Você está na página 1de 53

AMTOND PEREIRA DE ALMEDA

A N T O N I O P E R E IR A D E A L M E I D A

A
i .

V E L H O S T R O N C O S D E C A B A C E IR A S
E O
P O V O AM E N T O DO V A L E D O T A P E R O Á

do mesmo a utor:
OS OLIV EIRA LEDO E A
G ENEALO GIA DE
SANTA ROSA

Nota: O livro está completo, apesar de seu tamanho pequeno, esse livro passou por um processo de
escaneamento, e somente as páginas 12 e 13 foram digitadas manualmente para serem inseridas no
arquivo PDF, devido à má qualidade dessas duas páginas após o escaneamento. Um membro da família
Almeida inseriu seis notas informais nas páginas 15, 19, 23, 26, 30 e 38 em 2023, com o objetivo de
disponibilizar a obra ao público. Devido à raridade do livro, essas anotações têm a intenção de auxiliar
aqueles que desejam estudá-lo. É importante ressaltar que, como em qualquer obra extensa e
significativa, existem erros na produção do Dr. Antônio. Contudo, os passos que ele tomou foram
essenciais para a genealogia do Cariri, especialmente nos dois volumes de "Os Oliveira Ledo e A
Genealogia de Santa Rosa" (1978). Que seu nome e seu legado não sejam esquecidos ao longo do
tempo! Os meus sinceros agradecimentos ao saudoso Dr. Antônio Pereira de Almeida (in memoriam).
ll\JDIC E R E MIS SIV O

V E lII O S I H O N C O S DE C ABA Cfc IH A S


E O
P O V O AM E iNí I O DO V A L E D O T A Pfc R O Á

Dr. E lp id io d e Alm eida ^


D i. J o ftily7 . ............................ ...................... ........................................... g
O liveira Ledo . . . ..................................................................... g
André Vid al de N e g r e iro s .........................
Lourenço C a v a lc a nte ..........................................
A ntom o de O liveira Ledo, Francisco de Oliveira L e d o .......................................................
8
Francisco de O liv e ir a ............................ ................................................................................
C onsta ntino de O liv e ir a ....................................................................................................... ®
Bárbara de O liv e ir a ............................................................................................................... ®
Gaspar Pereira de O liv e ir a .................................................................................................... ®
o
Luiz A lb e rn a z .......................................................................................................................
Sebastião Barbosa de A lm e id a .............................................................................................. 8
Pe. M artim N a n t e s ............................................................................................................... ®
O liveira L e d o ....................................................................................................................... 9
A n to n io de O liveira L e d o .................................................................................................... 9
Francisco................................................................................................................................ 9
B árb ara ................................................................................................................................... 9
Gaspar Pereira de O liv e ir a .................................................................................................... 9
C ustódio de O liveira L e d o .................................................................................................... 9
C o n s t a n tin o .......................................................................................................................... 9
T e o d ó sio ................................................................................................................................ 9
Ana de O liv e ir a ..................................................................................................................... 9
Pascácio de Oliveira L e d o .................................................................................................... 9
T enente Domingos de Farias C a s tr o ................................................................................... 9
C apitão A n to n io F erreira G uim arã e s................................................................................... 9
Oliveira L e d o ........................................................................................................................ 9
Adriana L e d o ........................................................................................................................ 9
T eodosio de O liveira L e d o .................................................................................................... 9
G ilb erto F r e ir e ..................................................................................................................... 10
E u c lid e s ................................................................................................................................. 10
A f o n s in o s .............................................................................................................................. 10
R a m a lh o s .............................................................................................................................. 10
T ib iriç á s ................................................................................................................................. 10
Pedro T a q u e s ......................................................................................................................... 10
Frei Gaspar da Madre Deus Silva L e m e ................................................................................. 10
Auguáto C a rd o s o ................................................................................................................... 10
Alc ântara M a ch a d o................................................................................................................ 10
Pe. Domingos de Farias C a s tr o ............................................................................................ 10
Farias C a stro............................................................................... 10
Barros L e ir a ............................................................................... 10
Costa Ramos................................................................................ 10
C orreia de Q u e iro z .................................................................... 10
Pereira de C a s tr o ....................................................................... 10
Tavares de L y r a ............................................................................ 10
Luiz de Farias C a stro.................................................................... 10
Francisco de Farias C a stro ........................................................... 11
C apitão A nto nio de Farias C a stro................................................ 11
C apitão F elipe de Farias C a s tro ................................................... 11
Ana de Farias C astro c.c. o C apitão A ntonio de Barros Leira . . 11
S argento*Mór Inácio de Barros L e ir a ........................................... 11
C apitão A n to nio de Barros L e ir a ................................................ 11
José F elix de Barros L e ir a ........................................................... 11
Domingos de Farias C astro N e t o ................................................ 11
Francisco de Farias C a stro........................................................... 11
V atério C orreia de C ra v id e s ......................................................... 11
Manuel José de F a ri a s ................................................................. 11
Maria de Jesus, c.c. B ernardino José C orre ia ............................... 11
Joana Batista, c.c. João Batista Q u e iro z ..................................... 11
Francisca Maria, c.c. Ale x a ndrino C o rr e i a .................................. 11
A n to n io de Barros, c.c. Flávio da Costa R a m os.......................... 11
Isabel Rodrigues............................................................................ 11
Cel. José da Costa R o m e u ............................................................ 11
C a pitão Domingos da Costa R o m e u ........................................... 11
José da Costa R om e u.................................................................... 11
Maria José da Conceição c.c. C apitão Mateus A n to nio Brandão. 11
Ana Maria de Jesus, C a pitã oM ór Inácio de Barros L e ir a ........... 11
Maria de Farias C astro, c.c. Manuel Tavares de L y r a ................. 11
Domingos de Farias C astro............................................................ 12
An a de F arias C a s tro .................................................................... 12
A n to n io de Barros L e ir a ............................................................... 12
In á cio de Barros L e ir a .................................................................. 12
An a Maria de J e sus....................................................................... 12
Isabel R odrigue s............................................................................. 12
A n to n io F elipe Soares de Andrade B re d e ro d e s.......................... 12
In á cio de Barros Leira Júnior, c.c. Cosma Pereira de C astro . . . 12
T e o tô nio Jo aquim Pereira de C a s tro ........................................... 12
E merenciana Maria da C o n c e iç ã o................................................. 12
M anuel Pereira B a rr o s .................................................................. 12
12
V irgínia Pereira de B a rr o s .............................................................
12
V irg ínia Pereira de B a rr o s .............................................................
Severina Maria do N a scim e nto....................................................... 12
T e o tô nio Pereira de B arros............................................................. 12
12
M anoel P ereira de Barros, c.c. D e lfin a Maria da C onceição. . . .
13
João Pereira de Barros (João M a d ure iro)......................................
13
In á cio Pereira de Barros (In á cio P o m b o)......................................
13
Diogo M a dureiro de B arros, c.c. Sebastiana M aria da C onc eição
13
José M a dure iro de B arros, c.c. T e odora M aria da C onc eiç ã o. . .
T e otônio Pereira de Barros, c.c. Honorata Maria da C o n c e iç ã o ........................................
G onçalo Pereira de B Arros, c.c. G aldina Maria da C onceição, F ilha de Loure nço Perei
ra de C astro e Rita Maria de Jesus ................................................................................ 13
Manuel Pereira de B Arros, c.c. D e lfin a Maria da C o n c e iç ã o .............................................. 13
João Pereira de Barros (João M a d ure iro)............................................................................. 13
Jorge Pereira de Barros (Jó M a d ure iro)................................................................................ 13
José Maria Pereira de B a rro s .................................................................................................. 13
Manuel M artins Pereira de Barros (Avô de F élix A r a ú jo ).................................................... 13
G onçalo Pereira de Barros ( S o b rin h o ) ................................................................................ 13
B ern ardino Pereira de B a rr o s ............................................................................................... 13
B albino Pereira de B a rr o s .................................................................................................... 13
João Pereira de B a rro s .......................................................................................................... 13
José Pereira de B a rr o s .......................................................................................................... 13
C â n d i d a .................................................................................................................................. 13
Maria, c.c. F é lix C a f é ............................................................................................................. 13
Izabel c.c. E z equiel Pereira de C a stro................................................................................... 13
Domingos de F arias C a stro.................................................................................................... 13
Ana de F arias C astro, c.c. A n to n io de Barros L e ira ............................................................ 13
Izabel Rodrigues de L im e ir a ................................................................................................. 13
Izabel Rodrigues de F arias, c.c. José da Costa R o m e u ....................................................... 13
Ana de F arias, c.c. S argento-Mór A nto nio de Barros L e ira ................................................. 13
Domingos de F arias C astro (49 de nome) ........................................................................... 13
F elipe de F arias C a s tro ......................................................................................................... 13
A n to n io de F arias C a stro....................................................................................................... 13
Manuel de F arias C a s tr o ....................................................................................................... 13
Francisco de F arias C a s tro .................................................................................................... 13
Luiz de F arias C a s tro ............................................................................................................ 13
In á cio de F arias C a s tro ......................................................................................................... 14
F ra ncisco................................................................................................................................. 14
A n a .......................................................................................................................................... 14
C â n d i d a ................................................................................................................................. 14
Padre An anias Domingos C a v a lc a nte ................................................................................... 14
Luiz de F arias C astro (M ajor L u l ú ) ...................................................................................... 14
S e r v ili a n o .............................................................................................................................. 14
Z e f e rin o ................................................................................................................................. 14
S ó c r a t e s ................................................................................................................................. 14
M a t e u s .................................................................................................................................... 14
C a etano (m é d ic o )................................................................................................................... 14
Jos é .......................................................................................................................................... 14
Jo a quim M a r t i n s ....................................................................................................................' 14
Inácio de F arias C a s tro .......................................................................................................... 14
Domingos de F arias C a stro..................................................................................................... 14
Manuel de F arias C a v alc a nte .................................................................................................. 14
Francisco da Rocha P into, c.c. S e nhorinha (Bisavó de Juare z F arias)................................ 14
Simia na M aria , c.c. B e lchior Pereira de B rito . . ................................................................ 15
Domingos de F arias C avalcante (D omingos F umo Grosso)................................................. 15
José F e lix de Barros L e ir a ................................................ 16
João B atista C orreia de Q u e iro z ............................................................................................ 17
C lá udio da Costa R a m os........................................................................................................ 18
Assis C h a t e a u b ri a n d ....................................................................................................... . 18
Elias Eliaco Eliseu da Costa R a m o s......................................................................................... 18
A n to n io de Barros Leira 3 9 .................................................................................................... 19
José de Barros L e i r a ................................................................................................................ 19
José Jo a quim da Costa R amos.................................................................................................. 19
D e m é trio da Costa R a m o s ........................................................................................................ 19
Isabel R odrigue s................................ ......................................................................................... 20
Isabel Rodrigues do ó ............................................................................................................. 21
A n to n io de F arias C a stro................................................................................ .......................... 22
José C a etano Pereira de C a s tr o ............................................................................................... 23
Loure nço Pereira de C a s tr o ..................................................................................................... 23
Miguel Gomes R o m e u ............................................................................................................. 24
In á cio Gomes M e ira ................................................................................................................... 24
R enovato Pereira de C astro (Padre T e jo )................................................................................ 25
A nic e to Pereira de C a s tr o ........................................................................................................ 25
Manuel M elquiades Pereira T e jo ............................................................................................... 25
C apitão José Pereira de C a stro.................................................................................................. 26
A n to n io F erreira G uim arã e s.................................................................................................... 27
A n to n io Francisco da C o s t a .................................................................................................... 28
Domingos da C o s t a ................................................................................................................... 29
Souza V a r j ã o ............................................................................................................................ 29
C a etano V arjã o de S ouz a.......................................................................................................... 29
Cosma de O liv e ira C ru z ............................................................................................................. 29
João de Souz a C a stro................................................................................................................ 29
S everino Pereira de Souza (A vô do A u t o r) ............................................................................. 30
Á guid a Maria de Souz a, c.c. A n to n in o José G o n ç a lv e s........................................................ 30
Barros L e ir a .............................................................................................................................. 31
F arias C a stro.............................................................................................................................. 31
Pereira de C a s tr o ...................................................................................................................... 31
Manoel Pereira de B arros.......................................................................................................... 31
João B atista C orreia de Q u e iro z .............................................................................................. 31
C apitão Domingos da Costa R o m e u ...................................................................................... 31
Manuel Tavares de L y r a .......................................................................................................... 31
Souz a B r a n d ã o ......................................................................................................................... 31
Alves Pequenos, G erônim a Alves Pequeno, c.c. In á cio de Freitas da S ilv e ira C aluête . . . 32
Belisa Alves P equeno, c.c. Luiz Alves da Silveira C a lu ê te ..................................................... 33
D ocum e nto-P onto C o n tro v e rs o ............................................................................................... 37
O Português B artolom e u L e d o ............................................................................................... 38
Francisco de C aída s................................................................................................................... 38
F elipa R o d rig u e s .................................................................... .................................................. 38
Doc. nP 1 .................................................. ............................................................................... 39
Doc. nP 2 .................................................................... ............................................................. 41
Doc. nP 3 ........................................................................................................ .. .................... 43
D oc. nP 4 ............ ; ....................................................................... .. ........................................ 44
Doc. nP 5 .................................................................................................................................. 45
Doc. nP 6 .................................................................................................................................. 49
D oc. nP 7 .................................................................................................................................. 47
Doc. nP 8 .................................................................................................................................. 49
Doc. nP 9 .................................................................................................................................. 49
Doc. ............................................................................................................................................ 50
Doc. ............................................................................................................................................ 51
1.

