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NOÇOES PRELIMINARES

O aumento da concorrência, da competitividade econômica e das necessidades decorrentes da globalização


têm pressionado as empresas para a flexibilização das suas estruturas, com o intuito de se modernizarem
tecnologicamente e também para aumentarem a participação efetiva e qualificação dos seus trabalhadores.

Neste enfoque, evidencia se o debate acerca das mudanças necessárias na gestão e organização do trabalho.
A organização do trabalho encontra-se em um processo e reestruturação que pode ser identificada pela
transformação das estruturas e estratégias empresariais (ABRAHÃO, 2002).

São difundidas alternativas administrativas de gestão e organização do trabalho, associadas frequentemente


à superação dos sistemas clássicos, com abordagem tayloristas/fordistas de organização do trabalho, estas
voltadas estritamente para o produto e prioritariamente para os meios de produção, relegando o operário a
um papel secundário.

SISTEMAS ORGANIZACIONAIS

Até meados dos anos 50 a teoria administrativa clássica pouco considerava o ambiente externo das
organizações. Não eram consideradas tanto questões de flexibilidade das organizações quanto as mudanças
do ambiente extra empresa.

As organizações eram definidas com sistemas bastante fechados, sendo que a eficiência operacional era tida
como o único meio para a empresa obter êxito e de se tornar eficaz.

Atualmente, porém, as mudanças do ambiente externo à empresa além de frequentes, ocorrem


rapidamente. Por isso elas têm um impacto de longo alcance nas organizações. Os acontecimentos do meio
externo podem facilmente afetar a empresa e vice-versa, ao ponto que as organizações não podem mais ser
consideradas como sistemas fechados, mas como sistemas abertos.
Neste novo cenário as organizações devem ser permeáveis às mudanças do volátil ambiente externo, ou seja
o ambiente externo deve ser mais considerado quando as empresas desenvolvem suas atividades.

Segundo Silva (2002:47) As organizações são unidades sociais (ou agrupamentos humanos),
intencionalmente construídas e reconstruídas, a fim de atingir objetivos específicos. Isto significa que as
organizações, propostas, planejadas, construídas e elaboradas para atingir determinados objetivos e
reestruturadas ou redefinidas, na medida em que os objetivos são atingidos ou quando se descobrem meios
melhores para atingi-los com menor custo e esforço.

Sistema é um conjunto de partes coordenadas, formando um todo complexo ou unitário. Kruglianskas e


Giovannini (2004: 19) afirmam: Sistema é entendido como um todo formado pela interação de um
conjunto de agentes e recursos. Este todo possui uma fronteira que o separa em certa medida do
ambiente externo. Esta fronteira tem uma permeabilidade seletiva que visa controlar a forma como o
ambiente influencia o sistema e, desta forma, preservar a identidade do sistema.
As organizações são vistas, portanto, como um sistema aberto que troca recursos e informações com o
ambiente. O sistema busca recursos e informações no ambiente externo, processa-os de acordo com seus
objetivos e devolve recursos e informações para o ambiente.
A ideia de sistema também inclui o conceito de que, em função das interações entre seus agentes e recursos,
o todo é diferente da simples soma das partes.

SISTEMAS FECHADOS

Até meados de 1960, acreditava-se que as organizações eram apenas sistemas fechados, somente
com o surgimento da teoria de sistemas foi que as organizações passaram a ser vistas como sistemas
abertos que precisam se adaptar a condições externas mutantes para desempenhar seu papel, ter
sucesso e até sobreviver ao longo do tempo, de forma eficaz.

O conceito de Sistema Fechado segue a idéia de organismo isolado e sem abordagem sistêmica,
sem receber influência qualquer ao mesmo e também sem permitir influenciar o meio ambiente
externo.

Freqüentemente os sistemas fechados estão vinculados a um modelo de gestão autoritária, como


enfatiza Bateman (1998:58): não interage com o ambiente externo.

Embora poucos sistemas realmente assumam essa forma, algumas das abordagens clássicas
realmente trataram as organizações como sistemas fechados. A suposição, o era de que, se os
administradores aperfeiçõassem os processos internos.

