Você está na página 1de 16

SURGIMENTO DA ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS


teve em Elton Mayo (1880-1949) e Kurt Lewin
(1890-1947) surgiu como uma teoria de
oposição e combate à Teoria Clássica, alicerçada
sobre as obras de Taylor e Fayol, cuja hegemonia
cobriu tranquilamente as três primeiras décadas do
século XX. Disposta a democratizar e humanizar
a administração das empresas e fortalecer e
reforçar seus pontos de vista.
CONCEITOS DEFENDIDOS PELA ESCOLA DAS
RELAÇÕES HUMANAS

a Escola das Relações Humanas negou ou omitiu todos os


conceitos desenvolvidos e afirmados pela Teoria Clássica –
como os de organização formal, autoridade e
responsabilidade,hierarquia, unidade de comando,
estudos de tempos e movimentos, eficiência,
departamentalização, princípios gerais de
administração, entre outros – para substituí-los por outros
conceitos a partir da Psicologia e Sociologia Industrial, tais
como organização informal, motivação, comunicação,
liderança, incentivos sociais, dinâmica de grupos etc
 Para a Teoria Clássica, o administrador típico –
eminentemente técnico e voltado para os aspectos lógicos
da organização – cede agora lugar ao administrador típico
dessa abordagem – eminentemente humanista e voltada
para os aspectos psicológicos e sociológicos da
organização. Os planos de incentivos salariais
fundamentados na concepção do homo economicus
passam a ser substutuídos pelo incentivo social e
simbólico baseado na concepção do homo socialis.
Segundo essa concepção, o homem é motivado
basicamente por recompensas sociais e simbólicas, pois
as necessidades psicológicas do ser humano são mais
importantes do que a necessidade de ganhar mais
dinheiro.
DESCRÉDITO DA TEORIA DAS RELAÇÕES
HUMANAS

 Esta teoria apresenta apenas conclusões parciais, omitindo


variáveis importantes abordadas pelos clássicos e utilizando uma
abordagem francamente demagógica e manipulativa. Tais aspectos
levaram a Escola das Relações Humanas ao descrédito,
principalmente por valorizar símbolos baratos e relegar a um plano
secundário as recompensas salariais e por tentar esconder duas
lógicas diferentes e até certo ponto antagônicas: a do empresário,
que procura maximizar seus lucros, e a do trabalhador, que
procura maximizar seu salário. Este conflito de interesses – da
empresa e das pessoas que nela trabalham – foi ocultado por esta
escola.
CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS

 Ênfase na psicologia para o estudo das organizações.


 Substituição da abordagem clássica (ênfase nas
tarefas e na estrutura) pela abordagem humanística
(ênfase nas pessoas).
 Adoção de conceitos humanísticos, como: grupo
social, dinâmica de grupo, motivação, comunicação,
liderança etc em substituição aos conceitos técnicos
até então utilizados.
 Foco na organização informal e nos grupos sociais.
TEORIA COMPORTAMENTAL

 A segunda abordagem humanística – A Teoria


Comportamental ou Escola do Comportamento
Organizacional – surgiu com o livro de Herbert A Simon
publicado em 1947 (O comportamento administrativo),
no qual o autor desenvolve uma teoria das decisões. Para
ele, a decisão é muito mais importante do que a ação
subsequente. A partir daí, as empresas são visualizadas
como sistemas de decisões, nos quais as pessoas
percebem, sentem, decidem e agem, definindo seus
comportamentos diante de situações com se deparam.
A administração não pode deixar de lado esses
aspectos comportamentais. .
DA ESTRUTURA AO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

 A abordagem comportamental descende directamente da


escola das relações humanas e mantem a tradição de
deixar os aspectos estruturais segundo plano, para
focalizar os aspectos comportamentais. Essa abordagem
reúne uma constelação de autores muito conhecidos e
procura desenvolver e comparar estilos de administração
capazes de potencializar as motivações individuais
existentes nos participantes das organizações e reduzir
as incongruências e os coflitos entre objectivos
organizacionais e individuais dos participantes .
CARACTERÍSTICAS DA TEORIA COMPORTAMENTAL
DA ADMINISTRAÇÃO

Ênfase no comportamentoorganizacional, isto é na


dinâmica e não na estrutura.
 Foco no processo decisório.
 Ênfase em aspectos comportamentais como
motivação,liderança,comunicação,equipes.
 Adoção de técnicas comportamentais.
TEORIAS GERAL DOS SISTEMAS

 A essência do pensmento ou enfoque


sistemático é ideia de elementos que
interagem e formulam conjuntos
complexos. Complexidade significa que o
conjunto tem muitas partes. Um dos mais
importantes criadores do enfoque
sistemâtico é o cientísta alemão Ludwig
Bertalanffy. No final dos anos 1930,
Bertalanffy propôs a Teoria dos Sistemas.
IDEIAS BÁSICAS DA TEORIA GERAL DOS SISTEMAS

 A Teoria dos Sistemas, que explora “todos” e


“totalidades”, tem duas ideias básicas:

 I. A realidade é feita de sistemas, que são feitos de


elementos interdependentes. A realidade não é feita de
elementos isolados, sem qualquer relação entre si.

