-Mas Y. J~x. l'e•
~uhit· o« 111ais ~aiJio~ honwns de cnpnc•irl.-de; lJU~
:li;:nmri ea.tt~;l? En nüu •.
UÜO \'Cilht11l) e"ttlllal' 11(J j:Dth-1' O 'i UO ll!~\'Ílllll ICI' o l)n. Fl·:ll~Alillfl Osomo:;_Nu opitlitiO llo no-
Hl!l'mtU.illo nnte!'. A' Y<)s, St·. mi11istro, l'llltl(ll~tt' br.· dt•JHllmlo tlevetno~ nuz:n• os lJi·nçtlS! Nessa
np1·c~l·hl:1 1 ' o r~ mcdio. e:1su L'~p~·ro tjlle o go\"cl'llo do p:tiz ncl'itc o
Eu sou d<Hlll"Jlcs rJllC rcconhccc~m tal~nlo, il· (lrn.it·clo llo nol<t'l'. lllliH\l:lllo, ar:~btll\llll com o.
Justrnçfio c pntt·ioti~tno em V. Ex. (apoilltft,~). rxerdto c a marinha.
Cà'nara dos OepliacJos • lm;:resso em 2710112015 10:37. Página 26 de 28

Sessão em 25 de Maio de ISSO. 257


O Sli. G.u.uu;o o.i.s NEVES : - São temores in· ptn]c rco_liz~r tudo qu:mto dest;>java, tnmbcm
fundados. .os Eslados· Unidos desarmaram· se ~sta no dtrettode conservar-se inerte .
Jogo que nlh acabou a g11erra. Nús niio preci.
sarnas de uma esquadrn.IJ<lrmancnte para termos O Sn. ·FnEtTAS CouTrKno:-Essa é a doutt·ina
os n:~vlos apodrecendo abi na babia. d:1 tn~iori:t de hoje. (Não apoiados.) · .
· O Sa. FanNANDO ~oaui :-considerem os no- O Sn. FslurA>\'oo Osomo:-Si o ministerio actual
bre• deputados ,COII,IO qllizllrem as observações quer razer tudo lh(uillo que fazia o ministario
. que taça, mas jn ve1o que o governo, si qnizor pass~do e quer ucixnr de fuzer tudo oquillo que .
apoiar as minlias ldéas, não terá os seus votos• dle deixou d!! fazer, então o que ti o governo do
. 28 do · flf:1rço e o quo clle reriresenta 1 Eu nõo
O Sn. FELJCIO nos SÁMTos : -A sua provincia comprehendo a mutação do pes~oal ministerial,
mesmo. antes que:r estradas de ferro do que en. e a re!irada do gabiuele S tle Janeiro foi umG
couraçados. inutilidade.
0 Sa. GWRGO E OUTROS sns. DE~IITAOOS:- O Sn. G.\LmNo DAS NEvBs:-0 ~ do Março ó
Apoiado. . . o gnbinetc da ressurreh.:ão. (Riso.)
O Sn. FE!INANOo Osomo:- Está engànado. A O SI\. ~'EnxA~oo Osonto : - Não ; não deve
mlnbn provincitl, mais que nenhuma outra[ sabo estar reservnda ~o go.lJinetc 28 de Março a
o .quanto lhe tem eustndo n imprevidenc a dos tarefa inglnria de conservar-se na mais com·
governos; e por 1sso ella deseja um ~ystema ple13 esterilidade. Justiça lfUero Ca~er aos nobres
militar de defesa do. Brazll bem organiz:i•do . ministros e aos amigos da situação, · ·
Demais, em que é tncompo.tivel u estL'nda de . Sr. proshlcntc, o. nobre ministro uirá si a
ferro com n torça milit:~r 'f Drmada e ott niTo precisa, si convém ou urro
curar dello, e, si é t>reci~a o ctue é que pretende
(Trocam·se apartt1.) fazer em seu ~nc!icio. (Trocam·se aporte.s.)
S!:. presidente, parece que estou nqui soffrondo sr. pre~idente vou accrcscenl3r mnis algumas
uma lnterpella.ção par11 que não rui convidado, palavt'M, e terei concluido . . ·
011 estamos como estudantes em sabbatina · Pnru tnostl'(lr oos nobros dcput~dos a !Joa von-
(riso) peço n V. Ex; que !IlO gat·antn a pa· lltde que tet1ho de cuopel':ll' co111 o governo em
lavra. - favor dn :~rmada, vou ap1·escntar umn idéa i
sua considnnll'iiO . .
0 Sa. GALllll40. DAs NEVE~:..:.,;_ E V. Ex. niío Emqunulo ~stamos cni paz, ncll(tV~ conve·
fez tambem sabuntlna dos nl'ssos navios 'l niente que o uoiJro mioisl!'O . nl:Jrtd<~sse proccdcl'
·(.Riradas.) o uma vistoria eni todos os navios. <la es~ruadra;
O SI\ , FERNANDO 050RJO :-üt·a , ·o nobre de· e depois de verifie:~do o ~eu tn;io es t ;~do, prol.'i·
putado, a quem muito considero, Cat··we·hn o dem•insse cumo cn\cnd.-sse conveniente.
rnvor de ralrar por su.a vez; agora qu.em estai na nossos Bons c r•·aes serviços poderi~m prestar os
trlb11na sou eu. cQnslructnres nav:l(!S, que bem nprovei•
tarlos, .reaes serviços 11rcst:mum . Ao lado de
O Sn. GALDiNo DAS NE~Es :-Niío o quero per- 110derosos encouraçados precisaremos ·talvez,
turbar mais. de navios de m3duiru, construidos de modo que a
. 0 Sà. FERNANDo Osomo :--Não vonJw aqui clles poss3m se~_Jdoptad:~s couraçai tomporarlns
apresentar _argumontos . ncademica ~~ nem dis· em cert:ts occ..,:;Joes. .
putar dotes oratorios ; venho apeuas fozer uma Purn o rabrico destes pequenos U3VÍQS desti-
exposição rrancu e patrioticn das no~sas coosnos nados aos rios, nuo Jll'cci ~•mo~ ir aos estaleiros
pu.blicns, para que o llubre ministril ila m~rinhn da Eurotl3; porque o~ tomo ~ .em n~sso IJ«iz:, o
a tome em oon~iderm;i\o, e neste lllllpenbo penso assim nnimariamos a industrla unciunal. ·
qno e:stou prcsluudo um .grande se1·viço ao lligne-sc o nobre ministro ouvir .os nossos
governo. . oon~ truclor·es particulnreos, IJeça-lbt>s mesmo
propo~t n s p111·n construcçào dos- ditos navios ;
Donde havemos tirar t'ecur~os? · Parn o nobre 61}11ipnru no dli (JOi,; com ns IJUe llltllldasse or·
deputado, esta é n grande q·ucsl:io. Pois bem, gunizar no 11rsenal de mm·inbQ, llque certo que ·
es~udai os or~nme nto~ dos llHI'Ilt'ente.~ miuistel'io$, podia tl'nhi tir;u· lnlnl~ nl gu~t~a cousn provei·
e haveis de rooonhecer que nelle$ pódc-so fazer los11. Nós n~o preci~n mos de uma esqundra nu·
economias . . ;.. . mero!'ll ; n v~ i J latl\! ú o !(U~! nos perd!!. Qut•rcmos
0 Sn. GALDINO DAS NEVES ;-..\hi eu O ncolll• sobrq~ ahir-1is lllttJÕe~ da EurllJI" u en tão cunset·· ·
pu~. .. . v:tmos um:. inüuhl"do de twviog, cmhot'u não·
prestem pm'u uMa. Uma esqu:ttlr·a peiJuenJ,
0 Sll. FBIINANDO Ül;OntO : - •• •• • 'que O(l!IOI'· mas lor·to, 11 ue sirva p:1ra ·g u:H'necer :1 cosia do
tunnmenle pouem se1~ llll(llieadas n este rntuo do llrnzil c em.occusiiio do g"Hena p;tr:t combater,
serviço publico, rd1.1ti vo ~\ mnrinha . é o qnanto bns\n ..Mv 118 ii Mpc~ as dimlriuirimn .
U» sn . DEPUTADo :-0 governo pussatlo -Dão Lembmrei nill(.la no nobro .·ministro da mari· .
aperfeiçoou a armada; como se e:dgo is~o n{;ora. · nhn i1 nécc~sld:•do de mnJHlut• f:tzer tumbcm
desle ~ vingcns do in ~Lrno ~5o }mJ·a o~ lodos tio Sul c re·
Vozss DA MAIOniA :-Apoiado, publiras ~izin iHI S. F;~ lt\ em lllflda vio1jar para
J::ur·or1:•. cntrctanto.ttUe os llbtinctus· :;uanlas·
O Sa. F&RlllNUO Q,;omo.-Livr.:·sGo governo mal'iuhÍl c oU!ci:IC> nada tJ<ll'lh.•riam ~o conhe·
de se aeostellar nl\ opiuiiío dos notH·us dlltJLttn· ~esscm ma i~ de perto as rcvullliens do S nl.
dos & de julgnr <JUC, por11\\C o selt ~nleecssot· não Qqô111qo a no s~ csqu\\dra.cQllliJnlc·u no P\\raguay1
Tomo ·l.-33. · ·· · · .. · . . . -
c â"nara do s oepLtados- tm rr-e sso em 2 7101/2015 10:37- Pá gina 27 de 28

258 Sessão em 25 de Maio de 1880.

11. m3iorin da nossa olllciali~~d!l não CO?llcciail:s o sn . .F~:i.wro oos SA:.~os :-SDo ponco!l.
n••Uns eJri QOC nevc~aV3. b 11:10 IH'a SO 11 lll:lrl' . O Sn. F~:r,:-;o~xoci Osomo:- Si querem dar
nÍw o cxercílo tnmlmm não· conheein o terreno, pensão, <l~rn ; .lllas não \~t·cm; o asylo, porque
em que· pisnv:.; andavam sempre apalp:mdo: por a<tttdles · 111\'uhdGS que nao ltverew onde mo·
isso mesmo~ que mJis .glor!0$3 se tornou ~ luta rar, nellc se ir5o abrigar. Aproveito a occasião,
e mais ímport:mte n VJctor·w quo alc:~n ta~nos. sr. presiucnt~, par~ est~nnhar .o. que ae tem
· O desconhecido era o quo se apresentava d1antc rei to em rclaç;~o aos mvahdos removendo-se-os
dos nossos .llravos militares. Est;l idéa Jlnrece•me da ilha ·do Governador pu:~ {I fortaleza de
estar mesmo no desejo d:. cl:.sse da marinha . IVilk!JtÜ!Jilon. _ .
Os offici:.es que m:tis t:lrde tivessem do entre• Quízera que se fizesse a remoç_no pa_ra n terra
g:~r-se aos 11r~uos traholbos do g~errnt o~~ra • e não para :1 fortnle:t.a, onde os 1nvahdos ficam
riam com mn1s vantagens na lu ta , ~~ conhe9e~~em sem communicaç:ie~, c ~ó n iio t~m o nome de
com proflciencia os log-:~res em qne terwm de presos,
cxbibir-~. . . · _
Não di"o que o nobre mmt~tro nao deva o Sn. FELtCIO nos SANTos:-0 asylo, até ee~to
mandnr ~zer Yl~g"n·s :i Europa, 011d~ ll nossa ponto eslá no mesmo caso.
officialldade vai illustrar·sll , visitando os o Sll. FEnl\',~NDO o~onm:- Os involldos, na
· grandes estnbeleeimentn~ nuvucs; nuts tnm.bent fol'tale;;ll, esL~o s~m communic:tçiio com os ami:
acho de boa política niio de~Jlrcznr ~ minhn I_déa. g~s ~ c_olll a.l3lll!lill, J)?I'QUC O transporte da!ll
· Ha oindn um ponto que merece o mmhn nno c tuo focll c tiio nmtud3do como se vensn. ~11
ntteução. Neste momr.nto t.> ntendo quo rlo•vo de~ei;•ria . que os lnvt~lidos 11\'Cs~em todas as
protestar contra o svstema ndoptado ~ •• de rot·· cominodidudes possinis que mcrucem os bons
mar•se o corpo de fmJJeriac~ m<trinheiros (que st~t·v idor~ s. ConHo nos sentimentos _humanit~rios
.são soldados comb:~ten t cs) con1. as cna~ças ~uc do nobre minisn·o para que realuo suas tdéas
sahem da comp~nbin de ~prendtzes m:or tnhcn·o!'- scun·exnme desses pati·iotas.
que oiio têm o dcscnv~lvimcnto .Jireciso pa~a
.bem comprehenderom t1 tmportancta da nmsao 0 Sn. FELICIO DOS SANTOS:-Elles estlmariam
que lhes é con~ad:i. . . . . . a pen$lio.
· O corpo de unpcrtnes m:mnltetros e hrado O Sn. FER!\:Al'ioo Osomo :- Bem ; mas _que se
em qu11si sua tot!Aiidade, como -diz me~mo o não lhe recuse o :asyto, nem a sua conVlvencln
.nohre ministro da m:~rinlla, da classe dos npren· com a sociedade. .
dizes. isto é, desse grupo de crian~ns ql1e, i''ossos descendentes lucrn•·inm com a Pl'e·
quando tem H n ·16 nnnos, entram para o ilt\o sença desses bravos ; teriam occasião de np1·en•
corpo dos ímperiaes; que a final . ~mprc ti c:~ sendo tler lições de tmtriotismo nn~ cicatria.es hon·
umcorvo de meninos. E~ses mulvlduo$ vor ·lei rosas que elles apresentam. Nao fnt mal ne·
são obrtgados a sec·vir de lO 11 i':! anno>•. do m~do nllutn, . St', llt·e::hteuw, que ns glm·ias dn patria
que aos 'tO e pouco~, isto ó, quando. comc•;:mnm undelll pot· enlre o povo. Ellns só podem 1nspi·
a \era vilalidade precisa para maneJar as :~rmas,
e a prestarem servi~os é jus~:~mcn!c qnnn~o rat· uobt;es seatimeuto;> c gloriosos fcilos.
eUes t~b:mdoll!lm a ~rmada , d;to barxa e reli· O · Sn. FEucro oos ·S.l!'iTOS :-T~Ivel! · haja
rnm·se. · ru<~is discipfinn, estul!l1leccndo·se os invaltdos
·O SR. CosTA Azr;:vr:oo:- .T:í vejo qull o nobre na fortaleza. ·
deput;~do :moin uma itlén do nobre ministro da O Sn. Cosu A Z&\'EDO :-Tocou na cbagn.
mnrinhn. Jà esl:i na me~ . O Sn. l•' t~ tlXA:.-oo Osonro :-Protesto em l)omo
o sn. FEnl'iA~IlO Osomo :- Ntio sabia, fol::!'o dos iuYolitlos. Ellcs ·niío pertencem: á força acU·
muito·em s~bcr qUQ estoU tle JlCrfdto nccordo yu do exercito, ntio ~uo ~ujeilos mais tis leis do
eom S. Ex . rigurosa disci(Jiinn : ~lio cidad~os IJntileiros
Sr. prl!~idente, en con~~·oi exarada no rcl:~tm:i o 'tuc pt'l'Sittl':.tlll se rv i~o~. o tut\'eZ muis ·caros
do nobre ministro uma 1dén com u qnnl n:.o que os u os~us I'Ot~JUC, combat,·ndo pelo Jla,ri~,
posso concord:w: tlt:rruumr·am >eu · ~unguo c sahirom mutilados.
Quando S. Ex. f~lla dos iuvaliilns opiM 1131'0 Aqucllcs qnc tiver·em a d~:sgr·a~·a dt~ se com· .
que se ncabc r~m o .nsylo c quo se tlô llons;vl's._:• portarem m:tl no meio da· sociedade em que Yi·
e••cs mesmos mvaltdos . vc111os ~ltrf,o sujeito:; á puniçiio; oomo I)Uil.lquer
..Neste pCinlo .o nobl'c ministro não .tcr;i o meu ciLl.tllàu ; ;tb.i est:'to a policio e o codigo pounl para
voto . S!lnborcs, nvs snJJ::mos o .que ~a o. a~ JIC~· chnmar à con\:ts uquelles quo não procedem
slí~s qne em nos~o p:uz se tum rbdo prrnct· hem; ma~, pdu pt'e$umpçüo quo apresentou o
pnlmentc no,; póbrcs irivnliclos, llfio chegam nem U\Jllre •kputudo do quu 1111 _im-t•lidos que Pl'e·
para a sua subsistencia . · cbam .tio corrccçüo.. . . . ..
o Sn. FELtCto. DO$ SA!'lOS:- !1Ins cllcs <mi o Sn~ Fi::Licro oos SA;-;Tos:- Tem havido.
get·al preferem ·ns. . . . .. .. . O Sn. l!'tmu:.;uo Osomo :. -:......; •• 1_1ão se~ue • se
O Sn F.olll'I,\ Noo oSonio:- H n . inyolidos que que tudus llcwm ser ~ecolludos à W llleg:ngnon, ·
· veêm·sc na. dura neccssid;tdc do estender ::1 mftô o Sn. G.\Lorxo ])Ai' N'llVSS : - E' uma medida
a COJ'idatlc )lUI.l lica . . Jlreveuti\·a; jJV!'tJUC lem lwvido ac!os digno~ de
Ett entendo que ê conveniente comen·:n· o coJ·r~'cvão. ·
usv lo, mc~ nuJ porque ellc jt• cxi~tc. lia invn·
lidos 'IJ31'n rplCtn a llÚnsâo, por 1m1ior f)Ue ~lljtl, O Sn. FRllNANOO Osomo :-Emtodns 3Sclassos
. não é sumcmnlo. . . . os ha ; elles uito parlcm ~ó do~ invalidos,
Câ'n ara do s Depttados- Impresso em 27/0112015 10:37- Página 28 de 28

Sessão em 25 de Maio de 1880. 259


O Sn, FF:LIClO nos S.\Z'iTOS :-Eu niio proponho naiJÜOs estr3ngeiras, não tenham sido plteradns,
que se mnndom todos p3ra Willcr,;al:pwn, [lvlo ·c. CO!IlO VOs!'U Mr.gcstadc Imperio.l,. faz votos
contrario npplando a idtía de se wcs dor uma ·para rrnc ~e rest;~IJelcc_~l ~ p~z eulrc a repubiio~
pensllo, mandando•os embora p:n·a suas ca~as. do Chile e as do !'crú c Bolívia, como recl:umm
O Sn. FenNA~Do Osomo. :- Sr. ·presidelilc, os scnlimcntos do bumanido~e. e os Interesses
da c i vi lisoçiio.
vou concluir o meu discurso, mesn1o 1>0rquc a
boro está ndlanto.da. Acamnra rlos deputados tom em justo ·apreço
Para alguns parecerá falia do patriotismo no o cool•itc feito pela rcrublica francez:a ao go-
orndor que fulla (nà? apoiados), apresentat· o verno imperinl, t>:Jrn nomear um dos trcs com·
triste estado da nossa at:mndll. mí~~arios que, em virtude do trnttido r~cc ntc·
Senhores, eu não SClUdaqu.elles quase illudcrn. mente conclttído em Wnshinglon, tc.m de decidir
Quando vejo o m:~l proximo ou JungP. trato de sobre as nolamoções pendentes -entre a .lo'rança
oonjnral·o c niiu vou entrc~:tr · me submisso ~tos e· os Estndos·Unidos da America e folg~ que o ·
cnpriehos da sorte, quando lenho n razão quu governo imperial tenha corre~ po nd ido a tiio 11lta
aponla·me o caminho ·([Ue devo set:tnir o 111C prova do conllanon ~ceil:lndll aquelle convite .
parece o melhor. Patriotismo e fallal' u vcrdr.da, A r.amnra !los de[lUl(ldos apvl:•ude o t1·anquil·
porque, sonbol'es, si eu liver .n desventlii':J de !idade de que :roza o poir., e cerln de que me-
ver considerado nio, o goYerno do mciu pniz ..• recerá especial :ttlenção do go1--erno n srgurnnço.
e11 não quero ser o seu cumplicc. ind ivi<lunl c de proprfcd<~da e.•wminará as me·
E' por isto que fli cs(as obse~vações com toda dldas que oppo1·tun~ment e o governo imperial
n franqueza e sinceridnde. · procnetto ap1·esontm· :t lJem <Ja organizaç1io judi·
ci~ria c da administração dn illsliço.
VozES : - .IJbtito bcJIJ I muito. bem f
A carunra dos deputados, como· Vossa lfages-
(O ol'ador é cumprimentado pÍOlo Sr. mi11is1ro ladc Imperial, rende gr:tçns :i providencia por
da ?nlwin~ e rol"io$ dcptwdos .) · . lmvcr P.rufim ccs.:<:~do a calamidade da 5Cocc.a,
_A discussão flea adiadn pela boro. que t>or mai~ de tres· annos llagellou nlgumas
JH-ovincias do no•·tc, e impoz 110 Estuilo · os
O Sn. l!RBSlDE!o"I'E dá para ordoni do dia ~u: gr.~ndcs sncrificios que fez no cumprimento do
. t.• parte (atd I hol'a). · sagrndo de\'cr de acudir aom promptos soccor·
ros ãquellns pi'ovincins, ameaçados de se dos•
Urgcncin reqtieridu pelo Sr. Silveira de Souza. povoarom.· .
3, • dlsei.tssõo do projecto elerando á 2. • en · O decliulo d3 etJidemia de f~Jbre :~marclla que
. rancln a comaro:t de Ociras. . .. . dcsouvolveu·se ne$ta capital durante o verão pas·
t.• diln do projecto n. 3ti do ·1879 sobre a s<~do, c as medi<1as ntlotJtadas pelo governo pura
nssociM,:ão de caridnde da ·vitta ·do Rosario_na attenU3r c prerenir ós eiTeilos do DlQI, s5o !autos
província de Sergipe. pei11S qunes n cn ruuo. Sl.l alegra .
L• dita do de n . 39 de 187!.1 sobre pagtimento O JUclbornmcnto d:i instrucção publica· com
do soldo ao mojor Anlonio Pedro Heitor . · os l'ocnrsos votados pelo I,IRrlamento é um
empenho do governo Lmperml que a camo.ra
2. • parte (ti I l1ora oú aute1). · appl~udo. .. ·
Conlinn~ç~o da i, • dis~ussão do projecto doAsv3temn carmu·n dos dcputndos par:~ a subslituição
~le itot·o l vig-cnlc }>elo d~ eleição di·
n. 19 sobro ns forçns dr. mar. · _ rectá, uecessidadll insh,ntemento realamadn pela
Continll:lçTio •la 3.• discnssiio do · de n. !).D m1Çiio, se cmpenhal'à com zelo no exnme e
sobre a esLmda de forro de Philodolpbia. . :lllopção do projecto de rerormn elcitorlll olfe·
t.• discussiio do projecto n. 200 sobro leis) rcci.do em JlrntJostn do 11od~r .executívo, o -confia
da ossetubléa provinci:1l de Minus Go•·aes. · ·q uo o governo imJJl'riul c a :~s.;cm bléa gcrnl dB·
Lev:~ntou-se a sessão ás 4. l(:! hor:ts da tarde . l;u·i.io o tJ:J.iz com urua ·lei · que po~sa contribuir
efflcnzmente para a·· verdade do nosso systerna
parJ:~mcutar. ·
Slio lbllndodns imJ!l'imh• para scr~m vol:ul~s Prestar :i Iuvotlrn, })rlndt>al induslria do poiz,
as seguintes l'edacçws: ·. · o,; auxilio$ ncccss~rios, o ll\3utor o eguibrJo da
receita c dosvcr.a ~\Q Est:u.lo sem olvidar os
MSI'OSTA }.. FALtA no· TIIRONO gmndo5 melhor~mcnlos que fnvorc~Bm o dcseu·
volvimcnto tln riqueza publica, sol·4o objccto da
S~nhor .-A camara dOs dcpntados · .agr~tlcce cou,;tnnto sollcitutlo da . caln:•1·u.dos deJlUtudos,
cheia do re~poilo as congratut:t~ücs IJUé Vossu · como São dos Yolos do go\'lll'no Imperial, aiJ
Magosttlde lmporinl m3nirestn pela rennifio dn qnul a: camar:1 afi:HH;a o seu _~poio t~mbcm para
assembl<!n geral, c a oonli~nç.n IJIIO dL•po~itn no· quo, ·tcrminndas os gratulcs despezns com soc-
:&elo com que c !l~ se occupa tios Ul<tit! gr:n'es· · I!O ITO~ puiJiku~. ~cj~ rocóusidt!radn n DO\'U si·
intel'C~scs da nossa Jlutria. · tu nc;~o li n:mc air~, o novo systcmo do impostos o
·. A c~mnrn dos de(JUtntlo~, pro1'c~nlnclo no ll~'­ :11l iviada :1 UiiÇiio de gravames IJUC se possam
triúttco cmtJCnbo q•.lC :minw Vossa i\l:• ~cst;~tle . UÍ >lJCitS:II'. . .
ltnpcri~l, SC CSI'O I'Çar;i por satisfazer .os votos da
~~~~ilo. ·· · Pnco lla c:11um·a do~ llC(llltndos em ~H 1le Mnio
A curno.1·n dos tlcputotlos so · alt!gt•a do q110 ~s llll l8Stl.- iJICit'tiltlw CHm)iOS. - Ba)llista l'cnim.
relações de nmizadu, quo _cmltiyu1uo.s com a~ - Mcw!im .fr«•ct<iscq. ·
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 10:38 - Pêgina 1 ae 21

'260 Sessão e111 26 de Maio de 1880.

Bellac[.àO tút cmc11da subslilutit•a ao 11rojecto 11. 8 · Epmninond:.s de Mello, Franco de


1\t:~:.t~lhiie~
de l8SO. Almcillo, .'id••lis Dolclho, .ronquirn Breves; JDA· ·.
quim 'l'al'llre.<, Jnsé Murianno, loi'Onymo·Sodré,
A ns~omblc;a gernl l'csolro:. Lui,; 11clippc, ~l~t·colino Moura, ~lcmt de Vas-.
• At•ligo nnico. A resolução da Mseml.lléa le· conccllos, Alonoel Eustaquio; Segtsmundo, Souza ·
(:i~lnth•n da provinci:. de :; . P:~nlo, d~ L • de Carvalho c Souza Lima. ·
Abril. de 1871:1, ckvnndo a 20 mmos o lll'nr.o da Ao meio dia o Sr. presidente declara aberta a
. garant.in de jnros tlc 7 o;,.. concedida fleln lei da · scs~ilo. ·
inesmn nssembl<i11 n. ~a do 6 de Abt·i de !8i2, E' lida e appt'Ovada :1. nela da sessão aQJece·
dCYO ser SlliiCCiOJHidll, 'lente. . ·
• Pn~o dn ••nm.ar11, !!l de lluio de i880 . -
Silvcil'a dt~ Souza •. ..:-. noclolplta E. 1Fe Souza O Sn ~ 3 .• SI!Cni!.TAnto, servindo do 1 .o, dl
. Da111as . • conta do seguinte
:EXPEDIENTE
Officios:
8el!ll!li'io elU ~6 de •tnlo ~lc 1880. Dns mcgas -cloitorneli dos eollegios das cida·
des de Iuiz de Fóra, Leopoldina a Bar~cena,
l'RI:Sl!>ll~CIA DO sn, YlS!':O:-IDil DE PRADOS da provincin do Milins Geraes, remetlendo as
nutb~uticas dn eleição a que ali i se procedeu pal'tl
stant.uuo.- nxrr.otESl'r.. - Proj c<lo .- Approvor.ü<S ••• preencher a \' lll{:t doixnda pelo Sr. depulado
rotl.ncçücs - Obiort":tçües .tlo S r. GuJUi uu. - Ohs•Jr\·;açG('5
do& Sn. S)ldnnha M:>rinho. e 7.uma.-Ob~cr,· os11<1 e rr·
Lim:t Dunrtc, nome:u1(1 ministro dns negocias
g uerimento elo ·sr. Silveira tlc Sou:;a.-·OI.Jtcl.! rT:•ç.jcs dQs da marinhn .-A' commissiio de poderes.
Sr•~ Scrg:io de Castro e preshlcnlc.-mm~~ DG eu . - Con·
tl nttnçlio da ~· " Requerimentos:
dhcuss1jo de fl:..;:,·,\!rio •lo rorç.l!- de mnr.-
Di.<cursoo rloo· Sra. Coai" Az"o•lo, Froi!as Coutinho,
Alm~idn Coni•J o. Fo·citol Conliuho. · Do Dr. Thomtl7. Alves Junior, lenta dM i.u
·
cntleir~s do I." o ~.· nnno da escola milltor, .
· A's H hons da nihnhll feita a chnmnda ncha· p!'dindo quo lho seja contado como tempo de
rnm·so prcscntos os Srs. Viscondedc Pmd~s, scrvl~o no mngislerio aquetle que ~e provar
Pom1Jen, Costa Azevedo, Jo5o Drigido, Cesorio .tar o suppll('nnto exercido anteriormente u bem
All•im, Silveira de Sollz:•, Barros l'imeutel; do .serviço do pu.bllco.-N commissiio de In·
Horla do Ar:anje c Gnldino. · . slruq:ão publica. ·
· · Compm·eccrnm depois dn chom~dn os Sr$. · De. José Riba- Cad:tval, pedindo mntt•ieulor-se
S:tldonha Marinho, Dranin, Fa!Jio R ~is, l:'rnnco no t. • nnno da faculdade de medicina da cõrte.
de S;i, Belforl Du:trlc, Sem:, Tnv:trcs Uclfort., - A' commissão de Iilstrucçlio publica.
Sinval, Ft·~nklin Dorin, losti Dnsson; F1·eit:ts; De Andronico Rustico de Souza Tupinambá,
Rodrigues lunioa·, Virialo ele l lcdeiros. Sou?.a 11edindll paro matricular-se no L • nnno da fucul·
Andr:;de, Americo, Libernto Barroso, '1'bcodo· dudo de direi Lo de S. Paulo, independentemento
relo Souto, Bc:r.f'rrn Covalcanli, .Mo.noel C:•rlos, do exame de gcometri8, unico. preparatorio I.JUO
Mnn ~ l d.o Mai:(:~lhlies,. Costn l~ib,!!iro, _Al).tOnio lhe fnii3.-A' commissàode instrncçiie publtca.
de Stqucrl'll, seraphaeo. gspcrtdmo, Htbetro d'.!
Menezes, Lourcn~;o de Albnqucrqne, l [at'innno E' lido, julg:;do objecto de delibcr:tçio e man·
da ~ilvn , Espindol3, DarJo da E~l.~ndu . Monte, dado imprimir o seguinte .
Znma, Frcdc1·ico de Almddn, llulcüo, Jl;lc•ronso N. j8-t880
de Arnujo, Almeida Couto, Huv B3 l'l107.t'l, Souto,
Rodolpbo D:mt.1s, A.z,•mlmja hleirellcs, Pri ~co i..• .commi~siio do pcn~ücs e ord~nados . roi ~l'e· .
·Parniso, Son•·es Bt·:•ndão. AtHirnde Pinto, F'rcit;~s sento o rc•tuorimcnto do conselheiro Fr3DCtsco ·
Coutinho, José Cnctnno; Cnndido clc Oli\'dl'll, do P:mla Dnplista, lento da primeira cndt>ira do
Theodomiro, 1' h~ot•hi!o Ollnni. Abl'Nl c Sil\·o, o_ • llllllO dn fnculdndo do llccite em que pede
GnvWo Peixoto, Mnl'lim F••nncise.o, Jl' l'ony;uo sun jubiluçiio com todos o~ seus veocimootos, e
l3rdim, Ole::rnrio, S•)l'gio de Casti'O, llmJli ~tn l'o· com idt~rnmlo n mcsmn commissfio quo esse cida •
reirn, Femando Osorio, Felido do~· SnnLo~, dfio conta i(j :ttltlos de relovnntc~ serviços, é de
OJrrêo Rabello e Malheir•ls. pnrecer qne se ndoplc o seguinte proJccto:
Compnrcccrnm de]1oís tlc nberla 11 sess~o os A o.s semhl~n gcrnl resolve :
Srs. Bozerra de Mont•us, Anlonio Cnrlo~, .Prndo
PimenLd, Contnl'go, Silv()il'tl .Murlins, Jo:111Ui111 Al'.l: 1. • E' ~utorizo.do o governo a conce.dcr .
N:~buc o, Aug·ust•! J.'wuçn, Di;ma, Leoncio du :10 conselheiro Fr;~ncisco dc.l'nttl'n B~ptisla,tenlo - ·
Carvalho; . Fredcn co He ~;o; Fr~nçn Cai'Valho e d;; 1.• cadeil•n do ti . • anuo do. faculdade de di-
lllnrtioho Cl•nwos . _ r~ ito do ltcci fe;jubilaÇ~ió com to elos os .seus .veu•
Faltaram tom J1arLic.ipnç5o os Sr;.. .. A1':1l!iio e cuuontos."

.
·:Mello, Alves· d ~ At·o njo,:\Jl'oJJ>o Jl; •nn~t, Aurc'liano
lllo)::nlhuc~<,
Flt'tre!<, Ft·3nci$CO SoM\\, J1errt>ir:• de. .tr:ll'lo. .. · .
con- .
. Afi. !e." São rcvog:idils ns ÍlÍsposir.~\íes en\
.Moura, F!nrencio ·elo Al•reu, I<:Jwciu M:tJ'Iins,
Mucetlo, Mello c ,\ lvim. .Mello Fmnco. i\lorcir:J.. Pnço d:, "it t,
n ;~,ra c
)us deputados, '25 uo 1\Inio do
c
do D:trros Mó:·ui t·;, .llr nndúo; ~~ ~0111 or'l n os Srs. ! 880.- AimnftJ. Gotllo.-Joaguit!i Sel'l'll.
Almeida DorLozn, l3d lríio, Clil'lo~ Alfonw, Couto E' lido c m:milatlo iol}lrimir o seguinte
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:38+ Pág ina 2 de 21

Sessão ém 26 de Maio de 1880. 261


N. 27-lS~ Purngt·opllo unico. O governo flxar:i os COiOS
em que se verifique a coudiç.ã•J deste artigo,
Fi::afão d~ fMr..as ele terra. definindo de a~cõrdo com a legislação vigente .
A commlssão <té marinha o guerr~. tendo exa- ns aUribuições desses corpos em tempo de
minado n proposta do govP-rno liXando ns forç~s ·paz.
de lerrn parn o ~nno Onanceir11 d1! t88l n iR8i, Art. 8.• (E' o art. 3.• da proposta.)
é de· parecer que seja convertida no seguinte Sala dos commissões em 'J6 de Maio de 1880.
projeoto de lei: · -lero11ymo R. dtJ Morue$ Jardim. -1. C. A.re·
Acrescente-se no Jogar competente: vedo.-A. E. de Cama,·go.
A assembléa geral decreta: t>nOPOS'tA. DE FIXAÇÃ.O D~ FORÇAS DI! TJ::nRA,
Art. t." § L • (como na proposta).
§ i. • Em vez de 13,000 prnçns de prel em 1anles Augustos c dignissimos senhores represen·
da nação.
eircumst~ncins ordinarios, diga ·~e - 13Ji00
.praças de pre~. o mnls como na IJropost:t. . Em cumprimento do preceito constituelnÔI, o
~ 3. • (Como na proposto).
de ordetil de SU3 Magestade o rmper~dor, venho
apreseutar·vos 11. seguime
Arl. !,•. e seu~ pnragrnpbos (como na pro·
posto}.· . Proposta
Art. 3.• (Add!tlvo.)O batalhão do en~enhelros ;\rt .. l.• As forçaf: de. terra pnra. o onno fi.
que se comporá de 8 cornpnnhins, sern ~mpre· nunce1ro de !.88i a l88:2 constar:lo: -
gado lambem ~m construcçõe~ de oslradns de · § t .• Dos omclaes das diiTe ren les classes do
J'erro, de linhas tdes;TI•phica!<, e outros trabalhos quadro do exerdlo. ·
de engenharin miHtor e civil perteneent,~s no § ll. • De :t.:J.OOO praças de pref em circum·
Estado, sob a dirocçiio dos offic•~cs do8 corpos stancins ordinnrías, e de ao.ooo em clrcumstan·
seieotillcos, que o governo designar, · cins extraorrlinnrias. Estas forças ~erão comple·
Art.~.· (Additivo). Fica o governo nutorizado: todas na fórma da lei n. ~5D6 de i6 de Setembro
§ ! .• A elevnr 11 seis o numero do inNtrueto· de :f.Sn.
res da escolo militar da côrte, nr.ando excluídos ~ 3. • D~s corupnnhias de arJrendizes ortl·
dos corpos a qlle pertencerem e np1Jlieundo·lhes lltcirus; niiQ excedendo de liOO pracns, das duas
para as re6peclivas pro. moções as r~gr:~s e$\abe- compnohias de npreudi~es militares crendas nas
lecidas p:1ra os lentes. províncias de Mina~. Ger11es e Go:yr1z, e das com•
· § i.• A lgudar ~s vantagens que pet·cebem p:mllins ele nlt1mnos da escola militar da côrta e
os omelaes iias companhias do curso de inr:~n­ da de infantaria e cavnllaria da provlneia do Rio
tarln e eavallarin da província dn Rio Grnnde Grnnde do Sul nlé 400 pm9aa. . ·
do Sul aos da escola mililar da eôrLe. Art. t,• O premio para os voluntarl\ls ser:i de
Art. f).~ ( Addllivo,) Fien restnlleleeidtÍ o com- ~06. e para os engaj~dos de 5006, pago em Ires
mlssi\o de promoçlles, que se comporá do Dju- ao pres\oçõeg, sendo o dos segundos proporcional
dante genP.ral o de dous omciaes generl1es no- .termos tefupo p~lo QltDI tle novo se engajarem, nos
me3dos annualmentll pelo governo e pre~idida lembro do art. 2.• da lei n. :i6:ia de ia dll Se•
tle i87õ. ·
J.lelo 1113is no ligo ou graduailo, nõo lend() direito § L• Os volnntuios perceberão, emqt1Dnlo
n rernunerncuo peeuninriu nJgurua poJ' esse ser- Corem prnçns !lO pret, mais uma grnlifleacilo
vlçl', para o q UDI só poderilo ~e•· de novo no- a molar:ltJ do soldo de primeira pruça, eon•
meados depofs de dous annos contndos dt\ dut.~ igual
em que dmxnnm os rlltos log-nres, sulvo o caso formo n nrmn em qua servirem; os eng~jados
perceberão mnis uma grulincaçiio igual no soldo
do circumsumcJos oxtra~>rdinar.ias em que se i11! klrimeira _praça, e tnmbelll segundo 11 arma
dll fnlta absoluta de ontros para prenchel·os. em que servti'P.m,
· Paragrapbo unico. O governo expedira ns § ll.• Qúnndo f11rent e~CU~05 doserviço sel!J.es
nece~sarias instrucçües para o serviço da com• r.oneederli n;rs coloni:•s do Esl~do um prazo de
missão. terr~s de 108.\!110 meii'Os qttndrodos.
Art. 6.• (AddiLivo.) As praças do cxorcilo, ~ 3 .• A imporllltleia da contribuição peeu-
Q.!16 por incorrigiveis e nn fói'Ulll d~.s disposi- ninrin, da qu•Hrnt:• o arL. 1.•, §L", n. 7 da lei
çoes em vigor forem recolhidas :1os detJos!tos do d,, 26 de Setembro de :187/l,, serd de 1:000~000.
di~ciplina só terüo direito á etapa e ao respec- Art. :i.• Ficam revogados as disposições em.
tivo fardomenlo esjJeciul. A disposição deste conlrt1rio. . ·
artigo é permnnente. l'alnc[Q .do Ria de Janeil•o em ts de !![aJo de
Arl. 7 .• (Addilivo.) Os omcioes de corpos 18SO.- Viscm~dc de Pelotas~
schmtifico~. 111io arrcgiment;•do~, quando em- Suo li~os e npprovadns ns rodacçl!cs do· pro·
pregndos em outros minislerio~ tom alltol'iza. jeelo ll. iO,de Hl-:!0 da l'P.SpiJStU (I raua do Lht'ODO
çiiode d~ guerr;~., em.st\rviço~ das t·e~pl'ctlv~s c dn omenda sub•litutivu ao projeeto n. l!, da·
profissões, ncam colltlll'ehend••los na excepç:•o 1Stl0, sobre a lei proviRciol de S. Pau.lo do 1.•
expressu no nrt. 9." da lei n. óBo ele 6 do t)c- do Abl'il de il:!7ti.
tembro de !850, sendo ertuip:••·~do~ pnra ns
proms~ões ao~ .tlas mesmas 11rmns e palllnl,·~ O Sl'• Gnldlno das. :Neves (pela
que eltl~lirem em set·vi~u do. pr'n11rio minbturío ordem) diz qnc tom uma rcprc~ant:u;ão de vnrlos
da guetTa. A disposição dcslo artigo é per· n~gociantes dest~ cidade. rel~tivnmento ao im·
manente. · pos'o do . filmo. Vai remenel·a ti mesn, e pede
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 10:38 - Pêgina 3 ae 21

Sessão em 26 de l\iaio de 1880.


· . pàra que sejn rcm~t.tit.la, ·o mais lm:va possível~ 1\il.purarlil do . P:wami, " ilht;:Lr•1 Sr. j ;• ~cero·
à comruissuo r~l'pcdi va. . t:1riu. j ;í d~ outru . !•r,fcrído uo sen:ulo, c1eio
·~- o regimento tl•io - lhe permítte dizer ('Ousa q •~ c 111) dia S L·~uintc, pelu nobre sen3cl.or da
algum::~ em [:~vot· 'le~t:~·represent,1r:Eo, ~~ por i~so 1\ll'scua ~ ~r,winein, e tlH um pediclo que este
ro~m·va-so purn justilical-n {~m occ.asião oppor- nwsmo i lu~Lro ~ena1lfJI' fc?. :w go~'\!.rno, de in·
tuna.· · ' f•;rm :•ri3>-·s sobr•J o fmlto que ~e di.z ter se dado
Vem ti mesa, e lido e remettido 1i commissf\o· ultim:uneutc dn pris~o de um:1 escolta da minhn
·de or~amenlo urna represcntaç;io dos co;mnissn· · provinci~ em terrilorio da vlllu do ltio Nogro,
rios, mercadol'es e prermr~dorcs de fumo contl'il do Pnran:i, por autol"idadcs ou pelo po\'0 delln.
o imposto consígnv~o na. lei de orç:1mente e O Sn. Stmc.ro oE CASTIIO: - Inf~lizmen t e o
regulamento rc~pecuvo. faf'l•) é \'crdnrh!lro.
O · 8r·. @nldnubn lllnrlnbQ ( pdc1 O ::;u. su.rwcA IH> Souz., :- Sobr•· csto ultimo
m·dem) ·pede ainda uma va a pal:n•;·n p.1r.1 l)t)!Hô, " r-e~s ·ei co do 'ftl;tl nada ~ei, · lirnil:w·nie-
lembrar ~o Si·. llti'Sill.~nte e ::.~ i llu~ t ;·es t:om- hci a ·l•••i.lir t:cmhem :~n ~tnvc•rno int'orrn .,~:l:ies
missões os pl'ojeclo~ J;obrc Cll&l.nwnto civil il;Uues âs (jlt..: lhe l'ohun pedidas 11t'lo w.bre ~-
(apoiados) c ~ccularisação dos ~;emilcrios . (.4[11Jht· umlur. ·
do&. ;l/uito brm.) . - Qu:mto; potém, ito> dous l!í5eursos n que nl·
Comprehend•: qlle ~e romh~t:dr:m~:l r. pnbli- luili d~JS uo!Jres Srs. depnl ~tlo, c S~J!vdor eolo
Cllmcnto umo. itl.!n (11tuitos ap.-,iados}, tua~ n3.o !':;r:m:-, vou Lo1m11' ·n:, devt;la. consrdcra<;uo :1
póde C\\tn!J:;eheuder, nem jul).!'a di~no desta nwh!ri:l dll que cites ~ral a m , procurar rcst:tbe-
casa,que se m~te umn idé<• pela inl!rckl. (Apoi•l· Jece r· ;1 rel'lllltl<•. elas apr,•ei:•çócs o ~~s~v oroçiíes
dOI- Muitr~ /Je1~.) . . que :d1í Sl' contém em J!rejui1.o dos direitos de
Pede, poi~, a coadjuvaç~o do SI'. prc$idPntc, minha ttt•ovinci.1, e <>ccupa1·-nw-hei de cada um
para que envide .$eus esrorço~ anm de qu" :li' dcHes n:t Ol'(lem dt• seu ll!Jpnt·ccimonlo. . ·
eommissiíes cn•npram,comodevem,as disJloSÍ\'Ões
do regimento. (Alti.ito bem.) · l\e~ponllcrei , IJois. em 1>rimeiro Jogar ~o dis·
ctwso •lo nobre. St·. :!.o sccret;~rív o Sr. Alves de
O Sn. PllllSlDENTR tlecbra. ao nobre depntado At•aujo.
que .se vão dnr .as pro\'ideuci:~~ nece~saria, jJ31':l T~uto no t1iscurso do nobru deput~do, como
Q!le os_ projcctos a que se rcfel'!l entrNil em úo do · íllusll'u sl•n:nlor do ·su:~. tJrovinci3, ns
dJSCUSsao. · qucixus c utcrtsru.:ões dirigidns contra o minhu
pJ·ovinchl, .:•Url hu i n<lo-llw usur)Jat;ões de ~eu
· O 8r. Zamo. (pela rmlr'tn} toma o pt~lt1na tenitorio, dP. sua jurisdicçiío, e rHclamando pro-
simplesmente p~ra mandar ;í me~n umn rcpre· Yideil citrs contra !Jrejuizos que dizem soO'ror o
sen.açâo dos opera rios do nrsen~l de mar i 11 hn, ·l'ar:•nt.. ·
pedindo é :<Ugnsc;~ camo.ra dos :Srs. (\l.lputacJ,.g :1
revisiio dos :~rt~>. Hi4, a iüO do d,crelo u . 6tl:t9, · O Su. SERGIO OI' CA>Tno; -Dizem, não; que
de t de llfaio de i8i,._ so!Tcc. . .
Não J)ód~ ser indiffercnte a camaro. dos Srs - O Sti. ·SrLYEIRA uE Stwu.:-... em ·séns interes·
deput6dos n sorte dos operarias do m•sunnl de .ses e s<!lll'ctudo Hus seus int:!resscs nscacs, run-
m :1rinha. . · <l ;un-~o todo ~ no {;~lw . supposto (e essa é. toda :1
0 Sn, FERNA~DO DsOiliO E OL'Tl\OS SIIS. DE:l'U• qucst:io, e o tJilc rcsla tlemunslrar) que a inva·
-TAt>os:--<\poindo. sot·~ <! Sal\la Calh:.rinn... .
O Sn. ZAMA, conseguinte meutc, submel!otl· O Sn_ Senr.tn Dtl C{stno :~Isto est:í por de--
dO tl COÍ\~idornçào dt:~la 'tiUI,:UlilH C31ii(II';C·a l'C· mais d~ mo.Mt l'tHlo. ·
p1•esento~·ão t}UC dles llr.emm :~ honra U•l con • O Sn. Sll.\1;111A nE Soi:ZA:-... o q\le os t!lrrilo·
liar·lhc, e~per~ rtue a couuuil'Siio, a 'IU•·m fi>l' .rios e tu qtw ,,ot·. t1wi~ LI I! um:1 vt~z, itl.ft:lizmeult,,
confiada, se apress~ ·em dar seu !tal·eccni res- s~;~ 11!111. cl~ do cnlt'l! :ts duas p.-ovlnclus dcs·
peito do materi:J. ngt:ilda\'ilis coullit: t o~. c t!;pccr:clmeute s~ses a
Votn :i mos<~, é lld::~ c 1·eme!tida ú ~·'mmi~~vo fJIIC no ~·· u dis••urso sllrerf!re nnollt·c dcpuLado
de liiZ!:llcl.1, Ullla I'Cfll'l'SI31!!(1Çiill UQS UlUIIIbl'tJS ll:l · " SJ·. :l." ~ccrctadu, ~iio let·rilvrius pllriL•nreutes
dirceturia ·dn •Uniflo Opet'HI'ill• do ar~cnol de à S ll:l Jll'OI' ÍIICÍ:l.
morinh:l dn eôrte, lledintlo >cj:nn rMO I'III~dus o':; O SI', St::nGto DE CAst·no; - Apoi;~do.
nrts. Hílt. a 160 do decl'élo t.le :2 dl' Mnio dtl !Si!•, e
ofl'llt'ecendu ti cnuwr:~ llm prnjecto de ·cstaltllos Otrl'llo~ Sns. DEPV1'Aoog : - Nil.o apóiodo.
sobre a materia da reforma vcdida. . ·
(.4.poru.~ entrr• o Sr. Set·9ío de Castt·o e o Sr.
·O I!J•• Sl•v.,h·n. de 8ou7.n: ~ Como- Lou·)'J'n!m de Alhttqrtel'qll(•,) · · · · · ·. . ·
dis~ e 11:1~ puuc:1~ pn lo l'\':1~ que ti ve I!' lH.l!J rJ r/a .0 . ~11 . SH.I'~:IJIA uE l-\ot.:zA: "-Qtleixn- se. o nli·
dirigir :i cam~ra na sc~s~o ilo :tnl4!·hon lem m· br<: d• • tmt :~ d t • ,,c•lo J'aran:i, iw sen dis , ur~o, do
q1tercn<1o ~sla · nn.~•·nci:t, ltmbo tl tJ IH.'<i ir :1o :.:o· . !<' I' :Huin h:t· 111'0\' incia erend<) nl!illltllllllltto 110r
YCI'UO inrot'II\Oi'tÍI'S ilct•t'l :~ ·de ll(' f{OCiOS .C'jUI.i ll ll':t· · uu • ~ ld de ~ll:l a ~~ ··mhh~l proviudal, u.m:o fl'l!•
mente ; nici'Cs •tllll f1 minlw pr"l'inda •·nt con- :.:·ui:; i :~ , a tl•l t\. Lolll'l)llf;o, ·uo tcrt•itut·io !111 colo·
llicto com ~ provind:t vid n hn tio J>:•ranit ; e fui u iu \h:.S. l.lenhl , :;i.to ú uwrgottl tlo .. Hio N()g-ro.
indutido, SI' (ln:~idllnlo, a pedir .l.:u:s inr•.u·,u:;-
çües, .. em con ~o:\Uclldll, jil do di~l'Ul'~v "-<111i O ' ::in . s~:III!IO ~~; CA.~·rno: -;-Qltc csl;i. (.\nCI'(l•
proferido na scs~o du t;; dc.>tc metr. pelo · uoiJl'C vndo em ti!rl'Jiortu do Par:~m1. ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:38+ Pág ina 4 de 21

Sess~o em 26 de Maio de 1880. 263


O Sn. SrLvmiiA nE SoliZA :- Vel·f.'mo;; isso. E O Sn; SttvErHJ. m; SouzA.: -Primeiramente,
em conseqocucJa des~a mediu:• . o de oillrns, 11Ji:ís Sr. pre~l!leDII}, cu nli'J CJ'eio que haja accôrdo
da plena e íneontesl;•vel comp0t~nda de 111iniJa rro>si1·cl cnl.re os •·epresentantes das duDs pro·
província, de que adiante u·at~roi, queixa-SI:!· viucias em ~emcllmnto nssumpto, porquanto as
•guulmente de que a lll'ovincia !lo Parunü ~olfre pretençues do Pnranti siio de tu! fôrma exelusl·
gravemente om seus lntere~ses Jlsc3es, no seu vas e exageradas. ; .
commercio, e sobretudo no seu commercío da O Sn. SRnoto DE C.UJTao:-Niio apoiado.
herva mate.
• OSn. SrLVF.\1\A. 1>1.; Soun:- ... que repe,llem
O Sn, Smmo DE CAsrno: -E nu sun rendn, toda a comllínn~ão. Em segundo lrgnr não se1 que
quo é desf;dcnda pelas injustiços da província c~r:u~ter teria essa f(!união dos represent~ntes
de Snnln Catharina, d~s duas províncias, pan decidirem essa ques·
· O Sn. SILYEIUA »E So~;zA:- Si pois as queí· tiío, nem que obrigação teria o governo de h o·
xas e accusnçues q11e no Sl\U alludJdo discurso mulngnl·a ; e qu:tndo mesmo tudo isto s11 veri·
formula {'Onll'a a minha provilll.'-ia o illn>tre se- Ucas~é. o que valeria Y
n~dot· pelo l:'aran;i, tem por falso ponto d~ par- O Sn. SEHGJO DE CAsTno:-Q governe submet·
tido as questiies· propriumentll rc!ativns á lot~­ \erin o seu n~;to ao co1po legislativo.
lidad~ dos limites das duas pro\·incius ; as do o Sn. StLYEillA DE SouzA: .-Mas entiío para
nobre deputado :1 qne re.stJondo, tll m por unico que vamos procurar taes desvios YF:rça-se lo~to
. lundatilento a ta!sa per~uag[o em que ellc c~tó. o que foi npprovado ·por r·stn comara e pende da
e pretende Car.cr Cl'er, etn relnçiio aos .limites dl·liberoç~o do senado, isto e, autorize-se o go·
rsp~ci~os do Par:m:í com S:•!lla Cntb~t·ina pelo
v~rno .a e:;tudar e a resolver~ ques•ão para ser
Indo da comnrc~ de S. J<'nnct~<!O desla. sUbiiJetLidu ~o podl'r legisl~tivo. Es~e e o ln6iO
O discurso do nollre seuauor a qUú ·me rcfim re!!ulal' e o unico effic~~.
foi prof'erido pàl; uccasiiio de entrar em discus- Especialm~nle como remedio aos males c pre-
são no senado nm projecto M1[1T0\'8do nesta ca· jnizos causado:; á su11 provincia, de que se
m11ra no nnno pn~sado aulol'izando o govut·no a queixa o nou•·e doputado do Paraná no seu dis·
mnndar proceder aos estudos necessario pam curso, em consequonda da Jei provinci~l de
detetlliinar-se os limites entre as duns provin· Sanla Calburina que cre.ou umn freguezia no
elos e propor ao poder leg-islativo os que fos· territol'iu de S. Bento, requereu S. Ex. que essa
·sem mais JUStos e convenientes. lei, e nào sei que .ou~r'ns, supt~nstns incompeten·
S. Ex., porém, que ali:ls t:•nt:•s vezf.'s tem niDr• temente promulgad~s pela mesm:. provineia. •.• ·.
mado os seu a de~ejos de yer es~a guestiio termi•
nada, entendeu aind.1. uma vez que devia requc· . O 811. Smuuo DE CAstno:-Snpposta.s não, cÜos
rer o adi~mento dnquella dis~u~siio, accus3ndo estiio na legisla.;flo do sua provineia.
o projecto de limitnt• as ~ttribuiç\Je~ do guverno, O Sn. StL\'tuRA DE SouzA:-... fossem reme&·
e· de insufiicienle pnl'n o fim propo~to, por niio tidos á eomnü~suo de IISsemiJlrias provinciaes
conter autorização ao mesmo governo pllra as de~La ç.amara, naturalmente para ~erem revo·
dcspezns quo aq llelle~ e~tudos nece~sit<~ríam. gtulas.
O SR. SBnr.ro DE CAsruo:- Esse argúmcnto ê O Sn. SKnGro DE CAstRO : - Si ofTendessem a
pouco procedente · Gonstituiçiio. ·
O Sa, SILVEJnA DE SouzA ; -!\Ias em vez de O Sn. SILYEmA 1n: SoU1.A.: -1\lns semelbante
incluir o nobm senmlor·, 1wquelle pl'OJeeto, urna prctcnç~o, St•. pt·esiclen!e, mltm cousa não é
autorizoç~o :10 governo par:t taes de.<pcznN, vr· seuiio aiudu um ll(lllello ~ doU~I'ina, perdoe·me
jamo~, (JUe meio propõo parn a ~olu~~ão da que assim il qualHHue.li dou.trinB t11Js~rusa, que
magna QllL'slfiO lle limites d:~s du!ls províncias, o U(•IJ•·e depul,ldo, que ma interrompe, hontem
a~sim como o que ~ropõ~ por su;1 parto o nobre ur1ui {!xpentleu.
depUIDdo do Par~nu. o Sn. Ssnmo Dll CAsTno:-Doutrinn or\bodoxa
O nollre senador pensn fJUC o g·overno llevc
pedir aos deputmlos <las <luas províncias qne o cons\itu~iunal.
cheguem a um nt~côrdo; o o uoi.Jre dt~put: , do ~ o Su. S!LVEIIIA oE SouzA:-Niio so podin, com
que respon~o, nprcseula c~1u ~on dis~Uf$0 UIM elTcilo, l'c'lllt~l'cr a· rome•sn dnquellns leis de
representuç;•o da ns~omllle;• provmcwl de ~n:1 uJiUIHI provinrir• á ~omm1ssâo de nssemllléas
provinci~; em r1u" s~ p~ilt~ quu o g·ovcrno • no- pt'u\·inciucs, muão no !Jrt~~uppo~to \\e que n as•
mee !JS repre~enlnules tio ~111bas nos uous ramos scmlllêa gH~I lL~gislntiv~, como nqm procla·
do podo1· lcgisl~tiw aUm dl.l l'ln l'cunl:to prcsi · mou hont~m o noiJre deputado. tem competen·
dida por um conselheiro uc Est~rlQ cnju opinião cia 1mra reYog-:1r quo i quer lei das a~sembléns
não tenha sido mnnifcsütda soiH'C a matel'hl, provi nd~es.
discutiriJm r1 qucstno, c rosolvel~a, etc,, • solu- O Sn. StmGtO DE CAsrno :- Qunudo ofi'tmdem
ç~o que o g·ovcrno h~•mol\lg~r.i•.
11 Conslilni~~~o.
Ora, SI', ·!H'Il~itl~ntc, U[lo !'l'n <.I~· certo de es·
porar-se dH rcconheeitla illuslraçfio do nolire o su. S•Lvr.mA ot SouzA :- Etllretnnto, Sr.
scnndot• do Pn1·ami, ueru d3 sna ~~~~Otllbh;a pro- prc,ilit•nlt•, os ca,;os nnkos em qut~ n a~semblén
vinciul n il11Hca~·:lo de ~~llllclfwul(l~ Jll<'ios (lnr:t {;<'1'111 jJ<Ídc rel'ogar Joi~ provin~i~~s estão defi·
resolver-se aquciln itueslflo, m<•ios ~inda mai~ nillo~ 1W ul'l. ~o <lo ~\ctu Add1cJonal, do modo
insuffieiolltes !J Ílll[li'O{II'Í<I~ do <1110 ~quello IJUC -wuilcl e-Jaro o IJOSiti\'o.
S. J~x. ucoimou de tul defeito. o sn. SEnGHJ .DE C.wrno:- V. Ex. ou ntio me
O Sn. SJ,!l\CIO DE CA~-rno: .;:.. Não upoiudo: onvill ou não qui~ r.ompreh()nder-me.
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 10:38 - Pêgina 5 ae 21

264 Sessa:o em 26 de Maio de 1880.


O Sn. S•tvRIRA DE SouzA.:- Admitto qU.c O Sri. SILVEIRA .DE sOuzk--<> nobre deputado,
V. Ex. reforme agora a sua doutrina .. . á cujo discurso r~ pondo, qub: Cater crer que
O Sn. SERGIO DE CA.sTno :- Niío. raformo . al)ulllla lei de minha provincta,l! talvez outra que
limitou -se a crear um imposto :~penas de iOO réi'.l
O SR . Sttv:t;mA DE SouzA:- M11s que V. Ex. so!Jr~J barl'ic:~ de mate exportado emJoinvUio ••. ·
proclamou aqui :~quelle principio, nõo ha du-
vidn, toda a cam:ara o ouviu: quo ... n~se u;bh!a ·O Sn •. SERGIO I>E CAsTno:- São leis lendentei
geral podia revogor todas as lets provlncfnes. a conUrmor n usurpnçilo.
O SR. CA:NlliDO DE 0Lt\·.trnA:-Aiandu até ao O ~n. SILYEm.l DE Soou:-... prcjndie~m até
eonselllo de estado : hcre~ia. os im postus g4!ra.es. .
O Sn. Sumo DE CAsTno : dá um aparte, 0 Sll. SERGIO DE CASTRO: -Principolmente OS
impostos J)rovinciacs de pod!lgio, desralcando em
O Sn: StLVBÚIA DE Sou.u. :-Os t•asos unicos mais de 110:0008 a renda da provincla.
em que 8 assen;bléa geral o (Jócle fazer, ~eguudo
o Acto Artdieional, são os seguintes: quaudo a~ · o S11 . .SrtvEtnA ' »B Slluu :-Moslrarei que
leis provineiaes olfendem n r.onstltuiçoo, ou o~ semelhante queixa, ns~im como o·que se rerere
Impostos geraes, ou os interess~s de outras pro- e~pceia lmente aO!' prejuízos M ll'U eommarclo
vinclas, ou os tro\ados. . • . da hervn·male altributdos' minha provincio,
nõo proct'dem .de n•odo algum .
. O Sn. Senaio DE CA.srno ::- Os íntores·sea de Mas como to•lo n· que~Uio· de que se trato,
ou,tras provlncias. · me~ mo em rt!lnção a esles pontos, é l!!'peclal·
O Sn. SILVEIRA DE SoUZA:- Penso que o no- mente dependettte da questilo dos verdadeiros
bre deputado não quererá dir.er que a lei pro· Jiuutes entre S.'nta f'..atllarina e o. Parnnú jlelo
vincial .dc Santa Catllnrina.de que se tratn, ólfen· lado dn eomarea de S. Francisco, ·de mmha ·
de 11 constituição do imperio, ou os tratt.dos; pt•ovincln; como e~te é o ponto eapillll da dfs··
isto está fóra de todn n que~\tio. Prete•,dehi que cussã.o, e do- ~eu esr.lt,t·ecimento depende o sa·
oJrende os impostos geraes, como aliás parece ber-so de que lado está a rozio, e o jusliça .
querer lneulc(lr o seu nobre companheiro de ne~se.s conRiclos que todos os dins surgem entre
deputaç~o no di~curso n que respondo 'f Em todo aquellus duas t•rovincias, e nn pre~ento 1Jretcnç5o
o coso li claro que s. Ex. julga q_u~ essa lei pre· do l'~r11n ~. eu vou exrôt 6 ~nmara, emboro em
judJco lnluresscs de sua provJncw. · tel'mos breves niio todo~. mns algnns dos prin·
O Sn. SBRGIO DE CAsTno;-.E, proprlamonto grimde ci1>ne' doeumentos · oiDcioes que existem em
ata a q ul!stiio. eópiu de onde ~quelles verdadeiros limi·
te' se conulu:m.
O Sn . SJLYBinA DE. SouzA :-Mas n questão eou·.
slste exactumente em suller-ae a <IUlli d as duas O Sa. SEnGto DE C.~o.sTl\0:-Allás muito conhe·
provincins p~rtence o ll'rrilorio de S. llen to em cidos.
que foi oreada a (regue~i:~ de S. Lourenço, por · ·o S11. SILVEIRA. DE Souu :-Por ell~s se verá
essa lei de minh;o prllvindo, si a e~ ta ou si ã do ~i o terrlturio em que foi cro:1da a nov~ rregue-
PDraná. (Apoiados .) zia de S. l.ou•·en{'o, ou os lerrllorios da c;Oit~nla
. O SR. Sf:Ralo DB CASTRo :- Chamo a :~tten~ão de S. Deulo, pel'tunt·etn ou dev>'m ·pertGneer
de V. h"X. p:~ra o .decreto de !6 de Jone11·o r c:~lmente no Par:1nti ou n Smiln Cothnrina.
de i 86ã. Temo~ :1 este respeito muito clara e posillva
O SR. · SJLVEJn,\ tJB Soou :- ·Nilo se lmpo· a l'rovisiío du i9 de Abril de 17iO, darla 1111 Yilla
ciente o nobre detmtado ; tl'ittal'ei desl'C dreroto de S. Frnncisco (em.cuja tomara ~~lá o ori~i ­
em occasl~o competente, limilando•me por orna nnl) pt!lo de~embar~~dor Raphnd Pires Pardl·
chumar tambem a sua ~tten~ilo I•DI'D o du i1 de ulm; n~ qu:1l se d•~lel'lnin~. • que o disLrieto
Ontuhro do mesmo nnno, que o declarou se111 . rl"stn V1l111 Oca souolo desde a ensenda de G11ro·
etrelto. . . 1105 (Pot·to Uollo) ntl! 11 borJ'<~ do llio Guaratubn,
Si, como di ~se, 11 quest:io é exactnmon tP. de sa. com todos as Pl'ains, rlus, e sertões correspon-
ber·se o qual das duns provi ncin~ pertence o dentes ••.
territorio doquella noYa rrcgueziu, como quer o 0 Sn. ·SERGIO DE CASTM dá um apal'le,
nobre dei'Uindo, quo n commis~fio d~~ n~sem·
blêas provincines desta c•,nm:ml, v:i resolwl- o a O Sn . Sn.vEtnA DE Soou:- 01·n é cl3ro que
titulo de que a crOtlção d01 mesma rrcguo;zia of· C1S ~c rtu~ s cot•t·espon~lente~ . :~ e~tn extonsiío do·
fende os interesses do Paranú iuvadimlo os seus lllol'al, t! todo. o terreno tine se prolonga ó es· .
llmUes? · qucrdu do Rlo Negro c do Ig-uas~ll. purn Isso
bn•~~ otlwr-sc )J:tl'll n r;arta topographifa dl•stos
o SR. VlliJATo DE 1\h:o&mos:-Apoindo. t•cgtuc' ; c pol' coJist)gUIDte que us JimiLtJs entro
. . o Sn. s'&nGio DE CASTRO;- E~ lá o Sr . de· (!SSes u~ dun~ provinclus por oquellc Indo devem ser
fi\)S.
putado pelo CL"ará apoinntlo o Ol'lldOI' sobre m"-
teria d e que nilo teu:. o menor conhecimento, . O Sn. SElloHi· UE CisTno :- Nilo apoiado; nunca
0 Sn. VIIIIATO DE MEIJ&Il\OS:-E~IOU apoiando l'o i, m•m ba d\! sn.r.
o orador. · · (J SI\. SIL\'I!JIIA DE SouzA:'-E' ou nlio ó essa
o s~. Stnoto DE CA~Tllo: "'"- DescUIJJC ; desde 1\ zuna correspuudentc iiquelle lilOI'~l' ··
que uao lcm eonheém1ento d:t uuJ.lcria é um O Su. SBJ1Gio DK CA~-rno:-Has c u nego -o
Op:ll1() illCODSCiOnle, (lftl omi'O$ Cfplll'l~$.)
1
• ponto do par~ida . .. ·
..
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 10:38+ Pá gina 6 d e 21

Sessão em 26 de Maio de 1880. 265


O Sn, SJLVEIR.\. DB SoUz.\:-Como nega! Si ú utrin ce1·tidão passada pela secretaria do governo
urna r•rovis;lo, cuju oril!inal se :•cha oorno disse de Santa CaUlarina. ·
na cumara do S. Francf,co ~
O Sn. SBIIGIO os C.\smo:-Semprc por Santa
0 Sn. Sl!ttGIO UE CASTno d~ um
aparte•. Catharina ! J.<.;sta fontu é su~lleit~.
O Sn. StL\'Eil\A DE Souu:- Temos mnis as 0 Sn. SILVEIII/1. DE SoUz!\:-Islo é Uma injuria
provlsUl!s de lO de I~neiro d11 172, e to de Se· que o nobre deputndo ir·roga a uma reputlçiio
tembro de l8JO, que dP('larnrnm á cttmura da publka, u quu uao a me1·ece ; ú um d••cUmcnto
vilh1 de Parannguà tm·cm sido conflrrr.wdos omcial, uutentico. e que náo JludB ser ussim
aquelles limites da ·S. Jo'rllllC[~co com o. dita Q(Oimado de suspeito.
vllla.
'ftunos aintla c nwis expressa a provisão,de osn. Sr;;nGÍO OE CAS1'llO:-Digo sómente que
U tle Agostrt de 173ts, que separou do govei'DO
a .tonte e su~pdta. . '
de S. Paulo o da ilha tlc Santa C;•lhnrina, n •1ual O SR. SILVEIUA DE SouzA :-Na11n tem d1) sns•
~~~si!!:tw poa· limites do OO\'o go'l'e•·no • o Rio Lle puila. Núo admitto que t~l se rlrga de v.il1 d•F
S. F rancisco do sul pelo Culmt3o, e Rio ~egro, cuu•ento pnssndo por uma repurti ;ão publica,
que entra JJo Grondu OJriliha ou lgua$~tL • vor um Jlespa•:ho da presidencin da prnvincia,
· e pelo l'unccion:.rio CIJmpetuute. !'.OIJ a t·e~ponsa·
Tem"s igu:tlm•~nto a provi>ão de g ue A~osto bilidade de seu c:trgo. Como ~usr•eiw? Oru esta!
de t ilJ,7 diJ'igidn no ~OVl'rno lia caJ;ii<Jnw de 0 nu bre d61JUtocJo mau do !H'UDilit'nHJcnte
·
Santu Calba.dna. ordennndo·lhe a sittwç:io de ave·
col.. no~ dc~de 0 Hio s. p, and~co :tt~ 0 Serru de rig unr isso, para poder bfitlio :wcrbu1· tal sus·
S. 1\i igucl ( rio Pelotas) e no ll,·rt!iO Clll'l'e.~pol'• peirão · ·
dent~ a e$te dittricta, com. ~ltlltJt~ãll f.JOl't•m que O Sn. SE~Gm DE CAs-rno :-.Não, senhor; ou
se uâo d~ justa cbu~u de queixa aos IICSJJmtlwes posso \·erilic.1r.
ConJütantea • O Sn. SILVEmA DE Souu:-'l'anlo mois, Sr.
Ora qu~l se rir t1 set•liio correstJoudente ãqu.clle prt·3identu, quanto .e,ta cerlid:ro, ou a pr·o,·isão
diatt·ícto? niio será todo o lel't itorio â margem nella tr;msrript:r, nao dill sinno o me~mo lJ<le
PSlJUerda do rio Negr·o e do Iguus~ú ntó às anti· rezam ol.llros doeumcntos que jã citei.
go~ missões bcSIJUU holus?
O Sn. SEnGIO DE CASTno : - En bi•i de :!prC·
· O Sn. SERG!O DE Cistno:-Não apoia.do. sentnr Dlé olvur:is que têm muito muis força em
o Sn. LoliliE~ii~O DE ALilUQI:ERQUE:-Isso é sentido diatnolrulmentt' OJ!post''· •
irrespundivd. · O SI\. SttVEtnA DESouz.~ : - En nãn conheço
O Sn. SEDGIO DE C.~srnt.:- Hei de responder. nenhum em ta•:s coudiçõus ; Ilesa fio o nubre de·
plllndo a npr~scnlnl' um só. ·
O Sn. S!tVtln.>. m: Souu:~RntreliiUlO, ns
pretett··Ul!s mut·pad()rns d~ pr<•\'incin do Par:•ná, 0 Sn. SERGIO DE CASTUO : -Pois hei de ll[li'C•
tirmu-nos de todo 1~ssos llmiles com as missões senlal'. 'f11l ti a for~a da minha argumentação
bttspan.holas nlli bem clm·umeute ll••finidn~, c quo lao d\l cvnVell~el'.
ainda e·m outros docnm.,ntos, porque, com O Sh. StLVEmA 1m Souz,\ :-Queremos VCI'
elft•ito, ll csle mesmo scn tido ha muitos o tHros isso. (Lê.) ·
di~iiO~it;õcs clans e terminantes.
DI! n Cllnd~ lli'O\'i~5o (jUo os limitas dn non
0 Sll. Sl!nGIO DE CAS'fllO :-Em sentido COll• ouvtdorl:l stio ... e o Uio Ne~ro quo so mcuu no
tral'io. !(randD Corilibn (ou l:.:uns~úl.; qu~ro nollrll de·
O Sn. SILVEIR,t DE SouzA:-0 nobre detmlado tmtado mais cluro do qnll isto?
não é capa~ da cita~· em S!':lllid.o contrM'io nm· 0 Sll. SBRGIO DG GA.STI\0 :-N~o :~pointlo, JlOI'·.
só documento offidal autentico. quu i~t.o seria uu1 nl.JSLII'llo.
O Sn. S!liiGlO »li1 CAstuo:-Elt o mo str;~t·ci á O Sn. SILVIllllA r>E Snuz.\ : - Esto é no con-
cnmut'll (tos Srs. deputados. lmrio o uulco liruiLe nnllu·~l o l'adonal E<lltl'll n~
dllns IH'ovincias, c ti t!Uihenticu e ollicinl.
O 811. StLYllll\.\ Dll Soou:-Temos aind:~ Sr.
presidente, a [ll'Orisiio do .20 da Novembro do O SR. SERGIO DR CASTno : '- Mns nãll tom for~ a
-174\J, cujo ori~inal eslú na sect•otaria do go· em direito.
vemo de minhi• prov.inda, e de qne lonlw agui U Sn. LounllNço og ALnüQllEMiiE : ..:... Is~o
cerlitlíl(\ nutlumlica (most•·a,~do). ua qml.! EJ.l\ci pt·ova que n sua cnusa n&o e bon.
di!'il{intlo-~e ml governndot· de Snnt•' Clllharina,
decJri•·n -lhe que res11l verlt creuI' ll:t.Cl uclla ilhn O Sn. SEnGJo Dll CM1'DO : - E~l:i enganado ;
Utua uuvidorin, inrlcf!{lmlenlc da de J:lat•annr.tná, hei do exilibil' documllntos de maior rorça como
O IJUU O Üislricto da IU081lla 0~31'a Jl:li';t O no r lu sejitm ah·at•:ls portugu~z,~s.
llÇIH !Jarra An~u~rldo .Rio S. Frlmci~co. e Jl~lo 0 SI\; SILVl'tn.\ DE SoUZA: ;.,.. Nffo apresenta
Rto Negro que se mette no gnmde de Cor1ttbu nenhum IJLie ~irl'a,
e para o sul ~cnburú na lngôu Imeri (Mirim). O Sn. Smmo o~ C.\sTUo:- fiei de at1rcsenlar
O Sn. SERGIO Dll C&STI\o:- Hei do oxnmimu• tlldO~.
oss~s pa[teis. · o Sn. Si1.V~IR.HE Sotiz.r,:-?.las, Sr. prosidl.!ulc,
O Sn. Sit\'EiltA os SouzA :-Púilc. c"ll:ominnl·o 1 en niio tenho tempo par·:• cst11r disctllindo ~s~illl
aqui o tem (entrcg.tndo um mouuscripto), c um di~logo com o noiH'il dupllttldo que me mte1·-
Tomo 1,...:..:3~. · .
Càna ra do s Depli:ados + Impre sso em 27/01/2015 10:38+ Pág ina 7 de 2 1

266 Sessão em 26 de Maio de 1880.

rompe a lr:~do o mom-lnto. O tnmpo que me roi con· No atlas do nobre sen~dor o Sr. C.mdido ?!fen-
cedido está em g-rnndc p~rte eoosumi!lo, e alêm des, trubnlho consciendoso e que rovtlla os
disso Y. Ex. pódc notar e a cam1.1ra qu~ acbo-me m3i~ ,Profundos conhedmen~o.;; n~st3. mat~ri!l,
pr~sentemente b~stnnte incommodado du um:~ os llllltl()H entr~ Santa Cathnrma e o ·par~nn sao
forte con~lipaç~o, e rouco, de modo que não sei lixados por :1gucUes dous rio~, e isso depois de
mesmo si poderei t:onlinuar por mais algum diseulidD a que>t5o o provados os ditos limites
tempo na tribuna. Pt~o pois 30 nobre deputndo com os actos omcincs quo t.enlll.) citado e outros.
quo me d,o,ixe \'aliar; J:i estou b1Jm falij!ado. (Troc:~m-se aparte.> entre os Srs. Sergio de
Depois da provisão que acabei de citar, Lemos, C:tslro e Vit•iato de Medcirós.) ·
Sr. presidente, o ncctlrdo celebrado entre ·.as
duas cmuat·a~ de S. Franci~o.·e Paranaguá, O Sn. Srtnll\A DE SotroA ;.:- So importante
em í! de M~io de tii!, segando a determinação tr:~bolho do nosso. nobre colleg(J, que infeliz-
de El-Rei, accôrdo pelo qua.t o ~imite no .l.ittoral mente hoje se achn enf~mw, o Sr. 1\l.~cedo , No-
en1r~ aquellas ~s duas oUVJdor1as que tmbnm r.ocs C(Jmgtapflicas sobre u Impe1·io do Braz i! pre-
sido estaiJo•lecillas pelo Guaratuba ou S. · Fmn· pamdo por determin~ção do /lOYerno para ecr
cisco, foram recuadas um pouco parn o sul e presente á exposição de Pl!iladel!>hia. siio tam-
fixadas pela barra do Saby-Guassú .•.. bem aquelles CJS limites nssignal:~dos entre as
dnn~ pl'OYincinsf· e é ineontestavcl nuloridnde
OSu. SEI\Gto de CA.STl\0:-Sob!·c o litlorn[ não daquelte nosso i lustre cotlo:;a em tal :~~sum.[Jto.
ha. questão ntgunm de Limites ... . Aluda mais, Sr. presidente, em um ll·abalho
O Sn. SiLVEIRA .DE so·uu :-.... a segtlir em import:tnle, de l8i7, orgnni:wdo ]JOr ordem do
dir~cvüo dll oéste, porcnlrP. 05 morros de Arar:J- ministerio dn a~t·icultnrn, S9bre a tJropria pro-
quar~ no norte e Ikiriri uo >ui, Cuuatiio !lu 1\io víncia do Parann, pelo engenheiro 1\iviêre, p~los
Ncg1o,. etc. · dado:; colhidos na re~IJCCtiv~ reparlir;ão, e de ac•
J<]~tá, por conseguinte, Sr. presidente, por cürdo com os estudos dos engenheirns 1!1(luchez,
todos esses docu.men tos ontciacs auU1enlicos e Ochs, Kcller, Blnk. c Rcbouçn~, v~·se ane a
:~indu por outros mnitos que deixo de citar, lmha dos limites entre nt}U~Ila provincí~ ~a de
mais que demonslmdo, que os Hmileg entre a Sllnta Caluarina suo sempre os ditos rios Negro
capitonia de S. Paulo e n de S:mta Cntbarinn e Igu~ssu. .
eram pelo rio &lhy-Guassú, a parlir de~IC em Poderia, SI'. presidente, citnr 11ind~ muitos
rumo de oéste por entre os mora·os AJ•aroquaru outros documentos, tmppas e trabalhos coro-
e lkiriri, pelo Rio Negro, c pelo Grande Cm·itiba graphicos no me~mo seulido, de que fnllarci
ou IgU:JSSlL quando tiver de responder. especialmente ao
O Sn. SERGIO llE CAsTRo :-Não npoia1lo. nobre senador pelo Paraná e trat:mdo em
O Sn. StÍxstn.\ DE SouZA:- E aindo para gernl d(l& Iimites entre as duas províncias. Para.
· conflrmn o~ses limites, e gne tod·o o territorio a soluçíio da questão <Juan\o a porte da pro·
â esquerd~ do 1\io Negro e do Iguo.ssli, perten- vincia o que se refere o discurso do nobre Sr. z.•
ciam a Santa C~Lll~rina.,. · seerelorlo, creio b:~.stantll o que aca!Jo de ex pôr.
O Sn. SBRGIO DE CAsTllo :-Nuncn perte.n- E si il'uhi se infere, sem amenor duvida, que
eeram .. o terrilorio de~sn I>nrte entre ns duas provincins
:i esquet·da do lUo Ne~ro, pertence a de Santa
O SR. SIL\'tlllA DE SouzA:-... temos, Sr. pre· Catllar!Da, a que llcn redutiila a queixa ou re·
sidente, uma enrtn e uma p~tir;5o d3 caml!l'll da c[3111nç:io do nobre dcpUlaltO pelo PllrnniÍ, COtltra
· vi!Jn de Lnges, 'umn dt! i de Agosto de i779, e o. crenção .da rrcguezin de S. Lourenço peln
outra de W de Ago5to dtJ !7971. ~ IJrim~iro diri· nssembtéa do minha província, no districto de
gid1.1 ao copiWo general de S. t•au o, e n outra :i S. llento, qU.ll esttl comprelwndido lt(lquelle ter·
lhinha, o ambas registradas nn sol.Jredtln cant~l'lli ritol'io ~ ·
carln e petição em !JUO se dcctnrn que o distrieto A que provincio., em summa, pcrt~:nce este Y
de Lnge~ cstendc·ie desde o nio Pelotas (Uio
Grande do Sul) :ué MS limill'S dn fregl.tezla de O Sn. SEniao us CAsTuo:-.-l.o l'urnnü, som clu-
Sonto Antonio dn Lnpn (bojo do Princip!!, no Pn- ,·ida nenhuma.
rnnd) por m:~is de 90 lcguas. · OSn. Srr.v~>rnA Illl SouzA:-Nuncn IJC!'I~nceu.
Ora, estes ilous documentos lll;n grande vnlor
m IJUesl'io, porque siio de épocns em que nlio O Sn. SERGlO.lll~ CAsrno:-Pertenceram sempre.
se dJSpUI3vn limites entre 11s dun~ capil3nins ; o Sn. SIL'I'EtnA. DE Suuu:-Tenbo provado com
tijm todo o cunhl) dn verdade e da imparciali• documentos irrerutaveis a minbn asserção. Vn-
dmle e moslram. exhuberantemente que todo o mos, porém, ~ poasc J que o Pumn:í annal con·
territorio destle Lages até no llio Negro, nlêm linüa a recorrer nestas queslõe~, o que o nobre
do qual fica a vi lia ac\unl do Principc, perten- deputado n que. respondo invoca no seu 'discurso
ciam ao dl.'slricto de Lages .da.mcsmn pro.vinci:~. para o terrilorio em questão. Ella firma :1 sup·
O Sn. SsnGt·o l>B CAsTuo :-- Niio upoi:~do, posta posse de sua provincln no lerritorio da
nun~.il bode ser. nov~ freguezin. 1. 0 no fuclo de ter sido fundada
. O Sn. SILVEIRA. DE SoU~A :-E~tu vcrdudo.>, St·, pelo Pul'nnii a povoDrüo -do Rio Negro, que oW1s
IJrcsidente, rem Dlé c~ lodo no ,mimo de lodos os n5o se contesln pertencer à s:.~n provincw, Visto
homens mais proOssionaes nos estudos desl:l que esl:i ú dlreitu do rio do mesmo ngroe; 2. •
ordem, e que tllm feito tl'llbnlhos a respeito no em terem sido as terras em que se creou u novJ
palz, desde os m~is antigos olé os·mals recentes [reguezia povoaclas por parannenses ...
e contern}Joroneos. O Sn. SERGIO nx CASTIW:-Por pnulistns,
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 10:38 - Pêgina 8 ae 21

Sessão em 26 de Maio de 1880. 267


O Sn. S1LVEU1A nE Sot:ZA:-Mas onde é que os Alé cnli'io a prol·incia ilo JoarllniÍ 1inlw w seus
nobres deputados do Paraná foram dcscullrir .registros fiscnes no alto rio Negro. e nos cnmpos
esse novo meio dtlailqnirir posse entre provín- dos Ambt•ozios ou das Flôres proximos ás nas · . .
cias ~ Onde é que n~h:mlln essa doutrina segun· ccn•;as o :unbos á diroiln deste mcsmo ·rio.
do n qunl o facto de ha1Jitnnte5 de uma _proviu· . Logo, porém, que se aliriu a mngnífica cs· ·.
cin csl~belecerern-se em lerrilorlos llmllrophc.s tradn dn colonia u. Francisca na direcção do
de outras e de povoai-os constitue um titUlo Ulo Negt'o, e que cHa chegou ao ~llo da serra
de t>osse c acquisi;;iío para aqticllo? (chamo par:~ ·Jslo :1 attr.nçiio do nob:·o deputado
O Sn. S1na•o o& CAsrno:-Estâ desvirtuando 11 ·seu e dn c~ mura) a J•rovint.:in do l>araná .mudou o
quesliio . regisii'O dos Ambrozíos para o Jo g :~r da En·
cruzilhada muito :iquem da maJ'gem csqucrdn
·. O Sn . SIL\' lUnA DE Souu:-Não lw l:r l, é o do dito rio, CU\ territorio incontestado •Jc S ~nla
ClllC pretendem o nobre depulnd.o e seu collcgn . Ca tbarin~, e apez:1r do 1~ti Jl0$1id~lis de ! Stlü.
A mmha província não recusa de modo algum O SR . ·s sncto UGCAsTn o :-N~o upoindo.
os comtn·ovinci:mos do nobro deputado que ve -
nh:un fXlVo31' :~s s uas 1e1·ras; ao contrario, clles O Sn ._StLVEtnA oESouzA.:- Ntío apoiado 1 Peço
scriio sern(lte alli ltem vínt!o.> e recebidos com :1 attenç11o dt1 camara · p;íra o que vou Mr ueste
os braços abertos . Não podiam~ ..rcpellll-os, relntorio .(fllostrmulu) que .é de pcs::oa instts·
nom isso podi:~. ser molivu para lev. :~.utn rmos JlCita o muito comvelente, do habilíssimo e
conllictos. · . , lU fatigavel engenheiro. Dr. Eduardo de· ! to-
Por conscg··: n ~c. a fundot}iío do l'io Negro em raes.,.
terrflorio do! : dn:i, e o (IOYoameuto de S. Lou- O Sn. Vtnu.To DE . .MEDI!tr.os: ~ E n gen h eiro·
renço, em s~· .·Cathurinn, por p~ rau nen ses ou muilo distincto . .· . ··
paulislmi, nn: , absolutamente prov~m em fnvor
da suppo$la possede sun província no territo· O.Sn. SJLnmA DI! Souu:--T~scripto tl lll l Sil,
rio de I) . Bento. e (lpt·esent:;do P<JIO Sr. Bernardo José tlc Castro.
Vejamos agora ~i ha ou não alguma ~ausn O Sn. Vtmxro DE MEDRin.os :-E' cmp mgado
!JUG prove corn tMIS clurc%3 a posse e dlretlo do da secrelnrín, na secção de contabilidade.
Santa Ca\harina nesse mesmo terrilorlo . . · · O Sn . StL\"Eill.\ oG. SOlitA:-Fatlandtl d as e x·
·o sn. ssnGw nE CAsl'l\o:-Nunca teve posse. pl o rn~õc~ Jei tas 11at'a n abertura daf)Uclla ímpot··
tunto C$!ruda, além da serra do i'ltar, diz es~c
O Sn. f;ti.VElll.\ nt Sor;zo~::-Pt·imeiromonte, distinclo engenheiro, umn dos pieodas rtcstas
o tenitorio em que foi ereada it ft•cguozia de explorações -se lo~o mn esll·ada de cnr•
S. Lourenço pertence ao dtlslri cto d•J ::\: lknto, ~:u t•ir·o . Logoconverlett
l]lle isto se. ril~lizou, a província do ·
este de~tt·icto está compr~lumdido na dnla tlt'l Paraná rez n'i'ançnr o rcgi:;tt·o esL<~Li e lllc i dQ no
terras 'ern <1ue roi constitairlo o dote da sj!re· JJD dos Ambro&io~, ll:lt'a o ponto desl ~ os·
nissima (lrincczn n Senhora 1>. Francisca, o tJUC c:1tll trudn onde diVtlrgiam .os dou.s caminbos, o de
bas t.1ri~ para resolver lod~ s a~ dtt v-idas, desda
que no decreto respectivo se declarou qn ~ es- Curitiba c do rio Negro.. Esce ponto, conhocido
sns terras seriam medrdas .na província de Salt· (leio ·nome de E11C!'uzithada, ficou ~c nd l' o novo
la Catbarinn , c o foram.
t·e.gistro d:~qucll a pt·ovinci:~. Nessa .om·:~s ião uão
s e :~c ha1·n terminada~ mediç5o do perímetro do
· Det:ois, estas terrM de S. Bento foram ven- ::!5 .le~uas quadrndns de terras desta provincin,
didas a colonos, cxplorntlas, medidas, t.berras concedido em dote :.i sercnissirrw S•·a. O. Fr:m·
abi pic.,dns, tudo (JOl' lJ~ rle d:qJrovincia de S:lnt:1 eisca, j1ois que Calt3v:1 ·ser este !;:clwdo pelo seu
t;ath :~ rina , sem que · lho fosso contestado este lado oeste .• , Entret~ uto, a província do Pnrantí
direito. · · · cn·ect:lou aqne11:1 trnnsrerencia de re:.:-islro, e
O Sn. SERGio D& C..\s·rno : - Baldado esfot·ço I lt'nn~_pondo o nllo rio Ncg1·o ve_io e.~tallelecer sua
csln i~O nrrocatbdorn em lez·rttcrzo coniDslado,
·o Sn. StLVEtnA DE Sou7.,\:.-. As 1U& $loos de tol ve7. lllê em t~rl'itm•io Jlerl ~ttcelltc a elt1t (l)nntm
lhn ite,; l!iltro Santa Catb:uína o o 1:1raná, alô Colla at•iua), po'is que, como já llcou dito, niuda
certo tempo, Yersnr11111 uuic~mento sobre·o ler·. ufio se nchnvn dtlterminndo sobre u te•·rcno um
rltorio do lnteriDr, do campo de Pahnas. dos lodos do perhuclro dos terras conce:lidàs ó
. Sô m11is recentemente e que o província do serenis.<ima prince.n . E tnnis ndlantu conliuún:
nobre dollUWdo, niio contllnlc do usurpar-nos Por n•nn planta topugrophicn daquelle lo~n r pol'
pelo decreto de 16 de Janeiro de !81i(i quasi do u~ mim Jevonl:tda por ordem de um (Jos nnleccssot•es.
terços de no~~o territorio, usurpação quo sub·· do V. Ex .(minislro du agricultural,allm de poder ·
siste .pcln mnior pnrle. . • · sali~razer ~ requisição dn assemb.lén provincial,
o Sn . SERGIO DE CAsrno:- Niio npoindo; é na se~~iio 1lo H!H, .e que 1ivc occ~stflo de re-
· .iust~menlc o q~c quer a provinc_io dll Snnta Ca ~ mctter ti ~ecl'el~t·in , se via f)Ue o q11it1tcil d11 Cct3ct
tbaran~ . mas nuo ha de conseguu·. · ·onde funcciona nquclle registro ~o achava em
purle situado 1le1~11·o da linlu1 que ·ul~t! os doiJI
O Sn. Str..VRIDA DE Souu :-0 nobre deputado mai'COI, dczs tcrrM de Sua Altt.:a a Sra.
me responder:\ em tempo. · I~ lo nada prov:~ . z>t iuc~::alitnile D. Fmnci8ca.
Assim cansa-se debdde, ·Co mais que consegue
é eansor- me tambem . . · O sn; SÉtuí•o DE CASTRO:~ Que :~utorídado tem
Como dizia, Sr. presidente, sú de recenlll da\:1 esto documento, pergunto eu.
d que o Paraná· lembroU·.ie do querei' usUI'· O SI\, StLVI-llliA. os Sl;uz_, : - Tem todn •••
par-nos tambem territorios lncoulcstlldo~, da co·. O Sa. S1~0to DK CAn'l\0 : - I>ara mim Dão-
tn~rca de S . Fr11nclsco. tem ncnhumll.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:38+ Pág ina 9 de 21

268 Sessão em 26 de Maio de 1880 •. ·

O Sn. StL\•EJJIA '"' SouzA;- Ora, senhores I O Sn. SERGIO DE C:A.Srno:- Porei os pontos
isto 11 sinl!ttlar ! · no.• ii.
0 SI!. SERGIO DE CASTRO;- Basta asseverar O Sn. Slt\'EIRA DE SouJ,\:- Procurarei, en·
um fnclo <Jne 1uio ~ real. trlll.'lnlo, •·.onteMnr as n~~everllçiios do nobre
O Sn. VmtATCI DI': ·~IEDEtnos : - Esso engc· deputndo ou resfJOttdcr·lhc em outros lnllicos em
nhcíro c muito distiocto, e inc~paz de fnllar :i que as suas q\leixas realmente se lradu;~;em por
· verd;ldc. · factos.
O SERGio DE CA.sTno:- O sell in•eresse pela Dito nobre deputndo que em con~equr.ncia
provincin de Snnta CD~harina &r·nnsparece. dos alm~os que iffiiJUla a tninha.provim~i~, os
tJrolluctns do diver~:ts a·egiões d:t sua otJ'Il·
o 5JL\'EJRA DE Souu:- A' vistn disto. e de Vols~am parn Santa r.atharina zombando d3~ nn·
um wl <locnmento com que se mo~tl':J que o toridndcs daquelln, d·· modo quo· não se póde
Paruná veiu P~l;lhelecer o ~eu f(':;fistro atê dell· alli eo~brar os re~pcctivos imposto~. tot•nundo·se
tro d"s tnrr·a~ do dote d~ pr•iuCC$:t de JuiBVillr., (lri\•ile!!indos iodo~ es~es1•roduetos,e.quc al!tlna
on•ar:\ o nubre dl'pULadu affirmar Dillda que as mnu,, do Pal'mHI. nüo !)óde compeli I' com :1 CJUC
t••rras desse dNricto em IJULl se cr•~ou a novo se benelkía em Joinvilfe, em raz~o do!Jilelle
fte!!lllzin ·são de m;~ pnwitu;i:., e qlle li ian\a contraba11do.
Ca.th:ll'inn que il\vade o l'lltatHi '7'
0 81\. ':$t\\GIO DE CASTIIO:-üu~o R:ÍO; amrmo:
o ~n. St:RGto am CAsrno:- Foi um modo d~
exprimir.
isto nunl·~ fui nem pódu ~er conle!tndo.
o Sn. SrLYEI!lA Dll SouzA:- Como, si eu o O Sn. StL\'Jwt.~ DE Souz,\:-Ta.ntonuo foi sim·
estou contestando.
pies moolo de ex!JÍ'imlr-se, que a repro~sent:u;ão
de ~ua pn1vinckr, :tpresentmln pelo ~eu nnbre
0 SR. SERGIO DE CASTRO:- Rellro·me ft con- culrcga nes~a occa~i:io, allude a lar·ifa esvecial
testações serh1s. rind;l p~ra 11s fi'Oflteil'as do l\io Gr:•ude do :5ul. e
o sn. SILYElRA DE Snuu:- Então n minha varec!l t•edir em favor do i'nraná ~lgtima medida
de i~llal natureza.
contestm;iio niio é st>ri:~~ Sel·o·hno qne eslã di-
zendo o nobre dc~utadu ~ O Sn. SERGIO IJE CAsTtiO d<i um apurte.
o Sn. Sli:tvuo nr. CAsTno:- ~ãn me refiro no O Sn. StLVEJRA DE SouZA : - }Jas, Sr. presi·
noiJre deputado; tenho tnilto direito de ser denlet ondo1 cst~ tal conlrubnndo, e ·quiJ t•ulpa
acreditadu como V. Ex. tem a minbn provinein que a hervn mate de
(Ha o1aros apcwtes.) uma •~crt~ zona do P3ran:i tJroeUI'•• de prefe·
rl'ncio. para $CI' exportndv. o·IJOl'IO·de S. Fron·
Q Su. SttVEIIIA nr,: Souu: -Creio, Sr. pt·e· ei<eo, e nã·' o de ParannJ;rul1? O que ha ní~so
sideote, tl:'r dito quanto ba,:ta p~r~ demon~trnr de "st,·an!J:Iv•'l El que prolfidenl'.ins ha :1 tomnr·~e
que ti territol·io sobre o qu~l. l~>~tislou n minha ainola 11Ua11do i1tso llrt>j u~ irtne •te Cacto ns rendas
prodncio, c. ren. ru\o a fre~:ue1.m de S. Lourenço da pr·ovrncia do nubr!l deputndo.
lhe p•·rtence c não a·• Par~< nó. O Sn. SERGIO DE CAsTno:- Porquo S:~nto Cn·
Tratemo~ :11(01'~1 d.1s p•·cjnizos do co.mmercto tlwrin3 não cobrn imposto ?
e solm•tudo do r.ommllr4~ill da hervo malte, n.1
provincill do P:u•·•m\. e da.~ suos rendr1s, que o o sn. SILVEIRA DE Souzn : -Sem dtll'iifa 6
nn!Jre deputado .il:1 mesma, no reu discurso, im· O$SD uma dns r:,zõe~, e outrns moitns can4•orrem
pl1ta :i minha l)rovin~itl. c. ú~ suas su:>postas 1n111lwm pOI'u isso, q11e e~t:io. ~omo e~sa, fól'tl do
iDVi!Si'li!S e nbUSOS de JUl'IStÜCQllO. ;llc~nce de todu~ l!~~a~ pruvulcncias qut'"" IIO·
brt•s deputrnlo~ a•cdnllllllll, As rn:tlPs ti() minhn
· O Sn. SERGIO DE CAnHo:- E o noLrc dctm· prov1ncin, uos limil~s ~om il do liobl'l! duvutru.lo.
tollo ousa dizet• o cont_rnrio~ !!o1iH ohund:r.nlis~ima~ em hen·n lllllUe, e lliio c:~"
o Stt. SU.\'EiltA DE S·•UZ.~:- Ouso não ~ó di- recin t!lla tla uo 1';1\'Hil:i llat•u fu?.t'l' um grande
zel·o, como :tté provnl·o. comtnel'cio de exportnçiio iJesse g(Jncro.
O Sn. SERGIO Dt~ CA5Tno:- Ynmos :í prova. O Sn. SEnmo DE C,\~ ruo :-E' toda do Paraná.
O Sn. SILVEmA DE Snuu: -A provll cshi flm O .Sn. Ssr.n:mA IJE Soua: ~Mas, :.dmiuiudo
grande parte no pruvrio di~curso do uolJre de· mestno que ![r~nde parte dc~s~ ltet·v:l dest~e de
putado do P:1rana. ~un p1·oviucw p:tra Joinvillo, s5o \'isiveis ns
o Sn. SERGIO DI!: c~smo ; - l'io uiscurso està verdaJairn~;· ratües disso? São t•llas diwrsos e
a pnJ\·a do contrario. muito nnlul'acs. ·
O· 5n. 61LYEtnA DE SouzA :-0 nnbt•c.depntndo Primcirnmenlo o porlo de S. Frnnci~ro é o
;1 que respondo, em alguns pontos llrticulou ns melbor de tod:\ a custa do i1n)>1•rio do Rio de
sua:: quei~as ouoccu~~ções em te1~mos que qu3si Jnneiro JHli'A o Sul ; li tuna br1hla magnifica.
me impossib\lillllll de conte~t:~l·ns: nada exprl· sem11re li'~!IIIUilla. e d\l tal prorundíllntle qué
rnem de posili~o, s:io nme~ nllusües, c bypo· os nuvios do mols alio calado !!Odllm ntracnr
. lheses, rln•tllA r1wtos dcHnido~. S. ~X. diz, vor uos c:íe8; no po~so que o pol'to ac Pnranoguá,
.cx.r.mplo: • As h•is do P:u·an:l tlX!Jtn o locnl de creio que todu a c:11nnro sob~ o qne ll; nlio
.urrecada1;.:i.o, o pres,dente do província as OXC" ~odcm ponetrur uello st~niio lllliJUOnas emlwrca·
ema, n aeçf•o cent•·nl 11mndn que cslas leis prt,. '.:líes, us mais Ucat~ a umo. ~1stnncia enorme,
vincine~ niio tcnhum Vigor •, c outras proposi· c entre c~nnes os\rc11os c b:~uros. .
çües neste gosto. . O Sn . SEnato »G CAsrno: -Nilo npoiado.
Sessão em 26 de Maio de 1880. 269
O SR. SILVEIRA DE SouzA:-Oh I senhores, até O SR. SERGIO DE CASTRo: -Isto é jogar com
os vapores na companhia costeira ficam a grande polvora ingleza, nós mantemos a nossa estrada
distancia do porto, eu já lá estive. com os nossos impostos.
LOURENÇO DE ALBUQUERQUE dá um aparte. 0 SR~ PRESIDENTE:-Attenção! Não é o nobre
Em segundo Jogar as estrada5 rle Santa Ca- deputado quem tem a palavra.
thnrina para os portos de embarque são muito O Su. SILVEIRA DE SouzA:-Pois o nobrA de~
melhores do que as do Paraná. putado peça igualmente dessa polvora ingleza ·
os~. SERGIO DE CASTRO :-Não apoiado. redame para a sm1 provincfa a con~trucção d~
novas e melhores estrad~s, um melhor vorto
O Sn. SILVEIRA DE SouzA :-A estrada de D. em Paranaguá, melhor benefici:~ção, mPnos tri-
Franeisca de que ha pouco fnllPi, e por onde buto sobre a herva m1te de sua província no.
desce a herva 111atte para Joinville é, na opinião mesmo. São es~es os meios proprios e legitimas
, do distincto eng-enheiro já citado. ~ segun·la de de concorrer vantajosamente com a minha pro-
todo o Imperio, só inferior á da União e lndus- víncia n,,·quelle commercio.
tria. ~i pquelle genei'O descendo do Paraná para
O SR . SERGIO DE CASTRO dá um aparte. Jomvrlle li'm de pagar ninda algum imposto, e
O SR. SILVEIR-\ DE SouzA:- As estradas do a ell~ se sub_trahe de qualquer 1110do, nnda tem
Paraná para Paranaguá são peiores. R,•sulta com rsto a rmnha província; estabeiPça o Paraná
disto que a herva mate descendo para Para- va:a a sua fi~calis~tção e cobrança, q ua 11 tas !Jar~
naguá fica sobrecarre1!aila de ma1ores dPspezas rerras ou registros entender, mas estabeleça-os
de conducção, a que accrescem as de embarque, no seu territol'io não contPstado,
e portanto mais cara. O SERGIO DE CASTRo : - E' o que queremos
Além dis~o a propria beneficiação da herva não nol'o vedem. '
em Paranaguá deve ser in feri or á que elia O SR. SILVEIRA DE SouzA: -O que os nobres
encontra em Joinville, que tem hoje seis ou s11te deputados do Par~ o~ querem é que em bene-
engenhos de pisai-:~, com :~pparPiho.~ modernos, fiCio de sua provmera se atropellem tod11s as leis ·
aperfeiçoar'os que 11 colonia recebe directamPnte economicas lJlle regulam a industria e o com-
da Europa; os de Paranaguá silo provavelmente mercio ; que se saçrili iUe a minha província á
do seculo passado. snn, que se arrumem as nossas florescentes
0 SR. SERGIO DE CASTRO: -N:'io apoiado. colonias.
O Sn. SILVEIRA DE SouzA:- E por cima de 0 SR. SERGIO DE CASTRO:- 0 que nós que-
tudo isto, senhores, e este, attPnda a camara, é o remos é que se resveite as leis cconotnicas e
gran,le crime de Santa Catharina: minh:1 pro- frnanceiras.
víncia desejando que-tenha nella todo o desen- o s~. ~HESIDENTE : -Peço ao nobre deputado
volvimento n indnstria da extracçiio eexport11ção que nao mterrompa com tanta frequencia o era-
da herva matf\, tem-se muito sabiamente abstido dor ; a hora está dada.
de onerai-a de qunlquer im!Josto, apenas a O SR. GALDINO DAs NEvEs : -O orador merece
\Sujdtou 11 umr~ pr.quena taxa de 100 réis sobre indulgencia.
\barrica em beneficio de certos melhoramentos O Su. SERGIO DE CASTRO : - Não. merece in-
do município de Joinville, ao passo que na pro- dulgencia; porque é muito habilitado.
víncia do Paraná a exportação desse genero é
sujeita r~ um prsado in;posto provincial de 4%, e 0 SR. FREITAS COUTINHO, E OUTROS 'SRS. DE-
a fll'Qis outro mr:nicipal. PUTADOS:-Ap_oiados.
o'sn. SERGIO DE CASTRO dá um aparte. 0 SR. GALDINO DAS NEVES:-Mas é preciso
O SR. SILVEIRA DI!: SouzA:-Então o que qur.- Rempre alguma attenção com elle não o inter-
ria o nobre deputado? Q 1e a bem do dest·nvol- rompendo tão frequentemente.
virnento do commercio de herva mate na sua O S,:. SILVEIRA DE SouzA:-0 nobre deputa de
província, e de sua respectiva renda, Santa Ca- pelo P~raná pretende ainda que a minha pro-
tharina 1mp tzesse tambPm forte~ tributos sobre víncia pre_judica na sua os impostos geraes, e
aquelle producto nos seus pOI'tos? Seria uma sob esse fundamt"nto é, provavelmente, q ne
.,pretenção, pelo menos, original. requereu que a rewesentação de sua província
. Não seria mais razoavel e mais efficaz que o fosse remettida á commiRsão de assembléas pro-
nobre de!Jutado e seu collega aconselhassem vinciaes com as leis de minha provinda a que
antes aos seus comprovincianos que imitem o alludiu.
nos~o exemplo, que isentem tambem de impostos 0 SR. SERGIO DE CASTRO:-Eu não disse pro-
a he_r:.va mate em Paranaguá? prramente isso.
. o's~, SERGIO DE CASTRO:- Isto é impossível
porque 'não jogamos com polvora ingleza.
O SR. SILVEIRA DE SouzA : -Refiro-me ao seu
nobre compnnheiro, a cujo discurso estou res-
pondendo. Mas, como prova aqurlle nobre de-
O SR. SILVEIRA DE SouzA :-Não sei o que seja putado tal prejuízo, e que Santa Catharina é que
nesta questão essa polvora ingleza. os causa? MoRtrando, que a exportação da herva-
O SR. SERGIO DE CASTHO :- E' a estrada con- mate por Parannguá tem decrescido, e com ella
struída a custa dos cofres geraes. a renaa re,pectiva. Mas a diminuição da renda
é ,-onsequencia Iogica da diminuição da PXpor-
O SR. SILVEIRA DE SousA:-Ora, Srs. I tação, e a diminuição desta, consequencia da
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:38+ Pág ina 11 de 21