UMA ABORDAGEM SOBRE TAYLOR, FAYOL E FORD


Há diversos modelos que embasam a organização da atividade produtiva, influenciando o desenvolvimento
de modelos específicos de sociedade e a percepção de modelos comportamentais humanos (GREINER, 2005).
A produção e a sociedade do século XX foram influenciadas pelo paradigma produtivo industrial.

Taylor, Fayol e Ford representam um mesmo fenômeno: o controle do processo de trabalho pela dinâmica
da acumulação capitalista (WREN, 1993).
FECHADO: POUCAS ENTRADAS E POUCAS SAÍDAS para o AMBIENTE EXTERNO.

Essas entradas e saídas são bem conhecidas e guardam entre si uma relação de causa e efeito: a
uma determinada entrada (causa) ocorre sempre uma determinada saída (efeito). Por esta
razão, o sistema fechado é também chamado sistema mecânico ou determinístico.

O melhor exemplo de sistemas fechados são as máquinas, os motores e quase toda a tecnologia
inventada pelo homem. Há uma separação muito nítida entre o sistema e o seu ambiente, isto é, as
fronteiras do sistema são fechadas.

Na realidade, não existe um sistema totalmente fechado (que seria hermético), nem totalmente
aberto (que seria evanescente). Todo sistema tem algum grau de relacionamento e de dependência
como ambiente. O sistema fechado obedece às leis da física nesse relacionamento com o ambiente.

Sistemas fechados não existem contatos da empresa com o meio externo em sua
volta, as mesmas são indiferentes a qualquer influência, não se integrando ou interagindo
com o mundo, inviabilizando sua existência.
O conceito de Sistema Fechado segue a mesma ideia, é isolado e sem abordagem
sistêmica, sem receber influência qualquer ao mesmo e também sem permitir influenciar o
meio ambiente externo. Frequentemente os sistemas fechados estão vinculados a um
modelo de gestão autoritária.

SISTEMAS ABERTOS

Todas as organizações, o claramente sistemas abertos, dependentes de insumos que provÍm do


mundo externo, como matérias-primas, recursos humano e capital e de resultados para o mundo
externo que atendam as necessidades do mercado por bens e serviços.

Nos sistemas empresariais abertos existem contatos da empresa com o meio externo que
está a sua volta, as mesmas são dependentes e necessitam da influência ambiental externa,
plenamente integradas e interagindo com o mundo, viabilizando sua existência.

As empresas devem ser sistemas abertos, com integridade, planejamento, normas,


procedimentos, regras, envolvimento das pessoas, tudo de forma estruturada e organizada,
possibilitando uma dinâmica de funcionamento sistêmico e integrativo.

Os sistemas abertos propiciam muitos facilitadores na condução cotidiana, na


manutenção e crescimento da empresa, favorecendo e destacando:

 A gestão e administração participativa;

 mudanças e adaptações internas;

 produtividade e qualidade nos serviços e produtos;

 capacidade de administrar diferenças ambientais, organizacionais e comportamentais;

 perenidade e melhoria dos negócios;


Nos sistemas empresariais abertos existem contatos da empresa com o meio externo
que está a sua volta, as mesmas são dependentes e necessitam da influência
ambiental externa, plenamente integradas e interagindo com o mundo, viabilizando
sua existência.

As empresas devem ser sistemas abertos, com integridade, planejamento, normas,


procedimentos, regras, envolvimento das pessoas, tudo de forma estruturada e organizada,
possibilitando uma dinâmica de funcionamento sistêmico e integrativo.

Os sistemas abertos propiciam muitos facilitadores na condução cotidiana, na manutenção


e crescimento da empresa, favorecendo e destacando: a gestão e administração
participativa;

1. mudanças e adaptações internas;


2. produtividade e qualidade nos serviços e produtos;
3. capacidade de administrar diferenças ambientais, organizacionais e comportamentais;
4. perenidade e melhoria dos negócios;
5. lucro e competitividade empresarial. Pode-se fazer analogia dos sistemas abertos
com a gestão moderna de Tecnologia da Informação com foco empresarial.

O sistema aberto tem uma variedade enorme de entradas e de saídas com relação
ao ambiente externo.

Essas entradas e saídas não são bem conhecidas e suas relações de causa e efeito são
indeterminadas. Por essa razão, o sistema aberto é também chamado sistema orgânico.