 II. Para compreender a realidade, é preciso analisar


não apenas elementos isolados, mas também suas inter-
relações.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS NO ENFOQUE SISTÉMICO

O ponto de partida do enfoque sistêmico é a ideia de sistemas.


Sistema é um todo complexo ou organizado; é um conjunto de
partes ou elementos que formam uma totalidade unitária ou
complexa. Um conjunto de partes que interagem e funcionam como
totalidade é um sistema, qualquer entendimento da ideia de sistema
compreende:
 Um conjunto de entidades chamadas partes, elementos ou
componentes.
 Alguma espécie de relação ou interação das partes.
 A visão de uma entidade nova e distinta, criada por essa
relação, que se consegue enxergar focalizando o todo e não
sua partes.
ESTRUTURA DOS SISTEMAS

 Qualquer sistema pode ser representado como conjunto de


elementos ou componentes interdependentes, que se
organizam em três partes: entrada, processo e saída. A
entidade concreta que mais facilmente ilustra um sistema
é uma fábrica (ou qualquer sistema de produção). A
fábrica processa (transforma) entradas como matérias-
primas e mão de obra para fornecer produtos- saídas.
 As entradas e as saídas têm a função de fazer o sistema
interagir com outros sistemas, que formam o ambiente.
O ambiente é um sistema de sistemas.

 As entradas. As entradas ou componentes(inputs) compreendem os
elementos ou recursos físicos e abstratos de que o sistema é feito,
incluindo todas as influências e recursos recebidos do meio ambiente.

 Processo. Todo sistema é dinâmico e tem processos que interligam os


componentes e transformam os elementos de entrada em resultados.

 Saídas.As saídas ou resultados(outputs) são os produtos do sistema. Para


uma empresa, considerada sistema, as saídas compreendem os produtos e
serviços para os clientes ou usuários, os salários e impostos que paga, o
lucro de seus acionistas, o aumento das qualificações de sua mão de obra
e outros efeitos de sua acção, como a poluição que provoca ou o nível de
renda na cidade em que se localiza. O sistema empresa é formado de
inúmeros sistemas menores, como o sistema de produção e o sistema
administrativo, cada um dos quais tem suas saídas específicas.
ESTADO ACTUAL DAS TEORIAS ADMINISTRATIVAS

 Essas rápidas pinceladas a respeito dos gradativos


passos da TGA demonstraram o efeito cumulativo e
paulatinamente abrangente das diversas teorias com
suas diferentes contribuições e seus diferentes
enfoques . Mas, qual delas é a teoria correcta?
Todas as teorias administrativas apresentadas
são válidas, mas cada uma delas mostra somente
uma parte da verdade. .
 Cada uma delas prioriza ou valoriza apenas uma ou
algumas das seis variáveis básicas do sucesso
organizacional: tarefa, estrutura, pessoas, tecnologia,
ambiente,competitividade. Na realidade cada teoria
administrativa surgiu como uma resposta aos
problemas empresariais mais relevantes da época. E,
nesse aspecto, todas elas foram bem-sucedidas ao
apresentarem soluções específicas para tais problemas.
De certo modo, todas as teorias administrativas são
aplicáveis ás situações de hoje. E o administrador precisa
conhecê-las bem para ter à sua disposição um naipe de
alternativas interessantes para cada situação.
A APLICAÇÃO DAS TEORIAS ADMINISTRATIVAS

 A indústria automobilística utiliza em suas linhas de montagens


os mesmos princípios da administração científica, e em sua
estrutura organizacional os mesmos princípios da Teoria
Clássica e Neoclássica. Sua organização empresarial como um
todo pode ser explicada pela Teoria Burocrática. Seus
supervisores são preparados para lidar com os subordinados
segundo a abordagem da Teoria das relações Humanas,
enquanto os gerentes se preocupam com a Teoria
Comportamental. As relações dessas empresas com a sua
comunidade são consideraas sob o prisma da teoria
estruturalista e da teoria da Contingência. Sua interface com a
tecnologia é explicada pela teoria da contingência. Na verdade,
cada teoria administrativa apresentada explica a realidade
organizacional segundo um ponto de vista específico e
reducionista.

Você também pode gostar