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ADMINISTRAÇÃO
Introdução
A teoria da contingência surgiu a partir da análise de estruturas organiza-
cionais e da sua interface com o ambiente externo. Ela mostra que existe
uma relação funcional entre as técnicas administrativas e as condições do
ambiente.
Neste texto, você vai ver como a teoria sistêmica se relaciona com
a teoria contingencial. Você também vai estudar os ambientes organi-
zacionais do ponto de vista contingencial e conhecer as aplicações do
pensamento sistêmico nas organizações.
Para saber mais sobre as novas abordagens na teoria administrativa, leia o artigo Novas
abordagens na teoria administrativa, disponível no link a seguir.
https://goo.gl/2KqVqo
Ambiente geral
É o macroambiente, ou seja, o ambiente genérico e comum a todas as organi-
zações. De acordo Lacombe (2009), o macroambiente é um amplo sistema que
envolve as organizações, abrangendo os aspectos demográficos, científicos,
tecnológicos, ecológicos, físicos, políticos, econômicos, sociais e culturais.
Tudo o que acontece no ambiente geral afeta direta ou indiretamente todas
as organizações. O ambiente geral é constituído de um conjunto de condições
semelhantes para todas as organizações. Conforme Chiavenato (2014b, p. 426),
tais condições incluem as listadas a seguir.
Ambiente da tarefa
O ambiente da tarefa é constituído pelos fornecedores de entradas, pelos
clientes ou usuários, pelos concorrentes e pelas entidades reguladoras. É o
segmento do ambiente geral do qual cada organização extrai as suas entradas
e no qual deposita as suas saídas.
Desenho organizacional
Em razão da influência da abordagem dos sistemas abertos, a teoria da contin-
gência preocupou-se com o desenho dos cargos. Dessa forma, o desenho retrata
a configuração da estrutura organizacional e implica o arranjo dos órgãos, objeti-
vando maximizar a eficiência e a eficácia organizacionais (CHIAVENATO, 2014b).
Estrutura matricial
Oliveira (2010) salienta que a estruturação matricial surgiu porque as formas
tradicionais de organizar as empresas não eram eficazes ao lidar com atividades
complexas, que envolvem várias áreas do conhecimento científico e têm prazos
determinados para serem realizadas.
A estrutura matricial apresenta vantagens e desvantagens no seu desenho e
na sua estrutura funcional. Um aspecto particular da estrutura matricial é a dupla
ou múltipla subordinação. Determinado especialista responde simultaneamente
ao gerente funcional da área técnica, na qual está alocado, e ao gerente do projeto
para o qual está prestando serviço (VASCONCELOS; HEMSLEY, 1997).
A estrutura matricial visa a reunir as vantagens das estruturas funcionais
(chefe do departamento) e divisionais (chefe do projeto), neutralizando fraque-
zas, enfatizando a especialização e não o negócio, mantendo a identificação por
especialidade e para os resultados. Ela ainda objetiva maximizar resultados e é
a forma mais utilizada por grandes organizações, pois possibilita um ambiente
mais participativo, já que depende da colaboração de muitos profissionais
com diferentes formações. Os funcionários que estão alocados no nível mais
baixo da escala hierárquica também possuem mais oportunidades de tomar
decisões. Na estrutura matricial, há maior contribuição pessoal, seja por meio
das oportunidades de delegação ou da interdependência.
Em contrapartida, a estrutura matricial apresenta desvantagens, tal como
a possibilidade de ocorrerem conflitos entre os diversos comandos devido
Teoria contingencial 9
Estrutura em rede
Leitura recomendada
CHIAVENATO, I. Novas abordagens na teoria administrativa. Revista de Administração
de Empresas, v. 19, n. 2, maio/jun. 1979. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0034-75901979000200002>. Acesso em: 1 out. 2018.
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