-O Homem levanta pergunta a partir de uma situação histórica em que está
inserido e pergunta, precisamente, porque aí está em jogo o seu próprio ser. A sociedade do trabalho caracteriza-se fundamentalmente pela exploração económica abstrata do trabalho humano e das matérias-primas. Todo o processo de produção vira um processo autotélico, inteiramente desvinculado dos fins e das pessoas e neste contexto, o princípio económico se faz o critério fundmental da existência histórica. -configuração da sociedade produtora de mercadoria se dá através da combinação de altíssimo grau de desenvolvimento tecnológico, na medida em que a ciência e a tecnologia se transformam em forças produtoras, agentes da própria acumulação de capital, aumentando enormemente a produtividade do trabalho humano, com a sua superlotação, que aliás, manifesta a estrutura reflexiva, que caracteriza o capitalismo. • Vivemos a euforia de uma nova revolução tecnológica, de uma revolução na engenharia genética que provoca enormes impactos na vida dos povos. • Avanços tecnológicos na produção exigem níveis altíssimos de qualificação. Aumenta a exploração da economia global • Todas as transformações do capitalismo produziram profundas crises, Habermas coloca 4 formas de crises: • 1) Crise económica – incapacidade do sistema de atender a todas as necessidades de sobrevivência de todos os membros da sociedade. • 2) Crise de racionalidade – ocorre quando, no ajuste de meios e fins, o estado pretende conciliar interesses inconciliáveis de grupos antagônicos das classes dominantes. • 3) Crise de legitimação – quando o Estado se torna incapaz de explicar para seus eleitores as medidas que implementa. • 4) Crise de motivação – na incapacidade do estado e o sistema econónico substituirem as antigas concepções de mundo radical nas religiões. • Dada a complexidade da vida moderna, ninguém é capaz de dispor das informações que permitem uma reformulação directa do processo econômico como pretendem os defensores do planeamento global; o mercado emerge, então como o mecanismo que o impede a anarquia, pelas que fornece, e , assim, constitui a produção como um sistema,que funciona independentemente da consciência e da vontade dos homens. • A crise de sentido da modernidade provoca uma busca de alternativas para a organização da vida societária, onde podemos verificar um afloramento de grupos alternativos (verdes,coloridos,pacifistas,feministas,ecologistas,indegistas, etc) • Há uma crítica intensa às formas de organização tradicionais. • O novo desses movimentos é a consciência de questões novas e desafios novos: • a) Questão da mulher – denúncia à violência e discriminação. • b) Questão ecológica – denúncia do novo modelo de dominação da natureza pelo homem. • c) a questão das minorias de raça, sexo e etnia.
• Nossa civilização alicerçada na ciência e tecnologia implica a
hegemonia da razão instrumental dando um sentido para a existência. • O saber só se justifica na medida em que ela torna o homem capaz de dominar os fenômenos naturais e humanos em vista da satisfação de suas necessidades. •Em razão da insurgência de concepção utilitarista, como projecto de civilização houve um enfraquecimento da consciência ética dos homens. •Ao invés de uma razão abrangente, que levanta as questões fundamentais do sentido da existência humana, a razão se compreende apenas uma instância de dominação dos fenômenos.