Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
·I·
<· l
··,~ .,_
V,ê> EQU EN A
. (
("
\
• t-
"1 \....
'·' .
}
!J
\
I
: .
\.;., '\
•\
...
,~
DO BRASIL
(Para uso das Escolas Primarias) . ..
o ..h_ (i . r:
~ .....(..l..f\.Y(.J()
R.IO DE JANEIRO
JACIN)~HO RIBEIRO IDOS SJH4TOS
LIDITQR
82 - Rua S. Joaó - S2
1926
.-
~: "
!»~,.:-
..
,,,
Ir
.I
I
fl7ario Daseonaellas Da Deiga Cobrai
~-,, ,;e ido a 2 (j d o Set om.IH'V dv 1 S !J .J.
I
_,
.. .
o ')
\
e '
,.
o
~ ... -~-------
L .' .. \
AO LEIT OR
Editor .
r•...
t. ) ~
:01 · ••
CAPITULO 1
'·.
CAP1"i'ÚL0 11
Primeiras exploraçõ-2s
Toba ou maloca
A ó ca
lndl a otlrndorn
PEQUENA HlSTOHl/1 DO BTIASIL 25
Em -.Jgumas tri lms, como a dos Xumn nas, quando o indio
morto linha sido gue rreiro d e grande valor, ];)Ossudo algum tempo,
abriam a cova e r etiravam os ossos, qu e reduziam a pó e bebiam
de mistura com o cauirn, bebid a qu e faziam do milho ou d e cajú e
de que usavam. Tinha m a crença d e que isto concorria para ~ h cs
augmenlar o amor pela guerra.
Taes são os traços dos r epresen tan tes •da r aça vermel ha ou
indígena em no so terrilorio, sen do rle n otar qu e o num ero de
indios selvagens é h oje r ela ti vam ent e ins ignificante em com para-
ção com o do tempo da d escoberta.
Anniqu_ilados em grand e parte pelo conquis tador, dos que
restam, muitos têm sido c hamados :i ivili zação, gosan do dos di-
reitos de cidadãos livr es c concorrendo, de d iversas fó:·mas, p ara
o crescente progresso desta p a lria que nos é commum.
·.
CAPI TULO IV
( *) O lncl!o A1·co Vercle cr:t a vô elo va lente ca.bo ele guerra pernambu-
cano J er on ymo de Albuquerque Maranhão, cuja mãe. uma inrlia . f ilha
daquelle, recebeu na pia baptismnl o nome de Matjg. do Espirlto Sa.nto .
..
2i
sele annos, findos os
VElG!i CABRAL "
<;~un es Cou tinho foi obrigad o a <~.b:wdonar a
capitnni a e so r efu giar em lJhéos. Um anno d epo is voltou Cou·
I
linho á Bahia mas tendo n aufr agado nos baixios de llapa t•ica foi 1
morto c devorad o -p elos seus in imigos .
Pcro Lopes de Souza, d epois de se l.:wvcr ba tido com o:; fran· 1'
cezes em Itamara cá, voltou ~) ar a Portugal , p ci-cccn do, em um nau·
fragio, perto da ilha de l\la d agasca r, fi cando com o ad mGonç;ll inistrad or-·
de Santo Amaro, Gon çalo Affonso c d e Itama racá, J oiio ves ..
Antonio Cardoso d e Dan ·os não fez empenh o algum em colo·
nizar a sua capitani a. ·
Só veio a ella ann os depo is da d oação, confor me verem os,
naufrag ando então, c tendo sid o clevorau o pelos Cabct s. A.l·
Finalme nte, .J oão d e Barros, Ayres da Cunh a e F ernandosuas
vares de Andrad e organi zaram exped i ões para coloni zar
c:a pitanias, sendo por ém infeli zes, poi s essas exp ed i ões c per·
deram , p er ecen do qua ·i toda a ge nte qu-e as compun h a.
Os poucos que escapar am , apó p assar por mil trabalho s,
vieram l ambem a fa!Occer dentro em 1 ou co, u m unico nau frago que
fi cando vivo e este foi u m p or tuguez f· rre iro, de nome P edro, de com
consegu iu cahir na sympa t b i:~ dos selvagen s, pela habilida
que fabricav a utcis ins trum entos com a ferragen s dos n avi osuguez nau-
fragado s. A exemplo d e Ca ramurú c Ramalho , c se port .
casou com ·a filh ;J. de um caci qu e, v i,•endo entre os elvagene, reco·
Falhou, p or consegu inte, o pl ano de D . J oão III qu
nheccnd o a fr aq u· za d o ys tcllJa ud op ta d o, c a p "d id o dos pro-
prios donatar i os r esolveu crea r um governo g·eral, comp r ando,
em 1548, para sécle ·do m esmo, a ca pitania da Bahi a, ú fa milia
1 do
donatari o, que já h aYi::t· f:lll eciclo, conform e vimos b a pouco .
E r:~ d-e cspernr o fracass o do systema .
CAPlT LO V
..
/
CAPITULO \'l
Crea dos doi s governos do Brasi l, 111 157 2, ficar a m ell cs tendo ,
como séd es as cid ades do Sa lva dor· c Rio el e J an eiro, aqu ella do
governo do n or te, isto é, a té a Ba hi a c e tn, do governo d.o sul~
isto é, do Espírito Santo p ar a o sul! . P ar a o prim-~ iro foi n o mea do
Pou co~ m ezes cl cro ls ele h ave r L ourenco el a Ve iga :~ ssnm i clo
0 goYern o. f~ ll e_ceu n a _A f ri c:~ . -r m ~-d e Agosto de 1578, n a h :~t a l hn
-de Al cnce r-Ki b1r, o r e1 l . Seb as ttao, empe nh ado n a conqui s ta d e
Ma rrocos. ~
Nã o ten do D. S rb :-~ sti:'ío succrssor cl ir ecto, foi sul~stil ut rlo no
th rono por sru tio o :-~rr: e:-~1 D . · H en r ique Cl tte, b astan te vel h o iú,
d ous ann os depois, em 31 c1 J a ne iro ele 1580, ent r egava n a m n
a o Crcn do r.
Um :11m o nnlrs (1 !'7!l) nhri u 'L o 1ren co d a Vei [~ n l uc ia com
v a rias cstran griros , prinr ipnl me n e f r:tnccz·rs. que. ele n ovo I! e m
lar::::-~ l'sr n :1. ~·ivinm cl l' r o ntr ah nn r o nns rnscncl n<; el e C~ho F rio.
D u r:-~nte n su n nc1miJ ·s· ·:1ciío tentou-se n c olo n iz:-tçã da P a-
r nh~·ha . n Cfl'C s r n:'í0 r o 1sr 0 1i1 .
Ainrla rlurnn lc a :-~ rl m ini s r ~ cii o cl C' Lo ll'r nro cl:t Vri r!n v nrins
exn rliC'iics for:-~ m r n ·i :-~ cl :-~ s :>o i n c ·i o r, tcnt a n·c o a clcscohcr tn de
m in:>s rlr Ol!ro r ncr r " ~ PCÍf''>" " .
Drscll' Ql r n . J-kn ·i m ,.. <lil)il! nn lh rn o. ('I <; ""IIS snhrinhos
P hi li rnr TT. n D llrrn r zn rln n r~.-rnnrr> r . I n on ' o. nr ' or r1n r.,·n l0.
cnt rm·nm :1 rJ! q ·ul;r os rl!•·r itns rJn s TC'rrssi'o. y> ois cn n t:-~ •n •P cmn
n cn rto rrinaclo r1n ve .ho c a · rl e~ l . h o nem enlr nrlo em ::m o~ e
d(}"n tc hr> ·!n mu ito .
P c>t' tnr m o ti ,·o. n or 1rar r, es c !'sscs n re tr nd r n r s ao lh ro n o ,
fo r :-~ m lo!!n envi :-~rl o s fl \.ôt· r n nra qu e o r ei, estuda ndo a questão,
i ndir ::~ss" rrn r m o rl r •in succrrl ct· .
