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Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão

Curso: Bacharelado em Direito


Disciplina: Economia e Direito

ECONOMIA POLÍTICA

Discentes:
Felipe Lima Cavalcante
Julyana de Oliveira Brito
Luma Joana Brito Ribeiro de Menezes
Maria Eduarda de Araújo Lima
Maria Fernanda Rocha Novaes Caires
Stéfany Sousa Guimarães
Conceito e objeto

• A Economia Política foi uma ciência que se constituiu entre os séculos


XVIII e XIX e que teve por objeto de estudo todo o processo econômico ou,
em outros termos, o processo de geração de riqueza;

• O primeiro a utilizar o termo “Economia Política” foi o francês Antoine


Montchrétien, em sua obra Traité de l'Economie Politique (Tratado de
Economia Política), publicada em 1615.
Conceito e objeto

• “A Economia Política, considerada como um setor da ciência própria de um


estadista ou de um legislador, propõe-se a dois objetivos distintos: o
primeiro, prover uma renda ou manutenção farta para a população ou, mais
adequadamente, dar-lhe a possibilidade de conseguir ela mesma tal renda
ou manutenção; o segundo, prover o Estado ou a comunidade de uma
renda suficiente para os serviços públicos. Portanto, a Economia Política
visa a enriquecer tanto o povo quando o soberano.”
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO

Mercantilismo

• Séculos XVI- XVIII;

• Foco na acumulação de metais preciosos e no comércio colonial.

Fisiocracia

• Meados do século XVIII;

• Ênfase na agricultura como fonte de riqueza e defesa da liberdade


econômica.
Economia Clássica

• Final de XVIII até meados do século XIX;

• Valor do trabalho, distribuição de renda e papel do Estado.

Marxismo

• Meados do século XIX;

• Enfatizou a luta de classes e a exploração do trabalhador.


Neoclássicos
• Final de XIX até o XX

• Incorporaram elementos como utilidade marginal e equilíbrio geral na


teoria econômica

Keynesianismo

• Século XX

• Intervenções governamentais para estimular a demanda agregada


após a Grande Depressão
Economia Monetarista

• Meados do século XX;

• Enfatizou o papel da oferta de moeda na atividade econômica e


criticou as políticas keynesianas.

Economia Institucional

• Século XX;

• Considerou as instituições como determinantes dos resultados


econômicos, estudando seu papel na eficiência econômica.
• Na Economia Política, fato e fenômeno são termos interpretados de formas
distintas dependendo do seu contexto;

• FATO: Corresponde a uma realidade concreta ou um evento específico que


ocorre na economia;

• FENÔMENO: Refere-se a tendências ou padrões observados dentro do


sistema econômico, podendo serem analisados e interpretados.

• Tudo o que pode ser percebido pela consciência ou pelos sentidos.


• A economia política, se interessa pelo estudo de como as relações
políticas influenciam o sistema econômico e vice-versa;

• Vários pensadores ao longo da história contribuíram para esta área, cada


um trazendo perspectivas distintas sobre a relação entre fato, fenômeno, e
a economia.
• Considerado o ‘’Pai’’ da Economia Moderna;

• Obra: ‘’A riqueza das Nações’’;

• Considerada uma das obras mais influentes do pensamento econômico


moderno.
TEORIA

• A riqueza das nações estaria associada aos fluxos de


mercadorias e serviços;

• Para o filósofo, as trocas não seriam feitas caso não beneficiassem as duas partes
envolvidas, ou seja, se as trocas são valiosas para as duas partes, portanto, elas
deveriam ser livres;

• A promoção desses princípios viriam por meio de um ambiente econômico com


pouca influência do Estado, portanto, a produção e os preços seriam definidos de
acordo com a própria relação entre a oferta e a demanda;
• Essa dinâmica dependeria da garantia da competição e do livre comércio, aonde o
favorecimento do Estado para determinados setores, poderiam significar um desequilíbrio
dessa regra.