V E L H O S T R O N C O S D E C A B A C E IR A S

E O

P O V O AM E N T O DO V A L E DO T A P E R O Á

P ouco se t e m e scrito sobre o desbravamento e o povo a m e nto da H ite r-


lâ ndia p araib ana , poré m, m u ito se há re petido do que erron e am ente se te m d ito
a re sp e itò daqueles fe itos históricos, sem a preocupação de comprov a ç ã o do cu
m e ntária .
O Dr. E lp íd io de A lm eid a , na sua H istória de C ampina G ra n d e " fe z tr a
b a lh o m ara vilhoso de pesquisa que pôs por terra muitas afirm a tiv a s graciosas e n
tã o em voga, poré m, despenhou para o c a minho das bandeiras do Dr. J o ff ily e,
fin a lm e n t e , p or sua conta , condu ziu os O liv eira Ledo através dos c o n tra fort e s da
B orbore m a , lim ite s e ntre as duas C apitanias, parte m eridion a l do V ale do Piancó.
D e vido a esses dislates é que se busca uma história menos inv e rídic a ,
in s tru íd a com docum e nta ç ã o valiosa, saída do in e ditismo dos velhos arquivos da
B ahia , do v e tu sto c a rtório de P ombal, do c a rtório de C abaceiras, do de C a mpin a
G ra nd e e de public a çõ e s várias, a e x e mplo da " A G uerra dos P alm ares".
D e pois de e studo dessa docum e nta ç ã o é que se pode fa z er um a idéia
dos f e ito s h eróicos dos nossos desbravadores e povoadores.
A história dos O liv e ira L e do, bravos sertanistas que a brira m as porta s do
d e sconh e cido è p e n etra ç ã o dos a v e ntureiros que, c o n d u z in do seus rebanhos de
gado vagum, se fix a ra m naquelas êrmas paragens, te m sido d e turp a d a e desmere
cid a p or p arte de historiógra fo s menos avisados.
H oje se sabe qu e aqueles desbravadores mora va m na p arte b aix a do R io
São F ra ncisco, m argem dire ita .
Im igrara m , na m eta d e do século X V III, para o N ort e e fora m até as

7
margens dos Rios P ote ngí e M ip ib u , no R io G ra nd e do N ort e , ond e , em 1664,
obtiv era m por concessão re al, duas cartas de sesmaria. E m 1665, já estavam no
o lti-p la n o da B orbore m a , com a concessão dum a d a ta e sesmaria de 30 léguas
p elo rio P araíba acima. Sabe-se ainda que os re feridos sertanístas, em 1670, rece
biam, com o utro s associados, a concessão dum a d ata de 6 léguas para cada banda
do rio E spinharas e 50 léguas p elo sertão a d e ntro .
1 Os O liv e ira Ledo qu a ndo imigrara m para cá, gra vita v a m para o e ntã o go
v ern a dor de P ern a mbuco, o C a pitã o A ndré V id a l de N e greiros, im pulsion a dos
pela ação e xp a ncionista da a gricultura da faix a coste ira , e vit a n d o assim c o n flito s
com os lavradores que im p ortu n a v a m os cria dore s de gado, em defe z a das pla nta
ções.
D irigira m-s e pela costa de P ern a mbuco, ob e d e c e ndo a te nd ê ncia n a tura l
da coloniz a ç ã o d u a rtin a dos prim itiv o s te mpos.
E n tre t a n to , fora m a tra ídos pelos raios fulg ura nte s do mais de stacado
h erói da G uerra H ola nde z a, as várzeas do rio P araíba, ond e o re f e rid o gov ern a
d or recebeu por mercê re al, um a data de 10 léguas em qu a dro, p e lo rio P araíba
a cim a , com e ç a ndo no s ítio ond e Loure nço C avalca nte teve um c urra l e indo até
as frald a s orie nta is da serra da B orbore m a .
(D oc. 1)
A qu e la m onta nh a corta a P araíba em bisel de nord e ste a sudoeste e dela
se destacam vários espigões que e m oldura m , cnm as serranias dos C ariris V e lhos,
o ch a pad ão qu e form a um gigantesco a n fit e a tro , dre n a do to d o p e lo rio P araíba e
seus trib u t á rio s .
Os d e ste midos sertanístas, através das terra s re c é m-conc e did a s ao bravo
gov ern a dor, escalaram as grimpas da m o nta n h a e do viso da serra c o nte m pla ra m
uma paisagem m ortiç a e quase sempre sem folh a s.
Q u a ndo m uit a coisa já estava consagrada na nossa h is tória , p or forç a de
ficçõ e s, surge um a public a ç ã o de um a sesmaria, em 1665 e mais o u tra conc e did a
em 1670, qu e nunca fora m conh e cid a s dos nossos historia d ore s. A re fe rid a ses
m aria de 1665, c o n fro n t a v a ao nascente, com a d a ta d o go v ern a dor de P ernam-,
buco, o C a pitã o A n dré V id a l de N e greiros e pro t e n d ia , com um a e xte ns ã o de 30
léguas, p e lo rio P araíba acima. Os conc e ssion ários da re fe rid a sesmaria for a m :
A n to n io de O liv e ira L e do, F ra ncisco de O liv e ira L e do, F ra ncisco de O liv e ira ,
C o n s t a n tin o de O liv e ira L e do, B árb ara de O liv e ira , G aspar P ereira de O liv e ira ,
Luis A lb e rn a z , S eba stião B arbos a de A lm e id a , M aria S erra m de A lm e id a (D oc.
N o. 2).
O P adre M a rtim de N a nte s, e m 16 70, visita ra o p rim e iro g â nglio de po
vo a m e nto do p la tô da B orb ore m a , qu e for a , sem d ú vid a , o lug ar B o q u e irã o , onde
e n contrara , e ntre ín dio s c ariris, A n to n io de O liv e ira L e do qu e a lí apascentava
seus gados em fra nc a co m u n h ã o de e s p írito com os n a tura is da t e rra .
A q u e le m is sio n á rio c a p u c h in h o , re la t a n d o sua via g e m d o R e cife a Bo-

8
qu eirã o, comp ara a flora a lí e ncontra d a , sem folh a e sem vida, com a da E urop a ,
dura nte o inv erno.
A lí se fix a ra o chefe da fa m ília O liv e ira L e do - A n to n io de O liv e ira
L e do cerca do pelos trê s filh o s: Fra ncisco B árbara e G aspar Pereira de O liv e ira ,
que se estend eram pelas terras adjacentes: serra da Cruz, serra do C arnoió, S anto
A n to n io , D a m á zio e serra B onita , e nqu a nto que C ustódio de O liv e ira l. e do, pai
de C o n sta ntin o , T e odósio e A n a de O liv eira se aposou em terras do rio P araíba,
cerca de 50 q u iló m e tro s de Boqueir ão, em um lugar que recebeu o nome de P or
teira s, situ a do hoje , e ntre a V ila C abaceirense de São D omingos e V ila de C arn a ú
bas do m u n ic íp io de São João do C arirí.
A n a de O liv e ira viera do lugar V ila Nova, C a pita nia da B ahia, hoje
N eópole s, E stado de S ergipe.
T ro u x e ra para cá os seus familiares.
De in íc io , se fix o u d e ntro das terras da grande data, num lugar do rio
P araíba que to m o u o nome de S ítio Cruz.

<>

O C a pitã o Pascácio de O liv eira Ledo, no fim do século X V II, para co


meço do século X VI11, fu n d o u , às margens do rio T aperoá, a fa z enda de criar ga
do, d e nom in a d a C abaceiras.
O T e n e nte D omingos de F arias C astro e o C a pitão A n to n io F erreira
G uim arã es, já no ano de 1734, se dizia m senhores e possuidores dum s ítio de
criar gados que chamav am C abaceiras, o qual houveram por compra do C a pitã o
Pascácio de O liv e ira L e do, em cujas ilhargas do d ito s ítio da parte do Sul te m um
ria ch o qu e c orre do po e nte para o nascente, onde te ê m alguns currais com posse
de 20, 30 e mais anos (D oc. No. 3).
Os O liv e ira L e do fora m e ntã o a profund a ndo os seus currais. Prova vel
m e nte esta bele cera m alianças com ás trib o s selvagens. O tra b a lh o das fa z endas de
cria r era mais suave e mais ad aptável ao te m p era m e nto do g e ntio do qu e o rud e
la b or dos engenhos.
Flouve, de c e rto , modus viv e ndi p a c ífic o com as trib o s selvagens do pla
n a lto s erra no qu e p e rm itiu a rá pid a passagem dos invasores, através da m o nt a
nh a, para a ba cia o cid e nt a l do rio Piranhas.
T o d a via já se pod e d iz e r que no com eço d o século X V III, 4 núcle os de
po vo a m e nto e xistia m nos vales do rio P araíba e T a p ero á: B oqu e irã o, S ítio C ru z ,
P orte ira s e C abaceiras.
Pode-se in d ic a r aind a o povo a do de C a mpin a G ra nd e , de índios A riú s e
a fa z e nd a " S a n t a R os a " , de D a. A dria n a de O liv e ira L e do, ambos fund a dos p e lo
C a pit ã o-m ór T e o d ó sio d e O liv e ira L e do (D oc. N o. 4).
E n q u a nto a c a ting a e spinh e nta das rechãs dos C arirís V e lhos sofria o
im p á cto dos a v e nture iros qu e vinh a m na cristã d o m o vim e nto p o vo a d or dos O li-

?
veira L e do, o sertão ig n oto se fra nqu e a v a a um grupo de intrusos que ocupava m
terra s do rio E spinharas com o p e dido de concessão dum a d a ta de 50 léguas pelo
sertão a d e ntro .

U m povo a do que surge a qui, acolá, nos êrmos, re pre senta va f a to r d e cisi
vo na im pla nta ç ã o de novos gâ nglios h a bita cio n a is nas terra s conquista d a s.
Não se deve d e ix a r que se p erc a m no b o lo r dos arquivos ou na poeira
dos velhos c a rtório s do cum e nto s que c o n stitu e m com e f e ito a pe dra a ngular do
e studo e da inte rpre ta ç ã o da nossa prim itiv a org a niz a ç ã o social.
O sociólogo G ilb e rto F re ire a firm a o s e guinte : nas casas grandes fo i a
ond e m e lh or se e x p rim iu o c ará ter bra sile iro, a nossa c o n tin u id a d e s o cia l" .
As casas grandes das fa z endas de cria r gado mod e lara m esse c ará ter, van
ta jos a m e nte e stud a do na óbra im orre d o ura de E uclid e s.
Os povos civiliz a do s te ê m sido incansáveis no e sforço para m a ior c o n tri
buiç ã o do e studo de suas orig ens, disse o profe ssor B a tista P ereira. C ita o grande
E sta do B a nd e ira nte qu e desde cedo pro c uro u d e c alc ar nos p órtic o s históricos os
A fo n sin o s , os R am alhos, os T ibiriç á s , nos qu a dros de suas orig e ns, através de
P edro T aques com a sua notá v el N o b ilia rq u ia P a ulista , de F rei G aspar da Madrç^
Deus, de Silv a Leme com a gene alogia P aulista n a , de A u g u sto C ardoso, de A l
c â ntara M a ch a do etc.
T al o caso dos tro n c o s pa ulista s com b rilh o e elevação na h is tória , com
esses qu e te nta m os escavar e re c o n s titu ir, pio n e iro s mod e stos da co n q uista e do
p o v o a m e nto da ba cia hidro grá fic a do rio T a p ero á .
Há um in v e nt á rio por m ort e do padre D omingos de F arias C a stro, filh o
de um dos fun d a dore s da povo a ç ã o de C abaceiras, o T e n e nte D om in gos de F arias
C a stro, qu e a m pla m e nte colh e dum a só vez to d o s os re b e ntos d a qu e le v e lho
tro n c o povo a d or.
A q u e le d o c u m e n to insofism á v e l, e xtre m e de c o n tr a d it a , v a liosissím o
para o e studo da form a ç ã o social de longa f a ix a do C a rirí, e n contra-s e num dos
c a rtório s de C ab ac eiras, aliás, sob a gu ard a de Da. E d e ltrud e s F arias, c o m p e te nte
e d e dic a d a T a b e liã d a qu e la C om arc a .
P or ele pud e m os d e c a lc ar nos p órtic o s da h is tó ria da c olo niz a ç ã o p arai
ba na, na expre ss ã o de B a tista P ere ira , c o m o p rim itiv o s povo a d ore s do V ale do
T a p ero á : Os F éria s C a stro, os B arros L e ira , os C osta R amos, os C orre ia de Q u e i
ro z , os C orre ia , os P ere ira B arros, os P ereira de C a stro, os T a vare s de L yra . N o c i
t a d o d o c u m e n to a re la çã o dos irm ã os do f a le c id o P adre, está assim d e scrim in a d a :

H E R D E IR O S IR M Ã O S :

l o . - L uis de F aria s C a stro

10
2o. - Fra ncisco de F arias C a stro
3o. - C a pit ã o A n to n io de F arias C astro
4o. • C a pitã o F e lip e de F arias C astro.

H E R D E IR O S C A B E Ç A DE F A M ÍL I A :

5o. - A n a de F arias C astro, c.c. o C a pitã o A n to n io de B arros L eira .


Pais de:
I - S arg e nto-m ór In á cio de B arros L eira
II - C a pit ã o A n to n io de B arros Leira
III - José F e lix de B arros L eira
IV - D omingos de F arias C astro N eto
V - F ra ncisco de F arias C astro
VI - V a lé rio C orre ia de Cravides
V II - M a nu el José de F arias
VI11 - Da. M aria de Jesus, m ulh er de B ern ardino José C orreia
IX - Da. Jo a na B a tista , m ulh er de João B atista Q u e iro z
X - Da. Francisca M aria , m ulh er de A le x a n drin o C orreia
XI - Da. A n to n i a de B arros, nrwjlh erde F lá vio da C osta Ramos.

H E R D E IR O S C A B E Ç A DE F A M ÍL I A :

6o. - D a. Iz ab el R odrigu e s, irm ã do Padre e casada com o C oron e l José


da C osta R om e u. Seus filh o s constantes do In v e n t á rio :
I - C a pitã o D omingos da C osta Romeu
II - José da C osta R om e u
III - D a. M aria José da C pnc eiç ã o, c.c. o C a pitã o-m ór Mateus A n to n io B ra n
d ã o, da fa z e nd a B arra da F igueira .
IV - Da. A n a M aria de Jesus, c.c. o C a pitã o-m ór In á cio de B arros L e ira .

H E R D E IR O S C A B E Ç A D E F A M ÍL I A :

7 o . - D a. M aria de F aria s C a stro, c.c. o S arg e nto-m ór M a nu el T avares de


L yra .
Pais de:
I - José T avares L yra
II - M a nu e l T avares de L yra
III - F ra ncisco T a vares de L yra
IV - D o m in g o s T avares de L yra
V - S e b a stiã o T a vare s de L yra
VI - D o m in g o s T a vares de L yra
V II - Jo ã o T a vare s d e L yra

11
VIII - Inácio Tavares de Lyra
IX - Norberto Tavares de Lyra
X - Romeu Tavares de Lyra
XI - Antonio Tavares de Lyra
XII - Josefa Maria, c.c. o Tenente José Felix de Barros.
XIII - Isabel Rodrigues, mulher de Francisco Correia
XIV - Ana Farias, mulher de José Felix.

Emoldura-se o patriarca em uma casa de fazenda que se torna tronco irradiador de


outros núcleos de povoamento. Por força da segmentação hereditária, surgem alhures outras
casas grandes, vigas mestras do arcabouço da primitiva formação social da zona do pastoreio
nordestino.

****

Passamos a estudar a geração seguinte:


Os netos de Domingos de Farias Castro, o velho fundador da povoação
de Cabaceiras, começando pelo 1o. gênito de Da. Ana de Farias Castro, c.c. o Capitão Antonio de
Barros Leira - Inácio. Inácio de Barros Leira - foi Capitão-mór. Casou com Da. Ana Maria de Jesus,
sua prima, filha de Isabel Rodrigues, sua tia, c.c. o Coronel José da Costa Romeu. Foi elemento
forte, chegando a liderar, em 1790, um movimento contra a deliberação do Ouvidor Geral e
Corregedor da Paraíba, Antonio Felipe Soares de Andrade Brederodes, de fundar a Vila Nova da
Rainha na povoação de Campina Grande, preterindo assim o direito do povoado de N. S. dos
Milagres do Carirí, líquido e certo, visto que já era séde de julgado, contava com maior número de
Oficiais de Milícia.
A séde de sua fazenda de criar gado era na márgem do Rio Taperoá, junto ao lugar
“Curral do Meio”, chamado Campo do Velho (mandado de citação de 1790).
Dos seus filhos tivemos conhecimento de Inácio de Barros Leira Júnior, através de seu
inventário, procedido em 1830, em Cabaceiras. Morava no lugar Curral de Baixo. Foi casado com
Cosma Pereira de Castro, filha de Teotônio Joaquim Pereira de Castro.

Pais de: .
1- Emerenciana Maria da Conceição
2 - Manuel Pereira de Barros
3 - Virgínio Pereira de Barros
4 - Severina Maria do Nascimento
5 - Teotônio Pereira de Barros.
Destacamos dentre os seus filhos, o de nome Manoel Pereira de Barros, morador na
Ribeira, casado com Delfina Maria da Conceição.