D . H r n ·i(fll e o ·rm . a p esa r clr. se!!u n rlo s/ cli 7if! , d r mons !rar
urpfr r Pncin. a prin r ip:o r n . Sll f! sob ·' n la a n uqu r za ele Bra1!:11ll'a
( fiJ.h:-t rJr SeU i rm iio D . Du nrtr) r J'l;J Í <; tnr r]p por SC'Tl l'Ohr nh O
P ll ilipnr TI (f'lho rl r s1 n irmii D . Tz ~h cl , en tiio rri rla Hc !'.p::~nha.
m orr r u srm rlri.·nr rl oç n rn io :1lcrnm qu e i n r icasse ouem o rl rd a
substitu ir no h rono . Drst':t rtc. fi cou o gov-erno por!uguez cnlre-
gtr e n 11 m ~o Y r•·no interino comnosto de qn at r o pessoas , ao Cfllnl
sr nnrcsrn to n Ph il ipn c IT. p edindo n e ntrega da corôa, co n for me
d cseio. em v i r!::~. rl·r se u li o .
C:omo n iio h ou vesse d oc n me nt n n or c c d pto . qu e p r ova sse· :1
~e !! itim i rl:J rl e rlo rr u e :-~ll ef!aY<l D . Phil ipne. r rsol v r u o ~ove rno in-
, ferino n i'io :-t lf·rnclrr :Ío; prrtenciies d o r e i h espa nhol, r esponden do-
lh e m1·r :1 cnus:-~ srr in iul rm rl:l p ela just iça .
Ph ili n pr n n i'io se co ~ formo n, nor ém , com css:t esp era. e fez
inv:orlir Po rtu gnl p or u m exe r c i to sob o c omman'd o do Duqu e
d'Alba. .
Vi c tori oso, foi P hi lipp e a ccl:Jm a clo r ei d e Por tucral 0
pdas
côrtes r eu nid a s em T h oma r. n o d ia 19 d e Abri l d e 1581.
Pnssa nd o P ortu gal p ara o d omínio da Hc p a nha , c om ólle
p assaram na t ura lm e nt e tod a s as suas col oni as c, p or c o n seguin te,
o n osso caro Brnsil .
O d om in io p or !UI!n ez ti nhn durado 80 an n os c só voltou l\ fi-
t:rnrnr n ovnm<>nt e em 1G40 f]uan d o Portugal, p ela r evoluçã o d e 1 de
Dezembro d esse nnno, liber tou-se ·do jugo h espanbol.
C:\PIT 1.0 VI I
...
CAPITULO VIII
do-se para a outra margem -<lo rio Capi berib e, onde fundou o
Arraial do Bom J es us, iniciando ent ão a s famosas guerriJ4as
conhecidas pelo n ome de Companhi:ls d Emboscà da, onde tanto
se sali e ntaram en tre ou tros, o celebre indio Poly, m;1is tarde
conhec ido por D. An to nio Felipp Camar;io, Vida! de :egreiros,
Franci sco Hcbcll.o, Sebastião do Souto, o prelo H en rique Dias,
Luiz Barbalho, L o ur en ço Cavalcant i, Sim:'io Fi g ueir edo c Estevam
de Tavora.
.
·
As tr opas de l::tthia s cl·e Alb uqu erqu e conseguiram então, num
dos e n con tros com os h oll an lczcs, npr isi onn r 690 h onw ns, sendo ·
qu e o proprio Corn eliszoon L o n cq qu asi cahiu em pod er -<los
portugueies, o que só se nüo Ycrifi cou m er cê da I igci r czn do seu
II1
cavallo.
Emquanto isto, os h ol la ndezes r ecebiam r eforços, te ndo sido
então atacada a i llla d e Jt amaracú, va lc n temc n te defe ndi da pcli o~ •
portuguezes so b o co m mand o d e a lvador Pinheiro. ·I
· Os varias p edi dos de r e forço feito pelos p ortuguczcs de
Pernambu co ú J-Jcsp an h a, foram ·rmfim a tt cn dicl o , quando a
Côrte de l\la drid teve info r ma ) io el e qu e a Hollaoda prep a rava
um a grand e expe di ção con tra o Brasi l .
Em d e f sa des te fo i então e nviada uma -esquadra sob o coJn·
mando de D . Anto nio Oqu end o, qu e ch ego u :l llabia em 13 de.
Julb o de 1G31. No dia 12 el e Setem bro desse m mo anuo, encon-
trou-se css:.1 esquadra p e r êo el o grupo d o Abrolhos com a que a
Holl::todn havia en viad o sob o co mm a ndo de Adri an Y.:.1nsen
Patcr .
Travou-se a lu c ta, fi cando p o rém, a Yi c tor ia, in dcc isa. Diz-se !
qu e J anse n P a ter vend o- ·e perdido atiro u-se no mar exclamn ndo: 1
"0 oceano é o uni co tumufo digno de um aLn irantc batavo .., i
phrasc qne tn lvez não p a e de pura l enda. I
Dcscmbarcar:Jm ' en tão os h espanhócs 700 hom-ens sob as
ordens el e Giovano Vi cenzo Sanf-cli ce, conde d 6 Bagnuolo, reti- .
rando-sc Antoni o Oquc ndo para a Europa . I
Julgando, p o ré m, os holl a nd ezes qu e o r eforço desembarca do
e r a muito maior, in ce ndiara m O!i ndn, concen trnndo-sc em Recife,
oticle estiveram cerca d e dous· annos, sem pode r tirar maiores
vantagens.
Em 20 de Abri I d e 1 G32, porém, fi sorte os favoreceu, comi a
p assagem para o exercito bolland cz do alagoano Domingos Fer-
nand es Calahn r. que como conhecedor profundo da região, guiou
os invasores, fa zendo nss im com qu·c al' cançassem cllcs varias
vic:torias, tomnnd o a villa de Jguarassú c, mezes dep ois, o forte do
rio Formoso. d efendido apenas por 20 hom e ns sob o commaudo
do hravo Pedro de Albuqu erque, a qu·cm o inimigo concedeu a
liberd :ulc num r asgo de profunda admiração pelo seu h eroismo.
Por essa épocn, 'Vecnlcmburch passou o com mnndo fiO ge-
n crnl Laurcns vnn Rcmb:J ch qu·c após tomnr o posto dos Afogndos,
atacou o arraial de Bom J es us. 'sendo. porém, valentemente rcpel·
· lidos pelos 350 hom ens de Malbins ele Albuquerque que , aMm de
PEQUENA HISTOIUA DO llRA~lL .
_apr isionar rm 1 :,, m::~ taram 400, entre o. qu aes o p roprlo Rembach
que, ferido, veio a morrer pouco depo1s .
Foi lO"O po rém , rem edi ad o css·~ in succcsso d os h oll a ndezes.
pois o sub~ tÚ u to de H.cm bn h - uja d i r ~cçii o fo i aQ enas de 16
dias - Si gis mundo van Sc b koppc, graças a 1n fo nnaçocs de Cala-
bar tom o u o fo rte dos Tres He is i\la ~os , n o Rio G1·ande do Nor'le .
'Saqu·cou em seg uida Sigism und o a il ha de lla maracá, a pode-
rou-s e elo ·a bo San to Ar;!Os lin h o c s ubmet teu a P a r a hyba .
Po r essa · p o a ch ega va de Po r tuga I um:~ esq ua dr_::~ sob o
comman do de Fra n cisco de Vasco n ·ell d a Cu nh a, qu e v1nha -em
soccorro dos po rtu gu ezes . Na ::~l tura , po1·ém, da P::~ rahyba, foi
essa esqu:ulra bali cla pcl os h olla nd zes.
Ve ndo i\la l11ias de Albuquer qu e qu e a me lhor solução era a
retirada, r e olv u, em 3 de J ulho de l G:;o, segu ir para. Alagoas
acom panh ado de cer ca d e 8.000
pessoas.
Ao chega r a P o rto Cai \' O
SebasUão do Souto, fin gind o CJU C
lambe m se h av ia p assa do p :: r a. o exer-
cito h olla n dcz, foi ter com o c h efe
Alexand r e Pi ca re! c con\· c n c·~ u-o de
qu e devia a taca.r i\lath ias d e Al bu-
querqu e, poi s as fo r ç·as des te n ão ch e-
gavam a 200 h om ens.