• A limitação da atuação do Estado não significaria a sua ausência. Para que esse
sistema funcionasse, seria necessário que a lei fosse cumprida, assegurando o direito à
propriedade e a validade de contratos;

• Smith escreveu também sobre a livre concorrência: Segundo ele, seria o ideal para o
avanço do sistema econômico capitalista, que havia entrado em ascensão com o advento
da Revolução Industrial.
• Foi um dos maiores empiristas britânicos

Empirismo: O conhecimento humano deve ser adquirido de experiências


sensoriais. Portanto, a partir de suas vivências, indivíduos vão adquirindo
saberes, consciência e aprendizado;

• Defendia a liberdade intelectual e a tolerância;

A soberania não reside no Estado, mas sim na população.


• Para assegurar um Estado de direito, os representantes do povo deviam
promulgar as leis e o governo executá-las;

• Propriedade: A propriedade já existe no estado de natureza e,


sendo uma instituição anterior à sociedade, é um direito natural do indivíduo
que não pode ser violado pelo Estado.
• Surge a partir de um dos seus fundadores, o sociólogo alemão Karl Marx;

• A luta de classes é central na forma como Marx e seus seguidores


enxergam a história humana e principalmente a sociedade capitalista;

• Para o marxismo, esse conceito está ligado diretamente às grandes


transformações sociais pelas quais a humanidade já passou.
❖ O proletariado:
• Não detêm a posse do meio de produção
• O que pode fazer p se manter vivo é vender sua mão de obra
• Finalidade de extrair capital

❖ A burguesia:
• Usufrui do trabalho do proletariado
• Donos dos meios de produção
• Por deter esses meios, pode não trabalhar e “parasitar” o trabalho do
proletariado

São antagônicos Estruturais


• Forma com a qual a sociedade é organizada;

• O proletariado não recebe o valor que seu


trabalho produz;

• Para tudo estar bem na burguesia tudo tem


que estar mal para o proletariado;

• O funcionamento histórico das sociedades se


dá via conflito material.
❑ A relação que elas estabelecem com:
• os meios e os modos de produção
• circulação e mercadorias

❑ O trabalho delas nunca pode ser cooperativo

• Embate de interesses
❖ De manter altas taxas de lucros
❖ De sobreviver, receber o valor justo pelo seu trabalho, viver com igualdade
e dignidade
❑A burguesia depende de um outro poder coercitivo
❑A hegemonia cultural (Antonio Gramsci)
❑A ideologia (Karl Marx)

Manipulação das ideias que explicam uma sociedade


Divisão Social do Trabalho

O trabalho é fragmentado em tarefas


especializadas e repetitivas;

Aumentar a eficiência e a produtividade;

Separação entre as habilidades e


conhecimentos dos trabalhadores;
Divisão Social Do Trabalho

Alienação

Perda do controle sobre o processo de


produção;

Não têm propriedade sobre o que produzem


nem influência sobre como é usado.
Divisão Social Do Trabalho

Separação trabalho
intelectual e manual

Os trabalhadores manuais executam tarefas


físicas, enquanto os capitalistas controlam
as decisões intelectuais e estratégicas;

Hierarquia que marginaliza os


trabalhadores e os mantém subordinados.
Divisão Social Do Trabalho

Desigualdade e exploração

Capitalistas detêm os meios de produção e


extraem lucros do trabalho dos
trabalhadores;

Salários insuficientes para sustentar uma vida


digna;

Base do sistema capitalista.


Divisão Social Do Trabalho

Transformação Social

Luta de classes como o motor da mudança


social;

Revolução proletária;

Divisão do trabalho seria substituída por


formas mais igualitárias e democráticas
de organização econômica.
Divisão Social Do Trabalho

Caráter racional

Instituições capitalistas constituíam


organização racional e desenvolviam suas
atividades com eficiência e precisão;

Protestantismo promoveu um tipo


específico de ética que influenciou o
desenvolvimento do capitalismo.
Divisão Social Do Trabalho

Religião

Weber destaca a concepção protestante


de vocação, que enfatiza que o trabalho
pode ser uma forma de servir a Deus;

Os valores de disciplina e diligência


promovem a organização racional do
trabalho e a maximização da produtividade.
Divisão Social Do Trabalho

Sociedade Harmônica

A sociedade deveria funcionar de forma harmônica,


semelhante a um organismo vivo;

A divisão do trabalho causaria uma espécie de


cooperação e assim a solidariedade entre os
homens ocorreria;

Destaca o caráter impositivo dos fatos sociais.