270 Sessão em 26 de Maio de 1880.

Corte imposição de suu proviucin, c das mai11 Quanto aos limites pelo lado do rio Negro,
cireum~t:tncias nacuraes de~ravoraveis ao Par:mü, que siía os que ·]JÕem em gnestão o discurso do
que indiquei. A culpa não é de Santa C:athn· uobl"e Sr. SI.• l!l!crclario, julgo ter po~lo fôra de·
rina. toda a contesta<;ão seria, que. elles cnmprellendem
O Sn. Sr.nnto nE C~o.sTno : -A pnutn da :~lran· mr minha proyíncia o tcl'rilorio da l1ova fre-
dega relativamente 11 este gcnero é superior n guezia ce S. Lotu·en~o.
de loinvHie. (Apartes.) E, porl<into,. cn ~·oi Vendo esta quesliio a propria
q11estão dos limites da$ duns pro\'Ülcins, é claro
O Sn. SJLYI!lnA. DE Sour.A :-E o que importa que indevidamente rcqu~reu o nob1·s detllltado
isso 7 A razão é exnctarn1mle, porgue os preços a ma rernes.-a 1m1'a n commisj:ão fl~ nssemblé:tS
dn herva·m:1te om. Parnnagua sno supel'iores pro,·incíacs, pois que a competente para tomar.
30s llo porto de S. Fr:.ncisco, e pelos motivos conlteCimculo de tal materia seria a commissão
já apontndos. Quer o nobre deputallo, que em de· est:ttislica, si não estivesse .iú este mesmo
S. Ft•anciseo se alt~ie arbittariamente os pr~ços assumplo nllecto :i delibernção do sen:~do .em
da v:mla, em desaeõrdo eont os do seu mcr· razão do prujeclo para ulli enviado por esta c:t·
cndo. só para ~ermos a:;rad~veis :i sua pro,•ilu:ia maro, e cuj~ disCU$~ão o nobre senudor pelo.
ou prote:;ermos a 5U<i renda, em prl·juizo nosso? Paraná, aiudo uma vez como sempre, conseguiu
Seria isso uma pretenç:\o extravagante. · ndiur~
N:11la dis;o, pois, nem o facto de terern·sc mu· Eu protesLo,desdc j/1, cot1tra qu:1lqucr decisí\o
do do parn. Joinville algllns ncgoeinntcs de hcrvn- lla referida commis~ão de assl.lmbltlas provin· .
mate de Paranaguá, que nisso encoJttrnm o seu ciuAs, sobre tnl assumpto, a nãoset· o de jul~ar·
Je:;itimo intercs~e. nutorizom os nobrss dcpu- se ella propria incomp~tente pat·a tomar dclle
&auos a vit• pedit• tiO corpo legishJtivo medidas cl>nhecimcnto ; .rtlas tenho toda a coullouça nas
iHegnes, fürn da sua alçado, e que dcmiiis ·~m suas luzes para esperar que ella hssim o far.i.
nada rem!ldi~riam o mal de que se queixam. A este respeito, pois, me limitarei por ora a
O SI\. SEtiGto nE CAstno:-Eu estou desco· p!ldir a unícn providencia de que trata o ultimo
uheceudo o nobro depulado, não IÍ tão sincero dos Ires requerimentos que vou en\·iar á mesa,
como costuma ser. e que passo a le1·. (Lê.)
O Sn. SJLH.tnA .DE SouzA:-Como já disse, Vem á mcs~ •.. é lido e apoiado o ~eguiotc
Sr. presidente o propriiJ nobr~ deputado pelo
Paraná, a que re~pondo, incumbiu-se no seu Requeritnento.
discurso, de revelar n causa pelo menos prin· Requeiro c}ue se peça ao governo o seguinte:
cipal des,;:l. difterença de eondiçü~s etn que eslá
hoje o ~ounMrcío cln herva: tú:1te do Par~na em l.• Pdo ministerio do impl)rio, inf•.1rm:~~;tio
rela~ão :~o de Snnta C;lthurina por loinville. igual ú que ultimamente pediu no senado o
lsso resulta du mbelln de imtlOstos de uma e Sr. scnndor Cot·rein soh1'c o foclo, quo noticiou,
outra província que aquelle. nobt·e deputado nos de uma eseolta de Santa C:~lbarinu, quo $0 diz
apresenta no seu. dismnso, e dus considern~ões let· sido J>resn llO territorio do rio Negro, da pto·
que sobre ella faz. Em Pnran"guli aquella herva víncia do P:lr<tUá.
pogu de imposto de CJ;porla1i50 mais i~OOO pot• 2." Pelo mini~terio da agricultura (cu do im-
urroba, do que na minha província q'lC o i>entn porio), pelos dados que n~Jss:J rerartição devem
de im[lOSIOS. existir, si o terreno e~ que se nch~ fundada a
.No tLUC procede com todo o crilerio, e exerce colouia de s. Bento, no t~rmo de loinvllle, pro·
um dit•oitu s~ ilulontesta\·cl. (Apoiados.) vincia de Santa Cathnrinn, estü ou não com·
E, este um procedimento otó ~llntnente lott· prehcndido nns 25 JeguDs quadradas do terras
vnvcl, pois nem ha outi·o que mais o s~ja do da ditn pi"Ovincia, dadas cnl doi c á s~rcni~$ima
porte do~ governos para com os povos, do que o llfineezn D. 11r~nclsca, e ntll OIHle l!S~n~ terras
ile procnt'Ol' allivitll·os quanto lhPs seja possivel do Jllesmo dote se c~tendcm, pari! o lodo do rio
dos oilus c grnvame8 rtnc sobre cllcs pesem, e Nc3gr<i.p I . . • d . .. . .
lhes retardem o progt•osso e desenvolvltuento. •• c o mnusteno o tmpcrJO, q no SeJa oU·
O Sn. SEUGIO VE CASTRo:- Dentro do seu ler• ''.ida a presidencin da JlT~\·incitl lle Sant~ Calha·
rito rio. r1nn sobl'e a re]Jt'csenlaçt~o da as~cmblea pro·
vincinlllo Puron:i,~prescntada nesta c;,mnl'a, lln
O S11. SttYE\11,\ nll SouzA :-lú provei que o dias, pelo Sr. depu1Mo Alves de· Araujo, reela·
t~rrilorlo em qne;;Hio é de minha proyincin. mando contra leis provinciacs de Santa Cntha·
O S11. Stmino DE C.\smo :-Não tJrovou, nem rinn.
o podet•i a })rovar, · Co.nH1ra dos depmndos, 2&. ele !tlnio de 1880.-
O sn. Su.vstM DE Souz:.\ :-A camara sorli o Silveira d.e Souza.
nosso jl)iz. Em snmmo, Sr. presidente, vou ler· " occupa a radeira da pr~sidcncia o Sr. t.•
minnr, .deixando de responder de modo mnis es· vice-presideate Frec:le1·ico de Almeida~
pecial ::w discur~o do nobre sen~lfot•. o <Jtle n
principio tHe referi, c no que loca ri questão O Sr. Se••glo de Co.stro (pela o1·dem):
ger~lli!JS Htuites ent~e o mlnlw r~rovjncia e o suo. ,-V. Ex. e a cumara comprebendem t)ue eu não
Estou mcomtnollndo, como V. Ex. võ. e sobre· posso deixat• de dar uma respostn ao discurso
tudo faligmlo Pelo~ up~rtes e iuterrur~·õo~ inces· que aClJba do ser prorcrido pl~lo nobre rcpre·
stmles du nobre deputado que se :~clta por traz seriLanlu da provincia d2 Sanln Calharina, vislo
de mim. &u proc\ll'nrei nova occasiilo especinl· com o e ~ se iliseu rso · ll iz res pri to a in tercsses
mente )mrll aquelle lim. vitaes o palpitantes da província que me desvu·
Câ'n ara do s Depttados- Impresso em 27/0112015 10:38- Pág ina 12 de 21

Sessa:o em 26 de Maio de 1880. 271


neço de rcprescnlar. Por eopscquenr.ia, por O Sn. Fr.n~À.Nno OsoRto:- Por minha parte
·lntcrmcdío de V. Ex., pc~o a camu;~ que se agradeço n V. Ex., a honra que mo faz.
digne conceder. me· meia hora de urgcncia .. , O sr'. Freitas Coutinho . (pela ot··
O Sn. J·m~srDE!'tTI; : -E' conlrll o t•!r;imcnto . rL.'111) :-Sr pt·esldente, inscrevi-me contra nesta
Niio s~ l1ú1\e dar urgenr.ia ·prejuulcando l'l ord~ discu~siio , . O discurso que a•~aba de profe1·ir o
do dia. · · nobre relator dn commis~ão .me p~rece ser uma
o Stt. SF.UG!O DE C!t.S'tl\0:-V. Ex. não quiz defe s~ dos octos deste míni~terio dn morinba, e,.
atlendcr ·m'J. · .- · (lort~nlo, croio que, â vista do requer imento, a-
Eu In justamente declarnr qno urgencias da pnlnvrn deve caber âquelle que Iõr contest~r n
ordem dos que 11cabo de ro:tuet·er. ~ . S. Ex . . · .
OSn. t•nssJbENTE:~ nobre deputado, o)b3Ddo O Sn. CosTA ÁzÉnoo:~ Pedi :a pnlovra pela
parti o rdogio, designou mein hora... · .. ordem. '.
o Sn. SI3Rr.IO DE CAsrno:-Não se ~mija v; Ex., o Sn Pllli:SIDE~õtt:: -o .nob"N deput:~dG pelo
eu serei breve. Amu.onas (ledil\ a palavra pela ortlem pura dar
Estas urgencins, de conformi_dnde com o orna cx plíc:~~o, n1lo dlseu\iu de modo nlgnm a
precedeu to estulnido em um ~ dns sessões _p~s- ma teria; diss•: apenas algumas p:t lavr~ s de corle·
sadas, só ,.•o•lcr3o ser concechdns se111 tlrCJil!ZO zin em relo.ção n seus c:ollcgi.\s . ·
da ordem llu dia. VIl, pois, V· Ex . ,que t1 urgen· O Sn . FntJTAs ·coun:mo : - Mas que col·
cin que ou podi . é, cstâ subcntendiilo, Se!Jl pre- leg11~ 1 .
juizo das mntenns dndas n! ordem !lodm p~ra
4 sessão seguinte, respcilllda 11 ordem de pre· O Sn. t•IIESIDEiHE: -Um quo Já fallou o
cedunciu. · . . outro quo tem de fallni' sobN a mllteria.
Peço, pois, a V. Ex. que submetl.:l o meu re- O Sa. FmnTAS COUT!Nilll: -:-- E u j ulgo que:
querimcnto á OJ>provoção d:l ,-asa , . não 6 este o lug:~r prov.rio para se pedint pa·
Det>ois de a1Joiado o rcqm·t·imento, n1lo h:~ · lavro e fuer curlui~s : ·
vendo numero p~ra votat-o, 0 Sr. presidente ·O Sa. PII~Ú>E:.·u :-o nobré deputado pedin
manda proceder li. chamada. a palavra pela orJum para declarar quo se reser· -
O Sn. PRESIDBNTI:- Não huvendo numero, Ylll' ll pnrarespouder ao discurso do nobre de·
ficn prejudicndo o requerimento . · pulado pelo lli.o Grande . do 'S\ll, q uando se
O Sn. S.EIIGJO DE CAsmo (pela ol'drnn) pro· u·:~tnssc do arL li.• do proJecto em discussüo ,
test.~ ..conlt·a n decisuo do Sr. pro$iden'le e re- e demais S. Ex., com~> relator da cornmissfi:o,
quer quo o seu requerimento ·seja mnn· tom .vreferenc_ia, Qúde fall!!.r em . qualquel'
tido e submcuido á casann sessão dc ~munh5. ocea~1ão. · ·
O Sn. VnES LD~NTE:- Amnnbã ó dia santo, I! O Sn. FREITAS CoUTtNno :- Não é essa a
Cl!lns questões de ordem decidem•se imm'ediab· que~:tão; si V. Ex. entendesse .que u discurSo
mente. (Apoindo1.) Rcnoye V. Ex. o sen reque· prorel'jdo pelo nobre relator da commisslío . • • _
rimento no primeiro dill d(l sessão. u Sn. CostA Au:vEoo :--Não fiz discurso, fallei
SEGUNDA f'ARTI!: DA ORDEM DO DIA, pela ordem. .
O Sn. FnEtTAS' CoUTJNuo:-... ern uma res·
Conlinuação da discussão de nx~çfio de forças posta no discnrso do uobro d0pu.tudo l'elo Rio
de mnt·. Grande do Sul, a palavra enbul·me · ~ mim de
dirl!ilo. (Ap~iado8.) .
O @a-~ Co•ta Aze"'edo (pila ordctn) : O que desejo .porém, é que V. Ex. nuo me ·
-0 dever de covall!eiro me obrigava D tomar 8 c~nsidero prejudicado pdo facto de ir d~r 11 pa·
p:~lnvra para rt:sponllcr no dis\incto de pulado, bvra ao nobre deputn1To peln O.hi3. o S1· .- .AI-·
reprc!ll!ntnnte do Rio Grando do Sul, que hon· metdn (;(.uto ·que vsi defender os netos do
· tem se pronunciou li10 brilhantemonte sobre Sr. minisli'O da marinha; quere res~ h•ar o rue!l
negoclos do mõJt'inba; rilllS, como S. Ex . n5o ,direlw . ·
entrou em matcrin polilicn e apenas lrntou,
eomo se tlevcrn semJJre tnt:~r, dn pnrte tecbnlca UM Sn. D.E!'UTAOO: - Pela sua · regr:~. enlão
do projccto em discussfio, peço permis~o parn lambem V. Ex.aperdt>u a vez de f:~Jlor.
deixar de entrar desde já no deboto, como pode-
ria ru,er, no. qunlidude de membro du commissão O Sn. Pnl!:stnENTE:- Devo-provenit' 110 nobre
de morin.ha c guerra, e ogunrdnr·me ~nra, ~a depulndo que Dito se DCllt~ inscripto ncstn dis·
discussão du . arl. li.• tomnr om cons1dern~oo cusslio. · . . : . .. .
niio só o que disse o nobt·e duputndo, conto to· o sn._FntttAs Coun:mo:- Entllo n culpn foi
dns as observaÇ{ícs que tiverem do fazer os illus· d:t mesa,pot·que cu pedi o p3lnna bem alio. ··
tres oradores quo o succedcrem no lribuua.
. Isto é v:mt~jo)!(), porque tomn-sc monos tempo o Ar.Poiupeu (I. •~t.>" cl'cl~·io):..:..nonte~, --·
ti 'cnsa e eu teréi occasião de aprocinro dl~curso qunndo alguns sn. llll(tullldo..~ pedín1 m n p~­
do ·nobre deputado pelo Bahin, o Sr . Almeldu Jovra, in~tc\'i lugo os SllUS nomos no livro
Couto, que tem sempre se moalrado activo e cumtluleuto c mnndlll ll\"gunlnr no nobN de· ·
dedleodo nos ossumptos relntivos :1 marinha putodo si qncrln 1'1111111' contra ou n ftl\'or; o-ro8· ·
nnclonal. (Jipoiados .) posta quo U\'o de S. t-:x. fui •1uu dc11lalln do 11n •
0 Sl\, AL~lE!DA. COUTO:':"": ~brign.do• . lavra, OU QUll UUO QUDI'fn fnl111~ houtem •. ...
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 10:38 - Pêgina 13 ae 21

272 Sessão em 26 de l\faio de 1880.

- O :;n. FREITAS CoUTINUo:..;.. Não dei rcspo~la l••ni;•s; ou a necessidade do (ll'epnndemr n:l
al!!nma, ncw sei ()OI' quem V. Ex. rue 111andou polillcn dos PQ\'Os e nos seus d~slioo~ cmno tem
faz··•· u pergunta. suo:ccdidn com a.Franç:• no tempo do imptlrio c
.O Sn. POMPEU (Ld stcretl.ll'iO):-l'or um. em• d11 I'Optiblico;ou ainda o objeclivo da [•revnndll•
d d ria pulitkD, subordinada a omestües de llmites,
prcl)'a 0 3 C:Jsa, · com /'o•Jaçiío ás su:•s (ronlciras o a exlen·sno dr. ·
· O Sn. PliESIDENTE: -Mas o nobre d;,pnlado su:•s costas. ·
qu~r que o seu nome sejn inseripto nesta dis·- T•·dus e:~~;ns mnrinltns til1n nccessidnde,. em
cussilo? sun Ol'l.tnnfz:uç!IQ c typos dll construcc,:õe~, de at·
·O Sn. FnErus CoUTINHo:- Sim, senhor. te'!der rnuilo ~os inimigos possiv.cis e. prova•
I Q VBI$ .
OSn. PRESIDE~TE:- Pro ou con.ra ' Entre nós, . Sr. (tre~idente, os inimig01s mais
OSn . FaetTAS Coummo.-Contra. poss•veis s:io lndub_it~velmenle as nnçõ~s visi·
·o $n . l'I\BSIDENTE: -Tem a palavra o Sr. AI· ubas e com espec10hd:•de ~quell:ts ·tJUe estio
mcid;; CO!J.lO. situ:.ula.< nqucm d·•~ Andes, á; frente d:1a qua~
eammha 11 ·nopubhca ArJ.:Hlltna em· um movr·
o @r. Almeida Cout.c;:- As pro· monto progre ~s i vo consid•·ravel, já pela eno·rmc
po~ ras
de llxnç:1u de rorÇt~s, Sr . · prC!<ident(\ corrento dl~ immigraç:lo que se dirige J>nra seu ·
proporcion~m l:.t·ga marge•u Ús dist:USsÕtJ~. jâ tel'l'iiOrio. já (ll~(a lJfosperidndo de ~U:I~ fiii~OÇU
se pr~ud•·m :10 ex:.me dos :~rtos 1111 poder
JM)rtJUC qu·~ HXcedom :!Q "lu us seus ort;amcnlo~. j:l pt-!(3
P.XI'cutivo c já j)Orrtne· abntn:;etu assnmptos de or·:.wni:t:-r.ão militar, em: virtude d:i ttual)JÓdc
polit ca intei'Oa e externa. . . flll\Dir em pouco tempo um e!l:t!rcilo crcs:·ido,
Não miq)rcvn.lecerel, cutretnnto, destns von· con~liluido (lOr lmt:.dhi:il:s de linh:~, de volunta•
t~g.· os pur·:~ nbus.,r da toh•rnncia e bnod~do de rioll e tle gllal'd,L nnr.ion:!l; c j;i, llUIIItu~nte,
v. F.:x.. 0 d"~t'' nugustn camar.1 (não ap,>iadtlis) , pela ·esqm•drn, que rclativamr.nte a8sumo hoje
embora tenb:o nece•sidade de \l':lt:~r eo1n nl!!"uma urnn po~ir.ào importante (Âpoiados.) · ·
lurgut•za da fixa• ão dus forças de n1nr. coin re· Etfedi\·nm•mte, Sr. presidente, n marinha da
)ação :i nolilico externa a ao r~mo adminisll·ativo Coufedrlr:u:iitl Mgenliua tem neste~ · ultm.os
ds 1113 rfnha. nnno~ tomado pr'O(>orçües admit•aveis I Ella
O c~tndo do material flor.tu.:~nte de nos~a ma· po~sue, c verdrid~, ~ólnentc c~ron de :!11 nados,
pnrém l~lo pouco imporlu porque enlrll . ellcs
· a·lnhn cotnb3tt-nle niio ó, Sr. pre~i d ente, tran · tlgut•um alguns sup~riore~ em forço, ('Orno ~iio
qui.li~ud•-r :i,scg.urança proscnto e futura 0 li pnz os cnt:ourtt\''·dos EI Platrt e Lo1 Alldes, c;uo mon·
· do uupel'lO. Iam.onnltiles Armslrou~o: de t'i,õ tnndladas, que
Os Sns. FnEI'r.\S CotittNito E F!!RNA.NDO Oso1110: &üm uma velociuade de9 n to mllllaa e couraças
:..- A(Joiado. · de cor~n de lO p~lk~ndas; oul~os cn.lll'l as Cll•
O·~a . AUIEIDA Couro :-A decadenciri pro• nhoneu-ns Conslttllclmt, llr.p,.llltC!t, Pllr:otJI ·vn c
gro~Si\'a em que ella c3miuha reclama, cru IYt'flltj'o, to•ub•·H• tle rerro, com comJ•<>l'lilllentos
abono tln vcrdttde, a allonção Si!rin dos )JOderes estanques, ct•nsequ• ·nh•mentc npnZtlS de cntr~r
publicas. . · · em bal:•l h:~$ ~e"n1 o t;randa perigo que correm os
· que nio ttim •·sse vperr••içoamento, contendo
· O.; Sus. FnEITAS CoiJ'TINIIo s.FF.nN.\NOo Osomo: ca•ln uma dt•llns um canhão Armstrong de iG
-Apoiado. toneJ,.dus, c IJOS, UNn nindn, :JJ,im de outros
O Sn. ALMEIDA Cot..'TO:- ~ comqunnto eu mr.nos ilupor·tante~, ~~ e:mlluociriiS Parand H
esteja convencido de qtw, dada a hypothesc de Ul' l«tfllUIJ . q1HJ montam c11nhües de 100 Vav:~ssem·
unw gu.,•·ra (lo~~ivel com os nosso~ \'ilinhros, P tcin velocidade de H mllhll!t ; c, cnli'Pinnto, a
po•le••cmos 1n11is lu~·dc M~umir um•• .ottitudc IICJll!blicu Aq;···11tina Unha, "" cotntl\'Oda guerra
vnnl:•losa e, t:1lvcr., a\ú i•uponcntc, oliJ>de tJUC du 1':•1'11):-H:ty, sumcnlc o et.lebro V!lJIOl' Gmtrdia
3\IIJclhl'n\11~ para o )Jatrioli~IIIO dO!! lJ t'llZilcil'o~, NaCiQIItll r . ·. . .
la••las \'czes lll'tl\'ado, o JI:H'n os rccm~os 0 con·. oSn. •·m.rcto oos SA'-õOlt: .:.... Scnwnte rc-
wr~,rendn tl:ts rurç.•s vivas 'la naçãu, tenho ~é rios · cunda .
f l' l!ciOS de IJU!l i~!O Sl.l SC t~OllSilW (Í l:USlll da
ruinn d:os noss~~ llnanç"IS, como tem soecc· (Ha outros O·Jirlrii'S .)
didu, e, c que c m:ds, tnlvez, S!', ~resitl••nte, 0 Stl. ALll~IDA t:ou·ro: -Agora, St•. rresl·
d1•poi~ que ~lgumo soqnezn deslustro o brilho donte, entrurci no exume do noss1l matcrb nuc-
dn> nossn~ vic1.urias 1ms~3daH, o que intere~sn tuanta de marinha de l:oml.i:•le. :
vivt~mcnte o tJrostigio (J n for·ç3 UIOI'nl dns no:;sus · . Fi~o:urom no cJUOdi'O de nossa mur·inha ce1'CO
urmos. ·· · · de i:iO navios di~trilmidos ~or tres tlhlrictos . ·
o su. FE"~.-\NllO Oso1no: -E ú cust 3 do sn- n3V~lJ$ e •IUatt•o llolllbas.nealmcnte c um 11\1·
crillcio dos nossos Lll'nvos. moro Cl'eseido. Entre esses n:tvio~ existem ~~· tu·
cucour·nç:•dos. oito monitores, ciul'O cc>rvetn".
Oh o11tror o.pa,.les.) c (lO!l•:as cDnhoncir:~s ~a!-'lizcs do t•re>tn 11hruns
o Sn. ALlii&ID.\ CocTo :-A marinhr. de todos · S!li'Vrços, c com cs~ICCiollo i:Jde dons monitot·cs c
os ·1•aizcs., Sr . prcsidr•nte, n~o púde dciut' de um o corvew de que mo occUJI:tt'd OJJpor·tuna ,
r" pousat• ::obro bnz~s elo um pl:.no Cllln[linado o mente. · ·
r c!(ulnr, tendo c111 mir~·, QU os intcrcsws com· E ~es cncoutnçndos c monitot•cs tlu main1· c
mo"cincs, como srwcc.dc com o lnl!'lntcrra, _que IIHllhor impor\.,ncin tom, SI' . prcsidentt•1 conrn•
po~s nB n mnior csr1U~th~• tio nniver~o, no qu:1l çns de duus a ciucG pollogndus ; a rerocid:•do
tem cucravudas os !<Uas ricus c Jlrodn"clorns co· média dcllcs ti de oito, quando 11111ilo1 a norc
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 10:38 - Pêgina 14 ae 21

Sessilo em 26 de Maio de 1880.


milb:t~, c os canhões qne monta•n são de 63, alma de Riadml>lo, considerada a primeira da Ame·
. lisa, ott Wílhworth, tle itJ a liiO, c~cc(J ç~o fciln rica do Sul e, talvez, do continente americano .
da corvllla & i !! de Setemhro q ~tc, c0nt\(U3ttlo te- I~to il cmla dos brios e da vida de omciaes o
nha c o ur~ço. de_quatro a cinco pollegadas c não marinheiros que viram radiar-lhes tantns vezes,
tonh~ comparlimcntos c.<tan;{ucst mo111a quatro
como te>lllmunba de · seus reitos, o sol que
canhões de 300 em casamata, c uos dous moni-. nllumiou·lhes ns mnis nssignol~das o brilhantes·
tores Juvrwy c Solimõr!.t. q uc som estnrcm. vic.tol'ios. (Muito ~em.) SI, ao envez de otren·
t•eolmentc no caso ll!l;nrado hontom pelo·nobrc sl.vn, fosse defensiva nossn posição, nós tnrlnmos
deputado t•elo nio Grande do 5ul, não se ucham, o combnt!l em nossas nguas, mais commoda, som
loda\•la, nns melhores condiçucs, m~ s são de duvidn, ~ menos dispendioso, porem, não esta·
forçn superior pulos c~nhi:íes que contém, que riamos tin es de provocações, quo produtirlllm
sfio de ~00, pela suil couraça quo · é do !O lel~s menos justos sentimentos de e xplo~iva
pollegadns. Mas, (altam-lbes qualidades o!Teusi- l ndJgnDção com·quebrn dr1 nosso prestlgro e
·vas 11ara entrnrem em todo combnte, J?Orquc forç~ mor:~!.
foram eonstrutdos Jlroprinmonto par~ nos. do
modo que niio podem pres tar-se . :~ umn bollllh:~ Si, ao.envez · de termos uma. guerra sc:i co!ll
daua onde bo11.ver ngltnçllo das-ondas, porque ropublicas que neam :íqucm dos Andes, tiver-.
estas cobrem·lb.es os tiros. mos llimbem com as que estão situadas além por
uma colnciclencia especial ou por uma con!ição-
o Sn. F.ÉnNANOO Osomo:- A minha con- hypothese que apenns figuro-nós precisariamoe
clusão fol ex~·c tamente estn. · ltJI· umn -e~cJUadra ·destinada a opcrnr na.s nguas
O Sa . AtME\U .CouTO:-Mos como n res· dnquollas rcpublicas c tcriamos ainda neces-
peito des~t)S navios, exvrimiu-se o nobre depu - ~ldndo do uma diYisiio, qna partindo do nosso
tado por mede;~ que convém restabelecei' com · nctrosse 110rlo atravessasse o estreito do .Magalbiies, pe~
exnctidiio suas qu3lida<tes, direi ~inda, que s~o nns agu~s do Pacifico e se rosse col-
eliP.s dolnl!os de compart i mento~ e~t:mques . loear diante de Valparaizo, em frente ao Lorfl
CokJ'Ctnl.', uo Hlll.l&cflr e ao Bla·II.CO Efi.C<Ilado , ·
.Si tivermos, por qualquer circumstancía, do
·- entrar em guerra com os nossos l'isinhos. . . . 0 SÍt. FEJ.UM DOS SANTOS;- A perspectiva 6
horroroso. . · .
O Sn. loAQUIY NAnuco:-Do que Deus ·nos · O Sn, ALMEIDA. CoUTo;- Eu creio q11e não
livt·e. . · · · estou l!Xagerando desdo que são possivels os
O Sn. AtMEtDA. CoUTo:-... figurando· so só· bypo&heses que flguro. Examino M cousat com ,
mente com · as repub\icas itqucm dos Andes, olguma reflexão e sob certo ponto de. vista, com
neces~ariamenta deverão entrar em combate o Jlm de pre\'enir uma má siluação e com·re· ·
navios qno se ocllam . nas eondiçoos de forço, laciio a ncontecimentas possiveis porque cstre·
.v elocidade e resistencia que acabe! de me.ncio- meço pelo no mo e pela sorte do meu p11iz, como
n:~r , afndo quando se concerte grande porte 110r cer.lo succedem com todos voa. ·
dos que e~tüo esll'llgados e t om c.aldeirns -impos • · 'E ' por Isso que procuro descrever tom exac·
siveis do funceionar eonvenicntemcnlo• . tidãc o est:~ do d;lS esquadros com que 11m 'dia
Mas sup pOnh ~ mos que, em um momento d~ do, no,; poderemos encontrar por motivos que mais
)Jo.ss ~mos concerto r os melhores delles éomo o turdo lerei dé enumerar, chamando n nttenção
Dalâ(l., o Bro..zil, o Lima Bal'1'03, o Jla1·i:: e do nobre ministro da morinba, em quem mullo
Darrot e outros, :~lgnn s .dos quaes ~o.>:;tiio !IOJe conlio f.' que rctiunenle cSl.i domin~do 11ela8 me.
reduzidos a bntcrias Dnetuantes ; nos..<a situ••çuo lhorcs iulcnçõcs, e !JUC comprehondendo as cir·
será especial, dinnte da necessidado ue unvt . cumstancias c~ !J~D se ach11 UQt;sa csqu.adra pu·
l!llet•ra, Jlllrque ou esta·_scr:\ olTcn si \'~ ou defiJn• gno eom certa JOCJ.s~o, em seu rolalorlo, ~lo :lllg•
siva; ~i - oiTeusiv~. nós ircmo!i faz,•l·n nos mares monto dn nossn ormad11, mencionando doslgnll·
terntoriacs d3s republk.:ls e o primei1·o encontro dtlm!!nle ate os condições em _que se ocbll a maior
so dttr.1, provavclmenle, no c:uwl geral, <1/nnte pnrte dos nossos Oa \'108 de guerra.
dns podcro~n s bateri:•s de Alartim G:1rci11; nondc n . Eu; JIOrln nto, ? ~pplnudo por isso o, opplall·
osqundra :tdver8uin pl'ocur.1ri :~ imp~d it·- nos a dmdo·o, tenho :uoda o tJan~nmen to de provocar
p .1SSli;.:'Cm. J\ luta scl'in duvido~n em seu rcsul· o concurso desta cnuHII'll, fortificando a opinião
e
tudo, si porvc nttu·~ jã lircr . cheg~ do o Sa11 da V. Ex. Dllm de ctuc ella lhe d~ os meios ne·
llfcwtin gnc cstú cncommcndnclo corn urgcncln c:essnrios pnra chegar aos resultndos que tem
pela Cont'ede. raçiio Argcntina,·ll cosa de Snmudn om· mim no sentido de melhorar nosso ma-
&. llrolhers, ds Londres, o qual tem de lO n U Ioria[ do marinho. Nó~, Sr. presidente; preol·
pollegudas de couraça o umn vcloridndo de i4 ~o mos do e~t~r prep~r11dos, nfio para rozor
rnilh:is, mont:mdo t'Dnhões Arm~lrong- a[Jerfol- n ::uerm, porqllll eshi t'cnlmenlc nos nossos in··
ço~ ~(lS de H,!j tonol!u.l:lS , comprehende-su quo lere~scs ntlo 1~1·:1, c menos pt•ovocol-n ou que-
· n b;•lnlhn Slll':i aindn mnis •l UI' ido~u, •lndn· l'el· a. N1ío tomos Jlrcc i~i1o de eons ~ nlgnmn ; ·
!leb:dxo dus ~Dit•rins •lo ~t:u·tim Gnrciu c do fogu temos fl'!i7.nw ntc nmt·~.s que banh~ill no~ sns
dn e~q u ncl r., inimf!!n rtuc prot~ ut·n•·:i lrn p••tlil' a e;,>l:ls, tcn•itor·io tio ~ XIt·n~iin tlo nove milhões de
((,d,, tr:tn~c IJII•\ c h ~gtll•n;os além d:~ bnri:t do I•t•a- kilolll<!ll'os qu~dt';J d • •~ . lemo~ r io~ que peuetrt~m
tP , c mnis thtY ido~:i l'C rit uindntJU:m;lo, S•·. pn-si· 110r ccnlenort·s d~ lcguns dC$S\l tcrritorio e que
dcntt•, so n· ~111.1 n in~vi r:rçil ~ rruc IOI'O por ~~~~ umcm o nwg-cstndc do AtnnEoM~, com i .!OO
iniciotin t n fll rç~ de cir-cum gt:m ci ~ ~. por movei loguas •lo (lct'curro e ll de la•·~tH'3, temo& o Pn·
a cot•ngum e iuhoetJidez c tJOJ' fú o (J!Ill'iolismo t·nn:í 1 o soberho S. Fra nd~co, Rorcstas que niio
quo dou om resultado a replondidnbn~lb:t lla\'al luveJ~m ás mclbo~~s do mundo, rcrtilidad!l com·
Tomo· l,--3!1. _:
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:38+ Pág ina 15 de 21

274 Sessão em 26 de Maio de 1880.

tudo. ·
I
mum n todas tis regiões; temos minas, temos ottoman~. npoiado ainda pelacsquaJra do contra-
almira11le Commel'el que, ao t}a~~o que Hornby
Do que precis~mos ú de inieintiva individunl, utra\'Cssavn o 1\ledi!erraneo, ·~om direcção ao mar
do ·uctJV~r e melhorar nossa industt·ia, do con- de-Mannoru, passt~vD o e~treito de Giúroltnr c in
curso dos poderes puiJJicos at~ onde rot· intlis- c,;tacionar .tu miJem diantu de Gttlipoli ..
pensavel para a prosperid:~de, :mima•;ão e futuro Esta altitude imponente e :nttlacio~a d:1 es-
dcste pnú. E\•itar a guerra. deve ~er .o uos~o qumlra inglcla fez com IJU() n Russin se sub-
primeiro desejo; mas, por isso·mesmo, devemos mcuosse :JCJ congresso de llerlim.
ll.e estar em condiçõtJs de tornal·a iLH{JOSsivel por Eis aqni, Sr.· presidente, n vantagem das cs·
nossa posi~ão ~arque, além d:ls c:tusas posaiveis quadras co !locadas em pé, nüo de fazer a guerra,
·que ~pontei, nos poderemos têl-a em consequen• mas ds evitai-a. Com esto movimento da csqua-
eia de estipulações escriptas nos tratado5 que drn inglcza desnppBreeeu a conlbgrnção iromi-
cxistem entre nós e os rcpublicas do Sul. O nente e reslabe\eceu-se a paz na Europ:~.
tratado da tríplice :11iança feito em l805, nos .Mas dir-me-hão: essa esquadra era poderoso;
seus nrts. 8 e u, contlrmadoa ainda pelo tratado o etreilo que e \la produziu roi devido á força que
definitivo de pat; com o Puraguny, no art. 17, ostentavn c que realmente tinhn; istu é verdode,
determina que o Brazil, como as outros dil.ns porque o vnlor de tod~ u força~ relativo, e, com
repub\icas mantenham IJOr ·espaço de cinco respeito á marinha, é preciso comprehender,
annos a 1mdependaneia ü.o Para guay, eineo Sr. p1•esidente, que nno pre v~lecem só as fol'\:llS
annlls que dataul jU$l.amenl.c do dia em que foi podt·rosas qunnto ao numero, prevalecem ainda
assignado o. protoeollo, isto é, 30 de Julllo de pcl:~s bons QUalitladcs e condições offensh-os ou
de l877. Além disto temos n convenção preli- defensivos de um navio. .
minar de ~7 de Agosto de !BiB e :linda o tra- : A guerra do Chile r.on1 o Pcrtl é n provn evi·
lado de l861, que em seu arl. :l.• converte as dente desta verdode.
diRposições trans1torias de alliança offensivo e O Chile tinha uma esquadra tnlvez superior ã
defensiva com o Estado Oriental em permanen- do }lerú, mas solfrcu os maiores insultos do
tes, embora exista um proloco\lo de 7 de Se- Htlasctw,vnpol' peruano quu montnrn duas peças
·tembro de {S1i7, que modifica até cert.. ponto de 300 em torre centrul, o lJU~l por muito tempo
suas condh;ões, mas que não está em vigor, incommodou·o, nao sómente mettendo em !qui-
em consequeneia do n~o ostnr ratificado o tralll~ que a pique por choque de ariete :1 corveta Esme•
do de:! de Janeiro de l8!SII. ralda q•H montnvo. doze canhües Armstrong,
Por eonsequencia vê v. Ex. e vê a caroarn que como bombardenndo Antofog~sln debaixo do fogo
é possivet, embora a conllançn que nos devam dos fortP.s do terra, dn corveta .Kagalflàcs e vapor
inspirar n fe o os tratados, o Brnzil ver-se de guerra Abrtáo; Jà perseguindo a marinha mer-
' na necessidade de interferir em uma luta, j~ e~nte o nniquilando-a, '!'ornava-se, por consa-
, para garantir os seus interesses, já para s:~tisfn- guinte, o terror·do Chile oHuasca,· commandado
zer n proprin honra de seu$ empenhos. Portan· J?.elo CO!Jirll·nlmirnnte Griiu. Fo~ necessarlo,
to devemosestar.prepnrndos. Sr. pl'es•dente, quo a ·esquadrn chilena se reu·
A eamara niio Ignora, s:~be o pniz inteiro e o nisse e resolvesse destruir n todo o transe o
.mundo,o J!BPelimportante e o successo obtido pela Huas(Xtl", e etreclivomenLe suspenderam as ope•
esquadra mgleza no m:~rde 1\lnrmnrn, impedindo rações sobre Arlca, snhindo ·a esquadt·a em sna
a grande coullagroçiio da Europa inteira. A'l'ur- per~cguição.
quin trnvnva lutn encarniçada com n Rnssln, :. Foi Angnmos o thenlro dos· ncontecimcmloJs,
que nssisti:\m neutras ns potencios.signut:~rias do l>er~~guido de perto pelos encournç3dos Bla.nc!J
'rntndo de P.. riz, obrigando a armar-se toda a Er•calado, Lm·d Cukranc c outros, o Hur.w;ar,
Europa por modo odmiru\'el e ossnstador. ~uja velocidade era inferior, diminuída ttiUdtl
Aproximava-se em Janeiro de 1878 o mo· por ver-so obt•igado n guinar conslanlemen•e
mento da vic\oria, que necess~rlam_enlc devel'ln Jlara responder ao f~go, p~rq~e nüo jlOdin fazer
pender para o Indo da potenCJ:I (~UJil populnçuo do oatro modo, VIsto nno d1spor de meios de
era dez vezes mn!or .que a da o~tra; ~~ nu~sin ~~irnr Dtl pa1·a~lcla á qullha 1 folllnDimenteaprl·
ameaçnva de nnti]Ulfamenl.o a 1 urqu1a e 1sso SJoll:Jdo, depois do perfuro ao por li bnlns, .e de
alfoctavn.consideravelmente o equilibr10europ~u moi'IO o cuntra·nlulirantc Grao. e de mo1·tos ou
e os interesses l!ritannicos no l'!lediterrunco o nn foridos todus os emcines em seus. postos de
Asia. Constontiriopla ostnva s!tioda pelo cxer· honra. ·
cito moscovita ; a Russia impunha ~ eutreg~ Tendo desnpp:u·ecido o lluascar, as condições
da esquadro turca e com isBo habilitav:~-so da guerrn mudmn : o Chile caminho trium-
a invadir ns coJonins ingJezns da Asia nmen- phontc, desnl'oJ;ado em suas operações, do modQ
çando a p~z (utura do mundo. Foi' então que IJUC vai de vwtorin em victoriu, e provavel·
n Inglato:rn despertou diante da attitude impo· mente não estarú longe o termo desln desastrosa
ntJnlll dn nussin, vendo seus Interesses compro· guerra. . · . ..
meU idos. Via, de um lado, o. nussia com a sun Ve, 110is, V, Ex. a necessidade que ha de torem-
ambiçiio sem limites ; do outro, a Allemonh~, se nus e~qu:ulras nnvio8 poderosos com quo.li-
chl!la de prestigio tlclosviclorins que ncnbnva do dades oiTeu~ívns e d!'-rcnsivas.
nlcnnçar sobro n Frnnt:n, e ent~lo, St•. presidente, . Sr. pl'esidfJnLl1, manifestadas nssi111 mlnhna
n ta de Fo\'c~ciro. o ahnil'Dnte Jlor·nby, ú ·fl'ento idén~, e um pom·o minuciosnmenlc IJcln nece~­
do cinco encouraÇndos c um nvi~o, otntvessnvn ~id:1de e untul'l~·ltl d<l nssuml>\o, en\rorl)l em
o estl'eito do D~~rduncllo~, em linhn dll batnllw, ontra ord,•m de considon,çuc~ qlw illlimn-
com o. sun gllnrniçiío a :po~tos do comúnto, o ia mente se premlen\ a e\ltJ. Que1·o fallar dos tor-
~:ollocnr·se 11 ~ t(:l m1lhos defronto dn capital pedos, que são hoje uminstrumen,to do deS\ru.i-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:38+ Pág ina 16 de 21

Sessão em 26 de Maio de 1880. 275

~iio capaz de mudar o rumo que tàm tomndo, cioncm nlternadnmcntc o!llctaes sob a direeção
ern sua progressiva evolução, a n10denw co o- de um m~ls gruduado, allm de poderem pralica-
strucçiio. mcntfl fazer ~pp!icaç~o d~ts theorias que, por
Convenaidas, St•. prdsidcnte, as potenciu~ ventura, possunm ~obre esta matl!ria ..
marítimos dos ciTcilos desaslro,o5 produ7.ldos Comprem.-se os maleriae~ indispimsaveis que
pelos torpedos, todos ti:m lomudo na devida im- niio exigem por certo grandes sucrificios do
portnncin estn tenebrosa invenção. Seguiu o Estado; en\l·etnnto nós nos habilitaremos por
exemplo a Conftlderar;5o Argentina que mandou esse meio a ter JlOderosos instrumentos. de
construir no ~eu proprfo territorio oiDcin~s para guerra cuja necessidnde a h.istorin conlempora-
11 construr.ção dclles; contratou o ca[Jitão Dav!d- nea a hi está n revelar- nos, e citarei o que ae
son, que ~ertenceu a Confedera~ão. AmericDna, pnssou na guerra dos Estados-Unidos, o que
para dirigrl-a, e lambem o capitão Itarvey, autor den·se naguerra franco-prussiana e ainda um-
aos torpedos u reboque que conservam seu mamente 1111 ~ucrra do Oriente, particularmente
nome, e agora mesmo. os jornaes annunciam em relação ns mnnobr.1~ no Dannbio, que fi-
que a repultlica cslá ã e~pera d~ diversos lnn- zeram a Turqni3 porder o Soife, o Súmer e os
ch.as-torpedos, com capacidade pnra conter ma- blindados Thcsle-Relend tl As~ar·Schsrsehet,
terial e .combustivel para uma navegaçtio de A nossa propria his\oria nos refere o fac lo
1,000 milhas. . deplornvcl dado com o nosso encouraçado Rio
Entretanto, Sr. presidente, sobre esto rn~o de Janeiro em frente de Curuzü. .
nós n~o temos cousa alguma. (.Apóiados.) E' Port~nto,Sr. presidente, é urgente que tro.-
nínda sobre esta muleria que nüo temos o menor lemos de molhot·ar 11 sot•to da nossa ntarJUhn em
estudo pratico; é !'obre esiD nrm~, do desas- relnc~o a este ramo importanlissrmo, e eu len!to
tr:~sos elfeitns e de destruidores resultndos, con t!ança (voltando-se para o S1·. mini8tro d"
capaz de :inic1uilar os m:~is pouerosos oneoura· mm·inha), que V. Ex., dominado como está
çt~itm, que precisamos dirigir nos~ns ''Ístas. dos desejos de prestar os melhores serviços á
Nós não temos senão muito poucos ol!lc.iaes marinha, procunrá os meios· de pôr em exe·
capnzes de manobral·a; niio por. cu Ipn delles, cuç5o, com o presteza possivel, o plano que por
mas por que elfectivnmcnle não têm meios pra- ventura lenha n esse respeilo ou o que acabo
ticos á sua· disvosiç5o, e isto em um tempo em de indicar e que tem em seu fnvor a opinião
que a sciencia e a arte dos torpedos cstflo fazen· do conselho naval.
do admlraveis ·11rogrr.ssos; em um tom po em que o~ recursos inilispen~avcls serão, cu acredito,
o~ torpedos estiio determinando a mndnn1;~ do proporcionados a V. Ex., lmra quo se estabeleçn
plano d~s coustrucções ; em que h:1 torpedos umn omcinn no laboralor10 pyrotcchoico. ·
attlo-moveis, como o~ Witebc~d, que percorrem lJepois do quo tenho dito sobre o,mnlerial Ouc·
t8 a !O milhns; em um tempo em que ha navios- lnante de nt:lrinha e etn relação oos torp~~dos,
torpedos que percorrem ~:i milhM, como o de arm:1 que precisa ser mnnobrodn cQm a maior
Thorneycroft, além do El'icsson, · Lay c Spnr. perlcia, . habilidade e sangue frio, para que não
Sei, Sr. presidentr, qne n idéa que ncnbo de sejam officiaos e nn,•ios victimns do proprio ins·
enunciar sobre semclbnnte necessidnde da nossn "trumcnto que manejam, pelo que bem se de•
marinha n5o é rncto noYo para csln enmnra. prehcndo n imtlorlnndu que têm instrumentos
Teve ellu occnsi~o de ter em um dr.s rel~torios de guerrn desta o1·dcm, vou entrar ~m nssumplo
m:~is imporlmtes ql\\l se tilm apresentado, lle que se refere ~s cstr:~das, isto 6, ós vlos rerreas
um dos nobres ex-ministros do mnl'inh~, cui'o ljUe se pr·eudeni tis noEsns fronleirus e ds das
. republico.s vil.inb.3s e lnmbem as condi~~~ em
nonl.e peço licença lllll'a declinnr, 'l Sr. Andrau!
Piulo, i.J.m capitulo com J·ererencin n ésSe im- qtw nos nehnmos corn rclnç:io n dias.
. portanle serviço, em quo \"em o. o_pinitio do A repuhlitm nrgcutina possuG nh!m de outras
conselho. nnvnl, o qual Jem sido o mo1s interes• n cstraun de fel'ro quo vni d:~ Concordla o Monte·
sado e solicito· na indlcnç~o des~a necessidade C~seros e quo csui ~itund:. na margem diraltn do
{apoiados); ass'rm eomo do outros nssuntptos, p~lo Uruguny; a J'ClJmblic~ orient:~l possue outra, na
quo tem prestado sm·vi~os que o collocPm na margem esquerda do mesmo rio, que do Snlto
ordem de uma dus mats utcis in~tilni~ucs da devia ir a San\a Rosn, flcnndo, entretanto,
morinltn (apoiados) e de r;1:rande auxilio nos fn· áquem, po1· muito tempo, em eonscquenr.ia dlls
cumbidos dn admmislrn~ão dello. rovoluções constantes havidas nessa republlca,
O nobre ministro ~ctu~J, meu distincto amigo, O Bt·núl não tinha até então estradas de ferro
no seu rclatorio menciona ainda a necessidnde naquelln região, pelo . quo determinou-se n
cruc temns de ~emelllante arma de !l'Uerra, J?C- constmcçao do estradas de ferro que, p~rtindo
dindo 110 poder 1egislnlivo que o habilite n snlls- da Porto Alegre e da cidade do Rlo Grande do
f:~sel·a. . Sul, v~o \et· ~ Urugu:iylllin, ponto muito neima
No relntorio a quo antcrionüente me rcferJ d:1 estnçiio tcrminnl da rstrodn argentina e
~present~va O conselho MVnl a i!léin de termos oriental. .
unw officina tnodllsla, ~ semelhnn~n n em me· Ficnvn por conscquencin aquem dn noss:. cs·
noms proporçiíes, tnlve~, do quo n ue N!Jw-Port. tr~Hia n da Concordia:), ~lonte·C3s~ros. Ao pnsílo,
E d~:sdc que nos li irnpQSsivcl ter uma escola porém, que a cstr:1<1a de ferro 1!1•:~zileir~ nssumi~
de J)l'imeiro plnno como tem ~~ Ru~~in u de pt•opot'ções cnpa1.es de n~roximnl·a de sua rea•.
Gromslnd, j:i quo niio nos é possivel tel-n nas ll~açiio, m~ndou immedrntntnente o governo dn
propor~~iícs ign~es :1 de New-Port, nn ilhn .Eonk- ropub!Lc~ nrgentinu conlhmar a sua, e fel-o
lslund, pertoncentc nos Estados-Unidos! pelo dictatorinlmcnto, por n1ío ler ainda o poder le-
menos devemos cronr no nosso l:llloratono PY· gislativo votado fundos parn ellu mns unicll·
rotechnico uma oiD.cin3, onde pot· turmas func· mente resolvido ma cQnstrucçilo, de modo ale·
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 10:38 - Pêgina 11 ae 21

Sessiio em 26 de Maio de "ISSO.

val-a até tt RÚtcw.racion ou Pauo de Los Libres, ·Jri. vê V. Ex. qUI} debaixo deste ponto
isso. lndep!lndentemcute do prolon1:>mento j,i de vista são grnndes os l'csultados propor·
projcct~do ató Alvci~t·, Clllllinho de lli ssõ~s . · · cionndos pela estr~da de lt:•qtty a Quuahím, .
· lucluslve os quo se ~rendem nos · r~ mos da
O Sn . FEnN.\NDO Osomo: ..,.. Em frente a ndministração, pela factlidadc dos tnnsporlcs.
lt~quy · (Apoiado&.) ·
O Sn. ALMEIDA ·couTo:-DG modo que a nossa Ante:> de entr:Jr n'outra ordem de considera·
es~rad:l~ quando chegar a Uruguuvana, já cn- · ções, dero dizer que nenhuma •·az5o tenho p3rn
contrnrá provnvelmeutc essn outra pela margem rcceor que se olte•·em as boos rel~çües que man-
direil!l do rio Uruguay, u r~publica orgcntin~ lemos com os nossos vizinhos, mas seria im-
confrontando ctm ella ; *ara por eonscqucn· prudente aquclle governo qui' nenhuma lm·
.eia ·a noSsa estrada desprotegida por awbo8 <!S porlnnci:~ desse no aJ•mamenlo d11s nações Jimi·
lados. · tropt1es, saiba ou não do proposilo com qae
Portanto nós temos necessidode, ahhn da es· angmentum suas forças. Na Eul'optt julgam·
trndn de Uruguayana, que a!itis o nnno P.Ms:~do se os govern<IS no direilo de mutnllmente se
não ·teve o andamento desejado pelas dtfllenl· interpellarem sem(Jrc que isso so dá.
dndes do terreno,< que é pessimo n~s nwrgens 'fmtoi, Sr. presidente; dos tres pontos essen-
do Jacuhy, da constrttc~ iio de outra cujos es· cincs para a atlminisll'açâc da marinba ; agora
tudos já estão feitos e ·que·. vai do llaquv a vou en\rar no modo pratico de ~solvel-os, vou
Quaraliim, porque esta estrada que tem 90 ki· chamar a t~ltonçSo do nobre ministro da mari·
Iometros.no sul e i lO :~o norte dat·:i em resultado n.hn p~rn · os meios que considero c., pntcs de
11 posição mais util e vantajosa das nossa.s cs· preslar em parte contribuição p~ra a reorgu..
tradu de ferro de · Porto Alegre c da cidad•: do nis~ção da esquadra, o que não póde ser cft'eC·
Rio Grttnde; isto é, a estrada ·que v~i ter n U•·u· tu.:.do !'Cnt recursos . lll:ls, :mtcs disso, me
guayana · aproveitarn do concurso que ossa lhe p~rmittil'ú V. · E:t. que cu re~ ponda a um
prestar cerca de iO leguns á dire•~a e outros aparte dado hontem ·no nobt·e tlcputado· pelo
wn.tas A esquerda. · Rio Grande do Sul quando fallou com relação ó.s ·
. Assim ficarenlOs em condicçues es trote~i - mnrinhns ítnprovis:~das. Effecliv:Jmente, Sr.
·cos capnzcs de manter-nos na possível \rnn• . prcsldcntc, exercites se podem levnntnr do mo,
qulllià~de. e essa uma medida de precau~.:lo,. mento, como lcvant~mos nós na ::uerra do
q.u.e traz. aluda em seu favor outras vantugen~- P:traguay IJat~lhões de volunt~rios que pr!!sta-
rnm os maiores e JMis relevantes servh}os
Sabe V:. Ex., Sr. presidente, as vantagens ((~iado8}, porem marinheiros niio se impro·
quo ha de til':ll' opaiz com ~st:~ estr:~dn ~ E' que ·v•~ntu (apoiados), é preciso lwbilit:~çuo proprla
nós temos nlli em lloquy umn dlvisüo navnl para . mauejm· a nl'tillJaria, para os choques c .
com a qual gastam-se 360:000~00, pelo menos; pat·n 85 man(lbras. ·
· temos em Urugu:~y:ma um batalhão lle infa~· A respeito d<J$ mnrinlJ:ts de improvi•o n bis·
ta ria permanente, como · temos em Qu<~.ralu m torin do outros paizes nos refere seus . rnt:~es
UDl. corpo de cn;-ollorio • · rcsullados, como no!-os proporciona a nossa
Quando. Estlg:.rribio invadiu Uru:;unyana, as · propria . , . .
fo.,-as que se·ochavnm em ll:Jquy npcnns po- os
'Nn gucr r:t da sce>S&.<s:io vimos que est:ulos
der~m chagar a Uruguay:~u:~, depois de ~6 dws. do Norlo e· do. sul se ônti:.~m enc.:Jrni\·IJIJ~mente;
Com aestrada tle ferro podorl'io. ser trarll•porladns o ~ui -vinha de victorias ~m victori~s succetisivall
em 8. horas : noderi.o realmenlo M forças do sobro os t!SI:;dos do norte, mas vimos tambcm
extremo de ltaquy e Qu:m11lim o.chnr-sl! jus- . que os ntar1ues do New·· J•le:•ns, de Sumter,
tamenlo em ·& horas nproxim3dnmente uo J>Onlo Wihsburg e Chnrlcston decidirmn da sorte dosl.es
e&ntnl de Uruguayana. Comprchcmle V.·Ex. a successos csplendidos obtidos ·pelas força~ du
importaucia euecessidt1de que ba da con$trueção tcrr~. apczaJ• dos estauos rlo snl tral:trcm de im-.
desta estrnda, cujos estndos, cvmo diSS(', est~o provisnt· com c~forço e vigor uma rsquadra. e
feitos . dos actos do bravul':. prnlic:•dos tJclo 'fumsee em
Eu siuto que niío esteja {lresento o .uobm . Mabilo c pelo llrrrinwck, mette:!do a pique a
ministro da agricullura, que tem moth·o muito fra gata Cumllerland e rnzcndo llliCnlh~r a Con-
Juslo de uiio se nchnr nesta c!lmat·n, para chamar gr~s~ em 1Inmptton~-Roads. Uma os~JUtldrn im-
a sua allcnçlio sobre este ponto. provtsnd·a nunca )JQde cot'l'er puelhn com umn
.. E· será, Sr. prcsideule sómcn!e pelo !~does - O$<JUndrn orgnniznda. (Apoiados.) .
tratogico que convirti fa~er-se tttl estrada 'f Nfio jll'CCi~amos ir A llistoria de outros paízes,
.Jà ilemonstrci que com 11 constrn~ção dclln· como ' . i~s«l, temos o exomrJ!o tHI nnss~.
· ficaremos dispensado~ de ter em Itaq ur urnn ·Sol'prchcndidns peln fiUen·a llo 11 nruguay sem
divi~ilo naval, com a c1u:tl gnsL<~mos :UlllUIIl· est.1rnws . prcp:lr<~dos, Jevanlnmos c0111 os L·e·
mento 360:000,)000. - · - - · c;m·so~ do rwi1. e (ICI:t explosão do patrictlismo,
. .. .. Além dislo as suas estt·adas fncilitnmlo a cou.·. umt1csr(U:tdl'a qne nos p1·es1ou immen~os sor·
. dueçiio do ~eneros que, Jiór s'uas contlirlíe~ pe-· vi\~o~, · m:1~ foi nmn esr)ut1dra que pouco lempo
CUJihtES, buo do prOI!UI':l\·:JS de JlfcfOl'UllCÍ:I, aU· depois prccis:OVn j ;; SCI' SUIIStiluidU por UàO }10•
gmont:1roo consideravolmcnto li rcmltt dn no:;~ dermos contar co•n clla, :~pcwrdo nos Ler cus·
ntcandega em Urugun•onn. As van ta~cu s ccuno· tndo ct•t•scitlns sommos. · ·
mica~ da h i result:Jnles sã.o ilumcnsas Jllll'l\ o im-
perio, porque 3 imporl:uwia un cxt1orw~~iio e ;111 • O S11 . F~;t.tctu nos SANTQs : - 1o: o remodio ~
portoçio de generos eull'e os t\ous paizcs, por O Sn. AI..MRID.\ Cou·ro : - Là vou, e ospcro
aquclln fronteir:~,aml.n }>!)r Cl'tC.'I de ~0;{)()0 : 000;~; -satisfazer 1l nohrc tl.etlUlado~ _ . ·
Càna ra do s Oepli:ados + Impre sso em 27/01/2015 10:38+ Pág ina 18 de 2 1

Sessão em 26 de Maio de 1880. 277

U~t ::in. DEPII1'ADO ; - l'em fall:1dO lllllito bem. nqui nwios de ma, lei rn para a nwrinbn comba-
(Apr1i.•.ulo~.) lente, porque a construcçi!o modoJrna oppõe-se
rtue S!•j . ,_~ll exclu~ivaniente . O• ~avws f,•Jtos ,de
O Sn . .1\r.}IEHJ.t r.ou·ro: - Sr. pre~irlentc, es- am:uloJira.
tamos nn cont:ngencia rle n~m ·[llltlermús ron- e,;pe dne.~,a p11diamos n:io ·s~l' (.tarn a(l(llrcaço~s e fins IUUito
tar com o~ t•ecUJ·so' financdrns, <:OIIl'lllltnto que é preferível ao estrago vender uma pal~ll deU~, o
em mnteria tle~ta orden1 cu ~nlend;t que para 1<:, a J•rot~osiLo, p~ço ao no~r~ ministro. que
a que ~slaosUJettas.
e8L~r o paiz pretmrndo p~t·a em~;>t·gencins ~ll[Jer­ mande, com :t mator promptld~~· munlar as
venienles e J!Os~ivei~, que para. termos u.mn oillcinas com as maelunas que Ja temos apro-
marinha em pó de ~e tornar respei t~da e ev1t:1r priadaA pnra :t construcçiio de navios de ferro,
a guerr::~, é o caso de se autoriwNm tues dcs- conform~ nos annnncia em seu relato rio.
pezas.
o Sn. CosTA Az~~:n~no :·~ Não no Ioga r qne
O Sn. JoAQl'nl N lBUt:Q ;_ - O orçamPnlo d:~ disseram ao nobre ministro. .
marinha t;\ sullieieute para termos utua boa es-
. quadra. O sn. ALMEIDA Couro :-O que é preciso é
mnntm· com a maio1· promptidãu, para o eons•
0 Sn. ALMEIDA .COUTO ; - ~ão ]ll'CCisnmo~ de trucçâo de canhoneiras de ferro, ai11da que para
navios intmmet·os, precisamos do nl~uns pode- b~o ~cja necessarío mandar su~pender os trnba-
rosos,de força superior oos conhecidos em nosoas lhos qu~ se est:io fazen:lo com o cmzador, por·
regiões. que o serviço tn·.estndo ~or elle actualmcnte não
O Sn. FEnroANDO Osonro : -Ou igual. é de t:mt~ necessidade como a con!lrucção de
canhoneir~s.
OSn. AL~IElDA CouTo :-Eu pr~firo ~UJ?l'rio­
rcs por mnilo)ustns ralões. Aeho necessar1oque A camara snbe perfeitamente ·quo c~ias ca·
tcnha111os m~1s dous ·encourar:tdos e tJU:ilru _1'3- nhoneira~ prestam o m~ior so1·viço !las tlotilb~s
nboneii'as de fe1•ro do typo dn' que fnr•am ft•ttns enafóra dellas. Temos exemplo de sua 1mportanc•a
ha pouco J!ura os chin~zes, Eta, Tl!f'ta, Epsilon historia moderna e até ent1·e nós. Na guerra
e Zela. (Apoiadn~.) _ _ . da Crimén,quundo as e~ttu:~;dras al!iadn~,frnnceza
· Porl.,nlo a nunhn pretençao nao e exngernda. ete íllgleza e a russa se mantmham macllvas, fren·
a frente no mar Negro, ns overa~õeg que se
Os dous tin1•io~ ençouraçndus de\'cm ser con·
stru!dos f1ir:t do Imperio. da\'am er:·m ju~tnmente mnvidas pelas flotilhas
do mar de Azof. Duas Oolilbas al1i existentes
O 811. Co5TA AZlm::oo:- Sem duvida alguma. totnar<~m dt•jJOsilus de Pl'ovi.·Ões e os incen·
O Sn. Jo.~Qm~r · NAJJuco : -.Bnst~n niio ter ·diaram, impedindo que fo5sem aba~tecidAs as
venclidn o [!ldep 'lldl'tiCia pnra termos a esqua- otvi•tiflcal'Ões de Sebaslopol e bloquearam até
:1 rst~u~l de Seuabot·d. Jã se vêm os grande!
dro mais podemsa da America L.lo Sul. servi~~os que estas t•onhoneirns pres1am e, .por•
O Sn ALMEIDA Couro : - N:io pos~o censurar tanto, de1·emo~ tel·os, podendo ~er perlcita-
essl'! f3clo JIOt'qUt1 já aqui \oi. dado um hil_t ~·! in- monte cunstruidas nos nossos·nrsenaes da côrte.
demRidrrrlt•, P.'•lu qu~ cnn~tder~·so lcgLhm:td:~ As "'construcções de madeira então poderio ser
8\la venda, feita em cu·cumslaLIC!aS mel to~ pros- rei tas no aL·senal da Bahia e pa1·a os outros ar•
peras. senaes ficarão destinados os repuos dos na·
O Sn. GM.nrxo DA$ N~:n:s.- -O tranca foi vius, e nJllur.idos u~~es nrsenncs a menores P.Or•
bom vendei-o. (Hilal'irlade.) po1·çüe~ convet·tenrlo-se o J>P.S~Olll e rualermes
pt·eciso~ em ll!'oveilo dus arsenaes enco.rregados
O Sn. AL~U::t.DA Couro : -Nú~ uiio Jll'e~.is~mo~ d;ts coustruc,ue~,
de navio~ cumu t1·m IIOI' exemplo o Halw. hl''·' Dizia eu que podia ser vendldn parte dns
como o DuiUo e o /Jrmdr1!-J. 1~5Se~ oncouraç,·clm: mndciras; llcat·io muita ninda jJara outros lllis-
n que me rcllro n~o p11dem realmcntt1 s~r e~1l1- teres o ao en vez de t~rmos cerca de 10.000
strnldos aqui, pollom e da\'l~m ser con~tt'Uidos cont~s'emprcgados nellns, .•
na Europ:t · m~s n tempo, Jlorque V. Ex. sa!Je
que qurmd~ rompeu :1 ~u~·rra com o l'ni'Dguay o Sn. Lu1.' DuAHTE (111ir~istro da marir&ha):-
o nos~n eneotu·açnuo Brazil se e~tnv~ CO!l- Nâa chega a essa quantia,
struindo e sLi o obtivemos sei.< mPz,' s depo1s, 0 SR. AUIEIOA COUTO:- 8,000:000j000 (jtle
npl'is muitas notas trort~dns. l'ree!~~~mus. p~ll'· Sl'jtl. Em todo CJ•So podia ser vendida uma _p.1r1e,
tanto tum:n· os medidas nec~s~ar1:1S e mdts- :l uuo ou 3,000:000!50UO, e esltt impurtane1a, nc-
pons:,veis purn <JUil nito nn.~ ext.IOU ~.umos . a t~;,[nllmtr~ inutil, r~de SCl' a(Jl,llíCada num. ser·
llcnr $0111 L'ecttl'~OS 110 OCC:I~J:IO, Vl~IO t:OIIW oiS l"içu de "'I'I,Hide uuhdmle publtc~-
convent•ões inlenwcinna1•s se op,.aeru, sol> p•mn. Alem '"disso, aindn lembro no nobre mini~tro
dL! romrlin,P.ntorli• uot!lralid~de, :10 foJ'nédlll~>ll~ll ~ vcndu dos tHI\'ios, cuj;~ re~on~truc~ilo ~·xeeder
dt) im.lrlltnl)nto~ de guerra por <Jualtjllel' na1;:w :10 "t• do sen vulor, l'omo tem feito a Fr~nça, o.
a belligemn tcs. . Itnlia os E~tndo~·Unido~, a Allemnnha e a
Ago1·a rp>'ta~me ver nt~ onde podemos tm· re- nussi':t. E ni,lo eu n:io nriinnto. milito por Qtle
CUL'sos· p:tra esle lim. . · .... . . s. Ex. m11smo cm~stJit rda1or1o teve. tombem
NLis l':l1110~ cei'Ca de 10 n 12 nu! conto~ d11 l'eJs e~ln iuêa em r.:laçuo ~ algun~; a umca dtlfe-
Offi(lfO ~~~~lJ~ Cllllll~ill'il':l, (l IWSSC C:J.St) [JOdClllll~ r~uç:l, cniJ'e nôs, couslstll na ~xtensiio a d~r·se
dispor d1~ dou,; ou lre~ mil CDll\O~ !a~endu d,·~s:t tl t•ssa lli~UiLlO.
quanlin. npJI!iençfio 11 reconstruct~ao de uo~s:t ar-
mada. . o Slt. CosTA Az&VGDO . - Jú. hn lei de1erml•
Desde que nuo lemo~ necessidade do construu· unudo isso. ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:38+ Pág ina 19 de 21

278 Sessão em 26 do Maio de 1880.


O Sn. Ar.~rEIDA CouTo:- Sei dislo,-nws insisto O Sn. Jo,\Qtmt NABUco: _:E' ?rcciso inv~rtcr a
pela execução. Lembro ainda t;O nobre ministro prn[Jorç~o rJ<tc bn entro o or•.~amllnlo do pessoal
a convenieneia !le mo11dur r.omprm· nn Eut'"lla e do- multH·iul da nossa rnarinha,
por inter•medio dn deler:acia do tlwsouro o earvfto O Sn. AL~tlltoA CouTo ... olfcreço ns bases ge-
neces~ario para fornecimento . da esqn~dra raes, sem onti'<H' em certas minuc.iosidades •..
(apoiado ), e_ ~er oqui deposilos espe_ciac~, por·
que daht vtra certamente econom13 ·two pe, O Stl. SALDANHA MAntNHo:- E' o discurso
quena. mais prntico e de mais tttilidacJe que aqui se.wm
pronuneiudo este nnno~
OSn. FERNANDo Osomo:-Temos boas minas . 0 Stt. FELICIO DOS SANTo&:-Não ll'O.lOU da udU·
no paiz que devem ser exploradas. cação proll~sional.
O Sn. JoA.Qur~t N.\BUco : -Emquanto não se O Sn. ALMEIDA CotJTo:-Oapartodo nobr·e dc-
exploram ó [lreciso carvão para gusf.ni'. lllllm.lo fnz-mc entror talvez mais. ap!'essadn·
O SI\. FF.nNANno Osoiuo:-Isto é questão 'com mente do que tJretendla nesse ponto; mas nlio
o Sr. ministro da ugricullura. . lenho pezm· disto llorque elle prcnd~·se :i mate·
ria de inst•·uco;~o. Eu do•veria entrar no assum·
O SI\. AL)IEIDA CoiJ'I'o:-Lembro a diminuição 1•to IJUO ~e rere1·e e~ssencialmente á inslruct;ão
da laxa e da e~ladia, nos diqur•5 Imperinl e Sanla dos UtiiCÍIICS i Ln~S cumet;O pela CCJm[J1Hihin de
Cruz, com o fim de augmen\ar a renda produ· aprendizes, porque disto se occupuu o nobre
tida por elles. mini~tt·o d~. 111al'inha e atú na PI"OIJOsla do 1-:"0•
Lembro ~o nobre ministro que nesses arsennes vc1 no p:•ro a nxn~uo da rorça IHII'ul no qual uu·
em que niio h,o trabalho mffi!'itmle parn os opc· gment11 ~e o numero de aprcndiz,,s marinheiros
rorios não so preenchnm as vagas senão quando com mais ilOO, do que o consignado na proposta
for absolutamente indispensavel.,. p:~sssda. . . .
~ pensamento do nobre ministro, n re~peilo
O Sn. CosTA AZEVEDO : - Apoindo . da neees~idade do augmenlo do numero dos im-
O Sa. Autl!rDA.·Couto: - ... como tambem periaes marioihciros deve realmente ser muito
qua conceda lic«"nca âquelles quo quizercní tra· procedenk; tMs estou c~nvcncido de que o nu·
lialhar na industria particular, g~rantindo·lhe~ mero não set·n compllltado, como km succedido.
o log~r quando houver trabalho nos arsenaes e O SR. LmA DuARTE (mi11M1'0 dr.tmarin/•a)·:-
elles volla rem. Acredito..
Lembro ainda que poderli obter uma verba O Sn. ALMlêtDA CotiTo:-A rnziio devemos pro-
de receita do preenchimento . das vag-as que cm·nr no proptio systemo do ensino, isln e, no
se derem no~ lo~<or&s das repnrlições de marinha modo \Jor que os encarregudt•s dos aprendizes de
exercidos por llllisanos, aproveitando officiaes do mnrin tn o~ dirigem gerofmento, ou J,lnru melhor
armada. Assim teremos intullivo ecouomia. dizet•, a dil'ecç5o niio sati~f1.1z as CXIP'Cncias do
Comqunnto eu reconheça <Jne nessas repar· servio.;o, (apoiado$). Em vez do estorem conRo·
tições cx!Rtrm paisanos que têon os maiores e dos n officiaes, que se incumb~m especial e zc·
mals lnvej11vels llilbllitações, tanto assim que eu lo~nmente desto instt•uccfio, tol niio ~uccede;
niio aconselho senão que sejam respr.itlldos os elle~ são dirh.!idos muita v11t po1· pessoa~ incotn·
seus direitos adquil'ldos, tod:1vin e~t u conV€'D· pl'tcnlt~s, cujo$ costumes .o moralidade dovinm
cido que em relaçlio a este ~ssumpto os empre· S''r modelados em 11rincitJios de melhor educ:oçiio
gados technicos niio prestarrio siuüo iguaes pnra que se lhos IHl•lcsse entregar :o direc~iío
serviços. dos menores destin:~dos a cs~ns comp~n hias.
Alem disto ba n grande vnntagem de que os o Sn. CosTA A~livEoo:...;. Isto urro e geral; us
ompregndos quo niio si•o officincs )ler••e!Jem os componhias tn·cci~nm de tct· mni:o1 olllcines.
Eeus ordenados e ns gro\iOcaÇücs que sobt!nt a U S.n. ALM&tOA CouTo:-Nâo ú f~llllll!llll!l,
uma quRnlia etevodo, ao· passo que, fdta o como diz V. Ex., gN':1l. A fiscali~açiio do on·
substUuíção por officiaes de morinltn, (llHl ~m sino n~o p6do ser exercida pelo modo mais con·
toda n hypotheso receberão o s0u sol do, dnr· veniL·ntc desde quo nilo pUde ser feita pelos
se-bo cerlnmen\e um• economia, que será equi· cnmmand~ntes, c eu nproveito-me dn oppor-
valente aos ordenados. · tunidotle pnrn lembrar ao nobre ministro que
Ha nindn ums con~idernção qne actun em por ora, om vez dc~to augmento de llOO me·
meu espírito, c é a dns nposentarlori:os. Os em· nore~, ~erin preferivol fazer da verba desti•
pregados,que serão tirados d'omtre o$rerorma1los, n:od:~ a tal nugmento applicnção que désse o re·
têm direito, em todo c~so,a seu soldo, e pm·tnnto, sullado !IUC devemos de~ejar; ohlido clle,
niio pesnr1io ns aposentodorins do~ outros no~ pod<!remos então nugrnentar v numero de apren·
orçamentos. di1.cs, contando com o concur~o dos mesmos e.
Donde se infet·e clnrnmen!c que hn vnntngem com o preonchimenh.1 rlo numero.
em sll.bsliluir o pessoul.1misano, á praporçi\n quo, Prot••ndia occupal'·me tambem dn necessidnde,
forem opparcceudo vugns, pelos officiaes du ar· felizmente comprehcndida, de uugmcnlar o ba··
m3da. ······ ··· ·· · · tnlhflo· navul, qnancln com satisr~çào vi ~11re·
l'orlnuto, Sr. presidente, si não sntisli.r. com· ~c!ntur;~c um ndtlilivo pcln eommi~~uo de mlt-
pletnmente a curiosidade do nollre duputudo por rinh~ c gut.·l'rn, em <JilC so :mgtnen\;lln ::1100 prn·
Minas e do oull'o>.. . · ças ao bnlnlhfio nllvnl. .
A for~~a exi~tcntc n~o pódo satisfazer ~s ne·
' O Sa. FiLtmo ~os SANTos :-Eu qnizera um Ira· ccssidndes mais imtH'cscindiveis do mnt•inhn.
balho mais particularisndo. · ( Al•oictdos. ) ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:38+ Pág ina 20 de 21

Sessão em 26 de Maio de 1880. 279


Entendo mesmo que o nugm~nto devia ser as .naçiies e uma lei que tem .effectivamente
maior. Nilo temos força de rl·serr~J, como é de origem liboJ·al, 111as que devia, em rel:lçiiono
grande necessidadll, nem na propria .. marinha nosso pniz, 3lten1ler as suns condições peculinres
mercante que vai em decadencia considcravel. tendu·se em vista a protecçíio •Jue todos os paizes
(Apoiados.) tê1n disptmsadu a sua navegação d~ cabotagem.
Hontem se disse nqui que os E~tados-t.:nldos A Fmncn quando ampliou aoestr:tngeh,•o a na-
fizeram desnpparecer a ~ua marinha de guerra, vegação, ret-o eom cerlns n•servas; .DÓI o propor-
desde que ·entraram na estaç:·•o da paz para razer clonnmo5 com toda plenitude, lcvadus natural-
melhorar as condições da marinha mereanto, mente pelo pdncipio Jibet•al que dominou essa
qu;~ndo realmente a marinlw dos Estados-Unidos iniciativa.
tem fÓetn nnviosde L•, i,•, 3.• e~.· .cla~s~& Sou liberal de escola, mns dos que entendem
HJ e :;!ti.OOO homens de guarnição; e, portanto, que. um pai.z: novo precisa da acção do gov-erno
não se. tem descuidado no tempo de paz dB pos· até corto ponto para rozer prospt'lrar a su~ in-
sibiliqade do que é indispensu.vel para o letnpo dustl"ia e a navegac.ão; tanto mais qunnto.isso
de guerra. tem-se dado em todos os ll:tizes; deu·~e na In-
Entretanto si não tivesse este pessoal poderia glaterra, nos Estados·Unidos, lodos elles pro-
l~nçttr mão de grande parte, quando tivesse De• tegeram ns suas iDdustrias e novegução, a
cesidnde, dos marinheiros em1Jre~ados na ma· sumente depois que se cottocaram em certas
rinha merc<~nte. E as resBrvns .sãn lâo precist1s condições de prosperidade pelo iniciativa indi·
que n Inglaterra que possue 150.000 homens uc vidual e pelo pi·ogressoJ das mdustria~ deixaram
ruarinhn tem uma reserva de U.OOO h:1bilitados os povos cntrcgu•ls 11 sua energia c aclividade,
para subs\ituir os claros, porque sab1' V. Ex:. que porque. a sua influencia nesse caso seria a
os claros nos combates siio fatnes. A historia nos pluthora que mat~ria a propria industrio, visto
fornece ainda irnmensos exemplos, e ent•·e elles como entrariam em coueurrencia comsigo mes·
o da batalha nav-al de Tral'al~:ar, que d1·cidiu da mos, como acontece nos Estados·UnidJS ..
sorte de tres almirantes, Nelson, Gravina e Vil· O movim~nto indtutriaJ foi tão precoce nos
leneuve, em que umn banda (\o Temera ir~ varreu Estados-Unidos e suns riquezas se elel'arani
do c·onvez do Retlouttrblc %00 homens. O mesmo com tantn r:apid~z que o movimento material
aconteceu com outros navios. caminhou na vanguarda do movimento moral,
o Rerl()Utable entrou em combate tendo 960 E' o desenvolvimente precoce de um lado com·
homens de guurnição e sahiu delle levando ape· pti[loado por leis natura~s, pelo retnrdament~ do
nas 90, oulro. ·
O etfeito determinado pelos torpedos, fazendo O Sa. F&LIClo oos SANTos:-Apoiado; di'
desapparecer n:wios e guarnições, é frequente, muito bem. ·
a~sim como o choque produzido pelos cncou-
ra•;ndos, como succedeu na . bnt:olhn de Liss~, O Sn. loAQut)l NAnuco:-Não apoi:ldo.
em :tue o vmpor denomtnndo Re d'ltalia, foi (Ha oulros r.~po.des.)
submergido. pelo choque do encouraçada nus-
trlaco Maz. · O SI\. ALMIUDA CooTo:-Eu tinha ainda ne.
Estes cl~ros dão.·se continuuda e succes· ccssidude, Sr. presideníc. de tr:1tar de alguna
sivomentc, e ha necessid~d~ de ter pes- outros pontos ile impurtnneia e que pedem
soal pnrn prt!enchel•os. ··1 emos · uindn um certo desonvolvimento.
exemplo vivo entro nó~ e é o quo se .deu eom o ~[e OCCUpllrei de alguns delles COm O brevl·
encournçndo Rio de Janeim, submergido pela dade inrli~pensovel, deixarei ou1ros pnra occa·
cx.plo~iio de um torpedo pora~tunyo, do qunl siiio opportunn.
1no1·reu mnis dB metnde do ~ua guarnição, Lembro ao nobro ministro n conveniencia quo
n$slm como o do TallllJildr.mi em que nmn bolo, h~ 0111 que 8~ Pl'OtliO!,.'Õ~S no quadro dos omcJaes
penelrundo n~ cns<~moto, matou diversos olll· sejam elfectlvautente fetl:ls oomu no exercito,
ciaes e praças. i~Lo é, logo quo se diio as va!-(ns. O unno pas·
Já so v~, pois, que os claros d:io-se conti. sado, qunndo trUei deste as~umpto, tive occa··
nundmncn\e e, portanto, é necl)ssurio ter Corças sii10 de occupur·m~. d~s vantagens quo se pren·
de reservo. · dinm n essn substiluiçiiQ logo depots de d:ad.l o.
O SR. JOAQUIM NAnuco:-lhs n reserva que o
vaga. Acho·se no seMdo em discussão um nd·
nobre deputado quer não ó n que quer o uobre ditivo, que rol daqui da camarn dos Srs. depU·
deputado por Minas. tados ; peço a V. Ex. sua influencia, se fôr pos·
sivel nUm de quo esse nddilivo siga seu curso
0 Sn. FELIClo DOS S.urros:-Tnlvez seja. natural, sem muita demora, e lembro' lhe isto
porque assumptos do alta lmportancin além dos
O Sn. ALIIIEJDA Como: - ne~pondendo ao que 1:'• e~tuo têm de prender muito breve a nt·
npnrte do n.abre detJutndo, diJ•ei qt'e .as rc~erv:n~ tençii.o do senado.
podem ser fornecidas tJela mnnnlm mer·cnutt•, Tinha nlndn, St'. presidente, de fazer nlgurons
qu~ entt·o nós v:ti em sensível dPcodctwia e consldornc;ões souro n o~cola de marinhll, em
portnnto pouco ou nadn poderemos cspurar reluç~o u n'ccessid:tlitl de mtdhornr o inslrucção
delta. do~ otncim~~. rom quanto ou o>L••ja convencido
Sou dnqnell('s rJLte ontcndum quo a lei do dt1 que ~que ~cudquit•c ulli, theoricP como é,
1806 que nbriu os nossos mares e rios a todas não produz irú os ~cus melhores e!Ie itos senli.o
Câ'n ara do s Depttados- Impresso em 27/0112015 10:38- Pág ina 21 de 21

Se~a:o em 26 de Maio de 1880.