Acre dita ndo o c h efe h oll::ln cl cz
n as falsas info rma ções qu·c lhe p res-
tá ra Sebas ti ão, deu com ba te aos po r-
tu guezes co m uma for ça <lc 200
hom ens en tr e os qua es se c nco ntraYa
Calabar .
Vencidos os hollandczc , C n l a b ::~ r
foi enforcado como traid o r, se ndo
rlcpois esquart eja do e expos to em João Mauricio do Nassó.o
post·es á curiosid ade publi ca, no dia
22 de Julho de 1635.
Nno foi, po1·ém, Cal ab ar um tra idor, poi s, brasileiro, tanto
fazia op ta r p elo jugo h espan h ol o u p o rluguez como pelo jugo
hollnndcz .
. Co~w cn _id o el e qu e es te scr i~ s_u p crior aos ou tros, preferiu-o .
. F01 cn t ~o -c n ca r.r c ~aclo d a 1111 sao de vir ao. Brasil, D . Luiz de
flo]ns y 13ol'ja, qu e a fren te d e 1 . 700 h omens d esembarcou em 29
'de Novembro de 1635. em Alagôas. '
p. Luiz, qu e 'dnh a substituir latl1ias ele N huqn erquc na di-
rccca.o da gu·~ IT a co ntra os h olla nd czes, t razia ordens para que
Math1as de. Albuqu erque r?grcssa s .c á Hcspa nha, 0 qu e elle fez.
. Assumiu cntao D. Lmz de Ro.ias y Borja a. offcnsiva contra os
hqllnndezes que o derrotaram na batalha da Malta Redonda.
46 . VEIGA CABP.AL
Substituiu-o eutão Giovnno Vicenzo S"nfelice con de "de
Bagnuo_Jo que iniciou um a sene de gucrnlhas quando 'a companh1a
da:; ln<lla:; t>cc1de ntacs resolv e u uow-ear um governador para o
Brasil hoi.Jandez. i
,, l{ecalllu a nom eação n o prin c ipe J oi"io Mauri c io con de de ,~
.,assao·.~I egen qu e do cargo tomo u posse, cru :.!il d e J auc1ro -de
ltiil7, s·egu1ndo pouco depo1s para P o no Calvo c te nd o occas~<io de
travar comJ)atc, na Uarra lirunLic, com a toi·ças d e UagnuoJo, então 1
s.ob o comma1H10 do ten ent e-co r o nel Al o o:so Aimencz de J\Jnuron. }
A batalha, conllecida pelo n ome d e Comc odallllbn, !oi renhida '
e neUa s·e d estaco u sobrctutlo a· a c çao h ero1 ca llo pc ruamJ) ucauo .
H ennque D1as, qu e, tcn tlo o pu 1so varado p o r uma bala, mandou
que lhe fizessem immect1atamen.~ a :1llliJUt a.,:ao aa mao c de novo 1.
v01.totl á luc ta dil:end o : ·· Uas ta-me um a mao para s ··n·it· ao meu 1
Deus e a meu Hei : cad:-~ um d os d ed os d es ta Llu e me flc:J, me for- ,•
necerá os meios de m e VInga r ." 1
ilag nuolo, covarde m ente, fu gi u ab. ndon :wdo durante a noite
Porto Calvo. Com a sua fuga r c llro u-s e tamb m a tropa jJOr tugu eza
para a Bahia, ficandu a ss im Nassúo se nh or daqu c lla r egião até o
rio Sã o Francisco, em cuja fóz fez erguer o forte l\'lauricw .
Em lti3~ chegava ao Bras il D. F er n nndo el e Mascarenhas ,
conde da Torre, que vmha :~ssum ir a clir·ecçiiu elo Brasil, na
quqlidactc de 17" govcrnallor ge r al, em subs tituição ao que aLJ.u i se
acl)wva, P edro da Silva, cog nominado O Duro.
' '\) conde da Torre veio com u m:~ esqu ;ldra de 26 galeões, 1()
transportes c 2. 400 p-eças de ar tilh a ria. ~
.Na altura da ponta das Pedras, d eu o co nd e ela Torr e, em ,12,
de J aneiro de lti4U, combate aos l100.andeze>s, qu e sahiram victo-
riosos, má o grado terem perdido s·eu c he fe \V Jll em CorneJiszoon ,
snbstiluido ,peJo vice-alm i r:~n te J acob Huygllcns, n quem cou be a
victoria ..
.Encorajado pelo successo, a companhi a das In clias Occidentaes 1
enviou a Nassáo uma esquadr a de 27 navios com 1. 200 hom ens, 1
.para qu·e fôssc tentada a tomada c\:1 c idade do Sa lvador . I
Como : tivess e o conde dn Torre perdido os quatro comLates
travados c-om os h ollandezes, foi chamado ~~ Portu gal, onde o
encarcer aram na torre de S . Juli ão .
Chegou d-epois ao Brasil, o novo governado r D. Jo rge de Mas-
carenhas, marqucz de Montalvão, clmante cujo governo teve Jogar,
em Portugal, a grande r evolu ção libertadora de 1' d e Dezembro de
1640, pela qual s·c viu este paiz livre do jugo h cspnnhol, subindo
ao throno D . João IV.
CAP IT LO X
Pouco dep ois sabia-se oue· a Holl a ncl a premcrli la " a <'n v iaT'
ao 13rosi l u m a ou ra cso u aclr~1 . .T!I en tã o h avin D . J oão TV n ome::~ do
o ::!en er nl F ran c isco Barr e to rl c :\!c n ezes Mes tre d e Camp o Gen eral
do Estad o d o Brnsil .
Com n in cumb en c in rl e dc f-e nclcr a Ba h ia p a rtiu BarT to de
Menezes. d e L isboa.
A H oll:mdn ,·eclnmou e nt ã o d e Po r t ugal a ex ecudio elo tra-
tAdo d e paz e por is to n . Jo ão TV ordenou aos independentes qnc
c c . assem ns hos tilidades, ordem qu e os p cr nn m buca nos mu ito
di gnament e n ão e ump rirnm, respond endo que " d epo is qu e .·pul-
sassem ns i nv nso res i r i nm r eceh r o cns ti go da su a d:cs-
obedi e nc ia" .
D . .T oiío TV t·esolveu p a r a dar sa is facões f1 Hol l nn d:-~. d e-
mitt ir T-ri les da Sil Yn elo ::!Ovemo do Brasil . nomeando pa r n suh ti-
tuil -o a 1 n ton io T ell cs de M•cn rz r . que. na qualid a de d e 20• govcr-
na'dOT·. emb:~r co u Dnra o B rasi l, toman do possr do governo
Barrr lo clr Me nezes, ou ~ . como vim os . fô r a mnn cl arlo por
n . J oão 1\ n rl e fenrl er a Bnhi n. no pnssa r i r ins oslas d :, P a rahv h a
foi :-~pri si on:-~rlo p elos h o lla ncl ezcs, qu e, em h ora não 11. p-1' il as scnl
rlo mo ti vo ren l q ue o t razia a o Rra il , m nn tiv-e r am-no p r eso du -
' an te n ovr m ezes. d ep ois dos mHlrs. mcr ê rl a !'rnrt'osirL rl e d e um
moro h olbnd cz. Fra nc isco ele Br nl, eonseaui u a l i er rlarle cl.
:1 rrostando i nnumer:1s diffi r u lclades, conseguiu c h egn r :1 0 a c ::~m -
am"nto cl r .Toiio Ferna ndes Vi e irn .
Nfoo va illou es tr rm en t rega r o comma n rl n 0,u-c a té rn t iio cxer-
cin ;:~o r ecem-c h e a:-~rl o. d nnclo :1 ssim ,provns do . cu qra n rl c v alo r
mora l . Barre to cl i\le n ncs por sua vrz. ten no ·em conta a a ç ão d e
Vi ira. ouvia-lh e os consrl h os c por cllrs se !! Ui :~ va .
o dia 19 c e b r il el e 1!\4R, os ind ep n d r ntes em n u mrro rl c
2 . 400 cl crro t a r r~m os h oll a n dcz s em nu mer o ri r •l . 500 nos mo ntr s
Gunrarapcs .
