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ÀG.·.D.·.G.·.A.·.D.·.U.·.

Ven.·.MIIr 1 e 2 VVig.·.MM.·.IIr.·.OOf.·.Demais IIr.·.


Augusta e Respeitável Loja simbólica Cavaleiro Noaquitas nº 853.
Trabalho do Grau de Aprendiz
“Interpretação pessoal sobre a Sexta Instrução”
Resumo:

Além dos atos que praticam, revelando o fluxo da Moral ensinado em nossos
Templos os maçons se reconhecem por seus sinais, palavras e toques.
Assim o Aprendiz Maçom por não saber ler nem pronunciar e somente soletrar
recebe primeiro para dar depois.
O aprendiz maçom é caracterizado o Primeiro Grau de Iniciação que é
emblema do Homem ou da Sociedade na fase da ignorância, quando o estudo
e as artes, por deficiência das faculdades intelectuais, ainda não lhes são
conhecidos.
Ainda temos o manuseio e as explicações das indumentárias obrigatórias do
maçom em especial o avental, que nos lembra de que o homem nasceu para o
trabalho e que todo Maçom deve trabalhar incessantemente para a descoberta
da Verdade e para o aperfeiçoamento da Humanidade.

Na sexta instrução o “Templo Maçônico” é descrito com forma de “quadrilongo”


tendo a sua cobertura de uma “abóbada / cúpula” contendo desenhos de
“estrelas, nuvens, o Sol, a Lua e inúmeros astros” -, equilibrados pela atração
de uns sobre os outros e, sustentada por 12 (doze) colunas, representando os
doze (signos) do Zodíaco, ou seja, as 12 (doze) constelações que o “SOL”
percorre no espaço de um ano solar.
O Sol e a Lua estão representados em nossos templos porque sendo a Loja a
imagem do universo nela devem estar representados os esplendores que, na
abóbada celeste, mais ferem a imaginação do Homem.
Seguindo com os relatos além das 12 colunas a loja tem fortes pilares em
número de três: “Sabedoria, Força e Beleza” que representam as “Três Luzes”
colocadas no “Oriente, Ocidente e no Sul”.
Prosseguindo com os estudos passamos a mencionar as figuras alegóricas /
simbólicas:

1º A Pedra Bruta;
2º A Pedra Polida;
3º A Prancheta:
4º O Esquadro e o Compasso, O Nível e o Prumo:
5º O Malho e o Cinzel;
6º O painel da Loja;
7° No Oriente o Sol à direita do Venerável Mestre e a Lua à esquerda;
8º O Pavimento Mosaico.
Sequenciando o passeio pelo Templo Maçônico aprendemos que o Oriente
indica o ponto de onde provém a luz, sendo o Ocidente a região para a qual
“ELA” se dirige.
O Ocidente representando o mundo visível, alcançados pelos nossos sentidos,
ou seja, tudo o que é material. Enquanto que o Oriente, vai simbolizar o mundo
invisível, a parte abstrata, isto é, o mundo espiritual.
Persistindo na pesquisa e desmiuçando a instrução em sua simbologia
encontramos no Templo Maçônico duas colunas no Pórtico do Templo que
representam dois pontos solsticiais, o de Inverno, seu início nos dá a noite mais
longa do ano; e o Solstício de Verão, onde temos o dia mais longo do ano.
O SOLSTICIO é um período do ano terrestre no qual a Terra ocupa uma
posição especial em relação ao Sol, e durante o qual parte do planeta se
mostra mais iluminada em um de seus hemisférios, sendo Verão neste, e
Inverno no outro. No primeiro, o Solstício de Inverno tem lugar em 21/22 de
junho; no segundo, o Solstício de Verão começa em 21/22 de dezembro. No
Solstício de Inverno, no hemisfério sul, são comemoradas as festas de São
João Batista, padroeiro da Maçonaria e santo cultuado em países com
população de católicos. No Solstício que ocorre em Dezembro, o de Verão, a
dedicação e as festas vão para o outro João, o Evangelista. O Solstício de
Inverno é voltado para a Esperança; já o Solstício do Verão é dedicado ao
Reconhecimento.
Nas colunas de entrada do templo, registramos as romãs colocadas nos
capitéis, que tem na essência filosófica representar as Lojas e os maçons
espalhados pela superfície da terra -, e na sua representação da colagem das
sementes arremete a fraternidade e a união que deve existir entre os homens.
A Pedra Bruta num contexto maçônico representa o homem sem instruções,
rude, com suas rigidezes de caráter e, dominado pela ignorância. Enquanto
que na Pedra Cúbica, o homem é concebido como culto / instruído, capaz de
dominar as paixões, os preconceitos -, ficando livre das asperezas. Na história
da maçonaria a utilização esquadro, compasso, nível e prumo
consolidam o alinhamento do construtor social, induzindo a seguir normas
pelas quais devemos pautar nossa conduta.
O malho e cinzel detém a representatividade da inteligência e razão, tornando
o homem capaz de distinguir o bem do mal, o justo do injusto. Seguindo com
minúcias alegóricas temos a Prancha da Loja, que representa a memória, a
faculdade que temos e somos dotados para fazer julgamento.