combinnda ·com. n ·pratirn, de que. precisa a · O 8a•. Fs·eltn!!!l Cuntlnho observa
maior p~rte dos n os~os ,,m,:i••es. OI' Qt!:u!s :1 .o~ ­ •tn" :1 hura ,•,t:í 11di~nlilrla e · qu" .n :1 vespel!l,
terào com a rr..quenl!in de vwgcns de m stru c~,·~o . •le poi$ li·~ or••r o St·. Fernnntlo Usorll), n prcst·
e em tt•n!Jalllos tec hnic o~. 1\lus ncho-u•c r;lltg;ulo d··ud:t a< l l:i r;~ il d i;cu~"~ o. em ,·cz de da•· a pa·
e me salisraço em i.-h•:mnr n attençào ue V. ~x. l :ol'l'n ao lltJbi'C d:•put.:tdo llCla Dahin. l) llt!" o pre-
para algutim reforma de que . elln c:n-ece e tl:J ccdt!u n;a._ tl·i bu n:o. ·Ile:<se m ..do, J)Dr~ce que, ~i a
qual · me oc•·ttpnci npt••>rtnnam<nlle tendente 11,0 op[Jo; iç~·,o . princi(Jm ~ m n uife~ tnr - se nn camara,
ensino c ainda attinente a c:tdclrns que· ma_ts ê a pn· ~ id :• ncia quem a iuicia, .deu1orando o.
pro\•eito pn~~nm trazer pnra uquclles quQr~o adopÇi1o do prG.iecto de r~,rças de mnr. . .
buscur alli instruc~úo e •tue !e vtim fúr çndos a l'rcd;o oll"t!rccer rc~tJosl~ â dedicada mmona
ir J;ll'·ocur:•l-n em outros cursos, deixando de se· quanto ó in terpretaç~() de umn mll~id a aha1ncnl~
guu· n prollssão de marinha. . cun>tituc.ion:tl, e que alrec•a d•rc.:tamente a
· Quanto ao corpo de s..mde.- St•. presidente! n.fio · marcha do nosso sy~tema polilico. · .
meoceupu<!i dd le n:::ora, JlOfllUC, tend~ ~•tu• dts· dente . Em u ma d n;; ~cs.~oos :iutcriorcs, o Sr. presi-
cutido coin alguma l:orgu· ~>a 1111 sessao pa~snda do t'OII sulhn declnrou que ui•o vinha umea·
a necessidnde de refo•·mar esse eMpo, ,.._,,,, a \'ill' a l'<tuwra. E~s:•s pah<\Ttts, na &lJ:a opi~!flo,
aalisra~·ilo de ver que, logo que o nobre mm1stro
·não devem ll;(urar no nosso voc••buhmu pohttc(),
enLrou para a pasta dn nt:lrinha. um. d~• seus sibi pnrq LIC ttiio $e deve, ntlo se pó de admi.Uir a pos-
primeit•os uc~tos roi nomear um~ comlll.'!õl'a.o com Lidade tl c um mini~leriu omco~· nr a eumara.
o fim de fazer os e'tudos prect>o' e · JI\dl~llCll· A ili>soluc~o c uma medida aH~mente puli•
snvels pnrn que a rt'form:• s~ eff~ctue conve· etiea. Ne1n semiJrc n ranwru rcprest•nta a opinião,"
nien temeole e eom ella se d(• (l m c lhor~mento verno. si S<l sus•· it~ um conflicto cutre ella e o go·
na orgauisação do corpo de sauó~;~_ a dissolução é o unico meio do o rcsol·
ver.A lnglatel'róo OlO$trou, lla (lQUCo, um exemplo
· O Sn. FBL!Cto oos S,\1\Tn~>:- Eu supponbo de<sa sito~.;do. O I!D.iJiueto Disradi consul-
que o governo estó autbort7.ado para isso. l:~ttdo· a o;~ção, .conheceu que uiio liob:~ a co~·.
fi:~ nç;t ddla c passou o pod.cr nos seus :Jdvcr·
O Sn. ALMSIDA Couro:- Se entrel.anlo p..,~e· sario~.
cer ao nobre ministro que deve ser submcthd~ Alli, IJUaudo Gladstone pedia a dissolu@o,
ti eon~id.,t·açio desta cnsa, ~ntão Fe me offcre • ningu~ m · di~so que ameaçava  camara dos
cet'â occll:<iilo de me oceupnr ~este ossumpto. COil!IIHlUS• . . ,
Vou termlnnr, Sr,. prfsldonie, porque sinto• u gubin~te p~s~ado, que tombem teve o ap010
me renlnll'nte f:ttigodo; não quero· obu!illr da da ucLual m~io1·ia, enteudia que a refnrmn
bcncvola uttcu~àe da cnmnr:a. elcilot·ul devia sei• feita pela retor ma consli ·
tucional . u~m ou mal, llcou p~scnwdo que,
o Sn . .BAnnos Pun:r;TEL :-Esso :atten~iío é de· a••provt•do"ou t•ejci tad:> o prnjecto polo senado,
vldn n V. · Ex. , além de quo o nssum pto é do a·~:~uwrn S!!ria dis8olvida . Es~u !lt'3 o pluno, a
m:oior lttto•t·~s~e. · que n m11iuriu mlhcriu, p(lis nlio reclamou.
(Muilul tlpoiad(ls..) A e~s·· rt·speito, -n>. Jlillavras do Sr. Sinimbl\
o sn . AL)I&tDA Couto::- Nilo sei, Sr. prfJsi· conli'l'ess•' ror;11n clóoras " 1crmtnames. St e:;sns vnlovras
lll um:i :tmcuçn, sel'in ·contra as (Jes·
•Jenle, ~I Hltet•t.li, rom rnmhu ft•nnqnrza, os •le- ~ua ' Llo~ dt• tJla:.dos, c não contra a nuçflo.
sejos dn un,iLos e ~e m~ conrormel cnm tndns Deixaullo.• r.~u1:ém, esse .ns ~u mpto, jJara ~ oc·
~~~ o)Jiuiilc~. o qun sei é !]Ue l)le P.·•rcco ter enm· cup:11· de mut•·rut que mnt s ~o refere nu projeelo,
p1·ldo 11111 d.n·er de con~cwucta . (AJl·•urdos _: lembra que · ministro~ conservudore~ ~~~~.om·.
tlltUtll bem. j Fullci com o. lc:olt.lndc u qut: tem dt· men•li•ralll [lnt·n o exLerior u con~u·uc~ilo de itn•
rei\o umn ç.:tl\\11111 de ri tu i go., c co· rcllgiouu I' io,:, :navio~ de :;uerr;~. ~·~ m ~eill llt:lll dus en-
o.ssim eomu o Jllli7. •JUP. 111~ ouve, e tlu <JU:•I ~o u I•Ot't:tntus :·:as c tio t.aiz, que ~ú ··onbce•Jra•ll·da despou
um dos mnis bttmildt.>s rL•p t·o,;cnt ;oute~ (111111tos ma fei ta, CJ lWtulu ~~8t!S n:ados c;thil'lun :m m~r. O .
11d0 apai'adol ); faltd · CQIII ft'llDtJ II••za 3 UIÍIIÍ::<II'IIS Jlt"OCI!tlilllC ilto des~cs ministros cr:c a prova do
311$ qunes Jl re~ to ~ mais dt·cill ida c siucc•:a Qll:lllto hw i:un tl ll~l:ido ns.ntlriiJUiçües d11 :tssl!m·
adhe~ilo, ~IOI'tjO~ veJO uclles u r~u lt~du da nwts !Jié~ .get•ttl, c u sua tlscalisaç:·•o DI!$ de$pezas pn·
feliz crombiu:tçM pnt·lnment3r (ap<Jt<ldt.is ), t::t(JUl. blk as. A OJ.tJiuSif,'àu liucral de então cumprtu o
de >Dii>f:•zer o amor JlrtJprio e as cxigc nciu~ de seu d•:I'Cl\ JH'ol\i:;:mdo Ines n lm~os. .
nos~o vnrtido: port]ue v~jo n e ll c~ n rcprcst.'ll· E111 Hli(;, cahiu n•.o m3t', do um dos estn\91rns
taç:io dos prmeit•ioslibcrnes •tne .se m:ham in" ·de Fr:11w:i, o segundo desses nuvios, o Javary,
scripto·s oa baude rn do pulit.lo,no Indo de outros comm:.n'tlnuo enliio pelo di stincto capit:io de
de :~!ta moralidude (o.poiudus),. e ainda l''?~''lue frngutn M:crques Guitnariies. Genheceu elle, na
vejo nclles a · expr~ssao <1:1s rP-fonnn~ soctucs e e:q,;•ri"cncia tJo mouitor, (JUe oste govct•nuva mal
políticas de que teuws a muis palpitan!c •~ect·~­ c l'I'OJ •oz ce rtu ~ :•Iterações no lt:me : . u governo
sidade, ti fren te dus iJU~cs ha de ~alur. daqu1 ,_ demilliu t•s,;o ofll cial, porc;m -nwntlou t·uzcr as
.... muito brev<', a da cleiçüu dircciU çom o (lre~ti~:til' al Lt' r:··~-õcs nu lcmu, que ello )JI'OJIU1.~1':t _; c,apezar
. C fot·~·u IIIUI'Ui · jmJiS!Je"ll"~Wt· i~ l'~r:t JlCDc\rar O~ tl··~sits :tllt· r~~uos. o m vio n:lo pltt.le umprchcn·
· llumiJI'l\eS UO St!llndt•, olldt~ l'OilliO l(Uil II ÚU Sl!l':i Út'r Vl:t !>•'111 (JUI'U O ll!J.'~O j)t)I'(O Si'lll CuruhoJO •
vnzm1:• no moltlt• ··~li· ~ i to c acuuh;odo em IJIIC se () Ja,; •l't/ :t<tni dwgu u ··m bueiro clc UsiC e,
atroJthian• "' mab h•gttim ;~s {ISj!i.t·;u;ücs da lHtt;ão. J)lllll'O tt.•uip•J rl t•pui ~, llllltltJr:llll e rctl u:t.il·am o
(llfuito bc111 l .v,,,,,,
1~111 t 1 . . l"~"s "al •JIIc \l'll·. ia, ao pon to t.lc nioo ~:hc gm· [l:.' ra ·
(0 orador fi çQifljJrillll't1! u/o por mn•'to.Y St·s. de· o scrvio;ll •lu S •l<~ · Cl>II>CI'\'UIJiiO. Aualu mms:
putados c pelo Sr. ntini8tm e,cla 1/ICII'infta.) um machin1sto., CiUC viera do l~rnn~n contrat~do
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:4 1 +Pá gina 1 de 28

Sessão em 28 de Maio de 1880. 281


para ensinar aos nossos mochinistas o manejo ficios, para a defesa tlo paiz, para :J repulsa de
do complicado machlnismo dos monitores, aqui uma lnvosno.
estove mezes, c retirou-se sem ter dado uma sú Concluindo, declara que· nõo quer 11 paz
lição. nrmada; quer g:ue o paiz disponhn de meios
No mesmo abandono esteve.o Bolimuea, o pri· para se defendei' de 9ualquet' aggressiio, e
meiro monitor encommondado. espera que o nobre mim~tro da mnrinha ·lhe dê
Quando, em Fevereiro de 1878, foi encorpo· os esclarecimentos que solicita.
rado esse monilor á divisão do Darão da Pns· A discussão fica adiada pelabora.
sagem, as macbina~ funccionaram com dífficul·
daile, e go\'ernou o navio tilo mal, ·que abalroou O Sn. rnESJDil~TE dá para ordem do dia !8
com um lúgar inglez, cansando-lhe g1·andes de Ittaio :
avarias. :l. • pcr.i'te (atrf { IIOI'a).
Fez entiio novas alterações no leme, mas
desAns altern~l:ies não se procedeu a cxperiencin Vobtçiio do pnracer n. 13,. rec!mhecendo 1lcpu·
nlgumn. tado pelo Rio de Janeiro o Sr. Pedro Luiz
M:ds tarde, o nobre ex-minislro da mn••inba, Pereira de Souza. ··
tendo dado ordem para a:Jbir esse navio, todos 3 .• discussão do proj ecto n. 306 relativo no
sobem o que o.ccorreu. Depois de laboriosas professor de musien !!lu\hias Teixeira.
experiRneias neste porlo; o monitor sahiu e o resto das materitts designadas pâra a t.• parte
desgovernou no alto mor. Por muitos dias o da ordem do di.n 26. ·
população da cõrte esteve inquieta . pela sorte
àaquelle Yaso da nossa marinha e de sua tripoln· 2,• prJrte (a :1. !tora ou a11tes).
ção. Por fim, foi elle encontrado por um dos
muitos vapores mandados em sua procura, e Discussiío da in terpellação do Sr. l"ernando
vohou rebocado para este porto . Osorio ao Sr'. presidente do conselho.
Pede ao nobre ministro dn marinha esclnre· Continuação da !.• discus~ão da propCISia de
cimentos sobre esse facto, e sobre o desUno que lei de forças de mor.
o go\'erno pretende dar nos dou~ monitores, As materiM designadas pnrll !G.
porquanto o seu relatorio nada diz 11 respeito.
Nesta e na sessão antaceden1e, ouviu dous Levantou-se n sessão as 4. t;i da tnrde.
discursos sobre o estndo da nos~n esquadra, que
nio siio mais do que a rc!Jetiçiio dos que tem s1do
proferidos na camara. eu1 ses~iies untorlores. O
nobre deputado pelo n1o Grlinde do Sul figurou lleeiiAo em ll8 de ·Mnlo de 1880
a possibilidade de um ciJnflh·to com a republien
argentina, e o nobre deputndo pela Bahia In· 1>1\ESIDENCU. DO Sn. VISCONDE DE l'RADOS
slsUu nas meamas conjcetur11s. ·
SUMMA.l\10.-ssrntt:rrB. - Ob$onnçiio• o ro~uorimontu
Quem est11dar os negoolo~ do Rio da Protn, do Sr. Froiloo Coutinho.- Ob•urvoçvoa do• Sra. Jornnymo
ba d!' convencer-se de qnc olll se fo& n 11ropn. Jnrdlftl • So rgio de Caal"' .-•at"ttll.. PUTE u ••••• oo
1>1... - · Al>provuçito do 1•roJcclo n. ~3 do i880.-lnf3•
ganda, de resultados multo serios pura o Bruil, monto o po..• do Sr. l'ouro Lul&. -:•• di•eu•oilo do pfo·
da annexaçlo da republlco oriental e do Pnrn- Jacto n. 300 du 187~.- Ob•ortaçOe• do Sr. Condiuo do
guay. Essa propagando, qhe d apolr•da por po· OJluiM.- ~moudn•.- Obsorvaeiioo c requllrimenlo do
JIUcos populares, pód~ vlr n ser t'f!PI'llsentndn no Sr. Joo•Julm !:iHta.- Ob•orraçüoo dos Srs. Canulda da
OJhoho., Zóltna~J'oatplhn Serra e S.;raph.ico.- lnttr(lclla..
governo argentino, e por Isso deve cnusnr·nos .;ao tlo Sr. 1-"o·t•uuuLo O!!ório.-Di.$curso~ do• Srs. ~ornando
upprehensiles. O•urlo, Slaul•~ ( t'rool~cnta do colls<lho) o Sllrcira
MatLins. ·
Em negoctos tnes, a lndllt'erenço foi sempre
um grande rnal, e 11 guerr& do Poraguay devia A's U horna dn monhã, feilart ebnmada, ocha·
ter-nos servido de doloroaa llçil.o. E, inteiro· ram·se presente~ os Srs. Visconde de· Prndos,
mente contrnrio â politica de intervenQãO, mas Pompeu, Danin, Dul'os Pimentel, Costa Azo·
niio quer que o governo se mostro indifferente a vedo. Prndo Pimentel, Viriato de Alcdeiros,
uma politfcn que póde ntreclnr ti'io serinmente Abre'u e Silva e Antonio de Siqueira.
os nossos Interesses~ deve acnulelnr :wonteci· Compareceram depois do chnmodn os Srs. Sal·
mentos po~slveis. d:mbn Mnrinbo, Rclfort Duarte, Sinvol, Fran-
O nobre deputado pela Bahin toi adiante nas kliu Doria, José Basson, Freitas, Rodrigues .Ju·
suas apprehensões; entendendo que o governo níor, Joôo Brigido, FreitM Coulinho, Liberolo
devia esforçar-se por construir mais nav10s, Darrroso, Tlteodorl.)lO Souto, Hezena C~valcnnti,
J!Rra nugmentnr o mnterinl da armadn, o refor· Metrn de Vasconcellos, Manoel de Mugalhiies,
mnr os que nctualmento niio podem servil·; Souza Carvalho, Soares Brandno, Esperidião,
O conselho naval na irilporlnnte consulta de Ribeit·o de Mencze~. Espindoln, Bna·ii.o da Eslnn-
u. de Dezembro de :1.879, declarou que o mate, cia, Monte, Znma, Prisco Parniso, Ft·oderico de
ria! fluctuonte precisa ser qu~sl todo renov:.do. Almcida,Bulciío, Ildefonso de A1·nujo, Almeida
A ser assim, entende lnrnbem que se devo Couto. Ruy Bnrbozn, Rodolpho Duntns, Amcrico,
nUender 11 osso parte dD ~erviço publico, muni· Souto, Aznmbuja lllelrclle~, llot·tn de Araujo,
restando os approhens<les que es~a sltunçüo Frouço Clll'Vlllho, Andrntlo 1'inlo, llczerl'll do
ariginn, em ve.t de occullnl·os, dircndo que niio Menezes, Daplistu Pet•oil·o, Jo;ó Cnetuno, Can•
ha dinheiro. Si niio houver dinheiro hojo pnm dido ~o Olivclrn, Mnriauno dtl Sill'll, Carlos
previnirmos hoslilidndes possivcis, mnts 1n1·de Alfonso, Corrca 1\nbcllo, Lotll'enço do Alhu·
1eremos de procurai-o a h·oco de todos os sncrl· quorque, Mnnool Cllrlos, 1'hcophilo Ol!onl, An·
Torno [,-30,
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 10:4 1- Pág ina 2 de 28

282 Sess!lo em 28 de Maio de 1880•.

tonio Carlos, ~rartlm Francisco, Olcgario, Jero- ram abandonadas um não peqneno ·numero de
nymo Jardim, l\lalheiros, Sergio de Castro, Sil· casas. .
velra de Souza, Cnntargo, Fernando Osorio e Creio mesmo que ·do governo proTinelalse ·
Diana ~ · pediram providencias afim de garantir a pro-
.Compareceram de~is de oberta a sessno os priedade, que assim Ocn ao desamparo .
A serem ex~tns esl:ls noticias, Sr. presidente,
Srs. Costa Ribeiro, Soraphico, Serra, Silveira
Martins, Theodomlro, Soaqulm Nabuco, Augusto e o
portanto real facto, que exponho á camara·,
cu des~jára que o governo me Informasse quaea
Franç:., Felicio dos Santos, Leoneio de Carvalho as med•das que tem tomado ou pretenae tomar.
e Franco de Sá. , · . ·. · a respeito. · . ·
Faltaram com participação os Srs. Affonso Agora uma outra ·I)Uestiio.
Pemia, Aragão e ~Jello, .Alves de·Araujo, Atue· Nestes ullimos dtas a auenção da cidade do
liano Mngalbãcs, Flores, Francisco Sodré, Fer· Rio de Janeiro vive preocc)lpada com um semi.~
. reira de Mouro~, Florencio de Abreu, Gavião tecimento, que póde trnzenonsequenelas muito
Peixoto, lgnacio 1\lnrt~ns, Macedo, Mello e ~lYim, stiri~s para o thesouro I) para os habitantes deste
· ~lello Franco, ftlartmho Campos, Morc1ra de capital. · · · .
Barros, Moreiro. B1·nndão, Souza Andrnde e Aind:i não ha muito tempo que se inauguraram
. F'abio Reis ; sem ella os Srs. Almel~a Barboza, .no meio· das aclnmnçües de nós todos, as obras
Beltrfio, Cezario Alvim, Couto Magalhãesl. Epa· para o abastecimento d'agua ; pois parecia que
minondns de Mello, Franco de Almeida, nede· seriam brevemente e~tincta~ todas as cnusas que
rico Rego, FideJI.s Botelho,. Gnldino, lonquim tão directomente têm concorrido para nllmentar
Breves~ .Toa9uim .Tavar~s, Iosé Mari~nn.o, Jero· .n secea que periodicamente aiDige eg&:i popula-
nymo Sodre, LUIZ Fehppe; Marcohno Moura, eão·; accreditava-se que as. condições hyglenicas
· Manoel Eustaquio, Segtsmundo, Souza Lima e desta cidade tenderiam a melhorar consideravel·
Tavares Belfort. mente. ·· · · · .
Ao meio dia. o Sr. presidente declára. aberta a Infelizmente pelas folhas dlari!IS, hoJe publi·
sessiio. ondas, sabe·se que o reservatorlo do Pearegulbo
E' lida e opprovada n aeta da sessão antece· apresenta varias rendas nio só em seu leito
dente. · - como nas muralhas e arcos. ·
A ser assim, comprehende V , Ex. Sr. presi·
0 SR. 3.• SECII.BrAnto, servindo de J,o, dá conta dente, que nKo me ê dado ficar em shonclo, pois
do seguinte: que, alem de tratar-se de um assumJliO, qna
mui de ~rto diz respeito a esta cidaile; elijo1
B.VEDWITB • legi\lmos Interesses me desvaneço de repre•
omcios: . sentar, tro.ta·se .de .obras que multo dinheiro
tem custado oô thesouro e qne si por uma
no mlnistario da ~uerra de itJ de !tlalo cor· even~ualldade CJUalquer tivessem de Ooar inu·
rente, restituindo mformado o requerimento tilisadns1 seria tncaleulavel o prejulloque iri&
em ·que o i.• tenente reformado Joaquim Lui1 pesar soDre o: fortuna publica. ..
M.anoer de Iesus pede melhoramento de reforma. Declaro a V. Ex. qus n5o quero neste mo·
-A quem fez a requish;~o. · · .· menlo nventur:.r julao de qualld11de alguma ;
Do presidente do coUeglo eleitor~ I do S.. Josci desejo apenas quo o governo me preste os es•
d'EI·Rel, em llllna~ Geracs, remettendo copill cláreclmentos uecessarios licere11 duta questio,
da oct., da elolçào que aiU se procedeu pl\1':1 p:u·a o· que terei de formular o meu roque·
preoneher a vago de um deputado geral.- A' rimento. ·
.eommissiio de poderes. · . · o Sn, PnEstD&NT& : - V. ·Ex. formule os seus ·
Requerimento de Lulr. Augusto Ferreira do requerimentos e monde-os li meso. . ·
Almcula, thesourciro das loterlu.s du. côrte, pe·
dindo rcvorcão do imposto lançudo pela lei Vem à meso, é lido, apoiado· e adiado ·por ·ter ·
n. 19i0 de 3 de Outubro do 18i9, e olferecendo pedido o palavra o Sr. Baptista Pereira, o 88•
li consideração da eamara nlgumns proYidencias guinle .
e planos, que julga de nenessidade se adoplem.
-A' cominissão de orçamento. lleqt~el'imenlo.

O Br. Frelta• Coutinho (pelao1·dem): Requeiro que SI! peça ao goTerno informações
-Sr. presidente~ si nto que.não seac6e na casn o ácercn dos atreitos, que na cidade de Vasso uras,
nobre· ministro uo imperio, o qual me poderia tem produzido a ep1dcmla que alli esta gras·
·dar nesta occ.,si5o os esclarecimentos de que sondo; e úcercn dos medidas que o governo tem
:. careço, para. que se possa conhecet em toda ·a sun lomado para minoral.os.
·extensio um T3cto que reputo grave. Rio, %8 de 1\laio de i880.-:- Freila& Coutinko.
O S11. FRI!.IllRICO DE ALMEIDA :-.Aind~ nfio está Vem ú mesa, ó lido, apoiodo e adiado por ter
reconhecido. pedido a .palavra o Sr. Jeron}tmo.lardlm, o se· :·
· · o si\: FRBti.\s cOümmo :~ttias tein &:cadeira gninLe . ·
. de ministro. ·
Na cidade de Vnssourna, como noliciam os. Begt~a l'itMnto .
jornaes d~sto cf1rte, grns$a uma epidemia sério :·
o torl'or . Stl apoderou da populaçõ.o, e em tal · Requeiro que por intormedio do ministerlo
grau que se fecharam algun~ Otllabelecimcntos, uangricultur:~ se prestem todos ~ esclorecl·
.. sust~enderam-se os trabalhos .. do Coro e fica· mentos a ruspolto do que oceorre ucerco do re·
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 10:41 - Página 3 de 28

..•.
Sesslo em 28 de Maio de 1880 t
servntorio do Pedregulho, que se acba nmea~do O rcsullado, Sr. presidente, desta vida :~pos ·
·de desmorouar·lie. · lolica e verdadeiramente christã, toda de dedi·
Rio, 18 de Maio dt~ !880.- Freíta1 ·Coutinho. caÇão e saerllleios, Coi a perda de saude e a
ex1guidade de recursos. Nlinc:a o reverendo pa·
O er. deronymo daPdlm (pela roeho rez do altar balcão, e ns proprla~ legitimas
ordtm) desejurio responder já á materia do re· gratificações eram e são por ene coiltlnoamente
querimenlo do nobre depulodo. . despensadae . . ...
E' ulilassumplo que interessa Gxtremamtmte Hn poucos dias, Sr. pre.sidente, tl ve a honra
.. () pn.blico, e, na qualidade de dircctor que roi de olferecer á consideração da casa um proj eelo,
daquellus obra~. eabe-lhe a principal resP.<Jnsn· as~ignado pela deputação miiteirn, auloriznndo
bi!ldade · dos factos occorrídos. Nilo desejando, o governo a conceder a jubilação do conego
porém, interromper a ordem · dos trabalhos da loaqnim losé de Sani'Anna ·na cúdeirll pnrochial
camara. pede â cnmara se digne coneedt!r-lhe da Creguezla de Nossa Senhora do Pilar, de On.ro
urgencia pnra no primeiro dia de seai!iio dar Preto, a si confiado ba largos annos.
expllcnções sobre a materla do ~uerimeó.to do O projecto; infelizmente, não teve ainda anda·
nobre deputado pelo Rio de.Jaoeiro. .. -mento .e como é de justiça queasoa solução seja
Consulto.da a camara, concedeu n· urgencio. rapidn, porque os annoe do vjrtuoso.poroebo se
pedida, · nugmentam e os tr:~balhos da parochia são exces·
si vos e euperto·res ás soas Corç:~s, aprovei lo-me da
O ll!lr. Sergio de Ca•t.ro (pela ordem) occnsião em que se discule uma medida quasl
similnrp~rn apresentar, como ndditivo· ao · pro·
vem renovar o requerimento que te'"e a .honra jeto que offereei. .
de oll'el'ecer á eamarn na ultima sessão. Nes8e
. requerimento pedia urgeneia para no primeiro A annuencla dest:l casa a uma tal autorização
·dia de sessão responder ao diScurso do nobre ~um ael~de Inteira justiça (m_uitos apoiadot ),que
depuU!do por Senta Cutharina, relnllvamente á •mp.-.rlara o solemnereconheclmcnto dos grandes
questão de limites entre nquel~a provincia e a servi~os prestados por aquelle emlnenle cidadão
que ~lle represen\:1. Renova p_ois hoje ~ sou re~ e dishncto (llltoeho,llonr:i e modelo da sua·classe.
quer1mento e pede 30 Sr. pres1dente.que o sub- O Sn. Tm:oPHILo OrroNr:- E um sacerdote
rnella óvot:~çiio da camnra, visto como no ultimo muito dislincto e multO respeitava!. ·
dia de seasio llcou prejudicado por não haver o sn; CoRREIA RADELLO :-Apoiado.
numero sumeiente para que rosse elle votod.o. ·
O Sn. CA:.'DJ»o . DE OtrVEJRA :-Espero qne a
Consultada a ..camara, concedeu a urgeneia camnra. nlio recusará este· favor a quem tantos
pedida. . -. serviços tem prestado.no Estado. ·
P~DWRA PAllTE DA ORDEM DO DIA. O Sn. Sanoto os CA5Tl\O :-E' tim aelo da
maior Justiça. ·
· E' lido e approvado o parecer n . t3 de t81i0 .UutTos Sas.·DBPUTADOs IJA PllOVINcrA- Il& ll"lfAB_:_..
concluindo que eeJa ·approveda a eleição primnria -Apoiado ; multo bem. multo bem. .
da parochla de NoSSII. Senhora do Deeterro de
ltamby e reconhecidos os poderes dos respeell- São lidas, !ipoiadas e entrnm conjunetamen\e
vos eleitores.; que seja approvnda o eleiçiio se· em di3cussiio, as seguintes
eundaría de todos os colfegios da cOrte e pro-
víncia do Rio de Janeiro, com oxcepçlo dos de .E.U:SNDA.S
Sapucalo e Rio Bonito ; e 8nalmente, que sejn
reoonhectdo e declarudo ueputado o Sr. conse· Q11e se con~eda l!!'ual favor a.o conego José de
!beiro Pedro Luiz Pereira de Souza. Souza Borbou, V1gario da Creguezla do Bom
lllllus de .ninas, no RiG de Contas, da Bnhia.-
. 0 Stl . J>BJi:SIDENtB declara deputado peta pro•. Zama. . ·
Vincla do Rio de Janeiro o Sr. conaolbeiro Pedro
Luiz Pereira de Souza. Conr.edn·ae lgnol favor ao cbnntre F~nelsco
lostl dos Reis, _proressor da cadeira do gramma·
Ach:mdo·se na sala irilmedialn o dito Sr. de· tie11 rranccza do seminario episcopal de S. Lua
pulado· Pedro . Luiz, o Sr. presidente convida do ~Iaranhão. ·
os Sra. 3. • e .~.• secretarios para o receberem ú
porta do sal5o. Introduzido no salão com 3s Paço da cnmaro dos deputados, 1880. - loaé
formaHdades do estyto presta juramento e toma Bru3on. ·
assento. · lg11~l
favor ao vigario de Villa Bella, Manoel
Entra em 3.' discussão o projecto n. 306, de Lopes Rodrigues de Barros.-serapMco.
1879, autorizanM o governo a jubilar o pro-
fessor de musico. Mathias José Tolxelr~t, com 11s O Sr. Joaqubn Serra :-Sr. presi·
emendas. · dente, a menos gue nilo seja uma grnnde lnu\ill·
dade a commisSM eleil;l por · es\11 casa paro dar ·
O llr. Candldo de OUvelra s-Sr. parecer sobre as petições rorercntes a pensões e
presidonte, o viguio do. p:.rochio. de Ouro Preto, ordenados (apoiatft.~s) , não sei como sejam volll.dll
conego Joaquim losé ~~~ San\'.Anna, é um dos emendas no Benlido das q11e são agora apresen·
mais dislint:tllll sacerdotes deste paiz. Dur11nte · ladas,' sem que ·hnja petição dos interessados, e
U ~nnos tem elie sido curo d'almns, e a deputa· pnra nos sujaitnrmos o devoluções con8tontes
çiio mineiro póde dar !eslemunbo de seu desin· ao senndo, di&endo que fnvgres des'a ordem
teresse e caridade evaoselicn. (A.poiados.) . não s~ fazem, sem quo sej:un pedidos. (Apoiadot.)
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 10:4 1- Pág ina4 de 28

2tl4 Sassão em 28 de Maio de 1880,


A commissiío de pcusües e ordenados cst:i OSn. f:ANDIDO DE OLtn:m.\:-... elln deelnrará
informada de que algun~ dos indlviduos por ~i é ou nilo verdade que o Sr. conego Snl1& 1
Anna
quem- se intere~sn essas emendas tíim razlio, e está inteiu_mente nas condições de roceber esta
qne as suas petições estão Instruídas com rnuilo romuneroçuo por p:arte do parlamento bra:r.i~
llons documentos; ·-jlort:mlo, a commissão ·não leiro. (Apoiado! ;) · ·
estará longe de conceder o favor que se pede; O Sn. CoMEtA R.uELLO:·~ E' um facto no·
mos bn outras eniendas, que não derivam de &orlo, ·
J'equerlmentos, e nns quues não se vê uma in·
form~ çi!o rnvoravel áquelles que desclam ser . O Sn. Ssn01o os CA.arno;-- Está lnteiramento
· atteodl(los; nmrma-se que alio fnnceronarios nas condições.
doentes ou incapazes de continuarem no serviç''•
mas, entretanto, não rnzem chegar omcinlmente
o Sn. CL,'l>IDO DI OLIVEIRA.: - Cidadão emi·
nente, de elevadas qualidades eiYicas e priVIl•
, a esta casn semelhantes allegações. (.4.poiadnB.) das, verdadeiramente dedicado' 110 saeerdoclo, do
A commissão de pensões e ordenados pede, que é um ornnmento, tem encanecido no serviço
Jl,ois, ooslllustressi!(n!ltarios destas emenda ~ ttue,- do culto.. .. . . ·
st têm documentos, mda . mes111o sem pcttçoes,
os remenam á commissão, ~IIm della dar o seu OSn. Ssnoro DE CA.sTno:-Apoiado. _ .
· parecer·. · . O Sn. CANnroo ns OLJVEtiA.:- •• . e hoJe que ·
· Portanto, venho requerer n V. Ex. , Sr. pt•e- os annos pesam sobre si, cumpra o Estado um
sidente, que sejam remettitlos á commissiio niio nobro dever, provendo o SOCfll'O e descaoso de
só estas emendas, como todos os docnmentos que quem tanto o hn seryido e qne IJ<!r S)l&S virtudes .
a ellus se referem. Do contrurio, a commissiio e caracter tanto honra -:I terrll. tntnetro.
julga desnecessario est~r dalldo pnreceres sobre O SR. SEI\GJO . DE CASTRO E OtiTl\OS sns. DEPU·
um:a espccie diver~. parti,no dia seguinte, serem TADOS :-Apoiado.
addicionados ao projeeto casos dilferentes, que
niio rorain de mo!lo algum eslndudos. · O SP.. CANDtDo Dtt OLJ.-JIRA :-E tànto é este
V. Ex., pois, me dirá si é preciso formular o pensamento gerol que, quando se discutir o
este l"Oquerimento por escripto, ou si bast) projeclo, eu ·não me limitarei n pedir simples-
fazcl-o verbalmente. · mente a esta augusta camara a eoneessiio dll
O Sa. i>assJDEIITB dia que por escrlpto. juúllação da congrua, mas sim quo ella seja . ·
elevada de modo que bnja compensação tnmbem
Vem li meso, ó l ido e apoiado o seguinte .pelos prejuizos que solfreré o parocllO, perden-
&qturif!Unlo. do os .rendimentos da sua .estola. (.Apoiado. '
ctj)(lrlfl.) . '
·. Requéiro que, som ·prej uiso dtl projeelo em Neste senlido formularei uma emenda ele·
discussão, sejnm enVI3d:JS ú comOJilsõo de pen- vondo o somtna da concessão pecunlarla. Creio
sões e ordenados .as out1·as emendas e docu- que o commissão nilo. pr.,clsa ·ler preaeotes pa·
mentos que a ellni! se reterem, afim de serem pela ou dor.mmmtos que J)rovem os servfços
·formulados proJcctos especiaes sobru os dllfe· prestados pelo conego Sanl'Anna : elles slo de .
rentes pedidos.;.....t. Serra. ·. notoriedade publica... .
O •r. Candldo .d e Ollvefaoa : - o Sn. SEnoto &>B CAs'l"llo : -Apoiado, .
..Sr. presidente, não me opponhono que requer O Stt. ·Curo1oo u Oun:tl\.\ : - . . . e no selo
o·nobre deputndo, me01 uro da commissiio de da -commiuio fl11ura um disuncto mineiro, o
pensões e ordenndos, porque entendo que é meu amigo Sr. Galdino das Nevea, qua póde
realmente conYaRiantc quo l'stes proJeetos muno bem informor ao digno J'elator .da com·
passem pela commlssiio ( ·a.poiacht ) ; de outro mlssiio do qunnto ti merecedor o dlsllncto ncer-
maneira ns commlssiies p er manente~> aA conver· dote dll que se tu ta. (Apoiaclol_t apar·ttl .)
leriam em verdadeiu ~ s10ceurns e Inutilidades. Olir;o conlcsto~s ueste recinto, pondo em
(Apojadot.) Assim peul'~tndo, aproYOtto-ma do
ensejo para responder algumas dos considet'D· disc duvida a rogulnrldade do projecto. Aguordo a
ções de S, Ex. ao fundamenlur o sen reyucri· vctilencla tusiio do purecer poro mos trar nlo só·o con·
menta . da concoWio; como para responder
Disse o nobro deputado, que muitos das pre- ás objecç~es que lhe forem oppostas.
tcnções foram npresentnd3 ~ neste recinlo dos·
ncom·panhndasd() requerimentos ou pedidos dos · terOvisto Sr.Zama :-St•. presidente, depois de
o projecto e 118 emendas, cston admi •
interes>:Hlos, c de documentos que provassem . raclo de qne o lmpugnn~ão de! las. pelo nobre
os serviços 31lcgados, e j ustilicassem a graça ou memúro da commfssão de pensões o ordenados
.coucessão. ·
· ·E' verdado S•·. presidente, qne o eone:ro tivesse sido f~ita do modo por que o foi .
Joaquim Josd .do Sant'Annu (um daquellcs do Si o nobre deputado, tt·atando-se de um pro·
que se trnh), cstú nestas condições, S. Ex, si jecto quo tem por llm npoSéntnr um professor
.. não . mondou requerimento . a esta asset'nbléa, · ilo collegio da Pedro ll tivesse allegado.que não
.nnda pede ; mas 9.uanto ã j ustiça da medida que · eram cobidns ns emendas de oposantaçiio de vi-
oiTereei, elta ~ tao pnlpllante quo só appello gnrlns em se melhante projecto, eu compreben·
para u lllusLI'(' dcputaç~o mineira ... derin !Jcrfcitnmonte, portjue nós nlío temos no
o sn .. TI!Ei,li'IIILO 01'ToJ:-'t:- Não podem h:~ver paiz ci alguma que autorize semelhante me·
du~~ opiniõtJs :~ t·o~IH!.ito ua justiça dessa causo. did". . . ·.
(Ãpoi«dol. ) (MuitoB aJJOiados c trocat,.·u trlMitof apartei~) .
c~ara dOS OepltadOS- Imp-essa em 2710112015 10 41- Página 5 de 28

... . ~ '•· .....


Sessão em 28 de Maio de 1880.
Si, portanto, se ollet:l"asse que niio se podl:im que o pelicionario, ·A ou B, está no caso do pe-
IIClmittir erneodu no projeeto para <~IJ08entnr um tíeionario C-a respeito do qual jó houve parecer,
profeasorbeu immedlatamenle e'taria·de acer1rdo nada inhibc a cummisaão a ctmcedet• um fuver
com o. no ·re meinbro da commissão; mas; desde identico Jquelle · com que o commlsaiio não se
que S. E1. nio atacou as emendas por este lado, pr~cupou. · ··
m11 almplesmenle pelo raeto de Dio ·ter sido Entendo que, no caso _presente, as emendas
ouvida a commissiio de pensões e ordenados 11 nllo podem ser aceitas, DllO por niio ler sido on-
respeito destas emendas, eu lenho o direito de vida a r.ommissio de pensões e ordcnodoa, mas
fa&er-notar á cnmar11 que uma destns emendas porql'te se lr<~ta de materia dlft'etente do pro- ·
traz a ns~ignntura do nobre membro da com· jP.clo, e nestas circumstancias r etiro a ·mmha
missão. emenda. ·
O Sa. JoAQUIIf SBII.u:-Foi anterior a essà. Os meus collt•gis proeederõo comoenhmdereni;
O Sa. Z,ur.i:-E conseguintemenle S. Ex. certos de quo, em lfUOiquer OCC;taUo em que se
nio póde e.~tranhar qutl seus eollegns pnti· trDte de ma ~ erla ld~ntiea, tomarei 3 liberdade do
quem o acto que elles · proprios, como 1nembros rellroduzir a emenda que· neste momento re·
da commis$ii.O, julguem regular praticar. Aqui uro.
está â emend:i assignada pelo Sr. Joaquim Serro, O ·grande lnennveniente disto est:í em se
concedendo·.igual favor ao conego Reis. · augmentar o orçamento com despezas flxns,
O Sa. JoAQUlll SBanA:.-Eu explicarei. soJm se calcular .donde sahini o d10hefro para
esLas desp~:zas . ·
· O Sll. ZAMA:-Porlllnto, o direito é Igual pora
-todns. S. Ex. naturalmente, conto membro da n ~r. Joaquim 8erra (peJa ordem) :
eommisSiio de pensõe3 e ordenados, recunheceu -Peda a palaVMl pela ordem para enviar á mesa
os grandes serviços preslados pelo ~ouego Reis, os documentos a r1ue se refere a emenda .de que
e nestns clrcumslanciasapresentoua soa emenda; sou signnlal'io. Estes p:rpeis, que sõo peLtçlo do
o nobre deputado por Mlnu , · conhecendo lnteressadu e documentos com)Jf'obatorios, esta·
lgualmento o mereeimentn do conego Snnt'A~;~oa vam em poder da commlssio dé. pen!iC!es e orde·
e serviços prestados ptlr eu~. mnndou igual nados, c fui o vista delles que assignel a emen·
emenda ; da mesma rórnia eu o fiz em reloçio da que mereceu os repnros do no))re deputado . ·
ao conago José de So.liza Barboza, da província pela B:rhia. lill)a vez, porém, queS. Ex. t•are·
da DahJa, gue todos os nubres deputados d~ ceu censurar es~e facto, cumpro n rormahdscle
minha provlneia conhecem. d t~. en.vial·os á mesa. Oest>Ja va que o mesmo se .
Ora, verlftcando agora que o projecto se re- Uzesse em relação áa _outras t!Men_dlll.
.tere a professores e niio a vl~nrios . declaro 3
camara dos Sra. deputados que retiro minhn O llr. Rewaphlco (pela orcb) abun·
emenda, es~>&rando oécaslio opportunn em que dendo nas conaideraçõea ft~ilas pelo nobre de_pu·
materla ldenllca se tr~te;paro então apres8olol·a, tado QUI' o precedeu, pede licença.para i'ettrar
m•u -·rradn a opinião em contrario da com- a emeD<I.a q_ue apresentou, declarnndo que o tez
_mlsslo. · . · -na persuaSIIo do que 86 tratnv11 de apos~ntaoi5es
O Sn. ALI!IIDA CouTo: - Então acobe·se com u vigarlos.ReserVIl•se, pois, para occaalào oppor-
tuna.
as commlssões.
O Sa. ZA!tU. : - O orgnmenlo do nobre o 8• . Candldo d4' Oliveira (tNla
deputado nilo prevalece, por~Juo, desde quo o ordtm):-Conro eu desejo que o prójeclo relativo .
re,lmento da eMa di. ao deputado o direito. de liO couego Sanl,Anna tenba umn discussão es·
apresentar emendas na t. • o 3.~ dlseussi5e~, e~ac peclal e seja ncomp~nbado do pat·ecer dn com·
dlrello nio pôde ser restrlcto pelo eXhl&uncia mi~siro, porque reputo esse projecto nm aelo
das comm~. (Apeicldol.) de Inteira. juslicn, peço ~mbem para retira~ a
minha emenda, anm de que ella tenha uma
. ( 7'rocam· ' ' aptJI'Itl.) discussão e8peci:ll. ·
Eu d'>Slo rôrma nlo posso continuar ; a cnsn _ co·nsultodn a camarn, consentiu na retlrtda
Dllo tem condcçOea acuaUcas, o · para mo ruer u~~ emendas que apresentaram.
OUVII' lenho Der.essidAde de Jevunltr ~ V07. de
modo que em breve mo inutillso . Senhore~, h~ O Sn . PR&stoJNTJ: :-Vni votar-se o projecto,
ou não ha direito de emend;~r os projectos em com a emenda apresenlada pelo Sr. relator da
1.• e 3.• di~cussõe,, 1 E' direito estabeleciJo na eommia~lio. . ·
lei interna deslo casa. o 8r. donqulm •erra(pe/a ordem) diz
O Sa. ALKR!da Cotno :- Issn não é ementla, é que é um do~ membros da commisoio e signa•
um enxerto no pt•ojecto. t::rrio desta emendn,m~s fez a emenda por ter em
· · O Sa. ZA.KA: -Si exiSte n faculdade da cn· sen poder os documentos que apresentou :1 mesm;
mara .votar uma emendo deslns e votnr muitns mos,como deseja que hlljn um processo tdentico
outras, Iiio póde esse direito ser prej udicodo para lodas as emendas, pede para relirar essa
pelo parecer dn eornmissio de pensões e orde· emenda.
nudos, porque, Sr. presidente, o perecer doa Consultado o comarn. rc~olve pela omrmativa,
commissues é exigido neslo reeiuto omqltnnlu fienndo prejudlcrrdu o t•cqucrimcnlo do Sr. Serra,
os deputndos nilo tum podido 1101' si formnr parn quo as emendas fossem u commhslio.
uma opiniilo 11 rc~peito dn ma teria; mns, d~~do
_que pela discu.ssil.o .aqui desta tl'ibuna se.provar · Posto a voLos o projec&O, nio rol approvado.
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 10:41 - Página 6 de 28

286 Sessão em 28 de Maio de 1880.


Sendo f -h_oú da tnrdc, entr:un no ~:tliio ·IJs lln llio Go·nndl' do Sul :-l .• anntdlrrndo os actos.
memLros do ministerio e · ucCUIJOIU os >Ous do seu (111(/!CI'.<XOI' rf'latiros !Í U«II·I'WI 1111CiOIItll '!
lognres. . . sr.- ,,re:;illenu•, o decrdo n . :ta9o de !O de
o Sn . rne:<iDENTE Jolclnrn que cntr:J em dis· Sete•nhro . de J~i ::J, Sl~l-(Uido do ~e u . respectivo
cu~s5o n intcrpellac:no do :5r. 1-"crnando osono re:,:ul:tme111o, o t.l~creto n. l'iõiJ de :H de Março
ae Sr. presidente do Mnselho. •le lSi.\, ÍHllurimu :1 reorganização da guarda
nadotHd no lmpct'io nller·ando n lei n . 7:!il.de
O lliJr~ Fernundo O..orlo; -Agra· :!5 1le Outubro dt~ 18all.
deço a S. Ex. o :Sr. Jirt~sidcnte -do cun~elho, a P·•r netos dll [j do Abril deste· a11no; o ex·
presteza et.m que nltendeu ao meu l'om•i le pnra l'l'e~ i•l e ntl.l d:c rucsma p!·ovincin nr. Carlos
vir re>J)Onder :i iuterpell:oç:', o 'lllo lhu dit'i).!i. 1'hconpsun Fl,lt'cs l'I~Org31liz:md o ~ guarda na•
. Rccoub ~ço mni~ .uma wz o: cav:olheir is1110 de d i>nal •!e P•>rlo Alt·g••e e de l'olotas ; fez liS
S. Ex., ao •1ual tenl•o sempl'e re~ IKI ' tdi!lo 1·om · IIOII It!:CÇI'>CS dos OlliCiae:! SUbalternOS e Cllpilàes
senl.i~eutos do .m:o.i> profu•H'o re~peilo c con~i­ pm·t~c 'oS c"rJHJs. · ·
deraç;to. Convtde• a -S. Ex. Jl:ll'il e~tn interpd- DeixaJHio jlOI'ém com •> gabinete de !> de
!aç5o porque, qu:tndo disc utiu- ~!) :111Ui o 1••·o· Janeiro :.1 t>l'e:ti•tcnda d:t província roi substituil-o
Jecto de re~posta á falia do throno, l'ui for~~allo, •• Sr. ))r. l:l~nritztl(l l~I·anCisco de Avila que é
Jl.Ot: fUCtOS anl~riures, D di~Cl:trnl' · tne t•m uppo- ncmalmcnte u IH'c~idcnte.
SIÇao. ao l!"n bmet~ .d~ :28 da !llur,;o que S. E~. Um dos prim ~ iros cuicl~do~ do actuol presi·
tão 1llgnnmenta 11inge. Funolnmcutei _esta l!liul!a drmto roi Olllllllltol' es~a~ nomeações, que o seu
op(JOSiçno em facto~ todos elie~ rcl :tti\'O~ a 1111· ;lllll' l"l'~$lll' havia r~ito, em uso dns &llribuições
nba provincla . O nobre prosiílente do cousclho, (!Ue lhe compolli!liiL
tendo occasião da re~lJund ,, r ao primeiro orn•lor Oneto do Sr. I) r. Henrique de Avila ó de 4. de
que occupou a ~Lte nçãu da caSD, não pód .. 10ma•· Maio, isl•J •', 2\ dias de1mis do ~elo de seu lln te•
em ~onshlera1;~o o ffiL'U (!iscur~ ; tod~via eu C\!5:'0 1' j t'ile õtDIIU lfO ll t'.SS:IS OOIUea~~ÜCS, depoiS
preci~ava que s . E!~: . man•f~h•sse com n sua llll'! ulll ci:te~ j:i tiull:nn tirado as s tt9S patentes,
opi.oiào Ct·nnca e decisiYa, a upinião do gabinelll tinham p:ti:(O et uulumentos, tinlw m 11restado
sobre os factos quo arlicule.i. ·· · . juramento, e :~ l gutis :ott) se haviam fardado.
Bevrescntante ua província do Rio G•·ande do ConmleJ·~r. · i o IJt·oec•dimento dn Sr. presi·
Sul, teudo nt·duu,; dev~res a cumpri i•, eucar- dente dn p•·ovino.• in illegal, e vou di st~ulil·o,
re~adodeumiuandalo para mim extremamente chamando tlll u alknç:io da illu ~trndn maioria
dillicll, eu .não (JUdia deixar· de ttssumini altitude e 1loS, Ex .. o :Sr. presid··nte do co.n~e.lho .
de oppo~rcion1~1a pernnte o g:oLioete i8 de Em q ne ~ll fundou o 3c.tual pre~f tJ,·nte do Rio
:P,I~I'Cil, uesde, qu,tl Opulitica que ~C iDDU!fiii'OII na G•·:tttde do Sul pa•·n nnnullur osilas nomeaçõ~s 'f
~Inhn 111·ovrnc1a com u subida do ~nhiMte, · Sr. IJt'esillenlc, cu potleri3 nnles de desen•
nao l.'ra a melhor: era o .política da ~narchi:t _ volver este tJOnto, le\':mtar umn prejudicilll e
. Nilo creia eila illus tril mniliJ•tn 'IU.t! o n~sum,ito IJ Cr~u ntar : Jlut l i~ o pl'Osidento l.lr. Avila, an·
de que vou tratar seja sern valor _ O que se null:u· ns t:otl\cnçiíes, tjUe uram ados consummn·
IJ:l~SII no Rio Grando do Sul ~ inteiramente es- do~ . do seu antecessor; :tetos palil'a • lo~ o !on vir•
traobnvel, e bem 110deria sncectler que os faeto.~ tadc do lei I)XIJ rc~:;a o t•! rlllin~ntc '! · N:i o; o ·
por m1m IJ:tlllttgn3dus se dessem nas proviucias J1re~id 1•nte Or. Avil::~, nfio podia :mnullnl' as
dos Srs. deputados . . · nome:1çoos· felt3s pelo S<lLL nntéeuur; ino s sim
Nn minha provincio, Sr. presld~nte, o gfihi- a•• gcl\:eruo l!~r" l t'OIOI~elin t111110.r cunhiJCiutento
nele iS de M;~rço collor~ou um od111inis tmdnr ,i os at~ tO$ tio I.W . C:~r ·los l~lllro!S crnm ou Utio
que e_st~ u~a ntlo de pre1•ot~nt!iu . quo vale-s•• da vallidus ·; llOI'(IIW, Sr. tn·c~ill•!Die, al ·u lm neo
poslçuo que OCCUil:l, pnr;, 8ati~ raz e•· enpri~h"~; fo'tl·:l, hBVel'i:l Ulll lluVo IIO(JIJt lllõl!l'eSliiiJCO ino•nr•
qUe truta do• ffioo0l8r l\ln:J po\iti.·n inteol'lllliCille n ::~d~ 11:1 pe~so :• tio 1 • rl\~hi•Hllc do IH'OVillcla,
OPJ)O~ tn ~ pülilicn de cHnciliao·;io, ole orolom u de que sem Ulll' ~:~ tist:u:õcs 11 nimJ:ooru, nem me~ mo
justiç:~, aqui onnunciada pcio nolJre Sr. pt'l'SÍ· nu [>ullo•· ~ llllll l' ior poLh!ria de,•lttir IJUe,lÕils a
. dente do conselho. · . ~eu b ··l· pr~z,•r, rcru:.t:tlutu ne tos p:. ss.~dos, pre•
0 Sa. SILVEIRA MARTINS:- Pf:\ÇO 3 p~lnvra. jurlit:audu ulli a in teres~··s IHII,lico;. .
Si o Sr. Ur . A,vi'n linha d··sejlJs de t•l'!ormnr
O .sn. FEHNANoo Oson1o :-Sr. pre~idente. o ~do ·de ~u unt•:cessor, om virtudl! dl! reela·
deseJo munter tl'do u c:llm~ nesta . discu8s:io ; 1n~çtio de al ·! Uill cir l :~ d:io p•·•·Judicn.io, o que 4!
preciso muito m:mtel·:t. ljnc (tevin l'o ze i'? .i nutnr 11 redamaç:io, com todos
J•orlonJo· si ai;,(UIIlll tJnla•·rn n~l.lera partida !lu o~ doc,rmento.<, t: remett•·l·os no g-u\'erno .gcrnl,
meus ln!Jios rür olfcudt•r os ou vh os rle licatlo~ da unit•o l't l lllpcl•.~ nll• 1mrn llcceolir o quo•slào.
hon1·~da moiorin, peJ:n·lhe Qlll~ . me dt•8culpe, llo!>dn que o l.lr . .Avil:• ann ullnu os netos que
porque lliJOI~II esleve .nem PSt or:í em miuh :~ in· · se tl :tnl··ces,:or:, C011sidcrava legitimo, estai.Je·
t~_!lç:io ofT,~ nd(lr 11 Jll!~s"a de 'luem qucr .cJUe H·ja. leL·en um ,·erd:tdciro . confllcto . .1!.: qnPm era,
- N11u ycnho _tr:•tn de p··r~on;tlidntks, venho trn - Sr; l.l''C ~ i dl~llta , o puder eum1odonte par·:. decidir
!ar ~umcn te do.que é de direito, do (JUC é de lll~onflit'to ? o Dt' . Avilu? N:io,, pur•111e ern o . ·-
·· ·- ] US~IÇA. · · · · ··
iuteres:<ildo. Mn uduv a (lnrtnnto o )lrincipio da
~Sr . prc~id c•nte, sem cnlrar em ma i;; divng:~· nrdoru, llu jn,: ti«.' tl, rln bun: dmini~u·n~:io, que
ç~~s p:m:oret a o ~cu p:~t·· mc do~ pontos que ru· l'o s~c u g-urt•run go •r:~ l pu r· intermedlo dtl S. Ex.,
ZCIH ()l.JJ I'.CIO ll~ llll llh:t llltel'JJCli:l(o:lO.. . . o Sr . lllllli ~u·o d:o ju,-liça.
lntc rJ•~Ilu :1 S. l~x. o :ir. JH'o•sio l ~ nlc do c~on­ M:t ~ . L'lll1'31l\ln :•g.. rn 11:1 aprcci .1\'~0 do acto de
scl lto : ~~ cousi oh·r~ J•c.~ul:or c di).: no til! :qHoiu du .i •k ·Mai•> ll11 .Sr. Ut•, Aviln, 111'1'1-(Unturci : em
gublnctu _o l>roccllimonto uo _uctnul _llf"usidunLc quu so fp.I\~OU S. .6;x. purp nnnullar ossQs llO·
c â"nara do s oepLtados- tm rr-e sso em 2 7101/2015 10:4 1- Pá gina 7 d e 28

Ses~o em 28 de Maio de 1880. 287


~e:~çliAS Y Dl~se elle rtue no · art. ~ d:~ lei de artigo é um período pertcito,um tDdo ·llarmonicD,
l&iíO, já citada por mim, o qual diz t[Ue a~ no· a~ suas p~rtcs lkam·se uns lis outr;~s, e si sê
me11~ões ole olhd :t e~ su!Jnltet·nos c cupit•ie~, p:ora iles l~car umn deilus inutilis:r· s~ completamente
serem legae~ , de v•~m ser precedidas de vror10stn o torro. e tlca nm dcsconchavo. · .
dos commnndrmtes ·dos •·orpos, de informação F.sse 11rt. .\8 tio lei de ·ts;;;o . em execusslio de •
do. commnndante superior e obscrvaneio. d3 or· tJois das· pJ·imdrns nomcaçõe~ que, foram justa -
dem gradual fio neces~o. . . mente as que o Dr. Gralus Flores rez, " que são
Sr. pre~idente , qunndo isto fosse verdade, livres, corno é expresso ern dispo~ições que nós
ainda assim o presidente d3 provincin do Rio encontramos na nossa legislaçi'io. · .
Grande do Sul n:io led:t rnz:io, porquP. o Dr. ~nhores, IICI<i art. 6." da lei de t8.'i0, a IJU&rda
Flore~, fazendo as nomo•:tçuC5 que f,•z;, reor)!O· nacionul tl '" bordln ~da ao ministerio da jnstiÇ3
nizava a sruur•la nncíonol, e em c:1~0 Jo reot·g::· e no pre·sldente da p!·oyíncia., e p~rmiU n 11 ca·
olzaÇiio é d•• livre arhilrio do prüsidente fazer manl CJUC 1! U leia o que dt~ se em po ttcn pa!nvras .
as nomeações qu·e julgat· convenientes, indcpen· um el>Criptor, refcrlndu·se a t~se acto dl~gal
dent.,mentc de quacsqucr rormalidades. . do Sr . Dr. Ueurique de Avilla (le}: ·
Cornobora•o, Sr. pt·esldentc, esta minha opi, • Qualquer que possún noo:ões elementares da
nião, em primeiro lol!'uri n~ nvisos de .\, de. adminhtra,·ão pulll • c~a sabe que em navas reor·
Janeiro de ts;;;; c o de 19 <o Junho .de t860. g:tnizaçõ ~ s- tle qu:tltiUer serviço, a acc;ão do go·
Aquelle dt·cl ~rn que em cnso de reorgaoiz~ção verno é tl c~im t u~dida na C!<Colha do pCSS03l,
o.5 primeh•:ts nom<•ações se fozem sc111 allenrter podendo :tproveilnr-se a aptid5o onde qunr que
11 proi•O~ta s ; o"te cstnbder.e q ne •Juanrlo ~e 1rntn c xt~l:o, sem a snbo l'dina~ão de consultas for·
de reor~onir.nr;ão , us nootnea çõe~ podern se.r fo.•ota;, çarl~s. ~e:n lntct·vençfio obrlgatoria de chefes o
nii.o "ó independentemente de vroposta corno ~ ub·chefl'S. •
tnmhem de accesso.
E' certo, e eu niio contesto, que o art. i8 . Voltnndo, porém, Sr. presidente, oo :.cto de
exige formalidades, isto 11, pro.~po sta dos com· lt. d'l 1\laio du presidente da rninhn provineia,
mnndantcs dos c~orpo! e lnforrunçiio do com· direi que S. Ex. uQ.nullou a~ nomeações rere-
mandartte SUtJerior e ordem graduai tio acces~o; rentes a guartln nacional du Por·to Alegre, t~ m· .
m~s ~se art. &8 n5o ·se applica :i reor~:in iza~:io, b~m pelos seguintes · motivo&, porque assim se ·
por•tue não h:~ que olieervar ·accesso ou 11r0• exprime:
moçao, tanto qne o art. 71, parte 2.•, det:lara • Pnrii·O 1.• batolbilo de infantaria do serviço
que na· promulgação da lei l'eorganiz:u'loro ncti\·o, t." d<t r ~sl'rva tle l'orto Alegre, L• secçao
pódem ser rcrormndns oudetnittidos 9S otnd:ws de b:rtalhiio de iur:rntMin da reserva dos subur·
existentes, conw parece1· justo ao governo e ao1 !Jios d~s t., C;J[Iital nio consta nesta presidencin .
pr~•idr"tt& . · 11ropoa11i alguma;· a si qualquer lnterferencia
As disposições dD nrt c\8 concernentes no pro. tiveram olgons ou tc!llos os c.ommandantes nas
v imento de postos são applkaveis nos offi. nom eaÇtil!~ puro seus corlJOS fot clla.sern car•cter
eines que !orem nomeaclos em l'Xecuçfio da l~i , olllcial, po rqttanlp o commnnd:mte superior a
isto é, dllpois I}Ue a guarda naclun;~l !oi reot·· tal reske1to não ·foi ou vido, nndu' lnrormou, nem
ganlzodn. · e:dslo j.tropDstas nos archi v o~ . scnd•J · 111iás elle
Considera or~nnizndo um cm·po ou eomra· o lnlermcdioriu necc~s nriu entre commundantes
nhia, co1mo se 1nduz do ·nrt. !li. dcerr·•to do :zg Je corp u~ c presio.le!l t8 Ja provineia. •
de o utubro de 1850, qunndo h\m sido emiJOs· A v••rd:ulo, senhore$, está nqul falha o cOD•
sndos OS officine> e llXeCUtarla COill pletumente 11 vem re~tabt!lilce l·a. A vl.lrd:~d" eu a digo, por-
lei. Pur óulrn (avi~o n. 81 d•l 15 do Fcv••J'c iro de quu casUulm•·ntll, por csLe lctii(IO em qu~. o Dr.
!850) um corpo não ~e co usldm·a orgnni1.:1clo· l'loms (o:z tts dilas n omeo~~ües. eu me :rchnvn em
sólnentu pel~ nomu:rçiio e posse. do ~cu co mman· Porto Al••gre. A verdnde e que o Dr. Flores,
d•nte ; o. emqu;111to n ~o Sll acha pcrfcitmuenlo IJr~~i dc uto da tJro,•incin, cuufo·rcnt:iuu com os
. OrftiiOÍZDdO, DS notncDçiíes nOVõ!Spor!em Sl!l' fCiiiiS commnudnntes dos cot'JrOs. Não ro11ferL1nciou
indt!pondenlernlll\tc da propost:1 c acce~·o . com o cou'uuandantc s uperior, mas conrerenl'iou
O nrl. <1.8, llm que se IJ.~~cou o prPsidenloJ dn .,om o SL'U substituto, dcsignntlo le!'(a lmenle
miniln provlncia, é llor assim dizer um urli;.ro par·n scr1·ir no ~c u . ,imJX:di r.nt! Dlo , e nfianç~ •.sob.
que regula vromo~ões tle umn gr1nrdt1 nlll'ion:•l palavra de honra, a 111awna que eu nsstst• ao
jâ ol')!alllz~da, l1.1làO d:utn,l!lla tJUe se crlla, tJUil momento em que o substittliO a q,uc m~ rcHro
ae reorgnn un. .· cnlregou lotlns as pru!JO~Ia ~ n.S. t<.::;,. o ~r yr.
Além dis ~o. Sr. presidente, o Dr. Henriqne Flure<, que au sahrr· au pre:<tdcnc ro nuo trnha
de Avlla mutilou 11 lei de unr murlo atroz: tirou ·necu~s hhttl ll tlu levar com ~ i go os~s d•tenmcnios,
do :~rt. &8 o· qúe lhoJ convi ulw c ulmndunou tj tu! ser~ i~ m de.basll !JUra n n~ rne:JÇÜO dt~ ~··re·
o· resto, porquanto disse eilo no seu neto de .\ li~iunarr· •~. de hbut·ncs, de amrgos que upo•av•• m
dll ..Mnio : • 8i pelo ort. il d;~ lei n. 602 c art. 70 o gu!Jineta de ü t\e Juueiro.
dD decreto n. 71:2, é possfvc l u~o o!J~e •·v~r· o
nccesso, comtudo não hn h•i que :tutorize" Q:~e interesse linhn o prcsidtlnte da proviD:cia
inobser vnncia dns outrns con(liç.ões. Isto é, /lrO · em occullar essas propostus, que rorom ace1&as
poslas do> cnmmaudantcs d?:; corpos e ill(onna· IJO'' ellc, c m3i5 tardtl !!e torna ram netos consu-
rundo~ ? E' cvidcriLo, 11ois, o que ntnrmo, e, como
~do do cotnmtonclnute snpen vr. •
Mus , Sr . presld••ntc, j:í provtli qne ha l ~i r1ilo jul1o1o incontestavel; pnssaroi n ucllupar•me do
nutori1.t', ll é :t loi da reur~a ni z:t~· itu ,; e o nrl. 4ti IJOIÚO qtw s!l rufct·c ti guat'oln uacioual dtl l:'elotas,
ci13tlo por d Ie n6o púdo ser mntiludo. us twbt't!~ Lugur du miulra rc~ idnuci ll ; ·.
depulados, que conhccom a lol, snbem quo este Aunullon o presidente estas nomeaçõea, ttun·
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 10:41 - Pêgina B ae 28

Se8silo em 28 de Maio de 1880.


bem porqu~, dizln elle no seu aclo du "& de sull~ tituii·O o tuuenle·eoronel Joiio Dias dOJ
MIIÍO (lê): Santos nosa .
• Para o a.o batalhão de infantarin e 2t.• . i>odla opresidente Flores deslgnai'.otenen&e
corpo de cavnllarla c.Je Pelotns houve propostas ·coronel D1as paro ~ubsllluli' o· cornmlindnnle
dos commandnnlcs em· 2~ de Juneiro do onno .. superior' Podia. E como 'i Em virtude da
corrente; elln~. porém, n5o foram approvad~s, disposição exarado no art. 3.• do deereto
e emn ae Fevereiro do mesmo nnno ·o CODl• n .. l35~ de 6 de Abril de !85l, que diz(U.): . .
mandante superior daquella comorcn, usando < O commandante superior . acrá subaituldo
de nuribuiçõe~ que lhe não competem, subsli· nos suos raltos ou impedimentos pelo chefe do
lu lu nqucllo~ propo:~t.ls por uma il!clusivamente eHt••do maior" ou pelo offici~l superior que o go-
sua. só por elle conreccionado e firmnda , con· - verno ou presidenl·• design:~r, qnando o dito
tr11rla :is dos commnndautcs dos corpos, e am • <·bere esleja igualmente impedido; na falta de
pliada á secção o esquadr~_o da comarca. • designação ~ervira interin;•mente o oficial Su·
Senhore$, a contradição e.~tá resaltnndo .das perior mais gr;tduado e onligo do distrlcto do
proprias palavras do presidente . .Diz o prcsi - comm:~ndo superi or,qticr sela do serviço nctivo
dente que nio houve uma sô proposta; houve quer da reservo, e na igualdade de antiguidade
ali! duas, senhores, n primeira, como elle :~mrm 11 , tJrcrerlr:í o mais velho em idade. • ·
deU da Janeiro, e a outra de i~ de Fevereiro . No municipio de que trato nio ha chefe do
Eu posso, olém. disso, afiançar á camar11 que o estado . maior. O presid~o&e, port.~nto, apoian•
Sr. coronel ·Fell~berto b:nacio da Cuo 11:1, com· do-se nn lei, designoll o ltlllente·corouel Joüo
mandante superior da gnar.la nacional de Pelo· Dia·s dos Santos Rosa !Jlltn ~ubslltulr o Sr. com·
tos, eonferen~lou: eom ludo)S os eo1umandan1es mandante supol"ior, Bnriio da Cruz Alio, em
.de corpos, que lhe apr~~nlaram as suas propos· seus- impedimentos. O •1uc rn, por~m, . o Or.
toà; e o prl'lldente da provmcia ·. sempre esteve Avila 't Desejando retiral·u do lu~rar, J>tocttrou
nG mals1J8rreito a~eõrdo com o coronel.l•'elis- um motivo. Não o acnnvn, mue alln~~l, Sr. pro·
bArló:, e nllm P.oderla deixar de estar, porque sldenle, o que pensa estn illu.~trn asseml.lléa
aquelle coronel .havia sido .nomeado pelo gabi· quo Ct.z o Dr. Avila T Declarou o lcnen&e·co·
nete de 3 de Jnnelro, do que.l o Dr. Fiol'es era ronel Dias dos Santos llosa, homem lndepen·
delt>gado de conn~nea nn província . dente, afortunado, IDUito bem conceituado no
· Senhores, no tomnr interesse por estas ques· .1->g:tr, lntelligente, e que Jú hovht recebido uma
t(les, .nio julguem oquelles que não conhecem o distlncçlio do gabinete cfll IS de Janeiro, decla· .
meu caracter que eu quero a todo. o custo rou·o .inapto pDro exercer o logar I E como,
disputar1 oqul, nome:tções pnr11 os meus amigos. ·em ·. virtllde àe quo rundnmento, o declarou
Tinha atreito de o fazer; mas n questão para inapto? Foi elle sujeito n algum processo 'i Fol
mim agora não é de Pl!l'l!onalidade~, é .de direito. já por oigurn ~elo provada n sua inapUjiào 't
Eti pus~o amançar a camara QUe esses logares · Entiio póde uma nulol'idade deClarar· alp:uem
de que tornm r~tirad:~s os nomeados pelo. Dr. inapto se1n que tenha documentos que provem
Carloe Flõres, não eram que lhes Iam levar a inaplidüo' t ·. ·
honras: eram oa.n ...meados sim. que iam honrar Eis, senhores, como procede o delegado do
esses Jogar~s. · governe geral na minha provincla . O gov.erno
O S11 . JoAQUIM NABt:co.: - 0 melhor é acabar geral consider~ nm homem np\o poro exercer
com tudo isiCI de gu~t·d:~ n.neion81. Já os log-~ rl's 11111 cargo superior n11 guardn nacional; dá -lhe
viio ser bonrndo• ·11elus pessoas t . Ulil posto elevado, e o presidente da provineia
o sa. FERNANDO OsoRJo:-Scm duvida, esses desautora·o , considerà·o inapto, de maneira
Jogores lõiio lm!JorL:Jntes; mas si 0 t,.uem pen•~ que ns~i_m desmoralisa o princlp'o da autor!·
que as pessoM nomeadils pelo Dr . Carlos Flôres da de, e com eile as nossas mslilui~ões • .
eram alguns illu~trcs' desconhecidos ; engana·sc; E,· Sr. presidente, não contente de haver
·eram pe!!sôns ~to Inteira eonflonçu dos oommnn~ afl'astado o leoente·coronel Joio Dias dor Santos
dantes dos cor[JOS, e 0. Dr. c~ rios Flures p•·o· 1\osa, substitnitt·o pnr um cidadio que · niío
r.cdeu com t:mta ilnlJarci~lidade que, !'abendo havia sitto contempl:tdo pelo guverno geral na
mesmo que ~lgumos aellas nfio uram afci~·oadas . reorgnnizaçào da guordn nucionnl, e que havia
.6 sua pessoa, tudnvla, justo como e, n5o quiz fic:ldo friru do quadro. ·
conlrllriut• as pl'opostns doo commandnnles. · Eis. ~qui portnnlo o pt•esidente da minhn pro·
A questiio de que trnlo, s~nh01·es, nilo é uma vincia fazendo lei á !Un vontade, o torcendo·n
· questfio lnslguificnnte de gu:trtln nucionul, dessas n seu cupricllo. l'or i~so iuterpeilo no nobre
que muitos vezes e por qunsi todo o parte suo ri· pre~ldente do conselho si t~cha regul11t' e digno .
dlculurisada~; mns é uma queel5o de direito. .do n!loio do g~binete o procedimento do actual
.· -.Trata•se de nomençõcs feitas e.m virtude· de lei, prcsidentd de minha..pt·ovinein. .
·c, portanto, n5o podi:• n prepotencia do actunl Passurei oo 2 .• ponto da inlerpellnção :-
1Jrcsidente annullar actos consummndos em vista rei11trgração do promol61' J!Ublico cú Jaguarão. ·
dessa mcsm~ lei. . Anlotcio Mal'i(t Pinto . Sou particular amigo ·
· Ainda, Sr. presidente, com relaçiio li guarda deste ·cidndiio desde s. J>aulo, onde fomos col·
naeional 11 um neto do Sr. Dr. Avilla que logns de estudo. Posso dizer oindlt que Antonio
merece a minbu censura. Moria l'into é muu parente, portanto, ao·· tnllar
O eommand~nto superior da A"Unrdn nacional do ucto que o nomeou, não tenho em visto scniio
dos munic1pios <I~ Cuehoeiru e CnÇDJI:IVIl,ê o Sr. sur justo ; niio sou levnda pot• motivo de dus·
Barão 114 Cruz Alia, para c!J.jos imJJedimentos o 11ffoi.;ao. Vuj~m;)s o que se deu, SI'. presidente.
Sr. · Dr · Cll.l'los '~hompaou FJôros _designou .pot·a, Antonio Maria l' into rol subsUtuldo .na pro.mo•
Cãnara dos oepllados - lmfl"esso em 2710112015 10:41- Página 9 de 28

Sesslo em 28 de Maio de 1880. 289


torfa publicn de laguarão pelo major Sll vestre O SR . FERNAKDo ·Osomo:- Juiz municipal
Nunes Gonçalves Vieira, amigo dedicado do supplente que póde entrar em exercicio.
gabinete de lS de Janeiro. Deixando a presf- Portanto, o Sr. Dr. Avila commetleu ainda
denola o Sr. Dr . Flôres, o actual presidente . uma ltlegalidade reintegrando um homeJO in·
a1Ulu11ou o 3Cto de sua nom~!o ordenando; compatlvel. • · ·
· segundo ·consta, por lelegramma que Antonio Portanto está illegnlmente na promotoria pu·
:Mario. Pinto · reusumlsse o seu antigo Jogar, bllea de !aguarão o cidadão .Antonio 1\laria
Cotalidel'ando •81 como si nunca · tiflesu 1ido de· Pinto. . · . .
miltido. ·· E depois1 senhores, houve até prejuízo dos
O Sn. DuNA.:-Não é verdadeira a expoalçio. corres_ pub1icos, porque, .sendo reintegrado An·
·. ·o major Silvestre n~" aceitou a promotoria, o tonlo Maria Pinto pelo Dr. Avfl:~, por novo acto,
logar ficou vago. . · . que Importa em nova nomeação, devia pagar
emolumentos que não pagou, porque· o Dr.
O Sa. FI!RNA.NDO Osorio:- o·fllcto consta dos Avila considerou-o, como si nunca tivesse sido
Jornaes ; comqunnto muito respeite a palavra demittido I ·
'honrada do meu nobre eollega, a quem muito . Bas_gou a Sr. Dr. Avila portanto a Iel e ealoo•· ·
distingo, opporel á sua a minha pala.vra . · aos pes um acto·lcgitimo do seu antecessor.
O Sn. DIAi"A:- E' quest5o de Cactos, Passo ao terceiro quesito da interpellação :
O Sa. FRuNAJ(1)0 Osomo: -Eu estnv11 em Porto Suspendeu o Dr. Luiz da Silva Flores Filho
Alegre, e sei que o Sr. major Silvestre, consul· .do cargo de lnspeetor da saudo publica • .
tado pelo pre~ldento l<'lôres, aceitou o lognr e O Dr. Luiz da Silva Flores Fllho exercia com
retirou-se, sendo depois a nomeaoão feit11. toda a hiJnradez e intellig'enciu o lagar de In·
· O Sa. DJAIU. :-Não aceitou, tanto ·que foi speetor da f&ude publir.a na capital da minha
nomeado 3,".silpplcnle do juil! municipal pelo provlncin, cidade de Porto Alegre.
mesmo presidente Flures. Appnreceu um co o trato tle. esgotos de ma·
O Sn. Hoa·u ns AnAUJO :.-...Entrou em exer- tet•ias fecaes, aguas servidas e pluviaes, pnrn as
ciclo't cidades de Porto Alegre, R,io Grande e Pelotas .
Aopinião pubiiea de minha provi ncia, senhores,
O SR. D1Á.NA :-Quatro dlas depois, foi no· desae que teve noticia desse contrato, Ocou pre·
me:ado juiz municipal sup)llenle. . venida de modo .que não ha hoje um homem
O Sn. FEI\NANDO OsoaJo : - O Sr. . major naquella.Lerrn qnenfiojulgue que o mesmo con·
Silvestre foi nomeado pelo. Dr. Flôres para truto. é- dl,l!no de repulsa porque abriga in teres·
substituir o Sr. Antonio ll:lrin Pinto na pro- ses inconressaveis. . ·
motorin pllblica em Jagnarã.o. . ·. O Dr. Flôres, como inspector da · snude pu; .
Mas surcedeu que por esse tempo n situação de bllca, recebeu os relativos papeis no dia U de
õ de lllneiro cahiu, e o Dr: Avil:t foi n~meado Abril para dar o seu parecer. Estava elle estu·
presidente da província do 1\lo Grand~ uo Sul donde o assumpto quando, t8 · di~s depois, isto
pelo gabinete de 28. de Março. O Sr. Avila en· é, a 2 ~e 1\lnio, recebe um o1Dclo do Dr. Avlln
controu o ;1cto de nomeaçlio de SI'. major Sil- dizendo :·Mande com ut•genci:J os papeis com
vestre e logo tratou de annuUa.L·o-; devendo, pareeer ou sem elle. . · ..
porém, os nobres tlopubdns ostarem convencidos O Dr. Flôres, senhores, que estna no excr·
de que o Sr. mnjor Silvestre é inimigo capil:1l cicio das funcçóe~ de seu emprego do inspootor
do actual p1·esidente da provinda, o Sr.- A1•ila, da snude publica, tendo por obri~;.,çiio dar o
com quem tem tido questi:íes as mais de~agra· vorecer, estnodo n es~udar tnatcria importante,
daveis em Jogunrão, oo ponto de o major Sil· que entende com a hygienc publica, como a que
vestrc,oom ó seu nome etn nrtigos que escreve, envolve esse contraio, respondeu oo presidente,
dirigir-se cGUl aspereza ao Sr. Avilo, quo lhe tlizendo: • Ainda niio lnvrel o meu poreoer,
respoJtdc da mesma maneiro. Ha entro estes estou prepar:mdoelemcntos ~fim de rormulai·O•,
dous senhores uma luta cl'nstante na cidad~ de Estas considerações no presidente da p·r ovincin
J:~guariio. eram multo Mturaes. · ·
· Orn siio inimigos irreeonciliavels e oDr. Avila, O presidente da província, no mesmo dia· em
aP.Ossmdo·so do poder, encontrou o Sr. major que recebeu o oficio do Sr. ·Dr. Luiz Jo'lõres,
Stlveslre nome:~do e disse : é occasliio ; flquo immcdi:atnmento o sUsJ!ende o m:anda responsa·
fóra do emprego e seja reintegrado o Sr. Antonio bilisal·o por crime de desobediencia ! Bnsl~t . re·
Mnl'ia Pinto, como si nunca tivesse sido demit·· ferir o racte para s.e conhecer o odioso delle.
tido, quoudo uverdnde á que o havia sido pelo Has é preciso que. a casa snib:~ que o-Dr.
Dr. Flores. · Avila não alimenta rell•~ões pessoaes nem ~.om
MM eu pergunto _e ó a questlo -mais impor· o deputndo geral, Dr. Lntz da Silva Flores nosso
.tante: o Dr. Cnrlos Flores, demilllndo Antonio colleg:a, nem com os seus filhos nem portanto,
:&fari:lPinto pura substituil·o pelo maJor Silves· com o.ex·presidente, Dr. Carlos Flôres, nem com ·
· \re, praticou neto legol 011 não ? · o Dr. LUIZ do. Silva Flôres, ios~etor du s:aude
publicn,aos quaeso Dr. Avila,jn tem t~.!.(l!redldo
· Scnhore!, AntonioMai'ia Pinto nõo podin ser pelo seu jornnl que publica em Jaguariio. E
conservado nn promotoria de Jaguaruo, porque, senhores/ devemo-nos lcmllrtir aindo do que cof
em vir tudo da regra 4".• do IIViso 11. !163 de 30 de o Dr. Av1la o rrimoiro que na província do Rlo
Setembro de lstl9, tinha a incompatibilidade do GrAnde do Su , com o seu oome ossigno.diJ, rom·
porentés~o para com o Sr. Villas Boas, seu sogro. peu em opposiçio de~commedida centro o ga•
U:.r Sa. ti!!:NltADo:- E' segundo supplentu. btnete de 5 de Janeiro, e torturou com ace~sa-
· -T-ol.-17. · ·
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 10:41 - Pêgina 1o ae 28

t.ões inrnndódas ao Dr. C.,rlos Flüres no tempo molcstin, de maneira que o professor não sa con.
(com'ém, ~enhores. ~ue eu vos dil:ra) no tempo sidere in habilitado para.o enc:m!o ; gue embora
em que o Sr. Dr. Flores, nosso col\ega, recom • n inSIJccção alteste essa · j;upo~sibilid:1de, o pro· .
meiülnva o nome do Dr·. Avila í• Jist.~ senatorial! fe~~or póde não considerai-a 1al, porque dllSde
. Demui~, Sr. tll'esidente,o neto doSr.Dr.Avil'n, que el\e com .sncriOcio, sem prcjuizo do serviço,
reclam:indo os papeis do. lnspcetor da snude pu- IJue(r·a continuar no_m~gislerio, não lhe devo
blica, foi uma ,-erdadcir::r invasão nas a~tri!Jui­ ser rsso vedado ;·cons•deran•lo ma i~ que o pro·
~ões da ínspectoría. O inspector fllz ml:Jito bem sidento da provincfa determinou a jub!laçiio no
em não dar· o~ p:1peis sem os haver estudado e despacho pr·orerido no requerimento em ·que·
lavrado o pnrecer, c por duas razões: a primei r,, e~se proressor requereu apenas certidiio da-neta
é rertlrcntc ú ma consciencin; porque por in- da inspec.ção de saude, por que tiuh a passndo,
form~ c õc~ particulnr;l.s tinha noticia que o sendo rorç~ d:~ a jubilaçiio,viol~od o o me8 mo pre·
. eelebrHcontr:~to continha interesse pouco con· sidente ns i nstrucçües de li de Março de l857 ,por
·. tcs ~n vcl ; em ~e:; undo lo:;ar, 51) podi~ deixar ter·.presclnditlodo pmcessoadmini:<tr:Jtivo e·exhi·
nquelles}J:J(Iei:>, t]ue .iá lhe havi\lm sido en~re· 'lJição das provas por elln em t:1 es casos exigidas
,gues, \lo seu s ub~ tituto , si IJorvcnlur·a, · por que o p~esi de n~e._ com seu_ acto, que envolve
qualque•· molivo. ficn•se n~ impossibilidade d e ver·da!le1ro :.rtntrro, que nao lhe recunhece a
cx.ercero ca r~o do ·iuspector. · . lei de 13 de Feverdro de i857,· obrou conlrn o
Depois o :~ço,J :, mcuto do presidente da provi n- Ol'pirilo della ·:{JUe es!'C tJrorcssol', logo após esse
cia reclamando o~ ·papeis com p:u·ecer ou S••m acto, dec-larou IJllC esl:t>a prompto pal'n vollar :i
elle, ~~sem PXplic:rr no in spector ·nem publica l'cgencia de sua~dei ra, é de -
nem particularnwntc porque assim PI'Oce!li~ ,
prova t1Ue ~e· tmla\·a de lUTW per~eguifi, o, do. PA!\ECEfl .
sat i s f~zc •· um capricho de inimigo pe:>Sool.
T1·ntard 1lo .\.• ponto da-tu inlla int erpt•ll:, ~iio : •. 1. •. Que não seja ·approv:•do o neto do pre-
oposmtadoo·ia do SI'. i"raucisco de Pattll~ SoOI'C$ sidcn!e da pro \•inci:~, de 1i du Ju1!10 de . ·1876,
Sr. Jlre>ideule. o S!·. Paula So:ires que j;i tem quo julJilou o profes:<or ~H~lkio da~ cadeiras .
occupado por var i ~s Yezes o lop:nr 1le d;~pulat.lu nnnexus <le hi~tori:~ e geogTaiJhia do Athoneu
nd~n se, Frni1ci:c;co de P:1uln Snar ,~s; ::.o
provinr.inl, é um liberal dedicado. Em iS :ü, l\lo·Grt1 se devolv11 ao presidente da 11rovinei:; todos
sen(lo pre~ idPnt~ da provincia do Hio Gr<tiltlc no que relntivos a c~se octo, ocompn-
dl)miuio c"n>erv:~dor o Sr. Alencar Al'(ll'i[lO, · 0$ documentos
· elle rerJucr,•n .l'omo JJI'tlfessor d.a r.scob normal ·anh:Jdos de c{;pia deste p•;recDr e da dec1s.'lo que
assembl4!a prüferir, para os deviuos ellbltos, ·
iuspe"ç~o do ~ande, porqne na realil.l<~dc cnllio
se ach:wn do~n te_ .• · Nverlcnrlo cllo no exercício dns c:u•gc)s que
Or:1, o Sr. P :o nln Soares, tcrti [Jara os mol1e- exerce HU escola normal. · ·
r3d (l~ um ·j:;r:rurlc wceadv : tlcfcmle •IUanlo tJt)de ~Sala d:JS.commissões, ô- dn Abril de i877.-
e com encrgi:J. n itlén lihenl, c é um ua t:~ llwd ••r ;llltet·o d'Jl'Vtla.-Carlos Clt!wos. •
" inf<~ li:;nr el. J>orl:mlo n:io agr~dava ao Sr _ Ara· . t>or·t~ nto, Si'. presidente, a :~s~c mbh!n pro-
· rip<l que rcccbcmlon \'cquerimento fio Sr _.P:~ula vincial dech1rou nullo o acLo do Sr. Ar·;u·ipe, e o
Soa res, " lll ·q ne redi'l por cêrtiaüo ~ sua ins· profes~or Paula So~r·cs cutron então no exercicio
pecr.iiu ,Je ~~nde•.dedarou-o nesse nH:~ mn l'l'fiiiC· de seu emttrego, no gozo d<l mais perfeita saudc,
rim~·lliO apo~cnl:tdo! Foi um:• aposcnt:~doria fur· e nunca muis se impor-tou CQIII :1 iu<>pecç;io de
çada :1 que den o ·s r. Arnripe L . . s:~udc, porque · tendo elia ,;er vldo de base ao
A imprcn"~ da t':Jpital. os hómcns ju:;tns e nc\o do Sr . . Arnripe, e tendo es\tl sido annul-
}>rudentes c~n s unu·:un:J prepiJlencia do Sr- Arn· latlo, cl11ro está que lalllbcm o fura u i nsjlccçiio
ripe, o entiio elle te r~ neêe~~i dado de recorrer :i de Sllude que, portanto, caduco11.
nss..,m h lê:~ · provincial pedindo n :l~l[lt'OV:\~iio pnra
o seu neto. O Sr.· Panla Soares era snstentaculo leal do
. A :J~sembléa Jlrovincinl do Rio GrandfHlo Sul gabinete t) de Janeiro.
não npp•·ovoü o neto do Sr. Ar:•ripe, exprimin· O Sr. presidente Avila rcsoh•Ím ;·econi]Jênsal·o ·
do· se as>itn ;1 w mmissão d<" justiça (lê) .: por isso. E o quo fez. Y - ·
• A commissão de jnstiça a l]nem foram rn·e· Aposento\1•0 á fo~ll. Reviveu o neto do Sr.
sentr.s o neto dn r•ret<1dcncia da provincla que Arorlpc, de 1876 : serviu-se justnmcnte da In·
jubilott o pro fe8 ~or rio his!oria c geographf:. do spccçfio de snudo ~ue havin sido unnulluda pela
Atbeut•u Hio-Grandensc Franci~co de · !'uula · ossem bléa proviocraL
Son•·.e~. bem :1ssim os documentos que ·n com ·· ·senhl)res, eu eh~mo a nttenoiio do nobre pre ~
tnis~iio solicitou dt~ presidcncia, cun$illcrnndo ~idcnte do conselho Jllll'a.guc veja como procedo..
que n jnbilaçUo sti pôde ter logur quundo con- n autoridade de um pai~ hvre, no meio de eid:~­
correm os dous casQ.S taxados M lei : L• e diios moderados, civilis:~dos cmYnlheiros. · como·
excrcicw no magisterio por mnis de :12 !/i nnnos·; s~o os rio-gr:~ndenses e quasi todos os bradlei •
51.• inhnbilit~çüu, por molestias, de continuar ros. . .
o fú·ofu:<sor no exercício do seu cargo ; que n · Senhores, o :teto do presidente da provincin·
jubilnçüo é neto fa cultativo do professor, s:~ lvo ·tl !ICÍntoso e diromatorio, e s-. Ex . 11~0 podia VD~
c:.so do inlwiJilitnção mornl, como lou.c ur:~, em ler·sé da difam~9ào para DJJOscnt.u um omprc·
que póde se\' ror.,;adn: .que o prof~aor Frnn · I:<•do publico, pOls que não cru competenle pura
ciscn 1o Paul" Soares requereu apeuns in$pec- fnzor apreeinçtics.sobre o seu caracter . .
ç:1o de snnde e nf1o jubil~ão ; qUt1 emborn $Cja Si porventura o Sr. Soaws merecia a apo-
nquello ~cto a b:1se dcsts, pódo dnr·se eutro o sentadoria, o neto do Sr. Avila dovia sor sim-
tempo que decorre do um n. outro declinação da ples como a verdadú ; e jamais devia ser con •
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 10:41 - Página t t de 28

&ssao em 28 de Maio de 1880. 291


ccbido P.m linguagem aspero, como passo a. mos- E' pois esse artigo um neto ilo poder leA'isla- ·
tr~r (10): tivo, poder competente de cujas rc~luções 6
• ·N. 119 .-Acto de ~ de Abril de 1880, jilbi- simples executor· o presidcntP. da provin.ciu • .
bndo o :~ctuol prof••ssor de bisloria. e geogr:~phia Pois bem ~~ ~~le nrtigo, além de haver a assembléa
da oscola norn13l Francisco do l'allla Sonres. provint!ial rlo$ignado n ordem ern que devia m
• TenJo sidojulgadoincnpazde todo o sPrviço ser exlrobida~ as loterias, deixou JJOsitivamente
o :~ctual prores~or de bistoria e geogrn!Jbi:~ da em 5U:t di$poslção determinanllo u seguinte (16):
escola no rm:~l ·Franci~eu de Paula Soares, por • Art. G.•-No exorcieio da presente lei serão
inst~ecção de s;rude que sull'reu a soa requeri· exlrahidas ós seguintes loterias e na ordem cn~
monto, c prevnlcecnllo aiodu es~a inspecção, qut vão iudicadas •.•. • . · ·
pois que a nenllumn outra proccdcu•so depois Foram em primeit'O lagar concedid:i~ loteriDs
ilell:~ , sendo · ma is qua de fllclo o professor :1 v~rias igrejas e cntr~ ellns u mu á bibl iotheeíl .
Francisco de Ponta Soares mostrn·se no ,•xo;:r· publica de Pelotas. Pois o presidente da provin-·
cicio do mtlgi~ terio ··incapaz par:~ es~e SllrViço, ein por uma ~impl es repmsentn!)5e;. particular
não CUilll<rindo seus drveros, j1í como profe~sor, altcron comttlelllmente · a ord<llll destl!nadtt pela
já como d lrec~ lut' d:1.escola normal, eonsliluin- as~em l, lóa pro~inci:~l. e m~ndou extrnhir a lute--
do·sc• um clcmettlo de dc;;ordcm naquelh: esta- l'ia co1u:e.irda :\ igreja · do Povo Novo, · que se
belecimenlo; o prr.~idente tl~ província, us:1n1lo ~cha em 9." lo ~nr, comn seê~ta igreja [lrccisasse
da Dttriuulc~ o· 'lue lhe conrere o art. 5.• § ll."da m:ds do .que ns outrM ! ·
lei n. !220 dr. lO de M~io de lSiO, resolvA ju- Dizhm ao pt·eoidonle que elia o sta v:~ um ·rui·
bibr o t•crct'illo professor l~nmcisco de Pau!n nas. Mas, senhores, como se provun·que~lla
Soare> com o o t~l ~nado integml. e;;t:tva em rul t;a~ '! l'ela ~imples :1ffirmuçiio dos
• Pela secrtll<~ria do governo expede-se as intere~sadus? Isto nâo bast:1. pot'c[UCentão direi
precisas co m umn icaçü ~. que o prc~i d t•nlo. ptef<Jre ~ervi r :<(' ~ (!articulares
· • Palllelo do· govemo em Porto Alrgre, :!3 do n·c umprir n le1 du nsse:ubléa .provincial . E' por
Abril de t880 .-Hóu·ique d'Avila. • ·. esta razão que cu c~msuro o acto do presidente
· lf:ts, se nhor·c~, este . ac!o que tem de Ogur.1r
.da lli'OVincia ; ltl nto mais, ·qu;~nto ellc! tiult:l
como do,:umento otllcial contt·:~ n rc•pulaç:ío de ·o utro lll•Jio, pelo lptol deiJ~:al'tu tio (>l't•judiCDr o
um empr,,gado, nãu devia ser liasend'> ~obte direito · IJUil .is lokl'la$ tinham as ·outrus ign•jns
provas de qull o pr'll'rs~or ct•n · iucnpnz? Pois e a bibliothct:a l>llblic:• etc Peh•tas, cJull c~tavam
em prim ou·o lognr. Podia, ~ob su:• rcsjlom~bi­
um prcsidentü de província, piÍiJC,JlOf seu JI V'l'e lirlade, mnndot' otlinntur ri igreja o dinheiro
·. arhilrlo, desprestigi:•r um empregado publico, equivalenltl . a loteria e vir depois :'i assembléa
.como o St•. Sonrcs; qu~ hn mais de t1·iurn ·annos provincinl pt!dir a n~•proya,·ão do ~eu acto. Assim
serve ao seu paiz, com intellig,'ncià e honcsti· eonciliari:~ &s i nterc~ sC'l de todos.
d~dc ,. porém ·pobre, c:~rrc~ailo de numao ~a l;"innlmentc, Sr. preside nte, é o ti.• qursito 1111 ·
famili u, .deputado provincial, liber:•l, con si ~e - interpellação, o proccdimentQ do Sr. A\•ilu, co"·
rndo uo partido' ·. . tmria1!do '' fJIJlilit:f.t de c01wiliaccio j~Util:a. e orden'•
De m11rs eu chamo .tJ.indn atteo \~1io <111 nobre .e.demittindD ~" nuusa empl'eyados public:o1 ilite!-
presidente do conselho para este pontG. S. Ex., lt!ICittes e ltone5tns •
. no di ~c urso QUfl proferiu aqui, .por oec:•sião de Seria.eoradonho ler ngtmr á carn~r:• !los SI'$.
discuUr·sc :~ respost;1 ~ f<~ll:J do throno, disse depuLado$ todos os nomes dos funcciorin r·ios qne
que mandou in struc~lics aos presidentes das for:~m demittidos pelo Sr. Dr, llenrlquo de
província~ , o [)or consoquencia tnmbom 110 pre-
sidenlo do 1\lo GranLID do Sul ; e nesses inslrnc· Avi In ; npr~s~;ntarei ~pe1ws. ·os nu mós quo lenho
presente~ . Sofi'rer<Hn ur.s, pcrquc s:1o dcsnll'ectos
çücs que S. E:x. leu, e que se ochnm public:~das pcs~ones ao presidonle ; outros porque não lhe
no .seu discurso, r.otnrnos o seguinte período aer;tm seus votos na lista seuatorial ; ·outros
(M): . !lnalmente porquo apoinrnm o gubineto li de
• E' ele mishil' o ma.ior cuidado com as apo- Janeir.o o fo ram mong .!lmigo~, do Dt'. Flores e
~ntuçües, quo estilo 11bso.rvcndo grande porte do gen!.!r:ll Osorio.
elos recursos provinciaese municipaes pelu faci- Suspcuso, Dr. Ltiiz dn Silva Flores Filho, de
lidade com que silo conoodidas. • lnspeetor do S3Udc publica.
Pois !Jern, o presidente da minha provinci:~ Aposetttado for!.'f!.do, Franeisco de P.1 ul:~ So~t·es,
aposentou, ro r•;a d~menle, o St•. Paulo Suares ; de professor dn escola 1ior·mal. .
praticando nssim um neto nnli·cconomico coutn1 Demitlido6 : 11-1!\lhia~ de Vilbeno ·Loureiro,
as instrnocões do Sr. presidente do conselho I colleclor em S. Sebnstiiio.
Era porventura o log(lr quo exercia desneces• llelchlor·de l'nula Fogaça, eserivilo da col·
snrio na e ~cola nol'mal 't Niio ; e tonto que o lectorin de Monl!l Negro. .
propl'iu Dr. ·Avila nomeou um substituto poro Pall'icio Jos.; Ribciro, ue delegado de . policia
o Sr. p,,ula Soares. · de: camaqu~m .
Portnnto veja·se o esiJanjamenlo dos dinheiros Chrislovüo Gomes de .Androde, de snpplente.
publicosl l•&ga-se no aposentado e 110 noYnmeule dt delog:~do do C.•ma.qu:~m . . . ·.
nomeado I é um dlsperdicio I João José Rodriguos da Silva, dn promotor
5 . • Quesito da iuterpell!lção : alterar.ão 110 publico de Comaqu:Hn. ·
_ plano con(ccciimado ~Mia am rnbléc1 provincial Jo~é Thomaz da Silva Job, ele delegndo de po-
para a c~traccão da~ lotct·ias. licia c commundnnte da sec~.fío policial da Eu·
A lei n. 12~0 da ~s~cmbléa provincial, d~tndn CL'U~illlndu, .
de 16 do Mnio de t879, no art. ll.•, dispoz o mollo Fr~nt.:isco Ferreiro d~ Sih•o, de subdeh\gado
de serem extrahidus ns loteria~. da Encrutilh3d3.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:4 1 +Pá gina 12 de 28

292 Sessão .·em 28 de Maio de 1880.

Basilio Nunes de Menezes, commondante de O Sn. FEI\nrn>o Osoruo :-:-S, Ex., é .cerlo,
policia do C3çop:JVa. nr.o pedin .•.
· Joiio Antomo Pereira, de 3.0 supplente do juiz o sa. SILVEI!\,\ MAa'l'INs:-Niio precisava.
munlciptll de Cuçapava.
Felix Antonio Xavier da Porciuncula, com· O Sa. FERNANDO Os01uo:-... nllo precisava ...
mandante da secção de Jaguarão. · . mas já precisou .. e quando, .POis, assim Proce·
Antonio Vieira da Rosa,de delegado de policia di11m o Dr. Flores e o general Osorio, está claro
de Jaguarão. guo por esse racto tinham demon.strado suas
C:Jrtos Octaviano de Paul:~, de promotor pu· intenções pacificas.
blir.o do C:.hy. 1'o.nto é verdade que, embora na posiçio de
Luiz Rodrigues Mnchado, do commando da ministro da guerra, o general OAorJO dir1giu
secção de· polic ia de S. Sebastiiio. uma eiréular ao partido llbe•·o.l rlo-gronclenae,
· Nic11cin Teixeira lllachado, de deleg:~do .de po· apresentou os nomes llo ex-ministro da fn·
licia de S. .Jeronymo. . . ·. · zen da, do Sr. Dr. Flores e do Sr. Visconde. de
Antonio .Patricia de Aznmbujo, de subdcle· Pelo&tts á eleição senatoriol. .
gado do &.• distrillto de S. Jeronymo. s1· porventura um ou outro individuo das
José Fl'nndsco do Lefio, de commandante dn diver~as localidades da provi nela di~crepou desta
secção policial de S. Jeronymo. concilinçõo, nüo l,lOdemos ser responsaveis todos
Bot·ges Alodelr~, de promotor. publico. os ;m1igos do gabmela de li de Jnneiro, que em
Jos& :r.Iunoel de Maia Filho, de dcleg;~.do de sua granrle maiC~ria' apoiavam a listo recommen•
paliei~ do l'riumpho. · . <lmla. Appello para a justiÇ'l dos nobres depu-
1\lanoel Lui~ Padilho, de subdelegado de tados que me escutam.
S. Sebastião. Mas, niio desejo continuar neste terreno para
Mai& derrubadas:
não distrabir a attonção do nobre presidente do
conselho dos factos do que me tenho occupado.
•.Jo~quirn Ribeiro de Barros e Monoel Francisco Mo pnrece que tenho tr~t8do do assumplo com
Ph·es, de !• c 3• supplcntes do delegacia de toda a seriedade; que tenho feito (ltoprinmente
Camnqumn. um estudo da questão de direito. Tenho res·
Franeisco Eduardo Dias, de 3• supplente da peitodo este ougusto recinto, não tenho, olfen·
snbdel'!g:teia do t• districto. i:Jido o nlngnem e não quero 11gilar questões que
Ignodo ·llfartins d'Avila, José Maria Soares e entendom mais com a inllmidado da ramilia li·
Joaquim Antonio Soares, de subdelegado, I• c 3" heral, isto é, do partido. Não me oceupei de
supplentes do i!• districto. indlvidunlidade9, tiem discorri vagamente ~obre
Manoel FranCisco de Oliveh·a, Virgilio Alves o polilica ~terol.
da Silveira e nlreres Alfonso de Oliveira Porto, 81 o qul&esse rozer, niío me rnttarlam ·do·
de delegado, subdelegado . e supplente, em cumentos para demon~trar minbas asserções o
S. Francisco de Pnula Cimo dn Serra. provar a lenldude do ex-ministro da guerra o
Foi exonerado Luiz de ·França Almeida e aos amigos do gabinete passado, qnando traba·
Sá do cargo do promotor publico ua comarca \harum em favor tte uma polilica de concilinçilo;
de S. Leopoldo. · e prcvnr nte o generosldodc do referido ministro
poro com oquelles que niio souberam rccompen·
Foralll cx.ouerados José :Manoel Pereira da s~r-ilos.
Silvn, Vicente Baptista Orsi, Pedro Schimidt e O Sn. CA.~IA.l\GO :-Generosidade niio. Não
Antonio Pcrcka Dro<lt dos cargos de delegado precisamos da gcmerosidadó do ninguem. ·
de policia, L •, 2.• c a.• supplcntcs do termo de
S, Lcot10lt.lo: Vida! DeUo llc Cordovo, Joaquim ·O Sn. F.tnNANDo Osonlo:,.... Não me refiro no
Edunrúu DewiLo, Luiz J,ourenço 1\lul\er e Daniel nobre deputndo; mna parece que n carapuça
Ferno111.lcs Pfeifcr dos de subdelegado, L •, 'J. • lltc serviu. (Hilal'idadc.)
o :1.• suprluntes do' 1.• dislricto i Jouo Jncob O Sn. CATttA.uoo:- Hnvomos tio discutir isto.
Bnrtb, f~ iPI'C Hnrlz e Pedro Wemg:•t·tner dos O Sn. FsnN"ANno Osumo : - Dis1~ulircmos •.•
de t.•, 2." c 3." supplentes do subdclegncin do Sr, presillente, IÍ pos~i vc! quo SD pret~nda jUS·
~.· ;.l~runci~co Pinheiro da Luz, Gaspu Morn· tillcnr os desatinos do nlguns doleg:tdos do ga•
berg, Joiío l~uch~ e Pedro Pick dos de subdele· blnctc í!8 de Março, tm1.endo :i lembrnnç11 erros
gado, !,•, :!."o 3. 0 supplootes do .\.•. commettillos por agentes do dl} ~de .Janeiro.
· Ei~ 11 polilka. do~ derrubnlins, em que snabn- M(•~, Sr. presidente do cons•llho de ministro~,
tern Jil.Jcmes para levantar liberucs, !Jnando cu espero que v. Ex., que tem se apresentado,
aquell~s liUO fornm dcmiUidos c os seus nmi· nesta cnsn, colmo e consciente dn positüu ele-
:;ros tinham o m:~iot· desejo dtl clnr o seu ~poio vado que occupn: que tem sido fr3nco e sin·
a politica do gabineto 28 do Março. E tanto c cero, manHc~tnndo seus arraigo dos sentimentos
certo quo tínhamos desejo de unir noss:~s Olci· de Ol'dem e justiça; eu espero que v. Ex. não
rasdiYcrgcntcs c queriam os .a politic:1 da P.az, consinla . semelhnnte jushfica~üo ; e~pero quo
da concorditt c conc.ilin~ão, queello foi mamfc8· V. Ex:. colloque a lousa do esquecimento sobro
Inda do um modo cxuhorante. Qu11ndo se Ira- O pnso~UO; IJUe ino.ugUI'e UIIIU IJOiitico. inteira·
tou du organizar:.. lista p:m1 senadot·cs, o minis· menlo nova; que de o exemplo e digo nos seus
tro dng:ucrr:• <a n nr. Flilres, qne sustentavam o exngerados .defensores: • Nilo I os actos prepo•
gabinntc, rncommcndarnm pora n província o tentes dos dde,qados ,do gabinek 2S dt Mm·t:o mio
nome. ~o ,ex· ministro da r~zcnda, npczar de 711CI'CCti"Cllll Q BCU apoiO. •
oppostcJomstn. l~aço este nppeUo no gabinete j8 de Março,
O Sn. SILv.tnnt.. àiAnn:;s:-Ni!o pedi. mesmo porqnc se doTe ter entendido que a po·,
Câ'n ara do s Depttados- Impresso em 27/0112015 10:4 1- Página 13 de 28

Seselo em 28 de Maio de 1880, 293

litica das derrublldas, a politiea dos nc:elntes, a nhores, dos malet o .menor :· ~o a demissio
política dos caprichoa não é a melhor .das pGii~ do Dr. Henriqué d'Avlfa. V. Ex·. não delurá
tleas com que so çossa ele'fl1' qualquer Pl!lt ao o presiden1~ ia do Rio Grande do Snl aeepbala ;
IPO,iêo do engrandecimento, . . V. Ex. tem no parUdo liberal illuslrações pro·
O qu·e se . lucru, senhores, c.:om semelhante Vlldos, homens moderados, que nio se ncham
politfe:l 't Aborrecem· na os homens moderados, filiados aos partidos que preaenl.emente lutam
os homens prudentPs, lntelligentee e capazes. na minhil provincla, e, portoato, poderá encon•
Esses que podiam Intervir nos consas publi· trar um co-rellgionario dedicado, um delegado
cas, prestando o concurso de ·. suas habilitações conveniente, desapaixonado, seot odios, sem
ao desenvolvimento do administração publtca, rancores, que v6 restabelecer o socego alterado
esses s!o justamonte os que se recolhem 6 In· naquella província, porque, aert!dite V. Ex.~
diO'éreriça,dllSCrentes, e recnsam-~e a aceitar os os :~migos do gabioelc 18 de Março, os amigos ·
· empregos•. porque sen&em-se sem gurantlas da sitmção{ isto é, aquelles que ·hontem apoia·
nelle. Um homem de bem, um homem inde· . vam o gob nete 5 de Janeiro, es\lio sendo per·
pendente, que vive vida felis e tronqull.la em seguidos na proyinela do Rio Gr:mde do SuL
seu làr, si aceila um emprrgo publico para X a persegulçlo vai a tal lJQnto que até ha
ajudar o governo omigó,· conta certo com a, 9.uem se julgue no direito de excluir do pnrtido
cfecepções.porque ás vezes,quando menos pensar hbcral aquelles que nesl.e porl:l.menlo repres'!n·
é demittid(), .e ai~ :is vezes com dilfamaçiio, como lavam a politlcu 10auguradn eml878. Pois nlio!
I!.Uccedeu com o proressor Paulo Soartl~, A camarn inteira salie e o pui.z. Ha pouco, um