No a nno scquin te. em 19 de F eveN'i ro d r 1649, 4 . 200 h oll:\n-
rlezes sob o comman clo elo coron 1 Van cl c n Brin ck c, succ ssor el e
Schko ppc, qu e a inda es tava cnf rmo , em con egucn cia elos feri-
rr.en tos r ecebid os n a p e rn a, n o comba te d o ::~ n n o nn tcri or, em qu e
fôra ell e o commandan t . a taca r am os inder>cn d enles em numero
rl c 2 . 000. a i nrl n nos montes Guararancs, scnrlo mnis u m a v ez
rferro tados por Fra n c isco Ba rr eto de Men ezes, ·p e r cl nclo os h oJ.
lande zes o s eu c h efe Van d en Brin ck c.
No anno srguinte . ch egava ao Bra il o novo goY-ernacl o r .J oão
Rodrigt! cs d e V::~ sco n ccll os c Souza, qu e , como 21• gover n a dor
v inhn snh tituir T ell cs r1 !cn zes . ·
Fund ou- e e nt iio 11 Compan !Jia d n Comm cr cio d o Brasil para
fazer guer ra á r:omrw n.J!in das Tndias O cc idenlaes . Essa c oiu-
panhin fi cava obT·i gada n mand a r· annualm c ntc ao Brasil duas
rsqundras p ara comboi a r os nn v io. merca nt-es impedindo a sim o
11taqne d os h oll a nd ezes nn tr:-~ vess ia . '
Em D eze mbro dr 1653 roi env i nrl::~ ao Brasil nmn csquadrn
comm:mrladn por P e dro .Tacqnes d e Magalhã es, que teve occ11siiio
50 VELGA CABRA!.
..
CAPITULO XII
Por isto instituem essas dan ças lugulJr cs para arej:u a caruiya
0 dist-end er-lhes os m embros qu e o tor por c a melancbloha
paralysam .. .
A esse duro tra to escapam as mulhc1·es c c1·ia nça s qu e por
não inspira r em sus p cit:1, viaj am na cobert a c por i ·so é dessas
menor a mortandad e.
A bor do, a lucta e pelo ar, pelo -espaç·o, p ela al imentaçi\o que
é nulla c cor rompida pe los dejeclos.
Amontoados Lins qu asi sobre ou tros, sem a luz solar, sem rou-
pas, sem o mais mesquinh o co nforto, é maravi lha qu e escapem ú
morte.
Uma molcstia ex !.ra nh a, que é a saud ade da pat ri a, uma espe-
cie d.c lou cur a nostalgi ca ou suic ídio for ça do. o banzo, dizima-os
p ela in nni ção c fas ti o, ou os torna ap:1thi cos e idio tas . Em
todos os ca rr egamentos de escr a vos, n a estrei ta lran~ ssi a do
Atlantico ent re a Africa c o Brasi l, a mort-e co bra u m illlpo's io,
excessivo ." ( · ) .
Qu an do porém fo i o Brasil saccu dido pelas invasões h ol lan-
dez as, aprove ita n do a conf usão natura lmen te estal.Jelccida, mu itos
escravos fu g iram de seu s s-e nh ores indo e agrupar nas fnld as da
serra ela Barriga, no E stado . d e Alagôas.
O nu me ro de fu gitivos d entro em pouco era grande, h aYendo
cêrca el o 2(). 000 que fonnara111 então uma espec ie de r epublica
conheci'da pelo nom e d-e Qui lombos ou Pa lma r es em r azão da
grande abunclan c ia de palm eiras ex istentes no local. Den tre esses
n egros, um , o Zumbi, er a o c hei'· da aggrcm i ação.
Con stituin do esse ag ru pamento serio p er igo pa1·a os co lonos,
pois os negros consta n tement e commc tti am gra nd es d e pred açõ-es
em suas faze nd as, r eso lve u o govern a dor geral Fran c isco Barreto
de M·enezes 1nan clar um a exped ição p ara ba tel-os.
Os n egr os p or ém derrot a ram essa exp edi ção bem como as que
se seguiram successivamente em num ero d e v int·c c quatro. Os
chaJilados Captlcics do tllallo n omeados p or aqu cllc gove rna·ct01·
e p elos seis qu·e se seg u iram pa r a per seguir os n egros por tocl·os
os meios qu e l hes es ti vessem ao alcance. nada conseguiram
até 1687. . o:.:E :.tl
Nesse ann o porém, um co r ajoso sertan ejo pau li s ta, Domingos
Jorge V-elho, mestre de ca mpo d' um r egimento es tacionado no
sertão da Bahi a, ofl'er ccen os seus serviços ao go verno dizendo-se
promplo a ba ter os .palma res, exigindo, p orém, que lhe déssem as
t-erras conquis tadas, bem como direito a fi car com os escravos
que aprisionasse.
Acceila ndo o governo a proposta, dirigiu-se então Domingos
Jorge Vell.!o á fr ente de 7 . 000 homens para a serra da Ban•.iga,
afim d-e da r coml.Jate aos negros.
Reagiram estes valen temente, lrava n clo-se uma lucia sem tre-
guas que durou l(J annos, desde 1GS7 a té -1G97, anno em qtie o
( 0 ) Joii.o Ribeiro - Histor!a do Bra»il.
VEIGA CABRAL
&ertan-ejo paulista conseguiu derrota1· comple tamen te os pa/mare~r,
embora n iio ti vesse o prazer d e ap r is ionar os escravos, pois os
que h aviam escapado :í lucia p r eferiram a tira r-se de um des-
penhadeiro do qu e cah ir nas mão. dos s·eus antigos a lgozes .
Zumby, o chefe, •foi a tr aiçoaJo po r um va liuo que o ma tou.
cortnndo-lhe depois a ca beça .
Vncidos os palm are~ re!l liza1·:1m- se fesl;1s em regozijo, con-
corridos Te-D eums e so lemn es di triuui ções de dinb·ciro :10 povo
pelo proprio govern ado r em seu p alacio .
Gov cmav:1 ent ão o Bras il D . J o :~ o de Lcn cns trc .
I
I
I '
CAPIT GLü XIII
/
Ci\P !TULO XLV
(•) E ssa l agO:~. fi ca va situada na esq u i na da . ac t ual rua Frei can eca
a do Areal, cxtendendo-se a té a actual r ua do Sen ado .
PEQUENA HISTORIA DO BRASIL ü3
Portugal .
Vendo q.u ~ jc. ui tas
constituinm se n o p rigo pn r :-~ o
Estado, Pombal , em n o m e do 1·ei.
pediu ao papa Be n e di c to XIV .
um breve para a re fo m 1a !In
Companhia d e J es us, encargo d e
que foi in ves ti do o cardea l Sa l-
danha. Comba te nd o os d e man-
dos dos jesuitas em ua re form . ,
o cardeal S a ld :-~ nh n, m u mn
pastoral, r etirou-lh es a fac uld nd-c
de confessar .
1\-lezes d epo is. P om bal . ::1pús
mandar publi cn r a buli a d e
Benedicto XIV, em qu e o p apa
prohibia a todos os r c l i ~ i o o~.
de qualqu er o r d e m, qu e pr iva ·-
sem os indios d e sua lib eHI :-~dc ,
dcclnrou ema n c ipados to d os os Se basliÕO Jos é d o Cn t•valho o Mello
in clios do Brasil . (f:1ar q uez d e Pombo!)