O Pavimento de Mosaico solidifica a representatividade magna marcando a


variedade do solo terrestre. Constituído pelas pedras brancas e pretas ligadas
pelo mesmo cimento, simboliza a união de todos os maçons... e infinitas
comparações.
Considerações Pessoais:
A sexta instrução me faz refletir sobre os aprendizados que recebi nas
instruções anteriores, onde a essa altura consigo ter um pouco mais de clareza
acerca de como se da o processo de aprendizado onde a maçonaria, aqui
representada por todos os irmão, faz uso da simbologia e/ou alegorias se
assim os posso mencionar, pois não encontrei palavras para expressar melhor
essas referencias. Durante as pesquisas que fiz encontrei vários textos que
indicam que os símbolos e/ou alegorias são usados com o objetivo de
preservar de curiosos ou profanos seus desígnio, sendo revelados aos seus
iniciados destacando que estes devem desbastar a Pedra Bruta, ou seja
começar urgentemente seu trabalho de aprimoramento moral e pessoal. No
meu atual entendimento percebo que cada uma das alegorias e símbolos tem a
profundidade que é alcançada proporcionalmente ao nível de conhecimento
que se pode atingir de acordo com o estagio de evolução que cada um dos
irmãos vão alcançando a medida que vão avançando nos estudos e
aprendizados da própria vida, acho interessante o uso dos símbolos e alegorias
que a primeira vista parecem simples, mas vão se transformando e ganhando
novos contornos com o tempo de aprendizado, de forma onde a limitação é
definida pela força de vontade de cada um de nós, sendo incentivada pelo
convívio e referências que temos entre os irmão, nos encaminhando nesta
jornada rumo ao oriente.

“A coisa mais bela que podemos vivenciar é o mistério. Ele é fonte fundamental
de toda verdadeira arte e de toda ciência. Aquele que não o conhece e não
mais se maravilha, paralisado em êxtase, é como se estivesse morto.”
Albert Einstein (1879-1955).

BIBLIOGRAFIA
Ritual do Aprendiz Maçom – 12ª Edição – Agosto de 2020
FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de. Dicionário de Maçonaria. 4ª ed. Ed.
Pensamento. SP. 549 pgs.
CASTELLANI, José. Dicionário de Termos Maçônicos. 1ª ed. Ed. A Trolha.
Londrina PR. 152 pgs.
SOLSTICIOS - Osvaldo Novaes, 33º M.:M.:I.: - Or de Salvador, Bahia –
Março 2017

Tenho lido V.·. M.·.


Ir .·. A.·. M.·. Joaquim Rodrigues Junior.
Santos, 06 de Novembro de 2023 da E .·.V.·

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