12
Pais de:
1- João Pereira de Barros (João Madureiro)
2- Inácio Pereira de Barros (Inácio Pombo)
3- Diogo Madureiro de Barros, c.c. Sebastiana Maria da Conceição.
4- José Madureiro de Barros, c.c. Teodora Maria da Conceição.
5- Teotônio Pereira de Barros, c.c. Honorata Maria da Conceição.
6- Gonçalo Pereira de Barros, c.c. Galdina Maria da Conceição, filha de
Lourenço Pereira de Castro e da piauiense Rita Maria de Jesus.
Dos filhos de Manuel Pereira de Barros, casado com Delfina Maria da Conceição,
destaca-se João Pereira de Barros (João Madureiro), casado com Da. Antonia Maria da
Conceição, filha de Belchior de Freitas Cavalcante.
Pais de:
1 - Jorge Pereira de Barros (Jó Madureiro).
2 - José Maria Pereira de Barros
3 - Manuel Martins Pereira de Barros (avô de Felix Araújo)
4 - Gonçalo Pereira de Barros (sobrinho)
5 - Bernardino Pereira de Barros.
6 - Balbino Pereira de Barros
7 - João Pereira de Barros
8 - José Pereira de Barros
9 - Cândida
10 - Maria que casou com Felix Café
11 - Izabel, que casou com Ezequiel Pereira de Castro

****
DOMINGOS DE FARIAS CASTRO

Outro gênito de Ana de Farias Castro e do Capitão Antonio de Barros Leira, foi
Domingos de Farias Castro (3o. de nome).
Foi casado com Izabel Rodrigues de Limeira. Morava no Curral do Meio". Num
inventário do ano de 1842, existente no Cartório de Cabaceiras, seus filhos estavam assim
descriminados:
1- Izabel Rodrigues de Farias, c.c. José da Costa Romeu (filho).
2- Ana de Farias, c.c. o Sargento-mór Antonio de Barros Leira
3- Domingos de Farias Castro (4o. de nome)
4- Felipe de Farias Castro
5- Antonio de Farias Castro
6- Manuel de Farias Castro, o fundador do Sítio “Batalhão, célula ma-
ter da hoje cidade de Taperoá.
7- Francisco de Farias Castro
8- Luis de Farias Castro

13
9 In á cio de F arias C a stro
Dos nove filh o s enum era dos pod e mos destacar F ra ncisco que fo i casado
com a sobrinh a A n a , de c ujo m a trim o n io teve a s eguinte d e sce nd ê ncia:
1 * C ândid a
2 - Padre A n a nia s D omingos C a valca nte
3 - Luis de F arias C astro (M a jor L ulú)
4 - S ervilia n o
5 * Z e f e rin o
6 - Sócrates
7 - Mateus
8 - C a etano (m é dico)
9 - José
10 - Jo a quim M artins.

IN Á C I O D E F A R IA S C A S T R O

O u tro filh o de numerosa de scendência fo i In á cio de F arias C a stro, pai


de D omingos de F arias C a stro que casou com Inê z M aria do A m o r D iv in o (ra m o
de S anta Rosa), filh a de Jo a quim da Rocha P into e de Da. Jo a quin a P ereira de
A ra ú jo , filh a do T e n e nte Luis P ereira P into e de sua m ulh e r, A n a M aria P ereira
de A ra ú jo , Bisn eta de A dria n a de O liv e ira L e do e filh a de P aulo de A ra ú jo Soa
res, o p a triarc a do v e lho solar de S anta Rosa.
Seus filh o s fora m , c o n form e in v e ntário e xiste nte no C a rtó rio de C aba*
ceiras:
1 - Ma nuel de F arias C av alcante, c.c. Á guid a M aria de Jesus, filh a de
F ra ncisco da Roch a P into e de Da. S e nh orin h a , (bisa vó de Ju are z
F arias).
2 * C arlos de F arias C a valca nte , c.c. M aria José da C onc e iç ã o.
3 - In á cio M arç al de F arias, c.c. A n to n i a M aria de Jesus, filh a de In á cio
G om es M e ira , pio n e ira do arte s a n a to de roup a de c o u ro , n o lug ar R i
beira .
4 - S e v erino de F arias C a v alc a nte , c.c. G u ilh e rm in a M aria da C onc eiç ã o.
5 - J o a q u im de F arias C a v alc a nte
6 A le x a n dra M aria de Jesus
7 - Jo a q uin a da S ole d a d e , c.c. J o a q u im José de S ouz a
Pais de:
a) D o m in g os José de S ouz a (m e nt e c á pto)
b) Jo ã o José de S ou z a Lim a , c.c. M aria E m ere ncia n a d o A m o r D iv in o
c) N ic o la u José de S ou z a , c.c. F e lis m in a M aria de Jesus.
d) M aria J o a quin a da S ole d a d e , (M e nt e c á pto)

14
e) José E ugê nio de Souza
f) Francísca Maria dos Milagres
g) Ja nuária M aria da Soledade
h) Josefa Maria da Soledade, c.c. F e lix V irg o lin o de Souz a ( F e lix C afé)
i) Ana Maria da Soledade
j) B ern ardino José de Souza
I) Rita Maria da Soledade (Inv. de 1890)
O utros filh o s de In á cio de F arias C astro fora m Fra ncisco de F arias Ca-
calcante e Simiana Maria, m ulh er do C a pitã o B e lchior Pereira de B rito , filh o de
Estevam Lins Pereira de B rito , neto do C apitão G aspar P ereira de O liv eira . 1
O C a pitã o B elchior Pereira de B rito , em 1822, ju nta m e nte com T e otô-
nio Jo a quim Pereira de C astro, requereu as sobras das terras da data do C urral de
B aixo.
Para conh e cim e nto mais detalh a do a respeito dos F arias C av alcante vai
tra n scrito o inv e ntário de Iná cio de F arias C astro, proc e dido em C abaceiras, no
ano de 1846.

H E R D E IR O S :

1 - D omingos de F arias C avalcante (D omingos F umo Grosso).


2 - Mateus A n to n io de Farias
3 - A n to n ia T e odora do E spírito S anto, c.c. A n to n io Pereira de C astro.
4 - Maria S enhorinh a , c.c. Francisco da Rocha P into
5 - Inácia Maria dos A njos
6 - E merencia na
7 - Jo a quin a , c.c. C aetano José C avalcante.
Pais de:
a - Jo a quim
b - D e m é trio
c * In á cio
d - Josefa
e - H ilá rio
f - V a le ntim
g • Braz
h - F lorê n cio
i - João
j - Tom a z
I - M aria
C a etano José C avalcante, casou 2a. ve z com E m ere ncia n a M aria do
A m or D ivin o , filh a de A n a C le m ê ncia e de seu m a rido - T om a z de A q u in o , l o .
p a triarc a da '" Casa G ra n d e " da R ib eira do P elo Sin al.

1
15
Belchior Pereira de Brito é filho do português Caetano Varjão de Sousa e não do Estevam Lins Pereira de
Brito, segundo os irmãos Dinoá. Páginas 360 e 362 do livro Ramificações Genealógicas Do Cariri
Paraibano (1989).
i» (\ * *

JO S É F E LIX DE B A R R O S L E IR A

0 3o. g é nito de Ana de F arias C astro e do C a pitã o A n to n io de Barros


Leira, foi o T e nente José F e lix de B ários Leira, c.c. Da. Josefn M aria rJa C onc ei
ção (prim a), filh a do S argento m ór Manuel Iavares de Lyra e de sua mulh er,
Maria de F arias C astro.
Pais d e :
1 - F e lix José de F arias
2 - A n to n io do N ascim e nto
3 - F irm in a , c.c. José Jo a quim C orreia de Cravides
4 - Isabel que, em 1814, tinh a apenas 20 anos de idade.

F E LIX JO S É D E F A R IA S

Dos q u a tro gê nitos cita dos registram-se os seguintes filh o s :


F e lix José de F arias, c.c. Mariana Jo a quin a do E s p írito S a nto, fale cid a
em 1874, d e ix a ndo os seguintes filh o s:
1 - S e verino José de F arias
2 - In á cio José de F arias, c.c. Maria P ereira de A ra ú jo , filh a de F ra ncisco
da Rocha P into.
3 - In á cia Jo a quin a do E s p írito S a nto, c.c. S érgio R odrigu e s da C unh a .
4 - F e lip a M aria do A m or D ivin o , c.c. D omingos de F arias C a stro (4o.
de nom e).
5 - M aria Jo a quin a do E s p írito S a nto
6 - B e nto B e rilo de F arias
7 - A n to n io José de F arias
8 - F e lix José de F arias ( F e lix da Inê z)
9 - F o rtu n a to José de F arias
10 * T e odora M aria da C onc eiç ã o, c.c. José M a d ure iro de B arros
11 • L e ob a A v e lin a
12 • H o n ora t a M aria da C onc e iç ã o, c.c. T e o tô n io M a d ur e iro de B arros.
13 - S e b a stia n a , c.c. D iogo M a d ure iro de B arros
14 • Isabel M aria da C onc e iç ã o
15 - M a ria da G lória
16 - Jo ã o José de F aria s
17 - Jos e fa M aria d o A m o r D iv in o
18 - R os a lin a M a ria da C onc e iç ã o

16
X # * *

Há na lista dos filh o s de Ana de F arias C astro, um de nome V a lério C or-


reia de Cravides, que, na lista do inv e ntário de sua mãe, em 1784, tin h a 22 anos
de idade. A ind a se achava solte iro, poré m, casou e teve descendência, o que se
constata numa p a rtilh a amigável fe ita num dos C artórios de C abaceiras, em
1876, por seus h erd eiros, os quais estão assim d e scrimin a dos:
1 - F e lix Maria C orreia de C antalice
2 - Q uardia na Maria de Assunção
3 - Luiz a Maria de Jesus
4 - Jo a quin a C aríota de S antana, fale cid a, por ela seus filh o s:
a) A lí p io de Souza C avalcante
b) C a lixto de Souza C avalcante
c) Iná cia C arlota de Santana 'J ' !
d) Ana C arlota de S antana
e) Francisca C arlota de S antana
f) Iz abel C arlota de S antana
5 - E scolástica F austa da Trind a d e , fale cid a, por ela seus filh o s:
a) A n to n io José de Barros Brandão
b) F irm in o M artins de Barros Brandão
c) F irm in a F austa da Trind a d e
d) C la udin a F austa da Trind a d e .
6 - In á cio C â ndido C orreia de Cravides, fa le cido, por ela sua m ulh e r,
Iz abel B ez erra de Jesus, filh a de Domingos de F arias C astro.
Essa gente morava no sopé da serra do Monte , onde cavaram um pro-
fu n d o poço dágua salgada, a qual, mesmo assim, era aproveita d a para uso dom é s
tic o , dura nte as épocas de longas estiagens. O re ferido lugar passou a ser c o n h e ci
do de nome de " O lh o dágua do M o nte " .
Um deles, de nome José F e lix de Barros, com o C a pitã o-m ór In á cio de
B arros L e ira , requereu a data da serra do Monte , em 1805 (D oc. No. 5).

Da. J O A N A B A T IS T A

Uma das filh a s de Da. A n a de F arias C astro e do C a pitã o A n to n io de


B arros L e ira , fo i Da. Joana B atista , casada, com João B atista C orreia de Q u e iro z ,
orig in á rio de f a m ília tra dicio n a l do Ceará - os Q u e iro z .
A q u i, re quereu a d ata de J aram ataia , margens do rio T a p ero á , logo aci-
ma da cida de de São Joã o do C a rirí, onde d e ixo u fix a d a a sua desce nd ência os
C orreia de Q u e iro z , representados p or ramos de f a m ília ilustre espalhada hoje
por to d o o Brasil (D oc. N o. 6).

17
De sua de scend ência pod e mos nom e ar José C orre ia de Q u e iro z , c.c. Da.
M aria Simõe s Q u e iro z .
Pais de:
1 - José G e n uino (C a pitã o C a zuza)
2 - M a nu el G a ud ê ncio C orre ia de Q u e iro z
3 - J o a q uim T e o tô n io
4 - F ra ncisco
5 - M aria C ristin a
6 - M aria E telvin a

A in d a pod e mos e num erar:


A n to n io da C osta R om e u, c.c. A n a F e lícia de Q u e iro z .
Pais de:
1 * H igin o da C osta B rito
2 - In á cio
3 - José
4 - Francisca
5 - Josefa
6 - M ich e lin a
7 - F lore n tin a
8 - M aria T ere z a , c.c. Jo a quim C orre ia de Q u e iro z .
9 - Ana.

* * * *

O u tra filh a de Da. A n a de F arias C a stro e do C a pit ã o A n t o n io de B arros


L e ira , f o i D a. A n to n i a de B arros ou A n to n i a M aria do S a cra m e nto qu e casou
com C lá u dio da C osta R amos.
F o i, sem dúvid a , o p rim e iro C osta R amos do C a rirí, cuja prog e nie é por
d e m a is num eros a , c o n t a n d o com hom e ns ilustre s d o q u ila t e d e Assis C hate au-
bria n d e Dr. Elias E liá co Eiise u da C osta R amos.
Seus filh o s fo r a m :
1 - A n t o n io de B arros L e ira
2 - In á cio de B arros L e ira
3 - José J o a q u im da C osta R amos
4 - M a ria José d e Jesus qu e casou c o m T o m a z d a C osta R amos
5 - E dvirg e s da C osta R amos qu e casou c o m o p rim o - José J o a q uim da
C osta R amos.
6 - D e m é trio da C osta R amos
7 - M a nu e l d a C osta R amos
8 - C le m e n tin o d a C osta R amos.

18
A N T O N I O D E B A R R O S L E IR A 3o.

C a pitã o A n to n io de B arros Leira fo i casado com Isabel Jo a quin a da


C onceição, filh a de A l e ix o da C unha P orto e de sua m ulh er, Da. C ristin a R o dri
gues da Rocha (Inv. de 1822).
Pais de:
1 - A l e ix o da C unh a Ramos
2 - A n to n io de B arros Leira
3 - A n a cle to da C osta Ramos (m e nte c á pto)
4 - José de B arros Leira
5 - C ristin a B e z erra de B arros
6 - M arg arida Lim e ira de Barros, c.c. B ern ardino José Lim e ira .
7 - M aria A m eric a n a de B arros, c.c. o prim o, Tom a z da C osta Ramos.
8 Isabel Bra silia n a de B arros
9 - Fra ncisca de B arros Pim e nteira , la . esposa de Tom a z da C osta R a
mos.
10 - F lora , c.c. L e on ardo Pereira de Barros.

JO S É J O A Q U IM D A C O S T A R AM O S

José Jo a quim da Costa Ramos, fo i casado com Edvirges da C osta Ra


mos.
Pais de:
1 - Dr. Elias Eliseu da Costa Ramos, c.c. B elmira de Paiva Ramos.
2 - H ilá rio de B arros Ramos (em 1895, tin h a 80 anos) fo i casado com
A n to n ia A ugusta da C onceição, filh a de A n to n io de B arros Bra nd ã o.
C asaram-se em 1844, na igreja de C abaceiras.
3 - E dvirges da Costa Ramos
4 - D io n iz ia F ila d é lfia da C osta R amos, fa le cid a , por ela seus filh o s :
a) Dr. E p a minond a s B andeira de Melo
b) Dr. C h a te a ubria nd B andeira de M elo
c) Padre José A m bró sio da C osta Ramos (In v. de 1895, no 3o. C a rtório
de C a mpin a G ra nde). 2

D E M É T RIO D A C O S TA R AM O S

D e m é trio da C osta R amos fo i casado com G enerosa da C osta Ramos.