E' por issó que o Rio de Jnneiro quando fune· direclorio, qne não foi eleito pelos localidndes,
cionam ns cotu oras, vê, todos oa dias. deputados que não represonto a opinião da proviucia, pu.
levantnrem-se destas cadeiras para viren1 tratar 6llcou uma lisla senatorial •
. da politlco das localidades ; niio é que elles
tenham '·pruer · nisso, m:~s · é q~e a isso são · O Sa. Jo&QUIIIl Snu: - Q governo não tem
obrigados; os ami~s que os sustentam siio per· nado com isto, que é da economin dos partidos.
seguidos c ontiio liao querem fuer :1 triste figura O Sn. lo'2n!'!ANOO Ol!onto:-... excluindo ·o
de nilo cnmprlr4:m o mandato quo lhes foi eon~ nome .do Sr. Dr, Piores.
fiado por elles, derendendo tombem os.seus di· . O Sn. SJ.LVEtnA MARTINs:- Si o Sr;.Dl'. Flores
· rei tos ntacados. . · é <:here, si tem força, eleja ·se, venço a chapa.
Ao concluir, Sr. presidente, eu peço ao nobre
presidente do conselho que, tomando em consi· O Sn. Fl!nNANno Osonto: -Isso é bom de
ileraçiio os p:Jianns que !he dirl~i em. c~mpri· dizer, ~ns V. · Ex. hem s:~be que o Dr. ·Flores
mento do ·meu dever, ·d1ga-me st e8111 dtsposto nlio poderá ·ter forças paro lutar ·contra o go·
a eontinun o sustentar o actual ·presldento dn verno, que npoia dele~ados qne. es~õo persa-
minha provint~ia, 11.ue tem procedido menos re- guinde aos seus amtgos , ' nntqUilanílo·os,
gularmente não so pelos actos que opresente!, . desgoslondo·os e enrraqueco.ndo·o~. .
como por outros que em tempo ap~sentarel. O Sn. SltV&tnA. MAI\TIKS :--:-0 governo não.
Eu, como c:lValheiro e rranco, nii<> culpo 11 tem interesse··nisso.
V. F.:x. pelo nomenÇiio do actual presidente da
provlncta. . . · o sn. Fsnl'iAxtio osoato :-Se tem ! E quando
Eu sei que V. Ex. jâ declarou no senado, ellc quer, .. o nobre deputado mesmo fof quem
quondo iotertlellodo pelo Sr. senador Correio, di~se nesta caso que o podtn" li o podei' ... e
que n proposta do Dr. Aviln tinhn·lhe vindo qunnclo isso dlase lançou uma injuria sobre n
por intermedio do seu collega do mlnlstcrio, p~triu, sobre os seus concldodãos, .quG.udo bra·
o Sr. general Cumara~ em quem V. Ex. con- dou que o carro de Apollo por onde passon
fiava, e, portunto, quG . era elle o respons:~vel tudo assolava I ·
pela polillca ne l\io Gronde do Sul , Senhores, o ·Dr. Flores não poderri lutar,
· Nio · culp;Jrei tombem o Sr. ministro d11 porque está enfermo, e com grande pezar não ·
rncrrn, e direi porque. O Sr. general G:lmora é pôde comparecer hoje nesta camarn, mos si· elie
um homem · de bem, amigo dedlcndo .do sen niio In to, os seus amigos da província do Rio
companheiro de 11rmns, o genorni Osorio; acom· Grande do Sul niio cederJo·um .pnsso no terreno
panbou-o, sempre amigo, sempre leal, sempre do combate; hão de llllar, e então o IJUO lere·
henevolo e generoso. Na melhor bo3 Cé, S. Ex. mos ? A anorehio, n guerru civil, a d&~ordem
propllz o nome do Dr. Avila paro presidente da na boca das urnas. Será is to o quo deseja o
provincia do Rio Grnnde do Sul, me$mo porque ~:nbinetc tB do Morço ? St niio é, pt'Omovo a
acredilavn que o Sr. Dr. Avlln, sabendo quo concill!iclio e o pnz; demitia o 11etual presidente,
ia ser deleg."ldo de um gabinete que levontnvn o mande pnra o Rio Grande do Sul um homem
a bnndeirn dn pnz, d:~ uni5o, d11 conci!laçíio, na· de sua inteir.1 conOança, mns que seja moderado .
turalmente niio iria nn provincialornu-se prc- o j asto ()luito bem.)
votento e nrbltr~rio. Os actos que o Sr. Dr.
Ãvila &em pr:~licndo c que seria ra~lldioso enu- . o 8r.
Saraiva ( P''etidetete do cott~tlllo) :
merar, o forl!m depois .que o Sr. genernt Ca· -Agradeço ao nobre deputado pelo Rio Grande
mora, ministro da guerra, sahiu ·da proviucia do do Su.l ali expressões de csUma e ~ordlalidade
lUo Grande do . Sul, p<~i';~ vir lomnt• conta dn de que sempre se serve para comm1go,
- pasta~ . ·
Eu comprohendo, portanto, o embaraço em O Su. FERNANDO Osomo :-Não faço mais do
que se acho V. E:t., os seus collogns, o pr incl- que cumpri•· l.}ffi dever, obedecer 001 impulsos
ptdmontc o nobre ministro dn gucrrn. Mas, se· de meu coroç.~o. .. . .
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:4 1 +Pá gina 14 de 28

294 Sessão em 28 de Maio ·de 1880.

O Sn. SAnAIVA (pt•etidante da con,~llw) :-E ndversnrios o nccusa sen5o de muito pntlidario.
devo uma 1•xplirar~o ~ S. Ex. Quondo o nobre (Ap<~iodo8.)
dcpu!lldo fallou na discussiio do J)rojeeto dores· Todas hf aecusacões que nn intimidade e em
posta á folia do tlirpno, oecupou-se exclusiva· pnrlicular tenho ouvido eontra S. Ex. são,
mente de wgoeios da proYincia ·do Rio Grande d~]1ois de se dizer que ê um homem muito
do Snl, u um nobre dep;ttatlo por aquella. pro· i•llclli!!('nte, tnuilo honesto, é utn l!omem muito
Yincia r~>~pon<ieu a S. Ex. porlidario.
Tendo illl\lcllenobre deputtldo examínndo os O Stt. FsnrtANDo Osomo: -Não o aecusei dt:~
facto~ produ~ idos. julguei qne nada mais tinha portidnrio,
a dizer; tanto lllais, qu~nto a camara. mostra"a
de~ejo dl! vot.1r .o pi'O.iecto de rcs~osta á f:~Jla O Sn. SAnA!\' A (presidente do consellw):- O
jo tbrono. (.-lp·•iado.~.) Não tive por 1sso o prner dlscur$o . do nobre depuludo não revela outra
de rcspot1dcr no nob1·e deput~do. · cousn ~eniio que o Sr. Avila em lodos qs actos
é dominado j)Ot e~1,1:irito de pnrtido,contm uma.
o Sn. I"Eil!I;AN"oo OsQI\JO -~luito obrigado p~la parte do par lido l1br.ral. 1\ln~, perg-un t•• eu, o
a.ltenç~o de V. E:.:. minislerio actualplide ser :tecns:Jdo por nomear.
0 Sn .. S.InAIVA {,Pt'l'Sirlmt!e do cónsc/110) :-ltltBl'· o St'. A\·ila para presidente do Rio Grande do
pcll;t o nobre d•:putatl() o ~o"emo, sobro dilfe· Sul?
rente$ il~~tlmptt~. os quaes ~iio hoje c~ludados O Sl1. FI!:RMI-'DO Osonto:- .Mas pód~ ser por
pelos mi11i~tros: dn j U>li~:l e tlo itntHlrio. sustental·o.
Nas lntct·p~llaçiJ(;s [tr. t~mbem outros ns,um ·
pto~ f(Lte stio d,, .llXdllsil'll competaiJ.cia dos po· O SI\; SAt\AI\'A (p1·esÚm!e do consel/10) :..o...Ld
deres provinci::tes. · vmnos. Depois do leitura da re~110sta do Sr.
Avil!a O nubre deputado Vcl'IÍ ljUC lliio pOHSO
O SR. SrLV'lWü !ti.\ÚTJN' E CA~IAMO:-Apviado. d~rnitti!•o, c que, :m contrario, devocontiaunt• a
·. O SI\. SAn.uVA (p•·e.~id~~te do cansrl/10) :-E' l~t· toda :1 conflan~·::~ nelle •.
pois dillldl e muito tlitllcil qnc o presidentctlo i\fns pergunto: o ·minlsterio Jl<.idc ser accu·
conselho rpte s~, Otlt'llPll da past~ ltn fazenda c sado pela nomenção do .Sr. Avilla? A quem
das grandes que~Lõcs po\itkas, tenha ten1po bas- nomeon o gabinell! 5 de J~nl'iro IWI'a prosi·
tante r•a1·a e~lttd;•l' det~Jh.1dam!.'nte. todos o~ :1s· douta da Jll'()\'Íncia.? Foi buscai-o no propl'io
suruptos l'cloti\·o~ ao~ ditos miniSt!lrio~. Por· (wrtido liberal: nomeou o Sr. D1·. Fdisberto e
tanto, não' poderei d;tr, corno desejnvn, ao nobre !.1e{1ols o Sr.
Dr. Flores, ambos tli:mos deserom
dC!ptJtndo lod;tS J$ cxplica!(Ües que S. Ex. dese· nomeados pot· qualquer ministcrio·liberal.
jaria . O 81·. Visconde de Pelot~~~ c um dos noDJes
.Porem, logo que rec,•bi as interpellnções diri· mMs q_u.:ridos do exercito (apoiados); Ç filho do.
gt·tne p~lo \Cit•j!rapllo ao nobre ]Jresidentc do pro\'incia l!UC rept·esenta gt·ttJl•le p:tpel no Im·
Uio G;'alldt• do Sul, enviando·lbe lodos os polliOS perio sempre que se trata de deJender a honra
dn inlct•pclluçú() u pedindo que S. Ex. rc.<pon· nm:ional. (Apoia.dos.) Fui buscar esse nome. O
dess~ n Plles. Nã() podia fazer outra cousa. nobre depu tudo nppluudiu n non1cnrão, visto que
(Apuitulos . ) o sr. Vísuonde d~ Pelota~ é aqul'lle quP. ha pouco
Ac~msmlo o presidente do Hio Gr11ndc do Sul dest:revi. Po1·t~nto, o meu procedimelllo é uni
era preciso que tivcs~e :1 polavrn pnrn defen· procedimento corroclo; o nobre deputado niio o
der-se. nega.
O Sn. Osomo:..,..os netos delle.cstão
I•'&n~>A1\DlJ 'l'odo o partido liberlll npplaudilt n prim!!iro
publicados c suo cu.nhecid.os de todos. nomeação e uma grande parle dcUa \eve des·
gostos no llnnl da ndminlstrnCitO do Sr. Dr.
0 SI\, SAn;\IVA (pr~sidtmte do COIIS~l/1~):- A Flores. · ·
resposta do nobre tJresidente do. provincia do Dahl ~cgulu·se uma situnçiio que só 11eho em·
Dio G•·nndo Jatisfe%·hlc; os netos que o nobre bnroçusn paro o gabinete, porque é setnJJto umtl
depul:~do achou violentos c !llegacs me parecP.m situnciio embnm~osu IJDnt o governo ver doscon·
regnlat't•s, e,portnnto,ll resposta :is inlerpellaciies tento, por circumstanoias cxtraordinnrlas, uma
serli dada pelo mosmopresidente do Rio GrJnde p~rLe do seu partido.
do Sul, que o uobro depul:ldo nc.1bn de nccu~or. Ora1 no estado em que ~e achava o Rio Grande,
Antes, porém, de dar. css~ respost.~, que será qual aevio. ser o procedimento do ministerio,
a leiturn d11s inrormnçues fornecidas pelo pre· qual devia soro meu procedimento 'f Qucri11 n11
sidente tio Uio Gr~ndo t.lo Sul, darei urna res· Jlast~ da guerra uma grande patento mílilor.
posta !o que cbarn~roi a ~ynllteso das inter· Pois bem o presidente do come lho, tendo de
pell:.ç<.Hl$. ·
O nobre deputado quer saber primeiro si'o nomear presidente para o 1\io Grande do Sul,
minslerlo continúa 11 ter confiança no Sr.· Avila, podia ~i$pensar a audiencia do Sr. Visconde de
e, em segundo Jogar, si o mlnisterio n~o acha l 1elolas Y (Apoiados.)
nnarchic~t ~ ndmiúislrat,:iio de S. Ex., ou nntcs, O Sn. FEnNANDo Osomo:-Não podi~. e eu não
como o nobre deputo do se expritilill, si n nomen· neguei isso.
ção por ~i mesma não é o estabelecimento dn O Su. SAnAIVA (presidente do conselho) :-Eil
nn3rchin no J\io Gr:utde do Sul. pertanço {t clttss(J dos homens que tem conflan~
Di r~!. uo no,hre prçsidoute que 11 nomençüo_ do ou nl\o tem conflonçn.
Sr. Av•lln nuo llOdi!l se•· fe1ta para :tnnl cb1sur
11 provinch do Rio Grando do Sul. (Apoiado,v.) O Sn. FEliNANno Oso1ilo :-E' corno cu.
O que c o pt·esidento do 1\io Grando do Sul? 0 811. SA.IlAlVA (ptcsidetlle do COII$Cliw);- 0
- E' um ddadão eminente, c nenhum dos seus Sr. Visconde de Pelotas tinha dlroito de es·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:4 1 +Pá gina 15 de 28

Sessão em 28 de Maio de ISSO. 295 •


colher o pl'i!sic:lente do Rio Grande do Sul (apoia- • Ao lelegramma de honlem, 1'8cebido :i noite,
dO,) .como tem o.direito de ver o que vai pot· respondo o seguinte: Acto de 4 de :Maio. Os de·
sua província; e eston persuadido de que no eretos ns. iii73 deJO de Setembro de L8i3 e ii
exame dos factos, terá a mesma irnparcinlíd~de d~ Ma~o do mesmo antto, reargoniz:~rom aguar-
que eu posso ter. Portanto o procedimento do da nocional do lmperio, sem alterar o lcgislaçiio
ministerio até ahi, era correcto e não podia ~er anterior nas Nferencias as nomeações dos oiD.~
cen5nrado, Vejamos si a nomeação recahiu em ciaes dessa corpo ração. Fic3rom, paro eiles.!
pessoa digna. , . · substltuido como fontes leg:~es :i lei n. 60%
O que era o Sr. Dr. ·AviiB no Rio Grande do de t9 de Setembro de !850, seu .rcgufnmetJto
Sul 't Em. o chefe da maioria da assembléa pro• pelo decreto de il> de Outubro d>J me:smo
vincial. 01:a, podia o ministerio declar~r in· anno. Por essa lei d~ t8i.iO, art. ~. a
capaz de presidir 1.1 província do Rio Grande do nomeação ·de capitães e o/DeLes suhnlter.
Sul, o chefe do maioria da nssemblón provin· nos•. p~ra ser lcgul, deve ser prccetlida de
ciol 't. Seguramente não. · proiJOstas dos conunandantes dos corpos, in for·
O Sn. FsmBNDo Osomo :-.Eu censurei~ os rnat;1io do comrno.ndnnle superior respectivo e
por oulras c~ usv8 observanein do ordtlm gl'adual de accessos. Esta
ultima conditão tem uma exce~~.ão, quo se rea•
. O Sn. SAtl.AtVA (pre$idcnte do éonulko):-0 liza quando se organiza um col'po. Então, pelo
que era mnis o Sr. Avila 'J El'il cidad;lo tão arL 7i .da lei citada, o 70 do decreto de -raw,
erninente, q 1w por v~ rias vezes recu~ára enlrat· póde o presidente da provincia dispcns:~r e.
em listu~ par:• deput~dos. (Apoiados ) Elle não substituir lodos os ()tnciocs do cortJO q11c elle.
tem querido vir :• eslu cama1-a. Si tivesse vindo, orge~nizu. Esta faculdade, unw vez exercida,
naturalmente Sl'ri~ mab couhcido de todos nós, importa a ilutJosstbilidado de ouserv:n· a ordem
e.tal\•ez nãn tivcst'emos ourido nos cort'edores gr:•du~l de 3cces,os,. nas no~·as .ltnmenções,
essas ncctlS:•~õe~ d~ genioso e odien to--.,que se iJOrquc pnrn elle dnr·$e é indíspem <>'el que
lhe tem fe\lo, e que, vou nota11do, não teu, ll~ja a quem promover, , e esta hypoLllüse
fundamento. · deõttppnrece quando siio diSil(lnsadoS OS Offi~
O que crn ninda o Sr. Avila 'f Era o homom, ci~e~ existente~: m;•s, si [)e[o nrl. 71 d:t lei n. 002
que o nohre dopul~do, .como o conyessou hu e 70 do decreto 'i22, re~tríctos a casos especi-
ponco, prorurou-o InclUir em umv. l1stn de se· ncos1 6 possivei uno observai' acce5so, com tudo
Mdore~. Ur:•, purvcntura um ltornem nestas não na lei que rmturize ~ i nol:J$erva nda dns ou •
condi,·ões, ê homem em rtuem o ministerin nfio tr:tS condit•Ües do art. ~8, IJU", rói'~ da hypothese
posga · tet· C<•nrlon<:o ~ Admillo que m~smo o~ do art. 71, é o exclusivo texto lcg~l na ntaleria:
hom•ms tr.n 1.!~111 colloeudos, como este, pos~~m · o c~sl.lsccindi~·ü~s para ils ntmis nomcaçües sfio:
errar. po>som d~smeraccr da confian~a do m·i- Propostas dos comm~nclanle~ d~s corpos e. infor-
nisterio, po~~ntil ,egnir uma política que nãr! t! m6<;iio do cotnmnndantc supet•wr t'eSlleettvo. Si
o do ~-:·o,·crno, possa tu envolver-se ern um pklto al!!umas Yezcs · é impossível obetlt.•cer ~ ordem
eleltornl qmmdv o ministerio t.em prohibido u ::radu~l donccesso, ti setnpre possível obedt~cer ás
todos os p1'C>iclent~"' que ()ntrem nesse~ pldtos. t\emais condicüe~ do art. !~8; a porque a lei não
Ms~ perguntn; cotno havia de proceder o miuis- púdo ser obedecid;~ em uma das suns parles, não
terio ~ Examinnndo os aclo~, vendo ~i c~scs :<e segue que eli:J dera ser dcspJ'eZ:·d~ em todas~s
netos n~·guitlu~ CO!Jll'a n~]Uelle pt·cs.iden\~ e•·n~ oulr~s. Portanto, o nrt. ·.ras lia lc1 cttad1l do f.850
verd~d.,im~ ou nao. Nuü os exnmUJ~t'ct; det· não· p<'ldC ·sem illegalidade ser violado, níio o
xarei ao Sr. Adln !!'S~e exume ll ;1 cumor:1 vot pól1~ ser ~om nc~l'l'ettl~ n nullidat.le do ac;to (JU~ ()
ver IJUH on lenho rnzão (1uando digo <JUe n t'P.S· utfrmge. Ne~da Jile:,ralJdatle, nesta nulhdnd'e m~
postn do St·. Avil~ IJIO s:ttisfuz. concrnm os n~IO$ da presidt'nci~. de 6 a :1.0 de
As interpcllnções do nobro dopulndo con- Abril do anno corrente, nOIIlll<UJdo oUlciaes paro
sistirnlll no ~<'gui11tc (ttl): os cot•pos da gunl'da nacional dascomarc::ts de
Pl'lo19S e Pot•eo·Alegr~. com infi':JCÇ~O do nrt.~
• Si.considern· regular e digno do apnio do 1•ilttdo, etc. (Seg-uem-se as indic~tçues d:1s f~Jt3s
gabinete o procedimento do nctual pr(lsidente de proposln~ e inrormaçi'ius), e cvnclue nssim :
do Bio Grande do Sul : nestes termos, cumpro restuurar ns !eis violadas:
• L • An nullil ndo os octos de seu antecessor tem direito e tem dever o podH IJlle exorbitou,
relath•amenle :i. gltnrdn nncionnl; de nnnullar e desrazer o ndo que desrespeita e
• !t. • lloin tegrt•ndo o prolilotor publico de l.n· fêre a lei, para cuja repriraç;io o preslden te da
gunrilo, Antonio Mnria Pinto ; · · pc•ovincia resolve declarar sem etreito os netos
• 3. • .suwcnJendo o Dr. Luiz da Silvn Flôres de ii o fO de Abril do anno corrente. N. li.
Fllho, ilo cargo d~ inspeetor do snude publica; Uep('>is de )á estar dlspens:~do !la presidencia
c t~.· JuJJilando o ,professar de hlstoria e g-eo· desta provmcia, o Dr. Flôres dcrniuiu o pro·
grnphia da escolu normal Fr_an_ cisco de Paula rnotor publico do JllgU1lrão, e nomeou substUuto,
Soares; que niio qulz oceitar 'l nomeação. Poucos dias
, l). • Allerando o plano confeeclonndo pela depois, tomando cu posse da presidenl!ill, rein·
ossemblén provincial para a extracçiio d~s lo- tagrci o promotor demiltido, porque sempre
terias; ,, d servill com dedic.1ção, honrn, zelo e abnegação
• 6. • Finnlmen·te, contrariando a poltt•ca 1.1 nquelle cargo. N. 3. Tenda a assembléo pro·
conciliaçiio, justiça e ordem ; demiUindo em vlndel. mandado contrntar o serviço de esgoto
m:tssn empregndos publico,s intelligentes o ho· dos malerias fecnes dns cidades do Porto Alegre,
nestos. • Rio Grande e Pelotas, e tendo de ser subme'·
··Vejamos o.s rcsposlas do St'. Avilo. (IC' : Udo {Í suo opprovaçiio esse contrnto, na· actual
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:4 1 +Pá gina 16 de 28

296 Sessão em 28 de· Ma.io de 1880.


sesslio, ordenei no Dr. Lui1 d11 Silva Flôrer. Tenho reintegrado nos cargos policiaes cidadão!!
Filho que rcm{llt<.J~se ã ·esta preaideneia esse qu& no oxercieio desses cargos prestaram role~
contra&o e papeis que lbe eram . relativos, vantes serviço• e que tinham sido demíUidos
que estavam em seu poder, p~ra dar pare· pelo Dr. Flores pouco . antes e depois de
car, na qualidnde-de-lnspeetor da hygiene pu· estar dispensado__dã Jl.te~idencia da província e
hlica ha um me1. Não fe.z caso esse funccionario todos depois da eleição- iierilitor'iill il ·que_6e_ ·-
da minha ordem, e de novo ordenando-lhe que, procedeu ullimamentc nesta província, na qual
devolvesse esses papeis com parecel' ou sem elle~ · ~eu pai fol o candidato menos votado· peta
recusou-se rormnlmente a entregai-os, como o tnlt3 de V'OIOS qUe teve nas circumsd'ri~es em
declaro11 em omeio. Usando dll attrlbuiçlío con- que serviam essas autoridades qufl demiLiiu.
ferido pelo art. IS,• § 8. o da let n, 110 de 3 de Esses meus actos têm merecido o applnuso de
Outubro de i831 o suspendi e mandei responsa• Cod:~ a provín·cia, com excepçlio de. um pequeno
b!liSill-o, pendendo aindn o processo b decisiio grupo que apoiava a administração do Dr. Flôres.
do poder compotel\te. Ao Exm. Sr. ministro Os ac&os pelos qunes tenho demiUido nlguns
do ímperio remetti lodos os documentos relati- lunccional'iOS publlco.s eslão Lodos jualiflcados
vos a este meu :1cto, no dia 3 do corrente mez. e o. nenhum demiUi ~ómente com declaração
Não e1·a u~ce~suria a informnçíio do inspector da de sm· a bem do serviço publico. Remetterel
bygiene publica ~obre esse contrato, porque 1wr esses netos pelo primeiro yDpor, nllm de poder
elle só é cont1·ntado o serviço da esgoto, ·llcan- V. Ex. verlticar que todos estão fundados em
do o estudo e approvação de planos e ~ystemas razões poderosas. •
deflnilivos para depois de feilo o oootJ•ato. Páde ser que me engane, mu~ e~tns informa·
Porém, quando mesmo fosse necessal'la essa in· ções me snlisfazem ; e com ellas ficou o minis·
formação, tinha obrigação esse runccion~rio de terio convencido de que ns aceus:u;ões do nobre
cumprir a minhu ordem. A .11ssembléa manda- depul,ado não tom procedeocia c qne o presi·
ria obter essa Informação si julgas~e isso nc· dente do llio Grande do Sul Len\ dirllilo a sua
cessado, porém uiío mandou. clinllançu.
• N. -i.- Aoto de lt3 de Abril.-,- Tendo sido
j~lgado .ineapnz de todo o serviço o nctual pro· O 8r. Bllvelra Alortlua (aft~npio;
fessor de historin c geograpbin dã es<.:ola normnl, tnotliltlell to nas -""'lerias,}
Franelsco de Paula Soares, por inspecção de 0 Sn. PRBSl&llNTB ;_.Atlenção.
saudll que soll'reu; a seu requerimento, e prevn· ·
lecendo ainda essa ínspecção, pois qae n nenh.umn O Sn. Sn.YEIRA MA.nTtNS ; - Petmitta V; Ex.
·outra procudetl-!e depois deHa; sendo mais quo que comece meu. discurso repetindo u llhtase,
de raeto o professor Francisco d~ Pnula Soares que muiflls vezes Cenho ouvido do mais Jlluslre
mostra~~e no exercício do mngisterio ser inc:npaz varão da :~clunlidnde no ltnperio, o. meu vene·
para esse serviço, não cumprhido seus deveres rando amigo, <r nobre Visconde de Abmilte. • H~
lá como professor, jâ como director da eseola occasiiícs· em que pôde-se apresenlifr cartidão
normnl, con$tituindo-se um 11lemento de desor de obito, mas em que uüo sõo aceilavais ntt~s·
dem n~qUl:lle estabeleclmcnlo, o presidente da tndos de molestla. • Levantei-me ha pouco das
província, usando da nuribulçõo que lhe confere agonias da morto; mas 11fto posso delx11r de
o nrl. ii.", § ~- da !oi n, U:tO de iG do Maio tomar n palana nesta que~tlio, que interessa a
0

de t879, re~olve jubilor o rererido prore~~or minhn pro...-incía, ao principio de justiça, que
com ordlluado inLegrni.-A cómmissão respecLi~a sempre tem sido o meu norte, tunto nu magls·
da o~semblé11 provlncinl jú dou parecer nppl'o· tratara comona administraçlio do l:slado e na
vando. este meu m:to. • direcçno do partido que r~proscuto no Rio
Grande do Sul.
Acommissiio respecLiv11 d:1 nsscmbl~" ptovln· Senhores, fallo ti camarn do meu pniz. fmllo
cial, deu purecer o. respeito deste octo. o poder ao meu paiz inteiro, que não hn multo tempo
c-ompelentll, nJ.• provou porlo.nlo o aclo condem· assistiu :í dlvergencin que nppat•eceu on\re o
nado pelo nobre deputado, gabinete lS de Janeiro c um de seus n1embros,
Interpellacüo n. li, (lê): o seu primeiro ministro da fazenda.
A provincia do Rio Grande do Sul era repre·
• N. õ. A invcrsiio das lote riu jú toi tambem · sentada no gabinete por dous homens,
approvnda por parecer da commissiio respectiva Um r.ro homem novo, qus se tinha distinguido
da assembléa provincial e são estes negaciosem nos lulas contrn a situnção decahidn, mBs que
que ella Julga soberannmente. Essn invcrsiío de uunCII hovia exercido cargo algum de odminis·
loterios foi acto de meu antecessor, o Dr. Flores tração; o outro era a ·primeira gloria da patrio.,··
qne deu ordem verbal oo respectivo thesou· era o heroico soldado que in:~ugurou a campa·
reiro p~rn Jazel-a. Apenas legnlisei essa ordem nhrulo Paro.gaay pela pusagem do l'~ronn; &
po.ra J'egulnrisar o servfço da oxtrncct'io. tinha sido arrastado em todas as cidades que
. • Era is~o necessnrio porque n lei do orça· all'nvessava em carros de triumpbo. Aqnelle
menta geral augmenlando o 1mposto sobre cer· foi o ministro dissidente, que refirou-se; esle
tas lollll'ills, tirou 11 possibilidnde !la preencherem conservou-se para su~tentar o gobin~~te eom o
ellas o fim pora que foram concedldns, Determi· prestigio de s"u nome o da sua gloria.
ncl de110is n cl(tracçi'io de uma loceria por ne· Pols bem; a provineia do Rio Grando do Sul
ccssldnde puulica, .Que a asscmbl~n l'econlleco c erguendo-soa altura do um po\'o independente e
apjJrovn nn suo lei de orçamento, npre~etito1lll quq sabe quoror,julgou n politicn de ambos, e, ·
ho e, n:1 qual 11 asscmblêa confere-mo o mais ao passo que a nssembltla pl'oVÍIJCilll, aa camaras
honro~11 e completa prova de consideruçào. N. O. municipaes e \odo o cloitor11do eaudanm o mi·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:4 1 +Pá gina 17 de 28

Sessão em .28 de Maio d<! 1880. 297


nistró que se retirava do gabinete, o clamor e O Sn. !1-It.VEin.\ liAnTINs:-E, senhores, como
a censura contra a política do glorioso soldado se póde explicar isto ? Qual a razão por que o
que serviu a pasta d3 :;u~rrn obrigavam-no a soldado glorioso recebeu o stygma da sua terra,
dizer-me.: estou b:10ido do 11artido no HioGrande qne no mesmo tempo saúda c applnudc o seu
do Sul e, quando voltnr para ntillnhn !!Siancio, humilde antagonista.
~nã<nrcl-peto- Rio Gr~nde;irei-por 11 ontevidéo; --Só--limo.-·rnzão :···u- justi~n1 ·que;·si t~m-g·loria­
O Sa. FERNANDO Osonro:-Conlcslo. QU\l a deslumbre em um mmn!!nlo, não tem
nenltULll:J. <JUC a mate para sl!mpre.
O Sn. StLV&rn.l Tlbntr::<s:-Póde o uobre de- Iln umn couan de que teuho orgul110, qu3ndo
puL:Jdo contesto!' o que qnizer, eu amrmo o que se truta de ncgocios publlcos, é poder levantar a
ouvi, e qne me roi dHo. . minha fronte, que nunca foi empanada por uma
seuhores, dep1i~ da. sua murte os seus hei'· idéa menos g-enerosa, é 3 consciencia de· nunca
deiros, os seus filhos julgnram a nossa terra haver-me inspirado. em outro sentimento· que
indigna da recebei· seus ossos, fazendo-se constar nfio fosse o do interesse nacional.
publl~amcnte que até o caduver do ltcroico ~ol·
dado não seria acolhido. por seus concidadãos (Apoiarlo8 c applatl303 dCls ,qalerias.).
com o amot, que lhe votaram em vida. (Nii~ O Su. PnESIDENTE:-Observo :ís galerias quo
a110iados.) niio intervenham. · ··
O Sn. F1mNANDO Osomo:- Isso I! uma injus- O Sn. SILVEHIA MARTINs:- Não l'eccio nunca
ti~a. n discuss~o em ponto algttm,·porquc estou sem·
o Sn. SJÚEIR.~ 1\IAIITIZ\S: - Sl!nhores, roi o pre para ella prepnrndo.
O minisLeriode 1:i «.leJuneiro te\·c tluas ph3ses:
juizo que correu, e tudo qu:mlo deu-se _na oc-
c:1sWo prova que ~cus filhos e os am1gos do n pt·imeit·a em 'fUO ll~urei como voto llropon-
ministerio tornaram desse modo evidente que o der:•nle, segundo a expressTio do Sr. presidente
ministro matá r~~ populuridmlc c o prestigto do do conscllw, quero cr·er que niio fcJi sem glori:1
pn&~ . . . porque nestas mesma> runs por onde cu, minis-
O llio Grande do Sul, grave e solemne, levan· tro demiltido, llCCusado por uinn imprensa ins-
tou-sc ;, altttra dn· verdade e dn justiça, foi se· pirada no interess(J jll'ivullo, marclwv~ ~allllado
vero como Sp~rta. Nem ê isso para admirar. pelo rrovo, eram JlOucos dias depoisnqucllcs quo
'rem havido soldado$ mniore3 e mai~ {<lOl'iosos licavamno goveJ•no upup~dos pela multidão.
que, derois do salvarem a paLria eu liberdade, (Applausos e muito bem das galer·icrs.)
eontrn ulln altcntaram, c si haviam recebido as O Sn. "PnE~rvEXTN : -· Si as .g~leri;•s n~o se
acclama~õcs dos povos, roram mais tarde por
elll·~ condemnados I E ll bistori3 dli rnz5o aos
conlcm, usarei dos meios regimentacs.
povos. O Sn. StLVE!I\A ~lARTINS : -sr. presidente,
Não era menor do que o Murquez do Herv~l. eu hoje nlío sou minislro, c não se pódc dizer,
longe disso, P~usnilln$ o beróe spartano quo pomo ent:io se dizia, que eram urbanos disfarça-
snl\'OU em Plaléa a independencia da Grecia e a dos quonpplaudi~m.
dvilisaçfio do mundo. l'ois bem desertando da O Sn. Pn&SIDEnE:~Masissonüomeexime ...
cnusn dll pntria que o Ozera p·rimeiro entre os
hcllcnos lt'allcou com o per&~ em pt•oveilo do sua O Sn. FELtCJO nos SAmos :-Em todo o caso
pessôu ; llescullel'to, refugiou-se em um dos tem· são pouco url.i:lnos.
pios da chlnllo 11ara O\'iLor n morte ·o sun proprtn O Sn, PRE~tDENTE: - ••• do cuml•rímcnto do
mlll para mura~· a poria, JJOr on1le }Joderia fugir meu dever, nem tão ponco ao oolwc dcpntado
nssenlüu n prtmeir~ pedr3, nlltn de que seu interesslil'•SCl pela rcpresentnciío nacional, de
glorioso Hlho pElt·dcsso o vldll no dia em que . qull roz parte. .
(l~t·den a honro, (Muito /Jc!ll, muito bcn'.) O Sn. SttvEin.\ MAnTINS : ~V. Ex:. niio me
Quo jlrinclpio reprcsent:~va cllu e quo princi · comprehende; respondo úquelles que, no tempo
pio represento en 'f . . · em que eu r.ra minlstt·o, por isso me>mo que
EllL•, «JUO nssim 'in condemnado sou proce- ell~s j~m~is !eriio c3pazcs de arrancar a[Jplausos
dimento Unha o prcsligio da glorln e que glorio,
tcnhores 1 A dos comlunes que fascina e de5• de ninguem, diziam que os q_ue me eram dndos
portiam de urbanos que o rntnish·o da fazenda
lumbrn B que niio tmn nenhuma superior no mandnva disfarçados para os galerias. (Applarts~s
muudo, 11 nlío ser a de governar os outros das _qalerias.)
homens, não, ~overnnr pelo aeoso do nascimento
ou pelo capricho de um despola, ma~ govermu· o Sn. PnsszD.&NTE:- Si as mnnifcswçtícs eon·
pela opinião com a ~ciencin, com n justiçn, com tin unrum, suspenderei a sessiio. (Apoiado8.)
o patriOtismo do um gr:~ndo estadista p~ra grnn· O Sa. SILVEtaA 'MAilTtl'ls:- Nilo sou boje nada,
deza e felicidade dos seus concidadãos I nem quuro ~er cousn n\gum1 mAis do que ~im·
No emtanto, eu .humilde representaniB da pies voto 11poiando o mlnlsterlo oclnnl.
minha provincin, um rapaz levantado hn pouco Agora, Sr. presidente, ai V. Ex. quer quo cu
d'cntre os fC"gões dos ganchos, otrnvcsso essa niio sento·me, o raço·lhe n l'OD1Ado.
minha provincia de norte a sul no meio das Niio éconlinüe, de hoje, é de Ion~a dntn, quo semprn quo
ovnciies <'o população por um caminlto de tlores .. estou nn tribuno sou dominado JlOr utnn i di! a:
(Apoiadoa da catnara t q,pplauao• da8 ,qaler•aa.) cega e passlv~ obediencln no prcsl~onle do cou,
O Sn. PnESit>ENTE observa que os galerias niio em homenng<nn ao principio liberal que o pnr•
podem dor aignnes nem de approtaçiio, nem de lamento exprime como representação nacion:,J,
reprola ~iD. · (AprJiado3.)
Tomo 1.-38,-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:4 1 +Pá gina 18 de 28

298 Sessão em 28 de Maio de 1880.


o Sn. PnasiollNT&::_ O nobre deputado sobe governo da maioria, e na minha provloein exel'·
que· IJuo lenho nem posso ter motivo algum cin o poder uma mlnorin inslgniH~nnte, sem
pnra desejnr que V. Ex. não conlinde; deve talento, sem patriotismo ll sem força moral.
comprebender igu:llmenle que ó meu dever · E senão, compnre-se o procedimetllo da po~
nesta --c,,deira....sustentnr_a.__orde_m,_ rn_e.slllg .. em. pulação com os presidentes nomeados. ·
bomenag·em ·a V. Ex., como a qualquer outro · · Quein indrquaf; qu:mdo mtnlstra0!Jata'· pre&i~ - ·
collega que occupe n ll'ibuna. dente da província do Rio Grande do .Sul 't O
O Sn. Su.,·EIRA MARTI~s:.:.... Não tenho contes• }Jresidente da assemb!tia provlncinl, o DI·. Fe-
taçõ.o.a oppõr n v. Ex.; ·mas ê que v. Ex. &em isberto Pe1·cira da Silva, cidadão distinclo
um Iom um tanto nervoso de faiiar com os üe- pelo saber, pelo .caracter e respectnbilidade lle
put3 dos e dirigir-se ao publico, qne parece sua pessoa. (Apoiad1s .) Parti, senhores, deste
s~m•Jre reprehensivo. ponto: a asssembléa e a reprl)setltnção lh're-
• melltll eleitn dn província, porque !I minha
O Sn. PnESIDENTE:- O nobt•c delintado engn. provincin, senllorc~. embora. sujeita, eomu ns
na·~il :1inda; não ba nada de reproliensivo. O outrns n u.ma lei eleitoml que não gnrante o
tom de f<lll~•· nem st•mpre indica o quo pensa· cidadão contra :~s violencias ilo governo, dc~en­
mos, lJol'qne, si V. Ex. pudesse julg:tl'·se n si volvcn tal energia nn rt>sislencia que queiH'Olt
Jll'OtJrio, ha,'in de Ycir que o seu tom é sompt·c ~s ma11ws que prendiam n lillcrdndc do voto, c
il.e um homem sensibilis.-do. eleg:cu-vet·dmlell'os deputados.
O Sa. SILYEIDA ilt.~nTlN~ :-Eu jnlgo·me com A asson1llléa é eleita pelos eleitora~, o prcsi-
n maior impnt·cialidade, e, primeiro do que niu· denee e eleito p~!a 11S~embl~a. Apr~ontei j)a_f(l
Q'Uem, reconheço-me ,·crdadeir·o vuso de hnpet·· presid~mt~ o nome do prestdente du assemlllea.
re!o;ues; n5o pense v. Ex. que .ml! supponho h\ que deS$C modo podia dizer-se um \ll'C~idonte
m~ito grando cousa, mas ereto que Y. Ex. é de pro1•incia não nomeado, mas eleito. E' o ap·
que se éngann,porquc,como (lizcm os frnncezes, plicuçilo do principio quo Ievn ao governo no
C'est lc !oJt qne (ait la chanson. syslema parlamentar o chefe da maioria, que
· Si me sensibiliso, uüo é cou~a de admirar para derriba o ministerio. (Apoiados.) E flor isso sUs·
aquclles (rue,. como eu, têm no peito um mu8 • tentei aqui que no regimeu pnrlamuntar niio ern
culo, que se chama coração (lliso.) Nfio o fa•;o o minísterio. m!ds. do Qtlll umn cornmisBão do
de ru•oposito ; cada um tem o temperamento que parlamento.
Deus Ih.e deu. (Ra um (11lCit'te.)
O Sn. PnE>IosxrE:-Sem duvida nenhuma. l>or que, nindn que srja a corua quem designa
O Sn Su.n.JnA MAmt:s-s:-Bem; chegamos n o orgnnizndol' (lo· gabinete e aceitn os minisll·os
um nccôrdo, e cu continuarei. que l'Ste ll1c offot•rcc pnrn com elle collabor~r,
V. Ex. snbo que é .me~mo da minhn conve· n~o é menos verdade qnc a ratificação do neto
\'ieneia fallat· devagar, em tom baixo, porqne o pertence no llorlamento, que páde, no uso de
meu medieo, qnc tnmbem é mcumni:.ro, 1>rohi- suas l.lUribuiçüe~, negar meios de viela nos mi·
biU·plC tomo1· n pnlnvrn !1umnte toda esta sessão, ni~tros (JC\~ coríln nomeados. .
e ~li:\ ord('nn quo m•' retiro p:~rn fúra. Yê, por. Em homettngcm a C8te principio acabo. .llar·
tanto. V. Ex~ f!lll! nfto f:1~o J>CQueno sacrificio lington no lnglnterrn de recnsa1· n misstio, que u
em deso!Jedeccr ~os fJI'ecoilos dn scicnci~ em· roiuhoJho in~utnhi\1, do organiur gnbinete,JJO!'.
!JUanln o senndo niio l'econhecer os pociCJl'es dos cubcr C$~9 dtrelto mconlest:t\'elmcnlc a Glnds·
~mwdvres pelo Hio Grnnde do Sul. lone, verdadeiro cberc do partido, c unic11 ar-
O su. J>nE.no&.,TE : - E nm· conscqucncia 0 mndo !lr. força moral mmeientc para organizar
nolJre d~pnl:1do de\'O co•nprclumdet· qne ê meu um minlsterio rorto c dtuadouro.
deycr mau!cr 0 ordem, mesmo em seu beneficio. Si o ministerio ti do Jnneiro, no111enndo o·
(Apoiados ~ riso.) Jll'esiclente da usseml.Mn pro,·ineiul presidente do
Rio Grnndo do Sul n5o fez mais do quo cingir·
O Sn. SH.YEI!\A. 111AnTms;- Agradeço tanta se nos principias da escolo.liberal; com n minbn
bondade da part~ de V. Ex., mos preferin quo rctít•nd~. dominnrn1n os principios dn outori·
niio me lnterl'ompcssc o discurso, pnrn não ver." dsde 0 (]o capricho; 0 . presidente apoiado
me ll'ls apuros em que me neho pnrn nponhnt·· pela nsscmblên foi demiuido, e em seu lognr ·
lhe de nO\'O o fio· nomeado, quem? O Dr. Cnrlos Flõt•es, juiz de
St·. presidente, romemorando os Jactas <1uo diJ•eito, auditor ~e guerra d~ ciiJlilnl, impedido
acabo de reproduzir pernnto a eamara, nüo foi não ~ó pelo J?rincipio liberal da incompaLibili·
outro meu fim seutlo jt1sliflcnr o procedimento do de, quo cv1ta quu os magistrados se. iuutillsem
do nobre pr~sidenlll do co11selho que foi chamado nas lutas dos partidos, mus purquo ct·~ princi·
n go\•eruar em nome !los principias llbernes ; pia assentado do gabinete que niio se bnvia de
S. Ex. lw de 80\'ernnr com n maJOI'i~ ; o niio hn tirnt· uwgistt·ndos de suos Cuncçõcs J!Dra empre·
dtwidn que~ maiori~ da provinr.io do R lo Grande gat-os na administração 1 o minislel'lo que n~sim
é representada pelo or!ldor,desdl! que tornou·se proceucu foi o mesmo que não hesitou em rnzc1·
evidente, pelos factos, que o pal'tldo .liberal rio· a crise quo occasionou a rcliroda do meu nobre
S'L'tmdeose para seguil-o nbnndonou o proprio !llnigo 0 s1•• comelheh·o Andrade Pinto do gn·
:.rencrnl Osorio, que no Jlrcsli:;iu da gloria mi- binele, porque, niio querendo interlnldndes na
lilnr, rcnnia n forcn mlll$ real qno •·asulta dos mlminis1J·o~ao das provinclas, devin o illustre
seducçõGs do podf)t'. S1·. Visconde de Prados ser substituldo desde
A Constituiçiio eslabcleco 1:omo principio a quo vinho. como deputado tomar pnrle nos trn•
~ob 1:rania do poYo, rJUD se trndu1 om fncto pelo balhos do porlam!lnto.
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 10:41 • Página 19 ae 28

Sessão em 28 de Maio de 1880. 299


OSr. Or. Cnrloa Fll\res roi rastejAdo por um . E ·de facto, .senhores, o . directorio ridiculo
grupo do cadete~ da escola milllar, quo ol>edc· que o governo tentou orgsniur na capital des·
eia oo 11\llli.stro da gu~rra , iniciador ile!Sa fatal apparecou como o rumo ã minha chegada e
polillca de eorrilho, e por alguns' indivldnoa nunca mais ninguem ouviu ral!ar nelle •.· · .
mandad~s buscar em vapor o S. João do llonle· Os amigos do governo onde lriumpbaram,
··--· negro~ __Qnd~ 9. Pre$1den~ · ll~vta sido jniz de como em S. Jeronymo, foi com o anxilio dos ·
direito; IIQ passo que o partido lllierarda capitat' conservadores ·a- quem entregarnm··a-·eJeição;
. se ngrupava na• portas do ex-presidente, nl'io .sú Ne.sla Jocolldado'\cve o conselheiro Paulino Josll
· para saudal•Q, mns. para protestar contra a dea· . So:.res de Souza U votos dos eleitores FtorisliiS,
lealdade e a lr~lçio. · ·· · quereis melhor pron do seu conser~Dtismo?
. Agon, senhores, o gabinete i8 de Março nada O Dr. Henrique qe Aviha 6 presidente em
mais· !ez do quo npplicar uo Rio Grande o nome dos grandes·e siíos principto~ que regem
principio já uma vez posto em prallca. O presi· a escola liberal; não êdestn escala bastorda que
Uente que nomeou pnrá subsUCuir o Dr. Carlos SQCI'iUCll Ol> !Jartiúos ao ventre; assim [JUdesSe"
Flores foi o · Dr. Henrique de AvHo, que não .mos uomeBI' . presidentes pura todas n6 provin-
eru o presidente, mas o chefe da m~unia da dos, porque murchariam de accvl'do1 e pnrnllela-
a~sembléa provincial, para ~ssi m harmonis~r a mente a administt•nção o a nssemnléa provin·
admioi~tração com a provincia, que desdé a cilil. ·
demissão do DI'. Fellsberto andan divorciad:l, · Aqui nesta casn, mesmo duran1e o ministerio
e n 11rovn disso eslâ no procedimento do prcsi· passado disse o Sr. Marlinh<l C·lUJpos, qu·o nlío
deute demillido, que, ~em nenbum pretexto era multo torto nomenr presidentes do partido .
ratoaver, adiou a assembléu, impossibilitou que dominasse nas assembléas, muito embora o
qunsi a sua rounião e o. votação das leis anuuus, governo rosse · contrt~tio,
porqne os seis deputados geraes siio membros Niío levo as co usas a este ex:lremo, quero hnr·
<la assemblé;t e aqui deviam achnr•se na époco monisnl-as e para isto apresentei um projeclo · ·
para que roi odiada. 56 a consciench1 da proprio em que o principio político do go,·erno repre·
fraquez:a e impopularidade podin inspiru·lhe senl.1do pelo prcsidenlo ú corrigido na ndmmis·
este at~entado, mas o pntrio\ismo exigia antes traç3o provincial pela delegaç.'io permnnenlll da
quo. se demUtisse, j:l que se reconhecia in· nssembléa, como existe hoje em Ft':l nça, como
capaz, ê lei nn Belgica, nn Hollnndn ·e na lllllia. .
Agora q11e () presidente apr esentado pelo· Entre nós dá·se o que dou-se no nio Grnm\e . .
~lnrquez d~ Hotval foi demitlido quereis saber Durante dez nnnos nós tivemos mniotia nn
qunl rol a senl11nça popula~ Y Quando o outro nssemblen provincial, mlls o pl'esidcnto ern eon·
retirou- se do ~nlneio foi acompanhado por toda trnrlo. O \lteslden~e nlio · executova ns lei9, a
a população .hberal do florto Alegre, ao passo assemblea não deposil.av'n confiauçn·Ml!e, a ad·
quo o. poiJre Sr. Carlos Flôres rol sósmho, ministl'ação estava emr~erradn. E' preciso nestas
desacomp:mbndo, sem. encontrar uma nlma r.ondlçõesumn tr:msacçlio1 porque os presidentes
cal'idosa, umn untea qtte lhe puzesso uma não podem obler os recursos .que n assembléa
vcl~ na mlio vn•·o exltn\ar o ultimo ~usviro! E fornece e etltão trava-se nllla luta entre o po·
tnlla·se aqui ern dissldencfa no partido ! Pois o der executivo o o legislativo.
nolJre deputado nlio sabe que o Dr. Flores niio · Fallou 0 noot·a deputado em intole.rancia. Vou
retJreseniD nu provincin . nem um grupo, e as prov~ 1• nuthel1ticamentll como sio intoler:mtes
loc.'llidades que nelle \~otnm nilo oçompaithom a ató ;.i cegueira, até :i perdição.
sua pessõ.1 contra o partido 1 · tA
... l'a•'a. luze r alguma nomeaçao dirigiam ·se O Dr. Flôres odiou :1 assemb ..,a , Eu pre\'ln·o ;
multas vezes 1108 contrarios, !ftteriam saber si olle niio Unha mnioria e nu sua minoria de tres
·. 0 acompanhavan1 no presente, niio se impor- ou quntro, não tinha ninguem quo entendesse
tavam com os ldáas nom com as convenicncins dos negocias lHlblicos ; ·e enlão er3 chtro, orn
do pa 1·tido, doulrina polilica inimoralt.porque é evidente qo.e n5.o queria discussão, mesmo \>Ol'
corruptorn e on;lno a sacrificar 3s i06:ls gene· que a discussti o·fo:t a luz, e elle niio tinlt:l por
l'osas do patriotismo que os partidos sustentum, . si, nem 3 r.1ziio, nem nverdode.
nos intoresses i11d.iyidnpes. . Tfmdo de oscrevet uniu cuia no presidento do
Allegou o nobre deputado 11 generosidade com conselho sobre a reclamação de um engenheiro,
que seu pai me reoommendóra aos seus amigos que no tempo em que eu crn ministro hnvia
nit ultima eleiç:io; mas alndo·quo isto seja ver· . sido nomeado pnrn umn commissiío de que lhe·
dlldc, o que não contesto, devo .dizor a cnsai}UO não linhnm pngo os vencimentos, nproveítl}i a
eu não IH'\lcisava dessa r ccomruendaçilo o tanto occa~liio para dlzcr·lho nlgumo couaa sobro po•
que esses amigos, o Sr. Rabello·om 8. Jeronymo, lilicn. Nio era um podido. de ravorcs como, si
IJ9r exemplo, votaram · contrn mim, e eu fui nio eiJo, os seus nmlg()S propnlarnm ; nunca
eleito. Si o intprovbado direttorio por opi· llOOi-lhe f11vorej; a~lllis rcclamovn o que pa·
gramma cbamodo no 1\loGrande-pt·ovisorfo do recla-mo l'azoavel. Dem Sllbla eu •tno o presl·
Ozot·io, me exclulsso da cbnpa eu liavla do que· penla do conselho fazin ostentnciio da Corça do
bral-a, oppondo·lho outra. seu broço, mu estava convencido do que olle
Fallo com esln segllrança, porque osse dl· tinha consclcncla d\l que o braço do velho nio
rectorio, apresenlnndo ds locoltdildes o chnpo C{tle era ló. d11 rfgsz11 do rob~o, o por Isso, li{I6Zar de ·
aliás hnV1:1mos combinado, recebeu de toda a muilo mais moço, tnchodo de altivo e violento,
parte tnnnifciltoções do que a chnpn era boa, rnns propuz-lho trnnsa.cç1ío que )>llrecia-me muito no ·
niio linha a t~Uiorldade da dircctorio llbernl por Interesse do governo c toôll em . provdto do
mim presidido para poder ser votndo. · [Jnlr..
c â"nara do s oepLtados- tm rr-e sso em 2 7101/2015 10:4 1- Pá gina 20 de 28

300 Sessão em 28 de Maio de 1880.

Dizia-lhe eu :-• o Dr. l'lôres representa na gue com elle morava } di~ quo só com a sua
. JH·ovincin ·um e_on·illto ; é ~rcsi~entc . de · entrada na ·casa clle melhorava, .qnnlqtter que
fnmilia c dll arranJ OS pessoaes ; Iwo putle C!-Udar fosse o seu intlommodo. Vú lá : o. senhot· é
dos ínter~8ses publicas i. niio Iom o O}JOto ~o bastante gl'ande, não se abate com Isso, O ge-
parHuo, -nem- da -Dsscm!Jlea; .. por cons~quencut neral ti liio seu amigo ! . . .. ·
nós não IM podemos dar recurs9s: nomete V.. Ex. Eu rui, senhores,. c logo no dia immed!:ttQ no ·
outro; uiio lbc -pe,;o um. prestd.ente d~ tmnlta. lom(ll do Cmmnercio e nn Gazeta, em art1guetes
confiança ma~ um que seJa da sua m:.uor con- a pedido lia-se: ··
flan r,:a • o Sr Silveira 1\lartins l:"t esteve hontem nu
Não nomeou V ..~x. presiden\e da sua p~·o· :mteeam~rns da cnso llo genúral Osorio. • (Riso.)
vinci~ a das Alagoas, o Dr. Soares Brandao.Y Si clle 111 á minha cosa, como foi .. multo mais
Não é este de sua int!n~idnd o e confinus a: Pots vezes do que· cu :i sua depois da minha reli·
este nos serve. Admmtslre elle a pro~·mcw. e o~ rada do gabinete, nlnguem dl~la nada. . .
recurso$ nfio lbc Cnlturão. Umu vez, · clepois cl~ eu:rurmos em ::ccõrdo,
Não tem V. Ex. o seu sobrinho Lourenço d\l procurou-ine; não encontrando-me, esperou al·
Albuqucrq ue ? Em ·P•mtambuco u:ío se deram RUffi:lS horas, eu não cheguei. netirou-s~, .
bem com çlle, mas eu penso que no Uio Grande declarando voltar mais tarde por ter urgcnCltl
"OYCt"llai-ia lwm ..Dizem toà.os qtte é um homem de fnllar-me. ·. . _
honesto o cu o tenh<J ness::t. conta ; venha pois e~e Para que homem tão rcspeitavel, de t~o ele-
.:tdtuiuislrar . o Rio Grande do SuL ~1uc ilte ntlO yada po~ição, de tonta 'idade não tom~~so t.nnto
fnltnrcmos c·om os recLusos. • . .· incomrnodo. minha nmlhe.r compr~metteu·s~ ·
· Como a camora vê, n1io crn scniio uma .lruus- ~ela minha ida a snn casa. Pois V1l : nnm:nhu.
acç5o r~w~Yel e rligun o que cu propuuh~ . ~ra as 9 bor:.s, eu.o espero para nlmoc~~ cotnnu~o .
uma proposta feita, n1io por um o_pl_loslci_Onlstn Fui · e · no mesmo dia cxpcdtu-sc telc-
. intransin-cntc mas por utn. co·reltg!onnrw _qne ''talllUla para o pr!lsiden\e d~ llio G1~1 mle :
fatia o)lPosit•t:o no ministerio pouco libcral ·nus ~O SiiYeirn rtlartins nlmo~~O ll hoJe com o general
reformas, uius que. uiio cst.avn inhibid!) ~e rpoiar Osorio. • E o jornal official e us fol\u1s · dn
um prc~lden te honesto e llom admmtstrndor. provincia publicavam o imJ>Orta.nte lelcgrat~ •
Pois '' isto re~ pondia-se gnuaudo- sc do czue o ma! uarn dar-se n entender que eu a!1úa". a
. orgu.lhoso Oliposic ioni~ta do Rio Grande jit pediu corlejiindo o governo, qtJ.ando tinhn con~cte ne Ht
faYOres <~O goycruo, 51uando n:td:.t mui~ fnt:ia do dn minha força, nüo fonundn em b_~ !IJI:eta.s,
guc on·creeer uhl thero razouvel de salul' ue ttma Dl:lS Cll\ VÍI\tu <JDUOS tle lral>niho C d edJC:l ~ <IO U $
difficuldmle. · ·.. idé<ts Jib cr~tcs, pois como ha pouco dts~e,
. 3ulgucm por isto qurm era o eouciliador.. o levantei-me sem ~1.,i :~lcni<l e; com a b:mdeua
cort!ato, c quem era o homem de estado, quem d::t liberdade ·na miio .
pensnvu nos interesses tmblico5'! · E como poderia eu du,·idnr quo. c~n repre ·
E senhores, não é porque cu lenha ~ j)rc- seutnnt e lcgititno . ·unqnelln \)t'O\'IIlCHI, tendo
tcuÇ:io do suppur qu~ podcl"i:l ak<lllÇ(U' lodo o sido eleito <:onsc.:u\ivnnwnlll dll[J\\Iado contra o
bem publico que ctt imn:;ino ; runs umn Yez que poder, sem jatnni ~ bnvet pedido um voto sequei'
não 110sso obter.lotlo o bem cont~:nlo·tn!.' com o :tos meus co·l'cli gionnrios? Dig-o nlto e bom som,
possi vel. . ~ · . . . . _ . n~o [Jot" orgulho jll'oprio, ma ~ po~ ho~rn (\n·
E d ~ma1s nao lenho .d1rC1to de t ~ r Jl 31XOEl$ quclla lteroica tcrro , onde os <:td:1daos nt~o pen-
nem cscrupulos qu~ndo se tr~tn . ~o bc111 geral. s:nn f~zet· f<lYul'es pessoaes quando votam em ·
Na balança em tlllt.: se pesam os wtc~cs~c~ PU· um homam que jul:;am lln de repre~onl:tr com
blicos. não atiro nuncn os meus od•os uem as .ltonr~ e g·loriu· os seus interesses no twrl:nncnto
minhtia pnixõcs individu·nos. nncionnl. ·
I~lo dis~e cu no nobre minislro dn guerra do Sinto, senhores, o :tennho-mc de .trotnr llo_
minislerio 5 de Janeiro quün<lo me fnllnva em mim ; mas que hei de fnzor, provo\ ndo conslon-
concordia, mas l'ropunl!a a e xclusào dos amigos lemeÍl\e, constantem!'n~o c;!IU.!l\lllttdo? A pn-
que me ncompanhan m, lJO!'<lltC com cllcs nõo in cicncia lnunnnn tem hmttes. Amdn no seu ui·
nem \':\1'::1 o cêlt. timo discurso o nobre deputado ....
I\1a ~ tarde renecliu e melhor nconselhado ntio
queria -rclnçlie$ pessone~, mns niio se optJUnlln :i O Sn . FEnNA~oo Osonto:-Eu não o insultei.
~ ua reeleição. · · · · o·sn. SILVEIRA MARTINS:- ••• chama-nos de
• Cttag{l ttdu da llt'Ovincin do Rio Grnnde do Sul lngrntos, como si f~ra scil Ptli que nos mandnsse
~eu genro ·o entõ.o meu amigo o Dr.l\lnscart•nhas, no pnrlomento nocwnal.
Yice·llresidcnte dn provincin, procurou· me um Senhores, não cjuet·o revivet· o pa.ssodo, e~
(Hll c t~ediu·mD Jllll"n visitar seu sogro. outra occa~ião jâ disso, em presençn do pro·
· · Nenhum con:;\rnngimonto h:wia. dn minllo prio-general, bastnnte parll que essu camnr11 pu-
pute (Jarn fallar com o gencrnl Osorlo, porc~ne desse opreelnr. ·SI ·o genernl osorlo prcstall·m~
tenho conseiencia que durnntc a suu longa v1da como co-religionorio serviços, eu lb'os f,reste1.
n«o lhe dei nm sô motivo de des~oslo, u niio ser e milito maiores ; si Cassemos n . coteJa -os, a
que cite os livesse por·dar ouvidos n intrigns e camarn -..· iria para que lndo penderta a bnlttnçn.
mexericos, de que n[to tJuer o falhn·. Desde coronel, senhores, que o aco.mpanhe~ &
O sr. Dr; 1ttascnrenht~s disse• me: o auxiliei. Pt!la suo allivez o general vtvou mu1lo
··Meu sogro H1c quer tant!l; que depois desta tempo debaixo de uma su~pelta gernl do todos
questãu n5o é o mesmo homem; não tem soccgo, os che[es e de todos os governos. Foi chamado
Vi\'C doente e umofln:u1o. Minha lia ( a irmi ú côrte, quondo o.nosso exercito la .entr-J.r no.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:4 1 +Pá gina 21 de 28

Sessll:.o em 28 de Maio de 188(). 301


Estado-Oriental. Fil-o voltar p:mt nprovincin,por para o Rio Grande do Sul e para os meus ami·
intormedio do Sr. conselheiro Oclnviano e ll.ll·lho gos.• ~r~en!es defensores dos princípios de jústiça
dar o commando -de uma divisão, por inter· e ClVIhsaçao. ·
mcdio do presidente do conselho o Sr. Furtado, Disse, nessa enrta o nobre :!llarquez do Her-
e pela inlorvonção do Sr. Silveira Lobo, ministro val, que sahi do ministerio, apeznr dos esforços
du marinha, o commaudo em chefe do exercito, por ef! c e pelo presidente do conselho, em prega.
e finulmente con tl'a u sua vontade fil•o. entrar dos para que eu nüo o n~esse. ·· "-
na chatm de senadores, mio podendo sua escolha Senllores, alguns dos meus collegns falia·
ser duvidosa para ninguem. Ainda ultima- rnm-me ligeiramente em não s:~hir .do ministe·
mente espe~ei-~ em B~gé para traz.el-o ~ommigo rio; o presidente do conselho fez esforços ex•
para o mmtsteno, pois re~usnva-se n vir, e no traordinarios, lutou por_muitos dias i e_m _umn
fim de tudo sou tacbado de ingrato ! E porque, das conferencias, vendo minbn onslinação,
senhores'! di~se-me: -Tenho ordem, si não puder con,
Porque depois de haver feito tanto por elle, nnccl-o, de levai-o aS, Chrl~toYão. .
quando me o.compauhnva, niio quiz eu ncom- O Sn. CAM..\1\ilo : - Apoiado. Dou teste.·
panhnl-o quando elle era por· outros art•astado munho. ._
ao aiJvsmo. A gratidão, senhvros, é um scnli-
mentó que ~bre em meu coraçfio uma conta O Sa. StLVEmA MARTI~s : - Estou prompto a
que nunca s~ fecha e nunca se snldn; clla porêm, Ir a S. Chri~to,rão com V. Ex., respondi-lhe,
tem um limile: e quando eu tudo deve~se ao mas é tempo perdido, porquo nquillo que não
genornl Osorio, não lhe podi~ ser ngr:~decido cedi no at1dgo, no chere do meu partido, não
senüo com o que ó meu: não posso pagar os ser· c<:derci (L m~gestade. Na ultima conferencia em
Viços que os ami:;:-os me J1l'cstam com o sact•ificio minha casa, detlois de longo temtlo, sei deixou-
das idt!ns que defendo, nem com o interesse me qu;~ndo terminantemente lhe disse ! não
publico. Eu não poderia sacrificar, senhores, posso concordar com V.Ex.., poi·que assentir ao
ao general Osori\1a idéa de liberdade que linha~ seu pedido importu parn rnit11 desertar ás idé11s
me sempre acompanhado na vida, nem os prin· libernes, e como em suas pnlavra·~ enxerguei
cipios de probidade quo constituem a rorr;a rol'ereMia ú leuldadc que os ministros devem á
moral de toda e Clualqucr administra!i~O. corua, accrescentei: é em nome dess(l lenld3de
Cabe a(JUi, senhores. e folgo que tstcjam pre- CJUC nssim procedo, porque em gural se diz
sentes o nobr·e presidente do conselho ~1 o nobr·t· que todos os l1omens se desacreditam no fl'OI"cr•
ministro da justiça; cuhe aqui nolal' um acto de no. O povo nilo tem m~is fé, nem tem o direit(}
1inprudcncin commcttido poJo nobre depuJado, de tor, nem de acreditar em ninguern. Nos
que está assent:tdo â minha direil:t, dias de cl"ise, que ameaçam o nosso p:1iz, eiiD
S. Ex. publicou uma carta de seu pai ao ;re· não póde entregar seus destinos ri nenhum ho·
nerol C:uuara, diiendo que nquelle tmra publi· mem; u anorchia'ba de ser gcrol. Ntio dil(oque
cal-a csper:~va s:~hir do ministerio. Nfio creio hei de ser \~sse l10mem; mas 6 sempre nDbre, é
que o fizesse, portJUC depois de suhir do minis- semtn·e grande aspirar n sêl·o, e eu aspiro.
terio, a carln não tinha mais ell'eito, n<.'m nunca ~ia_nl~ des!D decbrnçâo S. Ex. disse que n~o
O general O~oriD podia pensnr ll~ pubticaçào IUSISt 1!1 m~ 15,
das f:1lsidades que nella s~ acham, que scri:~m · O e.\:·mini~tro da fazenda não foi olij~do ;
logo desmentidns. · sahln colltra a vontade do gnbinetc, levando 'h
Entre nós, senhores, só o facto de deixar a bandein• do seu partido 1111 mfio.
pos.ic~o de ministro ~um ·crime pal'a aquelles No meio de tudo i~so b()nYc um homem que
que pensam tirat' algum partido do co·religio- não nrUr.ulou nn1a patnvr" para que ou coilti~
nario, e dccahem de suas esperanças. Er:t talvez nuassc. Quereis snber 'lUcm roi? Foi o ministro
por isso t[Ue nos primeiros dias de minha reti- da guorr:~. Não darei as razões [JOl' que, mns foi
rudu, ell utrnves~ava os corredores da cnmara elle o unieo que rlilom·ticulotl palavr~, para que
solitario, e quasi todos fugiam de mim, coma· si eu continuas~c; como, pois, e por tjttc di~ em
eu fôra um leproso; pensavam quo a minhn sua carta que empregou_ osfor~os para eu não
provin,cia havia de proceder do mesmo modo, é deixar o ministerio ~ ·
a rozfio dn cnrta; eu fiz·lbe mois jnsticn, e os Chumei n autoridade do nobre ministro da
f:íclos provaram qM eu conhecia melhor o justiça, porque na cutn, querendo justillcar-se
lllmn da minha nobre tem1. Sahi do minlsterio o ministro da guerrn de niio h:tver sustentado
por amot da idéa liberal, fui para u cnmarn ; as minhas ideas, disse que eram co·ndcmnudas
voncido na cnmnrn niio troquei o bandeirft, pelos Srs. conselheiros Saraiva e Dantas. O nobre
mudei de campo de hn\nlha, ruí para a minha presidente d.o. consP.lho disse-me, entiio, que
provlncin, que, fiel nos principias quo represen· achava que eu niio devia rnzer questão de gabi-
tnva, c devotada como sempre n gr:mdcza da nete, porque as circumsttuicios eram difficeis.
idtln lil:rcral, niio deu onvidos :is vozes dn cor· podenilo a camarn conslltulnl1l adoptar o prin~
rnnçã.o, e Jovnntou-sc pujante eomo nunca, e cipio na lei delloiliva. Quanto no nbbre
até !Ddl!fnada contra esse desastroso rntnislet•io, ministro da justiça, tanto approvava nquellas
de que Live n inrelicidnde de razer pnrte por idéns • quo escreveu uma carto. no Sr. ex·
algum tempo. ministro da mnrl nhn p~rn que me ~compnnbasse
A idea que sustentei est:i. -victoriosa nas altas dizendo que eu sustentaYn o grande principio
regiões do governo, e é com indizivel prazer da escola liberal.
que vejo-a consignada no novo projeeto eleito· o Sn. DANTAS ( mitaistl'~ tla jttttipt~.):- E'
rat, porque importo. :_um triumpho esplendido exacto.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:4 1 +Pá gina 22 de 28

302 Sessão em 28 de Maio de 1880.


o Sa. · SiLVEIRA. MAaTir~s :-A carta do Sr.· de Qnarahim, como seu irmão, o coronel Feli·
Marquez do Herval, publicada parn ra~er elfeito. ciano Ribeiro, o era em Uruguayana, ·
apenas prova que nlio era com a verdado que Se~ia o Sr. coronel Astrog,íldo 'f •
subterraneamente me combntiom. Fo1 ~empre -nosso adversano, e so agora, eln
Lamentou o nobre de[fultldo o tempo fGliz'em- · ~eficlencia de_genl1!, . senhor.es, _e Jl_IDJI_dio nos
que seu pai escrevia chupas p:.~rn os mgratos. · hb~rae.s que acomp.:tnllarn, em Jaguarão, ii"oOr.-·
· O nobre deputado nüo sabe a lli&Loria politic:~ .t(\rda e que o noijre deputado com elle razia.
da su~ provineia; e ns mais da chaQaS que seu trans3cções; mas l)ara · de1·rocar o pnrU,Jo li·
pai mandava, não era elle quem as ditava. bcral •
A primdra eleição que vencemos toi 11 de O SR. FERNANDO Osonto ;-Niio ê exnclo c uão
l8i:!. o prova . · ·
A provincía do Rio Grande do Sul linha dons
dislrH:los eleiloraes. O Sn. SILVEillAMAnTINS :-'remo~ aintla ahio
No norte (L" districto) o general · Osorío nffo · coronel 1\lanoel Amnro Barboza e tenente coro·
tin: ~ a minima influencia. nel GtHll't'eiro, ambos seus protegidos e ombos
Em Porto Alegre (JU~si ninguem o conhecia; conservadores vermelhos, ctn seu regresso do
n~1 Cachoeira era o gcner3l Portitiho a inOuuncia, l'aragnay .E' rorcoo;o rcconhecllr, á vista dlslo, que
o quu.l nuMa foi seu nmi~;o. o nobre deputado anda muito afastado da vet··
EmSu.nta Maria Valença, quo c~tnYa no mesmo dnde.
caso; no Rio Pardo, onde ern cltel'e o Barão {lo Como podin, coru laus elementos, fa~er ogene-
Triumpho, seu ndversario, roi un :Jdminisll'nção rale !tapas?
do r.clual ministro do imperio quo QrA"aniznmos No Lo districlo llzemJs nós. em J872; elle
o partido liberal; em Santo Antonio foi sempre não foi ouvido, e p~ra ·ra~erado2.0 chnmou-me
n grande influencia o coronel sezefredo da ~Pelotas com o Dr. J,io, influencia decish·a
f!osta 1'orrcs, que tambem não i!ra seu adepto, no c.ollegiodo llio ~rande. Perguntou-me qun~s
QLI;e pnrlido organizou entào o general devmm ser os caudtdatos do p]•rlill:~: respondi:
Osor10 't eu, o Dr. Timolheo Peroira da Rosa c o Dr. Jlen-
No 2." dislrielo fez um am]•Jg:tma de psssons rique d'Avilll, (tUe o· h~viamos dirigido na as·
~em importar-~e com as hléus; em !860 seu can• sembléa c sustentndo na imprensa, como O[IPO•
dida~o ero um i!histre conservador, oDr. João Jn· si~ão. Apresentou-me então umn carlndo Dr.
cinthot1e Mendotiça, que :Jpresent~ndo-se no Lo 1'imolheo dnndo ns rnzillls por que,·.naqnP.IIn oc·
Lllslrictn rleclinon da honrn n imticou-lhe o nome cnsiiio, eslava ímp~dido de apL·esentar•se, e ac·
do Dr. Fdix da Gunho, enuditlnto de Ganobnrro. crescenlou: it ''ista dislo, convidei o Bnrlio de
.N~sse anno pleilcon o general Osorio a eleil:ão Mauâ,
em Bnl<li, c qunes for3m seus maiorl)s a!lver· F<:z V. Ex. multo mal, repllquei·lhe em
sartns? O tenente coronel Fl'atLCi~co de Sou1.n presença do llr. Pi~ quando aqu~lle a qu~m
Mntlos c o coronel Cnmillo ~lerei o .Pereira. · compete o· lo;.(nr DliO o quer, nuo fir,a d\S·
No cnlanlo esses e!dndãos são hoje n;; grandes ponh·cl, li vontnde ; tleve ser daqnelle a quem
tnlluencins libcrnes dn locnlidade, e rai cu quem coubm·, na orrlP.m dos servkos c mereeim~ntos,
os chamou no Jmrtido liberaL e esse é o Ur. c~margo e nfio o Barão de Mau~; ·
. A influencia que tinha llfl Cl'llZ Altn o.geMrnl lia muita gente que, convidada pa1·a ministro
cr3 rc()l'csen&~da 11elo col'•>noll\fello e Mnnso o ou deputado. niio nceilo, mas, julgando n c~rgo
por sea gonru u ~uccc~~or, cat·oncl J. n. do AI. de sun propriedade, dti homem por si ; tunestn
meid11 Pilar; o>Le foi durante os !O annos de prnlic:~ que COh$ngra o systomn d.n injusliça e
opposiçào () ma1~ flll'Oz ndverstwio rtue th•eram corrompo o reliimcn parlnmentnr, por meio de
os liberaes, . v<wd:tdei ros ed >lore~ i'ésponsavcis.
Senhores, o partido liber;tl organizou-se no. A's r~zli(!S npresonlnd3s p~ro justiOcar o olfc·
desgraça, depois da :~scenção uos conserva· recimcnto oppuz as 8cguintcs:
dorc~, em l86B, di~ciplinou•se pela diroeç1io que O Duão de Mnuó est:i na Europa, nlio lomnra
imprimiu· toe n imprens~, e medrou c venceu pnJ·tc, c niio tomou, nn i, •.sessão ; os ~ens
pela J•oliticu honesta, justa e patriotica que pro.· bancos, os suas empretas, os seus variados
ticnram ns nssem!Jléas liberaes. negocias o tornam perante o go\'erno o homem
Nl\o é na eston[!la, longe dos debates dia rios, menos independente do Brozil. ·
vindo de qu.~lro em quntro nnnos para uma Havemos de ole:;ct· poucos oppo!icioni~tas; e
localidade. pleill.lar eleiçoos, que um ilomem si temos lle Ir procurnl,os fúrn dos lulas da pro-
chrga a governar um ~artido e a imprimir suas vinda,ahi estãolo!é Bouifacio,.Martlnho Campos,
idéas !)UI uma provi nem. ChrisUono OUoni, <iUe é quasi certo niio serão
O porlido organizado com n influencia adqui- eleitos nas suas provincins, e ganharemos em
··rida n~ guer~n do Pnraguny ti ~ma histeria;· o qunlidndo aquii\Q que nos falta om quantidade.
general Osor1o tanLou por elogiOs oxagcrno.os, A' comam dos doputndos deve 11 oppo~içíío llbe·
por dislincções immerecid~s, em prejuízo de ral mnndnr homens de combato e· não canhões
seus amigos politicos, copiar a ndhesfio de seus encrnvados. (Riso.) M:~s, d~sde quo V. Ex.
udversnrios, no que ficou !oll;rado; os contr.1r!os olfcreceu não o contrnrlo; roi um erro, mas eslá
voltaram maiores inimigos do que dnntes, ~eniio conunettido.
digo o nobre de}Julndo o quo li o Sr. Da1·iio de Senhores, então o general Osorio dlsputa,•a n
It.llqui ~ E1 mais do que ndversario, era inimigo cleiçtío em Pelotasi openos de oito eleitores; m~s
do general Ozorio. . crn ah[ o· gunrtc general dos conservao.ores,
E o coronel Seve1·ino Ribeiro t E' o chefe onde o Sr. Dr. 1\liguel Uodrignes Uarcollos tinha
llonservodor em. Alegrete c S. Joiio Dntllista de grnnde lnlluencla e as tamlllos Mendonça. e
C~ ara dos Oepltados • lm(l'"esso em 2710112015 10:41 . Página 23 de 28

- Sessio em 28 de Maio de 1880. 303

Azevedo eram poderosas. O ~ar5o de Vauá Oppuz-me Jleln iniusliç:l que nisso se faziaa nm
representava, por seus agentes, umn conlrlbni" co-religlonarlo estorçndissimo, pelo principio
· . ção, segundo ouvi defJOÍS di.1er, de 30:0001J paro q~e nlngucm tem o direito de fazer p~esente de
fazeroilo eleitores• _e por isso contemplado n·n diplomas; elle reconheceu o verdade do prín·
cb1•pa, eontro :i· opinião ·geralde todo o partido clplo, e escreveu na eh8pa o nome do Dr. nen-
·.. "'11Dea•·al d·a· provhreitr.-o-tneto--,.erl n-eou·--se-qunndo- -r.iq_ue-d'-Avila .----- - - - -- ,--.,..- - ~ -- ... ......
clle aqui so desnveiu commlgo, vot~ndo pelo · Querem agora saber como o general Osorió.
governo :provoquei-o novamente a comparecer com!)ndre e amigo in limo do Dr. Avila, canse;
pernnte os c!Bitores, e o quo snccedeu 'f Em todn guiu excluir-o? Ouçam:
o provinciu d!> l\!o Gronde _do Sul, tanto. no l.• Conhecendo o dllsprendimento de sua olma,
como no 2.• d•.stncto, eJie nao teve um umco voto sempre prompto n !3zer sacrillcios pelo partido, .
tendo :mies ~•do o l!la1s votado, porq~e aquelles pois não tem só muito talento, all1.1 representa 'O .
qne menos· vnlenl suo em reqr:l os ma•s votados, annos de grandes socriJlcios, não só do sen &ra·
quondo ~~~ luta entre ~s p:~rtulos. . . bolbo, mas do sua fortuna, que tem dtspendldo,
O pm·tulo veQCidO vm;rn·se f11zendo ~~~ nu,lh- e o~é mesmo da sun yida, que muitns vezes tem
dudes dtJntre os adversar10s occupor os pr1me•ros arnscado, com a mnx•mn coragem, escrevetL-Ihe:
lugares. _ . . - • Yocêesw nn chapa, m\13 algumas influencias
u que a c<~mara _nao sabe. o que advo~ou a liQer:~es não sympathlsanr co-m o seu nomo.•
cau~ de nob:e&rao de ~3t,Ja o illustre f :onde Elle resPQudou inconliucnti: _. exclun-me,
de ,r,orto Alc.,re, :1 queu~. ml!tulanmos chore do jogno com 0 meu nome como quizer ;. 0 que cu
patlldo, e q,uc o pl'opuo ~arquei! do Herval quero é a- vicio ria do p3rtido; não faltar:i tempo
escreyeu opm_andl_l-quo o clmtoradç não se pro· em que 11 minho proviilcia 1116 honre eom um
nuncwsse,e, Si mal~_ tarde. em. uma ~1rcularapro- maud·•to do deputado •
vou o llJBU procedimento, fo• depo1s do pronun- ' ' . • .
ciamento do cleitorndo... O geuernl OsorJO, que aclmva_que o ~r. Â~'tla
· . era repugnado por algumas mDuencws hbe·
O Sa. C.\J.IAnoo :-Apoiado ; e verdade· · raes, .puz o nome do Dr. Brusquo que era rejeí-
0 Sn. SILVEIRA MAnrrNs : - • • • fez como o tado geralmente como pouco libeJ•al.
capillío d:~ Bastilha; cotnoHa cllere, acompanhou · Nn eleição seguinte, em t8761 fui :i· Snnta
os soldados e isso mcsmv depois que recebeu Anua do Livramoulo, ~ coul'it~ do genur~l, que
uma corto de seu irmuo, nieu amigo c parente, ·olll estava com o m•ln·e tleputodo; eucont•·eiün·
o capitão Pedro Osorio, nconselhando que so pro, pressas as cbopas provinciMs, que fiz cassnr
nunciasse p.,ra não Jlcar des:mlol'lsado.. p~ra niio dcsnutorizBt nquelleaquem cuchamo.vn
Mas n verdade é que ile~utorisado eslavo t~nto chete c subii4ituimol·ns (101' outras, e 11 geral,
el!e como seu illnstrc compnoheil'o do nrmas; o crue jít estava distribuh1n p~la provlncia, niío
\)Orlirlo liberal ocompatlhllVD nquolle que expri· houve. rcmedio, tivemos de alteral·n parn em
mia ldtl~s e não convenienoins; , . vez do conselheh'O Brusque apresentar o Dr.
SI fos~em os dons gener:ms verdadeiros clle- Flürcs,· cssn grande c poúcrosn inOuenclu, que
fes de partido, e- nio cheres nominnes~ c1esil~ o general, ape~or de tudo, niio besitnva proscrc-
esse dlu cst.wn l~vrnda a sua. demissiio, com a ver om r:.vor-dn .seu }lim;>Oibo, que em lognr
t}uellrn de seu prestigio. delle ~ lova no chapa. Depois de twlo qut~nto
· Em politieu, como em tudo, til! consc~ueneins act•bo de di.zer eu niio podin enganar-mo com
se dcscnlranhnm dos factos, com n rataltdada dn o J)nrlido liberal dn provinela do Rio Grande do
logico, ·. Sul, que :;e move como um regimento de Frede·
Não estou lmprovisnndo; n~rro a historio po· rico, com adllfel'enç:t que a disciplina que no
lilicn dn minha provinci:i. ·· exBrcilo s'cmplontn por IMio dos mais severos
0 Sn. r..\i\IAliGO ·-E com muita verdodo c~tigos,, nelle so mantem .- peJo· pa~rlollsmo,
·~ · · · pela ulltvcz e o lmmcnso ti mor que as r•os•:;ran·
O Sn. FERNANDO Osomo :-Nllo apoindo. · denses .ttillln terra nat!ll.
O Sn. CANAnGo :-E' exocLissima ; ninda tenho Falln o nobre·deputado em conciliação. .
n cnrLn do Sr. Dr.. l'io. · Conciliaf}50 com quem.? Com os advers~-
rios? . ·
( Ha out•·o~ apal'te8 • ) . Mas no Rio Grande os odvorsarios uiio csU'io
O Sn. StLvBmA 1\f,\nTJNs·: -Nossa occnslilo fvrn dn lei, exercem os c:1rgos remunerados que
aventou- s~ no pllt'l~m enlo o direito de ronuncio tinbom, nuo tem os clcctivos, nem o~ de con·
dos deputados. . Dança poHUco, quo se lhes n~o póde dar.
Mas quereis saber de ttn\a novidade! O nobre o Sr. Vlscondo do 1\io Branco pedia tolornnclo.
de pulado acabava do sahir dos bancos da oca· para a provincin do Rio Gr3nde, como havia no
dom ia e j:í se apresentava candidato á depUltl('ào, tempo dos conservadores ; mns S. Ex. engano -sl';
em substituiçliu do B:ll'iio tlo )taná, com . prcte· · os :st·s. Barcellos, Costa Pinto, Plulo Limo, ·Fi·
rição.do Dr. Avila, que era inlluencia, e com gueira do Mollo o Aroripe nada tinllom de tolo·
preterição do Dr. Thfmotboo, que Br~ um nome rantes, o •i outros presidentes forntn obt•igndos
querido nn provlncin, ~elo seu _rcspeitavcl ca· a modoro.r·se, niio Col por virtude propr!o, mos
rocter e talentoexcepcmnol. · por neccssidndo das circumstanclos, pots slns
Niio contento o general Osorio de haver com outoridnúes eram conse.rvndoros, todos os c3rros
o uome do Barão de H:~uli arinullodo um dos cl~ctivos estavam nu mãos dos liberoes pela
11-es lognrll3 do roprosontontes do ~. • districlo, victorlo das urnas. Como haviam de governu
1.11n~o npresontovn pan o 3.o o nomo do canse· a provinnia os r.onscrY~dores absolutamente, si
lhc•ro nrusquo. . . . . n•
estnvnm dependonclll dns assembléas llber3es?
cãmara dos oepLtados- lm ~=tesso em 2710112015 10:41 - Página 24 de 28

304 Sessão ent 28 de ?.fnio de 1880.


Eram obrigndo~ a trnnsigir ;. foi assim 9ue o a abrir o os~embléa; odloll·a criininosn menle;
sr. Dr . A~e,·cdoC~!tro·te~·c de curv_!lr-se asile· seni fundamento algum, em risco ile deixar
cisões da :~ssembléa provmci~l c o :;r. D~. ca~- o odlilinistraçfio dcs.:srmnda de recursos pnra
·-·valho de Mormis;-que o·Sr.-JO<•o:Alfredo;m•o-qutz podcr.vi\·er. . .. ·· . .
dcmittir, roi expulso,como ou dtssc aqut1 porque Si dnrnnte o tempo de mais de anno que
lhe ne~(uuos os impostos. Quem nao fiÓde govemou foi nomeando crealut·n~ sua~. isto ·ú,
\·encer ~trnnsige 6 por isso o nobre Viscon1le do :rente da minoria em cada ·toc:~lid;~de, que ha de
Rio Brt~nco. que é nm politico de real talento fn~er . bojo o pl'esidenlo que ~ai da maioria
(apniadol, vendo qtm • r;tiio. podi~ governar :1 oeni.lo traiu de pôr as cons~s em seus eixos, o
.província como tinha got·cruado·ns outras,tratou d~r :i maioria a influencia que lhe compete
•·
de remover os emuara\~os que encontravn
· '· no·E.,m
n-overno 'f ·
J:~guariio, ond'! o Dr..Flôrcs ntio teve senão
·Mn• hoj •' •hi-se 0 collll'ar_io.~ lo~o:> os togares um voto, o do ndministrador dn mesa da rendas
electivos l'•'tli'C~Ilnla!n a opnu~o hf.Jernl : 0 que que 0 uc u pnrn não ,:er dcinittido, porque tl bom
ha de razer o g:~IJIIICitl ~elmO governar com fiberal. não deixou c. ex. presidtmtc pedra ~obro
elln t gmndo mesmo qni7.cs~c bzel' oulr~ couso. pa!h'llporn ving:~r 3 derrota de Sl' U pai.
niío pOderia tbr um passo, c~t:wa atndo · . Delegados, subllclagados, eomm:mdanle.s .de
· Tr.,t~nclo dGs Ynrios m'ti~O$ dn inlcrpollnf~D,. ·policia, pro111otores lJUhlicos; tudo foi detmttido
n5ó me occuv~ t·ci do rr.i~ciru Jl.onto•. que com Jlot·que tivct·:~m o gt·nnde cl'inw de ni\o l'olar no
summa fran'}ucza·e habthdade rot I'X[IIJCndo pelo !lUi âo _qocn·M. . • . .
presidenle da pro,•inci ;~, nu rcsp~~la que o ~ot~ · No dlstricto do Arroto Gra nde hnvtfi de longa
rado pt•c,:i.dente tio co nselho leu a camar:~; 111!!1· data uma qnatlrllha de l3drües; c.i·am :~111 con-
t :~r-mc· hci a rCS{Jontler a dn.1s nov:~s11 cr.usnçws ~l:mtes os roubos e os ngsassinolos. Nomeou·
qne sobro gu:~rda 11"aeiorml fc1. :w pt·esidcnte : ·se liM'a lã .utn3 aul.orid:r\e , que em. ~ouco
tO. roi a uomc:u;5o do Sr. tcncntc-coronel1osé tempo ·rc!>tnbelcceu a ordem e a tranqUIIhdode
Jonqltim de Godoy, chr•tc do e~tado-maior, tJnra o no município ; con~o porém não volon no Sr.
commando superior i.ntt'rino do 1\b-Gr:mde, em nr·. Flôres, roi logo demiU!cla. A população
ve1.do tenentc-eoron~l Autouio.Ch~vcs Cutn11ello, Jcvantotl·8o em mossa p~rn pedir ao presidente
. Senhores, estes dolls cidolliios, liheraes dL>tli• a sua r eiutrcgaçlio, não H1e fõi concedida. Veja
codissimo s, c·umigos íntimos e~trc si, ~~~bem V. El<. que este re:;imcn de· v ing·anç.,s nãQ é
0 são meus, e acouwanh:nn n roto hn ]l')hltM na de boa pólil.icn, :•ind:~ o é menos de bon1 pntrio-
. província: qtió interesse tinhn pois o prt•s idente ta, pois é adminlstr»r contra os interesses ge•
gue exP.re ~se um · antes do qlHl outro o ·com· racs . · ·
mando supcrior1 Com a cl'C!nçi\o do com mando Faliou o nobre dep utado na jubilação do
superior de S:mla \- ictoria o do Rio-Grande professor Paula Soares . • .
dcts.ott ile ser rrontei!•n, e pot·tauto, fica t•elle O Sr. Paula · Sonres era prorcssor do Lyeeu,
supprimiuo o chefe de cstndo•malt·r, is!\O se dnr:i mas o Lyc.en rol sllJ)primitlo e ct•e:mdo-se n es ~
p!!la refortlltl,demi~ ~iio,.o~t rallecim~nto do :.tc!qnl, coln normal, para que não llcas~ n receber ~s
IJUC tem vor ns~ nn tl1zor dlretto :~dtiUil'l~o seus sal:ll'ios em ~nto oclo, mandou' ~G p~ra In.
ao cargo quo exerce; c de fnclo lJUP.lll exercm A venlade por~m é que tornou-se iue;,paz de
o comm:mrlo ~U!Jetior inlel'ino era o tcneule· servil· em uma ~scola onde lun·inm ~enhoras .
coronel Godoy, por ~eu impedimento paS$011 llimlo-sc de tudo, zomb:~ ndo da vida que ~ uma
no tenente· coronel Campello, que a seu turno comedia, ainda IJUe o Dr. Felisbel'IO lhe llzc5se
devol\•eu ao primeiro gunndo cessou o Impedi· ver que muitas vezes reruatava llfil lrn ~edla,
·menlo. O mesmo· deu· se em Caç:1pnva: exercia p1'égava abertamente o otbcismo, é vivtn tão
o commnndo o tenent'c-coi·onel Pl~ci"tlo .Mel· em guerra com os prüfessores, 11 ponto de ser
relles, que só ultimamenle, \XIt convenicncias necess:.rio :~ndar nmo. praça de poliein a :~corn·
polilicas do Sr. Flôros, te\·e oJ·dem do ex-presi· P1•nhal-o pe l~ rua. ·
dente 11ara p:1ss.,r o commamlo ao tenente-co· Ora, se:~ lei declara que aquelle quo~ physiea
ronel Jos(• Di3s dos Santos no:;a, rccrmtcmcnte ou moralmente incapaz .deve sct• aJlosentado,
nome.,do; o ~· eluol presidente :i ,·ista de re- o Dr. HcnricJUC d'Avila estava em s~u direito
clamaÇão do commnnd 1mtesup ci'iorcJT~>eth•o Ce1. tiposcnlando o pt·oressor Paula Soares, c sub·
restitnir o commnndo ao primeiro, porque olém mcHer o acto :i n~seml.Jiéa provincial, que ji o
da :~ntiguidnde tem sobr<J o segundo g1·nndes :lllllro,·ou. · . ·
· v:~nt:lgens lntellocluac!. O nobro deputado nccusou o presidente por
O tencnle·cot·onel João Di:~~ li um cidadão haver allerudo o plano das loterl:1s e f11zm· ex-
abastado, lmportanle,infiuentc ,mas não ê razer· trahir uma loteria, :>em se lembrar quo essa nc·
· lhe injuria dizer•se que pelo. culturn do esjJirito cusnçiio que elle adduzira, apoiavo o Sr. Dr .
. não póde set• commondánte superior. E . este C.'\rlos Flures. · ·
tambem meu distincto correligtonnrio, e· nqai · Qúo em rcM~.ão no eetnllerio do Rio Pardo
tenho delle um telcgramma em que diz. ql.ic \nmbem alterou ft lei, mnnd:~ndo rucr · umn lo- ·
não queria Meirellcs por cherc (lOr tel·o na terin que nlio estovn desigu11d11 nelln. lsto srio
conta de conservador; mas, reconheeend.o-m• netos ndmlnistrntlvos que as circumstaneias de
como chefe do pst·tido libcrol,nio lbe por1i obst3· momento embaa·acam o dê que o presidente
culos desde que elle lem o mett apolo. toma a responsabilidade\ lcvando·o~ depois ao
Vc)-se que· o actunl presidente nadn Jnais tem conheeltnento da n ~semb éa. E' o grande van-.
. feito ·do que colloear u çolt~• no l•ii em que lllgo111 de ser llrat\o o preslllente da maiorin da
es\avnm onles da odministrnçõo FJ.)reg, ttio . nssomblén, porque tem força o prestig-io para
onlipathlco á ptovinelo, que ello não ntreYe\1·80 fnzcr santo.cional-os, c niio Urado d11 minoria, por
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:4 1 +Pá gina 25 de 28

Sessão em 28 de 'Maio dê 1880, 305


que t'ntào cstallelece·se sempre a luta que é Vou dar a razão por que o Dr. Flôres ·roi o
odiosa. e ningnem póde dizer até onde vão os ultimo.
despeitos e paixões politicas. .O no!Jredeputado pede ao nobre presidente do
Diz o nobre deputado que o Dr. Avila.demit· conselho que inicie o politica de coueilioçiio ;
tiu o Dr. Luiz FJUres por odio. Senhores, nlio com isto qiJ.er-eUe dizer que o rar;a ele~er a elle
foi por odio. O Dr. Flures era medico do asylo e no seu collegn, porque partido elles não tl)m
dos meninos desv111itlos, e este estabelecimento e não podem ter. · .
.está sujeito á fisc~lisaçãu da municipalidade. Ellll não sabe QUilo governo não .f~z eleições
O Dr. Flores era membro dn camara municipal no lHo Grande do Sul, c portanto não pôde ele·
e.insp.ecciona.va o.a8ylo ; el'a flscal..e.llsc~lis:ulo.. ger a 11uem não t1!lll inUucneia. Po•·il ue é
ao mesmo tempo. Digam-me, senhores, se isto que o Dr. Flores hade. ter na provincia do Rio
é compativel 1 Foi portanto bem dcmittido e ürande do Sul essa influ~ncia qne o no!Jre de-
nomeado outro, o illustrc Dr, Uamiro liarcellos, pulado dec:mta '? ·
que serve o log:•r sem t'eeeber o conto de réis r) RioGrnndedoSulédctodoolmperion pro-
qu~ o Dr. Flures recebia. . vincia quo mais jornaes tem; oem Porto Alegro,
Na questão do ~areccr houve de~obedhmda 4, no Rio Grande, 3 em PL'Iot~s, 3 e1n J~:fuarão,
formal. A assP-mbléa provincial tinha nutorJ· 2 em S. JJeopoldo, em nagé, n:i Cmz Alia, em
zodo o presidente, então" Dr. Felisberto, para Snntn Anna, Alegrete, Ut·uguayQnn, em cada ci-
fnzcr um eontm.to ile esgoto ; o presidente or· dade, e mais ~ind.n o ·Sigla· de Montevidéo,
~coou o contruto, c, ha U.ill anno que o Dr. jornaes de Bu1mos Ayres, e ate o • Correio de
l<'lôres conservav:~ ]lrcso es;;e contrato, porque, ()llramar, • u:~ Europa, se encontrnm nas
como alguns dos interossndos eram influencias mesns dos estancieiros. N'uma J>rovincia que
politicns, e! Ie contnva regular o seu procedi· pens~, que lc, nobre e nlti\'n, !JlHl inllnencta pód'e
mento pelo resultado das eleir:õe~ sen~tor!aes. ter o Sr, Dr. Flôrcs ? A inlluenci;~, ê um facto,
O contrato seria bom si essas influencia~ ~pnins- nfiô é sem causa; QU~l é clJa 't
sem seu pai; seria.m:ío, se ellas o combatessem. T~Jento de palavrn, :• cam:1ra sabe que elle
Estando, como disse, prompto o contrato, fal· não· o tem, e é umu dn~ cousas !JllC lirmam as
taildo sô a palavra do presidente, .m~ndou-se liO influencias, a eloquencla parlamentar,porqne ê o
in$pcctor da bygiene, para dar pare~e,•, ainda orgão do~ ~.trandes interesses Mcionacs. 1'er-se·
r.omo meio de deiO!l;!D. O ln~peetor niio deu pa· ha o Dr·. F!õres torn()do no impr·en~u o deCensot•
recer; e o presh.lcntc, que linha de f;1zer D seu dos seus concid()dãos opprimidos ? .Mas clle ni\o
relatorio :í assom!Jléa provincial, na conl'ormi· escreve quatro liithas. Tere oma.inflLte·ncin de
dnde d:1 lei, m~ndou p!!dlr o p:n·ecer, primeiJ•uo localid:~de, poJ•que era· medico c manejava a lan-
scgundn vr.z, c por fim mandou pedir o con·. ceta, iufiuencin q.ue j;í hoje do;appareccu, por-
trato; 110 !JUC o inspe~tor respondeu -não de· que hn quasi :1.0 nonos não cliuit•a. A Ycrânde é
volvo o eonlrato, porque tenho de dnr pnre•~cr. que c\le tem snhido deputado nns enxurrados
Veja-se que cr~ uma ~utoridnde subalterna, !]Ue. dns chapas do partido. Todos perguntam nas
devi~ obedlcncia no presidente da pr!lvincin, e povoações do cnmpanhn: o quo faz esse l1omem
~uc se recusnva a cmn1>rir as suas ordens. v~lho na chupa?
l• oi port~nto suspen~n, e em seguida á suspens~o Jâ é tempo de aposentnl-o.Dê·se o lugar a um
não oro possivel deixar de instaurar o processo moço que defenda os nosso~ interesse~. E ~u,
de desobcdicneln. P'oi o que se fez. O Dr. Aviln senhores, n:~ minha quo lidado de chefe de por·
é intelligeute o o da oscol3 liher.ol; mas é lambem tido, tenho sido multo int~rpcll;~do o justnmente
dn~uellcs quo sni.Jem mo~trar que o poder é o censurado po1· tel·o. conserva•lo.
poder, não cot~o diz o nobre de11ntndo, mnsquet• !llns porqno o tenho conser'Vodo? Como uma
llize1· que o poder tem nrnn somma do nttrihui· reliquia do passado. .
çõcs quo lhe dão sem11re muito prestigio e muita O Dr. F!õres, quo de um momento para outro
força ; e o governo sempr() que esti• dentro dos tinha se passndo para o Sr. Conde de Porto Ale·
snns 11Urltmir,:ões tem essa força cesse prestigio: gre, quando em 1868 cahiu o partido progres·
mns niio qner dizer, como alguns deputndos se sistn, liJliU·BC·nos, bem corno Ncry e Condi)
cornprazem em suppôr, que o poder e o dispo- de Porto Alegre ; mortos estes, tem sido eon-
tismo. servado o Dr. Flores por um . scnlimento de
E o Rio 'Grnndl> do Sul mostrou ao gabinete lealdade politlca para com os amigos que aoom·
:S de l~neiro que o poder niio pódc tudo. ' pa~~~~~~~e~~Yfi~~i~:~·; dêm-me uma prova
Passo 3gora a tratar de um ponto que o nobre' porque. tudo ha de. ter uma explicação. Poded
deputado trouxe, niio sei u que proposito, afBr- ,er, não dttvido, para um ou para ·outro, para
mando !JUC o Dr. Flllres sah1u em ultimo lognr ·
na listn sextupta por escamol.,gem política, e quem nrranJ! um emprego, ou~ que~ ez o.vo·
r r
res ; ·m~s, nao contando com a mgratrdl!o no.tu·
censura o direetorio porque o Dr. Flores snhiu ral dos homens, 00 melo de uma grande massa
em ultimo Jogar. como a população de umn provincin nada vale
Mas ou pergunto á assembléo: é P.ossivel que nada nvulta esse insignillcnnte contingente.
uma lista de llcandidatouniaá. vontaiie daquelles No emtanto D nobre de~'utado amrma que por
qut a fazem unonimo onda ho. LO!l oleitores 1 escamotagem foi ellecollocndo em ultimo logar
Alguem hn deAhir primeiro, algnem hade ser dn lista.
o ultimo. Nesta elel~o o ultimo rol o Sr. Dr. · Quem esonmotoou, se. nhores, os votos dos ci*
·. Flllres, e por isso o nobre deputado aecuaa o dadiios 7
dlrec&orlo. ora, senhores, é preciso confesillr Quando cbegnel a Porto Alegre, por toda n
qn~ isto !l, pelo menos, falta .do loglca. pule meus amigos 111~ pediam que Ilzesse umn
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:4 1 +Pá gina 26 de 28

306 Sessilo em ~8 de Maio de 1880.

chapa 1mru o Hosarío. Podia raztil·a e YQncer Sinto, ~euhoree, ra~cr e~l~ liUIOJ>Sia, entrar
o Dr. Fl•kes; mas não a ·fiz, ohservundo : desde nesta discussão, que não é clevadn c me repu·
que ellt• entra na ehnp:~, deíx~m·n'o es~r. dei· gn:l. ; mas fui calumnio.do de trnidor, de esca·
xcm que ellc Yá (li•putot•.u eleição primaria .. E moten.dor de votos, não pelo nobre deputado no
assim é ({UC (\5 amigos do Sr. Dr. Flõrcs fize· ·seu di;curso, m:•s pelo propr!o Dr. Flores, em.
ram :r elei~.:iio, escolhendo para formar a chapa uma cana onde monifeMln n SUll dccantarta tole·
ante~ amigos devotados fl sua pes~ün, do. que rancin I mas nesse tempo elle andava nittda
co-rcligionurios distinctos, e no collegio d:~ cn . com o rei na barriga. (Ri$o.) 1'ralll·lnc de trai·
piml, em uma lista se::ttupla, votaram onze elei- dor, b~m como aos meus amigos Drs. Camargo
torrs uo ~eu nome unico, deixando em brsnco e Florencio de Abreu, apezar dos rheres loeaes,
osouu·os cinco que figuravam na lista sextupll! i que livremeate obrnram, assnmirem frnncn~
Diga a camara :~gora quem violn os principias mente a responsabilidllde que lhes perlonce, c
da le~!dadc polHica: eu, ou o Sr. Dr. Flores ; nccrescentn- quem niio c por mim é contra
flUem~ o ltaitlor, cu ou elle? mim e r-ontrn o gove1·no 1 E ll professo doutrina
Fui accu>~do de tirat'·llle os votas ; ou, pelo inteiramente opposla e digo- quem não t.i por
cDntrario, fui quem o elegeu assignando a chnpa mim (H.icll) vir a sel·o, e em todo o emro i•i é nl·
que levava ~cu nome; seu filho, o c~-prcsidenle, guma cou~n que não s~ía coutm.
toi qltcm fez com que clle perdesse s-rande nu· · A camnra decida qual é destes o princillio mais
tolerante.
mero de \'otos. O nobre deputado, por sua vez, revela-se de
Senhores, a polioia está dividida por loenlida•. uma tolerancia admiravel na carta que escreveu
des1 c a~sitn d~ve ser, porque ninguem deve ser Do eommencl.1dor João llllrbosa, cnrtn r~mo~ de
mnts realista do que o rei. {)s policiados é quo trint~ Baginas (llilal'id~tde), em que us conselhos
devem decidir qunes os cidadftos m~is pro· daque o grave e honrado cidadão, que lbe dizia
prios pnrn ~rnrontil·o~. As · infiucnoios pediam errudo o caminho que la seguindo, e que elle
um, o prr.siuenl~ mandan oulro; como rospon· estava com os liberaes, respondia : não quero
der ao ]louco ca~o '? Mostrando .o seu desagrado saber de nomes, quero saber o num oro das de·
na occasiào dns eleições pela retirada de votos; dic:u;ões que conto 1 acabo de estabelecer o
foi o que SUCl~t·.dett em Snnta Victoria. meu escriptorio )Joliuoo nqui em Pelotas e não
O Dr. Antem, ~Jnd:mte·genern.l do Dr. Jo'lô· estou disposto n ilar galp5o à ovelha s3rnosn -
•·cs, c~cNlVCll no Dr. C3mpello em Pelotas para na intcmperie.
mo rctirarl'm ,·otDs, n:lo ~ó nrs~a cidade, mas