Indign a dos os jesuita s, a -
cusaram publi camen te o r e i, diz e n d o-o in pl o c in cnpn ele exercer
as funcções de governo. _
Na noit e d e 3 d e Se te m bro d o mesm o nnn o, um g rupo d e ues-
c onbecidos, quando D . J o é I , n a s ua s ege, r egressnva d e uma
ent:evista no c lum ~ pnrn o s eu p a la ci o, a l vejou o r e i, que sahiu
fendÇ> no braço ciJrCJto. Reca h1nd o as s us p eitas d o c rime no
lisboeta Frnncisc o de Assis (m a rqu cz d e T avora), p essô as de sua
familia e em mais a lg u mas p es s õ:-~s, foram todos c ond emnados á
morte e ~uppJicia~lo~,· Esse a con_l ecim cnto é co nh ecido pelo nome
de cor1Sp1raçao dos 1 avaras, m u tt o e mbo r a d o processo instaurado
não se tivesse apurado culpabi lidad e d o marquez n e m ctn sua
f:unilin . ·
70 VEIGA CABRAL
Foi um erro da administr::tç:lo 'de Pombal, fnz cndo condcm-nnr
á morte p essoas innoccntes. Compnr:mdo, porém, os seus erros
com as suns boas qualidades. estas são em maior num ero. razão
por que, mão grado os s us d e fe itos . é P om bal consid erado o mais
nota vel es tadista portu guez do scculo X\ TTT .
Dia nt e da altitude cncla vez m nis p crtut·ba cl or::t dos jesuitns,
obt eve Pombal qu e o r e i assig nass e n le i p·eln qu a l a Companhia de
Jesu s ern expu lsa ele Portugal c do Brns il .
Aos poucos, outras n nções europ éns imita r am o exemplo de
Portug::tl, até qu-e, o pnpa Clem ente XlV ab ol iu p ot· completo a
companh in.
Em 1761, P ortugn l e I-Te pnn h::t. de co mm um accônlo. decla-
rara m p e lo trat:fC:o el e Pardo, nullo o d e Madrid, c foi en tiío o sul
do Brasil novam ente ngi t::t d o pe las guerras de conquist a, que vão
de 1761 a 1777 .
Nesse ::tnno fa ll eceu D . .Jo é I c, tend o ubid o ao th r ono suoa
filha D. 1\Iaria I , inimiga p essoal e irreconciliavcl do m::trquez de
Pombal, começou -esta a anniquilar toda as obras qu e aq uelle no-
lavei estadista havia feito em pról d o d escn Yo lvimen to d o Brasil.
P erseguido, proce ado e a té exilado da córte rm 1 7 1, r.nlle-
ceu Pombal no esquec im e nto. em 1782, na villa de P omba l, com
113 :111110s de idade . .
Seu ce11te na r io foi, porém . celebrado com gr a nd e solemnida-
de, t::~nto n o velho Portug:ll como na n ossa est rem ecida pa trin .
·~
CAPITULO XVII
(•) Custa. a crer que nOs brasileiros ainda não tJvessemos n.tê hoje
resgatndo a divida de honrl', qu e t emos para com a. m emorln. do proto-
mnrtyr da lndependencln da nossa terra.
O 21 de Abril que marca o sncrlflclo do Tiradentes pas. ou a . er ferla.do
_____.._
nacional. Por que n ão o é tambem 0 16 de Julho, qu e nsslgnala o e~ua.r
~ejamentodo valente Fellppe dos santos, -
pendenW.?
este, sim, o proto-martyr ~
.}
P.E(.JUENA ilJSTOHJA DO 1:3HASlL 75
Hcsolvcu c nt iio J e fferson en t-en der-se pessoa lm ente com Jo'n-
quim da !\laia c p :-~ra isto Jllar cou u ma en t revi la, q ue se realisou
nas ruinas roma nas de Nimes .
Após expo r 1\l:t ia todo o se us planos, allcnlamc n lc o uvi·ctos
por JcHerson, di ·se-lhe cs~ cr _impo iv·e l d ~ r o apoio qu e pedia,
mas que, se a r c vo lu çiio fo ss f c Jt :l c. c on cgu1 sse ex ilo, por certo
1lespcrtaria vivo i nteresse nos E. Un 1_dos. .
· Maia, d esilludido, yc ntl o d-csfe1l :1 a · suas e pera nças, re_h-
rou-se para Lisl.Jõa c, quando c prepnra va 1 a ra .:cg1·cssar ao Rio,
veio a fa!J ecer.
Cheao u entã o a i\l inas um o mpanhc iro d es1e, Domingos Vida!
de Barb"'osa c, em seguid a , m u ito ·
.:~utros, tomando I'Uilo a id cia.
E n co nt rar:-~m -sc no R io d e .J :-~
neiro com o nlfcrc d e c :-~v ,J!I:-~ri a
Joaquim J o é d a il vn Xn,·icr,
alcun!J ado o Ti radent es ( · ) por
c ausa da sun profis ão d e cle nli s l:J,
c que n o ·n.i o e lnva com li ce n ç a
de 2 mczcs, mni s ta rde pro roga cl a .
A elle confiara m o plnn o, immc-
cliatamen te :1 cce i lo po r T i r a d c n lcs,
que se torn ou o mais en th u ias ta
dentre todos aqu c ll·c que qu eri nm
ver por ter ra o ju go p orl ug ucz .
Por essa épo ca c r alll o ~ d onos
das min as obri gados a p agn r a o
governo um quinto d a qunntid nclc
de ouro ex!rn hi clo das m csn1. ,
.pagamc n lo esse -qu e: la va :li rasa-
do em 538 nrroiJns d ouro , o u 'f&s-
se 3.305:472!3000, pagame n to que
o reino exigia qu e fõ c rea.liza tlo. Joaqui m José da Si lva Xavier,
o "Tiradentes"
Ora, sabiam os min eiros qu e
os impostos sob re o p ape l se llad o, o c h :'1 e o vitlro haviam sido suf-
ficicntcs p ara qu e s cm:lll c ipassc m as colonias amer ica nas e,
por isto, a cobran a d os quintos a traza dos lambem poderia con-
duzir Minas Grracs, e qui á o Brasil, ú ind cpcndcncia .
Convictos di sso, h ome ns de r esponsnbilid adc, cntr·" clles Tira-
dentes, Ignacio de Alva r r n gn P e ixoto, Thomaz An to nio Gonzaga,
0
( ) T i.m dentes na . cc u em S . .J oão d'E I R e i em 1747 . E ra .fil ho de
Domingos da Silva dos Sa ntos e Antonia da Encarn açii.o X avier. Pobre,
Iniciou a sua vida como m ascate, s eguindo d e pois a can elrn das armas,
onde foi sempre lnjustnmcnte preterido nas promoções. a ponto de muitos
dos seus subordinados, soldados, furrlels , etc., tornarem-se seus s_uperioreL
attlngindo o posto de tenente, emquanto o conservava m no de alferes..
..
7(J VEIGA CAUI\AL
antil(o palacio dos Governa dore , qu e h avi a sid o p rep a rado por
ordem de D . Ma rco· de No ron ha (Co nd e d os Ar co ) e ntã o vice-rei
do Brasil.
Durante n ove di as fo r am celeb ra d as grandes fc t:1s e m home-
nagem á chegada d e D . J oão, q u ·, gun do ac red it ava a m a io ria
elo povo, vinh traze r gn1n dcs benefi ios no Brasil .
Em b1 vc porém, omc aram a surg ir os a bo rrec imentos, pois
não possuind o a c ida d e nu mero s uff icie n te ele ha bit ações con-
'dignas para tod os o membro da com itiva, ma ndou D. João, .in-
solitamente, evacunr da noi te para o d ia gra nde nu me ro de
predios . ·' -,) · fT'1j
Obrigad o o mor a dOI'êS dos me!J10rcs pred ios a ced el-os,
foram nclles in cr ip tas a Iras P . R . (Prín c ipe Regent-e) o qu e
deu mo tivo 3 ind ig n ação dos bra-
il iras q ue d entro e m pou co come-
çara m a tr a duzir as le tr as como
qu e r n d o d izer P on ha-se na I?ua
ou a ind a Prcdio R oubad o .
No di:-~ 1 d e 1\l a io, a inda do
'.lJ csmo a nno ( I OS) publi cou
D . J oão u ma d e Ia r a iio de guerra
A F r ança . na qu al d izi a : " A côrte
le vanlnrã a sua vóz do seio do
n OYO im pcrio qu e vae c1·car".
