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UBS

UNILURIO BUSINESS SCHOOL

Edson Tiago João Rodrigues

A ORGANIZAÇÃO COMO SISTEMA ABERTO

Ensaio apresentado no curso de contabilidade


Faculdade UBS como um dos pré-requisitos para
obtenção da nota parcial da disciplina: Introdução
a gestão, sob a orientação do Docente: Eng. Rafael
Jone

Nampula, Fevereiro de 2020


Organização como um sistema aberto

introdução

O presente trabalho aborda sobre a organização como um sistema aberto, neste caso só é possível
entender que as organizações em sua imensa variedade depois de analisar o que elas têm em
comum são fundamentais. Assim, só após conhecer seus constituintes é que poderemos comparar
diferentes organizações e empresas. Fui examinar o que é fundamental a todas as organizações,
para isso utilizei a metodologia sistématica aplicada à administração, dentro de uma ideia
filosófica para a existência de uma estrutura, para viabilizar este trabalho.

A organização como um sistema aberto.

“Organização é uma entidade capaz de produzir bens e serviços, fazendo-o mais


competitivamente que outras e cujos produtos finais, bem como actividades, são do interesse de
terceiros"(BERNARDES, 1993).

O modelo de sistema aberto tem revelado enormes potencialidades, quer pela sua abrangência,
quer pela sua flexibilidade. Embora o impacto da teoria geral dos sistemas venha sendo grande
nas abordagens do nosso dia-a-dia, o estágio em que se encontrava a teoria sociológica por
ocasião dos primeiros contactos com a nova abordagem fez com que se iniciasse um processo
simbiótico, cujo desenvolvimento é difícil prever. Para o MOTTA (1996): “o estudo da aplicação
do modelo do sistema aberto ao “mundo dos negócios”, a percepção desse processo simbiótico é
fundamental, já que se apresenta na maior parte dos trabalhos nessa linha”. Este método não
nasceu na sociologia, embora tenha atingido, nessa área do conhecimento, elevado nível de
divulgação.

“O pressuposto básico desse modelo é o de que a organização é um sistema aberto. Ela apresenta
as seguintes características”. (MOTTA, 1996):

a) Importação de energia

A organização recebe insumos do ambiente, matéria-prima, mão-de-obra, etc.

b) Processamento
A organização processa esses insumos, com vistas a transformá-los em produtos, entendendo-se
como tal: produtos acabados, mão-de-obra treinada, serviços etc.

c) Exportação de energia

A organização coloca seus produtos no ambiente.

d) Ciclos de eventos

A energia colocada no ambiente retorna à organização para a repetição de seus ciclos de eventos.
O método básico para identificar uma estrutura organizacional é seguir a cadeia de eventos desde
a importação até o retorno da energia.

e) Entropia negativa

Processo pelo qual todas as formais organizadas tendem à homogeneização e, finalmente, à


morte. A organização, através da reposição qualitativa de energia pode resistir ao processo
entrópico.

f) Informação como insumo, controle por retro-alimentação e processo de codificação.

Os insumos recebidos pela organização podem ser também informativos, possibilitando a esta o
conhecimento do ambiente e do seu próprio funcionamento em relação a ele. O processo de
codificação permite receber apenas as informações para as quais está adaptada e a correcção dos
possíveis desvios.

g) Estado estável e homeóstase (propriedade auto-reguladora de um sistema ou


organismo que permite manter o estado de equilíbrio de suas variáveis essenciais ou de seu
meio ambiente) dinâmica.

Para impedir o processo entrópico, a organização procura manter uma relação constante entre
exportação e importação de energia, mantendo dessa forma o seu carácter organizacional.
Entretanto, na tentativa de se adaptar, a organização procura absorver novas funções, ou mesmo
subsistemas. Tal processo de expansão faz com que ela assuma sequencialmente estados estáveis
de níveis diferentes.
h) Diferenciação

Em função da entropia negativa a organização tende à multiplicação e à elaboração de funções,


determinando a multiplicação de papéis e diferenciação interna.

Como sistema aberto, a organização apresenta ainda limites, isto é: barreiras entre o sistema e o
ambiente, que definem sua esfera de acção, e um determinado grau de abertura, que dá uma ideia
da sua receptividade a insumos.