na do llio Gr·anrl(! ; ora, isso fDi uma inepcia, O b .. FERNANDo Osomo : - Eu escrevi isso'!
porqull os~cs t·olle~io8 tn~ · ernm ded!ca~issimos. V. Ex. está cilganndo.
O J·c~ultado foi eliminarem o nome do Dr. Fhi· O Sn. SltV.II:II\A 1\IAIITll(S : - Appcllo par:~
rcs tl~ chupa. O m"~mo doutor con~egulo que a o Sr. Dr. Diana que leu ncorta.
Ent:l'U7.ilhn\l~ recusa~se a tot:llidado de scns
volo8 no Dr. Henrique d'Aviln; este; avis~do em o Sn. i1tnxA.,DO Osotuo: -o nobt·c deputado
tt-mpo dn proce(llm•mto do seu"companbeiro, re· leu isso?
th·ou·llll! tndus o~ do collegio uo lngu~ruo, onde O SI\. DtAIU : - Sim, senhor.
m·a inl1uencla decisil'll. Em ludo isto n5o fui
ouvido,. nem podia sel·o, nchando;me na cam· O S~t. FERNANDO Osomo:...,.. Protesto.
tmniJu, longe do (eJegJ'aplio. Th! vJngem JJGra O Sn. SILVEI R.~ MA1t1'1Ss:- Eis ·vhi a ntodo-
118!.\'t;, ~ol1be em ensn do meu amif(O o mnjor Lo· rnçiio I
J.isl6u Amut·u qne o nonte do Dt·. Flu•·cs seria
~xclui•lo n~qlH.\llu collllgio j apressei n march3, O Sn. .. Ft~RNA.MDo Cs01uo:- Niio de~ejo dnr
e por mni ~ in~Lr~do que fos~o n~o quiz pousor nn opat·tes; estou tomando apont~mentos c em
casn do eunh:ulo do U!'~so collega o Sr, Dr. tempo responderei.
Dian:1, q1tc :1ili se achnva o ncompauhou·me ü O Sn. Su.VEm.~ 1\fAnTI.Ns:- Eis, senhores,
Bagc, vnt•a rholf.lr na. vespern da elciçlio ao au~l é a polilica do nobre deputado e de seu
anoHecor c evilnr que lnl couso so desse, o que companheiro; só querem saber das dedicações
L'Dl grnnde p:~rlc c~>nsegui por intermedio do a su~s possü3s ; com a inscripçiio que tr~zcm na
meu p~rticuJ;~r vmig-(), poderos~ influenrin d:~ bandein pouco se lhes dú, com~anto que lhes
locali·'adc, o Dt·, I. P. de Azevedo Pennn, pois aproveitem individualmente, isto é, conruridem
o Dr. Fl<lres ~ú tinlw o voto do <'opitão Pedro ns iilens, intrigam os homens, dosertarn a blln-
Luiz: Osorio. · · doirn, s~criliCllm a glorin dn aun pro~·incia nos
· O Su. DIANA : - E 1 euclo. se·us interesses parlír.ulnres, á ~ua v~idndc
pueril, a sua incapncidalle I
O Su. · Stl.,'EntA l\fAnTINs :-O lagar QM o Senhores, não ê osln a minha escola p()lilica,
Sr, Dr. Flores o~cupn na lisln e oquclle em que e ti clla o segredo dn minho influencia no Rio ·
dcvin licnr ; niio merecia outro. Foi algumas Grnnde do sul, inlluencin que n11o nnsccu nem
,-ez~s o primeiro votado, qu~ndo aos votos, de medrou como pl81lta exolicn ao enlor dns eslulns
en1111'rnda que recebin por nchar-se em uma do poder; jequltiM dn floresta, o machado que
cllnpo de pHti{)o, ncrrescentnvo os que por Pll· me derribar hn de flet1r quebrado.
didos o humilbaçu~s nlt•ançnv~ dos ~dver~urlos, Lev1.1nlel·me debaixo par11 elma sem prosi·
que nellc votavam multas vezes em odiou ou· dentes, sem guarda de armas, som chefes do
tl'os cnndidoLos pm•a prodllzit•em n deslocaçiio policio, sem delegados, tem subdelegados, sem
dos l~""nJ'es, j:i rtuo niio podiam eleger os s~us lnspectores de quarteirão; mas con\ro. isso tudo
candt\futO$. E'. !I thcorin vellt3 dos var.tidos. al1r•çado com a idéa, tendo na mente o pro·
Cà'nara dos OepliacJos • lm;:resso em 2710112015 10:4 1· Pá gina 27 de 28

. Sessilo em 28 de Maio de 1880. 307


gresso do meu · paiz, e por norma a justiça e a o interessll pessoal, com saerificio, do llem pu-
Terd:.de. · · blico. (.4potado$ . ) . . .
Senhores, ha umn cousa que lnsplrn·me oa Os ~arlidos nilo são quadrilhas, slo. grandes
vida . politic:J ; tenho uma conOa•ça obsoluta; coilectlvidnde.s reunidas por i~e!as commun3,que
· se nõo no mfnha lndlvidualid3de,pelo menos no trilam de realiulr para a fel•c1dade do Estado
triumpho in!al!ivctdo_prlncipio_da juslir.a. Ella (A~iado.,_; muito bem . ) ·· •
póde por momi!Dios desmaiar, mas niío morre, · E' por--t$so,. senhores, que dou todo o meu .
renasce mais vivaz, o seu trinmpho é certo, apoio sincero· e · desinter~sspdo ~o nobre pre·
porque a bumanitlode marcho sempre. . s1dente do consolbo e ao gabinete que s. Ex .
A histeria é a mestra d:~ vido. preside. .
A Hungria, ao princip.io victorilisa. nos com· Conlle_ço S. Ex., l~a muitos annos1 a sua
bales, em i848 teve atinai do succumbir dionle abncgaçuo .e desprend•menlo que tem os ·gran·
das Iorcas colligntlas de dws nações de primeira dezas da terra: niio sa deixa · lenr polo flllso
ordem, e, qwnao suns aspirações ·parectam sur. brilho de rodar sege com duns ordenanças ntraz.
Cocad:~s pal'!l sempre, renasceram e lornnram·so
sem razer unda pelo · ~eu paiz . . ·
re~lidadl'ls praticas pela iunuencia do imprevisto.
E' !JOUtposfção ignominiosa que regeilai desde
Em Novara foi no mesmo nono n Itatin o prllllciro tnslaute: cmttinunr minislrü com
s~crilleio dlis proeri3s ídéos, sciento e conscl·
· post11 cil1 del1sndai11, p:~ro pouco depois levao,_ !lOte da . que se nao pôde raze1• na[la pelo bem
. lar·se unido e Corto quando menos se pens.wa. da patria 1 ·
A Allemauha, dividida em trinta Estados dlf.
teretite.l com inl9resses contrarias enraizados, · O nóbt·e presidente do conselho niio é homem
levanta-se de repente pelo talónto do mesmo ho· ~ara miscrws .. Dvn•ll!c mou apoio, c todos os
aem de estado que pouco antes era o persegui· hbe1·aes ll potr1olas smceros lll'o devem dat•
dor llaquelles de cUjas ideias tornou-se instru· porque ser:l a m~ior de tod!IS :1s dcsgr:~cas con. ·
mento, e llrm~ com a espada de seus geueraes n vencer o !laiz do que é j n nelle imposÍiivel o
unidude e a gloria da p~tria. . governo dn ·lealdade política e d~ probidade
Nós não hovemos de formar a excepçiío de odminislrativn.. (tipo ia do& ; nruito ben1) Neste
todo o mundo ; a justiça ba de triumpbar. db est:Jr~o eondenmndas as institui~õe8, porque
Eduqaei-rne· na magistratura; adqutri os ha· nada realiT.\lltl do ~trsndeoquclles que não fazem
~i~os e dar ó SI!U 11 seu dono, trouxe-os para a pn· mais dilatado horl1.ont.e do que a superficle do
hhca; helde conservol·os sempre, portjue nssim ventre. .
levantei· me como o pô da terra ; t1cllaixo para Sr. pr~sitlento, tenho talvez me alongado mais
elmo, e estou balendo 's portas do senado .sem a do que queria, porem v. Ex. (!testemunha de
·. prolecção de nenhum govemo. Vou levado pela que fui n Isso provocado • . Niio desejo revolver
vontade dn mlnhil provlnclnJ· posso responder as ein~a ~ dos mortos. Peço, senhores, ao meu
ao nobre deputado, que ft to o o lnstonte nos nobre colloga pela"provlncia .do IUo Grunlle do
f~lJa de seu'pai, que CIIO di!U·lhe a gloria mi· Sul n~o me coaja, que poupo o dlssnbor de
hlar, sem duvido, mns a. gloria militar é he· · untrnt• em minha deresa pessoal e etn mlnu-
ran r~n tratlicional do Rio Grandll do Sul; e, ~em cias, de Qtte alguem nlío pôde . sair honrado.
· (aiJor nos hllrooa flVO~ O tnOl'IO! ljUO fbe roram N!io me fnllc, niio me \orne n fallar, como re~ ·
comp~nllelros, ooles dolle, o mlnbn provinoia no seu di&cu1·so em tJb!Otns o não sei no que .
commomora 01 nomes dos Bondeirus,dos Abreu~ mais (apoiado•) ; j1i c.Jtci uma voz oqut na ca- ·
e d•: !untos outros beroes quo morr-.!rlltn no mnrn o lrcr.ho de uma cnl'tn que mostra quot o
campo do batnlhn,hJgandoaeus nomes li historin seu pntrioth1u10, uiio me !alie mais nisso, qtte é
por fClilo~ honll'rleos. · um ot:~o !le verdadeiro bet•oismo o quo pratica
0 que lhe fnftnfl roi nqnfJio I)UC lho d~l, JIB· cnlandu·tne neste moruenlo. Nem todos o9 quo
lavra eon\:e1u1lda ,,o pul.1mento naelonnl, auto· ~nltlm do .governo siio ca~a7.es de repetir :u pala·
rldade nos r.onselbos ontle se debnlem os lnte· vrns que JÓ. uma vez oqm citei, de Sancho Pans11, ·
resses publicas. der8ll8. dos seus d ireltos com o dt~ixando o ~ovcrno llo Ilha de Baralaria : Dc1
mesmo esplendor com que o Jamina d11s espa· tlrtdo naci, dt?l rzudo me allo, no pierdo 11-i. 9CUW ·
dns de seus nlhos brilba no compo de balalhll. guiel'o ~ci1· 1w tengo blanros al en~ez de lo1 'qobe,.:
Desde que entrei para esta caSA não ba n!'· tiado,·P.s d'otra.s insulal. · ·
nhuma ~l'ande questio delnteres.'le geral em que o" que eomo eu podem repetir cs~s pallll'ras
não tc nh~ tomado a·palavrn para sustentar os não ouvem · 11 •angue frio viluperios a si noS
principias do meu partido e os eternos lntercs· elogios dos que podlnm ~er confundidos no
ses da verdade. (llpoiadoa.) mesmo . momeato. .
Eis porque o provincill do Rio Grnnda do Sul a
Peço S. Ex. que mude de rumo c nno mn
me acompanha. Nilo tenho que dnr, senhor~. obrigue a.discutir a norue~ção do juiz muniéipal
nem no -goverJio dein·ndo, nem !6rn delle dou de Pelotas, nem os contratos de dormentes, nem
couso olgnmft ; eo~tumo n dizer aos meus corre- ó de assentamento de trilhos da estrnda de rerro . ·
Jiglonnrios : aquellos qnc assentnm prnçn nes- do norte do Rio Grande.
tas tl!elrns contentam ·se de ante· mão eom a glo·
ria de trabalhar pela prosperidade do polria, o SR. FB111Uttbll 09otuo.-Póde discuur; tem
pelo trlnmpho da Ubel'dnde · s~m duvida nc- todo o liberdade de tribuna.
nhumn daremos 09 oorgos publleos nos que me· O SR. StLVEili.A MAIITI!Is:~Niio «1uero discutir,
recem, os vencedores têm dircUo As honras, tis sunhores. Si tivesse ~ido provoeallo o nnno pns•
dislincções o ás vantagens que leglllrnamen•u s.,do, qumndo lallel deste mesmo. lognr, teria
lhes csmpete; mas :~qui nlnguem vem procurar francomunte dlsculldo.;. hoje nlin, porque nio :
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 10 41- Página 28 00 28

308 Sessão em 28 de Maio de 1880,


qttero que ninguem · me censure de Calt:l de ge· • Judicial '11 Devia chomar-ine :i responsabili-
nerosidade. . · dado,. e eu offereceria ··:as testemunhos mencio-
nodas c fal-ns-in ju1·~t· no tempo conveniente. ·
o Sn. FEII:s'ANDO O,;onro :-~las -então . niio c :Mas nessa não caltiu o ·lwm·ado tenente-coro·
J~nce insinuil~~ões . · · ncl,t)On}ue 3 consequencia seria instaurar-lhe o
osn. StLVEtn.diAt\TI~S :-Estou respondendo juiz processo polos crime.; commettldo~, mel·
:~o que tli~~c o nobt·u dejmlndo, não lanço insi- têl·o nn cadên e obrigai-o a indemulzor o dnmno
nu~cões, f;,~o nffirt)l3çües. causado.
E por fnllnr ni ~ to, j:1 <JUO o nobre deputado leu • Logo, é impossível dar prova judicial.
a reprcs cnta~'5o de alguns moradot·es do S. SeJJ&, • O que me resln pois 'f · ·
sobre ~ccu:;ações que lhes Uz, permilla-me a ca- • Falla.r á t·a~ão dó cau~ um,ao stmsocommurn
mara que leia lt•mbcm a resposta que dei. . de todos, e convencei· os de modo. que se fórme
.· Trato da nomeação do celei.JI-e tenente coronel uma opinião sério, verdadeirn e justa .
Ra.miro S.•uto. . • Vou fnzel-o.
A R•!{01'711a nnnunciou a sua chegada como a • Do primeiro facto fui informado pot·mu:itas ·
do um co-rcHgionat•io; ausente coille$lei que l,lC~st)as, ma$ basta-me o nome de umn·só dellas,
fosse, e apez:n· dellc pedir para sel-o, dccl;~rei ·e o do itu:1gnc tmtriolll o genernl José Gomes Por·
que n:u:~ o cr;~, porque nfio podia sel-o, que eu linho, eommandante da divisi'1o,- ont.lc serviu O·
não o qucrja porque c!Ic ~r~ ruim (riso), o, si Sr. Souto e. o mesmo que o obrigou a entrar
podin !Ql-os bons a 111et1 lado, para que :~bra· para os cofres com !J,:0006 do que os havia des ·
çnr-me oom O!' maus' · falcado. ·
Elle esperou all'nns d i3s em Porto Alegre para • Oex-presidente, Sr. Carlos FlOres, foi muito
conhecer-me, dech•rantlo que me era muito de- a l!~lllflO dls~o tJrcvenido, mas n5o ft•z cnso, por·
dicado, muito devotndo. que _cerca,·a-se dll gente ruim á fa lta dc. gen·
~b~. . - . . .
O Sn. CAMAnco:- A mim decl3rouellc isso. • O segundo facto, ouvi· o dn boeca do ca_pilào
O Sn . . StLVEm,i. MAnTtNs:- .Nüo queria a Ill~noel Virissimo .Simões Pires, n <JUetn dirigi
uma perrrunta, e que provou-mo C·<'m grande
sn3 dedicnçiio porqn{l não 11útle ser meu co·rec !(U~ntidt•de de cartas dos \'i1.inho.s. do Jo:;M, que
liA"ionarip ; elle é compndr~ do meu illustl'i! cu poi.lin J1Ublic.1r; ma ~ não publico, po.-que não
nmi(!o o St'. minisll:o du ~,:uerr~, mas :• ~s im ü mi~lo.Ji' Jlarn a prova que estou duudo, basta
meslllo di~pc n~o o seu concurso }lOI'tJUc ílllll· jnnlal-~s DOs nutos si o Sr. fi:llllit•o fut' cnpn;r;
ro ami;::os vcll!os, inllueucias nn localill:•do. de chamar-me a juizo. · -.
Dei a r~ z ão Jllll'((lle niio Cl'll nosso r.o-rolig-io· • O tercclt-~ facto, que nliris é get·almente
nnrio, c.ollo licott oll'••otlido; segundo me infot·· sabii.lo, foi· me rcre·t·nlo pel~ [lropria viclim:~, o
nwram. pas:'ou-me uma ;:t·nndc dcsc ompo~tura, Viclorino da l\oçhD, 11:1 viug•!m quo eonuni~o
como t\ JHIIII!':ll, e prdiu-m ~: :IJli'OV:t dos f;lct(l~. St'. fc7. lla C;~ c hoeira a Jlio PtlrJo, ILO dia ~ü de n·e·
S:llil' tlllo di"'" · (li SSt~: :í tle~ cnmpn~tura 11f1o re- zemliro tlo anno p3$S31lo. ·
~ pondo, n pi'0\'1\ tios ft1ctos cu uou (ltl}: • Solm! o focto, dit·ci : qtto não conheço o
· • O tel'ri\'el inimigo d:1s vaccn~ nll11•ins, o co· Sr. J~v:.risto Hi!jttlnho, mns tiio hem Informado
lebre llamir,, ~olll•l , St!~11111ln mo inlill'lllatn, • •~ l<lll do caso; que ~cci'CSL'C IIto, (J ue o :Sr . Ra •
.. CXÍ f::'' t fll•' pr0\"0 11,0 ôtCl' \1~111; ÕP :' ljiiO fh0 li1. . m11·o fez l'-Obt•o este :~rli::o o quo dt:\'lira fuzct·
• Nii11 h:1•·etlll'< lio.•' Jln•l'i<o fozl.'r·lhe n vont:1dc :<llbrtl "lOtlO!' ; ped iu dec l ill'~ çiio CSCI'iptn ao Sr.
e cnni'UIIIIit• o sultc:nltw. .. 11ir1uinho pnl'n collfHndit'•tno ; nws, co111o esto
• l'nl'<l <(111' tli•nhnma tln\'lda haja, recntJiiUio oi homem illl bem o tleclnrou a vordnde, o Sr.
ltOj(l .:IS :ti:CU~tii_'ÕeS fJU~ lho il7.: · 1\nwrro Souto não pu!Jlicou n cartll, l!ll!fOiiH·a-,
• I. • Q 110 dcfrnuoou os eofrca •lo estado, IJU~n. lJOrt]Ue ncltou·n ·muito [Jarecidn com n \'neca
do fiscal dt.\ um <'OI'PO nn ,:;uerro do l'nrn:;ruav, que furtou. ·
llelo qne nlio ~ó foi obri~ndo n rcstltnit· 4:ooo:~. ·• A' vista de tudo quanto deixo ollegndo,
mas foi tocado para fóra da .divis5o do generãl pet·g unto : · ·. -
Portinho; • Estes fnctos especiftcndos assim coino estiio,
• ~.·Que comm, contra.n: vontade·de seu dono, sem que nenhum~ das testemunhos menciona•
um l:Joi do capitão M~nool Virissimo Simões dll ~ tJroteste contrna suu vcrncidade, convencem
·Pires : ou nfio .convencem :1 opiniiio publico?
• 3. • Que (Jraticou a '111êS11WOperação em uma • Não resta duvido que sim ; n menos que o. ··
vnccn do St'. Victorino da Hocha, de S. Joiio. Sr. Rantit·o Souto não publique declaração em
• '•· • Que Yendeu,sem "sciencia de seu dono, o eonll'llrio. ·•
que é cstclion!llo, uma. vacen do Sr . Evarlsto
u~~~~~- . . . Senhpres, elle nunca publicou nem li capat
. • o Sr. Rnmiro, para defender-~,:.em vez de de o fa&er. Jli se vê que e~te St·. Damiro fol.
npre~entnr dcclnru~ão negntiva das quatro teste· como pretende o nobt•e deputado, uma iusigne
munhas otrerecidas, limi1a-se o produzir um nomoac.iío, e niio devia ser demillido. O nobre
ittlestntlo gt':lciosó da nlguns nmigos. que o têm detru!udo leu a represenlnçilo, obrigou-me nl~r·
t ia co1rta dtl hornern tle bem. a npreciaçio que eu niio queria raxer, porque
. • lo! as eu nu o olfereci esses senhores como tes. nio goslo do lôr no coroara orligo de jornaes.
temunbns ; o mais quo &lles podem diacr é quo Tenho-me alongado mais do que queria o do,
nndn sabem, o que nio lmporla dizer que o quo permitio o estado da minha saüde: vou, por·
Sr. Rnmiro 4ÍIIOtliCII• d11 bem. · lanlo, rematar o meu discurso diaendo 10 nobre
• E que provn quer o Sr. Ramtro' deputado quo me conhece, mas que parece nilo.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:42+ Pág ina 1 de 1

· Sessão em· 29 de Maio de 1880. 309


conhecer n sua terra, que o Rio Grande do Sul luna, darei resposta conveniente ao discurso
tem vontade propl'in, que niio tenho porler que acaba de ser pronunciado.
porque t~nho á minha disposi~uo p_olicia ~ bn· 0 Sn, PUESlDil:O.Til : -Previno ti camnra do
talboes, .~ porqu~:. procuro ser fJ orgao dos Inle· que darei para ordem do dia lle ~e"Undu·íeira
resses de todos, trato de defender n cansa pu· o projecto de reforma eleitoral. "
blica c não de fazer fnvore~ individuaes; mas
não me recuso defender o~ interesses individuaes A ordem.do dia para am;mhã ó a se~uinte:
q~ando estes se hnrmonisem com a caus:r pu· Votação do parecer da connnissíio de poderes
IJitca, porque, representante d:\ minha província, sobre a eleição de S. Paulo.
julgo-mo palrono obrigado não só dos seus . A:pre~entaçrio de requerimentos, projectos e
interesses como dos indiriduaes detodos os seus md1caçues. ·
filhos e de todos os meus concidadiios do lm· J.)iscussl'ío de requerimentos adiados, come·
perio. · ~ando P.elo dí~ Sr. Freitas Coutinho sobre a
Com tal polilica niTo me hão de derrubar com caixa d ogua do Pedregulho.
essa guerra de ratQS que pretenderam mover-
me. Eu só espcrnva· ocensi~o pnra dnr·lhe rcs· Lcnntou-se a sessão :is 5 horas du tarde.
po~\a. Com esta evolvçfio · polilica n1ío houve
derrubada nenhuma, ~ aJlCllliS da1· os Jogares u
quem compelem, desfazer o mal que estava Acta mn ~O de Mnlo de 1.880
feilo, til•nr· mtis autoridades e 9ôr, senão Mas,
n1elhores, porque, senhores, ~i puzesse m~s, o PnESlDENCIA DO sn, \'lSCOl'\Dil DE l'nADOS
meu prestigio c~hiria apoiando um governo que A's 11 hor~~ da monhã, fcitn a r:lwmnda, ncha-
sustenta um rcgimen rle iníquidade ..
rnm·se ·pr'eHmtes os Srs. Yisconuo lla Prados
Tem sido c~ta a minha forço, com ella nasci, Pompel\,
cem elln medrei, com clia viverei e nõo é agera Sinv31, Frei las, Pt·nJo Pimentel, An~
que posso receber ~onse lhos. · drndo Pinto, Dnrão dn E~toncia e Viri3lo de .Me·
O nolH·e deJnitado não me mostra em locali- deiros.
dade alguma da provincín um homem infin· Compnrecernm depoh d~ ch::trn:~da os Srs.
ente que ufiiJ esteja com o ~ovcrno actual, que Snldanh;t :!llarinho, Costa A?.cvetlo. Americo,
não acompanho a sua politicn,. que não npoic Dnnin, Ball'ort Duarte, Serra, F1·n nldin Dor i~, ·
com enthusin;:mo o pt·esidenle Dr. Henrrquu Uodri~ues Junior, JoJo llt·ir;ido, Lil!cl·nl!J Bar·
Francisctl d' Aviln ; si isto :tssim c, si a assem- r·ozo, Theodol'clo Souto, ]lo mira lk:tnd~o, ~feira
bléa JH'ovincial muni fcsla-sc em quasi unani· de V~sconcellos, Unnoel Carln~, llt1110cl dl! Ma·
midade, si ns cnmaras municipaes seguem 3. gnlliãcs; Co~t;1 Hibt•it·o, So:ll'l'~ Jlmndfio, Uíbciro
mesma rota, tJllCtn Jlutlc dul'idnt· de que :tmaio- de :l.lencz!!s, )bt'illlllln d~ Sih·a, E~[lilulnl:~,~lontc,
l'ia da provincia tio 1\i() Gt•ande do Sul, ttUO o Bnrt'os Pimentel, Aulonio olc Siqu,•ira, Z01na,
partido lilu:ral inteiro mo ucompanha? B, só l'risco Parni~o, ttr·o~d·~J'icn do• Alllll'ioiH, llulcão,
esta é a vetdndc, com quem ha de !l:QVl!l'll~r o lldcfon,;o lle Al'nujn, A!ltleirh• C•tlllo, 1\nv Bnr"
lllÍDÍSll'l'iO, ~i CJUCt' g O\'el'DOl' Clll ROIUC dos boz:•, 1lodol/1ho ll:llllns, An~nsln Ft':lllÇn; Azam·
principio~ liherncs ? ·. · · bn.\::t Mcit•cl ~~. Hol'la tlo· Al'llll,jü, Frun•:a .Gnt'·
Hn de sem duvilla nen!)umn governor com nlho, Frederico llt!go, lilSt'! Caet~;no. c~ndido
o.quclle~ que tem a inllucnch1 retll. Eu niio pre- tiL• Oli\•eirn, ttrl'ÍiliS Coufiuhn, C:n·lns. AJlonso,
ciso pcdlkt Clll[ll'C~l:1da aos· favorc~ inllividuaes Con•C:~ Hnlwllo, l'hcodornim, 'flwnJlhilo Ottoni,
nem nos muprogos publicas. Antonio t:urlos, Leoncio de Cn.rvullro, Mnrtim
ConrJUi~tei-(1 pela imprcn~a, na defc~a dos di· Ft·nncisco, Olegnrio, lot'onymo l:ll'llim, llalhei·
reílos dos meus concídadf1os c nn tribuna dn ros, Sel·:;io de Cllsll'o, Si! vci rn de Souza, Sil·
assemblé~ decrol~ndo todos os nwlboramenlos veira Martins c Bezerm Ca•~lc:mti.
publicos quo aquel\a provinciu póde nprcscnlnr. Fultnrnm com pnrticipnção os Srs. Aragão
As grandes pontlls l)lle e\la tem, o ngu11 que se e Mello, Aires de Araujo, Affomo Penna,
beb~ nns cidades, n lnz que os alumia, ns es- Anrelínno nagalhiies, Flore5, Franco de &i,
tradas de ferro que se est:Jo ,~ fazer, a tarifa Fabio Reis, Francfsoo Sodré, Ferreira de Aiourn,
especial, tudo, tudo devem ti m.inha iniciativa ou Florcncio de Abreu, Gavmo Peixoto, Ig-nnclo
no meu concurso. · !tlnrt!ns, Mncedu, Mello e Alvim, Mello Franco,
·scrin centrao bom senso que os rio-grnn- Mnrtinho Cnmpos, ~loreirn de B.1rros, Souza
denses deíxas•em do ncomp~nhnr <1que!le que Andrt1de e Pedro Luiz; e sem clla os Srs.
serve a cnnsn dn província e .defende os gr:mdes Almeid:~ Dnrboza,. Abreu e Sih·n, Deltrilo,Dnptistn
interesses do Esw.do, para seguir esses cuja Pereir:t, Bezerra de rtrenezes, Cnmnrgo, Cesario
politica cifra-se uns pretcnções pessoaes, e. QUI! Alvim, Couto Mag3lbiies, Diana, Ep~minondns
não tem sido, até hoJe, senão depu\ados ao sub· de rtlello, Esperldl:io, Frnnco dcoAlmeida, Felicio
sidio. · dos Snntos1 · Fídelis Botelho, FcrMnllo Osorio,
Gnldino, ~oaquim Breves, lonquim Nabuco,
1timais (Aiuito bem; muito bem. Applau~os n«1 Joaquim Tnvares, José B:1sson, José ~lnrl11nno,
_ryaleriaB.) Jeronymo Sodré, Luiz Felippe, Lourenço de AI·
O Sn. PnESIDENT&:-Adiscussão Oca encerrada bnquerque, Marcolino Moura, Alanoel Enstnquio.
por rnlla de oradores. seraphico, Souto, Sigismundo, Souza Carvalho.
Souza f~lma o Tavares Dolfort.
O Sn. FEnl\'A.NDO OsoRto·: -Por falta de ora·
doret, não, senhor. Nu o fallo Já por IJE.B n hora Ao meio dia o Sr. presidente doalo.ra niiD
está mnito adiantada, mas, em occ&$tuo oppor· haver sessfio por falia de numero.
Cà'nara dos OepliacJos · lm;:resso em 271011201 5 10:42· Pág ina 1 de 1

310 Sessão em 31 de Malo de 1880,


. O SR. 3;• SllCRE'U.RJt,servindo;de f..•, dó. conta Aeta em 81 de Maio de ts•o
do aegulntc
PIUi:SlDEl'(CIA D~ SB, VlSCONDii: DE PBADOS
t:ü'I!.DI~TE
.A's U · horas da manhã feita :i chamada
.OJDelm: acharam· se presenles-,--os--Sr&.- -Viscondc-.dé-- -
Do ministro do imperio; de i8 de Maio cor· Prados, J>ompeu,)lllrtlm Frenclsco Sollo Brigido
rente, remenendo diversos inrormnçõ<ls solicita· e
Cesa~io Alvn:o:,, Costa Azevedo, Âbreu Silva:
Cand1do de Oltvelra, Barão da Estancio, Libc-
das pela eamaro dos Srs. deputados ·sobre o
obsen:ntorio astronomico._-:J quem fez :i rato.Barrozo e Frederico de .Almeida , . .
requlstçao. .i I · ~: ~'.1;'1 . Comparec:eram depo.is da chamadn os Srs. Sal-
Dos presidenl<•s dus mes11s dos collegios -olei • danha Mur~nho, Donm, Fabia llei~, Jo<tquim
ornes de Quclut o Silv eir~s, na província de . S_~rfa, BeifortDu~rle, Freitas, Rodr·i;tues Junior,
Ninas Geraes, remellendo aulhenlie~s da1 actas \ trwto de M:edetros Souza Audrade Bezerro
da eleição :~que ali i ge procedeu paro um depn· Co\•:~lcnnti, lloreiro Brandão aleh·a de' Vuscon~
t3do .~rer~l no .dia 23 de Maio correnle.-A' cellos, ThC?doreto Souto, Manoel uc Mngnlhi'íes;
commissãu de poderes. · Costa Rlb(llro, Antonio de Siqueirn,. Sonres
Brnndiío, .S{lr~phico, Ribeiro de Menezes Ma-
Requerimento; : rianno dn Silva. Espindola, Prado Pimentel,
Do conselheiro Francisco Pr:rtedes de An- Monte, Barros. Pimentel Znmn, Bulcio, lide·
drade Pertence, lente da faculd11de tk med icina .fonso de ArauJo, 1\lmeida Coulo; Ruy Barboza
~a ç{)rte, pedin,do qus se lhe conte ,para S!la 'Azambuja Meil't!lles, Horta de Araujo, AlmeidrÍ
JUbhlnçlio os mnco :mnos que lhe garantiu o Dm•bozn, Andt·ade J•in~o. :Manoel Gftr!os, Frede·
decrtJto n. 7%~7 de t879.- A' com missão de rico Rego, l~reitas Coutinho, Pedro Luiz. Franco
· pensiíL.os e ordenadoi. de S:í, Americ.o1 lgn:teio ~brtins, Morliobo
Do chantre Francisco Jos~ dos Reis, prore~sor Cam!!c>S, Theophtlo OUoni.. Antoui~ · Carlos,
do seminario eplscopnl do Maranbiio. pedindo Morctr~ de Barros, Olegarl(l, Frankhn Dorio,
jubllaçilo com o bonorarlo <le l :OOON marcado Jeronymo Jnrdlru, Fernando Osorio, Flotcncio
pelo decreto de iU de Agosto de i8ã3.-A' com· do Abreu e Malheiros. ·
mi~siio de pen~õe~ ll ordenados. F~Uaram com .pat'tirlpo~iio os srs. Ar~g-Jo c
·.Dos ex-colonos de Porto· Real, rcprosentando Mello, Alvea de Araujo, Affonso Penna, Aurc·
contr11 'o estado critico em que so Mhnm depois lin.no Alaglllhães, Flore~, l•"roncisco Sodré, ~·er·
da em~ncipnç.iiO da referida colonln.- A' com· rena de Moura; Gavião Peixoto, Mncetlo, Mello
missão de r.ommerclo. industl·in e artes. . e Alvim, Mello J..'rnnco; Pt·ísco P:lrnlso, Tnvares
Uelfo~·t; e se,m cllo. o.s Su. Augusto 1-'mn~a,
Não havendo mais cxpcdient~. o Sr. pi·esi· IJellruo, · Bapttsta Pere1ra, Bez~r·ru de ~lenezos,
dente dei para ordem do di:~ 31 de M~io: Cumar~o. Curlus Affonso, Corrêa nabellol Couto
MtJgalhiics, Diana, Epnmlnond11s de Me lo Es·
V parte (alria l lio1'11) ; •erldlüo, Fnmeo de .(Jmelda, lo'r~n~-3 Corv;tlho,
l~clici~J dos $anto~, F!tlelis Botelho, Guldino,
Joaquun Dreves, Jouqnun Nnhuco, JoaQuim To.·
VotaciiQ elo parecer n. U. de :1880 relnlivo ti
eleicão secund:tria pt·ocedidn em S. Paulo. Yoros, Josê Bnsson, Jo~ó Gnctnno, Jcrs~ ?llnrlanno,
Urgcncill do Sr. Seronymol3rdim. Jet·ouyn&o Sodrtl, L~lz Fulippe, Lourenço de
Urgoncia do Sr. ~ergio do Cn.~\ro ~ohre ucgo• Albuquerque, LeonciO do Cllrvulho. Mal'<'.ollno
)~oura, Manoel, Euslaquio, · Rodolpho Oanta~,
elos de So.nta Cathorma.e P~rorw. Sm~ ·111, Souto, Slglsmuudo, Sc1·glo· do Castro,
!.• pal'tf (de f. hot•a e tll diantt~).
Souza Ca&·v•lho, Souza Lima, Silveira Mnrtlns,
Silveira dP. Souzn e Theodomlro.
Contlnuaçiio da 2. • discus~iio d3S for<;as de Ao meio di:~ o St·. presidente declara não
mnr. hnver sessiio por falt:1 do numero.
3.• disetlssão do projecto sobre a estrada lle O Sn. 3.• sEcnstAlllo d:'• conta do seguinte
ferro de PhiladeljJ!ua ,. Curavellns.
RXPEOIRl'iTi
Officios .:
DECTIFICA.ÇÃo·.
Do ministel'io . do lrnperio, de ~8 de :.loio
· - .Quando o Sr. deput:ado Zama dido que uma corrente, remettendo o requerimento em que
.:daa emendas ao_ projecto n . 306 trozin a minha o porteiro, bed'cis, conUnuos e conservadores
nsslgnaturo, o npnrte, que então dei, ·não foi o da faculdade de medicina do. .nio de loneh·o
que ge, acha no Diat•io OIJicial de hontom, porém pedem nugmento de vencimentos.- A' com-
o segumto: · . mlssio de pensões e or<lenndoa:·
· ·. • Tenho tlln mou poder o requerimento e Dos Jlresldentcs dos collegioa eleiloraes das
documentoa do paticlonario ; a conunisüo tem cidades de S. Joio d'El-1\el, do l 1omba, e do .
conhccimonlo do questiio, o doi n minha nssi· A)•uruoea, na provlncln do 1\flnns Gcracs, re-
gnalura c.omo memlll'O da commlasno, •- 1, mo&lcndo cóplaa nuthenUcss doa netos da elelcilo
Stt'1'11. •. 11 1111e alll so procedeu pnra preencher o vngn .
deb:ad11 pelo Sr. cJeptlllldO J.lma Dnute.-A' .
commis!no dt• poc1or6.!1, · . · .
C(rnara aos Depctaaos - lmll'esso em 2710112015 10:43- Página 1 ae 29

. SessÀo ~m 1 de Junho de 1880. 311

Requerimento de Joio Nunes Bueno, pedindo Compnroeeram depois de abcrla.a sessiio os Srs.
dispensa de um preparalorlo que lhe falia para Souto, l•'elielo dos Santos, Camargo, Carlos
matricular-se no l." anno de direito de s, Paulo. Alfonso, Diana, Joaqllim serra, Frederico.Rego,
-A, commidaão de lnstrueção publica. - Silveira Mortine, Francisco Sodré, Joaquim Na•
--,.-- -ü-Sn; PREStliBNTE-dá-para-ordem-do-dla-t.o-de- -~~~!-~lizil ~rv~!~-~·--J?.~a_!!_k,!!!t Do~ia e ~1!_Ci9_ __
Junho de l880 : ue \JIIfVat o. . .
· , . Faltaram com parlicipRçio os Srs. Aragão e
L• parte ( ute H /2 ), Mello, Alves de Arau_jo, Aureliano Maga\hies
Votação tlo parecer n. H de 18So sobre
eleições de s. Paulo.
as Flores, Ferreira de Moura, Gavião Peixoto, Ma:
cedo, .MeiJir e Alvim e Mello Frt~nco; . e sem ella
os Srs. Coulo Mogalhíies, E11aminoodas de
Urgencins concedidas ao! Srs. Jardim 13 Ser· Mello, Franeo de Almeida, Fldelis Botelho,
gio de Castro. · Ioaqnim Breves, Luiz Felippe, Manoel·En•ta·
!.• di~cu~o, em eonlinuaçlio, dns for-:ns de qllio, Sinval, Sigismundo e Souza Limn. · ·
,mar· · ·Ao melo din o Sr. presidente declara aberta ~ · ·
:1!.• plll'te ( da 1 i/i _em · diante ). sessão.
! .• di.~cu!lsão do ·propost:i sobre J reforma a
--·E'.lida act~ do dill !8 do mez de Maio. ·
eleitornl com o pnrccor da commissão e proje· O Sr. Ferpando Oeorlo ( ptlll ot"·
cto 5ttbstitutivo. · dem) desl1jnu que o Sr. presidente inrormasse
- 3.a dilo do projecto sobre a eslrodo de si da acttl eonsla ter sido cncerr~da a discussão
. ferro ctllre Phlladclphla c Cnrnvellas. · da interpell:u;5o que dirigin no Sr. presidente
do conselho. ·
_..,...._:~--

. . . O Sn. rnEstDII:NtE diz que o presidente que


ent1io dirigia os trabalhos da camara declarou
e-Ao em 1 de ..Jtuiho de 1880 qile ficara encerrada adiscussão.
PRESIDBNCIA DO SQ. VISCONDE DE P!I.WOS O· Sn. FsnNA.NDO Oromo perguntll _si por
· SUlUI.\RIO.- Obaornfi!es, sobre a neta,- Eruo••~•­
falta de oradores.
P~reelr.-Proj~cl~t.-Dnpclll do •lniateila de imperle .
-obs@rnçou ~o Sr. Co•ta Atttedo .-. ntMttu. PAUl o Sn. i•nzsror.NTE observa Qtto n discussão
ua c~u11· oo Du.- \'olaçllo do ~n,..cor n. I~ 110bre olei· . 1bs interpetlocüe8 de\'e llea r tJsgotodn no
çõea do S. P~ulo.- Poou 1 lal'llmento do depul•tdoa.- mesmo dia: nio tinha porém n honrn de pre·
R~serntorl~ d~ rodrofulho. -l>IICilrtOI dos Sn. Joronylll() sidii' a sessão nessa occaslão, mas declara que
. Jartlbn o Pedro Lu i& (mlulotroda ••rlnllura).- Obitru•
· !-ÚOI doi· Sre. Frtllol CouUoho 1 lllorliRbo Uampoa.-sa• '!PPiaudB ~ ~rocedlmento do ·nobre collegn que
então pres1dia. . _
~=~:~·~·~~:i~:.:e~ .:f.~::.:.-;'~~ d~~·L~~!t:·~:~~~~~
. O Sn. FmNANOo Osonto db: que nio o censure.
A's H horas dn manhã feitO 11 chamodn, :tchll· mos desejaVA que no caso da actn declarnr ter ·
t·om•se presentes os Srs. Visconde de Prados, flcndo encerroda n disCU$si'io pot· f&Ua de ora•
Pompeu, Danin, Bnrroa Pimentel, Cosario AI· . (jorOll, se eon~ignnsse que desejava rauar, como
vim, Horta de Araujo1 Abreu e Silva, Cosln Aze. declarou, e dar umn resposta conveniente 110
vedo, Prndo Plmentm, Dario da Estsncia, M~:~ira nobre deputado que lhe havia respondido.
tle Vosconcdlose_Aimeida Barbou.
Comparccornm deJlOiS ·da ehamndll os Srs. S:tl· O Sr. ~lco de Almeida
•lanha Alorin ho, FabiQ Rei~ . Tnnres Betrort, (pela ordtm)observa que o nobre 'deputado re-
Delforl Dunt·te, Freitas, Josu BassoR, Rodrigues clamou, é -verdnde, contra o encerramento dn
Junior, 1ouo Brlgido, Virinto de Medeiros, Souzn disr.ussão da lnterpellaçuo ; mos isso depois dto
Andrnde, Liberato Darrozo. Theodoreto Soutof hnver o orndor, como presidente, nnuuneindo
Bezerro Cavolcnnll, Yoreir:~ Brnncliío, Mnnoe o seu encerrt~mento.
Carlos~ Ynnoel de 1\lngalb!cs, Cosia Rlbeh·o, An· Sito huia neohuin orador inscriJ)Io e por
tonio de Siqueira, Sernphieo, l!lo'lluim Tavares, esse motivo annuuciou á caman que 1lca'V:l en·
José Marianno, ~ltrão, Esperldlfo, Ribeiro de eerrad11 :r diseuSS!o. · ·
Menezes, f,mircn~o de Albuquerque, . Marl~nno Isso porém não podia de modo "lgum preju··
du Silva, Espindol:~, 1\lonttl, Americo, Zamo, dicsr no nnbre deput11do que tinhA e cootinúa t1
Prisco Pnrnisu, .Frederico de Almeida, Buic5o, ter não sô o diroito de npresentnr novas inter-
lldcronso de At·:~u.lo, Sonres Brondiio. Jeronymo pdlações_, como de discutiras negocias de sua·
Sodré, . Almeida Couto, 1\lurcolino Mour:~, Ruy provlncio, na dlscussilo da lei de forças de mnt·
Barboz.a, Rodolpho _Dnntos , Augusto Fronça, que se acha na ordem do dia, e que segundo as
A.zambuja MeircllP.s, Fran~a Carv~lbo, Andrade praticas da casa admilte que so ilisenlam todos
Pinto, Baptista Perefrn, José Cnctono, Freitas os negocias; ou em outra qualquerdi_se115slo
Coutinho, Pedro Luiz, Affonso Penna, Be1errt1 geral. ·
dll Menezes Candido de Oih•eiro, Corrôa Rn· Port11nlo o procedimento do mesa foi o moi~
beiJo, lgnaclo Martin81 Gnldino, Marllnho Cam· regular posslvel. ·
pos, Frnneo de Sti, Theodomiro, Theo·philo O Sn. FERNANDo Osonto. declara que não cen·
Ottoni, Antonio Corlos, Moreira de Barro~. Mar· surou o nobre.dep_utado. . . _
tim Frnncisco, Olcgorio, lcronvmo-Jardim, Ma·
lhelros , Sergio de Cnstro, Silveira do Souza, E' approvnda·n aeu bem como ns de t9 e 31
Florencio de Abreu e Fernando Osorio. de Mo1o. .
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 10:43 - Pêgina 2 ae 29

312 Sessão em I de Junho de 1880.


O Sn. 3.• SECnETAIUO, servindo de t.•, .dá · anno de liecnçn éom ordonodo paro. tratar· de
eonla .do seguinte sua snude.
Prov:~ o supplicantc com atlestados medicas
EXP.EDI&'iTE som·cr de beriberi e precisar por isso de um
Officios: anno ·para a cura completa, pelo quo é a com-
IIIÍ$Si'iu de paracer que se udopte o seguinte pro·
. Dos presidentes dos collegios eleitoraes dos jecto :
parochias de Tuqnaritinga e Limoeiro, dn pro~
vincia rle Pernambuco, rcmelLendo cópias au· A assembhla get•al resolve :
thenticas das netas da elei•;iio u que alh s~ pro- · Art . L • E' nutol'izado o goveroo n conceder
cedeu para a vag-a deixada pelo Sr. de1111tndo 11 Joaquim da CostaDarradas, juiz de direito do
Buarque de Macedo, nomeado ministro d:J agri· Maranhão, .um anno de lkenv<~ com o rcspecth•o
culturn.-A' commissâode poderes. .
Do .pre5idente do collcgio eleitoral da r. idade ordenado p~ra lraltlr de sua soude onde Jbe
d:t C.1u1panha, rt!mett~ndo cópia autheutica d:• convier. . ·
actn d~ elei.;:io a que ali i se prqcedeu na vag-a Art. 2. • nevognm•se ns disposi~i.ies em eon-
deixada p~lo St·. depuLado Limn Du~rl e. -A' ll'ario. · .. ·
commissão de poderes. . Sala d:Js commissões em i de Iun hu de 1880.
Foi lido e npprovado ·o seguinte '-~llmeida Coulo.-Joa'J!Iim Sel'ra.-Galclino das
NtVes.
PARECER

:1.880- N. iõ !880-N. 3-1


A com.misslio de (ll!nsõcs e o·l'denados, tendo A commissiio de pensões e ordenados, tendo
oxaminado o requerimento de Antonino de Oli- ex3min:~do as eútJias dos decretos de :!9 de ~o- ·
veira Pantojn Snnlos, vi uva do '!. 0 t!!ncnte da vcmlJJ·o, 6 de Dezembro de 18i9 c 13 de Abt•il de .
armrida, João Ferreira !los Santos, pedindo uma 1880. com os respectivos documentos, relnli\'OS
· pens~o em remuneração dos ser\•iços ·por elle n pensões conr.edhlns pelo governo, iJ de p~recer
. pre8to~os na.g-uena do ,llnr<lt;Uny, é de pnrccer que se ndople o seguinte ,projecto:
qnc s<·Jn o d1t~ requem~Jento enviado ~o ·fiO·
verno. por nuo compelir ao corpo leg1slahvo · A ossembléo. geral resolve;
conceder pensões. ArL L • S5o appro,·ndas ns seguintes peusõos,
Sal:t dus sessões em l. !le Junho de l8BO.- concedid:1s, pot· decretos de i!l de Novembro do
Aim~ ida Couto.-Joaq1tim Sel'l'a.- Galdi11o . de~s 1879, do 30,) m~nsnes ao alumno dn cscoh mi· ·
· Nét•es. · Jitor, alferes honorario do exercito C~ nu ido Mo·
Foram lido~. j11lgndos objccto do doliboJ•oçiio reiro da Mnlln. que perdeu o braco direi lo, .ser-
~ mandados imprimir os seguintes ·. vindo uma bocca ·de rogo, por .oc.casião do exer-
cicio geral elfectuado no dia ·l9 do .mesmo mez
!'ROJECTOS
pelos alumnos dli rcrericla escoln ; de 000 réis
dia rios no anspeçoda reformado do 4,. o batalhão
!880..-N. .i\1. · de artllharin ~ p~, João Telles de Menezes, que
llcou imposslbllltndo lle . ganb~r os meios du
A commissfio de pensões e ordenados, lendo vid:J em const!qucncia da explosão de umo peça
JOr occasião da solvn dlld:~ pelo referido bala-
cxaminodo o requerimenlo do ·desembargador
Pedro Camello Pesstia, ped_indo um anno de Ih:io no dia 7 de Novembro de l871l, no pro·
vincin do Por:i ; de -iOO réis ao soldado reformado
licença com o ordenado, nasim como·o attestado
medico :~present:ldo pelo supplieante, fm quo do mesmo bttlnlhio,- ll:ino~l Antonio· Yictorio,
J)rova sofl'J'er de febres paludosas e precisar por que foi amputado no br~ço direito em eon-
~o to de urn longo ll'~tnmenlo por:t ~eu completo sequencin dn explosão de uma peça llOr. oc- ·
cnsliio dn ~nlva dada pelo referido b:~tnlltão no
resla~elecim~ntó, é de pnrecer que se adopte o
segumte proJeeto: . dia 7 de Setembro de 1879 · por <lecreto do 6
. A nssemlJléa gerol resolve: de Dazembro de i879, 1.00 réis diorios. ao ex-sol·
dado do ti3.• corpo de voluntorios dn palrio,
Art . .!.• E' outorizo.do o ~:roverno a conceder Alexandrino Antonto de Oliveira, \)OI' ter cegndo
· . ao bacharel Pedro Comello i'ess;)a, ües!!mbargn· de ambos os olhos em consequenc111 de molcstins
dor dn relnçiío dll Cuyab:i, um anno de licença ndquirida·s na fíUerro do Puraguoy· e ntlo poder.
com o respectivo ordenado parn trotar de sua proca.rar os me tos de subsistencln : por decreto
saude onde lhe convier. de lO de Abril de 1880, de 500 reis diarios ao
.. . Arl. ~.· Revogam. se as disposiçües em con- soldado da companhia de operarias millloros do ··
trar~ . . oraenol de guerra da provlncia do Rio Grande
Sala dns com missões em l do Junho de {!180. do Sul, Lnurindo Fernandes Vaz, que foi ampu.-
-Almeida
Neves . Gouto.-.loaf"itM Strra.-GaldiJW elo&
· · · · ·· · tnclo no brn~o dit•eito em coitsequencia de feri·
menLo receb1do em ilS ele Janeiro do m~mo anno,
1880-N. 30 por a«aslõo_dos nereiclos ger~ea dos alumnos
a. escola de infantaria e cavallorla da mesma
· A' oommisA<io de pensões o ordenados foi pro· llrovlncl• . ·
sente o requ<ll'imento de Joaquim da Cosl4 Dar· Art. ~. • Eat~~:~ pcnsüe~~ seriio pagas da dalll
radas, juiz do direito do :Mnranhiio, J>Oilindo llm dos rcllJlCclJvoa decretos de con088lllio.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:43+ Pág ina 3 de 29

Sessão em 1 de Junho de 1880. 313

Art. a. o R.evogam-se as disposições em c.on- Camara dos senadores. Pensa. :l commissiio


trarlo, que se púde fo:r,er nesta verba a rcducção de·
Saiu das commissues, em i de Junho de 18:000:5 pal'a. ns va::-as c ausencins dos scna~
1880.- Almeida Couto.-Joaquim Ser/'11;-IJal- dores, como tnm sido demonstrado pelos ba·
dino das Neves. lanços, ficando 6"0:648~000. E quanto á eco-
• nomia que se possa fazer no serviço da secretaria
1880- N. 3:1 entende a com missão que é a mesma cnmara a
A commissiíõ ·de pensões G ordenados, tendo mais competente paru apreciar as necessidados
examinado a cópia .do decreto de 13 de Março desle 6ervlço, e o6 meios de satisfnzel·o~ .com
de l880 6 os doenmenlos flUe a acoropanh~m, menos dispendio para os cor1·es publicos. ·
relativos á pensiio concedida a Rufino .!'Orfirio, Cama.ra dos d,!piltadol. Pensu tambem a com·
é de .parecer,que se adopte o seguinte pro· mis~o que ~e pode fazer a .reducção de :18:00~
jecto: para os va~as e ausenci~s dos· deputados .. Póde
ser reduzian, sendo 2:0006, em vez de· i:8008,
A assembléa geral resolve : a consignação pnra despezns da seeretorin ; ·
Art. 1-.• A pensão de ~00 réis diarios que, 2:000tS, em vez do !J,:Ooo.~, pnra impressão de
na qualldnde de 1.• cadete reformado do Ui.• papeis uvulsos j :L5:000tS, em vez :I.e 30: ooo~. para
batalhão de infantaria, foi concedida a RuHno Impressão, em avulso, do:; annnes da camara
Porftrlo por decreto de 18 de Selemllro de !87!, anterioresn :1.857; 2:000~, diminuindo-se 1:560;j
fica elevadu a 36~ mensaos, \)Or ter cegado nas dcspezas cxtroordmorios e cventuues ; e
completamente em consequenma de moleslia :100~, em vez de 2:0006, pura compra de livros,
adquirida em campmha~ conforme se deelara supprimindo·se as consignaL'ões para mobilia 6
no ilecreto de t:J de Março de 1880. grnliOcneão aos empregados. A reducção na
Art. t.• Esta pensão será pagn da dnta do verba é ae &2:060tS000.
uhimo decreto de concessão.- Ajuda de custo de vinda e voUa dos depulatlo&,
Art. 3. ~ Revognm-se as dis.(.Osições em con· Peln exame do· balanço e lnrormações que lhe
trarlo. · foram ministrodas, conheceu a commissão q_ue
Sala du commissiies, em . t de Junhó de esta verba póde ser reduzida a ~õ:OOOD, abaten•
l880. - Almeida CotlltJ, - Joaquim S1!1't'a. - do-se 9:250~000.
Ootdino dar N~ve1. · Secretaria de e1tado, Supprime·se a deapeza
Foi lido e mandftdo imprimir o seguinte:· com a reimpressiio da legislação de 1808 o 1837,
que pó de ser ndiada sem inconveniente ; reduz·
!880-N. 33 se ó. metade a de~,peza com impres5ão de ll'iS e
DESMIZAS !lO MINISTEl\10 DO I}IPERIO der.retos,Tolatorio do miuisterio, etc.; a 0:000&
n consigna~·ão para papel, pennas, linlo, livros,
A commlssiio de orçamento, tendo examinndo moveis e otltrus despezas evl'ntuae-~; e fJca te·
a proposta do ministro o secretario de estado duzido n tres o numero de serventes, coma
dos negocias da ruzendn orçnndo n despeza do consi~naçiio espccinl do 1:6~!~500; e, llnolmente,
mlnlsterio dos DP.gl)ci(!s do imperio, para o exer· a t:iOOtl n cons1gnação do fornecimento da legis·
ciclo de t 881-lSMII, soj eitn :i discussão e a PPl'O· luçiio lis repartiçues do ministcrio. A reducção
"Vaçlo da oamora dos Sr~. deputndos o s~guinte na verba á de &ii:360,SOOO.
resultado do ~~eu catodo: · AdmiJoistrapãQ dcÚ provincia.~. Pôde ser redu·
AUendendo com a mais escrupulosa reflexiio zlda á metade D consignoçilo pnrll os vlce·prasl-
D. sltlliiÇilo poucn ll$ongeirn doa llnonços do Es· dentes, nos.cnsos em quo os presidentes, legitima·
tado, cuJus dlmcuhlndes se oggrnYnrnm pelo mente impedidos, ncom com direito no ordenado,
calomldade, que durante os trcs ultimas nnnos por ter mostrado n expet•ioncla quo silo raros
assolou algumas provincios do norte, o cnnven- esses cosas. A consi~nuçõo de alndnsdecustu pnra
cida da que niio pód~ o população ser sobréenr- as despez~s do prlmcfro estabelecimento póde
regadll com 03 onus de novos ou mais pesados ser rednzido. a &O:OOIIl!, c a iO.OOO~ n de viagens
im.pDslos, devendo-se, pelo contrario, conforme por terra e por mnr dos mP.smos pre~identes. A
a declaração do honrado Sr. ministro dn f:1zenda dcspez.a com ncquisiçno de mobilia, decora·
na tribun~ do sen:~do, supprimir o imposto de çuo, conservação dos p~lacios das presidencias
transporte,.a éommtss~o inspirou-se na indecli· reduz-se a !0:0008. Nesta verba se faz a reducção
novel necessidade de restringir a despeza, tanto de :17: U9§607.
quanto permitttnm as legitim...1s convcniencins Cidto publico. Póde ser reduzida n 480:000~
do serviço publico, como meio de supprir o de· a consignoçiío pa.r(l. Hi711 parochos, ntlendendo-sa
ficit, mantendo o necessorio equilíbrio entre a ·no gr:tnde numero de parochias servidos por
recei'a e a despeza; e nesse intuito sentiu-se pnrochosencommcndndos, que percebem metade
animada pelo. certezn de que muito emcuzmente aa congrua,· e ns das pnrochias vagas ; abateu-
concorrera para o mesmo fim o espirito de se· do-se 9l!:OOOI$000 ~
vera economi11 e exacl!l Dscalisnçu(}, de que o SObre o serviço do culto publtco n commlssilo
governo se mostra dominado, observa a notnvel dcsi t;Ualdnde no pessoal dns
E.xaminando cndn umn d8s vorbns do orçn- i~ cnthedraes do Imperio. Pnrece-lhe que o
mento, a commissão observa : . llonrndo ministro pód~., de accôrdo com os
Gcrbitlctc imperi!d. Póde ser reduzidn 11 dcs· Revdms ... prelndos formut• um plano de or•
peza n t :900,1, sendo GOO~. em ve:r. de BOOS p31'~ gnnizaçiio desse sei'Vi~o,. Ct]ulpnl'nndo, quanto
o eltpediente do gubinote imperial e do conselh.o possível, o J?Cssonl, ~~rm uma economia annualt
do estado. · qtte a comm•ssrio calculn em "o:ooon. E desde jtt·
TGmG 1•.-.o,
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 10:43+ Pá gina 4 d e 29

314 Sesslto em 1 de Junho de 1880.

se póde economis~r 5:000;~ com a$ vngas no ln.~tituto d~s !lfP.túnos cigos. Fiea teduzida a
pessoal das c.athctlraes. 3:3liO:S n consignação para serventes, reduzindo·
Scmina1·ios cpiscopcrt:s. Supp1·imindô·~c os ou· se tmnhem·n nnm;~ro. delles a oito. Reducç5o
xílios que. s~ julg-arem indh•[Jen~aveis ; e man- 1w vct·ba de l :680.)001}.
tenllo·se a verba de ij:OOO,), 4]Ue se 1\espendem Instituto dos surdos-mudos.,· Reduz·se a
com aluguel de cas.~s r'~u·a .~lguns seminarios, 'i:6ü5;) a de~peza com a\iment:ieão de 30 alum-
faz- se a reducçfio ue ü: 000600ó. nos. dev~nllo ser a diaria de 700 rs.; e a
In&truc~io pu/Jlica. A de~per.a de 4:000~ com 1: :!77;5ü00 a 1le lllimentação de repetidores. rou·
acquisiçào e encadernação dr> linos para a'biblio- peiro e agente, com a mesma dinria. Reduz-se
tbua c assignatura de re~·istas c jornnes scieu- a 4:0005 a de~peza de. roupa pai'a 30 alumnos;
tlflcos no. faculdade de direito do Recife !leve ser a l:oOOjj n de papel, vennas, livros, etc. ; 11
Jgualada li da faculdade de S. Paulo, c .Jlor con- 2:0006 a de m~teria pr1ma para os omcinus; a
seguinte reduzida n ~:000 ..~. A consignação 500~ fi de llequisiçfío e concerto de mas:eis; e a
pnra impressões d iYersas, papel, livros e outros <!DOS a de cxtnordinarias. ··Reducçào do. ~erba
objectos de expediente na faculd:1de de s. PDltlo 3:9596&00, .
deve ser reduzid:J a 1.100;~, lgtMianllo.se :i da Asylo dos 71mtinos dt•svalidos. Entende a
tacui<tade do Redfe; re,Juz·se a LOOO~ a con - comrui~são ·que se deve reduEir 11 tl: ~OO(J I)S _
signnç~o para de~pezàs dirersa> e eveutuues em veuclmrmtos do director, cquipar·ando·sll aos
cada uma das faculdades. A reducção na verba dos dircctores dos meninos cégo.S P dos surdos•
é d,e 6.:~00~000. · · · mudos ; e que póde ser supprimido o lugar de
Fac1ddade de me(licl11a, R~duz-se a 20:000l! a ulmoxarife .. Parece tambe111 a eommissiio gue
despeza COlll augmento elos p-;1hinete~ e lnbo•·a- se nflo deve ilugmentar o numero de osylados.
torios e e'"entúae~; 3 o~,:ooo.5 :t de ucquisiçno e en· A consigna1:ào pnr'alnvagem do roupa, vestua•
cndernnção de livros, assigon:,lura de jornaes rio e cal\·ado pôde ser reduzídn a -1:0008 ; e a
e revis1as; a l :2003 a consignnÇ~o para papel, t:uOO~ a do inumiuação, acquisição de llvros,-.
peonas, impressões, etc.; e a 6:a70S fi com to pnpel, m:~ppas, etc;; a 500S a de extraordlnarias;
serventes, na faculdade de m·edicina do Rio de c supprimidn a de con~ervacão de predio. Re-
Janeiro. Na r~culd~de, da· Bnl!ia redil~·se a d tlC~!lio na verba de 7: iOO~QOD •
600~ a consignação pnra despeza3 div~rsns e ex- AJ"cliivo J>«blico. Suprrime-se a consignação
trnordinnrias. A reducçlío ·nesta verba é de de :!:OOO~j'para um chronista, devendo as res-
!9:199§000. pediVlls runc~Õl's ser preenchidas pelo director.
Eaoola polytéclmica. Póde ser reduzida a e pensa a cõmmi~stio que se deve supprimlr
10:~00~ a consig-nnção p~ra ~cqni~iç5íl de li\•ros um .Iu~ar 4le olllci~l, logo que vague. Abate-se
e mstrumcnlos, e n ~:{100·\ a de tlcsp~r.os ex- nu ''eron 2:0005000.
lraordinarlas e eventuae~,n abalendo·se nesta Obsett:atoi·io astl'ono111ico. A verba consl·
verba i8:000SOOO. · · gnnd3 Ha ~roposl:~ du go,·erno é de 30:080#, 011
In5tituto cormn~l'ciul. Supprime·sc uni ~er· qu:11,porôm, nõo se comp•·ehende a de~pez11 com
-vente, reduzindo-se :~ deSJiez.n n IH'I06; c re· mt~re•·iul, que teru sido feita pelo minl~tcrio do
dur.-se 8 600;) n despeza ue )l~Jlill, p~llll:lS, illU· imperio, depois qne o estabelecimento passou do
minaçiio, ele, Rcduc~íio nn ym·bn de 1.:080*000. miutst~rio da _guerra pnra .elle.; o que multo
Inatrucpào primaria. e sec~tndari!t (lÔ nn~t&ici­ convém rcgulnrizar.
pio 11tU,ro. Supprime·se a dl'SJieln do 2:~00,5 A I'Olnissiio, eomprchendcudo a lmportnncla e
com um encanei-!~do do mntcriol d~s esco- os .immemos sc•·viços que Pl'eslr•m os eslabe •.
las vublicns. A dcspezn l'O ~ln:.nu·l de ca~a~ leciuwnlos dessa or4lcm, aceitou, com peqUl!DIII
rru!dilic:l~·õcs, o 1nodl!~lo plano upt·e~enlado pelo
para n~ escolos dn tnnnicipin llca l'c(}uzilltl a
130:0005; a !8:000~ a de escola~ pnrticularcs -nn digno dircclor do observntorio. E, enlun•
fórmn do deCI'elo tJe li de Fcl'er•·iro de UióiL a dendo que devo ~e r rcslleiJado o con ll'uto
60:00~!!1 o de expediente das escolu~; e n. I):OÓO~
do mesmo dirllclor com o governo im[lurial,
a de .ltvro~ e oulro~ objeclos , Supprinwm ·se as cujo tempo do d ur:1~ão tem sido Jlrorogndo I!Or
constgM~ocs para e!evaç5o desl·is cst~olas do !.• consentimento tucito dD~ pal'tes, acdtou toda·
~o i.• grilo; ll de:opr.Z3s c1.:traoruinnrias, inclu5ive vin, com-satisfação, o sell louvavel off~recimento
os prcm1o~ gnrnntHlos pelo regulamento de -17 parn red tJT.ir os seus vencimentos n 7: OOOj,
de Fevore1ro de l~ü'l. E crl!n·sc uma cousi- 3pplic~ndo·sc a diffet·ença om IJencficlo do
gna~üo egtJecial p:1ra tnndnn•:"s t\t! ~soolas, de e~l:1beledmenlo. A~si111 propõe n commissiio
líOO~. Eleva-se a .J.O:OU0;5 a ct•nsignaçüo para que a verba seja elevnda u &.8:tiOOIS, dundo-se
repar?s dos ULCJ!SIIros dns C>~ola~, . Jlot' ser in- urn tlcere>cimo de ctkco do 1>:000~, por se le-
suffic•ente. No mtcrnato do lnJ[Jorinl eollegio vur em co;11a u desper.a de mntcriul, que ora .Sil
de Pedro JI r~dnz·SI! :1 oOO,? a cousig-Hnção pnrn r~z.>. nf1o· nunprelwndida na verbo da proposta,
destJezns ~xtJ·nordinarin~. :\ rcdt1c1'ào da verha · JJibliot,•eCrl ptt~lü;u. l'ensa t1 commls~iio aue
é de 8ii:1GO~OOO. .. . pótle sul' rcdu·t.ida o 2:800,$ a consi~n3~·ão poia o.
itupre~s~o dus muwes, e a ü:OOOn a de acquisl•
Aca1tmia dr1s lwllrrs (ides. I·' i ca ~L·ndo dn 1.::io de li\'l'os c as>ignntut·a de pe1·iot.li1:os eHtr3n•
~:090~ u con~ig-n:lt_':lo par:1 Pi't•ruio~ :1o• MlisltiS ~;ruiros, I'SJIUI'~ndo·se IJIIB r.i1·cums1nndns moi!l
IUICIUD<ICS, .. Qilí! 111HÍi< SI' t]i,liUgiiÍI'\1111; ~ i<ll[l• J'l'1''11•'l':1>' [l•'l'lllillum dulUl' lua i~ la!'g"nmente c~lB
prlmo·sc n iln :u''Jlli~t•,'illl <h! olor:'~ nrll~ticn~, ~''1'\'ll'i.>, :11 i:1s de iu~onle:<tnvcl o gt·atulc utilid~dc.
gessos,. ele., tJOLil'ndo 'et' ntli:nla "~~:1 L'OtllJH!a, .h u"~Jlll1.~~ exlruordinarias dovcm sor reduzi-
até que HlC!hor~m ns dreulllst:uwiai< llnanl~!lira~ t1:1s n 1iU0,5. ll:t\'l!lldo nu hil.iliotlwcn publica
do Estadu.. Ah:thHc na YCI'ha H:OOU 1~1)UQ. · um 2," oJlldul o unt guarda, núuldo~, a commis-
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 10:43- Página 5 de 29

Sessão em 1 de Junho d e 1880. 315


são nssign:~ln a convcniencia de serem por cllcs papeis avulsos ; . a ! ;j:0008
preenchidas as vagas que se derem . A reduc. · · n.da impt·css5o· em avulso
ção na verbo é lle i:OR'!tS.JOO. . dos ann:•es ria C:Jmarn on-
ln8títt!to ldslol:icl!.. ·e .'leo.l)rapMcn do Bmzit. tcriOI'US a !8:>7,-a 2:0il0~ -a ·
Parece a commJsNJ.o qtHJ se póde red.llzir n de «lc?SJICZOS uXtt•nordina·
i :OOQ8 a consignn1;fio par~ :~cquisir.ão lia Eu· rias e evcnluae§, e a 500~
ropa de documentos c noticins que intercss••m a .de com fJI'a de li vr os
á historio e geographia do Drazil, nbatcndo·se para a biiJliolheca; sup·
iguul qunntla nn verba. primindo·sc as de mo·
Evtntuae3, Esta verba púde ser de ~O:OOQS, bilia · o :;raliHcação aos
reduzind~·se !0:00~000. :1.5. . i:!m·prcg:lilos.••••...•.•.. 8il3:9i0,5000
Ajudas de custo de vinda.c
Escola 11ormal. A eommissíio, compenett·!lda Yolta dos deputados •• .•• · ~ : OOO,SOOQ
da conveniencia de uma escola· normal, t ujn · t6. (Como n:1 proposl3.)
!alta se tem feito scn.lir no imperfeito dcsen· u. Supprimindo·se :1 despczn
votvimenlo da "ióstrucçiio 11rimaria; c ll!mshle- cCHn' a rei mpressão da le·
rnndo que o dect·eto n. í .68!1 de 6 de Março do gisla ~5.c; de i SOB a H!J7, e
corrente anno saliõf3~ uma neces~idade reconhe· a CJUC I'CSUitat• do não
c ida, Inclue no projccto um pnrographo especial, pl'elJ.n ·c himento das
com 11 verbn de 59:300IS, conformo a tnb~lla vagns de dons dircclores, ,
explicativa · da proposta do governo . e Ires $ l1 b d i r e c t o r e s
Somrn:ulas ns reducções reiUis pela commissão,
d~o o resultado de ~!9:800~~7; llliiS,(leduzindo·
.;~batendo-se metade nn
eonsi:,ruação pt~rti impres- ... .
se l8 : ~i06, . ~ugmenlados ua vcrb:t do obscí·va· . sue~, e decretos publicados
torio nslronomlco, vem • ser de ~Ol: ~a~7 n rlt>ntro do exP.rcicio, rela •·
economia que a com missão julga possivel r~zcr· tot·io do minislerio e ou~
se sobre a proposta do governo; e de 38:!:7aa;%6i tros :•c tos ; rcduaida a
· menos.b. despcam do ministerio do impedo, de 6 :0006 a despezaüe papel,
que no orçamento vigente. ·. pP,llnns, tinta, livros, mo·
E; porionto, a commissiio é de p:trecer !JUe se · veis e out1·as despez~s.
eventuaes; e·a Ires o nu·
adopte a se~ruinte - . mero. de . se nentcs, que
BESO!.UÇÃD dever"iio formi1r uma con-
si:;n:•çiio ~ s p e c i aJ de
A nssembléa geral resolve: i : 6!;i~ii00; c a L~OO/) a
Art. O ministro c seci'et:ll'lo do estado dos dC.S[K'Z:I de fornecimento
· ncgocios do imperío é autorlz:tdo a dcspl\nder, de le:;i~ lação :ís repnrli·
çõe,;. do· mini ~ lcrio ...• ••. .l87 : 0W~OO
noexercielo ile !118!·1882, com os serviços <lesi· lá. Rcduzidu u ·a:0006 a des·
go~dos nos ~P;guhiles pnrngrapbos, a quantlli du
7 .000:788tSS:Ja. · . . ileza cotn os vi1!e-presi·
dl•ntcs e1n exercicio, nos
A saber: ·· · cas()s em que os JH'e!'iden-
.:1.. (r.omo na propostn.) tcs, lcl!ilimamcnte impedi·
i. (ldom., ,. do~. llcnm com uit·cito no
3. ~Idem. . . · orden.1do ; a &0 :000~ n
~. (tdem. de njlldas do custo Jl3l'a
d c~pc?o za,; do primeiro esta·
(l~~·.l
g:'/.lidem. · .
botccimcnto; e u ~6:000~
as de :~jud;~s de cn~to para
8 . Idem. · viag-en>; e a 20:000~ a
9. Idem . · de aequisição de mobrlia,
to. Idem. decoração e conservação
H. Idem. de pnlncios; ......... . .. . !173 :!038o'i33
!i. Gabinete i~perial: sendo {9. Culto publico : Ucdnlida o
600;~ para o expediente do ll/10:000~' n despeza co.m
gabinete in\pedat o do pn rochos, e abn tcniiO·$C
conselho dll e8tado ........ :1 :9001,000 v:OOO~ IH\ de~rlezn do pes·
t3. Cainara dos sen~dot•es: :~ba· sool das .cnlhcdraes, para
·-tendo- ~o 18:0001$ para as · · . u ~ vngns. .... . .... .. ·. -·· . .• 793!000~000
vngos e nusencias de S:O. Seminarios opiscopnr.s :·Sup·
membros dn camara..... 6-\0:MS;)OOO primi1la a lic~pczn com·os
U. Camora dos detlUtados: aba· nuxilit'S que se jtltgm·em
tcndo·su l8:00liS para ns intlispt>ns:wcis.. ........ .. · UO:iti0$00
Ya ~as e :msenci:ts dus 21. F:tCitldatles tlo lli rulto ; I\o·
mcmbros da c:tmara ; o tluzi •ln 3 2:000.5 a despoza
rednr.i ndo· se a í!:OOOS :1 eom ucr1 nisi~:io c cnctt(\er·
consi gnn~·tío pn rn ns dos· II:H:iio ito ltvros para O.
pezM du sccretari11; a llil>liotheca c nssil-:'lWilll'l!
:I_:OOO,S n da impressiio dll du revist.3s.c jornncs 8CjOU•
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:43+ Pág ina 6 de 29

316 Sessão em 1 de Junho de 1880.


titicas ; nn foculdade do Yros, encadernaçi'ie>, ma·
· Uecife, a i:lOO~ a do im· teriaI pn~:1 as aulas,instru·
preôsõoe di versas, papel, . mantos, apJlarclh.os e sua
livros e outros obj~ctos de conset·n~ão, e nugmcnto
expediente, na faculdade -da- bibliotheca e musco·· -
de S. Paulo; e a !:000~, pcdagogico ; ! :õUO~ para
as despezns diversos e e~­ moveis, utensilios t1 re-
traordmarlas em cada p~ros nos existentes ; o
uma das faculdades .....• lm;IW0,$000 ::1:000., para evenmacs,
i2. Faculdades de medicina: re- inclusive salarios a sel'·
duzida aiO: 000~,n dCS(lCZa ventes ................. . 69;3008000
com augmento de gabine· 28. (E, 27 na proposta.) Acode·
tese luborntorios e even· mia das bel las artes : re·
tuaes; a ~:0005,a de ncqui- duzida :i 4: 000~ a consl·
siçiío e encadet•nnçüo de gnaçii~ pnrn premies nos
livros para a bibliotheca c · ~rtistns nacionnes q u e
nssi~nnturn de jornaes e mnis se destinguirem ; e
rev1stas; n :lO o numero de ~upprimida :~ dll acquisi-
serventes com 6:570;5, e li çiio de obras. artisticas,
t.:~oo~. a de papel,pcnn~ gessos e gravuras ...... . 63:9566000
impressües, etc. na facul- i9. (iB da proposta} Instituto
dade do Rio de J:meiro: a dos meninos cégós : (Re·
6006, as despezas diver· duzindo·se a oito o nu·
sn.s e extraordinarias na mero de serventes e a
faculdilde ua Bahia •••.•. 369:0ü0~000 3:360,S a despeza com os
23. Escola polytechnica: redu- mesmos .. ~ ..... , ........ . 60:M)3~000
.zlda a to:ooo~. a despeza 30. (i9 da proposta). 1\edulin·
com acquisição de livros e do·so n 7 :665~ n despeza
instrumentos porn n bi- · com !llimentnção de 30·
bliotlteco. e gobmetes; e.n alumnos,á rnz.ão de 700 rs.
.. :a :000~, as· extraordluurlas dinrios; a t:i77~0 a de
e eventuaes ...•.••••• , •• !!1~:989t)ii00 alimeni&Qão dos repetid!l•
n. (Como na proposta.~ res, roupeiro o agente, Da
IIS.lnslituto commerctol: sup· mesma razão ; a &, : 000~ a
primindo-se a despeza dll roupa para 30 alumnos;
com, u.m servente, e redu· a i :õOO~ a de papel, pen·
.zida a 6U08. a do papel, nas, livros e ooj ectos de
pennas, illuminn~iio, e ensino, etc.; a ~:uoo~ a de
outras •. , .........·....•• mnterin prima para as om-
18. Supprimidn a despeza com einas; a l'iOO~ a de concerto ·
um encarregado do mate- o acctnisiç5o de moveis i o
ri~! das escolas, reduzida 11 a 300~ a do extraordinartas ütl: 7678000
130:0001 a dli aluguel du 31. (30 da proposta.) Asylo dos
caaas; a Ul :000~ n de escolus meninos desvalidos : ne•
particulares contratados, n duzindo-so a 3:2008 os
60;0008 a do ex~ediento vcnciml)ntos do directot•,
das escolas e a 6: 500~ 11 de sondo 2: 6006 de ordenado
livros e outros obj ec tos : e 600~ de gralillcaçilo, sup·
suppl'lmidas n d c s p o z n primtdo olugar de alma·
com a elevação de seis es· xnril'e; nduzida a II,:OOO~
colas do ! .• a 2. • gr~io e ns . n comignn.çi'io pura lava·
~espez.as exlra~rdiuarias, gem do l'oupa, vcstunrio,
mciUSlVC prern!Os ; COU· cal~ildo, etc.; a!:tíOO~a
signando-se tiOO~·parn mu. da iltutninoçiio, ocqut~içiio
tlançalle escolas. e clevan· de livros, papel, mnppas,
. ' do-se a 10:0001$ do repa·a etc., suppnmida a de cun-
rodos utensilios; e, finni- scn•aç;iodo predio .•...• , õ7:77~~üQO
mente,reduzindo-se ntiO!l;5 (31 d~ proposta.) Como na
ns des(JCZDS cx•.rno••dinn • proposll\, . .•.• , ......... .
rias no internt1 \o tlo im • 33. ( 32 da proposta. ) Sendo
perial collegio de Pe.:lro H 92i: 807,;ooo 31.!:8l0~ com o possont, a
1!7. Escola normal : s c u do snbcr: .t 11\reclor 7 :000§,
ti2:000~ llnra o pesso:,t, se· um Pl'lmcJro nslronomo
gnnuo n laboHn :mnexa ü:OO!l~, lllll 2.• diloã:Oli08,
ao decreto n. 7.684 de G unt a.• dito ~:0006, um
do Mar~o tl.c 1.81:!0 ; 1:800' c"lculador 2:t~OOfl , tros
parn!Jnpcl, livros,o!Jjectos {llumnos aslronomos a
pnt·a n secreltlrl~ e illu- l:::l001~, 3:600~ j um COil·
miunçlío; ~l:OOIJ~ J1nl'(lli• .. scrvmlol' do mnterint ... ,.
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 10:43 • Página 7 ae 29

Sessl!:o en\ 1 de Junho de 1880. 317

2;lt.OO~. tre~ ~uardas·ma· · 38. (37 da pt•opostn) Como na


nohras a 960~, 2:88iJJ>;·Um proposta .· - ·
porteiro lltiOt5,um servente 39 . (38 . ()a proposL.,) Como na
0006 ; e l3:1>ti0n COUl ID:t • . proposta .
···· oleriaJ:ú Sllber ,-11Ubliea1;ões, · :·- ·-·--·-· 4,0.· (39 .lfa pJ.·oposla) Como -na . .
co1uprcbendendo texto , pi·oposta.
gmvuras, estampas, map· t..i. (liO da proposta) Como na
pas e diagrammas, 5:0006; r oposta
expP.dienle, pnpel, pennns,
tinta, etc · e lill'lpeza do
f
6.!. (.t. da proposta) Como n:a
propostn ·.
. estabelecimento, 760": ser· ~3. (.\~ da proposta) Como na
viço meridinno e equato· · proposta ·
ria I, pilhas electrie:~s para· "· (lt.:J da proposta) Como no
. marcha dos IIP1HI rei h.o s · · proposta
clectricos 7i0:5: serviço 41i. (U da proposta) Como no
dos appnrel hós chrono· · proposta
grD[Ibi eos a801>: pnpcis es• . &6. Eventunes !0:000~000
peciaes e outrns despcZliS Supprima;se o § 4,ü da proposl4.
com o rep;istramento me·
teorolottiéo 3808; produ· Sala das commi~sõe~. L• do Junho do !880.-
elos clumicos pt•rn o em· Lib.-·,·nto na,..-o,o.-Ce•ar Za~~~<~ . -·AraiJãO Bulcão
prego d11 pholograpbia o. -Prado Pimt11tel-Fabio Rcii.-Ândl:ad8 Pinto.
d11 eHpectros·cupla 0006 : -More~ra da Barroa .
mercurio para nmalgnmnr
as pilhas e para ns obserA PROPOSTA
vações do nadir e do zenith
200~ : registros impressos Art. 2.• O ministro o secretnrlo de Estado
especines parn o serviço dos nogocios do I~perio é_ autoriudo a dcspen·
astronomico, meteorolo· der cum os ·servtço.s designados nos ·segutnles
gico, radiometrio, e or~· parngrnpbos a quantia do..... 8 .00i:ll~8900
nomelria 7208 : sellos
para correspondQncin in· A saber;
temaelonal, telegr::~mmns . L Dulação de Sua Magestadà
600h: conservação do ma· - o imperador . .-...... ... 800 :000~
1ertal, prateidura dos es· i . Dotação de Sua .Magostade
pelho& telescopicos, plntu· a·Imperatriz .• ..• ; ••. . • 96:0QOtSOOO
r a dns cober.tas c expe • 3. Dot~~io da príneezn impe·
rieneias.lndispensnveis•.• rial a Sra. D. Izubel. .•. · t50:0008000
11!:0008: .consumo de gaz &,, Alimentos do príncipe do
t:õ608 : nsslgnnturà de Grão Porá o Sr. D. Pe·
jornaes e revistas sei en Ii· dro .....•.. , ; . . . .. • ; .. 8:0004000
llcas parA a billliolheco, ti. Alimentos . do prineipe o
coniprn de livros e enca· . Sr. D. Luiz, Olho de Sua
dernoçfto ••• • ;·•. .• -; ..• •• ~S : I)()OJSOQO
Allez.a a Princeu · lm·
3~. (33 da proposta.) Supprimin· perial... . .. ....... -. . .. 6:000~0
do·se !I :0006000 pnrn um 6. Dotação do S1·. Duque de
chron.istn· devendo ns res· Soxe, viuvo de Suo Al·
pectivils tuocções ser pro· teza ll pdnc~ZB srn. D.
enchldns peJo direclor : Leopoldina ........ ... . 7tl:OOOhOOO
supprimn·sc tamb ~ m um 7. Alimentos do . prineipe o
Jugnr de official, logo que·· Sr. D. Pedro ......... . 6 : 00~00
vagar .... .. .... : ........ . 2l :380C<JOO 8. Alimentos do. pl'incipe D
3/:i. (3&, dn proposta) neduzidn n Sr. D. Augusto .••..••• 6:00on«MJJ
. 'l: 800b00() a despez~ com a 9. Álimentos do príncipe o
· imprc>s&o dus nnuoes; li Sr. D. José : .......... . 6:000#000
ü:ouoaouu a da compra de 1.0. Alimentos do prinoipe o
Sr. D. Luiz . .. •..• ••••. ti:OOO,,OO
livros •J assignutura de pe· U. Mc ~l res da l'a milia impe·
.riodicos estron geh•os ; e· li · .... rtnl. .. . ...... .. .. ... .. u.oQ8000
· üOO"OOO n de dcspezns ex· . G:~bineto imperial. .... . .. ~ : l00,$000
trnordinurins •. : •. •. .•. •• 61:7l8§000 U 13. c.,ma ra dos senadores. . • . 6l>S:G~OO
36. (35 d:- propostll) 1\edu~id::~ u lll. Camara dos deput., dos . . • 896:000,000 .
i-:0001, u despe1.a com ac· lo. Ajtülus de custo de vinda
quish;.üo de documentos B o volta dos deputados ... ü~:2008000
notieius quo inlerc~sem Íl 10. Cvn~al~>o do estado ..... . . ~:0001)0\JO
_his toria . e. geographia do . .. l7 . S•!crel.3rin de estado .. ... . 13:1:WO,OOO
Drusil ... 4 .. ...... . 6:0006000 ts. P1·csideno•ias do provlncltl.
... ... . 300: li:l36000
37. (36 da proposta) . Como nn to. Culto vuullco ...... .... . 890 :000680Q
JH'OllOStn . . 20. Setuinarios _episoopaes ... . .. U~:UOJOOO .
c â"nara dos o epLtados- tm rr-esso em 27101/2015 10:43- Pág ina 8 de 29

318 Sessão em 1 de Junho de 1880.

Fnculd:ules de dit·cito~... 2U l :850~0 jiH'l\' illd :J · doJ. S·. P<Ju·lo o c~n~el,heiro. Baj~.o
ft i;~~t1~~t~1~i~~!~i(~!~~::
·!!t; [iii'IHulo -êônHtlerci-:rt-.-:-. :- --.-
~'tiL;1~o~~~~~/~ ~ ~~:r~~;.f~~i·~~~~~?~-J~ii~~iec.i~·
.!r3[g~ii~z:: ! :·o-s
lr.-360:;\JOO· 1f. ?n·tsil.fF:\m -·t:li!i:l:fr:f dtfJ)"Iltattq·pcla pro··-...,----
l!t>. lnstrucç5o Jlrhn~ria .e .s~· ... vinda de S. Vuulo os ditos senllol'~s; ·
ClliHI,a~·ia do mumci[JIO · · • Acll:•li"tlo·sc na ~:tln ímníediuta õs Srs . depu·
d:~ co~ te. · .. .. ·:.... .. LO~~~~~".:~g& t:iolo< Barão Homem ele ~lello e M:•rtim Frnn·
27. Aca~enJJa rl:ts bell~~· ~rtes. "" ci~c.o Filho, ~no introduzido:; no ~aliio ·com as ·
i8. Inst:lllto dos. m c n l 110 s 6).,• ·' ·li:J,_,·ooo
;. rurm~lhlarh•s · do e:>L)'Io, prestam Jurnll)ento e
cegos .• .. .••. ·· ···,· ·· 1 · 1 ·
\!ll .· lmtituto dos . s 11 ''·do s· omam ussen o.
mudos .... . , ....... ; " Õ9: ií!tl;!\i00 IÚ>SE:R\'A'I'ORIO t>0 PEOM GULHO.
30. ÁSVIO dos meninos d c~Y ~·
iidus ,..... . . ...... ~ .. . o S1· .•Je.-onynlo Jardim ( si9naes
31. Estab(!lecimenlo 1los edu · -Sr. prosid!:lllt), o racto que dou
dt• 111/l'll t:•i<J} :
cv.udos no Parú ....... . 2:001\50110 lu gar :oÓ pt·e,;e. ntc ti.\:! IJULC t_'ÜO .u•erecía n I_IIJpor·
3'1. OIJservatol'in nstronomico. :iO : U.~ t l;;illllll l:tuna 'fllll se lhe tom :~ ltr tb u Hio. Para o llro-
3a. Archivo publico ...... ... . :!3 : ;}~11;511011 li.;;~ional h;~ bitu a d . , ao ex:tme de pheuul!ni uos·
3~ . Bibllolhccn publi e;:~ •••. •. &! : tl00;5:itt0 •la .e,;wcie.tlo(lnelk• flt\ ~J lte se u·a~a. o ncmdente
35. Insliluto bislo1·ico .ll geo~ l\3\'·irlu no rc~e :· vatol'l n c.onstrunlo. lm . pouc.o,
gr;1~hieo br3Zileiro ..•• 7:000,5000 no alto •lo moJTO do Pedregulho, uão tem a tllP.·
36. Imper111l !J.Cndemin de me· no r !! I'<~ V id<tlle e :<Õ deveri:t desperta•· ll nlhmção
dicina .. .............. .. 2; OOO;)Ofl>I t1n t!U"unheil'o pat'3 t!Siud:tl'·lhe as cnttSIIS e
37. Lyt·eu de artes e oficios •• :lo: 114.IO:SOOO p rovei~:. de remedio, (1ue; na minha opiniãa;
as. HY~r.ie ne publ~c~ •• ..•. •• • l.\ :'%~11;50 11U •.tio tlc\'~:mi ir al~u1 da<tuillo. que ja foi pro·.
39. Instu uto v"clltntco ...... . H:uso,:.uoo po~to. · . . . . . .d
~O . Inspec\oria . de ~u1le dos. 1~u li 5o sm, Sr. pt·emleu~e, o que mats cva
. ' vortos . ... ;·........... . sor pre,i dtll,' : $i ·a . fucilida~lu con~ que ·.~ fez de
U. LázMetós .. ... ....... .. . um ;•r;: uetro um c:a , ;ollutro ; st a l eV!~ ndv de
U. Hospit;tl dos l:t7.nros; .•. .• com r(tlc· se ~o :td('mnn hoje aq~illo qne bontem
43 . soccorros Jmblicos e me · linlw lllOJ'I!CJdO :~ ppl aosos . (ill wto fmn.) .
Jboramento do eslndo St·.. pr.·.•idcnte. ·~xnm inei t!l;CI'UpuloSilmente o
· · sanltar io .. .. .... .. ... . re>UrV<IIot'io depois l)Ue se deu o . :~ceidente. e,
f.4. Oitras: . •.. .•. . . •. •. . .• . • l•·ndu rt•cOtlhecido :•s causas •leste, pos~o garnn·
~5. EmprPgados do estati stic:~. til': niio tenho o nwnor l't:!C!lio de que o mal te·
r.6 . Eventunes ............. .. ttlw nulqis enu ~ettuenci:~s altlm duqut!ll&s · q ue
· ~7. Escol:! no.rm3L .. ........ jú >c maui!i.·~l:: r:lnt .. . .
.·o Não foi :1 conscquencm de erro de ome1o,
8r. Costa Azevedo (peht o•·r/(llt) cunm ~c quiz b.zur acreditar, e &i ê a~~hn, que
diz quo roi comsorpreza immeusn qut• lt!n um 111 '0 iljJOUt(;lll. .
niso do ministcrio do imvcrio .rcmellendo m· Ond·· poderia existir esse erro, Sr. president.e 7
forma\'UeS que romrn sn~ldlat l:ts !ll'ln ram:u·a en! Na fôrm a do •·,·sei'V:I lorio .? E' rectangulu, E'
conseQtwnc1:~ do requerimento 1111e su hme ~t••u t~ . ess·• a [o~riiHI geral menle .:e dupl~ d:t em ~nslr!JC ·
su:e approval)âO . ,lbserva •Jilo a r!!spo~t:• nu o r"' çii s rle~tn (~s pct•ie. Na natu~t!Z~· dtt cons tt'U CÇII~ 1
dndo fJdo illodo pelo {jUal fo: ~ n. l'"t·guntu e ((UL' N:t> tlimll n ~u c~ . l.f:~s tllttrnll..ms ? As mur<~ lhas ~no
fol ncelto pela c:.marn. As mlormncões ~~~~·~In­ co u ~ u·ui o lu:; do cscL· IIeutc granito e da melhor
das pela secret:1ria (lo iml•erio.cunm. .~olury~o •lo ~r~111118s~:t · 11•· cimun\n; sun~ di mllnsões siio cal•
r equerimento que . o!Terecen.:.' ('.Oil~l ~ltJJ'a •: n o_d :e e·tilada,; 1nrn rcsislil'em :i pt·c~s~o dns :tguas , ·
cnm:tra e roi tHl iH'OVado em 1;, de ~ta•" de lSdl, :tiuoln n1csmo IJUtl se 11ch~ ssc m tsolut.lns•. O seu
n5o snti s f~tem; ~ llel'l'e itamentc uma !Jurra. pcl'lil .-~ o que I;L'!':olmentc so adopln em construc·
Vem , pois, prolesl:tl', co ulr~ l'S~" ado, IJil •· ~ Õt 'l' tlcsr:t IJ"i"!ct u. ..
eontrarin o que a cnmara •lcddiu. 1~, como ue· Sl'ria no reve:>limeuto do. fundo ? Y:ts este é
seja lomor parte un di ~c u~ ~iio lle a l:,:-u :n a ~ Ve l'b a ~ d o· cvellnn t~. collct•eto, fahr i c~do cuitlndosnmen· ·
or\·:mlP.Dlarbs tiO mini slt~rio do imp_e1:iu nn. oc· to 0 ruid.·ttln•:etu t•ttln 11[J i•licott)o. A e~ pe.s su·rn
cn~!5oupp o rtuoa , faz e_~lt! l•ro l~~lo, 11:10 !l.l <ls_lmll·• dL•,tt• J'I\\'C~IÍIIll'IIIO IÍ lllPStnO SU!Jel'ior ÚliUll~(n
m:us pt·.l o s·cu· retiU enmenlo, emi10 I'J ·.l<l..ll••t• llic ( l tt" u rdiual·i:ntlCllltl "e indicu Jl::lrt~ resorv:1tonos
pertença t: sim (t cuiiHll'tl, P<•J'tiUC . tl ~i ~ a pl~tt:l H· r:on,:truillos m•~ •·ondiç\>t>s (lOrJn•~ ~e traln. .
berdodc ã mesm~ conmra· llc CXII!ll' t:U na•• nn- · · f)ü li llil, JILH' I'Xulllplu, iu•lic:r que m•sles· rosos ·
·nmente >Hiu,;iu> tlaqnillo 1/Uil ,I'C• I IIO~t•n, lic.•n•lo, e~ la ~">'lll' Ssti'r:o n:\o tem necessidade de i1· al t~ m
purê1n, ellu cel'ta de •JUC nu rh:;cns:.;:Jo ha tlc :•s· d c~U ;, .JO e•~ Htinwtrt'IS. no enLro!Lnnto, 110 t·csel'·
skoular o .1110 110 Jlulo tJUal sn 11 111~ . f tll'l:tt' o e" : v:.:orio .:c . I'L•dro 111 esta .••spes:;ura é em mcdin.
DhllcilllllfltO dil VJ'I'clatle. J'l'lôiliv:tlllllll l'.\ :1 ;.:n~lM tl•1 ;,o t'l'lltinlclrns .
qna 511 fll1.~1i' no o iJ ~• ·•·va ltJrin astronom i•:" <) ~~ U<J o l;·rr••n o solll't! rplll se nch:t con~lruido ~ ·
uiio p<Jdcm sor aiJilrovados pl.llo CUI'IJ•• le g •~l :tltw. r.r•.set·v:• lut·i•• ti pnft!Jl!lt m •nl~ consislenlc; e ~ ~
PRIM81l\A l'AI\T E DA 01\0l~M IJO DIA. u:,,, l ""~ n e "" l.n e· mo·gr;óo a~ (Jro p ri l' d ~dus phy ··
si•·:.> tl:t J'tH'-h n, a~ ' ali:<fuz 1h:n1ro do conve·
. Posto~ votos u ll~rncct· fi .. Il~o de -1~0 nwn· uieli tc~ lim ik~, \t:tra uur u::; de tul nnl 11 J't!7.~ . E'
.·.dando <JUe sejam ro~.-onlteeid~>:; dejJUll!do~ · vola. ·•JUMi itupl)l'!lleavol, _c suu C()Ulprc~sli.Hll dnd!'
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 10:43 • Página 9 ae 29

· Sessão em I_ de Junho de 1880, 319


==~==~=====
. npen~ssensivel.porquanto, P.X(l<'l'imcnbcb ~obro
uma c:trg~_ •iU3lO vezes maio!' clu <Jllt· '"l'••·l !n a
l ==================
O Sn. !Eno:n-i"io JÁnun• : -• •·~ ·.e houve quem
d i ag noslieasso ~ <jue vq liell:c ob r~ n:io pnolf.ria_re·
_que deve 1'eslsti 1·, allinJ.:iu ~ Ó intlH IC 11 0,"'00L ~is lir' m u i ln~ •li:os em CQJl s r~q n~< n(:ia •16 alguma·a
--o ~n:-Vrn~ATO ·n-~IEuF.mos-:·=· Di! 11ue 11r0~.- Ci·n_~,~~-i H ~i llr~··õe; !Jll~ ?I•Pn:~·er:~-11_1; ·entrctn;rto·;
0 1c. ~r\'.otono do i\l. 'IIÇI? ,unlln In se cons<-rva
fund1dade sao os alicerces das pared~s?
. . · de 1•c, tendo 1'rest;~d11 Ja ·durante tres aunos
O Sn. hnoNY:ItO JAnou1 :--Em geral cêrcadc grandes c importuntes serviços n esta ci•
• um mc&ro. · · dudo. · · · ·
.OSn·. VrRJATODEMmEmos :-Aitimdos i.iOcen· O Sn. V!lliATO DE b(EDBIBOS: :.,..E sempre
tililetros abaixo do fundo 1 cheio' · ·
· O Sn. Jenom'!lo JAnnm:-Sim, senhor. O Sn: JEnoiinlo IAnom : - Com c:irga de seis
· O Sn. VzmATO nE l\IEnEmos:-Portanto, o total nwtros, lnaior tliiCa do _Pedregulho.
se.;á ?. .. · Di zo111, Sr. presidente, ·que d u~ prezei os con·
~~ lltn~ de um· celebre engenh eiro ln~lez que,
O Sn. JliRONniO JAnonr:-l\[nis ·de !metro. co nml1ado sobr·e o proj~cto , condemnou·o ; .o
O Sn. VJnlATO-D" MeoEIROS:-!\Iuito bc•m. · qne é cc•·t••, J.oOré·m. é qne nem d~sse engenheiro,
nf•m de nenhum outro, lenho idéu de ter rece,
O Sa. JERoNrMO JAnom :_ -•Nào,houvo, [JOi ~, u m bi,lo p~ re (;e l'e s ;r esse l't?~ pl!ito. ·· .
erro de oficio, e<> acciáeute de c1ue SI! ll':tlá foi E' vcrdnde que ·rne foi apresentado um dese·
puramente occasionnl. · nho intl it:f!ludo dous typos.de rcservato•·ios co·
. E, Sr. -pre&idenle, de ~cc.id c ntes desla ordem b"r lo$; th!l le~ con~e r·vo cópia,e posso submellel·a
nenllumu obrn, pur nwi~ bem pt·..ject <~ da c con· ao exame 1le q11cm os '-IUizcr npreciar. . ·
strnida, póde-sc comidenn· Isenta. · Ex amiuoi,os, mas entendi que nõo devia ndo·
O SR. VtlllATO DE MEoE11ws:-Ge1·tnmente . ptal·M, porquu niio eslli_Vam no·coso de ser appli·
C<•tiOS nt•sLC,;IIIÍZ ,
O Sn. J&lloNnlo JAllom:-Eu lcmbrnrei, por · Projectodos para um paiz rrio como a In.ttl~­
exemplo, · o que se. ticu no rc.<crv~torioJ de torra,. niio podiam cHes sati~fn zer os condições
Montsourls, eonsímido · em Pariz · ~Je lo · 111a i~ c.lilillltolot:"ic;:os do nosso,' além de que, subsli·
babil en:.renheiro da França nessa especialidade, tuindo· ~e no projecto n :~lven\)ria d0. 11edra pelo
Mr. Belgrand. · lijolo, o san c. u~ to 8cria muito m:cis elevado.
Quando se ·constrttia es~e rcservatorio, qno Bcjeilei -o, e ainda hoje o r~j e it;Jri:l do me smo
devia receber ns ngtu1s rias fonto-s d<~ . Br(ltnn lw, rnorlo.
a sua cobel'l:) dcs~bou, aeio rJtW prH du<•.<vt•ze~,
e nlli ning1tcm se l ~m brou de. ·dizer qnc lJlll- · Tive insi~ tenci;~ pnr,, modificar os tubos I(Ue ·
gra.nd tinha conunclliolo um. erro de olllcio. de,·iam rormar a ennolisaçiio geral : para diu'·
Belgrntid liroilou-se n mmdar rerar.cr a c.ober· lhes uw is O."'OOi.i de eSjlessura; a difTerençn de
tu.ra como tiliba 's ido antes projectadn. · c.u~t o itn j.oo•·wrh,! em somma SU)Jclior n·....••• .
.Depois disto 1 visi lei nq Ut·lla ubra tnllis de uma 1 , 000 : 000~000. •
ve1 e nella in~pi rt'i·mc par~ l'uz•:r o proj ·elo du 0 S ll. VI !lUTO DE liiEDEli\OS :-Isto ertl O que ·
reservatori!l de que mil occupo. e n im1>r "~~iio ~e queria. · ·
que ai nda hoje consel'VO t1:1o1uellns visi t:os·lÍ .n O Sn. JEIIONYMO l ADOill : - Niio aceitei o eon·
do ·mnis lll'ofumlo re~IIC ito e \'o;ner aç:io p ·la so.:lho, e ntli bojo nilo th·e moth·os de o.rrapen·
memo.ria do en~enhc iro quo conr•cheu nquclle tler· mc . ·
ma~tnillco . projecto e exocuton olJra ti•o monu -
mental. . O Sn. VIRIATO o& UEu&Jaos : - Nem terli.
.Mns,mosmo ncstn côrte,J•Osso !IJlOntnr exemplos. O Su. JEn~~rMo JAnom : - Já o tmaticn de·
O Sn. VmlA'ro DE MEu.~;Juos: - Va [lur ahi q\W monstrou IJUO -rar.ão livera pnra n~slm proceder.
vai mui1n bem. · Coutt•swm hnj o c•sto fácto, mhs ~u IJO~o licença
O Sn. JEnoNnlo JARDI'I :-Niúl ·ha dons annos, 1i rnucnl·n· IHll'a ler um ll'echo ele u111- reJ:~torio,
no reservntorio construido un Quinta Imperial, CJIIC lin • a houl'n d•.l ~vrcs•·nltcr no· ·ftO\'erno em
·eni S. Chl'islovão, um !'aclo-intcir·umentc setne· 18ii, tlandu conta da commi~~iio de que tui
lban\e se deu . · . · incu mhillo pelo mo~ mo governo na Europa ; e
· Em -um IJello . din awnrec.eu o rr.servntorio jJOI' éssc ·trecho se verá que eu não nvnnf.'o uma
1•ro pu~ iç~1.1 q_ uo n5o $eja pct·f<Jilamcntu verda-
fendido de um Jndo ao ou tro. co mpr" mct!-~ndo (lcira . . A' paginn i O des~e rol:clorio, em r efe·
niio só o fund o 09111 0 :1s jJtll'Nles J:Hcrnes. • ·e 1 tt~t: 1 :C ll p~r eco r· d:1do pelo cn~cn heiro ing-lez
. Compareci lmn1odintamenl1' no lugur nu (111:•· Jtl~,; G •· · ·~nr es , creio que do qun trr;~ das eom-
lidadc 'de chefe 1b ~ ubras pu blic:ls. e •l~poi s de r•:•nhi:c ~ · tj ll() nbm;lccom · d'ugUII 11 Cidade· de
ter cx~ mil wd u o nccidnnl" quo ~o :ntrib uia n Loml rll!', IÇ·sc :
impruucntcll c:"tc.waçõ"s fd ta~ 11 :1~ proxitnillaucs
iln IUj.taT, lnnntlei IJU•~ :•s rc ml:•s fo~~· · rnl'l!\lllll:l · • Emt·.. l:tçiio :i qu~~tiio dc espessura (los tubos,
tl~s t•otn exti·cmn cu tdutlo , t~ o rc,et·v:•Lotr·in ni 11da por c~ l) ll lJ>I o, póo l t: ·~e apen:•~ concluir dares·
·hojO fllllCUÍOII:I ~l' OI O HIC tltll' ÍI ICOilVI.HIÍI~ Il l c. • ~~~~~ ~~~ ola•la no t·o~p e~li vo tJU<l>itn, l)UC mio ti sem
m ~o nvo ni. · nt u :c tJX:C g'L'I'IIQ:Io d:c es pessurn, além
Hn pouco mais 1lo Lt·os nniHJS quo. tmr• nt't'nsiilo dt\ ···•'l'lo limilc, i$10 t;, :de m d~ t ·11~ Jlolle~"das
·.de in :lll ~.:-t!l'UI'•'C O I'C>t'I'VIllOrip l'OII~LI'II Í < IIl litll'a ( li. ••n 1~ ). clel!i ar-.~ ntlo mesmo ·cs~e ~nl!mt heiro .·
f!H:ebol' ns :tgll:o$ d" riu ~L •L':• cu, no J:cnl icn lk•·
tnuico, levautuu ·~e uma cdouaoo. .ncsta .chJ.adt•.. ,
e~t :or rc,oiVido• a tl<iO aJoprovnr (lSptlci ll~tções
em quo se a~sign alem cspessu111s superiores a
1
. o sa. VJRIATO D.& ~liromnos: -Como _agora • . ~~~~~~. .
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:43+ Pág ina 10 de 29

320 Sessão em 1 de Junho de 1880.


• Esta clrcumstancia,a insistenda do nossn em- do propria de~cripç:Ío do Cacto alludido que
preilelro pnra nllerar nesta parte ns e~pe~illea- sua construcção ~-de svstema mnho diverso do
ções do contrato, afim de dar aos tubos d~_0,80 do reserl'alorio que foi" construido nesta cidade.
maior espessura do que a adaptada ( 0.0~0 ), 31'· E' o que se poderia l'.hmnar um a~ude, ou um
g-umentando com·_-a forte pi-·essfio, n· quO tinha storaue resei'voir, como "dizem os· inglezes, isto
de ficar sujeito esse encanamento {a pre$siio é, um immenso massiço de terra, cor&ando um•
era ent!o superior n 150 metros), e tnmhem n valle em toda a sua largura para alli accn·
diver~enoiaextr:~o~:diMrin que encontrava n t~l mular as :~guas das chuvas e distribuil-:ts pelas
re&pl'ltO entre .os especificações de ori!l"etn ingleza populações. E~ tas construcções de terra nem
ou rr~ncettl, dadas as mesmas bypotneses, fize- podem tor :1 re~is lencin (/Ue lêm. os reservalo•
rant com que tomasse a resolu~5o de dirigir- me, rios construido~ de alvennrill, nem nestas ha a
sem ptlrda de tempo, a Paris, alho de ali i consul-. re~eiar uccidenle~ comu se deu em WilHams-
tar o parecrlr do •:elebre ~n;:enheiro Bl'igranrl,- burg, ~alro ern c~~os rxcepci<!naes.
sob cuja sábia direccãu tem·se trausrormado Comprehr.nde V. Ex que em uma obr:t destas,
n~stes ultimos tempos o system:t completo do ccnslruida de tct•ra, uma· p~quena infiltração,
abastecimento d'agu:t daquell:~ grande c~ pita!. • pouco a )louco minando o mas~iço, pôde dar lu·
Deveria entr:r.r ~gora na demonstração d 3 s · :.r~r :i quéda de todo elle. Portim os reservalorios
camas que deram lugar 30 accidente de que 80 de jJedrn, e-feito' de :~rgumassa hydraulica, si as
trata. rendo, porém, 0 governo l'e$ulvilfo no· muralhas do perimctt·o tiim a neces~arin resis·
mear uma commissiio para emittir o seu parecer tencin, só em um ca~o podl'lrá dar•se um :teci·
a este respeito, entendo que ni'io devt anlici- dente tão temeroso, qual 'cria o de um escorre·
gamento d11terreno sobre o qna\ se Mhasse con·
par·me a e 118 • struido o rcservntorio segundo um plano incll·
ÁLGUNsSas. DEPUTADOs f- Muito bem I nado, semelhantemente au que :~contecc no .ta·
O Stl. ZutA:- A eommissão foi In para o go· lude dos córte~ n:~s montanhas.-
verno, e V. Ex. falia para a camara e para o Ora, -()Sle focto relizmente niio se observa no
pa.i.z. Entendo que devia expôr essus caus~s. nosso reservatorio.
o SR. b:aoNYXo JARDllil : - 'Mais tarde trata•·el OSR. J.ERON>Mo Soonli: : ....;. V. Ex. dri ·licença
disso.· Jlnrn um nparteHias V. Ex. niio nos diz qual é
o Sn. F.EBlfANDO Osonzo :- E' muito razoavel a e:tusn_ determinante da lendo; só tratn de
0 escrupulo de v. Ex.. provar que niio ha motivo do receio de que
desabe. ,
o Sn. l.BRONl"AIO lAliDIM:-Aguardo trnnquillo osn, I ERON\·Mo JARI>IM : ...... s·a d isse que nõo
esse parecer, -mas declaro desde já que. qual·
quer que seia o resultado, tenho o meu JUizo devia antieipar o juizo da commissão.
formado a tal respeito e niio duvido assumir O Sn. Fli&JTAS CouTJNrto : - Entendo que
11 mais completa respons~bilidnde nõo só do· V. Ex. deveria declarar quaes ns cnusas que
quella. obra, como de todns aquellas que forum -determinaram essa fenda, Independentemente
projectadlls e executadas sob ~ minha direcção. do par~cer que n commissão tenha a dnr ares·
OSR. JERONYMO SoDnÉ:- Não podb deixar de - peito.
o Cazer. O Sn. JEnONYMo SAnDnr:- J':i que V. Ex.
o sn.IBno.Nnto JAnniM:-' Podia. Conhecido provoca· me, devo di.tllr qual é a mlnhaop!nl!o.
esse parecer, voll~rei ao ossumplo, si fôr ne· O Sn. JEnoinMo Soomi:-1\lns o nobre depu·
ee~sarío, e será então occasif•o de nverigunr si tndo tornou-se o uni co responslivel .••
não ho. umn causa qualquer que explique a o sn. JgnoNr».o JARom:-E.nssumo toda 11.
poeira que se tem levant:~do n proposito de responsabilidade. '
uma questão de somenos hnpo~tanma. .
O Sn. J~:noNYMo Soon~: -Logo, V. Ex. niío
Sr. presidente, .terminaria ~qui 0 meu dis· deve importar·se com o parecer d:l commissilo.
curso, si n:io julgasse do meu dever tomar em
consideração alguns dos topicos do discurso O Sn. PBU11o LUIZ (tnini8tro de e&tmn,gei,·ot):
hontem pronuncisdo no senndo )ielo nullr~ -Peço a palnvrn.
senndor pel:~ ,Provincia do Parunti, o Sr. eon- O Sn. JEno!'lnto lABtitM:--- Vo11 desde jô saUs·
selhelro CorreLo. . fazer aos nobres devutados: n lnsi~tcnl'la com
O Sa. VtntA.To DE liiEDEmos : - Discursll ad que exigem n minha O(Jiniiio obriga-me a sahir
terrQrem. do meu proposilo, e vou (JXpeuder o muu juizo .
o Sn. J!lmorn-Mo IAnDtM:-S. Ex., lev•do sem do. ~obre as causas qull deram lugar 110 accldente
resc1·v~ to rio Podro li .
p
duvida pelo zelo do interesse publico; exagerou Essas causn~. Sr. presidente, são puramente
ts racLos e, dando· lhes um~ cõr b:1stoule cnr· oce~1 sionacs. o terreno, conto _eu disse Jó, é
regado. procurou fundnmentnr a sua opinião qunsi impermeavol, e sua compressibil1dade
em e~emplos que foi bnscnt• ~ outra parte. muilo diminuta; mns, por mais diminuLn que
Refertu__ 8. E".· ~ des,stre h~v1do, hn lllguns scjn, uum vez construido o'rescrv~toriu, c, por-
annos, em WtlltMmsbur~. onde um reservn- lblllo. sujdto a enorme prcs~in verticul> devill
torio de ao tJés de ulturn, rom1Jendo·se repenli. 0 terreno obevcccr u essa comprcssitJilidnde.
n~me~te, precipitoll em suns rllinos mais dtl
iilOO vtdas, além de enormes Jlrcjuizos camndos O 811. JEnnNnto Sontui:: -Quo devia ser pro-
o plonta~ues, ediftca~õ~s. etc. Senhores, nnncn H ''lamente lllrlculadn.
a dcscripçiío tlCS$ll resern.tot·io, mas deprehendo .... o Sn.. lllRON\'Mo J.\lmnt : - Estt\ culculndo..
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 10:43- Página t t de 29

Sessão em l de Junho de 1880. 321


O Sn. JRnoNrYo Soonl:: -Si está c:~leulàda, S. Ex., (XIrA julg3J' destas causas; envelheci
houvo defeito no r.alcnlo. nn ·prolissão. .
O Sit. Z,\)H:-E V. Ex, disso ha pouco quli o · O Sn. JEnoNnto Soonf: :-Isto ninguom con· ·
t~rr~11,o Jln_~l).·_ resi~t_i_~!ULRe.s_o_m_uilo.Jlwior •.. . __ Jesta; was.tambem não .qucr--di&er-qu~-o- nobre-~ --
0 Sn. Jt>nriN\'lto JAnotM:.....:oeu isso lugar n uma depUL!J.do tenha raziio. ·
compi·cssibilidndc de 11untro rnillirnc::Lros, sob VozRs:-Ouçnmos o orador.
carga quatro vezes maior quo n do _reservatorio; OSn. Jii:RONYliiO JAnDtY:-Mas,como dlaiD,essn
