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NOVA SÉRIE
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POR
Frederico· Barata
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Julgamç.>s, todavia, que já é possível precisar alguns pon-
tos importantes e estabelecer deduções que embora parciais
sejam ma:is válidas, baseando-nos no material bem maior -
acumulado e- na soma de conhecimentos mais seguros que
nos proporcionam os estudos especializados nestes últimos •
anos desenvolvidos.
Tôdas as explicações que . têm sido tentadas para o fe-
nômeno muiraquitã baseiam-se quase exclusivamente na in-
terpretação dos textos nem rempre claros dos cronistas. feita
em geral ao sabor de teses preconcebidas, e na apreciação,
dentro do mesmo critério, de um diminuto material conhe-
cido e sempre repetido, em sua mor parte pertenc-ente a co-
leções museológicas demasiado exíguas. A~ra, todavia;
quando já possuímos. não só uma quantidade ·apreciável de
muiraquitãs como, ainda, dados muito mais amplos sôbre
as zonas de cultura em que são comumente achados, é claro
que não devemos ficar~ adstritos a uma. apresentação, do pro~
blema ~ob ângulos idê:Q.tieos aos .que o orientaram preceden-
temente.
. De Barbosa Rodrigues · até aqui estendeu-se em muito o
campo de pesquisas não só arqueológicas como etnográficas
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230 REVISTA DO MUSE.U PAULISTA, N. S., VOL. VIII
-
(1) - Mauricio de Heriarte. "Descripção do Esta do do Maranhão, Pará, ~ -
Corupá. e Rio das Ama.zonas". Edição por conta do Barão de PôrtQ
Seguro. Vienna d' Austrla. 1874. PA.gs. 19 e 37.
(2) - Padre José de Moraes... História. d a Companhia de Jesús na . extincta
Provlncia. do l\íaranhão e Pará.. Typog r a phla do Commérclo, de 'Brito. ·
& Braga. Rio de .Ta.neiro. 1ROO. PAg. l'ill'i.
(3) - Bispo D . Frei João de s. José. "Viagem e visita do Sertão em, o
Bispado do Gra:m-Pará. ·em 1762 e 1763". Revista. do Instituto H1sf.ó-
r1co e Geographico Brasileiro. Tomo T.X. Pé.&'. ffl.
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( ( 4) - Algu ns t ê m que r ido vem uma in dicação m ais a ntiga do uso de mui- '
:raquitãs n o manuscrito "Descobrimento do R io das A mazonas e sua s
Dilatadas Provfncias", a tribuído a Al ons o de Rojas, qua ndo r efere
que os í ndios ao longo d o Amazon as, n a rota percor rida por Pedro
'.i..'eixeira, não usam joias . senão as que di.1tt1e1noi da vrov,ncia dos
TapaJós. O trecho grita do,' a.cima , corresponde à tràdução brasilei-
Fa d e C . l\1ello L eit ão. No origina l, "Via je del Capíta n P edro T ei- _;...
xeira. á gua s arrida. dei r io de las Amazon a s ( 1638-l(k~9) ", publicad o
l p or Ma rcos J in1enez de la Espada e m Ma d rid, le-s e "no t ene n a l ha-
j as sinó s on la s que d ijimos de los de le provincia de los T rapajosos' '
(J>arágra!o 26).
A tra dução de a1ha.fas por ;ióias e a m ais cahfvel. en1bora a p a-
lavra espanhola. sig n ifique tambérn adornos preciosos , ~s tes, entre-
t a nto, podendo ser mesmo de plnmária, não s e justificaria n1 na cate-
goria d e excepção est a b elecida. pelo jesuíta e ntre os fndios a m&-
zônicos. N uma t radução par a o in g·Iês vê-se do mesmo modo " jewelle"
• corr espondendo a a lha jas. Qu e jóias outras poderia o c ronist a. t er
visto entre os Tapa jó que n ão fôssem os seus colares liticos ou
mulraquitã.s'! Esse é a pergunta que com a grado logo s e formula em
~ nosso esp·lrito. E' em vão. todav ia . que proc ura em t ôrla a narrati-
va de Alonso de Roja s a outra r ef erência assinalada sôbre as "jóis.s ",
da provfncia dos T a pajós. ·onde as descreve, jóia s de verdade, n1e-
t á licas. chamandõ-as de pla~as dP. ouro penduradas nas er11lh.a s e
, D&J!lzea, é Unicamente quando f a la do '-lUC ViU em "la Pr'OVincia, lJa-
rnada Culiman (SoUman o Solimões), veclna a los 01naguas " (Para-
grafo 24).
Tudo Indica, assim, que Alonso de Rojas se equivocou e escreveu
"provincia de los 'l'ra:paJosos" qua ndo o que queria verdadeiramen-
te escrever era. " pr ovincta de los Om.a gua.a". Ninguém , todavia, s e
apercebeu dêsl!le lapso e vem s endo repetido por certos a utores q ue
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' o padre d e Rojas foi o primeiro a mencionar as Jóias ou mul.raqultãs
, dos Tapajós, o que como acaba mos de ver não corresponde infeliz-
mente à realidade.
· · - Spix e Marttus (ob. cU:ada., pág. 205), r eferindo -se á. "pedra do
Amazona s", sugerem, baseados na .anotação de Jíerrera , (IV 10, c.
9,) que pudesse ser idênttca às duas encontradas entre os fndios por
D iego de Ordas (1530) na sua. e xpedição a o Amazonas. E comenta,
"Se essas pedras s ão idê nticas- à de que est a rnos trata nd o, o que é
p rovável, pelo tama nho e por dizer em os lndios haver r ocha s inteira s
·.. (5) -
delas, essa · é a m a is antiga noticia acerca dêsse minério".
Fr. " Gaspar CarvaJa l. "Relação". "BrasiUcwa", série 2.•, vol. 203,
.- (6) -
R.ilo Panlo. Rio. 1S.41. PA.g. 77•
Padre Chrlstobal d 'A c ufi&. "Novo descobrimento do grande rio das
Ama zon a s" . Revi sta do Instituto HJstorJco, Geographico e Ethno-
graphlco do ~rasi l. Tomo XX.VIII. 2.º Trimestre de 1805. Pág. 248.
(7) - P. Fr. Laureano de la Cruz. "Nuevo Descubrhniento del Rio de Ma-
•
na.íion llamado de las Amazonas", BlbHoteca de la Irradlación. ·Ma-
drid, 1900. PJigs. fi3 ~ 120.
(8) - Padre João Felippe Betendort. "Chronica. da Missão , dos Padres da
Companhia de Jesus no Estado do Maranhão". Revista do Instituto
HitJtórlco e Geográfico Brazilelro. Tomo LXXXII, P. r. Rio de
Janeiro, Ull~
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232 REVISTA DO MUSEU PAULISTA, N; S., VOL. VIII . ' ,
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b) - mlrakitI, de (a)mir-a(,v)kitã.
c) - pu'irakitã (em vez de pu' urakitã, de pu'ir-(w)kitã, idem
mu'lr-akitã. '
\ Podemos extrair fàcilmente o esque1na pura,vki ou paraki do
clássico porabiki .- t rabalhar, provindo de uma forma mais sim-
ples_ em a(w)kl - m anusear, usa r, apalpar, mexer.
Parece-nos caber a t radução do esquerna final itã por pedra
porque dificilmente os porfuguêses confundiriam uma vogal nasa-
lizada com s ua correspondente não nasalizada, havendo de resto
d emasiado exemplos n a toponímia brasileira comprobatórios dêste
modo de pensar.
·' A palavra ltã ainda existe n a lfngua tembé-ténêtéha ra. Sabe-
.
•. se que os tupi, para designarem certas especies da fauna ou da
flora, ligavam-nas a outras com as quais mantinham por vezes uma
sirnb1ose pa1·as1taria. Diz1an1 assin1 zatirima.w (por. zawtl-rimaw),
designando uma espécie de passaro que sempre é visto em compa-
nhia dos jabotis, segundo afi.rma m os ,indios, dando a traduçã,o
"criação de jaboti"; ta.tu-kiw para uma espécie de maruim bran-
co, que se traduz por "piolho de t atú" e, ainda, ita i-kaw, "ca-
b a de s·apinho", para designar u ma espécie de cada n ão identi-
ficada.