Divisão Social Do Trabalho

Solidariedade

Solidariedade Mecânica: a divisão do trabalho é


mínima. Os indivíduos têm valores, crenças e estilos
de vida semelhantes;

Solidariedade Orgânica: a divisão do trabalho mais


avançada. Os indivíduos são interdependentes e
coesão social é mantida pela cooperação entre os
diferentes grupos sociais.
❑ Meios de Produção

• Os meios de produção são os instrumentos, ferramentas e


utensílios utilizados no processo de produção.

• Não fazem parte, portanto, dos produtos fabricados, ficando


na empresa que os produziu durante um determinado tempo.

• Recursos produtivos físicos: ferramentas, maquinaria,


matéria-prima, espaço físico etc.

• A força de trabalho inclui não apenas a força física dos


produtores, mas também suas habilidades e seu
conhecimento técnico.
❑ Recursos de produção
Terra
• São os elementos básicos utilizados na produção de
bens e serviços destinados a atender à demanda.
Trabalho
• Os fatores de produção:

➢ a terra (terras cultiváveis, floresta, minas, recursos Capital


naturais)

➢ trabalho (o homem) Empreendedorismo e


Gerenciamento
➢ capital (máquinas, equipamentos, instalações)

Ciência/Técnica
• Recursos naturais que são usados na produção de bens e
serviços

❑ Exemplos:

➢ terra física:

➢ recursos minerais: a água, o ar e a vegetação que ela contém

• A terra é única entre os fatores de produção e não pode ser


produzida ou aumentada através do esforço humano.

• O valor da terra é determinado pela sua localização,


fertilidade, clima e a disponibilidade de recursos naturais.
• Se refere ao esforço humano que é aplicado na produção
de bens e serviços. O trabalho pode ser físico ou mental.

• Considerado um recurso valioso: necessário para


transformar os recursos naturais em produtos que podem
ser consumidos.

• O valor do trabalho é determinado pela produtividade do


trabalhador, que pode ser influenciada por fatores como
treinamento, experiência e habilidades.
• É um fator de produção que se refere aos bens que são usados na produção de outros bens.

• Isso inclui máquinas, edifícios, veículos, equipamentos e qualquer outra coisa que seja usada
para produzir bens e serviços.

• O capital é um recurso produzido, o que significa que ele é o resultado do esforço humano.
• O trabalhador pode produzir mais bens em menos tempo se tiver acesso a máquinas e
equipamentos eficientes.

• O valor do capital é determinado pela sua eficiência na produção de bens e serviços.


❑ Empreendedorismo

• É a capacidade de identificar oportunidades de negócios

• Criar um plano e obter recursos para iniciar e expandir o negócio.

• O empreendedorismo envolve assumir riscos para obter lucro.


❑ Gerenciamento

• É a coordenação eficaz dos esforços das pessoas

• Atingir metas usando recursos de maneira eficiente.

• Envolve planejamento, organização, direção e controle.


❖ Ciência

• A ciência é a base para muitas das tecnologias e processos que usamos em


nossa economia hoje.

❖ Técnica

• Aplicação prática desse conhecimento científico e a criação de novos produtos e


serviços

• Melhoria dos processos de produção existentes.


❖ Ciência e Técnica

• A ciência fornece a base de conhecimento

• A técnica nos permite aplicar esse conhecimento de maneira prática e econômica


e formam a base para a inovação e o progresso tecnológico que impulsionam a
economia moderna.
• ALCOFORADO, Fernando. As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o
Mundo. Curitiba: Editora CRV, 2016.

• MILL, J. S. Princípios de Economia Política. Editora Abril Cultural: São Paulo, 1996.

• OLIVEIRA, R; GENNARI, A. M. História do pensamento econômico. 2. ed. São Paulo: Saraiva,


2019. 461 p

• SMITH, Adam. A Riqueza das Nações: investigações sobre sua natureza e suas causas. Trad. Luiz
João Baraúna. Editora Nova Cultural: São Paulo, 1996.

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