O melhor exemplo de sistemas abertos são as organizações em geral e as empresas em


particular, todos os sistemas vivos e, principalmente, o homem. Nas organizações não
existe uma separação muito nítida entre o sistema e o seu ambiente, isto é, as fronteiras
do sistema são abertas e permeáveis.

O sistema é aberto à medida que efetua transações ou intercâmbios (entradas e saídas)


com o ambiente que o envolve. Em outros termos, o sistema aberto apresenta uma grande
interdependência com o seu ambiente. E essa interdependência não obedece às leis
determinísticas da física.

ADMINISTRÇÃO DOS SISTEMAS ABERTOS


A estrutura de sistemas abertas é formada pela interação e intercâmbio da organização
com o ambiente. De acordo com as mudanças do ambiente externo, a organização se
adapta para sobreviver mudando seus produtos, técnicas e estruturas.

A interação e intercâmbio da organização com o ambiente moldam a estrutura de sistemas


abertos. Quando ocorre uma mudança no ambiente externo, a organização se transforma
mudando seus produtos, técnicas e estruturas para se adaptar à essas mudanças e
sobreviver.

As organizações, segundo a teoria dos sistemas, podem ser vistas como um


sistema dinâmico e aberto, no qual o sistema é um conjunto de elementos
mutuamente dependentes que interagem entre si com determinados objetivos e
realizam determinadas funções.

As organizações são dependentes de fluxos de recursos do ambiente externo, assim como


os sistemas abertos. Essa dependência pode ocorrer de duas maneiras. Por um lado, ela
precisa do ambiente externo para conseguir os recursos humanos e materiais que vão
garantir seu funcionamento. Por outro lado, ela precisa do ambiente externo para que se
possa comprar e vender serviços e produtos.

Desse modo, para a organização sobreviver ela precisa de ajustes como ambiente externo,
além de ajustes no ambiente interno. Ademais, assim como um sistema aberto, uma
organização pode ser definida como uma associação de grupos de interesses, sendo esses
formados por elementos distintos, onde cada um busca os seus objetivos no contexto do
ambiente mais amplo.

As ações que definem o comportamento organizacional dependem também de uma análise


do ambiente em que ela se encontra e da maneira como a mesma se relaciona com o
ambiente externo, respondendo a pressões, estabelecendo relações ou até evitando
algumas.

Além disso, a teoria do sistema aberto também consiste em demonstrar o papel de um


funcionário dentro de uma organização, expressando o conceito de “Homem Funcional”, ou
seja, o homem tem um papel dentro das organizações, estabelecendo relações com outros
indivíduos, exatamente como prega um sistema aberto. Sobre suas ações, o próprio
funcionário cria diversas expectativas, tanto para seu papel, quanto para o papel de todos
os outros elementos que fazem parte da organização como um todo, e ainda transmitindo–
as a todos indivíduos participantes.

Apesar dessa relação ser inevitável ela pode tanto alterar, como reforçar seu papel dentro
da instituição. Logo, uma organização pode ser definida então como um sistema de papéis,
nos quais indivíduos (ou no caso, funcionários), agem como verdadeiros transmissores de
papel e pessoa focais.

Modelo de Katz e Kahn de sistema aberto

A partir da teoria dos sistemas, Daniel Katz e Robert L. Kahn criaram um modelo
organizacional aplicando-a à teoria das organizações. Segundo os criadores, as
organizações sociais caracterizam-se como sistemas abertos, uma vez que a organização
realiza transações com o meio ao qual esta inserida, sendo assim, converte o “input de
energias” em outro input.

As organizações denominadas sistemas abertos se caracterizam pela importação,


transformação, exportação, ciclos de eventos, entropia negativa, feedback, homeostase,
diferenciação e equifinalidade. Importação: fluxo de entrada de materiais como matéria
prima e informações.

Transformação: processamento dos insumos em produtos finais.

Exportação: saídas de certos produtos para o ambiente; output.

Entropia negativa: os sistemas abertos necessitam da aquisição de entropia negativa


para sobreviver; inputs são maiores que outputs no processo de transformação.

Feedback: está relacionado aos inputs de informação e possibilitam alertar à estrutura


sobre o ambiente e sobre o funcionamento do próprio sistema.

Homeostase: pode ser chamado também de estado firma e é um equilíbrio


caracterizado mais pela dinamicidade do que pela estabilidade; os sistemas abertos não
estão em repouso; os inputs de energia para deter a entropia agem para manter um
equilíbrio no intercâmbio de energia, para que os sistemas sobrevivam.