Sendo a vogal tembé ã, pronunciada como o õ , alemão em bose,
equivalente .à vogal nasalizada ã, encontramos em ita i uma for-
ma dimlnutiva de itii com a qua l denominam uma espécie de rã.
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' . Para concluirmos dire1nos que das __ três possibilidades, acima.
aventadas, uma só r eside á análise critica do etimologista. E' ela.
pu 'ir-a(w)ki-(l)tã, ou a variação mu'lr-a(w)ki-(i)tã, que significaria
• então rã ou sapo u sado como enfeite, sendo este substantivo a forma
aglutinada dos seguintes esquemas:
pu'ir, idem mu'lr - missangas, contas enfeites-, etc.
a(w)ld - mexer. manusear, usar. apalpar.
itã - esp~~ie de. ríi. ou sapinho.
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. 238 REfISTA DO -MUSEU PAULIS.TA, N. S., VOL·. VIII .
1. 1 -
Itã ou- itan com o significado de sapo ou rã já fôra de
.resto assinalado por Bàtista . Caetano. (24)
Puêra, igualmente, consta em vários vocabulários .e di-
cionários (25) e já foi aventada., ~o princípio do século~_
para su~stituir muira em muiraquitã. Barbosa Rodrigues,
porém, condenou a sugestão no paséedouro, alegando que os
• índios não conheciam contas, de vez que estas foram intro-
duzidas pelos portuguêses (miçangas) e que puêra é tam-
bém nome ·e ngendrada' pelos conquistadores~ pois os índios
tinham apenas poyr '· para 9.esignar as sementes e grãos
furados dos seus colares primitivos. (26)
A diferenciação é infundada, sobretudo· hoje ' quando
sabemos que os colares indígenas não eram feitos somente
de caroços, sementes ou grãos, havendo-os e em abundância
formados d~ contas líticas como as que fabricavam com
perícia os Tapajó.
A opinião de Barbosa Rodrigues era uma .,.r esultante da
convicção com que defendia a tese de que "o muyrakytã_ é ,
um monumento Asiatico deixado no solo Americano por um
ou mais corpos de emigrantes". (27). Nó de pau calhava- ·
.l he admiràvelmente para sustentar · que "a jade ou nefrite
do rio é mais bela em côr e as vezes cortada de veias ·a zues
e a das móntanhas tem a aparencia de nó de madeira em
geral cortada de veios pardacentos, daí vindo o nome indí-
gena talvez porque outrora fossem mais usados os dessa
aparencia". (28) E, assim, fácil lhe ficava aduzir, man-
tendo a c.onexão do objeto com o qriente, qu.e "na, China tam.-
bém se conhecem as jades pelo nome de nó de páo ou de
madeira" . <29) '
Que Barbosa Rodrigues encontrou a tradição de puêra .
em tôrno dos muiraquitãs evidência-~ do seu "Relatorio
sopre o Rio Tapajós", onde nos diz: "Nas suas .terras anti-
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REVISTA DO MUSEU PAULISTA, N. S., VOL. VIII 239
/.
(30) - J. Barbosa Rodrigues. "Relat ório sôbre o Rio T aparyós". Pá.gina. 151.
(31) - Idem. "O _MuyrS:kytã e os ,Idolos Simb.<;>licos". Segunda. edição, 1.o
• volume. Rio . de Janeiro, Imprensa Nac1onal, 1899. Pá.g. ~1.
(32) - A clta~ão não está. correta. Heriarte não grafou buraqultã é sim
baraqultõ.s e buruqultas.
(33) - J. Barhosa Rodrigues. Tdem. P~.gina 34. •
(34) - Tdem. ldE>..m. P~tgina 3!'>. •
(35) - Idem. ldf'-lll. P~.gina ~4.
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REVISTA DO MUSEU PAULISTA, N. S., VOL. VIII
· (36) - Em "O M~vrakytã ", edição de Man a us. diz Barboza Rodr i gues con·
firma ndo êsse fa to, à pâgina XI da Introdução: "... ta nto que o
m eu distinto an1igo Ba ptista Ca eta no, de saudosa memóriá, por di·
versás vezes procuroµ int erpreta -lo ... "; e à página 11 : " Citarei só
um facto, que a presentei a o , notável america n ista, o n1eu amigo Bap·
tista Caetano. de saudosa memória" . ,
(37) - Dr. Ba ptista Ca etano d e Almeida Nogueira, Ob. cit. Pág. 194.
(38) - ver "Revista do Museu P a u lista" , Nova. Série, vol. IV, a. r esenha
\
crit ica feita pelo autor a. "Oa 1'apa.jó", d e Curt Niniuendajú. Pá·
gina 4M.
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REVISTA DO MUSEU PAULISTA, N. S., VOL. VIII 243
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porque, sendo tão vulgares e por todos usadas em · colares~
. não se destacavam nem chamavam a atenção·. como os mui-
. raquitãs de jad.eíte pela estim..a que a êstes qedicavam ou
pelo uso sui-generis. A lenda somente a êst.es envolve por
• .haver em tôrno dêles um mistério, caracterizando-os cQmo
coisa excepcional. Nã-0 haveria ~endas a respetto se sua
fabricação houvesse sido constataºª ao tempo da conquista,
pois o que as provocava e difundia era a ignorância de como
eram feitas e de onde provinham, por parte dos viajantes e
missionários. Nunca houve lendas, nem foram necessárias
-explicações fantasiosas, por exemplo, para a cerâmica vis-
tosa e original dos Tapajó. .
Os cronistas antigos do sul assinalaram pedras-verdes
e outras, duras também, transformadas em ornatos traba-
lh~dos para os lábios ou tembetás. Nãos~ espantaram com
isso, entretanto, nem tiveram de imaginar, para justüicar
, tais artefatos, que fôssem feitos de um barro verde e mole
que adquirisse consistência ao -eontacto com o ar (40) ou
que mulheres amazonas os fôssem buscar ao fundo de um ·1
lustrosas". (43)
, Tudo leva a crer, assim, não ter nenhum cabimento· a
amplitude com que se' emprega o têrmo muiraquitã para
designar todos os .artefactos líticos com furo de suspensão e
não apenas alguns dentre êles, cuja origem e significação
infelizmente se confunde no desconhecimento completo em
que permanecemos da Amazônia precabralina, de suas tribos
extintas e de suas culturas desaparecidas ou modificadas.
E'. verdade que já se consagrou, por- muito repetida, a
idéia de que não só os objetos de nefrite ou jadefte eram
.- muiraquitãs. Afirmaram-no, _entre outros, Barbosa Rodii-
(4-0) - Versão ve1culáda. pelos autores antigos e especfaJ.mente por He-
rla.rte, Ob. clt. -Pá.g. 37.
(41) - Lenda. do lago Ya.cy·Ua.ru.A, no rto Ja.mundá., narrada por Barbos&
Rodrigues.
(42) - P. José de Moraes. Ob. ctt. Págine. 515.
(~) - Gabriel Soares de Souza . .. Trata.do descrfptlvo do Brasil em 1587".
Comp. Edit. Naclona.l, 3.a edição. São Paulo, 1938. Pá.gina 429.
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teriores. ·
1 lembrave. a~ forma de um Instrumento sonante la m ina do, com
, 2 'mil11J1etro8 de -éspessura, verde claro, quebr~do ao meio e com
dole orttfclos de s~vent;IW, um em _ cada parte quebra da. '
1 possui& esttllza.ção não ldentlflc~da.,, lembrando .u m inseto, ..e
era. verd~ escuro, c-om 30 milhnetros de altura, 8 de espessura e 12 de
largura., com orlttcto num dos extremos , no sentido d a espessura,
Dêssea sete mulraqà.lt&a, dois c1Undrlcos t oram . p~r mim ofere-
cidos, um ao, general Braatllo Tab'or da. e outro ao Comandante .