Pais de:
1 - V era cund a da C osta R amos, 2a. esposa de M e lquid e s P ereira T e jo .
2 - D e m é trio da C osta R amos (filh o ).
3 - M aria qu e , no a no de 1862, tin h a 10 anos de idade.
M a nu el da C osta R amos
2
19
Esse vigário foi deputado provincial da Paraíba e fazendeiro em Boa Vista, onde viveu e quis ser
sepultado após sua morte. Falecido em 1890, descansa no cemitério local, à direita da capela de São
Miguel. Conforme o memorialista Francisco de Assis Ouriques Soares, em sua obra "Bôa Vista de Sancta
Roza: De Fazenda a Municipalidade" (2003), página 276.
T o m a z da C osta R amos casou l a . vez com Fra ncisc a de B arros Pim e n
te ira .
Pais de:
a) A n t e ro da C osta R amos
b) Á ure a F lora P im e nte ira .
T om a z casou 2a. vez com M aria A m e ric a n a de B arros, irm ã da prec e
d e nte .
Pais de:
1 - A n to n io da C osta R amos P im e nte ira , casado com Isabel J o a q uim do
A m or D iv in o . M orre u aind a m o ço, em 1854, d e ix a n d o o filh o único
T om a z - com 15 meses de ida de.
2 - Á ure a , c.c. José G org ô nio da C osta R amos
3 - Fra ncisca
4 • In a cia
5 - T om á z ia .

In á cio de B arros L eira (3 o.), c.c. Da. Fra ncisca M aria da C on c e iç ã o:


Pais de:
1 - José V ito rin o de B arros, c.c. D e lfin a Mari a José da C onc e iç ã o, filh a
de C a etano de Souz a V arjã o, fa z e nd e iro em A lg o d o a is . N ã o houv e
de scendência.
2 - Da. Iz abel V ito rin o de B arros, c.c. Joã o E v a ng elista P ereira de C astro
Pais de:
1 - F ra ncisco P ereira de C astro
2 - V ic ê ncia P e tronila de Paula, c.c. V ic e n t e F e rre ira de P aula.
3 - José C alaz ans P ereira de C a stro, c.c. Josefa M aria de Jesus Lim a .
4 - Á lv a ro N e stor de A lm e id a C astro
5 - M a nu el A rc a njo de A lm e id a C a stro - g e n itor do e s critor Josué
de C astro.
6 - M a rc e lin o P ereira de C astro
7 - A n to n io P ereira de C astro
8 - M aria P ereira de C astro.

****

IS A B E L R O D R I G U E S

D o -tro n c o p rim itiv o d e C ab aceiras b ro to u u m re b e nto qu e d e u ramos


vigorosos - Da. Isabel R odrigu e s - qu e casou c o m o C oro n e l José da C osta Ro-

20
meu. F oi re qu ere nte dum a data de terra no lugar C arnaúba, no ano de 1740
(Doc. No. 7).
E m 1763, José da Costa R om eu já havia ve ndido o s ítio B rito ao C api-
tã o-mór João Pereira M artins, s ítio que em c o m prim e nto vinha entestar com t e r
ras do B odipitá e Ó le o-pra z (H ist. T e rritoria l da P araíba. (D oc. No. 8).
Em 1770, o coron e l José da Costa Romeu havia consolid a do a sua f a
zenda da data da C arn aúba, com o s ítio Lagoa.
Do casal Isabel Rodrigue s e o C oron el José da Costa R om eu, sabe-se
dos seguintes filh o s , consta nte s do Inv e ntário do Padre D omingos de F arias Cas
tro:
1 - C a pitã o D omingos da Costa Romeu
2 - José da C osta Romeu
3 - Da. Maria José da C onceição, c.c. o C a pitã o-mór Mateus A n to n io
Brandão, da fa z enda da Barra da Figueira.
4 - Da. A n a Maria de Jesus, c.c. o C a pitã o-mór In á cio de B arros Leira
(1 o. de nom e).

IS A B E L R O D RIG U E S DO Ó

No inv e ntá rio de 1789, do Padre, não constava o nome de Isabel R o d ri


gues do Ó, e ntre t a nto , no inv e ntário de A na de F arias C astro, sua mãe, de 1784,
na lista de de claração de herdeiros, constava o seu nome e o nome de seu m arido
- João de Souz a C astro. E ncontra mos, no C artório de C abaceiras, um in v e ntá rio
por fa le cim e nto de João de Souza C astro, proc e dido em 1805. Os seus filh o s
eram entã o, quase tod os de m enor. No mesmo C artório de C abaceiras, e n co ntra
mos o inv e ntário, por m orte de Isabel Rodrigues do Ó, proc e dido em 1850. Seus
filho s consta nte s da lista de declaração de herdeiros eram os seguintes:
1 - José V ito rin o de Souz a, casado
2 - João de Souz a C astro, casado, com 59 anos.
3 - Ma nuel de Souz a V arjã o, casado
4 - Fra ncisco de Souz a C astro, casado, 60 anos.
5 - A n to n io de Souz a C astro, solte iro, 68 anos
6 - C a etana de Souz a, c.c. o C a pitão A n to n io da C unha Siqu eira .
7 - Da. Isabel A n to n ia Bra sília , c.c. Ma nuel Francisco G uimarã es.
8 - F e lix Jo a quim de Souz a, já fa le cido, por ele re presentam seus 3 f i
lhos:
a) M a jor F a ustino de Souz a C avalcante, casado.
b) Pio de Souz a C avalcante
c) João C le m e ntin o de Souz a.
9 - Da. Cosma F erre ira , já fa le cid a , p or ela representam seus filh o s :
a) H e nriqu e José C av alcante, casado.

21
b) Da. Francisca M aria do L ivra m e n to , c.c, o C a pit ã o T im ó t e o da C u
nha Siqu e ira .
c) Da. Isabel Reis C a valca nte , viúv a .
d) Da. L e o nor de Souz a C a v alc a nte , casada qu e fo i com José de Freitas
da R essureição, já fa le cid a , cuja re pre s e nta ç ã o está nos seus 15 filh o s:
I - Joã o B a tista C a v alc a nte , casado
II - P edro de Souz a C a v alc a nte
III - T om é R ib e iro de Souz a
IV - B a rtolo m e u de Souz a C a valca nte
V - Jo ão de Souz a C av alca nte
VI - F e lix S e v erino de Souz a
V II - F a brício de Souz a C av alcante
V III - F irm in o de Souz a C av alcante
IX - B e lc h ior F reita s C av alca nte
X - Da. M aria C avalca nte , casada com o c a p it ã o R e m íg io de S ou z a C av al
cante
X I - Da. D in a do A m o r D ivin o , c.c. D io n i z io de S ou z a C a v a lc a nte
X II - Da. In a cia de F reita s, solte ira
X III - Da. A n to n i a de F reita s, casada com Jo ã o F e rre ira de A lm e id a (2o. ma
trim ó n io ).
X I V - Da. Francisca de F reita s, casada com B e la rm in o José C a v a lc a nte .
X V - Da. A n a Rosa, casada com Jo a q uim C a v a lc a nte de A lb u q u e rq u e .
10 - Da. M aria A ndre z a de Souz a, já f a le cid a , p o r ela seus filh o s :
a) C a pitã o T im ó t e o da C unh a S iqu e ira
b) B e rn a rdino de F reita s C av alc a nte
c) C a pitã o R e m ígio de S ouz a C av alc a nte
d) Joa na da C unh a S iqu e ira
e) A n a da C unh a S iqu e ira , c.c. Jo ã o dos S a ntos
f) Da. G enov eva da C unh a , já f a le cid a , p or ela seus filh o s :
I - S a turn o José C av alc a nte
II - M aria de F re ita s C a v alc a nte .
T e rra no S ítio C ab ac eira s, C ru z de A lm a s , S í tio P ata , casa na V ila de
C ab aceira s e na V ila de São Jo ã o, t e rra e m F u n t a in h a .

A N T O N IO D E F A R IA S C A S T R O

U m dos ra mos d e D o m in g o s d e F aria s C a s tro , u m d o s d o is fun d a d ore s


da povo a ç ã o d e C a b a c eira s, f o i o C a p it ã o A n t o n io d e F a ria s C a s tro qu e , segundo
a le nd a , casou c o m D a. C ris tin a , filh a d a m o ç a bra n c a b a ia n a q u e a tro u x e n o ven-

22
ire na sua fuga pre cipita d a da Bahia, e aqui chegou condu zindo um mula to que
tirou da casa paterna.
A Da. C ristina faleceu do lo . parto e a criança de sangue azul, teria sido
o C apitão José Pereira de C astro, neto do V elho Domingos de Farias C astro. S i
tuou-se com fazenda de criação, no C urral de B aixo, lugar inter-liga do à Ribeira
do Pelo Sinal, 12 quilóm e tros acima da séde do m unicípio. 3
F oi casado com Ana José do E spírito S anto. F aleceu em 1814. Seus f i
lhos fora m:
1 - José C a etano Pereira de C astro
2 - T e otônio Jo a quim Pereira de C astro
3 - Ana B ern ardino do E spírito Santo
4 - Inacia Pereira de C astro
5 - Cosma Pereira de C astro
6 - Isabel Francisca Bezerra de C astro
7 - C ipria no José Pereira de C astro
8 - Tom é Pereira de C astro
9 - José Jo a quim Pereira C astro
10 - A n to n io Pereira de C astro
11 - D io niz io Pereira de C astro.
Io . - José C aetano Pereira de C astro, casado, pai de Loure nço Pereira
de C astro e F e lix Pereira de C astro.
Loure nço Pereira de C astro era com erciante de cavalos, compra dos nas
Ribeiras que criavam raças afamadas para o serviço de gado: Rib eira do Inha-
mum, no Ceará e Rib eira dos Bastiões, no Piauí.
Nessa ú ltim a Província enamorou-se duma moça com quem prete nd e u
casar. Não conta ndo com o cons e ntim e nto dos pais, raptou-a.
Do seu casamento com a piauiense houve 15 filhos, todos pro lífic o s ,
com exceção de um que m orre u solte iro.

F IL H O S :

I - Elias P ereira de C astro, c.c. Maria D elfin a de C astro


II - D omingos P ereira de C astro
III - R u fin o P ereira de C astro
IV - C le m e ntin o P ereira de C astro
V - F ra ncisco P ereira de C astro
VI - L e oncio A bs alã o de C a stro, casado, 2a. vez com Francisca M aria da
C onceiç ão.
V II • A n a cle to P ereira de C a stro, morava no " M o n t e " .
V III - C â ndid a P ereira de C a stro, c.c. M a nu el M elquiá d e s P ereira T e jo.
I X - Isabel, c.c. Tra ja n o G om es Meira
X * Francisca, c.c. E v aristo C orreia de A ndra d e , n a tura l d e C ru a ngf -P E .
3
23
Consulte as páginas 387 e 388 do livro "Ramificações Genealógicas Do Cariri Paraibano" (1989), de
autoria dos irmãos Dinoá. Eles fazem uma correção ao Dr. Antônio sobre esse tema.
XI - G aldin a , c.c. G onç alo p ereira de B arros (irm ã o de Jo ã o M a dure iro).
X II - Jo a quin a , c.c. José de B arros L eira
X III - Maria de Jesus C astro, c.c. A g o stin h o P ereira de Luc e n a
X IV - Inacia, c.c. Fra ncisco A n to n io de B orja P ereira e C a stro, C a pitã o do
C orpo P olicia l da Província .
XV - T ere z a, c.c. S alustia no G omes da Silva.
2o. - T e o tô n io Jo a quim P ereira de C a stro, casado co m M aria Francisca
da C onceiçã o, filh a do T e n e nte- C oron e l C a e ta no de Souz a V arjã o,
Junta m e nte com o C a pitã o B e lc hior P ereira de B rito , re qu ere u as
terra s de sobras da data do C urra l de B a ixo. Seus filh o s :
I - Úrsula M aria da C onc eiç ã o, c.c. o tio , C ipria n o P ereira de C a stro.
II - A fo n s o H e nriqu e P ereira de C astro
III - C arlos B e z erra de M elo, c.c. C â ndid a M aria de Q u e iro z .
IV - Russaura, c.c. João C risostomo C orreia de Q u e iro z
V - S ebastiana M aria , c.c. V ic e nte B e z erra de S ouz a
VI - Francisca M aria da C onceição, c.c. Jo a quim B e z erra de Souz a .
V II - A n a José do E s p írito S a nto, solte ira
V III - Isabel B e z erra, c.c. A le x a ndre Bez erra de Souz a
3o. - A n a B ern ardino do E s p írito S a nto, c.c. Jo ã o F e rre ira de A lm e id a .
4o. - Ina cia P ereira de C astro, filh a do C a pitã o José P ere ira de C astro,
fa z e nd e iro no C urral de B aixo (Inv. de 1814). F oi casado com M i
guel G omes Romeu.
Pais de:
1 - In á cio G om es M eira , c.c. A n to n ia M e re ntin a do A m o r D iv in o .

F IL H O S :

a) M aria Francisca dos Passos, c.c. D io n í z io de Souz a B ra nd ã o.


b) R e nov a to G om es M eira, c.c. G enerosa G om es M e ira , filh a de D o m in
gos T avares de B rito .
c) In a cia , m u lh e r de M ateus de S ouz a Bra nd ã o.
Pais de:
1 - T o m é de Souz a R amos
2 - P edro de Souz a R amos
3 - T ere z a , c.c. José da R och a
4 - M a nu e l d e Souz a R amos
5 - In á cio de Souz a R amos
6 - R ita , c.c. F ra ncisco G om e s M e ira
7 - B e rto ld o de S ouz a R a mos, c.c. P a ulin a de S ou z a B ra n d ã o
8 - Jo ã o de S ouz a Bra nd ã o
9 - A n to n io de S ouz a Bra nd ã o
10 - G a ld in o de S ou z a Bra nd ã o

24
11 - José de Souz a Bra nd ã o
12 - Isabel, c.c. M a nu e l João
13 - G e n erino de Souz a Brandão
14 - Id a lin a , c.c. José G omes M eira
15 - M aria , m orre u solte ira
16 - Júlia de S ouz a Bra nd ã o, c.c. D io n í z io P ereira de C a stro J ú n ior.
Da. J úlia , está com 94 anos de idade, ainda fo rt e , em ple no goso das
fa culd a d e s m e ntais. F oi ela a in form a n t e da longa série de nomes de
seus irm ã os.
1 7 -B a rn a b é de Souz a Bra nd ã o, c.c. N iq uin h a de D omingos T avares
R amos
18 - Ingrá cia , c.c. José G e n erino
19 - José, m orre u em cria nç a .
H ouv e mais 8 filh o s que m orrera m em criança.
d) Migu el N ilo G omes M eira, c.c. Q u erubin a
e) A n to n i a , c.c. In á cio Marçal de F arias
f) P a ulin a , c.c. T om a z de A q u in o Pereira
g) Rosa, m ulh e r de R ein aldo de Souz a, n a tura l da V ila do T o uro
h) E rm ira , m orre u solte ira
i) L e odin a , c.c. Loure nço G arcês de M e lo (n a tura l de Areia)
j) José G omes de Assis, c.c. P aulina da C osta R amos
I) Isabel, m ulh e r de M e n ervino.
II - Migu el G om es M e ira , c.c. A n a Jo a quin a do E s p írito S a nto.
III - R e nov a to P ereira de C astro, padre ilustre . F oi D e puta do P rovin cia l com
m u ito b rilh o na sua atu açã o. F oi S ena dor pela P rovín cia de P ern a m b u
co e ch e gou a ser G ov ern a dor da quela unid a d e da F e deração e m in t e ri
nid a d e . Poeta re p e ntista e tin h a o d om de a p e lid ar. A sua pele era c o
b erta de sardas (e fé lid e s), que lhe davam um aspecto de c o uro p in t a d o ,
s e m elh a nte a c ôr do te jú , a p e lido irre v ere nte qu e lhe pespegaram e que
ele in t e lig e n t e m e n t e n e utra liz o u a dota ndo o sobre-nom e de T e jo , no
qu e f o i s eguido pela f a m ília .
IV - A n ic e to P ereira d e C a stro, c.c. Isabel In á cia do E s p írito S a nto.
Pais d e:
a) M a nu e l M e lquí a d e s P ereira T e jo , que casou 3 vê z es; com A n a M el-
qufa d e s d e C arv a lho.
Seus filh o s :
M aria
G o n ç a lo
T om a z
M in e rvin a
S egunda vê z, casou c o m V era cund a da C osta R a mos, filh a de D e m é trio
da C osta R amos.