'O Sn·. ·JsnoNYM·o Sonnfl:-V. Ex. de\·era ter compresslbilidado de~igualdevi~'darlogar tam~
descontado essa corn)Jressibilídade. bem ao abatimento desigual do rundo,porqnanto.
o Sn . JEnONTMo JAnorK :-Tomou ~ se· n pcrfei· Sr. presidente, esse revestimento niio é cal·
tameoLc em consideração. _Pec;o a nttcn~iio do culado ~ro resistir á pressão isolndamenro, vis~
nobre deputado. como DJlOi~ ·se immedi~tamcnio sobre o sólo.
Dahi originou·se umm ligeira solução de
Como dizin, Sr. presidente, tt c:ompressillili· continuidade e cousequente inflllrt~Çiio que,
dade do tc'rr~no é nimiamente fr:nro ; rn:~s, IJOI' descendo oté á base dos olicercos, foi operar um
mais fraca que ella seja, teria o terreno de ceder recalque na parte mais pesada da moralhn do
á corga conslderavel do peso· lla ogua e . dn recinto. .
construcçao . . .
O Sn ..JtnONYMO Soonti.:-Mas, V .EX'. ' physico O Sn. ZA•tA : - Logo a cousn é séria. . .
c engenheiro, r.oruo ó, deveria calculat• com a O Sn. lEnoNnto JAnDI!III:-Niio é sério,porqae.
compresslllllidade do terreno e dar a propor~iie tomados as precauções, isto ú, evitando-se que a
d sã0 · · inDitraçiio continue, a fenda não augmcut.ará,
· a pres. • e o reservatorio se cooserv3rá, Pôr assim dizer.
Vaus:- Ouçamos o orador. etet:namenLc.
· e Sn. Jsl\O!'fYMo JAnnw: .... E' o p'rirneira ver. · o Sn. Jel\or.'\'MO Sot>Rtí : .... Mns v.. Ex. não
quo occupo a tribuna, n5o posso ser perturbado . nos di r. que n inllltroçio voi nt_é á base do ali-
ronstnntemente. cerc~? .
Como di&ia, Sr. presidente, a compressibilid~de 0 Sn. Jsnol'mlo JARt>aH:-É_' exáclamente nor
do terreno é nimiam!lDic ft·aca , ·mos, por mais . d - ,._ ,.
frnen QUO sçjo. ella teria de operar-se, .uma vez tsso que se evem tomar prceauç.,.,s,
construido o resorvnlorio. com o .)leso, n_ão só Est•l é o mcn juizo, Sr. presidente, é .li opiuiiio
• que firmei depois de estudo muito minucioso
das coustruq;?.íes, como da agua. Ot•n, si _esta no tea·a·eno. Garanto q.ue, evitando·~& a coutl·
eompresaibllldade fosse igual em toda 11 vasta ..... · d
superllcle queoccuptlll construcção, comprehen· nullçi'io "" an111 tração c term 1nll o o aterro em
de·so que, operando-se igualmente, não poderia torno da muralha, nenhuma outro providencia ·
t~r dado lugar a semelhante·accidente. sem necessaria parn garantir a seguran04 daobl'l..
Confinunrei ngoro 11 occupar·me com o dls·
O .S a. JsnortntoSoook: ~Isso é oYidento. · curso do nobre senador pelo Paraná. Diz S.Ex.
OSa. h:noNY~o JARDill:-Infelizmonte, porem, (lê) .: . . .
assim não nconteco: o terreno ni1o á perfeita· • Nilo: podo haver duvida que os trabalhos do
monte bomogcneo ; e, uão o sendo. sua com· engenheiro Hawkley foram presentes á reparti·
pressibilidade nüo é igunl por toda n parte . ção. porquanto, alêm de assim. o declonr o em·
o SI\. JsaoMYMO Soon.:: :.;,...v. Ex. dn licença oJ>reiteiro dns obras, o proprlo Sr. inspeetor geral
reconhece em · ~un ultim~ publicnç!ill. •
paro um aparte? .
O Sn. lEnONrltlo JAui:mt :-Deixc·mc seguir o bido lít disse, Sr, presidente, que não tlrihn reee •
meu rncioc.iuio. · nem visto parecer algum do engenheiro ·
Hawksley, nem de qualquer oulro engenheiro;
O Sn . .fBRON\'MO Soont :~v. Ex. 1levoria ter foi·mc pres~ nte um· simples desenho, sem aasi·
calcuiudo que o terreno niio cr01 inte!nuucnte , gnntut'a. Entretanto,. tornei-o em consideraeão1
homogcneo, e em certos lugares Cozer os alicer· cxaminci·o, e, si o rejeitei, !oi porque julg11oa
ces mais fortes .do que em outros. · . _ 9~0 n·ao bavi~ motivo par:~ preCeril·o ao 1•rojeçto
O Sn. IEnom·MoJAnot:u :-E o nobre 'dcputndó Ja em exccuçao .
pó de ganmtlr quo essas providencias niio foram Diz mnis S. E:tt. ( lil ):
tomadas ' . . , A agun que estiava no rcscrvntorio tal esgo.
O Sn •.JsnoNnro So.unti:-Ent!io o roservntorio tada. A uao ser .assim, o quo podérln ter oeon-
!endeu- se por ·obrn o gL'aç.n do Diviuo Espirito tecido? . .
Santo. • Si tivesse contiuuado a ngua no resetvatorio,
o Sn.l.EnON\'IoiO JAnDIM : _,j>eJa mesma rn~õo c eSte cheio, ci 'quo poderi;~ ler acontecido' .
por que cahiram gra11dcs obrns conslruidas pelos -• O Sr. Tci3:eil·c, Jtmiilr :-E nem em metade
pl'imeiros engenheiros do muudo. esteve cheio. _
. O Sn. J..:nr,N\':IIo · Sohui:: ...,... J>or causas puni· · • O SI' , Juw]ucim:-Aponas ·tm,GO, menos de.
mcnto·accldontaes e não nDturne!l. . mel:ttlc:
O Sn. JEI\ON\'Mo Jt.no•~• : -Por cn nsa~ como • O S1·. Tei!J!aim Juuior:-Logo, .esteve qua1à
esta IJUC deu lugm· DO ocehlcnte·do Pedt•cg-nlho. vasio . •· ·· · · ·
t>c~·o o.o nobre deputo do licença pura doclar;u•·lho Sa•. J.ll'osidl)nte, nn imprensa jâ dec!Drei que o
quo me.julgo um pouco mais competente que rcscrvaLorio es teve um dia cheio até á altura
'l\ •uo r.-u.
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 10:43- Página 12 de 29

--
31)<) . Sessão em l !le Junho do 1880 .

superiot• n 3..,1i0. Ainda Umn vez amrmo quo Logo depois do estrago ob;:ervado no resorva•
esse ft~cto é verdadeiro, e. ,·ou dizer r.omo se tol'io, expedi um a\·iso a esse ruuccion:ll'IO·J>Ua
pas..<au. tlirigír·me com Ul'gencia uma exposiçiio miou·
.Eu·linhn recommend3cl!) que uiio se enchesse ci_os~ --~o f.~~'~-~ÇQt!'ill_o __c _~ulls__c_o.nseque_n_cins_,_____ __
-- ---o rcsenator•o;· -por -cmqunn1o; --nlém 'de· t.,~oO-;--e- O St·. 1\Iontt:tro do narros deu·mc por officio
. isto por duas_ razões: a primeira, pol'quc ern um:t comnmntcação succinta do occorrido, di ri ·
uma construcçao recentemente ex.oculadn : o a gindo-rue dtl!lois outro officio que p~ sso al~r, ern
segunda, porque o reacrvatorio não est~'·a éom- quo d:í noticia eircumstancindm ·do] _nconteci-
pletnmonto nc:abndo, laltnndo ainda o aterro que menlo. ·
o deve .circumdar.
Nas, por uma caus:1 puramente nccidcnlal, ' Eserijllorio do cngenboiro chefe . interino
em uma noite o reservatorio encheceu·se. . . das obras do ab:.stecimento d'aguo, 30 de Maio .
digo puramente nceidental, porque não posso de !880.
fazer ninguem responsnvcl JlOr esse facto. _ , 111m . o .Exm. Sr. -.Em meu officio de ~8 do
o. Sn. JEnoNnto Soon.;; : - Qnal ll "maximn ·eort•cnle, parUcipnndo n V. Ex. o accident6
capacidade do rcservatorio? . havido no rescrvntorio de D. J>edro li, no
O Sn. Jr.noxn1o JAI\Dm : - ~0 . 000 mett·os Pedreg-ullto, li mitei-mo 3 expõr o Jacto com ns
cubicos. . · suas ma is. importnntes circtlmstnncias, expli--
0 s11 • JEno11n(o Sonn~: : _ Alturtl'l . cando-o succintnnlente, como me. pnrêce mais
razoavel. · ·
O Sn,' l'Enoxnm hnom : - ii metros. 1 Como entlio disse, o movimento que ~ro-
0 reservatorio reecbio. agua pel:as cascatas, e -duziu JS fendas, parece·me devido a um lhmi-
descarregava par4 os encanamentos ·da cid~de, nuto assentamento da alvenari:~ que romm e>
que estavam sendo lavados. Durante a noite, angulo aind:~ desaterrado o uma pequ.enn exten-
em consequenel:~ de uma ordem mal compre- são (S•Q} de cada uma das murolbas da parte
hendida, o guardà fe~hou o registro de descarga -de Oeste. '
_do encana~ento d:~ ctdade, dando logar :1 que o i Nessa parte-da muralha os alicerces sõomais
. rese~V.!1t0r1o se·enehes~e. E'd~ notna·_que nesta prof~ndos, resultando dnhi maior prcssilo, por
occl8iuo. nen~um ncctde_ntll t1vesse tido logor, unidade de superllcie sobre 0 terreno em que
e que . sv S_9 t1vesse man1fest:~do qnando o re· . •
serva&orio só eontinba :1"',5 de altura d'ngun. assentam. --~ . . .
Isto provo quo o accidente não é devido â •Esse ruovlmento,porém,n!ío l~milou·se n essa
fnlta de· resistencia das muralhas porque si Jlarte ; em virtude da ltgação do systema,esten·
fosse; tlnbn-se dado quando o rescr~ntorio teve deu- se n lodo ll mur~lha da frente, a uma pal'tc
maior curgo. (Apoiado&.) Tambem não deixa dn muralha de Leste,e tambe!ll a. uma parte do
duvida quanto ns explicações que tenho dado 0 f~ndo_e da cobertura, modtllc::mdo-se ll snn
respeito do mesmo acciden tc. _ dtrecçno tambcm pela mesm~ razão.
· . _Não devo nb us:~r da benevolencia da r.nsn. (Não· . •O facto de ser a renda mais larga na muralha
apoiado& . ) Como espero, terei de voltnr a esta de Oésto, c ir·sc estreitando nfé tornar-'~! qu:~si
quesmõ: logo que sej~ conhecido o p:~reeer da imperccptivol no murnllla do lado opposlo, o a
commlssão nomeadn pelo governo... circumstnncin notndn de tet· a fendn do fundo
Voz'Es:-E' o verdadeiro. uma d~s arestas, ju~t:~mente n do Indo dn mu-
0 SR. JEnONnto IAnDm :-ReserVO•mc pnrn . ~al.ha d:l frente~ m~·~ clcvndn QUO a omra. pa-
entiío oxpender outras consldern 9 ue~ ·quo me tece. c~nftr~n1. n tdcn ~uc ~~ço do ruovtmento.
nurecem applicnvels ao cnso ·(Mudo bem ) ha vtdo. tns•.,mDeante t otn~o da mu!alho da
,. · · · frente sobre :\ aresta lntci'IOL' do nhc-erce o
O &r. Pedro Luiz (minitÚo de tltran· sobre a ares In exterior da rcndn produzida na
gcii'O.S e interino da agricultura):- Sr . presidonte1 mur:-tlhn ile Lustc,r ot:~ção do dentro pnra fórn e
telicilo-me por ter vfinul occ.,s•5o de fornecer a decrescendo do nngulo de Ol!ste para a murnlha
enmorn os dndos I! inform8çlíes que, como mi· de f..Cst..:, so_ndo ni)uelln murttlha ncom)>nnhnda
nistro interino dos ncgocios da agricultura, nesse · movimcu to pela!C' duas. partes dos outras
commerclo e olJns publicas, posso mlnist•·nr ·a ·que ncUà se apoiam:· ·
respeito .do accidente havido no Nscrvatorio do , Si nsslm foi , paroce·me que o occidcnte não .
Pedregulho. Começo por agradec.cr. no meu terá outras conscquencias, além das que jd se
amigo e honrado deputado·por minha proviu- m~nifost~rnlll, sendo de esperar que o movi·
cia o ensejo que me olferece pnru dor ns cxpli- nicnto niio contin ue .
onçues, o que tanto nlmcj:..va ; sentindo apenas . 1 Como já disse verbalmente 3 v. Ex., rião são
não ter-me tlcbudo nesta casa no dia em que o d~ grande itnporlt~ncin as obras que me p:irecem
nobre dopntado npresenlou o sou r.::qucrimento, necess:~ri;~s para · remediar ~s consequencias
porquo daria logo ns informações Jlerlidas, em· desse accidente B-. pora impedir 11 sua repro~ .
bora fossem, não compl et~s como a ~ora., mas
como or;~ licito fazel· o nnquclle din. 1-Iojo, dueç5o.
posao informar coni precisão a S. Ex. e â cn. . • Consistem a.s-primcirns em encher perfeita·
mnra do que tom occol'l"ido e do quo tom o ~o- menta os fcnd:•s de tnollo 3 rcstabclecor 3 con·
verno rcito c .deliberado, :icerca do rosorvntorio tinuidudo interrompida. .
do Pedregulho. Devo, 6tn primeiro Jogar, lêr o • AU\cs di s~o; porém, convém construir dous
offieio que dirigiu-me o engcnhoit·o enr.arreg11do solidos contrnfol't!!s nn extremidade da mut·alha
inlerinnmente do scn•iço do :lboslecimcnto dn frente porn pt·cvenir a reproducçüo do mo"
d'~gu~, o ~r. ltfonleiro d.cU<,rro_ s. ... . _ _ .... yi1_nento........ _ . . .. _ ...... .
Câ"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 2710 1/2015 10:43- Pá gina 13 de 29

. Sessão em 1 de Junho de 1880. 323


. .
. • Com ~as obrns, ji .ordenad.1s, cont.o que em dcsair11l-o, que devia nomear urna commissio
breve prazo estar:i o reser~·utorio em estado de ·de .exame. ·
fur,u~ciotinr completamente ·cheio. . . O Si. lrinoNnto IAnom :-Nem eu eonside·rei
- ·- - •j),11..1l~JtnDr.d.e..:I_Y.._E.x•...:lllm__ Exm -Sr .. con-- -a&Sim, - ·· --- .. ·- · -- ·- ---· - --- -'-- ---
sellic•ro P~dro Lui1. Pereira de Souza, ministro ,... p · ·. · . . •.
e secreta no de estado.· 1nterino dos ne"'ocios da , ·.• 8,R· RDno Luu; (tll1~11st1 o de ~stllrn.IJ~II os e
ogr_icullura,, commer,cio e obras publicas.- 111t~rmo da.~ obt:as_ [lulll!cas) :-~om considerou
Lmz Frat~c 1 sco M11ntm·o de Datros • ass1m, bem VCJO , ma, eu. qUIZ amrm~l-o ~m
. .· . . nome do governo que asstm procedeu no m-
Sr . ~residente, o governo. ficnr1o tranc[Udlo o tr1ilo de formar o scn jui~o, dissipar l!lfl'Orcs;
espcrar111 o resnJlnd~ d:.~ medtd~s propostos e e!'l appreh~nsücs .• , · · ·
via de execuçuo, SI nt1o consJdernsse <JUC noo ·· · ·
lhe assisto o direito de dizcr...:.,.t!l não cuidei~ O Sn. ~EttoNnto JJ,nom:-Adredc preparadas.
(llfuitos apoiarlo1.) O governo n:io pódc fazer O Sn . PEDno LUIZ (n~iniJtro de osÚ'anqeit•os e
CODl<! ~queiJO mnu Capitiioa quo se rcr13re O poeta, i ntff'Í'IIO da CI!JI'iCUilUI'a) : -•• , qUe. mrus níio
(AJlOtrldos,) Nfio tem este direito. PeS:I sobre·ene devem pct•turbur o espírito publico. ·
em .todos os tumpos epor lollos .os f:tctos da Ne~las· vistas o governo nomeou uma com-
.adnu.nlstração publica, grimde responsnt.ilid:ul~. mis>5o de engenheiros habilitados, de capaci-
(.~pOiados.j ·A. 1mportmcia d~.s obras do :.baste- dado provada, que immcdintomente trol:ls~e de
c1mento d,agun a capillll do lmpcrio; o eleva· estudar ns condi~õe> do reservatorio de Pedro 11,
dissimo pl'eço a que monta n obra... c em seguida os oulros reservatorios e lo.Jas as
o Sn. bnoNn!O 'JAnnm:-Nüo tanto como tP.m obras ·que entendem com o ·srstema do serviço
dito a Imprensa de nguos. . .
, • ·. . Estou certo tlc que os encarregados deste ser·
O Sn. Fn:ttTAS f.otTINilO: - Est:i esgotod;1 a ~iço, :~lé hoje por parte do governo, tendo á sun
verba de .l9.000 contos 'f · frente o meu noure collcga pela provincia de
O·Sn. IRnOl'l-niO · soonf:: _Em quanto monta· Goynz; niio colherão senão lonyo~es, ·â visla dó
n despeta 'f. · . r~sultndo do parec01' da ~omm1ssno; ao mesmo .
.· . . . · · tempo ficaremos tr~nqn~llos c teremos segura
. oSn. lli\ONT:.&O hnom : - Eis o calculo om- b3se· para bem julgar. dos futuros trabalhos.
c1~l. ( Hntt•e!Jando o docummto ao Sr. Je,.onymo A conunissiío, senhores, compõe-se de cinco
Sodt·ú.) · engenheiros. O seu relator é o Sr. Robet•ts. ·.. ·
O Sn. lEnoNruo Soomi : -Basto n suapala· O Sn. OLEGARJo :-Uma verdadeira 11lustra-
vrn. ção nn sua classe. ·
. O Sn. P.11:ono Luu (nlinillro de ellmngtiJ'os e. O Sn. Psouo LIHz (minist•·o dir i:!lraii!Jtiros e
mterino· da a 7t•icullw•aJ : - •.. a importancia mterino da à_qricul!ura):- ••. qne é muito co·
destas obras, que entendem direclmnente. com 0 nhecido no pniz pelos seus trabalhos no .i'lo de
. vida e o s:~ude da popu\açllo desta cidade, e qne S. Francisco .. · ·
nffeetam gravemente o the:!ouro naciona l, el.i- · U•• Stt-. t>EJ.>I11'A OO:- E na estrada · do ferro
gium do governo serias p1·ovidonci:~s (tnuito• D. Pedro U. ·
apoiado~), os nuaes eram tombem rcelnmados
por· opprclleos'!íes quo coméçotnm o lnvrna· no 0 sn.· ptono
· L ( · ·1 d t ·
UJZ muatl ro e eJ rallgm·o~ ~
esplrito da populaç;io.· A Imaginação popnl:'r interi11o da a,q ricultura): - •.. ornamento o
· neste; co.sos sem pro exagera 0 vê os fllctos em. gloria da engenho. ria moderna, Os outros-mem·
uros são : o Sr. l\ebouç11s, o Sr. Révy, que
.prestnndo: Ihes mn IOI' gravid11<Ie sotnllre do quo estava em trabalhos do açudl!~ n.o Cem·á, enge-
reolmente líltn... ·· nheiro muilodistincto o de grande nomeada; o
Uu Sn. DEPl.l'rAoo : - Aló certo 11onto . tmn Sr. Borja Castro e o S1'. }~wbank da Camera,
rnziío. · . que foi nomeado pJrn substituir o S1· • .Bulhões;
O Sn. PEDRO Luiz (minist1·o de e&tranuriro1 que niio nceilâra o encugo ··
e illtrrino da a 1p·icultw·a}:- A populnçiio do. Esla com missão recebeu hontem os instruc-
eapH(II tem o dírcito d~ n~calisal' 0 5 ~1·viço que ções do gove1•no, in8t1 ucções q11o eu não leio
·lhe oonccrne (apoiadoj}, de sujeit..1l·o (1s suas a~ora !>vt•qac foram pu!)liClldas no Dia1·io O/fi· .
obsorvnçOOs, í suo. erilic~, o isto ú oxocwmente c1al do hoje. · ·
o que nrmn o espirito de uma sociedndo bem A eommissão dirigitFso .immedialamente no
educadn. (Apoiados.) . rcservntol'io do Pedi•egulho, ojulgoque por estes
dons dias poderei apresont.,r no pat•lamento o .
(Ha mn dJÚII'te.) . seu parecer qu.:~ntono que demandam os estragos
Amalevotenels combnle-se (ti!JOiados}, c ú assim desse reservatorio .
que 80 desenvolve e rortnlcco n opinitio (apoiado$) Qunnto as outras obras, . lerei 3 satisfaçüo de
quB ,ió.mois póde em assnmptos têmcllumtes n)Jrcsen t~l' tambem. o relatorio ou.relatorlos que
consentir em myr,torios c viver nas trev~s. n mesma vai prejmrnr com n iJOssivcl brevldníle.
(Apoiados .) . . . · Dovo inrormar ninda á cam~rn de uma cir·
·rodns esl:ts circunis~:litc ias po~oat·nm no espi· cumsLnncia: quon.Jo ostive por mnis uo umn vez:
l' ilO do governo de-modo !!UC, r-.zendo alit\s o 110 I'CSCI'Vato rio do Pe!lregulho, o SI'. r.lonteil·o
melhor juizo do digno inspoc lor dns obras pu· de llarros, •1ue lOil' dado provas de zelo o diJi:
blieas (apoiado$), rcnuendo á sua cnpncidaue, no gctici ;~; dissc•me que eslava prcpnrando o onca·
.seu t:lleulo e ao~ se\r~ scrdços; n nu1ioa· con~i- . n~menlo provisorio nllm tlc supprit• a ç.id;ulo
dot·:~ção (riJI1liMCJs), cn\undou :;um a inlen~,iio do jud~tlOU\Ictllo \lo r~:·•·rvalorlc•, \l que ~c tlnlta ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:43+ Pág ina 14 de 29

324 Sessão em 1 de Junho de 1880.


entendido:~ e;se respeito com o digno insJJCctor O Sn. Pat~~JDEN'I'E decbrn que pnrn esse effcito
cfl'ectivo das obl'lls publicas. niTo póclc conceder ~o nobre deputado a palal'r!l
O Sn; 1Eno11nro hnnm:- E>se enconnmcnlo pela o!'dom
já estna leito; tratnva·se apenas da liguçiio. .. Q Sr•. To.vare• DeU'Ort (pela orde111): ·
O Sn. · l'ilDtio Luiz (miiiist1•o · rle (),trall.7eil·os ~ C•·cio, Sr. prcsidóntc,· que .v~ E": não resolveu··
interino da. a_qricrrlturu) : -Bem, que se pro- de tima manci1·a claro, como se faz preciso, a
cedia :10 trabalho do ligação ... duvidn; ai iâ~ bem levantada pelo nobre depn-
O Sa. J&noNnto JAnot~r:-E' uma modidn ele t:.~do pur Pemumlmco.
cautela. Segnndu os estylos dn cas11, por occ;~sião da
discussão dns propostas do governo ptide·se trn-·
O Sn~ P&llno Lutz (ministr" .de estJ"angci!w e Lar, quando se nprecin o nrt. f", quer de poli·
inttrillo da agricultum) :-'-Mas l10je rccom- ticn em gernl, quer englobadamente dos dispo .
.mendei que o cncnrregndo das obras fizesse sições do projecto.
quanto antes o encanamento provisorio em me- Desejo saber ~i u'entre os membro• da com·
lbores condições l' com tubos de m:dor cnpaci· missão cspcci~l que deu pnrecer sobre o pro-
dade. O actulil entanamento provisorio nuo tem jecto, qne vai agom cntr;~r .. em discus~i:o, os
a eapacidade precisa p~ra supprir a agua ne· qne se as5ignaram com rcstricçõcs podem n~
ceuoria â cidade em quanto so r.Cinccrta o rll· diseuss1io do :1r1. t." dnr os motivos 11" sua di·
servatoriu. E~tas ollras talvez demandem bas· vergeucia, molh•os que se podem referir a varios
tante tempo, não convém· (Je rit>nhum modo artigos do projecto; ou si ~iio obrigados, visto
encher-se o rcserY'~lol'io sem quo estejamos nn 2.• discn~slio só se apreciar aHigo' por
perreitumcntc convencidos de que clle uffcrece artigo. a dar a proposito de cada ar~igo as raiues
todas as garanli:.s de solidez: ~-de regul:.ridade das restt·ic~ües, CJUC th·e.rem.
pnn o serviço. Entendo; pois, que cote nbastiJ· • d
cimento d':tg 11 ~ provisono deve ser feito de O Sn.- PnESIDE:-\TE: - QU3D o ·se discute o
modo ~atlsroctorlo, e neste sentido ara!Jo llc ex- art ..1.• de ~propo8ta do gov.erno podem. fnzer·so
pedir os ordens necessari:u;. (Apoiados, muito cons1deraçoes geraes. (Apo1ados. J .
bttn.) · · O Sn. 1'AYARe'3 BELFonr :-Logo, os membros
Ela, senhores, 'o que me· cabe inrormnr nes\e divergentes da commissão esJlecinl podem dar
assumpto, como membro do governo, á canwro. nessa uccusiiío todas :ts expliea~·iíes relati\TllS âs
S~ 11lguma outr:lfnformaeão fõr pr!leisa, ncn- restri'cçues com que assignnram o parecer?
d1rcl de novo n~ nppello d~ meu ~m•go o nob1·e
depulado pelo R1o de lane1ro, que apresentou o
o sn. PnESlD&XTE:-Sim senhor.
· ' •
reguerimento, ou no de qualqller nobre de [lU· O Sn. TAvAn~s DELFon'!' :-Neste coso, poço n
t3do subindo com muito prazer it tribuna. pal~\'ra a ~avor 112 proJcclo, pnrn ap':Cse~~:tar
(M••llo btm, muito beml ) enlao as umcns l'nzoes, pelns quues IISSt~nel o
parecer do commisslio especial com restrteções.
O IJr. l<'relto.:!l Coutinho (pel11 o1··
rlem) requer urgencin 110r de1 minutos parn O 8r. Je-:ou!'mo 8odl"é (pel" or-
usor. da JtDlavrn relativ~m.cntc no nccidentc do dem).:-Sr. prestdento, eu des~jo rtue V. Ex.
resorvalorlo do Podl'cgulho. me mforme .s1 entra etn diseussao u projeeto}e
rerorma clelloral com o parecer da .commissno,
O 8r. Mortlnllo Campo• (pela OJ"· ou si é sómentc o nrt. f.• que se discute. E
dtm) requer que, caso sejn8pprovada a nrgen.~ ainda mnis, si, . dntlo ti discussão, é licito pelo
ela pedllfa pelo Sr. Freitas Coutinho, continue· regimento a qu~lque1· depulado occup~r·so, nilo
so n discussito do respectivo nssumplo em ~es· só do art. t.o, como uinda do projecto em geral.
siio nocturnn. (Trocam·&~ aJ.IJtms apartes.) ·
Consultada a camara, é r~jeitmlo o requeri- ·
lllento do Sr. Freitas Coutinho, 1\c::mdo, portnnto, Eu desejo saber a delibernçflo -da mesa, pan
pl·eludicada a emenda. do Sr. Martinho C:mlpos. poder guiar-me no que devo razor como mem•
~ bro da camnrn. .
Tondo de pass3r·se d segunda p:~rte da ordem
do dia, por eslar dada n hora da primeira, o Sr. O Sn. Pm:smE1\TE:-Isso é materin de~idida.
Sergio de Castro faz pela ·ordem algumas ollscr· Nos projectos que aão o resultado de propostas
vu.ções, notando que niío )Jôtlo flcnr prejudh:3dn do go\'erno, c em g~•·ni nos vrojecto! que têm
n urgencia que a cam:~ra lhe concedera. só duns discus..~õe~, quondo so discute o. primeiro
artigo podem rnzer-sa cnnsitler:lções gernes sobre
O Sn . .,nlls!DilNTB declnrn quo n mesma ur· todo~ os pontos do projccto. Isto .li o que eu j:i.
genci~ continlin na o1·dem do dia de amanhli, declnl·ei 110r mais •lo UHia vez. (Apoiaclos .) .
O Sn. S&aGIO DI> CAsTno declara ficar satis-
reilo. o Sr, ltJua.clo MarUue (JJelct o1·dtm):
-Peço liceuçu paru lmnb1·~r a V. Ex. o pedido
([ll() hontcm lhe dirigi. Vendo rJU6 ncsln dls-
SEGUNDA PARTE DA OROIDII DO DlA cu~sl'io s~rbm muitos os oradorc8 inscriJJtos, eu
Entra em SI.• disrnss'ile o 11rt. L• ela pl'opostn pedi a. V. Ex. por:• inscrc1·er tamhelll o meu
do governo rerormando ó systcmo. eleitoral. humilde nome, porque <l•!Sejava mnnifestnr-mo
nest:t tli~cu~s5o; tuu5 V. Ex.. abriu o debato do
O Sr.doaqulm Nobueopcdc n pala· jlrimdt·o nrtigo, eu cntiio rc}mti o meu pedido,
vra pllla ordem allm dedeclnrnr qLlncs O! pontos dirigindo-me ao nobro secretario; mos, npezor
em que nsslgnou o parecer com rostricção. de tudo, o meu uomo. roi completamente esque-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:43+ Pág ina 15 de 29

Sessão em 1_ áe Junho da 18SO. 325


cid_o. Oro, eu dechro a V. Ex. que o men IIm. Ach~n(lo·mc em presença de nm gabinete novo,
pedindo n palavra, niio _· er11 encher numero. em p1·esença d•.~mn gabinete, composto, posso
Agora dispenso a palaVI'n; m:1s pe~·n :1 Y. E~. dizc:l·o. de ~migo~ llll•ns, cUIIlllrll·!ne, com-a:
que lenho. nl:;rumu altenção com este humilde lcaltl~de quo lhe~ devo, nãodh·údcflnir, porque
orador nn ui~cussiio de outro rtuolquer ar· ror demais conhecido n~o neces~ito di~lo, mos
tigo; ·-. - - · rutHict•r perante elles, nesta nova situação, e
· nesta occasião solemne, a minha posição, n
O Sn. PRESIDENTE: -O Pl'ojecto tem vinto c minha co11hecida poli\ica, as minhas não cqui·
tantos ortigos, e Jlortnnto o nobra dc1Jntado tem voc:~s id.ias. . ·
muita occasião de fallar. - Aos amigos que compoemo.~ctual ministerio;
O Sn. Imuc10 M.AnTtNs: - 0 metl fim não era ~lglins dos quaes, acredito com bons fnndnmen·
encher numero: tos, meus intimo~; amigos que me Ca~em jus·
tiça e rJUe não e:(igem, niio podem nem devem
O Sn. GAtDt~o nAs NE\'Es : - Nin:;uem se exigir saerilicio. de crenças, que ~e tr::ldu~ em
ins_creycu para cnellcr numero. s~c1·iticio de dignidade, (\evo '''da a f1':1nqueza
O Sn. ]GNACIO !I[Ali._.INS : - Bu limito· me a e.a m:~l~ sincera exprc~~iío de men pensnmento.
rcpetiromcuper:litloaV. Ex. ' Elll .. politieo, Sr. Jll'~~idLmte, ocaminl!over·
d:~tlciro c llrmc a segnir, o que a nobreza de
O Sn. Pn!lsJDENTE: -O nóbre deputado será curctcr impõe_, e nunco -!icenci~r a cubll~a por
soLisfeilo. · h1pulsHs do cornt:tio, ou convenieueios dB mo-
' m~~nto. (Muitos apoiados.) _ .
O Sr. Pomr•eu ( 1 .• sec,·etario):- Devo A~~im, pois, Sr. prcsidP.ntc, confirmo noJe
dar uma explicação no nobre deputado. Quaudo quanto tcnlw dito n~sta tl'ibona. . .•
o Sr. pr('.sldent~ (lOZ em discns,;iio o art. L" do - Quando, na iiC$SUO p3 ssada, tome 1 parte no·
projeelo pediram a p;1lt1vr.1 1uuit' 's St·s. ·clcputn· delmte da celcure e mnllogr11 da constituinte con·
üos; eu in~crevi os fJUe mt•, lciTlbrat·ãm ' c ~tiluida para decretação da eleição direcla, cu
portanto a falta com ·o nubrG Jeputauo foi invo· disse, nes_ te mesmo Jogar:
luntnr_ia. · .
·. • CUtUill'e qu~ cada um d~ nós exprima as
O Sn. PnESlllllNU: ~ Est~ em discus~~o o suns opiniões com u maior rrunqoeza; M 1·eser·
art. i." Tem n p~laV1'8 o Sr. Saldanha 1\Iarillho. v:~s cru muteri:~ tão ponderosa niio podem ser
Occupa a endelra da presidencia o Sr :1..•-vice· adtnittid;,s, seriío de maxima inconve11ient<la, •
presidente Frederico de Almeida. - pg1·qnanto se traduzem em desl~aldiid~. , ..
• A nenhum repre.~Ontante da naçao e he1to
O 8._.. Saldanha Mnrlullo :-Tomó occultar o seu pen.:!llmento, tl'anslgk com suas
11_ palavra 0111e~ de outrns nest•~ intt•ressanLe de· opmití~s, ou encobrir as sua~ crenças po\llicas,
bnte, aceilundo ti>sim. n nimiu . lJondade com qna qu•1ndo se trata de matcrin de tanto alcance
V. Ex. se dignou inscreve-: o meu nome em como c~ta.
primeiro IUgPr, o ttuo muito ~gradeço. · , o al!solutista, o rnonarcbisla puro ou mixto,
Membro dn commiss~o. á qu~l roisnjeitn a 0 republicano, po:lem nesta contenda diwr com
propos\:1 d~ po~er cx.eclltil·o, q\lC ~oni~IIl o Jll'~· rmnquetu o rJtW pens::ím,fnllnr ao pniz ~ lingua·
jccto da !01 ele1tor~J, que oru-c d•scutllln, ll~St· "t'lll dot vorLiauc ~'()1110 el!e.,; a entenderem; todas
gnei com reslric~ues o rc~peclivu parecet·. ;s nSJlir;lções tl!ut direito a sot• considerudtl~, to-
Ern _meu dever \;ir, se111 JJerdn lle tempo, li -tlns ú t•tuli~~ües du f~ aJ•rcoinda~, todu8o.s id~ns
tribuno, jusUllcnl', perante esta uugust11 camnt•u, servill:•s wm a maior isenção de espirito. Con·
o meu procGdimcnto, d~ndo M n•zües da miuhn llando · ni~~o. ll tribullmdo ~ camnru o mais
discordsneí'• tio uobro maioJ•ia do~s:• comn1i~eiío, tH·orundo resJleito, npreseu~o-me t:1l qual sou.
o assim deflnil• os Jlonlos em quo úão posso , sustentarei, pois, as minhns idéns puramente
ncoitnr o P~'<•J~eto como clle se udrn. Llemocrnticas, idt!ns tJ.UC eu pl'orc~so int.imn~e
E' o ~ue vou J'nzor, o rogo aos meus illuslres sineeramente couvenctdo. e do llUJn re:~\u:rçao
collcgas que me ntteudom. depende a s~lvoç<io do pal~ .•.
A üiscussão que ora se nbro,.SI'. presidente, Contll·mo qna!rto enlbo dis~e; C!JI_lfirmo qunn~o
é de um grande 8lcnnce politico rara o pniz • eX(HtZ, subl'e muthas crenças uohlleas, na sc_s~ao
A materitt de que nos vamos occupa1· ~ impot"· de lO -de Fever~iro do nnno proximo passndo,
tonLissima,joga com os mais vitoes interesses do c, cohc.renle om meus principio>, entrarei fran·
Brnz i I. cn meu lo no debo te.
· E' por uma lei de eleições prndl'nte, liber:1l e -
s~biumenle elaborado lJ ue. havemos de conse- Scnltore$, temos j<i con~eguido n1gunm cousn.
guir, si o pudermos, o quo I!U duYido, l'om n Esta cnmarn otwiu com ~oti~fução as pa\avrns
octunl rórrnn llo governo, legitima o g-uuuina do noiHe presidento do cunselho.
repre~orrtução uncionnl. _ · o Sn. Cosu A~B\"IlDu ::.....At>oiodo.
Todos se mostram empeuhntlos p!3lo que· so 0 Sll. SALu,\:'illA 1\IAllli'õHo: _ s. Ex. apartou·
chnmn governo do povo púln povo. ~i o co use· ~c do r.:nJ va morre dt~ SPU untece~sor; s. Ex._,
guissemos. tcriamos ntl!ng-ido o mai~ nouro · l'l 11
de~identtum ·de um poiz line. 1nt1ntendo w bons priucqJins 1 •ernP.~. co ocou
Antes, porr''lll, de cnll'lll' 113 nwtm·ia, a enio comoc1·~ 'cu.tlcvet\ u c1nrstiio dn reforma elci-
• -v tonrl uo S!~tt ,•cr1Ímhmo teneno, d~i1;1ndo a
cxnme especial me f>l'Opon 1ro, pernllll:l·llle ·. cndn 'um n rcstwn~niJilill<~\lC.de ~cus ~elos.
Ex._, St·. tJrcsidcntc, ulgumns J!nlayra~, ~uo, ~~
não interessam a outros, a num s;to mdtspon· Não ~mct•çou nem a cumun, nem o senado,
suvl.!is. · Proccdn, dissil S. Ex, cada um desses corpos
c â"nara dos oepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 10:43- Pá gina 16 de 29

326 Sessão em I de Junho de 1880. ·

como livremente entender, n cnda .um a &ua Pot• dolorosa expnrienci11, conhecemos quo n
responsabilidade. est.1 perrelta mystiOcação do povv se deve niio
. Não impoz o seu desejo, sob :1 a meaçn do ter o Br~zillle ha muito. tempo genuhta repre·
dissoluç·ão, nem de .golp(Js de Estado, csp~r:mdo sent:lção nncionul. (Apoiado$.). .
do pnlnotismo de c:tda um o lenl cutnpnmento Qual o · represculan t~ que co~ hece. o seu r~· · ·
de seu rcs!J6eiivo dever. . presentado Y O povQ e conduzido - as urnas,
Ainda bem 1 Temos um gabmetc, que so ~P,re· p3ra razer eleitores, e, conseguido isso, atirado
• sentn· .11o parlamento, como ~1dos o devt•m no ostracismo. Só. se procura o homem do povo
fazer. . · . . · . r. no dio rln cleiçiio, feita a qual só Oca conhecido
. s. Ex. não nos vem uni!Ôr n sua. opm1ao-e o eleitor, e só a clle se attendc.
. nem incul~l ·:l como opintüo dn. co_ro~. Apre- ( Tro(am-te divet•Jos a1m,·t~s.)
senta a sun idén, e pede fratllla dtscuss:ao sobro Em ·vista de ta ritos apartes, e tffo encontra·
elia ; pede conselho ; e a caniara como o sena~o dos, me permillirà a camaril que eu l!te rc!lra
snlisfarão livremente o seu eneargo. . 11m · facto cul"iuso que s~ vassou em nunh~ pre·
· Nesta conformidade, de oeleôrdo com as pnln· sonça, e que bem exprtme o que tenho.dtto .
vras do nobre prc8\dentl' do conselho, em euj:~ Um nobre cavalheiro, poderoso ohero liberal,
slnrcrldade r.•;ufio, enlràre~ frnnc.amon to no dirigitt-se, em vcsperos do eleiç1io printaria, ao
debate. . . . velho porteiro da secretaria ila_ prosidoncia,
Na(lll touho que ver eom ns pessoas : no ter- simples homem do JlOVo c, depots·de algumas
reno dos principio~. direi singelamente a ver·. palavr;~ s nmistosas, iligDOU· SI! por CORdP.~ten·
dnde, como n entendo. .. , . · deocin occtUiOII<!l olferecer·lhtl. uma pitada de
A renlizar;ão do grande prme1pto do governo rapé ~ Era um ~imple~ a)!rado no volante. .
da nt~çao pel:i nação, a.vontade do . ~nnte1· no o velho perspicaz, e já 3ffelto 3 obsequios se·
povo ds d•reitos o regahas que lhe nao podem melb:intes; encarou o chofll liberal, e com sor-
ser negadas o de cuj~ ahstrn~o. sempre vem o riso eslilagador, uceiton o obsequio dizcndo·lhe
despotismo,' por mais que se·l!lavie . com .vestes • ha quatro nnnos que não tenho semelhante
liberaes,como .o que a~oulece a nossa p.o.trt~; de· honra. •. . . .
· terminaram-me o asstgn11r com reslt'ICÇ11es o
11arecer de que ora se.oceupa esta augnsta _C!!• O Sn. CA.Noioo llE OLtVEinA. :-Esse facto pns·
mnra. · d; · sou-se nn minha proviueia.
Não podia aceitar o projecto em seus •ver;:os O Sn. JosÉ MAmAtu;o :-Deu-se o mesmo om
pormenores, como uelle se c~nté~, ~em grnvc minhu presençn. .. - ·
quebra M minhas prop~IDs · çonv•c çõ~s, e sem Desculpe·me a camara n narração desle facto,
manifesta -offeUSll cdos pr.ncipiOS que professo. que t•eMo sómcnto para éonvencer de que o
Gumpre·me; porém, lll~r. o com sa~isf~çãó o pt•otJrio votante primario, n.o nclual systema
faço, quo o PL~tecto,_ em ·sua perspechvn o. nas eleitoral, . eomprehendo o triste papeJ ·quc t·c~
grandes nsplraçoes hbernes qUB encerra, e em presento. ·
minha humilde opinião, magniOco, é dA pura Com a eleição dlrcela as cous11s tomarão outra
e~ola democr3tica •. (Apoiados.) fnce :. o votante, que é o immedin.to eleitor, ba de
O Sa. FELtCIO Dos . SA~tos : -E' csplendido ser trnlodo com moia consideração, o represen •
mesmo •. · tanta lia de conhecer de JlOrto o sim consti·
&uinte e este ficará nrmado de mais !urra pnra .
. o Sn. Fm:tTAS Coummo : - A' primcirll exigir doquelle que o representa o leal cnm·
visto, · pi'imento do mandato. A responsabilidade é im•
O Sn FELicto nos SANTOs : - A' primcil':l e 5 mediata. · . · ·
segunda. O meu onthtisl~smo pela eleição dlrecla ó ·
O Sn. F.I\EITAS Cou·r•xuo :-lsso ú o I(Ue depois nmp~rado pelo que notnels publiclstas têm
veremos. · escripto ~obre eat ~ m~IC!rio. Ob:-:curo. e rra~
(não apowdoo), ordmar•amentc vrocuro apadrt•
0 Sn. SALDANHA. 1\IAntXHO : - 0 projecto nos nhar-me com quem na sciettcm pollUrn vale
o!Terooe : eleis:<fo ditwJta, dist:ictos de 11!11 só de- mais do . que eu. Tl'atando deste momentoso
pu!(rdo, admiss1f0 dos ~calholt ~os, ~o~ .w_lfetmos assumpto, nüo posso deixor de ,·e~eti r p~ lo vrus ·
e !ibel'tos e diJs tlatt~ rali :oados a clegcbtlldCtdl! • · de illustrcs escriptores cujos nomes conhecidos
- Além disto, rranque:t o voto, e ~larga o exer- diio valor ôs ·opl nlüos que emillo. O grande
ci elo ·da sober11nill , ha bililando para o gozo Slua•·&r.lill nssim se exprime : ·
dos direitos polillcos nos m:t lores de U nnno~, •. A t'leiçiio dG do ns gráos !o! inventada parn ·
q~sndll ~ lei actual exige JlllNt bso. a idod~ de melhor iltudlr·n sober:mia do tJovo. ·· .
!itu annos. . . . . . . • · E' nm modo de Oltnr o s utrr:~gio popula1',
O SR. BAPTISTA JlEnRJRA :-A idnde de ~:l.nn· por meio de um córpo intermcdlor.io • .> .. · .
·DOS i ~XCetJÇ~O. . Diz nlnd3·: · ·
O Sn . S.U.IlANtrA 1\fAmNno :-Vo lo immcdinto ' Os vollln le~ abandonam n seus dolegados u ·
do povo I! o princitJio qúo pPrccc cut••leal do pro- e~colhn dõ seus t•cprescnl:mtcs no pnrlnmento .
. lccto, e que o p:~rl ;•menlo deve m:~nter como o O votante lleo ns~l m impedido de so identiOcar
mo i~ 1i1Jer:1l ll conducenlo ú real izaciio do ver· com o membro do p:lrlumlltlto de su:~ escolha,
dndciro systo111n retJrescillalivo. c este 11i10 tcr:i t>~ra com clle o sunlim onlo do
Qu~tn tem liçiio t'rallc:~ do quo tem s.itlo cn· sua rus(Jons:lbilitlatle . . . .
tro nó:> n ·cleiçao JlOI' dous grtios u;Q liÓdo 'd(!l x:~r · • O wrdudclro conHnitteuto . nào se podcr:i
de dotostnl·n. · eutl)ndl'r c.om o se u. mtnd~t11rio. •
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 2710112015 10:4 3 • Página 17 ae 29

Sessilo em 1 de Junho de 1880. 327


O nJUito conhecido Rémusa~ dri a sua opinião Salvador.
nos seguintes e elcris'!imos termos : Uruguay_;
• N5o vejo na eleição de dous gr:íos $cn:lo um Com a eleiçr10 do dous grãos, lemos 11penas : .
meio de ilhtdir Q voto do povo. E'· ~ penas . uma Baviera .
ficção legisi3Uv:~, ou, qualificando propriamente, Prussia.
um &llbter(ugio, parti parecer o que niio é, ou Sue Weimar..
acatar o que n1io se re8peilo.. Argumentos, para Noruega.
provar a excellencia de que niio ti sincero, já· Costa Uica. · .
mnis podem ser procedentes. • nspublica Dominican11.
Diz mois: . l'erú. ·
• Em umn nn~:rio .livre, niío hn pnriâs, não Estaremos, port:Jbto, adoptaÚdo n elei9ào di·' .
I.Hl homens incnp:~zes, n!io ha interdictos por recta, com a .· maioria dos poTOs civihsados,
lncapacidadt~, qunndo, ante a lei c_ ivil, n_ lio silo acompanharemos os mais cull:~s nnçi'JI!s, segui· ·
por Ines r.onsider&dos, T~do o homem é degrn· remos os melhores exemplos. ·
â.~do, saiba-o ou nllo, logo que, outro ~e upro· Não concluirei o que tenho n dizer sobre a
prin, sem o consult~r , de um p.oder .illimitndo eleição dir.ec~a; sem pedir· ú camara licença para
sobre o oou pr(\prio destino. . · manlfeslar o meu juizo a respeito do seu. pro·
• O voto directo e nni'•ersal, quando é livre cedimento nesla mnteria, hnrmonisando o que
e eercado de gnrnntins, é entre os diversos modos hontem se ·rez com o que hoje se faz. · .
<le eleição o menos expo~to a mesquinhos re~ul· A idéa de eloiçiio . dit·ecla, Sr. presidente, é,
tndos. A voz do povo não é certamente infallivel, pode·se dizer, adoptadn pela unnnlmidode desla
ell~ se engonn .- muitos vezes, mas desde que a · cnmara e por todos os brazilelros que de·
escolha 6 das massas, nio se parte do d~sconhe· seJntn ver renUzado o systema t·opresimlotlvo,
eido.• . (Ápoiadol .) - ·
. Montesqujeu, em bem p~ucas palavras ~iz O Sn. Ssncto DE CASTRO :-Ambos os partidO$
quanto .é possivel em 'favor da ele1ção directa, : ha muito tempo a reclamam. · · ·
• O povo, diz elle, é admlrovel pnrn por sl O S{l . GALDil'IO DAs NEV.!s :-E' que!Íiio veo.·
escolher nquelles ·o quem quer conOar alguma· cida. .· . . · ·
parte•do seu poder. • · · ' o Sn.· SALnÁNHA M41UNHO : - Deixamos de
Consultados, ·Sr. presidente, as constituições v.cr realizada estn idén, niio porque lhfl falto~sem
dos df\"crsos palze~,' achamos pelo. elel•·õodirecta · odeploa, mas porque a éollocaram em um terreno
o maior numt•ro, e das mais lmporL1ntes . · esCS~broso , razendo·a dependente de uma e·on-
Dessaa eonstilu iç~, examinei as de 36 Esta• · stituinte. · A corôa com o seu inquhliflcavel :~
dos, e com prazor po_s. •o nffirmar que emquanto . cun•prr ~ a (aço.is por e.ste ~ o governo,
em 29 se acha estabelecido o s ystema el~itm·~J no propos1t0 de sustentar essa vonlnde da corôa,
directo, 8Ó em 7 alndo é conserv:•dn a clPiçAn de eollocou a camnra etn .embnr~ços. Só lhe offerecla
dous grãos .· Porn melhor ser npreeiado a diffe· um meio de chegar o. tol de8ideralum, e- .a ca·
rença dessas le;dslnções, conforme os pui.z••s que·. mara aceitou-o. · · .
OS adoptam CU direi, QUO mantem a clei~IIO ill·· O Sn. SEnGIO DB CASTRO: ...;A Cllnillrll nilo fez.
rccta os seguintes esL1dos : · · quo~tilo do fo'lrmo.
lmpêrfo Allemão. o SR. s .u.t>Ar.tiA. &lAnumo :-Á amençn de dis·
Brmuwieh. soluçuo e o receio de prejudicar o portido de·
~~::.ck, terminot•nm a camora a aceilllr esse olvitre. -
Snxc Altemhourg. A omençn• .. •
Snxe Meinlngen. O Sn . C4nLois AFFONSO:- A dissoln~ão niio é
Hungria, uma omençn.
Delglca. O SR. SALoANn A i btUNIIO :- • • • d ~ diseoluçiio
Dinnmlll'CD . no ca~o do não ser ndoptodo o .projeeto·e até na
llesponha. bypothese de ser elle rejeitndo pelo senado, e
França. como um meio do obter dessa outra casa do
Grnn-Bretnnbn. parlnmento a de•ej:~d a-constitulnte conslfluido,
Greeia. · roi ostentada.pelo governo.
ltniin.. . UM sn. DRPtJTADO :-Não é ameaça.
Luxemburgo.
Ronmnnin. ·. O Sn. SALI>ANitA MAtUNHi> :...;.QuollOquem como
Servin. . quizorcm. ·
Suecia. O 811. Sanr.to o& CAsTno: -Isto foi a primoira
SuisSll. hypothese, estornos na segunda.
Conreder~ção Argentinn. . O Sn. ' SAt!>.\NIIA MAillNUo :...,.O nobre prosl·
Bolívia. dente do conselho chegou a usnr da phrnsc in· ·
Chile. ci~i va -a co?lt''ftl o qerc aconteccl'-o est11 foi bem
. Equndor . comprchcn dida. ·( Apoiados .)
.EStndos Unidos do Norte . Sabemos enll•ctanto qolll f!rn o cspirito geral
Guotemat:~ ; d.a CtlhHirn , n qunl ac el tou , pos~o dizer, congido,
Hoili. o mtio unico que do.nlto lli4.' foi offerecido, para
M:oxico. dotnr o pniz I'.Orn a eleio;ão dlrecta.
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 10:43 - Pêgina 18 ae 29

328.. Ses&1o em l de Junho de 1880.

. Lembra-s•) a c:1mara que. tratmdo· ·eu então · DesculpD a ea moro esta p«ll]l!ena digressão, e
dcs~:1 m:~Ltria, duvillci, com ju~tissirn~ c:tus:•, 1wrrni1t:Hno gue con(inue na seria de conside,
d:t. (IO:;siloilhJ:ule de diss:Jiuç~o di.! uma t'DIIHII'a nações ·que Junho a fazc1· sobre o projecto de .
que qitnsi nuanime apnia..-n o 1-fOVcrno, aló nisso. t! Ul' nos occupamos. ··
E:u minha du\·idil foi ju~Lilio;a. la. A curõa, a. Vamos po)' 1•nr·tes. .
flunl, Dl!J'OU essa ltll!dida ,;iole•1la, e i~jn~li(i­ Cunsa~ra .o (Jrnj~cto, como aeu, ?bjoci~ c~p~lol,
. cn,·el. ank o !(UB, o eX-(H'esídlln\e do conselho ·akm. d~ dc1ç.oo dm•cta, da tJUe Jv ll'ater, a tdéR
teve de retirar-se com o~ s~us cellcgas do ~raudic:sa d1~ . adtilillir à elegibilidade o. brnzi·
poder . · · reit·o natumlí~ado. Ainda bsru I Veremos ado~
Um novo gabiu~te tomou adil'ccção dos nego· plnd:t a gr~nde nntur:~lização. O brazileiro na -
cios pui.Jlícos com a coiJdic\•iio de pr·ópõr o turnli ~ ~do aelwrâ no Ilr~7.il uma pntria completa;
esrot·çar·se pela reolização dessa magna idéa, o cslrang"ciro quo conhecDr a .extensão dos
independente d:~ constituinte. · direitos do que póde golBI' neste paiz niio terá
. E' o que eu ba\·ia sustentado, c com a. .mnior du\·id:l de alistat·-se em nossa uncionolldode e
convicção. . · · . · · ·empregar comnosco os seus esforço~ para o bem
Aprcsenl·lU·se o- minislorio, ao parl:nnenlo commum. · ·
com ·a maior rrnnt1uex:1, e sem :uueaças ; e nos No meu conceito, Sr. 11residente, é uml}-das
offcreceu eomo pru tJo~la do poder ex.eculiYo o ~;rund es- ref,Jrm:JIS t]UO o Brazil deve adoptor.
projccto para _ser ado:•Lndn como lei ordinnrla (~fu ibs ap,Jiados .) .
o _dl!crcln~:ão da dcsej:1 da reform;~ üleilornl. A simples condi\~io do lugar de na~ cimento,
O esplrito gei':JI desta r.amaro eslava conhc· u1io d:i 110r si ~ó mcrilo :1 olguem. Condemnemos
cido, e a propostn do go\'erno foi rocebida com para SC IHJlrD o egoísmo que_repello o q_ue· niio
·ngrado ge•·nl . (Jpaiados e ajJal'tes.) nasceu nesta terra, sem mn1s out1·o I'Bztto nem
Não hll , pois, contr:ulir~ó no bClttal-(JI'Ocedi- frmdamento: No cldatl~ó n,:ihtrDii$ndo podem
mcnto dn m~iol'ia. Hn, porém, nm g'rande erro concorTcr · todu~ as qualidades indlspensaveis··ao
nos p;u-tidos milil:mlcs. . .. .· br:lt ilcii'Q t•aLriota. Veubn d'onde viel' o honra,
Ha um vi~io que lamentamos na vida poli tica o brio, u prestilttu, o S<lbet•, n virluele, a dedi·
dos· 11~1·tidos ~ e~te 'l'icio t'OUSiJ!le, seuiiu 11:1. exn· caçiw no p~i~, devem ser ncolhidos. SI vêm
ger.a~:iio, jlCio llH'nos na npplie:oçâo 11ue ~c · d:i uo Colllpat·tilhnl' co•nnosco lo(\us· os onus, venhn
' quo se denomimr-rliscitJlin~ dos parthlos. . , tambem g-ozar de todas os nos,o;as \'lll)lagens, .
A dt~cipliuo deve ser ol.iser.~·:~da, e ~everu­ .811 Auoús-ro Flt\NIJA :-Menos direitos po-
mente, na manutenção !los princivios p1·ores3u- . 1111Oeos; umn vez quc n5o se observem certns·
dos, runs nunc:• JH'•de ~er admittid~ conto nece~­ \:ondi0õos. · .
sidadil a suiJ~crviencin a quem quer qu~ seja.
O. governo deve e>perar quo a mato riu •ln ca • O Sn. SALD.\NIIA 1\fAI\INiiO:- Eu ado)lto com
mar:~ se manifeste. · prazer 3 idl!a cuns :t :,!r:~dll no prujec.to ; compre- ·
Quando o governo se itnpõe e exiA"e qlle se hcndo o <IPIJlautlo a ;.ct·nnde Mturnlisnçilo, como
observe a sua vonhtde ll l'hilrari;~, deve ~er rc(ml- . sempre eniAmdi o tunho sustentado nlllmpl'Emoa,
lido. E' neste cnso qu~ a dí$CÍ(Jiiua li indi.:pcn- ll nesln tt·ilmna . (Apoiados.) .
. a:~vel , ·por dllcc ncia e por !li~n i d:l dQ plllitica . A o Sn. 1-'EtlcJo -oos SA.~tos ;~ Naturnllsa~iio só
dl ~c iplma dos (mrtidos tla su~ unid:tdedc l'istas, para clogibilidade. . ·.
e n suo.unidmle con ~isle nu cohe8<iO de c~ !orços UM 811. .Dr>l'UTAOO: - Abro c~minho . .
para :1 rcalizaot:fio dtl snas itléa~ . e 11 1rneo (lnt'll
abdic:~r ll sua aculdaile (Jen ~anle, c cscnvis.1 r· O Sn. SALnAMIA ~1.\ntNHo : - E' um grande
se a qncm tJUcr •tu-· st•ja. Ll~$SO tlatlo. Desde quu o es~ rangeiro natur:.li-
O Sa. St-:JIGIO DE C.\STlto : - lk rtllc vnlcm os satlo ti\•er cn t:·ad" no no~~o parlamento, Jl~rã
~artiilos sem di sei pli na ? equi11arado ao ltr·nzilciro nato.
O Sn. Am;usro Fn.\i'iÇA:- :\[cnos n milit:u•; hojOe.::>n. z,utA ;- Ao menos islo, IJÍ>rque aliS
deve set• a da ha1·mouia d:t~ id~ns. · . menteI! . sUtlCI'ior ao brttzileiro; faflo prntlCII•
O.Sn. SALDANHA 1\bm:mo . -A disciplina do · (lia outros ap!IJ;tes.)
p~rtido,como a dellnom, c muito diYcrsa daquillo
que deve ~cl' . O Sn. SuoANilA MAluxuo :-A liberdade de·
A camaro dGve 1\ir·igü· o governo : dC\'C c'lm culto~ u ouu·n magnificn id~a do }lro.ieclo.
homi.Jridade dizer-LIH~ o que yur:!r, pelo voto dn S! o.proje~to niio diz explicil:tmente- ficam
s un mnioria. Si .1s8im n:io tH·occue;üml.inrat·,, o sou r 1111paradv.~ t! plt!na,~cltte livl'cs todos os cultos,
futuro, e se auh1uila. • ~· u:1o eslabuf•!co em termos precisos a com·
0 \'ÍCio 11 UI! .IICploro tem trn7.ÍUO :i CUill3t'à a pl~la · emnodp:o~,;~o ila con,;cien~la em materin
.. .pediu de conlr~d·ictoria, . J'l.'ii).dosà, illlplicilanicntcconstlgrn cl!tn soberano ·
O t'Jt. S1me;IO rm Co~.~mo : - A cnm:1 r;~ n5o se colouu·in,, t:ssu el ... mento tle alta dvilisn\'iío, esse
/('$ii/rnrtlnn ti e tn du~ o~ ' pni?.e~ livros. .
contr:tdiz em n:tda. (Jia. outr-os "tJou tes.) llcsdc !lUO se fr:~nque:uu M JIOI'tas do pnrla·
O Su. S.1r.11A:-;n_, M.lf\IN!ICJ : -!IT::s •·r-rou d:~nd o 11\ ~n lu n n~ a C:\ lh o !ico~ o <i! osndmitte n Iom~ rem
:lll?i~ in .~ e vi • lo, · t• cunst, nli ndo 110 que d,•lla ~o [l::l i'l :: !'los trab ;~ lhos l o ~l-(i • lativos, lazenolo•se ·lhes
Clil :l:lll. b c >la :o vcrd:uloJ. (lia rl rvr·I".WJ:I ((Jitll'/ 1'.~ . ) a ~~ irn nnwis pcr reila j n,;liça. n ·absoluln liber·
ltrmra :10 :tl'tnnl Sr .. [ll'esi:lt•ntc Jn . constllho.. tlndu diJ ~:u i los- rica esln!JQiecida, ll com alia
quo t1illl vem iltrll'lr :lll p~ I'Iaino nl o, c oJIW se conolcntnnil.• o j tlr!ll llt' nlu. ·
lln\iln ll lomllr:u· . a c:u.ln um n HW re~IJOIISa• J\S$U ::mude elemento de Cl'!!tlilos o de prospe•
blhd:odo. ( Apoiados. ) ridatle 1•at~1 u paili me orgulb~, PDI'IJU•) veJo nla:;o
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:43+ Pág ina 19 de 29

Sessllo em 1 de Junho dé 1880. 329


o triumpho o mais posilivo das idéas que tenho de.ncio estrt~nba, desde que os conchavos do in·
ha mniro tempo ·sustentado na imprensa, e que teresse mutu(.\ se tornnrem ímpossivels, des.de
ainda na s~ssiio passada sustentei com earorço que a muíoria do eleitorado nio se ncbnr cscra•
neslu tribuna. · visada :a um chefe geral, desde que este por seu
A liberdade do cultos, senhores, n não su- oriJitrio niio possa e:tclnir das urna~ a quem
jel9iio a uma qualq1,1er communhão religiosa, a ·quer que ror, corno tem acontecido, substi·
IMependenci~ do fiomem civil em mataria de tuíndo o merito pela alllhnda!!em, e conlorme
crenças, o respo~ito devido à conacienci~ humana, n conveniencia do grupo ou de pessôa o exigem,·.
são da mais palpitante necessidatle para o Brnzil, teremos dado um· passo giganle6CO para t)Ue
.e todo o goveruo que para reallznçâo dessa~ Vl!nham ;i representação nacional \od~s as opi·
sobernnas idéas concorrer bem merec9ra da piões, e rle~appare~am pnra sempre :1s camnras
palria .. · · · unanimes, que tanto têm concorrido por:~ o
Sem· querer repetir o que tantns vezes tenho. descredilo do systema representalivo. ·
escriplo, o quanto já em outra occasiiio disse A rraurle eleiloral, soiTrerà um ·golpe decisivo
nesta tribun:t, Hlarei este ponto do meu dis· com a eleil;~o de di~triclos de .um sô deputado
curso com as frizantAs palnvras do muito i!Jus· Na se~são pa~sada apresentei projeeto para a
~rado e muiLo conhecido Bluntschli .- · realização desta indispensavel reforma.
• A llbm·dade religioso, diz elle, destruindo a As· grontles idéas do projecto, o que se co·
unidade de cr•ençns, mu,tiplicp as eordl~~ües, ns nheee de sua 11erspectiva, é de maximo alcance
torna mais sinceras, mais nrdadelrns, do que a democr;~tieo ; é do um puro liberalismo, e eu as
pratica h)'pocrita ou inconsclento, e sem autori· aceito co1n pr:•zer.
âade de um cu ILO uniforme .• · Entretanto todas essas aspirm;ões libernes se
acham amc~çadas de c'ltet•minio, ~ob-tl pretexto
O Sn. ZA.MA:- E note· se que'tl um cscrlplor de uma me~quinha questão da constittiionali·
da escola conservadora. · dade1 ·
O ~n. SALDANHA MARINHo:-:.sr. presidénte, 11 Cumpre esclarecer bem este ponto,e demons-
ndmi~siío dos ingenuos e dos libertos, a elegibl· trat· com 11 propria Constituição qu~ a excepção
lidar! e e a faculdade que so lhes conr.eda de po- de inr.on~titucionalidade, que os odvcr~arios do
derem l:ombem.representar o palz eril que nas· prnjeclo lhB _o•rpõe1n, deve ser in limme re.
- ceram. é umo das idP.ns de mais moralidade e Jl'iloda Póde·se odoprar. a. eleição direl:to, :r
dn mais perl'eito ju~liça que o projecto eonUm. elegibilidade dos acatholieos, dos naturalizados,
. E' a~sim que o Draldl fará esquecer de dos lugenuos e Jib.el'los, e estabelecer dt.•trictos
uma vez pnra sempre a escravidão, que ainda elettoraes de um de(!Uindo, por lei nrdionria.
·amesqQinhn a sua civillsoçiio. O nnscimento es- ~7 in!l-i~pen~ave\ que deixemos isto bem ela·
cravo u~o será um n•otivo de interdicç5:o civil rnmentedemónstrado, e Uio e1plicito, que exclua
ou poliLicD, contra ninguem. todas as duvidas.
Esse grande passo. que nos olferece o pro· Os escrupulos pela fiel exccuç3o da carta de
· jecto, ficará dado ; o mais virá com o tempo. !8:!~, e por aquelles mesmos que nella amparam ·
Com prudencia, e com criterio, se poderiio har· até o poder illiutitado da corôa, provocam o
móniso1· ilflnnl as leis eeonomicos, com as da riso. ·
m~is sã moralidade. Confesso-me dos menos babeis parn deC~nder
Por ~ue raziio, senhores, o brazileiro que teve essa cartn de IB:t.\, n IJ.Ue não dou o imporl:mcia
a inreiJcidadedenascer devenlre escravo, mos que· muitos lhe atLriiiuem, por sun conve·
que por elfeito da lei, ou por hunwnidndo de niencin. Desde que niio vein do povo e desde que
alguem, chegou a consell'nir a HliBrdHde, de,·e foi um parto estupendo do poder diclnlorial do
ser consilierndo em condiç;io desigual de lodos primeiro imperador, e quauílo nenhuma consll·
os outros .seus conterraneos ' Luinte se reuniu ainda para confirmai-a ou revo-
A b11a iodole, a inteligencia, o amor d•} trn· gnl"ll, tem ella o c~racter de interinid~de, goza
balho nõo silo condições incompDtiveis com o apenas de ~utoridade trnnsitorin, e pouco rcspei·
ingenuo, ou liberto. tavel como tudo quanto não emana de um poder
8i, pela ednc84liiO consegue illustrar·se, si se legitimO) e competenle, - ·
manifesta virtuoso e digno, si adquire habili· (Reclamaçõeu dit'frln apartet.)
Saçio, como ontro qWIIquer cldaduo, como pra- Demos, porém,. todo 0 valor a essu consmui-
licor para éóm elle a clamorosa InJustiça de o çiio outorgada, e· com ella proprla provnremot. a
pri1'nr do direito polillco,. que a todos os brazi. . sociedade que a npregoada lnconstlluci\lnalidade .
lelros é outorgado f .
A elegibilidade dos ingenuoa e libertos, ni-
d · d · J
o prOJeCto nio p.liSI: • uma Sim~ e8 i uU
r l
veladas ns condiçüea geraes do cidadão bruileiro, armo de guerra, que so quebra li primeiro ana-
elo commetLimentos de alta polillco, que eu ly•e.
applaudt~, e gne honram o actnal gabinete. • E' só conatlluclonal, diz 11 Constilulçlo no
Pelo que pertence á dlvlsüo do Estndo em dis· art. 178 (quando trata do reforma por coWIU·
trlctos de um só deputado, é umaidéa a que : tuinte) o que diz raspeito nos Iimil.es o aUribul·
tambem presto11 mais stneera adb.eaào çiles re8pectlvas dos podere~ poli\ieos e aos dl·
· A lraucleeleltortl tem chegado entre nó9 a _reitos civis e polJticos do cidadiio. • Diz mais
tanto eseon.dalo, as proezas dos cobos de eteiçio· - • tlldo que nao. e consLituclonnt. póde serre·
IUbiram a &oi ponao, que tu~ quanto. se fizer formado pelas leg1slaturas ordiuarras. •
para e.~pancar ea~• immorahdade seru pouco. Nhuruem dirá que o projeolo altera limi&ts -t
· Desde que onda um distrleto puder dlrecto.· atlrlbnlçõf.•s dos poderes polillcos. Por mais
mente ele!Jer o seu. represen&ante~ sem depen. que se seja exigente, por maior qae seja 11. de·
1DDijl 1.-41,
Cãn ara dos oepllados - lmfl"esso em 271011201 5 10:43- Página 20 de 29

330 Sessilo em 1 de Junho de 1880.


===========================:=:=:====================~====~==~.c=
vó~ão a es~a carta de 1824:, ·não se poderá offir- erlptos na ~un far.h4d~ são os mais demoerntieo~ ;
mar que o projecto alte1'e de qunlquer modo eu, republienno, o' D·cr~ito. Estão em nosso pro-
esses limites e Ptlri buiçtíes. grommn,. e o partido liberal os aceitará sem du·
Niío se dà nem ~e tfra de qualquer dos p:.o- Tida, porque os tem consagrado em sua ban·
dcres o que nctunlmente lhes pertence, deira. . . .
Ar; legislativo, no ·executivo, ao judicierió, no ·E nem nessa unidade de , Tist.na, em 1>ontos
moderador ficam mnnl:dns, · sem rcslrir.ção e cnrdeaes, lm co usa · extraordmsr•a,; ou censo·
sem ·ampliaçvee, as faculdades que egsa ConsH· rnvel. O libe•·nl, ou m:antem· os principias de·
. tulç3o ot·a lhes allribue. O Jll'ojecto nesse ponto moctntico;;, ou rasjl'uã indecentemente a sua
nlio apunlmla a lti das ltis. · proP.ria bandeira. . -
Qu:uuo ·ai>s direitos dos· cidadãos _bra,ileiros · Nfio nos enganemos; senllores.
o project!J, nas idéas gerae,; que encerra, niio. :~l­ Do liberal tJarn o' republicano o caminho .nãe
tero um só dos direitos civis e politicos do ci- é longo. (Apõiadu.) .
dadão. S5o esses·direitos dellnidos no art. t79 O tempo se enc11rregarú de deslruil' o marco
da mesma lei Nenhum dos· mencion<~dosnos que nos separa. Afinal, todos concorreremos
· pnragravhos de.quo ~e comt•õe esse artigo é nem juntos para ürm:~r a legitim3 e rcnlliberdade
·. se qu•·l' levemenle olfendido ou nltenido. da nossa ternL ·
Ampli3r o uso desses .direitos R outras el:~~ses . Os escrupulos que reslllm se1·ão apagnMs pela
de ci4adiios que dell~s estavam privados não experiencia. Mas emquanto isto não acontece
importa olfensn aos que já os possuinm, os qunP.s cumpre que os idéus cotnmuns sejnm por todos
contlnn:•m n ser manlido3 ms prerogotivas de sustentndas. · · ·
que gozavam. . ·. · O Sn. GALDINO DAS Ntv.is:- Nós.os ncompa-
O Sn. SERmo DE CASTR·o : -Alarga :1 espber11. nbamos atê.nhi; queremos 111ais; ainda não nos
0 SR. SALDANHA !fAHINHO ! - Amplill O nU· dão baslllnle. ·
mero do~ elegiveis, mas sem prejuizo dos que se O Sn. SALDANHA. M:.m rNHo;..- E' po1· isso; St·.
ncbom no gozo desse direito. . prosidonte,·que eu declarPi que niio pódc ser
. Com a admls~io do5 lngennos e libertos, com mais nob•·e, nem mnis democratico, o projecto
a admis...ao dos Dcatholicos, com a admissão do~ na sua perspectiva. Niio ti quanto a isto, não é
n:~turnlizados, niio fazemos mais do que alargar qunnto :1 estas ldéns em these quo me asslgncf ·
o circulo dos· que podem representar a nação, com r.e.stricçõcs; folgo de as udoptar. .
Nno se préiudica a uinguem ; e ·todos os cido· O Sn. MARTuruo CAMPOs:-E estas sio as·prin·
duos brnzile•ros continuam o gozar os me~mos cipaes. · - ·
direitos que por essa Constituição lhes foram · O SR. SAtoANw. MAntNHo·:-Éstas siio ns prin-
outorgados. . · . .. . cipies do p·roJectoi tudo mais é dot•lhe, do que
Nilo Vlljo, poi~, Inconstitucionalidade no proJe- mo ocelipare1. Pooe o governo contar com o meu
cto. . .. · . .. voto parn a sustentdçtlo dessas grandes ldéas.
Portanto, sobre esta especie niio ha uo ·meu (Muito bem.) . . _
espírito a menor duvida; nem hesito em ado·
ptar o proJwto, na sua generalidade liber:~l, e 0 Sn. G.&.LDINO Us NEVEs:- E com o meu
em tbese, muito conformo aos meus prin- tambem. · ·
ci~ios. ·.· 0 Sn. SALDAN114. :MARINIIO: - Estas são U
E nem, procedendo assim, me aparto de mi- principnes Iduas do nosso progrnmlna eleitoral.
nbas opiniões, Todos C$Ses .gnndes principias (Apoiaílos.) . ·
consagrados no projeeto tilm sido por mim sus- . E pnrn mantel·as, e vel·ns realizadas ú que
tentados, e com· todo o vigor dn. convicção a eu assign~l o parecer com reslricçües. E' isto o
mais sincera. Confirmo o que tenho dito u quo vou JUS~iücar .
trlbunn e o que com maximo vigor teuho cs- . Senhores, cumpro .não sacriflcnr o principal
cripto. .. . ao accessorio; .
?tlnr:n•ilha-mc, porem, n tltt!oçiio que agora se A planto interior do cdiOclo, que constituirá
ostent~ a essa .cnrtti de i82l, o qual si e~putllta­ o no~so systema eleitoral, por este projeclo, não
lada tem sido, o foi 8omente pelos ranlllicos de corresponde li rachada. - ·
boje,facllimos pensadores livres de bontem ..Quem Adaptado o processo da prova de renda, como
se lembrou della pnra n revolução da maiori- estabelece· o projocto, o numero dos eleitores, ·
dade? Quem sem escrupulos interpretou des- que deve ser o mesmo pelo menos dos nctuaes vo·
communalmente o Acto Adlllr.ionol ? Quem es- tantas, visto que vnmos estabelecer em dirocto,
tabeleceu 11 elciçilo I)Or districlos de um depu- 11 eleição d~ dous gr•os, ficará llmiladlss!mo0e
Indo, por clreutos de tres, e restabeleclmerito nem exprimirá a maioria da nação. ·
por provincias l' Quem t•espeilon a garantia Manter o censo de !008 como ' da Con·
em ·toda a pre.itude do direito de propriedade, stiluiçio. é dar ao netu~r volllntc o direitc
p;~rn decreto r a cxcellente lei do ventre livre, do eleHorado. Si ao procura ilhtdir esse censo,
lei que eu npplnudi,o opplaudirei sempre, como com um jog·o de proVDi dlllcels especlaes, o nilo
o primeiro posso contra o fatal principio da genericas, nullifica-sc o grande idéo do governo
escravillão 1 · · do povo pelo povo. fim principal da . eleição
~iio ê agot'll que ~e aplmhalt~. essa pobre velha dlreclo. . .
de 18U, pela adopção da ele1çlio d•recta, aspi- Desde que n5o se puder provar n rendo seniio
raçlo geral do paiz. ( Muito• opoiado1. ) · pelo conllechnento de pt~gnmento do Imposto,
'l'enho, Sr. presidente, aprecindo o projocto eer\idl>~s de tribunnes, o do no\oriado, tltulos
em sun generalidnde; os principias quG vejo es- de propriedade o de arrendnmento lançados om
c!mara aos DepLiaOos - lm"esso em 2710112015 10:4 3· Página 21 ae 29

Sessa:õ em 1 de Junho de 1880. 331


no las do tabelliiío do di.stricto ; deRtlc que nem contingente pin·o t!S despezas do Estado. Bem ao .
o 11roprio empre:j'ndo publico, que não tcnb3 di· contrar-i~ o imposto pe>a .c cruelmente sob.re o
re1to á aposcntoooi'ia pódc :votar, a que Dca consnmtdor ; e clle que paga Indo : paga JndJ·
reduzido o eleitorndo chreclo? · · r eetamentc, m~s paga de mnis; p~ga nl·éru da
A maioria, e svult:Jdi~sim a , de cidadãos hoje t:rxa, porque paga o exageração do interme·
no ~ozo do direito de concorrer ó cleiç.âo fica diario. · · · -.
I)Xclu!da. Será isto uma pcrreita cspoli~r;ão. . No nosso pÍliz níngnem· pódc ser im pedido de
O operario, senlu~rcs; o ulis!a, o Dgricultor volnr, ;:er .repellido das urna ~ , privado do
. em nlllilo gl'ft ndo escala. . . · · - gozo do prinCiJ>al allribnto do ·. cidndãu sob o
falso prclPxto de CJ!.lC não concorre para as des;
t) Sn. G.\LOI IiO DAS XEVES : - 0 tralwlhàdor t>ez:~s pnblic:IS. · · · _ _·..
r tit·:it. · · · M:~s, dizem, é tla cl~sse que nilo contJ·íbue· di~
O Sr.. SAr.o.\:\"ttA ?liAmiX.IIO: - ... o trabalha- t•ectamcnte, é do proll'lnno, que nnsct: a des·
dor •·m·a l, w la ·~~sa niuiUdão qne pot• . nlli vh•o rnot·nhsnção. r.leilornl. E' ratso, senhot·cs .
da iT:an~ll'ia, d~~ :~r tes, e oOlcios, . ~ssn m~s~8 de N~o 1í do tH'olctnl'io, niio ó do pQbre, niio ú
cilbdiio J ·::tjo~ csf"rr;os dev••mos acharmo-nos •lo simples homem ·do pn1·o, níio é .do o per~rio,
nest;t t!:l$ ', nãe Jevu ahsoiU1amcnle ser abnndo· qu ~ tem vindo n desm o:·ali~aç5o do Jlrnzil. ·
nnfl~ tJc.to eorpo l:>gislotívo; c nssim desconsirlc· O Sn. ZAl!A ::_ Apt1 iado.
radn e com:.·mn:nh.. ú. per da de ino u f~r i~ c is ' O Sn. C:\nLos AFFo~so :- A corrup~ão dos ·
direitos ·do qne goza? fJO\'O> nasce de cima . · .. .
· O Sn. GAr,Ut:\0 o.\.S XEVY.S : - Ellcs têm innu· O Sn. S!-.Lil.\NU.l "Lummo :- A COI'rttpção do
ferivcl uirr>ilo.- . estnbt·lceimeniu de;ta fol'rna d~ goi'CI'ILO, a
O Srr. SAtM;m ,\ 11IAmNuo : - Elles tem di· col'l'll p,fio relatl\·a nos dinheiros pul>licos,- u
· reilo~ :1dquiridos, direitos <!UO, qunndo nüo es- .COI'fUtu;iio na propria clciçno, nfirré dessa [Joorc,
tivcs~em e~cri ptos n:. carta, deviam .sc1· t·•~stmi · m ~s hom·ada ~-:en l ~ que tem vindo.
· t:Jdm:•.r.omo (>rotcgitlos Jlor· bem entendida. ~r c · O homem !lo povCl, pod em os 'di ~er com YCr· ·
scl'i Jlçào ~cqui s itira~ porqutl o gozo dos •liret tos dade. nn sua maxima parte, · ten1 bom ccr1ro,
pn l i Lico~ d<i essa vnnt~~t!Dl. c !em ell11. sido m:m- e pódc ·bem di rigiJ· · s~ em mua eleição. . ·
tidto como se vê em mnilus ;1ví>os do g.weJ'Uo, ·0 S11. GALDIXO DAS N'F.VEs :- Elles são oS Vi·
mesmo ·em mntcri..1 eldlot·ol. climns I ·
0 Sn ."· llAI'TI STAPERErllA: -A prescrit>Çlill niio b Sn. F::r. reto o os 8.\sros :- Com certez<.~ elles
pô1l~ :~provcitnr allerando·sc !ão prof1tndmncntc ·
~ilo •ão os corruplorcs. · ·
o · sy~ tc ma.
o Sn. S.\tt>A:\ir.\ ~IAm xno ; - Mns nenbumn argumento O Sn. SALUMWA . MAnt~IIO : - E ~ i procedssse o
lei ·pótlc Jll"t'Jndlc:tl' o ·direi to adquil'ido. de ~que alguns podem ser i Iludidos
on v·enderem o roto, _como se diz, eu pergun-
Qu:lh to n mim n posse df!sse dir!'ito v_hle Úlnis tari3 ~os m·gumeo!ndurcs nesse t.er r!!no: porq_ue.
·elo q ltll o que está cscriptQ nn cnrln, CUJO vnlor· j n niio tendes punido o corruptor; !JUO l! o prm·
V, Ex. s~b~- como CLl aprecio. · clpal nwtor tio· ~u•lo is$o ~ l'Oi$·conscnlis em
OSu. D.<~.Pt'tsu. PEnEm.\ : - Ah I gttc SO f;t [Silii'}UC :ir.lns, IJUC SC [;a ~alll dupJic:~ta~
lu l ~as, !JUO se libcraliso tlin!•eiro em pi'Ocnrn de
O Sn. SAtDAX!IA MAmNno :-V. F.x. ~ IJc que · ' 'en:1es;· que ll!lllnr•'.t;:un como arguuumto llfO•
os· co~ tumes iLwlr7.cs taw m leis·; quc lá são cedente de couViCI]âo ~s nnvnlhns, o cnc.ele, ore·
'innito rnriis respei tadas do quo ns nossn3 ·Iois cs· Wul\·cl·, etc. ; e q lte Luilo i~to seja - 'lllll meio
cripla~ . . · . cleitor:tl . .. ·
Là não se vota porque aletr:~ de uma constL·
tui•;iio o tlir., mas porrruc so os_l<i no direito d~ O Sn. G,\tutxo- DAS Nr.VEs :- E as propri~ s
votnr. · bn!oa etas do govcmo.
O "'l'.~mle svstema (\os ares tos. svstcmn dn co· o Sn. ::htM NIIA ~fAl\IN IIO : ""'" • • • . c :tinda
berc~cia, S);Ml<!nt3 d a ig-ualdnile •dn jusli~o, é quereis <:oro;u: n vo s~a ol>rn _punindo súmentc
o IJUe de~ gra~ ad:miente n1io se {II'Ofess;~ neste o homem do poV•l, o que não póde :tprescnt.ar
pa1z. um titulo du renda? ·
·o Sn. Slinmo Dt CAsmo:- At>oiado. O crime nri elciçiíó, di~ em os fami:;erntlos ca·
balistns, .só existe quando se perde ; J>nl'tl g~nhar --
O S:t. SALDAXII.-\. ~t.ummo:- Nús queremos tudo é licitiJ. (Riso.)
sómcnte n lei cscrlpta, ç todos trnlum de. íllu· Aonde n co l'rupção se ostenta - tMis, aondo
dil·:~, con(ot·me tHlccc~~ •dado ou n convmuencln com m:.is cvnismo é professada? No prolctnrio,no
dn óec:t•li'io : tal é :1 verdade. · · tJobro? Nà m;1ssn P!ltmlnt·? No povo annlpho·
Esto!Jeleccr um determinndo censo c illudil-o bcto '1 N~o ; ostes o penas tum slçlo victim~s da
COIIl do(lOOileneia de CUSloSIIS, O IR Ui tllS VCZOS corrLtpçuo dos r;ti'Dndos. Quem tem lc\·ado o
lmt>OS~ ireis provas, não ~ co usa ·que se nd· pai& ti dcsradnção, quem ncellou coosLhulção
mitto. · · sem constllllinto -; quem tron~ige por interesse
0 Sn, GALDil'iO DAS NEVES dú Um Op:Jr_to. oecMionol uno I! o pobre 1 nem o onnlphabeto,
O Sn. SALDANHA MAniNHo:- E' um principio o o t•ico, o grnndc, o pohlico prepotente.
lnlso, seohortlsl anh'mar que o tt•aballlndoa·, que · O que o povo tom leite. de máo, i! não t~r c•·cado
o pwletnrío, o JOmem do 1J9VO, quo não posso por si mesmo -A sua lei, é dei:t:Jr ·se espiDgar·
oxhibit• um conhecimento do thesouro, n5.odove ilcnr impunemente, é niio tomar contus nos seus
-rotnr, po~ue não tem contribuido com o seu pretensos senhores.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:43+ Pág ina 22 de 29

332 Sesslo em 1 de Junho de 1880.


Deixais ímpllncs os autores de tantas inramias, reduzir esse povo. a nada. tsto ném i nobre,
porque na nossa terrn ha um desgraçado prin· nem verd;~deiro, nem justo.
clpio de q11u só ha · mor~ltdade na efelção • Só devem ser eleltorea , dizem ainda os
quando se vence (ri1o) ; deixais o corruplor adversarios, os quo pagam uma certa quantl·
impune, e att! o prcmlais, com emprej!'os, em- dade de impostos, e assim contribuem para as
prezns, etc., e so quereis c:~stigar o pobre povo, despezas lfo Estado; e desde qne só o.podem
que muitos vezes não póde haver-se nas ditn- fazer os proprieturios, e os ·que por qlllolquer
culdad~s em que o eolloeam '! . · modo pagam contribuições ao Esta~o, devem
O projeclo não diz claramente:-ncam exclui- ser elles 11s que elejam os representantes, por·
dos taes e taes cidadãos-, mas no que concerne que o direilo é correlativo aos onus. · ·
prov.a e~t:i concebido por tal rórma que e:tclue • Soph,ismo·: . · ·
uma ~orrande parte, e posso diEer a gronde maio- • Ningu~m hn que doix:e de ci:mlrlhulr, de
ria dos llraúlei ros. . um certo mo_do, direeto ou indirecto, para os en·
· O Sn. G!tOJNO DAs NEVE$ : - fsso ho. de 5et· cargos do &slado. ··
melbor~do. · • Dos impostos indirectos uinguem escnpa; o
mais pesado dos impostos é o do sangue, que é
O sn. SALDANHA MARIXHo: - Direi oom·o lunçado sempre sc~bre o pobre.
Emile Girardin : o direito do voto póde ser • Sendo isto verdade, aqnelle mesmo prin-
ampli~do, mas nunca legitimamente restrin· cipio, invocado para combater• nos, h:vnao volo
gido. ' universal.
o sn. MAnTur FnANCISCO:- Apoiado, e é pe· • Si o que se paga ao Estado conqilue um
direito de exercicio polilico, esse direilo deve
rigoso dimiimil·o.
ser desigu.-1, coufor!Ile mais ou menos Cõr a con·
O Sn. SALDANHA MÀntNHo : :..- Senhore~, devo tríbuiçuo. ·• ·
ser fr:meo, eu sigo ~ escola 'dos que adoptam o
principio du i~ualdnde do suffrogio, porque o O Sll. FEt.IcJo DOS SANTos :--Em theoria isso é
sutfrag-io universal .é o principio. da tgunldade Irrefut.wel, mas eu vou·. pela praticil.
é. o prinCipio democra\ico por ex:cell~nci~. Re- O .Sn•. SA.Lll,\NHA MAniNHO : -A prnticn de·
mns~•t $U~tenta essa es~oln. C()tn vantng'•:m. A pende das b,•;is leis que su promulguem, e dn
guem o !e[ c:~lmo e r•~Oeelido, elle eonvelice serie de medidas indis(lensaveis pura fazel·as
Diz elle:' eff~cti vas.· .
• Dá· ~o um irritante espectaeulo :i sociedade - Sr. pt·esidente, o projeclo no ~eu delnlne, c
inteira intt>tdi:tendo lis mnssns a compnrticipn· no plano de diminuir o numero dos elellores
ção na nctividnde civica, .isto é, ~on~tiluir da fm· mais longe ninda. ·
HIJCI'doclc -Jlnlítl•·a uut privilegio re~tricto. Isto Si não di:t clnt•amente que o nnalpltab~ta não
seri:~ im1n·udt•nto ll contmdietorio: rur:• uma base
tem voto, implicitamenle o estaLeluce. quando
assaz deOdente para o edillclo social, · d~termina que o eleitor (agtigo votante ou
• O pobre, diz·se, é locilmenle ~usc:eptivel de :~ctUlll \'otante) e~creva e assigne um recibo, c
corrurJçàu I Mns isto é fazer um:~. nccusnção escreva elle mesmo a ~ua ceduln.
pollcO l!Olll'OSR Ú hU!U:tUid~•de . l\hs, senhores, umn tál providencin,dect·etadn
• Si lw pol!res que se deixam scduzit· por ;;ssim de ch••f•·(~, é até lniqua e cu a comb~to.
pnlme~s:tt<'ue dinheiro, hn ricos que os pro\'o• No nos~o pniz :i cuja populacão ~e promcttcu
cam, e entro •~CII'l'Lplor e cot'l'otnpido, a morn- o ensino gratuito, mas q.nll su illudin a pro·
lid;lde Ú D .lllCSlllll. t mes~a desde o começo do imperio ;·. no no~so
A .sober·nnin dó povo scr·u snpplnnt~dn J!Cla pnlz onde ns r•scolns são em ntunero tfio dimi-
sober:mia do dinheiro. nuto, e ~eralmente mal dirigidas o qu~: pot· lsso
niio sat•sfazem as Dl!cessidades do inslrucoiio
O Sn. SALDANJJ.l MAmlnto:- Neslus mesmas prlmaJ'iJ, n~1n a nove dccimos dn populao;ão;
idP.n~ abundn Vncherot, qunndo diz: que n ros- nii.o so· ~mo direito de c~stig;•r tüo íleseom.mu·
tricçüo do su!Trngio ê a negaç~o do principio nolmente os que têm n iofelicidao.lo de, j>or falta
democr~lico. de escolas e de mestres. não saberem er nem
l'c~o licença a camaro para nmpnrnr· me com escrever... ·
n opiniiio de. um grnnde publicista, o bern . co-
nhecido Pcitu, defensor hnbilissitno do sulfragio O.Sl\. GALOINO DAS NEVES : - P31':1 nove mi·
untvel'sul, e cujas palavr~s convencem a quem lhões. de hnllilantes hn quatro mil escoll•s.
quer que se oecupa de boa fé dest3 questão:
. • Objccla-se, di~ elle, oUegando que o snffra-
. e
o SR. SAÚl~NHA MARtNJIO:..;..., •• eslns mes·
mas escolns disseminadas na vastidão do Br!llil,
gio nãopr:uJe ser de lodos, purque par,, ·possuir e geralmente dirigidas por ignorantes e incopa·
um dire1to ti mister ~er capaz de exercei-o. E l!:es do mogisterio.
nem tedos têm aptidão paro o suft'ragio. Dizem Não nos iUudnmos com o que. exige o pro·
m~is q11e a igualdade é uma ohlmero; que jetq nesta esp~cie ." -Não ó franco na exciusiio,
cada um dsva representar o seu· papel ; que nos mas Implicitamente. a .eslnbelece, axtglndo re·
intt~Higentes enfie o governo, nos Ignorantes o clbos o nssignntnrns do proprlo eleitor.
!erem governados. · . E o que a1llanto slmpfesmente assignar o
• 1\esponde-se com vantagem. · nome, e escrever algumas palnvrns, quando niio
• Proclamar o soberania do povo e negar·llle se exige que Isso se ruça· correctameute, e com
o exercicio é uma hypoerisin mesquinha. o criterio necessarlo ? . .
• Dizcis oo .povo : Rois sobemno, collocai·VOt Ou devia exigir um certo graõ de lnstrucoiio,
a seu lodo si elle exerce a soberania por uma ou é sim)llostneote inulil e inconveniente.
revoluçiio; mas, reslabelecid'a_a paz, pretendeis Escrever o nome é cousn que facilmente se
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lmiJ"esso em 271U11201 5 10:43 - Pêgina 23 ae 29

Sessão em ·1 de Juoho de 1880•


aprende, é eousa material. Escrever, e mal, o aio - eleitorado-, e como qne attendendo ao
nome niie» póde dar valor ao individuo eomo o i .• gráo da eleição indirecta. ·
· projceto o supp!ie. · . _ . . Tratando-se de eleição directo, o .eleitorado
. SI o projeeto não exige saber ler, é sonumte deve sct• composto de todos os votantes ató agora
escrever o nome, é !~eficiente e f(llta oo 11m a prlmarios. Nem por mudarmos de um systeiDII
que se propõe. · de eleição podemos preterir o. direito daquelles
E. porventura, assignar o nome e. ligar ma· que Já o gozavam. E o onalphabeto goza e está
terl:ilruenle syllabas é saber ler e escrever !. de posse desse direito. · ·
' Dei'xcmo~ fallar o illustrado Feitu :' nttcndo.
a eamnra ~s palavras sensatas desse grande ·pu· . cons · Das 36 legislações eleitoraes, e respectivas
t i tuiçõ~s que consultei, sabe u c~tmnra a
blielsta. Diz elle : - _ . qnaes.e quantos Estados vamos imitar 'l Ap~nas
· • Ha quem não saiba ler o escrr.ver, e que en· sele, e eu os mencionarei . Slgnmns o nobre
.tretnnto é d11tado de muito bom ~enso. . . exemplo de.Fr11nçn, Hespanha, Portug:al, Ingla· ·
• l'..onrunrle -se cousns bem .dilterentes ! 11 in- t e•·ra, Pru~sia, Belgica, Suecia, Suisso, Ealndos·
strucç.~o e o bom senso. Ler .alguma eousn ees· Unidos do norte, c · tantas 11utras nações, que
erever o seu nome póde conseguir-se em dons nio consideram o analphnbeto !óra · da lei po·
ou tres me1.es: M!IS o criferium não se obtem litieo. ·
com essa facilidade . • A ei lgencla lne~ pP.roda, de saber ler e escre·
A exigencia ao votante, de saber ler e escre· ver para votor, ê quanto a nós, e na acLualida·
ver. tr:u con tradieç!ies rataes, e consequencias de, d.e perigDsaa consequencbs. ·
repugn11utes. · . O SI\ . Z.uu.:-Este ponto para mhri é indis·
O. poder marital, o palrio poder, a. l'ae.nldade
· de te!'tar S:io direitos elevados e importaotis· pens~vel. ·
slma<~ prerognllvas ; p9rll i~so é índis!Klnsavel · O SI\ . SALDANHA MAntNao:-Sigaquern quil er.
maior somma de crilcrio, de boa· r~, e de si"-·· e~ sa ldll~, mas eu entendo qlie o vcrdad~iro e
eeridllde; e ainda ninguc•n se le111brou . de ex· sincero democrata não a adopt:~rá. (Aplll1e.f,
clnir do~ respectivos exercícios o.; que niio protest 1s c reclm1w:õt.& •.) Sabe V'. Ex. a que
sabem ler e escrever. ' paizes vamos imitar, com tão deseommunnl pro-.
Purqttc · ha dc'l pois, n lei · polilica excluir a ·videocia'f Só encontramos a prohibi~iio de ser
presumpçilo l!'eral de dlscermmeoto em qne se vota a te nos que não souberem ler Utloi e~orever
funda n lei civil ? - · · nns leis dr 1 Urugnay, Salvador, .Chile, Perú,
. O chet'e do rnmilia tem interes.~es, multli -Equador', Bolívia e Guatemala. . . ·
- vez complio'lldos à dirigir, e a lei o reconhece · Al~m destes, apenas se vê na da ltalia Üma. tal
cor nz : lo!m J,!'tnndes deveres moraes a cumprir, prohlbl.cão; mas"" ahi me>mo é est:;belecldo o
devere~ de prolecção â· mulher, dever~s de au· pt·incipl••, vi..t-se o le!d~la,lor . cmb;lrn.··ndo · nn
.toridnrle e do educação pora com os filhos,: e .:i execução e teve de estabr·lecer· excepçües em
'lei ret·onhece o an:~lphabeto cnpaz d e os de~em• !nvor de nlgum:~s provincias. -
penll:•r: e entretanto éa esso mesmo. homem q11e · O Sn . BuTISTA PBREII\A : -E' uma das idéas
a lei politicn nega·o discernimento preciso. para mais proveito>as do projecto .
escolhnr nm candidntoentre os m:o ts honrado;:,
totelll!!en•es e dti melhor conceito I O Sn. SALDANHA MAI\INiiO : - Eu sinto muito
A llbt•rdade- de con~elencia nio é negadn :~o não poder concordar com V. E:t. Esta ido!a da
analphnbeto: a propri11 Conslitnit:iio Ih~ dá di· oxelu~ã o dos analphabelos · acha·se rejeitada
reito de escolha de reli~iãD : a Consliluil;io re· geralmente. ·· · ·
conho>ee em todos o dtscernimento necessario O Sn . ZA.~>~A: -rtiiio apoiado; o n~:~bre depu-
- para crêr o que .melhor lhe .oonvier, o quor-;e tado não encontra democrata nenhum qnll nlo
agora n~~or·lhe discernimen~ para o escolha a SUStf:nte. _. -
de um randidnto em quem muts confie I 0 811 . SALDANIIA MAniNIIO : -Eu 8 Combato
- O analpbabeto ante n lei criminal. é apto e com toda a convicção. Bem desejava que os
pnra co n hec~l·n, ter yontodo o indispensavel
coilh ..clmento para proceder de uma ou de on- que me contestam me rosponde.<sem si para
votar n~o bosta o bom SQnso; o senso commum,
1ra tórmo, e n foi politiea ha de privol-o ·até do quonto
senso cnmmum pal'o votar em qnem lhe pa.reon dadios, .oba~ta pDra distinguir .entre os cone I·
que mais convenha, a juiEo de quem
melhor '11ió niio tem lntelllgencln para .exercer
um simples direito politico I ~acolhe. . - .
• Estabelecer um crlterio, diz um escriptor, o Sn. ZAYA:- Si é assim, porque não quer
para di s1in~tnir o honrado do deshonesto, o ln- V. Ex. a inelusio das mulhere~ e dos meninos!
telfil(ente do ignorante, t! o. cousa mais dimcll As mulheres tem ás vo&es mais senso do que
que conheço. . os homens. ·
· • A exctusilo, portanto ~ ale atlen\atorla O SR.. SALDANHA IIÁRtNHo: - E' possivel mas
contra o systemn rllpresentaüTo, porque todos nilo se trata e nem eu me occupo ngora dessa
· os · membros·da communbao são iguaes; cada · es~c ie. Vamos á q11eetiio e respondam -me : o
um é soberano, e o poder Aoclalique t! a manires- lnnlphobelo tem diseriçio b11tanle, e como
1aç3o das soberanias in•livlauacs, nilo oóde elemento essencial, para ser CCindemBado eriml·
· de.lxor de emannr de todos e de cada um delles. nalmente' Dizem as leis que sim ; wdos os
Cumpre , senbores,qne attendamos' enormo e Jurisconsultos dizem qne o analpbabeto· tem a
descomtnunal redncção que se voloperar no perspieacla bas\ante para distinguir o bem do
eleltondo. E nlo se iUuda {) paiz com 11 expres· mal ; e que JIOrlan\o, se pra\lca o mal dsve ser
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 10:43- Pá gina 24 de 29

334 Sessão em 1 de Junho d~ 1880 •.


. c:isti:mdo: . O analphabeto cxérce im{lortant.e.S Ullicos cre~ dores da desastr ada siluar.ão em que
direitos ciris.,. · . se ncha o Br:~ziL Aq11elles .que abus:tm do voto
O Su ~ ZurA d;i um apaa·tc . populor, o com ellc ·se ll[Jos~a m .das altas posi·
. ções do Estado, é quo têm lançado o pniz neste
O Sn. SALn,.~o...,uA M.\ntNuo :- . De~xem •mo de·· ch:íos. . · · · ·
sennolver a minha argumentação C depoi; f~· 0 Sn·. F&t.tCIO DOS S.,NTOs·-Jtlslamel' l•' ' ser·
. pon_d:lt~t·me. · Os apartes perturbam .n d•scussao vindo· se dos analttllalletos. · · · ' ~,.
prc.)udtcam quandq se trai:!, es[Jec.talm,.ule de I . .
m~tcria do tanla imJlortanda. (Jluitos apoia·l O. Sn · ZA~LI.: -:- Oquo ou pos:;o observa,r ao
<los ) · · . nobre de[m lado c quo o annlpholleto tem srdo o
., . Z n d • . · . instrumento dn ces:trismo. A historia nh i eslá.
O ::ít:. AliA ; - " u~ n o Cll 11011 D(llll"te;;:, Sl ~lll· I' os' G ' .
fico cnm . is>o :~ murar conshle r·~~;i<J p:n·n com 0 , , .· 11 ·.. ·",~:~rxo n~s ~~.,.E~:.-b ve rda e; nhr
,, d .
or~dor; ·. . . · ·.· . I cstan h~ ~IO.hl dOiH~I~~·:.o.~emall~. . · _.
O Sn , S.>.ttJ.\NIJA MAlUNno: - Ctlntprehcn do n 11 ~~C~n!•~~U.~::! os ap.u tes c.• t, c cs St -~. Guld•ao t!.rs
I
ill\PUO:"•o ue v. Ex., (! me uf:mo l.ltll l'I!COIÜU!•'el' rv. e;;' . z.. .)
n nitiiÍ:\ bonrl~,lo con1 que ~empre me honra. , O ~11 . flnE~toi;N'!E:.-Qu~m tem :1 paluvm é o
meouJ'I ~nc i, couLtuunndo direi; para ser l:ttor, I
Deh~·~m· m.e, potclll ,~l·gnir nal.iclHomira~flo aquc 1Sr. ~aldunlta !\Ia1·~uho. . .
o S;~ . S. ALD.\NilA ?..hlii.NllO :::...Sejamos justos,
p:m: cxét•t•cr o p:1trio t'od,!r. v~ •·:t ser chefe de sejamo;;· impnt·cíac5. N:io é sô 1los unnlphabefos
famil i ~ , uão falta uo · unnlphn!,cto. segundo ns t']Ue os dc:;;potots puliticos de todo.- os tHtrli,ios
noss:•s lei ~ , o twce~s<Jrio ronhet~imento , a pr.t'· i tem cre:~llo instrumentos d1J se us plauos Hgois-
spic:tcio, o bom ~cmo. Pois bem ; ~i o an:•lph:~- tiro.•. No fuucdonnllsmo publieo; n3 mil ici:•, c
beto exerce faeulrladcs t5o importun lcs co1no 1 em loclns ns dasse$,;linda.mesmo cnlre l ~CH IIens
Yolo 1 . ·
I
esta~, . po:·qnc IIJe quereis tirar o· direito do il!us_!rndos,_ t_em o pud.e_r, 11clos meios da t}ue
dlspoo, uscolhtdo os seus mstrumeutos, .e os · l~m
O ~n n l ph~lie fo pMe ~cr rngmado? Senhores,. nchndo si!m grande \'Sforço,· Esse uq:; ttmcnto,
percorramo~ !odos esses t'list!'ictus clcilornes d\~ portanto, contr~ o~ :•n;~II.Jha!Je los, si os 11óde
t'óra tl:J · cidnde; Vlllno~ eutendcr·nos com e,;s11s pre.l udicnr, tnmbem ·tlrejudica a innumcr'''" llt·a·
poptlku;ües ;malpbnbl'las c en,·ontl·arl'mO$ entre zile.irós Cllle sabem l lir e cscr uver. . .
e IIns muito hom s!'nso, mui h• di'J.(niúade o muita Aitula uma cousidct•nçüo, a . t}ttt' devcmoa
honr:J, e talvez mnis inde;•endenriu. attender •.
Si a.:aso me · dlsscssem-llxe·se um. pi·alo, Tenbo ouvido que no intcr>allo da lll'om uJ ..
eS I31Jd t•çam.~ee s.;ol<ls flOI' to:h1 a t>nrtc .e digamos g~ção da lei, que! ora 8c discute, c a sua exccu -
~s voumte~ : Si d 11qui h~ c':rlo .temtJO noo \i. ~ão, ba tempo b:t ~tnn~ll para apt·coder a escrever
1

vcrd l'S oprendido a ler c a e5ca·cver, cotil os algum o. con5a, c as;;iguar o. nome.
elenwnto ~ que vos dmnos, j>enlcreis o direito - Sr. pr~s id C)ll~, V. Ex. sa be que toda essa
de Yoto • .• · ·· gente que vtve do ~;eu trnbnllw quotidiano,
E' !!Uando u\uilo o que se podi11 · fazer neste não tem nm dia ~c quer na !\emana potrn puder
sentido. . . . rrcquentur U!lJ:! : ~~~la . lia escolns UIJCturn~s.
mas estos l'nrtss amu~.
o sn': SEIIGIO Dti ' CASTRO dit um npnrlc ,. O Sn. ·G,\ LDINO MS Nl!VEs :-Em uma ~opu·
O Sn. SALIMNII.\ MAmr>no :--Senhores, o luçiio di!'S~ minnda como a nossn, ê quos1 JOI•
que l!!nho, com t:~.ntu con,·icçlio ~ustentad o, possível. ··
m:tá ;•mp:,rndo pelos melhores tmi.Jlieistns, como O Sn. Sun.l.lmA MÀnnmo : - lá ·não quero
Rcm uBilt, Fdlu, Charuer, e muitos outro!, IJUO fnli:Jr na côrto onde cumpre !JUC fique consi·
o canJ~ ra conhece, c ou escuso referir. gnt•do qui) de 70,000 menores que devem fre·
O ~n. ZAliA:-Esses süo lá do .Europa; v:tmos CJUentur os escolas, unicamente ta,ooo ns fre-
· snber o que escrevemos n (:s, quen l:~m. Cnkule- sa a proporc;flo o se chegarú
O Sn . SAI.IiANHA MAatNIIO: - 0 que eu estou n nv:tliar quantos brozileiros tl!m a huilililaçiio
dizendo. · exigida p•Jlo projccte . ·
· o Sn. ZAMA :· -,J'I[as cu digo ex;~ctamenle 0 O Sn. lA~tA : - A exclusão dos anolphabeto8
contJ·ario e com tanto direito como v. Ei.- .aeró utr· ':stimulo. . . .
O Sn. ·..;: r.oANHA MARINHo : - Niio e com esse
O Sn. SALDANIIA hfAntNno: -Estamos ombos estimulo r:11·1 ~e tira o direito daquellc !!De o ·
em no~ so direito, c :cada um póde v h· ó tl'ibunn possuo. E~· l11belcçnmos medidas pnrn o futuro ;
sustentar as s nlls opiniões. . ~ qua11\o podemo~ fazer. · · '
· O Sn . Z A!IIA:- Ib no· elassc dos nn~lpbabelos O Sn.S&nGao DK CASTno dá um npnrto.
grande indiO'erença, ·é preciso dize!· o ~o Paiz.
o Sn. SALDANHA !!IA.numo:- o procedimento V.oEx. Sn. SALDANIIA. MA.nnmo :-E cu .direi
que privur o cidadão do um direito
a
dos gr~ndes da terra tem levado 11 de~ crença oo que elle tem nté hoje exercitado é uma iniqui·
espirilo do povo : só dahi a $U:l lndilfereoça; dado, t! uma injusti ~a, é uma immt~ralidnde .
~io é,senhores', eu j3·o disse, dos ~na lpbabelos e
dos homens do povo,não é dessas numerosas claa· o sa. z.uu. :-Pan mim a etelusio do annl·
ses, quo o proj eot.o excluo do votar; que nos têm J!hnbeto significa o exclusão do 'nnvalh is ta ~
vindo os males que nos assoberba m. Os grandes, O sn. SA.Lt>ANUA HAntNuo:....,E' nlndn um erro.
os poderosos, os que se arvoram em influencias, A exclusão do cacetista, do navnlhistll e do ·
ou que vivem nos alluras, os egoloados, sio os capanga nüo lê púde eonseg~tlr por esse modo.
c~ ara ~os Oepl.la~os- lmiJ"eSSo em 2710112015 10 43- Página 25 00 29

Sessllo em ·1 de Junho de 1880.

Entre ellcs muitos sabem ler e ·escrever, o O Sa. GALDINo DAS N~:vas : - Isto níio te~ ·
desde que puderem Pl'9TIIr a renda .legal.-, , · duvida.
- ·. O Sn ZAMA :-Ahl estou em divergencia com o·Sn, SsaDio ns CAstno :-E' o sulfragio uni•
V. Es:. O censo pnrn mhn não tem o· menor vers11l. . · . ·