Br az Dias de Agula.r. ós restantes dei de presente a.o meu a.migo·:
dr. Carlos Estevã.o de Oliveira" .
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(47) - Von den Stefnen : - "Revista do Arquivo Municipal de São Paulo, vol.
X L V II, p ágin a 175. ,
(48) - Ver "Uma aná lise . estilfstlca da. cerâmica d e Santarém" , por Frede-
r ico Bar~ta.. ' em " Cultura", 'vol. V, Ministério da. Educação, Rio.
1953. . ' ~
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mesma cultura em outro estágio de desenvolvimento -ou me~
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mo por µma civilização que nada tivesse de comum com
a sua. .
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REVISTA DO MúSEU PAULISTA, N. S., VOL. VIII 24~
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250 REVISTA DO MUSEU PAULISTA, N. S., VOL. VIII • • •
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(50) - Carta de ·N imuendaj'Ct a ~enry Wassén, citada. em "The Frog-MO·
tive Among the . South Amerlcan lndla.ns' •, Anthropos, Tomo XXIX,
Wlen. 1934., plí.g1na. 341.
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REVISTA DO •MUSEU PAULISTA, N. S., VOL. VIII 251
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(51) - Gonçalvez D ias. "Amazonas". Revist a do Instituto H istórico e Geo-
gráfico do Brasil, 3.• série, n.o 17, 1.o trimestre de 1855. P ágin a 66;
(õ2) - Ladisla o Netto. " Sur la n éphrit e et la jadéit e". A na,les du 7e. Con- •
gr ês Internation al d es A m éricanist es. Berlim, 1890, pág. 20.
- Silvio Romero.- "Barbosa Rodrigues e a ques t ão da p edra .
n eph rite", em "Ehnographia Brasileira.", Rio, 1888. Págin as 65 a 83. '
- (53) - Henrich Fischer. "Nephrit u n d .Ja deit etc." Stuttgart, 1880. - Id.
1Ie ber die 1nineralogisçh -archl:íologlschen B eziehungen zwischen Azien,
Europa und America" . "Neues Jahrbuc h tilr Mineralog ie etc., 1881.
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FIG. 1 - 1\Iulraqultii b~'t traqui n n o, c rn nc•fdtc \'erde c lar::t, cnl infcio de con-
fecGão. V is t o em duas pos ições. Não t e nl ai n ela os f ur os de suspen são, nem foi
polido. Na pa rte inferio r un1a incisão nla r ca o centro d e onde iriam partir as
linhas fortnadora s das pernas da rã. Os o lhos t ambém nem seque r foram loca-
lizados. Encontrado à n1argem direit a do rio Curuá, no 1nunicfpl o d e Alenquer.
Comprimento: 40 mm.; maior largura: 2:; 111111.; espessura: í mnl. (Proprieda-
d e do ge6logo Fritz Ackermann, e n1 Bc lénl) (•)
(•) - Que r no t c xtü gera l. que r n a IH'C'SCnte d escrição <las pranchas, o au-
tor emprega, a. d esig nação .itult•lt•· o u n(•l'rit•• pa 1·a ai:i 1u~draH-verdes
s e m que isso r e presente o r csult:ld O tlc un1 e xarne mincral óg·íco que não foi
possfve l faze r c n1 Bclén1 e q ue, a lé rn clis.~o . cxig-iri a 1nutílação das peças. P e la.
n1esn1a r a zão as "contas" dos Tapa jú são tan1bé m descritas apen as pela cõr·
e aparênc ia dos tnine r:lis d ive r sos cn1 que• foran1 confeccionadas.
A m a ioria das peças acha -se fort en1cntc a1npli afla, n a~ fotografias, para
p ern1itir u ma viRilO d et a lhada da fo r n1a <' as que niio t Pnl ind ica ção especifi-
cada d a p1·o p riedade pert encênl i1 <'Ol<'l;iin do aut or.
FIG. 2 - "Gontas" inacabadas dos Tapa jó, f}Jn dife re ntes etapas ele con-
fecção P. t l\clas pr9vP.niP.nt P.s dP. ~ant.arem:
a) - Pedra cinza, c la ra , apenas desbastada n1as evide ncia n do n itidamente
que a forma ia ser batraquiana. Comprime nto : 1!; mn1.
b) Pedra :cinzento-esverdeada, já alisada, mas de forma a inda indefinida
Con1 pr~ent<> : 18 mn1.
c) - P edra .amarelo-esverdeada, de nunciando t a mbé rn uma futura forma. ba-
traquia·rrn . ô local da perfuração, fronta l, a c ha-se apenas ind icado e n1
uma. e · o utra face. de notando que ia ser adot ado o processo d e duas
operações. Compri me nto: 1~ mn1.
d) P edra 1 ~ma\Jelo-esverd eada, de forma circular e a inda n ão a lisada. A
J.}erfura~ Já se acha con clufda, pelo processo de duas operações, isto
é 1 faze~do ·urn furo de cada lado, na rnesma direção, para se e n-
contra te'm ao centro, onde o oriffcio fica mais estreito. Diâmetro: 6 mn1.
e) - '' Conta ;:: possivelmente batraquiforme, a pen as iniciada. O a lisam ento
da pedra. de cõr cinza-escura, foi co1neçado só de um lado. Compri-
n1e nto: : 30 mm.
f), g) e h) __::_; Três "contas", também posslvelmente ba traquiformes, en1 inl-
cio de confecção. Pedras cinzento-amareladas foram utilizadas par.a. as
duas prin1eiras e cinzento-escura para a últirna. Cornprimento: 25 mm.,
27 rnm. e :~4 mm.
l"Hl ·:l) I·: n 1C() BA H A' I' A l~ 1' tt
~·
2.
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F TU. :~ - Co lar ro rn rn <lo ('0 111 :?o "conta»" <' ilín clricas elos T apaj6, d e
niin er :ii s d i v er sos e f o rni as e tarnanh os tnn1bé1n lli\'l'rsifica<los. N enh111na. é
el e n cfr·i t e e l' m bo ra p r ov<'n lw 111 tücl n s <i•' :-;a n tar<'· ni f o rrtn 1 col cta cla s e1n pon-
t os vari a dos e. a p 0n a s p:1 ra u1na <'X <'n1 p i i f'i <·:1<.;iio clu nio clo pclo Q u a 1 <:'r a m u sn-
<1:1 s. <'nfiaran1-s<' nun1 ('Ol"<l Pl fornrancio o C"olar ac-inia 1·cprocl 11zido. ( o l. <lo
n 11 tor ).
l"llEl)l~H lC<> 13.t\l{ ,\ 'fA.
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Fig. 4
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D esenho eh• tu·na c n cont1·a da no ccn1it6l'i6 <k \ "ila \"elha, T crri t 0 1·io li'e-
<Jcral d o A 1na.1nL
D esenhos de quatro cio:; :;etc nn1i 1·:1quitüs encontrados n o interior eh.~ 11r-
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a) Sí•tTinha líti<:u, co n1 1:! tlcntl'!.;. C'n<·o 11t.ralla c111 Santaré 1n por Robert
Drown. l'cdra 1nuito <lnnt e <:ôr cinza-esc 111·a. Coniprini cnto: :! · n1n1.;
largunt: 1!l 111111.: cspessunt niaior: .J n ini.
b) - ~crrinha lítica, con1 1 3 dentes. en cont1·acla pelo autor numa exca vação
n a .\l<lcia, en1 Sant a r én1. P e<l r <t C<U:'tan ho-a,·C'rn iel h ada escura , ben1
polida e de apreciáYel d ureza . Con1p1·in1ento: 18 111111.; altura: 16 n1n1.;
t'HPCSSUl'a n1aior: :{ n1n1.
c) - Scr l"inha lítica coni clentes en1 dois h1 clos. provenien t e da praia da Ca i ei -
ra, c n1 !::iantarern, o nd e fói eol ct acla pelo autor. l'ccl r a ciu1·a, ele côr cinza
bt'nl escura . Con1prim cnto : 3 ' 111111.; l a r g ura: :.!:i n1111.; espessura máxin1a:
(j llllll.
d) - l 'cdr:t llC afi a r pontas ele in stnunentos e p osslve ln1ente t a n1bém para
ali,.;a1· as "contas"'. Côr c inza- escun1. P1·ovt' ni{·n(' ia: !'raia cht Cai c i -
r u , Bant a r é n1. Comprin1c nto : JO c 1ns. ; g·r·os:sur'-1: :!,:> c 1ns.
