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“Audi, Vide, Tace”, uma frase em latim que significa “Ouvir, ver, ficar em si-
lêncio”, tem uma história rica e de importância significativa em vários contextos. En-
tre suas muitas aplicações, serve de lema para algumas lojas e jurisdições maçônicas.
Suas origens remontam ao Brasão de Armas da Grande Loja Unida da Inglaterra, on-
de foi adotado, após a União em dezembro de 1813. A frase permaneceu firme no Ca-
lendário dos Maçons desde 1777, destacando sua relevância duradoura dentro da or-
ganização.
Este ditado tem um significado profundo que transcende o seu uso maçônico.
Enfatiza a importância de observar e ouvir, mantendo a discrição, qualidades univer-
sais e aplicáveis nos diversos aspectos da vida. Em essência, o “Audi, Vide, Tace”
serve como um lembrete para exercermos sabedoria e consideração em nossas intera-
ções diárias com outras pessoas, contribuindo positivamente para nosso crescimento
pessoal, relacionamentos e compromissos profissionais.
Contexto Histórico
O lema “Audi, Vide, Tace” carrega uma história significativa no mundo da Li-
vre-Maçonaria. Apareceu pela primeira vez no Calendário dos Maçons de 1777 e des-
de então tornou-se um símbolo proeminente dentro da instituição. Acredita-se que a
frase tenha evoluído de um provérbio medieval de versos rimados, que foi encontrada
escrita em vários objetos, medalhões e esculpido em pedra e madeira desde 1300, on-
de a frase completa em latim é:
Sua tradução bem popular é algo como: “escute, observe e mantenha a boca fe-
chada, se quiser viver em paz ”.
Interpretação Filosófica
Atenção aos detalhes: Reconhecer diferenças ou padrões sutis que outros podem
ignorar.
Pensamento crítico: Avaliar a validade das informações e formar conclusões inde-
pendentes.
Paciência: Estabelecer um tempo para um exame mais apurado e para poder refle-
tir melhor sobre as informações observadas.
Escuta não Seletiva: Aborde as conversas com uma perspectiva ampla e de mente
aberta, visando compreender o ponto de vista da outra pessoa.
Linguagem Corporal: Esteja ciente de sua própria linguagem corporal e interprete
a dos outros. Dicas não-verbais podem transmitir muitas informações e impactar
bastante a comunicação.
Esteja atento: pratique a atenção plena ao falar, escolhendo as palavras com cuida-
do e evitando repetições desnecessárias ou palavras de preenchimento.
Na resolução de conflitos:
Escuta Ativa: Permitir que a outra parte expresse suas opiniões e sentimentos, sem
interrompê-la ou julgá-la. Isso demonstra respeito e incentiva a comunicação aber-
ta.
Observação: Reconhecer as emoções e os sinais não-verbais por trás das palavras
para compreender melhor as questões subjacentes a um conflito.
Silêncio: Evitar reagir impulsivamente ou defensivamente, utilizando momen-
tos de silêncio para dar espaço para as emoções se acalmarem e permitir respostas
ponderadas.
Críticas e refutações
“Audi, Vide, Tace, traduzido como “Ouça, veja, fique em silêncio”, é um anti-
go provérbio latino que ocupa um lugar significativo na Livre-Maçonaria. Embora al-
guns críticos argumentem que esta frase promove o sigilo e a exclusividade, os defen-
sores do seu uso afirmam que ela incorpora os valores fundamentais da fraternidade,
tolerância e crescimento pessoal.
Uma das principais críticas ao lema, reside na sua aparente conexão com o sigi-
lo dentro da Livre-Maçonaria. Os críticos argumentam que, ao promover o silêncio, a
organização está encorajando seus membros a reter informações de terceiros e a man-
ter uma atmosfera de exclusividade. Por outro lado, os apoiadores interpretam o dita-
do como um apelo à discrição, permitindo aos maçons preservar um sentido de con-
fiança e unidade dentro da instituição. Afirmam que ouvindo e observando sem divul-
gar informações confidenciais, os membros podem promover um vínculo forte e man-
ter a harmonia dentro da fraternidade.
Outra questão levantada pelos críticos é o potencial da frase em promover a
passividade. Alguns argumentam que, ao exortar os maçons a permanecerem em si-
lêncio, o provérbio desencoraja os indivíduos de assumirem um papel ativo na melho-
ria da instituição ou da comunidade. Em refutação, os defensores do uso do lema pela
Livre-Maçonaria, destacam que o provérbio incentiva os maçons a adquirirem conhe-
cimento e compreensão, observando e ouvindo ativamente antes de falar. Esta aborda-
gem permite que os indivíduos tomem decisões cuidadosas e informadas, benefician-
do, em última análise, tanto a instituição quanto a comunidade.
No contexto das referências culturais, alguns críticos afirmam que ela promove
a clemência para com ações ilícitas. Argumentam que, ao sublinhar a necessidade de
silêncio, o provérbio pode inadvertidamente encorajar os maçons a fecharem os olhos
ao comportamento antiético. No entanto, os defensores do lema enfatizam que o foco
principal do provérbio é o crescimento pessoal, a aquisição de conhecimento e a pro-
moção da paz. Eles argumentam que os valores da Livre-Maçonaria promovem uma
conduta correta e a necessidade de assumir a responsabilidade pelas próprias ações.
Perguntas Frequentes