nlor ; ·o que deve regular é 11· capacidade o sa. SALDANHA MAiuNHo:-sem duvida: a
inlelleclnal. - exlgencia da renda de 1001 eil.lre nós é o esta·
O Sr. SALDANHA. M.ummo: _;O nobre deputado beleclmento do suft'ragio li.nlve>rsal. E guonde
não we ttJm comprehendido . Não sou partida· assim o temos pela propria Colistitulçiio de i8U;
rio do censo, o si rallo nellc é por trntarmos de tudo qnonto fõr dificultar· o voto com a singula·
uma lei ordinarla, e nã·o convir augmentar as r idade e res~rlcção de provas, é sophismar· o
.punhaladas na carta do i8U. Nos E8lados Uni· direito.
dos do "orte, não se oxige renda ao eleitor; en • o'Sn. SEIIGIO DB CAetno : -Eu nio .o. quero
contramo• lssó na Ingl1torra e em outros palzes em meu pai%. · .
onde, como neste, li aristocr:~cia não con~en te
que o pobre seja eleitor, para melhor circnm· OSn. Zuu.:-Serviu ele Instrumento a Napo~
screvor o elcilorado ; entretanto .Que nem· nesse leão UI. ·
· paiz singularisslmo se fallt1. em e'ltcluslio do O Sn. GALDINO oAs N&vES·: -E está seri'indo
anolphob~tos. · . . á regeneradortl republica.
o·su. Z.ur.t::- Neste paiz oa ricils são os mais OUTRO SR. DsPVTAoo: ,-Em todo o caso o
indilferentes. · ·· sutrr•gio universal é melhor do que o que le·
·o Sa. S.lLDAftUA. MAtiiNHO: -E, entret3nLo, mos hoje. ·. .
_. são ellcs os que m:•is racllmenle podem provar o Sn. SALDANHA M.ummo:-sr. presidente, o
a r~da parn eonsliluirem o eleitorado. go,·erno do povo pelo povo que d a idéa · prln •
O ~R . Z.uu.: -Sln (JU~Iüo é de censo, e cipal que deve conter uína tel de eleiplio directa,
quem. po~sue :1006 tem um voto, quem possue e ôirettodo·povo para gove:::~ar·senõo será con··
1008 deve ter dous, e aS!IItn pordiunte. · St!JlUido uma vez aceitos os detalhes do projMto.
. E' faell:t demonstração. A estatistlea omcial,
O Sa .· S.U.DANHÁ MARINHO : -E' bom ·o.rga· que ollás nõo é digna de conUança, masque para
mento para dB!trnlr a es:lgencla da renda para um. calculo npproxlmadl> póde pre~lar·se, nos
votar. _ fornece um argumento poderosisslmo, contra
. 1!:, visto que especialmente se lrilta desta es· as restriecões do voto estabelecida no projeoto.
pecie, 'permitln·me, Sr. p1'81ldente, q11e eu digo A pnpulnçlo do Bruil esü calculada em
com rranqueia que me p~~reee até lrti~orio que ~.318.6!1\J homens Unes. Des~s siio analpba·
·. estt·jomos perdendo tempo em fnvenlor e pre· betos, 3.31•6.601. . . ·
screvcr um melo do prova do .censo, quando ~ Temoa que 1111bem ler o escrenr tOlii.097.
este de !008000. · Calculemo~, pelo mini mo o numero, closlndus·
A necessitarmos de um proetlsao para e8sn trlaes, operortos~ 111vradores, que nã<t podem ex·
prova, bastov:~-nos nlel con~ervadora do terço, blblr u provas ora e:dgldns, de. renda, ·em
que, .nesta parte, é mais liberal do que o projecto. i.OOO.OOO visto quo 11 ostali~liea nos dli deesas
classes um numero superior a.tJ)OO;ooo. ·
O a. SBtlaso os GAsTao :...;.mo apoiado. Restam !!.091. · · .
O Sa. SALD.\NHA HAsusHo :.....:E• preciso ler n E uindo desses U.OOO, teremos de deduzir os
lei de 18711. · ollenodos. os interdletos, os sem occupoção.
0 Ba. Sallato DB<!A.S'l'l\0 :-Jâ as .compucl. Em qúe proporção ficará o corpo eleitoral
directo, observ&dns as ex.igencl:~s do projecto'
O Sa. SALDANHA MARINHO:- A lei conserva· Qll:mdo mesmo tosse o numero de brazilelros,
dorn odmitle 1 Justillcaçilo judicial para prova maiores de :u annos excedente dos ~.318,691,
da renda de !OOSOOQ . · · ·· · que n estalistiea omcinJ nos da, teremos no
muitó 3 "/o dessá popoloção 11pta 110 eleitorado.
0 SR. SBIIGIO DE CASTRO :-E' justamente por• E. tratando-se de . eleiçuo direcla, pergunto:
que o nctual ·projecto é mais liberal,-porque 3 súmente podem reprAsentnr 100, ou consli&uir
· difficulln a prova. . mGndllt:Jrlos desses tOO't ·.
O Sa. SALt>UHA MARINHO :~Mais liberal por Hna n representação naelonal, 3 represenUção
que difficulta I do povo, conrorme n indole do systema, Jámuls
ser11 lagitlma si só é constltuida por 3 quando
Eu disse que era irrisorio conçarmo-nos .em 97 ficam sem representação. · ·
eslllbeleeer um genero especial · de provn de
. ronda, guondo a exigida é de .:1001 por an.no. Qqe corre A maioria do povo, Sr. presidente{ nõo con •
n91~essidade temos desse proce!so't Ou o lnib· para nutorizar o mandato po ilieo, Não
viduo é mendigo, ou interlilcto civil, pollllcn on será a malorin a constituinte dos que se nppelli·
criminalmente, ou tem um abrigo e se susten\11, darem representantes da naçio.
· e desde que se nos apresenta exigindo o sou U11 SR. DJU>OTAoo:-0 governo representativo
titulo de eleUor, deve ser satisrelto, porque a não é o governo da mnloria.
simples olhiblção de suo pessoa, baslli paro se · O.Sn. ZA.n:-0 roverno. fC)presontallvo ~o
conhecer evidentemente quc-veatindo·se, ali•.. governo de todos. · . .
montando-se e tendo um qualquer abrl~J não o sa:· SALDANhA l\l.tniNHO !- De aecurdo, é o
~ possível que deixe do ter menos de lllb por
mcz. governo de todos ; .aceito· a deflniçilo. Mas si é
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:43+ Pág ina 26 de 29

336 Sessão em 1 de Junho de 1880.


o governo de todos, não podemos excluir a O Sn, ZAMA. :-E' o qne quero ouvir.
ning-uetu. . 0 Sn. SALDANHA MADti'IH0.:-0 povo é o
St exeruirmos os annlphaber.os, os operarias, mesmo, o bom senso e o criterio slioos mesmos,
os trabalhadores rurnes,equontos tiverem impos- hoje, como bontem, como ser:i amanhã. Dizei·
sibilid;~de de .provar a renda, dizei-nos: o que
nos restn 1 . . me porque é ( nõo me dinjo pes~oklmcnte 11
E' diDcil comprehender, inas nunca será ex- ningucm }, porque ó que as camnras sempre se
cedellte d~sses 3 •t. da popula{'ão : nuno~ compõem de ma10ria do govllrno, o ultima·
constituirá a representação da maioria. ·o depu· mente são unanimes, ou quasl unanimes Y
tado eleito não será assim jamais o represen· Ulll Sn. DEPUTADO : - Porque o governo taz
- tante do povo. nk~~. .
O Sn. ZAuA:- O calculo está errndo. Os func· O 811. SALDAl'iHA MAniNn:o : -Sim, porque o
ci;marios publicas vão acima, e estes são elei- primeiro pre\·arie~dor I! o governo.
tores. ·. Quem suborna e desmoratisa o votante' O
O Su. SALDA:VHA MAmNao:- V. Ex. vem em governo, pelos proprios ministros, muitas vezes
meu soecorro; o eleitorado serti, na sua maxima pelo presid..nte :Ia Jlrovineia,.pcloscheree, dele·
parte de empregados publicas, será ~empre do gado e subdeleg-ado d.e policia, c que constrne n
governo, uma ulygarehia eleitm·al será esl:~be• arm;~dilha em que com promes~ns, com ameaças
tecida, e o governo supvlant:•râ o p~iz. 'Eu dissll com extor~iíes e {001 todL's os meios indecentes,
que niio conlla\'a na est~tistica omcial ; bns'eei o colhe o-povo par:t arrancar-lho o voto. E, uma
calculo sobre ella em falia de outros d~llos pe- vez conseguido isso, é es~e mesti,o po\'6 escur•
silivos e certos: o erro não é meu 1e siUJ resultante raçado n espada e paws de cavallo, corrido
dess:~ esf.:llislica. V. Ex. entenae que a popu· como cão !lamnado, con~ra o qualapenns ê mis·
Jn~iio é maior,- conservc.~lbe rambem as pro- terpllblicar a molestia. . · ·
porções das clu~es em que e$t:i dividida e a Tenham !ls summldades pollticns consciencia
resultado será igual. (Ap~l'tes.} '- de sl;e contrictas confessarão quu os itnmornes e
Fella·:~e no numero dus empregados publleos corrumvidos silo ellns. Não tenho receio do YO•
~ COffi 8 Corte C !:Rpil8e~ .de provJneias pro: se to do pov••, tenho rjlceio do corruptor. (Apoiados~)
E' dn corrupção qne nos tem vindo o·.mnl;
cura argumentrtr, para fazer crer no grande
num.ero dos que pod~m ser eleitm•es. E!' iuud· ma:t que é congenito com e~te sys1ema,que não se
mlss1 \'~i o calculo, para ov~ lia r por t.odo o pnlz. mantem senão pela corrupção.(Apoiado.t.)
Reee•a ·se llln to, Sr. presidente, do rutTragio O Sn. SERGIO DE CAsmo ; ~O voto do po'VO
unlvt!rsal I . . deve aer Hvre. . •
O StL SERGIO DB CA~T110:- Em nosso pa.iz por O Sn. SAtDUHA ~(A.lUNHo :-E' o f!UC estamos
omquanto. pedindo, · .
O Sa. SALDANHA MAlliNno:- Eu não eXIlgero Sinto, Sr. presidente, estnl' abnsandn da
assim o descredito do nos~o pnil:. a\tcnçüo dos n•euscollegas. (Mttito• nãoapoiado.t.)
Permitia, porém, que ainda me demorl' para
O Sn. Ssnoto o& CASTtlo:-Nem cu. tra.tar de outros nontos do delalhe do PI'Ojecto.
O. sn. SA.LOANIIA lltAntNHo:- Estabcleca-se ~ Applnudo a prohilllçAo ao ministro de estado
volo uuivcrsol, scjn clie cercndo de ganntius de apresentar-se candidato á senatoria sob aln·
estabele9Dm·stl rc!!ras de l'epre~sio contra o~ nuencia do alto poder q_ne exet·ce.
corrupwt ,~, começando pelos arandes; .. (apaia· Laml\nto que no proJeclo que discutimo! s~
dOI) ' " Accrescenlosse uma execpçiio que não era men•
. 9 Sn. Stn. to D& Ca.sTno:- Ahi esta o bu- cionada no primitivo. ·
sths. . &te pniz, Sr. presidente, cltegou ao ponto de
pr~ci~n~ de umo lel,. para rozer eiJeclivo um
0 Sn.. FREDERICO nEGo : - lnterterencia. do prmctplo de dignidade. Está na natureza do
~overno. cargo, está nos deveres 'de honra polit!ea
0 Sn. SALDANHA MARINHo:- •• , podemos COR· daquelles que e~tlo por qoalqul'r emergencia
fiar na boa inda! e e no crilerio do povo. !!levados li cupola do poder, esquecerem seu~
. A eleiçiío directn .não trmi benetlclo algum, indivldunes interesses e o seu egoismo para
.sl outras ref()rmns tndlspensaveis a não acom· nunca empregar a sua influencia, e o prestigio
panhortlm. Mais de uma vez o tenho dito que Jba .dá o cargo, pan exterquir ou agei~r
O machiniamo. para a eleição livre ê~ com- a sua propria eleição{ poro. lm!er vingar o
plexo,. Não ser:i uma lei isolado, que o rurti seu lntereS!Ie, em q,na quer sentido· que seja.
per!etlo. Melhor systema de governo, perreita E' o quo com aummo desgosto não lemos visto
o~goniz!Jçio_}~dlciarin, .rmtonomla, das provln· nem observado, (ÃJXriadol.)
<llos, ~ sao md1spensave1s poro o realidade da - Senhores, q111ndo ·no projeclo vi a dlapoei·
ele içao. (Àpoia®s .) ção de que os mi-nistros nlio se ~deriom •""·
O Sn. SBnato DE c.Urno :-:- Quando estiver sentar ca!"dldatoa IÍ senatori~, opplaudl cordial·
assim garantido, conte com o meu voto. mente 8' ulélt-
Em ontra sUua~§o mo1'nl do pal&:.desneeessa•
O Sa. S~LIWfH.i. JIA.tltNHO :-·Querem eleiçilo rio teria 'raduílr em lei posltlv1 um alto priD•
dlreetn.t hvre e que dê os re~ultados quo· alme- elplo .de probidade poiJUca. Enlretaoto,~. eo., que
jamos T Empentt4!mo-noa pelas providencias· applaudl &· idéa J!Orque 1ó asalm ee poe \ermo
que tt devem cercar para garaalil·a. Digamos aos desrnaudos deun Rn&urel4, flD.tJ tiio fteqll8n•
alguma cousa prallcam-enle.· les se lêm succodldo, !cnll osmorecar·me o m·l·
c!mara aos DepLiaOos - lm"esso em 271011201 5 10:43 . Página 27 ae 29

Sessão em 1 de .Junho de 1889 . 337


~====~;=============,====~==~~====~===========;~==
.mo, senti obal3r-se-mo n con ll:ln ç:~, dop~l'on<lo . votaçijo da prov íncia r.om n \'oi:Jçuo üa Ct)rte (:Jics
no artigo que tao nocoss:.ria [Jrovidoncia cou· ~ii!J ~~~Rio de J:~nciro, porque a côrto tstâ em
tem cn:n um:t excc.[JI.'ào parn a tJUal não vejo tnmorcn.
j ustilicaç5o. . · portao lo os. li dcputnrlos são do Dio de Ja.
Nc,;so arligo necrcscc" IOU· se- :snh•o n~ pro· nciro, pi•ocetla -se â eleição dos dous senadores
vincia de seu nascim~nlo, ou por Ottdc tivor"m. o d?s quatro deputados que devem representar
si !lo eldtos de(Mtud,Js.' (.clpa,·tes.) · a curte. ·
N~o vol11rel por l3l excapçüo, \'atarei contra
UM
esse ndcndo, quo tira a forr11 :1 tiío S3lutar dis· dC JJUlaç~o.Sn. IJEt>VTAno :-Isso só augmontnndo 11
posição. (AjKJiudos.)
0 Sn; FELICIO DOS SAII'TOS ;.- A maior das De•
. o sn:-ZAM,\ :-A hi (cn1 rnz~o. cessida.dr.s u u nugmenlo. da dcptttnção.
o·sn. SALD.\NIIA. U.o.nJ~IIÍ). : - Si o principio O S 11. SALDAl"l!A. ·~hntl'iiH> :- Sr. presidente,
· · do lei, si a razão, c tieces~itlnde são conhecido~, qu:~ndo nós trotamos de d~r 1i rcprcsenlaçilo
si o mini:;lro mio p<ide nem devo pedir, ou nuciouot um cul'adot· de moior lmporlnncin, 6
nutc·s exlal'IJOir·, pola intluenclndo cnr·go, votos occMiáo do nugU1Cntarmo~ o numllro dos depu· ·
cu\ um:~ provitieia ostrnnha, pelo receio da t'•·e· tados o senadores. (AprJitrdtiJ.) Não podemos
polenciro offi1}i:1l, que 111ide exercer como membro esquecer os pequenas províncias, CIIIe têm muito
tlo governo, como ~e potlerú p ~1· m it tir que cli :~ poucos ret•rcseutllntcs.
te :~presente na provincil de onde é li lho, e ondo
mai~ fnr.ilmeute póde exercer. o predorninio? O SR. G.U.Dl XO Dll.s NlvE> :-Mas diminuin·
(Apoiado~.) Q11:1 l o Dl()tivo que p:1de justillc~r do o subsidio .
esta excep~llo 'l (Apart~5.) . · O Sn. BEr.Enn .~· C.wuco~.N'rt : ~A po iado.
Des~jo n regra nllsolut~ : detesto a excepcTio.
O Sn. ZAMA :- A disposi~5o era muito boa \amos O Sn. SALDANHA M.ummo :-Senhores, pn•··
de um princ.ipio, 11ue é c~rdeal na mate·.
ante:; do . •~alvo; c isto do ser ministro, como rin; A camar:t ·dos dcputallo3 deve es~nr em uma
dizin Pedro f, .ê um 11ceidente. cortn ttroporçiiO igual li todas ns provincins.
O SR: SALDANtU. MAtuNno :- Ha outro ponto Tudo que n:io ror isto é · mentir 110 a vstem:~.
do projCCIO que não ~~SO dt?iUI' de COtnbater, (tlpoia<l-111.) .· •
pol' impl)litico o oulihberol. · ., .· lia pr(Jvlncins que de,de o principio dão dous
A provincia do Oio do Janeiro dll. doz6 depu. .d(lJ>Ill:tdns o um senador, o ?Uo tli m direilo o.
tidos. Entendeu-se, c ontcndeu·se bem, que so sos·cm ropro~ontatlas por m:uto moior numero,
de\•ia apa rl:1r ·o provincin dn curle, 11 uo são dn:1s p:tt·a· podet'Otll' se1· l'oJ~pci\nd~s. (AJiliados, Cl"l!• .
porutaçües di~tlnt•toa e com tutercsscs disiinclo~ , :mn·~c <licuso.t 11/lal'tcs.) ·.
c.n~:>tn idé~ diz o projl'ctu quo 11 c()rlo dani, T~nllo presente um I.'Xcellente trnb41ho Bl·
por si só, qootro dcputndos o dous sen~dores. lnllstit.•o, no qunl se compar~m as proporções
Antes do tudo, cu entendo quo o pro\'i ucia em guc os 11ivet·sos dcptl tnllos se ncham poro a
do l\io de Jmnolro c~là nns c~onlliçücs do contl· popuro~~fio rrttc os ele~c. ser i~ !nsti llio~o ler
nunr n llnr os 5CUi li deputados • .(1\Jic•iado&.) . ngor:1 quanto consto desse prvdtoso trnlinlbo.
O Sn~ 7.A)t.\:-Ea entt•nd o ati.l quo so tleyo hnConteiiiO·I\le em dizcr-Yos, senhores, que não
du!ls. proTinci~HJUC tc:nhnm os seus rcpJ·cscn·
nugmentor a t'o tn·o ~ontoçã o nncionlll. .
C~ntcs 11:1 me~ mn Jll'OJlOI'ç11o de seus h~bi lllnlc s.
(lla ouh·o& aparte&.) . (Apoiad~s .) . . .
O Sn. SALDA:->11-\ ~lAl\INtio:-Felizmcnte esta· Mo constituo um3 desigiL,Ilbdc lnqn3li0ca\·el.
· titos de 1\ccônlo .Jm mui lu couso. e summ:uncnto injusta. lsto devo lior corrigido, ·
O Su. ZA)tA:- Em cJu~si. tudo . (.iw.i:u/o$ c OJli.Wltts.)
Eu o ulguns collugas apresentaremos em.occa,
, O Sn. SAT.OA.l'mA l\hntNno·:- E' pm•óm inn• siiíu opt>ot·luun nm a emenda no projecto nesse
cei t:wcl o digno du sério· rep:u·o CJ illl o pt·ojecto sentido. .
!lli :10 vrcsidnnle do ~ en:ulo n ~ ttribuiç:lo diseri- Tu1lo qLtanto.uõ:J fôr isto é illnuir o sysi.Oill(l,
cionnt'Hl de dl)signar d'entre os ~n:~d ot-es nctu:ICs ê illudir ns provi n~in .; cspcehllmcule petjnonos.
pelo l!io do J~nciro os quo·dcvcm sct· conside· Attcndnmo~. scnhos·cs, :i~ pei'J.U ~>n:~s provin-
. nulos da curtt'. (Ap ·rrtrt .) . .
cins, cujn~ dc(lutril,'iics t•u dc>eJ:tva ver t'Clt ·
0 IIICÍ 11 UllÍCCI, S<~llhOI'CS, [fUC CU conheço I.Í ~ nid:1s . em um s,) [lcn>atnunto, (IOl'I'(Ue só 3;:sim
côrle r'rocedet· !J cki<.'<io dos seus qtJntro depu· curnriom , mais rronuunmento iln~ interesses
tndos o llos sou ~ dous senadores, os outros doze qnc lhe$ .est ~o conll~ttltl~. · nc~gT<~ çadamcnto pura
• ~e putnd os ~lio rln 11ro .·incia, quo foi «JUem os
r.l o~<ctt. (Apoiados e apa•·tcs.) .
·cllns, nndn ~e tem fc11o ncs>o ~enLido, do quo r c·
Como é que cntrcg:~mos no pr e~tdente {]O se· sulta v erem-se sompt•nsn[lpl~ n t:l das. ( ApJil!do.t .)
n:tdo a desi,.nncfiOde lo~nr par~ dous son:uloresY OSn. FEI.tCIO DOS SAI\...Os. ~ A mniot de todos
Só oonheço"um·r.ompetetJtupar:t i>so: é o llldtot. ~s provinci:1s, a do .M inns, •·s:li tombem m:~l
UM Stt.· DsPtn 11JO :-O pre~ nchimen!o d~s t'C Jlrc~cnlnct~ om. rol~ç.ão :lll numero llo SlllU
se
'Vng:tS ])Úde L' dcterminndo pela lei. habilnutcs c ao numero de clc pnWdos quo d{1,
Sn. SAI.Il.o.NJU ll!.lntNno : - St·. [lrcaidonto,
O Stt. SALDA XIU. MAn tNHo:~Sc ttl· ot'~ll, .nilo I.'S ·
tcjamo~ n confnndir us cou ~os ..e~po~ialmonlo qntuulo trnloi da mntorio clei to t·:~ l na scssfio (Jlls·
n csl~ m:ih:wio. Os deputados cx.l~ t cntcs têm :1 ~nda, cu dis~ IJ e cunlinuo·n ~ u s :1•nl ~r : tun:t lei
~u~ vidn polilic.1, tilm o sou mnudn«o <1:1 maiot•in clllit.or!ll detltmde tl:<~ etlei:~lmonle du outras lei~
da provincl:~ do 1\io tlc Janeiro ; compnrndu :1 quo l{lmbem ~i'ío indi s pcn ~a vc i s,
·ro:no 1. ·- 13.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:43+ Pág ina 28 de 29

338 Sessão em 1 de Junho de 1880.

lima lei eleiloral, isolada e ulío gnrantida pela Ih~ demos Credito, inrlcpcnt!cndn, n morali·
dr.m:~i~ lcgisln~,fio, é .letra morta e sem elfeito, Lluclc intli~pcu>aveis. .
Si não ~cl!mpattltarmos a que ora discutimos
com outras indisr•cnsnYeis JH'ovidencias, lralm·
o sn: Co8TA .~?.ll.vEoo;-;\jloiudo. ·
lhnmos cú1 pum pot·da; nfiu se oblct·á re~ultudo O S!l, S.u.n.~~m.\ :1II.\mllno -Sendo assim, vara
vl;;um. que \"3lllOs lll'ar desse [Jotler a\::runs an-ente~
· s~nhorcs, queremos t·cpresentaç~o naciom•l, para oltpôl·os ~em pi•.•datlc e sc1u c1·itr.i;io oos
r]uct·cmos o systemn represenlalil'o romo clli\ odios, as vinganças J!Oliticas, c constituil-os
u~vo ser eonsiltcro.tlo, como todos o dcs ,'j.lln~s ? (lt\:lsi á for~;n (em boro nao elc::riveis) os chefes po·
Estabeleçamos para isso o indispen~avcl 111cca· liticos do~policos do sit:~.> locnlit1ades1 (AJlOiado.ç,)
nismo : firmemos ngarantia dos direitos r-i\•is o Queremos uma lei popular' Qt;.cremo"~ uma
c ]•oliticos dos cid~•diios. Contecemo~ pot• de· lei cl~itoral como conrétn que se raça no sys·
eretur que os presirlenlcs e vicc·prc~idnut••s dns tema demoerntico7 Estabelecamos em Ytl7. dos
pruvinci~s srj.1m por· e lias eleitos. (Ap7iUdl)s.) n..;cntes do poder j.udicio t•io os j ~ry~ de pnro:·ltill,
As ossemblé3s provincia~s sfio muito compe- comroslos de elettares, l' C0\15\IIUIDdO•O ari.Jilro
tentes parn isso (apoiudos), a.s tWO\'ineias serium leg:t pnrn decidir dDs tJUcstUes eleltornes. .
muito melhor ~rlmiuil'll'<llln~, os seus interesses E' um erro, St•. presidente," dar força di! de·
peculiares seriam muii.:J mr~ll!or zcladl'S· ereto judieinrio .aos desjJIIllltos dos juizes de di·
As melhores intenções, senhores, dos illuslres rei to, uu proces~o eleitoral.
cayaJheit•o•, que sem conhccoJr~nt as p!'O\'iucia~ Sem duvida, ID[IL qualiHca o projeclo de dc!l;istio
são para el1:1s m~ndados, nada vakm, [lor mnior "dc{itiitlt~~J n dos juizes de dil·eilo nesse processo.
que se.ia o desejo de fnzcr('lll o bi'lll. Os Ines julgados neam, no !'Ontrario, sujcilos
O primeiro escolho em {jtlese P-mhnru~nm, e em a uma revogação desmonllsndora.
que muito. vez nntlfru:.:-nm, é n iguornncin da lc· As cnmaras, cujo sobcr<mia na ;,•erilic~çtío dos
gislação provincial. E' 1n·edso que o presidente [lnderes do seus membt•os eabsoluto, inulili~at·üo
que ChtlgQ fuço primeiramente um estutlocS]lecial sampN 9.uo o qul!iram ·os tues jr1J_qados,· c assim
duquolla legi~la~ão qnc lho é desconhecida; e llcn pchl!dn n forço mornl dos ll:,tcnJes do 110d~r
esse! estudo. de ordinario como so roz ? E, unicn- j ttdici:trio. Não é islo da summa inconvl'nierlcia 'f
tneuto om casos especines, c qunnrlo se necessita Apartemos o~ ogenlcs do· porlcr jmliciario do
DllPiicar n lei da .provin1JiU oo fado que oceorro. conlli~.;lo elt!illll'al, licmos no pro11rio povo o
O systemn da legisln~·ão proviueialli de~conhc· Julgamonlo dos seus octo~ ne~sn mulct•ia,L•stal!ll·
cldo p~\0 presidente esh'D.Uho a \li'UYincin, lcçamos os jur\'S poptil:trcs, compustos de YO·
E' ro1·ço conf~ssnr qno nlnguom pódc curnr lnntcs ( !~to ê,' do clellot·os h c deixemos qno
me\l!or dos interesses da t•ro,•incia d~quo o que f:llcs tlcdtloln, pori(Uc o juiz do dircilo innmo·
ttelln · nasceu, ou nella t•!tn o seu clomicilio, vh·el, perrJclno, ce1·tameuto não so acoba1·da om
nquolle que ostejn nlll c~tnbc\c~chlo. ilqncllo CIU•J tlorUUHl dcci~fio lnjusln, C O jury da Jocnlidndo
tenbll pralica dlls homens uu loenlidnclo, e uem tem umo t't~sj•an>nllll_ldutlo immetlin!n 1mm com-
os. dlsli ngo.. . · .. os ~Olt~ cunr:. tlml:ios: n:io r(UOl'l!I'Ú incorrer nn
Podo·so dize•·, oJ,jc,Jttm,Jo : • ·~~rn~ ~~ nzcrmns nltitündi'I'I'Bâo pulllicu, trotorit do cot·rigir seus
isto, teremos os (ll'es!Jenlc~ de familin, lcl·emos ct•ro~. Isto sor·t\ sc!nl]ll'U IU~•ls gnr:mlillor do quo
os prl!siJcntcs !J:trli~Hrio~ nn lll'u''lu~in. • l'e•·· o julgamento Jlolo u~cnte ilo podcr j llllicínl'lO.
· gnnl•l uu: qu··m tem uwis rc~ponsahil ida r!o re;1l, Um Jlouco reculoso, tocar~ I om um ponto.
o lllho du JIL'O\'Incin •iUO l'XIll'cc o cnr~o dc prc!• llcJ·~unto ott: dol>al~ do ollerodo o systchHt
8hleul~, Oll um cxtt·unlw CJtHl [Jód~ fuZt'l' ltttlo cleil•ll"al, como nos o \'lltnus nll~t·n1·, qual c o
quanto ~ni?.er o ·rctil'ar-sc ~em uc·uhum:t ros· mado do eleger o I'egcnto? Pui'CCe·mo IJUC islo
tJonsnlliltlludc c smi compromott~r nenhum in· uiio cst:i tH'C\'cnitlo. A ll'l cstJecial d1i um svs· .
terossc seu' (:tpoia(los.) . lomn cleil')l"nl diverso. Si é o r~gencin de1e-
N5o hu nl'!!tHllonlo po~sivcl tm•a m:;tcnt:•r o g-ncf<Odn unçilo, a elci~litl tl.cvc sct· conto r mo ...
prcsidcnto de nomcaçfio ccntt·ul. O Sn. HAPTISTA PEIIlllllA:- Estú comprchcn·
Aíndn um ponto, .Sr. pre,drlcule, pura mim clida m1 l'lirma gerul \ucltt c ·tlualquer >~Uloridadõ
muito essencial o rJUe cond!•mno: ~a inLervcn· de clei~ão. ··
çiio do poder judidal"io nu pt·occ:::so dci!Ol'~l.
Do modo· por qtw o projccto l!stal.lcler•c o de· O Sn. S.!.LDANHA ~L\IlJNIIO :. -llcm. J•;•rcco
pendencia a. ~.;se \IOdei', Vll!lll)~ l't'Cnr, por c]Uo ns~im deve ser, mas rlcsejo qne isto sejtl
C:{Cllll•lo, no jniz de direito, ntun enthlmlo do cx.plicilo m lei. V.Ex. subo quanto se pócle~ophis·
prepotl)ncia 1~1 •JtLO ~c tol'llal"(l mnls \utuido c rnar em occnsiõcs ilostns. (,lpoü1dos.) Desde quo
11e ior do rJ tte o (ta 11n . se tratasse de um·a cleir,1fio do regcuto, uppurc·
t•ia logo a du vidu ; Jlorque convit•in mots se·
O SR. ZA ~IA: - Peior do q uc o cMc~vcL ·Ntío guil· u lei anloriol', como mais fncil porn a
dign do quo O pnp~, nuo; IJGL'IlUO OlJlljln Ô mUitO co·rrupção.
boa co usa. (Ri.~o.)
O Sn. SALIJANH,\ )1.\1\INHO:-l~u. scnllOl'C~,
O Sn. BururA PcnmnA : - Acho r.uito ; n
prolc>lci contra <me gran<le ddL•ito da lei olel· lei nunca perdo por sct' clura.
tural de Hliii, c prutc~tci !:esta ~~~~~ com os ·0 Sn. S.\~DANIIA 1\IAnlNilO :-l'ol' (•.on~Liquen­
exemplos 11S mois positivos. d<t, dovemos com />rccis~o Lot•nnr ns lli~po~i~uo~
E' do aiJ,dcttn uc~c~::hl~dQ c dcsdcl qttc quo· do~to projecto llllP icnvois ú eleição do rcgcn\l1.
remos csl~bclccer uma t't'Jli'CS<.)Il t:H;~o 1\llcional Voltando no q(to cu r:.hmnarei cx.lorsuo C•lllll'<l
como n du·s~j:uno~: que cutnC1:omos tnmiJem peln o direito do povo, o e~Liulho qtto so pretendo dt\
ot·ganiz:•~tLo Llo nossor1odot' jmlicim·io, para quo poose dl! t\lll uil'CÍL\l lttconcusso, alei hojo l'OCO·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:43+ Pág ina 29 de 29

Sessuo em 1 de Junho de 1880. 339


nheddo c.fruidn; permiltn-me V. Ex. ainda Justifico bem n ne..:essidado do serem os prc·
alguma~ consider~çues. ~illcntes nomc:1dos pelas provincias, dizendo
O llUVO não tem a l'e>ponsabilidadc qur- llte o qtw s~ tem JJns~ado; por exemplo, no Rio
emprcslam os que;:i custa delle c l'Ontra elle, do- Gnmde do Nort~.
fendem ns idêns rcstriclivas do projeeto; n cultJa r. E'l. não púde fazer idcn do qtlo vor ali i
é de outros, li muilo mais grave: n culpo e dos occorre, dos desmamlus .quo tem havitb, das
que ~em di~nidade o affiil!elll, ,1 culpa é dos Yiclimas quo so tem feito, elos qu~ cstflo em
que fa~em valer a suu vontade, os seus c;,pri- proj~cto, o IJOI' cuj~s existenoi~s se rcccin.
cbos a despeito de quauto ha de honc~tithlllc, Um pre~idenle sem criterio n~o divi!lou inter-
de cohcronein e bonrn política. · vir indecente o crimino;ameute na elciçiio dos
Sr. Jlresidente; a ubstenç5o !JUc, inconseient•) membros da assembléa provillcicl, praticando
c fncii, o povo tem rei to dos sou~ diL'eilos, :Linda la~s tropélias qno mais pnt•ccem netos ue loucura.
os m~is sao\Trndos, abstenr;.ãoque d;i Ct.ll'Ogem nos O su. FEL!cto oos SANro;:- Hn muito temt•o
!(UC sem lllCd~dc a tosrtue1tm, é o que :~lento a quo 35 cousns 11or Já não andam boas.
inWnçfio !Jtlll contra ellu se mnnifost:t.
Um povo que se deixa espin;.:ur!lcnr sob o •
0 Sn. SALD.~NI·I.~ ?lfAmxno : _Tudo quanto se
pretexto de cobtl•uça tle um mi~üravcl impos!o, (m(1e imaginar de arbitraria e até de perverso tem
um P.O''O que sofl'r~ contribuiço~s ~in,lu 35 nwis sido nlli praticado, c tts prt~~ldcncit'~ que se tein
odiosns, <JUe soll't•e ordeiro e sensr~to, que si aL'- succedido só t~m concorrillo para aggravar o
risca alguma vez as mais sorins o justas obscr· mal.
va-;ües logo após se. cala, 0 paga; este povo Permittn Dous quo o ultimo agora nomeado
solfreuor quanto é ~ossival,e que no soffrimento satisfal(a ns intenções do nctunl roinisterio, em
ó qualifleado de aJuizado, criterioso pt•ndento · cuja slncet·idade confio. · ·
o omDnle da ordem, ~ó não· tem c se c1·itol'io, O Sn. :MAncouNo !tlounA :-O aclual pro·
esfn pru rlenci:~, e~se diseernimentu quando sidcnto do Rio Grande do Norte é um dos ho-
tenho de concorret· c·om o seu voto para eoasli· lllans mais di$\inclos pelo seu caracter, tDlcnto c
tuir o seu manLlnt~rio y 1 itlustrn~~o.
· Siio notnveis3sr.ontradicções quo iu~~ta mntc- O Sn. SAJ,DANIU MAnltmo:-Acredilo :. o es·
ria s~ tem visto pronunciar, adaptando· se prin· pero quo satisfará a confinn~n de quem o no·
ciplos, e nrguroentando·se contra ~lles, mt~on.
Ou querPmcs tfma lei no sentido (Jc1·fcitnmcute F~111ci,Sr. presidente, un rerormn do poJcr
dcmocr;ttico, como no p1·ospccto do pr(ljccto se judici<tl'io. E' mo teria que te.m sido e~quccldn, o .
onnuncia, ou deixemos do i iludir o paiz, rosi· _f[UO cnu·etunto ntTtJcla os mais vilae~ mtcrcsses
gncmo-nos li nossa sorte, ll!fUllmos como cs· do jJniz, sendo o principal n su:~ moJ•alid:tdll.
tomos. Ap1·c~cntci rra ~css5o passndn um projccto qtte,
E, mesmo, p:~rn qnc uma lei cloilornl, i~ulmla pal'n n~o ~a11s;;1' . n :lltcnt·ão da Cllln<1ro, deixo
sem que contouha os cloroentos pam spa ~stD· {!gora do lêr. •
bilidade, dcsmnpm•atln llo outro5 mdiS(l~nsa\·cis l'rocnroi !Jt•mm• n independendn dosso Jlotlur
~ecessorias? A principal é u rcfornu1 do IIOLh~•· eolloc~n11o o uossn m:1gistrallll'n f\n·a do nlrniH'll
jutliclm·io, ,; a mt.luJWnàcncin do~tc Jlod,~l·, ó n !lo :u·Litriouo cxccttllvo, 3U quulnclmthnontu ~o
dclluiç1io cltncta do qnc ó um llml!istr:tdo no nch~ cscra\-iMdo.
Bmr.il. Como con~erntl·o nn dt•Jll~Júloncia pot· ·l'ropu~ culiio o quo mo occorrcu, mos sem
licen~·;ts, uom L'tlt'iiO~, lll'umo~·ucs ou remoções, o ll~Jlcl':m~:~ tlc coll$L'll'ltlr :lli!UIIln é~,;u~u, porque o
p~oel.n~llll·o in!letJendllnlo com a lcll'n d:1 Cun· 1-(0Vlli'Uonilo nbri1:\ miiofuclhncnto de sua llt'e~:•,
stillliÇ:LoY IA.pat(ulos.) . .· ou unto~. tüio qnot·er:i prinr·sO do tflo potlcrnso
Do estado nctu:1l do 110det' judicl3rio v~m n instruuwntu,
inl(luniü:Jdu dos corruplot·o~ elcitorne~, vem n l'cnnillo·~e·me ~~inda uma considernc1\o.
lrre~ponsabilidado dos [li'CI'DI'ÍCaLloros, vem o Sl b~nt quo o [H'ojuclo se rotira ü h!gisiU\'fio
nnojo d~qucltes quo pelo suu cu, que pelo seu mtlerior, c n 1uandc codillc:ll·, lo!luvio qui&eru
interesse, qunsl sempre lnconfossavcl, nlliclam, gue llcnssc Lom consign~dn a prollibiçfio . da
corrompem, degrnd~m a m~ss3 volante, e f:dsi· Corr:n JlUblica nos luga1·es d:t elei~•uo; c propórei
licnm o proces~o eleilol'nl. nma emenda neslo sentido. Ainda mais: tlcscjo
Si o puder jttdicinrio c~Li\·cssc !~onstituit.lo que a rorç:1 ntio possa set• •·mtuisitada scn5o pelo
como uós o concebemos, ~~é do nr.ccsidttdo pnl· prrsitlcute dtt me'a cleitorn[ o q na sejam ~ns­
. pilanto do p~iz, elo ceJ'tJ nuo se tinl1:1 chogudo :\ [!CU~ o; os lrai>alhos eleilorae~. emqu:ntto 11nra
Ul'g'radu~iío n IJUC est:1 terra t~uJ ollingido. · 1'\~Stalt~lceintcnto d3 or!lum n fo1·~n cslivcr no
lo;::u· onde so faça n· eleiçã•J.
Ni.io nccessHnvnmos de novo lei olcilot•nl, si 0 pro;ecto nc~cssiln :.inlln de outros reto·
leis do garunlia rct~lllo ciLlml~o,; cxistis~om. quo~, que nlio e~cup~rãa :i pcrspic~cia d~; ea·
Si, 11oi~, :1 )l)i ~lr,itor~l tem !lê seL' nl.inttla tt ltwr;t, o ~em duviun sct·5o lem!Jrndos na di~­
cxctm~·.ã~t som o eu1·tcjo do otllrns leis indispnn· ~ussiio; por exemplo: n organização das mcsns
savoi~, ~i n~o tl~lnOS uc croar um mccunislliO tn·ovl~urias uiio c,:t:l hem ddluitb. o ~~roces~o
cu111 plclo para sua clllcac.i~, é melhor nau:~ :LI- :mli1n1 tla lei de J87:i, rJUC é UlntHlmlo o Jmt·rnr,
lcrttr. l'lll muita~ IHirtc~ é incon;·cnicut<). ·
Sr. prcsidcnlc, ntio cone)llil'ci ;.~s ÔliSN'\·nçücs llL'SIIü fJtlll tu\s fntomos um:~ lei nov~, prucc·
tllHJ lenho feito tr:,tnmlo de mm matcl'ia li'io (!;uno~ Llc eont'urmidmlo com os Jll'im~ipios dc>s:t
r1ltunwntu Jloiitit:tl, scmc!Jnmal' a ntlc111;5o du lei. A l lll:tlilkn~·fio!llte existe c vidosa n:1 l't.ll'ltl:l,
g<~!JiiWLll para o ffll'l so pllssa L'lll untitas Jli'O· Í o ~sltt vidnt!u ua p1~1Hca, ~~ n.~io IJ;i\lv ser tt['I'O··
Yilll•ia> do tmperili. 1 n•1lall~ ~e111 gr~lllle UJcouvetu~ntl'. · ..
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 10:44 - Pêgina 1 ae 21

340 Sessãó em 2 de. Junho de 1880.- ·


.. Senhot·es, a hora ll!'I;Í muito :uliantnua e eu
· .liUl'fque,~larianno da Silva.l~spindol:t, B:• rão da
muilo filli;(:ldo. Peco euc[n•ccidnmcnll! aos .meus t::stundn, Monte, B:11Tos l>inwntel, Z:una, l'l'i$CO
eollegos t]UC llll} desculpem qu:;Jque~ erro uu Paraíso, F'ronci~co Sodré, rrcdcrico de Almnida,
l'nltll que po:;~:1 te;· couuuoUillo. (Nliu apo 'mlo~ . J lluJ c~o, II;Ieronso de A:t'aUjn, Jct'Oil)'IIIO Jardilu,
Disse llfJUil!o iJUe :1 consci~ncia me dictuva. Almc•du Couto, Al:u·col111o M<mra, llny DniJoEa,
· . Pct•mnno::o na minlla conhecida e fraca posl- . 1\odolpho Daulas, llot'la de Anujo, Prouca Car-
çiío. A·conscicncia e o amor de meu !Jniz me vnl,ho, Souto, Baptbt~ Pereira, •·reUos Coutinho, .
determinum flUe não 11lmuuoue o posto eSfJÍ· AOouso Pe.nnn, Fclicio dos Santos, Candído de
nhoso, ma;; digno, que assu111i. Niio tenho .PI'C· Oliveira , COl't'ê<l l\nbcllo, Galdino , Igt~ ne.io
tançuas, nnda exijo e eslo u snti~fcilo da m wha llr:n·tin~. ?tlat·tinho C::~mpos, 'l'hcodomiro, 'fllco-
obscur<~ ~ilnn•;iio. Uesrjo, aos G~ annos ele id:~de philo Ottoni, Anlonio Carla~ . ~·rnnco de .Sú,
que já lá vão, descer ao tumulo deixamlo um Barfio Homem do Mello, l\lartíri1 Fr.lllcisco Ju-
nome, si hem IJUC ob>eui'J, pelo meno; abonndo niot•, Olegario, Andrado! Pinto,Malheiros, Sc1•gio
pela coher•~nd:l, lcalll:~d~ c sincct•n dedicn~iio á de Cnstro u Silvei r::. dc·souz:l. .
c:ms:1 publ ka e à Jibct·dado de mini!:~ ,.[Jalria . Comp:u·ceerain. depois de aberta a ses~1o, os
· Vou coudu ir. . Srs. Florencio de ·.Abreu, Morcír:; de Barro~,
A v. E~ .• Sr. prcsh];!UIO do .corÚ•elho, u~­ Jo:;quim l'i~lHico, Costa 1\ibeiro, JuS\! Caetano,
dico as minhas ultimas Jl3lavras ·uesie·momenl0. Pedro Luí~ . Bczr.rt·a de Menezl!$,- l~abio Heis,
Comprchendo o H 'll raraclcr, .comprchcndo a C.,margo, Diana, l<'c l·tt:mdo Osorio; Carlo~ Allun-
sua sinec;·idadc, tenho nn maior cousider~~ão n so, Tnvilres Octrort, Juaquim Tavurcs, Bdtriio, '
sun pc~st' 3. o que lhe posso porêm . dl·SeJar na losli Mnrianno, Souz.., Cnrvalho. l"rcderico He:;o,
su:~ dtllki llim:• po~iç.jo '! A c.ousa m~ is· dlfficil do. Seraphico; Augusto FntUça e Esperidi:ió.
conseguir: .a ttnccl'ida.dc dn c01·ôa. · Faltaram, comfl3t'licipnç1io, os Srs . Arag-5o e
Ulluito ltcmi. llttito lle111. O Ol'!ld!JI' cJ cOI11p; ime11~ Mello, Alves d(} Ar~ujo, An•·,;liano ~bgal_ hàe~>,
'"do.) · ·· Flot es, Pcrrcit·:~ de rtloUI'a, Gavi;io l)cixoto, Ma-
c~ilo, Mello e Ah•im, lllello l"r,mco e ::iiuv:~l; o
A di$CUssão fica adiada pela hora. . . scnr clla ••s Srs. AJnmbuj~ !llcirellc~. Couto Ma.·
O Sil. PnBSIDÚ;TE d:i para ordem do dlil!: ~·nJhfies, Danin, Ep~mino11das do Mello; Franco
de Almeida, ~bnocl Eust:•quio, M:u·lim Fr:; n.
L" parte ( ctli 1 ltom ) . ci~co, ~iglsmundo, So11za Lim:•, Silreir~ ldnr·
IJt•goncin do St·. Sergio do C~stro. Uns, l~idelis Uot~lho. Joa1/uim Dt·cvc$, Luí?. l~c­
iipp~ c Leoucio de Car\'n ho.
Continnar:üo d~ li!." discussfio dns forços de
mar. Ao meio ll:n, o SI'. }Jrcsidentc dcclurn abct•ln :l .
. a.• discussão do projecto soht;c a cstruda uc · scssilo.
ferro tlc Pltilodelplua a l::•rnvcllas. E' lida e approvnda tHtcta da s~são antcce.
! .• plll' tC (1i { IIOI'a GU Olltcs), dente. • ·
Continua~ão da 2.• discussão do p1·ojecto do O Sri · 3.• s.:cnET.\nJo, sct'\'iudO de Lo, d:i conlo
rerorma ·eleitor::~!. do seguinte · . . ..
Levtmtou·se a scss:.io :is '• horas d:t !:mJc.
O.lllcios:
t!leiMiio tn'n ~ de ..Juttho de U!U!tO Do ministcrio da jnstiçn, t]t) 211 de ~iaio proximu
nnt.lo, 11':1115 ~ 1litlindo, informado, Ol'C!JUCt'illll'lliO
Pnt;$li)EX~IA DO Sll, Yl~CO:-i {>~; OS I'!IAIJOS em IJUC 'fhcodoro L:1di5l:io dos Anjos o Souza,
a'ud:lllltl do carcereiro da c:1t•ital •~a lli'O\'il!cin
SU~HURIO . -Extt"lt~1't. - P.trct.ct'. ~ Prcjodos.-Obsor- do .P<II'n, pcdo o·pogamcnto de s •·lt.i ve::dmcnlos,
,.:J(:üe.s, do Sr. Darlu) lltancn• de M ~ ll u (rninhtro do illliH.~rit')•
-Pn ::.n:ut~ t .u.Tt n.\ QJtl.IE.\1 UIJ 1J1A.--Ü1·;:~ncia eouc~di la. n conlnr de Abril de i8i1 a M~rt;o de ll:l7 i .-A'
DJ.settrsiJ du Sr. Sert:llJ lhl c~n~tro.- Oh!'l.'rnl~Üu$ c r u• commissüo tlc pen~ões c ordenudos. . .
tjtlcrimcnLIJ .do St•, Scl'giv llo .Cn~tro .. - Cl!\lHI!~ I itL -. ~r: ..
uu~D.\ r.\n1·t n1. t;nnt.\r oo ~u.. -ContiiHiu ~·.uu rll\ 2.u th s · Da ~ l' CI'üt:il'iu do $1lnmlo, 1111 J do Junho cot··
. 1'115!~~ ua I'C furlllu clciiOl'itl. Discurou• ~o; Sr~. Fr.nco rCIIIL', [Jal'til:ip:LOdo !JUC Osetwdo ndu[ILOU tJ \'UÍ
' t.lo ::-.il c F~.~ru~,,,uo O~OJ'in. · · diri;.rll'· li $:\llcçãu illlilél'ial o resoluc~o que
· · A's 1 L horas da mnnbli, reltn a clwm:ulll, acha· d.etei'mino quo . a ten:~ !los Encnpclhdus de
r~:H·S•' presentes os S1·s. Yiswu110 tlc Pt·:uJo~, Saut' Anna do~ Olhes d' Agu:1 c Sunla ll:ll'bUril, 1w
P:•m p ~u , CesnJ·io Alrim, Costa Ar.L•Yedo,· Abreu [)I'OI'incin tln Bahia, form:u·iio llat·te do Jmtt•imo-
~ Silru, Ahneiua l1arb11~:1 c Prado l'imciLi cl. nio ti:! cnm:~ra mnniclpal dn villo d~ feira de
8nni1Anrw.--"' Intcirndn.
Go iiJJWI'O• ~ct·om dc(JOis tb chnmaua o; Srs. Sal·
thmha Marinho. Anll~ril'o, Uclfort J)uarle, 8crra, · 1\•'fJllcrimcnto~ :
Fraul\ilu Uot·in. Jostl U:1~son, Fn•it:1s, JuflO r.lri- li;• ll:u·~o de Gcrcmoaba c ouli'O$, pediullo n .
l!'itlo, liirinlo de Motlciros, · Sou~·a Antlrritl(l , • lcn·l~ln 4):,n tlt• run•loq.~:n·~; n ro;;titui\~~~~ th tJIWil·
t.l õtt~ l utu 11:11'1 oso, 'l'hcutluNin Sua lo, lk·z~•·r:t liu 1)110 lh l'~ cn!Jt• (101' Jl~I'(U \111 ~ú rYÍ \'0 tiO ll'llll S·
c~ \';llr;tn li , Moi'I:ÍI'il lll'llllll.fiO , Mei ra ti!! V~M'Uil• JK•t'!l.' tlo lll~t , · ri :;L tlistitwdo :i cousiruc~iío thl
~cJI(•s, Manoul · · CaL'IO~, lolimocl ·llo ·blug:•l hiiu:;, Ulll Cllj:UllhO t:l.•n l r;~J 1\U fl'~l;UCtÍ:l do lJom J~r·
Auluuio de $i1Jtt~ira, So3 r~ Bruud:io, Rodri~ue s tlim, ni!lnici(Jio de S:lnto Amai'O. na Bahi;l.- A'
Jnnio1·, 1\ibciro 110 !ll'nBZC >, Lonrenço ile Albu- conuni ~stío rl~ r.rçam~nlo.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:44 +Pá gina 2 de 21

Sessão em 2 de Junho de 1880. 341


Dn p~1drA An tonio Franr.is~o rio X"sciment••, A1·t. 2. • Fh·aru J'evogadas ns d1spo~içõc~ em
vi~nriu da. fr<.'fliii'Zia dt• Nu~su ~i!uho"a dn Cannu, contruri.,,
de Goyaz. pedindo um :n:!!n d~ lir:en,:a com 11 S~la •Lts cr,nun'~~i'í('S, i de· .lllllh~ d<! 18Rfl.-
respectiva (~on;;rlla.-A' commi~são de pen:<ucs A!me•da Co~! t•J.-Ga/JimJ dás .Nc~es.-loaqnim
e ordenndos. se,.,.a..
De Ju:1quim Luir.I\Ianoet du JP.su~. 2.• trnente
refurmadu, pedindo que se lhe marulll contai' FoJ!ido e mnndndo imprimir o .~c~uin~e
pelo doll~o o te:upo q11e 1nililou no eX(ll'rilo nas PllOJECTO,
dnas nlhrnns campanhas.-A' commissão do
mm·inha e guci·r:L · 1880- N. 2~ A.
Acho.m-se ~obre a me;n c viío remoltidos {!
commiss~o de podi'l'es ~s :~etns.rl:lr.lcição n qne A conuniss[io d·~ p~nsões e ordenados nilo julga
ultimamcmte ~n prnr:1•ri!•U nos cnlleg'o~ da Ch•·is- IJUi'· po~-a. S<)l' np[J•ov; ...lo o (JI'ojeel<l n. 2!í,, que
tin:l, S. Jo~n d'El-!ki c ltio Nm·o, da [ll'nvincia tibUIXO \'ai publii.:t•dO, I! 00 qtWI ~" [JCI!l! a ilpo-
de Miims .GPl':li~S; l' Jaboat~o. Gov>~na, ItnmiJê. ~Crt!aJIII'i~ do \•ig:u·io ria rrt•gLWZ!U de Nu~~~ Se·
Cabo, Es~ada, S"rin.ha• m, Hio Formoso. llnt·· nhot'<l tio Pilar, <lo Ouro Preto, concgo JuuquiJn
rcit•ns. S. Bento. Bom r.ou&elhn, llnit]ne Brt•jo, Ju~ , ) de ::ianL'Auna.
1'riumpho c Bom Jnrdim, nn provinda de Per- A commb"ilu considcJ'a <IUe es~a npo~mltadot·ia
nambuco, é umu pemSo, e assim ui~~ que uo (iudcrcxc-
cutivo u que cumpre com~cdel-a.
Foi lido c approvado o seg•linle Não ha (li·~ced,!nLcs de favol·legislntivo ua
orilo111 rio que ti ~olicil~1d0. 1•, qu~nd" houvesse
P,\1\llCEI\ 111!\'Unl rôJ•rt lll!la iL'I'C){UJariL.Iade 3 I'CÍUL'nl~r C OÜO
um exem~l\1 o <J'guir. .
1880-N. iG A ld u. 709 de 12 d•J Setemhro de 1853
· A commissão de pcmõe~ e ordenados. n que111. UJ111rova a aposent:1doria l'oncedida ao arci-
PI'I!~tc dn c:ilhc<li·nl Ut! Marinnn:~, com o Ycnci·
foi Jll'Csl.mlc o rcquel'imL>nto d\lcum~ntn,fo do mento dn L~On!!' u~; o JUesmo l':•z a de n. 710, da
\'ic·;nte Antonio de ~fir,1-nda, ~rcrol:~rio da in· d:t mesma data, em 1'avo1' do mes:re-e~col:1 da Sé
S\Je•~Çlil' de snude do JIOrto do M:~rnnldio, pe- de Ulinda,
d ndo um onno de llcença,.com os respccli\•o> o~ dec•·:·los ns. l.':W.i •J :Uli!1,, deiS de Junho e
vencimentos, p:n·:• trntat· de ~nn s:md••, ê de r•~· 8 de Agosto de !Bôí ap111·,;vrm1 !IS /lt'rl.~rie~ conce·
rccer que o refurid() reque1·imenlo s~ju remeL- di•l~~ 11 don~ p:1ro~hos c()ltn•!o~. niio t•nd•·n./o os
Iido o.n gnvcrno, p:1rn info1·mor. . ngr:1ciudo~ ~ozar ,J,.s•mort·es twt~s d,, v•J'ifkur-s~
Snla da~ comml~su~s em t.• rio I11nho de tls •·r!si.t'"'tri•.-.~ ri<).~ b,'m·{icios, cujus obriga~(><:$ não
iSSO. -Almeida Co11to. -Joaquim Set'l'a. Plldem prce1wher.
l~oi lido, jnlg~tlo ohjerlo de lleliucru~üo e A ueccssillade da resi;:nação é indisp••mnvrl,
mandado imprimir 0 se;;uiule o~~~~~~~ o d1.'11•1' ainnram os d<'ci'Clo~ n. 1.800, de
8 d0 A~o~Lo, i .872 e i.87:l.<le l:l de Outnlll'n lodos
Pll'1lllCTO. tio ~nno de llliO, npprovando, cnm ~em•:lhante
cl:tusula, 11ensões colll·odidus a varios vigarios,
1880.- N. M.; · 8 I'OI'I'CSjinlldenteS ÓS l'C~[ICCiiV.ns COIJg'L'U~IS.
'fi'Ril~CI'C\'C a c"mmiss:io em suu· intm~rn ••
Foi presente Acotnmis~a() lle prnsü~s e Ol'•lc- dccrcLo n. 1.2iHl, de 22 <lu Junho de 1866, não só
nados o reqt\~rimcnto do conselheiro Dr. Frnn· parn que 11que I.Jem cluro (JUe a marcha n:1 cou·
cisco Praxodes do AndL''H.Ie i'ert<!:·ce, lente c:1- c••ssflo tlt•s>:Js ~[JO~<!Ill:.!dot•ias Lem sido outra,
· thcurntico da t'ac11lda•le de medil'inn do. côrle, comt~ tnmbem p:1rn mostrar que n el~nsula d11.
em qtte jJede qttrl se Ih~ conte cumo tlllllpo l:'nrn renuncia dn betwflchi é indispcn~avel. Di7. o
jui.Jiln~:iio os cinc" nnuosctue Jh~ e,;t 10 gat•nn\ldos dlJ•·rcto cil;1do :
pelo deci'"IO n. 7.2.\i, c mais um anuo I'Dl ··om- • L~i ra :•pprov~da .a Jlon<üo 1le 6(10$nnnnne>,
pens·•ç'10 dos SPteqlle leccinnou clinil'n, sem in- cnnredi(]/1. pnJ' deel't.•lo de 2 de OutalH'IJ li•· LSJS,
teiTOillJICI' o seu trniJnllio !le pr•:pAI·ndor, A ao tr•dJ·e Xavier· Au'.!U>t•• 11:1 Fr:!ltça. vi•:·nrio
pe1içilo estt\ inslrnillu Ct•rn muitos e vt•liu~us du- c1111,,d: • thr r,., i!U••lin 1h' Nn,~:• Scnht>l':l 11:1 Cun·
cumP.nlus. cuiçào de Ct~l{l>· .\lia'\\,; MilitO Dt·ntz·o, pi•ovincia
A colnmiss5o, nllcndendo o'1 ju~Liça do pcditlo d · Mina,-llot'ac~. e1n coa>id~l':>• li·• :"'~ ~l)rvi,·us
e ã benemcr"nt:ia uo 11isliuclo prof~ >sor, que por ell•.' p,·. ·st:1do~ 1lesde ttl~u. · \'isto al'iJ:~t<se
lào relevantes sen·i~os !em lll'l!;ta :o uo cn:;ino, i111[1 ·~~ihi !itndo, pell1 sen ••stado \'1d~lurlinaritl c
~ Lle [Jai'CCt:r que sej;~ udoplnJ.o .o ôl'gninte pro- avauçad.:~ i•hd••, "'' •·o·,tinuar no (!;l;t't'l'icil• de seu
jecto d: lei;· min i~lol'io, u ·i"> Jl 'rleud<>, Jl;•r/m, .. se•· ·P', ,a·. ··~t(t
. pe11sao .u11cs de rc ific·d, rr l'l'S'!Iif"'~' lo do b::ucjicit)
A asscmLl~D gerul resolve : c: 1j 11 ~ 1 ,b 1 ·i11 ,,!~ü,•$ mio pvclc preeuc'ic-._ ,
1\rt. L o Ficn o governo ::uloriwuo a con1:1r Si os h~nelit-iu,; t•ccln;ia$lil~O~ JlOs~;llll a st•l'
pnrn o eO'eiLo de jubila~:'10 t·s Cinco rumo~ qne Lidus n3 c.onl:t 1h~ •'llli • ~'• ' t!W lllt li li~"" ~ú paro: li
como prcparntlot,.~ot·viu o leu h• cut!:c,h·a!ico d:1 llt'I'CCPI'''o dtrs ·l·avoJ'•!·S ll·• tlt•·~on1·o, •mh·ndl) a
fucllldalle uo m~diciun J11 1\iud•·Jan:iro,o cou- Cllillllli'~~u IJIW I!J•eréul~n:u o or~amcnLo nlío
sclheiro Or. r~t·anci~co Prm;edes dú Alltlro.d~ l.cr6 l'nrçús para :llll'!Hlcr à~ pcliÇÜl'~ UUt{UCJics
P~l'lence, e mais um o:tno QU)I o mesmo pro·l sacerdotes que ~e r~ueirau\ ~po~e11~ar em Vlgnt•io,
íe~sor !!e"rviU. Jaceioulndo cllntca. ou em outra d1gn1dade eecleslnsliC8.,
Clmara aos DeptJaaos- lm~sso em 2710112015 10 44 . Página 3 ae 21

342 Sessão .em 2 de Junho de .1880.

Considera ·mai.s :1 L'Olllmissiio q uc o cor~o t.lo . uo cid11do rlc Vnssouras lui oito m edicas, uma .
con-ljuctot· foi justamente crendo Jl:li':J (JtW, ~e m c:~::a de caridade com l'et:ursos :~bundnnles ;. o.
prejuízo do Enas co ngru:~ ~ . JIO>~nm os l'i ~ nrios soiuw iStjUC os'fa~ ~ ndciro~ moradore~ 0:1 cidodc,
.tet• •1ucm os ~u bstilua em seus lllgilimos im- ~omo me•lidn de •;autcla, lctn-sc retirado para
pcllimenlos . · n!' re>pcctivns fazend:Js ; f:tclo · muito normal c
• Assim, p oi ~. julg~ndo que no t~l ::o )m· ~e ntc <IUC rttontccc ~cmpre que a saluiJrit.iadc de .umn
Lrata->'e si 111ple~men1c de uma pensf1o. a ront'· cidnd.: opr c~entn-s u- em cottcliçües menos fa\' O•
missão c de put•et•cl' QllO sej;~ rt!jeitndo o pro· rnvui.:o:.
jeelo n .• U e I'CliiCllicl<> :10 go\·crno n petição Bnt concln~ão, direi qno concot·do com o r~ ­
· do vigario, coric~o Joaquim José de Stml Anua; querimento tio · UoJJ)rc depul<1do pelo ll.io LIO
c:aso haja nl;>umn pctiçiio, par:1 qne o potlcr J~ueiro. · ·
cxecuti\'o, n~ coulpotcnci~ que lhe é propt'.ill,· c O Sn. Pm~wmNTE : ...: Tem a pDiavrn o Sr.
aceita a renuncia !lu Lencficio, pos~n :tttellllct· e r:rcit:~s Coullnbo. ·
galo t•tluUI' uignamcnle os "HJUilos ~erri t;os !lo VI·
gario do Nossa Scuhoro do Pil:n·, do Omo P1·cto. O Sn. F u lli1'AS CoU1'1NIIO dcclat·a CJUC de<isto
Sala llas conun i~~õcs. ~ de Junho tlc i880.- dn (1alana, d vlstn <las informações que dctt o
noln·c minh>h'o Llll impcrio • .
Almcidcr- Couto.-,.Jw. qúi.m & ri':L.
.
1881.)-:-i . 21. PlUMEinA PAl\TE DAOI\DE?tl DO DIA
A :~ssc.mb!Ja gerul rosoh'e: ORGJ.:NCIA CO:SCtDIDA
Arligo unico. Fica o governo autorizado· n
jubilat·, com toda a ·su:i cou~run, 0 pnroclto col- · O Sn. Pnssni~>NTE : - Tem n palavra o Sr •.
hado d3 frcguczia de No~sn Scnhorn uo Pilaa·. de Scq;io de Castro. · ·
OuN . Preto, n:a Jlro~·incla dP- Miua:s Geraes ; 0 Sr. Sergh) de Col!ltroa -st·. pt·csi·
co nego Jom1uim Jo~u dü Sanla'Annn ; revog~d:•s urutc, . 113 re~p ,~111 qU:e me proponho dat• 110
as disposiçõlls contrnri~s. di~curso pronunciado, na ~cs~iio de 26 do mor.
Sala c:l:is.se~õcs óa cu moi·~ dos Srs. rleputodos, fltHl u, ~c1_0 nobt•c repres~ntante du província do
2~ d•• llaio de 181!0.-Comlidn 1le Oliteim .;_ Snnt:1 t;:oth:tJ•in3, esforcar-mc-hd p:>r limitai' o
J,IW_cliaiUI Alagallld~-f.-Âffonso Pc!11111.-Çemrio" dcsenvolvimolltO ele "miulJaS itlú<i~ , de nwJõ 11
Altwr.. ~Aimw 'St/t•cL--'.hlarwe! Eu~t 1qt11o Jlla1·· niio exceder o tempo de qnc ora 110s~o di~pur na
tins de 'AmlJ·mlc .-:-llr: Ga/tlilt'l das Nt.·t·e.t .-· tribnnn . ·
1'11cfiJ IItil'J Oltolli.-ll01·fa' tle jl,·aujo.-TIIetXIr · A qucstiio de limilc•s cnh·o _3· pt·ovinci3, qno
miro .-Ca'l'los Affonso, .. · · me · .dcs\'aue~o do I'CIH'esentar, o a dtl Santa
.o Sr. Do.t•uo Homem de Me.llo CatlHII'in·a tem bnstnnte lmporlnncia c grav iJade
pn1·n rnet ·e• ~e•· n :altcnç5o da augustn cnmm·11 dos
(111i11islro do imfHJI'i~>) (JII!l/t t!l'dtm) :-St·. prest· s1·:;. de(lutndos. (Apliiados.) -
dente, o nos~o dis linclo colle;: ~, deput.,tlo (l~ l~
Jlrovincia do Hio tle J~nelro, :•pt·csonlOlllllll re· O Sn. HtJR1'A. .DB Al\.\lilo : -Mns não hn de
qucrinaento IJI.'tliridO illfUflllflt,'ÕC~ 110 gOV(ll' llO 8Cl' discUtida !.leste tnudu C JlOl'esta di~CU~siio .
~~bre a e1,idemi:1 apta grat<~a lll'• · senlo•m enl~ ua O Sn. Sr.nGIO ns C.\oTno : -A CXj>Olli!;ilO, qnc
Cid:Jde ele Vn ~our:•S,_ da IUCSIII:l I"H'tJViDl'Í3. ~ ;il) \'tHI rate.l', das f n:tõe;;· Clll !(UO St! fUUd QO dit•d to
ll·Dho duvid:as a Clll(lUI' :i pn~~<~[:"Cm do mc~ mo inconcn<so tln miithá (ll'OI' incia convencerá n
ruqucrimcnto, ptu·a o ~!feito de s1n·em lll'L•scnlos nfa:;u>ta c :am~a·a dus. Srs. útlllltlutlos, úsncim.ludl.!,
á CUIIIal~l os· luiOI' IllliÇUe~ flll!! O !,:OVCfllO rec~bOI' de IIUC O UOIH'O dll(JUk1do purSnntu Cnlh~ritHl llX·.
sobre a ulludidu epidemia ; c cumpro rlosdc jú I)(!Dtlau :tpe nn ~ ttt'I,!Utncnto:: · i!llproce•.h•ntt•s o fer.
il deYcr do aninistt·:~r tts infut·tna~·Ül1 S otlid:a·s, injuslu~ li!JI'ucinçiics ,que oahcm tli;anlc tlus factos,
até lw!e rc, cbid:1s. Por m-., consta o segtlinlc: da rnztio, dn justi~n u du 1iiruito.
t• ju11. de diJ'citu lln cumm·ca 1lc \'as.~out·a:; di ri· Co~neçnrci por torn:•r IJL;m :;;tlieulc que u;~
giu-so :lo IJf<'sidenlc cln fii'O\'ÍlJcia llo llio de Jn- qóestào dll li mitos eulrc a pror incia «lu l':arawi e
neiro, ceommunknitll!O teJ··sc visto na ueces~ i- o de S:lllln Cothurin-J, tem- se JJI' t~lcnt.lhlo incul ~nr
datltJ do lldiJr :1 ~essào d11 j lH'I' daqno-llo COIHO I:~: 1, üCJUCiitl l'OiliO Ílli'DSlJJ'a dll lUl'l'ttOI'ÍO d~SlH.
de :l.'k de Junho pur;~ :1~ deJulho !lo corrl!ntc ' Cotrvcm, pois, ox:uüinnt• ~i , c~ tnndo a proviu-
anuo. Xo ·olliciv t.>m que o j lli?. d1! direi lu f:iz. cill do P~rll o lá de j1os~c tlo lert·i\orio, cujo do-
t'SI~. conamunicnçào, cunslo r1ne :1 ~ coudi~õo,; d:1 minio lhe .ó c~Jnt csto dú pl.!lll sua viz.lnhn, póde
oaiul!r idnl!c puiJlh:a nu ch.lade do Yns:<ottrns Jüo elli.l se•· considerada co1uo invasorn . .
~ o tJuim;Jdi!J'u.<. E sse Dl ill-d :;ll'ntlo uiio OCI)IOS· ,\s que.<liJcs llo J •O ~sc sfiu rc~ ulatlas pela le~; is·
c1mta iuform;aÇ'iio nlguma ro l~liv;• n•cntc li mor· J:açiio rivil , que nno pódtJ •lcixnr d •~ t.ct· op pli c:~ ­
halidadc. · ç ~o :'a h l"f : Oihc ~c. Umu con ~a u:io pt':d t) ~C l' POS•
Diri:c:i ;tllO nn (lrc~illcntc da jullia de hy;.:icnc ~uilla sill!llltnncaiilcutc por tlattl$ il o um inrlivi·
publica IJarn tom:•r co,nhet'llllento tias c.ont.ii r;i1c~ duo on I • ~>Soa . 1\ ••lu o t•os,;uidor ('l'esumc~ ·so
C dC$L' IIV•JII' illlCII!O dn t•IJi!h!llti:a, indicnlldtl O ju,;to U dL'I'~ stl;'_lliOU!ido na J>O; s ,!, CIHC(UDiliO
1]\lc mai~ Ctlll\'l'llio·utc julg:.J' ~u!J t·c n~ c n u~ns, nilo f•)r cun ,· ciWiolo do roull';tt•io ; e, .seg-und r) ·
qno [lon·entm·o n t~nlwm ('rnrlnr.idn u sol tt'c n o pc u;;nanon_t,.. d:a iogi,-la•:i'o t'On'lltll:l, bt'l)l ox-
r~·Ju u\·i! o dl'llus. Logo tJ lW :~s l'('ceb:!J', );lll'l' l ~ oi i- IJI'I!::so n••::tas tlnns . 11alnvm;; - nti l'"s$rtlr:U.,·,
r. 1~u _
e tu :• pu·:;~·llt:JI ·:•.s ;i_ n uu_:u·a dos Sr~ . tluJ.tll · t•tn ig-twlil:lflu"tlc condh:üc~ , t\ mclhol' :a do aclnnl
lados . · I''-'~~ nidot•. ·
' ' o jl!'l_!::ldcutc ;d~ provincia rio ni_o ilo Janeiro, A trroviuciu do l'ul'all:i c;lti t!e Jlii ~St~, ll~U ha
. nv?1~~-'? <Juc lllt·agm a'•__g_o~·c: t·u_o,__ mrtJt'mou rtue 1como conti'Sial·(l, dt'Sdc tC!IIIfllls i m tn~tnuriuc~ .
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:44 + Pág ina 4 de 21

Sessil'.o em 2 de .Junho de 1880. 343


do territorio que a pro\'incia de Santa Calharina adminislt'illivn (apoi(ldos), c clcssc {'.rro ou con·
püe em litigio. . fu~ão liro 11 uma cottclu~ão absurdft.
A•Juclla provinci~ é a ~ntiga comnrc~ da [lrO- l:isuhorcs, a vrendecer aelnelh:IJJte conrus:io,
vincla de S. Paulo; pot· cun~cquenci:1, ~i eu r.u te da dudtln subt·e si a pruv iuda ti~ Sanla
demonstrar ;, ~U.!!Itsla c~m~r~ •los Srs. dc:•u· Cntharinn pcrtcnttU alguma nz :i ·tJrovincin
lados quo o tcrritot•io em questão perlencen do Riu GL·:·n~c do Sul. ·
sempre 3. provinciu dn S. [Jaulo, ipso (11cto let'ci St•. pr·csitlcnte, mnrnvilhou-mc sobremodo ·
provo~u que cllc pertence il minha llrovitlciu. que o meu nubre colteg~. Sr. Silveira d., S11uz~,
(ApiJiado&.) . descon!J.ccesso factos que n:lo tem o direito de
· O territorio posto em llligio súmente pela pro- ignoJ·ar.
víncia de S~nta Cathnrina. de que roi or~iio Em todM os JHOvincios do Impcrio tem·se
ucstn camarn o nobre detmtndo St•. Silveirn ue Jn:octundo sempre, em reloçãoás llivl~as, aquollas
Soun, form~va a actual cornaJ·ca de Lages. que são mais twturaes. (.llJJoiados .) ·
A actual comarca de Lages p~t·tenceu ú capi• · Entra .u Jll'tWinci:l que represento e a de Snntn
tanin de s. Pmllo ; e por :~Jv;mí de fB:lO, si n;lo C!llhttJ"ina, os divisas nrtlurues ~iio inqncstiona·
me illutle n m•Jmvritl, foi :tnncxoda :i eapilani:1 velmcnlu ~s !JUO cstiio CS!)Ccillc~td;ts no decreto
de :Santa C;tlhal"ina; mas qual n ruz~o dessa un- iltiiWI'Illl de Hi llll J~neiru do 18iia, islo é- a
nexaç~o 'i' E' o que cumpre imlng;•r.
queda. ?wl!mtl das ltgtl'ls, tt11llO ptll'tl ·o lit!OI't.ll,
CQIJIO J!fli"R O intt'l"iOJ".
E' cbro que o motivo dn dcsuJiMxnç~o foi a l'ui:; JJctJt; Sr. p1·esid•mtc, aceitns a~ til viso~
m:.ior f,tcilidnde em prc~tnt'·5e ~uecort•os no.q
lllOradoros rl~qnella villu contt·a os indios. Ei~ natllrõll's. quo 1c1n sido n•conhecidas em todos os
o nlvnrà: lt!mpos, !! c"ntpletomentc impl"Occden lt.! o nrgu·
menlo ~d•lutido pc!o n•;bro rcpL·e;enlante pela
• Ell, el·rei, faço snber, Clc., qne, lomondo . província do Sant:1 Cnthnrina; i~to !!, que o
em considern1;ão qno senrlo a vilfn de L~tges n curso natural !las ngnus soccorre :i divisno
mnis merldiotwl rlu pt·ovincia de S. J'nttlo. peln que S. Ex. pt·etenuc dar ao torrilorio dus duas
grnndc distancia em !JllO se neha rln cupital, n1io provinl'i<~s.
púde sct· pront[)Lôtmente soccol'l"ido <'Oln oppnr· S.Ex., 110 [ll'csnptw~to de que ia ~prcseutnr
tun:ts Jll'OVidllncius que a li1çnm cltW:tl"·se -d1.1 pro1·a IJUO Jllll'ecia ~cl' a ultima nn malm·in r.on·
· cstnllo de deca:lcncin Nn qLte se nchn, proccdi,la .lt'<~vcrli < ln,nventurou estu IH"OJ>D~ição: • Santa
dos rcpctill.os dat•mos quo os in·li~e11ns aclva· Cnth:~rin:~ tem um:~ povoa~~iio uo lert·itorio · d:~
gens, ~f.'US \'i7.iuhus, tGm rei lo r.m seu lerritorio, [Íl'OVIlli;in do Pnraná; Jlortanto, n snn posse está
c que reunindu•so no A"OVet·no rla capitania de eon!it·mDdn, e o Sl'U dominio uo tenilorio I)Ue
Snnta Cnthnrinn, dond·o pódo. ser mais (ncil- se qni7. couteslnl·.. • .
mcnlc oux!liatl:•, se tnrnntào ·menos 11ll·evidos A povo:~ç5o a que ~o refere o nobre deJJU!u!lo
~qudles mul f.z<>jo~ 8elvnrens, e tnlvo1. sr! ~ujci· é u culonin llC S. Uento.
tem ou ~ereth'Cm, deixnm(o os r.olonos com n ~c· Mn~, S1•. Jlr~sio.Jeutc, o lerrilorio da colonla de
gLlrttii~A precisa pum se aproveitnrem da gr·3ndo S. Bento fui dividido e dcmm·c•Hio J.IOl' um enge-
fcrltlhlntle das terras do lcr·mn du tntl~lllu l'illa, nheiro commissn•·io, nnmen1ln pelo g-overno ~·e1·uJ
rc~:u<las por mniL"s rios o dcbuls.o dt! um clim:t p:u•r• ~et"\'Íl' na lil"onnr.io do Pnt·n lltí, o Sr. Hox.
tempm•ado t! sndio: Hei pot• bem uesanncx(IJ" a Senhores, si o tl!rJ"itorio. d;~ colonh' dJJ 8. Dcnto
menclonnlla \"illa tias Lnge~ e tollo o seu ll'l'mo llerteu~essc, po1·vcmturn, tí ]Jrovincla rlC' 8anla
rla pr·ovi•ll.'ia 1lt• S. Pnrrlo n !ucnt:J)OI'III·n nu r~apl· t:~lh,·rinn, li hem clnro quo o governo g"t>l'ul ufio
tnuiu de S:1ntn Cnlltar·ino, 11 t;!ljo !/OV~I"IIG jicani m:.ll\lori:t medil·o por um ongenliciro commis·
d'oi"IJ em dia~tlc ~ujeitc1. • s:trio l111 prol'incln do i>u•·mui. .
'l'otlos os ~Cl'IÕO.~ lhnilroplics d:~ comm·ca .do o Sn. An!II.:U E Sn.vA r. ournos sns. Dllrt:noos:
J.ngcs, quo con:;lilucul actuulmenlo o comnrcu - ~ruito hem; muito llcm.
de P:tlnu••, dn JH'ovincin do ll:ot'llllli, csli\'ül'tlltl O Sn. SllnGto 11~ CAsTno:- A pt•ovincia de
~empm dentro dn terrilot•io da pr·ovindu de S~nta Catlwrino niio Jlüde c~mprchonrlot· n hypo·
S. Pttulo, (.1poiados.) lhcso l1•1 polmJ viver purt•> du l"ico, c o por i~so
lltJltttivamente ti~ provl~ões (ai i:ís •lo pouca cttw cl31113 que, toudo o.I>arauú um \"OSlo lerri-
im[)IIL'lancia) citndtts pelo nnbre depulndo [JOr t.orio e gr<miles ••lcnwnlonlu [li"Osper/ilndo. lJOlll
Smlla C:lt •. arinn, sinto dizer que S. E:~.:. con· pütlc o~uer·lhe tUIW bon pa1·tc da sua t·iqlleÍa !
fundiu duns co11sas muito dislint:l~s- o divis;io Este priuGipio ó suflvtrsii'O da o1·dem pnblícn,
judlciorio ou de ouvidorin c udmíuistrnLtvn 011 11 [ll'Opa:;~nd~ dO ~OCf~[l~lllO CIU
· de capilnnin. (Mtdto$ apoio dos.) llOiS ÍiiipOI"IIl
ltln cotn o dil't!i:o de proprie•ltlde. (Apo!ados.)
Po1·quc nào poderti o rico viver como vizinho
Nos \emttos colonlnes do ~ra~il •. n~1ila5 ':c~es
-nm torl"ilot•io estava soiJ a JUI'tsdtccuo :Hinmus· uo pobre, c vit'e·YCI'sa? (•lfuitos apoiado~.) Cun·
trltlivn de uma cnpit~nia o, ~() lllt!smo tc.mpo, tcnte-~o o JlOilre com n suu sol'le o f:tcn nquillo
rlcbaix.o dajuri~dicçüo jndicinrin do outra Cfi[Ji· que fP.z o rico pnrn chegar :'1 sun po~it•5o.
tania. (A1liir1dos .) (A poi!ldO$ .) .
0~ noi.Jt·cs dCi•UIDdos, qu!l os\tío mO' honrnngo 0 Sn. GUDINO DAS NF.VE~ ll OUTROS Sns, llll•
com 11 ma attençuo e :1~10io, mostram qnc cslao ~U'I"AOOS lliiO õl[!Ut'ICS. .
bom. cufmnh:~~o~ S{li.Jt·o a rHntorin. o sn. St::naw m1 Ç,\s'l'no:- Eu ~~ostumo, Sr.
0 ~IC'bre l't•prcscnlnl\!C de S~ntn ~ll,llll'illn, twesitlonte, :tceitnr ua tri~mn~, C(ll11 lodn a
cxnmtnttlldo pcrrunctorwmentc os llllulos cl.o calma, o~ lljlat'l<!~ qno mtJ tbo. .
lillOI'al entro !1. SU!I J.>ro~·jncia O ~ do i>llt"~Dll, Aos apartes tlos tlous ililtslros rcprcs~n\anlcs
ronfml<liu n tlivis~o Jlldicinrin com :• divisio de Minas cu n•sponllCi'ei, dtrlg-fndo·llws n so·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:44 +Pá gina 5 de 21

344 Sessão ém 2 lle Junho de IMO.


guinl:l perg·mt:t : porqne n~n ce,Jem à lll'ovin· Notem be.tn os nobr,)s d~puln :!Gs as datas ..
cia <11.' ·Goyaz o loorril:JI"io 1)l1e lbt! ~'Jnle:<la n de o sn. GAI.DI:-10 DAS N8\'ES:-[s~o c que é ~xca·
l\rina~ ticr::c•~. jti !jue ·~sttié l~o t·t~a e L;),, \'a~ta?
(llfwtos ·ci-JMÜ!du$. j . nc:l''·
O Sn .. SEiiGto nr, CAsTno : - Mns, pet·gunto eu
O Sn. FELicto DO< S,\:<\Tos : - Nunca nos ser· a V. Ex.: l'lllre c·1rt;,s •·••gias, :dv:arás e provi·
vimos des~e tll';J'Uillento de ~ocb1listas. sues, quao$ ~ão ns nc•dtas-a~ de dutns nnteriorcs
O Sn. ÜAL!Jlxo nAs i'iEYEs : - !'\uncaapresen· ou :1s de tl<~tas po,teriores? Responda.
. ttimos e>se argumento d•· IKibl'P.Za e rilJUCZII; a O Sn. GAt.nr~o DAs NE\'llS :-conrormo.
nos>a qnc~t~o !1:1 d1~ decidit·-so pela justiça.
O Sn. SlmGto IJE CAsrno :-:1\ão l!lmconforme,
(Ha outrot ·aparft'S.) n~o. (lUsiJ.)
O S11. S!;ltGHt PE C:A,Tno:....;. :\a qu~;;tiiode li· O Sn. G.\I.O.KO nAs NF.n:s :-Ora, niio tem
mil e~ cnl!'l' provind~,, enleii!TO filie [JI'in- tl,.,.,. conforme! 'r· m cunfnrm.e, 8im.
cipntnwntl' a·espuLm·-s,~ n razilo,. a jnsticae o
di1·eito. (Apaiado$.) o Sn. Stmcro Dll CA~TRO : - Q:lM~ sno ~s dnlns
0 S!;. fF.LlC!O n ~1s SANTOS: -Isso !) Olllra qun aceita? N:itl h:• nqui conrurol<!: ou urna
qu.c~tiio.
cou~a 1JU o 1ro; pt!IO c:as11 por que ~" fnz a per·
l!"lllltn clá·s~ n re:<postn (•·iso): acl!iln ns datas an-
(H,I. outro.~ llprtl't<'S.) teriores ou :~s pn~lci'iore;?
0 Sn. StmGiO DI! CASTRO;- SI'. presidente, o O Sn. G.u;otxo DM NE\'F.~ :-Tem conforme,
noltre repre>•.:llt<nlt~ da pro,•int·.ia de Sn :l3 o sti.. SEnGro o~ C.\STIW : - il[a;; então raça a
Cnthari::n tülhcou velhos ntfm·rniJios, ah·anís o cli,;linc:;fio, pot'qtte e11 niio o COII;prl"lwndo.
I•rol'lsim~ M d:1t~> aut~.:t•iorcs a 181)8.
1'rala·selio t11·ovi~ües, nll'nds e eat·tn> r~gins:
Poi~ hl'm, ~cnltor':~. ~i en. rom a exhi·
qtte data> aceita, ;~s t•ostcriorcs ou n.s 3.!tloriorcs?
biç:in do lll!lll cnrta roda de 18 :s, 111'0\'"~l]', :i IIIZ
d:1 m:lior CI'Í'Ii-ndn. 'lllt.: Fot~lll di<criminndns O Sn. GAt.DI~in DAS NEVf:s :-Dou ~ t•csp :sLn:
os •lirkH da prorincia do P::t·nna · com 11 tle nj.-• qnal é a ![U!l lhe ~grnda e deixe a outrn
Santa Ca:hnrin:l. tcrd pt'O\"ado con~C<ILIBnle­ para mim.
nwnle o incontc,:lnn~ldil'eito llu minha [JI'OYin- O Sn. Sstttlto nE CAs"rnn:-:M.~s, meu collcga, o
l'i~. (.-ll'oim/us.. ) eH ' O mio é de :~grmbr-me ou ddxar de agrn·
Allt>tul •'a :n.,!:U>tn c.amara do~ Srs. cletmlntlos. Jnr-mo.
Em ü dt! N'oveml1l'O- de 1808 roi cxpcdid:t uma
carln régia :10 :;ovcrtuldor d.e S. P;~ulo, nos s(l· que O Sn. GAtorxo DAS NEvF:s ;-Veja quo I é ~
guinLC' termo~ (léi;
V. Ex. esculhlJ; en fico com a outra.
• Swdo·me ]n·rw•ntr. o qJHSi total abrmdolt~ l'm 0 SR. SEIIGIO DI! CAST!IO :-Como legislador e.
!711~ se ocl•utll "s c11mpo.~ r;cmcs (/r• Coriti/Ja e os advog-:1do, eu devo accit~r IIS de dalns poste·
d~ Gttltl'll/'ll'fiJ:I, (/,q.~ iiJ!. c ,J)P l<~d.;,, os tl't'ltll :s l]ltC t•iot·us. ( Atniados.)
dt•St!p!::m. Jl'l l'rl.l'flllri, ~ (';a·mnm rf,• r:ttfl'o lado u.~ u Sn. G.u.ot:m D.\S :'o!EVE~:-E eu·. como me·
CIIÚ!'CI'il'(fS d•l U ,•rqTt'l!f, /o:/o.S Compre/t~wftdliS IIQ,q tliM, :wt' it<~
:os d•l da111s :•nteriore$. (flllat•irla.dl•.)
·!imit••·~ rk,.m C'ipítrmia. • O Sn. nr. C\~Tno :-~las islo ó um nb·
S&··Gtn
O•a. ~cnhorc~. n ~·xlr1'1tl:1 dns lcrrrno~ que ~nrdo 011 oi~rnal d<) que v. J~x. n:io é mul\o
dt's<q.:n:nn 110 l':ll'llm'l e .ln~taiiiiJilte n ~· -·ri·n do \"CI"~ado u:.~ s,·t~ncb tl;1 judsprndenci.t.
l\lar, i>IO ,~. o li111ilt'. t•onle>latln ]Win nnhrn l'l'·
pa·,~ ~·ml~n·~· tla provinl'i:1 de S:~nla "Cntll'•t•inn. 0 ~n. Ü.\W!~O DA~ NEVES :-Ao pc dn iiJU!•
,\~om 11ig••l~ll ao'n•>ln'D r•·tm·~enl;ntte tla Jll'o· traçüo tlc V•.E:\. twda óihsolutaÜICitltJ ontuntlo,
vin<:in llt! L'urnnml.Jucl), o Sr. J.oul'l'O~·O de AI· (fla outros "l'al'/es.)
l.itlllllél'll ue ...
o Sn. F111.11;to nos SA;.;Tos : - ~fns n qun$liío
o St\. Lot: · :~::-;ço ns AtiiUQUii:T\QUll:,-Perdul'·llll~; niiO t\ di) dlrcitiJ, e d~ fn~lo , ó do t•ngenhat•ia.
niio SHU d1~j)Uiild'1 ilt• t'C1'111111liJilCO.
O Sa. Stmr.w uE f.A<TilO : -.É priudpnlmcnLIJ
O 811. S1mn:o DF: 1':.\sTnn:- •.. que fni ('111 nn· de di1·11 itu. (AwJiridrr.~.)
;.;ilin ,to nuhre l'l'(ll'l)si'Jll:lllt!l <h provi·•~~i ~• ilc
Santn futhadna' é'h: :11'~"111111}1110. ~illl. ê que o nn, G.\l.lJlNO IJ.\S :\"En:~;- Y. gx, ('I qnc
c irr,·~1•ondiv1:i. pontLLC n:'u1 ~tl1nillt· rc!plic 11 . rjiHW u anl'lter· 111 1: 1111 snn dl'mnnd:t ; mns eu niio
(llf:•ítri br·m: ,, 1, 0 ,·nd·l.~.) enlr,, Til) Ilu. Esl;l !] twsti1o ufu.> c u.~ diruilo, uão.
o Sn. LOLillE1iÇO DR Ar.nuQ··~:nQUE ;...:... v. Ex. o Stt. St'I~GIO IJr,; CASTnD;- nem:mrln quer
c~li1 cn;:.an:nl\l; o tll'l;lllllCUto niio é ~~~> p•:ocll· su~t,· nl~t· u pt•ovinein J ~ Sonln Calhurinn ; mas
dente n~~im. · 's ! wlritnnu1~ do I>m·~na lt)m por~~ o dircilo c
O Sn. Samr.w DR C.l.sTI\0:- Scnhi)('c~. ,:iio·c,tcs 03 l'n~IJJ~. (.4J>Oi'IU"8.)
aimln 05 lilnile> :q•ont:Hlos por AHI'S 110 Ca· A~nra n~o 1111: ot.rig-ac? nobre d()ro~t!ldo n
s:d, ltaH1:1 Cn•·ogt·aphia Urn1.ilk:•, puh lkat1:t co•n l·v·nr· . no .•tnest~o ti~ limllc.~ cnti'C Mmn~ e
:qJpr"\·:~t:in •I•• •·l·t'•:i. (\111 !SI i . O.:,·llft:lllrlo ·SP1· Goynz ..
~l:• Jlt·nyin•·i;t tJ,. ~'"'111 Cnlhill'in:•. •liz cll ,• :i pn· o S:t. GAL!ll~n OA~.Nil\'E{: -T•·n;:n·n qun.mlo
g1na t~lltl:i ~m:.• u,,.·a .:
r S. P~tn/,> 1 . .~~ ·~·•~oHin--!ltP ·•f,,
. .
/,m~l···~·
,
:,\ti /lflrll(.• /1'111.'/S 1/1 :",~1/!rl.~ /1~'11[:!/lr:/1:.~ (.~. /',•i/t•(]
v"· r' ,ll, ·m~
!
1irr. ·
qniY.··t·. lln •I· ~~· ~l1•Ci 1h1'" qne fót· d.e just.i~a;
11 1"111 J11'1,; ljl.lt'l '<'ll\11~ ~l llllill
· __
isf11,
·
c·n·rlil't•';, (/ ~.'"''l'"l.'l'r'l/"1 l•l/l.fn dtl/11 •1/'. s. . a illaim· li :>n. ~lllllõl(l 111~ C.I<TI\1).: - 1~11 ninda uno
ltu·rlttra ,,,;o •·cvccclc !Ir. :lU ''~!JII([.~. io Hltillil'••st.>i :1 t11iul111 v[liniilll a re~p~ito;
c â"nara dos OepLtados- tm rr-e sso em 27101/2015 10:44 - Pá gina 6 d e 21

Sessão em 2 de .Junho de 1880. 345


O nobres deput:Hios podem rl~ r-m o os nr>arte; tr:rr:o, lllftS tmrccoll·mc que h avi;~ .cou tra-
qi.tc qnizerem, (>Odcm intcrr~ m pcr:m u. quunl;~s dk•;Jo.
vezes lhe~ Dl>rounr . Isto· c-rue rnkii':Jrnenlt1 O Sn. SllnGJO Dr: CAs·rno : -O pm·ecer será
in rlifferc nt ~; estou selilfJI'c tli ~Jlosto n allcndci·:Js. disculillo (Jclo nobre dcputndli c tmnllGm JIOt' .
Sr. prc~id•Jnt\l. o nobru J'CIH'(>scnlantc pdn mim, o enl:io apreciaremos amplamente esse
p'rovincia do Sa nta Cnt,harinn, ocen:nllldo·>C dos· aSSUIIII>IO . .
discursos [lromwciados nest:.. comnra c no se· <.:om . a·elnç1io ao pagamento ·de irnpos lo8, n
nado f!<Jio meu nolJrc coiHra de doput:u;ão e quesliío versa ·,n·iuciprtlmente sobre si o tcrri·
pelo hQIII'1tdo scn:u.lor (>elo ·Pur~n{l, estranhou o torio em fJUll temos cre.,do barreiras, para a
al\'itrcqnC', n respeito dn dccis~o · da questlío, foi cobrança do · iniposto d<> pedn;rio, pertence ú
suggeritlo pelil ~~scmiJiéa pi'Ovincial, d:t fJtml pro\•incia de Sant:l Ca\t••·•·ina ou á (lo Pat~aná.
sou membro~ :;i eu conseguir demonstrm· á nu:.rusta ea m~ra
Scnhor·cs, o nol!rc tloputmlo criticou severa· .d os Srs~ detJulados que n província do Pnran:i
mento o alvilru, u~o pon1nc cllc n~o seja jus~o l€.m crc,clo barreiras unicamonto dentro do·sou
e legitimo, ou pol'tJUC em u oss~ legi~ la~ ão haJa torritorio pnrn n cobrnnça dcs' e imposto, terei
alrrum\\ disposi~~o prohibith·a; não, senhores, Jlrov<•do que ~ pro.vlucin de S:m ta C.1thnrlna ti
S."'Ex. não C(IUt:OI'don, 011 11~0 odheriu :Í llllS~I.l Yiole!Itt• o injusta no modo como esron;n·sc por
illén ponp1c nf•u _convém á ~r~v inci a de Sa.nta lognu· o se a tlesarr:izoallo inlento. ( Apoiados. )
Cllth;•rina !IUC haJa um~ ~oluru~ prom)lla e rm· SouiLores, em 21 de Dczemht'O de l iia o j:!O·
mcdktn SO!JI' tl uma quc~lãu que ::;c V :li tornan1l0 vernadol' de S. Paulo tlelnrminou ao cnpilfio-
cada vez m;1is incande~ccnl•J .. mór .~n lon i o ConOn l>into gu~ decl~r~sso quaes
o S11. LouuENço DJ<: ALoUQUEnc!uE di um os limites, que tinha ujuslado, dn villa de Lages,
aporte. p~ra o IIm em sua ordem dcclnrndo, ·Eis a or-
O Sa. SRI\GIO DE CAs-rno :-O alvitre proposto dem {lei);
pela .nssemblén 1ir·ovinchil do Par;~ntl foi' o si!· . • Oc:tpit5o·mór regente, Antonio Co'rrtla Pinto,
guinte: a renniiio dos rcp'r cscntnntcs das duas declare ao pú desta tot.la5 as demarcações e con-
}Jroviucias, presididtl· por um ·~o nselhoiro .de c~· rronla('ÕCS que tive1' ajaswdv c dt;nwt·c:.do com
tado lmparci;ll, t)UO a rc~ llCtlo da mnterra nao o~ governos \'izinhos, pam ilcnrem csc ripturad:~s
tivesse ninda enullillo u SliO opini5o; sendo o u rc:;isLradas nesta soct·etarlo. para em todo o
seu juizo tn·bilral aceito pelo govcrno,lmra sub· tl}mpo constai' o divisa daquello distrlc.to, por
mc\\el· O á appt'O:V:Itii.O do COI' PO le~l ~ tllh'o, sor cllo o mais morit.l.ional d.1 fi'onki r~ dostu
Ora, ·pergunto eu iiO:! noilr·cs deputados: 1~:-t capitani01 . • ~
:~lvi lrc m:1is l'i\lOa\·cl, mais justo~ E IJUcm nao Esto· o1•dcm foi cnmtlrida p~lo capitão mó r 11a ·
o ·aeeitn, senhores? . scguiuto rcs[to!ltn, n 2:t do mesmo mez e nnno :
Sú quem nr1o tem. _t\ircilo no que . pr~lcmlc • A div i~1io <JUO fa7.em d:~ villn da LngUI!:l, Rio.
(UJIOiudos yemcs), 011não .con fi:tml justl~a d:t Gnmde e Santa t!.llbarin:i, com a IIO \'a vtlla de
sua c~ u;:n . (1lpoictdo! .) · i'(ossa Scnhór:i !los Prnicres dol..1g\JS c rronteira
O Sa. CosT.\. Az&v..oo E VAntos Sns. I>Er~T.\· snl desta capitania, mandada crear por V. Ex.,
oos:-Mmlo bem; opohldo. · . emquo se estabdeccr:~m as jus ti~~tis neccssari~~.
fomm e uns divisões c~nfirma<l n s com uuiformi·
(C•·u:am-u al;flllla UJllll'lrR.) dnde com . os go vernos dnqucll~s vill:ts e praçns,
Além do ohjl!t'\o IJllO ,·cnho dLJ lem ur·:t ~, t:tm· cumo sa vcriric., 1la~ cartas j unt.1s o d:i certidão,
bom os meus collt)g;~s d•l rcp rcsll nt:u~:•o p olo !JU\J pnsst•i a vodido do. governador de Santn
I•nnná ~c ocel\liMam tl\l Jl l'l!.illit.o.en~ll'lni s~•~no , l:ülhar'ina, !Jue nenhum dt!lles· dnvidou, \IOrfiUC
tJUe t~sltJVa soll'rcnJu ~ 11118$:1 JH'onncm pula un· j:i as divisões so llavk•m trnhulo o dcmnrcado
IJossiLilrdmlo do · l':tzor elliwth·a a co bt· :~n~n elo pdo l:il'. dcsembnr;.:mlo1' 1\ophael Piros l'ur •
llliiJO.;t:~ dlll•cdog-i•• d:1 hl'rvn-mrtto cXJJortnd~ pelo dinho . 11rimciro minl~tro IJU•! fúra irq ucllas
mim lei pio do lllo Ncgn1: m~rinh~1~;, conlirmando·as uovamllnle em· ca-
&lnlror~s. n:'to ~o l"'•dOviolcntmnente cnhiilil' mnrn du vilin de l):wla t::Hii~•·inn o Dr'. dc~om­
qnu um:t provincin cofu·c iurt>oslos denlru do boJ•g·at.lot• l!lauoel José de Forin, que tnmb~m
seu lcr·ritorio ••• crct•U n 'illa t!o llio Gl'nnde, c n divhliu- ~u- ·
O Sn . CAI'IIIDo oE 0LrYsrnA :-I<'ol go muito de jos divisucs confinam peln po rte snl com V!a ~
ouvir cst..1 thcorl ~ sustcntmla por V. Ex. mno, pelo rio dns Pclotns (por t.rad i cç~o ~ n lign
chnmodn rio do Infer·no), correndo inteirnmcnto
O Sn.. SERGIO Do CAs1·no: - ... d~sdu qnc esses \l<H'a l>nixo um ~orl5o 11. oésto e par·n cim3 a
impostos Coram l og~ lme uto lnnc:tdo. lústc t~ lê :to ril.tcit'ilo das Conlas, omle ptiZ I'Ulll'·
0 Sn. FBLI CIO DOS SANTOs: -1'cm uma lllcoria co, cujo r io faz h:trra com o r io <lns llelot:ts.
gcog r· aphi.c:~, o :~pplica-~ l'OIIfo•·nfc os lugares. Com a villa de Sf!ll l a · Call1ariua a l ltll'lc da .ma·
o 5n. Slli1Gro m: CAS1'IIO : - Nfio l!nstn av3nçar l'iulm pd<1 serra tia Lage$ COII~ti•Jtr.tc .1i stltL bt1i:Ca,
pt•oposiçuus cles t'~ oi'Clum, cUIIIJJI'c! provnl·:ts. fim dH dilri ser·t·u onde correm os l mutes tias dttas
v ill•l .~, em wja SCI'I'II. fi ~· abl'it' Cl!IJ_II.,flos . Jt!li'G
O Sn. Fsr.Icto n ·S SANTOS: - V • . Ex. con· ttW iclatl~ do 1'ett.l lt'l'tilf.'O c .cutlllllaCI" dos JIOVOS .
dcmnou a ns.~cmhlti:1 pr•ovi uci:tl do .Mrn~s t.l.tl ter E pctfll n J·t trt, elo twrk trrsln CCIJ!ilmtitt cu111 v
lunçauo $Obre o ouro . · . t•ibrinin 1!11 c•rtllfl•> tlll .EstiVII, cllio limite COilfi~ta
o S1t. 81mo to IJP. CA~'rl.IO: _;.E cont.lolltu ci em~ 1/ito ri!Jcirrio com n vill11 d~ Cot•itlbtL ·
muilo hem. • Ncsln[únn~ se conscn:.un ~m tronquillidar~ o.
O Sn. FJ.:i.uao· DOS SA.!Io'TOS: - Não !ligo o con• como dilo tonho. • ·
.. .Tomo 1.--<\.1-. ·
Cfrnara aos Dep<.~aaos- lm!J"esso em 271U11201 5 10:44 - Pêgina 7 ae 21

346 Sessão em Z do ,Junho de 1880.


vem ·os noiJJ'e> ilepulailos Qlle niio se f:;ll:l dad~ d1s ·li!i..- [II'O\"ill('.iacs, a que refcriu:se o
nl'm no rio s ~·l!1 0. ne1n 111) I~aa ;;,- ü, como·\li - meu digno coH,)gn •lC d.•putução. ·· ·.
·. vi~~s 11at!U'a•l>.cutrc S:mta G:;tl;a1·inn ~o i>aran:i, o s11 . l~nE~r:mi'TF.:-A hor~ dou, e, si o nobre .·
na op iniiio do Sr. Si I,·eira de Som:a. · tlepulatlo quer continuai' o seu · discurso . é
. O Sa. i'JU:~ros::T;~ : - D~\' • l lemb•·ar :10 n Obi'C Lcmpo de consullul' :i camitru. · ·
Joput<ulo que não pôdt! entrar pela Ordem llo o Sn. Sttw 1u J,E C.umo: -Sim, senhor.
dia, e o tempo. pal'a que pcdill urgcnda está [/'•w-• a.)
quasi esgotado. · o Sn. P~msiDEXTE :-Ha apenas il:l Srs. depu.
·O Sn. SEI\GIO r>~ c. . s-mo : -Mas cu espero da tad;Js, · não h a numero.
bén~volenein rlc V. Ex. e ao mesmo tempo da O Sn . SEI1GIO DS CASTRO :-Neste caso con·
gcnero~id:ule dn :mgu~ta camm·:t do:; S•·~ . dl}pU·. sinta V. Ex:. tJUe eu continue, JJrometteul\o
tado; que não serei inle!TOIIlllido no meio do re~um·: r as minh:~.s obsen:·~·ües. ·
. uwu 'tli;cnr;:o,qu:mdo trato de defender direitos
illl[IOI'Ian tis>'i:uos. osn. PnE>Il>lll\' U :- Pcrd:io. N;io POS!\0 por-
lll i ttir,porquo a c:Jrnllr~ ainda ha dins resolvot\
O Sn . Pm:S IDE:'\T.E: _;Ent5o o nobre deputado quo us ·u•·c;-oucias nunca prcj utlicari:tm a ordem
ha.\ltJ tor p:~ ci<!!lcia de pmlir á c~111 :: ra [ll'OI'O(!:t · dv dia.
r.iio de horn p :tra esta discussão , JtO I'!JllC; dando
i hora. en terei o de~ prazer de pedir-lhe que O St\. SEIIGIO or. C.1.stno :-Mas cu Jleço a
n 5o prosi:;a 0 seu discurso. _V. Ex . que mo cnnccd~ o mcsrr.o favor que Iem
sido tonc-cdido a muitos nolll'es dcputadus.
o Sn • . SEUGIO 11~: CASTRO : - Então llesde já o sn: l'llESIII~:::~m :-Eu não posso Jisculir
t:Onsidere V· Ex. meu requerimento como coa• o nnbt·c dcflttl:ulo a~ura, sobre <Jslc nssum-
atJI'o~eutado. (lto . O re;:imcnto tlclcrminn rJUC, n~o · h<~vendo
s,mlwres, nós . uão de\·cmos ~uptiut' quo o numllro , lic:1m vrdudic:tda~ tu<hs :1s 1110 ~ 00 &; G.
go,~etno imperial prutir,:te .um neto lrl'ellcctido- na eonfoJ'tnidatlc tio J'e: imento,vou mnndur fazer .
ou impcns;;do, rn:txilllé r)uaudo se trata de iute~ a clt:in~:<da • . {Tracam· 8c ,1partes; a}JOiarlos e ·uào
rcs~es o di rt•itos de g-ra ud•! valia 11:11·a duils )
· · d 1 · OJJO ·ados. ·· . · . .
provi 0 CJas O 1nper10. . .Procctlcndo·!'e ;i chamnda,vcritlcou- sc terem·
O mini:<tcrio dt! :H dt) Ago~to cxpedltl, em 16 d \ · 1 ·n ~
do Jan(liro do 18:1;;, 0 so_!!llillt.Q dc~rc lo . .Xnte se tii!Sentu · ,, os :)t·~.' me•·•co, ose :ts~on, .lqao
bem a .:.ltnar:1 que ó·um d~crcto do ministcrio Brigido, Vil'iato t1e ~lcdeiros, BezerTn Cavnlcnnti,
liucrat de 31 de Agosto (12): . . Mo1·ei r:1 Dl'anil:io, Muno1ll C~rlos, 1\Iano~:l d•J ll:a.
,::alhiies, Autonio de Siqueira, Soares llt•au.bo,
• Art. 1.. o~ limites entrO) os provincias do LoliJ'('IlÇO de AlbUI[IIOI'IIliC. Espiudola, Monte,
Puranú c Stlllt~ Cn \harina ~ão /)l'OI'i ~criamcnte narro~ l'itllCIIIcl, llntlolploDaut~IS, Baptista Pe-
. lixatlos pelo rio Suhv-gu~~:ü, senado · M:u·, rio reit·:~·, . Ca1ididu de O!ivcira, 1'beotl01uiro, 'l 'hco·
!llat'omiJ;ls, desde su:i vertente até ao dos Cnnô:1s, philo Olluni, Andl'llllo' Pinlo, Silveira olc ::iou1.:1,
c po1' c>te até ao rio Ur•ugu;:~y_. • fl orcnclo tle .-\hrcu, Gol;ta 1\ibeiro, JoséC~etano,
· 0s limite> trncndM por t•sse tle_crcto en tre os J'eolro Luiz, llcz-erra llu Mcnuzes e . Camnr~o .
te nilorius da~· JJrovindas de S:tnta Cnthnt·ina c o Sn . l'nr.;mE)iTE dcdar3 que, uão havendo
\lar:mà ..:<•o Hiliut dos tlll><i'jo~ dest:t ; l'lllJ'eÜillltl, u ucuot'O ·1 ,:tl'<~ ~o- volnr, pas:;~ya-sc à segunda
o govcmto imp••J·inlnão oht·ou com imp•·udcncin pnt·tc d<t 01·tt0111 1Ju. cli:1• · ·
ou irrelhJX:'to, o s~u acto roi n co ns"•tu o nci;~ nc·
CI.'S~aria e le:;itima de estudo multo sério. O Sr. SérKlo de Co.•tro (pclrt OI'deln):
(Apoi(tt/os.) · · - St•. pl'C~ideutc, o·omo Y. Ex: em oii!>C_J'Vaneut
Mas a (Jro,·iodn de Snnta Co tharin:1, quo :to qnc·di,:poo o •·o~imcnto, cout...-orrcu t•arn que
não tem uutn ttCdl':o, nem m;u'Cl' - on cJnntqucr eu li casso t:Oln o meu cliscuno ~~~~penso ( 11poh1·
outr.o s ig n~ l de po.,soJ no tm-.-itorio contestado, dus_yuacJ ) • • ,
r ct:hHnou contJ':t o dec1'..~lo i alt>~ri:ol. . 0 Sn. Pn.;sloExra,: :-0 uourc · deputudo niio
O g·o1·cmo ger:1 l, porem, expçdiu •> m·i;;o do · ·d
21 éle Oulub:·o !lo mu>ulo anuo. mondando l'C>· I.IO ~ . ' ' •
JI Cil~r owi JíO~s idtliS du P:tr;mâ, i>IO c; n pos:;o o Sn. Ssnmo DIS C.\STitO : - Pel'dão ; v. Ex:.
uw ns:~ e JI:!Cilka que lemos exercido, desde· · hliCI'rumpi!·llll! sc1n moti\•o plnusivcl, pois ainda ·
tetnJlOS irn111emori;tes, ~olll'~ o~ t ~rrilori os qu~ , uüo r.o'nclui :1 ol'm.,iio. (Apoiados.) ·
·ho ()OitL'o~ annus, lclllhl'on·stJ de coniOJ~ti;r un· lh de permillir qnc, I'Csjlcitundo a decisão ·.
pmclcnlcmenle a IH'bYinciil do S:111ta Cntharinn. qno V: . Ih:. nl'aba. iie dar, e. qm• mo [Jurecr,
...S••)l hore~. (l\o e~~•:.:-c~nda ó :1 pr~l co nçiio da (WO· como t.Ul'-se. ostal' lle conformidade-com o re:n·
Yi ll CIQ cl>! ~a11 l:t C:,lhanun cJuc nlc .ol!t•ntle 0 1.,0111 mun to, deotr.rc que, em_ consideraçiio á minhn
~e n ;;o, lH'rmilla -me o nobre d\lpnlado que lh'o ll.I'Ovincia c pot· nmor do ctmllll'imcnto do~ meus
ll i g-~. 1~ . em ultíma an;d)·st, ,·-p:tnl stunmari;~r 0 --•leve•-c,, IHl t'•·i;ueira DPtlortunidmlo me occu· ·
:1 ~~ 11 ~11p to, P<'l';!lllllat'd ; o CJli C {ll'elendc :1 pro, 1\lli'Ci dll IWVO !\O liSSIIIIllliO, I'IHtlnndO então O I}Q
Y1ne1a da S:tuLa G<~ L ha1·m a ? · lill, ·minhw• hJ(,:t ~, intlll'r.tlll llido pt!I:J ~twc•t• iJ~de,
lhii'Ct' p:.1·a ~i a m/,•· p:tl'l•! d e llu3s çotnarens . :di :i s j u ~ l. i lic::tl'el •. l'UIII <JU•lV . _Ex: •lUCI' oxc.~utar
d:i [11'11\'Í il i'Ía elo P:m11úí, du:is comart::1s mn ,1110 o I'L'I-(it'ncil tu ·n coltl l':t os t•~t y l os · dcsla camara .
ll•'•s li:OlOS e~ J 1:1Jlta tl a II IH:t iiH illl!llSll fm;(un~ , 0 111 (;lfllilu /tt!JW: lll : ri/IJ.~ !IJJ UÍ!Hiu.~. )
'juc 1.-m :,~ a; . uu~~a< :tlllor·ill:td,•s \' ll ll ~ l i lri .ln<, O ::ilc. l .\~1.\ B numus ~11:; . tJ ~:I'UTA DOS : - E'
1 t:~d c osh!ln p·'~ d:t a u ti:p.n c('ilauia·dc:.;, l':tulo; uma tyr:tnltí:l de\'. Ex : rmr:f:com o i'llu~trc
collcgio,; clu itor<to~, ele. · · · · t~r:tdot· •IIW ··~1:1\':tHJo>i ouvindo eollll(lila_:-c attort·
Tl'atuci agora cl:l qucsli\o da c:on~titucion:ili · \"-io, (A)loi a(lus !lvrao:~.)
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 2 7/01/2015 10:44 +Pá gina 8 d e 21

Sessão em 2 de .Junho de 1880. 347


O Sn. ·MAnCO LIXO· MornA :-0 nobre dCIJUI~tln O :'n. Fn.\ri·:o DF. S.i. : - F11i dr~ta questão
nflo podi:1 ~l~l' intm·rompitlo no meio tlo seu tlis · que na ii<1prcns:1 rnc Oi!lmpci, e fol:;uni de ouvir
c.mrso. (,\poiadJs.) · o ::lr·. pre~iuunle <h con~c·Hw do gabinete ~ctrial
manit'<·$lni··~c d~ 1\l:lll•!ÍI':I llltlb CX.IH'e~~iva o
SEGUNDA PARTE DA ORDE~I DO DIA energic,1, pela mesmn idéa que cu liulm snsten·
Continaa a 2.• <li~cuss'io tlo proj.~ctf) olc rc· Indo. •
N:1da lwvin, portanto, nas minhns opin!Ues
forma cleiloral. anteriormcnto manifestadas quo me inhi!Jis~e de
(Ccçup.t a cadcn·a da pre.~idençia o SI'. :t.• t'icc nce:tar o actLwl projeeto. ~[ns :1s~ignei com re~­
ll1'eSída11te Frederico ilc Atlljaida.) tric('Üe~ o fJarCf'er rl:! commi>siío r.special,?. de\·o
O Sn. ·pnEs!DENT.r:::- Tom a palavra o Sr. declnrnr qmw5 roram os J)OJntos de minha~ dtlVi-
Franco do Sli. das, quMs as dimcnldndes que ~cu li em concor·
elo r plennment<! co.n a mnioria dn commissflo.
O Sr. Franeo de Sá:-Sr. lll'esi!le.nte, S!lnhor~''• c<snõ duvídns vers:1m ~obr~ pontos
reconhoo:o que o inicinr a dcfo~a do importantu cn('il3os do projcclo, e o'ubt·c algum~~ das npro- ·
projc<'lo !JUU ~r) :rclw em discu.s~5o cuida u uma eia~·i'i,~s tlo p;u·c::ct·. Quando um Jlill'ecer llc cnm·
voz nwis altlUl'i?.arln 1111e ~minha (uão itpoiadns), mis<1o cone! uc por theses [Jmcisas, entende-se
c sob1·etu·oln ~~ ulguns <los .m:Jmbro:; da commi~­ que os sigm1tarios desse parecer ~ceit;1m as
sii<J especial qu•:. assiglHII'nm sem rc~lric~tiu:; o .cnnclusÜ•·~ ~ómcnte; m~s niio foi cli!bL·ratlo
parct:ut'. 1~11, :51'. llre>hh.lfiltl, qne ~>>i:.::nui cnm desse 1nudo o pareecr de qnc ~c twta ; ~Pnclue
t•osot·n~. c un\ 111';1 •Jllc dt!~ejasse cxplicar-llltt il ~W,la npresenla~'il" de um · prnjcctoJ su!Jslitntivo;
respeito Llu)( minhtts l'e~tric<;ões, tanto nwl~ li pela simples a~sl:; nnlnra deve·SL~ entcndrJl'
quanto corri:t r1nn a minl1a tlh·e•·gencia princi· qntJ o~ sigilntnl'ios n:·eil;ml [Ji lmnm~nte o lll'O-
pol \·c•·~3~·a sn!Jt·o a con;titn•~ionalidotl<! do j ..~do o ~e lOt'nJm ~olhlnl'ius com as U~'l'cciaçlies
projcdo. r•ot· i~-u IIL:cli np··lnvr:t, e ~ceilo o logn1· do parecer.
quu me foi rl:Hio na ins~ripçiio, T~mucttl, SI'. prr.sident.~ , divirjo a r0spcito
Alg-uns uos lli011S uoiJre.~ collcg~s mo m~ni· !lc n!guno ponto~ secttmlnrios uo projrcto, nos
fcsUU'11lll a ~Uil[losi\~;io ele :rue eu, peta~ minhas (]n:tes, sem dnvilb, o :;;,bioeto ano pt~don\ l':l~er
iuéus .. :lltih,~l:Hlns na lriouna c nu imprensa, qne,tiío govcrn:llnentnl; [Jontos rrilc eu desejava
me ach~\·n inhiJJido tia ncl'itnr o projr.ct<J .dn re- fossem tnorlilicndos. [)Ot'Qtte, · uintln quo seeun-
formo cl•·itorat P<'l' lei ôrdinariu. Tal n~o ha, <1nr·i<>~, ]mdcrào produ1.ir, a meu ver, perni-
sr. prcsiLlenlé, o que eu dis:;o·nesln triúnnu foi, ciosos e!lo itus.
\(Ue [Jarn mim,como parn 11 !!Cneralidndo do par· . Antes do tUllO, o art. L • do projcclo suscita
lrdo libcrul, cr:• intlilferentc a fúrmn pela qu~l Mtnrnlnwntea rJU~stfiocon~litnc•onal. A gr·nnd~
Sl.l lcvusse a. elfuito •:sle )!rnndc d~sicl ·r·~tum da ditnculd;1!lc que ·pot' llluilo te1npo se levnnloll
eleiç~o direcla. (Ap~i!lllo.L) Disse, como dizia ~1lte a id6a d;1 L'loiçà•• tlir·oct:.t foi a ncces;idado
o mini~terio de 5 de JanPiro. CjlW n l'efor·m:t por !ln!'cfrwmnr a lei fnmlatHcnt~l Llo lmperio. Uts·
meio de rcvisflo constimcion:d cr·o nmn tt·nns- cntindo o IH·oj~cto do. nnno lt'aHsaclo, rti~~ll en,
ac~ãn, U'lll nHilpromisso Ct!IU II:Jtltilles CJUe li· St·. pre~id~nto, c tnlvez i~ to lton VL!~~c induzido
nltnm opinmo di>c•·s~ •. pda nc··~s~ill~ · le de :.:r:m- ;~hrnns d11~ mcns eoll~;:"ns· a ~np[Jor,~m que
gP.nr pnnr n ••efol'tt:J. cl..itoml o maior nu•ne•·o minhas idéas eram diVl1l'sns elo que .realmente
po~sivel de a1lhesucs, sobrdttdo ptlt'~ o· tim do ~iio, disse .<Ju qlle o p:rt·tiuo liiJet·ul n11to o ohsla·
f~ci'líl;lt' o. npprovaç:.io elo pr oje~to nn cnm~•·n culo rtUil s,, lho anteptmlln, n nlle::;ad:t nece~si­
vi talicia. dmle do revis~o constitncion:l], li;;er3 · osfOI\'O~
O Sn. Ft~tlcto nos S.1:~·ros:- Concessão, .ncro elciçào pnm convencei' o paiz e a si mesmo, de rtlle n.
tronsn~çâo. u senado niio cedia nada.
dirccta po[Jiu ser rlect•ctnua por lei ordi-
n~•·tn.
OSn. fn.~.Nco DI: S,i.:-E~$C ulvitre que o nol1re Este modo de dize•· podct·ia fw31' crer quo na
lJI'e~idcnt~ du cn11selho d~ acttwl gabinete nchou minha opini5o opartido liberal se illn!lia ou
Jlrudente, como tem dt·clar:tdtl ;rr1ui e na outra us;•va de ~inwlcs estrale!!!~. Outro, pol·rim, foi o
canwr<r. tu miJem o pareceu ~ nutro~ ch·'re~ di;- men 11ensnmcn!o, no qual sil se coulinlw ost:I
!inctos 'do p:u·tirlo liueral, prcvlnmcntc consul· ver·,tn,J~ S3biun-q uc n dotttrinn da el~io:iio di-
tndos sourc c~ se ponlo. (Apoirtll•>S.) A ç:uMru, recta por lei o rdinarin·n~~cen d:1 necessid3d e tlo
como hnntem com r~ztio lttnt·mon n noiJru rle• evitar n revisão consl.itucior13l, r'epnlndn irn·
put~tllil pelo Auw!onn~. desPjari~, como :mle~ po~si\·,JI ou 111ni ,Jillici! dL! ohlct·. E' incont~s •
destljnv:r. o tmrtiuo lib:!ral. o llrumpta reforma tavel qu1l. pe>t' mnito tempo lodos O$ homons
dn lei clelt<ll';ll, por lllllin de um., lei ordinnrin; llOliti\:os, totlos os JMrtidos, entenderam quo a
mos por cumelho do prndt,nta P'Jiitica jul~nn \11\!i<·iio 1lircctn di\\Jen rlia Ü<\ t•crorm~ r;onstitu-
~eert;"~dn conrnrmnr-,:c com o (Jrngr:unma do r.ior\nl.
pritueil'O tnini.-lerio ~a h ido llO ~Cio lb Jlnl'litiO. O Sit. Mllin,\ m~ ·v.~5cú:'iGI\I,LOS : - QÚa&i to·
Iibt·r~I. M:•ltug'l'ou·se "tiUcile l'lnno do pnHl!•ntc dos. (lúl'r ap!liiul,,s. )
polilic11, pl'l~. exi[.;encin dn íuteryer!(~o do ~· ·nn·
ào e dn eornu nn uiHn el;1 r.on~llttttn\t), oxlgt•n· O .Sn. Ff;LtCI:l .nos SMnus ; - Qnantlo ~ itlo-
cin quo n:h• pntlia·,l~l· =~~~··i ta t'do p~r·Lido lilwnrl, lntl'ia om nHIÍS fu•·to. · ·
~()Ul 1'()1\\IIH!iat• ~ ~l\:IS ll':l<liL!<;lir·~, Sl\l\\ CjtiCUI'l\ \\<) O Sa. fn,\i'<Cil IJI~ :S,i : - 1'n<los que propuzc·
seus pl·incipins c cl•·sprestigio ela gl·;mde l'cl'orma l'nm esta ldéa, Vem•ira F1·:m::n ern 183.J. o dopu-
rEwllzmht ern 1113\.(.'ll•lilus uprJiaclas.) lalln Anlúo, tih~ml l\L~$SC. tompo, em IS't.ü, .. o
O Sn. ZA~t.\.: -Sem sacrincnr ti lell't1 da nos~o dislineto coll~~n detJlltudo por Minns, o
Cou stilttiç!iv. Sr. l•'clicio tios Sunros em i~G~. ,,
Câ'nara dos Depttados- Impresso em 27/0112015 10:44 - Pág ina 9 d e 21

348 .Sessuo CIJl 2 de Junho· rle. 1880·.

O Sn .. F'Er.rct•l ll:lS :;;.\;->To~:- j\'.rlu.ç 11-!1/t ,-mr,~.· fnndnmcnlnl, onde se dellnl'm a~ m~tcrhts con·
_ llli" SI:. DEPUT.\uo:- Foi u.n tio lldlc . ~Lit u·.,it•n:.cs JII'Opri~menlc· d i r:~s, não ~ll póue
rderi! no. voto, por j ,-:;o ~u ~ o voto é uma
O Stl. 1-'a.\:.-r:o !Jo S.í. : - Bc:i1. Prnccdc o runc~uo-r:ublh:a c n:lo um j]Jrcllo . .
meu cng-;mo tlo id•!llticbde ou "c,:wlh:mç;c dos A lllCtt Y<Jl', i;;!•) é un1 j ngl.) do pai3VrM sem
nnmcs . •. o tlc\mtndn pllr W:w;, Felicio rios nenhttn1n. inlpOI'lo11lci:t. {'\.fiOiadns· c n1.io np~­
Snntos, P.lll !Slh, todo:< cntentlcr~m que .a iMa iac/.'s.) Entendo que todo tlil·e.ito polillco é
devia ~er at•réscul:td~ solJ 11 fôrma tlc um pro- ulllll fuuc.o·.ão 1•nhlica, o vico-vcr~n.
jecto i! o aller~ç.io consLiLu~ionul. Em qui:Í l'Ollsistc o ·rlir.üto.politico ~No exer·
Mas, senhores, cst~ dilllculd;ull'l. quo~ prio- cicio dl! funcçuns publica~ , na dircc~:1 ou indí·
eipio poreceu invenc.ivel, dHpois do maior me· rccl;l intc'rl'cnc:51) no governo do p~iz.