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J>r an~ lta l
d
l'cdras de poli r . a r en osas , con 1 su l C'os proCun dus l'l'su l t :i ntcs du u so p ara afi -
r,ar as p ontas elos instru n w ntos d e tra b al h o e elas Clcxas ou. vo::;si\"ch11cntc, J>a ra
a li:;a1· as " contas" c ilíndricas ·
u) - P1·ovc n iên cia : Santa r é' n1, _\I d e ia. Con1p 1·i11 1c nto : fi2 111 111 .
l>) - I'ro ' e nil'1 n e iu : P rai a d t~ Ca ic ira, Santa r é 111 . Co111pri111 c 11tu : 00 111111.
e ) - l'ro \·c ni0 nc iu : l' r <ti a d <.t Cai d r a, !:ia nta r 6 111. Co111pri111 c nlv; tiO 111111.
P :-:::1r ha It
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P rancha J\'
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"Contas" de colai· dos Tu.pajó . de cst i liz:t~~°Lo b n t1·aquiu.na:
a) - Pedra. n1arro n escu ra, ben1 polida e n1oclelada con1 es1nê 1·0. Furo de
suspen são tran sver so, b ast a nte fino, soh os olhos do n ninrnl. Pro-
Yeniên cia : Santu r éni. Con1pl'irnento: ~10 n1n1. ; n1aior larg ura: 2:~ 1nn1. ;
espessura: !I nun.
b) - Pedra escura, prêt o-es, ·er deada, ben1 poli da . Orifíc io <l c su spen são
fronta l. P1·ov eniên cia : Santa r én1 . Con1pl'irnento : 20 1nn1. ; n1aior lar-
gura: R n1n1. : espessu r a n1>í xin1a: ri 111ni.
c ) - P edra ci n za-cl a r a, l evernente esve1·deacla. Odfício de suspen são fron-
t al. A s peças ba t raquiforn1es ( n1es1no as de j acleite) são en1 geral
tra balhada s apen as nun1a face, a a n t el'io 1-. sendo a postel'ior comp l e-
t an1en t e lisa. Nesta, por ex cepc:ão, as incisões se repet em atrás. n1ar-
C'ando a ca b eça e as pernas d a rã. r'rO\'Cniéncia: Sa ntarén1. Con1pri -
n1ento: 22 ITil11.; 111aiOr largUnt: l !"i 111 111. ; esp essura máxin1n.: a IT1111.
tl) - Pf'd r a Cl'!Cura, qua se p r êt a. e poli da. P1·0,·eniên c ia: Sant a.rén1. Con11H'i-
nH'11to: ~·I 111111 . ; n1:1ior l :..l.r g ura: 7 111111.; <.:spessura 1náxin1a: .J. 1n 1n .
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Fn l ·: D J ~ H 1C<) H.\ n ,\ 'l'A Pran c h a V
•
•
"Conta s " ele <'Ola r d e estilização bat raq u iforn1e. elos T apajó:
n ) - - P;i rtc i n f c rio1· d o cor po d e uma 1·à. n 1H g n i fi can1ent\! trn b n l ha ela, e 1n
Pt'dra <'iní'.a -C'svcrd e;tcla, c l <:t 1·a . F a lta a cab eça. seccio n ;.Cl:L ao que tudo
i nllic :i qun ndo f e ita a p e rfuraGàO. l·:stiL está. vi sív el. na IX Lrtc que -
hrada. d eixand o p er cebei· con1 nitidc " o p1·ocesso t écni co u s~~Hl o comu-
rn c nt<' \' (I li <' con s i sti a e n1 iniC' i a r 11111 f uru el e c1;1<l11 l<Hl o d a p c::n tJ >t nt
q Ut' os e:: na i:-; r csyccth o~ . ci:; tr<'i t Hn clo-!'le, se en con tn1s~e n1 H o centro .
P 1·0, ·C'ni t•n('i a: :-;n n t:1 r én1 . Largur;i: 17 111111 . : es!)essun1 n 1:'.txini:1: 10 1n n1.
h) - P~dr:t (':-;bra nqui c;ada , ti po cs t ea tite, co11 1 a l gun1 as n 1an chns n1:ti s es-
curas. l<' u ro t ra n !'< , ·e1·sal. Proccd(:n citt: Sa nta r é rn . Con1 p ri n1cnto : ;{~ n1n1.
(Col<'::ào <1 1·. t:<'ra ldo Con·f.a . E>n1 l1f' l? n1) .
e) P edra. c i nza-esYcr dea d a escu ra . b c n1 polida. Não possu i furo a lgun1
<le s uspen süo e a pen as te n1 na p a rte s u perio 1· um enta l h e o u es-
t ra n g ul a n1<;nto q u e fo n na u cab cca ao Qu a l se a t a Ya o <'Orde l. P1·0 -
('t'Õ0n <'i a: Sa nta r é n1. o n1pl"irncnto: :!2 111111. ; esp essura 111n io r : r; 111111.
d) - Pedra n <'g-rn , t •ô 1· 1l c a óe \·ic- h c . p o li da . Furo frontal. l'rovc nit:n c in:
Santarén1. Con1prin1cnto : 17 111111. ; ~sµcs::: ura n1a io r: .J 111111.
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Pra nc h a VI
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J:;stiliz;.1.:;õcs b<1tr:iquiC0 rn 1cs , c xtn·11ia11a·nt..:: s i 1np l ifi ca d a:oi, <·n1 " <.:unta s" de
col ar cloi:- 'rrtl>a i"• :
a) - Pedra (!e <' ÔI' c inza, t endendo para o escuro. P e rfunu;ão f r o ntal. P1·0-
v eni én c ia : !-:iunta 1·én1 . Co111 p1·in1 ento: J~ 111111. ; n1aio1· largura: 7 111111.;
(.'i-;pessura: -1 Jlll1l.
b ) - Pedra <'l u r a, t ipo estcat itc. F uro t rani:-,·er sa l. Pro\' ' n ii·n c i a: Santa -
r é111. C ot11prin1cnto: 19 11 1111.; nutior lar·g ura : 7 1nn1.; esp essura 111á xi-
n 1a: G 111111.
e) - Pedra c i n zit -cla r a , par c ial e l e\'cn1cnte a rnarelada. Fu ro t r a n S\'Crsa l.
.Procedên c i a: Santarén1 . Con1pri111c nto : l!l 111111.; n1aio r l a r g ura: U mrn. ;
espesurà 1náxima: 7 111111 .
d) - Pedra c l ;u·a , ti po est eatite. Furo tra n sver sal. Pro,·en iên cia: Santa -
r é n1. Corn prirnc nto: 11> 111111. ; n1u i o r l argura : l) 111111.; espessura: 4
11111l.
e) - Pccl r·a c l Hra , tip o est eatite . co1n n1anc ha s li gcira niente a111a.rcl adas. Fu-
r o tranl'!v c rRal. f>r occdên c i H : Sa nt:t r é rn. Cornprini ento: l 8 111111.; 1na io r
l a rgurtt: IJ 111111.; espessura: ::; n1111.
e
d
•
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"Contn s" t a pa _ióni c:us bat ra quifo n Hl'.S f ab•·ic<Hlas (·uni o 11 1cs111u barr o da. cc -
1á.11 1ka llpka:
a) o b ) - 1\ n 1cs n1u rã. vista c n1 duas posiçõc1:;. B arro b c111 cozido e pcrfu-
r aÇão t ntns,·c1·sal n a linha divi sóri a da ca b c1,;tt e do corpo do ani 111al.