25
As te ste munh a s d a qu ele ca sa m e nto fora m :
Dr. Elias E lí a c o E liseu da C osta R amos e o C a p it ã o-m ór In á cio B arros
L e ira (ca sa m e nto na igre ja de C abaceiras, em 1972).
S em e sclare cim e nto necessário, supomos, e n tre t a n to , ser do 2o. m a tri
m o n io de M a nu el M e lquí a d e s P ereira T e jo, o filh o de nom e O ta via no Pereira
T e jo.
M a nuel M elquía d e s, casou 3a. vêz, com C â ndid a P ereira de C a stro, filh a
de L o ure n ç o P ereira de C a stro e R ita M aria de Jesus, a pia uie nse.

F IL H O S :

Si Ivi no P ereira T e jo
João P ereira T e jo (bacharel)
Fra ncisco de Assis Pereira T ejo
Manuel P ereira T e jo
A lfre d o P ereida T ejo.
b) F rancisco de Assis Pereira T ejo
c) M aria Isabel da C onceição
d) José P ereira de C astro
e) Á guid a In a cia de A lm e id a C astro, c.c. Fra ncisco Alve s de A lm e id a
C astro ( C hico F irm in o).
f) Inacia Francisca de Sales
g) A n a P e tronila das Virgens, casada com Jo a quim P ereira dos S antos,
ra mo dos P ereira dos S antos de C abaceiras.
5o. - Cosma P ereira de C astro, c.c. In á cio de B arros L eira J ú n ior.
6o. - Isabel Francisca Be z erra de M elo, c.c. Migu el F erre ira de A lm e id a .

Pais de:
M aria José da C onceição, c.c. S everino P ereira de Souz a (avós de
qu e m escreve este tra b a lh o).
A n a Francisca , c.c. Migu el da C osta R om e u.
7o. - C ipria n o José P ereira de C astro, c.c. a sobrinh a , Úrsula M aria .
8o. - T om é P ereira de C astro, c.c. A n a Josefa do E s p írito S a nto. 4
9o . • José Jo a quim P ereira de C astro, c.c. M aria José da C onc eiç ã o, f i
lha de A n to n io de Souz a V arjã o.
10o. - A n to n io P ereira de C astro
1 l o . - D io n í z io P ereira de C a stro
Do p a triarc a do do C urra l de B a ixo, e x e rcid o p e lo C a pitã o José Pereira
de C a stro, sairam os P ereira de C a stro, os P ereira T e jo , os P ereira de B arros, os
C osta B rito , os C orre ia de Q u e iro z , os P ereira de A lm e id a d e B o a V ista , os R eno-
v a to M e ira , os Souz a Bra nd ã o, os Souz a R amos, etc.
4
26
Tomé Pereira de Castro faleceu em 1845 sem deixar filhos, abriram um inventário para partilhar os seus
bens entre a família, uma das herdeiras foi a sobrinha Maria José da Conceição, esposa do Severino
Peba.
* #* *

V I

0 C a p i t ã o A n t o n i o F e rr e ir a G u i m a r ã e s , c o m p a n h e i r o e sóci o d o T e n e n
t e D o mi n g o s d e F ari a s C a s tro na a q u i s i ç ã o d a F a z e n d a C a b a c e ir a s, d e i x o u no C a-
rirí o tr a ç o v i v o d e sua e x i s t ê n c i a , a tr a v é s dos seus d e s c e nd e nt e s .
E m 1 7 9 5 , f a l e c e u e m C a b a c e ir a s, D o m i n g o s F e rr e ir a G u i m a r ã e s , f i l h o
ou N e t o d o p r i m i t i v o c o l o n i z a d o r .
Era el e c a s a do c o m Da. F e l i p a M a ri a de A l b u q u e r q u e .

F IL H O S :

1 • F a u s t i n o F e rr e ir a G ui m a r ã e s .
2 - V i c e n t e F e rr e ir a G u i m a r ã e s , c.c. M ari a da P a i x ã o C a v a l c a nt e , f i l h a de
T e o d ó s i o F r a n c i s c o d e O l i v e ir a L e d o , m o r a d or e m R i a c h o de S a n t o
A ntonio.
3 - Jos é F e rr e ir a G u i m a r ã e s .
4 - M e r e n c i a n a F e rr e ir a G ui m a r ã e s .
5 - J o a n a d o s S a nt o s .
6 - A n t o n i o F e rr e ir a G ui m a r ã e s .
7 - D i o n i z i o F e rr e ir a G ui m a r ã e s .
8 - J o ã o F e rr e ir a G u i m a r ã e s , m o r a d o r no S f t i o Passagem, cêrc a de 3 q u i
l ó m e t r o s da c i d a d e de C a b a c eir a s.

F IL H O S :

I - P e d ro F e rr e ir a G u im a r ã e s .
II - J o ã o F e rr e ir a G u im a r ã e s , c .c . In á c i a T e re z a d e J e sus. F o i e le o d o a d o r
da t e rr a e o e d if i c a d o r d a C a p e la d e N oss a S e n h o r a d o R o s á rio d e C a
b a c e ira s .
III - Jo s é P a c h e c o G u im a r ã e s , c . c . L ib a n i a M a ri a d a s V irg e n s , f il h a d e A n
t o n i o d e B a rro s B r a n d ã o , m o r a d o r e s n o S f t i o V o lt a .

F IL H O S :

a) Is a b e l T e r t u li a n a G u im a r ã e s ,
b} M a ri a M a d a l e n a G u im a r ã e s ,
c) M a ri a d a G ló r i a G u im a r ã e s .
d) E m ili a n o d e B a rro s G u im a r ã e s .
e | O t o n O n ó r i o G u im a r ã e s .

27
t) A m é ric o .
g) F é lix.
h) In á cio.

IV - C rispim F e rre ira G uim arã e s


V - P a c ífic o F erre ira G uim arã e s
VI Justin a M aria F ra ncisca da C onc eiç ã o
V II - Jos e fin a de B arros
VI11 - A n a F erre ira de Jesus
IX - Isabel A m eric a n a de M aria Lessa
X - M aria A lt e v in a de B arros G uim arã es.
9 - F lorê n cia
10o. - M a nu e l F erre ira G uim arã es, c.c. T ere z a G u e trud e s, filh a de João
da Roch a P into e de sua m ulh er, Jo a quin a P ereira de A ra ú jo , bis
n eta de Da. A dria n a de O liv e ira Le do e filh a de P a ulo de A ra ú jo
Soares.

F IL H O S :

I - Jo a q uim F é lix F erreira


II - M aria Jo a quin a da C onceiç ão, c.c. isidro G onçalves de O liv e ira
111 - A n a F e lip a da C onc eiç ã o
IV - Jo a quin a M aria de Jesus
V - Jo a n a M aria de Jesus
V I - In á cio P ereira G uim arã es.
11 - D om in gos
12 - A n a
In v e n t á rio Proc e dido no ano de 1836, p or f a le c im e n to de F lore a n a M a
ria de Jesus, casada qu e fo i com G eraldo F erre ira G uim arã e s, f a le c id o em 1803.

F IL H O S :

1 - M a nu e l F e rre ira G uim arã e s, p or ele seus filh o s :


a) A l e ix o F e rre ira G uim arã e s
b) José
c) A n to n io N un e s F e rre ira
d) J o a q uim José F erre ira
e) S erá fico José F e rre ira
t) P a tríc io José F e rre ira
g) C osma F e rre ira G uim arã e s
h) C a eta n a M a ria de Jesus, f a le cid a , p o r ela seus filh o s :
I - A n to n io F ra ncisco d a C osta

28
II Francisco G omes da Costa
III - José Gomes da Costa
IV - A n a Jo a quin a de Jesus
V Maria do Rosário
VI - Lu uovin a M aria de Jesus
10 - T ere z a M aria de Jesus, fa le cid a , por ela seus filh o s:
a) José do E gito
b) D omingos da C osta
c) M aria da A nuncia ç ã o
d) Isabel M aria de Jesus
e) A ng é lic a M aria de Jesus
f) Rosa M aria de Jesus
g) A le x a n drin a M aria de Jesus
h) C osma M aria de Jesus.
F ora m esses os ele m entos que colh emos nas investigações que e fe tu a
mos no C a rtório de C abaceiras, a re speito dos F erreira G uimarã es, dura nte o pe
río d o colo nia l.

****

V II

OS S O U Z A V A R J Ã O

Sem embargo de qu a lqu er pre conc eito de raça, o sangue mesclado dos
Souz a V arjã o, fo i se d ilu in d o nas veias dos elementos que iam d e sponta ndo
após a segunda m etade do século X V III, rarefeita popula ção do V ale.
C a etano V arjã o de Souz a chegara nos pastos de mimoso e panasco do
S ítio C ru z e B arro V erm e lho, no com eço da 2a. metade do século X V III, ond e
comprara um a p arte de terra a Da. Cosma de O liv eira C ru z , filh a de A n a de O li
veira. A l í re qu ere u a d a ta da Cru z que lhe fôra concedid a no ano de 1766 (D oc.
No. 10) t e m p o em que a segunda geração dos tro n co s pio n e iros de cabaceiras, al
çava o vôo d o him e n e u.
C edo se con sta to u o cru z a m e nto dos F arias C astro com os Souz a V a r
jão. João de Souz a C a stro, casado com Iz abel Rodrigue s do Ó , é um e x e m plo cla
ro da m iscibilid a d e do sangue das duas fa m ília s.
Seus filh o s assinavam-se:
José V ito rin o de Souz a, Joã o de Souz a C a stro, M a no el de S ouz a V arjã o,
Francisco de Souz a C a stro, A n to n io de Souz a C astro.
N o lug ar R ib e ira , 12 q u iló m e tro s acim a de C abaceiras, ainda e xiste m
escombros dum a casa qu e f o i, p or longos anos, o nin h o de várias gerações dos
F arias e Souz a V arjã o.

29
5
Jo ã o E vang elista de S ouz a , fale c e u a lí, em 1861.
Pai d e :
1 - S e v erino P ereira de Souz a (avô do a u tor).
2 - Jo ã o E va ng elista de Souz a (bisa vó do P adre E le o d oro Pires).
3 - T om a z E va ng elista de Souz a
4 - Á guid a M aria de Souz a, c.c. A n to n in o José G onç alv e s, genearca dos
A n to n in o s , da fa z e nd a Lig e iro , de S erra Branca.
Os Souz a V arjã o subira m p e lo ria c h o M a rib o n d o , C a cho eira , Impu ei-
ra, F u nta in h a , A lgod o a is, ond e o T e n e nte C oro n e l C a e ta no de Souza
V arjã o se fu n d a m e nta ra com um a fa z e nd a de cria r gados, em campos
de boas pastagens.

Na t e n t a tiv a de absorçã o e po vo a m e nto das catingas do nord e ste , estava


se mpre à fre n t e o m issioq ário im c u m b id o de s o lid ific a r os alic erc e s da conquista .
O nd e se c o n struia um a capela, logo surgia um sacerdote para d e s e nvolv er a sua
abnegada a tivid a d e .
Há mais de 20 0 anos que os dois fun d a dore s do po vo a do de C abaceiras
le v ara m a t e rm o a idéia da construç ã o dum a capela n a quele loc a l. O T e n e nte D o
mingos de F arias C astro e o C a pitã o A n to n io F erreira G uim arã e s, no com e ço do
s é culo X V I1 1, a d q u irira m a fa z e nd a C abaceiras e al í c o n stru íra m as suas moradas.
O prim e iro c o lo niz a d or situou-se no lug ar '' C h a rn e c a '' lado d ir e it o ; o se
g u ndo no lug ar Passagem, lado esquerdo do re f e rid o rio T a p ero á , d is t a n t e um do
o u tro , cerca de 5 q u iló m e tro s .
S e gundo um a tra diç ã o a lí corre nte , os dois povo a dore s co n c e rta ra m a
m a n e ira de e scolh er o local para a im pla nta ç ã o dum a capela.
P a rtira m ambos de suas casas, em hora pre via m e nte a c erta d a , em c a m i
nh a d a n orm a l, um em dire ç ã o ao o u tro , o p o n to de e n c o n tro seria e ntã o o local
da c on stru ç ã o do e d ifíc io . A in d a hoje , conta-se um a h is tória c o m o qu e le nd ária
de qu e os d ois povo a dore s se e n contrara m no alv e o d u m ria ch o, qu e to m o u o
nom e de ria ch o da igreja.
A lí , os dois h eróis subira m a ra mp a e irm a n a dos n u m só p e ns a m e nto,
tra ç a ra m no ch ã o a pla nta d o p e qu e no t e m p lo , fu n d a m e n to d o po vo a d o de
C abaceiras. A igreja era o c e n tro de atra ç ã o d o a v e n ture iro p e rd id o nos êrmos,
senão a c é lula m a ter d o povo a do.
De C ab ac eiras p a rtira m v ários re b e ntos dos tro n c o s pio n e iro s , na d ire
ção do po e nt e , no c a m in h o d o rio , de seus a flu e nt e s, c o m o o b j e tiv o de se fix a
re m em terra s pró pria s para o d e s e nvolvim e nto da cria ç ã o de gados.
C riav am-se novos g â ngiios d e p o v o a m e nto , p oré m , sempre lig ados ao
núcle o de orig e m , p e lo f i o da co erê ncia , a a f e tivid a d e f a m ili a r e z e lo das leis d iv i
nas da igreja.
5
30
Faleceu em 07/03/1861 por causa de estopor, branco, com 65 anos de idade. Recebeu os sacramentos da
igreja e já era viúvo de dona Maria Ignácia da Conceição. Deixou um inventário mencionando todos os
filhos e os bens a serem partilhados. Severino Peba, esposo de Maria José da Conceição, herdou bens.
A igreja teria forçosam ente que os a trair ao povoado, pelo menos uma
vêz cada mês, para suas desobrigas. D a í a necessidade de construçã o das casas dos
fa z endeiros, nos povoados, que só eram por eles ocupadas nos domingos em que
houvesse missa e as qu a tro festas do ano.
Do núcle o prim itiv o de C abaceiras, filh o s e genros dos povoadores, de-
bord ara m o rio T a pero á e se fix ara m além, em mora dia toscas de povoadores:
Rib eira do Pelo Sinal e de Santa Cruz, C urral de B aixo, C urral do Meio, Gravatá,
Jaramataia, S antana, Santa Clara, Riacho do Padre, C arnaúba, Mulungú, Lig eiro,
Serra Branca, etc.
Em se tra ta n do acêrca daqueles novos gânglios de povo a m e nto, p e rdi
dos na vasta solidã o do pla n alto, deve-se elucid ar os nomes dos que se e m plum a
ram dire ta m e nte no núcle o prim itiv o de C abaceiras. E começar sem dúvid a , pelos
mais e ncontra diços na história do povo a m e nto do V ale, os B arros L eira , os F a
rias C astro, os Pereira de C astro:

1 - O C apitã o Iná cio de Barros Leira, patriarc a do C urral de B aixo.