Diferenciação: em vez de aspectos difusos e globais, com certa padronização, há a


substituição por funções mais especializadas, hierarquizadas e altamente diferenciadas.
Diferenciar-se é uma tendência para a elaboração da estrutura.

Princípio da equifinalidade: diz que um sistema pode atingir um estado final igual com
origem em condições inicias distintas e por meio de diversas formas e meios de
desenvolvimento.

Exemplo Modelo de Katz e Kahn

A difusão da abordagem sócio-técnica, um sistema aberto que interage com o meio


ambiente, capaz de auto-regulação e com a propriedade de equifinalidade, ou seja, que
alcança uma meta através de diferentes caminhos e recursos, passou por um caminho
único. Sua ampla difusão só aconteceu quando a Volvo implementou essa abordagem em
sua nova fábrica de automóveis, em Kalmar em 1974.
Essa nova fábrica inovou na questão tecnológica e organizacional. Um dos objetivos era a
erradicação da pressão sobre o trabalho que as linhas de montagem geram, dessa forma,
a montagem é realizada por vagonetas (trolleys) que podem ser desengatados e assim,
utilizados em um sistema de transporte que percorre toda a fábrica.

A planta de montagem tem aproximadamente 650 funcionários, sendo 540 operacionais


que se dividem em 30 grupos, com 1 líder para cada 3 grupos. Cada uma dessas equipes
tem um espaço definido onde deve trabalhar e assim, pode levar a vagoneta, transportando
os carros, até esse local onde eles serão montados. Dessa forma, essas equipes
têm autonomia para comandar o ritmo e métodos da montagem.

Após a implementação pela Volvo, várias outras empresas como Saab-Scania, na Suécia,
Shell, na Inglaterra e no Canadá, Phillips , na Holanda, Corning Glass, na Inglaterra e
Estados Unidos, e Renault, na França, implementaram a abordagem sócio-técnica para a
organização do trabalho. Em nosso páis, a experiência pioneira foi a da Rhodia , em São
José dos Campos, seguida pela Alpargatas, Cibié, Método, entre outras.

Críticas

Dentre as críticas que podem ser feitas aos sistemas abertos podemos citar: 1. Eles são
arriscados do ponto de vista psicológico, pois oferecem poucas certezas. Um sistema
aberto não pode produzir conclusões demonstráveis se comparado a um sistema fechado
que usa a lógica clássica. Dessa forma, o critério de consistência interna não existe, pois
não é possível fazer compromissos.[9] 2. Os conflitos de papéis que esse tipo de sistema
pode gerar dentro das organizações, dado que os interesses pessoais, grupais e
organizacionais muitas vezes não estão aliados. O pressuposto de que organizações como
sistemas abertos são variáveis organizacionais, de personalidade e de relações
interpessoais às vezes não é internalizado por todos, dessa forma, cabe ao líder buscar um
equilibro na empresa. .[10]

Sistema aberto no modelo de Chiavenato

Sistemas aberto é formada pela interação e intercâmbio da organização com o ambiente.


Quando ocorre uma mudança no ambiente externo, a organização se transforma mudando
seus produtos, técnicas e estruturas param se afeiçoar-se à essas transformações para
garantir sua sobrevivência.
É uma constante interação dual com o ambiente. Influencia e é influenciado;

Não interage com o ambiente tem capacidade de crescimento, mudança, adaptação ao


ambiente e até auto reprodução sob certas condições ambientais.

E é compatível com outros sistemas.

Esse tipo de sistema pode ser aplicado perfeitamente na organização empresarial. Uma
corporação é um sistema instituído pelo ser humano que sustenta uma dinâmica, influência
mútua com o ambiente que se encontra, sejam os fornecedores, clientes , concorrentes ou
organizações sindicais e muitos outros interessados.

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ATIVIDADE 1: PRATIQUE

De acordo com o modelo proposto por Chiavenato, descreva a atuação


de uma companhia no mercado atual (colocar um exemplo) e critique
essa posição de ação no modelo de sistema aberto. Utilize o padrão
apresentado no Modelo Kartz e Kahn para elaborar a sua atividade que
deverá ser anexada no AVA do aluno.

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