I'rocc d~n cia : Santarl'rn. Con1prin1cnto: ·l f\ n 1111.
c) l 'cça c n1 ba rTo de cozirncnto infcr·ior e rú sti ca n o acaba.n1cnto . Pro-
v eniên cia.: Santarén1. Con1µrin1cnto: ~ :! nHn.
d) - P eça c~c cxpl endiclo acab a n1 ento, p odcn i 1u ser classific ada , pelo óti-
1no co zltn cnto do barro e p el a t écnica, ao nl\'cl da nielho r cer á rni ca
tapujõni ca. T en1 a trás a r c prcscnta GàO do orific i o a n a l que é co1nun1
n a ornan1ent aGào ba traquia n a dos vasos 111as nunca foi obser·vada na
arte lit ica. .Furo tr<.Lns versai l oi;o ac i ln a tht 1i n l1:t do pc::;co\;O. Procc-
d~n c i a. : San tarén1. Con1prin1 c11lo : :fü 111111.; 111a i 0r l:.u·g-ura: :!l n1n1.
2
l.' Hl ~ JJ E H 1C:C ) H.\H .\ 'f ,\
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O 111ai o r m11iraq11it :1 ba t1·:1q11 i fo r 111 .. .i~t \· tw11nlr:1do n a n·~1 a o Hll 1a ;r.o ni\· a :
a. ) - l '\·<l n t <· inr.a - c l ;11·: 1 h~ ,· l· n 1 e n t c :1n1an.: l;id11 . con1 p(•q11en :1:-> · 11 1a n c h as 111His
esc uras <' ni t ô d :t :t s u p erfí<" i C. .\ p an3n c i a d1 · gTa ni t.d. B c n1 po -
Ji d;~ e el e acabH tn ' n to csn1 crad o . lJuc l>r a d a , f::-tl l a- lhc o lado inferi o r
direito . Os f uros d e su1>1.:n stto, cl u n l os e la t<.:n• i s. c ·u·:•ct cr;st ico s d as
n1s de j adc i t c, si tu a 1n-se n t rás e n tto stto Yi s ív c i s p el u frl'n t c d a. peça .
Pro ,·en iê nc i a: D c l t '1T a . Con1p r i1nento : JO::í 11 1111. ; n1a i o 1· esp essu r a: ~;;
lll lll.
? _Jl_;
-
FnI~ Dl ~ H r c o B.\ IL\ 'l'A Pranc ha ..\.
•
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FBT~ DEHI C() B.\HA'I',\ Prnn r ha XI
•
"Con ta:.". antrO!JOn1orfa s dos T npn_iú:
H) e b) K <'prcscn tac.;ã o lítica <1ue l en1bra ;tl~un1as fi g urin has ou i<lolitos
tla ('Crá n1i c:i , \· bit a c 1n duns posi<.;ôc s. I' ' ci ra e la nl, <·on1 apar~·n C' ia <le
es t<"·1titc, n1af; ele 1·c gu la r <lun'zn. T c n1 c m ,·0Jt:1 do ocsco ;o uni co ':1r
1101·1'c i t n 111c ntc n1a r<·: ~do e os dois seios. n o busto. in<lic:tn1 ser c!o sf'xo
f1;1ninino. Com fu r o::; ra sos na c :i bcç:1 e na base, corn o çon1 urn •' 11t<' ocor -
n· n a s r cpr c sc ntac;õC's iclênti<·as c 1n barro. O f uro lh' suspc nsu o (' t1·an ~
,·<·1·s;i I, ao nh·t,;1 d os OU\'idos. Pro vcni ên C"ia: ~a nta1·(•111. Con1p1·in1<-nto: :!I
n11n. ( Col. Dr'. <: 1'n1 Ido Cor Ti· a. en1 B c 1tsn1).
<·) - l•:st iliz:1 c;fi o 1le ('a r a hun1an:i. o u 1náscan1. J>c<11·:1 c;inz1' nl<1 CS('t1r:1, p{)-
1icl:1. O fu r o th• suspen são (• n a. fr e nt •. tra.n s1' \'rs:1 I, no l ui.;·a r tlo,.;
u i heis. 1'1·0Yc n ii·nc i:i : Se1 nt H ré111. Co mpri n1 •nto: :{O 111111.
d) - Cabco..;a a ntropo 111 or f a. c ni p <.:<11·<1 a 1n:1 r c l o-quci11'1;ttla. quai'lC na <'li1· h:1-
bitua l <l<l C'C ránii c:1. Fu1·0 <lt' suspensão li ansvc rsal ao ní,·e l 1l:l l\' st:1.
f'l'O\'t•ni\•ncia: S<1n t nr·én1. Con1prin1ento . ·>·> 111111. ; 111aio r l:tr;.:-ura: li
IHl11 .: (' SPPSSlll'a ni:í xiina : 11 111111.
P) - l•:sti lizac;:io d e ca r·a hun1 a n:1 o u n1á8t:1r:i. d o tipo n•pro1luzillo :l Ci g-.
<· l tl\•st:1 n1(•s111a pn1 n c h:1. I• u1·0 <l c ~uH 1 H·ns:·10 i:,- u :1l n1<•nh• n o l 11 •.:-:11· 110~
o ll 1os f'Pcl r u :tl1Hl l'(' i :1el<1, ('l:tn1 1' p o lid :o. l 'r0 \'1: nii-n (·i 11: ~~1 nt:1 n ' n 1. C 1.11n -
pri 11 11:nt11 : l ·I llllll.: n1aior l :u·g-ura: 7 11ll11 .
•
2 .{,
F HEI )EH ICO íl,-\RATA Prancha XII
a
b
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'' Contas ' ' t a pajô nica s zoo111orías:
a ) - ·E stiliza<;ão d e um tuc a no . P edra c l a r a e d <' 8t' ns h·el d ur<'za . com a p ~1 -
r ência n1Rn nór ea . Ben1 p o li da . O o ri fic i o ele suspen são f i ca n o lug ar
elos o lho8. PrO\'f'niên c i a : ::>n ntaré 1n. Co n 1pri n1c nto : :{() 11111 1.
b) - IO:sti l i u t<;à o a in da 111a i ::; s i111plific a ch1 d o n1<'sn10 anirnn 1 (tuc ano ). Pe-
dra idi·ntic a à antc l'i o r. ( > f u r o de• :-;u s pen silo fica. s itu<1 d o na. l)ttrtc
inferior-. l'ro \· en iên ci a. : S ~1 ntaré n1. Con 1p rin1 •n t o : 20 111111. ; CSPCSSttr·a :
;{ n1111.
c) 1.;i:;tiliznc;üo ind e finid a d e 11111 a n i n 1n l q u e l e11 1bn1. o qu ' a pa1·cc<' co-
1nu n1entc n a borda d e c e rt os pra t os lip icos d :1, cer f1.111i c<t elos 'l'ap:ijó .
Ped r a c in zenta. b <'n1 esc un1. e sal pic :H l a. d e d in linutos po ntos aniu 1·l: l a -
dos. O íuro d e s us p en são é nlti da 11 1ente f eito pelo p r oce:-;so d e d uas
op e r a<;õcs . partindo d e cada f a ce e c n con i 1·a ndo-sc a o centro o nde
o ca n a l se afuni l a . P r ovt:niên ci a : 8<1 ntaré111. Co111prin1C'n t o : 28 mrn .
d) - l'.;stil i zaçã.o d e um qua drúpede, p 0ssi\·c ln1c ntc pa ca o u co ti a . P cd r·a.
d e c ôr c inza csc111·a . Furo d e sus pc n sõv t rn n :-; ,·er sa l. n a C<-tb C'Gic do
a nirna l. Pro v eni ên c i ;-t : Sa ntaré n1. Con1pri1n c nlo : :{O n 1ni. (Co l. d1-. Ge-
r a l d o Corrêa , c n1 H e l é n1 ) .