Como n ão pudesse hostilizar
di r..;c lame nt a Fran ç n, mandou
D . J o:'io inva dir c co nq uistar a
Guya na fr nn ceza, o qu e foi feito
por um corpo d e 900 soldados sol
o command o do tene nte-corone
l\!a n oc l Ma rqu es d'Elvas Portugal
que a uxili a do no mar por uma p-e-
D. Jolio VI
qu e na frot a , soh o commando do
ca pit ão ele ma r e gu e rra inglez
J a mes Lu as Yeo, e ntr ou, em 12 de
Janeiro de 1809, e m Caye nna (capi tal da Gu y ana). tendo o gover-
nador Victo r Hugu cs as ig nad o em Bourda a ca pitulação, retii·an-
do-se pouco d e pois para a E uro pa . Annex ada a Guya n a Fran ceza
nos domínios po rtu gu czes, ass im se conse rv o u a té 1817, quando, .
pela derrota de Napolc:'io e m \\'ate rloo, Portugal, te ndo assignado
nm tratado de paz com n Fra n ·a , entregou aqu ellc t erl'itorio n
Luiz XVIII, r ei do paiz .
De 1811 n 1821 foi o sul do Brasil snccudido por varias guer-
ras que deram e m resultado a annexaç ão da Banda Orient:tl 'do
Uruguay ao Brasil com o nom e d-e Provín c ia Cisplat in a.
Por decreto ·d e 16 d e Deze mbr o de 1815 foi o Brasil elc ,~adtl
á catbegoria de Reino Unido no de Portugal e Algarves . ·
82 VEIGA CABilA L
No anno s-eguinte, tendo falle cido D . Mar i:~ I, subiu nome o P.rin.
di!
cipe Regent e ao tht·ono d e P ortu gal como r ei, com o
D. João VI. s que,
Máo grado sua fr aqu ez :t. D . J oão decreto u utcis medida
aliás, não partiam dell e, -e sim de seus mini Iras, ent notadam ente de
D. Rodrig o d e So uza Coutinh o, pos trrionn e conde ·cte
Linbar es. ão do
Foi, poi s, para o Ri o de J ane iro ben efi ca a admi t.istraç -
qu a l f o r :~m c r ea dos os cguinte s c tabeleci
Príncip e Regent-e, na Militar, a
mentos : as secrcta rins de E lado, o Supr emo Co nselho a Regia,
Fabric a de Polvor a da Lagôa n oclt·igo ele F r cil:ts, a I mprens Botanic o,
a Academ i a de :\1ar inha, a tE cola d e il!cdici n a, o J ard im l\lilitar, a
a Escola de BeiJas Artes, a I ibli oth cca R c:~l. o Ar c bivo :\lathem a-
Casa de Suppli cação, a Acad em i :~ d e S ic ncias Pby icas, de deposit o,
ticas e Naturac s, e muitos o utros en l r·e ellcs um ba n co Br:~si l.
descon to e emissão qu e se tr:m formo u no Ba n co do
c o
Os unicos mon opol io co n . crY:~ d o fora m o do p:\o bt·asil
dos diaman tes, até 1832 .
., :
CAPITULO XX
!"'"' '
undos Dias Martins, ambos autores de notaveis e vnllosns obras sobre
Pocoambo~a do 1811.
\
(•) O conde <le Louzii. em. um portuguez vaidoso e pouco culto que se
incompatlbULsou logo com os brnsllelros, pois para os cargos que se va-
ravam no seu mlnis lerlo só nomeava portuguezes, declarando mesmo qu·e ·
não approvava. a nomeac;:ão de nenhum brasileiro para l<Ugar publico d•
importancla.
90 VEIGA CABI1A L
por fim obrigar D. P edro a tal fazer. 1 ão suppunlla este que esse
movimento 1õsse tocado pelo seu proprio m inistro .
Em 5 de Jun ho, fi n alm ente, r evol tar am-se as tropas, no en·
contro das quacs, n o largo do Rocio, foi ter a cavallo o Pr~ncipc
negente.
Ahi chegado, perguntou D . P edro o que queriam; ao que um
dos chefes revoltosos r espondeu: ··Qu ere111os jurar as bases da
constituição.,.
'"Jw·w· as bases da coHstituiçiio a p ontas de bay oHelas é cou1a
intoleravcl" , replicou D . P edr o, que on vi dou os c hefes a subirem
com ellc :l sala d th atro S . J oão, on de seria o ass umpto estu·
dado.
Ahi foi cffectivado o el es jo dos por tug ucze. , subn1ettcndo-se
D. Pedro :'t vont a de d cll es, d cp0is
de ouvir a op ini ão dos ele ito r s
da provín cia.
O conde dos Arcos foi d e-
:uitlido conform e pleiteavam o
portugu ezcs, mcr ct: das d esavença
que se dav a m en tre ell e c o cond e
de Louzã.
As tropas portuguezas em se-
guid a for am ter a casa do comlc
dos Arcos e alli o prcnueram jun -
tamente com sua filh a, re meti n -
do-os para bordo d o brigu e 13 d e
Maio.
D . P edro teve a fraqu eza d e
pennittir que tal fact o se con-
summasse .
Chegado qu-e foi, em 3 de Julho
Je 1821, D. João VI á patria,
começaram os portuguezes, que não
viam com bons ofi10s o cresce nte
progresso do 13rasil , a influir junto
dellc para que D . Pedro fôssc
chamado ú Lisbôa .
Dcsenvolv-cu-sc toda sorte cl o. Pedro I •
baixezas para que voltasse o Brasil ao an ti go regimen colonial,
r. para isto ia Portugal aos poucos diminuindo a autoridade de
D_. Pedr o ql!e mczes. dcp?is da p ar tid a de s-eu p~c, estava, _se pódc
d1zcr, redL~z1do quas1 a s1mplcs governador do H10 d e J a n e1ro . -
la ass1m aos poucos D. João irritando os brasileiros .
Só D. Pedro parecia continuar a i1ão compreheudcr a situa-
ção humilhante em que ia ficando .
No di31 9 de Dezembro de 1821, chegava ao Rio o brigue de
erra lni ante D. Sebastião, traz-endo dois decretos datados de 29
etembro : um delles supprimi:. os mais importantei tribunaes
PEQUENA HTSTORIA DO BRASIL 91
da capital bra~ileit·a ;
regressasse á Li sb ôa,
c o o utro ordenava que o Pdn cipe Regente
afim d e Piajar e comp/etm· a edllcação, poi.~
I
I
CAPITULO XXII I
c
CAPITULO XXVIII
- .
CAPITULO XXJX
.·
CAPIT LO XXXI
O Governo P rovisor io
(1 889 A 18!)1)
O primeiro quadriennio
(11!94 A 1898)
.. '
I
C.\ P IT L O XXX\'
(1 898 A 1902 )
(1 902 A 190G)
r.
I
....
.•
C.\ P lT ULO XXX \ l l
(1906 A 19 10)
•
150 V•El G.\ CABRAL
Ao 1~cgrcss :u a p alr in rcc-r· bcu o n osso pa trí cio a maior das
manifes ta ções a le h oje levadas a
e ffei lo em nossa Pat t·i a. Ruy Bar-
IJosa foi, p ó<..l -c-s dizet·, sagrado em
vida .
J 'o anno segui n te, em 29 de
Sctcml>ro d e l !J O ~ , foi o pa iz aba-
la do com a mo rte do bdlhantc cs-
cri ptoJ· carioca dr. J oaquim. Maria·
I
I
. rachad o d e Assis, uma d as glorias
da litteralura bras il eira .
Nes c mesmo a nn o commemo-
ra nd o-sc o cc nt cna r io da lei da
abert ura dos po r tos do Brasil, rea-
li:~.av a-se ncs1a ca pit al a gra nde
E :-- p osiç:lo Nacio nal por iniciativa
do m inis tm da Viação, dr. Miguel
Calmon .
Em H d e Junho de 1909 falle-
cia o prcsi dcn lc d r . Affonso Pcnna.
Como j á h ouvesse governado
m ais el e do is a nn os. de accôrdo com
a no a Con titu ição, coube o poder
Ruy Barbosa
ao vice-pr e. icl cnte da Republica.