2 - D omingos de F arias C astro, patriarc a do C urral do Meio.
3 - José Pereira de C astro, com seu p atriarc a do ta mb é m no C urral de
B aixo.
4 - Manuel Pereira de Barros, na Ribeira, tro n c o dos M a dureiros.
5 - Francisco de F arias C astro, situado no C urral do M eio, com a sua f i
lharada, entre eles, um padre e um médico.
6 - João B atista C orreia de Q ueiroz, que foi casado com Da. Joana, f i
lha do C a pitã o A n to n io de B arros Leira e de sua m ulh er, A n a de F a
rias C astro, filh a do velho povoador. F oi ele o conce ssion ário da data
de Jaramataia e povoador, espécie dum A d ã o da S erra da B orbore-
ma.
7 - C oron el José da Costa Romeu que casou com Da. Isabel R odrigue s,
filh a de um dos fund a dore s da povoação de C abaceiras, C a pitã o D o
mingos de F arias C astro. F oi ele o concessionário da data da C arn a ú
ba.
8 - C a pitã o D omingos da Costa Romeu, filh o do C oron e l José da Costa
R om e u, fo i o p a triarc a do Gravatá, dono dum a data de terra ao sul
de sua formos a fa z enda de criação.
9 - M anuel Tavares de Lyra fo i concession ário da data do Poço da Pedra
Branca que vinh a se lim it a r com o sogro, pelo ria cho da ''C h a rn e c a''
(D oc. N o. 11).
10 - Os T avares de Lyra e Tavares de F arias que se situ ara m nos lim ite s
da data do M ulungú, data do S ítio C ru z e da data da Jaram ataia.
11 - Os C osta R amos qu e se estabeleceram nas pla nície s de S antana, C ai-
fa z , T im b a úb a , Ponta da S erra, etc.
12 - Os Souz a Bra nd ã o e B arros Bra nd ã o que se loc aliz ara m no lug ar Ri-

31
beira, C urral de B aixo, Lucas, Poço das Pedras, Barra da Figueira,
etc.
A lé m do ele m e nto aqui cita d o que saiu do tro n c o povo a dor de C abe
ceiras, outros ele m entos de v alor históric o , viera m se fix a r com fa
zenda de gados, nos pastos bons de mimoso e panasco das planuras
do C a rirí de fóra.

V III

OS A L V E S P E Q U E N O S

Os Alves P equeno fora m criadores de a lto c o turn o , em S anta C lara , na


márgem do rio do mesmo nome, onde criara m milhare s de c arn eiros e cabras e
centenas de cabeças de gado vacum.
O concession ário de data da A ld e ia , ainda em 1760, na c o n fro n t a ç ã o de
suas terra s, cita va o nome de Luis Alves Pequeno.
Em 1863, ainda e xistia a fa z enda de S anta Clara e os Alve s P equeno.
T e mos um docum e nto, de certa im portâ ncia , acerca da ú ltim a geração
dos Alv e s P equeno que a prov eitara m o aconchego p a triarc a l de S anta Clara. T r a
ta-se dum inv e ntá rio proc e dido no ano de 1863, e xiste nte no 3o. C a rtório de
C a mpin a Grande, por fa le cim e nto de João José Alves P equeno, casado, sem des
c e nd ê ncia , com M aria Manuela do N ascim e nto, mora dore s na fa z e nd a São João
de Boa V ista , 10 q uiló m e tro s ab aixo de S anta Clara, pastos com uns de ambas as
fa z endas.
0 casal não te ndo descendência, fora m , e ntã o, cha m ados os seus irm ã os
para a sucessão.

H E R D E IR O S IR M Ã O S :

1 - Luis Alv e s P equeno, com 77 anos de idade


2 - Jo a quim Alves P equeno
3 - A n a , casada
4 - M aria , c.c. o fa le cid o J o a quim Luis
5 - Jo a quin a , c.c. B e nto de V a sconcelos
6 - F ra ncisc a M aria de Jesus, casada, fa le cid a , d e ix a n d o os seguintes
filh o s :
I - T ra ja n o A lv e s P equeno
II - P adre F ra ncisco A lv e s P equeno
III - José F ra ncisco A lv e s P equeno
IV - G e rônim a A lv e s P e qu e no, c.c. In á cio de F re ita s da S ilv e ira C a lu ê te

32
V - B e lis a A lv e s P e q u e n o , c .c . L u is A lv e s d a S ilv e ir a C a lu ê t e
V I - M a ri a Jo s é A lv e s P e q u e n o , c .c . T r a j a n o A lv e s P e q u e n o , f a l e c id a , p o r ele
seus f ilh o s :
I - A n g e lo A lv e s P e q u e n o
II - F r a n c is c o J os é A lv e s P e q u e n o .
8 - A n a F r a n c is c a A lv e s P e q u e n o , f a l e c id a , c a s a d a q u e f o i c o m J o a q u im
T a v a re s d e A b r e u .
P ais d e :
a) F r a n c is c o , c o m 19 a no s d e id a d e
b) V e r a c u n d a , c o m 14 a n o s d e id a d e
c) In o c ê n c i a , c o m 11 a no s d e id a d e
d) J o s e f a , c o m 10 a n o s d e id a d e
e) B e n v in d a , c o m 9 a n o s d e id a d e
f) D ig n a , c o m 8 a n o s.

O s h a b it a n t e s d o C a rirf , re g iã o a ç o it a d a d u r a m e n t e p e l a e sc a ss e z e ir r e
g u l a rid a d e d a s c h u v a s a n u a is , é g e n t e q u e f o r m o u as c o n s c i ê n c i a s n a c o n s t â n c i a
das lu t a s e d o s s a c rif í c io s .
P ro g r e d ir a m p a r a d o x a lm e n t e n a c u lt u r a , o b r il h o d e sua a p r e s e n t a ç ã o
p e sso a l, e m b o r a a su a e c o n o m i a n u n c a passasse d o c r i a t ó r i o in s ip i e n t e e d u m a
p e q u e n a a g ric u lt u r a d a s u b s is t ê n c ia .
H o u v e é p o c a e m q u e S ã o J o ã o d o C a rir í , lo c a lid a d e s it u a d a à m a rg e m
d o T a p e ro á , c ê rc a d e 4 0 q u iló m e tr o s a c im a d a C a b a c e ira s , t o rn o u - s e o f ó c o d e
b a c h a r é is , s a c e rd o t e s e m é d ic o s , a p o n t o d e se d i z e r irr e v e r e n t e m e n t e q u e S ã o
J o ã o d o C a r ir í só d a v a d o u t o r e ju m e n t o . A irr e v e r ê n c i a n ã o r e s p e it a n e m m e s m o
as le is b io ló g ic a s d a r e p ro d u ç ã o d o s c a r a c t e re s a n c e s tr a is .
H a v i a c á , c o m o h o u v e e m C a ja z e ira s , c o m o C o l é g io P e . R o li m , o c é l e
b r e C o l é g io d o D r. B r a n d ã o ( F r a n c is c o A p r í g i o V a s c o n c e lo s B r a n d ã o ), a v ô d o
jo r n a lis t a A s sis C h a t e a u b ri a n d .

* * * *

Nas c ab ec eiras do rio T a p ero á , no re le vo das serrania s, d iv o rtiu m aqua-


rum da b a cia d o rio Pageú e rio P ara íb a , há te rra s qu e vão da d a ta da C arn a úb a ,
águ a s para a R ib e ira das E spinh ara s, ao re le vo d iv is ó rio das águas do rio S u curu ,
v a sta e x t e n s ã o de te rra s d e socup ada s, c u jo p o v o a m e n to escasso, tin h a c o m o c e n
t r o , a poss e de F e lip e R odrigu e s, f il h o de P ascácio de O liv e ira L e d o, suc e dido pe
lo f i l h o , A n t o n i o R odrigu e s da C osta .
E ste fó c o de p o v o a m e n to f o i v e rific a d o n o co m e ço d o s é culo X V III ,
com a presença de F e lip e R odrigu e s na séde d o G o v e rn o d a P ara íb a , para s o lici-

33
t a r a r e v a lid a ç ã o d a c a rt a d e s e s m a ria , r e q u e rid a p e lo p a i, P a s c á c io d e O liv e ir a
L e d o , n o a n o d e 1 6 9 5 ( D o c . N o . 1 2).
A q u e l e lu g a r f o i c h a m a d o n a lí n g u a d o s in d í g e n a s d e A r id e c ó , h o j e C o r
d e iro s , s e d e d o m u n i c í p i o d o m e s m o n o m e , d e s m e m b r a d o d o v e lh o m u n ic í p i o
d e S ã o J o ã o d o C a rir í .

34
AP Ê NDIC E

1 - R e g is tro d e s e s m a ria d e A n d r é V id a l d e N e gre iro s


2 - R e g is tro d u m a c a rt a d e s e s m a ria d e A n t o n i o d e O . L e d o e o u tr o s .
3 - S e s m a ria d e D o m in g o s d e F a ria s C a s tro e A n t o n i o F e rr e ir a G u im a
rã es.
4 - D a t a d e S a n t a R os a
5 - D a t a d a S e rr a d o M o n t e
6 - D a ta d a J a ra m a ta ia
7 - D a t a d a C a rn a ú b a
8 - C o n s o lid a ç ã o d a d a t a d a C a rn a ú b a
9 - D a t a d o R i a c h o d a C a rn a ú b a
10 - D a t a d a C ru z e B a rro V e rm e lh o
11 - D ata do P oço da P edra Bra nca
12 - S esmaria de F e lip e R odrigu e s.

35
DO CUMENTO

PONTO C O NTRO VERSO

O D r. Irin e u J o f f i l y , nas suas " N o t a s s o bre a P a r a í b a " , e scre v e u o t r e


c h o s e g u in t e :
"O C a p it ã o P a sc á cio d e O liv e ir a L e d o m o r a d o r na c id a d e o u C a p it a n i a
d a B a h ia , r a p t o u u m a m o ç a d e f a m í li a im p o rt a n t e . P e rs e g u id o t e n a z m e n t e até
a m a rg e m d ir e it a d o rio S ã o F r a n c is c o , p ara e sc a p ar f o i o b rig a d o , c o m a sua a m a
d a , a l a n ç a r os c a v a lo s n o rio e p a ss á -lo a n a d o . A lc a n ç a n d o a m a rg e m esquerda,
s e g u ir a m p e l a R ib e ir a d o M o x o t ó às suas n a sc e nte s e p a ss a ra m para a C a pit a nia
d a P a ra íb a v in d o p o u s a r e n tr e os rio s T a p e ro á e o P a ra íb a , ond e d e pois os seus
d e s c e n d e n t e s f u n d a r a m a p o v o a ç ã o d e C a b a c e ira s , h o j e V i l a ” .
Esse e p is ó d io e n v o lv e n d o o C a p it ã o P a sc á cio d e O liv e ir a L e d o n u n c a f o i
c o rr e n t e e m C a b a c e ira s .
A q u e l e r a m o dos O liv e ira L e do, f o i o fu n d a d o r da fa z e nd a C abaceiras
q u e tr a n s p a s s o u a poss e a o T e n e nte D omingos de F arias C a stro e ao C a pit ã o A n-
t o n io F e rr e ir a G u im a r ã e s , f a to v e rific a d o no com e ço d o s éculo X V III.
S ou de o p in iã o , p o r in d íc io s ve ementes, qu e o T e n e nte D om ingos de
F arias C a stro, casou com um a filh a do C a pit ã o P ascácio de O liv e ira L e do.

37
IN D IC IO

O PO RTUG UÊS BA R T O LO LO M E U LEDO

O p o rtu g u ê s B a rt o lo m e u L e d o , tr o n c o d o s O liv e ir a L e d o n o B r a s il, c a


sou c o m a f ilh a d o p o rtu g u ê s F ra n c is c o d e C a íd a s e í n d i a b r a s í lic a F e lip a R o d r i
gu e s.
A q u i o i n d í c i o q u e d e v e m o s a c e n tu a r::
O C a p it ã o P a sc á cio d e O liv e ir a L e d o t e v e u m f i l h o c o m o n o m e d e F e
lip e R o d rig u e s .
O T e n e n t e D o m in g o s d e F a ria s C a s tro t e v e u m a f il h a d e n o m e Is a b e l
R o d rig u e s , q u e c a sou c o m o c o ro n e l Jos é da C o st a R o m e u .
A h is t ó ri a q u e o u v i , m u it o c o rr e n t e e m C a b a c e ira s , n a m in h a m o c id a d e ,
t e m s e m e lh a n ç a c o m a d o tr e c h o c it a d o , a p e n a s m u d a -s e o n o m e d o p ro t a g o n is t a
e a cre s c e n t a -s e a s u p e rio d id a d e d e c ô r.
A fig u r a p rin c ip a l d o e p is ó d io n ã o f o i o C a p it ã o P a s c á cio d e O liv e ir a L e
d o e s im o m u l a t o b a i a n o , q u e f o i p e la m o ç a b r a n c a e m d e s e s p e ro , r e tir a d o d a
c a s a d o p a tr ã o (o p a i d a m o ç a ) e c o m e la f u g id o , p a ra se liv r a r d o s rig o r e s d a p u
n iç ã o , p o r p a rt e d o s p a is, q u a n d o c o n h e c e s s e m d o p e c a d o v e n i a l, c o m e t id o p e l a
f il h a , n a a q u i e s c ê n c i a d a t e n t a ç ã o d a s e rp e n t e s a n fr a n c is c a n a .
O m u la to chamava-se Pascoal F e rre ira , p o r a lcu nh a " O M ã o G ra n d e " .
P or isso, o profe ssor C orio la n o de M e d e iros, no seu " D ic io n á rio C o ro g r á fic o " ,
disse qu e o nom e P ascácio anda c o n fu n d id o com o de " P a s c o a l" . O m u l a to qu e ,
segundo a le nd a , a qui casou com a b aia na nã o f o i o pai da l a . filh a da D a. C ris ti
na, o nom e da b aia n a qu e era bra nc a de linh a g e m e qu e tiv e ra o m e smo nom e da
mã e, n om e qu e f o i c o m u m , d ura n t e m u it o t e m p o , e n tre os d e sc e nd e nte s das f a
m íli a s orig in á ria s do fo c o p o v o a d or de C abaceiras. A D a. C ris tin a casou com o
cab a c eire ns e C a p it ã o A n t o n io de F aria s C a stro. F a le c era no l o . p a rto . O filh o
qu e s o bre viv e u , f o i o C a p it ã o José P ereira de C a stro, p a tria rc a d o C urra l de B a i
x o , R ib e ira d o P elo S in a l, c u ja d e sc e nd ê ncia a in d a h oje se org u lh a da sua lin h a
gem. 6

38
6
Consulte as páginas 387 e 388 do livro "Ramificações Genealógicas Do Cariri Paraibano" (1989), de
autoria dos irmãos Dinoá. Eles fazem uma correção ao Dr. Antônio sobre esse tema.
D O C No. 1

R E G IS T R O DA C A R TA D E S E S M A R IA de
A n d r é V í d a l d e N e g r e iro s .
D o c u m e n t o s H i s t ó r i c o s - B i b l i o t e c a N a c i o n a l . V o l . X I X d a s é ri e X V I I d o s D o c u
m e n to s d a B ib lio t e c a N a c io n a l - pag. 1 56.