21~
Pranc ha XIl i
,
"Contns" t apa jôn i<'HS zoomo r fns:
a) - I•::-;til ização d e papç: g-a i o ou per iquito. l'ed 1·a v e r de c l a r a . T'1·0 ,·c-
n i(' n c í n. : Sa nta r ón1. Co1nprin1ento : 20 111111. ; espessura. : 3 n1m.
h ) e <· ) - Papagai o , d e r epr esentação r ea líst a e n1agnif i co acab a n1en to. Pe-
clra c l a r a. l even1ente an1arcl ad:t e de r egular du1·c za . Orn a1ncn t ac;ã o
finan1 <'n t c gravada. itnita n clo pen a s, n as asas e na. cau<l<\ . O 01·i f i-
ci11 eh · supcnsüo s i t u<1-SC n o:-; o l hos da ave. ligando-os c ntr·c si. l'1·0-
('1' <li-n ci n: S;.1 nta r é n 1. Co111p ri n1c n t o : :~;; 11 1111.
<l) - l' <'<:n zoon1o rfa n ão identifi<':Hl a ( pos:c-;l vcl rn c nte llC r ií.) . P edrrL <' inz<'n -
t a. 11n w r el a d n , d <' n •i:n1lar <hll'C:t.a e po li da . r··u r o d e 1n1spen são Crontu 1.
Proven i ên c i a : A !ter do C h ü.o. Con1p t'i 1n e:nto: 2rJ 1n n1 .
e) Peça zoo1norfa n ão identificada (µr ovàveltu entc d e u1n acutipurú). Pe-
d r a idêntica à da fi g ura a nterior. F u ro de suspen são for m a n do o s
ol hos d o a nin1a l. f'rovt' nir n<'in: San tar~n1. Com p ri tn E>n t o : 2i'i 111 111.; es-
p<'ss u rn: 7 n1n1.
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J>ra 11 ('li a Xl V
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•
•
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•
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l' r ancha X \ '1
•
(
•
•
u.) - Conta c rn n <'írite v erd e c lar;1 , apar 0nt<.:1n c nl\! ant1·opon1o rfa. P c r·Cu -
r<.l~ào tra n svcr sa 1 conio a dn s " contas" lapa j õ nicas. PrO\ '(•nil:n c ia :
Tro rnbet as. Cpn1 p rln1ento: ·l ii 111111. (Col. J\llu:;c u Goel (li, Bel éni ) .
l>) - Ped r a esverd ea da c lara. R epresentação l)Oss·1vc ln1c ntc zoon101·fa, n ão
idc ntifi caclu. Proveniên c i a : Sa nta r én1 . Cv m pl'i 1nento: J!) m111.; espcs-
s ur·a. n1aior: ·1 n1n1.
e) P ccl ra escur a, quase prêt a . 1:-:st i 1ização n iio identi ficada, pro ,·ú \ 'el men-
t e zo1norfa. Proced ên c i a : Santa r ém . Con1prin1<.:nto ;.!1 111n1.: n1aior c:; -
p cssura: ·! nlt'11.
d) - "Conta" c n1 f o rn1 a d e p eixe. P ed 1·a es,·crcl catla . c l ara. Furo d e s u s-
p en são n o lugar dos o lhos. l ' r o v c nil:n c i:l : S:i ntaré ni. Con1 p ri1n c nto : :!l
111n1.: nia i o r csp esstu·a : 4 111111.
e) .. Conta " el e fo nna não identi f i ca ela. n1as que l e n1bni a 1·cpr cscntação
u ntropomo rfa e rn n efrite ela fi g-. :l) d esta n1esn1a prancha . Pedra u n1a -
r c lo - esverdcada, c lara . T'c r funiç ão f eita c n1 duas f ases. estreitada ao
cen tro . Proveni ên cia : Santarén1. Co1nprin1ento : 21 11101.; n1a ior espes-
s ura : 6 nini .
f) - .. Conta" d e f o 1·n1a não idcn ti f icada. possf\·0l n1ente ele 0sti 1izac:ão a n-
t ropomort'a. Ped r·a c lara , l ev c n1cntc a 111arcJ;.1dr1. Pro ,·cniên c i a: Su nta r·én1.
C o 1nprin1c nto : J~ nlln. ; espessura n1aior: ~ 111111.
a
- , .....
,.
..
,
e
' .
\
d
a). b ) e e) - Tr~· ~ " çontas" d e e~ til lzaçào id (~ nti ca e po~sh·c ln u.' nt e rcpre:;cn-
t a ti \"as d e rfts, pa r cccndo t c1· pe rtenci do a. uni 111e::n110 cola r. Pedra es-
verdeada, c la1·a . Pro\"eniê nc i<t: Sant aré1n. A prin1cira t e rn 25 111111. de
(•on1prin1cnto e a s o utras duas 2:~ 111111.
d) - l 'cdra. cs bra.nqui ~ada . coni furo d e ~uspe 11 silo d cspropo rc ionadan1c ntc
i.:-ra nde . H c presentação não identificada. Prove ni ê nc ia : Sa ntn.l"é m. Corn-
prin1ent o: 22 mn1. .
e) - ··cont a" corn estilização idêntica á da fii:;-. e) <la prancha anterior,
n1ais s in1plificad a . Pedra. cs,·crcleacla , c la r a , Proveniê n c ia. : Santaré rn.
Co1nprin1c nto: 25 n1n1.; espessura m <.tior: () n1111.
2u.
FJ~ J ~ l ) EH1CO BAH TA P ranth 1 X.\ ' I IJ
b e
.•
d
"Contas" c ilindricas :
a) - Nefrite '"erde, escu ra , de t on a lidade unifo rn1 e. A PC<:a. co1no t odos
os cili ndros, é p erfur a da no sentido do comprirnento e a p erfuração
foi f eita. en1 duas et a p as, p a rtindo de cada extremidade para en con-
tra r- se n o centro , onde o can a l se estrei t a enorn1en1entc. Proveniên-
c i a : La go de \'i la Fraca. Comprin1ento: :!:! nim.
b) - 1'1e fritc verd e, rnuito c lara, trans lúc ida. J<'orma de p il ão. Perfur ação
ca ract erfs tic a, como a da fi g. a nterior. P1·oced ên c ia: ()bidos. Con1-
prin1ento: l R mn1.
e) - Nefrite verde-amarelada. Apresenta ndo tuna bel a orn a n1entaçuo zo-
nár ia. P erfuração ciu·act erí stica. Proveniên c i tt: Tro1nbet a s. Compri nH'n-
t o: -Hí nirn. (Cotncil.o do 1\IT11snu Goeldi. B c lf·n1).
d) - ~l\l<l fl'it c verd e- esbranquiçada, uniforme. P erfuração idêntica 0:1s nntc rio-
r cs. Procedên c ia : J<'a ro. Comprimento: !i8 1nn1.
e) - "Conta" t apajõnica ci líndrica, ern pedra esver deada, clara e f õscn. .
•A. perfu ração é u niforme e p arece t er sido consegui ch'l con1 un1a ú n ica
oper ação. partindo d e unia. extren1idade até atingir a outra . I'rO\'C-
niên c i a: 8 a nta ri1n1. Con1primento: 19 mrn.
f) - ldc1n, ide1n, e m p edra. c inzento-escura . P erfuração delicada, f eita con1
inst1·umc nto niuito fin o e t 1:1n1bém ele tuna sú vez, pois o oriffclo t en1
o nl<'inno diâ.n1etro en1 t ôda a Rua. éxtcn flilo. I'r·o ,·en it•n <'in. : Sa ntn 1·(in1.
<.::01n1H·i nH~nto: 1 ti n1m.
Prnnrhn XTX
Fn ED I~HT CO nAHA.'l'A.
b
a
\
.