Dr . Nilo P c ·an h a, que nellc se ·
cons-ervo u a té o fi m d o q uadr ienn io,
isto é, a té 15 d e Nov embro el e 1910.
Assu m ind o o pod c1·, creo u o
Dr . Nilo P ecanha o min isterio ela
Agri cultura, IiHlustria c Com mcre io,
cuja n ec-essid ade e r a qvident e .
P or m orte do Dr . A ffon o
P e nna, r ei i ra ram -se os m in islros,
excepção do do Ex teri or c el a
Marinha, que a insis tcnc ias do n ovo
pres i clc n te em ex-e r c icio. r csol ,·er am
·· permanecer n os car gos. .
Em 8 de Set embro d e 1909
assignou o go vern o u m tra tado d e
limites com o Pcrú, -c em 30 d e
Outubro do m esmo anno um outr o
com o Uru guay, p elo qu al o Bras il ,
num ucto de a lta defer cncia p ara
com o paiz amigo, cedeu a este a
margem océidenta l d a Iagôa l\iirim
e a oriental do rio Jaguarão, ond-e
eramos senhores da navegação pri-
vativa.
Ao governo Nilo Peçanha deve Nilo Peoanha
P EQ EN A 111 TO RIA DO BRASIL 151
a Rep ubli ca elo Uruguay es te a lto b-e nefi cio e muito especialmente
no sau dos o es tad ista Bar ão do Hio Bra n co, q ue, como nosso Minis-
!ro do Ex l rior por e ·sa época, foi , de m o lu-proprio, o autor d esse
tra tado, qu e muito uos tem ele ..~J o :1c-s olllos do mundo culto.
Alén lo jú exposto, sfoo ,;;.,nos r! c 1·cgis lo ma is os s eguintes
fac tos do período go ern nm •n <a l d Dr . Nilo Pcça nll a : a c1·eação
em cnd :1 T si:Hl'J do Brasil de uma Escúla d e Ap r endi zes Artífices ;
a c rea~· rw do Servi~·o de Prol ··cçfw aos lndios c Loca li zação de
TI·a balh <1 don:<; Nacio1!aes ; a compl eta r es tau ra ção da Q uinta da
Bõa Vista, J.ojc um dos mais so l.Jerbos p a rqu es d o n; unclo; a ina u-
gura ção d!' novos lrcc llos d e est r adas d e ferro, a lém de muitos
o utr os melhoram entos.
Foi u1 ~0\' l'rno prove itoso para o Brasil. O Dr. Nilo Pcçanha
al !ia v;. ú~ su;1s qu al idades le intcll cctual d e va lor, rara energia e
g1·:m dc apacidadc de trabalho, · o qu e d emo nstrou po1· mais
de uma Yez, com o pres iden te da R-cpubli ca c do Estado do Rio de
Janeiro, seu torr.:io na tal .
Em 15 de Novem bro de 1910 en tr ego u o DI'. Ni lo Pcçanba o
govPrn o an mar r c hal H erme s da Fonseca, que. havia sido eleito
em 1 d e :.Iarço, j un ta mente com o dr. \\ encesláo Braz, respectiva-
mente prcsicl ut e -c vi ce-president e da Rcpublica.
\
CAP IT LO XX XV TI I
O sexto quadricnnio
(1910 A 1914 )
•
.'
C.\ l' lT ULO X:'\.\JX
O ctimo quad:riennio
(19 1.{ .\ 19 J s)
' P cçanhn, que foi cmpo saclo no ca rgo de presid ente do E stado,
cumprin do :1ss im o Dr . \Vc ncesláo Braz o s eu dev er, qu a l o de
:J c nt ~iT· a d ecisão do mai s :11lo t ribun a l no p a iz .
Conscn7ou-se o cl r . Ni lo P eça nb:-~ com o pres id e n te d o Es tado
do Hio a t l\l aio de 1917, qu ando fo i n omea do Ministro do E xterior,
pas ta qu e se vagá ra c o m_ a rc_n~nci ~ d o minist r o_ dr. Lauro Müller.
Fo i dur a nt e a ges tao m1m te na l do d r . Nilo Peça nh a que o
Brasil de ·!ar ou gu·crra :\ All cman h a, em 26 d e Outubro de 1917,
c olloca n do-se ao la do ,ias na ções a lliadas contrn a qu ell a .
!\lo li vou esse fac to o tc1·cm os a llemães torpe d ea do successi-
'·a mc ntc os n avi os me r can tes brasile iros : Paraná, Lapa, Tijuca,
Macáo e Acary, d cs respc it:wdo ass im a n eutralidade que vinha o
Bras il m a n tendo de sde t1 d e AGosto d e 1914.
Dcclnrad o o es tado el e gue rra, apossou-se o governo brasileiro
dos n nv ios m erc:~ nt cs allemãcs s urtos nos portos ela n cpublica, e
dois m czes d-ep o is env io u : E ur opa u m <~ esq uad ra d e seis navios,
um corpo d e av iad or es e um a m issão med ica, além ele ler cedido á
Fra nça diversos na •ios m e. cantes .
Jnfelizmcnt nã o co r r espond-cu es ta nação no nosso gesto de
n ob r eza: peq u rnos n ão foram os cl iss nbor cs para qu e s e effectuasse
a entrega dos navios qu e Ih:! havía mos cedido . . .
D ura nte o mcz d e Setem bro d e 1 917, a doece ndo o dr. vVences-
UIO Brnz. ass um iu a presicl c nc ia d a n cpublic a dura nt·c a lgun s di<ts
o vi ce- p r esid ent e dr. rbano S::n,tos.
F o i dura n te c te qu adriennio assass in ado, em 191 5, o prest
?i oso :::h cfe p olí ti co ge n·cra l J osé Gom es Pinh eiro 1\lach a do, e e
1917 so ff rerr10s a pe rd a dos s<tbio s patr ícios drs . Oswaldo Cruz
José Vi e ira Fazend a.
No an no seguinte a m orte roubava ao Brasi l doi s ontros VlÚ
~os el e valo r : o geog r a ph o Barão H o mem de Mello c o jornal ista e
poe ta Olavo B il ac .
Du ra nte esse gov-e r no fômos a ind a vi c tim as de uma terrível
pandcmi a. a grippe, qu e dur a nt e os m ezcs de Ou!ubr·o c Novembro
d e 1918 troux e o t erro r :\ popula ção e o ludlo a milhar-es d e fami-
lias c {t P :1 tri a que p e rd eu, por essa époc<t, alguns filh os d e · in-
dis cutíve l va lo r .
., Ainda no mes_m o governo foi feita a r eforma el-e itoral . insti-
tuí do o sorteio miht a r , pro mul gado o êodigo Civil Brasileiro, re-
solvid a a velha qu es tã o d o· Contcst<tdo entre Paraná. e Santa Catba-
rina e ce lebr~do um accôrd? com a R cpublica ~o Urunuay .
Quatro dtas a ntes de (l c rxar o dr . W en ceslao Braz o governo,
em 11 de Novembro de 191 8, foi nssignado o arm ísticio entre a
Allem a nha c <~s n ações con tra ell a a lliadas, entre as quaes estava
o Brasil.
..
C.\ PIT LO XL
( J 91 .\ 1922)
I,
I
. ..
CAP ITUL O XLJ
O nono q adrknnio
(1922 A 192(i
.
A 15 de 1 ovem bro d-e 1922 in iciou-se o novo quadriennio,
assumincio r cs pr c ti,·a m en te LIS
cargos ele pre!>içl ent e e vice-
pres iclenl·(! d n Hr publ ii' :J os
drs. Arthur d a ilva uernar -
cles c Estacio ele A I!Juquerque
Coimbr a.
P o u cos mczes h:~v i nm ele-
corrido do in ic io do nr tu :-tl
governo , qu a nd o :is 1\.25 d a
n oite rl e 1 cl r :\1 :-~rro d r 192:'1.
nn nv{'ni cfn Ypi r :lllgn. em P -
tropolis, clesa pp nrrceu d e n tre
os vivos esse vu lto cx trnorcli-
nario que se c b :m10u Ru y
Barbosa.