dit~ção, depoi$ ele mnis ancnlo exame c! de bri· O ili;cito cleitorn l pnssiro, o.dircito de re-
Jh:mtcs deb:llcs na imp1·cns.1 c no porlamcmto, ceb•Jr o mantl&tn [I()!Htl:tr, na J'C(>rcscnL1Çfio
cotlhcceu-se que realmeuw nüo era unt obsta· municipal, provinci:d (lU n:~cion ~ l, u~o ó mais
culo. · · que exercício de funcc:ões publicas. ·
Foi .P':incipnlmenlc em 1862 C(tlc n.]Jro[lag:md3 O ml!smosed:iqunnto:lll direiloelcito~a1 3cti v o,
da cll!t~:tO du•o:ciO tClllt<>ll Ynllo C S~ desenvoh'.llU O'JUC eXCI'I:Cm O~ t•lt>ilot'C51la I'SColha de ~ ell!ll'e­
)argamcnlc, r.omeçandü pelo importante rlis· presentnnlcs, é r.nmb•~m nmn func~iio on ollribui-
cus~üo que em l'ernamlmco s2 do\1 11~ lrnprcn~o, ~·5o social, nm cncur:.:o on munus publi<"o, scn1
discussão quo rlopois foi lnmino>:tmcnte produ· deixar pol'isso do ~m· \un direito. O que se pOde
zid:1 n·a· camara yil.altcin ctn Ioi:.l .c em 18i5. discutir e ·~e tem tliscuticlo é ~ i asso ilireit•l é ou
Dctaois deste:; estudos c diJI.tatos Dcou dcmon· · não um dit·eito notural. si dt:r!,·a dn nntur~za
strada n possibilitl<~do de se rozet• n reforma dm . human;~ ou slmplesrnontc da lei por couve·
eleição direcl<• por méio de lei ordin:1ria. nieucin dn conunuub::Co politicn.• dedttzi ntlo-sc
Foi poa·tanto por c~forços dos sens r>ublicistas do uma o out1·~ d•Jssns o piniõ~s o ~u!Tt~gio uni·
e orndoroHJUCO parlido liberal chc:::ou a formar YCt'S.1I ou o vo:o limitado pelo censo ou ·por
para si mesmo e para o l>"iz a otilnhio de que outro qualquer modo .
:p9r v in ordinnria se podia conseg-uir a :lime- . Tal ni·gumento p()rt:mto não procede. Rcruto
Jada reforma. · ign:t.l mentc im(Jrocedentc o quo cons i~te .M in·
P~ra a qmt$i 10~:-tliuado do pnr·tido liberal, o télligenr.ia do texto consLitndonol qne exigo
pnrn grnrvle parte do partido coitset'\'lltlor, ltojc pnm o Yotnnte o gozo dos direilos poli tlcos.
é uma. opinião bem tirm;cda que por lei ordina- , o voto niio é um direito, está fóra dos di·
ria se pude f011.er a •·el'urma do nosso ~yste mu t•citos t•olitlco~. visto [file o :;ozo dc91os deve
cleiroral atloptaudo~sn o Yolo directo, pt'<'Cedcr no exercício do '·oro·.•
A illustrada maiotia da commissão especial Senhores, ainrla esta urgumcn!a.çiío me parece
j ul;.:ott·so di~pcns:nla ele clisc:utir c~ te · ponto, um sim t•les pnrn lflgismo. A (lisposiçiio conslilu- .
por consi(let-:~l·o já muito debatido c ~lucidado. cionalnãtJ peido ter oulr·o ~cntit1o St~niio o do um;-.
Assim é, Sr. presidente, m:.s :~o <'lll'.Ctar-sc refcrcncin ao art. 8.", q•tc eslitbolcce os cr~sos
:1 discnssão dl'sle ftrojer.to, parece indi~pcnl'nvl'l em quo se su ~p~ndc o exercício dos tliroitos po-
tratar de::ot:. matnrin. tanto mais r(ntlnto na.outra Jiticos. . .
comnrn so levnutou um vullo notnvcl, um dos Si c~onmltormos o pn,jcclo dn constituinte,
nossos m:iis dlstinr:to" estntli~to~ c ch•Jf··s politi- do q. uni foi ·copi:<da ·esta clisprsiçliu cln. nossn lei
cos, hastcóndoa hnndeirn lln Constilulçlio contra fLmdnmnutni, \"Crcmog () ltC l:i está este pensn·
a refot•mn, exprobnindo uos dercn~ores do pro· mcnlt>, lit !lt! diz-o gor.o dos dh·cito~ políticos
jecto o ocr.npm•tim-se mais em invectiva r a cn• na conformiun•!o dos arts. 31 e 3i •; f! os dons
mara Yllnlict3.1JUC de deruoustrnr a cou~titucio· artigos cit:u\os eram os I(Uc dolennin:t'(:tlll os
nalidn(lc c o uli !idade tia rcfol'llla proposta. caso< rlo por·da. ou su srwmuo dos· direitos poli·
A utilid:u.lc da refol'ma, hoje n in!tuem n des- Ucos do cillnd:io lm.lZIIeiro. .
conhece. O mosmo illus!rc sunocloa· eonfC$SCU Ainda em um ~~~ti7: conio n Frnnr:n onde o voto
IJUC tl Nforma c cxi.~icln pnlo pníz. I>eln mni;,ri:l é con!.\idcrntlo dit•cilo u:itnrnl, onde o Jegi~l::u:iio
do lmlus os (l:tl·titlo~; cll i! c :tcrucllcs I]UL' st·g'nt•m cons3gra o suffr~gio unive!'~al , c~ ta ~:onll içào
~ sun opini;io reconhecem tJUC ê uma cxpcricn· pd~> me~m~s pni:Jv a·:1s eex.i girh. He(JliCl' n legis-
ci~ que se •lcwo fa7.CI'. · !~ruo rr~n~e1.a p:1ra que o l'id~(li~;l pos~~ . votnt·
. N110 lt'tllnt·l.'i," poi~, ele clcmomtr:ir r(UO~ v:m· ~ qn~ r.stt~J:t n~ g-ozo •l? ~~tts (l!I'Cito~ polrtrc~s, •
tnioso o prlllccto. · · .. . 1s1o e, qtw t.•slrJ:t n~ elll•c.t•va posse da CillHlCHIII ·
·.Esfot·çnr-ine·l.Jei somente por prov~r qur nãn 1lc p(l)iticn. ·~:'u1 •.; outro o so~ili1ln elo n o,:~n •lis-
hu oll'on~:t 1b Con.<litnição do lmpci.'l\1· om dccrl!· postçilo col.lSL•tnc•ounl. ( .-l1mwdo.~ .): .
tor n clc!çi(o lllrl'l! (•l por lei (ll'llin:u;ia. . · · E' tmnhcm sem proo·cch:meia t•utro ar~ nanenlo,
Antes de tmlo •. Sr.... t.trcsidl!ntc, :tt'rutl•n·ci :n·· niio ~encr:l li srirlo t:nmn l'i>l\1, m~~· (lT01h11.id•> no
g'llllltJniOS fJIIIl CO.<tumam ~CI' lldti Ü7.iUO~ llCsta notav1•( O(ll1Sclllo in l.ilnl:td"- 0 lm(lel'ialismo C
discnssiio. 111:"' quo nw Hão fl:li'Ct't'tn procl!t.lentl!s. · n 1\ofor:t:a,- nmn uns obms· IJUC m ~ i~ ~m caz •
N:io lenho n pr<Jien ~.~o d>! 1\l'l\~c dPI.iale, crn mcnltJ conco·tTor:uu para dc t-r~ nwt· a clontrinn
· I]UI' tem l1.1111~do ft;rr te tan tas int.clligcnci~s no· de·que esta· J'Cform .1 se potlin 1'1zcr por meio ·
t:JI'd~, · l1<llh~ l' :tCI'I'~C. c~ll laJ' nova l uz. · · ordiuario.
'l'odavin , ~.~. Jllo,ioleutc, o mcn·llltldO do in· 0 Sn, JOAoui~l SamllA:-Apoi~do .
.!Ol'.[l l'~lur [I Con~L.iluil:ão tlivoq;c·um .pouco un-
rtnt•llc lJUC gt•ntlmcnto Sü ~dutlttc nu dcmous· li S11 . · 1~u;,lico llll. S.i.:- Diz-so ·: · • A Jll'll·
Lraciio dn minhn th0so. nundn bnstn·pnrn l' stv;pensiio do dire ito de srr
Co ~tuma-su di~cr rJUo o nrt. l7S lla U()s~n loi deito·, no JlM~o qn~ pm·n a · stt~t>cn~iio dos tli·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:44 +Pá gina 10 de 21

Sessão em 2 de Junho de 18~0. 349


reito~ politicos •i neccssario scntenra condem· 1\ln$, di,; o natnr cl'l impot·tantc opuseulo a que
nutorin á pri~:lo ou de;.tr,~<lo. • • m_,J ~tav:1 rcrcriullo, nu auuutcrnt;:lo do :H't t79
S•Jnhn.res, :'in,!.:J nisto b~ um. lllCl'O CfjUÍ'iOt'O. t};;o SI~ con~pr~h~.nrlc o volo, 11111' i~so que o voto
Tr~ta-8c em um caso dn ~USIJ':nsúu Llu urn di- c u~na aunhutçn", um cntorgo, l'[tle ~o não po-
Tt'ilo político c;:l>cciul, e no outro c:1~rHl~ stts- dcna incluir na dcrlarn~'ão dos direitns do ho·
pcusf,.o de· todus os uireito> [Jolitico>. -A [JJ'Ó- mem e do Ciil:ldão, rdL:I nn nossa consthuição,
nuncta nem siqner su~peudc o din•itn de vot~r cnmo se roz mn outras, nas quacs es~c prcl•·nso
nas •~ll'i~~õcs prinl:ll'ia~. ma~ súJtwntc o dt: >'Cf dii'L•ilo, cs~a runcç.i:io polilica, tombem nno Coi
votndo. pa:·a Clcitcr c pot·tnnlo p~ru os carg-os mcnciuna,l:i. Esta m c u~·ão, diz ~itul~ o mesmo
qui:! ex1gem n capac1dade de sc1· clciiOI'. lHibliCISln, ~Ú é feitO n:IS t'OUSlitUif;ÕcS ljUC l'C·
· E' porêm, n lllCLl ver, cxncla o doutl'inn do conhecem o_wlo como um diTcito naturul, fJilc
con~ngrnm o sufi'ra~io univcr~al.
cit~do opu~culo no que dir. rPspeito :1 inlerprc·
Nc~ta pnrle 1linda, Sr. presidente, acho que
tnt;ao •lo ~1'1. 178, eon~idcnndo n disposiri~O
d~s~c _nl'tígo, no qnc se rel'erc aog 11ireitos dos
ho etignno: ·
cnlad:,os, comn uma thcse CXlilknda no artin·o A meti ver, o dirr.ito de- voto ('st:í garantido
inimcdialnnwnlc ~e~~uinte. " no nrL 179, c:ompl'elwndidtl nn dispo~i~ão do
~ fll.
T~ado o lc:,:i:<l;'Lllir inchtido n~ m~-:e1·i~ pro·
llt'intucnlc cuÍI,:tilncinmil o~ direitos ímlívidu:,cs O Sn. FELreto nos SAN10S:..,... Desde que nossa
c politil-o;; dos cid~dfio~, no nrti;to iHHnP.di .. to, Cnnstiluiçuo mio foi rcvelah, esta sciencia de
1711, ()Xplieou qu;;cs ·oram os tlireitcs que dcs~u intct'lJreta~u tl é de potico valor.
mandra qui~ ;pr;mtir. Dis~(J ue~<e nrtigo: O Sn. FnA!I'co llE Si : - E' muilo possi...-el
• A inviolnbilidu1lc elos dit•cilo3 t•ivis c pol·i- <IUC pnm o nobt·e deputado, cuja prolissüo não é
ticos do:< cirlndfios brnilriros, qlle l~m por il~~c 11 d11 jurista, hajn novidade nas Jlt~l'licul~ridndes
a !ihonlu'l~; :1 sel!ur;1nç~ indivi.llu.vl_ e ~ pro· de~ta discussuo .••
pr!cd;Hie, c. gnranltda pela Comlttm;:ao da ma· O Sn. l~llLICIO DOS SAN10S : - Sim, mas é prc.
netrn sogumtc. • ciso que os juri~tas scjan\ tomi.Jem positivos,
E em scguii.ln enumerou os direitos por esse O Sn. FnAi'\CI) nE SÁ:- ..• mns, no q·aeestou
modo g-nrnntidos. expendondo o unitln novidade, si o ti, e~t:i nostu
São c~t;1s gllr<~nli;Js; Sr. ·J)I'Csidente, d~s !JU~cs parte : em ~Jnten•lcr que o al'l. 179, no cil:1d0
se rnz nwn1;~o M rubrien de~se tilnlo. ~iio e~ges LJOr~grnt>ho, comprehen~e o direito do voto.
direitos .enumerados no art. !;9, qtic o j,·d~~ O Su. FeL teto oos SAN10> :-Sei que o nobre
lu_dor ~ouslitumtc quiz piH: n · s~Jvo de qualquer dcpnllldq,li um dos representantes mais distinctos
Vlula\'uo, pol'que ess~s dii'Cüos s:1o ilo sua mf'sma do~s:t scienciu. ··
naturc;;a Hwltcmvcis e itrt[JI'O~I·ripl.ivd~, incio-
laveis, ••o mo so OX[>I'imc o h•I'.'U~Jdor. Nc."tn O Su. FUANco n& SA:- A sr.ioncia do direito ll ·
pnrl~ li Co11slitnição n~o 11ótle sOl' :llterailn n•~m nmn sdendn po:<itivn, pois .ieriva da · natur~za
110rlei ordin111'i:1 nem de mnn••il'a all-(mna, a não hunll•tln. e a n:tlurcza do homem. no moral como
ser nos purm~nnri·~. nn f(lrnw •lns ~r:u·rinti:ls. n11 phy~ico, ê ~.:ousa rJne está ~ujeila il. obser·
pois todas :•s liberdndos ~·arnntidas [lcln Cr:n~li; vaç:lo, ·
l_uiçiio nf's>c nrli~o, ~úu direito" <ttw dm·ivn 1u da. O Sn. F!lt,Jcto oos SANtos di um aparte.
pruprin nnttll'r7.u hum:: na o ~~~cial dos chlMli•IJs. Osn. FIIA~co DE S.\:- Diz o ~rt. 179 no In·
N~ parL~ consliluclonal d<l nos~n loi lnnda- dir:tdo Jlat·;~:-:r~pbo: • 'rodo citlarlfio pdde ser
mentnl inclnem-se cstns tn3leri:os qnc de sun admitti o nos em-~os publicos, civis, potiticos utt
n:1turczu s~o iuultl•ravei~, e mal•n·bs qno po1!om milltilt'll,<, sem outro uifi'erença que niio seja :1
~or uller~dns, [lorêm por lrnmites O>l>cl"inc~, dw: st•us tulcutn~ c virtudes. •
com l'ormnlidmlo~ QUe di mculw 1n n modifie:1çiio . J~i$ Ullni o principi!t.constituc_inna~ nesta. mn.
tlc taes LlisposiçÕI'S ; ~ão ti.~ quo Stl referem :i o r· tcrw: :1 li-:'LWld~de pohtJC;J d11s crdudt10s, n 1g1IIll
r;:mi:ln~:lo uns pod• •l'(!~ polilko~, •aos linlile~ () ndtlli~slbllid:IUI' Ull todos os brnzikiros Ó.$ runc·
atlri~m~Ües Ull~ pollui'CS puiJlicOS•, COlllO $C CX• çõcs puhlie~s, sem outr~ dlO'••renç:1 que a dos
Jll'imo o nt·l. t78. tuletJIO:\ c vit·tud~s, i~t o ê, da COJWcidnde lnlc·
O Sn. FllLtcto DOS SANTos : - E~tnmo~ :1 nn,~· l~ctu~l e mural.
rer :t!liVinlmt' o IJLW teve em mente o h~gisla· Assim poi~, no <jUC diz reslJCi\o no direito
tlor. pnlilico do voto só ú propriamente ••onstitucio·
nnl e~ te principitl: n nw~sa dos ddadão~ acth·os,
-o Sn. Fn.\liC(J 1w: SA : -l-'(ll'n conhecer·sc cvmo em ouu·nllni'\e se exprime a con>lituiç~o, ó
4pwl reli a mente 1ln lo:-ti~[~(h•r l)tlnlHIO ~s 4li~· ch:omndo n no1neur os ropre~cnlDntcs da nnçiio, e
po~il:-1io~ ~iio fl1t 1 idM~~. lw nma p:1rte 1b sriun· jiHI'!I O l!X(!f('Í~iO de;tll Llil'l!Ílll l\tdO:< OS CitladtiOS
c in. j ltl'illit:n, quo so ch31nn hcrm,:ncntica •.. - - ~~~~- i~1wu~ ll~I'"utc :1 lei, ~om -otttrn di_ll'~rent;a
O 811. Ft,I.ICIO nos S,\N'TOS :-·llf:1~ css~ l i CI'tnl'\• mu t ~ rpw nqtwll:~ que t•csHlln rins ~ond1~ucs du
n'·nl il::1· th:vc estar lig3da à n tllidado do mo• !':Jllnl'ldntl•• wldlcctu;l) e mornl. Ma~ c~Lus colt•
mon1o ~clual. dicücs p:l l'liO cxt•t·ciCill rln direito do voto, como
O Sn. l~nANGO n~~ s,i.:- ... c.uma dos rcgr·ns p:ti•:t o e>.erl'ieio. dn toda~ as_ ontrn~ runcçlics
tl~ h••rnwHcutiea pura dL•tcrmlnnt· o sonliilo da (lllblitn~, '' m:1Ler1u de lc)!'t~ln\•ao n1·dmarin.
I1Ji •:· t•ntup:mn• o~ nrti:-ro~ contH~xos. E~tos do E' nrdnrlc •Jtltl o lt•gishll.lor con~tituinlc rc·
IJUil ~C .ll'alll IIÍO llÔtlülll t~l' lllaiut• COIIIll'Xilt\1 lltll g-nlou •'m I'UI'll!_ G cxcreido Llt) J Irei to e lei h trai ;
t': intnll!tli:lli'' atJ outro. o- ~e!(ttndo completa o t'ol·o. porém. como o fcr. a I'CSfJc1to de outras
IJOII~(liHClliO tJllO so C!:'IÚ~lH no anlocedcnt.e. mntc'r!as, que som duvido. _a gumfl. ttüo siio
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:44 +Pá gina 11 de 21

350 , Sessão em 2 de Junho de 1880.

constitucionaes, pnra snpprir a d<\lid••m·ln d·1 Pond<.\1'11\'<J c)utii•• aqm•Jie ttniucote çiJe(c do
legi~J:,,au n•·~,e 1cm{•tl. Ct~mcç,,·nlllll~ tt n.•><>:t p:.rlitlt> que aulli 111 a-solu·~o era ti uot•i~ con·
''id:t 1"'/iti"t'-''· nito tinha1110>< c•s>tl lll'•l<'ri•• r·•~u­ for;;,e com n t'll llsi.Íluil:~lu doJmJ'erio. IJ,zi:o:
lndn !l.en~ü por unl:\:s. iu:-otrltt'I.."Ü··::; d0o g·_,,·c:·no,-c tJ ~y;->1\'i\lil t_·on~tJuciun ·-i I"O.I~í-.lc tlUl ne~o11' en ..
o leg'i-l<~dor t'tliHiluill!e qniz ··~Hilll•lt·c.·t' :•l :;n· p:wiUadl! i.IO:; \""<~tallLt'S par~1 cle:;t~l'tJII_l o., n>{H\:-
]TI;!S lw~' S, t)lW tiP~tJe [0:,!'11 puti<•~Sl'lll ~I' I' IIO•I:JS ~~n t:~lltl'~ t.lii na,·ito ~ u~ unkus •·m tJli<:lll a lei
em •·X••cuc·i<o. U mo· , 1·11o l't·z " r •·stu•ilo d·• out· :t< l't•rlllllll'Co: ll~Le olirt'Ílll s~u ao[llell. s l.tU•J 12m <1
inaleriu$, "de :•Esutnpto~ t:ivis ·~ aímin:~c•, •Jut l't:ll([_, tle !!UU 1~. E~Lc:< jlllrLantu >:tll "~ \'etd:nlcirus
não perhmccrn ao ([utninío da lei constitucional. elcitore~; e ~i IWI":t dcge1· a n~presenwr;:"to na-
O Sn. FELICto oos SAm-os : - Tudo is:;o tem don:d clwma~.<cmos <IIJUt · llt~s •rue t~penas tem
muito valor, mtts apenas historico. a renJa tle :!UO,), nc',s l••es turi:uno~ coaeedido
um dit't:ito que iht~s recusou a constiLuit;i•o do
OSn. FnA1iCO DE Si: - Ei~ llfJUi, Sr. prc~i· lmpt•rio. E quer ~l~ trate tle rcslringil·,qucr tle
dente, n lnz tJUC me srn·c de guia no ex:tme lllllpli;~r du·,·ilo~ [JOiilh.:os, lt:t nece ~sitl<Jde Lle ru-
th·~lo que"t~o: p.-ot'a mi111 o voto ó um di1·r•ito fu :nw e. , nst i tu civn" I.
polit'co (r~poiud"s), é um dirdlo gar:mti.fn n:o · O Sn. FF.LICL' r•os S.-l.íiTOS: - ltt~s isto é uru
Gom•ti uiç~o elo llllJICI'io; os c·nJH.li:·ü··~ dü ;;eu SOjlltÍ;Ill3.
exor\!iCIO e o nwtlo 1\L':llíco ela~ l'!~ítü.-·s :-:\,,
tn;~kriil~ que pert~n~cm ú l•!f!i-lnçà" ortliuaria, O S!L F<nc;co o;; S.í. :-Outros, S1·. p•·csi•lcule,
~i b,;m que o legi:olndt>r cnnst!lnJnte, t ''••s<e Clll e entre elk~ u illnsh·e Totv:n·cs Ua~t.~. de ltio
p3rlc rl'gllliillú C> te .~ .<S!lt11p1o. (. :po.ados.) ~:~udu~tl Bll·tnuri:t (ai'' iadM), dizi:1 :u Jldo con·
P;~rlintlo · de~le principio _n:1" tenlto di m~al· t! u\'lo : "dei lo!' ~:n Clln:;tituiçüo é nttudlo (j_lle
do de em a.witar n proposl.a que e~lamo~ ..bcntitt- t~m :1 r,•nda ilu :iUO;,'l.
do, tenho sóm•·nte dl'l exatuinar si twss:• l•r".ÍCd" A·ronstitni•;tlll cunJ' ·rill o 11i1·eito de eleg···:- a
de lei ha {'Oll(ormidode ~~om o e~pÍl'ltll gc·ral tio r e pre.;~ula :iot> n:tt:i: ' t\:11. :i ma~~a tlus ·citl .•o.l.ún~
guvc•·no r. · pr~;cnt,li\·o. espccblmentc cum o cln n~oi1·os. ti tllJõlu~ •JUt~ reside u tlit·oito L'icit:JI':ll,
noss1 cc:mstitni~5.o P"litk;:~.
c, >i u~ ··ldLOi'~J< >ão C-ll:tlUa:los n CXLll ' l.!c~t· c~t:t
Púde " le:,tbl:•tltra nrtli11a:·ia dl'scnvolvcr a fun(·~;,o, ~ por de!e.~·:11:~u dos citl:u.là u ~ activos,
the>e ronsutucion~l; mas ue\·e·o ra;:er de c.•n· n:iu u>.m de 11111 tlito1tu pi'Opl'io, ~ãu siwples
.fOt'lllidude ·cal li o espiriLu que~ unitua Lodo o nos>O ~·rucur~dures Li<~ suih•r:uJia 11aciutwl.
codij.l'o poli ti c•' funJa•ueuwl. O Sn. F-\!liO HEI< : ....,. E ó .1 nrdatleirtl dou-
Oac1ui infiro. ~r. )Jr,•si ,lcote, que tC>•lns a:: t•·iua.
rr~trird5es t'Ujo rlleit~ der:~ ~er d:1r o rli•·eito de O Sn. FnAxco tJF: S.\. :-D,.qui conclui a ~qne.llo
voto, nFoo li ·.m:o>~:t •lns ci,I:J,!ão> ~wtivo~, 111"s :o tli~l-incto lllthliei~La: podetu••s tlecrel•ll· a dcição
um gTU!•O de privil~ ;.: i:odo,, re''''l!l o IH'ineipio di:·ccta pu!' ki nn\i:wrin, uma \'i'Z quo :tdO[ll•!·
Clll't)e31 do ~0\-'d'IIO repre!'l'U t th-o, CIIII~Ug'I'Uull llln.< o L'<!am de .~00_5 t• n:io t':ll_'.'lffi l iS :1ltl•ra~:lo
nri cutlstitni~•5"u •lo ltltp•·t·iu_ (!lf1utn bem.. ) ~k n ma :w~. nU~J·:t~ t·undi~Õo< tlo vut•1, c]U.llr p:tl'll
81 trot3S~O-IIO~ t'<lnll1 lJ';,(Illl·~C O ôill'iO ji~S'ai]O re > l rin ~ il·o. qucl' parn :unpli:tl-o.
de ~~t~·rt>r C>'l3 1•·.rl<! Lia eon~l-ituHio,IJ~vi:t 111u i\•• ~1~~ ,,q,wllt~ P~pi l'ilLJ •lt•l:lul'l'nlico tiío.:•dianlndo
maior ~mplitude pnr:• o legi:<hdor·, o qnal Jl,din e t:io :u·.:entt• t'l:io >'c l'ôcle t·onler dl•nt:·o dns H·
est~llmlecer ""~ t·un.li~•õc' do \'o:o lilllro,; •·c. lni \ ;·~ du ,;w prnpl'ia l!iCoria, e ur!'ltSlil<lo jido
quesitos, llifl'~rcntt·s dPS que cst::tuitl 11 co 1s!i· dt~~ejo cl•• c~oacedt•r o \'Ut" "" m~ior numero.
tuiç:•O, nin,ln (Jlle· 1:11 proecclitneuto \llli.l<'SiC po•~íwl rle ciu:td:lo~ c <le ncoinpa ohat· o mu\'Í·
merc~cr eensun• c oppo~i<;úo dat}uclles que o tnPntn d;o 11pinFto lilter"l nn muntlo civili<arlo,
jul Aass,•m tles:tce:·tado. l'nn :·m·in o d .rcit•• do ~srol hl'l' o~ re,·wes~nln !I te~
l'otli:l aqut.:lle pi'OJ·ctl• marc~r o censo de ~00 15 d<J P~ l.1., :1 llt''"0"' u optei li a constituiç:"oo11 tinha
e ~té uwi~, si o le •bl:tdor.julg~s~tl CHll\'l'llicutc·;· l'OCll~:~du ~IÍlltl:t lllV li\'t~~~;·ln n I'•'U' l-o Lh: !~00~.
podia exigil· n condi,flo de s~IJct· ler e C:<CWV<!I', l'OI' ontr:o p:trte, tevn•lo 1•ela ([ot1Win:~ do il-
OU llll:dtjlll"l' Olll-1':1. jlOrr[UC se lo':o(al'~ tlt> :dl!1l":JI' lt\~tre~ est~ri[}iore~ rmli.-:oe<, 11 : 0 lle<ilon em
~s l•n:<t'S LI~ t'On~t:tniçfoo nc<ta materi:1; m·s l1oje cs!.1lwkcc!l' \1 "a rn~trico•:lo [lúl' uwiL• tl:t 1:~1Hlic,:iio
(jtlt.\ s•• tr~ota •lc de>en,·oivt•r 110r lei oNiu;~ri:i o ck ~~~h r ],\1· e c:.<c: CVCI'~
pr·indpi" cank;ol da cou~litnir5o dt•Y• 111 ·~ 1<>1' ~eu!t < Wt·~. j:"t tive ••ccn~Wo •lc tlce i:Jr:tl" n r~tn
todu (Uitl:nlo em nioo uu> tlfn:olat'uiOS d:o IJ:••c •.lu lrii11! ::: •Pie p>l'n 111i111 11 qucsl:in do ceu~o tlc
syslt!IIHI. ~0115 llll ti.' 40tl6 •·tll!l ' '"~tüo ~~"C.Ull,lari:1, I[U~ a
A f]lW~I:io prinripal nest;• parte do proj:'r.lo ['l'itwipal •·st:rV:t n•i m•~ i u tiB pruv:<l' o ct·n~•J.
comi~tc r-m dt\lt'rmiunr qn:•l é o ~l t•ilOI' s•~g-ando Jn ll"ntleron com tlldn rnzfin t:> n 11IJI'C presi~
O pem:•ntelliO du 1·~~-l,o]:~dot·. C~>D.<Ii !ui IIIL'. !houle ,Jn e.on~· · l ho d" nelüal g:•bin~ro: -11~ 0 se
::)11ltro c,.te poitln te:u lwrido divct's(ls opiniõ~~ pnolc .dizer qtw 11 Jll'· •jel"l•• q11c riltlin em m~nte
até no pr. ltriu st!:u do Jm!'lillu lilieruL ll ütiDi:'lP"!'i<.> I1':1115A<' IO (\l'il 1111~110> libo.>l'll] (j\ICC~IC 1
pr•i~ ;•q 11ello g-:ol>i ll•'k. n·:o [JILdo du~Uli\'O"II"er a
O Sn. Ft;;~tC!IIIII>" S.1Úo!< : · - E' pt'OV~ de que ~•w idr'•a : :•[Jl'lt~t~ :~po·e;cmLHU du:•~ IJao<t•s-o
os rherc~ mio esl'lo lle a~cúrdo. CCII~O d<~ 4110;) tl LJ I'CI[IIi~ilu de snlicl' lti!' e e~ CI'C•
O Sn. FIIAXt:n 111; ~-~ : - lJizia a pi'indpin o [)af· YCr.
Ud,, lilml':tl pelo org· ~ o tlos ~c: 1 s nwis dhti1 1 d · •~ ·() ccn>o 11(1 '~O ·~ pr·ov:uln 11or Utriil mnueirn
chl>fe.~ c nr.,dort!~, e~JitWiulmentc u ruuer·uttdo lllii' S :1111['1:1 tltl qiiU p!ll'lliÍllo! 11 :tcl:W[ jii'Oj i•C[O
scu~dur Nubuco: clou~_tt.\"ilrc~ 'c t•ni:t~o·e"'· "u i•lHJ0r:i ~C I' lliOIIO > r·i:_:OI'II >O. [ll.Íol' C •llljll'•' hCIIfl•>l"
suppriulir o::!," gr~iu t.ltl t'lctç:i,, tH.IIIIiltiiJ\lo o IIIUÍOI' UHIIIO!I'\) \le l'itJtulflO <, (jlll! O tlú :;2011~ COnl
crnso de ~00;5. ou art·eolat' us \'otuul~s prim~l'io~ :o" ~ 1! \'et'illmJo Je J.H'Ill'as qull ucs'u \li"Uj~:c!o se
ad!1plando o c~n~o ue lr.OUI. ulalielecg. ·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:44 +Pá gina 12 de 21

Sessão em 2 de Junho de 1880. 351


A eorrdiç~o rlc ~aiH:r· let· e r·sr::·P\'er r·~t;·; t•t•·iun:~t·~; tJ pm• d 1~n1:rsi~ 1le ~r·!Hinentn~:~o
tam'•c:m rro 1wLLnrl prnje;:to, <i IH.'IIl rpl•! dr• uma d!·~e ljlll) nã > tlevbm c•slnr !l<.:~COtllú tJ le~. Uelll
IJI~;U l i n1 in t)ÍL'Cl~ltl. ~~~h :1 .fÚ ·m~ de t~\i~renj·i:t u- cou,:,,r,·m!..t·cs Jl"I'<JU'f .as b:os"s •lo ~~'~\"ma
{!:II':Ir rthlor~ da ítl~nlíti1Jile do vowntcJ, ''eonlll •·h·it,Jntl licarhu •1111is g·:r ranthla.• r:st·•ndo llx:t-
form:di!!~de un meiu prutko a l.Jem da vcnbd~ das na constitui,;fio f! nn~ ~er·ia [Jcil da1·-lhes
c Je.~it1ruídudc do voto. é\CC.•SIVO ltl:ti'J:IIIII'i!lO; _u~m O~ líb l ~~:tCS, JlOrque
O Sil. JoAQ~m SEtlll.\ :-O Sr: conselheiro o f>11 rLulu nd,•e•·so 11~10 Vll'm :rm~ahu rl··~faze•· n
Sinintl!ú dís>c lwatcm no senado que c, ta· c:•- obro imp,rt~"te que comtllnto tral.Jalho haviam
mar~ uiio podi~ a•·eitar o projeeto ad:..ul sem l.ev 1d·J n ~~licito. ·
sac r·i !leio da rolreren ciu. Oi;se eu "file! ns condiQi'í~s do voio e o modo
pr:clico das ddçõa~ · IJCI'Icaci:uu i·~ leis ordina-
O sn. Fn.o:co llE S}.. : - Eu j:i o rlis-o: esta rias; ,·, m:,t.·ri:c IJUC dl'\'ll ser nJodill ··a•l.1 com a
cnwnr" dt>~ejava qU<: o rcl'on11a se •·••aliza,se. ~UI'Ct'.'S~O olo,; ltl.ll /l<JS, l'OIIfOI'ilte as CÍl'CUIU•
D~U f,rr,ia q;re~lliO U:t l'ôr11111, ~~dlWa qU;•JqtlOJ' stauc:as. con:·orme o (II'Ogrcsso do paíz ...
!Jile ro-se jr!l~tiLI:r r11ais sr·~ura e eJllc:rz · trrer~·­
ríria :1 !ri llt'rlinar·ia (Jot· ser u ru m i o r:rai~ r:r- ( TI'CCJ,m-se di rel'SJS ap 1t'tes. )
pido, (trp·,j,ldJ.~t tna:: a·~eitllu sem dillit:11luade
o da ruvi~:io C"nslilucion:,l, porque u g-nllinctc. Pct~o arJs meus nobre~ coll~:.ras quo se ab~te­
a qu~m julgava arerlmlo ~lJ"Íôll'. t·onsid rava ll~lam :J~ lnLer•"•!mpcl'· me, pois !anlog :r partes
<!S$tl tlli'ÍO tii:IÍS ,e;.!UI'O e C:>p37. d() i!I'HI\"I:ill' 11 twu >o me desnnm rio J!lauo que.•·u hal'ia tra-
concur>odu~ nosso.•ndv~~-~~rius.' ~ 'fudos mos- t;:ula tu) rneu clí-<··nr.-o CIJlliO me t':1Li••um ~m de·
11':11'~111 qu~ et·u uma illu~útJ cs>a C:>jl,~t·:nl(j:t.
lll:t~itl, e lliiO Jilld,•rei :1Ssiln U~l' :ÍS mínlw< i<léas
ma l lo·;rou·s~ arjuelle plano ci'ct<rdo pelo L!S: o rlu~··n,o l vimcnto f!lte qu~ri.c ~·com a de~ejn­
\'el t:n:tci~ào.
pirílo uo cotteih:t~.'tu c prudenci:r Jtolilic;r.
Assi:u Jtois, sen hOt'l.'s. no rtue diz ro,:peilo á
O Sn. MAn'rl:sno CA~Il'"s : - l'ol'lanto es>e ga· coast:tucionnlrdild.~ da rr:ful'llla, a no~sa t:on-
binele foi viclima de seu erro. · ,;dr:ndu, a ron,;c:<'nci:t de tod•J o p·•rlído lilleral,
O Sa. l~llA:'IC" DF. S.i. : - Et'l'·• lJUO a.~ illnstl'e •< ' ÜI! C~l:tl' ll'nll!JUÍIJa. I~U:IllntlnL~ O d~vcra estar
preshllmto do al'l.ual i!abincte c n tJUasi todus a d;oqucllê~ quu em vario~ IJOI1Los tmnbeilt con-
pa1'eccu um ulvltrc cor.Ja!O ~prudente. ~idei':Lt.l'" CIJIUO llll\1<'\'[iJ C·•DSli\UCÍoll:iJpUI' g'l'UI'\•
Senltt'r~~. t01h1s ~~~ est:u.li,;l:t<, lüt.lo> o~ homem, .to l><ll'le dos hum,·n~ Jllliil.icus, e enlr'e dlt~:; :rl·
est:io SUJ'•ilos ao Cl'l'll, mas nuuc:r se Jl du in· ~uu~ de grand<J aut·•rít.laolc, uàu hesit:rrúo ~lll
rl'c•Jtlll'l'OlllO 11111 1'1'1'0 cUl jii'SO OtJUO fui ÍIISjtil'~ I IO r:,zoJI' lllOililh·:rç~cs.JJOI'lei or·niu:tl'i:t; \3e~prece­
pelos cun.< lho.> tl:IJII'ot.l••ncía. O propl'io ex-pl'\!- rlenlt•s nanoss~ lti>lol'ia polillt'a n:'ro ~ão J>Oitcos.
~i·h·IIL•· do co11sdho niío csllll'lt inltihit!o ti~ ,>,r,· via ol'\liuari~ te· tu·:;•· l'cil.o :~ltcrn~Üe,; não SÓ·
proJ:ÕI' :11'••funu:1 pur ld t)nJin,.riit. tlt!Hic '·i''C >e nwntn ll'' 111ut.lu pmtico tl~s deições quuntu :'rs
deu o UHtllug'I'O th• 11iuno •111'' wlupl ,r:r. i.\:;iu -011 Cil'Cillll't'.l'iJII;õc•s eleilomes. mas 111ada ntuluillo
e11 sn•IICitll) tllll'lll '' diz; lli~sil·ll lia puuc·1~ ,fi:L< qlt t! ~tih•ntl'! !!~>lll ~~~ requi>itos tia c :pacid:td••,
na cu11wra v•t:tlH:r o illu$tre estailistn ttue ['re- ~~~mo l!Wtltdo se tlcclm·ort que a re ltda de 1006
side no m·tmll~;nbinete. . "'"'i:1 untlia.l:l,· u:),, .l'lll utoci.l:r corrllrHe, tUa~ em
• O' h~fu d " g.•ltint.Jlt' 1lc ti dP J:rndro. di~.:c Jlrlll:r, qn:rJttlo l'o1·am excluidas as LJn~trl> de
S. E:.:~, J!Utl.·l'Í:I vullnr· :i itlé:r pl'i1nitil·a d.o jUll'· l'· ·t. q ll~>tll'' se cst1tbeleceram :r> illcorupatibi-
lichJ liber"l c UJH't•>cnl:ol' :r l'c•fol'llla P"'' rio ot·~ lidades, etc,
dinal'ia; c: ~i 11l~U!IIll ('.en~ru·a llt~ hvuv,·s~c l'U O SR •. CoRREIA BADELLO- Silo abmos quo
dt.> faZl'l' era a r.lo ter ft~chudo u~La porta ![LI~ ell ttito justilkam uut ros .
ngol'U ulll'i ••
!IIns, Sr·. 11re>id•~ntc, si o t~ltere dLJ !(ullinet•• O Sn. Ftul"r.o Ub: Si- Aquelles que não le-
do 5 rio .In twÍI'o considerou pm·a sl l'•:chad:r os lu l'nllt:rr:tlll clamul'• s cunu•a cS><as :tltct·liÇÕes, unt~s
~IOI'La. nà'' roi scUt david:1 pul·quo entt·n , h·~~c se l~>l'n:~rnm ~~~lidnrius 11a re~polls;rbilid:ode do
quo esta refOI'IIHI Stlllfio porliu re:rliz:tl' ·''~ntiu pul' Liles reform;cs, n:iu d1n'1'lll ler hoje t:i'' grnntles
lHJUI.l;iJC IIICÍil i foi . 0111 tltJll~CIJUll>tCÍll !In 1' 0 '1~ csaupulu.< cun~Lilllcio~n;,es, :r tronln de t!lllllh·
YIC\:itO, ~e!o:UIId•t l' l'e111, de 1111e qU:tlqllt~l' Olltl'n d•·l'••lll que c~ltl lll'ujét'lu vui upunh;dlll' n Consli·
medid:o JIOI' l'ile kYitllit ltl) senado, l't!l'urrn:• cull· ;uiràu. ( .lp11iod :s,) Us JlOtluc·c; pulliicus bn1·
stitucio1wl ou. lei t•rt.litwrin, uma vor. !lllO n:'1u zlld1·os, pur esta r.:fut'll\a, nfirJ potlem StH' acCU·
fu~s~ Clllll tl fol'Çll l'IHlll.;llllt.l UC lllll(l 110\;a Coll• s:td"" de Ulll umtriciJio, de totem ;opunlwlado
SU)lll 1\ nu~·~ o. lllii'Ía d~ t.lSbarrar·lllllj\ICII:J C:l lll:lrn . sua J?I'Ottria mãi, a lei cb qual d !H'ÍI' :t a su:t !Jll.i~-
dinnle thlljUCIJa CI,'/CJ'iZ11. de I]Ul! ~i:rda hõ! i'OUCOS tencw. Si porventtlra o j>fll'lido li!Jec·al cum tal
di:t~ r:tl]oll o udttal pl'csitlclllll 1lu COII>~Iho, ogu- l'tJI'ot·mu vai iipuulwlur 3 ConstiLlliç:io, j:i nesso
rit.ll]ll!S~o:rl, :wle 11 l]Oal o 11obr·o chL'I'e do uct1wl corpr1, que pnm lodos d~via ser ~a~rndo, ha
guliinele dodurour1l1.e LnmiJcm se Lt•riu retir~dll, uulr11s fur·id:r> qu1: miu fot·:~~u J'eitus. por nossus
lllih,s. · ·~Lc 5 u5o clcvé,.,o~· l'cconr qutl a opiniào·
O Stt. l~r·:Lrcro Do~ SA.~ro~:- Eilc cli~>ll q 111• ]llliJiiC:l e ap11~;erid:rdtJ I.IOS C• •lldU ,,IJtJIII I~OIIlO
!)UUI'L; :1 r.•·~onua J~<Ji'lci lll'tlin~ri:r, pnnt t]IIO n;i~ I' I 'IJ~ di! 1:10 llOl'l'!'llllll L~l'ÍIIW. 1'1.'1:1" COII~itlel'li~ÕilS
!o~H~ !le~kllu t.lmlt'o em IJOUt:u pelos con>,' l'· tl\lé u:·ulJo de tle<cnv()l\'<•r ltJHito a 111:oi::; llt'lllc! e
VtH,U L'C~.
"'nc,•ra o'tmviq·iiu t!IJ t[liC a Cunslituiçiiu nilo
O :Sn. Fll.lt>Ct) Dli: ::;.i.:-Pr·rdôc-tnc o nohi'C dc- vedo n l'•··fenun tJilc tntentamo.<.
pul.:l!lll l]lle llrc roulr•st! sn:r :r$~~\' I' I'!IÇiHJ . l) IJI'C· Em Lnti.• , n::o, senhot'es, dtHie qnc a mntet•ia
sitlr•11L1! tlt• · g:1biuul<! tle. \i tlu J;mdru ~~:tupt·u t.i UliYidos:t \J c'Oilii'UVcrliol:t, .I'Í>III tJU•i O leli:.O
díssl.l que a ful'lll:l udopt;~da llr:t uruu trun:mc\'úo con~t.itnciouul ~c pre&tu a dUu$ iutervrutaçõcs, é
com aquelles que tinham· escrupulos consti· r:1zoavcl qna adoptcmos aquclla quo mais se
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:44 +Pá gina 13 de 21

352 Sessão em 2 de. Juullo de 1880.


. .

conrorma com :• dontl'irt:r rncionnl do direito pu- 1,,\de o disenl'so pr·onunci:~do em !~tiO pulo
blico, a que pe•·mille :r prourpt~r re~liza\:ão de actu:ol ~t'~ pr,~si,h;nt~ uo r.:uns<'iho, c ,·cn~is
um:r idrín Jibcr·~l n:nccdor·u t•rn qu:r~i lOuos o~ qne a campanha t'Oilll':r os lmrgos pr'rdrcs dn
J!:IÍ~OS de I'E:'!Ôtllell l'l'[li'L'SBllt;rt[VO, 11 IJ!W r;reJJila lnglatcr..-a, loi n:lo sómoulc por· sL,l'!llll f•í~os de
a satist'~<;:·ro de uma gr·andc uceessid:1de puiJlka COI'l'U!I;·;iO, llWS tmnbéln JlOl'i)IIC <!/'UIII !O~>Iellos
dono~so paiz ;.rer<tlmento reconhecida ; devrmros da aristn~ra~iu r•s,;c< drsLricto:; de um sú dc11u•
:icei lar a solu~~ão nwi,o. )Jolitiea, niio nos dc\'r·mn~ !:rtlo, O!llle o~ vnt:onte:; eram rlourirwdos pelos •
nter a,,s cscrupulo.,; do uma intcrpret;~~~~q nr·n- gr~udes p:·o]lrietnrios c anti3os S l•llhor~s fetl·
nhada, cottvcm que 0sses e~cr•ltllllo~, c~sc zd<) <tac~.
·meticuloso, esse receio excessivo de ofl'endm' a 0 Sn. Flii.TC!O DOS SANTO:l :-Nós :tqUi n~a
lei constitncionaJ, cellnm ao :~!to pensamento vo- t<' mos isso.
litico de restubelceel' n Yet·dadc do gonJl'llO re-
presentativo .. O Sn .. l~rt~;Xco D!l Si :-Os libCI\1C~ inl(lt~zl'S
Port:lllltl, senhores, o rJlll! cumpre examinar [~ugn:rJ•:rtn, .n5'l só .J•el~. ~ll[lllre~~:i.o dnq.uclles
Ü SÍ O (ITOjecto está OU ~liiO C:lllfOI'lllC CO:!l O Jcuuo,; d~1 ;rrrst•Jer:rrw e riiJHOI.ll tcrrltot·i111, eomo
cspirito do governo •·cprt!,;~ntativo, t•om" en ha :1i11d:• pnh1 di'<trilmi~~ão llas c.:.1lcir:rs supprimi-
pouco dizia, c con1 o ~y:;tom;t d;r no>sn t·on~ti· d:rs pcl,,s dist1·ktos qU<) dnvam ru:rior• nun11~r·o
t?i.~:ioJ o,r1unl em tal n.1ateria ~~ r.r·sm~le ut• prin· de •lcp~ttodM, nos fiU\Ie:l linlla mnis força o cle-
CI[IIO an I(!UaldadP. pollliCil do~ crd<1daos, gar:rn- tucntu (]emocr;llko.
tida no %~~ do :rrt. l i9. E:n ll.'J~,;o pniz. foi. tnmbcm esta a (ll'inteirn
Foi neste ~x:~me que encontrei moth·os 11:or~ tetttltmcrn do [J:JI'tulo hber·~l. l':rul~ Souw c Yt•t'•
as minlt~s re~tricções. Como jti rloclarci, algtl· guciro, os •i'iuwtro.< :onlorcs tla idéu de <•lcição
ma:; dell:os t•eferom-se n pontos carrlo•tes do pot· circulas. n~u dt•st•j;ov:Hn cir·eum::cl·ipr,;iics du
projccto. um. sú dopt~t:Jdo; om :l818 dtH~Inr·ar:ml 'lllO pr·r:·
As principnes t~m por ohjecto o systema de· rlil'l:rltl HS CI!'Ctll08. dé ~ U ;j de pUlados, fJOI'qll<)
m~s!:oiinmenLe ri~oro.so ·de provo.~. da ret!du do,sl:t m:rneir;~ serh1 menor o pt·çuom.inio. do
(apot[Ui's), o os distnclos de um so depulaoo. espirilo local e du> iu\el'csscs inrlivitlua~s.
(Ndo apoitJdos.) O"Sl\, FELIGIO DOS ::lA.Xros:..,-Uns é que O pro•
~ Sa. G.um:so nu ~t.;VES: - Ncstrl ponto (lnminio UO~ iUil!l'CS~CS geraes SO[H·e OS JOC~CS, é
cre10 que V; Ex. flco su. · nwis iucon\'onient•!.
O Sn. FúA:sco DE SÁ :- Si po1·vcntura, como {) :-ln. l~IIANCO M 8.\:-E~Itt Cl':l lambem n
neDbn rlo dizer o nob•·o doputtnlo por Min.t,;, opini~o !Jlle stistentnwr h~ ::!0 ~nnos o uclual
ne~tn camnrll ou. no p~rtill" \illeral 'lllt•nto a Sr. presidente do comclho.
e:<ln idt•a en me tlcho s ·· .Ho prtJsentc ( al 11tus O $R. Z.urA:-~!as n<>t11 qne n chefe do 3eltwl
tlào «poiado!), Colt~olo· me com n r~curd••<;~o de !t~bincle se wf~ria cntfio á clei·~~~o indirecto pol'
que em roxor da minha opiniioo cxh•te :1 :autori- cirntlos. · · · · ·
dade dt• homens illustl'e~ Q.UC foram mestr~s dus
ld éas tiber.. cs no nos~o pn 1z. 0 Sl\, l~Er.ICIO DOS S A~TOS; -E:;laY:J !!0 liDilOS
atm>;ldo,
Consola-me nin1ln 11 consid••r;u;ão do que em
paizc~ rnnis lrtl i:rnwd"s que o nosso e ond!l s~ O Su. }11\ANCO Dll SÁ; -E' 1'ord:1do q tle o nouro
lll'ez~m ns lilierdtliles pulificas, como n Inglnterl'a · prcsidenh~ do conselho poderá (JCrgunt:r!' como
o n Frnnço, o l}artido llh~•·al mais ::ulinu t:rdo, o l'oz Victol' Hugo n um ad\'cr·sario qno o uccn·
pnrtl•lo rndil.':r , smnp1·c pug-nou por· distl'ic!o~ ~nva de incoherl!nci:t: •Ad::~W?• (AJ•oirrrlo.~.).Sim.
c\eitorues n'lals ln1·gos que n circumsi:rip:·:"lo llll 3 data ll dll 2\1 anuos atml., c Jl:n•:r nlll nstlit'i\o
um .só det•nt:~do. • cl••vnclo, o!r~OJ'I':rdor e fl'll•·•~tido, 11~0 p:rssn llc
lJnltl~ Wo longo lap~o dt• tctnpo.
O Su. FET.Icro Dos SA;>(Tos:-l'oln tl iiTeran~n Ma~, n rucu Yer, ~··uhore~, ns · cnnsidernrües
de circun:stuueios. ft~ihrs t'Ol {(160 pelo nobre [ll'esi<lonw tlu_c"on·
O Sn. GAr.DINO DAS :'l:lln;:~:-V. Ex. lcin o ~elho em nm luruinn.<" ptrr~~eJ• c ll\1111 ·impoJ•·
o que a eslu l'cspeil~ di~ Labuuluye. tanto di~r.ut·~o pl'or•·l·ido rwsta C<rllwr·a, em
O Sn. F11ANCO Dll S,i.:-.\ auLoJ·id:ldc que iu- gt·unt1e JJ:ll'le nf<o dr •ixmn tlc sr•1' opplienvl'is o
vocn o .nobm depulnlll) é t·c~peilavd, ~em dU· ponrleros:rs :rinrln hojtl e dL•pois de odoptalla n
vida; Lnboul:rye é nm tJUblici,;ta lilJer:.l 1: es· tdei ..~o t1 i recl~.
tlma~·cJ. rn:rs niío p,·rtrmec no purli•lu Jibe~:ol
·Nêm llo tuve ft~t~o orgniçno no nobre prosi-
m~is lldi:intaclo cln l~rnnça: o seu lilicrnlismo dculc d t) conselho [HWiJlH~ ltojl\ prefot'C os cír-
n1lo o· impediu de vot:~r o ulti111o pleiJi~Dito culos de um doputndo, tendo ~ido um do~ nuto·
em favot de Napole5'1 Hl. Si o nobre LleJHlti!dn conde res cb l'lll'ot·ma· de HltiO, u•u qno essa illêa f(Ji
um~ do. ·· · ·
consultur n opinifio elos lrber~es frlllll:C7.l!s n1~is
... ndi~nlodns, .nas êpoc~s ck iu.~as m:d$ lh·r,·s u G•·andu~ cstndi~t:r~ 1.•\UI roali1.:rdo rof•wmns quo
demo~ralicns, na n~~euJblr.!" uc i i8~, na de JB~S. a [•l'ÍIWÍ[rÍO l'<~Jli'UV:I\'OIIl, 8o'll1 ljtiU llÍitSO 1101l\'l SSO
1

o nos tJrruwiro$ temtlOS (]a :1ctual rl.lpuiJiica. ttoru ellcs duwt', Dutos cr.•ru muil~ gloriu, por
veni que .:cmtn·e l'or•:om ndversns aos districtn~ h~I' OI'r•111 ~:rcrillraul) o 11rnor JII'O[tl'in rlo mal
ile um ~ó d•·puL:11Io, )Jrot'cril'nlll s~lliiJl't' oircurn- enten.ti,l:r Cllli<H'r!ll•·in no :ruw·r rlo IJCIII publico, {r
scriJl•.:i'ies mais lar~:·~, :os chllÇU~s )'or depana. ~ÍIIC<'I'ii.lnuC ~~~~ 11\IVO \l(liiVil~•:llll, l'e$U[tn.Jo UO
meu\o, o ~ysLcma ;~·que chamam c~crutinal de urais prot'undo e~tudo .c t h~ uwi,; J:rt·g~,o~p~t·ien·
lista. . . cltt ou tio rit·cumst:uu:ws üimH·enlt•s. .
Foi cs~s tnmbern sempt·c n l~lldt~nci:t dos No uctual IH'ojc~lo l:a um;t innovn~·~o impot'·
libir.:te~ lnilezes. tunti~silHn- u dciçfto dirt'cta- c ó este no\'o
c!mara aos DepLiaO os - lm"esso em 271011201 5 10:44 ·Página 14 ae 21

Sessão e~ 2 de Junho de 1880, 353


systcma que leva o nohrcpresidellte do conselho tntlo esto system:~ , a nova !oi, n e~ ta parte,
a occitar a itl ~ a dos círculos de Um só doputndo. · dcull·o em Jlouco temtJO.scró modificada. (Não
Jâ no seu parecer de !860 -ilizla S. Ex. que os <lpoiaclo!.) ·
incuuvenienlcs dos di ~trieto s de um d·eput.'ldo_ o Sn. con-
M'ARTINIIO CA~l'OS :-Si o (!OI'OfDO
na Inglaterra er~m grandemente atteuuados tinuar a qu.e1•cr Jlllfrl si :1s eleições, ser:i rcvogalla
pela clci•:iio dil·ccla. ·
Mas, <~lém des ~,apontuvn outr:u circumstnn· conto foi a d9 1H.i , (Apoiados.) · .
r.ias que naquelle pniz diminuem os clfeitos 0 SR. FnAxco DF: S,í. :-Sem duvitb a eleição
· peruicio.;os desse regimen elcllornl-a força do direcla ha de :tmplivr o corpo ch:itornl de cada
. espírito pubHco,n facilid3de de communicuções, clt ~ lricto; nut,; ainda assim, " sobre tudo com o· ·
·os recursos de uma srando e poderosa civili· syslenin res\ricto "de t>rol':.s que cs tnlHJlecc o
S..'\Çlio, Ainda assim, acrcscenlova S. ·Ex., os projecto, esso corpo Ellcitor;ll não Lt\l'n fo rça
districlos de u 111 só d3pulado são no. lngl:itcm1 sulllcientc pat·n restslir, de um lado á inUucncin
os b~luartcs da uristocrncia contra o dcsenvol· dos potentados locues, elo outro ã i uJiueucia do
vimcnto do ost>irito democrati.co. · govcmo;
Or11, no nosso paiz temos nós Ines elementos, O Sn. FELtcto Dos SAruos :-Uma· m:utralisa a
·que nr1ezar ele tão r>odçrosos n~ Inglnterrn, moda outt:a~ (Hu outros 11partes .)
niio desfazem I-OiahnenLe os mãos elTtlitos dos · O Sn. Fn.\NcO 011 SÁ :,-Fora para desejar que
pequenos districtos? · lal :lconleccsse ; mas por via du regra, os
· Temo;;, purventur:~. uin grDndc .e vigot'oso inUllcntes locaes slio os m:~is subm issos á von·
espirilc publico, os immensos e poderosos re· . tade do governo.
cursos d:1 civilisDcão inglt>r.n '!Si, -ainda com tnes O Su. ZUIA:- Logo, não sãiJ potentados, são
correcti.-os,- os petJUGnos districtos siío naquell~ lnsLr11montos do governo.
grande pniz os reiluetos da nrlstocracia contra
o
o movimento democratico, niio set'ão entre nós . O Su. FnANco oE Si:- governo couLinu:ll':'t
balnnrtes das influencias locncs eontrn o espírito · a i.nlervit·, e h~ de nehnr mais focilidade parn.
pul.tlico o os gt•;mdcs interesses geraes? ( <Yoo vencer .. ,(Tr.oc,1m·•e apat'tet.} Por via de regra,
U1J9iado1 c apartes. ) .. · as inlluencins locae~ niio resistem, retrohcm:se
· Não temos, ó eerlo; uma t~ri~toerncio tio po- desnnlmad:.s ou exponlaneamenLc se su!Jmenem
dcrosn, mos tnmbcut n5o tem~s n força de por amor das valltagens IJUe o governo oll'~rcce ·
resistencia que exi~te nnquelle povo; uma in· (:Não apoiado& t apa1·f~1)"; mns qu:mdo porven·
·· tluencia pod ero~a n:1 Jocnlldnde; meia duzia tm·n haja resiilenclns ..•
. de hometts prepondet·antcs no distl'icto, pode O SR. MAnTINUO CAuros:- Em eleição, só
h

impedir a lil.ierdade do ''oto. (N1io apoiarlo1.) conheço um Jlolenta.do: é o governo. (Apoiad.o3, )


O SR. ZAYA:- llcs{'Ondo pel:l miuha provin·
cia_. Não se ha de dar Isto. . . · O Sn. FRANCO DB SÁ:-.,. mai~ poderoso será
o governo eoutrn resisteucias por ta.l rnodo iso·
O SI\ . FRANCO DE Si : - Ellou nprese1ilando ·lados, desprenl}ldas da solidarlednde proveniente
as duvidas gue se o!J'erecem ao meu espirito, os das idêns, dos laços de p~rlido ... (Conttstaf.Õe&.)
ruões de mlnhus OJlprehens üe~ quanto aos elfei· !'} orden te n convicção dosmous ·nobres co I·
tos da lei p.-ojelllada. Não estou radiculmcnte ossiu1 como a do minlstcrio ; mas_ nem
combatendo este ponto do projecto, níio o rejeito; lega!l,
por Isso devo llcnt• lnhlbido de manifestar !ron·
1\)rcsento apenas tiS I'D2Ucs que tenho 11orn du. camenle
Vtdar que esln medida prodnn os efl'~:llOS que do• .) minhas .. .
duvidas e opprebensões.(Apaia·
. .
com toda 1Jo11 fó e conO_IlbÇll esperam · delln 01
·Dobres ministros e n grande maioria d,esltt ca· · Receio que oquelloa defeitos que o nobre pre·
maro. Receio quo com os dlstrictos de um só sltlentc do conselho reconhDceu.nn lei dos cir·
deputadiJ continuemos o ter camaras unani· eulos de um deputado em 1860, :.indn se ropro·
mesouqunsi unonimca. (N!W apoiado•.) duzam; taes sno: .n fraqueza dns intluencias lo·
O SR. An;.oÃo DutcÃo:- A experiencla de c11es paru resistir :i vontade do ffOVerno, o omor·
t81l6 que re~pondn . (Ht~. ot~lro• 11partca_.) · teeimento do espirilo de parltdo, <Jne é ainda
uma das poucns forças de resislencln que ba
O Sa. FRAl'fCO oa SÁ:- Senhores, esle ponto neslt.l paiz (opaiud11); o predominio dns symp:~·
-niío póde deixar do ser questão de gnbt.nete para thias locaes, dos Interesses lodlvlduocs, contra
o governo: é idéa cardeal do seu proJecto~ Eu os grandes interesstls pnblicos, Esttls rosões Cll•
que npoio o gabinete e acho o aP.U projecto n· pitaes da rerorma d~ 1860, ainda, o meu ver,
·outros resp~llos excellen te, nio votarei contra procedem co ntro esta parto da Ioi projectada.
esta part~1 acelto·a como experlencia, mas como (Não apoiudo•). . . -. ·
experlencta.cm que nio tenbo conOanca; com
a -lnde_pcndencla qne deve ter o representante o Sa. ZAMA:- Ell&á enganado . FiClllllos IJ•
da naçao, aiodn o mais dcdiendo 10 -gabinete, vrcs dos medalhões .repnteàos neoes&~rlos em
pois, como declarou o nobre presidente do todos os partidos, em ·tildllS as oecnsiões; .ba de
conselho, é esta .uma .reforma aobre a qual vir que10 puder triumpbnr, (Ha ouero• ~parcea,)
todos devem manlrestar rrancamento seu pensa· o Sn. F.UNCO DB SÁ:- Eu proporia o meio·
monto, com o só intuito do ·bem publico, tomo termo; que os dlstrlctos fossem de mais de um
a liberdade de justificar os opinlõos que expendi deputndo, de dous, de tres e de cinco. (Nriu
. 110 seio da ·com missão .especlal, e •~hn resal"lo Gpoiadfls .) . · · ···.
minha re~~ponsabilidade quanto aos efTsitos In·
tnros. Tenho a con-v:le9fio .de qoe 11 lilr adop· ,o.sa. -So•u.·C#.avM.oo:- Apoiado.•
fiiiiCII.~ • .
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:44 +Pá gina 15 de 21

354 Sessão em 2 de Junho de 1880.

O Sn. FliANco DE SA:- Com cst~ meio-termo circulas de 3 deputados com o voto proporcion~l,
rvil3v;nn-~o us. in4;onvenientes da elciçUo por pelo systema do quociente eleitorot.
provincin>, que proccdem,já dasctwpns impostns O Sr. Pmsco PAnA.tso:-0 systema das trélas.
pelos ch~fe~de p:n•tido ou direetot•ios centraos, já. (Ha O(ltro• apa 1·tes). ·
il.n impossiuilidadc da lutar com vantngem o Trélas é uma palavra com que se lem ·pro-
partido decahidoJ em tão larga circumsçripc~q, curado desp~estiginr este syslema i ma~ uma
conlr:~ :1 nccão uo governo, que li n forçn mnts
extens~ c po'deroso, qunsi im·encivel quando se
palavra desdenhosa ou ironica não destt·óe o
empenha o combate em campo tão vasto; por valor de uma idéa, (Apoiados) misim como as
grandes pbrnses c as grandes. maximas, como o
outru lado evitava-se o predominio de idó:~s mcs· disse um eslndista ill ustre, não fazem a flllici-
quinha~, Lle pt·cremncias inju~tns:o desucerl~dos,
motivadus pot· espirito de r~milb, pelas relações da de dos poYos e muitas v~.~;es tem feito n sua
particulares, pelo interesse das pequenns loca· ruinn. (.4poiados.}
!idades, E 1'3. o systemn proposto por Tavn ~r.s B~stos o que·
quo.eu quizer:~ ver occilonn reforma quediscnti·
0 Sn. MAUT!NllD CAMPOS:- Não ha mais es• mos e e~tuu convencido de IJUO no futuro o p~t··
cnndaloso patronnto que o do governo. tido lí!Jilt:tl c a· opiniiio pubhca geral do p:uz b'lio
0 Sn. FELICIO DOS SAIITo,;- 0 pai do eseaD· de caminhar neste sentido.
dato 4.\ o goYerno. A representação forçosa das minorias mo pa-
rece nec!lssurin, sobretudo n'um paiz como o
O Sn. FllANCo DE SA:--Scnhorc~, :1 idên de nosso, em que o· governo eslá na lon~n posso de
que se originou o systcma de circulos di! um só razer elcicões, " o povo no longo Iwb.ito de não
deputado, foi u desejo de g:ll'~nlir n represen. re~istir no governo.
tação dos minorios, ou antes de gat•nntir a·ver- Não poderemos, pelo menos_por mnllo,temp~,
dodeirn representação nncionnl, dando cntrad~ conseguir ninda o representa~ ao das ~·orJ:tS O!ll·
no parlamento a representantes da maioria e niõea polilicas de cert:~ import:mc:ia existe~tes nJ
d:ts minorias, aos partidos no poder e aos par· paiz a não adoptm·mos umuos sy.stemus de lorçosa
tidos nn· opposição. · r<tpr'oscn!nç~o da.s minorias, que muitos re.jcltam
Pois bem, depois que com tnl intuito llMccu como arhllctacs, mas que me p:u·ecem racwnaçs
cstn idé<l no nosso pnlz, a sciencja polllic·n roz e justos, assim como neonsell1:~dos. poh1 llrudencm
progro~scs, novos alviu•es foram oventados para polltlca.
o ffil)Sillü llm. Entendo que o principio da represllntoçlio
Os [lltblicistns discutirnm, procuraram moias proporcional econformo IÍ. t•azão, Ú justiça C :lOS
de r;:u·nntir de um modo segtuo o repre~cntaçiio bons intuitos, pollticos, porque 'em por fim dar 11
das oplni1l~s em minoria, e na legislação de cadn opinião a porte de repre~entvção co rrespon •
nlguns pniZC'S ondo se pratica o regimen reprc· dente a sua forço,o fazer com que Mcleiçõ~s poli·
sentatiYo co1n lldelidndo c bom extto, foi :~do­ Ucos não sPjnm mais esses ferozes combates em
l)ludo o twnsamento eordenl dus processos pro· que se tratn de vencer ott morrer, em que ore-
postos por IJUblicMns eminentes o dos mais sultado ó a plenitude do l!Oder pnrn 9s veuce•
auiantaclo~ em itléo~ libcrncs o democr:~ticas. dores e a completa ex.elusao dos venctdos.
Assim vemos adoptada nn Iugluterro :1 solu· Tendo os partidos em minoria a certeu de
ç1io, que t:~m!Jem o roi no no~so pni1., do voto ·que não podendo con!]UÍ~'nr o pocle!,ser~o toda
tucompleto i vemos u Vinnm~rca aceitar, o prn· Ti:t reJlrostmtados no pnrlamenlo, mnts factlm4.lnte
licat· ~nti~f;tctoriomonlo o systemo da repre- so resi,;nar5o :i ndversidadtl, n esperar sua vez
senlnr~~o Jlroporcionnl, proposto om :ISaa por dil govcrnnr, esrorçondo·se pura augmcntnl' suas
All(lr~, eutiio ministro de estado uoqucllc pniz, forças por meios lici.tos nllm de obter ~m trium-
Sl'St~mn postct·iormente cxpendi(lo 0:1 lngla· pho lc"'ltimo e glorJOso, dcsoppnrccora pot·lanto
terrn, num livro celebre, por l'homnz lfnt·o, e Ott será m:1iS raro O emprego (lU~ h':tUdOS C
divulgado por StnarL Mill ; varios estados do violencins, o que recorrem nctunlmente na con·
l"niiio Norte· Americana já tnmiJem ndoptorom 'in""cncin de e.lcançor victorio. ou pcrdol' tudo,
ll systernn da rcpresentaçiioproporcionol, mos peiÜ necessidade .de matar ou morrer. (Ha <11·
por outro proce:sso-o do voto cnmulalivo. !JUIIS apa1·tes). ·
P3ra o nosso foiz, Sr. presidente, o que me Reconheço, senhores, que a olcici'io. por dis-
parece prerorive são os dtstrictos de poucos de· triclos de um só depul~do ~ um dos syst~mas
pulado,, de :t a ii, com um destes svstcmas de de representação das mmonns. Sem duvtdn ,
representação forçoso. das minorias,substiluindo- é ; m~s só po!le produzir bons re~ulta~os n~s
se por outro mais seguro o perfeito o do voto ·paizcs onde o ·governo se n~st.enhn do. mternr
incompleto que na nossa ultima refot·ma clei· no . pleilo eleitoral e o esptrtlo publtco tenha .
t~ral foi adaptado a que ó do todos o mais Cnllivel, bnstunte força, de modo que o opinião predomi· ·
Seu hores, os ta i dé~ não púdo sr.r suspeita (t minanto em ca.da localidnde consiga .o represen· .
opini5o liberal, n5o sómeute attendendo nos tD~ão que lhe coubel'.
o;cr!ptores que a derendem, o.os [J~izes quo a Ainda assim,. &em este . sys~mn o inconve·
praticam, mDs ainda porque no nosso paiz o ulenle e a lnjusli\(B de dor o total da reprcseula-
mesmo distinçto pu~Itcista, a que jú tive enso,io çuo de umn localidade no partido quo tem me• ·
do me refcrtr, o sem(n'e chorado Ttn·arcs tndo o m11is um dos votos, ou .simpl~smcnle a
Bastos, tno queritlo da democrncin brnzileira, tiio mnioria rclnliva, qunndo, como entre nós '!por
sincero em suas adiantadas opiniüe3liheroes, no este mesmo )lrojecto, niio exige n lei motor~a
projeclo que formulou e corro Impresso, propoz a!Jsolula; de modo qne o partido quo ton~ mats
cslll.. mesma Roluçüo que me parece preferivel, um voto obtem a totulldade da deputnçuo do
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:44 +Pá gina 16 de 21

Sess:Io em 2 de Junho de 1880. 355


~============~===========================
districlo e as opini~s vencidas flcom absoluta~ O Sn. FnANco DE Si:- E nlnda os capitalistas
mente privadas de representação. ·. · n5o poderão· fazer a prova da rendo, si não
As minhas duvidas, quanto á emcaci:~. deste tiverem dado ao seu dinheiro o emprego quê o
methodo ele i tora!, aug mentam·se considerando o projeeto exige. Aqucllcs . que tiverem, por
systema restrictu das provas dn renda legal. E' exemplo, cnt>ítne~ depositados em e~tabeleci·
este, Sr. presidente, outro ponto das minhas mentos b~ncarios ou em caixas cconomlcas que
reslricções • não sejam ~s do governo, não poderlio provar a
o SR.. ZAMA:-Ahi dou-lhe um 3poiado. sua renda.
Senhore$, não me p11rece que haja impossibl·
O Sa. FnAr;co oESi:-0 corpo eleilol'al do di~· !idade absoluta de admiltir um meio d.e urova
iricto, com o systemn de provas do projecto, sufflcicmt~mentc. Gnrontir.lora, que comprehenda.
ficará :aind:a muito pequeno para que possa ler os opcrar1os o tirtlstD~, que ganham o neces~11rio
a força necess~1ria afim do resistir· â presslio do pnra sua decente suiJsi~lcncia, mos niio pod~m.
~rovcrno e ú dos homens poderosos do lognr. as v.;zes em lo:lo o decurso de sun viu~, fn%er
O Sr:,. F~LICto nos SA:\TOS :-Nesse ponto economi~s. qu2 empreg-arl~s como quer o. pro·
apoiado. jecto, produza 111 a renda de !008000. .
O Srr. Fu.\Nco DE SÁ :- Entendo, Sr. presi · 0 Sn. FELlCIO DOS SANTOS : ......, Apoiado.
dente, que nas provas da ronda proveniente da O Sn. ZAKA:- Ahi tem nm apoiado meu rle
propried~dc, assim como nns da rend!l prove- coração.
niente do iudustria, podoria haver mnis ln1·· O Sn. l"ELtcto DO~ SAN"ros : ...:.. Esto ponto é
guez~. · · muito imporlonte.
Sei que c ministerio se acha possuído do O Sn. FnANGODE SÂ:-Um illusll·e publicist~
m~is smccro d~sejo de eomprebendcr nos dis· conservador, quo :ís vozes se recordava das suns
posiçues da lei todos os cidadãos que tenham o primitivas idéas libernes, o Sr .. José de Alencar,
censo de 2001.1; mas n verdade é que pc-lo rigor no pl'ojceto que opt·esantou em 1873 c~tabelccia
dn prova muitos que tem o censo eslnbelccido, um~ )':stemn de qualificação, que poderia ser a pro·
flc.~riio privados tle exei'Cer o direito de voto, veitndo para a solução desta diWeuldadl!. Insti·
por não poderem razet· :1 prova exigida. tuia um registro político o ll'etcrminnvo <JUO fosse
O Sn. ·FELICIO DQs SANTos :~ que me pn· nello inscripto todo eidodiio qno npr!lsentasse,
rccc mclhor'li.o creacão de nm imposto ad !10c. n5o uma simples ju~tlll<'oçiio, :~pcn:Js homolo·
O Sn. Fn.\NCo DE SÁ :-Niio quero de certo que gadn ou antheutlc~'da pelo juiz, mas uma se'n··
se abra n porta ao urbitrio das mesas quniHica• dão teuçn de hnbilitnçiio passndn em julgado. Ocida·
<loras, po1'quc, :1 continuar o abuso que prati· paraprecisava tle mover-se, de Cozer um csrorço
cnvnm as juntns do quulificaç1io; toda ret'ol'm:t vez"'prnv~do mostrar-se di~no da liberdnde; mas, urna
eleitoral ser;\ inutil; ucho muito louvavcl o SO Jhe fcohnV,, pm·nnte a ju~Lir;n o seu direito, não
O !leCCSSO Ó.S UL'DaS.
de::ejo do !JUe se t~cllam animados os nobres
mimstros e a maioria da camnro, de veda!' c>se 0 Sn. THEODORETO SOUTO:-Essn id!}a Jlnrtc
escandaloso nbuso; mas entre o nrbiu·io dns do um principio falso. . ·
juntos fJn~lillcadoras c o rigot' extremo do pro- O Sn. FnANco DE SÁ:- Si, aproveit~ndo ostn
Jcclo, ha ainda um justo· meio termo, que se ldên, pudesse sor qunli!lc~do todo cidatliio que
poderia -:ltloptar. · n'um pt·ocosso por ulle mesmo lnlentado,cm que
0 Sn. FEI.ICIO DOS. SANTOS :-Apoiado, só elle figumsse, houvesse obtido com IH'Il\'ns
o sn. FMNco o~ SÁ :-Senhores, eonsltl(lt'emos em direito considorndus bastuntos, ttmn senlon~a
principnlmcnto o r1Jnd11 provonienlo do Judas· apas:;ada em.IUI!(ado, l'''conhecendo o seu direito,
sua capacidade tJolilicn, nfio podorin a clnsse
&rln ·: é o ponto sobro que se levanlnm maiores operaria queixnr-so do exclusão.
divergonclns,
O Sn. THEoounETO Somo dá um npnrte ,
O projec\o exige 200~ do rendo. Dove-se en·
tender guc o cidadão que com o seu trnbnlho O Sn. FRA~co DE S,\:-l'elo m~nos, Sr. prc·
lJódll eiToctivnmcnle percel>er.:!OO& p~tll applicar sidente, sulv:nn·sc o princi(Jio: n prova niio
a &ttn subsislonc1n, tem o censo da lei ; entre· era impossivel, embora exigisse esforco da parte·
tanto osse cidadão, si não estiver stljeito uo nct11nl do cidadão. .
imposto de industrins e profissões o se uão tiver Podem-se ainda lembrar outros alvitres. Assim,
economias, o economias empregadas em apolices por um illustre cidadão, gloria do partido li·
do dividn publica, .em noções, i113 banco~ e com· ber:~l e que hoje tem a~.~enlo na camora Yilnlicio,
pnnhins legulmento conslituidn~, ou depositadas ouvi suggerida 11 idéa dos proprielurios dos pre•
em caix.ns .cconomicas do governo, Vel'·se·hn na dios qu.e pogam impostos, serem obrigados a
impossibilidade absotu:a de provar a sua renda, declarar no llsco os nomes dos inquilinos rl.o sons
e portanto de votar. predios. Desln maneirn no rep:artição !lscal hn·
o Sn. ZA111A :-No interior nin!uem emprega época verin um registro de todos os cidndíios que na
nssim os seus capitoes, · , do lançamento occupavnm ns c11sas sujeitn9
ao Imposto predial. ·
O Sn. FaAII'co D& SÁ:- Desta maneir111 não sno 0 Sn. FGLtciD DOS SANTOS :-Isto serve SÓ
os indnstrines que pelo projccto são cno.mndos paro n cõrte.
a votO I', são os capitalistas. . O Sn. FIIANco DE SA :-Servo poro todas os
O Sn. FnmrAs CourtNiio :-Apoiado, cidndes, p:~rn todas as povoa~ões, ond.c ha im·
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:44 +Pá gina 17 de 21

3513 Sessão ern 2 do !unho ele 1880.


vasto predial. Dc~t~ maneira pelo menos os (aprwtcs), ou não a devia estabelecer, ou ràzcn·
!ndustri;rcs, os obreiros c ar·ti~las das ciU~Hiüs, do·o, devo ser do modo mais conforme {t eqni·
isto ó, dos nndcos mais imporl~mtes .rle popn· dntlc,- d~ rnan~ira (jUc Jlra o menos possivel os
l~r;Do, nnw vez qno babita~scm uma casa su,ieila sentimentos dessas ciD.sses que até hoje se acham
no imposto o que fi~urnssem com certa nntece· nwrgulh:Hl:ts em cornplctit ignorancia,em grande
dcncia no ro:;islro existente na repartiç~o fiscal, p:•rte n~o por incnt'i:t propri:J, uws pcl3s diffi·
terinm liHe ~rc~;csso ús urn,,s, culdnJe~ de aprendct·.
0 Sn. FELIC!O DOS SAXTOS:'"-E 110 interior'! Estes tlous pontos qu~ ncubo de nnal}'Sill'- os
O Sn. l~llA:'I'co tm .Si:- Se niio. pouemos c.irculus de um dcput:rdo c a l'l'slric('ão prove·
abrmtgcr totla n pulllllação tlo puil;, ~1nc se acha
niente do syslllma de prorasda renda e d~r rnn·
nestns cundiçlics, procuremos ao menos com· diçiro de :<;rber lôr c csercvcr, s~u pontos c~pi·
prclwntler todo~ agu~llcs pat'nos qun~s plidc lr:m~r tacs tlo !Jrojc:cto, s!)bro os quae~ o governo uiio
f~rá conccs~ões, em que pelo contrario lw de
uma pt'oY:r q ttc~atrs (a~a o llm qne 5C lcru em vista fnct• qucstfio goycmamentnl. · . .
(apoiado~) r1Hc tome, sen5o impo::~ivl'is, menos
f~eeis c frr•rJncn lcs, as fraude s dos in IO!'e~"~dos e
Eu, portanto; co1wielo de qne n eontinnnciio
o ~lmw dD,: jnntn~ !JU:<I!Iie:tdora,, (Apowdos.) do actnal gubinel.c ê util'(l cau~u puiJlic~, o e~pe·
Co1110 e>!c~. Sr. pn~~íclentr, outros m~ios do
dal1ncnte ir e~nsn Jibel'al, n~o pos~o J•jnr 110r
lll'•W:r poileri\o ''~l· icmbrtH1o~.,allm de''~ c\·itarem dinnte a ntinlw opiniiio em vol:!ções desl:t ordem,
quei:\~L< fu. ari:ld:r>. :r justa i nt·r:'r•:u;:,o de ll•r sido
nns r1 twc~ um rcvr•~. impot·tol'ia 3 rclirmhr do
:.;;riJ!net~; faç n o sanillcio tia m inlw opíni5o
illdirerl~•mcntt, e~; c luitln gnmtle pule da popu-
lnçiio, de iic:rrcm priYnrlo.:s do rlireito ele YO,•l indi_vidual, t.leixant!o ·a J'cspoma!Jilirl:ll1C da rc•
muitos tios eil.lndiros tJUt.! LGm o censo m:;rcudo fortna, ·em t:.~cs pontos, ni> :.;nbilu:tc qnc a .pro-
no proje~!o. move c ú mniori<~ !h~ pnrionrcnto·.(mttilo T!cm ),
. On!i·a n:s!rkçno. Sr·. pre~idente, prarcde dn resall'o ~ll~lHIS n minha. t'cspon;aiJilidade tle
condid1o llc ,:aln•r ler c escl·cvr•J'. l'Cill'C>eEt::rnlc da n;r,ão, c far:o um :1ppello [rara
o futuro, certo d() !JUe os dereitt>S dcsttl lei, qnll
Di,cntindn " reforma constitncion~l, tw ~ess~o pela expei"icncia 1\ll'Ctn dcmon~tt·<~tlm• hflo de
])a:;snda, ded~roi que~ prindpin iiuh:.~ tido re· s~r opportunaiMnlc t:Ot'l'e!!'i•los. 1Jllttito bon.)
pu~IH!ll!'Íil tk aceit;rl' c~Ln condi<;iio ~m l1m rwiz
onilc n C$\atl,q icn rcn•lou flUO nove !lecimos d~1 Di,curdo airHhl sohre vn I'Í'"' ponto; ~ecttnlla·
rio~, ~lg-un~ dog <ltwr.s me parcc~ !levem ser
popnl:rç~o crarn tle annlph~tb\'to~, e rJne ~,·,me
cmeJul:~do!', por is>o que nfio cntenrlcm r·om as
conForm:1va co1n e>La disposir::\J pel;t C;<[lCI'ança idén~ rund:lllll'lllacs, e llOd{)m ru··•tlnzir na prn·
tle I JU0 isto >Cria un~ c;;timulo t>arn n rlifrns:,o Lic3 t.!lfeilo.• perniciosos. Indicarei nigutH, sem
do eu:<inn, p:ll':t r1n•! os cid:Hliins ]lroc:rl'Hsscrn rlt:s(e!' n n•innciosid3dcs·t]UC c".la rlíscus~iio iüio
adqucrir a in~lt'tll:~·.iio eh•mcnt~r. 111'\'es,nt'ia p:~ra pcrmtltc.
o bon! cxr:m:ieio tlo,; cl ir~itos ch'icos. · Pelo nr~. fJ,," § 7 ." elo projccto subsLituti\'O
M;r:- notai qnc cnli•O ~c tratnn 1lc um pro.i•!clo ~ão duunarlos ~· vota!' todo~ o~ cmprel.-r~rllos pu·
de 1'1·form~ ~onslitudonal, JlOd i:t port;rnto osk lJiicr>~ !Jilt' tiverem vencimentos ~upel'iol·os (ilen.\
meio rle c.,;el\1~::\u sct· l'rancnnHmtP a.;optado
(flpr.idn.•) : agora ~o trata d.: 11mrr lei oril innrin, ser não Inferiam~) ~ 200;5. ..
Senlio•·c~. cnnrpm t'OirSitlot·.aJ' a lnllucncia
c c prcl'i>o que, :1 pret~X.tcl de Ullla fonnalirl~•ll) enorme t]Lte n:t cir'i~ão t1it·r:et:r, t•om nm deito·
gnr:,nlitlor:: da rcgulnrirl1rilc tln lll'e>ces~v <JicitOI'nl nulo l'r·~tr•icto. pütlo Ir•!' o gonwnn movcndocsHIS
e da ''l't'ilade .do Ylltll, 11i1o se r:i excluir 11111a
lc~iiic~ tk Ollllll'<!g"nrlo" puLiiclJ~ dmni~~ivcis ad
granrlr· p::Jln tlos eidndãL"' LIUC tem ;1S outra~
COlHI j4~.ii1 ~~ ex i g-id:1S prll'tl VOhll'. ·11ul!lm.
Enlt'1Plu pnrt:mto qne a conüiç~o de saber lt\t• Ccl'C:r da terço pnt·tc tla nqg,<a l'r)t:tln nnnunl
C t'SI.'l'CI'l'i' ll(•,·i.- ~<? I' .CSl<ILUitla 110 Jll'lljCctn, Oll. >c cn•r~o1nmc com o ]1esso:d rla mlmini,:tru,·:io
com. ]H'nz,, •tue tléssc log:rr n !J t:c o> ncltwes puiJlica : si rorlan!o todo~ c~h!~ omprcQ":1dos
>U.il:ilo~ au :u·bilrio do govcrnn, eiJ:!Inattos ;i
annlpl•al.ll'trs p(ltlr!~setn niJl'cndct' os primeil'os YOl:1r, o llzPrem confol'me a vontadl.' da~ unto·
rudimL"nto~ Jittcrnrios. nu ent.fio uc moncit·:~
<JLH! a cxi;.:cnr:i~ fosse i1 mnis llmiU:Hl~r po~sivcl. ridndes, este ~mnrle nnnwro de vot:mle~ sub·
Assim, lmst:rrin n ~s;;ignatnrn do nome dll VO· missos no ~ovemo hu do nl\crar o re~ultado da
tmlle; o pmjedo exig-e que o cidnd5o no receber votaçiio, piccj ndic~n\lo udn moiot·iu dos eleitores
o seu tilltlo do quolillr:<~\'<io p~sse um rcciiJo de independentes.
Convinh:~ pois ntlopt:~r um do_ sles dou~ :tlvi·
8cn pnuho ... tres : ou ~6 admittir ao. voto os que tiverem
0 Sn, ZA>tA :-Isto r.\ muito bom. renda proveniente de emprego innmovivcl, como
O Sn. l<n,\:sco Dlc SJ.. :-... e que nssigne o seu fe7. n lei porlngticzn, pelo acto nddicional de
nome n'nm Livro e~pecinl nu occn~ião de dar o i81i2, ou enl:io serem ndmittidos :~ Yotar todos os
voto. Por occnsmo do recebimento do titulo empregados pnblicos, mns tlando-se-lhe~ gnr~n­
bn'stnvn o mesmo que se exige no momento da. tin~ contm o Mbi!.rio do poder, con;o fez 1'avnre~
tn'cst:r~iio t.lo voto: n simples n~signatnrD. do B11~tos no seu (>roje•:to.
nome. Esto nlthna soluçiio ~cria 11 mai~ liberal ; fóra
E' prcci~o que n lei se n~o npnrto do espirito conveniente, dentro do um cr.rto tJrnzo, nnlcrior
cln con~tiluição. A lei fnntlumcntal conceilen o c posterior :i eleição,· proteger o~ empregndos ·
dil'tJilo tle vutur :'1 m:tssn dos cidadir o~ nclivos; domissiveis conlroas amoo~:ns o n vindictn de seus
ora verill!:at.lo p~lo rcccnccnmculo ultimo que sup~riores e do governo.
nestanuiS8n a gr~ndc m~ioria li de unlll!Jlwllelos, O Sn. MAnTil\llO CA~tl'OS:- Mn~ o Voto· Ó $C•
umn 1ci ot·din:1ria tendo tlc ·~slnbol~cer esta crc\Q, O seu voto ~6 set·:'r cnnheeido so ellcs
condição, devc·o rnzcr muito cuutclo8omcute, qnlzcrem.
Cânara dos DepLtados- lmp--esso em 27/0112015 10:44- Página tB de 21

Sessão em 2 de Junhó de 1880. 357


. . O ·sn. FnANco DE SA. :~Diz-me o illustró depu- novo con~clho de estado não era o mesmo da
tado.que o voto ·é secreto, mas o segTedo do Co1istituit:-1io, n5o era uma corpornçllo·po!ILica e
. voto nem ~<'rn(Jrc será rigorosamente mimtido, a. sim purnmante ndminh::tratira. A Y~rdadc é que
:tdministr~~ITo Lerá meios de fazer com que os essa corporaciio tem :oltribui~üt>s não s<•mente
seus empregados.votem conformo a sna vontade, politica~ . ma~ tnmbem juiltciarias ; no cortlen·
c a simples su ~ pcila pódc dar Jogar a vinganças. cioso ndmfnistt•ntivo, tem o dil'uilo _do julgar.
OSn. MAliTir;uoCAM!'OS :- Nfio compmhendo Portanlo funccionario5 puhlicos, inflnent~s pm.•
como n[•O· póde ~er mantido 0 segredo. ma ~lia posi~fio, talvez in11uenl.!iodos ou con·
strangidos pr.lo prcsligio r!3" ••orú:o. de rJU<!m se
. O Sn_. JoAQUnt NAnuco :- Ncs.te ponto o pro· acham tiio 11roximos, alt:m· di~~o iln-e~ttclos do
JCcto pode ser melhorado. · . dil'eito dc jul~at· de imporlautc~ inl•!res~es dos
O Sn . i\LinTtl\uo C,u.mos: .,-Concordo·. · cidutli'ios, deviam ser incomp~tihili.<:ouos, com
O Sn . Fll,l i'iCO UE SÁ: .;;..Pódc ser melhorado. m:1:s rozão que out 1·o~ qu•J o si'oo 1111 lei vigente
ndoptan clo·sn n idéa do projeclo a que me ro: e no proj•·eto ;. pelo · mcno·s, d•)Vi n <ldop1nr·se a
firo, rr.~trin ~imlo- se a lii.Jet'il.~dc tle nom e:~ r ll ide:• I.JUC h omons iIl ustres do partido li Iterai l:\m ·
demiH ir cntpl'e!!'ado~ pub licas · oentro \lo um sng-gcrirlo, a do lim it~t· o nU illO i'fJ do,: r.flnse-
CI'l'to pt'n o unlt•s c derJOis dt~ el~i ~ão; ~e.m cs1a l.heiro~ de estado que po>sam tur as:<ento uo par-
gnrnntm os ruucdonarios .pn!Jiicos ~er5o victi- la•nónlo. .
mns tla (Jrcs,iio que seus superiores hão llc A constilui1:ãci ilo Jmpet·io dispor. Qlh.l o de-
exor~er. "" L·ontrn:.:·osto irão muitns vozes folseat' put:úlo perdct•io o seu logm· na ca :nart• pela
a .expre<s;õo tl:,·t: urnas. .. nc·it~ç~o llo. ·•mt·go uc conscli,ci ro. U.1: ostuuo,
0, s11.~ z,A~H:. :-·]!~()S de que_S!r vc ll g'11rmlta . PI'OC\IIlen•lo·so o no\'a elt•iç:io na qu·:1 IJpotlerio
ser reeleito o ~<!cumular :o;; du:1> ftlllCi'Õ.:~. Hoje
co.n P.r. to. n1a1 c.11lo ·· . . . onlcn~o-so que . csla clisiJO~i\::io c::ll uc9u, pcl:~
. O ~~~- I•r.A:o-•··) DE _SA: ~ l'al!~r.cln a cfTervcs·l cl.:~ u Lrmn de que o :~etu~l cou~•·i ll o~lrú d~: estudo
ccul)in d ettoral, ser:i tnenos ttroVIIVCI o obilzo n;'ío é o mes mo da coa s.Litui ~üo, ~o b•:IU que tem
· d& potl>·r. · re~l mcnte ns me,; ma~ :oltrihuit•üu::. r.Jnis ct>nve-
Qnanlo :\s i :u:ompalibilidnde~ noto, sanlwres, uienl o () lUl fi t·~stnbe lecimcntt; d ·~.-::'11 di:<pnsição
3lgmn:1s iucon;.:-t•uc n~i:w. Funccionúrios !Juhli- con~Litucio i!Ol me• pa:ecu " ~lvitm 1!c l ix:~r o
cos que tcn1 tlit•cil.o de jul~~r ou uc iutluir nuu1ero de conselheiros do cst:itlc !JUC llo~sam
:;rnu' f ~.III O ti10 nos .inl:;om~ntos, !los qunc ~. d~· L_er :1~s~utv ~ ; u cacl:o um:ul:o~ c.anwra ~; u lim de
pendr~rn - I•Ort:onto· !cl'l'aves mterosses dos t·-Jda· que IWO SOJa o se n:odtl, cotno e tlC ~ I wl Dl,! nlc, · o
d~o s ,,cou.w •ls"jltiz.es. ~c orphiius o muui ci1m •~ :;. vivcir•l do C(Jm:cJh;> de t!sla1ln, p.ua IJUC ao seio
n:to sao mcotnp~hblll sados, qnando o et'ilo na dnquella c:•mara, compo>la 1lc tiio IJO uco; mem-
primitiva pro(JOsta do governo . .. hros, niio haja tão g r;m ue num ,~ ro · i~ conse-
. O Su. Z AliA : - Creio qu11 n isso houve :~peun~ lheiros da cot•õa.- O rt:pl'e~c ntnn t~ .da n:l~!aO,
um la[J~o. · . · que. tem a~~onlo nos co~se lho s d ~ <.'Ol'ua, :1cl•a·sc
o
· 'i . ·
sn Fn \ Nco D'' s• . _
' !.. . ~ " ·
• 0
pn•so · , mu11<1s vcze,; constrangido IJ'IT~ .unscmpenhar o
· · · ". . · • . qnc mandato que a ·nal;,'ao lhe eon(•!rltl . .
~o ~n('om pnl!!Jth~~dos os .promot~l cs lllll~l tcos c 1~ u 11111 pro\·:1 disto é q\lc 111u . honw n illil5LN
du ~tos fnnccJOnnttos que menos mnncnr.m po- do parlhlo JiiJoral, 0 ámscllwiro Nnlmco de
e 1 1 ter · · . Al'3Ujo, IJIII'll thl em coll$C•iUOucin U(). um ()cio
.o S1~ . ~fAil'I'INno C.IML•os : - Súpponlto que llc~:~ccr1;u(Q rl;1 corô:1, l'Onfonnc u quolilic11ção
fo1 Ollll~~n(l . · que ont1io ~c lho doti,quiz rouqHlt' t~muppo>küo
O Sn. FtiANcO D!~ S.i.:-Enlão retiro o que ia fr·nucu e onet'f.licn, do·nund:ontlo no p:oi1. o nbso·
dizendo . ~n2li'O o ~ te yonto. Suppuu loa qtu: era lrllis rno t·c~ nltunl ~ do vicimnento •h1< in~ Litui·
uma Ollll :'~iiu propostlnl. . . . . l'i'it!~,•lr.llhtrou no scnndo quo ~o l"'rvoutura· o seu
Acho t:un ht•m ul~um excesso na~ inco11111:t· ênr;ru d·~ r:onsclliciro do Oslatlo o in hi hi;1 tlc l:1t.cr
tibil id mle~. ~o lJretudo na p~rlc em quo se e!'ln· · p s~n O(IJ!O..;iç:',n, c us~ r de t:tl fran•I •H.•za, e$laV3
b~lc~c .n nccolli:iilade da opçiio p~ra empregados pt'cm1pto n t·onuueiar úqucllt· cargo.
Yti:Jitcto~ . Acho LmniJom nlg-um cxcc>so nu in co nl p~llbi -
A razão pnm serem mcclnidos do p~ rln · !idade dos membros do sll!ll'emo ll'i h ttn~l de
mento o~ empregados pul)licos e :1 prcssr•o que justiça. Nilo lcmos mcmhros do snpt'i!lllo tri·
~obrt• eJIO$ p\ode exercer o governo; n vit~licie - l•unnl do ju,tiçn odireito de julgar, nw ~ ~p enas
dadc gar:mtc o empregado coutrn :1 influcnr.i11 o do conhecer do dit·ciLo. o de eouc:eder o11
do poder. · . _no!l'nr revista • .E quo gr~nde influencia no pleito
Por nutro l:Jtlo, Sr. presidente, nl::rtms em· elmlorul pMo ter um cid:~diio vonol':lndo, no
pregHdo,;. que deviom ser incomp~liiJiliz~dos, nllimo (jUortol do vidn, desprl•ndido dn vida.
como por exemplo os conselheiros ue oslndo, nctivo da politicn? .
n:lo o s:'1o , · Si a ror.ão da incomp:~tibiHd a d c não é a in-
Sempre roi Jl(lll53Dlento do partido libornl quo fluencill que estes func.cionnrios publicos possam
o consolho do estado niío ros~ c umn corpornl!iiO exercer nem n prolecçS.o que suns c:mdidaturas .
politic.1 e sim meramente udminislrnlivn. Até encontrem da pute do govcruo, como :JC(1ntecc·
certo tcmpo foi C!ltc um dos objectos princi(Jaes com os directores do socrctarins. mos súmcnte n
da dh,crgoucin entre os dous pnrtido~ . O JH!r- eonvcniencia de. não serem de~viados ·d;• mflgis·
tido Iibet·~l suppl'imiu o conselho uo estado, por- tratura p~r~ o politica,dovia- se ducrot:H' fl in com-
que cntondia que era-nrntl peça funesta nomn· pntibllidade hbsoluta de tndos os m~gsltt·ndos. ­
chinistno dn rcgiinen rcprescnlollvo; o pnrlido (M~eito$a-tJoiadcs.) Este ti o desidel'!l.tl~ll~ do pnrlido
conservador rostabeleceu_,o, pretextnndo que o liberal, mos n~o é esta disposiç;io tJUO so ach11.
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:44 +Pá gina 19 de 21

358 Sessiio em 2 de Junho de 1880.


no projecto. No projeeto apenas se estabelece a nas. proximidades das eleições, que será si a
incompatibilidade relaliva do magistrado, isto policm 011 a mesa cleitornl tiver o direito de
é, a prohioição de ser eleito na di8tricto de sua prender os eleitores junto á 11rna 'f I (Muieos
jurisdicçfio, e a opçãa quando fõr ·eleito por apoiado$.) llastarla lavrar um auto, no qu~l se
outro districto. Nesta ultimo caso podem os relntassem ns circumstancias do caso, o nome
outros mag:idtrados ·deixar as suas [unc~ões presumido do p'lrtador do litulo c os mais es-
petas de deputndo ou senador; não i1 poder~ clarccimentos neccssarios, sondo· esse auto re·
porém o ministro do sopremo tribunal, po1·que mattldoao promottor publico afim de intentar o
não pode ser votado em todD o imperio. · · processo.
{Ha va,-ios apa,.tél,) UH Sn. DBPUTAllo:-E qual será então o caso
O Sn. PllESIDENTE:- Attcnção I Lembro o.o de flagrante delicto? · · ·
nobre deput~do que o re~imento só concede d11as O Sa. FuNco DE SÁ: - Niio deve h~vtw pri~ão
horas para enda orador fallnr na sBgnnda .dis· em flagrante delicio neste caso, por bem da li·
cussüo sobre cada artigo. herdade do voto.
o sn. FRANCO DE SÁ : _ vou conclllir. Sr. presidente, são estas us conslder-~r.~ões que,
para justificar minha nssignatura com restric·
Hn outros pontos sobre os quacs cu quizera ções e o voto que hei de dar, entendi devot•
expender ligeiras reflexões, mas. em. v1sla da ~presentar á S3bedol'ia da camaro. Já o declal'ei: ··
ad\·ertencin que V. Ex. aeuba de me razer,. vou voLo a favor do projecto, meuos nestes pontos
terminar o meu discurso reservando es~as aJlre· s~cunilarios em qua espero quo ha de h~v~r
ciações para outra occasião, si porventura ;unda emendo~. apresentadas pela commissão ou por
me fôr concedida 11 palavra. ella aceitas, de 11ccordo com o governo. Quanto
Nfio posso, porém, dehnr dll notnr duns dis· nos pontos cardeaes voto com as resel'Vas quo
posições quo me parecem muito perniciosas e acabo de fazer. ·
que eu desejava· ver modiftc~das. Uma é a que E este meu procedimento, votando por dis·
]lUne com detnasinda severidade os mag-islrn· posições de cuja convenioncia não estou cou·
trudos por qualquer infracção no cumpriment·o vencido, não receio que possa merecer justa
dos dcvet•es que o proJecto lhes impõe; a perd~ censura; seria.insnstentnvcl n posiçiTo do homem
do emprego com inhabilHação para qualquer político, si não fir.esse muitas yczes o sneriD.clo
outro emprego publko1 é pena IDo severa de nlgumas da suas opiniões ante a opin,ão dn
gue, ou niio será exccutoan, ou por:i nas !llâos do mnioria do paiz ou do partido u tjUe pertence.
~nlz .de direito relntivn~1ente aos.magls~n.dos Voto tlor este projecto porljllO estou convencido
mfer10res, e nas da Rcln~no a respeito dos JUizes de que .cite e um r;rando molhoi'Umcnlo na
I
de direito, uma ormo terrivcl c extremamente no$sn vida politi~a (muitos c1poiad~s), do q::ml
perigosa. . · . resultará a maior gloria par:~ :1~ c.a11,1~r:~s que o
O Sn. ZAMA:-Mas pr.idtl oeabnr com os abusos 1 votarem o para o governo que o Inlclon a (!ro-
que clles commettem. mov.o. . . .
. • . .. . 'd . Nuo cre1o, Sr. p1·os•dcnte, quo o oeuado se ro·
O Sn. Ft~ANr.o DE S,~·:- SOJDm pum os com cuse a pnrtlcipat• !h!Sln glori3. {.:lpofados.)
pen~s mnt.s . razoave1s '· se um processo ~or Temos sido tH!cnsados de injm•iur lhiUCIIa cn-
motiVO clr1tornl JlOder JnlfJOrl~l· ll~rn o mn!!"LS· 1\HI.rn, mas ti injusta essa inct•epa1~5o. Temos
trnd~ n pe,r~n ~o seu cm~Hego eamda 1113 ~ a apreciado· livremente a org:miznção do senado,
5
sl!a •nl•nb•}1t.1ç:~o [lnra ll!J.IIlq~lc~ cm·:,r~ pttbl!~0 • ··~ sssim como no senado llvren~cnte se tem apt·c·
nuo hav,cra nHIIS gar~nttn du mdr;lwndc.ucl, 8 ciado :i legitimithde !lcsta camua; nltncn tl·
P~.rpet_uHlado da~ mag•~lra.turu: rnc! .~sern 11 um \"em os n intcnçiio do iri•og;11· injUl'ia~ nos •·cpre-
tnbunnl de rela_çu~ PO>SUrd? da 1131 XUO parll~a· seu tantos vitalícios do m~iio.
ria contrn um JUIZ du !l1rmto seu ndversar10, . ,. ,
tirar-lho 0 emprego c inlwllilital·o para qunl· . Conl1umos no seu pnUIOl[Sl}lli; c se.o .:enado
ller
q 1!. outro · Vl!lr n ser. condemnaúo no Jni.ZO da O.P,IniaO pu·
• _ bhcn, sot·n por culpa sua como bem dissu o no·
Osn. ZAM.\:-Com os abuso! nao ~e argu. bre Sr. presidente do conselho. Nintiuem pode
menta. exigir que o senado se submeltn á vontade desta
o sn.· FnAsco DE SÁ:-~Ins ti um :~bnso facll eamarn c vote cegamente o projeclo qae lhe
de pra\'er. 1~' preciso n5o deixo r esta espada mandarmos; o qmJ so affirma e quo o nlio deve
suspensa solJre a cabeça do magistr:~do. · rejeitar .peremptoriamente, como rejeitou o da
A suspensão e n multa seriam p!ln~s sum- sessão transa cta.
cientes. · · ·. Perguntam-nos: Mas onde est{t a opinião pu·
O outro ponto ó relativo no dirctto ,quo sll blica, a opinião do pnrlido liberal, no projccto·
confere n1io. sei si tis autoridades policmes, si que foi rejeitado ou ua· pl'oposln do nctunl gnbi·
.. nos magistrados 1 .o11 si á mesa eleitoral, de nele 't
prende•· o ciduaão no neto de votor, jiOr ex·
hibi~·ão de um lltulo de qualillc!lçno rcputo.uo O Sn. GALDINO nAs NEV&s:-A resposta ti focll,
falso ou usurpndo. · no octunl projecto. ·
Sonho•·cs, desde que o cidndiio, no momento O Sn. FnANco DE SÁ:- Não sabemos qual dos
da lr~v:•r ~eu voto ú urna ficnr sujeito a prlsii.o dous projeclos teria prefcrenciu na opinião pU·
0111 llngrnulo dellcto, niio haverá mais liberdade blic3; entro um o outro ba nponas dificrenç~ no
dn voto. Si vomo~ hojo. ns. nutoridndos, nbu· modo de rcnli.car a id~a ;..o quo sabemos e nmr·
~ontlo I.! !L I~ I rtuu lhes nfio offcreco tnuln fncill· momos,· o que todos sabem e ambos os. pnrLidos
dudll, lll't!lltlcl'Oill pur futels pretextos os cldodiios reconhecem, oque u oplnliio quer n reforma elel•
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:44 +Pá gina 20 de 21

Sessão em 2 de Junho da 1880. 359

toral o. fim de se estabelecer o regimen do voto mes poUlicos, o glorioso intuito de realiMr o
dlrecto. (Apoiado•.) verdade do regimen representntiTo- o governo
Sl o. senado entender que o projeclo 6 defei- do poTo pelo povo, cxigo n prompta solução
tuoso, ·deve emendal-o, e no caso de que suas deala rerorma. (Mtlito l>em; muito llem. O oradol'
ementlas não possam ser aceitas por esta eamara, é comprimentado). .
pertence a decisão final á mnioria da represen- O SB. PnE~lDBNTE: -Tem a palavra o Sr.
tação nacional completa. Assim como não Fernando Osorio. ,
temos o direito de impõr a noss~ oplnmo ao so:
nado, não Lllm os senadores o de nos im(lôr a O Sr. Fe~naildo Ol!lorlo (pela or-
sua. No caso· de desaccôrdo,. o recur~o consti- dem) !nz algnmns observações p·ara mostrar
tucional é a rnsãl) das duas camnras, o appello qne 11 hora cslil ndi:mlndo, e pede a benevolen-
ao voto da"assembléa geral reunida. eia do Sr. presidente e da casa.
Un Sn. DENJT&Do:- Recurso que o senado O Sn. PnGStnENTE dnclo.rn que niio depende n
uao tem o direito de recusar. . ~oi uç5o de maior ou menor dose de bencvoleneia
o Sn. FAANCO D!:SÁ:- Em nossa opiniiío não de sua porte. Restam 3!6: de hora e promette
tem o ~euado esse direito; ú n verdadeira
acomp:mhor o orador.. ·
intelligcncia da disposição constitucion31 ; mas VozEs : - Todos nós.
ainda aquelles quo tem opinião contraria, devem
reconltecet• o perigo de uma rccu~o. \(Uando se O S1.•. I•'ernando OMorlo falia em
trnta de '5o grandu melhoramento politico, de llorn adiantndu c serli hrcvo. Ha longos nnnos
rcrorma t1lo illlPl•rtante cuja necessidade ur· esfo:çn•se pela realização da clei~iío direela,
gente li geralmente sentida e proclamada. ~a mesmo desde o tempo em que na qualidade de
nós nno temos a prehmçno do representar o paiz .deputado provincial propoz indicnçào n favor
mais le;ilimamentc que a outm cnmnro, é lncon- dell11, que foi aceito. ·
testnvet que somos representantes mais dlrectus Não podia pois negai' o seu apoio ao g~binele
e recentes da vontade nacional, que re.presen- :> de .Janeiro que se propunha n realif.:ll-11. Foi
tamos a opinião actuol, a opinião presentemente dos 70 depulndos 9ue nssignou o projecto due•
domin;;ntc. Se, [leio vícios do nosso regimen forma da Conslitutçüo. Ho.vin netre um:1 questão
eleitoral, nstn cnma.ra niio representa a opiniiio de (!tinc~pio--a ConstilulnLe, e n outm da nppll-
publica, tombem n:io o. re11resonta o Senado. cnçno da lei. Qunnlo á sun applicação, alterou
Viemos !ta pouco do seto ·do nação, &omos os seu modo de pensDr com relação ao censo da
representantes mais proximos do povo, o pro- 400~ quo deixa de adoplnr porque ari~tocralis:1
sutnpciio e n verdade é que estiJmos c0111 a opi- o voto, Mas quanto á quesLiio de principio tion•
nião publica, seria, po.rtanlo, lnjuslillc:.vel e tinúa n derendel·a, e por Jres motivos.
pottco prutlenle a resistencia obsUnada do se- · t. • .Porque n Constituinte satisfnz melhor o. ·
nado. (Apoiudos.) · ldén liberal ;
Não quero crlll' que o. eminente sstndisla e ! ;• Porqu!l o projeeto que se quer fazer pnssar
parhunt•ntar, n que a Jlfincipio me rGferi, con- por lei ordinntill, ollendo a disposições eltpres-
tinue a aconsulhur asous :nmgos tal rcsistencia. snmente constltuelonnes ; -
Esse ill!Jstr" cidadüo teve n glori11 de promo- 3.• Por coherencin,
ver e l'cnlfsat· uma gro.nde rcrorma, contrn a Passando a fundamenlar o que diz basaa-sc
qunl tnmbem se· allog:J.Vnm {lt'etendidos eseru- om artigos da Conslltuiçiio,. e f:.~z deiÍes appli·
pulos conslitucion~cs, cntcndendo·sc que por eação em favor do seu modo do peus:u·.
garantir n proprJedadll BJn to1.h c1 s1~!~ pleuilude, 1\ofere-se. tis duas imporlnntes questões: ~si u.
vedava o Constituição essa relorrnn e que ncslos Consmuinte deve ou niio ter poderes i!Umitados,
polnvras-em toda n plenitude-não ti\·ern o le- e si o que ella decidir depende do voto do
gislador outro intuito que o de gnran1lt· u pro- ~en11d0.
priedade set·vU sem a nomear; \nes escl'Upulos Si não e parlld~rlo do systemn da eleiçiio in-
não foram obstnculo para n realisncfio dn refor- direcla, não é porque o reconheça 1nCllpaz de
ma; impeli ido pelos aenlimentos de humani- snLisfner a8 nspiraçües do povo, que em cerlos
dade, pela exigencia do mundo civillsado e pelo pai1.cs e por meio delle elegem seus represen-
propl'io interesse do. nossa pntrla, foi por diante tante3 ; mas é porque entende q_ue o sysUuna do.
o illuslre estadisto, venceu as rcsistencias qUe eleição directa e mnis liber~l, nno oscravi.sa som
ncneio do seu proprio partido so lhe antepu- necessidade o votante prlmnrlo ao elellor que, si
nham. e viu coroados de bom cxito os seus es- )lóde eleger o juiz do paz, o eleitor o o vereador,
rorços, colhendo louros ainda hoje tuo virentos, deve lambem eleger o deput~do e o senador ; é,
O SR. GALDlNO DAS N&vxs :-E devo lembrar- a.l6m disso, mais commodo o de mais racll appll·
se que para easa reforma foi npoiado no senado cação. . .
pelos Hberaes . A Constllulnle tem o poder do guontlr melher
O Sn. FllANCO DE SA:-DliVO lembrnr·se, como operm:mencla dn elel!iao directa, 1umo. ves odo.
bem diz o nobre deputado, que teve o concurso ptadn, e isental·a de que logislnturas ordina.rlu
do partido libernl, pelos seus repre8entantes nn a vcnbam substilulr por outros systemas.
camo1·a vltalieio. (.•lpoiadoe) Entende que p&lll consU\uinle so roolizaró. a
Assim .tlomo então se não deixou prender )lar lei com mais prcstezo 1 e cita factos paro exem•
pequenos eserupulos, lloJe se não deve embn· lllo, em quo baseia a sua asserção ; .no pnsso
roçar om liameS t3o rrageis, qnondO O plltrlollS• quo pula lei ordinarla, cllo corro mais risco de
mo, a necossldo.de do regenerar os nessas costn• eneontrnr os mesmas dlmeuldades quo ·sobre-
Càna ra dos Depli:ados + Impresso em 27/01/2015 10:44 +Pá gina 21 de 21

360 Sessão .em 2 de .Junho de 1880.


Yier:~m ~o p~t·In:nento portuguez em q_uestüe~ · duos que pct·cebnm como empreg:Hlos publlcos
senwlhoutes. . pa!!amentos do~ cofres ger:ws, proviucioes e
Re:<JJvnlle :1 certils pontos do discurso do Sr. munfcfp~es, e tenh~ltl contratns, etHJJrezas,
Saltlaahn 1\Iut'inho. Defende o Sr. Sinirnbli dn finalmente qualqnet• depünílaueiu tln Jl~calisação
ccusnt·a de haver atJiet:8do :t c:um.ra; estrauh:. do governo, silo fncomputivnis.
que .~e venha e~tabelecer como principio aceito A incompntibihdade cessarú sei~ mcr.es depois
a disciplina uo:> llnrtidos, mas nuu esll·anhn o que ddxnr o emprego.
dc~ntnor do Sr. ·sa!d:mha r•eln ConsLitllição por- Não ach:t boa a idêa do projecto _da eleição
que é republicano coufe~so. de senadores só pader ser [cita por li~las tri·
Fa7.€>tlllo n1n üstudu rapido sobre o [Jrojccto piicos separndas. E' prererivcl o systemo nctunl
em discussão, -comoca por não cornprchcndet• de proceder-sa a uma só elciç1io )t3l'a ns ynll"as
como sa quer con~ervnr as quallucnçõ~Js C)Cisten· existentes; abrevia o trnbalho.c ns provtncms
les, IJUC ~ÜO impurag, 0131'~ por e lias se fazet'Cill llÜO COl'l'l:llll O l'iSCO de não terell\ e~~CS l'Cf1r()·
us primeiras elci~íies pelo sysl~!ll:l dire~to. sentantes eleitos senão com ((elom:as,
Entcncle iJU~, quando Sl! trata de mutlm• um Porç:uc não ~d'!littir li tempornrie~il~l~ do s~·
sptema pot• outro, a mudanç~ deve ser radical, nado?. E' uma 1dem vencedot·~ n:r OJltntao ll nuo
completa. se deve adinl·n por mais te·mpo.
Vti qut! o proj ecto e~t~tbelece como condição ·Convem eq;ui(Jnl'ar o numero dos dcputad.os
de eleglbiHdmlc o sabct' l~r o o'cro>"Cl', e pet·· de caun prov111ei~; si p~ra isso fUJ' p1·cci~o fazer
gunta ao ::;overll'! que providencias tem d:~do umn dtvisüo torritoruJI igunl, cmnn.do novas
IJll!'a que o ~ntn1le uumcro de an~lphabetos que provincins, raçn·se, sendo es~c o JUúJO de nca·
ex1ste 110 p:lll:, adqutra· ess:t cond1çuo, bar·~e com n for~a do numero do deiJUiados
Niio comprehendc como se ontregn no acntho-. com qu!l as províncias grandes esmag3m as pe_·
lico o direito de iatcrvir co1n seu voto no go· quenas. .
'Ve1·no du paiz sem abolir a lgreja omcial, sem· Oatras conslderoções tinha P fazer, mas . a~
estabelecer a plena liberdade i:le cultos. · .rese1·vn parn outra occ~siiío, IJOI'quc a· \lora esta
Combate o censo eleitoral, porque entendo que adiantada. Mas o or:Jdor, corno niiu desCJU pnssar
o dinheiro niio dá lmbilita~ão, nem patdottsmo poropposicionist.a sys.temntico, _1>:1ssu a npr~s~!·
ao r.idad5o. tnr os boses do um projeclo que em soa opmtao
Diz que pelo systemn do projecto, flcnru sem satisfaria melhor o paiz. · .
. o direito de voto ns classes dos artista~, dos ope· Fundamenta lnrgamenl9. as bnses do seu
rarios, dos typographos, dos peões qUt! vencem projecto e eoncl~e pedin_do desculpa á camo.ra
grandes snl:mo>, mas que n:io podem apresentar da haver abusado de suli nttenção.
os documentos exigidos. no dito projecto, tirnn· A discussão fica adiadopel:J bóra.
do-se os das rcpartiçõ~s·publicas. Além disso a 0 811 • PRESIDBNTE dá parn ordem do dilf3·'
prora dn renda é um expediente incomtnodo e
vexatorio pnrn o cidadão. · ho .1
O proco$so do olistnmento constante do pro· t. • parte (até á.ti ras,~ ·
jecto t! complic~do. Eleição da mesa. . . .
Combate a opinino do Sr. Sald~nh:l dos jnrys Continuo~iio dn 2.• dlscu~osão do projcclo do
especiaes 1111t'a t•·nt11rem do ali~tnmento; enten·
de que é preforivet d:ll' oo jnlz de direito a forças de mar.
attrJbuiçiio de julgar em ultima instaneia, por· li. • parte (de li Tiaras em dta.11.te).
que ndle não· Rea tiio dividida, como nos iurys,
.a responsabilldodc, que é uma· nece~sldade • ConliDUftÇiiO do i. • discussão do projecto ila
.Peusn que si o (Jrojecto Rdmitle quo o cida· reforma ele lloral.
dão aos !i!! annos (lólio votar, deve lambem ser 3,• discussão do l'rojecto sobro a esh'll.da de
votado pnra todos os cargos de eleição, excepto ferro de Plliladelplut a Cnravellu$.
para o de senador, quo deve ser maior de W
annos. L• dlscussio do projecto. n. iB relativo á ju·
A obriga~iio da residencin ininterrompida de bilaçio do Dr. Paulo Bupt1sta.
dollS nnnos para ser-se d()pUlado provincial, é i.• ditn dode n. 3l\t.sobre o nssocinçãodeca·
.um& reslrillcio ccnsura\·el á liberd:~de que teDto ridade da villn do Rosario em Sergipe •
votante de vot~r em quem quizer, e o candi· !.• dita do do n. !31 de :1.879 sobre a proton.
dato de ser \'Oindo. çiio do tenente ltlnnoel F~liclano Pere1ra dos
Coneord:~ com as ineompabntdades meneio• SahtOS.
nadas no projecto, mas entende· que se devia
odoptal' o principio da que, quaesquer indivi· Levantou-se a sossiio lia ií horas.

FIM DO PRIMEmO TOMO

Você também pode gostar