1
d
n) - "Con ta" c- ilíndr ica t a pa ,:iônica , aba ulad<1 (' cn1 pcd r n pardacenta . l c-
,·en1c nte a vcrn1cl.hada . Perfuração d e i ica d H e elo d iá 111c tro uni form e.
J 'ro v c ni (•n c ht : Sa nta r é n1. Con1pri1nc nto : :?2 111111.
li ) - "Conta" c ilínd ri ca t a pa j õnica en1 p cd nl. ela r a , l c ,·crn c ntc cs v c rd en d a .
. \ Pcrf u r a<;ào f o i fei t a pelo p r ocesso u sa d o n as n cfri t cs, a prescn t an-
- <lo-s(• o ori fic io estr c·i t ado ao centi·o. P 1·0 ,·cni(·n c in : i-ia nta 1·(•111. Con 1pri-
n w nlo: :!ll 111 111.
í' ) "Conta" c il!nllri ca t a p ajõnic a. aba ula da . crn p eclra c inza-c:o;v c r<l cn dn.
J ' ,·rf u ra<;;1o ig-u al n11•nte fc i t n p elo pniccsso u sa <lo n as 1H· f 1·i t es. C'n 1 d 11:1 s
<11h·r :i<;ô<'s. C'st1·ci t:1 ndo - se o o rüí cio no ce11t1·0. P1·0, ·cn i i •n c i a : ~:1 n t a -
r é·ni. Con11H·iinc nt·o: l :i 111111 .
d ) , P) 1· f ) - "Contas" t apajõ nicas <"l c forn1:1 Ol"Íg in:il c nüo i flf"ntifi c :Hla,. ·1·:neon-
tr:11n-HP co111 n1u i ta f r eq u ên c i a , 1·cp ct i d as c 111 d iver sos t i p os d e n 1i-
ncrais. d ) : p ed ra parclo-a v er111 c l hada: e): p ed r a <·inzentH; f): PC'él ra
e inza - cl a n 1. 1\ s pcr f ur:i <:<>cs siio tra n s ,·p 1·1:;a i::; <' f <'it ns pclo p r occRS()
usado n; 1s ll<' f ri t l!~. :1p1•:-;a 1· da 111:q 111ina < '1l>1'SH u 1·: 1 <l :t R pP<;a~. J '1·0 -
0
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FHE T)ERJC() BAR.\ 1'A.
Prancha XX
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a) - Conta lnn1in nd:'t en1 n efl'ile \"r·r1lc-n1nn,relnd::i. c l a r a , de ton a li,la d e uni-
fo rrn e. J 'roccd(•ncia: Faro . Con1pl'i111c nto: ~8 n1n1. l~sp ess u ra: 'J. n1n1.
.ApesHr fl;t in si g-nificante espessur a n p c 1 ·fu 1·a~;c1o é f eita con10 en1 t ô das
as n c fritcs o u jndc ites, con1 d ua s oper~u;ôes , iniciados os furos en1 ca-
da f ace a té se en cont1·aren1 n o centro onde o canal se udelp;ac;a.
b) - P e<.l r a esc ura , Quase p r ê" ta. Fonna triungul ar n1odificnda. co111 os â n-
gu los a1Tecl on<la<los. Furo d e suspensã o frontal. Possl\"eln1C'nle P<' ra.
s e r usada co1110 "pendentif" n os colares. r roYenién c ia: 8anta1·é111.
Con1 pri111C"nto: =~n ?11111. : C'SJ)C'SSUra: cl 111111.
e) - Pedra \ºC'1º11l\'lh a . fô sca . .A f orn1;1 l<·n1bra a de o ut1·11s contas. co1110 as
1las figos. h P r d a l '1·: 1n <'h <'I. ~"- \ º l 1. 1'r01' C'Clí·n c i;t : Sa11tar(•n1. Con1prin1C'n-
tt1 : :~ .; 111111 .
..
•
b
•
a) - l '<•drR prêt o - ;,l\·cn11cl hada. Con1 fon11a l t•111 bra ndo :t de L'crto:; 111a ('ha-
do:-i. Face post eri or li sa . scn1 orn an11.:n t :11;ào. i'\:io possui fur·o e <1p(•-
11as uni enta lh e ou cs trang-ul:11nc 11to na pa rt e supe ri o r, onde :;e atavi~
o fio ele su s pen s:i o . Prove niên c ia: Sa ntarérn . Con1p 1·ir11 ento: ac; 111111.;
l'Sl)CSSUl'a: -1- 111 111.
b) - "Cont a" destin a da ç1 ser u sa da corno "ucn clen ti (" n os ('Ola r cs. P c-
tl ra rúseo-C'lara sa lpic u<la d e pontos c:;(·uros. .\n1ba:-; as fa<:cs são b(·111
po li cl ~1 s e ~cm o rn a n1L•nta cão, 1i111 i ta nclo-su esta a o <·on tõrn o da p c c;a,
ondul aLlo . .l:"uro frontal f eito d e unia só vez. J.'r ovc ni é n c i :~: ::>an t uré111.
Con1pl'i n1cnto: :!H 111111.
e) Outra "conta" - p endenti(. cil' for·n1a p ossh ·cl 111c ntc zoo n101·f a. alta-
n 1cnte est ilizada. Fa ces ant eri or •• po;:;tc rior lis<1l", :-ic111 o rna111 c ntação al-
gun1a. Apenas o con tôrn o <>upc ri o r foi ondula do por intern1 é<lio tl e in-
c i :;ões , l e n1b1·a n do :1 c rista el e uma ª'·e. u f uro 0 c xtraordin1\rian1entc
fino e deli ca do. f eito n a espcs::;ura tia µ cç:a que é tle apenas -! mn1.
Proven i ên c i a: • a ntarén1. Con1pl'im ento : :l() n1n1.
d) - i::stil ização zoon1o rfa. possh·eln1c ntc d e• t1111 ~t ª '·e. l 'ed ra <'õr· de tijo-
lo quc in1ad o . 1\'ào pos::;ui f uro P o corcl c l el e :suspvn ,.:io s<' fix ;1va n o ('n-
talhc da parti' supc rivr qu e sc·pu 1·a a <·ab,:1.;a tl o co r po do a11i111al. l'rv-
v c ni ün c i a: S; tnta rh11. Con1prin1 c nt o : :; 1 111111.
l'Hl ~J > EHICC) 13.\lL\ 'l'.\ l'ra uc lia XXll
d
a) - " Conta" alo11g-ad a , en1 pc 1l ra c in:t:c nla <'8<·u1·r1, q ua se pr(·t a . F t ll'O de
::;us i.H·n sii o fr·o n tal. Pro ,·cni ên c ia : ~a nta r é111. Co n 1pri1ucnt o: ao 111111 .
I.>) l•'ra i:;-rncn to <lc un1 a r t c f a t o l ítico c o111 a f o rrn rt. d e u rna f aca e que
t u d o in<l ica t enha s i do u sa do con10 ccr t ns " con l<ts" que n ão t ê1n furo
ele s w;pcn são . P edra , ·c rn1 c lha , d ur a. e p esa d a . Pro v en i ên c i a : San t a -
r <" rn. Con1prirn en t o : , O 1111n.
c) Frag n1cn to el e unia con t a - p c n d c ntif. I'c:dra. q u ase b r·a n c a , ele i n s ig n i -
fi C'ant c d ureza . Pr·ocerl ên c i a : '.Vl o n t c A l egTC. Con1 p rinH:nto . :IB nH11.
d) - " Conta " de f o rm a. sen1i-cô n i ca , I ernbra n <Jo t a1nbén1 u n1a ni fto d e pi-
l:i.o . P edra. c i n zenta esc u r a . r r o ,·cniên c i a : 8 t1ntaré 111. C o mpr i n1cnto : 11
111111.