Ocorre ainda que organizações são uma classe de sistemas sociais, que constituem uma classe de
sistemas abertos. A empresa apresenta um subsistema de produção, relacionado à transformação
de insumos em produtos, cujos ciclos de actividades compõem suas principais funções;
subsistemas de suportes, que procuram e colocam energia no ambiente e tratam da manutenção
do bom relacionamento com outras estruturas desse ambiente; subsistemas de manutenção, que
se responsabilizam pela realização do processamento, isto é, que tratam da ligação das pessoas
ao sistema, através de recompensas e punições; subsistemas adaptativos, que sentem mudanças
ambientais relevantes e traduzem-nas para a organização e, finalmente, subsistemas
administrativos, que são compostos por actividades organizadas para o controle, a coordenação e
a direcção dos vários subsistemas. Os dois principais subsistemas administrativos são as
estruturas regulares (legislativas) e as de tomada de decisões. A organização se distingue, porém,
dos demais sistemas sociais pelo seu alto nível de planeamento.

Abordagens da organização como sistema aberto

No desenvolvimento científico repentinamente, todos os ramos do conhecimento, tornados


estranhos uns aos outros pela especialização extremada, começaram a se ressentir do isolamento
em que se encontravam, passando a buscar mais e mais suas bases comuns.

“O modelo de sistema aberto tem revelado enormes potencialidades, quer pela


sua abrangência, quer pela sua flexibilidade. Embora o impacto da teoria geral
dos sistemas venha sendo grande na sociologia, o estágio em que se encontrava
a teoria sociológica por ocasião dos primeiros contactos com a nova abordagem
fez com que se iniciasse um processo simbiótico, cujo desenvolvimento é difícil
prever”. (HAMPTON, 1993)
Para o estudo da aplicação do modelo do sistema aberto ao “mundo dos negócios”, a percepção
desse processo simbiótico é fundamental, já que se apresenta na maior parte dos trabalhos nessa
linha. Este método não nasceu na sociologia, embora tenha atingido, nessa área do
conhecimento, elevado nível de divulgação.

Os sistemas abertos em suas relações com o ambiente: “à medida que o ambiente muda, os
sistemas naturais, desde que suas características estruturais o permitam, também mudam, no
sentido de manter sua relação com o ambiente”. Isto ocorre por que, sendo os sistemas abertos,
eles importam do ambiente os recursos necessários para se manterem no ambiente que está em
constante mudança.

Visão da organização como sistema aberto

• Possui fluxos de entrada e de saída de importação e de exportação com o ambiente.


• Mantém continua troca de energia e mantém com ambiente.
• Há fonte energética e material com o exterior.
• Troca energia, informação e matéria com o ambiente.
• Ocorre importação de recursos do ambiente para se manter nele. Aberto a imputs de
matéria e de energia.

Considerações finais

A organização se distingue, dos demais sistemas sociais pelo seu alto nível de planeamento. Em
função disso, ela utiliza também um alto nível de controlo, que inclui pressões ambientais e
valores e expectativas compartilhadas, mas especialmente a aplicação de regras, cuja violação
implica penalidades. Normas são expectativas gerais de carácter reivindicativo para todos
aqueles que desempenham papéis em um sistema. Papéis, normas e valores que compõem as
bases da integração do sistema aberto.

Conclusão

O trabalho feito fala sobre a organização como um sistema aberto. Onde dissemos que a
organização é uma entidade capaz de produzir bens e serviços, fazendo-o mais competitivamente
que outras e cujos produtos finais, bem como actividades, são do interesse de terceiros. Neste
caso, em uma organização, as pessoas, as tarefas e a administração são interdependentes, tal
como as funções do corpo humano. Uma mudança em uma das partes infalivelmente afecta as
outras, portanto, uma organização é um sistema. Pode-se observar, mediante o exposto deste
trabalho que qualquer mudança, independente de sua proporção, gera um desequilíbrio. Neste
momento podemos observar a actuação de diferentes pensamentos dentro das organizações, e
compararmos a eficiência do pensamento sistémico sobre o pensamento linear, pois, o
pensamento sistémico procura enxergar a organização por todos seus ângulos (subsistemas e
sistemas) e o linear apenas em uma direcção, sem olhar a sua volta.

Bibliografia

BERNARDES, C. Teoria geral das organizações: os fundamentos da administração. 2a ed.,


Atlas: Rio de Janeiro, 1993.

HAMPTON, D. R. Administração Contemporânea. 3a ed., Makron Books: Rio de Janeiro, 1992.

MOTTA, F. C. P. Teoria Geral da Administração. 20ª Ed., Atlas: Rio de Janeiro, 1996

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