Ainda sa ngra o cor:1rão
brasileiro c om ess a p e1:cl a
irrcparavel .
Transportnd o o seu corpo
d'\l Petropoli s p a ra est a ca p i-
tnl, foi o m esmo expos to :'1
v is itaçã o publi ca na B ib li o-
•
tbeca Nncional . d e ond e . a hiu
o ent erro; te ndo o gov ern o
concedido ao grnndc tr ibun o
as honras de Chefe de Estado.
Com Ruy Barbosa d es-
npparccen umn dns maiorc·s
mentalidarlc s que o mundo
!em pr.o duzi rfo .
Umn rlelegação chefinrla
pelo deputado dr. Afranio Ar~hur Bernal'dN
PEQUENA 1 ISTORlA DO BRASIL ifil
Je l\lello Franco foi, n o m z cguint c, e n via da ao Chile a fim de
tomar parte na V Confe re n c ia I nter nacion a l .Pa n Americana, que
se reu n iu na capital el'a q ucl lc J.Hll Z .
Ma l corucço u o 1Dez c ~ l a t o, no dia 2, a mort e c-eifou ma·ios
uma viela p rcc io a: a do cm ttt cn te pt·ofcsso r e pbi lo logo dr. l\laxi-
m i no l\la ci cl, ll lll d s lll:II..S l.Jl!l lo.s tal n tos elo llWI:P SkrtO brasil ei ro.
Qua tro ntc zes d ep o i ~, C ll l Se te tu bro, do us 0 ut ros bra si leiros
de d es ta qu e b at.·:ua m :\o tn m ul o : o 111 a r ech al llet·m es ela l~ o uscca,
ex-pr esid e11te d a Hep uh lica c o almiran te Julio d e .:\oronha, ex-
minis tro d a l\l a ri n!Ja, aq ucll c no d ia \J c es te no d i a 11.
A s itua ção c r ca d a p ' la p ol itt c a d o l.:. ~ t ad o do Hio de J an eiro
levou o governo fetl c r a t a n o mea r u m inter ve ntor p a ra aquc lle Es-
ta d o, a té qu e o C o n g re~~ o i\ ac w n a l rc ~ o t v e.s~ e d <::t tnillvautent e o
c aso a li em q ue:. tão. Hcc:th iu a e ·c olh a na p e:.:.ua d o dr. A ur e lino de
Ara uj o Leal, a nt igo cb c le cl. p o lt cia d o preside nte \V e ncesl á o
Bra ~ . ·
i\o cnrgo d e in l!'l"vc nto r m a n teve-se o dr. Au r elino Leal du-
ran te o an no d e 1 \!:2:5, d c ~ d ~ 1 de J a neiro · lé 23 d e Dezeml' ro,
qu a.ndo ri ·ou . o1 uccion a da a r1u · tão a li em fóco, om a posse do
n ovo o r es tdcn tc el o l 5ta d o .
.l'~Ô Hi o Gra nd e d o Sul dura. n tc a.lg un mczcs h o u ve lu ota en tre
in n üos, qu e p o r s i m ples qu e:;tõ cs d e p oliti ca r egi o n a l c n sa nguf'u ta-
ra m a gen ero sa c l.J rava te r r a ga úcha, d es mo t·o n ando innume ros
lares ou tr'or;l l e liz ·s, etll lll llllo.s tios 4 U<1 es 11c uu 11uperanuc a
viuv.:z c a Ol'lJlwn uauc .. .
1 c n ntnu u c ~ :. a luc la, n t rc o s d o u · p a t:L id os qu e s e d cglad ia-
vam, n o d ia l :J ue lJ c ~. e tu JJ .o , :u nua ue l:JL J , v ur lllellwç a u do
gove rn o fe d era l, na pc:.:.oa elo lll <lrcc 11a l .Sclemlil'lllO d e L.arvall.lo,
nunis tro d a Gue rra .
• 'o a nn o seguin te ( 192 -1) tive m o a Ja m cnta.r o desap-
pa.rcci me ntu d e do us vult os d e innega vc l valor: o drs. N ilo Pe-
çan 11u e Aureuno Le a l, atJUClle la ll t: CÍLIO em l\larço e este em
Junh o.
No mez seg uinte - 5 d e J u lho de 1924 - c x a c tam c nt e no dia
em q ue se cono p lc tav am Ll o is a nn o s da r evo lta do lo r l(; d e Copa·
cal>~tna (Ll UC ·t tvcm os o ccas .úo de cs 1uLiar no governo t::pJtat:io
Pessó a) -surgi u uma no va r el>d liào, esta e m .S. l'a ulo, tendo como
chefe o ge nera l lzidoro D ias Lo p s .
Alastrou- se o movim en to p o r d i,·crsos ou tros Estados, o que
levou o go verno a. de c rt'l ar o es t:\d o d e si tio não só para estâ
L:npital como para o Amaz onas, Par:í, Sergipe . Bahin, Hio de Ja-
neiro, Siio Paulo, Parnn á , Sa nt a Ca th a.r in a, Hio Grande do Sul c ·
·~latto Gro5SO. ·
De posse da capi ta. l paul ista a li s e conse r va.rnm os revoltosos
desdo o dia 5 a té 28, quando foi a cida.dc abandonada. "
F.m Julho el e 1925 cobri u-se a_ Patria el e luc ia com o falleci-
mento do eminente republicano h i~ t orico dr . Lopes Trov:io cujos
funera es constituíram uma verdadeira consagração á memoria do
i62 VEIGA CAI3'HAL
impolluto patricia a quem deve a Rcp ubli ca Brasileira os mais
gnula dos s c rvi~· os.
a .,.~
No unno que vae correndo (1'32G) terá o fi m o actual quadrien-
nio, dc \' cn J o no dia 15 de NoYem uro os drs . Arthur Ber nardes e
F.stacio Coimbra passa r o gon~ r no ao. drs. Washington Luiz Pe-
reira de Souza c Fran cisco :\l ei lo \ ian na, aquellc fluminense e
este min eiro, a m iJO · c!c. to. :1 I el e :lla rço r espectivamente Presi-
dente e \ ice-Pt·e: idc nlo ela Rr.publi c:t.
FL.I
L
' .
·.
' :
RCI S DE PORTUGAL
D. Innoel 1.
D. J oão lll .
D. Schastiii o .
D. H enriq u e.
Philipp e Il.
Philippe liL
Philippe IV .
GDVERNADORES
VEIGA CAl:>ÍtAL
He i do Urasi l .
'· 3.• PE!UODO (13nA l L POHT üGU E Z)
( l ü.J.U-1322)
!lEIS
IJ . Joã o I V .
D. AII UllSO Vl.
1>. h c! UI' O 11.
]) . J uao V .
]) . J usc 1.
D. l\lan a I . .. •• l J t .
,
rqu z do Lavra -
43.• Anton io ele Almei da Soare s c Por tugnl, llla
di a, 8.• Vice-R i do B1 a i! .
Yl CE-l\E I S
.
J.• Ant o n io All·n res dn Curih n. Conrl e da Cunha :\ zambu ja .
2.• An tonio Holim d e lll oura T:n •nrcs, Co nd e el e io .
3.• Lu iz ele \ lm e ida Por tu ga l, lllarqu ez u o L avrad
.J.• L uiz de \' nsco n c-e llos e ·ouza.
5.• José Lu iz d e Ca~tro, on de d e Re ze n de.
u cz de Agu iar .
6.• J·ern n nc! o de Port uga l e Cas tro. lll n r q s.
7.• .i\la r co d e Noron ha, Conde dos Arc o
cl o <lire ctame nte
Dcp o i d o 7.• V ice-Re i foi o Brasi l g ove r n:1 VI , qu e aqui
nt e, ma i t :n·dc D . .Toiio
por D . J oão, P r ín c i pe Hcgc
rtu gu cz:1. fo r ag idn dn
rs tev c cst nb ele irl o com a famí li a ren l po
palrin , qu-e foi inv :-~ dida p e los franc e zes.
I .O D . P e dro I .
2." D . Pedro li .