C) " Conta· ' - pen cl cnti f, a l o n g-a cl a e f i1H1 n a c xtrc n1 i dad c in f er ior. Ped r a
<..: l n n 1. ca lcá.rc a, de p equen a cl ure:1.a. J•'u r o tr;1 n s v c r·sa 1. f eito de u ni a
::;ó , ·c :1.. Pru , ·cni ên c i a : l\1o ntc A l egr e. Cu ru p r i n 1c n t o : SU 111 nL
Fl11 ~ 1) T~ IlTC() B r\11 1\ 1'.A Pra n c h a XXI fI
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\ diz ser a pedra verde de uma dureza _impenetrável mas 'q ue
', ·"com um ·fio de algodão ou piteira com água· e arêa. fàcilmente
'
'se corta". (58). Dos furos não há ainda· o menor vestígio, o ·
.. que demonstra que se fa~iam em último lugar. · Por ·outro
l«ido a pedra - apresenta-s.e fôsca, evidenciando que o poli-
mento também era uma operação posterior, de acabamento
'
final. Sua côr ·'é verde-claro,' de tonalidade uniforme, . e.m ,
tu(lo . assemelhada à do cilindro reproduzido à Fig. d .::. a·a
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; ; -:: cf>a> L:: H .. 'von ' iherttig:··· "A~cheolo'gla. · corirpa~ativS1f do!·'s'iaan·!:.\ itevi8ta. elo
Museu Paulista. vol. VI. S. Paulo. 1004. .·
(56) - R eferido por von Ihering. Oh.citada.. pá,g: 555. . _, . _ .. __ ..
(57) - Avelino Ignacio de · Oliveira. "Recursos minerais da. bacia do, 'Rio ·
;. · Branco . (ESta.dó· do ·.Amazonas)"• •..: Awisó · n.o. . 1s; , dé 1~'1'. do :- De-
.. -.-''. ,... partamento.. Nacionil 'de Pr.odução <>M:rrteral:, : Mlnistêrt(}·.da. Agricul-
tura., Separata. n .o 6 da. revista. •Mineração e Meta.lurgt&", Pá.p.
8 e 9.
. (58) - Bispo D. Frei .João de S. José. Ob. cltad~ Pâg. 86:
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254 REVISTA DO MUSEU PAULIS1'A, N. S., VOL. VIII
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REVISTA DO MUSEU PAULISTA, N. S., VOL. VIII
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na parte infer1or.
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Outro instrumento gue os Tapajó, ao que j__ulga.rnos,
_...~,~~ ~ · empregavam na confecçao de algumas das suas "cpntas"
"1 ~~$. " líticas, era a pedra de polir- (Prancha II, J[igs. a, b e e). ,_
~ Henry ·e Paula Reichlen (61) referem-se aos rochedos
de polir (rochers-polissoirs) dos quais reproduzem alguns
fragmentos, provenientes das ilhas du Salut, com seus sulcos
paralelos, em forma de V ou cruzados, perfeitamente asse-
melhados aos das pedras de polir ~os Tapajó. '
• Quase tôda a literatura a respeito existente admite que
os sulcos dessa~ pedras· fôssem prcduzidos pelo aguçamento
de fio dos ,machadosc_líticos ou das pontas de flexa; os mar- •
cados nas pedras de· polir de que nos estamos ocupando..são,
porém; tfto· delicados .e regulares que parec~m indicar .outro
uso como, por e~emplo,. o alisamento e desgaste das· contas
cilíndricas do .tipo- das que reproduzimos formando o colar.
da Fig. 3.
'
Que o trabalho -dEf polir se fazia nessas pedras com a
ajuda de água, cõmo' Gumilha testemunhou entre índios . do
Orenoco, parece cqnfirmar-se entre os Tapajó pelo fato de
aparecerem as · pedras de polir abundantemente em prãias,
como a da Caieira, em Santarém, de onde recolhi 31 mistu-
radas aos seixos roladcs, enquanto que apenas duas enct>n-
trei nas terras alta~ · ou prêtas, de mistura com fragmentos
de cerâmica.
Ladislau Netto- reproduz também fragm·entos de diorito
com sulcos idênticos :(62), que diz terem servido para fab~i
cação e afiador de .n:iac,hados. ~ão dá, t edavia, a prove-
niência, embora, p~ló · têxto, se deduza que são de aborígenes
do ·SUl. .
.• \
realizavam s·e us. artefatcs líticos t ão somente com o auxílio : ··. .-y • •• ~ ~
. de outras pedras,. de um estilete ou vareta de madeira; águà ~ , .
e areia. Sehested, recentemente, fêz algumas experiências .
coroadas de êxito e tendentes a detponstrar que o trabalho
de debastar e poli~ as pedras duras _p od.e ser executado p~lps.
métodos mais simples, usando unicamente água, · are~ -- e ·- ·
fragmentos de outros minerais. (65)
A técnica -dos Tapajó, que não mais tragalhavam com
minerais tão duros co-m·o a p.efrite ou jadeíte, é entretanto
a mesma. Na maioria de -suas '~contas" os furos de ·sus-
p~são são f~itos ~amb.é~ em duas operações, _partindp. ge
cada extr~mitj.~de p~r~ : que _o ;c~~al, , atµnil~ndo-se, s~~ ~p.- ·~ .. , ... ·4"'
• contr~ ao c~ntro; e, o. ptoce~s.o_.de d~sga$te ou desbastamelJ..t.O· _. ~. , ;.,."·-'· --~ ·~
. pára o}?te~ção. da f drm'.a .é vislvelriien te ídêntico, com~ ,i,gU:~I -., .·.· :.,.-~: ·~~ ~~f~-~~ ~
é o de polunento. . ' · ~:;.; ·:~tl ~,::V:· -. ·.__.
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· "' · , (M)' - Bârbosi Rodri?Ue~.", '' O , ?4uJi'"~~tã:. ~ . os ·.Id.~l?s" $Y;.m,bõl1cos" , vol. 1:0;~-- ,_ · ·" "'.' ,"' .. ,. • • .
E s t a mpa J,V,,._ f iga __,6._,&;i..,__e 8b . .. · . , . . .. . . ,. . , . ,, ., ~ .. ~~ . .
€M> ..!_ K a J Birket:>sniit h.'. • "'Vidâ ·y Historia.' de ' ias Ctfftüràs ·- Etnotoiti :t- :i::; \ . i , ~ •. ,
General". I. Edlt. N ova. Buenos A ires. Pág. 96. . . ~ ~ "":~"~ 'i ~ "" . .
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_,: r- ·.~ ~~..~ .. ~ ·i ~: · · · ~? Como as pedras que utilizavam eràm mais brandaS e
· ~ \: : ':? ·. . ·,-:- _ maleáveis, fácil lhes foi criar, todavia, uma variedade muito ,..
maior de formas, já que a resistência do material não opunha
difi~uldàdes seu es_pirito criador ou inventivo. Não en-
coq_tramos, ,é certo, na sua art.e lítica, uma diversidade de
"ªº ,.
1
: ·.. - .. CdNCLUSõES . · -
•
Em .face do exposto no presente trabalho julga.mos poder
formular as seguintes conclusões: '
1 ...:..:. Muyraquitã, vocábulo de língua. geral, é designação
• . , '· . mod,erna -~·, qtJ.~lquer" que seja a sua .tradução, reflete
uma. impressão· d,o obj~to 4ue nada tem a ver com a
. .., · _ intenção 4os seµs ant~gos .fabricantes, ..os ,qu~is forç~
, -. ~ ~amente 11iio, etam Tupi.
•
·\ · .·· , "· • r ~
•.
''·
. -.(~) - .. Uma h.n-á.Iise E~tiHstlca.. d a Cerâmica de Santarém", por ..:Frederioo
• · :. _ ~arata:~ · Em "Cúlturà."• publicaÇ?,o do · Serviço de Documepta~~ d~·
~ ' Ministér io da Educação, Ano I II, IJ..O G, Rio de ·.Janeiro 1952. P á:g : i91
idem. Pá.glna. 192 e F igs. 64a, 65. ·oo
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CONCLUSIONS
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Biblioteca Digital Curt Nimuendajú - Coleção Nicolai
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www.etnolinguistica.org
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