Dom J e rô n im o de A tta id e de A tto u g u ia e tc. F a ç o s a b er a os q u e esta


C a rt a d e D o a ç ã o e S e s m a ri a v ir e m q u e A n d r é V i d a l d e N e g r e iro s m e e n v i o u a p e
tiç ã o c u jo t e o r é o s e g u in te :
l i m o . e E x m o . S e n h o r . D i z A n d r é V i d a l d e N e g r e iro s q u e e ll e t e m s e rv i
d o a S u a M a g e s t a d e d e t r i n t a e o u t o a n n o s a esta p a rt e n a f o r m a q u e é n o t ó r i o , e
a t é a o p r e s e n t e se l h e n ã o d e r a m t e r r a s q u e p o r e s ( s i c ) c u l t i v a r e p o r q u e o d e s e j a
f a z e r d e q u e se s e g u i r á g r a n d e u t i l i d a d e a R e a l F a z e n d a d e S u a M a g e s t a d e .
P e d e a V o s s a E x c e ll e n c i a lh e f a ç a m e rc ê d a r d e d a t a , e s e s m a ria d e z l a
go a s d e t e rr a e m q u a d r a p e lo rio da P a ra h ib a a c im a c o m e ç a n d o n o S í t i o o n d e
L o u r e n ç o C a v a lc a n ti t e v e u m C u rr a l j u n t o a o d it o R io c o n c e d e n d o -lh e q u e poss a
t ir a r d e C o m p r i m e n t o c o m o m e lh o r lh e e s tiv e r v is t o e s t a r e m d e v o lu t a s . E . R . M . E
v is t a a In f o r m a ç ã o d o P ro v e d o r-M ó r d a F a z e n d a R e al d e st e E s t a d o c u jo t e o r é o
s e g u in t e : ll l m o . e E x m o . S n r. ; É m u i n o t ó r io a t o d o e ste E s t a d o os m e r e c im e n t o s
d o S u p lic a n t e , e m u i ju s t o q u e se c o n c e d a o q u e p e d e n ã o e s t a n d o d a d a s as t e r
ras, n e m p r e ju d ic a d o a t e rc e ir o . V oss a E x c e ll e n c i a m a n d a r á o q u e f o r s e rv id o .
B a h ia e 7 d e M a io d e 1 6 5 7 - M a th e u s F e rr e ir a V ill a s B o a s - E s er o im p e tr a n t e
p o r t o d o s os r e s p e ito s q u e n e ll a c o n c o rr e m t ã o b e n e m é rit o d o q u e p e d e a l é m d o
s e rv iç o q u e f a z a S u a M a g e st a d e e m c u ltiv a r a q u e ll a s t e rr a s .
H e i p o r b e m e lh e f a ç o m e rc ê e m seu R e a l n o m e d e lh 'a s d a r, e c o n c e
d e r d e S e s m a ria a ssim e d a m a n e ir a q u e as p o d e e c o n fr o n t a c o m t o d a s su a s
á gu a s c a m p o s l e n h a s m a d e ira s , t e s t a d a s , e lo g r a d o u ro t u d o liv r e , e is e n to s e m d e
lia s ser o b rig a d o a p a g a r f o r o , p e n s ã o o u t r i b u t o a lg u m s a lv o o D i v in o a D e u s q u e
p a g a rá d o s fr u c t o s e c ri a ç õ e s , q u e n e lla s h o u v e r e p o r e lla s d a r á C a m in h o s liv r e s
p a ra p o n t e s f o n t e s , e p e d r e ir a s e as p o s s u ir á , e c u ltiv a r á c o m o suas p r ó p ri a s q u e
e m v ir t u d e d e s t a sã o, n ã o s e n d o d a d a s a o u tr e m , na n o v a o r d e m d e S u a M a g e s t a
d e q u e f o i s e rv id o m a n d a r s o b r e a r e p a rtiç ã o d a s t e rr a s d a q u e ll a s C a p it a n i a s e m
c u j a c o n d iç ã o lh 'a s d o u , e c o n c e d o p o r d e v o lu t a s n ã o p r e ju d ic a n d o a t e r c e ir o .
P elo qu e ord e n o , e m a ndo a q u a isqu er O fficia e s de Justiç a qu e d ir e t a
m e nte p e rt e n c e r lh e d ê m posse re al e e ff e c tiv a e a ctu a l, e e m t u d o g u ard e m , e
cu m pra m , e fa ç a m c u m p rir e gu ard ar o pre s e nte t ã o p o n tu a l, e in t e ira m e n t e c o
mo n e lla se c o n t é m sem d ú vid a e m b argo ou c o n tra d iç ã o algum a e esta se re gistra
rá nos L ivro s da S e cre taria d o E sta do e F a z enda R eal d e lle , e b e m assim nos a
que to c a r d a qu e lla s C a pit a nia s do N ort e .
Para firm e z a d o qu e a m a nd e i passar sob meu signal e s ello de minh a s
a rm a s.

39
A n t o n i o V e llo s o a f e z n e s t a C id a d e d o S a lv a d o r B a h i a d e t o d o s o s S a n
to s , e m os o i t o d i a s d o m e z d e M a rç o d ig o d o m e z d e M a io d o a n rio d e m il s eis
c e n t o s e c in c o e n t a e s e le B e rn a rd o V i e ir a R a v a s c o o f i z e s c r e v e r - O C o n d e d e
A t t o u g u i a - R e g is tr a d a n o p r i m e ir o L i v r o d o s R e g is tro s a q u e t o c a d e s t a S e c r e t a
ri a d o E s t a d o d o B r a s il a f o lh a s q u a r e n t a e q u a tr o . B a h i a e M a io 8 d e 1 6 5 7 R e-
v a s c o - R e g is tr a se n o s L iv r o s d a F a z e n d a . B a h i a e M a io 1 8 d e 1 6 5 7 - F e rr e ir a -
N o m e s m o d i a se r e g is tr o u .

40
D O C No. 2

R E G IS T R O D E U M A C A R T A D E S E S M A R IA
d e A n t o n i o d e O liv e ir a L ê d o e o u tr a s p e sso a s, d a d a n o P a r a h ib a a c im a .
D o c u m e n to s H is tó ric o s B ib lio t e c a N a c io n a l - V o l. X X I I - pag. 62.

S a ib a m q u a n to s e ste P ú b lic o I n s t r u m e n t o d e C a rt a d e S e s m a ri a v ir e m
qu e n o a n n o d o N a s c im e n t o d e N o s s o S e n h o r Jesus C h ris t o d e m il e s e is c e n to s e
s e s s e n t a e c i n c o a n n o s , a o s v i n t e s e is d i a s d o m ê s d e M a r ç o d o d i t o a n n o n e s t a
c id a d e d o S a lv a d o r B a h i a d e T o d o s os S a n to s , e p o u s a d a s d e m i m E s c riv ã o d a s
S e s m a r i a s a p r e s e n t o u e d e u u m a p e t i ç ã o , d i g o a p a r e c e u o A l f e r e s S e b a s t i ã o B a r*
bos a d e A lm e id a , e m e a p r e s e n to u e d e u u m a p e tiç ã o d ' A n t o n i o d e O liv e ir a L ê
d o , e C o n s t a n t in o d ' O liv e ir a , B a rb s a ra d ' O liv e ir a , M a ri a B a rb o s a B a rr a d a s , e o
A lf e r e s S e b a s ti ã o B a rb o s a d e A lm e id a , c o m d e s p a c h o n e ll a d o S n r. D o m V asco
M a sc are nh a s C o n d e d ' O b id o s , G e n til H o m e rn da C a m ara d ' E I R ei n o s s o S e n h o r
e d e seu C o n s e lh o d ' E s t a d o , V ic e - R e i e C a p it ã o G e n e ra l d e m a r e t e rr a d e t o d o o
E s t a d o d o B r a s il, d a q u a l e d o d i t o d e s p a c h o o t e o r é o s e g u in t e :
S e n h o r. A n t o n i o d e O liv e ir a L ê d o , C u s tó d io d ' O liv e ir a L ê d o , C o n s t a n ti
n o d / O liv e ir a L ê d i, L u is d ' A lb e r n a z , F r a n c is c o d ' O liv e ir a L ê d o , B á rb a r a d ' O li-
v e ira , M a ri a B a rb o s a B a rra d a s , e o A lf e r e s S e b a s tiã o B a rb o s a d ' A lm e i d a t o d o s
m o r a d o r e s n e st e E s t a d o , q u e na C a p it a n i a da P a ra íb a nas C a b e c e ira s d e u m a d a t a
qu e c o n c e d e u o C o n d e d e A t t o u g i a ao G o v e rn a d o r A n d r é V id a l d e N e g r e iro s , há
t e rr a s d e v o lu t a s q u e n u n c a f o r a m d a d a s n e m c u ltiv a d a s d e p e sso a a lg u m a ; e p o r
q u a n t o e lle s S u p p lic a n t e s são m o ra d o r e s , e t ê m q u a n tid a d e d e g a d o s, a ssim v a c-
c u m , c o m o c a v a ll a r, e m a is cria ç õ e s p ara p u d e r e m p o v o a r c o m to d a l a rg u e z a , t o
d a a t e rr a q u e f o r u t il , e n ã o t ê n n a q u e ll a C a p it a n i a t e rra s o n d e as p o s s a m a c c o-
m o d a r; e o r a os S u p p lic a n t e s as t ê m d e s c o b e rto , e p o v o a d a s c o m g a d o s d e d o is
a n n o s a e sta p a rt e s e m c o n tr a d iç ã o a lg u m a , e o u tr o s im t ê m s e rv id o a S u a M a g e s-
t a d e , q u e D e us G u a rd e , d e v in t e a n n o s a esta p a rt e , c o m gra n d e d is p ê n d io d e su a
f a z e n d a , e r e s u lt a c o n v e n i ê n c i a ao b e m c o m u m e às re n d a s d e su a M a g e s t a d e , p o-
vo ar-s e o S e rt ã o c o m t o d a a la rg u e z a , q u e só é e s tim a d a d o G e n tio in d o m e s tic o .
P e d e m a V o ss a E x c e ll e n c i a lh e s f a ç a m e rc ê a e lle s S u p p lic a n t e s e m n o m e d ' E I-
R e i N o s s o S e n h o r d a r d e S e s m a ria t r i n t a lé gu a s d e t e rr a s a t o d o s os r e f e rid o s n e s
ta p e tiç ã o q u e c o m e ç a r ã o a c o rr e r p e lo R io d a P a ra h ib a a c im a o n d e a c a b a r a d a t a
d o G o v e rn a d o r V id a l d e N e g r e iro s , d ig o : A n d r é V id a l d e N e g r e iro s e d o z e d e l a r
go c o m d e c l a r a ç ã o q u e c o rr e r ã o p a ra o S u l d u a s lé gu a s, e p a ra o N o rt e d e z l é
guas.
E h a v e n d o nas cabeceiras d o d i t o André Vidal outras datas que lhe per
t u rb e m a p o v o a ç ã o , d ig o que lhe perturbem o effeito desta povoação poderão
e lle s S u p p lic a n t e s p o v o a r o n d e as acharem devolutas a mesma quantidade que
p e d e m a c o n fr o n t a m n e st a petição e Rio Parahiba.
E outrosim pedem a Vossa Excellencia lhes faça mercê conceder que

41
p o s s a m , s e n d o n e c e s s á ri o , p a r a f i c a r e m m a i s b e m a c c o m o d a d o s f a z e r d o c o m p r i
m e n to la rg ura e d a la rg u r a c o m p r i m e n t o , c o m o m e l h o r lh e s e s tiv e r, s e g uin d o
s e m p r e o r a m o q u e m e l h o r l h e s a c c o m o d a r p a r a t o d a s as p a r t e s q u e o q u i z e r e m
d e i t a r p a r a su a s d e m a r c a ç õ e s . E r e c e b e r ã o m e r c ê .
S e g u n d o se c o n t i n h a n a d i t a p e t i ç ã o q u e s e n d o a p r e s e n t a d a a o d i t o S r.
V ic e - R e i, e v is t a p o r e ll e , n e ll a p o z p o r seu d e s p a c h o o s e g u in t e ;
" In fo rm e o P ro v e d o r-m ó r d a F a z enda R e a l. B a h i a , 2 d e f e v e r e iro de
1 6 6 5 . R u b ri c a d o S e n h o r V i c e - R e i . E d a d o o d i t o d e s p a c h o e i n d o c o m e ll e a d i
t a p e t i ç ã o a o S a r g e n t o - m ó r A n t o n i o P e r e ir a q u e d e p r e s e n t e s e rv e d e P r o v e d o r-
m ó r d a F a z e n d a R e al d e ste E sta do, d e u o P are c er e In fo rm a ç ã o s e g u in t e :
S e n h or. S e n d o V ossa E x c e ll e n c i a s e rvid o , e s t a re m as t e r r a s d e v o l u t a s
c o m o os S u p p l i c a n t e s d i z e m , e t e r e m c a b e d a e s p a r a as c u l t i v a r , n a p a r e c e l h a s
p o d e d a r, s e m p r e j u í z o d e t e rc e iro , na c o n f o r m i d a d e q u e d is p õ e o F o r a l. B a hia
16 d e M a r ç o d e 1 6 6 5 . A n t o n i o P e r a ir a " , E n ã o d i z m a is a r e s p o s t a e i n f o r m a ç ã o
d o d i t o P r o v e d o r - m ó r q u e e s t á p o r e ll e v i s t a a d i t a p e t i ç ã o p o r ú l t i m o d e s p a c h o
m a n d o u o s e g uinte :
F a ç o m e r c ê a os S u p p l i c a n t e s d e S e s m a r i a e m n o m e d ' E I - R e i m e u S e
n h o r , t o d a a t e rr a c o n f r o n t a d a e p e d id a e m sua p e t i ç ã o , n ã o p r e j u d i c a n d o a t e r
c e i r o ; e p a s s e -s e -l h e P r o v i s ã o n a f o r m a d o E s t y l e . B a h i a 2 0 d e M a r ç o d e 1 6 6 5 .
R u b ric a d o S e n h o r V ic e -R e i.

42
D O C . No. 3

S E S M A R IA D E D O M IN G O S D E F A R IA S C A S T R O
E
A N T O N IO F E R R E I R A G U IM A R Ã E S • N ota s sobre
a P a r a íb a - Irin e u J o f f i l y - p a g. 2 3 5 .

G O V E R N O D E F R A N C IS C O P E D R O D E M E N D O N Ç A G U R J Ã O .

O t e n e n t e D o m in g o s d e F aria s C a s tro e o C a p it ã o A n t o n io F e rr e ir a G u i
marã es, m o ra d o r e s n o s e rt ã o d o C a rirí , d e sta C a p it a n i a , s e n d o s e n h ore s e p o s s u i
dore s d e u m s í tio d e c ri a r g a dos, a q u e c h a m ã o d e C a b a c e ira s, is to n o d i t o s e rt ã o
o q u a l h o u v e r ã o p o r c o m p r a d o C a p it ã o P a sc á cio d e O liv e ir a L e d o , e m c u j a ilh a r-
gar d o d it o s í tio d a p a rt e d o sul t e m u m ri a c h o q u e c o rr e d o p o e n t e p a ra o n a s
c e nte , o n d e t ê m a lg u n s c u rr a is c o m posse d e 2 0 , 3 0 e m a is a n n o s e c o m o p ara
p a rte d o sul e rã o m a tt o s e n ã o se f a z i ã o c a so d e lle s , e h o j e e st ã o e m c a m p o s , os
qua es os s u p p lic a n t e s os t ê m f e it o c o m m u it o tr a b a lh o e d is p ê n d io d e su a f a z e n
da, e d e pre s e n t e a m b ic io s o s lh e s q u e r e m o c u p a r e f a z e r c u rr a is n o d i t o ri a c h o
pela p a rt e d o s u l, q u e p r e ju d ic ã o as f a z e n d a s d o s s u p p lic a n t e s ; p o r is t o p e d i ã o
trê s le goas d e t e rr a s d e c o m p rim e n t o e u m a la rg u ra p e lo d it o ri a c h o a c im a c o m e
ç a ndo o n d e c h m ã o C a c h o e ira , s e g u in d o p ara p a rt e d o p o e n t e a t é e n t e s t a r c o m
terra s dos S u p p lic a n t e s e p e la p a rt e d o sul c o m os p ro v id o s d o s s í tio s d a C ru z e
B arro V e rm e lh o e p a ra e v it a r c o n t e n d a s t o d a s o bra d e t e rr a s q u e h o u v e r e n tr e
elles. F e z-se a con c e ss ã o aos 5 d e a b ril d e 1 7 3 4 .

43
D O C N o. 4
2 2 d e f e v e r e ir o d e 1 7 4 4

D A T A D E '' S A N T A R O S A ”

D . A d r i a n a d e O l i v e i r a L e d o , v i ú v a q u e f i c o u d e A g o s t i n h o P e r e ir a P i n
t o , m o r a d o r a e s e n h ora d o s í tio " S a n t a R os a ” d o s e rtã o d o C a riry , t e rm o d e sta
c a p i t a n i a , o q u a l h o u v e p o r l e g í t i m a d e s u a d e f u n t a m ã i I z a b e l P a e s , c u j o s í tio é
d e cre a r g a dos, e p o rq u e n e lle lh e n ã o c a b e m os q u e p ossu e , e nas su a ilh a rg a s
p e lo ri a c h o c h a m a d o S a n ta Rosa a cim a , d o n d e v e m o n o m e a o d i t o s í t i o , se a-
c h a m u m a s sobra s q u e p e la p a rt e d o n a sc e nte e n t e s t ã o c o m os s í tio s c h a m a d o s
as A n t a s e S. P e dro , p e la d o p o e n t e c o m os s í tio s c h a m a d o R i a c h o d o P a dre e
C a if a z , e p e lo d it o ri a c h o de S a nta R os a a c im a a té e n t e s t a r c o m a p ro v id a D o n a
C o s m a T a v a re s L e it ã o , e p ara a s u p p lic a n t e p o d e r p o s s u ir as d it a s s o bra s c o m
seos f ilh o s D o n a Iz a b e l P e re ira d e A lm e id a , e A g o s tin h o P e re ira P in t o , q u e t a m
b é m p o s s u e m seos g a dos, lh e é n e c e ss á rio t ir a r c a rt a d e s e s m a ria , n a s f o rm a s das
o rd e n s re a is, d a s d it a s so bra s c o m to d a s as v e rt e n t e s d o s m a is ri a c h o q u e c o rr e m
p a ra o d i t o s í t i o d a s u p p lic a n t e , q u e p o r f a lt a d'a g u a se a c h a m d e v o lu t a s e d e s a
p ro v e it a d o s e n u n c a f o r a m p o v o a d a s p o r pe sso a a lg u m a , p e d i a , p o r t a n t o , e m
c o n c lu s ã o , q u e foss e c o n c e d id a e m s e sm a ria as d it a s s o bra s c o m as c o n fro n t a ç õ e s
a c im a d e c l a r a d a s p a ra a supplic a nte s e seos h erd e iros pod ere m m e lh or a c c o m o-
d a r se os g a d o s. F o i f e it a a concessão de trê s léguas de c o m prim e n to e um a de l a r
g ura , n o g o v e rn o d e P edro M o n t e iro de Macedo.

44
D O C No. 5
27 de ja n e iro de 1805

" D A T A DA S E RRA DO M O N T E "

C a pit ã o-m ór Ign acio de B arros Lyra , c a pitã o José F e lix de B arros, c a pi
tã o J e ro n y m o C o e lho de O liv e ira e o te n e nte F e lix Jo a q uim , mora dore s na V ill a
Nova da R ainha diz e m que nos fundo s dos pastos das suas fa z endas e nconsta do
a serra do M o nte pela p arte do po e nte e sul, se acha uma porç ã o de terra s de so
bras sem s e n horio, das quaes se utilis a ra m as quaes pegam p or d e tra z do s errote
da Pedra d'A gira em ru m o d ir e ito a ponta da sobre dita serra do M o nte , conte s
ta ndo p e lo nascente com terra s do s e nhorio do B o d o pit á e B oqu e irã o, e pela ser
ra acima da p arte do N ort e , até os lim it e s da mesma serra, conte sta com terra s do
T e nente A n to n io da C osta A lb u q u e rq u e e M e llo e p e lo po e nte e sul com terras
dos mesmo supplic a nte s da cujas terra s precis ão e pedem p or sesmaria de sobras
com duas léguas de c o m prid o e um a de largo ou com o m e lh or fo r. F oi f e it a a
concessão, no gov erno de Luis da M o tt a F êo.

45
D O C N o. 6
21 d e j u l h o d e 1 7 8 8

D A T A D A J A R A M A T A IA

J o ã o B a p tis t a C o rr e i a d e Q u e ir o z e B e rn a r d o J o s é , m o r a d o r e s n o s ertã o
d o C a r ir y d e F ó r a , d i z e m q u e e s t ã o p o s s u in d o s í t i o J a r a m a t a i a e m o q u a l com-
p r e h e n d e a su a e x t e n s ã o e in t e n s ã o , n o c o m p r i m e n t o c o m o na l a rg u r a , os poços
Q u in a ê g ê e P o m b a s , o n d e h á c u rr a e s a n tig o s , M a ri a s P r e t a s , C a c im b a d e A n d r a d e
R o d rig u e s , R i a c h o e L a g o a e o o l h o d 'a g u a d o A b r e u , t u d o p o r e s c rip t u r a s velh as
e n o v a s , e m c u j a poss e se a ch a m os s u p p lic a n t e s p a c ific a m e n t e p o r si e seus ante
passados, desde F ra n cis c o T a v are s d e M e llo , D o m J o ã o d e S o u z a , c a pitã o-m ór
M a n u e l d e L ir a , t e n e n t e José d e L ira , c a p it ã o -m ó r A n t o n i o d e B a rros mais d e o i
t e n t a a n no s, e p orq u e os seus a nte p a ss a dos n ã o d e c l a ra m a s e sm aria d o sobre dito
s í tio , p ara e v it a re m c o n t e n d a s , p e d e m s e sm aria d o r e f e rid o s í tio , para seu l e g í ti
m o t í t u l o c o m as s e guinte s c o n fro n t a ç õ e s : f a z e n d a p e ã o j u n t o a casa de Maria de
L im a n o ri a c h o das P omb a s, c o rre n d o d o d i t o rio ru m o d ir e it o p ara o nascente
c o m trê s léguas d e c o m p rid o , e m c u jo ru m o fic a m os d it o s lug are s a cim a d e cla
ra dos a s a b er: R ia c h o d'a g u a e m a is o lh o d'a g u a d o A b r e u , M a ria s Pretas, Imbu-
z e iro s , C a cim b a d e A n d r a d e R o drig u e s , a té e x tr e m a r p e lo m e sm o nascente com
t e rra s d o C a ifá s, c o m u m a le gu a d e la rg o d e n o rt e a s u l, e p a ra o n o rt e com os
p o s s uid ore s d o B a d a lo e p ara o sul c o m as e x tr e m a s a n tig a s d o s í tio S erie m a e so
b r e d it o s itio J a ra m a t a ia , p ara o p o e n t e , e x tr e m a n d o c o m t e rra s das Pombas, da
p a rt e d o p o e n t e e poço.
F o i feita a concessão, no governo de J eronymo José de M e llo C astro.

46
D O C No. 7
18 d e m a rç o d e 1 7 4 0

"D A T A DA C A R N A Ú B A "

J O S É D A C O S T A R O M E U , te ndo seus gados sem terra s onde os cria r e


situ ar, buscou lugar acomodado em cim a de serra com dois olhos dágua, o qu al
sítio estava d e v oluto e por isto requeria três léguas na sobre dita serra, pegando o
com prim e nto de sul a norte e uma de nascente a po ente, do sul testada do C oro
nel A n to n io Dias A ntun e s e de parte do norte com terra s que fora m de D isid ério
O rtiz e do seu irm ã o E stevam F erreira e da parte do poente, testada do C apitão
A n to n io Dias A ntun e s, em cim a da mesma serra da B orbore m a.
Concessão no governo de Pedro M o nte iro de Macêdo.

47
D O C N o. 8

E m 1 763, José da C osta R om ê o já h a via v e n d id o o s í tio B rito ao C api-


t ã o -m ó r Jo ã o P ereira M a rtin s , s ítio qu e em c o m p rim e n to ia e n t e st a r com terra s
d o B o d o p it á e O le o-pra z .
(H ist. T e rrito ri a l da P ara íba - J. d e L yr a T a v are s - pag. 1 1 3).
E m 1 7 7 0, o C oro n e l José da C osta R om ê o já h a via c o n s o lid a d o a sua
fa z e nd a da d a ta da C arn a úb a , com o s ítio da L a go a , sobre o q u a l se re fere da da
ta d o “ O lh o d'a gu a d o T a m b o rim , de T e n e nte V ic e n t e F e rre ira N eve s” .
J. de L yra T avare s - H ist. T e rrito ri a l da P ara íb a , pag 4 5 6 .

48
D O C No. 9
22 de o u tu bro de 1762

" D A T A D O R IA C H O D A C A R N A Ú B A "

M ath eus A n to n io Brandão e D omingos da C osta R om e u diz e m que des


cobrira m em cim a da serra da B orbore m a , sertão do C a rirí, terras d e voluta s,
águas v erte nte s par.a a R ib eira dos E spinharas, nas nascenças do ria ch o da C ar
naúba em cujo lug ar pre te n dia m tre ís legoas de c o m prid o e um a de largo, pegan
do dos poços qu e te m o d ito ria cho para o sul, fic a n d o na compre ehe nsão um a
legoa chamadas dos ta nqu e s e c o n fro n t a n d o p e lo n ort e c o m a rib e ira das E spi
nharas, p e lo sul com o s ítio d o D e sterro, p e lo N ascente com a serra do M o n t e iro
e pelo po e nte com te rra qu e fora m de T h om a z de A lm e id a .
F oi f e it a a concessão no gov erno de F ra ncisco X a vier de Mira nd a H e nri
que.

49
D O C N o . 10
1 0 d e d e z e m b ro d e 1 7 6 6

"D A T A DA CRUZ E BARR O V E R M E LH O "

O s a r g e n t o -m ó r C a rt a n o V a rj ã o d e S o u z a , s e n d o s e n h o r e p o s s u id o r d e
u m s í t i o d e t e rr a s n o s e rt ã o d o C a r ir y , r ib e ir a da P a r a h y b a , e m q u e e st á c r e a n d o
s e os g a d o s , c h a m a d o C ru z , c u jo s í t i o h o u v e p o r c o m p r a a o T e n e n t e J o ã o F ern a n-
d e s d e S o u z a e a su a m u lh e r C o s m a de O liv e ir a d a C r u z , e c o m o p a ra a p a rt e d o
s u l, ilh a r g a d e d i t o s í t i o se a ch ã o t e rr a s d e v o lu t a s p o r n ã o t e r e m c o n v e n iê n c ia
p a r a se p o d e r s it u a r e c u l t i v a r p o r f a lt a d 'a g u a e t e m e n d o - s e o s u p p lic a n t e , que
p ara o f u t u r o h aja pessoas, qu e se q u e irã o in tr o d u z ir nas d it a s t e rra s só a fim de
p r e ju d ic a r e m ao s u p o lic a n t e , não f a z e n d o c o n t a s e n ã o à e ll e p o r t e r a n n e x o d ito
s í tio e p ara seo secego e q u ie t a ç ã o se lh e f a z pre c is o t ir a r p o r d a t a as d it a s te rra s
c o m tre s legoas de c o m p rid o e u m a d e larg o p o r sobra s p ara m e lh o r su ste nta ç ã o
d o seo g a do fa s e n d o p e ã o d e tra z d a S erra da C ru z e m u m a p e dra d'a g u a , q u e está
ju n t o à u m a la g oin h a nas na sc ença s d o ri a c h o c h a m a d o " C a n u d o s " e p o r elle
a b a ix o p ara a p a rt e d o n a sc e nte le goa e m e ia e p ara a p a rt e d o p o e n t e c o n t e s t a n
d o c o m t e rra s d o d e fu n c to F ra n c is c o da C ru z d e O liv e ir a e p a ra a p a rt e d o n ort e
c o m t e rra s d o s í tio C a rn o y ó d o c a p it ã o -m ó r G a sp a r P e re ira d e O liv e ir a e para a
p a rt e d o sul c o m t e rra s d o m e s m o c a p it ã o -m ó r G a s p a r P e re ira d e O liv e ir a e D o
m in g o s A lv e s da S ilv a , c u jo s í t io se c h a m a S a n t'A n n a ; p e d in d o e m c o n c lu s ã o p or
s e sm aria as d it a s t e rra s c o n fro n t a d a s c o m tr e s le go a s d e c o m p rim e n t o e u m a de
l a rg ura .
F e z-se a conc e ss ã o r e q u e rid a , n o g o v e rn o d e J e ro n y m o Jos é d e M e llo e
C a stro .

50
D O C No. 11
8 de d e z e m bro de 1760

" D A T A DO POÇO DA P E DRA B R A N C A "

S arg e nto-m ór M a nuel T avares de L yra , m ora d or no C a rirí de F óra , d iz


que no d ito lugar povo ara um s ítio de terras com gados e de qu e a m u ito s a nnos
lhe fiz era traspasse seu sogro, C a pitã o D omingos de F arias C a stro p o r c o m pra
que o d ito seu sogro fiz era em 1735 ao C a pitã o G aspar P ereira de O liv e ira , não
t e n do mais t í t u l o qu e a e scritura , diz e ndo G aspar P ereira que as dita s t e rra s lhe
toc ara m por le g ítim a de sua mãe, sendo c e rto que o qu e lhe toc a v a p o r le g ítim a
fo i o s ítio C arnoié , e p or que se lhe fa z eia necessário sesmaria para e v it a r d ú v i
das, e esta ndo o sup plic a nte de posse e mais de 14 annos, pe dia tr e is lagoas de
terra de c o m prid o , prin c ip ia n d o no poço da P edra Branca, p e lo rio da P ara íb a
acima até a situ a ç ã o da C ru z e uma legoa de largo, buscando o ria c h o d o B e n to ,
p a rtin d o d e lia para o po e nte . Malhada G ra nd e . Ala go a de A g u a rd e n t e , ria c h o da
C harneca até sair do Travessão da p arte do po e nt e , fic a n d o d e n tro o p o ç o d a C a
ch eira e M a rib o n d o , M alh ada da C abeça do C avalo e te n d o e mnos qu e se ach ar
d e ntro da compre e ns ã o, pod e ndo o supplic a nte ancher-se pelas te stadas do C ar-
n oió da p arte d o sul no ria ch o do S aco, C achoeira , E stre ito e Q ueim ad as e p or
ond e mais necessário fosse.
F oi f e it a a concessão no gov erno de Jo ã o H e nriqu e de C arv a lho.

51
o
E D IT O R A G R Á F IC A U N IV E R S A L
R u a M a c i e l P i n h e ir o N o , 1 1 0
F on e s: 2 2 1-5 1 7 0 e 2 2 1-2 6 6 5
O ff « s e t - T i p o g r a f i a
J o ã o P essoa ~ Pb.

E q u ip e d e E l a b o r a ç ã o :

Montagem: C arlos R ob erto Freire


Assis V alle
F otolitos: Luiz Tiné
C omposição: Josenildo Lucena
M artinho S ampaio
Revisão: E dvaldo Perico
COMPOSTO E IMPRESSO NA
EDIT O RA

Q r á ^ it a

PELO SISTEMA O F FtC T


Rua: MmM P fnMro N0 110
F otm : 221-8170 — 231-2066
JOAO PESSOA - PARAfoA

Você também pode gostar